Está en la página 1de 440

OBRAS

T

" AGUSTÍN
XVII
BIBLIOTECA OBRAS
DE
DE
AUTORES CRISTIANOS
Declarada de i títeres nacional
SAN AGUSTÍN
ESTA COLECCIÓN SE PUBLICA BAJO LOS AUSPICIOS Y ALTA
EDICIÓN BILINGÜE
DIRECCIÓN DE LA PONTIFICIA UNIVERSIDAD DE SALAMANCA
TOMO XVII
LA COMISIÓN D E DICHA PONTIFICIA
U N I V E R S I D A D E N C A R G A D A D E LA La Ciudad de Dios
INMEDIATA REDACIÓN CON LA B. A. C ,
E S T Á I N T E G R A D A E N E L A N O 1958
POR LOS S E Ñ O R E S S I G U I E N T E S : KRICIÓN PREPARADA POR El, PADRE

FR. (OSE MORAN, O . S. A.


PRESIDENTE :

Exorno, y Rvdmo. Sr. Dr. Fr. FRANCISCO BARBADO


VIEJO, O. P., Obispo de Salamanca y Gran CancUler
de la Pontificia Universidad.
VICEPRESIDENTE f limo. Sr. Dr. LORENZO TURRADO,
Rector Magnífico.

VOCALES : R. P. Dr. Fr. AGAPITO SOBRADILLO,


O. F . M. C , Decano de la Facultad de Teología;
M. I. Sr. Dr. LAMBERTO DE ECHEVERRÍA, Decano de
la Facultad de Derecho; M. I. Sr. Dr. BERNARDO RIN-
CÓN, Decano de la Facultad de Filosofía; R. P. Dr. JOSÉ-
JIMÉNEZ, C M. ,F., Decano de la Facultad de Huma-
nidades Clásicas; R. P. Dr. Fr. ALBERTO COLUN-
GA, O. P., Catedrático de Sagrada Escritura; reveren-
do P. Dr. BERNARDINO LLORCA, S. I., Catedrático de ervinsaid.wordpress.com
Historia Eclesiástica.
SECRETARIO :M. I. Sr. Dr. Luis SALA BALUST, Profesor.
fb@adhesmexico
V
LA EDITORIAL C. L< >LICA, S. A. APARTADO 466 BIBLIOTECA DE AUTORES CRISTIANOS
MADRID . MCMLV11I MADRID . MCMLVIII
Í N D I C E G E N E R A L

Nihil obstat: Dr. Vicente Serrano, Censor.


Imprimí potcst: Fr. Crescencio Fernández, Provincial. • •
lmpihnatnr: t José María, Ob. aux. y V i c gen.^
Madrid, 15 abril 1958.

INTRODUCCIÓN GENERAL
Págs.

. I. Estructura interna de la «Ciudad de Dios» 3


II. La «Ciudad de Dios», apología de la religión 13
III. La «Ciudad d e Dios», enciclopedia de la cultura antigua. 24
IV. La «Ciudad de Dios», hermenéutica de la historia 34
V. . La «Ciudad de Dios» y las (¡Confesiones» 45
VI. La «Ciudad de Dios» y sus ediciones , $3
AUTOCRÍTICA 56

LA CIUDAD DE DIOS
LIBROS :
I. E n defensa de la religión cristiana 61
Notas al libro I 129
II. Los dioses y la degradación de Roma 134
Notas al libro II 194
III. Los dioses y los males físicos en Roma 199
Notas al libro I I I 263
IV. La grandeza de Roma como don divino 268
Notas al libro IV 326
V. El hado y la Providencia 331
Notas al libro V 399
VI. La teología mítica, según Varrón 404
Notas al libro VI 443
VII. La teología civil y sus dioses 445
Notas al libro V I I 509
VIII. Teología natural y filosofía 514
Notas al libro VIII 577
IX. Cristo, Mediador 583
Notas al libro I X 626
X. El culto del verdadero Dios 629
Notas al libro X 706
XI. Origen de las dos ciudades 714
Notas al libro X I 778
XII. Los ángeles y la creación del hombre 791
Notas al libro X I I 847
XIII. La muerte como pena del pecado 858
Notas al libro X I I I 913
XIV. E l pecado y las pasiones 920
Notas al libro X I V 987
XV. Las dos ciudades en la tierra 994
Notas al libro X V 107&
Vi ÍNDICE CISNRJML
Págs.

XVI. 0 e Noé a los profetas 1076


Notas al libro X V I 1166
XVII. De los profetas a Cristo 1170
Notas al libro X V I I 1341
X V l l l . Paralelismo entre las dos ciudades 1245
Notas al libro X V I I I 1354
XIX. Fines de las dos ciudades 1361
Notas al libro X I X 1432
XX. El juicio final 1438
Notas al. libro X X 1536
X X I . El infierno, fin de la ciudad terrena 1540
Notas al libro X X I 1630

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


X X I I . Bl cielo, fin de la Ciudad de Dios 1635
Notas al libro X X I I 1723
tUI, 2 LA MUERTE COMO PENA DEI, PECADO 859
LIBRO XIII
CAPITULO II
L A M U E R T E D E L ALMA Y LA D E L C U E R P O

P e r o creo q u e debe p r o f u n d i z a r s e c o n m á s d e t e n i m i e n t o y
e s m e r o en l a n a t u r a l e z a de l a m u e r t e . E l a l m a h u m a n a , a u n q u e
En él se prueba que la muerte de los hombres es penal y que cu r e a l i d a d a p a r e z c a i n m o r t a l , tiene, c o n t o d o , t a m b i é n cierta
fué originada por el pecado de Adán. muerte, q u e le es p r o p i a . Se l l a m a i n m o r t a l j u s t a m e n t e p o r q u e ,
en cierta m a n e r a , n o deja n u n c a d e vivir y de sentir, m i e n t r a s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


que el c u e r p o se dice m o r t a l p o r q u e p u e d e ser p r i v a d o de t o d a
C A P I T U L O I vida y p o r sí m i s m o carece de e l l a . L a m u e r t e d e l a l m a t i e n e
lugar c u a n d o la a b a n d o n a D i o s , c o m o la d e l c u e r p o c u a n d o el
.'ilrna se a l e j a [ 2 ] . L u e g o la m u e r t e de los d o s , es decir, d e l
LA CAÍDA DEL PRIMER HOMBRE ES LA C A U S A D E LA MUERTE h o m b r e e n t e r o , acaece c u a n d o el a l m a , a b a n d o n a d a de D i o s ,
a b a n d o n a el c u e r p o . E n t o n c e s n i ella vive de D i o s ni el c u e r p o
D e s e m b a r a z a d o s ya de estas difíciles cuestiones s o b r e el • le ella. A esta m u e r t e d e l h o m b r e t o t a l sigue l a l l a m a d a p o r l a
o r i g e n del m u n d o y s o b r e el p r i n c i p i o del g é n e r o h u m a n o , el iiuloridad d e la P a l a b r a d i v i n a m u e r t e s e g u n d a . D e ésta h a b l a
p l a n d e l a o b r a n o s exige a b o r d a r el p r o b l e m a de la c a í d a «•I S a l v a d o r c u a n d o d i c e : Temed a Aquel que tiene poder para
del p r i m e r h o m b r e , m e j o r , de los p r i m e r o s h o m b r e s , y d e l ori- arrojar el cuerpo y el alma al infierno. C o m o esta a m e n a z a n o
gen y p r o p a g a c i ó n de la m u e r t e . D i o s , en efecto, n o h a b í a crea- s u r t e su efecto a n t e s d e q u e el a l m a se u n a a l c u e r p o , sin q u e
d o a l o s h o m b r e s en l a s m i s m a s c o n d i c i o n e s q u e a los á n g e l e s , d e s g a r r a m i e n t o a l g u n o p u e d a s e p a r a r l o s , p a r e c e r á e x t r a ñ o el
es decir, de f o r m a q u e , si p e c a r a n , n o p u d i e r a n m o r i r . L o s creó decir q u e el c u e r p o perece p o r u n a m u e r t e q u e n o consiste e n
de t a l suerte, q u e a los c u m p l i d o r e s fieles de su o b e d i e n c i a , sin MCI IIIHIIMIIIIIIHIII p o r el IIIIIIII, sino en ser a t o r m e n t a d o e s t a n d o
mediar la muerte, seguiría u n a inmortalidad angélica y u n a nniliifldii V NÍI'IIIIO neiicienlc. P o r q u e es r a z o n a b l e d e c i r (fue el
e t e r n i d a d feliz, y, p a r a los d e s o b e d i e n t e s , la m u e r t e sería su a l m a m u e r e en i'W ú l t i m o y e t e r n o s u p l i c i o , del q u e h a b l a r e -
j u s t o castigo y su m á s j u s t a c o n d e n a c i ó n . Esto ya lo h e m o s
n o t a d o en el l i b r o a n t e r i o r [ 1 ] .
CAPUT II
l)K KA MORTE QUAE ANIMAE SEMPER UTCUMQÜE VICTURAE ACODERE POTEST.
ET EA CUI CORPUS OBNOXIUM EST
LÍBER Xlll
Sed de ipso genere mortis video mihi paulo diligentius disserendum.
(.hiamvis enim humana anima veraciter immortalis perhibeatur, habet ta-
uien quamdam etiam ipsa mortem suam. Nam ideo dicitur immortalis,
In quo docetur, mortem in hominibus esse poenalem, ortamque ex Adami
quia modo quodam quanttilocumque non desinit vivere atque sentiré:
peccato. corpus autem ideo moríale, quoniam deseri omni vita potest, nec per se
ipsum aliquatenus vivit. Mors igitur animae fit, cum eam deserit Deus:
CAPUT I sicut corporis, cum id deserit anima. Ergo utriusque rei id est totius homi-
nis, mors est cum anima a Deo deserta deserit corpus. Ita enim nec ex
DE LAPSU PRIMI HOMINIS, PER QUEM EST CONTRACTA MOKTALITAS Deo vivit ipsa, nec corpus ex ipsa. Huiusmodi autem totius hominis mor-
tem illa sequitur, quam secundam mortem divinorum eloquiorum appellat
Expeditis de nostri saeculi exortu et de initio generis humará diffieil- auctoritas 2. Hanc Salvator significavit, ubi ait: Eum tímete, qui habet
limis quaestionibus, nunc iam de lapsu primi hominis, imo primorum ho- potestatem et corpus et animam. perderé in gehennam3. Quod cum ante
minum, et de origine ac propagine mortis humanae disputationem a nobis non fiat, quam cum anima corpori sic fuerit copulata, ut nulla diremptione
mstitutam rerum ordo deposcit. Non enim eo modo quo Angelos, condi- separentur; rnirum videri potest quomodo corpus ea morte dicatur occidi,
derat Deus nomines; ut etiam si peccassent, mori omnino non possent: qua non ab anima deseritur, sed animatum sentiensque cruciatur. Nam
sed ita ut perfunctos obedientiae muñere sine interventu mortis angélica in illa poena ultima ac sempiterna, de qua diligentius suo loco disseren-
wimortalitas et beata aeternitas sequeretur; inobedientes autem mors plee-
- A p o c . 2 , 1 1 ; 21,8.
teret damnatione iustissima: quod etiam in libro superiore iam diximus '. 3
M t . 10,38.
1
C. 21.
860 EA CIUDAD DE DIOS XIH, 2
XI!11, 8 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 8S1
nios con más detenimiento en su lugar debido, ya que no vive
de Dios; pero ¿cómo decir que muere el cuerpo, viviendo el
alma? Es cierto que no puede sentir de otro modo los dolores CAPITULO III
corporales que seguirán a la resurrección. ¿O es que, siendo
la vida, cualquiera que sea, un bien, y el dolor un mal, no l l'',S I.A MUERTE, TRANSMITIDA A TODA LA HUMANIDAD I'OK EL PE-
debe decirse que vive el cuerpo, porque e] alma no es la causa • Alio DE LOS PRIMEROS HOMBRES, PENA AUN PARA LOS J U S T O S ?
de su vida, sino de su dolor? Vive, pues, el alma de Dios cuan-
do vive bien, y no puede vivir bien sino obrando Dios en ella Aquí se presenta una nueva cuestión que no debe soslayar-
lo que es bueno [ 3 ] . El cuerpo todo vive del alma cuando el i': ¿ lis realmente buena para los buenos la muerte, que con-
alma vive en el cuerpo, viva ella de Dios o no. La vida de los IH|I> en la separación del cuerpo y del alma? Y, si esto es así,
impíos en los cuerpos es vida, no de las almas, sino de los .cóiiio es posible llegar a la conclusión de que es pena del pe-
cuerpos; vida que les comunican las almas aun muertas, es

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


rinln? Porque es cierto que los primeros hombres, de no haber
decir, abandonadas por Dios, sin perder su vida propia, sea i mío, no la hubieran sufrido. ¿Cómo puede ser buena para
cual sea, por la que son inmortales. Sin embargo, en la última liit I menos, si no puede suceder más que a los malos? Por otra
condenación, aunque es verdad que el hombre no dejará de I ni i Ir, si no pudiera sobrevenir más que a los malos, no debería
sentir, como esta sensación ni será suave por el placer ni salu- HIT buena para los buenos, sino que no debía existir para ellos.
dable por la quietud, sino penal por el dolor, no carece de I l'nr qué iba a haber pena donde no había males que casti-
razón darle el nombre de muerte y no de vida. Y el de muerte firtl? | 6 | . Por eso es preciso admitir que los primeros hombres
además segunda, porque es después de la primera, que consiste liitTon creados en tal estado, que, de no pecar, no sufrirían
en el desgarramiento de la unión existente entre dos naturale- fíiMiiTii alguno de muerte, porque, en habiendo pecado, fueron
zas, la de Dios y la del alma, o la del alma y la del cuerpo [ 4 ] , insl ¡gados con una muerte que por eso mismo se haría exten-
Sobre la primera muerte del cuerpo puede decirse que para los siva a lodos sus descendientes [ 7 ] , La razón es que de ellos
buenos es buena, y mala para los malos. Pero la segunda, como un tiiiooTÍn otra cosa que lo que ellos fueran. La enormidad de
no es para los buenos, está fuera de duda que no es buena In i'iiliiii y IM ('(iiidi'iiiii'ióii consiguiente corrompió la naturale-
para nadie [ 5 ] . zti, V In 'lili' »'N I«IH |ii imiTiii huillines pecadores precedió como
pemil, mi ION ili'Ni'i'iulii'iilt'M vino n ser rmlunil. Kn efecto, el
liomhm no iiniccde del hombre, como el hombre procedió del
dum est, recte mors animae dicitur, guia non vivit ex Deo: mors autent polvo. El polvo en la creación del hombre fué la materia, y el
corporis quonam modo, cum vivat ex anima? non enim aliter potest ipsa
corporalia, quae post restirrectionem futura sunt, sentiré tormenta. An
quia vita qualiscumque aliquod bonum est, dolor autem malum, ideo nec
vivere corpus dicendum est, in quo anima non vivendi causa est, sed do-
lendi? Vivit itaque anima ex Deo, cnm vivit bene; non enim potest bene CAPUT III
vivere, nisi Deo in se operante quod bonum est: vivit autem corpus ex
anima, cum anima vivit in corpore; seu vivat ipsa, sen non vivat ex Deo. I'TIIIIM MORS, QUAE PER PECCATUM PRIMORUM HOMINUM IN OMKES HOMINES
Impiorum namque in corporibus vita, non animarum, sed corporum vita PERTRANSIIT, ETIAM SANCTIS POENA PECCATI SIT
est: quam possunt eis animae etiam mortuae, hoc est a Deo desertae,
quantulacumque propria vita, ex qua et immortales sunt, non desistente, Non autem dissimulanda nascitur quaestio, utrura revera mors, qua
conferre. Verum in damnatione novissima quamvis homo sentiré non desi- •i'parantur anima et corpus, bonis sit bona. Quia si ita est, quomodo
nat, tamen quia sensus ipse nec voluptate suavis, nec quiete salubris, sed pntcrit obtineri quod etiam ipsa sit poena peccati? Hanc enim primi
dolore poenalis est, non immerito mors est potius appellata quam vita. Ilumines, nisi peccavissent, perpessi utiqne non fuissent. Quo igitur pacto
Ideo autem secunda, quia post illam primara est, qua fit cohaerentium liona esse possit bonis, quae accidere non posset nisi malis? Sed rursus
diremptio naturarum, sive Dei et animae, sive animae et corporis. De ni nonnisi malis posset accidere, non deberet bonis bona esse, sed nulla.
prima igitur corporis morte dici potest, quod bonis bona sit. malis mala. Oír enim esset ulla poena, in quibus non essent ulla punienda? Qua-
Secunda vero sine dubio sicut nullorum bonorum est, ita nulli bona. piopter fatendum est, primos quidem nomines ita fuisse institutos, ut, si
non peccassent, nullum mortis experirentur genus: sed eosdem primos
pcccatores ita fuisse morte mulctatos, ut etiam quidquid de eorum stirpe
i'sset exortum, eidem poenae teneretur obnoxium. Non enim aliud ex eis,
quam quod ipsi fuerant, nasceretur. Pro magnitudine quippe culpae illius
naturam damnatio mutavit in peius; ut quod poenaliter praecessit in pec-
cantibus hominibus primis, etiam naturaliter sequeretur in nascentibus
caeteris. Ñeque enim ita homo ex nomine, sicut homo ex pulvere. Pulvis
namque homini faciendo materies fuit: homo autem homini gignendo
862 I,A CIUDAD ni; DIOS XIII, 3
•. I I I , \ LA MUERTE COMO PENA DEI, PECADO 863
hombre en la generación del hombre es el padre. Por eso la
carne no es ds la misma naturaleza que la tierra, aunque haya rio* .sujetos al pecado y a la muerte. Si los niños son desliga-
sido hecha de la tierra; en cambio, el hijo es hombre igual que dos del vínculo del pecado por la gracia del Mediador [ 1 0 ] ,
lo es el padre. Todo el género humano, que había de pasar a la ido pueden sufrir esta muerte que separa el alma del cuerpo
posteridad por medio de la mujer, estaba en el primer hombre \. libres de la obligación del pecado, no pasan a la muerte
cuando la unión de los cónyuges recibió de Dios la sentencia ifiímdn, penal, sin fin.
de su condena. Y, por lo que hace al origen del pecado y de la
muerte, el hombre engendró lo que se hizo de propia cosecha,
no al ser creado, sino al pecar y ser castigado, sólo que el pri- CAPITULO IV
mero no fué reducido por el pecado o la pena del mismo a la
rudeza infantil y a esa endeblez de alma y de cuerpo que vemos ¿ l'ltll OUÉ LOS QUE HAN SIDO ABSUELTOS DEL PECADO POR LA
en los niños. Dios ha querido que la entrada en el mundo de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


I,MAMA DE LA REGENERACIÓN ESTÁN S U J E T O S A LA MUERTE, ES
éstos, cuyos padres fueron arrojados por El a una vida bestial DECIR, A LA PENA DEL PECADO?
y a la muerte, fuera como la de los cachorrillos. Así está escri-
to : El hombre, constituido en honor, no ha tenido discernimien- Si a alguien le inquietara este problema, por qué padecen
to. Se ha igualado a los brutos, carentes de entendimiento, y se In muelle, que es pena del pecado, aquellos cuyo reato ha sido
ha hecho como uno de ellos. Observemos además que los niños, |HMdonado por la gracia, le remito a una obra mía que lleva
en el uso y movimiento de sus miembros y en su sentido de |MM lílulo Del bautismo de los párvulos [ l l j , en la que se tra-
apetecer y evitar, son más delicados que los animalitos más in y N<" resuelve este punto. En ella se dice que se dejaba al
tiernos, como si la virtualidad del hombre se lanzara hacia • 'IIIIII el experimentar la separación del cuerpo, perdonado ya
arriba sobre los demás animales tanto más cuanto más se en- • I pecado, precisamente porque, si al sacramento de la regene-
cogiera su impulso, como la flecha cuando se tensa el arco [ 8 ] . imióii siguiera inmediatamente la inmortalidad del cuerpo, se
No fué, pues, despeñado o impulsado el primer hombre, por su i iieivnríii In le, que es le cabalmente cuando se espera en espe-
injusta presunción y por justa condenación, a esa rudeza infan- iiiiirit In ipil' aún no mi ve en realidad | 1 2 | . Con el robuste-
til [ 9 ] , sino que en él la naturaleza humana quedó tan viciada • milenio V In Inclín por lit IV, en In edml madura había, además,
y cambiada, que sentía luchar en sus miembros la desobedien- • le mt| Miprimli) el lémur n In muelle, cosa que apareció gran-
cia concupiscencial, y se vio constreñida a morir necesariamen- demente rii Ion Hiintori ináilii'i'M. I'is innegable que no sería vic-
te. Y así, por haberse hecho tal por vicio y por pena, engendró toria ni gloria del combate, pues que no podría haber combate
¡quiera si, después del lavacro de la regeneración, ya santos,
parens. Proinde quod est térra, non hoc est caro; quamvis ex térra facta
sit caro. Quod est autem parens homo, hoc est et proles homo. In primo mullique generaret. A quo peccati vinculo, si per Mediatoris gratiam sol-
igitur homine per feminam in progeniem transiturum universum. genus viuilur infantes, hanc solam mortem perpeti possunt, quae animam seiungit
humanum fuit, quando illa coniugum copula divinam sentendam suae ii roi'pore: in secundam vero illam sine fine poenalem liberad a peccati
damnationis excepít: et quod homo factus est, non cum crearetur, sed nliligutione non transeunt.
cum peccaret et puniretur, hoc genuit, quantum quidem attinet ad peccati
et mortis originem. Non enim ad infantilem hebetudinem et infirmitatem
animi et corporis, quam videmus in parvulis, peccato vel poena ille re- CAPUT IV
dactus est: quae Deus voluit esse tanquam primordia catulorum, quorum
parentes in bestialem vitam mortemque deiecerat; sicut scriptum est, O l U AB H1S QUI PER GRATIAM RECENERATIONIS ABSOLUTI SUNT A PECCATO,
Homo cum in honore esset, non intellexit; comparatus est pecoribus non NON AUFERATUR MORS, ID EST, POENA PECCATI
intelligentibus, et similis factus est illis '. Nisi quod infantes infirmiores
etiam cernimus in usu motuque membrorum et sensu appetendi atque Si quem vero movet, cur vel ipsam patiantur, si et ipsa poena peccati
vitandi, quam sunt aliorum tenerrimi fetus animalium: tanquam se tanto est, quorum per gratiam reatus aboletur; iam ista quaestio in alio nostro
attollat excellentius supra caetera animantia vis humana, quanto magis opere, quod scripsimus de Baptismo parvulorum, tractata ac soluta est:
impetum suum, velut sagitta, cum arcus extenditur, retrorsum reducta ubi dictum est, ad hoc relinqui animae experimentum separationís a cor-
distulerit. Non ergo ad ista infantilia rudimenta praesumptione illicita et pore, quamvis ablato iam criminis nexu; quoniam, si regenerationis Sa-
damnatione insta prolapsus vel impulsus est primus homo: sed hactenus cramentum continuo sequeretur immortalitas corporis, ipsa fides enerva-
in eo natura humana vitiata atque mutata est, ut repugnantem pateretur retur, quae tune est fides, quando exspectatur in spe quod in re nondum
in membris inobedientiam concupiscendi, et obstringeretur necessitate mo- videtur. Fidei autem robore atque certamine, in maioribus duntaxat aeta-
riendi; atque ita id quod vitio poenaque factus est, id est, obnoxios peccato tibus, etiam mortis fuerat superandus timor, quod in sanctis martyribus
máxime eminuit: cuius profecto certaminis nulla esset victoria, nulla
4
P s . 48,13. gloria; quia nec ipsum omnino posset esse certamen, si post lavacrum
regenerationis iam sancti non possent mortem perpeti corporalem. Cum
864 LA CIUDAD DE DIOS XHI, 4 Huir, B 1.A MUERTE COMO PENA DEL PECADO 865

n o p u d i e r a n sufrir la m u e r t e c o r p o r a l [ 1 3 ] . ¿ Q u i é n n o se d a r í a
p r i s a a l l e v a r a sus p e q u e ñ u e l o s a b a u t i z a r j u s t a m e n t e p a r a q u e C A P I T U L O V
n o f u e r a n d e s l i g a d o s del c u e r p o ? [ 1 4 ] . D e esta s u e r t e n o se
p r o b a r í a la fe con el p r e m i o i n v i s i b l e , sino q u e y a n o sería n i
C O M O I.OS P E C A D O R E S U S A N M A L D E L A L E Y , Q U E E S B U E N A , A S Í
fe, p o r q u e se b u s c a r í a y se c o b r a r í a al i n s t a n t e la r e c o m p e n s a
I.OS .JUSTOS USAN BIEN DE LA M U E R T E , Q U E ES MALA
de la o b r a . E n la n u e v a e c o n o m í a , sin e m b a r g o , p o r u n a g r a c i a
del S a l v a d o r m a y o r y m á s a d m i r a b l e , el castigo del p e c a d o se
El Apóstol, q u e r i e n d o p o n e r de relieve el g r a n p o d e r noci-
ha t r o c a d o en i n s t r u m e n t o de j u s t i c i a . E n t o n c e s se dijo al h o m -
ii ilfl p e c a d o en a u s e n c i a de l a g r a c i a , n o d u d ó en l l a m a r fuer-
b r e : Si pecas, m o r i r á s ; y a h o r a se dice al m á r t i r : M u e r e p a r a
i ilrl p e c a d o a l a ley q u e lo p r o h i b e . El aguijón de la muer-
n o p e c a r . E n t o n c e s se les d i j o : Si t r a s p a s á i s el m a n d a m i e n t o ,
'• ilice—es el pecado, y la fuerza del pecado es la ley. Y con
m o r i r é i s de m u e r t e ; y a h o r a se les d i c e : Si r e h u s á i s la m u e r t e ,
mucliisima v e r d a d , p o r q u e la p r o h i b i c i ó n a u m e n t a el deseo de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


t r a s p a s a r é i s el m a n d a m i e n t o . L o q u e e n t o n c e s d e b í a t e m e r s e
• liiiii' nuil c u a n d o el a m o r a la j u s t i c i a n o es t a n t o q u e su
p a r a n o p e c a r , a h o r a debe a c e p t a r s e p o r m i e d o a p e c a r . A s í ,
IIHIII s u p e r e la c o d i c i a de p e c a r [ 1 7 ] . M a s s ó l o la g r a c i a
p o r la m i s e r i c o r d i a i n e f a b l e de D i o s , la p e n a de los vicios vie-
Ir Dios p u e d e d a r el a m o r y el g u s t o de la v e r d a d e r a j u s t i c i a .
ne a ser i n s t r u m e n t o de v i r t u d y el s u p l i c i o del p e c a d o se t o r n a
I Vi o, n lin de q u e el a p e l a t i v o fuerza del pecado d a d o a la ley
en m é r i t o del j u s t o . E n t o n c e s se a d q u i r i ó la m u e r t e p e c a n d o y
mi luigii p e n s a r q u e la ley es m a l a , dice en otro l u g a r t r a t a n d o
a h o r a se p e r f e c c i o n a la j u s t i c i a m u r i e n d o [ 1 5 ] . P e r o esto t i e n e
leí m i s m o a s u n t o : La ley es santa, y el mandamiento, santo,
a p l i c a c i ó n p a r a los s a n t o s m á r t i r e s , a q u i e n e s el p e r s e g u i d o r
'/»/<i y bueno. ¿Pero que lo que es bueno me ha causado a mí
p o n í a la d i s y u n t i v a : o d e s e r t a r de la fe o sufrir la m u e r t e ,
til muerte? Ni mucho menos. Sino que el pecado es el que, ha-
p o r q u e los j u s t o s a m a n m á s p a d e c e r c r e y e n d o lo q u e los p r i -
biéndome, causado la muerte por medio de una cosa buena, ha
m e r o s p r e v a r i c a d o r e s p a d e c i e r o n p o r n o creer. A q u é l l o s , de n o
manifestado lo que él es, de manera que, por ocasión del mis-
h a b e r p e c a d o , n o h a b r í a n m u e r t o , y éstos, si n o m u e r e n , peca-
mu mandamiento, se ha hecho el pecador o el pecado sobrema-
r á n . A q u é l l o s m u r i e r o n , p o r q u e p e c a r o n , y éstos n o p e c a n , por-
nera maligno. Dijo sobremanera porque, cuando aumenta la
q u e m u e r e n . L a c u l p a de a q u é l l o s a c a r r e ó la p e n a , y la p e n a de
lllililn iln imriir y •"» ilcspiccindn In ley, se ¡iñude, a d e m á s , l a
éstos p r e v i e n e la c u l p a . Y esto, n o p o r q u e la m u e r t e , q u e a n t e s
pli'VMlii'iii'íúii, / í'iir mu'' IHMIIOM c r c i d o eslo d i g n o de ser cita-
fué u n m a l , se h a y a t o r n a d o en b i e n , sino p o r q u e D i o s conce-
d o ? l'oii|iif<, r u i n o la l r y no CN un mal a n u i d o acrece la concu-
d i ó esta g r a c i a a la f e : q u e la m u e r t e , q u e es c o n t r a r i a a la
vida, h a y a p a s a d o a ser el p u e n t e q u e lleva a la v i d a [ 1 6 ] .

parvulis autem baptizandis quis non ad Christi gratiam propterea potius


curreret, ne a corpore solveretur? Atque ita non invisibili praemio pro- CAPUT V
baretur fides; sed iam nec fides esset, confestim sui operis quaerendo et
sumendo mercedem. Nunc vero maiore et mirabiliore gratia Salvatoris in UllOll SICUT INIQUI MALE UTUNTUR LEGE QUAE BONA EST, ITA ET IUSTI BENE
usus iustitiae peccati poena conversa est. Tune enim dictum est homini, UTUNTUR MORTE QUAE MALA EST
Morieris, si peccaveris: nunc dicitur martyri, Morere, ne pecces. Tune
dictum est, Si mandatum transgressi fueritis, morte moriemini s : nunc di- Apostolus cum vellet ostendere, quantum peGcatum, gratia non subve-
citur, Si mortem recusaveritis, mandatum transgrediemini. Quod tune ti- niente, ad nocendum valeret, etiam ipsam legem qua prohibetur peccatum,
mendum fuerat, ut non peccaretur; nunc suscipiendum est, ne peccetur. lio» dubitavit dicere virtutem esse peccati. Aculeus, inquit, mortis est
Sic per ineffabilem Dei misericordiam, et ipsa poena vitiorum transit in ¡irccatum; virtus autem peccati, lex". Verissime omnino. Auget enim pro-
arma virtutis, et fit iusti meritum etiam supplicium peccatoris. Tune enim hibido desiderium operis illiciti, quando iustitia non sic diligitur, ut pec-
mors est acquisita peccando, nunc impletur iustitia moriendo. Verum hoc eaiidi cupiditas eius delectatione vincatur. Ut autem diligatur et delectet
in sanctis martyribus, quibus alterutrum a persecutore proponitur, ut aut vera iustitia, nonnisi divina subvenit gratia. Sed ne propterea lex putare-
deserant fidem, aut sufferant mortem. Iusti enim malunt credendo per- lur malum quoniam virtus est dicta peccati; ideo ipse alio loco versans
peti, quod sunt primi iniqui non credendo perpessi. Nisi enim peccassent liuiusmodi quaestionem, inquit, Lex quidem sancta, et mandatum sanctum
illi, non morerentur: peccabunt autem isti, nisi moriantur. Mortui sunt et iustum et bonum. Quod ergo bonum est, inquit, mihi factum est mors?
ergo illi, quia peccaverunt: non peccant isti, quia moriuntur. Factum est Absit. Sed peccatum, ut appareat peccatum, per bonum mihi operatum
per illorum culpam, ut veniretur in poenam: fit per istorum poenam, ne est mortem, ut fiat supra modum peccator aut peccatum per mandatum 7.
veniatur in culpam; non quia mors bonum aliquod facta est, quae antea Supra modum, dixit; quia etiam praevaricatio additur, cum peccandi
malum fuit; sed tantam Deus fidei praestitit gratiam, ut mors, quam vitae aucta libídine etiam lex ipsa contemnitur. Cur hoc commemorandum pu-
constat esse contrariara, instrumentum fieret per quod transiretur ad tavimus? Quia scilicet sicut lex non est malum, quando auget peccantium
vitam.
" i Cor. 15,56.
* Gen. *,iir. ' Rom. 7,12.13. • , -
S. Ag, 16 28
866 Í U CIUDAD DE DIOS XHI, 6
XTII, 7 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 867
p i s c e n c i a de] p e c a d o , así la muerte no es un b i e n c u a n d o
a u m e n l a la g l o r i a de los q u e la sufren, b i e n se d é d e m a n o a tta d o l o r p i e r d e n l a s e n s i b i l i d a d , t o l e r a d o r e s i g n a d a y fieltnen-
a q u é l l a p o r la i n i q u i d a d , y h a g a p r e v a r i c a d o r e s , b i e n se a c e p t e li\ I I m n e n t a el m é r i t o de la p a c i e n c i a , p e r o n o e x c l u y e la p a l a -
ésta p o r la v e r d a d , y b a g a m á r t i r e s . L a ley es b u e n a j u s t a m e n t e bra ¡icna. Así, s i e n d o l a m u e r t e p e n a del q u e n a c e , c o m o r a m a
p o r q u e es p r o b i b i c i ó n del p e c a d o , y la m u e r t e es m a l a p o r q u e tic M|iic.l p r i m e r t r o n c o , si se m i d e p o r la p i e d a d y p o r la j u s -
es e s t i p e n d i o del m i s m o . P e r o así c o m o los p e c a d o r e s u s a n m a l
ticia, se t o r n a en g l o r í a del q u e r e n a c e , y, s i e n d o r e t r i b u c i ó n
n o sólo de los m a l e s , s i n o t a m b i é n de los b i e n e s , así los j u s t o s
ilid p e c a d o , o b t i e n e a veces q u e a l p e c a d o n o se r e t r i b u y a
u s a n b i e n no sólo de los b i e n e s , s i n o t a m b i é n de los m a l e s [ 1 8 ] .
linda [ 2 0 ] .
H e a q u í el p o r q u é de q u e los m a l o s u s e n m a l de la ley, a u n q u e
la ley es u n b i e n , y de q u e los b u e n o s usen b i e n de la m u e r t e ,
a p e s a r de q u e la m u e r t e es u n m a l .
CAPITULO VII

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


C A P I T U L O VI LA MUERTE ACEPTADA POR LOS NO BAUTIZADOS POR
CONFESAR A CRISTO
EL MAL D E L A M U E R T E C O N S I S T E EN LA R U P T U R A D E L A U N I Ó N En efecto, c u a n t o s m u e r e n p o r c o n f e s a r a C r i s t o , a u n sin
E X I S T E N T E E N T R E E L ALMA Y E L C U E R P O Imbcr r e c i b i d o el b a ñ o de la r e g e n e r a c i ó n , t i e n e n u n a m u e r t e
iiiif- p r o d u c e en e l l o s t a n t o s efectos, e n c u a n t o a la r e m i s i ó n
L a m u e r t e del c u e r p o y l o q u e la c o n s t i t u y e e n t a l , es de- ili- los p e c a d o s , c u a n t o s p r o d u c i r í a el b a ñ o e n l a f u e n t e s a g r a d a
cir, la s e p a r a c i ó n del a l m a y del c u e r p o , c u a n d o la sufren los del b a u t i s m o [ 2 1 ] . E l q u e d i j o : Quien no renaciere del agua y
l l a m a d o s m o r i b u n d o s , no es bien p a r a n a d i e , p o r q u e ese des- del espíritu Santo, no puede entrar en el reino de los cielos.
g a r r a m i e n t o de l o u n i d o y e n t r e t e j i d o en el viviente es d u r o en o l i o l u g a r , h a b l a n d o de u n m o d o n o m e n o s g e n e r a l , h i z o
p a r a la s e n s i b i l i d a d y c o n t r a r i o a l a n a t u r a l e z a m i e n t r a s el «•Nlii luini'OHii e x c e p c i ó n : Al que. rae confesare delante de los
a l m a m o r a en el c u e r p o , h a s t a q u e se p i e r d e t o d o el s e n t i d o homlirvit, yo Intuitiva Ir confesaré delante de mi Padre, que está
q u e p r o c e d í a del a b r a z o e n t r e el a l m a y la c a r n e [ 1 9 ] . A ve- en lo» c/V/i».».' y ni i iilro jiiiMiije: Quien perdiere su vida por
ces, u n g o l p e del c u e r p o o u n r a p t o del a l m a a t a j a t o d a esa diluir t/f m í , Id viietmlriiru. lie a q u í el p o r q u é de a q u e l l a s pa-
a g o n í a y n o p e r m i t e s e n t i r l a a n t i c i p á n d o s e la h o r a . E m p e r o , la IMIIN: De fCitm precio es, a los ojos del Señor, la muerte de
c u a n t o h a y en los m o r i b u n d o s de esa crisis, q u e con s e n s a c i ó n sus santos, i'ue.s ¿ q u é h a y de m á s v a l o r q u e u n a m u e r t e q u e
c a u s a la r e m i s i ó n de t o d o s los p e c a d o s y u n a u m e n t o m á s col-

concupiscentiam; ita nee mors bonum est, quando auget patientium glo- w'iistim, pie fideliterque tolerando auget meritum patientiae, non aufert
riam: cum vel illa pro iniquitate deseritur, et efficit praevaricatores; vel vuriilmlum poenae. Ita cum ex hominis primi perpetuata propagine piocul
ista pro veritate suscipitur, et efficit martyres. Ao per hoc lex quidera • liiliio sit mors poena nascentis; tamen si pro pietate iustitiaque pendatur,
bona est, quia prohibitio est peccati; mors autem mala, quia stipendium lil gloria renascentis: et cum sit mors peccati retributio, aliquando im-
est peccati: sed quemadmodum iniusti male utuntur non tantum malis, petrat ut nihil retribuatur peccato.
sed etiam bonis; ita iusti bene non tantum bonis, sed etiam malis. Hinc
fit ut et mali male lege u tan tur, quamvis sit lex bonum; et boni bene
moriantur, quamvis sit mors malura. CAPUT VII

DE MORTE, QUAM NON RECENERATI PRO CHRISTI CONFESSIONE SUSCIPIUNT


CAPUT VI
Nam quicumque etiam non percepto regenerationis lavacro pro Christi
D E GENERALIS MORTIS MALO, QUO ANIMAE ET CORPORIS SOCIETAS SEPARATUR
confessione moriuntur, tantum eis valet ad dimittenda peccata, quantum
si abluerentur sacro íonte Baptismatis. Qui enim dixit, Si quis non rena-
Quapropter, quod attinet ad corporis mortem, id est separationem ani- tus fuerít ex agua et Spiritu soneto, non intrabit in regnum caelorum":
mae a corpore, cum eam patiuntur qui morientes appellantur, nulli bona alia sententia istos fecit exceptos, ubi non minus generaliter dixit, Qui
est. Habet enim asperum sensum et contra naturam vis ipsa qua utrumque me confessus fuerit corara hominibus, confitebor et ego eam coram Paire
divellitur, quod fuerat in vívente coniunctum atque consertum, quamdiu meo qui in caelis est"; et alio loco, Qui perdiderit animam suam propter
moratur, doñee omnis adiinatur sensus, qui ex ipso inerat animae carnisque me, inveniet eam10. Hinc est quod scriprum est, Pretiosa in conspectu
complexu. Quam totam molestiam nonnunquam unus ictus corporis vel Domini mors sanctoram eius1[. Quid enim pretiosius quam mors, per
animae raptus intercipit, nec eam sentiri praeveniente celeritate permit- quam fit ut et delicta omnia dimittantur, et merita cumulatius augeantur?
tit. Quidquid tamen illud est in morientibus, quod cum gravi sensu adimit 8
lo. 3,5- " P s - "5.15-
» Mt. 10,30. " It>id., 16,25.
MU, 8 U MTTERTB COMO PENA DSl PRCADO 869
868 U CIUDAD DE DIOS XIII, 7
mado de méritos? No cabe parangonar los méritos de aquellos CAPITULO VIII
que, no pudiendo diferir la muerte, son bautizados y salen de
esta vida después de haber sido borrados todos sus pecados,
con los de quienes, pudiendo, no difirieron la muerte, porque LOS JUSTOS, ACEPTANDO LA MUERTE PRIMERA POR LA VERDAD,
quisieron más terminar la vida confesando a Cristo que llegar SE VEN LIBRES DE LA SEGUNDA
al bautismo negándole [ 2 2 ] . Es cierto que, de haberlo hecho,
se les remitiría también en ese lavacro esto, el haber negado Si consideramos esto con más detenimiento, aun en el caso
a Cristo por miedo a la muerte, porque es verdad que a los que de que uno muera fiel y loablemente por la verdad, rehuye la
dieron muerte a Cristo se les remitió crimen tan horrendo. muerte. Acepta una parte de ella por temor a que le sobreven-
Pero ¿cómo, sin una gracia torrencial de ese Espíritu que so- ga toda y se le añada la segunda, que no tendrá fin. Acepta la
separación del alma y del cuerpo por miedo a que, alejado

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


pla donde quiere, podrían amar a Cristo hasta el extremo de
no poder negarlo en tal riesgo de su vida y con una esperanza Dios del alma, se aleje el alma del cuerpo, y así, finalizada la
tan grande de perdón? [ 2 3 ] . La valiosa muerte de los santos, muerte primera de todo el hombre, se vea en la garra de la
a quienes precedió y pagó anticipadamente con tanta gracia la segunda, que es eterna. Así, la muerte, como he dicho cuan-
muerte de Cristo para que no vacilaran en entregar la suya por do la sufren los moribundos y obra en ellos el morir, no es
conseguirle a El, probó que lo constituido antes como pena del un bien para nadie, pero el tolerarla es loable por conservar
pecador fué reducido ahora a estos usos con el fin de que de o conseguir el bien. Empero, cuando son los muertos los que
allí dimanara un fruto más abundante de justicia. La muerte, están ya bajo su dominio, se dice, y no absurdamente, que es
por tanto, no debe considerarse como un bien en sí por haber mala para los malos y buena para los buenos, porque las al-
sido destinada a tamaña utilidad, no por propia virtud, sino mas de los buenos, separadas de los cuerpos, están en el des-
por la gracia de Dios. Antes se propuso como objeto de temor canso, y las de los impíos están en penas. Y estarán así hasta
para que no se cometiera el pecado, y ahora debe ser aceptada que los cuerpos de unos resuciten para la vida eterna, y los de
para no cometer pecado, o para borrar el cometido, o para dar los otros, para la muerte eterna, llamada segunda.
la palma de justicia debida a victoria tan gloriosa.

CAPUT VIII
Ñeque enim tanti sunt meriti, qui, cum mortem differre non possent,
baptizati sunt, deletisque ómnibus peccatis ex hac vita emigrarunt, quanti Q ü O D IN SANCTIS PRIMAE MORTIS PRO VERITATE SÜSCEPTIO, SECUNDAE SIT
sunt hi qui mortem, cum possent, ideo non distulerunt, quia maluerunt MORTIS ABSOLUTIO
Christum confitendo finiré vitam, quam eum negando ad eius Baptismum
pervenire. Quod utique si fecissent, etiam hoc eis in illo lavacro dimit- Si enim diligentius consideremus, etiam cum quisque pro veritate fi-
teretur, quod timore mortis negaverant Christum; in quo lavacro et illis deliter et laudabiliter moritur, mors cavetur. Ideo quippe aliquid eius
facinus tam immane dimissum est, qui occiderant Christum. Sed quando suscipitur, ne tota contingat, et secunda insuper, quae nunquam finiatur,
sine abundantia gratiae Spiritus illius, qui ubi vult spirat12, tantum Chris- accedat. Suscipitur enim animae a corpore separatio, ne Deo ab anima
tum amare possent, ut eum in tanto vitae discrimine tanta sub spe veniae separato etiam ipsa separetur a corpore, ac sic totius hominis prima morte
negare non possent? Mors igitur pretiosa sanctorum, quibus cum tanta completa, secunda excipiat sempiterna. Quocirca mors quidem, ut dixi,
gratia est praemissa et praerogata mors Christi, ut ad eum acquirendum cum eam morientes patiuntur, cumque in eis ut moriantur facit, nemini
suam non cunctarentur impenderé, in eos usus redactum esse monstravit, bona est, sed laudabiliter toleratur pro tenendo vel adipiscendo bono. Cum
quod ad poenam peccantis antea fuerat constitutum, ut inde iustitiae fruc- vero in ea sunt, qui iam mortui nuncupantur, non absurde dicitur et malis
tus uberior nasceretur. Mors ergo non ideo bonum videri debet, quia in mala, et bonis bona. In requie enim sunt animae piorum a corpore sepa-
tan tam utilitatem non vi sua, sed divina opitulatione conversa est; ut rntae; impiorum autem poenas luunt: doñee istarum ad aetemam vitam,
quae tune metuenda proposita est, ne peccatum committeretur, nunc susci- ¡llarum vero ad aeternam mortem, quae secunda dicitur, corpora re-
pienda proponatur, ut peccatum non committatur, commissumque deleá- viviscant.
tur, magnaeque victoriae debita iustitiae palma reddatur.
12
l o . 3,8.
870 I,A CIUDAD DIt DIOS XIII, 9 XIII, 10 LA MUERTE COMO PENA DEt PECADO 871

vn en las últimas, en que se hallan los que decimos que es-


¡CAPITULO IX tán dando las bocanadas, si aún no está privada de alma, aún
vive [ 2 5 ] . Luego uno y el mismo es a la vez moribundo y vi-
viente, pero acercándose a la muerte y alejándose de la vida.
¿ C U Á L ES EL MOMENTO PRECISO DE LA MUERTE O DE LA Sin embargo, aún está en vida, ya que el cuerpo tiene alma y
PÉRDIDA DEL SENTIDO DE LA VIDA? ju'm no está en la muerte, porque aún no se ha separado del
cuerpo. Mas si, una vez que se separare de él, ni aun entonces
¿Cómo debe llamarse el tiempo en que las almas, separa- oslará en la muerte, sino después de la muerte, ¿quién podrá
das del cuerpo, están ya gozando o padeciendo: Después de decir cuándo está en la muerte? Porque, si nadie puede ser a
la muerte o en la muerte? [ 2 4 ] . Si es después de la muerte, ya In vez moribundo y viviente, no existirá moribundo alguno,
no es buena o mala la muerte, porque ya ha pasado y dejado puesto que, mientras está el alma en el cuerpo, no podemos
de ser, sino la vida presente del alma después de ella. La muer-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


negar que es un viviente. Por otra parte, debe llamarse mori-
te era mala para ellos justamente cuando existía, es decir, en bundo a aquel en cuvo cuerpo se está obrando ya la muerte, y,
el momento de padecerla, en el momento de morir, porque MÍ nadie puede ser a la vez moribundo y viviente, no sé cuándo
entonces sentían la sensación de malestar y de molestia. De «• es viviente [ 2 6 ] .
este mal precisamente usan bien los buenos. Una vez pasada
la muerte, ¿cómo es buena o mala, si ya no existe? Por eso, si
nos fijamos un poco más, ni la sensación de malestar y de mo-
lestia que se da en los moribundos es la muerte. Mientras tie- CAPITULO X
nen sensibilidad, viven, y, si viven, es más propio decir que
están antes de la muerte que en la muerte, porque, cuando ésta A LA VIDA DE LOS MORTALES LE CUADRA MEJOR EL NOMBRE
llegue, priva al cuerpo de toda sensación, que es de molestia DE MUERTE QUE EL DE VIDA
al acercarse ella. Por este motivo es difícil de explicar el modo
y el porqué de llamar moribundos a los que aún no han Desdo el inslnnle en que comenzamos a existir en este cuer-
muerto, sino que, a la vista de la muerte, se agitan en una po IIIIII'IMI, niiinii dejamos de tender linein la muerte [ 2 7 ] . Esta
agonía mortal y extrema, aunque en realidad reciben propia- OH la nlirii de In nniliihilnlud durante lodo el tiempo de la vida
mente el nombre de moribundos, porque, cuando la muerte que (si es que vida debe llamarse) : el tender hacia la muerte [ 2 8 ] .
amenaza llegare, no se llamarán ya moribundos, sino muertos. No existe nadie que no esté más cercano a la muerte después
Nadie es moribundo si no vive, porque, cuando su vida se halla de un año que antes de él, y mañana más que hoy, y hoy más
que ayer, y poco después, más que ahora, y ahora, poco más
est ergo moriens, nisi vivens; quoniam cum in tanta est extremitate vitae,
CAPUT IX in quanta sunt quos agere animam dicimus, profecto qui nondum anima
caruit, adhuc vivit. ídem ipse igitur simul et moriens est et vivens: sed
TEMPUS MOBTIS, QUO VITAE SENSUS AUFERTDH, IN MORIENTIBUS, AN IN MOR-
morti accedens, vita decedens; adhuc tamen in vita, quia inest anima cor-
TUIS ESSE DICENDUM SIT
pori: nondum autem in morte, quia nondum abscessit a corpore. Sed si
Sed id tempus, quo animae a corpore separatae aut in bonis sunt, aut cum abscesserit, nec tune in morte, sed post mortem potius erit; quando
in malis, utrum post mortem potius, an in morte dicendum est? Si enim sit in morte quis dixerit? Nam ñeque ullus moriens erit, si moriens et
post mortem est, iam non ipsa mors, quae transacta atque praeterita est, vivens simul esse nullus potest: quamdiu quippe anima in corpore est,
sed post eam vita praesens animae, bona seu mala est. Mors autem tune non possumus negare viventem. Aut si moriens potius dicendus est, in
eis mala erat, quando erat, hoc est, quando eam patiebantur, cum more- cuius iam corpore agitur ut moriatur, nec simul quisquam potest esse
rentur: quoniam gravis et molestus eis inerat sensus; quo malo bene utun- vivens et moriens; quando sit vivens nescio.
tur boni. Peracta autem mors quonam modo vel bona, vel mala est, quae
iam non est? Porro, si adhuc diligentius attendamus, nec illa mors esse CAPUT X
apparebit, cuius gravem ac molestum in morientibus diximus sensum.
Quamdiu enim sentiunt, adhuc utique vivunt; et si adhuc vivunt, ante DE VITA MOKTALIUM, QUAE MORS POTIUS QUAM VITA DICENDA EST
mortem quam in morte potius esse dicendi sunt: quia illa cum venerit,
aufert omnem corporis sensum, qui ea propinquante molestus est. Ac per Ex quo enim quisque in isto corpore morituro esse coeperit, nunquam
hoc, quomodo morientes dicamus eos qui nondum mortui sunt, sed ¡in- iu eo non agitur ut mors veniat. Hoc enim agit eius mutabilitas toto tem-
minente morte ¡am extrema et mortífera afflictione iactantur, explicare pore vitae huius (si tamen vita dicenda est), ut veniatur in mortem. Nemo
difficile est: etiamsi recte isti appellantur morientes; quia cum mors quae (|iiippe est qui non ei post annum sit, quam ante annum fuit, et eras
iam impendet, advenerit, non morientes, sed mortui nuncupantur. Nullua i|iiara hodie, et hodie quam herí, et paulo post quam nunc, et nunc quam
872 LA CIUDAD DB DIOS xm, 10 XOl, 11, 1 LA MUERTE COMO PENA DRI, l'ÜCADO 873
que antes. Porque el tiempo vivido es un pellizco dado a la
vida, y diariamente disminuye lo que resta; de tal forma, que Porque, si no está en vida, ¿qué es lo que se substrae hasta que
esta vida no es más que una carrera hacia la muerte. No per- se realice su perfecta consunción? Y si no está en, muerte,
mite a nadie detenerse o caminar más despacio, sino que todos ¿qué es la substracción de la vida? No en vano se dice que,
siguen el mismo compás y se mueven con igual presteza. Efec- una vez substraída al cuerpo toda la vida, está ya después de
tivamente, el que tuvo una vida más corta no cruzó el tiem- l;i muerte, sino porque existía la muerte cuando se le substraía
po con más celeridad que el que la tuvo más larga, sino que, la vida. Y si, substraída la vida, no está el hombre en la muer-
arrancados sus momentos de igual modo a ambos, uno tuvo la te; sino después de la muerte, ¿cuándo estará en la muerte sino
meta más cercana, y el otro, más alejada, meta a la que uno cuando le es substraída? [ 3 1 ] .
y otro corrían con idéntica velocidad [ 2 9 ] . Una cosa es haber
andado más camino, y otra, haber caminado más despacio. En
CAPITULO XI

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


consecuencia, el que hasta llegar a la muerte apura espacios
más largos de tiempo, no corre más despacio, sino que anda
más camino. ¿ P U E D E ALGUIEN SER AL MISMO TIEMPO VIVIENTE Y MUERTO?
Por tanto, si cada uno comienza a morir, o sea, a estar en
la muerte, desde el instante en que empieza a obrarse en él la 1. Si es absurdo decir que el hombre antes de encararse con
muerte, es decir, la substracción de la vida, pues que, termina- In muerte está ya en la muerte (¿a qué meta acerca el caminar
da la substracción, estará ya después de la muerte, no en la IIIÍ su vida, si está ya en e l l a ? ) , y como, además, es demasiado
muerte, es indudable que, desde el momento en que comenza- nlrevimiento afirmar que es a un tiempo viviente y moribundo,
mos a existir en este cuerpo, estamos en la muerte [ 3 0 ] . ¿Qué I mes que no se puede estar a la vez velando y durmiendo, es
otra cosa se hace en cada día, en cada hora y en cada momento preciso preguntar cuándo será moribundo. Antes de que la
hasta que apurada la última gota de la vida, se completa la muerte llegue, no es moribundo, sino viviente, y, una vez lle-
muerte, que iba obrándose y comienza a existir ya el tiempo gada la muerte, será ya muerto, no moribundo. Aquello está
posterior a la muerte que en el fieri de la substracción de la iiún miles de In muerte y esto ya pasó su frontera. ¿Cuándo
vida estaba en la muerte? Si, pues, el hombre no puede estar fNl/i en In muerte, pues entonces es rail mente moribundo?
a la vez en vida y en muerte, nunca jamás, desde que mora en ENI/IN I re* rosas distintos: miles de la muerte, en la muerte
este cuerpo moribundo más bien que viviente, está en vida. y después de In muerte, tiene cada una su nombre propio: vi-
¿O diremos que está a la vez en vida y en muerte, es decir, viente, moribundo y muerto. Es, pues, muy difícil determinar
en la vida, en que vive hasta que le sea substraída toda, y en la cuándo un hombre es moribundo, es decir, cuándo está en la
muerte, con que ya muere cuando le es substraída la vida? muerte; cuándo ni es viviente, que es antes de la muerte, ni
ilclrahitur? Si enim non est in vita, quid est quod detrahitur, doñee eius
paulo ante propinquior. Quoniam quidquid temporis vivitur, de spatio vi- lint perfecta consumptio? Si autem non est in morte, quid est vitae ipsa
vendi demitur; et quotidie fit minus minusquc quod restat: ut omnino ilclractio? Non enim frustra, cum vita fuerit corpori tota detracta, post
nihil sít aliud tempus vitae huius, quam cursus ad mortem, in quo nemo mortem iam dicitur, nisi quia mors erat, cum detraheretur. Nam si ea de-
vel paululum stare, vel aliquanto tardius iré permittitur: sed omnes ur- tracta non est homo in morte, sed post mortem; quando, nisi cum detra-
gentur pari motu, nec diverso impelluntur accessu. Ñeque enim cui vita hitur, erit in morte?
brevior fuit, celerius diem duxit, quam ille cui longior: sed cum aequali-
ter et aequalia momenta raperentur ambobus, alter habuit propius, alter
remotius quo non impari velocitate ambo currebant. Aliud est autem am- CAPUT XI
plias viae peregisse, aliud tardius ambulasse. Qui ergo usque ad mortem AN QUISQUAM SIMUL ET VIVENS ESSE POSSIT, ET MORTUUS
productiora spatia temporis agit, non lentius pergit, sed plus itineris con-
ficit. Porro si ex illo quisque incipit mori, hoc est esse in morte, ex quo 1. Si autem absurdum est ut hominem, antequam ad mortem per-
in illo agi coeperit ipsa mors, id est vitae detractio; quia, cum detrahendo veniat, iam esse dicamus in morte; (cui enim propinquat peragendo vitae
finita fuerit, post mortem iam erit, non in morte: profecto ex quo esse in- Niiae témpora, si iam in illa est?) máxime quia nimis est insolens, ut si-
cipit in hoc corpore, in morte est. Quid enim aliud diebus, horis, momea- mul et vivens esse dicatur et moriens, cum vigilans et dormiens simul esse
tisque singulis agi tur, doñee ea consumpta mors quae agebatur, impleatur; non possit: quaerendum est quando erit moriens. Etenim antequam mors
et incipiat iam tempus esse post mortem, quod cum vita detraheretur, erat veniat, non est moriens, sed vivens: cum vero mors venerit, mortuus erit,
in morte? Nunquam igitur in vita homo est, ex quo est in corpore isto non moriens. Illud ergo est adhuc ante mortem, hoc iam post mortem.
moriente potius quam vívente, si et in vita et in morte simul non potest Quando ergo in morte? (tune enim est moriens): ut quemadmodum tria
esse. An potius et in vita et in morte simul est: in vita scilicet in qua Himt cum dicimus, Ante mortem, in morte, post mortem; ita tria singulis
vivit, doñee tota detrahatur; in morte autem, qua iam moritur, cum vita
Hingula, Vivens, moriens, mortuusque reddantur. Quando itaque sit mo-
riens, id est in morte, ubi ñeque sit vivens, quod est ante mortem, ñeque
874 I,A CIUDAD DE DIOS XIII,, 11, 2 X H I , 11, 2 LA MUERTE COMO PENA DEL rECADO 875
m u e r t o , q u e es d e s p u é s d e la m u e r t e , sino m o r i b u n d o , o sea, tes de la muerte no alabes a hombre alguno. Digamos también
en la m u e r t e . M i e n t r a s el a l m a está e n el c u e r p o , m á x i m e si una vez que haya sobrevenido: Después de la muerte de éste
a ú n siente, el h o m b r e , q u e consta d e a l m a y de c u e r p o , vive, y, o de aquél sucedió tal o cual cosa. Digamos también de pre-
p o r t a n t o , n o debe decirse e n la m u e r t e , sino a n t e s de la m u e r - sente, como nos sea posible: Aquel moribundo hizo testamento
te. C o n t o d o , c u a n d o el a l m a se s e p a r a y p r i v a a l c u e r p o de y dejó al morir esto o lo otro a éste o a aquél, aunque en rea-
t o d a sensación, a p a r e c e y a d e s p u é s d e l a m u e r t e , y se l l a m a lidad, si no viviera, no hubiera podido hacerlo, y lo haya hecho
m u e r t o . L u e g o fina en ese c o m e d i o e n q u e es m o r i b u n d o o está más bien antes de la muerte que en la muerte [ 3 3 ] . Hablemos
en la m u e r t e , p o r q u e , si a ú n vive, está a n t e s de la m u e r t e , y, si también como habla la divina Escritura, que no duda en lla-
dejó de vivir, está y a d e s p u é s de la m u e r t e . E n c o n c l u s i ó n : n o mar muertos no a los que han muerto ya, sino a los que están
es p o s i b l e c o m p r e n d e r c u á n d o es m o r i b u n d o o c u á n d o está e n en la muerte. Así en aquel pasaje: Porque no hay en la muerte
la m u e r t e . L o m i s m o o c u r r e c o n el t i e m p o . Se b u s c a el presen- quien se acuerde de ti. Dice, y con razón, que están en la muer-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


te y n o se d a c o n é l , p o r q u e e l c r u z a r d e l f u t u r o a l p a s a d o e s te hasta que resuciten, como se dice que uno está en sueño has-
u n e s p a c i o i n a p r e c i a b l e . ¿ N o será lógico c o n c l u i r d e a q u í q u e ta que despierta, aunque a los que están en sueño los llamamos
l a m u e r t e del c u e r p o n o e x i s t e ? P u e s , si existe, ¿ c u á n d o existe, durmientes, y no podamos sin embargo, de igual modo, llamar
si n o p u e d e e s t a r e n n i n g u n o y n i n g u n o p u e d e e s t a r e n e l l a ? moribundos a los que han muerto. Porque no mueren aún quie-
E n efecto, si se vive, a ú n n o existe l a m u e r t e , p o r q u e esto es nes, por lo que hace a la muerte corporal, de la que ahora tra-
a n t e s d e la m u e r t e , n o en l a m u e r t e , y , si se dejó d e vivir, y a tamos, ya están separados de los cuerpos. Precisamente a esto
n o existe, p o r q u e esto es d e s p u é s d e la m u e r t e , n o en l a m u e r t e . me refería al decir que no puede explicarse con palabras cómo
Si la m u e r t e n o existe a n t e s o d e s p u é s de e l l a m i s m a , ¿ q u é llamamos moribundos a los que aún viven, o decimos de los
significa d e c i r a n t e s d e la m u e r t e o d e s p u é s de l a m u e r t e ? L a ya muertos, aun después de la muerte, que están todavía en la
v e r d a d es q u e decir esto c a r e c e de s e n t i d o , si n o existe la m u e r - muerte. ¿Cómo después de la muerte, si aún están en la muer-
t e . ¡ O j a l á h u b i é r a m o s c o n s e g u i d o , v i v i e n d o b i e n e n el p a s a d o , te, sabiendo además que no les llamamos moribundos, como
q u e n o e x i s t i e r a m u e r t e a l g u n a ! S i n e m b a r g o , a h o r a es t a n llamamos durmientes a los que están en sueño, y enfermos a
esquiva, que n i puede explicarse con p a l a b r a s n i evitarse con los que están en enfermedad, y dolientes a los que están en
razones [ 3 2 ] . dolor, y vivientes u los que están en vida? Con todo, los muer-
2. H a b l e m o s , p u e s , s e g ú n el u s o c o r r i e n t e , p u e s q u e así tos antes de resucitar se dice que están en la muerte, y, sin
lo e x i g e n n u e s t r a s m a n e r a s , y d i g a m o s : A n t e s de la m u e r t e embargo, no podemos llamarlos moribundos [ 3 4 ] .
i g u a l a a n t e s d e q u e la m u e r t e s u c e d a , c o m o está e s c r i t o : An- De aejuí deduzco que no carece de oportunidad y de sentido

mortuus, quod est post mortem, sed moriens, id est in morte, difficillime est, Ante mortem ne laudes hominem quemquam 13. Dicamus etiam cum
definitur. Quamdiu quippe est anima in corpore, máxime si etiam sensus acciderit, Post mortem illius vel illius factum est illud vel illud. Dicamus
adsit, procul dubio vivit homo, qui constat ex anima et corpore; ac per et de praesenti tempore ut possumus, velut cum ita loquimur, Moriens ille
hoc adhuc ante mortem, non in morte esse dicendus est: cum vero anima testatus est, et illis atque illis illud atque illud moriens dereliquit: quam-
abscesserit, omnemque abstulerit corporis sensum, iam post mortem mor- vis hoc nisi vivens omnino faceré non posset, et potius hoc ante mortem
tuusque perhibetur. Perit igitur intei utrumque, quo moriens, vel in morte fecerit, non in morte. Loquamur etiam sicut loquitur Scriptura divina,
sit: quoniam si adhuc vivit, ante mortem est; si vivere destitit, iam post quae mortuos quoque non post mortem, sed in morte esse non dubitat di-
mortem est. Nunquam ergo moriens, id est in morte esse comprehenditur. cere. Hinc enim est illud: Quoniam non est in morte, qui memor sit tui".
Ita etiam in transcursu temporum quaeritur praesens, nec invenitur: quia Doñee enim reviviscant, recte dicuntur esse in morte; sicut in somno esse
sine ullo spatío est, per quod transitur ex futuro in praeteritum. Nonne quisque, doñee evigilet, dicitur: quamvis in somno pósitos dicamus dur-
ergo videndum est, ne ista ratione mors corporis nulla esse dicatur? Si mientes, nec tamen eo modo possumus dicere eos qui iam sunt mortui,
enim est, quando est quae in nullo, et in qua ullus esse non potest? morientes. Non enim adhuc moriuntur qui, quantum attinet ad corporis
quandoquidem si vivitur, adhuc non est; quia hoc ante mortem, non in mortem, de qua nunc disserimus, iam sunt a corporibus separati. Sed hoc
morte: si autem vivere iam cessatum est, iam non est; quia et hoc post est quod dixi explicari aliqua locutione non posse, quonam modo vel mo-
mortem est, non in morte. Sed rursus si nulla mors est ante vel post, quid rientes dicantur vivere, vel iam mortui etiam post mortem adhuc esse di-
est quod dicitur ante mortem, sive post mortem? nam et hoc inaniter cantur in morte. Quomodo enim post mortem si adhuc in morte? Prae-
dicitur, si mors nulla est. Atque utinam in paradiso bene vivendo egisse- sertim cum eos nec morientes dicamus. sicuti eos qui in somno sunt di-
mus, ut revera nulla esset mors. Nunc autem non solum est, verum etiam cimus dormientes; et qui in languore, languentes; et qui in dolore, utique
tam molesta est, ut nec ulla explican locutione possit, nec ulla ratione dolentes; et qui in vita, viven tes: at vero mortui priusquam resurgant, esse
vi tari. dicuntur in morte, nec tamen possunt appellari morientes. Unde non im-
2. Loquamur ergo secundum consuetudinem; non enim aíiler debe-
mus: et dicamus, Ante mortem, prius quam mors accidat; siout scriptum '» E c c l i . 11,30.
'« F 5 . 6,6.
876 LA CIUDAD DE DIOS
xm, i!, 2 X I I I , 12 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 877

m i o p i n i ó n d e q u e , q u i z á n o p o r i n d u s t r i a h u m a n a , p e r o sí p o r
d i s p e n s a c i ó n d i v i n a , este v e r b o moritur ( m u e r e ) en l a t í n n o
C A P I T U L O XII
h a y a p o d i d o s e r c o n j u g a d o p o r los g r a m á t i c o s p o r l a m i s m a
r e g l a c o n q u e se c o n j u g a n l o s d e m á s . D e oritur ( n a c e ) , p o r
e j e m p l o , se f o r m a el p r e t é r i t o ortus est ( n a c i ó ) , y a s í los de- ¿QUÉ MUERTE HABÍA CONMINADO D I O S A LOS PRIMEROS
m á s t i e m p o s q u e se c o n j u g a n c o n l o s p a r t i c i p i o s de p r e t é r i t o . HOMBRES S I QUEBRANTABAN S U M A N D A M I E N T O ?
Mas, si p r e g u n t a m o s p o r el p r e t é r i t o del v e r b o moritur, se n o s
r e s p o n d e r á , c o m o d e c o s t u m b r e , mortuus est ( m u r i ó ) , d u p l i c a - C u a n d o se p r e g u n t a q u é m u e r t e h a b í a c o n m i n a d o D i o s a
d a l a l e t r a u. Se dice mortuus ( m u e r t o ) , c o m o fatuus (fatuo), los p r i m e r o s h o m b r e s e n caso d e q u e b r a n t a r el m a n d a m i e n t o
arduas ( d i f í c i l ) , conspicuus (conspicuo), y otros p o r el estilo r e c i b i d o y d e n o o b e d e c e r l o , si e r a l a m u e r t e d e l a l m a , l a d e l
q u e n o s o n p a r t i c i p i o s , s i n o q u e p o r ser n o m b r e s se d e c l i n a n c u e r p o , l a de t o d o el h o m b r e o l a l l a m a d a s e g u n d a , d e b e con-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


sin t i e m p o . S i n e m b a r g o , en a q u é l , s i m u l a n d o d e c l i n a r l o in- testarse q u e t o d a s . L a p r i m e r a c o m p r e n d e d o s d e e l l a s , y l a se-
d e c l i n a b l e , se p o n e el n o m b r e e n l u g a r del p a r t i c i p i o d e pa- g u n d a , t o d a s . C o m o l a t i e r r a u n i v e r s a l consta d e m u c h a s regio-
s a d o . E s t o lleva en sí u n s e n t i d o , y es q u e , así c o m o l o signi- nes, y l a I g l e s i a u n i v e r s a l d e m u c h a s iglesias, así l a m u e r t e
ficado p o r el v e r b o n o p u e d e s e r d e c l i n a d o , así el v e r b o q u e total consta d e t o d a s l a s m u e r t e s . P o r q u e l a p r i m e r a c o m p r e n -
lo significa n o p u e d e d e c l i n a r s e h a b l a n d o [ 3 5 ] . P e r o a l m e n o s de d o s , u n a d e l a l m a y otra del c u e r p o , d e f o r m a q u e l a p r i -
p o d e m o s , c o n l a a y u d a d e l a g r a c i a de n u e s t r o R e d e n t o r , de- m e r a m u e r t e de t o d o el h o m b r e tiene l u g a r c u a n d o el a l m a sin
c l i n a r l a m u e r t e s e g u n d a . E s t a es l a m á s g r a v e y el p e o r de D i o s Y sin c u e r p o sufre t e m p o r a l m e n t e el castigo, y l a s e g u n d a ,
t o d o s l o s m a l e s , p o r q u e n o consiste en l a s e p a r a c i ó n d e l a l m a c u a n d o el a l m a sin D i o s y c o n el c u e r p o sufre l a s p e n a s eter-
y d e l c u e r p o , sino en el a b r a z o d e u n o y de o t r o p a r a p e n a r nas [ 3 6 ] . C u a n d o D i o s dijo al p r i m e r h o m b r e q u e colocó e n
e t e r n a m e n t e . A l l í es d o n d e e s t a r á n l o s h o m b r e s s i e m p r e en l a el p a r a í s o , h a b l a n d o del fruto p r o h i b i d o : En cualquier día
m u e r t e , n o a n t e s n i d e s p u é s d e l a m u e r t e , y p o r eso n u n c a m á s que comiereis de él, moriréis de muerte, n o h i z o extensiva esta
s e r á n vivientes y n u n c a m á s s e r á n m u e r t o s , sino e t e r n a m e n t e c o n m i n a c i ó n sólo a l a p r i m e r a p a r t e d e l a m u e r t e p r i m e r a , en
m o r i b u n d o . N u n c a i r á p e o r a l h o m b r e en l a m u e r t e q u e cuan- q u e el a l m a se ve p r i v a d a de D i o s ; n i s o l a m e n t e a l a s e g u n d a
d o l a m u e r t e sea i n m o r t a l . p a r l o , en In q u e el c u e r p o se ve p r i v a d o del a l m a ; n i sólo a
1 j* nriniern m u e r t e total, en q u e el a l m a , s e p a r a d a de D i o s y
del c u e r p o , es c a s t i g a d a , sino a c u a n t a s m u e r t e s h a y , h a s t a l a
portune ñeque incongrue arbitror accidisse, etsi non humana industria, ú l t i m a , l l a m a d a s e g u n d a y q u e n o tiene s i g u i e n t e .
iudicio fortasse divino, ut hoc verbum quod est, moritur, in latina lingua
nec grammatici declinare potuerint, ea regula qua caetera taha declinan-
tur. Namque ab eo quod est oritur, fit verbum praeteriti temporis, ortus
est: et si qua similia sunt, per temporis praeteriti participia declinantur. CAPUT XII
Ab eo vero quod est moritur, si quaeramus praeteriti temporis verbum,
QUAM MORTEM PRIMIS H O M I N I B U S D E U S , S I MANDATUM EIUS TRANSGREDE-
responder! assolet, mortuus est, u littera geminata. Sic enim dicitur mor-
RENTUR, FUERIT COMMINATDS
tuus, quomodo fatuus, arduus, conspicuus, et si qua similia, quae non
sunt praeteriti temporis, sed quoniam nomina sunt, sine tempore decli- Curo ergo requiritur, quam mortem Deus primis hominibus fuerit com-
nantur. Illud autem, quasi ut declinetur quod declinari non potest, pro minatus, si ab eo mandatum transgrederentur acceptum, nec obedientiam
participio praeteriti temporis ponitur nomen. Conveniente^ itaque factum custodirent; utrum animae, an corporis, an totius hominis, an illam quae
est, ut, quemadmodum id quod significat, non potest agendo, ita ipsum appellatur secunda: respondendum est, Omnes. Prima enim ex duabus
verbum declinari loquendo non possit. Agi tamen potest in adiutorio gra- constat; secunda ex ómnibus tota. Sicut enim universa térra ex multis
tiae Redemptoris nostri, ut saltem secundam mortem declinare possimus. terris, et universa Ecclesia ex multis constat Ecclesiis; sic universa mors
Illa enim est gravior, et omnium malorum pessima, quae non fit separa- ex ómnibus. Quoniam prima constat ex duabus, una animae, altera cor-
tione animae et corporis, sed in aeternam poenam potius utriusque com- poris: ut sit prima totius hominis mors. cum anima sine Deo et sine cor-
plexu. Ibi e contrario non erunt homines ante mortem atque post mortem, pore ad tempus poenas luit; secunda vero, ubi anima sine Deo cum cor-
sed semper in morte: ac per hoc nunquam viventes, nunquam mortui, sed pore poenas aeternas luit. Quando ergo dixit Deus primo illi homini, quem
sine fine morientes. Nunquam enim erit horaini peius in morte, quam ubi in paradiso constituerat, de cibo vetito, Quacumque die ederitis ex eo,
erit mors ipsa sine morte. morte moriemini15: non tantum primae mortis partem priorem, ubi anima
priva tur Deo; nec tantum posteriorem, ubi corpus priva tur anima; nec
solum ipsam totam primam, ubi anima et a Deo et a corpore separata
punitur: sed quidquid mortis est usque ad novissimam, quae secunda di-
citur, qua est nulla posterior, commmatio illa complexa est.
15
Gen. 2,17.
878 U CIUDAD DE DIOS x r a , 13
XIIX, 14 LA MUERTE COMO PENA 1MS1, PECADO 879

CAPITULO XIII
C A P I T U L O XIV
¿CUÁL FUÉ E L P R I M E R C A S T I G O DE L A P R E V A R I C A C I Ó N D E LOS
PRIMEROS PADRES? E L H O M B R E , CREADO P O R D i o s , Y S U L I B R E CAÍDA

T a n p r o n t o c o m o se l l e v ó a efecto la t r a n s g r e s i ó n del p r e - D i o s , A u t o r d e l a s n a t u r a l e z a s , n o d e l o s vicios, c r e ó a l


c e p t o , d e s a m p a r a d o s de la g r a c i a de D i o s , se r u b o r i z a r o n de l a h o m b r e r e c t o ; p e r o él, d e p r a v a d o p o r p r o p i a v o l u n t a d y j u s -
d e s n u d e z de sus c u e r p o s . D e a q u í q u e c u b r i e r a n sus v e r g ü e n z a s t a m e n t e c o n d e n a d o , e n g e n d r ó seres d e s o r d e n a d o s y c o n d e n a d o s .
con h o j a s de h i g u e r a , las p r i m e r a s t a l vez q u e les v i n i e r o n a T o d o s e s t u v i m o s en a q u e l u n o c u a n d o fuimos t o d o s a q u e l u n o ,
m a n o en m e d i o de su t u r b a c i ó n . E»tos m i e m b r o s los t e n í a n y a q u e cayó en p e c a d o p o r la m u j e r , h e c h a d e él a n t e s del p e c a d o .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


antes, p e r o n o e r a n v e r g o n z o s o s . S i n t i e r o n , p u e s , u n n u e v o m o - A ú n n o h a b í a sido c r e a d a y d i f u n d i d a n u e s t r a f o r m a indivi-
v i m i e n t o en su c a r n e d e s o b e d i e n t e c o m o castigo d e b i d o a su d u a l , f o r m a q u e c a d a u n o h a b í a m o s de t e n e r , p e r o y a existía
d e s o b e d i e n c i a [ 3 7 ] . El a l m a , c o m p l a c i d a en el u s o d e s o r d e n a - la naturaleza germinal, de la que nos habíamos de p r o p a g a r
d o de su p r o p i a l i b e r t a d , y d e s d e ñ a n d o servir a D i o s , se vio t o d o s [ 3 9 ] . D e ésta, v i c i a d a p o r el p e c a d o y l i g a d a con el
p r i v a d a de la p r i m e r a sujeción d e su c u e r p o , y, p o r h a b e r v í n c u l o de la m u e r t e y j u s t a m e n t e c o n d e n a d a , el h o m b r e , na-
a b a n d o n a d o l i b r e m e n t e al S e ñ o r s u p e r i o r , n o m a n t e n í a someti- c i e n d o del h o m b r e , n o n a c e r í a de otra c o n d i c i ó n . P o r eso, del
d o al siervo inferior, n i t e n í a s o m e t i d a a sí m i s m a l a c a r n e , m a l u s o del l i b r e a l b e d r í o se o r i g i n ó u n a serie de d e s v e n t u r a s ,
c o m o la h u b i e r a p o d i d o t e n e r s i e m p r e , de h a b e r p e r m a n e c i d o q u e d e s d e u n p r i n c i p i o v i c i a d o , c o m o c o r r o m p i d o de raíz el
ella sometida a Dios [ 3 8 ] . Entonces comenzó la carne a desear g é n e r o h u m a n o , a r r a s t r a r í a a t o d o s en c o n c a t e n a c i ó n de mise-
c o n t r a el e s p í r i t u . E n este c o m b a t e h e m o s n a c i d o , a r r a s t r a n d o r i a s h a s t a el a b i s m o de l a m u e r t e s e g u n d a , q u e n o t i e n e fin, si
u n g e r m e n de m u e r t e y l l e v a n d o en n u e s t r o s m i e m b r o s y en la g r a c i a de D i o s n o l i b r a r a a a l g u n o s .
n u e s t r a v i c i a d a n a t u r a l e z a la d i s y u n t i v a de l u c h a y de v i c t o r i a
de la p r i m e r a p r e v a r i c a c i ó n .
CAPUT XIV

QüALIS HOMO SIT FACTUS A DEO, ET IN QUAM SORTEM DECIDERIT SUAE


CAPUT XIII VOLUNTATIS ARBITRIO

PRAEVARICATIO PRIMORUM HOMINUM, QUAM PRIMAM SENSERIT POENA Deus enim creavit hominem rectum, naturarum auctor, non utique vi-
tiorum: sed sponte depravatus iusteque damnatus, depravatos damnatosque
Nam posteaquam praecepti facta transgressio est, confestim gratia de- generavit. Omnes enim fuimus in illo uno, quando omnes fuimus ille unus,
screme divina, de corporum suorum nuditate confusi sunt. Unde etiam qui per feminam lapsus est in peccatum, quae de illo facta est ante pec-
foliis ficulneis, quae forte a perturbatis prima comperta sunt, pudenda catum. Nondum erat nobis singillatim creata et distributa forma, in qua
texerunt 1 0 : quae prius eadem membra erant, sed pudenda non erant. Sen- singuli viveremus; sed iam natura erat seminalis, ex qua propagaremur:
serunt ergo novum motum inobedientis carnis suae. tanquam reciprocan! qua scilicet propter peccatum vitiata, et vinculo mortis obstricta, iusteque
poenam inobedientiae suae. Iam quippe anima libértate in perversum damnata, non alterius conditionis homo ex homine nasceretur. Ac per hoc
propria delectata, et Deo dedignata serviré, prístino corporis servitio desti- a liberi arbitrii malo usu series huius calamitatis exorta est, quae huma-
tuebatur: et quia superiorem Dominum suo arbitrio deseruerat, inferiorem num genus origine depravata, velut radice corrupta, usque ad secundae
famulum ad suum arbitrium non tenebat: nec omni modo habebat subdi- mortis exitium, quae non habet finem, solis eis exceptis qui per gratiam
tam carnem, sicut semper habere potuisset, si Deo subdita ipsa mansisset. Dei liberantur, miseriarum connexione perducit.
Tune ergo coepit caro concupiseere adversus spiritum " : cum qua con-
troversia nati sumus, trahentes originem mortis, et in membris nostris vi-
tiataque natura contentionem eius sive victoriam de prima praevaricatione
gestantes.
16
Gen. 3,7.
" Cal. s,i7.
X I I I , 16, 1 LA MUERTE COMO PENA DEI, PECADO 881
880 LA CIUDAD DE DIOS xni,i5
edad y encogido por la vejez, llegó a experimentar la otra
muerte, de la que Dios había dicho cuando imponía sus casti-
CAPITULO XV gos al hombre: Eres tierra, y a la tierra irás. Así, estas dos
muertes completarían la primera, que es de todo el hombre,
ADÁN, PECANDO, ABANDONÓ A D I O S ANTES QUE D I O S LE ABAN- y a ella seguiría, al fin, la segunda, si el hombre no es librado
DONARA A ÉL. LA PRIMERA MUERTE DEL ALMA CONSISTIÓ EN SU por la gracia. El cuerpo, que procede de la tierra, no tornaría
APARTAMIENTO DE D I O S a ella sino por la muerte, que le sobreviene cuando se ve pri-
vado de su vida, o sea, del alma.
Por este motivo, como en estas palabras: Moriréis de muer- De aquí que los cristianos, fieles y veraces custodios de la
te, no se dijo: de muertes, debe entenderse sólo aquella que fe católica, den constancia de que la muerte del cuerpo nos es
tiene lugar cuando el alma es abandonada por su vida, que es

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


infligida no por ley de naturaleza, pues que Dios no dio al
Dios [ 4 0 ] . (Porque no fué abandonado para que abandonase, hombre muerte alguna, sino por merecido del pecado. Dios, al
sino que abandonó para ser abandonado, ya que, para su mal, vengar el pecado, dijo al hombre, en quien entonces estábamos
es primero la propia voluntad, y, para su bien, es primero la todos: Eres tierra, y a la tierra irás [ 4 1 ] .
voluntad del Creador, sea para hacerla cuando aún no existía,
sea para rehacerla cuando pereció en su caída.) Con todo, aun-
que entendamos que Dios quiso significar esta muerte en esas CAPITULO XVI
palabras: El día que comiereis de él, moriréis de muerte, como
si dijera: El día que me abandonéis por la desobediencia, os
HAY FILÓSOFOS QUE PIENSAN QUE LA SEPARACIÓN DEL CUERPO
abandonaré yo por justicia, es indudable que en esa muerte se
Y DEL ALMA NO ES UNA PENA, Y SE BASAN EN QUE PLATÓN
anunciaron también las demás que habían de suceder. Al ori-
INTRODUCE AL D I O S SUPREMO PROMETIENDO A LOS DIOSES IN-
ginarse en la carne del alma desobediente un movimiento des-
FERIORES EL NO SER NUNCA DESTITUÍDOS DE SUS CUERPOS
obediente, por el cual cubrieron sus vergüenzas, se sintió la
muerte, en la que Dios abandonó al alma. Esta quedó significa-
1. Pero liav filósofos, conlni cuyas calumnias defendemos
da en aquellas palabras que Dios dirigió al hombre cuando se
escondía en su loco temor: Adán, ¿dónde estás? Y lo dijo, no In (ululad de Dios, es decir, la Iglesia, que se mofan, según
preguntando, como si lo ignorase, sino advirtiéndole con re- ellos, snliinmenlc de lo que acabamos de decir: de que la se-
proche que se percatase dónde estaba, porque Dios ya no estaba paración del alma y del cuerpo debe numerarse entre las penas.
con él. Luego, al abandonar el alma al cuerpo, arrugado por la
pando admonens, ut attenderet ubi esset in quo non esset Deus. Cum vero
corpus anima ipsa deseruit aetate corruptum et senectute confectum, venit
in experimentum mors altera, de qua Deus peccatum adhuc puniens ho-
CAPUT XV mini dixerat, Térro es, et in terram ibis 19: ut ex his duabus mors illa
prima, quae totius est hominis, compleretur, quam secunda in ultimo se-
QUOD ADAM PECCANS PRIUS RELIQUERIT DEUM, QUAM RELINQUERETUR A DEO; quitur, nisi homo per gratiam liberetur. Ñeque enim corpus quod de térra
ET PRIMAM FUISSE ANIMAE MORTEM A D E O RECESSISSE est, rediret in terram, nisi sua morte, quae illi accidit, cum deseritur sua
vita, id est anima. Unde constat inter Christianos veraciter catholicam
Quamobrem etiamsi in eo quod dictum est, Morte moriemini, quoniam tenentes fidem, etiam ipsam nobis corporis mortem, non lege naturae,
non est dictum, Mortibus, eam solam intelligamus, quae fit cum anima qua nullam mortem homini Deus fecit, sed mérito inflictam esse peccati:
deseritur sua vita, quod illi Deus est (non enim deserta est ut desereret, quoniam peccatum vindicans Deus, dixit homini, in quo tune omnes era-
sed ut desereretur, deseruit: ad malum quippe eius prior est voluntas eius; mus, Terra es, et in terram ibis.
ad bonum vero eius prior est voluntas Creatoris eius, sive ut eam faceret
quae nulla erat, sive ut reficiat quae lapsa perierat): etiamsi ergo hanc
intelligamus Deum denuntiasse mortem, in eo quod ait, Qua die ederitis CAPUT XVI
ex illo, morte moriemini; tanquam diceret, Qua die me deserueritis per
inobedientiam, deseram vos per iustitiam: profecto in ea morte etiam cae- DE PHILOSOPHIS, QUI ANIMAE SEPARATIONEM A CORPORE NON PUTANT ESSE
terae denuntiatae sunt, quae procul dubio fuerant secuturae. Nam in eo POENALEM, CUM PLATO INDUCAT SUMMUM D E U M MIS MINORIBUS
quod inobediens motus in carne animae inobedientis exortus est, propter PROMITTENTEM, QUOD NUNQUAM SINT CORPORIBUS EXUENDI
quem pudenda texerunt, sensa est mors una in qua deseruit animam Deus.
Ea significata est verbis eius, quando timore dementi sese abscondenti 1. Sed philosophi, contra quorum calumnias defendimus civitatem
homini dixit, Adam, ubi es?1' non utique ignorando quaerens, sed incre- Dei, hoc est eius Ecclesiam, sapienter sibi videntur irridere quod dicimus,
Is ammae a corpore separationem inter poenas eius esse deputandam: quia
Gen. 3,9.
" rbid., 19.
882 LA CIUDAD DE DIOS XHl, 16 i
XtlII, 1 6 , 2 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 883
Y se fundan en que-—es opinión suya—el alma alcanza la per-
íecta felicidad cuando, desligada en absoluto de todo cuerpo fuerte para vuestra perpetuidad que el hado a que quedasteis
torna a Dios simple y sola y en cierto modo desnuda. Si en ligados al comenzar vuestra existencia». Cata que Platón dice
sus mismos escritos no hallara nada con que refutar esta opi. que los dioses, por la ligadura del cuerpo y del alma, son mor-
nión, debería alargarme un tanto en demostrar que el cuerpo tales, y que, con todo, por voluntad y decisión del Dios que los
no es oneroso al alma sino por ser corruptible. Aquí viene a hizo son inmortales. Si, pues, es una pena para el alma estar
pelo aquel pasaje de nuestras Escrituras citado en el libro an- ligada a un cuerpo, ¿qué significa que, hablándoles Dios como
terior: El cuerpo corruptible apesga al alma. Al añadir co- a temerosos de que la muerte se asome a sus puertas, o sea, de
rruptible da a entender que apesga al alma no cualquier cuer- separarse de sus cuerpos, 1-es asegura su inmortalidad? Y esto
po, sino el hecho por el castigo consiguiente al pecado. Y, aun- no por la naturaleza de esos dioses, que es compuesta, no sim-
que no lo hubiera añadido, no debiéramos entender otra cosa. ple, sino por la insuperable voluntad de Dios, que puede hacer
Sin embargo, pregonando Platón a todos los vientos que que ni lo nacido muera ni lo ligado se desligue, sino que per-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los dioses hechos por el Dios soberano tienen cuerpos inmor- severe incorruptiblemente.
tales, e introduciendo a Dios, Hacedor de ellos, prometiéndoles, 2. Saber si en realidad este sentir de Platón, aplicado a
como singular beneficio, una estancia eterna en sus cuerpos y los astros, es verdadero, es otra cuestión. No debe concederse
el no ser desligados de ellos por muerte alguna, ¿a qué viene n la ligera que esos globos de luz o pequeños círculos que ilu-
el que éstos, para perseguir la fe cristiana, finjan desconocer minan con su luz corpórea la tierra de día o de noche, tengan
lo que conocen? ¿Por qué, en pugna consigo mismos, prefie- ánimos propios inteligentes y dichosos que los vivifiquen. Esto
ren decir eso con tal de no cejar en su empeño de contradecir- lo afirma él con insistencia del mundo universo, como de un
nos? Voy a citar las propias palabras de Platón, traducidas al gran animal que contiene todos los demás animales [ 4 4 ] . Pero,
latín por Cicerón [42], en las que introduce al Dios soberano como queda dicho, ésta es otra cuestión, y al presente no me he
perorando y diciendo a los dioses que hizo: «Vosotros, hijos comprometido a discutirla. Sencillamente, yo he creído un de-
de los dioses, considerad de qué obras soy yo padre y hacedor. ber citar ese texto contra aquellos que se glorían de llamarse
Sois indisolubles contra mi voluntad [43], aunque todo lo o ser platónicos, orgulloso título que les ruboriza de ser cris-
compuesto pueda disolverse, pero no es propio del bien querer tianos, poique este nombre sería común a ellos y al vulgo, y el
separar lo que la razón ha unido. Mas, por haber nacido, no miy<> de piilinilos |4f>|, cuyo número es tanto más fastuoso
podéis ser inmortales, indisolubles. Sin embargo, no os disol- cunnto más exiguo, se liaría despreciable. Estos, buscando pun-
veréis ni hado alguno de muerte os quitará la vida, porque no
será más poderoso que mi voluntad, que es un vínculo más invito: quanquam omne colligatum solvi potest. Sed haudquaquam boni
est, ratione vinctum velle dissolvere. Sed quoniam estis orti, immortale»
videlicet eius perfectam beatitudinem tune illi fieri existimant, enm omni vos quidem esse et indissolubiles non potestis: nequáquam tamen dissol-
prorsus corpore exuta ad Deum simplex et sola et quodamraodo nuda vemini, ñeque vos ulla mortis fata periment, nec erunt valentiora quam
redierit. Ubi si nihil, quo ista refelleretur opinio, ín eorum litteris inve- oonsilium meum, quod maius est vinculum ad perpetuitatem vestram, quam
nirem, operosius mihi disputandum esset, quo demonstrarem non Corpus illa quibus estis, tum cum gignebamini, colligati». Ecce déos Plato dicit
esse animae, sed corruptibile corpus onerosum. Unde illud est quod de et corporis animaeque colligatione mortales, et tamen immortales Dei a
Scripturis nostris in superiori libro commemoravimus20, Corpus enim quo facti sunt volúntate atque consilio. Si ergo ariimae poena est in qua-
corruptibile. aggravat animam21. Addendo utique corruptibile, non quali- licumque corpore colligari, quid est quod eos alloquens Deus tanquam
cumque corpore, sed quale factum est ex peccato consequente vindicta, Rollicitos, ne forte moriantur, id est dissolvantur a corpore, de sua facit
animam perhibuit aggravari. Quod etiamsi non addidisset, nihil aliud in- immortalitate securos; non propter eorum naturam, quae sit compacta,
telligere deberemus. Sed cum apertissime Plato déos a summo Deo factos non simplex, sed propter suam invictissimam voluntatem, qua potens est
habere immortalia corpora praedicet, eisque ipsum Deum, a quo facti faceré, ut nec orta occidant. nec connexa solvantur, sed incorruptibiliter
sunt, inducat pro magno beneficio pollicentem, quod in aeternum cum perseverent?
suis corporibus permanebunt, nec ab eis ulla morte solventur: quid est 2. Et hoc quidem utrum Plato verum de sideribus dicat. alia quaestio
quod isti ad exagitandam christianam fidem fingunt se nescire quod est: ñeque enim ei continuo concedendum est, globos istos luminum sive
sciunt; aut etiam sibi repugnantes adversum se ipsos malunt dicere, dum orbiculos luce corpórea super térras, seu die, seu nocte fulgentes, suis
nobis non desinant contradicere? Nempe Platonis haec verba sunt, sicut quibusdam propriis animis vivere, eisque intellectualibus et beatis, quod
ea Cicero in latinum vertit, quibus inducit summum Deum déos quo9 etiam de ipso universo mundo, tanquam uno animali máximo, quo cuneta
fecit alloquentem ac dicentem: «Vos qui deorum satu orti estis, attendite caetera continerentur animalia, instanter affirmat. Sed haec. ut dixi, alia
quorum operum ego parens effectorque sum. Haec sunt indissolubilia me quaestio est, quam nunc discutiendam non suscepimus. Hoc tantum contra
20
istos commemorandum putavi, qui se Platónicos vocari vel esse gloriantur,
C.IJ. cuius superbia nominis erubescunt esse Christiani, ne commune illis cum
•» Sap, 9,t5. vulgo vocabulum, vilem faciat palliatorum, tanto magis inflatam, quanto
884 LA CIUDAD DE DIOS x i n , 17, i

tos en q u e r e p r e n d e r la d o c t r i n a c r i s t i a n a , a p e l a n a l a eterni- XBXl, 1 7 , 1 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 885


d a d de los c u e r p o s , c o m o si f u e r a n c o n t r a r i o s e n t r e sí b u s c a r
e t e r n a , y los c u e r p o s de los d e m á s a n i m a l e s , t e r r e s t r e s , si D i o s
la felicidad del a l m a y q u e r e r q u e viva s i e m p r e e n el c u e r p o
lo a u i e r e , c o m o q u i s o lo o t r o , n o p u e d a n ser e t e r n o s ?
c o m o l i g a d a a u n v í n c u l o p e n o s o . Y lo h a c e n a p e s a r de q u e
P e r o la t i e r r a — r e p l i c a n — h a de t o r n a r a l a t i e r r a , d e d o n d e
P l a t ó n , su a u t o r y m a e s t r o , dice q u e el D i o s s o b e r a n o c o n c e d i ó
fueron s a c a d o s l o s c u e r p o s d e los a n i m a l e s t e r r e s t r e s . D e don-
a los dioses h e c h o s p o r E l este d o n , el n o m o r i r n u n c a , es decir,
de se d e d u c e — a ñ a d e n — q u e n e c e s a r i a m e n t e h a n d e d i s o l v e r s e
el n o s e r s e p a r a d o s d e los c u e r p o s a q u e los h a b í a l i g a d o . y m o r i r , y d e este m o d o ser r e i n t e g r a d o s a l a t i e r r a e s t a b l e y
e t e r n a , de q u e h a b í a n s i d o s a c a d o s . Si a l g u i e n afirma o t r o tan-
to del fuego y dice eme h a n de t o r n a r al fuego u n i v e r s a l los
C A P I T U L O XVII c u e r p o s s a c a d o s de él p a r a h a c e r los a n i m a l e s celestes, ¿ n o
v e n d r á a e c h a r p o r t i e r r a , c o m o h u r a c á n de esta c o n t i e n d a , l a
i n m o r t a l i d a d , q u e p r o m e t i ó P l a t ó n a t a l e s dioses e n a q u e l dis-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


CONTRA LOS QUE A F I R M A N QUE LOS CUERPOS TERRENOS NO
PUEDEN TORNARSE INCORRUPTIBLES Y ETERNOS c u r s i t o q u e p u s o en b o c a del D i o s s u p r e m o ? ¿ O es q u e e s o
a l l í n o sucede j u s t a m e n t e p o r q u e D i o s n o q u i e r e , c u y a v o l u n -
1. Defienden a d e m á s estos filósofos q u e los c u e r p o s t e r r e s - tad, c o m o dice P l a t ó n , n o es v e n c i d a p o r fuerza a l g u n a ? ¿ Q u é
tres n o p u e d e n s e r e t e r n o s , b i e n q u e n o d u d a n q u e la m i s m a i m p i d e al p o d e r de D i o s h a c e r esto con los c u e r p o s t e r r e n o s ,
t i e r r a es m i e m b r o d e u n d i o s , n o c i e r t a m e n t e del s u p r e m o , p e r o si P l a t ó n a d m i t e o u e D i o s p u e d e h a c e r q u e n i m u e r a lo q u e
sí de u n o g r a n d e , del m u n d o , i n t e r m e d i o y e t e r n o . E n efecto, h a n a c i d o , n i se d e s l i g u e lo l i b a d o , ni se t o r n e a l o s e l e m e n t o s
el D i o s s u p r e m o creó o t r o d i o s p r e t e n d i d o , esto es, el m u n - lo t o m a d o de e l l o s y q u e l a s a l m a s l i g a d a s a los c u e r p o s n u n c a
d o [ 4 6 ] , s u p e r i o r a los d e m á s dioses i n f e r i o r e s y c o n s i d e r a d o los a b a n d o n e n y gocen con e l l o s d e i n m o r t a l i d a d y d e e t e r n a
c o m o u n a n i m a l , o sea, c o m o u n ser con a l m a , s e g ú n e l l o s ra- d i c h a ? ¿ P o r qué, pues, no puede hacer que no m u e r a n tam-
cional o i n t e l e c t u a l , en u n a m a s a c o r p o r a l t a n e n o r m e . A d e m á s p o c o los c u e r p o s t e r r e n o s ? ¿ O es a u e el p o d e r d e D i o s n o se
e x t i e n d e h a s t a d o n d e c r e e n l o s c r i s t i a n o s , sino h a s t a d o n d e
l e dotó d e u n a especie de m i e m b r o s , c o l o c a d o s en sus l u g a r e s
q u i e r e n los p l a t ó n i c o s ? ¿ E s v e r d a d q u e los filósofos p l a t ó n i c o s
y d i s p u e s t o s en el c u e r p o , de c u a t r o e l e m e n t o s , c u y a u n i ó n
hnn p o d i d o c o n o c e r el c o n s e i o de D i o s v n o l o h a n p o d i d o co-
q u i e r e n q u e sea i n d i s o l u b l e v e t e r n a p a r a q u e ese dios n o
nocer h\s p r o í c l a s ? Al c o n t r a r i o , ol E s o í r i t u d e D i o s e n s e ñ ó
m u e r a . Y , si esto es así, ¿ q u é r a z ó n h a y p a r a q u e l a t i e r r a ,
a los p r o f e t a s a a n u n c i a r la v o l u n t a d d e D i o s , c u a n t o E l se
c o m o el m i e m b r o c e n t r a l e n el c u e r p o de ese g r a n a n i m a l , sea
d i g n ó m o s t r a r l e s , v, en c a m b i o , los filósofos, a l c o n o c e r l a , su-
magis exiguam paucitatem: et quaerentes quid in doctrina christiana re- f r i e r o n el e n g a ñ o de l a s h u m a n a s c o n j e t u r a s [ 4 7 ] .
prehendant, exagitant aeternitatem corporum, tanquam haec sint Ínter se
contraria, ut et beatitudinem quaeramus animae. et eam semper esse ve- est, ut in corpore maioris animantis tanquam médium membrum aeterna
limus in corpore, velut aerumnoso vinculo colligatam: cum eorum auctor sit térra, et aliorum animantium terrestrium corpora, si, Deus sicut illud
et magister Plato, donum a Deo summo diis ab illo factis dicat esse con- velit, aeterna esse non possint? Sed terrae, inquiunt, térra reddenda est,
cessum, ne aliquando moriantur, id est a corporibus, quibus eos connexuit. unde animalium terrestria sumpta sunt corpora: ex quo fit, inquiunt, ut
separen tur. ea sit necesse dissolvi et emori; et eo modo terrae stabili ac sempiternae,
CAPUT XVII unde fuerant sumpta, restituí. Si quis hoc etiam de igne similiter affirmet,
et dicat reddenda esse universo igni corpora, quae inde sumpta sunt, ut
caelestia fierent animalia; nonne immortalitas, quam talibus diis, velut
CONTRA EOS QUI ASSERUNT, TERRENA CORPORA INCORRUPTIBILIA FIERI
Deo summo loquente, promisit Plato, tanquam violentia disputationis
ET AETERNA NON POSSE
huius intercidet? An ibi propterea non fit, quia Deus non vult, cuius
1. Contendunt etiam isti, terrestria corpora sempiterna esse non posse, voluntatem, ut ait Plato, nulla vis vincit? Quid ergo prohibet, ut hoc
cum ipsam universam terram dei sui, non quidem summi. sed tamen magni, etiam de terrestribus corporibus Deus possit efficer.<;, quandoquidem ut.
id est totius huius mundi, membrum in medio positum et sempiternum nec ea quae orta sunt, occidant, nec ea quae sunt 'uñeta solvantur, nec
esse non dubitent. Cum ergo Deus ille summus fecerit eis alterum quem ea quae sunt ex elementis sumpta reddantur, atque ut animae in corpori-
bus constitutae nec unquam ea deserant, et cum eis immortalitate ac
putant deum 22, id est istum mundum, caeteris diis qui infra eum sunt
sempiterna beatitudine perfruantur, posse Deum faceré confitetur Plato?
praeferendum, eumdemque esse existiment animantem. anima scilicet, sicut Cur ergo non possit, ut nec terrestria moriantur? An Deus non est potens
asserunt, rationali vel intellectuali in tam magna mole corporis eius in- quousque Christiani credunt, sed quousque Platonici volunt? Nimirum
clusa; ipsiusque corporis tanquam membra locis suis posita atque digesta, quippe consilium Dei et potestatem potuerunt phüosophi, nec potuerunt
quatuor constituerit elementa, quorum iuncturam, ne unquam deus eorum nosse Prophetae? cum potius e contrario Dei Prophetas ad enuntiandam
tam magnus moriatur, insolubilem ac sempiternam velint: quid causae eius, quantum dignatus est, voluntatem, Spiritus eius docuerit; philosophos
M autem in ea cognoscenda coniectura humana deceperit.
PLATO, in Timaeo.
886 ivA CIUDAD Dit nios XIH, 17, 2
XIII,. 18 I,A MUERTE COMO PENA DEI, PECADO 887
2. Sin embargo, no debían liaber llevado su error, no por
ignorancia, sino por obstinación, hasta el extremo de contrade- Pero no se allanan ni a una cosa ni a otra. No se atreven a
cirse manifiestamente entre sí, afirmando, por una parte, con atribuir a sus dioses la separación de los cuerpos, por temor a
todas sus fuerzas dialécticas que el alma, para poder ser feliz, parecer que dan culto a seres mortales, ni a atribuirles la pri-
debe huir no solamente el cuerpo terreno, sino todo cuerpo, e vación de la beatitud, para no tener que confesar que son infe-
insistiendo, por otra, en que los dioses tienen almas muy feli- lices [ 4 9 ] . En conclusión: para conseguir la felicidad no deben
ces, ligadas, con todo, a cuerpos eternos, y las celestes, a cuer- huirse todos los cuerpos, sino los corruptibles, los pesados, los
pos ígneos. Insisten también en que el alma de Júpiter, que mortales, los molestos; no tales cuales fueron los que dio la
pretenden que sea este mundo, se halla repartida en todos los bondad de Dios a los primeros hombres, sino cuales les obligó
elementos corpóreos de que se compone toda esta mole que se a ser la pena del pecado [ 5 0 ] .
eleva desde la tierra al cielo. Platón opina que esta alma, des-
de el medio íntimo de la tierra, llamado por los geómetras

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


centro, hasta la sumidad más suma del cielo, está difundida y CAPITULO XVIII
extendida por todas sus partes según los números musicales.
De esta suerte, el mundo es, para él, el animal mayor y más
feliz y eterno, y su alma goza de la perfecta felicidad de la L O S F I L Ó S O F O S AFIRMAN QUE LOS CUERPOS TERRENOS NO PUEDEN
sabiduría y no abandona su cuerpo propio. Su cuerpo vive por CONVENIR A SERES CELESTIALES, PORQUE SU P E S O NATURAL LOS
ella eternamente, y, aunque no es simple, sino compuesto de INCLINA A LA TIERRA
tantos y tan enormes cuerpos, no pueden embotarlo ni retrasar
su ascensión. Dando esta libertad a sus sospechas, ¿por qué Pero necesariamente—dicen—el peso natural retiene a los
no quieren creer que pueden llegar a ser inmortales, por vo- cuerpos terrenos en la tierra, o al menos los inclina con violen-
luntad y por el poder de Dios, los cuerpos terrenos, en que cia a ella, y por eso no pueden estar en el cielo [ 5 1 ] . Es verdad
vivan eterna y felizmente [481 las almas no separadas de ellos que los primeros hombres habitaban una tierra nemorosa y fruc-
por muerte alguna, ni apesgadas por sus pesos, cosa que, según tífera, que recibió el nombre de paraíso. Mas, como esta obje-
ellos, pueden sus dioses en los cuerpos ígneos, y Júpiter, rey ción no debe quedar sin respuesta, bien por mor del cuerpo con
de los mismos, en todos los elementos corpóreos? que Cristo ascendió ni cielo, bien por el que han de tener los
nimios en In resurrección, consideren en primer lugar con un
Si el alma para ser feliz debe huir todo cuerpo, huyan los poquito más de atención la naturaleza de ¡os pesos terrenos. Si
dioses de los globos siderales, huya Júpiter del cielo y de la el arte humano es capaz de hacer que floten sobre el agua vasos
tierra. Y, si no son capaces de ello, téngaseles por miserables. fabricados de metales, que, puestos sobre ella, se van al fondo
al instante, ¡cuánto más creíble y poderoso es Dios, por cuya
2. Verum non usque adeo decipi debuerunt, non solum ignorantia, sed
magis etiam pervicacia, ut et sibi apertissime refragentur, magnis disputa- aut si non possunt, miseri iudicentur. Sed neutrum isti volunt, qui ñeque
tionum viribus asserentes, animae, ut beata esse possit, non terrenum a corporibus separationem audent daré diis suis, ne illos mortales colere
tantum, sed omne Corpus esse fugiendum; et déos rursus dicentes habere videantur; nec beatitudinis privationem, ne infelices eos esse fateantur.
beatissimas animas, et tamen aeternis corporibus illigatas, caelestes qui- Non ergo ad beatitudinem consequendam omnia fugienda sunt corpora;
dem igneis, Iovis autem ipsius animam, quem mundum istum volunt, óm- sed corruptibilia, molesta, gravia, moribunda; non qualia fecit primis
nibus omnino corporeis elementis, quibus haec tota moles a térra in cae- hominibus bonitas Dei, sed qualia esse compulit poena peccati.
lum surgit, inclusam. Hanc enim animam Plato ab intimo terrae medio,
quod geometrae centrum vocant, per omnes partes eius usque ad caeli CAPUT XVIII
summa et extrema diffundi et extendi per números músicos opinatur, ut
sit iste mundus animal máximum, beatissimum, sempiternum, cuius anima DE TERRENIS CORPORIBUS, QUAE PHILOSOPHI AFFIRMANT IN CAELESTIBUS ESSE
et perfectam sapiefitiae felicitatem teneret, et corpus proprium non re- NON POSSE; QUIA QUOD TERRENUM EST, NATURALI PONDERE VOCETUR AD
linqueret; cuiusque Corpus et in aeternum ex illa viveret, et eam quamvis TERRAM
non simplex, sed tot corporibus tantisque compactum, hebetare atque tar-
dare non posset. Cum igitur suspicionibus suis ista permittant, cur nolunt Sed necesse est, inquiunt, ut terrena corpora naturale pondus vel in
credere, divina volúntate atque potentia immortalia corpora fieri posse térra teneat, vel cogat ad terram: et ideo in cáelo esse non possint. Primi
terrena, in quibus animae nulla ab eis morte separatae, nullis eorum one- quidem illi homines in térra erant nemorosa atque fructuosa, quae paradisi
ribus aggravatae, sempiterne ac feliciter vivant; quod déos suos posse nomen obtinuit: sed quia et ad hoc respondendum est, vel propter Christi
asserunt in corporibus igneis, Iovemque ipsum regem eorum in ómnibus corpus cum quo ascendit in caelum, vel propter sanctorum qualia in re-
corporeis elementis? Nam si animae, ut beata sit, corpus est omne fugien- surrectione futura sunt, intueantur paulo attentius pondera ipsa terrena.
dum, fugiant dii eorum de globis siderum, fugiat Iupiter de cáelo et térra: Si enim ars humana efficit ut ex metallis, quae in aquis posita continuo
fmbmerguntur, quibusdam modis vasa fabricata etiam natare possint;
888 W CIUDAD. DK DIOS XIII, 18 XIII, 18 M MUERTE COMO PENA DEL PECADO 889
omnipotentísima voluntad, sc^ún Platón, no puede ni pere- c a r a con p a l a b r a s la d i s t a n c i a q u e m e d i a e n t r e l a l l a m a d a s a l u d
cer lo n a c i d o n i ser d e s l i g a d o lo l i g a d o , p a r a , p o r m o d o s p r e s e n t e y la i n m o r t a l i d a d f u t u r a ? N o r e d a r g u y a n , p u e s , n u e s -
ocultos, d a r a los c u e r p o s t e r r e n o s el n o ser a t r a í d o s p o r p e s o tra fe los filósofos b a s a d o s en los p e s o s de los c u e r p o s [ 5 2 ] ,
a l g u n o h a c i a a b a j o , s i e n d o m u c h o m á s a d m i r a b l e la u n i ó n en-
A d e m á s , n o q u i e r o p r e g u n t a r p o r q u é n o c r e e n q u e el cuer-
t r e lo c o r p ó r e o y lo i n c o r p ó r e o q u e e n t r e lo c o r p ó r e o y lo cor-
p o t e r r e n o p u e d a e s t a r en el cielo, s i e n d o así q u e l a t i e r r a t o d a
p o r a l ! Y c o n c e d e a d e m á s a los á n i m o s p e r f e c t a m e n t e b i e n a v e n -
e s t r i b a s o b r e la n a d a [ 5 3 ] . Q u i z á sea u n a r g u m e n t o de n o me-
t u r a d o s q u e sitúen sus c u e r p o s , t e r r e n o s , es v e r d a d , p e r o in-
n o r p r o b a b i l i d a d el t o m a d o del c e n t r o del m u n d o , en el s e n t i d o
c o r r u p t i b l e s , d o n d e q u i e r a n y q u e o b r e n d o n d e les p l a z c a con
de q u e en él se d a n cita las cosas m á s p e s a d a s . M e l i m i t o úni-
u n a p o s i c i ó n y u n m o v i m i e n t o f a c i l í s i m o . ¿ O es q u e d e b e creer-
c a m e n t e a d e c i r : Si los dioses inferiores, a q u i e n e s c o m i s i o n ó
se q u e , si los á n g e l e s r e a l i z a n o b r a s c o m o éstas, a r r e b a t a r a
P l a t ó n el h a c e r al h o m b r e e n t r e los d e m á s a n i m a l e s t e r r e s t r e s ,
ciertos a n i m a l e s t e r r e s t r e s de d o n d e se h a l l a n y c o n s t i t u i r l o s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p u d i e r o n , c o m o él dice, r e m o v e r del fuego la c u a l i d a d de q u e -
d o n d e les p l a c e , n o p u e d a n h a c e r l o sin t r a b a j o o s e n t i r l a s
m a r y d e j a r l e la de l u c i r q u e se p e r c i b e p o r los ojos [ 5 4 ] , ¿ d u -
c a r g a s ? ¿ P o r q u é h e m o s de c r e e r q u e los e s p í r i t u s de los san-
d a r e m o s c o n c e d e r esto al D i o s s o b e r a n o , a c u y a v o l u n t a d v po-
tos, p e r f e c t o s y felices p o r g r a c i a d i v i n a , p u e d e n sin n i n g u n a
d e r c o n c e d i ó él q u e n o m u r i e r a lo n a c i d o : q u e c o s a s t a n diver-
dificultad l l e v a r sus c u e r p o s d o n d e les a g r a d e y n o h e m o s de
sas y t a n d e s e m e j a n t e s c o m o son l a s c o r p ó r e a s y l a s i n c o r p ó -
c r e e r q u e p u e d a n c o l o c a r l o s d o n d e les p a r e z c a ? A u n q u e es
reas, u n i d a s e n t r e sí, n o p u d i e r a n ser s e p a r a d a s ? D e este m o d o
cierto q u e , c o m o s o l e m o s a p r e c i a r c u a n d o p u j a m o s a l g o , c u a n t o
q u i t a a la c a r n e del h o m b r e l a c o r r u p c i ó n y le d a l a i n m o r t a -
es m a y o r la m a s a de los c u e r p o s t e r r e n o s , t a n t o m a y o r es t a m -
lidad, le deja la n a t u r a l e z a , le c o n s e r v a la c o n g r u e n c i a de su
b i é n su p e s a d e z , de f o r m a q u e o p r i m e m á s lo q u e m á s p e s a , sin
figura y de sus m i e m b r o s y l e s u p r i m e la r e t a r d a c i ó n del p e s o .
e m b a r g o , el a l m a lleva los m i e m b r o s de su c a r n e con m á s lige-
M a s s o b r e la fe e n la r e s u r r e c c i ó n de los m u e r t o s y s o b r e s u s
reza c u a n d o gozan de r o b u s t e z y de s a l u d q u e c u a n d o están
c u e r p o s i n m o r t a l e s se t r a t a r á con m á s d e t e n c i ó n , si D i o s q u i e r e ,
d e b i l u c h o s p o r la e n f e r m e d a d . Y a u n q u e , c u a n d o lo p u j a o t r o ,
ni final de esta o b r a .
es m á s p e s a d o el s a n o y r o b u s t o q u e el flaco y enfermizo, con
t o d o , u n o m i s m o es m á s ágil p a r a m o v e r y l l e v a r su c u e r p o
c u a n d o con b u e n a s a l u d tiene m á s m a s a q u e c u a n d o en enfer- Irtn, quilín tlinmiiN Kiinitnlcín, el inunortnlitatem futuram? Non itaque
ni»itiiiiu íldini irdiuniiant pliilosoplii de poiidcnbus corporum. Nolo enim
m e d a d o h a m b r e tiene el m í n i m o de r o b u s t e z . ¡ T a n t o v a l e en
qimcimi', cur non rrcdiiut lairnum posse esse corpus in cáelo, cum
los c u e r p o s t e r r e n o s , c o r r u p t i b l e s a ú n y m o r t a l e s , n o el p e s o d e turra universa librclur in niliilo. Fortassis cnim de ipso medio mundi
la c a n t i d a d , sino el m o d o del t e m p e r a m e n t o ! Y ¿ q u i é n e x p l i - loco, eo quod in eum coeant quaeque graviora, etiam argumentado veri-
similior habeatur. Illud dico: si dii minores, quibus ínter animalia terres-
tria caetera etiam hominem faciendum commisit Plato 23, potuerunt, sicut
quanto credíbilius et efficacius occultus aliquis modus operationis Dei, dicit, ab igne removeré urendi qualitatem, lucendi relinquere quae per
cuius omnipotentissima volúntate Plato dicit nec orta interíre, nec colli- oculos emicaret 2 Í ; itane Deo summo concederé dubitabimus, cuius ille
gata posse dissolvi, cum multo mirabilius incorpórea corporeis, quam voluntati potestatique ne moriantur concessit quae orta sunt, et tam di-
quaecumque corpórea quibuscumque corporibus copulentur, potest molí- versa, tam dissimilia, id est corpórea et incorpórea, sibimet connexa, nulla
bus praestare terrenis, ut nullo in ima pondere deprimantur; ipsisque possint dissolutione seiungi, ut de carne hominis, cui donat immortalita-
animis perfectissime beatis, ut quamvis terrena, tamen incorruptibilia iam tem, corruptionem auferat, naturam relinquat, congruentiam figurae mem-
corpora ubi volunt ponant, et quo volunt agant, situ motuque facillimo? brorumque detineat, detrahat ponderis tarditatem? Sed de fide resurrec-
An vero si hoc Angeli faciant, et quaelibet animalia terrestria rapiant tionis mortuorum, et de corporibus eorum immortalibus diligentius, si
unde libet, constituantque ubi libet, aut eos sine labore non posse, aut Deus voluerit, in fine huius operis disserendum est.
onera sentiré credendum est? Cur ergo sanctorum perfectos et beatos di-
23
vino muñere spiritus sine ulla difficultate posse ferré quo voluerint, et In Timaeo.
al
sistere ubi voluerint sua corpora non credamus? Nam cum terrenorum Ibid.
corporum, sicut onera in gestando sentiré consuevimus, quanto maior est
quantitas, tanto maior sit et gravitas, ita ut plura pondo quam pauciora
plus premant: membra tamen suae carnis leviora portat anima cum in
sanitate robusta sunt, quam in languore cum macra sunt. Et cum alus
gestantibus onerosior sit sanus et validus, quam exilis et morbidus; ipse
tamen ad suum corpus movendum atque portandum agilior est, cum in
bona valetudine plus habet molis, quam cum in peste vel fame minimum
roboris. Tantum valet in liabendis etiam terrenis corporibus, quamvis
adhuc corruptibilibus atque mortalibus, non quantitatis pondus, sed tem-
perationis modus. Et quis verbis explicet, quantum distet ínter praesen-
890 W CIUDAD DE DIOS
xm,i9
XJJI, 19 U MUERTE COMO PENA DEE PECADO ' 891

CAPITULO XIX Perdido ya todo recuerdo, pueden ver otra vsz la bóveda celeste
y disponerse a entrar en cárceles humanas.
C O N T R A A Q U E L L O S Q U E NO C R E E N Q U E L O S P R I M E R O S H O M B R E S , C e l e b r a n t a m b i é n q u e V i r g i l i o dijo esto en c o n f o r m i d a d con
DE N O H A B E R P E C A D O , H A B Í A N D E S E R I N M O R T A L E S la d o c t r i n a p l a t ó n i c a . A este t e n o r , afirma q u e l a s a l m a s d e los
A h o r a e x p l i q u e m o s el p u n t o p r o p u e s t o s o b r e los c u e r p o s d e m o r t a l e s n o p u e d e n ni existir s i e m p r e en s u s p r o p i o s c u e r p o s ,
los p r i m e r o s h o m b r e s . A éstos, n i la m u e r t e , q u e es b u e n a p a r a sino q u e la m u e r t e los h a d e d i s o l v e r n e c e s a r i a m e n t e ; ni p e r m a -
los b u e n o s , c o n o c i d a n o s ó l o p o r u n o s p o c o s q u e la e n t i e n d e n n e c e r p e r p e t u a m e n t e sin c u e r p o s , sino q u e , s e g ú n é l , e n a l t e r n a -
o creen, s i n o p o r t o d o s , q u e consiste en la s e p a r a c i ó n del cuer- tiva c o n t i n u a , se h a c e n c o n s t a n t e m e n t e , de los m u e r t o s , vivos, y
p o y del a l m a , p o r la q u e el c u e r p o del a n i m a l , q u e evidente- de los vivos, m u e r t o s . D e t a l s u e r t e es esto así, q u e c r e e n q u e los
m e n t e vivía, m u e r e , les h u b i e r a p o d i d o s o b r e v e n i r de n o h a b e r l a s a b i o s difieren d e los d e m á s h o m b r e s e n q u e , d e s p u é s d e la

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


m e r e c i d o p o r el p e c a d o . Bien q u e n o está p e r m i t i d o d u d a r q u e m u e r t e , s e r á n l l e v a d o s a los a s t r o s con el fin d e a u e gocen de u n
l a s a l m a s de los j u s t o s y p i a d o s o s d e s p u é s d e la m u e r t e n o vi- descanso m á s l a r g o en su a s t r o p r o p i o , y q u e a l l í , o l v i d a d o s d e
van en el d e s c a n s o ; sin e m b a r g o , les fuera m e j o r vivir c o n s u s n u e v o d e la p r i m i t i v a m i s e r i a y v e n c i d o s p o r el deseo d e t e n e r
c u e r p o s s a n o s [ 5 5 ] , h a s t a el p u n t o d e q u e , a u n q u i e n e s p i e n s a n c u e r p o , t o r n a n a los t r a b a j o s y a l a s m o l e s t i a s d e los m o r t a l e s .
q u e el s u m m u m de la b e a t i t u d es e s t a r sin c u e r p o , a p r u e b a n esta E n c a m b i o , a q u e l l o s q u e h u b i e r e n l l e v a d o u n a v i d a sin c o n t r o l ,
o p i n i ó n c o n t r a su p r o p i o s e n t i r . N i n g u n o d e ellos se a t r e v e a vuelven l u e g o a los c u e r p o s d e b i d o s a s u s m e r e c i m i e n t o s ,
a n t e p o n e r los h o m b r e s , p o r m á s s a b i o s q u e sean, o los q u e h a n c u e r p o s d e h o m b r e s o de b e s t i a s [ 5 7 ] . A esta c o n d i c i ó n t a n
de m o r i r , o los y a m u e r t o s , es decir, los q u e c a r e c e n y a d e d u r a sometió a l a s a l m a s b u e n a s y s a b i a s , a l a s q u e n o se die-
c u e r p o s , o los q u e h a n d e a b a n d o n a r l o s , a los dioses i n m o r t a - r o n t a l e s c u e r p o s , con q u e v i v i e r a n s i e m p r e e i n m o r t a l m e n t e , d e
les, a q u i e n e s el D i o s s u p r e m o , en P l a t ó n , p r o m e t e u n d o n sin- f o r m a q u e ni p u d i e r a n s e g u i r en los c u e r p o s n i s u b s i s t i r sin
g u l a r , a s a b e r , u n a v i d a i n d i s o l u b l e , o sea, u n e t e r n o c o n s o r c i o e l l o s en e t e r n a p u r e z a . E n los l i b r o s a n t e r i o r e s [ 5 8 ] h e m o s
con sus c u e r p o s . E l m i s m o P l a t ó n p i e n s a q u e dice m u y b i e n con tnencionnclo ya el r u b o r de P o r f i r i o s o b r e este s e n t i r p l a t ó n i c o
los h o m b r e s , si h a n vivido p i a d o s a y j u s t a m e n t e , el q u e , sepa- en I ¡«-nipos e i i s l i a n o s , y h e m o s d i c h o q u e n o s o l a m e n t e r e m o v i ó
r a d o s d e s u s c u e r p o s , sean r e c i b i d o s en el seno d e los dioses, de IMM IIIIIIMS IIIIMIMIIMS los c u e r p o s de las bestias, sino q u e ade-
que nunca abandonaron sus cuerpos [ 5 6 ] : m á s q u i s o q u e bis a l m a s de los s a b i o s se v i e r a n libres de los
lazos c o r p o r a l e s , de m o d o q u e , h u y e n d o t o d o c u e r p o , se m a n -
t e n g a n felices sin fin cabe el P a d r e . A s í , p a r a n o verse v e n c i d o
p o r Cristo, q u e p r o m e t e a los s a n t o s u n a v i d a e t e r n a , t a m b i é n
CAPUT XIX
CONTRA EORUM DOCMATA, QUI PRIMOS IIOMINES, SI NON PECCASSENT, Scilicet immemores supera ut convexa revisant,
IMMORTALES FUTUROS FUISSE NON CREDUNT Rursus et incipiant in corpora velle r e v e r t í 2 a .

Nunc de corporibus primorum hominum quod instituimus explicemus: Quod Virgilius ex Platónico dogmate dixisse laudatur. Ita quippe animas
quoniam nec mors ista, quae bona perhibetur bonis, nec tantum paucis mortalium, nec in suis corporibus semper esse posse existimat, sed mortis
intelligentibus sive crederitibus, sed ómnibus nota est, qua fit animae a necessitate dissolvi; nec sine corporibus durare perpetuo, sed alternantibus
corpore separatio, qua certe corpus animantis, quod evidenter vivebat, vicibus indesinenter vivos ex mortuis, et ex vivis mortuos fieri putat: ut
evidenter emoritur, eis potuisset accidere, nisi peccati meritum sequeretur. a caeteris hominibus hoc videantur differre sapientes, quod post mortem
Licet enim iustorum ac piorum animae defunctorum, quod in requie vi- ferantur ad sidera, ut aliquanto diutius in astro sibi congruo quisque
vant, dubitare fas non sit, usque adeo tamen eis melius esset cum suis requiescat, atque inde rursus miseriae pristinae oblitus et cupiditate ha-
corporibus bene valentibus vivere, ut etiam illi qui omni modo esse sine bendi corporis victus, redeat ad labores aerumnasque mortalium; illi vero
corpore beatissimum existimant, hanc opinionem suam sententia repugnan- qui stultam duxerint vitam, ad corpora suis meritis debita, sive hominum,
te convincant. Ñeque enim quisquam audebit illorum sapientes nomines, sive bestiarum, de próximo revolvantur 2r . In hac itaque durissima condi-
sive morituros, sive iam mortuos, id est, aut carentes corporibus, aut cor- tione constituit etiam bonas atque sapientes animas, quibus non talia cor-
pora relicturos, diis immortalibus anteponere, quibus Deus summus apud pora distributa sunt, cum quibus semper atque immortaliter viverent, ut
Platonem munus ingens, indissolubilem scilicet vitam, id est aeternum ñeque in corporibus permanere, ñeque sine his possint in aeterna puritate
cum suis corporibus consortium, pollicetur. Optime autem cum hominibus durare. De quo Platónico dogmate iam in libris superioribus 2S diximus
agí arbitratur idem Plato, si tamen hanc vitam pie iusteque peregerint, christiano tempore erubuisse Porphyrium, et non solum ab humanis animis
ut a suis corporibus separati, in ipsorum deorum, qui sua corpora nun- removisse corpora bestiarum, verum etiam sapientium animas ita voluisse
quam deserunt, recipiantur sinum 2 5 : de corporeis nexibus liberari, ut corpus omne fugientes beatae apud Pa-

M '•" VIRGIL., Aeneld. 1.6 v.750-751.


la pkatdana et Phaeém. 27
In Phaedro.
" Praesertira in LIQ c.30.
892 LA CIUDAD DB DIOS XIII, 19 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO
xm,20 893
él determinó una felicidad eterna para las almas purificadas,
sin tener que retornar a las miserias primeras. Y para oponerse
a Cristo, negando la resurrección de los cuerpos incorruptibles, CAPITULO XX
afirmó que habían de vivir eternamente no sólo sin cuerpos te-
rrenos, sino sin cuerpo alguno en absoluto [ 5 9 ] . LA CARNE DE LOS SANTOS RESUCITADOS SERÁ MÁS PERFECTA QU E
Sin embargo, con esla deslavazada opinión no ordenó que LA DE LOS PRIMEROS HOMBRES ANTES DEL PECADO
no rindieran culto religioso a los dioses corporales. ¿Por qué
sino porque creyó que las almas, aunque no estuvieran unidas Por eso, la muerte ahora carece de dureza para las almas de
a cuerpo alguno, no eran mejores que los dioses? Por eso, si no los fieles difuntos, esa muerte que los separó de sus cuerpos
se atreverán éslos, como pienso yo que no han de atreverse, a porque su carne reposa en esperanza, sean cualesquiera los ul-
anteponer las almas humanas a los dioses felicísimos, y, con trajes recibidos después de perdida la sensibilidad. Porque no
todo, ligados a cuerpos eternos, ¿por qué les parece absurdo lo suspiran, como pensó Platón, por los cuerpos por haberse ol-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


que la fe cristiana enseña, a saber: que los primeros hombres vidado de ellos, sino más bien porque recordaron la promesa
fueron creados en tal condición que, si no pecaban, no serían de Aquel que no engaña a nadie y que les garantizó la inte-
desligados de sus cuerpos por la muerte, sino que, dotados de gridad de sus cabellos. Esta es la razón de que esperen con
inmortalidad, en conformidad con los méritos de su obediencia, ansia y con paciencia la resurrección de los cuerpos, en que su-
vivirían con ellos eternamente, y que los santos en la resurrec- frieron tantas durezas y en los que no sentirán en adelante nada
ción han de tener los mismos cuerpos en que se santificaron en similar. Si, pues, no odiaban su carne, al reprimirla por dere-
la tierra, de tal manera que ni a su carne pueda venir corrup- cho espiritual, cuando se revolvía por su flaqueza contra la
ción u óbice alguno, ni a su beatitud, dolor o infelicidad? mente, ¿cuánto más la amarán al hacerse espiritual?
Como el espíritu, esclavo de la carne, se llama, y no impro-
piamente, carnal, así la carne, sometida al espíritu, recibirá el
trem sine fine teneantur. Itaque ne a Christo vinci videretur vitam sanctis nombre de espiritual. Y esto no porque se convierta en espíritu,
pollicente perpetuam, etiam ipse purgatas animas sine ullo ad miserias como algunos se imaginan, movidos por estas palabras: Es
prístinas reditu in aeterna felicítate constituit: et ut Christo adversaretur, puesto en la tierra un cuerpo animal y resucitará un cuerpo
resurrectionem incorruptibilium corporum negans, non solum sine terrenis,
sed sine ullis omnino corporibus eas asseruit in sempiternum esse victu- espiritual [60\, sino porque se someterá al espíritu, con suma
ras. Nec tamen ista qualicumque opinione praecepit saltem ne diis cor- y admirable facilidad obediencial, hasta la misma voluntad
poratis religionis obsequio subderentur. Quid ita, nisi quia eas quamvis segurísima de su inmortalidad indisoluble, y libre ya de toda
nulli corpori sociatas, non credidit illis esse meliores? Quapropter, si non
audebunt isti, sicut eos auxilios esse non arbitrar, diis beatissimis, et ta-
men in aeternis corporibus constitutis, humanas animas anteponere; cur
eis videtur absurdum, quod fides christiana praedicat, et primos homines CAPUT XX
ita fuisse conditos, ut si non peccassent, nulla morte a suis corporibus
solverentur, sed pro meritis obedientiae custoditae immortalitate donati, Q ü O D CARO SANCTORUM, QUAE NU1NC REQUIESCIT IN SPE, IN MELIOREM
cum eis viverent in aeternum; et talia sanctos in resurrectione habituros REPARANDA SIT QUALITATEM, QUAM FUIT PRIMORUM HOMINUM ANTE
ea ipsa, in quibus hic laboraverunt, corpora, ut nec eorum carni aliquid PECCATUM
ebrruptionis vel difficultatis, nec eorum beatitudini aliquid doloris et m-
felicitatis possit accidere? Proinde nunc sanctorum animae defunctorum ideo non habent gravem
mortem, qua separatae sunt a corporibus suis, quia caro eorum requiescit
in spe, quaslibet sine ullo iam sensu contumelias accepisse videatur. Non
enim, sicut Platoni visum est, corpora oblivione desiderant: sed potius,
quia meminerunt quid sibi ab eo sit promissum, qui neminem fallit, quí
eis etiam de capillorum suorum integritate securitatem dedit •", resurrec-
tionem corporum, in quibus multa dura perpessi sunt, nihil in eis ulterius
tale sensuri, desiderabiliter et patienter exspectant. Si enim carnem suam
non oderant 30 , quando eam suae menti infirmitate resistentem, spirituali
iure coercebant, quanto magis eam diligunt etiam ipsam spiritualem futu-
ram? Sicut enim spiritus carni serviens non incongrue carnalis, ita caro
spiritui serviens recte appellabitur spiritualis; non quia in spiritum con-
vertetur, sicut nonnulli putant ex eo quod scriptum est, Seminatur corpus

»" L e . 31,18.
" E p h . 5,39.
894 LA CIUDAD DB DIOS XHI, 20 XIII, 21 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 895
sensación de molestia, de toda corruptibilidad y de toda pesa-
dez. No solamente no será tal cual es ahora en el más robusto CAPITULO XXI
y sano, sino que no será tampoco cual fué en los primeros
hombres antes del pecado. Estos, aunque no habían de morir
EL PARAÍSO EN QUE ESTABAN LOS PRIMEROS HOMBRES PUEDE MUY
si no pecaran, con lodo, como hombres, portadores, por tanto,
BIEN ENTENDERSE COMO ALGO ESPIRITUAL, DEJANDO SIEMPRE A
de cuerpos, no espirituales, sino materiales, usaban de alimen-
SALVO LA VERDAD DE LA NARRACIÓN HISTÓRICA SOBRE
tos. Y, aunque la vejez no les atacase, de modo que caminaran EL LUGAR CORPORAL
a la muerte necesariamente (era el árbol de la vida, colocado
en medio del paraíso con el árbol prohibido, el que, por gracia Fundados en esto, algunos refieren el paraíso, donde, según
maravillosa de Dios, les brindaba ese estado), sin embargo, to- la verídica narración de la santa Escritura, estuvieron los pri-
maban los alimentos al margen del árbol que estaba en entredi- meros hombres, padres del género humano, a cosas espiritua-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


cho, no porque era malo, sino para encarecer el bien de la obe- les, y convierten los árboles y plantas frutales en virtudes y
diencia pura y sencilla, que es la virtud cumbre de la criatura costumbres de vida [ 6 2 ] , como si no hubieran existido aquellas
racional sujeta a Dios, su Creador. La razón es que donde no cosas corporales y visibles, sino que son un modo de expresión
andaba por medio mal alguno, es indudable que, si se acercaban para significar las cosas inteligibles. Como si no pudiera existir
a lo prohibido, pecaban por sola la desobediencia [ 6 1 ] . Se ali- el paraíso corporal, porque pueda entenderse también el espiri-
mentaban de otras cosas, y las tomaban para que sus cuerpos tual; o como si no hubieran sido dos mujeres, Agar y Sara,
animales no sintieran la molestia del hambre y de la sed. Empe- y de ellas dos los hijos de Abrahán, uno de la esclava y otro de
ro, del árbol de la vida gustaban con el fin de que la muerte no la libre, porque dice el Apóstol que están figurados en ellos los
se enroscara a su vida o murieran consumidos por la vejez, co- dos Testamentos; o como si no hubiera brotado el agua de la
rriendo aprisa los espacios de la vida, como si lo demás fuera piedra herida por la vara de Moisés, porque puede entenderse
alimento, y esto entrañara un sacramento. Así se daba a enten- también allí en significación figurada Cristo, según las palabras
der que el árbol de la vida fué en el paraíso corporal como la del Apóstol: JM piedra era Cristo | 6 3 ] .
Sabiduría de Dios en el paraíso espiritual, es decir, en el pa- AHÍ, pui'M, iludir prohibí' i-nlcnder por paraíso la vida de los
raíso inteligible, de la cual Sabiduría está escrito: Es árbol de liii-iui vi'iil 111 julos; por MUS eiiiilro ríos, las cual ro virtudes cardi-
la vida para los que echan mano de él. nales, prudencia, foiliilczii, templanza y justicia; por sus ár-
boles, todas las disciplinas útiles; por los frutos de estos árbo-
anímale, resurget corpus spirituale 31: sed quia spiritui summa et mirabili
obtemperandi facilítate subdetur, usque ad immortalitatis indissolubilis
securissimam voluntatcm omni molestiae sensu, omni corruptibilitate et CAPUT XXI
tarditate detracta. Non solum eniín non erit tale, quale nunc est in quavis
óptima valetudine; sed nec tale quidem quale fuit in primis hominibus D E PARADISO, IN QUO PRIMI HOMINES FUERANT, QUOD RECTE POSSIT SIGNIFI-
ante peccatum. Qui licet morituri non essent, nisi peccassent; alimentis CATIONE EIUS SPIRITUALE ALIQUID INTELLIGI, SALVA VERITATE NARRATIONIS
tamen ut nomines utebantur, nondum spiritualia, sed adhuc animalia cor- HISTORICAE DE CORPORALI LOCO
pora terrena gestantes. Quae licet senio non veterascerent, ut necessitate
perducerentur ad mortem (qui status eis de ligno vitae, quod in medio Unde nonnulli totum ipsum paradisum, ubi primi homines parentes
paradiso cum arbore vetita simul erat, mirabili Dei gratia praestabatur): generis humani sanctae Scripturae veritate fuisse narrantur, ad intelligi-
tamen et alios sumebant cibos praeter unam arborem, quae fuerat inter- bilia referunt, arboresque illas et ligna fructífera in virtutes vitae mores-
dicta, non quia ipsa erat malum, sed propter commendandum purae et ipic convertunt: tanquam visibilia et corporalia illa non fuerint, sed in-
simplicis obedientiae bonum, quae magna virtus est rationalis creaturae trlligibilium significandorum causa eo modo dicta vel scripta sint. Quasi
sub Creatore Domino constitutae. Nam ubi nullum malum tangebatur, pre- propierea non potuerit esse paradisus corporalis, quia potest etiam spiritua-
fecto si prohibitum tangeretur, sola inobedientia peccabatur. Alebantur ergo lis intellígi: tanquam ideo non fuerint duae mulieres, Agar et Sara, et ex
aliis quae sumebant, ne animalia corpora molestiae aliquid esuriendo ac illis dúo filii Abrahae, unus de ancilla, alius de libera, quia dúo Testa-
sitiendo sentirent: de ligno autem vitae propterea gustabatur, ne mors eis menta in eis figurata dicit Apostolus 33: aut ideo de nulla petra Moyse
undecumque subreperet, vel senectute confecta decursis temporum spatüs percutiente aqua defluxerit", quia potest illie figurata significatione etiam
ínterirent: tanquam caetera essent alimento, illud sacramento; ut sic fuisse Christus intellígi, eodem apostólo dicente, Petra autem erat Christus "3.
accipiatur lignum vitae in paradiso corporali, sicut in spirituali, hoc est Nemo itaque prohibet intellígere paradisum, vitam beatorum; quatuor
mtelligibili paradiso, Sapientia Dei, de qua scriptum est, Lignum vitae est cíus ilumina, quatuor virtutes, prudentiam, fortitudinem, temperantiam,
amplectentibus eam ". atque iustitiam; et ligna eius, omnes útiles disciplinas; et lignorum fruc-
31 " G a l . 4,23-24. »« 1 Cor. 10,4.
i Cor. i5,43.
"? Proy. },i8. "* ¡Ex. 17,61 N u m . 10,11.
896 U CIUDAD DE DIOS xan, 21
XilII, 22 M MUERTE COMO PENA DISt PECADO 897
les, las c o s t u m b r e s de los p i a d o s o s ; p o r el á r b o l de la v i d a ,
la s a b i d u r í a , m a d r e de t o d o s los b i e n e s , y p o r el á r b o l d e
la ciencia del b i e n y del m a l , l a e x p e r i e n c i a del m a n d a m i e n t o
CAPITULO XXII
t r a n s g r e d i d o [ 6 4 ] . D i o s d e c r e t ó u n a p e n a p a r a los p e c a d o s , y
está b i e n , p o r q u e lo hizo j u s t a m e n t e , p e r o el h o m b r e la e x p e r i -
m e n t ó n o p o r su b i e n . LOS CUERPOS DE LOS SANTOS, DESPUÉS DE LA RESURRECCIÓN,
Sin e m b a r g o , t o d o esto p o d r í a e n t e n d e r s e m e j o r de la Igle- SERÁN ESPIRITUALES, SIN QUE POR ÉSO SE TORNE LA CARNE
sia, y lo i n t e r p r e t a r í a m o s c o m o signos p r o f é t i c o s q u e p r e c e d e n ESPÍRITU
a lo v e n i d e r o . E l p a r a í s o s e r í a la m i s m a Iglesia, c o m o se lee d e
e l l a en el C a n t a r de los C a n t a r e s ; los c u a t r o ríos del p a r a í s o L o s c u e r p o s de los j u s t o s , d e s p u é s d e la r e s u r r e c c i ó n , n i
s e r í a n los c u a t r o e v a n g e l i o s ; los á r b o l e s f r u t a l e s , los s a n t o s ; n e c e s i t a r á n de á r b o l a l g u n o q u e les dé el n o m o r i r p o r enfer-
sus frutos, sus o b r a s ; el á r b o l de la v i d a , el S a n t o de los s a n t o s , m e d a d o p o r u n a vejez vieja, n i de o t r o s a l i m e n t o s c o r p o r a l e s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


C r i s t o ; el á r b o l de la ciencia del b i e n y del m a l , el l i b r e a l b e - con los q u e se evita t o d a esa m o l e s t i a p r o c e d e n t e del h a m b r e
d r í o de la v o l u n t a d h u m a n a . E l h o m b r e , d e s p r e c i a n d o la volun- y de la sed. L a r a z ó n es q u e s e r á n r e v e s t i d o s del d o n i n v i o l a b l e ,
t a d de D i o s , n o p u e d e h a c e r de la suya m á s q u e u n u s o p e r n i - cierto y o m n í m o d o d e la i n m o r t a l i d a d , de f o r m a q u e , si les p l a -
cioso, y así cae en la c u e n t a de q u é es lo q u e le i m p o r t a a d h e - ce, c e r n e r á n p o r p o s i b i l i d a d , n o p o r n e c e s i d a d [ 6 5 ] . E s t o hi-
r i r s e al b i e n c o m ú n a t o d o s o d e l e i t a r s e en el p r o p i o . A m á n d o s e cieron t a m b i é n los á n g e l e s c u a n d o se a p a r e c i e r o n v i s i b l e y tan-
a sí se e n t r e g a a sí m i s m o , y p o r eso, a b r u m a d o de t e m o - g i b l e m e n t e , n o p o r q u e lo n e c e s i t a b a n , sino p o r q u e q u e r í a n y
res y de tristezas, c a n t a con el s a l m i s t a , si es q u e siente sus p o d í a n p a r a n o d i f e r e n c i a r s e de los h o m b r e s en esta h u m a n i d a d
m a l e s : Turbada está interiormente mi alma, y, e n m e n d a d o , m i n i s t e r i a l s u y a [ 6 6 ] . Y n o se d e b e c r e e r q u e l o s á n g e l e s co-
d i c e : En ti he depositado mi fortaleza. Si se p e r m i t e d e c i r estas m i e r o n sólo en a p a r i e n c i a c u a n d o los h o m b r e s les b r i n d a r o n
y o t r a s cosas s o b r e u n a i n t e r p r e t a c i ó n e s p i r i t u a l i s t a del p a r a í s o , h o s p i t a l i d a d , a u n q u e a e l l o s les p a r e c i e r a q u e c o m í a n , c o m o
d í g a n s e sin p r o h i b i c i ó n a l g u n a , con tal q u e se c r e a la v e r d a d nosotros, por necesidad, p o r q u e ignoraban que eran ángeles.
fidelísima de la h i s t o r i a p r e s e n t a d a en la n a r r a c i ó n de los acon- f)e a q u í a q u e l l a s p a l a b r a s del á n g e l en el l i b r o de T o b í a s : Me
tecimientos a l l í r e a l i z a d o s . veíais comer, pero me veíais ron vuestra vista, es decir, pen-
Niibnis q u e yo lnimilia el n l i m e n l o p o r necesidad, p a r a r e p a r a r
IUN fuerzas, c o m o hacéis vosotros.
tus, mores piorum; et lignum vitae, ipsam bonorum omnium matrem sa- M a s , a u n q u e sea p o s i b l e d e f e n d e r o t r a o p i n i ó n m á s p r o b a b l e
pientiam; et lignum scientiae boni et mali, transgressi mandad experi- s o b r e los á n g e l e s , la fe c r i s t i a n a n o d u d a q u e el S a l v a d o r , des-
mentum. Poenam enim peccatoribus bene utique, quoniam iuste, consti-
tuit Deus, sed non bono suo experitur homo. Possunt haee etiam in
Ecclesia intelligi, ut ea meláis aecipiamus tanquam prophetica indicia
praecedentia futurorum: paradisum scilicet ipsam Ecclesiam, sicut de illa CAPUT XXII
legitur in Cántico canticorum 3G : quatuor autem paradisi ilumina, qua-
tuor Evangelia; ligna fructífera, sanctos; fructus autcm eorum, opera DE CORPORIBUS SANCTORUM POST RESURRECTIONEM, QUAE SIC SPIRITUALIA
eorum; lignum vitae, Sanctum sanctorum, utique Christum; lignum scien- ERUNT, UT NON IN SPIRITUM CARO VERTATUR
tiae boni et mali, proprium voluntatis arbitrium. Nec se ipso quippe homo
divina volúntate contempla nisi perniciose uti potest: atque ita discit, Corpora ergo iustorum quae in resurrectione futura sunt, ñeque ullo
quid intersit, utrum inhaereat communi ómnibus bono, an proprio de- ligno indigebunt, quo fiat ut millo morbo vel senectute inveterata mo-
lectetur. Se quippe amans donatur sibi, ut inde timoribus moeroribusque riantur; ñeque ullis alus corporalibus alimentis, quibus esuriendi ac si-
completus cantet in Psalmo, si tamen mala sua sentit, Ai me ipsum tur- tiendi qualiscumque molestia devitetur: quoniam certo et omnímodo in-
bata est anima mea37: correctusque iam dicat: Fortitudinem meam ad te violabili muñere immortalitatis induentur, ut nonnisi velint, possibilitate,
custodiam38. Haec, et si qua alia commodius dici possunt de intelligendo non necessitate vescantur. Quod Angelí quoque visibiliter et tractabiliter
spiritualiter paradiso, nemine prohibente dicantur: dum tamen et il- apparentes, non quia indigebant, sed quia volebant et poterant, ut homk
lius historiae veritas fidelissima rerum gestarum narratione commendata nibus congruerent sui ministerii quadam humanitate, fecerunt. Ñeque
credatur. enim in phantasmate Angeles edisse credendum est, quando eos nomines
hospitio susceperunt 39 : quamvis utrum Angelí essent ignorantibus, con-
36
Cant. 4yi3. simili nobis indígentia vesci viderentur. Unde est quod ait ángelus in libro
"3 Ps. 41,7. Tobiae, Videbatis me manducare, sed visu vestro, videbatis d °: id est, ne-
" Ps. 58,10.
cessitate reficiendi corporis, sicut vos facitis, me cibum sumere putabatis.
Sed si forte de Angelis aliud credibilius disputari potest, certe fides chris-
" G e n . 18 et T o b . u.
•'" T o b . 12,19.

5. Ag. 16 29
898 LA-' CIUDAD; DE D I O S XIII, 23, 1
Xim, 23, 1 LA MUIÍRTR COMO PENA DI!L PISCADO 899
pues de la resurrección, ya en carne espiritual, sí, pero real,
comió y bebió con sus discípulos. Y es que a tales cuerpos no necesitaba de comida y de bebida, para no verse presa de sed y
se les despoja de ía posibilidad, sino de la necesidad de comer de hambre, y no era ajeno a la muerte por una inmortalidad
y beber. Precisamente por eso serán espirituales, no porque de- absoluta e indisoluble, sino gracias al árbol de la vida, que le
jarán de ser cuerpos, sino porque subsistirán merced al espíritu conservaba en la flor de la juventud, no hay duda que fué ani-
que los vivifica. mal, no espiritual. Con todo, nunca hubiera muerto de no haber
incurrido, pecando, en la sentencia con que Dios le había pre-
venido y amenazado. Sin verse privado, fuera del paraíso, de los
CAPITULO XXIII alimentos, le quedaba prohibido el árbol de la vida, y fué en-
tregado al tiempo y a la vejez para finir sus días en aquella
¿ Q U É DEBE ENTENDERSE POR CUERPO ANIMAL Y POR CUERPO
vida, que pudiera haber sido para él perpetua en el paraíso y en
su cuerpo animal de no haber pecado, hasta que, en premio de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ESPIRITUAL, O QUÉ ES MORIR EN AÜÁN Y SER VIVIFICADOS
su obediencia, se tornara espiritual. De aquí que, si entendemos
EN C R I S T O ?
significada esta muerte sensible, que realiza la separación del
1. Así como llamamos cuerpos animales a esos que tienen cuerpo y del alma, en aquellas palabras de Dios: El día que
un alma viviente, aún no un espíritu vivificante, sin que sean comiereis de él, moriréis de muerte, no debe parecer absurdo
almas, sino cuerpos, así a aquéllos les damos el nombre de cuer- que no fueran desligados del cuerpo el mismo día en que toma-
pos espirituales. Pero ¡Dios nos libre de creer que serán es- ron del fruto prohibido y mortífero. Ese mismo día fué empeo-
píritus! Serán cuerpos y conservarán la substancia de carne, rada y viciada la naturaleza, y, por una separación justísima del
y ésta, gracias al espíritu vivificante, no ha de aguantar ni la árbol de la vida, se apoderó de ellos la necesidad de la muerte
pesadez ni la corrupción de la carne. Entonces no existirá ya el corporal. Con esta necesidad nacemos todos. Por eso no dice
hombre terreno, sino el celestial, y esto no porque el cuerpo, el Apóstol: El cuerpo ha de morir por el pecado, sino: El cuer-
hecho de la tierra, deje de ser cuerpo, sino porque por un don po está muerto por razón del pecado, y el espíritu es vida en
celestial será susceptible de morar en el cielo, no perdiendo su virtud de In justilicdción. Y a renglón seguido añade: Si el
naturaleza, sino cambiando su cualidad. Espíritu de .•lifiirl ipic resucitó a Cristo de la muerte habita
El primer hombre, formado de la tierra y terreno, fué crea- tin nosotros, el mismo tpie resucitó a Cristo de la muerte da vida
do con alma viviente, no con espíritu vivificante, que se le re- también 11 vuestros cuerpos mortales en virlud del Espíritu que
servaba como premio a su obediencia. Por eso, su cuerpo, que habita en vosotros. Entonces, el cuerpo, que ahora tiene alma
viviente, tendrá espíritu vivificante, y, sin embargo, el Apóstol
tiana de ipso Salvatore non diibitat, quod etiam post resurrectíonem, iam
quidem in spirituali carne, sed tamnii vera, cibum ac potum cum discipu- ¡11 spiritum vivificantem, quod ei per obedientiae meritum servabatur. Ideo
lis sumpsit". Non enim potestas, sed cgcstas edendi ac bibendi talibus corpus eius, quod cibo ac potu egebat, ne fame afficeretur ac siti, et non
corporibus auferetur. Unde et spiritualia erunt; non quia corpora esse inimortalitate illa absoluta atque indissolubili, sed ligno vitae a mortis
desistent, sed quia spiritu vivificante subsistent. necessitate prohibebatur, atque in iuventutis flore tenebatur, non spiri-
tuale, sed anímale fuisse, non dubium est: nequáquam tamen moriturum,
nisi in Dei praedicentis minantisque sententiam delinquendo corruisset.
CAPUT XXIII Et alimentis quidem etiam extra paradisum non negatis, a ligno tamen
vitae prohibitus, traditus esset tempori vetustatique finiendus, in ea dun-
QUID INTELLICENDUM SIT DE CORPORE ANIMALI ET DE CORPORE SPIRITUALI: taxat vita, quam in corpore licet animali, doñee spirituale obedientiae
AUT QUI MORIUNTUR IN A D A M , QUI VERO VIVIFICANTUR IN C H R I S T O mérito fieret, posset in paradiso, nisi peccasset, habere perpetuam. Qua-
1. Nam sicut corpora ista, quae habent animam viventem, nondum propter, etiamsi mortem istam manifestam, qua fit animae a corpore
spiritum vivificantem, animalia dicuntur corpora; nec tamen animae sunt. separatio, intelligamus simul significatam in eo quod Deus dixerat, Qua
sed corpora: ita illa spiritualia vocantur corpora; absit tamen ut spiritus die ederitis ex illo, morte moriemini"; non ideo debet absurdum videri,
ea credamus futura, sed corpora carnis habitura substantiam, sed nullam quia non eo prorsus die a corpore sunt soluti, quo cibum interdictum mor-
tarditatem corruptionemque carnalem spiritu vivificante passura. Tune tiferumque sumpserunt. Eo quippe die mutata in deterius vitiataque na-
iam non terrenus, sed caelestis homo erit: non quia corpus quod de térra tura, atque a ligno vitae separatione iustissima, mortis in eis etiam corpo-
factum est, non ipsum erit; sed quia dono caelesti iam tale erit, ut etiam ralis necessitas facta est, cum qua nos necessitate nati sumus. Propter
cáelo incolendo non amissa natura, sed mutata qualitate conveniat. Pri- quod Apostolus non ait, Corpus quidem moriturum est propter peccatum;
mus autem homo de térra terrenus 42, in animam viventem factus est, non sed ait, Corpus quidem mortuum est propter peccatum, spiritus autem
vita est propter iustitiam. Deinde subiungit: Si autem Spiritus eius qui
41
L e . 24. suscitavit Christum a mortuis, habitat in vobis; qui suscitavit Christum a
*'¿ i Cor. 15,47.
" C ^ n . 2,17. •
XHI, 23,2 LA MUERTE COMO PENA DEI, I'ECADO 901
°0 <-•.-;•• HA- C I U D A D - D K D I O S ••;•'.• .: XXH, Z3|'2

c e ( ue e resucitará glorioso. Es puesto en la tierra sin movimiento, y


I l s ya muerte, porque está sometido a la necesidad de
Ji resucitará lleno de vigor. Es puesto en la tierra como un cuer-
* muerte. Entonces tenía un alma viviente, no un espíritu vi-
po animal, y resucitará como un cuerpo espiritual. Y luego,
vificante, pero de forma tal, que no podía llamarse con razón
en prueba de esto, añade: Porque así como hay cuerpo animal,
muerte, porque sin la comisión del pecado no hubiera podido
hay también cuerpo espiritual. De este modo quiso manifestar
estar sujeto a la necesidad de la muerte. Sin embargo, Dios,
qué es el cuerpo animal, aunque la Escritura no haya dicho del
cuando significó la muerte del alma, que consiste en ser aban-
primer hombre, llamado Adán, cuándo le fué creada el alma
donada por El, en estas palabras: Adán, ¿dónde estás?, y cuan-
por el soplo de Dios. No dice: Y fué hecho el hombre en cuer-
!rn estas otras: Eres tierra, y a la tierra irás, figuró la muer-
e d e po animal, sino: Fué formado el hombre en alma viviente. La
' cuerpo, que consiste en apartarse de él el alma, se debe
intención del Apóstol fué dar a entender en esta perícopa: Fué
creer que no dijo nada de la muerte segunda justamente porque
formado el hombre en alma viviente, el cuerpo animal del hom-
su intención era que quedara oculta por mor del Nuevo Testa-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


bre. Cómo debía entenderse el espiritual, lo muestra al agre-
mento, donde se declara con luz fluorescente. El fin de todo
gar: El postrer Adán fué llenado de espíritu vivificante, signi-
esto era manifestar que la muerte primera, común a todos, trae
ficando indudablemente a Cristo, que resucitó ya de la muerte,
su origen de aquel pecado de que todos fuimos solidarios en
de manera que no puede morir nunca más. Por fin, remata di-
Adán. En cambio, la muerte segunda no es común a todos, por
ciendo : Pero no es el cuerpo espiritual el que ha sido formado
amor a aquellos que según el decreto de Dios han sido llama-
el primero, sino el animal, y en seguida, el espiritual. Este pa-
aos, los que antes había previsto y predestinado, como dice el
saje arroja más luz sobre la anterior insinuación al hombre
Apóstol, para que se hiciesen conformes con la imagen de su
animal en lo que está escrito que fué formado el primer hom-
Hijo, de manera que sea el primogénito entre muchos herma-
bre en alma viviente, y el espiritual en lo que se lee: El pos-
nos, librados de la muerte segunda merced a la gracia de Dios
trer Adán fué llenado de espíritu vivificante.
Por el Mediador.
El cuerpo animal es el primero, cual lo tuvo el primer
¿- El primer hombre, según la expresión del Apóstol, fué
Adán, (|uc no había de morir si no pecaba; cual lo tenemos
creado en cuerpo animal. Su intención era distinguir este que
110N0I10H iilioru, procedente de su imlu raleza, transformada y
añora es animal del que será espiritual en la resurrección. Es
viciada por el prendo, que le ha .sometido a la necesidad de la
puesto en la tierra, como una semilla, en estado de corrupción,
muerte; cual se dignó tener Cristo por nosotros, no por necesi-
y resucitará incorruptible. Es puesto en la tierra disforme, y
dad, sino por posibilidad. Luego seguirá a éste el cuerpo espi-
mortuis, vivificabit et mortalia corpora vestra, per inhabitantem Spiritum
eiusm vobis^. Tune ergo erit Corpus in spiritum vivificantem, quod nunc tur in injirmitate, surget in virtute; seminatur corpus animaie, sur get
est in animam viventem; et tamen mortuum dicit Apostolus, quia iam corpus spirituale. Deinde ut hoc probaret, Si est, inquit, corpus anímale,
moriendi necessitate constrictum est. Tune autem ita erat in animam vi- est et spirituale. Et ut quid esset corpus anímale ostenderet, Sic, inquit,
entem, quamvis non in spiritum vivificantem, ut tamen mortuum dici scriptum est: Factus est primus homo in animam viventem. Isto igitur
ecte non posset; quia nisi perpetratione peccati necessitatem moriendi modo voluit ostendere quid sit corpus anímale, quamvis Scriptura non
abere^non posset. Cum vero Deus et dicendo, Adam, ubi es? mortem signi- dixerit de primo homine, qui est appellatus Adam, quando illi anima
ícavent animae, quae facta est illo deserente; et dicendo, Terra es, et in flatu Dei creata est, Et factus est homo in corpore animali; sed, Factus
errarn ibis4o, mortem significaverit corporis, quae illi fit anima disce- est homo in animam viventem". In eo ergo quod scriptum est, Factus
ente: propterea de morte secunda nihil dixisse credendus est, quia oc- est primus homo in animam viventem, voluit Apostolus intelligi corpus
cultam esse voluit propter dispensationem Testamenti novi, ubi secunda hominis anímale. Spirituale autem quemadmodum intelligendum esset, os-
°rs apertissime declaratur; ut prius ista mors prima, quae communis tendit addendo, Novissimus autem Adam in spiritum vivificantem: procul
e
s ómnibus, proderetur ex illo venisse peccato, quod in uno commune dubio Christum significans, qui iam ex mortuis ita resurrexit. ut mori
actum est ómnibus: mors vero secunda non utique communis est omni- omnino deinceps non possit. Denique sequitur et dicit: Sed non primum
N propter eos qui secandum propositum vocati sunt, quos ante prae- quod spirituale est, sed quod anímale; postea, spirituale. Ubi multo aper-
sir™'1' 6t pr®edestinavit, sicut ait Apostolus, conformes imaginis Filii sui, ut tius declaravit, se anímale corpus insinuasse in eo quod scriptum est,
ípse primogenitus in multis fratribus", quos a secunda morte per factum esse primum hominem in animam viventem: spirituale autem in eo
Mediatorem Dei gratia liberavit. quod ait, Novissimus Adam in spiritum vivificantem. Prius est enim aní-
c o r p o r e er male corpus, quale habuit primus Adam, quamvis non moriturum, nisi
lo ' v S ° animali primum hominem factum, sic Apostolus
peccasset; quale nunc habemus et nos, hactenus eius mutata vitiataque
quod t U r ' n s e nim a
. k spirituali quod in resurrectione futurum est, hoc
nunc est natura, quatenus in illo, posteaquam peccavit, effectum est, unde haberet
get • anímale discernere: Seminatur, inquit, in corruptione, sur-
m mcorruptione; seminatur in contumelia, surget in gloria; semina- iam moriendi necessitatem; quale pro nobis etiam Christus primitus ha-
bere dignatus est, non quidem necessitate, sed potestate: postea vero spi-
R
!
o m . 8,io.u. . . •
Gen, 3,9.19.
Ron %,i& e t 29. *T G e n . 3,7.
902 U CIUDAD DI} DIOS X5IH, 23, 3
XXII, 2 3 , 3 LA MUERTE COMO PENA DEL I'ECADO 903
ritual, c u a l p r e c e d i ó y a en Cristo, c o m o en cabeza n u e s t r a , y
t e n d r á n sus m i e m b r o s en la r e s u r r e c c i ó n de los m u e r t o s . nir la resurrección. Que así coma en Adán mueren todos, así
3 . A c o n t i n u a c i ó n , el A p ó s t o l s e ñ a l a u n a diferencia m a n i - en Cristo todos son vivificados. Si esto s u c e d e r á en el c u e r p o
fiesta e n t r e estos dos l i o m b r e s , d i c i e n d o : El primer hombre es e s p i r i t u a l , ¿ q u é s e r á e n e s p í r i t u vivificante? Se dijo todos y
el terreno, formado de la tierra, y el segundo es el celestial, todos, n o p o r q u e t o d o s l o s q u e m u e r e n en A d á n h a y a n de ser
que viene del cielo. Así como el primer hombre ha sido terre- m i e m b r o s de Cristo ( p u e s d e e l l o s m u c h o s s e r á n c a s t i g a d o s
no, han sido también terrenos sus hijos, y así como es celestial e t e r n a m e n t e con l a m u e r t e s e g u n d a ) , s i n o p o r q u e así c o m o
el segundo, son también celestiales sus hijos. Según esto, así nadie m u e r e en c u e r p o a n i m a l , s i n o en A d á n , así n a d i e es vi-
como hemos vestido la imagen del hombre terreno, vistamos vificado en c u e r p o e s p i r i t u a l , s i n o en C r i s t o .
también la imagen del hombre celestial. C o n estas p a l a b r a s , el E n c o n c l u s i ó n : n o d e b e i m a g i n a r s e q u e t e n d r e m o s e n la
r e s u r r e c c i ó n u n c u e r p o i g u a l al q u e t u v o el p r i m e r h o m b r e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


A p ó s t o l p r e t e n d e q u e se r e a l i c e esto a h o r a en n o s o t r o s p o r sa-
c r a m e n t o , s e g ú n este o t r o p a s a j e : Todos los que habéis sido untes del p e c a d o . Y estas p a l a b r a s : Así como el primer hom-
bautizados en Cristo estáis revestidos de Cristo. P e r o la reali- bre ha sido terreno, así han sido también terrenos sus hijos,
d a d se c o l m a r á c u a n d o lo q u e h a y e n n o s o t r o s d e a n i m a l p o r n o d e b e n e n t e n d e r s e s e g ú n el c u e r p o q u e s i g u i ó a l a a d m i s i ó n
n a c i m i e n t o se h a y a t o r n a d o en e s p i r i t u a l p o r la r e s u r r e c c i ó n , o del p e c a d o . L a r a z ó n es q u e n o d e b e p e n s a r s e q u e a n t e s del
p a r a u s a r su m i s m a e x p r e s i ó n : Hemos sido salvados en su es- p e c a d o su c u e r p o f u e r a e s p i r i t u a l y q u e h a y a s i d o t r o c a d o e n
peranza. V e s t i m o s la i m a g e n del h o m b r e t e r r e n o p o r el p e c a d o a n i m a l en m e r e c i m i e n t o del p e c a d o . L o s q u e así p i e n s a n , re-
y p o r la m u e r t e , q u e la g e n e r a c i ó n n o s i n y e c t ó ; p e r o v e s t i m o s p a r a n m u y p o c o en l a s p a l a b r a s del g r a n D o c t o r , q u e e s c r i b e :
Si hay un cuerpo animal, hay también el espiritual, como está
la i m a g e n del h o m b r e celestial p o r la g r a c i a del p e r d ó n y de l a
escrito: El primer hombre, A d á n , fué formado en alma vivien-
v i d a e t e r n a , q u e n o s da la r e g e n e r a c i ó n s ó l o p o r el M e d i a d o r
te. ¿ E u é a c a s o esto h e c h o d e s p u é s del p e c a d o , s i e n d o ésa l a
e n t r e D i o s y los h o m b r e s , el h o m b r e C r i s t o J e s ú s . E n la inten-
p r i m e r a c r e a c i ó n del h o m b r e , de l a q u e el m i s m o A p ó s t o l t o m ó
ción del A p ó s t o l , éste es el h o m b r e celestial q u e h a y q u e enten-
osle texto de la L e y p a r a h a c e r v e r lo q u e es el c u e r p o a n i m a l ?
d e r a q u í , p o r q u e v i n o del cielo p a r a vestir el c u e r p o de l a m o r -
t a l i d a d t e r r e n a y r e v e s t i r l o de la i n m o r t a l i d a d celestial [ 6 6 ] . Da
t a m b i é n el n o m b r e de celestiales a o t r o s j u s t a m e n t e p o r q u e p o r |MI». Ib" lli tuulrin Kpinlolit cviilriitius ¡In ponit: l'cr hominem mors, et
la g r a c i a se h a c e n m i e m b r o s suyos, f o r m a n d o con E l u n s o l o pr.i hominum ir.stirrcctio mtirluorum. Sicut enim in Adam omnes mo-
Cristo, la cabeza y el c u e r p o [ 6 7 ] . E s t o lo e x p r e s a con luz riuiitur, sic et in Christo omnes vivificabuntur *'*. Iam utique in corpore
^meridiana esa c a r t a en los t é r m i n o s s i g u i e n t e s : Porque así Kpirituali, quod erit in spiritum vivificantem. Non quia omnes qui in
como por un hombre vino la muerte, por un hombre debe ve- Adam moriuntur, membra erunt Christi (ex illis enim multo plures se-
ntílale, quale iam praecessit iii Christo tanquam in capite nostro, secu- cunda in aeternum morte plectentur); sed ideo dictum est, omnes atque
omnes, quia sicut nemo corpore animali nisi in Adam moritur, ita nemo
turum est autem in membris eius ultima resurrectione raortuorum. corpore spirituali nisi in Christo vivificatur. Proinde nequáquam putan-
3. Adiungit deinde Apostolus duorum istorum hominum evidentissi- d 11 m est, nos in resurrectione tale corpus habituros, quale habuit homo
mam differentiam, dicens: Primus homo de térra, terrenus; secundus primus ante peccatum. Ñeque illud quod dictum est, Qualis terrenus, tales
homo de cáelo, caelestis. Qualis terrenus, tales et terreni: qualis caelestis, el terreni; secundum illud intelligendum est, quod factum est admis-
tales et caelestes. Et quomodo induimus imaginem terreni, induamus et sione peccati. Non enim existimandum est, eum prius quam peccasset, spi-
imaginem eius qui de cáelo estl". Hoc Apostolus ita posuit, ut nunc qui- rituale corpus habuisse, et peccati mérito in anímale mutatum. Ut enim
dem in nobis secundum Sacraraentum regenerationis fíat; sicut alibi di- hoc putetur, parum attenduntur tanti verba doctoris, qui ait, Si est corpus
cit, Quotquot in Christo baptizan estis, Christum induistis4": re autem anímale, est et spirituale; sicut scriptum est, Factus est primus homo
ipsa tune perficietur, cum et in nobis quod est anímale nascendo, spiri- Adam in animam viventem. Numquid hoc post peccatum factum est, cum
tuale factum fuerit resurgendo. Ut enim eius itidem verbis utar, Spe salvi sit ista hominis prima conditio, de qua beatissimus Apostolus ad corpus
facti sumus"°. Induimus autem imaginem terreni hominis propagatione anímale monstrandum, hoc testimonium Legis assumpsit?
praevaricationis et mortis, quam nobis intulit generatio: sed induimus
imaginem caelestis hominis gratia indulgentiae vitaeque perpetuae, quod 6
* r Cor. 15,21 et 22.
nobis praestat regeneratio, nonnisi per Mediatorem Dei et hominum ho-
minem Iesum Christum": quem caelestem hominem vult intelligi, quia
de cáelo venit, ut terrenae mortalitatis corpore vestiretur, quod caelesti
immortalitate vestiret. Caelestes vero ideo appellat et alios, quia fiunt per
gratiam membra eius, ut cum illis sit unus Christus, velut caput et cor-
48 r
r Cor. 15,42-49. '" K o m , 8,24.
49
G a l . j,27- " 1 T i m . 2,5.
0<M LA CIUDAD DI! DIOS XJII, 24, 1 X'IH, 24, 2 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 905

compuesto de agua y de tierra. A renglón seguido añade:


CAPITULO XXIV Y creó Dios al hombre polvo de la tierra, como traen los có-
dices griegos, de los que ha sido traducida al latín la Escritu-
ra [ 6 8 ] . Que a uno le dé por decir creó (formavit) o formó
¿ C Ó M O DEBE ENTENDERSE EL SOPLO CON QUE FUÉ H E C H O EL
(finxit), traduciendo la palabra griega iTrAcxaEv, no tiene impor-
PRIMER HOMBRE EN ALMA VIVIENTE, 0 AQUEL OTRO QUE ESPIRÓ
tancia; sin embargo, es más propio, al parecer, formó (finxit).
EL SEÑOR AI. DECIR: «RECIBID EL E S P Í R I T U SANTO»?
I'ero a los que prefirieron decir creó (formavit), les pareció es-
quivar de este modo la ambigüedad, porque en latín es más
1. De aquí algunos, con poca precaución, han pensado que
corriente usar la palabra fingere para denominar a quienes
en este versillo: Inspiró Dios en su rostro espíritu de vida, y
componen algo con una mentira larvada. Este hombre, hecho
fué hecho el hombre en alma viviente, no se pretende decir que
del polvo de la tierra o del barro (pues era polvo humedeci-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


se comunicó entonces el alma al primer hombre, sino que el
do), éste, digo, para expresarlo con más viveza, usando la
alma que ya tenía fué vivificada entonces por el Espíritu Santo.
expresión de la Escritura, polvo de la tierra, enseña el Apóstol
Les induce a esta interpretación el leer que Jesús, después de
«pie fué hecho cuerpo animal cuando recibió el alma. Y fué
la resurrección, sopló sobre sus discípulos, diciendo: Recibid
creado este hombre en alma viviente, es decir, una vez forma-
el Espíritu Santo. Luego allí—deducen ellos—se hizo algo se-
do este polvo, fué hecho en alma viviente.
mejante, como si el evangelista, prosiguiendo, añadiera: Y fue-
ron hechos en alma viviente. Si hubiera dicho esto, deberíamos 2. Y replican ellos: Ya tenía alma, porque de otro modo
entender que el Espíritu de Dios es una especie de vida de las no se llamaría hombre, ya que el hombre no es ni el alma sola
almas. Sin El las almas racionales deben estimarse muertas, ni el cuerpo solo, sino el compuesto de alma y de cuerpo.
aunque los cuerpos parezcan vivir por su presencia. Pero que Es una gran verdad que el alma del hombre no es todo el
en la creación del hombre no sucedió así, lo atestiguan sufi- hombre, sino la parte superior del mismo, y que su cuerpo
cientemente las palabras del Génesis, que suenan: Y creó (for- no es lodo el hombre, sino su parte inferior. Y también lo es
mavit) Dios al hombre polvo de la tierra. Algunos, buscando que n la unión simultánea de ambos elementos se da el nombre
una interpretación más clara, han dicho: Y formó (finxit) Dios de hombre, termino que no pierde cada uno de los elementos
al hombre del barro de la tierra. Porque más arriba había di- • muido IIIIMMIMOM de ellos por .separado |(>9|. ¿ No se dice a
cho : Una fuente subía de la tierra y regaba toda la haz de la cmlii puno, sin que lo prohibí! lev lingüística alguna: Aquel
tierra, y, según ellos, el barro actuí debía entenderse como un hombre murió, v «hora está gozando o penando, siendo así que

/'mis Hutem useendebut de térra, et irrigabat omnem faciem terrae'"': ut


• \ lioc limus intelligendus videretur, huniore scilicet terraque concretus.
CAPUT XXIV
I lii enim hoc dictum est, continuo sequitur, Et formavit Deus hominem
¡nilverem de térra: sicut graeci códices habent, unde in latinam linguam
QÜALITER ACCIPIENDA SIT VEL ILLA INSUFFLATIO, IN QUA PRIMUS HOMO
Scriptura ista conversa est. Sive autem formavit, sive finxit, quis dicere
FACTUS EST IN ANIMAM VIVENTEM; VEL ILLA QUAM DO&IINUS FECIT, DICENS,
voluerit, quod grae.ee dicitur ETTAOTOEV, ad rem nihil interest: magis tamen
ACCIPITE SPIRITUM SANCTUM
pioprie dicitur, finxit. Sed ambiguitas visa est devitanda eis, qui formavit
1. Unde et illud parum considérate quibusdam visum est, in eo quod dicere mahierunt, eo quod in latina lirigua illud magis obtinuit consuetu-
legitur, ¡nspiravit Deus in faciem eius spiritum vitae, et factus est homo do, ut hi dicantur fingere, qui aliquid niendacio simulante componunt.
in animam viventem ", non tune animam primo horaini datam, sed eam Mime igitur formatum hominem de terrae pulvere, sive limo (erat enim
quae iam inerat, Spiritu sancto vivificatam. Movet enim eos, quod Domi- pulvis immectus); lumc, inquam, ut expressitis dicam, sicut Scriptura ló-
nus Iesus posteaquam resurrexit a mortuis, insufflavit, dicens discipulis enla est, pulverem de térra, anímale corpas factum esse docet Apostolus,
suis, Accipite Spiritum sanctum54. Unde tale aliquid existimant factum, ciim animam accepit. Et factus est iste homo in animam viventem: id
quale tune factum est: quasi et hic secutus Evangelista dixerit, Et facti est, formatus iste pulvis factus est in animam viventem.
sunt in animam viventem. Quod quidem si dictum esset, hoc intelligere- 2. Iam, inquiunt, habebat animam, alioquin non appellaretur homo:
mus, quod animarum quaedam vita sit Spiritus Dei, sine quo animae ra- quojiiam homo non est Corpus solum, vel anima sola, sed qui ex anima
tionales mortuae deputandae sunt, quamvis earum praesentia vivero cor- ronstat et corpore. Hoc quidem verum est, quod non totas homo, sed pars
pora videantur. Sed non ita factum, quando est conditus homo, satis ipsa rnelior hominis anima est; nec totus homo corpus, sed inferior hominis
libri verba testantur, quae ita se habent: Et formavit Deus hominem pul- pars est: sed cum est utrmuque coniunctum simul, habet hominis nomen;
verem de térra. Quod quídam planius interpretandum putantes dixerunt, cpiod tamen et singida non amittunt, etiam cum de singulis loquimur.
Et finxit Deus hominem de limo terrae. Quoniam superius dictum fuerat. Qiiis enim dicere prohibetur quotidiani quadam lege sermonis, Homo ille
defunetus est, et nunc in requie est vel in poenis; cum de anima sola
•™ G e n . 2,7.
54
l o . 20,22. " Gen. 3,7.6.
906 LA CIUDAD DK DIOS jJCEEt, 24, 3 X'.l'Il, 2 4 , 3 LA MUERTE COMO PENA DEL PECADO 907

esto sólo puede decirse del alma? ¿ A quién se prohibe decir: das Escrituras este Espíritu se expresa siempre con la palabra
Aquel hombre está enterrado en tal o cual lugar, siendo así griegaTrveüua,como le denomina en este lugar el Señor cuando
que esto sólo puede entenderse del cuerpo? ¿Dirán acaso que lo dio a sus discípulos, significándolo con el soplo de su boca
la divina Escritura no suele expresarse así? Más aún, ella nos corporal. No recuerdo pasaje alguno de la divina Palabra en
da testimonio de esto, hasta el punto de que, aun estando uni- que se nombre de otro modo. En este versículo: Y formó Dios
dos estos dos elementos y en vida del hombre, llama hombre al hombre polvo de la tierra, y sopló o inspiró en su rostro es-
a cada uno de ellos, a saber, llama homcre interior al alma, y píritu de vida, no dice el griego irveOpa, que suele traducirse por
exterior al cuerpo, como si fueran dos hombres, cuando en Espíritu Santo, sino •n-voiív, nombre aplicado más corriente-
realidad ambos a la vez son un solo hombre. Ni que decir tiene mente a la criatura que al Creador.
que es preciso entender en qué sentido se dice que el hombre Basados en esto, algunos traductores, para diferenciarlos,
fué hecho a imagen de Dios y que el hombre es tierra y ha de prefirieron traducir esta palabra por soplo y no por espíritu.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tornar a la tierra. Lo primero se dice del alma racional, cual Esta misma expresión se emplea en aquel pasaje de Isaías que
la inyectó Dios soplando, o, si es más propia la expresión, dice: Yo hice todo soplo, significando, sin duda, toda alma.
inspirando en el hombre, es decir, en el cuerpo del hombre. La palabra griega TTVOIÍV, los latinos la han interpretado a veces
Y lo segundo, del cuerpo, tal cual fué formado por Dios del por soplo, a veces por espíritu, a veces por inspiración o aspi-
polvo, y al que dio el alma para hacerle cuerpo animal, es ración cuando se aplica también a Dios. Pero TrveOna siempre la
decir, hombre en alma viviente. han traducido por espíritu, sea del hombre, del que dice el
3. Por eso, el Señor, al soplar sobre sus discípulos, dicien- Apóstol: ¿Qué hombre sabe lo que es del hombre, sino el es-
do : Recibid el Espíritu Santo, quiso darnos a entender que el píritu del hombre que hay en él mismo?; sea de la bestia,
Espíritu Santo no es solamente Espíritu del Padre, sino que es como está escrito en e] libro de Salomón: ¿Quién sabe si el
también Espíritu del Unigénito. Uno mismo es el Espíritu del espíritu del hombre se remontará hasta el cielo y el espíritu de
Padre y del Hijo, y con El forman la Trinidad Padre, Hijo la bestia se abatirá hasta la tierra?; sea éste corpóreo, llamado
y Espíritu Santo, que no es criatura, sino Creador. El so- por otro nombre viento, término usado en el Salmo, que canta:
plo corpóreo, procedente de la boca carnal, no era la subs- El ¡ueno, rl graniza, la nieve, el hielo y el viento tempestuoso;
tancia y la naturaleza del Espíritu Santo, sino más bien una M'ii no vil el espíritu riendo, sino el Creador, como es éste, del
figura, que nos manifestaba, como he indicado, que el Es- ipir dice el Señor en el Evangelio: Recibid el Espíritu Santo,
píritu Santo es común al Padre y al Hijo, que no tiene cada figurándolo por el soplo de su boca corporal. Y también donde
uno el suyo, sino que es uno mismo el de los dos. En las sagra- dice: Id, bautizad a todas las gentes en el nombre del Padre,

possit hoc dici: et, 111o aut illo loco homo ille sepultus est; cum hoc nisi graeco vocabulo irva/pa dicitur, sicut cum et hoc loco Dominus appellavit,
de solo corpore non possit intelligi? An dicturi sunt, sic loqui Scripturam quando eum corporalis sui oris flatu signilicaus, discipulis suis dedit: et
non soleré divinam? Imo vero illa ita nobis in hoc attestatur, ut etiam loéis ómnibus divinorum eloquiorum non mihi aliter unquam nuncupatus
cum dúo ista coniuncta sunt et vivit homo, tamen etiam singula hominis nccuirit. Hic vero, ubi legitur, Et finxit Deus hominem pulverem de térra,
vocabulo appellet; animam scilicet interiorem hominem, corpus vero exte- et insufflavit, sive inspiravit in faciem eius spiritum vitae; non ait graecus
riorem hominem vocans SG, tanquam duo sint homines, cum simul utrum- Trrajpa quod solet dici Spiritus sanctus, sed Trvorjv : quod riomen in creatura
que sit homo unus^ Sed intelligendum est, secundum quid dicatur homo quam in Creatore frequentius legitur: linde iioniiulli etiam Latini, propter
ad imaginem Dei, et homo térra atque iturus in terram. Illud enim secun- ijifferentiam, hoc vocabulum non spiritum, sed flattim appcllare maluerunt.
dum animam rationalem dicitur, qualem Deus insufflando, vel, si commo- Hoc enim est in graeco etiam illo loco apud [saiam, ubi Deus dícit,
dius dicitur, inspirando indidit homini, id est hominis corpori: hoc autem Omnem flatum ego fea"1, omnem animam sine dubitatione significans.
secundum corpus, qualem hominem Deus finxit ex pulvere, cui data est Quod itaque graeceTTVOIÍV dicitur, nostri aliquando flatum, aliquando spiri-
anima, ut fieret corpus anímale, id est homo in animam viventem. tum, aliquando inspirationem, vel adspirationeni, quando etiam Dei dicitur,
3. Quapropter in eo quod Dominus fecit, quando insufflavit dicens interpretati sunt: -rrvEÜucc vero mmquam nisi spiritum; sive hominis, de
Acápite Spiritum sanctum, nimirum hoc intelligi voluit, quod Spiritus quo ait Apostolns, Quis enim scit hominum quae sunt hominis, nisi spiri-
sanctus non tantum sit Patris, verum etiam Unigeniti ipsius Spiritus. ídem tus hominis qui in ipso est?" sive pecoris, sicut in Salomólas libro
ipse quippe Spiritus est et Patris et Filii, cum quo est Trinitas Pate'r et scriptum est, Quis scit si spiritus hominis ascendat sursiim in caelum, et
Filius et Spiritus sanctus, non creatura, sed Creator. Ñeque enim flatus spiritus pecoris descendat deorsum in terram?" sive istum corporeum, qui
ille corporeus de carnis ore procedens substantia erat Spiritus sancti atque etiam ven tus dicitur: nam eius hoc riomen est, ubi in Psalmo canitur,
natura, sed potius significatio, qua intelligeremus, ut dixi, Spiritum Ignis, grando, nix, glaáes, spiritus tempesteáis *°: sive iam non creatum,
sanctum Patri esse Filio que communem: quia non sunt eis singulis singuli, sed Creatorem, sicut est de quo dicit Dominus in Evangelio, Acápite Spi-
sed unus amborum est. Semper autem iste Spiritus in Scripturis sanctis 57
K •v.if), src. J„\'X. " Kcc'U. « i .
50 « j Cor. 3,n. *• l's. 148,8.
2 Cor. 4,T6.
X I I I , 24, 5 U MUERTE COMO PENA 1.1(1, l'ECADO 909
908 ' I,A CIUDAD DE DIOS XHI.,24, 4

y del Hijo, y del Espíritu Santo. Aquí de un modo muy expre- capítulos, ¿significaba gran cosa caer en la cuenta de que
sivo y m « y claro se encarece la Trinidad. Y donde se lee: está escrito: Y todo lo que tiene espíritu de vida y todo lo que
Dios es espíritu, y en otros muchísimos pasajes de las sa- estaba sobre la árida fué destruido, cuando, tratando del dilu-
gradas Letras se da a entender lo mismo. En todos estos luga- vio, decía que pereció cuanto vivía sobre la tierra? Si, pues,
res de las Escrituras, los códices griegos escriben no -rrvo-ny, hallamos también en las bestias alma viviente y espíritu de
sino-nrveüiia, y los latinos espíritu, no soplo. Por eso, si en este vida, según el estilo de la divina Escritura, y diciendo el grie-
versillo: Inspiró, o, si es más propia la expresión, sopló en go en este pasaje, que suena: Todo cuanto tiene espíritu de
su rostro espíritu de vida, el griego hubiera escrito -n-veí/ua en vida, noirvEOua, sino TTVOIÍV, ¿por qué no hemos de decir: Qué
lugar de -nvo-qv, aun en este caso no nos veríamos precisados a necesidad había de añadir viviente, si el alma que no vive no
entender el Espíritu Creador, llamado propiamente en la Tri- puede existir? O ¿qué necesidad había de añadir de vida, ha-
nidad Espíritu Santo, puesto que Trveüua, como queda apunta- biendo dicho antes espíritu? Pero comprendemos que cuando

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


do, suele aplicarse no sólo al Creador, sino también a la la Escritura decía espíritu de vida y alma viviente, según su
criatura. estilo, quería dar a entender los animales, es decir, los cuerpos
animados, que tienen, gracias al alma, el sentido corporal. Sin
4. Pero—replicarán—, al decir espíritu, no hubiera aña- embargo, en la creación del hombre olvidamos el estilo de la
dido de vida si no quisiera dar a entender el Espíritu Santo, Escritura, siendo así que allí habla también según ese estilo.
y al decir: Fué creado el hombre en alma, no hubiera aña- En este sentido insinúa que el hombre, una vez recibida el alma
dido viviente si no significara la vida del alma, que le comu- racional, que intentó presentarla creada no como efecto del
nicó, como don, el Espíritu de Dios. agua o de la tierra, sino del soplo de Dios, fué formado para
Viviendo el alma—prosiguen—esa vida que le es propia, vivir en un cuerpo animal, obra del alma viviente, como los
¿qué necesidad había de añadir viviente, sino sólo la de dar animales, de los que dijo: Produzca la tierra alma viviente.
a entender la vida que le infunde el Espíritu Santo? De ellos dice también que tienen espíritu de vida. Aquí el grie-
Y esto, ¿qué es sino asirse con interés a hipótesis humanas go no diioiTveüua, sino TTVOÍIV, expresando con este término no el
V atender con desinterés a las Escrituras santas? Porque ¿era Espíritu Santo, sino el alma de los animales.
gran cosa no ir lejos, sino leer poco más arriba en el mismo
libro: Produzca la tierra alma viviente, cuando fueron crea- 5. Aún añaden: Con esto se pone de manifiesto que el so-
dos todos los animales terrestres? Y luego, pasados algunos plo de Dios salió de su boca, y, si creemos que es el alma, será
lógico concluir que es de la misma substancia que Dios e igual
ritum sanctum; eum corporei sui oris ignificans flatu. Et ubi ait, Ite,
baptízate omnes gentes in nomine Patris et Füii et Spiritus sanen*1; ubi interpositis, in eodem tamen ipso libro, quid magnum erat advertere quod
ipsa Trinitas excellentissime et evidentissime commendata est. Et ubi legi- scriptum est, Et omnia quae habent spiritum vitae, et omnis qui erat super
tur, Deus spiritus est "\ Et alus plurimis sacrarum Litterarum locis. In bis aridam, mortuus estei; cum insinuaret omnia quae vivebant in térra
quippe ómnibus testimoniis Scripturarum, quantum ad Graecos attinet, non periisse diluvio? Si ergo et animam viventem, et spiritum vitae etiam in
•trvoTiv videmus scriptum esse, sed irveüiia: quantum autem ad Latinos, non pecoribus invenimus, sicut loqui divina Scriptura consuevit; et cum hoc
flatum, sed spiritum. Quapropter in eo quod scriptum est, Inspiravit, vel, quoque loco, ubi legitur, Omnia quae habent spiritum vitae, non graecus
si magis proprie dicendum est, Insufflavit in faciem eius spiritum vitae; •m/eüuo: sed ITVOT\V dixerit: cur non dieimus, Quid opus erat ut adderet,
si graecus non irvoiív sicut ibi legitur, sed i-rvsüucc posuisset, nec sic esset viventem, cum anima nisi vivat esse non possit? aut, Quid opus erat ut
consequens, ut Creatorem Spiritum, qui proprie dicitur in Trinitate Spi- adderet, vitae, cum dixisset spiritum? Sed intelligimus spiritum vitae, et
ritus sanctus, intelligere cogeremur: quandoquidem -trotOua ut dictum est, animam viventem Scripturam suo more dixisse, cum animalia, id est cor-
non solum de Creatore, sed etiam de creatnra dici soleré manifestum est. pora animata, vellet intelligi, quibus inesset per animam perspicuus iste
4. Sed cum dixisset, inquiunt, spiritum, non adderet vitae, nisi illio etiam corporis sensus. In hominis autem conditione obliviscimur, quem-
Spiritum sanctum vellet intelligi: et cum dixisset, Factus est homo in admodum loqui Scriptura consueverit, cum suo prorsus more locuta sit:
animam, non adderet, viventem, nisi animae vitam significaret, quae illi quo insinuaret hominem etiam rationali anima accepta, quam non sicut
divinitus impertitur dono Spiritus Dei. Cum enim vivat anima, inquiunt, aliarum carnium aquis et térra producentibus, sed Deo fiante creatam
proprio suae vitae modo, quid opus erat addere viventem, nisi ut ea vita voluit intelligi; sic tamen factum, ut in corpore animali, quod fit anima
intelligere tur, quae illi per Spiritum sanctum datur? Hoc quid est aliud, in eo vívente, sicut illa animalia viveret, de quibus dixit, Producat térra
nisi diligenter pro humana suspicione contendere, et Scripturas sanctas animam viventem: et quae itidem dicit habuisse in se spiritum vitae; ubi
negligenter attendere? Quid enim magnum erat non iré longius, sed in etiam in graeco non dixit -rrvevucx sed irvof\v non utique Spiritum sanctum;
eodem libro ipso paulo superius legere, Producat térra animam viven- sed eorum animam tali exprimens nomine.
tem'"; quando animalia terrestria cuneta creata sunt? Deinde aliquantis , 5. Sed enim Dei fiaras, inquiunt,, Dei ore exisse intelligitur, querri si
animam crediderimus, consequens erit ut eiusdem fateamur esse substan-
«' M t . a8,ig. .. ... ' . - . : • . •
ez
l o . 4,24. . . . . ' " .-.•••
6S
Gen. i,M- •* Ibid., 7,23.
910 LA CIUDAD DI! DIOS xamr, 24,6
\ XHI, 24,6 LA MUERTE COMO PENA D1!I, TOCADO 911
a su Sabiduría, que dice: Yo salí de la boca del Altísimo [ 7 0 ] .
\
Hay que hacer notar que la Sabiduría no ha dicho que es
animal, y en seguida el espiritual. El\ primer hombre es el te-,
un soplo de la boca de Dios, sino que procede de su boca. Así
treno, formado de la tierra, y el segundo es el celestial, que
como nosotros podemos hacer un soplo, no de la naturaleza
piene del cielo. Así como el primer hombre ha sido terreno,
que nos constituye en hombres, sino del aire que nos rodea,
han sido también terrenos sus hijos; y así como es celestial el
que traemos y llevamos respirando y aspirando, así Dios, que
segundo, también son celestiales sus hijos. Según esto, como
es omnipotente, pudo formar no de su naturaleza, ni de cria-
hemos vestido la imagen del hombre terreno, vistamos también
tura alguna sometida a su dominio, sino de la nada, un soplo,
la imagen del hombre celestial. Estas palabras del Apóstol ya
que con mucha propiedad está escrito inspiró o sopló para
las hemos mentado más arriba. El cuerpo animal, en que, según
inyectarlo en el cuerpo del hombre. El es incorpóreo, y el so-
él, fué formado el primer hombre, Adán, fué creado de tal
plo, incorpóreo, pero El es inmutable, y el soplo, mudable,
modo, que podía morir, es verdad, pero que no moriría de no
porque el Dios increado infundió algo creado.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


haber pecado. Y es que lo que ha de ser espiritual e inmortal
Sin embargo, para que sepan estos que se precian de hablar
por el espíritu vivificante, no puede morir. Así, el alma, que
de las Escrituras y no estudian su estilo literario que no sola-
fué creada inmortal, aunque aparentemente esté muerta por el
mente se dice salir de la boca de Dios lo que es igual o de la
pecado, pues carece de esa vida suya que es el Espíritu de Dios,
misma naturaleza que El, oigan o lean lo escrito por dicción
merced al cual podía vivir sabia y felizmente, no deja de vivir
de Dios: Por cuanto eres tibio y no frío ni caliente, estoy parm
con una especie de vida que le es también propia, aunque sea
vomitarte de mi boca.
miserable, y no deja, porque fué creada inmortal. Lo mismo
6. No hay, pues, motivo alguno para oponernos al Após- sucede en los ángeles desertores, que, aun cuando de alguna
tol, que habla con tanta claridad, distinguiendo el cuerpo ani- manera hayan muerto pecando, porque abandonaron la fuente
mal del cuerpo espiritual, es decir, de aquel en que hemos de de la vida, que es Dios, con el cual podían vivir sabia y feliz-
estar de este en que actualmente estamos. Es puesto en tierra un mente, no pudieron morir, dejando en absoluto de vivir y de
cuerpo animal, y resucitará un cuerpo espiritual. Porque así sentir, ya que fueron creados inmortales. Y a tenor de esto, des-
como hay cuerpo animal, lo hay también espiritual, según está pués del juicio, serán precipitados en la segunda muerte, de
escrito: El primer hombre, Adán, fué formado en alma vivien- forma que ni aun allí carecerán de vida, ya que no se verán
te; el postrer Adán, llenado de espíritu vivificante. Pero no es privados de sensibilidad cuando vivan en dolores.
el cuerpo espiritual el (¡ue. ha sido formado el primero, sino el
Los hombres, empero, que se acogen a la gracia de Dios y
que serán conciudadanos de los santos ángeles, estables en su
tiae, paremque illins Sapientiae, quae dir.it, Ego ex ore Altissimi pro- beatitud, serán revestidos de cuerpos espirituales tales, que ni
divi °5. Non quidem dixit Sapientia ore Dei cfflatam se fuisse, sed ex
eius ore prodisse. Sicut aiitem nos possunius, non de nostra natura qua pecarán más ni morirán. Su inmortalidad será como la de los
nomines sumus, sed de ísto aere oireumfuso, qnem spirando ac respirando
ducimus ac reducimus, flatum faceré cuín siifflanms: ita omnipotens ñus; secundus homo de cáelo, caelestis. Qualis terrenus, tales et terreni:
Deus non de sua natura, ñeque de subiaceuti creatina, sed etiam de qualis caelestis, tales et caelestes. Et quomodo induimus imaginem terreni,
níhilo potuit faceré flatum, quem corpori iiominis inserendo inspirasse induamus et imaginem eius qui de cáelo est". De quibus ómnibus apo-
vel insufflasse convenientissime dictus est, incorporeus incorporeum, sed stolicis verbis superius locuti sumus. Corpus igitur anímale, in quo primum
iminutabilis mutabilem; quia non creatus oreatum. Verumtarnen ut sciant hominem Adam factum esse dicit Apostolus, sic erat factum, non ut morí
isti, qui de Scripturis loqui volunt, et Scripturarum locutiones non adver- omnino non posset; sed ut non moreretur, nisi homo peccasset. Nam illud
tiuit, non hoc solum dici exire ex ore Dei, quod est aequalis eiusdemque quod spiritu vivificante spirituale erit et immortale, mori omnino non
naturae, audiant, vel legant quod Deo dicente scriptum est: Quoniam poterit. Sicut anima creata est immortalis, quae licet peccato mortua per-
tepidus es, et ñeque calidas ñeque frigidus, incipiam, te evomere ex ore hibeatur carens quadam vita sua, hoc est Dei Spiritu, quo etiam sapienter
£6. et beate vivere poterat: tamen propria quadam, licet misera, vita sua non
meo • desinit vivere; quia immortalis est creata. Sicut etiam desertores angelí,
6. Nulla itaque causa est, cur apertissime loquenti resistamus Apo- licet secundum quemdam modum mortui sint peccando; quia fontem vitae
stólo, ubi ab spirituali corpore corpas anímale discernens, id est, ab illo in deseruerunt, qui Deus est, quem potando, sapienter beateque poterant
quo futuri sumus, hoc in quo nunc sumus, ait: Seminatur corpas anímate, vivere: tamen non sic mori potuerunt, ut omnino desisterent vivere atque
surget Corpus spirituale: si est corpus anímale, est et spirituale, sicut sentiré; quoniam immortales creati sunt: atque ita in secundam mortem
scriptum est, Factus est, primus homo Adam, in animam viventem, novissi- post ultimum praecipitabuntur iudicium, ut nec illie vita careant; quan-
mus Adam in spiritum vivificantem. Sed non primum quod spirituale est, doquidem etiam sensu, cum in doloribus futuri sunt, non carebunt. Sed
sed quod anímale; postea, quod spirituale. Primus homo de térra, terre- nomines ad Dei gratiam pertinentes cives sanctorum Angelorum in beata
" • E c c t i . 24,5-
vita manentium, ita spiritualibus corporibus induentur. ut ñeque peccent
•• A.POC. 3,l«. amplius, ñeque morían tur: ea tamen immortalitate vestiti, quae, sicut An-
• ' T C o r . 15,44-49.
812 '•••-••: LA CIUDXÍD DR DIOS X I I I , 24, 7 /

ángeles, que ni el pecado les podrá privar de ella, con la di-


ferencia de que conservarán la naturaleza de la carne y no per-I NOTAS AL LIBRO XIII
durará corruptibilidad alguna carnal ni pesadez. I
7. Esta cuestión trae como de la mano otras que necesa-!
riamente deben tratarse y resolverse con la ayuda de Dios yj
Señor de la verdad. La primera es ésta: ¿Se originó la libido1
en los miembros desobedientes de los primeros hombres del'
pecado de desobediencia al abandonarlos la gracia de Dios?
Así se explicaría que en su desnudez abrieran los ojos, esto es,
repararan con más curiosidad en ella, y, porque el movimiento
impudente resistía al albedrío de la voluntad, cubrieran sus ver- 11] En el libro anterior, capítulo 21.
güenzas. Y segunda: ¿Cómo se habrían de propagar los hijos L2] El alma es la vida del cuerpo, como Dios es la vida del alma.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Cuando el alma abandona al cuerpo, tenemos la muerte corporal, y cuan-
si, como habían sido creados, permanecieran sin prevaricación?
do Dios abandona al alma, estamos ante la muerte del alma. Cf. De beata
Pero, puesto que este libro exige ya un fin y ésta no es cuestión vita 2,7; De quant. anim. 1,2; 4,5; De mor. Eccl. cath. I 5.7; De lib.
para limitarla a unas páginas estrechas, me parece determina- arb. II 6,13; 16,41; Confess. III 6,10; De civ. Dei XIII 15; De Gen. ad
ción más acertada dejarla para el libro siguiente. Un. VII 21,30; In lo. Evang. tr.23,7; tr.47,8; Serm. 65,5; 161,6; 180,8.
[3] El hombre es limitado, y no puede hacer nada bueno sin la ayu-
da de Dios. Ni principiar, ni proseguir, ni concluir cosa conducente para
gelorum, nec peccato possit auferri; natura quidem manente carnis, sed la vida eterna. En un principio, Agustín pareció ceder un poco al semipe-
milla oninino carnali corruptibilitate vel tarditate remanente. lagianismo, concediendo que el hombre puede comenzar las obras; pero
7. Sequitur autem quaestio necessario pertraetanda, et Domino Deo luego se retractó. Es terminante en este sentido, y ésta es una expresión
veritatis adiuvante solvenda. Si libido ntembroruin inobcdientium ex pec- plenamente antipelagiana. Estas palabras zanjan la cuestión en términos
cato inobedientiae in illis primis liominihus, cuín illos divina <*ratiá de- precisos, claros y admirables: Quia quod fit a te, ipse facit in te. Num-
seruisset, exorta est; unde in suam nuditatem oculos aperuemnt, id est, quam fit a te, quod non ipse facit in te. Sed aliquando facit in te, quod
eam curiosius adverterunt, et quia impudens motus voluntatis arbitrio non fit a te; numquam autem aliquid fit a te, si non facit in te (Serm.
resistebat, pudenda texerunt: quomodo essent lilios propagaturi, si, ut 56,7). Ln razón humana se rebela, poro la fe se impone.
creati íuerant, sine praevaricatione mansissent. Sed quia et liber iste clau- | 4 | Tnl vez de cslc lexlo v de oíros que se rilan a favor pudiera
dendus est, nec tanta quaestio in sermonis angustias coarctanda, in eum inferirse la unión substancial del cuerpo y del alma. El problema ha sido
qui sequitur, commodiore dispositione differatur. muy discutido y hoy está prácticamente sin valor. Cf. Río. M. DKÍ., El
compuesto humano según San Agustín (El Escorial 1931); PARÍS, J. JJK,
De unione animae cum corpore in doctrina Sancti Augustini: «Acta
Hebd. August.'Thomistieae» (Romae 1.931); GOLOTÍRUNNHR, J.: Das Leib-
Seele Problem bei Augustinus (Kallmünz 1934); CII.LKRIIELO, L.. La for-
mación del cuerpo humano según San Agustín: «La Ciudad de Dios»
(1950) vol.162 p.445-473.
[51 La segunda muerte es mala para todos, porque es pena del pe-
cado y del pecado personal y es castigo de la culpa. Por eso, no siendo
para los buenos, es mala para todos.
[6] La objeción es fuerte, y procede, sin duda, del maniqueísmo. Los
males existentes en el mundo llevaban a ésta y a otras conclusiones más
desastrosas todavía. La muerte es una pena, y como pena, sólo debía su-
ceder a los malos. Tal vez estuvieran también implicados en esta cuestión
los pelagianos, quienes, para no verse obligados a admitir que la muerte
es pena del pecado, puesto que el hombre para ellos es recto, la atribuyen
a su naturaleza.
[7] Dada en este sentido universal la respuesta, no temería ya ataque
de ninguna clase. O negaban la autoridad a las Escrituras, cosa que no
solían hacer, dado que también ellos se fundaban en su autoridad, o de-
bían dar fe a sus palabras claras y terminantes, en las cuales se expresa
que la muerte es la pena conminada al pecado.
[8] Agustín supone que, consideradas las cosas materialmente, el hom-
bre es inferior en muchas a los mismos animales. La debilidad y en-
deblez de los párvulos e infantes y los grandes y esmerados cuidados
que precisan, superan a los de los animales en mucho. Sin embargo, la
gl4. LA CIUDAD DE DIOS
NOTAS AL LIBRO X I I I 915
razón les da la primacía sobre todos los seres de la naturaleza. Por eéo
dirá en otras partes que, en agudeza de sentidos, nos sobrepujan muchos i : [20] El martirio es un segundo bautismo, según el antiguo sentir de
animales, y es verdad. _ _ | lá Iglesia, que nunca envejece. La tradición está acorde en concederle los
[9] En el 1.1 c.38 n.67-68 De peccatorum meritis et remissione, sus- niismos efectos que al bautismo de agua, menos el carácter. Eu caso de
cita esta duda: Cómo serían los recién nacidos de no haber pecado Adájn que el martirizado muera sin otro bautismo, recibe todo el cúmulo de
y pregunta si tendrían la fuerza suficiente para mover sus miembros. gracias que recibiría de haber recibido el bautismo de agua. Y también
Santo Tomás en la Suma Teológica (1 q.96 a.l) concluye que los recién para Agustín el martirio es semilla de nuevos cristianos, como para Ter-
nacidos no tendrían la fuerza suficiente para mover sus miembros a cua- tuliano. Sparsum est semen sanguinis—dice—surrexit seges Ecclesiae
lesquiera actos, sino solamente a actos convenientes con su edad. como, (Serm. 22,4).
por ejemplo, a pedir el pecho y a rehuirlo. [21] Este principio, luego admitido por la Escuela y transmitido a
[101 Alusión evidente al bautismo, como puede verse por los efectos la teología, es ya clásico. El bautismo de fuego causa los mismos efec-
que luego enumera. tos en los no bautizados, en cuanto a la remisión de los pecados, que el
[11] Con este título se designan los tres libros De peccatorum men- bautismo re susceptum. San Agustín distingue ya perfectamente los efectos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tís et remissione. En sus Retractaciones (II 33) añade al título estas pala- del batitismo, la remisión de los pecados, original y personales, y el ca-
bras: Ubi máxime disputatur de baptismate parvulorum propter origínale rácter.
peccatum. Esto confirma el título que aquí le asigna. 122] Y la razón de esto es la siguiente: es muy conveniente ese modo
[12] Cf. De peccat. merit. et remiss. II 30-31ss.,49-55 de remitir los pecados, porque el así martirizado prefiere la confesión de
[13] Agustín ha concebido la vida del cristiano como un certamen, Cristo a la conservación de la propia vida, aun sabiendo que negando a
como una lucha, como un combate perpetuo. La vida, sin ese sentido agó- Cristo podría bautizarse. Y añade aún más. Parece conceder más mérito
nico, es muerta e inservible. La ascética exige la lucha. Por eso gritaba a éstos, que, pudiendo, no han querido diferir su muerte, que a los bauti-
desde su tribuna con espíritu guerrero: Necesse est ut áspera sint témpora zados realmente.
(Serm. Ma. Caillau et S. Ivés II 19). [23] El mártir por sí, consideradas las cosas humanamente, no podría
[14] San Agustín se muestra tan humano y tan profundo conocedor dar la vida por Cristo. Le bastaba negarle, y aun este pecado se le per-
del corazón del hombre, que concibe y acierta que el egoísmo se inmis- donaría por el bautismo posterior. Y el mártir que, a pesar de esto, da su
cuye hasta en las obras más santas. ¿Quién no bautiza a su hijo para vida por Cristo, tiene un mérito muy superior. Este es el fundamento de
que no muera eternamente? Esta es la gran sabiduría psicológica de la razón de congruencia para conceder al bautismo de sangre los mismos
Agustín. Esto es humano, y muy humano. efectos que al bautismo de agua.
1241 Como puede, verse, la cuestión presentada es pinamente bizan-
[15] En toda esta bella exposición comparativa y antitética se ma-
tina v un desahogo mental, sutil y malalmríslieo del Santo. Con todo, las
nifiesta la gran preocupación de Agustín por asignar a los males aparen-
apreciaciones que aquí hace son aprovechables para la filosofía actual.
tes el fin recto a que deben conducir, y al que de hecho tienden por su 125] Ls innegable que sólo puede morir el que vive y que la vida es
misma naturaleza. Uno de esos males es la muerte, cuyo fin es librarnos la posibilidad de la muerte. Concuerda esto con la visión de ese poeta
de las miserias de esta vida, bien que siempre la esperemos como un ene- de nuestros días que escribía:
migo que nos arrebata de las cosas de nuestro amor.
[16] La muerte es una pena, pero ¡bendita pena, que nos merece tal Y nosotros seguimos en la terrea insolencia
premio! Desde Cristo, la muerte es la puerta de acceso a la eternidad. de mineralidad, sed de cadáver yerto,
Es un instrumento necesario y un vehículo sin el cual no podremos reali- sin sentir que la vida de nuestra humana esencia
zar nuestro viaje a la eternidad y además no conseguiremos ésta. Los es el morir. Quien no muere es porque ya está muerto.
Sermones son un índice de estas verdades tan trágicas y tan consolado-
ras. Tan trágicas, porque nos priva de las cosas y de los seres queridos, [26] Esta idea de la temporalidad y de la finitud ha sido recogida
y tan consoladoras porque nos acerca a Dios, objeto único de nuestras por la filosofía moderna, existencialista sobre todo. Tenemos a Heideg»er
aspiraciones. hablándonos en Sein und Zeit de las relaciones del Dassein con la tem-
poralidad. La vida del hombre es una muerte continuada, y por eso es
[17] ¡Qué gran conocimiento del corazón encierra esta apreciación preciso y posible admitir que el hombre es moribundo y viviente a la vea
psicológica! Esa es nuestra inclinación más natural, ir contra lo mandado,
127] Esta concepción de la vida, que, a primera vista, parece un
y sólo porque está mandado. ¡Cuántas lágrimas nos han arrancado aque-
tanto pesimista, está enraizada en la más sublime humildad. La vida es
llos pasajes de las Confessiones en que Agustín relata el robo de unas correr a la muerte. Sólo asi entendida puede vivirse con la intensidad que
peras por el prurito tonto y malévolo de hacer mal, porque estaba prohi- se merece. En la filosofía existencialista esta concepción ha pasado va a
bido solamente! Es maravilloso el comentario que de ella hace M. F. ser acervo común. Es, por otra parte, un pensamiento este muy fecundo
Sciacca. Cf. San Agustín, trad. del P. Ulpiano Alvarez (Barcelona 1955) para la vida espiritual y que ha sido muy explotado por los místicos de
t.l p.17-22. todos los tiempos.
•••;• [18] La perfección consiste en el recto uso de las cosas. Las cosas [28] La vida es un correr precipitado de años que chocan con la
nos han sido dadas para que usemos de ellas, uti, no para que gocemos eternidad, es verdad, pero no lo es menos que choca también con un
de las mismas, non frui. Los justos usan bien hasta de los males. Cf. De muro—como diría Sartre—que es la muerte. Cf. ALONSO FUKYO, SABINO
div. quaest. 83 q.30; De doctr. christ. I 3,3; 4,4; 23,22; 22,20; 32,35. : Existencialismo y existencialistas (Valencia 1949) p.161-185.
[19] Sobre este punto ya hemos hablado en la nota 90 y 91 á l li- [29] La carrera hacia la muerte es igual para todos, con la única
bro XI. ,:, ;-,::..: ;. •..;,-.,. ,,;., particularidad de que unos llegan antes a su meta, porque la tienen más
916 ÍA CIUDAD DE DIOS
NOTAS M, UBRO XIII 917
cerca, y otros más tarde. Un año más vivido es un año menos de vida.
Todos caminamos hacia la muerte con igual velocidad; el que antes sibiliter, pótentialiter, causaliter, quomodo fiunt futura non facta (De
llega, es que su meta estaba más cercana. Estas páginas de Agustín pue- Gen. ad litt. VI 6,10; 7,12; 10,17; 11,18; 14,25; 15,26; VIII 3,7; IX 1,1;
den competir con las más brillantes de los existencialistas modernos. 17,31-32; De Trin. III 8,13; 9,16).
Cf. ITURRIOZ, J., El hombre y su metafísica (Oña [Burgos] 1943). [40] Ya hemos apuntado en una nota del libro XII la trascendencia
[30] ¿En qué se diferencia de esta otra de Heidegger: «Tan pronto y alcance que da Agustín a esta idea.
como el hombre entra en la vida, ya es viejo para morir»? [41] La concepción de la muerte como pena del pecado es desco-
[31] Este análisis de la existencia coloca a San Agustín a la cabeza nocida por los filósofos de la antigüedad. La razón es fácil. En primer
de los existencialistas modernos. Ya Alonso Fueyo lo ha hecho notar, y lugar desconocían el pecado y su existencia, y en segundo, no se allana-
con él otros pensadores. Pero es preciso evitar en esto el escollo con que ban a esta creencia, y para ellos la muerte era el fin, pero natural, y, a
se ha topado siempre al interpretar a San Agustín en conformidad con veces, el medio mejor para librarse de los males de la vida.
una filosofía determinada. Las coincidencias pueden darse, pero siempre [42] Se refiere al librito De universo, que es una parte del Timeo,
tienen un fondo distinto. Y es lo que ocurre en este caso. San Agustín de Platón. De ese librito habla también en el libro XXII, capítulo 26,
presenta los problemas de la existencia desde el punto de vista cristiano, y en el Serm. 241,8.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


bien definido y concreto; no es ateo, como son la mayor parte de los [43] Rozas, siguiendo otra lección tanto de la Ciudad de Dios como
filósofos actuales. Emmanuel Mounier ponía ya a San Agustín en la raíz del Timeo, traduce son indisolubles a mi albedrío, pero creemos que el
del árbol existencialista. Y el P. Boyer escribió en 1947 un artículo en pensamiento es el puesto, según puede colegirse de la cita que ha hecho
«Sapientia» (2 p.149-152) con el título de San Agustín y el existencialis- en libros anteriores.
mo. Y desde esta fecha, los trabajos sobre el tema se han multiplicado [44] Este es el pensamiento de Platón en el Timeo y en el Epinó-
considerablemente. mides. En el Timeo dice así: «Dios, queriendo hacer el mundo semejante
[32] Todo este análisis detallado de los momentos de la muerte no a lo que tiene de más bello y perfecto entre las cosas inteligibles, hizo un
tiene más razón de ser que un desahogo literario y filosófico del Santo. animal visible, y con él debían conformarse todos los demás animales,
Además lleva una segunda intención, y es poner de relieve la impropie- como siendo de la misma naturaleza que él».
dad del lenguaje en múltiples ocasiones. Es tema corriente en Séneca, [45] Bajo el nombre de paliados entiende a los filósofos. El palio
por ejemplo, y en Gelio. era la túnica larga que solían llevar los filósofos. De tal manera que
[33] La apreciación sirve también para los testamentos que se hacen Gelio en cierta ocasión, viendo a un joven bien apuesto y bien cultivado
antes de morir. De lo contrario, es un testamento informe y el testador se en su cuerpo, dijo: Video barbam et pallium, philosophum nondum video.
dice que muere ab intestato. [461 Es el pensamiento ya citado del Timeo. Hemos de hacer notar
[34] San Agustín busca la esencia misma de la muerte, la objetivi- que Agtislín leo el Diálogo de Platón a través de Cicerón, y poi eso en
dad. La muerte no se tiene como puede tenerse un paquete de víveres; más de una ocasión no se dn cuenta de que Cicerón ha insertado creen-
la muerte es algo que actúa y que extingue y consume, algo que aniquila cias propias y ha sido poco fiel al texto.
la vida. Es constitutiva; no simplemente un mero tener, sino un ser, O, [47] Agustín rebate la opinión con una lógica humana y humanitaria.
mejor, un estar. Se funda en sus mismos autores para hacerles ver lo ilógico de sus pala-
[35] Juega aquí a maravilla con la palabra declinari. Es decir, la bras. Si es poderoso para hacer cosas grandes, ¿por qué no ha hecho las
muerte no puede ser declinada, o sea evitada, y el término que la designa pequeñas? ¿O es que le falta poder para éstas y lo tiene para aquéllas?
no puede ser declinado, o sea, no puede ser conjugado en sus casos gra- [48] Sólo deben huirse, pues, los cuerpos mortales, los corruptibles,
maticales. los que apesgan al alma. Y estos cuerpos son así por el pecado. Antes
[36] El pasaje es difícil de interpretar. No es fácil saber a qué muer- del pecado podía llamarse mortal e inmortal; mortal, porque podía mo-
tes alude, si solamente al infierno o también al purgatorio, del que ha- rir, e inmortal, porque podía no morir. Y el tornarse mortal fué ya con-
blará más tarde explícitamente. dena, no naturaleza, o, por mejor decir, según la expresión del Apóstol,
[37] En este y en otros textos se han apoyado algunos para ver en fué muerto por el pecado. Cf. De Gen. ad litt. VI 25,36-37.
Agustín la admisión de un pecado sexual en el paraíso. Pero, como es [49] Este argumento ad hominem, tan corriente en toda esta obra,
notorio, aquí mismo se dice que el pecado de concupiscencia es pena de surte efectos maravillosos. O salen de §u materialismo deístico o tienen
la desobediencia. Cf. ASEÑSIO, F., ¿Tradición sobre un pecado sexual erí que admitir la posibilidad de la resurrección. O dejan el culto de los
el Paraíso?: «Gregorianum» vol.31 1 Ü950); II p.35-62. seres muertos o han de confesar que esos seres han resucitado para recibir
[38] El orden y la justicia exige esto: que lo inferior se someta a lo el culto de ellos.
superior. Y ésta es la ley que ha establecido Agustín para toda la vida [50] El problema que suele presentarse aquí es el siguiente: el cuer-
ascética. po de los primeros padres fué creado incorruptible y espiritual, o corrup-
[39] El hombre mismo no ha quedado excluido de la teoría de las tible y animal, tal cual fué después del pecado. Aquí parece enseñar que
razones seminales. Tune autem factus est homo et masculus et fentina; fueron creados incorruptibles y espirituales al decir que la bondad de
érgo et tune et postea. Ñeque enim tune, et non postea; aut vero postea Dios no los creó corruptibles, pesados y moribundos, sino que esto es
et. non tune; nec alii postea, sed iidem ipsi aliter tune, aliter postea, pena del pecado. Esta misma cuestión la presenta en De Gen. ad litt.
Qtiaeret ex me quomodo. Respondebo postea visibiliter, sicut species hu- VI 19,30; 20,31ss. Y en el c.25 n.36-37 da la respuesta que hemos ya
mahae constitutionis nota nobis est: non tomen parentibus generantibus, visto en la nota anterior. Es mortal e inmortal, pero bajo diversos aspec-
sed Ule de limo, illa de costa. Qúaeret tune quomodo, Respondebo, invi- tos. Podemos decir en conclusión, con Santo Tomás, que los cuerpos de
nuestros primeros padres no eran- tales cuales serán los -cuerpos resuci-
918 LA CIUDAD DÜ D I O S

tados, sino que difiere la inmortalidad de la gloria de la inmortalidad NOTAS AL LIBRO XIII 919
dada a estos cuerpos.
[51] En De fide el symbolo (4,13) dice a este propósito: Solet quos- pecado sexual en él paraíso en las obras del Santo, no puede darse. Ver
dam offendere vel impíos gentiles vel haereticos, quod credamus assump- nota 37,
tum terrenum corpas in caelum. Sed gentiles plerumque Ph.ilosoph.orum [62] Esta interpretación alegórica del paraíso se debe en gran parte
argumentis nobiscum agere student, ut dicant terrenum aliquid in cáelo a Filón en su obra De opificio mundi y en el libro primero de las Alego-
esse non posse. Noslras enim Scripturas non noverant, nec sciunt qaomodo rías de la Ley. Luego Orígenes siguió, al parecer, esta misma interpreta-
dictum sil: «Seminatur corpus animale, surgit corpus spiritale». En el ción en sus comentarios al Génesis y el libro IV, capítulo 2, del iTepl
libro XXII trata más detenidamente este punto. 'Apx¿Sv.
[52] La antigüedad no podía desligarse de su materialismo. La solu- [63] El concordismo de Agustín entre la interpretación alegórica, la
ción a este enigma de la resurrección de los muertos la había dado ya histórica y la literal es patente al menos en este pasaje, aunque de muchos
Cristo cuando respondió a los saduceos que le preguntaban de quién otros pueda dudarse. En el pensamiento escriturístico general agustiniano
sería la mujer que había tenido siete maridos y se le habían muerto to- hay que decir que sigue el sentido que más le acomoda al caso de que
trata sin escrúpulo, pero en sus escritos siempre reconoce un gran valor

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dos: In resurrectione—dice Cristo—ñeque nubent, ñeque nubentur. Con
lo cual desbarata la opinión materialista de la resurrección. al sentido literal y al histórico. Su tendencia a hacer filosofía en la exe-
[53] Esta idea está en consonancia con toda la tradición escriturís- gesis es clara. Por eso se ha dicho—y no sin razón—que sus exegesis es-
tica. La tierra no tiene punto alguno de apoyo, según esa tradición, y criturísticamente son de muy escaso valor, pero filosóficamente son riquí-
está fundada sobre la nada, sobre su estabilidad. Así, en el libro de Job. simas.
capítulo 16, se dice: Qui extendit Aquilonem super vacuum, et appendit [64] Sin embargo, en ésta y en la exegesis siguiente se atiene a un
terram super nihilum, es decir, hace que la tierra esté estable en su lugar. sentido simbólico. Es cierto que ha hecho notar que el sentido histórico
Así leemos también en el salmo 103: Qui fundas ti terram super stabili- ha de conservarse, pero ahora este otro sentido le viene muy bien para
tatem suam. non ínclinabitur in saeculum saeculi. probar la tesis que intenta y lo usa, a pesar de sus apreciaciones teóricas
[54] Con este último argumento enseña que Dios con su omnipoten- sobre el particular. Al fin del capítulo vuelve de nuevo a insistir sobre la
cia puede separar el peso natural o la gravedad del cuerpo mismo. Y ar- historicidad y su valor en este caso. Hoy nosotros ya sabemos cómo se ha
guye así: Si los dioses inferiores pudieron—según Platón—remover del de entender esa historia semita y cómo debemos interpretar—al menos
fuego la cualidad de quemar y dejarle la de lucir, siendo ambas cosas tenemos la norma directiva de la Comisión Bíblica—esos primeros capí-
naturales al fuego, este poder debe concederse con mucha más razón al tulos del Génesis.
Dios supremo. Y así. El puede quitar de la carne humana, a la que da 1651 El lexln, un poco difícil por la construcción latina y por faltar
la inmortalidad, la corrupción, dejándole su naturaleza; privarle de su equivalencia en castellano, parece claro, Los cuerpos en la resurrección
gravedad sin quitarle su esencia. tendrán capacidad para comer, es decir, podrán comer, pero no tendrán
[55] Esto mismo de la necesidad de los cuerpos para la felicidad necesidad de ello, y por eso no lo harán.
perpetua en la resurrección lo analiza y lo expone maravillosamente en [66] «En efecto—dice Agustín en la Epist. 102 q.1,6—, leemos que
De Genesi ad litteram (XII 35,68). Una aclaración más precisa a ciertas los ángeles comieron esos alimentos en la misma forma; no en una apa-
concesiones hechas en el libro De utilitate credendi puede verse en Re- riencia fingida y aérea, sino en una realidad aparente, y, sin embargo,
iractationes (I 14,2). no fué por necesidad, sino por potestad. De distinto modo absorben el
[56] En el Fedón dice que el ánimo impuro y mancillado con algún agua la tierra sedienta y el rayo ardiente del sol: aquélla, por necesidad;
crimen no puede ir a aquel lugar en que están los demás ánimos limpios éste, por potencia. El cuerpo que resucitará tendría una bienaventuranza
y puros. Estas almas purificadas habitarán ese lugar. Quae modérate et imperfecta si no pudiese tomar alimentos o si tuviese necesidad de to-
puré vitam traduxerit—dice él—Déos comités et duces consecuta, eum marlos».
locum, et qui sibi proprie et peculinriter attributus fuerit, inhabitot. —•"" [67] Busca el tipo y el antitipo, y ambos le vendrán muy bien para
[57] Así discurre, o, mejor, se imagina y fantasea. Platón en el él fin que persigue en la obra. El fin terreno, la inserción en el cuerpo
Fedro. místico, y el fin sobrenatural, la patria eterna. Parece ríensar aquí en la
[58] Principalmente en el libro X, capítulo 30. herejía de los valentinianos, que pretendía que el cuerpo de Jesucristo
[59] Siendo consecuente con su sentido de que el alma para ser feliz no era un cuerpo humano, sino un cuerpo espiritual y celeste. Cf. De
debe huir todo cuerpo, la conclusión debía ser ésta. Cf. libro XXII, ca- haeresibus haer.ll.
pítulo 27, donde expone Agustín ampliamente este sentir. [68] El sentido del cuerpo místico es muy expresivo en San Agustín.
[60] Así pensaba Orígenes, que, en su obra -n-Epi'Apxñv dice que toda J?u.. gran, profundidad es escondida para muchos espíritus y sólo su meta-
criatura corporal se convertirá en espiritual y la substancia total de ella física de la unidad lo explica suficientemente. Los Tractatus in Ibánriéní,
se trocará en un cuerpo purísimo y resplandeciente y tal cual la mente sobre todo, son el hontanar de donde mana esta doctrina.
ahora es incapaz de concebirlo. Y después—añade—será Dios todo en to- " [69] Esto muestra que antes las iglesias empleaban la versión de los
das las cosas, a fin de que toda la substancia corpórea se reduzca a la Setenta y que luego fué substituida por la versión de-San Jerónimo.
naturaleza superior, a toda otra naturaleza, a la divina. Agustín rechaza [70] Este testimonio es definitivo contra aquellos que impugnan la
aquí esta opinión, y también en De fide et symbolo (4,13). unión substancial. La cuestión ha perdido actualidad, pero Agustín en
[61] Testimonio más claro y definitivo contra la afirmación de vm esto es explícito. Cf. también Contra Acad. I 3,9; De mor. Eccl. cath.
I 4,6; 5,8; 27,52; De Gen. contra Manich. II 7,9; De Trin. III 2,8;
ir. 48,2; Epist. 137,3,11; Serm. 130,3. . : ;. ;
XIV, 2, 1 El, PECADO Y LAS PASIONES 921
L I B R O X I V [1] c a d o en q u e e l l o s c o n s i n t i e r o n fué t a n e n o r m e , q u e , e n v i r t u d
de él, la n a t u r a l e z a h u m a n a e m p e o r ó y se t r a n s m i t e a l o s des-
c e n d i e n t e s el p e c a d o m i s m o y la n e c e s i d a d de la m u e r t e . E l im-
p e r i o de la m u e r t e se e n s e ñ o r e ó t a n t o de los h o m b r e s , q u e
d i e r a con t o d o s en Ja m u e r t e s e g u n d a — c o m o p e n a d e b i d a — s i
u n a g r a c i a i n d e b i d a de D i o s n o l i b r a r a a a l g u n o s de e l l o s d e
la misma.
D e a q u í q u e , siendo t a n t o s y tari" g r a n d e s los p u e b l o s dise-
Vuelve a hablar del pecado original como fuente de la vida m i n a d o s p o r t o d o el o r b e de la t i e r r a , t a n d i v e r s o s en r i t o s y en
carnal y de las afecciones viciosas. Se detiene sobre todo en c o s t u m b r e s y t a n v a r i a d o s en l e n g u a , en a r m a s y e n v e s t i d o s ,
hacer ver que la libido vergonzosa es pena justa de la des- no formen más que dos géneros de sociedad h u m a n a , que po-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


obediencia e investiga el modo de propagarse la especie hu- d e m o s l l a m a r , c o n f o r m á n d o n o s con n u e s t r a s E s c r i t u r a s , d o s
mana sin libido, de no haber pecado el primer hombre. c i u d a d e s . U n a es la de los h o m b r e s q u e q u i e r e n v i v i r s e g ú n l a
c a r n e , y o t r a la d e los q u e q u i e r e n v i v i r s e g ú n el e s p í r i t u , c a d a
u n a en su p a z p r o p i a . Y la p a z de c a d a u n a de e l l a s consiste
C A P I T U L O I en v e r c o l m a d o s t o d o s sus a n h e l o s [ 2 ] .

LA DESOBEDIENCIA DEL PRIMER HOMBRE SOMETERÍA A TODOS


A UNA MUERTE SEGUNDA PERPETUA SI LA GRACIA DE DIOS NO C A P I T U L O II
LIBRARA A MUCHOS

¿QUÉ DEBE ENTENDERSE POR VIVIR SEGÚN LA CARNE?


Y a h e m o s a p u n t a d o en los l i b i o s a n t e r i o r e s que D i o s , p a r a
unificar al g é n e r o h u m a n o , n o sólo p o r la s e m e j a n z a de natu- 1. P r i m e r a m e n t e es p r e c i s o c o n s i d e r a r q u é es vivir s e g ú n
r a l e z a , sino t a m b i é n p o r lazos de c o n s a n g u i n i d a d ; p a r a l i g a r l o s , la c a r n e y q u é según el e s p í r i t u . C u a l q u i e r a q u e de g o l p e t o p e
d i g o , con el v í n c u l o de la p a z en u n i d a d c o n c o r d e , q u i s o q u e con esta e x p r e s i ó n , n o r e c o r d a n d o o n o r e p a r a n d o en el len-
t o d o s los h o m b r e s p r o c e d i e r a n de u n o s o l o . A d e m á s fué tam- g u a j e de l a s S a n t a s E s c r i t u r a s , p u e d e p e n s a r q u e l o s filósofos
b i é n v o l u n t a d suya q u e el g é n e r o h u m a n o n o e s t u v i e r a sujeto e p i c ú r e o s viven según la c a r n e , p o r q u e h a c e n r a d i c a r el b i e n
a la m u e r t e i n d i v i d u a l , si los dos p r i m e r o s h o m b r e s , de los s u m o del h o m b r e en el p l a c e r del c u e r p o . A éstos a ñ a d i r í a n
c u a l e s u n o fué c r e a d o de la n a d a y otro del p r i m e r o , n o se
h u b i e r a n h e c h o a c r e e d o r e s de e l l a p o r la d e s o b e d i e n c i a . El pe- pósteros obligatione peccati et mortis necessitate transmissa. Mortis autem
regnum in homines usque adeo dominatum est, ut omnes in secundara
quoque mortem, cuius nullus est finis, poena debita praecipites ageret,
LIBER XIV nisi inde quosdam indebita Dei gratia liberaret. Ac per hoc factum est,
ut um tot tantaeque gentes per terrarum orbem diversis ritibus mori-
Rumum de primi hominis percato, ex quo vilac carnal ¡s et vitiosorum busqae viventes, multiplici linguarum, armorum, vestium sint varietate
affectiutm causam profluxisse docel Awgustinus: sed praescrtim libídi- distinctae; non tamen amplius quam duo quaedam genera humanae so-
ne erubescendae malum poenam inobedientiae reciproc.am esse osten- cietatis existerent, quas civitates duas secundum Scripturas nostras mérito
dit, et quomodo, si non pecr.asset homo, filios fuüset absque libídine appellare possimus. Una quippe est hominum secundum carnem, altera
propagaturus, inquiril. secundum spiritum vivere in sui cuittsque generis pace volentium; et cum
id quod expetunt assequuntur, in sui cuiusque generis pace viventium.
CAPUT I
PlíR INORED1ENTIAM PRIMI HOMINIS IN SECUNDA!; MORTIS PERPETUITATEM CAPUT II
RUITUROS OMNES FUTSSE, NISI MULTOS D E I CRATIA LIRERARET
DE VITA CARNALI, QÜAE NON EX CORPORIS T A N T U M , SED ETIAM EX ANIMI
Dixinms iam iu superioribus lil>ris ad humanum gemís, non solum na- SIT INTELLIGENDA VITIIS
turae similitudine f-oeiandinn, verum etiam quadam cognationis necessi-
tudine in tinitatem concordem pacis vinculo colligandum, ex nomine uno 1. Prius ergo videndum est, quid sit secundum carnem, quid secun-
Denm voluis.se homines instituere: ñeque hoc gemís fuisse in singulis dum spiritum vivere. Quisquís enim hoc quod diximus prima fronte inspi-
quibusque moriturum, nisi duo primi, quorum creatus est untis ex millo, cit, vel non recolens, vel minus advertens quemadmodum Scripturae
altera ex illo, id inobcdientia meruissent: a quibus admissum est tam sanctae loquantur, potest putare philosophos quidem Epicúreos secundum
grande peccatum, ut in deterius eo natura mutarehir humana, cfiam in carnem vivere, quia summum bonum hominis in corporis voluptate po-
922 tA CIUDAD DE DIOS XTV, 2 , 1
XXV, 2, 2 Et PECADO Y tAS I'ASIONKS 923
o t r o s , si existen, q u e de a l g ú n m o d o o p i n e n q u e el b i e n s u m o
del h o m b r e consiste e n el b i e n del c u e r p o , y t o d a esa c a n a l l a d e c i r c a r n e se t o m a el t o d o p o r la p a r t e y se e n t i e n d e el h o m -
q u e , sin p r o f e s a r d o g m a n i filosofía a l g u n a , es p r o p e n s a a la b r e , c o m o s u c e d e en lo a n t e s c i t a d o .
l i b i d o y q u e n o c o n o c e o t r o s goces y p l a c e r e s q u e los c o r p o r a - 2 . S i e n d o , p u e s , t a n t a s l a s a c e p c i o n e s q u e da la d i v i n a
les y s e n s i b l e s . E n c a m b i o , los estoicos, p a r a éste, v i v i r í a n s e g ú n E s c r i t u r a a la p a l a b r a c a r n e , c u y a i n v e s t i g a c i ó n y r e l a c i ó n sería
el e s p í r i t u , p o r q u e , s e g ú n e l l o s , el b i e n s u m o del h o m b r e r a d i c a p r o l i j o h a c e r , p a r a p o d e r i n q u i r i r q u é es vivir s e g ú n la c a r n e
en el á n i m o . Y ¿ q u é es el á n i m o h u m a n o m á s q u e el e s p í r i t u ? (cosa, sin d u d a , m a l a , p u e s t o q u e la n a t u r a l e z a d e la c a r n e n o
P e r o , s e g ú n el s e n t i d o de la E s c r i t u r a , u n o s y o t r o s viven es u n m a l ) , e x a m i n e m o s con d e t e n i m i e n t o a q u e l p a s a j e de la
s e g ú n la c a r n e . E n efecto, n o l l a m a c a r n e s o l a m e n t e al c u e r p o C a r t a del a p ó s t o l S a n P a b l o a los G á l a t a s , q u e d i c e : Las obras
del a n i m a l , m o r t a l y t e r r e s t r e , c o m o c u a n d o d i c e : No toda de la carne son bien manifiestas; ellas son adulterio, fornica-
carne es la misma carne, sino que una es la carne del hombre, dones, deshonestidad, lujuria, culto de ídolos, hechicerías, ene-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


otra la de la bestia, otra la de las aves, y otra la de los peces, mistades, pleitos, celos, enojos, disensiones, herejías, envidias,
s i n o q u e da a esta p a l a b r a o t r a s m u c h a s a c e p c i o n e s . U n a s veces embriagueces, glotonerías y cosas semejantes. Sobre ellas os
l l a m a c a r n e al h o m b r e , es d e c i r , a l a n a t u r a l e z a h u m a n a , to- prevengo, como ya tengo dicho, que los que tales hacen no po-
m a n d o el t o d o p o r l a p a r t e . A s í : Ninguna carne será justificada seerán el reino de los cielos. T o d o este p a s a j e de la C a r t a a p o s -
por las obras de la ley. ó Q u é q u i s o d a r a e n t e n d e r a q u í s i n o tólica, c o n s i d e r a d o d e s d e este p u n t o de vista, p u e d e r e s o l v e r
t o d o h o m b r e ? M á s c l a r a m e n t e lo e x p r e s a p o c o d e s p u é s : Nadie q u é es vivir s e g ú n l a c a r n e .
se justifica por la ley; y a los G á l a t a s : Sabiendo que no se E n t r e l a s o b r a s de l a c a r n e q u e dijo ser manifiestas, y q u e ,
justifica el hombre por las obras de la ley. E n este s e n t i d o se u n a vez e n u m e r a d a s , c o n d e n ó , h a l l a m o s n o sólo l a s r e l a t i v a s
e n t i e n d e t a m b i é n : Y el Verbo se hizo carne, esto es, h o m b r e . al p l a c e r c a r n a l , c o m o son l a s f o r n i c a c i o n e s , la d e s h o n e s t i d a d ,
A l g u n a s [ 3 ] , n o e n t e n d i e n d o b i e n este p a s a j e , o p i n a r o n q u e la l u j u r i a , las e m b r i a g u e c e s , l a s g l o t o n e r í a s , sino t a m b i é n o t r a s
C r i s t o c a r e c i ó de n a t u r a l e z a h u m a n a . Así c o m o en a q u e l l u g a r q u e d e s c u b r e n l o s vicios del á n i m o , a j e n o s al p l a c e r de l a car-
del E v a n g e l i o en q u e se leen estas p a l a b r a s de M a r í a M a g d a - n e . ¿ Q u i é n n o c o m p r e n d e q u e l a i d o l a t r í a , l a s h e c h i c e r í a s , las
l e n a : Llevaron a mi Señor y no sé dónde lo han colocado, se e n e m i s t a d e s , los p l e i t o s , los celos, los enojos, l a s d i s e n s i o n e s ,
t o m a la p a r t e p o r el t o d o , p u e s h a b l a b a s o l a m e n t e de la c a r n e las h e r e j í a s y las e n v i d i a s son vicios del á n i m o m á s b i e n q u e
de C r i s t o , q u e c r e í a q u e h a b í a s i d o r o b a d a del s e p u l c r o , así al de la c a r n e ? Mien p u e d e s u c e d e r q u e a l g u i e n se a b s t e n g a de los
p l a c e r e s c a r n a l e s p o r m o r de la i d o l a t r í a o de a l g ú n e r r o r
suerunt; et si qui alii sunt, qui quoquo modo corporis bonum, summum h e r é t i c o , y, sin e m b a r g o , a u n en tal caso, la a u t o r i d a d del
bonum esse hominis opinati sunt; et omne eorum vulgus, qui non aliquo
dogmate, vel eo modo philosophantur, sed proclives ad libidinem, nisi ex putabat ablatam: ita et a parte totum, carne nomínala intelligitur homo;
voluptatibus, quas corporeis sensibus capiunt, gaudere nesciunt: Stoicos sicuti ea sunt quae supra commemoravimus.
autem, qui summum bonum hominis in animo ponunt, secundum spiritum 2. Cum igitur multis modis, quos perscrutari et colligere longum est,
vivere; quia et hominis animus quid est, nisi spiritus? Sed sicut loquitur divina Scriptura nuncupet carnem: quid sit secundum carnem vivere (quod
Scriptura divina, secundum carnem vivere utrique monstrantur. Carnem prefecto malum est, cum ipsa carnis natura non sit malum) ut indagare
quippe appellat, non solum corpus terreni atque mortalis animantis: veluti possimus, inspiciamus diligenter illum locum Epistolae Pauli apostoli,
cum dicit, Non omnis caro eadem caro; sed alia quidem hominis, alia quam scripsit ad Gálatas, ubi ait, Manifestó autem sunt opera carnis,
autem caro pecoris, alia volacrum, alia piscium 1: sed alus multis modis quae sunt adulteria, fornicationes, immunditiae, luxuriae, idolorum ser-
significatione huius nominis utitur, Ínter quos varios locutionis modos vitus, veneficia, inimicitiae, contentiones, aemulationes, animositates, dis-
saepe eriam ipsum hominem, id est naturam hominis, carnem nuncupat-, sensiones, haereses, invidiae, ebrietates, comessationes, et his similia; quae
modo locutionis a parte totum, quale est, Ex operibus legis non iustifi- praedico vobis, sicut et praedixi, quoniam qui talia agunt, regnum Dei
cabitur omnis caro ~. Quid enim voluit intelligi, nisi omnis homo ? Quod non possidebunt'. Iste totus Epistolae apostolicae locus, quantum ad rem
apertius paulo post ait, In lege nemo iustificatur 3 : et ad Calatas, Scientes praesentem satis esse videbitur, consideratus, poterit hanc dissolvere quaes-
quia non iustificabitur homo ex operibus legis 4. Secundum hoc intelligi- tionem, quid sit secundum carnem vivere. In operibus namque carnis, quae
tur, Et Verbum caro factum ests: id est, homo. Quod non recte accipien- manifesta esse dixit, eaque commemorata damnavit, non illa tantum inve-
tes quidam, putaverunt Christo humanam animara defuisse. Sicut enim a nimus, quae ad voluptatem pertinent carnis, sicuti sunt fornicationes, im-
toto pars accipitur, ubi Mariae Magdalenae verba in Evangelio leguntur munditiae, luxuriae, ebrietates, comessationes; verum etiam illa quibus
dicentis, Abstulerunt Dominum meum, et nescio ubi posuerunt eum°; animi vitia demonstrantur a voluptate carnis aliena. Quis enim servitutem
cum de sola Christi carne loqueretur, quam sepultam de monumento quae idolis exhibetur, veneficia, inimicitias, contentiones, aemulationes,
1 s animositates, dissensiones, haereses, invidias, non potius intelligat animi
i Cor. 15,39. lo. 1,14.
'' Rom. 3,30. • Ibid , 20,13. vitia esse quam carnis? Quandoquidem fieri potest, ut propter idolola-
3
Gal. 3,11. :'..,-. triam vel haeresis alicuius errorem a voluptatibus carnis temperetur: et
* Ibid,, 2,16.
l
' G a l . 5,19-21. •
924 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 3,.í X I V , 3,2 EL PECADO y LAS PASIONES 925

A p ó s t o l i n t i m a a ese h o m b r e q u e p a r e c e r e f r e n a r y r e p r i m i r cuerpo corruptible, del que poco antes había d i c h o : Aunque


la l i b i d o c a r n a l , q u e vive según la c a r n e . E l m i s m o abste- nuestro hombre exterior se corrompa, e s c r i b e : Sabemos que, si
n e r s e d e l o s p l a c e r e s c a r n a l e s está d i c i e n d o q u e p r a c t i c a o b r a s nuestra casa y morada terrena se destruye, nos dará Dios otra
c o n d e n a b l e s d e la c a r n e . ¿ Q u i é n n o a b r i g a l a s e n e m i s t a d e s en casa, una casa no hecha por mano de hombres, que durará
el á n i m o ? O ¿ q u i é n dice a su e n e m i g o o a q u i e n se lo i m a g i n a eternamente. Que por eso suspiramos aquí deseando la sobre-
t a l : «Tienes mala carne contra mí», y no m á s b i e n : «Tienes vestidura de la habitación nuestra del cielo, si es que fuéremos
m a l á n i m o c o n t r a m í » ? E n fin, c o m o n a d i e , o y e n d o c a r n a l i d a - hallados vestidos, no desnudos. Así, los que estamos en esta,
d e s , p o r d e c i r l o así, v a c i l a r í a e n a t r i b u i r l a s a l a c a r n e , a s í n a - morada gemimos agobiados, pues no queríamos vernos despo-
die d u d a q u e l a s a n i m o s i d a d e s [ 4 ] p e r t e n e c e n a l á n i m o . ¿ P o r jados, sino ser revestidos de manera que la vida absorba lo
q u é , p u e s , t o d a s estas y o t r a s s e m e j a n t e s r e c i b e n d e l D o c t o r d e mortal. S o m o s a g o b i a d o s p o r el c u e r p o c o r r u p t i b l e , y, s a b i e n d o
l a s Gentes, en fe y e n v e r d a d , el a p e l a t i v o d e o b r a s de la c a r n e q u e la c a u s a de ese a p e s g a m i e n t o n o es l a n a t u r a l e z a y l a subs-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


s i n o p o r q u e , según la figura l i t e r a r i a p o r l a q u e se significa e l t a n c i a del c u e r p o , s i n o su c o r r u p c i ó n , n o q u e r e m o s ser d e s p o j a -
t o d o p o r la p a r t e , su i n t e n c i ó n es d a r a e n t e n d e r t o d o el h o m - d o s del c u e r p o , s i n o s e r r e v e s t i d o s d e su i n m o r t a l i d a d . E n t o n -
b r e c o n el n o m b r e d e c a r n e ? [ 5 ] . ces e x i s t i r á t a m b i é n el c u e r p o ; p e r o , c o m o n o s e r á c o r r u p t i b l e ,
n o a p e s g a r á . L u e g o apesga a h o r a el cuerpo corruptible al alma
y la morada terrena deprime el sentido, que imagina muchas
C A P I T U L O I I I cosas. Q u i e n e s p i e n s a n q u e t o d o s l o s m a l e s d e l a l m a p r o c e d e n
del c u e r p o están e n u n e r r o r .
L A CAUSA D E L PECADO T I E N E S U ORIGEN EN E L ALMA, NO E N LA 2 . A u n q u e V i r g i l i o p a r e z c a c a n t a r en v e r s o s s u b l i m e s l a
CARNE, Y L A C O R R U P C I Ó N CONTRAÍDA P O R E L P E C A D O NO E S s e n t e n c i a de P l a t ó n , c u a n d o d i c e :
PECADO, SINO PENA DEL MISMO Tienen estos gérmenes de vida un vigor ígneo que deben a su ori-
gen celeste, mientras las impurezas del cuerpo no los contaminan, ni
1. Si a l g u i e n d i j e r e q u e la c a r n e es la c a u s a d e t o d o s los los embotan nuestros móviles terrenales o nuestros miembros, ya des-
vicios en l a s m a l a s c o s t u m b r e s , j u s t a m e n t e p o r q u e el a l m a , ta- hilados a la muerte,
r a d a c o n la c a r n e , vive a s í , i n d u d a b l e m e n t e n o se h a fijado e n
t o d a la n a t u r a l e z a del h o m b r e . E s v e r d a d q u e el cuerpo corrup- y a u n q u e p r e t e n d a d a r a e n t e n d e r q u e a q u e l l a s c u a t r o t a n co-
tible apesga al alma; y p o r eso el A p ó s t o l , c u a n d o t r a t a d e este n o c i d a s p e r t u r b a c i o n e s del á n i m o , el deseo y el t e m o r , l a a l e -

tamen etiam tune homo, quamvis carnis libídines continere atque cohibere
videatur, secundum carncni vivero hac apostólica auctoritate convincitur; corrumpitur °: Scimus, inquit, quia si terrena riostra domus habitationis
et in eo quod abstinet a voluptatibus carnis, damnabília opera carnis agere dissolvatur, aedificationem habemus ex Deo, domum non manufactam
dsmonstratur. Quis inimicitias non in animo habeat? aut quis ita loqua- aeternam in caelis. Etenim in hoc ingemiscimus, habitaculum nostrum
tur, ut inimico suo, vel quem putat inimicum, dicat, Malam carnem, ac quod de cáelo est superindui cupientes: si tamen et induti, non nudi in-
non potius, Malum animum habes adversum me? Postremo sicut carnali- veniamur. Etenim qui sumus in hac habitatione, ingemiscimus gravad:
tates, ut ita dicam, si quis audisset, non dubitasset carni tribtiere; ita eo quod nolumus exspoliari, sed supervestiri, ut absorbeatur moríale a
nemo dubitat animositates ad animum pertinere: cur ergo haec omnia et vita". Et aggravamur ergo corruptibili corpore, et ipsius aggravationis
his similia Doctor Gentium in fide et veritate opera carnis appellat, nisi causam, non naturam substantiamque corporis, sed eius corruptionem
quia eo locutionis modo, quo totum significatur a parte, ipsum hominem scientes, nolumus corpore exspoliari, sed eius immortalitate vestiri. Et
vult nomine carnis intelligi? tune enim erit, sed quia eorruptibile non erit, non gravabit. Aggravat
ergo nunc animam corpus eorruptibile, et deprimit terrena inhabitado
CAPUT III sensum multa cogitantem lv . Verumtamen qui omnia animae mala ex cor-
pore putant accidisse, in errore sunt.
PEOCATI CADSAM EX ANIMA, NON EX CARNE PRODIISSE, ET CORRUPTIONEM 2. Quamvis enim Virgilius Platonicam videatur luculentis versibus ex-
EX PECCATO CONTRACTAM, NON PECCATUM ESSE, SED POENAM plicare sententiam, dicens:
Ig-neu.s est ollis viyor et caelestis oriíro
1. Quod si quisquam dicit, carnem causam esse in malis moribus Seminibus, quantum non noxia corpora tardant,
quorumeumque vitiorum, eo quod anima carne affecta sic vivit; prefecto Terrenique nebetant artus moribundaque membra ;
non universam hominis naturam diligenter advertit Nam corpas quidem
eorruptibile aggravat animam 8. Unde etiam idem apostolus agens de hoc omnesque illas notissimas quatuor animi perturbationes, cupiditatem. ti-
corruptibili corpore, de quo paulo ante dixerat, Etsi exterior homo noster a
2 Cor. 4,16.
• S a p . 9,15. "' 2 Cor. 5,1-4.
" S a p . 9,15. -
X¡IV, 4,-l El, PECADO Y fcAS PASIONES 927
926 EA CIUDAD Dl¡ DIOS JCEV, 3 , 2
rtioso, m á s é m u l o y m á s e n v i d i o s o de e l l o s q u e él ? S e ñ o r e a n d o
g r í a y la tristeza, c o m o fuentes d e t o d o p e c a d o y d e t o d o vicio, en él t o d o s estos vicios sin la c a r n e , ¿ p o r q u é son o b r a s d e l a
se d e b e n a l c u e r p o , al e s c r i b i r : c a r n e s i n o p o r q u e son o b r a s del h o m b r e , a q u i e n , c o m o h e di-
Pero, cuando eso sucede, las almas conocen el temor y el deseo, la c h o , d a e l n o m b r e d e c a r n e ? E n efecto, n o se hizo s e m e j a n t e a l
alegría y el dolor, y no ven la claridad de los cielos, presas en sus d i a b l o el h o m b r e p o r t e n e r c a r n e , d e q u e carece el d i a b l o , s i n o
tinieblas y en su cárcel sin ojos; p o r v i v i r s e g ú n él m i s m o , es decir, según el h o m b r e . T a m b i é n
con t o d o , n u e s t r a fe se h a d e o t r a m a n e r a . L a r a z ó n es q u e la el d i a b l o q u i s o vivir s e g ú n él m i s m o , c u a n d o n o se m a n t u v o en
c o r r u p c i ó n , q u e a p e s g a a l a l m a , n o es la c a u s a del p r i m e r pe- la v e r d a d . Y d e este m o d o h a b l ó m e n t i r a , n o de D i o s , s i n o de
c a d o , sino la p e n a , n i l a c a r n e c o r r u p t i b l e hizo ser al a l m a sí p r o p i o , q u e n o s ó l o e s m e n d a z , s i n o el p a d r e d e la m e n t i r a .
p e c a d o r i z a , s i n o q u e el a l m a p e c a d o r i z a hizo ser c o r r u p t i b l e a E l fué el p r i m e r o q u e m i n t i ó , y el p r i n c i p i o d e l p e c a d o e s el
la c a r n e . A u n q u e es v e r d a d q u e existen a l g u n o s i n c e n t i v o s y a l - m i s m o q u e el de la m e n t i r a .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


g u n o s deseos viciosos p r o c e d e n t e s de l a c o r r u p c i ó n d e la c a r n e ,
sin e m b a r g o , n o d e b e n a t r i b u i r s e a la c a r n e t o d o s los vicios del
a l m a i n i c u a , n o sea q u e j u s t i f i q u e m o s a l d i a b l o , q u e n o t i e n e C A P I T U L O IV
c a r n e . N o se p u e d e d e c i r t a l vez q u e el d i a b l o es f o r n i c a r i o
o b o r r a c h o , o q u e esté sujeto a a l g ú n o t r o m a l p e r t i n e n t e a l ¿QUÉ E S VIVIR SEGÚN E L H O M B R E Y QUÉ SEGÚN DIOS?
p l a c e r c a r n a l , a u n q u e sea el c o n s e j e r o y el o c u l t o i n s t i g a d o r d e
tales p e c a d o s ; p e r o sí q u e es el s o b e r b i o y el e n v i d i o s o p o r 1. E n c o n s e c u e n c i a , c u a n d o el h o m b r e vive s e g ú n e l h o m -
a n t o n o m a s i a . E s t a v i c i o s i d a d le p r e n d i ó d e t a l suerte, q u e p o r b r e y n o s e g ú n D i o s , es s e m e j a n t e a l d i a b l o . P o r q u e n i el á n g e l
e l l a fué p r e c i p i t a d o con s u p l i c i o e t e r n o a l a s o b s c u r a s p r i s i o n e s d e b e v i v i r s e g ú n el á n g e l , s i n o s e g ú n D i o s , p a r a m a n t e n e r s e e n
de este a i r e [ 6 ] . L o s vicios, q u e h a n e s t a b l e c i d o su i m p e r i o e n la v e r d a d y h a b l a r l a v e r d a d , q u e viene d e D i o s ; n o l a m e n -
el d i a b l o , el A p ó s t o l los a t r i b u y e a la c a r n e , a u n q u e es cierto t i r a , q u e n a c e de sí m i s m o . D e l h o m b r e d i c e el A p ó s t o l e n o t r o
q u e el d i a b l o c a r e c e de e l l a . l u g a r : Si es que se manifestó la verdad de Dios en mi men-
Dice, p o r e j e m p l o , q u e l a s e n e m i s t a d e s , l o s p l e i t o s , los celos, tira. H u m a n d o a la m e n t i r a m í a , y a la v e r d a d , d e D i o s . P o r
las a n i m o s i d a d e s y l a s e n v i d i a s son o b r a s d e l a c a r n e . E l hon- tnnlo, c u m u l o el h o m b r e vive s e g ú n la v e r d a d , n o vive s e g ú n él
t a n a r y el p r i n c i p i o d e t o d o s estos m a l e s es la s o b e r b i a , q u e m i s m o , sino según D i o s , p u e s D i o s es el q u e d i j o : Yo soy la
reina sin c a r n e en el d i a b l o [ 7 ] . ¿ Q u i é n m á s e n e m i g o q u e él verdad. C u a n d o vive s e g ú n él m i s m o , e s decir, s e g ú n el h o m -
de los s a n t o s ? ¿ S e e n c u e n t r a a l g u n o m á s c o n t e n c i o s o , m á s a n i -
animosior et magis aemulus atque invidus invenitur? Et haec omnia cum
morem, laetitiam, tiistitiam, quasi origines omnium peccatorum atque vi- habeat sine carne, quomodo sunt ista opera carnis, nisi quia opera sunt
tiorum volens intelligi ex corpore accidere, subiungat et dicat, hominis, quem, sicut dixi, nomine carnis appellat? Non enim habendo car-
nem, quam non habet diabolus; sed vivendo secundum se ipsum, hoc est
Hínc metuunt cupiuntque, dolent ííaudtMitque, tiec auras socundum hominem, factus est homo similis diabolo: quia et ille secun-
Suspiciunt, clausae tenebris et earcere coceo '- :
dum se ipsum vivere voluit, quando in veritate non stetit; ut non de Dei,
tamen aliter se habet fides nostra. Nam corruptio corporis, quae aggravat sed de suo, mendacium loqueretur, qui non solum mendax, verum etiam
animam, non peccati prími est causa, sed poena; nec caro corruptibilis mendacii pater e s t " . Primus est quippe mentitus, et a quo peccatum, ab
animam peccatricem, sed anima peccatrix fecit esse corruptibilem carnem. illo coepit esse mendacium.
Ex qua corruptione carnis licet existant quaedam incitamenta vitiorum,
et ipsa desideria vitiosa: non tamen omnia vitae iniquae vitia tribuenda
sunt carni, ne ab his ómnibus purgemus diabolum, qui non habet carnem. CAPUT IV
Etsi enim diabolus fornicator vel ebriosus, vel si quid huiusmodi mali est
quod ad carnis pertinet voluptates, non potest dici. cura sit etiam talium QUID SIT SECUNDUM HOMIIVEM, QUIDVE SECUNDUM DEUM VIVERE
peccatorum suasor et instigator occultus: est tamen máxime superbus atque
invidus. Quae illum vitiositas sic obtinuit, ut propter hanc esset in car- 1. Cum ergo vivit homo secundum hominem, non secundum Deum,
ceribus caliginosi huius aeris aeterno supplicio destinatus. Haec autem similis est diabolo. Quia nec angelo secundum angelum, sed secundum
vitia quae tenent in diabolo principatum, carni tribuit Apostolus, quam Deum vivendum fuit, ut staret in veritate, et veritatem de illius, non de
certum est diabolum non habere. Dicit enim, inimicitias, contentiones, suo mendacium loqueretur. Nam et de homine alio loco idem apostolus
aemulationes, animositates, invidias, opera esse carnis " : quorum omnium ait, Si autem ventas Dei in meo mendacio abundavit ". Meum dixit men-
malorum caput atque origo superbia est, quae sine carne regnat in diabo- dacium, veritatem Dei. Cum itaque vivit homo secundum veritatem, non
lo. Quis autem illo est inimicior sanctis? quis adversus eos contentiosior, vivit secundum se ipsum, sed secundum Deum. Deus est enim qui dixit,
14
ia lo, 8,44-
Aeneid. 1.6 v.730-734. 15
1;1
G a l . 5,20-21. Rom. 3,;.
928 LA CIUDAD Dlt OÍOS XIV, 4, 2
X I V , 4, 2 EL PECADO Y LAS PASIONES 929
bre, no según Dios, indudablemente vive según la mentira.
Y esto no porque el hombre sea mentira, siendo Dios su autor carne, es decir, por esta parte del hombre, se entiende a todo el
y creador, Dios que no es autor ni creador de la mentira, sino hombre. Poco antes había llamado animales a los mismos que
porque el hombre no fué creado recto para vivir según él mis- ahora llamó carnales. Dice así: Porque ¿quién de los hombres
mo, sino según su Hacedor, esto es, para hacer la voluntad de sabe las cosas del hombre sino el espíritu del hombre, que está
Dios antes que la suya. JNo vivir como su condición exigía que dentro de él? Como las cosas de Dios nadie las sabe sino el
viviera, eso es la mentira [ 8 ] . Quiere ser feliz, pero sin vivir de Espíritu de Dios. Nosotros, pues, dice, no hemos recibido el
manera que pu<:da serlo, y ¿qué hay más mentiroso que este espíritu de este mundo, sino el Espíritu que es de Dios, a fin de
querer ? que conozcamos las cosas que Dios nos ha comunicado; las
De donde se sigue que muy bien puede decirse que todo cuales por eso tratamos no con palabras estudiadas de humana
pecado es una mentira, porque el pecado no se hace sino por ciencia, sino conforme nos enseña el Espíritu, acomodando lo
luntad con que queremos que nos vaya bien o con que no espiritual a lo espiritual. Porque el hombre animal no puede

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


^uti.emos que nos vaya mal. Luego la mentira radica en que, hacerse capaz de las cosas que son del Espíritu de Dios, pues
ruando procuramos que nos vaya bien, de esa acción nos va para todos son necedad. A tales hombres animales dice poco
mal, o en que, cuando pretendemos que nos vaya mejor, de ese después: Y así es, hermanos, que yo no he podido hablaros
mismo acto nos va peor. ¿De dónde procede esto sino de que como a hombres espirituales, sino como a carnales. Esto debe
el hombre puede vivir bien de Dios, a quien abandona pecan- entenderse también por esa figura retórica en que se toma el
do, no de sí mismo, porque peca, viviendo así? todo por la parte. Así, por la carne y por el alma, que son par-
tes del hombre, puede designarse el todo, que es el hombre.
2. Como hemos apuntado, de que hay unos que viven se- Según esto, no es distinto el hombre animal del carnal, sino
gún la carne y otros según el espíritu, se han originado dos que ambos son uno mismo, es decir, el hombre que vive según
ciudades diversas y contrarias entre sí. La misma idea puede el hombre. Así se dan a entender los hombres, bien en este pa-
expresarse de este modo: unos viven según el hombre y otros saje: Ninguna carne será justificada por las obras de la ley;
según Dios. Con claridad meridiana escribe San Pablo a los de bien en este otro: Rajaron con Jacob a Egipto setenta y cinco
Corinto: Habiendo entre vosotros celos y discordias, ¿no es almas [ ( )|. Allí se enliende por loda carne lodo hombre, y aquí,
claro que sois carnales y procedéis según el hombre? Luego por seleiila y cinco ¡iliniis, sctenla y cinco hombres. La cláusula
proceder según el hombre es igual a ser carnal, porque por la no con palabras estudiadas de ciencia humana, pudo expresarla
así: «no con palabras estudiadas de ciencia carnal»; y en esta
Ego sum veritas I0 . C u m vero vivit s e c t m d u m se ipsum, hoc est s e c i m d u m
hominem, non s e c u n d u m Deum, profecto s e c i m d u m m e n d a c i u m vivit: n o n
intelligitur homo. Eosdem ipsos q u i p p e dixit superius animales, quos postea
q u i a homo ipse m e n d a c i u m est, c u m sit eius a u c t o r et creator Deus, qui
carnales, ita l o q u e n s : Quis enim, scit, inquit, hominum quae sunt hominis,
non est u t i q n e auctor c r e a t o r q u e m e n d a c i i ; sed q u i a homo ita factus est
nisi spiritus hominis, qui in ipso est? Sic et quae Dei sunt, nemo scit
rectus, u t non s e c u n d u m se ipsum, sed s e c u n d u m e u m a quo factus est,
nisi Spiritus Dei. Nos autem, inquit, non spiritum huius mundi accepimus,
viveret; id est, illius potius, q u a m suam faceret v o l u n t a t e m : non a u t e m
sed Spiritum qui ex Deo est, ut sciamus quae a Deo donata sunt nobis;
ita vivere, q u e m a d m o d u m est factus ut viveret, hoc est m e n d a c i u m . Beatus
quae et loquimur, non in sapientiae humanae doctis verbis, sed doOis
q u i p p e vult esse, etiam n o n sic vivendo u t possit esse. Quid est ista volún-
spiritu, spiritualibus spiritualia comparantes. Animalis autem homc non
tate m e n d a c i u s ? U n d e non frustra dici potest, o m n e p e c c a t u m esse men-
percipit quae sunt Spiritus Dei: stultitia est enim Mi ". T a l i b ü s igitur,
dacium. Non enim fit p e c c a t u m , nisi ea volúntate, q u a volumus u t bene
id est a n i m a l i b u s , p a u l o post dicit, Et ego, fratres, non potui toqui vobis
sit nobis, vel n o l u m u s u t m a l e sit nobis. E r g o m e n d a c i u m est, quod c u m
quasi spiritualibus, sed quasi carnalibus I 0 . E t illud ex hoc eodem l o q u e n d i
fiat ut bene sit nobis, h i n c potius m a l e est n o b i s ; vel c u m fiat u t m e l i u s
modo intelligitur, id est, a p a r t e totum. E t ab a n i m a n a m q u e , et a c a r n e ,
sit nobis, h i n c potius peius est nobis. U n d e hoc, nisi q u i a de Deo potest
quae sunt partes hominis, potest totum significari, quod est h o m o ; a t q u e
b e n e esse homini, q u e m d e l i n q u e n d o d e s e r i t ; non de se ipso, s e c u n d u m
ita non est aliud animalis homo, aliud c a r n a l i s ; sed idem ipsum est
quem vivendo d e l i n q u i t ?
u t r u m q u e , id est, s e c u n d u m h o m i n e m vivens homo. Sicut non aliud q u a m
2. Quod i t a q u e diximus, h i n c exstitisse civitates duas diversas inter nomines significantur, sive ubi legitur, Ex operibus legis non justificabitur
se a t q u e c o n t r a r i a s , quod alii s e c u n d u m c a r n e m , alii s e c u n d u m s p i r i t u m omnis caro 2 ° : sive quod scriptum est, Septuaginta quinqué animae deseen-
viverent: potest etiam isto modo dici q u o d alii s e c u n d u m h o m i n e m , alii derunt cum Iacob in Aegyptum 2l
. E t ibi e n i m per o m n e m c a r n e m omnis
s e c u n d u m D e u m vivant. Apertissime q u i p p e P a u l u s a d Corinthios d i c i t : homo, et ibi per s e p t u a g i n t a q u i n q u é a n i m a s s e p t u a g i n t a q u i n q u é homines
Cum enim inter vos sint aemulatio et contentio, nonne carnales estis, et intelliguntur. E t quod dictum est, Non in sapientiae humanae doctis verbis,
secundum hominem ambulatis? " Quod ergo est a m b u l a r e s e c u n d u m ho- potuit dici, Non in sapientiae c a r n a l i s : sicut quod dictum, est, Secundum
minem, hoc est esse c a r n a l e m ; quod a c a r n e , id est a p a r t e hominis,
18
' • lo. 14,6. i Cor. 2,11-14.
" i Cor. 3,3. " Ibid., 3,i.
20
Rom. 3,20
Jl :
Gen. 46,37. • ""
930 XIV, 5 El, PECADO Y LAS PASIONES 931
LA CIUDAD DE DIOS XIV, 5

o l í a : procedéis según el hombre, pudo decir «según la carne». n a t u r a l e z a del m a l [ 1 1 ] , p u e s t o q u e t o d o s los e l e m e n t o s q u e


Esto aparece más claro en lo que sigue: Porque diciendo uno: c o m p o n e n este m u n d o v i s i b l e y t a n g i b l e y sus c u a l i d a d e s los
Yo soy de Pablo; y el otro: Yo de Apolo, ¿no sois hombres? a t r i b u y e n al D i o s H a c e d o r . S i n e m b a r g o , o p i n a n q u e los órga-
Aquella expresión: sois animales, y sois carnales, es más plás- nos terrenos y los miembros mortales causan tales impresiones
tica a h o r a : sois hombres, que se traduce: Vivís según el hom- en l a s a l m a s , q u e de e l l a s p r o v i e n e n los m o r b o s de los deseos
bre, no según Dios. Si vivierais según El, seríais dioses [ 1 0 ] . y d e l o s t e m o r e s , de l a s a l e g r í a s y d e l a s t r i s t e z a s . E n estas
cuatro perturbaciones, como las llama Cicerón, o pasiones,
como muchos traducen literalmente del griego [ 1 2 ] , radica
t o d a l a v i c i o s i d a d de l a s c o s t u m b r e s h u m a n a s . Si esto es a s í ,
C A P I T U L O V
¿ q u é significa q u e E n e a s , e n V i r g i l i o , en h a b i e n d o o í d o d e l
p a d r e , cabe los infiernos, q u e l a s a l m a s t o r n a r á n de n u e v o a
OPINIÓN DE LOS PLATÓNICOS Y DE LOS MANIQUEOS SOBRE LA

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los c u e r p o s , se a d m i r a de esta o p i n i ó n y e x c l a m a :
NATURALEZA DEL ALMA
¡Oh padre mío!, ¿cómo es posible que haya almas que quieran otra
Así, pues, no hay necesidad de colgar ese sambenito de vez remontarse al aire de los cielos y que aspiren a entrar nuevamente
nuestros vicios y pecados, injuriando a su vez al Creador, a la en la estrecha cárcel de la carne? ¿De dónde les viene a esos desgra-
naturaleza de la carne, que en su género y orden es buena. Lo ciados tan insensato deseo de luz?
que no es bueno es abandonar al bien Creador y vivir según el ¿ P u e d e a c a s o v e n i r este i n s e n s a t o deseo a l a t a n c e l e b r a d a
el bien creado, ora se elija vivir según la carne, ora según el p u r e z a de l a s a l m a s de los ó r g a n o s t e r r e n o s y d e l o s m i e m b r o s
alma, ora según el hombre total, que consta de alma y de carne m o r t a l e s ? ¿ N o afirma el p o e t a q u e e s t á n p u r i f i c a d a s d e t o d a s
(de donde le viene el poder ser significado por sola el alma e s t a s p e s t e s c o r p ó r e a s , c o m o él dice, c u a n d o n a c e en e l l a s el
o por sola la c a r n e ) . Quien alaba la naturaleza del alma como d e s e o d e r e t o r n a r o t r a vez a l o s c u e r p o s ? D e d o n d e se c o l i g e
bien sumo y acusa la naturaleza de la carne como mal, es indu- q u e , a u n q u e así f u e r a — s e r í a el c o l m o de l a v a n i d a d — , alter-
dable que apetece el alma carnalmente y que huye carnalmente n a n d o a l t e r n a t i v a e i n c e s a n t e m e n t e la purificación y la m a n -
la carne, porque se funda en la vanidad humana, no en la ver- cilla ilo IMH a l m a s q u e van y vienen, no p u e d e decirse con ver-
dad divina. d a d que. lodos los m o v i m i e n t o s c u l p a b l e s y viciosos d e l a s
Es cierto que los platónicos no desbarran como los mani- a l m a s p r o c e d a n d e los c u e r p o s t e r r e n o s . L a r a z ó n es q u e , s e g ú n
queos, hasta el punto de detestar los cuerpos terrenos como la la e x p r e s i ó n d e l f a m o s o l i t e r a t o , ese t a n necio deseo n o p r o -
cede d e l c u e r p o , d e t a l f o r m a q u e o b l i g u e a l a l m a , p u r i f i c a d a
hominem ambulatis; potuit dici, Secundum carnem. Magis autem hoo
apparuit in bis qnao siibinnxit: Cum enim quis dicat, Ego sum Pauli; ram terrena corpora detestentur; cum omnia elementa, quibus iste mun-
alius autem, Ego Apollo: nonnc. ¡tomines estis?22 Quod dicebat, Animales dus visibilis contrectabilisque compactus est, qualitatesque eorum Deo
estis, et, Carnales estis; expressius dixit, I [omines estis: quod est, Secun- artiliri tribuant. Verumtamen ex terrenis artubus moribundisque membris
dum hominem vívitis, non secundum Deum; secundum quem si viveretis, sic alfici animas opinantur, ut hinc eis sint morbi cupiditatum et timorum
dii essetis. et laetitiae sive tristitiae: quibus quatuor vel perturbationibus, ut Cicero
CAPUT V appellat" vel passionibus, ut plerique, verbum e verbo graeco exprimunt,
omnis humanorum morum vitiositas continetur. Quod si ita est, quid est
quod Aeneas apud Virgilium, cum audisset a patre apud inferos, animas
Quou BE CORPORIS ANIMAEQUE NATURA TOLERABILIOR QUIDEM PLATONICORUM
rursus ad corpora redituras, hanc opinionem miratur, exclamans:
QUAM MANICHAEORUM SIT OPIMO; SED ET IPSI REPROBANTUK, QUONIAM
VITIORUM CAUSAS NATURAE CARNIS ADSCR1BÜNT O pater, aune aliquas ;ul caelum hinc iré putandum est
Sublimes animas, iterumque ad tarda revertí 24
Non igitur opus est in peccatis vitiisque nostris ad Creatoris iniuriam Corpora ? Quae lucís miseris tam dirá cupido ?
carnis aecusare naturam, quae in genere atque ordine suo bona est: sed
deserto Creatore bono, vivere secundum creatum bonum, non est bonum; Numquidnam haec tam dirá cupido ex terrenis artubus moribundisque
sive quisque secundum carnem, sive secundum animam, sive secundum membris adhuc inest animarum illi praedicatissimae puritati? Nonne ab
totum hominem, qui constat ex anima et carne (unde et nomine solius huiusmodi corporeis, ut dicit, pestíbus ómnibus eas asserit esse purgatas,
animae, et nomine solius carnis significari potest), eligat vivere. Nam qui cum rursus incipiunt in corpora velle reverti? Unde colligitur, etiamsi
velut summum bonum laudat animae naturam, et tanquam malum natu- ita se haberet, quod est omnino vanissimum, vicissim alternans incessa-
ram carnis aecusat, proferto et animam carnaliter appetít, et carnem car- biliter euntium atque redeuntium animarum mundatio et inquinatio, non
naliter fugit: quoniam id vanitate sentit humana, non veritate divina. potuisse veraciter dici, omnes culpabiles atque vitiosos motus animarum
Non quidem Platonici, sicut Manichaei desipiunt, ut tanquam mali natu- 23
Tusad, quaest. 1.4.
2i
31 Aeneid. 1.6 v.719-721.
i Cor. 3,4.
XIV, 7 , 1 SI PECADO V US PASIONES 033
932 U CIUDAD DE DIOS XIV, 6

de toda peste corpórea y libre de todo cuerpo, a estar en un Por eso el hombre que vive según Dios, y no según el hom-
cuerpo. De donde se sigue, conforme a su propia confesión, que bre, precisa ser amador del bien y, en consecuencia, odiador
no es solamente la carne la que excita en el alma el deseo y el del mal. Y como nadie es malo por naturaleza, sino que todo el
temor, la alegría y la tristeza, sino que también el alma puede que es malo lo es por vicio, el que vive según Dios debe un
excitar por sí misma tales movimientos. odio perfecto a los malos. Su odio ha de mantenerse en esta
línea: que ni odie al hombre por el vicio ni ame el vicio por el
hombre, sino que odie al vicio y ame al hombre [ 1 5 ] . Sanado
el vicio, quedará únicamente lo que debe amar y nada de lo
C A P I T U L O VI que debe odiar.

LA RECTITUD O MALICIA DE LAS AFECCIONES ANÍMICAS DEPENDE


DE LA VOLUNTAD HUMANA C A P I T U L O VII

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Es de gran importancia saber cómo es el querer del hom-
bre, porque, si es desordenado, sus movimientos serán desorde- LAS PALABRAS «AMOR» Y «DILECCIÓN» SE USAN INDISTINTAMENTE
nados, y si es recto, no sólo serán inculpables, sino hasta loa- EN LAS SAGRADAS L E T R A S PARA EL BIEN Y PARA EL MAL
bles. En todos ellos hay querer; mejor diría, todos ellos no son
más qué quereres [ 1 3 ] . Pues ¿qué es el deseo y la alegría sino 1. De aquel que tiene propósito de amar a Dios y al
un querer en consonancia con las cosas que queremos? Y ¿qué prójimo como a sí mismo, no según el hombre, sino según Dios,
es el temor y la tristeza sino un querer en disonancia con lo se dice que es de buena voluntad por ese amor. El nombre más
que no queremos? Cuando concordamos, apeteciendo lo que corriente de ese afecto en las sagradas Letras es el de caridad,
queremos, tenemos el deseo, y cuando concordamos, gozando de pero lo llaman también amor. ¿1 Apóstol dice que el elegido
lo que queremos, tenemos la alegría. Asimismo, cuando discor- para regir el pueblo, según su voluntad, debe ser amador del
damos de lo que no queremos que suceda, tal querer se llama bien. El Señor preguntó al apóstol P e d r o : ¿Tu dilección es su-
temor, y cuando discordamos de aquello que sucede a quienes perior a la de estos?, y él le respondió: Señor, lú sabes que te
no lo quieren, tenemos el querer llamado tristeza [ 1 4 ] . En una amo. El SÍMIOI' volvió a preguntarle no si ló amaha, sino si le
palabra, como se encandila u ofende la voluntad del hombre pro vuriolutc roium quue appetunlur atque íugiuntur, sicut aiiicitur vel
según los diferentes objetos que apetece o rehusa, así vira y se oiienditur voluntas hominis, ita in hos vel illos aífectus mutatur et ver-
torna a estos o a aquellos afectos. titur. Quapropter homo qui secundum Deum, non secundum hominem
vivit, oportet ut sit amator boni: unde fit consequens ut malum oderit.
eis ex terrenis corporibus molosccrc: sicjuidem secundum ipsos illa, ut Et quoniam nenio natura, sed quisquis malus est, vitio malus est: períec-
locutor nobilis ait, dirá cupido usquc adeo non est ex corpore, ut ab tum uiliiiiii"' debet malis, qui secundum Deum vivit; ut nec propter
omni corpórea peste purgatam, et ex Ira oiiine corpus animam constitutam, vitiuin oderit hominem, nec amet vitium propter hominem; sed oderit
ipsam compellat esse in corpore. Unde etiam, lilis íatcntibus, non ex carne vilium, amet hominem. Sanato enim vitio, totum quod amare, nihil autem
tantum afficitur anima, ut cupiat, metuat, laetctur, aegrescat; verurn quod debeat odisse, remanebit.
etiam ex se ipsa his potest motibus agitari.

CAPUT VII
CAPUT VI
AMOREM ET DILECTIONEM INDIFFERENTER ET IN BONO ET IN MALO APUD
DE QUALITATE VOLUNTATIS HUMANAE, SDB CUIUS IUMCIO AFFECTIONES ANIMI SACRAS LlTTERAS INVENIRI
AÜT PRAVAE HABENTUR, AUT RECTAE
1. Nam cuius propositum est amare Deum, et non secundum hominem,
Interest autem qualis sit voluntas hominis: quia si perversa est, per- sed secundum Deum amare proximum, sicut etiam se ipsum; procui dubio
versos habebit hos motus; si autem recta est, non solum inculpabiles, ve- propter hunc amorem dicitur voluntatis bonae, quae usitatius in Scripturis
rum etiam laudabiles erunt. Voluntas est quippe in ómnibus: imo omnes sacris charitas appellatur: sed amor quoque secundum easdem sacras Lit-
nihil aliud quam voluntates sunt. Nam quid est cupiditas et laetitia, nisi teras dicitur. Nam et amatorem boni dicit Apostolus esse deberé, quem
voluntas in eorum consensionem quae volumus? et quid est metus atque regendo populo praecepit eligendum ¿". Et ipse Dominus Petrum aposto-
tristitia. nisi voluntas in dissensionem ab his quae nolumus? Sed cum lum interrogans, cum dixisset, üüigis me plus his? ilie respondit, Domine,
consentimus appetendo ea quae volumus, cupiditas; cum autem consenti- tu seis quia amo te. Et iterum Dominus quaesivit, non utrum amaret, sed
mus fruendo his quae volumus, laetitia vocatur. Itemque cum dissentimus
ab eo quod accidere nolumus, talis voluntas metus est; cum autem dissen- " P s . 138,22
timus ab eo quod nolentibus accidit, talis voluntas tristitia est. Et omnino as
1 Tim. 3,1-IQ.
934 IA CIUDAD DE DIOS xrv,7,2
X I V , 7, 2 El, PECADO Y CAS PASIONES 935
tenía dilección, y él t o r n ó a r e s p o n d e r : Señor, tú sabes que te
amo. E m p e r o , a la t e r c e r a p r e g u n t a n o dice y a el S e ñ o r : ¿ M e t o l : S i alguno tiene dilección al mundo, no habita en él la
tienes d i l e c c i ó n ? , s i n o : ¿Me amas? Y el e v a n g e l i s t a a ñ a d e a dilección de Dios. H e a q u í u s a d a en u n m i s m o p a s a j e l a di-
r e n g l ó n s e g u i d o : Pedro se contristó de que por tercera vez le lección en b u e n s e n t i d o y en m a l o . Y p a r a q u e n o se i m p a -
preguntase: ¿Me amas?, s i e n d o así q u e el S e ñ o r h a b í a d i c h o , n o ciente a l g u n o q u e r i e n d o v e r e m p l e a d o el a m o r en m a l s e n t i d o
t r e s veces, sino u n a s o l a : ¿Me amas?, y d o s : ¿Me tienes dilec- (en el b u e n o y a l o h e m o s m o s t r a d o ) , l e a l o q u e está e s c r i t o :
ción? D e esto d e d u c i m o s q u e c u a n d o decía el S e ñ o r : ¿Me tie- Levantaránse hombres amantes de sí mismos, amadores del
nes dilección?, q u e r í a d e c i r s i m p l e m e n t e : ¿Me amas? P e d r o , dinero.
s i n e m b a r g o , n o c a m b i ó el t é r m i n o de esa ú n i c a r e a l i d a d , sino E n c o n c l u s i ó n , el q u e r e r recto es el a m o r b u e n o , y el q u e -
q u e dijo p o r t e r c e r a v e z : Señor, tú lo sabes todo, tú sabes que r e r p e r v e r s o , el a m o r m a l o . Y así, el a m o r á v i d o de p o s e e r
te amo. el o b j e t o a m a d o es el d e s e o ; l a p o s e s i ó n y el disfrute de ese
2. M e he c r e í d o en el d e b e r de r e c o r d a r esto p r e c i s a m e n t e o b j e t o es la a l e g r í a ; el h u i r l o q u e es a d v e r s o es el t e m o r , y

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p o r q u e a l g u n o s p i e n s a n que u n a cosa es la dilección o c a r i d a d el s e n t i r lo a d v e r s o , si s u c e d i e r e , es la tristeza. E s t a s p a s i o -
y o t r a el a m o r . D i c e n q u e la dilección d e b e t o m a r s e en b u e n nes, p u e s , son m a l a s , si es m a l o el a m o r , y b u e n a s , si es b u e n o .
s e n t i d o , y el a m o r en m a l o . Q u e n i a u n los a u t o r e s de l a s l e t r a s P r o b e m o s l o d i c h o con la E s c r i t u r a en la m a n o . E l A p ó s t o l
p r o f a n a s h a n h a b l a d o con estas a c e p c i o n e s , es c e r t í s i m o . M a s desea d i s o l v e r s e y e s t a r con C r i s t o , y : Ardió mi alma en an-
d i s c u t a n l o s filósofos s o b r e si se d i s t i n g u e n y p o r q u é r a z ó n . Y o sias de desear tus juicios; o si es m á s p r o p i a l a e x p r e s i ó n :
n o t a r é s o l a m e n t e q u e en sus l i b r o s se h a b l a del g r a n v a l o r del Deseó mi alma arder en ansias de tus juicios; y : La concu-
a m o r q u e tiene p o r o b j e t o el b i e n y D i o s m i s m o . L a i n s i n u a c i ó n piscencia de la sabiduría conduce al reino. E n c a m b i o , l a u s a n -
de q u e las E s c r i t u r a s de n u e s t r a r e l i g i ó n , c u y a a u t o r i d a d a n t e p o - za del l e n g u a j e h a c o n s e g u i d o t a l a u g e , q u e , si se dice ape-
n e m o s a c u a l e s q u i e r a o t r o s escritos, n o l l a m a a u n a cosa a m o r y tito o c o n c u p i s c e n c i a a secas, n o p u e d e e n t e n d e r s e m á s q u e
a o t r a d i l e c c i ó n , e r a o b l i g a d a . Y a h e m o s m o s t r a d o q u e el a m o r en m a l s e n t i d o . L a a l e g r í a , sin e m b a r g o , se e n t i e n d e en el b u e -
se u s a t a m b i é n en b u e n s e n t i d o . P e r o con el fin de q u e n o se ima- n o : Alegraos, ¡oh justos!, y regocijaos en el Señor; y : Tú
gine a l g u i e n q u e el a m o r se t o m a en b u e n s e n t i d o y en m a l o has inf andido la. alegría a mi corazón; y : Me colmarás de
y q u e la dilección sólo se t o m a en el b u e n o , r e p a r e en lo q u e alegría con In presencia. El l e m o r lo e m p l e a l a m i n e n en el
está escrito en el S a l m o : El que tiene dilección a la iniqui- liiieii s e n t i d o el A p ó s t o l , c u m u l o d i c e : Trabajad con temor y
dad, odia su alma. Y en este o t r o p a s a j e de S a n J u a n el A p ó s - temblor en la obra de vuestra salvación; y : No te engrías,
antes bien vive con temor; y : Mas temo que así como la ser-
utrum (Hligeret eum Petrus: at ille respondit iterum, Domine, tu seis quia piente engañó a Eva con su astucia, así sean maleados vues-
amo te. Tertia vero interrogatione et ipse Dominus non ait, Diligis me,
sed, Amas me? ubi secutus ait Evangelista, Contristatus est Petrus, quia tris in e<>'". Ecce uno loco dilectio et in bono et in malo. Amorem autem
dixit ei tertio, Amas me? cum Dominus non tertio, sed semel dixerit, Amas in malo (<|uia in bono iam ostendimus) ne quisquam flagitet, legat quod
me? bis autem dixerit, Diligis me? Unde intclligimus, quod etiam cum scriptum est: Erunt enim homines se ipsos amantes, amatores pecuniae 3J.
dicebat Dominus, Diligis me? nihil aliud dicebat, quam, Amas me? Pe- Recta itaque voluntas est bonus amor, et voluntas perversa malus amor.
trus autem non mutavit huius unius rei verbum, sed etiam tertio, Domine, Amor ergo inhians habere quod amatur, cupiditas est; id autem habens
inquit, tu omnia seis, tu seis quia amo te '". eoque fruens, laetitia est: fugiens quod ei adversatur, timor est: idque si
2. Hoc propterea commemorandum putavi, quia nonnulli arbitrantur acciderit sentiens, tristitia est. Proinde mala sunt ista, si malus est amor;
aliud esse dilectionem sive charitatem, aliud amorem. Dicunt enim dilec- bona, si bonus. Quod dicimus, de Scripturis probemus. Concupiscit Aposto-
tionem accipiendam esse in bono, amorem in malo. Sic autem nec ipsos lus dissolvi, et esse cum C h r i s t o " : et, Concupivit anima mea desiderare
auctores saecularium litterarum locutos esse, certissimum est. Sed viderint indicia tua; vel si accommodatius dici tur, Desideravit anima mea concu-
philosophi utrum vel qua ratione ista discernant. Amorem tamen eos in piscere iudicia tua32; et, Concupiscentia sapientiae perducit ad regnum".
bonis rebus et erga ipsum Deum magni penderé, libri eorum satis loquun- Hoc tamen loquendi obtinuit consuetudo, ut si cupiditas vel concupiscentia
tur. Sed Scripturas religionis nostrae, quarum auctoritatem caeferis qui- dícatur, nec addatur cuius rei sit, non nisi in malo possit intelligi. Laetitia
busque litteris anteponimus, non aliud dicere amorem, aliud dilectionem in bono est, Laetamini in Domino, et exsultate iusti": et, Dedisti laetitiam
vel charitatem, insinuandum fuit. Nam et amorem in bono dici, iam os- in cor meum'": et, Adimplebis me laetitia cum vultu tuo se. Timor in bono
tendimus. Sed ne quis existimet amorem quidem et in bono et in malo, est apud Apostolum, ubi ait, Cum timóte et tremare vestram ipsorum salu-
dilectionem autem nonnisi in bono esse dicendam, illud attendat quod in tem operaminiS7: et, Noli altum sapere, sed time s": et, Timeo autem. ne
Psalmo scriptum est: Qui autem diligit iniquitatem, odit animam suam". sicut serpens Evam seduxit astutia sua, sic et vestrae mentes corrumpantur
Et illud apostoli Ioannis: Si quis dilexerit mundum, non est dilectio Pa- 28 34
1 l o . 2,15. P s . 31,11.
30 33
11 2 T i m . 3,2, P s . 4,7.
l o . 21,15*17. 31
P h i l . 1,23. 36
P s . 15,11.
" Ps. to,6. 32
P s . 118,20. " P h i l . 2,12.
33 M
Saj>. 6,21. R o m . 11,20.
XTV, 8, 1 EL PECADO V I,AS l'ASIONKS 937
936 LA CIUDAD DB OÍOS
xrv, 8,i
que, p o r t a n t o , en su á n i m o n o p u e d e r e s p o n d e r n a d a a e l l a .
trox espíritus con la castidad que hay en Cristo. E n fin s o b r e
P o r c o n s i g u i e n t e , en su c o n c e p c i ó n , sólo el sabio es sus-
l a tristeza, l l a m a d a p o r C i c e r ó n e g r i t u d y p o r V i r g i l i o d o l o r
c e p t i b l e de v o l u n t a d , de gozo y de p r e c a u c i ó n , y sólo el necio
d o n d e d i c e : « D u e l e n y gozan» (que v o p r e f e r í t r a d u c i r p o r
es c a p a z d e deseo y d e a l e g r í a , de t e m o r y de tristeza. L a s
tristeza, p o r q u e la e n f e r m e d a d o el d o l o r son de uso m á s co-
tres p r i m e r a s son l a s c o n s t a n c i a s , y l a s o t r a s c u a t r o , s e g ú n
r r i e n t e en los c u e r p o s ) , se suscita u n a cuestión m u y d e l i c a d a
a s a b e r , si es p o s i b l e e m p l e a r l a p a r a significar a l g o b u e n o . C i c e r ó n , las p e r t u r b a c i o n e s , y s e g ú n o t r o s m u c h o s , l a s p a s i o -
n e s . E n g r i e g o , c o m o q u e d a d i c h o , a q u e l l a s t r e s se l l a m a n
eÚTraSeíai, y estas c u a t r o Trá6r|. I n v e s t i g a n d o c o n t o d a diligen-
CAPITULO VIII cia y con t o d a s m i s p o s i b i l i d a d e s si esa m a n e r a d e ha-
b l a r está a c o r d e con n u e s t r a s E s c r i t u r a s , h a l l é q u e el p r o f e t a
e s c r i b e : No hay gozo para los impíos, dice el Señor, como

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


LOS ESTOICOS HAN OPINADO QUE EN EL ÁNIMO DEL SABIO SE
si los i m p í o s p u d i e r a n a l e g r a r s e de los m a l e s y n o g o z a r d e
DAN TRES PERTURBACIONES, Y EXCLUYEN DE ÉL EL DOLOR O LA
ellos, p o r q u e el gozo es p r i v a t i v o de los b u e n o s y de los p i a -
TRISTEZA, PORQUE ES INCOMPATIBLE, SEGÚN ELLOS, CON LA
VIRTUD ANÍMICA d o s o s . A s i m i s m o , en el E v a n g e l i o se l e e : Haced vosotros con
los demás hombres todo le que" queráis que hagan ellos con
1. L o s estoicos h a n o p i n a d o q u e son t r e s l a s l l a m a d a s p o r vosotros, c o m o si fuera i m p o s i b l e q u e r e r a l g o m a l o t o r p e -
l o s g r i e g o s símatelas, t r a d u c i d a s al l a t í n p o r C i c e r ó n c o n mente, pero no desearlo. Es verdad que algunos intérpretes,
el n o m b r e d e c o n s t a n c i a s , q u e r e s p o n d e n en el á n i m o del sa- s i g u i e n d o el uso c o r r i e n t e , a ñ a d i e r o n bienes, y l e y e r o n a s í :
b i o a sus t r e s p e r t u r b a c i o n e s , al deseo la v o l u n t a d , a la ale- Todo el bien que queréis que os hagan los hombres. Lo cre-
g r í a el gozo, y al m i e d o la p r e c a u c i ó n . Y n e g a r o n q u e a la y e r o n así p a r a p r e c a v e r la t o r c i d a i n t e r p r e t a c i ó n de a l g u n o
e g r i t u d o al d o l o r , q u e p a r a e v i t a r la a m b i g ü e d a d h e m o s p r e - q u e se i m a g i n a r a q u e , p o r q u e h a y h o m b r e s q u e h a c e n c o s a s
f e r i d o d e n o m i n a r tristeza, p u e d a r e s p o n d e r a l g u n a en el á n i m o deshonestas, por ejemplo, p a r a silenciar otras m á s torpes,
del s a b i o . L a v o l u n t a d — d i c e n e l l o s — a p e t e c e el b i e n , que lo convites l u j u r i o s o s , debe él c u m p l i r en eso este p r e c e p t o co-
h a c e s a b i o ; el gozo es efecto del b i e n a l c a n z a d o , q u e el s a b i o r r e s p o n d i e n d o en la m i s m a m o n e d a . M a s en el E v a n g e l i o g r i e -
l o g r a t o t a l m e n t e , y l a p r e c a u c i ó n p r e v i e n e el m a l , q u e el sa- g o , fuente o r i g i n a l de esta v e r s i ó n , n o se lee bienes, sino:
b i o debe e v i t a r . L a tristeza, c o m o p r o d u c t o de u n m a l y a suce- Todo lo que queréis que hagan los demás con vosotros, haced-
d i d o , p i e n s a n q u e n o p u e d e c a u s a r n i n g ú n d a ñ o al sabio y lo vosotros con ellos. Y, s e g ú n m i h u m i l d e s e n t i r , lo e x p r e s ó
a castitate qixae est in ChristoSí. De tristitia vero, quam Cicero magis
aegritudinem appellat", dolorem autem Virgilius, ubi ait, «Dolent gau- sapienti; nihil in eius animo pro illa esse posse dixerunt. Sic ergo illi
dentque» (sed ideo malui tristitiaru dic.ere, qnia aegritudo vel dolor usita- loquuntur, ut velle, gaudere, cavere negent nisi sapientem; stultum autem
tius in corporibus dicitur), scrupulosior quaestio est, utrum invenid possit nonnisi cupere, laetari, metuere, coniristari. Et illas tres esse constantias,
in bono. has autem quatuor perturbationes secundum Ciceronem, secundum plurí-
mos autem passiones. Graece autem illae tres, sicut dixi, appellantur
CAPUT VIII sÚTrá0Eicci; istae autem quatuor -rráOn. Haec locutio utrum Scripturis sanctis
congruat, cum quaererem quantum potui diligenter, illud inveni quod ait
D E TRIBUS PERTURBATIONIBUS, QUAS IN ANIMO SAPÍENTI9 STOICI ESSE Propheta, Non esí gaudere impiis, dicit Dominas 41 : tanquam impii laetari
VOLUERUNT, EXCLUSO DOLORE SIVE TRISTITIA, QUAM VIRTUS ANIMI possint potius quam gaudere de malis; quia gaudium proprie bonorum et
SENTIRI NON DEBEAT piorurn est. ítem illud in Evangelio, Quaecumque vultis ut faciant vobis
nomines, haec et vos facite Mis '", ita dictum videtur, tanquam nemo pos-
1. Quas enim Graeci appellant £¿TTcc8eío!s, latine autem Cicero constan- sit aliquid male vel turpiter velle, sed cupere. Denique propter consuetu-
tias nominavit, Stoici tres esse voluerunt, pro tribus perturbationibus in dinem locutionis nonnulli interpretes addiderunt, bona, et ita interpretad
animo sapientis, pro cupiditate voluntatem, pro laetitia gaudium, pro metu sunt: Quaecumque vultis ut faciant vobis nomines bona. Cavendum enim
cautionem: pro aegritudine vero vel dolore, quam nos vitandae ambiguita- putaverunt, ne quisquam inhonesta velit sibi fieri ab hominibus, ut de
tis gratia, tristitiam maluimus dicere, negaverunt esse posse aliquid in turpioribus taceam, certe luxuriosa convivía, in quibus se, si et ipse illis
animo sapientis. Voluntas quippe, inquiunt, appetit bonum, quod íacit faciat similia, hoc praeceptum exístimet impleturum. Sed in graeco Evan-
sapiens: gaudium de bono adepto est, quod ubique adipiscihir sapiens; gelio, unde in latinum translatum est, non legitur, bona; sed, Quaecum-
cautio devitat malumr'tjuod debet sapiens devitare: tristitia porro quia de que vultis ut faciant vobis nomines, haec et vos facite illis: credo propter-
malo est, quod iam accidit, nullum autem maluin existimant posse accidere
41
Is. 57,OT, see. LXX.
ss 42
i Cor. 11,3. M t . 7,i2. '
4
» Tuscul. quaest. l.j ero «<ia. et alibi.
938 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 8, 2 X I V , 8, 3 EL PECADO Y LAS PASIONES 939

así p o r q u e , al decir queréis, i n t e n t ó y a d a r a e n t e n d e r bienes, la c a r i d a d n o se goza en la i n i q u i d a d , si n o se r e d u c e a eso


pues que no d i c e : deseáis. el gozo de la m a l i c i a ?
2 . Sin e m b a r g o , n o s i e m p r e d e b e n p o n e r s e estos d i q u e s A u n e n t r e los a u t o r e s de l a s l e t r a s p r o f a n a s se h a l l a n usa-
a n u e s t r o l e n g u a j e . E n t r e t a n t o , se i m p o n e h a c e r uso de esa dos i n d i s t i n t a m e n t e estos t é r m i n o s . C i c e r ó n , ese o r a d o r t a n afa-
p r o p i e d a d . Y c u a n d o l e e m o s estos a u t o r e s c u y a a u t o r i d a d n o m a d o , d i c e : «Deseo ser c l e m e n t e , s e n a d o r e s » . E s e v i d e n t e q u e
n o s es p e r m i t i d o r e c h a z a r , l o s p a s a j e s en q u e el recto sen- usa a q u í esa p a l a b r a en b u e n s e n t i d o . Y ¿ q u i é n h a b r á t a n p o c o
t i r n o e n c u e n t r e o t r a s a l i d a , c o m o son los a d u c i d o s , p a r t e del i n s t r u i d o q u e n o sostenga q u e d e b i ó d e c i r quiero y n o , deseo?
p r o f e t a y p a r t e del E v a n g e l i o , es p r e c i s o e n t e n d e r l o s así [ 7 ] . En T e r e n c i o , u n m a n c e b o d e s v e r g o n z a d o , a r d i e n d o en deseo
¿ Q u i é n i g n o r a q u e los i m p í o s r e b o s a n de a l e g r í a ? Y , sin e m - t o r p e , d i c e : « N o q u i e r o m á s q u e a F i l o m e n a » . Q u e este q u e r e r
b a r g o , no hay gozar para los impíos, dice el Señor. ¿ P o r q u é fué l i b i d o , lo i n d i c a suficientemente la r e s p u e s t a de u n viejo

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


esto sino p o r q u e el gozar tiene u n a significación c o n c r e t a c u a n - esclavo a su s e ñ o r . D i j o a s í :
d o se e m p l e a la p a l a b r a en u n s e n t i d o p r o p i o y e s t r i c t o ? A s i - ¡Cuánto mejor sería buscar el modo de arrojar de tu pecho ese
m i s m o , ¿ q u i é n n e g a r á q u e es m u y b u e n o m a n d a r a los h o m - amor que decir esto, que enciende más tu libido!
b r e s q u e h a g a n con l o s d e m á s t o d o lo q u e d e s e a n q u e los
d e m á s h a g a n con e l l o s , p a r a q u e n o sean h a l a g a d o s a la vez T e s t i g o es de q u e el gozo lo h a n u s a d o t a m b i é n e n a c e p c i ó n
p o r la t o r p e z a del p l a c e r i l í c i t o ? Y , sin e m b a r g o , el s a l u b é - p e y o r a t i v a a q u e l v e r s o de V i r g i l i o en q u e se e x p r e s a n b r e v e -
r r i m o y v e r d a d e r í s i m o p r e c e p t o r e z a : Todo lo que queréis mente estas c u a t r o p e r t u r b a c i o n e s :
que hagan los hombres con vosotros, hacedlo vosotros con los Por eso temen y desean, se duelen y gozan.
demás. ¿ P o r q u é sino p o r q u e en este l u g a r u s ó la p a l a b r a
Y el m i s m o a u t o r dice en o t r a p a r t e : «Los m a l o s gozos del es-
querer, c u y a a c e p c i ó n n o p u e d e ser p e y o r a t i v a , en su sentido
píritu».
p r o p i o ? E s cierto q u e n o u s a r a esta e x p r e s i ó n m á s c o r r i e n t e ,
3 . P o r t a n t o , q u i e r e n , se p r e c a v e n y g o z a n los b u e n o s y
f r e c u e n t a d a s o b r e t o d o en el l e n g u a j e o r d i n a r i o : No queráis
los m a l o s , o, pnrn decir lo m i s m o con o t r a s p a l a b r a s , desean,
proferir mentira alguna, si n o h u b i e r a t a m b i é n u n q u e r e r m a l o ,
Irnien y se a l e g r a n los Inicuos y los m a l o s ; p e r o los u n o s b i e n
de c u y a m a l i c i a se d i s t i n g u e a q u e l l a v o l u n t a d q u e p r e d i c a r o n
y los o l i o s nuil, según q u e su v o l u n t a d sea recia o t o r c i d a . L a
los á n g e l e s en estos t é r m i n o s : Paz en la tierra a los hombres
tristeza m i s m a , n In que los estoicos p e n s a r o n q u e n o es p o s i b l e
de buena voluntad. Si el q u e r e r n o p u e d e ser m á s q u e b u e n o ,
de buena fué a ñ a d i d o p o r r e d u n d a n c i a . ¿ S e r í a a l g o del o t r o dixisset Apostolus, quod non gaudeat super iniquitate", nisi quia ita
j u e v e s el d i c h o del A p ó s t o l e n a l a b a n z a de la c a r i d a d , de q u e malignitas gaudet? Nnm ct apud auctores saecularium litterarum, talis
¡storum vrrborum indiflerenda reperitur. Ait enim Cicero orator amplis-
simus: «Ciipio, l'atres conscripti, me esse clementem» *". Quia id verbum
ea, quia in eo quod dixit, vultis, iam voluit intelligi bona. Non enim ait, in bono posuit, quis tam perverse doctus existat, qui non eum Cupio, sed
Cupitis. Voló potius dicere debuisse contendat? Porro apud Terentium flagitiosus
2. Non tamen semper his proprietatibus locutio nostra frenanda est, adolcscens insana flagrans cupidine: «Nihil voló aliud», inquit, «nisi
sed interdum his utendum est: et curtí legimus eos quorum auctoritati re- Philumenam». Quam voluntatem fuisse libidinem, responsio quae ibi servi
sultare fas non est, ibi sunt intelligendae, ubi rectus sensus alium exitum eius senioris inducitur, satis indicat. Ait namque domino suo:
non potest invenire; sicut ista sunt quae exempli gratia partim ex Pro-
pheta, partim ex Evangelio commemoravimus. Quis enim nescit impíos Quanto satius est, te id clare operam, quo istum
ex animo amorem amoveas tuo,
exsultare laetitia? et tamen non est gaudere impiis, dicit Dominus. Unde, Quam id loejui quo magis libido frustra accendatur tua ? "
nisi quia gaudere aliud est, quando proprie signateque hoc verbum poni-
tur? ítem quis negaverit non recte praecipi hominibus, ut quaecumque Gaudíum vero eos et in malo posuisse, ille ipse Virgilianus testis est versus,
sibi ab alus fieri cupiunt, haec eis et ipsi faciant; ne se invicem turpitu- ubi has quatuor perturbationes summa brevitate complexus est:
dine illicitae voluptatis oblectent? Et tamen saluberrimum verissimumque Hinc íiietuuut eupiuntque, dolent gaudentque " .
praeceptum est, Quaecumque vultis ut faciant vobis homines, eadem et vos
Dixit etiam idem auctor, «Mala mentis gaudia» " .
facite Mis. Et hoc unde, nisi quia hoc loco modo quodam proprio volun-
tas posita est, quae in malo accipi non potest? Locutione vero usitatiore, 3. Proinde volunt, cavent, gaudent et boni et malí; atque ut eadem
quam írequentat máxime consuetudo sermonis, non utique diceretur, Noli alus verbis enuntiemus, cupiunt, timent, laetantur et boni et mali: sed illi
vellc mentiri omne mendacium"; nisi esset et voluntas mala, a cuius bene, isti male, sicut hominibus seu recta seu perversa voluntas est. Ipsa
pravitate illa distinguitur, quam praedicaverunt Angelí dicentes, Pax in quoque tristitia, pro qua Stoici nihil in animo sapientis inveniri posse pu-
térra hominibus bonae voluntatis " . Nam ex abundanti additum est, bonae, « i Cor. 13,6.
si esse non potest nisi bona. Quid autem magnum in eharitatis laudibus «47 Orat. i in Cattt. c.2. ,;: .
In Andria act.2 sc.l v.6-8.
43 " Jeneid. 1.6 v.733.
Eeeli. 7,14. 4
» Tbiel., v.278-279.
44
Le, 2,14.
XIV, 9, 1 M PECADO y US PASIONES 941
940 U CIUDAD DE D I O S XIV, 8, 3

h a l l a r u n c o r r e l a t o en el á n i m o del s a b i o , se p r e s e n t a e m p l e a d a
en b u e n a a c e p c i ó n s o b r e todo en n u e s t r o s a u t o r e s . El A p ó s t o l C A P I T U L O IX
a l a b a a los C o r i n t i o s p o r q u e se c o n t r i s t a r o n según D i o s . P e r o
q u i z á h a b r á a l g u n o q u e d i g a q u e el A p ó s t o l se c o n g r a t u l ó con LAS PERTURBACIONES ANÍMICAS. LA VIDA DE L O S JUSTOS GOZA
e l l o s p o r q u e se c o n t r i s t a r o n a r r e p i n t i é n d o s e , y esta tristeza n o DE R E C T I T U D D E AFECTOS
p u e d e n t e n e r l a sino los q u e p e c a r o n . O i g a m o s sus p a l a b r a s :
Veo que aquella carta os contristó por un poco de tiempo; pero 1. A estos filósofos, m á s á v i d o s de c o n t i e n d a q u e de
al presente me alegro, no de la tristeza que tuvisteis, sino de v e r d a d , p o r lo q u e h a c e a l a s p e r t u r b a c i o n e s a n í m i c a s , y a
que vuestra tristeza os ha conducido a penitencia. De modo que les h e m o s r e s p o n d i d o e n e l l i b r o I X de esta o b r a p o n i e n d o
la tristeza que habéis tenido ha sido según Dios, y así ningún en e v i d e n c i a q u e es u n a cuestión n o t a n t o de r e a l i d a d e s cuan-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


daño os hemos causado. Puesto que la tristeza que es según to de p a l a b r a s [ 1 9 ] . E n t r e n o s o t r o s , según l a s s a g r a d a s Es-
Dios produce una penitencia para la salud, que no debe peni- c r i t u r a s y la s a n a d o c t r i n a , los c i u d a d a n o s de la C i u d a d san-
tenciarse, cuando la tristeza del siglo causa la muerte. Y así ta de D i o s , q u e viven según El en la p e r e g r i n a c i ó n de esta
ved cuánta solicitud ha producido en vosotros esa tristeza según vida, t e m e n y d e s e a n , se d u e l e n y g o z a n . Y, c o m o su a m o r es
Dios que habéis sentido. L o s estoicos p u e d e n s a l i r así en defensa recto, tienen r e c t a s estas afecciones. T e m e n la p e n a e t e r n a y
de su p o s t u r a d i c i e n d o q u e la tristeza es ú t i l , al p a r e c e r , p a r a desean la v i d a e t e r n a . Se d u e l e n en r e a l i d a d , p o r q u e a ú n g i m e n
a r r e p e n t i r s e del p e c a d o , p e r o q u e es i m p o s i b l e q u e se dé en el en sí m i s m o s en e s p e r a de la a d o p c i ó n y de la r e d e n c i ó n de su
á n i m o del s a b i o , ni el p e c a d o p a r a c o n t r i s t a r s e a r r e p i n t i é n d o s e c u e r p o , y se gozan en e s p e r a n z a , p o r q u e se c u m p l i r á la palabra
de él, ni n i n g ú n otro m a l , q u e , s i n t i é n d o l o y s u f r i é n d o l o , lo escrita: La muerte ha sido absorbida por la victoria. M á s a ú n ,
haga triste. temen p e c a r y desean p e r s e v e r a r ; se d u e l e n de sus p e c a d o s y se
C u e n t a n q u e A l c i b í a d e s (si n o m e es infiel la m e m o r i a s o b r e gozan en sus b u e n a s o b r a s . T e m e n p e c a r , o y e n d o e s t o : Por la
el n o m b r e ) , q u e se creía d i c h o s o , l l o r ó p o r q u e , d i s p u t a n d o e n inundación de los vicios se resfriará la caridad de muchos.
cierta ocasión con S ó c r a t e s , éste le d e m o s t r ó q u e era m i s e r a b l e , Dcsc.iti pciscvciiii', p r e s l i m d o o í d o s n lo que osla e s c r i t o ; Quien
p u e s e r a n e c i o [ 1 8 ] . L u e g o p a r a éste fué l a e s t u l t i c i a l a c a u s a perseverare hasta el fin, éste se salvará. Se d u e l e n de sus peca-
de su tristeza útil y o p t a b l e , q u e h a c e q u e el h o m b r e se d u e l a d o s , p o r q u e ul ¡eliden a e s l o : Si dijéremos que no tenemos pe-
de ser lo q u e n o d e b e . Sin e m b a r g o , los estoicos a f i r m a n q u e es
el n e c i o el q u e p u e d e e s t a r triste, n o el s a b i o .
taverunt, reperitur in bono, ct máximo apiid nostros. Nam laudat Apostolus CAPUT IX
Corinthios, quod contristad fuorint secundum Deum. Sed fortasse quis di-
Hr, l'KIITimBATIONIBUS ANIMI, QÜARUM AFFECTÜS RECTOS HABET
xerit, illis Apostolum fuisse congralulatum, quod contristati fuerint poeni-
VITA IUSTORUM
tendo: qualis tristitia, nisi eorum qui peccavcrint, esse non potest. Ita
enim dicit: Video quod epístola illa, etsi ad hormn contristavit vos, mine 1. Verum his philosophis, quod ad istam quaestionem de animi per-
gaudeo, non quia contristati estis, sed quia contristati estís ad poeniten- turbationibus attinet, iam respondimus in nono huius operis libro, osten-
tiam. Contristati enim estis secundum Deum, ut in nullo detrimentum pa- dentes eos non tam de rebus, quam de verbis cupidiores esse conten-
tiamini ex nobis. Quae enim secundum Deum est tristitia, poenitcntiam in
tionis, quam veritatis s l . Apud nos autem iuxta Scripturas sacras sanamque
salutem impoenitendam operatur: mundi autem tristitia mortem operatur.
doctrinam, cives sanctae civitatis Dei in Imius vitae peregrinatione se-
Ecce enim idipsum secundum Deum contristan, quantum perficit in vobis
industriam "°. Ac per hoc possunt Stoíci pro suis partibus responderé, ad cundum Deum viventes, metuunt cupiuntque, dolent gaudentque. Et quia
hoc videri utilem esse tristitiam, ut peccasse poeniteat; in animó autem rectus est amor eorum, istas omnes affectiones rectas habent. Metuunt
sapientis ideo esse non posse, quia nec peccatum in eran cadit, cuius poe- poenam aeternam, cupiunt vitam aeternam: dolent in re, quia ipsi in
nitentia contristetur, nec ullum aliud malum, quod perpetiendo et sen- semetipsis adhuc ingemiscunt, adoptionem exspectantes redemptionem coi-
tiendo sit tristis. Nam et Alcibiadem ferunt (si me de nomine hominis poris sui 5 2 ; gaudent in spe, quia fiet sermo, qui scriptus est, Absorpta
memoria non fallit), cum sibi beatus videretur, Socrate disputante, et ei est mors in victoriam "3. ítem metuunt peccare, cupiunt perseverare: do-
quam miser esset, quoniam stultus esset, demonstrante, flevisse. Huic ergo lent in peccatis, gaudent in operibus bonis. Ut enim metuant peccare,
stultitia fuit causa etiam buius utilis optandaeque tristitiae, qua homo audiunt, Quoniam abundabit iniquitas, refrigescet charitas multorum".
esse se dolet quod esse non debeL Stoici autem non stultum, sed sapientem Ut cupiant perseverare, audiunt quod scriptum est, Qui perseveraverü
55
aiunt tristem esse non posse. usque in finem, hic salvus erit . Ut doleant in peccatis, audiunt, Si di-
xerimus quia peccatum non habemus, nos ipsos seducimus, et veritas in
í0
2 Car. 7,8-11.
"52 C.4 ei 5- 55
" Mt. 24,12.
Rom. 8,23. Ibid., 10,2a. ri
™ 1 Cor. 15,54.
XIV, 9, 3 El, PECADO Y I,AS l'ASIONKS 943
942 LA CIUDAD DE DIOS XTV, 9, 2
esle mundo, del que es espectáculo, y de los ángeles y de los
codo, nosotros mismos nos engañamos y no hay verdad en nos-
hombres, y avanzando a pasos de gigante hacia la palma de su
otros. Finalmente, se gozan de sus buenas obras, escuchando
vocación soberana. El espera de muy buena gana, con los ojos
estas palabras: Dios ama al que da con alegría. Además, según
de la fe, gozar con los que gozan y llorar con los que lloran,
sean fuertes o débiles, temen ser tentados y desean ser tentados,
librando fuera luchas y dentro temores, deseando disolverse
se duelen de las tentaciones y se gozan en las mismas. Para que
y estar con Cristo, ardiendo en deseos de ver a los romanos
teman ser tentados, oyen lo siguiente: Si alguien anduviere
)ara hacer algún fruto entre ellos, como entre los demás genti-
preocupado en algún delito, vosotros, que sois espirituales, ins-
es. Citemos, sí, a éste, que emula a los corintios y teme la
truidle de este modo en espíritu de mansedumbre, atendiéndote
misma emulación por miedo a que sean seducidas sus mentes
a ti mismo, no seas tú también tentado. Para que deseen ser
por la castidad que hay en Cristo; a éste, que lleva en el cora-
tentados, escuchan las palabras de cierto varón fuerte de la
zón una gran tristeza y un continuo dolor por los israelitas.
Ciudad de Dios, que suenan: Pruébame, Señor, y tiéntame; que-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Y es porque éstos, ignorando la justicia de Dios y queriendo
ma mis ríñones y mi corazón. Para que se duelan en sus tenta-
poner en vigor la propia, no se someten a la justicia de Dios,
ciones, ven a Pedro llorando, y para que se gocen en las mis-
y él descubre su dolor y también su luto ante algunos que antes
mas, oyen a Santiago, que dice: Tened, hermanos míos, por
pecaron y no hicieron penitencia sobre sus impurezas y sus
objeto de sumo gozo el ser puestos en varias tentaciones.
fornicaciones [ 2 0 ] .
2. Estos ciudadanos se inquietan por esas afecciones no 3. Si estos movimientos, si estos afectos, que proceden del
sólo por sí mismos, sino también por aquellos que desean verse amor al bien y de la caridad santa, deben llamarse vicios, per-
libres de ellas, y temen perecer y se duelen si perecen, y se mítasenos llamar virtudes a los auténticos vicios. Pero, dirigidas
gozan si se ven libres. Y para hacer honor al más sobresaliente y enderezadas por la recta razón estas afecciones hacía su fin
de cuantos hemos venido a la Iglesia de la gentilidad, citemos propio, ¿quién osará llamarlas enfermedades del alma o pasio-
a ese varón, el mejor y el más fuerte, que se gloría en sus en- nes viciosas? Por este motivo, el Señor, que se dignó llevar una
fermedades, al Doctor de las Gentes en fe y en verdad, que vida humana en forma de siervo, pero que carecía en absoluto
trabajó más que todos sus coapóstoles e instruyó con muchas de prendo, hizo uso ríe ellas cuando juzgó r|iie debía hacerlo.
cartas a los pueblos de Dios, no sólo a los presentes, sino tam-
bién a los venideros. Citemos, digo, a aquel varón, atleta de Illiini, !iii|iiriin, virum, iillil'liuii Gluisti, ilodiim uli illo, iiiicluin de illo"',
Cristo, adoctrinado por El y por El ungido, crucificado con El cnicilmiiii nim Illo"", uloiiosinu in illo, in tlieatro huius mundi, cui
y glorioso en El, librando un gran combate en el escenario de spcclaeiiliiiii fni'liiH r'Nl et Angelis et hominibus "', legitime magnum ago-
nem certantem, et palmam supernae vocationis in anteriora sectantem " ,
OCIIÜH fidei libenlissime spectant, gaudere cum gaudentibus, flere cum
nobis non est s °. Ut gaudeant in operilms bonis, audiunt, Hilarem datorem lli'iitilxis "\ 1'orÍH habentem pugnas, intus timores 69 : cupientem dissolvi, et
diligit Deas " . ítem sicuti se infirmitas eorum firraitasque habuerit, me- CNHC (•mu ('luisto'"; desiderantem videre Romanos, ut aliquem fructum
tuunt tentari, cupiunt tentari: dolent in tentationibus, gaudent in tenta- IIIIIICIII el iu illis, sicut et in caeteris gentibus 7 1 ; aemulantem Corinthios,
tionibus. Ut enim metuant tentari, audiunt, Si qiiis praeocciipatus fuerit el ipsn aemulatione metuentem, ne, seducantur eorum mentes a castitate
in aliquo delicto, vos qui spirituales estis, instruite huiusmodi in spiritu quae in Christo est 7 2 ; magnam tristitiam et continuum dolorem cordis
mansuetudinis; intendens te ipsum, ne et tu tenteris*". Ut autem cupiant de Israelitis habentem ™, quod ignorantes Dei iustitiam, et suam volen-
tentari, audiunt quemdam virum fortem civitatis Dei dicentem, Proba me, tes constituere, iustitiae Dei non essent subiecti 74 ; nec solum dolorem,
Domine, et tenta me; ure renes meos et cor meum5". Ut doleant in tenta- verum etiam luctum suum denuntiantem quibusdam qui ante peccaverunt,
tionibus, vident Petrum flentem "°: ut gaudeant in tentationibus, audiunt et non egerunt poenitentiam super immunditia et fornicationibus suis , 5 .
Iacobum dicentem, Omne gaudium existímate, fratres mei, cum in tenta- 3. Hi motus, hi affectus de amore boni et de sancta charitate venien-
tiones varias incideritis "1. tes, si vitia vocanda sunt, sinamus ut ea quae veré vitia sunt, virtutes
2. Non solum autem propter se ipsos his moventur affectibus, verum vocentur. Sed cum rectam rationem sequantur istae affectiones, quando
etiam propter eos quos liberar! cupiunt, et ne pereant metuunt, et dolent ubi oportet adhibentur, quis eas tune morbos seu vitiosas passiones audeat
si pereunt, et gaudent si liberantur. Illum quippe optimum et fortissimum dicere? Quamobrem etiam ipse Dominus in forma seryi agere vitam digna-
virum, qui in suis infirmitatibus gloriatur 62 , ut eum potissimum com- tus humanam, sed nullum habens omnino peccatum, adhibuit eas ubi adhi-
memoremus, qui in Ecclesiam Christi ex Gentibus venimus, Doctoren! bendas esse iudicavit. Ñeque enim in quo verum erat hominis Corpus et
Gentium in fide et veritate, qui et plus ómnibus suis coapostolis Iabora- venís hominis animus, falsus erat humanus affectus. Cum ergo eius in
vit 63 , et pluribus Epistolis populos Dei, non eos tantum qui praesentes 64 70
ab illo videbantur, verüm etiam illos qui futuri praevidebantur, instruxit; 65
G a l . 1,13. 71
Phil. 1,23.
66
I b i d . , 2,19. 72
Rom. 1,11.13.
56 60 1 Cor. 4,9. 2 Cor. ir,2.5
67
i lo. i,8. 61
Mt. 26,75 ;
67
P h i l . 3,14. 73
R o m . 9,2.
18
2 Cor. 9,7. Iac. r,2. -- ^.';.' í:- 68
R o m , 12,15. 74
I b i d . , 10,3.
69
G a l . 6,1. ... "- 2 C o r . 1 2 , 5 . -'. .•..'••',: •-• 2 C o r . 7,5. 73
2 C o r . 12,21. .,- - - ••-••-
B9 6S
P s . 25,2. 1 Cor. 15,10. -. ... ; ;
944 U CIUDAD DE DIOS X I V , 9, 4 X IV, V, 0 El, PECADO Y EAS PASIONES 945

P o r q u e la v e r d a d es q u e en E l , q u e tenía v e r d a d e r o c u e r p o De a q u í q u e lo l l a m a d o en g r i e g o énrá6sic<, q u e , si se m e
y v e r d a d e r o á n i m o de h o m b r e , n o e r a falso ese afecto. L u e g o , | M I m i l i e r a , lo t r a d u c i r í a p o r i m p a s i b i l i d a d , debe e n t e n d e r s e
c u a n d o en su E v a n g e l i o se c u e n t a q u e se c o n t r i s t ó con i r a s o b r e (pues se t o m a en el á n i m o , n o en el c u e r p o ) c o m o u n a v i d a ca-
la d u r e z a de c o r a z ó n de los j u d í o s ; q u e d i j o : Me gozo por vos- rente de estas afecciones, q u e s u r g e n c o n t r a la r a z ó n y p e r t u r b a n
otros, a fin de que creáis; q u e d e r r a m ó l á g r i m a s c u a n d o i b a la m e n t e . E s c i e r t a m e n t e u n a cosa b u e n a y o p t a b l e en s u m o
a r e s u c i t a r a L á z a r o ; q u e deseó c e l e b r a r la P a s c u a con sus g r a d o , p e r o n o es p r o p i a de esta v i d a . Y ésta n o es voz de
d i s c í p u l o s ; q u e , al a c e r c a r s e la p a s i ó n , su a l m a estuvo t r i s t e , h o m b r e s v u l g a r e s , sino, s o b r e t o d o , de los p i a d o s o s y de los
se c u e n t a n cosas v e r d a d e r a s . S i n e m b a r g o , E l , p o r g r a c i a y m u y perfectos y s a n t o s : Si dijéramos que no tenemos pecado,
d i s p e n s a c i ó n suya, tuvo estos m o v i m i e n t o s en su á n i m o h u m a n o nosotros mismos nos engañamos y no hay verdad en nosotros.
c u a n d o q u i s o , c o m o c u a n d o q u i s o se hizo h o m b r e . Así, p u e s , esta crn-áfeía sólo se r e a l i z a r á c u a n d o n o h a y a en el
4 . P o r t a n t o , es p r e c i s o a d m i t i r q u e , a u n q u e n u e s t r a s afec- h o m b r e p e c a d o a l g u n o . A l p r e s e n t e y a está b i e n v i v i r sin cri-
ciones s e a n r e c t a s , son p r i v a t i v a s de esta v i d a , n o de a q u e l l a men, y el q u e p i e n s e q u e vive sin p e c a d o n o a l e j a de sí el

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e e s p e r a m o s h a de venir, y q u e c o n frecuencia c e d e m o s a e l l a s p e c a d o , sino el p e r d ó n . P o r c o n s i g u i e n t e , si el n o m b r e de
a u n c o n t r a n u e s t r a v o l u n t a d . Así, a veces l l o r a m o s , b i e n a nues- á-rrá©£ia debe r e s e r v a r s e p a r a c u a n d o n o p u e d a s u s c i t a r s e en el
tro pesar, a u n q u e no seamos movidos a ello p o r apetito algu- á n i m o afecto a l g u n o , ¿ q u i é n n o e s t i m a r á q u e este e s t u p o r es
n o , sino con l o a b l e c a r i d a d . L u e g o n o s o t r o s las t e n e m o s c o m o p e o r q u e t o d o s los v i c i o s ? L u e g o c a b e decir sin a b s u r d o q u e la
t a r a de la c o n d i c i ó n h u m a n a ; p e r o Cristo n o l a s t u v o así, p o r - perfecta b e a t i t u d q u e e s p e r a m o s , c a r e c e r á de t e m o r y de tris-
q u e su flaqueza fué ex potestate. Si c a r e c i é r a m o s de e l l a s m i e n - t e z a ; p e r o ¿ q u i é n d i r á q u e n o h a b r á a l l í a m o r y gozo s i n o el
t r a s p u j a m o s la p e s a d a c a r g a de n u e s t r a v i d a , n u e s t r o vivir n o q u e n o r e z a con la v e r d a d ? Y si p o r caráSaa se e n t i e n d e ese
s e r í a r e c t o . El A p ó s t o l c e n s u r a b a y d e t e s t a b a a c i e r t a s p e r s o n a s e s t a d o en q u e el m i e d o n o a t e r r a y el d o l o r n o a n g u s t i a , d e b e
y las a c u s a de n o t e n e r afección a l g u n a . T a m b i é n el s a l m o ser e s q u i v a d a en esta v i d a si q u e r e m o s v i v i r r e c t a m e n t e , es de-
s a g r a d o c u l p ó a a q u e l l o s de q u i e n e s d i c e : Busqué quien com- cir, s e g ú n D i o s . E m p e r o , debe e s p e r a r s e p a r a l a v i d a b i e n a v e n -
partiera mi tristeza y no lo hallé. P o r q u e es u n a g r a n v e r d a d turailn, q u e se nos p r o m e t e e t e r n a .
q u e c a r e c e r de d o l o r m i e n t r a s p e r e g r i n a m o s e n este v a l l e de í>. El t e m o r del q u e dice el a p ó s t o l S a n J u a n : En la ca-
m i s e r i a s , es u n e s t a d o , c o m o h a d i c h o y s e n t i d o u n l i t e r a t o de ridad no hay Irmor; aules la perfecta caridad echa fuera al
este m u n d o , q u e n o se d a s i n o a costa de i n h u m a n i d a d en el temor, pomar vi temor es pena, y el que teme no es consumado
c o r a z ó n y de e s t u p o r e n el c u e r p o . en la raridad, no es del g é n e r o de a q u e l q u e h a c í a r e c e l a r a

Evangelio ista referuntur, quod super duritiam cordis Iudaeorum cum ira
contristatus s i t " ; qnod dixnrit, Gaudeo propter vos, ut credatis7': quod quae dm<i6£iac graeee dieitur, quae si latine posset, impassibilitas diceretur,
Lazarum suscitaturus etiam lacrymas fuderit 7 *; quod concupiverit cum ni ila inloHigriidn est (in animo quippe, non in corpore accipitur), ut sine
discipulis suis manducare pascha'"; quod propinquante passione tristis liis nfícolionilms vivatur, quae contra rationem accidunt mentemque per-
fuerit anima eius 8", non falso utique referuntur. Verum ille hos motus tuiimnl, Imiui plañe et máxime optanda est; sed nec ipsa huius est vitae.
certae dispensationis gratia, ita cum voluit suscepit animo humano, ut Non enim qualiumcumque hominum vox est, sed máxime piorum multum-
cum voluit factus est homo. que iustorum atque sanctorum, Si dixerimus quoniam peccatum non ha-
bemus, nos ipsos seducimus, el ventas in nobis non est83. Tune itaque
4. Proinde, quod fatendum est, etiam cum rectas et secundum Deum áiráSEict ista erit, quando peccatum in homine nullum erit. Nunc vero satis
habemus has affectiones, huius vitae sunt, non illius quam futuram spe- Lene vivitur, si sine crimine: sine peccato autem qui se vivere existimat,
ramus, et saepe illis etiam inviti cedimus. Itaque aliquando, quamvis non non id agit, ut peccatum non habeat, sed ut veniam non accipiat. Porro si
culpabili cupiditate, sed laudabili charitate moveamur, etiam dum nolu- ¡ÜTráSEía illa dicenda est, cum animum contingere omnino non potest ullus
lnus, flemus. Habemus ergo eas ex humanae conditionis infirmitate: non affectus, quis hunc stuporem non ómnibus vitiis iudicet esse peiorem?
autem ita Dominus Iesus, cuius et infirmitas fuit ex potestate. Sed dum Potest ergo non absurde dici perfectam beatitudinem sine stimulo timoris
vitae huius infirmitatem gerimus, si eas omnino nullas habeamus, tune et sine ulla tristitia futuram: non ibi autem futurum amorem gaudiumque
potras non recte vivimus. Vituperabat enim et detestabatur Apostolus quos- quis dixerit, nisi omni modo a veritate seclusus? Si autem ¿máStia illa est,
"dam, quos etiam esse dixit sine affectione 81. Culpavit etiam illos sacer ubi nec metus ullus exterret, nec angit dolor, aversanda est in hac vita,
Psalmus, de quibus ait, Sustinui qui simul contristaretur, et non fuit"'. si recte, hoc est secundum Deum, vivere volumus: in illa vero beata,
TMam omnino non doleré, dum sumus in hoc loco miseriae, profecto, sicut quae sempiterna promitlitur, plañe speranda est.
quídam etiam apud saeculi huius litteratos sensit et dixit, non sine magna
mercede contingit, immanitatis in animo, stuporis in corpore. Quocirca illa 5. Timor namque ille de quo dicit apostolus Ioannes, Timor non est
in charitate, sed perfecta charitas foras mittit timorem, quia timor poenam
76
M e . 3,5. »» M t . 26,3«. habet; qui autem timet, non est perfectus in charitate " \ non est eius ge-
77
l o . 11,15. - « R o m . 1,31.
82
" '*"'<' •>?. P s . 68,31. " 1 l o . 1,8.
84
í " L e . 32,15. I l o . 4,18.
946 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 9, 6 XIV, 9, 8 EL PECADO V LAS PASIONES 947
S a n P a b l o de q u e los c o r i n t i o s f u e r a n s e d u c i d o s p o r la a s t u c i a nos a r r i b e a la feliz, c o n c l u i r e m o s q u e la v i d a recta tiene rectos
de la s e r p i e n t e . E s t e t e m o r lo disfruta la c a r i d a d , m e j o r d i r í a , lodos esos afectos, y la v i d a d e s o r d e n a d a los tiene d e s o r d e n a -
ú n i c a m e n t e lo disfruta la c a r i d a d . A q u é l , en c a m b i o , es del q u e dos. L a vida, b i e n a v e n t u r a d a y e t e r n a a la vez, t e n d r á u n a m o r
n o se da en la c a r i d a d , y del q u e h a b l a el a p ó s t o l S a n P a b l o y u n gozo n o s o l a m e n t e rectos, sino t a m b i é n ciertos, y e s t a r á
en estos t é r m i n o s : No habéis recibido el espíritu de servidum- exenta de t e m o r y de d o l o r . D e a q u í a p a r e c e y a p o r t o d o s sus
bre para obrar todavía por temor. Sin e m b a r g o , el temor casto, ílancos c u á l e s d e b e n ser en esta p e r e g r i n a c i ó n los c i u d a d a n o s
que fia de permanecer por todos los siglos, si h a de existir tam- de la C i u d a d de D i o s q u e viven según el e s p í r i t u , n o según la
b i é n en el siglo f u t u r o (pues ¿ d e q u é o t r o m o d o debe entender- c a r n e , es decir, según D i o s , n o s e g ú n el h o m b r e , y c u á l e s s e r á n
se p e r m a n e c e r p o r t o d o s los s i g l o s ? ) , n o será u n t e m o r q u e n o s en la i n m o r t a l i d a d a q u e a s p i r a n . Y, de r e c h a z o , la c i u d a d de
a p e e del m a l q u e p u e d e s o b r e v e n i r n o s , sino u n t e m o r q u e n o s los i m p í o s , o sea, la s o c i e d a d de los que viven n o s e g ú n D i o s ,
afianzará en el b i e n q u e n o p u e d e p e r d e r s e . P o r q u e , d o n d e el sino s e g ú n el h o m b r e , y q u e siguen las e n s e ñ a n z a s de los h o m -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a m o r del b i e n l o g r a d o es i n m u t a b l e , se está a s e g u r a d o , si v a l e b r e s o de los d e m o n i o s en el c u l t o de la d i v i n i d a d f a l s a y en el
la e x p r e s i ó n , c o n t r a el m a l , q u e debe p r e c a v e r s e . d e s p r e c i o de la v e r d a d e r a , sufre l a s s a c u d i d a s de estos afectos
C o n el n o m b r e de t e m o r casto se significa a q u e l l a v o l u n t a d y c o m o los latigazos de e n f e r m e d a d e s y p e r t u r b a c i o n e s . Si ésta
q u e n o s lleva n e c e s a r i a m e n t e a o p o n e r n o s al p e c a d o y a h u i r l o a l o j a en su seno a l g u n o s c i u d a d a n o s que p a r e c e n a t e m p e r a r y
con la t r a n q u i l i d a d de la c a r i d a d , n o con l a s i n q u i e t u d e s de l a m o d e r a r t a l e s m o v i m i e n t o s , son s o b e r b i o s e h i n c h a d o s con t a l
f r a g i l i d a d p o r m i e d o a u n p o s i b l e p e c a d o [ 2 1 ] . Y si es incom- i m p i e d a d , q u e t a n t o m a y o r e s son sus t e m o r e s , c u a n t o m e n o r e s
p a t i b l e t o d a clase de t e m o r con la s e g u r i d a d cierta de los goces son sus d o l o r e s . Y si a l g u n o s tienen a g a l a eso con v a n i d a d t a n t o
e t e r n o s y felices, se dijo e s t o : El temor casto del Señor, que m á s i n h u m a n a , c u a n t o m á s r a r a , p a r a n o verse e x a l t a d o s y ex-
permanece por todos los siglos, en el m i s m o s e n t i d o que esto c i t a d o s n i a l l a n a d o s y d o b l e g a d o s p o r afecto a l g u n o , p i e r d e n
o t r o : Ni quedará frustrada para siempre la paciencia de los t o d a h u m a n i d a d en l u g a r d e a l c a n z a r u n a s e r e n i d a d v e r d a d e r a .
infelices. L a p a c i e n c i a , que sólo es n e c e s a r i a d o n d e es p r e c i s o P o r q u e n o se es recto p o r ser d u r o , n i se está s a n o p o r ser in-
a g u a n t a r m a l e s , n o será e t e r n a ; p e r o sí será e t e r n o el t é r m i n o sensible |2.'{].
a q u e se l l e g a p o r la p a c i e n c i a . Q u i z á se dijo en el m i s m o sen-
tido q u e el t e m o r casto p e r m a n e c e r á p o r t o d o s los siglos, es
decir, q u e p e r m a n e c e r á la m e t a a q u e el t e m o r c o n d u c e . diiin «ll nd lirnlmii, otiiMCM iiífcctiis istos vita recta rectos habet, perversa
6. S i e n d o ello así, ya q u e debe l l e v a r s e u n a v i d a recta q u e perversos. Ifiiilu vrin riulrniquc aeterna amorem habebit et gaudium non
solum rectuin, vciuiii cliam certum; timorem autem ac dolorem nullum.
Undc iam apparet utciiinquc, quales esse debeant in hac peregrinatione
neris timor, cuius ille quo timebat apostolus Paulus, ne Corinthii ser-
eives civiliilis Dei, viventcs secundum spiritum, non secundum carnem, hoc,
pentina seducerentur astutia"'''; huno enim timorem habet charitas, imo
est, wciiiiduiii Driini, non secundum hominem: et quales in illa quo ten-
non habet nisi charitas: sed illins est generis timor, qui non est in chán-
dtint, iiiiniortiilitule futuri sint. Civitas porro, id est societas. impiorum
tate; de quo ipse apostolus Paulus ait, Non enim accepistis spiritum ser-
non secundum Deum, sed secundum hominem viventium, et in ipso cultu
vitutis iterum in timorem"'. Timor vero ille castas, permanens ira saecu-
fnlsac, contemptuque verae divinitatis, doctrinas hominum daemonumve
lum saeculi", si erit et in futuro saeculo (nam quo alio modo potest in-
sectantium, his affectibus pravis tanquam morbis et perturbationibus qua-
telligi permanere in saeculum saeculi?), non est timor externáis a malo,
titur. Et si quos eives habet qui moderari talibus motibus et eos quasi
quod accidere potest; sed tenens in bono, quod amitti non potest. Ubi
temperare videantur, sic. impietate superbi et elati sunt, ut hoc ipso in
enim boni adepti amor immutabilis est, profecto, si dici potest, mali ca-
eis sint maiores tumores, quo minores dolores. Et si nonnulli tanto imma-
vendi timor securus est. Timoris quippe casti nomine ea voluntas signi-
niore, quanto rariore vanitate hoc in se ipsis adamaverint, ut nullo prorsus
ficata est, qua nos necesse erit nolle peccare, et non sollicitudine infir-
erigantur et exciten tur, nullo flectantur atque inclinentur affectu: huma-
mitatis, ne forte peccemus, sed tranquillitate charitatis cavere peccatum.
nitatem totam potius amittunt, quam veram assequantur tranquillitatem.
Aut si nullius omnino generis timor esse poterit in illa certissima securi-
Non enim quia durum aliquid, ideo rectum; aut quia stupidum est, ideo
tate perpetuorum feliciumque gaudiorum; sic dictum est, Timor Domini
sanum.
castas, permanens in saeculum saeculi, quemadmodum dictum est, Patien-
tia pauperum non peribit in aeternum88. Ñeque enim aeterna erit ipsa
patientia, quae necessaria non est, nisi ubi toleranda sunt mala: sed aeter-
num erit, quo per patientiam pervenitur. Ita fortasse timor castus in saecu-
lum saeculi dictes est permanere, quia id permanebit, quo timor ipse per-
ducit.
6. Quae cum ita sint, quoniam recta vita ducenda est, qua pervenien-
83
2 Cor. 11,3. *7 P s - lS>10-
8 8!
» Rom. 8,is. í"s- 9.19-
948 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 10
XXV, 10 EL PECADO V LAS PASIONES 949

ya q u e n o carece de p e c a d o d e s e a r lo q u e la ley de D i o s p r o h i b e
CAPITULO X y níistenerse de e l l o p o r t e m o r a la p e n a , n o p o r a m o r a la
j u s t i c i a . L e j o s de n o s o t r o s — r e p i t o — p e n s a r q u e a n t e s de t o d o
¿ESTUVIERON LOS PRIMEROS HOMBRES EN EL PARAÍSO, ANTES p e c a d o existiera ya a l l í ese p e c a d o , el a d m i t i r , a p l i c a n d o al
DE PECAR, EXENTOS DE PERTURBACIONES? á r b o l lo q u e el S e ñ o r dice de l a m u j e r : Si alguien mirare a
una mujer con mal deseo, ya adulteró en su corazón.
Se c u e s t i o n a , y n o sin r a z ó n , si el p r i m e r h o m b r e , o los Así, p u e s , t o d a la h u m a n i d a d sería t a n feliz c o m o lo e r a n los
p r i m e r o s h o m b r e s (pues el m a t r i m o n i o e r a de d o s ) , a n t e s del p r i m e r o s h o m b r e s , c u a n d o n i l a s p e r t u r b a c i o n e s a n í m i c a s les
p e c a d o , e s t a b a n sujetos en este c u e r p o a n i m a l a esos afectos, de i n q u i e t a b a n n i l a s i n c o m o d i d a d e s c o r p o r a l e s les h a c í a n m e l l a ,
los q u e nos v e r e m o s l i b r e s en el c u e r p o e s p i r i t u a l u n a vez pur- si n i e l l o s h u b i e r a n h e c h o el m a l q u e t r a n s m i t i e r o n a sus des-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


g a d o y finido todo p e c a d o . Si e s t a b a n sujetos a ellos, ¿ c ó m o cendientes, ni sus d e s c e n d i e n t e s la i n i q u i d a d , m e r e c e d o r a de
e r a n felices en a q u e l c e l e b r a d o l u g a r de b e a t i t u d , es decir, en el c o n d e n a c i ó n . Y esta felicidad p e r d u r a r í a h a s t a q u e , en v i r t u d de
p a r a í s o ? ¿ Q u i é n p u e d e l l a m a r s e a b s o l u t a m e n t e feliz e s t a n d o la b e n d i c i ó n : Creced y multiplicaos, se c o l m a r a el n ú m e r o de
afectado de t e m o r o de d o l o r ? P o r o t r a p a r t e , ¿ q u é p o d í a n te- los s a n t o s p r e d e s t i n a d o s y se c o n c e d i e r a o t r a felicidad m a y o r ,
m e r o de q u é se p o d í a n d o l e r a q u e l l o s h o m b r e s , q u e n a d a b a n cual se da a los m u y b i e n a v e n t u r a d o s á n g e l e s . E n ese e s t a d o
en t a n t a afluencia de b i e n e s , en u n e s t a d o en q u e n o t e m í a n la sería ya cierta la s e g u r i d a d de q u e n a d i e h a de p e c a r y n a d i e
m u e r t e n i e n f e r m e d a d c o r p o r a l a l g u n a , en u n l u g a r en q u e n o ha de m o r i r , y la v i d a de los s a n t o s , sin h a b e r p r o b a d o el d o l o r ,
f a l t a b a n a d a a su b u e n a v o l u n t a d y en q u e n o h a b í a cosa q u e el t r a b a j o y la m u e r t e , sería t a l cual será d e s p u é s de t o d o esto,
ofendiera la c a r n e o el á n i m o del h o m b r e q u e vivía en feli- en la i n c o r r u p c i ó n de los c u e r p o s , l l e g a d a la r e s u r r e c c i ó n de
c i d a d ? R e i n a b a allí u n a m o r i m p e r t u r b a b l e a Dios, y los cón- los m u e r t o s .
y u g e s e n t r e sí vivían en u n a f a m i l i a r i d a d fiel y s i n c e r a , y de
este a m o r fluía u n g r a n d e gozo, sin f a l t a r u n o b j e t o de a m o r
d i g n o de disfrute. E v i t a b a n el p e c a d o sin i n q u i e t u d a l g u n a , y al Iioo oxistiinmuiH ÍIIÍHHO, ubi nullum erat omnino peccatum. Ñeque enim
tiiilliini pnc'i'iiliiin r«t, cu quim lex Dci piohibot coiicupisccro, atque ab his
e s q u i v a r l o n o i r r u m p í a en e l l o s o t r o m a l q u e les a n g u s t i a r a . nlmllnrrn IIIIIIIIT pnciinn, non ninorc iiisliliac. Absil, Inqtiam, ut ante omne
¿ 0 es q u e a r d í a n en deseos d e a c e r c a r s e al á r b o l p r o h i b i d o pccmlinii IIIIII Mil fnrril tale peccatum, ut hoc de ligno admitterent, quod
p a r a c o m e r de él y t e m í a n m o r i r , y p o r eso el deseo y el m i e d o de niulicic DonilniiH uil, Si quis viderit mulierem ad concupisr.endum eam,
t u r b a b a n a a q u e l l o s h o m b r e s y a en el p a r a í s o ? L e j o s de nos- iam mocchattis est eam in corde suo "". Quam igitur felices erant primi
o t r o s p e n s a r q u e s u c e d i e r a esto c u a n d o n o existía el p e c a d o , homines, nt nullis agitabantur perturbationibus animorum, nullis corporum
Inodchniitiii' incomiiioilis: tam felix universa societas esset humana, si neo
illi iiiiiliiin, quod etiam in posteros traiecerunt, nec quisquam ex eorum
xlii-pc ¡iiiqnimicm committeret, qnae damnationem reciperet: atque ista
CAPUT X pennniicnto felicitate, doñee per illam benedictionem, qua dictum est,
Crascite, et multiplicamini90, praedestinatorum sanctorum numerus com-
AN PRIMOS HOMINES IN PARAD1SO CONSTITUTOS NULLIS PF.RTURBATIONIBUS. pleretur, alia maior daretur, quae beatissimis Angelis data est: ubi iam
PRIUSQUAM DELIQUERINT, AFFECTOS FUISSE CREDENDUM SIT esset certa securitas peccaturum neminem, neminemque moriturum: et
talis esset vita sanctorum, post nullum laboris, doloris, mortis experimen-
Sed utrum primus homo vel primi homines (duorum erat quippe coniu- tum, qualis erit post haec omnia in incorruptione corporum reddita re-
gium) habebant istos affectus in corpore animali ante peccatum, quales surrecl¿one mortuorum.
in corpore spirituali non habebimus, omni purgato finitoque peccato. non
immerito quaeritur. Si enim habebant, quomodo erant beati in illo me- " M t . 5,28.
morabili beatitudinis loco, id est paradiso? Quis tándem absolute dici " G e n . 1,28.
beatos potest, qui timore afficitur, vel dolore? Quid autem timere aut
doleré poterant illi homines in tantorum tanta affluentia bonorum. ubi
nec mors metuebatur, nec ulla corporis mala valetudo; nec aberat quid-
quam, quod bona voluntas adipisceretur, nec inerat quod carnem ani-
mumve hominis feliciter viventis offenderet? Amor erat imperturbatus in
Deum, atque Ínter se coniugum fida et sincera societate viventium, et ex
hoc amore grande gaudium, non desistente quod amabatur ad fruendum.
Erat derivatio tranquilla peccati, qua manente nullum omnino aliunde ma-
lura, quod contristaret, irruebat. An forte cupiebant prohibitum lignum
ad vescendum contingere, sed mori metuebant; ac per hoc et cupiditas.
et metus iam tune illos homines etiam in illo perturbabat loco? Absit ut
950 LA CIUDAD DE DIOS XJV, 11, 1 XIV, 1 1 , 1 EL PECADO Y LAS PASIONES 951

cuanto de mala voluntad, es como el árbol malo, del que pro-


CAPITULO XI ceden las obras como malos frutos.
De aquí que la mala voluntad, aun cuando no sea según la
naturaleza, sino contra la naturaleza, porque es vicio, sea de
L A CAÍDA D E L P R I M E R H O M B R E . E N É L , LA N A T U R A L E Z A F U É CREA-
la misma naturaleza que el vicio, que no puede existir sino en
DA TAN PERFECTA, QUE SOLO PUEDE SER REPARADA POR SU AUTOR
una naturaleza. Y sólo en la naturaleza creada de la nada, no
1. Porque Dios lo presupo todo y no pudo ignorar el pe- en la que engendró el Creador de sí mismo, como el Verbo, por
cado del hombre, debemos asentar la Ciudad santa según lo el que fueron hechas todas las cosas. Porque, aunque es verdad
que El presupo y dispuso, no según lo que ha podido venir en que Dios formó al hombre del polvo, la tierra y toda materia
conocimiento nuestro, al que escapan los planes divinos. El terrena procede de la nada absoluta, igual que el alma infun-
hombre, con su pecado, fué incapaz de alterar el decreto divino, dida al cuerpo cuando creó Dios al hombre. Los males son

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


como si obligara a Dios a cambiar de decisión. Dios previo en superados por los bienes, hasta tal punto que los bienes pueden
su presencialidad ambas cosas, a saber, lo malo que había de existir sin los males, bien que se permita existir a éstos para
ser el hombre, creado por El bueno, y el bien que El había de hacer resaltar el buen uso que puede hacer de ellos la justicia
obrar con el hombre. En efecto, aunque es verdad que se dice providentísima del Creador. Así el Dios verdadero y sumo, así
que Dios cambia de decisión (de aquí que en las santas Escritu- todas las criaturas, celestiales, invisibles y visibles, que están
ras se lea que Dios se arrepintió, pero expresado trópicamente), sobre este aire caliginoso. En cambio, los males no pueden
se habla así en relación con lo que el hombre esperaba, o en- existir sin los bienes, porque las naturalezas en que subsisten,
cerraba en sí el orden de las causas naturales, no en relación en cuanto naturalezas, son buenas [ 2 4 ] . Se substrae, pues, el
con la presciencia efectiva del Omnipotente. Dios, como está mal sin substraer naturaleza extraña alguna o parte de ella,
escrito, creó al hombre recto, y, por consiguiente, con una vo- sino la que había sido viciada y corrompida, sanada y corre-
luntad buena, porque sin voluntad buena no sería recto. La bue- gida. El albedrío de la voluntad es verdaderamente libre cuando
na voluntad es, pues, obra de Dios, ya que el hombre fué crea- no es esclavo de vicios y de pecados. En esa condición fué dado
do por Dios con ella. La mala voluntad primera, que precedió por Dios, y, una vez perdido por vicio propio, no puede ser
en el hombre a todas las demás obras malas, fué, más bien que dcviiello NÍMO por El, que pudo darlo | 2!> |. Por eso dice la Ver-
una obra, un declinar de las obras de Dios a las propias. Y es- dad : Si el Hijo os da la libertad, entonces seréis verdadera-
tas obras son malas, porque son según el propio canon, no se- menta libres. Kslo equivale a decir: Si el Hijo os da la salva-
gún Dios, de forma que la mala voluntad o el hombre, en
omniü mala operu praccessit in nomine, defectus potius fuit quídam áb
opere Dei nd mía opera, quam opus ullum. Et ideo mala opera, quia se-
i'iiniliiin HC, non secundum Deum: ut eorum operum tanquam fructuum
CAPUT XI iiialoriiin voluntas ipsa esset velut arbor mala, aut ipse homo in quantum
D K LAPSU PRIMI H0MIN1S, 1N QUO BENE COWDITA NATURA EST, NEC POTF.ST
tnalm: voluntatis. Porro mala voluntas, quamvis non sit secundum naturam,
NISI A SUO A ü C T O R E REPARARI
sed contra naturam, quia vitium est; tamen eius naturae est, cuius est
vitium, quod nisi in natura non potest esse: sed in ea quam creavit ex
1. Sed quia Deus cuneta praescivit, et ideo hominem quoque pecca- nihilo, non quam genuit Creator de semetipso, sicut genuit Verbum, per
turum ignorare non potuit; secundum id quod praescivit atque disposuit quod facta sunt omnia. Quia etsi de terrae pulvere Deus finxit hominem;
civitatem sanctam, eam debemus asserere, non secundum illud quod in eadem térra omnisque terrena materies omnino de nihilo est, animamque
nostram cognitionem pervenire non potuit, quia in Dei dispositione non de nihilo factam dedit corpori, cum factus est homo. Usque adeo autem
fuit. Nec enim homo peccato suo divinum potuit perturbare consilium, mala vincuntur a bonis, ut quamvis sinantur esse ad demonstrandum quam
quasi Deum quod statuerat mutare compulerit: cum Deus praesciendo possit et ipsis bene uti iustitia providentissima Creatoris; bona tamen sine
utrumque praevenerit, id est, et homo, quem bonum ipse creavit, quam malis esse possint, sicut Deus ipse verus et summus, sicut omnis super
malus esset futurus, et quid boni etiam sic de illo esset ipse facturas. istum caliginosum aerem caelestis invisibilis visibilisque creatura; mala
Deus enim etsi dicitur statuta mutare (unde trópica locutione in Scriptu- vero sine bonis esse non possint, quoniam naturae in quibus sunt, in quan-
ris sanctis etiam poenituisse legitur D e u m " ) , iuxta id dicitur, quod homo tum naturae sunt, utique bonae sunt. Detrahitur porro malum, non aliqua
speraverat, vel naturalium causarum ordo gestabat; non iuxta id quod se natura quae accesserat vel uUa eius parte sublata, sed ea quae vitiata ac
Omnipotens facturum esse praesciverat. Fecit itaque Deus, sicut scriptum depravata fuerat, sanata atque correcta. Arbitrium igitur voluntatis tune
est, hominem rectum 0 2 : ac per hoc voluntatis bonae. Non enim rectus est veré liberum, cum vitiis peccatisque non servit. Tale datum est a Deo:
esset, bonam non habens voluntatem. Bona igitur voluntas opus est Dei: quod amissum proprio vitio, nisi a quo dari potuit, reddi non potest. Unde
cum ea quippe ab illo factus est homo. Mala vero voluntas prima, quoniam Veritas dicit, Si vos Filias liberaverit, tune veré liberi eritis 9S. Idipsum
91
M
Gen. 6,6; i Reg. 15,11. »3 l o . 8,36.
Eccle. 7,30.
952 tA CIUDAD DE DIOS XIV, 11, 2 VIV, 11, 2 Et PECADO Y tAS PASIONES 953
ción, entonces seréis verdaderamente salvos. Es, pues, Liberta-
dor por el hecho de ser Salvador. no dio su consentimiento al pueblo para la construcción del
iilulo inducido por error, sino que cedió obligado; ni es creíble
2. El hombre vivía según Dios en el paraíso corporal y
que Salomón pensara erróneamente que debía sacrificarse a los
espiritual a la vez. No es que hubiera un paraíso corporal pol-
ídolos, sino que fué forzado por la coquetería de sus concubinas
los bienes del cuerpo y no fuera espiritual por los de la men-
n cometer tales sacrilegios; así estamos en nuestro derecho al
te; o un paraíso espiritual, hontanar de goces para los senti-
miponer que aquel varón violó la ley de Dios, no porque cre-
dos interiores del hombre, y no uno corporal, fuente de gozo
yera en la verdad aparente que le dijera su mujer y seducido
para los sentidos exteriores. Es cierto que uno y otro existían
por ella, uno a una, hombre a hombre, cónyuge a cónyu-
por estos dos íines [ 2 6 ] . Luego el ángel soberbio y envidioso,
ge, sino porque condescendió con ella por el amor que les
alejado de Dios por su orgullo y encastillado en sí mismo, pre-
unía [ 2 7 ] . No en vano dijo el Apóstol: Adán no fué engañado;
firiendo gozar de los sujetos a él por su altivez tiránica, más
en cambio, la mujer sí. Ella tomó por verdaderas las palabras

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


que estar él sujeto, cayó del paraíso espiritual. (De su caída
de la serpiente, y él no quiso desgajar aquel único enlace ni
y de la de sus compañeros, que de ángeles de Dios se tornaron
aun en la comunión de pecado. No por eso es menos culpable,
en ángeles malos, ya he hablado, según mis posibilidades, en
pues pecó a ciencia y conciencia. A este tenor no dice el Após-
los libros XI y XII de esta obra.) En su caída, afectando ser-
lol: «No pecó», sino: No fué engañado. Su pecado lo deja al
pentear en los sentidos del hombre con cautelosa astucia—-es
descubierto al decir: Por un hombre entró el pecado en el
que le envidiaba porque él había caído y el hombre se mante-
mundo; y poco después más claramente: Con una transgresión
nía en pie—, escogió en el paraíso corporal, donde vivían en
semejante a la prevaricación de Adán. Entiende, pues, por en-
compañía de los demás animales mansos e inofensivos, dos hom-
gañados aquellos que creen que lo que hacen no es pecado;
bres, el varón y la mujer; escogió, digo, la culebra, un animal
pero Adán supo que lo era. De otra forma, ¿cómo será verda-
lúbrico y que se mueve con tortuosos meneos, apto para el pro-
dero: Adán no fué engañado? Mas, sin experiencia de la seve-
pósito de hablar por su boca. Y, abusando de él como de ins-
ridad divina, pudo quizá engañarse en la apreciación, juzgando
trumento gracias a su presencia angélica y a su naturaleza su-
que lo comi'lido era venial. Y por esto él no fué seducido en lo
perior, con perversidad espiritual, habló con falacia a la mujer.
(lili' lo fué In mujer, jtrro se engañó en el modo con que había
Comenzó por la parte inferior de la sociedad humana, para
de jiiz|',iii Din* lit excusa : La mujer que me diste, me ofreció
ascender gradualmente al todo, en la conciencia de que el varón
Y comí, dl'iii'ii quó IIII'IS? Aunque no fueron ambos engañados
no sería tan fácilmente crédulo y que no podría ser engañado
iieyendo, con lodo, mullos fueron cogidos en pecado e implica-
por error de no ser accediendo al error ajeno. Así como Aarón
dos en las rede» del demonio.
est autem, ac si diceret, Si vos Filius salvos fecerit, tune veré salvi eritis.
Inde quippe liberator, unde salvator. nliNlriiMiiH " 4 ; tire. Salomonen credibile est errore putasse idolis esse ser-
2. Vivebat itaque homo sccundmu Deum in paradiso, et corporali et vii'inliiiii, Hcd lilanditiis femineis ad illa sacrilegia fuisse compulsum °°:
spirituali. Ñeque enim erat paradisus corporalis propter corporis bona, et ¡tu iii'ili'iiiliiin est, illum virnm suae feminae, uní unum, hominem homini,
propter mentís non erat spiritualis; aut vero erat spiritualis quo per in- loniugem coniugi, ad Dei legem transgrediendam, non tanquam verum
teriores, et non erat corporalis quo per exteriores sensus homo fruerctur. l(ii|iiciili credidisse seductum, sed sociali necessitudine paruisse. Non enim
Erat plañe utrumque propter utrumque. Postea vero quam superbus ilie frustra dixit Apostolus, Sed et Adam non est seductus, mulier autem.
ángelus, ac per hoc invidus, per eamdem superbiam a Deo ad semetipsum sedada est°e: nisi quia illa quod ei serpens locutus est, tanquam verum
conversus, quodam quasi tyrannico fastu gaudere subditis, quam esse esset, accepit. ille autem ab único noluit consortio dirimi, nec in commu-
subditus eligens, de spirituali paradiso cecidit (de cuius lapsu sociorumque nione peccati; nec ideo minus reus. sed sciens prudensque peccavit. Unde
eius, qui ex Angelis Dei angelí eius effecti sunt, in libris undécimo et et Apostolus non ait. Non peccavit; sed, Non est seductus. Nam utique
duodécimo huius operis satis, quantum potui, disputavi), malesuada vei- ipsum ostendit, ubi dicit. Per unum hominem intravit peccatum in mun-
sutia in hominis sensus serpere affectans, cui utique stanti, quoniam ipse dum: et paulo post apertius, In similitudine, inquit, praevaricationis
ceciderat, invidebat, colubrum in paradiso corporali, ubi cum duobus illis Adae". Eos autem seductos intelligi voluit, qui id quod faciunt, non
hominibus masculo et femina animaría etiam terrestria caetera subdita et putant esse peccatum: ille autem scivit. Alioquin quomodo verum erit,
innoxia versabantur, animal scilicet lubricum et tortuosis anfractibtis mo- Adam non est seductus? Sed inexpertus divinae severitatis in eo fallí
bile, operi suo con^ruum, per quem loqueretur, elegit; eoque per ange- potuit, ut veníale crederet esse commissum. Ac per hoc in eo quidem quo
ücam praesentiam praestantioremque naturam spirituali nequitia síbi mulier seducta est, non est ille seductus, sed eum fefellit, quomodo fuerat
subiecto, et tanquam instrumento abutens, fallada sermocinatus est fe- iudicandum quod erat dicturus. Mulier quam dedisti mecum, ipsa mihi
minae: a parte scilicet inferiore illius humanae copulae incipiens, ut gra- dedit, et mandncavi™. Quid ergo pluribus? Etsi credendo non sunt ambo
datim perveniret ad totum; non existimans virum facile credulum, neo decepti, peccando tamen ambo sunt capti, et diaboli laqueis implicati.
errando posse decipi, sed dum alieno cedit errori. Sicut enim Aaron
" Ex. 32,3-5. " Rom. 5,12.14-
erranti populo ad idolum fabricandum non consensit inductus, sed cessit 85
3 Reg. 11,4. »« Gen. 3,12.
6
" 1 Tim. 3,14.
XIV, 1 3 , 1 El, PECADO Y U S PASIONES 055
954 LA CIUDAD DE D I O S X I V , 12

CAPITULO XIII
CAPITULO XII
E N ADÁN LA MALA VOLUNTAD PRECEDIÓ A LA OBRA MALA
EL PECADO DEL PRIMER HOMBRE
1. Sin embargo, comenzaron a ser malos en lo interior
Si a alguien sorprende por qué no se cambia la naturaleza para despeñarse luego a una desobediencia formal, porque no
humana con otros pecados como se cambió con la prevarica- se hubiera consumado la obra mala de no haber precedido la
ción de los dos primeros padres, causa originaria de corrup- mala voluntad. Ahora bien, ¿cuál pudo ser el principio de la
ción tan grande cual es la que vemos y sentimos; y de estar mala voluntad sino la soberbia? El principio de todo pecado
sometidos a la muerte y padecer perturbaciones y oscilaciones es la soberbia, leemos. Y ¿qué es la soberbia sino un apetito

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


procedentes de afectos tan contrarios entre sí, cosas que cierta- de celsitud perversa? La celsitud perversa consiste en abando-
mente no existieron en el paraíso antes del pecado, a pesar de nar el principio a que el ánimo 'debe estar unido y hacerse
que vivían también en cuerpo animal; si a alguien le sorprende en cierta manera principio para sí y serlo. Esto sucede cuando
esto, repito, no debe estimar que lo cometido fué leve y de poca el espíritu se agrada demasiado a sí mismo, y se agrada de-
monta, porque se redujo a un bocado no malo ni nocivo, sino masiado a sí mismo cuando declina del bien inmutable, que
prohibido [ 2 8 ] . Dios no creó ni plantó nada malo en aquel debe agradarle más que él a sí mismo [ 3 2 ] . Este declinar es
lugar de delicias. En el mandato se encareció la obediencia, espontáneo, pues si la voluntad hubiera permanecido estable en
virtud que es, en cierto modo, la madre y la tutora de todas el amor del bien superior e inmutable, que la iluminaba para
las demás virtudes de la criatura racional [29], cuya creación ver y la encendía para amar, no se hubiera apartado de él
se acomodó a esta norma: Le es útil estar sometida, y nocivo para agradarse a sí misma y entenebrecerse y enfriarse por este
hacer su voluntad y no la de su Creador [ 3 0 ] . Y, puesto que apartamiento. Esto llevó consigo que ella creyera que la ser-
no comer de ciertos árboles, donde había tanta abundancia, era piente había dicho verdad y (pie él antepusiera el querer de su
un precepto tan sencillo de observar y tan breve para retener esposa ni mundillo de Dios y pensara que su transgresión era
venial si no se separaba fie la compañera de su vida ni aun en
en la memoria, máxime cuando la cupididad aún no ofrecía
la comisión del pecado. Luego la obra mala, es decir, la trans-
resistencia a la voluntad, que es consecuencia de la pena de la
gresión, el comer del fruto prohibido, la hicieron quienes eran
transgresión, su violación fué tanto más injusta cuanto más ya malos, porque el mal fruto, como es esa acción, no lo pro-
fácil era su observancia [ 3 1 ] .

C A P UT XII CAPUT XIII


(%)llol> IN I'HAEVARICATIONE ADAE AD OPUS MALUM VOLUNTAS PRAF.CESSIT MALA
DE QUALITATE PRIMI PECCATI PEK IIOMINEM ADMISSI
1. In occulto autem mali esse coeperunt, ut in apertam inobedientiam
Si quem vero movet, cur alus peccatis sic natura non mutetur humana, laberentur. Non enim ad malum opus perveniretur, nisi praecessisset mala
quemadmodum illa duorum primorum hominum praevaricatione mutata voluntas. Porro malae voluntatis initium quod potuit esse nisi superbia?
est; ut tantae corruptioni, quantam videmus atque sentinms, et per hanc Initium enim omnis peccati superbia est". Quid est autem superbia, nisi
subiaceret morti, ac tot et tantis tamque Ínter se contrariis perturbaretur perversae celsítudinis appetitus? Perversa enim celsitudo est, deserto eo
et fluctuaret affectibus, qualis in paradiso ante peccatum, licet in corpore (•ni debet animus inhaerero principio, sibi quodammodo fíeri atque esse
esset animali, utique non fuit: si quis hoc movetur, ut dixi, non ideo debet principium. Hoc fit, cura sibi nimis placet. Sibi vero ita placet, cum ab
existimare leve ac parvum illud fuisse commissum, quia in esca factum jilo bono immutabili déficit, quod ei magis placeré debuit quam ipse sibi.
est, non quidem mala, nec noxia, nisi quia prohibita. Ñeque enim quid- Spontaneus est autem iste defectus: quoniam si voluntas in amore supe-
quam mali Deus in illo tantae felicitatis loco crearet atque plantaret. Sed rioris immutabilis boni, a quo illustrabatur ut videret, et accendebatur ut
obedientia commendata est in praecepto, quae virtus in creatura rationali amaret, stabilis permaneret, non inde ad sibi placendum averteretur. et
mater quodammodo est omnium custosque virtutum: quandoquidem ita ex hoc tenebresceret et frigesceret, ut vel illa verum crederet dixisse ser-
facta est, ut ei subditam esse sit utile; perniciosum autem suam, non eius pentem, vel ille Dei mandato uxoris praeponeret voluntatem, putaretque
a quo creata est, faceré voluntatem. Hoc itaque de uno cibi genere non se venialiter transgressorem esse praecepti, si vitae suae sociam non de-
edendo, ubi aliorum tanta copia subiacebat, tam leve praeceptum ad obser- sereret etiam in societate peccati. Non malum ergo opus factum est, id
vandum, tam breve ad memoria retinendum, ubi praesertim nondum vo- est, illa transgressio, ut cibo prohibito vescerentur, nisi ab eis qui iam
luntad cupiditas resistebat, quod de poena transgressionis postea subsecu-
tum est, tanto maiore iniustitia violatum est, quanto faciliore posset « Eccil. io,iS
observantia custodiri.
956 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 13, 1 XIV, 13,2 EL PBCADO Y U S PASIONES 957
duce sino el árbol malo. Y esto de que el árbol fuera malo aran y luego fueran aplastados, sino: cuando más se ele-
procede de algo contrario a la naturaleza, pues tiene su origen van, entonces precisamente son allanados. Es decir, que el mis-
en el vicio de la voluntad, que es contrario a la naturaleza. El mo exaltarse es ya ser allanado. Por este motivo se encarece la
vicio, sin embargo, no puede malear toda naturaleza, sino sólo humildad ahora en esta Ciudad de Dios a la Ciudad de Dios
la hecha de la nada. De donde se sigue que su ser, el ser na- que peregrina en este siglo, y el ejemplo cumbre lo tiene en su
turaleza, lo debe a Dios, que es su Hacedor, y la caída de su Key, Cristo. Las sagradas Letras enseñan que la elación domina
ser a haber sido hecha de la nada. El hombre en su caída no sobre todo en el enemigo de esta Ciudad, que es el demonio.
fué reducido a la nada absoluta, sino que, doblado hacia sí En esto radica la diferencia profunda que distingue las dos
mismo, su ser vino a ser menos que cuando estaba unido al que ciudades de que hablamos. Una es la sociedad de los hombres
es en sumo grado [ 3 3 ] . Ser en sí mismo, o mejor, complacerse piadosos y otra la de los hombres impíos, cada cual con los
en sí mismo, abandonando a Dios, no es ser nada, sino acer- ángeles de su gremio, en los cuales precedió, allí el amor a
carse a la nada [ 3 1 ] . Por eso a los soberbios, en las sagradas Dios y aquí el amor a sí mismo [ 3 7 ] .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Escrituras, se les denomina, también diciendo que son los que 2. No hubiera, pues, el diablo sorprendido al hombre en
se complacen en sí mismos. Es bueno tener en alto el cora- un pecado tan claro y manifiesto, que consistió en hacer lo que
zón, pero no hacia sí mismo, que es privativo de la soberbia, Dios había prohibido, si él no hubiese comenzado a agradarse
sino hacia el Señor, que es propio de la obediencia, coto cerra- ya a sí mismo. Por eso le encantó la idea: Seréis como dioses.
do de los humildes [ 3 5 ] . Y hubieran podido serlo mejor manteniéndose obedientes a su
Conclusión: Es propio de la humildad—¡cosa maravillo- verdadero y soberano principio que constituyéndose ellos mis-
sa!—el elevar el corazón, y exclusivo de la soberbia el abajarlo. mos principio para sí por la soberbia. En efecto, los dioses
Al parecer, es una paradoja que la soberbia vaya hacia abajo creados no son dioses por su verdad, sino por participación del
y la humildad hacia arriba. Pero resulta que la humildad pia- Dios verdadero [ 3 8 ] . Con todo, cuando más apetece, es menos,
dosa nos somete a lo superior, y nada hay superior a Dios, y y mientras ama ser autosuficiente, pierde a Aquel que verda-
por eso la humildad que nos somete a Dios nos exalta. En cam- deramente le basta. El mal, que mueve al hombre a agradarse
bio, la soberbia, que radica en un vicio, a la vez que desdeña el a ni mismo, como si fuera él luz, y a apartarse de aquella luz,
estar sometida, se desprende del ser superior al cual no hay que, ni le agrada, le hace a él liitiiliiéu lu/, precedió primero en
nada, y se torna inferior, cumpliéndose así lo que está escrito: secreto y siguió luego en público. Porque es verdad lo que está
Los derribaste cuando más se elevaban [ 3 6 ] . Nótese que no escrito: Antes de la caída, el corazón se exalta, y antes de la
dice: «Una vez que se hayan elevado», como si primero se en- gloria se humilla. Es cierto que la caída que tiene lugar en
mali erant. Ñeque enim fieret ille fructus malus, nisi ab arbore mala "'". postea deiieerentur: sed cum extollerentur, tune deiecti sunt. Ipsum quippe
Ut autem esset arbor mala, contra naturam factum est: quia nisi vitio extolli, iuin deiici est. Quapropter quod nunc in civitate Dei, et civitati
voluntatis, quod contra naturam est, non utique fieret. Sed vitio depra- J)ei in hoc saeculo peregrinanti máxime commendatur humilitas, et in
van, nisi ex nihilo facta, natura non possct. Ac per hoc ut natura sit, ex eiiiH Kcgc, qui est Christus, máxime praedicatur; contrariumque huic vir-
eo habct quod a Deo facta est; ut autem ab eo quod est deficiat, ex hoc luti elutionis vitium, in eius adversario, qui est diabolus, máxime domi-
quod de nihilo facta est. Nec sic defecit homo, ut omnino nihil esset: sed nan, sacris Litteris edocetur: prefecto ista est magna differentia, qua ci-
ut inclinatus ad se ipsum minus esset, quam erat, cum ei qui summe est vitas, unde loquimur, utraque discernitur; una scilicet societas piorum
inhaerebat. Relicto itaque Deo, esse in semetipso, hoc est sibi placeré, non hominum, altera impiorum, singula quaeque cum Angelis ad se pertinen-
iam nihil esse est, sed nihilo propinquare. Unde superbi secundum Scrip- tibus, in quibus praecessit hac amor Dei, hac amor sui.
turas sanctas alio nomine appellantur, sibi plácemes 101. Bonum est enim 2. Manifestó ergo apertoque peccato, ubi factum est quod Oeus fieri
sursum habere cor: non tamen ad se ipsum, quod est superbiae; sed ad prohib'uerat, diabolus hominem non cepisset, nisi iam ilie sibi ipsi placeré
Dominum, quod est obedientiae, quae nisi humilium non potest esse. Est coepisset. Hinc enim et delectavit quod dictum est, Eritis sicut dii "Ja.
igitur aliquid humilitatis miro modo quod sursum faciat cor, et est aliquid Quod melius esse possent summo veroque principio cohaerendo per obe-
elationis quod deorsum faciat cor. Hoc quidem quasi contrarium videtur, dientiam, non suum sibi existendo principium per superbiam. Dii enim
ut elatio sit deorsum, et humilitas sursum. Sed pia humilitas facit subdi- creati, non sua veritate, sed Dei veri participatione sunt dii. Plus autem
tum superiori; nihil est autem superius Deo: et ideo exaltat humilitas, appetendo, minus est: qui dum sibi sufficere diligit, ab illo qui ei veré
quae facit subditum Deo. Elatio autem quae in vitio est, eo ipso quo sufficit, déficit. Illud itaque malum, quo cum sibi homo placet, tanquam
respuit subiectionem, et cadit ab illo, quo non est quidquam superius, et sit et ipse lumen, avertitur ab eo lumine, quod ei si placeat et ipse fit
ex hoc erit inferius, et fit quod scriptum est: Deiecisti eos, cum extolle- lumen: illud, inquam, malum praecessit in abdito, ut sequeretur hoc
rentarloz. Non enim ait, Cum elati fuissent, ut prius extollerentur, ei malum quod perpetratum est in aperto. Verum est enim quod scriptum
100 1 3
est: Ante ruinam exaltatur cor, et ante gloriam humiliatur 1(M. Illa prorsus
Mt. 7>i8. » Vs. 73,18.
101
1 Petr. 2,10. "' Gea. i,$. 101
Prov. ié,ig.
958 tA CIUDAD DE DIOS XIV, 14
X I V , IB, 1 El, PECADO Y LAS PASIONES 959
secreto p r e c e d e a la c a í d a q u e se r e a l i z a a la luz, a u n q u e n o se
p i e n s a q u e a q u é l l a es c a í d a . ¿ Q u i é n e s t i m a e x a l t a c i ó n a la caí- n u n c a la i m p e t r a c i ó n del r e m e d i o . A u n q u e , c o m o Caín, n o nie-
d a ? Y, sin e m b a r g o , a l l í existe ya u n desfallecimiento, el a b a n - guen q u e lo h a n c o m e t i d o , con t o d o la s o b e r b i a b u s c a descar-
d o n a r a l E x c e l s o [ 3 9 ] . ¿ Q u i é n n o ve q u e h a y c a í d a c u a n d o se g a r s o b r e otro la r e s p o n s a b i l i d a d de sus m a l a s o b r a s . L a so-
da la t r a n s g r e s i ó n de u n m a n d a t o cierto e i n c o n t r a s t a b l e ? D i o s b e r b i a de la m u j e r c u l p a a l a s e r p i e n t e , y la del v a r ó n , a l a
lo p r o h i b i ó p a r a q u e , u n a vez c o n s e n t i d o , n o p u d i e r a ser sos- m u j e r . M a s , c u a n d o se da u n a t r a n s g r e s i ó n f o r m a l del'•mandato
layado ni por imaginación siquiera. Y aun me atrevo a decir d i v i n o , h a y u n a a u t é n t i c a a c u s a c i ó n , m á s b i e n q u e u n a excusa-
q u e a los s o b e r b i o s es útil la c a í d a en a l g ú n p e c a d o c l a r o y pa- ción. Y n o se v i e r o n l i b r e s de p e c a d o , p o r q u e la m u j e r lo co-
tente, a fm de q u e se d e s p l a z c a n e l l o s , q u e h a b í a n c a í d o ya, metió a c o n s e j a d a p o r l a s e r p i e n t e , y el v a r ó n a i n s t a n c i a s de la
c o m p l a c i é n d o s e en sí m i s m o s [ 4 0 ] . E l d e s p l a c e r s e de P e d r o mujer, c o m o si h u b i e r a de c r e e r s e o de c e d e r a a l g o antes
c u a n d o l l o r ó , fué m á s s a l u d a b l e q u e su c o m p l a c e r s e c u a n d o que a Dios.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p r e s u m i ó de sí. Este es t a m b i é n el p e n s a m i e n t o del s a l m o sa-
g r a d o : Llena su rostro de ignominia y buscarán tu nombre, C A P I T U L O XV
Señor; es decir, p a r a q u e tú a g r a d e s a los q u e b u s c a n tu nom-
b r e , q u e se a g r a d a r o n b u s c a n d o el p r o p i o . J U S T I C I A D E L C A S T I G O I M P U E S T O A LA D E S O B E D I E N C I A DE LOS
PRIMEROS PADRES

C A P I T U L O X I V I . T a n p r o n t o c o m o el h o m b r e d e s p r e c i ó el m a n d a t o de
Dios, de ese D i o s q u e lo h a b í a c r e a d o , q u e lo h a b í a h e c h o a su
i m a g e n y a n t e p u e s t o a los d e m á s a n i m a l e s , q u e lo h a b í a cons-
L A S O B E R B I A DE LA T R A N S G R E S I Ó N F U É P E O R Q U E
t i t u i d o en el p a r a í s o y le h a b í a d a d o a b u n d a n c i a de t o d a s l a s
LA T R A N S G R E S I Ó N
cosas y de s a l u d , q u e , lejos de i m p o n e r l e m u c h o s p r e c e p t o s
L a s o b e r b i a es p e o r y m á s c o n d e n a b l e , p o r q u e b u s c a el re- g r a v e s y difíciles, le h a b í a p r o v i s t o , p a r a e n c a r e c e r l a obedien-
c u r s o de la excusa a u n p a r a los p e c a d o s m á s evidentes. Así hi- cia, de u n o muy ligero y breve, con el q u e a d v e r t í a a la cria-
c i e r o n los p r i m e r o s h o m b r e s . E l l a d i j o : La serpiente me engañó tura q u e El i'l'll HII S e ñ o r y que le convenid s e r v i r l e l i b r e m e n t e ,
y comí, y él a su v e z : La mujer que me diste por compañera «iguiú una junlii i'.oiuli'iiiic.'u'm. Y esla c o n d e n a c i ó n fué tal, q u e
me dio del fruto y comí. N u n c a s u e n a l a p e t i c i ó n del p e r d ó n , el h o m b r e , q u e , g u a r d a n d o el m a n d a m i e n t o , h a b í a de ser espi-
ritual a u n en lu c a r n e , se trocó en c a r n a l a u n en l a m e n t e .
ruina quae fit in oceulto, praecedit ruinam quae fit in manifestó, dum
illa ruina esse non putatur. Quis enim exaltationem ruinam putat; cum tilio veiiiac, nusquam implorado medicinae. Nam licet isti non sicut Caín,
iam ibi sit defectus, quo est relictas Excelsus? Quis autem ruinam esse quod niinmiscnint, negent 1M , adhuc tamen superbia in alium quaerit re-
non videat, quando fit mandati eviilens atque indubitata transgressio? feíre, quod pcipcnim íecit: superbia mulieris, in serpentem; superbia viri,
Propter hoc Deus illud prohibuit, quod cum esset admissum, nulla defendí iu iiiulirmii. Sed aecusatio potius quam excusatio vera est, ubi mandati
posset imaginatione iustitiae. Et audeo dicere, superbis esse utile cadere ilivini csl uperta transgressio. Ñeque enim hoc propterea non fecerunt, quia
in aliquod apertum manifestumque peccatum, unde sibi displiceant, qui id imilier serpente suadente, vir muiiere impertiente commisit; quasi
iam sibi placendo ceciderant. Salubrius enim Petrus sibi displicuit quando quidquam Deo, cui vel crederetur. vel cederetur. anteponendum fuerit
flevit, quam sibi placuit quando praesumpsit l o s . Hoc dicit et sacer Psal-
mus: Imple facies eorum ignominia, et quaerent nomen tuum, Domine 1U°: CAPUT XV
id est, ut tu eis placeas quaerentibus nomen tuum, qui sibi placuerunt
quaerendo suum. DE IUSTITIA RETRIBUTIOISIS, QUAM PRIMI HOMINES PRO SUA
INOBEDIENTES RECEPERUNT
CAPUT XIV
1. Quia ergo contemptus est Deus iubens, qui creaverat, qui ad suam
DE SUPEHBIA TRANSGRESSIONIS, QUAE IPSA FUIT TBANSCHESSIONE DETERIOR imaginera fecerat, qui caeteris animalibus praeposuerat, qui in paradiso
constituerat, qui rerum omnium copiam salutisque praestiterat, qui prae-
Sed est peior damnabiliorque superbia, qua etiam in peccatis manifes- ceptis nec pluribus nec grandibus nec difficilibus oneraverat, sed uno
tis suffugium excusationis inquiritur sicut illi primi homines, quorum et brevissimo atque levissimo ad obedientiae salubritatem adminiculaverat,
illa dixit, Serpens seduxit me, et manducavi; et ille dixit, Mulier quam quo eam creaturam, cui libera servitus expediret, se esse Dominum conv
dedisti mecum, haec mihi dedit a ligno, et edi m . Nusquam hic sonat pe- monebat: iusta damnatio subsecuta est, talisque damnatio, ut homo qui
105
Mt. 26,75.3.3.
custodiendo mandatum futurus fuerat etiam carne spíritualis, íieret etiam
10
» Ps. 82,17. mente carnalis; et qui sua superbia sibi placuerat, Dei iustitia sibi dona-
107
Gen. 3,i3.T2- 108
ibid., 4,9-
IV, 1 5 , 2 EL PECADO Y LAS PASIONES 961
060 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 15, 2
mi puede? Aunque es verdad que en el paraíso antes del pe-
Como él, por su soberbia, se complació en sí mismo, la jus- • mío no lo podía todo, sin embargo, sólo quería lo que podía,
ticia de Dios le entregó a sí mismo, y no para vivir en su v, por tanto, podía todo lo que quería. Empero, ahora, como
pura independencia, sino para arrastrar, luchando contra sí unios en su descendencia y nos atestigua la divina Escritura,
mismo, en lugar de la libertad que deseó, una servidumbre <7 hombre se ha hecho semejante a la vanidad. ¿Quién podrá
dura y miserable bajo el poder de aquel a quien dio su con- i otilar las cosas que quiere y no puede, en tanto que el ánimo
sentimiento pecando. Muerto voluntariamente en espíritu, ha- >•< contrario a sí mismo, y la carne, inferior a él, no obedece a
bía de morir contra su voluntad en el cuerpo, y, desertor de mi voluntad? [ 4 3 ] . Verdad es que el ánimo se turba frecuen-
la vida eterna, quedaba condenado también a una muerte eter- temente aun contra su voluntad y que la carne se duele, en-
na si la gracia no le librara [ 4 1 ] . Quien estime esta condena- vejece y muere, y ¡ay, cuánto padecemos que no padeciéramos
ción excesiva o injusta, no sabe ciertamente pesar cuál fué la N¡ nuestra naturaleza obedeciera en todo y sin medida a nues-
injusticia de un pecado cometido en circunstancias en que era Iin voluntad! Mas la carne está sujeta a una enfermedad que

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tan fácil no pecar... Así como la obediencia de Abrahán se en- no le permite obedecer. ¿Qué importa el porqué de que, mien-
comia merecidamente, porque el matar a su hijo era un Inis nuestra carne, que nos había estado sujeta, nos es una
mandato muy duro y difícil, así la desobediencia del paraíso se carga al no obedecernos, por la justicia del Dios dominador,
acrece tanto más cuanto que el mandato carecía en absoluto n quien no hemos querido rendir nuestro servicio, nos haya-
de dificultad. Y como la obediencia del segundo Adán es más mos convertido en una carga para nosotros, no para E l ? El
admirable, por haberse hecho obediente hasta la muerte, así no necesita de nuestro servicio, como nosotros necesitamos del
la desobediencia del primero es más detestable, porque se servicio del cuerpo, y por eso es pena nuestra lo que recibi-
hizo desobediente hasta morir. Y siendo tan grande la pena mos y no es pena de El lo que hicimos. Además, los dolores
impuesta a la desobediencia, y el mandamiento del Creador que se dicen de la carne son propios del alma que los sufre
tan fácil, ¿quién explicará sobradamente el mal que entraña en la carne y por medio de ella. Pues ¿qué? ¿Puede sentir
no obedecer en cosa tan fácil y a un precepto de tan grande dolor o ilcsco la carne por sí misma sin el alma? Cuando se
poder y que aterra con tamaño suplicio? dice que In ninit* HÍCIIIC dolor o deseo, o es el mismo hombre,
2. En puridad, y para decirlo en pocas palabras, ¿qué se cuino licuum yn Mpunlndii, o alguna parle del alma, en que la
retribuyó como pena al pecado de desobediencia sino la des- rnnw imprime HU p/i.sióii, pasión que, .si es molesta, causa
obediencia? Y ¿qué miseria hay más propia del hombre que dolor, y si agradable, placer. Así, el dolor de la carne no es
la desobediencia de sí mismo contra sí mismo [ 4 2 ] , de forma más que un pinchazo del alma debido a la carne y una espe-
que, por no haber querido lo que pudo, quiera ahora lo que
pulcral unir |>(!(!('(itiim, quidquid tamen non poterat, non volebat; et ideo
retur; nec sic ut in sua essot omnimodis potestate, sed a se ipse quoque pnlcriH iiiniilii i|iini! volebat. Nunc vero sicut in eius stirpe cognoscimus, et
dissentiens, sub ülo cui peccando consensit, pro libértate quam concupi- (lívlnil iSriipliiiu tcstatur, homo vanitati similis factus est1L1. Quis enim
vit, duram miseramque ageret servitutem; mortuus spiritu volens, et cor- • iiiiiiirrul, quaiii multa quae non potest velit, dum sibi ipse, id est volun-
pore moriturus invitus: desertor aeternae vitae. etiam aeterna, nisi gratia l/ili eius, ipse animus eius, eoque inferior caro eius non obtemperat? Ipso
liberaret, morte damnatus. Quisquís huiusmodi damnationem vel nimiam, iMiniqiie invito, et animus plerumque turbatur, et caro dolet, et veterascit,
vel iniustam putat, metiri profecto nescit quanta fuerit iniquitas in pec- el moritur; et quidquid aliud patimur, quod non pateremur inviti, si vo-
cando, ubi tanta erat non peccandi facilitas. Sicut enim Abrahae non im- lunlati nostrae nostra natura omni modo atque ex ómnibus partibus obe-
merito magna obedientia praedicatur, quia ut occideret filium, res diffi- ilirct. At enim aliquid caro patitur, quo serviré non sinitur. Quid interest
cillima est imperata 1 0 í : ita in paradiso tanto maior inobedientia fuit. mide, dum tamen per iustitiam dominantis Dei, cui subditi serviré nolui-
quanto id quod praeceptum est, nullius difficultatis fuit. Et sicut obe- imis, caro nostra nobis, quae subdita fuerat, non serviendo molesta sit;
dientia secundi hominis eo praedicabilior, quo factus est obediens usque qunmvis nos Deo non serviendo, molesti nobis potuerimus esse, non illi?
ad mortem 1 1 0 : ita inobedientia primi hominis eo detestabilior, quo factus Ñeque enim sic ille nostro, ut nos servitio corporis indigemus: et ideo
est inobediens usque ad mortem. Ubi enim magna est inobedientiae poena nostra est quod recipimus, non illius poena quod fecimus. Dolores porro
proposita, et res a Creatore facilis imperata, quisnam satis explicet, quan- i|iii dicuntur carnis, animae sunt in carne, et ex carne. Quid enim caro
tum malum sit, non obedire in re facili, et tantae potestatis imperio, et per se ipsam sine anima vel dolet, vel concupiscit? Sed quod concupiscere
tanto terrenti supplicio? curo dicitur vel doleré, aut ipse homo est, sicut disseruimus; aut aliquid
2. Denique, ut breviter dicatur, in illius peccati poena quid inobe- rniimae, quod carnis afficit passio, vel áspera, ut faciat dolorem; vel lenis,
dientiae nisi inobedientia retributa est? Nam quae hominis est alia mise- ut voluptatem. Sed dolor carnis tantummodo offensio est animae ex carne,
ria, nisi adversus eum ipsum inobedientia eius ipsius, ut quoniam noluit ct quaedam ab eius passione dissensio: sicut animae dolor, quae tristitia
quod potuit, quod non potest velit? In paradiso enim etiamsi non omnia nuncupatur, dissensio est ab his rebus quae nobis nolentibus acciderunt.
109
CTTO. 22,3. " > P » . 143,4.

.<!. Ag. r« ai
XIV, 16 EL PECADO Y LAS PASIONES 963
962 LA CIUDAD DE D I O S XTV, 15, 2
cié de resistencia que ofrece a su pasión, como el dolor del CAPITULO XVI
alma, llamado tristeza, es un no conformarse con las cosas
que nos han sucedido sin quererlas. A la tristeza con frecuen-
cia precede el miedo, que radica también en el alma, no en SENTIDO PROPIO DE LA PALABRA LIBIDO
la carne. Sin embargo, al dolor de la carne no precede miedo
alguno carnal que se sienta en la carne antes del dolor. Al Es verdad que hay muchas clases de libido; pero, cuando
placer precede un cierto apetito que se siente en la carne y se dice libido a secas, sin más, suele casi siempre entenderse
es una especie de deseo suyo. Así el hambre y la sed y la libi- la que excita las partes sexuales del cuerpo. Y es tan fuerte,
do [44]—término empleado con más propiedad para los ór- que no sólo señorea al cuerpo entero ni sólo fuera y dentro,
ganos de la generación, aunque sea término general para toda sino que pone en juego a todo el hombre, aunando y mezclando
pasión—. Los antiguos han definido la ira como libido de entre sí el afecto del ánimo con el apetito carnal, produciendo

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


venganza, aunque a veces el hombre, aun sin haberse sentido de este modo la voluptuosidad, que es el mayor de los place-
capaz de percibir la venganza, se irrita contra los seres in- res corporales. Tanto es así, que, en el preciso momento en
animados, como cuando tira de rabia el estilete que escribe (pie ésta toca su colmo, se ofusca casi por completo la razón
mal o rompe la pluma. Por eso, aunque este deseo sea más y surge la tiniebla del pensamiento. ¿Quién, amigo de la sabi-
irracional que los otros, sin embargo, no deja de ser una libido duría y de los goces santos, llevando vida matrimonial, pero
de venganza y de estar fundada sobre no sé qué especie umbro- consciente, según el consejo del Apóstol, de que posee su vaso
sa de justicia, por decirlo así, que quiere que los que obran i'u santificación y honor, no en la enfermedad del deseo, como
mal sufran males. Hay, pues, una libido de venganza, que se los gentiles, que desconocen a Dios, no preferiría, si le fuera
llama ira; hay una libido de adineramiento, que se llama ava- posible, engendrar hijos sin esta libido? Así, en la acción ge-
ricia; hay una libido de victoria, llamada pertinacia, y hay nerativa, los miembros destinados a la generación servirían a
una libido de gloria, llamada jactancia. Hay otras muchas la mente, corno los demás, cada uno en sus funciones respecti-
y variadas libidos, unas con nombres propios y otras sin ellos. vas, se mueven bajo la acción del iillicdrío de la voluntad, no
Por ejemplo, ¿quién dará un nombre fácil y apropiado a la liiljn In cxi'ilacióii del luego libidinoso | 4 f ¡ | . Ms que aun los
libido de dominio, de cuyo enorme peso en el alma de los ti- IIUNC'IUIOII'M de eslc placel' en los goces inaliimoniales o en las
ranos dan fe las guerras civiles? impurezas vergonzosas no sienlcn a su antojo esas conmocio-
nes. A veces ese movimiento les importuna sin quererlo y a

Sed tristitiam plerumque praecedit metus, qui et ipse in anima est, non
in carne. Dolorem autem carnis non praecedit ullus quasi metus carnis,
qui ante dolorem in carne sentiatur. Voluptatem vero praecedit appetitus CAPUT XVI
quídam, qui sen ti tur in carne quasi cupiditas eius, sicut fames et sitis, et
Dli L1HIDINIS MALO, CUIUS NOMEN CUM MULTIS • VITIIS CONCRUAT, PROPRIE
ea quae in genitalibus usitatius libido nominatur, cum hoc sit genérale
TAMEN MOTIBUS OBSCENIS CORPORIS ADSCRIBITUR
vocabulum omnis cupiditatis. Nam et ipsam iram nihil aliud esse, quam
ulciscendi libidinem, veteres definierunt: quamvis nonnunquam homo, ubi Cum igitur sint multarum libídines rerum, tamen cum libido dicitur,
vindictae nullus est sensus, ctiam rebus inanimis irascatur, ut male scri- urque cuius rei libido sit additur, non fere assolet animo occurrere nísi
bentem stilum coUidat, vel calamum frangat iratus. Verum et ista licet illa, qua obscenae corporis partes excitantur. Haec autem sibi non solum
irrationabilior, tamen quaedam ulciscendi libido est, et nescio quae, ut ita
totiim corpus, nec solum extrinsecus, verum etiam intrinsecus vindicat, to-
dixerim, quasi umbra retributionis, ut qui male faciunt, mala patiantur.
tumqiie commovet hominem animi simul affectu cum carnis appetitu
Est igitur libido ulciscendi, quae ira dicitur: est libido .habendi pecuniam,
quae avaritia: est libido quomodocumque vincendi, quae pervicacia: est coiiiuiicto atque permixto, ut ea voluptas sequatur, qua maior in corporis
libido gloriandi, quae iactantia nuncupatur. Sunt multae variaeque libí- voluptatibus nulla est: ita ut momento ipso temporis, quod ad eius perve-
dines, quarum nonnullae habent etiam vocabula propria, quaedam vero nilnr extremum, pene omnis acies et quasi vigilia cogitationis obruatur.
non habent. Quis enim facile dixerit, quid vocetur libido dominandi, quam (,)uis autem amicus sapientiae sanctorumque gaudiorum, coniugalem agens
tamen plurimum valere in tyrannorum animis, etiam civilia bella tes- vitam, sed, sicut Apostolus monuit, sciens vas suum possidere in sancti-
tan tur? ¡iiatione et honore, non in morbo desiderii, sicut et Gentes quae ignorant
Dcum u z , non mallet, si posset, sine hac libídine filios procreare; ut etiam
¡n hoc serendae prolis officio, sic eius menti ea quae ad hoc opus creata
«lint, quemadmodum caetera suis quaeque operibus distributa membra
«ervirent, nutu voluntatis acta, non aestu libidinis incitata? Sed ñeque
u a
i T h e í s . 4,4.5.
XIV, 17 KE PECADO Y LAS PASIONES 965
964 U CIUDAD DE DIOS XXV, 17
tad. R e t i r a d a esta g r a c i a , p a r a h a c e r l e s p a g a r con desobedien-
veces les deja con el c a r a m e l o e n la b o c a . El a l m a c h i r r í a p o r cia la d e s o b e d i e n c i a p r o p i a , se dejó sentir en los m o v i m i e n t o s
el c a l o r de la c o n c u p i s c e n c i a , y el c u e r p o t i r i t a de frío. Y así, del c u e r p o u n a d e s v e r g o n z a d a n o v e d a d . P o r eso la d e s n u d e z
¡cosa e x t r a ñ a ! , la l i b i d o n o sólo r e h u s a o b e d e c e r al deseo le- se t o r n ó i n d e c e n t e , l o s h i z o conscientes y los c u b r i ó de con-
g í t i m o de e n g e n d r a r , sino t a m b i é n a l a p e t i t o l a s c i v o . E l l a , q u e fusión. E s t o dio o r i g e n a q u e , u n a vez v i o l a d o el m á n d a l o de
de o r d i n a r i o se o p o n e a l e s p í r i t u q u e la enfrena, a veces se re- D i o s con u n a t r a n s g r e s i ó n t a n manifiesta, se e s c r i b i e r a : Y se
vuelve c o n t r a sí m i s m a , y, e x c i t a d o el á n i m o , se n i e g a a exci- abrieron sus ojos y conocieron que estaban desnudos, y tejieron
tar el c u e r p o . hojas de higuera y se hicieron unos taparrabos. D i c e q u e se
abrieron sus ojos, n o p a r a ver (pues a n t e s t a m b i é n v e í a n ) , sino
C A P I T U L O XVII p a r a d i s c e r n i r e n t r e el b i e n q u e h a b í a n p e r d i d o y el m a l en
q u e h a b í a n i n c u r r i d o . E l á r b o l q u e b r i n d a b a este c o n o c i m i e n -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


DESNUDEZ Y RUBOR DE L O S PRIMEROS PADRES to, si p r o b a b a n su fruto c o n t r a lo v e d a d o , t o m ó d e a q u í su
n o m b r e y se l l a m ó á r b o l d e la ciencia del b i e n y del m a l .
Con r a z ó n n o s a v e r g o n z a m o s de esta l i b i d o ; con r a z ó n son ¡ Q u é v e r d a d es q u e la e x p e r i e n c i a de la e n f e r m e d a d h a c e sen-
l l a m a d o s v e r g o n z o s o s — c o s a q u e antes del p e c a d o n o lo eran—• t i r m á s c a r o el p r e c i o d e la s a l u d ! C o n o c i e r o n q u e estaban
los m i e m b r o s q u e e l l a m u e v e o n o m u e v e e n fuerza d e cierto desnudos, es decir, d e s p o j a d o s d e la g r a c i a , q u e les a s e g u r a b a
d e r e c h o p r o p i o , p o r d e c i r l o así, n o del t o d o sujeto a n u e s t r o c o n t r a el r u b o r p o r la d e s n u d e z c o r p o r a l , p o r q u e la l e y del
a r b i t r i o . Así lo dice la E s c r i t u r a : Estaban desnudos y no se p e c a d o a ú n n o resistía a la m e n t e . C o n o c i e r o n esto, c u y a igno-
avergonzaban. N o es q u e su d e s n u d e z les fuera d e s c o n o c i d a , n o ; r a n c i a fuera m á s feliz p a r a ellos si, c r e y e n d o y o b e d e c i e n d o a
sino q u e la d e s n u d e z n o e r a a ú n v e r g o n z o s a , p o r q u e la l i b i d o D i o s , n o h u b i e r a n c o m e t i d o el p e c a d o q u e les o b l i g ó a p r o b a r
t o d a v í a n o a c t i v a b a los m i e m b r o s c o n t r a l a v o l u n t a d , n i la los frutos n o c i v o s de la infidelidad y de la d e s o b e d i e n c i a . P o r
d e s o b e d i e n c i a de la c a r n e testificaba a ú n c o n t r a la desobedien- eso, a v e r g o n z a d o s p o r la d e s o b e d i e n c i a de su c a r n e , c o m o tes-
cia del h o m b r e . E n efecto, n o h a b í a n sido c r e a d o s ciegos, c o m o tigo y p e n a de su p r o p i a d e s o b e d i e n c i a , tejieron hojas de hi-
el v u l g o i g n o r a n t e se i m a g i n a , p u e s t o q u e A d á n v i o a los ani- guera y se hicieron unos taparrabos, es decir, u n o s c e ñ i d o r e s
m a l e s y les i m p u s o n o m b r e s , y de la m u j e r se lee q u e vio que (— succincloria), .como h a n t r a d u c i d o a l g u n o s i n t é r p r e t e s .
el árbol era bueno para comer y agradable a la vista. S u s ojos
e s t a b a n , p u e s , a b i e r t o s , p e r o n o lo e s t a b a n p a r a e s t o ; es decir, do testimonium perhibebat. Ñeque onim caeci creati erant, ut ímperitum
n o r e p a r a b a n en q u e les c u b r í a el vestido de l a g r a c i a , desco- vulgus opinatur: quandoquidem et ille vidit animalia, quibus nomina im-
n o c i e n d o p o r eso la r e p u g n a n c i a de sus m i e m b r o s a la v o l u n - posuit 11 "; et de illa legitur, Vidit mulier guia bonum lignum in escam,
et quia placet oculis ad videndum u s . Patebant ergo oculi eorum, sed ad
ipsi amatares huius voluptatis, sive ad concubitus coniugalcs, sive ad hoc non erant aperti, hoc est non attenti, ut cognoscerent quid eis indu-
mento gratiae praestaretur, quando membra eorum voluntati repugnare
immunditias ílagitiorum, cura voluerint commoventur: sed aliquando mo-
nesciebant. Qua gratia remota, ut poena reciproca inobedientia plecteretur,
tos ille importunus est millo poscente, aliquando autem destituit inhian-
exstitit in motu corporis quaedam impudens novitas, unde esset indecens
tem, et cum in animo concupiscentia ferveat, friget in corpore: atque ita nuditas; et fecit attentos, reddiditque confusos. Hinc est quod, posteaquam
mirara in modum non solum generandi voluntati, verum etiam lasciviendi mandatum Dei aperta transgressione violarunt, scriptum est de illis, Et
libidini libido non servit; et cum tota plerumque menti cohibenti adver- aperti sunt oculi amborum, et cognoverunt quia nudi erant, et consuerunt
setur, nonmmquam et adversus se ipsam dividitur, commotoque animo in folia fici, et fecerunt sibi campestria L1". Aperti sunt, inquit, oculi ambo-
commovendo corpore se ipsa non sequitur. rum, non ad videndum (nam et antea videbant); sed ad discernendum
Ínter bonum quod amiserant, et malum quo ceciderant. Unde et ipsum
CAPUT XVII lignum, eo quod istam faceret dignoscentiam, si ad vescendum contra
vetitum tangeretur, ex ea re nomen accepit, ut appellaretur lignum sciendi
D E NUDITATE PRIMORUM HOMINUM, QUAM POST PECCATUM TURPEM boni et mali. Experta enim morbi molestia, evidentior fit etiam iucunditas
PUDENDAMQUE VIDERUNT
sanitatis. Cognoverunt ergo quia nudi erant: nudati scilicet ea gratia, qua
fiebat ut nuditas corporis nulla eos lege peccati menti eorum repugnante
Mérito huius libidinis máxime pudet, mérito et ipsa membra, quae suo confunderet. Hoc itaque cognoverunt, quod felicius ignorarent, si Ueo
quodam, ut ita dixerim, iure, non omnimodo ad arbitrium nostrum movet, credentes et obedientes non committerent, quod eos cogeret experiri infi-
aut non movet, pudenda dicuntur, quod ante peccatum hominis non fue- delitas et inobedientia quid nocerent. Proinde confusi inobedientia carnis
runt. Nam sicut scriptum est, Nudi erant, et non confundebantur113: non suae, tanquam teste poena inobedientiae suae, consuerunt folia fici, et fe-
quod eis sua nuditas esset incógnita, sed turpis nuditas nondum erat; 114
quia nondum libido membra illa praeter arbitrium commovebat, nondum Ibid., 20.
115
Ibid., 3,6.
ad hominis inobedientiam redarguendam sua inobedientia caro quodammo- " " Ibid., 7.
ns
Gen. 2,25.
966 I,A CIUDAD DB DIOS XIV, 18
XIV, 18 M, PECADO Y U S PASIONES 967
Campestria ( = t a p a r r a b o s ) es u n a p a l a b r a l a t i n a q u e t o m ó su
significación de las t e l a s con q u e los j ó v e n e s c u b r í a n s u s ver- que a la d e s v e r g ü e n z a c e r r a r el p a s o a l p u d o r . L o s d e s h o n e s t o s
g ü e n z a s en el c a m p o de M a r t e . L o s así ceñidos e r a n l l a m a d o s lia m a n d e s h o n e s t a s a s u s a c c i o n e s , y, siendo a m a d o r e s de e l l a s ,
p o r el v u l g o campestrali ( = los q u e l l e v a n t a p a r r a b o s ) [ 4 6 ] . no se a t r e v e n a ser o s t e n s o r e s . Y ¿ q u é d i r é del c o n c ú b i t o con-
El p u d o r les h a c í a c u b r i r los m i e m b r o s q u e la l i b i d o m o v í a yugal, q u e , según l a l e y de las T a b l a s m a t r i m o n i a l e s , tiene
d e s o b e d i e n t e m e n t e c o n t r a la v o l u n t a d , c o n d e n a d a p o r su des- p o r objeto la p r o c r e a c i ó n d e los h i j o s ? ¿ N o se b u s c a t a m b i é n
o b e d i e n c i a . D e a q u í n a c e el q u e t o d o s los p u e b l o s , c o m o des- p a r a é l , a u n q u e es lícito y h o n e s t o , u n l u g a r secreto y relira-
c e n d i e n t e s de ese t r o n c o c o m ú n , t e n g a n p o r n a t u r a l el v e l a r l a s d o ? Y a n t e s de q u e el e s p o s o c o m i e n c e su j u e g o d e c a r i c i a s ,
v e r g ü e n z a s , h a s t a el p u n t o de q u e a l g u n o s b á r b a r o s n o descu- ¿ n o echa fuera a t o d o s c u a n t o s a l g u n a n e c e s i d a d p e r m i t í a su
b r e n esas p a r t e s n i en los b a ñ o s y las l a v a n con s u s t r a j e s [ 4 7 ] . presencia, a los sirvientes y a los m i s m o s p a r a n i n f o s ? E s ver-
Y en las o b s c u r a s selvas de l a I n d i a , d o n d e a l g u n o s filosofan d a d q u e el mayor maestro de la elocuencia romana—como al-
g u i e n le l l a m a [ 5 1 ] — d i c e q u e l a s cosas b i e n h e c h a s b u s c a n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


d e s n u d o s — p o r eso h a n sido l l a m a d o s gimnosofistas [ 4 8 ] — - , cu-
b r e n sus genitales, m i e n t r a s los d e m á s m i e m b r o s los t r a e n al la luz, es decir, a m a n ser c o n o c i d a s ; p e r o esta acción recta ape-
aire [ 4 9 ] . tece ser c o n o c i d a d e u n a m a n e r a m u y r a r a , a v e r g o n z á n d o s e de
ser vista. ¿ Q u i é n i g n o r a lo q u e h a c e n los e s p o s o s e n t r e sí c o n
C A P I T U L O XVIII vistas a la p r o c r e a c i ó n de los h i j o s y c u á l es el o b j e t o de cele-
b r a r las b o d a s con t a n t a p o m p o s i d a d ? Y , sin e m b a r g o , en el
a c t o m i s m o d e la g e n e r a c i ó n n o p e r m i t e n q u e sean testigos ni
P U D O R Q U E ACOMPAÑA A L A C T O D E LA G E N E R A C I Ó N los hijos, si tienen y a a l g u n o s . E l c o n o c i m i e n t o d e esta a c c i ó n
E n el a c t o m i s m o de l a g e n e r a c i ó n — y n o h a b l o s ó l o d e recia a m a de tal m a n e r a la luz d e los á n i m o s , q u e r e h u y e la
de los ojos. Y ¿ d e d ó n d e n a c e esto sino d e q u e lo n a t u r a l m e n t e
c i e r t a s u n i o n e s c a r n a l e s q u e b u s c a n l a o b s c u r i d a d p a r a esca-
honesto va del b r a z o , a u n q u e p o r p e n a , con lo v e r g o n z o s o ?
p a r a la j u s t i c i a h u m a n a , sino t a m b i é n del u s o d e p r o s t i t u t a s ,
q u e la c i u d a d t e r r e n a , a l d a r su a p r o b a c i ó n , lo h a h e c h o lí-
cito [ 5 0 ] — , a u n en este caso p e r m i t i d o e i m p u n e , la l i b i d o
removeré latibula illius foeditatis. Sed hanc etiam ipsi turpos turpitudinem
h u y e la luz y las m i r a d a s . L o s m i s m o s l u p a n a r e s t i e n e n p o r
vocant: cuius licet sint amatores, ostentatores esse non andent. Quid?
r u b o r n a t u r a l u n a c á m a r a o b s c u r a , y así v e m o s q u e h a sido concubitus coniugalis, qui secundum matrimonialium praescripta Tabula-
m á s fácil a la i m p u r e z a e x i m i r s e de la p r o h i b i c i ó n d e la ley rían procreandorum fit causa liberorum, nonne et ipse quanquam sit li-
citus et honestus, remotum ab arbitris cubile requirit? nonne omnes fá-
cerunt sibi campestria, id est succinctoria genitalium. Nam quídam inter- mulos, atque ipsos etiam paranymphos, et quoscumque ingredi quaelibet
pretes succinctoria posuerunt. Porro atitem campestria latinum quidem necessitudo permiserat, ante mittit foras, quam vel blandiri coniux coniu-
verbum est, sed ex eo dictum, quod iuvenes, qui nudi exercebantur in gi incipiat? Et quoniam, sicut ait quidam, Romani máximas auctor elo-
campo, pudenda operiebant: unde qui ita succincti sunt, campestratos quii, omnia recte facta in luce se collocari volunt, id est appetunt sciri:
vulgus appellat. Quod itaque adversus damnatam culpa inobedientiae hoc recte factum sic appetit sciri, ut tamen erubescat videri. Quis enim
voluntatem libido inobedienter movebat, verecundia pudenter tegebat. Ex nescit, ut filii procreentur, quid ínter se coniuges agant? quandoquidem
hoc omnes gentes, quoniam ab illa stirpe procreatae sunt, usque adeo ut ¡d agatur, tanta celebritate ducuntur uxores: et tamen cum agitur unde
tenent insitum pudenda velare, ut quidam barbari illas corporis partes nec filii nascantur, nec ipsi filii, si qui inde iam nati sunt, testes fieri per-
in balneis nudas habeant, sed cum earum tegumentis lavent. Per opacas mittuntur. Sic enim hoc recte factum ad sui notitiam lucem appetit ani-
quoque Indiae solitudines, cum quidam nudi philosophentur, unde Gym- morum, ut tamen refugiat oculorum. Unde hoc, nisi quia sic geritur quod
nosophistae nominantur, adhibent tamen genitalibus tegmina, quibus per ik'ceat ex natura, ut etiam quod pudeat comitetur ex poena?
caetera membrorum carent.

CAPUT XVIII
DE PUDORE CONCÚBITOS, NON SOLUM VULGARI, SED ETIAM CONIUGALI

Opus vero ipsum quod libídine tali peragitur, non solum in quibusque
stupris, ubi latebrae ad subterfugienda humana iudicia requiruntur; ve-
rum etiam in usu scortorum, quam terrena civitas licitara turpitudinem
fecit, quamvis id agatur, quod eius civitatis nulla lex vindicat, devitat
tamen publicum etiam permissa atque impunita libido conspectum; et
verecundia naturali habent provisum lupanaria ipsa secretum, faciliusque
potuit impudicitia non habere vincula prohibitionis, quam impudentia
I
968 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 19 XIV, 20 4 EL PECADO Y LAS PASIONES 969

movimientos de la libido, que se manifiestan en los órganos de


CAPITULO XIX la generación? Sencillamente, que la voluntad tiene señorío
absoluto sobre el uso de los demás miembros del cuerpo y,
cuando consiente en ellos, los mueve ella, no sus afectos. Así,
LA SABIDURÍA COMO FHENO Y DIQUE DE LA IRA Y DE LA LIBIDO
quien, airado, injuria a otro de palabra o le golpea, no pu-
He aquí el motivo que indujo a los filósofos más rayanos diera hacerlo si la lengua y las manos no se movieran bajo el
a la verdad a admitir que la ira y la libido son partes viciosas impulso de la voluntad. La voluntad lleva el gobernalle de es-
del ánimo, porque se lanzan en torbellino y en desorden aun tos miembros, aunque no exista la ira. En cambio, la libido
a las cosas que no prohibe la sabiduría. Por eso, según ellos, sometió de tal manera las partes genitales del cuerpo a su apa-
es necesario el moderamen de la razón y de la mente. La razón rente dominio, que no pueden moverse sin ella y sin su pre-
sencia espontánea o provocada. He aquí el objeto de la ver-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tiene su sede—es doctrina de ellos—en la parte superior del
alma, en una especie de atalaya, desde donde gobierna con el güenza; he aquí lo que esquivan con rubor los ojos de los que
fin de que, mandando ella y sirviendo éstas, se actúe en el hom- miran. El hombre tolera más fácilmente una multitud de es-
bre una justicia perfecta. Estas partes tan viciosas, según ellos, pectadores, cuando se irrita injustamente contra otro, que la
aun en el hombre sabio y moderado, que la mente con su freno mirada de uno solo cuando se ayunta justamente con la mujer.
y espuela ha de refrenarlas y de revocarlas de las cosas injus-
tamente logradas y permitirles las concedidas por la ley de la
sabiduría; estas partes, digo, en el paraíso, antes del pecado, CAPITULO XX
no eran viciosas. Allí sus movimientos no iban contra el recto
querer, y por eso no había necesidad de tenerlas a raya, como LA TORPEZA DE LOS CÍNICOS
gobernadas por los frenos de la razón. El que ahora sus movi-
mientos sean así y sus mudanzas sean en unas más fáciles y Esto pasó inadvertido a los filósofos caninos, o sea, a los
en otras más difíciles, mudanzas que intentan obrar la espuela cínicos, y lanzaron contra el rubor humano una opinión inmun-
y el freno de quienes viven sobria, justa y piadosamente, no es da y. desvergonzada, digna de su nombre. Decían que, siendo
sanidad natural, sino enfermedad culpable. legítima la unión carnal de los esposos, no debe causar ver-
¿Cuál es la causa de que los movimientos de ira y de otras güenza tenerla en público ni debe evitarse el realizar ese acto
afecciones no los cubra el manto del rubor, como hace con los en cualquier calle o plaza. No obstante, el pudor natural ha

sanitas ex natura, sed languor ex culpa. Quod autem irae opera aliarum-
CAPUT XIX que affectionum in quibusque dictis atque factis non sic abscondit vere-
cundia, ut opera libidinis quae fiunt genitalibus membris, quid causae est,
Q ü O D FARTES IRAE ATQUE LIBIDINIS TAM V1TIOSE MOVENTUR, ÜT EAS NECESSE nisi quia in caeteris membra corporis non ipsae affectiones, sed, cum eis
SIT FRENIS SAPIENTIAE COHIBERI, QUAE IN ILLA ANTE PEO.CATUM NATURAE consenserit, voluntas movet, quae in usu eorum omnino dominatur? Nam
SAN1TATE NON FÜERUNT
quisquís verbum emittit iratus, vel etiam quemquam percutit, non posset
hoc faceré, nisi lingua et manus iubente quodammodo volúntate move-
Hinc est quod et illi philosophi, qui veritati propius accesserunt, iram rentur: quae membra, etiam cum ira nulla est, moventur eadem volúntate.
atque libidinem viliosas animi partes esse confessi sunt. eo quod turbide At vero genitales corporis partes ita libido suo iuri quodammodo manci-
atque inordinate moverentur, ad ea etiam quae sapientia perpetrari non pavit, ut moveri non valeant, si ipsa defuerit, et nisi ipsa vel ultro vel
vetat; ac per hoc opus Viabere moderatrice mente atque ratione. Quam excitata surrexerit. Hoc est quod pudet, hoc est quod intuentium oculos
partem animi tertiam, velut in arce quadam ad istas regendas perhibent erubescendo devitat: magisque fert homo spectantium multitudinem, quan-
collocatam; ut illa imperante, istis servientibus, possit in homine iustitia do iniuste irascitur homini, quam vel unius aspectum et quando iuste mis-
ex omni animi parte servari. Hae igitur partes, quas et in homine sapien- cetur uxori.
te ac temperante fatentur esse vitiosas, ut eas ab his rebus ad quas iniuste
moventur, mens compescendo et cohibendo reirenet ac revocet, atque ad ea CAPUT XX
permittat, quae sapientiae lege concessa sunt; sicut iram ad exercendam
iustam coercitionem, sicut libidinem ad propagandae prolis officium: hae, DE VANISSIMA TURPITUDINE CYNICORUM
inquam, partes in paradiso ante peccatum vitiosae non erant. Non enim
contra rectam voluntatem ad aliquid movebantur, unde necesse esset eas Hoc illi canini philosophi, hoc est Cynici, non viderunt, preferentes
rationis tanquam frenis regentibus abstinere. Nam quod nunc ita moven- contra humanam verecundiam, quid aliud quam caninam, hoc est im-
tur. et ab eis qui temperanter et iuste et pie vivunt, alias facilius, alias mundam impudentemque sententiam? ut scilicet quoniam iustum est quod
difficilius, tamen cohibendo et refrenando modificantur, non est utique fit in uxore, palam non pudeat id agere; nec in vico aut platea qualibet
coniugalem concubitum devitare. Vicit tamen pudor naturalis opinionem
970 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 20 XIV, 2 1 EL PECADO Y LAS PASIONES 971

p r e v a l e c i d o esta vez s o b r e el e r r o r . A u n q u e c u e n t a n q u e D i ó -
genes p u s o e n p r á c t i c a a l g u n a vez su sistema, p e n s a n d o q u e C A P I T U L O XXI
así h a r í a m á s c é l e b r e su escuela, g r a b a n d o e n l a m e m o r i a
de l o s m o r t a l e s l a m á s r u i d o s a d e s v e r g ü e n z a , c o n t o d o , d e s p u é s
los cínicos n o i m i t a r o n su e j e m p l o . F u é m á s p o d e r o s o en e l l o s BENDICIÓN, PREVARICACIÓN Y LIBIDO. S U S RELACIONES
el p u d o r , q u e les i n d u c í a a g u a r d a r r e s p e t o s h u m a n o s , q u e el
e r r o r , q u e les i n s p i r a b a h a c e r s e s e m e j a n t e s a l o s p e r r o s . Y m e L e j o s d e n o s o t r o s p e n s a r q u e l o s d o s p r i m e r o s e s p o s o s , en
p e r m i t o o p i n a r q u e a q u e l o a q u e l l o s q u e refieren h a b e r consu- el p a r a í s o , c u m p l i r í a n c o n esta l i b i d o , d e l a q u e se avergonza-
m a d o el a c t o en p ú b l i c o , r e p r e s e n t a r o n esta escena c a r n a l a n t e r o n , c u b r i e n d o en s e g u i d a su d e s n u d e z , a q u e l l a b e n d i c i ó n de
h o m b r e s q u e d e s c o n o c í a n l o q u e se o c u l t a b a b a j o el p a l i o , p u e s D i o s : Creced y multiplicaos y llenad la tierra. L a l i b i d o sur-
tal vez n o les f u e r a p o s i b l e s e n t i r t a l v o l u p t u o s i d a d b a j o l a im- gió d e s p u é s d e l p e c a d o , y d e s p u é s d e l p e c a d o , n u e s t r a n a t u r a -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p r e s i ó n d e m i r a d a s h u m a n a s . N o se a v e r g o n z a b a n l o s filósofos leza, r u b o r o s a , p r i v a d a d e l s e ñ o r í o q u e tenía s o b r e el c u e r p o ,
de m o s t r a r su i n t e n c i ó n l u j u r i o s a d o n d e l a m i s m a l i b i d o se sintió ese d e s o r d e n , l o a d v i r t i ó , se a v e r g o n z ó d e él y l o c u b r i ó .
a v e r g o n z a b a de s u r g i r . Sin e m b a r g o , la b e n d i c i ó n d a d a a l m a t r i m o n i o p a r a q u e cre-
ciesen, se m u l t i p l i c a s e n y l l e n a r a n l a t i e r r a , a u n q u e es v e r d a d
Y v e m o s q u e a ú n h o y existen filósofos cínicos. S o n l o s h o m - q u e subsistió en l o s d e l i n c u e n t e s , c o n t o d o , se d i o a n t e s de de-
b r e s q u e v a n c u b i e r t o s c o n p a l i o y l l e v a n clava [ 5 2 ] , p e r o nin- l i n q u i r , d á n d o n o s a e n t e n d e r c o n e l l o q u e la p r o c r e a c i ó n de l o s
g u n o d e e l l o s se a t r e v e a esos d e s m a n e s . Si a l g u n o s se atrevie- h i j o s es g l o r i a del m a t r i m o n i o , n o p e n a d e l p e c a d o . M a s , en l a
r a n a h a c e r l o , a p u e s t o q u e les f a l t a r í a n p e d r a d a s , p e r o n o sali- a c t u a l e c o n o m í a , los h o m b r e s , d e s c o n o c e d o r e s d e l a felicidad
vazos. N o h a y d u d a q u e la n a t u r a l e z a h u m a n a se a v e r g ü e n z a de del p a r a í s o , p i e n s a n q u e fué i m p o s i b l e e n g e n d r a r h i j o s sin
esta l i b i d o , y c o n r a z ó n . P o r q u e en su d e s o b e d i e n c i a , q u e dejó e x p e r i m e n t a r esta l i b i d o , d e la q u e se a v e r g ü e n z a h a s t a l a h o -
s o m e t i d o s l o s ó r g a n o s s e x u a l e s a sus p r o p i o s m o v i m i e n t o s y l o s nestidad del m a t r i m o n i o . Y, p a r a opinar así, unos rechazan
d e s l i g ó d e l a v o l u n t a d , se m u e s t r a b i e n a l a s c l a r a s l a p a g a con i n s o l e n t e d e s d é n l a s d i v i n a s E s c r i t u r a s , y s o b r e t o d o el
q u e recibió el h o m b r e d e su p r o p i a d e s o b e d i e n c i a . Y fué con- p a s a j e en q u e se lee q u e , d e s p u é s del p e c a d o , se a v e r g o n z a r o n
v e n i e n t e q u e su h u e l l a a p a r e c i e r a s o b r e t o d o en l o s m i e m b r o s de su d e s n u d e z y c u b r i e r o n sus v e r g ü e n z a s [ 5 3 ] ; y o t r o s , a d m i -
q u e sirven a l a g e n e r a c i ó n d e l a n a t u r a l e z a , e m p e o r a d a p o r e l tiéndolas y apreciándolas con grandes honores, no quieren que
p r i m e r e n o r m e p e c a d o . Y n a d i e se ve l i b r e de esa cruz si l a se e n t i e n d a este p a s a j e : Creced y multiplicaos, s e g ú n l a fecun-
g r a c i a de D i o s n o e x p í a e n c a d a u n o el p e c a d o c o m e t i d o e n d i d a d c a r n a l [ 5 4 ] . Y se f u n d a n e n q u e t a m b i é n d e l a l m a se
común, cuando todos éramos u n o , y vengado p o r la justicia
divina.

huius erroris. Nam' etsi perhibent hoc aliquando gloriabundum fecisse CAPUT XXI
Diogenem, ita putantem sectam suam nobiliorem futuram, si in hominum
memoria insignior eius impudentia figeretur: postea tamen a Cynicis fieri D E BENEDICTIONE MULTIPLICANDAE FECUNDITATIS HUMANAE ANTE PECCATUM,
cessatum est; plusque valuit pudor, ut erubescerent liomines hominibus, QUAM PRAEVARICATIO NON ADIMERET, ET CUI LIBIDINIS MORBUS ACCESSERIT
quam error, ut homines canibus esse similes affeetarent. Unde et illum
vel illos, qui hoc fecisse referuntur, potius arbitror concumbentium motus Absit itaque, ut credamus illos coniuges in paradiso constitutos per
dedisse oculis hominum nescientium quid sub pallio gereretur, quam hu- hanc libidinem, de qua erubescendo eadem membra texerunt, impleturos
mano premente conspectu potuisse illam peragi voluptatem. Ibi enim phi- fuisse quod in sua benedictione Deus dixit, Crescite, et multiplicamini, et
losophi non erubescebant videri se velle concumbere, ubi libido ipsa eru- implete terram117. Post peccatum quippe orta est haec libido; post pec-
besceret. surgere. Et nunc videmus adhuc esse philosophos Cynicos; hi catum eam natura non impudens, amissa potestate cui corpus ex omni
enim sunt, qui non solum amiciuntur pallio, verum etiam clavam ferunt: parte serviebat, sensit, attendit, erubuit, operuit. Illa vero benedictio nup-
nemo tamen eorum audet hoc faceré; quod si aliqui ausi essent, ut non tiarum, ut coniugati crescerent, et multiplicarentur, et implerent terram,
dicam ictibus lapidantium, certe conspuentium salivis obruerentur. Pudet quamvis et in delinquentibus manserit; tamen antequam delinquerent,
igitur huius libidinis humanara sine ulla dubitatione naturam, et mérito data est, ut cognosceretur procreaíionem filiorum ad gloriara connubii,
pudet. In eius quippe inobedientia, quae genitalia corporis membra solis non ad poenam pertinere peccati. Sed nunc homines, proferto illius quae
suis motibus subdidit, et potestati voluntatis eripuit, satis ostenditur quid in paradiso fuit felicitatis ignari, nisi per hoc quod experti sunt, id est
sit hominis illi primae inobedientiae retributum: quod in ea máxime parte per libidinem, de qua videmus ipsam etiam honestatem erubescere nuptia-
oportuit apparere, qua generatur ipsa natura, quae illo primo et magno rum, non potuisse gigni filios opinan tur: alii Scripturas divinas, ubi le-
in deterius est mutata peccato: a cuius nexu nullus eruitur, nisi id quod, gitur post peccatum puduisse nuditatis, et pudenda esse contecta, prorsus
cum omnes in uno essent, in communem perniciem perpetratum est, et non accipientes, sed infideliter irridentes; alii vero quamvis eas accipiant
Dei iustitia vindicatum, Dei gratia in singulis expietur. 117
Gen, r,2&
XIV., 22 XttV, 2 2 EL PECADO Y LAS PASTONES 973
972 LA CIUDAD DE DIOS
i n c o n g r u e n t e , con t o d o , l a s p a l a b r a s macho y hembra n o p u e -
dice a l g o s e m e j a n t e en u n s a l m o : Multiplicarás en mi alma tu
den e n t e n d e r s e c o m o a l g o existente en u n solo sujeto, pretex-
virtud. S e g ú n esto, en el c o n t e x t o del G é n e s i s : Y llenad la tie-
t a n d o q u e en él u n a cosa es la q u e g o b i e r n a y o Ira la gober-
rra y dominadla, e n t i e n d e n p o r t i e r r a la c a r n e , q u e l l e n a el
n a d a . C o m o a p a r e c e c l a r í s i m a m e n t e en los c u e r p o s de seres de
a l m a con su p r e s e n c i a , y s o b r e la q u e d o m i n a c u a n d o su v i r t u d
d i v e r s o sexo, el h o m b r e y la m u j e r f u e r o n c r e a d o s con el fin
se m u l t i p l i c a . Sin e m b a r g o , afirman q u e los fetos c a r n a l e s n o
de q u e , p o r la g e n e r a c i ó n de la p r o l e , c r e c i e r a n , se m u l t i p l i c a -
p u e d e n n a c e r , n i e n t o n c e s ni a h o r a , sin esa l i b i d o , q u e se ori-
r a n y l l e n a r a n la t i e r r a . S e r r e f r a c t a r i o a esto, sería u n a b s u r -
g i n ó , fué a d v e r t i d a , c o n f u n d i ó y fué c u b i e r t a d e s p u é s del pe-
do n o t a b l e . N o p u e d e n t a m p o c o e n t e n d e r s e del e s p í r i t u , q u e
c a d o . Y a ñ a d e n q u e n o e n g e n d r a r o n en el p a r a í s o , sino fuera.
m a n d a , y de la c a r n e , q u e o b e d e c e ; ni del á n i m o r a c i o n a l , q u e
Y así fué en r e a l i d a d , p u e s t o q u e c o h a b i t a r o n y e n g e n d r a r o n
r i g e , y de la c u p i d i d a d i r r a c i o n a l , q u e es r e g i d a ; n i de l a vir-
sus h i j o s d e s p u é s de ser a r r o j a d o s de é l .
t u d c o n t e m p l a t i v a , q u e i m p e r a , y de la activa, q u e s i r v e ; n i

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


del e n t e n d i m i e n t o m e n t a l y del s e n t i d o c o r p o r a l . D e b e n , sí,
e n t e n d e r s e del lazo c o n y u g a l , q u e u n e e n t r e sí los dos sexos.
C A P IT U L O XXII A este p r o p ó s i t o , p r e g u n t a d o el S e ñ o r si e s t a b a p e r m i t i d o r e p u -
d i a r p o r c u a l q u i e r c a u s a la m u j e r , p u e s q u e Moisés h a b í a per-
I N S T I T U C I Ó N Y B E N D I C I Ó N D I V I N A S DE LA U N I Ó N CONYUGAL m i t i d o d a r l i b e l o de r e p u d i o p o r la d u r e z a de c o r a z ó n de los
j u d í o s , r e s p o n d i ó : ¿No habéis leído que aquel que al princi-
N o n o s c a b e l a m e n o r d u d a q u e el crecer, m u l t i p l i c a r s e y pio los creó los hizo macho y hembra y dijo: Por eso dejará
l l e n a r la t i e r r a , s e g ú n la b e n d i c i ó n de D i o s , es u n d o n del ma- el hombre a su padre y a su madre y se unirá a su esposa, y se-
t r i m o n i o , i n s t i t u i d o p o r D i o s desde el p r i n c i p i o a n t e s del pe- rán dos en una sola carne? Así que ya no son dos, sino una
c a d o , al c r e a r u n h o m b r e y u n a m u j e r . E l sexo, e v i d e n t e m e n t e , sola carne. Lo que Dios ha unido no lo desuna, pues, el hom-
s u p o n e a l g o c a r n a l . Y a esta o b r a de D i o s siguió i n m e d i a t a - bre. Es, p o r c o n s i g u i e n t e , cierto que los dos sexos f u e r o n crea-
m e n t e su b e n d i c i ó n . E n h a b i e n d o d i c h o l a E s c r i t u r a : Los hizo dos d e s d e el p r i n c i p i o en d i v e r s a s p e r s o n a s , c o m o a h o r a lo ve-
varón y mujer, a ñ a d i ó l u e g o : Y los bendijo Dios, diciendo: m o s y p a l p a m o s , y q u e se les l l a m a una sola cosa, o p o r su
Creced y multiplicaos y llenad la tierra y dominadla, etc. A u n - u n i ó n o p o r el orinen de la m u j e r , f o r m a d a del c o s t a d o del va-
q u e a t o d o esto p u e d a d a r s e u n a i n t e r p r e t a c i ó n e s p i r i t u a l n o r ó n . El m i s m o A p ó s t o l , f u n d a d o en este p r i m e r e i e m p l o q u e
p r e c e d i ó en la c r e a c i ó n divina, e x h o r t a a los m a r i d o s en con-
et honorent, illud tamen quod dictum est, Crascite, et multiplicamini, non creto a n u e ameri a sus psnnsns.
secundum carnalem fecunditatem volunt intelligi; quia et secundum ani-
raam legitur tale aliquid dictum, Multiplicabis me in anima mea virtute tellectum spiritualem referri, masculum tamen et feminam, non sicut si-
lúa11": ut id quod in Genesi sequilar, El implete terram, et dominamini mile aliquid etiam in homine uno intelligi potest, quia videlicet in eo
eius, terram intelligant carneni, quam pracsentia sua implet anima, eius- aliud est quod regit, aliud quod regitur: sed sicut evidentissime apparet
que máxime dominatur, cum in virtute multiplicatur. Carnales autem in diversi sexus corporibus, masculum et feminam ita creatos, ut prolem
fetus sine libídine, quac post peccatum exorta, inspecta, confusa, velata generando crescerent, et multiplicarentur, et implerent terram, magnae
est, nec tune nasci potuisse, sicut ñeque nunc possunt; nec in paradiso absurditatis est reluctari. Ñeque enim de spiritu qui imperat, et carne
futuros fuisse, sed foris, sicut et factum est. Nam posteaquam inde dimissi quae obtemperat; aut de animo rationali qui regit, et irrationali cupidi-
sunt, ad gignendos filios coierunt, eosque genuerunt. tate quae regitur; aut de virtute contemplativa quae excellit, et de activa
quae subditur; aut de intellectu mentís, et sensu corporis: sed aperte de
vinculo coniugali, quo invicem sibi uterque sexus obstringitur. Dominus
CAPUT XXII interrogatus utrum liceret quacumque ex causa dimittere uxorem, quoniam
propter duritiam cordis Israelitarum Moyses dari libellum repudii permi-
D E COPULA COMUGALI A DEO PHIMITUS INSTITUTA, ATQUE BENEDICTA sit, respondit atque ait: Non leeistis quia qui fecit ab initio, masculum
et feminam fecit eos, et dixit: Propter hoc dimittet homo patrem et ma-
Nos autem nullo modo dubitamus secundum benedictionem Dei cresce- trem, et adhaerebit uxori suae. et erunt dúo in carne una? Itaque iam
re et multiplican et implere terram, donum esse nuptiarum, quas Deus non sunt dúo, sed una caro. Quod ergo Deus coniunxit, homo non se-
ante peccatum hominis ab initio constituit, creando masculum et femi- paret120. Certum est igitur, masculum et feminam ita primitus institu-
nam: qui sexus evidens utique in carne est. Huic quippe operi Dei etiam tos, «t nunc homines dúos diversi sexus videmus et novimus: unum au-
benedictio ipsa subiuncta est. Nam cum Scriptura dixisset, Masculum et tem dici, vel propter coniunctionem, vel propter originem feminae, quae
feminam fecit eos; continuo subdidit, Et benedixit eos Deus, dicens: de masculi latere creata est. Nam et Apostolus per hoc primum quod Deo
Crescite, et multiplicamini, et implete terram, et dominamini eius l l a , et instituente proecessit exemplum, singulos quosque admonet, ut viri uxores
caetera. Quae omnia quanquam non inconvenienter possint etiam ad in- suas diligant I 2 \
118 120
Ps. 137, 4- Mf. ig, 4-6. « i Eph. 5,25 et Col. 3,19.
"» Gen. i, 27. 28. .....•;:•_•*•:
XXV, 2 3 , 2 El PECADO Y Z,AS PASIONES , 975
974 LA CIUDAD DE DIOS KEVV23, 2
movemos las manos y los pies, cuando queremos, a sus actos
propios sin renitencia alguna y con una facilidad asombrosa,
CAPITULO XXIII 7 como observamos en nosotros y en los demás, sobre todo en los
artífices, en los que una habilidad más suelta viene a elevar el
¿ S E DARÍA LIBIDO EN EL PARAÍSO EN EL ACTO DE LA GENERACIÓN? tono de la naturaleza, floja y lenta, ¿por qué no creemos que
los órganos de la generación, en el acto de la misma, pudie-
1. En el fondo, los que dicen que, de no haber pecado, no ran obedecer dócilmente a la voluntad humana, corrió los de-
hubieran ni cohabitado ni engendrado, afirman que el pecado más, de no existir la libido, justo castigo de la desobediencia?
del hombre fué necesario para completar el catálogo de los Cicerón mismo, al hablar en su obra Sobre la República de las
santos. Y se fundan en que, si, no pecando, sólo existirían ellos, diferentes clases de gobierno, toma pie de este dato de la na-
ya que, por supuesto, si no hubieran pecado, no habrían podi- turaleza humana y dice que a los miembros del cuerpo se les
do engendrar, es indudable que fué necesario el pecado para manda como a hijos, porque están prontos a obedecer, y que

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


que no existieran sólo dos hombres justos, sino muchos. Como las partes viciosas del alma son como esclavos, que es preciso
creer esto es un absurdo, debe creerse más bien que los santos poner en regla con un mandato más duro.
suficientes para cubrir las plazas de la Ciudad bienaventurada Es verdad que el orden natural antepone el espíritu al cuer-
se reducirían, aunque no hubiera pecado nadie, a los que aho- po, y, sin embargo, el espíritu domina con más facilidad al
ra va reclutando la gracia de Dios entre la multitud de los pe- cuerpo que a sí mismo. Mas esta libido de que tratamos es tan-
cadores, mientras los hijos de este siglo engendran y son en- to más vergonzosa cuanto que el ánimo ni tiene un poder ab-
gendrados. soluto sobre sí mismo, para que no le agrade, ni sobre el cuer-
2. Por consiguiente, sin el pecado, estos matrimonios dig- po, para que sea la voluntad la que mueva esos miembros ver-
nos de la felicidad del paraíso serían fecundos en amables fru- gonzosos y no la libido. Si así fuera, no serían vergonzosos. El
tos y estarían exentos de toda libido vergonzosa [S5]. ¿Cómo rubor radica ahora en que el cuerpo ofrece resistencia al áni-
sería esto posible? A la verdad que actualmente no hay ejem- mo, debiendo estarle sujeto por ser naturaleza inferior. En
plo capaz de ilustrarlo. Sin embargo, no por eso debe parecer otras afecciones, cuando se enfrenta el ánimo consigo mismo,
increíble que aquel miembro pudiera obedecer sin libido a la es él mismo el vencedor, aunque desordenado y vicioso, puesto
voluntad, núes son tantos los que ahora le están sometidos. Si que es vencido por estas partes que deben estar sometidas a
la razón; pero a la postre son partes suyas, y por eso, como
queda dicho, es vencido ñor sí mismo. El ánimo que se vence
CAPUT XXIII ordenadamente, haciendo que sus movimientos irracionales obe-
AN ETIAM IN PARADISO GENERANDUM FÜISSET, SI NEMO PECCASSET; VEL
dezcan a la mente, a la razón (si, además, ésta se somete a su
UTRUM CONTRA ACTUM LIBIDINIS PUCNATURA ILLIC FÜISSET TRADITIO
CASTITATIS mus, máxime in artificibus quorumque operum corporalium, ubi ad exer-
cendam infirmiorem tardioremque naturam agilior accessit industria; et
1. Quisquís autem dicit non fuisse coituros, nec generaturos, nisi non credimus ad opus generationis filiorum, si libido non füisset, quae
peccassent, quid dicit, nisi propter numerositatem sanctorum necessarium peccato inobedientiae retribuía est, obedienter hominibus ad voluntatis
hominis fuisse peccatum? Si enim non peccando soli" remanerent, quia, nutum similiter ut caetera potuisse illa membra serviré? Nonne Cicero in
sicut putant, nisi peccassent, generare non possent; proferto ut non soli libris de República, cum de imperiorum differentia disputaret, et huius
dúo iusti nomines possent esse, sed multi, necessarium peccatum fuit. rei similitudinem ex natura hominis assumeret, ut filiis dixit imperari
Quod si credere absurdum est, illud potius est credendum, quod sancto- corporis membris propter obediendi facilitatem; vitiosas vero animi partes
rum numerus quantus complendae illi sufficit beatissimae civitati, tantus ut servos asperiore imperio coerceri? Et utique ordine naturali animus
existeret, etsi nemo peccasset, quantus nunc per Dei gratiam de multitu- anteponitur corpori, et tamen ipse animus imperat corpori facilius quam
dine colligitur peccatorum, quousque filii huius saeculi generant et ge- sibi. Verumtamen haec libido, de qua nunc disserimus, eo magis erubes-
neran tur 122. cenda existit, quod animus in ea nec sibi efficaciter imperat, ut omnino
2. Et ideo illae nuptiae dignae felicítate paradisi, si peccatum non non libeat; nec omnímodo corpori, ut pudenda membra voluntas potius
füisset, et diligendam prolem gignerent, et pudendam libidinem non ha- quam libido commoveat: quod si ita esset, pudenda non essent. Nunc
berent. Sed quomodo id fieri posset, nunc non est quo demonstretur exem- vero pudet animum resistí sibi a corpore, quod ei natura inferiore sub-
plo. Nec ideo tamen incredibile debet videri, etiam illud unum sine ista ¡ectum est. In alus quippe affectionibus cum sibi resistit, ideo mimis
libídine voluntan potuisse serviré, cui tot membra nunc serviunt. An veio pudet, quia cum a se ipso vincitur, ipse se vincit; etsi inordinate atque
manus et pedes movemus, cum volumus, ad ea quae his membris agenda vitiose, quia ex his partibus, quae rationi subiici debent; tamen a partibus
sunt, sine ullo renisu, tanta facilítate, quanta et in nobis et in alus vide- suis, ac per hoc, ut dictum est, a se ipso vincitur. Nam cum ordinate se
122
animus vincit, ut irrationales motus eius menti rationique subdantur (si
I . c . 20,34.
i

976 LA CIUDAD DE DIOS XlV, 23, 3 XIV, 2 4 , 1 EL PECADO V LAS PASIONES 977

vez a D i o s ) , es d i g n o de l o a y v i r t u o s o . Y es m e n o s el r u b o r g u m e n t a n d o sin f u n d a m e n t o , s i n o con e x p e r i e n c i a v i v i d a [ 5 6 ] .


c u a n d o el á n i m o n o se o b e d e c e a sí m i s m o en sus p a r t e s vicio- Lee t a m b i é n esto sin ofenderse el q u e n o se e s c a n d a l i z a de l a
sas q u e c u a n d o el c u e r p o , d i s t i n t o e i n f e r i o r a él y que sin él r e p r e s i ó n q u e h a c e el A p ó s t o l a los h o r r e n d o s p e c a d o s de las
n o vive, n o se r i n d e a su q u e r e r y m a n d a t o s . m u j e r e s q u e mudaron el uso natural en el uso que es contra
3 . P e r o , c u a n d o la v o l u n t a d i m p e r i o s a t i e n e a r a y a los la naturaleza. Y me d i s p e n s a r á n , s o b r e t o d o , si t i e n e n en cuen-
m i e m b r o s , sin los c u a l e s n o p u e d e n s a c i a r su a p e t i t o los exci- ta q u e n o h a b l o y c e n s u r o a h o r a , c o m o el A p ó s t o l , la obsceni-
t a d o s p o r la l i b i d o c o n t r a la v o l u n t a d , se c o n s e r v a la c a s t i d a d , d a d c o n d e n a b l e , sino q u e p a r a e x p l i c a r , s e g ú n m i s p o s i b i l i d a -
n o p e r d i d a , sino s u s p e n d i d a p o r el deleite p e c a m i n o s o . Esta des, los efectos de la g e n e r a c i ó n h u m a n a , e s q u i v o , a e j e m p l o
r e n i t e n c i a , esta r e p u g n a n c i a , este c o m b a t e l i b r a d o e n t r e l a vo- suyo, l a s p a l a b r a s o b s c e n a s .
l u n t a d y la l i b i d o , p o r suficiencia de v o l u n t a d e i n d i g e n c i a de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


l i b i d o , n o lo s u f r i e r a en el p a r a í s o el m a t r i m o n i o si la desobe-
d i e n c i a c u l p a b l e n o h u b i e r a sido c a s t i g a d a con l a desobedien- C A P I T U L O XXIV
cia p e n a l . A q u e l l o s m i e m b r o s e s t a r í a n s o m e t i d o s a la v o l u n t a d
c o m o t o d o s los d e m á s . Así, el c a m p o de la g e n e r a c i ó n sería L A V O L U N T A D Y L O S Ó R G A N O S DE LA G E N E R A C I Ó N EN E L PARAÍSO
s e m b r a d o p o r los m i e m b r o s c r e a d o s p a r a este fin, c o m o la tie-
r r a r e c i b e la s i m i e n t e de m a n o s del h o m b r e . A l p r e s e n t e , el pu- 1. A l l í el h o m b r e s e m i n a r í a y l a m u j e r r e c i b i r í a el s e m e n
d o r n o m e p e r m i t e e x t e n d e r m e m á s s o b r e esta m a t e r i a , y m e c u a n d o y c u a n t o f u e r e n e c e s a r i o , siendo los ó r g a n o s de la ge-
o b l i g a a p e d i r p e r d ó n y a n o h e r i r los o í d o s c a s t o s ; entonces, n e r a c i ó n m o v i d o s p o r la v o l u n t a d , n o e x c i t a d o s p o r la l i b i d o .
e m p e r o , n o h a b í a m o t i v o p a r a esto. L a s p a l a b r a s s o b r e este • P o r q u e n o m o v e m o s s o l a m e n t e a n u e s t r o a n t o j o los m i e m b r o s
p u n t o se d e s l i z a r í a n libres a n t e los o í d o s del p e n s a d o r , sin pe- a r t i c u l a d o s con h u e s o s , como los pies, las m a n o s y los d e d o s ,
l i g r o de o b s c e n i d a d , p o r q u e n o h a b r í a p a l a b r a s con el m o t e s i n o t a m b i é n m o v e m o s los c o m p u e s t o s de n e r v i o s flaccidos agi-
de o b s c e n a s , s i n o q u e l a s c h a r l a s s o b r e estos m i e m b r o s s e r í a n t á n d o l o s , los a l a r g a m o s e s t i r á n d o l o s , los d o b l a m o s r e t o r c i é n -
t a n h o n e s t a s c o m o h a b l a r de o t r a s p a r t e s del c u e r p o . d o l o s y los e n d e r e z a m o s e n c o g i é n d o l o s a n u e s t r o c a p r i c h o . A s í
Q u i e n se a c e r q u e a estas p á g i n a s con s e n t i m i e n t o s p o c o h a c e m o s con los m i e m b r o s de la b o c a y de la c a r a , q u e los
castos, a c h á q u e l o a su c u l p a , n o a la n a t u r a l e z a ; c o n d e n e m u e v e la v o l u n t a d c o m o le p l a c e . L o s p u l m o n e s , q u e son l a s
el h e c h o de su t o r p e z a , n o m i s o b l i g a d a s p a l a b r a s . Y o sé visceras m á s b l a n d a s , e x c e p t u a d a s las m e d u l a s , y p o r eso res-
q u e , a n t e estas p á g i n a s , el lector u o i d o r casto y p i a d o s o m e dicus et religiosus lector vel auditor ignoscit, doñee infidelitatem refellam,
p e r d o n a con f a c i l i d a d , h a s t a q u e a l l a n e la infidelidad, n o ar- non de fide rerum inexpertarum, sed de sensu expertarum argumentantem.
Legit enim haec sine offensione, qui non exhorret Apostoíum horrenda
tamen et illa Deo subdita est), laudis atque virtutis est. Minus tamen feminarum flagitia reprehendentem, quae immutaverunt naturalem usum
pudet, cum sibi animus ex vitiosis suis partibus non obtempera!, quam in eum usum qui est contra naturam m : praecipue quia nos non damna-
cum ei corpus, quod alterum ab illo est, atque infra illum est, et cuius bilem obscenitatem nunc, sicut ille commemoramus atque reprehendimus.
sine illo natura non vivit, volenti iubentique non cedit. sed in explicandis, quantum possumus, humanae generationis effectibus.
3. Sed cum alia merabra retinentur voltmtatis imperio, sine quibus verba tamen, sicut ille, obscena vitamits.
illa quae contra voluntatem libídine concitantur, id quod appetunt, im-
plere non possunt; pudicitia custoditur, non amíssa, sed non permissa CAPUT XXIV
delectatione peccati. Hunc renisum, hanc repugnantiam, hanc voluntatis QUOD INSONTES HOMINES ET MÉRITO OBEDIENTIAE IN PARADISO PERMANENTES,
et libidinis rixam, vel certe ad voluntatis sufficientiam, libidinis indigen- ITA GENITALIBUS MEMBRIS FUISSENT USURI AD GENERATIONEM PROLIS, SICUT
tiam, procul dubio nisi culpabilis inobedientia poenali inobedientia plecte- CAETERIS AD ARBITRIUM VOLUNTATIS
retur, in paradiso nuptiae non haberent, sed voluntad membra illa, ut
caetera cuneta, servirent. Ita genitale arvum " 3 vas in hoc opus creatum 1. Seminaret igitur prolem vir, susciperet femina genitalibus membris
seminaret, ut nunc terram manus. Et quod modo de hac re nobis volen- quando id opus esset, et quantum opus esset, volúntate motis, non libídine
tibus diligentius disputare, verecundia resistit, et compellit veniam honore concitatis. Ñeque enim ea sola membra movemus ad nutum, quae compac-
praefato a pudicis auribus poseeré, cur id fieret milla causa esset: sed in tis articulata sunt ossibus, sicut pedes et manus et dígitos; verum etiam
omnia quae de huiusmodi membris sensum cogitantis attingerent, sine illa quae mollibus remissa sunt nervis, cum volumus, movemus agitando,
ullo timore obscenitatis líber sermo ferretur: nec ipsa verba essent, quae et porrigendo producimus, et torquendo flectimus, et co'nstringendo dura-
Vocarentur obscena; sed quidquid inde diceretur, tam honestum esset, mus; sicut ea sunt quae in ore ac facie, quantum potest, voluntas movet.
quam de alus cum loquimur corporis partibus. Quisquis ergo ad has Hue- Pulmones denique ípsí omnium, nisi medullarum, mollissimi viscerum, el
ras impudicus accedit, culpara refugiat, non naturam; facta denotet suae ob hoc antro pectoris communiti, ad spiritum ducendum vocemque emit-
turpitudinis, non verba nostrae necessitatis; in quibus mihi facillime pu- tendam seu modificandam, sicut folies fabrorum vel organorum, flantis
I s 12,1
- VlRG., Ccnrg. 1.3 V,T¡6. R o m . 1,26.
\
978 U CIUDAD DE DIOS X I V , 24, 2
\
XrV\ 24, 2 EL PECADO Y LAS PASIONES 979
guardadas por la caja torácica p a r a respirar y aspirar y p a r a
d i e se l e o c u l t a q u e h a y a l g u n o s q u e l l o r a n c u a n d o q u i e r e n
e m i t i r o modificar la voz, sirven, c o m o fuelles de ó r g a n o , a la
y se a n e g a n en u n m a r de l á g r i m a s . P e r o es m u c h o m á s in-
v o l u n t a d del q u e s o p l a , r e s p i r a , h a b l a , g r i t a o c a n t a . Y n o m e
c r e í b l e u n h e c h o s u c e d i d o h a c e p o c o y del q u e f u e r o n testigos
detengo a d e c i r q u e a a l g u n o s a n i m a l e s les es n a t u r a l e i n n a t o
m u c h o s h e r m a n o s n u e s t r o s . E n u n a p a r r o q u i a de la iglesia de
m o v e r , c u a n d o sienten a l g u n a m o l e s t i a s o b r e el c u e r p o , sola-
Calama [58] había un presbítero llamado Restilulo, que,
m e n t e la piel q u e c u b r e el l u g a r e n q u e la sienten, y e s p a n t a n
c u a n d o le p l a c í a (solían p e d i r q u e h i c i e r a esto q u i e n e s desea-
con el t e m b l o r de su p i e l n o sólo l a s m o s c a s q u e se les p o -
b a n ser testigos p r e s e n c i a l e s de la m a r a v i l l a ) , al oír voces q u e
san e n c i m a , sino t a m b i é n los a g u i j o n e s q u e les c l a v a n [ 5 7 ] .
i m i t a b a n el l a m e n t o de u n h o m b r e , se e n a j e n a b a de sus senti-
Y p o r q u e el h o m b r e n o p u e d a h a c e r esto, ¿ h e m o s de d e c i r q u e
d o s y y a c í a t e n d i d o en t i e r r a t a n s e m e j a n t e a u n m u e r t o , q u e
el C r e a d o r n o p u d o d a r esa f a c u l t a d a los vivientes q u e q u i s o ?
n o sólo n o sentía los t o q u e s y los p i n c h a z o s , sino q u e a veces e r a
L u e g o al h o m b r e le fué t a m b i é n p o s i b l e t e n e r sujetos los miem-
q u e m a d o con fuego sin sentir d o l o r , h a s t a m á s t a r d e y p o r efec-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


b r o s inferiores, f a c u l t a d q u e p e r d i ó p o r su d e s o b e d i e n c i a , y a
t o de la h e r i d a . Y p r u e b a d e q u e su c u e r p o n o se m o v í a , n o por-
q u e p a r a D i o s fué fácil c r e a r l o d e m a n e r a q u e los m i e m b r o s
q u e él lo a g u a n t a b a , sino p o r q u e n o sentía, e r a q u e n o d a b a
de su c a r n e , q u e a h o r a ú n i c a m e n t e son m o v i d o s p o r l a l i b i d o ,
señal a l g u n a de r e s p i r a c i ó n , c o m o u n m u e r t o . Sin e m b a r g o ,
los m o v i e r a sólo la v o l u n t a d .
c o n t a b a d e s p u é s q u e , c u a n d o h a b l a b a n m á s a l t o los c o n c u r r e n -
2 . C o n o c i d a s n o s son l a s n a t u r a l e z a s de a l g u n o s h o m b r e s , tes, oía voces como a lo lejos.
d i s t i n t a s de los d e m á s y a d m i r a b l e s p o r lo r a r a s , q u e h a c e n
con su c u e r p o a p l a c e r cosas q u e o t r o s n o p u e d e n h a c e r y q u e , Si, p u e s , en l a p r e s e n t e v i d a , g r á v i d a de p e s a r e s p o r l a car-
o í d a s , a p e n a s l a s creen. H a y q u i e n e s m u e v e n l a s dos o r e j a s a n e c o r r u p t i b l e , h a y p e r s o n a s a l a s q u e o b e d e c e el c u e r p o de
la vez o p o r s e p a r a d o ; y o t r o s q u e , sin m o v e r la cabeza, e c h a n m o d o m a r a v i l l o s o y e x t r a o r d i n a r i o en m u c h a s m o c i o n e s y afec-
s o b r e su frente la c a b e l l e r a y la r e t i r a n c u a n d o les p l a c e . H a y ciones, ¿ p o r q u é n o c r e e m o s q u e , a n t e s de la d e s o b e d i e n c i a
o t r o s q u e , c o m p r i m i e n d o u n p o c o los d i a f r a g m a s , s a c a n c o m o y de la c o r r u p c i ó n , los m i e m b r o s del h o m b r e p u d i e r o n servir
de u n a b o l s a lo q u e q u i e r e n de la infinidad y v a r i e d a d de co- a la v o l u n t a d sin n i n g u n a l i b i d o en lo r e l a t i v o a l a g e n e r a c i ó n ?
sas q u e h a n e n g u l l i d o . O t r o s h a y q u e i m i t a n y e x p r e s a n t a n a E l h o m b r e fué a b a n d o n a d o a sí m i s m o p o r q u e a b a n d o n ó a
l a perfección el c a n t o de las aves y l a s voces de l a s b e s t i a s y D i o s , c o m p l a c i é n d o s e en sí m i s m o , y, n o o b e d e c i e n d o a D i o s ,
de o t r o s h o m b r e s , q u e , si n o se les ve, es i m p o s i b l e d i s t i n g u i r - n o p u d o o b e d e c e r s e a sí m i s m o . Su m á s p a l m a r i a m i s e r i a p r o -
l o s . N o faltan a l g u n o s que, sin fetidez, emiten p o r el f o n d o so- cede de allí, y consiste en n o vivir c o m o q u i e r e . E s cierto q u e ,
n i d o s t a n a r m o n i o s o s , q u e se d i r í a q u e c a n t a n p o r esa b o c a . si v i v i e r a a su c a p r i c h o , se j u z g a r í a f e l i z ; p e r o en r e a l i d a d n o
Y o m i s m o he visto s u d a r a u n h o m b r e c u a n d o q u e r í a , y a na- lo sería si v i v i e r a t o r p e m e n t e .

respirantis, loquentis, clamantís, cantarais, serviunt voluntad. Omitto quod tare videantur. Ipse sum expertus, sudare hominem soleré cum veüet.
animalibus quibusdam naturaliter inditum est, tegmen quo Corpus omne Notum est, quosdam flere cum volunt, atque ubertim lacrymas fundere.
vestitur, si quid in quocumque loco eius senserint abigendum, ibi tantum lam illud multo est incredibilius quod plerique fratres memoria recentis-
moveant, ubi sentiunt; nec solum insidentes muscas, verum etiam haeren- sima experti sunt. Presbyter fuit quídam nomine Restitutus in.paroecia
tes hastas cutis tremore discutiant. Numquid quía id non potest homo, ideo Calamensis Ecclesiae, qui quando ei placebat (rogabatur autem ut hoc
Creator quibus voluit animantibus donare non potuit? Sic ergo et ipse faceret ab eis qui rem mirabilem coram scire cupiebant), ad imitatas
homo potuit obedientiam etiam inferiorum habere membrorum, quam sua quasi lamentantis cuiuslibet hominis voces, ita se auferebat a sensibus,
inobedientia perdidit. Ñeque enim Deo difficile fuit sic illum condere, ut et iacebat simillimus mortuo, ut non solum vellicantes atque pungentes
in eius carne etiam illud nonnisi eius volúntate moveretur, quod nunc nisi minime sentiret, sed aliquando etiam igne ureretur admoto, sine ullo do-
libídine non movetur. loris sensu, nisi postmodum ex vulnere: non autem obnitendo, sed non
2. Nam et hominum quorumdam naturas novimus multum caeteris sentiendo non moveré Corpus, eo probabatur, quod tanquam in defuncto
dispares, et ipsa raritate mirabiles, nonnulla ut volunt de corpore facien- nullus inveniebatur anhelitus: hominum tamen voces, si elarius loqueren-
tium, quae alii nullo modo possunt, et audita vix credunt. Sunt enim qui tur, tanquam de ¡onginquo se audire postea referebat. Cum itaque corpus
et aures moveant vel singulas, vel ambas simul. Sunt qui totam caesariem etiam nunc quibusdam, licet in carne corruptibili hanc aerumnosam du-
capite immoto, quantum capilli occupant, deponunt ad frontem, revo- centibus vitam, ita in plerisque motionibus et affectionibus extra usitatum
cantque cum volunt. Sunt qui eorum quae voraverint incredibiliter plu- naturae modum mirabiliter serviat; quid causae est, ut non credamus ante
ríma et varia paululum praecordiis contrectatis tanquam de sacculo quod inobedientiae peceatum corruptionisque supplicium, ad propagandam pro-
placuerit integerrimum proferunt. Quídam voces avium pecorumque et lem sine ulla libídine serviré voluntatí humanae humana membra potuisse?
aliorum quorumlibet hominum sic imitantur atque exprimunt, ut nisi Donatus est itaque homo sibi, quia deseruit Deum placendo sibi: et non
videantur, discerní omnino non possint. Nonnulli ab imo sine paedore obediens Deo, non potuit obedire nec sibi. Hinc evidentior miseria, qua
ullo ita numerosos pro arbitrio sonitus edunt, ut ex illa etiam parte can- homo non vivit ut vult. Nam si ut vellet viveret, beatum se putaret: sed
nec sic tamen esset, si turpiter viveret.
980 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 25
XIV, 26 EL PECADO Y LAS PASIONBS 981

q u e t o d a s l a s d e m á s cosas, p u e s t o q u e c u a n t o se a m a , d e b e
CAPITULO XXV a m a r s e p o r e l l a . P o r e n d e , si se l a a m a c u a n t o m e r e c e (y n o
es d i c h o s o q u i e n n o a m a l a v i d a feliz c u a n t o m e r e c e ) , es i m p o -
E N LA VIDA PRESENTE NO SE LOGRA LA FELICIDAD VERDADERA sible q u e el q u e l a a m a n o desee q u e sea e t e r n a . L u e g o s e r á
La verdad es que, si nos fijamos un poco, vemos que no feliz c u a n d o sea e t e r n a .
vive como quiere sino el que es feliz [ 5 9 ] , y que sólo el justo-
es feliz. Pero, a su vez, el justo no vive como quiere si no arri-
ba a un estado en que no pueda morir ni ser engañado ni ofen- C A P I T U L O XXVI
dido, y esto con la certeza de que será así siempre. Tal es el
estado que desea la naturaleza, que no será plena y perfecta- ¿QUÉ DEBE CREERSE, BASADOS EN LA F E L I C I D A D , SOBRE LA

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mente feliz si no logra colmar sus deseos. Ahora bien, ¿qué G E N E R A C I Ó N EN E L P A R A Í S O ?
hombre puede vivir como quiere, si el mismo vivir no está
en su m a n o ? Quiere vivir y se ve constreñido a morir. ¿Cómo, S e g ú n e s t o , el h o m b r e e n el p a r a í s o v i v í a c o m o q u e r í a ,
pues, vivirá como quiere quien no vive hasta que quiere? p o r q u e sólo q u e r í a lo q u e D i o s h a b í a m a n d a d o . V i v í a gozan-
Y si quisiere morir, ¿cómo puede vivir como quiere el que d o d e D i o s y e r a b u e n o p o r su b o n d a d ; vivía sin n i n g u n a in-
no quiere vivir? Y si quiere morir, no porque no quiere vi- d i g e n c i a y t e n í a en su m a n o v i v i r s i e m p r e a s í . L a a b u n d a n c i a
vir, sino para vivir mejor después de la muerte, todavía no d e a l i m e n t o s le m a t a b a n el h a m b r e , y l a d e b e b i d a s , l a sed,
vive como quiere. Vivirá así cuando arribe, muriendo, a lo y el á r b o l d e l a v i d a l e d e f e n d í a c o n t r a l a vejez. N i l a co-
que quiere. Está bien. Supongamos que vive como quiere, r r u p c i ó n a l c u e r p o n i el c u e r p o a sus s e n t i d o s c a u s a b a n a l l í
porque se violentó y se obligó a no querer lo que no puede d o l o r a l g u n o . E n l o i n t e r i o r n o t e m í a e n f e r m e d a d , n i en lo
y a querer lo que puede, siguiendo el consejo de Terencio: e x t e r i o r h e r i d a s . S u c a r n e g o z a b a d e p e r f e c t a s a l u d , y su a l m a ,
Porque no puedes hacer lo que quieres, quiere lo que puedes, d e t r a n q u i l i d a d a b s o l u t a . C o m o en el p a r a í s o e r a d e s c o n o c i d o
pregunto: ¿Es acaso feliz por ser pacientemente miserable? el frío v el c a l o r , así en su m o r a d o r e r a d e s c o n o c i d o el pin-
Si realmente no se ama la vida feliz, no se la posee [ 6 0 ] . c h a z o d a d o a su b u e n a v o l u n t a d p o r el d e s e o o p o r el t e m o r .
Por tanto, si se ama y se posee, necesariamente se ama más N o h a b í a a l l í n i tristezas ni v a n a s a l e g r í a s . Lln gozo e t e r n o ,
p r o c e d e n t e de D i o s , se p e r p e t u a b a , y e n él a r d í a l a c a r i d a d
d e l c o r a z ó n p u r o , de l a b u e n a c o n c i e n c i a y d e l a fe n o fingida.
L a s o c i e d a d c o n y u g a l e s t a b a a c o m p a ñ a d a de u n a m o r h o n e s -
CAPUT XXV
D E VEh/i BEATITUDINE, QUAM TEMI'OIÍALIS VITA NON OBTINET
quid aliud amatur. Porro si tantum amatur, quantum amari digna est
(non enim beatus est, a quo ipsa beata vita non amatur ut digna est),
Quanquam si diligentius attendamus, nisi beatus, non vivit ut vult: fieri non potest, ut eam qui sic amat, non aeternam velit. Tune igitur
et nullus beatus, nisi iustus. Sed etiam ipse iustus non vivit ut vult, nisi beata erit quando aeterna erit.
eo pervenerit, ubi mori, falli, offendi omnino non possit; eique sit certum,
ita semper futurum. Hoc enim natura expetit: nec plene atque perfecte CAPUT XXVI
beata erit, nisi adepta quod expetit. Nnnc vero quis hominum potest ut
vult vivere, quando ipsum vivere non est in potestate? Vivere enim vult, QUOD FELICITAS IN PARADISO VIVENTIUM SINE EKUBESCENDO APPETITU
mori cogitar. Quomodo ergo vivit ut vult, qui non vivit quamdiu vult? CENERANDI OFFICIUM CREDENDA .SIT IMPLEUE POTUISSE
Quod si mori voluerit, quomodo potest ut vult vivere, qui non vult vivere?
Et si ideo mori velit, non quo nolit vivere, sed ut post mortem melius Vivebat itaque homo in paradiso sicut volebat, quamdiu hoc volebat
vivat: nondum ergo ut vult vivit, sed cum ad id quod vult, moriendo quod Deus iusserat: vivebat fruens Deo, ex quo bono erat bonus: vivebat
pervenerit. Verum ecce vivat ut vult, quoniam sibi extorsit sibique impe- sine uUa egestate, ita semper vivere habens in potestate. Cibus aderat, ne
ravit non velle quod non potest, atque hoc velle quod potest; sicut ait esuriret; potus, ne sitiret; lignum vitae, ne illum senecta dissolveret.
Terentius, Nihil corruptionis in corpore vel ex corpore ullas molestias ullis eius
Quoniam non potest id fieri quod vis, sensibus ingerebat. Nullus intrinsecus morbus, nullus ictus metuebatur ex-
Id velis quod possit l2s : trinsecus. Summa in carne sanitas, in anima tota tranquillitas. Sicut in
num ideo beatus est, quia patienter miser est? Beata quippe vita si non paradiso nullus aestus aut frigus, ita in eius habitatore nulla ex cupiditate
amatur, non habetur. Porro si amatur et habetur, caeteris ómnibus rebus vel timore accedebat bonae voluntatis offensio. Nihil omnino triste, nihil
excellentius necesse est ametur: quoniam propter hanc amandum est quid- erat inaniter laetum: gaudium verum perpetuabatur ex Deo, in quem fla-
grabat charitas de corde puro et conscientia bona et fide non ficta XZ6:
And. act.2 scen.r v,j-6.
!2
« i Tim. 1,5.
982 LA CIUDAD DE DIOS XTV, 26
XIV, 26 KI. l'RCADO Y LAS PASIONK» 983
to. La mente y el cuerpo iban acordes y el mandato era fácil paraíso antes de cohabitar con voluntad tranquila), ¿cómo
y hacedero. La lasitud no sorprendía al ocioso, ni el sueño le ahora, al reseñarlo, no evocará el hombre la experiencia de
rendía contra su querer. la libido túrbida y no el atisbo de una voluntad plácida? Por
Dios nos libre de creer que en tal facilidad de mandatos eso el pudor no permite hablar con soltura, aunque, no falten
y en tamaña felicidad los hombres no podrían engendrar sin razones al pensador. Con todo, al Dios omnipotente, Creador
el morbo de la libido. Esos miembros, como los demás, se sumo y sumamente bueno de todas las naturalezas, que ayu-
moverían al arbitrio de la voluntad, y el marido se hundiría da y premia a las buenas, abandona y condena a las malas y las
en el regazo de la esposa con tranquilidad de ánimo, sin el ordena a todas, no le faltaron medios en su sabiduría para com-
estímulo del ardor libidinoso y sin la corrupción de la inte- pletar el número de predestinados a su ciudad, sacándolos de
gridad corporal. Y no porque la experiencia no pueda probar la corrupción del género humano. Y los discierne no por sus
este hecho es menos digno de fe, puesto que, a exigencias del méritos, puesto que la masa total estaba dañada como de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


momento, esas partes las dominaba la voluntad, no el ardor raíz [ 6 1 ] , sino por su gracia, y muestra no sólo en los que
tempestuoso. Entonces el semen viril pudo ser inyectado en libra, sino también en los que no libra, que le son deudores.
la esposa sin romper su integridad, al igual que ahora la vir- Cada cual reconoce que debe su liberación a una bondad in-
gen puede tener la menstruación sin violarla. Aquél podía debida, a una bondad gratuita, cuando se ve libre de la com-
inyectarse por el mismo conducto por donde pueden ser arro- pañía de aquellos con quienes debía en justicia ser castigado.
jados los menstruos. Así como para el- parto relaja las vis- ¿Por qué, pues, no había de crear Dios a quienes presabía
ceras maternas, no el gemido del dolor, sino la madurez del que habían de pecar, si en ellos y por ellos podría mostrar
feto, así para la fecundación y la concepción uniría las dos qué merecía su culpa y qué les dio su gracia, y que, bajo tal
naturalezas, no el apetito libidinoso, sino el uso voluntario. Creador y Ordenador, la torcida desordenación de los peca-
Estamos hablando de cosas que, en la actual economía, son dores no pervertiría el recto orden de las cosas?
vergonzosas, y por eso, aunque tratamos de conjeturar, según
nuestras posibilidades, cómo y cuáles serían antes de ser ver- ante meruerunt, quam sibi in opere serendae propaginis tranquillo arbitrio
gonzosas, con todo, es preciso poner freno al discurso y ceder convenirent), quomodo nunc cum ista commemorantur, sensibus occurrit
humanis, nisi experientia libidinis turbidae, non ooniectura placidae vo-
al pudor, que nos retrae antes que dar rienda suelta a nues- luntatis? Hinc est quod impedit loquentem pudor, etsi non dcficiat ratio
tra pobre elocuencia. Y, dado que esto que digo no lo expe- cogitantem. Verumtamen omnipotenti Deo, summo ac summe bono crea-
rimentaron ni quienes pudieron experimentarlo (porque, una ron omnium naturarum, voluntatum autem bonarum adiutori et remune-
vez metidos en el pecado, merecieron el ser desterrados de] ratori, malarum autem relictori et damnatori, utrarumque ordinatori, non
defuit utique consilium, quo certum numerum civium in sua sapientia
atque Ínter se coniugum fida ex honesto amore societas, concors mentis praedestinatum etiam ex damnato genere humano suae civitatis ímpleret:
corporisque vigilia, et mandati sine labore custodia. Non lassitudo fatiga- non eos iam meritis, quandoquidem universa massa tanquam in vitiata
bat otiosum, non somnus premebat invitum. In tanta facilítate rerum et radice damnata est, sed gratia discernens; et liberatis non solum de ipsis,
felicítate homimim, absit ut suspicemur non potuisse prolem seri sine libi- verum etiam de non liberatis, quid eis largiatur, ostendens. Non enim
debita, sed gratuita bonitate tune se quisque agnoscit erutum malis, cum
dinis morbo: sed eo voluntatis nutu moverentur illa membra quo caetera,
ab eorum hominum consortio fit immunis, cum quibus illi iusta esset
et sine ardoris illecebroso stimulo cum tranquillitate animi et corporis poena communis. Cur ergo non crearet Deus, quos peccaturos esse prae-
nulla corruptione integritatis infunderetur gremio maritus uxoris v". Ñe- scivit; quandoquidem in eis et ex eis, et quid eorum culpa mereretur, ct
que enim quia experientia probari non potest, ideo credendum non est; quid sua gratia donaretur, posset ostendere, nec sub illo creatore ac dis-
quando illas corporis partes non ageret turbidus calor, sed spontanea positore perversa inordinatio delinquentium rectum perverteret ordinem
potestas, sicut opus esset, adbiberet; ita tune potuisse útero coniugis salva rerum ?
integritate feminei genitalis virile semen immitti, sicut nunc potest,eadem
integritate salva ex útero virginis fluxus menstrui cruoris emitti. Eadem
quippe via posset illud iniici, qua hoc potest eiici. Ut enim ad pariendum
non doloris gemitus, sed maturitatis impulsus femínea viscera relaxaret:
sic ad fetandum et concipiendum non libidinis appetitus, sed voluntarius
usus naturam utramque coniungeret. De rebus loquimur nunc pudentis:
et ideo quamvis, antequam earum puderet, quales esse potuissent coniicia-
mus ut possumus; tamen necesse est ut nostra disputatio magis frenetur
ea quae nos revocat verecundia, quam eloquentia, quae nobis parum
suppetit, adiuvetur. Nam cum id quod dico, nec ipsi experti fuerint qui
experiri potuerunt (quoniam praeoecupante peccato exsilium de paradiso

" ' Aentsid., 1.8 v.406,


984 EA CIUDAD DE DIOS XIV, 27 XilV, 2 8 ' El, PECADO Y LAS PASIONES 985

d a s , así en el p a r a í s o n o p o d í a n vivir sin l a a y u d a d e D i o s ,


p e r o p o d í a n vivir m a l , a u n q u e d e s a p a r e c e r í a la felicidad y se-
C A P I T U L O X X V I I g u i r í a u n castigo j u s t o .
Si, p u e s , n o se o c u l t a b a a D i o s esta f u t u r a c a í d a , ¿ q u é
L A PERVERSIDAD DE L O S PECADORES, SEAN ÁNGELES U HOMBRES, r a z ó n h a y p a r a q u e n o p e r m i t i e r a q u e el h o m b r e fuera ten-
NO HACE MELLA EN LA PROVIDENCIA DIVINA t a d o p o r el á n g e l e n v i d i o s o ? E s cierto q u e su c e r t e z a . d e q u e
sería v e n c i d o e r a c i e r t a ; p e r o , a l a vez, e r a p r e s c i e n t e d e q u e
L o s p e c a d o r e s , sean á n g e l e s u h o m b r e s , n o h a c e n n a d a la d e s c e n d e n c i a d e l h o m b r e , a y u d a d a de l a g r a c i a , h a b í a d e
q u e p u e d a t u r b a r las obras grandes de Dios, pendientes de vencer al d e m o n i o , r e d u n d a n d o t a l v i c t o r i a en g l o r i a d e l o s
srla su voluntad. P o r q u e el q u e d i s t r i b u y e a c a d a ser su esen- s a n t o s . D e este m o d o , n i el f u t u r o se o c u l t a b a a D i o s , n i s u
cia p r o v i d e n t e y o m n i p o t e n t e m e n t e , s a b e u s a r n o sólo de los presciencia constreñía a alguno a pecar [ 6 3 ] . Y la experien-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


b u e n o s , sino t a m b i é n d e l o s m a l o s [ 6 2 ] . Y a s í , u s a n d o D i o s cia q u e siguió, descubrió a l a criatura racional, angélica
Lien d e l á n g e l m a l o , c o n d e n a d o y e n d u r e c i d o en p r e m i o a su y h u m a n a , la diferencia q u e existe e n t r e l a p r o p i a p r e s u n -
m a l a v o l u n t a d , c o n el fin de q u e en a d e l a n t e n o la t u v i e r a ción y l a a y u d a d i v i n a . ¿ 0 u i é n o s a r á c r e e r o d e c i r q u e D i o s
ya b u e n a , ¿ p o r q u é n o h a b í a de p e r m i t i r q u e t e n t a r a al p r i - n o p u d o evitar n i l a c a í d a d e l á n g e l n i l a d e l h o m b r e ? M a s
m e r h o m b r e , c r e a d o p o r E l recto, esto es, c o n b u e n a volun- prefirió d e j a r l e s esa f a c u l t a d y p r o b a r así de c u á n t o m a l es
t a d ? E n efecto, h a b í a sido c r e a d o de t a l m a n e r a , q u e vence- c a p a z el o r g u l l o y de c u á n t o b i e n su g r a c i a .
ría al á n g e l m a l o si confiara en l a a y u d a de D i o s , y sería ven-
cido p o r él c o m p l a c i é n d o s e s o b e r b i a m e n t e en sí m i s m o y a b a n -
d o n a n d o a D i o s , su A y u d a d o r y C r e a d o r . E l m é r i t o b u e n o C A P I T U L O X X V I I I
r a d i c a r í a en su v o l u n t a d recta d i v i n a m e n t e a y u d a d a , y el m a l o
en su v o l u n t a d p e r v e r s a , q u e a b a n d o n a a D i o s . N o p o d í a con-
LAS DOS CIUDADES. O R I G E N Y CUALIDADES
fiar en D i o s sin la a y u d a d e D i o s ; en c a m b i o , e s t a b a e n su
m a n o a p a r t a r s e de l a g r a c i a d i v i n a c o m p l a c i é n d o s e en sí mis-
D o s a m o r e s f u n d a r o n , p u e s , d o s c i u d a d e s , a s a b e r : el a m o r
m o . C o m o n o p o d e m o s vivir e n l a c a r n e s i n el s u b s i d i o d e l o s
p r o p i o h a s t a el d e s p r e c i o de D i o s , l a t e r r e n a , y el a m o r d e
a l i m e n t o s y p o d e m o s n o vivir en ella, cual h a c e n l o s suici-
D i o s h a s t a el d e s p r e c i o de sí p r o p i o , l a celestial [ 6 4 ] . L a p r i -
m e r a se g l o r í a en sí m i s m a , y la s e g u n d a e n D i o s , p o r q u e
a q u é l l a b u s c a l a g l o r i a d e l o s h o m b r e s , y ésta tiene p o r m á -
CAPUT XXVII
DE rECCATORIBUS ET ANGELIS ET HOMINIBUS, QUORUM PERVERSITAS NON permansura, et poena iustissima secutura. Cum igitur huius futuri casus
PERTURBAT PROVIDENTIAM D E I tramani Deus non esset ignarus, cur eum non sineret invidi angelí ma-
[ignitate tentari? nullo modo quidem quod vinceretur incertus; sed nihi-
Proinde peccatores, et angelí, et homines nihil agunt, quo impediantuí [ominus praescius quod ab eius semine adiuto sua gratia idem ipse diabo-
Magna opera Domini, exquisita in omnes voluntates eius ,2S . Quoniam qui lus fuerat sanctorum gloria maiore vincendus. Ita factum est ut nec Deum
providenter atque omnipotenter sua euique distribuit, non solum bonis, aliquid futurorum Iateret, nec praesciendo quemquam peccare compelle-
verum etiam malis bene ut¡ novit. Ac per hoc propter meritura primae ret; et quid interesset inter propriam cuiusque praesumptionem et suam
malae voluntatis ita damnato atque obdurato angelo malo, ut iam bonam tuitionem, angelicae et humanae rationali creaturae, consequenti experien-
voluntatem ulterius non haberet, bene utens Deus, cur non permitteret ut tia demonstraret. Quis enim audeat credere, aut dicere, ut ñeque ángelus,
ab illo primus homo, qui rectus, hoc est bonae voluntatis, creatus fuerat, ñeque homo caderet, in Dei potestate non fuisse? Sed hoc eorum potestati
tentaretur? Quandoquidem sic erat institutus, ut, si de adiutorio Dei fide- maluit non auferre; atque ita et quantum mali eorum superbia, et quan-
ret bonus homo, malum angelum vinceret; si autem creatorem atque tum boni sua gratia valeret, ostendere.
adiutorem Deum superbe sibi placen do desereret, vinceretur: meritum
bonum habens in adiuta divinitus volúntate recta,^malum vero in dese-
rente Deum volúntate perversa. Quia et ipsum fidere de adiutorio Dei, CAPUT XXVIII
non quidem posset sine adiutorio Dei: nec tamen ideo ab his divinae
gratiae beneficiis sibi placendo reeedere non habebat in potestate. Nam D E QUALITATF. DUARUM CIVITATUM, TERRENAE ATQUE CAELESTIS
sicut in hac carne vivere sine adíumentis alimentorum in potestate non
est, non autem in ea vivere in potestate est; quod faciunt qui se ipsos Fecerunt itaque civitates duas amores dúo; terrenam scilicet amor sui
necant: ita bene vivere sine adiutorio Dei, etiam in paradiso, non erat usque ad contemptum Dei, caelestem vero amor Dei usque ad contemptum
in potestate; erat autem in potestate male vivere, sed beatitudine non eui. Denique illa in se ipsa, haec in Domino gloriatur. Illa enim quaerit
ab hominibus gloriam: huic autem Deus conscientiae testis, máxima est
12" PS. 110,3. gloria. Illa in gloria sua exaltat caput suum; haec dicit Deo suo, Gloria
986 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 28
x i m a g l o r i a a D i o s , testigo de su c o n c i e n c i a . A q u é l l a se en- NOTAS AL LIBRO XI V
g r í e en su g l o r i a , y ésta dice a su D i o s : Vos sois mi gloria
y el que me hace ir con la cabeza en alto. E n a q u é l l a , sus
p r í n c i p e s y l a s n a c i o n e s a v a s a l l a d a s se ven b a j o el y u g o de
la c o n c u p i s c e n c i a de d o m i n i o [ 6 5 ] , y en ésta sirven en mutua
c a r i d a d , los g o b e r n a n t e s a c o n s e j a n d o y los s u b d i t o s obedecien-
d o . A q u é l l a a m a su p r o p i a fuerza e n sus p o t e n t a d o s , y ésta dice
a su D i o s : A ti he de amarte, Señor, que eres mi fortaleza. Por
Ll] En el libro Contra adversarium Legis et Prophetarum (I 14,18)
eso, en a q u é l l a , sus sabios, q u e viven según el h o m b r e , n o
se cita ya como escrito. Por consiguiente, se concluyó hacia el año 420
h a n b u s c a d o m á s q u e o l o s b i e n e s del c u e r p o , o los del a l m a , este libro XIV.
o l o s de a m b o s , y los q u e l l e g a r o n a c o n o c e r a D i o s , no le [2] He aquí sentados ya los fundamentos radicales de las dos ciuda-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


honraron ni dieron gracias como a Dios, sino que se desvane- des. Aquí se expresa el origen de las mismas: de la terrena, el pecado,
cieron en sus pensamientos, y su necio corazón se obscureció. y de la celestial, la liberalidad generosa de Dios. Y también sus fines: la
Creyéndose sabios, es decir, e n g a l l a d o s en su p r o p i a s a b i d u - condenación eterna y la paz sempiterna. Todo el resto de la obra será
r í a a e x i g e n c i a s de su s o b e r b i a , se hicieron necios y cambia- una prueba de esta tesis a base de la Escritura y de la historia profana.
ron la gloria del Dios incorruptible en semejanza de imagen [3] Entre éstos, los apolinaristas. Cf. De haeresibus haer.55 y Contra
de hombre corruptible, y de aves, y de cuadrúpedos, y de ser- Arianos 9,7.
pientes. P o r q u e o l l e v a r o n a los p u e b l o s a a d o r a r t a l e s simu- [4] Hemos querido conservar en castellano la palabra latina para se-
l a c r o s , y e n d o e l l o s al frente, o los s i g u i e r o n , y rindieron cul- guir el paralelismo de la frase. En realidad, el término lo recoge también
to y sirvieron a la criatura antes que al Creador, que es ben- el Diccionario de la Academia y lo define: «Valor, esfuerzo, energía»;
y en una segunda acepción: «Aversión, ojeriza».
dito por siempre. E n ésta, en c a m b i o , n o h a y s a b i d u r í a h u m a -
[5] Esta figura de exegesis bíblica, que está trasladada de la litera-
na, s i n o p i e d a d , q u e f u n d a el c u l t o l e g í t i m o al D i o s v e r d a d e -
tura ordinaria, es ya recibida, y muy corriente, en todos los manuales. Se
ro, en e s p e r a de u n p r e m i o en l a s o c i e d a d de los s a n t o s , de llama en retórica sinécdoque.
h o m b r e s y de á n g e l e s , con el fin de que Dios sea todo en to- [6] En De agone christiano (3,3-5) explica qué entiende por aire.
das las cosas. Y allí dice que el aire es esa capa inferior u los astros y superior a la tie-
rra. A veces, dice él, le llamamos también cielo, pero impropiamente. Esto
mea, et exaltans caput meum 12 °. lili in principibus eius, vel in eis quas —añade—lo dije para que nadie piense que los malos demonios habitan
6ubiugat nationibus dominandi libido dominatur: in hac serviunt invicem en el lugar en que Dios ordenó el sol, la luna y las estrellas. Lo mismo
in chántate, et praepositi consulendo, et subditi obtemperando. Illa in puede verse en De natura boni 33.
suis potentibus diligit virtutem su&m: haec dicit Deo suo, Diligam te, Do- [7] La soberbia es el principio de todos los pecados, se ha repetido
mine, virtus mea 13°. Ideoque in illa sapientes eius secundum hominem ya una y mil veces. Agustín no pierde ocasión de criticar y censurar la
viventes, aut corporis aut animi sui bona, aut utriusque sectati sunt; aut soberbia. Ese orgullo, ese ser como Dios, esa vana celsitud que busca la
qui potuerunt cognoscere Deum, non ut Deum honuraverunt, vel gratias ostentación es lo más despreciable que se halla en las cosas mortales
egerunt; sed evanuerunt in cogitationibas suis, et obscuratum est insipiens y perecederas. Las diatribas que Agustín le dirige son innumerables, y los
cor eorum: dicentes se esse sapientes, id est, dominante sibi superbia in textos no es necesario aducirlos. Baste decir que su vida espiritual la
sua sapientia sese extollentes, stiilti jacú sunt; et immutaverunt gloriam fundamenta sobre la humildad, que es la virtud que refrena la soberbia.
incorruptibilis Dei in similitudinem imaginis corruptibilis hominis, et vo- «Lo primero, la humildad; lo segundo, la humildad, y cuantas veces
lucrum, et quadrupedum, et serpentium: ad huiuscemodi enim simulacra me lo preguntes te responderé lo mismo», le decía en una carta a su
adorando vel duces populorum, vel sectatores fuerunt: et coluerunt atque
amigo. Y en uno de sus sermones proponía: «Si quieres levantar alto
servierunt creaturae potius quam Creatori, qui est benedictas in saecu-
tu edificio, hinca bien profundos los fundamentos».
lam. In hac autem nulla est hominis sapientia, nisi pietas, qua recte
colitur verus Deus, id exspectans praemium in societate sanctorum, non [8] Esta es una profunda revelación del pensamiento antropológico
solum hominum, verum etiam Angelornm, ut sit Deus omnia in óm- agustiniano. El hombre, después del pecado, es mendaz, porque no vive
nibus 132. como debe, como su creación pide de él. Y ésta es su mayor mentira on-
tológica. Cf. Serm. 8,3; 19,2; 32,10; 67,8; 145,5; 182,5; 166,3-4.
'-» P s . j , 4 .
,a
[9] Sigue en esta citación la versión de los Setenta. La Vulgata no
° P s . 17,2.
!:l1
R o m . l,2L-2!>.
menciona más que setenta almas, si bien en los Hechos de los Apósto-
132
1 Cor. 15,28. les (7,14) se dan también setenta y cinco.
[10] Todas estas apreciaciones del vivir según Dios y vivir según la
carne son el fundamento de la concepción de las dos ciudades. Si todos
los amores terrenos se reducen al amor propio, a la soberbia, resulta ya
fácil la conclusión: Amores dúo jecerunt civitates duas (c.28).
988 LA CIUDAD DE DIOS NOTAS AL LIBRO XIV 989
L11J Agustín vuelve una y otra vez contra los maniqueos. Este doble amor et timor ducit. Ut facías bene, amas Deum et times Deum; ut autem
principio es herencia del gnosticismo, y de él lo recoge el maniqueísmo. facías male, amas mundum et times mundum. Hace dito convertantur ad
Cf. De haer. haer.46. bonum: amabas terram, ama vitam aeternam, timebas mortem, time
L12] Véase 1.8 c.17 n.l. gehennam (En. in Ps. 79,13). Sobre las diferentes clases de temor, casto,
[13] Extrañará a primera Wsta que traduzcamos quereres en lugar servil, cf. Serm. 2,2-9; 55,1; 161,7-10; 178,10; 270,4; 347 y 348.
de voluntades. Todos los movimientos del hombre no son más que quere- [22] Los médicos—comenta Vives—, cuando no encuentran remedio
res; no son voluntades, que sería decir son facultades, sino son quereres, a una dolencia, anestesian el miembro, no para curarlo, sino para dejarlo
es decir, actos de esa voluntad. Esta acepción es muy corriente en el insensible y que no sienta el dolor. Por nuestra parte, diremos que en
Santo, y se explica de esta manera la gran confusión que ha suscitado este capítulo sienta Agustín los fundamentos de toda la obra. La rectitud
entre los intérpretes. Santo Tomás, con su agudeza, ha sido el primero que de una acción depende no de su dureza, sino de la mayor o menor dosis
se dio cuenta de esto, y así, comentando un pasaje del De Trinilale escri- de amor con que vaya impregnada.
be: Hic ponitur voluntas pro actu voluntatis. Esta frase, que se ha hecho [23] Omnis autem natura—dice a este propósito en De natura
ya típica: Homines sunt volúntales, quizá no esté del todo acorde con el

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


boni 1—in quantum natura est, bonum est; omnis natura non potest esse,
sentido que aquí se da. Más bien el omnes, no homines, alude a los mo- nisi a summo et vero Deo: quia omnia etiam non summa bona, sed pro-
vimientos del hombre, no a los hombres mismos, en cuyo caso el pensa- pinqua summo bono, et rursus omnia etiam novissima bona, quae longe
miento es el traducido y no el de la frase ya de moda. sunt a summo bono, non possunt esse nisi ab ipso summo bono. Pueden
[14] Esta es la expresión más auténtica de la teología ascética agus- verse también De nat. bon. 2; 6; 8; 12; 13; Contra Sec. Munich. 10;
tiníana. Nótese que he subrayado teología. Con ello he querido indicar 19; 21; En. in Ps. 102,8; Ench. 12,4; 13,4; Retract. I 9,4; Epist. 153,5,12;
que en San Agustín lo definitivo es la teología, no una ordenación o una Confess. VII 5,7; 12,18; De Trin. VIII 3,5; XI 5,8, etc.
disposición de artillería ascética. Los movimientos, las pasiones, se defi- [24] La verdadera libertad es para el bien. Elegir el mal es carencia,
nen en función del querer. Por eso, todo el problema individual y social privación de libertad. La razón de esto es fácil. La voluntad humana es
pende del querer, del amor. libre. Pero resulta que el objeto propio de la voluntad es el bien. Luego,
[15] El hombre es la obra de Dios, y en cuanto criatura de Dios si es libre, es libre para elegir el bien, que es su objeto, o para recha-
debe amarse, aunque sea un canalla. Pero el pecado es obra del hombre, zarlo, pero no para elegir el mal. El libre albedrío ha sido dado para
y, como obra del hombre, pecaminosa y mendaz, y, por tanto, en este amar el bien. Y ésta es la verdad más auténtica, aunque es muy pooo
sentido es digna de odio, porque le roba a Dios algo que le es propio. creída.
Es muy repetido este pensamiento en el Santo: Diligite homines, interfi- [25] Cf. 1.13 c.21.
cite errores: sine superbia de veritate praesumite, sine saevitia pro ven- [26] San Agustín atenúa niui'ho el pecado de Adán, que lo cometió
íate certate (Contra litt. Petil. I 29,31). impelido por el amor a su esposa y por no romper los lazos matrimonia-
[16] Como puede verse, toda la ética y la moral agustiniana radican les. Es cierto que tuvo gran parte en ello ese motivo. Pero no lo es menos
en el amor. Pero este amor requiere un fundamento metafísico en que que Adán pecó también libremente, cosa que Agustín no niega, antes le
apoyarse. Exige sencillamente algo anterior que le muestre el camino a imputa también a él el pecado. Esto nos haría pensar en el gran valor
que debe dirigirse y el objeto a que debe flecharse. Ese fundamento es la que ha significado siempre la mujer para el diablo al tentar a los hom-
memoria Dei, que a su vez es descubierta, o mejor, probada por el amor, bres. Y por eso Cristo elevó la dignidad de la mujer y quiso nacer de
inconsciente a los valores intemporales, a la verdad-unidad-felicidad- una virgen. Así lo expone en varios sermones.
bondad. [27] Al hacer el comentario al robo de sus primeros años, expresa
[17] Esta no es más que una norma directiva. No obsta esto para con una hondura digna de su genio ese atractivo que nos ofrecen las
que, en la práctica, él dé un sentido diverso a las palabras. Puede verse, cosas prohibidas, doblemente tentadoras por ser acciones heroicas y por
por ejemplo, en las palabras amor, caritas y a veces dilectio. estar prohibidas. Ya lo hemos apuntado en una nota anterior y hemos
[18] Así lo expresa Cicerón en Quaestiones Tusculanae 1.3 c.32. remitido al lector al panegírico estupendo que dedica Sciacca a esta
apreciación psicológica.
[19] Cf. c.4 y 5.
[20] Agustín fué un entusiasta de San Pablo. Desde aquel día, dicho- [28] La humildad implica necesariamente la obediencia, y viceversa.
so y triste, en que cayeron en sus manos, bañado de una luz divina, las Son dos virtudes que van siempre del brazo. El hombre necesitaba de
Epístolas del Apóstol, no se le cayó de sus labios. Era el mejor modelo ese estímulo para poner a prueba su obediencia, porque es su soberbia
para su imitación, pródigo como él y también llamado por Dios a la gracia la que le pierde siempre. Por eso el primer precepto que se le impone es
del apostolado. En sus Sermones habla cuantas veces se le presenta oca- el de la obediencia, y transgredir éste es dejarse llevar de su soberbia
sión de la humildad de su nombre y del gran escalón a que subió entre y del orgullo, que le impele a engallarse hasta el trono de Dios.
los apóstoles. En este capítulo nos da lá imagen más acabada y el retrato [29] Es que «el primer vicio de la criatura racional es la voluntad
más auténtico de lo humano y de lo divino del Apóstol de las Gentes, de ir contra lo que exige la suma e íntima verdad. Así, el hombre fué
todo en conformidad con los escritos del mismo, que conocía a maravilla. expulsado del paraíso a este siglo, esto es, de los bienes eternos a los tem-
Lástima que la muerte no le permitiera terminar los comentarios a sus porales, de los abundantes a los escasos, de la firmeza a la flaqueza; no
Epístolas. fué arrojado, pues, del bien substancial al mal substancial, porque nin-
[21] El temor y el amor ponen manos en toda su obra. Itaque, fra- guna substancia es mal; sino del bien eterno al bien temporal, del bien
tres mei, ad omne recle factum amor et timor ducit; ad omne peccatum espiritual al bien carnal, del bien inteligible al bien sensible, del sumo
990 IA CIUDAD DE DIOS NOIAS M, LD3RO XIV 991
Bien al ínfimo» (De ver. relig. 20,38). Este es el proceso de descenso [38] Alude a la opinión de Platón, tantas veces consignada, sobre
hacia la propia voluntad. los dioses inferiores, creados por el Dios supremo. El nombre de dioses
[30] Insistimos una vez más en lo falta de fundamento que es la opi- sólo les conviene impropiamente. Como ha dicho ya anteriormente, el nom-
nión de que para Agustín el primer pecado fué de sexualidad. Este mismo bre de dioses se da también en las Escrituras a los hombres: Ego dixi dii
pasaje es una prueba en contra. estis et filii Excelsi omnes.
[31] La soberbia imita la celsitud de Dios. Así la presentó el demo- [39] El pasaje es de difícil traducción. Quis enim exaltationc.m rui-
nio en la tentación a nuestros primeros padres y así se sigue presentando nam putat, puede traducirse: ¿Quién estima exaltación la caída? O tam-
a los hijos de Adán. Cf. De Gen. ad litt. XI 14,18; Serm. 354,6; Solil. bién: ¿Quién estima caída la exaltación? El contexto parece exigir la
I 9,16; De doctr. christ. I 22; Serm. 46,18; De mor. Eccl. cath. I 26,48- traducción dada. En este caso quería decir: En la caída oculta hay exal-
49; De nat. et grat. 27,31; Epist. 118,3.22; In Epist. lo. tr.8,9; En. in Ps. tación, puesto que no ha aparecido aún en público; pero ¿quién estima
18,2.16; 58,5, etc. exaltación esa caída que en realidad ya existe? Y ¿quién no ve que hay
[32] Es espontáneo, porque es natural a toda naturaleza amarse a sí caída cuando hay transgresión formal, como en el pecado oculto?
misma. Nemo est qui non se amet; sed rectus amor est quaerendus, per- [40] Es un atrevimiento digno de Agustín. La providencia de Dios

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


versas cavendus. Quisquís enim, dimisso Deo, amaverit se, non remanet nec puede sacar bienes de los mismos males. Esta verdad permite hacer la
in se, sed exit et a se. Exit exsul pectoris sai, contemnendo interiora, afirmación hecha. San Agustín no podía consentir que un hombre, com-
amando exteriora (Serm. 330,3). Este es el fruto del amor propio, del placiéndose en sí, bajo capa de virtud, estuviera cometiendo pecados a
egoísmo, del orgullo, el desprecio de las cosas interiores y el amor a las más y mejor. No, decía él; es preferible que Dios permita que caiga en
exteriores. un pecado, aunque sea grave, para que corrija su soberbia y se vuelva
[33] El pecado nos aleja del ser y nos conduce a la nada. Ontológica- a la humildad. Porque es otro principio también salido de su pluma que
mente, ésta es la realidad, y místicamente, ésta es la experiencia. Aleja- melior est peccator humilis quam iustus superbus (Serm. 170,7). Sobre
dos de Dios, nos vemos imposibilitados para realizar cualquier obra. Por ese bien que puede extraerse del pecado, véase también De nat. et grat.
eso podía decir Agustín con mucha razón: Peccatum quidem non per 24,26-27; 25,28.
ipsam factum est: et manifestum est quia peccatum nihil est, et nihil [41] Estas son las duras y crueles consecuencias del pecado, esas dos
facit homines cum peccant (In lo. Evang. tr.1,13). voluntades que entablaban una lucha desgarradora en el corazón de Agus-
[34] Ser en sí mismo, aplicado al hombre, es una expresión que sub- tín—de la que él nos habla—, y de la que no está libre ningún mortal.
rayarían la mayor parte de los filósofos modernos actuales. Sartre, por Esta idea paulina es de un alcance extraordinario. No hay que desfalle-
ejemplo, usa la misma expresión, y dice: «El ser en sí es una inmanencia cer en el tiempo del combate. Mientras estenios en el campo de batalla,
que no se puede realizar, una afirmación que no se puede afirmar, una es preciso luchar y no amedrentarnos, porque esa dualidad nos .seguirá
actitud que no puede obrar, porque el ser en sí está cebado de sí mismo».
hasta la tumba.
Y en otra parte: «El ser en sí no es posible ni imposible: de él sólo pue-
[42] El sentido agónico de la vida es la señal del cristiano. La lucha
de decirse lisa y llanamente que es. Es lo que la conciencia podría expre-
sar con términos antropomórficos, diciendo que el ser en sí está de sobra». se libra en el interior del hombre. El hombre carnal lucha contra el es-
Como se ve, aunque parece aplicar la expresión a un supuesto Dios con- piritual, y el combate es de meipso adversas meipsum (Confess. VIII
tra el que lucha, en realidad está divinizando a ese hombre que se en- 11,27). Lucha de mí mismo contra mí mismo: de mí, que busco la inte-
mascara en sí mismo y vive para sí mismo, y este ser está de sobra en la rioridad, contra mí, que salto a lo exterior, que me disipo fuera. Están
sociedad. Dios—como es sabido—, para Sartre, está también de sobra, y en este combate frente a frente la interioridad y el atractivo de las cosas
por eso puede muy bien convenirle esta expresión. externas y hay que saber mantener el equilibrio a base de esfuerzos con-
tinuados y de guerras sin cuento.
[35] La humildad es la postura más conveniente al hombre. Alla-
narse, rebajarse, andar por el suelo con la cabeza en alto, porque arriba [43] Todo esto recuerda aquellas magistrales páginas, en que vibra
está la patria, es lo que debemos mirar en nuestra peregrinación. Cf. Epist. todo el Agustín, fuego y sangre, de las Confessiones, con una experiencia
118,3,22; Confess. III 8,16; IV 12,19; In lo. Evang. tr.15,25; Expos. in vivencial, trágica y pasional, nunca igualada.
Epist. ad Gal. 15; In Epist. lo. tr.16; En. in Ps. 92,6; 131.4; Serm. [44] Agustín reconoce que la palabra libido propiamente debe apli-
117,17, etc. carse a lo sexual. Sin embargo, es muy general el usarla como término
[36] La paradoja de la humildad y de la soberbia es una de las más genérico. Por eso, para librarnos de traducirla de diferentes maneras, he-
fecundas y de las menos entendidas del mensaje de Cristo. Esta explica- mos optado por traducirla por libido, término hoy ya admitido.
ción del texto evangélico: El que se humilla, será ensalzado, y el que se [45] Desde este punto hasta el final falta en la traducción de Roys
ensalza, será humillado, es de lo más perfecto que puede hacerse. El que y Rozas y también en la de Díaz Bayral. En realidad, no vemos motivo
más alto se levanta, más golpe recibe al caer. Por eso, si quieres subir para omitirla, y por eso no lo hacemos, prefiriendo dar el texto íntegro.
muy alto, hinca hondos tus fundamentos. Es difícil para el mundo enten- [46] Esos jóvenes a que se refieren eran los que tomaban parte en los
der estas paradojas, pero son las más auténticamente cristianas y las que juegos del campo de Marte, desnudos, pero con esos taparrabos a que
encierran todo el pensamiento del Evangelio y del Nuevo Testamento. alude.
[37] He aquí esbozado otra vez el tema central de la obra. Después [47] El rubor natural es el freno ordinario de la concupiscencia. Esta
de largas digresiones, vuelve de nuevo sobre el mismo y lo va exponiendo aserción de Agustín está afirmada en Herodoto (1.1 c.10) y en el mis-
poco a poco. Las digresiones no le desvían del plan general ni alteran el mo Platón, en De República (1.5 c.7).
orden de su pensamiento. [48] Los gimnosofistas eran ciertos filósofos de la India y Egipto que
992 LA CIUDAD DE DIOS
NOTAS Ai LIBRO XIV 993
vivían desnudos en las selvas y se consideraban en posesión de la sa-
biduría. bre la massa damnata está inspirada en las palabras de San Pablo: An
[49] Esperamos que los lectores sabrán condescender con esta benevo- non habet potestatem figulus ex eadem massa faceré aliud quidem vas in
lencia nuestra al traducir estos pasajes que otros traductores omiten casi honorem, aliud vero in contumeliam? (Rom.2,21). La idea capital de la
siempre. massa es la solidaridad de todos los hombres en Adán, en su pecado. To-
dos pecamos en Adán, como dice el Apóstol, y desde entonces está la
[50] He aquí las palabras de San Jerónimo en el Epitafio de Fabiola,
humanidad dañada como de raíz, y de esa raíz procede dañada toda la
dirigido a Océano: Aliae sunt leges Caesarum, aliae Christi; aliud Papi-
massa. Cristo viene a redimir y a sanar esa massa, y, como es un todo, la
nianus, aliud Paulus noster praecipit. Apud illos viris impudicitiae frena
sana y la salva toda.
laxantur, et solo stupro atque adulterio condemnato, passim per lupana-
ria et ancillulas libido permittitur: quasi culpam dignitas faciat, non vo- [62] Este gran principio resuelve el tremendo problema que ya se
luntas. habían planteado los israelitas, y cuya solución se ensayó en el libro de
[51] Este título lo da Lucano a Cicerón. San Agustín lo usa tam- Job y luego en Isaías. Era éste: ¿Por qué triunfan los malos en el mun-
bién en De doctrina christiana IV 17,34. do y los buenos son abatidos? Los maniqueos lo suscitan también ahora,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


[52] Era un báculo o bastón con un nudo a manera de clavo en el y Agustín lo resuelve con este principio: Dios sabe usar bien y sacar pro-
puño. De aquí viene clava. Fué el distintivo de los filósofos en la anti- vecho tanto de los buenos como de los malos. Y él siempre consigue su
güedad. Cf. Contra Acad. III 8,17. intento.
[53] Así pensaban los maniqueos, que rechazaban el Antiguo Testa- [63] El sentido providencialista y semita de Agustín es admirable-
mento. Cf. De utilitate credendi 2,4. mente profundo. Dios lo previo todo, y, sin embargo, su previsión no es la
[54] Censura a aquellos que interpretan estas palabras espiritual- causa del pecado, porque su conocimiento es suyo, no de la criatura. Su
mente. El sentido que aquí da lo recuerda también en De bono coniugali conocimiento no quita la libertad a la criatura racional. En este lugar
(2,2). Como aparece por un pasaje del De Gen. contra Manich. (I 19,30) queda armonizado una vez más el enigma entre la presciencia divina y la
también creía conveniente la interpretación espiritual de ese texto, y así libertad humana.
se pregunta: Utrum carnaliter an spiritualiter accipienda sit. Y prosigue: [64] En todo este libro ha venido preparando la conclusión, que ha
Licet enim nobis eam etiam spiritaliter accipere, ut in carnalem foecun- dado a la historia un sesgo interiorista y psicológico. Psicológico e inte-
ditatem post conversa esse credatur. Lo mismo parece decir en Confess. riorista, porque ha plasmado su vida en la historia. En este sentido se
XIII 24,37; pero en este lugar da también las dos interpretaciones y el podría decir con Muñoz Alonso que «la Ciudad de Dios son las Confes-
doble sentido. siones del mundo antiguo». El fundamento de los dos amores se halla
muy extendido en la» obras del Obispo de Hipona. Para no acumular los
L55] Así discurre también en De grat. Christi et de pee. orig. II
textos, remitimos a los lectores a los grandes estudios sobre el par-
36,41; 37,42; 38,44.
ticular. Cf. GARNELO (Hcnito), Las dos ciudades según la teoría providen-
[56] Agustín comprende la situación en que escribe y el círculo de cialista de San Agustín, en «La Ciudad de Dios», 111 (1917) p.378-392;
lectores que han de tener sus páginas. Es consciente de que tal vez es- 112 (1918) p.133-150; 264-279; 113 (1919) 42-47; 203-215; 265-267.
candalicen a alguno, pero no quiere pasar en silencio esos argumentos, Cf. LAURAS Y RONDET, Eludes augustiniennes (París 1953) p.101-160;
que son los más fuertes y convincentes, basados en la experiencia. El LAURAS (A.), Deux cites, Jerusalem et Babylone, en «La Ciudad de Dios»
pecado nace del corazón, no se injerta de fuera en el alma. La experien- vol.167 p.117-152.
cia a que alude aquí Agustín es la de sus años mozos, en los que, aunque
noble, se dejó arrastrar por la corriente del vicio. [65] Contra el sentir de la mayoría de los traductores, que dicen
aquí: «Aquella reina en sus príncipes o en las naciones a quienes sujetó
[57] El talento observador del Santo se para hasta en los más mí-
la ambición de reinar». Así Roys y Rozas y Díaz Bayral. Creemos más
nimos detalles. En todo ve esa mano amorosa y ordenadora que ha dis-
acorde con el texto de Migne la traducción dada.
puesto que el cuerpo sirva al espíritu.
[58] Habla en muchas ocasiones de esta villa. En uno de sus escri-
tos (Contra litt. Petil. II n.323) nos indica los límites fijos y la posición
de esta ciudad en pequeño. Estaba situada entre Constantina e Hipona.
Hoy se puede reconocer esta villa en las ruinas de Ghelma.
[59] Esta es concepción favorita del Santo en sus primeros escritos.
Pueden verse a este propósito Contra Acad. I 2,5; De beata vit. 2,10-11;
4,33-35; De mor. Eccl. cath. I 3,4; 6,10; 11,18; De lib. arb. II 13,35-36;
19,52; De ver. relig. 55,110.
[60] Precisamente el amor es como una mano, dice Agustín. Para
coger otra cosa tienes que dejar la que tienes en ella. Y por eso amar es
poseer la cosa que se ama, no sólo es gravitar en torno al objeto amado,
sino es atraer el objeto hacia sí mismo, hacia el sujeto. Quam bonum est
amare!—dice el enamorado del amor—. Hoc enim est habere (Serm.
357,2).
[61] Repetidas veces habla de la massa damnata y de la massa per-
ditionU. Véase De corrept. et grat. 7,16. La doctrina de San Agustín SO-
X V , 1, 2 LAS DOS CIUPADES BN LA TIKKRA 995

LIBRO XV m á s d e t a l l a d o d e estos p u n t o s n o s e n r e d a r í a e n m u c h a s y m u y
e s p i n o s a s cuestiones, q u e e x i g i r í a n u n a serie d e v o l ú m e n e s q u e
e x c e d e r í a n en m u c h o l o s l í m i t e s d e esta o b r a y del t i e m p o d e
q u e d i s p o n g o . A n d o , p o r c i e r t o , t a n escaso d e é l , q u e n o p u e d o
detenerme a responder a las objeciones que puedan presentar
los e s c r u p u l o s o s y ociosos, m á s listos p a r a p r e g u n t a r q u e ca-
pacitados p a r a entender [ 1 ] . Sin embargo, estimo que ya he
e s c l a r e c i d o a l g o l a s difíciles y e s c a b r o s a s c u e s t i o n e s d e l o r i g e n
del m u n d o , d e l a l m a y d e l g é n e r o h u m a n o .
Los cuatro libros siguientes están dedicados al desarrollo de H e d i v i d i d o l a h u m a n i d a d e n d o s g r a n d e s g r u p o s : u n o , el d e
a q u e l l o s q u e viven s e g ú n el h o m b r e , y o t r o , el d e los q u e viven

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


las dos ciudades. Basa su argumentación en los principa-
les capítulos de la historia sagrada relacionados con este s e g ú n D i o s . M í s t i c a m e n t e d a m o s a estos g r u p o s e l n o m b r e d e
punto. En el presente libro recoge y comenta los pasajes c i u d a d e s , q u e es d e c i r s o c i e d a d e s d e h o m b r e s . U n a d e e l l a s está
del Génesis que narran la historia que va desde Caín predestinada a reinar eternamente con Dios, y la otra, a sufrir
y Abel hasta el diluvio. u n s u p l i c i o e t e r n o c o n el d i a b l o . T a l es el fin d e e l l a s , d e l q u e
luego nos ocuparemos. A h o r a , puesto que ya hemos escrito bas-
t a n t e s o b r e el o r i g e n d e l a s d o s c i u d a d e s , sea en l o s á n g e l e s ,
C A P Í T U L O I c u y o n ú m e r o n o s es d e s c o n o c i d o ; sea e n l o s d o s p r i m e r o s h o m -
b r e s , estoy en q u e d e b e m o s t r a t a r y a d e su d e s a r r o l l o . Comen-
zaremos desde la p r i m e r a concepción h u m a n a hasta que los
DOS V I A J E R O S DE DOS CIUDADES CAMINAN A DOS
h o m b r e s d e j e n d e e n g e n d r a r . E l d e s a r r o l l o d e estas d o s ciu-
METAS DISTINTAS
d a d e s c o m p r e n d e t o d o el l a p s o d e t i e m p o e n q u e c e d e n l o s q u e
1. S o b r e la felicidad d e l p a r a í s o o s o b r e el p a r a í s o m i s - m u e r e n v suceden los q u e n a c e n . A esto n o s r e f e r i m o s .
m o , y sobre la vida de los dos p r i m e r o s h o m b r e s en él y sobre 2 . E l p r i m e r h i j o d e l o s d o s p r i m e r o s p a d r e s dol g é n e r o
su p e c a d o y castigo, se h a n e m i t i d o y a m u c h o s p a r e c e r e s , se h a h u m a n o fué C a í n , q u e p e r t e n e c e a la c i u d a d d e los h o m b r e s , y
p e n s a d o m u c h o y se h a g a s t a d o m u c h a t i n t a e n e l l o . T a m b i é n el s e g u n d o A b e l , q u e f o r m a p a r t e d e la C i u d a d d e D i o s .
y o , e n l o s l i b r o s a n t e r i o r e s , h e d i c h o a l g o s o b r e el p a r t i c u l a r , E n cada h o m b r e c o m p r o b a m o s la verdad de estas p a l a b r a s
s e g ú n lo q u e h e l e í d o o p o d i d o c o m p r e n d e r d e l a s s a n t a s E s - del A p ó s t o l : No es primero lo espiritual, sino lo animal y lue-
c r i t u r a s , p r o c u r a n d o n o a p a r t a r m e d e su a u t o r i d a d . U n e x a m e n
riunt disputaciones, quae pluribus intexendae sunt voluminibus, quam hoc
opus tempusque deposcit. Quod non ita largum habemus, ut in ómnibus
quae possunt requirere otiosi et scrupulosi, paratiores ad interrogandum,
LÍBER XV quam capadores ad intelligendum, nos oporteat immorari. Arbitror tamen
Postquam egit quataor proxime anteceientibus libris de civitatum dúa-, satis nos iam fecisse magnis et difficillimis quaestionibus de initio vel
rum, terrenae ac caelestis exortu, libros totidem de earumdem civita- mundi, vel animae, vel ipsius generis humani: quod in dúo genera distri-
tum procursu subiungit Augustinus, idque argumentum ea ratione buimus; unum eorum qui secundum hominem, alterum eorum qui secun-
aggreditiiT, ut praecipua capita sacrae historiae eodem spectantia per- dum Deum vivunt. Quas etiam mystice appellamus civitates duas, hoc est
tractet, primum scilicet quinto décimo hoc libro quae in Genesi le- duas societates hominum: quarum est una quae praedestinata est in aeter-
guntur a Cain et Abel usque ad diluvium. num regnare cimi Deo; altera, aetemum supplicium subiré cum diabolo.
Sed iste finís est earum, de quo post loquendum est. Nunc autem quoniam
de exortu earum, sive in Angelis, quorum numerus ignoratur a nobis, sive
CAPUT I in duobus primis hominibus, satis dictum est, iam mihi videtur earum
aggrediendus excursus, ex quo illi dúo generare coeperunt, doñee nomines
DE DUOBDS ORDINIBUS GENERATIONIS HUMANAE IN DIVERSOS FINES generare cessabunt. Hoc enim universum tempus, sive saeculum, in quo
AB INITIO PROCURRENTIS cedunt morientes, succoduntque nascentes, istarum duarum civitatum, de
quibus disputamus, excursus est.
1. De felicitate paradisi, vel de ipso paradiso, et de vita ibi primo-
rum hominum, eorumque peccato atque supplicio, multi multa senserunt, 2. Natus est igitur prior Cain ex illis duobus generis humani paren-
multa dixerunt, multa litteris mandaverunt. Nos quoque secundum Scrip- tibus, pertinens ad hominum civitatem; posterior Abel, ad civitatem Dei.
turas sanctas, vel quod in eis legimus, vel quod ex eis intelligere potuimus, Sicut enim in uno homine, quod dixit Apostolus, experimur quia non
earum congruentes auctoritati, de his rebus in superioribus libris diximus. primum quod spirituale est, sed quod anímale, postea spirituale 1: unde
Enucleatius autem si ista quaerantur, multíplices atque multimodas pa- 1
i Cor. 15,46.
996 IA CIUDAD DE DIOS XIV, 1, 2 X¡V, 2 LAS DOS CIUDADES EN I,A TIERRA 997

go lo espiritual. D e d o n d e se s i g u e q u e c a d a c u a l , p o r descen- E n t o n c e s c o n g r e g a r á a t o d o s los r e s u c i t a d o s c o n s u s c u e r p o s y


der de un tronco d a ñ a d o , necesariamente es p r i m e r o m a l o y les d a r á el r e i n o p r o m e t i d o , y r e i n a r á n e t e r n a m e n t e e n él con
c a r n a l , y s e r á l u e g o b u e n o y e s p i r i t u a l si, r e n a c i e n d o e n Cristo, su p r í n c i p e , el R e y d e los s i g l o s .
a d e l a n t a r e e n l a v i r t u d . Y esto m i s m o s u c e d e en l a h u m a n i d a d
e n t e r a . C u a n d o l a s d o s c i u d a d e s e m p r e n d i e r o n su c u r s o evolu-
t i v o , p o r n a c i m i e n t o s y m u e r t e s sucesivas, n a c i ó p r i m e r o e l ciu- C A P I T U L O II
d a d a n o d e este m u n d o y l u e g o el p e r e g r i n o d e l s i g l o , q u e per-
tenece a la C i u d a d d e D i o s . A éste le p r e d e s t i n ó l a g r a c i a , la LOS HIJOS DE LA CARNE Y LOS HIJOS DE LA PROMESA
g r a c i a le e l i g i ó ; e l l a le h i z o p e r e g r i n o d e l suelo y c i u d a d a n o
del cielo. L a v e r d a d es q u e , p o r lo q u e a él t o c a , n a c e d e l a H a h a b i d o r e a l m e n t e en la t i e r r a u n a s o m b r a e i m a g e n pro-
misma nada, originariamente dañada, que los d e m á s ; pero fétíca d e esta c i u d a d , q u e es m á s b i e n s i g n o q u e r e p r e s e n t a c i ó n .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


D i o s , c o m o b u e n a l f a r e r o (es s e m e j a n z a , n o i n s e n s a t a , sino sen- A p a r e c i ó c u a n d o c o n v e n í a . Se la l l a m ó t a m b i é n C i u d a d s a n t a ,
sata, del A p ó s t o l ) , f o r m ó d e e s a m a s a u n v a s o en h o n o r y o t r o h a c i e n d o h o n o r a su s e r de i m a g e n , n o a l a r e a l i d a d q u e e x p r e -
en i g n o m i n i a . F o r m ó p r i m e r o el v a s o e n i g n o m i n i a y l u e g o el s a b a , a l c ó m o d e b e s e r . D e esta i m a g e n y d e lo significado p o r
vaso en h o n o r , p o r q u e e n c a d a h o m b r e , c o m o q u e d a d i c h o , e s e l l a , de la c i u d a d l i b r e , h a b l a el A p ó s t o l a l o s g á l a t a s e n los
p r i m e r o el r e p r o b o — p a s o i n d i s p e n s a b l e p a r a t o d o s n o s o t r o s — , s i g u i e n t e s t é r m i n o s : Decidme, los que queréis estar bajo la ley,
y en el q u e es n e c e s a r i o d e t e n e r n o s , y l u e g o el p r o b o , a l q u e lle- ¿no habéis oído la ley? Porque escrito está que Abrahán tuvo
g a r e m o s p o r e l p r o g r e s o en l a v i r t u d y e n el q u e , e n l l e g a n d o , dos hijos: uno de la esclava y otro de la libre. Pero el de la
p e r m a n e c e r e m o s . D e d o n d e se sigue q u e n o es cierto q u e t o d o esclava nació según la carne, y el hijo de la libre, en virtud de
h o m b r e m a l o h a d e ser b u e n o , p e r o sí lo es q u e n a d i e h a d e ser una promesa. Todo esto se dijo en alegoría [ 2 ] . Estas dos mu-
b u e n o sin a n t e s h a b e r s i d o m a l o . Y c u a n t o m á s p r e s t o se t r u e - jeres son los dos testamentos. El uno, dado en el monte Sinaí,
q u e en m e j o r , t a n t o m á s p r o n t o c a m b i a r á su n o m b r e y sustitui- que engendra esclavos y está figurado en Agar. Porque el Sinaí
r á p o r el s e g u n d o el p r i m e r o . es un monte de la Arabia, que está enlazado con la Jerusalén
actual, que es esclava con sus hijos. En cambio, la Jerusalén de
L a E s c r i t u r a dice q u e C a í n f u n d ó u n a c i u d a d y q u e A b e l ,
arriba es libre y es nuestra madre. Pues está escrito: Alégrate,
c o m o p e r e g r i n o , n o l a f u n d ó . P o r q u e la C i u d a d d e l o s s a n t o s
estéril, que no pares; prorrumpe en gritos de júbilo tú que no
t r a e su o r i g e n de a r r i b a , a u n q u e e n g e n d r a a q u í c i u d a d a n o s , e n
eres fecunda, porque son muchos más los hijos de la abandona-
los q u e p e r e g r i n a h a s t a q u e l l e g u e e l t i e m p o de su r e i n a d o .
da que los de la que tiene marido. Nosotros, hermanos, somos
•unusquisque, quoniam ex damnata propagine exoritur, primo sit necesse congregatura est omnes in suis corporibus resurgentes, quando eis pro-
est ex Adam malus atque carnalis; quod si in Christum renascendo pro- missum dabitur regnum, ubi cum suo principe Rege saeculorum sine ullo
fecerit, post erit bonus et spiritualis: sic in universo genere humano cum temporis fine regnabunt.
primum duae istae coeperunt nascendo atque moriendo procurrere civi-
tates, prior est natus civis huius saeculí; posterior autem isto peregrinus CAPUT II
in saeculo, et pertinens ad civitatem Dei, gratia praedestinatus, gratia
electus, gratia peregrinus deorsum, gratia civis sursum. Nam quantum ad DE FILIIS CARNIS, ET FILIIS PKOMISSIONIS
ipsum attinet, ex eadem massa oritur, quae originaliter est tota damnata:
sed tanquam figulus Deus (hanc enim similitudinem non imprudenter, Umbra sane quaedam civitatis huius et imago prophetica ei signifi-
sed prudenter introducit Apostolus) ex eadem massa fecit .aliud vas in candae potius quam praesentandae servivit in terris, quo eam tempore
honorem, aliud in contumeliam 2. Prius autem factum est vas in contu- demonstran oportebat, et dicta est etiam ipsa civitas sancta mérito signi-
meliam, post vero alterum in honorem: quia et in ipso uno, sicut iam ficantis imaginis, non expressae, sicut futura est, veritatis. De hac ima-
dixi, nomine prius est reprobum, unde necesse est incipiamus, et ubi non gine serviente, et de illa quam significat libera civitate, sic Apostolus ad
est necesse ut remaneamus: posterius vero probum, quo proficientes ve- Calatas loquitur: Dicite mihi, inquit, sub lege potentes esse, legem non
niamus, et quo pervenientes maneamus. Proinde non quidem omnis homo audistis? Scriptum est enim quod Abraham dúos filios habuit, unum de
malus erit bonus, nemo tamen erit bonus qui non erat malus: sed quanto ancilla, et unum de libera. Sed Ule quidem qui de ancilla, secundum
quisque citius mutatur in melius, hoc in se facit nominan quod appre- carnem natus est; qui autem de libera, per repromissionem: quae sunt in
hendit celerius, et posteriore cooperit vocabulum prius. Scriptum est ¡ta- allegoria. Haec enim sunt dúo testamenta; unum quidem a monte Sina
que de Cain, quod condiderit civitatem 3 : Abel autem tanquam peregri- in servitutem generans, quod est Agar. Sina enim est mons in Arabia, qui
nus non condidit. Superna est enim sanctorum civitas, quamvis hic pariat coniunctus est huic quae nunc est lerusalem: servit enim cum filiis suis.
cives, in quibus peregrinatur, doñee regni eius tempus adveniat, cum Quae autem sursum est lerusalem, libera est, quae est mater omnium
noslTum. Scriptum est enim, Laetare, sterilis, quae non parís; erumpe et
2
3
R o m . 9,2i. clama, quae non parturis: quoniam multi filii desertae, magis quam eius
G e n . 4,iy. -..-.:'-• ; - .
XV,-3 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 999
998 t,A CIUDAD Dlt DIOS XV, 2
E s t o m i s m o fué figurado t a m b i é n e n l o s d o s h i j o s d e A b r a -
los hijos de la, promesa, figurados en Isaac. Mas, como enton-
h a n . I s m a e l , u n o d e ellos, n a c i ó , s e g ú n l a c a r n e , de A g a r , l a
ces, el que había nacido según la carne perseguía al nacido se-
e s c l a v a , y el o t r o , I s a a c , n a c i ó , s e g ú n l a p r o m e s a , d e S a r a , l a
gún el espíritu, así sucede también ahora. Pero ¿qué dice la
libre. Ciertamente los dos descienden de A b r a h á n ; pero aquél
Escritura? Echa fuera a la esclava y a su hijo, que no ha de
fué e n g e n d r a d o s e g ú n el c u r s o o r d i n a r i o d e l a n a t u r a l e z a , y
ser heredero el hijo de la esclava con el hijo dé la libre. Em-
éste fué d a d o e n v i r t u d d e u n a p r o m e s a q u e figuraba l a g r a c i a .
pero, hermanos, nosotros no somos hijos de la esclava, sino de
A l l í a p a r e c e l a u s a n z a h u m a n a , y a q u í se manifiesta el beneficio
la libre, y es Cristo el que nos ha adquirido esta libertad. Esta
divino [ 3 ] .
i n t e r p r e t a c i ó n , e m a n a d a d e l a a u t o r i d a d d e l A p ó s t o l , n o s des-
cubre cómo debemos entender los escritos del Nuevo y del Vie-
jo Testamento. C A P I T U L O III
U n a parte de la ciudad terrena h a venido a ser imagen de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la C i u d a d c e l e s t i a l , y n o se s i m b o l i z a a sí m i s m a , s i n o a l a E S T E R I L I D A D DE SARA Y FECUNDIDAD RECIBIDA
o t r a , y, p o r t a n t o , l a s i r v e . E s t a n o fué f u n d a d a p a r a s e r figura
de sí m i s m a , s i n o d e l a o t r a , y l a c i u d a d q u e p r e f i g u r a fué a su E n r e a l i d a d , S a r a e r a e s t é r i l . Y sin e s p e r a n z a d e descen-
vez p r e f i g u r a d a p o r o t r a figura a n t e r i o r . E n efecto, A g a r , es- dencia, d e s e a n d o t e n e r a l m e n o s d e su e s c l a v a l o q u e n o p o d í a
c l a v a d e S a r a , y su h i j o , h a n s i d o en cierta m a n e r a u n a i m a g e n d e sí m i s m a , l a e n t r e g ó a l a b r a z o de su m a r i d o , d e q u i e n e l l a
de esta i m a g e n . Y p o r q u e l a s s o m b r a s , en l l e g a n d o l a l u z , d e b e n h a b í a q u e r i d o e n g e n d r a r sin c o n s e g u i r l o . E x i g i ó , p u e s , el dé-
d e s v a n e c e r s e , p o r e s o S a r r a , q u e e r a l a l i b r e y significa a l a ciu- b i t o c o n y u g a l , u s a n d o de su d e r e c h o en p e r s o n a d e o t r o . I s m a e l
dad libre, de la q u e era u n a imagen nueva y distinta aquella n a c i ó , c o m o n a c e n t o d o s l o s h o m b r e s , de l a u n i ó n d e l o s d o s
s o m b r a , d i j o : Echa fuera a la esclava y a su hijo, que no ha sexos, según l a l e y o r d i n a r i a d e l a n a t u r a l e z a . P o r eso dice l a
de ser heredero el hijo de la esclava con mi hijo, Isaac, o c o m o E s c r i t u r a q u e n a c i ó según la carne, n o p o r q u e estos beneficios
dice el A p ó s t o l , con el hijo de la libre. H a l l a m o s , p u e s , e n l a n o p r o c e d a n d e D i o s o n o sean o b r a s s u y a s , d e E l , c u y a sabi-
c i u d a d t e r r e n a d o s f o r m a s : u n a q u e o s t e n t a su p r e s e n c i a , y d u r í a o p e r a t i v a alcanza del uno al otro confín y lo dispone todo
o t r a q u e es, c o n su p r e s e n c i a , i m a g e n d e l a C i u d a d c e l e s t i a l . con suavidad, s i n o q u e , p a r a d a r a e n t e n d e r el d o n i n d e b i d o y
L a n a t u r a l e z a , m a l e a d a p o r ei p e c a d o , e n g e n d r a l o s c i u d a - g r a t u i t o d e la g r a c i a q u e D i o s d i o a l o s h o m b r e s , fué conve-
danos de la ciudad terrena, y la gracia, que libera del pecado, n i e n t e q u e r e g a l a r a u n h i j o c o n t r a el c u r s o o r d i n a r i o d e l a
e n g e n d r a l o s c i u d a d a n o s de l a C i u d a d celestial. P o r eso a q u é -
l l o s son l l a m a d o s v a s o s d e i r a , y éstos, v a s o s d e m i s e r i c o r d i a . vocantur vasa irae; ista, vasa misericordiae 5. Significatum est hoc etiam
in duobus filiis Abrahae, quod unus de ancilla, quae dicebatur Agar, se-
quae habet virum. Nos autem, fratres, secundum Isaac promissionis filii cundum carnem natus est Ismael, alter autem de Sarra libera secundum
sumus. Sed sicut tune qui secundum carnem natas fuerat, persequebatur repromissionem natus Isaac. Uterque quidem de semine Abrahae: sed
eum qui secundum spiritum; ita et nunc. Sed quid dicit Scriptura? Eiice illum genuit demonstrans consuetudo naturam, istum vero dedit promissio
ancillam et jilium eius: non enim haeres erit filius ancillae cum filio eignificans gratiam. Ibi humantis usus ostenditur, hic divinum beneficium
liberae. Nos autem, fratres, non sumus ancillae filii, sed liberae, qua commendatur.
libértate Christus nos liberavit4. Haec forma intelligendi de apostólica
auctoritate descendens locum nobis aperit, quemadmodum Scripturas duo- CAPUT III
rum Testamentorum, Veteris et Novi accipere debeamus. Pars enim quae-
dam terrenae civitatis imago caelestis civitatis effecta est, non se signifi- DE STERILITATE SARRAE, QUAM D E I GRATIA FECUNDAVIT
cando, sed alteram; et ideo serviens. Non enim propter se ipsam, sed
propter aliam significandam est instituta; et praecedente alia aignifica- Sarra quippe sterilis erat, et desperatione prolis, saltera de ancilla sua
tione et ipsa praefigurans praefigurata est. Namque Agar ancilla Sarrae, concupiscens habere, quod de se ipsa non se posse cernebat, dedit eam
eiusque filius, imago quaedam huius imaginis fuit. Et quoniam transi- fetandam viro, de quo parere voluerat, nec potuerat. Exegit itaque etiam
turae erant umbrae luce veniente, ideo dixit libera Sarra, quae significa- sic debitum de marito, utens iure suo in útero alieno. Natus est ergo
bat liberam civitatem, cui rursus alio modo significandae etiam illa umbra Ismael, sicut nascuntur homines, permixtione sexus utriusque, usítata lege
serviebat: Eiice ancillam, et filium eius; non enim haeres erit filius an- naturae. Ideo dictum est secundum carnem: non quod ista beneficia Dei
cillae cum filio meo Isaac, quod ait Apostolus, cum filio liberae. Inveni- non sint, aut non illa operetur Deus, cuius opifex sapientia attingit, sicut
mus ergo in terrena civitate duas formas; unam suam praesentiam de- scriptum est, a fine usque ad finem fortiter, et disponit omnia suaviter":
monstrantem, alteram caelesti civitati significandae sua praesentia servien- sed ubi significandum fuerat Dei donum, quod indebitum hominibus gra-
tem. Parit autem cives terrenae civitatis peccato vitiata natura; caelestis tis gratia largiretur, sic oportuit dari filium, quemadmodum naturae non
vero civitatis cives parit a peccato naturam liberans gratia: unde illa 5
R o m . Qj22.2J.
4
G a l . 4,21-31.
XV, 4 LAS DOS CIUDADES EN LA TIKKRA 1001
1000 r,A CIUDAD DR DIOS XV, 4
sea c u a l q u i e r a la p a r t e d e e l l a q u e se l e v a n t e en g u e r r a c o n t r a
n a t u r a l e z a . L a n a t u r a l e z a n i e g a h i j o s a u n a u n i ó n c a r n a l , tal o t r a , p r e t e n d e ser v e n c e d o r a , s i e n d o e l l a c a u t i v a d e l o s vicios.
cual p o d í a ser la d e A b r a h á n y S a r a e n e d a d t a n a v a n z a d a , a Si vence y se e n g a l l a m á s s o b e r b i a m e n t e , su v i c t o r i a e s mortífe-
lo q u e se a ñ a d í a la e s t e r i l i d a d d e S a r a , q u e n o p u d o c o n c e b i r r a ; p e r o si, p e s a n d o la c o n d i c i ó n y l a s c o n s e c u e n c i a s c o m u n e s ,
ni c u a n d o la e d a d e r a a ú n s u s c e p t i b l e d e f e c u n d i d a d , p e r o ésta es m a y o r su aflicción p o r las d e s g r a c i a s q u e p u e d e n s o b r e v e n i r
n o a c o m p a ñ a b a a la e d a d . Q u e a u n a n a t u r a l e z a e n t a l e s condi- q u e su h i n c h a z ó n p o r l a s v e n t a j a s q u e r e p o r t e , la v i c t o r i a es
ciones n o se le d e b í a e l f r u t o d e la p o s t e r i d a d , significa q u e la s o l a m e n t e m o r t a l . P o r q u e n o s i e m p r e p u e d e s e ñ o r e a r , subsis-
n a t u r a l e z a h u m a n a , a v e r i a d a p o r el p e c a d o , y p o r eso j u s t a - tiendo, a quienes p u d o someter venciendo.
m e n t e c o n d e n a d a , e n a d e l a n t e n o s e r í a a c r e e d o r a a la felicidad N o es a c e r t a d o d e c i r q u e los b i e n e s q u e desea esta c i u d a d
v e r d a d e r a . M e r e c i d a m e n t e , p u e s , I s a a c , n a c i d o en v i r t u d de la n o son b i e n e s , p u e s t o q u e ella m i s m a e s u n b i e n , y el m e j o r
p r o m e s a , figura a los h i j o s d e l a g r a c i a , c i u d a d a n o s de la c i u d a d en su g é n e r o . P o r c a u s a d e estos b i e n e s ínfimos, desea cierta p a z

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


l i b r e , socios d e l a p a z e t e r n a . E n e l l a n o r e i n a el a m o r a l a t e r r e n a y a n h e l a l l e g a r a ella p o r la g u e r r a . Si vence y n o h a y
v o l u n t a d p r o p i a y p r i v a d a , sino u n gozo del b i e n c o m ú n e in q u i e n resista, n a c e la p a z de q u e c a r e c í a n los p a r t i d o s c o n t r a -
m u t a b l e y la obediencia de la caridad, que hace de muchos u n rios e n t r e sí, q u e l u c h a b a n con infeliz m i s e r i a p o r cosas q u e n o
s o l o c o r a z ó n , u n a c o n c o r d i a perfecta [ 4 ] . p o d í a n p o s e e r a la vez. Esta es la p a z q u e p e r s i g u e n las p e n o -
sas g u e r r a s , ésta es la p a z q u e l o g r a n las v i c t o r i a s p r e t e n d i -
d a m e n t e g l o r i o s a s . C u a n d o vencen los q u e l u c h a r o n p o r la
C A P I T U L O IV c a u s a m á s j u s t a , ¿ q u i é n d u d a q u e la v i c t o r i a d e b e a c o g e r s e con
a p l a u s o , y la p a z con g o z o ? S o n b i e n e s , y los b i e n e s son d o n e s
L A P A Z Y Í.A G U E R R A EN LA CIUDAD T E R R E N A
d e D i o s . M a s si, a b a n d o n a d o s los b i e n e s s u p r e m o s , p o s e s i ó n de
la C i u d a d s o b e r a n a , d o n d e h a b r á u n a victoria s e g u i d a d e u n a
L a c i u d a d t e r r e n a , q u e n o será e t e r n a (pues, u n a vez con- p a z e t e r n a y s u m a , se a n s i a n estos b i e n e s d e m a n e r a q u e o se
d e n a d a a l ú l t i m o s u p l i c i o , n o será y a c i u d a d ) , t i e n e a q u í a b a j o c r e a q u e son ú n i c o s o se a m e n m á s q u e los s u p e r i o r e s , inevita-
su b i e n y se goza en su p o s e s i ó n c o n ese gozo q u e p u e d e n b r i n - b l e m e n t e sigue la miseria y se acrece la existente.
d a r t a l e s c o s a s . Y p o r q u e e s e b i e n n o es t a l q u e e x c l u y a d e s u s
bollando suncxi-rit, quaerit esse viclrix gentium, cuín sit captiva vitiorum.
a m a d o r e s l a s a n g u s t i a s , p o r eso esta c i u d a d con f r e c u e n c i a se Et si quidem cum vicerit, superbius extollitur, etiam mortífera; si vero
d i v i d e c o n t r a sí m i s m a , p l e i t e a n d o , b a t a l l a n d o , l u c h a n d o y b u s - conditionem cogitans casusque communes, magisque accidere possunt ad-
cando victorias mortíferas o al menos mortales [ 5 ] . P o r q u e , veráis angitur, quam eis quae provenerínt secundis rebus inflatur, tan-
tummodo mortalis est ista victoria. Ñeque enim semper dominan potertt
debebatur excursibus. Negat enim natura iam filios tali commixtioni rnaris permanendo eis quos potuerit subiugare vincendo. Non autem recte di-
et feminae, qualis esse poterat Abrahae et Sarrae in illa iam aetate, etiam cuntur ea bona non esse, quae concupiscit haec civitas, quando est et ipsa
mulieris accedente sterilitate, quae neo tune parere potuit, quando non in suo genere humano meüor. Concupiscit enim terrenam quamdam pro
aetas fecunditati, sed aetati fecunditas defuit. Quod ergo naturae sic rebus infimis pacem: ad eam namque desiderat pervenire bellando. Quo-
affectae fructus posteritatis non debebatur, significat quod natura generis niam si vicerit, et qui resistat non fuerit, pax erit, quam non habebant
humani peccato vitiata, ac per hoc iure damnata, nihil verae felicitatis in partes invieem adversantes, et pro bis rebus quas simul habere non poto-
posterum merebatur. Recte igitur significat Isaac per repromissionem rant infelici egestale certantes. Hanc pacem requirunt laboriosa bella;
natus filios gratiae, cives civitatis liberae, socios pacis aeternae, ubi sit hanc adipiscitur quae putatur gloriosa victoria. Quando autem vincunt
non amor propriae ac privatae quodammodo voluntatis, sed communi eo- qui causa iustiore pugnabant, quis dubitet gratulamlam esse victoriam, et
demque immutabili bono gaudens, atque ex multis unum cor faciens, id provenisse optabilem pacem? Haec bona sunt, et sine dubio Dei dona
est perfecte concors, obedientia charitatis. sunt. Sed si, neglectis melioribus, quae ad supernam pertineut civitatem.
ubi erit victoria in aeterna et summa pace secura, bona ista sic concu-
piscuntur, ut vel sola esse credantur, vel his quae meliora creduntur, am-
CAPUT IV püus diligantur; necesse est miseria eonsequatnr, et quae ineraf augeatur.

DE TERRENAS CIVITATIS VEL CONCERTATIONE, VEL PACE

Terrena porro civitas, quae sempiterna non erit (ñeque enim cum in
extremo supplicio damnata fuerit, iam civitas erit), hic habet bonum
suum, cuius societate laetatur, qualis esse de talibus rebus laetitia potest.
Et quoniam non est tale bonum, ut nullas angustias faciat amatoribus
suis, ideo civitas ista adversus se ipsam plerumque dividitur litigando,
bellando, atque pugnando, et aut mortíferas, aut certe mortales victorias
requirendo. Nam ex quacumque sui parte adversus alteram sui partera
XV, 5 , " LAS DpS CIUDADES EN J,A TIERRA 1003
1002 v;~. L¿ CIUDAD DK DIOS XV, 5
ambición semejante, ni el fratricida envidió al otro por temer
que su poderío se limitara más mandando los dos (porque Abel
CAPITULO V no buscaba el señorío en la ciudad que fundaba su hermano).
Le envidió simplemente con esa envidia diabólica con que en-
DOS EMPERADORES : EL DE LA CIUDAD TERRENA Y EL DE ROMA vidian los malos a los buenos, sin motivo alguno, sólo porque
unos son buenos y otros malos. La bondad no se disminuye
El fundador de la ciudad terrena fué fratricida. Llevado de
por admitir a participarla a un compañero; al contrario, se
la envidia, mató a su hermano, que era ciudadano de la ciudad
acrece tanto más cuanto más concordemente la posee la caridad
eterna y peregrino en la tierra. Por eso no es de maravillar
individual de los consocios. En realidad, el que se niega a te-
que este ejemplo, o, como dirían los griegos, este arquetipo
nerla común, no goza de esta posesión, siendo su gozo más
(ápxETÚTTCp), haya sido imitado, después de tanto tiempo, por el
cumplido cuanto más generosamente ame en ella al compañero.
fundador de la ciudad que con el tiempo había de ser cabeza
Lo acontecido entre Rómulo y Remo muestra cómo la ciu-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de la ciudad terrena de que hablamos v señora de multitud de
dad terrena se divide contra sí misma, y lo sucedido entre Caín
pueblos. También allí, como dice uno de sus poetas,
V Abel es el trasluz de las enemistades que existen entre las
Se regaron con la sangre fraterna los primeros muros. dos ciudades, entre la Ciudad de Dios y la de los hombres. En
Lo mismo acaeció en la fundación de Roma, en la que, según suma, que los malos luchan unos contra otros y, a su vez, con-
Ja historia, Rómulo mató a su hermano Remo, con la diferen- tra los buenos. Pero los buenos, si son perfectos, no pueden
cia de que aquí ambos eran ciudadanos de la ciudad terrena. tener ningún altercado entre sí. Pueden si son proficientes y
Los dos pretendían la gloria de ser fundadores de la república aún no perfectos. En este caso, uno bueno lucha contra otro por
romana; pero no podían tener los dos la gloria que tendría el mismo flanco por donde lucha contra sí mismo. Y en cada
uno solo de no existir más que él, porque los dominios que hombre, la carne apetece contra el espíritu, y el espíritu contra
quería su gloria dominando serían más reducidos si menguaba la carne. Por eso la concupiscencia espiritual de uno puede lu-
su poder por vivir su compañero en el mando. Y para que el char contra la carnal de otro, como luchan entre sí los buenos
mando pasara íntegro a uno solo, se quitó de en medio al com- y los malos. Además, es cierto también que pueden luchar entre
pañero, aumentando con el crimen un imperio que con la ino- si !¡is concupiscencias carnales de dos buenos, aún no perfectos,
cencia fuera menor y mejor. como luchan entre sí los malos, hasla rjue la sanidad de los
proficientes logre la última victoria.
Sin embargo, Caín y Abel no estaban tocados los dos de una
dominatus fieret angustior, qui alterum occidit, si ambo dominarentur
CAPUT V (Abel quippe non quaerebat dominationem in ea civitate, quae condebatur
a fratre): sed invidentia illa diabólica, qua invident bonis mali, nulla alia
D E PRIMO TERRENAE CIVITATIS AUCTORE FRATRICIDA, CUIUS IMPIETATI causa, nisi quia illi boni sunt, illi mali. Nullo enim modo fit minor ac-
ROMANAE ÜRBIS CONDITOR CERMANI KAEDE RESPONDERIT cedente sen permanente consorte possessio bonitatis; imo possessio bonitas,
Primus itaque fuit terrenae civitatis conditor fratricida: nam suum quam tanto latius, quanto concordáis individua sociorum possidet chan-
fratrem civem civitatis aeternae in hac térra peregrinantem invidentia vic- tas. Non habebit denique istam possessmnem, qui eam noluerit habere
tus occidit. Unde mirandum non est, quod tanto post in ea civitate con- communem; et tanto eam reperiet ampliorem, qnanto amplias ibi potuerit
denda, quae fuerat huius terrenae civitatis, de qua loquimur, caput futura, amare consortem. Illud igitur quod inter Remum et Romulum exorttini est,
et tam raultis gentibus regnatura, huic primo exemplo et, ut Graeci ap- quemadmodum adversus se ipsam terrena civitas dividatur, ostendit: quod
pellant, ápxETÍnrcp quaedam sui generis imago respondit. Nam et illic, sicut autem inter Cain et Abel, inter duas ipsas civitates, De¡ ot hominum, ini-
ipsum facinus quídam poeta commemoravit illorum, micitias demonstravit. Pugnant ergo inler se mali et mali: ítem pugnant
inter se boni et mali. Boni vero et boni, si perfecti sunt, inter se pugnare
Fraterno t>rimi maduerunt sanguine muri T . non possunt: proficientes autem nondumque perfecti ita possunt, ut bonus
Sic enim condita est Roma, quando occisum Remum a fratre Romulo Ro- quisque ex ea parte pugnet contra alterum, qua etiam contra semetipsum.
mana testatur historia: nisi quod isti terrenae civitatis ambo cives erant. Et in uno quippe nomine caro concupisr.it adversas spiritum, et spiritus
Ambo gloriam de Romanae reipublicae institutione quaerebant: sed ambo adversus carnem *. Concupiscentia ergo spiritualis contra alterius potest
eam tantam, quantam, si unus esset, habere non poterant. Qui enim vole- pugnare carnalem, vel concupiscentia carnalis contra alterius spiritualem,
bat dominando gloriari, minus utique dominaretur, si eius potestas vivo sicut inter se pugnant boni et mali: vel certe ipsae concupiscentiae car-
consorte minueretur. Ut ergo totam dominationem haberet unus, ablatus nales inter se duorum bonorum, nondum utique perfectorum, sicut inter
est socius: et scelere crevit in peius, quod innocentia minus esset et me- se pugnant mali et mali, doñee eorum qui curantur ad ultimara victoriam
lius. Hi autem fratres Cain et Abel non habebant ambo inter se similem sanitas perducatnr.
rerum terrenarum cupiditatem; nec in hoc alter alteri invidit, quod eius 8
Col. Í,I-7.
T
I.ÜCAN., l.i Pharsal. v.95.
XV, 6 LAS DOS í CIUDADES " KN I,A TIERRA 1005
1004 LA CIUDAD DB DIOS XV", 6
E n la E s c r i t u r a se p r e s e n t a u n t e r r i b l e j u i c i o c o n t r a el sier-
vo a q u i e n se le o b l i g a a p a g a r la d e u d a de diez m i l t a l e n t o s
CAPITULO VI q u e le h a b í a n s i d o c o n d o n a d o s , p o r n o h a b e r p e r d o n a d o él
u n a d e u d a m í n i m a de cien d e n a r i o s a u n siervo s u y o . U n a vez
p r o p u e s t a la p a r á b o l a , a ñ a d i ó C r i s t o : Así se portará mi Padre
ACHAQUES DE LOS CIUDADANOS DE LA CIUDAD DE DIOS EN SU
celestial con vosotros si cada uno no perdonare de corazón a
PEREGRINAJE HACIA LA PATRIA. D E ELLOS SÓLO LES SANA LA
su hermano. C a t a a h o r a el r e m e d i o c u r a t i v o de los c i u d a d a n o s
MEDICINA DE D l O S
d e la C i u d a d de D i o s q u e p e r e g r i n a n p o r este v a l l e de l á g r i -
L a d e s o b e d i e n c i a , p e n a de l a p r i m e r a , y, p o r t a n t o , vicio, m a s y s u s p i r a n p o r la p a z de l a p a t r i a s o b e r a n a . E l E s p í r i t u
n o n a t u r a l e z a , e s p r e c i s a m e n t e el a c h a q u e de q u e h e m o s h a b l a - S a n t o o b r a i n t e r i o r m e n t e p a r a q u e la m e d i c i n a a p l i c a d a al ex-
d o en el l i b r o X I V . P o r eso se dice a l o s proficientes b u e n o s t e r i o r s u r t a su efecto.
A u n q u e D i o s se sirva de l a s c r i a t u r a s a E l sujetas p a r a ha-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e en su p e r e g r i n a r viven de la f e : Llevad mutuamente vues-
tras cargas y así cumpliréis la ley de Cristo [ 6 ] . Y en o t r a b l a r a los s e n t i d o s h u m a n o s , a los c o r p ó r e o s en especie h u m a -
p a r t e : Corregid a los inquietos, consolad a los pusilánimes, n a y a los o t r o s en s u e ñ o s , es i n ú t i l p a r a el h o m b r e la p r e d i c a -
alentad a los débiles y sed pacientes con todos. Cuidad, pues, y ción de las v e r d a d e s si E l n o m u e v e y o b r a i n t e r i o r m e n t e con
que nadie vuelva mal por mal. Y en o t r o l u g a r : Si alguien su g r a c i a . M a s D i o s h a c e esto con u n j u i c i o m u y secreto, p e r o
anduviere preocupado con un delito, vosotros, que sois espiri- j u s t o , y d i s c i e r n e los v a s o s de i r a de los v a s o s de m i s e r i c o r d i a .
tuales, instruidle con espíritu de mansedumbre, pensando que Si, con la a y u d a q u e E l n o s p r e s t a de m o d o s m a r a v i l l o s o s y
también vosotros podéis ser tentados. Y a s i m i s m o : No se ponga o c u l t o s , el p e c a d o — m á s b i e n la p e n a del p e c a d o — , q u e h a b i t a
el sol estando vosotros airados. Y en el E v a n g e l i o : Si tu her- en n u e s t r o s m i e m b r o s , n o r e i n a en n u e s t r o c u e r p o m o r t a l , se-
mano pecare contra ti, corrígelo a solas entre tú y él. E l A p ó s - g ú n el p r e c e p t o del A p ó s t o l , de m a n e r a q u e o b e d e z c a m o s a s u s
tol dice, a su vez, de los p e c a d o s d e q u e se t e m e se siga deseos, y si n o a b a n d o n a m o s n u e s t r o s m i e m b r o s p a r a s e r v i r d e
e s c á n d a l o : A los pecadores públicos repréndelos delante de to- i n s t r u m e n t o s de i n i q u i d a d , el e s p í r i t u a d q u i e r e la fuerza de n o
dos para que los demás teman. P o r este m o t i v o son m u c h o s l o s c o n s e n t i r , e n t r e g a n d o su g o b e r n a l l e a D i o s . A s í , a h o r a el h o m -
m a n d a t o s s o b r e el p e r d ó n m u t u o , y se exige u n c u i d a d o m u y bre tendrá un gobierno más tranquilo, y después, perfectamente
e s m e r a d o , con el fin de q u e se m a n t e n g a l a p a z , sin l a c u a l s a n o y revestido de i n m o r t a l i d a d , r e i n a r á sin p e c a d o en u n a
nadie p u e d e ver a Dios. paz eterna.

dam pacem, sine qua nemo poterit videre Deum 1 0 : ubi ille terror est,
quando iubetur servus decem millium talentorum reddere debita, quae illi
CAPUT VI fuerant relaxata, quoniam debitum denariorum centum conservo suo non
relaxavit. Qua similitudine proposita, Dominus Iesus adiecit, atque ait,
DE LANGIJORIBUS, QUOS EX POENA PECCATI ETIAM CIVES CIVITATIS D E I IN Sic et vobis faciet Pater vester caelestis, si non dimiseritis unusquisque
I1UIUS VITAF. PERECRINATIONE PATIUNTIIR, ET A QUIBUS D E O fratri suo de cordibus vestris17. Hoc modo curantur cives civitatis Dei in
MEDENTE SANANTUR hac térra peregrinantes, et paci supernae patriae suspirantes. Spiritus au-
Languor est quippe iste, id est illa inobedientia, de qua in libro quar- tem sanctus operatur intrinsecus, ut valeat aliquid medicina, quae adhi-
todecimo disseruimus *, primae inobedientiae supplicium; et ideo non betur extrinsecus. Alioquin etiamsi Deus ipse utens creatura sibi subdita
natura, sed vitium: propter quod dicitur proficientibus bonis, et ex fide in aliqua specie humana sensus alloquatur humanos, sive istos cprporis,
in hac peregrinatione viventibus, Invicem onera vestra pórtate, et sic sive illos quos istis simillimos habemus in somnis, nec interiore gratia
adimplebitis legem Christi1". ítem alibi dicitur: Compite inquietos, con- mentem regat atque agat, nihil prodest homini omnis praedicatio veritatÍ9.
solamini pusillanimes, suscipite infirmos, patientes estofe ad omnes. Videte Facit autem hoc Deus a vasis misericordiae irae vasa discernens, dispen-
ne quis malum pro malo alicui reddat1'. ítem alio loco: Si prae.occupatus satione qua ipse novit multum oceulta, sed tamen iusta. Ipso quippe adiu-
fuerit homo in aliquo delicio, vos qui spirituales estis, instruite huiusmodi vante mirabilibus et latentibus modis, cum peccatum, quod habitat in
in spiritu mansuetudinis, intendens te ipsum, ne et tu. tenteris12. Et alibi: . membris nostris, quae potius iam poena peccati est, sicut Apostolus prae-
Sol non occidat super iracundiam. vestram la . F,t in Evangelio: Si pecca- cipit, non regnat in nostro mortali corpore ad obediendum desiderns eius,
verit in te frater tuus, corripe eum. Ínter te et ipsum solum 14. ítem de nec ei membra nostra velut iniquitatis arma exhibemus " , convertitur ad
„ peccatis, in quibus multorum cavetur offensio, Apostolus dicit: Peccantes mentem non sibi ad mala, Deo regente, consentientem; et eam regentem
coram ómnibus argüe, ut et caeteri thnorem habeantls. Propter hoc et de tranquillius mine habebit, postea sanitate perfecta atque immortalitate
venia invicem danda, multa praecipiuntur, et magna cura, propter tenen- percepta homo sine ullo peccato in aeterna pace regnabit.
18
" C . I . I I e t alibi. '•"'• Tipil. 1,26. H e b r . 12.14. .' - ',r.:''i ' :'
10
G a l . 6,2. '< M t . 18,15. " M t . 18,35.
11
1 T h e s . 5,14 e t 15. Ili
i T i t a . 5,20. '* R o m . 6,T2.i.v
12
G a l . 6 y i.
'1&Q6 LA CMJDA» DK DIOS XV, 7,1 X V , 7, 1 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1007

c o s a s q u e se ofrecen, o q u i e n ofrece, o a q u i e n se ofrece, o a


q u i e n e s se d i s t r i b u y e l a o f r e n d a p a r a c o n s u m i r l a . S e g ú n esto,
C A P Í T U L © V 11 p o r división e n t e n d e m o s a q u í d i s c r i m i n a c i ó n . A s í , c u a n d o se
ofrece d o n d e n o c o n v i e n e o l o q u e n o c o n v i e n e e n ese l u g a r ,
C A U S A D E L CRIMEN DE CAÍN Y S U OBSTINACIÓN EN É L s i n o en o t r o ; o c u a n d o se ofrece c u a n d o n o c o n v i e n e o l o q u e
n o conviene entonces, sino en otro tiempo. Y, asimismo, cuando
1. P e r o ¿ d e q u é le sirvió a C a í n q u e D i o s le r e c o r d a r a lo se ofrece u n a cosa q u e n u n c a j a m á s d e b i ó ofrecerse, o c u a n d o e l
q u e a c a b a m o s de e x p o n e r a n u e s t r o m o d o , c u a n d o le h a b l ó h o m b r e se r e s e r v a p a r a sí u n a o f r e n d a m á s selecta q u e l a q u e
c o m o solía h a c e r l o a l o s p r i m e r o s h o m b r e s , c o m o a m i g o y e n ofrece a D i o s , o c u a n d o se h a c e p a r t í c i p e p r o f a n o d e l a cosa
f o r m a c o n g r u e n t e , m e d i a n t e u n a c r i a t u r a sujeta a E l ? [ 7 | . ¿ N o ofrecida a q u i e n n o d e b e h a c e r s e [ 7 ] . E n c u á l d e estos p u n t o s
p e r p e t r ó a c a s o el c r i m e n c o n c e b i d o , el f r a t r i c i d i o , a u n d e s p u é s d e s p l a c i e r a C a í n a D i o s n o es fácil d e t e r m i n a r l o . E n l a s p a l a -
de la a d v e r t e n c i a d i v i n a ? C u a n d o D i o s d i s c e r n i ó los sacrificios b r a s d e l a p ó s t o l S a n J u a n , q u e , h a b l a n d o d e estos d o s h e r m a -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de los d o s , m i r a n d o con a g r a d o los de u n o y con d e s p l a c e r los n o s , d i c e : No imitéis a Caín, que procedía del espíritu maligno
del o t r o — c o s a q u e m a n i f e s t ó , sin d u d a , con a l g u n a señal visi- y mató a su hermano. ¿Por qué lo mató? Porque sus obras
b l e — , y lo h i z o p o r q u e las o b r a s d e éste e r a n m a l a s , y las d e eran malas, y las de su hermano, justas, se d e j a e n t r e v e r q u e
su h e r m a n o b u e n a s , C a í n se e n t r i s t e c i ó en e x t r e m o y su r o s t r o n o a g r a d ó a D i o s su d o n , j u s t a m e n t e p o r q u e d i v i d i ó m a l , dan-
p a l i d e c i ó . Dice a s í el texto s a g r a d o : Y dijo Dios a Caín: ¿Por d o a D i o s a l g o s u y o y r e s e r v á n d o s e p a r a sí a sí m i s m o . E s t o
qué estás triste y por qué lia palidecido tu rostro? ¿No es ver- m i s m o h a c e n t o d o s a q u e l l o s q u e , s i g u i e n d o su p r o p i a v o l u n t a d ,
dad que, si ofreces bien y no divides bien, pecas? ¡Cálmate! es decir, n o v i v i e n d o c o n c o r a z ó n r e c t o , sino p e r v e r s o , ofrecen
El se convertirá a ti y tú le dominarás. N o es fácil c o m p r e n d e r a D i o s d o n e s , p e n s a n d o q u e con e l l o s le o b l i g a n n o a a y u d a r l e s
esta r e c o n v e n c i ó n de D i o s a C a í n : ¿No es verdad que, si ofre- a sanar sus cupididades, sino a saciarlas.
ces bien y no divides bien, pecas?; p u e s n o se e x p r e s a el por- Y esto es l o t í p i c o d e l a c i u d a d t e r r e n a , r e n d i r c u l t o a D i o s
q u é o el fin de e l l a . Su o b s c u r i d a d h a d a d o o r i g e n a m u c h a s o a l o s dioses p a r a c o n s e g u i r c o n su a y u d a v i c t o r i a s y g o z a r
i n t e r p r e t a c i o n e s e n t r e los e x p o s i t o r e s de las d i v i n a s E s c r i t u r a s , así d e u n a p a z t e r r e n a , n o p o r a m o r al b i e n , s i n o p o r a n s i a d e
q u e se a f a n a n p o r e n t e n d e r l o en c o n f o r m i d a d con la r e g l a de fe. d o m i n i o . Los b u e n o s u s a n del m u n d o p a r a g o z a r d e D i o s , y l o s
El sacrificio se ofrece b i e n c u a n d o se ofrece al D i o s v e r d a - m a l o s , al c o n t r a r i o , q u i e r e n u s a r d e D i o s p a r a g o z a r d e l m u n -
d e r o , ú n i c o a l q u e d e b e ofrecerse. P e r o n o se d i v i d e b i e n cuan- d o [ 8 ] . H a b l o de los q u e a l m e n o s creen q u e existe D i o s y q u e
d o n o se d i s c i e r n e n b i e n , o los l u g a r e s , o los t i e m p o s , o l a s
fidei regulam id conatur exponere. Recte quippe offertur sacrificium,
cum offertur Deo vero, cui uni tantummodo sacrificandum est. Non au-
tem recte dividitur, dum non discernuntur recte vel loca, vel témpora, vel
CAPÜT Vil res ipsae quae offeruntur, vel qui offert, et cui offertur, vel hi quibus ad
vescendum distribuitur quod oblatum est: ut divisionem hic discretionem
D E CAUSA EX PERTINACIA SCELERIS CAÍN, QUEM A FACINORE CONCEPTO NKC
intelligamus; sive cum offertur, ubi non oportet, aut quod non ibi, sed ali-
DEI SERMO REVOCAVIT
bi oportet; sive cum offertur, quando non oportet, aut quod non tune, sed
1. Sed hoc ipsum, quod sicut potuimus exposuimus, cum Deus locu- alias oportet; sive cum id offertur, quod nusquam et nunquam penitus
tus esset ad Cain eo more, quo cum primis hominibus per creaturam debuit; sive cum electiora sibi eiusdem generis rerum tenet homo, quam
subieetam velut eorum sooius forma congrua loquebatur, quid ei profuit? sunt ea quae offert Deo; sive cum eius rei quae oblata est, fit particeps
norme conceptum scelus in nenando fratre etiam post verbum divinae ad- profanus, aut quilibet quem fas non est fieri. In quo autem horum Deo
monitionis iinplevit? Nam cum sacrificia discrevisset amborum, in illius displicuerit Cain, facile non potest inveniri. Sed quoniam Ioannes aposto-
respiciens, buius despiciens, quod non dubitandum est potuisse eogñosci lus, cum de his fratribus loqueretur, Non sicut Cain, inquit, qui ex ma-
signo aliquo attestante visibili; et hoc ideo fecisset Deus, quia mala erant ligno erat, et occidit fratrem suum: et cuius rei gratia occidit eum? Quia
ópera buius, fratris vero eius bona: contristatus est Cain valde, et concidit opera illius maligna fuerunt, fratris autem illius iusta'": datur inteíligi
*facies eius. Sic enim scriptum est: Et dixit Dominus ad Cain, Quare tristis propterea Deum non respexisse in munus eius, quia hoc ipso male divide-
Jactas es, et quare concidit facies lúa? Nonne si recte ofjeras, recle au- bat, dans Deo aliquid suum, sibi autem se ipsum. Quod omnes faciunt qui
tem non dividas, peccasti? Quic.sce: ad te enim convergió eius, et tu domi- non Dei, sed suam sectantes voluntatem, id est, non recto, sed perverso
naberú illius". In hac admonitione quam Deus protulit ad Caín, illud corde viventes, offerunt tamen Deo munus, quo putant eum redimí, ut
quidem quod dictum est, Nonne si recle offeras, recte autem non dividas, eorum non opituletur sanandis pravis cupiditatibus, sed explendís. Et hoc
peccasti? quia non elueet cur vel unde sit dictüm, multos sensus peperit est proprium terrenae civitatis, Deum vel déos colere, quibus adiuvantibus
eius obscuritas, cum divinarum Scripturarum quisque tractator secundum regnet in victoriis et pace terrena,.non chántate consülendi, sed dominan-

" €en. 4,6.7, sec. LXX. X l o . 3,12.


1008 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 7, 2 XjV, 7, 2 LAS DOS CIUDADES EN LA TIKKKA 1009

cuida de las cosas. humanas, pues hay otros mucho peores, lome conciencia de que el pecado debe imputárselo a sí mismo,
que no creen ni esto. no a otro. En esto radica la salubilidad de la penitencia y del
Por consiguiente, Caín, al caer en la cuenta de que Dios se pedimiento de perdón. De esta forma, la frase: El se convertirá
había complacido en el sacrificio de su hermano y no en el a ti, no ha de sobrentenderse en futuro, sino en imperativo, a
suyo, debió, convirtiéndose, imitar a su buen hermano y no, modo de mandato y no de predicción. Cada cual dominará el
ensoberbeciéndose, hacerse émulo suyo. Pero se entristeció y pecado si no le da la primacía sobre sí mismo, excusándolo,
palideció su rostro. Dios reprende sobre todo este pecado, el sino que lo somete a sí, arrepintiéndose de él. De lo contrario,
entristecerse por la bondad de otro, máxime siendo su hermano. si, cuando surge, le da acogida, servirá también al que domina.
Y éste fué el objeto de la reprimenda al preguntarle: ¿Por qué P o r pecado aquí se entiende la concupiscencia carnal, de la que
estás triste y por qué ha palidecido tu rostro? Dios miró su co- dice el Apóstol: La carne apetece contra el espíritu. Enume-
razón y, al ver en él la envidia a su hermano, le reprendió. raba entre los frutos de la carne la envidia, que aguijaba a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Los hombres, a quienes se oculta el corazón del prójimo, pue- Caín y le encendía contra su hermano. Ahora es fácil ya enten-
den dudar y no saber si la tristeza, al conocer que desplacía der esto: El se convertirá a ti y tú le dominarás. En efecto,
a Dios, nació de su malignidad o de la bondad de su hermano, cuando la parte carnal, que el Apóstol llama pecado en este
que agradó a Dios con su sacrificio. Mas Dios, al declarar el pasaje: No soy yo el que obra aquello, sino el pecado que ha-
porqué de su no aceptación diciendo que era culpa suya, no de bita en mí; cuando esta parte, digo, que los mismo? filósofos
su hermano, porque había sido injusto no dividiendo bien, es dicen que es viciosa y que no debe arrastrar tras sí a la mente,
decir, no viviendo rectamente, y se había hecho indigno de que sino que debe ser señoreada por ella y retraída por la razón
su oblación fuera aceptada, pone de manifiesto que fué mucho de las acciones ilícitas, se mueve a cometer algún desafuero, si
más injusto Caín odiando sin motivo a su justo hermano. se calma y obedece al Apóstol en esto: No abandonéis vuestros
2. Con todo, no le deja sin un consejo saludable, justo y miembros al pecado para servir de instrumentos a la iniquidad,
bueno, y así le dice: ¡Cálmate! El se convertirá a ti y tú le do- domeñada y vencida, se convertirá al espíritu, a fin de que la
minarás. ¿A quién? ¿A su hermano acaso? De ninguna mane- razón impere sobre ella humillada.
ra. Entonces, ¿a quién sino al pecado? Primero le dijo: Pe- A eso se redujo el imperativo de Dios al que ardía en haces
caste; y luego añadió: ¡Cálmate! El se convertirá a ti y tú le de envidia contra su hermano y deseaba quitarle de delante,
dominarás. Cierto que puede también entenderse que la con- debiendo más bien imitarle. ¡Cálmate!—le dice—. Deten tu
versión del pecado se revierte sobre el hombre, de forma que mano crimina!, no reine el pecado en tu cuerpo mortal para
obedecer a sus deseos, ni abandones tus miembros al pecado
di cupiditate. Iioni quippe ad hoc tituntur mundo, ut fruantur Deo: malí
autem contra, ut fruantur mundo, uti volunt Deo; qui tamen eum vel Haec est enim salubris poenitentiae medicina, et veniae petitio non incon-
esse, vel res liumanas curare iam credunt. Sunt enim multo deteriores, qui grua, ut ubi ait, Ad te enim conversio eius, non subaudiatur, Erit; sed,
nec hoc quirlem credunt. Cognito i taque C.ain quod super eius germani Sit; praecipientis videlicet, non praedicentis modo. Tune enim dominabi-
sacrifichun, nec super siiiini respexerat Den», utique fratrem bonum. mu- tur quisque peccato, si id sibi non defendendo praeposuerit, sed poeniten-
tatus imitari, non elatus debuit aernulari. Sed contristatus est, et concidit do subiecerit: alioquin et illi serviet dominanti, si patrocinium adliibiierit
facies eius. Hoc peccatum máxime arguit Deus, tristitiam de alterius bo- accidenti. Sed ut peccatum mtelligatür concupiscentia ipsa carnalis, de
nitate, et hoc fratris. Hoc quippe arguendo interrogavit dicens, Quare qua dicit Apostolus, Caro concupiscit adversas spiritum'1; in cuius car-
contristatus es, et quare concidit facies lúa? Quia enim fratri invidebat. nis fructibus et invidiam commemorat, qua utique Caín stimulabatnr, et
Deus videbat, et hoc arguebat. Nam hominibus, quibus abseonditum est accendebatur in fratris exitium: bene subauditur, Erit, id est, Ad te enim
cor alterius, esse posset ambiguum, et prorsus incertum, utrum illa trisri- conversio eius erit, et tu dominaberis illius. Cum enim commota fuerit
tia malignitatem suam, in qua se Deo displicuisse didicerat, an fratris do- pars ipsa carnalis, quam peccatum appellat Apostolus, ubi dicit. Non ego
luerit bonitatem, quae Deo placuit, cuín in sacrificium eius aspexit. Sed operar illud, sed quod habitat in me peccatum": quam partem animi
rationem Deus reddens, cur eius oWationem accipere noluerit, ut sibi ipse etiam philosophi dicmvt esse vitiosam, non quae mentem debeat trábete,
potius mérito, quam ei frater immerito displiceret, c.um esset iniustus non sed cui mens debeat imperare, eamqup. ab illioitis operibus ratione cohibe-
recte dividendo, hoc est non recto vivendo, et indignus cuius approbaretur re: eum ergo commota fuerit ad aliqnid perperam committendum, si quies-
oblatio, quam esset iniustior, quod fratrem iustum gratis odisset, ostendit. catur et obtemperetur dicenti Apostólo, Nec. exhibneritis membra ve.stra
2. Non tamen eum dimittens sine mandato sancto, iusto et bono, arma iniquitatis peccato2"; ad mentem domita et vieta convertitur, ut
Quiesce, inquit; ad te enim convenio eius, et tu dominaberis illius. Num- subditae ratio dominetur. Hoc praeeepit Deus huic, qui facibus invidiae
quid fratris? Absit. Cuius igitur, nisi peccati? Dixerat enim, Peccasti: inflammabatur in fratrem, et quem debueraf imitari, cupiebat auferri.
tum deinde addidit, Quiesce; ad te enim conversio eius, et tu dominaberis " G a l . 5,17.
illius. Potest quidem ita intelligt ad ipsum hominem conversionem esse 211
R o m . 7,17
deberé peccati, ut nulli alü quam sibi sciat tribuere deberé quod peceat " I b i d . , fi,M
1010 LA CIUDAD DI! DIOS XV, 7, 2
XV, 8, 1 US DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1011
p a r a q u e s i r v a n d e i n s t r u m e n t o s a l a i n i q u i d a d . El se conver-
tirá a ti, e n t a n t o q u e n o es s e c u n d a d o e n s u s p r o p ó s i t o s , s i n o d e u n r e b a ñ o r e a l , y a q u e t o d o esto e s u n a r e a l i d a d p r o f é t i c a y
alegórica, m e ahstengo de decirlo p o r ahora. Con todo, recuer-
f r e n a d o c o n c a l m a . Y tú le dominarás, c o n el fin d e q u e ,
d o h a b e r l o t o c a d o y a e n l a o b r a Contra Fausto Maniqueo [ 10 ].
n o p e r m i t i é n d o l e o b r a r e x t e r i o r m e n t e , se a c o s t u m b r e a n o re-
b e l a r s e i n t e r i o r m e n t e , s u j e t á n d o s e a l i m p e r i o d e l a m e n t e , rec-
tora y guía maestra.
C A P I T U L O VIII
E n el m i s m o l i b r o se dijo a l g o s e m e j a n t e t a m b i é n d e l a
m u j e r , c u a n d o , d e s p u é s d e l p e c a d o , r e c i b i e r o n d e l juicio d e
D i o s l a s s e n t e n c i a s d e c o n d e n a c i ó n , el d i a b l o e n l a s e r p i e n t e , ¿ C U Á L F U É LA R A Z Ó N D E Q U E C A Í N E N L O S A L B O R E S D E L G É N E R O
y l a m u j e r y el m a r i d o e n s u s p r o p i a s p e r s o n a s . E n h a b i é n d o l e H U M A N O F U N D A R A UNA C I U D A D ?
d i c h o : Multiplicaré tus trabajos y tus gemidos y parirás los
1. A l p r e s e n t e , m e creo en l a o b l i g a c i ó n d e d e f e n d e r l a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


hijos con dolor, a ñ a d i ó e n s e g u i d a : Y te convertirás a tu mari-
do y él te dominará. C o m o se v e , l o m i s m o q u e se dijo a C a í n h i s t o r i a , c o n e l fin d e q u e n o se t e n g a p o r i n c r e í b l e l a Escri-
t u r a c u a n d o d i c e q u e u n s o l o h o m b r e edificó u n a c i u d a d , e n u n
del p e c a d o o d e l a c o n c u p i s c e n c i a c a r n a l viciosa, eso m i s m o se
t i e m p o en q u e , a l p a r e c e r , n o h a b í a en l a t i e r r a m á s q u e c u a t r o
dijo en este p a s a j e a l a m u j e r p e c a t r i z . E n esto se a p r e c i a
h o m b r e s , o, p o r m e j o r decir, tres d e s p u é s del f r a t r i c i d i o d e
t a m b i é n lo p r o p i o q u e es decir q u e el v a r ó n , p a r a r e g i r a
C a í n ; a s a b e r : el p r i m e r h o m b r e , p a d r e de t o d o s ; C a í n y su
l a m u j e r , h a de a s e m e j a r s e a l á n i m o , q u e g o b i e r n a l a car-
h i j o H e n o c , de q u i e n t o m ó n o m b r e l a c i u d a d .
n e [ 9 J . P o r e s o dice el A p ó s t o l : Quien ama a su mujer, se
L o s q u e así r a z o n a n , r e p a r a n p o c o e n q u e el a u t o r d e l a
ama a sí mismo, pues es cierto que nadie aborreció jamás su
h i s t o r i a s a g r a d a n o tenía n e c e s i d a d d e n o m b r a r t o d o s l o s h o m -
propia carne.
b r e s q u e e x i s t í a n en a q u e l e n t o n c e s , s i n o sólo a q u e l l o s q u e le
E s t o s m a l e s d e b e n , p u e s , s e r s a n a d o s c o m o n u e s t r o s , n o con- e x i g í a el p l a n d e su o b r a . L a i n t e n c i ó n d e l e s c r i t o r , i n s t r u m e n -
d e n a d o s c o m o a j e n o s . C a í n r e c i b i ó el m a n d a m i e n t o d i v i n o d e to en m a n o s del E s p í r i t u S a n t o , e r a l l e g a r , a t r a v é s d e c i e r t a s
D i o s , c o m o p r e v a r i c a d o r , y, a c r e c i é n d o s e en él l a e n v i d i a , m a t ó g e n e r a c i o n e s v e n i d a s de u n solo h o m b r e , h a s t a A b r a h á n , y lue-
p é r f i d a m e n t e a su h e r m a n o . A s í e r a el f u n d a d o r d e l a c i u d a d go, a través de In d e s c e n d e n c i a d e éste, h a s t a el p u e b l o d e D i o s .
t e r r e n a . C ó m o éste e r a figura d e l o s j u d í o s , q u e d i e r o n m u e r t e Kn este p u e b l o , d i s t i n t o de l o d o s los d e m á s , se p r e f i g u r a r í a n y
a Cristo, pastor de l a grey h u m a n a , prefigurado e n Abel, pastor se p r e n u n c i a r í a n l a s c o s a s f u t u r a s , p r e v i s t a s e n e s p í r i t u y r e l a -
c i o n a d a s c o n la c i u d a d c u y o r e i n o será e t e r n o y c o n C r i s t o , su
R e y y F u n d a d o r . Y h a r í a esto d e t a l f o r m a , q u e de la o t r a so-
Quiesce, inquit: mamis ab scelere contine; non regnet peccatum in tuc
mortali corpore ad obediendum desideriis eius, nec exhibeas membra tua ciedad d e h o m b r e s , q u e l l a m a m o s c i u d a d t e r r e n a , n o c a l l a r í a
iniquitatis arma peccato. Ad te enim conversio eius: dum non adíuvatuí
relaxando, sed quiescendo frenatur. Et tu dominaberis illius: ut cum fo- tica res est, parco nunc dicere, et quaedam hinc adversus Faustum Mani-
rinsecus non permittitur operari, sub potestate mentís regentis et benevo- chaeum dixisse me recoló.
lentis assuescat etiam intrinsecus non moveri. Dictum est tale aliquid in
eodem divino libro et de muliere, quando post peccatum Deo interrogante CAPUT VITI
atque iudicante damnationis sententias acceperunt, in serpente diabolus,
et in se ipsis illa et maritus. Cum enim dixisset ei, Multiplicans multipli- QllAE RATIO FUEMT, 1¡T CAÍN TNTKK PRINCIPIA CF.NKRIS HUMANI
cabo tristitias Mas et gemitum tuum, et in tristitiis parles filios: deinde CONUKBET CIV1TATKM
addidit, Et ad virum tuum conversio tua, et ipse dominabitur tui24. Quod
dictum est ad Cain de peccato, vel de vitiosa carnis concupiscentía, hoc 1. Nunc autem defendenda milii videtur historia, ne sit Scriptura in-
isto loco de peccatrice femina: ubi intelligendum est virum ad regendam eredibüis, quae dicit aedificatam ab uno homine civitatem eo tempore,
uxorem, animo carnem regenti similem esse oportere. Propter quod dicit quo non plus quam viri quatuor, vel potitis tres, posteaquam fratrem fra-
Apostolus: Qui diligit uxorem suam, se ipsum diligit: nemo enim un- ter occidit, fuísse videntur in térra; id est, primus homo pater omnium, et
quam carnem suam odio habuit2S. Sananda sunt enim haec, sicut nostra; ipse Cain, et eius films Enoch, ex euius nomine ipsa civitas nuncupata est.
non sicut aliena, damnanda. Sed illud Dei praeceptum Cain sicut praeva- Sed hoc qiios movet, parum oonsiderant, non omnes nomines, qui tune
ricator accepit. Invalescente quippe invidentiae vitio, fratrem insidiatus esse potiierunt, scriptorem sacrae huías historiae necease liabuisse nomina-
occidit. Talis erat terrenae conditor civitatis. Quomodo autem significave- re: sed eos solos, quos operis suscepti ratio postnlabat. Propositum quippe
rit etiam Iudaeos, a quibus Christus occisus est pastor ovium hominum, scriptoris illius fuit, per quem Spiritus sanctus id agebat, per successiones
quem pastor ovium pecorum praefigurabat Abel, quia in allegoria prophe- certarum generatíonum ex uno homine propagatarum pervenire ad Abra-
ham, ac deinde ex eius semine ad populum Dei: in quo distincto a caeteris
24
Gen. 3,i6. gentibus praefígurarentur et praenuntiarentur oninia quae de civitate,
15
Eph. 5,28 et 29. cuius aeternum erit regnum, et de Rege eius eodemque conditore Christo
1012 t,A CIUDAD DE DIOS XV, 8 , 2
c u a n t o le f u e r a suficiente n a r r a r p a r a q u e la C i u d a d de D i o s , XV, 8, 2 r,AS DOS CIUDADES JiN 1,A TCKRRA 1013
p a r a n g o n a d a c o n su c o n t r a r i a , s e h i c i e r a focos d e l u z [ 1 1 ] . car una ciudad en nombre de su hijo Henoc, que Henoc fué su
¿ H e m o s d e c r e e r a c a s o q u e , c u a n d o la d i v i n a E s c r i t u r a , a l primer hijo. No debe pensarse esto tampoco basados en que
r e s e ñ a r el n ú m e r o d e a ñ o s q u e v i v i e r o n l o s h o m b r e s y c o n c l u i r se dice que conoció a su mujer, como si fuera esta vez la pri-
de c a d a u n o d e e l l o s c o n estas p a l a b r a s : Y tuvo hijos e hijas y mera que cohabitaba maritalmente con ella. De Adán se dijo lo
fueron todos los días, d e éste o d e a q u é l , t a n t o s , y muñó, como mismo no sólo cuando fué concebido Caín, su primogénito al
no n o m b r a los hijos y las hijas, durante tantos años como parecer, sino también después. Y así dice la Escritura: Adán
vivían en la p r i m e r a é p o c a del m u n d o , n o n a c i e r o n m u c h o s conoció a su mujer Eva y concibió y parió un hijo, a quien puso
h o m b r e s , d e c u y o s c l a n e s se f u n d a r a n d i v e r s a s c i u d a d e s ? M a s por nombre Set. De donde se sigue que este lenguaje es corrien-
fué i n c u m b e n c i a de D i o s , b a j o c u y a i n s p i r a c i ó n se e s c r i b i ó te en la Escritura y que, si bien es cierto que no se emplea
esto [ 1 2 ] , o r d e n a r y d i s c e r n i r e n u n p r i n c i p i o estas d o s socie- siempre que se refiere algo relativo a la concepción humana,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


d a d e s e n l a s diferentes g e n e r a c i o n e s . A s í , se t r a m a r o n p o r se- también es cierto que no sólo se emplea cuando cohabitan por
p a r a d o l a s g e n e r a c i o n e s d e l o s h o m b r e s , o sea, d e l o s q u e vi- primera vez los dos esposos. Y no es tampoco argumento con-
v í a n s e g ú n el h o m b r e y d e l o s h i j o s de D i o s , es d e c i r , d e l o s tundente para concluir que Henoc fué el primogénito decir que
q u e v i v í a n s e f ú n D i o s , h a s t a el d i l u v i o , en q u e se n a r r a y a la la ciudad llevó su nombre, porque no es utopía pensar que el
discriminación y concreción de ambas ciudades. La discrimina- padre, por cualquier motivo, aun teniendo más hijos, lo amara
ción sin d u d a a l g u n a , p o r q u e se refieren p o r s e p a r a d o l a s ge- más que a los demás. Tampoco Judá fué primogénito, y, sin
n e r a c i o n e s d e l a s d o s , la d e C a í n el f r a t r i c i d a y l a d e Set. E s t e embargo, de él tomó su nombre la Judea y los judíos.
n a c i ó t a m b i é n de A d á n y v i n o a o c u p a r e l l u g a r d e su f a l l e c i d o Mas, concediendo que fuera el primogénito el fundador de
hermano. Y Ja c o n c r e c i ó n , p o r q u e l o s b u e n o s , i n c l i n á n d o s e a l aquella ciudad, no por eso debe creerse que le impuso su nom-
m a l , se h a b í a n h e c h o a c r e e d o r e s a la d e v a s t a c i ó n d e l d i l u v i o , bre a la ciudad fundada, cuando nació. En este lance era im-
e x c e p c i ó n h e c h a de u n j u s t o , l l a m a d o N o é , y de su e s p o s a y s u s posible constituir con un solo sujeto una ciudad, que en realidad
t r e s h i j o s , c o n s u s r e s p e c t i v a s n u e r a s (ocho p e r s o n a s q u e m e r e - no es más que una multitud de hombres unidos entre sí por
c i e r o n e s c a p a r , en el a r c a , a esta catástrofe u n i v e r s a l ) . algún lazo social [ 1 3 ] . Parece más acertado decir que, una vez
2. No es l ó g i c o c o n c l u i r d e este p a s a j e : Y conoció Caín Jiumcnlnrlji prodigiosamente ln familia de ese hijo, llegando a
a su mujer, la cual concibió y parió a Henoc. Y se puso a edifi- formar él solo un pueblo, constituyó entonces la ciudad y le
impuso el nombre del primogénito. Tan larga era la vida de
m Spiritu praevidebantur esse ventura; ita ut nec de altera societate ho- aquellos hombres, que, de los mencionados, el que menos vivió
minum taceretur, quam terrenam dicimus civitatem, quantum ei comme- antes del diluvio fué setecientos cincuenta y tres años [ 1 4 ] .
morandae satis esset, ut civitas Dei etiam suae adversariae comparatione
clarescat. Cum igitur Scriptura divina, ubi et numerum annorum, quos cipiens pepsrit Enoch; et erat aedificans civitatem in nomine filii sui
illi homines vixerunt, commemorat, ita concludat, ut dicat de illo de quo Enoch: non est quidem consequens, ut istum primum íilium genuisse cre-
Joquebatur, Et genuit filias et filias, et fuerunt omnes dies illius, vel illius, datur. Ñeque enim hoc ex eo putandum est, quia dictus est cognovisse
quos vixit, anni tot, et mortuus est1': numquid quia eosdem filios et fi- uxorem suam, quasi tune se illi primitus concumbendo miscuisset Nam et
lias non nominat, ideo intelligere non debemus per tam multos annos, de ipso patre omnium Adam non tune solum hoc dictum est, quando con-
quibus tune in saeculi htiius prima aetate vivebant, nasci potuisse pluri- ceptus est Cain, quem primogenitum videtur habuisse: verum etiam poste-
mos homines, quorum coetibus condi possent etiam plurimae civitates? sed rius eadem Scriptura, Cognovit, inquit, Adam uxorem suum Evam, et
pertinuit ad Deum, quo ista inspirante conscripta sunt, has duas societates concepit, et peperit filium., et nominavit nomen illius Seth 2I . Unde intel-
suis diversis generationibus primitus digerere atque distinguere: ut seor- ligitur ita soleré illam Scripturam loqui, quamvis non semper cum in ea
sum hominum, hoc est secundum hominem viventium, seorsum autem fi- legitur factos hominum fuisse conceptus, non tamen solum cum primum
liorum Dei, id est hominum secundum Deum viventium, generationes sibi sexus merque miscetur. Nec illud necessario est argumento, ut primo-
contexerentur usque ad diluvium, ubi ambarum societatum discretio con- genitum patri existimemus Enoch, quod eius nomine civitas illa nuncu-
cretioque narratur: discretio quidem, quod ambarum separatim genera- pata est. Non enim ab re est, ut propter aliquam causam. cum et alios
tiones commemorantur, unius fratricidae Cain, alterius autem qui voca- haberet, diligeret eum pater caeteris amplius. Ñeque enim et ludas primo-
batur Seth; natus quippe fuerat et ipse de Adam, pro illo quem frater génitas fuit, a quo Iudaea cognominata est, et Iudaei. Sed etiamsi condi-
occidit: concretio autem, quia, bonis in deterius declinantibus, tales uni- tori civitatis illius iste filius primus est natus, non ideo putandum est
versi facti fuerant, ut diluvio delerentur, excepto uno iusto, cui nomen tune a patre conditae civitati nomen eius impositum, quando natus est;
erat Noe, et eius coniuge, et tribus filiis, totidemque nuribus, qui homines quia nec constituí tune ab uno poterat civitas, quae nihil aliud est quam
octo ex illa omnium vastatione mortalium per arcam evadere meruerunt. hominum multitudo aliquo societatis vinculo colligata: sed cum illius ho-
2. Quod igitur scriptum est, Et cognovit Cain uxorem suam, et con- minis familia tanta numerositate cresceret, ut haberet iam populi quanti-
tatem, tune potuit utique fieri, ut et constitueret, et nomen primogeniti
• " Gen. 5,4.5 et alibi.
"' Ibid., 4,17.35.
LA
10X4 CIUDAD DE DIOS XIV, 9 XV, 9 LAS DOá' CIUDADES 1¡N LA TIERRA 1015
Muchos pasaron de los novecientos, p e r o nadie llegó a los e n t o n c e s e r a n m u c h o m a y o r e s q u e a h o r a . N o o b s t a n t e , el m á s
m i l [ 1 5 ] . S e g ú n esto, ¿ q u i é n d u d a r á q u e , d u r a n t e l a v i d a d e c é l e b r e d e s u s p o e t a s , V i r g i l i o , a p r o p ó s i t o de u n a e n o r m e p i e -
u n s o l o h o m b r e , el g é n e r o h u m a n o p u d o m u l t i p l i c a r s e t a n t o d r a q u e servía d e m o j ó n d e c a m p o s , y q u e u n h o m b r e f o r z u d o
q u e b a s t a r a p a r a c o n s t i t u i r n o u n a , sino m u c h a s c i u d a d e s ? [ 1 6 ] . de aquellos tiempos la tomó sobre sus hombros, corrió con ella,
E s t a c o n j e t u r a n o es n a d a difícil h a c e r l a . S a b e m o s , p o r ejem- lá dobló y la lanzó, d i c e :
p l o , q u e la d e s c e n d e n c i a de A b r a h á n en el p u e b l o h e b r e o , en
p o c o m á s d e c u a t r o c i e n t o s a ñ o s , fué t a l , q u e a l a s a l i d a d e Apenas doce hombres de los más robustos, como los que la tierra
ahora produce, hubieran podido llevar tal masa sobre sus espaldas.
E g i p t o h a y y a seiscientos m i l m o z o s a p t o s p a r a l a s a r m a s . Y esto
sin c o n t a r los i d u m e o s , q u e n o p e r t e n e c í a n a l p u e b l o de I s r a e l C o n esto d a a e n t e n d e r q u e l a t i e r r a e n t o n c e s s o l í a p r o d u c i r
y d e s c e n d í a n d e E s a ú , d e s c e n d i e n t e d e A b r a h á n , y o t r a s ciuda- cuerpos mayores. ¡ Cuánto mayores serían, p o r tanto, en los
des p r o c e d e n t e s del m i s m o A b r a h á n , p e r o n o d e su m u j e r S a r a . tiempos m á s antiguos del m u n d o , antes del celebrado y afama-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


d o d i l u v i o ! S o b r e el g r a n d o r d e l o s c u e r p o s , c o n f r e c u e n c i a l o s
i n c r é d u l o s se r i n d e n a n t e l o s s e p u l c r o s d e s c u b i e r t o s p o r l a i m -
C A P I T U L O IX p e t u o s i d a d de l o s r í o s , p o r l a vetustez o p o r o t r o s a c c i d e n t e s , e n
l o s q u e a p a r e c e n h u e s o s de m u e r t o s d e u n g r a n d o r i n c r e í b l e .
¿ Q U É D E C I R D E LA LONGEVIDAD D E L O S H O M B R E S A N T E D I L U V I A N O S
Y o m i s m o h e visto e n l a p l a y a d e U t i c a , y n o s ó l o y o , sino a l g u -
Y D E S U MAYOR C O R P U L E N C I A ? n o s o t r o s c o n m i g o , u n d i e n t e m o l a r de u n h o m b r e , t a n e n o r m e ,
q u e , c o r t a d o e n t r o z o s p e q u e ñ o s , c r e o y o q u e se p o d r í a n h a c e r
P o r t a n t o , n a d i e q u e p o n d e r e con c o r d u r a lo d i c h o p o n d r á ciento de l o s n u e s t r o s . S u p o n g o , sin e m b a r g o , q u e a q u é l s e r í a
en d u d a q u e C a í n p u d o f u n d a r n o s ó l o u n a c i u d a d , s i n o u n a d e a l g ú n g i g a n t e , p o r q u e , si b i e n es v e r d a d q u e e n t o n c e s e r a n
c i u d a d g r a n d e en u n t i e m p o en q u e la v i d a de l o s m o r t a l e s e r a riíücho m a y o r e s l o s c u e r p o s t o d o s q u e l o s n u e s t r o s , l o s g i g a n t e s
t a n l a r g a . M a s q u i z á n o falte a l g ú n i n c r é d u l o q u e n o s p r e s e n t e d a b a n ciento y r a y a a l o s d e m á s [ 1 7 ] . E n é p o c a s p o s t e r i o r e s ,
cuestión s o b r e el n ú m e r o d e a ñ o s q u e v i v i e r o n e n t o n c e s l o s y a u n e n l a s n u e s t r a s , a u n q u e son r a r o s , casi n u n c a h a n f a l t a d o
h o m b r e s , s e g ú n n u e s t r o s códices, y n i e g u e q u e se les d e b e fe en c u e r p o s q u e s o b r e p a s a n en m u c h o el t a m a ñ o c o r r i e n t e . P l i n i o
esto. A este t e n o r se n i e g a n t a m b i é n a c r e e r q u e los c u e r p o s S e g u n d o | 18 |, h o m b r e m u y s a b i o , a s e g u r a q u e , a m e d i d a q u e
a v a n z a n los siglos, l a n a t u r a l e z a p r o d u c e c u e r p o s m á s p e q u e -
sui constitutae imponeret civitati. Tam longa quippe vita illorum hominnm ñ o s . C u e n t a , a d e m á s , q u e H o m e r o se q u e j a d e este h e c h o c o n
fuit, ut illic memoratorum, quorum et anni taciti non sunt, qui mínimum f r e c u e n c i a , n o b u r l á n d o s e d e él c o m o d e ficciones p o é t i c a s , s i n o
vixit ante diluvium, ad septingentos quinqitaginta tres perveniret. Nam
plures nongentos annos etiam transierunt, quamvis nenio ad mille perve- credendum. Ita quippe non credunt etiam magnitudines corporum longe
nerit Quis itaque dubitaverit per unius hominis aetatem tantum multipli- ampliores tune fuisse quam nunc sunt. Unde et nobilissimus eorum poeta
can potuisse genus humanum, ut esset unde constitneretur non una, sed Virgilius, de ingenti lapide, quem in agrorum limite infixum vir fortis
plúrimae civitates? Quod ex hoc coniici fácil lime potest, quia ex uno illorum temporum pugnans et rapuit, et cucurrit, et intorsit, et misit,
Abráham non multo amplius quadringentis annis numerositas Hebraeae Vix illum finquit) lecti bis sex cervice subirent,
gentis tanta procreata est, ut in exitu eiusdem populi ex Aegypto sexcenta Qualia nunc hominum producit corpora tellus 29 :
millia hominum íuisse referantur bellicae inventutis 28, ut omittamus gen-
tem Idumaeorum non pertinentem ad populum Israel, quam genuit frater sígnificans maiora tune corpora producere soleré tellurem. Quanto magis
eius Esau, nepos Abrahae, et alias natas ex semine ipsius Abrahae, nen igitur temporibus recentioribus mundi, ante illud nobile diffamatumque
per Sarram coniugem proereatas. diluvium? Sed de corporum magnitudine plerumque incrédulos nudata
per vetustatem sive per vim fluminum variosque casus sepulcra convincunt,
ubi apparuerunt, vel unde ceciderunt incredibilis magnitudinis ossa nio,r"
CAPUT IX ' tuorum. Vidi ipse non solus, sed aliquot mecum in Uticensí littore mola'
rem hominis dentem tam ingentem, ut si in nostrorum dentium módulos
ÜB LONGA VITA HOMINUM, QUAK f l ' I T ANTE OIMJVrUM. ET DE A M P I J O B * minutatim concideretu»*, centum nóbis videretur faceré potuisse. Sed illum
IIUMANORUM CORPORUM FORMA gigantis alicuius fuisse crediderim. Nam praeter quod erant omnium muí"
to maiora, quam nostra, tune corpora, gigantes longe caeteris anteibant-
Quamohrem nullus pruden? rerum existimator dubitaverit, Cain, non Sicut alus deinde nostrisque temporibus rara quidem, sed nunquam ferm e
solum aliquam, verum etiam magnam potuisse condere civitatem, quando defnerunt, quae modum aliorum plurimum excederent. Plinius Secundas,
in tam longum tempus proteridebatur vita mortalium: nisi forte infidelium doctissimus homo, quanto magis magisque praeterit saeculi excursúí, i°*"
quisplam ex ipsa numerositate annorum nobis ingerat quaestionem, qua ñora corpora naturam ferré testa tur. Quod etiam Homerum commémorS 1
vixisse tune homines scriptum est in auctoribus nostris; et hoc neget esse saepe carmine fuisse conquestum, non haec velut poética figmenta de*''
al v
E x 12,37 ,,^ • ' ;.:", 23
Aeneid. I.12 v.899-900.
1016 M CIUDAD DK D I O S XV, 10
XV, 10 I,AS DOS CIlrDAIJKS UN I.A TUCURA ,Í017
t o m á n d o l o c o m o e s c r i t o r de esa especie de m i l a g r o s n a t u r a l e s
y c o m o h i s t o r i a d o r fidedigno. Con t o d o , los h u e s o s q u e se van g e n d r a r a Set, vivió doscientos t r e i n t a a ñ o s , y, según los he-
d e s c u b r i e n d o n o s p o n e n a n t e los ojos m u c h a s veces, p u e s re- b r e o s , ciento t r e i n t a . P e r o , s e g ú n los n u e s t r o s , vivió d e s p u é s
sisten b i e n los e l e m e n t o s , el t a m a ñ o de los c u e r p o s a n t i g u o s . setecientos a ñ o s , y, según los o t r o s , o c h o c i e n t o s . Y así convie-
P e r o el n ú m e r o de a ñ o s q u e vivía u n h o m b r e de a q u e l l a s ca- nen l o s dos en la s u m a t o t a l . E n l a s g e n e r a c i o n e s siguientes,
l e n d a s n o p u e d e a h o r a a v e r i g u a r s e p o r d o c u m e n t o s de esta ín- el p a d r e , a n t e s de e n g e n d r a r al h i j o q u e se cita, vive, según los
d o l e [ 1 9 ] . P o r lo d e m á s , esto n o debe i m p e d i r el d a r fe a la códices b e b r e o s , cien a ñ o s m e n o s q u e s e g ú n los n u e s t r o s , y des-
h i s t o r i a s a g r a d a , c u y a s n a r r a c i o n e s sería t a n t o m á s i m p r u d e n t e p u é s de e n g e n d r a d o , esos cien a ñ o s f a l t a n en los n u e s t r o s . D e
n o c r e e r l a s c u a n t o m á s c e r t e r a m e n t e v e m o s c u m p l i d a s sus p r e - este m o d o , en u n o y otro caso están a c o r d e s en la s u m a t o t a l .
d i c c i o n e s . El m i s m o P l i n i o dice q u e h a y t o d a v í a u n a región E n la sexta g e n e r a c i ó n n o h a y n i u n a sola v a r i a n t e en los
d o n d e viven h a s t a d o s c i e n t o s a ñ o s . Si, p u e s , a l g u n o s p a í s e s q u e d o s códices. E n la s é p t i m a , en q u e se c u e n t a q u e H e n o c n o m u -
n o s son d e s c o n o c i d o s c o n s e r v a n t o d a v í a restos de esa vida l a r g a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


rió, sino q u e , p o r h a b e r a g r a d a d o a D i o s , fué t r a s l a d a d o , se d a
d e la q u e n o s o t r o s n o t e n e m o s e x p e r i e n c i a , ¿ p o r q u é n o se h a l a m i s m a d i s c r e p a n c i a q u e en l a s c i n c o p r i m e r a s , de los cien
de c r e e r q u e esa v i d a t u v o t a m b i é n su p e r í o d o á u r e o ? ¿ E s aca- a ñ o s a n t e s de e n g e n d r a d o , y en la s u m a t o t a l la m i s m a conso-
so c r e í b l e q u e existe e n a l g u n a p a r t e lo q u e n o existe a q u í , y n a n c i a . S e g ú n los dos códices, vivió, antes de ser t r a s l a d a d o ,
es i n c r e í b l e q u e existió en a l g ú n t i e m p o lo q u e a h o r a n o e x i s t e ? t r e s c i e n t o s sesenta y cinco a ñ o s . L a octava g e n e r a c i ó n p r e s e n t a
u n a d i v e r s i d a d m e n o r , p e r o distinta de l a s d e m á s . M a t u s a l é n ,
hijo de H e n o c [ 2 1 ] , a n t e s de e n g e n d r a r al q u e sigue en la lista,
C A P I T ü L O X según los códices h e b r e o s , vivió n o cien a ñ o s m e n o s , sino veinte
m á s . E s t o s a ñ o s se h a l l a n a ñ a d i d o s u n a vez m á s en los n u e s t r o s
D I F E R E N C I A S EN E L N Ú M E H O DE A Ñ O S E N T R E N U E S T R O S CÓDICES d e s p u é s de h a b e r l o e n g e n d r a d o , y en a m b o s c o i n c i d e o t r a vez
Y LOS HEBREOS la s u m a t o t a l .
S o l a m e n t e en la n o v e n a g e n e r a c i ó n , o sea, en los a ñ o s de
Así, a u n q u e e n t r e los c ó d i c e s n u e s t r o s y los h e b r e o s [ 2 0 ]
L a m e c , h i j o de M a t u s a l é n y p a d r e de N o é , d i s c r e p a n en la
h a y , al p a r e c e r , a l g u n a d i v e r s i d a d en el n ú m e r o de a ñ o s , e ig-
s u m a total, p e r o no m u c h o . S e g ú n los códices h e b r e o s , vivió
n o r o p o r q u é , sin e m b a r g o , no es t a n t a q u e n o estén a c o r d e s en
afirmar !a v i d a l a r g a de los h o m b r e s de e n t o n c e s . E n efecto,
según n u e s t r o s códices, el p r i m e r h o m b r e , A d á n , antes de en- ipse homo primus Adam, antequam gigneret filium qui appellatus est
Seth, ducentos triginta annos vixisse reperitur in codicibus nostris, in
dens, sed in historicam fidein tanquaní miraeiilorum natiiralium scriptor liebraeis autem centum triginta perhibetur 3 '. Sed posteaquam eum ge-
assumens"*. Venim, nt dixi, antiipioiinn magnitudines corporum inventa nuit, septingentos vixisse legitur in nostris, octingentos vero in i l l i s " .
plerumque ossa, qiioniam diuturna sunt, etiam multo posterioribus saecu- Atque ita in utrisque universatis summa concordat. Ac deinde per conse-
lis prodtmt. Annoriini auteni nuinerositas r.uhisque hominis qui temporibus quentes generationes antequam gignatur qui gigni commemoratur, minus
illis fnit, nullis mine talibus doeumentis venire in experimentum potest. vixisse apud hebraeos pater eius invenitur centum annos: sed posteaquam
Nec tamen ideo fides sacrae buic historiae deroganda est, cuius tanto est genitus Ídem ipse, centum minus quam in liebraeis inveniuntur in
impudentius nárrala" non credimus, quanto impleri certius praentmtiata nostris. Atque ita hinc et inde numen universitas consonat. In sexta autem
conspicimus. Dicit tamen etiam Ídem Plinins, esse adhuc gentem, ubi (lu- generatione nusquam utrique códices discrepant. ín séptima vero, ubi ille
cernos anuos vivitur. Si ergo humanarum vitarum diuturnitates, quas ex- qui natus est Enoch, non mortuus, sed quod Deo placuerit translatus esse
perti non sumus, bodie habere creduntur incógnita nobis loca, enr non narratur, eadem dissonantia est, quae in superioribus quinqué de centum
habuisse credantnr et témpora? An vero est credibile alieubi esse quod hic annis antequam gigneret eum qui ibi commemoratus est filium: atque ita
non est, et incredibile est alionando fuisse quod mine non est? in summa similis consonantia. Vixit enim annos, antequam transferretur,
secundum utrosque códices, trecentos sexaginta et quinqué 33. Octava ge-
neratio habet quidem nonullam diversitatem, sed minorem, ac dissimilem
CAPOT X caeteris. Mathusalem quippe, quem genuit Enoch, antequam gigneret eum
qui in ipso ordine sequitur, secundum hebraeos non centum minus, sed
Dji D1FFKBENTIA QUA ÍNTER IÍKHRAK0S ET NOSTROS CÓDICES vrDBNTTJH viginti amplius vixit annos: qui rursus in nostris posteaquam eum genuit,
ANNORITM NÜMKRI DISSONARE reperiuntur additi, et in utrisque sibi summa universi numeri oceurrit".
In sola nona generatione, id est in annis Lamech filii Mathusalem, patris
Quocirca etsi Ínter hebraeos et nostros códices de ipso numero anno- autem Noe, summa universitatis discrepat, sed non plurimum. Viginti enim
rum nonnulla videtur esse distantia, quod ignoro qua ratione sit factum: et quatuor annos plus vixisse in hebraeis, quam in nostris codicibus inve-
non tamen tanta est, ut illos nomines tam longaevos fuisse dissentiant. Natn nitur. Nam antequam gigneret filium, qui vocatus est Noe, sex minus
•" llist. natur. 1.? c.t6. sl
G e n . 5,3. " I b i d . , 21-23.
" I b i d . , 4. « I b i d . , 35-27. '•'
1018 LA CIUDAD DE D I O S XV, 11 XV, 11 LAS D O S CIUDADES EN I,A TIÜKUA 1019

v e i n t i c u a t r o a ñ o s m á s q u e según l o s n u e s t r o s . A n t e s d e engen- sesenta y n u e v e a ñ o s . P o r t a n t o , r e s t a d o s novecientos c i n c u e n t a


d r a r a N o é , los h e b r e o s le p o n e n seis a ñ o s m e n o s q u e l o s nues- y cinco, t r a n s c u r r i d o s d e s d e el n a c i m i e n t o d e M a t u s a l é n h a s t a
tros, y d e s p u é s d e e n g e n d r a d o , t r e i n t a m á s . Y así, c o m o q u e d a el d i l u v i o , q u e d a n c a t o r c e , q u e , a l p a r e c e r , vivió d e s p u é s d e l
d i c h o , r e s t a d o s esos seis, s o n v e i n t i c u a t r o [ 2 2 ] . d i l u v i o . P o r este m o t i v o , a l g u n o s h a n p e n s a d o q u e vivió, n o e n
!a t i e r r a , d o n d e t o d a c a r n e , c u y a n a t u r a l e z a n o le p e r m i t e vivir
en l a s a g u a s , f u é d e s t r u i d a , s i n o c o n s u p a d r e , q u e h a b í a s i d o
C A P I T U L O XI t r a s l a d a d o a l cielo y q u e vivió a l l í h a s t a p a s a d o e l d i l u v i o .
Y e s q u e n o se a l l a n a n a n e g a r l a fe a l o s códices q u e l a
EDAD D E M A T U S A L É N Y ÉPOCA DEL DILUVIO
Iglesia h a r e c i b i d o c o m o m á s a u t é n t i c o s , y c r e e n q u e es m á s
fácil q u e y e r r e n l o s d e l o s j u d í o s q u e éstos. N o a d m i t e n q u e
fuera m á s fácil q u e se i n t r o d u j e r a e n éstos e r r o r d e l o s intér-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Esta v a r i a n t e e n t r e l o s códices h e b r e o s y l o s n u e s t r o s h a
dado origen a u n a cuestión m u y debatida. Y es ésta: que, según pretes q u e e n a q u e l l a l e n g u a l a f a l s e d a d ; l e n g u a o r i g i n a l , d e
el c ó m p u t o , M a t u s a l é n vivió c a t o r c e a ñ o s d e s p u é s d e l d i l u v i o , ia q u e h a s i d o t r a d u c i d a , p a s a n d o p o r el g r i e g o , l a E s c r i t u r a
c o n t r a e l s e n t i r d e l a E s c r i t u r a , q u e dice q u e , d e t o d o s los h o m - a l a n u e s t r a . N o e s c r e í b l e — a ñ a d e n — q u e l o s Setenta, q u e in-
b r e s existentes e n a q u e l e n t o n c e s s o b r e l a t i e r r a , s ó l o o c h o es- t e r p r e t a r o n s i m u l t á n e a m e n t e e n u n s o l o s e n t i d o [23], se equi-
c a p a r o n e n el a r c a a l azote d e l d i l u v i o . Y e n t r e e l l o s n o se v o c a r a n o q u i s i e r a n m e n t i r e n cosas q u e n o l e s i n t e r e s a b a n .
cuenta Matusalén. Y afirman q u e l o s j u d í o s , q u e n o s e n v i d i a n , p o r q u e la L e y y
S e g ú n n u e s t r o s códices, M a t u s a l é n , a n t e s d e e n g e n d r a r a L a - los P r o f e t a s h a n p a s a d o a n o s o t r o s a t r a v é s d e esta t r a d u c c i ó n ,
mec, vivió ciento sesenta y siete a ñ o s , y L a m e c , a n t e s d e l n a - v a r i a r o n s u s códices [ 2 4 ] p a r a m e n o s c a b a r la a u t o r i d a d d e l o s
c i m i e n t o d e N o é , ciento o c h e n t a y o c h o . S u m a d o s , d a n trescien- nuestros.
tos c i n c u e n t a y c i n c o . S i a éstos a ñ a d i m o s seiscientos d e N o é , C a d a c u a l p u e d e p e n s a r d e esta o p i n i ó n o c o n j e t u r a l o q u e
a ñ o e n q u e t u v o l u g a r el d i l u v i o , n o s e n c o n t r a m o s c o n nove- le p l a z c a . C o n t o d o , u n a cosa e s c i e r t a : q u e M a t u s a l é n n o vi-
cientos c i n c u e n t a y cinco desde q u e M a t u s a l é n n a c i ó h a s t a el vió d e s p u é s del d i l u v i o , sino q u e m u r i ó el m i s m o a ñ o si e s
a ñ o d e l d i l u v i o . A h o r a b i e n , s e g ú n el c ó m p u t o , M a t u s a l é n v i v i ó v e r d a d lo q u e t r a e n l o s códices h e b r e o s sobre, este p a r t i c u l a r .
novecientos sesenta y n u e v e , p u e s a n t e s d e e n g e n d r a r a L a m e c Mi p a r e c e r s o b r e l o s S e t e n t a lo i n s e r t a r é c o n m á s d e t a l l e ,
vivió ciento sesenta y siete a ñ o s , y d e s p u é s d e e n g e n d r a d o ,
ochocientos dos. Y en total, como h e dicho, son novecientos Mathusalem nongenti sexaginta novem computantur: qüia eum vixisset
annos centum sexaginta septem, et genuisset filium, qui est appellatus
habet in hebraeis quam in nostris: postea vero quam eum genuit, triginta Lamech, post eum genitum vixit annos octingentos dúos; qui omnes, ut
amplius in eisdem quam in nostris s". Unde sex illis detractis, restant vi- diximus, nongenti sexaginta novem fiunt38. Unde detractis nong'entis
ginti et quatuor, ut dictum est. quinquaginta quinqué ab ortu Mathusalem usque ad diluvium, remanent
quatuordecim, quibus vixisse creditur post diluvium. Propter quod eum
nonnulli, etsi non in térra, ubi omnem carnem, quam vivere in aquis na-
CAPUT XI tura non sinit, constat fuisse deletam, eum patre suo qui translatus fuerat
aliquantum fuisse, atque ibi doñee diluvium praeteriret, vixisse arbitran-
D E ANNIS MATHUSALEM, curas AETAS QUATUORDECIM ANNIS DILUVIUM tur; nolentes derogare fidem codicibus, quos in auctoritatem celebriórem
VIDETUR EXCEDERÉ suscepit Ecclesia, et credentes Iudaeorum potius quam istos non babere
quod verum est. Non enim admittunt, quod magis hic esse potuerit error
Per hanc autem discrepantiam hebraeorum codicum atque nostrorum, interpretum, quam in ea lingua esse falsum, unde in nostram per graecam
exoritur illa famosissima quaestio, ubi Mathusalem quatuordecim annos Scriptura ipsa translata est. Sed inquiunt, non esse credibile Septuaginta
vixisse post diluvium computatur, eum Scriptura ex ómnibus qui in térra interpretes, qui uno simul tempore unoque sensu interpretati sunt, errare
tune fuerant, solos octo homines in arca exitium commemoret evasisse di- potuisse, aut ubi nihil eorum intererat, voluisse mentiri; Iudaeos vero,
luvii s 6 , in quibus Mathusalem non fuit. Secundum códices enim nostros dum nobis invident, quod Lex et Prophetae ad nos interpretando transie-
Mathusalem, priusquam gigneret illum quem vocavit Lamech, vixit annos rint, mutasse quidam in codicibus suis, ut nostris minueretur auctoritas.
centum sexaginta septem: deinde ipse Lamech, antequam ex illo natus Hanc opinionem vel suspicionem accipiat quisque ut putaverit: certum
esset Noe, vixit annos centum octoginta octo, qui simul fiunt trecentí est tamen, non vixisse Mathusalem post diluvium, sed eodem anno fuisse
quinquaginta quinqué. His adduntur sexcenti Noe, quoto eius anno dilu- defunctum, si verum est quod de numero annorum in hebraeis codicibus
vium factum e s t " : qui fiunt nongenti quinquaginta quinqué, ex quo Ma- invenitur. De illis autem Septuaginta interpretibus quid mihi videatur, suo
thusalem natus est usque ad annum diluvii. Omnes autem anni vitae loco diligentius inserendum est, eum ad ipsa témpora, quantum necessitas
35
I b i d . , 28-31. huius operis postulat, commemoranda, adiuvante Domino, venerimus. Prae-
30
IPetr. 3,JO. fJ ,, ,
" ' G e n . 7,6. ^r:. • ti(!J . G ^ l - 5,25-27-
1020 tA CIUDAD DE DIOS XV, 12, 1
X V , 12, 1 LAS DOS CIUDADES EN I,A TIERRA 1021
con la a y u d a de D i o s y e n c u a n t o lo exija esta o b r a , en l u g a r
tos s e s e n t a , esto es, doce m e s e s l u n a r e s . L o s cinco d í a s r e s t a n t e s ,
m á s p r o p i o [ 2 5 ] . A l p r e s e n t e b a s t e d e c i r q u e , s e g ú n a m b o s có-
que c o m p l e t a n el a ñ o s o l a r , y l a s seis h o r a s q u e , m u l t i p l i c a d a s
dices, los h o m b r e s d e e n t o n c e s v i v í a n t a n t o t i e m p o , q u e el p r i -
p o r c u a t r o , d a n u n d í a , q u e o r i g i n a el a ñ o bisiesto, e r a n a ñ a d i -
m o g é n i t o de los d o s p r i m e r o s p a d r e s , ú n i c o s s o b r e l a t i e r r a ,
dos d e c u a n d o e n c u a n d o p o r l o s a n t i g u o s p a r a r e d o n d e a r el
p u d o e n g e n d r a r d u r a n t e su v i d a u n n ú m e r o c a p a z de c o n s t i t u i r
n ú m e r o de a ñ o s . A esos d í a s , l o s r o m a n o s los l l a m a b a n inter-
una ciudad.
calares.
P o r t a n t o , E n ó s , h i j o d e Set, t e n í a d i e c i n u e v e a ñ o s c u a n d o
C A P IT UL O XII
e n g e n d r ó a C a i n á n , a ñ o s q u e c o r r e s p o n d e n a los ciento n o v e n t a
de la E s c r i t u r a . E l m i s m o p r o c e d i m i e n t o se sigue e n t o d a s l a s
C R Í T I C A S O B R E OTRA O P I N I Ó N D E L C Ó M P U T O D E A Q U E L L O S A Ñ O S
g e n e r a c i o n e s e n q u e se d a n los a ñ o s d e los h o m b r e s a n t e s d e l
1. N o d e b e m o s t a m p o c o p r e s t a r o í d o s a los q u e p i e n s a n d i l u v i o . E n n u e s t r o s códices n o se h a l l a casi n i n g u n o q u e en-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e e n t o n c e s se c o m p u t a b a n los a ñ o s de o t r a m a n e r a , es decir, g e n d r a r a a l o s cien a ñ o s o a los ciento veinte, m á s o m e n o s ,
q u e l o s a ñ o s e r a n t a n c o r t o s , q u e u n o n u e s t r o e q u i v a l e a diez sino q u e los m á s j ó v e n e s q u e e n g e n d r a r o n c o n t a b a n y a cien-
de a q u é l l o s . P o r c o n s i g u i e n t e — a ñ a d e n — , c u a n d o a l g u i e n o y e r e to sesenta y lo q u e n o se d i c e . P o r q u e — d i c e n e l l o s — n a d i e
o l e y e r e q u e u n h o m b r e vivió n o v e c i e n t o s a ñ o s , d e b e e n t e n d e r p u e d e e n g e n d r a r a l o s diez a ñ o s , y a este n ú m e r o c o r r e s p o n -
n o v e n t a , p o r q u e diez a ñ o s d e a q u é l l o s son i g u a l a u n o n u e s t r o , d í a el cien de e l l o s . P e r o a los dieciséis a ñ o s está y a e n
y u n o n u e s t r o i g u a l a diez de a q u é l l o s . A s í , s e g ú n ellos, A d á n m a r c h a l a p u b e r t a d y está m a d u r a y a p t a p a r a la g e n e r a c i ó n ,
tenía v e i n t i t r é s a ñ o s c u a n d o e n g e n d r ó a Set, y Set, veintiséis y a esta e d a d e q u i v a l í a n l o s ciento sesenta a ñ o s d e e n t o n c e s .
m e s e s c u a n d o n a c i ó E n ó s , q u e , s e g ú n l a E s c r i t u r a , son doscien- Y, en a p o y o d e la n o i n c r e d i b i l i d a d d e su o p i n i ó n , a ñ a d e n q u e
tos c i n c o . S e g ú n esta o p i n i ó n , u n a ñ o c o r r i e n t e n u e s t r o , ellos lo m u c h o s h i s t o r i a d o r e s c u e n t a n q u e el a ñ o d e los e g i p c i o s cons-
d i v i d í a n en diez p a r t e s , y a c a d a p a r t e d a b a n el n o m b r e d e a ñ o . t a b a d e c u a t r o m e s e s ; el d e l o s a c á m a n o s [ 2 6 ] , d e seis, y el d e
C a d a p a r t e d e éstas consta d e u n s e n a r i o c u a d r a d o , p o r q u e D i o s los l a v i n i o s , d e t r e c e . P l i n i o S e g u n d o a t e s t i g u a q u e v i o e n cier-
c o n c l u y ó sus o b r a s e n seis d í a s y el s é p t i m o d e s c a n s ó . S o b r e tos escritos q u e u n o h a b í a vivido ciento c i n c u e n t a y d o s a ñ o s ;
este p u n t o y a h e h a b l a d o , s e g ú n m i s p o s i b i l i d a d e s , en el li- o l r o , diez m á s ; o t r o s , t r e s c i e n t o s ; o t r o s , q u i n i e n t o s , seiscientos,
b r o X I . Y u n s e n a r i o c u a d r a d o , es decir, seis p o r seis, es i g u a l y liasla ochocientos a l g u n o s , y p e n s ó q u e t o d o esto se d e b í a a
a t r e i n t a y seis d í a s , q u e , m u l t i p l i c a d o s p o r diez, d a n trescien-
numerus quadratum senarium facit, triginta sex dies fiunt: qui multipli-
senti enim sufficit quaestioni secundum utrosque códices tam tongas ha- cad decies, ad trecentos sexaginta perveniunt, id est duodecim menses
buisse vitas illius aevi homines, ut posset aetate unus, qui de duobus, lunares. Propter quinqué dies enim reliquos, quibus solaris annus impletur,
quos solos térra tune halmit parentibus primus est natus, ad oonstituen- et diei quadrantem, propter quem quater ductum eo anno, quo bissextum
dam etiam civitatem multiplican gemís humanum. vocant, unus dies adiicitur, addebantur a veteribus postea dies, ut oceurre-
ret numerus annorum, quos dies Romani intercalares vocabant. Proinde
CAPUT XII etiam Enos, quem genuit Seth, decem et novem agebat annos, quando ex
illo natus est filius eius Cainan, quos annos dicit Scriptura centum no-
D E OPINIONE EORUM, QUI PRIMORUM TEMPORUM HOMINES TAM LONCAEVOS, naginta 40. Et deinceps per omnes generationes, in quibus hominum anni
QUAM SCRIBITUR, FUISSE NON CREDUNT commemorantur ante diluvium, nullus fere in nostris codicibus invenitur,
qui cum esset centum annorum vel infra, vel etiam centum viginti, aut
1. Ñeque enim ullo modo audiendi sunt, qui putant aliter anuos illis non multo amplius, gentierit filium; sed qui mínima aetate genuerunt,
temporibus computatos, id est tantae brevitatis, ut unus annus noster centum sexaginta, et quod excurrit, fuisse referuntur: quia nemo, inquiunt,
decem illos habuisse credatur. Quapropter, inquiunt, cum audierit quisque decem annorum homo potest gignere filios, qui numerus centum appella-
vel legerit nongentos annos quemqiiam vixisse, debet intelligere nonaginta: bantur anni ab illis hominibus; sed in annis sexdecim est matura pubertas,
decem quippe illi anni unus est noster; et decem nostri, centum illi fue- et proli iam idónea procreandae, quos centum et sexaginta annos illa
runt. Ac per hoc, ut putant, viginti trium annorum fuit Adam, quando témpora nuncupabant. Ut autem aliter annum tune fuisse computatum
genuit Seth; et ipse Seth viginti habebat et sex menses, quando ex illo non sit incredibile, adiiciunt quod apud plerosque scriptores historiae re-
natus est Enos, quos appellat Scriptura ducentos et quinqué annos. Quo- peritur, Aegyptios habuisse annum quatuor mensium, Acarnanas sex men-
niam, sicut isti suspicantur quorum exponimus opinionem, unum annum sium, Lavinios tredecim mensium. Plinius Secundus cum commemorasset,
qualem nunc habemus, in decem partes illi dividebant, et easdem partes relatum fuisse in litteras, quemdam vixisse centum quinquaginta dúos
annos vocabant. Quarum partium habet una quadratum senarium, eo quod annos, alium decem amplius, alios ducentorum annorum habuisse vitam,
Deus sex diebus perfecerit opera sua, ut in séptimo requiesceret. De qua alios trecentorum, quosdam ad quingentos, alios ad sexcentos, nonnuUos
re in libro undécimo 39 , sicut potui, disputavi. Sexies autem seni, qui ad octingentos etiam pervenisse, hace omnia propter inscientiam temporum
a
» es. 4l)
G«?n. 5,9 scc. LSX
Í022 LA CIUDAD DE DIOS X V , 12, 2 XV, 13, 1 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERKA 1023

la i g n o r a n c i a d e l o s t i e m p o s . « P a r a u n o s — d i c e é l — e l a ñ o lo h i j o t e n í a , c u a n d o e n g e n d r ó a E n ó s , n o d o s c i e n t o s cinco a ñ o s ,
d e t e r m i n a b a el v e r a n o , y ipara o t r o s , el i n v i e r n o . P a r a o t r o s , e n c o m o n o s o t r o s l e e m o s , s i n o ciento c i n c o . P o r t a n t o — s e g ú n esta
c a m b i o , l a s c u a t r o e s t a c i o n e s . A s í los a r c a d i o s , c u y o s a ñ o s o p i n i ó n — , a ú n n o t e n í a once a ñ o s . Y ¿ q u é d i r é d e su h i j o
c o n s t a b a n d e t r e s m e s e s » . A ñ a d e , a d e m á s , q u e los e g i p c i o s , C a i n á n , q u e , s e g ú n n u e s t r o s códices, t e n í a ciento sesenta a ñ o s ,
cuyos años reducidos tenían cuatro meses, como hemos hecho y, s e g ú n l o s h e b r e o s , s ó l o setenta, c u a n d o e n g e n d r ó a M a l a l e -
n o t a r , r e g u l a b a n a veces el a ñ o p o r el c u r s o d e la l u n a . « Y a s í h e l ? S i es q u e e n t o n c e s setenta e q u i v a l í a n a siete n u e s t r o s ,
— a g r e g a — e n t r e e l l o s se c u e n t a q u e a l g u n o vivió h a s t a m i l p r e g u n t o : ¿ Q u i é n e n g e n d r a a los siete a ñ o s ? [ 2 7 ] .
años».
2 . A l g u n o s , f u n d a d o s e n estas r a z o n e s a p a r e n t e m e n t e p r o -
b a b l e s , sin n e g a r fe a l a h i s t o r i a s a g r a d a , s i n o deseosos d e C A P Í T U L O X í í I
afianzarla, con el fin d e q u e n o r e s u l t e i n c r e í b l e su n a r r a c i ó n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


s o b r e e d a d e s t a n a v a n z a d a s , p i e n s a n q u e n o es i m p r u d e n c i a AUTORIDAD DE L O S CÓDICES H E B K E O S Y DE L O S SETENTA EN E L
d e c i r q u e e n t o n c e s d a b a n el n o m b r e de a ñ o a u n e s p a c i o t a n CÓMPUTO DE L O S ANOS
r e d u c i d o de t i e m p o , q u e diez d e a q u é l l o s e q u i v a l e n a u n o nues-
t r o , y diez n u e s t r o s , a cien d e a q u é l l o s . H a y t e s t i m o n i o s i r r e - 1. P e r o , a l d e c i r y o esto, e n s e g u i d a se m e r e p l i c a r á q u e
f u t a b l e s p a r a p r o b a r la f a l s e d a d d e esta o p i n i ó n ; p e r o , a n t e s es u n a m e n t i r a d e los j u d í o s — c o m o y a h e d i c h o arriba—-y q u e
de e n s a y a r la p r u e b a , v o y a e x p o n e r o t r a c o n j e t u r a t a l vez m á s los S e t e n t a — h o m b r e s d e t a n l o a b l e n o m b r a d í a — n o h a n p o d i d o
a c e p t a b l e . P o d r í a m o s r e f u t a r esta afirmación y d e m o s t r a r l o m e n t i r . Si y o p r e g u n t a r a a q u í : ' ¿ Q u é es m á s c r e í b l e : q u e los
c o n t r a r i o , b a s á n d o n o s en los códices h e b r e o s . E n éstos se lee j u d í o s , d i s e m i n a d o s p o r t o d o el m u n d o , h a y a n c o n s p i r a d o d e
q u e A d á n t e n í a , n o d o s c i e n t o s t r e i n t a a ñ o s , s i n o ciento trein- c o m ú n a c u e r d o p a r a e s c r i b i r esta p a t r a ñ a y q u e se h a y a n p r i -
ta, c u a n d o e n g e n d r ó el t e r c e r o d e s u s h i j o s . A h o r a b i e n , si es- vado de la verdad p o r envidiar la autoridad de los otros; o
tos a ñ o s e q u i v a l e n a t r e c e n u e s t r o s , e s i n d u d a b l e q u e el p r i m e r o q u e los S e t e n t a , j u d í o s t a m b i é n , p o r q u e lo e r a n , r e u n i d o s en u n
¡o t u v o q u e e n g e n d r a r c u a n d o t e n í a once a ñ o s o n o m u c h o s mismo lugar p o r Plolomeo, rey de Egipto, para llevar a cabo
m á s . Y ¿ q u i é n p u e d e e n g e n d r a r a esta e d a d , s e g ú n l a l e y co- esla o b r a , h a y a n e n v i d i a d o la m i s m a v e r d a d a los g e n t i l e s y
rriente y ordinaria de la naturaleza? c o n c e r t a d o de c o n s u n o esa i m p o s t u r a ? ¿ Q u i é n n o ve q u é es
Con t o d o , d e j e m o s a u n l a d o éste, q u e q u i z á , c u a n d o fué m á s fácil y m á s d i g n o d e f e ? L í b r e n o s D i o s d e p e n s a r q u e
c r e a d o , e r a y a a p t o p a r a l a g e n e r a c i ó n , p o r q u e n o es c r e í b l e u n h o m b r e c u e r d o se i m a g i n e q u e los j u d í o s , p o r p e r v e r s o s
q u e h a y a sido c r e a d o t a n p e q u e ñ o c o m o n u e s t r o s i n f a n t e s . S u y m a l o s q u e se los s u p o n g a , h a y a n Dodido c o l a r esta f a l s e d a d

accidisse arbitratus est. «Alü quippe, inquit, aestate unum determinabant ducentorum quinqué, sicut nos legimus, sed centum quinqué fuit, quando
annum, et alterum hieme; alü quadripertitis temporibus, sicut Arcades, genuit Enos 4 2 : ac per hoc, secundum istos, nondum habebat undecim
inquit, quorum anni trimestres fuere». Adiecit etiam, aliquando Aegyptios, annos aetatis. Quid dicam de Cainan eius filio, qui cum apud nos centum
quorum parvos annos quaternorum mensium fuisse supra diximus, lunae septuaginta reperiatur, apud Hebraeos septuaginta legitur fuisse, quando
fine limitasse annum. «Itaque apud eos, inquit, et singula millia annorum genuit Malalehel? 43 Quis generat homo septennis, si tune anni septuaginta
vixísse produntur». nuncupabantur qui septem fuerunt?
2. His velut probabilibus argumentis quidam non destruentes fidem
sacrae huius historiae, sed astruere nitentes, ne sit incredibile quod tam
multos annos vixisse referuntur antiqui, persuaserunt sibi, nec se suadere CAPUT XIII
imprudenter existimant, tam exiguum spatium temporis tune annum vo-
AN IN DINUMERATIONE ANNORUM, HEERAEORUM MACIS QUAM SEPTUAGINTA
catum, ut illi decem sint unus noster, et decem nostri centum illorum.
Hoe autem falsissimum esse documento evidentissimo ostenditur. Quod an- INTERPRETUM SIT SEQUENDA AUCTORITAS
tequam faciam, non mihi tacendum videtur, quae credibilior possit esse 1. Sed cum hoc dixero, continuo referetur illud Iudaeorum esse men-
suspicio. Poteramus certe hanc asseverationem ex hebraeis codicibus re- dacium; de quo superius satis actum est: nam Septuaginta interpretes
darguere atque convineere, ubi Adam non ducentorum triginta, sed centum laudabiliter celebratos viros non potuisse mentiri. Ubi si quaeram, quid sit
triginta annorum fuisse reperitur, quando tertium genuit f i l i u m " : qui credibilíus, Iudaeorum gentem, tam longe lateque diffusam, in hoc con-
anni si tredecim nostri sunt, procul dubio primum genuit, quando unde- scribendum mendacium uno consilio conspirare potuisse, et dum alus in-
cim vel non multo amplius annorum fuit. Quis potest hac aetate generare vident auctorítatem, sibi abstulisse verítatem; an septuaginta homines, qui
usitata ista nobisque notissima lege naturae? Sed hunc omittamus, qui etiam ipsi Iudaei erant, in uno loco pósitos, quoniam rex Aegypti Ptole-
fortasse etiam quando creatus est, potuit. Non enim eum tam parvum, niaeus eos ad hoc opus asciverat, ipsam veritatem gentibus alienigenis
quam infantes nostri sunt, factum fuisse, credibile est. Sed filius eius non
42
41
Ibid., 6.
Gen. s,3. 4a
Tbid., 12.
1024 LA CIUDAD DK DIOS XV, 13, 2 X V , 13, 2 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1025

en tantos códices y tan diseminados por doquier, o que los Se- berlo reporta alguna utilidad, se copian con descuido y se
tenta, hombres de tan merecida reputación, se hayan conchava- corrigen con más descuido todavía [ 2 8 ] . Un ejemplo: ¿quien
do para arrebatar la verdad a los gentiles. Cualquiera diría, se creerá obligado a aprender los miles de hombres que tuvo
pues, que es más creíble que, cuando comenzaron a copiarse de cada tribu de Israel en particular, no importándole nada?
la biblioteca de Ptolomeo, entonces se introdujo una errata en Y, además, ¿cuántos hay que comprendan la profundidad y la
un códice, en el primero copiado, por ejemplo, transmitiéndose utilidad de esto ?
así más y más, sin excluir la posibilidad de un error del copista En realidad, la intención del autor, cuando a través de la
también en este segundo. Suponer esto en la cuestión sobre los serie de las generaciones catalogadas pone en un códice cien
años de Matusalén no es un absurdo, lo mismo que el otro caso, años que faltan en el otro, faltando luego de engendrado en el
donde se excedían en veintinueve años y no concordaban en la que se hallaban y hallándose en el que faltaban, coincidiendo

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


suma. Sin embargo, en los demás casos en que se continúa esta así la suma total, era intimarnos que los antiguos vivieron mu-
aparente mentira de sobrar antes de engendrado el hijo, puesto chos años, porque sus años eran muy breves. Y pretende acla-
en lista en uno cien años y faltar en el otro, y después de en- rar esto basado en la madurez de la pubertad, apta ya para la
gendrado sobrar en el que faltaban y faltar en el que sobraban, generación, pensando por eso que aquellos años insinúan a los
coincidiendo así en la suma total, repitiéndose esto en la pri- incrédulos diez nuestros. Y para que no rehusen creer esto que
mera, en la segunda, en la tercera, en la cuarta, en la quinta los hombres vivieron tan largo tiempo, añade cien años cuando
y en la séptima generación, parece que el error conserva cierta no encuentra edad apta para la generación, y los quita después
constancia, si cabe hablar así, y no huele a casualidad, sino a de engendrados los hijos, para que concuerde la suma total.
artificio. Tan a la letra fué su intención poner de relieve la edad apta
2. Por consiguiente, la numeración, que se ha de una ma- para la generación, que con el número de años no defrauda la
nera en los códices griegos y latinos y de otra en los hebreos, vida de cada cual. Y el que en la sexta generación no siguiera
cuando no se da esta continuidad a través de tantas generacio- este procedimiento es una razón fuerte para decir que lo siguió
nes sobre los cien años añadidos primero y restados después, cuando la realidad a que aludimos lo exigía, justamente por-
no debe atribuirse ni a la maldad de los judíos ni a la diligen- que no lo siguió cuando no lo exigía.
cia o cordura de los Setenta, sino a error del primer copista De hecho vemos que, en la misma generación, los códices
que recibió el códice de la biblioteca de Ptolomeo para copiar- hebreos dicen que Jared vivió, antes de engendrar a Henoc,
lo. Aun hoy vemos que, cuando los números no llevan al- ciento sesenta y dos años, que, según el cómputo de los años
guna intencionalidad especial, fácilmente inteligible, o el sa- breves, son dieciséis y aleo menos de dos meses, edad ya apta
codicem describendum primus accepit. Nam etiam nunc, ubi numeri non
invidisse, et communicato istud fecisse consilio: quis non videat quid pro- faciunt intentum ad aliquid quod facile possit intelligi, vel quod appareat
clivius faciliusque credatur? Sed absit ut prudens quispiam, vel ludaeos utiliter disci, et negligenter describuntur, et negligentius emendantur.
cuiuslibet perversitatis atque malitiae tantum potuisse credat in codicibus Quis enim existimet sibi esse discendum, quot millia hominum tribus Is-
tara multis et tam longe lateque dispersis; vel Septuaghita illos memora- rael singillatim habere potuerunt? quoniam prodesse aliquid non putatur:
biles viros hoc de invidenda gentibus veritate unum communicasse consi- et quotus quisque hominum est, cui profunditas utilitatis huius appareat?
lium. Credibilius ergo quis dixerit, cum primum de bibliotheca Ptolemaei Hic vero ubi per tot contextas generationes centum anni alibi adsunt,
describí ista coeperunt, tune aliquid tale fieri potuisse in códice uno, alibi desunt; et post natum, qui commemorandus fuerat, filium, desunt
scilicet primitas inde descripto, unde iam latius emanaret, ubi potuit qui- ubi adfuerunt, adsunt ubi defuerunt, ut summa concordet: nimirum cum
dem accidere etiam scriptoris error. Sed hoc in illa quaestione de vita vellet persuadere, qui hoc fecit, ideo numerosissimos annos vixísse anti-
Mathusalem non absurdum est suspicari; et in illo alio, ubi superantibus quos, quod eos brevissimos nuncupabant; et hoc de maturitate pubertatis,
viginti et quatuor annis summa non convenit. In his autem in quibus qua idónea filii gignerentur, conaretur ostendere; atque ideo in illis
continuatur ipsius mendositatis similitudo, ita ut ante genitum filium, centum annis decem nostros insinuandos putaret incredulis, ne homines
qui ordini inseritur, alibi supersint centum anni, alibi desint; post geni- tam diu vixisse recipere in fidem nollent; addidit centum, ubi gignendis
tum autem ubi deerant, supersint; ubi supererant, desint, ut summa con- filiis habilem non invenit aetatem; eosdemque, post genitos filios, ut con-
veniat; et hoc in prima, secunda, tertia, quarta, quinta, séptima genera- grueret summa, detraxit. Sic quippe voluit credibiles faceré idonearum
tione invünitur: videtur habere quamdam, si dici potest, error ipse constan- gencrandae proli convenientias aetatum, ut tamen numero non fraudaret
tiam; nec casum redolet, sed industriam. universas aetates viventium singulorum. Quod autem in sexta generatione
2. Itaque illa diversitas numerorum aliter se habentium in codicibus id non fecit, hoc ípsum est quod magis movet, illum ideo fecisse, cum res
graecis et latinís, aliter in hebraeis, ubi non est ista de centum annis quam dicimus postulavit, quia non fecit ubi non postulavit. Invenit nam-
prius additis et postea detractis per tot generationes continuata parilitas, que in eadem generatione apud hebraeos vixisse Iareth, antequam ge-
nec malitiae Iudaeorum, nec diligentiae vel prudentiae Septuaginta inter- nuisset Enoch, centum sexaginta dúos annos " , qui secundum illam ratio-
pretum, sed scriptoris tribuatur errori, qui de bibliotheca stipradicti regis " Gen. 5,18.
X V , 14, 1 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1027
1026 LA CIUDAD DI! DIOS X V , 13, 3
q u e h i s t ó r i c a m e n t e a m b o s n o p u e d e n ser v e r d a d e r o s , se d é
p a r a la g e n e r a c i ó n . P o r e s o n o tuvo n e c e s i d a d de a ñ a d i r cien m á s fe a la l e n g u a o r i g i n a l , de la q u e a r r a n c a n las t r a d u c -
a ñ o s b r e v e s p a r a l l e g a r a veintiséis, ni de s u b s t r a e r l o s d e s p u é s ciones [ 2 9 ] .
de n a c i d o H e n o c , p o r q u e n o los h a b í a a ñ a d i d o a n t e s . Y ésta A d e m á s , t r e s códices griegos, u n o l a t i n o y o t r o sirio, están
sería la r a z ó n d e q u e en este p a s a j e estén a c o r d e s los d o s a c o r d e s e n t r e sí, y en e l l o s se lee q u e M a t u s a l é n m u r i ó seis
códices. a ñ o s antes del d i l u v i o [ 3 0 ] .
3 . P e r o a h o r a s u r g e u n a n u e v a d i f i c u l t a d : ¿ P o r q u é en l a
octava g e n e r a c i ó n , a n t e s d e n a c e r L a m e c d e M a t u s a l é n , se lee
en los códices h e b r e o s q u e éste vivió ciento o c h e n t a y d o s a ñ o s , C A P Í T U L O XIV
y e n l o s n u e s t r o s veinte m e n o s , a c o s t u m b r a n d o a a ñ a d i r a q u í
cien, y d e s p u é s d e e n g e n d r a d o L a m e c se r e i n t e g r a n a la s u m a , L O S AÑOS HAN SIDO SIEMPRE IGUALES

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


n o d i s c r e p a n d o los códices en el t o t a l ? Si, p u e s , p o r ser y a
m a d u r a la p u b e r t a d en los ciento setenta a ñ o s , q u e r í a d a r a 1. P a s e m o s a h o r a a e n s a y a r el m o d o d e e v i d e n c i a r q u e
e n t e n d e r diecisiete, c o m o n o d e b í a a ñ a d i r n a d a , t a m p o c o d e b í a a q u e l l o s a ñ o s n o e r a n t a n b r e v e s q u e diez de e l l o s c o m p l e -
s u b s t r a e r l o . Y se c o m p r e n d e , p o r q u e h a b í a l l e s a d o ya a u n a ten u n o n u e s t r o , sino q u e los a ñ o s de la l a r g a v i d a d e a q u e l l o s
e d a d a p t a p a r a la g e n e r a c i ó n , m o t i v o p o r el cual a ñ a d í a cien h o m b r e s e r a n t a n l a r g o s c o m o los a c t u a l e s ( r e g u l a d o s t a m b i é n
a ñ o s en los q u e n o la h a l l a b a . Si n o p r o c u r a r a r e i n t e g r a r l o s p o r el c u r s o del s o l ) . E n p r i m e r l u g a r está escrito q u e el a ñ o
p a r a c o n c o r d a r la s u m a , p u e s los h a b í a q u i t a d o a n t e s , p o d r í a - seiscientos de la v i d a d e N o é t u v o l u g a r el d i l u v i o . ¿ P o r q u é ,
m o s p e n s a r , y con cierto d e r e c h o , q u e estos v e i n t e a ñ o s f u e r a n si a q u e l a ñ o t a n r e d u c i d o , diez d e los c u a l e s h a c e n u n o n u e s t r o ,
d e b i d o s a u n e r r o r e v e n t u a l . ¿ O es q u e , p e n s a n d o m a l , h e m o s tenía t r e i n t a y seis d í a s , se lee en este l u g a r : Y el agua del dilu-
de c r e e r q u e esto se hizo c o n m a l i c i a , p a r a o c u l t a r el artificio vio vino sobre la tierra en el año seiscientos de la vida de Noé,
consistente en a ñ a d i r p r i m e r o cien a ñ o s y s u b s t r a e r l o s l u e g o , el mes segundo, el día veintisiete del mes? Si ese a ñ o t a n b r e v e
h a c i e n d o a u n sin n e c e s i d a d a l g o s e m e j a n t e , n o en los cien a ñ o s , t o m ó n o m b r e d e la a n t i g u a u s a n z a , o n o tiene meses, o su m e s
sino en u n n ú m e r o c u a l q u i e r a , q u i t a d o a n t e s y a ñ a d i d o des- es de tres días, p a r a tener doce meses. ¿ C ó m o o p o r q u é se dijo
p u é s ? T ó m e s e esto c o m o q u i e r a , créase o n o , sea o n o sea así, el año seiscientos del mes segundo, el día veintisiete del mes,
a m í n o m e c a b e la m e n o r d u d a q u e esto se h i z o r e c t a m e n t e y s i n o p o r q u e los meses e n t o n c e s e r a n tales c u a l e s son a h o r a ?
con el fin de q u e , c u a n d o h a y a v a r i a n t e s en los códices, p u e s t o
dcquidem ad fidem rerum gestarum utrumque esse non potest verum, ei
linguae potius credatur, unde est in aliam per interpretes facta translatio.
Nam in quíbusdam etiam codicibus graecis tribus, et uno latino, et uno
nem brevium annorum fiunt anni sexdecim, et aliquid minus quam men-
etiam syro inter se consentientibus, inventus est Mathusalem sex annis
ses dúo; quae iam aetas apta est ad gignendum: et ideo addere centum
ante diluvium fuisse defunctus.
annos breves, ut nostri viginti sex fierint, necesse non fuit; nec post na-
tum Enoch eos detrahere, quos non addiderat ante natum. Sic factum est
ut hic nulla esset inter códices utrosque varietas. CAPUT XIV
3. Sed rursus movet, cur in octava generatione, antequam de Mathu-
salem nasceretur Lamech, cum apud hebraeos legantur centum octoginta DE PARILITATE ANNORUM, QUI IISDEM QUIBUS NUNC SPATIIS ET IN PRIORIBUS
dúo anni, viginti minus inveniuntur in codicibus nostris, ubi potius addi SAECULIS CUCURRERUNT
centum solent; et post genitum Lamech complendam restituuntur ad sum-
mam, quae in codicibus utrisque non discrepat. Si enim centum septua- 1. Nunc iam videamus quonam modo evidenter possit o.stendi, non
ginta annos propter pubertatis maturitatem, decem et septem volebat in- tam breves, ut illi decem unus esset noster, sed tantae prolixitatis annos
quantae nunc habemus (quos utique circuitus conficit solis), in illorum
telligi, sicut nihil addere, ita nihil detrahere iam debebat: quia invenerat
hominum vita prolixissima computatos. Sexcentésimo nempe anno vitae
aetatem idoneam generationi filiorum, propter quam in alus centum illos
Noe scriptum est factum esse diluvium. Cur ergo ibi legitur, Et agua
annos, ubi eam non inveniebat, addebat. Hoc autem de viginti annis mé- diluvii facta est super terram sexcentésimo anno in vita Noe, secundi
rito putaremus casu mendositatis accidere potuisse, nisi eos sicut prius mensis, séptima et vicésima mensis15; si annus ille minimus, quales decem
detraxerat, restituere postea curaret, ut summae conveniret integritas. An faciunt unum nostrum, triginta sex dies habebat? Tantillus quippe annus,
forte astutius factum existimandum est, ut illa, qua centum anni prius si antiquo more hoc nomen accepit, aut non habet menses, aut mensis
solent adiici et postea detrahi, occultaretur industria, cum et illic ubi ne- eius est triduum, ut habeat duodecim menses. Quomodo igitur hic dictum
cesse non fuerat, non quidem de centum annis, verumtamen de quantu- est, Sexcentésimo anno, secundi mensis, séptima et vicésima die mensis;
locumque numero prius detracto, post reddito, tale aliquid fieret? Sed nisi quia tales quales nunc sunt, etiam time erant menses? Nam quo
quomodolibet istud accipiatur, sive credatur ita esse factum, sive non
credatur; sive postremo ita, sive non ita sit: recte fieri nullo modo dubi- " Gen. 7,ro.ict sec.LXX.
taverim, ut cum diversum aliquid in utrisque codicibus invenitur, quan-
1028 h\ CIUDAD ni; DIOS XV, 1 4 , 1
X V , 14, 2 U S DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1029
De otra suerte, ¿a qué viene el decir que el diluvio comenzó
el día veintisiete del mes segundo? De igual modo, al fin del Como conclusión, diremos que los antiguos vivieron más
diluvio se lee: Y el arca el mes séptimo, el día veintisiete del de novecientos años y que los años eran todos iguales, tanto
mes, enquilló sobre los montes de Ararat. Y el agua iba des- los ciento setenta y cinco que vivió Abrahán, como los ciento
cendiendo hasta el mes undécimo, y en el mes undécimo, el cincuenta que vivió Jacob, como los ciento veinte que vivió
primer día del mes, aparecieron las cumbres de los montes. Moisés, como los setenta u ochenta o no muchos más que viven
Luego, si los meses eran iguales que los nuestros, también lo los hombres, de quienes está escrito: Y lo que pasa de eso, tra-
eran, sin duda, los años, puesto que meses de tres días no pue- bajo v dolor.
den tener veintisiete días. Y si se llamaba día a la trigésima 2. Sin embargo, la diferencia numérica que se registra
parte de tres días, disminuyendo así todo proporcionalmente, entre los códices hebreos y los nuestros está acorde en afirmar
sigúese que aquel enorme diluvio que, según la Escritura, duró la longevidad de los antiguos. Y cuando haya una diversidad
cuarenta días y cuarenta noches, se redujo a cuatro días no incompatible con la verdad en ambos, debe creerse, como más

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


completos de los nuestros. ¿Quién aguantará tal absurdo y fiel, la lengua original, de la que procede nuestra versión. Mas
disparate? no carece de misterio que, pudiendo cualquiera de cualquier
En consecuencia, deséchese este error, que de tal forma nacionalidad poner sus manos en los Setenta en los casos en
pretende construir sobre una conjetura falsa el edificio de la que varían de los otros, no se haya atrevido nadie a corregirlos,
fe en nuestras Escrituras, que lo destruye. El día era evidente- fundado en los códices hebreos. Esto prueba que la variante
mente entonces igual que ahora, constaba de veinticuatro ho- no se tiene por mentira, y yo mismo pienso que no debe tenerse
ras, y el mes lo mismo que el actual, y se contaba por el prin- por tal. Donde no haya error del copista y el sentido esté a
cipio y el fin de la luna; y el año era también igual, y se tono con la verdad, debe creerse que quisieron decir algo nue-
componía de doce meses lunares, a los que había que añadir vo movidos por el Espíritu divino y anunciar la verdad, no a
cinco días y seis horas para ajustarse al curso solar. Según modo de intérpretes, sino con libertad de profetas.
esto, es cierto también que el diluvio comenzó el mes segundo Por eso, cuando los apóstoles aducen testimonios de las Es-
del año seiscientos de la vida de Noé, el día veintisiete de ese crituras, usan no sólo los textos hebreos, sino también los Se-
mismo mes. Además, el diluvio se prolongó durante cuarenta tenta I 31 |. Sobre esto he prometido hablar más detenidamente,
días con inmensas lluvias, y estos días no tenían dos horas o con la ayuda de Dios, en lugar más oportuno, y ahora voy a
poco más, sino veinticuatro. concluir lo que hace al caso. Y digo que nadie debe poner en
duda que el primogénito del primer hombre pudo constituir
pacto aliter vicésimo et séptimo die secundi mensis diceretur coeptum esse tam magnos annos vixerunt illi antiqui usque amplius quam nongentos,
diluvium? Deinde postea in fine diluvii ita legitur: Et sedit arca in mense quantos postea vixit Abraham centum septuaginta quinqué " , et post eum
séptimo, séptima et vicésima die mensis, super montes Ararat. Agua autem filius eíus Isaac centum octoginta", et filius eius Iacob prope centum
minuebatur usque ad undecimum mensem: in undécimo autem mense, quinquaginta fi°, et quantos interposita aliquanta aetate Moyses centum
prima die mensis paruerunt capita montium "'. Si igitur tales menses erant, viginti", et quantos etiam nunc vivunt nomines septuaginta vel octoginta,
tales profecto et anni erant, quales nunc habemus. Menses quippe illi vel non multo amplius, de quibus dictum est: Et amplius eis labor et
triduani, viginti et septem dies habere non poterant. Aut si pars tricésima dolor 52.
tridui tune appellabatur dies, ut omnia proportione minuantur; ergo nec 2. Illa vero numerorum varietas, quae ínter códices hebraeos invenitur
toto quatriduo nostro factum est illud tam grande diluvium, quod memo- et nostros, ñeque de hac antiquorum longaevitate dissentit, et si quid habet
ratur factum quadraginta diebus et noctibus. Quis hanc absurditatem et ita diversum, ut verum esse utrumque non possit, rerum gestarum fides
vanitatem ferat? Proinde removeatur hic error, qui coniectura falsa ita ab ea lingua repetenda est, ex qua interpretatum est quod habemus. Quae
vult astruere Scripturarum nostrarum fidem, ut alibi destruat. Prorsus facultas cuín volentibus ubique gentium praesto sit; non tamen vacat,
tantus etiam tune dies fuit, quantus et nunc est, quem viginti et quatuor quod Septuaginta interpretes, in plurimis quae diversa dicere videntur,
horae diurno curriculo nocturnoque determinant: tantus mensis, quantus ex hebraeis codicibus emendare ausus est nemo. Non enim est illa diver-
et nunc est, quem luna coepta et finita concludit: tantus annus, quantus sítas putata mendositas; nec ego ullo modo putandam existimo. Sed ubi
et nunc est, quem duodecim menses lunares, additis propter cursum so- non est scriptoris error, aliquid eos divino Spiritu, ubi sensus esset consen-
larem quinqué diebus et quadrante, consummant: quanti anni sexcente- taneus veritati, et praedicans veritatem, non interpretantium more, sed
simi vitae Noe secundus erat mensis eiusque mensis vicesimus et septimus prophetantium libértate aliter dicere voluisse credendum est. Unde mérito,
dies, quando coepit esse diluvium; in quo dies quadraginta continuatae non solum hebraeis, verum etiam ipsis, cum adhibet testimonia de Scrip-
ingentes pluviae memorantuí ", qui dies non binas ac paulo amplius horas turis, uti apostólica invenitur auctoritas. Sed hinc me oportuniore loco, si
habebant, sed vicenas et quaternas die noctuque transactas. Ac per hoc Deus adiuverit, promisi diligentius locuturum: nunc quod instat expediam.
48 01
" I b i d . , 8,4.5 I b i d . , 25,7. D e u t . 34,7.
18
" G e n . 7,12. I b i d . , 3S,28. " P s . 89,10.
s
» I b i d . , 27,28.
1030 LA CIUDAD DB DIOS 3gV, 15, 1
una ciudad en una época en que los hombres vivían tan largo XV, 15, 1 LAS DOS CIUDADES EN l\ TIERRA 1031
tiempo. Y esta ciudad es la terrena, bien diferente de la Ciudad
dijo: He adquirido un hombre por gracia de Dios. A éste siguió
de Dios, para escribir de la cual me he impuesto la ruda tarea Abel, víctima de su hermano. El es, en cierta manera, figura
de obra tan enorme. de la peregrina Ciudad de Dios, y muestra que ella ha de pa-
decer inicuas persecuciones, debidas a los impíos y terrígenas
hasta cierto punto, es decir, a los amadores del origen terreno,
CAPITULO XV que gozan de la efímera felicidad de la ciudad terrena. Lo que
no aparece tan claro es a qué edad los engendró Adán. A partir
¿CUÁNDO COHABITARON POR PRIMERA VEZ LOS HOMBRES DE LOS de aquí se van entreverando las generaciones de Caín y las del
PRIMEROS T I E M P O S ? otro hijo de Adán que vino a llenar el vacío de su hermano,
a quien llamó Set, diciendo estas palabras: Dios me ha susci-
1. ¿Es creíble—dirá alguno—que un hombre apto para

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tado otro hijo en lugar de Abel, a quien mató Caín.
la generación y sin propósito de guardar continencia se abstu- Así, insinuando en órdenes inversos estas dos generaciones,
viera de la cohabitación carnal ciento y pico de años, o no mu- una de Set y otra de Caín, las dos ciudades de que tratamos,
cho menos, según los hebreos, ochenta, setenta o sesenta, o que, la celestial, que peregrina en la tierra, y la terrena, anhelosa
si no se abstuvo, no pudo engendrar hijos? A esta cuestión se y apegada a los goces terrenos, como si fueran los únicos exis-
pueden dar dos soluciones: o la pubertad fué proporcional, tentes, la Escritura, al hacer la recensión desde Adán hasta la
siendo tanto más tardía cuanto mayor fué la añosidad de la octava generación, en la rama de Caín no expresa en ninguno
vida, o—y esto me parece más aceptable—no se mencionan los años que tenía cuando engendró al siguiente hijo que se
aquí los primogénitos, sino los que pedía el orden de sucesión pone en lista. Porque -el Espíritu de Dios no quiso resaltar en
para llegar a Noé, del cual se retornó a Abrahán. Y después las generaciones de la ciudad terrena los años anteriores al di-
se hizo esto hasta cierto tiempo, cuanto convenía señalar con luvio. Prefirió, en cambio, ponerlos de relieve en las generacio-
las generaciones mencionadas el curso de la gloriosísima Ciu- nes de la ciudad celestial, como más dignos de recordación. Por
dad de Dios, que peregrina en este mundo en busca de la patria eso, cuando nació Set, no silenció la Escritura los años que tenía
soberana. su pudre, (pie ya había engendrado oíros hijos; pero ¿quién
Es innegable que Caín fué el primer hijo nacido de la unión osará ¡ifinnar que sólo a Caín y a Abel? Porque, de que sean
carnal entre el hombre y la mujer, porque, si no hubiera sido los únicos puestos en la lista de las generaciones, no se sigue
asociado a ellos, no hubiera dicho Adán, al nacerle, lo que
enim illo nato dixisset Adam, quod dixisse legitur, Acquisivi hominem
Non enim ambigendum est ab nomine, qui ex primo nomine primus est per Deum; nisi illis duobus ipse fuisset homo nascendo additus primus.
natus, qnando tam diu vivebant, potuisse conatitui civitatem, sane terrenam, Hunc secutus Abel, quem maior frater occidit, praefiguratione quadam
non illam quae dicitur civitas Dei: de qua nt scriberemus, laborem tanti peregrinantis civitatis Dei, quod ab impiis, et quodammodo terrigenis, id
huius operis in marras sumpsimus. est terrenam originem diligentibus, et terrenae civitatis terrena felicita-
te gaudentibus persecutiones iniquas passura fuerat, primus ostendit.
CAPUT XV Sed quot annorum erat Adam, cum eos genuit, non apparet. Exinde
digeruntur generationes aliae de Cain, aliae de. illo quem genuit Adam
AN'CREDIBILE SIT, PRIMI SAECULI vmos USQUE AD EAM AETATEM, QUA FILIOS in eius successionem, quem frater occidit, et appellavit nomen illius
CENERASSE REFERUNTTJR, A CONCUBITÜ CONTINUISSE Seth, dicens ut scriptum est, Suscitavit enim mihi Deus semen aliud
pro Abel, quem occidit Cain 53. Cum itaque istae duae series generatio-
1. Dicet ergo aliquis: Itane eredendum est, hominem filios generatu- num, una de Seth, altera de Cain, has duas de quibus agimus, dístinctis
rum, nec habentera propositum continentiae, centum et amplius, vel se- ordinibus insinuent civitates, unam caelestem in terris peregrinantem, al-
cundum Hebraeos non multo minus, id est octoginta, septuaginta. sexa- teram terrenam terrenis tanquam sola sint gaudiis inhiantem vel inhae-
ginta annos a concumbendi opere vacavisse; aut si non vacaret, nihil pro- rentem; nullus de progenie Cain, cum dinumerata sit connumerato Adam
lis gignere potuisse? Haec quaestio duobus modis solvitur. Aut enim usque ad octavam generationem, quot annorum fuisset expressus est, quan-
tanto serior fuit proportione pubertas, quanto vitae totius maior anno- do genuit eum qui commemoratur post eum. Noluit enim Spiritus Dei
sitas: aut, quod magis video esse credibile, non hio primogeniti filii com- in terrenae civitatis generationibus témpora notare ante diluvium, sed in
memorati sunt, sed quos successionis ordo poscebat, ut perveniretur ad caelestis maluit, tanquam essent memoria digniores. Porro autem Seth
Noe, a quo rursus ad Abraham videmus esse perventum; ac deinde usque quando natus est, non quidem taciti sunt anni patris eius, sed iam ge-
ad certum articulum temporis, quantum oportebat signari etiam genera- nuerat alios: et utrum solos Cain et Abel, affirmare quis audeat? Non
tionibus commemoratis cursum gloriosissimae civitatis in hoc mundo pe- enim quia soli nominati sunt propter ordines generationum, quas comme-
regrinantis, et supernam patriam requirentis. Quod enim negari non potest, morari oportebat, ideo consequens videri debet solos fuisse tune generatos
prior ómnibus Cain ex coniunctione maris et feminae natus est. Ñeque
5S
G e n . 4,1.25.
1032 W CIUDAD DE DIOS " X V , 15, 1
X V , 16, 1 LAS DOS CIUDADES EN IA TIERRA 1033
necesariamente que fueran los únicos engendrados hasta enton- 2. A modo de ejemplo, voy a hacer un paréntesis para
ces por Adán. ¿Quién que esquive la nota de temerario se atre- aclarar esta idea y para que nadie dude de la posibilidad de
verá a decir cuántos fueron sus hijos, leyendo en la Escritura la misma. El evangelista San Mateo, recorriendo la genealogía
que engendró hijos e hijas, cubriendo los nombres de los de- carnal de Cristo a través de sus padres y comenzando por Abra-
más con el manto del silencio? Muy bien pudo decir, por tan- hán, con intención de llegar a David, dice: Abrahán engendró
to, Adán, después del nacimiento de Set, por inspiración divi- a Isaac. ¿Por qué no dijo Ismael, que fué su primer hijo?
n a : Dios me ha suscitado otro hijo en lugar de Abel, porque
Isaac—prosigue el evangelista—engendró a Jacob. ¿Por qué
éste iba a conformarse y a completar la santidad del otro, no
no dice Esaú, que fué su primogénito? La razón es que por
porque naciera inmediatamente después de él. Asimismo, cuan-
do está escrito: Y vivió Set doscientos cinco años, o, según el ellos no podía llegar a David. He aquí, pues, el motivo. Lue-
hebreo, ciento cinco años y engendró a Enós, ¿quién afirmará, go añade: Jacob engendró a Judá y a sus hermanos. ¿ Fué
acaso Judá el primogénito? Judá—agrega—engendró a Fares y

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


sino el temerario, que éste fué el primogénito? Con un gesto
de admiración en nuestros rostros, preguntaríamos, y con ra- a Zarán; y ninguno de éstos fué su primogénito, pues ya había
zón, si es creíble que, sin propósito de guardar continencia, no engendrado antes otros tres.
hubiera hecho uso del matrimonio durante tantos años, o que, En conclusión, en la lista de las generaciones se hace men-
casado, no engendrara, siendo así que también de él se lee: ción sólo de aquellos a través de los cuales arribará a David
Y engendró hijos e hijas, y fueron todos los días de Set nove- y desde éste al término de su propósito. Y esto nos permite
cientos doce años, y murió. Lo mismo hace en los demás que sospechar que los antiguos, antes del diluvio, mencionaron no
cita, no omitiendo que engendraron hijos e hijas. Por eso no a los primogénitos, sino a aquellos cuyas ordenadas v sucesivas
está claro si el hijo que menciona en cada caso es el primogé- generaciones llevaran al patriarca Noé. De este modo no nos
nito, amén de que no es creíble que los padres en edad tan devanará los sesos la cuestión obscura y superflua de una pu-
avanzada fueran impúberes o no tuvieran mujer e hijos ni que bertad tardía en los hombres de entonces.
los citados fueran los primeros nacidos. Simplemente hay que
decir que, como la intención del autor de la historia sagrada
CAPITULO XVI
era llegar, notando los tiempos, a través de las generaciones,
hasta el nacimiento y la vida de Noé—época del diluvio—, no E l . DEKHCJIO CONYUGAL ION I.OS l'HIMEROS MATRIMONIOS
mencionó las primeras generaciones inmediatas a sus padres,
sino las que exigía el orden de la narración genealógica. 1. La necesidad que el género humano tenía del enlace
ex Adam. Cum enim silentio coopertis omnium nominibus caeterorum, entre hombres y mujeres para multiplicarse por generación des-
legatur eum genuisse filios et filias, quota fuerit ista proles eius, quis 2. Exempli gratia, quo id fiat apertius, aliquid interponam, unde
praesumat asserere, si culpara temeritatis evitat? Potuit quippe Adam di- nullus ambigat fieri potuisse quod dico. Evangelista Matthaeus generatio-
vinitus admonitus dicere, posteaquaní Seth natus est, Suscitavit enim mihi nem Dominicae carnis per seriem parentum volens commendare memoriae,
Deus semen aliud pro Abel; quoniam talis erat futurus, qui impleret illius ordiens a patre Abraham, atque ad David primitas ut perveniret intendens,
sanctitatem, non quod ipse prior post eum temporis ordine nasceretur. Abraham, inquit, genuit Isaac: cur non dixit, Ismael, quem primitas ge-
Deinde quod scriptum est, Vixit antera Seth quinqué et ducentos annos, nuit? Isaac autem, inquit, genuit Iacob: cur non dixit, Esau, qui eius
vel secundum Hebraeos, quinqué et centum annos, et genuit Enos: quis primogenitus fuit? Quia scilicet per illos ad David pervenire non posset.
possit nisi inconsideratus asseverare, huno eius primogenitum fuisse? Ut Deinde sequitur, Iacob autem genuit Iudam, et fratres eius: numquid
ludas primogénitas fuit? ludas, inquit, genuit Phares et Zaram55: nec
admirantes mérito requiramus, quomodo per tot annos immunis fuerit a istorum geminorum aliquis fuit primogénitas ludae. sed ante illos iam
connubio sine ullo proposito continentiae, vel non genuerit coniugatus; tres genuerat. Eos itaque tenuit in ordine generationum, per quos ad
quadoquidem etiam de ipso legitur, Et genuit filios et. filias, et fuerunt David, atque inde quo intenderat, perveniret. Ex quo intelligi potest, ve-
umnes dies Seth duodecim et nongenti anni, et mortuus est". Atque ita teres quoque homines ante diluvium non primogénitos, sed eos fuisse
deinceps quorum anni commemorantur, nec filios filiasque genuisse reti- commemoratos, per quos succedentium ordo generationum ad Noe patriar-
centur. Ac per hoc non apparet omnino, utrum qui nominatur genitus, cham duceretur, ne serae pubertatis íllorum obscura et non necessaria
ipse fuerit primogenitus: imo vero, quoniam credibile non est, patres illos quaestio nos fatiget.
aetate tam longa aut impúberes fuisse, aut coniugibus caruisse vel feti- C A P Ü T XVI
bus; nec illos eorum filios primos eis natos fuisse credibile est. Sed cum
DE IURE CONIÜCIORUM, QUOD DISSIMILE A SUBSEQUENTIBUS MATRIMONIIS
6acrae scriptor historiae ad ortum vitamque Noe, cuius tempore diluvium HABUERINT PRIMA CONNUBIA
factum est, per successiones generationum notatis temporibus intenderet
pervenire, eas utique commemoravit, non quae primae suis parentibus fue- 1. Cum igitur genus humanum post primara copulam viri facti ex
nnt, sed quae in propagationis ordinem venerint. pulvere, ef coniugis eius ex viri latere, marium feminarumque coniunctione
83
is-"' 1 Gen. 5,4-R. Mt. r,s.3.
1034 LA CIUDAD DE DIOS XV, 16, 1 X V , 16, 2 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 10f¡N

pues de la primera unión entre el varón, hecho del polvo, y la podían ya tomar por esposas a sus primas, se unieran en matj-j
mujer, formada de su costilla, y la falta de hombres, pues sólo monio con sus hermanas, contraerían no dos, sino tres parej^
existían los hijos de estos dos, dieron margen a que los hom- téseos, debiendo, por tanto, ir separándose cada uno del tronc^
bres tomaran por esposas a sus hermanas. Y esto, cuanto más común para prender la caridad en más gente. En este caso, vj^
antiguamente se hizo a exigencias de la necesidad, tanto más mismo hombre sería para sus hijos, es decir, para los esposo,,
condenable se trocó después con el veto de la religión [ 3 2 ] . que eran hermano y hermana, padre, suegro y tío, y, asimismo
En todo lo cual se tuvo muy en cuenta la caridad. De esta su mujer, para los hijos comunes, sería madre, suegra y tía, y
suerte, los hombres, cuya concordia es provechosa y buena, se los hijos entre sí serían no sólo hermanos y cónyuges, sino ade,
ligan entre sí con diferentes lazos de sangre y no se dan cita más primos, porque son hijos de hermanos. En cambio, esto§
muchos en uno solo, sino que cada uno va difundiéndose en parentescos, que unían tres hombres a uno solo, unirían nu e ,
otros, teniendo así las personas muchos lazos comunes y amis-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ve si estuvieran repartidos en distintos sujetos. Así, un sol 0
tándose más y más la vida social. Padre y suegro son nombres hombre tendría a una por hermana, a otra por esposa y a otr^
que designan dos parentescos. Teniendo, pues, cada cual a uno por prima; a uno por padre, a otro por tío y a otro por suegro;
por padre y a otro por suegro, se hace más extensiva y nume- y a otra por madre, a otra por tía y a otra por suegra, exteti.
rosa la caridad. Adán se vio obligado a ser las dos cosas para diéndose de esta forma los vínculos sociales, no coartados a una,
sus hijos e hijas, cuando hermanos y hermanas se casaban en- poquedad, sino alargados a afinidades amplias y numerosas.
tre sí. De igual modo, Eva, su mujer, fué para sus hijos e hijas 2. Una vez acrecido y multiplicado el género humano, ve.
suegra y madre. Si hubieran existido entonces dos mujeres, y mos observada esta ley aun entre los idólatras. Aunque no fal.
una fuera la madre y otra la suegra, la amistad social se habría tan leyes subversivas que permiten los matrimonios entre her-
extendido más. Asimismo, la hermana, al hacerse esposa, se manos, con todo, una costumbre más loable ha proscrito esta
tornaba sujeto de dos parentescos. Estos, distribuidos de forma licencia, y, a pesar de haber sido lícito en los orígenes del gene.
que fuera una la hermana y otra la esposa, aumentarían con ro humano casarse hermano con hermana, se aparta de esto,
el número de hombres la unión social. Mas entonces, cuando como si nunca hubiera sido practicado. Es indudable que la
sólo existían los hijos de los dos primeros padres, no podía ser coslunibre causa una honda impresión en el sentido humano,
realidad esto. y tergiversarla o ir contra ella, que en este caso frena los exce-
En consecuencia, cuando, por ser ya numerosos los seres sos de la concupiscencia, se considera como una injusticia suma.
humanos, fué posible esto, debieron tomar por mujeres a per- Porque, si es injusto meterse en campo ajeno llevado de la avi-
sonas que no fueran hermanas, y la necesidad ya no excusaría dez de poseer, ¿cuánto más lo será traspasar las fronteras de
de hacer esto, sino que el hacerlo sería un crimen horren- las costumbres en brazos de la libido carnal ? Sabemos por
do [ 3 3 ] . Porque, si los nietos de los dos primeros padres, que propia experiencia que, debido a la costumbre, aun en nuestros

opus haberet, ut gignendo multiplicaretur; nec essent ulli homines, nisi cessitas esset, verum etiam si fieret, nefas esset. Nam si et nepotes primo-
qui ex illis duobus nati fuissent; viri sórores suas coniuges acceperunt: rum hominum, qui iam consobrinas poterant accipere coniuges, sororibus
quod profecto quanto est antiquius compellente necessitate, tanto postea matrimonio iungerentur; non iam duae, sed tres in nomine uno necessítu-
factum est damnabilius religione prohibente. Habita est enim ratio rectis- dines fierent, quae propter charitatem numerosiore propinquitate necten-
sima charitatis, ut homines quibus esset utilis atque honesta concordia, dam, disseminari per singulos singulae debuerunt. Esset enim unus homo
diversarum necessitudinum vinculis necterentur; nec unus in uno multas filiis suis, fratri scilicet sororique coniugibus, et pater et socer et avuncu-
haberet, sed singulae spargerentur in singulos; ac sic ad socialem vitam lus: ita et uxor eius íisdem communibtis filiis et mater et amita et socrus:
diligentius colligandam plurimae plurimos obtinerent. Pater quippe et iidemque Ínter se filii eorum, non solum essent fratres atque coniuges,
socer duarum sunt necessitudinum nomina. Ut ergo alium quisque habeat verum etiam consobrini; quia et fratrum filii. Omnes autem istae necessí-
patrem, alium socerum, numerosius se charitas porrigit. Utrumque autem tudines, quae un i homini tres homines connectebant, novem connecterent,
unus Adam esse cogebatur et filiis et filiabus suis, quando fratres sorores- si essent in singulis singulare, ut unus homo haberet alterara sororem, alte-
que connubio iungebantur. Sic et Eva, uxor eius, utrique sexui filiorum ram uxorem, alteram consobrinam, alterum patrem, alterum avunculum,
fuit et socrus et mater: quae si duae feminae fuissent, mater altera, et alterum socerum, alteram matrem. alteram amitam, alteram socrum: atque
socrus altera, copiosius se socialis dilectio colligaret. Ipsa denique iam ita se non in paucitate coarctatum. sed latius atque numerosius propin-
sóror, quod etiam uxor fiebat, duas tenebat una necessítudines: quibus quitatibus crebris vinculum sociale diffunderet.
per singulas distributis, ut altera esset sóror, altera uxor, hominum nu- 2. Quod humano genere crescente et multiplicato, etiam ínter impíos
mero socialis propinquitas augeretur. Sed hoc unde fieret tune non erat, deorum multorum falsorumque cultores sic observari cernimus, ut etiamsi
quando nisi fratres et sórores ex illis duobus primis nulli homines erant. perversis legibus permittantur fraterna coniugia, melior tamen consuetudo
Fieri ergo debuit quando potuit, ut existente copia inde ducerentur uxo- ipsam malit exhorrere licentiam; et cum sórores accipere in matrimonium
res, quae non erant iam sórores; et non solum istud ut fieret, nulla ne- primis humani generis temporibus omnino licuerit, sic aversetur, quasi
1036 LA CIUDAD DE DIOS X¡V, 1 6 , 2 XV, 17 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1037

días son muy raros los casamientos entre primos, por ser un 3. En efecto, la cópula carnal entre el hombre y la mujer,
grado de parentesco rayano en el fraterno, aunque las leyes lo desde el punto de vista social, es, diríamos, una especie de
permiten, pues que la ley divina no lo prohibió y la humana semillero de la ciudad [ 3 5 ] . La ciudad terrena precisa única-
aún no lo había prohibido [ 3 4 ] . Sin embargo, una acción aún mente de la generación; en cambio, la celestial requiere, ade-
lícita se condenaba por frisar en lo ilícito, porque les parecía más, la regeneración, para subsanar la dentellada de la gene-
que hacer eso con una prima era casi hacerlo con una herma- ración.
na, ya que también los primos se llaman hermanos de sangre La historia sagrada no dice una palabra sobre la existencia
y son casi hermanos carnales. de algún signo corporal y sensible de la regeneración antes del
Así vemos que los antiguos patriarcas pusieron gran empeño diluvio [ 3 6 ] , y, de haberlo, sobre cuál fué, como la circunci-
en no dejar alejarse y desaparecer el parentesco, perdiéndose sión, que se prescribió más tarde a Abrahán. Sin embargo, no

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


poco a poco en los grados genealógicos, y en aproximarlo con calla que los patriarcas más antiguos ofrecieron sacrificios a
un nuevo matrimonio si se había separado, dando estado otra Dios, cosa que hicieron también los dos primeros hermanos. De
vez, en cierto modo, al parentesco que se esfumaba. Por eso, Noé mismo se lee que, después de salir del arca, ofreció sacri-
una vez poblado ya de hombres el mundo, gustaban de despo- ficio a Dios. Sobre este punto ya hemos hablado en los libros
sarse no con hermanas por parte de padre, de madre o de los precedentes, y hemos dicho que por este medio se arrogaron la
dos, sino con personas de su estirpe. Mas ¿quién dudará que en divinidad los demonios y se creyeron dioses, anhelosos de exi-
nuestros días es más honesta la prohibición de los casamientos gir el sacrificio y gozar de estos honores, sabiendo que el ver-
entre primos? Y esto no sólo por las razones aducidas, por dadero sacrificio se debe al Dios verdadero.
multiplicar los parentescos y por que no se den dos en una
misma persona, pudiendo ser dos los sujetos y aumentar así el
número de vínculos sociales, sino también porque el pudor tiene CAPITULO XVII
un no sé qué natural y loable, que no permite unirse a aquella
que merece un honor respetuoso por el parentesco, pues de la UN TRONCO CON DOS RAMAS PRÍNCIPES
libido, aunque generadora, vemos que se avergüenza hasta la
misma honestidad conyugal. Como Adán era el padre de estas dos clases de hombres, a
saber, de aquel cuya serie compone la ciudad terrena, y del
nunquam licere potuerit. Ad humanum enim sensum vel alliciendum, vel otro, cuya línea integra la ciudad celestial, al morir Abel y en-
offendendum mos valet plurimum. Qui cum in hac causa immoderationem
concupiscentiae coerceat, eum dissignari atque corrumpi mérito esse nefa-
carecer en su muerte un gran misterio, quedaron constituidos
rium iudicatur. Si enim iniquum est, aviditate possidendi transgredi limi- 3. Copulatio igitur maris et feminae, quantum attinet ad genus mor-
tem agrorum, quanto est iniquius libídine concumbendi subvertere limitem talium, quoddam seminarium est civitatis: sed terrena civitas generatione
morum? Experti autem sumus in connubiis consobrinarum etiam nostris tantummodo, caelestis autem etiam regeneratione opus habet, ut noxam
temporibus propter gradum propinquitatis fraterno gradui proximum, quam generationis evadat. Utrum autem aliquod fuerit, vel si fuit, quale fuerit
raro per mores fiebat, quod fieri per leges licebat; quia id nec divina corporale atque visibile regenerationis signum ante diluvium, sicut Abra-
prohibuit, et nondum prohibuerat lex humana. Verumtamen factum etiam hae circumeisio postea est imperata 56 , sacra historia tacet. Sacrificasse
licitum propter vicinitatem horrebatur illiciti; et quod fiebat cum conso- tamen Deo etiam illos antiquissimos homines non tacet: quod et in duobus
brina, pene cum sorore fieri videbatur: quia et ipsi Ínter se propter tam primis fratribus claruit; et Noe post diluvium, cum de arca fuisset egres-
propinquam consanguinitatem fratres vocantur, et pene germani funt. Fuit sus, hostias Deo legitur immolasse " . De qua re in praecedentibus libris
autem antiquis patribus religiosae curae, ne ipsa propinquitas se paulatim iam diximus, non ob aliud daemones arrogantes sibi divinitatem deosque
propaginum ordinibus dirimens longius abiret et propinquitas esse desi- se credi cupientes sibi expetere sacrificium, et gaudere huiusmodi honori-
steret, eam nondum longe positam rursus matrimonii vinculo colligare, et bus, nisi quia verum sacrificium vero Deo deberi sciunt.
quodammodo revocare fugientem. Unde iam pleno hominibus orbe terra-
rum, non quidem sórores ex patre vel matre, vel ex ambobus suis paren-
tibus natas, sed tamen amabant de suo genere ducere uxores. Verum quis CAPUT XVII
dubitet honestius hoc tempore etiam consobrinorum prohibita esse coniu-
DE DUOBUS EX UNO CENITORE PROCREATIS PATRIBUS ATQUE PRINCIPIBUS
gia? non solum secundum ea qnae disputavimus, propter multiplicandas
affinitates, ne habeat duas necessitudines una persona, cum duae possint Cum ergo esset Adam utriusque generis pater, id est, et cuius series
eas habere, et numerus propinquitatis angeri; sed etiam quia nescio quo- ad terrenam, et cuius series ad caelestem pertinet civitatem; occiso Abel,
modo inest humanae verecundiae quiddam naturale atque laudabile, ut atque in eius interfectione commendato mirabili sacramento, facti sunt
cui debet causa propinquitatis reverendum honorem, ab ea contineat, dúo patres singulorum generum, Cain et Seth: in quorum filiis, quos
quamvis generatricem, tamen libidinem, de qua erubescere videmus et
56
ipsam pudicitiam coniugalem. G e n . 17,10.11.
" I b i d . , 8,20.
XV, 17 LAS DOS CIUDADES EN EA TIERRA 1039
1038 EA CIUDAD DE D I O S XV, 17
g e n d r a d a . Así se l e e : Matusael engendró a Lamec, y Lamec
d o s p a d r e s de c a d a r a m a , C a í n y Set. E n la d e s c e n d e n c i a de tomó dos mujeres, la una llamada Ada y la otra Sella. Ada
éstos, q u e p r e c i s a b a ser m e n c i o n a d a , se fueron d e s c u b r i e n d o parió a Jobel. Este es el padre de los que habitan en las caba-
en el l i n a j e h u m a n o i n d i c i o s m á s evidentes de l a s d o s c i u d a d e s . nas de los pastores. Y tuvo un hermano llamado Jubal, que fué
E n efecto, C a í n e n g e n d r ó a H e n o c y f u n d ó en su n o m b r e u n a el inventor del salterio y de la cítara. Sella parió a Tobe!, que
c i u d a d , la t e r r e n a , n o p e r e g r i n a en este m u n d o , sino a p o l t r o - era un artista en hierro y cobre. Noema fué hermana de Tobel.
n a d a en su p a z y felicidad t e m p o r a l e s . Caín significa P o s e s i ó n . E s t a c i e r r a l a s g e n e r a c i o n e s de C a í n . D e s d e A d á n i n c l u s i v e son
P o r eso, c u a n d o n a c i ó , dijo su p a d r e o su m a d r e : He adqui- o c h o , a saber, siete h a s t a L a m e c , q u e t u v o dos m u j e r e s , y la octa-
rido un hombre por la gracia de Dios. Y H e n o c significa Dedi- va es la g e n e r a c i ó n q u e se p r o l o n g a en sus h i j o s , e n t r e los
cación, p u e s q u e la c i u d a d t e r r e n a está d e d i c a d a en este m u n d o , c u a l e s se e n u m e r a u n a m u j e r . E n esto se deja i n s i n u a r con ele-
d o n d e fué f u n d a d a y d o n d e tiene el fin q u e p r e t e n d e y a p e t e c e . g a n c i a que la c i u d a d t e r r e n a h a de t e n e r h a s t a el fin genera-
ciones c a r n a l e s , p r o v e n i e n t e s de la u n i ó n sexual e n t r e h o m b r e s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Set significa, en c a m b i o , R e s u r r e c c i ó n , y E n ó s , su h i j o , H o m -
b r e ; p e r o h o m b r e n o en el m i s m o s e n t i d o q u e A d á n (pues y m u j e r e s . P o r este m o t i v o se e x p r e s a n con sus n o m b r e s p r o p i o s
t a m b i é n este n o m b r e significa h o m b r e ) . Al p a r e c e r , es el nom- l a s m u j e r e s del ú l t i m o p a d r e de la serie en lista, cosa n o u s a d a
a n t e s del d i l u v i o , a e x c e p c i ó n de E v a . Así c o m o Caín, q u e sig-
b r e c o m ú n u s a d o p o r el h e b r e o p a r a d e s i g n a r al v a r ó n y a
nifica P o s e s i ó n , f u n d a d o r de la c i u d a d t e r r e n a , y su h i j o H e n o c ,
la m u j e r . Así está escrito de é l : Hízolos varón y mujer y los
en c u y o h o n o r fué f u n d a d a , q u e significa D e d i c a c i ó n , eviden-
bendijo y les puso por nombre Adán. D e d o n d e se sigue q u e
cian q u e esa c i u d a d tiene u n p r i n c i p i o y u n fin t e r r e n o s y q u e
E v a fué, sin d u d a , el n o m b r e p r o p i o de l a m u j e r , siendo A d á n ,
l i m i t a sus e s p e r a n z a s a este m u n d o visible, así del h i j o de Set,
q u e significa H o m b r e ; n o m b r e c o m ú n a a m b o s . E n ó s , e m p e r o ,
q u e significa R e s u r r e c c i ó n y q u e es el p a d r e de l a s generacio-
significa H o m b r e , p e r o , según los p e r i t o s en esa l e n g u a , n o
nes m e n c i o n a d a s p o r s e p a r a d o , d e b e c o n s i d e r a r s e lo q u e dice
p u e d e a p l i c a r s e a la m u j e r , p u e s es h i j o de la R e s u r r e c c i ó n ,
la h i s t o r i a s a g r a d a .
y en e l l a ni se casan n i t o m a n e s p o s a s , p o r q u e a d o n d e l l e v a la
r e g e n e r a c i ó n n o h a b r á g e n e r a c i ó n . Y o creo q u e n o e s t a r á de legitur: Mathusael genuit Lamech: et sumpsit sibi Lamech duas uxores,
m á s h a c e r n o t a r q u e , en l a s v e n e r a c i o n e s d e s c e n d i e n t e s de Set, nomen uní Ada, et. nomen scrundae Sella; et peperit Ada lobel: hic erat
c u a n d o se dice q u e e n g e n d r ó h i j o s e h i j a s , n o se e x p r e s a p o r su pater habiliinlium in taliernaciilis peciiariorum. Et nomen fratris eius
n o m b r e n i n g u n a m u j e r j u s t a m e n t e p o r esa r a z ó n , m i e n t r a s q u e lulial: hic juit qui ostendit psatterium et citharam. Sella autem peperit
en las d e s c e n d i e n t e s de Caín al final da la ú l t i m a m u j e r en- et ipsa Thobel, et erat aerarius et malleator aeramenti et ferri. Sóror au-
tem Thobel Noema". Huc usque porrectae sunt generationes ex Cain,
quae sunt omnes ab Adam octo, annumerato ipso Adam, septem scilicet
commemorari oportebat, duarum istarum civitatura in genere mortalium usque ad Lamech, qui duarum maritus uxorum fuit: et octava est genera-
evidentius indicia clarere coeperunt. Cain quippe genuit Enoch, in cuius tio in filiis eius, in quibus commemoratur et femina. Ubi eleganter signi-
nomine condidit civitatem, tcrrenam scilicet, non peregrinantem in hoc ficatum est, terrenam civitatem usque in sui finem carnales habituram
mundo, sed in eius temporali pace ac felicítate quiescentem. Cain autem generationes, quae marium feminarumque coniunctione proveniunt. Unde
interpretatur Possessio: unde dictum est quando natus est, sive a patre, et ipsae, quod praeter Evam nusquam reperitur ante diluvium, nominibus
sive a matre eius, Acquiaivi kominem per Deurn5'. Enoch vero, Bedicatio: propriis exprimuntur uxores illius hominis, qui nominatur hic novissimus
hic enim dedicatur terrena civitas, ubi conditur; quoniam hic babet eum, pater. Sicut autem Cain, quod interpretatur Possessio, terrenae conditor
quem intendit et appetit finem. Porro ille Seth Resurrectio interpretatur, civitatis, et filius eius, in cuius nomine condita est, Enoch, quod inter-
et Enos filins eius interpretatur Homo: non sicnt Adam (et irisum enim pretatur Dedicado, indicat istam civitatem et initium et finem habere
nomen interpretatur Homo), sed commune perhibetur esse in illa lingua, terrenum; ubi nihil speratur amplius, quam in hoc saeculo cerní potest:
id est hebraea, másenlo et feminae. Nam sic de illo scriptum est: Mascu- ita Seth, quod interpretatur Resurrectio, -cum sit generationum seorsum
lum et feminam fecit illos. et henedixit illoi, et cognominavit nomen commemoratarum pater, quid de filio eius sacra haec historia dicat, in-
eorum. Adam.5", Unde non ambigitur, sic appellatam fuisse feminam Evam tuendum est.
proprio nomine, ut tamen Adam, quod interpretatur Homo, nomen esset 61
G e n . 4,18-22.
amborum. Enos autem sic interpretatur Homo, ut hoc non posse feminam
nuncupari periti linguae illius asseverent, tanquam filius resurrectionis, ubi
non nubent, ñeque uxores ducent 60 . Non enim erit ibi generatio, cum illuc
perduxerit regenerarlo. Crnare e t hoc non incassum notandum arbitror,
quod in eis generationibus nuae propagantur ex illo qui est appellatus
Seth, cum genuisse filios filiasque dicantur, milla ibi genita nominatim
femenina expressa est: in his autem quae propagantur ex Cain, in ipso
fine quousque protenduntur, novissima femina genita nominatur. Sic enim
S8
G e n . 4,1.
C9
Ibid., 5,j.
80
L e . 20,35.
1040 LA CIUDAD DE DIOS X V , 18 XV, 18 LAS DOS CIUDADES EN I,A TIERRA 1041

p u e s , se a t r i b u y e de u n m o d o especial a éste lo q u e es c o m ú n
C A P I T U L O X V I I I a t o d o s los b u e n o s s i n o p o r q u e c o n v e n í a q u e en el p r i m e r h i j o
n a c i d o , según la n a r r a c i ó n , del p a d r e de los p r e d e s t i n a d o s a la
m e j o r p a r t e , es decir, a la C i u d a d s o b e r a n a , se prefigurase el
R E L A C I O N E S F I G U R A T I V A S D E A B E L , S E T Y E N Ó S CON C R I S T O h o m b r e , o sea, la s o c i e d a d de h o m b r e s q u e viven en la r e a l i d a d
Y CON s u C U E R P O , E S D E C I R , CON LA I G L E S I A de la felicidad t e r r e n a , n o según el h o m b r e , sino s e g ú n D i o s , en
e s p e r a de la felicidad e t e r n a ?
También a Sel—dice la E s c r i t u r a — l e nació un hijo, al que
Así, n o se d i j o : Este e s p e r ó en el S e ñ o r , o : Este invocó el
puso por nombre Enós. Ese puso su esperanza en invocar el
n o m b r e del S e ñ o r , s i n o : Este puso su esperanza en invocar el
nombre del Señor. H e a q u í la voz y el t e s t i m o n i o de la v e r d a d .
nombre del Señor. ¿ Q u é es puso su esperanza en invocar sino
E l h o m b r e , h i j o de la r e s u r r e c c i ó n , vive en e s p e r a n z a , m i e n t r a s
u n a profecía según la cual el p u e b l o q u e h a b í a de p r o c e d e r de
la C i u d a d de D i o s , q u e n a c e de la fe en la r e s u r r e c c i ó n de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


él i n v o c a r í a el n o m b r e del S e ñ o r , en c o n f o r m i d a d con la elec-
Cristo, p e r e g r i n a en este m u n d o . A s í , p u e s , la m u e r t e y la re-
ción d e la g r a c i a ? Esto m i s m o lo dijo otro p r o f e t a , y el A p ó s -
s u r r e c c i ó n de Cristo están figuradas en a q u e l l o s d o s h o m b r e s ,
tol lo e n t i e n d e de este p u e b l o q u e p e r t e n e c e a la g r a c i a de D i o s :
en A b e l , q u e significa D u e l o , y en Set, su h e r m a n o , q u e es i g u a l
Todo aquel que invocare el nombre del Señor será salvo. Este
a R e s u r r e c c i ó n . D e esta fe n a c e la C i u d a d de D i o s , es decir, el
p a s a j e : Y le dio por nombre Enós, que significa hombre, y el
h o m b r e q u e p u s o su e s p e r a n z a en i n v o c a r el n o m b r e del S e ñ o r .
s i g u i e n t e : Este puso su esperanza en invocar el nombre del
Porque—como dice el A p ó s t o l — s o m o s salvos por la esperanza.
Señor, m u e s t r a n bien a las c l a r a s q u e el h o m b r e n o debe fijar
Y no se dice que uno tenga esperanza de lo que ya se ve, pues
en sí su e s p e r a n z a . Maldito todo aquel que pone su esperanza
lo que uno ve, ¿cómo lo podrá esperar? Por tanto, si espera-
en el hombre, se lee en otra p a r t e . P o r c o n s i g u i e n t e , n o debe
mos lo que no vemos todavía, lo aguardamos gracias a la pa-
t a m p o c o p o n e r l a en sí m i s m o , con el fin de ser c i u d a d a n o de
ciencia. E n efecto, ¿ q u i é n n o p e n s a r á q u e a q u í h a y u n p r o f u n d o
otra c i u d a d q u e n o está d e d i c a d a en el t i e m p o s e g ú n los h i j o s
m i s t e r i o ? ¿ N o es v e r d a d q u e A b e l p u s o su e s p e r a n z a en i n v o c a r
de Caín, es decir, n o lo está en el c u r s o t o r r e n t o s o d e este siglo
el n o m b r e del S e ñ o r , p u e s , s e g ú n la E s c r i t u r a , su sacrificio fué
m o r t a l , sino en la i n m o r t a l i d a d de la felicidad e t e r n a .
a c e p t o a D i o s ? ¿ N o es v e r d a d q u e Set p u s o t a m b i é n su espe-
r a n z a en i n v o c a r el n o m b r e del S e ñ o r , p u e s d e él se d i j o : Iiiliiiilnr quod pioriim omniíim inlelligilur cssn commime, nisi quia opor-
Me ha suscitado Dios otro hijo en lugar de Abel? ¿ P o r qué, tebat in co cjni de patre generationum in meliorem partem, hoc est su-
pernae civitatis separatarum, primus commemoratur exortus, praefigurari
hominem, id est hominum societatem, quae non secundum hoininem in re
felicitatis terrenae, sed secundum Deum vivit in spe felicitatis aeternae?
CAPUT XVIII Nec dictum est, Hic speravit in Dominum Deum; aut, Hic invocavit nomen
Domini Dei: sed, Hic speravit, inquit, invocare nomen Domini Dei. Quid
QUID SIGNIFICATUM SIT IN AREL, ET SETH, ET ENÓS, QUOD APPAREAT AD sibi hoc vult, Speravit invocare, nisi quia prophetia est, exorturum popu-
CHRISTUM ET CORPUS EIUS, ID EST ECCLESIAM, PERTINERE lum, qui secundum electionem gratiae invocaret nomen Domini Dei?
Hoc est, quod per alium prophetam dictum, Apostolus de hoc populo in-
Et Seth, inquit, natus est filius, et nominavit nomen eius Enos: hic
telligit ad Dei gratiam pertinente: Et erit, omnis quicumque invocaverit
speravit invocare nomen Domini Dei62. Nempe clamat attestatio veritatis.
nomen Domini, salvus erit6S. Hoc enim ipsum quod dicitur. Et nominavit
In spe igitur vivit homo filius resurrectionis; in spe vivit, quamdiu pere-
nomen eius Enos, quod interpretatur Homo; ac deinde additur, Hic spe-
grinatur hic civitas Dei, quae gignitur ex fide resurrectionis Christi. Ex
ravit invocare nomen Domini Dei: satis ostenditur, quod non in se ipso
duobus namque illis hominibus, Abel, quod interpretatur Luctus, et eius
spem poneré debeat homo. Maledictus enim omnis, sicut alibi legitur, qui
fratre Seth, quod interpretatur Resurrectio, mors Christi et vita eius ex
spem suam ponit in homine ° 6 : ac per hoc, nec in se, ut sit civis alterius
mortuis figuratur. Ex qua fide gignitur hic civitas Dei, id est homo, qui
civitatis, quae non secundum filium Cain dedicatur hoc tempore, id est
speravit invocare nomen Domini Dei. Spe enim salvi facti sumus, ait
mortalis huius saeculi labente transcursu, sed in illa immortalitate beati-
Apostolus. Spes autem quae videtur, non est spes: quod enim videt quis,
tudinis sempiternae.
quid sperat? Si autem quod non videmus, speramus, per patientiam exspec-
tamus"3. Nam quis vacare hoc existimet ab altitudine sacramenti? Num- 65
Rom. 10,13,; lot'l 2,3'2.
quid enim Abel non speravit invocare nomen Domini Dei, cuius sacrifi- " Ier. 17,5.
cium Scriptura tam acceptum Deo fuisse commemorat? numquid ipse
Seth non speravit invocare nomen Domini Dei, de quo dictum est, Susci-
tavit enim mihi Deus semen aliud pro Abel? ** Cur ergo huic proprie
92
63
Gen. 4,26
64
Rom. 8,24.25.
Gen. 4,25.
1042 LA CIUDAD DE DIOS XV, 19

XV, 20, 1 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1043

C A P I T U L O X I X yanos, que fundaron Roma, arribaron a Italia con Eneas al


frente. El poeta ha imitado en esto a las sagradas Letras, que
¿DE QUÉ ES FIGURA LA TRASLACIÓN DE HENOC?
llaman al numeroso pueblo de los hebreos casa de Jacob [ 3 8 ] .
I
Esta línea,- cuyo padre es Set, tiene también en una de sus j
generaciones, en la séptima, contado Adán, un nombre que sig- C A P I T U L O XX
nifica Dedicación. Henoc es el séptimo nacido de Set y significa
Dedicación [ 3 7 ] . Pero éste, tan grato a Dios, fué trasladado al UNA DIFICULTAD EN LAS GENERACIONES
cielo, y en el orden de las generaciones goza de un rango no-
table por ser el séptimo desde Adán, día en que se consagró el 1. Alguien dirá: Si la intención del historiador en la enu-
sábado. Y es a la vez el sexto, día en que fué hecho el hombre

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


meración de las generaciones de Adán por la línea de Set era
y remató Dios todas sus obras, a contar desde Set, es decir, llegar a Noé, en vida del cual tuvo lugar el diluvio, y desde él
después del padre de las generaciones separadas de la línea tornar a tejer la lista de generaciones hasta Abrahán, por el que
de Caín. comienza el evangelista San Mateo las generaciones que rema-
La traslación de Henoc figura el aplazamiento de nuestra tan en Cristo, Rey eterno de la Ciudad de Dios, ¿qué intentaba
dedicación, hecha ya en Cristo, nuestra Cabeza, que ha resuci- en las generaciones de Caín y hasta dónde pretendía llevarlas?
tado para no morir más y ha sido también trasladado. Aún Contestación: Hasta el diluvio, en que fué destruida toda la
queda, sin embargo, otra dedicación, la de toda la casa que raza de la ciudad terrena, restaurada luego por los hijos de
tiene por fundamento a Cristo, que se difiere hasta el fin, en que Noé. Esta ciudad terrena y esta sociedad de hombres que viven
se efectuará la resurrección de todos los que no han de morir según el hombre subsistirán hasta el fin del mundo, y de ella
más. Importa poco para nuestro caso decir casa de Dios, templo dice el Señor: Los hijos de este siglo engendran y son engen-
de Dios o ciudad de Dios, pues que todos los términos son drados. Pero la regeneración conduce a la Ciudad de Dios, pe-
corrientes en nuestra lengua. El mismo Virgilio llama ciudad regrina en este mundo a olio, en el que sus hijos ni engendran
muy imperiosa a la casa de Asáraco, designando con este nom- ni son engendrados. Luego aquí es común a las dos ciudades el
bre a los romanos, que traen su origen de Asáraco a través de engendrar y el ser engendrado, si bien la Ciudad de Dios tiene
los troyanos. La llama también casa de Eneas, porque los tro- en este mundo muchos miles de ciudadanos que se abstienen de
Italiam venissent, ab eis condita est Roma. Imitatus namque est poeta ille
CAPUT XIX sacras Litteras, in quibus dicitur domus Iacob tam ingens populus He-
braeorum.
DE SIGNIFICATIONE QUAE IN ENOCH TRANSLATIONE MONSTRATUR

Nam et ista propago, cuius est pater Seth, in ea generatione habet CAPUT XX
dedicationis nomen, quae séptima est ab Adam, annumerato Adam. Septi-
raus enim ab illo natus est Enoch, quod interpretatur Dedicatio. Sed ipse D E EO QÜOD CAÍN SUCCESSIO IN OCTO AB ADAM GENERATIONES CLAUDITUR,
est ule translatus, quoniam placuit Deo, et insigni numero in ordine gene- ET IN POSTERIS AB EODEM PATRE A D A M N O E DECIMUS INVENITUR
rationum, quo sabbatum consecratum est, séptimo scilicet ab Adam. Ab
ipso autem patre istarum generationum, quae discernuntur a propagine 1. Dicet aliquis: Si hoc intendebat scriptor huius historiae in com-
Cain, id est a Seth, sextus est: quoto die factus est homo, et consummavit memorandis generationibus ex Adam per filium eius Seth, ut per illas
Deus omnia opera sua. Sed huius Enoch translatio nostrae dedicationis est perveniret ad Noe, sub quo factum est diluvium, a quo rursus contexe-
praefigurata dilatio. Quae quidem iam facta est in Christo capite nostro, retur ordo nascentium, quo perveniret ad Abraham, a quo Matthaeus
qui sic resurrexit, ut non moriatur ulterius, sed etiam ipse translatus est: evangelista incipit generationes, quibus ad Christum pervenit aeternum
restat autem altera dedicatio universae domus, cuius ipse Chrístus est Regem civitatis Dei; quid intendebat in generationibus ex Cain, et quo
fundamentum, quae differtur in finem, quando erit omnium resurrectio, eas perducere volebat? Respondetur: Usque ad diluvium, quo totum illud
non moriturorum amplius. Sive autem domus Dei dicatur, sive templum genus terrenae civitatis absumptum est, sed reparatum ex filiis Noe. Ñe-
Dei, sive civitas Dei, idipsum est, nec abhorret a latini eloquii consuetu- que enim deesse poterit haec terrena civitas societasque homínum secun-
dine. Nam et Virgilius imperiosissimam civitatem domum appellat Assa- dum hominem viventium usque ad huius saeculi finem, de quo Dominus
raci, Romanos volens intelligi, qui de Assaraco per Troianos originem ait, Filii huius saeculi generant, et generantur68. Civitatem vero Dei pe-
ducunt; et domum Aeneae eosdem ipsos", quia eo duce Troiani cum regrinantem in hoc saeculo regeneratio perducit ad alterum saeculum,
cuius filii nec generant, nec generantur. Hic ergo generari et generare
ÍT
Aeneid, J.i V.S&Í; 1.3 v.97. civitati utrique commune est: quamvis Dei civitas habeat etiam hic multa
68
L e . 30,34
1044 LA CIUDAD DE DIOS XV, 20, 2 XIV, 2 0 , 3 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1045

la g e n e r a c i ó n , y la o t r a tiene t a m b i é n a l g u n o s q u e l a i m i t a n en Cristo según la c a r n e , q u e es D i o s e t e r n a m e n t e b e n d i t o s o b r e


esto, a u n q u e v a n e r r a d o s . t o d a s l a s cosas, F u n d a d o r y R e y d e l a J e r u s a l é n s o b e r a n a .
A la c i u d a d t e r r e n a p e r t e n e c e n a d e m á s q u i e n e s , d e s v i á n d o s e E s t o p o d r í a h a c e r c r e e r q u e en esa lista g e n e a l ó g i c a se
de la fe, h a n p l a n t e a d o e i m p l a n t a d o d i v e r s a s h e r e j í a s y viven, n o m b r a n los p r i m o g é n i t o s . P e r o ¿ p o r q u é son t a n p o c o s ? P u e s
p o r t a n t o , según el h o m b r e , n o según D i o s . L o s gimnosofistas n o p u d i e r o n ser s o l a m e n t e ésos h a s t a el d i l u v i o n o a b s t e n i é n d o s e
i n d i o s , q u e , s e g ú n c u e n t a n , filosofan d e s n u d o s en l a s selvas de los p a d r e s de la g e n e r a c i ó n h a s t a u n a p u b e r t a d c e n t e n a r i a , si es
la I n d i a , son t a m b i é n c i u d a d a n o s suyos y, con t o d o , se abstie- que e n t o n c e s la p u b e r t a d t a r d í a n o e s t a b a en p r o p o r c i ó n d i r e c t a
n e n de la g e n e r a c i ó n [ 3 9 ] . P o r q u e la c o n t i n e n c i a n o es u n b i e n con la l o n g e v i d a d .
s i n o c u a n d o se g u a r d a en c o n f o r m i d a d con l a fe en el s u m o S u p u e s t o q u e t u v i e r a n t o d o s t r e i n t a a ñ o s c u a n d o comenza-
b i e n , que es D i o s [ 4 0 ] . Sin e m b a r g o , n a d i e p r a c t i c ó esto antes ron a e n g e n d r a r , ocho p o r t r e i n t a (pues son ocho las genera-
del d i l u v i o , p u e s se lee q u e el m i s m o H e n o c , s é p t i m o . d e s d e ciones, c o n t a d o s A d á n y los h i j o s de L a m e c ) son d o s c i e n t o s cua-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


A d á n , a r r e b a t a d o del m u n d o , n o m u e r t o , e n g e n d r ó h i j o s e h i j a s r e n t a a ñ o s . Y ¿ e s p o s i b l e q u e n o h a y a n e n g e n d r a d o t o d o el
a n t e s de ser t r a s l a d a d o . E n t r e éstos se cuenta M a t u s a l é n , q u e es t i e m p o q u e m e d i a h a s t a el d i l u v i o ? E n u n a p a l a b r a , ¿ p o r q u é
el e s l a b ó n d e e n l a c e d e l a s g e n e r a c i o n e s a r e c o r d a r . el a u t o r n o q u i s o m e n c i o n a r l a s g e n e r a c i o n e s s i g u i e n t e s ? D e s d e
2. ¿ P o r q u é , p u e s , se citan t a n p o c o s sucesores en l a s ge- A d á n h a s t a el d i l u v i o se c o m p u t a n , según n u e s t r o s códices,
n e r a c i o n e s de Caín, si e r a p r e c i s o p r o l o n g a r l a s h a s t a el d i l u v i o dos m i l doscientos sesenta y dos a ñ o s , y según los h e b r e o s ,
y se d a b a u n t i e m p o m u y l a r g o , a n t e r i o r a l a p u b e r t a d , en el m i l seiscientos c i n c u e n t a y seis. Y , p o r p e n s a r q u e el n ú m e r o
q u e se a b s t e n í a n de la g e n e r a c i ó n cien a ñ o s o m á s ? Si el a u t o r m e n o r es m á s v e r d a d e r o , r e s t e m o s de m i l seiscientos c i n c u e n t a
de este l i b r o n o tenía en c a r t e r a a l g u n o al cual p r e t e n d i e r a a r r i - y seis a ñ o s doscientos c u a r e n t a ; p r e g u n t o : ¿ E s c r e í b l e q u e du-
b a r p o r la serie de g e n e r a c i o n e s , c o m o en los d e s c e n d i e n t e s de r a n t e m i l c u a t r o c i e n t o s a ñ o s v p i c o , q u e f a l t a n h a s t a el d i l u v i o ,
Set q u i s o l l e g a r a N o é p a r a desde éste a c e l e r a r d e n u e v o la los d e s c e n d i e n t e s de C a í n n o e n g e n d r a r a n h i j o a l g u n o ?
m a r c h a en su lista, ¿ q u é n e c e s i d a d tenía, h a b i e n d o s i d o destrui- ' 3 . A q u i e n esto le i n q u i e t e , r e c u e r d e q u e , c u a n d o p r e g u n t é
d a t o d a la d e s c e n d e n c i a de Caín, de p a s a r en silencio los p r i m o - si es c r e í b l e q u e los p r i m e r o s h o m b r e s se a b s t u v i e r a n d u r a n t e
g é n i t o s p a r a l l e g a r a L a m e c , q u e c i e r r a esta t e x t u r a con sus t a n t o s a ñ o s de la g e n e r a c i ó n , p r o p u s e dos s o l u c i o n e s : u n a , q u e
h i j o s ? E s decir, se c i e r r a en la octava g e n e r a c i ó n d e s d e A d á n lo e x p l i c a b a p o r u n a p u b e r t a d t a r d í a en p r o p o r c i ó n con la lar-
y s é p t i m a desde Caín, c o m o si a éste h u b i e r a de u n i r a l g o des- ga v i d a de e l l o s ; y otra, q u e s u p o n í a q u e los h i j o s m e n c i o n a d o s
p u é s p a r a a r r i b a r , o al p u e b l o de I s r a e l , en el q u e la J e r u s a l é n
t e r r e n a b r i n d ó u n a figura profética de la C i u d a d celestial, o a Christum secundum carnem, qui est super omnia Deus benedictas in sae-
cula ", supernae Ierusalem fabricator atque regnator; cum tota progenies
Cain diluvio sit deleta? Uride videri potest, in eodem ordine generationum
civium millia, quae ab opere generandi se abstinent; sed habet etiam illa primogénitos fuisse commemoratos. Cur ergo tam pauci sunt? Non enim
ex imitatione quadam, licet errantium. Ad eam namque pertinent etiam, usque ad diluvium tot esse potuerunt, non vacantibus usque ad centena-
qui deviantes ab huius fide diversas haereses condiderunt: secundum ho- riam pubertatem patribus ab officio generandi, si non erat tune propor-
minem quippe vivunt, non secundum Deum. Et Indorum Gymnosophistae, tione longaevitatis illius etiam sera pubertas. Ut enim peraeque triginta an-
qui nudi perhibentur philosophari in solitudinibus Indiae, cives eius sunt, norum fuerint, cum filios generare coeperunt, octies triceni (quoniam octo
et a generando se cohibent. Non enim est hoc bonum, nisi cum fit secun- sunt generationes cum Adam et cum eis quos genuit Lamech), ducenti et
dum fídem summi boni, qui est Deus. Hoc tamen nemo fecisse ante dilu- quadraginta sunt anni: num itaque toto deinde tempore usque ad dilu-
vium reperitur: quandoquidem etiam ipse Enoch septimus ab Adam, qui vium non generaverunt? Qua tándem causa, qui haec scripsit, generatio-
translatus refertur esse, non mortuus, genuit filios et filias antequam nes commemorare noluit quae sequuntur? Nam ex Adam usque ad dilu-
transferreíur; in quibus fuit Mathusalem, per quem generationum memo- vium computantur anni, secundum códices nostros, dúo millia ducenti
randarum ordo transcurra. sexaginta dúo: secundum hebraeos autem, mille sexcenti quinquaginta
2. Cur ergo tanta paucitas successionum commemoratur in generatio- sex. Ut ergo istum numerum minorem credamus esse veriorem, de mille
nibus ex Cain, si eas usque ad diluvium perduci oportebat, nec erat diu- sexcentis quinquaginta sex annis ducenti quadraginta detrahantur: num-
turna aetas praeveniens pubertatem, quae centum vel amplius annos vaca- quid credibile est per mille quadringentos, et quod excurrit, annos, qui
ret a fetibus? Nam si non intendebat auctor libri huius aliquem, ad quem restant usque ad diluvium, progeniem Cain a generationibus vacare po-
necessario perduceret seriem generationum, sicut in illis quae. veniunt de tuisse ?
semine Seth intendebat pervenire ad Noe, a quo rursus ordo necessarius
sequeretur; quid opus erat praetermittere primogénitos filios, ut perveni- 3. Sed qui ex hoc movetur, meminerit, cum quaererem quomodo cre-
retur ad Lamech, in cuius filiis finitur illa contextio, octava generatione dendum sit, antiquos illos homines per tam multos annos a gignendis
scilicet ex Adam, séptima ex Cain, quasi esset inde aliquid deinceps con- filiis cessare potuisse, duobus modis istam solutam esse quaestionem; aut
nectendum, unde perveniretur vel ad Israeliticum populum, in quo cae- de sera pubertate, proportione tam longae vitae; aut de filiis qui comme-
lesti civitati etiam terrena Ierusalem figuram propheticam praebuit, vel ad " Rom, 9,j.
3046 U CIUDAD DE DIOS XJV, 2 0 , 3 XV, 20, 4 I.AS DOS CIUDADES EN U TIERRA 1047

en las listas n o son los p r i m o g é n i t o s , sino los q u e v e n í a n b i e n la c i u d a d t e r r e n a , o la b u e n a suerte, les h i c i e r a a c r e e d o r e s a la


a l a u t o r p a r a c o n s e g u i r su i n t e n t o . c o r o n a ; o m e j o r t o d a v í a , q u e s u c e d i e r a con cierto d e r e c h o he-
S e g ú n esto, si en l a s g e n e r a c i o n e s de Caín n o se da esta in- r e d i t a r i o el h i j o m á s a m a d o del p a d r e .
t e n c i ó n de l l e g a r a u n o c o n c r e t o a t r a v é s de los referidos, silen- Con t o d o , p u d o m u y b i e n t e n e r l u g a r el d i l u v i o en v i d a
c i a d o s los p r i m o g é n i t o s , a ú n n o s q u e d a el a s i d e r o de la p u b e r - y d u r a n t e el r e i n a d o de L a m e c , p e r e c i e n d o con él t o d o s los
t a d t a r d í a . Esto e q u i v a l d r í a a decir q u e h u b o u n t i e m p o en que h o m b r e s , e x c e p t u a d o s l o s q u e se a c o g i e r o n al a r c a . N i es de
l l e g a b a n a ser p ú b e r e s y a p t o s p a r a la g e n e r a c i ó n d e s p u é s de m a r a v i l l a r q u e en u n c o m e d i o de tanto.1} a ñ o s y d u r a n t e t a n t o
los cien a ñ o s , de f o r m a q u e la lista g e n e a l ó g i c a a p u n t a los pri- t i e m p o t r a n s c u r r i d o desde A d á n h a s t a el d i l u v i o , n o f u e r a n
m o g é n i t o s , y así h a s t a el d i l u v i o se c o m p l e t ó ese n ú m e r o t a n n u m é r i c a m e n t e i g u a l e s l a s g e n e r a c i o n e s de l a s dos r a m a s , sien-
d e s o r b i t a d o de a ñ o s . Sin e m b a r g o , p u d o t a m b i é n s u c e d e r q u e , d o p o r la línea de Caín siete, y p o r la de Set, diez. C o m o h e
p o r o t r a c a u s a m á s p r o f u n d a q u e se m e o c u l t a , se e n c a r e c i e r a d i c h o y a , L a m e c h a c e el n ú m e r o s é p t i m o a c o n t a r desde A d á n ,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la c i u d a d t e r r e n a , finalizando sus g e n e r a c i o n e s en L a m e c y sus y N o é , el d é c i m o . Y n o se cita u n solo h i j o de L a m e c , c o m o
h i j o s , d e j a n d o el a u t o r de c o m e n t a r las d e m á s q u e p o s i b l e m e n - en l a s g e n e r a c i o n e s p r e c e d e n t e s , sino m u c h o s , j u s t a m e n t e por-
te e x i s t i e r o n h a s t a el d i l u v i o [ 4 1 ] . q u e e r a i n c i e r t o q u i é n h a b í a de s u c e d e r l e si e n t r e su m u e r t e
I n d e n e n d i e n t e m e n t e de esto, q u e n o s h a c e p e n s a r en u n a y el d i l u v i o h u b i e r a a ú n t i e m p o ú t i l p a r a r e i n a r .
p u b e r t a d t a r d í a en a q u e l l o s h o m b r e s , y p a r a e x c l u i r l o , p u e d e 4. E m p e r o , sea c u a l q u i e r a el m o d o c o m o se c u e n t e n l a s
ser t a m b i é n c a u s a de q u e la lista de las g e n e r a c i o n e s n o siga la g e n e r a c i o n e s de Caín, p o r los p r i m o g é n i t o s o p o r los reyes, pa-
l í n e a de los p r i m o g é n i t o s el q u e la c i u d a d f u n d a d a d a p o r Caín r é c e m e q u e p o r n i n g ú n m o t i v o d e b o p a s a r en silencio q u e , ha-
en n o m b r e de su hijo H e n o c d i l a t a r a sus d o m i n i o s y t u v i e r a c i e n d o L a m e c el n ú m e r o siete desde A d á n , se a ñ a d e n c u a t r o
m u c h o s reyes, n o a la vez, sino u n o t r a s o t r o , sucesores q u e se hijos s u y o s p a r a c o m p l e t a r el n ú m e r o once, q u e es el s í m b o l o
i b a n e n g e n d r a n d o los m i s m o s r e y e s . Caín p u d o ser el p r i m e r o del p e c a d o . Se a ñ a d e n t r e s h i j o s y u n a h i j a . C o n t o d o , l a s mu-
de estos reyes, y su h i j o H e n o c , en cuyo n o m b r e f u n d ó esta ciu- j e r e s p u e d e n significar o t r a cosa, n o ésta, q u e al p r e s e n t e pa-
d a d , el s e g u n d o . El t e r c e r o , G a i d a d , h i j o de H e n o c ; el c u a r t o , rece se d e b í a e n c a r e c e r . A h o r a h a b l a m o s de l a s g e n e r a c i o n e s ,
M a n i h e l , h i j o de G a i d a d ; el q u i n t o , M a t u s a e l , h i j o de M a n i h e l , y de l a s m u j e r e s se c a l l a su o r i g e n .
y el sexto, L a m e c , h i j o de M a t u s a e l , q u e h a c e el n ú m e r o siete E n efecto, c o m o la ley se e n c i e r r a en el n ú m e r o d i e z — d e
d e s d e A d á n p o r la línea de C a í n . A d e m á s , n o e r a n e c e s a r i o q u e a q u í d e c á l o g o — , es i n d u d a b l e q u e el n ú m e r o once d e n o t a t r a n s -
s u c e d i e r a n en el t r o n o los p r i m o g é n i t o s de los reyes a sus pa- g r e s i ó n de la Ley, p o r q u e t r a s c i e n d e el diez, y, p o r t a n t o , pe-
d r e s , sino a q u e l l o s a q u i e n e s el m é r i t o p o r a l g u n a v i r t u d útil a
consequens, ut primogeniti regum regnantibus succederent patribus, sed
morantur in generationibus, qiiod non fuerint primogeniti; sed hi per quos regnandi meritum propter virtutem terrenae utilem civitati, vel sors
quos ad eum, quem intendebat auctor libri, poterat pervenire, sicut ad aliqua reperiret, vel ille potissimum succederet patri haereditario quo-
Noe in generationibus Seth. Proinde in generationibus Cain, si non oc- dam iure regnandi, quem prae caeteris filiis dilexisset. Potuit autem ví-
currit qui deberet intendi, ad quem praetermissis primogenitis, per eos vente adhuc Lamech atque regnante fieri diluvium, ut ipsum cum alus
qui commemorati sunt, perveniri oportebat, sera pubertas intelligenda ómnibus hominibus, exceptis qui in arca fuerunt, quem perderet, inveniret.
restabit; ut aliquanto post centum annos, púberes habilesque ad gignen- Ñeque enim mirandum est, si varia quantitate numerositatis annorum in-
dum facti fuerint, ut ordo generationum per primogénitos curreret, et us- terposita, per tam longam aetatem ab Adam usque ad diluvium non
que ad diluvium ad numerum annorum tantae quantitatis occurreret. aequalis numeri generationes habuit utraque progenies, sed per Cain
Quamvis fieri possit, ut propter aliquam secretiorem causam, quae me septem, per Seth autem decem: septimus est enim, ut iam dixi, ab Adam
latet, usque ad Lamech et eius filios generationum perveniente contextu, Lamech, decimus Noe: et ideo non unus filius Lamech, sicut in caeteris
commendaretUr haec civitas, quam dicimus esse terrenam; ac deinde superius, sed plures commemorati sunt; quia incertum erat quis ei fuis-
cessaret scriptor libri commemorare caeteras, quae usque ad diluvium esse set mortuo successurus, si regnandi tempus Ínter ipsum et diluvium re-
potuerunt. Potest et illa esse causa, cur non ordo generationum per primo- mansisset.
génitos duceretur, ut necesse non sit in illis hominibus tam seram credere 4. Sed quoquo modo se habeat, sive per primogénitos, sive per reges,
pubertatem, quod scilicet eadem civitas, quam Cain in nomine Enoch ex Cain generationum ordo decurrens, illud mihi nullo pacto praetereun-
filii sui condidit, longe lateque regnare potuerit, et reges habere non si- dum silentio videtur, quod cum Lamech septimus ab Adam fuisse inven-
mul plures, sed suis aetatibus singulos, quos genuissent sibi successuros tus, tot eius annumerati sunt filii, doñee undenarius numerus impleretur,-
quicumque regnassent. Horum regum primus esse potuit ipse Cain, se- quo significatur peccatum. Adduntur enim tres filii, et una filia. Uxores
Sundus filius eius Enoch, in cuius nomine ubi regnaretur, condita est ci- autem aliud possunt significare, non hoc quod nunc commendandum vide-
vitas: tertius Gaidad, quem genuit Enoch: quartus Manihel, quem genuit tur. Nunc enim de generationibus loquimur: illae vero unde sint genitae,
Gaidad: quintus Mathusael, quem genuit Manihel: sextus Lamech, quem tacitum est. Quoniam ergo Lex denario numero praedicatur, unde est me-
genuit Mathusael, qui septimus est ab Adam per Cain. Non autem erat morabilis ille Decalogus; profecto numerus undenarius, quoniam transgre-
1048 I.A CIUDAD DK DIOS XV, 20, 4 XV, 21 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA J.049

cado [ 4 2 ] . Por esta razón mandó Dios hacer once velas de pelo
de cabra en el tabernáculo del testimonio, que era como el tem- CAPITULO XXI
plo portátil de su pueblo durante el viaje. En el cilicio se re-
cuerdan los pecados por causa de los corderos que han de estar
a la izquierda. Así, haciendo penitencia, nos postramos cubier- DOS DIFERENTES NARRACIONES, UNA CONTINUA DESDE IlENOC
tos de cilicio, como para decir con el Salmista: Mi pecado está Y OTRA RETROSPECTIVA DESDE E N Ó S
siempre ante mis ojos.
En conclusión: la descendencia de Adán por la línea del En primer lugar es preciso presentar el problema: en la lista
criminal Caín termina con el número once y tiene por remate de las generaciones de Caín se antepone en la narración a He-
una mujer, de cuyo sexo trae principio el pecado, que nos ligó noc, en cuyo nombre fué fundada la ciudad, a los demás des-
a todos a la muerte. Además, a este pecado ha seguido la vo- cendientes, y a partir de él se van trabando las otras hasta el
final, es decir, hasta que el diluvio hizo desaparecer toda esta

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


luptuosidad de la carne, que resiste al espíritu, pues Noema
nombre de la hija de Lamec—significa voluptuosidad. En rama. En cambio, en la otra, citado Enós, hijo de Set, y sin
cambio, por la línea de Set aparece legítimo el número diez consignar las siguientes hasta el diluvio, se hace un paréntesis
desde Adán a Noé. A este número se añaden los tres hijos de y se dice: Este es el libro del origen de los hombres. Cuando
Noé, de los cuales sólo dos fueron bendecidos, porque, al pecar Dios hizo a Adán, lo hizo a su imagen. Los hizo varón y hem-
uno, fué excluido como reprobo, y los otros, bendecidos, fueron bra y los bendijo, y el día que los hizo les dio por nombre
agregados, intimando de esta manera el número doce. Este nú- Adán. Tengo para mí que este paréntesis se debe a la intención
mero está acreditado también por los patriarcas y por los após- de comenzar de nuevo desde Adán la recordación de los tiem-
toles, que son doce, es decir, las partes constitutivas del siete pos, cosa que el autor no quiso hacer en la ciudad terrena, como
multiplicadas una por otra. Es el resultado de cuatro por tres si Dios la mencionara sin tenerla en cuenta.
o de tres por cuatro. Ante esta perspectiva, creo que debemos Mas ¿por qué se vuelven a esta recapitulación después de ha-
abordar ya el problema de cómo estas dos líneas, que con dis- ber mencionado al hijo de Set, hombre que puso su esperanza en
tintas generaciones insinúan dos ciudades, una de terrígenas y invocar el nomine del Señor, sino porque era una ocasión pro-
otra de regenerados, se han ido entremezclando y se han con- picia para proponer las dos ciudades, una que parte de un ho-
tundido, hasta el extremo de que la humanidad entera se hizo micida y llega hasta otro, pues Lamec también cometió homi-
acreedora a perecer por el diluvio, exceptuados sólo ocho
hombres.
CAPUT XXI
ditur denarium, transgressionem legis, ac per hoe peccatum significat.
Q ü A RATIONE COMMEMORATO E N O C H , QUI FUIT FILIUS CAIN, TOTIUS GENE-
Hinc est quod in tabernáculo testimonii, quod erat in itinere populi Dei
RATIONIS EIUS USQUE AD DILUV1UM SIT CONTINUATA NARRATIO; COMMEMO-
velut templura ambulatorium, undecim vela cilicina fieri praecepta sunt , 0 .
RATO AUTEM EfiOS, QUI FUIT FILIUS S E T H , AD CONDITIONIS HUMANAE
in cilicio quippe recordado est peccatorum, propter haedos ad sinistram
PRINCIPIUM SIT REDITUM
luturos: quod confitentes in cilicio prosternimur, tanquam dicentes quod
in Psalmo scriptum est, Et peccatum meum ante me est semper 71. Proge- Primo autem intuendum est, quemadmodum cum ex Cain generationes
nies ergo ex Adam per Cain sceleratum undenario numero finitur, quo enumerarentur, commemorato ante caeteros posteros eius illo in cuius no-
peccatum significatur: et ipse numerus femina clauditur, a quo sexu ini- mine condita est civitas, id est Enoch, contexti sunt caeteri usque ad illum
tium factum est peccati, per quod omnes morimur. Commissum est autem, finem, de quo locutus sum, doñee illud genus atque universa propago di-
ut et voluptas carnis, quae spiritui resisteret, sequeretur. Nam et ipsa filia luvio deleretur: cum vero filias Seth unus commemoratus fuisset Enos,
Lamech Noema Voluptas interpretatur. Per Seth autem ab Adam usque nondum usque ad diluvium additis caeteris, articulus quidam interponitur
ad No e denarius insinuatur legitimus numerus. Cui Noe tres adiiciuntur et dicitur, Hic líber nativitatis hominum, qua die fecit Deus Adam, ad
filii: unde uno lapso dúo benedicuntur a patre, ut remoto reprobo et pro- imaginem Dei fecit illum. Masculum et feminam fecit Utos, et benedixit
batís filiis ad numerum additis etiam duodenarius numerus intimetur, qui illos, et cognominavit nomen eorum Adam, qua die fecit illos". Quod
6t 1
l ? P a t r i a r ° h a n i m et in Apostolorum numero insignis est, propter septe- mihi videtur ad hoc interpositum, ut hinc rursus inciperet ab ipso Adam
narn partes, alteram per alteram multiplicatas. Nam ter quaterni, ve] dinumeratio temporum, quam noluit faceré qui haec scripsit in civitate
quater terni ipsum faciunt. His ita se habentibus, video considerandum et terrena: tanquam eam Deus sic commemoraret, ut non computaret. Sed
commemorandum, ista utraque progenies, quae distinctis generationibus quare hinc reditur ad istam recapitulationem, posteaquam commemoratus
duas insinuat civitates, unam terrigenarum, alteram regeneratorum, quo- est filius Seth, homo qui speravit invocare nomen Domini Dei; nisi quia
modo postea sic commixta fuerit atque confusa, ut universum genus hu- sic oportebat istas duas proponere civitates, unam per homicidam usque
manum, exceptis octo hominibus, perire mereretur diluvio. ad homicidam; nam et Lamech duabus uxoribus suis se perpetrasse ho-
70
E x . 26,7. 71 Ps . 50;S. 73
G e n . 5,1.2.
XV, 22 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1051
1050 LA CIUDAD DE DIOS XV, 21
Adán, de cuya posteridad condenada, como de masa entregada
cidio en sus dos mujeres, y otra que parte de aquel que puso su a justa condenación, ha hecho Dios unos vasos de ira en igno-
esperanza en invocar el nombre del Señor? He aquí la única minia y otros vasos de misericordia en honor. Y dio a aquéllos
y soberana ocupación que debe tener en esta mortalidad la Ciu- en pena lo merecido, y a éstos en gracia lo indebido, a fin de
dad de Dios, peregrina en este mundo, y que ha sido encarecida que la Ciudad soberana aprenda de los vasos de ira a no con-
por un hombre engendrado de aquel en quien revivió el ase- fiar en su libre albedrío, sino a poner su esperanza en invocar
sinado. Este hombre denota la unidad de la Ciudad soberana, el nombre del Señor. La voluntad fué creada naturalmente bue-
aún no completa, es verdad, pero que recibirá un día su com- na por la bondad de Dios, pero mudable por el Inmutable, pues
plemento con el precedente de esta prefiguración profética. fué creada de la nada, y no sólo puede declinar del bien para
¡El hijo de Caín, es decir, el hijo de la Posesión (¿de qué obrar con su libre albedrío el mal, sino también del mal para
sino de la ciudad terrena?), tomó, pues, nombre de esta ciudad, obrar el bien, aunque es incapaz de ello sin la ayuda de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


fundada en su nombre! De éstos es de quienes canta el Salmo: Dios [431.
Invocarán sus nombres en sus mismas tierras. Y, como conse-
cuencia, lo de otro Salmo: Señor, en tu ciudad aniquilarás su
imagen. En cambio, ¡el hijo de Set, o sea, el hijo de la Re- CAPITULO XXII
surrección, ponga su esperanza en invocar el nombre del Señor!
De esta sociedad de hombres es figura el que dice: Yo seré EL PECADO DE LOS HIJOS DE DIOS. LA RED DEL AMOR A LAS
como una oliva fructífera en la casa de Dios, pues que esperé M U J E R E S EXTRANJERAS. E L DILUVIO
en su misericordia. No aspire, pues, a la gloria vana de adqui-
rir un nombre famoso sobre la tierra, porque es bienaventu- Al aumentar y crecer los hombres en posesión de este libre
rado aquel que pone su esperanza en el nombre del Señor, y no albedrío se obró una mezcolanza y una especie de confusión de
torna su vista a las vanidades y falaces desatinos del mundo. las dos ciudades por comunicación de iniquidad. Y este mal,
En efecto, después de propuestas las dos ciudades, una en una vez más, tuvo como piedra de toque el sexo débil, aunque
la mortalidad de este siglo y otra en la esperanza de Dios, como no del mismo modo (fue al principio del mundo. En realidad,
salidas ambas de una puerta común, la mortalidad abierta en en esle caso las mujeres no indujeron a los hombres al pecado,
Adán, para que corran y avancen a su fin específico y debido, seducidas por la falacia de otro, sino que los hijos de Dios, es
comienza la recordación de los tiempos. En esta reseña añade decir, los ciudadanos de la ciudad peregrina en el mundo, co-
otras generaciones, tornando a comenzar su narración desde
recapitulatione ex Adam, ex cuius origine damnata, veluti massa una
micidium confitetur " : alteram per eum qui speravit invocare nomen Do- meritae damnationi tradita, fecit Deus alia in contumeliam vasa irae, alia
mini Dei? Hoc est quippe in hoc mundo peregrinantis civitatis Dei totum in honorem vasa misericordiae 78 ; illis reddens quod debetur in poena,
atque summum in hac mortalitate negotium, quod per unum hominem, istis donans quod non debetur in gratia: ut ex ipsa etiam comparatione
quem sane occisi resurrectio genuit, commendandum fuit. Homo quippe vasorum irae, superna civitas discat, quae peregrinatur in terris, non fide-
ille unus totius supernae civitatis est unitas; nondum quidem completa, re libértate arbitrii sui, sed speret invocare nomen Domini Dei. Quoniam
sed praemissa ista prophetica praefiguratione complenda. Filius ergo Caín, voluntas, in natura quae facta est tona a Deo bono, sed mutabiiis ab im-
hoc est filius possessionis (cuius, nisi terrenae?) habeat nomen in civitate mutabili, quia ex nihilo, et a bono potest declinare, ut faciat malum,
terrena, quae in eius nomine condita est. De his est enim de quibus can- quod fit libero arbitrio; et a malo, ut faciat bonum, quod non fit sine
tatur in Psalmo, Invocabant nomina eorum in terris ipsoram 74. Propter divino adiutorio.
quod sequitur eos quod in alio Psalmo scriptum est, Domine, in civitate CAPUT XXII
tua imaginem ipsorum ad nihilum rediges ". Filius autem Seth, hoc est
filius resurrectionis, speret invocare nomen Domini Dei. Eam quippe so- DE LAPSU FILIORUM D E I ALIENICENARUM MDLIERÜM AMORE CAPTORUM, UNDE
cietatem hominum praefigurat quae dicit, Ego autem, sicut oliva fructífera ET OMMES, EXCEPTIS OCTO HOMINIBUS, DILUVIO PERIRE MERUERTLNT
in domo Dei speravi, in misericordia Dei7S. Vanas autem glorias famosi
in térra nominis non requirat: Beatas enim vir, cuius est nomen Domini Hoc itaque libero voluntatis arbitrio genere humano progrediente at-
spés eius, et non respexit in vanitates, et insanias mendaces " . Propositis que crescente, facta est permixtio, et iniquitate participata quaedam
itaque duabus civitatibus, una in re huius saeculi, altera in spe Dei, tan- utriusque confusio civitatis. Quod malum a sexu femíneo causam rursus
quam ex communi, quae aperta est in Adam, ianua mortalitatis egressis, invenit: non quidem illo modo quo ab initio; non enim cuiusquam etiam
ut procurrant et excurrant ad discretos proprios ac débitos fines, incipit tune fallacia seductae illae feminae persuaserunt peccatum viris: sed ab
dinumeratio temporum: in qua et aliae generationes adiiciuntur, facta initio quae pravis moribus fuerant in terrena civitate, id est in terrigena-
rum societate, amatae sunt a filizs Dei, civibus scilicet peregrmantig in
70
" G e n . 4i23- P s . 51,10. 78
" P s . 48,12- " Vn. 39,s- R o m . 9,23.
XV, 23, 1 US DOS CIUDADES KN LA TIERRA 1053
1052 LA CIUDAD DE DIOS XIV, 22

iiienzaron a amar por su belleza corporal a estas mujeres, que breve y acertada de virtud es ésta: la virtud es el orden del
desde el principio tenían malas costumbres en la ciudad terre- amor [ 4 5 ] . A este tenor, la esposa de Cristo, la Ciudad de Dios,
na, en la sociedad de los lerrígenas. Es cierto que la belleza es canta en el Cantar de los Cantares: Ordenad en mí la caridad.
un bien y un don de Dios; pero Dios lo da también a los malos Turbado, pues, el orden de esta caridad, es decir, de la dilec-
precisamente para que los buenos no lo estimen como un gran ción y del amor [ 4 6 ] , los hijos de Dios se olvidaron de Dios
bien. Así, abandonado el bien supremo, propio de los buenos, y amaron las hijas de los hombres.
llegó inevitablemente el declinar al bien mínimo, no privativo Estos dos nombres distinguen suficientemente las dos ciuda-
de los buenos, sino común a buenos y a malos. Los hijos de Dios des. No es que aquéllos no fueran hijos de los hombres por na-
quedaron prendidos por el amor de las hijas de los nombres, y turaleza, sino que habían comenzado a tener otro nombre por
para desposarse con ellas se allanaron a las costumbres de la gracia. La misma Escritura, en el pasaje en que dice que los
sociedad terrena y dejaron la piedad que guardaban en la so- hijos de Dios amaron las hijas de los hombres, llama a los hijos
de Dios ángeles de Dios. Esto ha dado pie a muchos para pen-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ciedad santa.
sar que aquéllos no fueron hombres, sino ángeles.
La belleza del cuerpo, bien creado por Dios, pero temporal,
ínfimo y carnal, es mal amado cuando su amor se antepone al
de Dios, bien eterno, interno y sempiterno. Así, cuando un
avaro ama el oro abandonando la justicia, el pecado no es del C A P I T U L O X X I I I
oro, sino del hombre. Y así se ha toda criatura, pues, siendo
buena, puede ser amada bien y mal. Es amada bien cuando se ¿ Q U É DECIR DE ESTA OPINIÓN DE QUE FUERON ÁNGELES
guarda el orden, y mal cuando se perturba. He expresado bre- Y NO H O M B R E S ?
vemente esta idea en verso en un elogio del Cirio [44] :
1. Este punto sobre si pueden los ángeles, siendo espíri-
Estas cosas son tuyas y son buenas, porque tú, que eres bueno, las tus, unirse carnalmente con las mujeres, ya lo he tocado, aun-
creaste. Nada nuestro hay en ellas sino nuestro pecado, al amar en tu
lugar lo creado por ti, invirtiendo el orden. que de paso y sin darle solución, en el libro III de esta obra.
La Escrilura dice: fiare a los espíritus sus ángeles; es decir, de
El Creador, si es verdaderamente amado, es decir, si es amado aquellos ipie son espíritus por naturaleza, hace ángeles suyos,
El, no otra cosa en su lugar, no puede ser amado mal. El amor, encomendándoles el oficio de anunciar. En griego se dice ayyeAo;
que hace que se ame bien lo que debe amarse, debe ser amado —nombre que en latín suena ángelus y que se traduce por nun-
también con orden, y así existirá en nosotros la virtud, que trae cio—. Pero no es f,ácil decir si habla de sus cuerpos, cuando
consigo el vivir bien. Por eso me parece que la definición más
hoc saeculo alterius civitatis, propter pulchritudinem corporis 7 ". Quod tat sponsa Christi, civitas Dei, Ordinate in me charitatem80. Huius igi-
bonum Dei quidem donum est: sed propterea id largitur etiam malis, ne tur charitatis, hoc est, dilectionis et amoris ordine perturbato, Deum filii
magnum bonum videatur bonis. Deserto itaque magno bono et bonorum Dei neglexerunt, et filias hominum dilexerunt. Quibus duobus nominibus
proprio, lapsus est factus ad bonum minimum, non bonis proprium, sed satis civitas utraque discernitur. Ñeque enim et illi non erant filii homi-
bonis malisque commune: ac sic filii Dei filiarum hominum amore sunt num per naturam; sed aliud nomen coeperant habere per gratiam. Nam
capti, atque ut eis coniugibus fruerentur, in mores societatis terrigenae in eadem Scriptura, ubi dicti sunt dilexisse filias hominum filii Dei, iidem
defluxerunt, deserta pietate quam in sancta societate servabant. Sic enim dicti sunt etiam angeli Dei. Unde illos multi putant non homines fuisse,
corporis pulchritudo, a Deo quidem factum, sed temporale, carnale, infi- sed angelos.
mum bonum, male amatur postposito Deo, aeterno, interno, sempiterno CAPUT XXIII
bono: quemadmodum iustitia deserta et aurum amatur ab avaris, nullo
peccato auri, sed hominis. Ita se habet omnis creatura. Cum enim bona AN CREDENDUM SIT ANGELOS SUBSTANTIAE SPIRITUALIS, AMORE SPECIOSARUM
sit, et bene potest amari, et male: bene, scilicet ordine custodito; male, MUI.IERUM CAPTOS, EARUMDEM INIISSE CONIUGIA, EX QUIBUS GIGANTES
ordine pertúrbate Quod in laude quadam Cerei breviter versibus dixi: SINT CREATI
Haec tua sunt, bona sunt, quia tu bonus ista creasti.
Nil nostrum est in eis, nisi quod peceamus amantes, 1. Quam quaestionem nos transeunter commemoratam in tertio huius
Ordine neglecto, pro te, quod condittir abs te. operis libro 8 1 reliquimus insolutam, Utrum possint angeli, cum spiritus
Creator autem si veraciter ametur, hoc est, si ipse, non aliud pro illo sint, corporaliter coire cum feminis. Scriptum est enim, Qui facit angelos
quod non est ipse, ametur, male amari non potest. Nam et amor ipse suos spiritus: id est, eos qui natura spiritus sunt, facit esse angelos suos,
ordinate amandus est, quo bene amatur quod amandum est, ut sit in nobis iniungendo eis officium nuntiandi. Qui enim graece dicitur áyysAos,
virtus qua vivitur bene. Unde mihi videtur, quod definitio brevis et vera quod nomen latina declinatione ángelus perhibetur, latina lingua nuntius
virtutis, Ordo est amoris: propter quod in sancto Cántico canticorum can- 80
Cant. 2,4.
'» Gen. 6,is. "' C.s-
1054 IA CIUDAD DE DIOS XV, 23, 1
XV, 23, 2 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1055
añade: Y sus ministros, fuego abrasador; o si quiere dar a en-
tender que sus ministros deben arder en la caridad como en de que los hombres de Dios son llamados también ángeles. Así,
fuego espiritual [ 4 7 ] . Con todo, la misma Escritura atestigua de San Juan está escrito: He aquí que yo despacho mi ángel
que los ángeles se han aparecido a los hombres en cuerpos ta- nnte tu presencia, el cual irá delante de ti preparándote el cami-
les, que no solamente podían ser vistos, sino también tocados. no. Y el profeta Malaquías, por una gracia peculiar suya, o sea,
Y aún hay más: es un hecho del dominio público, y que mu- comunicada a él personalmente, se llamó ángel a sí mismo.
chos aseguran haberlo experimentado u oído de personas autori- 2. Sin embargo, algunos no entran por este sentir, porque
zadas que tenían experiencia de ello, que los Silvanos [48] y los leemos en la Escritura que de los llamados ángeles de Dios y
Faunos [49], llamados vulgarmente íncubos, han atormentado de las mujeres que amaron, nacieron, al parecer, no hombres de
con frecuencia a las mujeres y saciado con ellas sus pasio- nuestra raza, sino gigantes, como si en nuestros días no nacie-
nes [ 5 0 ] . Además, son tantos y de tal calibre los que afirman ran hombres cuyos cuerpos sobrepujan en mucho el módulo or-
que ciertos demonios, llamados por los galos Dusios. han inten- dinario, como poco ha insinué. ¿No es cierto que hace un pu-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tado y ejecutado esa torpeza, que negarlo parece descaro. Por ñado de años, cuando Roma vio acercarse a sus puertas la de-
eso no me atrevo a zanjar la cuestión de si hay espíritus con vastadora mano de los godos, había allí una mujer, que vivía
cuerpos aéreos (pues también el aire, al ser agitado con un con sus padres, cuya estatura, en cierto modo gigantesca, sobre-
abanico, excita la sensibilidad del tacto y de los demás sentidos) pujaba en mucho a los demás? Era admirable el gentío que
capaces de esta libido, es decir, de tener comercio carnal a su venía a verla de todas partes. Y lo más maravilloso era que sus
modo con las mujeres. dos padres no eran siquiera tipos ordinarios, de la estatura
Con todo, no me allano en modo alguno a creer que los án- corriente ahora. Pudieron, por tanto, nacer gigantes aun antes
geles santos de Dios se despeñaran entonces de esta suerte, ni que de que los hijos de Dios, por otro nombre ángeles de Dios, se
habla de ellos el apóstol San Pedro cuando dice: Porque Dios mezclaran con las hijas de los hombres, o sea, de los que vivían
no perdonó a los ángeles delincuentes, sino que los precipitó en según la carne, o en otros términos, los hijos de Set con las
las cárceles obscuras del infierno, reservando su castigo para hijas de Caín [ 5 1 ] . La misma Escritura canónica supone esto
el juicio. Me inclino a creer que habla de aquellos que. des- en el libro que comentamos, lie aquí sus palabras: Resulta
pués de apartarse de Dios, se despeñaron con el diablo, su prín- que, después de haberse multiplicado los hombres sobre la tie-
cipe, cuya astucia serpentina y envidiosa hizo caer al primer rra y de haberles nacido hijas, viendo los ángeles de Dios que
hombre. La Santa Escritura es un testigo abundante en pruebas las hijas de los hombres eran bellas, tomaron de entre ellas por
esposas las que más les agradaron. Y dijo el Señor: Haré des-
interpretatur. Sed utrum eorum corpora consequenter adiunxerit, dicendo,
Et ministros suos ignem ardentem": an quod chántate tanquatn igne cupletissima testis est. Nam et de Ioanne scriptum est, Ecce millo an-
spirituali fervere debeant ministri eius, ambiguum est. Apparuisse tamen gelum meum ante faciem tuam, qui praeparabit viam tuams4. Et Mala-
hominibus angelos in talibus corporibus, ut non solum videri, verum etiara chias propheta propria quadam, id est sibi proprie impertita, gratia dic-
tangi possent, eadem verissima Scriptura testatur. Et quoniam creberrima tas est ángelus "".
fama est, multique se expertos, vel ab eis qui experti essent, de quorum 2. Verum hoc movet quosdam, quod ex illis qui dicti sunt angelí Dei,
fide dubitandum non est, audisse confirmant, Silvanos, et Faunos, quos et ex mulieribus quas amaverunt, non quasi homines generis nostri, sed
vulgo Íncubos vocant, improbos saepe exstitisse mulieribus, et earum ap- gigantes legimus esse natos. Quasi vero corpora hominum modum nostrum
petisse ac peregisse concubitum; et quosdam daemones, quos Dusios Galli longe excedentia, quod etiam supra commemoravi *', non etiam nostris
nuncupant, hanc assídue immunditiam et tentare et efficere, plures ta- temporibus nata sunt. Nonne ante paucos annos, cum Romanae urbis,
lesque asseverant, ut hoc negare impudentiae videatur: non hinc aliquid quod a Gothis factum est, appropinquaret excidium, Romae fuit femina
audeo definiré, utrum aliqui spiritus elemento aerio corporati (nam hoc cum suo patre et sua matre, quae corpore quodammodo giganteo loñge
elementum etiam cum agitatur flabello, sensu corporis tactuque senti- caeteris praeemineret? Ad quam visendam mirabilis fiebat usquequaque
tur), possint etiam hanc pati libidinem, ut quomodo possunt, sentientibus concursus. Et hoc erat máxime admirationi, quod ambo parentes eius nec
feminis misceantur. Dei tamen Angelos sanctos nullo modo illo tempore saltem tam longi homines erant, quam longissimos videre consuevimus.
sic labi potuisse crediderim: nec de his díxisse apostolum Petrum, Si Potuerunt ergo gigantes nasci et prius quam filii Dei, qui et angelí Dei
enim Deus angelis peccantibus non pepercit, sed carceribus caliginis infe- dicti sunt, filiabus hominum, hoc est secundum hominem viventium, mis-
rí retrudens tradidit in iudicio puniendos reservan*3; sed potius de illis cerentur; filii scilicet Seth filiabus Cain. Nam et canónica Scriptura sic
qui primum apostatantes a Deo cum diabolo principe suo ceciderunt, loquitur, in quo libro haec legimus, cuius verba ista sunt: Et factum est,
qui primum hominem per invidiam serpentina fraude deiecit. Angelos postquam coeperunt homines multi fieri super terram, et filiae natae
autem fuisse etiam Dei nomines nuncupatos, eadem Scriptura sancta lo- sunt illis: videntes autem angelí Dei filias hominum, quia bonae sunt,
sumpserunt sibi uxores ex ómnibus quas elegerant. Et dixit Dominus
12
P s . 103,5.
84
" a P « t r . ¡(,4. MC. 1,2.
83
M a l . 2,7.
86
C.g.
1056 I, A CIUDAD DE DIOS XV, 23, 3 XV, 23, 4 LAS DOS CIUDADES EN lk TIERRA 1057
aparecer mi espíritu de estos hombres, porqué son carne. Vivi- tamente que fueron hombres. Después de haber dicho que los
rán sólo ciento veinte años. En aquel tiempo había gigantes ángeles de Dios, prendados de la belleza de las hijas de los hom-
sobre la tierra. Y después los hijos de Dios entraron a las hijas bres, tomaron de entre ellas por esposas las que más les agra-
de los hombres y les engendraron hijos para ellos, siendo éstos daron, añadió en seguida: Y dijo Dios: Haré desaparecer mi
los jayanes de nombradla de aquel tiempo. Estas palabras del espíritu de estos hombres, porque son carne. El espíritu de Dios
sagrado texto indican con luz meridiana que, cuando los hijos les había hecho ángeles de Dios e hijos de Dios; pero ellos, por
de Dios tomaron por mujeres a las hijas de los hombres, porque declinar a las cosas inferiores, son llamados hombres, que es
eran buenas, es decir, hermosas, ya había gigantes sobre la tie- nombre de naturaleza y no de gracia, y además son llamados
rra. La Escritura suele llamar buenos también a los hermosos también carne, espíritus desertores y desiertos, por desertar. Los
de cuerpo. Lo cierto es que después de esa acción nacieron Setenta los llaman ángeles de Dios e hijos de Dios; pero estos
gigantes, pues dice así: En aquel tiempo había ya gigantes

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


nombres no se hallan en todos los códices. Algunos traen sola-
sobre la tierra. Y después, los hijos de Dios entraron a las mente hijos de Dios. Aquila, en cambio, el intérprete preferido
hijas de los hombres. Luego antes y después de aquel hecho. de los judíos, no traduce ni ángeles de Dios ni hijos de Dios,
Lo que añade: Y les engendraron para ellos, muestra con su- sino hijos de los dioses [ 5 2 ] . Las dos versiones, creo yo, son
ficiencia que primero, es decir, antes de que los hijos de Dios verdaderas. Eran hijos de Dios y hermanos de sus ptulrA^ q U e
se despeñaran en esos desmanes, engendraban hijos para Dios, tenían, como ellos, a Dios por padre; y eran hijos de los dioses,
no para sí; en otras palabras, no dominados por la libido, sino porque habían sido engendrados por los dioses, con los cuales
con miras a la propagación. Y engendraban no hijos para su eran también dioses, según aquello del Salmo: Yo dije: Sois
vanidad, sino ciudadanos para la Ciudad de Dios, a quienes dioses e hijos todos del Altísimo.
anunciaron, como ángeles de Dios, que pusieran en Dios su
Es, pues, razonable creer que los Setenta recibieron espíritu
esperanza, asemejándose a aquel que nació de Set, que era hijo
profético y que, si en su versión cambiaron algo por propia au-
de la Resurrección y puso su esperanza en invocar el nombre del
toridad y lo expresaron de modo diferente que el original, lo
Señor. En esta esperanza serían, con su posteridad, coherederos
hicieron, sin duda, por inspiración divina. Además, hay que
de los bienes eternos, y bajo la paternidad de Dios, hermanos
reconocer que en hebreo ese lérmino es ambisruo y que admite,
de sus hijos.
por lanío, las dos traducciones, de hijos de Dios e hijos de los
3. Pero no se ha de pensar que fueron ángeles de Dios ta- dioses.
les que no eran hombres, pues la misma Escritura declara abier- 4. Omitamos las fábulas de los escritos apócrifos, así lla-
mados porque su origen fué desconocido aun para los Padres,
Deus: Non permanehit spiritus meus in hominihus his in aeternum,
propter quod caro sunt. Erunt autem dies eorum centum viginti anni. Gi- ulla ambiguitate declarat. Cum enim praemissum esset, quod videntes an-
gantes autem erant super terram in diebus Mis: et post illud cum in- geli Dei filias hominum, quia bonae sunt, sumpserunt sibi uxores ex óm-
trarent jilii Dei ad filias hominum, et generahant sihi, Mi erant gigantes, nibus quas elegerant; mox adiunctum est, Et dixit Dominus Deus: Non
a saeculo homines nominati87. Haec libri verba divini satis indicant, iam permanehit spiritus meus in hominihus his in aeternum. propter quod caro
illis diebus fuisse gigantes super terram, quando filii Dei acceperunt sunt. Spiritu quippe Dei fuerant facti angeli Dei et filii Dei: sed decli-
uxores filias hominum, cum eas amarent bonas, id est pulchras. Consue- nando ad inferiora, homines dicuntur nomine naturae, non gratiae; di-
tudo quippe Scripturae huius est, etiam speciosos corpore, bonos vocare. cuntur et caro, desertores spiritus et deserendo deserti. Et Septuaginta
¿ed et postquam hoc factura est, nati sunt gigantes. Sic enim ait: Gi- quidem interpretes et angelos Dei dixerunt istos, et filios Dei: quod qui-
gantes autem erant super terram in diebus illis: et post illud, cum intra- dem non omnes códices habent; nam quídam nisi filios Dei non habent.
rent filii Dei ad filias hominum. Ergo et ante in illis diebus, et post illud. Aquila autem, quem interpretem Iudaei caeteris anteponunt, non angelos
Quod autem ait, Et generahant sibi, satis ostendit quod prius, antequam Dei, nec filios Dei, sed filios deorum interpretatus est. Utrumque autem
sic caderent filii Dei, Deo generabant, non sibi, id est, non dominante verum est. Nam et filii Dei erant, sub quo patre suorum patrum etiam
libídine coeundi, sed serviente officio propagandi; non familiam fastus fratres erant; et filii deorum, quoniam a diis geniti erant, cum quibus
sui, sed cives civitatis Dei: quibus annuntiarent tanquam angeli Dei, ut et ipsi dii erant, iuxta illud Psalmi: Ego dixi, Dii estis, et filii Excelsi
ponerent in Deo spem suam 8S, símiles illius qui natus est de Seth, filius omness9. Mentó enim creduntur Septuaginta interpretes accepisse pro-
resurrectionis, et speravit invocare nomen Domini Dei: in qua spe essent prieticum spiritum, ut si quid eius auctoritate mutarent, atque aliter quam
cum suis posteris cohaeredes aeternorum bonorum, et sub Deo patre fra- erat quod interpretabantur dicerent, ñeque hoc divinitus esse dictum du-
tres filiorum. bitaretur. Quamvis hoc in hebraeo esse perhibeatur ambiguum, ut et filii
Dei, et filii deorum, posset interpretan.
3. Non autem illos ita fuisse angelos Dei, ut homines non essent,
sicut quídam putant, sed homines procul dubio fuisse, Scriptura ipsa sine 4. Omittamus igitur earum scripturarum fábulas, quae apocryphae
nuncupantur, eo quod earum oceulta origo non claruit patribus, a quibus
" Gen. 6,1-4.
" Ps. 77,7. »8 Ps. 8i,6.
1058 LA CIUDAD DE DIOS Xv*, 2 3 , 4 X V , 24 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1059

a través de los c u a l e s h a l l e g a d o h a s t a n o s o t r o s e n sucesión ni H a c e d o r p a r a h a c e r v e r al s a b i o q u e n o d e b e s o b r e s t i m a r s e


cierta y n o t o r i a la a u t o r i d a d d e las veraces E s c r i t u r a s . A u n q u e , ni la b e l l e z a , n i el g r a n d o r , ni la fortaleza c o r p o r a l , y q u e los
en r e a l i d a d , en esos escritos a p ó c r i f o s se h a l l a a l g u n a q u e o t r a bienes e s p i r i t u a l e s e i n m o r t a l e s , q u e le beatifican, p r i v a t i v o s d e
v e r d a d , sin e m b a r g o , p o r sus a b u n d a n t e s f a l s e d a d e s carecen de los b u e n o s , n o c o m u n e s a b u e n o s y a m a l o s , son m u y s u p e r i o -
a u t o r i d a d c a n ó n i c a [ 5 3 ] . N o p o d e m o s n e g a r q u e H e n o c , sépti- res y e s t a b l e s . O t r o p r o f e t a , e n c a r e c i e n d o esto m i s m o , d i c e : Allí
m o a c o n t a r d e s d e A d á n , e s c r i b i ó a l g u n a s cosas d i v i n a s , p u e s t o vivieron aquellos famosos gigantes que hubo al principio, hom-
q u e el a p ó s t o l S a n J u d a s lo dice en su E p í s t o l a c a n ó n i c a . M a s , bres de grande estatura y diestros en la guerra. Dios no los
n o sin r a z ó n , n o se e n c u e n t r a en el c a n o n de las E s c r i t u r a s , q u e escogió ni les dio la senda de la ciencia, y perecieron, porque
se c o n s e r v a b a e n el t e m p l o del p u e b l o h e b r e o m e r c e d al c u i d a d o carecieron de la sabiduría, y perecieron por su necedad.
de los s a c e r d o t e s q u e se i b a n s u c e d i e n d o . Su a n t i g ü e d a d dio p i e
p a r a p e n s a r q u e e r a n s o s p e c h o s o s y e r a i m p o s i b l e s a b e r si e r a n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ésos los escritos del a u t o r q u e firma, p o r q u e n o l o s p u b l i c a b a n C A P I T U L O X X I V
p e r s o n a s c u y a fidelidad y confianza e s t u v i e r a g a r a n t i z a d a p o r el
o r d e n de sucesión [ 5 4 ] .
¿ C Ó M O DEBE ENTENDERSE «VIVIRÁN SÓLO CIENTO VEINTE A N O S ? »
P o r csie m o t i v o , a los escritos p u b l i c a d o s c o n su n o m b r e ,
q u e c o n t i e n e n f á b u l a s de g i g a n t e s cuyos p a d r e s n o f u e r o n hom- Estas p a l a b r a s de D i o s : Vivirán sólo ciento veinte años, n o
b r e s , los p r u d e n t e s p i e n s a n , y c o n f u n d a m e n t o , q u e n o se les d e b e n e n t e n d e r s e c o m o p r e n u n c i o de q u e en a d e l a n t e los h o m -
d e b e fe, así c o m o a m u c h o s o t r o s p u b l i c a d o s p o r h e r e j e s con b r e s n o h a b í a n de vivir m á s de ciento veinte a ñ o s , p u e s t o q u e
n o m b r e s de p r o f e t a s y m á s r e c i e n t e m e n t e con n o m b r e s de após- d e s p u é s del d i l u v i o vivió a l g u n o h a s t a q u i n i e n t o s . D e b e m á s
t o l e s . T a n t o u n o s c o m o o t r o s h a n s i d o p r i v a d o s de a u t o r i d a d b i e n e n t e n d e r s e q u e D i o s dijo esto c u a n d o N o é f r i s a b a e n l o s
c a n ó n i c a , y d e s p u é s d e u n e s m e r a d o e x a m e n , i n c l u i d o s e n el q u i n i e n t o s a ñ o s , e s d e c i r , h a c i a el c u a t r o c i e n t o s o c h e n t a d e su
n ú m e r o de los a p ó c r i f o s . vida, q u e , según el estilo de la E s c r i t u r a , s e r í a n , en n ú m e r o s
E s cierto, s e g ú n l a s E s c r i t u r a s c a n ó n i c a s , h e b r e a s y cristia- r e d o n d o s , q u i n i e n l o s . Con frecuencia se e x p r e s a l a p a r t e supe-
n a s , q u e h u b o m u c h o s g i g a n t e s a n t e s del d i l u v i o y q u e f u e r o n r i o r con el l o d o . Ahora bien, el d i l u v i o t u v o l u g a r el a ñ o seis-
c i u d a d a n o s de la c i u d a d t e r r e n a , y q u e los h i j o s d e D i o s , naci- cienlos de la vida de N o é , el m e s s e c u n d o . ,Y a s í , esos ciento
dos de Set según la c a r n e , se v o l c a r o n en esta s o c i e d a d , a b a n d o -
n a n d o la j u s t i c i a . N o es de m a r a v i l l a r , p o r t a n t o , q u e de e l l o s Nec mirandum est, quod etiam de ipsis gigantes nasci potuerunt. Ñeque
p u d i e r a n n a c e r t a m b i é n g i g a n t e s , p o r q u e , a u n q u e es v e r d a d q u e enim omnes gigantes, sed magis multi utique tune fuerunt, quam post
diluvium temporibus caeteris. Quos propterea creare placuit Creatori, ut
n o t o d o s e r a n g i g a n t e s , sin e m b a r g o h a b í a m u c h o s m á s e n t o n c e s
etiam bine ostenderetur non solum pulchritudines, verum etiam et magni-
q u e en los t i e m p o s q u e s i g u i e r o n a l d i l u v i o . Y p l u g o c r e a r l o s tudines et fortitudines corporum non magnipendendas esse sapienti, qui
spiritualibus atque immortalibus longe melioribus atque firmioribus et
usque ad nos auctoritas veraciura Scripturarum certissima et notissima bonorum propriis, non bonorum malorumque communibus beatificatur
successione pervenit. In his autem apocryphis etsi invenitur aliqua ventas, bonis. Quam rem alius propheta commendans ait: lbi fuerunt gigantes
tamen propter multa falsa nulla est canónica auctoritas. Scripsisse qui- Mi nominati, qui ab initio juerunt staturosi, scientes praelium. Non hos
dem nonnulla divina Enoch, illum septimum ab Adam, negare non pos- elegit Dominas, nec viam scientiae dedil Mis: et interierunt, guia non
sumus, cum hoc in Epístola canónica ludas apostolus dicat'". Sed non habuerunt sapientiam, perierunl propter inconsid.eranti.am " .
frustra non sunt in eo canone Scripturarum, qui servabatur in templo
Hebraei populi succedentium diligentia sacerdotum, nisi quia ob antiqui-
tatem suspectae fidei iudicata sunt, nec utrum haec essent quae ille CAPUT XXIV
soripsisset, poterat inveniri, non talibus proferentibus, qui ea per seriem
successionis reperirentur rite servasse. Unde illa quae sub eius nomine QÜOMODO INTELLIGENDUM SIT, QUOD DE EIS QUI DILUVIO PEHDENDI ERANT,
proferuntur, et continent istas de gigantibus fábulas, quod non habue- DOMINUS DIXIT, «ERUNT DIES EORUM CENTUM VICINTI ANNI»
rint nomines paires, recte a prudentibus iudicantur non ipsius esse cre-
denda; sicut multa sub nominibus et aliorum Propbetarum, et recentiora Quod autem dixit Deus, Erunt dies eorum centum viginti anni °2, non
sub nominibus Apostolorum ab haereticis proferuntur, quae omnia nomi- sic accipiendum est, quasi praenuntiatum sit, post haec homines centum
ne apocryphorum ab auctoritate canónica diligenti examinatione remota viginti annos vivendo non transgredí, cum et post diluvium etiam quin-
sunt. Igitur secundum Scripturas canónicas hebraeas atque christianas, gentos excessisse inveniamus. Sed intellígendum est hoc Deum dixisse,
multos gigantes ante diluvium fuisse, non dubium est, et hos fuísse cives cum circa finem quingentorum annorum esset Noe, id est, quadringen-
terrigenae societatis hominum; Dei autem filios, qui secundum carnem tos octoginta vitae annos ageret, quos more suo Scriptura quingentos
de Seth propagati sunt, in hanc societatem deserta iustitia declinasse. vocat, nomine totius maximam partero plerumque significans: sexcentesi-
91
10
Bar. 3,26-28.
62
ludae M. Gen. 6,3,
1060 LA CIUDAD DE DIOS ' X V , 25 XV, 26, 1 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1Q&X

veinte años serían los años que restaban de vida a los hombres, (lexión es la razón inmutable de las cosas mudables. Porque
que habían de ser aniquilados por el diluvio, terminado ese Dios, que tiene sobre todos los seres un sentir tan estable como
plazo. No es vano creer que el diluvio arribó cuando no había cierta es su presciencia, no se arrepiente de sus obras como el
sobre la tierra más que hombres dignos de ser arrasados con tal hombre. Si la Escritura no usara estas expresiones, su forma no
muerte vengadora de impíos, y esto no porque tal género de sería familiar hasta cierto punto y a tono con toda clase de
muerte cause en los buenos, que algún día han de rendir tam- hombres, cuyo aprovechamiento pretende. De esta suerte aterra
bién tributo a la muerte, algún mal que pueda dañarles después a los soberbios y despierta a los negligentes, ejercita a los in-
de la muerte. vestigadores y alienta a los inteligentes, cosa que no hiciera de
Es de notar, a este propósito, que en el diluvio no pereció no inclinarse y abajarse primero a dar su mano a los tendidos.
ninguno de los que la Escritura santa menciona como descen- El anunciar la muerte de todos los animales terrenos y volátiles
es una imagen de la grandeza de la catástrofe venidera, no una

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dientes de Set. He aquí la causa del diluvio según la narración
divina: Viendo el Señor que los hombres habían acrecido su amenaza de muerte hecha a los animales privados de razón,
malicia sobre la tierra y que cada cual pensaba interiormente como si también ellos hubieran pecado.
en hacer mal a diario, se acordó de que había hecho al hombre
sobre la tierra, recapacitó y dijo: Raeré de sobre la faz de la
tierra al hombre que hice, y desde el hombre hasta la bestia, C A P I T U L O XXVI
desde los reptiles hasta las aves del cielo, porque estoy airado
de haberlos hecho. E L ARCA DE N O É , SÍMBOLO DE CRISTO Y DE LA IGLESIA

1. El mandar Dios a Noé, hombre justo y, según la certera


C A P I T U L O XXV expresión de la Escritura, perfecto en su generación (no con la
perfección con que los ciudadanos de la Ciudad de Dios han de
igualar en la inmortalidad a los ángeles de Dios, es verdad,
L A IRA DE D I O S
pero sí con la perfección de que en esta peregrinación son ca-
La ira de Dios no es en El una turbación del ánimo, sino puces), que consliuya un arca para escapar en ella a la devas-
el juicio por el que castiga el pecado. Su pensamiento y su re-
mo quippe anno vitae Noe, secundo mense factum est diluvium"; ac immutabilis ratio. Ñeque enim sicut hominem, ita Deum cuiusquam facti
sic centum viginti ann! praedicti sunt futuri vitae hominum periturorum, sui poenitet, cuius est de ómnibus omnino rebus tam fixa sententia, quam
quibus transactis diluvio delerentur. Nec frustra creditur sic factum esse certa praescientia. Sed si non utatur Scriptura talibus verbis, non se
quodammodo familiarius insinuabit omni generi hominum, quibus vult
diluvium, iam non inventis in térra qui non erant digni tali morte de- esse consultum, ut et perterreat superbientes, et excitet negligentes, et
fungi, qua in impios vindicatum est: non quo hic quidquam bonis quan- exerceat quaerentes, et alat intelligentes: quod non faceret, si non se
doque morituris tale genus mortis faciat aliquid quod eis possit obesse prius inclinaret, et quodammodo descenderet ad iacentes. Quod autem
post mortem. Verumtamen nullus eorum diluvio mortuus est, quos de se- etiam interitum omnium animalium terrenorum volatiliumque denuntiat,
mine Seth propagatos sancta Scriptura commemorat. Sic autem divinitus magnitudinem futurae cladis effatur; non animantibus rationis expertibus,
diluvii causa narratur: Videns, inquit, Dominus Deus, quia multiplícatele tanquam et ipsa peccaverint, minatur exitium.
sunt malitiae hominum super terram, et omnis quisque cogitat in corde
suo diligenter super maligna omnes dies: et cogitavit Deus quia fecit ho-
minem super terram, et recogitavit, et dixit Deus, Delebo hominem quem
CAPUT XXVI
feci a facie terrae, ab homine usque ad pecus, et a reptilibus usque ad QüOD ARCA QUAM NoE IUSSUS EST FACERÉ, IN ÓMNIBUS C H R I S T U M
volatilia caeli, quia iratus sum, quoniam feci eos 84. ECCLESIAMQUE SIGNIFICET

1. Iam vero quod Noe homini iusto, et sicut de illo Scriptura ve-
CAPUT XXV rídica loquitur, in sua generatione perfecto" (non utique sicut perfi-
ciendi sunt cives civitatis Dei in illa immortalitate, qua aequabuntur An-
D E IRA DEI, QUAE INCOMMUTABILEM TRANQUILLITATEM NULLA
gelis Dei, sed sicut esse possunt in hac peregrinatione perfecti), imperat
INFLAMMATIONE PERTURBAT Deus, ut arcam faciat, in qua cum suis, id est, uxore, filiis, et nuribus
Ira Dei non perturbatio animi eius est, sed iudicium quo irrogatur et cum animalibus, quae ad illum ex Dei praecepto in arcam ingressa
poena peccato. Cogitatio vero eius et recogitatio, mutandarum rerum est sunt, liberaretur a diluvii vastitate; procul dubio figura est peregrinantis
in hoc saeculo civitatis Dei, hoc est Ecclesiae, quae fit salva per lignum,
»3 Ibid., 7,11. 9S
M
Ibid., 6,5-7. Gen. 6,9.
1062 LA CIUDAD DI! DIOS XV, 26, 2 \"V, 26, 2 I,AS DOS CIUDADES EN I,A TIHKRA 1063

tación del d i l u v i o con los suyos, con su m u j e r , sus h i j o s y sus litigaba q u e h u b i e r a a l g u n a p r o f e c í a s o b r e Cristo en los l i b r o s
n u e r a s y con los a n i m a l e s q u e p o r m a n d a t o de D i o s hizo e n t r a r de los h e b r e o s . P u e d e o c u r r i r q u e a l g u i e n e x p o n g a esto con
t a m b i é n e n el a r c a , es, sin d u d a , figura d e l a C i u d a d de D i o s más c o m p e t e n c i a q u e y o , y otro con m á s q u e é s e ; p e r o t o d o
q u e p e r e g r i n a en este m u n d o , es decir, de la Iglesia, q u e se sal- c u a n t o se d i g a d e b e r e l a c i o n a r s e con la C i u d a d de D i o s de q u e
va p o r el l e ñ o en q u e p e n d i ó el M e d i a d o r e n t r e D i o s y los h o m - h a b l a m o s , v i a j e r a e n m e d i o de este m u n d o c o r r o m p i d o c o m o
b r e s , el h o m b r e Cristo J e s ú s . L a s m e d i d a s de su l o n g i t u d , a l t u r a en m e d i o del d i l u v i o , si el t a l e x p o s i t o r n o q u i e r e a p a r t a r s e del
y a n c h u r a son u n s í m b o l o del c u e r p o h u m a n o , en c u y a r e a l i d a d sentido del a u t o r . P o r e j e m p l o , si u n o n o q u i s i e r a e n t e n d e r es-
vino a l o s h o m b r e s , c o m o h a b í a s i d o p r e d i c h o . E n efecto, la tas p a l a b r a s : Las partes inferiores las harás de dos y de tres
l o n g i t u d del c u e r p o h u m a n o desde la c o r o n i l l a a l o s pies es ¡>isos, c o m o yo dije en la o b r a c i t a d a , es decir, q u e los dos pi-
seis veces t a n t a c o m o la a n c h u r a que h a y d e s d e u n c o s t a d o al sos significan q u e la I g l e s i a se c o n g r e g a de t o d a s l a s n a c i o n e s ,
o t r o , y diez veces t a n t a c o m o la a l t u r a , que se m i d e en el cos- o sea, de dos g é n e r o s de h o m b r e s , la c i r c u n c i s i ó n y el p r e p u c i o ,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


t a d o desde la e s p a l d a al v i e n t r e . Así, si m i d e s a u n h o m b r e o, s e g ú n la e x p r e s i ó n del A p ó s t o l , de j u d í o s y de g r i e g o s , y q u e
t e n d i d o b o c a a b a j o o b o c a a r r i b a , es seis veces m á s l a r g o desde los tres p i s o s figuran la r e s t a u r a c i ó n de los p u e b l o s t o d o s des-
la cabeza a los pies q u e a n c h o de d e r e c h a a i z q u i e r d a o de iz- pués del d i l u v i o m e r c e d a los t r e s h i j o s de N o é , dé o t r a inter-
q u i e r d a a d e r e c h a y diez veces m á s q u e a l t o d e s d e el s u e l o . P o r p r e t a c i ó n n o a j e n a a l a r e g l a d e fe. P o r q u e n o q u i s o q u e el
eso el a r c a se hizo de t r e s c i e n t o s codos de l a r g a , c i n c u e n t a de a r c a fuera h a b i t a b l e s o l a m e n t e en las p a r t e s inferiores, sino
a n c h a y t r e i n t a de a l t a . t a m b i é n en las s u p e r i o r e s , la l l a m ó de dos p i s o s , y c o m o tam-
L a p u e r t a a b i e r t a en u n c o s t a d o del a r c a significa, i n d u d a - bién en las de e n c i m a de l a s s u p e r i o r e s h a b í a de s e r l o , la l l a m ó
b l e m e n t e , la h e r i d a que la lanza a b r i ó al a t r a v e s a r el c o s t a d o de tres p i s o s , de f o r m a q u e del e n t r e s u e l o al t e c h o h a b í a u n a
del Crucificado. L o s q u e v i e n e n a El e n t r a n p o r ella, p o r q u e de tercera h a b i t a c i ó n . O t r o p o d r í a e n t e n d e r p o r los tres pisos las
e l l a m a n a r o n los s a c r a m e n t o s , con los q u e son i n i c i a d o s los tres v i r t u d e s q u e r e c o m i e n d a el A p ó s t o l , la fe, la e s p e r a n z a y
c r e y e n t e s . E l m a n d a r c o n s t r u i r l a de m a d e r o s c u a d r a d o s signi- la c a r i d a d . P u e d e t a m b i é n e n t e n d e r s e — y esto p a r e c e m á s con-
fica la v i d a p l e n a m e n t e e s t a b l e de los s a n t o s , p o r q u e lo cua- f o r m e — l a s tres a b u n d a n t e s cosechas del E v a n g e l i o , en q u e u n o
d r a d o , a c u a l q u i e r p a r t e q u e lo v u e l v a s , s i e m p r e q u e d a firme. rinde t r e i n t a ; o l i o , sesenta, y o t r o , c i e n t o . E n esta g r a d a c i ó n ,
E n u n a p a l a b r a , t o d a s l a s cosas q u e se h a c e n n o t a r en la es- el ú l t i m o puesto t o c a r í a a la c a s t i d a d c o n y u g a l ; el s e g u n d o ,
t r u c t u r a del a r c a son signos de r e a l i d a d e s f u t u r a s en la I g l e s i a . a la v i u d a l , y el s u p e r i o r , a la v i r g i n a l . Y así d i r í a m o s de cual-
2. E x p l i c i t a r l o s a h o r a s e r í a l a r g o , y, a d e m á s , ya lo h e m o s
h e c h o en l a o b r a t i t u l a d a Contra Fausto Maraqueo [ 5 5 ] . Este braeorum aliquid de Christo esse prophetatum. Et íieri quidem potest,
ut et nobis quispiam, et alius alio exponat haec aptius: dum tamen ea
in quo pependit Mediator Dei et hominum homo Christus Iesus *°. Nam quae dicuntur, ad hanc de qua loquimur Dei civitatem, in hoc saeculo
et mensiuae ipsae longitudinis, altitudinis latitudinisque eius, significant maligno tanquam in diluvio peregrinan tem, omnia referan tur; si ab eius
eorpus humanum, in cuius veritate ad nomines praenuntiatus est venturas, sensu qui ista conscripsit, non vult longe aberrare qui exponit. Exempli
et venit. Humani qnippe corporis longitudo a vértice usque ad vestigia gratia, velut si quispiam quod hic scriptum est, Inferiora bicamerala et
sexies tantum habet, quam latitudo, quae est ab uno latere ad alterum tricamerata facies eam"; non quod ego in illo opere dixi 10 ", velit intel-
latus; et decies tantum, quam altitudo, cuius altitudinis mensura est in ligi; quia ex ómnibus gentibus Ecclesia congregatur, bicameratam dictam,
latere a dorso ad ventrem: velut si iacentem hominem metiaris supinum, propter dúo genera hominum, circumeisionem scilicet et praeputium, quos
seu pronum, sexies tantum longus est a capite ad pedes, quam latus a Apostolus et alio modo dicit Iudaeos et Graecos 1 " 1 ; tricameratam vero,
dextra ad sinistram, vel a sinistra in dexteram; et decies, quam altus a eo quod omnes gentes de tribus filiis Noe post diluvium reparatae sunt:
térra, linde facta est arca trecentorum in longitudine eubitorum, et quin- sed aliud dicat aliquid, quod a fidei regula non sit alienum. Nam quo-
quaginta in latitudine, et triginta in altitudine. Et quod ostium in latere niam non solas in inferioribus mansiones habere arcam voluit, verum
accepit, prefecto illud est vulnus, quando latus crucifixi lancea perfora- etiam in superioribus, et haec dixit bicamerala: et in superioribus su-
tum e s t s ' : hac qnippe ad illum venientes ingrediuntur; quia inde Sa- periorum, et haec appellavit tricamerata: ut ab imo sursum versus tertia
cramenta manarunt, quibus credentes initiantur. Et quod de lignis qua- consurgeret habitatio. Possunt hic intelligi et illa tria quae commendat
dratis fieri iubetur, undique stabilem vitam sanctorum significa!: qua- Apostolus, fides, spes, chantas la~. Possunt etiam multo convenientius tres
cumque enim verteris quadratum, stabit. Et eaetera quae in eiusdem arcae illae ubertates evangelicae, tricena, sexagena, centena 1 " 3 ; ut in ínfimo
constructione dicuntur, ecclesiasticarum signa sunt rerum. habitet pudicitia coniugalis, supra vidualis, atque hac superior virginalis:
2. Sed ea nunc persequi longum est: et hoc iam fecimtis in opere et si quid melius secundum fidem civitatis huius intelligi et dici potest.
quod adversus Faustum Manichaeum scripsimus gs , negantem in libris He- »9 G e n . 6,16.
100
90
i T i m . 2, 5 . I~4 c.16.
101
' " l o . 19,3-4. R o m . 2,9.
103
HS
I-,12 c¡T4. 1 Cor. 13,13.
» 8 Mt. IJ, 8.
1064 U CIUDAD DE DIOS XV, 27,1
XTV, 2 7 , 3 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1065
quiera otra interpretación que pueda darse en conformidad con
la fe de esta Ciudad. Quede, pues, por dicho lo que debía ex- 2. Quienes sostienen que no son hechos, sino meras figuras
poner aquí, porque, aunque la exposición no sea idéntica, con representativas de realidades, piensan en primer lugar que no
todo, no debe discordar de la fe católica. fué posible un diluvio tan enorme, cuyas aguas subieron en su
crecida quince codos sobre los montes más altos. Y, al decir
esto, están pensando en la cumbre del Olimpo [ 5 8 ] , sobre el
cual, según ellos, no pueden montar las nubes, porque es tan
CAPITULO XXVII alto como el cielo, y en esa altura no existe este aire tan pesa-
do, donde se originan los vientos, las nubes y las lluvias. Pero
POSTURA MEDIA EN LA INTERPRETACIÓN, NI EXCLUSIVAMENTE no reparan en que a esa altura puede existir la tierra, que es
HISTÓRICA NI EXCLUSIVAMENTE ALEGÓRICA el más pesado de todos los elementos. ¿O es que van a negarme

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ahora que es tierra la cumbre del monte? ¿Por qué, pues, se
1. Empero, nadie debe pensar que estas cosas fueron escri- empeñan en que la tierra ha podido elevarse a esas regiones
tas en vano, o que aquí se debe buscar únicamente la verdad del éter y en que no ha podido el agua, siendo así que los
histórica, sin significación alguna alegórica, o que, por el con- medidores y ponderadores de los elementos afirman que el agua
trario, negando la historicidad, se diga que son puras alegorías, es superior y más ligera que la tierra? ¿Qué razón hay de que
que, sea lo que fuere, no contienen profecía alguna de la Igle- la tierra, siendo más pesada e inferior, haya ocupado durante
sia [ 5 6 ] . ¿Quién, estando en sus cabales, defenderá que fueron tantos miles de años el lugar más sereno del aire, y al agua,
escritos sin un fin concreto unos libros conservados durante mi- más ligera y superior, no se le permita hacer esto siquiera por
les de años con tanta religiosidad y con un orden tan esmerado breve tiempo?
en la sucesión o que debe considerarse solamente en ellos lo 3. Añaden que la capacidad del arca no daba de sí para
histórico? En esto de lo histórico, por omitir otros puntos, digo tantos animales de uno y otro sexo, un par de los impuros y
que, si el número de animales obligó a dar esas dimensiones una septena de los puros. Pero me da la impresión de que no
al arca, ¿qué necesidad había de hacer entrar una pareja de cuentan más que treinta codos de longitud y cincuenta de an-
animales inmundos y una septena de los puros, bastando para chura, y no reparan en que hay otro tanto en las partes supe-
la conservación de ambas especies igual número de ambas cla- riores y otro lanío en las de encima de las superiores, y que, en
ses? [ 5 7 ] . ¿O es oue Dios, que mandó recogerlos para rehacer consecuencia, aquellos codos se triplican y dan noventa y ciento
su grénero, no podía recrearlos del mismo modo que los había cincuenta. Y si ahora pensamos en la ingeniosa observación de
creado? Orígenes, según el cual Moisés, hombre de Dios, versado, como
está escrito, en toda la sabiduría de los egipcios, muy amantes
Hoc etiam de eaeteris quae hic exponenda sunt, dixerim, quia etsi non
uno disseruntur modo, ad unam tamen catholicae fidei concordiam re- 2. Qui vero non esse gesta, sed solas rerum significandarum figuras
vocanda sunt esse contendunt, primum opinantur tam magnum fieri non potuisse düu-
vium ut altissimos montes quindecim cubitis aqua crescendo transcende-
CAPUT XXVII ret; propter Olympi verticem montis, supra quem perhibentur nubes non
posse concrescere, quod tam sublimis quam caelum sit, ut non ibi sit aer
D E ARCA ATQUE DILUVIO, NEC ILLIS ESSE CONSENTIENDUM, QUI SOLAM HIS- ¡ste crassior, ubi venti, nebulae imbresque gignuntur: nec attendunt om-
TOMAM RECIPIUNT SINE ALLEGORIC.A SIGMFICATI0NE; NEC ILLIS nium elementorum crassissimam terram ibi esse potuisse. An forte negant
QUI SOLAS FIGURAS DEFENDUNT KEPUMATA HISTÓRICA VERITATE esse terram verticem montis? Cur igitur usque ad illa caeli spatia terris
exaltari licuisse, et aquis exaltari non licuisse contendunt, cum isti men-
1. Non tamen quisquam putare debet, aut frustra haec esse con- sures et pensores elementorum, aquas terris perhibeant superiores atque
scripta, aut tantummodo rerum gestarum veritatem sine uUis allegoricís leviores? Quid itaque rationis afferunt, quare térra gravior et inferior
significationibus hic esse quaetendam; aut e contrario haec omnino gesta locum caeli tranquillioris invaserit per volumina tot annorum, et aqua
non esse, sed solas esse verborum figuras; aut quidquid illud est, ne- levior ac superior permissa non sit hoc faceré sahem ad tempus exiguum?
quáquam ad prophetiam Ecclesiae pertinere. Quis enim nisi mente per- 3. Dicimt etiam non potuisse capere arcae illius quantitatem anima-
versus, inaniter scriptos esse contendat libros per annorum millia tanta üum genera tam multa in utroque sexu, bina de imrmmdis, septena de
religione et tam ordinatae successionis observantia custoditos; aut solas mundis. Qui mihi videntur non computare nisi trecentaTcubita longitu-
res gestas illie intuendas, ubi certe, ut alia omittam, si numerositas ani- dinis, et latitudinis quinquaginta, nec cogitare aliud tantum esse in su-
malium cogebat arcae tantam fieri magnitudinem, immunda bina et inun- perioribus, itemque aliud tantum in superioribus superiorum, ac per hoc
da septena intromitti animaría 104 quid cogebat, cum aequalis numeri pos- ter ducta illa cubila fieri nongenta centum quinquaginta. Si autem co-
sen t utraque servari? Aut vero Deus, qui propter reparandum genus giterous quod Orígenes non ineleganter astrnxh ™'\ Moysen scúicet ho-
servanda praecepit, eo modo illa quo instituerat, restituere non valebat? 105
Hom. 3 in Genestm,
Gen. 7,í.
XV, 27, 5 LAS DOS CIUDADES EN" LA TIERRA 1067
1066 U cirmrj DK DIOS XV, 27, 4
de la geometría, pudo tomar los codos por codos geométricos, sidad de que estuvieran en el arca los animales que pueden
que equivalen a seis de los nuestros cada uno, ¿quién no ve para nacer sin unión carnal, que proceden de las cosas o de la co-
cuántos animales pudo tener cabida tamaña dimensión? Decir, rrupción de las mismas [61], o que, si estuvieron, como están
por tanto, que no fué posible construir un arca de tal magnitud, ordinariamente en las casas, pudieron hallarse en número in-
es una calumnia sin sentido, dado que sabemos que se construye- definido.
ron ciudades inmensas, amén de que su construcción duró cien Si, empero, se pretende que el más sagrado de los miste-
años. Y este argumento es fuerte, a no ser que pueda unirse sólo rios, como era el tratado, y la figura de realidad tan excelsa
con cal piedra con piedra para construir una muralla que rodee no puede expresarse con exactitud en la verdad histórica sin
muchas millas y no sea posible juntar tabla con tabla por medio que ese número limitado de animales que naturalmente no pue-
de tarugos [59], tachuelas [ 6 0 ] , clavos y brea para construir un de vivir en el agua, estuviese allí, respondo que esto fué incum-
arca de grandes dimensiones y líneas rectas. Además, que ésta bencia divina, no de estos o de aquellos hombres. La verdad

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


no sería lanzada al mar a fuerza de brazos, sino que las mismas es que no los introducía Noé cogiéndolos, sino que, viniendo
olas, al venir, la levantarían a exigencias del orden natural de y entrando ellos, él permitía su entrada. Viene muy a pelo aquí
los pesos, y su gobernalle estaría más en manos de la Providen- aquello de entrarán a ti, es decir, no por obra del hombre, sino
cia divina que de la destreza humana, a fin de que no se hun- por voluntad de Dios, de forma que no debe creerse que estu-
diera por ninguno de sus flancos. vieran allí los que carecen de sexo. Y a esto mismo inducen es-
tas palabras concretas y determinadas: Serán macho y hembra.
4. Suelen hacerse aquí algunas preguntas curiosas sobre
si hubo en el arca mayor número del prefijado por Dios de los Hay bichos que nacen de cualesquiera cosas sin unión car-
más pequeños animalitos, como son los ratones y saurios, las nal, uniéndose luego carnalmente y engendrando, como las mos-
langostas y los escarabajos y, en fin, las moscas y las pulgas. cas, y otros entre los que no hay ni macho ni hembra, como las
A los que las hacen hay que advertirles, ante todo, que estas abejas [ 6 2 ] . Empero, los animales que tienen sexo y no en-
palabras: Que reptan sobre la tierra, deben entenderse de tal gendran, como son los mulos y las muías, no sé si estarían den-
manera que no impliquen necesidad de guardar en el arca los tro y no bastara que estuvieran solamente sus padres, es decir,
animales que pueden vivir en el agua, tanto en el fondo, así los el género caballar y el asnal, y así de los demás animales híbri-
peces, como en la superficie, así muchas aves. Por tanto, al de- dos, si es que los hay. Pero, si esto lo exigía también el misterio,
cir : Serán macho y hembra, se da a entender el fin, es decir, el digo que también se hallaban allí, pues en esta clase de anima-
reparar el género animal. Y, por consiguiente, no había nece- les hay asimismo macho y hembra.
5. Con frecuencia inquieta a algunos qué clase de alimen-
rainem Dei eruditum, sicut scriptum est, omni sapientia Aegyptíorum'"" tos podrían tener en el arca los animales que, al parecer, no
qui geometricam dilexerunt, geométrica cubita significare potuisse, ubi
unum quantum sex nostra valere asseverant; quis non videat quantum re- illa necesse fuerat ibi esse, quae possunt sine concubitu de quibusque re-
rum capere potuit illa magnitudo? Nam illud quod disputant tantae bus vel rerum corruptionibus nasci: vel si fuerunt, sicut in domibus esse
magnitudinis arcam non potuisse compingi, ineptissime calumniantur, cum consueverunt, sine ullo numero definito esse potuisse: aut si mysterium
sciant immensas urbes fuisse constructas, nec attendunt centum annos sacratissimum quod agebatur, et tantae rei figura etiam in veritate facti
quibus arca illa est fabricata: nisi forte lapis lapidi adhaerere potest sola aliter non posset impleri, nisi ut omnia ibi certo illo numero essent, quae
calce coniunctus, ut murus per tot millia circumagatur, et lignum ligno vivere in aquis natura prohibente non possent, non fuit ista cura illius
per subscudines, epiros, clavos, gluten bituminis non potest adhaerere, ut hominis, vel illorum hominum, sed divina. Non enim ea Noe capta in-
fabricetur arca, non curvis, sed rectis lineis longe lateque porrecta, quam tromittebat, sed venientia et intrantia permittebat. Ad hoc enim valet
nullus in mare mittat conatus hominum, sed levet unda, cum venerit, na- quod dictum est, Intrabunt ad íe 107 : non scilicet hominis acru, sed Dei
turali ordine ponderum, magisque divina providentia, quam humana pru- nutu: ita sane, ut non illie fuisse credenda sint, quae sexu carent. Prae-
dentia natantem gubernet, ne incurrat ubicumque naufragium. periptum est enim, atque definitum, Masculus ct femina erunt. Alia sunt
4. Quod autem scrupulosissime quaeri solet de minutissimis bestiolis, quippe quae de quibusque rebus sine concubitu ita nascuntur, ut postea
non solum quales sunt mures et stelliones, verum etiam quales locustae, concumbant et generent, sicut muscae: alia vero in quibus nihil sit maris,
scarabaei, muscae denique et pulices, utrum non amplioris numeri in arca et feminae, sicut apes. Ea porro quae sic habent sexum, ut non habeant
illa fuerint, quam qui est definitus, cum hoc imperaret Deus: prius admo- fetum, sicut muli et mulae, mirum si ibi fuerunt, ac non potius parentes
nendi sunt quos haec movent, sic accipiendum esse quod dictum est, Quae eorum ibi fuisse suffecerit, equinum videlicet atque asininum genus: et
repunt super terram; ut necesse non fuerit conservan in arca, quae pos- si qua alia sunt, quae commixtione diversi generis genus aliquod gignunt.
sunt in aquis vivere, non solum mersa, sicut pisces; verum etiam super- Sed si et hoc ad mysterium pertinebat, ibi erant. Habet enim et hoc
natantia, sicut multae alites. Deinde cum dicitur, Masculus et femina genus masculum et feminam.
erunt: prefecto intelligitur ad reparandum gemís dici: ac per hoc nec 5. Solet etiam moveré nonnullos, genera escarum quae illie habere
I0
» A c t . 7,22.
" " Gen. 6,19.a,.
1068 LA CIUDAD DE DIOS XV, 27, 5 X V , 27, 5 LAS DOS CIUDADES EN LA TIERRA 1069

viven m á s q u e de c a r n e . Y a este p r o p ó s i t o p r e g u n t a n si, ade- P e r o , l l e g a d o s a este p u n t o , es h o r a ya de p o n e r fin a este


m á s del n ú m e r o d e t e r m i n a d o , h a b í a , sin v i o l a r lo m a n d a d o , l i b r o p a r a c o n t i n u a r n u e s t r a b ú s q u e d a en la m a r c h a de las d o s
o t r o s q u e N o é se h a b í a visto o b l i g a d o a i n t r o d u c i r p a r a a l i m e n - c i u d a d e s , de la t e r r e n a , q u e vive según el h o m b r e , y de la celes-
t a r a los d e m á s , o — y esto es m á s c r e í b l e — s i h a b í a a l g u n o s ali- tial, q u e vive según Dios, desde el d i l u v i o en a d e l a n t e ,
m e n t o s c o m u n e s y a p t o s p a r a t o d o s los a n i m a l e s [ 6 3 ] . L o cierto esse memoriae litterisque mandata, et gesta esse, et significare aliquid et
es que c o n o c e m o s m u c h o s a n i m a l e s q u e se a l i m e n t a n d e c a r n e , ipsum aliquid ad praefigurandam Ecclesiam pertinere. Iam usque ad hunc
y comen t a m b i é n l e g u m b r e s y frutas y, sobre t o d o , h i g o s y articulum perductus liber iste claudendus est, ut ambarum civitatum cur-
c a s t a ñ a s . ¿ Q u é tiene, p u e s , de p a r t i c u l a r q u e a q u e l h o m b r e , sus, terrenae scilicet secundum hominem viventis, et caelestis secundum
sabio y j u s t o , i n s t r u i d o p o r D i o s s o b r e lo c o n v e n i e n t e a c a d a Deum, post diluvium et deinceps in rebus consequentibus requiratur.
a n i m a l , p r e p a r a r a un p i e n s o a p r o p i a d o p a r a c a d a g é n e r o ? Ade-
m á s , ¿ q u é n o c o m e r í a n a c o s a d o s p o r el h a m b r e ? Y ¿ q u é ali-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


m e n t o n o p o d r í a h a c e r D i o s suave y s a l u d a b l e , E l , q u e p u e d e
h a c e r con f a c i l i d a d d i v i n a q u e vivan sin c o m e r , si el a l i m e n -
t a r s e n o lo exige el c u m p l i m i e n t o a l e g ó r i c o de tal m i s t e r i o ?
N a d i e , p u e s , q u e n o sea u n porfiador, se p e r m i t e el l u i o de
o p i n a r rrue esa serie de signos de h e c h o s c o n c r e t o s n o son fisura
de la I g l e s i a . L o s p u e b l o s t o d o s h a n l l e n a d o va la Iglesia h a s t a
l o s t o p e s , y en ella están u n i d o s e n t r e sí h a s t a el fin los p u r o s
y los i m p u r o s con t a l e s v í n c u l o s de u n i d a d , q u e este h e c h o t a n
evidente b a s t a p a r a d i s i p a r t o d a d u d a sobre o t r o s q u i z á m á s
o b s c u r o s y m á s difíciles de c o n o c e r . S i e n d o esto así, n a d i e , ñ o r
o b s t i n a d o y t e r c o o u e sea, o s a r á p e n s a r q u e esto se e s c r i b i ó
i n ú t i l m e n t e , o q u e , h a b i e n d o s u c e d i d o de h e c h o , n o tiene signi-
ficación a l g u n a , o q u e son s i m p l e s dichos r e o r e s e n t a t i v o s , n o
h e c h o s . Y no p u e d e d e c i r s e t a m p o c o con p r o b a b i l i d a d q u e sean
a j e n o s a u n a significación eclesiológica, sino m á s b i e n d e b e
creerse q u e se t r a n s m i t i e r o n v se e s c r i b i e r o n con m u c h a sabi-
d u r í a , q u e r e a l m e n t e s u c e d i e r o n , q u e significan a l g o y q u e este
a l g o es u n a prefiguración de la I g l e s i a .

poterant animalia, quae nonnisi carne vesci putantur, utrum praeter nu-
memm ibi fuerint sine transgressione mandati, quae aliorum alendorum
necessítas illic coegisset includi: an vero, quod potius est credendum,
praeter carnes, aliqua alimenta esse potuerint, quae ómnibus convenirent.
Novimus enim quam multa animalia, quibus caro cibus est, frugibus po-
misque vescantur, et máxime fico atque castaneis. Quid ergo mirum, si
vir ille sapiens et iustus, etiam divinitus admonitus, quid cuique eongrue-
ret, sine carnibus aptam cuique generi alimoniam praeparavit et recon-
didit? Qmd est autem, quo vesci non cogeret fames? aut quid non suave
ac salubre faceré posset Deus, qui etiam, ut sine cibo viverent, divina
facilítate donaret, nisi ut pascerentur etiam hoc implendae figurae tanti
mysterii conveniret? Non autem ad praefigurandam Ecclesiam pertinere
tam multiplicia rerum signa gestarum, nisi fuerit contentiosus, nemo per-
mittitur opinari. Iam enim gentes ita Ecclesiam repleverunt, mundique et
immundi, doñee certum veniatur ad finem, ita eius unitatis quadam com-
pagine continentur, ut ex hoc uno manifestissímo, etiam de caeteris, quae
obscurius aliquando dicta sunt, et difficilius agnosci queunt, dubitari fas
non sit. Quae cum ita sint, si nec inaniter ista conscripta esse putare
quisquam vel durus audebit, nec nihil significare cum gesta sint, nec
sola dicta esse significativa, non facta, nec aliena esse ab Ecclesia signi-
ficaiada probabiliter dici potest: sed magis credendum est, et sapiénter
NOTAS AL LIBRO XV 1071

NOTAS AL LIBRO XV sería decir que no se refiere a ningún individuo concreto, sino a un clan
o tribu.
[12] He aquí el argumento más convincente para probar la verdad
de una tradición sobre la inspiración de la Sagrada Escritura. La inspi-
ración es norma directiva y excluye el error, pero no infunde ideas en el
hagiógrafo. Aunque el sentido de la inspiración es aún bastante confuso,
sin embargo, se da como un hecho.
[13] Quid enim est respublica—dice en otra parte—nisi res populi?
[ I ] Agustín tenía sus horas contadas. Sus múltiples actividades lite- Res ergo communis, res utique civitatis. Quid est autem civitas, nisi muí-
rarias, apostólicas y monacales no le permitían detenerse en sutilezas fá- titudo hominum in quodam vinculo redacto concordiae? Apud eos enim
cilmente inteligibles. Por eso pide disculpa y comprensión. ita legitur: «Brevis multitudo dispersa atque vaga, concordia civitas jacta
[2] Como seria muy difícil y desusado en latín expresar todos los erat» (Epist. 138,2,10). A este propósito véase también Epist. 155,3,9;
tropos retóricos, por eso algunos intérpretes han dado un significado a la 91,3; Quaest. in Hept. I q.l; En. in Ps. 9,8.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


palabra alegoría. Unde quídam interpretes nostri, quod ait Apostolus, [14] Según los Setenta, éste es Lamec (Gen. 5,31).
quae sunt in allegaría, nolentes graecum vocabulum poneré, circumlo- [15] Hoy, dados los adelantos de la ciencia bíblica, nos es fácil ex-
quendo interpretan sunt dicentes: «quae sunt aliad ex alio significantia» plicar esto. Se trataba de una familia o tribu, no de un individuo con-
(De Trin. XV 9,15). Y en este mismo lugar nos da la definición de ale- creto. Así ya es viable la aplicación de tantos años a una persona de-
goría: Quid ergo est allegoria, nisi tropas ubi ex alio aliud intelligitur? terminada.
[3] Sobre esta concepción de las dos ciudades le es ya fácil acomo-
[16] Y una vez admitida la hipótesis anterior, hoy la más común,
dar e interpretar la Escritura a su propósito. El principio originario,
están ya de más las explicaciones que quieran darse de estos pasajes. Lo
pues, y distintivo de las dos ciudades, son: de la ciudad terrena, la natu-
que recuerda Vives que en España había cien familias todas descendien-
raleza, y de la celestial, la gracia.
tes de un anciano que todavía vivía, no hace al caso, porque no dice nada
[4] Esta es la imagen de sus monasterios. En el plan agustiniano del
a favor de esta prueba.
monacato, el monasterio es un paraíso en la tierra. En él se deben cum-
plir a la perfección los elementos ingredientes y constitutivos de la Ciudad [17] Esta apreciación experimental carece de valor a la Vuz de la
de Dios. Esto que aquí se figura en Isaac, la concordia, un solo corazón, ciencia. Ese diente era probablemente de un elefante fosilizado. Véase,
es el cor unum et anima una de la Regula ad servos Dei. sobre este punto y sobre la talla y longevidad de los hombres antiguos,
[5] Sobre los dos amores, el montaje de la teoría de las guerras no la carta de M. Isidoro Ocoffroy Saint-Hilaire a M. Poujoulat, autor de
ofrece dificultad alguna. Estas proceden de la limitación de los bienes llistoire de saint Augiislin t.3 pp.339ss.
que ama la ciudad terrena. Los bienes temporales son pocos y finitos, y, [18] Segundo afecta a Plinio, no a hombre, como traduce Roys y
siendo muchos los que los apetecen, no pueden saciar a todos, y al perse- Rozas. Y es el famoso naturalista Cayo Plinio Segundo. Es llamado tam-
guirlos todos y no poderlos conseguir todos, nace indefectiblemente una bién el Mayor y el Antiguo.
lucha entre los pretendientes. Este es el origen más adecuado de las [19] La ciencia bíblica, sobre todo en sus estudios científicos, es de
disensiones y de las luchas entre los hombres y entre las naciones. reciente aparición, de finales del siglo xix y principios del xx y en ade-
[6] Quia veteris Testamenti—dice en De div. quaest. 83 q.71,1—cus- lante. No es, pues, extraño que en tiempo de Agustín no se pudiera pro-
todia timorem habebat, non potuit apertius significan novi Testamenti bar eso. Además, no era tampoco Agustín muy aficionado a esta clase
donum esse caritatem, quam hoc loco ubi Apostolus dicit: «Invicem onera de estudios.
vestra pórtate, et sic adimplebitis legem Christi». Hanc enim Christi legem [20] Llama códices nuestros a los que usaba la Iglesia, que era la
dicere intelligitur, qua ipse Dominus praecepit ut nos invicem diligamus, traducción latina de los Setenta, y hebreos, a los traducidos directamente
tantum in ea sententia praecepti pondas constituens, ut diceret: «.In hoc del hebreo. Cf. De doctr. christ. II 11,16; 25,22.
cognoscetur, quoniam discipuli mei estis, si vos invicem diligatis». [21] Roys y Rozas traduce: Porque Matusalén cuando engendró a
[7] Cf. también De Gen. ad litt. VIII 18,37; IX 2,3-4. Enoc. Creemos, y la historia sagrada lo confirma, que la verdadera tra-
18] Esta larga enumeración de las cualidades de que debe ir ador- ducción es la dada. Matusalén es hijo de Henoc, quem genuit Enoch—dice
nado el sacrificio nos muestra la gran profundizacion escriturística de Agustín—, a quien engendró.
Agustín. Los tiempos, los lugares, los oferentes, son otras tantas circuns- [22] Para nosotros, estas discrepancias son fácilmente explicables.
tancias que han de tenerse en cuenta en la oblación hecha a Dios para Sabemos el simbolismo de los números entre los semitas y, además, la
que le sea agradable. gran facilidad con que podían cambiarse las letras, con poner solamente
[9] Invierten el orden de valores, puesto que el uti es de aquello un punto o varios.
quod in usum venerit ad id quod amas obtinendum referre, si tamen [23] Recoge la tradición y la confirma. En realidad, la historia con-
amandum est; y frui est amore alicui rei inhaerere propter seipsam (De firma que la verdad no es ésta. Es cierto que Ptolomeo pidió a Eleazar
doctr. christ. I 4,4). las Escrituras y que éste se las mandó juntamente con setenta y dos in-
[10] Cf. 1.12 c.9ss. térpretes, hombres versados en el griego y en el hebreo. Todo lo demás
[ I I ] Admite un sentido y una intención mesiánica en el autor. La es un cuento inventado por el Pseudo-Aristeas, que luego ha sido recogi-
realidad para él latente es ésa, desde el primer hombre a Abrahán y de do y ampliado, y muchos autores, entre ellos San Agustín, han recibido
Abrahán al pueblo de Dios. Pero la solución más fácil a la objeción como bueno.
1072 LA CIUDAD DE DIOS NOTAS AI, LIBRO XV 1073
[24j Creemos que en este caso Migne trae una errata. Lee: Cordibus Código de Teodosio parece imputarse a Constancio. Más tarde fué dis-
suis, cuando debiera decir, según el contexto, codicibus suis. Traducimos pensada por algunos cesares.
esto último, haciendo notar la errata. [35] Esta idea es de un alcance incomprensible. Sublima la dignidad
[25] Cf. 1.18 c.42-44. del matrimonio hasta el cénit de la gloria. La acción de los padres como
[26] Acarnania era una región de Grecia. Y de ella proceden los instrumentos en manos de Dios para colmar su Ciudad de ciudadanos
acámanos. santos es necesaria en la presente economía. ¡De cuántos disgustos y
[27] Esta cuestión sobre la edad y el número de años, hoy, con los sinsabores privaría el matrimonio a los casados, y aun a los que no lo
adelantos de los estudios bíblicos, carece ya de interés. Por una parte están, de entenderlo en esta significación tan cristiana!
es un punto difícil, y por otra no ofrece dificultad mayor, justamente por [36] El mismo pensamiento puede verse en Contra Iulianum V 45.
la numeración y el simbolismo de los números usados por los semitas. [37] Valga de una vez para siempre. La interpretación que da de
Por consiguiente, estas exposiciones carecen de importancia, y valga esta los nombres está tomada de las expresiones de la misma Biblia. Sabemos,
nota para prevenir contra todas las imaginaciones que puedan surgir al por nuestra parte, que los nombres que solían dar eran precisamente co-
rrespondientes a las cosas significadas, y por eso ahora Agustín puede,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


amparo de estos comentarios de San Agustín.
[28] Parte en este capítulo de esa regla de la hermenéutica de la Es- usando de interpretación simbólica y figurada, aplicarlos en un sentido
critura que dice: Non codex sine mendo, y también de esa otra que dice mesiánico.
que, una vez introducida una errata, se perpetúa en los demás códices. [38] No es creíble que el poeta, para emplear esta imagen, imitara
Esto pudo suceder también con nuestros códices, dice Agustín. o recurriera a las Sagradas Letras, siendo tan corriente en el lenguaje
[29] Todas estas reglas las ha recogido luego la hermenéutica, tanto ordinario. Se explica que quiera llevar el agua a su molino, pero hemos
histórica como escriturística. Y he aquí otra apuntada también en el tex- de hacer notar que en este pasaje no hay motivo para ello.
to: el códice más antiguo es el mejor, porque es el que menos erratas [39] De ellos habla en el 1.14 c.17, aunque de paso. Allí hemos ano-
puede contener, pues ha tenido menos copistas y es más difícil en pocas tado ya qué son esos filósofos.
copias cometer muchas erratas. [40] Parece reprobar el abstenerse de la generación si no es por
[30] En Quaestiones in Heptateucum (I q.2) presenta así esta cues- una entrega total a Dios, por amor del Sumo Bien. El orden natural así
lo exige. El Apóstol mismo cree que, al que no lo haga por amor de
tión: (Juaeri solet, quomodo Mathusalam secundum annorum computado-
Dios, le será muy difícil mantenerse sin cometer pecado, y por eso dice
nem vivere post diluvium potuerit, cum omnes, praeter eos qui in arcam
que es mejor casarse que abrasarse. Pero San Agustin no alude para
ingressi sunt, periisse dicantur. Sed hanc quaestionem plurium codicum
nada aquí a esa cuestión tan debatida de las virtudes de los paganos.
mendositas peperit. Non solum quippe in hebraeis aliter invenitur; verum
[411 Cree (pie se enumeran solamente las generaciones de Caín que
etiam in Septuaginta ínterpretatione, Mathusalam in codicibus pauciori- debían ser castigadas por el fratricidio. Así escribe Josefo en Ant. lud. I
bus, sed veracioribus, sex annos ante diluviun^ reperitur fuisse defunctus. 2,1: Caín sacrificium celebranti ac poscenli ne ob hoc iram susciperet,
[31] Agustín parece admitir inspiración también en los traductores, saeviorem poenam homicidii relaxavit; maledictumque esse constituit, et
concretamente en los Setenta. Sabido nos es ya el aprecio que de ellos eius sobolem usque ad septimam generationem interminatus est esse pu-
hace, pero es exagerado. Que alguna traducción haya sido canonizada niendam. Caín vivió también hasta este tiempo.
por la Iglesia, no implica tampoco que esté inspirada, sino que el que [42] Acude aquí, como en otras muchas ocasiones, al simbolismo de
está inspirado es el hagiógrafo auténtico y verdadero, no el traductor o los números. Ya hemos hecho notar esto. Cf. Vélez, El número en San
el intérprete. Agustín (Madrid).
[32] Confiesa que el incesto es uno de los pecados más horrendos [43] La ayuda de Dios nos es necesaria para toda obra. Su libro
contra el sexto mandamiento. Pero la necesidad obligó a que se permitie- De natura et gratia es un comentario a esta idea. En general, todos sus
ra en los primeros tiempos; mas la piedad lo execra como crimen horren- escritos antipelagianos están impregnados de este pensamiento.
do y digno de reproche. [44] Sin duda San Agustín había compuesto estos versos para alguna
[33] Funda la malicia del incesto, primero, como antes ha dicho, ceremonia en honor del cirio pascual. Entre los sermones inéditos publi-
en la piedad cristiana de la familia, y segundo, en la difusión de la cari- cados por Michael Denis en 1792 se halla uno que el editor lo titula De
dad y concordia social. Al principio fué necesidad, pero ahora la caridad Céreo Paschali, en lugar de las palabras In sabbato sancto que lleva el
exige lo contrario. Y obrar contra esta ley de caridad es un crimen. Si de manuscrito. Pero este pequeño escrito está sembrado de comparaciones
hecho—parece decir—se permitieran esos casamientos entre familiares, la pueriles, lo cual puede ser una prueba de que no sea del Santo.
concordia social se desharía y quedaría reducida a unos pocos, sin mirar [45] La definición ha obtenido ya el rango de lo clásico. Sus apli-
para nada por los demás. Y en esto ve San Agustín un fundamento muy caciones en mística y en axiología son innumerables. Con. esta manera
adecuado para reprobar el pecado de incesto. de reducir toda la vida espiritual al amor, San Agustín ha logrado el
[34] Aun hoy se conserva esta costumbre, y sólo en raros casos se puesto que le corresponde en la mística cristiana. El amor es el fin de
permiten con dispensa estos matrimonios. La ley que prohibía esos ca- todas las obras, y la virtud no es más que el orden del amor. El equili-
samientos fué promulgada, y la alaba Aurelio Víctor, en Teodosio y San brio es una de las mayores verdades propaladas por San Agustín. Y el
Ambrosio también. Quizá esté expresada por Agustín en las palabras si- equilibrio exige el orden, pues sin el orden de elementos no puede man-
guientes: Verum quis dubitet honestius koc tempore etiam consobrino- tenerse el equilibrio. Cuando luego defina la paz como la tranquilidad
rum prohibita esse coniugia? Esta ley se atribuye a Teodosio, pero en el del orden, nos viene a especificar algo más la definición de virtud. Max
1074 I.A CIUDAD DE DIOS NOTAS AL LIBRO XV 1075

•Seheler ha aprovechado también esta idea en su axiología, en su «teoría ra o de metal hecha en forma de cola de golondrina por ambos extremos,
de valores», montada toda ella sobre esta base. y que sirve para unir dos tablas o maderos. En castellano podríamos
[46] El orden fué siempre una ¡dea muy cultivada por el Santo. llamarlo palometa, pero no es propia la palabra para el caso.
Cf. De ordine: esos sondeos en el interior de las cosas por buscar ese algo [60] El término latino epigrus significa clavo de madera o clavija.
divino que es el orden, que lleva a Dios. Véase, además, De doctr. chríst. I Y en una segunda acepción, es el clavo de hierro, plata u oro que se
27,28, donde da el orden que debe seguirse en el amor. clavaba en el calzado llamado soccus. La palabra epiros que usa el texto
[47] Sabida es, como ya hemos apuntado, lo deficiente que era la no se encuentra en los diccionarios. La traducción que hemos dado es
angelología en tiempo del Santo. San Agustín aún duda si son espíritus exacta, dada la segunda acepción de la palabra epigrus en latín.
puros, y aun parece atribuirles un cierto cuerpo, aéreo, es verdad, y [61] San Agustín fué un hombre de su tiempo, y en la ciencia co-
muy sutil, pero al fin cuerpo. Hasta la gran Escolástica, los ángeles son mulgaba con las ideas de entonces. Como ya hemos hecho notar, acoge
deficientemente conocidos en su esencia. aún la sentencia de la generación espontánea de algunos animalitos.
[48] Los silvanos eran los dioses tutelares de las selvas. [621 La ciencia naturalista no había progresado todavía y estaba

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


[49] Y los faunos recibieron su nombre de su rey Fauno. Este reinó aún en mantillas. El Santo, confiando en la ciencia, no se paró a probar
en el Lacio antes de la llegada de Eneas y civilizó a sus subditos, que experimentalmente esta aserción, que en realidad es un error.
vivían como fieras. Después de muerto fué considerado como dios y, como [63] Así explica esto mismo del arca en Quaestiones in Heptateu-
a tal, se le concedieron honores divinos. chum (I q.6): In prima quippe habitatione, id est in inferioribus, semel
[50] Cf. 1.6 c.9,2. camerata erat, in secunda vero habitatione supra inferiorem iam bicame-
[51] El problema es ya viejo en la exegesis bíblica; no ha carecido rata erat, ac per hoc in tertia supra secundara sine, dubio tricamerata erat.
nunca de misterio, y aun hoy está envuelto en los velos del mismo. Esta
interpretación dada por Agustín fué promulgada por Junillo Africano, y
él la recoge como muy conforme con su tesis general. Pero no es pro-
bable siquiera. El punto de los gigantes lo tenemos hoy ya resuelto»
[52] Aquila vivió bajo el imperio de Adriano. En un principio dio •é
el nombre al cristianismo, pero luego lo abandonó, dejándose arrastrar
por los estudios matemáticos y astrológicos. La Iglesia se vio precisada
a separarlo de su cuerpo. Entonces él pasó al judaismo y comenzó una
traducción de la Escritura. Su versión es un poco arbitraria y lleva la
oculta intención, según San Epifanio, de restar autoridad a la de los
Setenta y extirpar de ella el mesianismo.
[53] En este punto y en el anterior, juntamente nos da un criterio
de inspiración y también de canonicidad. La tradición es criterio de ins-
piración y de canonicidad. Antes nos ha dado el criterio para admitir la
inspiración en el traductor y ahora nos lo da para admitirla en los
hagiógrafos.
[54] Este argumento, tan traído y llevado, constituye la prueba más
irrefragable de que en su tiempo estaba ya formado el canon de la sa-
grada Escritura. Y aduce dos razones principales que indujeron a los
hebreos a admitir un libro en el canon: 1.a, la tradición; 2. a , una fe no
sospechosa, una doctrinal conforme con la doctrina general y en confor-
midad con la regula fidei, de la que habla con tanta frecuencia.
[55] Cf. 1.12 c.14.
[56] Si es verdad que a veces el gran Doctor se acoge a la diversi-
dad de sentido en la interpretación de la Biblia, cosa que aquí no recha-
za, es también cierto que en general pretende seguir una vía media,
aunque no lo consiga en la mayoría de los casos. La historia sola, no,
porque toda historia encierra un sentido mesiánico y profétieo; la ale-
goría sola, tampoco, porque la alegoría va montada sobre la historia.
Luego una y otra deben ir del brazo.
[57] Así lo expresa también en Contra Faustum Manichaeum XII
38 y 65.
[58] Habla del monte Olimpo, en Tesalia. Su altura ha sido grande-
mente exagerada por los poetas y por los historiadores. En realidad debe
ser de 2.373 metros sobre el nivel del mar.
[59] La palabra latina subscus propiamente significa pieza de made-
XVI, 2 , 1 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1077
LIBRO XVI
y d i v i n o . Ú n i c a m e n t e se refiere q u e N o é , v i e n d o y a n t e v i e n d o
los sucesos f u t u r o s , b e n d i c e con b e n d i c i ó n p r o f é t i c a a sus d o s
h i p s Sem y Jafet. D e este t o n o profético está i m p r e g n a d a tam-
bién la m a l d i c i ó n e c h a d a a su hijo i n t e r m e d i o , es decir, m e n o r
q u e el p r i m o g é n i t o y m a y o r q u e el ú l t i m o , q u e h a b í a p e c a d o
c o n t r a su p a d r e , n o en su p r o p i a p e r s o n a , s i n o en p e r s o n a de
su h i j o , y, p o r t a n t o , nieto s u y o , con estas p a l a b r a s : i Maldito
En la primera parte, capítulos 1 al 12, expone el desarrollo de sea el niño Canaán! Será esclavo de sus hermanos. Canaán era
las dos ciudades, de la celestial y de la terrena, según la hijo de C a m , q u e n o h a b í a c u b i e r t o , sino d e s c u b i e r t o , l a desnu-
historia sagrada, desde Noé hasta Abrahán. Y en la segunda dez de su p a d r e c u a n d o d o r m í a . P o r eso a ñ a d i ó en s e g u i d a l a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


trata sólo del desarrollo de la ciudad celestial desde 'Abra- b e n d i c i ó n de los o t r o s d o s h i j o s , del m a y o r y del m e n o r , dicien-
hán hasta los reyes de Israel. d o : ¡Bendito el Señor Dios de Sem! Canaán será su esclavo.
Alegre Dios a Jafet y habite en las tiendas de Sem. E s t a b e n d i -
ción, c o m o el p l a n t a r N o é la v i ñ a , y su e m b r i a g u e z , y su des-
C A P I T U L O I n u d e z , y los d e m á s h e c h o s r e a l i z a d o s allí y a q u í c o n s i g n a d o s ,
están h e n c h i d o s de s e n t i d o s p r o f é t i c o s y o c u l t o s b a j o v e l o [ 1 ] .
¿HUBO DESPUÉS DEL DILUVIO, DESDE NOÉ HASTA ABRAHÁN,
A L G U N A S F A M I L I A S QUE V I V I E R A N S E G Ú N DLOS?
C A P I T U L O II
E s difícil s a b e r p o r la E s c r i t u r a , h a s t a d e j a r l o en claror si,
d e s p u é s del d i l u v i o , se c o n t i n u a r o n las h u e l l a s de la C i u d a d F I G U R A C I Ó N P R O F É T I C A EN L O S H I J O S DE NOÉ
s a n t a en su m a r c h a , o si se e c l i p s a r o n p o r i n t e r c a l a r s e los tiem-
p o s de la i m p i e d a d de f o r m a q u e n o existiera ni u n h o m b r e 1. P e r o a h o r a esos sucesos q u e h a b í a n e s t a d o e n c u b i e r t o s ,
q u e a d o r a r a al ú n i c o D i o s v e r d a d e r o . Y es difícil j u s t a m e n t e c u m p l i d o s va efectivamente en los d e s c e n d i e n t e s , son s o b r a d a -
p o r q u e en los l i b r o s c a n ó n i c o s a p a r t i r de N o é , q u e m e r e c i ó mente d e s c u b i e r t o s . ¿ Q u i é n , r e p a r a n d o en esto con e s m e r o y
verse l i b r e en el a r c a de la catástrofe d i l u v i a l con su esposa, d i l i c e n c i a , no lo echa de ver en C r i s t o ? Sem, de c u y a e s t i r p e
sus tres hijos y sus r e s p e c t i v a s n u e r a s , n o h a l l a m o s h a s t a A b r a - n a c i ó Cristo según la c a r n e , significa el N o m b r a d o . Y ¿ q u é m á s
h á n e n c o m i a d a la p i e d a d de n a d i e con u n t e s t i m o n i o manifiesto
suos Sem et Tapheth prophetica benedictione commendat, intuens et prae-
videns quod longe fuerat post futurum. Unde factum est etiam illud, ut
filium suum médium, hoc est primogénito minorem ultimoque maiorem,
LÍBER XVI qui peccaverat in patrem, non in ipso, sed in filio eius suo nepote male-
dicéret his verbis: Maledictus Chanaan puer, famulus erit fratribus suis.
¡n cuius priore parte, a capite videlicet primo ad duodecimum, civitatis Chanaan porro natus fuerat ex Cham, qui patris dormientis nec texerat,
utriusque, caelestis ac terrenae, procursus exhibetur secundum sacram sed potius prodiderat nuditatem. Unde etiam quod secutus adiungit be-
historiam a Noe usque ad Abraham: posteriore autem parte de caeles- nedictionem duorum maximi et minimi filiorum, dicens: Benedictus Do-
tis tantummodo civitatis procursu ab Abraham usque ad Israelitarum minus Deus Sem, et erit Chanaan puer illius; laetijicet Deus Iapheth, et
reges disputatur. habitet in domibus Sem ' : sicut ipsa eiusdem Noe et vineae plantado, et
ex eius fructu inebriatio, et dormientis nudatio, et quae ibi caetera facta
CAPUT I atque conscripta sunt, propheticis sunt gravidata sensibus et velata teg-
minibus.
AN POST DILUVIUM, A NOE USQUE AD ABRAHAM, ALIQUAE FAMILIAE
SECUNDUM DEUM VIVENTIUM REPERIANTUR CAPUT II

Post diluvium procurrentis sanctae vestigia civitatis, utrum continuata . QUID IN FILIIS NOE PROPHETICE FUERIT PRAEFIGURATUM
sint, an intercurrentibus impietatis interrupta temporibus, ita ut nullns 1. Sed nunc rerum effectu iam in posteris consecuto, quae operta
bominum veri unius Dei cultor existeret, ad liquidum Scripturis loquen- fuerant, satis aperta sunt. Quis enim haec diligenter et intelligenter ad-
tibus invenire difficile est: propterea quod in canonicis Libris post Noe, vertens, non agnoscat in Christo? Sem quippe, de cuius semine in carne
qui cum coniuge ac tribus filiis totidemque nuribus suis meruit per arcam natus est Christus, interpretatur Nominatus. Quid autem nominatius Chris-
a vastatione diluvii liberari, non invenimus usque ad Abraham cuiusquam to, cuius nomen ubique iam fragrat, ita ut in Cántico canticorum, etiam
pietatem evidenti divino eloquio praedioatam, nisi quod Noe dúos filió»
1
G e n . 9*25-2.7.
10TS LA CIUDAD DE DIOS XVI, 2, 1 yppit 2, 2 DB N°É A LOS PROFETAS 1079
nombrado que Cristo, cuyo nombre exhala ya su fragancia por sus hijos, como en su fruto, esto es, en su obra, y por eso es
doquier; tanto, que en el Cantar de los Cantares, en un pregón muy propio decir que Canaán significa sus Movimientos. Y esto,
profético, es comparado al ungüento derramado, y en cuyas ¿qué es más que la obra de ellos? Sem y Jafet, empero, como
casas, es decir, en sus iglesias, habita una multitud de nacio- la circuncisión y el prepucio, o, según la terminología del
nes? Porque Jafet significa eso, Extensión [ 2 ] . Caín, en cambio, Apóstol, como los judíos y los griegos, pero llamados y justi-
que se traduce por Astuto, que es el hijo intermedio de Noe, ficados, habiendo conocido de algún modo la desnudez de su
como distinguiéndose de ambos y permaneciendo entre ellos, no padre, que figuraba la pasión del Salvador, tomando una man-
formando parte ni de las primicias de los israelitas ni de la ta, la pusieron sobre sus hombros y, entrando de espaldas, cu-
plenitud de los gentiles, ¿qué figura sino a los herejes, hombres brieron la desnudez de su padre y no vieron lo que taparon con
ardientes y animados no del espíritu de sabiduría, sino del de respeto. En la pasión de Cristo honramos, en cierto modo, lo
impaciencia, que suele poner en ebullición sus intimidades y hecho por nosotros y nos horrorizamos del crimen de los ju-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


perturbar la paz de los santos? Mas esto redunda en provecho díos. El manto figura el sacramento; y sus espaldas, la memo-
de los proficientes, según aquello del Apóstol: Es necesario que ria de lo pasado, porque la Iglesia celebra la pasión de Cristo
haya herejías, para que se descubran entre nosotros los que como ya pasada, no la espera como futura en el tiempo mismo
tienen una virtud probada. Por eso está también escrito: El hijo en que Jafet mora en las tiendas de Sem y el mal hermano ha-
ejercitado será sabio y usará útilmente del necio. Hay muchos bita entre ellos.
puntos tocantes a la fe católica que, al ser puestos sobre el ta-
pete por la astuta inquietud de los herejes, para poder hacerles 2. Pero este mal hermano es muchacho, es decir, siervo de
frente son considerados con más detenimiento, entendidos con los hermanos buenos, en su hijo, o sea, en su obra, cuando los
más claridad y predicados con más insistencia. Y así, la cues- buenos usan conscientemente de los malos o para ejercitación
tión suscitada por el adversario brinda ocasión para aprender. de su paciencia o para aprovechamiento de su sabiduría. Hay
Bien es verdad que pueden parecer representados en el segundo —testigo de ello el Apóstol—quienes anuncian a Cristo con
hijo de Noé no sólo quienes están públicamente separados, sino intención no recta: Con tal que sea Cristo anunciado—dice—,
también todos aquellos que, gloriándose del nombre de cristia- sea por algún pretexto, sea por un verdadero celo, en esto me
nos, llevan una vida rota, pues que anuncian con su fe la pasión gozo y me gozaré siempre. El plantó la viña de la que dice el
de Cristo, figurada por la desnudez de aquel hombre, y con su prolela: La viña del Señor de los ejércitos es la casa de Israel.
mala vida la deshonran. De estos tales está dicho: Por sus fru- Y bebió de su vino, bien se entienda aquí el cáliz del que se
tos los conoceréis. Precisamente por eso, Cam fué maldecido en dice: ¿Podéis beber el cáliz que yo tengo de beber?; y: ¡Pa-

ipsa praecinente prophetia, ungüento comparetur effuso3: in cuius do- suo maledictus est, tanquam in fructu suo, id est in opere suo. Unde
mibus, id est ecclesiis, habitat gentium latitudo? Nam Iapheth Latitudo convenienter et ipse filius eius Chanaan interpretatur Motus eorum: quod
interpretatur. Cham porro, quod interpretatur Calidus, medius Noe filias, aliud quid est, quam opus eorum? Sem vero et Iaphet tanquam circumci-
tanquam se ab utroque discernens et Ínter utrumque remanens, nec in sio et praeputium, vel sicut alio modo eos appellat Apostolus, Iudaei et
primitiis Israelitarum, nec in plenitudine Gentium, quid significat nisi Graeci, sed vocati et iustificati, cognita quoquo modo nuditate patris, qua
haereticorum genus calidum, non spiritu sapientiae, sed impatientiae, quo significabatur passio Salvatoris, sumentes vestimentum, posuerunt supra
solent haereticorum fervere praecordia, et pacem perturbare sanctorum? dorsa sua, et intraverunt aversi, et operuerunt nuditatem patris sui, nec
Sed haec in usum cedunt proficientium, iuxta illud Apostoli: Oportet et viderunt quod reverendo texerunt". Quodam enim modo in passione
haereses esse, ut probad manifesti fiant in vobis 3. Unde etiam scriptum Christi, et quod pro nobis factum est honoramus, et Iudaeorum facinus
est, Filius eruditas sapiens erit, imprudente autem ministro utetur 4. Mul- aversamur. Vestimentum significat sacramentum; dorsa, memoriam prae-
ta quippe ad fidem catholicam pertinentia, dum haereticorum calida in- teritorum: quia passionem Christi eo scilicet iam tempore quo habitat
quietadme exagitantur, ut adversus eos defendí possint, et considerantur Iaphet in domibus Sem et malus frater in medio eorum, transactam ce-
diligentius, et intelliguntur clarius, et instantius praedicantur: et ab
adversario mota quaestio, discendi exist.it occasio. Quamvis non solum lebrat Ecclesia, non adhuc prospectat íuturam.
jui sunt apertissime separad, verum etiam omnes qui christiano vocabulo 2. Sed malus frater in filio suo, hoc est in opere suo, puer, id est
gloriantur et perdite vivunt, non absurde possunt videri medio Noe filio servus, est fratrum bonorum, cum vel ad exercitationem patientiae, vel ad
figurati: passionem quippe Christi, quae illius hominis nuditate signifi- profectum sapientiae scienter utuntur malis boni. Sunt enim, teste Apos-
cata est, et annuntiant profitendo, et male agendo exhonorant. De talibus tólo, qui Christum annuntiant non caste: Sed sive occasione, inquit, sive
ergo dictum est, Ex fructibus eorum cognoscetis eos 5. Ideo Cham in filio veritate Christus annuntietur, in hoc gaudeo, sed et gaudebo '. Ipse quip-
pe plantavit vineam, de qua dicit Propheta, Vinea Domini Sabaoth dormís
2
3
C a n t . 1,2. Israel ests: et bibit de vino eius: sive ille calix hic intelligatur, de quo
i Cor. 11,19. dicit, Potestis bibere calicem, quem ego bibiturus sum? * et, Pater, si
* P r o v . 10, 4, a p u d L X X .
" Mt. 7,». 6
G e n . 9,5,1. » i s . 5,7.
' Pllil. I,lS. » M t . 30,21.
1080 LA CIUDAD DE DIOS XfW, 2, 3
XVX, 2, 3 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1081
dre, si es posible, pase de mí este cáliz!, q u e i n d u d a b l e m e n t e
significa su p a s i ó n ; b i e n se q u i e r a d a r a e n t e n d e r q u e , c o m o el ha f a l t a d o p r e d i c a c i ó n de e l l a y l a s p r e d i c c i o n e s l a s v e m o s to-
vino es fruto de la viña, de esa m i s m a v i ñ a , es decir, del l i n a j e t a l m e n t e c u m p l i d a s . D e s p u é s de la b e n d i c i ó n d a d a a los h i j o s
de los i s r a e l i t a s , t o m ó p o r n o s o t r o s su c a r n e y su s a n g r e p a r a de N o é y de la m a l d i c i ó n del s e g u n d o , d u r a n t e m á s de m i l a ñ o s ,
p o d e r p a d e c e r . Y se embriagó, es decir, p a d e c i ó , y se quedó des- h a s t a A b r a h á n , n o h a c e n m e n c i ó n de los j u s t o s q u e d i e r o n cul-
nudo. E n efecto, a l l í q u e d ó d e s n u d o , esto es, a p a r e c i ó su fla- to p i a d o s o a D i o s . R e a l m e n t e , yo n o creo q u e f a l t a r a n , s i n o q u e
queza, de la q u e dice el A p ó s t o l : La flaqueza de Dios es más el r e c o r d a r l e s a t o d o s sería d e m a s i a d o l a r g o , m á s p r o p i o de la
e x a c t i t u d de u n h i s t o r i a d o r q u e de la p r o v i d e n c i a de u n profe-
fuerte que los hombres y la locura de Dios es más sabia que los
ta. E l e s c r i t o r de las s a g r a d a s L e t r a s , o, m e j o r , el E s p í r i t u de
hombres. C u a n d o la E s c r i t u r a d e s p u é s de h a b e r d i c h o : Y se
D i o s p o r m e d i o de él, escribe h e c h o s q u e r e c u e r d a n lo p a s a d o ,
quedó desnudo, a ñ a d i ó : en su casa, m u e s t r a con e l e g a n c i a q u e
p e r o q u e a la vez p r e n u n c i a n lo f u t u r o . E s t o a t a ñ e a la C i u d a d
h a b í a de p a d e c e r la cruz y la m u e r t e de m a n o s de los h o m b r e s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de D i o s . P o r q u e c u a n t o en estos l i b r o s se dice de los h o m b r e s
de su m i s m a e s t i r p e , los j u d í o s . L o s r e p r o b o s a n u n c i a n esta
q u e n o son c i u d a d a n o s de esta c i u d a d , lleva el fin de que o e l l a
p a s i ó n de Cristo sólo de b o c a y e x t e r i o r m e n t e , p o r q u e n o com-
a d e l a n t e o c a m p e e al ser c o m p a r a d a con la c o n t r a r i a . Cierto
r e n d e n lo q u e a n u n c i a n . L o s p r o b o s , en c a m b i o , t i e n e n en el
E o m b r e i n t e r i o r t a n g r a n m i s t e r i o y h o n r a n i n t e r i o r m e n t e en el
c o r a z ó n la d e b i l i d a d y Ja l o c u r a de D i o s , q u e es m á s fuerte y
que n o debe i m a g i n a r s e q u e t o d o s los sucesos n a r r a d o s e n t r a ñ a n
a l g u n a significación, p e r o es de n o t a r q u e los q u e n o la entra-
ñ a n se a ñ a d i e r o n con m i r a s a los o t r o s . E s v e r d a d q u e s ó l o con
m á s s a b i a q u e los h o m b r e s . F i g u r a de esta r e a l i d a d es q u e C a m , l a r e j a se a r a la t i e r r a , p e r o p a r a q u e esto p u e d a h a c e r s e son
s a l i e n d o , a n u n c i ó esto al e x t e r i o r , m i e n t r a s q u e S e m y Jafet n e c e s a r i a s t a m b i é n las d e m á s p a r t e s del a r a d o . Y es v e r d a d
p a r a v e l a r , es decir, p a r a h o n r a r l o , e n t r a r o n , o sea, lo h i c i e r o n t a m b i é n que en las c í t a r a s y d e m á s i n s t r u m e n t o s m ú s i c o s de
interiormente [ 3 ] . esta clase sólo se t o c a n l a s c u e r d a s , m a s p a r a a c o m o d a r éstas
3 . V a m o s r a s t r e a n d o c o m o p o d e m o s estos secretos de la se p r e c i s a de las d e m á s p a r t e s en u n i d a d a r m ó n i c a , p a r t e s q u e
d i v i n a E s c r i t u r a , u n o s con m á s e x a c t i t u d q u e o t r o s . P e r o siem- no son t o c a d a s , p e r o a l a s c u a l e s van u n i d a s l a s o t r a s q u e p r o -
p r e m a n i f e s t a n d o fielmente c ó m o es cierto q u e estos h e c h o s n o ducen el s o n i d o . Así, en la h i s t o r i a p r o f é t i c a se e x p r e s a n tam-
h a n sido r e a l i z a d o s y c o n s i g n a d o s sin a l g u n a p r e f i g u r a c i ó n de bién a l g u n o s lieclios q u e no son figura de n a d a , p e r o a ellos v a n
lo p o r v e n i r y q u e d e b e n referirse a Cristo y a su Iglesia, q u e u n i d o s los q u e son figura de a l g o y se r e l i g a n , p o r así d e c i r l o ,
es la C i u d a d de D i o s . Desde los a l b o r e s del g é n e r o h u m a n o n o a ellos [ 4 ] .

fieri potest, transeat a me calix iste 10 ; quo suam sine dubio significat omnia videmus impleri. Benedictis igitur duobus filiis Noe, atque uno in
passionem: sive quia vinum fructus est vineae, hoc potius illo sit signifi- medio eorum maledicto, deinceps usque ad Abraham de ¡ustorum aliquo-
catum, quod ex ipsa vinea, hoc est ex genere Israelitarum, carnem pro rura, qui pie Deum colerent, commemoratione silitum est per annos am-
nobis et sanguinem, ut pati posset, assumpsit: Et inebriatus est, id est, plius quam mille. Nec eos defuisse crediderim: sed si omnes commemo-
passus est: Et nudatus est11; ibi namque nudata est, id est apparuit eius rarentur, nimis longum fieret; et haec esset magis histórica diligentia,
infirmitas, de qua dicit Apostolus, Etsi crucifixus est ex infirmitate lz . quam prophetica providentia. Illa itaque exsequitur Litterarum sacrarum
Unde idem dicit, Infirmum Dei fortius est hominibus, et stultum Dei sa- scriptor istarum, vel potius per eum Dei Spiritus, quibus non solum nar-
pientius est hominibus ". Quod vero cum dictum esset, Et nudatus est; rentur praeterita, verum etiam praenuntientur futura, quae tamen per-
addidit Scriptura, in domo sua: eleganter ostendit, quod a suae carnis tinent ad civitatem Dei: quia et de hominibus qui non sunt cives eius,
gente et domesticis sanguinis sui, utique Iudaeis, fuerat crucem mortem- quidquid hic dicitur, ad hoc dicitur, ut illa ex comparatione contraria vel
que passurus. Hanc passionem Christi foris in sonó tantum vocis reprobi proficiat, vel emineat. Non sane omnia quae gesta narrantur. aliquid
annuntiant: non enim quod annuntiant, intelligunt. Probi autem in inte- etiam significare putanda sunt: sed propter illa quae aliquid significant,
riore homine habent tam grande mysterium, atque honorant intus in etiam ea quae nihil significant attexuntur. Solo enim vomere térra pro-
corde infirmum et stultum Dei, quod fortius et sapientius est hominibus. scinditur; sed ut hoc fieri possit, etiam caetera aratri membra sunt ne-
Huius rei figura est, quod Cham exiens hoc nuntiavit foris; Sem vero et cessaria: et soli nervi in citharis atque huiusmodi vasis musicis aptantur
Iapheth, ut hoc velarent, id est honorarent, ingressi sunt, hoc est, interius ad cantum; sed ut aptari possint, insunt et caetera in compagibus orga-
id egerunt. norum, quae non percutiuntur a canentibus, sed ea quae percussa reso-
3. Haec Scripturae secreta divinae indagamus, ut possumus, alius nant, his connectuntur. Ita in prophetica historia dicuntur et aliqua quae
alio magis minusve congruenier, verumtamen fideliter certum tenentes, nihil significant, sed quibus adhaereant quae significant, et quodammodo
non ea sine aliqua praefiguratione futurorum gesta atque conscripta, ñe- religentur.
que nisi ad Christum et eius Ecclesiam, quae civitas Dei est, esse refe-
renda: cuius ab initio generis humani non defuit praedicatio, quam per
10 12 2 c r 1
Ibid., 26,39. ° - 3,4-
11
Gen. 9,it. " i Cor. 1,25.
1082 LA CIUDAD DE DIOS XTV1I, 3, 1 XVI, 3, 2 DK NOÉ A LOS PROFETAS 1083
o r e g i o n e s ya c i t a d a s . E n c u a n t o a lo q u e dice de A s u r , que
salió de a q u e l l a t i e r r a , es decir, de la t i e r r a de S e n a a r , q u e
C A P I T U L O III
p e r t e n e c í a al r e i n o de N e b r o t , y f u n d ó a N í n i v e y a las o t r a s
c i u d a d e s a g r e g a d a s , h a y q u e afirmar q u e esto sucedió m u c h o
GENERACIONES DE LOS TRES HIJOS DE NOÉ d e s p u é s . Y , t o m a n d o p i e de a q u í , t o c a esto d e p a s o , h a c i e n d o
h o n o r a la n o b l e z a del r e i n o a s i r i o , d i l a t a d o p r o d i g i o s a m e n t e
1. E s p r e c i s o c o n s i d e r a r l u e g o las g e n e r a c i o n e s de los hi- p o r N i ñ o , h i j o de Belo y f u n d a d o r de la g r a n c i u d a d de N í n i v e .
j o s de N o é e i n s e r t a r en esta o b r a , q u e i n t e n t a m o s t r a r el des- E l n o m b r e de esta c i u d a d d e r i v a del s u y o . D e N i ñ o viene Ní-
a r r o l l o de las dos c i u d a d e s , de la t e r r e n a y de l a celestial, cuan- n i v e . A s u r — d e a q u í a s i r i o s — n o se c u e n t a e n t r e los h i j o s de
to p a r e z c a d i g n o de m e n c i ó n s o b r e l a s m i s m a s . C o m e n z a r o n a C a m , s e g u n d o h i j o de N o é , sino e n t r e los h i j o s de Sem, h i j o
ser r e c o r d a d a s p o r el h i j o m e n o r , p o r Jafet. D e él se citan ocho m a y o r de N o é . D e d o n d e se sigue c l a r a m e n t e q u e de la e s t i r p e
h i j o s [ 5 ] y siete nietos de dos de sus h i j o s , tres de u n o y c u a t r o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de S e m p r o c e d i e r o n los q u e l u e g o h a b í a n de p o s e e r el r e i n o
de o t r o . T o t a l , q u i n c e . L o s h i j o s de C a m , o sea. del s e g u n d o de a q u e l g i g a n t e y, a l e j á n d o s e de allí, f u n d a r í a n o t r a s c i u d a d e s ,
h i j o de N o é , son c u a t r o , a m é n de cinco nietos de u n h i j o y d o s la p r i n c i p a l de l a s c u a l e s se l l a m ó N í n i v e , de N i ñ o .
b i z n i e t o s de u n solo n i e t o . T o t a l , once. U n a vez e n u m e r a d o s
Al l l e g a r a q u í r e t r o c e d e a otro h i j o de C a m , p o r n o m b r e
éstos, t o r n a al p r i n c i p i o , y d i c e : Cus engendró a Nebrot, el
M e s r a í n , y h a b l a de sus h i j o s , n o c o m o de h o m b r e s c o n c r e t o s ,
cual comenzó a ser gigante sobre la tierra. Este era un gigante
s i n o c o m o de siete n a c i o n e s . A ñ a d e q u e de la sexta, c o m o del
cazador contra el Señor. De aquí el proverbio: Gigante cazador
sexto h i j o , se o r i g i n ó la n a c i ó n de los l l a m a d o s filisteos. A s í su-
contra el Señor como Nebrot. El principio de su reino fué Ba-
m a n o c h o . D e a q u í t o r n a de n u e v o a C a n a á n , h i j o de C a m , en
bilonia. Oree, Arcad y Calanne, en tierra de Senaar. De su
q u i e n fué él m a l d e c i d o , y h a c e m e n c i ó n d e o n c e h i j o s . L u e g o ,
país salió Asur, y fundó a Nínive, y la ciudad de Roboot, y a
a p u n t a d a s a l g u n a s c i u d a d e s , dice h a s t a d ó n d e l l e g a r o n sus fron-
Halac, y a Dase, entre Nínive y Halac. Esta es ciudad grande.
t e r a s . Y así, c o n t a d o s los h i j o s y los nietos, l a d e s c e n d e n c i a de
Cus, p u e s , el p a d r e del g i g a n t e N e b r o t , es el p r i m e r o n o m b r a -
C a m a s c i e n d e , según esto, a t r e i n t a y u n a p e r s o n a s [ 6 ] .
d o e n t r e los h i j o s de C a m . Cinco h i j o s suyos y dos nietos y a
2. Krsln h a b l a r de los h i j o s de S e m , el hijo m a y o r de N o é .
h a b í a n sido m e n c i o n a d o s . E n g e n d r ó , p u e s , a este g i g a n t e , o
A él lleva g r a d u a l m e n t e la n a r r a c i ó n g e n e a l ó g i c a i n i c i a d a des-
d e s p u é s de n a c i d o s sus nietos, o, lo q u e es m á s c r e í b l e , l a Es-
de el h i j o m e n o r . I ' e r o al c o m e n z a r el r e l a t o de los h i j o s de
c r i t u r a h a b l ó de él en p a r t i c u l a r p o r su p r e e m i n e n c i a , p u e s q u e
Sem h a y cierta o b s c u r i d a d , q u e es p r e c i s o a c l a r a r con u n a ex-
al m i s m o t i e m p o n o s h a b l a de su r e i n o y de o t r a s c i u d a d e s
cuius initium erat illa nobilissima Babylon civitas, et quae iuxta com-
memoratae sunt, sive civitates, sive regiones. Quod vero dictum est, de
CAPIT I 11 térra illa, id est de térra Sennaar, quae pertinebat ad regnum Nebroth,
exisse Assur, et aedificasse Niniven, et alias quas contexuit civitates, longe
D E UENERATIONIUUS TKIUM FILIOKUM N o E
postea factum est, quod ex hac occasione perstrinxit, propter nobilitatem
1. Generationes ergo filiorum Noe deinceps intuendae, et quod de regni Assyriorum, quod mirabiliter dilatavit Ninus, Beli filius, conditor
his dicendum videtur, attexendum est huic operi, quo civitatis utriusque, Ninivae civitatis magnae: cuius civitatis nomen ex illius nomine deriva-
terrenae scilicet et caelestis, per témpora procursus ostenditur. Coeptae tum est, ut a Niño Ñinive vocaretur. Assur autem, unde Assyrii, non fuit
sunt autem commemorari a minimo filio, qui vocatus est Iapheth; cuius in filiis Cham medii filii Noe, sed in filiis Sem reperitur, qui fuit Noe
filii octo nominati sunt; nepotes autem septem de duobus filiis eius, tres maximus filius. Unde apparet de progenie Sem exortos fuisse qui postea
ex uno, quatuor ex altero: fiunt itaque omnes quindecim. Filii autem regnum gigantis illius obtinerent, et inde procederent, atque alias con-
Cham, hoc est medii filii Noe, quatuor, et nepotes quinqué ex uno eius derent civitates, quarum prima est a Niño appellata Ninive. Hinc xeditur
filio, pronepotes dúo ex nepote uno: fit eorum summa undecim. Quibus ad alium filium Cham qui vocabatur Mesraim, et commemorantur quos
enumeratis, reditur tanquam ad caput, et dicitur: Chus autem genuit Ne- genuit; non tanquam singuli nomines, sed nationes septem. Et de sexta,
broth: hic coepit esse gigas super terram. Hic erat gigas venator contra velut de sexto filio, gens commemoratur exiisse, quae appellatur Philis-
Dominum Deum. Propter hoc dicunt: Sicut Nebroth gigas venator contra tiim; unde fiunt octo. Inde iterum ad Chanaan reditur, in quo filio ma-
Dominum. Et factum est initium regni eius Babylon, Orech, Archad, et ledictus est Cham; et quos genuit undecim nominantur. Deinde usque
Chalanne in térra Sennaar. De térra illa exiit Assur, et aedificavü Ni- ad quos fines pervenerint, commemoratis quibusdam civitatibus, dicitur.
niven et Robooth civitatem, et Chalach, et Dasem Ínter médium Ninives Ac per hoc, filiis nepotibusque computaría, de progenie Cham triginta
et Chalach; haec civitas magna. Iste porro Chus pater gigantis Nebroth tmus geniti referuntur.
primus nominatus est in filiis Cham, cuius quinqué filii iam fuerant com- 2. Restat commemorare filios Sem, maximi filii Noe: ad eum quippe
putati, et nepotes dúo. Sed istum gigantem aut post nepotes suos natos gradatim generationum istarum pervenit a minimo exorta narratio. Sed
genuit; aut, quod est credibilius, seorsum de illo propter eius eminentiam unde incipivmt commemorari filii Sem, habet quiddam obscuritatis, quod
Scriptura locuta est: quandoquidem et regnum eius commemoratum est, expositione illustrandum est: quia et multum ad rem pertinet, quam re-
íosr JvA CIUDAD DE DIOS XVI, 3, 2 XVI, 3, 3 DE NOÉ A I.OS PROFETAS 1085
j)licación, porque es de gran importancia para nuestra búsque- de la tierra. Qué signifique esto, lo aclararemos después. El otro
da. He aquí el texto: Y a Sem, padre de todos los hijos y her- hijo de Héber engendró doce hijos, y así todos los descendientes
mano mayor de Jafet, le nació también Héber. El orden verbal de Sem suman veintisiete. En total, los descendientes de los tres
es el siguiente: Y a Sem le nació Héber, o sea, también a él hijos de Noé, que son: quince de Jafet, treinta y uno de Cam,
mismo, es decir, al mismo Sem, le nació Héber, y este Sem es más veintisiete de Sem, suman setenta y tres. A continuación
el padre de todos sus hijos. Quiso, pues, dar a entender que prosigue la Escritura: Estos son los hijos de Sem en sus tribus
Sem era el patriarca de todos los nacidos de su estirpe, que él según sus lenguas, en sus países y en sus naciones. Y hablando
va a referir en seguida, bien sean hijos, nietos, biznietos o de- de todos a la vez: Estas son las tribus de los hijos de Noé según
más descendientes. No es verdad que Sem engendrara a Héber, sus generaciones y sus naciones. La avalancha de gente proce-
sino que Héber hace el número quinto en la serie de sus des- dente de éstas pobló la tierra después del diluvio. De donde se
cendientes. Sem engendró, entre otros, a Arfaxat, a Cainán; colige que entonces había setenta y tres naciones o, por mejor

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Cainán a Sala, y Sala a Héber. No en vano fué nombrado éste decir, setenta y dos naciones, no hombres. Esto se probará lue-
el primero en la línea que viene de Sem, y antepuesto aún a los go. Después de referidos los hijos de Jafet, se concluyó así la
hijos, siendo el quinto nieto. La razón es justificar la tradición narración: La avalancha de gente procedente de éstos se separó
de que de él tomaron su nombre los hebreos, como hebreos, a su tierra, y cada cual, según su propia lengua, a sus tribus y
aunque pueda haber otra opinión, según la cual ese nombre a sus naciones.
procedería de Abrahán, como abraheos [ 7 ] . Mas ésta es la ver- 3. En un pasaje, al hablar de los hijos de Cam, se alude
dad ; de Héber fueron llamados hebereos, y luego, perdida una más claramente a las naciones, como ya he demostrado más
letra, hebreos. El hebreo sólo el pueblo de Israel pudo lograrlo, arriba. Mesraín engendró a los llamados Ludín, y así las de-
y en este pueblo la Ciudad de Dios ha sido peregrina y figurada más naciones hasta siete. Y, una vez enumeradas todas, con-
misteriosamente en los santos y en todos. cluye diciendo: Estos son los hijos de Cam en sus tribus según
Primeramente se nombran seis hijos de Sem, y luego, cua- sus propias lenguas, en sus países y en sus naciones. En conclu-
tro nietos nacidos de un solo hijo. Después se menciona otro sión : los hijos de muchos quedaron en~el silencio, porque, en
hijo de Sem, que engendró un nieto, y a éste, a su vez, le nació naciendo, se fueron agregando a otras naciones y formaron na-
un biznieto, y a éste, un tataranieto, que es Héber. Héber en- ciones aparte, ¿l'or qué otra causa, enumerando ocho hijos de
gendró dos hijos, y a uno de ellos le llamó Fálec, que significa Jafet, añade que son sólo de dos de sus hijos, y, alistando cua-
Disidente. A renglón seguido, la Escritura da la razón de este tro hijos de Cam, agrega que son nacidos de tres de sus hijos,
nombre, diciendo: Pues por aquel entonces se hizo la división
bus, inquit, eius divisa est térra. Hoc autem quid sit, postea apparebit.
quirimus. Sic enim legitur: Et Sem natus est etiam ipsi patri omnium fi- Alius vero qui natus est ex Heber, genuit duodecim filios: ac per hoc
liorum Heber, fratri lapheth maiori. Ordo verborum est: Et Sem natus est fiunt omnes progeniti de Sem viginti septem. In summa igitur omnes
Heber, etiam ipsi, id est ipsi Sem, natus est Heber, qui Sem pater est om- progeniti de tribus filiis Noe, id est, quindecim de lapheth, et triginta
nium filiorum suorum. Sem ergo patriarcham intelligi voluit omnium qui unus de Cham, viginti septem de Sem, fiunt septuaginta tres. Deinde
de stirpe eius exorti sunt, quos commemoraturus est, sive sint lilii, sive sequitur Scriptura dicens: Hi filii Sem in tribubus suis secundum lin-
nepotes, sive pronepotes, et deinceps indidem exorti. Non sane istum guas suas, in regionibus suis et in gentibus suis. Itemque de ómnibus:
Heber genuit Sem: sed ab illo quintus in progenitorum serie reperitur. Hae, inquit, tribus filiorum Noe secundum generationes eorum, et se-
Sem quippe Ínter alios filios genuit Arphaxat, Arphaxat genuit Cainán, cundum gentes eorum. Ab his dispersae sunt insulae gentium super terram
Cainán genuit Sala, Sala genuit Heber. Non utique frustra ipse primus post diluvium. Unde colligitur septuaginta tres, vel potius (quod postea
est nominatus in progenie veniente de Sem, et praelatus etiam filiis, cum demonstrabitur) septuaginta duas gentes tune fuisse, non nomines. Nam
sit quintus nepos; nisi quia verum est quod traditur, ex illo Hebraeos et prius cum fuissent commemorati filii lapheth, ita conclusum est: Ex
esse cognominatos, tanquam Hebraeos: cum et alia possit esse opinio, ut his segregatae sunt insulae gentium in térra sua, unusquisque secundum
ex Abraliam tanquam Abrahaei dicti esse videantur. Sed nimirum hoc linguam suam in tribubus suis et in gentibus suis.
verum est, quod ex Heber Heberaei appellati sunt; ac deinde, una de- 3. Iam vero in filiis Cham quodam loco apertius gentes commemo-
tracta littera, Hebraei: quam linguam hebraicam solus Israel populus ratae sunt, sicut superius ostendi. Mesraim genuit eos qui dicuntur La-
potuit obtinere, in quo Dei civitas et in sanctis peregrinata est, et in diim: et eodem modo caeterae usque ad septem gentes. Et enumeratis
ómnibus sacramento adumbrata. Igitur filii Sem prius sex nominantur, ómnibus, postea concludens: Hi filii Cham, inquit, in tribubus suis, se-
deinde ex uno eorum nati sunt quatuor nepotes eius: itemque alter fi- cundum linguas suas in regionibus suis, et in gentibus suis 1'. Propterea
liorum Sem genuit eius nepotem, atque ex illo itidem pronepos natus ergo multorum filii non sunt commemorati, quia gentibus alus nascendo
est, atque inde abnepos, qui est Heber. Genuit autem Heber dúos filios, accesserunt, ipsi autem gentes faceré nequiverunt. Nam qua alia causa,
quorum unum appellavit Phalech, quod interpretatur Dividens. Deinde cum filii lapheth octo enumerentur, ex duobus eorum tantum filii nati
Scriptura subiungens, rationemque huius nominis reddens, Quia in die- 14
Gen. io.
1086 '<* CIUDAD DE DIOS XVI, 4
XVII, 4 DE NOE A LOS PROFETAS 1087
y, n o m b r a n d o seis h i j o s de S e m , a n o t a s ó l o la d e s c e n d e n c i a d e
dos de e l l o s ? ¿ A c a s o q u e d a r o n los d e m á s sin d e s c e n d e n c i a ? su lengua, de suerte que el uno no entienda el habla del otro.
¡ D i o s n o s l i b r e de c r e e r l o ! L o q u e p a s ó fué q u e n o f u n d a r o n Y el Señor los dispersó de allí sobre la haz de la tierra, y de-
p u e b l o s q u e les h i c i e r a n d i g n o s de m e n c i ó n , p o r q u e al n a c e r se jaron de edificar la ciudad y la torre. Y se le dio el nombre de
i b a n a d i c i o n a n d o a otros p u e b l o s . Confusión por eso, porque allí confundió Dios el lenguaje de los
hombres. Y desde allí les esparció el Señor por toda la tierra.
Esta ciudad que fué llamada Confusión es Babilonia, cuya ma-
ravillosa construcción la celebra hasta la historia de los genti-
C A P I T U L O IV
les. Babilonia quiere decir Confusión. De donde se sigue que el
gigante Nebrot fué su fundador, lo cual se intimó más arriba al
L A D I V E R S I D A D D E L E N G U A S Y E L P R I N C I P I O DE B A B I L O N I A decir, hablando de él la Escritura, que el principio de su reino
fué Babilonia, es decir, la ciudad que iba a la cabeza de las

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


U n a vez c o n t a d o q u e estas n a c i o n e s t e n í a n c a d a u n a su len-
demás ciudades, y en la que estaba como la metrópoli o la corte
g u a , el h i s t o r i a d o r t o r n a a l t i e m p o en q u e t o d o s h a b l a b a n u n a
del reino, si bien es cierto que no fué perfeccionada hasta el
m i s m a l e n g u a , y e x p o n e , b a s a d o en e s o , el a c c i d e n t e c a u s a de
extremo que se imaginaba la impiedad soberbia. Porque en los
la d i v e r s i d a d de l e n g u a s . Toda la tierra—dice—tenía una sola
planos estaba hacerla extraordinariamente a l t a ; según su expre-
lengua, y todos, una misma voz. Pero sucedió que los hombres,
sión, hasta el cielo, sea que este deseo se limitara a una torre
alejándose de oriente, hallaron una vega en la tierra de Senaar,
entre las demás, sea que se extendiera a todas. En este caso
y se establecieron allí. Y se dijeron unos a otros: Venid, haga-
estarían significados por el caso singular, como se dice soldado
mos ladrillos y cozámoslos al fuego. Los ladrillos les sirvieron
para significar miles de soldados; rana y langosta, para expre-
de piedra, y el betún, de lodo. Y añadieron: ¡ Ea!, edifiquémo-
sar la multitud de ranas y de langostas, que fueron dos plagas
nos una ciudad y una torre cuya cumbre llegue al cielo, y
mandadas por medio de Moisés a los egipcios. Mas ¿qué iba
hagámonos famosos antes de dispersarnos sobre la haz de la
a hacer la vana presunción de los hombres? Por más al cielo
tierta. Mas he aquí que descendió el Señor a ver la ciudad
y contra Dios que levantaran esa mole de piedra, ¿cuándo tras-
y la torre que habían edificado los hijos de los hombres. Y dijo
cendería los montes? ¿Cuándo escaparía al espacio de este aire
Dios: He aquí un solo pueblo y una misma lengua, han comen-
humoso? ¿En qué puede dañar a Dios cualquiera elevación de
zado esta fábrica y no se apearán ahora de cuanto han inten-
cuerpo o de espíritu por grande que sea? El camino verdadero
tado hacer. ¡Ea!, pues, descendamos, confundamos allí mismo

commemorantur; et cum filii Cham quatuor nominentur, ex tribus tan- audiant unusquisque vocem proximi sui. Et dispersit eos Dominus inde
tum qui nati sunt adiiciuntur; et cum filii Sem nominentur sex, duorum super faciem omnis terrae, et cessaverunt aedificantes civitatem. et tur-
tantum posteritas attexitur? numquid caeteri sine filiis remanserunt? rem. Propter hoc appellatum est nomen illius Confusio; quia ibi confudit
Absit lioc credere: sed gentes propter quas commemorari digni essent, Dominus labia omnis terrae: et inde dispersit illos Dominus Deus super
non utique fecerunt; quia sicut nascebantur, alus gentibus addebantur. faciem omnis terrae 1¡>. Ista civitas quae appellata est Confusio, ipsa est
Babylon, cuius mirabilem constructionem Gentium etiam commendat his-
CAPUT IV toria. Babylon quippe interpretatur Confusio. Unde colligitur gigantem
illum Nebroth fuisse illius conditorem, quod superius breviter fuerat inti-
DE DIVERSITATK LINCUARUM, PRINCIPIOQUE BABYLONIS matum, ubi cum de illo Scriptura loqueretur, ait initium regni eius fuisse
Babylonem, id est, quae civitatum caeterarum gereret principatum, ubi
Cum ergo in suis linguis istae gentes fuisse referantur, redit tamen esset tanquam in metrópoli habitaculum regni: quamvis perfecta non
narrator ad illud tempus; quando una lingua omnium fuit, et inde iam fuerit usque in tantum modum, quantum superba cogitabat impietas. Nam
exponit quid acciderit, ut linguarum diversitas nasceretur. Et erat, inquit, nimia disponebatur altitudo, quae dicta est usque in caelum, sive unius
omnis térra labium unum, et vox una ómnibus. Et factum est, cum mo- turris eius, quam praecipuam moliebantur ínter alias; sive omnium tur-
verent ipsi ab Oriente, invenerunt campum in térra Sennaar, et habita- rium, quae per numerum singularem ita significatae sunt, ut dicitur mi-
verunt ibi. Et dixit homo próximo suo: Venite, faciamus lateres, et co- les, et intelliguntur millia militum: ut rana, ut locusta; sic enim appel-
quamus illos igni. Et jacú sunt Mis lateres in lapidem, et bitumen erat lata est multitudo ranarum ac locustarum in plagis, quibus Aegyptii
Mis lutum: et dixerunt, Venite, et aedificemus nobismetipsis civitatem, et percussi sunt per Moysen lc . Quid autem factura fuerat humana et vana
turrem cuius caput erit usque ad caelum, et faciamus nobis nomen, ante- praesumptio? Cuiuslibet et quantumlibet in caelum adversus Deum alti-
quam dispergamur in faciem omnis terrae. Et descendit Dominus videre tudinem molis extolleret, quando montes transcenderet universos? quando
civitatem et turrem, quam aedificaverunt filii hominum. Et dixit Domi- spatium nebulosi aeris huius evaderet? Quid denique noceret Deo quan-
nus Deus: Ecce genus unum, et labium unum omnium; et hoc inchoa- tacumque vel spiritualis, vel corporalis elatio? Tutam veramque in caelum
verunt faceré, et nunc non deficient ex Mis omnia quae conati fuerint
16
faceré: venite, et descendentes confundamus ibi linguam eorum, ut non Gen. 11,1-9,
18
J5x. ío,4, et a l i b i ; Ts. 77,45.
1088 U CIUDAD DE DIOS XVI, 4 XVI, 5 DK NOÉ A tOS 1'KOIMCTAH 1089

y seguro para llegar al cielo es la humildad. Ella levanta en


alto el corazón al Señor, no contra el Señor, como se dijo de C A P I T U L O V
ese gigante que era un cazador contra el Señor. Algunos, no
entendiendo esto, tradujeron ante el Señor, no contra el Señor,
engañados por la ambigüedad de la palabra griega ÉVCCVTÍOV, ¿CÓMO DESCENDIÓ EL S E Ñ Ó R A CONFUNDIR LAS LENGUAS?
que significa ante y contra. Esta palabra se emplea en el Salmo: y descendió el Señor—está escrito—a ver la ciudad y la
Lloremos ante el Señor, que nos ha creado. Y también en el torre que habían edificado los hijos de los hombres, es decir, no
libro de Job, en el que se lee: Montaste en cólera contra el Se- los hijos de Dios, sino la sociedad que vive según el hombre,
ñor. En este último sentido debe entenderse al decir gigante y que llamamos ciudad terrena. Dios, que está todo en todas
cazador contra el Señor. Y ¿qué quiere decir aquí cazador sino partes, no se mueve con movimiento local. Se dice que descien-
engañador, opresor y asesino de los animales de la tierra? Le- de cuando hace algo en la tierra. Y como hecho maravilloso

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


vantaba, pues, una torre con sus pueblos contra el Señor, torre y ajeno al curso ordinario de la naturaleza, muestra, en cierto
que significó la soberbia impía. Y es justo el castigo del mal modo, su presencia. Del mismo modo, Dios, que nunca y nada
afecto, aun de aquel que no consigue su efecto. ¿Qué clase de puede ignorar, no aprende con ver, sino que se dice que ve
castigo fué éste? Como la lengua es el instrumento de dominio y conoce temporalmente porque hace ver y conocer [ 8 ] . No se
del que manda, en ella fué condenada la soberbia, de tal suerte veía, pues, aquella ciudad como Dios hizo que se viera después,
que quien mandaba al hombre, que no quiso entender los man- cuando mostró cuánto le desagradaba. No obstante, puede en-
damientos de Dios para obedecerlos, no era entendido. Así, tenderse también que Dios descendió a aquella ciudad, porque
aquella conspiración quedó disuelta, separándose cada uno de descendieron sus ángeles, en quienes habita, de forma que estas
aquel a quien no entendía y juntándose a quien podía hablar palabras: Y dijo el Señor Dios: Ve aquí un solo pueblo y una
con él. Y por las lenguas se dividieron las naciones y se dis- misma lengua, etc., y las agregadas luego: Venid y descendien-
persaron por la tierra como plugo a Dios, que obró esto por do confundamos allí sus lenguas, no sean más que una recapi-
medios ocultos e incomprensibles para nosotros. tulación para explicar cómo sucedió lo que había dicho: Des-
viam molitur humilitas, sursum levans cor ad Dominum, non contra Do-
cendió el Señor. Porque, si ya había descendido, ¿qué quiere
minum: sicut dictus est. gigas iste venator contra Dominum11. Quod non decir: Venid y descendiendo confundamos (lo cual se entiende
intelligentes nonnulli, ambiguo graeco decepti sunt, ut non interpretaren- dicho a los ángeles), sino que descendía, por ministerio de los
tur contra Dominum, sed ante Dominum: évav-ríov quippe et ante et con- ángeles, el que estaba en los ángeles que descendían? Es de
tra significat. Hoc enim verbum est in Psalmo: Et ploremus ante Domi-
num, qui fecit nos l s . Et hoc verbum est etiam in libro Iob, ubi scriptum
est, In furorem erupisti contra Dominum ". Sic ergo intelligendus est
gigas iste venator contra Dominum. Quid autem hic significatur hoc no- CAPUT V
mine, quod est venator, nisi animalium terrigenarum deceptor, oppres- DE DESCENSIONE DOMINI AD CONFUNDENDAM LINCUAM AEDIFICANTIUM TURREM
sor, exstinctor? Erigebat ergo cura suis populis turrem contra Dominum,
qua est impia significata superbia. Mérito autem malus punitur affectus, Quod enim scriptum est, Et descendit Dominus videre civitatem et
etiam cui non succedit effectus. Genus vero ipsum poenae quale fuit? turrem, quam aedificaverunt filii hominum; hoc est, non filii Dei, sed illa
Quoniam dominatio imperantis in lingua est, ibi damnata est superbia, ut societas secundum hominem vivens, quam terrenam dicimus civitatem:
non intelligeretur iubens homini, qui noluit intelligere ut obediret Deo non loco movetur Deus, qui semper ubique est to'tus; sed descenderé di-
iubenti. Sic illa conspiratio dissoluta est, cum quisque ab eo quem non in- citur, cum aliquid facit in térra, quod praeter usitatum naturae cursum
telligebat, abscederet, nec se nisi ei, cum quo loqui poterat, aggregaret: mirabiliter factum, praesentiam quodammodo eius ostendat: nec videndo
et per linguas divisae sunt gentes, dispersaeque per térras, sicut Deo discit ad tempus, qui nunquam potest aliquid ignorare; sed ad tempus
placuit, qui hoc modis occultis nobisque incomprehensibilibus fecit videre et cognoscere dicitur, quod videri et cognosci facit. Non sic ergo
17
videbatur illa civitas, quomodo eam Deus videri fecit, quando sibi quan-
18
Gen. io,9. tum displiceret ostendit. Quamvis possit intelligi Deus ad illatr» civitatem
Ps. 94,6.
18
Iob 15, 13, sec. LXX. descendisse, quia descenderunt Angelí eius in quibus halfetat; ut quod
adiunctum est, Et dixit Dominus Deus, Ecce genus unum, et labiutn unum
omnium., et caetera; ac deinde additum, Venite, et descendentes confun-
damus ibi linguam eorum 2°; recapitulatio sit, demonstrans quemadmo-
dum factum sit, quod dictum fuerat, Descendit Dominus. Si enim iam
descenderat, quid sibi vult, Venite, et descendentes confundamus (quod
intelligitur Angelis dictum), nisi quia per Angelos descendebat, qui in

S. As. ,6 35
1090 LA CIUDAD DE DIOS XW, 6, 1 XVI, 6, 2 DI! NOÉ A LOS PROfKTAS 1091

notar que no dice: Venid y descendiendo confundid, s i n o : que, s i e n d o p a r t i c i o n e r o s de la V e r d a d c r e a d o r a , se l a n z a n a


Confundamos allí su lenguaje, m o s t r a n d o q u e D i o s o b r a p o r s u s e l l a c o m o a la fuente de la v i d a , c o n el fin d e t o m a r de e l l a lo
m i n i s t r o s , de f o r m a q u e son sus c o o p e r a d o r e s , s e g ú n l a s p a l a - q u e n o t i e n e n de si p r o p i o s . Y este m o v i m i e n t o q u e a c e r c a a
b r a s del A p ó s t o l : Pues somos los cooperadores de Dios [ 9 ] . los q u e n o se a p a r t a n es e s t a b l e en e l l o s [ 1 0 ] . D i o s n o h a b l a
a los á n g e l e s c o m o h a b l a m o s n o s o t r o s u n o s a o t r o s , o c o m o ha-
b l a m o s a D i o s o a los á n g e l e s , o c o m o n o s h a b l a n los á n g e l e s ,
C A P I T U L O VI o D i o s p o r m e d i o de ellos, sino de u n m o d o i n e f a b l e . E s t o a
n o s o t r o s se n o s i n d i c a a c o m o d a d o a n u e s t r o ser. L a p a l a b r a
¿CÓMO SE DEBE ENTENDER QUE DIOS HABLA A LOS ANGELES? m á s s u b l i m e de D i o s y a n t e r i o r a t o d a s sus o b r a s es l a r a z ó n
i n m u t a b l e de estas o b r a s . Es v e r d a d q u e c a r e c e de s o n i d o es-
1. Se p o d r í a n e n t e n d e r t a m b i é n de los á n g e l e s estas p a l a - t r u e n d o s o o fugaz, p e r o tiene u n a fuerza p e r m a n e n t e en l a eter-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


b r a s , d i c h a s c u a n d o i b a a ser c r e a d o el h o m b r e : Hagamos al n i d a d , y o p e r a n t e en el t i e m p o . Con esta p a l a b r a h a b l a a los
hombre, pues que no d i j o : H a g a yo. P e r o como a ñ a d i ó : s a n t o s á n g e l e s , y t a m b i é n a n o s o t r o s , d e s t e r r a d o s lejos, a u n q u e
a nuestra imagen, y n o es p e r m i t i d o c r e e r q u e el h o m b r e fué de d i s t i n t o m o d o . Y, c u a n d o n o s o t r o s p e r c i b i m o s con el o í d o
h e c h o a i m a g e n de los á n g e l e s , o q u e es u n a m i s m a la i m a g e n i n t e r i o r a l g o de tal l o c u c i ó n , e n t o n c e s n o s a s e m e j a m o s a los
de l o s á n g e l e s y l a de D i o s , p o r eso es o r t o d o x o e n t e n d e r a l l í á n g e l e s . P o r t a n t o , n o t e n g o o b l i g a c i ó n de, i r d a n d o a c a d a p a s o
l a p l u r a l i d a d de l a T r i n i d a d . Y esta T r i n i d a d , c o m o es u n s o l o r a z ó n de l a s l o c u c i o n e s de D i o s , p u e s la V e r d a d i n m u t a b l e
D i o s , d e s p u é s de h a b e r d i c h o : Hagamos, a ñ a d e : E hizo Dios h a b l a de m o d o inefable, d i r e c t a m e n t e y p o r sí m i s m a , a la cria-
al hombre a imagen de Dios, y n o : H i c i e r o n los d i o s e s ; o : t u r a r a c i o n a l , o h a b l a p o r m e d i o de o t r a c r i a t u r a m u d a b l e , sea
A i m a g e n d e los d i o s e s . T a m b i é n en el p a s a j e en c u e s t i ó n p o d í a con i m á g e n e s e s p i r i t u a l e s a n u e s t r o e s p í r i t u , o con voces cor-
e n t e n d e r s e l a T r i n i d a d si h u b i e r a a l g o q u e n o p e r m i t i e r a a p l i - porales a nuestro oído [ 1 1 ] .
c a r el p l u r a l a l o s á n g e l e s , c o m o si el P a d r e d i j e r a al H i j o y 2. E s t a s p a l a b r a s : Y ahora no se apearán ellos de cuanto
al E s p í r i t u S a n t o : Venid y descendiendo confundamos allí su han intentado hacer, no l a s a ñ a d i ó c o m o confirmación, s i n o
lenguaje. A los á n g e l e s les c o n v i e n e m á s b i e n l l e g a r s e a D i o s c o m o p r e g u n t a . Así suelen d e c i r l o s q u e a m e n a z a n , c o m o al-
con m o v i m i e n t o s s a n t o s , es decir, con p i a d o s o s p e n s a m i e n t o s , y guien escribe:
c o n s u l t a r l a V e r d a d i n m u t a b l e c o m o a l e y e t e r n a en esa su cor- ¿No llamé yo a las armas ni le perseguí por la ciudad?
te s o b e r a n a . P u e s e l l o s n o son l a v e r d a d p a r a sí m i s m o s , s i n o

Angelis descendentibus erat? Et bene non ait, Venite, et descendentes na in illa eorum curia superna. Ñeque enim sibi ipsi sunt veritas; sed
confundite: sed, Conjundamus ibi linguam eorum; ostendens ita se ope- creatricis participes Veritatis, ad illam moventur, tanquam ad fontem
ran per ministros suos, ut sint etiam ipsi cooperatores Dei: sicut Apostó- vitae, ut quod non habent ex se ipsis, capiant ex ipsa. Et eorum stabilis
las dicit, Dei enim sumus cooperani 21. est iste motus, quo veniunt, qui non recedunt. Nec sic loquitur Angelis
Deus, quomodo nos invicem nobis, vel Deo, vel Angelis, vel ipsi Angelí
CAPL'T VI nobis, sive per illos Deus nobis; sed ineffabili suo modo, nobis autem
hoc indicatur nostro modo. Dei quippe sublimior ante suum factum locu-
QüALIS INTELLIGENDA SIT ESSE LOCUTIO, QUA D E Ü S ANGELIS LOQÜITÜR tio, ipsius sui facti est immutabilis ratio, quae non habet sonum strepen-
tem atque transeuntem, sed vim sempiterne manentem, et temporaliter
1. Poterat et illud, quando facrus est homo, de Angelis intelligi operantem. Hac loquitur Angelis sanctis, nobis autem aliter longe positis. -
quod dictum est, Faciamus hominem, quia non dixit, Faciam: sed quia Quando autem etiam nos aliquid talis locutionis interioribus auribus ca-
sequitur, ad imaginera nostram; nec fas est credere ad imaginen! Ange- pimus, Angelis propinquamus. Non itaque mihi assidue reddenda est ratio
lorum hominem factum, aut eamdem esse imaginem Angelorum et Dei; in hoc opere de locutionibus Dei. Aut enim Veritas incommutabilis per
ideo recte illic intelligitur pluralitas Trinitatis. Quae tamen Trinitas, quia se ipsam ineffabiliter loquitur rationalis creaturae mentibus, aut per mu-
unus est Deus, etiam cum dixisset, Faciamus: Et fecit, inquit, Deus ho- tabilem creaturam loquitur, sive spiritualibus imaginibus nostro spiritui,
minem ad imaginem Dei22: non dixit, Fecerunt dii, aut, ad imaginem sive corporalibus vocibu3 corporis sensui.
deorum. Poterat et hic eadem intelligi Trinitas, tanquam Pater dixerit ad
2. Illud sane quod dictum est, Et nunc non deficient ex Mis omnia,
Filium et Spiritum sanctum, Venite, et descendentes conjundamus ibi lin-
quae conati fuerint faceré 23, non dictum est confirmando, sed tanquam
guam eorum; si aliquid esset, quod Angelos prohiberet intelligi: quibus
potius convenit venire ad Deum motibus sanctis, hoc est cogitationibus interrogando, sicut solet a comminantibus dici, quemadmodum ait quidam,
piis, quibus ab eis consulitur incommutabilis Veritas, tanquam lex aeter- non arma expedient, totaque ex urbe sequentur ? 81
2a
*' i Cor. 3,g. Ibid., u , 6 .
a2 24
Grn. I,2ÍI. V I K G I L - , Acneiít. 1.4 v.5i>2.
1092 LA CIUDAD DE DIOS XVtL,7 X V I , 8, 1 DE NOÉ A--LOS -PROFETAS 1093

D e b e n , p u e s , e n t e n d e r s e a s í : ¿ A c a s o n o les f a l t a r á a h o r a t o d o q u e p a s a r o n á n a d o , p e r o h a y i s l a s t a n d i s t a n t e s y a l e j a d a s de
cuanto h a n intentado h a c e r ? P e r o , claro, dicho así, no expresa los continentes, que parece imposible q u e haya a r r i b a d o a ellas
l a a m e n a z a . M a s , en g r a c i a a l o s u n p o c o t a r d o s , h e m o s a ñ a d i - b e s t i a a l g u n a n a d a n d o . E s t a m b i é n c r e í b l e q u e l o s h o m b r e s , lle-
d o l a p a r t í c u l a ne ( a c a s o ) , y h e m o s d i c h o nonne (acaso n o ) , v a d o s d e su afición a l a caza, l a s t r a s l a d a r a n a d o n d e e l l o s h a -
p o r q u e n o p o d e m o s escribir la entonación del q u e h a b l a . b i t a b a n , r e s t a u r a n d o así l a s d i v e r s a s e s p e c i e s . A d e m á s , n o d e b e
D e los tres h i j o s d e N o é c o m e n z a r o n a e x t e n d e r s e p o r el negarse que también los ángeles pudieron transportarlas p o r
m u n d o setenta y t r e s , o, m e j o r , c o m o l u e g o p r o b a r e m o s , seten- m a n d a t o o p e r m i s i ó n de D i o s [ 1 4 ] . Y , si n a c i e r o n d e l a t i e r r a ,
ta y dos naciones y otras tantas lenguas [ 1 2 ] , que creciendo c o m o en su p r i m e r a c r e a c i ó n , c u a n d o D i o s d i j o : Produzca la
p o b l a r o n t a m b i é n l a s i s l a s . P e r o el n ú m e r o de n a c i o n e s creció tierra alma viva, a p a r e c e m u c h o m á s c l a r o q u e h u b o e n el a r c a
m u c h o m á s q u e el d e l e n g u a s . E n África m i s m o c o n o c e m o s a n i m a l e s de t o d o g é n e r o , n o t a n t o p a r a r e p a r a r su especie ani-
m u c h a s n a c i o n e s b á r b a r a s c o n u n a sola l e n g u a , y ¿ q u i é n d u d a m a l c u a n t o p a r a figurar l a s d i v e r s a s n a c i o n e s p o r c a u s a d e l sa-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e l o s h o m b r e s , u n a vez m u l t i p l i c a d o e l g é n e r o h u m a n o , p u - c r a m e n t o de l a I g l e s i a , si en l a s i s l a s , a d o n d e n o p o d r í a n p a s a r ,
dieron p a s a r con navios a h a b i t a r las islas? p r o d u j o la tierra muchos animales.

C A P I T U L O VII C A P I T U L O VIII

L O S MONSTRUOS HUMANOS Y SU PROCEDENCIA


UNA CUESTIÓN SOBRE E L ORIGEN DE LAS B E S T I A S DESPUÉS
DEL DILUVIO 1. Se p r e g u n t a , a d e m á s , si es c r e í b l e q u e se h a y a n p r o p a -
A h o r a se p l a n t e a u n a cuestión r e l a t i v a a l a s bestias q u e n o g a d o d e l o s h i j o s de N o é , o, m e j o r , d e A d á n , d e q u i e n p r o c e d e n
están b a j o el d o m i n i o d e l h o m b r e ni n a c e n d e l a t i e r r a , c o m o t a m b i é n éstos, c i e r t a s r a z a s d e h o m b r e s m o n s t r u o s o s , d e l o s q u e
Jas r a n a s [ 1 3 ] , sino q u e se p r o p a g a n p o r l a u n i ó n d e m a - d a fe l a h i s t o r i a d e l o s p u e b l o s . S e a s e g u r a , en efecto, q u e a l -
cho y h e m b r a , c o m o son l o s l o b o s y d e m á s de su g é n e r o . Y se g u n o s tienen u n o j o en m e d i o d e l a f r e n t e ; q u e o t r o s t i e n e n
p r e g u n t a : ¿ E s posible que después del diluvio, que aniquiló los pies v u c l l o s hacia a t r á s ; q u e o t r o s p o s e e n l o s d o s sexos,
t o d o s los a n i m a l e s q u e n o e n t r a r o n en el a r c a , e x i s t i e r a n en l a s la m a m i l a d e r e c h a de v a r ó n y l a i z q u i e r d a de m u j e r , y q u e ,
islas, si ú n i c a m e n t e f u e r o n r e p a r a d o s d e l a s p a r e j a s s a l v a d a s sirviéndose carnalmente de ellos, alternativamente engendran y
en el a r c a ? Cierto q u e p a r a l a s i s l a s p r ó x i m a s p u e d e c r e e r s e dan a luz. Cuentan también q u e algunos no tienen boca y q u e
transisse^ sed próximas. Sunt autem quaedam tam longe positae a conti-
Sic ergo accipienduro est, tanquam dixerit, Nonne omnia deficient ex
nentibus terris, ut ad eas nulla videatur natare potuisse bestiarum. Quod
illis, quae conati fuerint faceré? Sed si ita dicatur, non exprimit com-
si homines eas captas secum advexerunt, et eo modo ubi habitabant earum
minantem. Verum propter tardiusculos addidimus particulam, id est, Ne,
genera instituerunt, venandi studio fieri potuisse incredibile non est-
ut diceremus, Nonne: quoniara vocem pronuntiantis scribere non pos-
quamvis iussu Dei sive permissu etiam opere Angelorum negandum non
sumus. Ex illis igitur tribus hominibus, Noe filiis, septuaginta tres, vel
sit potuisse transferri. Si vero e térra exortae sunt secundum originem
potius, ut ratio declaratura est, septuaginta duae gentes totidemque lin-
primam, quando dixit Deus, Producat térra animam vivam ~5: multo cla-
guae per térras esse coeperunt, quae crescendo et ínsulas impleverunt.
rius apparet, non tam reparandorum animalium causa, quam figurandarum
Auctus est autem numerus gentium multo amplius quam linguarum. Nam
variarum gentium propter Ecclesiae sacramentum in arca fuisse omnia
et in África barbaras gentes in una lingua plurimas novimus: et homines
genera, si in insulis, quo transiré non possent, multa animalia térra pro-
quidem, multiplicato genere humano, ad ínsulas inhabitandas navigio-
duxit.
transiré potuisse, quis ambigat?
CAPUT VIII
CAPUT VII
AN EX PROPAGINE ADAM VEL FILIORUM N O E QUAEDAM GENERA HOMINUM
A N OMNE BESTIARUM GENUS ETIAM REMOT1SSIMAE A TERRIS INSIJLAE EX EO MONSTROSA PRODIERINT
NUMERO ACCEPERINT, QUI IN ARCA A DILUVII INUNDATIONE SERVATOS EST
1. Quaeritur etiam, utrum ex filiis Noe, vel potius ex illo uno nomi-
Sed quaestio de omni genere bestiarum est, quae sub cura hominum ne, unde etiam ipsi exstiterunt, propagata esse credendum sit quaedam
non sunt, nec sicuti ranae nascuntur ex térra, sed sola commixtione ma- monstrosa hominum genera, quae gentium narrat historia: sicut perhi-
ris et feminae propagantur, sicut lupi«tque huiusmodi caetera, quomodo bentur quídam unum habere oculum in fronte media: quibusdam plan-
post diluvium, quo ea quae in arca non erant, cuneta deleta sunt. etiam tas versas esse post crura: quibusdam utriusque sexus esse naturam,
in insulis esse potuerint, si reparata non sunt nisi ex bis, quorum genera et dextram mammam virilem, sinistram muliebrem, vicibusque alter-
in utroque sexu arca servavit. Possunt quidem credi ad Ínsulas natando a5
G e n . 1,24.
1094 r,A CIUDAD DE DIOS X V I , 8, 2 XVI, 8, 2 DE NOÉ A LOS PROFETAS ' 1095

viven e x c l u s i v a m e n t e del a i r e q u e r e s p i r a n p o r la n a r i z . Afir- cierta d e s p r o p o r c i ó n en u n a p a r t e , p o r q u e i g n o r a a c u á l se


m a n q u e o t r o s n o l e v a n t a n m á s q u e u n c o d o , y p o r eso los a d a p t a y a q u é dice r e l a c i ó n [ 1 7 ] .
griegos los l l a m a n pigmeos [ 1 5 ] , y que, en algunas regiones, N o s o t r o s s a b e m o s q u e n a c e n h o m b r e s con m á s de c i n c o de-
las m u j e r e s c o n c i b e n a l o s cinco a ñ o s y q u e su v i d a n o excede dos en l a s m a n o s y en l o s p i e s . E s t a d i f e r e n c i a es m á s l i g e r a
a l o s o c h o . A s i m i s m o , c u e n t a n q u e h a y h o m b r e s de u n a veloci- q u e a q u é l l a , c i e r t o ; p e r o , a u n q u e el p o r q u é n o s es d e s c o n o c i d o ,
d a d p a s m o s a , q u e s ó l o t i e n e n u n a p i e r n a en los pies y q u e al l í b r e n o s D i o s d e d e s a t i n a r h a s t a el e x t r e m o de c r e e r q u e el
a n d a r n o d o b l a n la c o r v a . L o s l l a m a n e s c i ó p o d o s [ 1 6 ] , p o r q u e C r e a d o r se e q u i v o c ó en el n ú m e r o de d e d o s en el h o m b r e . Y así
en el v e r a n o , t u m b a d o s b o c a a r r i b a , se defienden del sol con la es, a u n q u e s u r j a u n a diferencia m a y o r , p u e s s a b e q u é h a c e
s o m b r a de los p i e s . D i c e n q u e o t r o s c a r e c e n d e cerviz y t i e n e n A q u e l c u y a s o b r a s n a d i e p u e d e c e n s u r a r con j u s t i c i a . En H i p o -
los ojos en los h o m b r o s . Y así de o t r a infinidad de h o m b r e s , o n a - D i a r r i t o [ 1 8 ] h a y u n h o m b r e q u e tiene la p l a n t a de los p i e s
c u a s i h o m b r e s , q u e se h a l l a n p i n t a d o s en m o s a i c o en el p u e r t o en f o r m a de m e d i a l u n a , con dos d e d o s s o l a m e n t e en l a s extre-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de C a r t a g o , t o m a d o s de los l i b r o s c o m o de h i s t o r i a m á s c u r i o s a . m i d a d e s , y lo m i s m o en l a s m a n o s . Si h u b i e r a a l g u n a n a c i ó n
¿ Q u é d i r é de los cinocéfalos, c u y a s cabezas de p e r r o y s u s mis- con esta t a r a , se a ñ a d i r í a a a q u e l l a h i s t o r i a c u r i o s a y s o r p r e n -
m o s l a d r i d o s m u e s t r a n q u e son m á s bestias q u e h o m b r e s ? M a s d e n t e . ¿ N e g a r e m o s p o r eso q u e este h o m b r e t r a e su o r i g e n del
n o es o b l i g a d o c r e e r q u e existen esa serie de h o m b r e s q u e dicen primero creado? Los andróginos, llamados también hermafro-
existir. Con t o d o , c u a l q u i e r a q u e n a z c a h o m b r e , es decir, ani- ditos, a u n q u e son m u y r a r o s , con t o d o , es fácil h a l l a r l o s de
mal racional y mortal, p o r m á s rara y extraña que nos parezca c u a n d o e n c u a n d o , en c u y o c a s o a p a r e c e n l o s d o s sexos, y n o
su f o r m a , c o l o r , m o v i m i e n t o o voz, o p o r c u a l q u i e r a o t r a vir- se s a b e de c u á l d e b e n t o m a r el n o m b r e . Sin e m b a r g o , h a p r e -
t u d , p a r t e o c u a l i d a d n a t u r a l , n i n g ú n fiel d u d a r á q u e t r a e su v a l e c i d o la c o s t u m b r e d e p o n e r l e s el n o m b r e del sexo s u p e r i o r ,
origen del p r i m e r h o m b r e . S i e m p r e q u e d a m a r g e n p a r a v e r q u é es decir, del m a s c u l i n o , p u e s n a d i e los h a l l a m a d o j a m á s an-
h a o b r a d o en m u c h o s la n a t u r a l e z a y q u é es a d m i r a b l e p o r su dróginas o hermafroditas. Hace algunos años, recientemente p o r
misma rareza. cierto, n a c i ó en O r i e n t e u n h o m b r e d o b l e en l o s m i e m b r o s su-
2 . L a r a z ó n q u e se d a e n t r e n o s o t r o s de los p a r t o s m o n s - p e r i o r e s y s i m p l e en l o s i n f e r i o r e s . T e n í a d o s c a b e z a s , dos pe-
t r u o s o s , esa m i s m a p u e d e s e r v i r p a r a p u e b l o s e n t e r o s . D i o s , q u e chos y cuitlro m a n o s , u n solo v i e n t r e y dos p i e r n a s , c o m o u n
e s el C r e a d o r d e t o d a s l a s cosas, c o n o c e d ó n d e , c u á n d o y q u é h o m b r e o r d i n a r i o , y vivió l a n í o s a ñ o s , q u e su f a m a l e c o n v i r t i ó
es o h a s i d o o p o r t u n o c r e a r , y a d e m á s c o n o c e la b e l l e z a del en sitio de t u r i s m o . ¿ Q u i é n será c a p a z de r e c o r d a r t o d o s l o s
u n i v e r s o y la s e m e j a n z a o d i v e r s i d a d de l a s p a r t e s q u e la com- seres h u m a n o s q u e n a c e n d e s e m e j a n t e s en e x t r e m o a los q u e les
p o n e n . A q u i e n es i n c a p a z de c o n t e m p l a r el c o n j u n t o , le c h o c a e n g e n d r a n ? Y c o m o n o se p u e d e n e g a r q u e estos i n d i v i d u o s
t r a e n s e o r i g e n de a q u e l ú n i c o p a d r e , así es p r e c i s o c o n f e s a r
nis coeundo et gignere et parere: alus ora non esse, eosque per nares
tantummodo halitu vivere: alios statura esse cubitales, quos Pygmaeos quam deformitate partis offenditur; quoniam cui congruat, et quo refe-
a cubito Graeci vocant; alibi quinquennes concipere feminas, et octa- ratur, ignorat. Pluribus quam quiñis digitis in manibus et pedibus nasci
vum annum non excederé. ítem ferunt esse gentem, ubi singula era- homines, novimus; et haec levior est quam illa distantia: sed tamen absit
ra in pedibus babent, nec politem flectunt, et sunt mirabilis celeritatis; ut quis ita desipiat, ut existimet in numero humanorum digitorum errasse
quos Sciopodas vocant, quod per aestum in térra iacentes resupini umbra Creatorem, quamvis nesciens cur hoc fecerit. Ita etsi maior diversitas
se pedum protegant: quosdara sine cervice oculos habentes in humeris: oriatur, scit ille quid egerit, cuius opera iuste nemo reprehendit. Apud
et caetera hominum, vel quasi hominum genera, quae in marítima platea Hipponem-Diarrhytum est homo quasi hmatas habens plantas, et in eis
Carthaginis musivo picta sunt, ex libris deprompta velut curiosioris his- binos tantummodo dígitos, símiles et manus. Si aliqua gens talis esset, illi
toriae. Quid dicam de Cynocephalis, quorum canina capita atque ipso curiosae atque mirabili adderetur historiae. Num igitur istum propter hoc
latratus magis bestias quam nomines confitetur? Sed omnia genera ho- negabimus ex uno illo, qui primus creatus est, esse propagatum? Andro-
minum quae dicuntur esse, credere non est necesse. Verum quisquís us- gyni, quos etiam Hermaphroditos nuncupant, quamvis admodum rari sint,
piam nascitur homo, id est animal rationale mortale, quamlibet nostris difficile est tamen ut temporibus desint, in quibus sic uterque sexus appa-
inusitatam sensibus gerat corporis formam, seu colorem, sive moturn, sive ret, ut ex quo potius debeant accipere nomen, incertum sit: a meliore
sonum, sive qualibet vi, qualibet parte, qualibet qualitate naturae, ex illo tamen, hoc est a masculino, ut appellarentur, loquendi consuetudo praeva-
uno protopíasto originem ducere, nullus fidelium dubitaverit. Apparet ta- luit. Nam nemo unquam Androgynaecas aut Hermaphroditas nuncupavit.
túen quid in pluribus natura obtinuerit, et quid sit ipsa raritate mirabile. Ante annos aliquot, nostra certe memoria, in Oriente dúplex homo natus
2. Qualis autem ratio redditur de monstrosis apud nos hominum par- est superioribus membris, inferioribus simplex: nam dúo erant capita, dúo
tiibus, talis de monstrosis quibusdam gentibus reddi potest. Deus enim pectora, quatuor manus; venter autem unus, et pedes dúo, sicut uni homi-
creator est omnium, qui ubi et quando creari quid oporteat vel oportuerit, ni; et tam diu vixit, ut multos ad eum videndum fama contraheret. Quís
ipse novit, sciens universitatis pulchritudinem quarum partium vel simi- autem omnes commemorare possit humanos fetus longe dissimiles his ex
litudine vel diversitate contexat. Sed qui totum inspicere non potest, tan- quibus eos natos esse certissimum est? Sicut ergo haec ex illo uno negari
X V I , 8, 2 XVI, 9 DE NOÉ A IvOK J'ROt'HTAS 1097
1096 l/i CIUDAD DI! D I O S

que pueblos cuyo cuerpo, según la historia, sea como desorbi-


tado y alejado del curso ordinario de la naturaleza, de que CAPITULO IX
gozan todos o casi todos, si puede aplicárseles la definición de
animales racionales y mortales, proceden también del tronco EXISTENCIA DE LOS ANTÍPODAS
único del primer hombre. Suponemos, claro está, que son ver-
daderas las cosas que se cuentan de la disparidad de esas na- En cuanto a la fábula de los antípodas, es decir, de hom-
ciones y de la diversidad entre sí y con nosotros. Si ignoráse- bres cuyos pies pisan el revés de nuestras huellas en la parte
mos, por ejemplo, que los monos, los micos y esfinges no son opuesta de la tierra, donde sale el sol cuando se oculta a nues-
hombres, sino bestias, estos historiadores podrían, gloriándose tros ojos, no hay razón que nos obligue a creerla. Y esto no lo
de su curiosidad, hacernos creer con impune vanidad que son avalan con testimonios históricos, sino con meras conjeturas y
naciones de hombres [ 1 9 ] . Mas, si son hombres esos seres de razonamientos aparentes, basados en que la tierra está suspen-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los que se han escrito cosas tan maravillosas, ¿quién sabe si dida en la redondez del cielo, y el mundo ocupa el mismo lu-
Dios ha querido también algunos pueblos así, con el fin de que gar, ínfimo y medio. De aquí deducen que la otra parte de la
no pensáramos que se equivocó su sabiduría, que da forma a la tierra que está debajo no puede carecer de habitantes. Y no
naturaleza humana, como el arte de un artista menos perfecto, reparan que, aun creyendo o demostrando con alguna razón
al crear esos monstruos, que para nosotros es claro que nacen que el mundo es redondo y esférico, no es lógico decir que la
de los hombres? Por consiguiente, no debe parecemos absurdo tierra no está cubierta de agua por esa parte. Además, aun en
que haya en el género humano ciertas razas monstruosas, pues el caso de que no esté cubierta, no es lógico concluir que tenga
es igual que el caso de que haya individuos monstruos en una hombres. La Escritura, que da fe de las cosas pasadas preci-
nación. Así, para concluir esta cuestión con tiento y circuns- samente porque se cumplen sus predicciones, no miente. Amén
pección, diré que, o las cosas escritas sobre algunas naciones de que parece un absurdo enorme decir que algunos hom-
son pura novela, o que, si son realidad, no son hombres, o que, bres, atravesada la inmensidad del océano, han podido navegar
si son hombres, descienden de Adán [ 2 0 ] . y arribar a esa parte con el fin exclusivo de salvar la continui-
dad unitaria del género humano en su origen [ 2 1 ] .
non possunt originem ducere; ita quaecumque gentes in diversitatibus Veninos, pues, si podemos encontrar la Ciudad de Dios, via-
corporum ab usitato naturae cursu, quetn plures et prope omnes tenent,
velut exorbitasse traduntur, si definitione illa includuntur, ut rationalia
jera en el mundo, que llegó hasta el diluvio y el arca, entre
animalia sint atque mortalia, ab eodem ipso uno primo patre omnium esos pueblos que, según la Escritura, se dividieron en setenta
stirpem trahere confitendum est: si tamen vera sunt quae de illarum na-
tionum varietate et tanta Ínter se atque nobiscum diversitate traduntur.
Nam et simias, et cercopithecos, et sphingas, si nesciremus non homines CAPUT IX
esse, sed bestias, possent illi historici de sua curiositate. gloriantes, velut
AN IKEERIOREM PARTEM TERRAE, QUAE NOSTRAE HABITATIONI CONTRARIA EST,
gentes aliquas hominum nobis impunita vanitate mentir!. Sed si homines
ANTÍPODAS HARERE CREDENDUM SIT
sunt, de quibus illa mira conscripta sunt; quid, si propterea Deus voluit
etiam nonnullas gentes ita creare, ne in his monstris, quae apud nos patet Quod vero et Antípodas esse fabulantur, id est, homines a contraria
ex hominibus nasci, eius sapientiam, qua naturam fingit humanam, velut parte terrae, ubi sol oritur, quando occidit nobis, adversa pedibus nostris
artem cuiuspiam minus perfecti opificis, putaremus errasse? Non itaque calcare vestigia nulla ratione credendum est. Ñeque hoc tilla histórica
nobis videri absurdum debet, ut quemadmodum in singulis quibusque cognitione didicisse se affirmant, sed quasi ratiocinando coniectant, eo
gentibus quaedam monstra sunt hominum, ita in universo genere humano quod intra convexa caeli térra suspensa sit, eumdemque lorum mmidtis
quaedam monstra sint gentium. Quapropter, ut istam quaestionem pede- hahcat, et infimum, et médium: et ex hoc opinantur alteram terrae par-
tentim cauteque concludam: aut illa, quae talia de quibusdam gentibus tem, quae infra est, hahitatione hominum carere non posse. Nen attendunt,
scripta sunt, omnino nulla sunt; aut si sunt, homines non sunt; aut ex etiamsi figura conglobata et rotunda mundus esse credatnr, sive aliqtia
Adam sunt, si homines sunt. ratione monstretur; non tamen esse consequens, ut etiam ex illa parte ab
¡¡qiiarum congerie nuda sit térra: deinde etiamsi nuda sií. ñeque hoc
statim necesse esse, ut homines hahcat. Quoniam millo modo Scriptma
ista mentitur, quae narratis praeteritis facit fidem, eo quod eius praedicta
complentur: nimisque absurdum est, ut dicatur aliquos homines ex hac in
illam. partem, Oceani immcnsitate traiecta, navigare ac pervenire potuisse,
ut etiam illie ex uno filo primo homine gemís institueretur humanmn.
Quapropter Ínter illos tune hominum populos, qui per septuaginta ditas
gentes ct totidem linguas colliguntur fuisse divisi. quaeramus, si possimms
invenire illam in terris peregrinantem civitatem Düi, quae usque ad dilu-
1098 LA CIUDAD DE DIOS X V I , 10, 1 X V I , 10, 2 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1099

y dos naciones y otras tantas lenguas. Porque la verdad es que Adán, hasta llegar a Noé. Así comienza la lista de las genera-
se demuestra que ha perseverado en los hijos de Noé debido a ciones: Estas son las generaciones de Sem. Sem tenía cien años
sus bendiciones, sobre todo en el mayor, que es Sem, puesto cuando engendró a Arfaxat, el segundo año después del diluvio.
qué la bendición de Jafet llevaba consigo el habitar en las tie- Vivió Sem después de engendrar a Arfaxat quinientos años, y
rras de su hermano. engendró hijos e hijas. El mismo estilo emplea en los otros, con
el cuidado de indicar los años en que cada cual ha engendrado
al hijo que va a enrolar en la lista genealógica, que se estira
CAPITULO X hasta Abrahán, y los años que vivió después, intimando además
que engendró hijos e hijas. El fin de esta última recomendación
es darnos una idea del posible origen del crecimiento d'i los
SEM Y SU DESCENDENCIA, FLECHADA HACIA ABRAHÁN
pueblos, para que no nos entren dudas, atentos puerilmente a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los pocos nombres mencionados, sobre cómo pudo el linaje de
1. Debe, pues, iniciarse la serie de generaciones desde Sem
Sem poblar tantas regiones y fundar tantos reinos. La mira está
para que enarbole la Ciudad de Dios después del diluvio, al
puesta sobre todo en el reino de los asirios, donde Niño, el do-
igual que la serie de las generaciones de Set la ponía a nues-
mador de los pueblos orientales, tuvo un reinado inmensamente
tra vista antes de él. Por esta razón, la divina Escritura, des-
venturoso, y dejó a su posteridad un imperio muy extenso y
pués de haber presentado la ciudad terrena en Babilonia, es
fundamentado, que se mantuvo durante mucho tiempo.
decir, en la confusión, retorna, como recapitulando, al patriar-
ca Sem, y desde él emprende la marcha de las generaciones 2. Para no alargarnos más de lo debido, anotamos como
hasta Abrahán, haciendo notar en qué año de su vida engendró digno de consideración en esta lista no cuántos años vivió cada
al hijo que continúa la serie y cuántos años vivió. Aquí debo uno según esta genealogía, sino solamente en qué año ha en-
recordar mi promesa y dejar en claro por qué dijo que el nom- gendrado cada cual el hijo que sigue en ella, con el fin de
bre de uno de los hijos de Iléber fué Fálec, porque en sus días deducir el número de años transcurridos desde terminado el di-
se hizo la división de la tierra. ¿Qué debe entenderse por esta luvio hasta Abrahán. Y, en gracia a los puntos en que la nece-
división sino la diversidad de lenguas? Dejando a un lado los sidad nos obliga a demorarnos, vamos a tocar otros brevemente
hijos de Sem, que no hacen al caso en la lista de las generacio- y de puso. Dos años después del diluvio, Sem, a la edad de
nes, pone solamente a aquellos a través de los cuales puede cien años, engendró a Arfaxat: Arfaxat engendró a Cainán a
llegarse hasta Abrahán. El mismo proceso había seguido antes
del diluvio en las generaciones descendientes de Set, hijo de quos possit ad Abraham perveniri: sicut ilii connectebantur ante diluvium,
per quos perveniretur ad Noe, generationibns quae propagatae sunt ex
vium arcamque perducta est, atque in filiis Noe per eorum benedictiones illo Adarrí filio, qui appellatus est Seth. Sic ergo incipit generationum ista
perseverasse monstratur. máxime in máximo, qui est appellatus Sem: quan- contextio: Et hae generationes Sem. Sem fil.ius centum annorum. cuín
doquidem lapheth ita benedictus est, ut in eiusdem fratris sui domibus genuit Arphaxat, secundo anno post diluvium.. Et vixit Sem, postquam
habitaret. genuit Arphaxat., quinientos annos, et genuit ¡'dios et filias, et mortuiis
est". Sic. exsequitur caeteros, dicens quoto quisque anno vitae suae fi-
CAPÜT X lium genuerit, ad istum generationum ordinem pertinentem, qui pei'tendit
ad Abraham; et quot annos postmodum vixerit, iutimans eum filios filias-
DE CENERATIONE SEM, I¡\ CUHIS PROGENIE TENDENS AD ABRAHAM que genuisse: ut intelligamus unde potuerint populi accrescerc, ne in pau-
CIVITATIS Ü E I ORDO UIRICTTUR cis qui commemorantur hominibus oceupati pueriliter liaesilcnius, unde
tanta spatia terrarum atque regnonim repleri potuerint de genere Sem:
1. Tenenda est igitur series generationum ab ipso Sem, ut ipsa osten- máxime propter Assyriorum regnum, vmde Ninus Ule Orientalium domitor
dat post diluvium civitatem Dei; sicut eam series generationum ab illo usquequaque populorum ingenti prosperitatc regnavit, et latissimum ac
qui est appellatus Seth, ostendebat ante diluvium. Propter hoc ergo Scrip- ínndatissimum regnum, quod dintumo tempore diiceretur, suis posteris
tura divina cum terrenam civitatem in Babylone, hoc est in confusione, propaga vi t.
monstrasset, ad patriarcham Sem iccapitulando revertitur, et orditur inde
generationes usque ad Abraham, commnmorafo etiaai numero annorum 2. Sed nos, ne diutius quam opus est immorevmir, non quot anuos
quanto quisque ad hanc seriem pertinentem filium genuisset, quantoque quisque in ista generationum serie vixerit, sed quoto anno vitae suae ge-
vixisset Ubi certe agnoscendum est quod ante promiseram, ut appareat nuerit filium, hoc ordine memorándum tantnmmodo ponimus, ut et nu-
quare sit dictum de filiis Heber, Nornen anius Phalech, quia in diebus merum annorum a transado diluvio usque ad Abraham colligamus, et
eius divisa est térra2''. Quid enim aliud intelligendum est, terram esse propter illa, in quibus nos cogit necessitas immorari, breviter alia cursim-
divisam, nisi diversitate linguarum? Omissis igitur caeteris filiis Sem ad que tangamus. Secundo igitur anno post diluvium Sem, cum esset centum
hanc rem non pertinentibus, lili connectuntur in ordine generationum per annorum, genuit Arphaxat: Arphaxat autem, cum esset centum triginia

2B ™ Ibü?., 11,10.11
Gen. io,2,s
1100 LA CIUDAD DE DIOS ' X V I , 10, 3 XVI, l l , 1 DE NOÉ A LOS PRÓFÜTAS H01

los ciento t r e i n t a y cinco a ñ o s , q u i e n a su vez e n g e n d r ó a S a l a c a z a d o r c o n t r a D i o s , n o es fácil d e c i r l o . Q u i z á — y es, sin d u d a ,


c u a n d o t e n í a ciento t r e i n t a a ñ o s . S a l a c o n t a b a o t r o s t a n t o s lo m á s c r e í b l e — a u n a n t e s d e l a f u n d a c i ó n d e B a b i l o n i a exis-
cuantío e n g e n d r ó a H é b e r . E s t e c o n t a b a ciento t r e i n t a y cua- tieron despreciadores de Dios en los hijos de aquellos dos, y
t r o a ñ o s c u a n d o e n g e n d r ó a F á l e c . E n t i e m p o d e éste se h i z o adoradores de Dios en los de Cam. Con todo, es obligado creer
l a división de l a t i e r r a . F á l e c vivió ciento t r e i n t a a ñ o s , y en- q u e n u n c a f a l t a r o n en e l m u n d o h o m b r e s d e u n o y o t r o g é n e r o .
g e n d r ó a R a g á n , y R a g á n a l a e d a d d e ciento t r e i n t a y d o s E s t o p a r e c e n m a n i f e s t a r estas p a l a b r a s : Todos se han extravia-
e n g e n d r ó a S é r u c . S é r u c a l o s ciento t r e i n t a e n g e n d r ó a N a c o r , do; todos a una se han hecho inútiles; no hay quien obre el
y N a c o r a l o s setenta y n u e v e e n g e n d r ó a T a r é . Y T a r é a l o s bien, no hay siquiera uno, y o t r o s a l m o , d e l q u e s o n l a s si-
setenta a ñ o s e n g e n d r ó a A b r á n , a q u i e n D i o s c a m b i ó m á s t a r d e g u i e n t e s : ¿No caerán en la cuenta de una vez todos aquellos
el n o m b r e y le l l a m ó A b r a h á n . A s í , p u e s , d e s d e el d i l u v i o h a s t a que cometen la iniquidad y que devoran a mi pueblo como uri
A b r a h á n son u n o s m i l setenta y d o s a ñ o s s e g ú n l a e d i c i ó n V u l - pedazo de pan? L u e g o y a existía e n t o n c e s el p u e b l o d e D i o s .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


g a t a , es decir, de l o s S e t e n t a [ 2 2 ] . E n los códices h e b r e o s , a l D e d o n d e se sigue q u e esta c l á u s u l a : No hay quien obre el bien,
p a r e c e r , se d a n m u c h o s a ñ o s m e n o s , y, o n o l o s p r u e b a n , o c o n no hay siquiera uno, se refiere a l o s h i j o s d e l o s h o m b r e s , n o a
m u c h a dificultad. los h i j o s de D i o s . P o r q u e p r i m e r o d i j o : Dios echó desde el cie-
3 . C u a n d o b u s c a m o s , p u e s , la C i u d a d de D i o s en a q u e l l a s lo una mirada sobre los hijos de los hombres para ver si había
setenta y d o s n a c i o n e s , n o p o d e m o s afirmar q u e , e n a q u e l tiem- uno que tuviese juicio, o q u e b u s c a s e a D i o s , y l u e g o a ñ a d i ó
po en que hablaban una misma lengua, ya había abandonado las p a l a b r a s q u e p r u e b a n que son reprobos todos los hijos de
el g é n e r o h u m a n o el c u l t o d e l v e r d a d e r o D i o s . D e t a l s u e r t e l o s h o m b r e s , es d e c i r , l o s q u e p e r t e n e c e n a l a c i u d a d q u e vive
sería esto a s í , q u e l a v e r d a d e r a p i e d a d n o se h a b í a c o n s e r v a d o s e g ú n los h o m b r e s , n o según Dios.
m á s q u e e n l a s g e n e r a c i o n e s q u e d e s c i e n d e n de S e m p o r Arfa-
x a t y tienden a A b r a h á n . D e b e m o s afirmar, sí, q u e l a c i u d a d o
C A P I T U L O XI
s o c i e d a d d e l o s i m p í o s a p a r e c i ó a p a r t i r de l a s o b e r b i a cons-
t r u c c i ó n de a q u e l l a t o r r e h a s t a el cielo, q u e es i m a g e n d e l a
LA LENGUA P R I M I T I V A F U É LA LLAMADA MÁS TARDE
e l a c i ó n i m p í a . Si n o existió a n t e s , o si e s t a b a o c u l t a , o m e j o r
HEBREA, DE H É B E R
si a m b a s s u b s i s t i e r o n , a s a b e r , l a p i a d o s a , en l o s h i j o s d e N o é
b e n d e c i d o s y en s u s d e s c e n d i e n t e s , y l a i m p í a , en el q u e fué !. Así c o m o la existencia d e u n a ú n i c a l e n g u a c o m ú n n o
m a l d e c i d o y e n su d e s c e n d e n c i a , d e l a q u e n a c i ó el g i g a n t e o b s t ó a la existencia d e h i j o s m a l v a d o s , y a q u e a n t e s d e l d i l u v i o

quinqué annorum, genuit Cainan; qui cum esset centum triginta, genuit contra Dflminum, non est diiudicatio facilis. Portaseis enim, quod pro-
Sala. Porro etiam ipse Sala totidem annorum erat, quando genuit Heber. fecto est credibilius, et in filiis duorum illorum iam tune antequam Ba-
Centum vero et triginta et quatuor agebat annos Heber, cum genuit Pha- bylonia coepisset instituí, fuerunt contemptores Dei, et in filiis Cham
lech, in cuius diebus divisa est térra. Ipse autem Phalech vixit centum cultores Dei: utrumque tamen hominum genus terris nunquam defuisse
triginta, et genuit Ragau: et Ragau centum triginta dúos, et genuit Se- credendum est. Siquidem et quando dictum est, Omnes declinaverunt,
ruch: et Seruch centum triginta, et genuit Nachor: et Nachor septuaginta simal inútiles jacú sunt; non est qui faciat bonum, non est usque ad
novem, et genuit Thara: Thara autem septuaginta, et genuit Abram 2 *: unum; in utroque Psalmo, ubi haec verba sunt, et hoc legitur, Nonne
quem postea Deus mutato vocabulo nominavit Abraham '". Fiunt itaque cognoscent omnes, qui operantur iniquitatem, qui devorant populum meam
anni a diluvio usque ad Abraham mille septuaginta et dúo, secundum in cibo pañis? Erat ergo etiam tune populus Dei. Unde illud quod dictum
Vulgatam editionem, hoc est interpretum Septuaginta. In hebraeis autem est, Non est qui faciat bonum, non est usque ad unum; de filiis hominum
codicibus longe pauciores annos perhibent inveniri: de quibus rationem dictum est, non de filiis Dei. Nam praemissum est, Deus de cáelo pro-
aut nullam, aut difíicillimam reddunt. spexit super filios hominum, ut videret si est intelligens, aut requirens
Deumsl: ac deinde illa subiuncta, quae omnes filios hominum, id est,
3. Cum ergo quaerimus in ilüs septuaginta duabus gentibus civitatem ad civitatem pertinentes quae vivit secundum hominem, non secundum
Dei, non possumus affirmare illo tempore, quo erat illis labium nnura 80, l)i;u:;i, reprobos esse demonstrant.
id est loquela una, tune iam genus humanum alienatum fuisse a cultu
veri Dei, ita ut in solis istis generationibus pietas vera remaneret, quae
CAPUT XI
descendunt de semine Sem per Arphaxat, et tendunt ad Abraham: sed ab
illa superbia aedificandae turris usque in caelum, qua impia significatur QUOD EA PKIMITUS LINGUA IN USO HOMINUM FUERIT, QUAE POSTEA HEBRAEA
elatio, apparuit civitas, hoc est societas, impiorum. Utrum itaque ante non AB HEBER NOMINE NUNCUPATA EST, ET IN CUIUS FAMILIA REMANSIT, COM
fnerit, an latuerit, an potius utraque permanserit, pia scilicet in duobus DIVERSITAS ESSET FACTA LINGDARUM
filüs Noe, qui benedicti sunt, eorumque posteris; impia vero in eo tjui
maledictus est, atque eius progenie, ubi etiam exortus est gigas venator 1. Quamobrem sicut'lingua una cum éssét órñnium, non ideó iílii
¡pe'stilentiae defuerunt; ñam et ante diluvium una erat lingua, ét' taniéú
2
" G e n . 10-26. » I b i d . , 17,5. »» I b i d . , 11,1. " P s . 13,3.4.2 ; P s . 52,4.5.3.
1102 LA CIUDAD DE D I O S XVI, 11, 2 XVI, 11, 2 DE NOÉ A LOS PKOEETAS 1103

e r a ú n i c a la l e n g u a , y, sin e m b a r g o , m e r e c i e r o n ser b o r r a d o s del la división de la tierra. S i de h e c h o H é b e r ya n o vivía c u a n d o


m a p a t o d o s , a e x c e p c i ó n de u n a f a m i l i a , la d e l j u s t o N o é , así, se m u l t i p l i c a r o n l a s l e n g u a s , n o d a r í a su n o m b r e a la l e n g u a
c u a n d o l a s n a c i o n e s s o b e r b i a s e i m p í a s f u e r o n j u s t a m e n t e cas- q u e se conservó c a b e él [ 2 5 ] . L o q u e n o s lleva a creer q u e
t i g a d a s y d i v i d i d a s con la d i v e r s i d a d de l e n g u a s , y la c i u d a d ésta fué la l e n g u a p r i m i t i v a c o m ú n a t o d o s es q u e la m u l t i p l i -
de los i m p í o s r e c i b i ó el n o m b r e de Confusión, es decir, se l l a m ó cación y a l t e r a c i ó n de l a s l e n g u a s es efecto de u n a p e n a , y el
B a b i l o n i a , n o faltó u n a f a m i l i a , la de H é b e r , en la q u e se con- p u e b l o de D i o s , e v i d e n t e m e n t e , d e b i ó q u e d a r al m a r g e n d e
s e r v a r a la l e n g u a q u e a n t e s fué c o m ú n a t o d o s . D e a q u í q u e , esta p e n a .
c o m o a r r i b a h e r e c o r d a d o , en la e n u m e r a c i ó n de los h i j o s de Y así n o es b i c o c a q u e sea ésta la l e n g u a u s a d a p o r A b r a -
S e m , c a d a u n o de l o s c u a l e s dio o r i g e n a n a c i o n e s c o n c r e t a s , h á n , q u e él n o p u d o t r a n s m i t i r a t o d o s sus h i j o s , s i n o s o l a m e n -
se m e n c i o n e en p r i m e r l u g a r a H é b e r , s i e n d o su t a t a r a n i e t o , te a los q u e , n a c i d o s de J a c o b , y f o r m a n d o de m o d o m á s n o t o -
es decir, el q u i n t o de sus d e s c e n d i e n t e s . Y c o m o esta len- r i o y e v i d e n t e el r e i n o de D i o s , m e r e c i e r o n g u a r d a r los testa-
g u a | 2 3 j , q u e n o sin f u n d a m e n t o se cree q u e fué la p r i m i t i v a m e n t o s de D i o s y la l í n e a de C r i s t o . H é b e r m i s m o n o v o l v i ó a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


c o m ú n al g é n e r o h u m a n o , se c o n s e r v ó en su f a m i l i a , al divi- d e j a r la l e n g u a en t o d o s los d e s c e n d i e n t e s , s i n o s ó l o en a q u e l l o s
d i r s e l a s n a c i o n e s p o r sus l e n g u a s , p o r eso se l l a m ó luego h e - c u y a s g e n e r a c i o n e s l l e v a n a A b r a h á n . P o r este m o t i v o , a u n q u e
b r e a [ 2 4 ] . L a r a z ó n es q u e e n t o n c e s e r a p r e c i s o d i s t i n g u i r l a n o se e x p u s o con c l a r i d a d q u e , c u a n d o l o s i m p í o s edificaban
con su n o m b r e p r o p i o de las o t r a s l e n g u a s , ya q u e éstas t e n í a n B a b i l o n i a , h a b í a en la t i e r r a h o m b r e s p i a d o s o s , esta o b s c u r i d a d
t a m b i é n su n o m b r e p r o p i o , m i e n t r a s q u e , c u a n d o e r a ú n i c a , se n o fué p a r a d e f r a u d a r la a t e n c i ó n del h i s t o r i a d o r , s i n o m á s b i e n
l l a m a b a s i m p l e m e n t e l e n g u a o l e n g u a j e h u m a n o , p u e s e r a el p a r a e j e r c i t a r l a . H a y dos h e c h o s : u n o , q u e la l e n g u a p r i m i t i v a
u s a d o p o r t o d o s los h o m b r e s . fué ú n i c a y q u e H é b e r es a n t e p u e s t o en la n a r r a c i ó n a t o d o s los
2. T a l vez d i g a a l g u n o : Si la división de la t i e r r a , es de- h i j o s de S e m , a u n q u e es su q u i n t o d e s c e n d i e n t e ; y o t r o , q u e
cir, de los h o m b r e s existentes en la t i e r r a , t u v o l u g a r en t i e m p o esa l e n g u a se l l a m a h e b r e a y q u e h a sido e m p l e a d a p o r l o s pa-
d e F á l e c , h i j o de H é b e r , la l e n g u a p r i m i g e n i a , q u e fué c o m ú n t r i a r c a s y p o r l o s p r o f e t a s , n o s o l a m e n t e en su h a b l a r , s i n o
a t o d o s , d e b i ó l o m a r el n o m b r e de F á l e c . P e r o es de n o t a r q u e t a m b i é n e n las s a g r a d a s L e t r a s . P o r eso, a h o r a , c u a n d o , a l di-
H é b e r m i s m o p u s o el n o m b r e a su h i j o , en c o n c r e t o el de Fa- v i d i r s e las l e n g u a s , se n o s p r e g u n t a d ó n d e h a p o d i d o s u b s i s t i r
lce, q u e significa D i v i s i ó n , p o r q u e n a c i ó j u s t a m e n t e c u a n d o se la lengua q u e a n t e s fué c o m ú n a todos, p u e s t o q u e n o h a y
efectuó la división de la t i e r r a p o r las l e n g u a s , o sea, al m i s m o d u d a q u e e n t r e los q u e s u b s i s t i ó n o existió la p e n a consistente
l i e m p o . Y a esto a l u d e n estas_ p a l a b r a s : En sus días se hizo en el c a m b i o de l e n g u a s , ¿ q u é o t r a cosa v i e n e a l a s m i e n t e s
s i n o q u e se c o n s e r v ó en la n a c i ó n de éste, de c u y o n o m b r e t o m ó
omnes prUetcr imam ¡Noe iusti doinuin deleri diluvio meruerunt: ita n o m b r e ? Y u n a p r u e b a n o p e q u e ñ a de la perfección de esta
quando mérito clatioris impietatis gentes linguarum diversitate punitae
atque divisae snnt, et eivitas impiomm eonfusionis nomen accepit, hoc acciperet lingua, quae apüd illum potuit permanere. Et ideo credenda
est, appellata est Uabylon, non definí domas Heber, ubi ea quae antea fuit est ipsa fuisse prima illa communis: quoniam de poena venit illa mul-
omnium lingua remaneret. Linde, siout supra memoravi, cum coepissent tiplicatio mutatioque linguarum; et utique praeter hanc poenam esse
enumeran iilii Sem, qui singuli gentes singulas procrearunt, primas est debuit populus Dei. Nec frustra lingua haec est, quam tenuit Abraham,
commemoratns Heber, cum sit abnepos ipsius, hoc est, ab illo quintus nec in omnes filios suos transmittere potuit, sed in eos tantum qui propa-
inveniatur exortus. Quia crgo in eius familia remansit liaec lingua, divisis gad per Iacob, et insignius atque eminentius in Dei populum coalescentes,
per alias linguas caeteris gentibus, quae lingua prius humano generi non Dei Testamenta et stirpem Christi habere potuerunt. Nec Heber ipse
immerito creditur fuisse oonimunis, ideo deinceps Hebraea est nuncupata. eamdem linguam in universam progeniem suam refudit; sed in eam tan-
Tune enim opus erat eam distinguí ab alus linguis nomine proprio, sic- tum, cuius generationes perducuntur ad Abraham. Quapropter, etiamsi
ut aliae quoque vocatae snnt nominibus propriis. Quando autem erat una. non evidenter expressum est fuisse aliquod pium genus hominum, quando
nihil alind quam humana lingua, vel humana locutio vocabatur, qua sola ab impiis Babylonia condebatur; non ad hoc valuit haec obscuritas, ut
universum gemís luí man um loquebatur. quaerentis fraudaretur, sed potius ut exerceretur intentio. Cum enim le-
2. Dixerit aliquis: Si in diebus Plialecli íilii Heber divisa est térra gitur unam fuisse linguam primitus omnium, et ante omnes filios Sem
per linguas, id est, homines qui tune erant in térra; ex eius nomine po- commendatur Heber, quamvis ab illo quintus oriatur; et Hebraea vocatur
tius debuit appellari lingua illa, quae fuit ómnibus ante communis. Sed lingua, quam Patriarcharum et Prophetarum, non solum in sermonibus
intelligendum est ipsum Heber proplerea tale nomen imposuisse filio suo. suis, verum etiam in Litteris sacris custodivit auctoritas: profecto cum
ut vocaretur Phalech, quod interpretatur Divisio, quia tune ei natus est, quaeritur in divisione linguarum, ubi lingua illa remanere potuerit, quae
quando per linguas térra divisa est, id est ipso tempere, ut hoc sit quod fuit ante communis; quae, sine ulla dubitatione, ubi remansit, non ibi
dictum est: In diehiis eius divisa est térra"'1. Nam nisi adhuc Heber vi- fuit illa poena, quae facta est mutatione linguarum; quid aliud oceurrit,
verét, quando linguarum facta est multitudo, non ex eius nomine nomen nisi quod in huius gente remanserit, a cuius nomine nomen accepit; et
hoc iustitiae gentis huius non parvum apparuisse vestigium, quod, cura
G e n . io,2$.
1104 : LA CIUDAD »!• DIOS XVI, 11, 3 XVI, 11, 3 DE NOE A EOS PROFETAS 1105

nación fué que, siendo otras naciones castigadas con la muta- al nombre de naciones. De donde se sigue que no debe creerse
ción de las lenguas, a ésta no alcanzó tal castigo. ni por asomo que han sido engendrados en el orden en que los
3. Pero se presenta otro punto ahora: ¿Cómo han podido vemos mencionados. De otra suerte, ¿cómo fué posible que los
Héber y su hijo Fálec formar sendas naciones, si en ambos doce hijos de Jectán, hijo también de Héber y hermano de
hallamos la misma lengua? Es cierto que el pueblo hebreo Fálec, formaran ya naciones, si Jectán nació después de Fálec,
desciende de Héber hasta Abrahán, y por éste después hasta su hermano, pues fué mencionado después, supuesto que al na-
agrandarse el pueblo de Israel. ¿Cómo, pues, todos los hom- cer Fálec se realizó la división de la tierra? Por consiguiente,
bres mencionados como hijos de los tres hijos de Noé formaron se debe notar que fué nombrado el primero, pero que nació
cada uno una nación, si Héber y Fálec no las formaron? En mucho después que su hermano Jectán, y que los doce hijos de
realidad, lo más probable es que el gigante Nebrot fundó tam- éste tendrían ya familias tan numerosas, que podían ser dividi-
bién su nación. Y se hizo mención aparte de él por su vasto das cada una en su lengua propia. Así fué mencionado el pri-
imperio y por su estatura extraordinaria, de suerte que el nú- mero el que era posterior en edad, al igual que en los hijos de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mero de setenta y dos naciones subsiste. Fálec, en cambio, fué Noé comenzó por los hijos de Jafet, siendo éste el menor de
mencionado no precisamente porque fundara una nación (pues ellos, y siguió por los hijos de Cam, que era el segundo, y en
la suya era la nación hebrea y la misma lengua), sino por ese último término cita los hijos de Sem, que era el primero. Los
acontecimiento memorable que sucedió en su tiempo, la divi- nombres de aquellas naciones, en parte se han conservado, de
sión de la tierra. Y no debe tampoco sorprendernos cómo es suerte que aún hoy aparece de dónde derivan, como de Asur
posible que el gigante Nebrot viviera hasta la fundación de Ba- los asirios, y de Héber los hebreos; y en parte han sido cam-
bilonia, y la confusión de lenguas, y la división de las nacio- biados por arcaicidad, de forma que los eruditos e investigado-
nes, porque de que Héber sea el sexto desde Noé, y él el cuarto, res de la historia antigua apenas han podido descubrir los orí-
no se sigue que no hayan podido convivir hasta esa época. Su- genes, y no de todas, sino de algunas de estas naciones. Di-
cedió que donde son menos las generaciones, vivían más, y me- cen que, los egipcios proceden de Mesraín, hijo de Cam, pero
nos donde son más, o que, donde son menos, engendraban más el nombre aquí no suena a nada. Lo mismo sucede en los etío-
tarde, y más pronto donde son más. Además hay que entender pes, que se dicen descendientes de otro hijo de Cam, llamado
que, cuando se llevó a cabo la división de la tierra, no sólo Cus. Considerándolos Iodos, se encuentran más nombres cam-
habían nacido ya los demás hijos de los hijos de Noé que, se- biados que permanentes.
gún la Escritura, son padres de naciones, sino que su avanzada
edad les permitía tener también numerosas familias acreedoras lias baberent, quae dignae fuissent nominibus gentium. t'nde nequáquam
putandun\ quod eo fuerint ordine geniti, quo eommemorati leguntur.
Alioquin duodeeim filii lectan, qui erat filius alius Heber, frater Phalech,
atiae gentes plecterentur mtitationo Iingiiarum, ad istam non pervenit tale quomodo potuerunt iam gentes faceré, si post Phalech fratrem suum
supplicium? lectan na tus est, sicut post eum eommemoratus est: quandoquidem tem-
3. Sed adhue illud niovel: quomodo potneriint singulas gentes faceré pore quo natus est Phalech, divisa est tetra. Proinde intelligendum est,
Heber et filius eius Phalech. si una lingua permansit ambobus? Et certe priorem quidem nominatum, sed longe post fratrem suum lectan fuisse
una est Hebraea gens ex Heber propagata usque ad Abraham, et per eom natum, cuius lectan duodeeim filii tam grandes iam familias haberent,
deinceps, doñee magmis fieret populus Israel. Quomodo igitur omnes ut in linguas proprias dividí possent. Sic enim potuit prior eommemorati,
filii qui eommemorati sunt trium filiorum. Noe, fecernnt singulas gentes, qui erat aetate posterior; quemadmodum prius eommemorati sunt ex
si Heber et Phalech singulas non feoerunt? Nimirum illud est probabilius, tribus filiis Noe procreati filii lapheth, qui erat minimus eorum; deinde
quod gigas ille Nebroth fecerit etiam ipse gentem suam, sed propter ex- filii Cham, qui erat medius; postremo filii Sem, qui erat primus et ma-
éeilentiam dominationis et corpori* seorsum eminentius nominatus est, ut ximus. Tllarnm autem gentium vocahula partim manserunt, ita ut hodie-
manear- tiumcrus septuaginta íluarum gentium atque línguarum. Phalech que appareat unde fuerint derivata; sicut ex Assur Assyrii. et ex Heber
autem propterea eommemoratus est, non quod gentem fecerit (nam eadem hebraei: partim temporis vetustate mulata sunt, ita ut vix nomines doctis-
ipsacst'i'ius gens Hebraea, eademque lingua); sed propter tempus in- simi antiquissimas historias perscrutantes, nec omnium, sed aliquarum ex
signe, quod in diebus eius térra divisa est. Nec moveré nos debet, quomo- istis origines gentium potuerint reperire. Nam quod ex filio Cham, qui
do potuerit gigas Nebroth ad illud aeiatis oceurrere, quo Babylon condita voeabatur Mesraim, Aegyptii perhibentur exorti, nrdla hic resonat origo
"est, et confusio facta linguarum, atque ex hac divisio gentium. Non enim vocabuli: sicut ne.c Aethiopum, qui dictmtur ad eum filhim Cham perti-
quia Héber sextus est a Noe, ille autem quartus, ideo non potuerunt ad id nere, qui Chus appellatus est. Et si omnia considerentur, plora mutata,
terñpus óónveñire vivendo. Hoe enim contigit, Cum plus viverent, ubi pau- quarn manentia nomina apparent.
eiorfís sunt generationes, minus ubi plures; aut serius nati essent ubi
pauciórés, maturius ubi plures. Sane' intelligendum est, quan<lo térra di-
visa est, non soluiri iam natos caeteros filios filiorum Noe, qui commemo-
faiitur parres gentium; sed etiam eius aetatis fuisse, ut numerosas fami-
1106 LA CIUDAD DE DIOS X V I , V¿
X V I , 18 DI; NOÉ A LOS PROKSTAS 1107

n ú m e r o de a ñ o s y e x p u e s t a l a c a u s a d e l d i l u v i o , antes d e q u e
C A P Í T U L O XII D i o s h a b l a r a a ]Noé s o b r e l a f a b r i c a c i ó n del a r c a , se d i c e : Es-
tas son las generaciones de Noé; de t a l f o r m a q u e a q u í , mencio-
U N A P A U S A E N A B R A H Á N . U N N U E V O O R D E N E N LA C I U D A D SANTA n a d a s las g e n e r a c i o n e s desde S e m , h i j o de N o é , h a s t a A b r a h á n ,
h a c e u n p a r é n t e s i s s e m e j a n t e , y d i c e : Estas son las generacio-
A h o r a v e a m o s y a el d e s a r r o l l o d e l a C i u d a d d e D i o s a p a r - nes de Taré. Taré engendró a Abram, y a Nacor, y a Aran.
t i r d e l p a r é n t e s i s h e c h o en el p a t r i a r c a A b r a h á n . A q u í el co- Y Aran engendró a Lot. Y murió Aran antes que su padre,
n o c i m i e n t o d e esa C i u d a d se h a c e luz y l a s p r o m e s a s d i v i n a s Taré, en la tierra en que nació, en la región de los caldeos.
q u e v e m o s c u m p l i r s e en Cristo tienen t i n t a s m á s c l a r a s . C o m o Abram y Nacor se casaron. La mujer de Abram se llamaba
s a b e m o s p o r i n d i c a c i ó n de la s a n t a E s c r i t u r a , A b r a h á n n a c i ó Sara, y la de Nacor, Melca, hija de Aran. Este A r a n , p a d r e d e
en la r e g i ó n d e los c a l d e o s , t i e r r a q u e p e r t e n e c í a a l i m p e r i o M e l c a , fué t a m b i é n p a d r e de Jescá, y ésta, al p a r e c e r , se iden-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de los a s i r i o s . E n t r e los c a l d e o s de e n t o n c e s p r i v a b a n y a l a s tifica con S a r a , esposa de A b r a h á n [ 2 6 ] .
s u p e r s t i c i o n e s i m p í a s , c o m o en l a s d e m á s n a c i o n e s . E x i s t í a
u n a f a m i l i a , l a de T a r é , d e la q u e n a c i ó A b r a h á n , e n la c u a l se
h a b í a c o n s e r v a d o el c u l t o a l ú n i c o D i o s v e r d a d e r o , y, en cuan- C A P I T U L O XIII
to e s c r e í b l e , e r a l a ú n i c a e n q u e se c o n s e r v a b a l a l e n g u a h e -
b r e a . Y esto a p e s a r d e q u e t a m b i é n ella, c o m o e n o t r o t i e m p o M O T I V O DEL SILENCIO DE NACOR D U R A N T E LA T R A N S M I G R A C I Ó N
el p u e b l o d e D i o s e n E g i p t o , sirvió e n M e s o p o t a m i a a dioses
a j e n o s , s e g ú n la n a r r a c i ó n d e J e s ú s N a v e , d e r i v a n d o p o c o a L u e g o se c u e n t a c ó m o T a r é c o n los s u y o s dejó el p a í s de
p o c o l a s d e m á s f a m i l i a s d e s c e n d i e n t e s de H é b e r a o t r a s l e n g u a s los c a l d e o s , se fué a M e s o p o t a m i a y h a b i t ó en H a r í a n . Y , sin
y a o t r a s n a c i o n e s . A s í c o m o en el d i l u v i o d e a g u a s ó l o sobre- e m b a r g o , de u n o de sus h i j o s , d e N a c o r , n o se dice n a d a , c o m o
vivió u n a f a m i l i a , la d e j \ o é , p a r a r e p a r a r el g é n e r o h u m a n o , si n o le a c o m p a ñ a r a . L a n a r r a c i ó n dice a s í : Taré tomó consigo
así en el d i l u v i o de l a s s u p e r s t i c i o n e s q u e i n u n d ó el u n i v e r s o a su hijo Abram, y a Lot, hijo de Aran, y a Sara, su nuera,
sólo se salvó u n a f a m i l i a , l a d e T a r é , y e n e l l a se c u s t o d i ó l a esposa de su hijo Abram, y los sacó de la región de los caldeos
p l a n t a c i ó n d e la C i u d a d d e D i o s . F i n a l m e n t e , d e i g u a l m o d o para pasar a la tierra, de Caimán. Y llegó a Harriín y se esta-
q u e a l l í , u n a vez e n u m e r a d a s l a s g e n e r a c i o n e s h a s t a N o é y el
•supra generationibus usque ad Noe simul cum annorurii mimeris, et expó-
sita diluvii causa, priusquam Deus iuciperet de arca fabrieanda loqui ad
CAPUT XII Noe, dicitur, Hae autem generationes Noesr': ita et hic, enumeratis gene-
rationibus ab illo, qui est appellatus Sem, filio Noe, usque ad Abraham,
DE ARTICULÓ TEMFORIS IN ABRAHAM, A QUO SANCTAE SUCCESSIONIS deinde insignis articulus similiter ponitur, ut dicatur, Hae sunt gene-
NOVUS ORDO CONTEXITUR radones Tharae. Thara genuit Abram et Nachor et. Aran: et Aran genu.it
Lot. Et mortuus est Aran coram Thara paire sao in térra in qua natas
Nunc iam Videamus procursum civitatis Dei, etiam ab illo articulo est, in regione Chaldaeorum. Et sumpsenint Abram et Nachor sibi uxo-
temporis, qui factus est in Patre Abraham, unde incipit esse notitia eius res: nomen mulieris Abram Sara, et nomen mulieris Nachor Melcha, filia
evidentior, et ubi clariora leguntur promissa divina, quae nunc in Chris- Aran 36. Iste Aran pater Melchae fuit et pater Iescae, quae lesea creditur
to videmus impleri. Sicut ergo Scriptura sancta indicante didicimus, in ipsa esse etiam Sara uxor Abrahae.
regione Chaldaeorum natus est Abraliam " : quae térra ad regnum per-
tinebat Assyriorum. Apud Chaldaeos autem iam etiam tune superstitiones CAPUT XÍIT
impiae praevalebant, quemadmodum per caeteras gentes. Una igitur Tha-
rae domus erat, de qua natus est Abraham, in qua unius veri Dei cultus, Q ü A E KATIO FKCISSE V1DEATUR, UT IN TRANSMIGRATIONE THARAE, QUA C H A L -
et quantum credibile est, in qua iam sola etiam Hebraea lingua reman- DAEOS DESERENS IN MESOPOTAMIAM TRANSIIT, NUI.LA FILII EIUS N A C H O R
serat; quamvis et ipsa, sicut iam manifestior Dei populus in Aegypto, FACTA S1T MENTIO
ita in Mesopotamia servisse diis alienis, Iesu Nave narrante referatur 3 4 ; Deinde narratur quemadmodum Thara cum HUÍS regionem reliquerit
caeteris ex progenie illius Heber in linguas paulatim alias et in nationes Chaldaeorum, et venerit in Mesopotamiam, et habitaverit in Charra: ta-
alias defluentibus. Proinde sicut per aquarum diluvium una domus Noe cetur autem de uno eius filio, qui vocabattir Nachor, tanquam eum non
remanserat ad reparandum genus humanum, sic in diluvio multarum duxerit secum. Nam ita narratur: Et, sumpsil Thara Abram- filium suum,
superstitionum per universum mundum una remanserat domus Tharae, in et Lot filium Aran, filium. filii sui, et Saram. nurum mam, uxorem Abram
qua custodita est plantatio civitatis Dei. Denique sicut illie enumeratis filii sui, et eduxit illos de regione Chaldaeorum iré in terram Chanaan:
M
Gen. rr,23. sí
O c n . (>,')•
34
, I O S . 2,},2.
llOS U CIUDAD DE DIOS XVI, 13 X W , 14 DE NOE A LOS PROFETAS 1109
bledo allí. C o m o se ve, a N a c o r y a su esposa, Melca, n o se gloriosos entre los caldeos, sino que, apartándose de la religión
les n o m b r a . P e r o r e s u l t a q u e d e s p u é s , c u a n d o A b r a h á n e n v í a a de sus padres, adoraron al Dios del cielo, a quien conocieron,
u n siervo a b u s c a r e s p o s a p a r a su h i j o I s a a c , se d i c e : Tomó los arrojaron de la presencia de sus dioses y huyeron a Meso-
el siervo diez camellos de los de su señor y, llevando consigo potamia, y moraron allí muchos años. Su Dios les mandó salir
toda clase de bienes de su amo, puesto en camino, se fué a Me- de su morada e ir a la tierra de Canaán, y allí se establecie-
sopotamia, a la ciudad de Nacor. P o r este y p o r o t r o s testimo- ron, e t c . D e d o n d e se sigue c l a r a m e n t e q u e la f a m i l i a de T a r é
n i o s d e la h i s t o r i a s a g r a d a se p r u e b a q u e N a c o r , h e r m a n o d e fué p e r s e g u i d a p o r los c a l d e o s a c a u s a d e la v e r d a d e r a r e l i g i ó n ,
A b r a h á n , s a l i ó t a m b i é n d e l p a í s de los c a l d e o s y q u e fijó s u s q u e la l l e v a b a a r e n d i r c u l t o a l ú n i c o D i o s v e r d a d e r o .
r e a l e s en M e s o p o t a m i a , d o n d e h a b í a m o r a d o a n t e s A b r a h á n
con su p a d r e . ¿ P o r q u é la E s c r i t u r a n o le m e n c i o n a c u a n d o
T a r é s a l i ó con los suyos d e la C a l d e a y se e s t a b l e c i ó en Meso- C A P I T U L Ó XIV
p o t a m i a , s i e n d o así q u e m e n c i o n a c o m o a c o m p a ñ a n t e s a A b r a -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


h á n , su h i j o ; a S a r a , su s u e g r a , y a L o t , su n i e t o ? ¿ Q u é o t r a EDAD DE T A R É Y S U M U E R T E EN H A R R Á N
r a z ó n p o d e m o s d a r s i n o q u e t a l vez h a b í a a p o s t a t a d o de la re-
l i g i ó n d e su p a d r e y d e s u h e r m a n o y h a b í a d a d o su n o m b r e M u e r t o T a r é e n M e s o p o t a m i a , d o n d e vivió, s e g ú n la Escri-
a la s u p e r s t i c i ó n de los c a l d e o s , y d e s p u é s , b i e n a r r e p e n t i d o , t u r a , d o s c i e n t o s cinco a ñ o s , c o m i e n z a l a i n s i n u a c i ó n d e las p r o -
bien perseguido p o r estimársele sospechoso, emigró también é l ? m e s a s h e c h a s p o r D i o s a A b r a h á n . H e a q u í s u s p a l a b r a s : Y fue-
E n el l i b r o i n t i t u l a d o d e J u d i t , c u a n d o H o l o f e r n e s , e n e m i g o d e ron los años de Taré en Harrán doscientos cinco, y murió en
los i s r a e l i t a s , p r e g u n t a q u é n a c i ó n e r a a q u é l l a y si d e b í a pe- Harrán. P e r o n o d e b e e n t e n d e r s e este p a s a j e c o m o si h u b i e r a
l e a r s e c o n t r a ella, le r e s p o n d i ó A q u i o r , jefe d e l o s a m m o n i t a s : vivido a l l í t o d o ese t i e m p o , s i n o q u e se dice eso p o r q u e su v i d a ,
Señor, escucha la palabra de boca de tu siervo, y yo diré la q u e se r e d u j o a d o s c i e n t o s cinco a ñ o s , vio a l l í su fin. De lo
verdad acerca de este pueblo que fiabita cabe ti esta montaña, c o n t r a r i o , los a ñ o s d e la v i d a d e T a r é n o s s e r í a n d e s c o n o c i d o s ,
y ten por seguro que no saldrá mentira de esta boca. Estos des- p o r q u e n o se lee en n i n g u n a p a r t e a q u é e d a d l l e g ó a H a r r á n .
cienden de los caldeos, y antes habitaron en Mesopotamia, y A d e m á s es a b s u r d o p e n s a r q u e , en u n a lista g e n e a l ó g i c a en q u e
como no quisieron adorar los dioses de sus padres, que fueron se refiere con e s m e r o c u á n t o s a ñ o s vivió c a d a c u a l , se deje sin
c o n s i g n a r s o l a m e n t e el n ú m e r o de a ñ o s q u e vivió éste. Esta omi-
sión tiene l u g a r p a r a a l g u n o s m e n c i o n a d o s p o r la E s c r i t u r a .
et venit in Charram, et habitavit ibi". Nusquara hic nominatus est
Nachor, et uxor eius Melcha. Sed invenimus postea, cum servum suum cognoverunt, et proiecerunt eos a facie deorum suorum. et fugerunt in
mitteret Abraham ad accipiendam uxorem filio suo Isaac, ita scriptum: Mesopotamiam, et habitaverunt ibi dies multos. Dixitque Mis Deus eorum,
Et accepit puer decem camelos de camelis domini sui, et de ómnibus bo- ut exirent de habitatione sua, et irent in terram Chanaan; et illie habi-
nis domini sui secum, et exsurgens profectus est in Mesopotamiam in ci- taverunt 30 : et caetera quae narrat Achior Ammonites. Unde manifestum
vitatem Nachor3S. Isto et alus sacrae huius historiae testimonüs ostenditur est, domum Tharae persecutionem passam fuisse a Chaldaeis pro vera
etiam Nachor frater Abrahae exisse de regione Chaldaeorum, sedesque pietate, qua unus et venís ab eis colebatur Deus.
constituisse in Mesopotamia, ubi cum patre suo habitaverat Abraham.
Cur ergo Scriptura eum non commemoravit, quando ex gente Chaldaea
cum suis profectus est Thara, et habitavit in Mesopotamia, ubi non solum CAPUT XIV
Abraham filius eius, verum etiam Sarra riurus et Lot nepos eius com- DE ANNIS THARAE, QUI IN CHARKA VITAE SUAE TEMPUS IMPLEVIT
memorantur, quod eos duxerit secum? Cur, putamus, nisi forte quod a
paterna et fraterna pietate desciverat, et superstitioni adhaeserat Chal- Defuncto autem Thara in Mesopotamia, ubi vixisse perhibetur ducen-
daeorum, et postea inde, sive poenitendo, sive persecutionem passus, quod tos et quinqué annos, iam incipiunt indican factae ad Abraham promis-
suspectus haberetur, et ipse emigravit? In libro enim qui inscribitur siones Dei, quod ita scriptum est: Et fuerunt dies Tharae in Charra quin-
ludith, cum quaereret Holofernes hostis Israelitarum, quaenam gens illa qué et ducenti anni, et mortuus est in Charra1". Non sic autem accipien-
esset, utrvtm aiíversus eam bellandum fuisset, sic ei respondit Achior dux dum est, quasi omnes hos dies ibi egerit; sed quia omnes dies vitae suae,
Ammonitarum: Audiat dominas noster verbum de ore pueri sai, et re- qui fuerunt anni ducenti quinqué, ibi compleverit: alioquin nesciretur
feram tibi veritatem de populo qui habitat iuxta te montanam hanc, et quot annos vixerit Thara, quoniam non legitur quoto anno vitae suae in
non exibit mendacium de ore serví tui. Haec enim progenies populi est Charram venerit; et absurdum est existimare in ista serie generationum,
Chaldaeorum, et antea habitaverunt Mesopotamiam, quia noluerunt sequi ubi diligenter commemoratur quot annos quisque vixerit, huius solius
déos patrum suorum, qui fuerunt in térra Chaldaeorum gloriosi, sed de' numerum annorum vitae non commendatum esse memoriae. Quod enim
clinaverunt de via parentum suorum et adoraverunt Deum caeli, quetñ quorumdam, quos eadem Scriptura commemorat, tacentur anni, non suht
" Ibid., 3 i . s
38
« Iud. 5,5-9.
40
I b i d . , 24,10. Gen. n,32.
1110 LA CIUDAD DE DIOS X V I , 15. 1
X¡VI, 1 5 , 1 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1111
p e r o es p o r q u e n o e s t á n en esta lista, en q u e se n u m e r a n los
t i e m p o s p o r la m u e r t e d e los p a d r e s y la sucesión d e los h i j o s . cinco d e su v i d a . P o r t a n t o , su p a d r e , q u e le h a b í a e n g e n d r a d o
E n esta lista, q u e va d e s d e A d á n h a s t a N o é , y d e s d e éste h a s t a a los setenta, f r i s a b a , c o m o q u e d a d i c h o , en l o s ciento c u a r e n t a
A b r a h á n , n o h a y n i u n o solo sin el n ú m e r o de a ñ o s q u e v i v i ó . y c i n c o . L u e g o n o salió d e a l l í d e s p u é s d e l a m u e r t e d e su
p a d r e , es decir, d e s p u é s d e d o s c i e n t o s cinco a ñ o s , q u e vivió su
p a d r e , sino q u e el a ñ o de su s a l i d a , p u e s t o q u e e r a el seten-
C A P I T U L O XV ta y cinco d e su v i d a , d e l a d e su p a d r e , q u e le h a b í a engen-
d r a d o a los setenta, fué, i n d u d a b l e m e n t e , el c i e n t o c u a r e n t a y
c i n c o . D e b e , p o r c o n s i g u i e n t e , e n t e n d e r s e q u e l a E s c r i t u r a , se-
¿CUÁNDO S A L I Ó A B R A H Á N DE I Í A R R Á N S E G Ú N PRECEPTO
g ú n su u s a n z a , hizo u n a n u e v a r e c a p i t u l a c i ó n d e l t i e m p o y a pa-
DE Dios? s a d o . M á s a r r i b a hizo lo m i s m o . D e s p u é s d e h a b e r m e n c i o n a d o
los h i j o s de l o s h i j o s d e N o é , d i j o q u e se h a b í a n d i v i d i d o e n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


1. Estas p a l a b r a s q u e leemos d e s p u é s de r e f e r i d a la m u e r -
sus n a c i o n e s y en sus l e n g u a s , y, sin e m b a r g o , l u e g o , corno si
te d e T a r é , p a d r e d e A b r a h á n : Y dijo el Señor a Abram: Sal
s i g u i e r a c r o n o l ó g i c a m e n t e esto, a ñ a d e : Y entonces, toda la tie-
de tu tierra, y de tu parentela, y de la casa de, tu padre, etc., n o
rra tenía un solo lenguaje y hablaban todos una misma lengua.
d e b e n h a c e r n o s p e n s a r q u e , c o m o en la n a r r a c i ó n es ése el
¿ C ó m o e s t a b a n d i v i d i d o s s e g ú n s u s n a c i o n e s y sus l e n g u a s , si
o r d e n , sea t a m b i é n en el t i e m p o d e los a c o n t e c i m i e n t o s . Si esto
t e n í a n t o d o s u n a l e n g u a ú n i c a , s i n o p o r q u e l a n a r r a c i ó n retor-
es a s i , es u n a cuestión i n s o l u b l e . L a E s c r i t u r a , d e s p u é s d e esas
na, r e c a p i t u l a n d o , a lo q u e y a h a b í a s u c e d i d o ? A s í , e n este pa-
p a l a b r a s d i r i g i d a s p o r D i o s a A b r a h á n , dice a s í : Y salió
saje d i c e : Y fueron los años de Taré en Harrán doscientos cinco
Abram, como le había dicho el Señor, y partió con él Lot.
años, y murió Taré en Harrán; y l u e g o , v o l v i e n d o a coger el
Abram tenía setenta y cinco años cuando salió de Harrán.
h i l o p a r a c o m p l e t a r l a n a r r a c i ó n i n c o a d a de T a r é , a ñ a d e :
¿ C ó m o es p o s i b l e q u e sea esto v e r d a d e r o , si s a l i ó de H a r r á n
Y dijo el Señor a Abram: Sal de tu tierra, e t c . T r a s estas p a l a -
d e s p u é s d e la m u e r t e de su p a d r e ? T a r é , c o m o h e m o s h e c h o
b r a s de D i o s , a g r e g a : Y salió Abram como se lo liabía dicho el
n o t a r a r r i b a , e n g e n d r ó a A b r a h á n a los setenta a ñ o s . Si a éstos
Señor, y partió con él Lot.- Abram tenía setenta y cinco años
a ñ a d i r n o s los sesenta y cinco q u e tenía A b r a h á n c u a n d o salió
cuando salió de Harrán. E n c o n c l u s i ó n : efectuó l a s a l i d a cuan-
de H a r r á n , t e n e m o s u n total de ciento c u a r e n t a y cinco a ñ o s .
d o tenía su p a d r e ciento c u a r e n t a y cinco a ñ o s , y él setenta y
T a r é t e n í a , p u e s , esta e d a d c u a n d o salió A b r a h á n d e a q u e l l a
c i u d a d de M e s o p o t a m i a y éste vivía e n t o n c e s el a ñ o setenta y
sopotamíae civitate: agebat eiiim aiinum aetatis suae septuagesimum quin-
in hoe ordine, in quo temporum dinumeratio deoessione gignentium et tum; ac per hoc pater eius, qui eum septuagésimo anno suo genuerat,
genitorum successione contexitur. Tste autem ordo, qui dirigitur ab Adam agebat, ut dictum est, centesimum quadragesimum et quintum. Non ergo
usque ad Noe, et inde usque ad Abraham, sine numero annorum vitae inde post mortem patris, id est post ducentos quinqué annos, quibus pa-
suac neminem eontinet. ter eius vixit, egressus est: sed annus de illo loco profectionis eius, quo-
niam ipsius septuagesimus quintus erat, procul dubio patris eius, qui
CAPliT XV eum septuagésimo suo anno genuerat, (íentesimus quadragesimus qúintus
fuisse colligitur. Ac per hoc intelligendum est more suo Scripturam redis-
DK TKMPORE PROFECTIONIS ABKAIME, QUA SECUNDUM PRAECEPTUM DEI * se ad tempus, quod iam narratio illa transierat: sicut superáis, cum filios
EXITT DE CHARRA filiorum Noe commemorasset, dixit illos fuisse in gentibus et linguis suis ",
et tamen postea quasi hoc etiam in ordine temporum sequeretur, Et erat,
1. Quod vero, coinmemorata morte Tharae patris Abraham, deinde inqnit. omnis térra labitim uniim, et vox una ómnibus " . Quomodo ergo
legitur, Et dixit Dominus ad Abram, Exi de térra tita, et de cognatione secundum suas gentes ét secundum suas linguas erant, si una erat óm-
tua, et de domo patris tu!, et eaetera; non quia lioc sequitur in sermone nibus; nisi quia ad illud quod iam transierat recapitulando est reversa
libri, hoc etiam in rernm gestarum tempore sequi existimandum est. Erit narratio? Sic ergo et hic cum dictum esset, Et juerunt dies Tharae in
quippe, si ita est, insolubilis quaestio. Post haec enim verba Dei, quae aii Charra quinqué, et ducenti anni, ct mortuus est Thara in Charra il: dein-
Abraham facta sunt, Soriptura sic loquitur: Et exüt Abram, quemadmo- de Scriptura redeundo ad id quod ideo praetermiserat, ut prius de Thara
du-m locutiis est. illi Dominus, el abi.it r.um en Lot. Abram aiitem eral id quod inchoatum fuerat compleretur, Et dixit, inquit, Dominus ad
quinqué et septuaginta annorum, cum exüt ex Charra". Quomodo potest Abram, Exi de térra tua, et caetera. Post quae Dei verba subiungitur, Et
hoc vernm esse, si post mortem patris sni exüt de Charra? Cum enim exüt Abram, quemadmodum lotutus est illi Dominus, et abiit cum eo Lot:
esset Thara septuaginta annorum, sicut snpra intimatnm est, gemiit Abra- Abram autem erat quinqué et septuaginta annorum, cum exüt ex Charra.
ham: eni numero additis septuaginta quinqué annis, quos agebat Abra- Tune itaque factum est, quando pater eius centesimum quadragesimum
ham, quando egressus est de Charra, fiunt anni eentum quadraginta (¡Hin- et quintum antíum agebat aetatis: tune enim fuit huius septuagesimus
que. Tot igitur annorum erat Thara, quando exüt Abraham de illa Me-
13
Gen. 10,31.
43
" Ibi<1., 12, l.q. Ibid., iiji.
44
Ibid., 31.
1112 LA CIUDAD DE D I O S ;: : XVI, 15, 2 X V I , 16 DE NOÉ A LOS PKOffJiTAS 1113
cinco [ 2 7 ] . E s t a c u e s t i ó n se h a r e s u e l t o t a m b i é n de o t r o m o d o . H a r r á n , p e r o q u e l l e g ó a H a r r á n con su p a d r e , g u a r d a n d o d e
S e g ú n esta s o l u c i ó n a l o s setenta y cinco a ñ o s q u e t e n í a A b r a m c o r a z ó n el p r e c e p t o de D i o s , y q u e s a l i ó d e allí a l o s setenta
c u a n d o s a l i ó de H a r r á n se c o m p u t a r í a n d e s d e el a ñ o en q u e fué y cinco a ñ o s y a los ciento c u a r e n t a y cinco de su p a d r e . Y dice
l i b r a d o del fuego de los c a l d e o s , n o d e s d e el a ñ o en q u e n a c i ó , q u e su i n s t a l a c i ó n en l a t i e r r a d e C a n a á n , n o su s a l i d a de
como, si f u e r a ésta la fecha p r e c i s a d e su n a c i m i e n t o [ 2 8 ] . H a r r á n , tuvo l u g a r d e s p u é s de la m u e r t e d e su p a d r e , p u e s ,
2. M a s S a n E s t e b a n , n a r r a n d o esto en los H e c h o s de los c u a n d o c o m p r ó esa t i e r r a y c o m e n z ó a p o s e e r l a en p r o p i e d a d ,
A p ó s t o l e s , d i c e : El Dios de la gloria se apareció a nuestro pa- ya h a b í a m u e r t o su p a d r e . E m p e r o , esto q u e dice D i o s , estable-
dre Abrahán cuando estaba en Mesopotamia, antes de habitar c i d o él ya en M e s o p o t a m i a , es d e c i r , fuera y a del p a í s de los
en Harrán, y le dijo: Sal de tu tierra, y de tu parentela, y de la c a l d e o s : Sal de tu patria; y de tu parentela, y de la casa de tu
casa de tu padre, y ven al país que yo te mostraré. S e g ú n estas padre, n o l l e v a l a i n t e n c i ó n de u n s a c a r m a t e r i a l del c u e r p o ,
p a l a b r a s de S a n E s t e b a n , D i o s n o h a b l ó a A b r a h á n d e s p u é s dé- cosa q u e y a h a b í a h e c h o , sino de u n d e s p r e n d e r el e s p í r i t u de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la m u e r t e d e su p a d r e , q u e m u r i ó c i e r t a m e n t e en H a r r á n , d o n d e a q u e l l o . Ñ o h a b í a s a l i d o , p u e s , de a l l í de c o r a z ó n si e s t a b a
m o r ó con él su h i j o , s i n o a n t e s d e q u e h a b i t a r a en a q u e l l a ciu- m o v i d o p o r la e s p e r a n z a y el deseo d e volver, deseo y espe-
d a d , p e r o e s t a n d o ya en M e s o p o t a m i a . Y a h a b í a , p u e s , s a l i d o r a n z a q u e , con la a y u d a y el m a n d a t o de Dios y su o b e d i e n c i a ,
de e n t r e los c a l d e o s . Y así, lo q u e S a n E s t e b a n a ñ a d e : Entonces d e b í a c e r c e n a r . C i e r t o q u e n o es i n c r e í b l e p e n s a r q u e A b r a h á n
Abrahán salió de la Caldea y habitó en Harrán, no muestra c u m p l i e s e el m a n d a t o de D i o s s a l i e n d o de H a r r á n con su espo-
q u e esto se llevó a c a b o d e s p u é s q u e D i o s le h a b l ó ( p u e s n o s a S a r r a , y con L o t , su s o b r i n o , d e s p u é s q u e N a c o r s i g u i ó a
s a l i ó d e la C a l d e a d e s p u é s de esa a d m o n i c i ó n d i v i n a , p u e s t o su p a d r e .
q u e d i c e q u e le h a b l ó D i o s e s t a n d o en M e s o p o t a m i a ) , s i n o q u e
se refiere a t o d o el t i e m p o e x p r e s a d o p o r el a d v e r b i o entonces,
es d e c i r , d e s d e q u e s a l i ó de C a l d e a y fijó su r e s i d e n c i a en H a - C A P I T U L 0 X V I
r r á n . L o m i s m o p r u e b a e s t o : Y, después de la muerte de » O R D E N Y CUALIDAD DE T A S P R O M E S A S H E C H A S P O R DIOS
padre, Dios le colocó en esta tierra en que ahora moráis vos- A ABRAHÁN
otros y vuestros padres. N o d i c e : D e s p u é s de m u e r t o su p a d r e ,
s a l i ó de H a r r á n , s i n o : D i o s le colocó a q u í d e s p u é s de m u e r t o H o r a es ya de c o n s i d e r a r l a s p r o m e s a s h e c h a s p o r D i o s a
su p a d r e . E n c o n c l u s i ó n : d e b e m o s e n t e n d e r q u e D i o s h a b l ó a. A b r a h á n . E n e l l a s b r i l l a n con m á s c l a r i d a d los o r á c u l o s de
A b r a h á n e s t a n d o a ú n en M e s o p o t a m i a , antes de h a b i t a r en n u e s t r o D i o s , q u e es d e c i r del D i o s v e r d a d e r o s o b r e el p u e b l o
de l o s p i a d o s o s , p r o n u n c i a d o s p o r la a u t o r i d a d de l o s p r o f e t a s .
quintus. Soluta est autem quaestio ista et aliter, ut septuaginta quinqué'
anni Abrahae, quando egressus est de Charra, ex illo computarentur, «x ham, eum esset in Mesopotamia, priusquam habitaret in Charra; sed
quo de igne Chaldaeorum liberatns, non ex quo natus est, tanquam tune eum in Charram pervenisse cum patre, retento apud se praecepto Dei,
potius natus habendus sit. et inde exisse septuagésimo et quinto suo, patris autem sui centesimo qua-
2. Sed beatus Stephanus in Actibus Apostolorum cum ista narraret, dragesimo quinto anno. Collocationem vero eius in térra Chanaan, non
Deus, inquit, gloriae apparu.it Abrahae patri nostro, cum esset in Mesopo- profectionem de Charra, post mortem patris eius factam esse dicit; quia
tamia, priusquam habitaret in Charra, et, ait ad illum, Exi de térra tua, iam mortuus erat pater eius, quando emit terram, cuius ibi iam suae rei
et. de cognatione tua, et de domo patris tui, et peni in terram, quam ubi coepit esse possessor. Quod autem iam in Mesopotamia constituto, hoc
demonstrabo. Secundum haec verba Stephani non post mortem patris eius est iam egresso de térra Chaldaeorum, dicit Deus, Exi de térra tua, et,
locutus est Deus Abrahae, qui utique in Charra mortuus est, ubi cum illo de cognatione tua, et de domo patris tui; non ut corpus inde eiieeret,
et ipse filias habitavit; sed priusquam habitaret in eadem eivitate, iam quod iam fecerat, sed ut animum avelleret, dicitur. Non enim exierat inde
tamen cum esset in Mesopotamia. Iam ergo exierat a Clialdaeis. Quod animo, si spe redeundi et desiderio tenebatur, quae spes et desiderium,
ita.que adinngit Stephanus, Tune Abraham egressus est de térra Chaldaeo- Deo iubente ac iuvante, et illo obediente, fuerat amputandum. Non sane
rum, et habitavit in Charra, non demonstrat quid sit factum, posteaquam incredibiliter existimatur, cum postea secutus esset Nachor patrem suum,
locutus est illi Deus (ñeque enim post illa Dei verba egressus est de térra tune Abraham praeceptum Domini implesse, ut cum Sarra coniuge sua et
Chaldaeorum, cum dicat ei locutum Deum cum esset in Mesopotamia), Lot filio fratris sui exiret de Charra.
sed ad totum illud tempus pertinet quod ait. Tune, id est, ex quo egressus
est a . Chaldaeis, et habitavit in Charra. ítem quod sequitur, Et, inde CAPUT XVI
postquam mortuus est pater eius, collocavit illum in térra hac, in qua DE ORDINK ET QUALITATE PROMISSIONUM DEI, QUAE AD ABRAHAM
vos nunc, habitalis, et paires vestri": non ait, Postquam mortuus est pa- FACTAE SUNT
ter eius, exiit de Charra; sed inde hic eum collocavit, postquam mortiras
est pater eius. Intelligendum est igitur locutum Deum fuiss» ad Abra- Iam considerandae sunt promissiones Dei factae ad Abraham. In his
enim apertiora Dei nostri, hoc est Dei veri, oracula apparere coeperunt
A c t . 7,2--4. de populo piorum, quem prophetica praenuntiavit auctoritas. Harum pri-
1114 LA CIUDAD DE D I O S XVI, 16 X V I , 17 Dli NOÉ A I,OS I'KOl'BTAS 1115
L a p r i m e r a está e x p r e s a d a e n estos t é r m i n o s : Y dijo el Señor s a l i d a . Y esto n o s ó l o p o r q u e E u s e b i o en s u s Crónicas comien-
a Abram: Sal de tu tierra, y dé tu parentela, y de la casa de tu za a c o n t a r d e s d e el a ñ o d e esta p r o m e s a , y m u e s t r a q u e s a l i ó
padre, y ve a la tierra que yo te mostraré. Y yo te haré cabeza de E g i p t o d e s p u é s d e c u a t r o c i e n t o s t r e i n t a a ñ o s , é p o c a en q u e
de una nación grande, y le bendeciré y ensalzaré tu nombre,
se d i o la ley, s i n o t a m b i é n p o r q u e el a p ó s t o l S a n P a b l o e x p r e s a
y serás bendito. Bendeciré a los que le bendigan y maldeciré
•eso m i s m o [ 2 9 ] .
a los que te maldigan, y en) ti serán benditas todas las nacio-
nes de la tierra. E s d e n o t a r q u e a q u í se p r o m e t e n d o s c o s a s
a A b r a h á n ; u n a , q u e su d e s c e n d e n c i a p o s e e r á la t i e r r a de Ca-
C A P I T U L O X V I I '
n a á n , y se e x p r e s a e n e s t a s p a l a b r a s : Ve a la tierra que te
mostraré, y te haré cabeza de una nación grande; y o t r a , m u c h o
m á s e x c e l e n t e , y q u e d e b e e n t e n d e r s e n o de su d e s c e n d e n c i a L O S TRES IMPERIOS MÁS BRILLANTES DE LOS GENTILES. E L DE

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


c a r n a l , s i n o e s p i r i t u a l , p o r la c u a l es p a d r e , n o d e u n a n a c i ó n , LOS A S I R I O S ESTABA YA MUY FLORECIENTE
la i s r a e l í t i c a , s i n o d e t o d a s l a s n a c i o n e s q u e m a r c h a n p o r l a s EN T I E M P O DE A B R A H Á N
v e r e d a s d e su fe. E s t a p r o m e s a c o m i e n z a a s í : Y serán bendeci-
das en ti todas las naciones de la tierra. E u s e b i o p i e n s a q u e E n ese m i s m o t i e m p o florecían y a t r e s i m p e r i o s d e los gen-
esta p r o m e s a fué h e c h a el a ñ o setenta y c i n c o d e la v i d a d e tiles, en los q u e e r g u í a su t a l l e con alteza la c i u d a d d e los te-
A b r a h á n , c o m o si h u b i e r a s a l i d o d e H a r r á n t a n p r o n t o c o m o la r r í g e n a s , es decir, la s o c i e d a d d e los h o m b r e s q u e viven s e g ú n
r e c i b i ó . Y se f u n d a en q u e l a E s c r i t u r a n o p u e d e c o n t r a d e c i r s e el h o m b r e , b a j o la d o m i n a c i ó n de los á n g e l e s d e s e r t o r e s . Es-
en este p a s a j e : Abram tenía setenta y cinco años cuando salió tos i m p e r i o s e r a n el de los sicionios [ 3 0 ] , el d e los e g i p c i o s
de Harrán. M a s , si esta p r o m e s a fué h e c h a ese a ñ o , A b r a h á n y el d e los a s i r i o s . E l d e l o s a s i r i o s e r a e l m á s p o d e r o s o y flo-
m o r a b a y a en H a r r á n con su p a d r e , p o r q u e n o p o d r í a s a l i r si reciente de t o d o s . N i ñ o , h i j o de B e l o , h a b í a s u b y u g a d o a t o d o s
n o h u b i e r a e s t a d o a l l í a n t e s . ¿ E s t á en c o n t r a d i c c i ó n esto con los p u e b l o s del A s i a , e x c e p t o l a I n d i a . Y l l a m o A s i a n o a l a
l o q u e dice S a n E s t e b a n : El Dios de la gloria se apareció a región q u e es u n a p r o v i n c i a del Asia M a y o r , s i n o a la l l a m a d a
nuestro padre Abrahán cuando estaba en Mesopotamia antes Asia U n i v e r s a l , q u e es, según u n o s , u n a de l a s d o s , y, según
que habitara en Harrán? Debe, pues, entenderse que acaecieron o í r o s , u n a de l a s tres g r a n d e s p a r t e s del m u n d o , q u e serían
el m i s m o a ñ o t o d o s estos s u c e s o s : l a p r o m e s a d e D i o s a n t e s Asia. E u r o p a y Á f r i c a [ 3 1 ] . E n esta división n o se h a g u a r d a d o
q u e A b r a h á n h a b i t a r a en H a r r á n , su e s t a n c i a e n H a r r á n y su i g u a l d a d , p u e s A s i a se e x t i e n d e d e s d e el m e d i o d í a p o r o r i e n t e
h a s t a el s e p t e n t r i ó n , y E u r o p a , desde el s e p t e n t r i ó n h a s t a el
occidente, v África, desde el occidente h a s t a el m e d i o d í a . D e
ma ita legitur: Et dixit Dominus ad Abram: Exi de térra tua, et de
cognatione tua, et de domo patris tui, et vade in terram, quam tibi de- anteqnam in Charra habitaret Abraham, et in Charra habitatio eins, et
monstravero; et faciam te in gentem magnam, et benedicam te, et magni- inde profectio: non solum quia Eusebius in Chronicis ab anno huius
ficaba nomen tuum, et eris benedictus, et benedicam benedicentes te, et promissionis computat et ostendit post quadringentos et triginta annos
maledicam maledicentes te, et benedicentur in te omnes tribus terrae. exitnm esse de Aegypto, quando lex data est; verum etiam quia id com-
Advertendum est igitur, duas res promissas Abrahae: imam scilicet, quod memorat apostolus Paulus 4S.
terram Chanaan possessurum fuerat semen eius, quod significatur, ubi
dictum est, Vade in terram, quam tibi demonstravero, et faciam te in gen- CAPÜT XVIÍ
tem magnam: aliam vero longe praestantiorem, non de carnali, sed de
spirituali semine, per quod pater est, non unius gentis Israeliticae, sed D E TRIBUS EXCELLENTIORIBUS GENTIUM REONÍS, QUORUM UNUM, ID EST AS-
omnium gentium quae fidei eius vestigia consequuntur, quod promitti SYRIORUM, IAM ABRAHAM GENITO SUBLIMIÜS EMINEBAT
coepit his verbis, Et benedicentur in te omnes tribus terrae. Hanc promis-
sionem factam arbitratur Eusebius septuagésimo quinto anno aetatis Abra- Per idem tempus eminentia regna erant gentium, in quibus terrige-
hae, tanquam mox ut facta est, de Charra exierit Abraham: quoniam narum civitas, hoc est soeietas hominum secundum hominem viventium,
Scripturae contradici non potest, ubi legitur, Abram erat quinqué et sep- sub domina tu angelorum desertorum insignius excellebat: regna videlicet
tuaginta annorum, cuín exiit ex Charra " . Sed si eo anno facta est ista tria, Sicyoniorum, Aegyptiorum, Assyriorum. Sed Assyriorum multo erat
promissio, iam utique in Charra cum patre suo demorabatur Abraham. potentitis atque sublimiüs. Nam rex ille Ninus Beli filius, excepta India,
Ñeque enim inde exire posset, nisi prius ibi habitasset. Numquidnam ergo universae Asiae populos subiugaverat. Asiam nunc dico, non illam partem
contradicitur Stephano dicenti: Deus gloriae apparuit Abrahae patri quae huius maioris Asiae una provincia est, sed eam quae universa Asia
nostro cum esset in Mesopotamia, priusquam habitaret in Charra?" Sed nuncupatur, quam quídam in altera duarum, plerique atitem in tertia to-
intelligendum est, quod eodem anno facta sint omnia, et Dei promissio tius orbis parte posuerunt, ut sint omnes, Asia, Europa, et África: quod
non aequali divisione fecerunt. Namque ista quae Asia nuncupatur, a
'"> G e n . 12,1-4.
" A c t . 7,2.
Gal. 3,17.
1310 LA CIUDAD D E ' D I O S - •XVI, .18 XVI, 19 DE NOÉ A I O S PROFETAS 1117
d o n d e se d e s p r e n d e , al p a r e c e r , q u e E u r o p a y Á f r i c a o c u p a n la c a m i n ó con L o t , su s o b r i n o , y su e s p o s a S a r r a a l a t i e r r a de
m i t a d del o r b e , y la o t r a m i t a d , A s i a . P e r o estas d o s p a r t e s se C a n a á n , l l e g a n d o h a s t a S i q u é n . A q u í recibió u n n u e v o o r á c u l o
h i c i e r o n p o r q u e e n t r e e l l a s se h a l l a el o c é a n o , q u e recoge l a s de D i o s , r e f e r i d o en estos t é r m i n o s : S e apareció Dios a Abra-
a g u a s de dos c o n t i n e n t e s , f o r m a n d o así u n m a r g r a n d e . P o r hán y le dijo: Yo daré a tu descendencia esta tierra. E n esta p r o -
eso, d i v i d i d o el m u n d o en dos p a r t e s , O r i e n t e y O c c i d e n t e , A s i a m e s a n o se h a c e referencia a la d e s c e n d e n c i a q u e le c o n s t i t u y ó
q u e d a e n u n a , y E u r o p a y África, en o t r a . D e l o s t r e s im- p a d r e d e t o d a s l a s n a c i o n e s , sirio sólo a a q u e l l a p o r la q u e es
p e r i o s q u e florecían e n t o n c e s , el d e l o s s i c i o n i o s n o estaba p a d r e de u n a n a c i ó n , l a i s r a e l í t i c a . Y ésta es l a q u e p o s e y ó
sujeto a los a s i r l o s , p o r q u e e s t á n en E u r o p a ; p e r o ¿ c ó m o el de aquella tierra.
l o s e g i p c i o s n o les e s t a b a sujeto, si d o m i n a b a n t o d a el A s i a ,
e x c e p t u a d o s , c o m o q u e d a d i c h o , s o l o s los i n d i o s ? E n A s i r í a , C A P I T U L O X I X
p u e s , p r e d o m i n a b a el p o d e r de la c i u d a d i m p í a . Su corte e r a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


B a b i l o n i a , q u e es d e c i r Confusión, n o m b r e m u y a p r o p i a d o p a r a
LA C A S T I D A D DE S A R R A , P R O T E G I D A P O R D I O S EN EGIPTO
la c i u d a d t e r r í g e n a . A l l í r e i n a b a ya N i ñ o d e s p u é s de la m u e r -
t e de su p a d r e B e l o , p r i m e r r e y en esa c i u d a d p o r e s p a c i o d e
sesenta y cinco a ñ o s . S u h i j o N i ñ o , q u e le sucedió en el t r o n é , Luego, A b r a h á n levantó allí un altar, invocó a Dios y mar-
r e i n ó c i n c u e n t a y dos a ñ o s . Y l l e v a b a c u a r e n t a y t r e s a ñ o s chó de a l l í . H a b i t ó en el desierto, y de a q u í se vio o b l i g a d o p o r
e n el m a n d o c u a n d o n a c i ó A b r a h á n , m á s o m e n o s el a ñ o el h a m b r e a p a s a r a E g i p t o . C u a n d o dijo q u e su m u j e r e r a su
m i l doscientos a n t e s de la f u n d a c i ó n de R o m a , q u e es c o m o h e r m a n a , n o m i n t i ó [ 3 3 ] , p o r q u e en r e a l i d a d lo e r a , p u e s e r a
la B a b i l o n i a de O c c i d e n t e [ 3 2 ] . su p r i m a c a r n a l , c o m o Lot, q u e e s t a b a en el m i s m o g r a d o d e
c o n s a n g u i n i d a d , fué l l a m a d o t a m b i é n h e r m a n o s u y o . P o r t a n t o ,
c a l l ó q u e e r a su esposa, p e r o n o lo n e g ó , e n c o m e n d a n d o a
C A P I T U L O X V I I I D i o s el v e l a r p o r su c a s t i d a d y p r e c a v i e n d o , c o m o h o m b r e , l a s
a s e c h a n z a s h u m a n a s . Si n o t o m a r a t o d a s l a s p r e c a u c i o n e s posi-
S E G U N D A P R O M E S A DE D I O S A A B R A H Á N b l e s c o n t r a el p e l i g r o , se d i r í a q u e t e n t a b a a D i o s , n o q u e espe-
r a b a en él. S o b r e esta cuestión ya h e m o s d i c h o lo n u e s t r o res-
S a l i d o q u e h u b o A b r a h á n de H a r r á n a los setenta y cinco p o n d i e n d o a l a s c a l u m n i a s del m a n i q u e o F a u s t o [34.]. P o r fin
a ñ o s de su v i d a y ciento c u a r e n t a y cinco de su p a d r e , se en- sucedió lo q u e A b r a h á n se h a b í a p r o m e t i d o del S e ñ o r . F a -
meridie per orientem usque ad septentrionem pervenit: Europa vero a
septentrione usque ad occidentem; atque inde África ab occidente usque fratris et S a n a coniuge perrexit in terram Chanaan, et pervenit usque ad
ad meridiem. Unde videntur orbem dimidium duae tenere, Europa et Sichem, ubi rursus accepit divinum oraculum, de qno ita scriptum est:
África, alium vero dimidium sola Asia. Sed ideo illae duae partes factae Et apparuit Dominus Abrahae, et dixít illi, Semini tuo daho terram.
sunt, quia Ínter utramque ab Océano ingreditur quidquid aquarum térras hanc4*. Nihil hic de illo semine promissum est, in quo pater factus est
interluit, et hoc mare magnum nobis facit. Quapropter si in duas partes omnium gentium: sed de illo solo, de quo pater est unius Israeliticae
orbem dividas, Orientis et Occidentis, Asia erit in una, in altera vero Euro- Kontis: ab hoc enim semine térra illa possessa est.
pa et África. Quamobrem trium regnorum, quae tune praecellebant, scilicet
Sicyoniorum non erat sub Assyriis, quia in Europa sunt: Aegyptiorum au- CAPUT XIX
tem quomodo eis non subiacebat, a quibus tota Asia tenebatur, solis Indis,
ut perhibetur, exceptis? In Assyria igitur praevaluerat dominatus impiae D E SARRAE PUDICITIA IN AEGYPTO PER DEUM CUSTODITA, QUAM ABRAHAM
civitatis: huius caput erat illa Babylon, cuius terrigenae civitatis nomen NON OXOREM SUAM ESSE DIXERAT, SED SOROREM
aptissimum est, id est Confusio. Ibi iam Ninus regnabat post mortem pa-
tris sui Beli, qui primus illie regnaverat sexaginta quinqué annos. Filius Deinde aedificato ibi altari, et invócate Deo, Abraham profectus est
yero eius Ninus, qui defuncto patri successit in regnum, quinquaginta inde, et habitavit in eremo, atque inde iré in Aegyptum famis necessitate
dúos regnavit annos, et habebat in regno quadraginta tres, quando natus compulsus est. Ubi uxorem suam dixit sororem 50 , nihil mentitus. Erat
est Abraham, qui erat annus circiter millesimus ducentesimus ante con- enim et hoc, quia propinqua erat sanguine: sicut etiam Lot eadem pro-
ditam Romam, veluti alteram in Occidente Babyloniam. pinquitate, cum fratris eius esset filius, frater eius est dictus. Itaque
uxorem tacuit, non negavit, coniugis tuendam pudicitiam committens Deo,
CAPUT XVIII et humanas insidias cavens ut homo: quoniam si periculum quantum ca-
ven poterat, non caveret, magis tentaret Deum, quam speraret in Deum.
D E ITEKATO AIXOQUIO DEI AD ABRAHAM, QUO EI ET SEMINI EIUS CHANAAN De qua re contra calumniantem Faustum Manichaeum satis diximus".
TERRA PROMITTITUR Denique factum est quod de Domino praesumpsit Abraham. Nam Pharao
Egressus ergo Abraham de Charra septuagésimo quinto anno aetatis 49
G í n . 12,7. sl
L.Mc.36.
guae, centesimo autem quadragesimo et quinto patris sui, cum Lot filio s
" G e n . 12,7-TQ.
,||IU118 W CIUDAD DE DIOS XVI, 20 1119
XVI, 21 DE NOÉ A LOS PROFETAS
r a ó n , r e y d e E g i p t o , q u e la h a b í a t o m a d o p o r e s p o s a , h e c h o
u n a l l a g a , la d e v o l v i ó a su m a r i d o . L e j o s de n o s o t r o s p e n s a r
q u e se vio m a n c i l l a d a p o r coito a j e n o , p u e s q u e es m u c h o m á s C A P I T U L O X X I
c r e í b l e q u e e s a s e n o r m e s l l a g a s n o p e r m i t i e r a n c o m e t e r a Fa-
r a ó n ese c r i m e n . TERCERA PROMESA DE D I O S A ABRAHÁN

D e s p u é s de h a b e r s e ya s e p a r a d o A b r a h á n y L o t , f o r z a d o s
C A P I T U L O XX
p o r el m a n t e n i m i e n t o de la s e r v i d u m b r e , n o p o r l a f e a l d a d de
la d i s c o r d i a , y c u a n d o vivían y a c a d a u n o en su p u e s t o : A b r a -
SEPARACIÓN ENTRE LOT Y ABRAHÁN. EN ELLA QUEDÓ h á n , en l a t i e r r a de C a n a á n , y Lot, en S o d o m a , el S e ñ o r d i r i g i ó
A S A L V O LA CARIDAD a A b r a h á n p o r t e r c e r a vez la p a l a b r a : Mira con tus ojos y ex-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tiende tu vista desde aquí al aquilón y al áfrico, al oriente y al
U n a vez q u e A b r a h á n volvió de E g i p t o al l u g a r de d o n d e mar. Toda esa tierra que ves, yo te le daré a ti y a tu poste-
h a b í a s a l i d o , Lot, su s o b r i n o , se a l e j ó de él sin r o m p e r l a s rela- ridad hasta el siglo, y multiplicaré tu descendencia como la
ciones y se r e t i r ó a S o d o m a . L a s g r a n d e s r i q u e z a s q u e h a b í a n arena de la tierra. Si alguno puede contar la arena de la tierra,
a d q u i r i d o y l a s frecuentes r i ñ a s de sus p a s t o r e s les m o v i e r o n a ése contará también tu descendencia. Levántate y recorre ese
t o m a r esa decisión, p a r a e v i t a r así la p u g n a y d i s c o r d i a de su país a lo largo y a lo ancho, porque a ti te lo daré. N o a p a -
s e r v i d u m b r e . C o m o h o m b r e s q u e e r a n , esto p o d í a t a m b i é n sus- rece c l a r o si a q u í está i m p l i c a d a la o t r a p r o m e s a q u e le cons-
c i t a r e n t r e e l l o s a l g u n a r e y e r t a . Y A b r a h á n , p r e v i n i e n d o este tituye p a d r e d e t o d a s l a s n a c i o n e s . P u e d e s u p o n e r s e q u e d i c e n
m a l , d i r i g e a Lot estas p a l a b r a s : No haya reyerta entre nos- r e l a c i ó n a ello estas p a l a b r a s : Y multiplicaré tu descendencia
otros, ni entre mis pastores y los tuyos, porque somos herma- como la arena de la tierra, e x p r e s i ó n figurada, q u e los g r i e g o s
nos. ¿No está toda la tierra a tu vista? Sepárate de mí; si tú l l a m a n h i p é r b o l e , y q u e en r e a l i d a d es m e t a f ó r i c a , n o p r o p i a .
vas a la izquierda, yo iré a la derecha, y si tú a la derecha, yo Y n a d i e u n p o c o v e r s a d o en la E s c r i t u r a d u d a q u e t a n t o éste
a la izquierda. Q u i z á h a y a t e n i d o o r i g e n a q u í esa pacífica cos- c o m o los d e m á s t r o p o s son c o r r i e n t e s en e l l a . E s t a figura retó-
t u m b r e e n t r e l o s h o m b r e s d e q u e , al r e p a r t i r s e l o s t e r r e n o s , el rica, es d e c i r , este m o d o de, e x p r e s a r s e , t i e n e l u g a r c u a n d o l o
m a y o r d i v i d e y el m e n o r escoge. q u e se dice de u n a cosa excede en m u c h o a lo q u e la cosa es en
sí. ¿ Q u i é n n o ve, p o r e j e m p l o , q u e es i n c o m p a r a b l e m e n t e m a -
rex Aegypti, qui eam sibi uxorem acceperat, graviter afflictus snarito red-
dit'". Ubi absit ut credamus, alieno concubitu fuisse pollutam: quia mul- y o r el n ú m e r o de a r e n a s q u e el de h o m b r e s q u e p u e d e n existir
to est credibilius, boc Pharaonem faceré afflictionibus magnis non fuisse
permissum. CAPUT XXI
CAPUT XX D E TERTIA PROMISSIONE DEI, QUA TERRAM CHANAAN ABRAHAE ET SEMINI
EIUS IN PERPETUUM ROLLICETUR
DE SECESSIONE LOT ET ABRAHAE, QÜAE ILLIS SALVA CHARITATE COMPLACUIT
Cum ergo digressi essent, separatimque habitarent Abraham et Lot
Reverso igitur Abraham ex Aegypto in locum unde venerat, tune Lot
necessitate sustentandae familiae, non foeditate discordiae, et Abraham
fratris filius ab illo in terram Sodomorum, salva charitate, discessit. Divi-
in térra Chanaan, Lot autem esset in Sodomis, oráculo tertio Dominus dixit
tes quippe facti erant, pastoresque multos pecorum habere coeperant, qui-
ad Abraham: Respiciens oculis tuis vide a loco in quo nunc tu es, ad
bus inter se rixantibus, eo modo familiarum suarum pugnacem discordiam
Aquilonem, et Africum, et Orientem, et Mare; quia omnem terram quam
vitaverunt. Poterat quippe hinc, ut sunt humana, etiam inter ipsos aliqua
tu vides, tibi dabo, et semini tuo usque in saeculúm, et faciam semen
rixa consurgere. Proinde hoc malum praecaventis Abrahae verba ista sunt
tuum tanquam arenam terrae. Si potest aliquis dinumerare arenam terrae,
ad Lot: Non sit rixa inter me et te, et inter pastores meos et pastores
et semen tuum dinumerabitur. Surgens perambula terram in longitudinem
tuos, guia homines fratres nos sumus: nonne ecce tota térra ante te est?
eius, et in latitudinem, quia tibi dabo eam 54. In hac promissione utrum
Discede a me: si tu in sinistram, ego in dextram; vel si tu in dextram,
sit etiam illa, qua pater factus est omnium gentium, non evidenter appa-
ego in sinistram53. Hinc fortassis effecta est inter homines pacifica con-
ret. Potest enim videri ad hoc pertinere, Et faciam semen tuum tanquam
suetudo, ut quando terrenorum aliquid partiendum est, maior dividat,
arenam terrae: quod ea locutione dictum est, quam Graeci vocant hyper-
minor eligat.
bolen: quae utique trópica est, non propria. Quo tamen modo, ut caete-
G e n . 12,20 ris tropis uti soleré Scripturam, nullus qui eam didicit, ambigit. Iste
I b i d . , 13,8 e t 9. autem tropus, id est modus locutionis, fit quando id quod dícitur, longe
est amplius, quam quod eo dicto significatur. Quis enim non videat, quam
sit incomparabiliter amplior arenae numerus, quam potest esse omnium
54
G e n . 13,14-17.
1120 LA CIUDAD DE DIOS XVI, 2 1
XVI, 22 DB NOÉ A LOS PROFETAS 1121
desde A d á n h a s t a el íin d e l m u n d o ? ¡ C u á n t o m a y o r será, p o r
tanto, q u e la descendencia de A b r a h á n , no sólo la pertinente a t i e r r a d e C a n a á n y m o r a r á n h a s t a el fin. A d e m á s , c u a n d o esa
la n a c i ó n i s r a e l í t i c a , s i n o t a m b i é n l a q u e es y s e r á s e g ú n l a imi- t i e r r a es h a b i t a d a p o r l o s c r i s t i a n o s , es el l i n a j e d e A b r a h á n el
t a c i ó n d e l a fe en el m u n d o e n t e r o y en t o d o s l o s p u e b l o s ! E n que la habita.
r e a l i d a d , este l i n a j e es b i e n p o c a cosa en c o m p a r a c i ó n c o n l a
m u l t i t u d de l o s i m p í o s , a u n q u e esos p o c o s f o r m a n u n n ú m e r o in-
n u m e r a b l e , e x p r e s a d o h i p e r b ó l i c a m e n t e p o r l a a r e n a de la tie- C A P I T U L O X X I I
r r a . V e r d a d es q u e esta m u l t i t u d q u e se p r o m e t e a A b r a h á n es
i n n u m e r a b l e , n o p a r a D i o s , s i n o p a r a los h o m b r e s , p u e s p a r a V I C T O R I A DE A B R A H Á N SOBRE L O S ENEMIGOS DE SODOMA
D i o s n o lo es n i l a a r e n a d e la t i e r r a . P o r e n d e , p u e s t o q u e es
m á s c o n g r u e n t e c o m p a r a r a la m u l t i t u d d e l a a r e n a l a s d o s A b r a h á n , d e s p u é s de h a b e r r e c i b i d o esta p r o m e s a , e m i g r ó

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


d e s c e n d e n c i a s de A b r a h á n , l a i s r a e l í t i c a y l a u n i v e r s a l t o d a , y a c a m p ó e n o t r o l u g a r d e l a m i s m a r e g i ó n , es d e c i r , b a j o l a
y a ésta se e x t i e n d e t a m b i é n l a p r o m e s a , n o según l a c a r n e , s i n o e n c i n a d e M a m b r e , q u e e s t a b a en H e b r ó n . D e s p u é s , c u a n d o se
s e g ú n el e s p í r i t u de m u c h o s h i j o s , p u e d e e n t e n d e r s e q u e l a p r o - l i b r a b a la g u e r r a d e c i n c o r e y e z u e l o s c o n t r a c u a t r o y, v e n c i d o s
mesa h e c h a a q u í se a p l i c a a a m b a s r e a l i d a d e s [ 3 5 ] . M a s diji- los s o d o m i t a s , q u e d ó p r i s i o n e r o t a m b i é n L o t , A b r a h á n , acom-
m o s q u e n o a p a r e c e c l a r o p o r q u é l a m u l t i t u d d e l a ú n i c a na- p a ñ a d o d e t r e s c i e n t o s d i e c i o c h o d e l o s s u y o s , lo l i b r ó d e l o s
ción q u e d e s c i e n d e s e g ú n l a c a r n e d e A b r a h á n a t r a v é s d e su e n e m i g o s q u e h a b í a n a t a c a d o a S o d o m a . Y v e n c i ó a favor d e
n i e t o J a c o b se a c r e c i ó t a n t o , q u e l l e n ó casi t o d a s l a s p a r t e s d e l los reyes d e S o d o m a y r e h u s ó l o s d e s p o j o s q u e el r e y d e So-
m u n d o . P o r eso p u d o t a m b i é n s e r c o m p a r a d a h i p e r b ó l i c a m e n t e d o m a le ofrecía. P e r o e n t o n c e s M e l q u i s e d e c , s a c e r d o t e del D i o s
a l a m u l t i t u d de l a a r e n a , p o r q u e ésta s ó l o es i n n ú m e r a p a r a el excelso, le b e n d i j o . D e M e l q u i s e d e c se refieren m u c h a s y g r a n -
h o m b r e . E s cierto q u e n a d i e d u d a q u e se e x p r e s ó s o l a m e n t e el des cosas en la e p í s t o l a escrita a l o s H e b r e o s , q u e m u c h o s
p a í s l l a m a d o C a n a á n . P e r o estas p a l a b r a s : Te lo daré a ti y a tu dicen s e r del a p ó s t o l S a n P a b l o , y a l g u n o s l o n i e g a n . E n esta
descendencia hasta el siglo, p u e d e n h a c e r t i l í n a a l g u n o s si en- ocasión a p a r e c i ó p o r p r i m e r a vez el sacrificio q u e a h o r a ofre-
t i e n d e n p o r hasta el siglo e t e r n a m e n t e . E n c a m b i o , si hasta el cen los c r i s t i a n o s a D i o s en t o d o el o r b e , c u m p l i é n d o s e a q u e l l o
siglo lo e n t i e n d e n a q u í , c o m o fielmente s o s t e n e m o s n o s o t r o s , p o r q u e m u c h o d e s p u é s del suceso se p r o f e t i z ó d e Cristo, q u e a ú n
el p r i n c i p i o d e l siglo f u t u r o y el fin d e l p r e s e n t e , n o les ofrece- h a b í a de e n c a r n a r s e : Tú eres sacerdote para siempre según el
r á dificultad a l g u n a . P o r q u e , si b i e n l o s i s r a e l i t a s f u e r o n e x p u l -
s a d o s de J e r u s a l é n , con t o d o , m o r a n en o t r a s c i u d a d e s de l a tamen in aliis civitatibus terrae Chanaan, et usque in finem manebunt:
et universa térra illa cum a christianis inhabitatur, etiam ipsum semen
est Abrahae.
hominum ab ipso Adam usque ad terminum saeculi? quanto ergo magis
quam semen Abrahae; non solum quod pertinet ad Israeliticam gentem, CAPUT XXII
verum etiam quod est, et futurum est, secundum imitationem fidei, toto DE SUPERATIS AB ABRAHAM HOSTIBUS SODOMORUM. QUANDO ET LOT DE
orbe terrarum in ómnibus gentibus? Quod semen, in oomparatione mul- CAPTIVITATE ERIPUIT, ET A MELCHISEDECH SACERDOTE BENEDICTOS EST
titudinis impiorum, profecto in paucis est: quamvis et ipsi pauci faciant
innumerabilem multitudinem suam, quae significata est secundum hyper- Hoc responso promissionis accepto migravit Abraham, et mansit in
bolen per arenam terrae. Sane ista multitudo quae promittitur Abrahae, alio eiusdem terrae loco, id est iuxta quercum Mambre, quae erat Che-
non Deo est innumerabilis, sed hominibus: Deo autem nec arena terrae. b r o n " . Deinde ab hostibus qui Sodomis irruerant, cum quinqué reges
Proinde quia non tantum gens Israelítica, sed universum semen Abrahae. adversus quatuor bellum gererent, et víctis Sodomitis etiam Lot captus
ubi est et promissio, non secundum carnem, sed secundum spiritum plu- esset, liberavit eum Abraham, adductis secum in praelium trecentis decem
rium filiorum, congruentius arenae multitudini comparatur; potest hic et octo vernaculis suis: et victoriam fecit regibus Sodomorum, nihilque
intelligi utriusque rei facta promissio. Sed ideo diximus, quod non evi- spoliorum auferre voluit, cum rex cui vicerat obtulisset. Sed plañe tuno
denter appareat, quia et illius gentis unius multitudo, quae secundum benedictus est a Melchisedech, qui erat sacerdos Dei excelsi S6 : de quo
carnem nata est ex Abraham per eius nepotem Iacob, in tantum crevit, in Epístola quae inscribitur ad Hebraeos, quam plures apostoli Pauli esse
ut pene omnes partes orbis impleverit. Et ideo potuit et ipsa secundum dicunt, quidam vero negant, multa et magna conscripta s u n t " . Ibi quippe
hyperbolen arenae multitudini comparan; quia et haec sola innúmera primum apparuit sacrificium, quod nunc a Christianis offertur Deo toto
est homini. Terram certe illam solam significatam, quae appellata est Cha- orbe terrarum, impleturque illud quod longe post hoc factum per pro-
naan, nemo ambigit. Sed quod dicrum est, Tibi dabo eam, et semini tuo phetam dicitur ad Chrístum, qui fuerat adhuc venturus in carne: Tu es
usque in saeculum; potest moveré nonnullos, si usque in saeculum intel- sacerdos in aeternum secundum ordinem Melchisedech . Non scilicet
ligant in aeternum. Si autem in saeculum hoc loco sic accipiant, quemad-
65
modum fideliter tenemus, initium futuri saeculi a fine praesentis ordiri, ,6
G e n . 13,18.
nihil eos movebit: quia etsi expulsi sunt Israelitae de Ierosolymis, manent I b i d . , 14,1-20.
" H e b r . 7.
•''* ! ' s . 109, 4.
XVI, 2 4 , 1 DE NOÉ A LOS PROFETAS H23
1122 LA CIUDAD DR DIOS XVI, 23
j a c t a n de h a b e r c o m p r e n d i d o y c o n s i g n a d o el n ú m e r o de estre-
orden de Melquisedec. E s decir, n o s e g ú n el o r d e n de A a r ó n , l l a s , c o m o A r a t o [ 3 6 ] , E u d o x o [ 3 7 ] o a l g u n o s otros, si los
o r d e n q u e d e b í a ser a b o l i d o p o r la r e a l i d a d q u e p r e n o t a b a n h a y , a esos t a l e s la a u t o r i d a d de este l i b r o les d e s d e ñ a [ 3 8 ] .
aquellas sombras: Y es en este p a s a j e d o n d e se i n s e r t a la sentencia q u e nos t r a e
al r e c u e r d o el A p ó s t o l p a r a e n c a r e c e r la g r a c i a de D i o s :
Creyó Abrahán, y le fué reputado a justicia. Con ello i n t e n t a
C A P I T U L O X X I I I q u e la c i r c u n c i s i ó n n o se g l o r í e e m p e ñ á n d o s e en n o a d m i t i r a
los i n c i r c u n c i s o s a la fe de Cristo, p u e s t o q u e , c u a n d o la fe de
NUEVA PROMESA DE D I O S A A B R A H Á N . L A JUSTIFICACIÓN
A b r a h á n le fué r e p u t a d a a j u s t i c i a , a ú n n o h a b í a s i d o circun-
P O R LA F E
cidado.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


T a m b i é n en esta ocasión h a b l ó el S e ñ o r a A b r a h á n en vi- C A P I T U L O X X I V
sión. D i o s le p r o m e t i ó su p r o t e c c i ó n y su g r a c i a , y él, solícito
p o r su p o s t e r i d a d , dijo q u e u n tal Eliecer, c r i a d o s u y o , h a b í a
SIMBOLISMO DEL SACRIFICIO OFRECIDO POR ABRAHÁN
de ser su h e r e d e r o . Y D i o s i n m e d i a t a m e n t e le p r o m e t i ó u n
h e r e d e r o , n o u n d o m é s t i c o s u y o , s i n o u n a u t é n t i c o h i j o de 1. E n la m i s m a visión, h a b l a n d o D i o s con él, le dijo t a m -
A b r a h á n , y q u e su d e s c e n d e n c i a sería i n n u m e r a b l e , n o c o m o la b i é n : Yo soy el Dios que te saqué de la región de los caldeos
a r e n a de la t i e r r a , sino c o m o las e s t r e l l a s del cielo. A q u í , a m i para darte esta tierra y ser su heredero. Y , p r e g u n t á n d o l e A b r a -
p a r e c e r , se le p r o m e t i ó la p o s t e r i d a d s u b l i m e con la felicidad h á n c ó m o c o n o c e r í a q u e sería su h e r e d e r o . D i o s le r e s p o n d i ó :
c e l e s t i a l . P u e s p o r lo q u e h a c e al n ú m e r o , ¿ q u é son las estre- Escógeme una novilla, una cabra y un carnero, todos ellos de
l l a s del cielo en r e l a c i ó n con la a r e n a de la t i e r r a , a n o ser q u e tres años; una tórtola y una paloma. Tomó, pues, todos estos
a l g u i e n d i g a q u e esta c o m p a r a c i ó n se a s e m e j a en q u e las estre- animales, los partió por medio y les puso frente a frente, pero
llas no pueden contarse t a m p o c o ? P o r q u e no debe creerse que las aves no las dividió. Y, c o m o está e s c r i t o , las aves bajaban
sea p o s i b l e v e r l a s t o d a s , y a q u e , c u a n t o con m á s fijeza m i r a sobre los cuerpos que habían, sido divididos y Abram las situó.
u n o , t a n t a s m á s ve. D e d o n d e se d e d u c e q u e es r a z o n a b l e p e n s a r Hacia el atardecer sorprendió a Abram un pavor y se apoderó
que, a u n a los m á s p e r s p i c a c e s , se e s c a p a n a l g u n a s , sin h a b l a r
de los a s t r o s , q u e , s e g ú n c u e n t a n , s a l e n y se p o n e n en u n a hibentur. Post r emo quicumque universum stellarum numerum comprehen-
p a r t e del m u n d o m u y a l e j a d a de n o s o t r o s . E n fin, a c u a n t o s se disse et conscripsisse iactantur, sicut Aratus vel Eudoxus, vel si qui alii
sunt, eos libri huius contemnit auctoritas. Hic sane illa sententia ponitur,
secundum ordinem Aaron: qui ordo fuerat auferendus illucescentibus re- cuius Apostolus meminit propter Dei gratiam commendandam, Credidu
bus, quae illis umbris praenotabantur. Abraham Deo, et deputatum, est illi ad iustitiam"": ne circumeisio glo-
riaretur, gentesque incircumeisas ad fidem Ch-risti noüet admitti. Hoo
CAPUT XXIII enim quando factum est, ut credenti Abrahae deputaretur fides ad iusti-
tiam, nondum fuerat circumeisus.
DE VERBO D O M I M AD ABRAHAM, qvo EI PROMITTITOK SECUNDUM MULTITI/-
UINEM STELLARÜM MULTIPUCANDA rOSTERITAS; QUOD CREDENS IÜSTIFICATDS CAPUT XXIV
EST ADHÜC 1N PRAEPUTIO CONSTITUTUS
DE SIGNIFICATIONE SACRIFICH, QUOD ABRAHAM OFFERRE PRAECEPTUS EST,
Etiam tune factum est verbum Domini ad Abraham in visu. Qui cum CUM POPOSCISSET UT DE HIS QUAE CREDIDERAT, DOCERETUR
ei protectionem mercedemque promitterct valde multam; ille de poste-
ritate sollicitus, quemdam Eliezer vernaculum suum futurum sibi haeredem 1. In eodem visu cum loqueretur ei Deus, etiam hoc ait ad illum:
dixit: continuoque illi promissus est haeres, non ille vernaculus, sed qui Ego Deus qui te eduxi de regione Chaldaeorum, ut dem tibi terram hanc,
de ipso Abraham fuerat exiturus: rursusque semen innumetabile, non ut haeres sis eius. Ubi cum interogasset Abraham secundum quid sciret,
sicut arena terrae, sed sicut stellae caeli 3 °: ubi mihi magis videtur pro- quod haeres eius erit,- dixit illi Deus: Accipe mihi iuvencam trimam, et
missa posteritas caelesti felicítate sublimis. Nam quantum ad multitudi- capram trimam, et arietem trimum, et turturem, et columbam. Accepit
nem pertinet, quid sunt stellae caeli ad arenam terrae, nisi quis et istam autem illi haec omnia, et divisit illa media, et posuit ea contra faciem
comparationem in tantum esse similem dicat, in quantum etiam stellae alterum alten: aves autem non divisit. Et descenderunt. sicut scriptum
dinumerari non valent? quia nec omnes eas videri posse credendum est. est, aves supra corpora quae divisa erant. et consedit illis Abram. Circa
Nam quanto quisque acutius intuetur, tanto plures videt: un de et acerri- $olis autem occasum pavor irruit super Abram, et ecce timor tenebrosus
me cernentibus aliquas oceultas esse mérito existimatur, exceptis eis side- magnus incidit ei: et dictum est ad Abram, Sciendo scies, quia peregri-
ribus quae in alia parte orbis a nobis remotissima oriri et occidere per-
"" G e n . 15,6, R o m . 4,3, et G a l . 3,6.
•" G e n . 15,1-5.
1124 LA CIUDAD DI5 DIOS XVI, 24, 2 XVI, 24, 2 DB NOÉ A LOS PROFETAS U25
de él un temor grande y tenebroso. Y entonces se le dijo: Sábe- suceder, pedía una explicación, el cómo de la obra. Y esa pre-
te que tus descendientes serán peregrinos en tierra ajena, y que gunta halló eco: El Espíritu Santo descenderá sobre ti y la vir-
los reducirán a esclavitud, y los ajligirán por espacio de cua- tud del Altísimo te cubrirá con su sombra. Aquí también se dio
trocientos años. Mas a la nación a quien servirán, yo la juz- un signo, el de animales, de una novilla, una cabra y un carne-
garé. Después de esto saldrán de aquí cargados de riquezas. ro, y de dos aves, una tórtola y una paloma. Y según esa figura
Entre tanto, tú irás en paz a juntarte con tus padres entrado conocía ya lo venidero, que no dudaba que sucedería. Quizá
en una vejez dichosa. Y no volverán acá hasta la cuarta gene- esté significado por la novilla el pueblo sometido al yugo de la
ración, porque al presente los pecados de los amorreos aún no ley» Y P o r I a cabra, ese mismo pueblo, futuro pecador, y por el
han colmado la medida. Puesto ya el sol, se elevó una llama, carnero, ese pueblo que había de reinar. (Y se añade que esos
y apareció un horno humeando y lámparas de fuego, que atra- animales son de tres años justamente por las tres épocas nota-
vesaron por entre los animales divididos. Ese día firmó el Se- bles : desde Adán hasta Noé, desde Noé hasta Abrahán y desde

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ñor Dios con Abram una alianza, diciendo: Daré a tu posteridad éste hasta David, que, reprobado Saúl, es el primero sentado
esta tierra desde el río de Egipto hasta el gran río Eufrates, los por voluntad de Dios en el trono de Israel. En esta tercera épo-
céneos, los ceneceos, y los cedmoneos, y los queteos, y los fe- ca, que corre desde Abrahán hasta David, como quien anda en
receos, y los rafallas, y los amorreos, y los cananeos, y los eveos, la tercera edad de su vida, llegó aquel pueblo a su mocedad.)
y los gergeseos, y los jebuseos. Y, aunque no significan eso, sino otra cosa más apta, yo no
2. Todo eso sucedió y se dijo en visión, pero por inspira- dudo lo más mínimo que los espirituales están prefigurados por
ción de Dios. Explicar al detalle cada punto de éstos sería lar- la tórtola y la paloma. Y ésta es la razón de aquella cláusula:
go y excedería la humilde pretensión de la presente obra. Basta Y las aves no las dividió, porque los carnales se dividen entre
saber lo imprescindible. La fe de Abrahán, por la que creyó a sí, y los espirituales, no, bien se aparten de las conversaciones
Dios, y le fué reputado a justicia, no sufrió menoscabo al decir negociosas de los hombres, como la tórtola, bien vivan entre
después de haberle sido prometida la herencia de aquella tie- ellas, como la paloma. Estas dos aves son simples e inofensivas,
r r a : Señor dominador, ¿según qué signos sabré que seré su he- y con ello daba a entender que en el pueblo israelita, futuro
redero? El no dice: ¿Cómo lo sabré?, como si aún no creyera, posesor de aquella tierra, los hombres serían hijos de la pro-
sino: ¿Según qué signos lo sabré?, como pidiendo una seme- mesa y herederos de un reino permanente con una felicidad
janza de la realidad, con la que pudiera conocer el modo de la eterna. Las aves que descendían sobre los cuerpos divididos no
misma. A este tenor, no implica desconfianza le actitud de la
Virgen María cuando dijo: ¿Cómo será eso, pues yo no conoz- agnosceretur. Sicut non est virginis Mariae diffidentia, quod ait, Quomodo
co varón alguno? Ella, que estaba cierta de lo que había de fiet istud, quoniam virum non cognosco? Quod enim futurum esse certa
erat, modum quo fieret inquirebat. Et hoc cum quaesisset, audivit,2 Spiri-
num erit semen tuum in térra non propria, el in servitutem redigent eos, tus sanctus superveniet in te, et virtus Altissimi obumbrabit tibí ° . Deni-
et afjligent eos quadringentis annis; gentem autem cui servierint, iudicabo que et hic similitudo data est de animalibus, iuvenca, capra et ariete, et
ego. Post haec vero exibunt huc cum suppellectili multa. Tu autem ibis duabus volucribus, turture et columba: ut secundum haec futurum sciret,
ad paires tuos cum pace nutritus in senecta bona. Quarta vero genera- quod futurum esse iam non ambigeret. Sive ergo per iuvencam signifi-
tione convertent se huc. Nondum enim impleta sunt peccata Amorrhaeo- cata sit plebs posita sub iugo legis, per capram eadem plebs peccatrix
rum usque adhuc. Cum autem iam sol erat ad occasum, jada est flamma, futura, per arietem eadem plebs etiam regnatura (quae animaba propterea
et ecce fornax fumabunda, et lampades ignis, quae pertransierunt per trima dicuntur, quia cum sint insignes articuli temporum ab Adam usque
media divisa illa. In die illa disposuit Dominus Deus testamentum ad ad Noe, et inde usque ad Abraham, et inde usque ad David, qui repro-
Abram, dicens: Semini tuo dabo terram hanc, a flumine Aegypti usque bato Saule primus in regno gentis Israeliticae est Domini volúntate fun-
ad flumen magnum Euphratem, Cenaeos, et Cenezaeos, et Cedmonaeos, datus; in hoc oídme tertio, qui tenditur ex Abraham usque ad David,
et Chetaeos, et Pheresaeos, et Raphaim, et Amorrhaeos, et Chananaeos, tanquam tertiam aetatem gerens ille populus adolevit); sive aliquid aliud
et Evaeos, et Gergesaeos, et Iebusaeos. convenientius ista significent; nullo tamen modo dubitaverim, spirituales
2. Haec omnia in visu facta divinitus atque dicta sunt, de quibus in ea praefiguratos additamento turturis et columbae. Et ideo dictum est,
singulis enucleate disserere longum est, et intentionem operis huius exce- Aves autem non divisit: quoniam carnales Ínter se dividuntur, spirituales
dit. Quod ergo satis est, nosse debemus: posteaquam dictum est, credidisse autem nullo modo; sive a negotiosis conversationibus hominum se remo-
Abraham Deo, et deputatum esse lili ad iustitiam, non eum in fide de- veant, sicut turtur; sive inter illas degant, sicut columba: utraque tamen
fecisse, ut diceret, Dominator Domine, secundum quid sciam quia haeres avis est simplex et innoxia; significans et in ipso Israelítico populo, cui
eius ero? " terrae quippe illius promissa erat haereditas. Non enim ait, térra illa danda erat, futuros individuos filies promissionis et haeredes
Unde sciam, quasi adhuc non crederet: sed ait, Secundum quid sciam, regni in aeterna felicitate mansuri. Aves autem descendentes super cor-
ut ei rei quam crediderat, aliqua similitudo adhiberetur, qua eius modus pora quae divisa erant, non boni aliquid, sed spiritus indicant aerís huius,
61
Gen, 15,7-31. "» le, t,34.j5.
1126 1,A CIUDAD Dl¡ DIOS XVI, 24, 3
X V I , 24, 4 DE ?JOÉ A LOS PROFETAS 1127
i n d i c a n n a d a b u e n o ; son s e n c i l l a m e n t e los e s p í r i t u s del a i r e ,
q u e b u s c a n , c o m o p r o p i o p a s t o , la división de los c a r n a l e s . «•lenta y cinco de A b r a h á n , es decir, d e s d e la p r i m e r a p r o m e s a
A b r a h á n l a s p o s ó , y esto significa que los fieles a u t é n t i c o s h a n hasta la s a l i d a de I s r a e l de E g i p t o , c u a t r o c i e n t o s t r e i n t a a ñ o s .
de p e r s e v e r a r h a s t a el fin e n t r e l a s g u e r r i l l a s de los c a r n a l e s . El A p ó s t o l los r e c u e r d a en estos t é r m i n o s : Lo que quiero decir
El p a v o r y el t e m o r g r a n d e y t e n e b r o s o q u e se a p o d e r ó de C.T que, habiendo hecho Dios una alianza en forma, la ley dada
A b r a h á n h a c i a la p u e s t a del sol significa q u e al fin del m u n d o cuatrocientos treinta años después no empece ni invalida la pro-
s u f r i r á n los fieles g r a n d e s q u e b r a n t o s y t r i b u l a c i o n e s . D e éstas mesa. E s t o s c u a t r o c i e n t o s t r e i n t a a ñ o s se h a n p o d i d o r e d u c i r , en
dijo el S e ñ o r en su E v a n g e l i o : Entonces habrá una terrible tri- m'imeros r e d o n d o s , a c u a t r o c i e n t o s , p u e s q u e n o son m u c h o s
bulación cual no la ha habido desde el principio. nías. Y si a eso a ñ a d i m o s q u e h a b í a n p a s a d o y a a l g u n o s a ñ o s
3 . Estas p a l a b r a s d i c h a s a A b r a h á n : Sábete que tus des- cuando se m o s t r a r o n y d i j e r o n a A b r a h á n esos sucesos, m e j o r
cendientes serán peregrinos en tierra ajena, y los reducirán a lorlavía. E l m i s m o c ó m p u t o del n ú m e r o r e d o n d e c u a t r o c i e n t o s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


esclavitud, y los afligirán por espacio de cuatrocientos años, quiso D i o s u s a r l o en el n a c i m i e n t o de I s a a c , q u e t u v o l u g a r
son u n a p r o f e c í a manifiesta del p u e b l o de I s r a e l , q u e h a b í a de siendo c e n t e n a r i o su p a d r e , es decir, a los veinticinco a ñ o s de la
ser esclavo en E g i p t o . E s t o n o q u i e r e d e c i r q u e a q u e l p u e b l o 11 l i m e r a p r o m e s a , p u e s éstos, r e s t a d o s a los c u a t r o c i e n t o s t r e i n t a
h a b í a de vivir c u a t r o c i e n t o s año» en la e s c l a v i t u d de los egip- nños, d a n c u a t r o c i e n t o s cinco. E s t o y lo s i g u i e n t e de la profecía
cios, s i n o q u e t a l e s sucesos t e n d r í a n r e a l i z a c i ó n en esos cuatro- divina, n a d i e d u d a q u e a l u d e al p u e b l o i s r a e l í t i c o [ 3 9 ] .
cientos a ñ o s . Y así c o m o de T a r é , p a d r e de A b r a h á n , se d i j o : 4. E s t a s p a l a b r a s : Puesto ya el sol, se elevó una llama, y
Y Taré vivió en Harrán doscientos cinco años, n o p o r q u e l o s apareció un horno humeando y lámparas de fuego, que atrave-
p a s ó t o d o s a l l í , sino p o r q u e los c u m p l i ó a l l í , así a q u í se inter- saron por entre los animales divididos, significan q u e , al fin del
p u s o : Y los reducirán a esclavitud, y los afligirán por espacio m u n d o , los c a r n a l e s s e r á n j u z g a d o s p o r el f u e g o . C o m o la per-
de cuatrocientos años, p o r q u e se c o m p l e t ó el n ú m e r o d i c h o en secución de la C i u d a d de D i o s , n u n c a a n t e s vista, q u e se e s p e r a
la aflicción, n o p o r q u e p a s ó t o d o a l l í . Y dice cuatrocientos años como f u t u r a , está d e n o t a d a en el t e n e b r o s o t e m o r d e A b r a h á n
p a r a d a r números redondos, a u n q u e h a y a n sido algunos más, que se a p o d e r ó de él h a c i a la p u e s t a del sol, o sea, al fin del
bien se c o m p u t e d e s d e el t i e m p o en q u e se h i c i e r o n estas p r o - m u n d o , así esto fuego, que a p a r e c e r á a la p u e s t a del sol, o sea,
m e s a s a A b r a h á n , b i e n desde q u e n a c i ó I s a a c p o r c a u s a de la al fin del m u n d o , simboliza el día del j u i c i o , q u e s e p a r a r á los
p o s t e r i d a d de A b r a h á n , de la q u e se p r e d i c e n estas c o s a s . Se h o m b r e s c a r n a l e s , q u e se s a l v a r á n p o r el l u e g o , d e l o s q u e se
c u e n t a n , p u e s , c o m o h e m o s ya a p u n t a d o a r r i b a , a p a r t i r del a ñ o c o n d e n a r á n en el fuego. En fin, el p a c t o h e c h o con A b r a h á n de-

pastum quemdam suum de carnaliura divisione quaerentes. Quod autem Vbrahae, de quo ista praedicuntur. Computantur enim, sicut superius iam
lilis consedit Abraham, significat etiam ínter illas carnalíum divisiones diximus, ab auno septuagésimo et quinto Abrahae, quando ad eum facta
veros usque in finem peiseveraturos fideles. Et circa solis occasum quod est prima promissio, usque ad exitum Israel ex Aegypto, quadringenti et
pavor irruit in Abraham, et timor tenebrosus magnus, significat circa iriginta anni: quorum Apostolus ita meminit: Hoc autem dico, inquit,
huius saeculi finem magnam perturbationem ac tribulationem futuram lestamentum confirmatum a Deo, guae post quadringentos et triginta annos
fidelium: de qua Dominus dixit in Evangelio, Erit enim tune tributario lacta est lex, non infirmat ad evacuandam promissionem °5. Iam ergo isti
magna, qualis non fuit ab initio " . quadringenti et triginta anni, quadringenti poterant nuncupari, quia non
3. Quod vero dictum est ad Abraham, Sciendo scies guia peregrinan <unt multo amplius: quanto magis cum aliquot iam ex isto numero prae-
erit semen tuum in térra non propria, et in servitutem redigent eos, el leriissent, quando illa in visu demonstrata et dicta sunt Abrahae; vel
affligent eos qitadringentis annis; de populo Israel, qui fuerat in Aegypto quando Isaac natus est centenario patri suo, a prima promissione post
serviturus, apertissime prophetatum est. Non quod in eadem servitute sult viginti et quinqué annos, cum iam ex istis quadringentis triginta qua-
Aegyptiis affligentibus quadringentos annos ille populus fuerat peracturus; dringenti et quinqué remanerent, quos Deus quadringentos voluit nomi-
sed in ipsis quadringentis annis praenuntiatum est hoc futurum. Quemad nare, et caetera quae sequuntur in verbis praenuntiantis Dei, nullus dubi-
modum enim scriptum est de Thara patre Abrahae, Et fuerunt dies Tha laverit ad Israeliticum populum pertinere.
rae in Charra guingue et ducenti anni11"; non quia ibi omnes acti sunt. 4. Quod vero adiungitur, Cum autem iam sol erat ad occasum, flamma
sed quia ibi completi sunt: ita et hic propterea interpositum est, Et in facta est, et ecce fornax fumabunda, et lampades ignis, quae pertransie-
servitutem redigent eos, et affligent eos guadringentis annis; quoniam iste funt per media divisa illa; significat iam in fine saeculi per ignem iudi-
numerus in eadem afflictione completus est, non quia ibi universus perac- candos esse carnales. Sicut enim afflictio civitatis Dei, qualis antea nun-
tus est. Quadringenti sane dicuntur anni propter numeri plenitudinem, (|uam fuit, quae sub Antichristo futura speratur, significatur tenebroso
quamvis aliquanto amplius sint; sive ex hoc tempore computentur, quo timore Abrahae circa solis occasum, id est, propinquante iam fine saeculi:
ista promittebantur Abrahae, sive ex quo natus est Isaac, propter semen sic ad solis occasum, id est, ad ipsum iam finem, significatur isto igne
dies iudicii dirimens carnales per ignem salvandos, et in igne damnandos.
"s M t . 24,21- Deinde testamentum factum ad Abraham, terram Chanaan proprie mani-
" G e n . ii,32.
ss
G a l . 3,i?.
1128 LA CIUDAD DB DIOS XVI, 25 XVI, 2 6 , 1 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1129

clara propiamente la tierra de Canaán, y en ella nombra once de la naturaleza. Así, cuando la esclava, ya encinta, se enga-
naciones desde el río de Egipto hasta el gran Eufrates. Y nótese lló [43], menospreciando la esterilidad del ama, Sarra, suspi-
que no se dice desde el gran río de Egipto, que sería el Nilo, caz como mujer que era, imputó eso a su esposo, y Abrahán aún
sino desde el río, que será el pequeño, que separa a Egipto y Pa- rn esta ocasión demostró que no era esclavo del amor, sino el
lestina, sobre cuya margen está Rinocorura [ 4 0 ] . engendrador libre, y que había guardado en Agar la fidelidad
(pie debía a su esposa Sarra. Además probó que cumplió no con
mi placer, sino con la voluntad de Sarra, y que aceptó a la es-
CAPITULO XXV clava, pero que no la pidió; que se acercó a ella y no quedó
prendido; que la fecundó y no la amó. Dice é l : Ahí tienes la
ACAR, ESCLAVA DE SARRA Y CONCUBINA DE ABRAHÁN
esclava a tu disposición; haz de ella lo que te plazca. ¡Oh hom-
hre admirable, que usaba de las mujeres como debe usar un

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Situados aquí, ya desfilan ante nosotros los hijos de Abra- hombre: de la propia, moderadamente; de la esclava, obe-
hán, uno de Agar, la esclava, y otro de Sarra, la libre. De ellos dientemente, y de ninguna intemperadamente! [ 4 4 ] .
ya hemos hablado en el libro anterior [ 4 1 ] . Por lo que hace a
¡as relaciones de Abrahán con esa concubina, creo que no se
debe imputar a Abrahán tal crimen [ 4 2 ] . Usó de ella con miras CAPITULO XXVI
a tener hijos, no a satisfacer su libido, y no agraviando a su
esposa, sino más bien secundando su propósito. Ella creyó con- D i o s PROMETE A ABRAHÁN UN H I J O DE SU ESPOSA
solar su esterilidad apropiándose la fecundidad de su esclava ESTÉRIL, SARRA
por voluntad, ya que no podía por naturaleza; usando, para
obtener de otra lo que no podía de sí misma, del derecho de que 1. Tras este suceso nació de Agar Ismael. En él pudiera
habla el Apóstol: Y, asimismo, el marido no es dueño de su creerse que tenía cumplimiento la promesa que Dios le había
cuerpo, sino que lo es la mujer. No se da aquí ni deseo lascivo hecho con estas palabras al ver su intención de constituir here-
ni torpeza injusta. La mujer entrega al marido la esclava con dero a su doméstico: No será ése tu heredero, sino otro que sal-
miras a la procreación, y el marido la acepta con esa inten- drá de ti. Y, para que no se imaginara que estaba ya cumplida
ción; ambos pretenden no la lujuria del pecado, sino el fruto la promesa en el hijo de la esclava, a la edad de noventa y nue-
ve años se le apareció el Señor y le dijo: Yo soy tu Dios; traba-
festat, et nominat in ea undecim gentes a ilumine Aegypti usque ad ja por agradarme y vive irreprochablemente, y yo confirmaré el
flumen magnum Euphratem. Non ergo a flumine magno Aegypti, hoc est
Nilo; sed a parvo, quod dividit ínter Aegyptum et Palaestinam, ubi est muliebri viro potius imputaret, etiam ibi demonstravit Abraham non se
civitas Rhinocorura. nmatorem servum, sed liberum fuisse genitorem, et in Agar Sarrae con-
iugi pudicitiam custodisse; nec voluptatem suam, sed voluntatem illius
CAPUT XXV implevisse: accepisse, nec petiisse; accessisse, nec haesisse: seminasse, nec
umasse. Ait enim: Ecce ancilla tua in manibus tais, atete ea quomodo tibi
>; D E AGAR ANCILLA SAKRAE, QUAM EADEM SABRÁ ABRAHAE VOLUIT ESSK placuerit °8. O virum viriliter utentem feminis, coniuge temperanter, an-
CONCDBINAM cilla obtemperantes nulla in temperanter!

Iam hinc témpora consequuntur filiorum Abrahae, unius de Agar an- CAPUT XXVI
cilla, alterius de Sarra libera, de quibus in libro superiore iam dixi-
mus " . Quod autem attinet ad rem gestam, nullo modo est inurexidum de DE TESTIFICATIONE DEI AD ABRAHAM, QUA EIDEM SENI DE STERILI SARRA
hac concubina crimen Abrahae. Usus est ea quippe ad generandam pro- L'TLIUM SPONDET, PATREMQUE EUM CENTIÜM STATUIT, ET PROMISSI FIDEM
lem, non ad explendam libidinem; nec insultans, sed potius obediens SACRAMENTO CIRCUMCISIONIS OBSICNAT
coniugi, quae suae sterilitatis credidit esse solatium, si fecundum ancillae
uterum, quoniam natura non poterat, volúntate faceret suum, et eo iure 1. Post haec est natus Ismael ex Agar, in quo putare posset imple-
quo dicit Apostolus, Similiter et vir non habet potestatem corporis sai, lum, quod e¡ promissum fuerat, cum sibi vemaculum suum adoptare vo-
sed mulier " , uteretur mulier ad pariendum ex altera, quod non poterat luisset, dicente Deo, Non erit kaeres tuus hic; sed qui exiet de te, Ule
ex se ipsa. Nulla est hic cupido lasciviae, nulla nequitiae turpitudo. Ab rrit haeres mas " . Hoc ergo promissum ne in ancillae filio putaret im-
uxore causa prolis ancilla marito traditur, a marito causa prolis accipitur: liletum, iam cum esset annorum nonaginta et novem, apparuit ei Dominus,
ab utroque non culpae luxus, sed naturae fructus exquiritur. Deniquo et dixit Mi: Ego sum Deus, place in conspectu meo, et esto sine querela,
cum ancilla grávida, domina sterili, superbiret, et hoc Sarra suspicioné cí ponam testaméntum meum ínter me et ínter te, et implebo te valdé.
" C.5. " Gen. i6,6.
97 "* Oen, 15,4.
i Cor. 7,4.
1130 Lk CIUDAD DE DIOS XVI, 26, 1 X V I , 26, 2 DE NOÉ A LOS PROFKTAS 1131

pacto entre yo y tú y te colmaré de toda clase de bienes. y de él descenderán reyes de varios pueblos. Ahrahún se pros-
Y Abram se postró hasta el suelo, y el Señor le habló en estos ternó y sonrió, diciendo en su corazón estas palabras: ¡Mira
términos: Yo soy, y he aquí mi alianza contigo: vendrás a ser que si a un viejo como yo de cien años le va a nacer un hijo,
padre de muchas naciones. De hoy en adelante, tu nombre será y una mujer de noventa como Sarra va a dar a luz! Y dijo
no Abram, sino Abrahán, porque te tengo destinado para padre Abrahán a Dios: ¡Viva Ismael en tu presencia! Y Dios le con-
de muchas naciones. Yo te acreceré en demasía y te constituiré testó: Sí, sí, y he aquí que Sarra, tu esposa, te ha de parir un
cabeza de muchos pueblos y de ti descenderán reyes. Pondré mi hijo, y le pondrás por nombre Isaac, y con él formaré mi pacto
alianza entre los dos, y después de ti, en tus generaciones; entre en alianza eterna. Y yo seré su Dios y el Dios de su descenden-
tu posteridad y yo pondré un pacto eterno, por el que yo seré cia. También he oído tu petición en favor de Ismael. Lo he.
tu Dios y Dios de tu posteridad. Te daré a ti y a tus descen- bendecido, y le daré una descendencia grande y numerosa. Será
dientes la tierra en que estás ahora como peregrino, toda la tie- padre de doce naciones y le haré jefe de una nación grande.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


rra de Canaán en posesión perpetua, y seré Dios para ellos. Pero mi pacto lo estableceré con Isaac, que Sarra te parirá por
Y Dios añadió a Abrahán: Tú cumplirás también mi alianza, y este tiempo el año próximo.
tras ti, tu posteridad en sus generaciones. Este es el pacto que 2 . E n este p a s a j e , las p r o m e s a s s o b r e la v o c a c i ó n de los
has de observar entre mí y vosotros y entre tu descendencia: gentiles se h a c e n luz en I s a a c , es decir, en el h i j o d e la p r o m e -
Todo varón será circuncidado, y entre vosotros circuncidaréis sa, figura de la g r a c i a , n o de la n a t u r a l e z a , p o r q u e se p r o m e t i ó
la carne de vuestro prepucio; y ésta será la señal del pacto a u n viejo c e n t e n a r i o y a u n a a n c i a n a e s t é r i l . Si b i e n es v e r d a d
contraído entre mí y vosotros: Será circuncidado a los ocho que D i o s c o n c u r r e t a m b i é n al d e s a r r o l l o n a t u r a l de la p r o c r e a -
días todo niño varón que nazca entre vosotros. Será circuncida- ción, con t o d o , c u a n d o , v i c i a d a e i m p o s i b i l i t a d a la n a t u r a l e z a ,
do también el esclavo, tanto el de la propia estirpe como el se manifiesta el p o d e r de D i o s , e n t o n c e s a p a r e c e su g r a c i a con
nacido de extranjera, es decir, que sea circuncidado tanto el m á s c l a r i d a d . Y c o m o esto se d e b e r í a , n o a la g e n e r a c i ó n , s i n o
doméstico como el comprado. Y mi pacto quedará en vuestra a la r e g e n e r a c i ó n , p o r eso se m a n d ó la c i r c u n c i s i ó n c u a n d o se
carne como marca de la alianza eterna. El que no fuere cir- p r o m e t i ó un hijo a S a r r a . El m a n d a r c i r c u n c i d a r a t o d o s , n o so-
cuncidado, cualquier varón cuyo prepucio no haya sido circun- l a m e n t e a los h i j o s , sino t a m b i é n a los esclavos, d o m é s t i c o s y
cidado el día octavo, será borrado de su raza, porque violó mi e m p l i c i o s , p r u e b a q u e la g r a c i a es p a r a t o d o s . ¿ Q u é significa
alianza. Y dijo Dios a Abrahán: Sara, tu mujer, no se llamará la c i r c u n c i s i ó n s i n o la n a t u r a l e z a r e n o v a d a y d e s p o j a d a de su
ya Sara, sino que su nombre será Sarra. Yo la bendeciré, y te vejez? [ 4 5 J ¿ Y q u é figura el d í a o c t a v o sino a Cristo, q u e
daré de ella un hijo. Y lo bendeciré y será origen de naciones
jilium: et benedicam illum; et erit in nationes, et reges gentium ex eo
Et procidit Abram in, jaciem suam. Et locutus est illi Deus, dicens: Et erunt. Et procidit Abraham super jaciem suam; et risit, et dixit in animo
ego, ecce testamentum meum tecum; et eris pater multitudinis gentium: suo, dicens: Si mihi centum annos habenti nascetur filius, et si Sarra
et non appellabitur adhuc nomen tuum Abram, sed erit nomen tuum annorum nonaginta pariet? Dixit autem Abraham ad Deum: Ismael hic
Abraham; guia patrem multarum gentium posui te: et augebo te valde, vivat in conspectu tuo. Dixit autem Deus ad Abraham: ha, ecce Sarra
et ponam te in gentes, et reges ex te exibunt: statuam testamentum meum uxor tua pariet. tibi filium, et vocabis nomen eius Isaac: et statuam tes-
inter me et, ínter te, et inter semen tuum post te in generationes eorum tamentum meum ad illum in testamentum aeternurn, esse illi Deus, et
in testamentum aeternurn, ut sim tibi Deus, et semini tuo post te. Et dabo semini eius post illum. De Ismael autem ecce exaudivi te: ecce benedixi
tibi et semini tuo post te terram, in qua Íncola es, omnem terram Chanaan eum, et ampliaba illum, et multiplicabo illum valde. Duodecim gentes ge-
in possessionem aeternam, et ero Mis Deus. Et dixit Deus ad Abraham: neraba: et dabo illum in gentem magnam. Testamentum autem meum
Tu autem testamentum meum conservabis, tu et semen tuum post te in statuam ad Isaac, quem pariet tibi Sarra in tempore hoc ad annum se-
progenies suas. Et hoc est testamentum, quod conservabis inter me et vos. quentem 70.
et inter semen tuum post te in generationes suas. Circumcidetur vestrum 2. Hic apertiora promissa sunt de vocatione Gentium in Isaac, id
omne masculinum, el circumcidemini carnem praeputii vestri: et erit in rst, in filio promissionis, quo significatur gratia, non natura: quia de sene
signum testamenti inter me et vos. Et puer octo dierum circumcidetur, et anu sterili promittitur filius. Quamvis enim et naturalem procreationis
vestrum omne masculinum in progenies vestras. Vernáculas et emptitius cxcursum Deus operetur: ubi tamen evidens opus Dei est, vitiata et ces-
ab omni filio alienígena, qui non est de semine tuo, circumcisione cir- sante natura, ibi evidentius intelligitur gratia. Et quia hoc non per gene-
cumcidetur: vernaculus domus tuae et emptitius. Et erit testamentum rntionem, sed per regenerationem futurum erat, ideo nunc imperata est
meum in carne véstra in testamentum aeternurn. Et qui non fuerit circum- rircumcisio, quando de Sarra promissus est filius. Et quod omnes, non
cisus, masculus qui non circumcidetur carnem praeputii sui octavo die,. solum filios, verum etiam servos vernáculos et emptitios circumcidi iubet,
interibit anima illa de genere eius; quia testamentum meum dissipavit. Et. ad omnes istam gratiam pertinere testatur. Quid enim aliud circumcisio
dixit Deus ad Abraham: Sara uxor tua, non appellabitur nomen eius Sara, •íignificat, quam vetustate exuta naturam renovatam? et quid aliud quam
sed Sarra erit nomen eius. Benedicam autem Mam, et dabo tibi ex ea
G e n . 17,1-31.
1132 M CIUDAD DE DIOS XVI, 26, 2 XVI, 27 DE NOÉ A LOS PROFBTAS 1133
resucitó al fin de la semana, es decir, después del sábado? [ 4 6 ] .
Se cambian los nombres de los padres. Todo respira novedad, CAPITULO XXVII
y el Viejo Testamento hace presente al Nuevo. ¿Qué es el Vie-
jo Testamento sino la ocultación del Nuevo, y qué el Nuevo
sino la manifestación del Viejo? La sonrisa de Abrahán es sal- L A CIRCUNCISIÓN Y SUS EFECTOS
to de agradecimiento, no de desconfianza. Y aquellas palabras Se puede, asimismo, preguntar cómo deben interpretarse es-
interiores: ¡Mira que si a un viejo como yo de cien años le va tas palabras: Cualquier varón cuyo prepucio no haya sido cir-
a nacer un hijo, y una mujer de noventa como Sarra va a dar a cuncidado el día octavo, será borrado de su raza, porque violó
luz!, no son dubitativas, sino admirativas. Y si alguien siente mi alianza. La verdad es que los niños, cuyas almas perecerán
dudas sobre cómo se han cumplido o han de cumplirse estas según el texto, no tienen culpa alguna, ya que ellos no que-
palabras: Y te daré a ti y a tus descendientes la tierra en que brantaron la alianza de Dios, sino sus mayores, que no cui-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


estás ahora como peregrino, toda la tierra de Canaán en pose' daron de circuncidarlos. Mas decimos que también los niños
sión eterna, basado en que ninguna posesión terrena puede ser han violado el pacto de Dios en la persona de aquel en quien
eterna para una nación, recuerde que suele traducirse por eter- todos pecamos, no a tenor de la vida propia, sino a tenor del
no el término griego cctcóviov, que deriva de siglo, pues ccióv en origen común del linaje humano. Además del Viejo y del Nue-
griego se llama al siglo. Mas los latinos no se han atrevido a vo Testamento, que cualquiera puede conocer leyendo, hay mu-
traducirlo por secular por temor a tergiversar su sentido por chos otros testamentos o alianzas de Dios. El primer pacto he-
completo. Y es claro, porque seculares decimos a muchas cosas cho con el hombre es indudablemente éste: El día en que co-
que suceden en este siglo aunque pasen en breve tiempo; en miereis, moriréis de muerte. Por eso, en el libro intitulado
cambio, ocícóviov denota, o una duración sin fin, o algo que se ex- Eclesiástico está escrito: Toda carne ha de deteriorarse como
tiende hasta el fin del mundo. un vestido. El testamento, desde principio del siglo: Moriréis
de muerte. Si, pues, la ley más manifiesta se dio después, y el
Christum octavus dies, qui hebdómada completa, hoc est post sabbatum,
resurrexit? Parentum mutantur et nomina, omnia resonant novitatem, et Apóstol dice que donde no hay ley, no hay prevaricación,
in Testamento vetere obumbratur novum. Quid est enim quod dicitur Tes- ¿cómo se salva la verdad de lo que se lee en un salmo: He te-
tamentum vetus, nisi occultatio novi? et quid est aliud quod dicitur no- nido por prevaricadores a todos los pecadores de la tierra, sino
vum, nisi veteris revelatio? Risus Abrahae, exsultatio est gratulantis, non
irrisio diffidentis. Verba quoque eius illa in animo suo, Si mihi centum
anuos habenti nascetur filius, et si Sarra annorum nonaginla panel? non CAPUT XXVII
sunt dubitantis, sed admirantis. Si quem vero movet quod dictum es^
Et dabo tibi et semini tuo post te terram, in qua tu Íncola es, omnem DE MASCÜLO, QDI SI OCTAVO DIE NON FÜERIT CIRCUMCISUS. PEBIT ANIMA
terram Chanaan in possessionem aeternam; quomodo accipiatur impletum, EIUS, QUIA TESTAMENTUM DEI DISSIPAVIT
sive adhuc exspectetur implendum, cum possessio quaecumque terrena ítem potest moveré, quomodo intelligi oporteat quod hic dictum est,
aeterna cuilibet gen ti esse non possit: sciat aeternum a nostris interpre- Masculus qui non circumeidetur carnem praeputii sui octavo die, interibit
tan, quod Graeci appellant atóviov quod a saeculo derivatum est: cctóv anima illa de genere eius, quia testamentum meum dissipavit: cum haec.
quippe graece saeculum nuncupatur. Sed non sunt ausi Latini hoc dicerc nuil a culpa sit parvvili, cuius dixit animam perituram; nec ipse dissipa-
saeculare, ne longe in aliud mitterent sensum. Saecularia quippe dicuntur verit testamentum Dei, sed maiores qui eum circumeidere non curarunt:
multa, quae in hoc saeculo sic aguntur, ut brevi etiam tempore transeant: nisi quia etiam parvuli, non secundum suae vitae proprietatem, sed se-
atóviov autem quod dicitur, aut non habet finem, aut usque in huius sae- cundum communem generis humani originem, omnes in illo uno testa-
culi tenditur finem. mentum Dei dissipaverunt, in quo omnes peccaverunt". Multa quippe
appellantur testamenta Dei, exceptis lilis duobus magnis, vetere et novo,
quod licet cuique legendo cognoscere. Testamentum autem primum, quod
factum est ad hominem primum, profecto illud est: Qua die ederitis, morte
moriemini". Unde scriptum est in libro, qui Ecclesiasticus appellatur,
Omnis caro sicut vestís veterascit. Testamentum enim a saeculo, Morte
morieris ". Cum enim lex evidentior postea data sit, et dicat Apostolus, Ubi
autem non est lex, nec praevaricatio 7i: quo pacto quod legitur in Psalmo
verum est, Praevaricatores aestimavi omnes peccatores terrae"; nisi quia
71
72 Rara. 5,12.
ía 6eH. 3,17.
u
Eccli. 14,181 iec, VXü
Rom, 4tXS-
*' Pe. liBiíft.
JCVÜ, 2 8 DE NOÉ A LOS PROFETAS ' H35
1134 LA CIUDAD DE DIOS X V I , 27

diciendo que todos los que están ligados con algún pecado son CAPITULO XXVIII
reos de prevaricación de alguna ley? Por lo tanto, si los niños,
y la fe auténtica así lo enseña, nacen pecadores no propiamente,
E L CAMBIO DE NOMBRES EN ABKAHÁN Y EN SARRA
sino originalmente—de aquí que admitamos la necesidad de la
gracia remisiva de los pecados—, sin duda por el mero hecho Una promesa grande y espléndida fué hecha a Abrahán en
de ser pecadores son también prevaricadores de la ley dada en estos términos tan claros: Te tengo destinado para padre de
el paraíso. Así, son verdaderas estas dos proposiciones: He te- muchas naciones. Yo te acreceré en demasía, y te constituiré ca-
nido por prevaricadores a todos los pecadores de la tierra, y : beza de muchos pueblos, y de ti descenderán reyes. Y te daré
Donde no hay ley, no hay prevaricación. En consecuencia, como de. Sarra un hijo, y lo bendeciré y será origen de naciones, y
la circuncisión fué un signo de la regeneración, la generación descenderán de él varios pueblos. Esta promesa la vemos cum-
perderá en justicia a los niños por el pecado original, que violó

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


plida ahora en Cristo. Desde este momento, la Escritura no
la primer alianza de Dios, si la regeneración no los libra. Esas llama ya a esos dos esposos como antes, Abram y Sara, sino
palabras deben entenderse como si se dijera: Quien no haya como los he venido llamando desde el principio de esta obra,
sido regenerado, perecerá, porque quebrantó el pacto de Dios siguiendo la usanza corriente, Abrahán y Sarra. Y se da la
cuando pecó en Adán con todos los demás hombres. Si hubiera razón del cambio del nombre en Abrahán en estas palabras:
dicho: Porque quebrantó esta mi alianza, nos obligaría a res- Porque yo te tengo destinado para padre de muchas naciones.
tringirlo a la circuncisión. Mas, como no expresó qué alianza Este es, pues, el significado de Abrahán, y Abram, su nombre
ha violado el niño, estamos en libertad para entender aquí la anliguo, se traduce por Padre sublime. Del cambio del nombre
alianza de cuya violación puede ser solidario el niño. Y si en Sarra no se da el motivo, pero los intérpretes de los nom-
alguno se empeña en decir que se refiere a la circuncisión, por- bres hebreos contenidos en las sagradas Letras dicen que Sara
que, al no ser circuncidado, violó el pacto de Dios, busque un significa mi Princesa, y Sarra, Virtud. Por eso en la Epístola
modo razonable, no absurdo, de decir que uno violó el pacto a los Hebreos se escribe: Por la fe, Sarra misma recibió la vir-
no violado por él, sino violado en él. Aun en este caso hay tud de concebir. Ambos eran ya viejos, como atestigua la Es-
que hacer notar aue el alma del niño incircunciso no perece crilura, pero a ella se añadía la esterilidad, y además padecía
injustamente por la negligencia habida en él, sino por la tara menopausia, lo cual le hacía ya imposible la concepción aun-
del pecado original.

omnes legis alicuius praevaricatae sunt rei, qui aliquo peccato tenentur
obstricti? Quamobrem si etiam parvuli, quod vera fides habet, nascuntur CAPUT XXVIII
non proprie, sed originalitcr peccatores, unde illis gratiam remissionis DE COMMUTATIONE NOMINUM ABRAHAE ET SARRAE, QUI CUM OB UNIUS
peccatorum necessariam confitcmur; profecto eo modo quo sunt peccato- STERILITATEM, OB UTRIUSQUE AUTEM SENECTUTEM GENERARE NON POSSENT,
res, etiam praevaricatores legis illius, quae in paradiso data est, agnos-
MUNUS FECUNDITATIS INDEPTI SUNT
cuntur; ut verum sit utrumque, quod scnptum est, et, Praevaricatores
actimavi omnes peccatores terrae; et, Ubi lex non est; nec praevaricatio. Facta igitur promissione tam magna tamque dilucida ad Abraham, cui
Ac per hoc, quia circumcisio signum regenerationis fuit, et non immerito evidentissime dictum est, Patrem multarum gentium posui te; et augebo
parvulum propter onginale peccatum, quo primum T"!ei dissipatum est tes- te valde, et ponam te in gentes, et reges exibunt ex te: et dabo tibí ex
tamentum, generatio disperdet, nisi regeneratio liberet: sic intelligenda Sarra filium; et benedicam illum, et erit in nationes, et reges gentium ex
sun» Vnec divina verba, tanquam dicUim sit, Qui non fuerit regeneratus, eo erunt: quam promissionem nunc in Christo cernimus reddí: ex illo
interibit anima illa de populo eius, quia testamentum Dei dissipavit, quan- deinceps illi coniuges non vocantur in Scripturis, sicut antea vocabantur,
do in Adam cum ómnibus etiam ípse peccavit. Si enim dixisset, Quia hoc Abram et Sara; sed sicut nos eos ab initio voeavimus, quoniam sic iam
testamentum meum dissipavit; nonnisi de ista circumcisione intelligi co- vocantur ab ómnibus, Abraham et Sarra. Cur autem mutatum sit nomen
geret: mmc vero, quoniam non exp^essit cuiusmodi testamentum parvulus Abrahae, reddita est ratio: Quia patrem, inquit, multarum gentium posui
dissipaverit, liberum est intelligere de illo testamento dictum, cuius dis- te. Hoc ergo significare intelligendum est Abraham: Abram vero, quod
sipatio pertinere possit ad parvulum. Si autem quisquam hoc nonnisi de ante vocabatur, interpretatur Pater excelsus. De nomine autem mutato
ina circumcisione dictum esse contendit, quod in ea testamentum Dei, Sarrae non est reddita ratio: sed, sicut aiunt, qui scripserunt interpreta-
quoniam non est circumcisus, dissipaverit parvulus; quaerat locutionis tiones nominum hebraeorum, quae his sacris Litteris continentur, Sara
alirniem modum, quo non abourde possit intelligi, ideo dissipa^se testa- interpretatur Princeps mea; Sarra autem Virtus. Unde scriptum est in
mentum, ama licet non ab illo, tamen in illo est dissipatum. Verum sic Epístola ad Hebraeos: Fide et ipsa Sarra virtutem accepit ad emissionem
quoaue animadvertendum est, nidia in se ne^ligentia sua iniuste interire seminis". Ambo autem séniores erant, sicut Scriptura testatur: sed illa
incircumcisi animam parvuli, nisi originalis obligatione peccati.
76
Hebr. i r , i i .
1138 LA CIUDAD Dl¡ DIOS X V I , 28 XVI, 29 i)i¡, NOÍ: A LOS I'ROI'IÍTAS 1137

q u e n o f u e r a e s t é r i l . U n a m u j e r d e e d a d a v a n z a d a , si a ú n goza
del flujo m e n s t r u a l , p u e d e t e n e r h i j o s d e u n j o v e n , p e r o n o pue- C A P I T U L O XXIX
de d e u n viejo, a u n q u e el viejo p u e d a e n g e n d r a r de u n a joven-
z u e l a c o m o p u d o e n g e n d r a r A b r a h á n d e C e t u r a d e s p u é s de la
m u e r t e de S a r r a , p o r q u e la h a l l ó en la flor de la v i d a . E s t o es lo A P A R I C I Ó N D E D I O S A A B R A H Á N E N M A M B R E EN F I G U R A D E T R E S
q u e el A p ó s t o l e n c a r e c e c o m o m a r a v i l l o s o , y a este fin dice q u e VARONES O ÁNGELES
A b r a h á n t e n í a y a el c u e r p o a m o r t i g u a d o , p o r q u e e n a q u e l l a
D i o s se a p a r e c i ó a A b r a h á n en la e n c i n a d e M a m b r e e n per-
edad era impotente p a r a engendrar de cualquier mujer que aún
sona de tres hombres, que no cabe duda que eran ángeles. Sin
t u v i e r a u n p o c o d e v i d a p a r a ese efecto. D e b e m o s , p u e s , enten-
e m b a r g o , algunos creen que u n o de ellos era Cristo, que, según
d e r q u e su c u e r p o e s t a b a m u e r t o p a r a a l g o , n o p a r a t o d o , y a
ellos, a n t e s de e n c a r n a r s e e r a visible [ 4 7 ] . E s p r o p i o d e la
q u e , si lo e s t u v i e r a p a r a t o d o , n o sería y a vejez d e u n vivo, sino
d i v i n a p o t e s t a d y d e la n a t u r a l e z a i n v i s i b l e , i n c o r p o r a l e in-
u n c a d á v e r d e u n m u e r t o . T a l vez p u e d a s o l u c i o n a r s e t a m b i é n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


m u t a b l e , h a c e r s e v i s i b l e a los ojos h u m a n o s sin m u t a c i ó n
esta cuestión d i c i e n d o q u e A b r a h á n e n g e n d r ó m á s t a r d e de Ce-
a l g u n a , n o p o r sí m i s m o , s i n o p o r m e d i o d e l a s c r i a t u r a s
t u r a , p o r q u e ese d o n q u e recibió d e D i o s p e r d u r ó e n é l a ú n
sujetas a é l . ¿ Y q u é n o le está s u j e t o ? M a s , si p a r a d e c i r
d e s p u é s d e la m u e r t e d e su m u j e r . P e r o m e p a r e c e m á s v i a b l e
q u e u n o d e e l l o s e r a C r i s t o se a p o y a n en q u e , h a b i e n d o visto
la p r i m e r a s o l u c i ó n d a d a , p u e s t o q u e es v e r d a d q u e u n viejo
tres, h a b l ó en p a r t i c u l a r a l S e ñ o r , c o n f o r m e a l t e x t o : Y he
c e n t e n a r i o n o p u e d e e n g e n d r a r d e m u j e r a l g u n a ; p e r o lo es
aquí que tres personajes estaban parados ante él, y, en viéndo-
a h o r a , n o e n t o n c e s , c u a n d o su v i d a e r a t a n l a r g a , q u e los cien
los, corrió a su encuentro desde la puerta de su tabernáculo, y
a ñ o s n o p e s a b a n en el h o m b r e , h a c i é n d o l e viejo d e c r é p i t o .
les saludó inclinándose hasta la tierra. Y dijo: Señor, si he
etiam sterilis, et cruore menstruo iam destituía; propter quod iam parere hallado gracia en tu presencia, etc., ¿ p o r q u é n o r e p a r a n t a m -
non posset, etiamsi sterilis non fuisset. Porro si femina ita sit provectioris b i é n q u e d o s de e l l o s fueron a d e s t r u i r a los s o d o m i t a s c u a n d o
aetatis, ut ei sólita mulierum adhuc fluant, de iuvene parere potest, de a ú n e s t a b a h a b l a n d o A b r a h á n con ese a q u i e n l l a m a S e ñ o r
seniore non potest: quamvis adhuc possit ¡He sénior, sed de adolescentula e i n t e r c e d i e n d o p a r a q u e n o a n i q u i l a r a en S o d o m a indistinta-
gignere: sicut Abraham post mortem Sarrae de Cethura potuit, quia vivi- m e n t e a l j u s t o y al i m p í o ? A d e m á s , Lot recibió a los otros d o s ,
dara eius invenit aetatem. Hoc ergo est quod mirum cornmendat Aposto- y, h a b l a n d o con ellos, dice t a m b i é n S e ñ o r . P r i m e r o dijo e n
lus, et ad hoc dicit Abrahae iam fuisse corpus emortuum " : quoniam non
ex omni femina, cui esset adhuc aliquod pariendi tempus extremum, ge- p l u r a l : ¡Ea!, señores, venid a la casa de vuestro siervo, etc., y
nerare ipse in illa aetate adhuc posset. Ad aliquid enim emortuum corpus
intelligere debemus, non ad omnia. Nam si ad omnia, non iam senectus
vivi, sed cadáver est mortui. Quamvis etiam sic solvi soleat ista quaestio, CAPUT XXIX
quod de Cethura postea genuit Abraham, quia gignendi donum, quod a
Domino accepit, etiam post obitum mansit uxoris. Sed propterea mihi DE TRIBUS VIRIS VFX ANGELIS, IN QUIBUS AD QUERCUM MAMBKE APPARUISSE
videtur illa, quam secuti sumus, huitis quaestionis solutio praeferenda, ABRAHAE DOMINUS INDICATUR
quia centenarias quidem senex, sed temporis nostri, de nulla potest fe-
mina gignere; non tune, quando adhuc tam diu vivebant, ut centum anni ítem Deus apparuit Abrahae ad quercum Mambre in tribus viris, quos
nondum facerent hominem decrepitae senectud». dubitandum non est Angelos fuisse; quamvis quidam existiment unum in
eis fuisse Dominum Christum, asserentes eum etiam ante mdumentum
77
Rom. 4,19. carnis fuisse visibilem. Est quidem divinae potestatis, et invisibilis, incor-
poralis incommutabilisque naturae, sine ulla sui mutatione etiam morta-
libus aspectibus apparere, non per id quod est, sed per aliquid quod sibi
subditum est. Quid autem illi subditum non est? Verumtamen si propter-
ea confirmant horum trium aliquem fuisse Christum, quia cum tres vi-
disset, ad Dominum singulariter est locutus: sic enim scriptum est, Et
ecce tres viri stabant super eum, et videns procucurrit obviara illis ab
ostio tabernaculi sui, et adoravit super terram, et dixit: Domine, si inveni
gratiam ante te " , et caetera: cur non etiam illud advertunt, dúos ex eis
venisse, ut Sodomitae delerentur, cum adhuc Abraham ad unum loque- '
retur, Dominum appellans, et intercedens ne simul iustum cum impio in
Sodomis perderet? Illos autem dúos sic suscepit Lot, ut etiam ipse in
colloquio cum illis suo singulariter Dominum appellaret. Nam cura eis
pluraliter dixisset, Ecce, domini, declínate in domum pueri vestri, et cae-
' 8 Gen, 18,1-3.
1138 LA CIUDAD DE DIOS XVI, 29

l u e g o a ñ a d e : Los ángeles le cogieron de la mano a él y a su XVI, 30 DE NOE A LOS PROFETAS 1139


esposa y a sus dos hijas, porque el Señor les perdonaba a ellos.
grande y numerosa, y serán benditas en él todas las naciones
Y tan pronto como lo sacaron de la ciudad, le dijeron: Salva
de la tierra. Estas p a l a b r a s e n c i e r r a n u n a p r o m e s a b r e v e y per-
tu vida, no mires hacia atrás y no te pares en toda la región.
fecta de dos r e a l i d a d e s : de la n a c i ó n de I s r a e l según la c a r n e
Ponte a salvo en la montaña, no sea que tú también seas abra-
y de t o d a s las n a c i o n e s según la fe.
sado. Y Lot les dijo: Ruégote, Señor, pues que tu siervo ha
encontrado gracia en tus ojos, etc. E n s e g u i d a , el S e ñ o r le res-
p o n d e en s i n g u l a r , e s t a n d o en dos á n g e l e s , y le d i c e : Mira, he
C A P I T U L O XXX
tenido piedad de ti, etc. D e d o n d e se sigue q u e es m u c h o m á s
c r e í b l e decir q u e A b r a h á n y Lot r e c o n o c i e r o n al S e ñ o r en sus
á n g e l e s ; a q u é l , en los tres, y éste, en los d o s , y h a b l a b a n con L I B E R A C I Ó N DE LOT Y CONCUPISCENCIA DE ABIMELEC
él en s i n g u l a r , a u n en la conciencia de q u e e r a n h o m b r e s . Y el

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


r e c i b i m i e n t o q u e les d i e r o n r e s p o n d e a eso, p u e s q u e les sirvie- H a b i e n d o s a l i d o L o t de S o d o m a d e s p u é s de esta p r o m e s a ,
r o n c o m o a m o r t a l e s y a i n d i g e n t e s . E m p e r o , a l g o h a b í a indu- u n a l l u v i a de fuego b a j ó del cielo y r e d u j o a cenizas t o d a la
d a b l e m e n t e en e l l o s q u e l l a m a b a la a t e n c i ó n ; t a n t o q u e , si b i e n c i u d a d i m p í a , en la q u e la s o d o m í a de u n a y o t r a clase se h a b í a
les t r a t a b a n c o m o a h o m b r e s , n o les c a b í a la m e n o r d u d a q u e h e c h o t a n c o r r i e n t e c o m o los d e m á s actos p e r m i t i d o s por las
el S e ñ o r e s t a b a en ellos c o m o suele e s t a r en los p r o f e t a s . Y así leyes [ 4 8 ] . M a s t a m b i é n este f o r m i d a b l e castigo fué u n a ima-
se e x p l i c a q u e a veces les l l a m a r a n en p l u r a l y a veces d i j e r a n gen del f u t u r o juicio de. D i o s . P u e s ¿ p o r q u é se p r o h i b i ó a los
s i m p l e m e n t e S e ñ o r , en s i n g u l a r , v i é n d o l e en e l l o s . L a E s c r i t u r a l i b e r t a d o s p o r los á n g e l e s m i r a r a t r á s sino p o r q u e , si q u e r e m o s
a t e s t i g u a que e r a n á n g e l e s ; y lo a t e s t i g u a n o sólo en el Génesis, e s c a p a r al j u i c i o final, n o d e b e m o s t o r n a r con el deseo al hom-
d o n d e se n a r r a n estos h e c h o s , sino t a m b i é n en la E p í s t o l a a los b r e viejo, del q u e d e s p o j a al r e g e n e r a d o l a g r a c i a ? E n efecto,
H e b r e o s , en la q u e , a l a b a n d o la h o s p i t a l i d a d , se d i c e : Por ella la esposa de Lot, d o n d e m i r ó , a l l í q u e d ó , y, c o n v e r t i d a en sal,
algunos, sin saberlo, han dado hospitalidad a los ángeles. Esos dio a los fieles cierto c o n d i m e n t o q u e les p e r m i t e s a b o r e a r a l g o
tres p e r s o n a j e s fueron los i n s t r u m e n t o s de la n u e v a p r o m e s a de a q u e l e j e m p l o . L u e g o A b r a h á n en G e r a r a r e p i t i ó con Abi-
h e c h a a A b r a h á n s o b r e I s a a c , el h i j o q u e t e n d r í a de S a r r a . Y la melec, rey de a q u e l l a c i u d a d , el m i s m o a r d i d u s a d o en E g i p t o ,
r e s p u e s t a d i v i n a fué é s t a : Abrahán será cabeza de una nación y conservó así i n t a c t a a su e s p o s a . E n esta cuestión A b r a h á n ,
al i n c r e p a r l e el rey p o r q u é h a b í a c a l l a d o q u e e r a su esposa y

tera quae ibi dicuntur: postea tamen ita legitur, Et tenuerunt Angelí ut diceretur, Abraham erit in gentem magnam et multam, et benedicentur
manum eius, et manum uxoris eius, et manus duarum filiarum eius, in in eo omnes gentes terrae 81. Et hic dúo illa brevissime plenissimeque pro-
eo quod parceret Dominas ipsi. Et jactum est, mox ut eduxerunt illum missa sunt, gens Israel secundum carnem, et omnes gentes secundum
joras, et dixerunt: Salvam jac animam tuam, ne respexeris retro, nec finem.
steteris in tota regione: in monte salvum te jac, ne quando comprehen-
daris. Dixit autem Lot ad illos: Oro, Domine, quia invenit puer tuus CAPUT XXX
misericordiam ante te, et quae sequuntur. Deinde post haec verba singu-
lariter illi respondit et Dominus, cum in duobus Angelis esset, dicens, DE LOT A SODOMIS LIBERATO, ATQUE EISDEM CAELESTI IGNE CONSUMPTIS;
Ecce miratus sum jaciem tuam " , et caetera. Unde multo est credibilius, ET DE ABIMELECH; CUIUS CONCUPISCENTIA CASTITATI SARRAE NOCERE NON
quod et Abraham in tribus et Lot in duobus viris Dominum agnoscebant, POTUIT
cui per singularem numerum loquebantur, etiam cum eos nomines esse
arbitrarentur: ñeque enim aliam ob causam sic eos susceperunt, ut tan- Post hanc promissionem liberato de Sodomis Lot, et veniente Ígneo
quam mortalibus et humana refectione indigentibus ministrarent: sed erat imbre de cáelo, tota illa regio impiae civitatis in cinerem versa est, ubi
profecto aliquid, quo ita excellebant, licet tanquam homines, ut in eis stupra in masculos in tantam consuetudinem convaluerant, quantam leges
esse Dominum, sicut esse assolet in Prophetis, hi qui hospitalitatem illis solent aliorum factorum praebere licentiam. Verum et hoc eorurn suppli-
exhibebant, dubitare non possent; atque ideo et ipsos aliquando plura- cium s,Vcimen futuri iudicii divini fuit. Nam quo pertinet quod prohibiti
iiter, et in eis Dominum aliquando síngulariter appellabant. Angelos au- sunt qui liberabantur ab Angelis retro respicere, nisi quia non est animo
tem fuisse Scriptura testatur, non solum in hoc Génesis libro, ubi haec redeundum ad veterem vitam, qua per gratiam regeneratus exuitur, si
gesta narran tur; verum etiam in Epístola ad Hebraeos, ubi, cum hospi- ultjmum evadere iudicium cogitamus? Denique uxor Lot, ubi respexit,
talitas laudaretur, Per hanc, inquit, etiam quídam nescientes hospitio re- remansit; et in salem conversa 82 hominibus fidelibus quoddam praestitit
ceperunt Angelos 80. Per illos igitur tres viros, cum rursus filius Isaac de condimentum, quo sapiant aliquid, unde illud caveatur exemplum. Inde
Sarra promitteretur Abrahae, divínum datum est etiam tale responsum, rursus Abraham fecit in Geraris apud regem civitatis illius Abimelech, -
quod in Aegypto.de coniuge fecerat, eique intacta similiter reddita est.
79
I(>
Gen. K),2-2i. Ubi sane Abraham obiurganti regi cur tacuisset uxorem, sororemque di-
Hebr. 13,2.
81
Gen. I8,IS. ,-, ••.•':. • .. •• •
82
G e n . 19. '„; . . . .;•- ;i -, ...
1140 LA CIUDAD DB DIOS XVI, 31
XVI, 5 2 , 1 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1141
dicho que era su hermana, le añadió, descubriéndole su temor:
En realidad es mi hermana, no de madre, pero sí de padre. Era
hermana de Abrahán por parte de padre y una de sus más pró- CAPITULO XXXII
ximas parientes. Y era tan bella, que, aun a esa edad, podía
inspirar amor. OBEDIENCIA Y F E DE ABRAHÁN. M U E R T E DE SARRA

1. Entre esta serie de acontecimientos, cuyo recuento sería


CAPITULO XXXI asaz largo, hay uno notable, la tentación de Abrahán, a quien se
exigía inmolar a su queridísimo hijo Isaac para probar su pia-
dosa obediencia y darla a conocer a los hombres, no a Dios.
ISAAC Y MOTIVO DE SU NOMBRE Porque no toda tentación es reprobable, puesto que a la que
sirve de prueba a la virtud debe dársele la bienvenida. En la

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Tras estos sucesos le nació a Abrahán un hijo de su esposa
Sarra, según la promesa de Dios, y le llamó Isaac, que significa mayoría de los casos es éste el único medio de conocerse el hom-
Sonrisa. Porque el padre se sonrió cuando le fué prometido y bre a sí mismo, el tantear sus fuerzas, no de palabra, sino por la
se sonrió de gozo y de admiración, y la madre se sonrió tam- experiencia, respondiendo a esa especie de pregunta que es la
bién cuando se lo prometieron aquellos mancebos, y su sonrisa tentación [ 4 9 ] . Si en ella el hombre reconoce la mano de Dios,
fué de gozo y de dicha, cosa que reprendió un ángel, diciendo entonces es piadoso, entonces se afianza con la firmeza de la
que aquella risa, si bien era de gozo, con todo no manifestaba gracia, no se hincha con la inanidad de la jactancia. Abrahán
fe perfecta. Más tarde, el mismo ángel la confirmó en la fe. nunca creyó que Dios se deleitaba en víctimas humanas, pero
Y he aquí el porqué del nombre del niño. Que aquella risa la voz del precepto divino se debe obedecer y no discutir. Sin
no era risa de burla, sino de alegría, lo mostró Sarra al nacer embargo, Abrahán merece encomio, porque creyó que el hijo,
Isaac y ponerle nombre. Dice así: Dios me ha hecho reír, y una vez inmolado, había de resucitar, y fundaba su creencia
cualquiera que lo oyere se regocijará conmigo. Poco tiempo en que Dios le había dicho cuando él se negaba a cumplir el
después, fué arrojada de casa la esclava con su hijo. Estas dos querer de su esposa de arrojar de casa a la esclava y a su hijo:
mujeres, según el Apóstol, figuran los dos Testamentos, el Vie- En Isaac será llamada tu descendencia. Y a renglón seguido se
jo y el Nuevo. Sarra es figura de la Jerusalén celestial, es decir, dice: Bien que al hijo de la esclava yo le haré padre de un
de la Ciudad de Dios.
CAPUT XXXII
xisset, aperiens quid timuerit, etiam hoc addidit: Etenim veré sóror mea
est de patre, sed non de matre M : quia de patre suo sóror erat Abrahae, DE OBEDIENTIA ET FIDE ABRAHAE, QDA PER OBLATIONEM MMOLANDI FILII
de quo propinqua eius erat. Tantae autem pulohritudinis fuit, ut etiam PROBATUS EST, ET DE MORTE SARRAE
in illa aetate posset adamari. 1. ínter haec, quae omnia commemorare nimis longum est, tentatur
CAPUT XXXI Abraham de immolando dilectissimo filio ipso Isaac, ut pia eius obedien-
tia probaretur, saeculis in notitiam proferenda, non Deo. Ñeque enim
DE ISAAC SECÜNDUM PROMISSIONEM NATO, CUI NOMEN EX MSU UTRIUSQUE omnis est culpanda tentatio: quia et gratulanda est, qua fit probatio. Et
PARENTIS EST INDITUM plerumque aliter animus humanus sibi ipsi innotescere non potest, nisi
Post haec natus est Abrahae, secündum promissionem Dei, de Sarra vires suas sibi, non verbo, sed experimento, tentatione quodammodo in-
filius, eumque nominavit Isaac, quod interpretatur Risus. Riserat enim et terrogante, respondeat: ubi si Dei munus agnoverit, tune pius est, tune
pater, quando ei promissus est, admirans in gaudio: riserat et mater, solidatur firmitate gratiae, non inflatur inanitate iactantiae. Nunquam
quando per illos tres viros iterum promissus est, dubitans in gaudio; sane crederet Abraham, quod victimis Deus delectaretur humanis: quam-
quamvis exprobrante 84angelo quod risus ille, etiamsi gaudii fuit, tamen vis, divino intonante praecepto, obediendum sit, non disputandum. Ve-
plenae fidei non fuit . Post ab eodem angelo in fide etiam confirmata rumtamen Abraham confestim filium, cum fuisset immolatus, resurrectu-
est Ex hoc ergo puer nomen accepit. Narn quod risus ille non ad irri- rnm credidisse laudandus est. Dixerat namque illi Deus, cum de ancilla
dendum opprobrium, sed ad celebrandum gaudium pertinebat, nato Isaac, et filio eius foras eiiciendis voluntatem coniugis nollet implere: In Isaac
et eo nomine vocato, Sarra monstravit: ait quippe, Risum mihi fecit vocabitur tibi semen. Et certe ibi sequitur ac dicitur, Filium, autem
Dominus; quicumque enim audierit, congaudebit mihi *". Sed post ali- ancillae huías in magnam, gentem faciam illum; quia semen tuum est".
quantulum tempus ancilla de domo eiicitur cum filio súo, et dúo illa Quomodo ergo dictum est, In Isaac vocabitur ubi semen, cum et Ismae-
seoundum Apostolum Testamenta significantur, vetus et novum: ubi Sarra lem Deus semen eius voeaverit? Exponens autem Apostolus, quid sit, In
illa supemae Iernsalem, hoc est cíviratis Dei, flgararn gerit **. Isaac vocabitur tibí semen: Id est, inquit, non qui filii camis, hi füü
Dei; sed filii promisskmU deputanttur in seminega. Ac per hoc filii pro-
«> G«i. io,2. "* I'Ma.) ítfi,
" <3*e, tfeí-íj. «" Gal. 4)í*. ** ütaBl. 9,8.
1142 LA CIUDAD DE DIOS XVI, 3,3 XVI, 32, 2 DK NOÉ .v LOS I'ROKKTAS 1143
1
pueblo grande, por ser sangre tuya. ¿Cómo, pues, dijo; p 2. Escuchemos más bien las palabras de Dios por boca del
Isaac será llamada tu descendencia, si Dios dice de Ismael' 0 f ángel. Abrahán extendió su mano, dice la Escritura, para tomar
tanto? El Apóstol, exponiendo el significado, de estas palabra*^ el cuchillo y matar a su hijo. Pero el ángel del Señor gritó des-
En Isaac será llamada tu descendencia, escribe: Esto signif;&' de el cielo y le dijo: ¡Abrahán! Heme aquí, le replicó, etc. No
que no son los hijos de la carne hijos de Dios, sino los hijCa extiendas tu mano sobre el muchacho—prosiguió el ángel—, ni
de la promesa, ésos son los descendientes de Abrahán. Y p 5 le hagas daño alguno, pues ahora me doy cuenta de que temes
eso, con el fin de que los hijos de la promesa sean descenderte?' a Dios, y no has perdonado a tu hijo amado por amor de mí.
de Abrahán, son llamados en Isaac, es decir, son reunidos e a Ahora me he dado cuenta equivale a decir: Ahora te he hecho
Cristo por la llamada de la gracia. El santo patriarca, fortaji 1 caer en la cuenta, porque Dios no ignoraba eso. Después, una
cido por la fe de esta promesa y consciente de que debía eum vez sacrificado el cordero en lugar de Isaac, su hijo, llamó
plirse en aquel a quien Dios mandaba dar muerte, no dudó q u " Abrahán a este lugar, según el texto, el Señor ha visto. Y aún

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Dios, que pudo dárselo contra toda esperanza, podía devolver hoy se dice: El Señor se apareció en la montaña. Semejante a
selo una vez sacrificado. Así lo entendió, y así lo explica e i esta expresión: Ahora me he dado cuenta, usada en lugar de
autor de la Epístola a los Hebreos: Por la fe brilló Abrahán esta otra: Ahora te he hecho caer en la cuenta, es ésta: El Se-
al ser tentado en Isaac, pues él, que había recibido las promesa^ ñor ha visto, en lugar de esta otra: El Señor se apareció, es
y se le había dicho: En Isaac será llamada tu descendencia decir, ha hecho que le viese. Y el ángel del Señor llamó por
ofreció a su hijo único, mas estaba interiormente convencido de segunda vez desde el cielo a Abrahán, diciendo: He jurado por
que Dios podía resucitarle de entre los muertos. Así añade: Por mí mismo, dice el Señor, en vista de que has cumplido mi pala-
eso lo recibió también en figura de otro. ¿En figura de quién bra, no perdonando a tu hijo amado por amor de mí; yo te
sino de aquel de quien dice el mismo Apóstol: El que no per. colmaré de bendiciones y multiplicaré tu descendencia como
donó a su propio Hijo, sino que le entregó por todos nosotros? las estrellas del cielo y como la arena que está en la orilla del
Esta es la razón de que llevara Isaac la leña sobre la cual ha- mar. Y tu posteridad poseerá en herencia las ciudades de sus
bía de ser colocado al lugar del sacrificio, como el Señor llevó enemigos, y en tu descendencia serán benditas todas las nacio-
su cruz. En fin, puesto que se impidió al padre dar el golpe nes de la tierra, porque prestaste oídos a mi voz. De esta forma,
mortal a Isaac, que no estaba destinado a la muerte, ¿a quién después del holocausto, figura de Cristo, confirmó Dios con
figuraba aquel cordero, cuya sangre simbólica, una vez inmo- juramento la promesa de la vocación de los gentiles en la des-
lado, completó el sacrificio? Es de notar que, cuando Abra- cendencia de Abrahán. Lo había ya prometido muchas veces,
hán lo vio, estaba prendido por sus cuernos en un matorral. pero nunca lo había jurado. ¿Qué es el juramento del Dios
¿A quién figuraba, pues, sino a Jesús, coronado de las espinas
de los judíos antes de ser inmolado?
2. Sed divina per Angelum verba potius audiamus. Ait quippe Scrip-
tura: Et extendit Abraham manum suam sumere machaeram, ut occideret
filium suum. Et vocavit illum Angelas Domini de cáelo, et dixit: Abra-
missionis, ut sint semen Abrahae, in Isaac vocantur, hoc est, in Christum ham! Ule autem dixit: Ecce ego. Et dixit: Non iniicias manum tuam super
vocante gratia congregantur. Hanc ergo promissionem pater pius fideliter puerum, ñeque facías illi quidquam: nunc enim scivi quia times Deum
tenens, quia per hunc oportebat implen, quem Deus iubebat occidi, non tu, et non pepercisti filio tuo dilecto propter me. Nunc scivi, dictum est,
haesitavit quod sibi reddi poterat immolatus, qui dari potuit non speratus, nunc .sciri feci: ñeque enim hoc nondum sciebat Deus. Deinde ariete illo'
Sic intellectum est et in Epístola ad Hebraeos, et sic expositum. Fide, immolato pro Isaac filio suo, vocavit, ut legitur, Abraham nomen loci
inquit, praecessit Abraham, in Isaac tentatus; et unicum obtulit, qui pro- illius, Dominus vidit: ut dicant hodie, In monte Dominus apparuit. Sicut
missiones suscepit, ad quem dictum est, In Isaac vocabitur tibi semen: dictum est, Nunc scivi, pro eo quod est, Nunc sciri feci: ita hic, Dominus
cogitans quia et ex mortiás excitare potest Deus. Proinde addidit, Pro hoc vidit; pro eo quod est, Dominus apparuit; hoc est, Videri se fecit. Et
etiam eum et in similitudinem adduxit *9. Cuius similitudinem, nisi illius vocavit Ángelus Domini Abraham secundo de cáelo, dicens: Per me-
de quo dicit idem Apostolus, mQui proprio Filio non pepercit, sed pro metipsum iuravi, dicit Dominus, propter quod fecisti verbum hoc, et non
nobis ómnibus' tradidit illum? Propterea et Isaac, sicut Dominus, cru- pepercisti filio tuo dilecto propter me, nisi benedicens benedicam te, et
cem suam, ita sibi ligna ad victimae locum, quibus fuerat imponendus, multiplicans multiplicabo semen tuum, sicut stellas caeli, et tanquam
ipse portavit. Postremo quia Isaac occidi non oportebat, posteaquam est arenam quae est iuxta labium maris. Et haereditate possidebit semen
pater ferire prohibitus, quis erat ille aries, quo immolato impletum est tuum civitates adversariorum; et benedicentur in semine tuo omnes gen-
significativo sanguine saerificium ? Nempe quando eum vidit Abraham, tes terrae; quia obaudisti vocem meam ". Hoc modo est illa de vocatione
coxnibus in frútice tenebatur. Quis ergo illo figurabatur, nisi Iesus, ante- gentium in semine Abrahae, post holocaustum, quo significatus est Chris-
quam immolaretur, spinis Iudaicis coronatus? tus, etiam iuratione Dei firmata promissio. Saepe enim promiserat, sed
* 9 H e b r . 11,17-19. 91
•o Rom. 8¡3s. G e n 2?,io-l8.
1144 tA CIUDAD DE DIOS XVI, 33
XVI, 34 DB NOÉ A M)S PROFETAS 1145
veraz y verdadero sino una confirmación de sus promesas y un
reproche lanzado a los incrédulos? había de tomar carne salida de aquel muslo? ¿Son acaso éstas
3. Después murió Sarra. Tenía entonces ciento veintisiete señales débiles de la verdad prenunciada, que vemos cumplida
años ella y ciento treinta y siete su esposo. Le llevaba él diez en Cristo?.
años en edad, como nos lo deja entrever cuando se le prometió
el hijo: ¡Mira que si a un viejo como yo de cien años le va a CAPITULO XXXIV
nacer un hijo, y si Sarra de noventa años va a dar a luz! Abra-
han compró un campo y enterró en él a su esposa. Y entonces
¿QUÉ SIGNIFICAN LAS SEGUNDAS NUPCIAS DE ABRAHÁN
fué, según la narración de San Esteban, cuando se estableció en
CON C E T U R A ?
aquella tierra, pues comenzó a poseerla en herencia. Esto fué
después de la muerte de su padre, que, según deducciones, mu- Y ¿qué simboliza el casamiento de Abrahán con Cetura
rió dos años antes.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


después de la muerte de Sarra? Lejos de nosotros pensar ni
por sospecha que se debió a su incontinencia, máxime siendo
de edad tan avanzada y varón tan santo y fiel. ¿Buscaba acaso
CAPITUED XXXIII todavía la procreación de hijos, creyendo como creía con fe
muv probada en la promesa de Dios, según la cual los hijos
REBECA, ESPOSA DE ISAAC de Isaac se multiplicarían como las estrellas del cielo y la are-
na de la tierra? Pero, si en realidad Agar e Ismael, según las
Luego Isaac, a la edad de cuarenta años, tomó por esposa enseñanzas del Apóstol, son figuras de los hombres carnales
a Rebeca, nieta de su tío Nacor. Contaba entonces su padre del Antiguo Testamento, ¿por qué Cetura y sus hijos no lo
ciento cuarenta años, y habían pasado tres desde la muerte de serán de los carnales, que estiman pertenecer al Nuevo Testa-
su madre. Su padre envió un siervo a Mesopotamia para bus- mento? Las dos son llamadas esposas y concubinas de Abra-
carle mujer, y le dijo: Pon tu mano bajo mi muslo; te conjuro hán, mientras que Sarra nunca recibió el nombre de concubi-
or el Señor Dios del cielo y de la tierra que no cases a mi na. Cuando Agar fué entregada a Abrahán, la Escritura dice:
íijo Isaac con mujer de las hijas de los cañoneos. ¿Qué se
mostró en esto sino que el Señor y Dios del cielo y de la tierra
Y lomó Sarra, esposa de Abram, a su esclava Agar, egipcia, a
los diez años de haber entrado Abram en Canaán, y se la dio
por mujer a su esposo. En cambio, de Cetura, con la que se
nunquam iuraverat. Quid autem est Dei veri veracisque iuratio, nisí pro- desposó después de la muerte de Sarra, se lee así: Acercándo-
missi confirmado, et infidelium quaedam increpatio?
se Abrahán, tomó por esposa a una mujer llamada Cetura. He
3. Post haec Sarra mortua est, centesimo et vicésimo séptimo anno
vitae suae "2, centesimo autem et tricésimo séptimo viri sui. Decem quippo
annis eam praecedebat aetate; sicut ipse, quando sibi ex illa promissus nisi Dominum Deum caeli et Dominum terrao in carne, quae ex illo fe-
est filius, ait, Si mihi annorum centum nascetur filius, et si Sarra anno- more trahebatur, fuisse venturum? Numquid haec parva sunt praenuntia-
rum nonaginta pariet? "3 Tune emit agrum Abraham, in quo sepelivit tae indicia veritatis, quam compleri videmus in Christo?
uxorem. Tune ergo, secundum narrationem Stephaní, in térra illa est eolio-
catus, quoniam coepit ibi esse possessor " 4 : post mortem scilicet patria CAPUT XXXIV
sui, qui colligitur ante biennium fuisse defunctus.
QUID INTELLIGENDUM SIT IN EO QUOD ABRAHAM POST MORTEM SARRAE
ACCEPIT UXOREM CETHURAM
CAPUT XXXIII
Quid autem sibi vult, quod Abraham post mortem Sarrae Cethuram
D E REBECCA NEPTE NACHOB, QUAM ISAAC ACCEPIT UXOREM
duxit uxorem? Ubi absit ut incontinentiam suspicemur, praesertim in illa
Deinde Rebeccam, neptem Nachor patrui sui, cum annorum quadra- iam aetate, et in illa fidei sanctitate. An adhuc procreandi filii quaere-
ginta esset Isaac, duxit uxorem, centesimo scilicet et quadragesimo anno bantur, cum iam Deo promittente tanta multiplicatio filiorum ex Isaac
vitae patris sui, triennio post mortem matris suae. Ut autem illam duce- per stellas caeli et arenam terrae fide probatissima teneretur? Sed pro-
ret, quando ab eius patre in Mesopotamiam servus missus est, quid aliud fecto si Agar et Ismael, doctore Apostólo, significaverunt carnales veteris
demonstratum est, cum eidem servo dixit Abraham, Pone manum mam Testamenti s e ; cur non etiam Cethura et filii eius significent carnales, qui
sub femare meo, et adiurabo te per Dominum Deum caeli et Dominum se ad Testamentum novum existimant pertinere? Ambae quippe et uxores
terrae, ut non sumas filio meo Isaac uxorem de filiabas Chananaeorum 96, Abrahae, et concubinae sunt appellatae: Sarra vero nunquam dicta est
concubina. Nam et quando data est Agar Abrahae, ita scriptum est: Et
»a Gen. 23,1. »* Act. 7, 4. apprehendit Sarra uxor Abram Agar Aegyptiam ancillam suam, post de-
98
Ibid., 17,17. " Gen, 34,5,3. cem annos quam habitaverat Abram in térra Chanaan, et dedit eam
Gal. 4,34.
XVI, 38 1)F, NOÉ A LOS PROFETAS 1147
1146 LA CIUDAD DE D I O S XVI, 34
aquí que ambas son llamadas esposas. Pero además ambas fue-
ron también concubinas, según estas palabras de la Escritura: CAPITULO XXXV
Y dio Abrahán toda su herencia a su hijo Isaac, y a los hijos
de sus concubinas les hizo donativos, y los separó, viviendo aún OTRO SIMBOLISMO. LUCHA DE DOS MELLIZOS EN EL VIENTRE
él mismo, de su hijo Isaac, enviándolos hacia el oriente, a la DE REBECA
parte oriental. Los hijos de las concubinas, es decir, los herejes
y judíos carnales, reciben algunos donativos, pero no arriban Demos un paso más y veamos el desarrollo de la Ciudad
al reino prometido. La razón es que Isaac es el único heredero de Dios a través de los descendientes de Abrahán. Desde el na-
y que los hijos de la carne no son hijos de Dios, sino que los cimiento de Isaac hasta el año sesenta de su vida, en que le
hijos de la promesa, ésos son sus descendientes. De esta des- nacieron los hijos, sólo hay digno de mención un suceso. Pidió
cendencia se dijo: En Isaac será llamada tu descendencia. Y a a Dios que diera la fecundidad a su esposa, pues era estéril, y

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la verdad que no veo otro porqué de que Cetura, tomada por el Señor despachó su petición, y, cuando ella concibió, lucha-
esposa después de la muerte de S a n a , sea llamada concubina ban, estando aún en su vientre, los mellizos. Angustiada ella
sino por causa de este misterio. Mas quien no quiera aceptar con este malestar, se dirigió al Señor, y recibió esta respuesta:
esta supuesta interpretación, no indisponga a Abrahán. ¿Qué Hay dos naciones en tu seno, y de tu vientre saldrán dos pue-
sabemos si esto se ordenó así para confundir a los futuros he- blos. Un pueblo sojuzgará a otro y el mayor servirá al menor.
rejes, enemigos de las segundas nupcias [ 5 0 ] , siendo una prue- El apóstol San Pablo trata de colegir de aquí un gran testimo-
ba de que no es pecado volverse a casar, después de muerto el nio en pro de la gracia. Y se funda en que antes de nacer, y sin
consorte, el caso de este patriarca? Abrahán murió a la edad haber obrado ni bien ni mal, sin méritos buenos de ninguna
de ciento setenta y cinco años. Su hijo Isaac tenía entonces se- clase, es elegido el menor y reprobado el mayor, cuando en
tenta y cinco años, pues lo había engendrado él a los cien. realidad, respecto al pecado original, ambos eran iguales, y,
respecto al pecado personal, ambos carecían de él. Siento que
Abram viro suo, ipsi uxorem ". De Cethura autem quam post obitum el plan de esta obra no me permita explayarme en este punto,
Sarrae accepit, sic legitur: Adiiciens autem Abraham sumpsit uxorem, del cual ya he hablado largamente en otros escritos [ 5 1 ] . Esta
cui nomen Cethura. Ecce ambae dicuntur tixores: ambae porro concubinae perícopa: El mayor servirá al menor, casi ninguno de nuestros
fuisse reperiuntur, postea dicente Scriptura, Dedit autem Abraham om- intérpretes la aplican a otro que al pueblo judío, diciendo que
nem censum suum ¡saac filio suo, et filiis concubinarum suarum, dedit
Abraham dationes, et dimisit eos ab Isaac filio suo adhuc se vivo, ad éste, que es mayor, servirá al pueblo menor de los cristianos.
Orientem, in terram Orientis °*. Habent ergo nonnulla muñera filü con-
cubinarum, sed non perveniunt ad regnum promissum, nec haeretici, nec-
Iudaei carnales: quia praeter Isaac nullus est haeres; et non qui filii CAPUT XXXV
carnis, hi filii Dei; sed filii promissionis deputantur in semine ", de quo
dictum est, In Isaac vocabitur tibi semen '"". Ñeque enim video, cur etiam DE GEMINIS ADHUC IN ÚTERO REBECCAE MATRIS INCLUSIS QUID INDICAVERIT
Cethura post uxoris mortem ducta, nisi prqpter hoc mysterium, dicta sit DIVINA RESPONSIO
concubina. Sed quisquís haec non vult in istis significationibus accipere,
non calumnietur Abrahae. Quid si enim et hoc provisum est conlra haere- lam ex hoc, quemadmodum per posteros Abrahae civitatis Dei pro-
ticos futuros secundarum adversarios nuptiarum, ut in ipso patre multa- currant témpora, videamus. A primo igitur anno vitae Isaac, usque ad
rum gentium post obitum coniugis iterum coniugari demonstraretur non sexagesimum quo ei nati sunt filii, illud memorabile est, quod cum illi
esse peccatum? Et101mortuus est Abraham, cum esset annorum centum sep- Deum roganti ut pareret uxor eius, quae sterilis erat, concessisset Domi-
tuaginta quinqué . Annorum ergo septuaginta quinqué Isaac filium de- nus quod petebat, atque liaberet illa conceptum, gestiebant gemini adhuc
reliquit, quem centenarius genuit. in útero eius inclusi. Qua molestia cum angeretur, Dominum interrogavit,
accepitque responsum: Duae gentes in útero sunt, et dúo populi de ventre
!i;
G e n . 16,3. tuo separabuntur, et populus populum superabit, et maior serviet mi-
'•'k I b i d . , 25.1.5.6.
1,9
R o m . 9,8.
noriI02. Quod Paulus apostolus magnum vult intelligi gratiae documen-
""> G e n . 21,12. tum: quia nondum illis natis, nec aliquid agentibus boni seu mali, sine
">> I b i d . , 25,7. ullis bonis meritis eligitur minor, maiore reprobato los : quando procul
dubio, quantum attinet ad origínale peccatum, ambo pares erant: quan-
tum autem ad proprium, ullius eorum nullum erat. Sed nunc de hac re
dicere aliquid latius, instituti operis ratio non sinit, unde et in alus íam
multa diximus. Quod autem dictum est, Maior serviet minori, tierno fere
102
I b i d . , 23.
103
R o m . 9, 11-13.
1148 LA CIUDAD DE D I O S XVI, 36
XVI, 36 DK NOÉ A LOS PROFETAS 1146
Y, si bien es verdad que esto parece haberse cumplido en el
pueblo idumeo, descendiente del mayor, que tenía dos nombres porque Abrahán, tu padre, prestó oídos a mi voz y guardó mis
(se llamaba Esaú y Edón, de aquí idumeos), ya que fué domi- preceptos y mis mandatos, mis justificaciones y mis leyes. Este
nado por el pueblo que nació del menor, por el israelítico, y patriarca no tuvo más mujer que ésta ni más concubinas. Se
quedó sometido a él, con todo, es más razonable creer que la contentó con la posteridad de dos mellizos, habidos con un solo
intención de esta profecía: Un pueblo sojuzgará al otro y el acto. También él, cuando moraba entre extranjeros, temió pol-
mayor servirá al menor, va más allá, a algo superior. Y 6 qué la beldad de su esposa, y, siguiendo el ejemplo de su padre,
es ello sino lo que vemos claramente cumplirse en los judíos no dijo que era su esposa, sino que la llamó hermana, pues
y en los cristianos? era parienta suya por parte de padre y de madre. Y los extran-
jeros, al saber que era su esposa, no la violaron tampoco. Sin
embargo, no porque éste no haya conocido más mujeres que a
CAPITULO XXXVI su esposa debemos anteponerle a su padre. Indudablemente, los

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


méritos de su padre, por su fe y su obediencia, eran muy supe-
ORÁCULO Y BENDICIÓN RECIBIDA POR ISAAC riores, puesto que Dios dice que le da a éste esas bendiciones
por causa de aquel. Serán benditas—le dice—en tu descenden-
También Isaac recibió algún oráculo semejante a los que re- cia todas las naciones de la tierra justamente porque Abrahán,
cibió su padre. He aquí su expresión: Sobrevino una gran ham- tu padre, prestó oídos a mi voz y guardó mis preceptos y mis
bre en el país además del hambre habida en tiempo de Abrahán, mandatos, mis justificaciones y mis leyes. Y en otro oráculo:
e Isaac se fué a Gerara, a Abimelec, rey de los filisteos. Allí se Yo soy—le dice-—el Dios de tu padre Abrahán; no tienes que
le apareció el Señor y le dijo: No bajes a Egipto, sino habita temer, pues yo estoy contigo, y te bendije, y multiplicaré tu
el país que yo te diré, y vive allí como peregrino. Yo estaré descendencia por causa de tu padre Abrahán. Estas palabras de-
contigo y te daré mi bendición. A ti y a tu descendencia he de jan entrever la gran castidad que guardó Abrahán en estas ac-
dar todo este país y estableceré mi juramento que hice a Abra- ciones, que los hombres impúdicos, amadores d» buscar una
hán, tu padre. Multiplicaré tu posteridad como las estrellas del justificación a su maldad en las santas Escrituras, creen que
cielo y daré a tus descendientes toda esta región, y serán bendi- las realizó por libido. Además, nos enseñan también que los
tas en tu descendencia todas las naciones de la tierra justamente hombres no deben ser comparados entre sí por bienes o accio-
nes concretas, sino por el conjunto y totalidad de su vida. Por-
nostrum aliter intellexit, quam maiorem populum Iudaeorum minori po- que puede suceder que uno supere a otro en una cualidad vital
pulo Christiano serviturum. Et revera quamvis in gente ldumaeorum, quae
nata est de maiore, cui dúo nomina erant (nara et Esau vocabatur, et
Edom, unde Idumaei), hoc videri possit impletum; quia postea superanda pater tuus vocem meam, et custodivit praecepta mea, et mandato mea, et
fuerat a populo, qu¡ ortus est ex minore, id est Israelitico, eique fuerat iustificationes meas, et legitima mea 10'. Iste patriarcha nec uxorem habuit
futura subiecta: tamen in aliquid maius intentam fuisse istam prophe- aliam, nec aliquam concubinam, sed posteritate duorum geminorum ex
tiam, qua dictum est, Populus populum superabit, et maior serviet minori, uno concubitu procreatorum contentus fuit. Timuit sane etiam ipse pe-
convenientius creditur. Et quid est hoc, nisi quod in Iudaeis et Christia- riculum de pulchritudine coniugis, cura habitaret inter alienos, fecitque
nis evidenter impletur? quod pater, ut eam sororem diceret, taceret uxorem: erat enim ei pro-
pinqua paterno et materno sanguine: sed etiam ipsa ab alienigenis, cogni-
CAPUT XXXVI to quod uxor eius esset, mansit intacta. Nec ideo tamen istum patri eius
praeferre debemus, quia iste nullam feminam praeter unam coniugem
DE ORÁCULO ET BENEMCTIONE, QUAM ISAAC NON ALITER QDAM PATER IPSIUS, noverat. Erant enim procul dubio paternae fidei et obedientiae merita
MÉRITO EIUSDEM DILECTOS, ACCEPIT potiora, in tantum ut propter illum dicat Deus, huic se faceré bona quae
facit: Benedicentur, inquit, in semine tuo omnes gentes terrae, pro eo
Accepit etiam Isaac oraculum tale, quale aliquoties pater eius accepe- quod obaudivit Abraham pater tuus vocem meam, et custodivit praecepta
rat. De quo oráculo sic scriptum est: Facta est autem james super terram, mea, et mandata mea, et iustificationes meas, et legitima mea. Et alio
praeter famem quae prius facta est in tempore Abrahae. Abiit autem Isaac rursus oráculo: Ego sum, inquit, Deus Abraham patris tui: noli timere;
ad Abimelech regem Philistinorum in Gerara. Apparuit autem illi Domi- tecum enim sum, et benedixi te, et multiplicabo semen tuum propter Abra-
nus, et dixif. Noli descenderé in Aegyptum: habita autem in térra quam ham patrem tuum l05. Ut intelligamus quam caste Abraham fecerit, quod
tibi dixero, et incole in térra hac; et ero tecum, et benedicam te. Tibí hominibus impudicis et nequitiae suae de Scripturis sanctis patrocinia re-
enim et semini tuo dabo omnem terram hanc: et statuam iuramentum quirentibus videtur fecisse libídine: deinde ut etiam hoc noverimus, non
meum quod iuravi Abrahae patri tuo; et multiplicabo semen luum tan- ex bonis singulis inter se homines comparare, sed in unoquoque conside-
quam stellas caeli, et dabo semini tuo omnem terram hanc, et benedicen- remus universa. Fieri enim potest, ut habeat aliquid in vita et moribus
tur in semine tuo omnes gentes terrae, pro eo quod obaudivit Abraham
">"> G e n . 26,1-5,
105
ttid., 34-
1150 I,A CIUDAD DE D I O S XVI, 37

y m o r a l , y esta c u a l i d a d sea m u y s u p e r i o r a a q u e l l a en q u e es XVI, 37 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1151


s u p e r a d o p o r el o t r o . Y así, b i e n p o n d e r a d a s las cosas, a u n q u e
el fin de que n o i m a g i n e n q u e el d o l o de J a c o b fué f r a u d u l e n t o
a b s o l u t a m e n t e h a b l a n d o es p r e f e r i b l e la c o n t i n e n c i a al m a t r i -
y que no encierra un gran misterio, la Escritura había predicho
m o n i o , con t o d o , u n c a s a d o fiel es m e j o r q u e u n c o n t i n e n t e in-
antes q u e Esaú era un joven diestro en la caza, y montaraz, y
fiel [ 5 2 ] . Y el n o m b r e infiel n o sólo es m e n o s d i g n o de loa,
que Jacob, en cambio, era un mozo sencillo y que habitaba
sino q u e es d i g n o del m á s s u p r e m o r e p r o c h e . S u p o n g a m o s a los
la casa. A l g u n o s i n t é r p r e t e s n u e s t r o s h a n t r a d u c i d o hom-
dos b u e n o s . I n d u d a b l e m e n t e , a u n en este caso, el c a s a d o m a s bre sin engaito. P e r o b i e n se t r a d u z c a sin dolo, b i e n sencillo,
fiel y o b e d i e n t e a D i o s es m e j o r q u e el c o n t i n e n t e m e n o s fiel y b i e n sin ficción, p u e s q u i z á es la m e j o r t r a d u c c i ó n de la p a l a b r a
m e n o s o b e d i e n t e [ 5 3 ] ; m a s , en i g u a l d a d de c i r c u n s t a n c i a s , g r i e g a ¿Vn-Acca-rcs ¿ q u é es el e n g a ñ o del h o m b r e sin d o l o al re-
¿ q u i é n d u d a q u e es p r e f e r i b l e el h o m b r e c o n t i n e n t e a l c a s a d o ? c i b i r esa b e n d i c i ó n , q u é el d o l o del h o m b r e sencillo, q u é la
ficción de q u i e n n o m i e n t e sino u n p r o f u n d o m i s t e r i o de la ver-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


d a d ? [ 5 4 ] . ¿ C u á l es la b e n d i c i ó n ? Bien se ve—dice—que el
C A P I T U L O X X X V I I olor que sale de mi hijo es como el olor de un campo florido al
que bendijo el Señor. Que Dios te dé abundancia de trigo y de
SIMBOLISMO MÍSTICO DE E S A Ú y JACOB
vino, del rocío del cielo y de la fertilidad de la tierra. Sírvante
las naciones y adórente los príncipes, y seas señor de tu herma-
L o s dos h i j o s de I s a a c , E s a ú y J a c o b , v a n c r e c i e n d o al uní- no y te adorarán los hijos de tu padre. Quien te maldijere, sea
s o n o . L a p r i m o g e n i t u r a es t r a n s f e r i d a a l m e n o r en v i r t u d del maldito, y el que te bendijere, sea bendecido. L a b e n d i c i ó n de
p a c t o y de la sentencia d a d a . El m a y o r , v e n c i d o de su i n m o d e - J a c o b significa la p r e d i c a c i ó n del n o m b r e de C r i s t o en t o d a s las
r a d o gusto, p i d i ó a su h e r m a n o el p l a t o de l e n t e j a s q u e h a b í a n a c i o n e s . E s t a es l a o b r a a c t u a l , ésta es l a a c t u a l t a r e a . I s a a c
p r e p a r a d o , y l e v e n d i ó a este p r e c i o su p r i m o g e n i t u r a , m e d i a n - es figura de la L e y v d e los P r o f e t a s . L a L e y b e n d i c e a C r i s t o
d o a d e m á s u n j u r a m e n t o . E s t o n o s e n s e ñ a q u e en el c o m e r n o p o r b o c a de l o s j u d í o s , c o m o sin c o n o c e r l e , p o r q u e t a m b i é n
es c e n s u r a b l e la r e a l i d a d de las v i a n d a s , s i n o la avidez i n m o d e - e l l a es d e s c o n o c i d a . E l m u n d o , c o m o u n c a m p o , es p e r f u m a d o
r a d a . E n v e j e c e I s a a c , y c o m o consecuencia de su vejez p i e r d e la p o r el n o m b r e de C r i s t o . De él es la b e n d i c i ó n del rocío del
vista. Q u i e r e b e n d e c i r al h i j o m a y o r , y sin s a b e r l o b e n d i c e al ciclo, es decir, de esa l l u v i a d e la p a l a b r a d i v i n a , y de la
m e n o r en l u g a r del o t r o , q u e e r a v e l l o s o , cosa q u e el m e n o r fertilidad de la t i e r r a , o sea, de la vocación de los p u e b l o s .
s u p l i ó a c o m o d á n d o s e u n a s p i e l e s de c a b r i t o , c o m o si l l e v a r a S u y a es la a b u n d a n c i a de v i n o y de t r i g o , es decir, la m u l t i t u d
los p e c a d o s ajenos, p a r a q u e la m a n o p a t e r n a le p a l p a r a . Y con q u e en el s a c r a m e n t o de su c u e r p o y s a n g r e r e ú n e el p a n y el
vino [ 5 5 ] . L a s n a c i o n e s le r i n d e n v a s a l l a j e y l o s p r í n c i p e s l e
quispiam quo superat alium, idque sit longe praestabilius, quam est illud a d o r a n . E l es el S e ñ o r de su h e r m a n o , p o r q u e su p u e b l o s e ñ o r e a
imde ab alio superatur. Ac per hoc sano veroque iudicio, cum continentia a los j u d í o s . L o s h i j o s de su p a d r e , es decir, los h i j o s de
coniugio praeferatur, melior est tamen homo fidelis coniugatus, quam
continens infidelis. Sed infidelis homo non solum minus laudandus, ve-
rum etiam máxime detestandus est. Constituamus ambos bonos; etiam sio rium quaereretur, superius praedixit Scriptura: Erat Esau, homo sciens
profecto melior est coniugatus fidelissimus et obedientissimus Deo, quam venan, agrestis: Iacob autern homo simplex, habitans domum1"". Hoc
continens minoris fidei minorisque obedientiae: si vero paria sint caetera, nostri quidam interpretati sunt, sirte dolo. Sive autem sine dolo, sive
continentem coniugato praeferre quis ambigat? simplex, sive potius sine fictione dicatur, quod est graece cc-rrAcca-ros quis
est in ista percipienda benedictione dolus hominis sine dolo? quis est
dolus simplícis, quae fictio non mentientis, nisi profundum mysterium
CAPUT XXXVII veritatis? Ipsa autem benedictio qualis est? Ecce, inquit, odor jilii mei
tanquam odor agri pleni, quem benedixit Dominas. Et det tibí Deus de
DE HIS QUAE IN ESAU ET IACOB MYSTICE PRAEFIGURABANTUK rore caeli, et de libértate terrae, et multitudinem frumenti et vini: et
serviant libi gentes, et adorent te principes, et fias dominas fratris tai, et
Dito igitur Isaac filií, Esau et Iacob, pariter crescunt. Primatus maio- adorabunt te jilii patris tai. Qui maledixerit te, maledictus; et qui bene-
ris transfunditur in minorem ex pacto et plácito inter illos, eo quod len- dixerit te, benedictas. Benedictio igitur Iacob, praedicatio Christi est in
ticulam, quem cibum minor paraverat, maior immoderatius concupivit, eo- ómnibus gentibus. Hoc fit, hoc agitur: Lex et Prophetia est Isaac: etiam
que pretio primogénita sua fratri iuratione interposita vendidit. Ubi disci- per os Iudaeorum Christus ab illa benedicitur velut a nesciente, quia ipsa
irras in vescendo non cibí genere, sed aviditate immoderata quemque nescitur. Odore nominis Christi, sicut ager, mundus impletur: eius est
culpandum. Senescit Isaac, eiusque oculis per senectam visus aufertur. benedictio de rore caeli, hoc est, de verborum pluvia divinorum; et de
Vult benedicere filium maiorem, et pro illo nesciens benedicit minorem, ubertate terrae, hoc est, de congregatione populorum: eius est multitudo
pro fratre maiore, qui erat pilosas, se paternis manibus supponentem, frumenti et vini, hoc est, multitudo quam colligit frumentum el vinum
haedinis sibi pelliculis coaptatis velut aliena peccata portantem. Iste dolus in Sacramento corporis et sanguinis eius. Ei serviunt gentes, ipsum ado-
Iacob, ne putaretur fraudulentas dolus, et non in eo magnae rei myste-
1< 1
" G e n . 25,29-34.27.
XVI, 3 8 , 1 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1153
1152 U CIUDAD DE DIOS XVI, 37

A b r a h á n s e g ú n l a fe, le a d o r a n , p o r q u e él es t a m b i é n h i j o d e C A P I T U L O X X X V I I I
A b r a h á n según l a c a r n e . Q u i e n le m a l d i j e r e es m a l d i t o y el q u e
le b e n d i j e r e es b e n d i t o . Este C r i s t o n u e s t r o , r e p i t o , es ben- ENVÍO DE JACOB A MESOPOTAMIA. V I S I Ó N EN E L CAMINO.
d e c i d o , o sea, es v e r a z m e n t e p r e d i c a d o p o r b o c a d e l o s j u d í o s , Sus CUATRO MUJERES
depositarios de la Ley y de los Profetas, a u n q u e no comprenden
1. J a c o b es e n v i a d o p o r sus p a d r e s a M e s o p o t a m i a p a r a
y p i e n s a n q u e b e n d i c e n a o t r o q u e su e r r o r e s p e r a .
b u s c a r s e allí m u j e r . H e a q u í l a s p a l a b r a s de su p a d r e al enviar-
M a s h e a q u í q u e , c u a n d o el m a y o r viene a r e c i b i r l a ben-
l o : A/o tomarás mujer entre las hijas de los cananeos. Levántate
dición p r o m e t i d a , I s a a c se p a s m a y se m a r a v i l l a a l s a b e r q u e
y ve a Mesopotamia, a casa de Batuel, padre de tu madre, y
h a b e n d e c i d o a u n o p o r o t r o , y p r e g u n t a q u i é n es a q u é l . S i n
toma allí mujer entre las hijas de Labán, hermano de tu ma-
e m b a r g o , n o se q u e j a de h a b e r s i d o e n g a ñ a d o ; m á s a ú n , reve-
dre. Que mi Dios te bendiga, y te acrezca, y te multiplique,
l a d o luego en su c o r a z ó n u n g r a n m i s t e r i o , evita l a i n d i g n a c i ó n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


y serás así cabeza de muchas naciones. Que él te dé la bendición
y confirma l a b e n d i c i ó n . ¿Quién me ha traído de la caza que
de Abrahán, tu padre, tanto a ti como a tu descendencia, para
cogió—dice—y he comido de todo antes que tu vinieras, y le
que te hagas el heredero de la tierra de tu peregrinación, que
bendije, y sea bendito? ¿Quién n o esperaría aquí la maldición
Dios dio a Abrahán. E n estas p a l a b r a s e n t e n d e m o s ya h e c h a l a
de u n h o m b r e i r r i t a d o , si esto n o f u e r a m o t i v a d o p o r i n s p i r a -
división e n t r e l a d e s c e n d e n c i a d e J a c o b y la o t r a línea de I s a a c ,
ción d i v i n a , s i n o a u s a n z a h u m a n a ? ¡ O h m a r a v i l l a s r e a l i z a d a s ,
q u e e n t r o n c a en E s a ú . C u a n d o se d i j o : En Isaac será llamada
sí, p e r o p r o f é t i c a m e n t e ; r e a l i z a d a s en l a t i e r r a , p e r o celestial-
tu descendencia —y esta d e s c e n d e n c i a p e r t e n e c í a a l a C i u d a d d e
m e n t e ; realizadas p o r medio del h o m b r e , pero divinamente! Si
Dios , se s e p a r ó ésta de otra d e s c e n d e n c i a d e A b r a h á n , p e r s o -
se e x a m i n a r a al d e t a l l e c a d a u n a d e estas cosas t a n f e c u n d a s
nificada en el hijo d e la esclava, y q u e l u e g o s u c e d i ó en l o s
en m i s t e r i o s , s e r í a n p r e c i s o s infinidad d e v o l ú m e n e s . M a s el
hijos de C e t u r a . P e r o e r a a ú n d u d o s o si la b e n d i c i ó n d e I s a a c
p l a n s o b r i o fijado a esta o b r a n o s o b l i g a a c a m i n a r a p r i s a a
era p a r a s u s d o s h i j o s o s o l a m e n t e p a r a u n o d e e l l o s ; y, si
otros acontecimientos.
p a i n u n o solo, q u i é n e r a de e l l o s . Esta d u d a q u e d ó d i s i p a d a
rant principes. Ipse est dominus fratris sui, quia populus eius dominatur ni b e n d e c i r p i o f é l i d i m e n l e el p a d r e a J a c o b y d e c i r : Y serás
Iudaeis. Ipsum adorant filii patris eius, hoc est, filii Abrahae secundum cabeza de runchas naciones y que él le dé la bendición de Abra-
fidem: quia et ipse filius est Abrahae secundum carnem. Ipsum qui ma- han, tu padre.
ledixerit, maledictus; et qui benedíxerit, benedictus est. Christus, inquam,
noster etiam ex ore Iudaeorum, quamvis errantium, sed tamen Legem
Prophetasque cantantium benedicitur, id est veraciter dicitur; et alius CAPUT XXXVIII
benedici putatur, qui ab eis errantibus exspectatur. Ecce benedictionem DE MISSO IACOB IN MESOPOTAMIAM AD ACCIPIENDAM UXOREM, ET DE VISIONE
promissam repetente maiore, expavescit Isaac, et alium pro alio se bene- QUAM IN HIÑERE SOMNIAVIT, ET DE QUATUOR IPSIUS FEMINIS, CUM
dixisse cognoscens miratur, et quisnam ille sit, percunctatur: nec tamen
UNAM PETIISSET UXOREM
se deceptum esse conqueritur; imo confestim revelato sibi intus ¡n corde
magno sacramento devitat indignationem, confirmat benedictionem. Quis 1. Mittitur Iacob a parentibus in Mesopotamiam, ut ibi ducat uxo-
ergo, inquit, venatus est mihi venationem, et intulit mihi, et manducavi rem. Patris mittentis haec verba sunt: Non accipies uxorem ex filiabus
ab ómnibus, antequam tu venires, et benedixi eum, et sit benedictus? lc " Chananaeorum: surgens fuge in Mesopotamiam in domum Bathuel, pa-
Quis non hic maledictionem potius exspectaret irati, si haec non superna tris matris tuae, et sume tibí inde uxorem de filiabus Laban, fratris ma-
inspirai.ione, sed terreno more gererentur? O res, gestas sed prophetice tris tuae. Deus autem meus benedicat te, et augeat te, et multiplicet te;
gestas; in térra, sed caelitus; per homines, sed divinitus! Si excutiantur et eris in congregationes gentium: et det tibí benedictionem Abrahae pa-
singula tantis fecunda mysteriis, multa sunt implenda volumina: sed huic tris tui, ubi et semini tuo post te, ut haeres fias terrae incolatus tai,
operi modus modérate imponendus nos in alia festinare compellit quam dedit Deus Abrahae " 8 . Hic iam intelligimus segregatum semen
Iacob ab alio semine Isaac, quod factum est per Esau. Quando enim
G e n . 27.27-29.3j. dictum est, ln Isaac vocabitur tibi semen 1°", pertinens utique semen ad
civitatem Dei; separatum est inde aliud semen Abrahae, quod erat in
ancillae filio, et quod futurum erat in filiis Cethurae. Sed adhuc erat
ambiguum de duobus geminis filiis Isaac, an ad utrumque, an ad unum
eorum illa benedictio pertineret; et si ad unum, quisnam esset illorum.
Quod nunc declaratum est, cum prophetice a patre benedicitur Iacob, et
dicitur ei: Et eris in congregationes gentium, et det tibi benedictionem
Abrahae patris tui.
"" G e n . 28,1-4.
109
I b i d . , 22,12.

S. As. 16 87
1154 LA CIUDAD DE DIOS XVI, 3 8 , 2
X V I . 38, 3 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1155
2. Cuando Jacob iba camino de Mesopotamia, recibió en
sueños un oráculo, que la Escritura refiere en estos términos: ción, este acto es figura de un gran misterio. El mismo Salvador
Jacob, dejando el pozo del Juramento, se puso en camino y se nos trae a la memoria en su Evangelio esa escala y su simbolis-
dirigió a Harrán. Llegó a un lugar donde le sorprendió la mo cuando, después de haber dicho de Natanael: He aquí un
noche, y durmió allí. Tomó una piedra de las que allí había verdadero israelita en quien no hay doblez, pues quien había
y la puso por cabecera, y durmió en aquel lugar y soñó. Y en tenido esta visión fué Israel, es decir, Jacob, agrega: En verdad,
sueños vio una escala jija en la tierra, cuyo remate tocaba el en verdad os digo que algún día veréis abierto el cielo, y a los
cielo, y los ángeles de Dios subían y bajaban por ella. El Señor ángeles de Dios subir y bajar sobre el Hijo del hombre.
se recostaba sobre ella y dijo: Yo soy el Dios de Abrahán, tu 3. Jacob siguió camino de Mesopotamia para buscarse allí
padre, y el Dios de Isaac; no temas. La tierra en que duermes mujer. La divina Escritura nos enseña cómo y por oué tuvo
cuatro mujeres, de las cuales engendró doce hijos y una hija,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


te la daré a ti y a tu descendencia. Tu posteridad será como la
arena de la tierra, y se extenderá sobre el mar, y al áfrico, y al sin desear a ninguna de ellas ilícitamente. Había venido para
aquilón, y al oriente, y serán benditas en ti y en tu descendencia tomar una sola esposa; pero, como le dieron una por otra,
todas las tribus de la tierra. Yo estaré contigo guardándote no desechó a ésta con la que sin darse cuenta había pasado la
dondequiera que vayas y te restituiré a esta tierra, porque no noche, por miedo a que quedase deshonrada. Y como en aquel
te abandonaré hasta haber cumplido cuanto te he prometido. tiempo no había ley alguna que prohibiese la poligamia, por
Despertó Jacob de su sueño y dijo: Verdaderamente el Señor multiplicar la posteridad, tomó también por esposa a la única
está en este lugar, y yo no lo sabía. Y temió y añadió: ¡Cuan a quieii había dado palabra de casamiento. Pero ésta, como era
terrible es este lugar! En realidad, ésta es la casa de Dios y la estéril, entregó la esclava a su marido para tener hijos de ella.
puerta del cielo. Se levantó Jacob y, tomando la piedra que se Lo misino hizo, a imitación suya, su hermana mayor, aunque no
había puesto de cabecera, la erigió como en monumento, y de- era estéril, porque deseaba multiplicar la prole. Jacob, según
rramó óleo sobre su cúspide, y puso por nombre a aquel lugar la Escritura, no pidió más que una, y no usó de muchas sino
Casa de Dios. Esto encierra en sí una profecía. Jacob no derra- impelido por el deber de procreación, respetando siempre el
mó óleo sobre esa piedra a usanza de los idólatras, como eri- derecho conyugal, de tal manera que no hiciera esto de no ha-
giéndola en dios, pues no adoró la piedra ni le ofreció sacrificio. bérselo pedido sus mujeres, que gozaban del poder que las leyes
Y como el nombre de Cristo viene de crisma, que significa un- del matrimonio les conceden sobre el cuerpo del marido. Tuvo
doce hijos y una hija de cuatro mujeres. Más tarde entró en
2. Pergens ¡taque in Mesopotamiam Iacob, in somnis accepit oracu- Egipto gracias a su hijo José, que, vendido por sus envidiosos
lum, de quo sic scriptum est: Et exiit Iacob a Puteo iurationis, et pro- hermanos, fué conducido allí, v allí fué encumbrado.
fectus est in Charram, et devenit in locum, et dormivit ibi: occiderat intelligitur ipse Salvator nobis in memoriam revocare in Evangelio, ubi
enim sol: et sumpsit ex lapidibus loci, et posuit ad caput suum, et dor- cum dixisset de Nathanaele, Ecce veré Israelita, in quo dolus non est;
mivit in loco illo, et somniavit. Et ecce scala stabilita super terram, cuius quia Israel viderat istam visionem, ipse est enim Iacob: eodem loco ait,
caput,pertingebat ad caelum: et Angelí Dei ascendebant et descendebant Amen, amen dico vobis, videbitis caelum apertum, et Angelos Dei ascen-
per illam; et Dominus íncumbebat super illam; et dixit: Ego sum Deus dentes et descendentes super Filium hominis ílí.
Ahrahara patris tui, et Deus Isaac, noli timere: terram in qua tu dormís 3. Perrexit ergo Iacob in Mesopotamiam, ut inde acciperet uxorem.
super eam, tibí dabo illam, et semini tuo: et erit semen tuum sicut arena Unde autem illi acciderit quatuor habere feminas, de quibus duodecim
terrae; et dilatabitur super Mare, et in Africum, et in Aquilonem, et ad filios et imam filiam procreavit, cum earum nullam concupisceret illicite,
Orientem: et benedicentur in te omnes tribus terrae, et in semine tuo. Et divina Scriptura indicat. Ad imam quippe accipiendam venerat 11 "; sed
ecce ego sum tecum, custodiens te in omni via quacumque ibis; et redu- cum illi altera pro altera supposiía fuisset, nec ipsam dimisit, qna ne-
cam te in terram hanc: quia non te derelinquam, doñee faciam omnia, sciens usus fuerat in nocte, ne ludibrio eam videretur habuisse; et eo
quae tecum locutus sum. Et surrexit Iacob de somno suo, et dixit: Quia tempore, quando multiplicandae posteritatis causa plures uxores lex nulla
Dominus est in loco hoc, ego autem nesciebam. Et timuit, et dixit: Quam prohibebat, accepit etiam illam, cui uni iam futuri coniugii fidem fece-
terribilis locas hic! non est hoc nisi domus Dei, et haec porta est caeli. rat. Quae cum esset sterilis, ancillam suam, de qua filios ipsa susciperet,
Et surrexit Iacob, et sumpsit lapidem quem supposuit ibi ad capul, et marito dedit: quod etiam maior sóror eius, quamvis peperisset, imitata,
statuit illum in titulum, et superfudit oleum in cacumen eius: et vocavit quoniam multiplicare prolem cupiebat, effecit. Nullam Iacob legitur pe-
Iacob nomen loci illius, Domus Dei1¡°. Hoc ad prophetiam pertinet: nec x tiisse praeter imam, nec usus plurimis nisi gignendae prolis officio, coniu-
more idololatriae lapidem perfudit oleo Iacob, velut faciens illum deum; gali iure servato, ut ñeque hoc faceret, nisi uxores eius id fierí flagitas-
ñeque enim adoravit eumdem lapidem, vel ei sacrificavit: sed quoniam sent, quae corporis viri sui habebant legitimam potestatem. Genuit ergo
Christi nomen a chrismate est, id est ab unctione; profecto figuratum est duodecim filios et unarn filiam ex quatuor mulieribus. Deinde ingressus
hic aliquid, quod ad magnum pertineat sacramentum. Scalam vero istam est in Aegyptum per filium suum Ioseph, qui venditus ab invidentibus
110 fratribus eo perductus fuit, atque ibidem sublimatus.
G e n . 38,10-19.
u l
l o . 1,47.51. " ' G e n . 39.
XVI, 39 XVI, 4 0 . DE NCÉ A IOS PROFETAS 1157
1158 LA C I U D A P DE DIOS

C A P I T U L O X X X I X C A P I T U L O XL

ENTRADA DE JACOB EN EGIPTO Y CONCORDANCIA DE TEXTOS


¿POR QUÉ SE LLAMÓ JACOB TAMBIÉN ISRAEL?

J a c o b , c o m o p o c o h a d i j e , se l l a m a b a t a m b i é n I s r a e l , nom- L a E s c r i t u r a dice q u e e n t r a r o n en E g i p t o setenta y cinco


b r e m á s c o n o c i d o en el p u e b l o q u e de él d e s c i e n d e . Este nom- p e r s o n a s con J a c o b , c o n t a d o s t a m b i é n sus h i j o s . E n t r e ellos
b r e le fué i m p u e s t o p o r el á n g e l q u e l u c h ó c o n t r a él a su re- s o l a m e n t e se h a c e m e n c i ó n de dos m u j e r e s , la u n a h i j a , y la
g r e s o de M e s o p o t a m i a , y que e r a figura de C r i s t o . L a victoria otra, n i e t a del p a t r i a r c a . ívlas, p o n d e r a d o el p u n t o con deten-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e J a c o b o b t u v o s o b r e el á n g e l , p o r q u e éste l o q u i s o así p a r a ción, l l e g a m o s a la c o n c l u s i ó n de q u e la f a m i l i a de J a c o b n o
figurar el m i s t e r i o , significa la p a s i ó n de C r i s t o , v e n c i d o , al e r a tan n u m e r o s a el d í a o el ario en q u e e n t r ó en E g i p t o , p o r q u e
p a r e c e r , p o r l o s j u d í o s . Y , sin e m b a r g o , p i d i ó la b e n d i c i ó n a l son m e n c i o n a d o s t a m b i é n los b i z n i e t o s de J o s é , q u e e r a i m p o -
á n g e l d e r r o t a d o , y su b e n d i c i ó n consistió en l a i m p o s i c i ó n de sible q u e e x i s t i e r a n y a . J a c o b tenía entonces ciento t r e i n t a a ñ o s ,
este n o m b r e . I s r a e l significa Vidente de Dios, visión q u e será el y su l u j o J o s é , t r e i n t a y n u e v e , y consta q u e éste t o m ó esposa
p r e m i o de t o d o s los s a n t o s al fin del m u n d o . El á n g e l le tocó, a los t r e i n t a a ñ o s m á s o m e n o s . ¿ ( J o m o , p u e s , p u d o en n u e v e
c o m o a v e n c e d o r , la l a r g u r a del m u s l o y le dejó cojo. J a c o b a ñ o s tener biznietos d e los h i j o s h a b i d o s de esa mujer'í A d e -
e r a , p u e s , u n o y el m i s m o b e n d e c i d o y c o j o : b e n d e c i d o en los m á s , El'rain y M a n a s e s , h i j o s de José, n o t e n í a n a ú n h i j o s , p u e s
de su p u e b l o q u e c r e y e r o n en Cristo y cojo en los infieles [ 5 6 ] . c u a n d o J a c o b e n t r ó en E g i p t o e r a n u n o s n i ñ o s de m e n o s
L a l a r g u r a del m u s l o figura u n a m u l t i t u d n u m e r o s a , p u e s h a y de n u e v e a ñ o s . ¿ C ó m o es que se c u e n t a n n o sólo los h i j o s . d e
m u c h o s e n t r e sus d e s c e n d i e n t e s de q u i e n e s se p r e d i j o proféti- ellos, s i n o t a m b i é n s u s n i e t o s , e n t r e l o s setenta y c i n c o q u e en-
c a m e n t e : Y van cojeando fuera de sus sendas. t r a r o n e n t o n c e s con J a c o b en E g i p t o ? E n la r e l a c i ó n se n o m b r a
u JVJaquir, h i j o de M a n a s e s , y a u n hijo de M a q u i r , G a l a a d ,
nielo de M a n a s e s y biznieto de J o s é . Se n o m b r a t a m b i é n u n
h i j o de Einu'ti, Ulalniín, nieto de J o s é , y a E d é n , h i j o de Uta-
CAPUT XXXIX
Q ü A E RATIO FUERIT UT lACOB ETIAM ISRAEL COGNOMINARETUR
CAPUT XL
lacob autem etiam Israel, sicut paulo ante dixi, voeabatur: quod no-
men magis populus ex illo procreatus obtinuit. Hoc autem nomen illi ab QUOMODO IACOB CUM SEPTUACINTA QUINQUÉ ANIMABUS AEGYPTUM NARRETUR
Ange'o impositum est, qui cum illo fuerat in itinere de Mesopotamia re- INGRESSUS; CUM PLERIQUE EX HIS QUI COMMEMORANTUR, TEMPORE
deunte luctatus, typum Christi evidentissime gerens. Nam quod ei prae- POSTERIORE « N T CEMTI
valuit lacob, utique volenti, ut mysterium figuraret, significat passionem
Christi, ubi visi sunt ei praevalere Iudaei. Et tamen benedictionem ab eo- Ingressi itaque referuntur in Aegyptum simul cum ipso lacob septua-
dem angelo, quem superaverat, impetravit: ac sic huius nominis impositio ginta quinqué nomines l l s , annumerato ipso cum filas suis. In quo nu-
benedictio fuit. Interpretatur autem Israel, Videns Deum: quod erit in mero duae tantum feminae commemorantur, una filia, neptis altera. Sed
fine praemium omnium sanctorum. Tetigit porro illi idem ángelus velut res diligenter considerata non indicat, quod tantus numeras fuerit in
praevalenti latitudinem femoris, eumque isto modo claudum reddidit l l s . progenie lacob die vel .anno quo ingressus est Aegyptum. Commemorati
Erat itaque unus atque idem lacob et benedictus et claudus; benedictus sunt quippe in eis etiam pronepotes loseph, qui nullo modo iam tune
in eis qui in Christum ex eodem populo crediderunt, atque in infidelibus esse potuerunt: quoniam tune centum triginta annorum erat lacob, filius
claudus. Nam femoris latitudo, generis est multitudo, Plures quippe sunt vero ehis loseph triginta novem; quem cum accepisse tricésimo anno suo,
in ea stirpe, de quibus prophetice praedictura est: Et claudicaverunt a vel amplius, constet uxoiem, quomodo potuit per novem annos habere
semitis suis l u . pronepotes de filiis, quos ex eadem uxore suscepit? Cum igitur nec filios
113 haberent Ephraem et Manasses filii loseph, sed eos pueros infra quam
G e n . 32,24-29.
114
P s . 17,46. novennes lacob Aegyptum ingressus invenerit, quo pacto eorum non solum
filii, sed etiam nepotes, in illis septuaginta quinqué numerantur, qui tune
Aegyptum ingressi sunt cum lacob? Nam commemoratur ibi Machir filius
Manasse, nepos loseph, et eiusdem Machir filius, id est Galaad, nepos
Manasse, pionepos loseph: ibi est et quem genuit Ephraem, alter filius
loseph, id est Utalaam, nepos loseph; et filius ipsius Utalaae Edem,
nepos Ephraem, pronepos loseph 1 1 0 : qui nullo modo esse potuerunt,
JI5
G e n . 46,27, s e c . L X X , e t A e t . 7,14.
1
" G e n . 50,22 ; N u m . 26,igsqq.
XVI, 41 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1159
1158 LA CIUDAD DE DIOS X V I , 40

laán, nieto de Efraín y biznieto de José. Y es imposible que ya todos cuando entró él en Egipto. Como queda dicho, se
existieran ya éstos cuando Jacob llegó a Egipto y halló a los nos da todo el tiempo de la entrada, que duró tanto cuanto
hijos de José, nietos suyos, abuelos de éstos, chicos menores de vivió José, a quien, al parecer, se debió la entrada.
nueve años. En realidad, la Escritura, al referir la entrada de
Jacob en Egipto y decir que le acompañaron setenta y cinco
C A P I T U L O XLI
almas, habla no de un día o de un año, sino de todo el tiempo
que vivió José, al cual se debió esa entrada. La Escritura dice
BENDICIÓN DE JUDÁ
así de José: José habitó en Egipto con sus hermanos y toda la
familia de su padre, y vivió ciento diez años, y vio los hijos de Así, pues, si por el pueblo cristiano, en el que peregrina
Efraín hasta la tercera generación. Este es su biznieto, el hijo aquí abajo la Ciudad de Dios, buscamos a Cristo según la carne
de Efraín, pues, contando hasta la tercera generación, tenemos en la descendencia de Abrahán, dejando a un lado ios hijos de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


el hijo, el nieto y el biznieto. Luego añade: Y nacieron sobre los las concubinas, topamos con Isaac. Si lo buscamos en la des-
muslos de José los hijos de Maquir, hijo de Manases. Este es cendencia de Isaac, dejando a Esaú, o Edón, que es lo mismo,
el nieto de Manases y biznieto de José. La Escritura, siguiendo se nos presenta Jacob, llamado también Israel. Y, si ahora lo
su estilo, usa el plural aquí como en aquel pasaje en que llama buscamos en la descendencia de Israel, preteridos los demás,
hijas de Jacob a su única hija. Esto es corriente también en viene al encuentro Judá, de cuya tribu nació Cristo. Veamos,
latín, y se dice liberi por hijos, aunque no sea más que pues, la bendición profética dada a Judá cuando Israel, a las
uno [ 5 7 ] . Y no se debe pensar que, como para poner de relieve puertas de la muerte, bendijo a sus hijos: ¡Oh Judá!—dice—, a
la felicidad de José se dice que llegó a ver a sus biznietos, ya ti te alabarán tus hermanos. Tus manos caerán sobre tus enemi-
habían nacido éstos cuando Jacob entró en Egipto, pues tenía gos y te adorarán los hijos de tu padre. Tú, Judá, eres un ca-
entonces José treinta y nueve años. Lo que origina error, con- chorro de león; te has elevado como un árbol en pleno desarro-
siderando con menos diligencia estas cosas, es aquello que llo, hijo mío; después, para descansar, dormiste cual león y a
está escrito: He aquí los nombres de los hijos de Israel que manera de un cachorrillo. ¿Quién Ir despertará? No será quita-
entraron en Egipto con Jacob, su padre. Esto se dijo porque do el cetro de Judá ni de su descendencia el caudillo hasta que
en total, con él, suman setenta y cinco, no porque coexistieran se cumplan las promesas a él hechas. El será la esperanza de
las naciones, y él atará a la cepa su pollino, y al cilicio el as-
nillo. Lavará su ropa en el vino, y su manto, en la sangre de las
quando Iacob in Aegyptum venit, et filios loseph nepotes suos, avos isto- uvas. Sus ojos están rojos por el vino, y sus dientes, más blan-
rum, minores quam novem annorum pueros invenit. Sed nimirum introitus
Iacob in Aegyptum, quando eum in septuaginta quinqué animabus sed, ut dixi, totum tempus habetur eius ingressus, quo vixit loseph, per
Scriptura commemorat, non unus dies, vel unus annus, sed totum illud est quem videtur ingressus.
tempus, quamdiu vixit loseph, per quem factum est ut intrarent. Nam
de ipso loseph eadem Scriptura sic loquitur: Et habitavit loseph in Ae- CAPTJT XLI
gypto, ipse et fratres eius, et omnis cohabitatio patris eius: et vixit an- DE BENEDICTIONE, QUAM IACOB IN IUDAM FILIUM SUUM PROMISIT
uos centum et decem, et vidil loseph filios Ephraem usque in tertiam
generationem. Ipse est ille pronepos eius ab Ephraem tertius. Generatio- Igitur propter populum christianum, in quo Dei civitas peregrinatur
nem quippe tertiam dicit, filium, nepotem, pronepotem. Deinde sequitur: in terris, si carnem Christi in Abrahae semine requiramus, remotis con-
Et füii Machir, filii- Manasse, nati sunt supra femora loseph ' " . Et hic cubinarum filiis, oceurrit Isaac: si in semine Isaac, remoto Esau, qui est
ille ipse est nepos Manasse, pronepos loseph. Sed pluraliter appellati sunt, etiam Edom, oceurrit Iacob, qui est et Israel: si in semine Israel ipsius,
sicut Scriptura consuevit; quae unam quoque filiam Iacob filias nuncu- remotis caeteris, oceurrit ludas, quia de tribu luda exortus est Christus.
pavit: sicut in latinae linguae consuetudine liberi dicuntur pluraliter Ac per hoc cum in Aegypto moriturus Israel filios suos benediceret, quem-
filii, etiamsi non sint uno amplius. Cum ergo ipsius loseph praediceretur admodum Iudam prophetice benedixerit, audiamus: luda, inquit, te lau-
felicitas, quia videre potuit pronepotes, nullo modo putandi sunt iam fuis- dabunt fratres tui. Manus tuae super dorsum inimicorum tuorum: adora-
se tricésimo nono anno proavi sui loseph, quando ad eum in Aegyptum bunl te filii patris tui. Catulus leonis luda: ex germinatione, fui mi, as-
Iacob pater eius advenit. Illud autem est, quod fallit minus ista dili- cendiste: recumbens dormisti ut leo, et ut catulus leonis, quis suscitabit
genter intuentes, quoniam scriptum est, Haec autem nomina filiorum Is- eum? Non deficiet princeps ex luda, et dux de femoribus eius, doñee ve-
rael, qui intraverunt in Aegyptum simul cum Iacob patre suo " 8 . Hoc niant quae reposita sunt ei: et ipse exspectatio gentium; alligans ad vitem
enim dictum est, quia simul cum illo computantur septuaginta quinqué, pullum suum, et cilicio pullum asinae suae. Lavabit in vino stolam suam,
non quia simul iam erant omnes, quando Aegyptum ingressus est ipse: et in sdnguine uvae amictum suum. Fulvi oculi eius a vino, et denles
candidiores lacle 119. Exposui haec adversus Manichaeum Faustum dispu-
117
G e n . 50,22. 119
Gen. 49,8-ia.
118
Ibid., 45.8-
1160 EA CIUDAD DE DIOS XVI, 41
XVI. 42 DE NOE A EOS PROFETAS 1161
eos que la leche. H e e x p u e s t o este p a s a j e en m i d i s p u t a Contra
Fausto Maraqueo [ 5 8 ] , y c r e o h a b e r d i c h o b a s t a n t e p a r a mos- b e b e n en el A p ó s t o l l o s p á r v u l o s , es decir, l a s p a l a b r a s q u e
t r a r la v e r d a d de esta p r o f e c í a . E n ella está p r e d i c h a t a m b i é n la a l i m e n t a n a los a ú n n o c a p a c e s de a l i m e n t o s ó l i d o . El es, p u e s ,
m u e r t e de C r i s t o c o n l a p a l a b r a dormición, y c o n el n o m b r e de s o b r e q u i e n r e c a y e r o n l a s p r o m e s a s h e c h a s a J u d á , antes de
león, el p o d e r q u e tiene d e m o r i r o n o , n o l a n e c e s i d a d . D e este c u y o c u m p l i m i e n t o n o h a n f a l t a d o n u n c a p r í n c i p e s , o sea, re-
p o d e r hizo g a l a en su E v a n g e l i o con estas p a l a b r a s : Tengo po- yes de I s r a e l , d e esta e s t i r p e . Y él es la esperanza de las na-
der para entregar mi alma y volverla a recobrar. Nadie me la ciones, e x p r e s i ó n m á s c l a r a en sí q u e c u a l q u i e r a e x p o s i c i ó n .
arranca, sino que yo la doy de propia voluntad y la recobro de
nuevo. A s í r u g i ó el león, así c u m p l i ó su p a l a b r a . C o n este mis-
mo p o d e r se r e l a c i o n a lo q u e se a ñ a d i ó de l a r e s u r r e c c i ó n . C A P I T U L O X L I I
¿Quién le despertará?; es decir, q u e n o lo h a r á h o m b r e a l g u -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


no, sino el m i s m o q u e dijo de su c u e r p o : Destruid este templo,
y en tres días lo reedificaré. E l g é n e r o de m u e r t e , es decir, l a Los HIJOS D E J O S É Y LA B E N D I C I Ó N DE J A C O B

e l e v a c i ó n a l a cruz, está e x p r e s a d o en esta sola p a l a b r a : Te


C o m o los d o s h i j o s de I s a a c , E s a ú y J a c o b f u e r o n figura d e
has elevado. Y e s t o : Recostándote dormiste, lo e x p o n e el evan-
d o s p u e b l o s , de los j u d í o s y d e los c r i s t i a n o s ( a u n q u e , según la
gelista c u a n d o d i c e : E inclinando la cabeza, entregó su espí-
c a r n e , n o son l o s j u d í o s los d e s c e n d i e n t e s de E s a ú , sino l o s
ritu. O se p u e d e e n t e n d e r t a m b i é n d e su s e p u l t u r a , en la q u e
i d u m e o s ; n i los c r i s t i a n o s , d e s c e n d i e n t e s de J a c o b , s i n o m á s b i e n
d e s c a n s ó d u r m i e n d o , y d e l a cual n a d i e le resucitó, c o m o hicie-
los j u d í o s ("59], p u e s el sentido de la figura se r e s u m e en estas
r o n l o s p r o f e t a s a a l g u n o s y E l m i s m o c o n o t r o s , sino q u e de
p a l a b r a s : El mayor servirá al menor), lo m i s m o f u e r o n los d o s
ella d e s p e r t ó c o m o de u n s u e ñ o . Su r o p a , en v e r d a d , es la
hijos de J o s é . E l m a y o r r e p r e s e n t ó a l o s j u d í o s , y el m e n o r a
r o p a q u e l a v a en el v i n o , es decir, l a purifica de sus p e c a d o s
los c r i s t i a n o s . J a c o b , al b e n d e c i r l o s , p u s o su m a n o d e r e c h a
en su s a n g r e , cuyo m i s t e r i o c o n o c e n b i e n los b a u t i z a d o s , p o r
s o b r e el m e n o r , q u e e s t a b a a su i z q u i e r d a , y l a i z q u i e r d a s o b r e
el cual a ñ a d e : Y en la sangre de sus uvas, su manto, ¿qué es
el m a y o r , q u e e s t a b a a su d e r e c h a . E n t o n c e s el p a d r e de e l l o s
sino la Iglesia? Sus ojos están rojos por el vino. Esto significa
se lo a d v i r l i ó , m o l e s t a d o , c o r r i g i e n d o su e r r o r e i n d i c á n d o l e
las p e r s o n a s e s p i r i t u a l e s , e m b r i a g a d a s d e esta b e b i d a , de l a q u e
cuál e r a el m a y o r . M a s él se n e g ó a c a m b i a r sus m a n o s y d i j o :
c a n t a el S a l m o : ¡Cuan excelente es tu cáliz, que embriaga!
Lo sé, hijo; lo sé. Este será padre de un pueblo, y será exalta-
Y sus dientes, más blancos que la leche, significa l a leche q u e
do; m.as su hermano, más joven que él, será mayor que él. Su

potant apud Apostolum parvuli, verba scilicet nutrientia, nondum idonei


tans 1 "": et satis esse arbitrar, quantum veritas prophetiae huius elucet:
solido cibo 125. Ipse igitur est in quo reposita erant promissa ludae, quae
ubi et mors Christi praedicta est verbo dormitionis, et non necessitas, sed
doñee venirent, nunquam principes, hoc est reges, Israel ab illa stirpe
potestas in morte, nomine leonis. Quam potestatem in Evangelio ipse prae-
defuerunt. Et ipse exspectatio gentium: quod clarius est videndo, quam
dicat, dicens: Potestatem habeo ponendi animara meam, et potestatem
sit exponendo.
habeo iterum sumendi eam. Nemo eam tollit a me: sed ego eam pono a
me, et iterum sumo eam l i l . Sic leo fremuit, sic quod dixit implevit. Ad CAPUT XLII
eam namque pertinet potestatem, quod de resurrectione eius adiunctum
est, Quis suscitabit eum? hoc est, quia nullus hominum, nisi se ipse, qui DE FILIIS IOSEPH, QUOS IACOB PROPHETICA MANUUM SUARUM
etiam de corpore suo dixit, Solvite templum hoc, et in triduo resuscitabo TRANSMUTATIONE BENEDIXIT
illud122. Ipsum autem gemís mortis, hoc est sublimitas crucis, in uno
verbo intelligitur, quod ait, Ascendisti. Quod vero addidit, Recumbens Sicut autem dúo Isaac filii, Esau et Iacob, figuram praebuerunt duo-
dormisti, evangelista exponit, ubi dicit, et inclinato capite tradidit spiri- rum populorum in Iudaeis et Christianis (quamvis quod ad carnis pro-
tum123. Aut certe sepultura eius agnoscitur, in qua recubuit dormiens; paginem pertinet, nec Iudaei venerint ex semine Esau, sed Idumaei; nec
et unde illum nullus hominum, sicut Prophetae aliquos, vel sicut ipse Christianae gentes de Iacob, sed potáis Iudaei, ad hoc enim tantum figura
alios suscitavit, sed sicut a somno ipse surrexit. Stola porro eius quam valuit, quod dictum est, Maior serviet minori12"); ita factum est etiam in
lavat in vino, id est, mundat a peccatis in sanguíñe suo, cuius sanguinis duobus filiis Ioseph: nam maior gessit typum Iudaeorum, Christianorum
sacramentum baptizati sciunt, unde et adiungit, Et in sanguine uvae autem mínor. Quos cum benediceret Iacob, manum dexteram ponens su-
amictum suum, quid est nisi Ecclesia? Et fulvi oculi eius a vino: spiri- per minorem, quem habebat ad sinistram; sinistram super maiorem, quem
tuales eius inebriati póculo eius, de quo canit Psalmus, Et calix tuus ine- habebat ad dextram: grave visum est patri eorum, et admonuit patrem
brians quam praeclarus est! l24 Et dentes eius candidiores lacte: quod velut corrigens eius errorem, et quisnam eorum esset maior ostendens. At
120 123
ille mutare manus noluit, sed dixit: Scio, fili, scio. Et hic erit in populum,
Contra Faustum Manichaeum, 1.12 c.42. r b i d . , 19,30. et hic exaltabitur: sed frater eius iunior maior illo erit, semen eius erit in
121 l24
l o . 10,18.17. F s . 22,5.
122
I b i d . , 2,19. 125
1 Cor. ^,2.
"° G e n . 25,23.
1162 LA CIUDAD DE DIOS XVT, 43, 1 XVI. 43, 1 DB KOÉ A LOS PROFETAS 1163
linaje se extenderá a muchas naciones. He aquí distinguidas O b l i g a d o a m a r c h a r de a l l í , p o r t e m o r , p o r q u e salió en defensa
o t r a vez l a s d o s p r o m e s a s . El u n o será p a d r e de un pueblo, y el de u n i s r a e l i t a , dio m u e r t e a u n e g i p c i o y l u e g o e n v i a d o p o r or-
o t r o , de muchas naciones. ¿ Q u é cosa h a y m á s evidente q u e en den del cielo, venció, p o r el p o d e r del E s p í r i t u d i v i n o , a los ma-
estas dos p r o m e s a s se c o n t e n g a el p u e b l o de los i s r a e l i t a s y t o d a gos del f a r a ó n q u e se o p o n í a n . Y entonces, n e g á n d o s e los egip-
la t i e r r a en la d e s c e n d e n c i a de A b r a h á n , a q u é l según la c a r n e cios a d e j a r s a l i r al p u e b l o de D i o s de E g i p t o , se v i e r o n asalta-
y éste s e g ú n la f e ? dos de las diez f a m o s a s p l a g a s : el a g u a c o n v e r t i d a en s a n g r e , las
r a n a s y los cínifes, las m o s c a s , la m u e r t e del g a n a d o , las l l a g a s ,
el írranizo. la l a n g o s t a , las t i n i e b l a s y la m u e r t e de los p r i m o -
C A P I T U L O X L I I I g é n i t o s . F i n a l m e n t e , los e g i p c i o s fueron s e p u l t a d o s en el m a r
R o i o c u a n d o p e r s e g u í a n a los i s r a e l i t a s , a q u i e n e s h a b í a n per-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


É P O C A DE M O I S É S , DE J E S Ú S N A V E , DE L O S J U E C E S Y DE L O S m i t i d o la s a l i d a d e s p u é s de ser h e r i d o s p o r t a l e s p l a c a s . El m a r
REYES. SAÚL, EL PRIMER REY, Y DAVID, EL PRINCIPAL EN se d i v i d i ó y dejó p a s o l i b r e a los a u e se i b a n , y el a g u a , tor-
M I S T E R I O Y EN M E R E C I M I E N T O n a n d o a j u n t a r s e , a n e g ó a los q u e i b a n en su s e g u i m i e n t o . Des-
pués, el p u e b l o de Dios vivió d u r a n t e c u a r e n t a a ñ o s con Moisés
1. D e s p u é s de la m u e r t e de J a c o b y de J o s é , d u r a n t e los al frente en el desierto, y fué e n t o n c e s c u a n d o se d e d i c ó el ta-
ciento c u a r e n t a y c u a t r o a ñ o s q u e m e d i a r o n t o d a v í a h a s t a la sa- b e r n á c u l o del t e s t i m o n i o , en el q u e se r e n d í a c u l t o a Dios con
l i d a de E g i p t o , la n a c i ó n j u d í a se m u l t i p l i c ó t a n p r o d i g i o s a m e n - sacrificios, figura de los v e n i d e r o s . S u c e d i ó esto d e s p u é s de ha-
te a u n en m e d i o de sus c r u e l e s p e r s e c u c i o n e s , q u e h u b o u n b e r sido d a d a la lev en el m o n t e , m u y t e r r i b l e m e n t e , p u e s se
t i e m p o en q u e los e g i p c i o s , m a r a v i l l a d o s del c r e c i m i e n t o de ese m a n i f e s t a b a e v i d e n t í s i m a la d i v i n i d a d con signos v voces a d m i -
p u e b l o y t e m e r o s o s , d a b a n m u e r t e a los n i ñ o s t a n p r o n t o c o m o r a b l e s . A c a e c i ó esto u n a vez s a l i d o el p u e b l o de E g i p t o y m o -
n a c í a n . E n esta é p o c a , Moisés, escogido p o r D i o s p a r a o b r a r p o r r a n d o ya en el d e s i e r t o , c i n c u e n t a días d e s p u é s de la celebra-
su m e d i o cosas g r a n d e s , fué s u b s t r a í d o al f u r o r de los asesinos y ción de la P a s c u a de la i n m o l a c i ó n del c o r d e r o . Este es s í m b o l o
l l e v a d o a la casa r e a l , d o n d e fué a l i m e n t a d o y a d o p t a d o p o r l a de Cristo, y figura la i n m o l a c i ó n v la p a s i ó n sufrida antes de
h i ¡ a del F a r a ó n ( n o m b r e c o m ú n que se d a b a en E g i p t o a t o d o s p a s a r de este m u n d o al P a d r e (pues Pascua en h e b r e o significa
los r e y e s ) . Y llegó a d e s a r r o l l a r s e t a n t o , q u e l i b r ó a esa n a c i ó n Tránsito). Y es t a n v e r d a d esto, q u e , u n a vez r e v e l a d o ya el
t a n m a r a v i l l o s a m e n t e a c r e c i d a del d u r í s i m o y p e s a d í s i m o y u g o N u e v o T e s t a m e n t o , a los c i n c u e n t a días de h a b e r sido i n m o l a d o
de la s e r v i d u m b r e a q u e e s t a b a s u j e t a ; m e j o r d i c h o , la l i b r ó Cristo, a u e es n u e s t r a P a s c u a , d e s c e n d e r í a del cielo el E s p í r i t u
D i o s , c o n f o r m e a la p r o m e s a h e c h a a A b r a h á n p o r m e d i o de él. S a n t o . A este E s p í r i t u en el E v a n g e l i o se le da el n o m b r e de

multitudinem gentium 127. Etiam hic dúo illa promissa demonstrat. Nam Abrahae. Prius quippe exinde fngiens, quod, enm Israelitam defenderet,
ille in populum, iste in multitudinem gentium: quid evidentiu nuam his Aegvntium occiderat, et territus fuerat; Dostea divinitus missus in potesta-
duabus promissionibus contineri populum Israelitarum orbemque terrarum te Spiritus Dei superávit resistentes Pharaonis magos. Tune per eum
Aegyptiis illatae sunt decem memorabiles plagae, cum dimittere populum
in semine Abrahae, illum secundum carnem, istum secundum fidem?
Dei nollent: aqua in sanguinem versa, ranae et sciniphes, cynomyia, mors
pecorum, ulcera, grando, locusta, tenebrae, mors primogenitorum. Ad
CAPUT XLIII extremum Israelitas, quos piaseis tot tantisque perfracti tándem aliquando
dimiserant, Aegvptii in mari Rubro dum pe r sequimtur, exstincti sunt. lilis
DE TEMPORIBUS MOYSI, ET IESU NAVE, AC IUDICUM, ATQUE EXINDE RECÜM,
quippe abeuntibus divisum mare viam fecit: hos autem insequentes in
QUORUM QUIDEM SAÚL PRIMUS EST, SED ÜAVID PRAECIPUUS ET SACRAMENTO
se rediens mida submersit. Deinde per annos quadraginta, duce Moyse,
IIABETUR ET MÉRITO
Dei populus per desertum actus est, quando Tabernaculum testimonii
1. Defuncto Iacob, defuncto etiam Ioseph, per reliquos centum qua- nuncupatum est, ubi Deus sacrificiís futura praenuntian'Ibus colebatur:
draginta quatuor annos, doñee exiretur de térra Aegypti, in modum in- cum scilicet iam data lex fui«set in monte mnltum tcribiliter; ntte=taba-
credibilem illa gens crevit, etiam tantis attrita persecutionibus, ut quo- tur enim evidentissima mirabilibus signis vocibusque divinitas. Quod fac-
dam tempore nati masculi necarentur, cum mirantes Aegyptios nimia po- tum est mox ut exitum est de Aegvpto, et in deserto populus esse coepit,
puli illius incrementa terrerent. Tune Moyses subtractus furto trucidatori- quinquage«imo die post celebratum Pascha per ovis immolationem: qui
bus parvulorum, ad domum regiam, ingentia per eum Deo praeparante, usqne adeo tvpus Christi est, praemmtians eum per victimam passionis
pervenit, nutritusque et adoptatus a filia Pharaonis (quod nomen in Ae- de hoc mundo transitiirum ad Patrem (Pascha qui'ope hebraea lingua
gypto omnium regum fuit), in tantum pervenit virum, ut ipse illam gen- Transitus interpretatur l z s ) , ut iam cum revel»retur Testamentum novum,
tem mirabiliter multiplicatam, ex durissimo et gravissimo, quod ibi fere- po«teaquam Pascha nostrum immolatus e«t Christus, qmnquaeesimo die
bat, higo servitutis extraheret, imo per eum Deus, qui hoc promiserat veniret de cáelo Spiritus sanctus: qui dictus est in Evangelio digitus
158
» ' Gen. .|8,i 9 . E X . 13,11,
1164 LA CIUDAD D E D I O S XVI, 43, 3 XVI, 43, 3 DE NOÉ A LOS PROFETAS 1165

dedo de Dios, para volver a hacer mención del primer hecho el comienzo de la juventud del pueblo de Dios. Su adolescencia
prefigurado, ya que también aquellas tablas de la Ley se anun- se extendió desde Abrahán hasta David. No en vano el evange-
cian como escritas con el dedo de Dios. lista San Mateo mencionó catorce generaciones en este primer
2. Muerto Moisés, se puso al frente del pueblo Jesús Nave, período, a saber, desde Abrahán hasta David. En efecto, el
y lo introdujo en la tierra de promisión y la repartió al pueblo. hombre comienza a ser capaz de engendrar desde la adolescen-
Estos dos admirables caudillos libraron con éxito muchas gue-, cia, y por esta razón comienzan las generaciones desde Abra-
rras, haciéndoles constancia Dios de que aquellas victorias pro- hán, que fué constituido padre de naciones cuando le fué cam-
cedían no tanto de los merecimientos del pueblo hebreo cuanto biado el nombre. Antes de Abrahán, es decir, desde Noé hasta
de los pecados de las naciones en guerra. A estos jefes, consti- él, el pueblo de Dios vivió su niñez, y por eso se inventó enton-
tuido el pueblo en la tierra de promisión, sucedieron los jue- ces la primera lengua, la hebrea. La niñez es precisamente la
ces. Así comenzaba el cumplimiento de la primera promesa edad en que comienza el hombre a hablar, muerta ya la infan-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


hecha a Abrahán, tocante a la nación hebrea y a la tierra de cia, así llamada porque en ella es imposible hablar. Y es tam-
Canaán, no la tocante a todas las naciones y al orbe entero de bién indudable que el olvido encubre esta primera edad, al igual
la tierra. Esta última había de cumplirse en la encarnación de que el diluvio hizo desaparecer la primera edad del género
Cristo, y no con las prácticas de la Lev vieja, sino con la Ley humano. ¿Cuántos hay que recuerden su infancia? [ 6 0 ] . A esto
evangélica. Esta verdad está prefigurada de antemano en que se debe que en el actual desarrollo de la Ciudad de Dios, como
no fué Moisés, el cual había recibido para el pueblo la Ley en el libro anterior contiene la primera edad del mundo, éste
el monte Sinaí, sino jesús Nave, a quien Dios, por una orden abarque la segunda y la tercera. En esta tercera edad fué im-
propia, había cambiado el nombre, quien introdujo el pue- puesto el yugo de la Ley, prefigurado por la novilla, la cabra
blo en la tierra prometida. En tiempo de los jueces, según y el carnero de tres años; apareció una multitud de pecados
fueran o los pecados del pueblo o la misericordia de Dios, y surgió el principio del reino terreno, en el que no han fal-
así alternaban la prosperidad y la adversidad en las gue- tado hombres espirituales, misterio prefigurado en la tórtola y
rras. en la paloma [ 6 1 ] .
3. De aquí se pasó a la época de los revés. El primero fué iuvonlutis populi Dei: cuius gencris quaedam velut adolescentia duceba-
Saúl. Pero, roto y deshecho en un choque guerrero y reprobado tur al> ipso Abraham usque ad hunc David. Ñeque enim frustra Matthaeus
él v toda su raza para que de ella no hubiera más reyes, le su- evangelista sic generationes commemoravit, ut hoc primum intervallum
cedió en el trono David, cuyo hijo más sobresaliente se lla- quatuordecim generationibus commendaret, ab Abraham scilicet usque ad
ma Cristo. En él se hizo una pausa, y él marca, por decirlo así, David131. Ab adolescentia quippe incipit homo posse generare: propterea
generationum ex Abraham sumpsit exordium; qui etiam pater gentium
Dei120, ut recordationem nostram in primi praefigurati facti memoriam constitutus est, quando mutatum nomen accepit. Ante hunc ergo velut
revocaret; quia et legis illae tabulae digito Dei scriptae referuntur 13°. pueritia fuit huius generis populi Dei, a Noe usque ad ipsum Abraham:
2. Defuncto Moyse, populum rexit Iesus Nave, et in terram promis- et ideo prima lingua inventa est, id est hebraea. A pueritia namque homo
sionis introduxit, eamque populo divisit. Ab his duobus mirabilibus duci- incipit loqui post infantiam, quae hinc appellata est, quia fari non potest.
bus bella etiam prosperrime ac mirabiliter gesta sunt, Deo contestante non Quam profecto aetatem primam demergit oblivio, sicut aetas prima ge-
tam propter merita Hebraei populi, quam propter peccata earum quae neris humani est deleta diluvio. Quotus enim quisque est, qui suam re-
debellabantur gentium, illas eis provenisse victorias. Post istos duces, ín- cordetur infantiam? Quamobrem in isto procursu civitatis Dei, sicut su-
dices fuerunt, iam in térra promissionis populo collocato: ut inciperet perior unam eamdemque primam, ita duas aetates secundam et tertiam
interim reddi Abrahae prima promissio de gente una, id est Hebraea, et liber iste contineat,13in qua tertia propter vaccam trimam. capram trimam,
térra Chanaan; nondum de ómnibus gentibus et toto orbe terrarum: quod et arietem trimum \ impositum est Legis iugum, et apparuit abundantia
Christi adventus in carne, et non veteris Legis observationes, sed Evangelii peccatorum, et regni terreni surrexit 13Sexordium, ubi non defuerunt spiri-
fides fuerat impletura. Cuius rei praefiguratio facta est, quod non Moy- tuales, quorum in turture et columba figuratum est sacramentum.
6es, qui legem populo acceperat in monte Sina, sed Iesus, cui etiam no- 131
M t . 1,17.
men Deo praecipiente mutatum fuerat ut Iesus vocaretur, populum in ter- 132
G e n . 15,9.
ram promissionis induxit. Temporibus autem Iudicum, sicut se habebant l
" Ibid.
et peccata populi et misericordia Dei, alternaverunt prospera et adversa
bellorum.
3. Inde ventum est ad Regum témpora: quorum primus regnavit Saúl:
quo reprobato et bellica clade prostrato, eiusque stirpe reiecta, ne inde
reges orirentur, David successit in regnum, cuius máxime Christus dictus
est filius. In quo articulus quidam factitó est et exordium quodammodo
119
L e . 11,20. >a° E X . 31,18
NOTAS AI, LIBRO XVI 1167
NOTAS AL LIBRO XVI
mente a veces, lo achacamos al estilo oriental, y está solucionado el •
asunto.
[10] Ya hemos advertido que la angelología se ha ido desarrollando
poco a poco. San Agustín le dio un gran avance, pero aún no espiritua-
lizó del todo a los ángeles. A pesar de eso, toda la Edad Media beberá
en esta fuente.
[1] Este pensamiento lo vemos desarrollado en Contra Fauslum Ma- [11] De una vez para siempre se deshace de esta embarazosa cues-
nichaeum (XII 22ss.), donde contesta a sus objeciones. tión. Dios habla a la mente, al espíritu, o por sí mismo, pero, claro está,
[2] No puede desligarse del sentido cristocéntrico de la historia. Cris- la cuestión queda envuelta en el misterio al añadir inefablemente, o por
to lo es todo antes y después de su encarnación. Antes, todos los hechos medio de otra criatura. Estas son las locuciones de que nos hablan los
se relacionaban con él como algo venidero, y las hazañas se reducían a ser místicos. Puede hacerse un parangón entre estas locuciones y las visiones

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


meras p ofecías de su presencia carnal; después, en mirada retrospectiva, de que habla en De Genesi ad litteram (libro XII, desde el capítulo 18
se mide todo por su influencia avasalladora en el mundo. Y Cristo sigue hasta el fin de la obra).
actuando en la historia y siendo el eje de la misma. [12] Así se expresan también San Ambrosio (In Psalmum 104) y
[3] La exegeús de Agustín, en general, carece de valor exegético, Euquerio (In Genesim 1.2 c.7).
pero tiene un gran valor filosófico para la comprensión intencional del [13] Sigue en la creencia de la existencia de la generación es-
cristianismo. pontánea,
[4] La Escritura, para el propósito presente, no es más que un can- [14] Hoy se nos hacen un poco ridiculas estas hipótesis, que se for-
to a la obra que el Santo trae entre manos. Todo se enfoca a esa visión jaban para explicar estos hechos, por otra parte erróneos. El error radica-
gigantesca de las dos ciudades. El término atrevido de historia profética ba en creer primeramente en que el diluvio fué totalmente universal, y
encierra un contenido irrebasable. Es ni más ni menos la expresión más segundo, en un escaso conocimiento de la zoología.
clara de lo que decíamos en la nota 2. [15] Procede esta palabra del término griego pygmé, que significa
[5] Sigue en esta enumeración los códices griegos, que añaden un acodado, reducido, pequeño. Y ésta es su significación actual.
octavo hijo de Jafet, que llaman Elisa. Así, los descendientes ascienden a [16] Los esciópodas eran una raza monstruosa de hombres que no
quince. Pero este tal Elisa no se encuentra ni en la Escritura hebrea, ni tenían más que una pierna sin articulación alguna, y pies tan grandes,
en la paráfrasis caldea, ni en la versión griega complutense, seg'm anota que, al tenderse al sol en verano, se hacían sombra con ellos. Se les su-
Coquaeus. Finalmente, los mismos códices griegos que ha usado San Je- ponía dotados de prodigiosa agilidad. Y fueron también llamados con el
rónimo tampoco lo traen. nombre latino inonocoli.
[6] Un descubrimiento hecho por Agustín, que la ciencia ha venido [17] Si es verdad que la explicación es insuficiente, la concepción es
a comprobar, es el siguiente: muchos de los nombres de los descendientes maravillosa. Ya lo ha repetido varias veces, y ahora lo repite una más:
que da la Escritura no son de una persona concreta, sino de un pueblo, el mundo tiene un orden, aunque el hombre miope no lo descubra.
de una tribu o de un clan, al que ha dado nombre un per^omje deter- [18] En África habia dos Hiponas: una Hipona la Real, la actual
minado. Las excavaciones hoy lo prueban así. San Agustín, con su mi- Bona, de la que fué obispo San Agustín, y otra Hipona-Diarrito, en ára-
rada de águila, ya lo vio, y lo expresó a veces con mucha claridad. be Ben-Zert, de donde le viene el nombre actual de Bizerta. Diarrito sig-
[71 En sus Retractation.es (II 16), hablando de la obra titulada De nifica regada. Y es que era muy abundante en aguas.
consensu Evangelistarum, dice: In quo libro quod dixi: ex Abraham coe- [19] La esfinge a que alude era un animal especie de. mona de cuer-
pisse gentem hebraeorum, est quidem et hoc credibile, ut Hebraei velut po peludo, menos el pecho, donde tiene mamas, y con cara redonda muy
Abrahaei dicti esse videantur: sed ex illo verius intelliquntur appellati, parecida a la de la mujer.
qui voeabatur Heber, tanquam Heberaei, de qua re in libro sexto décimo [20] Más explícito no ha podido ser, y tampoco era posible dar una
«De r.ivitate Dei» satis disserui. solución más acertada, en armonía con la ciencia de entonces. Los hechos
[8] Dios es inmutable. Esta es una verdad del acervo común de la eran claros. ¿Cómo explicarlos? La solución dada resuelve el problema
doct ina cristiana. Cf. En. in Ps. 121,5; ln lo. Evang. tr.38,10-11; tr.39,8; planteado sobre el origen de toda la humanidad de un tronco común. La
tr. 99.5: Serm. 2,5; 6,4; 7,7; 119,1. En consecuencia, no puede sobre- frase anterior es clara: lo que un hombre es a una nación, eso es una
venirle nada. Las expresiones de la Escritura que se opongan aparente- nación al mundo.
mente a esta verdad han de tener otro sentido. Y es el que aquí apunta. [21] Se echará de ver que San Agustín, sin negar de una manera
Significa sencillamente que Dios hace que conozca la criatura, no que co- absoluta la posibilidad física de los antípodas, se limita a proponer una
noce El, puesto que él lo conoce todo. Cf. Confess. I 3,3; 4,4; 5,5, etc, dificultad muy seria y particularmente delicada para un cristiano: la de
[9] A nosotros hov no nos ofrece dificultad ninguna esta manera de conciliar los datos de la geografía con la unidad de la raza humana.
narrar del autor del Génesis. Sabemos su etilo y su manera de pen«ar Lactancio, en cambio, se muestra mucho menos reservado cuando trata
en cuanto a las operaciones de Dios. Dios para los semitas es el dueño de de necia e inepta la concepción de una tierra redonda y de hombres que
todas las cosas y obra directamente en los seres. El hombre no es más tengan la cabeza bajo los pies (Inst. 1.3 c.24).
que un operario que trabaja en nombre del Dueño; pero todas las ope- [22] Hay que advertir que la edición que nosotros conocemos hoy
raciones de las causas segundas, los semitas las atribuyen a Dios directa- con el nombre de Vulgata no es la de los Setenta, sino la versión de San
mente. Por eso, ese modo de narrar tan al vivo y tan antropomórfica- Jerónimo. La Vulgata de que habla San Agust ; n es la traducción de la
Escritura hecha directamente del griego al latín, no del hebreo, como
1168 LA CIUDAD DE DIOS
NOTAS AL LIBRO XVI 1160
será luego la de San Jerónimo. No sabemos si esa Vulgata es la misma
ítala de que habla en De doclr. christ. (II 11,16). la ciencia astrológica y de haber dado con todo el número de estrellas.
[23] Cf. libro XVIII, capítulo 39. [38] Y acertadamente podríamos añadir hoy, porque, según la astro-
[24] Quizá la historia de las lenguas tuviera algo o mucho que opo- logia moderna, el número de estrellas es incalculable, y se van descu-
ner a esta aserción del Santo. Es admisible que todas las lengua? tengan briendo infinidad de ellas nuevas cada año.
un tronco común, pero esto no quiere decir que ése sea la hebrea. De [39] A él la aplica y de él la entiende también en Quaestiones in
hecho, el hebreo forma parte de las lenguas semitas y es de las más Heptateucum, II q.47, 1-6.
recientes. [40] Todos los expositores han visto significado por el río de Egipto
[25] No es una misma la opinión de todos sobre este particular. Los el Nilo. San Agustín, en cambio, ateniéndose a la letra, cree que no es
hebreos, por ejemplo, en su Crónica, que llaman Seder-Holam, es decir, ése, sino otro, cuyo nombre calla. Cf. Quaest. in Hept. VI q.21,3. «Ese río
Ordo saeculi, opinan que la división de las lenguas se hizo en tiempo de pequeño pasa—dice él—por la ciudad de Rinocorura». ¿Qué ciudad es
Fálec, o sea, el año trescientos cuarenta después del diluvio, diez años ésa, cabe preguntar? Suelen darle el nombre también de Rinocolura; es

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


antes de la muerte de Noé. A esta opinión parecen adherirse San Jeró- una ciudad situada en los confines de Egipto y la Arabia. Hoy se llama
nimo y San Juan Crisóstomo, quienes defienden que Héber previo en es- El-Arisch. Cf. DIODORO DE SICILIA, 1.2 c.62.
píritu profético esta división e impuso a Fálec ese nombre, que significa [41] Capítulo 3.
División. [42] El imputarlo era obra de Fausto el Maniqueo, como puede co-
[26] Asi lo refieren Flavio Josefo en Antiquitates ludaicae (1.1 c.7), legirse de Contra Faust. Manich. (XXII 30).
San Jerónimo en sus Tradiciones hebraicas y los hebreos en la obra cita- [43] Tal vez apelando solamente a esos fines y propósitos, no po-
da en la nota anterior, capítulo 2. dríamos disculpar a Abrahán de adulterio. De lo contrario, actum esset
[27] En Quaestiones in Heptateucum (I q.26) plantea la objeción que de matrimonio. El argumento más válido es el ya alegado en otros luga-
puede presentar esa acción contra la santidad de Abrahán, y concluye res: la necesidad de la multiplicación de la especie, y también el mandato
diciendo: Tacens quod uxor esset, sed non mentiens quod sóror esset. de Dios.
Y da luego la razón, dejando a Dios el caso y previniendo él la maldad [44] Plácenos conservar en castellano la expresión tan expresiva del
de los hombres. Santo. Todas esas palabras tienen su verbo corriente en nuestra lengua,
[28] Esta es la solución propuesta por San Jerónimo. El la recoge y, por consiguiente, ese adverbio, que no es usado en castellano, obtem-
de la tradición de los hebreos, según la cual Abrahán fué condenado al peradamente, puede también admitirse como derivado de obtemperar.
fuego por los caldeos por negarse a adorar al dios de ellos, y fué librado [45] Cf. Contra Faust. Manich. XVI 29.
por Dios de él. |46J Respondiendo a IVlngío y n sus secuaces, hace estas mismas
apreciaciones en De grnt. Christ. et de peccat. orig. II 26,30-31; 27,32;
[29] En todos estos datos históricos usa, como es sabido, el Croni-
28,33; 29,34; 30,35; 31,36.
cón de Eusebio de Cesárea.
[30] Así se llaman los habitantes de la ciudad del Peloponeso lla- [47] Este es sentir. común. Así opinaba Tertuliano en De carne
Christi (c.6), Contra Iudaeos (c.9), Contra Marcionem (II 27; III 9) y
mada Sycion, o Sicionia.
en otros lugares. Así pensaba San Ireneo (Adversas Haereses III 6; IV
[31] Estas eran las tres partes del mundo conocidas entonces. 26). Así San Justino en su Diálogo con Trifón y Eusebio en su Historia
[32] Después de sus diez libros apologéticos no había aparecido casi eclesiástica. Y ésta es la sentencia más probable de San Agustín en De
en escena la ciudad de Roma. Ahora aprovecha la ocasión para presen- Trinitate (II 12,21) y Contra Maximinum (II 26,5-6).
tarla como la continuadora de la antigua Babilonia, como la corte y la [48] Cf. libro XIV, capítulo 18.
capital de la ciudad terrena. El nombre de Babilonia aplicado a Roma, [49] La tentación es una prueba que Dios envía para ver lo funda-
según la crítica, lo usó ya San Pedro en su primera Epístola. mentado que el espíritu e«tá en la humildad. El hombre se desconoce,
[33] Es indiscutible que la conducta de Abrahán, a pesar de las y sólo cuando tiene que luchar y se ve en la tentación desconfía de sí
defensas que hagan todos los Santos Padres en general, fué reprobable mismo y aprende a estimarse en lo que es. Esta es la doctrina general del
en el sentido de que mintió, como buen beduino que era. Hoy no nos es Santo en el problema de las tentaciones. La tentación es como una pre-
dado a nosotros ver la mentalidad primitiva respecto a la moralidad de gunta que se hace al sujeto, y entonces él mismo se responde afirmativa
ciertas acciones. Quizá subjetivamente no mintió, es decir, pudo tener o negativamente. Dios no necesita aprender nada, porque lo sabe todo;
una conciencia errónea sobre la moralidad de esa falta; pero en realidad, pero el hombre necesita de la tentación para conocer su flaqueza, v para
objetivamente, ésa fué una mentira, y bien pensada y prudente por lo esto la envía Dios. Cf. En. in Ps. 55,2; Serm. 2,3; Solil. II 1,1; En. in
que hace al caso. Así la aprecia en general la crítica bíblica moderna. Ps. 1188.2; 36,1.1; 43,20; 55,9; De Gen. ad litt. ITI 15,24; Quaeit. in
[34] Cf. Contra Faust. Manich. XXII 26. Hent. V q.19; I q.57; De Gen. contra Manich. I 22,34; In lo. Evang.
[35] Puede compararse esto con el pensamiento desarrollado en tr.43.6; De div. quaest. 83 q.60; De Serm. Dom. in Mont. II 9,31, etc.
Contra Faust. Manich. (XXII 89). Todas estas coincidencias doctrinales [50] Las segundas nupcias las rechazaban como cosas del demonio
nos hacen pensar en que el maniqueísmo no satisfizo a Agustín en la so- los catafrigos, quienes pensaban que no diferían en nada de la fornica-
lución de estos puntos, y él pretende resolverlos y allanar el camino de ción. Así e«cribe San Agustín en De haeresibus (haer.26).
la verdad a Fausto. [51] Sobre todo en De grat. Christi et de peccat. orig., De grat. et
[36] Es un famoso poeta y astrólogo de Cilicia, que floreció en tiem- de lib. arb.. De corrept. et grat., De praedest. sanct., etc.
po de Ptolomeo Filadelfo y de Antígono Jonatás. _ [52] Este es el sapientísimo consejo del Apóstol: Melius est nubi
[37] Astrónomo famoso de Gnido. Este se preciaba de haber agotado quam uri. La castidad, el celibato abrazado por amor de Dios, es superior
1170 LA CIUDAD DE DIOS
al estado matrimonial; pero, si a uno se añade la fidelidad y a otro la
infidelidad, uno carecerá de pecado y el otro lo tendrá doble. LIBRO XVII
[53] Aquí cabría decir que «el hábito no hace al monje». San Agus-
tín tenía en mucha estima la fidelidad al propósito.
[54] Repetiremos lo que hemos dicho de la mentira de Abrahán.
Mintió como buen beduino, aunque pueda disculparse de la manera allí
propuesta.
[55] Maravillosa aplicación a la Eucaristía. Se habla ya abierta-
mente de ella; no hay ya ese escrúpulo de los siglos anteriores. El miste-
rio de la Eucaristía es el centro de la vida cristiana, como Cristo lo es Trata del desarrollo de la Ciudad de Dios en tiempo de los
del mundo y de la historia entera. San Justino fué el primero que des- reyes y de los profetas, desde Samuel y David hasta Cristo.
cubrió, valientemente por cierto, esa ley tan severa del arcano. Y expone, además, las profecías referentes a Cristo y a la

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


[56] Cf. En. in Ps. 44,20. Iglesia consignadas en las sagradas Letras, sobre todo en los
[57] Así, en latín se dice liben, aunque sea un solo hijo. Gelio en libros de los Reyes, de los Salmos y de Salomón.
sus Noches áticas emplea la palabra en este significado. Y el juriscon-
sulto Herenio lo confirma.
[58] Cf. Contra Faust. Manich. XII 42.
[59] Este punto es el objeto de toda la carta 196, dirigida a Asélico. CAPITULO I
[60] «¿Dónde te suplico, Dios mío; dónde, Señor, yo tu siervo, dón-
de o cuándo fui inocente? Mas ved que ya callo aquel tiempo. ¿A qué
ya ocuparme de él, cuando no conservo de él vestigio alguno?» Así ha-
blaba en sus Confessiones (I 7,12), y lo mismo expone en el capítulo LOS PROFETAS
siguiente.
[61] La profundidad de esta concepción de la historia de la huma- C ó m o se v a n c u m p l i e n d o l a s p r o m e s a s de D i o s h e c h a s a
nidad se ha hecho ya clásica. Las edades del mundo en relación con las Abrahán, á cuya descendencia pertenecían, como hemos dicho,
edades del hombre brindan una sabrosa introducción a la historia uni-
s u p u e s t a esa p r o m e s a , t a n t o el p u e b l o i s r a e l í t i c o según la car-
versal. Homo mundus est, decía Agustín en uno de sus Sermones. Y e3
verdad. El mundo es como el hombre, y, como el hombre, desarrolla to- ne c o m o todas las n a c i o n e s según la fe, nos lo i r á m o s t r a n d o l a
dos sus períodos. Joaquín de Flora en el siglo xn dará altura a esta con- C i u d a d de Dios en su m a r c h a a través de los t i e m p o s . C o m o el
cepción, y la definirá dividiendo la historia en tres épocas: la época del l i b r o a n t e r i o r finalizó en el r e i n a d o de D a v i d , a h o r a de éste
Padre, la del Hijo y la del Espíritu Santo. Agustín no llegó a tanto, pero p a s a r e m o s a los s i g u i e n t e s , e x p o n i e n d o c u a n t o c r e a m o s suficien-
su sentido ha rebasado los límites del tiempo y fe h i hecho p e a com'-n te p a r a la o b r a e m p r e n d i d a . Este t i e m p o , desde q u e el santo
de los filósofos de la historia, si puede hablarse de filosofía de la historia. S a m u e l c o m e n z ó a n r o ' e t i z a r h a s t a q u e el p u e b l o de I s r a e l fué
l l e v a d o c a u t i v o a B a b i l o n i a , v l u e g o la i n s t a u r a c i ó n de la casa

LÍBER XVII
ln quo agitur de civitatis Dei procursu temporibus Regum et Propheta-
rum a Samuele et David usque ad Christum, et quae sacris Litteris
mandatae sunt vaticinañones eorumdem temporum in Regum, Psal-
morum et Salomonis libris de Christo et Ecclesia exponuntur.

CAPUT I
D E TEMPORIBUS PROPHETARUM

Promissiones Dei, quae factae sunt ad Abraham. cuius semini et gen-


tem Lraeliticam secundum carnem et omnes gentes deberi secundum fi-
dem, Deo pollicente, didicimus, quemadmodum compleantur, per ord'nem
temporum procurrens Dei civitas indicabit. Quoniam ergo superioris libri
usque ad regnum I~>avid factus est finis, nunc ab eodem reamo, quantum
suscepto operi sufficere videtur. caetera quae sequuntur attingimus. Hoc
¡taque tempus, ex quo sanctus Samuel prophetare coepit, et deinceps do-
ñee populus Israel captivus in Babyloniam duceretur, atque inde secun-
1172 LA CIUDAD DE DIOS XVII, 1

de D i o s d e s p u é s de setenta a ñ o s de c a u t i v i d a d , c o n f o r m e a la
xvn.2 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1173

p r o f e c í a de J e r e m í a s , es la é p o c a de los p r o f e t a s . E s t o n o obsta D i o s , son t a n t a s , q u e p a r a e x p o n e r l a s sería p r e c i s o r e b a s a r


p a r a q u e p o d a m o s l l a m a r con p l e n o d e r e c h o p r o f e t a s al pa- con m u c h o los l í m i t e s prefijados al p l a n de esta o b r a . P o r tan-
t r i a r c a N o é — é p o c a del d i l u v i o — y a otros a n t e r i o r e s y poste- to, en c u a n t o p u e d a , en l a r e a l i z a c i ó n de esta o b r a , con el
r i o r e s a esta é p o c a , en q u e c o m i e n z a la m o n a r q u í a en el pue- b e n e p l á c i t o de D i o s , m o d e r a r é de t a l f o r m a m i p l u m a , q u e n i
b l o de D i o s p o r h a b e r r e a l i z a d o o p r e d i c h o c o m o f u t u r a s ciertas d i r é cosas s u p e r f l u a s n i o m i t i r é l a s n e c e s a r i a s .
cosas r e l a c i o n a d a s con la C i u d a d de D i o s y el r e i n o de los cie-
l o s . Y a esto se a ñ a d e q u e a l g u n o s son l l a m a d o s m á s expresa-
m e n t e con ese n o m b r e ; así A b r a h á n , así Moisés. S i n e m b a r g o , C A P I T U L O II
se h a d a d o en U a m a r p o r a n t o n o m a s i a é p o c a de los p r o f e t a s
a los a ñ o s q u e siguen a las p r o f e c í a s de S a m u e l , q u i e n u n g i ó E N Q U É É P O C A S E C U M P L I Ó LA P R O M E S A DE D I O S SOBRE
p o r p r i m e r r e y a S a ú l , v l u e g o , r e p r o b a d o éste, a D a v i d , p o r

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


LA T I E R R A D E CANAÁN
o r d e n de D i o s , de c u y a e s t i r p e d e s c i e n d a n los d e m á s h a s t a q u e
así c o n v e n g a . Si q u i s i e r a referir c u a n t o h a n d i c h o los p r o f e t a s H e m o s d i c h o en el l i b r o a n t e r i o r q u e ya d e s d e l a s p r i m e r a s
de Cristo, en t a n t o q u e la C i u d a d de D i o s c o n t i n ú a la m a r c h a p r o m e s a s h e c h a s p o r D i o s a A b r a h á n se le p r o m e t i e r o n d o s
de los siglos con m u e r t e s y n a c i m i e n t o s , m e p e r d e r í a en el in- cosas, a s a b e r : q u e su d e s c e n d e n c i a p o s e e r í a l a t i e r r a de Ca-
finito. P r i m e r o , p o r q u e , si t r a t á r a m o s de c o n s i d e r a r , con la ayu- n a á n , e x p r e s a d a en estas p a l a b r a s : Ve a la tierra que yo te mos-
da de D i o s , la E s c r i t u r a , q u e , en su r e l a c i ó n del o r d e n , h a z a ñ a s traré, y yo te haré cabeza de una nación grande, y o t r a m u y
y sucesos de los reyes p a r e c e p r e o c u p a d a p o r dos h e c h o s con s u p e r i o r a ésta, q u e v e r s a n o s o b r e la d e s c e n d e n c i a c a r n a l , sino
e s m e r o de h i s t o r i a d o r , d e s c u b r i r í a m o s en e l l a u n e m p e ñ o espe- s o b r e l a e s p i r i t u a l , v en v i r t u d de la cual es p a d r e , n o de l a
cial, si n o s u p e r i o r , al m e n o s n o inferior, de p r e n u n c i a r lo futu- n a c i ó n i s r a e l í t i c a sola, sino de t o d a s l a s n a c i o n e s q u e siguen
r o q u e de a n u n c i a r lo p a s a d o . ¿ Q u i é n i g n o r a , a u n q u e p i e n s e l a s h u e l l a s de su fe. E s t a p r o m e s a se inició en estos t é r m i n o s :
estas cosas m e d i a n a m e n t e , lo t r a b a j o s o y p r o l i j o , los m u c h o s Y en ti serán benditas todas las tribus de la tierra. Y l u e g o he-
v o l ú m e n e s q u e se necesitan p a r a i n v e s t i g a r e s o ? Y lo segun- m o s a d u c i d o o t r a serie de t e s t i m o n i o s en p r o de l a p r o m e s a
d o , p o r a u e las cosas q u e tienen, sin d u d a , c a r á c t e r p r o f é t i c o de estas dos cosas. La d e s c e n d e n c i a de A b r a h á n , es decir, el
s o b r e Cristo y s o b r e el r e i n o de los cielos, q u e es la C i u d a d de p u e b l o de I s r a e l , según la c a r n e e s t a b a ya e s t a b l e c i d o en l a
t i e r r a p r o m e t i d a , y a l l í , n o sólo en p o s e s i ó n de l a s c i u d a d e s
dum sancti Ieremiae prophetiam post septuaginta annos reversis Israe-
Iitis ' Dei dormís instauraretur totum tempus est Prophetarum. Quamvis non ambigitur pertinere, ita sunt multa de Christo regnoque caelorum,
enim et ipsum Noe patriarcham, in cuius diebus universa térra diluvio quae civitas Dei est, ut ad hoc aperiendum maior sit disputatio necessa-
deleta est, et alios supra et infra usque ad hoc tempus, quo reges in Dei ria, quam huius operis modus flagitat. Proinde ita, si potuero, stilo mode-
populo esse coeperunt, propter quaedam per eos futura sive quoquo modo rabor meo, ut huic operi in Dei volúntate peragendo, nec ea quae super-
significata, sive praedicta, quae pertinerent ad civitatem Dei regnumque
sint dicam, nec ea quae satis sint praetermittam.
caelorum, non immerito possimus appellare prophetas; praesertim quia
nonnullos eorum id expressius legimus nuncupatos, sicut Abraham 2, sicut
Moysen 3 : tamen dies Prophetarum praecipue maximeque hi dicti sunt, CAPUT II
ex quo coepit prophetare Samuel, qui et Saulem prius, et eo reprobato
ipsum David, Deo praecipiente, unxit in regem, de cuius caeteri stirpe QUO TEMPORE SIT 1MPLETA PR0MISSI0 DEI DE TERRA CHANAAN, QUAM IN
succederent, quousque illos succedere sic oporteret. Quae igitur a Prophe- P0SSESSI0NEM ETIAM ISRAEL CARNALIS ACCEPIT
tis sunt praedicta de Christo, curtí moriendo decedentibus et nascendo
succedentibus suis membris civitas Dei per ista curreret témpora, si omnia In praecedente libro dixirnus, ab initio ad Abraham promissionum Dei
velim commemorare, in immensum pergitur. Primum quia ipsa Scriptura, duas res fuisse promissas: unam scilicet, quod terram Chanaan possessu-
quae per ordinem Reges eorumque facta et eventa digerens, videtur tan- rum fuerat semen eius; quod significatur, ubi dictum est, Vade in terram,
quam histórica diligentia rebus gestis occupata esse narrandis, si adiu- quam tibi demonstravero, et faciam te in gentem magnam: aliam vero
vante Dei Spiritu considerata tractetur, vel magis, vel certe non minus longe praestantiorem, non de carnali, sed de spirituali semine, per quod
praenuntiandis futuris, quam praeteritis enuntiandis, invenietur intenta. pater est, non unius gentis Israeliticae, sed omnium gentium, quae fidei
Et hoc perscrutando indagare ac disserendo monstrare, quam sit operosum eius vestigia consequuntur; quod promitti coepit his verbis: Et benedi-
atque prolixum, et quam multis indíguum voluminibus, quis ignorat, qui centur in te omnes tribus terrae '. Et deinceps alus multis admodum tes-
haec vel mediocriter cogitat? Deinde quia ea ipsa quae ad prophetiam timoniis haec dúo promissa esse monstravimus. Erat igitur iam in térra
promissionis semen Abrahae, id est populus Israel, secundum carnem:
1
3
Ier. 25,11. atque ibi non solum tenendo ac possidendo civitates adversariorum, ve-
Gen. 50,7. rum etiam reges habendo, regnare iam coeperat, tapietis de ipso populo
* Deut. 34,10.
4
Gen. 12,1-3.
1174 LA CIUDAD DE DIOS XVTI, 2

e n e m i g a s , sino t a m b i é n con reyes p r o p i o s , h a b í a i n i c i a d o ya su XVII, 3, 2 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1175


m o n a r q u í a . Así q u e d a b a n ya c u m p l i d a s en g r a n p a r t e las p r o -
m e s a s de D i o s s o b r e el p u e b l o . Y de éstas n o s o l a m e n t e las q u e ciones lo q u e convenía, y a q u e en ellos h a b í a de c u m p l i r s e l a
h a b í a n sido h e c h a s a los tres p a t r i a r c a s A b r a h á n , I s a a c y J a c o b o t r a p r o m e s a p o r la e n c a r n a c i ó n de Cristo, r e v e l a d o ya el
y c u a l e s q u i e r a o t r a s h e c h a s en sus d í a s , s i n o t a m b i é n las h e c h a s Nuevo Testamento.
a Moisés, p o r q u i e n fué l i b e r a d o el p u e b l o de la s e r v i d u m b r e
e g i p c i a , y p o r m e d i o del cual fueron r e v e l a d a s t o d a s las cosas
p a s a d a s c u a n d o c o n d u c í a al p u e b l o p o r el d e s i e r t o . Y esta pro- C A P I T U L O III
m e s a d i v i n a de p o s e e r la t i e r r a de C a n a á n desde el río de E g i p -
to h a s t a el g r a n E u f r a t e s n o se c u m p l i ó ni en t i e m p o del famoso ¿QUÉ ENTIENDEN LOS P R O F E T A S POR JERUSALÉN?
c a u d i l l o J e s ú s N a v e , q u i e n i n t r o d u j o al p u e b l o en la t i e r r a de TRES ACEPCIONES

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p r o m i s i ó n y q u i e n r e p a r t i ó las n a c i o n e s c o n q u i s t a d a s e n t r e las
doce t r i b u s , a las que D i o s le h a b í a e n v i a d o , ni, t r a s él, en t o d o 1. Así c o m o a q u e l l o s o r á c u l o s d i v i n o s d i r i g i d o s a A b r a h á n ,
el p e r í o d o de los jueces. Con t o d o , n o se p r o f e t i z a b a c o m o fu- a I s a a c y a J a c o b , y lo m i s m o o t r o s signos o d i c h o s proféticos,
t u r o , s i n o q u e se e s p e r a b a q u e d e b í a c u m p l i r s e . Se c u m p l i ó se h i c i e r o n , según l a s s a g r a d a s L e t r a s , en é p o c a s a n t e r i o r e s , así
b a j o D a v i d y su h i j o S a l o m ó n , cuyo r e i n o a l c a n z ó la e x t e n s i ó n t a m b i é n las p r o f e c í a s , a p a r t i r de los reyes, p e r t e n e c e n , p a r t e ,
p r o m e t i d a . P o r q u e s u b y u g a r o n a t o d o s esos p u e b l o s y les hicie- a la d e s c e n d e n c i a c a r n a l de A b r a h á n , v p a r t e , a su descenden-
r o n t r i b u t a r i o s s u y o s . B a j o estos reyes se h a b í a e s t a b l e c i d o la cia p r o p i a , en la q u e son b e n d i t o s t o d o s los p u e b l o s , coherede-
d e s c e n d e n c i a de A b r a h á n en la t i e r r a de p r o m i s i ó n , o sea, en r o s de C r i s t o p o r el N u e v o T e s t a m e n t o , l l a m a d o s a p o s e e r la
la t i e r r a de C a n a á n , de tal m a n e r a q u e n o f a l t a b a ya n a d a al v i d a e t e r n a y el r e i n o de los cielos. L u e g o p a r t e se refiere a la
c u m p l i m i e n t o f o r m a l de la p r o m e s a t e r r e n a de Dios. Única- esclava, q u e e n g e n d r a esclavos, es decir, a la J e r u s a l é n t e r r e n a ,
m e n t e f a l t a b a , p o r lo q u e h a c e a la p r o s p e r i d a d t e m p o r a l , q u e q u e es esclava con sus h i j o s , y p a r t e a la c i u d a d l i b r e de D i o s ,
la n a c i ó n j u d í a p e r s e v e r a r a e s t a b l e , a t r a v é s de las generacio- q u e es la J e r u s a l é n e t e r n a en los cielos, cuyos h i j o s — l o s hom-
nes, en ese estado h a s t a el fin de los siglos, si o b e d e c í a a las b r e s q u e viven según D i o s — s o n p e r e g r i n o s en la t i e r r a . P e r o
leyes de su D i o s y S e ñ o r . P e r o , c o m o D i o s s a b í a q u e n o le sería h a y en esas p r o f e c í a s cosas que se r e l a c i o n a n con las d o s : en
fiel, u s ó de p e n a s t e m p o r a l e s p a r a e j e r c i t a r los p o c o s fieles q u e s e n t i d o p r o p i o , con la e s c l a v a ; en figurado, con la l i b r e ¡"1].
h a b í a e n t r e e l l o s y a d v e r t i r a los f u t u r o s fieles de t o d a s las na- 2. En consecuencia, las profecías o los d i c h o s proféticos
son de tres c l a s e s : u n o s , r e l a t i v o s a la J e r u s a l é n t e r r e n a ; o t r o s ,
promissionibus Dei iam magna ex parte; non solum quae ¡¡lis tribus pa- a la celestial, y o t r o s , a a m b a s . V o y a p r o b a r con e j e m p l o s
tribus, Abraham, Isaac, et lacob, et quaecumque aliae temporibus eorum,
verum etiam quae per ipsum Moysen, per quem populus ídem de servi- bus gentibus, quod eos admoneri oportebat, in quibus alteram promissio-
tute Aegyptia liberatus est, et per quem cuneta praeterita revelata sunt nem, revelato novo Testamento, per incarnationem Christi fuerat imple-
temporibus eius, cum populum per eremum duceret, factae fuerant. Ñe- turus.
que autem per insignem ducem Iesum Nave, per quem populus ille in
promissionis inductus est terram, expugnatisque gentibus, eam duodecim CAPUT III
tribubus, quibus Deus iusserat, divisit, et mortuus est; ñeque postillum
toto tempore Iudicum impleta fuerat promissio Dei de térra Chanaan, D K TRIPARTITO SIGN1FICATI0NIBUS P R O P H E T A R U M , QUAE NUNC AD TERRENAM,
a quodam flumine Aegypti usque ad flumen magnum Euphratem 5 : nec NÜNC AD CAELESTEM I E R U S A L E M , INUNC AUTEM AD UTRAMQUE REFERUNTUR
tamen adhuc prophetabatur futurum, sed exspectabatur implendum. Im-
pletum est autem per David, et eius filium Salomonem; cuius regnum 1. Quocirca, sicut oracula illa divina ad Abraham, Isaac, et lacob,
tanto, quanto promissum fuerat, spatio dilatatum est: universos quippe et quaecumque alia signa, vel dicta prophetica, in sacris Litteris praece-
illos subdiderunt, tributariosque fecerunt. Sic igitur ín térra promissionis dentibus facta sunt: ita etiam caeterae ab isto Regum tempore prophe-
secundum carnem, hoc est in térra Chanaan, sub his regibus semen tiae partim pertinent ad gentem carnis Abrahae, partim vero ad illud
Abrahae fuerat constitutum, ut nihil deinde superesset, quo terrena illa semen eius, in quo benedicuntur omnes gentes cohaeredes Christi per
Dei promissio compleretur, nisi ut in eadem térra, quantum ad prospe- Testamentum novum, ad possidendam vitam aeternam regnumque caelo-
ritatem attinet temporalem, per posteritatis successionem inconcusso statu rum. Partim ergo ad ancillam, quae in servitutem generat, id est terre-
usque ad mortalis saeculi huius terminum gens permaneret Hebraea, si nam Ierusalem, quae servit cum filiis suis; partim vero ad liberam civi-
Domini Dei sui legibus obediret. Sed quoniam Deus noverat, hoc eam tatem Dei, id est veram Ierusalem aeternam in caelis, cuius filii homines
non esse facturam, usus est eius etiam temporalibus poenis ad exercendos secundum Deum viventes peregrinantur in terris: sed sunt in eis quaedam,
in ea paucos fideles suos, et admonendos qui postea futuri erant in omni- quae ad utramque pertinere intelliguntur, ad ancillam proprie, ad libe-
ram figurate.
* Gen. 15,18 2. Tripartita itaque reperiuntur eloquia Prophetarum: siquidem ali-
qua sunt ad terrenam Ierusalem speetantia, aliqua ad caelestem, nonnulla
ad utramque. Exemplis video probandum esse quod dico. Missus est Na-
1176 LA CIUDAD DE DIOS XVII, 3, 2 XVII, 3, 2 DE LOS PROFETAS A CRISTO H77

m i a s e r t o . E l p r o f e t a N a t á n fué e n v i a d o al rey D a v i d p a r a a ú n e j e r c i t a n en g r a n m a n e r a los i n g e n i o s de los i n v e s t i g a d o r e s


r e p r o c h a r l e su p e c a d o y a n u n c i a r l e los castigos q u e le es- de las s a g r a d a s L e t r a s . H a s t a p u n t o es esto así, q u e en l a s p r e -
p e r a b a n . ¿ Q u i é n d u d a que estos y o t r o s avisos d i v i n o s p o r dicciones ya h i s t ó r i c a m e n t e c u m p l i d a s en la d e s c e n d e n c i a car-
el estilo, d i r i g i d o s , o a t o d o s , es decir, p o r el interés o uti- nal de A b r a h á n se b u s c a t o d a v í a el s e n t i d o a l e g ó r i c o , q u e h a de
l i d a d del p u e b l o , o a u n p a r t i c u l a r c u a l q u i e r a , q u e d a b a n a r e a l i z a r s e en l a d e s c e n d e n c i a e s p i r i t u a l del m i s m o . A l g u n o s ,
c o n o c e r a l g o f u t u r o en p r o de la v i d a t e m p o r a l , p e r t e n e c í a n l l e v a d o s de este afán, h a n p e n s a d o q u e en esos l i b r o s n o h a y
a la c i u d a d t e r r e n a ? E n J e r e m í a s se l e e : He aquí que viene el n a d a o p r e d i c h o y ya r e a l i z a d o , o de lo r e a l i z a d o sin h a b e r
tiempo, dice el Señor, en que yo haré una nueva alianza con la sido p r e d i c h o , q u e n o d i g a o i n s i n ú e a l g u n a r e l a c i ó n a l e g ó r i c a ,
casa de Israel y con la casa de Judá; alianza no según aquella es v e r d a d , p e r o r e l a c i ó n , a la s o b e r a n a C i u d a d de D i o s y a sus
que contraje con sus padres el día aue los cogí por la mano h i j o s p e r e g r i n o s del s u e l o . Si e l l o es así, los d i c h o s de los p r o -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


para sacarlos de la tierra de Egipto. Ya que no se mantuvieron fetas, o, m e j o r , de t o d a s l a s E s c r i t u r a s q u e v i e n e n b a j o el nom-
en el cumplimiento de mi pacto, yo les abandoné, dice el Señor. b r e de A n t i g u o T e s t a m e n t o [ 2 ] , t e n d r í a n y a sólo dos sentidos,
He aquí el pacto que haré con la casa de Israel: Después que n o tres. N o h a b r á , p u e s , en e l l a n a d a q u e a l u d a ú n i c a m e n t e a
llegue aquel tiempo, imprimiré, dice el Señor, mis leyes en su la J e r u s a l é n t e r r e n a si c u a n t o se dice y se c u m p l e de e l l a o p o r
mente, y las grabaré sobre sus corazones, y los veré, y yo seré c a u s a de e l l a significa a l g o q u e , en p r e f i g u r a c i ó n a l e g ó r i c a , se
su Dios y ellos serán mi pueblo. I n d u d a b l e m e n t e , ésta es u n a refiere a la J e r u s a l é n c e l e s t i a l . H a b r á , p o r t a n t o , sólo dos sen-
profecía de la J e r u s a l é n celestial, cuyo D i o s es su p r e m i o , y el tidos, u n o q u e c o r r e s p o n d e a la J e r u s a l é n l i b r e , y o t r o , a en-
ú n i c o s o b e r a n o b i e n , p o s e e r l e y ser de él. Sin e m b a r g o , esta t r a m b a s . T e n g o p a r a m í q u e , c o m o a n d a n m u y e r r a d o s los q u e
p r o f e c í a se refiere a l a s dos, p o r q u e l l a m a J e r u s a l é n a la Ciu- p i e n s a n que los h e c h o s r e a l i z a d o s c a r e c e n , en ese g é n e r o de
d a d de D i o s , y en e l l a profetiza la casa v e n i d e r a de D i o s ; p e r o l e t r a s , de t o d a significación a l e g ó r i c a , así a n d a n m u y o s a d o s los
esta m i s m a profecía se c u m p l i ó , al p a r e c e r , c u a n d o el rev Sa- q u e sostienen q u e t o d a s l a s cosas e n v u e l v e n a l g ú n simbolis-
l o m ó n edificó a q u e l s o b e r b i o t e m p l o . Y estos sucesos, según la m o [ 3 ] . P o r eso h e d i c h o q u e tienen, n o dos s e n t i d o s , sino t r e s .
h i s t o r i a , se l l e v a r o n a c a b o en la J e r u s a l é n t e r r e n a , y fueron Y p i e n s o esto sin c r i t i c a r a los c a p a c e s de d e s c u b r i r u n s e n t i d o
figura de la J e r u s a l é n celestial. Este g é n e r o de p r o f e c í a — c o n - e s p i r i t u a l en c u a l q u i e r suceso, s i e m p r e , c l a r o está, q u e se dé el
g l o m e r a d o de a m b o s s e n t i d o s — t i e n e u n g r a n v a l o r en los anti- p r i m e r p l a n o a la verdad h i s t ó r i c a | 4 ] . P o r lo d e m á s , ¿ q u é
guos libros canónicos que n a r r a n historia y han ejercitado y fiel d u d a q u e l a s cosas q u e no p u e d e n r e l a c i o n a r s e con h e c h o s
h u m a n o s o d i v i n o s , r e a l i z a b l e s o r e a l i z a d o s , n o se h a n h e c h o sin
fhan propheta, qui regem David argueret de peccato gravi, et ei, quae
consecuta sunt mala, futura praediceret". Haec atque huiusmodi sive
publice, id est pro salute vel utilitate populi, sive privatim, cum pro suis exercet ingenia scrutantium Litteras sacras, ut quod historice praedicturn
quisque rebus divina promereretur eloquia, quibus pro usu temporalis completumque legitur in semine Abrahae secundum carnem, etiam in se-
vitae futuri aliquid nosceretur ad terrenam civitatem pertinuisse, quis mine Abrahae secundum fidem quid implendum allegorice significet in-
ambigat? Ubi autem legitur, Ecce dies veniunt, dicit Dominus, et con- quiratur: in tantum ut quibusdam visum sit, nihil esse in eisdem libris
summabo domui Israel et domui luda testamentum novum, non secundum vel praenuntiatum et effectum, vel effectum, quamvis non praenuntia-
testamentum quod disposui patribus eorum, in die qua apprehendi ma- tum, quod non insinuet aliquid ad supernam civitatem Dei eiusque
num eorum, ut educerem eos de térra Aegypti: quoniam ipsi non per-
filios in hac vita peregrinos figurata significatione referendum. Sed
manserunt in testamento meo, et ego neglexi eos, dicit Dominus, Quia
si hoc ita est, iam bipartita, non tripartita erunt eloquia Prophetarum,
hoc est testamentum, quod constituam domui Israel: post dies illos, dicit
Dominus, dabo leges meas in mentem eorum, et super corda eorum sen- vel potius illarum Scripturarum omnium, quae veteris Instrumenti appel-
bam eas, et videbo eos, et ero Mis in Deum, et ipsi erunt mihi in pie- latione censentur. Nihil enim erit illie, quod ad lerusalem terrenam
bem7; lerusalem sine dubio superna prophetatur, cuius Deus ipse prae- tantum pertineat, si quidquid ibi de illa, vel propter illam, dicitur atque
mium est, eumque habere atque ipsius esse summum ibi est atque totutn completur, significat aliquid, quod etiam lerusalem caelestem allegorica
bonum. Ad utramque vero pertinet hoc ipsum, quod lerusalem dicitur praefiguratione referatur: sed erunt sola dúo genera, unnm quod ad leru-
Dei civitas, et in ea prophetatur futura domus Dei, eaque prophetia vide- salem liberam, alterum quod ad utramque pertineat. Mihi autem sicut
tur impleri, cum Salomón rex aedificat illud nobilissimum templum. Haec multum videntur errare, qui nidias res gestas in eo genere litterarum
enim et in terrena lerusalem secundum historiam contigerunt, et caelestis aliquid aliud praeter id quod eo modo gestae sunt significare, arbitran-
lerusalem figurae fuerunt. Quod genus prophetiae ex utroque velüti coni- tur; ita multum audere, qui prorsus ibi omnia significationibus allego-
pactum atque commixtum in Libris veteribus canonicis, quibus reruní ricis involuta esse contendunt. Ideo tripartita, non bipartita esse dixi.
gestarum narrationes continentur, valet plunmum, multumque exercuit et Hoc enim existimo, non tamen culpans eos, qui potuerint illie de qua-
cumque re gesta sensum intelligentiae spiritualis exsculpere, servata pri-
6
2 Reg. 12. mitas duntaxat historiae veritate. Caeterum quae ita dicuntur, ut rebus
' Ier. 31,31-33 ; Hebr. 8,8-10. humanitus seu divinitus gestis sive gerendis convenire non possint, quis
1178 LA CIUDAD DE DIOS XVII, 4, 1
XVII, 4, 2 DE EOS PROFETAS A CRISTO 1179
una m i r a ? ¿Quién no buscará para ellas una interpretación
e s p i r i t u a l , si p u e d e , o al m e n o s confesará q u e q u i e n p u e d a d e b e pues la causa de mi alearía es la salud que he recibido de ti.
buscarla? Porque nadie es santo como el Serior y no hay justo como nues-
tro Dios; nadie es santo fuera de ti. Cesad de gloriaros sober-
C A P I T U L O IV biamente y de hablar cosas elevadas, y no salga de vuestra
boca la jactancia, porque Dios, que todo lo sabe, él es el. Señor
y el Dios que prepara sus revelaciones. Hizo débil el arco de los
¿ Q U É F I C U R Ó E L CAMBIO DEL REINO Y DEL SACERDOCIO DE
poderosos, y los débiles han sido revestidos de vigor. Los abun-
I S R A E L ? P R O F E C Í A D E ANA, MADRE D E S A M U E L , Q U E F I G U R A
dantes en pan han venido a menos y los hambrientos han atra-
LA IGLESIA
vesado la tierra. La estéril ha tenido siete hijos y la que tenía
muchos quedó sin vigor. El Señor es quien da la muerte y la
1. E l d e s a r r o l l o de la C i u d a d de D i o s h a s t a la é p o c a de
vida, quien conduce al sepulcro y libra de él. El Señor hace

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los reyes, h a s t a q u e D a v i d , r e c h a z a d o S a ú l , s u b i ó al t r o n o , lo-
pobres y ricos, abate y ensalza. Levanta de la tierra al pobre y
g r a n d o q u e su p o s t e r i d a d r e i n a r a l a r g o t i e m p o en la c i u d a d
saca del muladar al mendigo para colocarlo entre los potenta-
t e r r e n a , n o s b r i n d a u n s í m b o l o al significar y p r e n u n c i a r con
dos del pueblo, dándole en herencia un trono de gloria. El da
esos sucesos a l g o q u e n o debe p a s a r s e en s i l e n c i o . Y esto es,
la ofrenda al que hace voto y El ha bendecido los días del jus-
p o r lo q u e h a c e al A n t i g u o T e s t a m e n t o v al N u e v o , el c a m b i o de
to, porque el hombre no es poderoso por su propia fuerza. El
los m u c h o s r e a l i z a d o s c u a n d o el s a c e r d o c i o y el r e i n o se trocó
Señor desarmó a su enemigo, el Señor, que es santo. No se
en el n u e v o S a c e r d o t e y en el n u e v o R e y e t e r n o , q u e es Jesucris-
gloríe el sabio en su sabiduría, ni el poderoso en su poder, ni
to. El s u m o s a c e r d o t e H e l í , r e c h a z a d o , y S a m u e l , su s u b s t i t u t o
el rico en sus riquezas, sino que el que se gloríe, gloríese en
en ese m i n i s t e r i o , q u i e n ejerció a la vez el oficio de s a c e r d o t e y
esto, en entender y conocer al Señor y en hacer juicio y justicia
juez, y, p o r o t r a p a r t e , Saúl d e s e c h a d o y D a v i d c o n s t i t u i d o en
en medio de la tierra. Dios subió a los cielos y ha tronado, y El
rey, figuran lo q u e v e n g o d i c i e n d o . La m a d r e de S a m u e l , A n a ,
juzgará a los confines de la tierra, porque es justo. El es quien
en u n p r i n c i p i o estéril y l u e g o r e g o c i j a d a p o r su f e c u n d i d a d ,
da la virtud a nuestros reyes y ensalzará el rtoder de su Cristo.
profetizó, al p a r e c e r , eso m i s m o c u a n d o , en a l a s de su gozo,
2. Se p e n s a r á a c a s o q u e éstas son p a l a b r a s de u n a mujer-
dio, g r a c i a s al S e ñ o r y le c o n s a g r ó el n i ñ o n a c i d o con la m i s m a
cilla q u e se regocija del n a c i m i e n t o de su h i j o . ¿ líslá acaso la
p i e d a d con q u e lo h a b í a ofrecido. H e a q u í c ó m o se e x p r e s a :
r a z ó n h u m a n a t a n a l e j a d a de la luz de la v e r d a d q u e n o com-
Mi corazón se ha afianzado en el Señor y mi Dios ha ensálzalo
p r e n d e q u e esas p a l a b r a s exceden los m o d a l e s de esa m u j e r ?
mi poder. Ya puedo responder a boca llena a mis enemigos,

fidelis dubitet non esse inaniter dicta? quis ea non ad intelligentiam spi- et exaltatum est cornu meum in Deo meo. Dilatatum est super inimicos
ritualem revocet, si possit, aut ab eo qui potest revocanda esse fateatur? meos os meum; laetata sum in salutari tuo. Quoniam non est sanctus,
sicut Dominas; et non est iustus, sicut Deas noster; non est sanctus prae-
ter te. Nolite glorian superbe, et nolite loqui excelsa, ñeque procedat
CAPUT IV magniloquium de ore vestro. Quoniam Deus scientiarum Dominus, et Deus
praeparans adinventiones suas. Arcum potentium fecit infirmum, et injir-
D E PRAEFICURATA COMMUTATIONE IsRAELITICI REGNI ET SACERDOTII, ET DE mi praecincti sunt virtute. Pleni panibus minorad sunt, et esurientes
HIS QUAE ANNA MATER SAMUELIS, PERSONAM GERENS ECCLESIAE, PROPHETAVIT transierunt terram. Quia sterilis peperit septem, et multa in filiis infirma-
ta est. Dominus mortificat et vivificat; deducit ad Meros, et reducit. Do-
1. Procursus igitur civitatis Dei, ubi pervenit ad Regum témpora, minus pauperes facit, et ditat; humiliat, et exaltat. Suscitat a térra pau-
quando David Saule reprobato ita regnum primus obtinuit, ut eius deinde perem, et de stercore erigit inopem: ut collocet eum cum potentibus po-
posteri in terrena Ierusalem diuturna successione regnarent, dedit figu- puli, et sedem gloriae haereditatem dans eis: dans votum voventi, et be-
ram, re gesta significans atque praenuntians, quod non est praetereun- nedixit annos iusti: quoniam non in virtute potens est vir. Dominus infir-
dum silentio, de rerum mutatione futurarum, quod attinet ad dúo Testa- mum jaciet adversarium suum, Dominus sanctus. Non, glorietur prudens
menta, vetus et novum: ubi sacerdotium regnumque mutatum est per in prudentia sua, et non glorietur potens in potentia sua, et non glorietur
sacerdotem eumdemque regem novum ac sempiternum, qui est Christus dives in divitiis suis: sed in hoc glorietur qui gloriatur, intelligere et scire
Jesús. Nam et Heli sacerdote reprobato substitutus in Dei ministerium Dominum, et faceré iudicium et iustitiam in medio terrae. Dominus as-
Samuel, simul officio functus sacerdotis et iudicis, et Saule abierto rex cendit in cáelos, et tonuit: ipse iudicabit extrema terrae quia iustus est;
David fundatus in regno, hoc quod dico figuraverunt. Mater queque ipsa et dat virtutem regibus nostris, et exaltabit cornu Christi suis.
Samuelis Anna, quae prius fuit sterilis, et posteriore fecunditate laetata
est, prophetare aliud non videtur, cum gratulationem suam Domino fundit 2. Itane vero verba haec unius putabuntur esse mulierculae, de nato
exsultans: quando eumdem puerum natum et ablactatum Deo reddit eadem sibi filio gratulantis? tantumne mens hominum a luce veritatis aversa est,
pietate, qua voverat. Dicit enim: Confirmatum est cor meum in Domino, ut non sentiat supergredi modum feminae huius dicta quae fudit? Porro
* i Res. 2, I-IO, SÍC. J-XX.
1180 LA CIUDAD DE DIOS XVH.4,3 XVTT.4,3 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1181
En verdad, quien repara en las cosas cuyo cumplimiento se ha
ya iniciado en la peregrinación terrena, ¿no se da cuenta y es verdaderamente ensalzado, porque lo ha puesto, no en sí, sino
consciente de que por medio de esta mujer, por nombre Ana en el Señor, su Dios. Ya puedo responder a boca llena a mis
que significa C-racia, habló con espíritu prof ético la religión enemigos, porque la palabra de Dios no está prendida en las
cristiana, la Ciudad de Dios, cuyo rey y fundador es Cristo; en cadenas de la cautividad ni en los predicadores apresados. La
una palabra, la gracia de Dios, de la cual se enajenan los so- causa de mi alegría—dice—es la salud que he recibido de ti.
berbios para caer y de la cual se llenan los humildes para le- Esa salud es Jesucristo, a quien el viejo Simeón, como se lee en
vantarse, cosa puesta sobre todo de relieve en este himno? Aun- el Evangelio, abrazándole pequeñito y reconociendo su gran-
que quizá no falta quien diga que esta mujer no profetizó nada deza, dice: Ahora, Señor, ya puedes sacar de este mundo a tu
sino que simplemente alabó a Dios con un panegírico gozoso siervo en paz, porque ya mis ojos han visto la Salud que nos
por haber recibido el hijo, que le concedió accediendo a sus has enviado. Diga y repita una vez más la Iglesia: La causa

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


peticiones. ¿ Qué significa en ese caso esto: Hizo débil el arco de mi alegría es la salud que he recibido de ti, porque nadie
de los poderosos, y los débiles han sido revestidos de vigor; los es santo como el Señor y no hay justo como nuestro Dios, pues
abundantes en pan han venido a menos y los hambrientos han es santo y santificador, justo y justificador. Nadie es santo fuera
atravesado la tierra, porque la estéril ha tenido siete hijos y la de ti, porque nadie se hace santo sino por ti. Luego añade:
que tenía muchos ha quedado sin vigor? ¿Había tenido ella Cesad de gloriaros soberbiamente y de hablar cosas elevadas, y
siete hijos, aunque había sido estéril? Cuando decía esto, te- no salga de vuestra boca la jactancia, porque Dios, que lo sabe
nía uno solo, pero ni aun después tuvo siete, el séptimo de los todo, es el Señor. El os conoce hasta donde nadie os conoce,
cuales sería Samuel, sino que tuvo sólo tres varones y dos hem- porque, si alguno piensa ser algo, se engaña a sí mismo, pues
bras. Además, si no profetizaba, ¿cómo o por qué dijo aquellas no es nada. Esto va dirigido a los enemigos de la Ciudad de
palabras finales en un pueblo en que aún no había reyes: Da Dios, que pertenecen a Babilonia, que se ufanan de su propia
virtud a nuestros reyes, y ensalzará el poder de su Cristo? virtud y se glorían en sí, no en el Señor. A éstos pertenecen
también los israelitas carnales, ciudadanos terrígenas de la Je-
3. Diga, pues, la Iglesia de Cristo, la Ciudad del gran rusalén terrena, que, como dice el Apóstol, no conociendo la
Rey, llena de gracia y fecunda en hijos; diga y repita lo pro- justicia de Dios, es decir, la que Dios, único justo y justificador,
fetizado tanto tiempo antes por boca de esta piadosa mujer: da al hombre, y afanosos por establecer la suya propia, esto es,
Mi corazón está afianzado en el Señor y mi Dios ha ensalzado la que creen lograda para sí por sí mismos, no dada por Dios,
mi poder. Su corazón está verdaderamente afianzado y su poder no se han sujetado a la justicia de Dios. Y ciertamente no se han
sometido por soberbios, pensando que son capaces de agradar
qui rebus ipsis, quae iam coeperunt etiam in hac terrena peregrinatíone
compleri, convenienter movetur, nonne intendit, et aspicit, et agnoscit per
hanc mulierem, cuius etiam nomen, id est Anna, Gratia eius interpretatur, tum; quia non in se, sed in Domino Deo suo. Dilatatum est super mími-
ipsam religionem christianam, ipsam civitatem Dei, cuius rex est et con- cos meos os meum: quia et in angustiis pressurarum sermo Dei non est
ditor Christus, ipsam postremo Dei gratiam prophetico spiritu sic locu- alligatus, nec in praeconibus alligatis. Laetata sum, inquit, in salutari tuo.
tam, a qua superbi alienantur, ut cadant, qua humiles implentur, ut sur- Christus est iste Iesus, quem Simeón, sicut in Evangelio legitur, senex
gant, quod máxime hymnus iste personuit? Nisi quisquam forte dicturus amplectens parvum, agnoscens magnum, Nunc dimittis, inquit, Domine,
est, nihil istam prophetasse mulierem, sed Deum tantummodo propter fi- servum tuum in pace, quoniam viderunt oculi mei salutare tuum °. Dicat
lium, quem precata impetravit, exsultanti praedicatione laudasse. Quid itaque Ecclesia, Laetata sum in salutari tuo. Quoniam non est sanctus,
ergo sibi vult quod ait: Arcum potentium fecit infirmum, et infirmi prae- sicut Dominus; et non est iustus, sicut Deus noster; tanquam sanctus et
cincti sunt virtute: pleni panibus minorad sunt, et esurientes transierunt sanctificans, iustus et iustificans. Non est sanctus praeter te: quia nemo
terram: quia sterilis peperit septem, et multa in filiis infirmata est? fit nisi abs te. Denique sequitur, Nolite glorian superbe, et nolite loqui
Numquid septem ipsa pepererat, quamvis sterilis fuerit? tinicum habe- excelsa, ñeque exeat magniloquium de ore vestro. Quoniam Deus scientia-
bat, quando ista dicebat: sed nec postea septem peperit, sive9 sex, quibus rum Dominus. Ipse vos scit, et ubi nemo scit: quoniam qui putat se ali-
septimus esset ipse Samuel; sed tres mares, et duas feminas . Deinde in quid esse, cum nihil sit, se ipsum seducit n . Haec dicuntur adversariis
ilio populo cum adhuc nemo regnaret, quod in extremo posuit, Dat vir- civitatis Dei ad Babyloniam pertinentibus, de sua virtute praesumentibus,
tulem regibus nostris, et exaltabit cornil Christi sui; unde dicebat, si non in se, non in Domino gloriantibus; ex quibus sunt etiam carnales Israe-
prophetabat? litae, terrenae Ierusalem cives terrigenae, qui, ut dicit Apostolus, igno-
rantes Dei iustitiam, id est quam dat homini Deus, qui solus est iustus et
3. Dicat ergo Ecclesia Christi, civitas Regís magni gratia plena, prole iustificans; et suam volentes constituere, id est, velut 12a se sibi partam,
fecunda; dicat quod tanto ante de se prophetatum per os huius piae ma- non ab illo impertitam; iustüiae Dei non sunt subiecti , utique quia su-
tó agnoscit Confirmatum est cor meum in Domino, et exaltatum est
coma meum in Deo meo. Veré confirmatum cor, et cornu veré exalta- 10
I-e. 2,20 e t 30.
11
* t R e s . 2,20. G a l . 6,3.
12
R o m . 10,3.
1182 LA CIUDAD DE DIOS XVII, 4, 4
XVH, 4, 5 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1183
a D i o s p o r p r o p i a c u e n t a , sin la g r a c i a de D i o s ; de ese Dios
Porque la estéril ha tenido siete hijos y la que tenía muchos
q u e todo lo sabe, y p o r eso m i s m o es a r b i t r o de las conciencias,
quedó sin vigor. L a profecía ha p r o y e c t a d o a q u í c h o r r o s de luz
i n t u y e n d o los p e n s a m i e n t o s de los h o m b r e s , q u e son v a n o s si
p a r a q u i e n e s c o n o c e n el n ú m e r o siete, en el q u e está signi-
son de los h o m b r e s y n o i n s p i r a d o s p o r E l . Y el que prepara
ficada la perfección de la Iglesia u n i v e r s a l . P o r este m o t i v o ,
sus revelaciones. ¿ Q u é r e v e l a c i o n e s son éstas sino la caída de
el a p ó s t o l S a n J u a n e s c r i b e a siete iglesias, d a n d o a enten-
los s o b e r b i o s y la e x a l t a c i ó n de los h u m i l d e s ? Y va p o n i e n d o
d e r con ello q u e e s c r i b í a a la p l e n i t u d de l a ú n i c a I g l e s i a ;
en c l a r o estas r e v e l a c i o n e s : Hizo débil el arco de los podero-
y en los P r o v e r b i o s de S a l o m ó n , la S a b i d u r í a , q u e e r a figura
sos, y los débiles han sido revestidos de vigor. D e b i l i t ó el a r c o ,
de esto, d i c e : Se fabricó una casa y labró siete columnas. La
es decir, la i n t e n c i ó n de q u i e n e s se creen t a n p o d e r o s o s , q u e
C i u d a d de Dios e r a estéril en t o d a s l a s n a c i o n e s a n t e s de q u e
sin la g r a c i a de D i o s y sin su a y u d a son c a p a c e s de c u m p l i r
s u r g i e r a este e n g e n d r o q u e a h o r a v e m o s . Y v e m o s t a m b i é n a h o -
autosuficientemente los m a n d a m i e n t o s d i v i n o s . Y, en c a m b i o ,
ra sin v i g o r a la J e r u s a l é n t e r r e n a , que tenía m u c h o s hijos, por-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


son revestidos de v i g o r q u i e n e s i n t e r i o r m e n t e g r i t a n : Señor, ten
q u e los h i j o s de la l i b r e a u e h a b í a en su seno c o n s t i t u í a n su
misericordia de mí, que desfallezco.
v i g o r , y c o m o a h o r a en ella n o h a y m á s q u e letra, n o e s p í r i t u ,
4 . Los abundantes en pan—prosigue—han venido a me- p e r d i d o el vigor, se h a d e b i l i t a d o .
nos y los hambrientos han atravesado la tierra. ¿ Q u i é n e s son 5 . El Señor es quien da la muerte y la vida; dio m u e r t e a
los a b u n d a n t e s en p a n s i n o los m i s m o s q u e se creen p o d e r o s o s , la q u e tenía m u c h o s h i j o s , v v i d a , a la estéril, q u e t u v o siete,
es decir, los i s r a e l i t a s , a q u i e n e s c o m u n i c ó D i o s sus o r á c u l o s ? a u n q u e p u e d e e n t e n d e r s e t a m b i é n , q u i z á con m á s p r o p i e d a d ,
P e r o los h i j o s de la esclava en ese p u e b l o se h a n a m i n o r a d o . q u e da v i d a a los m i s m o s que a n t e s h a b í a d a d o m u e r t e . E s t a
Con esta p a l a b r a p o c o l a t i n a , p e r o m u y e x p r e s i v a , se dice m i s m a i d e a está r e p e t i d a , al p a r e c e r , en estas p a l a b r a s : Condu-
q u e de m a y o r e s se h a n t o r n a d o m e n o r e s , p o r q u e en los p a n e s , ce al sepulcro y libra de él. Estos a q u i e n e s se d i r i g e el A p ó s t o l
es decir, en la p a l a b r a de D i o s , que e n t r e t o d a s las n a c i o n e s en estos t é r m i n o s : Si habéis muerto con Cristo, buscad las co-
ú n i c a m e n t e la r e c i b i e r o n e n t o n c e s los i s r a e l i t a s , sólo g u s t a n las sas aue son de arriba, donde Cristo está sentado a la diestra
cosas t e r r e n a s . E n c a m b i o , las n a c i o n e s a las c u a l e s n o se h a b í a de Dios, i n d u d a b l e m e n t e h a n r e c i b i d o del S e ñ o r m u e r t e s a l u d a -
d a d o la ley, u n a vez q u e l l e g a r o n , g r a c i a s al N u e v o T e s t a m e n t o , b l e ; y estos o t r o s a q u i e n e s d i c e : Saboreaos en las cosas del
a c o n o c e r esas p a l a b r a s , a t r a v e s a r o n h a m b r i e n t a s la t i e r r a , por- cielo, no en las de la tierra, son los h a m b r i e n t o s q u e atravesa-
q u e en e l l a s n o g u s t a r o n las cosas t e r r e n a s , sino las celestiales. r o n la t i e r r a . Porque estáis ya muertos, d i c e . H e a q u í la m u e r -
Y, h a c i e n d o c o m o q u e b u s c a b a el p o r q u é de este suceso, d i c e : te s a l u d a b l e q u e da D i o s . Y l u e g o a ñ a d e : Y vuestra vida está
escondida con Cristo en Dios. H e a q u í la v i d a d a d a t a m b i é n
perbi, de suo putantes, non de Deo, posse placeré se Deo, qui est Deus
scientiarum, atque ideo et arbiter conscientiarum. ibi videns cogitationes p o r D i o s . M a s ¿ s o n los m i s m o s los c o n d u c i d o s al s e p u l c r o
hominum, quoniam vanae sunt ' 3 , si hominum sunt. et ab illo non sunt.
Et praeparans, inquit, adinventiones suas. Quas adinventiones putamus, prophetabatur eluxit agnoscentibus numerum septenarium, quo est uni-
iiisi ut superbi cadánt, et humiles surgant? Has quippe adinventiones ex- versae Ecclesiae significata perfectio. Propter quod et loannes apostolus
sequitur, dicens, Arcus potentium infirmatus est. et infirmi praecincti ad septem scribit Ecclesias ", eo modo se ostendens ad unius plenitudinem
sunt virtute. Infirmatus est arcus, id est, intentio eorum qui tam potentes scribere: et in Proverbiis Salomonis hoc antea praefigurans Sapientia,
sibi videntur, ut sine Dei dono atque adiutorio humana sufficientia divina aedificavit sibi domum, et suffulsit columnas septem "'. Sterilis enim erat
possint implere mandata; et praecinguntur virtute, quorum interna vox in ómnibus gentibus Dei civitas, antequam iste fetus, quem cernimus,
est, Miserere mei, Domine, quoniam infirmus sum '". oriretur. Cernimus etiam, quae multa in filiis erat, nunc infirmatam Ieru-
4. Pleni panibus, inquit, minoran sunt. et esurientes transierunt ter- salem terrenam. Quoniam quicumque filii liberae in ea erant, virtus eius
ram. Qui sunt intelligendi pleni panibus, nisi iidem ipsi quasi potentes, erant: nunc vero ibi quoniam littera est, et spiritus non est, amissa vir-
id est Israelitae, quibus credita sunt eloquia Dei? 16 Sed in eo populo tute infirmata est.
ancillae filii minorad sunt: quo verbo minus quidem latino, bene tamen 5. Dominus mortificat, et vivificat: mortificavit illam, quae multa
expressum est, quod ex maioribus minores facti sunt: quia et in ipsis pa- erat in filiis; et vivificavit hanc sterilem, quae peperit septem. Quamvis
nibus, id est divinis eloquiis, quae Israelitae soli tune ex ómnibus gen- commodius possit intelligi eosdem vivificare, quos mortificaverit. Id enim
tibus acceperunt, terrena sapiunt. Gentes autem quibus lex illa non erat velut repetivit addendo, Deducit ad inferos, et reducit. Quibus enim dicit
data, posteaquam per novum Testamentum ad eloquia illa venerunt, mul- Apostolus, Si mortui estis cum Christo, quae sursum sunt quaerite, ubi
tum esuriendo terram transierunt; quia in eis non terrena, sed caelestia Christus est in dextera Dei sedens: salubriter utique mortifican tur a Do-
sapuerunt. Et hoc, velut quaereretur causa cur factum sit, Quia sterilis, mino: quibus adiungit, Quae sursum sunt sapite, non quae super terram;
inquit, peperit septem, et multa in filiis infirmata est. Hic totum quod ut ipsi sintilli, qui esurientes transierunt terram. Mortui enim estis, in-
quit: ecce quomodo salubriter mortificat Deus. Deinde sequitur, Et vita
13
P s . 93,11.
16
" P s . 6,3. A p o c . T,4.
15 Ir
R o m . 3,3. P r o v . g,T.
X18 1 LA CIUDAD DE DIOS X V I I , 4, 6
xvn, 4,7 DE I,OS PROFETAS A CRISTO 1185
y Jos librados de él ? Las dos cosas vemos cumplidas en El,
es decir, en nuestra Cabeza, con el cual dijo el Apóstol que sólo desventajas, sino también estiércol, por ganar a Cristo.
está escondida nuestra vida en Dios. Y le dio muerte, pues De la tierra fué, pues, levantado aquel pobre y puesto sobre
no perdonó a su propio Hijo, sino que le entregó por todos todos los ricos y del estiércol fué sacado aquel mendigo y pues-
nosotros. Y le devolvió la vida, puesto que le resucitó de en- to sobre todos los opulentos para colocarlo entre los potenta-
tre los muertos. Y ya que en la profecía se oye su voz: No dos del pueblo, a quienes dice: Os sentaréis sobre doce sillas.
abandones mi alma en el sepulcro, lo condujo al sepulcro y Y les da en. herencia un trono de gloria. Habían dicho los po-
redujo de él. Su pobreza nos ha enriquecido a nosotros, pues tentados: Bien ves que lo hemos abandonado todo y te hemos
el Señor es quien hace pobres y ricos. Para darnos cuenta de seguido. Habían hecho con verdadero poder este voto.
esto oigamos lo que sigue: Abate y ensalza. Es cierto, abate a 7. Pero ¿de dónde les vino el poder hacerlo sino de Aquel
los soberbios y ensalza a los humildes. Todo el discurso de esta de quien se dijo a renglón seguido: El que da la ofrenda al

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mujer, cuyo nombre significa Gracia, se compendia en estas que hace voto? De otra suerte serían de aquellos potentados,
palabras: Dios resiste a los soberbios y da su gracia a los hu- cuyo arco quedó debilitado. El, que da la ofrenda al que hace
mildes. voto, porque nadie puede ofrendar a Dios algo bueno sino el
que recibiera de El la ofrenda. Y prosigue: El bendijo los años
6. Y esta adición: Levanta de la tierra al pobre, no la en-
del justo a fin de que viva sin fin con aquel a quien se dice:
tiende de nadie mejor que de aquel que, siendo rico, se hizo po-
bre por nosotros a fin de que fuéramos enriquecidos, como he- Y tus años no tendrán fin. Allí permanecerán los días, aquí pa-
mos dicho poco ha, por su pobreza. Le levantó de la tierra san, mejor diría, perecen, pues antes de venir, no son, y, una
tan presto para que su carne no viera la corrupción. Y a él vez que han venido, ya no son, porque vienen tarados con su
aplicó también esto otro: Y saca del estiércol al mendigo. fin. De las dos cosas, expresadas así: El, que da la ofrenda al
Mendigo es igual a pobre. El estiércol del que es sacado se que hace voto y bendijo los años del justo, nosotros hacemos
entiende muy bien los perseguidores judíos, en cuyo número se una y recibimos otra. Pero no se recibe ésta de la bondad de
contaba el Apóstol, que persiguió a la Iglesia y decía: Estas Dios si con su ayuda no se hace primero la otra, porque el
cosas, que antes las consideraba yo como ventajas mías, las hombre no es poderoso en su propia fuerza. El Señor desecha-
tomé por pérdidas por amor de Cristo, y consideré que son no rá al enemigo de él, es decir, al envidioso del oferente, que pre-
tende hacerle imposible el cumplimiento de su voto. La ambi-
vestra abscondita est cum Christo in Deo": ecce quomodo eosdem ipsos güedad del griego deja margen para entender también a su ene-
vivificat Deus. Sed numquid eosdem deduxit ad inferos eí reduxit? Hoc migo. Cuando el Señor haya comenzado a poseernos, sin duda
utrumque sine controversia fidelium in illo potius videmus impletum, el enemigo, que hasta ahora lo había sido nuestro, se hace de
Capite scilicet nostro, cum quo vitam nostram in Deo Apostolus dixit
absconditam. l9Nam cum proprio Filio non pepercit, sed pro nobis ómnibus verum etiam. stercora existimavi esse, ut Christum lucrifacerem". De
tradidit eum , isto modo utique mortificavit eum. Et quia resuscitavit a térra ergo suscitatus est ille supra omnes divites pauper, et de illo sterco-
mortuis, eumdem rursus vivificavit. Et quia in prophetia vox eius agnos- re erectus est supra omnes opulentos ilie inops: ut sedeat cum potentibus
citur, Non derelinques animam meam in inferno 20, eumdem deduxit ad populi, quibus ait, Sedebitis super duodecim sedes. Et sedem gloriae hae-
inferos et reduxit. Hac eius paupertate ditati sumus. Dominus enim pan- reditatem dans eis.24Dixerant enim potentes illi, Ecce nos dimisimus omnia,
peres facit, et ditat. Nam quid hoc sit ut sciamus, quod sequitur audia- et secuti sumus te , hoc votum potentissime voverant.
mus: Humiliat, et exaltat; utique superbos humiliat, et humiles exaltat. 7. Sed unde hoc eis, nisi ab illo, de quo hic continuo dictum est,
Quod enim alibi legitur, Deus superbis resistit, humilibus autem dat gra- Dans votum voventi? Alioquin ex illis essent potentibus, quorum infir-
tiam21; hoc totus habet sermo huius, cuius nomen interpretatur Gra- matus est arcus. Dans, inquit, votum voventi. Non enim Domino quísquam
tia eius. quidquam rectum voveret, nisi qui ab illo acciperet quod voveret. Sequi-
tur, Et benedixit annos iusti: ut cum illo scilicet sine fine vivat, cui
6. Iam vero quod adiungitur, Suscitat a térra pauperem: de nullo dictum est, Et anni tai non deficient "s. Ibi enim staat anni, hic autem
melius quam de illo intelligo, qui propter nos facías est pauper, cum transeunt, imo pereunt: antequam enim veniaiit, non sunt; cum autem
dives esset, ut eius paupertate, sicut paulo ante dictum est, ditaremur '". venerint, non erunt, quia cum suo fine veniunt. Horum autem duorum, id
Ipsum enim de térra suscitavit tam cito, ut caro eius non videret cor- est, Dans votum voventi, et benedixit annos iusti; unum est quod faci-
ruptionem. Nec illud ab illo alienabo, quod additum est, Et de stercore mus, alterum quod sumimus. Sed hoc alterum Deo largitore non sumitur,
erigit inopem. Inops quippe Ídem qui pauper. Stercus vero unde erectus nisi cum ipso adiutore primum illud efficitur: quia non in virtute potens
est, rectissime intelliguntur persecutores Iudaei, in quorum numero cum est vir. Dominus infirmum faciet adversarium eius: illum scilicet qui ho-
se dixisset Apostolus Ecclesiam persecutum, Quae mihi, inquit, fuerunt mini voventi invidet, et resistit, ne valeat impleie quod vovit. Potest ex
lucra, haec propter Christum damna esse duxi, nec solum detrimento, ambiguo graeco intelligi et adversarium suum. Cum enim Dominus pos-
18 zl
Col. 3,1-3. Tac. 4,6. -1 E h i l . 3,7 e t 8.
19
R o m . 8,32. -2 Cor. 8,9. 24
M t . 19,28.27.
20
P s . 15,10. - 3 P s . IOI,2íi.

S. Ag. ¡6 SS
1186 ík CIUDAD DE D I O S XVII, 4, 8 X.VH, 4, 9 DR r,os PROFETAS A CWSTC ug'í

El, y es vencido por nosotros, pero no con nuestras fuerzas, el tiempo que se vive en el cuerpo, a fin de que no pensara
porque el hombre no es poderoso en su propia fuerza. El Señor, alguien que, después de finalizada la vida, en el cuerpo hay
pues, desarmará a su enemigo, el Señor santo, p a r a que lo todavía tiempo suficiente para hacer juicio y justicia, cosa que
venzan los santos, hechos santos por el Santo de los santos, no hizo mientras vivía en la carne, y que de esta forma puede
por el Señor. escapar al juicio divino. En esta vida cada uno lleva consigo
8. No se gloríe el sabio en su sabiduría, ni el poderoso en su tierra, que, muriendo el hombre, va a parar a la tierra co-
su poder, ni el rico en sus riquezas, sino que el que se gloríe, mún, y luego se le devolverá una vez resucitado. P o r tanto, debe
gloríese en esto: en entender y conocer al Señor y en hacer jui- hacerse juicio y justicia en medio de la tierra, es decir, mien-
cio y justicia en medio de la tierra. Quien conoce y entiende tras nuestra alma se halla aprisionada en este cuerpo terreno;
que es el Señor el que le da el conocer y entenderse, no en- y eso nos será de gran utilidad en el futuro, cuando cada cual
reciba el pago debido a las buenas o malas acciones que haya

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tiende y conoce poco al Señor [ 5 ] . ¿Qué tienes—dice el Após-
tol—que no hayas recibido? Y si lo has recibido, ¿de qué te hecho por el cuerpo. Esta expresión del Apóstol por el cuerpo
glorías como si no lo hubieses recibido? Es decir, como si el significa durante el tiempo que vivió en el cuerpo. Porque, si
motivo u objeto de tu gloriarte procediera de ti. El que vive alguien blasfema con intención torcida y de pensamiento, aun-
rectamente, ése hace juicio y justicia. Y vive rectamente quien que esa acción no la realice con ningún miembro ni movimiento
obedece al mandato de Dios, y el ¡in de los mandamientos, es del cuerpo, no p o r eso deja de ser culpable, siendo así que la
decir, al que se refieren los mandamientos, es la caridad que realizó durante el tiempo que vivió en el cuerpo. Y así pode-
nace de un corazón puro, de una conciencia buena y de una fe mos muy bien entender también aquello del Salmo: Dios, que
no fingida. Ahora bien: esta caridad, como atestigua el apóstol es nuestro rey desde antes de los siglos, lia obrado la salvación
San Juan, procede de Dios. Luego el hacer juicio y justicia pro- en medio de la tierra. En este caso, el Señor Jesús se identifica
cede de Dios. Mas ¿qué significa en medio de la tierra? ¿Es con nuestro Dios, que existe antes de los siglos, porque los si-
glos fueron hechos por El. El obró nuestra salvación en medio
que, por ventura, no deben hacer juicio y justicia los que ha-
de la tierra cuando el Verbo se hizo carne y habitó en un cuer-
bitan los confines de la tierra? ¿ P o r qué, pues, se añadió en
po de tierra.
medio de la tierra? Si no se hubiera añadido eso, diciendo
simplemente hacer juicio y justicia, este mandamiento abarcaría 9. Tras la profecía de Ana sobre cómo debe gloriarse
por igual a los hombres mediterráneos y a los marítimos. Pero quien se gloría, es decir, que no debe gloriarse en sí mismo,
tengo para mí que se dijo en medio de la tierra para designar sino en el Señor, dice con la mirada en el día del juicio: El Se-
sídere nos coeperit, profecto adversarios qui noster fuerat ípsius fit, et ntimos. Sed ne quisquam putaret post finem vitae, quae in hoc agitur
vincitur a nobis; sed non viribus nostris: quia non in virtute potens est corpore, superesse tempus iudicium iustitiamque faciendi, quam dum es-
vir. Dominus ergo infirmum faciet adversarium suiím, Dominas sanctus: set in carne non fecit, et sic divinum evadi posse iudicium; in medio ter-
ut vincatur a sanctis, quos Dominus sanctus sanctorum effecit sanctos. rae, mihi videtur dictum, cum quisque vivit in corpore. In hac quippe
8. Ac per hoc, Non glorietur prudens in prudentia sua, et non glo- vita suam terram quisque circumfert, quam moriente homine recipit térra
rietur potens in potentia sua, et non glorietur dives in divitiis sais: sed communis, resuigenti utique reddiwra. Proinde in medio terrae, id est,
in hoc glorietur qui gloriatur, intelligere et scire Dominum, et faceré cum anima nostra isto terreno clauditur corpore, íaciendum est iudicium
iudicium et iustitiam in medio terrae. Non parva ex parte intelligit et et iustitia, quod nobis prosít in posterum, quando recipiet quisque secun-
scit Dominum, qui intelligit et scit etiam hoc a Domino sibi dari, ut in-
telligat et sciat Dominum. Quid enim habes, ait Apostolus, quod non ac- dum ea quae per corpus gessit, sive bonum, sive malum". Per corpas
cepisti? Si autem et accepisti, quid gloriaris, quasi non acceperis?" quippe ibi dixit Apostolus, per tempus quo vixit in corpore. Ñeque enim
Id est, quasi a te ipso tibi sit, unde gloriaris. Facit autem iudicium et si quis maligna mente atque impía cogitatione blasphemet, ñeque id ullis
iustitiam, qui recte vivit. Recte autem vivit, qui obtemperat praecipienti membris corporis operetur, ideo non erit reus, quia id non motu corporis
Deo: et finis praecepti, id est, ad quod refertur praeceptum, charilas est de gessit, cum hoc per illud tempus gesserir, quo gessit et corpus. Isto modo
corde puro, et conscientia bona, et fide non2 ficta27. Porro ista charitas, congruenter intelligi potest etiam illud quod in Psalmo legitur, Deus
sicut loannes apostolus testatur, ex Deo est ". Faceré igitur iudicium et autem rex noster ante saecula operatus est salutem in medio terrae s °:
iustitiam, ex Deo est. Sed quid est, in medio terrae? Ñeque enim non ut Dominus lesus accipiatur Deus noster qui est ante saecula, quia per
debent faceré iudicium et iustitiam qui habitant in extremis terrae? quis
hoc dixerit? Cur ergo additum est, in medio terrae? Quod si non ad- ipsum facta sunt saecula, operatus salutem nostram in medio terrae, cum
deretur, et tantummodo diceretur, faceré iudicium et iustitiam, magis Verbum caro factum est, et terreno habitavit in corpore al .
hoc praeceptum ad utrosque nomines pertineret, et mediterráneos et ma- 9. Deinde posteaquam prophetatum est in his verbis Annae, quomo-
26
do glorian debeat qui gloriatur, non in se utique, sed in Domino; propter
i Cor. 4,7. retributionem quae in die iudicii futura est, Dominus, inquit, ascendit
'•" I T i m . 1,5.15. 29
2 Cor. 5,io
'*» I l o . 4,7. so
P.s. 73,12.
31
l O . 1,14. ; ^
W
D
X V H , 5, I E LOS PROFETAS A CRISTO 1189
1188 LA CIUDAD DE DIOS XVH,4,9
ñor subió a los cielos y tronó. El juzgará los confines de la tie- de ese mismo se dice aquí que ensalzará el poder de su Cristo.
rra, porque es justo. En estas palabras observa el orden de la ¿Quién es, pues, el Cristo de su Cristo? ¿O es que ensalzará
profesión de fe de los fieles. Cristo Nuestro Señor subió a los el poder de cada uno de sus fieles, según la expresión de esta
cielos, y desde allí vendrá a juzgar a los vivos y a los muertos. misma mujer al principio de su himno: Mi Dios ha ensalzado
En efecto, como dice el Apóstol: ¿Quién ascendió sino el que mi poder? En realidad, podemos muy bien llamar cristos a to-
descendió a los lugares más ínfimos de la tierra? El que des- dos los ungidos con su crisma, porque el Cristo único lo forma
cendió, ese mismo es el que ascendió sobre todos los cielos para el cuerpo y su cabeza. A esto se reduce la profecía de Ana,
llenarlo todo. Tronó, pues, por medio de sus nubes, aue llenó madre del ilustre y santo Samuel. En él fué figurado entonces
del Espíritu Santo una vez ascendido. De estas nubes habla el cambio del antiguo sacerdocio, que ahora vemos cumplido,
en el profeta Isaías cuando amenaza a la Jerusalén esclava, es y fué entonces cuando la que tuvo muchos hijos quedó sin vi-
gor, a fin de que la estéril, trocada en madre de siete, tuviera

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


decir, a la viña ingrata, con no llover sobre ella. Y añadió:
El juzgará los confines de la tierra, como diciendo: Hasta los un nuevo sacerdocio en Cristo.
confines de la tierra, ya que quien juzgará, sin duda alguna, a
todos los hombres, no dejará de juzgar las otras partes de la
tierra. Pero quizá se entienda mejor por confines de la tierra CAPITULO V
los confines de la vida humana, porque el hombre no será juz-
gado según el estado actual, en que fluctúa del bien al mal o DESAPARICIÓN DEL SACERDOCIO DE AARÓN, PREDICHO
del mal al bien, sino según sea hallado en sus postrimerías. AL SACERDOTE H E L Í
Por eso se dijo que el que perseverare hasta el fin se salvará.
Luego quien hace con perseverancia juicio y justicia en medio 1. El hombre de Dios, cuyo nombre se silencia, pero que
de la tierra no será condenado cuando sean juzgadas las potes- por su oficio y ministerio se presenta como profeta, enviado
tades de la tierra. Y da—dice—virtud a nuestros reyes, es de- al sacerdote Helí, expresa eso mismo con más claridad [ 6 ] . He
cir, para no condenarlos en el juicio. Les da virtud para gober- aquí el texto: Un hombre de Dios se llegó a Helí y le dijo:
nar la carne como reyes y vencer el mundo en Aquel que Esto dice el Señor: Yo me he manifestado a la familia de tu
derramó por ellos su sangre. Y ensalzará el poder de su Cristo. padre cuando estaban en Egipto sometidos al yugo de Faraón.
¿Cómo ensalzará Cristo el poder de su Cristo? Arriba, al decir: Y escogí la familia de tu padre entre todos los cetros de Israel
El Señor subió a los cielos, se ha entendido el Señor Cristo, y para que se haga cargo de mi sacerdocio, para que ellos subie-
sen a mi altar y me quemasen incienso y anduviesen vestidos
in cáelos, et tonuit: ipse iudicabit extrema terrae, quia iustus est. Prorsus
ordinem tenuit confessionis fidelium. Ascendit enim in caelum Dominus sicut hic dicitur, exaltabit cornu Christi sui. Quis ergo est Christus Christi
Christus, et inde venturus est ad vivos et mortuos iudicandos. Nam quis sui? An cornu exaltabit uniuscuiusque fidelis sui, sicut ista ipsa in prin-
ascendit, sicut dicit Apostolus, nisi qui et descendit in inferiores partes cipio huius hymni ait: Exaltatum est cornu meum in Deo meo? Omnes
terrae? Qui descendit, ipse est et qui ascendit super omnes cáelos, ut quippe unctos eius chrismate, recte christos possumus dicere: quod tamen
adimpleret omnia " . Per nubes ergo suas tonuit, quas Spiritu sancto, cum totum cum suo capite corpus unus est Christus. Haec Anna prophetavit,
ascendisset, implevit. De quibus ancillae Ierusalero, hoc est ingratae vi- Samuelis mater sancti viri, multumque laudati. In quo quidem tune figu-
neae, comminatus est apud Isaiam prophetam, ne pluant super eam im- rata est mutatio veteris sacerdotii, et nunc impleta, quando infirmata est
brem s3 . Sic autem dictum est, Ipse iudicabit extrema terrae: ac si dice- quae multa erat in filiis, ut novum haberet in Christo sacerdotium steri-
retur, Etiam extrema terrae. Non enim alias partes non iudicabit, qui lis, quae peperit septem.
omnes nomines procul dubio iudicabit. Sed melius intelliguntur extrema
terrae, extrema hominis: quoniam non iudicabuntur, quae in melius vel CAPUT V
in deterius medio tempore commutantur, sed in quibus extremis inventus
fuerit qui íudicabitur. Propter quod dictum est, Qui perseveraverit usque DE HIS QUAE AD HELI SACERDOTEM HOMO DEI PROPHETICO LOCDTUS EST
in finem, hic salvas eritS4. Qui ergo perseveranter facit iudicium et ius- SPIRITU, SIGNIFICANS SACERDOTIUM, QUOD SECUNDUM AARON INSTITUTOM
titiam in medio terrae, non damnabitur, cum iudicabuntur extrema terrae. FUERAT, AUFERENDUM
Et dat, inquit, virtutem regibus nostris: ut non eos iudicando condemnet.
Dat eis virtutem, qua carnem sicut reges regant, et in iílo mundum, qui 1. Sed hoc evidentius ad ipsum Heli sacerdotem missus loquitur homo
propter eos fudit sanguinem, vincant. Et exaltabit cornu Christi sui. Quo- Dei, cuivis quidem nomen tacetur, sed intelligitur officio ministerioque
modo Christus exaltabit cornu Christi sui? De quo enim supra dictum suo sine dubitatione propheta. Sic enim scriptum est: Et venit homo Dei
est, Dominus ascendit in cáelos, et intellectus est Dominus Christus; ipse^ ad Heli, et dixit: Haec dicit Dominus: Revelans revelatus sum ad domum
32 patris tui, cum essent in térra Aegypti serví in domo Pharaonis; et elegí
Epüi. 4,9 e t l o .
a3
I s . 5,6. domum patris tui ex ómnibus sceptris Israel mihi sacerdotio fungi, ut
&i
Mt. 10,22. ascenderent ad altare meum, et incenderent incensum, et portarent Ephod;
XVII, 5, 2 xvn, 5,2 Dl¡ 1,0$ • PROFETAS A CHISTO 1191
um C\ CIUDAD DI¡ D t O á

del efod. Yo di a comer a la! casa de tu padre parte de los sa- go h a b í a d e o p e r a r s e p o r m e d i o de J e s u c r i s t o . L a profecía, en
crificios que los hijos de Israel hacen con fuego. ¿Por qué, s e n t i d o p r o p i o , p e r t e n e c í a al A n t i g u o T e s t a m e n t o , y en s e n t i d o
pues, has mirado con ojo desvergonzado mi incienso y mi sa- figurado, al N u e v o . Y h a b l o en c u a n t o al h e c h o , n o en c u a n t o
crificio y lias glorificado a tus hijos más que a mí por bendecir a l a s p a l a b r a s ; es decir, q u e el h e c h o significaba lo q u e el
las primicias de todo sacrificio ofrecido en Israel en mi acata- profeta expresó al sacerdote Helí en palabras. Después hubo
miento ? Por eso dice el Señor Dios de Israel: He decidido que s a c e r d o t e s de la f a m i l i a de A a r ó n , c o m o S a d o c y A b i a t a i , en
tu casa y la casa de tu padre pasaran eternamente en mi pre- el r e i n a d o de D a v i d , y o t r o s m á s t a r d e , p e r o m u c h o antes de la
sencia. Y ahora dice el Señor: Eso sí que no. Glorificaré a é p o c a en q u e d e b í a c u m p l i r s e en C r i s t o l a p r e d i c c i ó n h e c h a so-
los que me glorifiquen, y el que me desprecie será desprecia- b r e el c a m b i o del s a c e a d o c i o . ¿ Q u i é n , o b s e r v a n d o esto con l a
do. He aquí que llega el tiempo en que exterminaré tu descen- m i r a d a de l a fe, n o ve q u e ya está c u m p l i d a ? E n efecto, a c -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dencia de la casa de tu padre y jamás tendrá ya sacerdote en t u a l m e n t e n o q u e d a a los j u d í o s n i t a b e r n á c u l o , n i t e m p l o , n i
mi casa. Yo apartaré a todos de mi altar a fin de que desfa- a l t a r , n i sacrificio, n i , p o r c o n s i g u i e n t e , a l g u n o s de esos sacer-
llezcan sus ojos y decaiga su alma. Cuantos restaren de tu casa dotes q u e , s e g ú n la ley de D i o s , d e b í a n ser de la f a m i l i a d e
morirán a cuchillo, y la señal de esto será lo que ha de suceder A a r ó n . A esto a l u d e el profeta en esta p r o f e c í a a l d e c i r : Esto
a tus dos hijos, Ofní y Finees, pues morirán los dos en un mis- dice el Señor Dios de Israel: He decidido que tu casa y la casa
mo día. Yo me buscaré un sacerdote fiel que haga cuanto mi de tu padre pasaran eternamente en mi presencia. Y ahora dice
corazón y mi alma desean, y le construiré una casa sólida y el Señor: Eso sí que no. Glorificaré a los que me glorifiquen
duradera, y pasará siempre en presencia de mi Cristo. Y todo y el que me desprecie será despreciado. A q u í l l a m a casa de su
el que sobreviviere de tu casa vendrá a adorarle con un óbolo p a d r e . Conste q u e n o h a b l a de su p a d r e p r ó x i m o , sino de A a r ó n ,
de plata, diciendo: Acomódame en alguna parte de tu sacerdo- q u e fué el p r i m e r s a c e r d o t e i n s t i t u i d o , del q u e d e s c i e n d e n t o d o s
cio para comer el pan. los d e m á s , cosa q u e d e j a n e n t r e v e r l a s e x p r e s i o n e s a n t e r i o r e s ,
2 . E s t á de m á s d e c i r q u e esta p r o f e c í a — p r e n u n c i o t a n q u e s u e n a n : Me he manifestado a la familia de lu padre cuando
c l a r o de l a m u t a c i ó n del a n t i g u o s a c e r d o c i o — s e c u m p l i ó a l a estaban en tierra de Egipto sometidos al yugo de faraón. Y es-
l e t r a en S a m u e l . S i b i e n es v e r d a d q u e S a m u e l n o fué de t r i b u cogí la familia de tu padre entre todos los cetros de Israel para
d i s t i n t a de la d e s t i n a d a p o r D i o s p a r a s e r v i r a l a l t a r , sin em- que se haga cargo de mi sacerdocio. ¿ Q u i é n de sus p a d r e s es-
b a r g o , n o e r a de l o s h i j o s de A a r ó n [ 7 ] , c u y a p o s t e r i d a d h a b í a t u v o bajo el y u g o de los e g i p c i o s y, u n a vez l i b e r t a d o s , fué
sido d e s i g n a d a p a r a p e r p e t u a r el s a c e r d o c i o . C o m o consecuen-
cia, este suceso fué figura, si b i e n s o m b r í a , del c a m b i o q u e lue- genies fuerat deputata, unde fierent sacerdotes: ac per hoc in ea quoque
re gesta, eadem mutatio, quae per Christum lesum futura fuerat, adum-
et dedi domui patris tui omnia quae sunt ignis filiorum Israel in escam. bra ta est: et ad vetus Testamentum proprie, figúrate vero pertinebat ad
Et utquid respexisti in incensum meum, et in sacrificiam meum impu- novum, prophetia facti etiam ipsa, non verbi; id scilicet facto significans,
denti oculo, et glorificasti filios tuos super me, benedicere primitias omnis quod verbo ad Heli sacerdotem dictum est per Prophetam. Nam fuerunt
sacrificii in Israel in conspectu meo? Propter hoc haec dicit Dominus postea sacerdotes ex genere Aaron, sicut Sadoch et Abiathar regnante
Deus Israel: Dixi, Domus tua et domus patris tui transibunt coram me David s \ et alii deinceps, antequam tempus veniret, quo ista quae de
usque in aeternum. Et mine dicit Dominus: Nequáquam, sed glorificantes sacerdotio mutando tanto ante praedicta sunt, effici per Christum opor-
me glorificabo; et qui spernit me, spernetur. Ecce dies veniunt, et exter- tebat. Quis autem nunc fideli oculo haec intuens non videat esse com-
minabo semen tuum et semen domus patris tui, et non erit tibi sénior in pleta? quandoquidem nullum tabernaculum, nullum templum, nullum al-
domo mea ómnibus diebus, et virum exterminabo tibi ab altari meo, ut tare, nullum sacrificium, et ideo nec ullus sacerdos remansit ludaeis, qui-
deficiant oculi eius, et defluat anima eius; et omnis qui superaverit do- bus, ut de semine Aaron ordinaretur, in Dei fuerat lege mandatum. Quod
mus tuae, decidet in gladio virorum. Et hoc tibi signum, quod veniet et hic commemoratum est, ilio dicente propheta, Haec dicit Dominus Deus
super dúos filios tuos hos, Ophni et Phinces; una die morientur ambo. Israel: Dixi, Domus tua et domus patris tui transibunt coram me usque
Et suscitabo mihi sacerdotem fidelem, qui omnia quae in corde meo et in aeternum. Et nunc dicit Dominus: Nequáquam, sed glorificantes me
quae in anima mea, facial; et aedificabo ei domum fidelem, et transibil glorificabo; et qui me spernit, spernetur. Quod enim nominat domum
coram Christo meo ómnibus diebus. Et erit, qui superaverit in domo tua, patris eius, non eum de próximo patre dicere, sed de ilio Aaron, qui
veniet adorare ei óbolo argenti, dicens: ¡acta me in unam partem sacer- primus sacerdos est institutus, de cuius progenie caeteri sequerentur, su-
dotii tui manducare panem ". periora demonstrant, ubi ait, Revelatus sum ad domum patris tui, cum
2. Non est ut dicatur ista prophetia, ubi sacerdotii veterís tanta ma- essent in térra Aegypti serví in domo Pharaonis, et elegi domum patris
nifestatione praenuntiata mutatio est, in Samuele fuisse completa. Quan- tui ex ómnibus sceptris Israel, mihi sacerdotio fungi. Quis patrum fuit
quam enim non esset de alia tribu Samuel, quam quae constituía fuerat huius in illa Aegyptia servitute, unde, cum liberati essent, electus est ad
a Domino, ut serviret altari; tamen non erat de filiis Aaron, cuius pro- sacerdotium, nisi Aaron? De huius ergo stirpe isto loco dixit futurum
3t
85
i R c e . 2,37-36. ••'•'• 2 R e g . 15.
1192 LA CIUDAD DE DIOS XViEI, 5, 3 X V H , 5, 4 DE hOS PROFETAS A CRISTO 1193

e l e g i d o p a r a el s a c e r d o c i o s i n o A a r ó n ? L u e g o en este p a s a j e ante él, c o m o h a b í a d i c h o a n t e s de la casa de A a r ó n : He deci-


se dice q u e de su e s t i r p e n o h a b r á en a d e l a n t e m á s s a c e r d o t e s . dido que tu casa y la casa de tu padre pasaran siempre en mi
Y esto y a lo v e m o s c u m p l i d o . ¡ E n vela la f e ! L o s h e c h o s están presencia. Pasará en presencia de mi Cristo se refiere, i n d u d a b l e -
a la vista, se ven, se p a l p a n y se e n t r a n p o r los ojos de q u i e n e s mente, a la casa, n o a Cristo s a c e r d o t e , M e d i a d o r y S a l v a d o r .
n o q u i e r e n v e r . He aquí que llega el tiempo—dice—en que ex- L u e g o su casa p a s a r á en p r e s e n c i a de E l . P u e d e t a m b i é n enten-
terminaré tu descendencia y la descendencia de la casa de tu derse q u e p a s a r á de la m u e r t e a la v i d a d u r a n t e t o d o el t i e m p o
padre, y jamás tendrás ya sacerdote en mi casa. Y apartaré a de n u e s t r a m o r t a l i d a d h a s t a el fin de los siglos. Y c u a n d o D i o s
todos de mi altar a fin de que desfallezcan sus ojos y decaiga d i c e : Que haga cuanto mi corazón y mi alma desea, n o pense-
su alma. H e a q u í q u e ya l l e g ó el t i e m p o a n u n c i a d o . N o h a y m o s q u e tiene a l m a , siendo El el C r e a d o r del a l m a . Estas ex-
s a c e r d o t e s s e g ú n el o r d e n de A a r ó n , y c u a n t o s r e s t a n de su es- p r e s i o n e s se a p l i c a n a D i o s m e t a f ó r i c a m e n t e , n o en s e n t i d o p r o -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


t i r p e , a l c o n s i d e r a r q u e el sacrificio de los c r i s t i a n o s b r i l l a en p i o , c o m o se dice de E l q u e t i e n e m a n o s y pies y o t r o s miem-
t o d o el m u n d o y q u e al s u y o le h a sido s u b s t r a í d o ese g r a n b r o s del c u e r p o . A d e m á s , a fin d e q u e n o se i m a g i n e a l g u i e n
h o n o r , les desfallecen los ojos y su a l m a d e c a e p r e s a de tris- q u e el h o m b r e fué h e c h o a i m a g e n de D i o s s e g ú n el c u e r p o , se
teza [ 8 ] . a t r i b u y e n t a m b i é n a D i o s a l a s , m i e m b r o s de q u e el h o m b r e
3 . E m p e r o , lo s i g u i e n t e se refiere, en s e n t i d o p r o p i o , a la c a r e c e . Y así se dice a D i o s : Ampárame bajo la sombra de tus
casa de Helf, a q u i e n se d i r i g í a : Cuantos restaren de tu casa alas, p a r a q u e e n t i e n d a n los h o m b r e s q u e eso se dice de su
morirán a cuchillo, y la señal de esto será lo que ha de suceder n a t u r a l e z a i n e f a b l e n o p r o p i a , sino m e t a f ó r i c a m e n t e .
a tus dos hijos, Ofní y Finees, es decir, morirán los dos en un 4 . E s t a s p a l a b r a s : Y todo el que sobreviviere de tu casa
mismo día. L a m i s m a s e ñ a l q u e m a r c ó el s a c e r d o c i o a r r e b a t a d o vendrá a adorarle, n o se refieren p r o p i a m e n t e a la casa de H e l í ,
a la casa de éste, ésa m a r c ó q u e d e b í a c a m b i a r s e el s a c e r d o c i o sino a la de A a r ó n , de la c u a l h a n s o b r e v i v i d o h o m b r e s h a s t a
de l a casa de A a r ó n . L a m u e r t e de los h i j o s de H e l í significó n o la v e n i d a de J e s u c r i s t o , y de su l i n a j e a ú n h a y a l g u n o s . P o r -
l a m u e r t e de l o s h o m b r e s , sino la del s a c e r d o c i o en la descen- q u e de la casa de H e l í ya se h a b í a d i c h o a n t e s : Y cuantos
d e n c i a de A a r ó n . L o q u e sigue dice y a r e l a c i ó n a a q u e l sacer- restaren de tu casa morirán a cuchillo. ¿ C ó m o es p o s i b l e q u e
d o t e del q u e es figura S a m u e l , sucesor de H e l í . Se h a b l a , p o r sea v e r d a d e r o q u e t o d o el que sobreviviere de tu casa vendrá
c o n s i g u i e n t e , de J e s u c r i s t o , v e r d a d e r o s a c e r d o t e del N u e v o Tes- a adorarle, si es v e r d a d q u e no e s c a p a r á n a d i e al c u c h i l l o venga-
m e n t o : Yo me buscaré un sacerdote fiel que obre según mis d o r i* Quizá q u i s o d a r a e n t e n d e r con e l l o t o d o s los perlenecien-
deseos y mis pensamientos, y le construiré una casa sólida y
duradera. E s t a casa es l a J e r u s a l é n s o b e r a n a y e t e r n a . Y pasará ei domum fidelem. Ipsa est aeterna et superna lerusalem. Et transibit,
siempre—dice—en casa de mi Cristo. Pasará, es decir, e s t a r á inquit, coram Christo meo ómnibus diebus. Transibit, dixit, conversabitur:
sicut superius dixerat de domo Aaron, Dixi, Domus tua et domus patris
tai transibunt coram me in aeternum. Quod autem ait, coram Christo meo
fuisse, ut non essent ulterius sacerdotes: quod iam videmus impletum. transibit; de ipsa domo utique intelligendum est, non de illo sacerdote,
Vigilet fides, praesto sunt res, cernuntur, tenentur, et videre nolentium qui est Christus ipse Mediator atque Salvator. Domus ergo eius coram
oculis ingeruntur. Ecce, inquit, dies veniunt, et exterminaba semen tuum, illo transibit. Potest et transibit intelligi de morte ad vitam, ómnibus die-
et semen domus patris tai, et non erit tibi sénior in domo mea ómnibus bus, quibus peragitur usque in finem saeculi huius ista mortalitas. Quod
diebus, et virum exterminabo tibi ab altari meo, ut deficiant oculi eius, autem ait Deus, Qui omnia quae in corde meo, et quae in anima mea,
et defluat anima eius. Ecce dies qui praenuntiati sunt, iam venerunt. facial; non arbitremur habere animam Deum, cum sit conditor animae:
Nullus sacerdos est secundum ordinem Aaron; et quicumque ex eius ge- sed ita hoc de Deo tropice, non proprie, dicitur, sicut manas et pedes et
nere est homo, cum videt sacrificium Christianorum toto orbe pollere, alia corporis membra. Et, ne secundum hoc credatur homo in carnis
sibi autem honorem illum magnum esse subtractum, deficiunt oculi eius huius effigie factus ad imaginem Dei, adduntur et alae, quas utique non
et defluit anima eius tabe moeroris. habet homo: et dicitur Deo, Sub umbra alarum tuarum protege me ": ut
3. Proprie autem ad huius domum Heli, cui haec dicebantur, quod intelligant nomines de illa ineffabili natura, non propriis, sed translatis
sequitur pertinet: Et omnis qui superaverit domus tuae, decidet in gladio rerum vocabulis ista dici.
virorum. Et hoc tibi signum, quod veniet super dúos filios tuos hos 4. Quod vero adiungitur, El erit, qui superaverit in domo tua, veniet
Ophni et Phinees; die uno morientur ambo. Hoc ergo signum factum est adorare ei: non proprie de domo dicitur huius Heli, sed illius Aaron, de
mutandi sacerdotii de domo huius, quo signo significatum est mutandum qua usque ad ailvenhim Iesu Christi homines remanserunt, de quo genere
sacerdotium domus Aaron. Mors quippe filiorum huius significavit mor- etiam nunc usque non desunt. Nam de illa domo huius Heli iam supra
tem, non hominum, sed ipsius sacerdotii de filiis Aaron. Quod autem se- dictum erat, Et omnis qui superaverit domus tuae, decidet in gladio viro-
quitur, ad illum iam pertinet sacerdotem, cuius figuram gessit huic suc- rum. Quomodo ergo hic veré dici potuit, Et erit, qui superaverit in domo
cedendo Samuel. Proinde quae sequuntur, de Christo Iesu, novi Testa- tua, veniet adorare ei; si illud est verum, quod ultore gladio nemo inde
menti vero sacerdote, dicuntur: Et suscitabo mihi sacerdotem fidelem
qui omnia quae in corde meo et quae in anima mea, facial; et aedificabo " Ps. ¡6,8.
X V I I , '5, .5 DE LOS PKOKgTAS A CKJSTO 1195
:
1184 " Ü ' C I U D A D DE DIOS XVII, 5, 5
s a c e r d o c i o al p u e b l o , c u y o s a c e r d o t e es el M e d i a d o r e n t r e D i o s
tes a la e s t i r p e s a c e r d o t a l según el o r d e n de A a r ó n . S i , p u e s , for- y los h o m b r e s , el h o m b r e J e s u c r i s t o . A este p u e b l o dice el a p ó s -
m a p a r t e de los p r e d e s t i n a d o s q u e r e s t a n , d e l o s c u a l e s dijo o t r o tol S a n P e d r o : Pueblo santo, sacerdocio real. V e r d a d es q u e
p r o f e t a : Los que sobrevivan se salvarán, a l o c u a l a ñ a d e : De la a l g u n o s h a n t r a d u c i d o de tu sacrificio, n o de tu sacerdocio;
misma suerte, pues, se han salvado en este tiempo los sobrevi- p e r o esto significa i g u a l m e n t e el p u e b l o c r i s t i a n o . P o r eso dice
vientes acogidos por la elección de la gracia, y a q u e de t a l e s su- el a p ó s t o l S a n P a b l o : Siendo muchos, venimos a ser un solo
p e r v i v i e n t e s se e n t e n d e r í a n p e r f e c t a m e n t e estas p a l a b r a s : Todo pan, un solo cuerpo. E s t a s p a l a b r a s para comer el pan e x p r e -
el que sobreviviere de tu casa, i n d u d a b l e m e n t e c r e e r á en C r i s t o . san e l e g a n t e m e n t e ese g é n e r o de sacrificio del q u e dice su Sacer-
Así, en t i e m p o s de l o s a p ó s t o l e s c r e y e r o n m u c h o s de esa na- dote : Y el pan que yo daré para la vida del mundo es mi pro-
ción, y a u n a h o r a n o f a l t a n q u i e n e s , a u n q u e son m u y r a r o s , pia carne. Y este sacrificio n o es s e g ú n el o r d e n de A a r ó n , s i n o
creen, c u m p l i é n d o s e en e l l o s lo q u e a ñ a d i ó de s e g u i d a este h o m - s e g ú n el o r d e n de M e l q u í s e d e c . E n t i é n d a l o b i e n el lector [ 9 ] .
b r e de D i o s : Vendrá a adorarle con un óbolo de plata. ¿ A q u i é n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


E s t a confesión b r e v e y s a l u d a b l e m e n t e h u m i l d e : Acomódame en
v e n d r á a a d o r a r sino al s u m o S a c e r d o t e , q u e es t a m b i é n D i o s ? una parte de tu sacerdocio para comer el pan, es el ó b o l o de
E n el s a c e r d o c i o s e g ú n el o r d e n de A a r ó n , l o s h o m b r e s n o i b a n p l a t a , p o r q u e la p a l a b r a del S e ñ o r , q u e m o r a en el c r e y e n t e ,
al t e m p l o o al a l t a r de D i o s a a d o r a r al s a c e r d o t e . ¿ Q u é signi- es b r e v e . A r r i b a h a b í a d i c h o q u e dio a la casa de A a r ó n p o r
fica con un óbolo de plata sino l a p a l a b r a a b r e v i a d a de l a fe, c o m i d a l a s v í c t i m a s del A n t i g u o T e s t a m e n t o , e x p r e s á n d o s e a s í :
a la cual a p l i c a el A p ó s t o l e s t o : El Señor hará una palabra Y di a la casa de tu padre en comida parte de todos los sacri-
breve y reducida sobre la tierra? E l s a l m o q u e c a n t a : Palabras ficios de los hijos de Israel que se hacen con fuego; éstos eran
puras y sinceras son las palabras del Señor; son plata ensa- p r e c i s a m e n t e los sacrificios de los j u d í o s . Y a h o r a d i j o : Para
yada al fuego, p r u e b a q u e p l a t a en este l u g a r e q u i v a l e a p a - comer el pan, q u e es el sacrificio de los c r i s t i a n o s en el N u e -
labra. vo T e s t a m e n t o .
5 . ¿ Q u é dice este q u e viene a a d o r a r al s a c e r d o t e de D i o s
y al s a c e r d o t e - D i o s ? Acomódame en alguna parte de tu sacer- hic ipsam plebem dicit, cuius plebis ille sacerdos est Mediator Dei et ho-
minum homo Christus lesus. Cui plebi dicit apostolus Petrus, Plebs sancta.
docio para comer el pan. N o q u i e r o g o z a r del h o n o r de m i s
regale sacerdotium ' J . Quamvis nouimlli, sacrificii tui sint interpretan;
p a d r e s , q u e y a n o e x i s t e ; a c o m ó d a m e en u n a p a r t e de tu sacer- non, sacerdotii tui: quod niliUooiiniis eiimdem significa! populum chris-
d o c i o . He escogido ser el ínfimo de la casa de Dios, es decir, tiainim. linde dieit apostolus Paulus, I/mis pañis, unum corpus muid su-
deseo ser u n m i e m b r o c u a l q u i e r a de tu s a c e r d o c i o . L l a m a a q u í mas " . Quod ergo addidit, manducare panem, etiam ipsum sacrificii ge-
mís eleganter expressit, de quo dicit sacerdos ipse, Pañis quein ego dedero,
supererit: nisi quia illos intelligi voluit, qui pertinent ad stirpem, sed caro mea est pro saeculi, vita'". Ipsum est sacrificium, non secundum or-
illius totius sacerdotii secundum ordinem Aaron? Ergo si de illis est dinem Aaron, sed secundum ordinem Melchisedech: qui legit, intelligat.
praedestinatis reliquüs, de quibus alius propheta dixit, Reliquiae salvae Brevis itaque ista confessio et salubriter humilis, qua dicitur, Iacta me in
tient™; unde et Apostolus, Sic ergo, inquit, et in hoc tempore reliquiae partem sacerdotii tui, manducare panem, ipse est obolus argenti; quia et
per electionem gratiae salvae factae sunt"; quia de talibus reliquüs bene breve est, et eloquium Domini est habitantis in corde credentis. Quia enim
intelligitur esse de quo dictum est, Qui superaverít in domo tua: profecto dixerat superius dedisse se domui Aaron cibos de victimis veteris Testa-
credit in Chr.istum; sicut temporibus Apostolorum ex ipsa gente plurimi menti, ubi ait, Dedi domui patris tui omnia quae sunt ignis filiorum Israel
crediderunt; ñeque nunc desunt, qui, licet raríssime, tamen ciedant, et in escam; haec quippe fnerant sacrificia Iudaeorum: ideo hic dixit, man-
impletur in eis quod hic iste homo Dei continuo secutus adiunxit, Veniet ducare panem; quod est in novo Testamento sacrificium Christianorum.
adorare ei óbolo argenti: cui adorare, nisi illi summo sacerdoti, qui et
43
Deus est? Ñeque enim in illo saeerdotio secundum ordinem Aaron, ad J P e t r . 2,9.
•"• 1 Cor. 10.17.
hoc veniebant homines ad templum vel altare Dei, ut sacerdotem adora- 4S
l o . 6,52.
rent. Quid est autem quod ait, óbolo argenti, nisi brevitate verbi fidei, de
quo commemorat Apostolus dictum, Verbum consummans et brevians faciet
Pominus super terram40; argéntum autem pro eloquio poni, Psalmus
testis est, ubi canitur: Eloquia Domini eloquia casta, argentum igne exa-
minatum ".
5. Quid ergo dicit iste, qui venit adorare sacerdoti Dei et sacerdoti
Deo? Iacta me in unam partem sacerdotii tui, manducare panem. Nolo
in patrum meorum collocari honore, qui nullus est: iacta me in partem
sacerdotii tui. Elegí enim abiectus esse in domo Dei""': qualecumque et
quantulumcumque membrum esse cupio sacerdotii tui. Sacerdotium quippe
41
'"* I'S.'10,22. ' fPs. I I , 7 .
;Í J 42
' R o m . 11,5. F s . 83,11.
' ,0 R o m . 9,28; I s . 10,23.
1196 X V H , 6, 2 DE t O S PROFBTAS A CRISTO 1197
W CIUDAD DB D I O S
xvrr,6,2
él, q u e le s a l t a b a el c o r a z ó n d e m i e d o c u a n d o , e s c o n d i d o e n
CAPITULO VI u n a cueva o b s c u r a , d o n d e h a b í a e n t r a d o t a m b i é n S a ú l f o r z a d o
p o r u n a n e c e s i d a d n a t u r a l , le c o r t ó o c u l t a m e n t e u n a p a r t e c i t a
de su t ú n i c a , p a r a h a c e r l e ver, m o s t r á n d o s e l a , q u e le h a b í a per-
EL SACERDOCIO JUDÍO Y S U REINO
donado, p u d i e n d o haberle dado muerte. Y con ello ahuyentara
1. A u n q u e e s t a s cosas f u e r o n p r e d i c E a s e n t o n c e s c o n g r a n de su e s p í r i t u l a s o s p e c h a q u e le l l e v a b a a v e r en el s a n t o
p r o f u n d i d a d y a h o r a d e s p i d e n luz c l a r a , s i n e m b a r g o , a l g u i e n D a v i d u n e n e m i g o s u y o y a p e r s e g u i r l e c o n v i o l e n c i a . Este
p u e d e o b j e t a r c o n visos d e p r o b a b i l i d a d : ¿ Q u i é n n o s g a r a n t i z a t e m í a s e r c u l p a b l e d e l a p r o f a n a c i ó n d e t a n g r a n m i s t e r i o sim-
q u e t o d a s l a s p r e d i c c i o n e s de esos l i b r o s se h a n d e c u m p l i r , si p l e m e n t e p o r h a b e r t o c a d o su t ú n i c a . A s í está e s c r i t o : A David
este o r á c u l o d i v i n ó : Tu casa y la casa de tu padre pasarán eter- le remordió la conciencia por haber tocado la orla del manto
namente en mi presencia, no ha podido cumplirse? P o r q u e ve- de Saúl. S u s c o m p a ñ e r o s le p e r s u a d í a n a q u e d i e r a m u e r t e a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


m o s q u e ese s a c e r d o c i o h a s i d o c a m b i a d o , y q u e n o p u e d e espe- S a ú l , e n t r e g a d o c o m o e s t a b a e n s u s m a n o s . No permita Dios
r a r s e q u e se c u m p l a a l g ú n d í a la p r o m e s a h e c h a a esa casa, — r e p u s o — q u e ponga en práctica tal consejo levantando mi
p u e s t o q u e ése h a s i d o a b o l i d o y c a m b i a d o y l a e t e r n i d a d se mano contra y sobre él, porque es el ungido del Señor. Y res-
p r e d i c a m á s b i e n d e l q u e le s u c e d e . Q u i e n así h a b l a n o com- p e t a b a t a n h o n r a d a m e n t e esa figura d e l f u t u r o , n o t a n t o p o r sí
p r e n d e o n o r e c u e r d a q u e el s a c e r d o c i o , a u n el q u e es s e g ú n m i s m a c u a n t o p o r l o f i g u r a d o p o r e l l a . S a m u e l dice a S a ú l :
el o r d e n d e A a r ó n , fué c o n s t i t u i d o c o m o s o m b r a d e l s a c e r d o c i o Porque no has cumplido mi mandamiento, que te intimó el Se-
v e n i d e r o , e t e r n o . Y , p o r t a n t o , c u a n d o se p r o m e t i ó l a e t e r n i d a d , ñor, el reino de Israel que Dios te había preparado para siem-
se p r o m e t i ó n o a l a s o m b r a y a l a figura, sino a lo figurado y pre ya no subsistirá, no será estable. El Señor buscará un
a d u m b r a d o . Y p o r q u e n o se i m a g i n a r a q u e l a m i s m a s o m b r a hombre según su corazón y le llamará a ser caudillo de su
permanece, fué preciso profetizar también su cambio. pueblo, por cuanto tú no guardaste lo mandado por El. N o
2 . E n este s e n t i d o , el r e i n o de S a ú l , q u e fué r e p r o b a d o y d e b e e n t e n d e r s e esto c o m o si D i o s h u b i e r a d i s p u e s t o q u e ! S a ú l
rechazado, era también sombra del reino futuro, q u e tendría r e i n a r a e t e r n a m e n t e y n o q u i s i e r a l u e g o g u a r d a r su p r o m e s a ,
u n a d u r a c i ó n e t e r n a . E l ó l e o c o n q u e fué u n g i d o — d e este cris- p u e s n o i g n o r a b a q u e h a b í a d e p e c a r . H a b í a a p a r e j a d o su rei-
m a derivó Cristo—debe tomarse místicamente y considerar en no, eso sí, m a s p a r a q u e fuera figura del r e i n o e t e r n o . P o r e s o
él u n g r a n m i s t e r i o . A s í , e l m i s m o D a v i d le r e s p e t ó t a n t o e n a ñ a d i ó : Y ahora tu reino no subsistirá para ti. S u b s i s t i ó y s u b -

quando in tenebroso oceultatus antro, quo etiam Saúl urgente intraverat


CAPUT VI . necessitate naturae, exiguam particulam vestís eius retrorsum latenter absci-
D E IÜDAICO SACERDOTIO ET RECNO, QUAE CUM IN AETERNUM DICANTÜR STATÜ- dit, ut haberet unde monstraret, quomodo ei pepercerit, cum posset occi-
TA, NON PERMANENT; UT ALIA INTELLIGANTUR, QUORUM SPONDETDR dere; atque ita suspicionem de animo eius, qua sanctum David putans
AETERNITAS inimicum suum vehementer persequebatur, auferret. Ne ¡taque reüs esset
taiiti sacramenti in Saule violati, quia vel indumentum eius sic atlrectavit,
1. Cum igitur haec tanta tune altitudine praenuntiata sint, tanta extimuit. Ita enim scriptum est: Et percussit cor David super eum, guia
nunc manifestatione clarescant; non frustra tamen moveri quispiam abstulit pinnulam chlamydis eius. Viris autem, qui cum illo erant, et ut
potest, ac dicere: Quomodo confidimus venire omnia, quae in libris illis Saulem in manus suas traditum interimeret suadebant, Non mihi, inquit,
ventura praedicta sunt, si hoc ipsum quod ibi divinitus dictum est, Domas contingat a Domino, si fecero hoc verbum domino meo christo Domini,
tua et domus patris tui transibunt coram me in aeternum, effectum ha- inferre manum meam super eum; quia christus Domini est hic1'. Huic
bere non potuit? Quoniam videmus illud sacerdotium fuisse mutatum; ergo umbrae futuri non propter ipsam, sed propter illud quod praefigu-
et quod illi domui promissum est, nec sperari aliquando complendum: fabat, tanta veneratio exhibebatur. Unde et illud quod ait Sauli Samuel,
quia illud quod ei reprobato mutatoque succedit, hoc potius praedicatur Quoniam non servasti mandatum meum, quod mandavit tibi Dominus;
aeternum. Hoc qui dicit, nondum intelligit, aut non recolit, etiam ipsum quemadmodum nunc paraverat Dominus regnum tuum usque in aeternum
secundum ordinem Aaron sacerdotium, tanquam umbram futuri aeterni super Israel, et nunc regnum tuum non stabit tibi; et quaeret Dominus
sacerdotii constitutum: ac per hoc quando ei aeternitas promissa est, non sibi hominem secundum cor suum, et mandabit ei Dominus esse in prin-
ipsi umbrae ac figurae, sed ei quod per ipsam adumbrabatur figuraba- cipem super populum suum; quia non custodisti quae mandavit tibi Do-
turque, promissum est. Sed ne putaretur ipsa umbra esse mansura, ideo minus " : non sic accipiendum est, ac si ipsum Saulem Deus in aeternum
etiam mutatio eius debuit prophetari. praeparaverit regnaturum, et hoc postea noluerit servare peccanti; ñeque
2. Regnum quoque isto modo etiam Saulis ipsius, qui certe reproba- enim eum peccaturum esse nesdebat: sed praeparaverat regnum eius, in
tus atque reiectus est, futuri regni erat umbra in aeternitate mansuri. quo figura esset regni aeterni. Ideo addidit, Et nunc regnum tuum. non
Oleum quippe illud quo unctus est, et ab eo chrisniate christus est dictus,
mystice accipiendum, et magnum sacramentum intelligendum est: quod i E e g . 24,6.7.
in eo tantum venoratus est ipse David, u t percusso corde pavitaverit, I b i d . , 13,13.14.
115)8 LA CIUDAD Dli D I O S XVII, 7, I X V H , 7, 2 DE I.OS PROFETAS A CHISTO 11&9
sislirá !o figurado por él, pero no subsistirá para él, porque no seas rey de Israel. S a ú l confiesa o t r a vez s u p e c a d o , p i d e per-
reinará ni él ni su descendencia eternamente, a fin de que, al dón y ruega a Samuel que vuelva a a p l a c a r a Dios. Y él le
menos en la sucesión de sus descendientes, pareciera cumplirse dice: No volveré contigo, porque has despreciado la palabra
la promesa de eternidad. El Señor buscará un hombre, dice. del Señor, y el Señor te desecha para que no seas rey de Israel.
Lo cual apunta bien a David, bien al Mediador del Nuevo Tes- Samuel volvió su rostro para marchar, y Saúl le asió de la
tamento, figurado en el crisma con que fué ungido David y su orla de su capa y la rasgó. Samuel entonces le replicó: El
linaje. El Señor no busca un hombre, como si desconociera Señor ha destituido hoy a Israel del reino quitándole de tu
dónde está, sino que habla p o r medio de un hombre, a usanza mano, y lo dará a otro próximo mejor que tú. Israel quedará
humana, y nos busca también con ese modo de hablar. Y éra- dividido en dos partes. Y no se volverá atrás ni se arrepentirá,
mos tan conocidos no sólo para Dios Padre, sino también para porque no es como el hombre, susceptible de arrepentimiento.
su Unigénito, que vino a buscar lo que había perecido, que El hombre amenaza y no persevera. Este a quien dice: El Se-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


nos había elegido en él antes de la creación del mundo. Se ñor te desecha para que no seas rey de Israel y el Señor ha
buscará (quaeret) significa tendrá por suyo. De aquí que en destituido hoy a Israel del reino quitándolo de tu mano, reinó
latín esta palabra admita preposición y se diga acquirit (ad- sobre Israel cuarenta años [ 1 0 ] . Es decir, reinó tanto tiempo
quiere), que pone en claro qué significa, aunque buscar (quae- como David, y oyó esto en la primera época de su reinado.
rere) sin preposición significa adquirir (acquirere). P o r eso los Con ello se nos da a entender que no había de reinar ya nin-
lucros se llaman también ganancias (quaestus). guno de su estirpe y que fijemos nuestra vista en la estirpe de
David, de la cual nació, según la carne, el Mediador entre
Dios y los hombres, Cristo hombre.
C A P I T U L O V I I 2. En la Escritura no se lee, como en muchos códices lati-
nos : El Señor ha desgajado de tu mano el reino de Israel, sino
DESGAJAMIENTO DEL REINO DE ISRAEL como hemos traducido, acomodándonos a los códices griegos:
1. Saúl pecó de nuevo por desobediencia, y Samuel tornó El Señor ha destituido a Israel del reino quitándolo de tu
a dirigirle la palabra en nombre del Señor: Porque desprecias- mano, dando a entender con ello que de tu mano es lo mismo
te la palabra del Señor, el Señor le ha desechado para que no que a Israel. Este hombre personificaba figuradamente al pue-
blo de Israel, destinado a perder el reino, habiendo de reinar
stabit tibi. Stetit ergo, et stabit, quod in illo significatum est: sed non Nuestro Señor Jesucristo no carnal, sino espiritualmente, por
huic stabit, quia non in aternum ipse fuerat regnaturus, nec progenies el Nuevo Testamento. Cuando se dice: Y lo dará a otro pró-
eius, ut saltem per posteros alterunt alteri succedentes videretnr implen
quod dictum est, in aeternum. Et quaeret, ¡nquit, Dominus sibi hominem: Saul, et veniam precaretur, rogaretque Samuelem, ut reverteretur eum
sive David, sive ipsum Mediatorem significans Testamenti novi, qui figu- illo ad placandum Deum: Non revertar, inquit, tecum; quia sprevisti ver-
rabatur in ehrismate ctiain quo unctus est ipse David et progenies eíus. bum Domini, et spernet te Dominus, ne sis rex super Israel. Et convertit
Non autem quasi nesciat ubi sit, ita Deus sibi hominem quaerit: sed per Samuel faciem suam, ut abiret: et tenuit Saúl pinnulam diploidis eius,
hominem more hominum loquitur; quia et sic loquendo nos quaerit. Non et disrupit eam. Et dixit ad eum Samuel, Disrupit Dominus regnum ab
solum enim Deo Patri, verum etiam ipsi quoque Unigénito eius, qui venit Israel de manu tua hodie, et dabit próximo tuo bono super te, et dividetur
quaerere quod perierat, usque adeo iam eraimis noti, ut in ipso «ssse- Israel in dúo: et non convert.etur, ñeque poenitebit eum; quoniam non
mus electi ante constitutionem mundi " . Quaeret sibi ergo dixit, suum est sicut homo, ut poeniteat eum: ipse minatur, et non permanet50. Iste
habebit. Unde in latina língua boc verbum accipit praepositionem, et, cui dicitur, Spernet Dominus, ne sis rex super Israel; et, Disrupit Domi-
Acquirit, dicitur: quod satis apertum est quid significet. Quanquam et nus regnum ab Israel de manu tua hodie; quadraginta annos regnavit
sine additamento praepositionis Quaerere intellicatur Acquirere: ex quo super Israel, tanto scilicet spatio temporis, quanto et ipse David, et audi-
lucra vocantur et quaestus. vit boc primo tempore regni sui: ut intelligamus ideo dictum, quia nullus
de stirpe eius fuerat regnaturus; et respiciamus ad stirpem David, unde
CAP UT VII exortus est secundum carnem Mediator Dei et hominum homo Chxistus
Iesus.
Di: ms!in>no\¡: HEGNI ISRAEMTICI, QUI PKAEFIGURATIJR PERPETUA mviHto
ISKAET.IS SrilIlTUALIS Ali ISHAEU CARNAI.I 2. Non autem habet Scriptura, quod in plerisque latinis codicibus
legitur, Disrupit Dominus regnum Israel de manu tua; sed sicut a nobís
1. Kiirsus pr-ccavit Saúl per inobedientiam. et rursiis Samuel ait íííi positum est inventum in graecis, Disrupit Dominus regnum ab Israel de
in verbo Domini: Quia sprevisti verbum Domini, sprevit le Domina.', ut manu tua: ut hoc intelligatur, de manu tua; quod est, ab Israel. Populi
non sis rex super Israel. Et rursus pro eodem peeeato, eum id eonfiteretiu ergo Israel personam figúrate gerebat homo iste, qui populus regnum
fuerat amissurus, Christo Iesu Domino nostro per novum Testamehtum,
" I x . UJ.TO.
** E p K 1,4. 50
i R e g . 15,33-29.
1200 LA CIUDAD DE DIOS X V I I , 7, 3
XVH, 7, 4 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1201
xirno, alude a un parentesco carnal, pues que Cristo nació de
Israel según la carne, igual que Saúl. Esta adición, bueno rentemente por el mundo en comunión del mismo error. Em-
sobre ti, puede entenderse mejor que tú. Algunos así lo han pero, la división que Dios conminó en la persona de Saúl,
interpretado. Pero es más aceptable este sentido de bueno sobre representante del reino y del pueblo, a ese mismo pueblo y
ti; El está sobre ti, porque él es bueno, según aquel dicho reino se dio como eterna e inmutable en las palabras siguien-
profético: Mientras yo pongo a tus enemigos bajo tus pies. tes: Y no se volverá atrás ni se arrepentirá, porque no es
Entre estos enemigos está Israel, y a este su perseguidor le como el hombre, susceptible de arrepentimiento. El hombre
arrebató el reino Cristo. Y el Israel en que no había engaño amenaza y no persevera; que es decir: el hombre amenaza
había sido allí como trigo entre paja. De El procedían los y no es constante; en cambio, Dios no, porque no se arrepien-
apóstoles, de él los santos mártires, el primero de los cuales te como el hombre. Cuando dice que se arrepiente, se da a
fué San Esteban; de él brotaron esa serie de iglesias mencio- entender la mutación de las cosas, siguiendo inmutable la pres-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


nadas por el apóstol San Pablo, que engrandeció a Dios en su ciencia divina. Y decir que no se arrepiente es decir que no
conversión. cambia.
4. Por estas palabras vemos que Dios pronunció una sen-
3. Sobre estas palabras: Israel quedará dividido en dos
tencia irrevocable y perpetua sobre la división del pueblo de
partes, no me quedan dudas. Deben entenderse diciendo que
Israel. Cuantos han pasado, pasan o pasarán de ese pueblo a
una parte es el Israel enemigo de Cristo, y otra, el Israel sim-
Cristo, según la presciencia de Dios, no proceden de él, pero
patizante con Cristo; una, el Israel de la esclava, y otra, el
sí según la naturaleza única del género humano. Además,
Israel de la libre. Estas dos clases estaban en un principio
cuantos israelitas se adhieran a Cristo y permanezcan en él
juntas, como Abrahán unido aún a la esclava, hasta que la
no estarán nunca con los israelitas, que seguirán siendo ene-
estéril, fecundada por la gracia de Cristo, exclamó: Arroja a
migos suyos hasta el fin del mundo. La división aquí predicada
la esclava y a su hijo. Sabemos que Israel se dividió en dos
subsistirá siempre. El Antiguo Testamento, dado sobre el mon-
bandos, a causa del pecado de Salomón, durante el reinado de
te Sinaí, que engendra esclavos, tiene sólo un valor, el dar
Roboán, y que se mantuvo así, cada partido con sus reyes,
testimonio del Nuevo. Mientras uno lee a Moisés, se echa un
hasta que toda la nación fué subyugada por los caldeos y lle-
velo sobre su corazón, y al pasar a Cristo se descorre el velo.
vada a cautividad. Pero ¿qué tiene que ver esto con Saúl? Si
hubiera de hacerse tal amenaza, ¿no debería hacerse más bien
a David, de quien era hijo Salomón? Además, ahora la nación verasse, habentibus singulis partibus reges suos, doñee illa gens tota a
hebrea no se. dividió entre sí, sino que fué dispersada indife- Chaldaeis esset ingenti vastatione subversa atque translata. Sed hoc quid
ad Saulem, cum si tale aliquid comminandum esset, ipsi David fuerit
non carnaliter, sed spiritualiter regnaturo. De quo cum dichur, Et. dabit potius comminandum, cuius erat filius Salomón? Postremo nunc ínter se
illud próximo tuo, ad carnis cognationem id refertur: ex Israel enim gens Hebraea divisa non est, sed indifferenter in eiusdem erroris societate
Christus secundum carnem, unde et Saúl. Quod vero additum est, bono dispersa per térras. Divisio vero illa, quam Deus sub persona Saulis, illius
super te, potest qiiidem inteüigi, meliori te; nam et quídam sic sunt in- regni et populi figuram gerentis, eidem regno populoque minatus est,
terpretad: sed meliiis sic accipitiir, bono super te, ut quia Ule bonus est, aeterna atque immutabilis significata est, per hoc quod adiunctum est,
ideo sit super te, iuxta illud aliud propheticum, Doñee ponam omnes Et non convertetur, ñeque poenitebit eum; quoniam non est sicut homo,
inimicos tuos sub pedibus tuis'K In quibus est et Israel, cui suo perse- ut poeniteat eum: ipse minatur, et non permanet: id est, homo minatur,
cutori regnum abstulit Christus. Quamvis fuerit illie et Israel, in quo et non permanet; non autem Deus, quem non poenitet, sicut hominem.
dolus non erat"", quoddam quasi frumentum illarum palearum. Nam uti- Ubi enim legitur quod poeniteat eum, mutatio rerum significatur, immu-
que inde erant Apostoli, inde tot martyres, quorum prior Stephanus; inde tabili praescientia manente divina. Ubi ergo non poenitere dicitur, non
tot Ecclesiae, quas apostólas Paulus commemorat, in conversione eius mutare intelligitur.
magnificantes Deum "'. 4. Prorsus insolubilem videmus per haec verba prolatam divinitus
.3... De qua re non dubito intelligendum esse quod seqiiitur, Et dim- fuisse sententiam de ista divisione populi Israel, et omnino perpetuara.
detur ¡sra.el in dúo: in Israel scilicet inimicum Christo, et Israel adhae- Quicumque enim ad Christum transierunt, vel transetiní, vel íransibunt
rentem Christo; in Israel ad ancillam, et Israel ad liberam pertinentem. inde, non erant inde secundum Dei praescientiam, non secundum generis
Nam ista dúo genera primum simul erant, velut Abraham adhuc adhaere- humani imam eamdemque naturam. Prorsus quicumque ex Tsraelitis ad-
ret ancillae, doñee sterilis per Christi gratiam fecundata clamaret, Eiice haerentes Christo perseverant in illo, nunquam erunt cum eis Israelitis,
ancillam et filium eius 34. Propter peccatum quidem Salomonis regnante qui eius inimici usque in finem vitae huius esse persistunt: sed in divi-
filio, eius Roboam, scimus Israel in dúo ftiisse divisum, atque ita perse- sione, quae hio praenuntiata est, perpetuo permanebunt. Nihil enim
prodest Testamentum vetus de monte Sina in servitutem generans 35, nisi
81
PS. IOQ.J. quia testimonium perhibet Testamento novo. Alioquin quamdiu legitur
SZ
' .I<>. 1,47. ' " v • Moyses, velamen super corda eorum positum est: cum autem quisque inde
" . G a l . 1,24.
** Ge,!!. 21,JQ. *" <;al. 4,24.
1202 LA CIUDAD DK DICS X V I I , 8, 1 xvtm, 8, i DE ¿OS PROFETAS A CRISTO 1203

En efecto, los que dan ese paso del Antiguo al Nuevo Tes- cambio que fué figura del cambio supremo, al que dicen rela-
tamento cambian su intención y no aspiran ya a la felicidad ción todas las cosas dichas por Dios y consignadas en esos
carnal, sino a la espiritual. Por esta razón, el gran profeta libros. La fortuna sonrió al rey David, y entonces pensó en
Samuel, antes de haber ungido por rey a Saúl, rogó al Señor edificar una casa a Dios, el tan afamado templo construido
por Israel y fué escuchado. Y, estando ofreciendo holocaustos, más tarde por su hijo Salomón. Pensando él estas cosas,, el
al acercarse los extranjeros a luchar contra el pueblo de Dios, Señor dirigió sus palabra al profeta Natán, diciéndole que
tronó sobre ellos el Señor, los confundió, y hocicaron ante se presentara al rey. Y, después de haber dicho Dios que no
Israel y fueron vencidos. Entonces tomó una piedra, la colocó le edificaría David la casa y que había pasado tanto tiem-
entre Masefat, la nueva y la antigua, y le llamó Abennézer, po sin haber mandado a nadie de su pueblo que le hicie-
que significa en castellano Piedra del, ayudador. Y dijo: Hasta ra una casa de cedro, añadió: Ahora tú dirás a mi siervo
aquí nos ha ayudado el Señor. Masefat significa, en efecto, David: Esto dice el Señor todopoderoso: Yo te saqué de en-
intención. La piedra del ayudador es la mediación del Salva- tre los rebaños para que fueses el caudillo de mi pueblo,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dor, gracias al cual se ha de pasar de la Masefat vieja a la Israel. Yo he estado contigo en todos tus pasos, y he extermi-
nueva, es decir, de la intención con que se esperaba la falsa nado delante de ti a todos tus enemigos, y he hecho tu nombre
felicidad carnal en el reino carnal, a la intención con que se tan célebre como el de los grandes de la tierra. Buscaré un
espera la verdadera felicidad espiritual en el reino de los cie- lugar estable a mi pueblo Israel, le estableceré en él, y en él
los por medio del Nuevo Testamento. Y como no hay nada habitará separado, sin ser inquietado más. El hijo de la iniqui-
superior a ella, hasta ella nos brinda su ayuda el Señor. dad no volverá a humillarlo, como lo venía haciendo desde
que. constituí jueces sobre mi pueblo Israel. Yo haré que estés
en. paz con todos tus enemigos y el Señor te anunciará que le
edifiques una casa. Cuando hayas terminado tus días, irás a
CAPITULO VIII descansar con tus padres, y yo levantaré después de ti tu des-
cendencia, que nacerá de ti, y le aparejaré, el, reino. Este edi-
PROMESAS HECHAS A DAVID CUMPLIDAS NO EN SALOMÓN, SINO ficará un templo en mi nombre y dirigiré su trono eternamen-
PLENÍSIMAMENTE EN CRISTO te. Yo seré su padre, y él será mi hijo. Si su iniquidad, llegara
1. Vamos, pues, a poner en claro qué prometió Dios, por a ser real, le corregiré con vara, de hombres y con toques de
hijos de hombres. Mas no apartaré de él mi misericordia, como
lo que hace al punto en cuestión, a David, sucesor de Saúl,
transierit ad Christum, a u f e r e t u r v e l a m e n " . T r a n s e u n t i u m q u i p p e in- q u a m divinitus c u n e t a dicta, c u n e t a conscripta sunt, Deus promiserit,
tentio ipsa m u t a t u r de vetere ad n o v u m ; u t non iam q u i s q u e i n t e n d a t quod ad rem q u a d e a g i m u s pertinet. C u m regi David m u l t a p r o s p e r a
accipere c a r n a l e m , sed spiritualem felieitatem, P r o p t e r quod ipse m a g n u s provenissent, cogitavit faceré Deo d o m u m , t e m p l u m i l l u d scilicet excel-
P ' o p h e t a Samuel, a n t e q u a m unxisset regem Saúl, q u a n d o exclamavit a d lentissime diffamatum, quod a rege Salomone filio eius postea f a b r i c a t u m
D o m i n u m p r o Israel, e t exaudivit eiim; et c u m offerret holocaustosim, est. H o e <;o cogitante, factum est v e r b u m Domini ad N a t h a n p r o p b e t a m .
a c c e d e n t i b u s alienigenis a d p u g n a m contra p o p u l u m Dei, tomiit D o m i n u s quod p e r f e r r e t ad regem. U b i c u m dixisset Deus quod n o n a b ipso David
super eos, et confusi sunt, et offenderunt coram Israel, a t q u e superati sibi a e d i f i c a r e t u r d o m u s , ñ e q u e p e r t a n t u m t e m p u s .se m a n d a s s e ciiiquam
s u n t : assumpsit l a p i d e m v.num, et s t a t u i t illum ínter M a s s e p h a t novam et in p o p u l o suo, u t sibi fieret d o m u s c e d r i n a : Et nunc, inqutt, haec dices
veterem, et vocavit n o m e n eius Abennézer, quod est l a t i n e Lapis adiuto- servo meo David: Haec dicit Dominus omnipotens: Accepi. te de ovil!,
r i s : et dixit, Usque huc adiuvit nos Dominus ". M a s s e p h a t i n t e r p r e t a t n r ovium, ut esses in ducem super populum meum in Israel, et eram tecum
Tntentio. Lapis ille adiutoris medietas est Salvatoris, p e r q u e m transeun- in ómnibus quibus ingrediebaris. et exterminavi omnes inimir.os tuos a
durn est a M a s s e p h a t vetere ad novam, id est, ab intentione q u a exspec- facic tua, et feci te nominatum secundum nomen magnorum qui sunt
t a b a t u r in c a r n a l i regno b e a t i t u d o falsa carnalis, ad i n t e n t i o n e m q u a p e r super terram: et ponam lor.um populo meo Israel, et plantaba illum, et
novum T e s t a m e n t u m e x s p e c t a t u r in regno caelorum b e a t i t u d o verissima inhabitabit seorsum, et non sollicitus erit. ultra; et non apponct films
s p i r i t u a l i s : q u a q u o n i a m n i h i l est melius, h u c u s q u e a d i u v a t Deus. iniquitatis humillare cum, sicut ab initio a diebus quibus constituí iudices
super populum meum Israel. Et réquiem tibi dabo ab ómnibus inimicü
CAPUT VIII tais: et nuntiabit. tibi Dominus, quoniam domum aedificabis ipsi. Et erit
cum, repleti fuerint dies mi, et dormies cum patribus tuis, et suscitabo
Dr, P R O M I S S I O N I E U S AP D A V I D IN F I L I O E I U S , QUAE NÜLLATENUS IN S A L O M O N E ,
semen tuum post te, qui erit de ventre tuo, et praeparabo regnum eius.
SED PLENISSIME INVENIUNTUR IN CjIRISTO
¡lie aedificabit, mihi domum nomini meo, et dirigam thronum illius usque
1. I a m n u n c video esse m o n s t r a n d u m q u i d ipsi David, qui Sauli suc- in aeternum. Ego ero illi in patrem, et Ule erit mihi in filium. Et. si
ce^-ut in r e g n u m , cuius m u t a t i o n e finalis illa m u t a t i o figurata est, p r o p t e r venerit iniquilas eius, redarguam illum in virga virorum, et in tactibus
filiorum hominum: miserieordiam autem meam non amoveam ab eo, sicut
-"' 2 Cor. 3,r5 ct iC. amoví a quibus amovi a facie mea: ct fidelis erit domus eius, et regnum
" i Resr. 7,5-12.
1204 I A CIUDAD DE D I O S XVH, 8, 2
XVH, 8, 3 DE t O S PROFETAS A CRISTO 1205
la aparté de aquellos que arrojé de mi presencia. Su casa será
ñas cosas de él como si de él estuvieran predichas, cuando en
estable, y su reino permanecerá eternamente delante de mí,
realidad lo que está haciendo es una profecía y delineándole
y su trono estará eternamente en alto.
en cierta manera como figura del futuro. Además de los libros
2. Quien piense que tal promesa se cumplió en Salomón,
históricos en los que se narra su reinado, hay un salmo, el 71,
está en un grande error. Repara sólo en que: Este edificará
que va encabezado con su nombre. En él se dicen muchas co-
mi casa y en que fué justamente Salomón quien construyó
sas que son incompatibles con su persona y, en cambio, con-
aquel soberbio templo, y no en que: Su, casa será estable, y su
vienen tan aptísimamente a Cristo, que aparece con evidencia
reino permanecerá eternamente delante de mí. Atienda, pues,
que en aquél se dibujó una cierta figura y en éste se presentó
y contemple el palacio de Salomón, lleno de mujeres extranje-
la verdad misma. Los límites del reino de Salomón—por citar
ras, que dan culto a dioses falsos, y al mismo rey sabio sedu-
algún caso—son conocidos, y, sin embargo, en el salmo se lee:
cido y precipitado por ellas a veces en la idolatría, y no ose
Dominará de un mar a otro y desde el río hasta el extremo de
pensar que la promesa de Dios fué mendaz o que no pudo pre-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la tierra. Esto lo vemos cumplido en Cristo. Su imperio co-
saber qué había de ser Salomón y su casa. Sin embargo, aun-
menzó desde el río, donde fué bautizado por San Juan y
que no viéramos cumplidas esas palabras en Nuestro Señor
comenzó a ser conocido, haciendo él acto de presencia por los
Jesucristo, que nació del linaje de David según la carne, no
discípulos, que no le llamaban solamente Maestro, sino tam-
debiéramos dudar de ello, so pena de que busquemos, vana
bién Señor [ 1 1 ] .
e inanemente, otro mesías, como los judíos carnales. Es tan
verdad que ellos por el hijo que se promete en este pasaje al 3. Salomón comenzó a reinar en vida aún de su padre
rey David no entienden a Salomón, que, revelado ya con tanta David—cosa nunca vista entre aquellos reyes—con el fin ex-
claridad el prometido, aún dicen con admirable ceguera que clusivo de que quedara en claro que la profecía que se dirigía
esperan otro. En realidad, también en Salomón se dio una a su padre no apuntaba a él. La profecía era ésta: Y cuando
imagen del futuro, en cuanto que edificó el templo y tuvo paz, hayas terminado tus días, irás a descansar con tus padres, y yo
como indica su nombre (Salomón es igual a Pacífico), y en el levantaré después de ti un descendiente que nacerá de ti, y
principio de su reinado fué digno de loa. Su persona prefigu- aparejaré su reino. ¿Por qué, pues, en lo que sigue: Este edi-
raba, como sombra del futuro, a Nuestro Señor Jesucristo, ficará mi casa, va a estar profetizado Salomón, y en lo que
pero no lo exhibía. De aquí que la santa Escritura dice algu- precede: Cuando hayas terminado tus días, irás a descansar
con tus padres, y yo levantaré después de ti un descendiente,
eius usque in aeternum coram me, et thronus eius erit erectas usque in scripta sunt, quasi de ipso ista praedicta sint, dum Scriptura sancta
aeternum 58. etiam rebus gestis prophetans, quodammodo in eo figuram delineat futu-
2. Hanc tam grandem promissionem qui putat in Salomone fuisse rorum. Nam praeter libros divinae historiae, ubi regnasse narratur, Psal-
completam, multum errat. Attendit enim quod dictum est, Hic aedificabit mus etiam septuagesimus primus titulo nominis eius inscriptus est: in
miki domum; quoniam Salomón templum illud nobile exstruxit: et non que tam multa dicuntur, quae omnino ei convenire non possunt, Domino
attendit, Fidelis erit domus eius, et regnum eius usque in aeternum coram autem Christo aptissima perspicuitate conveniunt, ut evidenter appareat,
me. Attendat ergo et aspiciat Salomonia domum plenam mulieribus alieni- quod in illo figura qualiscumque adumbrata sit, in isto autem ipsa veritas
genis colentibus déos falsos, et ipsum ab eis regem aliquando sapientem praesentata. Notum est enim quibus terminis regnum conclusum fuerit
in eamdem idololatriam seductum atque deiectum: et non audeat existi- Salomonis: et tamen in eo psalmo legitur, ut alia taceam, Dominabitur a
mare Deum vel hoc promisisse mendaciter, vel talem Salomonem domum- mari usque ad mare, et a ilumine usque ad términos orbis térras m; quod
que eius futuram non potuisse praescire. Non hinc autem deberemiis ambi- in Christo videmus impleri. A ilumine quippe dominandi sumpsit exor-
gere, nec si non in Christo Domino nostro, qui factus est ex semine David dium, ubi baptizatus a Ioanne, eodem monstrante coepit agnosci a dis-
secundum camera 58 , iam videremus ista compleri; ne vane atque inaniter cipulis, qui eum non solum magistrum, verum etiam Dominum appellá-
hic alium aliquem requiramus, sicut carnales Iudaei. Nam et ipsi usque verunt.
adeo filium, quem loco isto regí David promissum legunt, intelligunt non
fuisse Salomonem, ut eo qui promissus est tanta iam manifestatione de- 3. Nec ob aliud, vívente adhuc patre suo David, regnare Salomón
clarato adhuc mirabili caecitate alium sperare se dicant. Facta est qui- coepit, quod nulli illorum regum contigit, nisi ut hinc quoque satis eluceat
dem nonnulla imago rei futurae etiam in Salomone, in eo quod templum non esse ipsum, quem prophetia ista praesignat, quae ad eius patrem
aedificavit, et pacem habuit secundum nomen suum (Salomón quippe loquitur, dicens: Et erit, cum repleti fuerint dies tui, et dormies cum
Pacificus est latine), et in exordio regni sui mirabiliter laudabilis fuit: patribus tuis, et suscitaba semen tuum post te, qui erit de ventre tuo, et
sed eadem sua persona per umbram futuri praenuntiabat etiam ipse praeparabo regnum ülius. Quomodo ergo propter id quod sequitur, Hic
Christum Dominum nostrum, non exbibebat. Unde quaedam de illo itá aedificabit mihi domum, iste Salomón putabitur prophetatus: et non potius
propter id quod praecedit, Cum repleti fuerint dies tui, et dormies cum
88
2 R e g . 7,8-16. patribus tuis, suscitabo semen tuum post te, alius pacificus intelligitur
" R o m . 1,3.
•• P s . 71,8.
1206 LA C I 0 I M D DE DIOS XVU, 8
XVII, 9 DIÍ LOS PROFETAS A CRISTO 1207
no va a e n t e n d e r s e p r o m e t i d o o t r o pacífico, del q u e se a n u n c i ó
<|ue s u r g i r í a n o a n t e s , c o m o éste, sino d e s p u é s de la m u e r t e de la iniquidad. Y exterminaré de su presencia a sus enemigos
D a v i d ? P o r l a r g o q u e sea el t i e m p o t r a n s c u r r i d o h a s t a la y pondré en fuga a los que le aborrecen. Le acompañarán mi
v e n i d a de J e s u c r i s t o , s i e m p r e es cierto q u e d e s p u é s de la m u e r - verdad y mi misericordia y en mi nombre será exaltado su
te del rey D a v i d , a q u i e n se hizo esa p r o m e s a , h a b í a de ve- poder. Y extenderá su mano sobre el mar, y su diestra sobre
n i r el q u e edificara a D i o s u n a casa, n o de m a d e r a s y de pie- los ríos. El me invocará diciendo: Tú eres mi padre, y mi
d r a s , sino de h o m b r e s , de c u y a edificación g o z a m o s [ 1 2 ] . A esta Dios, y el autor de mi salud. Y yo le constituiré mi primo-
casa, es decir, a los fieles de Cristo, se d i r i g e el A p ó s t o l en génito y el más excelso entre los reyes de la tierra. Le conser-
estos t é r m i n o s : El templo de Dios es santo, y ese templo sois varé siempre mi favor, y mi alianza con él será estable. Haré
vosotros. que subsista su descendencia por los siglos de los siglos y su
trono mientras duren los cielos. T o d o esto d i c h o b a j o el nom-
b r e de D a v i d , c u a n d o se e n t i e n d e r e c t a m e n t e , se e n t i e n d e de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


C A P I T U L O IX J e s u c r i s t o , p o r l a f o r m a de e s c l a v o q u e c o m o M e d i a d o r t o m ó
de la d e s c e n d e n c i a de D a v i d en el seno de u n a v i r g e n . U n a s
S E M E J A N Z A E N T R E LA P R O F E C Í A D E L SALMO 88 Y LA D E L l í n e a s d e s p u é s se h a b l a de l o s p e c a d o s de sus h i j o s de u n m o d o
PROFETA NATÁN s i m i l a r al l i b r o de l o s R e i n o s , y q u e n o s i n c l i n a m á s a t o m a r -
l o c o m o d i c h o de S a l o m ó n . A l l í , en el l i b r o de los R e i n o s , se
P o r este m o t i v o , en el s a l m o 8 8 , q u e lleva p o r t í t u l o Ins- d i c e : Si su iniquidad llegara a ser real le corregiré con vara
trucción a Etán Israelita, se h a c e m e n c i ó n de l a s p r o m e s a s de hombre y con loques de hijos de hombres. Mas no apartaré
h e c h a s p o r D i o s al r e y D a v i d y se dicen cosas s e m e j a n t e s a l a s de él mi misericordia. E s t o s t o q u e s son, sin d u d a , l a s m a r c a s
c i t a d a s del l i b r o de los R e i n o s . Así p o r e j e m p l o : He jurado del c o r r e c t i v o , de d o n d e n a c i ó a q u e l l o : No toquéis a mis un-
a David, mi siervo, que liaré florecer eternamente su descen- gidos. ¿ Q u é significa esto s i n o : N o les l a s t i m é i s ? E n el m i s m o
dencia. Y t a m b i é n : Entonces hablaste en visión a tus hijos, s a l m o , t r a t a n d o a p a r e n t e m e n t e de D a v i d , se dice a l g o p o r el
y dijiste: Tengo preparada mi asistencia en un hombre pode- e s t i l o : Si sus hijos abandonaren mi ley y no procedieren con-
roso y he ensalzado a aquel que escogí de entre mi pueblo. forme a mis deseos; si violaren mis justas disposiciones, yo
Hablé a David, mi siervo, y le ungí con un óleo sagrado. Mi castigaré con la vara sus maldades, y con el azote sus pecados.
mano le protegerá, y le fortalecerá mi brazo. El enemigo no Mas no retiraré de él mi misericordia. N ó t e s e q u e n o dijo «de
tendrá ya poder sobre él, y no podrá ofenderle más el hijo de e l l o s » , h a b l a n d o c o m o h a b l a b a de sus h i j o s , sino de él, q u e

esse promissus, qui non ante, sicut iste, sed post mortem David praenun- concidam inimicos eius a facie eias, et eos qui oderunt eum, fugabo. Et
tiatus est suscitandus ? Quamlibet enim longo interposito teinpore íesiis ventas mea et misericordia mea eum ipso, et in nomine meo exaltabitur
Christus veniret, procul dubio post mortem regís David, cui sie est pro- cornu eius. Et ponam in mari -manum eius, et in fluminibus dexteram
missus, eum venire oportebat, qui aedificaret domum Deo, non de lignis eius. Ipse invocabit me: Pater meus es tu, Deus meus et susceptor salutis
et lapidibus, sed de hominibus, qualem illum aedificare gaudemus. Huic meae. Et ego primogenitum ponam illum, excelsum apud reges terrae. In
enim domui dicit Apostolus, hoc est, fídelibus Christi: Templvm enim aeternum servabo illi misericordiam meam, et testamentum meum fidele
Dei sanctum est, quod estis vos " . ipsi. Et ponam in saeculum saeculi semen eius, et thronum eius sicut
dies caelih~. Quae omnia de Domino Jesu intelüguntur, quando recte in-
telliguntur, sub nomine David, propter formam serví, quam de semine
CAPUT IX David idem Mediator assumpsit ex virgine. Continuo etiam dicitur de
peccatis filiorum eius tale aliquid, quale in Regnorum libro positum
QÚAM SIM1US IN PSALMO OCTOGÉSIMO OCTAVO SIT PROPHKTIA DE ClIRISTO,
est, et quasi de Salomone proclivius accipitur. Ibi namqne, hoc est
nis QUAE IJJ REGNORUM LTJIRIS NATHAN PROPHETANTE PROMITTUNTBR
in Regnorum libro, Et si venerit, inquit, iniquitas eius, redarguam illum
Propter quod et in Psalmo octogésimo et octavo, cuius est titulus. in virga virorum, et in tactibus filiorum hominum: misericordiam au-
Intellectus ipsi Aethan Israelitae, commemorantur promissiones Dei factae te.m meam non amoveam ab eo " 3 : tactibus significans plagas correp-
regi David, et istis, quae in libro Regnonim sunt posita, quaedam ibi tionis. linde illud est, Ne tetigeritis christos meos64. Quod quid est
similia dicuntur; sicut est: luravi David servo meo: Usque in aeternum aliud, quam, Ne laeseritis? In Psalmo vero eum ageret tanquam de
David, ut quiddam eiusmodi etiam ihi diceret, Si dereliquerint. inquit,
praeparabo semen tuum. Et iterum: Tune locuras es in aspectu filiis tuis,
filii eius legem meam, et in iudiciis meis non ambulaverint; si iustifica-
et dixisti: Posui adiutorium super potentem, et exaltavi electum de po- tiones meas profanaverint, et mandata mea non custodierint; visitabo in
pulo meo. Inveni David servum meum. in oleo sancto meo unxi eum. virga iniquitates eorum, et in flagellis delicia eorum: misericordiam aut.em
Manas enim mea auxiliabitur ei, et brachium meam confortabit. eum. Non
proficiet inimicus in eo, et filius iniquitatis non apponet nocere ci. Et
''- Ps. 88,4.5-20-30. •'• •'•'
" i Cor. 3,17.
"' - Res. 7,14 et 15.
fil
I'S. 104,15: ••:._.• •.
1208 LA CIUDAD DE D I O S X V I I , 10 X V I I , 10 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1209

b i e n e n t e n d i d o significa lo m i s m o . A h o r a b i e n : en C r i s t o , q u e c o m o si se e s p e r a r a y n o r e s u l t a r a a s í : Tú, Señor, lo has des-


es c a b e z a de la I g l e s i a , n o es p o s i b l e h a l l a r p e c a d o a l g u n o q u e echado y reducido a la nada. Esto a r r i b ó en el r e i n a d o de
p r e c i s e ser, g u a r d a d a la m i s e r i c o r d i a , c a s t i g a d o p o r D i o s con S a l o m ó n y en su p o s t e r i d a d h a s t a la r u i n a de la J e r u s a l é n
c o r r e c t i v o s h u m a n o s , p e r o sí en sus m i e m b r o s y en su c u e r p o , t e r r e n a , q u e fué la corte de su r e i n o , y s o b r e t o d o h a s t a la
q u e es su p u e b l o . Así, en el l i b r o de los R e i n o s se h a b l a de d e s t r u c c i ó n del t e m p l o , c o n s t r u i d o p o r S a l o m ó n [ 1 3 ] . M a s , a
la maldad de él, y en el s a l m o , de la de sus hijos, con el fin fin de q u e n o i m a g i n a r a n q u e esto i b a c o n t r a las p r o m e s a s de
de d a r n o s a e n t e n d e r q u e , en cierto m o d o , lo q u e se dice de su D i o s , a ñ a d i ó en s e g u i d a : Has diferido a tu Cristo. Si, p u e s ,
c u e r p o , se dice t a m b i é n de E l . P o r esta r a z ó n dijo E l m i s m o fué d i f e r i d o el Cristo del S e ñ o r , n o es n i S a l o m ó n n i D a v i d .
desde el cielo c u a n d o S a u l o p e r s e g u í a a su c u e r p o , es decir, a T o d o s los reyes c o n s a g r a d o s con a q u e l m í s t i c o c r i s m a e r a n
los fieles: Saulo, Saulo, ¿por qué me persigues? El salmo l l a m a d o s cristos, n o s o l a m e n t e d e s d e D a v i d en a d e l a n t e , s i n o
a ñ a d e : No faltaré jamás a la verdad, ni violaré mi alianza, ni ya d e s d e S a ú l , u n g i d o p r i m e r rey del p u e b l o i s r a e l í t i c o , a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


retractaré las promesas que han salido de mi boca. He jurado q u i e n D a v i d m i s m o l l a m ó cristo del S e ñ o r . P e r o h a b í a u n
una vez por mi santo nombre que no faltaré a lo que he pro- s o l o Cristo v e r d a d e r o , del c u a l e r a n figura a q u é l l o s con su
metido a David, es decir, q u e j a m á s m e n t i r é a D a v i d . E s u n u n c i ó n p r o f é t i c a . E s t e Cristo, s e g ú n el s e n t i r de los h o m b r e s ,
m o d i s m o de la E s c r i t u r a . ¿ S o b r e q u é n o m e n t i r á ? A ñ a d e v q u e p e n s a b a n q u e d e b í a ser D a v i d o S a l o m ó n , se difería p a r a
d i c e : Su linaje durará eternamente y su trono resplandecerá l a r g o ; m a s , s e g ú n la p r o v i d e n c i a de D i o s , se i b a p r e p a r a n d o
para siempre en mi presencia como el sol, y como la luna lle- el t i e m p o de su v e n i d a . E n el e n t r e t a n t o , m i e n t r a s El l l e g a b a ,
na, y como el iris, testimonio fiel en el cielo. ¿ q u é se h i z o del r e i n o de l a J e r u s a l é n t e r r e n a , d o n d e se espe-
r a b a q u e h a b í a de r e i n a r ? E l s a l m o a ñ a d e a r e n g l ó n s e g u i d o
C A P Í T U L O X y d i c e : Has anulado la alianza con tu siervo, has echado por
tierra su santidad. Has destruido todas sus cercas, y sus forta-
L O S H E C H O S DE IJL JERUSALÉN TERRENA DESMINTIERON EL lezas las has convertido en espanto. Saqueáronle cuantos pa-
CUMPLIMIENTO EN ELLA DE LAS PROMESAS H E C H A S POR D l O S san por el camino; está hecho el escarnio de sus vecinos. Has
exaltado el poder de sus enemigos, y a sus adversarios los has
D e s p u é s de f u n d a m e n t o s t a n s ó l i d o s de p r o m e s a t a n t r a s - mimado de contento. Tienes embotados los filos de su espada
c e n d e n t a l , dice p a r a q u e n o se c r e a n c u m p l i d a s en S a l o m ó n , y has hecho pedazos su solio. Acortaste los días de. su reinado
meam non dispergam ab eo ". Non dixit, Ab eis, cum loqueretur de filiis
eius, non de ipso: sed dixit, ab eo; quod bene intellectum tantumdem inquit, repulisti, et ad nihilum deduxisti, Domine. Hoc quippe factum
valet. Non enim Christi ipsius, quod est caput Ecclesiae, possent inveniri est de regno Salomonis in posteris eius, usque ad eversionem ipsius ter-
ulla peccata, quae opus esset humanis correptionibus servata misericordia renae Ierusalem, quae regni eiusdem sedes fuit; et máxime ipsius templi
divinitus coerceri; sed ín eius corpore ac membris, quod populas eius labem, quod fuerat a Salomone constructum. Sed ne ob hoc putaretur
est. Ideo in libro Regnorum, iniquitas eius dicitur; in Psalmo autem, Deus contra sua promissa fecisse, continuo subiecit, Distulisti Christum
filiorum eius: ut intelligamus de ipso dici quodammodo, quod de eius tuum68. Non est ergo ille Salomón, sed nec ipse David, si dilatus est
corpore dicitur. Propter quod etiam ipse de cáelo, cum corpus eius, quod Christus Domini. Cum enim christi eius dicerentur omnes reges mystico
sunt, fideles eius, Saulus persequeretur, Saule, inquit, Saule, quid me illo chrismate consecrati, non solum a rege David et deinceps, sed ab illo
persequeris? "' Deinde in consequentibus Psalmi, Ñeque nocebo, inquit, in etiam Saule, qui populo eidem rex primus est u n c t u s " ; ipse quippe
veníate mea, ñeque profanaba testamentum meum, el quae procedunt de David eum christum Domini appellat: erat tamen unus verus Christus,
labiis meis non reprobabo. Semel iuravi in sánelo meo, si David mentiar: cuius illi figuram prophetica unctione gestabant; qui secundum opinio-
id est, nequáquam David mentiar. Solet enim sic loqui Scriptura. Quid nem hominum, qui eum putabant in David vel in Salomone intelligendum
autem non mentiatur, adhmgit, et dicit, Semen eius in aeternum manebit; differebatur in longum; secundum autem dispositionem Dei venturas suo
et sedes eius sicut sol in conspectu meo, et sicut luna perfecta in aeter- tempore parabatur. Interea dum ille differtur, quid factum sit de regno
num, et. testis in cáelo fidelis ". tsrrenae Ierusalem, ubi sperabatur utíque regnaturus, secutus iste psalmus
adiunxit, atque ait: Evertisti testamentum serví tui, profanasti in térra
CAPUT X sanctitatem eius. Destruxisti omnes macerias eius, posuisti munitiones eius
in formidinem. Diripuerunt eum omnes transeúntes viam, factus est op-
QtJAM DIVKRSA ACTA SINT IN REGNO TERRENAS IERUSALEM, AB HIS QUAE probrium vicinis suis. Exaltasti dexteram inimicorum eius, iucundasti om-
PROMISERAT D E Ü S , UT INTELLIGERETUR PROMISSIONIS VERITAS AD AI.TERHIS nes inimicos eius. Avertisti adiutorium gladii eius, et non es opitulatus ei
REGÍS ET REGNI GLORIAM PERTINERE in bello. Dissolvisti eum ab emundatione, sedem eius in terram collisisti
Minuisti dies sedis eius, perfudisti eum confusione 7°. Haec omnia vene-
Post haec tantaé promissionis validissima firmamenta, ne putarentur
in Salomone completa, tanquam id speraretur, nec inveniretur: Tu vero, 08
Ps. 88,39.
"" i Res. 24,7. • • . ,.
" P s , S8..ÍI-34- •• Act. íj,4. *' ri¡- 88,.1<H$. »° Ps. 88,40-46. . .„ ,,
1210 EA CIUDAD DE D I O S XVII, 11
XVXt, 1 1 DI! LOS PROSISTAS A CRISTO 1211
y le cubriste de ignominia. T o d o este c ú m u l o d e d e s g r a c i a s ca-
y e r o n s o b r e l a J e r u s a l é n esclava, en la q u e r e i n a r o n t a m b i é n ¡rieran l i b r e s m u c h o s h i j o s d e h o m b r e s , en r e a l i d a d s e r í a v a n a
a l g u n o s h i j o s de la l i b r e . E s t o s s o s t e n í a n t e m p o r a l m e n t e ese
la c r e a c i ó n d e l o s h i j o s de tes h o m b r e s . S i n e m b a r g o , a h o r a
c e t r o en su m a n o y a s í a n c o n v e r d a d e r a fe el cetro de l a J e r u -
t o d a l a n a t u r a l e z a h u m a n a h a c a í d o p o r el p e c a d o d e l p r i m e r
salén celestial, de l a q u e son h i j o s , y e s p e r a b a n e n el v e r d a d e -
h o m b r e , y h a c a í d o de l a v e r d a d a l a v a n i d a d . A esto a l u d e
r o Cristo. B a s t a leer l a h i s t o r i a p a r a d a r s e c u e s t a del d e s a r r o -
o t r o s a l m o p r e c i s a m e n t e : El hombre se ha asemejado a la va-
llo d e esos sucesos en a q u e l r e i n o .
nidad; sus días pasan como la sombra. M a s D i o s n o h a c r e a d o
en v a n o a t o d o s l o s h i j o s d e l o s h o m b r e s , p o r q u e l i b r a a m u -
c h o s d e la v a n i d a d p o r el M e d i a d o r J e s ú s . Y a q u i e n e s p r e -
C A P I T U L O X I s u p o q u e n o h a b í a d e l i b r a r , l o s c r e ó p a r a u t i l i d a d de l o s q u e
h a b í a de l i b r a r y p a r a p a r a n g o n a r e n t r e sí p o r o p o s i c i ó n a l a s
LA SUBSTANCIA RADICAL DEL PUEBLO DE DIOS d o s c i u d a d e s ; n o en v a n o , sino c o n esa o r d e n a c i ó n b e l l í s i m a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


y j u s t í s i m a de t o d a c r i a t u r a r a c i o n a l [ 1 4 ] . L u e g o a ñ a d e : ¿Qué
T r a s esas p r o f e c í a s , el profeta h a c e o r a c i ó n a D i o s ; p e r o hombre hay que haya de vivir sin ver jamás la muerte? ¿Li-
a u n en la o r a c i ó n h a y p r o f e c í a : ¿Hasta cuándo, Señor, apartas brará acaso su alma del poder del infierno? ¿ Q u i é n es éste
hasta el fin? Se s o b r e n t i e n d e tu rostro, c o m o se dice en o t r o s i n o la s u b s t a n c i a d e I s r a e l , p r o c e d e n t e d e l a e s t i r p e de D a -
s a l m o : ¿Hasta cuándo apartarás de mí tu rostro? Algunos vid, Cristo J e s ú s ? D e El dice el A p ó s t o l q u e , resucitado de
códices n o t i e n e n apartas, s i n o apartarás, b i e n q u e p u e d e en- entre los muertos, no muere jamás, y que la muerte no tendrá
tenderse: A p a r t a s tu misericordia, q u e prometiste a David. L a ya dominio sobre él. Vive y n o v e r á l a m u e r t e , p e r o él h a m u e r -
e x p r e s i ó n in finem, ¿ q u é significa m á s q u e h a s t a el fin? Y en to. Y h a l i b r a d o su a l m a d e l p o d e r d e l infierno, a d o n d e h a b í a
el fin están e x p r e s a d o s los ú l t i m o s t i e m p o s , c u a n d o esa n a c i ó n d e s c e n d i d o p a r a d a r l i b e r t a d a l o s c a u t i v o s . Y l a l i b r ó en vir-
ha de c r e e r en J e s u c r i s t o . P e r o a n t e s de eso e r a p r e c i s o q u e tud d e a q u e l p o d e r p r e d i c a d o e n el E v a n g e l i o d e esta m a n e r a :
tuvieran realización las calamidades a u e m á s arriba lamentó Tengo poder para entregar mi alma y para recobrarla.
el p r o f e t a . P o r c a u s a d e e l l a s a ñ a d e : Arderá como fuego tu in-
dignación. Acuérdate cuál es mi substancia. Si el H i j o del hominum™. Nisi enim esset umis Filius hominis substantia Israel, per
h o m b r e n o fuera l a s u b s t a n c i a d e I s r a e l , g r a c i a s a l c u a l se quem Filium hominis liberarentur multi filii liominurn, vane utique consti-
tuti essent omnes filii hominum. Nunc vero omnis quidem humana natura
rum super ancillam Ierusalem, in qua regnaverunt nonnulli etiam filii li- per peccatum primi hominis in vanitatem de veritate col lapsa est, propter
berae, regnum illud tenentes in dispensatione temporaria: regnum autem quod dicit alius psalmus, Homo vanitati similis factus est, dies eius velut
caefestis Ierusalem, cuius erant filii, in vera fide habentes, et in vero umbra praetereunt7i: sed non vane Deus constituit omnes filios homi-
Christo sperantes. Quomodo autem ista venerint super illud regnum, index num; quia et multos a vanitate liberal per mediatorem lesum, et quos
est rerum gestarum, si legatur, historia. liberandos non esse praescivit, ad utilitatem liberandorum et comparatio-
nem duarum inter se a contrario civitatum, non utique vane in totius
rationalis creaturae pulcherrima atque iustissima ordinatione constituit.
CAPUT XI Deinde sequitur, Quis est homo qui vivet, et non videbit mortem; eruet
D E SUBSTANTIA POPULI DEI, QUAE PER SUSCEPTIONEM CARNIS IN CHRISTO animam suam de manu inferí? 73 Quis est iste, nisi substantia illa Israel
EST QUI SOLUS ERUENDI AB INFERÍS ANIMAM SUAM HABUIT POTESTATEM ex semine David, Christus Iesus? De quo dicit Apbstolus, quod surgens a
mortuis, iam non moritur, et mors ei ultra non dominabitur'". Sic enim
Post haec autem prophetata ad precandum Deura Propheta converti- vivet et non videbit mortem, ut tamen mortuus fuerit; sed animam suam
tur: sed et ipsa precatio prophetatio est. Vsquequo, Domine, avenís in eruerit de manu inferí, quo propter quorumdam solvenda inferni vincla
finem?11 subauditur, faciem tuam: sicut alibi dicitur, Vsquequo avertis descenderat: eruerit autem potestate illa, de qua in Evangelio dicit, Po-
faciem tuam a me ,2. Nam ideo quídam códices hic non habent, avertis: testatem habeo ponendi animam meam, et potestatem habeo iterum su-
sed, averteñs: quanquam possit intelligi, Avertis misericordiam tuam. mendi eam " .
quam promisisti David. Quod autem dixit, in finem; quid est, nisí, Us- TS
l ' s . SS,<|8.
que in finem? Qui finis intelligendus est ultimum tempus, quando in '•' P s . TJJ.4.
Christum lesum etiam illa gens est creditura, ante quem finem illa fieri " IN. 8S,/!<).
oportebat, quae superáis aerumnosa deflevit. Propter quae et hic sequitur, ' "• R o m , 6,<).
5:
Exardescet sicut ignis ira tua. Memento quae est mea substantia. Nihil l o . lo,TS.
hic melius, quam ipse Iesus intelligitur, substantia populi eius, ex quo
natura est carnis eius. Non enim vane, inquit, constituisti omnes filias
" P s . 88,47.
" P s . re, I.
1212 LA CIUDAD DF. DIOS XVH, 12
X V H , 12 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1213
p u e s , c u a n d o e s p e r a b a n q u e v e n d r í a p a r a ellos, se dio t a m b i é n
C A P I T U L O X I I a los g e n t i l e s . Y esto, m u c h a s n a c i o n e s q u e c r e y e r o n en E l p o r
el N u e v o T e s t a m e n t o se lo e c h a n en c a r a , p u e s q u e ellos siguie-
¿ A QUIÉN SE REFIERE LA PETICIÓN DE PROMESAS DE r o n en su vetustez. E n este caso, l a s p a l a b r a s : Ten presente,
ESE SALMO 8 8 ? Señor, los oprobios que tus siervos han sufrido, se dicen por-
q u e , n o o l v i d á n d o s e el S e ñ o r de ellos, s i n o m á s b i e n c o m p a d e -
E l s a l m o c o n c l u y e a s í : Señor, ¿dónde están tus antiguas c i é n d o l e s , e l l o s h a b í a n de c r e e r d e s p u é s de su r e p r o c h e . P e r o
misericordias, que prometiste con juramento a David, poniendo m e p a r e c e s e n t i d o m á s p r o p i o el p r i m e r o . A l o s e n e m i g o s d e
tu verdad por testigo? Ten presente, 1 oh Señor!, los oprobios Cristo, a q u i e n e s se echa en c a r a q u e l e s a b a n d o n ó Cristo pa-
que tus siervos han sufrido de varias naciones, oprobios que s a n d o a los gentiles, n o es fácil n i v i a b l e a p l i c a r l e s esta s ú p l i -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tengo sellados en mi pecho. Oprobios con que nos dan en ros- ca : Ten presente, Señor, los oprobios que tus siervos han su-
tro, Señor, tus enemigos, quienes nos echan en cara la muta- frido, ya q u e t a l e s j u d í o s n o d e b e n ser l l a m a d o s siervos del
ción de tu Cristo. S o b r e estas p r o m e s a s c a b e m u y b i e n p r e g u n - S e ñ o r . P e r o estas p a l a b r a s se refieren a a q u e l l o s q u e , p a d e c i e n -
t a r si se refieren a los i s r a e l i t a s , q u e d e s e a b a n q u e la p r o m e s a d o p o r el n o m b r e de Cristo las g r a v e s h u m i l l a c i o n e s de l a s
h e c h a a D a v i d se c u m p l i e r a , o m á s b i e n a los c r i s t i a n o s , q u e p e r s e c u c i o n e s , p u d i e r o n r e c o r d a r q u e el r e i n o excelso h a b í a s i d o
son i s r a e l i t a s n o s e g ú n la c a r n e , sino s e g ú n el e s p í r i t u . E s cier- p r o m e t i d o a la d e s c e n d e n c i a de D a v i d . Y así dicen con su deseo,
to q u e están d i c h a s o e s c r i t a s d u r a n t e el t i e m p o de E t á n , no desesperando, sino pidiendo, buscando, l l a m a n d o : Señor,
c u y o n o m b r e e n c a b e z a el s a l m o , y d u r a n t e el r e i n a d o d e D a v i d . ¿dónde están tus antiguas misericordias, que prometiste con, ju-
S i e n d o eüo así, el p r o f e t a , de n o revestirse de la p e r s o n a l i d a d ramento a David, poniendo tu verdad por testigo? Ten presente,
de c u a n t o s m u c h o d e s p u é s h a b í a n de v e n i r , p a r a l o s c u a l e s la Señor, los oprobios que tus siervos han sufrido de varias na-
é p o c a en q u e se h i c i e r o n l a s p r o m e s a s a D a v i d fuese a n t i g u a , ciones, oprobios que tengo sellados en mi pecho, q u e es decir,
n o d i j e r a : Señor, ¿dónde están tus antiguas misericordias, que o p r o b i o s q u e s o p o r t é p a c i e n t e m e n t e en m i s i n t i m i d a d e s . Opro-
prometiste con juramento a David, poniendo tu verdad por tes- bios con que nos dan en rostro, Señor, tus enemigos, quienes
tigo? Sin e m b a r g o , p u e d e e n t e n d e r s e q u e m u c h a s n a c i o n e s , nos echan en cara la mutación de tu Cristo. ¿ Q u é significa:
c u a n d o p e r s e g u í a n a l o s c r i s t i a n o s , les e c h a r o n en c a r a l a p a - Ten presente, Señor, s i n o : T e n p i e d a d de m í , y p o r la h u m i l l a -
sión de Cristo, l l a m a d a p o r la E s c r i t u r a m u t a c i ó n , p o r q u e ción p a c i e n t e m e n t e t o l e r a d a , d a m e la g l o r i a q u e p r o m e t i s t e con
m u r i e n d o se h i z o i n m o r t a l . S e g ú n eso, p u e d e t a m b i é n entender- j u r a m e n t o a D a v i d , p o n i e n d o p o r testigo tu v e r d a d ? Si a p l i -
se p o r m u t a c i ó n de Cristo l a e c h a d a en r o s t r o a l o s i s r a e l i t a s , c a m o s estas p a l a b r a s a l o s j u d í o s , a q u e l l o s s i e r v o s de D i o s
c o n d u c i d o s a l a c a u t i v i d a d d e s p u é s d e d e s t r u i d a la J e r u s a -
CAPUT XII
commutatio Christi secundum hoc accipi exprobrata Israelitis, quia cum
AD QUOBUM PERSONAM PEBTINEBE INTEIXIGENDA SIT FLAGITATIO PROMISSO- eorum speraretur futurus, factus est gentium: et hoc eis nunc exprobrant
RUM, DE QUIBUS IN PsALMO DICITUR, « U B I SUNT MISERICORDIAS TÜAE, multae gentes, quae crediderunt in eum per novum Testamentum, illis in
DOMINE, ANTIQUAE», ETC. vetustate remanentibus: ut ideo dicatur, Memento, Domine, opprobrii ser-
vorum tuorum; quia non eos obliviscente, sed potius miserante Domino,
Sed caetera psalmi huius, quae ita se habent, Ubi sunt miserationes et ipsi post hoc opprobrium credituri sunt. Sed ille quem prius posui,
tuae antiquae, Domine, quas iurasti David in veritate tua? Memento, Do- convenientior sensus mihi videtur. Inimicis enim Christi, quibus expro-
mine, opprobrii servorum tuorum, quod continui in sinu meo multarum bratur, quod eos ad gentes transiens reliquerit Christus, incongrue vox ista
gentium: quod exprobraverunt inimici tai, Domine; quod exprobraverunt, coaptatur, Memento, Domine, opprobrii servorum tuorum: non enim ser-
commutationem Christi tui: utrum ex persona dicta sint illorum Israeli- vi Dei nuncupandi sunt tales Iudaei: sed eis verba ista competunt, qui
tarum, qui desiderabant reddi sibi promissionem, quae facta est ad David; cum graves humilitates persecutionum pro Christi nomine paterentur, re-
an potius Christianorum, qui non secundum carnem, sed secundum spiri- cordari potuerunt excelsum regnum semini David fuisse promissum; et
tura sunt Israelitae, mérito, quaeri potest. Dicta sunt quippe ista vel eius desiderio dicere, non desperando, sed petendo, quaerendo, pulsando,
scripta tempore quo fuit Aethan, de cuius nomine titulum iste psalmus Ubi sunt miserationes tuae antiquae, Domine, quas iurasti David in ve-
accepit; et idem tempus regni David fuit: ac per hoc non diceretur, Ubi ritate tua? Memento, Domine, opprobrii servorum tuorum, quod continui
sunt miserationes tuae antiquae, Domine, quas iurasti David in veritate in sinu meo multarum gentium; hoc est, In interioribus meis patienter
tua? nisi eorum personam in se Propheta transfigurare!, qui longe postea pertuli. Quod exprobraverunt inimici tui, Domine; quod exprobraverunt,
futuri erant, quibus hoc tempus esset antiquum, quando regi David ista commutationem Christi tui: non eam putantes commutationem, sed con-
promissa sunt. Potest autem intelligi multas gentes, quando persequeban- sumptionem. Quid est autem, Memento, Domine, nisi, ut miserearía, et
tur Christianos, exprobrasse illis passionem Christi, quam Scriptura com- pro tolerata patienter humilitate mea, reddas celsitudinem, quam iurasti
mutationem vocat; quoniam moriendo immortalis est factus. Potest et David in veritate tua? Si autem Iudaeis assignemus haec verba, illi serví
1214 LA CIUDAD D E D I O S xvn, 12 xvn, 13 D E LOS PROFETAS A CHISTO 1215
lén t e r r e n a y a n t e s d e l a v e n i d a de C r i s t o , h a n p o d i d o d e c i r su p u e b l o . D i o s l l e n a r á a su p u e b l o y el p u e b l o s e r á l l e n o
tales cosas, e n t e n d i e n d o p o r m u t a c i ó n de C r i s t o q u e n o d e b í a de su D i o s c u a n d o D i o s sea t o d o en t o d a s las cosas. D i o s , q u e
e s p e r a r s e p o r él la f e l i c i d a d t e r r e n a y c a r n a l , c u a l a p a r e c i ó en es fuerza en el c o m b a t e , será p r e m i o en la p a z . D e s p u é s de
los p o c o s a ñ o s del r e y S a l o m ó n , s i n o l a celestial y e s p i r i t u a l . estas p a l a b r a s de N a t á n : Y te anunciará el Señor, que le edifi-
L a infidelidad de los gentiles, desconociéndola, c u a n d o exulta- carás una casa, se a ñ a d e n l u e g o l a s p a l a b r a s d e D a v i d : Porque
ba e i n s u l t a b a al p u e b l o de D i o s c a u t i v o , le e c h a b a e n c a r a l a tú, Señor omnipotente, Dios de Israel, revelaste al oído de tu
m u t a c i ó n de Cristo, p e r o c o m o q u i e n i g n o r a a l o s q u e s a b e n . siervo y le dijiste: Yo te edificaré una casa. E s t a casa l a edifica-
Y la s i g u i e n t e c o n c l u s i ó n del s a l m o : Bendición al Señor para m o s t a m b i é n n o s o t r o s v i v i e n d o b i e n , p e r o con la a y u d a de
siempre. ¡Así sea, así sea!, cae m u y b i e n al p u e b l o d e D i o s D i o s , p o r q u e , si el Señor no edificare la casa, en vano se fati-
p e r t e n e c i e n t e a l a J e r u s a l é n celestial, b i e n e n q u i e n e s e s t a b a n gan los que la fabrican [ 1 5 ] . Y c u a n d o se c o m p l e t e l a dedica-
e n t r e l a s s o m b r a s del V i e j o T e s t a m e n t o , a n t e s de r e v e l a r s e el ción de esta casa, e n t o n c e s s e r á n r e a l i d a d l a s p a l a b r a s de D i o s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


N u e v o ; b i e n en estos q u e , u n a vez r e v e l a d o el N u e v o T e s t a m e n - p o r N a t á n : Y colocaré en un lugar estable a mi pueblo de Is-
to, p e r t e n e c e n p l e n a y c l a r a m e n t e a C r i s t o . L a b e n d i c i ó n del Se- rael, le estableceré en él, y en él vivirá separado, sin ser inquie-
ñ o r en la d e s c e n d e n c i a de D a v i d n o d e b e c r e e r s e t e m p o r a l , c u a l tado más. Y el hijo de la iniquidad no volverá a humillarle,
a p a r e c i ó en los d í a s de S a l o m ó n , s i n o e t e r n a . M o n t a d o s o b r e como lo hacía desde el tiempo en que constituí jueces sobre mi
esta c e r t í s i m a e s p e r a n z a , d i c e : ¡Así sea, así sea! L a r e p e t i c i ó n pueblo de Israel.
de esas p a l a b r a s e x p r e s a l a confirmación d e la e s p e r a n z a . D a -
vid, consciente de esto, dice en el l i b r o s e g u n d o de los R e i n o s ,
t e m a vivo de esta d i g r e s i ó n : Y has asegurado la casa de tu C A P I T U L O XIII
siervo para los siglos venideros. Y p o c o d e s p u é s a ñ a d e : Em-
pieza ya y bendice la casa de tu siervo para siempre, etc. E n t o n -
LA PAZ PROMETIDA A DAVID NO ES REALMENTE LA HABIDA
ces p r e c i s a m e n t e h a b r í a de e n g e n d r a r al h i j o d e c u y a e s t i r p e
DURANTE E L REINADO D E SALOMÓN
n a c e r í a Cristo, p o r q u i e n sería e t e r n a su casa, y a la vez la
c a s a de D i o s . E s casa de D a v i d p o r r a z ó n de su l i n a j e , y casa
E s u n a l o c u r a e s p e r a r t a m a ñ o b i e n en este m u n d o t e r r e n a l .
de D i o s , p o r m o r del t e m p l o de D i o s ; p e r o u n t e m p l o h e c h o
¿ H a b r á q u i e n p i e n s e q u e esa p r o m e s a se c u m p l i ó en l a p a z
de h o m b r e s , n o de p i e d r a s , en el q u e m o r a e t e r n a m e n t e el
p u e b l o con su D i o s y en su D i o s , y D i o s con su p u e b l o y en domus autem Dei eadem ipsa, propter templum Dei, de hominibus factum,
non de lapidibus, ubi habitet in aeternum populus cum Deo et in Deo
Dei talia dicere potuerunt, qui expugnata terrena Ierusalem, antequam suo, et Deus cum populo atque in populo suo: ita ut Deus sit implens
lesus Christus humanitus nasceretur, in captivitatem ducti sunt, intelli- populum suum, et populus plenus Deo suo, cum Deus erit omnia in óm-
gentes commutationem Christi, quia scilicet non per eum terrena carna- nibus 80, ipse in pace praemium, qui virtus in bello. Ideo cum in verbis
lisque felicitas, qualis paucis annis regis Salomonis apparuit, sed caeles- Nathan dictum sit, Et nuntiabit ubi Dominus quoniam domum aedificabis
tis ac spiritualis esset fideliter exspectanda: quam tune ignorans infideli- ipsi: postea dictum est in verbis David, Quoniam tu dominas omnipotens
tas gentium, enm Dei populum exsultabat atque insultabat esse captivum, Deas Israel, revelasti aurem serví tui, dicens, Domum aedificabo tibi *'.
quid aliud quam Christi commutationem, sed scientibus nesciens, expro- Hanc enim domum et nos aedificamus bene vivendo, et Deus ut bene
brabat? Et ideo quod sequitur, ubi psalmus iste concluditur, Benedictio vivamus opitulando: quia nisi Dominus aedificaverit domum, in vanum
Dotnini in aeternum: fíat, fíat7"; universo populo Dei ad caelestem Ieru- laborabunt aedificantes eam "2. Cuius domus cum venerit ultima dedicatio,
salem pertinenti, sive in illis qui latebant in Testamento vetere, antequam tune fiet illud, quod hic per Nathan locutus est Deus, dicens: Et ponam
revelaretur novum, sive in bis qui iam Testamento novo revelato mani- locum populo meo Israel, et plantabo Mam, et inhabitabit seorsum, et
festé pertinere cernuntur ad Christum, satis congruit. Benedictio quippe non sollicitus erit ultra: et non apponet jilius iniquitatis humillare eum,
Domini in semine David, non ad aliquod tempus, qualis diebus Salo- sicut ab initio a diebus quibus constituí iudices super populum meum Is-
monis apparuit, sed in aeternum speranda est, in qua certissima spe di- rael ".
citur, Fiat, fiat. Illius enim spei est confirmatio verbi huius iteratio. Hoc
ergo intelligens David ait in secundo Regnorum libro, unde ad istum CAPUT XIII
psalmum digressi sumus: Et locutus es pro domo serví tui in longinquum.
AN PROMISSAE PACIS VERITAS ILLIS TEMPORIBOS POSSIT ADSCRIBÍ, QÜAE SÜB
Ideo autem post paululum ait: Nunc incipe, et benedic domum serví tai
SALOMONE FLDXERÜNT
usque in aeternum ", et caetera; quia tune geniturus erat filium, ex quo
progenies eius duceretur ad Christum, per quem futura erat domus eius Hoc tam magnum bonum quisquís in hoc saeculo et in hac térra spe-
aeterna, eademque domus Dei. Domus enim David, propter genus David; rat, insipienter sapit. An quispiam putabit in pace regni Salomonis id
'» Ps. 88,50-53. »» 1 Cor. 15,28. « Ps. 126,1.
" 2 Reír. 7,11.27. *3 2 'Res. 7,10 ct 11.
1216 IA. CIUDAD DE DIOS XVH, 13 X V J I , 14 D I I,OS PROFETAS A CRISTO 1217

h a b i d a d u r a n t e el r e i n a d o de S a l o m ó n ? L a E s c r i t u r a d a u n a
i m p o r t a n c i a e s p e c i a l a esa p a z , p o r q u e es figura d e l a v e n i d e r a .
C A P I T U L O X I V
E l l a s a l e a l p a s o c o n m u c h o t i e n t o a esta s o s p e c h a c u a n d o , des-
p u é s d e h a b e r d i c h o : Y el hijo de la iniquidad no volverá a hu-
millarle, a ñ a d i ó : Como lo hacía desde el tiempo en que constituí A F Á N DE DAVID EN LA D I S P O S I C I Ó N D E L O S S A L M O S
jueces sobre el pueblo de Israel. E l p u e b l o , a n t e s d e s e r gober- Y SU MISTERIO
n a d o p o r l o s reyes, l o fué p o r los jueces d e s d e q u e r e c i b i ó l a
E n el c u r s o t e m p o r a l de l a C i u d a d de D i o s , D a v i d r e i n ó pri-
t i e r r a d e p r o m i s i ó n . Y es v e r d a d q u e lo h u m i l l a b a el h i j o de l a
m e r o en l a J e r u s a l é n t e r r e n a , figura d e lo v e n i d e r o . D a v i d e r a
i n i q u i d a d , e s d e c i r , el e n e m i g o e x t r a n j e r o , m i e n t r a s , s e g ú n se
u n h o m b r e v e r s a d o en l a m ú s i c a , y a m a b a l a a r m o n í a n o c o n
lee, a l t e r n a r o n l a p a z y l a g u e r r a . E n c o n t r a m o s , a d e m á s , épo-
p l a c e r v u l g a r , s i n o c o n u n a i n t e n c i ó n e l e v a d a . C o n e l l a servía
cas d e p a z m á s l a r g a s q u e l a s h a b i d a s c o n S a l o m ó n , q u e r e i n ó
a su D i o s , q u e es el D i o s v e r d a d e r o , e n figuración m í s t i c a d e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


c u a r e n t a a ñ o s . B a j o A o d , p o r e j e m p l o , h u b o o c h e n t a a ñ o s de
u n a r e a l i d a d g r a n d e . E l concierto a c o r d e y a c o m p a s a d o de di-
p a z . L e j o s , p u e s , d e n o s o t r o s l a i d e a d e q u e esta p r o m e s a a t a ñ e
versos s o n i d o s i n s i n ú a c o n c o n c o r d e v a r i e d a d l a u n i d a d com-
a l o s días d e S a l o m ó n , y m u c h o m e n o s , c l a r o está, a los d e
p a c t a d e u n a c i u d a d b i e n o r d e n a d a [ 1 7 ] . L a s p r o f e c í a s casi se
cualquiera otro rey. Ningún rey entre ellos h a tenido u n reinado
h a l l a n únicamente en los Salmos. E l l l a m a d o libro de los Sal-
tan pacífico c o m o él y n u n c a esa n a c i ó n m a n t u v o su i m p e r i o
m o s c o n t i e n e ciento c i n c u e n t a . A l g u n o s creen q u e sólo c o m p u s o
s i n t e m o r a l y u g o e n e m i g o . Y es q u e l o s v a i v e n e s d e l a v i d a
D a v i d l o s s a l m o s q u e l l e v a n su n o m b r e . H a y a d e m á s q u i e n e s
h u m a n a n o c o n c e d e n a p u e b l o a l g u n o u n a s e g u r i d a d t a l , q u e le
p i e n s a n q u e s o n o b r a s u y a sólo l o s q u e l l e v a n esta n o t a : Del
p e r m i t a n o t e m e r l a s i n c u r s i o n e s h o s t i l e s . E n p u r i d a d , el l u g a r
mismo David, y q u e l o s i n t i t u l a d o s Al mismo David fueron
de u n a m o r a d a t a n pacífica y s e g u r a a q u í p r o m e t i d o es e t e r n o ,
compuestos p o r otro y adaptados a él. Esta opinión cae p o r
y se d e b e a l o s m o r a d o r e s e t e r n o s en la m a d r e J e r u s a l é n l i b r e ,
t i e r r a a n t e l a voz e v a n g é l i c a del S a l v a d o r , q u e dice q u e D a v i d
d o n d e r e i n a r á r e a l m e n t e el p u e b l o d e I s r a e l , p o r q u e I s r a e l sig-
dijo en e s p í r i t u q u e Cristo e r a su S e ñ o r . Este es el s a l m o 1 0 9 .
nifica el que ve a Dios. L a v i d a p i a d o s a p e n e t r a d a del deseo
Y c o m i e n z a a s í : Dijo el Señor a mi Señor: Siéntate a mi dies-
d e t a l p r e m i o d e b e l l e v a r p o r g u í a la fe a t r a v é s d e este triste
tra mientras que yo pongo a tus enemigos por escabel de tus
peregrinaje [ 1 6 ] ,
pies. Y a l a v e r d a d q u e este s a l m o n o l l e v a p o r t í t u l o Del mismo
esse completum? Pacem quippe illam Scriptura in umbra futuri excellenti David, s i n o Al mismo David, c o m o la m a y o r p a r t e de e l l o s .
praedicatione commendat. Sed huic suspicioni vigilanter occursum est, Yo c r e o m á s a c e p t a b l e p e n s a r q u e los ciento c i n c u e n t a s a l m o s
cuín, posteaquam dictum est, Et non apponet filias iniquitatis humillare
eum; continuo subiunctum est, Sicut ab initio a diebus quibus constituí
iudices super populum meum Israel. ludices namque, priusquam Reges CAPUT XIV
ibi esse coepissent, super illum populum fuerant constituti, ex quo ter- DE STUDIO DAVID IN DISPOSITIONE MYSTERIOQUE PSALMORUM
ram promissionis accepit. Et utique humiliabat eum filius iniquitatis, hoc
est hostis alienígena, per intervalla temporum, quibus leguntur paces al- Procurrente igitur per témpora civitate Dei, primo in umbra futuri, in
ternasse eum bellis: et inveniuntur illie pacis témpora prolixiora quam terrena scilicet Ierusalem regnavit David. Erat autem David vir in can-
Salomón habuit, qui quadraginta regnavit annos. Nam sub eo ludice qui déis eruditus, qui harmoniam musicam non vulgari voluptate, sed fideli
appellatus est Aod, octoginta anni pacis fuerunt S4 . Absit ergo, ut Salo- volúntate dilexerit; eaque Deo suo, qui verus est Deus, mystica rei magnae
monis témpora in hac promissione praedicta esse credantur: multo minus figuratione servierit. Diversorum enim sonorum rationabilis moderatusque
utique cuiuslibet regís alterius. Non enim quisquam eorum in tanta, quan- concentus concordi varietate compactam bene ordinatae civitatis insinuat
ta ille, pace regnavit: nec unquam omnino gens illa ita regnum tenuit, unitatem. Denique omnis fere prophetia eius in Psalmis est, quos centum
ut sollicita non fuerit ne hostibus subderetur; quia in tanta mutabilitate quinquaginta liber continet, quem Psalmorum vocamus. In quibus non-
rerum humanarum nulii aliquando populo concessa est tanta securitas, nulli volunt, eos solos factos esse a David, qui eius nomine inscripti sunt.
ut huic vitae hostiles non formidaret incursus. Locus ergo iste qui pro- Sunt item qui putant non ab eo factos, nisi qui praenotantur, ¡psius Da-
mittitur tam pacatae ac securae habitationis, aeternus est, aeternísque de- vid: qui vero habent in titulis, Ipsi David, ab aliis factos, personae ipsius
betur in matre Ierusalem libera, ubi erit veraciter populus Israel: hoc fuisse coaptatos. Quae opinio voce evangélica Salvatoris ipsius refutatur,
enim nomen interpretatur Videns Deum: cuius praemü desiderio pia per ubi ait, quod ipse David in Spiritu Christum dixerit esse Dominum
fidem vita in hac aerumnosa peregrinatione ducenda est. suum 6 5 : quoniam Psalmus centesimus nonus sic incipit: Dixit Dominus
14 Domino meo, Sede a dextris meis, doñee ponam inimicos tuos scabellum
I u d . 3,30.
pedum tuorum"1. Et certe idem psalmus non habet in titulo, Ipsius Da-
vid; sed, Ipsi David, sicut plurimi. Mihi autem credibilius videntur existi-
83
M t . 22,43.
86
P s . 109,1.

S. As. ló 39
1218 LA CIUDAD DE DIOS X V I I , 15 XVII, 16, 1 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1219

son o b r a s u y a , y q u e a a l g u n o s él m i s m o los t i t u l ó con nom- elegir u n o s , p a r e z c a a a l g u n o s s a b i o s q u e s i l e n c i o los m á s esen-


b r e s de o t r o s , q u e figuraban a l g o q u e h a c í a al a s u n t o en cues- ciales. A d e m á s , d a d o q u e el t e s t i m o n i o del s a l m o q u e se a d u c e
tión, y q u e los d e m á s n o q u i s o q u e l l e v a r a n en el t í t u l o el m e m - d e b e ir confirmado p o r el contexto del m i s m o a fin de q u e n o
b r e t e de n a d i e . D i o s m i s m o i n s p i r ó t a m b i é n la d i s p o s i c i ó n d e h a y a n a d a q u e o p o n e r l e , t e m o q u e , si n o son a d u c i d o s todos,
esta v a r i e d a d , o b s c u r a , es v e r d a d , p e r o p r o f u n d a [ 1 8 ] . N o es parezca que, como los centones [ 2 0 ] , voy espigando versículos
o b j e c i ó n c o n t r a esto el q u e a l g u n o s s a l m o s v a y a n i n i c i a d o s con p a r a m i p r o p ó s i t o , e x t r a c t á n d o l e s c o m o de u n g r a n d e p o e m a ,
n o m b r e s de p r o f e t a s m u y p o s t e r i o r e s al rey D a v i d y q u e l a s q u e la i n v e s t i g a c i ó n p r u e b a q u e n o se t r a t a de ese p u n t o , s i n o
cosas a l l í d i c h a s p a r e c e n d i c h a s p o r e l l o s . Y es q u e m u y b i e n de o t r o y m u y d i v e r s o . Y, c l a r o está, p a r a p o d e r a c l a r a r esto
p u d o el E s p í r i t u p r o f é t i c o r e v e l a r los n o m b r e s de p r o f e t a s ve- en c a d a s a l m o es p r e c i s o e x p o n e r l o t o d o . E l t r a b a j o q u e esto
n i d e r o s a D a v i d q u e p r o f e t i z a b a [ 1 9 ] p a r a q u e c a n t a r a en p r o - exige p u e d e c o l e g i r s e de a l g u n o s t r a t a d i s t a s y de n u e s t r o s volú-
fecía a l g o a p r o p i a d o a la p e r s o n a de éstos. A este t e n o r v e m o s m e n e s s o b r e el p a r t i c u l a r [ 2 1 ] . L é a l o s , p u e s , el q u e t e n g a tiem-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e u n p r o f e t a h a b l a de J o s í a s y de sus f u t u r a s h a z a ñ a s m á s p o , y v e r á c u á n t o y c u á n t a s cosas profetizó D a v i d , el p r o f e t a
de trescientos a ñ o s a n t e s de n a c e r este rey. rey, s o b r e Cristo y su Iglesia, es decir, s o b r e el R e y y s o b r e
la C i u d a d q u e f u n d ó .

C A P I T U L O XV
C A P I T U L O XVI
T E X T O Y C O N T E X T O D E L A S P R O F E C Í A S C O N T E N I D A S EN L O S
S A L M O S S O B R E C R I S T O Y LA I G L E S I A EL SALMO 44 Y SUS PROFECÍAS

M e da el c o r a z ó n que se e s p e r a de m í a h o r a q u e e x p l i q u e
1. P o r m á s p r o p i a s y c l a r a s q u e sean l a s locuciones profé-
en este l u g a r l a s p r o f e c í a s s o b r e C r i s t o y su I g l e s i a c o n t e n i d a s
ticas s o b r e c u a l q u i e r a cosa, n e c e s a r i a m e n t e v a n e n t r e v e r a d a s
en los S a l m o s de D a v i d . Sin e m b a r g o , a u n q u e n o satisfaga l a s
con las m e t a f ó r i c a s . Y p r e c i s a m e n t e éstas son l a s q u e , en gra-
exigencias de l o s l e c t o r e s (y de u n o ya lo h e h e c h o a n t e s ) , m e
cia a los l o r p e s , b r i n d a n a los doctos u n p e s a d o y d u r o t r a b a j o
r e t r a e de ello m á s la a b u n d a n c i a q u e la falta de m a t e r i a l . N o
e x p o s i t i v o . A l g u n a s de e l l a s , a p r i m e r a vista, h a c e n r e p a r a r en
m e p e r m i t o c i t a r l o t o d o en g r a c i a a l a b r e v e d a d , y t e m o q u e , al
Cristo y en la Iglesia, bien q u e s i e m p r e q u e d a a l g o o b s c u r o ,
mare qui omnes illos centum et quinquaginta Psalmos eius operi tribuunt, q u e exige u n a e x p o s i c i ó n h o l g a d a . D e este t e n o r es a q u e l p a s a j e
eumque aliquos praenotasse etiam nominibus aliorum, aliquid quod ad
rem pertineat fígurantibus, caeteros autem nuliius hominis nomen in ti- cum aliqua elegero, multis qui ea noverunt, videar magis necessaria prae-
tulis habere voluisse: sicut ei varietatis huius disposítionem, quamvis la- terisse; deinde, quia testimonium quod profertur, de contextione totius
tebrosam, non tamen inanem Dominus inspiravit. Nec moveré debet ad Psalmi debet habere suffragium ut certe nihil sit quod ei refragetur, si
hoc non credendum, quod nonnullorum nomina Prophetarum, qui longe non omnia suffragantur, ne more centonum ad rem quam volumus, tan-
post David regis témpora fuerunt, quibusdam psalmis in eo libro legun- quam versículos decerpere videamur, velut de grandi carmine, quod non
tur inscripta; et quae ibí dicuntur, velut ab eis dici videntur. Ñeque enim de re illa, sed de alia longeque diversa reperiatur esse conscriptum. Hoc
non potuit propheticus Spiritus prophetanti regí David haec etiam futu- autem ut in quocumque psalmo possit ostendi, exponendus est totus: quod
rorum Prophetarum nomina revelare, ut aliquid, quod eorum personae quanti operis sit, et aliorum, et nostra volumina, in quibus hoc fecimus,
conveniret, prophetice cantaretur: sicut rex losias exorturus et regnaturus satis indicant. Legat ergo illa, qui voluerit, et potuerit: inveniet quot et
post annos amplius quam trecentos, cuídam prophetae, qui etiam facta quanta rex David idemque propheta de Christo et eius Ecclesia prophe-
eius futura praedixit, cum suo nomine revelatus e s t " . taverit, de Rege scilicet et civitate quam condidit.

CAPUT XV CAPUT XVI


AN OMNIA QUAE IN PSALMIS DE CHBISTO ET ECCLESIA PROPHETANTUR, AD
D E HIS QUAE IN QUADRAGESIMO QIJARTO PSALMO AD CHRISTUM ET ECCLE-
CONTEXTUM HUIUS OPERIS COAPTANDA SINT
SIAM PERTINENTIA, AUT APERTE DICUNTUR, AUT TROPICE
Nunc iam exspectari a me video, ut hoc loco libri huius aperiam quid
in Psalmis David de Domino Iesu Christo vel eius Ecclesia prophetaverit. 1. Quamlibet enim de quacumque re propriae sint atque manifestae
Ego autem ut hoc non ita faciam, sicut videtur ipsa exspectatio postulare propheticae locutiones, necesse est ut eis etiam tropicae misceantur: quae
(quamvis iam in uno fecerim), copia quam inopia magis impedior. Om- máxime propter tardiores ingerunt doctoribus laboriosum disputandi ex-
nia enim poneré vitandae prolixitatis causa prohibeor: vereor autem ne, ponendique negotium. Quaedam tamen Christum et Ecclesiam ipsa prima
facie, mox ut dicuntur, ostendunt; etsi ex otio restant exponenda, quae in
87
3 Reg. 13. eis minus intelliguntur: quale illud est in eodem Psalmorum libro:
X V J I , 16, 2 DE tOS PROFETAS A CRISTO 1221
1220 LA CIUDAD DE DIOS X V H , 16, 1
medio de la verdad, de la mansedumbre y de la jusficia, estu-
del libro de los Salmos: Hirviendo está mi pecho en pensa*
díelo si dispone de tiempo.
míenlos sublimes. Al rey consagro yo mi obra. Mi lengua es
2. Luego dirige su mirada a la Iglesia, unida en matrimo-
pluma de amanuense que escribe muy ligera. ¡ Oh tú, el más
nio espiritual y en amor divino a tan noble esposo. De ella se
gentil en hermosura entre los hijos de los hombres!, la gracia
habla en los versillos siguientes: A tu diestra está la reina con
se ve derramada en tus labios; por eso te bendijo Dios para
vestido bordado de oro y engalanada con varios adornos. Escu-
siempre. Cíñete en tu derredor la espada, ¡oh potentísimo! Con
cha, i oh hija!, y considera, y presta atento oído y olvida tu pue-
esa tu gallardía y hermosura camina, avanza prósperamente, y
blo y la casa de tu padre. Y el Rey se enamorará más de tu bel-
reina por medio de la verdad, y de la mansedumbre, y de la
dad; porque él es el Señor Dios tuyo, a quien todos han de ado-
justicia; y tu diestra te conducirá a cosas maravillosas. Tus
rar. Las hijas de Tiro vendrán con dones, y te presentarán humil-
penetrantes saetas traspasarán, ¡oh rey!, los corazones de tus
des súplicas todos los poderosos del pueblo. En el interior está la
enemigos: se rendirán a ti los pueblos. El trono tuyo, I oh Dios!,
principal gloria o lucimiento de la hija del Rey; ella está cu-
permanece por los siglos de los siglos; el cetro de tu reino es

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


bierta de un vestido con varios adornos y recamado con franjas
cetro de rectitud. Amaste la justicia y aborreciste la iniquidad;
de oro. Serán presentadas al rey las vírgenes que han de formar
por eso te ungió Dios, el Dios tuyo, con óleo de alegría, con
el séquito de ella; ante tu presencia serán traídas sus compañe-
preferencia a tus compañeros. Mirra, áloe y casia exhalan tus
ras. Conducidas serán con fiestas y con regocijos; al templo o
vestidos al salir de las estancias de marfil en que con su olor
palacio del Rey serán llevadas. En lugar de tus padres te nace-
te han recreado. Hijas de reyes son tus damas de honor. ¿Quién
rán hijos, los cuales establecerás príncipes sobre la tierra. Estos
no ve aquí, por más miope que sea, a Cristo, a quien predica-
conservarán la memoria de tu nombre por todas las generacio-
mos y en quien creemos, oyendo a Dios, cuyo trono es eterno,
nes. Por esto los pueblos te cantarán alabanzas eternamente por
y ungido por Dios, como unge Dios con crisma no visible, sino
los siglos de los siglos. Pienso que nadie desatinará hasta el
espiritual e inteligible? ¿Quién es tan rudo en religión o tan
extremo de creer que aquí se encomia y se describe, alguna mu-
sordo a la fama que de él corre por todas partes que no conoz-
jerzuela, pues se habla de la esposa de aquel a quien se dice:
ca que Cristo deriva de crisma, es decir, de unción? Una vez
Tu trono, ¡oh Dios!, permanece por los siglos de los siglos; el
conocido el Rey Cristo, ya las demás cosas dichas aquí meta-
cetro de tu reino es cetro de rectitud. Amaste la justicia y
fóricamente, cuál es su hermosura, superior a la de todos los
aborreciste la iniquidad; por eso te ungió Dios, el Dios luyo,
hijos de "los hombres, con una belleza tanto más digna de
con óleo de alegría con preferencia a tus participantes'. Induda-
amor y admiración cuanto menos corpórea; cuál es su espa-
blemente, Cristo con preferencia a los cristianos, que son parti-
da, sus flechas y todo lo demás el sometido al que reina por
cioneros suyos. Esta reina se forma de la unidad y concordia
Eructavit cor tneum verbum bonum, dico ego opera mea regi. Lingua isto modo non proprie, sed tropice posita, iam subditas ei qui regnat
mea calamus scribae velociter scribentis. Speciosus forma prae filiis ho- propter veritatem et mansuetudinem et iustitiam, inquirat ex otio.
minutn: diffusa est gratia in labiis tais, propterea benedixit te Deus in 2. Deinde aspiciat eius Ecclesiam, tanto viro suo spirituali connubio
aeternum. Accingere gladium tuum circa fémur, potentissime. Specie tua et divino amore coniunctam: de qua dicitur in his quae sequuntur: As-
el pulchritudine tua, intende, prospere procede, et regna. Propler verita- titit regina a dextris tuis in vestitu deaurato, circumamicta varietate.
tem et mansuetudinem et. iustitiam; et deducel te mirabiliter dextera tua. Audi, filia, et vide, et inclina aurem tuam, et obliviscere populum tuum,
Saggittae tuae acutae potentissimae. Populi sub te cadent, in corde ini- et domum patris tui. Quoniam concupivit rex speciem tuam, quia ipse est
micorum regís. Sedes tua, Deus, in saecula saeculorum, virga directionis Dominus Deus tuus. Et adorabunt eum filiae Tyri in muneribus: vultum
virga regni tui. Dilexisti iustitiam, et odio habuisti iniquitatem: propterea tuum deprecabuntur divites plebis. Omnis gloria eius filiae regís intrín-
unxit te, Deus, Deus mus oleo exsultationis prae participibus tuis. Myrrha secas, in fimbris aureis, circumamicta varietate. Afferentur regi virgines
et gutta et casia a vestimentis tuis, a domibus eburneis: ex quibus delecta- post eam, proximae eius afferentur tibi. Afferentur in laetitia et exsulta-
verunt te filiae regum in honore tuo 8S. Quis non hic Christum, quem tione: adducentur in templum regís. Pro patribus tuis nati sunt tibi filii:
praedicamus, et in quem credimus, quamlibet sit tardus, agnoscat: cum constitues eos principes super omnem terram. Memores erunt nominis tui,
audiat Deum, cuius sedes est in saecula saeculorum; et unctum a Deo, in omni generatione et generatione. Propterea populi confitebuntur tibi
utique sicut ungit Deus, non visibili, sed spirituali atque intelligibili in aeternum, et in saeculum saeculi89. Non opinor quemquam ita desipe-
chrismate? Quis enim tam rudis est in hac religione, vel tam surdus ad- re, ut hic aliquam mulierculam praedicari credat atque describí: coniu-
versus eius famam longe lateque diffusam, ut Christum a chrismate, hoc gem videlicet illius, cui dictum est, Sedes tua, Deus, in saecula saeculo-
est ab unctione, appellatum esse non noverit? Agnito autem rege Christo, rum: virga directionis virga regni tui. Dilexisti iustitiam, et odio habuisti
iam caetera quae hic tropice dicta sunt, quomodo sit speciosus forma iniquitatem: propterea unxit te, Deus, Deus tuus oleo exsultationis prae
prae filiis hominum, quadam tanto magis amanda atque miranda, quanto participibus tuis: Christum utique prae Christianis. Hi sunt enim parti-
minus corpórea pulchritudine; quis gladius eius, quae sagittae, et caetera
" 9 P s . 44, I<M8.
"' Ps. 44, 3-io.
1222 LA CIUDAD DE D I O S XVII, 16, 2
X V H , 17 D E LOS PROFETAS A CRISTO 1223
u n i v e r s a l de los c r i s t i a n o s . A ella se l l a m a en otro s a l m o la
Ciudad del gran Rey. Y ésta es la e s p i r i t u a l Sión, n o m b r e q u e dre de Sión dirá: Hombres y más hombres se han hecho en ella,
significa Contemplación, p o r q u e c o n t e m p l a el g r a n b i e n del si- y el Altísimo es quien la ha fundado. ¿ Q u i é n es el A l t í s i m o
g l o v e n i d e r o y a l l í d i r i g e su i n t e n c i ó n . E s t a es, a su vez, la Je- sino D i o s ? P o r c o n s i g u i e n t e , C r i s t o - D i o s la f u n d ó en l o s p a -
r u s a l é n e s p i r i t u a l , de la q u e t a n t o h e m o s h a b l a d o . S u e n e m i g a t r i a r c a s y en los p r o f e t a s a n t e s d e h a c e r s e h o m b r e , m e r c e d a
es la c i u d a d del d i a b l o , B a b i l o n i a , es decir, Confusión [22]. M a r í a , en a q u e l l a c i u d a d . D e esta r e i n a de l a C i u d a d se h a b í a
P o r la r e g e n e r a c i ó n , esa r e i n a es l i b e r t a d a , y p a s a del rey pé- d i c h o ya m u c h o t i e m p o a n t e s l o q u e v e m o s y a c u m p l i d o : En
s i m o al R e y ó p t i m o , es decir, del d i a b l o a C r i s t o . P o r eso se lugar de tus padres, te nacerán hijos y los constituirás príncipes
le d i c e : Olvida tu pueblo y la casa de tu padre. L o s i s r a e l i t a s sobre toda la tierra. L a t i e r r a e n t e r a está l l e n a de m a g i s t r a d o s
q u e son t a l e s p o r la c a r n e , n o p o r la fe, f o r m a n p a r t e de esa y c a u d i l l o s de esos h i j o s , y los p u e b l o s , a u n á n d o s e en ella, le
c i u d a d i m p í a , y a d e m á s son e n e m i g o s de este g r a n R e y y de su a c l a m a n con a l a b a n z a e t e r n a p o r los s i g l o s de l o s siglos [ 2 3 ] .
r e i n a . Cristo, al v e n i r a ellos y ser m a t a d o , se hizo m á s b i e n C u a n t o h a y a , p u e s , de o b s c u r o en l a s e x p l i c a c i o n e s figuradas,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


s a l v a d o r de q u i e n e s n o vio en c a r n e . D e a q u í q u e en o t r o s a l m o e n t i é n d a s e c o m o se e n t i e n d a , d e b e e s t a r a c o r d e con l a s c o s a s
d i g a este n u e s t r o R e y : Me librarás de las contradicciones del claras.
pueblo; me constituirás caudillo de las naciones. Un pueblo a
quien yo no conocía se sometió a mi dominio; apenas hubo C A P I T U L O XVII
oído, me rindió obediencia. Este p u e b l o de los gentiles a q u i e n
Cristo n o conoció con p r e s e n c i a c o r p o r a l , y que c r e y ó en él E L S A L M O 109 Y EL SACERDOCIO DE C R I S T O . E L SALMO 21 Y LA
u n a vez q u e se lo a n u n c i a r o n , p u e s de él se dice con r a z ó n : PASIÓN DEL REDENTOR
Apenas hubo oído, me rindió obediencia, p o r q u e la fe e n t r a p o r
el o í d o ; este p u e b l o , d i g o , a g r e g a d o a los i s r a e l i t a s a u t é n t i c o s Así o c u r r e en este s a l m o , en q u e se d e c l a r a a b i e r t a m e n t e a
p o r c a r n e y p o r fe es la C i u d a d de D i o s , q u e dio a luz t a m b i é n Cristo s a c e r d o t e , c o m o a l l í R e y : Dijo el Señor a mi Señor:
a Cristo s e g ú n l a c a r n e c u a n d o la f o r m a b a n sójo los i s r a e l i t a s . Siéntate a mi derecha mientras pongo a tus enemigos por esca-
D e este p u e b l o e r a la V i r g e n M a r í a , en la q u e se e n c a r n ó Cristo bel de tus pies. Q u e Cristo se sienta a la d i e s t r a es de fe, n o
p a r a h a c e r s e h o m b r e . O t r o s a l m o dice de esta C i u d a d : La ma- o p i n i ó n . E n c a m b i o , a ú n n o se ve a s u s e n e m i g o s p u e s t o s b a j o
sus pies. Esta es la cuestión, y a p a r e c e r á al fin del m u n d o . Aho-
cipes eius, ex quorum in ómnibus gentibus unitate arque concordia fit ra lo c r e e m o s y d e s p u é s lo v e r e m o s . Y estas p a l a b r a s : De Sión
ista regina: sicut in alio psalmo de illa dicitur, Civitas Regís magni °". hará salir el Señor el cetro de tu poder y que domines en medio
Ipsa est Sion spiritualiter: quod nomen latine interpretatum Speculatio
est. Speculatur enim futuri saeculi magnum bonum: quoniam illuc di- est in ea, et ipsa fundavit eam Altissimus °s. Quis est iste Altissimus, nisi
rigitur eius intenlio. Ipsa est et Iernsaiem eodem modo spiritualiter, unde Deus? Et per hoc Christus Deus, antequam in illa civitate per Mariam
multa iam diximus. Eius inimica est civitas diaboli Babylon, quae Con- fieret homo, ipse in Patriarchis et Prophetis fundavit eam. Cum igitur
f usio interpreta tur. Ex qua tamen Babylone regina ista in ómnibus gen- huic reginae civitati Dei tanto ante dictum sit per prophetiam, quod iam
tibus regeneratione liberatur, et a pessimo rege ad optimum Regem, id videmus impletum, Pro patribus tuis nati sunt ubi jilii, constitues eos
est, a diabolo transit ad Christum. Propter quod ei dicitur, Obliviscere principes super omnem terrean: ex filiis quippe eius per omnem terram
populum tuum et domum patris tui. Cuius civitatis impiae portio sunt et sunt praepositi et patres eius, cum confiteantur ei populi concurrentes ad
Israelitae sola carne, non fide: inimici etiam ipsi magni huius Regis, eam cum confessione laudis aeternae in saeculum saeculi: procul dubio
eiusque reginae. Ad ipsos enim veniens, et ab eis Christus occisus, magis quidquid hic tropicis locutionibus suhohscure dictum est, quoquo modo
aliorum factus est, quos non vidit in carne. Unde per cuiusdam psalmi intelligatnr, debet his rebus manifestissimis convenire.
prophetiam dicit Rex ipse noster, Erues me de contradictionibus populi,
constitues me in capul gentium. Populas quem non cognovi, servivit mihi; CAPUT XVII
in obauditu auris obaadivit mihi'". Populus ergo iste gentium, quem non
cognovit Christus praesentia corporali, in quem tamen Christum sibi an- D E HIS Q13AE AD SACERDOTIUM C H R I S T I IN PSALMO CENTESIMO NONO, ET DE
nuntiatum credidit, «t mérito de illo diceretur, In obauditu auris obaadi- HIS QUAE IN I'SALMO VICÉSIMO PRIMO AD PASSIONEM IPSIUS SPECTANT
vit mihi; quia íides ex auditn est 0 2 ; iste, inquam, populus additus veris
et carne et fide Israelitis civitas est Dei, quae ipsum quoque secundum Sicut etiam in illo psalmo, ubi sacerdos Christus, quemadmodum hic
carnem peperit Christum, quando in solis illis Israelitis fuit. Inde quippe rex, apertissime praedicatur: Dixit Dominas Domino meo, Sede a dextris
erat virgo Maria, in qua carnem Christus, ut homo esset, assumpsit. De rneis, doñee ponam inimicos iuos scabellum pedum tuorum. Sedere Chris-
qua civitate psalmus alius ait, Mater Sion, dicet homo, et homo factus tus ad dexteram Dei Patris creditur, non videtur: eius etiam inimicos poni
sub pedibus eius nondum apparet; id agitur, apparebit in fine; etiam
»» P.s. 47,3. hoc nunc creditur, post videbitur. Verum quod sequitur, Virgam virtutis
01
P s . 17,44 et 45. tuae emittet Dominus ex Sion, et dominare in medio inimicorum tuorum,
s
~ R o m . 10,17.
" Ps. 86,s.
1224 LA CIUDAD DE DIOS X V I I , 17 XJVU, 1'8, 1 DJ
¡ tOS PROFETAS A CRISTO 1225
de tus enemigos, son t a n c l a r a s , q u e n e g a r su c o n t e n i d o es n o c o r d a r c o n éstas, cuya c l a r i d a d d e s l u m h r a . M á x i m e t e n i e n d o en
sólo infidelidad, sino d e s v e r g ü e n z a . L o s e n e m i g o s son l o s p r i - cuenta q u e l o s h e c h o s q u e n o c r e e m o s p a s a d o s y l o s v e m o s p r e -
m e r o s e n confesar q u e d e S i ó n salió l a L e y d e Cristo q u e nos- sentes f u e r o n p r e d i c h o s m u c h o a n t e s en el s a l m o , y a h o r a se
otros l l a m a m o s E v a n g e l i o , y ésa viene d e s i g n a d a p o r cetro d e c u m p l e n en el m u n d o e n t e r o . A s í lo q u e sigue en ese s a l m o :
su p o d e r . Q u e él d o m i n a e n m e d i o de sus e n e m i g o s , l o s m i s m o s Se acordarán y se convertirán al Señor todos los confines de la
d o m i n a d o s , r e c h i n a n d o y c a s t a ñ e t e a n d o l o s dientes, p e r o n o p u - tierra y se postrarán ante su acatamiento todas las naciones,
d i e n d o h a c e r n a d a c o n t r a él, lo a t e s t i g u a n . A c o n t i n u a c i ó n a ñ a - porque el reino es del Señor y él señoreará las naciones.
de : Juró el Señor, y no se arrepentirá. E s t a e x p r e s i ó n está in-
d i c a n d o l a i n m u t a b i l i d a d de e s t o : Tú eres sacerdote sempiterno
según el orden de Melquisedec. Y lo será j u s t a m e n t e , p o r q u e y a C A P I T U L O X V I I I

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en a d e l a n t e n o e x i s t i r á el s a c e r d o c i o n i el sacrificio s e g ú n e l
o r d e n de A a r ó n , p u e s se ofrecerá en t o d a s p a r t e s , b a j o el sacer-
docio de C r i s t o , l a o f r e n d a ofrecida p o r M e l q u i s e d e c c u a n d o PROFECÍAS SOBRE LA M U E R T E Y RESURRECCIÓN DEL SEÑOR EN
b e n d i j o a A b r a h á n . ¿ Q u i é n se p e r m i t i r á d u d a r s o b r e l a p e r s o n a LOS SALMOS 3, 40, 15 Y 6 7
a q u i e n se refiere e s t o ? L a a l u s i ó n es c l a r a . Se a l u d e , si se en-
t i e n d e b i e n , a l a s cosas a p u n t a d a s q u i z á m á s o b s c u r a m e n t e en el 1. L o s S a l m o s c o n t i e n e n t a m b i é n p r o f e c í a s s o b r e l a resu-
m i s m o s a l m o , c o m o h e m o s n o t a d o y a en n u e s t r o s s e r m o n e s a l r r e c c i ó n d e C r i s t o . ¿ Q u é o t r a cosa significan estas p a l a b r a s d e l
p u e b l o . A s í , C r i s t o h a b l a en o t r o s a l m o p o r b o c a d e l p r o f e t a d e s a l m o 3 , d i c h a s e n p e r s o n a de E l : Yo me dormí y me entregué
su h u m i l l a n t e p a s i ó n , y d i c e : Han taladrado mis manos y mis a un profundo sueño, y me levanté, porque el Señor me tomará
pies y han contado mis huesos uno a uno. Y ellos se pusieron bajo su amparo? ¿ H a b r á a l g u i e n q u e d e s a t i n e h a s t a el p u n t o
a mirarme y a observarme. E s t a s p a l a b r a s están s e ñ a l a n d o su de c r e e r q u e el profeta q u i s o s e ñ a l a r c o n p i e d r a b l a n c a el q u e
c u e r p o , t e n d i d o en l a c r u z ; sus pies y s u s m a n o s , t a l a d r a d a s d u r m i ó y se l e v a n t ó , si este s u e ñ o n o f u e r a l a m u e r t e , y el des-
con c l a v o s , y q u e d e este m o d o b r i n d ó a l o s c u r i o s o s y obser- p e r t a r , l a r e s u r r e c c i ó n , q u e c o n v i n o se a n u n c i a r a d e C r i s t o b a j o
v a d o r e s u n g r a t o e s p e c t á c u l o . Y a ñ a d e : S e repartieron entre esta i m a g e n ? E n el s a l m o 4 4 a p a r e c e esto con luz m á s m e r i -
sí mis vestidos y sortearon mi túnica, p r o f e c í a c u y o c u m p l i m i e n - d i a n a . E n p e r s o n a del M e d i a d o r se n a r r a n , s e g ú n c o s t u m b r e ,
to l i t e r a l n a r r a el E v a n g e l i o . A esta luz, l a s cosas m e n o s c l a r a s c o m o p a s a d a s l a s cosas q u e se p r o f e t i z a b a n f u t u r a s . L a s cosas
q u e en él se dicen, se e n t i e n d e n p e r f e c t a m e n t e h a c i é n d o l a s con-
gelica narratur historia " . Tune profecto et alia recte intelliguntur, quae
ita clarum est, ut non solum infideliter et infeliciter, sed etiara impuden- ibi minus aperte dicta sunt, cum congruunt his quae tanta manifestatione
ter negetur. Et ipsi quippe fatentur inimici, ex Sion missam fuisse legem claruerunt: praesertim quia et illa quae non transacta credimus, sed prae-
Christi, quod Evangelium nos vocamus, et eam virgam virtutís eius agno- sentia contuemur, sicut in eodem psalmo leguntur tanto ante praedicta,
scimus. Dominan vero eum in medio inimicorum suorum, iidem ipsi inter ita nunc exhibíta iam toto orbe cernuntur. Ibi enim paulo post dicitur:
quos dominatur, dentibus frendendo et tabescendo, et nihil adversus eum Commemorabuntur, et convertentur ad Dominum universi fines terrae, et
valendo, testantur. Deinde quod paulo post dicit, Iuravit Dominus, et non adorabunt in conspectu eius universae patriae gentium; quoniam Domini
poenitebit eum: quibus verbis immutabile futurum esse significat, quod est regnum, et ipse dominabitur gentium °8.
adiungit, Tu es sacerdos in aeternum secundum ordinem Melchisedech "4,
ex eo quod iam nusquam est sacerdotium et sacrificium secundum ordi- CAPUT XVIII
nem Aaron, et ubique offertur sub sacerdote Christo, quod protulit Mel-
chisedech, quando benedixit Abraham ", quis ambigere permittitur, de quo DE PSALMO TERTIO, ET DE QUADRACESIMO, ET DE QUINTO DÉCIMO, ET DE
ista dicantur? Ad haec itaque manifesta referuntur, quae paulo obscurius SEXAGÉSIMO SÉPTIMO, IN QUIBUS MORS ET RESURRECTIO DOMINI
in eodem psalmo posita sunt, quando recte intelliguntur: quod in nostris FROPHETANTUR
iam popularibus Sermonibus fecimus. Sic et in illo ubi humilitatem pas-
sionis suae per prophetiam Christus eloquitur, dicens: Foderunt manus I. De resurrectione quoque eius nequáquam Psalmorum oracula ta-
meas et pedes, dinumeraverunt omnia ossa mea. Ipsi vero consideraverant cuerunt. Nam quid est aliud quod in Psalmo tertio ex persona eius ca-
et conspexerunt me. Quibus utique verbis in cruce corpus significavit ex- nitur, Ego dormivi, et somnum cepi; exsurrexi quoniam Dominus suscipiet
tentum, manibus pedibusque confixis et clavorum transverberatione con- me? " An forte quisquam ita desipit, ut credat velut aliquid magnum
fossis, eoque modo se spectaculum considerantibus et conspicientibus prae- nobis indicare voluisse Prophetam, quod dormierit, et exsurrexerit, nisi
buisse. Addens etiam, Diviserunt sibi vestimenta mea, et saper vestem somnus iste mors esset, et evigilatio resurrectio, quam de Christo sic opor-
meam miserunt sortera 98. Quae prophetia quemadmodum impleta sit, evan- tuit prophetari? Nam et in quadragesimo multo manifestius id ostenditur,
ubi ex persona eiusdem Mediatoris, more sólito, tanquam praeterita nar-
94
P s . 109,1.2.4.
38
G e n . 14,18 scvq. "38 Mt. 27,35.
,s
, P s . 31,17-10 Ps. jr.íS.sg.
•' Ps. 3,6-
1226 LA CIUDAD DE DIOS XVII, 18, 1 XVII, 18, 2 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1227
f u t u r a s p a r e c e n c o m o q u e e r a n ya r e a l i d a d en la p r e d e s t i n a c i ó n g u e r r a y la d e s t r u c c i ó n q u e siguió a la p a s i ó n y r e s u r r e c c i ó n
y p r e s c i e n c i a de D i o s , p o r q u e e r a n ciertas [ 2 4 ] . Prorrumpían ríe Cristo, n e g a r á este h e c h o ? El m a t a d o p o r e l l o s resucitó, y
mis enemigos en imprecaciones contra mí: ¿Cuándo morirá les dio l u e g o u n c o r r e c t i v o t e m p o r a l , r e s e r v a n d o otro a los im-
éste, decían, y se acabará su memoria? Si alguno entraba a vi- penitentes p a r a c u a n d o venga a j u z g a r a los vivos y a los muer-
sitarme, su corazón hablaba con mentiras y tramaba iniquida- Ios. E l m i s m o J e s ú s , d e s c u b r i e n d o a los a p ó s t o l e s al t r a i d o r
des contra mí. Salíase afuera y se confabulaba con los otros. a l a r g á n d o l e u n b o c a d o , citó este v e r s i l l o del s a l m o y se lo
Susurraban contra mí todos mis enemigos; todos conspiraban a p l i c ó a sí m i s m o : El que comía de mi pan levantó sobre mí
para acarrearme males. Sentencia inicua pronunciaron contra su planta. E s t o o t r o : En quien esperaba, n o c o n v i e n e a la cabe-
mí. Mas ¿por ventura el que duerme no ha de volver a levan- za, sino al c u e r p o , p u e s el S a l v a d o r n o d e s c o n o c í a al t r a i d o r ,
tarse? E s t a s p a l a b r a s están i n s i n u a n d o s e n c i l l a m e n t e u n a inter- ya que a n t e s h a b í a d i c h o : Uno de vosotros es un diablo. Mas

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p r e t a c i ó n , y es c o m o si d i j e r a : ¿ A c a s o el q u e m u e r e n o h a de a c o s t u m b r a a t o m a r s o b r e sí la p e r s o n a de sus miembro," y a
t o r n a r a la v i d a ? L a s a n t e r i o r e s p r u e b a n q u e sus e n e m i g o s ma- a t r i b u i r s e a sí lo q u e es de ellos, p o r q u e c a b e z a y m i e m b r o s
q u i n a r o n y d i s p u s i e r o n su m u e r t e y q u e esto se realizó gra- f o r m a n u n solo c u e r p o , Cristo [ 2 5 ] . Así se e x p l i c a a q u e l l o del
cias a a q u e l q u e e n t r a b a a v i s i t a r l e y s a l í a p a r a t r a i c i o n a r l e . E v a n g e l i o : Tuve hambre y me disteis de comer, y así lo e x p o -
¿ A q u i é n n o se le viene a l a s m i e n t e s J u d a s , t r o c a d o de discípu- ne é l : Cuando lo hicisteis a uno de estos mis pequeñuelos, a
lo en t r a i d o r ? Y c o m o h a b í a n de l l e v a r a efecto sus m a q u i n a - mí me lo hicisteis. D i j o , p u e s , q u e e s p e r a b a lo q u e h a b í a n es-
ciones, es decir, le h a b í a n de d a r m u e r t e , d a n d o a e n t e n d e r q u e p e r a d o de J u d a s sus d i s c í p u l o s c u a n d o fué a g r e g a d o a los
ellos con m a l i c i a v a n a d a r í a n m u e r t e al q u e r e s u c i t a r í a , a g r e g ó apóstoles.
este verso, c o m o d i c i e n d o : ¿ Q u é h a c é i s , i n s e n s a t o s ? V u e s t r o cri-
2. L o s j u d í o s , sin e m b a r g o , n o creen q u e el Cristo que es-
m e n será m i s u e ñ o . ¿Acaso el que duerme no ha de volver a le-
p e r a n h a y a de m o r i r . P o r eso n o creen t a m p o c o q u e el C r i s t o
vantarse? Y, sin e m b a r g o , t a m a ñ o desafuero n o h a de q u e d a r
a n u n c i a d o p o r la ley y p o r los p r o f e t a s sea n u e s t r o , sino ú n i -
sin castigo, s e g ú n se d e d u c e de los s i g u i e n t e s v e r s í c u l o s : Y lo
c a m e n t e s u y o , y lo figuran exento de la m u e r t e . Y sostienen con
que es más, un hombre con quien vivía yo en dulce paz, y en
a d m i r a b l e c e g u e r a y v a n i d a d q u e las p a l a b r a s c i t a d a s signi-
quien yo esperaba, y que comía de mi pan, levantó contra mí
fican n o la m u e r t e y la r e s u r r e c c i ó n , sino el s u e ñ o y el desper-
su planta, es decir, m e p i s o t e ó . Pero tú, Señor—añade—, ten
t a r . P e r o el s a l m o 15 les g r i t a : Por eso se regocijó mi corazón
piedad de mí y resucítame, y yo les daré su merecido. ¿Quién,
y prorrumpió en cánticos después mi lengua. Más aún, mi car-
v i e n d o a los j u d í o s a r r a n c a d o s de raíz de sus sitiales con l a
strage et excidio funditus eradicatos videt? Occisus enim ab eis resurre-
rantur, quae futura prophetabantur; quoniam quae ventura erant iam in xit, et reddidit eis interim temporariam disciplinam, excepto quod non
praedestinatione et praescientia Dei velut facta erant, quia certa erant. correctis servat, quando vivos et mortuos iudicabit. Nam Dominus ipse
Inimici, inquit, mei dixerunt mala mihi: Quando morietur, et peribit no- fesus istum ipsum traditorem suum per panem porrectum ostendens Apo-
raen eius? Et si ingrediebatur ut videret, vana locutum est cor eius, con- stolis "", hunc etiam versum psalmi huius commemoravit, et in se dixit
gregavit iniquitatem sibi. Egrediebalur joras, et loquebatur simul in unum. impletum: Qui edebat panes meos, ampliavit super me calcaneum. Quod
Adversas me susurrabant omnes inimici mei, adversas me cogitabant mala autem ait, In quem speravi, non congruit capiti, sed corpori. Ñeque enim
mihi. Verbum iniquum disposuerunt adversus me: Numquid qui dormit, nesciebat eum ipse Salvator, de quo ante iam dixerat, Unus ex vobis día-
non adiiciet ut resurgat? Hic certe ita posita sunt verba haec, ut nihil bolus est102. Sed solet in se membrorum suorum transferre personam, et
aliud dixisse intelligatur, quam si diceret, Numquid qui moritur, non sibi tribuere quod esset illorum, quia caput et corpus unus est Christus:
adiiciet ut reviviscat? Superiora quippe demonstrant mortem ipsius cogi- unde illud est in Evangelio, Esurivi, et dedistis mihi manducare. Quod
tasse et disposuisse inimicos eius, et hoc actum esse per eum qui ingre- exponens ait: Quando uni ex minimis meis fecistis, mihi fecistis1"3. Se
diebatur ut videret, et egrediebatur ut proderet. Cui autem hic non occur- ¡taque dixit sperasse, quod tune speraverant de luda discipuli eius, quan-
rat ex discípulo eius factus traditor ludas? Quia ergo facturi erant quod do est connumeratus Apostolis.
moliebantur, id est, occisuri erant eum, ostendens illos vana malitia 2. Iudaei autem Christum, quem sperant, moriturum esse non spe-
frustra occisuros resurrecturum, sic adiecit hunc versum, velut si diceret, rant. Ideo quem Lex et Prophetae annuntiaverunt, nostrum esse non pu-
Quid agitis vani? quod vestrum scelus erit, meus somnus erit. Numquid tant; sed nescio quem suum, quem sibi alienum a mortis passione con-
qui dormit, non adiiciet ut resurgat? Et tamen eos tam magnum nefas fingunt. Ideo mirabili vanitate atque caecitate verba quae posuimus, non
non impune facturos, consequentibus indicat versibus, dicens: Etenim mortem et resurrectionem, sed somnum et evigilationem significasse con-
homo pacis meae in quem speravi, qui edebat panes meos, ampliavit su- tendunf. Sed clamat eis etiam Psalmus quintus decimus: Proptcr hoc
per me calcaneum; hoc est, conculcavit me. Tu autem, inquit, Domine, iucundatum est cor meum, et exsultavit lingua mea, insuper et caro mea
miserere mei, et resuscita me, et reddam Mis 10°. Quis hoc iam neget, qui requiescet in spe: quoniam non derelinques animam meam in inferno, ner,
Iudaeos post passionem resurrectionemque Christi de sedibus suis bellica 101
l o . 13,26.
102
100
I b i d . , 6,7!.
P s . 40, 6 - n . 1M
M t . 25,35.40.
1228 LA CIUDAD DE DIOS XVjl, 18, 2 XVS^, 1 9 DE [¿OS PROFETAS A CRISTO 1229
ne descansará en la esperanza. Porque yo sé que no has de
abandonar mi alma en el sepulcro, ni permitirás que tu santo
experimente la corrupción. ¿Quién diría que su carne descansó CAPITULO XIX
con la esperanza de no ser abandonada por el alma en el se-
pulcro, sino de revivir tornando a ella para no ser corrompida, E L SALMO 68 Y LA INFIDELIDAD DE LOS JUDÍOS
como suelen corromperse los cadáveres, sino el que resucitó al Mas como los judíos no ceden a testimonios tan manifiestos
tercer día ? A la verdad que esto no pueden decirlo del rey pro- como son los de esta profecía, llevadas las cosas a un efecto
feta, de David. tan cierto, indudablemente se cumple en ellos lo del salmo si-
Y el salmo 67 canta: Nuestro Dios es un Dios que salva y guiente. El profeta dice allí en persona de Cristo lo relativo a
el Señor saldrá por la muerte. ¿Es posible bablar ya más cla- su pasión y expresó lo que se patentizó en el Evangelio: Pre-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ro? El Dios que salva es Jesús, que significa Salvador, o Salud. sentáronme hiél para comida y en mi sed me dieron a beber vi-
La razón de este nombre se dio en las palabras que se dijeron nagre. Tras este banquete y tras unos manjares de esta calidad,
antes de nacer de la Virgen: Parirás un hijo. Y le pondrás por añadió: En justo pago conviértasele su mesa en lazo de perdi-
nombre Jesús, pues El salvará al pueblo de sus pecados. Y como ción. Obscurézcanse sus ojos para que no vean y tráelos siempre
vertió su sangre en remisión de esos pecados, no debió salir de agobiados, etc. Todo esto no es un deseo, sino una predicción
la vida por otra puerta que la de la muerte. Por eso, en ha- profética con capa de deseo. ¿Qué tiene, pues, de particular que
biendo dicho: Nuestro Dios es el Dios que salva, añadió en no vean aquellos cuyos ojos están obscurecidos para que no
seguida: Y el Señor saldrá por la muerte, para dar a entender vean? ¿Qué tiene de particular que no miren las cosas celes-
que nos había de salvar muriendo. Se dice con admiración: tiales quienes tienen su cerviz siempre encorvada a fin de que
Y el Señor, como diciendo: Tal es la vida de los mortales, que estén inclinados a las cosas terrenas? Estas metáforas tomadas
ni el Señor mismo ha tenido otra puerta de salida que la muerte. del cuerpo denotan realmente los vicios del alma.
Y para poner límite a mi pluma, baste lo dicho sobre los
dabis Sanctum tuum videre corruptionem '". Quis in ea spe diceret re-
qnievisse carnem suam, ut non derelicta anima sua in inferno, sed cito Salmos, es decir, sobre las profecías del rey David. Los lecto-
ad eam redeunte revivisceret, ne corrumperetur, sicut cadavera corrumpi res para quienes es esto archiconocido perdónenme y no se
solent, nisi qui die tertio resurrexit? Quod utique dicete non possunt de quejen de que haya omitido pasajes, según su entender, más
propheta et rege David. Clamat et sexagesimus septimus Psalrous: Deus decisivos y propios [ 2 6 ] .
noster, Deus salvos faciendi, et Domini exitus mortis1M, Quid apertius
diceretur? Deus enim salvos faciendi Dominus est Iesus, quod interpre-
tatur Salvator, sive Salutaris. Nam ratio nominis huius haec reddita est, CAPUT XIX
quando priusquam ex virgine nasceretur dictum est: Pariet filium, et
vocabis nomen6 ñus lesum. ¡pse enim salvum faciet populum suam a pee- DE PSALMO SEXAGÉSIMO OCTAVO, IN QUO IUDAEORUM PERTINAX INFIDELITAS
catis eorum " . In quorum peccatorum remissionem quoniam sanguis eius DECLABATUR
effusus est, non utique oportuit eum de hac vita exitus alios habere quam Sed ut Iudaei tam manifestis huius prophetiae testimoniis, etiain rebus
mortis. Ideo cum dictum esset, Deus noster, Deus salvos faciendi; conti- ad effectum tam clarum certumque perductis, omnino non cedant, pre-
nuo subiunctum est, Et Domini exitus mortis; ut ostenderetur moriendo fecto in eis illud impletur, quod in eo psalmo qui hunc sequitur, scriptum
salvos esse facturas. Sed mirando dictum est, Et Domini; tanquam dice- est. Cum enim et illie ex persona Christi, quae ad eius passionem perti-
retur, Talis est ista vita mortalium, ut nec ipse Dominus aliter ab illa nent, prophetice dicerentur, commemoratum est quod in Evangelio patuit:
exiret, nisi per mortem. Dederunt in escam meam fel, et in siti mea potum mihi dederunt ace-
104
P s . 15,9 et ro.
tum 1°*. Et velut post tale convivium epulasque sibi huiuscemodi exhibitas
105
P s . 67,21. mox intulit, Fiat mensa eorum coram ipsis in muscipulam, et m retribu-
w s
M t . t,2l. tionem, et in scandalum: obscurentur oculi eorum ne videant, et dorsum
eorum semper incurva "*, et caetera, quae non optando sunt dicta, sed
optandi specie prophetando praedicta. Quid ergo mirum, si haec mani-
festa non vident, quorum oculi sunt cbscurati, ne videant? quid mirum,
si caelestia non suspiciunt, qui ut in terrena sint proni, dorsum eorum
semper incurvum est? His enim verbis translatis a corpore, vitia signi-
ficantur animorum. Ista de Psalmis, hoc est de prophetia regis David, satis
dicta sint, ut aliquis modus sit. Ignoscant autem qui haec legunt, et
cuneta illa noverunt; et de his quae fortasse firmiora me praetermisisse
val intelligunt, vel existimant, non querantur.
107 lM
P s . 6«,32 ; M t . 57,34-4». P s . 78,23.24.
1230 U CIUDAD PE DIOS XVII,2¡0, 1 XVÜÍ. 20, 1 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1231

i m p í o s m a t a d o r e s : Armemos, pues, lazos al justo, visto que no


C A P I T U L O XX es de provecho para nosotros y que es contrario a nuestras obras
y nos eúha en cara los pecados contra la Ley. Y nos desacredita
REINADO Y M E R E C I M I E N T O S D E DAVID Y DE SALOMÓN, S Ü HIJO.
divulgando nuestra depravada conducta. Protesta tener la cien-
cia de Dips y se llama a sí mismo Hijo de Dios. Se ha hecho
P R O F E C Í A S SOBRE C R I S T O EN S U S LIBROS PRESUNTOS O REALES
el censor de nuestros pensamientos. No podemos sufrir ni aun
I . D a v i d , h i j o de la J e r u s a l é n celestial, t a n e n c o m i a d o p o r su vista, porque no se asemeja su vida a la de los otros y sigue
la E s c r i t u r a , r e i n ó en la J e r u s a l é n t e r r e n a . S o b r e p a s ó sus deli- una conducta muy diferente. Nos mira como ai gente frivola y
tos con su h u m i l d e y s a l u d a b l e p e n i t e n c i a ; t a n t o , q u e es, sin ridicula, se abstiene de nuestros usos como de inmundicias, pre-
d u d a , del número de a q u e l l o s de q u i e n e s d i c e : Felices aquellos fiere lo que esperan los justos en la muerte. Y se gloría de te-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a quienes se han perdonado sus iniauidades y se han borrado ner a Dios por padre. Veamos ahora si sus palabras son ver-
sus pecados. A D a v i d sucedió en el t r o n o su h i j o S a l o m ó n , q u e , daderas. Experimentemos lo que le acontecerá y veremos cuál
c o m o h e m o s a p u n t a d o , c o m e n z ó a r e i n a r en v i d a a ú n de su pa- será su paradero. Que, si es verdaderamente hijo de Dios, Dios
d r e . L a p r o s p e r i d a d , q u e h a s t í a el e s p í r i t u de los s a b i o s , le d a ñ ó le tomará a su cargo y le librará de las manos de sus adversa-
m á s q u e le a p r o v e c h ó la s a b i d u r í a , a ú n h o y d i g n a de m e m o r i a rios. Examinémosle a fuerza de afrentas y de tormentos para
y e n t o n c e s a l a b a d a p o r d o q u i e r a [ 2 7 ] . T a m b i é n él, al p a r e c e r , conocer su resignación y probar su paciencia. Condenémosle a
profetizó en sus l i b r o s . T r e s de e l l o s h a n s i d o a d m i t i d o s en el la más infame muerte, pues que, según sus palabras, será el
c a n o n : los P r o v e r b i o s , el Eclesiaslés y el C a n t a r de los Can- atendido. T a l e s cosas i d e a r o n y t a n t o d e s a t i n a r o n , c e g a d o s p o r
t a r e s . O t r o s dos, que l l e v a n p o r t í t u l o , u n o , la S a b i d u r í a , y o t r o , su s o b e r b i a .
el E c l e s i á s t i c o , p o r l a s e m e j a n z a d e estilo, l a t r a d i c i ó n l o s h a Y en el E c l e s i á s t i c o se p r e d i c e la fe de l o s g e n t i l e s en estos
a t r i b u i d o t a m b i é n a S a l o m ó n ¡ 2 8 ) . M a s los e n t e n d i d o s están t é r m i n o s : ¡Oh Dios, dominador de todas las cosas!, ten miseri-
de a c u e r d o en decir q u e n o son de él. C o n t o d o , la I g l e s i a , p r i n - cordia de nosotros e infunde tu temor en todas las naciones.
c i p a l m e n t e la o c c i d e n t a l , ya desde a n t i g u o los h a a d m i t i d o Levanta tu brazo contra las naciones extrañas y experimenten
c o m o c a n ó n i c o s [ 2 9 ] . E n u n o de éstos, en la S a b i d u r í a , se p r e - tu poder. En presencia de ellos demostraste en nosotros tu san-
dice c l a r a m e n t e la p a s i ó n de C r i s t o . H e a q u í la r e l a c i ó n de sus tidad, a fin de que conozcan, como nosotros liemos conocido,
¿oh Señor!, que no hay Dios fuera de ti. E s t a p r o f e c í a en f o r m a
de o r a c i ó n y de s ú p l i c a la v e m o s c u m p l i d a p o r J e s u c r i s t o . P e r o
CAPUT XX
centes: Circumveniamus iustum, quoniam insuavis est nobis, et contrarias
D E KKGNO AC MÉRITO DAVID, ET DE FILIO irsius SALOMÓSE, EAQUE PROPHE- est operibus nostris, et improperen nobis peccata legis, et infamat in nos
TIA QUAE AD C H R I S T U M PERTINENS INVENITUR, VEL IN EIS LIBRIS QUI SCRIPTIS peccata disciplinae nostrae. Promittit scientiam Dei se habere, et filium
IPSIUS COPULANTUR, VEL IN EIS QUOS IPSIUS ESSE NON DUBIUM EST Dei se nominat. Factus est nobis in traductionem cogitationum nostrarum.
Gravis est nobis etiam ad videndum, quoniam dissimilis est alus vita illius,
I. Regnavit ergo David in terrena lerusalem, filius caelestis Ierusa- et immutatae viae eius. Tanquam nugaces aestimati sumus ab illo, et
lem, divino multum testimonio praedicatus: quia et delicia eiiis tanta abstinet se a viis nostris quasi ab immunditiis: praefert novissíma ius-
pietate superata sunt, per saluberrimam poenitendi humilitatem, ut prorsus torum, et gloriatur patrem Deum se habere. Videamus ergo si sermones
inter eos sit, de quibus ipse ait, Beati quorum remissae sunt iniquitates, illius veri sunt, et. tentemus quae ventura sunt illi, et sciemus quae erunt
et quorum tecla sunt peccata 109. Post hunc regnavit eidem populo uni- novissima eius. Si enim iustus est filius Dei, suscipiet illum, et liberabit
verso Salomón eius filius, qui, ut supra dictum est, patre suo vívente eum de mana contrariorum. Contumelia et tormento interrogemus illum,
coepit regnare. Hic bonis initiis, malos exitus habuit. Quippe secundae ut sciamus reverentiam illius, et probemus patientiam ipsius. Morte tur-
res, quae sapientium ánimos fatigant, magis huic obfuerunt, quam profuít pissima condemnemus illum: erit enim ei respectas ex sermonibus illius.
ipsa sapientia, etiam nunc et deinceps memorabilis, et tune longe lateque Haec cogitaverunt, et erraverunt: excaecavit enim illos malitiaipsorum11".
laúdala. Prophetasse etiam ipse reperitur in suis libris, qui tres recepti In Ecclesiastico autem fides gentium futura praedicitur isto modo: Mise-
sunt in auctoritatem canonicam, Proverbia, Ecclesiastes, et Canticum can- rere nostri, dominator Deus omnium, et immitte timorem tuum super
ticorum. Alii vero dúo, quorum unus Sapientia, alter Ecclesiasticus dici- omnes gentes: extolle manum tuam super gentes alienas, et videant po-
tur, propter eloquii nonnullam similitudinem, ut Salomonis dicantur, tentiam tuam. Sicut coram Mis sanctificatus es in nobis, ita coram nobis
obtinuit consuetudo: non autem esse ipsius, non dubitant doctiores; eos magnificeris in Mis, ut agnoscant te secundum quod et nos agnovimus te,
tamen in auctoritatem, máxime occidentalis, antiquitus recepit Ecclesia: quia non est Deus praeter te, Domine m . Hanc optandi et precandi specie
quorum in uno, qui appellatur Sapientia Salomonis, passio Christi aper- prophetiam per Iesum Christum videmus impletam. Sed adversus contra-
tissime prophetatur. Impii quippe interfectores eius commemorantur di-
110
S a p . 3,13-21.
10 m
» P s . 31,1. E c o l i . 36,1-5.
1232 LA CIUDAD DE DIOS XVIII.^O, 2 XW% 20,2 DI; t o s PROFETAS A CRISTO 1233

c o m o estos l i b r o s n o e s t á n en el c a n o n de los j u d í o s , tienen c o m o l o s m i e m b r o s a la cabeza, sujetó su I g l e s i a ; q u e i n m o l ó


m e n o s fuerza c o n t r a l o s c o n t r a d i c t o r e s . las v í c t i m a s de los m á r t i r e s , q u e p r e p a r ó la m e s a con v i n o y
2 . H a c e r v e r q u e c u a n t o de esta l a y a se dice en i o s t r e s p a n — c l a r a a l u s i ó n al s a c e r d o c i o s e g ú n el o r d e n de M e l q u i s e -
l i b r o s , q u e c i e r t a m e n t e son de S a l o m ó n , y q u e los j u d í o s reco- d e c — y que l l a m ó a los i n s e n s a t o s y d e s t i t u i d o s de j u i c i o , p u e s ,
n o c e n c o m o c a n ó n i c o s , c o n v i e n e a Cristo y a l a Iglesia, se- s e g ú n l a e x p r e s i ó n del A p ó s t o l , escogió a los d é b i l e s p a r a con-
ría m u y p e n o s o , y de a b o r d a r l o n o s l l e v a r í a m á s a l l á de lo fundir a los fuertes. A los d é b i l e s se d i r i g e en este l u g a r :
j u s t o . Sin e m b a r g o , este d i s c u r s o de los v a r o n e s i m p í o s , q u e Dejad la estulticia para vivir y buscad la prudencia para te-
l e e m o s en los P r o v e r b i o s : Escondamos injustamente en la tie- ner vida. H a c e r s e p a r t í c i p e de su m e s a es c o m e n z a r a t e n e r
rra al varón justo y traguémosle vivo como lo hace el infierno. vida [ 3 0 ] . Y ¿ q u é significación m á s p r o p i a p u e d e d a r s e a a q u e -
Borremos su memoria de la tierra y echemos mano a su precio- llas p a l a b r a s del E c l e s i a s t é s : El hombre no tiene más bien que
sa heredad, n o es t a n o b s c u r o c o m o p a r a n o p o d e r f á c i l m e n t e lo que come y bebe, q u e a p l i c a r l a s a l a p a r t i c i p a c i ó n de esta

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


e n t e n d e r l o de Cristo y de su I g l e s i a . A l g o s e m e j a n t e p u s o J e s ú s mesa, q u e el M e d i a d o r del N u e v o T e s t a m e n t o , s a c e r d o t e s e g ú n
en b o c a de los m a l o s c o l o n o s en la p a r á b o l a e v a n g é l i c a : He el o r d e n de M e l q u i s e d e c , b r i n d a de su c u e r p o y s a n g r e ? Este
aquí el heredero; venid, matémosle, y será nuestra la heredad. sacrificio sucedió a los sacrificios del V i e j o T e s t a m e n t o , q u e n o
A s i m i s m o , el texto ya c i t a d o de este l i b r o , al t r a t a r de l a e r a n m á s q u e u n s í m b o l o del f u t u r o .
estéril, h a n s o l i d o e n t e n d e r l o s i e m p r e de Cristo y de la I g l e s i a E n el s a l m o 39 r e c o n o c e m o s t a m b i é n la voz del M e d i a d o r ,
q u i e n e s c o n o c i e r o n q u e Cristo es la S a b i d u r í a de D i o s . La Sa- que h a b l a p o r b o c a del p r o f e t a : No has querido sacrificios ni
biduría se fabricó una casa y labró siete columnas. Inmoló sus oblaciones, pero me has dado un cuerpo perfecto. Y es q u e , en
víctimas, escanció su vino en la copa y preparó su mesa. Envió l u g a r de t o d o s a q u e l l o s sacrificios y o b l a c i o n e s , se ofrece su
a sus siervos a convocar con excelente encomio al banquete, di- c u e r p o y se a d m i n i s t r a a los c o m u l g a n t e s . Q u e el Eclesiastés
ciendo: Si hay algún necio, que venga a mí. Y a los carentes de no p i e n s a en los b a n q u e t e s del p l a c e r c a r n a l al h a b l a i de
juicio les dijo: Venid a comer de mi pan y a beber el vino que c o m e r y b e b e r — p u n t o este f r e c u e n t e m e n t e r e p e t i d o y g r a n d e -
os tengo preparado. Estas p a l a b r a s nos dejan entrever que la m e n t e e n c a r e c i d o — , lo d e j a asaz e n t r e v e r c u a n d o d i c e : Mejor
S a b i d u r í a de D i o s , o sea, el V e r b o , c o e t e r n o al P a d r e , se edificó es ir a una casa de luto que a una taberna; y poco después:
u n a casa en el seno de la V i r g e n , el c u e r p o h u m a n o , y q u e a él,

dictores non tanta firmitate proferuntur, quae scripta non sunt in canone coaeternum, in útero virginali domum sibi aedificasse Corpus humanum,
ludaeorum. et huic, tanquam capiti membra, Ecclesiam subiumxisse, martyrum victi-
2. In tribus vero illis, quos Salomonis esse constat, et Iudaei canó- mas immolasse, mensam in vino et panibus praeparasse, ubi apparet etiam
nicos habent, ut ostendatur ad Christum et Ecclesiam pertinere quod in sacerdotium secundum ordinem Melchisedech, insipientes et inopes sensu
eis eiusmodi reperitur, operosa disputatio necessaria est, quae nos ultra vocasse; quia, sicut dicit Apostolus, infirma huius mundi elegit, ut con-
quam oportet, si nunc adhibetur, extendit. Tamen quod in Proverbiis funderet fortia 11B. Quibus tamen infirmis quod sequitur dicit: Derelin-
legitur, viros impios dicere, Abscondamus in térra virum iustum iniuste, quite insipientiam, ut vivatis; et quaerite prudentiam, ut habeatis vitam
absorbeamus vero eum tanquam infernus viventem, et auferamus eius me- Participem autem fieri mensae illius, ipsum est incipere habere vitam.
moriam de térra, possessionem eius pretiosam apprehendamus l l 2 ; non ita Nam et in alio libro, qui vocatur Ecclesiastes, ubi ait, Non est bonum
obscurum est, ut de Christo et possessione eius Ecclesia sine laboriosa homini, nisi quod manducabit et bibet""; quid credibilius dicere intelli-
expositione non possit intelligi. Tale quippe aliquid etiam Dominus ipse gitur, quam quod ad participationem mensae huius pertinet, quam sacer-
lesus per evangelicam parabolam ostendit dixisse malos colonos: Hic est dos ipse Mediator Testamenti novi exhibet secundum ordinem Melchise-
haeres, venite, occidamus eum, et nostra erit haereditas l l s . Itemque illud dech de corpore et sanguine suo? Id enim sacrificium successit ómnibus
in eodem libro, quod iam ante perstrinximus, cum ageremus de sterili illis sacrificiis veteris Testamenti, quae immolabantur in umbra futuri:
quae peperit s e p t e m " ' , nonnisi de Christo et Ecclesia mox ut fuerit propter quod etiam vocem illam in Psalmo tricésimo et nono eiusdem
pronuntiatum consuevit intelligi ab eis, qui Christum Sapientiam Dei esse Mediatoris per prophetiam loquentis agnoscimus: Sacrificium et oblatio-
noverunt. Sapientia aedificavit sibi domum, et suffulsit columnas septem; nem noluisti, corpas autem perfecisti mihi110. Quia pro illis ómnibus sa-
immolavit suas victimas, miscuit in cratere vinum suum, et paravit men- crificiis et oblationibus corpus eius offertur, et participantibus ministratur.
sam suam. Misit servos suos convocans cum excellenti praedicatione ad Nam istum Ecclesiastem in hac sententia manducandi et bibendi, quam
cráterero, dicens: Quis est insipiens? divertat ad me. Et inopibus sensu saepe repetit, plurimumque commendat, non sapere carnalis epulas vo-
dixit: Venite, mandúcate de meis panibus, et bibite vinum quod miscui luptatis, satis illud ostendit, ubi ait, Melius est iré in domum luctus, quam
vobis 115. Hic certe agnoscimns Dei Sapientiam, hoc est, Verbum Patri iré in domum potus: et paulo post, Cor, inquit, sapientium in domo luctus,
J]2
P r o v . 1,11-13. in i cor. 1,37.
113
114
M t . 21,38. "' Prov. 9,6.
115
Supra, c.4 n.4. »• Ked. 8,15.
Prov. 9.1-5. "• Ps. 3&7-
1234 M CIUDAD DE DIOS XJVÜI/20,2 XVII, 2 1 DE tOS PROFETAS A CKISTO 1235

El corazón de los sabios va a la casa del luto, y el corazón de c u n d i d á d , a p a r e c i e n d o el e s p o s o , a q u i é n se dice en el C a n t a r :


los necios, a la casa de banquetes. Los jusios te aman, y la esposa, q u e o y e : La caridad en tus
P e r o estimo m á s d i g n o de m e n c i ó n lo t o c a n t e a l a s d o s delicias. P o r tener a n t e la vista el fin de l a o b r a , p a s a m o s
c i u d a d e s , la d e l d i a b l o y la d e Cristo, y a sus d o s reyes, Cristo p o r a l t o m u c h a s cosas.
y el d e m o n i o . Desdichado de ti, ¡oh país!—dice—, cuyo rey \
es un adolescente y cuyos príncipes comen de mañana. Dicho-
sa tú, tierra, cuyo rey es hijo de los naturales y cuyos prínci- \ C A P I T U L O X X I
pes comen a su tiempo en fortaleza y no en confusión. Llamó \
a d o l e s c e n t e a l d i a b l o p o r su estulticia y su s o b e r b i a , temeri-
REYES POSTERIORES A SALOMÓN EN J U D Á Y EN ISRAEL
d a d , p e t u l a n c i a y d e m á s vicios q u e suelen a b u n d a r en esa
e d a d [ 3 1 ] ; y a Cristo, h i j o de los n a t u r a l e s , es decir, de l o s E n los d e m á s reyes de J u d á y de I s r a e l p o s t e r i o r e s a Salo-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


santos patriarcas, ciudadanos de la Ciudad libre, de quienes m ó n , a p e n a s se e n c u e n t r a u n a profecía q u e en sus e n i g m á t i c o s
fué c a r n a l m e n t e e n g e n d r a d o . L o s p r í n c i p e s de a q u e l l a c i u d a d dichos y a d i v i n a c i o n e s dé c a b i d a a Cristo y a l a I g l e s i a . J u d á
c o m í a n de m a d r u g a d a , o sea, a n t e s d e l a h o r a d e b i d a , por- e I s r a e l f u e r o n l o s n o m b r e s de l a s d o s p a r t e s en q u e se divi-
q u e n o e s p e r a b a n la felicidad r e a l en el siglo f u t u r o , q u e es l a dió el r e i n o , p o r j u i c i o d e D i o s en p r e m i o al c r i m e n de Salo-
v e r d a d e r a , d e s e a n d o ser felices c u a n t o antes c o n l a felicidad m ó n , b a j o su h i j o , q u e le sucedió en el t r o n o . L a s diez t r i b u s
del m u n d o . E n c a m b i o , los p r í n c i p e s de l a C i u d a d de C r i s t o d a d a s a J e r o b o á n , esclavo de S a l o m ó n , c o n s t i t u i d o r e y de e l l a s
e s p e r a n p a c i e n t e m e n t e el t i e m p o d e l a f e l i c i d a d a u t é n t i c a . E s t o en S a m a r i a , se l l a m a r o n p r o p i a m e n t e I s r a e l , n o m b r e q u e f u é
i n d i c a n l a s e x p r e s i o n e s en fortaleza, no en confusión, porque común a todo aquel pueblo. Y las otras dos tribus, J u d á y
n o l o s e n g a ñ a l a e s p e r a n z a , d e l a cual dice el A p ó s t o l : La es- B e n j a m í n , q u e h a b í a n q u e d a d o s o m e t i d a s a J e r u s a l é n en con-
peranza no confunde. Y u n s a l m o : Ninguno que espere en ti s i d e r a c i ó n a D a v i d , cuyo reino n o d e b í a d e s g a j a r s e a su l i n a j e ,
quedará confundido. r e c i b i e r o n el n o m b r e de J u d á , p o r q u e d e esa t r i b u e r a D a v i d .
El C a n t a r de los C a n t a r e s es u n d e l i q u i o e s p i r i t u a l d e l a s L a t r i b u de B e n j a m í n , p a r t e , corno he d i c h o , de este r e i n o , e r a
a l m a s santas en las b o d a s del R e y y de la Reina de la Ciudad, la c u n a de S a ú l , p r e d e c e s o r d e D a v i d . A m b a s t r i b u s , c o m o
es decir, d e Cristo y d e l a I g l e s i a . P e r o ese d e l i q u i o está en- q u e d a a p u n t a d o , se l l a m a b a n J u d á , d i s t i n g u i é n d o s e c o n ese
vuelto b a j o el velo d e l a a l e g o r í a a fin de p r e n d e r su a n h e l o n o m b r e de I s r a e l , q u e se reservó a l a s diez t r i b u s q u e t e n í a n
m á s a r d i e n t e m e n t e en los p e c h o s y de d e s c u b r i r s e c o n m á s j o -
dius, el appareat sponsus, cui dieitur in eodem Cántico, Aequitas dilexit
et cor insipientium in domo epularum 1~°. Sed illud magis commemoran- fe'" 4 ; et sponsa quae ibi audit, Chantas in deliciis tuis l2". Tacita multa
dum existimo de hoc libro, quod pertinet ad civitates duas, unam diaboli, transimus, cura huius operis terminandi.
alteram Christi, et earum reges diabolum et Christum: Vae tibí, térra,
inquit, cuius rex adolescens, et principes tui mane comedunt. Beata tu,
térra, cuius rex tuus filius ingenuorum, et principes tui in tempore come- CAPUT XXI
dunt, in jortitudine, et non in conjúsione " \ Adolescentem dixit diabo-
lum, propter stultitiam, et superbiam, et temeritatem, et pe tulan tiam, DE RECIBUS POST SALOMONEM, SIVE IN IUDA, SIVE IN ISIÍAEL
caeteraque vitia, quae huic aetati assolent abundare: Christum autem
filium ingenuorum, sanctorum scilicet Patriarcharum, pertinentium ad Caeteri post Salomonem reges Hebraeorum vix inveniuntur per aliqua
liberam civitatem, ex quibus est in carne progenitus. Principes illius ci- aenigmata dictorum suorum rerumve gestarum, quod ad Christum et Ec-
vitatis mane manducantes, id est ante horam congruam; quia non exspec- clesiam pertineat, prophetasse, sive in luda, sive in Israel. Sic enim appel-
tant opportunam, quae vera est, in futuro saeculo felicitatem, festinanter latae sunt illius populi partes, ex quo propter Salomonis offensam tempore
beari huius saeculi celebritate cupientes. Principes autem civitatis Christi filii eius Roboam, qui patri successit ín regnum, Deo vindicante divisus
tempus non fallacis beatitudinis patienter exspectant. Hoc ait, in jortitu- est. Proinde tribus decem, quas accepit Ieroboam servus Salomonis, rex
dine, et non in confusione: quia non eos fallit spes; de qua dicit Aposto- eis in Samaria constitutus, proprie vocabantur Israel, quamvis hoc rmi-
lus, Spes autem non confundit123. Dicit et Pasalmus, Etenim qui te versi populi illius nomen esset. Duabus vero tribubus, Iudae scilicet et
exspectant, non confundentur 1=3. Iam vero Canticum canticorum spiritua- Beniamin, quae propter David, ne penitus regnum stirpis eius fuisset era-
lis quaedam sanctarum est voluptas mentium, in coniugio illius Regis et dicatum, remanserant subiacentes civitati lerusalem, Iudae nomen fuit:
reginae civitatis, quod est Christus et Ecclesia. Sed haec voluptas allego- quia ipsa erat tribus unde David. Benjamín vero tribus altera ad Ídem
rieis tegminibus involuta est, ut desideretur ardentius, nudeturque iucun- regnum, sicut dixi, pertinens, erat unde fuit Saúl rex ante David. Sed
simul istae duae tribus, ut dictum est, luda vocabantur; et hoc nomine
,2
° E c c l . 7,3.5. discernebantur ab Israel, quod appellabantur proprie decem tribus haben-
121
I b i d . , 10,16 e t 17
121
» " R o m . 5,5. C a n t . 1,3.
12S 12
Ps. 34,3. = I b i d . , 7,6.
1236 LA CIUDAD DE DIOS XvTLT, 22
XVÜT, 2 3 DE LOS PROFETAS A CRISTO 1237
su r e y p r o p i o . L a t r i b u de Leví, t r i b u s a c e r d o t a l , e n c a r g a d a d e l
c u l t o a D i o s n o sujeta a l o s reyes, h a c í a el n ú m e r o t r e c e . divina, t o d a l a n a c i ó n , fuera s e d u c i d o y se v o l v i e r a a l a es-
Y José, u n o de los doce h i j o s de I s r a e l , f o r m ó n o u n a t r i b u t i r p e de D a v i d . A s í i n t r o d u j o l a i d o l a t r í a en su r e i n o y e n g a ñ ó
s o l a m e n t e , c o m o los d e m á s , sino d o s , E f r a í n y M a n a s e s . N o con n e f a n d a i m p i e d a d al p u e b l o de D i o s , o b l i g á n d o l e a r e n d i r
o b s t a n t e , l a t r i b u d e Leví p e r t e n e c í a m á s a l r e i n o d e J e r u s a l é n , con él culto a l o s í d o l o s . C o n t o d o , n i a u n e n t o n c e s dejó D i o s
d o n d e e s t a b a el t e m p l o de D i o s , a l c u a l servía. U n a vez divi- de r e p r e n d e r p o r sus p r o f e t a s n o s o l a m e n t e a l r e y , sino t a m -
d i d o el r e i n o , r e i n ó en J e r u s a l é n R o b o á n , p r i m e r r e y de J u d á , bién a sus sucesores, i m i t a d o r e s d e su i m p i e d a d , y a t o d o el
h i j o d e S a l o m ó n , y en S a m a r í a , J e r o b o á n , r e y de I s r a e l , escla- pueblo. Allí y entre ellos vivieron los grandes y famosos pro-
vo de S a l o m ó n . Y c o m o R o b o á n i n t e n t a r a d e c l a r a r l a g u e r r a fetas E l i a s y Elíseo, su d i s c í p u l o , q u e h i c i e r o n m u c h a s m a r a -
como a rebelde a la parte separada, Dios prohibió al pueblo v i l l a s . A E l i a s , q u e decía en esta c o y u n t u r a : Señor, han pa-
p e l e a r c o n t r a s u s h e r m a n o s , y dijo p o r su p r o f e t a q u e eso fué sado a cuchillo a tus profetas, han destruido tus altares y he
quedado yo solo, y me buscan para quitarme la vida, se le res-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


o b r a s u y a . D e d o n d e se colige q u e en ese a s u n t o n o h u b o pe-
c a d o a l g u n o n i p o r p a r t e d e l r e y de I s r a e l n i p o r p a r t e d e l p o n d i ó q u e h a b í a allí siete m i l v a r o n e s q u e n o h a b í a n d o b l a d o
p u e b l o , sino ú n i c a m e n t e c u m p l i m i e n t o de u n castigo i m p u e s t o sus r o d i l l a s a n t e B a a l .
p o r l a v o l u n t a d de D i o s . U n a vez q u e l a c o n o c i e r o n a m b a s
p a r t e s , h i c i e r o n e n t r e sí l a s p a c e s , p u e s l a división fué de rei-
no, n o de r e l i g i ó n [ 3 2 ] . C A P I T U L O X X I I I

DIVERSOS AZARES DE L O S R E I N O S JUDÍOS HASTA LA CAUTIVIDAD


C A P I T U L O X X I I
Y en el r e i n o de J u d á , c u y a c a p i t a l e r a J e r u s a l é n , n o falta-
r o n t a m p o c o p r o f e t a s en t i e m p o d e l o s reyes s i g u i e n t e s . D i o s
JEROBOÁN Y LA IDOLATRÍA. PROFECÍAS DURANTE SU REINADO
los e n v i a b a c u a n d o le p l a c í a , b i e n p a r a a n u n c i a r l o q u e e r a
Mas Jeroboán, no creyendo con espíritu perverso a Dios, necesario, bien p a r a corregir los pecados y encomendar la jus-
cuya v e r a c i d a d h a b í a p r o b a d o al p r o m e t e r l e y r e c i b i r de su ticia. P o r q u e t a m b i é n a l l í , a u n q u e en m e n o r e s c a l a q u e en Is-
m a n o el r e i n o , t e m i ó q u e , si el p u e b l o i b a al t e m p l o d e D i o s , r a e l , h u b o reyes q u e o f e n d i e r o n g r a v e m e n t e a D i o s con sus
q u e estaba en J e r u s a l é n , d o n d e d e b í a sacrificar, según l a l e y i m p i e d a d e s , y f u e r o n c a s t i g a d o s m á s s u a v e m e n t e c o n el p u e b l o

tes suum regem. Nam tribus Levi, quoniam sacerdotalis fuit, Dei, non ficandi causa universae illi genti veniendum fuit, seduceretur ab eo popu-
regum servitio mancipata, tertia decima numerabatur. Ioseph quippe unus lus, et stirpi David tanquam regio semini redderetur; et instituit idolola-
ex duodecim íiliis Israel, non imam, sicut caeteri singulas, sed duas tri- triam in regno suo, et populum Dei secum simulacrorurn cultu obstrictum
bus fecit, Ephraem et Manassen. Veruratamen etiam tribus Levi ad regnum nefanda impietate decepit. Nec tamen omnímodo cessavit Deus non solum
Ierosolymitanum pertinebat magis, ubi erat Dei templum, cui serviebat. illum regem, verum etiam successores eius et impietatis imitatores, popu-
Diviso igitur populo, primus regnavit in Ierusalem Roboam, rex luda, lumque ipsum, arguere per Prophetas. Nam ibi exstiterunt et magni illi
filius Salomonis; et in Samaria Ieroboam, rex Israel, servus Salomonis. insignesque Prophetae, qui etiam mírabilia multa fecerunt, Elias et Eli-
Et cum voluisset Roboam tanquam tyrannidem divisae ulitis partís bello saeus discipulus eius. Etiam ibi dicenti Eliae, Domine, Prophetas tuos
persequi, prohibitus est populus pugnare cum fratribus suis, dicente Deo occiderunt, altaría tua suffoderunt, et ego relictas sum solus, et quaerunl
per prophetam, se hoc fecisse "". Linde apparuit nullum in ea re, vel regis animam meamr2'''; responsum est, illie esse septem millia virorum, qui
Israel, vel populi fuisse peccatum, sed voluntatem Dei vindicantis imple- non curvaverunt gemía ante Baal.
tara. Qua cognita, pars utraque ínter se pacata conquíevit: non enim re-
ligionis, sed regni fuerat facta divisio. CAPUT XXIII í pj

CAPUT XXII Di". VARIO UTIIIUSQUE KEGNI H E B R A E O R U M STATU, eí ,>ONEC AMBO POPULI IN
(AFTIVITATEM DIVERSO TEMPORE DUCERENTUR, REVOCATO POSTEA IüDA IN
DE IEROBOAM, QUI IMPIETATE IDOLOLATRIAE SIIBDITUM SUSI POPULUM PROFA- RUCNUM SUUM, QUOD NOVISSIME IN RoMANORUM TRANSIIT POTESTATEM
NAVIT, IN OtJO TAMEN NON DESTITIT D E Ü S ET P R O P H K T A S INSPIRARE, ET Itemque in regno luda pertinente ad Ierusalem, etiam succedentium
¡VIOLTOS AB IDOLOLATRIAE CRIMINE CUSTODIRE regum temporibus non defuenint Prophetae; sicut Deo placebat eos mit-
Verum rex Israel Ieroboam mente perversa non credens Deo, quem tere, vel ad praeiumtiandum quod opus erat, vel ad corripienda peccata,
veracem promissb sibi regno datoque probaverat, timuit ne veniendo ad pvaecipiendamque iustitiam. Nam et illie, etsi longe minus quam in Is-
templum Dei, quod erat in Ierusalem, quo secundum divinara legem sacri- rael, tamen exstiterunt reges qui suis impietatibus Deum graviter offen-
derent, et raoderatis flagellis cum populo simili plecterentur. Piorum
126 j £¡ e ¡r 12,24.
12!
3 R e g . 19,10.
1238 LA CIUDAD DE D I O S XVII, 23 XIVII, 2 4 DE LOS PROFETAS A CRISTO 12?,9

q u e los i m i t a b a . E s cierto q u e h a y otros reyes de u n a v i r t u d


g r a n d e m e n t e a l a b a d a y s e ñ a l a d a ; p e r o en I s r a e l , u n o s m á s
y otros m e n o s , t o d o s fueron m a l o s . T a n t o u n a p a r t e c o m o la C A P I T U L O X X I V
otra, según la o r d e n o la p e r m i s i ó n d e la P r o v i d e n c i a d i v i n a ,
tan p r o n t o e r a s u b l i m a d a con la p r o s p e r i d a d c o m o a b a t i d a
ÚLTIMOS P R O F E T A S ENTRE L O S J U D Í O S Y P R O F E T A S RAYANOS
con la a d v e r s i d a d . Y así se l a s t i m a b a n n o s o l a m e n t e con gue-
YA A L N A C I M I E N T O D E C R I S T O
r r a s e x t e r i o r e s , s i n o t a m b i é n con g u e r r a s civiles, b r i l l a n d o
m e r c e d a eso la m i s e r i c o r d i a o la i r a d e D i o s . Este e s t a d o de
E n el t i e m p o q u e m e d i ó e n t r e la v u e l t a d e B a b i l o n i a y el
cosas d u r ó h a s t a q u e , c r e c i e n d o m á s y m á s su i n d i g n a c i ó n , t o d a
n a c i m i e n t o del S a l v a d o r , d e s p u é s d e M a l a q u í a s , A g e o y Za-
la n a c i ó n fué v e n c i d a en g u e r r a p o r los c a l d e o s y l l e v a d a cau-
c a r í a s — p r o f e t a s de e n t o n c e s — y E s d r a s , n o t u v i e r o n m á s p r o -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tiva en su m a y o r p a r t e a A s i r í a . P r i m e r o las diez t r i b u s de
fetas. S ó l o Z a c a r í a s , p a d r e de J u a n , e I s a b e l , su esposa, profe-
I s r a e l , y l u e g o , J u d á , t r a s la r u i n a de J e r u s a l é n y su famo-
t i z a r o n p r ó x i m o y a el n a c i m i e n t o d e l S a l v a d o r . Y en su naci-
sísimo t e m p l o . E n esa c a u t i v i d a d vivió p o r e s p a c i o de setenta
m i e n t o , el viejo S i m e ó n , la a n c i a n a y v i u d a A n a y J u a n , el
a ñ o s . D e s p u é s , p u e s t a en l i b e r t a d , r e s t a u r ó el t e m p l o destruí-
ú l t i m o de t o d o s . Este, s i e n d o y a m o z o , a n u n c i ó a C r i s t o , y a
do, y, a u n q u e m u c h í s i m o s vivían en t i e r r a e x t r a n j e r a , en ade-
j o v e n , n o c o m o f u t u r o , sino s e ñ a l a n d o a l d e s c o n o c i d o con co-
lante n o h u b o ya d o s r e i n o s n i d o s reyes. H a b í a u n solo p r í n -
n o c i m i e n t o p r o f é t i c o . P o r eso dijo el S e ñ o r q u e la Ley y los
cipe, y J e r u s a l é n e r a su corte. Y al t e m p l o de D i o s , q u e allí
profetas han durado hasta Juan. E l E v a n g e l i o n o s d a a co-
h a b í a , v e n í a n en d e t e r m i n a d a s é p o c a s t o d o s , de t o d a s p a r t e s y
n o c e r l a s p r o f e c í a s de estos cinco, y h a b l a t a m b i é n de q u e
p o r los m e d i o s d e q u e d i s p o n í a n . M a s n i a u n entonces les fal-
la V i r g e n , M a d r e del S e ñ o r , profetizó a n t e s q u e S a n J u a n .
t a r o n e n e m i g o s y c o n q u i s t a d o r e s de o t r a s n a c i o n e s , p u e s Cristo
M a s los j u d í o s infieles n o a d m i t e n esta p r o f e c í a . S i n e m b a r g o ,
les h a l l ó y a t r i b u t a r i o s de los r o m a n o s .
m u c h o s de e l l o s q u e h a n c r e í d o a l E v a n g e l i o l a s h a n a c e p t a d o .
cañe regum merita ibi non parva laudantnr. In Israel autem reges alios E n esta ocasión se d i v i d i ó r e a l m e n t e I s r a e l en d o s p a r t i d o s ,
niagis, alios minus, omnes tamen reprobos legimus. Utraque igitur pars, con a q u e l l a división q u e el profeta S a m u e l a n u n c i ó a S a ú l
sícut iubebat divina providentia, vel sinebat, variis et erigebatur prosperi- como inmutable.
tatibus, et adversitatibus premebatur: et sic affligebatur, non solum exter- L o s j u d í o s infieles h a n a d m i t i d o en el c a n o n a M a l a q u í a s ,
nis, verum etiam Ínter se civilibus bellis, ut certis existentibus causis, A g e o , Z a c a r í a s y E s d r a s . S o n los ú l t i m o s a d m i t i d o s . S u s escri-
misericordia Dei vel ira patesceret; doñee eius indignatione crescente,
universa gens illa a Chaldaeis debellantibus, non solum subverteretur in
sedibus suis, sed etiam ex máxima sui parte transferretur in térras Assy-
riorum, prius illa pars, quae vocabatur Israel in tribubus decem; postea CAPIIT XXIV
vero etiam ludas, eversa lerusalem et templo illo nobilissimo: in quibus
terris per annos septuaginta captivum egit otium. Post quos inde dimissa, DE PROPHETIS QUI VEL APUD IUDAHOS FOSTREMI FUERUNT, VEL QUOS CIRCA
templum quod eversum fuerat, instauravit: et quamvis plurimi eius in TEMFUS NATIVITATIS CLIRISTI EVANGÉLICA PRODIT HISTORIA
alienigenarum degerent terris, non habuit tamen deinceps duas regni
partes, et dúos diversos in singulis partibus reges: sed in lerusalem prin- Toto autem illo tempore, ex quo redierunt de Babylonia, post Mala-
ceps eorum umis erat; atque ad Dei templum, quod ibi erat, omnes undi- chiam, Aggaeum et Zachariam, qui tune prophetaverunt, et Esdram, non
que, ubicumque essent, et undecumque possent, per certa témpora venie- habuerunt Prophetas usque ad Salvatoris adventum, nisi alium Zachariam
bant. Sed nec tune eia^bnstes ex alus gentibus expugnatoresque defuerunt: patrem Ioannis, et Elisabeth eius uxorem, Christi nativitate iam próxima;
nam etiam Romanor -<m tributarios eos Christus invenit. et eo iam nato, Simeonem senem, et Annam viduam iamque grandaevam,
i, ( et ipsum loannem novissimum: qui invenís, iam iuvenem Christum, non
i fi quidem futurum praedixit, sed tamen incognitum prophetica cognitione
monstravit: propter quod ipse Dominus ait, Lex et Prophetae usque ad
loannem'2'. Sed istorum quinqué prophetatio ex Evangelio nobis nota
est: ubi et ipsa Virgo mater Domini ante loannem prophetasse inveni-
1=
tur °. Sed hanc istorum prophetiam Iudaei reprobi non accipiunt: acce-
perunt autem, qui ex eis innumerabiles Evangelio crediderunt. Tune enim
veré Israel divisus est in dúo, divisione illa, quae per Samuelem prophe-
tam Sauli regí est ¡mmutabilis praenuntiata. Malachiam vero, Aggaeum,
Zachariam, et Esdram, etiam Iudaei reprobi in auctoritatem canonicam
receptos novissimos habent. Sunt enim et scripta eorum, sicut aliorum,
128
M t . 11,13
-'•' L e . 1,46-55.
1240 U CIUDAD DE DIOS XVII, 24

tos son c o m o los de o t r o s q u e e n t r e la g r a n m u l t i t u d de profe- NOTAS AL LIBRO XVII


t a s e s c r i b i e r o n cosas q u e figuran en el canf>n. D e sus profe-
cías s o b r e Cristo y la I g l e s i a m e creo en el d e b e r de c i t a r a l g u -
n a s en esta o b r a . L o h a r é con m á s h o l g u r a eji el l i b r o siguien-
te p a r a n o r e c a r g a r d e m a s i a d o el p r e s e n t e .
qui in magna multitudine Prophetarum perpauci ¿a scripserunt, quae
auctoritatem canonis obtinerent. De quorum praeilictís, quae ad Christum [1] Agustín ya desde su punto de vista apriorístico pasa a dar una
Ecclesiamque eius pertinent, nonnulla mihi in hoc opere video esse po- interpretación a los textos proféticos. Como puede verse, toda su ideolo-
nenda: quod commodius fiet, adhivante Domino, seq u e nti libro; ne hunc gía va montada sobre un sentido plenamente teológico. Por eso decimos
tam prolixum ulterius oneremus. nosotros que los hechos no tienen una teología propia, porque ésta es cien-
cia del espíritu. Los hechos en sí están exigiendo un intérprete, y ése es

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


el hombre, que, si les aplica unas categorías teológicas, los convierte en
teológicos, y es lo que hace el Santo en toda su obra.
[2] Aunque a primera vista la palabra instrumenti que usa el texto
de Migne parece una errata, sin embargo, por otros muchos pasajes po-
demos concluir que no es tal. En realidad, el término conserva siempre
la misma significación primitiva de testamento, y por este vocablo lo tra-
ducimos, aunque en realidad el otro no deje de implicar una idea propia
suya, la instrumentalidad.
[3] El eclecticismo ha sido ya señalado en los escritos del Santo.
También en la interpretación de la Escritura sigue, al menos así lo ex-
presa en teoría, una sentencia media, ni historia solo ni simbolismo solo,
sino una y otra bien unidas. Lo mismo sostiene en diversos pasajes del
Contra Faustum Manichaeum,
[4] Como ya hemos hecho notar, concede verdadera historicidad a
los Libros santos, mejor, a su contenido. Sin embargo, la historia en su
tiempo no era ya la historia de los antiguos pueblos; en otros términos,
el contenido de la palabra historia era distinto ya entonces de la historia
en sentido oriental.
[5] El retruécano y el juego de palabras fueron las dos figuras pre-
feridas del gran Obispo de Hipona en sus obras. En esta frase se encie-
rra toda una teología mística, llena de agustinianismo. El entender y co-
nocer que el hombre no vale nada y que lo que tiene se lo debe a Dios,
es la base de su vida espiritual. Sentiré se hominem, que decía en el ser-
món 40, o, con otras palabras, humildad y confianza en Dios.
[6] Hunc virum Dei ludaei Phinees esse dicunt, quem et Heliam au-
tumnant, dice San Jerónimo en sus Tradiciones hebraicas (In librum 1
Regum).
[7] En las Retractationes (II 43,2) apostilla así este punto: In sep-
timo-decimo libro, quod dictum est de Samuele: Non erat de filiis Aaron,
dicendum potius fuit: Non erat filius sacerdotis. Filias quippe sacerdotum,
defunctis sacerdotibus succedere magis legitimi morís fuit: nam in filiis
Aaron reperitur pater Samuelis; sed sacerdos non fuit nec ita in filiis ut
eum ipse genuerit Aaron, sed sicut omnes illius populi dicuntur filii Israel.
[8] Un cántico al nuevo sacerdocio. Parece como solazarse en la
gran dignidad que se concedió en el Nuevo Testamento. Se acabaron las
figuras, todo es luz. El hombre ha sido encumbrado a la categoría de los
dioses; es tan poderoso, que a su palabra desciende Cristo al altar, y allí
permanece en espera de adoradores. El mundo es ya de Cristo por obra
de sus ministros, y en todas partes, parece decir Agustín, se ofrece ya el
sacrificio de los cristianos.
[9] La referencia es manifiesta al sacramento de la Eucaristía. Con
todo, no quiere ser más explícito. ¿Hemos de decir por eso que aún se
conservaba algún residuo de la ley del arcano? Es posible, pero de he-
1242 LA CIUDAD DE DIOS NOTAS AI, I.IBRO XVII 1243

dio se acostumbraba ya a hablar más claro, y el mismo San Agustín lo toda la vida en este peregrinaje hacia la eternidad. La fe es el primer
hace donde el tema le da lugar a ello. principio de la catarsis que opera la purificación. Es un apoyo y una
[10] Así enseña también en el libro XVIII, capítulo 20, y así leemos muleta necesaria para caminar esta jornada de acá.
en los Hechos de los Apóstoles (13,21). En los libros de los Reyes no se [17] La unidad es la aspiración cumbre de toda sociedad. Y ésta
dan los años del reinado de Saúl, como los de los demás reyes. Josefo en sólo se conseguirá una vez que la purificación se haya realizado plena-
el libro VI de sus Antiquitatum dice: Regnavit Saúl vívente Samuele mente. El mismo monacato no tiene otro fin que la unidad y la expan-
annis duodecim, mortuo eo viginti dúo. Serían, por tanto, treinta y cuatro. sión de la misma. Y esta unidad radica en el equilibrio de todos los
La opinión más común es la sostenida por Eusebio y Sulpicio Severo, que miembros de la comunidad y de todas sus funciones.
afirman que los años de Samuel están comprendidos bajo aquellos cuaren- [18] Sin embargo, hoy está fuera de cuestión que los Salmos no
ta años en que reinó Saúl, porque de la cronología sagrada se concluyen fueron escritos por David todos. Había grandes colecciones de salmos,
solamente cuarenta años desde la muerte del sumo sacerdote Helí. Sin y entre ellos se eligieron unos cuantos que valían para el culto divino.
embargo, la base cronológica aún sigue desconocida. Y seguimos en la En cuanto a la inspiración de los mismos, no se presenta problema desde
creencia de que esos años son generaciones de cuarenta años cada una. el momento que fueron admitidos en el canon y han sido aprobados como

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


[11] En el capítulo 8, número 22, del libro De unitate Ecclesiae ex- tales.
plica Agustín este mismo salmo. Y lo aplica también a Cristo. «El título [19] Partiendo del supuesto anterior, esta apreciación es redundan-
del salmo 71—dice él—es A Salomón. Mas como lo que en él se dice no cia. Pero, siguiendo el pensamiento del Santo, en este caso implica para
puede hallarse en aquel rey temporal, caído más tarde en graves desór- nosotros una gran puerilidad y un continuo milagro, cosa que no puede
denes, se concluye con evidencia plena, en contra de los mismos judíos, admitirse a la ligera, dado que Dios no da al hagiógrafo ideas, sino que
que todo ello fué anunciado de Cristo. Y no hay cristiano que niegue obra con las que él tiene.
esto; pues son tales las cosas que se dicen, que no cabe dudar ser pro- [20] El centón era una composición poética formada con versos de
pias de Cristo. También se encuentran allí pasajes que atestiguan la di- otro autor, pero cuyo fondo es del que la hace con versos de otro. La
fusión de la Iglesia por todo el orbe después del sometimiento de todos palabra puede usarse también como personal, que es el sentido que aquí
los reyes a Cristo». Y luego comenta la cláusula que viene exponiendo en parece darle Agustín.
este capítulo. [21] Alude evidentemente a sus Enarrationes in Psalmos. Casi todos
[12] Esta es una de las ideas más fundamentales del cristianismo. los Santos Padres y autores eclesiásticos anteriores a él habían escrito,
La ideología es plenamente paulina en su concepción y en su realización. si no tratados completos como comentarios a los Salmos, sí comentarios
La imagen de la Ciudad encaja perfectamente en este círculo. La ciu- a algunos salmos.
dad de Dios es una construcción, y sus fieles se van edificando mutua- [22] Ve en estas dos ciudades las dos figuras bíblicas de su concep-
mente con sus buenas obras. ción. Teodoro Hacker lia precisado que las tres potencias que operan la
[13] Sobre la destrucción del reino escuchemos el relato de Flavio historia son Dios, el diablo y el hombre (cf. El cristiano y la historia
Josefo en el libro X, capítulo 11, de sus Antiquitatum ludaicarum: Atque [Madrid 1954] p.89-102). San Agustín coloca al hombre en el centro,
hic fuit Davidici generis regum exitus, qui unus el viginti regnaverunt y en el hombre se enfrentan Dios y el demonio, y en esta tensión se va
deinceps, idque temporis spatium quingentos et quindecim annos con ti- desarrollando la historia con signo positivo o negativo.
net, et menses insuper sex cum diebus septem, annumeratis viginti annis [23] Puede verse a este propósito la Enarración al salmo 44, nú-
primi regís Saulis, qui fuit tribus alterius; qui si substrahantur, a Davidi mero 32.
ad ultimum annum Sedechiae jluxerunt anni quadringenti nonaginta [24] Y he aquí la gran cuestión que se presentaba también a Agus-
quatuor et menses sex. En general, los autores se dividen, y sólo concuer- tín, y cuyo alcance no se le ocultaba. Sin embargo, él no se ha detenido
da con Josefo Zonaras. a solucionarla. Se formularía la pregunta de la siguiente manera: Si la
T14] Dios ha marcado a cada ser su puesto en el cosmos. El orden presciencia es cierta, y las cosas también, ¿cómo los seres son contingen-
es la primera maravilla de la creación. Todas las cosas están ordenadas tes y no necesarios? Es cierto que San Agustín ya dio respuesta al con-
por el Creador, y él es el único capaz de ordenarlas como deben. La vo- testar en la primera parte de la obra a Cicerón diciendo que el conoci-
luntad humana, como criatura, también está ordenada. Ahora el proble- miento no cambia la esencia de las cosas; pero la solución parecía insu-
ma difícil es saber el orden de la misma, cómo debe dirigirse en cada ficiente. Y en verdad que, a la luz de la razón, la pregunta qvieda sin
caso concreto para conservar el orden. Y es sabido que puede hacer bie- respuesta.
nes de los mismos males. La voluntad tiene también un fin bueno, y el [25] Los lugares paralelos son abundantísimos. Para no hacernos lar-
orden lleva necesariamente a él. gos en su enumeración, remitimos a los lectores a dos obras principales:
[15] La Ciudad de Dios la van edificando poco a poco los individuos. A los Tratados sobre el evangelio de San Juan y a los Sermones. El
Las sociedades prosperan y se enriquecen a medida que crecen y se cristocentrismo y, sobre todo, la teoría del cuerpo místico es el pensa-
perfeccionan los individuos que las componen. En otros términos: Agus- miento más fecundo de la teología agustiniana juntamente con la con-
tín define que la perfección social va fundada sobre la perfección indi- cepción sobre la gracia.
vidual, y es que él no concebía una sociedad aérea, hueca y vacía, pu- [26] San Agustín sentía la necesidad imperiosa de su disculpa. El
ramente ideal, y estaba bien prevenido contra toda hipocresía. que haya leído algunas páginas del Santo, máxime en sus Confesiones,
[16] Si la felicidad eterna consiste en ver a Dios, la perfección habrá podido observar varias veces su temor a verse ridiculizado. Es di-
temporal se reducirá a la visión de Dios, y será tanto más perfecto uno fícil dar una explicación a hecho tan notorio, y quizá no fuera la peor
cuanto más idóneo sea para ver a Dios. A esa meta se ha de encaminar decir que tenía demasiado entrañada la conciencia de su misión, y temía
1244 W CIUDAD DE DIOS

ser infiel a ella. Por otra parte, nos consta que sus enemigos eran mu-
chos, aunque también lo fueran sus admiradores. LIBRO XVIII [1]
[27] La sabiduría de Salomón ha pasado a ser proverbial en toda la
humanidad. Sin embargo, hay muy diversas opiniones sobre el particular-.
San Agustín en este pasaje se hace eco de Salustio, que en la Guerra de
Calilina (c.ll) dice expresamente: Quippe secundae res sapientium áni-
mos faligan t.
[28] Como puede apreciarse, la formación del canon de la Escritura
no había alcanzado aún su desarrollo completo en este tiempo. Aunque, en
general, esos libros eran admitidos en el canon, sin embargo, todavía ha- En él habla del desarrollo simultáneo de las dos ciudades,
bía algunos que los rechazaban del mismo, como dejan entrever estas de la terrena y de la celestial, desde Abrahán hasta el fin
palabras. del mundo. Además, menciona los oráculos que han anun-
[29] En el libro II, capítulo 7, número 13, De doctrina christiana, ciado a Cristo, bien de las sibilas, bien, sobre todo, de los
al dar la lista de los libros contenidos en el canon de la Escritura, des-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


vates sagrados que escribieron desde el principio del im-
pués de enumerar los anteriores, es decir, los históricos en general, aña- perio romano: de Oseas, Amos, Isaías, Miqueas y los si-
de: Deinde Prophetae in quibus David unus líber Psalmorum; et Salo- guientes.
monis tres, Proverhiorum, Cántica canticorum, et Ecclesiastes. Nam illi
dúo libri, unus qui Sapientia, et alius qui Ecclesiasticus inscribitur, de
quadam similitudine Salomonis esse dicuntur: nam Iesus Sirach conscrip- C A P I T U L O 1
sisse constantissime perhibetur, qui tamen quoniam in auctoritatem recipi
meruerunt, inter propheticos numerandi sunt. En las Retractaciones
(II 4,2) ya advierte que el autor de la Sabiduría no es Jesús Sirach, RESUMEN Y RECAPITULACIÓN
como dice en este texto De doctrina christiana.
[30] Alude, sin duda, a aquel pasaje de San Juan en el que se dice: H e p r o m e t i d o h a b l a r s o b r e el o r i g e n , d e s a r r o l l o v fines
Habet vitam aeternam et ego resuscitabo eum in novissimo die. Con todo, d e b i d o s de l a s dos c i u d a d e s , la de D i o s y la de este siglo, en
la expresión no parece propia, puesto que el cristiano como tal comienza la q u e a h o r a p e r e g r i n a a q u é l l a en sus c i u d a d a n o s , los h o m b r e s .
a tener vida por el bautismo, que es, como afirma el concilio de Floren- P a r a ello h e r e f u t a d o con la a y u d a d i v i n a , en los diez pri-
cia, la puerta de todos los sacramentos. m e r o s l i b r o s de esta o b r a , a los e n e m i g o s de l a C i u d a d de
[31] La fina psicología del Santo se detiene en los detalles. El mis- Dios, q u e a n t e p u s i e r o n sus dioses a Cristo, f u n d a d o r de aqué-
mo nos narra en los tres primeros libros de sus Confesiones los pecados
lla, y q u e e n v i d i a n a t r o z m e n t e a los c r i s t i a n o s con u n ren-
que suelen abundar en esa edad. La adolescencia tenía lugar, según San
Agustín y los antiguos, de los catorce a los veintiocho años. Sabido es cor r a y a n o en el frenesí. E n los c u a t r o l i b r o s siguientes t r a t é
que dividían la vida en siete épocas o edades: infancia, niñez, adolescen- del o r i g e n de l a s dos c i u d a d e s , c u m p l i e n d o el p r i m e r a p a r t a d o
cia, juventud, virilidad, vejez o senectud y decrepitud, y que a cada una de m i t r i p l e p r o m e s a . L u e g o , en el l i b r o X V , h a b l é del d e s a r r o -
le determinaban un período concreto de años. Cf. De ver. relig. 26,48; llo de l a s m i s m a s desde el p r i m e r h o m b r e h a s t a el d i l u v i o .
En. in Ps. 127,14; Epist. 213,1, etc. San Isidoro de Sevilla extendió esa
división por la Europa medieval, y Santo Tomás se sirvió de ella como
argumento de congruencia para probar el número septenario de los sa- LÍBER XVIII
cramentos.
[32] La división territorial no implica división religiosa. A Dios se Dicit de terrenae civitatis a tempore Abraham ad mundi fi/iem procursu
le puede y se le debe servir siempre y en todas partes. Por consiguiente, cum ipsa civitate caelesti: et attingit oracula de Christo, eum Sibilla-
la unidad de religión en todas las naciones sería indudablemente el prin- rum, tum máxime sacrorum Vatum, qui ab regni Romanorum exordio
cipio de unificación de todos los pueblos. La división y las guerras han scripserunt, Osee, Amos, Isaiae, Michaeae, et subsequentium.
procedido siempre del campo religioso de una o de otra forma.
CAPUT I
D F . HIS QUAF. TISQIIF, AI) TÉMPORA S A L V A T O R I S DECEM ET SEPTUM VOLüMINIfWS
DISPUTATA SUNT

De civitatum duarum, quarum Dei una, saeculi huius est altera, in


qua nunc est, quantum ad hominum genus pertinet, etiam ista peregrina,
exortu et procursu et debitis finibus me scripturum esse promisi: cum
prius inimicos civitatis Dei, qui conditori eius Christo déos suos praefe-
runt, et livore sibi perniciosissimo atrociter invident Christianis, quantum
me adiuvaret eius gratia, refellissem; quod voluminibus decem prioribus
feci. De hac vero mea, quam modo commemoravi, tripartita promissione,
1246 LA CIUDAD DE DIOS X5VIII, 2, 1
XIVLHI, 2 , 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1247
Desde esta época hasta Abrahán corrieron parejas ambas ciu-
dades en el tiempo y en la obra. Mas desde Abrahán hasta la ma, y la parte que domina oprime a la otra. Esto se debe a
época de los reyes de Israel—período expuesto en el li- que cada uno busca su propia utilidad y su cuprdidad y a que
bro XVI—y desde los reyes hasta la encarnación del Salva- el bien que apetecen, o no es suficiente para nadie, o no para
dor—que cierra el libro XVII—parece que corrió sola en mi todos, porque no es el bien auténtico [2J.
pluma la Ciudad de Dios, aun cuando en el mundo hayan se- La parte vencida se rinde a la vencedora, prefiriendo a la
guido ambas un curso y un desarrollo temporal idéntico. Así dominación o aun a la libertad cualquiera paz y salud. Tanto
ha sucedido desde el principio del género humano. es así, que ha causado gran admiración el pueblo que amó
He procedido así con el fin de que el desarrollo propio de más perecer que servir [ 3 ] . En efecto, en casi todas las naciones
la Ciudad de Dios apareciera más distintamente, sin ser paran- la naturaleza grita con voz fuerte que los vencidos prefieran
gonada a contrario con la otra desde que las promesas de Dios sufrir el yugo de los vencedores a ser aniquilados en los últi-
comenzaron a ser más claras hasta el nacimiento del Mesías, mos furores de la guerra [ 4 ] . Y así se entiende que, no sin un

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en quien debían cumplirse esas promesas. Verdad es que hasta consejo de la Providencia, en cuya mano está el ser vencedor
la revelación del Nuevo Testamento no se ha mostrado entre o vencido en la guerra, unos pueblos hayan sido señores y
luz, sino entre sombras. Ahora estoy en que es preciso anali- otros subditos [ 5 ] . Mas entre todos los imperios de la tierra
zar cuanto sea suficiente el curso de la ciudad terrena desde en que la utilidad o la cupididad terrenas han dividido la so-
los días de Abrahán, a fin de que el lector pueda comparar las ciedad (sociedad que con una palabra genérica llamamos ciu-
dos ciudades entre sí. dad de este mundo) sobresalen por su poder y abolengo dos:
el de los asirios y el de los romanos, ordenados y distintos el
uno del otro, tanto por los lugares como por el tiempo. Aquél
C A P I T U L O II floreció primero, y surgió en Oriente, y éste brilló después,
y surgió en Occidente. El fin del uno señaló el principio del
R E Y E S DE LA CIUDAD TERRENA Y ÉPOCA DE SU REINADO otro [ 6 ] . Yo diría que los demás reinos y reyes son como
apéndices de éstos.
1. La sociedad de los mortales, extendida por toda la tie-
2. Niño, segundo rey de los asirios, que había sucedido
rra y en los más diversos lugares, ligada por la comunión de
a su padre Bel o, primer rey de este reino, estaba en el trono
una misma naturaleza, se divide con frecuencia contra sí mis-
cuando nació Abrahán en el país de los caldeos [ 7 ] . En aquel
decimum sequentibus quatuor libris ambarum est digestus exortus: deinde entonces era aún muy chico el reino de los sicionios, por el
procursus ab homine primo usque ad diluvium libro uno, qui est huius cual Marco Varrón, docto a carta cabal, comenzó la Historia
operis quintus decimus; atque inde usque ad Abraham rursus ambae, sic
ut in temporibus, ita et in nostris litteris cucurrerunt. Sed a patre Abra- dam communione devincta, utilitates et cupiditates suas quibusque sectan-
ham usque ad Regum tempus Israelitarum, ubi sextum decimum volumen tibus, dum id quod appetitur, aut nemini, aut non ómnibus sufficit, quia
absolvimus, et inde usque ad ipsius in carne Salvatoris adventum, quousque non est idipsum, adversum se ipsam plerumque dividitur, et pars partem,
decimus septimus liber tenditur, sola videtur in meo stilo cucurrisse Dei quae praevalet, opprimit. Victrici enim victa succumbit, dominationi sci-
civitas: cum in hoc saeculo non sola cucurrerit, sed ambae utique in ge- licet, vel etiam libertati qualemcumque pacem praeferens ac salutem: ita
nere humano, sicut ab initío simul, suo procursu témpora variaverint. ut magnae fuerint admirationi qui perire quam serviré maluerunt. Nam
Verum hoc ideo feci, ut prius, ex quo apertiores Dei promissiones esse in ómnibus fere gentibus quodammodo vox naturae ista personuit, ut
coeperunt, usque ad eius ex Virgine nativitatem, in quo fuerant quae subiugari victoribus mallent, quibus contigit vinci, quam bellica omnifa-
primo promittebantur implenda, sine interpellatione a contrario alterius riam vastatione deleri. Hinc factum est ut non sine Dei providentia, in
civitatis, ista quae Dei est procurrens, distinctius appareret; quamvis us- cuius potestate est ut quisque bello aut subiugetur aut subiuget, quídam
que ad revelationem Testamenti novi, non in lumine, sed in umbra cucur- essent regnis praediti, quídam regnantibus subditi: sed inter plurima regna
rerit. Nunc ergo, quod intermiseram, video esse faciendum, ut ex Abrahae terrarum, in quae terrenae utilitatis vel cupiditatis est divisa societas
temporibus quomodo etiam illa cucurrerit, quantum satis videtur, attin- (quam civitatem mundi huius universali vocabulo nuncupamus), dúo regna
gam, ut ambae inter se possint consideratíone legentium comparari. cernimus longe caeteris provenisse clariora, Assyriorum primum, deinde
Romanorum, ut temporibus, ita locis inter se ordinata atque distincta.
Nam quo modo illud prius, hoc posterius; eo modo illud in Oriente, hoc
CAPUT II id Occidente surrexit: denique in illius fine huius initíum confestim fuit.
Di; TERRENAE CIVITATIS RECIBUS ATQUE TEMPORIBUS, QUIBUS AB EXORTU Regna caetera, caeterosque reges velut appendices istorum dixerim.
ABRAHAE SANCTORUM TÉMPORA SUPPUTATA CONVENIUNT 2. Ninus ergo iam secundus rex erat Assyriorum,* qui patri suo Belo
successerat, regni illius primo regi, quando in térra Chaldaeorum natus
1. Societas igitur usquequaque mortalium diffusa per térras et in lo- est Abraham. Erat etiam tempore illo regnum Sicyoniorum admodum
corum quantislibet diversitatibus, unius tamen eiusdemque naturae qua- parvum, a quo ille undecumque doctissimus Marcus Varro scribens de
Gente populi Romani, velut antiquo tempore, exorsus est. Ab his enim
1248 LA CIUDAD DE DIOS X V I I I , 2, 2 XVIII, 2, 3 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIL DADES 1249

del pueblo romano [ 8 ] . D e los reyes de los sicionios d e s c i e n d e del p u e b l o r o m a n o d e s d e la m á s r e m o t a a n t i g ü e d a d , m e c r e o e n


a los a t e n i e n s e s ; de éstos, a los l a t i n o s , y de los l a t i n o s , a los la o b l i g a c i ó n de r e c o r d a r los reyes a s i r i o s . Así a p a r e c e r á c ó m o
r o m a n o s . P e r o estos i m p e r i o s , q u e h a n p r e c e d i d o a la funda- B a b i l o n i a c a m i n a su j o r n a d a c o m o u n a p r i m e r a R o m a codeán-
ción de R o m a , son m u y p o c a cosa en c o m p a r a c i ó n con el de dose con l a C i u d a d de D i o s , p e r e g r i n a en este m u n d o . E n c u a n t o
los a s i r i o s . E s v e r d a d q u e S a l u s t i o , h i s t o r i a d o r r o m a n o , reco- a los h e c h o s q u e c o n v e n g a i n s e r t a r e n esta o b r a p a r a p a r a n g o -
noce q u e los a t e n i e n s e s f u e r o n m u y c e l e b r a d o s e n G r e c i a , p e r o n a r e n t r e sí las dos c i u d a d e s , la t e r r e n a y la celestial, será me-
es m á s la f a m a q u e la r e a l i d a d . H a b l a n d o de ellos, d i c e : « L a s j o r t o m a r l o s de los g r i e g o s y l a t i n o s , e n t r e los c u a l e s R o m a es
h a z a ñ a s de los atenienses, a m i j u i c i o , fueron, es cierto, g r a n - como una segunda Babilonia [ 1 0 ] .
des y g l o r i o s a s , p e r o q u i z á q u e d e n u n p o c o p o r d e b a j o de la 3 . C u a n d o n a c i ó A b r a h á n , r e i n a b a e n t r e los a s i r i o s N i ñ o ,
fama. L a e l o c u e n c i a d e los i n g e n i o s o s e s c r i t o r e s q u e a l l í vivie- s e g u n d o r e y de e l l o s , y E u r o p s e n t r e los sicionios [ 1 1 ] . E l
r o n h a c o n t r i b u i d o m u c h o a e n g r a n d e c e r las g l o r i a s de los ate- p r i m e r o h a b í a s u c e d i d o a Belo, y el s e g u n d o , a E g i a l e o . C u a n d o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


nienses p o r el m u n d o . A s í , la v i r t u d y el v a l o r de sus h é r o e » D i o s p r o m e t i ó a A b r a h á n u n p u e b l o n u m e r o s o y la b e n d i c i ó n
ha sido r e a l z a d a p o r l a g r a n d e z a de sus p r e c l a r o s i n g e n i o s » . de t o d a s l a s n a c i o n e s en su d e s c e n d e n c i a d e s p u é s de h a b e r sa-
A ñ á d a s e a esto l a g l o r i a n o p e q u e ñ a de q u e en e l l a se h a n lido de B a b i l o n i a , r e i n a b a e n t r e los a s i r i o s el c u a r t o rey,
c u l t i v a d o s o b r e m a n e r a las l e t r a s y la filosofía. Si c o n s i d e r a - y e n t r e los sicionios, el q u i n t o . E r a rey de los a s i r i o s el h i j o de
m o s el i m p e r i o , n i n g u n o h a s u p e r a d o en a m p l i t u d y e x t e n s i ó n , iVino d e s p u é s de su m a d r e S e m í r a m i s , q u e , s e g ú n la h i s t o r i a , la
en los p r i m e r o s t i e m p o s , al de los a s i r i o s . E n efecto, se c u e n t a m a t ó p o r q u e osó p r o f a n a r i n c e s t u o s a m e n t e a su h i j o . A l g u n o s
q u e N i ñ o , h i j o de B e l o , s o m e t i ó a t o d a el A s i a , l l e v a n d o sus p i e n s a n q u e e l l a f u n d ó a B a b i l o n i a . E n r e a l i d a d , p u d o restau-
c o n q u i s t a s h a s t a los confines de L i b i a [ 9 ] . Y esto, A s i a , q u e r a r l a [ 1 2 ] . C u á n d o y c ó m o fué f u n d a d a , lo h e m o s d i c h o ya en
es la t e r c e r a p a r t e del m u n d o , y en c u a n t o a extensión, la di l i b r o X V I . A l h i j o de N i ñ o y de S e m í r a m i s q u e sucedió a su
m i t a d . S ó l o los i n d i o s q u e d a r o n en O r i e n t e sin ser t r i b u t a r i o s m a d r e en el t r o n o , u n o s lo l l a m a n t a m b i é n N i ñ o , y o t r o s , con
de este i m p e r i o . Su esposa S e m í r a m i s les d e c l a r ó l a g u e r r a a su p a l a b r a d e r i v a d a del p a d r e , N i n i a s . T e l x j ó n r e g í a e n t o n c e s el
m u e r t e . Así q u e d a r o n s o m e t i d o s y o b e d i e n t e s a l i m p e r i o a s i r i o i m p e r i o de los s i c i o n i o s . E n su r e i n a d o c o r r i e r o n días t a n b o -
t o d o s a q u e l l o s p u e b l o s , casi d i r í a m o s sin a c t u a c i ó n p r o p i a . n a n c i b l e s y a l e g r e s , q u e a su m u e r t e le r i n d i e r o n culto c o m o a
A b r a h á n n a c i ó , b a j o el r e i n a d o de N i ñ o , e n t r e los c a l d e o s . dios, con sacrificios y j u e g o s . Y c u e n t a n q u e fué el p r i m e r o
P e r o c o m o l a h i s t o r i a de los g r i e g o s n o s es m u c h o m á s c o n o c i d a h o n r a d o con la i n s t i t u c i ó n de los j u e g o s .
q u e la de los a s i r i o s , y p o r los g r i e g o s p a s a r o n a los l a t i n o s
y a los r o m a n o s , los q u e h a n p r e t e n d i d o h i s t o r i a r los o r í g e n e s riae notiores, et per Graecos ad Latinos, ac deinde ad Romanos, qui
etiam ipsi Latini sunt, temporum seriem deduxerimt qui gentem populi
Sicyoniorum regibus ad Athenienses pervenit, a quibus ad Latinos, inde Romani in originis eius antiquitate rimati sunt; ob hoc debemus, ubi
ad Romanos; sed ante conditam Romam in comparatione regni Assyrio- opus est, Assyríos memorare reges: ut appareat quemadmodum Babylonia,
rum perexigua ista memorantur. Quamvis Athenienses in Graecia pluri- quasi prima Roma, cum peregrina in hoc mundo Dei civitate procurrat.
mum claruisse fateatur etiam Sallustius Romanus historicus, plus tamen Res autem qua~ propter comparationem civitatis utriusque, terrenae sci-
fama, quam re ipsa. Nam loquens de illis: «Atheniensium, inquit, res Iicet et caelesti huic operi oportet inserere, magis ex Graecis et Latinis,
gestae, sicuti ego existimo, satis amplae magnificaeque fuere: verum ali- ubi et ipsa Roma quasi secunda Babylonia est, debemus assumere.
quanto minores tamen, quam fama feruntur. Sed quia provenere ibi scrip- 3. Quando ergo natus est Abraham, secundi reges erant, apud Assy-
torum magna ingenia, per terrarum orbem Atheniensium faota pro maxi- ríos Ninus, apud Sícyonios Europs: primi autem, illie Belus, hic Aegialeus
mis celebrantur. Ita eorum qui fecere, virtus tanta habetur, quantum eam fuerunt. Cum vero egresso Abraham de Babylonia, promisit ei Deus ex
verbis potuere extollere praeclara ingenia» \ Accedit huic civitati non illo magnam gentem futuram, et in eius semine omnium gentium beiw-
parva etiam ex litteris et philosophis gloria, quod ibi potissimum talia dictionem, Assyrii quartum regem habebant, Sícyonii quintum: apud illos
studia viguerunt. Nam quantum attinet ad imperium, nullum maius primis enim regnabat filius Nini post matrem Semiramídem, quae ab illo inter-
temporibus, quam Assyriorum fuit, nec tam longe lateque diffusum. fecta perhibetur, ansa filium mater incestare concubitu. Hanc putant non-
Quippe ubi Ninus rex, Beli filius, universam Asiam, quae totius orbis ad nulli condidisse Babylonem, quam quidem potuit instaurare. Quando au-
numerum partium tertia dicitur, ad magnitudinem vero dimidia reperitur, tem, veí quomodo condita fuerit, in sexto décimo libro diximus"'. Filium
usque ad Libyae fines subegisse traditur. Solis quippe Indis in partibus porro Nini et Semiramidis, qui matri successit in regnum, quídam etiam
Orientis non dominabatur: quos tamen eo defuncto Semiramis uxor eius ipsum Ninum, quídam vero derivato a patre vocabulo Ninyam vocant.
est aggressa bellando. Ita factum est, ut quicumque in illis terris populi, Sicyoniorum autem regnum tune tenebat Telxion. Quo regnante usque
sive reges erant, Assyriorum regno ditionique parerent, et quidquid impe- adeo ibi mitia et laeta témpora fuerunt, ut eum defunctum velut deum
raretur efficerent. Abraham igitur in eo regno apud Chaldaeos Nini tem- colerent sacrificando, et Iudos celebrando, quos ei prímitus institutos
poribus natus est. Sed quoniam res Graecae multo sunt nobis quam Assy- ferunt.
1
BslH Catll. a,S 2
C . 4 . • ' . . . : . . • .•:•;

S. Ag. w
12.TO LA CIUDAD DE DIOS xwn, 3 XVIII, 4 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1251

g u i e n d o L e u c i p o en el t r o n o de S i c i o n i a . G r e c i a en este t i e m p o ,
b a j o el i m p e r i o d e F o r o n e o , r e y d e A r g o s , c o m e n z ó a florecer
C A P I T U L O II I
p o r s u s leyes y s u s c o n s t i t u c i o n e s . F e g o o , e m p e r o , h e r m a n o m e -
n o r de F o r o n e o , a su m u e r t e , fué h o n r a d o c o m o u n d i o s : se le
R E Y E S DE A S I R Í A Y DE S I C I O N I A AL NACER ISAAC, E S A Ú Y J A C O B edificó u n t e m p l o s o b r e su s e p u l c r o y se le i n m o l a r o n b u e y e s .
T e n g o p a r a m í q u e le j u z g a r o n d i g n o de t a n t o h o n o r p o r q u e
B a j o el r e i n a d o de éste le n a c i ó a A b r a h á n , a la e d a d de en la p a r t e del r e i n o q u e le tocó e n s u e r t e ( p u e s su p a d r e lo
cien a ñ o s , s e g ú n la p r o m e s a d e D i o s , I s a a c , de su e s p o s a S a r r a , h a b í a d i s t r i b u i d o a n t e s de m o r i r e n t r e s u s h i j o s ) h a b í a levan-
q u e p o r estéril y v i e j a h a b í a p e r d i d o y a l a e s p e r a n z a de engen- t a d o c a p i l l a s p a r a el culto d e los dioses y h a b í a e n s e ñ a d o la
d r a r . E n A s i a r e i n a b a e n t o n c e s el q u i n t o r e y , A r r i o [ 1 3 ] . m e d i d a y o b s e r v a n c i a de los t i e m p o s e n m e s e s y a ñ o s . S o r p r e n -
A I s a a c le n a c i e r o n , a la e d a d de setenta a ñ o s , d o s m e l l i z o s , d i d o s de estas n o v e d a d e s , los h o m b r e s a u n c r e y e r o n q u e se ha-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


E s a ú y J a c o b , d e su e s p o s a R e b e c a , en v i d a a ú n de su a b u e l o b í a h e c h o dios d e s p u é s de su m u e r t e , o así lo q u i s i e r o n . Cuénta-
A b r a h á n , q u e f r i s a b a y a e n los ciento sesenta. Y A b r a h á n m u - se t a m b i é n q u e l o , h i j a d e I n a c o , l u e g o l l a m a d a Isis, recibió cul-
rió c u m p l i d o s ciento setenta y cinco a ñ o s . R e i n a b a e n t o n c e s en to en E g i p t o c o m o u n a g r a n d i o s a , b i e n q u e o t r o s e s c r i b e n q u e
A s i r í a J e r j e s I, p o r s o b r e n o m b r e B a l e o , y en S i c i o n i a , T u r í a c o , v i n o , s i e n d o r e i n a de E t i o p í a , a E g i p t o . Y a ñ a d e n q u e r e i n ó a q u í
o, s e g ú n o t r o s , T u r í m a c o , q u e h a c í a n el n ú m e r o siete. E l r e i n o con t a n t a s a b i d u r í a y j u s t i c i a y q u e i n v e n t ó l a s l e t r a s y m u c h a s
de A r g o s n a c i ó a l a p a r q u e l o s nietos d e A b r a h á n , y su p r i - o t r a s cosas ú t i l e s , m e r e c i e n d o p o r t o d o h o n o r d i v i n o , d e s p u é s
m e r r e y fué I n a c o . N o h a y q u e o l v i d a r q u e , s e g ú n refiere Va- de su m u e r t e y t a l h o n o r , q u e q u i e n o s a r a d e c i r q u e fué h o m -
r r ó n , l o s s i c i o n i o s s o l í a n sacrificar s o b r e el s e p u l c r o de T u r í a - b r e i n c u r r i r í a en sentencia c a p i t a l [ 1 4 ] .
c o . E n el r e i n a d o d e A r m a m i t r e s y d e L e p c i p o , o c t a v o s reyes d e
A s i r i a y d e S i c i o n i a , y d e I n a c o , el p r i m e r o de A r g o s , h a b l ó
D i o s a I s a a c , y le p r o m e t i ó , c o m o h a b í a h e c h o a su p a d r e , q u e
C A P I T U L O IV
d a r í a a su d e s c e n d e n c i a l a t i e r r a de C a n a á n y q u e en su descen-
d e n c i a s e r í a n b e n d i t a s t o d a s las n a c i o n e s . E s t a s m i s m a s p r o m e -
sas se r e p i t i e r o n a su h i j o , nieto d e A b r a h á n , l l a m a d o p r i m e r o Los DÍAS D E J A C O B Y DE S I ; H I J O JOSÉ
J a c o b y l u e g o I s r a e l , d u r a n t e el r e i n a d o de B e l o c o , n o v e n o r e y
R e i n a n d o en A s i r i a B a l e o , d é c i m o rey, y en S i c i o n i a el nove-
de A s i r í a , y d e F o r o n e o , s e g u n d o de A r g o s , h i j o de I n a c o , si-
n o , M e s a p o , q u e , según o t r o s , se l l a m a b a Cefisos (si es q u e en
riis, et Phoroneus Inachi filius secundus regnaret Argívis, Leucippo adhuc
apud Sicyonios permanente. His temporibus Graecia sub Phoroneo Argo-
CAPUT III lico rege legum et iudiciorum quibusdam clarior facta est institutis: Phe-
QüTBUS REGNANTIBUS APUD AsSYRIOS ATQUE SlCYOMOS ABRAHAE CENTENARIO gous tamen frater huius Phoronei ivmior, cum esset mortuus, ad eius se-
ISAAC DE PROMISSIONE SIT NATUS, VEL IPSI ISAAC SEXAGENARIO ESAU ET
pulcrum templum est constitutum, in quo coleretur ut deus, et ei boves
IACOB CEMINI DE REBECCA SINT EIUTI
immolarentur. Credo honore tanto ideo dignum putarunt, quia in regni
sui parte (pater quippe loca ambobus distribuerat, in quibus eo vivente
Huius temporibus etiam Isaac ex promissione Dei natus est centena- regnarent) iste sacella constituerat ad colendos déos, et docuerat observari
rio patri filius Abrahae de Sarra coniuge, quae sterilis et anus iam spem témpora per menses atque annos, quid eorum quatenus metirentur atque
prolis amiserat. Tune et Assyriis quíntus erat rex Arrius. Ipsi vero Isaac numerarent. Haec in eo nova mirantes rudes adhuc homines, morte obita
sexagenario nati sunt gemini, Esau et Iacob, quos ei Rebecca uxor pepe- deum esse factum sive opinati sunt, sive voluerunt. Nam et lo filia Inachi
rit, avo eorum Abraham adhuc vívente, et centran sexaginta aetatis anuos fuisse perhibetur, quae postea Isis appellata, ut magna dea culta est in
agente: qui expletis centum septuaginta quinqué defunctus est; regnan- Aegypto: quamvis alii scribant eam ex Aethiopia in Aegyptum venisse
tibus apud Assyrios Xerxe illo antiquiore, qui etiam Baleus vocabatur, et reginam; et quod late iusteque imperaverit, eisque multa commoda et
apud Sicyonios Thuriaco, quem quidam Tb.urimachu.in scribunt, septimis litteras instituerit, hunc honorem illi habitum esse divinum posteaquam
regibus. Regnum autem Argivorum simul cum Abrahae nepotibus ortum ibi mortua est, et tantum honorem, ut capitali crimine reus fieret, si quis
est, ubi primus regnavit Inachus. Sane quod praetereundum non fuit, etiam eam fuisse hominem dieeret.
apud sepulcrum septimi sui regis Thuriaci sacrificare Sicyonios soleré,
Varro refert. Regnantibus porro octavis regibus, Armamitre Assyriorum,
Sicyoniorum Leucippo, et primo Argivorum Inacho, Deus locutus est ad CAPÜT IV
Isaac, atque ipsi quoque eadem quae patri eius dúo illa promisit, semini DE TEMPORIBUS IACOB ET FILII ETOS IOSEPH
scilicet eius terram Chanaan, et in eius semine benedictionem cunctarum
gentium. Haec ipsa promissa aunt etiam filio eiua; nepoti Abrahae, qui Regnantibus Assyriorum décimo rege Baleo, et Sicyoniorum nono Mes-
est appellatus primo Iacob, post Israel, cum iam Belocus rex nonus Assy- sapo, qui etiam Cephísos a rruibrredam rradihir (si tamen duornm nomi-
1252 LA CIUDAD DK DIOS xvm, 4 XVilU, 5 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1253

r e a l i d a d es u n s o l o h o m b r e , y n o m á s b i e n h a y a en estos escritos
u n a confusión d e n o m b r e s y, p o r t a n t o , de s u j e t o s ) , y siendo C A P I T U L O V
A p i s t e r c e r r e y d e A r g o s , m u r i ó I s a a c a la e d a d de ciento ochen-
ta a ñ o s y dejó a s u s m e l l i z o s c o n ciento v e i n t e . E l m e n o r , J a c o b ,
p e r t e n e c i e n t e a la C i u d a d de D i o s con e x c l u s i ó n del m a y o r , te- A P I S , R E Y D E A R G O S . L O S E G I P C I O S L E LLAMARON S E R A P I S Y I.E
n í a doce h i j o s . J o s é — u n o de e l l o s — f u é v e n d i d o p o r sus h e r m a - RINDIERON HONORES DIVINOS
n o s a u n o s m e r c a d e r e s q u e se d i r i g í a n a E g i p t o viviendo a ú n
su a b u e l o I s a a c [ 1 5 ] . J o s é se p r e s e n t ó a F a r a ó n , y fué ensal- E n este t i e m p o , A p i s , q u e h a b í a p a s a d o con s u s n a v e s a
z a d o d e la h u m i l l a c i ó n en q u e y a c í a . C o n t a b a e n t o n c e s t r e i n t a E g i p t o y h a b í a m u e r t o a l l í , fué t e n i d o p o r el m a y o r de los dio-
a ñ o s . Y es q u e i n t e r p r e t ó d i v i n a m e n t e los s u e ñ o s del r e y y ses e n t r e los e g i p c i o s . V a r r ó n n o s da u n a r a z ó n m u y o b v i a de
a n u n c i ó q u e h a b í a n de v e n i r siete a ñ o s a b u n d a n t e s ; a b u n d a n c i a ese n o m b r e , d e S e r a p i s q u e le d i e r o n d e s p u é s d e m u e r t o , y n o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e s e r í a c o n t r a r r e s t a d a p o r los siete a ñ o s de escasez s i g u i e n t e s . A p i s . P o r q u e — d i c e é l — l a caja q u e fué su t u m b a , h o y ya l l a m a -
É s t o le v a l i ó el ascenso y l a p r e f e c t u r a s o b r e E g i p t o y el ser d a s a r c ó f a g o , se dice en griego copos, y e n e l l a c o m e n z a r o n a
l i b e r t a d o de la c á r c e l , d o n d e e s t a b a a h e r r o j a d o p o r defender su v e n e r a r l e a n t e s de c o n s t r u i r l e su t e m p l o . D e soros y A p i s , pri-
c a s t i d a d n o c o n s i n t i e n d o q u e su m a l e n a m o r a d a s e ñ o r a lo p r o - m e r o se l l a m ó S o r a p i s , y l u e g o , c a m b i a n d o u n a l e t r a , c o m o es
f a n a r a ; ella, q u e h a b í a d e m e n t i r l u e g o a su c r é d u l o señor. E l , c o r r i e n t e , se le l l a m ó S e r a p i s ( 1 6 ) . Y se d e c r e t ó p e n a c a p i t a l
h u y e n d o , dejó la c a p a en l a s m a n o s de su s e ñ o r a . E l a ñ o se- c o n t r a el q u e dijese q u e fué h o m b r e . V a r r ó n estima q u e p a r a
g u n d o de los siete e s t é r i l e s , J a c o b v i n o a E g i p t o , con todos los significar esto, el c a l l a r q u e f u e r o n h o m b r e s , tienen en las esta-
suyos, a la e d a d d e ciento t r e i n t a a ñ o s , s e g ú n la r e s p u e s t a q u e t u a s de Isis y de S e r a p i s , en casi t o d o s los t e m p l o s , u n d e d o
h a b í a d a d o al r e y . J o s é t e n í a entonces t r e i n t a y nueve, p u e s a a n t e los l a b i o s , c o m o i n d i c a n d o silencio. Y al b u e y , q u e E g i p t o ,
los t r e i n t a q u e t e n í a c u a n d o fué a s c e n d i d o p o r e l r e y h a b í a con e x t r a ñ a s u p e r s t i c i ó n , a l i m e n t a b a con d e l i c a d o s b o c a d o s en
a ñ a d i d o siete de a b u n d a n c i a y dos de h a m b r e . h o n r a del dios, c o m o lo v e n e r a b a n vivo y sin s a r c ó f a g o , lo lla-
m a b a n A p i s , n o S e r a p i s . A la m u e r t e de ese b u e y , c o m o al b u s -
num homo unus fuit, ac non potáis altenim pro altero putaverunt fuisse c a r l o se e n c o n t r a r a u n n o v i l l o del m i s m o c o l o r , es decir, p i n t a -
hominem, qui in suis posuerunt scriptis alterum nomen), cura rex Argi- d o de m a n c h a s b l a n c a s , c r e y e r o n q u e esto e n c e r r a b a a l g o de
vorum tertius Apis esset, mortuus est Isaac annorum centum octoginta, et m a r a v i l l o s o y d i v i n o . A la v e r d a d q u e n o e r a difícil a los d e m o -
reliquit geminos suos annorum centum et viginti: quorum minor lacob nios, p a r a e n g a ñ a r a los h o m b r e s , p r e s e n t a r a u n a vaca p r e ñ a d a
pertinens ad civitatem Dei, de qua scribimus, maiore utique reprobato,
habebat duodecim filios; quorum illum, qui vocabatur Ioseph, mercato-
ribus in Aegyptum transeuntibus fratres, adhuc Isaac avo eorum vívente,
vendiderant. Stetit autem ante Pharaonem Ioseph, quando ex humilitate, CAPUT V
quam pertulit, sublimatus est, cum triginta esset annorum: quoniam som-
nia regís divine interpretatus, praentmtiavit septem ubertatis annos futu- DE A P I REGE ARCIVORUM, QUEM AECYPTII SEKAPIM NOMLNATUM DIVINO
ros, quorum abundantiam praepollentem consequentes alii septem steriles HONORE COLUERUNT
fuerant consumpturi; et ob hoc eum rex praefecerat Aegypto, de carcere
liberatum, quo eum coniecerat integritas castitatis; quam fortiter servans His temporibus rex Argivorum Apis navibus transvectus in 4.egyptum,
male amanti dominae, et male crédulo domino mentiturae, veste etiam cum ibi mortuus fuisset, factus est Serapis omnium maximus Aegyptiorum
derelicta de manibus attrahentis aufugiens, non consensit ad stuprum. deus. Nominis autem huius, cur non Apis etiam post mortem, sed Serapis
Secundo autem anno septem annorum sterilium, lacob in Aegyptum cum appellatus sit, facillimam rationem Varro reddidit. Quia enim arca in qua
suis ómnibus venit ad filíum, agens annos centum et triginta, sicut inter- mortuus ponitur, quod omnes iam sarcophagum vocant, ¡jopos dicitur
roganti regi ipse íespondit s ; cum Ioseph ageret triginta et novem, ad graece; et ibi eum venerari sepidtum coeperant, priusquam templum eius
triginta scilicet quos agebat, quando a rege honoratus est. additis septem esset exstructum: velut Soros et Apis, Sorapis primo, deinde una littera,
ubertatis, et duobus famis. ut fieri assolet, commutata, Serapis dictus est. Et constitutum est etiam
de illo, ut quisquís eum hominem dixisset fuisse, capitalem penderet poe-
8
Gen 47,9. nam. Et quoniam fere in ómnibus templis, ubi colebantur Isis et Serapis,
erat etiam simulacrum, quod dígito labiis impresso admonere videretur,
ut silentium fieret; hoc significare idem Varro existimat, ut homines eos
fuisse taceretur. lile autem bos, quem mirabili vanitate decepta Aegyptus
in eius honorem deliciis affluentibus alebat, quoniam eum sine sarcophago
vivum venerabantur, Apis, non Serapis vocabatur. Quo bove mortuo, quo-
niam quaerebatur et reperiebatur vitulus colorís eiusdem, hoc est, albis
quibusdam maculis similiter insignitus; mirum quiddam et divinitus sibí
procurattim esse credebant. Non enim magnum erat daesroonibua ad eos
1254 U CIUDAD DK D I O S XJVTTT, 6 XVIII, 8 PARALELISMO KNl'RE LAS DOS CIUDADES 1255

la i m a g e n de ese l o r o , de la cual a p a r e c i e r a c o r p o r a l m e n l e l e m p l o s y con sacrificios. E s t e h o n o r , y a en su r e i n a d o y a n t e s ,


su r e p r e s e n t a c i ó n [ 1 7 ] . Así, J a c o b hizo con v a r a s de v a r i o s co- se r i n d i ó a u n p a r t i c u l a r l l a m a d o H o m o g i r o , q u e fué m a t a d o
lores q u e sus ovejas n a c i e r a n m u l t i c o l o r e s . Y esto que los h o m - por u n r a y o , y r u é t a m b i é n e l p r i m e r o q u e u n c i ó los b u e y e s al
b r e s p u e d e n h a c e r con c o l o r e s r e a l e s y v e r d a d e r o s , los demo- arado.
n i o s p u e d e n h a c e r l o m u y fácilmente p r e s e n t a n d o c o l o r e s fingi-
dos a) c o n c e b i r los a n i m a l e s . C A P I T Ü L O V 1 I

M U E R T E DE J O S É Y R E Y E S DE EINTONCES
C A P 1 T U L (') V 1
R e i n a n d o en A s i r í a el d u o d é c i m o rey, M a m i t o , y en S i c i o n i a
el u n d é c i m o , P l e m n e o , y en A r g o s a ú n A r g o s , m u r i ó en E g i p t o
R E Y DE A R G O S Y DE A S I R Í A A LA M U E R T E DE JACOB

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


J o s é a los ciento diez a ñ o s . D e s p u é s de su m u e r t e , el p u e b l o de
Dios se a c r e c i ó - p r o d i g i o s a m e n t e , y p e r m a n e c i ó en E g i p t o ciento
^ A p i s , r e y de A r g o s , n o de E g i p t o , m u r i ó en E g i p t o . L e suce-
c u a r e n t a y cinco .años, al p r i n c i p i o , m i e n t r a s v i v i e r o n los con-
dió en el t r o n o su h i j o A r g o s , de cuyo n o m b r e d e r i v a n los ar-
t e m p o r á n e o s de J o s é , t r a n q u i l a m e n t e . L u e g o , e n v i d i a d o p o r su
gos y los a r g i v o s , p u e s con los reyes a n t e r i o r e s ni la c i u d a d ni
c r e c i m i e n t o y r e c e l a n d o de él, le o p r i m i e r o n con p e r s e c u c i o n e s
la n a c i ó n t e n í a n ese n o m b r e . B a j o su r e i n a d o , y siendo rey de
y t r a b a j o s serviles i n t o l e r a b l e s h a s t a ser s a c a d o de a l l í . ( P e r o ,
l o s sicionios E r a t o , y B a l e o de los a s i r i o s , m u r i ó J a c o b en
a u n en m e d i o de estas estrecheces, crecía, c o m o f e c u n d a d o de lo
E g i p t o a la e d a d de ciento c u a r e n t a y siete a ñ o s . A la h o r a de
a l t o . ) E n A s i a y en G r e c i a d u r a n t e este t i e m p o s e g u í a n en el
su m u e r t e b e n d i j o a sus h i j o s y a los n i e t o s p o r l a l í n e a de
I r o ñ o los m i s m o s reyes.
J o s é y profetizó, con a d m i r a b l e c l a r i d a d , a C r i s t o en estas p a l a -
b r a s , p r o n u n c i a d a s al b e n d e c i r a J u d á : No ¡altará príncipe de
Suda y de su descendencia el caudillo hasta que se cumpla lo C A P 1 T U L O V i l I
que se te ha prometido. El será la esperanza de las naciones.
D u r a n t e el r e i n a d o de A r g o s , G r e c i a c o m e n z ó a c u l t i v a r el REYES Y RELIGIÓN QUE SE FUÉ IMPONIENDO AL N A C E R MOISÉS
c a m p o y a s e m b r a r con s e m i l l a s i m p o r t a d a s de f u e r a . T a m b i é n
R e i n a b a en A s i r i a el d e c i m o c u a r t o rey, S a f r o ; en S i c i o n i a ,
A r g o s d e s p u é s de su m u e r t e fué tenido p o r d i o s y h o n r a d o c o n
el d u o d é c i m o , O r t ó p o l i s , y el q u i n t o , C r i a s o , en A r g o s , c u a n d o
decipiendos pliantasiam talis tauri, quam sola cerneret, ostentare vaccae post obitum deus haberi coepit, templo et sacrificiis honoratus. Qui honor
concipienti atque praegnanti, mide libido matris attraheret quod in eius eo regnante ante illum delatus est homini privato et fulminato cuidam
fetu iam corporaliter appareret: sicut Iacob de virgis variatis, ut oves et iíomogyro, eo quod primus ad aratrum boves ¡unxerit.
caprae variae nascerentur, effecit '. Quod enim nomines coloribus et cor-
poribus veris, hoc daemones figuris fictis facillime possunt anirnalibus con- CAPUT VII
cipientibus exhibere.
QUOKUM HECUM TEMPORE I o S E P H IN AEGYPTO UEFUNCTUS SIT
CAPUT VI Regnantibus Assyriorum duodécimo Mamito, et undécimo Sicyoniorum
Plemnaeo, et Argis adhuc manente Argo, mortivus ést Ioseph in Aegyplo
Q ü O REGNANTE APUD ARGIVOS, QUOVE Al'UU AsS,YRtOS, IACOB Mi A E G Y P T O
annorum centum et decem *. Post cuius mortem populus Dei mirahüiter
SIT MORTUUS
crescens mansit in Aegypto centum quadraginta quinqué annos, tran-
Apis ergo rex, non Aegyptiorum, sed Argivorum, morluus esl in Ae- quille prius, doñee morerentur quibus Ioseph notus fuit: deinde quia in-
gypto. Huic filius Argus successit in regnum, ex cuius nomine et Argi, videbatur incrementis eius, erantque suspecta, quousque inde liberaretur,
et ex hoc Argivi, appellati sunt: superioribus autem regibus nondum vel persecutionibus (Ínter quas tamen divinitus fecundata multiplicatione
locus vel gens habebat hoc nomen. Hoc ergo regnante apud Argivos, et erescebat) et laboribus premebatur intolerabilis servitutis. In Assyvia vero
apud Sicyonios Erato, apud Assyrios vero adhuc manente Baleo, mortiius et Graecia per idem tempus regna eadem permanebant.
est Iacob in Aegypto annorum centum quadraginta septem, cora monturas
filios suos et nepotes ex Ioseph benedixisset, Christumque apertissime CAPUT VIH
prophetasset, dicens in bencdictione ludae, Non deficiet princeps ex luda, QUORUM RECUM AETATE MOYSES NATUS SIT, ET QUORUM DEORUM IISDEM
et dux de femoribus eius, doñee veniant quae reposita sant ei: et ipse TEMPORIRUS SIT 0RTA RF.LIGIO
exspectatio gentium". Regnante Argo suis coepit uti frugibus Graecia, et
habere segetes in agricultura, delatie alíunda semtaibus. Argus quoque Cum ergo regnaret Assyriis quartus decinius Saphrus, et Sicyoniis
duodecimus Orthopolis, et Criasus quintus Argivis, natus est in Aegypto
* G e n . 30,37-48. 8
S e n . 50,25.
1256 LA CIUDAD DE DIOS XVIII, 8
E g i p l o asistía a l n a c i m i e n t o del l i b e r t a d o r del p u e b l o de D i o s XVIII, 8 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADKS , 1257
de la s e r v i d u m b r e e g i p c i a , de M o i s é s . E s t a e s c l a v i t u d fué conve-
n i e n t e , p a r a a v i v a r así los deseos del p u e b l o p o r el a u x i l i o de c u a l q u i e r a la é p o c a de su n a c i m i e n t o , consta p o r h i s t o r i a d o r e s
su C r e a d o r . A l g u n o s creen q u e en este t i e m p o existió P r o m e - de p e s o q u e a m b o s f u e r o n h o m b r e s y q u e p o r los beneficios
teo [ 1 8 ] . Y , c o m o fué u n o de l o s g r a n d e s m a e s t r o s de l a sabi- y c o m o d i d a d e s b r i n d a d a s a l o s m o r t a l e s p a r a su vida merecie-
d u r í a , d i c e n q u e f o r m ó l o s h o m b r e s de b a r r o . M a s n o se sabe r o n de e l l o s h o n o r e s d i v i n o s .
q u i é n e s f u e r o n los reyes de su t i e m p o . Su h e r m a n o A t l a s [ 1 9 ] M i n e r v a es m u c h o m á s a n t i g u a q u e éstos. C u e n t a n q u e en
dicen q u e fué u n g r a n a s t r ó l o g o . D e a q u í lia t o m a d o p i e l a t i e m p o de Ogiges [ 2 2 ] se a p a r e c i ó , en la flor de la e d a d , j u n t o
f á b u l a q u e finge q u e sostiene el cielo con sus h o m b r o s , a u n q u e al l a g o T r i t ó n [ 2 3 ] . P o r eso es l l a m a d a t a m b i é n T r i t o n i a .
h a y u n m o n t e q u e l l e v a su n o m b r e , y su a l t u r a , al p a r e c e r , h a A e l l a se d e b e n i n v e n c i o n e s r a r a s y útiles, y la gente se i n c l i n ó
h e c h o p e n s a r al v u l g o q u e s o p o r t a el cielo. E n este t i e m p o se t a n t o m á s a c r e e r l a diosa c u a n t o m e n o s c o n o c i d o e r a su o r i g e n .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p r o d i g a r o n m u c h o en G r e c i a l a s ficciones f a b u l o s a s . P e r o h a s t a Eso de q u e n a c i ó de la cabeza de J ú p i t e r es m á s b i e n ficción
C e c r o p e , r e y de los a t e n i e n s e s , en c u y o r e i n a d o t o m ó t a l nom- p o é t i c a q u e r e a l i d a d h i s t ó r i c a . L©s h i s t o r i a d o r e s n o están acor-
b r e l a c i u d a d y D i o s sacó, p o r m e d i o de Moisés, e su p u e b l o des en s e ñ a í a r l a é p o c a en q u e vivió Ogiges, en c u y o t i e m p o
de E g i p t o , f u e r o n a l i s t a d o s en el n ú m e r o de los dioses a l g u n o s h u b o u n g r a n d i l u v i o , d i s t i n t o de a q u e l d i l u v i o u n i v e r s a l al q u e
m u e r t o s , s i g u i e n d o la ciega s u p e r s t i c i ó n de los g r i e g o s . E n t r e n o e s c a p a r o n los h o m b r e s , e x c e p t u a d o s los del a r c a , descono-
ellos h a l l a m o s de diverso m o d o , en los diferentes a u t o r e s , a cido p a r a los h i s t o r i a d o r e s g r i e g o s y l a t i n o s [ 2 4 ] , p e r o m a y o r
M e l a n t o n i c e , esposa del r e y C r i a s o , y a F o r b a s , su h i j o , sexto q u e el de D e u c a l i ó n . V a r r ó n , p o r e j e m p l o , c o m i e n z a el l i b r o ya
r e y de A r g o s d e s p u é s de su p a d r e , y a J a s o , h i j o de T r í o p a , sép- c i t a d o d e s d e esa é p o c a . Y n o e n c u e n t r a n a d a m á s a n t i g u o q u e
t i m o r e y , y el r e y n o v e n o , E s t e n e l a s , o E s t e n e l e o , o Estáñe- el d i l u v i o de Ogiges, o sea el h a b i d o en t i e m p o de O g i g e s .
lo [ 2 0 ] . T a m b i é n c u e n t a n q u e en este t i e m p o vivió M e r c u r i o , N u e s t r o s c r o n i s t a s E u s e b i o y J e r ó n i m o , q u e a p o y a r o n su opi-
nieto d e A t l a s p o r línea de su h i j a M a y a [ 2 1 ] , h e c h o q u e h a s t a n i ó n en h i s t o r i a d o r e s a n t e r i o r e s , refieren q u e el d i l u v i o de Ogi-
l a s l e t r a s m á s v u l g a r e s c a n t a n . S o b r e s a l i ó c o m o p e r i t o en las ges t u v o l u g a r d e s p u é s de m á s de t r e s c i e n t o s a ñ o s , en el r e i n a d o
a r t e s y l a s e n t r e g ó a los h o m b r e s , m o t i v o q u e le g r a n j e ó el de F o r o n e o , s e g u n d o r e y de A r g o s . Sea de eso lo q u e fuere, es
ser t e n i d o o c r e í d o c o m o d i o s d e s p u é s de su m u e r t e . A esta mis- cierto q u e , r e i n a n d o en A t e n a s C e c r o p e , se r e n d í a ya c u l t o
m a é p o c a de A r g o s , a u n q u e u n p o c o p o s t e r i o r , p e r t e n e c e , se- a M i n e r v a . Y b a j o este rey, A t e n a s fué f u n d a d a o r e s t a u r a d a .
g ú n c u e n t a n , H é r c u l e s , si b i e n es cierto q u e a l g u n o s lo creen
a n t e r i o r a M e r c u r i o . A m i j u i c i o , éstos se e n g a ñ a n . M a s , sea nati sint, constat Ínter historíeos graves, qui haec antiqua lítteris manda-
verunt, ambos homines fuisse, et quod mortalibus ad istam vitam com-
Moyses, per quem populus Dei de seryitute Aegyptia liberatus est, in qua modius ducendam beneficia multa contulerint, honores ab eis meruisse
cuín ad desiderandum sui Creatoris auxilium sic exerceri oportebat. divinos. Minerva vero longe his antiquior. Nam temporibus Ogygii ad
Regnantibus memoratis regibus fuisse a quibusdam creditur Prometheus; Iacum, qui Tritonis dicitur, virginali apparuisse fertur aetate; unde et
quem gropterea ferunt de luto formasse homines, quia sapientiae optimus Tritonia nuncupata est: multorum sane operum inventrix; et tanto pro-
doctor fuisse perhibetur: nec tamen ostenditur qui eius temporibus fue- clivius dea credita, quanto minus origo eius innotuit. Quod enim de ca-
riut sapientes. Frater eius Atlas inagnus fuisse astrologus dicitur: unde pite lovis nata canitur, poetis et fabulis, non historiae rebusque gestis est
occasionem fábula invenit, ut eum caelum portare eonfingeret: quamvis applicandum. Quanquam Ogygius ipse quando fuerit, cuius temporibus'
mons eius nomine nuncupetur, cuius altitudine potius caeli portatio in etiam diluvium magnum factum est, non ilhid máximum quo nulli homines
opinionem vulgi venisse videatur. Multa quoque alia ex illis in Graecia evaserunt, nisi qui in arca esse potuerunt, quod gentium nec Graeca nec
temporibus confingi fabulosa coeperunt: sed usque ad Cecropem regem Latina novit historia, sed tamen maius quam postea tempore Deucalionis
Atheniensium, quo regnante eadeni civitas etiam tale nomen accepit, fuit, inter scriptores hi,storiae non convenit. Nam Varro inde exorsus est
et quo regnante Deus per Moyseu eduxit ex Aegypto populum suum, re- Hbrum, cuius mentionem superius feci, et niliil sibi, ex quo perveniat ad
lati sunt in deorum numerum aliqu^t inortui caeca et vana consuetudine res Romanas, proponit antiqúius quam Ogygii diluvium, hoc est, Ogygii
ac superstitione Graecorum. In quibus Criasi regís coniux Melantomice, factum temporibus. Nostri autem qui Chronica scripserunt, prius Euse-
et Phorbas filius eorum, qui post patrem rex Argivorum sextus fuit, et bius, post Hieronymns, qui utique praecedentes aliquos históricos in hac
septími regis Triopae filius Iasus, et rex nonus Sthenelas, sive Stheneleus, opinione secuti sunt, post annos amplius quam trecentos iam secundo
sive Sthenelus, varié quippe in diversis auctoribus invenhur. His tempo- Argivorum Phoroneo rege regnante Ogygii diluvium fuisse oommemorant.
ribus etiam Mercurius fuisse perhibetur, nepos Atlantis, ex Maia filia: Sed quolibet tempore fuerit, iam tamen Minerva tanquam dea eolebatur,
quod vulgatiores etiam litterae personant. Multarum autem artium pe- regnante Atheniensibus Cecrope, sub quo rege etiam ipsam vel ¡nstauratam
ritus claruit, quas et hominibus tradidit: quo mérito eum post mortem ferunt, ve] conditam civitatem.
deum esse voluerunt, sive r etiam crediderunt. Posterior fuisse Hercules
dicitur, ad ea tamen témpora pertinens Argivorum: quamvis nonnulli eum
Mercurio praeferant tempore; quos fallí existimo. Sed quolibet tempore
1258 LA CIUDAD DE DIOti xvaii, 9 X V I I I , 10 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 125,9

un j u e g o d e los d e m o n i o s s o b r e los dioses, q u e o c a s i o n ó la vic-


C A P Í T U L O IX toria d e l a s m u j e r e s . Y la c i u d a d , h e r i d a p o r el vencido, se vio
o b l i g a d a a c a s t i g a r la v i c t o r i a d e la v e n c e d o r a , t e m i e n d o m á s
las a g u a s d e N e p t u n o q u e l a s a r m a s d e M i n e r v a . E n el castigo
ClJÁ.NDO FUÉ FUNDADA ATENAS Y ORIGEN DE SU NOMBRE,
de l a s m u j e r e s sufrió t a m b i é n M i n e r v a u n a d e r r o t a . N o p r e s t ó
SEGÚN VARRÓN
a y u d a a l a s q u e le v o t a r o n n i s i q u i e r a p a r a q u e , p r i v a d a s de
H e a q u í el o r i g e n a s i g n a d o p o r Varrói» a l n o m b r e de Ate- sufragio y sin p o d e r l e g a r e l n o m b r e a sus hijos, se les p e r m i -
n a s . V i e n e d e M i n e r v a , q u e e n g r i e g o se dice 'AQiyva. D e b u e n a s tiera ser l l a m a d a s a t e n e a s y c o n s e r v a r el n o m b r e d e su diosa,
a p r i m e r a s s u r g i ó a l l í u n olivo, y b r o t ó a g u a en otro l u g a r . En- q u e g a n ó la b a t a l l a g r a c i a s al v o t o . ¡ C u á n t a s y q u é cosas p o -
tonces e l r e y , m o v i d o p o r estos p r o d i g i o s , envió a p r e g u n t a r al d r í a n decirse a q u í si n u e s t r a p l u m a n o l l e v a r a t a n t a p r i s a !

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


A p o l o d e B e l f o s q u é significaba a q u e l l o y q u é se debía h a c e r .
R e s p o n d i ó q u e la oliva significaba a Miriervá,.«¿y el a g u a , a
N e p t u n o , y q u e l o s c i u d a d a n o s p o d í a n e l e g i r «de esos d o s n o m - -*'•<*•» C A P I T U L O X.
bres u n o p a r a l a c i u d a d . C e c r o p e , r e c i b i d o el "oráculo, convocó
a t o d o s los c i u d a d a n o s de a m b o s sexos. (L¡i c o s t u m b r e a d m i t í a ENSEÑANZAS DE VARRÓN SOBRE EL NOMBRE DE AREÓPAGO Y SOBRE
t a m b i é n a l a s v o t a c i o n e s p ú b l i c a s a las m u j e r e s . ) P r o p u e s t a la EL DILUVIO DE DEUCALION
cuestión, l o s h o m b r e s v o t a r o n p o r N e p t u n o , y l a s m u j e r e s , p o r
M i n e r v a . ¥ , c o m o h a b í a u n a m u j e r m á s , g a n ó la v o t a c i ó n Mi- M a r c o V a r r ó n se n i e g a a d a r fe a las f á b u l a s q u e r e d u n d a n en
n e r v a . E n t o n c e s N e p t u n o , i r r i t a d o , a s o l ó con l a s o l a s encrespa- d e s d o r o de los dioses p o r m i e d o a sentir i n d i g n a m e n t e de su dig-
d a s d e l m a r l a s t i e r r a s d e los a t e n i e n s e s , p o r q u e n o es difícil n a m a j e s t a d . Y p o r eso n o q u i e r e c r e e r q u e el a r e ó p a g o , d o n d e
a los d e m o n i o s d a r m á s extensión al flujo de l a s a g u a s . El mis- disD-ixtá So-ü P^blo, c/itL \o.% füju^jji)xyt%, y CJIVQS. cjirvaj^s, yt lbxr£i¿i.-
m o a u t o r dice q u e , p a r a a m a n s a r s u s i r a s , l a s m u j e r e s fueron r o n a r e o p a g i t a s , h a y a r e c i b i d o ese n o m b r e de q u e M a r t e , "Ap-ps
c a s t i g a d a s p o r los a t e n i e n s e s c o n t r e s p e n a s '• c a r e c e r e n a d e l a n - en g r i e g o , a c u s a d o d e h o m i c i d i o ante doce dioses, q u e le juz-
te d e voto, n o i m p o n e r el n o m b r e de la m a d r e a n i n g ú n h i j o g a b a n en a q u e l p a g o , salió a b s u e l t o , p o r q u e o b t u v o seis votos,
y n o ser l l a m a d a s a t e n e a s . A s í , a q u e l l a c i u d a d , m a d r e y n o d r i z a y, c u a n d o h a b í a e m p a t e , se a c o s t u m b r a b a a a n t e p o n e r la a b s o l u -
de las a r t e s l i b e r a l e s y de t a n t o s y t a n i l u s t r e s filósofos, q u e son ción a la c o n d e n a . C o n t r a esta o p i n i ó n , c o m ú n m e n t e a d m i t i d a ,
lo m á s g l o r i o s o y n o b l e de Grecia, fué l l a m a d a A t e n a s p o r rum, qua nihil habuit Graecia clarius atque nobilius, ludificantibus dae-
monibus de lite deorum suorum, maris et feminae, et de victoria per fe-
minas feminae Athenas nomen accepit: et a victo laesa ipsam victricis
CAPUT IX victoriam puniré compulsa est, plus aquas Neptuni quam Minervae arma
formidans. Nam in mulieribus quae sic punitae sunt, et Minerva quae
QUANDO ATHENIENSIUM a VITAS SIT CONDITA, ET QUAM CAUSAM NOMINES vicerat, victa est; nec adfuit suffragatricibus suis, ut suffragiorum dein-
EIUS VARRO PERHIBEAT ceps perdita potestate, et alienatis filiis a nominibus matrum, Athenaeas
saltem vocari liceret, et eius deae mereri vocabulum, quam viri dei victri-
Nam ut Athenae vocarentur, quod certe nomen a Minerva est, quae cem fecerant ferendo suffragium. Quae et quanta hinc dici possent, nisi
graece 'M-qvá dicitur, hanc causam Varro indicat. Cuín apparuisset illic sermo ad alia properaret?
repente olivae arbor, et alio loco aqua erupisset, regem prodigia ista nio-
verunt, et misit ad Apollinem Delphicum sciscitatum quid intelligenduin
esset, quid faciendum. Ule respondit quod olea Minervam significaret, . CAPUT X
tinda Neptunum, et quod esset in civium potestate, ex cuius nomine po- QUID VARRO TRAIMT BE NUNCUPATIONE AREOPAM, ET DE DILUVIO
tius duorum deorum, quorum signa illa essent, civitas vocaretur. Isto Ce- DEUCALIONIS
crops oráculo accepto, cives omnes utriusque sexus (mos enirn tune in
eisdem locis erat, ut etiam feminae publicis consultationibus interessent) Attamen Marcus Varro non vult fabulo.sis adversus déos fidem adhi-
ad ferendum suffragium convocavit. Consulta igitur multitudine mares pro bere figmentis, ne de maiestatis eorum dignitate indignum aliquid sen-
Neptuno, feminae pro Minerva tulere sententias: et quia una plus est in- tiat. Et ideo nec Areopagon, ubi cum Atheniensibus Paulus apostolus
venta feminarum, Minerva vicit. Tune Neptunus irarus marinis íluctibiw disputavit', ex quo loco Areopagitae appellati sunt curiales urbis eiusdem,
exaestuantibus térras Atheniensium populatus est: quoniam spargere la- vult inde accepisse nomen, quod Mars, qui graece "Apri; dicitur, cum ho-
tius quaslibet aquas difficile daemoiribus non est. Cuius ut iracundia pla- micidii crimine reus fieret, iudieantibus duodecim diis in eo pago, sex
caretur, triplici supplicio dicit idem auctor ab Átheniensibus affectas esse sententiis absolutas est; quia ubi paris numeri sententiae fuissent, praepo-
mulieres: ut nulla ulterius ierrent suffragia, ut fiullus nascentium ma- n¡ absolutio damnationi solebat. Sed contra istam, quae multo est am-
temum nomen accipexet, ut ne quis eas Athenaeas vocaret. Ita illa eivitas
mater ae nutrix liberalium doctrinanim, et tot tantorumqne philosopho-
1260 LA CIUDAD DE DIOS X V I I I , 10 XiVIII, 11 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1261

se a f a n a e n b u s c a r o t r o o r i g e n a ese n o m b r e , b a s á n d o s e en el
c o n o c i m i e n t o d e h i s t o r i a s t r a s n o c h a d a s , c o n el fin de d e s h a c e r C A P I T U L O XI
la c r e e n c i a de q u e l o s atenienses d e r i v a r o n el n o m b r e d e a r e ó -
p a g o de M a r t e y d e p a g o , q u e se t r a d u c i r í a p o r el p a g o d e
SALIDA DE E G I P T O , EMPRENDIDA POR M O I S É S , Y REYES
M a r t e . Esto sería i n j u r i o s o — d i c e — p a r a los dioses, a q u i e n e s
QUE REINABAN A LA M U E R T E D E J E S Ú S NAVE
n o p u e d e a t r i b u í r s e l e s los litigios y los p r o c e s o s . Y sostiene q u e
esta h i s t o r i a d e M a r t e n o es m e n o s f a b u l o s a q u e la de l a s t r e s Moisés sacó, p u e s , d e E g i p t o al p u e b l o de D i o s en los úl-
diosas, J u n o , M i n e r v a y V e n u s , q u e d i s p u t a r o n , p o r la m a n z a n a t i m o s d í a s d e l r e i n a d o d e C e c r o p e , r e y de los a t e n i e n s e s , s i e n d o
de o r o , a n t e P a r i s el p r e c i o de su belleza. Y r e s u l t a q u e p a r a rey en A s i r í a A s c a t a d e s ; en Sicionia, M a r a t o , y e n A r g o s , T r í o -
a p l a c a r a los dioses q u e se deleitan con esas b e l l a q u e r í a s r e a l e s p a . E n s e g u i d a e n t r e g ó a l p u e b l o la l e y r e c i b i d a d e D i o s e n e l
o a p a r e n t e s se r e p r e s e n t a n y se b a i l a n e n t r e a p l a u s o s en l o s m o n t e S i n a í . Se l l a m a b a Viejo T e s t a m e n t o , p o r q u e s u s p r o m e -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


t e a t r o s . V a r r ó n n o cree esto, p o r q u e , s e g ú n é l , desdice de l a sas son t e r r e n a s , m i e n t r a s q u e J e s u c r i s t o p r o m e t e el r e i n o d e
n a t u r a l e z a y d e l a s c o s t u m b r e s de los dioses; M a s , al a s i g n a r los cielos fen ej N u e v o . E r a p r e c i s o g u a r d a r este o r d e n , q u e , se-
un origen histórico y no fabuloso al n o m b r e de Atenas, inserta g ú n el A p ó s t o l , o b s e r v a todo h o m b r e q u e a v a n z a h a c i a D i o s ,
en s u s escritos u n p l e i t o tal e n t r e M i n e r v a y N e p t u n o e n rela- y q u e consiste en ser p r i m e r o l o a n i m a l , y l u e g o l o e s p i r i t u a l .
ción c o n la c i u d a d , q u e , h a c i e n d o e x h i b i c i ó n d e p r o d i g i o s , n o se P o r q u e , c o m o él dice, y es u n a g r a n v e r d a d , el primer hombre
a t r e v i e r a a d i r i m i r l a cuestión el m i s m o A p o l o . Este r e m i t i ó el es el terreno, formado de la tierra, y el segundo es el celestial,
f a l l o a los h o m b r e s , c o m o J ú p i t e r a P a r i s en el p l e i t o de l a s venido del cielo. Moisés g o b e r n ó al p u e b l o en el d e s i e r t o p o r
d i o s a s . M i n e r v a venció en v o t o s y fué v e n c i d a p o r l a p e n a d e e s p a c i o de c u a r e n t a a ñ o s y m u r i ó de ciento v e i n t e [ 2 6 ] , d e s p u é s
l a s q u e l a v o t a r o n . F u é c a p a z de g a n a r A t e n a s a los v a r o n e s , de h a b e r p r o f e t i z a d o a Cristo p o r l a figura d e l a s o b s e r v a n c i a s
sus a d v e r s a r i o s , y n o lo fué d e l l a m a r a t e n e a s a sus a m i g a s l a s c a r n a l e s en el t a b e r n á c u l o y en el s a c e r d o c i o , en l o s sacrificios
m u j e r e s . E n este t i e m p o , b a j o el r e i n a d o de C r a n a o , sucesor de V en los d e m á s m a n d a m i e n t o s m í s t i c o s . A M o i s é s le s u c e d i ó
Cecrope, o según Eusebio y Jerónimo, bajo Cecrope a ú n , tuvo J e s ú s N a v e , el cual i n t r o d u j o al p u e b l o en l a t i e r r a d e p r o m i -
l u g a r el d i l u v i ó - d e D e u c a l i ó n [ 2 5 ] , así l l a m a d o p o r q u e él sión t r a s c o n q u i s t a r , p o r o r d e n de D i o s , la.s n a c i o n e s q u e p o -
r e i n a b a en l a r e g i ó n p r i n c i p a l m e n t e i n u n d a d a . Este d i l u v i o n o seían a q u e l l a s t i e r r a s . G o b e r n ó al p u e b l o d e s p u é s , d e la m u e r t e
se e x t e n d i ó a E g i p t o y sus c o n t o r n o s . de Moisés veintisiete a ñ o s [ 2 7 ] , y m u r i ó . R e i n a b a e n t o n c e s en

plius celebrata, opinionem, aliam quamdam de obseurarum notitia littera-


rum causam nominis huius conatur astruere, ne Areopagon Athenienses CAPUT XI
de nomine Martis et pagi, quasi Martis pagum nominasse credantur; in QüO TEMPORE M o Y S E S POPULUM DE A E C Y P T O EDUXERIT; ET DE I E S U NAVE,
iniuriam videlicet numinum, a quibus litigia vel iudicia existimat aliena: QUI EIDEM SVJCC.ESSIT, QUORUM REGUM AETATE S1T MORTUUS
non minus hoc, quod de Marte dicitur, falsum esse asseverans, quam illud
quod de tribus deabus, Iunone scilicet, et Minerva, et Venere, quae pro Eduxit ergo Moyses ex Aegypto populum Dei, novissimo tcmpore Ce-
malo áureo adipiscendo, apud iudicem Paridem de pulchritudinis excel- cropis Atheniensium regis, cum apud Assyrios regnaret Ascatades, apud
lentia certasse narrantur; et ad placandos ludis déos, qui delectantur seu Sicyonios Marathus, apud Argivos Triopas. Educto autem populo in
veris, seu falsis istis criminibus suis, ínter theatricos plausus cantantur monte Sina divinitus acceptam tradidit legem: quod vetus dicitur Testa-
atque saltantur. Haec Varro non credit, ne deorum naturae seu moribus mentum, quia promissiones terrenas habet; et per lesura Christum futu-
credat incongrua: et tamen, non fabulosam, sed historicam rationem de rum fuerat Testamentum novum, quo regnum caelorum promitteretur.
Athenarum vocabulo reddens, tantam Neptuni et Minervae litem suis lit- Hunc enim ordinem servan oportebat, sicut in unoquoque homine, qui
teris inserit, de cuius nomine potius illa civitas vocaretur, ut, cum prodi- in Deum proficit, id agitur, quod ait Apostolus, ut non sit prius quod
giorum ostentatione contenderent, inter eos iudicare nec Apollo consultos spirituale est; sed quod anímale, postea spirituale: quoniam sicut dicit,
auderet, sed deorum iurgium finiendum, sicut memoratarum trium dea- ct verum est, Primus homo de térra, terrcnus; secundus homo de cáelo,
rum ad Paridem Iupiter, ita et iste ad nomines mitteret, ubi vinceret caelestis". Rexit autem populum Moyses per annos quadraginta in deser-
Minerva suffragiis, et in poena suarum suffragatricium vinceretur, quae to: et mortuus est anuorum centum et viginti, cum Christum etiam ipse
in a'dversariis suis viris obtinere Alhenas potuit, et árnicas suas feminas prophetasset per figuras observationum canialium in tabernáculo, et sa-
Athenaeas habere non potuit. His temporibus, ut Varro scribit, regnante cerdotio, et sacrificiis, aliisque mysticis plurimisque mandatis. Moysi suc-
Atheniensibus Cranao, successore Cecropis, ut autem nostri Eusebius et cessit Iesus Nave: et iti terram promissionis introductum populum col-
Hieronymus, adhuc eodem Cecrope permanente, diluvium fuit, quod ap- locavit, ex auctoritate divina debellatis gentibus, a quibus eadem loca te-
pellatum est Deucalionis, eo quod ipse regnabat in earum terrarum par- nebantur. Qui cum populum rexisset post mortem Moysi viginti et septem
tibus, ubi máxime facturo est. Hoc autem diluvium nequáquam ad Ae-
s
gyptum atque ad eius vicina pervenit. i C o r . 15,16 c t 47.
1262 LA CIUDAD DE DIOS XiYIII, 12 SV1II, 12 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1263

A s i r í a A m i n t a , el d e c i m o c t a v o r e y ; en Sicionia, el d e c i m o s e x t o , D a n a o i n v a d i ó a q u e l l a s t i e r r a s y le p r e n d i ó f u e g o . P e r o esta
C o r a x ; en A r g o s , el d é c i m o , D a n a o , y en A t e n a s , el c u a r t o , d e d i c a c i ó n se d e b i ó a u n o r á c u l o del m i s m o A p o l o . E r i c t o n i o
Erictonio. fué el p r i m e r o q u e i n s t i t u y ó los j u e g o s en Á t i c a , n o sólo en su
h o n o r , sino t a m b i é n en h o n o r de M i n e r v a . E l p r e m i o del ven-
cedor en estos ú l t i m o s e r a B 1 o l i v o , p o r q u e d i c e n q u e M i n e r v a
C A P I T U L O X I I e n s e ñ ó su c u l t i v o , c o m o L i b e r o el del v i n o . L a f á b u l a a ñ a d e
que, en ese t i e m p o , X a n t o , r e y de los cretenses, a q u i e n o t r o s
d a n n o m b r e d i s t i n t o [ 3 0 ] , r o b ó a E u r o p a [ 3 1 ] , q u e de e l l a
SOLEMNIDADES INSTITUIDAS A LOS DIOSES FALSOS POR LOS
engendró a Radamanto [ 3 2 ] , a Sarpedón [33] y a Minos [ 3 4 ] ,
R E Y E S D E G R E C I A D E S D E LA S A L I D A D E I S R A E L D E E G I P T O H A S T A
q u e v u l g a r m e n t e p a s a n p o r h i j o s de J ú p i t e r , h a b i d o s d e e s a
LA M U E R T E D E J E S Ú S N A V E
m i s m a m u j e r . L o s a d o r a d o r e s de esos dioses creen h i s t ó r i c o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


lo d i c h o del r e y d e Creta, y esto q u e c a n t a n los p o e t a s , lo
P o r esta é p o c a , es decir, desde la s a l i d a de E g i p t o h a s t a la
a p l a u d e n los t e a t r o s y lo c e l e b r a n los p u e b l o s de J ú p i t e r , lo
m u e r t e d e J e s ú s N a v e , q u e i n t r o d u j o a l p u e b l o en l a t i e r r a d e
creen p u r a f á b u l a , i n v e n t a d a p a r a m o t i v o d e l o s j u e g o s y p a r a
p r o m i s i ó n , los reyes de G r e c i a i n s t i t u y e r o n , e n h o n o r de los
a p l a c a r l a s d i v i n i d a d e s con s u s falsas b e l l a q u e r í a s .
dioses falsos, m u c h a s s o l e m n i d a d e s . E s t a s , con a u g u s t a p o m p a ,
t r a í a n a la r e c o r d a c i ó n el d i l u v i o y l a l i b e r a c i ó n d e él y l a v i d a P o r estas c a l e n d a s c o r r í a t a m b i é n l a f a m a de H é r c u l e s e n
t r a b a j o s a de los h o m b r e s , q u e t a n p r o n t o i b a n a l a s c i m a s T i r i a [ 3 5 ] , p e r o en r e a l i d a d es d i s t i n t o del f a m o s o , d e q u e
c o m o d e s c e n d í a n a l a s s i m a s . P o r q u e es tal la i n t e r p r e t a c i ó n hemos hablado arriba. La historia m á s oculta cuenta que hubo
q u e se d a a l a s c e n s o y al descenso [ 2 8 ] de los l u p e r c o s [ 2 9 ] muchos Líberos p a d r e s y muchos Hércules. Este Hércules, de
p o r la vía s a g r a d a , q u e , según ella, los h o m b r e s , a n t e la c r e c i d a q u i e n citan doce h a z a ñ a s g r a n d i o s a s , e n t r e l a s c u a l e s n o m e n -
de las a g u a s , b u s c a r o n l a s c u m b r e s d e los m o n t e s , y, al t o r n a r c i o n a n la m u e r t e del a f r i c a n o Anteo—-proeza o b r a d a p o r el
l a s a g u a s a sus cauces, b a j a r o n ellos t a m b i é n a las s i m a s . Cuen- o t r o — . c u e n t a n l a s h i s t o r i a s q u e se a b r a s ó a sí m i s m o en el
t a n a d e m á s q u e , en este t i e m p o , D i o n i s i o , p o r s o b r e n o m b r e m o n t e E t a [ 3 6 ] al n o p o d e r s o p o r t a r , con ese p o d e r q u e le
L i b e r o p a d r e , q u e o b t u v o el t í t u l o de dios d e s p u é s d e la m u e r - p e r m i t í a d o m i n a r a los m o n s t r u o s , la e n f e r m e d a d q u e p a d e c í a .
te, e s t a n d o en Á t i c a e n s e ñ ó a su h o s t e l e r o el a r t e de p l a n t a r la En a q u e l t i e m p o , el rey, o, m e j o r , el t i r a n o Bufeiris [ 3 7 ] , in-
vid. E n t o n c e s f u e r o n d e d i c a d o s los j u e g o s de m ú s i c a a A p o l o m o l a sus h u é s p e d e s a los d i o s e s . F u é h i j o , al p a r e c e r , de
de Delfos p a r a a p l a c a r su i r a , p u e s q u e a t r i b u í a n l a e s t e r i l i d a d N e p t u n o y de L i b i a , h i j a d e E p a f o [ 3 8 ] ; m a s p a r a n o a c u s a r
de G r e c i a a q u e n o h a b í a n d e f e n d i d o su t e m p l o c u a n d o el r e y a los dioses, n o se crea q u e N e p t u n o c o m e t i ó t a l p e c a d o , sino

annos, etiam ipse defunctus est: regnante apud Assyrios octavo _ décimo derint templum eius, quod rex Danaus, curn easdem tenas bello invasis-
Amynta, apud Sicyonios sexto décimo Corace, apud Argivos décimo Da- set, incendit. Hos autem Indos ut instituerent oráculo sunt eius admoniti.
nao, apud Athenienses quarto Erichthonio. In Attica vero rex Erichthonius ei ludos primus instituit: nec ei tantum,
sed etiam Minervae, ubi praemium victoribus oleum ponebatur, quod eius
fructus inventrioem Minervam, sicut vini Liberum tradunt. Per eos annos
CAPUT XII a rege Xantho Cretensium, cuius apud alios aliud nomen invenimus,
rapta perliibetur Europa, et inde geniti Rhadamanthus, Sarpedón, et Mi-
DE SACRIS FALSORUM DEORÜM, QUAE RECES GRAECIAE LILIS TEMPORIBUS nos, quos magis ex eadem muliere filios Iovis esse vulgatum est. Sed ta-
INSTITUERÜNT, QUAE AB EXITÜ ISRAEL EX AEGYPTO USQUE AD OBITUM IESU lium deorum cultores illud quod de rege Cretensium diximus, historicae
NAVE DINUMERANTUR veritati; hoc autem quod de love poetae cantant, theatra concrepant, po-
puli celebrant, vanitati deputant fabularum, ut esset unde ludi fierent
Per haec témpora, id est, ab exitu Israel ex Aegypto usque ad mor-
placandis numinibus etiam falsis eorum criminibus. His temporibus Her-
tem Iesu Nave, per quem populus idem terram repromissionis accepit,
cules in Tyria clarus habebatur; sed nimirum alius, non illc de quo su-
sacra sunt instituta diis falsis a regibus Graeciae, quae memoriam diluvii,
pra locuti sumua. Secretiore quippe historia plures fuisse dicuntur et
et ab eo liberationis hominum, vitaeque tune aerumnosae modo ad alta,
Liberi patres et Hercules. Huno sane Herculem, cuius ingentia duodecim
modo ad plana migrantium, solemni celebritate revocanint. Nam et Lu-
facta numerant, ínter quae Antaei Afri necem non commemorant, quod ea
percorum per sacram viam ascensum atque deseensum síc interpretantur,
res ad alterum Herculem pertinet, in Oeta monte a se ipso, ineensum
ut ab eis significan dicant bomines, qui propter aquae inundationem
produnt suis litteris, cuín ea virtute, qua monstra subegerat, morbum ta-
summa montium petiverunt, et rursus eadem residente ad ima redierunt.
men, quo langnebat, sustinere non posset. Illo tempore vel rex, vel potius
His temporibus Dionysium, qui etiam Liber pater dictus est, et post mor-
tyrannus Busilis suis diis suos hospites immolabat, quem filium perhibent
tem deus habitus, vitem ferunt ostendisse in Attica térra hospiti suo.
fuisse Neptuni, ex matre Libya, filia Epaphi. Verum non eredatur hoc
Tune Apollini Delphico instituti sunt ludi musici, ut placaretur ira eius,
stuprum perpetrasse Neptunus, ne dii acensen tur: sed poetis et theatri»
qua putabant afflictas esse sterilitate Graeciae regiones, quia non defen-
1264 U CIUDAD DE DIOS XVIII, 12 XViüTI, 1 3 PARALELISMO ENTRE I,AS DOS CIUDADES 1265

atribuyase a los poetas y al teatro, que aplacan con ello a los


dioses. Dicen que Vulcano y Minerva fueron los padres de Eric- CAPITULO X11 1
tonio, rey de los atenienses, en cuyos últimos años murió Jesús
Nave. Pero, como quieren que Minerva sea virgen, añaden que
Vulcano, en la refriega habida entre ambos, se excitó y derra- FICCIONES FABULOSAS EN TIEMPO DE LOS JUECES
mó el semen en la tierra, y que por eso al hombre así nacido
se le impuso ese nombre. Porque en griego, refriega es fpis, y Después de la muerte de Jesús Nave, el pueblo de Dios fué
tierra, xe&v> y Erictonio se compone de estas dos palabras. gobernado por los jueces. En estos años alternaron las humilla-
Y esto hay que admitirlo. Los más avisados rechazan y excluyen ciones y los trabajos con las prosperidades y los solaces, según
esto de sus dioses, y explican esta fabulosa opinión diciendo sus pecados y la misericordia de Dios. En esta época se inven-
que en el templo de Vulcano y de Minerva—era uno mismo el taron las fábulas sobre Triptolemo [ 3 9 ] , que por orden de Ce-
res fué transportado por sierpes aladas y llevó, volando, trigo

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de ambos en Atenas—se encontró expósito un niño envuel-
to en un dragón, que le auguró un gran porvenir, y, como los a las regiones necesitadas; sobre el Minotauro, la bestia ence-
padres del muchacho eran desconocidos, se le tuvo por hijo de rrada en el laberinto, donde, entrando los hombres, no hallaban
Vulcano y de Minerva en atención al templo. Parece, empero, ya la salida, presas de inextricable error. Se fingieron también
más acertada en este caso la explicación de la fábula que la de las fábulas de los centauros, mitad caballo y mitad hombre; del
la historia. Y a nosotros, ¿qué? La historia sirva de instrucción Cerbero, perro de tres cabezas a la entrada del infierno; de
a los hombres religiosos, y la fábula, de deleite a los impuros Frixo y Heles, su hermana, volando sobre un ariete. Y de esta
demonios, a quienes los hombres religiosos rinden culto como época son también las fábulas de Gorgona, de crines serpenti-
a dioses. Aunque les nieguen esto, no pueden purificarlos de nas,.que convertía en piedras a los que la miraban; de Belero-
toda falta, porque les exhiben los juegos a petición suya y re- fonte, jinete de un caballo alado, por nombre Pegaso; de An-
presentan en ellos torpemente lo que al parecer niegan con fión, que atraía y ablandaba las piedras con la suavidad de su
sabiduría. Amén de que con esta falsedad y torpeza se aplacan lira; del carpintero Dédalo y de su hijo Icaro, que volaron con
los dioses. Y, si es verdad que la fábula canta un crimen falso alas postizas. Hay que añadir las fábulas de Edipo, quien obligó
de'los dioses, también lo es que es un crimen verdadero delei- a despeñarse por sí mismo el monstruo llamado Esfinge, de
tarse en un crimen falso. rostro humano y cuatro pies, porque resolvió el enigma que
presentaba como insoluble; y de Anteo, a quien mató Hércules,
ista tribuantur, ut sit unde placentur. Erichthonii regís Atheniensium, que fué hijo de la tierra, a lo cual se debía que, cayendo en
cuius novissimis annis Iesus Nave mortuns reperitur, Vulcanus et Miner-
va parentes fuisse dicuntur. Sed quoniam Minervam virginem volunt, in
amborum contentione Vulcannm comrnotum effudisse aiunt semen in ter-
ram, atque inde homini nato obe eam causam tale inditum nomen. Graeca CAPUT XIII
enim lingua Sípis conten do, et x <^u térra est; ex quibus duobus composi- QüALIUM FABULARUM FIGMENTA EXORTA SINT EO TEMPORE, QUO HEBRAEIS
tum vocabulum est Erichthonius. Verum, quod fatendum est, refellunt et IüDICES PRAEESSE COEPERUNT
a suis düs repellunt ista doctiores, qui hano opinionem fabulosam hinc
exortam ferunt, quia in templo Vulcani et Minervae, quod ambo unum Post mortem Iesu Nave, populas Dei Iudices habuit. quibus tempori-
habebant Athenis, expositus inventus est puer dracone involutus, qui eum bus alternaverunt apud eos et humilitates laborum pro eorum peccatis,
significavit magnum futurum, et propter commune templum, cum essent et prosperitates consolationum propter miaerationem üei. His temporibus
parentes eius ignoti, Vulcani et Minervae dictum esse filium: nominis fabulae fictae sunt de Triptolemo, quod iubente Cerere, anguibus porta-
tamen eius originem fábula illa potius quam ista designat historia. Sed tus alitibus, indigentibus terris frumenta volando contulerit: de Mino-
quid ad nos? Hoc in veracibus libris nomines instruat religiosos, illud in tauro, quod bestia fuerit inclusa Labyrintho; quo cum intrassent nomi-
fallacibus ludís daemones delectet impuros: quos tamen illi religiosi tan- nes, inextricabili errore, inde exire non poterant: de Centauris, quod
quam déos colunt; et cum de illis haec negant, ab omni eos crimine pur- equorum hominumque fuerit natura coniuncta: de Cerbero, quod sit trí-
gare non possunt, quoniam ludos eis poscentibus exhibent, ubi turpitei ceps inferorum canis: de Phryxo et Helle eius sorore, quod vecti ariete
aguntur quae velut sapienter negantur, et his falsis ac tnrpibus dii pla- volaverint: de Gorgone, quod fuerit crinita serpentibus, et aspicientes
cantur, ubi etsi fábula cantat crimen numinum falsum. delectari tamen convertebat in lapides: de Bellerophonte, quod equo pennis volante sit
falso crimine, crimen est verum. vectus, qui equus Pegasus dictus est: de Amphione, quod citharae Bua-
vitate lapides mulserit et attraxerít: de fabro Daedalo, et eius Icaro filio,
quod sibi coaptatis pennis volaverint: de Edipo, quod monstrum quod-
dam, quae Sphinga dicebatur, humana facie quadrupedem, soluta quae
ab illa proponi solebat velut insolubili quaestione, suo praecipítio períre
compulerit: de Antaeo, quem necavit Hercules, quod filias Terrae fuerit,
126(! t,A CIUDAD DE DIOS X V I I I , 13 XVIIII, 14 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1267
lierra, se levantara más fuerte |_40"|. Quizá haya algunas otras de este diosecillo se instituyeron, por intervención de los in-
que he pasado en silencio. Estas fábulas y otras semejantes mundos demonios, las solemnidades, o, mejor, los sacrilegios
hasta la guerra de Troya, en que dio fin Marco Varrón al se- bacanales. El Senado mismo, después de muchos años, se ru-
gundo libro Sobre el origen del pueblo romano, han sido tam- borizó tanto de su rabiosa torpeza, que prohibió celebrarlos en
bién inventadas por los ingenios humanos, basados en ciertas Roma [ 4 3 ] . Perseo y su mujer Andrómeda, que vivían por
hazañas reales que no son vergonzosas para los númenes. Mas entonces, después de muertos, fueron tan unánimemente tenidos
en cuanto a los que han fingido el rapto del bellísimo joven por dioses, que no se avergonzaron ni temieron dar sus nom-
Ganimedes, hecho por Júpiter para cometer estupro—crimen co- bres a algunas estrellas.
metido por el rey Tántalo, y que la fábula atribuye a Júpiter—;
y que Dánae deseó el placer carnal por una lluvia de oro—que
figura la corrupción de la mujer por el oro—, y las demás ac- CAPITULO XIV

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ciones y ficciones de entonces, atribuidas a Júpiter, no es posible
decir el cúmulo de males que suponen en el corazón de hombres
que toleran estas mentiras y las aceptan de buen grado. En rea- L O S POETAS TEÓLOGOS
lidad, cuanto con más devoción rinden culto a Júpiter, tanto
más severamente debieron castigar a quienes se atrevieron a En esta época hubo también poetas que se decían teólogos
atribuirle estas torpezas. Y, sin embargo, vemos que, lejos porque componían versos a los dioses. Pero los componían
de indignarse contra tales compositores, les sobrecoge la cólera a dioses que, aunque fueron grandes hombres, fueron hombres,
de los dioses si no les representan esas ficciones en las tablas. o son elementos de este mundo, creado por el Dios verdadero,
En este mismo tiempo, Latona dio a luz a Apolo, no al de u ordenados en principados y potestades según la voluntad del
los oráculos, del que hablamos antes, sino el que sirvió con Creador y sus propios merecimientos. Y, si en su vasta y vana
Hércules a Admeto [ 4 1 ] . Pero ha pasado por un dios tal, que producción se halla algo sobre el único Dios verdadero y rin-
casi todos le confunden con el auténtico Apolo. Entonces, Li- dieron culto con El a otros que no lo son y le prestaron el
bero padre guerreó en la India acompañado de una tropa de vasallaje debido únicamente al Dios verdadero, no le sirvieron
mujeres, llamadas las Bacas, insignes no tanto por su valor como se debe. Además, Orfeo [ 4 4 ] , Museo [45] y Lino [46]
como por su furor. Algunos escriben que Libero fué vencido y no supieron desechar de su obra las fábulas infamantes de sus
preso, y otros, que fué matado en el combate por Perseo, sin dioses. Estos teólogos rindieron culto a los dioses, y, sin em-
callar el lugar de su sepultura [ 4 2 ] . Y, sin embargo, en honor bargo, a ellos no se lo tributan como a dioses, bien que a Orfeo
la ciudad de los impíos suele hacerle presidir, no sé cómo, los
propter quod cadens in terram fortior soleret assurgere: et si qua forte sacrificios infernales, o, por mejor decir, los sacrilegios. La es-
alia praetermisi. Hae fabulae bellum ad usque Troianura, ubi secundum per immundos daemones Bacchanalia sacra, vel potius sacrilegia sunt
librum Marcus Varro de populi Romani gente finivit, ex occasione histo- instituta: de quorum rabiosa turpitudine post tam multos annos sic sena-
riarum, quae res veraciter gestas continent, ita sunt ingeniis hominum tus erubuit, ut in urbe Roma esse prohiberet. Per ea témpora Perseus
fictae, ut non sint opprobriis numinum affixae. Porro autem quicumque^ et uxor eius Andrómeda posteaquam sunt mortui, sic eos in caelum re-
finxerunt a Iove ad stuprum raptum pulcherrimum puerum Ganymedem, ceptos esse crediderunt, ut imagines eorum stellis designare, eorumque
quod nefas rex Tantalus fecit, et lovi fábula tribuit; vel Danaes per ira-
brem aureum appetisse concubitum, ubi intelligitur pudicitia mulieris appellare nominibus non erobescerent, non timerent.
auro fuisse corrupta; quae illis temporibus vel facta vel ficta sunt, aut
facta ab alus et ficta de Iove, dici non potest quantum malí de homi-
num praesumpserint cordibus, qiiod possent ista patienter ferré mendacia, CAPUT XIV
quae tamen etiam libenter amplexi sunt: qui utique quanto devotius Io-
DE TUEOLOGICIS POETIS
vem colunt, tanto eos qui haec de illo dicere ausi sunt, severius puniré
debuerunt. Nunc vero, non solum eis qui ista finxerunt, irati non sunt; sed Per ídem temporis intervallum exstiterunt poetae, qui etiam theologi
ut talia figmenta etiam in theatris agerent, ipsos déos potius iratos ha- dicerentur, quoniam de diis carmina faciebant: sed talibus diis, qui licet
bere timuerunt. His temporibus Latona Apollinem peperit, non illum cuius magni hoir.ines, tamen homines fuerunt; aut mundi huius, quem verus
oracula soleré consuli superius loquebamxir, sed illum qui cnm Hercule Deus fecit, elementa simt; aut in principatibus et potestatibus pro volún-
servivit Admeto: qui tamen sic est deus creditus, ut plurimi ac pene om- tate Greatoris et suis mentís ovdinati: et si quid de uno vero Deo ínter
nes unum eumdemque Apollinem fuisse opinentur. Tune et Lifaer patei multa vana et falsa cecinerunt, colendo cum illo alios qui dii non sunt
bellavit in India, qui multas habuit in exercitu feminas, quae Bacchae eisque exhibendo famulatum qui uni tantum debetur Deo, non ei utique
appellatae sunt, non tam virtute nobiles, quam furore. Aliqui sane et rite servierunt, nec a fabuloso deorum suorum dedecore etiam ipsi se
victrrrn scribunt istum Librarum e! vinctitm; nonnuili et occisum in pugna abstinere potuerunt Orpheus, Musaeus, Linus. Verum isti tbeologi dcos
a Perseo, nec ubi fuerit sepultus tacent: et tamen eius veliü dei nomine coluerunt, non pro diis culti sunt: quamvis Orpheum nescio quomodo
1268 I,A CIUDAD DE DIOS XjVTII, 1 5
X¡ViIII, 1 6 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1269
posa del rey Atamante |_4<TJ, que se llamaba Ino [ 4 8 ] , y su que niegan que fué hombre. Otros han escrito que reinó en
hijo Melicertes [ 4 9 ] , murieron despeñándose espontáneamente Italia antes de su hijo Pico, y Virgilio lo dice en versos más
en el mar. La opinión pública les asignó un lugar en el catálogo conocidos:
de los dioses. Así pasó a otros hombres de entonces, y así a
En seguida reunió a los hombres feroces esparcidos por nuestras
Castor y a Pólux [ 5 0 ] . Verdad es que a la madre de Melicertes
montañas. Les dio leyes, y fué su voluntad que el país donde se había
los griegos la llaman Leucotea, y los latinos, Matuta; pero
ocultado, y que era para él seguro asilo, llevase el nombre de Lacio.
unos y otros la tienen por diosa.
Dícese que su reino constituyó la edad de oro.
Mas trátense éstas de ficciones poéticas y sosténgase que fué el
padre de Pico Esterces, el cual, siendo un buen labrador, des-
CA P IT U LO XV cubrió, según cuentan, que los campos se fertilizan con los ex-
crementos de los animales. Su nombre viene de stercus (excre-
mento), y no faltan quienes le llaman Estercucio. Sea cualquie-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


OCASO DEL REINO DE ARGOS. P I C O , H I J O DE SATURNO, SUCESOR
DE SU PADRE EN EL REINO DE LOS LAURENTES ra el motivo del nombre de Saturno, es cierto que, al hacer a
Esterces o Estercucio dios de la agricultura, les acompañó la
Por este tiempo llegó a su ocaso el reino de Argos, y fué razón. En el número de esos dioses alistaron también a Pico,
transferido a Micenas[ 5 1 ] , de donde Agamenón fué rey, y sur- hijo suyo, de quien aseguran que fué un preclaro augur y un
gió el reino de los laurentes [ 5 2 ] . Pico, hijo de Saturno, fué buen guerrero. Pico engendró a Fauno, segundo rey de los lau-
el primero que tomó las riendas de este imperio, siendo juez rentes. Este es o fué también dios para ellos. Antes de la gue-
entre los hebreos Débora. Mas por ella también obraba el Es- rra de Troya tributaron honores divinos a los hombres muertos.
píritu de Dios, pues era profetisa. Su profecía es poco clara
para poder demostrar, sin una larga exposición, que alude a
Cristo. Los laurentes reinaban entonces ya en Italia. Este CAPITULO XVI
pueblo, después de los griegos, es el origen más cercano de
D l Ó M E D E S , CATALOGADO ENTRE LOS DIOSES, Y SUS COMPAÑEROS,
Roma. Y, sin embargo, la monarquía de los asirios aún subsis-
CONVERTIDOS EN AVES SEGÚN LA TRADICIÓN
tía, y contaba a Lampares su vigésimo tercer rey cuando Pico
comenzó a ser primer rey de los laurentes. Vean lo que dicen T r a s la d e s t r u c c i ó n de T r o y a , t a n c a n t a d a p o r d o q u i e r y tan
sobre Saturno, padre de Pico, los adoradores de estos dioses, c o n o c i d a d e l o s n i ñ o s , q u e se v u l g a r i z ó n o t a b l e m e n t e p o r su

infernis sacris, vel potius sacrilegiis, praeficere soleat civitas impiorum. Picum filium suum in Italia ipse regnaverit; et Virgilius notioribus lit-
Uxor autem regis Athamantis quae vocabatur Ino, et eius filius Melicertes teris dicit:
praecipitio spontaneo in mari perierunt, et opinione hominum in déos Is cernís indocile ac dispersum montibus altis
relati sunt: sicut alii homines eorum temporum, Castor et Pollux. Mam Comixibuit, legesque dedit, Laliumque vocari
Maluit ; uis quoniam latuis.set tutus in oris;
sane Melicertis matrem Leucotheam Graeci, Matutam Latini vocaverunt: Aureaque, ut per.hibent, illo sub rege fuere
utrique tamen pu tan tes deam. saceula J0.
Sed haec poética opinen tur esse figmenta, et Pici patrem Stercen
CAP UT XV potius fuisse asseverent, a quo peritissimo agrícola inventum ferunt, ut
fimo animalium agri fecundarentur, quod ab eius nomine stercus est
DE OCCASU REGNI ARGIVORUM, yuo TEMPORE APÜ» LAURENTES PICUS dictum: hunc quidam Stercutium vocatum ferunt. Qualibet autem ex causa
SATURNI FILIUS REGNUM PATRIS PRIMUS ACCEPIT eum Saturnum appellare voluerint, certe tamen hunc Stercen sive Ster-
Per ea témpora regnum finitum est Argivonim, translatum ad Myce- cutium mérito agricultuiae fecerunt deum. Picum quoque similiter eius
nas, unde fuit Agamemnon: et exortum est regnum Laurentum, ubi Sa- filium in talium deorum numerum receperunt, quem praeclarum augurem
turni filius Picus regnum primus accepit, indicante apud Hebraeos femina et belligératorem fuisse asserunt. Picus Fatinum genuit, Laurentum regem
Debbora: sed per illam Dei Spiritus id agebat: nam etiam prophetissa secundum: etiam iste deus illis vel est, vel fuit. Hos ante Troianum bellum
erat, cuius prophetia * mínus aperta est, quam ut possimus eam sine diu- divinos honores mortuis hominibus detulerunt.
turna expositione de Christo demonstrare prolatam. lam ergo regnabant CAPUT XVI
Laurentes utique in Italia, ex quibus evidentior ducittir origo Romana
post Graecos: et tamen adhuc regnum Assyriorum permanebat, ubi erat DE DIOMEUE POST TROIAE EXCIDIUM IN DÉOS RELATO, CUIUS soen TRADITI
rex vicesimus tertius Lampares, cum primus Laurentum Picus esse coe- SUNT IN VOLÜCRES ESSE CONVERSI
pisset. De huius Pici patre Saturno videpint quid sentiant talium deorum Troia vero eversa, excidio illo usquequaque cantata puerisque notissi-
cultores, qui negant hominem fuisse: de quo et alii scripserunt, quod ante mo, quod et magnitudine sui et scriptorum excellentibus linguis insigniter
» lud. 5- >» ¿teneld. 1.8 v.321-325.
1270 LA CIUDAD DE DIOS XVIII, 16
X V I I I , 17 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES - 1271
grandeza y las excelentes plumas de los escritores, y que se llevó
a efecto en el reinado de Latino, hijo de Fauno—que dio nom-
bre al reino de los latinos—, cesando entonces el reino de los
CAPITULO XVII
laurentes; los griegos vencedores, abandonando a Troya, hecha
polvo, y, tornando a sus hogares, sufrieron mil quebrantos y
horribles pérdidas. Y, sin embargo, con ellas y todo aumenta- SENTIR DE VARRÓN SOBRE LAS METAMORFOSIS HUMANAS
ron el número de los dioses. Hicieron dios a Diómedes, a quien En confirmación de este hecho cita Varrón otros casos
cuentan que le impusieron los dioses una pena y que no se no menos increíbles de la famosísima maga Circe [53 ]. Esta
tornó a los suyos. Sus compañeros fueron convertidos en aves, tornó a los compañeros de Ulises en bestias. Cita también a
y esto lo confirman no con fábula y poesía, sino con la historia los arcades, que, en alas de la suerte, pasaban a nado cierto
en la mano. A esas aves—creen ellos-—, ni él mismo, una vez estanque, donde se convertían en lobos, y vivían con otras fieras

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


hecho dios, les pudo devolver la forma humana, ni obtener similares en aquellos bosques. Y añade que, si se abstenían de
de su rey Júpiter esa gracia, como novicio en ese empíreo. carne humana, al cabo de nueve años tornaban a pasar el es-
Más aún, dicen que su templo se halla en la isla Diomedea, no tanque y transformarse en hombres. Finalmente, cita por su
lejos del monte Gárgano, que está en Apulia, y que esas aves nombre a un tal Demeneto, que, habiendo gustado del sacrificio
moradoras de aquel lugar andan rondando el templo, obse- de un niño que los arcades solían hacer a su dios Liceo, se
quiándolo de tan admirable manera, que llenan sus picos de trocó en lobo, y a los diez años, tornado hombre, se ejer-
agua y luego lo rocían. Y añaden que, si se acercan por allí citó en el pugilato y fué campeón en el certamen olímpico.
los griegos o descendientes de esa raza, no sólo se posan, Cree ese historiador que el motivo de que en Arcadia se diera
sino que los acarician, y que, en cambio, si se acercan ex- el nombre de Liceo a P a n y a Júpiter es ése, el transformar los
tranjeros, vuelan hacia sus cabezas y los pican hasta matarlos hombres en lobos, cosa que, según él, exige una potencia divi-
a veces. Agregan que para estos casos están armados de picos na. Porque en griego, lobo se dice AÚKÓS, y de ahí parece derivar-
grandes y duros. se el nombre de Liceo. Agrega que los lupercos de Roma traen
también su origen de esta semilla misteriosa.
diffamatum atque vulgatum est, gestumque regnante iam Latino Fauni
filio, ex quo Latinorum regnum dici coepit, Laurentumque cessavit: Graeci
victores, deletam Troiam derelinquentes, et ad propria í-emeantes, diversis
et horrendis cladibus dilacerati atque contriti sunt: et tamen etiam ex CAPl.'T XVII
eis deorum suorum numerum auxerunt. Nam et Diomedcn fecerunt deum,
quem poena divinitus irrogata perhibent ad suos non revertisse: eiusque DE IN'CREDTBIUBÜS COMMUTATIONHUIS HOMINOM QUID VAR.RO TRADIDERIT
socios in volucres fuisse conversos, non fabuloso poeticoque mendacio, Hoc Varro ut astruat, commemorat alia non minus incredibilia de
sed histórica attestatione con firman t: quibus nec deus, ut putant, factus. maga illa famosissima Circe, quae socios quoque Llyssis mutavit in bes-
humanara revocare naturam, vel ipse potuit, vel certe a love suo rege tias, et de Arcadibus, qui sorte ducti transnatabant quoddam stagnum,
tanquam caelicola novitius impetravit. Quin etiam templum eius esse atque ibi convertebantur in lupos, et cum similibus feris per illius regio-
aiunt in Ínsula Diomedea, non longe a monte Gargano, qui est in Apulia, nis deserta vivebant. Si autem carne non vescerentur humana, rursus post
et hoc templum circumvolare, atque incolere has alites tara mirabili obse- novem annos eodem renato stagno reformabantur in nomines. Denique
quio, ut rostrum aqua impleant et aspergant: et eo si Graeci venerint, etiam nominatim expressit quemdam Demaenetum, cum gustasset de sa-
vel Graecorurn stirpe progeniti, non solum qiúetas esse, verum et insupeí crificio, quod Arcades immolato puero, deo suo Lycaeo faceré solerent,
adulare; si autem alienígenas viderint, subvolare ad capita, tamque gra- in lupum fuisse mutatum, et anno décimo in figuram propriam restitu-
vibus ictibus, ut etiam perimant, vulnerare. Nam durís et grandibus tum, pugilatu sese exercuisse, et Olympiaco vicisse certamine. Nec idem
rostris satis ad haec praelia perhibentur armatae. propter aliud arbitratur historicus in Arcadia tale nomen affictum Pañi
Lycaeo et Iovi Lycaeo, nisi propter hanc in lupos hominum mutationem,
quod eam nisi vi divina fieri non putarent. Lupus enim graece AÚKOS
dicitur, unde Lycaei nomen apparet inílexum. Romanos etiam Lupercos
ex illorum mysteriorum velut semine dicit exortos.
X V I I I , 18, 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1273

1272 u CIUDAD DE DIOS XVUII, 1 8 , 1 2 . E s t o es t a n falso o, a l m e n o s , t a n r a r o , q u e h a y r a z ó n


m á s q u e suficiente p a r a n o c r e e r l o . P e r o es p r e c i s o creer con
fe s i n c e r a q u e D i o s o m n i p o t e n t e p u e d e h a c e r t o d o lo q u e quie-
C A P I T U L O XVIII re, sea c a s t i g a n d o , sea p r e m i a n d o . Y, a d e m á s , q u e los d e m o n i o s
n o o b r a n s e g ú n la p o t e n c i a de su n a t u r a l e z a ( p u e s t a m b i é n e l l a
¿A QUÉ HAY QUE ATENERSE EN LAS METAMORFOSIS HUMANAS es u n a c r i a t u r a a n g é l i c a , a u n q u e su m a l i c i a p r o c e d a de su p r o -
DEBIDAS A LOS DEMONIOS? p i o v i c i o ) , sino según l a p e r m i s i ó n de D i o s , c u y o s j u i c i o s son
ocultos, p e r o n u n c a i n j u s t o s . E s o t r a v e r d a d i n c o n t r o v e r t i b l e
1. M a s q u i z á l o s l e c t o r e s e s p e r a n m i o p i n i ó n s o b r e t a m a ñ o
q u e los d e m o n i o s , al o b r a r f e n ó m e n o s t a l e s c o m o estos en cues-
e m b e l e c o de los d e m o n i o s . Y ¿ q u é d i r é ? P u e s q u e se d e b e h u i r
tión, no c r e a n n a t u r a l e z a a l g u n a , sino, a lo s u m o , c a m b i a n de
de en m e d i o de B a b i l o n i a . Este p r e c e p t o p r o f é t i c o tiene u n sen-
especie l a s cosas c r e a d a s p o r el Dios v e r d a d e r o con el fin d e
t i d o e s p i r i t u a l m u y p r o f u n d o . Y es q u e se d e b e h u i r de la ciu-
que p a r e z c a n ser lo q u e n o son. A s í , p u e s , n u n c a p o r r a z ó n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


, d a d d e este m u n d o , q u e e s la s o c i e d a d de los á n g e l e s y de los
n i n g u n a c r e e r é q u e n o sólo el á n i m o , s i n o ni el c u e r p o , p u e d e
hombres impíos, avanzando hacia Dios p o r los pasos de esa
ser r e a l m e n t e t r o c a d o en f o r m a d e b e s t i a p o r a r t e o p o t e n c i a
fe q u e o b r a p o r el a m o r . C u a n t o m a y o r v e m o s q u e es la poten-
de los d e m o n i o s . A d m i t o q u e p u e d a l l e g a r al s e n t i d o de o t r o
cia de los d e m o n i o s en estas s i m a s , con t a n t a m a y o r fuerza
u n a f o r m a c o r p ó r e a de u n m o d o q u e n o sé e x p l i c a r , p o r q u e la
debemos adherirnos al Mediador, por quien subiremos de las
f a n t a s í a del h o m b r e se diversifica, en i m a g i n a c i ó n o e n sueños,
s i m a s a l a s c i m a s . E n efecto, si d i j é r a m o s q u e n o d e b e p r e s t a r -
en m i l cosas, y, a u n q u e i n c o r p ó r e a , es c a p a z d e t o m a r f o r m a s
se fe a estos f e n ó m e n o s , n o f a l t a n a ú n h o y q u i e n e s a s e g u r a n
p a r e c i d a s a los c u e r p o s c u a n d o los sentidos del h o m b r e están
h a b e r o í d o o e x p e r i m e n t a d o cosas s e m e j a n t e s . E s t a n d o en Ita-
d o r m i d o s o a l e t a r g a d o s . T a n es así, q u e a veces los m i s m o s
lia oí, en m á s de u n a ocasión, q u e en ciertas r e g i o n e s se h a b l a b a
c u e r p o s h u m a n o s están t e n d i d o s en a l g u n a p a r t e , vivos, es cier-
de q u e las m e s o n e r a s , i n i c i a d a s en l a s a r t e s s a c r i l e g a s , s o l í a n
t o , p e r o c o n s u s s e n t i d o s c e r r a d o s m u c h o m á s fuerte y h e r m é -
d a r a l o s v i a j e r o s en el q u e s o a l g o q u e los convertía al i n s t a n t e
t i c a m e n t e o b t u r a d o s q u e en el s u e ñ o . Así p u e d e s u c e d e r q u e
en b e s t i a s d e c a r g a p a r a t r a n s p o r t a r l e s s u s b u l t o s , y u n a vez
a q u e l l a f a n t a s í a a p a r e z c a c o m o c o r p o r a d a en i m a g e n de a n i m a l
h e c h o esto, les t o r n a b a a su f o r m a a n t e r i o r . S i n e m b a r g o , la
a los sentidos de o t r o , y ese o t r o crea q u e es r e a l , c o m o le su-
m e t a m o r f o s i s n o les t r o c a b a l a r a z ó n b e s t i a l , sino q u e se la
cede en s u e ñ o s el l l e v a r la c a r g a . Y , si esos p e s o s son v e r d a d e -
c o n s e r v a b a r a c i o n a l y h u m a n a , c o m o A p u l e y o cuenta o finge
ros c u e r p o s , los p u j a n los d e m o n i o s p a r a e n g a ñ a r a los h o m -
en El asno de oro. Refiere q u e , u n a vez q u e t o m ó el b r e b a j e ,
b r e s , q u e ven, en p a r t e , c u e r p o s v e r d a d e r o s , los de esos pesos,
p e r m a n e c i e n d o su á n i m o h u m a n o , se c o n v i r t i ó e n a s n o .
y, en p a r t e , falsos, los de los j u m e n t o s [ 5 4 ] . U n tal P r e s t a n d o

CAPIT XVIII
2. Haec vel falsa sunt, vel tam inusitata, ut mérito non credantur.
QUID CREDENDDM SIT DE TRANSFORMATIONIBUS, QUAE ARTE DAEMONUM Firmissime tamen credendum est, omnipotentem Deum omnia posse faceré
HOMINIBUS VIDENTUR ACHURRE quae voluerit, sive vindicando, sive praestando, nec daemones aliquid
1. Sed de isla tanta ludificatione daemonum, nos quid dicamus, qui operari secundum naturae suae poten tiam (quia et ipsa angélica creatura
haec legent, fortassis exspectent. Et quid dicemus, nisi de medio Babylonis, est, licet proprio sit vitio maligna), nisi quod ille permiserit, cuius iudicia
esse fugiendum? Quod praeceptum propheticum " in spiritualiter intelli- oceulta sunt multa, iniusta nulla. Nec sane daemones naturas creant, si
gitur, ut de huius saeculi civitate, quae profecto et angelorum et hominum aliquid tale faciunt, de qualibus factis ista vertitur quaestio; sed specie
societas impíorum est, fidei passibus, quae per dilectionem operatur, in tenus, quae a vero Deo sunt creata, commutant, ut videantur esse quod
Deum vivum proficiendo fugiamus. Quanto quippe in haec ima potestatem non sunt. Non itaque solum animum, sed nec corpus quidem ulla ratione
daemonum niaiorem videmus, tanto tenacius Mediatori est intiaerendum, crediderim daemonum arte vel potestate in tuembra et lineamenta bestialia
per quem de imis ad summa conscendimus. Si enim dlxerimus ea non esse veraciter posse convertí: sed phantasticum hominis, quod etiam cogitando
credenda, non desunt etiam mine, qui eiusmodi quaedam, vel certissima sive somniando per rerum innumerabilia genera variatur, et cum corpus'
audisse, vel etiam expertos se esse asseverent. Nam et nos cum essemus non sit, corporum tamen símiles mira celeritate formas capit, sopitis aut
in Italia, audiebamus talia de quadam regione illarum partium, ubi oppressis corporeis hominis sensibus, ad alíorum sensum nescio quo ineffa-
stabularias midieres imbuías his malis artibus, in cáseo daré soleré dice- bili modo figura corpórea posse perduci: ita ut corpora ipsa hominum
bant, quibus vellent sen possent viatoribus, unde in iumenta illico verte- alicubi iaceant, viventia quidem, sed multo gravius atque vehementius
rentur, et necessaria quaeque portarent, postque perfuncta opera iterum quam somno suis sensibus obseratis; phantasticum autem illud veluti cor-
ad se redirent: nec tamen in eis mentem fieri bestialem, sed rationalem poratum in alicuius animalis effigie appareat sensibus alienis, talisque
humanamque servari, sicut Apuleius in libris quos Asini aurei titulo etiam sibi homo esse videatur, sicut talis sibi videri posset in somnis, et
inscripsit, sibi ipsi accidisse, ut accepto veneno, humano animo perma- portare onera: quae onera, si vera sunt corpora, portantur a daemoníbus,
nente asinufi fieret, aut indicavit, aut finxit. ut illudatur hominibus, partim vera onerum corpora, partim iumentorum

11
Is. 4«,JO.
1274 LA CIUDAD DE DIOS X V I I I , 18, 3 X V I I I , 19 PARALELISMO ENTRE U S DOS CIUDADES 1275

c o n t a b a q u e su p a d r e , h a b i e n d o t o m a d o ese b r e b a j e , q u e d ó cierva en l u g a r de I n g e n i a , h i j a del r e y A g a m e n ó n . P o r q u e es


c o m o d o r m i d o e n su l e c h o , sin q u e p u d i e r a d e s p e r t a r s e . A l g u - fácil p a r a los d e m o n i o s , p e r m i t i é n d o s e l o D i o s , o b r a r esta clase
n o s días d e s p u é s d e s p e r t ó c o m o d e u n s u e ñ o , y c o n t ó q u e , trans- de p r o d i g i o s . P e r o , c o m o la d o n c e l l a fué e n c o n t r a d a viva des-
f o r m a d o en c a b a l l o , h a b í a l l e v a d o a l o s s o l d a d o s , con o t r o s p u é s del sacrificio, fué fácil c o l e g i r q u e h a b í a p u e s t o la cierva
a n i m a l e s , d e esos a l i m e n t o s q u e l l a m a n retica, p o r q u e se llevan en su l u g a r [ 5 5 ] . - E n c a m b i o , l o s c o m p a ñ e r o s de D i ó m e d e s ,
a l a s R e t í a s . Y l u e g o se c o m p r o b ó q u e h a b í a s u c e d i d o tal c o m o c o m o d e s a p a r e c i e r o n s ú b i t a m e n t e y n o a p a r e c i e r o n m á s , ven-
lo c o n t ó . M a s él lo t u v o s i e m p r e p o r s u e ñ o s . O t r o refería q u e g á n d o s e a s í los á n g e l e s m a l o s , en q u e fueron t r a n s f o r m a d o s ,
p o r la n o c h e , a n t e s d e a c o s t a r s e , vio q u e u n filósofo m u y cono- en a q u e l l a s aves, q u e en s u b s t i t u c i ó n de ellos f u e r o n l l e v a d a s
cido s u y o v e n í a a su casa y q u e le e x p u s o c i e r t a s d o c t r i n a s a l l í o c u l t a m e n t e . Q u e lleven a g u a con s u s p i c o s a l t e m p l o de
platónicas que antes, a petición suya, no había querido expo- D i ó m e d e s y a s p e r g e n , q u e a c a r i c i e n a los g r i e g o s y p e r s i g a n a
n e r l e . Y c o m o le p r e g u n t a r a al filósofo p o r q u é h a c í a a h o r a los e x t r a n j e r o s , n o es d e m a r a v i l l a r q u e lo h a g a n p o r i n s p i r a -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


lo q u e se h a b í a n e g a d o a h a c e r l e e n su p r o p i a casa, le r e p l i c ó : ción de los d e m o n i o s . A e l l o s p r e c i s a m e n t e les i n t e r e s a p r e n d e r
« N o lo h i c e , p e r o s o ñ é q u e lo h a b í a h e c h o » . Y así, el u n o vio en los c o r a z o n e s la creencia d e q u e D i ó m e d e s fué h e c h o dios
en vela, p o r m e d i o de u n a i m a g e n f a n t á s t i c a , lo q u e el otro p a r a e n g a ñ a r a los h o m b r e s , a fin d e q u e d e n c u l t o a m u c h o s
vio en s u e ñ o s , dioses falsos, con i n j u r i a . d e l D i o s v e r d a d e r o , y q u e s i r v a n a
3 . E s t o s h e c h o s h a n l l e g a d o a m i c o n o c i m i e n t o n o d e per- h o m b r e s m u e r t o s q u e n i en v i d a v i v i e r o n c o m o d e b í a n , con
s o n a s d e s a c r e d i t a d a s , sino de testigos q u e j u z g o m u y d i g n o s de t e m p l o s , a l t a r e s , sacrificios y s a c e r d o t e s , cosas t o d a s e l l a s q u e ,
fe. Si lo d e l a s m e t a m o r f o s i s de los h o m b r e s e n l o b o s d e b i d a s c u a n d o son rectas, ú n i c a m e n t e se deben al D i o s v e r d a d e r o
a los dioses o a los d e m o n i o s , y c o n s i g n a d a s en los escritos, así y vivo.
en los a r c a d e s , y a q u e l l o de q u e
Circe con sus encantamientos transformó los compañeros de Lilises C A P I T U L O XIX
es r e a l , creo q u e es factible del m o d o q u e h e p r o p u e s t o . Y en
c u a n t o a l a s aves d e D i ó m e d e s , c o m o se dice q u e la r a z a sub- ENEAS VINO A I T A L I A , SIENDO J U E Z DE L O S H E B R E O S LABDÓ,\
siste t o d a v í a , y o estimo q u e los h o m b r e s n o f u e r o n m e t a m o r f o -
s e a d o s , sino q u e l a s aves fueron p u e s t a s e n su l u g a r , c o m o la D e s p u é s de la d e s t r u c c i ó n de T r o y a , E n e a s a r r i b ó a I t a l i a
con veinte n a v e s , p o r t a d o r a s de los d e s p o j o s t r o y a n o s . R e i n a b a
falsa cernentibus. Nam quídam nomine Praestantius patri suo contigisse e n t o n c e s en I t a l i a L a t i n o , y en A t e n a s , M e n e s t e o ; en Sicionia,
indicabat, ut venenum illud per caseum in domo sua sumeret, et iaceret
in lecto suo quasi dormiens, qui tamen nullo modo poterat excitan. Post Agamemnonis filia. Ñeque enim daemonibus indicio Dei permissis huius-
aliquot autem dies eum velut evigilasse dicebat, et quasi somnia narrasse modi praestigiae difficiles esse potuerunt: sed quia illa virgo postea viva
quae passus est, caballum se scilicet factum, annonam ínter alia iumenta reperta est, suppositam pro illa cervam, esse facile cognitum est. Socii
baiulasse militibus, quae dicitur Retica, quoníam ad Retías deportatur. vero Diomedis quia nusquam súbito comparuerunt, et postea nullo loco
Quod ita, ut narravit, factum fuisse compertum est: quae tamen ei sua apparuerunt, perdentibus eos ultoribus angelis malis, in eas aves quae pro
somnia videbantur. Indicavit et alius se dorai suae per noctem, antequam illis sunt oceulte ex alus locis, ubi est hoc genus avium, ad ea loca per-
requiesceret, vidisse venientem ad se quemdam philosophum sibi notissi- ductae ac repente suppositae, creduntur esse eonversi. Quod autem Dio-
mum, sibique exposuisse nonnulla Platónica, quae antea rogatus exponere medis in templum aquam rostris affenmt et aspergunt, quod blandiuntur
noluisset. Et cum ab eodem philosopho quaesitum fuisset, cur in domo graecigenis, alienígenas persequuntur, mirandum non est fieri daemonum
eius fecerit quod in domo sua peten ti negaveraf. «Non feci, inquit, sed me instinctu; quorum interest, persuadere deum factum esse Diomedem, ad
fecisse somniavi». Ac per hoc alteri per imaginera phantasticam exhibitum decipiendos homines, ut falsos déos cum veri Dei iniuria inultos colant,
est vigilanti, quod alter vidit in somnis. et hominibus mortuis, qui nec cum viverent, veré vixerunt, templis, alta-
3. Haec ad nos non quibuscumque, qualibus credere putaremus in- ribus, sacrificiis, sacerdotibus (quae omnia cum recta sunt, nonnisi uni
dignum, sed eis referentibus pervenerunt, quos nobis non existimaremus Deo vivo et vero deben tur) ¡nserviant.
fuisse mentitos. Proinde quod homines dicuntur, mandatumque est litteris,
ab diis vel potius daemonibus Arcadibus, in lupos soleve convertí, et quod
Carminibus Circe socios uiutavit Ulyssei 1J , GAPUT XIX
secundum istum modum mihi videtur fieri potuisse, quem dixi; si tamen QUOD EO TEMPORE AENEAS IN ITALIAM VENERIT, QÜO LABDON IÜDEX
factum est. Diomedeas autem volucres, quandoquidem genus earum per FRAESIDEBAT H E B R A E I S
successionem propaginis durare perhibetur, non mutatis hominibus factas,
sed subtractis credo fuisse suppositas; sicut cerva pro Iphigenia, regís Eo tempore post captam Troiam atque deletam, Aeneas cum viginti
navibue, quibus portabantur reliquiae Troianorum, in Italiam venit, regnan-
" VIRGIL., Eclog. S v.70. te Ibi Latino, et apud Athenienses Aí&nestheo, apud Sicyonios Polyphide,
12? O LA CIUDAD Dli DIOS XJVOI, 19 XVIII, 20 PARALELISMO KNTKE LAS DOS CIUDADES 1277

Polifides, y en Asiría, Tautanes, y era juez de los hebreos Lab-


dón. Muerto Latino reinó Eneas por tres años, siguiendo los CAPITULO XX
reyes citados en su trono, a excepción de Sicionia, cuyo rey
era ya Pelasgo, y de los hebreos, que tenían ya por juez a San-
són. A éste su maravillosa fuerza le llevó a ser creído Hércules. LA SUCESIÓN DE LOS REYES DE ISRAEL DESPUÉS DE LOS JUECES
Los latinos hicieron dios a Eneas ¡jorque a su muerte desapa-
reció. Los sabinos elevaron también al honor de los dioses a Estando en el trono los reyes citados, en Israel comenzó la
su primer rey, Sanco, o, como algunos lo llaman, Sancto. En monarquía, terminados ya los jueces, y Saúl fué el primer rey.
esta misma época, Codro, rey de Atenas, se presentó de incóg- De este tiempo es el profeta Samuel. Empezaban entonces a rei-
nito a los del Peloponeso, enemigos de la ciudad, para ser ase- nar entre los latinos los Silvios. El nombre lo heredaron de
sinado. Y ellos así lo hicieron. Y cuentan que de este modo Silvio, primer hijo de Eneas, y este sobrenombre lo añadían

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


libertó a su patria, porque los del Peloponeso habían recibido siempre al nombre propio, como más tarde se apellidaron Cé-
un oráculo según el cual saldrían vencedores si no mataban a sares los sucesores de César Augusto. A Saúl, reprobado des-
su rey. Mas él les engañó presentándose en traje de mendigo y pués de cuarenta años de reinado, para que su linaje no reina-
provocó su muerte gracias a una r e y e r t a . ^ esto alude Virgilio ra, le sucedió en el trono David. Fué entonces cuando en Ate-
al hablar de las reyertas de Codro. Los atenienses le rindieron nas, a la muerte de Codro, cesó la monarquía, y comenzaron los
honores divinos con sacrificios y todo. Siendo cuarto rey de los magistrados a gobernar la república [ 5 6 ] . Después de David,
latinos Silvio, hijo de Eneas, no de Creusa, de la cual nació que fué rey por espacio de cuarenta años, subió al trono Salo-
Ascanio, tercer rey de ese pueblo, sino de Lavinia, hija de La- món, su hijo, que construyó a Dios el soberbio templo de Je-
tino, que, al parecer, fué hijo postumo de Eneas, y siendo vigé- rusalén. En su tiempo fué fundada entre los latinos Alba, y
simo nono rey de los asirios Oneo, y decimosexto de los ate- desde entonces los reyes del Lacio no se decían ya reyes de los
nienses Melanto, y juez de los hebreos el sacerdote Helí, fué latinos, sino de los albanos. A Salomón le sucedió su hijo Ro-
derrocado el reino de los sicionios, que contaba en su haber boán, bajo el cual fué dividido el pueblo en dos reinos, cada
novecientos cincuenta y nueve años. uno con su propio rey.

apud Assyrios Tautane; apud Hebraeos autem Index Labdon fuit. Mortuo
autem Latino regnavit Aeneas tribus annis, eisdem in supradictis locis CAPUT XX
manentibus regibus, nisi quod Sicyoniorum iam Pelasgus erat, et He-
DE SUCCESSIONE ORDINIS RECII APUD ISRAELITAS POST IUIIICUM TÉMPORA
braeorum Iudex Samson: qui cum mirabiliter fortis esset, putatus est
Hercules. Sed Aeneam, quoniam quando mortuus est, non comparuit, Mox eisdem per loca memorata regnantibus, Israelitarum regnum, fini-
deum sibi fecerunt Latini. Sabini etiam regem siium primum Sancum, to tempore Iudicum, a Sanie rege sumpsit exordium: quo tempore fuit
sive ut aliqui appellant Sanctura, retulerunt in déos. Per idem tempus Samuel propheta. Ab illo igitur tempore hi reges Latinorum esse coepe-
Codrus, rex Atheniensium, Peloponnensibus eiusdem hostibus civitatis se runt, quos eognominabant Silvios: ab eo quippe qui filius Aeneae primus
interficiendurtí ignotus obiecit: et factum est. Hoc modo eum praedicant dictus est Silvius, caeteris subsecutis et propria nomina imponebantur, et
patriam liberasse. Responsum enim acceperant Peloponnenses tum demum hoc non defuit cognomentum; sicut longe postea Caesares cognominati
se superaturos, si eorum regem non occidissent. Fefellit ergo eos habitu sunt, qui successerunt Caesari Augusto. Reprobato autem Sanie, ne quis-
pauperis apparendo, et in suam necem per iurgium provocando. Unde ait quam ex eius stirpe regnaret, eoque defuncto, David successit in regnum
Virgilius: Et iurgia Codri 13 . Et hunc Athenienses tanquam deum sacri- post annos a Saulis imperio quadraginta. Tune Athenienses habere deinde
ficiorum honore colnerimt. Qnarto Latinorum rege Silvio Aeneae filio, reges post Codri interitum destiterunt, et magistratus habere coeperunt
non de Creusa, de qua fuit Ascanius, qui tertius ibi regnavit, sed de La- administrandae reipublicae. Post David, qui etiam ip?e quadraginta regna-
vinio Latini filia, quem posthumum Aeneas dicitur habuisse; Assyrio- vit annos, filius eius Salomón rex Israelitarum fuit, qui templum illud
rum autem vicésimo et nono Oneo et Melantho Atheniensium sexto déci- nobilissimum Dei Ierosolymitanum condidit. Cuius tempore apud Latinos
mo, ludice autem Hebraeorum Heli sacerdote, regnum Sicyoniorum condita est Alba, ex qua deinceps non Latinorum, sed Albanorum reges
consumptum est, quod per annos nongentos quinquaginta et novem tra- appellari, in eodem tamen Latió, coeperunt. Salomoni successit filius eius
ditur fuisse porrectum. Roboam, sub quo in dúo regna populus ule divisus est, et singulae partes
ls
Ecl. 5 v . n 8uos singulos reges habere coeperunt.
1278 LA CIUDAD DI; DIOS X I V I I I , 21
X'V!III, 2 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1279

a R e a , p o r otro n o m b r e I l í a , h i j a de su h e r m a n o N u m i t o r y
C A P I T U L O XXI m a d r e de R ó m u l o . D i c e n q u e c o n c i b i ó de M a r t e dos m e l l i z o s ,
y h o n r a n o e x c u s a n el p e c a d o fingiendo q u e u n a l o b a a l i m e n t ó
R E Y E S DEL LACIO. ENEAS Y AVENTINO, DIOSES a los n i ñ o s e x p ó s i t o s . E s t a especie de a n i m a l , s e g ú n ellos, está
c o n s a g r a d a a M a r t e , y e n este caso p a r e c í a q u e l a l o b a , al re-
E l L a c i o d e s p u é s de E n e a s t u v o once reyes, y a n i n g u n o c o n o c e r los h i j o s de M a r t e , les dio a m a m a r de su leche. P e r o
le c o n c e d i e r o n el h o n o r de d i o s . A v e n t i n o , el d u o d é c i m o d e s p u é s n o f a l t a n q u i e n e s afirman q u e , v i e n d o esos m e l l i z o s l l o r a n d o ,
de E n e a s , h a b i e n d o s i d o m a t a d o en u n c o m b a t e y s e p u l t a d o en el cierta m u j e r p ú b l i c a los recogió y les dio p r i m e r o sus p e c h o s
m o n t e q u e lleva su n o m b r e , fué a ñ a d i d o al n ú m e r o d e esos dioses (pues a esta clase de m u j e r e s se d a b a el n o m b r e de l o b a s , y p o r
q u e ellos h a c í a n . H a y q u e h a c e r n o t a r q u e a l g u n o s n o q u i e r e n eso a h o r a los l u g a r e s t o r p e s se l l a m a n l u p a n a r e s ) , y q u e luego
e s c r i b i r q u e fué m a t a d o en u n c o m b a t e , s i n o q u e dicen q u e n o esos n i ñ o s l l e g a r o n a p o d e r del p a s t o r F á u s t u l o , y q u e f u e r o n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a p a r e c i ó , y a d e m á s a ñ a d e n que el m o n t e n o recibió el n o m b r e a l i m e n t a d o s p o r su e s p o s a A c á . M a s ¿ q u é t e n d r í a de p a r t i c u l a r
de su n o m b r e , s i n o q u e se l l a m ó A v e n t i n o p o r q u e a l l í i b a n las q u e u n a fiera a l i m e n t a r a p r o v i d e n c i a l m e n t e a esos n i ñ o s , q u e
aves a p o s a r s e . D e s p u é s de A v e n t i n o , el L a c i o sólo h a h e c h o h a b í a n de f u n d a r c i u d a d t a n g r a n d i o s a , p a r a p o n e r al r o j o la
dios a R ó m u l o , f u n d a d o r de R o m a . E n t r e éste y a q u é l h a y o t r o s c r u e l d a d del rey, q u e los h a b í a m a n d a d o a r r o j a r al a g u a , de l a
dos r e y e s . El p r i m e r o es q u e se v i e r o n m a r a v i l l o s a m e n t e l i b r e s ? [ 5 7 ] . A A m u l i o sucedió
en el r e i n o del L a c i o su h e r m a n o N u m i t o r , a b u e l o d e R ó m u l o .
Procas, honor de la nación troyana,
Y R o m a fué f u n d a d a el p r i m e r a ñ o del r e i n a d o de N u m i t o r .
en frase de V i r g i l i o . E n su t i e m p o , m i e n t r a s q u e R o m a i b a sa- P o r t a n t o , r e i n ó c o n j u n t a m e n t e con su nieto R ó m u l o .
l i e n d o ya de su infancia, el r e i n o de los a s i r i o s , el m a y o r p o r
su d u r a c i ó n , vio su fin y se e c l i p s ó . P a s ó a los m e d o s d e s p u é s
C A P I T U L O XXII
de casi m i l trescientos cinco a ñ o s , c o n t a n d o a Belo, p a d r e de
N i ñ o , q u e fué el p r i m e r r e y c o n t e n t o en su p o q u e d a d . P r o c a s L A FUNDACIÓN DE R O M A C O I N C I D I Ó CON E L F E N E C I M I E N T O D E L
p r e c e d i ó a A m u l i o en el r e i n o . Este A m u l i o h a b í a h e c h o vestal R E I N O DE L O S A S I R I O S Y CON E L R E I N A D O EN .TUDA DE E / E Q U Í A S

P a r a a b r e v i a r lo m á s p o s i b l e , d i r é q u e R o m a fué f u n d a d a
CAPUT XXI c o m o o t r a B a b i l o n i a y c o m o h i j a de la p r i m e r a y q u e h a com-

D K REGIROS I-.ATII, QUORUM PRIMUS AF.NEAS, ET MJODECIMUS AvENTINUS DI! de Marte geminos concepisse, isto modo stuprum eius honorantes, vel
FACTI SUNT excusantes, et adhibentes argumentum, quod infantes expósitos lupa nu-
triverit. Hoc enim genus bestiae ad Martem existimant pertinere, ut vide-
Latium post Aeneam, quem deum fecerant, undecim reges habuit, licet ideo lupa credatur admovisse ubera parvulis, quia filios domini sui
quorum nullus deus factus est. Aventinus autem qui duodécimo loco Martis agnovit: quamvis non desínt qui dicant, cum expositi vagientes
Aeneam sequitur, cum esset prostratus iu bello, et sepultas in eo monte, iacerent, a nescio qua primum meretrice fuisse collectos, et primas eius
qui etiam nunc eius nomine nuncupatur, deorum talium, quales sibi fa- suxisse mamillas (meretrices autem lupas vocabant, unde etiam nunc tur-
ciebant, numero est additus. Alii pane noluerunt eum in praelio scribere pia loca earum lupanaria nuncupantur), et eos postea ad Faustulum per-
occisum, sed non comparuisse dixerunt: sed nec ex eius vocabulo appella- venisse pastorem, atque ab eius Acca uxore nutritos. Quamquam si ad
tum montem, sed ex adventu avium dictum Aventinum. Post hunc non arguendum hominem regem, qui eos in aquam proiici crudeliter iusserat,
est deus factus in Latió, nisi Romulus conditor Romae. ínter istum autem eis infantibus per quos tanta civitas condenda fuerat, de aqua divinitus
et illum reges reperinntur dúo: quorum primus est, ut Virgiliano eum liberatis, per lactantem feram Deus voluit subvenire, quid mirum est?
versu eloquar, Amulio successit in regiiura Latíale frater eius Numitor, avus Romuli,
cuius Numitoris primo anno condita est Roma; ac per hoc cum suo
Proxiirms ille Procas, Troianae gloria gentis 14. deinceps, id est Rómulo, nepote regnavit.
Cuius tempore quia iam quodammodo Roma parturiebatur, illud omnium
regnorum máximum Assyriorum finem tantae diuturnitatis accepit. Ad CAPUT XXII
Medos quippe translatum est post annos ferme mille trecentos quinqué,
ut etiam Beli, qui Ninum genuit, et illic parvo contentus imperio primu9 QüOD EO TEMPORE RoMA SIT CONDITA, QUO REGNUM ASSYRIORUM INTERCIDIT,
rex fuit, témpora eomputentur. Procas autem regnavit ante Amulium. ET QUO EZECHTAS REGNABAT IN IuDA
Porro Amulius fratris sui Numitoris filiam Rheam nomine, quae etiam
Ilia vocabatur, Romuli matrera, Vestalem virginem fecerat, quam volunt Ne multis morer, condita est civitas Roma, velut altera Babylon, et
velut prioris filia Babylonis, per quam Deo placuit orbem debellare terra-
14
Aenelá. 1.6 v.767. rum, et in unam societatem reipublicae legumque perductum longe late-
1280 LA CIUDAD DE DIOS X V I H , 22
•JSVtTCI, 2 3 , 1 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1281
p l a c i d o a D i o s servirse de ella p a r a h u m i l l a r al u n i v e r s o e n t e r o
y pacificarlo, r e d u c i é n d o l o a la u n i d a d de l a m i s m a r e p ú b l i c a
con las m i s m a s leyes. E x i s t í a n ya p u e b l o s p o d e r o s o s y a g u e r r i - C A P I T U L O X X I I I
dos y n a c i o n e s d i e s t r a s en las a r m a s , a las q u e n o e r a fácil
s o m e t e r , y e r a n e c e s a r i o vencer con m u c h o s p e l i g r o s , con m u - LA SIBILA ERITREA Y SUS PROFECÍAS SOBRE CRISTO
cha sangre y con horribles jornadas. Cuando Asiría subyugó
a casi t o d a el Asia, a u n q u e se hizo en g u e r r a , la g u e r r a n o ne- 1. A l g u n o s creen q u e en esta é p o c a v a t i c i n ó la sibila E r i -
cesitaba s e r c r u d a y s a n g r i e n t a , p o r q u e l a s n a c i o n e s e r a n a ú n trea [ 5 9 ] . V a r r ó n d a fe d e q u e e x i s t i e r o n m u c h a s s i b i l a s , n o
r u d a s , p o c a s y m u y r e d u c i d a s . L a r a z ó n es c l a r a , p u e s desde el u n a s o l a . E s u n h e c h o q u e la s i b i l a E r i t r e a e s c r i b i ó a l g u n a s
d i l u v i o u n i v e r s a l , del q u e e s c a p a r o n s o l a m e n t e ocho h o m b r e s c o s a s c l a r a s s o b r e C r i s t o . Y o m i s m o h e t e n i d o el g u s t o de leer
en el a r c a de N o é , h a b í a n p a s a d o p o c o m á s de m i l a ñ o s c u a n d o unos versos de m a l latín y peor rima debidos a u n traductor

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


N i ñ o s u b y u g ó a t o d a el Asia, a e x c e p c i ó n de l a I n d i a . R o m a , desconocido, según he podido c o m p r o b a r después. El eximio
en c a m b i o , n o d o m e ñ ó a t o d a s esas n a c i o n e s d e O r i e n t e y d e p r o c ó n s u l F l a c i a n o [ 6 0 ] , h o m b r e de p a l a b r a fácil y d e s a b e r
O c c i d e n t e q u e a h o r a v e m o s s o m e t i d a s a su i m p e r i o con esa pres- e x q u i s i t o , h a b l a n d o u n día c o n m i g o s o b r e C r i s t o , m e sacó u n
teza y f a c i l i d a d , p o r q u e , a l i r e n s a n c h á n d o s e , chocó con poten- códice g r i e g o y m e dijo q u e e r a n l o s c á r m e n e s de l a sibila E r i -
cias fuertes y b e l i c o s a s . C u a n d o R o m a fué f u n d a d a , el p u e b l o t r e a . Y m e h i z o n o t a r q u e en u n p a s a j e el e n c a b e z a m i e n t o de l o s
h e b r e o l l e v a b a setecientos diez a ñ o s en la t i e r r a p r o m e t i d a . D e versos c o m p o n í a n p o r o r d e n estas p a l a b r a s : 'IriaoO;XpEiaró; ©eoO
éstos, J e s ú s N a v e g o b e r n ó v e i n t i s i e t e ; los jueces, t r e s c i e n t o s YíósIcoTrip es decir, « J e s u c r i s t o , H i j o d e D i o s , S a l v a d o r » . H e
veintinueve, y los reyes, t r e s c i e n t o s sesenta y d o s . E r a e n t o n c e s a q u í el s e n t i d o de estos versos s e g ú n o t r a t r a d u c c i ó n l a t i n a ,
rey de J u d á Acaz, o, s e g ú n otro c ó m p u t o , su sucesor, E z e q u í a s , más acertada y mejor rimada:
rey excelente en v i r t u d y en p i e d a d , q u e r e i n ó — y esto c o n s t a —
La tierra se cubrirá de un sudor frío. Será la señal del juicio. El
en t i e m p o d e R ó m u l o . E n el otro reino h e b r e o , en I s r a e l , h a b í a
Rey inmortal futuro bajará del cielo y se presentará en carne para
ya i n i c i a d o su r e i n a d o O s e a s [ 5 8 ] . juzgar a la tierra. Y, cuando el mundo decline a su ocaso, el fiel y
el infiel verán a Dios acompañado de sus santos. Las almas se presen-
tarán al juez con sus cuerpos y en la tierra no babrá ya ni beldad ni
que pacare. Erant enim iam populi validi et fortes, et armis gentes exer- verdeza. Los hombres dejarán sus ídolos y sus riquezas. El fuego abra-
citatae, quae non facile cederent, et quas opns esset ingentibus periculis et sará las tierras, y, buscando cielo y mar, quebrantará los puntos del
vastatione utrimque non parva atque horrendo labore superari. Nam quan- obscuro averno. Los cuerpos de los santos, libres ya de la carne,
do regnum Assyriorum totam pene Asiam subiugavit, licet bellando sit
factura, non tamen multum asperis et difficilibus bellis fieri potuit, quia
rudes adhuc ad resistendum gentes erant, nec tam multae, vel tara niagnae: CAPL1T XXIII
siquidem post illud máximum atque universale diluvium, cum in arca Noe
oeto soli homines evaserunt, anni non multo amplius quam mille transie- DE SIBYLLA ERYTHRAEA, QUAE ÍNTER ALTAS SIBYLLAS COGNOSCTTUR
rant, quando Ninus Asiam totam, excepta India, subiugavit. Roma vero DE CHRISTO EVIDEISTIA MDI.TA CECINISSF.
tot gentes et Orientis et Occidentis, quas imperio Romano subditas cerni-
mus, non ea celeritate ac facilítate perdomuit; quoniam paulatim crescen- 1. Eodem tempore nonnulli Sibyllam Erythraeam vaticinatam ferunt.
do robustas eas et bellicosas, quaquaversum dilatabatur, invenit. Tempore Sibyllas autem Varro prodidit plures fuisse, non unam. Haec sane Ery-
igitur quo Roma condita est, populus Israel habebat in térra promissionis thraea Sibylla quaedam de Christo manifesta conscripsit: quod etiam nos
annos septingentos decem et octo. Ex quibus viginti septem pertinent ad prius in latina lingua versibus male latinis et non stantibus legimus, per
lesum Nave, deinde ad tempus ludicum trecenti viginti novem. Ex quo nescio cuius interpretis imperitiam, sicut post cognovimus. Nam vir cla-
autem ibi reges esse coeperant, anni erant trecenti sexaginta dúo. Et rex rissimus Flacc.anus, qui etiam procónsul fuit, homo facillimae facundiae,
tune erat in luda, cuius nomen erat Achaz, vel, sicut alii computan!, qui multaeque doc rinae, cjm de Christo colloqueremur, graecum nobis codi-
ei successit Ezechias, queni quidem constat optimum et piissimum regem cem protulit, carmina esse dicens Sibyllae Erythraeae, ubi ostendit quo-
Romuli regnasse temporibus. In ea vero Hebraici populi parte quae appel- dam loco in capitibus versuum ordinem litterarum ita se habentem. ut
labatur Israel, regnare coeperat Osee. haec in eo verba legerentur. 'Ino-oO? XPEICTTÍ? ©EOO Ylá; ScoTfip: quod est la-
tine, fesus Christus Dei Filius Salvator. Hi autem versus quorum primae
litterae istum sensum, quem diximus, reddunt, sicut eos quidam latinis
et stantibus versibus est interpretatus. hoc continent:
— ludicii sií2Tium télTus sudores madescet.
X E cáelo Rex adveniet per sneda futurus :
M Scilicet in carne praesens ut iudicet orhem.
O Urtde Deum cernent incredulus atque fidelis
5 -< Celsum cuín sanctis, aevi iam termino in ipso.
M Sic animae cum carne aderunt, quas iudicat ipse :
1282 LA CIUDAD DE DIOS XVHI, 23,1 XfVHI, 23, 2 PARALELISMO ENTRE US DOS CIUDADES 1283
gozarán de la luz, y los pecadores serán abrasados por una llama p o r q u e t r e s p o r t r e s s o n n u e v e , y tres p o r n u e v e , h a c i e n d o l a
eterna. Entonces, cada uno, descubriendo sus actos ocultos, abrirá sus figura de lo a n c h o a lo a l t o , son veintisiete. Si u n i m o s las p r i m e -
secretos y Dios hará luz en los corazones. Todo entonces será llanto y
crujir de dientes. El sol se obscurecerá y el coro de los astros perderá r a s l e t r a s de estas cinco p a l a b r a s g r i e g a s : 'Ino-oüs Xpeicrróc 0EOO
su tono. Girará el cielo, y la luna se apagará como una lámpara; se YÍ6s2cÓT£p, q u e s u e n a n « J e s u c r i s t o , H i j o d e D i o s , S a l v a d o r » ,
abatirán los collados y se alzarán los valles v en lo humano no habrá n o s d a n 'lx^ú;, q u e significa Pez. Este n o m b r e m í s t i c o significa
ni cimas ni alturas. Los montes se igualarán con los campos v el mar a Cristo, p o r q u e s ó l o él fué c a p a z de vivir v i v o , es decir, sin
será innavegable. La tierra se hará añicos y las fuentes y los ríos p e c a d o , en el a b i s m o d e n u e s t r a m o r t a l i d a d , s e m e j a n t e a l a s
serán torrados al fuego. Pero entonces sonará en lo alto el triste son p r o f u n d i d a d e s del m a r .
de la trompeta, y todo se cubrirá de gritos v de llantos. La tierra se
abrirá, y dejará ver su profundo y caótico abismo. Ante el tribunal 2. A d e m á s , este p o e m a d e l a s i b i l a E r i t r e a , o, c o m o o t r o s
del Señor comparecerán los reyes, y los cielos verterán un torrente prefieren, C u m e a , n o c o n t i e n e e n su c o m p o s i c i ó n n a d a q u e fa-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de fuego y de azufre. v o r e z c a el c u l t o d e l o s dioses f a l s o s ; a l c o n t r a r i o , h a b l a c o n t r a
ellos y contra sus adoradores t a n acremente, que m e parece que
E n estos versos l a t i n o s , t r a d u c i d o s de c u a l q u i e r m o d o del g r i e g o , p u e d e e n u m e r a r s e e n t r e los p e r t e n e c i e n t e s a la C i u d a d d e D i o s .
n o fué p o s i b l e d a r con el s e n t i d o q u e r e s u l t a en g r i e g o de la L a c t a n c i o [ 6 1 ] i n s e r t a t a m b i é n en s u s o b r a s a l g u n o s vatici-
u n i ó n d e l a s l e t r a s i n i c i a l e s del v e r s o , s o b r e t o d o en la Y, p o r q u e n i o s s o b r e C r i s t o d e u n a sibila, p e r o n o d i c e de c u á l . H e c r e í d o
en l a t í n n o h a y p a l a b r a s q u e c o m i e n c e n p o r esa letra p a r a p o - m á s a c e r t a d o r e u n i r , c o m o si f u e r a u n o solo, l o s t e s t i m o n i o s
d e r f o r m a r u n a frase c o m p l e t a . P e r o esto sucede sólo en t r e s d i s p e r s o s e n su o b r a y d a r l o s en c o m p r i m i d o s . « V e n d r á — d i c e
v e r s o s : en el q u i n t o , en el d e c i m o c t a v o y en el d e c i m o n o v e n o . l a s i b i l a — a l a s m a n o s i n i c u a s de l o s infieles, y d a r á n a D i o s
E n efecto, si n o l e e m o s l a s l e t r a s q u e sirven d e lazo de u n i ó n b o f e t a d a s con s u s m a n o s s a c r i l e g a s , y con su i m p u r a b o c a le
en la inicial d e esos tres versos, r e c o r d a n d o q u e en su l u g a r e s c u p i r á n e n el r o s t r o . Y él e n t r e g a r á a l o s g o l p e s , sin resisten-
está la Y, se e x p r e s a en cinco p a l a b r a s : « J e s u c r i s t o . R i f o d e cia, su e s p a l d a i n o c e n t e . A l ser a b o f e t e a d o , c a l l a r á , a fin d e q u e
D i o s , S a l v a d o r » . A s í c u a n d o se dice en g r i e g o , n o en l a t í n . S o n , n a d i e conozca q u e él es el V e r b o , o d e d ó n d e v i e n e , p a r a h a -
p u e s , veintisiete v e r s o s , n ú m e r o q u e es tres e l e v a d o al c u b o , b l a r a los infiernos y ser c o r o n a d o d e e s p i n a s . L e d i e r o n h i é l
p o r c o m i d a , y c o n t r a la sed, v i n a g r e . E s t a s e r á l a ú n i c a h o s p i -
X Cum iacet incultus densis in vepribus orbis. t a l i d a d q u e le b r i n d a r á n . Y tú, necia, n o conociste a tu D i o s
-o Reiicient simulacra viri, eunctam ouoqne gazam : b a j o el disfraz con q u e se p r e s e n t ó a los m o r t a l e s , s i n o q u e l o
m Exuret térras tenis, pontumcue polumque
10 ~~ Inquirens, tetri portas effrinsret Averni c o r o n a s t e d e e s p i n a s y le diste a b e b e r h o r r i b l e h i é l . E l v e l o
M Snnctorum sed enim cunctae lux libera carni del t e m p l o se r a s g a r á y a l m e d i o d í a u n a o b s c u r a n o c h e c u b r i r á
H Tradetur, sontes aeterna flamma cremabit.
O Oceultos actus retejrens, tune quisque loquetur
M Secreta, atque Deus reserabit peotora lucí.
15 © Tune erit et luctus, stridebunt dentibus omnes. et ipsa novem si ter ducantur, ut ex lato in altum figura consurgat, ad
m Eripitur solis iubar, et chorus interit astris. viginti septem perveniunt. Horum autem graecorum quinqué verborum,
O Volvetur caelum, lunaris splendor obibit. quae sunt, 'Inaoüs XpEiorós BEOO Ylós ZOÓTEP, quod est latine, lesus Christus
~< Deiieiet eolles, valles extollet ab irno.
... -< Nou erit in rebus hominum sublime vel altum. Dei Filius Salvator, si primas litteras iungas, erit 'lx8ús, id est Piscis, in
ZU — lam aeouantur camois montes, et caerula poati quo nomine mystice intelligitur Christus, eo quod in huius mortalitatis
O Omnia cessabunt, tellus contracta peribit. abysso velut in aquarum profunditate vivus, hoc est sine peccato, esse
M Sic pariter fontes torrentur, fluminfoue igrni. potuerit.
M Sed tuba tura sonitum tristem demittet ab alto
E3 Orbe, sremens facinus miserum varioseme labores : 2. Haec autem Sybilla sive Erythraea, sive, ut quídam magis credunt,
25 -1 Tartareumque chaos monstrabit térra dehiscens. Cumaea, ita nihil habet in toto carmine suo, cuius exigua ista partícula
X Et coram hic Domino reges sistentur ad unum est, quod ad deorum falsorum sive factorum cultum pertineat; quin imo
•v Recidet e caelis ignisque et sulphuris amuis.
ita etiam contra eos et contra cultores eorum loquitur, ut in eorum numero
In his latinis versibus de graeco uteumque translatis, ibi non potuit ille deputanda videatur, qui pertinent ad civitatem Dei. Inserit etiam Lactan-
sensus oceurrere, qui fit cum litterae, quae sunt in eorum capitibus, tius operi suo quaedam de Christo vaticinia Sibyllae, quamvis non expri-
connectuntur, ubi Y littera in graeco posita est; quia non potuerunt verba mat cuius. Sed quae ipse singillatim posuit, ego arbitratus sum coniuncta
latina inveniri, quae ab eadeni littera inciperent, et sententiae conveni- esse ponenda, tanquam unum sit prolixum, quae ille plura commemoravit
rent. Hi autem sunt versus tres, quintus et octavus decimus et nonus de- et brevia. «fn manus iniquas, inquit, infidelium postea veníet: dabunt
cimus. Denique si litteras quae sunt in capitibus omníum versuum con- autem Deo alapas manibus incestis, et impurato ore exspuent venenatos
nectentes, horum trium quae scriptae sunt non legamus, sed pro eis Y sputus: dabit vero ad verbera simpliciter sanctum dorsum. Et oelaphos
litteram, tanquam in eisdem locis ipsa sit posita, recordemur, exprimitur accipiens tacebit, ne quis agnoscat, quod verbum, vel unde venit ut inferís
in quinqué verbis, lesus Christus Dei Filius Salvator; sed cum graece loquatur, et corona spinea coronetur. Ad cibum autem fel, et ad sitim
hoc dicitur, non latine. Et sunt versus viginti et septem, qui numerus acetum dederunt; inhospitalitatis hanc monstrabunt mensam. Ipsa enim
quadratum ternarium solidum reddit. Tria enim ter ducta fiunt novem: incipiens tuum Deum non intellexisti, ludentem mortalium mentibus; sed
1284 LA CIUDAD DE DIOS XIVIII, 24 XJVIH, 24 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1285

la tierra durante tres horas. Y morirá, es verdad, y su sueño de los dioses. Esta práctica había caído ya en desuso, y en
durará tres días, y entonces, surgiendo del sepulcro, volverá a tiempo de los cesares se hacía sólo por adulación. Cicerón toma
la luz. Y mostrará a los elegidos las primicias de la resurrec- ocasión de aquí para tributar a Rómulo grandes elogios [ 6 3 ] ,
ción» [62]. Lactancio citó estos testimonios de las sibilas, to- porque mereció estos honores en una época bien civilizada y de
mados de aquí y de allá, en diversos lugares de su obra, según luces, no en época de rudeza e ignorancia, en que era fácil en-
exigía el plan de la misma. Y yo, sin interpolar nada, sólo re- gañar a los hombres. Pero hay que notar que aún no había
duciéndolos a unidad, he procurado que se distingan por su hecho su aparición la ingeniosa y sutil locuacidad de los filó-
encabezamiento, si es que los escritores venideros no descuidan sofos. Y, sí es verdad que las épocas siguientes no hicieron
conservarlos. Algunos autores aseguran que la sibila Eritrea dioses a los hombres muertos, también lo es que no dejaron de
no existió en tiempo de Rómulo, sino durante la guerra de dar culto y de tener por dioses a los creados por sus mayores.
Troya. Y lo que es más, aumentaron, construyendo ídolos—cosa des-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


conocida por los antiguos—, el incentivo de la vana e impía
CAPITULO XXIV superstición. Esto lo iban obrando en sus corazones los inmun-
dos demonios, engañándoles con falaces oráculos para que re-
presentasen torpemente en los juegos las fabulosas torpezas
L O S SIETE SABIOS DE GRECIA Y LA CAUTIVIDAD DE LAS DIEZ de los dioses, desterradas ya en esos siglos de luces, en honor
TRIBUS DE ISRAEL EN EL REINADO DE RÓMULO, EL CUAL A SU de las falsas divinidades. A Rómulo le sucedió Numa, y el
MUERTE RECIBIÓ HONORES DIVINOS que pobló a Roma de dioses, falsos por cierto, para su custo-
dia, después de muerto no mereció ser agregado a esa caterva,
Bajo el reinado de Rómulo vivió Tales de Mileto, uno de como si la multitud de dioses por él creada hubiese llenado el
los siete sabios, en griego I090Í, que sucedieron a los poetas cielo y no hubiera ya allí lugar para él. Cuentan que bajo el
teólogos, entre los cuales sobresalió Orfeo. En esta misma época, reinado de Manases entre los hebreos, rey impío, que dio muer-
las diez tribus, que en la división se llamaron Israel, fueron te al profeta Isaías [ 6 4 ] , según algunos, vivió la sibila de
conquistadas por los caldeos y llevadas cautivas a su tierra. Las Samos.
dos tribus de Judá quedaron en Judea, y tenían la corte del
reino en Jerusalén. Los romanos, habiendo desaparecido Rómu-
lo—cosa muy conocida del vulgo—, le alistaron en el número
ipse non comparuisset, in déos, quod et vulgo notissimum est, retulere
Romani; quod usque adeo, fieri iam desierat, nec postea nisi adulando,
spinis coronasti, et horridum fel miscuisti. Templí vero velum scindetur: non errando, factum est temporibus Caesarum, ut Cicero magnis Romuli
et medio die nox erit tenebrosa nimis in tribus horis. Et morte morietur laudibus tribuat, quod non rudibus et indoctis temporibus, quando facile
tribus diebus somno suscepto: et tune ab inferís regressus ad lucem veniet homines fallebantur, sed iam expolitis et eruditis meruerit hos honores;
primus, resurrectionis principio revocatis ostenso». Ista Lactantius carptim quamvis nondum efferbuerat ac pullulaverat philosophorum subtilis et
per intervalla disputationis suae, sicut ea poseeré videbantur, quae pro- acuta loquacitas. Sed etiamsi posteriora témpora déos homines mortuos
bare intenderat, adhibuit testimonia Sibyllina, quae nos nihil interponen- non instituerunt, tamen ab antiquis institutos colere ut déos et habere
tes, sed in unam seriem connexa ponentes, solis capitibus, si tamen scríp- non destiterunt: quin etiam simulacris, quae veteres non habebant, auxe-
tores deinceps ea servare non negligant, distinguenda curavimus. Nonnulli runt vanae atque impiae superstitionis illecebram, id efficientibus immun-
sane Erythraeam Sibyllam, non Romuli, sed belli Troiani tempore fuisse dis in eorum corde daemonibus, per fallacia quoque oracula decipienti-
scripserunt. bus, ut fabulosa etiam crimina deorum, quae iam urbaniore saeculo non
fingebantur, per ludos tamen in eorumdem falsorum numinum obsequium
CAPUT XXIV turpiter agerentur. Regnavit deinde Numa post Romulum, qui cum illam
civitatem putaverit deorum profecto falsorum numerositate muniendam, in
QUOD REGNANTE RoMULO SEPTEM SAPIENTES CLARUERINT, QUO TEMPORE eamdem turbam referri mortuus ipse non meruit, tanquam ita putatus sit
DECEM TRIBUS QUAE ISRAEL DICEBANTUR, IN CAPTIVITATEM A CHALDAEIS caelum multitudine numinum constipasse, ut locum ibi reperire non posset.
DUCTAE SUNT, IDEMQUE RoMULUS MORTUUS DIVINO HONORE DONATOS EST Hoc regnante Romae, et apud Hebraeos initio regni Manasse, a quo impío
rege propheta Isaías perhibetur occisus, Samiam fuisse Sibyllam ferunt.
Eodem Rómulo regnante Thales Milesius fuisse perhibetur, unus e
septem Sapientibus, qui post theologos poetas, in quibus Orpheus máxime
omnium nobilitatus est, So<po( appellati sunt, quod est latine Sapientes.
Per ídem tempus decem tribus, quae in divisione populi vocatae sunt Is-
rael, debellatae a Chaldaeis, et in eas térras captivae ductae sunt, rema-
nentibus in Iudaea térra duabus illis tribubus, quae nomine Iudae voca-
bantur, sedemque regni habebant Ierusalem. Mortuum Romulum, cum et
1288 U CIUDAD DE DIOS X V J H , 25
XVÜTI, 26 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1287

q u e c o n t i e n e n su d o c t r i n a . E n esta m i s m a é p o c a de la cauti-
C A P I T U L O XXV v i d a d j u d í a f l o r e c i e r o n físicos c o m o A n a x i m a n d r o , A n a x í m e -
nes y J e n ó f a n e s . E n t o n c e s b r i l l a b a t a m b i é n P i t á g o r a s , y de él
¿QUÉ F I L Ó S O F O S BRILLARON DURANTE E L REINADO D E TARQUI- en a d e l a n t e se l l a m a r o n filósofos [ 6 5 ] .
NIO P R I S C O ENTRE L O S ROMANOS, Y DE SEDECÍAS ENTRE L O S
H E B R E O S , E N T I E M P O D E L A T O M A D E J E R U S A L É N Y D E LA RUINA
DEL TEMPLO? C A P I T U L O X X V I

R e i n a n d o e n t r e los h e b r e o s S e d e c í a s y e n t r e los r o m a n o s CONTEMPORANEIDAD DE LA LIBERTAD JUDÍA Y ROMANA


T a r q u i n i o P r i s c o , s u c e s o r d e A n c o M a r c i o , el p u e b l o j u d í o fué
l l e v a d o c a u t i v o a B a b i l o n i a . J e r u s a l é n fué d e s t r u i d a , y el tem- E n este t i e m p o , C i r o , r e y d e los p e r s a s , q u e i m p e r a b a t a m -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p l o c o n s t r u i d o p o r S a l o m ó n , d e r r o c a d o . L o s p r o f e t a s , a l re- bién e n t r e los c a l d e o s y a s i r i o s , aflojando u n p o c o la cauti-
p r e n d e r s u s m a l d a d e s e i m p i e d a d e s , les h a b í a n p r e d i c h o este vidad de los j u d í o s , dejó a c i n c o m i l h o m b r e s l i b r e s p a r a q u e
suceso, p r i n c i p a l m e n t e J e r e m í a s , q u i e n l l e g ó a d e t e r m i n a r el f u e r a n a reedificar el t e m p l o . E s t o s se l i m i t a r o n a e c h a r los
n ú m e r o de a ñ o s . E n esta é p o c a vivió P i t a c o d e M i t i l e n e , o t r o c i m i e n t o s y a edificar u n a l t a r , p o r q u e u n a i n v a s i ó n e n e m i g a
de l o s siete s a b i o s . Y, s e g ú n E u s e b i o , los o t r o s cinco, q u e con les i m p i d i ó s e g u i r a d e l a n t e , difiriéndose l a o b r a h a s t a el rei-
T a l e s y éste c o m p l e t a n el n ú m e r o , v i v i e r o n t a m b i é n p o r esta n a d o d e D a r í o . D u r a n t e estos a ñ o s t u v i e r o n l u g a r l a s h a z a ñ a s
é p o c a , en q u e el p u e b l o d e D i o s e s t a b a c a u t i v o e n B a b i l o n i a . d e s c r i t a s e n el l i b r o d e J u d i t , q u e los j u d í o s n o h a n a d m i t i d o
He aquí sus n o m b r e s : Solón de Atenas, Chilón de Lacedemo- en el c a n o n . U n a vez c o n c l u i d o s , b a j o el r e i n a d o d e D a r í o , los
n i a , P e r i a n d r o d e C o r i n t o , C l e ó b u l o de L i n d o s y B í a s d e P r i e - setenta a ñ o s p r e d i c h o s p o r el p r o f e t a J e r e m í a s , se devolvió l a
ne. F l o r e c i e r o n d e s p u é s de los p o e t a s t e ó l o g o s , y f u e r o n lla- l i b e r t a d a los j u d í o s , r e i n a n d o e n t r e l o s r o m a n o s su s é p t i m o
m a d o s s a b i o s p o r q u e a v e n t a j a b a n a los d e m á s h o m b r e s en s u rey, T a r q u i n i o . E s t e fué d e s t e r r a d o , y e n t o n c e s los r o m a n o s
l o a b l e v i d a y h a b í a n d a d o en c o m p r i m i d o s a l g u n o s p r e c e p t o s se e x i m i e r o n d e la d o m i n a c i ó n d e sus r e y e s . H a s t a esta é p o c a ,
m o r a l e s . E n lo t o c a n t e a las l e t r a s , e l l o s n o l e g a r o n a la poste- I s r a e l t u v o s i e m p r e p r o f e t a s . F u e r o n m u c h o s , y, sin e m b a r g o ,
ridad o b r a a l g u n a , salvo las leyes, q u e , s e g ú n dicen, d i o S o l ó n t a n t o e n t r e l o s j u d í o s corno e n t r e n o s o t r o s , se t i e n e n p o r ca-
a los a t e n i e n s e s . T a l e s fué físico, y c o m p u s o a l g u n o s l i b r o s n ó n i c o s los l i b r o s de u n o s p o c o s . Al final del l i b r o a n t e r i o r
p r o m e t í c i t a r a l g u n o s en éste, y creo l l e g a d a ya la h o r a .

suorum dogmatum libros reliquit Eo captivitatis ludaicae tempore, et Ana-


CAPUT XXV ximander, et Anaximenes, et Xenophanes physici claruerunt. Tune et Py-
thagoras, ex quo coeperunt appellari philosophi.
QÜL PHELOSOPHI ENITUERINT REGNANTE APUD ROMANOS TARQUINIO PBISCO,
APUD HEBRAEOS SEDECHIA, CUM IERUSALEM CAPTA EST, TEMPLUMQUE
SUBVERSUM CAPUT XXVI
Regnante vero apud Hebraeos Sedechia, et apud Romanos Tarquinio QüOD EO TEMPORE, QUO IMPLETIS SEPTUAGINTA ANNIS IüDAEORUM EST
Prisco, qui successerat Anco Martio, ductus est captivus in Babyloniam RESOLUTA CAPTIVITAS, RoMANI QUOQUE A DOMINATU SUNT REGIO LIBERATI
populus ludaeorum, eversa Ierusalem et templo illo a Salomone construc-
to. Increpantes enim eos Prophetae de iniquitatibus et impietatibus suis, Per idem tempus Cyrus rex Persarum, qui etiam Chaldaeis et Assyrüs
haec eis ventura praedixerant, máxime leremias, qui etiam numerum de- imperabat, relaxata aliquanta captivitate ludaeorum, quinquaginta millia
finivit annorum 15. Eo tempore Pittacus Mitylenaeus, alius e septem Sa- hominum ex eis ad instaurandum templum regredi fecit. A quibus tantum
pientibus, fuisse perhibetur. Et quinqué caeteros, qui ut septem numeren- prima coepta fundamina, et altare constructum est. Incursantibus autem
tur, Thaleti, quem supra commemoravimus, et huic Pittaco adduntur, eo hostibus, nequáquam progredi aedificando valuerunt, dilatumque opus est
tempore fuisse scribit Eusebius, quo captivus Dei populus in Babylonia usque ad Darium. Per idem tempus etiam illa sunt gesta, quae conscripta
tenebatur. Hi sunt autení, Solón Atheniensis, Chilo Lacedaemonius, Pe- sunt in libro Iudith: quem sane in canone Scripturarum Iudaei non re-
riander Corinthius, Cleobulus Lindius, Bias Prienaeus. Omnes hi septem cepisse dicuntur. Sub Dario ergo rege Persarum impletis septuaginta
appellati Sapientes post poetas theologos claruerunt, quia genere vitae annis, quos leremias propheta praedixerat, reddita est Iudaeis soluta
quodam laudabili praestabant hominibus caeteris, et morum nonnulla captivitate libertas, regnante Romanorum séptimo rege Tarquinio. Quo
praecepta sententiarum brevitate complexi sunt. Nihil autem monumen- expulso etiam ipsi a regum suorum dominatione liberi esse coeperunt.
torum, quod ad litteras attinet, posteris reliquerunt, nisi quod Solón quas- Usque ad hoc tempus Prophetas habuit populus Israel: qui cum multi
dam leges Atheniensibus dedisse perhibetur; Thales vero physicus fuit, et fuerint, paucorum et apud Iudaeos et apud nos canónica scripta retinen-
1S
tur. De quibus me aliqua positurum esse promisi in hoc libro, cum clau-
Itr. 3S,ir. derem superiorem. quod iam video esse faciendum.
1288 LA CIUDAD DE DIOS
xvrai, 27 XVtEIl, 2 8 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1289

del reinado de su sucesor Numa Pompilio, pues el reinado de


C A P I T U L O XXVII Ezequías, rey de Judá, se prolongó hasta este tiempo. Y en
este espacio brotaron estas fuentes proféticas. Era el fin del im-
LOS PROFETAS Y SUS PROFECÍAS perio asirio y el principio del romano. Esto significa que,
como Abrahán asistió al nacimiento del imperio asirio, y a él
Para darnos una idea de esta época, retrocedamos algunos se hicieron las promesas más claras sobre ia bendición de to-
años. El libro de Oseas, el primero de los doce profetas me- das las naciones en su descendencia, así ahora, al nacer la
nores, va encabezado así: Palabras del Señor dichas a Oseas Babilonia de Occidente, en cuyo imperio se encarnaría Cristo,
en el tiempo de Ozías, de Joatán, de A caz y de Ezequías, reyes cumpliéndose en él las profecías orales y escritas, debían re-
de Judá. Amos escribe también que profetizó en tiempo del novarse las promesas a los profetas. Hasta aquí Israel casi

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


rey Ozías. Y añade además a Jeroboán, al rey de Israel que siempre tuvo profetas, pero desde el comienzo de su monar-
vivió en ese tiempo. Isaías, hijo de Amos, sea del profeta quía fueron más para uso propio que de los gentiles. La época
citado, sea de otro Amos no profeta—sentir más común—, en- en que la escritura profética se imponía con claridad para
cabeza su libro con esos cuatro reyes citados por Oseas, y dice aprovechamiento de los gentiles fué precisamente ésta, en que
que profetizó en tiempo de ellos. Miqueas marca como tiempo se fundaba la ciudad que había de ser dueña y señora de las
de su profecía después de Ozías, y nombra a tres de los reyes naciones. Y así fué. ,
mencionados por Oseas: a Joatán, a Acaz y a Ezequías. Estos,
según se colige de sus escritos, profetizaron contemporánea-
mente. A ellos hay que añadir Jonás y Joel, de los cuales uno C A P I T U L O X X V I I I
profetizó bajo Ozías, y otro, bajo Joatán, sucesor de Ozías.
Pero estos dos últimos datos los hemos deducido de las cróni- PROFECÍAS DE O S E A S Y DE A M O S EN SU RELACIÓN
cas, pues ellos en sus obras callan la fecha. Esta época abarca CON EL EVANGELIO
desde Procas, rey de los latinos, y Aventino, su sucesor, hasta
Rómulo, rey ya de los romanos, o, mejor, hasta el principio El profeta Oseas pone tal profundidad en sus palabras,
que es muy costoso sondear en ellas. Sin embargo, lo prome-
tido es deuda. Y sucederá—escribe—que en el lugar en que se
les di/o: Vosotros no sois mi pueblo, serán llamados hijos del
CAPUT XXVII
rum Proca, sive superiore Aventino, usque ad regem Romulum iam Ro-
D E TEMPORIBUS PROPHETARUM, QUORUM ORACULA HABENTUR IN LIBRIS; manorum, vel etiam usque ad regni primordia successoris eius Numae
QUIQUE TUNC DE VOCATIONE GENTIUM MULTA CECINERUNT, QUANDO ROMANUM Pompilii: Ezechias quippe rex luda eo usque regnavit; ac per hoc per
REGNUM COEPIT, ASSYRIUMQUE DEFECIT ea témpora isti velut fontes prophetiae pariter eruperunt, quando regnum
Témpora igitur eorum ut possimus advertere, in anteriora paululum defecit Assyríum, coepitque Romanum: ut scilicet quemadmodum regni
recurramus. In capite libri Osee prophetae, qui primus in duodecim po- Assyriorum primo tempore exstitit Abraham, oui promissiones apertissimae
nitur, ita scriptum est: Verbum Domini quod factum est ad Osee in diebus fierent in eius semine benedictionis omnium gentium; ita occidentalis
Oziae, et loathan, et Achaz, et Ezechiae regum luda " . Amos quoque die- Babylonis exordio, qua fuerat Christus imperante venturas, in quo imple-
bus regís Oziae prophetasse se scribit: addit etiam Ieroboam regem Israel, rentur illa promissa oracula Prophetarum, non solum loquentium, verum
qui per eosdem dies f u i t " . Necnon Isaías filius Amos, sive supradicti etiam scribentium in tantae rei futurae testimonium solverentur. Cum
prophetae, sive, quod magis perhibetur, alterius qui non propheta eodem enim prophetae nunquam fere defuissent populo Israel, ex quo ibi reges
nomine vocabatur, eosdem reges quatuor quos posuit Osee, in capite libri esse coeperunt, in usum tantummodo eorum fuere, non gentium: quando
sui ponit, quorum diebus se prophetasse praeloquitur. Michaeas etiam autem ea scriptura manifestius prophetica condebatur, quae gentibus quan-
eadem suae prophetiae commemorat témpora post dies Oziae. Nam tres doque prodesset, tune oportebat incíperet, quando condebatur haec civitas,
qui sequuntur reges nominat, quos et Osee nominavit, loathan, et Achaz, quae gentibus imperaret.
et Ezechiam IS. Hi sunt quos eodem tempore simul prophetasse ex eorum
litteris invenitur. His adiungitur lonas eodem Ozia rege regnante, et loel CAPUT XXVIII
cum iam regnaret loathan, qui successit Oziae. Sed istorum prophetarum
duorum témpora in Chronicis, non in eorum libris potuimus invenire, D E HIS QUAE AD EVANGELIUM CHRISTI PERTINENT, QUID OSEE ET AMOS
quoniam de suis diebus tacent. Tenduntur autem hi dies a rege Latino- PROPHETAVERINT
18
Os. I , I . Osee igitur propheta, quanto profundius quidem loquitur, tanto ope-
17
Atn. I , I .
18
Micb. i,:. rosius penetratur. Sed aliquid inde sumendum est, et hic ex nostra pro-
missione ponendum. Et erit, inquit, in loco quo dictum est eis, Non poou-
XVm, 29, 1 >ARAUUSMO ENTRE U 9 DOS CIUDADES 1291
1290 l,A CIUDAD DE DIOS xvm, 28 resucitaremos. En este sentido habla aquí el Apóstol: Si ha-
Dios vivo. Los apóstoles mismos han entendido este texto de béis resucitado con Cristo, buscad las cosas de arriba. Amos
la vocación de los gentiles, que antes no pertenecían a Dios. profetiza estos misterios en los siguientes términos: Prepárate,
Y como los gentiles son también espiritualmente hijos de Israel—dice—, para invocar a tu Dios. He aquí que yo soy el
Abrahán, y por eso se les llama, con razón, Israel, el profeta que forma los truenos y crea los vientos y el que anuncia a los
añade: Y los hijos de Israel vendrán a formar una unidad, hombres su Cristo. Y en otro pasaje: Ese día restauraré el
y se elegirán un solo caudillo, y se elevarán sobre la tierra. tabernáculo de David, que está por tierra, y restableceré lo
Querer explicar esto sería desvirtuar las palabras del profeta. igualado con la tierra, y reharé lo destruido, y lo reedificaré
Recuérdese solamente la piedra angular y las dos paredes, como en tiempos pasados. De suerte que me busquen el resto
compuestas una de los judíos y otra de los gentiles; aquélla, de los hombres y todas las naciones en que se invocó mi nom-
bajo el nombre de hijos de Judá, y ésta, de hijos de Israel, bre, dice el Señor, hacedor de tales maravillas.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


apoyándose las dos sobre un mismo caudillo y elevándose so-
bre la tierra. El mismo profeta atestigua que estos israelitas
carnales que ahora no quieren creer en Cristo han de creer C A P I T U L O XXIX
en el un día, no ellos, pues pasarán con la muerte, sino sus
hijos, cuando dice: Los hijos de Israel estarán mucho tiempo PREDICCIONES DE ISAÍAS SOBRE CRISTO Y LA IGLESIA
sin rey, sin caudillo, sin sacrificio, sin altar, sin sacerdocio
y sin profecías. ¿Quién no ve que éste es el estado actual de 1. Isaías no es del número de los doce profetas llamados
¡os judíos? Mas oigamos lo que añade: Y después, los hijos menores, porque sus profecías son breves en comparación con
de Israel volverán y buscarán al Señor su Dios y a su rey Da- las de los llamados mayores, que compusieron extensos vo-
vid, y se maravillarán del Señor y de sus bienes en los últimos lúmenes. Isaías pertenece a estos últimos; mas, por guardar
tiempos. No hay nada más claro que esta profecía, en la que el orden cronológico, lo pongo con los dos anteriores. Este
el rey David está significando a Cristo, que nació—como dice profeta, entre las reprensiones que hace, las instrucciones que
el Apóstol—, según la carne, del linaje de David. da y las amenazas futuras que intima al pueblo pecador, pro-
fetizó sobre Cristo y sobre la Iglesia, es decir, sobre el l!ey
Este mismo profeta ha predicho la resurrección de Cristo v sobre la Ciudad que fundó, muchas más cosas aue los otros.
al tercer día, pero con una profundidad misteriosa, profética, Tan es así, que algunos dicen que es más evangelista que 11ro-
donde dice: Ños sanó después de dos días, y al tercer día
tebat, ubi ait: Sanabit nos post biduum, in die tertio resurgemus ~'. 5e~-
lus meus vos, vocabuntur et ipsi füii Dei vivil". Hoc testimonium pro- cundum hoc enim nobis dicit Apostolus, Si resurrexistis cum Christo, quae
pheticum de vocatione populi 20Gentium, qui prius non pertinebat ad Deum, sursum sunt quaerite*'. Amos quoque de rebus talibus sic propheí.at:
etiam Apostoli intellexerunt . Et quia ipse quoque populus Gentium Praepara, inquit, te, ut invoces Deum tuum Israel; quia ecce ego firmans
spiritualiter est in filiis Abrahae, ac per hoc recte dicitur Israel, propter- tonitruum, et creans spiritum, et annuntians in hominibus Christum
ea sequitur, et dicit: Et congregabuntur filii luda et filii Israel in suum ". Et alio loco: In illa die, inquit, resuscitabo tabernaculum David
idlpsum, et ponent sibimet principatum unum, et ascendent a térra 21. Hoc quod cecidit, et reaedificabo quae ceciderunt eius, et destructa eius resus-
si adhuc velimus exponere, eloquü prophetici obtundetur sapor. Recolatur
tamen lapis ille angularis, et dúo ilü parietes, unus ex Iudaeis, alter ex citabo, et reaedificabo ea, sicut dies saeculi; ita ut exquirant me rendid
Gentibus22; ille nomine filiorum luda, iste nomine filiorum Israel, eidem hominum, et omnes gentes in quibus invocatum est nomen meum supír
uni principatui suo in idipsum innitentes, et ascendentes agnoscantur a eos, dicit Dominus faciens haec".
térra. Istos autem carnales Israelitas, qui nunc nolunt credere in Christu»,
postea credituros, id est, filios eorum (nam vitique isti in suum locum CAPUT XXIX
moriendo transibunt), idem propheta testatur, dicens: Quoniam diebus
multis sedebunt filii Israel sirte rege, sine principe, sine sacrificio, sine QUAE AB ISAIA DE CHRISTO ET ECCLESIA SINT PRAEDICTA
altan, sine sacerdotio, sine manifestationibus. Quis non videat, nunc sic 1. Isaías propheta non est in libro duodecim Prophetarum, qui prop-
esse Iudaeos? Sed quid adiungat, audiamus: Et postea, inquit, revertentur terea dicuntur minores, quia sermones eorum sunt breves, in eorum compa-
filii Israel, et inquirent Dominum Deum suum, et David regem suum: et ratione qui maiores ideo vocantur, quia prolixa volumina condiderunt: ex
stupescent in Domino, et in bonis ipsius, in novissimis diebus 2S. Nihil est quibus est hic Isaias, quem propter eadem prophetiae témpora subiungo
ista prophetia manifestius, cum David regis nomine significatus intelliga- supradictis duobus. Isaias ergo ínter illa quae arguit iniqua, et iusta
tur Christus, qui factus est, sicut dicit Apostolus, ex semine David secun- praecepit, et peccatori populo mala futura praedixit, etiam de Christo et
dum carnem24. Praenuntiavit iste propheta etiam tertio die Christi re- Ecclesia, hoc est de Rege et ea quam condidit civitate, multo plura quam
surrectionem futuram, sicut eam prophetica altitudine praenuntiari opor- caeteri prophetavit: ita ut a quibusdam evangelista quam propheta potius
19 22 25
Os. I,IO. Eph. 2,14.15.20-22. Os. 6,3. " Am. 4,12 et is, sec LXX
*° Rom. 9,26. " Os. 1,4.5, sec. LXX.
« Os. 1,11 '* Rom I , J . "» Col. 3,1: V »» IWd., 9,i.t et 12, a»-. L£S'.
1202 LA CIUDAD DE DIOS XtWII, 29, 1
XVIU, 29, 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1293
feta |_6ó] • En gracia a la brevedad, me limitaré a citar un
solo texto. Hablando en persona de Dios Padre, dice: Sabed vida a los pecadores y los ricos tomarán venganza de su muer-
que mi siervo será sabio y será colmado de honor y de gloria. te, pues que él ni hizo maldad alguna ni engaño en su boca.
Como será el asombro para muchos, así su belleza y su gloria Mas el Señor quiso limpiarle su llaga. Si diereis vuestra vida
será desfigurada y deshonrada por los hombres. El será objeto por el pecado, veréis una larga descendencia. El Señor quiere
de admiración para muchas naciones, y los reyes escucharán en librar su alma del dolor, mostrarle la luz y colmarle de sabi-
silencio, porque aquellos a quienes nada se había anunciado de duría y justificar al justo que es sacrificado por muchos. El
él, lo verán, y los que no habían oído hablar de él, sabrán quién, cargará con sus pecados. Así adquirirá dominio sobre muchos
es. Señor, ¿quién ha creído a nuestra palabra? Y ¿a quién se ha y repartirá los despojos de los poderosos. A ese fin fué entre-
revelado el brazo del Señor? Hemos balbuceado ante él como gada a la muerte su alma y fué contado en el número de los
niño, y nuestra lengua será raíz en tierra árida. En él no hay pecadores. Llevó sobre sus hombros los pecados de muchos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ya ni gloria ni belleza. Le hemos visto, y está privado de y fué entregado a la muerte por sus pecados. Esto sobre Cristo.
atractivo; su belleza está desfigurada y es el más deforme de 2. Oigamos lo que añade sobre la Iglesia. Dice así: Alé-
los hombres. Es un hombre todo llagado y hecho a llevar en- grate, estéril, tú que no pares; rompe en voces de júbilo y de
fermedades. Su rostro está desfigurado y afrentado, sin que contento, tú que no das a luz, porque son ya muchos más los hi-
nadie haga aprecio de él. El pujó nuestros pecados y padece jos de la abandonada que de la que tiene marido. Extiende el lu-
por nosotros, y nosotros creíamos que sus dolores, sus llagas gar de tu morada y de tus rediles y asegura bien tus fundamen-
y sus aflicciones eran propias, siendo en realidad llagado por tos. No dejes de hacerlo; extiende tus cordeles y afianza
causa de nuestras iniquidades y quebrantado por nuestros pe- bien tus estacas. Extiéndete aún a derecha y a izquierda, y tu
cados. El castigo, causa de nuestra paz, descargó sobre él, y descendencia heredará las naciones y poblarás las ciudades de-
sus cardenales nos han curado a nosotros. Hemos sido todos siertas. No temas por los reproches que se te hagan ni te ru-
como ovejas descarriadas, siguiendo cada cual la senda de su borices, porque has sido difamada, pues olvidarás tu confusión
error, y el Señor le entregó por nuestros pecados. Y él, así cas- eterna y no recordarás más el oprobio de tu viudez. El que te
tigado, no abrió su boca. Como oveja fué llevado al sacrificio, hace esta merced es el Señor, cuyo nombre es el Señor de los
y como cordero al trasquilador, sin chistar, así con la boca ejércitos, y el que libra se llama el Dios de Israel y de toda la
cerrada. Su abatimiento fué el pedestal de su gloria. ¿Quién tierra, etc. Basten estos testimonios, aunque algunos puntos re-
podrá explicar su generación? Le quitarán la vida y por los quieran explicación. Tengo para mí que son suficientes textos
pecados de mi pueblo le darán muerte. Su sepultura costará la tan claros para obligar a los enemigos a entenderlos aun con-
tra su voluntad.
diceretur. Sed propter rationem operis terminandi, unum de multis hoc
loco ponam. Ex persona quippe Dei Patris loquens: Ecce, inquit, intelligel, iniquitatem non fecit, nec dolum in ore suo: et Dominus vult purgare
puer meus, et exaltabitur, et glorificabitur valde. Quemadmodum stupes- eum de plaga. Si dederitis pro peccato animam vestram, videbitis semen
cent super te multi, ita gloria privabitur ab hominibus species tua et gloria longaevum: et Dominus vult auferre a dolare animam eius, ostendere Mi
tita ab hominibus: ita mirabuntur gentes multae super euin, et confine- lucem, et formare intellectum, iustificare iustum bene servientem pluribus:
bunt reges os suum: quoniam quibus non est annuntiatum de illo, vide- et peccata eorum ipse portabit. Propterea ipse haereditabit plures, et
bunt; et qui non audierunt, intelligent. Domine, quis credidit auditui fortium dividet spolia: propter quod tradita est ad mortem anima eius;
nostro, et brachium Domini cui revelatum est? Annuntiavimus coram illo, et inter iniquos aestimatus est, et ipse peccata multorum portavit, et
ut infans, ut radix in térra sitienti: non est species Mi, ñeque gloria. Et propter peccata eorum traditus est2D. Haec de Christo.
vidimus eum, et non habebat speciem, ñeque decorem: sed species eius 2. Iam vero de Ecclesia, quod sequitur, audiamus: Laetare, inquit,
sine honore, deficiens prae ómnibus hominibus. Homo in plaga positus, sterilis, quae non parís; erumpe et clama, quae non parturis: quoniam
et sciens ferré infirmitatem: quoniam aversa est facies eius: inhonoratus multi filii desertae magis, quam eius quae habet virum. Dilata locum ta-
est, nec magni aestimatus est. Hic peccata nostra portat, et pro nobis bernaculi tui, et aulaearum tuarum: fige, noli parcere, prolonga funículos
dolet: et nos existimavimus illum esse in dolare, et in plaga, et in afflic- tuos, et palos tuos conforta: adhuc in dexteram et sinistram partem ex-
tione. Ipse autem vulneratus est propter iniquitates riostras, et infirmatus tende. Et semen tuum haereditabit gentes; et civitates desertas inhabita-
est propter peccata nostra. Eruditio pacis nostrae in eo: livore eius nos bis. Ne timéas, quoniam confusa es; ñeque reverearis, quia exprobrata es:
sanati sumus. Omnes ut oves erravimus, homo a via sua erravit: et Domi- quoniam confusionem aeternam oblivisceris, et opprobrii viduitatis tuae
nus tradidit illum pro peccatis nostris: et ipse propter quod afflictus esl, non eris memor. Quoniam Dominus faciens te, Dominus Sabaoth nomen
non aperuit os suum. Ut ovis ad immolandum ductus est, et ut agnus ante eius: et qui eruü te, ipse Deas Israel universae terrae vocabitur30, et
eum qui se tondet, sine voce, sic non aperuit os suum. In humilitate iudi- caetera. Verum ista sint satis: et in eis sunt exponenda nonnulla; sed
cium eius sublatum est. Generationem eius quis enarrabit? Quoniam tolle- sufficere arbitror quae ita sunt aperta, ut etiam inimici intelligere co-
tur de térra vita eius. Ab iniquitatibus populi mei ductus est ad mortem. gantur inviti.
Et dabo malignos pro sepultura eius, et divites pro morte. eius. Quoniam -« Is. 53,13-15 ; 53,1-12, sec. LXX. "> Ibid., 54,1-5.
1294 U CIUDAD DE DIOS XlVIII, 30, 2 XVXTI, 3 1 , 1 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1295

elocuente y claro que lo fueran sus palabras sobre la muerte


y la resurrección del Salvador. Pues ¿por qué fué ingerido en
CAPITULO XXX el vientre de una ballena y arrojado al tercer día sino por
significar que Cristo había de salir del sepulcro al tercer día?
PROFECÍAS DE MIQUEAS, JONÁS Y J O E L 3. Las profecías de Joel obligan a una amplia explicación
para esclarecer las relativas a Cristo y a la Iglesia. Con todo,
1. El profeta Miqueas, hablando de Cristo, bajo la imagen no omitiré una de ellas, alegada también por los apóstoles
de un gran monte, dice así: En los últimos tiempos aparecerá el cuando, reunidos los fieles, descendió sobre ellos el Espíritu
hombre de Dios elevado sobre la cima de los montes y se le- Santo, que Cristo les había prometido. Después de esto—dice—
vantará sobre los collados. Y allí irán a toda prisa los pueblos yo derramaré mi espíritu sobre toda clase de hombres. Vuestros
y las naciones y dirán: Venid, subamos al monte del Señor y a hijos y vuestras hijas profetizarán, y vuestros ancianos tendrán

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la casa de Jacob, y nos enseñará su camino, y nosotros marcha- sueños, y vuestros jóvenes, visiones. Y en esos días derramaré
remos por sus senderos, porque la ley saldrá de Sión, y la pa- también mi espíritu sobre mis siervos y siervos.
labra del Señor, de Jerusalén. El juzgará a muchos pueblos y
sujetará a las naciones poderosas por mucho tiempo. El mismo
profeta dice del lugar en que nació Cristo: Y tú, Belén, casa CAPITULO XXXI
de Efrata, eres la más pequeña para contarte entre las demás
de Judá. De ti saldrá el que ha de ser caudillo de Israel, que LA SALVACIÓN DEL MUNDO POR C R I S T O , PREDICHA POR ABDÍAS,
fué engendrado desde el principio y desde toda la eternidad. NAHÚN Y HABACUC
Por eso Dios abandonará a los suyos hasta el tiempo en que
dé a luz la que está de parto, y el resto de sus hermanos se 1. Tres de los profetas menores, Abdías, Nahún y Haba-
reunirán con los hijos de Israel. El se detendrá, contemplará cuc [ 6 7 ] , ni ellos nos dan las fechas de sus profecías ni se
y apacentará su grey con la autoridad y el poder recibido del hallan en las crónicas de Eusebio y de Jerónimo. Verdad es
Señor, y le rendirán honor al Señor, su Dios, porque ahora será que juntan a Abdías con Miqueas, pero no en el pasaje en que
él glorificado hasta el confín de la tierra. dan la fecha en que profetizó Miqueas según sus propios escri-
2. El profeta Jonás no anunció a Cristo tanto por sus dis- tos. Pero me imagino que esto se debe a error del copista, des-
cursos cuanto por esa especie de pasión que sufrió. Esto es más dam passione prophetavit, profecto apertius, quam si eius mortem et re-
surrectionem voce clamaret. Utqiíid enim exceptus est ventre belluino, et
die tertio redditus, nisi ut significaret Christum de profundo ínferni die
CAPTJT XXX tertio rediturum?
3. Ioel omnia quae prophetat, multis verbis compellit exponi, ut quae
QtJAE MlCHAEAS, ET loNAS ET lOEL NOVO TESTAMENTO CONGRÜENTIA pertinent ad Christum et Eoclesiam dilucescant. Unum tamen, quod etiam
PROPHETAVERINT Apostoli commemoraverunt, quando in congregatos 33 credentes Spiritus
sanctus, sicut a Christo promissus fuerat, desuper venit , non praetermit-
1. Michaeas propheta Christum in figura ponens magni cuiusdam tam-. Et erit, inquit, post haec, et effundam de Spiritu meo super om-
raontis, haeo loquitur: Erit in novissimis diebus manifestus mons Domini nem carnem: et prophetabunt filii vestri et filiae vestrae; et séniores vestri
paratus super vértices montium; et exaltabitur super colles. Et festinabunt somnia somniabunt, et iuvenes vestri visa videbunt: et quidem in servos
ad eum plebes, et, ibunt gentes multae, et dicent: Venite, ascendamus in meos et ancillas meas in Mis diebus effundam de Spiritu meo a4.
montem Domini, et in domum Dei lacob, et ostendet nobis viam suam,
et ibimus in semitis eius: guia ex Sion procedet lex et verbum Domini
ex lerasalem. Et iudicabit inter plebes multas, et redarguet gentes po- CAPUT XXXI
tentes usque in longinquum sl . Praedicens iste propheta et locum in quo
natus est Christus: Et tu, inquit, Bethlehem domus Ephrata, mínima es, QUAE IN ABDIA, IN NAUM, ET AMBACÜ DE SALÓTE MÜNDI IN CHRISTO
ut sis in millibus luda: ex te mihi prodiet, ut sit in principen Israel: et PRAENUNTIATA REPERIANTUR
egressus eius ab initio, et ex diebus aeternitatis. Propterea dabit eos us-
que ad tempus parturientis pariet, et residui fratres eius convertentur ad 1. Tres prophetae de minoribus, Abdias, Naum, Ambacum, nec sua
filias Israel. Et stabit, et videbit, et pascet gregem suum in virtute Do- témpora dicunt ipsi, nec in Chronicis Eusebii et Hieronymi, quando
mini, et in honore nominis Domini82 Dei sui erunt: quoniam nunc magnifi- prophetaverint, ¡nvenitur. Abdias enim positus est quidem ab eis cum
cabitur usque ad summum terrae . Michaea, sed non eo loco, ubi notantur témpora, quando Michaeam pro-
phetasse ex eius litteris constat: quod errore negligenter describentium
2. lonas autem propheta non tara sermone Christum, quam sua qua-
31 " Act. 2,17.18.
Micb. 4,1-3. M
Ioel í,aS et 29.
*'* Micb. 5,2-4, sec. Liar.-.: ;.••,
1296 LA CIUDAD DE DIOS XVJII, 31, 2 XVIII, 31, 3 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 129 i
cuidado sobre todo cuando se trata de los trabajos ajenos. Los dice: Quebraré los ídolos tallados y de fundición y los pondré
otros no los he hallado en los códices de las crónicas que he
en sepultura, porque he aquí sobre los montes los pies ligeros
consultado. Mas, ya que están admitidos en el canon, es preciso
del que viene a evangelizar y a anunciar la paz. Solemniza tus
darles también cabida aquí. Los escritos de Abdías son los más
festividades y cumple tus votos, que ya no se acercarán más a
cortos de todos los profetas, y en ellos habla contra Idumea,
- es decir, contra la nación de Esaú, el mayor de los dos hijos ti para que envejezcas. Todo está consumado, cumplido y de-
de Isaac y nieto de Abrahán, que fué reprobado. Ahora bien: rrocado. Ya sale a campaña el que alienta en tu rostro y te
si por Idumea entendemos los gentiles, tomando la parte por libra de la tribulación. Quién subió de los infiernos y sopló el
el todo, podemos muy bien aplicar a Cristo esto entre otras Espíritu Santo en el rostro de Judá, es decir, de los judíos, sus
cosas: La salvación y la santidad estarán sobre el monte de discípulos, tráigalo a la recordación el que haya leído el Evan-
Sión. Y poco después, al fin de la profecía: Y los redimidos gelio. Aquellos cuyas festividades se renuevan de tal modo que
del monte de Sión surgirán para defender el monte de Esaú, y no envejecen más, pertenecen al Nuevo Testamento. Ahora ve-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


reinará el Señor. Es evidente que esto se cumplió cuando ios mos ya por tierra los ídolos tallados y de fundición, es decir,
redimidos del monte de Sión, es decir, de Judea, los que creen los ídolos de dioses falsos, y como sepultados en el olvido.
en Cristo, y sobre todo los apóstoles, surgieron para defender Sabemos, además, que esta profecía se cumplió también en
el monte de Esaú. ¿Cómo lo defenderían sino por la predica- este punto.
ción del Evangelio, salvando a los que han creído y sacándoles 3. En cuanto a Habacuc, ¿de qué otra venida habla sino de
del poder de las tinieblas, para transferirlos al reino de Dios? la de Cristo cuando dice: El Señor me respondió: Escribe cla-
Esta idea la expresó al añadir: Y reinará el Señor. El monte ramente esta visión sobre tablillas para que la entienda el que
de Sión significa la Judea, donde, según la profecía, estará la lea. Porque esta visión es para un tiempo determinado, y se
salvación y la santidad, que es Jesucristo. El monte de Esaú es cumplió al fin, y no caerá en vacío. Si tardare, aguántalo, por-
Idumea, figura de la Iglesia de los gentiles, que defendieron, que el que viene, vendrá y no se demorará?
como he expuesto, los redimidos del monte de Sión para que
reinara el Señor. Esto antes de cumplirse estaba obscuro; pero,
un vez cumplido, ¿qué fiel no lo comprende? sculptilia et conflatüia: ponam sepulturam tuam: quia veloces esse super
montes pedes evangelizantis, et annuntiantis pacem. Celebra, luda, dies
2. El profeta Nahún, mejor diría, Dios por el profeta, festos tuos, redde vota tua: quia iam non adiicient ultra, ut transeant in
vetustatem. Consummatum est, consumptum est, ablatum est. Ascendit,
labores alíenos existimo contigisse. Dúos vero alios commemoratos in co- qui insufflat in faciem tuam, eripiens te ex tribulatione ". Quis ascende-
dicibus Chronicorum quos habuimus, non potuimus invenire: tamen quia nt ab inferís, et insufflaverit in faciem Iudae, hoc est Iudaeorum disci-
canone continentur, nec ipsi oportet praetereantur a nobis. Abdias, quan- pulorum, Spiritum sanctum, recolat qui meminit Evangelium. Ad novum
tum ad scripturam eíus attinet, omnium brevissimus Prophetarum, ad- enim Testamentum pertinent, quorum dies festi ita spiritualiter innovan-
versus Idumaeam loquitur, gentem scilicet Esau, ex duobus geminis filiis tur, ut in vetustatem transiré non possint. Porro per Evangelium extermi-
Isaac, nepotibus Abrahae, maíoris ilüus reprobati. Porro si Idumaeam nata sculptilia et conflatüia, id est idola deorum falsorum, et oblivioni
modo locutionis, quo intelligitur a parte totum, accipiamus positam esse tanquam sepulturae tradita iam videmus; et hanc etiam in hac re prophe-
pro gentibus: de Christo agnoscere possumus quod ait Ínter caetera, In tiam completam esse cognoscimus.
monte autem Sion erit salas, et erit sanctum. Et paulo post in fine ipsius 3. Ambacum de quo alio, quam de Christi adventu, qui futurus fue-
prophetiae: Et ascendent, inquit, resalvati ex monte Sion, at defendant rat, intelligitur dicere, Et respondit Dominus ad me, et dixit, Scribe vi-
montem Esau, et erit Domino regnum 3°. Apparet quippe id esse comple- sum aperte in buxo; ut assequatur qui legit ea: quia adhuc visio ad tem-
tum, cum resalvati ex monte Sion, id est ex Iudaea, credentes in Chris- pus, et orietur in fine, et non in vacuum: si tardaverit, sustine eum; quia
tum, qui praecipue agnoscuntur Apostoli, ascenderunt, ut defenderent veniens veniet, et non morabitur?37
montem Esau. Quomodo defenderent, nisi per Evangelii praedicationem
salvos faciendo eos qui crediderunt, ut eruerentur de potestate tenebra- " Nah. 1,14 et 15 ; 2,1, sec. LXX.
rum, et transferrentur in regnum Dei? Quod consequenter expressit ad- *' Hab. 2,2 et 3.
dendo, Et erit Domino regnum. Mons enim Sion Iudaeam significat, ubi
futura praedicta est salus, et sanctum, quod est Christus Iesus: mons vero
Esau Idumaea est, per quam significata est Ecclesia gentium, quam de-
fenderunt, sicut exposui, resalvati ex monte Sion, ut esset Domino regnum.
Hoc obscurum erat, antequam fieret; sed factum quis non fidelis ag-
noscat?
2. Naum vero propheta, imo per illum Deus: Exterminabo, inquit,
íS
Abd. 17,21, sea LXX.
1208 LA CIUDAD DE DIOS XVIII, 32
XVHX 32 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1299

CAPITULO XXXII obscuras y ocultas que ejercitan la mente del investigador. De


allí viene cuando el que entiende le halla allí. Su noder brilló
en los cielos, y la tierra está llena de sus maravillas. ¿Qué es
PROFECÍAS DE LA ORACIÓN Y DEL CÁNTICO DE HABACUC
esto sino lo que dice el salmo: Ensálzate, ¡oh Dios!, sobre los
Y en su oración y cántico, ¿a quién dice sino a Cristo nues- cielos y haz brillar tu gloria por toda la tierra? Tu esplendor
tro Señor: Oí, Señor, tu palabra, y me llené de temor. Señor, será como la luz es igual a decir que su fama iluminará a los
he contemplado tus obras y me he quedado asombrado? ¿Qué fieles. Y ¿qué significa: El poder está en tus manos, sino el
es esto sino una sorpresa extraordinaria a vista de tan inefable trofeo de la cruz? Y ha establecido el yelmo firme de su cari-
salud, nueva y súbita de los hombres? En medio de los anima- dad y de su fortaleza. Esto no precisa ni explicación siquiera.
les serás conocido. ¿Qué significan estos animales? O son los Ante él vendrá la palabra, y ella saldrá en el despoblado tras

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dos Testamentos, o los dos ladrones, o Moisés y Elias, con quie- sus pisadas- Que es decir: Fué prenunciado antes de venir y
nes habló sobre el monte. Cuando venga su hora, serás conoci- anunciado después de llegado. Se detuvo, y la tierra se conmo-
do, y, en llegando el tiempo, te manifestarás. No necesita expli- vió; es decir, se detuvo a ayudar, y la tierra se movió a crecer.
cación. Cuando se hubiere turbado mi alma en él, en lo más Miró, v se marchitaron las naciones, o sea, se compadeció, v
recio de tu cólera, te acordarás de tu misericordia. ¿Qué indi- los pueblos hicieron penitencia. Quebrantó con violencia los
can estas palabras sino a los judíos, personificados en él, que montes; es decir, quebrantó, con la fuerza de sus milagros, el
era de su nación, los cuales, bajo la más cruel ira, crucificaron orgullo de los soberbios. Los collados eternales se abatieron,
a Cristo, y a quienes se dirigió, acordándose de su misericordia, se humillaron en el tiempo para ser ensalzados en la eternidad.
en estos términos: Padre, perdónalos, porque no saben lo que He visto sus entradas eternas, precio de sus trabajos; o sea, vi
hacen? Dios vendrá de Teman, y el Santo, de un monte umbro- el trabajo de la caridad premiado con la eternidad. Los taber-
so y espeso. Otros, en lugar de Teman, traducen del austro o náculos de Etiopía y las tiendas de la tierra de Madián se cubri-
del áfrico Esto significa el mediodía, es decir, el ardor de la rán de espanto; que es decir: los pueblos, sorprendidos de pron-
caridad y eí esplendor de la verdad. EÍ monte umbroso y esposo to por el anuncio de tus maravillas, aun los no sometidos al
puede interpretarse de muchos modos, pero yo lo tomaría de imperio romano, se agregarán al pueblo cristiano. ¿Te enojaste,
buen grado por la profundidad de las Sagradas Escrituras, que Señor, contra los ríos y montaste en cólera contra el mar? Esto
contienen profecías sobre Cristo. En ellas hay muchas cosas alude a que no vino ahora a juzgar al mundo, sino a salvarle.
Porque montas sobre tus caballos, y tu viaje es la salvación;
que es decir: tus evangelistas, a quienes gobiernas, te llevarán,
CAPUT XXXII
ta quippe ibi umbrosa atque condensa sunt, quae mentem quaerentis
DE PROPHETIA QUAE IN ORATIONE AMBACU ET CÁNTICO CONTINETUB exerceant. Inde autem venit, cum ibi eum, qui intelligit, invenit. Operuit
In Oratione autem sua cum Cántico, cui nisi Domino Christo dicít, cáelos virtus eius, et laudis eius plena est térra, quid est, nisi quod etiain
Domine, audiii auditionem tuam, et timui; Domine, consideravi opera in Psalmo dicitur, Exaltare super cáelos, Deus, et super omnem terram
tua, et expavi? quid enira hoo est, nisi praecognitae, novae, ao repentinae gloria tua? 3 ' Splendor eius ut lumen erit, quid est, nisi, Fama eius cre-
salutis hominum ineffafailis admirado? In medio duorum animalium dentes ilhiminabit? Cornua in manibus eius sunt, quid est, nisi tropaeum
cognosceris, quid est, nisi aut in medio duorum Testamentorum, aut in crucis? Et posuit charitatem firmam fortitudinis suae, nec exponendum
medio duorum latronum, aut in medio Moysi et Eliae cum eo in monte est Ante faciem eius ibit verbum, et prodiet in campum post pedes eius,
sermocinantium? Dum appropinquant anni, cognosceris; in adventu tem- quid est, nisi quod et antequam liuc veniret, praenuntiatus est; et postea-
pori-s ostenderis, nec exponendum est. In eo dum conturbata fuerit anima quam hinc reversus est, annuntiatus est? Stetit, et térra commota est, quid
mea, in ira misericordiae memor eris, quid est, nisi quod Iudaeos in se est, nisi stetit ad subveniendum; et térra commota est ad credendum?
transfiguravit, quorum gentis fuil, qui cum magna ira turbati crucifige- Respexit et tabuerunt gentes: hoc est, misertus est, et fecit populos poe-
rent Christum, ille misericordiae memor dixit, Pater, ignosce illis, guia nitentes. Contriti sunt montes violentia: hoc est, vim facientibus miracu-
nesciunt quid faciunt?3S Deus de Theman veniet, et sanctus de monte lis, elatorum contrita est superbia. Defluxerunt calles aeternales: hoc est,
umbroso et condenso. Quod hic dictum est, de Theman veniet; alii inter- humiliati sunt ad tempus, ut erigerentur in aeternum. Ingressus aeternos
pretad sunt ab Austro, vel ab Áfrico: per quod significatur meridies, id eius pro laboribus vidi: hoc est, non sine mercede aeternitatis laborem
est fervor charitatis et splendor veritatis. Montem vero umbrosum atque charitatis aspexi. Tabernáculo Aethiopum expavescent, et tabernáculo ter-
condensum, quamvis multis modis possit intelligi, libentius acceperim rae Madian: hoc est, gentes repente perterritae nuntio mirabilium tuo-
Scripturarum altitudinem divinarum, quibus prophetatus est Christus. Mul- rum, etiam quae non sunt in iure Romano, erunt in populo christiano.
Numxjuid in fluminibus iranís es, Domine, aut in fluminibus furor tuus,
>> le n>M. vel in mari ímpetus tuus? Hoc ideo dictum est. quia non venit nunc ut
-1» Ps. 56,6.
1300 LA CIUDAD DE DIOS XJVOT, 3 2

y tu Evangelio es la salvación para los que creen en ti. Flecha' X V m , 32 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1301
ras tu arco contra los cetros, dice el Señor; amenazarás con tu beza de los pecadores. Esto es claro. Los cargaste de cadenas
juicio aun a los reyes de la tierra. Los ríos rasgarán la tierra- hasta el cuello. Por cadenas pueden entenderse las felices pri-
es decir, las corrientes oratorias de tus predicadores abrirán los siones de la sabiduría, de forma que metan los pies en sus gri-
corazones de los hombres para que te confiesen; de esos hom- llos, y el cuello, en su argolla. Las rompiste hasta poner espan-
bres a .quienes se dice: Rasgad vuestros corazones y no vuestros to en la mente; se sobrentienden las cadenas, pues les puso las
vestidos. ¿ Qué significa: Te verán y se dolerán los pueblos sino buenas y les rompió las malas, de las cuales se dice: Has roto
llorarán para ser bienaventurados? Y ¿qué quiere decir: Al mis cadenas. Y esta expresión: Con espanto en la mente, signi-
andar dispersarás las aguas, sino, andando en tus predicadores, fica de modo maravilloso. Las cabezas de los poderosos se mo-
esparces aquí y allá los ríos de tu doctrina? ¿Qué significa:

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


verán en ella; es decir, en esa admiración. Y abrirán sus bocas
El abismo alzó su voz? ¿Expresó por ventura la profundidad como el pobre que come a escondidas. Algunos poderosos de los
del corazón humano? La profundidad de su fantasía. Es esto judíos venían al Señor maravillados de sus hechos y dichos,
una especie de exposición del versillo anterior, porque profun- y comían hambrientos y a escondidas, por miedo a los judíos,
didad equivale a abismo. Y al añadir de su fantasía, debe so- el pan de la doctrina, como lo hace notar el Evangelio. Metiste
brentenderse alzó su voz, es decir, expresó lo que vio. Porque en el mar tus caballos y agitaron muchas aguas; es decir, mu-
la imaginación es una visión que no pudo ocultar ni retener, chos pueblos. Y es que unos no se convertirían por miedo y
sino que la ha publicado en alabanza. El sol se elevó y la luna otros no perseguirían con furor si no fueran todos agitados.
permaneció en su orden. Ascendió Cristo al cielo, y su Iglesia Reparé en esto, y se pasmó mi corazón al considerar mis pro-
quedó ordenada bajo su rey. Tus flechas irán a la luz; es decir, pias palabras. Y un temblor penetró hasta mis huesos, y todo
tus palabras serán predicadas no en privado, sino en público. mi interior se turbó. Reflexionando sobre sus palabras, quedó
Al resplandor del relampaguear de tus armas; se entiende: sorprendido de las sentencias que iba dejando caer profética-
irán tus flechas. El había dicho a sus discípulos: Lo que os digo mente, y en las cuales contemplaba las cosas futuras. El preveía
en la noche, decidlo a la luz del día. Tus amenazas achicarán este tumulto de los pueblos y las próximas persecuciones de la
la tierra; o sea, humillarás a los hombres con tus amenazas. Iglesia, y en seguida, reconociéndose miembro de ella, dice: Yo
Y derribarás las naciones con tu furor, porque tu castigo alla- reposaré en el día de la tribulación, como siendo de aquellos
nará a los que se engallan. Saliste para salvar a tu pueblo, para que se gozan en esperanza y sufren pacientemente la tribulación.
salvar a tus cristos o ungidos enviaste la muerte sobre la ca- A fin de irme a encontrar con el pueblo de mi peregrinación,
apartándome del pueblo malo, de su parentesco carnal, que, no
iudicet mundum, sed ut salvetur mundus per ipsum 4°. Quia ascendes su-
per equos tuos; et equitatio tua salus: hoc est, Evangelistae tui porta-
bunt te, qui reguntur a te; et Evangelium tuum salus est eis, qui cre- ne minorabis terram: id est, conminando humiliabis homines. Et in fu-
dunt in te. Intendens intendes arcum tuum super sceptra, dicit Dominus: rore delicies gentes: quia eos qui se exaltant, vindicando collides. Existí
hoc est, comminaberis iudir.ium tuum etiam regibus terrae. Fluminibus in salutem populi tui, ut salvos faceres christos tuos; misisti in capita
scindetur térra: hoc est, influentibus sermonibus praedicantium te, ape- iniquorum mortem: nihil horum est exponendum. Excitasti vincula usque
rientur ad confitendum hominum corda, quibus dictum est, Scindite cor- ad collum. Et bona hic possunt intelligi vincula sapientiae, ut inüciantur
da vestra, et non vestimenta ". Quid est, Videbunt te, et dolebunt populi, pedes in compedes eius, et collum in torquem eius. Praecidisti in stupore
nisi ut lugendo sint beati? Quid est, Dispergens aquas incessu, nisi ara- mentís: subaudiamus, vincula: excitavit lenim bona, praecidit mala, de
bulando in eis qui te usquequaque annuntiant, hac atque hac dispergis quibus ei dicitur, Disrupisti vincula mea ': et hoc in stupore mentís, id
fluenta doctrinae? Quid est, Abyssus dedit vocem suam? an profunditas est, mirabiliter. Capita potentium movebuntur in ea: in ea scilicet admi-
cordis humani quid ei viderettir expressit? Altitudo phantasiae suae, tan- ratione. Adaperient morsus saos, sicut edens pauper absconse. Potentes
quam versus superioris est expositio; altitudo ením est abyssus. Quod enim quídam Iudaeorum veniebant ad Dominum facta eius et verba mi-
autem ait, phantasiae suae, subaudiendum est, vocem dedit: hoc est, quod rati, et esurientes panem doctrinae manducabant absconse propter metum
diximus, quid ei videretur expressit. Phantasia quippe visio est, quam non Iudaeorum, sicut eos prodidit Evangelium ". Et immisisti in mare equos
tenuit, non operuit, sed confitendo eructavit. Elevatus est sol, et luna tuos turbantes aquas multas: quae nihil sunt aliud, quam populi multi.
stetit in ordine suo: hoc est, ascendit Christus in caelum, et ordinata est Non enim alii timore converterentur, alii furore persequerentur, nisi om-
Ecclesia sub rege suo. In lucem iacula tua ibunt: hoc est, non in oc- nes turbarentur. Observavi, et expavit venter meus a voce orationis labio-
oultum, sed in manifestum verba tua mittentur. In splendorem corusca- rum meorum: et introivit tremor m ossa mea, et subtus me túrbala est
tionis armorum tuorum: subaudiendum est, iacula tua ibunt. Dixerat habitudo mea. Intendit in ea quae dicebat, et ipsa sua est oratione per-
enim suis, Quae dico vobis in tenebris, dicite in lumine ". In comtninatio- territus, quam prophetice fundebat, et in qua futura cernebat. Turbatis
enim populis multis, vidit ¡inminentes Ecclesiae tribulationes, continuo-
"> l o . 3,17.
11
que se membrum eius agnovit, atque ait, Requiescam in die tribulationis:
I o e l 2,13.
" M t . 10.27. i<¡
P s . 115,16.
44
l o . 19,38.
1302 IA CIUDAD DB DIOS xvrri,32
X V a U , 33, 1 PARAUiUSMO ENTRE LAS DOS CIUDADES l#0g
siendo peregrino en el mundo, no busca la patria celestial. Por~
que la higuera no dará frutos y las viñas no brotarán. Faltara
él fruto a la oliva y los campos no darán qué comer. No habrá CAPITULO X X X I I I
ovejas en las majadas ni bueyes en los establos. Veía que esta
nación, que había de dar muerte a Cristo, perdería los abun-
dantes bienes espirituales, que lia figurado, a usanza de los pro- PROFECÍAS DE JEREMÍAS Y DE SOFONÍAS SOBBE CRISTO Y LA
fetas, por la fecundidad de la tierra. Y porque esta nación ha VOCACIÓN DE LOS GENTILES
sido víctima de la ira divina, pues, ignorando la justicia de
Dios, ha querido establecer en su lugar la propia, añade luego : 1. Jeremías es uno de los profetas mayores, como Isaías,
Yo me holgaré en el Señor y me regocijaré en el Dios mi Sal- no de los menores, ya alegados. Profetizó reinando en Jerusalén
vador. El Señor, mi Dios y mi poder, asentará perfectamente Josías, y entre los romanos, Anco Marcio, próxima ya la cau-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mis pies y me pondrá en lo alto para que salga victorioso por tividad de los judíos. Sus profecías se prolongaron hasta el
su cántico; a saber, por aquel cántico del que se dice algo Juinto mes de la cautividad, según se colige de sus escritos,
semejante en el Salmo: Asentó mis pies sobre piedra, dando fir- unto a él se halla Sofonías, uno de los menores, que dice que
meza a mis pasos. Y puso en mi boca un cántico nuevo, un him- profetizó también en tiempo de Josías, pero no dice hasta cuán-
no en loa de nuestro Dios. Triunfa, pues, por el cántico del Se- do. Jeremías, por tanto, profetizó no sólo en tiempo de Anco
ñor el que se complace en las alabanzas de Dios, no en las pro- Marcio, sino también en tiempo de Tarquinio Prisco, quinto rey
pias, a fin de que el que se gloríe, se gloríe en el Señor. Por lo de los romanos, que ya estaba en el trono cuando la cautividad.
demás, algunos códices traen: Me regocijaré en Dios, mi Jesús, Jeremías, pues, dice de Cristo: El Cristo, el Señar, resuello de
y me parece mejor que la otra traducción, en la que no se em- nuestra boca, ha sido preso por nuestros pecados, mostrando
plea ese nombre tan dulce y amoroso [ 6 8 ] . así, en pocas palabras, que Cristo es nuestro Señor y que pa-
deció por nosotros. Y en otro pasaje: Este es mi Dios, y en su
presencia no hay nadie comparable a él. El halló todos los ca-
tanquam ad eos pertinens, qui sunt spe gaudentes, in tribulatione pa- minos de la sabiduría y la dio a su siervo Jacob y a Israel, su
rientes M . Ut ascendam, inquit, in populum peregrinationis meae: rece- amado. Después se ha dejado ver sobre la tierra y ha conversa-
dens utique a populo maligno carnalis cognationis suae, non peregrinante do con los hombres. Algunos atribuyen este testimonio no a
in hac térra, ñeque supernam patriam requirente. Quoniam ficus, inquit, Jeremías, sino a un amanuense suyo llamado Baruc; pero or-
non afferet fructus, et non erunt nativitates in vineis: mentietur opus
olivae, et campi non jacient escam. Defccerunt ab esca oves, et non su-
persunt in praesepibus boves. Vidit eam gentem, quae Christum fuerat
oceisura, ubertatem copiarum spiritualium perdituram, quas per terrenam CAPUT XXXIII
fecunditatem more prophetico figuravit. Et quia iram Dei talem propterea
passa est illa gens, quia Dei ignorans iustitiam, suam voluit constituere 4 \ DE CHRISTO ET VOCATIONE GENTIUM QÜAE IEREMUS ET SOPHOMAI
iste continuo, Ego autem, inquit, in Domino exsultabo, gaudebo in Deo I'ROPHETICO SPIRITU SINT PRAEFATI
salutari meo. Dominas Deus meus virlus mea, statuet pedes rneos in con-
summationem; super excelsa imponet me, ut vincam in cántico eius17. 1. lerendas propheta de maioribus est, sicut Isaías; non de minoribus,
scilicet illo cántico, de quo simília quaedam dicuntur in Psalmo: Statuit. sicut caeteri, de quorum scriptis nonnulla iam posui. Prophetavit autem
supra petram pedes meos, et direxit gressus meos; et immisit in os metan regnante Iosia in Ierusalem, et apud Romanos Anco Martio, iam propin-
canticum novum, hymnum Deo nostro". Ipse ergo vincit in cántico Do- quante captivitate Iudaeorum. Tetendit autem prophetiam, usque ad quin-
mini, qui placet in eius laude, non sua, ut qui gloriatur, in Domino glo- tum mensem captivitatis: sicut in eius litteris invenimus. Sophonias au-
rietur". Melius autem mihi videntur quídam códices habere, Gaudebo in tem unus de minoribus adiungitur ei. Nam et ipse in diebus Iosiae pro-
Deo lesu meo, quam hi qui volentes id.latine poneré, nomen ipsum non phetasse se dicit 5Ü : sed quousque, non dicit. Prophetavit ergo Ieremias,
posuexunt, quod est nobis amioius et dulcius nominare. non solum Anci Martii, verum etiam Tarquinii Prisci temporibus, quem
Romani habuerunt quintum fegem. Ipse enim, quando est illa captivitas
43
Rom. 12,12. facta, regnare iam coeperat. Prophetans ergo de Christo Ieremias, Spiri-
*• Ibid., ia,3. tus, inquit, oris nostri Dominus Christus captus est in peccatis nostrís51;
"is Hab. 3. sic breviter ostendens, et Dominum nostrum Christum, et passum esse pro
Vs. 35,3 et 4.
•'" i Cor. 1,31. nobis. ítem alio loco: Hic Deus meus, inquit, et non aestimabitur alter ad
eum: qui invenit omnem viam prudentiae, et dedit eam lacob puero suo,
et Israel dilecto suo: post haec in térra visus est, et cum hominibus con'
versatus est". Hoc testimonium quídam non Ieremiae. sed scribae eius
" Soph. I , I .
51
Thren. 4,20.
ía
Bar. 3,36-38.
1304 LA CIUDAD DE DIOS XÍVÜI, 33, 2
X V Ü H , 34, 1 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1305
dinariamente se atribuye a Jeremías [ 6 9 ] . Y el mismo profeta
vuelve a decir: Mirad que viene el tiempo, dice el Señor, en blos y en su descendencia una lengua, a fin de que todos invo-
que yo haré nacer de David un vastago, un descendiente justo, quen el nombre del Señor y le sirvan bajo un mismo yugo. Des-
el cual reinará como Rey, y será sabio y gobernará la tierra de los confines de los ríos de Etiopía me traerán ofrendas. En-
con rectitud y justicia. En aquellos días suyos, Judá será salvo tonces no serás ya confundida por todas las impiedades que has
e Israel vivirá tranquilamente; y el nombre con que será lla- cometido contra mí, porque yo borraré de ti las maldades de
mado aquel Rey es el de justo Señor o Dios nuestro. tus ofensas. Y dejarás ya de gloriarte sobre mi monte santo
He aquí cómo habla de la vocación futura de los gentiles y haré de ti un pueblo manso y humilde, y el resto de Israel
(que ahora vemos cumplida) : Señor, mi Dios y mi refugio en temerá el nombre del Señor. A estos restantes alude otra pro-
el día de la aflicción; las naciones vendrán a ti desde los con- fecía que recuerda el Apóstol en estos términos: Aunque tu
pueblo, Israel, fuera como la arena del mar, los restantes se

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


fines de la tierra y dirán: En realidad, nuestros padres adora-
ron simulacros mendaces, y no hay en ellos utilidad alguna. salvarán. Los restantes de esa nación creyeron en Cristo.
Y como los judíos no habían de conocerlo y Je habían de dar
muerte, el mismo profeta añade: Grave y profundo es el cora- CAPITULO XXXIV
zón del hombre, y ¿quién lo conocerá? El pasaje citado en
el libro XVII sobre el Nuevo Testamento, cuyo Mediador es PROFECÍAS DE DANIEL Y EZEQUIEL, CONCORDES EN J.O REFERENTE
Cristo, es también de este profeta. Dice así: He aquí que viene A CRISTO Y A SU IGLESIA
el tiempo, dice el Señor, en que firmaré una nueva alianza con
la casa de Jacob, etc. 1. Daniel y Ezequiel, dos de los profetas mayores, profeti-
zaron durante la cautividad de Babilonia. Daniel determinó ya
2. Ahora voy a alegar las predicciones de Sofonías, con-
hasta el número de años que pasarían antes de la venida y pasión
temporáneo de Jeremías, sobre Cristo: Espérame, dice el Señor,
de Cristo. Hacer aquí el cómputo sería largo, amén de que ya lo
en el día de mi resurrección, porque mi voluntad es congregar
han hecho otros antes que yo. De su poder y gloria habla en
las naciones y reunir los reinos. Y también: El Señor se mos-
estos términos: He tenido una visión en sueños en la que vi que
trará terrible contra ellos y exterminará a todos los dioses de
venía entre las nubes del cielo un personaje que parecía el Hijo
la tierra, y le adorarán todas las naciones de la tierra, cada una
del hombre y que avanzó hasta el Anciano de días. Y, en pre-
en su país. Y un poco después: Entonces infundiré en los pue-
sentándose ante él, le dio el principado, el honor y el reino,
attribuunt, qui vocabatur Baruch: sed Ieremiae eelebratius habetur. Rur- putos linguam, et in progenie eius, ut omnes invocent nomen Domini, et
sus idem propheta de ipso: Ecce, inquit, dies veniunt, ait Dominas, et serviant ei sub uno iugo; a finibus jluminum Aethiopiae afferent mihi
suscitabo David germen iustum, et regnabit rex, et sapiens erit, et faciet hostias. In illo die non confunderis ex ómnibus adinventionibus mis, quas
iudicium et iustitiam in térra. In diebus illis salvabitur luda, et Israel impie egisti in me: quia tune auferam abs te pravitates iniuriae tuae; et
habitabit confidenter: et hoc est nomen quod vocabunt eum, Dominus iam non adiicies ut magnificeris super montem sanctum meum: et subre-
iustus noster 53. De vocatione etiam gentium, quae fuerat futura (et eam linquam in te populum mansuetum et humilem; et verebuntur a nomine
nunc impletam cernimus) sic locutus est: Domine, Deus meus et refugium Domini, qui reliqui fuerint Israel60. Hae sunt reliquiae, de quibus alibi
meum in die malorum, ad te gentes venient ab extremo terrae, et dicent: prophetatur, quod Apostolus etiam commemorat: Si fuerit numerus fi-
Veré mendacia coluerunt patres nostri simulacro, et non est in illis uti- liorum Israel sicut arena maris, reliquiae salvae fient". Hae quippe in
litas 34. Quia vero non erant eum agnituri Iudaei. a quibus eum et occidi Christum ulitis gentis reliquiae crediderunt.
oportebat, sic ídem propheta significat: Grave cor per omnia, et homo est.
et quis cognoscet eum?" Huius est etiam illud quod in libro décimo CAPUT XXXIV
séptimo posui de Testamento novo", cuius est mediator Chrístus. Ipse
quippe Ieremias ait, Ecce dies veniunt, dicit Dominus, et consummabo DE PROPHETIA DANIELIS ET EZECHIELIS, QUAE IN CHRISTUM
super domum lacob Testamentum novum ", et caetera quae ibi leguntur. ECCLESIAMOUE CONCORDAT
2. Sophoniae autem prophetae, qui eum Ieremia prophetabat, haec 1. In ipsa porro Babyloniae captivitate prius prophetaverunt Daniel et
praedicta de Christo interim ponam: Exspecta me, dicit Dominus, in die Ezechiel, alii scilicet dúo ex Prophetís maioribus. Quorum Daniel etiam
resurrectionis meae, in futurum: quia iudicium meum, ut congregem gen- tempus quo venturus fuerat Christus atque passurus, numero definivit
tes, et colligam regna'". Et iterum: Horribilis, inquit, Dominus super eos, annorum: quod longum est computando monstrare, et ab alus factitatum
et exterminabit omnes déos terrae; et adorabit eum vir de loco suo, om- est ante nos. De potestate vero eius et gloria sic locutus est: Videbam,
nes insulae gentium". Et paulo post: Tune, inquit, transvertam in po- inquit, in visu noctis, et ecce eum nubibus caeli ut filius hominis veniens
83
1er. 23,5.6. " Ier. 31,31. eral, et usque ad vetastum dierum pervenit; et in conspecta eius praela-
" Ibid., 16,19. " Soph. 3,8 tus est; et ipsi datus est principatus, et honor, et regnum: et omnes po-
33
Ibid., 22,9, sec. LXX. " Ibid., 2,ir. 60
" C.3. Bl Ibid., 3,9-13, sec. LXX.
Is. 10,22; Rom. 9,27.
1306 i-A CIUDAD DE DIOS XVIII, 3 5 , 1
XÍVHI, 35, 2 l'AKALEUSMÜ KNTRE U S DOS CIUlM-DEtí 1307
y todos los pueblos, tribus y lenguas le servirán. Su poder es
un poder eterno, que no pasará, y su reino será indestructible. términos: Esto dice el Señor de los ejércitos: Todavía un poco
2. Ezequiel a su vez, al estilo de los profetas, figurando a de tiempo, y yo pondré en movimiento el cielo y la tierra, el_
Cristo en David, de cuya descendencia tomó la carne en forma mar y los continentes. Pondré en movimiento todas las naciones
de esclavo, por la que se hizo hombre, y por la cual el Hijo y vendrá el Deseado de todas las gentes. Esta profecía está ya
de Dios es llamado también siervo de Dios, lo prenunció, ha- en parte cumplida, y en parte esperamos que se cumplirá al fin.
blando en persona del Dios Padre, así: Y suscita un pastor que Conmovió ya eJ cielo con ej testimonio de ios ángeles y de Jas
apaciente mis rebaños, mi siervo David. El los apacentará y él estrellas en su encarnación. Movilizó la tierra con el inmenso
será su pastor. Y yo, el Señor, seré su Dios, y mi siervo David milagro de su nacimiento de una virgen. Movió el mar y los
será el príncipe en medio de ellos. Lo he dicho yo, el Señor. continentes cuando Cristo fué anunciado en las islas y en el orbe
Y en otro lugar: Y habrá solamente un rey que los mande a to- entero. Así vemos que todas las gentes están abocadas a la fe.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dos, y nunca más formarán ya dos naciones, ni en lo venidero Esto que sigue: Y vendrá el Deseado de. todas las gentes, debe
entenderse de su segunda venida [ 7 0 ] , porque para ser deseado
estarán divididos en dos reinos. No se contaminarán, más con
por los que le esperan convino que fuera antes amado por los
sus ídolos, ni con sus abominaciones, ni con todas sus malda-
creyentes.
des; y yo los sacaré salvos de todos los lugares donde ellos
pecaron, y los purificaré, y ellos serán mi pueblo, y yo seré su 2. Zacarías habla así de Cristo y de la Iglesia: Regocíjate
Dios. Y mi siervo David será rey, y uno solo será el Pastoree sobremanera, hija de Sión, y salta de júbilo, hija de Jerusalén,
porque he aquí que vendrá a ti tu Rey, el justo y el Salvador;
todos ellos.
vendrá pobre y montado sobre una asna y su pollino. Y domi-
C A P I T U L O XXXV nará desde un mar a otro, y desde los ríos hasta los confines de
la tierra. El Evangelio nos enseña en qué ocasión se sirvió Cris-
VATICINIOS DE AGEO, DE ZACARÍAS Y DE MALAQUÍAS to de esta cabalgadura, y hace mención, en parte, de esta profe-
1. Aún quedan tres profetas menores que profetizaron al cía. En otro pasaje, el profeta, dirigiéndose al mismo Cristo y
fin de la cautividad, y son Ageo, Zacarías v Malacruías. Ageo hablando de la remisión de los pecados que había de obrar su
prediio a Cristo v a la Iglesia, breve, pero claramente, en estos sangre, dice: Y tú por la sangre de tu testamento hiciste salir
a los tuyos, que se hallaban cautivos, de la cisterna sin agua.
puli, tribus et linguae ipsi servient. Potestas eius. potestas perpetua, quae La regla de fe nos da libertad para interpretar esa cisterna de
non transibit; et regnum eius non corrumpetur*2. diversas maneras [ 7 1 ] . A mi juicio, la mejor significación de
2. Ezechiel quoque more prophetico per David Christum significans, esa palabra es la profundidad seca y estéril de la miseria hurna-
quia carnem de David semine assumpsit; propter quam formara serví, qua
factus est homo, etiam servus Dei dicitnr idem Dei filius, sic eum pro- e£ mare, et aridam., et movebo omnes gentes; et veniet Desideratus cunc-
phetando praenuntiat ex persona Dei Patris: Et suscitabo, inquit, super tis gentibus " s . Haec prophetia partim iam completa cernitur, partim
pécora mea pastorem unum qui pascat ea, servum meum David: et ipse speratur in fine complenda. Movit enim caelum Angelorum et siderum
pascet ea, et ipse erit eis in pastorem. Ego autem Dominas ero eis in testimonio, quando incarnatus est Christus. Movit terram ingenti miracu-
Deum, et servus meus David princeps in medio eorum: ego Dominus lo- lo, de ipso virginis partu. Movit mare et aridam, cum et in insulis et in
cutus sum 6S. Et alio loco: Et rex, inquit, unus erit ómnibus imperans: el orbe toto Christus annuntiatur. Ita mpveri omnes gentes videmus ad fidem.
non erunt ultra duae gentes, nec dividentur amplius in dúo regna; ñeque Iam vero quod sequitur, Et veniet Desideratus cunctis gentibus, de no-
polluentur ultra in idolis suis, et abominationibus suia, et in cunctis ini- vissimo eius exspectatur adventu. Ut enim desideratus esset exspectanti-
quitatibus suis. Et salvos eos faciam de universis sedibus suis, in quibus bus, príus oportuit eum dilectum esse credentibus.
peccaverunt, et mundabo eos: et erunt mihi populus, et ego ero Mis Deus: 2, Zacharias de Christo et Ecclesia: Exsulta, inquit, valde, filia Sion;
et servus meus David, rex super eos, et pastor unus erit omnium eorum '*. iubila, filia Ierusalem: ecce Rex mus veniet tibi, iustus, et salvator; ipse
pauper, et ascendens super asinam, et super pullum filium asinae: et po-
CAPUT XXXV testas eius o man usque ad mare, et a fluminibus usque ad fines terrae **.
Hoc quando factum sit, ut Dominus Christus in itinere iumento huius
ÜJ¡ TRIUM l'ROPHETARUM VATICINIO, ID EST, ACGAEI, ZACHARIAE generis uteretur, in Evangelio legitur: ubi et haec prophetia commemo-
ET MALACHIAE ratur ex parte, quantum illi loco sufficere visum e s t " . Alio loco ad ipsum
Christum in Spiritu prophetiae loquens de remissione peccatorum per eius
1. Restant tres minores Prophetae, qui prophetaverunt in fine capti-
sanguinem: Tu quoque, inquit, in sanguina testamenti. tui emisisti^ viñetas
vitatis, Aggaeus, Zacharias. Malachias. Quorum Aggaeus Christum et E o tuos de lacu, in quo non est aqua °8. Quid per huno lacum velit intelllgi,
clesiam hac apertius brevitate prophetat: Haec dicit Dominus exerci- possunt diversa eentiri, etiam secundum rectam fidem. Mihi tamen vide.
tuum: Adhuc unum modicum est, et ego commovebo caelum, et terram, tur non eo significan melius, nisi humanas misoria» siocam profnaditateiri
"2 Dan. 7,13 et U- °> Tbid., 37,22-24
" TM. ,S;I,38 ©t 24. «« Ass. 2,7 et 8. : " Mt. si.
•• Zacii. 9,9 et to. «5 Zooa. 9,11.
1308 LA CIUDAD DE DIOS XVIII, 35, 3
X|VIII, 35, 3 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1309
na, en la que no corren los ríos de la justicia, sino el fango de
la iniquidad. De ella se dice en un salmo: Y me sacó de la cis- que envío mi ángel, y él oteará el camino ante mí. Y luego ven-
terna de mi miseria, y del lodo de la tierra. drá a su templo el Señor, a quien vosotros buscáis, y el ángel
3. Malaquías, anunciando la Iglesia, que vemos propagada del Testamento, a quien deseáis. Vedle; ahí viene, dice el Señor
por Cristo, dice claramente a los judíos en persona de Dios: omnipotente. ¿Quién aguantará el día de su llegada? Y ¿quién
Mi afecto no va hacia vosotros, dice el Señor de los ejércitos; resistirá su mirada? En este pasaje se anuncia la primera y la
ni aceptaré de vuestra mano ofrenda alguna. Porque desde le- segunda venida de Cristo, es a saber: la primera, en estas pala-
vante a poniente es grande mi nombre entre las naciones, y en bras : Y luego vendrá a su templo, es decir, a su carne, de la
todo lugar se sacrificará y se ofrecerá a mi nombre una ofrenda que dijo en el Evangelio: Destruid este templo, y yo le reedifi-
pura, pues es grande mi nombre entre las naciones, dice el Se- caré en tres días; y la segunda, en estas otras: Vedle; ahí vie-
ñor. Este sacrificio es el ofrecido por el sacerdocio de Cristo se- ne, dice el Señor omnipotente. ¿Quién aguantará el día de su

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


gún el orden de Melquisedec, que vemos que se ofrece en todo llegada? Y ¿quién resistirá su mirada? Estas expresiones: El
lugar desde oriente a poniente. Y no pueden negar que cesó el Señor, a quien vosotros buscáis, y el ángel del Testamento, a
sacrificio de los judíos, a quienes dijo: Mi afecto no va ya hacia quien deseáis, significan a los judíos, que buscan y desean a
vosotros ni aceptaré de vuestra mano ofrenda alguna. ¿A qué es- Cristo a tenor de las Escrituras que leen. Pero muchos de ellos
peran aún otro Cristo, si esta profecía, que ven cumplida, sólo no han conocido que el Mesías que deseaban y buscaban ya ha
puede ser cumplida por él ? Y poco después añade él mismo en venido, poique sus merecimientos anteriores cegaron sus cora-
persona de Dios: Mi alianza en él fué alianza de vida y de paz, zones. El Testamento a que aludió antes cuando dijo: Mi Testa-
y yo le di que me temiera santamente y tuviera respeto a mi mento se pactó con él, o aquí al nombrar al ángel del Testa-
nombre. La ley de la verdad regía su boca, anduvo conmigo en mento, es, sin duda alguna, el Nuevo Testamento, en el que se
paz y convirtió a muchos de sus pecados. Los labios del sacer- han prometido bienes eternos, no el Viejo, en el que se prome-
dote han de ser el depósito de la ciencia, y han de esperar todos tieron temporales. Muchos débiles en la fe, teniendo en gran
la ley de su boca, porque es el ángel del Señor omnipotente. estima estos últimos bienes y sirviendo al Dios verdadero por
No es extraño que se llame ángel del Señor omnipotente a Je- ese premio, se turban al ver que también los impíos nadan y
sucristo. Como se le llairjó siervo por la forma de siervo que sobrenadan entre ellos. Por este motivo, el mismo profeta, para
tomó, así se le llama ángel por el Evangelio que anunció a los distinguir la felicidad eterna del Nuevo Testamento, que sólo se
hombres. Porque Evangelio, traducido a nuestro idioma, es igual da a los buenos, de la felicidad terrena del Viejo, que se da
a buena nueva, y ángel, a nuncio. Y todavía dice m á s : He aquí con cierta frecuencia a los malos, dice: Tomaron cuerpo vues-
quodammodo et sterilem, ubi non sunt fluenta iustitiae, sed iniquitatis
lutum. De hoc quippe etiam in Psalmo dicitur: Et eduxit me de lacu dictus est Christus lesus. Sicut enim servus propter formam servi, in qua
miseriae, et de luto limi"''. venit ad homines; sic et ángelus propter Evangelium, quod nuntiavit ho-
3. Malachias prophetans Ecclesiam, quam per Christum cernimus minibus. Nam si graeca ista interpretemur, et Evangelium bona nuntiatio
propagatam, Iudaeis apertissime dicit ex persona Dei: Non esl mihi vo- est, et ángelus nuntius. De ipso quippe iterum dicit: Ecce mitto angelum
luntas in vobis, et munus non suscipiam de manu vestra. Ab ortu enim meum, et prospiciet viam ante faciem meam: et súbito veniet in templum
solis usque ad occasum, magnum est nomen meum in gentibus, et in suum Dominus quem vos quaeritis, et ángelus testamenti quem vos vultis.
omni loco sacrificabitur et offeretur nomini meo oblatio munda: quia Ecce venit, dicit Dominus omnipotens: T2et quis sustinebit diem introitus
magnum nomen meum in gentibus, dicit Dominus 7". Hoc sacrificium per eius? aut quis resistet in aspectu eius? Hoc loco et primum et secun-
sacerdotium Christi secundum ordinem Melchisedech, cura in omni loco dum Christi praenuntiavit adventum: primum scilicet. de quo ait, Et
a solis ortu usque ad occasum Deo iam videamus offerri, sacrificium súbito veniet in templum suum; id est, in carnem suam, de qua73 dixit in
autem Iudaeorum, quibus dictum est, Non est mihi voluntas in vobis, Evangelio, Solvite templum hoc, et in triduo resuscitabo illud : secun-
nec accipiam de manibus vestris munus, cessasse negare non possunt; dum vero, ubi ait, Ecce venit, dicit Dominus omnipotens, et quis susti-
quid adhuc exspectant alium Christum, cum hoc quod prophetatum le- nebit diem introitus eius, aut quis resistet. in aspectu eius? Quod autem
gunt et impletum vídent, impleri non potuerit, nisi per ipsum? Dicit dicit, Dominus quem vos quaeritis, et ángelus testamenti quem vos vultis,
enim paulo post de ipso ex persona Dei: Testamentum meum erat cum significavit utique etiam Iudaeos secundum Scripturas quas legunt, Chris-
eo vitae et pacis: et dedi ei ut timore timeret me, et a facie nominis mei tum quaerefe, et velle. Sed multi eorum, quem quaesierunt et voluerunt,
revereretur. Lex veritatis erat in ore ipsius, in pace dirigens ambulavit me- venisse non agnoverunt, excaecati in cordibus suis praecedentibus meritis
cum, et multos convertit ab iniquitate: quoniam labia sacerdotis custo- suis. Quod sane hic nominat testamentum, vel supra. ubi ait, Testamen-
dient scientiam, 71
et legem inquirent ex ore eius; quoniam ángelus Domini tum meum erat cum eo; vel hic, ubi eum dixit angelum testamenti: no-
omnipotentis est . Nec mirandum est, quia omnipotentis Dei ángelus vum procul dubio Testamentum debemus accipere, ubi sempiterna; non
vetus, ubi ternporalia sunt promissa: quae pro magno habentes plurimi
"" Ps. 39,3. n
Ibid., 2,5-7. infirmi, et Deo vero talium rerum mercede servientes, quando vident eis
" Mal. I,IO.
rs
" Mal. 3,1.3. lo. 2,19.
1310 LA CIUDAD DB DIOS X V H I , 35, 3
X V H I , 36 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1311
Iras palabras contra mí, dice el Señor, y dijisteis: ¿En qué te
hemos difamado? Habéis dicho: Es vano todo aquel que sirve
a Dios. Y ¿qué nos viene a nosotros de haber guardado tus CAPITULO XXXVI
mandamientos y de haber andado en oración delante del Señor
omnipotente? Ahora nosotros beatificamos a los extraños y se ESDRAS Y LOS LIBROS DE LOS MACABEOS
renuevan los obradores del mal, y los que han ido contra Dios
también se salvan. Esto hablaron entre sí los que temían a Dios. Después de estos tres profetas, Ageo, Zacarías y Malaquías,
Y Dios estuvo atento y escuchó y escribió ante él un libro de escribió Esdras en esta misma época en que el pueblo fué libra-
memoria a los que temen al Señor y reverencian su nombre. do de la cautividad babilónica. Pero pasa más por historiador
Este libro es figura del Nuevo Testamento. Por fin, escuchemos que por profeta. Su libro es parecido al de Ester, en el que se
lo que sigue: Y ellos serán mi heredad, dice el Señor omni- cuentan sus hazañas, realizadas en alabanza de Dios no lejos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


potente, el día que yo me ponga a obrar, y yo los elegiré como de este tiempo. Quizá se pueda decir que Esdras profetizó a
el padre elige al hijo obediente. Y vosotros mudaréis de. pa- Cristo en la disputa suscitada entre algunos jóvenes sobre cuál
recer, y notaréis la diferencia que hay entre el justo y el injus- es el ser más poderoso del mundo. Y habiendo dicho uno que
to, entre el que sirve a Dios y el que no le sirve. Porque he aquí los reyes, otro que el vino y otro que las mujeres, que man-
que llega el día encendido como un horno ardiendo y los abra- daron algunas veces a los reyes, este último terminó probando
sará. Todos los extranjeros y todos los pecadores serán como que es la verdad la que se lleva la palma. Y resulta que el
estopa, y ese día que se aproxima los quemará, dice el Señor Evangelio nos dice que Cristo es la verdad. Desde la restaura-
omnipotente, y no quedará de ellos ni ramas ni raíces. Y a vos- ción del pueblo hasta Aristóbulo, los judíos fueron gobernados
otros los que teméis mi nombre os nacerá el sol de justicia, que no por reyes, sino por príncipes. El cómputo de ese tiempo no
trae la salvación a la sombra de sus alas. Saldréis fuera y sal- se enumera en las Escrituras canónicas, sino en otras; así, en
taréis de gozo como novillos sueltos. Hollaréis a los pecadores los libros de los Macabeos [721, tenidos por canónicos por la
y serán polvo bajo vuestros pies el día en que yo obrare, dice Iglesia y por apócrifos por los judíos. La Iglesia piensa así a
el Señor omnipotente. Este día es el día del juicio. De él, si Dios causa de los sufrimientos terribles v admirables de esos márti-
quiere, hablaremos más ampliamente en su lugar. res, que antes de la encarnación de Cristo lucharon por la ley
de Dios hasta la muerte y soportaron males extraños e inauditos.
¡rapios abundare, turbantur. Propter quod ídem propheta, ut novi Testa-
menti beatitudinem aeternam, quae non dabitur nisi bonis, distinguere!
a veteris terrena felicitate, quae plerumque datur et malis: Ingravastis, CAPUT XXXVI
inquit, super me verba vestra, dicit Dominus, et dixistis, In quo detra-
xitnus de te? Dixistis, Vanus est omnis qui setvit Ueo; et quid plus, quia DE ESDRA ET LIBRIS MACHABAEORUM
custodivimus observationes eius, et quia ambulavimus supplicantes ante
faciem Domini omnipotentis? Et nunc nos beatificamus alíenos, et reaedifi- Post hos tres prophetas, Aggaeum, Zachariam, Malachiam, per idem
cantur omnes qui faciunt iniqua: et adversad sunt Deo, et salvi facti sunt. tempus liberationis populi ex Babylonica servitute scripsit etiam Esdras,
Haec oblocuti sunt, qui timebant Dominum, unusquisque ad proximum qui magis rerum gestarum scriptor est habitus, quam propheta: sicuti est
suum: et animadvertit Dominus, et audivit: et scripsit librum memoriae et liber, qui appeüatur Esther: cuius res gesta in laudem Dei non longe
in conspectu suo, eis qui timent Dominum, et reverentur nomen eius. Isto ab his temporibus invenitur: nisi forte Esdras in eo Christum prophetasse
libro signiíicatum est Testamentum JNovum. Denique quod sequitur, audia- intelligendus est, quod Ínter iuvenes quosdam orta quaestione, quid am-
mus: Et erunt mihi, dicit Dominus omnipotens, in diem, qua ego fació, plius valeret in rebus; cum reges unus dixisset, alter vinum, tertius mu-
in acquisitionem; et eligam eos, sicut homo eligit filium suum servientem lleres, quae plerumque regibus imperarent: idem tamen tertius veritatem
sibi: et convertimini, et videbitis Ínter iustum et iniustum, et ínter ser- super omnia demonstravit esse victricem7B. Consulto autem Evangelio,
vientem Deo, et non servientem. Quoniam ecce dies venit ardens sicut Christum cognoscimus esse veritatem. Ab hoc tempore apud Iudaeos resti-
clibanus, et concremabit eos: et erunt omnes alienígenas, et, omnes fu- tuto templo, non reges, sed principes fuerunt usque ad Aristobulum:
tientes iniquitatem stipula, et incendet illos dies qui adveniet, dicit Do- quorum supputatio temporum non in Scripturis sanctis, quae canonicae
minus omnipotens: et non derelinquetur eorum radix, ñeque sarmentum. appellantur, sed in alus invenitur, in quibus sunt et Machabaeorum libri,
Et orietur vobis timentibus nomen meum, sol iustitiae: et sanitas in quos non Iudaei, sed Ecclesia pro canonicis habet, propter quorumdam
pennis eius: et exibitis, et exsultabitis sicut vituli ex vinculis resoluti; Martyrum passiones vehementes atque mirabiles, qui antequam Christus
et conculcabitis iniquos, et erunt cinis sub pedibus vestris in die, in quo venisset in carnem, usque ad mortem pro Dei lege certaverunt, et mala
ego fació, dicit Dominus omnipotens 74. Hic est qui dicitur dies iudicii: gravissima atque horribilia pertulerunt.
de quo suo loco, si Deus voluerit, loquemur uberius.
' " 3 Es<!. 3,g s e q q .
" M a l . 3,13-18; 4,1-3.
1312 M CIUDAD DE D I O S XrVtHI, 37 XVIILT, 3 7 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1313

p r e c e d i d o a n u e s t r o g r a n t e ó l o g o Moisés, q u e a n u n c i ó al ú n i c o
D i o s v e r d a d e r o y cuyos escritos o c u p a n el p u e s t o de h o n o r e n
C A P I T U L O X X X V I I
el c a m p o d e l c a n o n . A s í , los g r i e g o s , cuya l e n g u a h a e n r i q u e -
cido g r a n d e m e n t e l a s l e t r a s h u m a n a s , n o tienen p o r q u é j a c t a r -
LAS PROFECÍAS S O N MÁS ANTIGUAS Q U E LA F I L O S O F Í A PAGANA se d e su s a b i d u r í a c o m o m á s a n t i g u a , y m e n o s c o m o s u p e r i o r a
n u e s t r a r e l i g i ó n , ú n i c a fuente d e s a b i d u r í a a u t é n t i c a . S i n em-
E n t i e m p o de n u e s t r o s p r o f e t a s , c u y o s escritos se h a n difun-
b a r g o — y esto h a y q u e a d m i t i r l o — , n o s o l a m e n t e en G r e c i a ,
d i d o p o r el m u n d o e n t e r o , a ú n n o e x i s t í a n filósofos e n t r e los
sino t a m b i é n en l a s n a c i o n e s b á r b a r a s , c o m o e n E g i p t o , h a b í a
gentiles. A l m e n o s n o se l l a m a b a n a s í , p u e s t o q u e el n o m b r e
ya a n t e s d e Moisés s e m i l l a d e d o c t r i n a , q u e p a r a e l l o s e r a sa-
tiene su o r i g e n en P i t á g o r a s d e S a m o s , q u e comenzó a b r i l l a r
b i d u r í a . Si esto n o fuera v e r d a d , los L i b r o s s a n t o s n o d i r í a n
y a s e r c o n o c i d o c u a n d o se c o n c e d i ó la l i b e r t a d a los j u d í o s .
q u e Moisés e s t a b a v e r s a d o en t o d a l a s a b i d u r í a de l o s e g i p c i o s ,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


L u e g o l o s d e m á s filósofos f u e r o n m u y p o s t e r i o r e s a l o s p r o -
p u e s a l l í d o n d e n a c i ó y fué a d o p t a d o y a l i m e n t a d o p o r la h i j a d e l
fetas. E n efecto, S ó c r a t e s m i s m o , m a e s t r o de c u a n t o s florecieron
en a q u e l e n t o n c e s , el p r í n c i p e d e l a m o r a l o p a r t e activa, viene f a r a ó n , a l l í fué e d u c a d o en l a s a r t e s l i b e r a l e s . M a s ni l a m i s m a
en l a s c r ó n i c a s d e s p u é s d e E s d r a s . P o c o d e s p u é s n a c i ó P l a t ó n , s a b i d u r í a de los e g i p c i o s p r e c e d i ó a la de los p r o f e t a s , p u e s t o
q u e a v e n t a j a r í a c o n m u c h o a los d e m á s d i s c í p u l o s d e Sócra- q u e A b r a h á n t a m b i é n fué p r o f e t a . Y ¿ q u é s a b i d u r í a p u d o h a b e r
tes [ 7 3 J . S i a éstos a ñ a d i m o s los siete s a b i o s , q u e a ú n n o se en E g i p t o a n t e s de q u e Isis, a l a c u a l , d e s p u é s de m u e r t a , rin-
l l a m a b a n filósofos, y l u e g o l o s físicos, q u e s u c e d i e r o n a T a l e s d i e r o n c u l t o c o m o a u n a g r a n diosa, les e n s e ñ a r a l a s l e t r a s ?
en l a b ú s q u e d a y e s t u d i o de l a n a t u r a l e z a , A n a x i m a n d r o , A n a x í - A h o r a b i e n , Isis fué h i j a de I n a c o , p r i m e r r e y de A r g o s , y e n
menes, Anaxágoras y algunos otros anteriores a Pitágoras, ni esta é p o c a y a h a b í a n n a c i d o los n i e t o s de A b r a h á n [ 7 4 ] .
e l l o s s o n a n t e r i o r e s a t o d o s n u e s t r o s p r o f e t a s . T a l e s , el m á s an-
tiguo d e los físicos, floreció, según c u e n t a n , en el r e i n a d o d e
R ó m u l o , c u a n d o el r í o de la p r o f e c í a b r o t ó de l a fuente d e fuit, his Prophetis Hebraeis, quorum scripta in auctoritate habemus, annis
I s r a e l en esa serie de escritos q u e i n u n d a r o n el m u n d o e n t e r o . reperiuntur priores. Sed nec ipsi verum theologum nostrum Moysen, qui
S ó l o los p o e t a s t e ó l o g o s , Orfeo, L i n o y M u s e o , y si h u b o a l g u - unum verum Deum veraciter praedicavit, cuius nunc scripta in auctori-
n o s o t r o s e n t r e l o s g r i e g o s , f u e r o n a n t e r i o r e s a los p r o f e t a s h e - tatis canone prima sunt, tempore praevenerunt: ac per hoc quantum ad
b r e o s , c u y o s escritos están c a n o n i z a d o s . P e r o t a m p o c o e l l o s h a n Graecos attinet, in qua lingua litterae huius saeculi máxime ferbuerunt,
nihil habent unde sapientiam suam iactent, quo religione nostra, ubi vera
sapientia est, si non superior, saltem videatur antiquior. Verum, quod
fatendum est, non quidem in Graecia, sed in barbaris gentibus, sicut in
CAPUT XXXVII Aegypto, iam fuerat ante Moysen nonnulla doctrina, quae illorum sapien-
tia diceretur: alioquin non scriptum esset in Libris sanctis, Moysen eru-
Q ü O D PROPHETICA AÜCTORITAS OMNI ORIGINE CENTILIS PHILOSOPHIAE ditum fuisse omni sapientia Aegyptiorum 76, tune utique quando ibi natus
INVENIATUR ANTIQUIOR est, et a filia Pharaonis adoptatus atque nutritus, etiam liberaliter educa-
tus est. Sed nec sapientia Aegyptiorum sapientiam Prophetarum nostro-
Tempore igitur Prophetarum nostrorum, quorum iam scripta ad noti- rum tempore antecederé potuit, quandoquidem et Abraham propheta
tiam fere omnium gentium pervenerunt, philosophi gentium nondum erant, f u i t " . Quid autem sapientiae esse potuit in Aegypto, antequam eis Isis,
qui hoc etiam nomine vocarentur, quod coepit a Samio Pythagora, qui eo quam mortuam tanquam deam magnam colendam putaverunt, litteras
tempore, quo Iudaeorum est soluta captivitas, coepit exceliere atque traderet? Isis porro Inachi filia fuisse proditur, qui primus regnare coepit
cognosci. Multo ergo magis caeteri philosophi post Prophetas reperiuntur Argivis, quando Abrahae iam nepotes reperiuntur exorti.
fuisse. Nam ipse Sócrates Atheniensis, magister omnium qui tune máxime
claruerunt, tenens in ea parte, quae moralis vel activa dicitur, principa- 70
A c t . 7,32.
tum, post Esdram in Chronicis invenitur. Non multo post etiam Plato 77
G í H . 20,7
natus est, qui longe caeteros Socratis discípulos anteiret. Quibus si adda-
mus etiam superiores, qui nondum philosophi vocabantur, septem scilicet
Sapientes, ac deinde physicos qui Thaleti successerunt, in perscrutanda
natura rerum studium eíus imitati, Anaximandrum scilicet et Anaxime-
nem et Anaxagoram, aliosque nonnullos, antequam Pythagoras philoso-
phum primus profiteretur, nec illi Prophetas nostros universos temporis
antiquitate praecedunt: quandoquidem Thales, post quem caeteri fuerunt,
regnante Romulo eminuisse fertur, quando de fontihus Israel in eis litte-
ris, quae toto orbe manarent, prophetiae Humen erupit. Soli igitur illi
theologi poetae, Orpheus, Linus, Musaeus, et si quis alius apud Graecos
1314 LA CIUDAD DE DIOS XíVIII, 38
X V I I I , 39 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1315

p e n a d e d e c i r q u e esos h o m b r e s a q u i e n e s el E s p í r i t u S a n t o
C A P I T U L O X X X V I I I r e v e l a b a l a s cosas d i g n a s d e s e r c a n o n i z a d a s p o r la r e l i g i ó n
p u d i e r a n e s c r i b i r u n a s cosas c o m o h o m b r e s e h i s t o r i a d o r e s ,
S A B I D U R Í A D E L CANON ECLESIÁSTICO y o t r a s , c o m o p r o f e t a s , p o r i n s p i r a c i ó n d i v i n a . Y d e este m o d o ,
Y si n o s r e m o n t a m o s a t i e m p o s m á s a n t i g u o s , a n t e s del u n a s se d e b í a n a t r i b u i r a e l l o s c o m o t a l e s sujetos y o t r a s a
d i l u v i o existía y a el p a t r i a r c a N o é , a q u i e n l l a m a r í a c o n fun- Dios, q u e h a b l a b a p o r e l l o s . A q u é l l a s se d e b í a n a investigación
d a m e n t o p r o f e t a , p o r q u e el a r c a q u e c o n s t r u y ó e r a u n a p r o f e c í a científica, y éstas a a u t o r i d a d r e l i g i o s a . E s t a a u t o r i d a d es el
del c r i s t i a n i s m o . Y ¿ q u é d e c i r de H e n o c , el s é p t i m o de los des- c u s t o d i o d e l c a n o n , y si a l m a r g e n de él se p u b l i c a n a l g u n o s
c e n d i e n t e s d e A d á n ? ¿ N o dice de él el a p ó s t o l S a n t i a g o , en escritos c o n el n o m b r e de p r o f e t a s a n t i g u o s , n o sirven n i a t í t u l o
su E p í s t o l a c a n ó n i c a , q u e p r o f e t i z ó ? S u s escritos n o h a n sido de e r u d i c i ó n , p o r q u e es i n c i e r t o si s o n d e l a u t o r a q u i e n se

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a d m i t i d o s en el c a n o n n i p o r l o s j u d í o s n i p o r n o s o t r o s p o r q u e a t r i b u y e n . A esto se d e b e el q u e n o se dé fe a esos l i b r o s , s o b r e
su a n t i g ü e d a d l o s h a c í a s o s p e c h o s o s [ 7 5 ] . E s v e r d a d q u e se t o d o a l o s q u e c o n t i e n e n cosas c o n t r a r i a s a l o s l i b r o s c a n ó n i c o s ,
e s c r i b e n o b r a s c u y a a u t e n t i c i d a d n o l e s p a r e c e d u d o s a a quie- p r u e b a ésta i n f a l i b l e d e su i n a u t e n t i c i d a d [ 7 6 ] .
nes, s e g ú n su p r o p i o c r i t e r i o , creen l o q u e les p l a c e . L a cas-
tidad del canon n o los aceptó n o p o r q u e rechace la autoridad
de esos h o m b r e s q u e a g r a d a r o n a D i o s , sino p o r q u e n o cree C A P I T U L O X X X I X
en su a u t e n t i c i d a d . A d e m á s , n o es d e e x t r a ñ a r q u e se t e n g a n
por sospechosas obras publicadas a nombre de antigüedad. Así, L O S H E B R E O S Y SU LENGUA
v e m o s q u e e n l a h i s t o r i a de l o s reyes d e I s r a e l y d e J u d á — q u e
c r e e m o s v e r d a d e r a p o r s e r c a n ó n i c a — s e citan m u c h a s h a z a ñ a s N o se d e b e p e n s a r , c o m o p i e n s a n a l g u n o s , q u e la l e n g u a
q u e a l l í n o se e n c u e n t r a n , y se r e m i t e a o t r o s l i b r o s escritos p o r h e b r e a s o l a m e n t e h a s i d o c o n s e r v a d a p o r H é b e r , q u e d i o su n o m -
p r o f e t a s , y a veces n o s d a n el n o m b r e de l o s m i s m o s . Y , sin b r e a l o s h e b r e o s , y q u e d e él p a s ó a A b r a h á n , y q u e l a s l e t r a s
e m b a r g o , n o h a n s i d o a d m i t i d o s en el c a n o n c o n s a g r a d o p o r el h e b r e a s c o m e n z a r o n desde la l e y d a d a p o r M o i s é s . E s m á s
p u e b l o d e D i o s . Confieso q u e l a r a z ó n de esto se m e o c u l t a , so c r e í b l e q u e t a n c e l e b r a d a l e n g u a c o n sus l e t r a s h a sido conser-
v a d a a t r a v é s de los siglos desde la é p o c a p r i m i t i v a [ 7 7 ] . E n
efecto, M o i s é s e s t a b l e c i ó en el p u e b l o de D i o s m a e s t r o s q u e
CAPUT XXXVIII
tur in canone, quem recepit populus Dei. Cuius rei, fateor, causa me
latet; nisi quod existimo, etiam ipsos, quibus ea quae in auctoritate reli-
Q ü O D QUAEDAM SANCTORUM SCBIPTA ECCLESIASTICUS CANON PROPTER NIM1AM
gionis esse deberent, sanctus utique Spiritus revelabat, alia sicut homines
NON RECEPEHIT VETUSTATEM, NE PER OCCASIONEM EORUM FALSA VERIS
histórica diligentia, alia sicut Prophetas inspiratione divina scribere po-
INSERERENTÜR
tuisse; atque haec ita fuisse distincta, ut illa tanquam ipsis, ista vero
Iam vero si Ionge antiquiora repetam, et ante illud grande diluvium tanquam Deo per ipsos loquenti, iudicarentur esse tribuenda; ac sic illa
noster erat utique Noe patriarcha, quem prophetam quoque non ¡inmérito pertinerent ad ubertatem cognitionis, haec ad religionis auctoritatem: in
dixerim: si quidem ipsa arca quam fecit, et in qua cum suis evasit, pro- qna auctoritate custoditur canon, praeter quem si qua iam etiam sub no-
phetia nostrorum temporum fuit. Quid Enoch septimus ab Adam, nonne mine veterum Prophetarum scripta proferuntur, nec ad ipsam copiam
etiam in canónica epístola apostoli Iudae prophetasse praedicatur? 7S Quo- scientiae valent, quoniam utrum eorum sint, quorum esse dicuntur, incer-
rum scripta ut apud Iudaeos et apud nos in auctoritate non essent, nimia tum est; et ob hoc eis non habetur fides, máxime his in quibus etiam
fecit antiquitas, propter quam videbantur habenda esse suspecta, ne pro- contra fidem librorum canonicorum quaedam leguntur, propter quod ea
ferrentur falsa pro veris. Nam et proferuntur quaedam quae ipsorum esse prorsus non esse apparet illorum.
dicantur ab eis qui pro suo sensu passim, quod volunt, credimt. Sed ea
castitas canonis non recepit, non quod eorum hominum. qui Deo placue- CAPUT XXXIX
runt, reprobetur auctoritas, sed quod ista esse non credantur ipsorum.
Nec mirum debet videri, quod suspecta habentur, quae sub tantae anti- DE HEBRAICIS LITTERIS, QUAE NUNQUAM IN SUAE LINCUAE PROPRIETATE
quitatis nomine proferuntur; quandoquidem ín ipsa historia regum luda NON FUERINT
et regum Israel, quae res gestas continet, de quibus eidem Scripturae
canonicae credimus, commemorantur plurima, quae ibi non explicantur, Non itaque credendum est, quod nonnulli arbitrantur, hebraeam tan-
et in libris alus inveniri dicuntur, quos Prophetae scripserunt, et alicubi tum linguam per illum qui vocabatur Heber, unde Hebraeorum vocabu-
eorum quoque Prophetarum nomina non tacentur ™: nec tamen ¡nveniun- lum est, fuisse servatam, atque inde pervenisse ad Abraham, hebraeas
autem litteras a lege coepisse, quae data est per Moysen; sed potius per
,s
Iudae 14 " i Par. 29,29; i Par. 9,29. illam successionem patrum, memoratam linguam cum suis litteris custodi-
1316 u CIUDAD DE DIOS XTV1II, 39 XJVHI, 4 0 PARALELISMO ENTRE EAS DOS CIUDADES 1SIÍ7

e n s e ñ a r a n las l e t r a s a n t e s d e c o n o c e r l a s l e t r a s d e la L e y di-
vina. L a E s c r i t u r a l l a m a a estos h o m b r e s ypcciipcn-oEíaccycoyeís,
C A P I T U L O XL
q u e p u e d e t r a d u c i r s e p o r i n d u c t o r e s o i n t r o d u c t o r e s a las le-
t r a s j u s t a m e n t e p o r q u e las i n d u c e n , es decir, l a s i n t r o d u c e n ,
VANIDAD DE LOS EGIPCIOS. SU CIENCIA NO ES TAN ANTICUA
en cierto m o d o , en el c o r a z ó n de los d i s c í p u l o s o, p o r m e j o r
decir, i n t r o d u c e n e n e l l a s a los d i s c í p u l o s . Q u e n o se g l o r í e , E s , p u e s , v a n o q u e ciertos c h a r l a t a n e s , h i n c h a d o s d e necia
p u e s , n a c i ó n a l g u n a de su s a b i d u r í a c o m o m á s a n t i g u a q u e p r e s u n c i ó n , d i g a n q u e h a c e m á s de cien m i l a ñ o s q u e es cono-
n u e s t r o s p a t r i a r c a s y p r o f e t a s , a q u i e n e s asistió la s a b i d u r í a c i d a en E g i p t o la a s t r o l o g í a . ¿ E n q u é l i b r o h a n e n c o n t r a d o
d i v i n a , p u e s t o q u e n i E g i p t o , q u e a c o s t u m b r a a j a c t a r s e fal- este n ú m e r o , ellos q u e h a n a p r e n d i d o l a s l e t r a s d e su m a e s t r a
sa y v a n a m e n t e de la a n t i g ü e d a d d e su s a b i d u r í a , p u e d e re- Isis h a c e p o c o m á s de d o s m i l a ñ o s ? E s t a es afirmación d e
c a b a r p a r a sí esta p r i o r i d a d . Y n a d i e ose t a m p o c o d e c i r q u e V a r r ó n , h i s t o r i a d o r d e t a l l a , y está a c o r d e con la v e r d a d d e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los e g i p c i o s f u e r o n m u y s a b i o s e n l a s d i s c i p l i n a s m á g i c a s an- l a s d i v i n a s L e t r a s . Y si d e s d e A d á n , q u e es el p r i m e r h o m b r e ,
tes d e q u e las l e t r a s l l e g a r a n a su c o n o c i m i e n t o , es decir, a n t e s a p e n a s h a n p a s a d o seis m i l a ñ o s , los q u e a d e l a n t a n o p i n i o n e s
de q u e Isis los i n s t r u y e r a . A d e m á s , su c e l e b r a d a s a b i d u r í a a u n a v e r d a d t a n r e c o n o c i d a , ¿ n o m e r e c e n m á s b i e n ser ridicu-
¿ a q u é se r e d u c í a s i n o a a s t r o n o m í a y a a l g u n a o t r a ciencia lizados que refutados? [ 7 8 ] . ¿ A quién podemos creer mejor
a n á l o g a , m á s p r o p i a p a r a e j e r c i t a r l o s i n g e n i o s q u e p a r a ha- p a r a cosas p a s a d a s q u e a q u i e n p r e d i j o l a s c o s a s f u t u r a s q u e
cer a l h o m b r e v e r d a d e r a m e n t e s a b i o ? E n c u a n t o a la filosofía, v e m o s y a c u m p l i d a s ? A d e m á s , la m i s m a d i s c o r d a n c i a d e los
q u e cree e n s e ñ a r a los h o m b r e s el m o d o d e h a c e r s e felices, n o h i s t o r i a d o r e s e n t r e sí n o s b r i n d a u n a r g u m e n t o fuerte p a r a c r e e r
floreció en ese p a í s h a s t a los días d e M e r c u r i o , l l a m a d o T r i s - con m á s c o r d u r a a l o s q u e n o se o p o n e n a la h i s t o r i a divi-
m e g i s t o . F l o r e c i e r o n , p o r t a n t o , esos e s t u d i o s m u c h o a n t e s q u e n a [ 7 9 ] . C u a n d o los c i u d a d a n o s d e la c i u d a d i m p í a , e s p a r c i d o s
los s a b i o s o filósofos g r i e g o s , p e r o d e s p u é s d e A b r a h á n , de p o r t o d o el m u n d o , leen a h o m b r e s m u y s a b i o s , t o d o s d e i g u a l
I s a a c , de J a c o b y d e J o s é . Y t a m b i é n d e s p u é s d e Moisés. P o r - a u t o r i d a d en l a m a t e r i a , y ven q u e d i s p u t a n e n t r e sí s o b r e los
q u e A t l a s , e s e g r a n a s t r ó l o g o , h e r m a n o de P r o m o t e o y a b u e l o h e c h o s m á s a l e j a d o s de n u e s t r a é p o c a , n o s a b e n a q u é a t e n e r s e
m a t e r n o del g r a n M e r c u r i o , d e q u i e n fué n i e t o M e r c u r i o T r i s - n i a q u i é n d a r fe. E n c a m b i o , n o s o t r o s , a p o y a d o s en l a a u t o r i -
m e g i s t o , vivía c u a n d o n a c i ó Moisés. d a d d i v i n a , en lo c o n c e r n i e n t e a n u e s t r a r e l i g i ó n , n o d u d a m o s
q u e c u a n t o se o p o n e a e l l a es u n a f a l s e d a d , sea c u a l fuere el

tam. Denique Moyses in populo Dei constituit, qui docendis litteris praees-
sent, prius quam divinae legis ullas litteras nossent. Hos appellat Scriptura CAPUT XL
ypcciipaTOEíaccycúyeis, qui latine dici possunt litterarum inductores, vel in-
troductores, eo quod eas inducant, id est introducant quodammodo in DE AEGYPTIORUM MENDACISSIMA VANITATE, QUAE ANTIQUITAT: SCIENTIAE SUAE
corda discentium, vel in eas potius ipsos quos docent. Nulla igitur gens CENTUM MILLIA ADSCRIBIT ANNORUM
de antiquitate sapientiae suae super Patriarchas et Prophetas nostros,
quibus inerat divina sapientia, ulla se vanitate iactaverit; quando neo Frustra itaque vanissima praesumptione garriunt quídam, dicentes, ex
Aegyptus ínvenitur, quae solet falso et inaniter de suarum doctrinarum quo rationem siderum comprehendit Aegyptus, amplius quam centum an-
antiquitate gloriari, qualicumque sapientia sua Patriarcharum nostrorum norum millia numeran. In quibus enim libris istum numerum collegerunt,
tempore praevenisse sapientiam. Ñeque enim quisquam dicere audebit qui non multum ante annorum dúo millia litteras magistra Iside didice-
mirabilium disciplinarum eos peritissimos fuisse, antequam litteras nos- runt? Non enim parvus auctor est in historia Varro, qui lioc prodidit,
sent, id est, antequam Isis eo venisset, easque ibi docuisset. Ipsa porro quod a litterarum etiam divinarum veritate non dissonat. Cum enim ab
eorum memorabilis doctrina, quae appellata est sapientia, quid erat nisi ipso primo homine, qui est appellatus Adam, nondum sex millia annorum
máxime astronomía, et si quid aliud talium disciplinarum magis ad exer- compleantur, quomodo non isti ridendi potius, quam refellendi sunt, qui
cenda ingenia, quam ad illuminandas vera sapientia mentes valere solet? de spatio temporum tam diversa, et huic exploratae veritati tam contraria
Nam quod attinet ad philosophiam, quae se docere profitetur aliquid, persuádele conantiir? Cui enim melius narranti praeterita credimus, quam
unde íiant homines beati, circa témpora Mercurii, quem Trismegistum qui etiam futura praedixit, quae praesentia iam videmus? Nam et ipsa
vocaverunt, in illis terris eiusmodi studia claruerunt: longe quidem ante historicorum Ínter se dissonantia copiam nobis praebet, ut ei potius cre-
sapientes vel philosophos Graeciae, sed tamen post Abraham, et Isaac, et dere dcbeamus, qui divinae, quam tenemus, non repugnat historiae. Porro
Iacob, et Ioseph; nimirum etiam post ipsum Moysen. Eo quippe tempore, autem cives impiae civitatis, diffusi usquequaque per térras, cum legunt
quo Moyses natus est, fuisse reperitur Atlas ille magnus astrologus, Pro- doctissimos homines, quorum nullius contemnenda videatur auctoritas,
methei frater, maternas avus Mercurii maioris, cuius nepos fuit Trisme- ínter se de rebus gestis ab aetatis nostrae memoria, remotissimis discre-
gistus iste Mercurius. pantes, cui potius credere debeant, non inveniunt. Nos vero in nostrae
religionis historia, fulti auctoritate divina, quidquid ei resistit, non dubi-
tamus ess« fabrissimum, quomodolibat »M« babeant caetwa in iaacularibiis
1318 LA CIUDAD DK DIOS X V I H , 41, 1
XVIII, 41, 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1319
v a l o r q u e se d é a e s a s h i s t o r i a s en l a s letras p r o f a n a s . Y es
o D i o s h a b l ó p o r e l l o s . Y fué p r e c i s o q u e f u e r a n p o c o s p a r a
que, sean v e r d a d e r a s o falsas, n o tienen g r a n i m p o r t a n c i a p a r a
q u e su n ú m e r o n o v u l g a r i z a r a este p a t r i m o n i o d e la reli-
l l e v a r u n a v i d a recta y feliz.
gión, y q u e n o f u e r a n t a n p o c o s q u e r e s t a r a n a d m i r a b i l i d a d a
su perfecta c o n c o r d i a . E n t r e la m u l t i t u d d e filósofos q u e deja-
C A P I T U L O XLI r o n p o r escrito sus d o c t r i n a s n o es fácil h a l l a r d o s q u e estén
a c o r d e s en t o d o s los p u n t o s . Y n o i n s i s t o , p o r q u e m o s t r a r esto
D I S C O R D A N C I A D E LA F I L O S O F Í A Y CONCORDANCIA DE LAS
sería l a r g o .
E S C R I T U R A S EN LA I G L E S I A
2. ¿ Q u é a u t o r h a y en esta c i u d a d d e m o n í c o l a t a n a p r o b a -
1. P e r o d e j e m o s y a a los h i s t o r i a d o r e s y p r e g u n t e m o s a do, sea d e la e s c u e l a q u e sea, q u e c o n d e n e a los d e m á s q u e
los filósofos, q u e p a r e c e n t e n e r u n solo fin en s u s e s c r i t o s : en- o p i n a n cosas a d v e r s a s y d i v e r s a s ? ¿ N o e s t a b a n en b o g a y d e
c o n t r a r u n m e d i o de v i d a a p t o p a r a a r r i b a r a la felicidad : ¿Poi- m o d a en A t e n a s a la vez los e p i c ú r e o s , a f i r m a n d o q u e los dioses

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u é d i s c r e p a n los d i s c í p u l o s d e s u s m a e s t r o s , y los condiscípu- n o c u i d a n de l a s cosas h u m a n a s , y los estoicos, s o s t e n i e n d o ,
los e n t r e sí, s i n o p o r q u e p r o c e d i e r o n en la b ú s q u e d a c o m o p o r el c o n t r a r i o , q u e l a s d i r i g í a n y d e f e n d í a n dioses p r o t e c t o -
hombres y p o r razonamientos humanos? [ 8 0 ] . Admito que ha r e s ? P o r eso, s i e m p r e m e h a e x t r a ñ a d o q u e A n a x á g o r a s fuera
p o d i d o i n f l u i r el a f á n d e g l o r i a , a n h e l o s o c a d a cual d e aventa- c o n d e n a d o p o r h a b e r d i c h o q u e el sol e r a u n a p i e d r a a r d i e n t e ,
j a r a los d e m á s en s a b i d u r í a y en s u t i l i d a d , sin a l l a n a r s e a la n e g a n d o a D i o s , p u e s t o q u e E p i c u r o vivía en su e s p l e n d o r y
sentencia a j e n a e i n v e n t a n d o u n a d o c t r i n a y u n a o p i n i ó n p r o - en p l e n a s e g u r i d a d en la m i s m a c i u d a d , n o s ó l o n e g a n d o la
p i a s ; y t a m b i é n q u e a l g u n o s o m u c h o s se s e p a r a r o n d e sus d i v i n i d a d del sol y de l o s d e m á s a s t r o s , s i n o d e f e n d i e n d o q u e
m a e s t r o s o c o n d i s c í p u l o s ú n i c a m e n t e p o r el a m o r a la v e r d a d , n o h a b í a en el m u n d o n i J ú p i t e r n i o t r a s p o t e n c i a s a l a s q u e
l u c h a n d o p o r e l l a a u n q u e n o lo f u e r a . M a s ¿ q u é p u e d e o adon- llegaran las plegarias y súplicas de los hombres. ¿ N o brillaba
de y p o r d ó n d e c o n d u c e la i n f e l i c i d a d h u m a n a a la b e a t i t u d si en A t e n a s A r i s t i p o , q u e p o n í a el s u m o b i e n d e l h o m b r e en el
n o l l e v a p o r g u í a la a u t o r i d a d d i v i n a ? N u e s t r o s a u t o r e s , a d m i - p l a c e r del c u e r p o , y A n t í s t e n e s , q u e l o r a d i c a b a en l a v i r t u d
t i d o s y e n m a r c a d o s en el c a n o n d e l a s s a g r a d a s L e t r a s , n o di- del á n i m o , h a c i e n d o consistir l a s u m a d e la v i d a en fines t a n
s i e n t e n e n t r e sí n u n c a y en n a d a . Esto h a d a d o p i e a la creen- diversos y t a n c o n t r a r i o s e n t r e s í ? A d e m á s , el p r i m e r o decía
cia, t a n e x t e n d i d a n o e n t r e c u a t r o c h a r l a t a n e s d e e s c u e l a y q u e el s a b i o d e b í a h u i r el g o b i e r n o de la r e p ú b l i c a , y el segun-
g i m n a s i o s , s i n o e n t r e los h o m b r e s del c a m p o y d e la c i u d a d , do, que debía gobernarla, y cada cual reunía discípulos, que
t a n t o doctos c o m o i n d o c t o s , de q u e a l e s c r i b i r , o les h a b l ó D i o s , c o n t i n u a b a n su e s c u e l a . C a d a u n o c o m b a t í a c o n su t r o p a p o r
su p r o p i a o p i n i ó n , y se discutía en p l e n o día en el v a s t o y cele-
litteris; quae seu vera seu falsa sint, nihil momenti afferunt, quo recte
beateque vivamus. indoctis tot tantique populi crediderunt. Ipsi sane pauci esse debuerunt,
CAPÜT XLI ne multitudine vilesceret quod religione earum esse oporteret: nec tamen
ita pauci, ut eorum non sit miranda consensio. Ñeque enim in multitudine
DE PHILOSOPHICARUM OPINIONUM DISSENSIONIBUS, ET CANONIOARUM APUD philosophorum, qui labore etiam littcrario monumenta suorum dogmatum
Ecci-ESIAM CONCORDIA SCRIPTURARUM reliquerunt, facile quis invenerit, ínter quos cuneta quae sensere conve-
niant: quod ostendere hoc opere longum est.
1. Ut autem iam cognitionem omittamus historiae, ipsi philosophi, a
2. Quis autem sectae cuiuslibet auctor sic est in hac daemonicola
quibus ad ista progressi sumus, qui non videntur laborasse in studiis suis,
civitate approbatus, ut caeteri improbaren tur, qui diversa et adversa sen-
nisi ut invenirent quomodo vivendum esset accommodate ad beatitudinem
serunt? Nonne apud Athenas et Epicurei clarebant, asserentes res huma-
capessendam, cur dissenserunt et a magistris discipuli, et Ínter se con-
nas ad deorum curam non pertinere, et Stoici, qui contraria sentientes,
discipuli, nisi quia ut homines humanis sensibus et humaros ratiocinatio-
eas regi atque muniri diis adiutoribus atque tutoribus disputabant? Unde
nibus ista quaesierunt? Ubi quamvis esse potuerit et studium gloriandi,
miror cur Anaxágoras reus factus sit, quia solem esse dixit lapidem ar-
quo quisque alio sapientior et acutior videri cupit, nec sententiae quo-
dentem, negans utique Deum, cum in eadem civitate gloria floruerit Epi-
dammodo addictus alienae, sed sui dogmatis et opinionis inventor: tamen
curus, vixeritque securus, non solum solem vel ullum siderum Deum esse
ut nonnullos vel etiam plurimos eorum fuisse concedam, quos a suis doc-
non credens, sed nec lovem, nec ullum deorum omnino in mundo habitare
toribus vel discendi sociis amor veritatis abruperit, ut pro ea certarent,
contendens, ad quem preces hominum supplicationesque perveniant. Nonne
quam veritatem putarent, sive ilia esset, sive non esset; quid agit, aut
ibi Aristippus in voluptate corporis summum bonum ponens, ibi Antisthe-
quo vel qua, ut ad beatitudinem perveniatur, humana se porrigit infelici-
nes virtute animi potius hominem fieri beatum asseverans, dúo philosophi
tas, si divina non ducit auctoritas? Denique auctores nostri, in quibus
nobiles et ambo Socratici, in tam diversis atque ínter se contrariis finibus
non frustra sacrarum litterarum figitur et terminatur canon, absit ut Ínter
vitae summam locantes, quorum etiam ille fugiendam, iste administrandam
se aliqua ratione dissentiant. Unde non immerito, cum illa scriberent, eis
sapienti dicebat esse rempublicam, ad suam quisque sectam sectandam
Deum vel per eos locutum, non pauci in scholis atque gymnasiis litigiosis
discípulos congregabat? Nempe palam in conspicua et notissima porticu,
disputalionibue garruli, sed in agris atqus In urbíbus cum doctia atque
in gymnasiis, in hortulis, in locis publicis ac privatis. catervatim pro sua
1320 LA CIUDAD DE DIOS XVIII, 41, 2 XVIII, 41, 3 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1321
bérrimo Pórtico [ 8 1 ] , en los gimnasios, en los jardines [82], 3. En cambio, esa nación, ese pueblo, esa ciudad, esa re-
en los lugares públicos y en las casas. Unos sostenían que no pública, en una palabra, los israelitas, a quienes se confió la
había más que un mundo; otros, que muchos; unos, que el palabra de Dios, nunca confundieron a los seudoprofetas con
mundo ha tenido principio; otros, que n o ; unos, que tendrá los profetas auténticos, sino que, siempre concordes entre sí y
fin, y otros, que será eterno; unos, que es gobernado por la en nada discordes, reconocían y retenían a los verdaderos auto-
mente divina, y otros, por la fortuna y el azar. Unos defendían res de las sagradas Letras. Para ellos, éstos eran los filósofos,
que las almas son inmortales, y otros, que mortales. Y los de- es decir, los amadores de la sabiduría, sus sabios, sus teólogos,
fensores de la inmortalidad, unos dicen que retornan a las bes- sus profetas y sus doctores en probidad y en piedad. Quien ha
tias; otros, que n o ; y los de la mortalidad, unos sostienen que sentido y vivido según sus máximas, no ha vivido y sentido
mueren con el tiempo, y otros, que viven después más o menos según los hombres, sino según Dios, que habló por ellos. Si pro-
tiempo y que luego mueren. Unos hacen consistir el sumo bien

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


hiben el sacrilegio, es Dios quien lo prohibe. Y si dicen: Honra
en el cuerpo; otros, en el ánimo; otros, en ambos, y otros aña- a tu padre y a tu madre, es precepto de Dios. Y si dijeron:
den a éstos los bienes extrínsecos. Unos decían que debía creerse No fornicarás, no hurtarás, no matarás, y demás mandamien-
siempre a los sentidos del cuerpo; otros, que no siempre, y tos, no son palabras de hombres, sino oráculos divinos. Todas
otros, que nunca [ 8 3 ] . las verdades que algunos filósofos llegaron a discutir entre sus
¿Qué pueblo, qué reinado, qué autoridad pública de la ciu- errores y se afanaron por persuadir con esmero, como, por
dad impía sentó plaza de juez para definir entre opiniones tan ejemplo, que Dios ha creado el mundo y que lo administra con
opuestas de los filósofos, aprobando unas y rechazando otras? providencia, y cuanto escribieron sobre la belleza de las virtu-
¿No es verdad que las recibió todas indiferentemente, aunque des, el amor a la patria, la fidelidad en la amistad, las buenas
se trataba no de algún pedazo de tierra o de alguna suma de obras y lo concerniente a las buenas costumbres, aunque desco-
dinero, sino de las cosas más trascendentales, que deciden la nociendo el fin a que debían tender y los medios, todo ha sido
felicidad o miseria de los hombres? Aunque en realidad se en- predicado al pueblo en la Ciudad de Dios por boca de los pro-
señaban algunas verdades, la falsedad campeaba con la misma fetas sin argumentos y sin disputas. Así, el iniciado en estas
licencia. Tan es así, que esta ciudad se llama místicamente, y verdades temería despreciar, no el ingenio humano, sino la pa-
no sin razón, Babilonia, que es decir, como ya hemos apuntado, labra del mismo Dios.
Confusión. Importa poco al diablo, que es su rey, que los hom-
bres se debatan entre sí por errores contrarios, puesto que su
impiedad los tiene esclavizados a todos por igual. 3. At vero gens illa, Ule populus, illa civitas, illa respublica, illi Is-
raelitae, quibus credita sunt eloquia Dei, nullo modo pseudoprophetas cum
quisque opinione certabant: alii asserentes unurn, alii inmimerabiles mun- veris Prophetis pari licentia confuderunt: sed concordes Ínter se atque ín
dos; ipsum autem unum alii ortum esse, alii vero initium non habere; nullo dissentientes, sacrarum Lítterarum veraces ab eis agnoscebantur et
alii interiturum, alii semper futurum; alii mente divina, alii fortuitu et tenebantur auctores. Ipsi eis erant philosophi, hoc est, amatores sapientiae,
casibus agi: alii immortales esse animas, alii mortales; et qui immortales, ipsi sapientes, ipsi theologi, ipsi prophetae, ipsi doctores probitatis atque
alii revolví ín bestias, alii nequáquam; qui vero mortales, alii mox infer- pietatis. Quícumque secundum illos sapuit et vixit, non secundum nomines,
iré post corpus, alii vivere etiam postea vel paululum, vel diutius, non sed secundum Deum, qui per eos locutus est, sapuit et vixit. Ibi si prohi-
tamen semper: alii in corpore constituentes finem boni, alii in animo, bitum est sacrilegium, Deus prohibuit. Si dictum est, Horiora patrem tuum
alii in utroque, alii extrinsecus posita etiam bona ad animum et corpus et matrem mam, Deus iussit. Si dictum est, Non moechaberis, Non homi-
addentes: alii sensibus corporis semper, alii non semper, alii nunquam, cidium facies, Non furaberis", et caetera huiusmodi, non haec ora huma-
putantes esse credendum. Has et alias pene innumerabiles dissensiones na, sed oracula divina fuderunt. Quidquid philosophi quidam ínter falsa,
philosophorum, quis unquam populus, quis senatus, quae potestas vel quae opinati sunt, verum videre potuerunt, et laboriosis disputátionibus
dignitas publica impiae civitatis diiudicandas, et alias probandas ac reci- persuadere moliti sunt, quod mundum istum fecerit Deus, eumque ipse
piendas, alias improbandas repudiandasque curavit, ac non passim sine providentissim'us administret, de honéstate virtutum, de amore patriae, de
ullo iudicio confuseque habuit in gremio suo tot controversias hominum fide amicitiae, de bonis operibus atque ómnibus ad mores probos pertí-
dissidentium, non de agris et domibus, vel quacumque pecuniaria ratione, nentibus rebus, quamvis nescientes ad quem finem et quonam modo essent
sed de his rebus, quibus aut misere vivitur aut beate? Ubi etsi alíqua ista omnia referenda, propheticis, hoc est divinis vocibus, quamvis per
vera dicebantur, eadem licentia dicebantur et falsa; prorsus ut non frustra homines, in illa civitate populo commendata sunt, non argumentationum
talis civitas mysticum vocabulum Babylonis acceperit. Babylon quippe in- concertationibus inculcata; ut non hominis ingenium, sed Dei eloquium
terpretatur Confusio, quod nos iam dixisse meminimusso. Nec interest contemnere formidaret, qui illa cognosceret.
diaboli regis eius, quam contrariis Ínter se rixentur erroribus, quos mérito 81
itmltae varíaeque impietatis pariter possidet. EX 30,13-15.

«o J-.16 C.4, et alibi.


1322 LA CIUDAD Dis DIOS X V I I I , 42 X/VIII, 4 3 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1323

na, q u e , h a b i é n d o l a h e c h o c a d a u n o p o r s e p a r a d o (así q u i s o
C A P I T U L O XLII P t o l o m e o p r o b a r su f i d e l i d a d ) , c o i n c i d i e r o n t a n t o e n el s e n t i d o
c o m o en l a s p a l a b r a s , de tal s u e r t e q u e p a r e c í a o b r a d e u n
solo i n t é r p r e t e . Y n o es d e e x t r a ñ a r , p u e s t o q u e en t o d o s actua-
PROVIDENCIA DE D I O S EN LA T R A D U C C I Ó N D E L A N T I G U O
ba u n m i s m o E s p í r i t u [ 8 4 ] . D i o s , con este a d m i r a b l e d o n , q u i s o
T E S T A M E N T O , H E C H A DEL H E B R E O AL GRIEGO
e n c a r e c e r a los gentiles q u e h a b í a n d e c r e e r u n d í a , c o m o ve-
U n o d e los P t o l o m e o s , r e y d e E g i p t o , se e m p e ñ ó e n c o n o c e r m o s y a c u m p l i d o , la a u t o r i d a d d e l a s E s c r i t u r a s c o m o o b r a di-
y p o s e e r estas s a g r a d a s L e t r a s . A la m u e r t e del a d m i r a b l e coloso vina, n o h u m a n a .
Alejandro de Maccdonia, p o r sobrenombre Magno, que había
s u b y u g a d o t o d a el A s i a y casi a l o r b e e n t e r o , p a r t e p o r la

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


C A P I T U L O XLIII
fuerza y l a s a r m a s , y p a r t e p o r el t e r r o r , c o n q u i s t a n d o , e n t r e
o t r a s r e g i o n e s de O r i e n t e , a J u d e a , sus c a p i t a n e s d i v i d i e r o n el
A U T O R I D A D Y VALOR DE L O S S E T E N T A
r e i n o , n o p a r a g o b e r n a r l o en p a z , s i n o p a r a d e s h a c e r l o en gue-
r r a s . J u s t a m e n t e en esta é p o c a c o m e n z a b a en E g i p t o el r e i n a d o
A u n q u e o t r o s h a n t r a d u c i d o l a s S a g r a d a s E s c r i t u r a s del he-
de los P t o l o m e o s . El p r i m e r o fué el h i j o d e L a g o , q u e llevó
b r e o al g r i e g o , c o m o A q u i l a , S í m a c o , T e o d o c i ó n y u n a u t o r
c a u t i v o s a E g i p t o a m u c h o s j u d í o s . P t o l o m e o F i l a d e l f o , su su-
d e s c o n o c i d o , c u y a v e r s i ó n p o r este m o t i v o se l l a m a Q u i n t a Edi-
cesor, les d i o la l i b e r t a d y les p e r m i t i ó v o l v e r a su p a í s . Y lo
ción [ 8 5 ] , la I g l e s i a h a r e c i b i d o la v e r s i ó n d e los S e t e n t a c o m o
q u e es m á s , envió p r e s e n t e s p a r a el t e m p l o de D i o s , y p i d i ó
si f u e r a ú n i c a , y d e e l l a se sirven los g r i e g o s c r i s t i a n o s , la m a -
al e n t o n c e s pontífice E l e a z a r q u e le m a n d a r a l a s E s c r i t u r a s , p u e s
y o r p a r t e d e los c u a l e s i g n o r a n si h a y a l g u n a o t r a . S o b r e esta
sin d u d a h a b í a o í d o , en a l a s d e l a f a m a , q u e e r a n d i v i n a s , y de-
versión d e los S e t e n t a se h a h e c h o u n a v e r s i ó n a l l a t í n , q u e es
s e a b a p o r e l l o s e ñ a l a r l e s u n l u g a r en su f a m o s a b i b l i o t e c a .
la u s a d a en las i g l e s i a s l a t i n a s [ 8 6 ] . Y en n u e s t r o s días, J e r ó -
El s u m o s a c e r d o t e se l a s envió en h e b r e o , y el r e y p i d i ó intér-
n i m o , h o m b r e de m u c h o s a b e r y m u y v e r s a d o en l a s tres len-
p r e t e s p a r a t r a d u c i r l a s . Y se le e n v i a r o n setenta y d o s h o m b r e s ,
g u a s , h a t r a d u c i d o las E s c r i t u r a s d i r e c t a m e n t e del h e b r e o a l
seis d e c a d a t r i b u , m u y v e r s a d o s en l a l e n g u a h e b r e a y en la
l a t í n . L o s j u d í o s r e c o n o c e n q u e ésta es m u y fiel y sostienen
g r i e g a . L a c o s t u m b r e h a l o g r a d o l l a m a r a esta v e r s i ó n la versión
q u e los S e t e n t a se h a n e q u i v o c a d o en m u c h o s p u n t o s . S i n em-
de los S e t e n t a . Se c u e n t a q u e en la t r a d u c c i ó n h u b o u n a una-
b a r g o , las i g l e s i a s d e Cristo e s t i m a n q u e la a u t o r i d a d de estos
n i m i d a d t a n m a r a v i l l o s a , t a n e s t u p e n d a y t a n p l e n a m e n t e divi-
linguae utriusque doctissimi, hebraeae scilicet atque graecae. Quorum
interpretatio ut Septuaginta vocetur, iam obtinuit consuetudo. Traditur
CAPUT XLII sane tam mirabilem ac stupendum pleneque divinum in eorum verbis filia-
se consensum, et cum ad hoc opus separatim singuli sederint (ita enim
QüA DISPENSATIONE PROVIDENTIAE ÜEI ScRIPTURAE SACRAE VETERIS TESTA- eorum fidem Ptolemaeo placuit explorare), in nullo verbo, quod ídem
MENTI EX HEBRAEO IN GRAECUM ELOQUIUM TRANSLATAE SINT, UT GENTIBUS significaret et tantumdem valeret, vel in verborum ordine, alter ab altero
INNOTESCERENT discreparet: sed tanquam unus esset interpres, ita quod omnes interpre-
tad sunt, unum erat: quoniam re vera Spiritus erat unus in ómnibus. Et
Has sacras Litteras etiam unus Ptolemaeorum regum Aegypti nosse ideo tam mirabile Dei munus acceperant, ut illarum Scripturarum, non
studuit et habere. Nam post Alexandri Macedonis, qui etiam Magnus tanquam humanarum, sed sicut erant, tanquam divinarum, etiam isto modo
cognominatus est, mirificentissimam nainimeque diuturnam potentiam, qua commendaretur auctoritas, credituris quandoque gentibus profutura, quod
universam Asiam, imo pene totum orbem, partim vi et armis, partim iam vídemus effectum.
terrore subegerat, quando ínter caetera Orientis etiarn Iudaeam ingressus
obtinuit; eo mortuo comités eius, cum regnum illud ampiissimum non
CAPUT XLIII
pacifice inter se possessuri divisissent, sed potius dissipassent, bellis omnia
vastaturi, Ptolemaeos reges habere coepit Aegyptus: quorum primus Lagi
DE AUCTORITATE SEPTUAGINTA INTERPRETUM, QUAE, SALVO HONORE HEBRÁEI
filius, multos ex Iudaea captivos in Aegyptum transtulit. Huic autem
STILI, ÓMNIBUS SIT INTERPRETIBUS PRAEFERENDA
succedens alius Ptolemaeus, qui est appellatus Philadelphus, omnes quos
¡He adduxerat subiugatos, Jiberos rediré permisit: insuper et dona regia Nam cum fuerint et alii interpretes, qui ex hebraea lingua in grae-
in templum Dei misit, petivitque ab Eleazaro tune pontifice, dari sibi cam sacra illa eloquia transtulerunt, sicut Aquila, Symmachus, Theodo-
Scripturas, quas profecto audierat fama praedicante divinas; et ideo con- tion; sicut etiam illa est interpretatio, cuius auctor non apparet, et ob
cupiverat habere in bibliotheca, quam nobilissimam fecerat. Has ei cum hoc sine nomine interpretis, Quinta editio nuncupatur: hanc tamen quae
ídem pontifex misisset hebraeas, post etiam ille interpretes postulavit; et Septuaginta est, tanquam sola esset, sic recepit Ecclesia, eaque utuntur
daü sxsnt septuaginta dúo, de singulis duodscim tribubus geni horuines, Graeei populi Christiani, quorum plerique utrurn alia sit aliqua ignorant.
1324 LA CIUDAD DE DIOS XVIII, 43 XIVIH, 4 3 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1325
h o m b r e s e s c o g i d o s p o r el pontífice E l e a z a r p a r a tal o b r a d e b e L o q u e falta en los h e b r e o s y existe en los S e t e n t a , lo h a n se-
a n t e p o n e r s e a t o d a o t r a . Y es q u e , a u n c u a n d o n o les h u b i e r a ñ a l a d o con t r a z o s h o r i z o n t a l e s , s e m e j a n t e s a los s i g n o s de l a s
a s i s t i d o u n s o l o E s p í r i t u , el d i v i n o i n d u d a b l e m e n t e » sino q u e o n z a s . Códices d e éstos, y en a b u n d a n c i a , los h a l l a m o s a ú n h o y
hubieran c o m p a r a d o , como h o m b r e s sabios, las p a l a b r a s entre e n t r e n o s o t r o s . Y p a r a a p r e c i a r l a s cosas q u e n o h a n sido n i
sí y d e j a r a n l a s q u e e r a n del a g r a d o de t o d o s , su v e r s i ó n s e r í a o m i t i d a s n i a ñ a d i d a s , s i n o q u e h a n s i d o d i c h a s de o t r o m o d o ,
s i e m p r e p r e f e r i b l e a la de u n p a r t i c u l a r . M a s c o m o en ellos bien tengan un sentido abiertamente idéntico, bien un sentido
a p a r e c i ó u n a n o t a t a n c l a r a de la d i v i n i d a d , c u a l q u i e r a versión diferente, es p r e c i s o cotejar y c o n f r o n t a r a m b o s códices. Si,
fiel de la E s c r i t u r a q u e se h a g a del h e b r e o a o t r a l e n g u a , o está p u e s , c o m o d e b e ser, n o c o n s i d e r a m o s a los h o m b r e s q u e com-
a c o r d e con los S e t e n t a o, si n o lo está a l p a r e c e r , d e b e c r e e r s e p u s i e r o n l a s E s c r i t u r a s m á s q u e c o m o i n s t r u m e n t o s del E s p í r i t u
q u e h a y a l l í a l g ú n p r o f u n d o m i s t e r i o . P o r q u e el m i s m o E s p í r i t u de D i o s , d i r e m o s q u e l a s cosas q u e se h a l l a n en el h e b r e o y n o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e asistió a los p r o f e t a s c u a n d o c o m p o n í a n las E s c r i t u r a s , ese se h a l l a n en los Setenta, q u i s o el E s p í r i t u d i v i n o d e c i r l a s p o r
m i s m o a n i m a b a a los setenta v a r o n e s c u a n d o l a s t r a d u c í a n . Y es los p r o f e t a s y n o p o r éstos. Y c u a n t o h a y en l o s S e t e n t a y f a l t a
i n d u d a b l e q u e p u d o d e c i r m u y b i e n otra cosa con a u t o r i d a d en el h e b r e o , el m i s m o E s p í r i t u prefirió d e c i r l a s p o r éstos, mos-
d i v i n a , c o m o si l o s p r o f e t a s h u b i e r a n d i c h o a m b a s cosas, por- t r a n d o de esta s u e r t e q u e u n o s y o t r o s f u e r o n p r o f e t a s . A este
q u e l a s dos l a s d i r í a e l m i s m o E s p í r i t u . P u d o d e c i r l a m i s m a •tenor d i j o u n a s c o s a s p o r I s a í a s ; o t r a s , p o r J e r e m í a s , y o t r a s ,
cosa de d i v e r s a s m a n e r a s , a fin de q u e , si n o l a s m i s m a s p a l a - p o r este o a q u e l p r o f e t a , o d i j o esas m i s m a s de o t r a f o r m a p o r
b r a s , al m e n o s d e s c u b r i e r a n el m i s m o s e n t i d o los b u e n o s enten- éste o p o r a q u é l . E n fin, c u a n d o se c o n t i e n e n en l a s dos fuentes
dedores. P u d o además añadir u omitir algo para mostrarnos l a s m i s m a s cosas, el E s p í r i t u q u i s o servirse de u n o s y de o t r o s
q u e el t r a d u c t o r n o fué esclavo de l a s p a l a b r a s , s i n o del p o d e r p a r a d e c i r l a s , p e r o de t a l m o d o q u e a q u é l l o s p r e c e d i e r o n profe-
d i v i n o , q u e le l l e n a b a y d i r i g í a en la o b r a . A l g u n o s h a n pensa- t i z a n d o y éstos s i g u i e r o n i n t e r p r e t a n d o sus p r o f e c í a s . E l m i s m o
d o q u e es p r e c i s o c o r r e g i r l a v e r s i ó n d e l o s S e t e n t a p o r l o s Espíritu que asistió a los primeros, estableciendo entre ellos
códices h e b r e o s , p e r o n o se h a n a t r e v i d o a q u i t a r lo q u e los u n a c o n c o r d a n c i a perfecta, ese m i s m o a p a r e c i ó en ios s e g u n d o s ,
S e t e n t a a ñ a d i e r o n a los h e b r e o s . Se l i m i t a r o n ú n i c a m e n t e a c o n d u c i e n d o su p l u m a p a r a d a r i n t e r p r e t a c i o n e s i d é n t i c a s [ 8 7 ] .
a ñ a d i r lo q u e f a l t a b a en los S e t e n t a y se h a l l a b a en los h e b r e o s .
Y esto lo h a n h e c h o n o t a r p o n i e n d o al p r i n c i p i o de los versícu-
los ciertos signos en f o r m a de e s t r e l l a s , q u e l l a m a n asteriscos. nec tamen ausi sunt detrahere, quod hebraei non .ibebant, et Septuagin-
ta posuerunt; sed tantummodo addiderunt quae in nebraeis inventa, apud
Ex hac Septuaginta interpretatione etiam in latinam linguam interpreta- Septuaginta non erant: eaque signis quibusdam ¡n stellarum modum fac-
tum est quod Ecclesiae Latinae tenent. Quamvis non defuerit temporibus tis, ad capita eorumdem versuum notaverunt, quae signa asteriscos vo-
nostris presbyter Hieronymus, homo doctissimus, et omnium trium lin- cant. Illa vero quae non habent hebraei, habent autem Septuaginta, simi-
guarum peritus, qui non ex graeco, sed ex hebraeo in latinum eloquium liter ad capita versuum iacentibus virgulis, sicut scribuntur unciae, signa-
easdem Scrip turas converterit. Sed eius tam litteratum laborem quamvis verunt. Et multi códices has notas habentes usquequaque diffusi sunt et
Iudaei fateantur esse veracem, Septuaginta vero interpretes in rrmltis er- latini. Quae autem non praetermissa vel addita, sed aliter dicta sunt, sive
rasse contendant; tamen Ecclesiae Chri.sti tot hominum auctoritati, ab alium sensum faciant etiam ipsum non ahhorrentem, sive alio modo eum-
Eleazaro tune pontífice ad hoc tantum opus electorum, neminem iudicant dem sensum explicare monstrentur, nisi utrisque codicibus inspectis ne-
praeferendum: quia etsi non in eis unus apparuisset Spiritus, sine dubita- queunt reperiri. Si igitur, ut oportet, nihil aliud intueamur in Scripturis
tione divinus, sed Ínter se verba interpretationis suae Septuaginta docti illis, nisi quid per homines dixerit Dei Spiritus, quidquid est in hebraeis
more hominum contulissent, ut quod placuisset ómnibus hoc maneret, codicibus, et non est apud interpretes Septuaginta noluit ea per istos, sed
nullus eis unus interpres debuit anteponi; cum vero tantum in eis signum per illos Prophetas Dei Spiritus dicere. Quidquid vero est apud Septua-
divinitatis apparuit, prefecto quisquís alius iüarum Scripturarum ex he- ginta, in hebraeis autem codicibus non est, per istos ea maluit, quam per
braea in quamlibet aliam linguam interpres est verax, aut congruit illis illos, idem Spiritus dicere, sic ostendens utrosque fuisse prophetas. Isto
Septuaginta interpretibus, aut si congruere non videtur, altitudo ibi pro- enim modo alia per Isaiam, alia per Ieremiam, alia per alium atque alium
phetica esse credenda est. Spiritus enim qui in Prophetis erat, quando illa prophetam, vel aliter eadem per hunc ac per illum dixit, ut voluit. Quid-
dixerunt, idem ipse erat etiam in Septuaginta viris, quando illa interpre- quid porro apud utrosque invenitur, per utrosque dicere voluit unus atque
tad sunt: qui prefecto auctoritate divina et aliud dicere potuit, tanquam idem Spiritus; sed íta, ut illi praecederent prophetando, isti sequerentur
propheta ille utrumque dixisset, quia utrumque idem Spiritus diceret; et prophetice illos interpretando: quia sicut in illis vera, et concordantia
hoc ipsum aliter, ut si non eadem verba, idem tamen sensus bene intel- dicentíbus unus pacis Spiritus fuit; sic et in istís non secum conferenti-
ligentibus dilucesceret; et aliquid praetermittere, et aliquid addere, ut bus, et tamen tanquam uno ore cuneta interpretantibus, idem Spiritus
etiam hiñe ostenderetur non humanam fuisse in illo opere servitutem, unus apparuit.
quam verbis debebat interpres, sed divinam potius potestatem, quae men-
tem replebat et regebat interpretis. Nonnulli autem códices graecos in-
terpretationis Septuaginta ex hebraeis codicibus emendandos putarunt:
tA
J326 CIUDAD DE DIOS X V I I I , 44 XTVTII, 4 4 , PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1327

de los gentiles, que fué destruida, en cierto modo, por la peni-


CAPITULO X L I V tencia, en cuanto que no será más lo que había sido, como el
cambio de esta iglesia, figurada por Nínive, fué obra de Cristo,
es el mismo Cristo el simbolizado en los tres o en los cuarenta
UNA DISCORDANCIA ENTRE LOS SETENTA Y EL TEXTO HEBREO,
días. En los cuarenta, porque, después de su resurrección, vivió
Sü EXPLICACIÓN
cuarenta días entre sus discípulos, y luego subió al cielo, y en
Tal vez diga alguno: ¿Cómo sabré qué dijo el profeta Jo- los tres, porque resucitó al tercer día. Así parece que los se-
ñas a los ninivitas: Todavía tres días, o todavía cuarenta días, tenta intérpretes y profetas han querido despertar al lector
y Nínive será destruida? ¿Quién no ve que el profeta, enviado anheloso únicamente de atenerse a los datos históricos, invitán-
para conminar a Nínive su inminente destrucción, no pudo se- dole a profundizar en el contenido de la profecía y diciéndole

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ñalar en tal coyuntura dos términos diferentes y que se exclu- en cierta manera: Busca en los cuarenta días al mismo en que
yen el uno al otro? Porque, si es a los tres días, no lo será a puedes hallar los tres días, y verás que unos se cumplen en la
los cuarenta, y si a los cuarenta, no a los tres. Si se me pre- ascensión, y otros, en la resurrección. Esto pudo, pues, signi-
gunta cuál de los dos ha señalado Jonás, creo más acertado el ficarse, con mucho acierto, por los dos números, en el profeta
hebreo: Todavía cuarenta días, y Nínive será destruida, porque Jonás, de una manera, y en los Setenta, de otra, pero siempre
los Setenta, al interpretarlo mucho después, han podido hacerle por obra de un solo y mismo Espíritu. Esquivo la prolijidad, y
decir otras palabras, que, sin embargo, están relacionadas con por eso no quiero aducir otros ejemplos, en los que se creería
el tema y expresan en otros términos un solo y mismo sentido. que los Setenta se alejan de la verdad del hebreo, y, bien en-
Además, invitaría al lector a que, sin desdeñar ninguna auto- tendidos, están perfectamente acordes. De aquí que yo, a mi
ridad de éstas, se apoyara en la historia y buscara la causa modo, haya creído acertado servirme del hebreo y de los Se-
motiva de la historia narrada. Los acontecimientos n redichos se tenta, siguiendo el ejemplo de los apóstoles, que, al citar, así
cumplieron en Nínive, es verdad, pero hay algo más profundo lo hicieron, porque, a fin de cuentas, son una misma autoridad
y superior a esa ciudad en ellos, como fué verdad que efectiva- divina. Mas prosigamos, según nuestras posibilidades, nuestro
mente el profeta estuvo tres días en el vientre de un cetáceo, y, empeño.
sin embargo, figuraba otro que había de estar tres días en el
sepulcro, y éste era el Señor de todos los profetas. Por tanto,
si por esa ciudad entendemos figurada proféticamente la iglesia dúo futurum, qui Dominus est omnium Prophetarum. Quapropter si per
illam civitatem recte accipitur Ecclesia gentíum prophetice figurata, ever-
sa scilicet per poenitentiam, ut qualis fuerat iam non esset; hoc quoniam
per Christum factum est in Ecclesia gentium, cuius illa Ninive figuram
CAPUT XLIV gerebat, sive per quadraginta dies, sive per triduum, idem ipse significatus
est Christus; per quadragínta scilicet, quia tot dies peregit cum discipu-
QUID INTELLIGENDUM SIT DE NINIVITAHUM EXCIDIO, curas DENUNTIATIO lis suis post resurrectionem, et ascendit in caelum; per triduum vero, quia
IN HEBRAEO QUADRAGÍNTA DIERUM SPATIO TENDITUR, IN S E P T U A G I N T A AUTEM die tertio resurrexit: tanquam lectorem nihil aliud quam historiae rerum
TRIDUI BREVITATE CONCLUDITUR gestarum inhaerere cupientem, de somno excitaverint Septuaginta inter-
pretes, üdemque Prophetae, ad perscrutandam altitudinem prophetiae, et
Sed ait aliquis, Quomodo sciam quid lonas propheta dixerit Ninivitis, quodammodo dixerint: In quadraginta diebus ipsum quaere, in quo et
utrum Triduum, et Nínive evertetur; an, Quadragínta dies? "2 Quis enim triduum potueris invenire; illud in ascensione, hoc in eius resurrectione
non videat non potuisse utrumque tune dici a Propheta, qui missus fue- reperies. Propter quod utroque numero significari convenientissime potuit,
rat terrere comminatione imminentis exitii civitatem? Cui si tertio die quorum unum per lonam prophetam, alterum per Septuaginta interpre-
fuerat futurus interitus, non utique quadragesimo die: si autem quadra- tum prophetiam, tamen unus atque idem Spiritus dixit. Longitudinem
gesimo, non utique tertio. Si ergo a me quaeritur, quid horum lonas di- fugio, ut non haec per multa demonstrem, in quibus ab hebraica veritate
xerit, hoc puto potius quod legitur in hebraeo, Quadragínta dies, et Níni- putantur Septuaginta interpretes discrepare, et bene intellecti inveniuntur
ve evertetur. Septuaginta quippe longe posterius interpretati aliud dicere esse concordes. Unde etiam ego pro meo modulo vestigia sequens Aposto-
potuerunt, quod tamen ad rem pertinere't, et in unum eumdemque sen- lorum, quia et ipsi ex utrisque, id est, ex hebraeis et ex Septuaginta, tes-
sum, quamvis sub altera significatione, concurreret; admoneretque lecto- timonia prophetica posuerunt, utraque auctoritate utendum putavi, quo-
rem, utraque auctoritate non spreta, ab historia sese attollere ad ea re- niam utraque una atque divina est. Sed iam quae restant, ut possumus,
quirenda, propter quae significanda historia ipsa conscripta est. Gesta exsequamur.
sunt quippe illa in Ninive civitate, sed aliquid etiam significaverunt, quod
modum illius civitatis excedat: sicut gesttim est, quod ipse Propheta in
ventre ceti triduo fuit, et tamen alium significavit in profundo inferni tri-

*'• lo. 3,4.


1328 LA CIUDAD D)í DIOS XjVÜII, 4 5 , 1 XWXT, 4 5 , 3 PARALELISMO'ENTRE LAS nos CIUDADES , 1329

de los reyes e x t r a n j e r o s y de l o s r o m a n o s con el fin de q u e


C A P I T U L O XLV n o c r e y e r a n q u e esta p r o f e c í a de A g e o se c u m p l i ó en la res-
t a u r a c i ó n del t e m p l o .
2 . P o c o t i e m p o d e s p u é s fué s o m e t i d a al i m p e r i o de Ale-
DECADENCIA DE LOS JUDÍOS Y FIN DE LOS PROFETAS
j a n d r o . Y, a u n q u e e n t o n c e s n o c a u s ó n i n g ú n e s t r a g o , p u e s , n o
a t r e v i é n d o s e a resistir, se r i n d i ó y se s o m e t i ó p o r las b u e n a s ,
1. D e s d e el m o m e n t o en q u e los j u d í o s d e j a r o n de tener
con t o d o , l a g l o r i a de esta c a s a n o fué t a n g r a n d e c o m o lo
p r o f e t a s , la n a c i ó n e m p e o r ó , a u n q u e se p r o m e t í a n u n floreci-
h a b í a sido b a j o la l i b r e d o m i n a c i ó n de sus r e y e s . E s cierto que
m i e n t o en esta é p o c a d e l a r e s t a u r a c i ó n d e l t e m p l o d e s p u é s d e
A l e j a n d r o i n m o l ó v í c t i m a s en el t e m p l o de D i o s , p e r o lo h i z o
la c a u t i v i d a d de B a b i l o n i a . Este e r a el s e n t i d o q u e a q u e l p u e b l o
l l e v a d o m e n o s de u n a v e r d a d e r a p i e d a d q u e de u n a i m p í a su-
c a r n a l h a b í a d a d o a la p r o f e c í a de A g e o : La gloria de esta úl-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p e r s t i c i ó n , c r e y e n d o q u e d e b í a c u l t o a ese D i o s c o m o a los
tima casa será grande, será mayor que la de la primera. Pero
dioses f a l s o s . D e s p u é s de la m u e r t e de A l e j a n d r o , P t o l o m e o ,
lo q u e p r e c e d e a esto nos p o n e de manifiesto q u e h a b l a b a del
h i j o de L a g o , c o m o a p u n t é a r r i b a , llevó a los j u d í o s c a u t i v o s a
N u e v o T e s t a m e n t o , p u e s dice, p r o m e t i e n d o c l a r a m e n t e a C r i s t o :
E g i p t o , y P t o l o m e o F i l a d e l f o , su sucesor, les dio g e n e r o s a m e n t e
Yo pondré en movimiento todas las naciones, y vendrá el De-
l a l i b e r t a d . A éste d e b e m o s en g r a n p a r t e , c o m o q u e d a d i c h o ,
seado de todas las gentes. L o s S e t e n t a , con" a u t o r i d a d de profe-
la v e r s i ó n de los S e t e n t a . L u e g o se v i e r o n c o m p l i c a d o s en las
tas, h a n d a d o a l a s p a l a b r a s o t r o s e n t i d o , q u e c o n v i e n e m e j o r
g u e r r a s n a r r a d a s e n los l i b r o s d e l o s M a c a b e o s . D e s p u é s f u e r o n
al c u e r p o q u e a l a cabeza, es decir, a la Iglesia m e j o r q u e a
v e n c i d o s p o r P t o l o m e o E p í f a n e s , r e y de A l e j a n d r í a , y se vieron
C r i s t o : Vendrán las naciones que el Señor ha elegido entre
c o n s t r e ñ i d o s , p o r l a s i n a u d i t a s c r u e l d a d e s de A n t í o c o , rey de
todas, es decir, v e n d r á n los h o m b r e s de los q u e dice Cristo en
S i r i a , a t r i b u t a r c u l t o a los í d o l o s . Y el t e m p l o fué m a n c i l l a d o
el E v a n g e l i o : Muchos son los llamados y pocos los elegidos.
p o r l a s s a c r i l e g a s s u p e r s t i c i o n e s de los gentiles, h a s t a q u e fué
E n efecto, de esos e l e g i d o s de l a s n a c i o n e s , c o m o de p i e d r a s
p u r i f i c a d o de t o d a esa i d o l a t r í a p o r el v a l o r de J u d a s M a c a b e o ,
vivas, se edifica la casa de D i o s p o r el N u e v o T e s t a m e n t o , casa
g r a n c a p i t á n , q u e e x p u l s ó a los c a b e c i l l a s de A n t í o c o .
m u c h o m á s g l o r i o s a q u e el t e m p l o c o n s t r u i d o p o r S a l o m ó n y
r e s t a u r a d o d e s p u é s de la c a u t i v i d a d . D e s d e e n t o n c e s , la n a c i ó n 3 . M a s p o c o d e s p u é s , u n tal A l c i m o u s u r p ó el pontificado
j u d í a n o t u v o m á s p r o f e t a s y sufrió m a l e s sin c u e n t o de p a r t e p o r la ambición, a u n q u e no era de línea sacerdotal. Esto era
u n a t e n t a d o . P a s a r o n c i n c u e n t a a ñ o s , d u r a n t e los c u a l e s , a ex-
c e p c i ó n de a l g u n a s o p o r t u n a s c a m p a ñ a s , n o t u v i e r o n p a z los
j u d í o s , y, al c a b o de ellos, A r i s t ó b u l o t o m ó la d i a d e m a y se
CAPUT XLV
Prophetas ex illo tempore habuit illa gens, et multis cladibus afflicta est
Q ü O D POST INSTAURATIONEM TEMPLI TROPHETAS IüDAEI HABERE DESTITERINT, ab alienigenis regibus, ipsisque Romanis, ne hanc Aggaei prophetiam in
ET EXINDE USQUE AD NATIVITATEM C H R I S T I CONTINUIS ADVERSITATIBUS SINT illa instauratione templi opinaretur impletam.
AFFLICTI, UT PROBARETUR ALTERIUS TEMPLI AEDIFICATIONEM PROPHETICIS 2. Non multo enim post adveniente Alexandro subiugata est; quando
VOCIBUS FUISSE PROMISSAM etsi nulla facta est vastatio, quoniam non sunt ausi ei resistere, et ideo
placatum facillime subditi receperunt, non erat tamen gloria tanta domus
1. Posteaquam gens Iudaea coepit non habere Prophetas, procul du- illius, quanta fuit in suorum regum libera potestate. Hostias sane Alexan-
bio deterior facía est, eo scilicet tempore, quo se sperabat instaurato der immolavit in Dei templo, non ad eius cultum vera pietate conversus,
templo post captivitatem, quae fuit in Babylonia, futuram esse meliorem. sed impia vanitate cum diis cum falsis colendum putans. Deinde Ptole--"
Sic quippe intelligebat populus ¡lie carnalis, quod praenuntiatum est per maeus Lagi filius, quod supra memoravi, post Alexandri mortem captivos
Aggaeum prophetam dicentem, Magna erit gloria domus istius novissimae, inde in Aegyptum transtulit, quos eius successor Ptolemaeus Philadelphus
plus quam primae. Quod de novo Testamento dictum esse, paulo superius benevolentissime inde dimisit: per quem factum est, quod paulo ante
demonstravit, ubi ait aperte Christum promittens, Et movebo omnes gen- narravi, ut Septuaginta interpretan Scriptnras haberemus. Deinde contriti
tes, et veniet Desideratus cunctis gentibus °3. Quo loco Septuaginta inter- sunt bellis, quae in Machabaeorum libris explicantur. Post haec capti a
pretes alium sensum magis corpori quam capiti, hoc est, magis Ecclesiae rege Alexandriae Ptolemaeo, qui est appellatus Epiplianes; inde ab An-
quam Christo convenientem prophetica auctoritate dixerunt: Venient quae tiocho rege Syriae multis et gravissimis malis ad idola colenda compulsi,
electa sunt Domini de cunctis gentibus, id est homines, de quibus ipse templumque ipsum repletum sacrilegis superstitionibus gentium, quod ta-
Iesus in Evangelio, Multi, inquit, vocati, pauci vero electi " . Talibus enim men dux eorum strenuissimus ludas, qui etiam Machabaeus dictus est,
electis gentium, domus Dei aedificatur per Testamentum novum lapidibus Antiochi ducibus pulsis, ab omni illa idololatriae contaminatione mundavit.
vivis, longe gloriosior, quam templum illud fuit, quod a rege Salomone
constructum est, et post captivitatem instauratum. Propter hoc ergo nec 3. Non autem multo post Alcimus quidam per ambitionem, cum a
genere sacerdotali esset alienus, quod nefas erat, pontifex factus est. Hinc
" A g g . 2,10.8. iam post annos ferme quinquaginta, in quibus eis tamen pax non fuit,
84
¡VIt. 22,14. quamvis aliqua et prospere gesserint, primus apud eos Aristobulus assump-
1330 U CIUDAD DJ! DIOS X V I I I , 45, 3
X W I I . 46 PARAUiUSMO ENTRE U S DOS CIUDADES 1331
hizo rey y pontífice a la vez. Antes desde la vuelta de Babilonia
y la restauración del templo, no habían tenido reyes, sino jefes tarde tuvieron por rey a un extranjero, a íferodes, en cuyo rei-
o príncipes, y, aunque el rey puede llamarse también príncipe, nado nació Cristo. Ya había llegado la plenitud de los tiempos,
por el principado que ostenta, y jefe, por ser ductor del ejér- predichos en Espíritu por el patriarca Jacob en estos términos:
cito, no todo príncipe o jefe puede llamarse rey. Alejandro No faltará príncipe de Judá ni caudillo de. su posteridad hasta
sucedió a Aristóbulo en el sacerdocio y en el reinado. Y en su que venga aquel a quien se aguardó, que es la esperanza de las
reinado cuentan que fué cruel para sus subditos. Después de él naciones. Los judíos tuvieron siempre reyes de su nación hasta
fué reina de los judíos su esposa Alejandra, que señaló el prin- Herodes, su primer rey extranjero. Había llegado ya el tiempo
cipio de males mucho mayores. Como sus dos hijos Aristóbulo de la venida del Aguardado, en quien se habían de cumplir las
e Hircano se disputaban el imperio, las fuerzas romanas, a pe- promesas del Nuevo Testamento. Y sería la esperanza de las
tición de Hircano, se volcaron contra la nación israelítica. Roma naciones. Las naciones no podrían esperar, como ahora hacen,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


había ya subyugado a África, a Grecia, y había paseado sus la última venida, cuando venga a juzgar a los hombres con toda
armas victoriosas por otras partes del mundo. Y, no pudiendo su potencia, si primeramente no hubieran creído en él cuando
sostenerse por su propio pie, parecía quebrada por su propia vino a ser juzgado en la humildad de su paciencia.
grandeza. Se veía atormentada por las furiosas sediciones de
las casas, y de aquí se pasó a las guerras de los partidos, lle-
gando de esta forma a las guerras civiles. Estaba tan abatida CAPITULO XLV1
y quebrantada la república, que estuvo a punto de cambiar de
régimen e implantar la monarquía. Pompeyo, uno de los gran- E L NACIMIENTO DEL SALVADOR Y LA DISPERSIÓN DE LOS JUDÍOS
des capitanes de los romanos, invadió con su ejército a Judea,
tomó la ciudad, abrió el templo no como suplicante, sino como Reinando Herodes en Judea, el emperador César Augusto
vencedor, y entró en el santo de los santos no como vencedor, había dado la paz al mundo después de cambiado el régimen
sino como profanador. Entrar sólo se permitía al sumo sacer- constitucional de la república, cuando Cristo, según la profecía
dote. Y, una vez confirmado en el pontificado y puesto por sumo citada, nació en Belén de Judá, hombre visible, nacido huma-
sacerdote, llevó consigo a Aristóbulo prisionero [ 8 8 ] . Desde namente de una virgen, y Dios oculto, engendrado divinamente
entonces, los judíos comenzaron a ser tributarios de los roma- de un Dios Padre. Así lo había predicho el profeta: Sabed que
nos. Después, Casio [89] saqueó el templo. Y unos años más una virgen concebirá y dará a luz a un hijo, y le llamarán

to diademate, et rex et pontifex factus est. Antea quippe, ex quo de Ba- plum exspoliavit. Deinde post paucos anuos etiam Herodem alienigenam
byloniae captivitate reversi sunt, templumque instauratum est, non reges, regem habere meruerunt, quo regnante natus est Christus. Iam enim
sed duces vel principes habuerunt: quamvis et qui rex est, possit dici venerat plenitudo temporis significata prophetico Spiritu per os patriar-
princeps a principatu imperandi, et dux eo quod sit ductor exercitus: chae lacob, ubi ait: Non deficiet princeps ex luda, ñeque dux de femó-
sed non continuo quicumque principes vel duces sunt, etiam reges dici ribus eius, doñee veniat cui repositam est, et ipse exspectatio gentium 8°.
possunt, quod iste Aristobulus fuit. Cui successit Alexander, etiam ipse Non ergo defuit Iudaeorum princeps ex Iudaeis, usque ad istum Hero-
rex et pontifex, qui crudeliter in suos regnasse traditur. Post hunc uxor dem, quem primum acceperunt alienigenam regem. Tempus ergo iam
eius Alexandra regina Iudaeorum fuit, ex cuius terapore et deinceps mala erat, ut veniret ille cui repositum erat, quod novo promissum est Testa-
sunt eos secuta graviora. Filii quippe huius Alexandrae Aristobulus et mento, ut ipse esset exspectatio gentium. Fieri autem non posset, ut
Hyrcanus Ínter se de imperio dimicantes, vires adversus Israeliticam gen- exspectarent gentes eum venturum, sicut eum cernimus exspectari, ut
tem provocavere Romanas. Hyrcanus namque ab eis contra fratrem po- veniat ad faciendum iudicium in claritate potentiae, nisi prius in eum
poscit auxilium. Tune iam Roma subiugaverat Africam, subiugaverat Grae- crederent, eum venit ad patiendum iudicium in humilitate patientiae.
ciam, lateque etiam alus orbis partibus imperans tanquam se ipsam ferré
non valens, sua se quodammodo magnitudine fregerat. Pervenerat quippe
ad seditiones domesticas graves, atque inde ad bella socialia, moxque CAPUT XLVI
civilia, tantumque se comminuerat atque attriverat, ut ei mutandus rei-
DE ORTU SALVATORIS NOSTRI, SECÜKDUM QUOD VERBUM CARO FACTUM EST:
publicae status, quo regeretur regibus, immineret. Pompeius ergo populi
ET DE DTSPERSIONE IUDAEORUM PER OMNES CENTES. SICUT FUERAT
Romani praeclarissimus princeps, Iudaeam eum exercitu ingressus civita-
tem capit, templum reserat, non devotione supplicis, sed iure victoris, et PROPHETATUM
ad sancta sanctorum, quo nisi summum sacerdotem non licebat intrare, Regnante ergo Herode in Iudaea, apud Romanos autem iam mutato
non ut venerator, sed ut profanator accedit: confirmatoque Hyrcani pon- reipublicae statu, imperante Caesare Augusto, et per eum orbe pacato,
tificatu, et subiugatae genti imposito custode Antipatro, quos tune pro- natus est Christus secundum praecedentem prophetiam86 in Bethlehem
curatores vocabant, vinctum secum Aristobulum ducit. Ex illo Iudaei Iudae, homo manifestus ex homíne virgine, Deus oceultus ex Deo Patre.
etiam tributarii Romanorum esse coeperunt. Postea Cassius etiam tem- Sic enim propheta praedixerat: Ecce virgo in útero accipiet, et pariet
"s G e n . 49,10. 88
M i c h . 5,2.
J332 LA CIUDAD DE DIOS XIVIII, 46
XfVIII, 47 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1333
Emmanuel, que se traduce Dios con nosotros. Y E l , p a r a eviden-
c i a r su d i v i n i d a d , o b r ó m u c h o s m i l a g r o s . D e e l l o s l o s E v a n g e - p u e d e leerse a d i a r i o l a profecía, e x p r e s a d a en u n o d e l o s sal-
lios r e c o g i e r o n a l g u n o s , los suficientes p a r a p r o b a r su i n t e n t o . m o s en estos t é r m i n o s : Mi Dios me prevendrá con su miseri-
El p r i m e r m i l a g r o fué su a d m i r a b l e n a c i m i e n t o , y el ú l t i m o , su cordia. Mi Dios me la mostrará en mis enemigos, diciéndome:
g l o r i o s a a s c e n s i ó n a l cielo c o n su c u e r p o r e s u c i t a d o . L o s j u - No acabes con ellos, no sea que olviden tu ley. Dispérsalos con
díos, q u e le m a t a r o n y se n e g a r o n a c r e e r en él, p o r q u e convenía tu poder. D i o s , p u e s , h a d e j a d o v e r l a g r a c i a d e su m i s e r i c o r d i a
q u e m u r i e r a y r e s u c i t a r a , s u f r i e r o n el s a q u e o m á s d e s g r a c i a d o a l a I g l e s i a en s u s e n e m i g o s , l o s j u d í o s , p o r q u e , c o m o dice el
de los r o m a n o s y fueron a r r o j a d o s d e su p a í s , del q u e e r a n y a A p ó s t o l , su p e c a d o b r i n d a ocasión d e s a l v a r s e a l a s n a c i o n e s .
s e ñ o r e s l o s e x t r a n j e r o s , y d i s p e r s a d o s p o r t o d a s p a r t e s . (Y es Y n o l o s h a m a t a d o , es decir, n o h a d e s t r u i d o en e l l o s el j u -
v e r d a d , p o r q u e n o f a l t a n en n i n g u n a . ) A s í sus p r o p i a s Escritu- daismo, aunque fueran vencidos y subyugados p o r los romanos,
r a s testifican q u e n o h e m o s i n v e n t a d o n o s o t r o s l a s p r o f e c í a s so- p o r m i e d o a q u e , o l v i d a d o s de l a ley de D i o s , n o p u d i e r a n
b r e C r i s t o . M u c h o s d e ellos, h a b i é n d o l a s c o n s i d e r a d o antes d e b r i n d a r n o s u n t e s t i m o n i o de l o q u e t r a t a m o s . P o r e n d e , n o se

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la p a s i ó n , y s o b r e t o d o d e s p u é s d e la r e s u r r e c c i ó n , h a n v e n i d o c o n t e n t ó c o n d e c i r : No acabes con ellos, no sea que olviden tu
a E l . A esos t a l e s se d i r i g e n estas p a l a b r a s : Cuando el número ley, s i n o q u e a ñ a d i ó : Dispérsalos. P o r q u e , si c o n este testimo-
de los hijos de Israel fuere como la arena del mar, serán sal- nio d e l a s E s c r i t u r a s p e r m a n e c i e r a n s o l a m e n t e en su p a í s sin
vados los restantes. L o s d e m á s h a n sido c e g a d o s según esta p r o - ser d i s p e r s a d o s p o r d o q u i e r a , l a I g l e s i a , e x t e n d i d a p o r el m u n -
fecía : En justo pago conviértaseles su mesa en lazo de perdi- d o e n t e r o , n o p o d r í a t e n e r l o s en t o d a s p a r t e s p o r testigos d e l a s
ción y ruina. Obscurézcanse sus ojos para que no vean y tráelos profecías q u e precedieron a Cristo.
siempre agobiados. E n r e a l i d a d , c u a n d o n o d a n fe a n u e s t r a s
E s c r i t u r a s , se c u m p l e n en ellos l a s s u y a s , a ú n ciegos p a r a leer-
l a s . Quizá d i g a a l g u n o q u e los c r i s t i a n o s h a n fingido l a s profe- C A P I T U L O X L V 11
cías s o b r e Cristo q u e se p u b l i c a n c o n el n o m b r e de s i b i l a s o de
o t r o s , si es q u e en r e a l i d a d h a y a l g u n a q u e n o sea de origen ¿ E X I S T Í A N , FUERA DE L O S I S R A E L I T A S , CIUDADANOS D E LA C I U D A D
j u d í o . A m í m e b a s t a n l a s q u e m e f a c i l i t a n s u s códices, y q u e CELESTIAL ANTES DEL CRISTIANISMO?
c o n o c e m o s p o r los t e s t i m o n i o s q u e , a u n c o n t r a su v o l u n t a d , con-
Si, p u e s , a l g ú n a u t o r e x t r a ñ o a los j u d í o s y n o a d m i t i d o
tienen esos códices, de q u e e l l o s son d e p o s i t a r i o s . S o b r e su dis-
p e r s i ó n p o r la r e d o n d e z de la t i e r r a d o q u i e r a está la Iglesia, en el c a n o n d e l a s s a g r a d a s L e t r a s profetizó a Cristo y l l e g ó
ya o l l e g a r e a n u e s t r o c o n o c i m i e n t o , p o d e m o s a d u c i r l o a t í t u l o
filium, et vocahunt nomen eius Emmanuel, quod est interpretatum, No- atque servando, per omnes gentes etiam ipsos esse dispersos, quaquaver-
biscum Deus"7. Qui ut in se commendaret Deum, miracula multa fecit; sum Christi Ecclesia dilatatur. Nam prophetia in Psalmis, quos etiam le-
ex quibus quaedam, quantum ad eum praedicandum satis esse visum est, gunt, de hac re praemissa est, ubi scriptum est: Deus meus, misericordia
Scriptura evangélica continet. Quorum primum est, quod tam mirabiliter eius praeveniet me. Deus meus demonstravit mihi in inimicis meis, ne
natus est: ultimum autem, quod cum suo resuscitato a mortuis corpore occideris eos, ne guando obliviscantur legem tuam:, disperge eos in virtute
ascendit in caelum. ludaei autem, si eum occiderunt, et in eum credere tua"". Demonstravit ergo Deus Ecclesiae in eius inimicis Iudaeis gratiam
noluerunt, quia oportebat eum mori et resurgere, vastati infelicíus a Ro- misericordiae suae, quoniam, sicut dicit Apostolus, delictum illorum, salus
manis, funditusque a suo regno, ubi iam eis alienigenae dominabantur, gentibus 01. Et ideo non eos occidit, id est, non in eis perdidit quod sunt
eradicati dispersique per térras (quandoquidem ubique non desunt), per ludaei, quamvis a Romanis fuerint devicti et oppressi; ne obliti legem
Scripturas suas testimonio nobis sunt prophetias nos non finxisse de Dei, ad hoc, de quo agimus, testimonium nihil valerent. Ideo parum fuit,
Christo; quas plurimi eorum considerantes, et ante passionem, et máxime ut diceret, Ne occideris eos, ne guando obliviscantur legem. tuam: nisi
post eius resurrectionem crediderunt in eum, de quibus praedictum est, Si etiam adderet, Disperge eos: quoniam si cum isto testimonio Scripturarum
fuerit numerus filiorum Israel sicut arena maris, reliquiae salvae fientss. in sua tantummodo térra, non ubique essent, profecto Ecclesia quae ubi-
Caeteri vero excaecati sunt, de quibus praedictum est, Fiat mensa eorum- que est, eos prophetiarum, quae de Christo praemissae sunt, testes in
r.oram ípsis in laqueum, et in retributionem, et in scandalum. Obscurentur ómnibus gentibus habere non posset.
oculi eorum, ne videant; et dorsum illorum semper incurva 8*. Proinde cum
Scripturis nostris non credunt, complentur in eis suae, quas caeci legunt:
nisi forte quis dixerit illas prophetias Christianos finxisse de Christo, CAl'UT XLVII
quae Sibyllae nomine, vel aliorum proferuntur, si quae sunt, quae non
A N ANTE TÉMPORA CIIRISTIANA ALIQUI FUERINT EXTRA. ISKAELITICUM GENUS,
pertinent ad populum Iudaeorum. Nobis quidem illae sufficiunt, quae
QUI AD CAELESTIS CIVITATIS CONSORTIUM PERTINERENT
de nostrorum inimicorum codicibus proferuntur, quos agnoscimus propter
lioc testimonium, quod nobis inviti perhibent eosdem códices habendo Quapropter quisquís alienígena, id est, non ex Israel progenitus, neo
"7 I s . 7,14 ; M í . i,2¡ ; L e . 1,31. s
° P s . SS,23 et 24. ab illo populo in canonem sacrarum litterarum receptus, legitur aliquid
88
I s . 10,22. prophetasse de Christo, si in nostram notitiam venit, aut venerit, ad cu-
»" P.5. 58,11.12. !H
Rom. IT.IT.
X V H I , 48 PARAI.KUSMO ENTRE I,AS DOS CIUDADES 1335
1334 LA CIUDAD DE DIOS XVlII, 47
Pero debe creerse que esta gracia se concedió solamente a aque-
ne redundancia. Y esto no porque nos sea necesario ese testi- llos a quienes fué divinamente revelado el único Mediador entre
monio, sino porque no es incongruencia creer que existieron, en Dios y los hombres, Jesucristo hombre. Y su futura encarnación
otras naciones hombres a quienes fué revelado este misterio. era prenunciada entonces a los futuros santos, como se nos
Amen de que quienes fueron impulsados a predecirlo, o fueron anunció ya realizada su encarnación, a fin de que una y la mis-
particioneros de la misma gracia, o ajenos a ella, pero instruí- ma fe por su mediación conduzca a Dios a todos los predesti-
dos por los ángeles malos, que confesaron a Cristo presente, nados a la Ciudad de Dios, a la casa de Dios, al templo de
como sabemos, a quien no conocían los judíos. Además, no Dios [ 9 0 ] . En cuanto a las profecías sobre la gracia de Dios
creo que los judíos mismos se atrevan a sostener que nadie, por medio de Jesucristo que hacen otros, se puede pensar que
fuera de los israelitas, perteneció a Dios desde la elección de son ficciones de los cristianos. Y así, no hay argumento más
Israel y la reprobación de gu hermano mayor. Es verdad que fuerte contra quienes impugnan éstos ni más propio para con-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


el pueblo llamado propiamente pueblo de Dios fué éste, pero firmar nuestra fe, si se toman las cosas como se debe, que adu-
no pueden negar que había en las demás naciones algunos hom-
cir las predicciones divinas sobre Cristo contenidas en los có-
bres dignos de ser llamados verdaderos israelitas por ser ciu-
dices de los judíos. Estos, arrancados de sus propios lares y
dadanos de la patria celestial, unidos con vínculos no terrenos,
esparcidos por el orbe entero, han contribuido con su testimo-
sino celestiales. Si lo niegan, es fácil convencerles con el ejem-
plo del santo y admirable Job, que ni fué indígena ni prosélito, nio al florecimiento universal de la Iglesia de Cristo.
es decir, advenedizo al pueblo de Israel, sino un extranjero
oriundo de la Idumea, donde nació y murió. La divina palabra
le prodiga tales elogios, que, en cuanto a justicia y a piedad, CAPITULO XLVIII
no^ es comparable a ningún hombre de su tiempo. Aunque las
crónicas no nos dicen en qué tiempo vivió, podemos conjeturar- LA PROFECÍA DE AGEO Y SU CUMPLIMIENTO EN LA IGLESIA
lo por su libro, admitido por los judíos en el canon a vista de
su excelencia. Vivió tres generaciones después de Jacob. Y no Esta casa de Dios es de mayor gloria que la primera, cons-
me cabe la menor duda que fué afecto de la Providencia divina, truida de madera, de piedras preciosas y recubierta de oro. La
que quiso enseñarnos en este ejemplo que también entre las de- profecía de Ageo no ha sido cumplida en la restauración del
mas naciones han existido hombres que vivieron según Dios v templo, pues desde la restauración tuvo su mayor época de es-
que le agradaron, que son miembros de la Jerusalén espiritual. . plendor en tiempo de Salomón. Más aún, puede decirse que su
gloria menguó con el cese de las profecías, y luego, por los
mulum a nobis commemorari potest: non quo necessarius sit, etiamsi desit,
sed quia non incongrue creditur fuisse et in alus gentibus homines, qui- cui divinitus revelatus est unus mediator Dei et hominum homo Christus
bus hoc raysterium revelatum est, et qui hoc etiam praedicere impulsi Iesus: qui venturus in carne sic antiquis sanctis praenuntiabatur, quem-
sunt, sive participes eiusdem gratiae fuerint, sive expertes, sed per malos admodum nobis venisse nuntiatus est, ut una eademque per ipsum fides
angelos docti sunt, quos etiam praesentem Christum, quem Iudaei non omnes in Dei civitatem, Dei domum, Dei templum praedestinatos perducat
agnoscebant, scimus fuisse confessos. Nee ipsos Iudaeos existimo audere ad Deum. Sed quaecumque alíorum prophetiae de Dei per Christum
contendere, neminem pertinuisse ad Deum, praeter Israelitas, ex quo Iesum gratia proferuntur, possunt putari a Christianis esse confictae. Ideo
propago Israel esse coepit, repróbate eius fratre maiore. Populus enim nihil est firmius ad convincendos quoslibet alíenos, si de hac re conten-
revera, qui proprie Dei populus diceretur, nullus alius fuit: homines derint, nostrosque faciendos, si recte sapuerint, quam ut divina praedicta
autem quosdam non terrena, sed caelesti societate ad veros Israelitas su- de Christo ea proferantur, quae in Iudaeorum scripta sunt codicibus:
pernae cives patriae pertinentes etiam in alus gentibus fuisse, negare non quibus avulsis de sedibus propriis, et propter hoc testimonium toto orbe
jwssunt: qiua si negant, facillime convincuntur de sancto et mirabili viro dispersis, Christi usquequaque crevit Ecclesia.
loo, qui nee indígena, nec proselytus, id est advena populi Israel fuit:
sed^ ex gente Idumaea genus ducens, ibi ortus, ibidem mortuus est: qui
divino sic laudatur eloquio, ut quod ad iustitiam pietatemque attinet, GAPUT XLVIII
nullus ei homo suorum temporum coaequetur "2. Quae témpora eius quam-
vis non inveniamus in Chronicis, colligimus tamen ex libro, eius, quem PROPHETIAM AGCAEI, QUA DIXIT MAIOREM FUTURAM CLORIAM DOMUS DEI,
pro siu mérito Isráelitae in auctoritatem canonicam receperunt, tertia QUAM PRIMUM FUISSET, NON IN REAEDIFICATIONE TEMPLI, SED IN ECCLESIA
generatione posteriorem fuisse quam Israel. Divinitus autem provisum CHRISTI ESSE COMPLETAM
tuisse non dubito, ut ex hoc uno sciremus etiam per alias gentes esse
potuisse qui secundum Deum vixerunt eique placuerunt, pertinentes ad Haec domus Dei maioris est gloriae, quam fuerat illa prima lignis et
spintualem Ierusalem. Quod nemini concessum fuisse creclendum est, nisi lapidibus, caeterisque pretiosis rebus metallisque constructa. Non itaque
Aggaei prophetia in templi illius instauratione completa est. Ex quo enim
82
I o b i ; E z . 14,20. instauratum est, nunquam ostenditur habuisse tantam gloriam, quantam
1336 LA CIUDAD DE DIOS XiVIII, 48
X V I I I , 49 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1337
diversos estragos que sufrieron los judíos hasta su destrucción,
llevada a cabo por los romanos, como ya hemos apuntado. En do. El gran Arquitecto, que dijo: Muchos son los llamados y
cambio, esta casa, que pertenece al Nuevo Testamento, es tanto pocos los elegidos, sabía muy bien que el edificio de esta casa,
más gloriosa cuanto mejores son las piedras que la componen, que no vería en adelante la ruina, no lo formarían los llamados,
esas piedras vivas por la fe y la renovación. Ha sido figurada que merecieron ser despedidos, sino solamente los elegidos.
por la restauración del templo porque, en lenguaje profético, Mas mientras ahora estos que separará el aventalle, como el
esa renovación significa el Nuevo Testamento. En estas palabras grano de la paja en la era, llenan las iglesias, la gloria de esta
de Dios por el profeta: Yo daré la paz a este lugar, debe enten- casa no aparece tan grande como aparecerá cuando cada cual
derse por el lugar que significa, el lugar significado por él. donde esté, estará siempre.
Y así como ese lugar restaurado es figura de la Iglesia, que
había de ser edificada por Cristo, esas palabras tienen el si-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


guiente sentido: Y estableceré la paz en el lugar que figura. CAPITULO XLIX
En efecto, todas las cosas figurativas parecen representar, en
cierta manera, las cosas figuradas. A este tenor dice el Apóstol: D E LA CONVIVENCIA GENERAL DE ELEGIDOS Y REPROBOS
Y la piedra era Cristo, porque la piedra de que hablaba era EN LA IGLESIA
figura de Cristo. La gloria de esta casa del Nuevo Testamento
es, pues, mayor que la del Antiguo, y aparecerá tal cuando se En este siglo perverso, en estos tristes días, donde la Iglesia
haga la dedicación. Entonces vendrá el Deseado de las naciones, logra por su humillación presente su exaltación futura, y es
como se lee en el hebreo, porque su primera venida no podía ejercitada con los aguijones del terror, con los tormentos del
ser deseada por todas las naciones, pues no conocían a quién dolor, con las molestias del trabajo y con los peligros de las
habían de desear y aún no habían creído en él. Y entonces, tentaciones, sin tener otra alegría que la esperanza si se regocija
según los Setenta (porque también su sentido es profético), como debe, muchos reprobos se mezclan con los buenos. Unos
vendrán los que ha escogido el Señor de todas las naciones. y otros son recogidos como en la red evangélica, y en el mun-
Entonces vendrán únicamente los elegidos, de los cuales dice do, como en el mar, prendidos en las mallas, nadan entre-
el Apóstol: Nos has elegido en él antes de la creación del mun- mezclados hasta llegar a la orilla, en que los malos serán sepa-
rados de los buenos [ 9 1 ] . Dios habitará en los buenos como en
habuít tempore Salomonís: imo potius ostenditur primum cessatione pro-
phetiae fuisse domus illius gloriam diminutam, deinde ipsius gentis cladi-
bus tantis usque ad ultiraum excidium, quod factum est a Romanis, sicut Sicut elegit nos in ipso ante mundi constitutionem 9G. Ipse quippe archi-
ea quae supra sunt commemorata testantur. Haec autem domus ad novum tectus, qui dixit, Multi vocati, pauci autem electi", non de his qui vocati
pertinens Testamentum, tanto utique maioris est gloriae, quanto meliores sic venerunt, ut de convivio proiieerentur, sed de electis demonstraturus
sunt lapides vivi, quibus credentibus renovatisque construitur. Sed ideo est aedificatara domum, quae nullam deinceps formidabit ruinam. Nunc
per instaurationem templi illius significata est, quia ipsa renovatio illius autem, quando et hi replent ecclesias, quos tanquam in área ventilatio
aedificii significat eloquio prophetico alterum Testamentum, quod appel- separabit, non apparet tanta gloria domus huius, quanta tune apparebit,
latur novum. Quod ergo Deus dixit per memoratum prophetam, Et dabo quando quisquís ibi erit, semper erit.
pacem in loco isto ": per significantem locum, ille qui eo significatur,
intelligendus est: ut quia illo loco instaurato significata est Ecclesia, quae
fuerat aedificanda per Christum, nihil aliud accipiatur, quod dictum est, CAPUT XLIX
Dabo pacem in loco isto; nisi, Dabo pacem in loco, quem significat locus
iste. Quoniam omnia significantia videntur quodammodo earum rerum, Di! INDISCRETA MULTIPLICATIONE ECCLESIAE, QUA IN HOC SAECUL0 MULTI
quas significant, sustinere personas: sicut dictum est ab Apostólo, Petra REPROBI MISCENTUR ELECTIS
erat Christus " ; quoniam petra illa, de qua hoc dictum est, signíficabat
utique Christum. Maior est itaque gloria domus huius novi Testamenti, In hoc ergo maligno saeculo, in his diebus malis, ubi per humilitatem
quam domus prioris veteris Testamenti: et tune apparebit9S maior, cum praesentem futuram comparat Ecclesia celsitudinem, et timorum stimulis,
dedicabitur. Tune enim veniet Desideratus cundís gentibus , sicut legituí dolorum tormentis, laborum molestüs, tentatíonum pericuKs eruditur, sola
in Hebraeo. Nam prius eius adventos nondum erat desideratus ómnibus spe gaudens, quando sanum gaudet, multi reprobi miscentur bonis; et
gentibus. Non enim quem deberent desiderare, sciebant, in quem non utrique tanquam in sagenam evangelicam colliguntur °a; et in hoc mundo,
crediderant. Tune etiam secundum Septuaginta interpretes (quia et ipse tanquam in mari, utrique inclusi retibus indiscrete natant, doñee perve-
propheticus sensus est), venient quae electa sunt Domini de cunctis gen- niatur ad littus, ubi mali segregentur a bonis, et in bonis tanquam in
tibus. Tune enim veré non venient nisi electa, de quibus dicit Apostolus, templo suo, sit Deus omnia in ómnibus ". Proinde vocem nunc agnosci-
15
mus eius impleri, qui loquebatur in Psalmo, atque dicebat, Annuntiavi,
•» Agg. 2,10. Age. 2,8.
»* i Cor. 10,4. '"> E p h . 1,4. " I b i d . , 13,47.
" M t . 22,14 _ " 1 Cor. 15,28.
]33S LA CIUDAD DE DIOS XVIII, 49
X V T I I , SO PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1339
.su templo, y será todo en todos. Así vemos cumplirse la voz del
que hablaba en el Salmo en estos términos: He publicado y
anunciado por doquier y se han multiplicado sin número. Esto C A P I T U L O L
sucede ahora desde que fué anunciado primero por boca de
San Juan, su precursor, y luego por la suya p r o p i a : Haced pe-
LA PREDICACIÓN DEL EVANGELIO Y SU ESCLARECIMIENTO
nitencia, porque está cerca el reino de los cielos. Se rodeó de
algunos discípulos, a los que llamó apóstoles, hombres de con-
Luego hay una profecía que dice: La ley saldrá de Sión,
dición humilde, sin honra y sin letras, de suerte que, si fueran
y la palabra de Dios, de Jerusalén; y están las predicciones de
o hicieran algo digno, El lo fuera u obrara en ellos. Entre ellos
Cristo mismo cuando, después de su resurrección, ante la admi-
hubo uno malo, y el Señor, usando bien de su maldad, se sirvió
ración de los discípulos, les abrió el espíritu para que entendie-
de él para cumplir lo ordenado en torno a su pasión y dar
sen las Escrituras, y les dijo: Así estaba escrito y así era nece-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ejemplo de tolerancia a su Iglesia. Y, una vez suficientemente
sario que Cristo padeciera, y que resucitara de entre los muer-
esparcida la semilla del santo Evangelio, su presencia corporal
tos al tercer día, y que en su nombre se predicase la penitencia
padeció, murió y resucitó, mostrando con su pasión lo que de-
y el perdón de los pecados a todas las naciones^ comenzando por
hemos soportar por la verdad, y con su resurrección, lo que
Jerusalén. A éstas se añade aquella que hizo respondiendo a los
debemos esperar en la eternidad, sin hablar del profundo sa-
que le preguntaban sobre su última venida: No os toca a vos-
cramento de su sangre, derramada en remisión de los pecados.
otros saber los tiempos y los momentos, que el Padre tiene re-
Conversó después durante cuarenta días con sus discípulos en
servados a su poder. Recibiréis, sí, la virtud del Espíritu Santo,
la tierra y ascendió a los cielos ante sus ojos, y diez días des-
que descenderá sobre vosotros, y seréis mis testigos en toda Ju-
pués envió, según su promesa, el Espíritu Santo. Su venida so-
dea y Samaría y hasta en los confines de la tierra. Según estas
bre los fieles está marcada con el signo supremo, y entonces
profecías, la Iglesia partió de Jerusalén, y, habiendo sido mu-
necesario, de que hablaran toda clase de lenguas. Esto era figura
chos en Judea y Samaría, se extendió a otras naciones, predi-
de la unidad de la Iglesia católica, que había de estar extendida
cándoles el Evangelio aquellos a quienes Cristo, como lumbre-
por todo el orbe y hablar las lenguas de todos los pueblos.
ras, había preparado con la palabra y encendido con el Espíritu
Santo. El les había dicho: No temáis a los que matan el cuer-
po y no pueden matar el alma. Y para que no les enfriase el
et locutus sum, multiplican sunt super numerum 10°. Hoc fit nunc, ex quo temor, ardían en el fuego de la caridad. En suma, no solamen-
primum per os praecursoris sui Ioannis, deinde per os proprium annun-
tiavit, et locutus est, dicens, Agite poenitentiam, appropinquavit enim
regnum caelorum"", Elegit discípulos, quos et Apostólos nominavitl02,
humiliter natos, inhonoratos, illitteratos; ut quidquid magnum essent et CAPUT L
facerent, ipse in eis esset et faceret. Habuit Ínter eos unum, quo malo
utens bene, et suae passionis dispositum impleret, et Ecclesiae suae tole- D E PRAEDICATIONE EvANGELII, QUAE PER PASSIONES PRAEDICANTIÜM CLARIOR
randorum malorum praeberet exeraplum. Seminato, quantum per eius ET POTENTIOR FACTA EST
oportebat praesentiam corporalem, sancto Evangelio, passus est, mortuus Deinde secundum illam prophetiam, Ex Sion lex prodiet, et verbum
est, resurrexit: passione ostendens quid sustinere pro veritate, resurrec- Domini ex lerusalem Jra : et secundum ipsius Domini Christi praedicta, ubi
tione quid sperare in aeternitate debeamus; excepta altitudine sacramenti, post resurrectionem stupentibus eum discipulis suis aperuit sensum, ut
qua sanguis eius in remissionem peccatorum fusus est. Conversatus est intelligerent Scripturas, et dixit eis, Quoniam sic scriptum est, et sic
in térra quadraginta dies cum discipulis suis, atque ipsis videntibus as- oportebat Christum pati, et resurgere a mortuis tertio die, et praedicari
cendit in caelum, et post dies decem misit promissum Spiritum sanctum: in nomine eius poenitentiam et remissionem peccatorum per omnes gentes,
cuius venientis in eos qu¡ crediderant, tune signum erat máximum et má- incipientibus ab lerusalem 101; et ubi rursus eis de adventu eius novissimo
xime necessarium, ut unusquisque eorum linguis omnium gentium loque- requirentibus respondit, atque ait, Non est vestrum scire témpora vel mo-
retur: ita significans unitatem catholicae Ecclesiae per omnes gentes fu- menta, quae Pater posuit in sua potestate: sed accipietis virtutem Spiritus
íuram, ac sic linguis ómnibus locuturam. sancti supervenientem in vos, et eritis mihi testes in lerusalem,, et in tota
100 Iudaea et Samaría, et usque in fines terrae 105: primum se ab lerusalem
Vs. 39,fi.
101
M t . 3,2 ; 4,17. diffudit Ecclesia, et cum in Iudaea atque Samaría plurimi credidissent,
102
L e . 6,13. et in alias gentes itum est, eis annuntiantibus Evangelium, quos ipse, sicut
luminaria, et aptaverat verbo, et accenderat Spiritu sancto. Dixerat enim
eis, Nolite timere eos qui Corpus occidunt, animam autem non possunt
occidere 10*. Qui ut frigidi timore non essent, igne charitatis ardebant
105
" « I s . 8,3. A c t . 1,7.8
101 10
Uc. 34,46.47- ° M t , ro,28.
1340 LA CIUDAD DK DIOS XIVILT, 5 1 , 1
XVIII, 51, 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1341
te se sirvió p a r a la p r e d i c a c i ó n de su E v a n g e l i o de a q u e l l o s q u e
le h a b í a n visto y o í d o a n t e s y d e s p u é s de su p a s i ó n y r e s u r r e c - d a d de l a c o n f u s i ó n ! L o s q u e en l a I g l e s i a de Cristo tienen
ción, sino t a m b i é n de los sucesores de éstos, q u e l l e v a r o n su o p i n i o n e s m a l a s y p e l i g r o s a s , si, c o r r e g i d o s , resisten contumaz-
palabra al m u n d o entero entre persecuciones, tormentos y muer- m e n t e y se n i e g a n a e n m e n d a r s u s p e s t í f e r a s y m o r t í f e r a s doc-
tes sin c u e n t o . D i o s c o n f i r m a b a esto con m a r a v i l l a s , c o n p r o - t r i n a s y p e r s i s t e n en d e f e n d e r l a s , se h a c e n h e r e j e s , y, u n a vez
digios, c o n v i r t u d e s v a r i a s y c o n d i v e r s o s d o n e s del E s p í r i t u fuera de l a I g l e s i a , l o s m i r a m o s c o m o e n e m i g o s q u e l a ejerci-
S a n t o . P r e t e n d í a c o n esto q u e l o s g e n t i l e s , c r e y e n d o en el cru- tan [ 9 2 ] . A s í , c o n su m a l son útiles a l o s v e r d a d e r o s católicos,
cificado p o r l a r e d e n c i ó n d e ellos, v e n e r a r a n c o n a m o r c r i s t i a n o q u e son m i e m b r o s de Cristo, u s a n d o D i o s b i e n de l o s m a l o s
la s a n g r e d e l o s m á r t i r e s q u e d e r r a m a r o n c o n f u r o r d i a b ó l i c o , y c o o p e r a n d o t o d o a l b i e n de los q u e le a m a n . E n efecto, l o s
y q u e los reyes, c u y o s edictos s o c a v a b a n l a Iglesia, se sometie- e n e m i g o s de l a I g l e s i a , b i e n sean c e g a d o s p o r el e r r o r , b i e n
r a n h u m i l d e m e n t e a l n o m b r e q u e se a f a n a r o n p o r d e s t e r r a r r e p r o b a d o s p o r l a m a l i c i a , si l a p e r s i g u e n c o r p o r a l m e n t e , ejer-
citan su p a c i e n c i a , y si l a c o m b a t e n c o n s u s d o c t r i n a s contra-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


c r u e l m e n t e d e l a t i e r r a . A s í , sus p e r s e c u c i o n e s se d i r i g i r í a n
c o n t r a los dioses falsos, p o r c u y a c a u s a h a b í a n sido a n t e s rias, e j e r c i t a n su s a b i d u r í a . P e r o s i e m p r e , p a r a a m a r a l o s ene-
p e r s e g u i d o s los a d o r a d o r e s del D i o s v e r d a d e r o . m i g o s , los fieles e j e r c i t a n su b e n e v o l e n c i a o su beneficencia,
o r a se p r o c e d a c o n e l l o s p o r c o n f e r e n c i a s a p a c i b l e s , o r a p o r
castigos t e r r i b l e s . P o r eso, el d i a b l o , p r í n c i p e d e l a c i u d a d
C A P I T U L O L I i m p í a , s u b l e v a n d o a s u s esclavos c o n t r a l a C i u d a d de D i o s q u e
p e r e g r i n a e n este m u n d o , n o se p e r m i t e h a c e r l e d a ñ o a l g u n o . L a
P r o v i d e n c i a d i v i n a le p r o c u r a c o n s u e l o en l a p r o s p e r i d a d p a r a
L A D I V E R S I D A D DE H E R E J Í A S E S UN A R G U M E N T O A F A V O R D E LA
q u e l a a d v e r s i d a d n o l a q u i e b r e , y en l a a d v e r s i d a d , e j e r c i t a c i ó n
IGLESIA CATÓLICA
p a r a que la p r o s p e r i d a d no la corrompa. Esta atemperación
es el o r i g e n de a q u e l l a s p a l a b r a s d e l S a l m o : A proporción de
1. M a s el d i a b l o , v i e n d o q u e los t e m p l o s de los d e m o n i o s
los muchos males que atormentaron mi corazón, tus consuelos
e r a n a b a n d o n a d o s y q u e el g é n e r o h u m a n o c o r r í a a l n o m b r e
han llenado de alegría mi alma. E n el m i s m o t o n o dice el
del M e d i a d o r y d e l L i b e r t a d o r , suscitó a los h e r e j e s a fin d e q u e ,
A p ó s t o l : Alegres en la esperanza y sufridos en la tribulación.
con c a p a d e c r i s t i a n o s , c o m b a t i e r a n la d o c t r i n a c r i s t i a n a . ¡ C o m o
2 . E l D o c t o r de l a s Gentes dice t a m b i é n q u e todos los que
si la C i u d a d de D i o s p u d i e r a t e n e r en su seno, sin c o r r e c c i ó n
quieran vivir santamente según Cristo, han de sufrir persecucio-
y d i s c r i m i n a c i ó n , p e r s o n a s de t a n c o n t r a r i o s p a r e c e r e s , a ejem-
nes. E s p r e c i s o , p u e s , h a c e r s e a l a i d e a de q u e n o p u e d e n f a l l a r
p l o de l o s filósofos, q u e se c o n t r a d e c í a n u n o s a otros en l a ciu-

ut sanum rectumque sapiant, resistunt contumaciter, suaque pestífera et


Denique per ipsos, non solum qui eum et ante passionem et post resur- mortifera dogmata emendare nolunt, sed defensare persistunt; haeretici
rectionem viderant et audierant, verum etiam post obittim eorum per fiunt, et foras exeuntes habentur in exercentibus inimicis. Etiam sic quippe
posteros eorum, inter horrendas persecutiones et varios cruciatus ac fu- veris illis catholicis membris Christi malo suo prosunt, dum Deus utitur
ñera martyrum praedieatum est toto orbe Evangelium, contestante Deo et malis bene, et diligentibus eum omnia cooperantur in bonum L°7. Inimici
signis, et ostentis, et variis virtutibus. et Spiritus sancti muneribus: ut enim omnes Ecclesiae, quolibet errore caecentur vel malitia depraventur,
populi gentium credentes in eum, qui pro eorum redemptione crucifixus si accipiunt potestatem corporaliter affligendi, exercent eius patientiam; si
est, christiano amore veneraren tur. sanguinem martyrum, quem diabólico tantummodo male sentiendo adversantur, exercent eius sapientiam; ut
furore fuderunt; ipsique reges, quorum legibus vastabatur Ecclesia, ei autem etiam inimici diligantur, exercent eius benevolentiam, aut etiam
nomini salubriter subderentur, quod de térra crudeliter auferre conati beneficentiam, sive suadibili doctrina eum eis agatur, sive terribili disci-
sunt, et falsos déos inciperent persequi, quorum causa cultores Dei veri plina. Ac per hoc diabolus princeps impiae civitatis, adversus peregri-
fuerant antea persecuti. nantem in hoc mundo civitatem Dei vasa propria commovendo, nihil ei
nocere permittitur. Cui procul dubio et rebus prosperis consolatio, ut non
CAPUT LI frangatur adversis; et rebus adversis exercitatio, ut non corrumpatur
prosperis, per divinam providentiam procuratur: atque ita temperatur
Q ü O D ETIAM PER HAERETICOKIIM DISSENSIONES FIDKS CATHOLTCA KORORETUK utrumque ab alterutro, ut in Psalmo illam vocem non aliunde agnoscamus
exortam, Secundum multitudinem dolorum meorum in corde meo, conso-
1. Videns autem diabolus templa daemonum deserí, et in nomen li- lationes tuae iucundaverunt animam meara 10s. Hinc est et illud Apostoli,
berantis Mediatoris currere genus humanum, haereticos movit, qui sub Spe gaudentes, in tribulatione patientes "".
vocabulo christiano doctrinae resisterent christianae, quasi possent indiffe-
renter sine ulIa correptione haberi in civitate Dei, sicut civitas confusionis 2. Nam et id, quod ait idem doctor, Quicumque volunt in Christo pie
indifferenter habuit philosophos inter se diversa et adversa semientes. Qui vivere, persecutionem patientur11", nullis putandum est deesse posse tem-
ergo in Ecclesia Chrísti morbidum aliquid pravumque sapiunt, si correpti 107
R o m . 8,í8. ion I^<>111_ 12,12.
116
">" P». 93,19 a Tim. 3,ia.
S1 2
1342 LA CIUDAD DK DIOS XVtffl, >
XVfflI, 52, 1 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1343
en n i n g ú n t i e m p o . P o r q u e , c u a n d o p a r e c e r e i n a r la paz P o r
p a r t e d e los e n e m i g o s d e fuera, y en r e a l i d a d reina, y ésta b r i n - c o s t u m b r e s d e los c r i s t i a n o s m a l o s o falsos es útil a los q u e lo
da u n g r a n c o n s u e l o s o b r e t o d o a los débiles, d e n t r o n o f a l t a n , sienten, p o r q u e n a c e de la c a r i d a d , q u e se a l a r m a p o r estos
m á s a ú n , son m u c h o s los e n e m i g o s q u e a t o r m e n t a n el c o r a z ó n m i s e r a b l e s y p o r q u i e n e s i m p i d e n l a s a l u d d e o t r o s . E n fin, los
de los h o m b r e s de b i e n en s u s r o t a s c o s t u m b r e s . E s t o s s o n la fieles r e c i b e n g r a n d e s c o n s u e l o s d e la e n m i e n d a de los m a l o s ,
c a u s a d e q u e el n o m b r e c r i s t i a n o y católico sea b l a s f e m a d o , y su c o n v e r s i ó n e s p a r c e s o b r e sus a l m a s u n riego de t a n t a fe-
y c u a n t o m á s a m a n ese n o m b r e las a l m a s p i a d o s a s , a n h e l o s a s c u n d i d a d c u a n t o fué el d o l o r q u e los a t o r m e n t ó a n t e s . L a Igle-
de vivir s e g ú n Cristo, t a n t o m á s sienten q u e h a g a n esa i n j u r i a sia en este siglo, en estos tristes d í a s , n o s ó l o desde C r i s t o y los
Jos m a l o s c r i s t i a n o s , y sea p o r eso m e n o s a m a d o de lo q u e a p ó s t o l e s , sino d e s d e el p r i m e r j u s t o A b e l , a q u i e n d i o m u e r t e
ellos d e s e a n . O t r o o b j e t o de d o l o r p a r a los p i a d o s o s es p e n s a r su i m p í o h e r m a n o , y h a s t a el fin del m u n d o , c a m i n a su j o r n a d a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e los h e r e j e s , q u e se dicen t a m b i é n c r i s t i a n o s y tienen los e n t r e l a s p e r s e c u c i o n e s del m u n d o v l a s c o n s o l a c i o n e s d e
m i s m o s s a c r a m e n t o s , y l a s m i s m a s E s c r i t u r a s , y la m i s m a p r o - Dios [ 9 3 ] .
fesión, e n v i s c a n con sus d i s e n s i o n e s en la l u c h a a m u c h o s dis-
puestos a a b r a z a r el c r i s t i a n i s m o . Y d a n l u g a r a b l a s f e m i a s C A P I T U L O L I I
c o n t r a el n o m b r e c r i s t i a n o , n o m b r e q u e t a m b i é n ellos o s t e n t a n .
Estas y p a r e c i d a s p o s t u r a s y desviaciones de los h o m b r e s son
¿ H A B R Á MÁS P E R S E C U C I O N E S , SEGÚN ALGUNOS CREEN, QUE LAS
u n a p e r s e c u c i ó n c a l l a d a p a r a los q u e q u i e r e n vivir s a n t a m e n t e DIEZ H A B I D A S ?
en Cristo a u n sin q u e n a d i e a t o r m e n t e y veje su c u e r p o . E s u n a
persecución interior, cordial, no corporal. Esto arrancó aquel 1. P i e n s o q u e es u n a t e m e r i d a d d e c i r o creer, c o m o algu-
g r i t o : A proporción de los muchos dolores que atormentaron n o s h a n c r e í d o y creen, q u e la I g l e s i a n o h a d e s e n t i r m á s per-
mi corazón, p u e s n o dice m i c u e r p o . P e r o a d e m á s , c o m o es sa- s e c u c i o n e s h a s t a el a n t i c r i s t o d e s p u é s de l a s diez sufridas, y q u e
b i d o q u e las p r o m e s a s d e D i o s son i n m u t a b l e s y q u e el A p ó s t o l la u n d é c i m a y ú l t i m a la s u s c i t a r á é l . L a p r i m e r a se d e b e a
d i c e : El Señor conoce a los suyos, pues a los que tiene previstos, N e r ó n ; la s e g u n d a , a D o m i c i a n o ; la t e r c e r a , a T r a j a n o ; la
también los predestinó para ser conformes a la imagen de su c u a r t a , a A n t o n i n o ; la q u i n t a , a S e v e r o ; la sexta, a M a x i m i n o ;
Hijo, y, p o r lo t a n t o , d e éstos n o p u e d e p e r e c e r n i n g u n o , el la s é p t i m a , a D e c i o ; la octava, a V a l e r i a n o ; la n o v e n a , a A u r e -
S a l m o a ñ a d e : Tus consuelos han llenado de alegría mi alma. l i a n o , y la d é c i m a , a D i o c l e c i a n o y M a x i m i a n o . D i c e n q u e l a s
E l d o l o r q u e r o e el c o r a z ó n de los p i a d o s o s p e r s e g u i d o s p o r l a s diez p l a g a s d e E g i p t o q u e p r e c e d i e r o n a la s a l i d a d e l p u e b l o
ipse, qui fit in cordibus piorum, quos persequuntur mores Christianorum
poribus. Quia et cum ab eis qui foris sunt non saevientibus, videtur esse malorum sive falsorum, prodest dolentibus; quoniam de chántate descen-
tranquillitas, et reverá est, plurimumque consolationis affert, máxime dit, qua eos perire nolunt, nec impediré aliorum salutem. Denique magnae
infirmis; non tamen desunt, imo multi sunt intus, qui corda pie víventium consolationes fiunt etiam de correctionibus eorum, quae piorum animas
suis perditis moribus cruciant: quoniam per eos blasphematur christianum tanta iucunditate perfundunt, quantis doloribus de sua perditione crucia-
et catholieum ¡lomen: quod quanto est charius eis, qui volunt pie vivere verunt. Sic in hoc saeculo, in his diebus malis, non solum a tempore cor-
in Christo, tanto magis dolent, quod per malos intus pósitos fit, ut minus poralis praesentiae Christi et Apostolorum eius, sed ab ipso Abel, quem
quam piorum mentes desiderant, diligatur. Ipsi quoque haeretici, cum primum iustum impius frater occidit, et deinceps usque in huius saeculi
cogitantur habere nomen et sacramenta christíana, et Scripturas, et pro- finem, inter persecutiones mundi et consolationes Dei peregrinando pro-
fessionem, magnum dolorem faciunt in cordibus piorum: quia et multi currit Ecclesia.
volentes esse Christiani, propter eorum dissensiones haesitare coguntur, et
multi maledici etiam in his inveniunt materiam blasphemandí Christianum CAPUT LII
nomen; quia et ipsi quoquo modo Christiani appellantur. His atque
huiusmodi pravis moribus et erroribus hominum persecutionem patiuntur AN CREDENDUM SIT, QUOD QUÍDAM PUTANT, IMPLETIS DECEM PERSECUTIONIBUS
qui volunt in Christo pie vivere, etiam nullo infestante ñeque vexante QUAE FUERUNT, NÜLLAM IAM SUPERESSE PRAETER UNDECIMAM, QUAE IN TPSO
corpus illorum. Patiuntur quippe hanc persecutionem non in corporibus, ANTICIIRISTI TEMPORE SIT FUTURA
sed in cordibus. Unde illa vox est: Secundum multitudincm dolorum meo-
rum in corde meo. Non enim ait, In corpore meo. Sed rursüs quoniam 1. Proinde ne illud quidem temeré puto esse dicendum, sive creden-
cogitantur immutabilia divina promissa, et quod ait Apostolus, Novit dum, quod nonnullis visum est, vel videtur, non amplius Ecclesiam pas-,
Dominus qui sunt eius m : Quos enim praescivit, et praedestinavit confor- suram persecutiones usque ad tempus Antichristi, quam quot iam passa
mes imaginis Filii sui112; ex eis perire nullus potest; ideo sequitur in est, id est decem, ut undécima eademque novissima sit ab Antichristo.
illo psalmo, Consolationes tuae iucundaverunt animam meam. Dolor autem Primam quippe computant a Nerone quae facta est, secundam a Domi-
tiano, a Traiano tertiam, quartam ab Antonino, a Severo quintam, sextam
111
2 T i m . 2,19. a Maximino, a Decio septimam, octavam a Valeriano, ab Aureliano nonam,
" » R o m . 8,2?. decimam a Diocletiano et Maximiano. Plagas enim Aegyptiorum, quoniam
decem fuerunt, antequam inde exire inciperet populus Dei; putant ad
1344 LA CIUDAD DE DIOS ¡ X V I I I , 52, 2
XIVIII, 52, 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 134i5
(lo D i o s d e b e n a p l i c a r s e a éstas, y q u e la ú l t i m a , la del a n t i c r i s -
to, h a s i d o f i g u r a d a p o r la u n d é c i m a p l a g a , q u e fué el h u n d i - sión del S e ñ o r . A d e m á s , ¿ q u é r e s p o n d e n de J u l i a n o , a q u i e n
m i e n t o de los e g i p c i o s en el m a r R o j o c u a n d o , p e r s i g u i e n d o a n o e n u m e r a n e n t r e los d i e z ? ¿ D i r á n a c a s o q u e n o p e r s i g u i ó a la
los h e b r e o s , el p u e b l o de D i o s lo p a s ó a p i e e n j u t o . E n m i Iglesia, él, q u e p r o h i b i ó a los c r i s t i a n o s e n s e ñ a r y a p r e n d e r l a s
e s t i m a c i ó n , los sucesos de E g i p t o n o son u n a figura p r o f é t i c a de l e t r a s l i b e r a l e s ? El p r i v ó a V a l e n t i n i a n o el M a y o r , m á s t a r d e
estas p e r s e c u c i o n e s , a u n q u e los q u e así p i e n s a n h a n c o t e j a d o y e m p e r a d o r , de su c a r g o m i l i t a r p o r h a b e r c o n f e s a d o la fe cris-
c o m p r o b a d o con e s m e r o e i n g e n i o s i d a d t o d o s los detalles, p e r o t i a n a . Y o m i t o d e c i r lo q u e h a b í a c o m e n z a d o a h a c e r en An-
g u i a d o s n o con e s p í r i t u p r o f é t i c o , s i n o f u n d a d o s en c o n j e t u r a s t i o q u í a c u a n d o , a d m i r a d o de la fidelidad y de la c o n s t a n c i a de
del e s p í r i t u h u m a n o , q u e a veces l l e g a a la v e r d a d y a veces un joven q u e , a t o r m e n t a d o d u r a n t e t o d o u n día, c a n t a b a e n t r e
se e n g a ñ a . garfios y t o r m e n t o s la l i b e r t a d y la a l e g r í a , se h o r r o r i z ó , y t e m i ó
r u b o r i z a r s e m á s g r o t e s c a m e n t e en los d e m á s . E n fin, en n u e s t r o
2 . ¿ Q u é d i r á n los que así p i e n s a n de la p e r s e c u c i ó n en
t i e m p o , el h e r m a n o de V a l e n t i n i a n o , el a r r i a r l o V a l e n t e , ¿ n o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e fué crucificado el S a l v a d o r ? ¿ Q u é n ú m e r o le a s i g n a r á n ?
suscitó en O r i e n t e u n a s a n g r i e n t a p e r s e c u c i ó n c o n t r a la I g l e s i a
Y si p r e t e n d e n c o n t a r s o l a m e n t e las p a d e c i d a s p o r el c u e r p o de
c a t ó l i c a ? Y ¿ q u é significa n o c o n s i d e r a r q u e la Iglesia, exten-
la I g l e s i a , n o a q u e l l a q u e dio m u e r t e a la cabeza, ¿ q u é d i r á n de
d i d a y floreciente p o r t o d o el m u n d o , p u e d e ser p e r s e g u i d a p o r
a q u e l l a q u e se suscitó en J e r u s a l é n d e s p u é s de la a s c e n s i ó n de
los reyes en u n a n a c i ó n sin q u e lo sea en o t r a s ? Q u i z á a l g u i e n
Cristo, en la q u e fué l a p i d a d o S a n E s t e b a n ; S a n t i a g o , h e r m a n o
d i g a q u e n o d e b e c o n t a r s e c o m o p e r s e c u c i ó n la del rey de los
de S a n J u a n , d e c a p i t a d o ; S a n P e d r o , e n c a r c e l a d o y l i b r a d o p o r
g o d o s , d i r i g i d a en la m i s m a G o t i a [ 9 4 ] c o n t r a los c r i s t i a n o s
u n á n g e l ; los fieles, d i s p e r s a d o s de J e r u s a l é n ; en la q u e S a u l o ,
católicos con e x t r a ñ a c r u e l d a d , m u c h o s de los c u a l e s fueron co-
m á s t a r d e a p ó s t o l S a n P a b l o , p i s o t e a b a la I g l e s i a y sufría lue-
r o n a d o s con el m a r t i r i o , s e g ú n h e m o s o í d o a a l g u n o s h e r m a n o s
g o p o r ella, e v a n g e l i z a n d o la fe, lo q u e le h a b í a h e c h o sufrir,
que r e c u e r d a n h a b e r l o visto, p u e s e r a n n i ñ o s e n t o n c e s . ¿ Q u é
r e c o r r i e n d o la J u d e a y o t r a s n a c i o n e s , d o n d e su celo a r d i e n t e le
p a s a a h o r a en P e r s i a ? ¿ N o es v e r d a d q u e h i r v i ó (si es q u e y a
llevaba a predicar a Cristo? ¿ P o r qué, pues, quieren hacerlas
a m a i n ó ) u n a p e r s e c u c i ó n t a l c o n t r a los c r i s t i a n o s , q u e a l g u n o s ,
c o m e n z a r en N e r ó n , si la I g l e s i a fué c r e c i e n d o h a s t a los días
h u y e n d o de a l l í , h a n v e n i d o a p a r a r en l a s c i u d a d e s r o m a n a s ?
de N e r ó n en m e d i o de a t r o c í s i m a s p e r s e c u c i o n e s , q u e sería m u y
Y o , p o n d e r a n d o estas y o t r a s cosas p o r el estilo, p i e n s o q u e n o
l a r g o de c o n t a r ? Y si p i e n s a n q u e d e b e n c a t a l o g a r s e e n t r e las
d e b e d e t e r m i n a r s e el n ú m e r o de p e r s e c u c i o n e s q u e h a n de ejer-
p e r s e c u c i o n e s t o d a s las s u s c i t a d a s p o r reyes, H e r o d e s t a m b i é n
citar a la I g l e s i a . P e r o n o seria m e n o r t e m e r i d a d a s e g u r a r al-
lo fué e hizo sufrir u n a de las m á s c r u e l e s d e s p u é s de la ascen-
g u n a s o t r a s , a e x c e p c i ó n de la ú l t i m a , de la q u e n o d u d a nin-
hunc intellectum esse referendas, ut novissima Antichristi persecutio, si-
milis videatur undecimae plagae, qua Aegyptii, dura hostiliter sequcrentur
Hebraeos, in mari Rubro, populo Dei per siccum transeúnte, perierunt. Deinde quid respondent etiam de Miaño, quem non numerant in decem?
Sed ego illa re gesta in Aegypto, istas persecutiones prophetice signifi- An ipse non est Ecclesiam persecutus, qui Christianos liberales Hueras
catas esse non arbitrar: quamvis ab eis, qui hoc putant, exquisite et docere ac discere vetuit? Sub quo Valentinianus maior, qui post euffl
ingenióse illa singula his singulis comparata videantur, non prophetico tertius imperator fuit, fidei christianae confessor exstitit, militiaque pri-
Spiritu, sed coniectura mentís humanae, quae aliquando ad verum per- vatus est. Ut omittam quae apud Antiochiam faceré coeperat, nisi unius
venit, aliquando fallitur. fidelissimi et constantissimi iuvenis, qui multis, ut torquerentur, appre-
2. Quid enim, qui hoc sentiunt, dicturi sunt de persecutione, qua hensis, per totum diem primus est tortus, ínter úngulas cruciatusque
ipse Dominus crucifixus est? in quo eam numero posituri? Si autem hac psallentis libertatem atque hilaritatem miratus horruisset et in caeteris
excepta existimant computandum, tanquam illae numerandae sint, quae deformius erubescere timuisset. Postremo nostra memoria Valens supradicti
ad corpus pertinent, non qua ipsum caput est appetitum et occisum; quid Valentiniani frater Arianus, nonne magna persecutione per Orientis partes
agent de illa, quae, posteaquam Christus ascendit ad caelum, lerosolymis catholicam vastavit Ecclesiam? Quale est autem, non considerare, Eccle-
facta est, ubi beatus Stephanus lapidatus est, ubi Iacobus frater loanms siam per totum mundum fructificantem atque crescentem posse in aliqui-
gladio trucidatus est, ubi apostolus Petrus ut occideretur inclusus et per bus gentibus persecutionem pati a regibus, et quando in alus non patitur?
Angelum liberatus, ubi fugati atque díspersi de lerosolymis fratres, ubi Nisi forte non est persecutio computanda, quando rex Gothorum in ipsa
Saulus, qui postea Paulus apostolus factus est, vastabat Ecclesiam; ubi Gothia persecutus est Christianos crudelitate mirabili, cum ibi non essent
ipse quoque iam fidem, quam persequebatur, evangelizans, qualia facie- nisi catholici, quorum plurimi rnartyrio coronati sunt: sicut a quibusdam
bat, est passus, sive per Iudaeam, sive per alias gentes, quacumque fratríbus qui tune illie pueri fuerant, et se ista vidisse incunctanter recor-
Christum ferventissimus praedicabat? Cur ergo eis a Nerone videtur or- dabantur, audivimus? Quid modo in Perside? nonne ita in Christianos
diendum, cum ad Neronis témpora Ínter atrocissimas persecutiones, de ferbuit persecutio (si tamen iam quievit), ut fugientes inde nonmilli usque
quibus nimis longum est cuneta dicere, Ecclesia crescendo pervenerit? ad Romana oppída pervenerint? Haec atque huiusmodi mihi cogitanti,
Quod si a regibus factas persecutiones in numero existimant esse deberé; non videtur esse definiendus numerus persecutionum, quibus exerceri
rex fuit Herodes, qui etiam post ascensum Domini gravissimam fecit. oportet Ecclesiam. Sed rursus affirmare aliquas futuras a regibus, praeter
illam novissimam, de qua nullus ambigit Christianus, non minoris est
13 46 LA CIUDAD DE DIOS XTVTII, 5 3 , 1
XfVIII, 53, 2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES ' ' 1347
g ú n c r i s t i a n o . D e j a m o s , p u e s , Ja c u e s t i ó n en s u s p e n s o , sin a p o -
yar ni desapoyar ninguna de esas opiniones, sino simplemente f u n d a c a d a u n o su o p i n i ó n , s e r í a l a r g o e i n n e c e s a r i o . Baste sa-
r e t r a y é n d o n o s de la a u d a z p r e s u n c i ó n de afirmar u n a de e l l a s . b e r q u e se b a s a n e n c o n j e t u r a s h u m a n a s , sin a l e g a r n a d a a u t o -
r i z a d o d e la E s c r i t u r a c a n ó n i c a . L o s d e d o s de los c a l c u l a d o -
res los r e s u e l v e , y m a n d a d e j a r e n c o m p á s d e e s p e r a a q u e l q u e
C A P I T U L O L i l i d i c e : No os corresponde a vosotros el saber los tiempos que
tiene reservados el Padre a su poder.
EL TIEMPO D E LA Ú L T I M A PERSECUCIÓN ESTÁ OCULTO 2. M a s , c o m o ésta es sentencia e v a n g é l i c a , n o es de m a -
r a v i l l a r q u e los a d o r a d o r e s d e m u c h o s y falsos dioses n o se
1. L a ú l t i m a p e r s e c u c i ó n , la del a n t i c r i s t o , la h a r á cesar h a y a n r e n d i d o a e l l a n i h a y a n c e j a d o de fingir r e s p u e s t a s d e
C r i s t o con su p r e s e n c i a . E s t á escrito q u e lo matará con el resue- los d e m o n i o s , a q u i e n e s r i n d e n c u l t o c o m o a d i o s e s , d i c i e n d o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


llo de su boca y que lo echará fuera con el resplandor de su q u e está d e t e r m i n a d o el tiempo q u e h a d e d u r a r l a r e l i g i ó n
presencia. A q u í suele p r e g u n t a r s e : ¿ C u á n d o s u c e d e r á e s t o ? c r i s t i a n a . V i e n d o , p u e s , q u e t a n c r u e l e s p e r s e c u c i o n e s n o la ha-
Y a l a v e r d a d q u e es u n a p r e g u n t a i m p o r t u n a . P o r q u e , si fuera b í a n d e s t r u i d o , sino q u e , a l c o n t r a r i o , le d i e r o n n u e v a v i t a l i d a d ,
útil s a b e r l o , ¿ q u i é n m e j o r crue el M a e s t r o d i v i n o p u d o d a r la e x c o g i t a r o n n o sé q u é versos g r i e g o s , e f u n d i d o s p o r u n o r á c u l o
r e s p u e s t a a s u s d i s c í p u l o s ? E l l o s , e n vez d e c a l l a r , le p r e s e n t a - d i v i n o c o m o a c o n s u l t a de a l g u i e n , y en e l l o s a b s u e l v e n a Cris-
r o n la cuestión en estos t é r m i n o s : Señor, ¿te presentarás en to d e esta especie de s a c r i l e g i o . P e r o a ñ a d e n q u e S a n P e d r o se
este tiempo, cuando restituirás el reino a Israel? Y él les res- sirvió de sacrificios p a r a h a c e r a d o r a r el n o m b r e d e Cristo du-
p o n d i ó : No os corresponde a vosotros el saber los tiempos que r a n t e t r e s c i e n t o s sesenta y cinco a ñ o s , c u m p l i d o s los c u a l e s se-
tiene reservados el Padre a su poder. V e r d a d es q u e n o le pre- ría a b o l i d o este c u l t o [ 9 5 J . ¡ O h i m a g i n a c i ó n d e h o m b r e s
g u n t a r o n el d í a , l a h o r a o el a ñ o , s i n o el t i e m p o , y él les d i o doctorales! i Oh espíritus letrados dignos de creer en Cristo
esa r e s p u e s t a . E n v a n o n o s a f a n a m o s , p u e s , en d e t e r m i n a r los esto q u e n o q u e r é i s c r e e r en L r i s t o , q u e el d i s c í p u l o P e d r o
a ñ o s q u e r e s t a n h a s t a el fin del m u n d o , p u e s q u e o í m o s de b o c a n o a p r e n d i e r a d e él l a s a r t e s m á g i c a s , sino q u e , siendo C r i s t o
de la V e r d a d q u e n o n o s toca a n o s o t r o s s a b e r l o . S i n e m b a r g o , i n o c e n t e , fué maléfico su d i s c í p u l o , y prefirió h a c e r con sus a r t e s
u n o s c u e n t a n c u a t r o c i e n t o s , o t r o s q u i n i e n t o s , o t r o s m i l , desde m á g i c a s , con g r a n d e s t r a b a j o s y p e l i g r o s y con el d e r r a m a m i e n -
la a s c e n s i ó n del S e ñ o r h a s t a su ú l t i m a v e n i d a . D e c i r en q u é to de su s a n g r e , q u e fuera a d o r a d o el n o m b r e del M a e s t r o a
q u e lo f u e r a el s u y o ! S i el maléfico P e d r o h i z o q u e el m u n d o
temeritatis. Itaque hoc in medio relinquimus, neutram partem quaestionis a m a r a t a n t o a C r i s t o , ¿ q u é h i z o el i n o c e n t e Cristo p a r a q u e a s í
huius astruentes, sive destruentes, sed tantummodo ab affirmandi quodli- le a m a r a P e d r o ? R e s p ó n d a n s e a sí m i s m o s y c o m p r e n d a n , si
bet horum audaci praesumptione revocantes.

longum est demonstrare, et non necessarium. Coniecturis quippe utuntur


CAPUT Lili humanis, non ab eis certum aliquid de Sciipturae canonícae auctontate
proiertur. Umnium vero de hac re calculantium dígitos resolvit et quiescere
DE TEMPORE NOVISSIMAE PERSECUTIONIS OCCULTO iubet ille qui dicit: Non est vestrum scire témpora, quae faiet in sua
1. Illam sane novissimam persecutionem, quae ab Antichristo futura posuit potestate.
est, praesentia sua ipse exstinguet Iesus. Sic enim scriptum est, quod 2. Sed ñaec quia evangélica sen ten tía est, mirum non est non ea
eum interficiet spiritu oris sui, et evacuaba üluminatione praesentiae repressos fuisse deorum multorum ialsoiumque cultores, quominus iuige-
suae 113. Hic quaeri solet, Quando istud erit? Importune omnino. Si enim rent daemonum responsis, quos tanquam déos colunt, deiinitum esse quanto
hoc nobis nosse prodesset, a quo melius quam ab ipso Deo magistro tempore mansura esset religio cnristiana. Cum enim viderent, nec tot
interrogantibus discipulis diceretur? Non enim siluerunt inde apud eum; tantísque persecutionibus eam potuisse consumi, sed his potius mira in-
sed a praesente quaesierunt, dicentes: Domine, si hoc tempore praesen- crementa sumpsisse, excogitaverunt nescio quos versus graecos, tanquam
taberis, et quando regnum Israel? At ille: Non est, inquit, vestrum scire consulenti cuidam, divino oráculo effusos, ubi Christum quidem ab huius
témpora, quae Pater in sua posuit potestate 1 " . Non utique illi de hora, tanquam sacrilegíi crimine faciunt innocentem; Petrum autem maleficiis
vel die, vel annos, sed de tempore interrogaverunt, quando istud accepere fecisse subiungunt, ut coleretur Christi nomen per trecentos sexaginta
responsum. Frustra igitur annos, qui huic saeculo remanent, computare quinqué annos, deinde completo memorato numero annorum, sine mora
ac definiré conamur, eum hoc seire non esse nostrum ex ore Veritatis sumeret finem. O hominum corda doctorum! o ingenia litterata digna cre-
audiamus. Quos tamen alii quadringentos, alii quingentos, alii etiam mille dere ista de Christo, quae credere non vultis in Christum, quod eius disci-
ab ascensione Domini usque ad eius ultimum adventum compleri posse pulus Petrus ab eo mágicas artes non didicerit, sed ipso innocente tamen
dixerunt. Quemadmodum autem quisque eorum astruat opinionem suam, eius maleficus fuerit nomenque illius, quam suum, coli maiuerit magicis
artibus suis, magnis laboribus et periculis suis, postremo etiam efíusione
"» 2 Thess. 3,8. sanguinis sui! Si Petrus maleficus fecit, ut Christum sic diligeret mun-
1,4
Aet. i¡6.7: dus: quid fecit innocens Christus, ut eum sic diligeret Petrus? Respon-
LA
Í34á CIUDAD DB DIOS XVILT, 5 4 , 1
XVIEI, 54, 1 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CIUDADES 1349
pueden, q u e la misma gracia soberana q u e h a hecho que el d e s d e el e s t a b l e c i m i e n t o d e l c u l t o de. C r i s t o p o r su p r e s e n c i a
m u n d o a m a r a a C r i s t o p o r la v i d a e t e r n a , e s a m i s m a h i z o q u e física y p o r s u s a p ó s t o l e s , ¿ q u é o t r a p r u e b a b u s c a m o s p a r a
S a n P e d r o l o a m a r a p o r a l c a n z a r e s a m i s m a vida e t e r n a h a s t a r e f u t a r esa f a l s e d a d ? N o se fije el inicio d e esta, r e a l i d a d e n el
sufrir p o r él l a m u e r t e t e m p o r a l . A d e m á s , ¿ q u i é n e s s o n estos n a c i m i e n t o d e C r i s t o , p o r q u e e n su i n f a n c i a y niñez n o t e n í a
dioses q u e p u e d e n p r e d e c i r t a l e s cosas y n o p u e d e n i m p e d i r l a s ; aún discípulos. Cuando comenzó a tenerlos, entonces brilló p o r
dioses o b l i g a d o s a ceder a l hechizo d e u n m a g o y d e u n crimi- su p r e s e n c i a c o r p o r a l la d o c t r i n a y l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a s , es
n a l q u e , c o m o dicen, m a t ó , d e s p e d a z ó y s e p u l t ó con rito n e f a n d o decir, d e s p u é s q u e S a n J u a n le b a u t i z ó e n el r í o J o r d á n . E n
a u n n i ñ o d e u n a ñ o [ 9 6 J ; dioses q u e p e r m i t e n q u e u n a secta efecto, a esto a l u d í a a q u e l l a p r o f e c í a q u e s u e n a : Dominará de
q u e les es c o n t r a r i a subsista t a n t o t i e m p o , s o b r e p o n i é n d o s e a un mar a otro y desde un río hasta el extremo de la tierra. M a s
las h o r r e n d a s c r u e l d a d e s d e l a s p e r s e c u c i o n e s s i n resistencia a n t e s d e l a p a s i ó n y r e s u r r e c c i ó n d e Cristo n o h a b í a s i d o a n u n -
y c o n p a c i e n c i a , y t a m b i é n la d e s t r u c c i ó n d e s u s í d o l o s , s u s tem-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


c i a d a l a fe a t o d o s , p u e s se a n u n c i ó e n su r e s u r r e c c i ó n , c o m o
p l o s , s u s sacrificios y s u s o r á c u l o s ? ¿ Q u é d i o s es éste, e n fin, h a c e n o t a r el A p ó s t o l a l o s a t e n i e n s e s e n estos t é r m i n o s : Ad-
n o n u e s t r o , s i n o d e e l l o s , q u e , o fué a t r a í d o p o r e s a m a l d a d o vierte ahora a los hombres que todos y en todas partes hagan
c o m p e l i d o a s u f r i r l o t o d o ? P o r q u e n o es a u n d e m o n i o , sino penitencia, por cuanto está determinado el día en que ha de
a u n dios, a q u i e n a t r i b u y e n esos versos e n q u e se a c u s a a P e d r o juzgar al mundo con justicia por medio del varón, en que de-
de h a b e r i m p u e s t o esa fe c o n a r t e m á g i c a . ¡ B u e n d i o s p a r a finió la fe a todos, resucitándole de entre los muertos. P o r e s o
quien n o tiene a C r i s t o ! m e p a r e c e m á s a c e r t a d o , p a r a s o l u c i o n a r el p r o b l e m a , comen-
zar desde esta f e c h a . A m é n d e q u e e n t o n c e s se d i o t a m b i é n el
E s p í r i t u S a n t o , c o m o c o n v e n í a q u e se diese d e s p u é s d e l a resu-
C A P I T U L O L I V r r e c c i ó n d e Cristo a l a c i u d a d q u e h a b í a d e s e r e l p u n t o d e
origen de la ley segunda, o sea, del Nuevo Testamento. L a pri-
A B S U R D O D E L A F I C C I Ó N D E L O S P A G A N O S S O B R E LA D U R A C I Ó N m e r a , l l a m a d a A n t i g u o T e s t a m e n t o , fué p r o m u l g a d a p o r M o i s é s
DE LA R E L I G I Ó N CRISTIANA en e l m o n t e S i n a í . D e l a q u e Cristo h a b í a d e d a r se p r e d i j o :
De Sión saldrá la ley, y la palabra del Señor, de Jerusalén. P o r
1. S i el a ñ o q u e l a fingida a d i v i n a c i ó n p r o m e t i ó y l a en- eso, E l dijo q u e c o n v e n í a q u e se p r e d i c a r a e n su n o m b r e p e n i -
g a ñ a d a vanidad creyó n o hubiera ya pasado, recogería yo aquí tencia a t o d a s l a s n a c i o n e s , p e r o c o m e n z a n d o p o r J e r u s a l é n .
estos y o t r o s m u c h o s cuentos p o r el estilo. M a s , p u e s t o q u e se A q u í tuvo o r i g e n el c u l t o d e su n o m b r e , l a fe e n J e s u c r i s t o ,
h a n c u m p l i d o y a h a c e a l g u n o s a ñ o s t r e s c i e n t o s sesenta y cinco
Apostólos institutus est, ante aliquot annos anni trecenti sexaginta quin-
deant igitur ipsi sibi, et si possunt, inteiiigant illa superna gratia factum qué completi sint, quid aliud quaerimus, unde ista falsitas refellatur?
esse, ut propter aeternam vitam Christum diligeret mundus, qua gratia Ut enim in Christi nativitate huius rei non ponamus initium, quia infans
factum est, ut et propter aeternam vitam ab illo accipiendam et usque ad et puer discípulos non habebat, tamen quando habere coepit, procul dubio
temporariam mortem pro illo patiendam Christum diligeret Petrus. Dein- tune innotuit per eius corporalem praesentiam doctrina et religio chris-
de isti dii qui sunt, qui possunt ista praedicere, nec possunt avertere, ita tiana, id est, posteaquam in fluvio Iordane ministerio Ioannis est bapti-
succumbentes uni maléfico, et uni sceleri mágico, quo puer, ut dicunt, zatus. Propter hoc enim de ¡lio prophetia illa praecesserat, Dominabitur
anniculus occisus, et dilaniatus, et ritu nefario sepultus est, ut sectam a mari usque ad mare, et a flamine usque ad términos orbis terrae l l ' \
sibi adversariam tam prolixo tempore convalescere, tot tantarumque per- Sed quoniam priusquam passus esset et resurrexisset a mortuis, nondum
secutionum horrendas crudeiitates, non resistendo, sed patiendo superare, fides ómnibus fuerat definita; in resurrectione quippe Christi definita est
et ad suorum simulacrorum, templorum, sacrorum, oraculorum eversionem (nam sic apostolus Paulus Atheniensibus loquitur dicens, lam nunc an-
pervenire permitterent? Quis postremo est deus, non noster utique, sed nuntiat hominibus, omnes ubique agere poenitentiam, eo quod statuit
ipsorum, qui vel illectus tanto scelere vel impulsus est ista praestare? diem, indicare orbem in aequitate, in viro, in quo dejinivit jidem ómni-
Non enim alicui daemoni, sed deo dicunt illi versus haec Petrum arte bus, resuscitans illum a mortuis1"1): melius in hac quaestione solvenda
mágica definisse. Talem deum habent, qui Christum non habent. inde initium sumirnus; praesertim quia tune datus est etiam Spiritus
sanctus, sicut eum dari post resurrectionem Christi oportebat in ea civi-
tate, ex qua debuít incipere lex secunda, hoc est Testamentum novum.
CAPUT LIV
Prima enim fuit ex monte Sina per Moysen, quod Testamentum vocatur
vetus. De hac autem quae per Christum danda erat, praedictum est, Ex
DE STULTJSSIMO ME.NDACIO PAGANOHUM, QUO CHRISTIANAM RELICIONEM NON
Sion prodiet lex, et verbum Domini ex Ierusalem l". Unde et ipse per
ULTRA TRECENTOS SEXACINTA QUINQUÉ ANNOS MANSURAM ESSE FINXERUNT
omnes gentes dixit praedicari oportere in nomine suo poenitentiam, sed
1. Haec atque huiusmodi multa colligerem, si nondum annus ipse 110
transisset, quem divinatio ficta prornisit, et decepta vanitas credidit. Cum Ps. 7t,8.
"" Act. 17,30 et JI.
1,7
vero ex quo nominis Christi cultus per eius in carne praesentiam et per Is. 3,3.
1350 LA CIUDAD DE DIOS X¡VMt, 54, i
XVIII, 54,2 PARALELISMO ENTRE LAS DOS CÍUDADES 1351
que había sido crucificado y había resucitado. Allí esta fe se
abrasó y encendió hasta el punto de que algunos miles de conquistas para la fe. Es, pues, muy fácil deducir el día en que
hombres, milagrosamente convertidos al nombre de Cristo, ven- comenzó aquel año. Sería, por tanto, cuando fué enviado el Es-
dieron sus bienes y los distribuyeron a los pobres para abrazar- píritu Santo, es decir, por las idus de mayo. Pero, contando
se con santo propósito y ardentísima caridad a una pobreza los cónsules, resulta que los trescientos sesenta y cinco años se
voluntaria. Y, así dispuestos, luchaban hasta la muerte, entre cumplen en esas idus, bajo el consulado de Honorio y de Euti-
los judíos frenéticos y sedientos de sangre, en defensa de la quiano. Al año siguiente, siendo cónsul Malio Teodoro, cuan-
verdad, no con potencia armada, sino con paciencia poderosa. do, según el oráculo de los demonios o la ficción de los hom-
Y si para esto no hubo necesidad de la magia, ¿por qué dudan bres, no debía ya existir la religión cristiana, no era necesario
creer que la misma virtud divina que hizo esto aquí pudo hacer investigar los posibles sucesos en las demás partes del mundo.
aquello en el mundo entero? Y si fueron los maleficios de Pe- Porque sabemos que en Cartago, la ciudad más célebre v noble

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dro los que encendieron en Jerusalén esa oleada de hombres del África, Gaudencio y Jovio, condes del emperador Honorio,
arrastrados al culto de Cristo, a quien habían fijado en la cruz el 19 de marzo destruyeron los templos de los dioses falsos e
y, una vez allí, habían insultado, es preciso tomar este año como hicieron añicos sus ídolos. De entonces a esta fecha por espacio
fecha tope para contar los trescientos sesenta y cinco. Cristo de treinta años [ 9 8 ] , ¿quién no ve cómo ha aumentado el culto
murió el 25 de marzo, bajo el consulado de los dos Gémi- del nombre de Cristo, sobre todo después que muchos, en-
nos [97]- Resucitó al tercer día, según el testimonio de los viscados por esa vana profecía y apartados de la fe por eso, se
apóstoles, que fueron testigos oculares. A los cuarenta días su- hicieron cristianos al ver pasada esa quimérica y risible fecha
bió al cielo, y envió al Espíritu Santo diez días después, es fijada? Nosotros, pues, que somos y nos llamamos cristianos,
decir, cincuenta después de su resurrección. Entonces comenzó no creemos en Pedro, sino en Aquel en quien creyó P e d r o ;
el culto de su nombre por la virtud del Espíritu Santo, según edificados con los sermones de Pedro sobre Cristo, no envene-
nuestra fe o según la verdad, o, como fingió o se imaginó-la nados con sus cármenes; no engañados con sus maleficios, sino
impía vanidad, por las artes mágicas de San Pedro. Poco des- ayudados con sus beneficios. Cristo, el Maestro de Pedro en la
pués se convirtieron cinco mil hombres ante la curación mara- doctrina que conduce a la vida eterna, ese mismo es nuestro
villosa de un cojo de nacimiento tan imposibilitado, que le Maestro.
llevaban todos los días a la puerta del templo, donde pedía 2. Pero es hora ya de poner fin a este libro, en el que he
limosna. Esto se debió a la palabra de Pedro en nombre de hecho ver, a mi parecer, bastante el desarrollo mortal de las
Jesucristo. Y así la Iglesia aumentó más y más e hizo nuevas
tri. Paulo post etiam signo mirabili facto, quando ad verbum ipsius Petri
quídam mendicus ab útero matris ita claudus, ut ab alus portaretur, et
tamen incipíentibus ab Ierusalem 118. Ibi ergo exorsus est huius nominis ad portam templi, ubi stipem peteret, poneretur, in nomine Iesu Chris-
cultus, ut in Christum Iesum, qui crucifixus fuerat et resurrexerat, cre- ti salvus exsilivit, quinqué millia hominum crediderunt: ac deinde alus
deretur: ibi haec fides tam insignibus initiis incanduit, ut aliquot ho- atque alus accessibus credentium crevit Ecclesia. Ac per hoc colligitur
minum millia in Christi nomen mirabili alacritate conversa, venditis suis etiam dies, ex quo annus ipse sumpsít initium, scilicet quando missus est
rebus ut egenis distribuerentur, proposito sancto et ardentissima chánta- Spiritus sanctus, id est, per idus maias. Numeratis proinde consulibus,
te ad paupertatem voluntariam pervenirent, atque Ínter frementes et san- trecenti sexaginta quinqué anni reperiuntur impleti per easdem idus, con-
guinem sitientes Iudaeos, se usque ad mortem pro veritate certare, non sulatu Honorii et Eutychiani. Porro sequenti anno, consule Mallio Theo-
armata potentia, sed potentiore patientia praepararent. Hoc si nullis ma- doro, quando iam secundum illud oraculum daemonum aut figmentum
gicis artibus factum est, cur credere dubitant, eadem virtute divina per hominum nulla esse debuit religio christiana, quid per alias terrarum par-
totum mundum id fieri potuisse qua hoc factum est? Si autem ut Iero- tes forsitan factum sit, non fuit necesse perquirere. Interim quod scimus
solymis sic ad cultum nominis Christi accenderetur tanta hominum muí- in civitate notissima et eminentissima Carthagine Africae Gaudentius et
titudo, quae illum in cruce, vel fixerat prensum, vel riserat fixum, iam Iovius comités imperatoris Honorii, quarto décimo kalendas aprilis fal-
maleficium illud fecerat Petrus, ex ipso anno quaerendum est, quando sorum deorum templa everterunt, et simulacra fregerunt. Ex quo usque
trecenti sexaginta quinqué completi sint. Mortuus est ergo Christus duo- ad hoc tempus per triginta ferme annos quis non videat quantum creve-
bus Geminis consulibus, octavo kalendas aprilis. Resurrexit tertia die, rit cultus nominis Christi, praesertim posteaquam multi eorum Christiani
sicut Apostolí suis etiam sensibus probaverunt. Deinde post quadraginta facti sunt, qui tanquam vera illa divinatione revocabantur a fide, eam-
dies ascendit in caelum: post decem dies, id est quinquagesimo post que completo eodem annorum numero inanem ridendamque viderunt?
suam resurrectionem die, misit Spiritum sanctum. Tune tria millia homi- Nos ergo qui sumus vocamurque Christiani, non in Petrum credimus, sed
num Apostolis eum praedicantibus crediderunt. Tuno itaque nominis illius in quem credidit Petrus; Petri de Christo aedificati sermonibus, non
cultus exorsus est, sicut nos credimus, et veritas habet, efficacia Spiritus carminibus venenad: nec decepti maleficiis, sed beneficiis eius adiuti.
sancti; sicut autem finxit vanitas impia vel putavit, magicis artibus Pe- Ule Petri magister Christus in doctrina quae ad vitam ducit aeternam,
ipse est et magister noster.
" " Le. 24,47. 2. Sed aliquando iam concludamus hunc librum, hunc U9que disse-
1352 tA CIUDAD DE DIOS
xvrrr, 64,2
dos ciudades, la celestial y la terrena, mezcladas aquí hasta el NOTAS AL LIBRO XVIII
fin del mundo. La terrena se forjó sus dioses falsos a capricho,
de hombres o de otros seres, y a ellos servía y ofrecía sacri-
ficios, y la celestial, peregrina en la tierra, no se forja dioses
falsos, sino que ella es hechura del Dios verdadero y su verda-
dero sacrificio. Las dos usan por igual de los bienes tempora-
les o son afligidas con iguales males; pero su fe, su esperanza
y su caridad son diferentes hasta que sean separadas en el juicio
final y llegue cada una a su fin, que no tendrá fin. En los
libros siguientes trataré de estos fines. t l j Este está escrito hacia el año 426, según puede colegirse del ca-
pítulo 54 del mismo, en el que se refutan las falsas y falaces hipótesis de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los paganos sobre la desaparición del nombre cristiano.
rentes, et quantum satis visum est demonstrantes, quisnam sit duarum [2] Esta visión tan certera de la división entre los hombres y las
civitatum, caelestis atque terrenae, ab initio usque in finem permixtarum sociedades es plenamente metafísica. Es muy natural que, buscando todos
mortalis excursus. Quarum illa quae terrena est, fecit sibi quos voluit, un bien que no puede saciar, y que, de tomarlo unos, los demás se ven
vel undecumque, vel etiam ex hominibus falsos déos, quibus sacrificando privados del mismo, se dividan y luchen entre sí por él. Si ese bien fuera
serviret: illa autem quae caelestis peregrinatur in térra, falsos déos non suficiente para todos, la unidad sería perfecta, pues que ninguno se vería
facit, sed a vero Deo ipsa fit, cuius verum sacrificium ipsa sit. Ambae ofendido. Este es el ideal que él persigue en sus monasterios y que quiere
tamen temporalibus vel bonis pariter utuntur, vel malis pariter affligun- trasplantar a los estados.
tur, diversa fide, diversa spe, diverso amore, doñee ultimo iudicio sepa- [3] Sin embargo, no faltan pueblos heroicos que anteponen la liber-
rentur, et percipiat unaquaeque suum finem, cuius nullus est finis: de tad a la salud y se lanzan en su búsqueda por todos los caminos de la
quibus ambarum finibus deinceps disserendum est. vida. El mismo lo hará notar más adelante.
[4] Pero, a veces, la voz de la patria se impone a la voz de la natu-
raleza y no permite que los pueblos escuchen ésta.
[5] Es éste el hecho fundamental para la consideración del provi-
dencialismo en la historia. |Cuántos pueblos cuyos méritos exteriores pa-
recen hacerles acreedores a la victoria se han visto vencidos y tratados
con inhumanidad cruelísima! Pero la voluntad de Dios siempre se cumple
sobre ellos, y en esto radica la fuerza del providencialismo en la historia:
en los contrastes y en los contrasentidos.
[6] Cf. el capítulo 27, en el que se trata con extensión este punto.
[7] Así en el libro XVI, capítulo 17. En este pasaje dice que Abrahán
nació el año cuadragésimo tercero del reinado de Niño, siguiendo el
Cronicón de Eusebio. Otros, en cambio, rechazan esta fecha y lo colocan
el año vigésimo tercero de Semíramis.
[8] En el libro VI, capítulo 2, rinde un testimonio encomiástico de
la ciencia de Varrón. La historia del pueblo romano que aquí se mencio-
na, y hoy perdida casi enteramente, se halla también citada por los gra-
máticos Carisio, Servio y por Arnobio.
[9] Puede verse el capítulo 22 de este mismo libro, y también li-
bro XVI, capítulo 17, y libro IV, capítulo 6.
[10] Toma aquí dos puntos de referencia: Roma y Babilonia. Babi-
lonia es como una primera Roma, y Roma, como una segunda Babilonia.
Como puede apreciarse, estas dos realidades no implican en sí ninguna
teología ni filosofía alguna; sin embargo, sobre ellas o de ellas se puede
montar o hacer una filosofía o una teología. Y éste es el sentido de lo
que nosotros hemos llamado «hermenéutica de la historia».
[11] San Agustín sigue en todo esto a Eusebio. Los sincronismos,
muchos de ellos son posteriores al autor de la Historia eclesiástica.
[12] Diodoro, Justino y otros afirman que Babilonia fué fundada por
Semíramis. En cambio, Josefo, Eusebio y Marcelino dicen que solamente
la instauró, y que la rodeó de murallas, enumeradas entre las grandes
maravillas del mundo.
[13] La primera edición benedictina daba el nombre de Arabio a
1354 LA CIUDAD DE DIOS NOTAS AL LIBRO XVIII 1355
este rey. Pero la edición de 1838 lo substituye por Arrio. Y este último T27] El número de años que presidió Josué al pueblo de Dios no
es el nombre que se ha conservado. consta con certeza por la Escritura. De aquí que los autores se hayan
[14] Valga esta advertencia general para todo este libro. Agustín dividido. Josefo le asigna veinticinco años, y Eusebio, juntamente con
está recogiendo los datos que le brindaban los historiadores contemporá- Sulpicio Severo y otros autores hebreos, veintisiete o veintiocho. San
neos o pasados, más o menos fieles. Y con la cronología de éstos com- Agustín parece seguir esta última opinión.
para la cronología de la Biblia. Quizá entonces la historia no reprendiera [28] Se llamaba vía sagrada, según la expresión de Varrón, porque
su proceder, y hoy sí. Es que muchas de las hazañas históricas—según allí se hizo un pacto entre Rómulo y Tacio, rey de los sabinos. Esta vía
él—no son más que pura fábula y poesía, sin realidad histórica. No obs- estaba en pendiente, y esto ha motivado el que se hable del ascenso y
tante esto, no se debe a su pluma, sino a los historiadores, que lo han del descenso de los lupercos o de aquellos que ofrecían los sacrificios
recogido como verdadera historia, y Agustín se atiene en ello al saber al dios Pan.
de los entendidos. [29] Los lupercos eran los sacerdotes del dios Pan, el dios de los
[15] En sus Quaestiones in Genesim (I q.122) choca con la dificul- pastores y protector de los ganados contra el lobo.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tad del problema, e intenta darle solución. La conclusión que da en [30] Eusebio en su Cronicón le da el nombre de Asterio. De él se
esa cuestión sobre este punto de la vida de Isaac es la siguiente: Qua- dice que engendró de Europa a Radamanto, Sarpedón y Minos.
propter intelligamus de vita Isaac, tanquam multum decrepiti senis, ta- [31] Europa fué hija, según la fábula, de Agenor, rey de Libia o
cuisse Scripturam, cum iam de Iacob et eius jiliis loqueretur: vivo tamen de Lidia y de Tiro y Sidón. Júpiter se enamoró de ella, y, transformán-
Isaac, decem et septem annorum esse coepit Iosej>h. Y a esta edad fué dose en toro, la robó y la llevó a aquella parte del mundo que tomó su
vendido por sus hermanos a los mercaderes. nombre.
[16] Esta etimología ha sido muy discutida, pero parece estar con- [32] Radamanto, hijo de Júpiter v de Europa, fué rey de Licia, y
forme con la fábula que aquí refiere el Santo. administró la justicia con tal imparcialidad y rigor, que a su muerte se
[17] Se afana por dar explicación a una fábula que, por otra parte, creyó que fué destinado a los infiernos para juzgar, en unión de Minos
está destituida de toda realidad histórica. Hoy a nadie se le ocurre pensar y de Eaco, las acciones de los hombres.
en la realidad objetiva de los hechos narrados. Es recurrir a una potencia, [33] Otro hijo de la famosa pareja, como queda dicho. Fué también
excesiva para los demonios y sin necesidad de ella, puesto que el mejor
rey de Licia, y murió en el sitio de Troya a manos de Patroció.
argumento es en este caso el de prescripción, que prueben de hecho que
[34] Minos fué rey de Creta, y recibió con sus dos hermanos Rada-
ha sucedido, y entonces trataremos de darles explicación.
manto y Eaco el encargo de juzgar en los infiernos las acciones de los
[18] Esto nos confirma más en la opinión de que se está mezclando hombres. Su esposa se llamaba Pasifae, la cual le dio un hijo, que fué
lo histórico con lo anecdótico y fabuloso. Agustín sigue en todo el CAro-
el Minotauro.
njcon. de Eusebio, que a este propósito dice: Secundum quorumdam opi-
[35] Muchos manuscritos traen in Syria. Pero si éste es el Hércules
nionem his temporibus fuit Prometheus, a quo nomines fados esse comme-
moranl: et re vera, cum enim sapiens esset, feritatem eorum et nimiam que se abrasó en el Eta, será el Hércules de Argos, y debe leerse, por
imperitiam ad humanitatem et scientiam transfiguraban Sabido es que tanto, in Thirinthia, que es la ciudad del Peloponeso cerca de Argos, en
este Prometeo fué una de las grandes divinidades paganas. Fué, según la que se educó Hércules.
fábula, el que robó el fuego del cielo y lo inyectó en los hombres que [36] Es una cadena de montes entre Tesalia y Macedonia donde
había creado. Es, ni más ni menos, el referido por Eusebio y citado por Hércules murió abrasado. Hoy se llama Kumayta, según unos, y Kala-
Agustín, lo cual prueba nuestro aserto. vottera, según otros.
[19] Atlas fué uno de los titanes que pretendieron escalar el cielo. [37] Busiris es uno de los más antiguos reyes de Egipto, notable por
Júpiter le condenó a sostener el cielo con sus hombros. su crueldad.
[38] Hijo de Júpiter y de lo, fundó a Menfis.
[20] Estenelas o Estenelao fué uno de los héroes que combatieron
en Troya. T39] Triptolemo fué hijo de Celeo, rey de Eleusis, y, a su vez, el
[21] Maya fué hija de Atlante y de Pleione. Ella tuvo de Júpiter un inventor de la agricultura.
hijo, llamado Mercurio. [40] No creemos necesario hacer la relación de todas las fábulas de
[22] Ogiges, rey y fundador de Tebas, capital de Beocia, asistió al la mitología griega y latina. En general son ya conocidas de los entendi-
gran diluvio que sucedió en su tiempo, y del cual ha tomado nombre. dos y gozan solamente del valor que corresponde a su antigüedad y a
[23] Es un lago o río de África cerca de la Pequeña Sirte, donde, sus inventores.
según las tradiciones greco-egipcias, nació Palas. [41] El texto que da Migne está así compuesto, basado en sus cinco
[24] No sabemos a qué historiadores latinos o griegos alude en este manuscritos y en los consultados por los PP. Benedictinos. Las edicio-
pasaje. Sabemos, es verdad, que hay muchos autores que hablan de este nes antiguas leían así este pasaje: sed illum quem cum Hercule ferunt
diluvio, y también del acaecido en tiempo de Noé. Así, por ejemplo, Be- Admeti regís armenta pavisse. Pero esta lección es errónea, pues los mi-
roso, Mnaseas, Nicolás Damasceno y Jerónimo de Egipto. Pero éstos per- tólogos nunca colocan a Hércules como compañero de Apolo en su oficio
tenecen más bien a las lenguas bárbaras que a las citadas por el Santo. de pastor. Las palabras de Agustín cum Hercule indican no compañía en
[25] Pablo Orosio en su Historia (1.1 c.9) escribe que el diluvio de el servicio, sino contemporaneidad con Apolo. Admeto, según la fábula,
Deucalión ocurrió el año 800 antes de la fundación de Roma, durante el era rey de Tesalia, y de sus ganados fué pastor ese Apolo.
reinado de Anfictión en Atenas, que es el tercero a contar desde Cecrope. [42] Sobre este punto oigamos a Eusebio en su Cronicón: Bacchus
[26] Cf. «1 libro XIX Contra Faustum Manichaeum. cum Perseo pugna congressus occiditur, ut scribit Dinarchus poeta, non
1356 LA CIUDAD DE DIOS NOTAS AL LIBRO XVIII 1357

rhetor. Qui autem voluerit, licet ei adhuc spectare Bacehi sepulcrum con más precisión. El desarrollo que hace el Santo nos da a conocer su
Delphis, iusta aureum Apollinem. gran espíritu de observación y de psicólogo profundo. El va buceando en
[43] Semejantes torpezas, según testimonio de Tito Livio, se prohi- las fuerzas ocultas de la imaginación y de la fantasía y aprisiona también
bieron no solamente en Roma, sino también en casi toda Italia. Así, Ter- los misterios que encierra la sugestión. La explicación, desde el punto
tuliano en su Apologético (c.6) podía escribir: Liberum patrem cum mys- de vista de la psicología, es un revuelo de ideas sobre el particular, y
teriis suis cónsules senatus auctoritate non modo Urbe, sed universa Italia que afloran en esta ocasión, pero no descubre y desenmascara el hecho
eliminaverunt. Sobre lo vergonzoso de estos_ misterios puede verse el li- que pretende, porque en realidad es pura fábula. Y con negar el hecho
bro VI, capítulo 9, número 1 De civitate Dei. hubiera tenido resuelto el problema; pero esto no le convenia y por eso
L44] Orfeo, cantor y poeta tracio, fué hijo de Eagro o Apolo y es- no lo hace.
poso de Eurídice, a la cual sacó de los infiernos. Pero volvió a perderla [55] En confirmación de esto hallamos en Eusebio (Hist. Eccl. 1.7
por no haber cumplido la palabra que empeñó de no volverse durante c.4) algo semejante. Dice él: Dum apud Caesaream a Gentibus solemnis
el camino a mirar a su esposa. hostia immolaretur, factum est ut opera daemonis tanta esset subíala ce-
[45] Museo fué un poeta griego contemporáneo de Orfeo. leritate* ut videretur in caelurn, elata fuisse: sed cum quídam nomine As-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


[46] Y Lino, otro famoso poeta, que fué hijo, según unos, de Apolo tyrius üeum rogaret, ne ita sineret hominibus illudi, aperti sunt eorum
y Terpsícore, y según otros, de Mercurio y Urania. oculi, ut viderent hostiam Mam ad vicinas paludes fuisse delatam atque
[47] A nadie se le oculta que las genealogías que damos de estos ibi haerere.
nombres son las que la mitología les atribuye, no históricas, sino fabulo- [56] Eran los llamados arcontes.
sas. Atamante fué hiio de Eolo y rey de Tesalia. [57] La sentencia providencialista y la escasez de criterios históricos
[48] Ino era hija de Cadmo y esposa de Atamante, de quien tuvo lleva a veces al gran genio a puerilidades que hoy, a distancia de die-
dos hijos, Learco y Melicertes. La fábula cuenta que fué también her- ciséis siglos, nos hacen reír. Sin embargo, mirado todo bajo el ojo sencillo
mana de Semele. que tuvo a Baco de Júpiter. Envidiosa Ino de la fortuna de la fe en la Providencia, no están tan faltas de sentido estas aprecia-
de Semele, consiguió ser nodriza de Baco. Atamante tenía otros dos hijos ciones. Por otra parte, hay que decir que lo uno no excluye lo otro y
de su anterior matrimonio con Nefele, a los cuales Ino los odiaba cordial- que San Agustín está aplicando los criterios suyos de la hermenéutica a
mente. Deseando deshacerse de ellos, consiguió que las mujeres echaran estos hechos concretos.
a perder las semillas' que habían de semhrarse, y con esto sobrevino el [58] Según Larcher, esto pugna con la cronología bíblica. Josué go-
hambre y la peste, que diezmaban la población. Atamante envió un co- bernó al pueblo catorce años. Y los jueces, por espacio de cuatrocientos
misionado a Delfos para que consultara con el oráculo de Apolo el reme- diez. Y Saúl fué elegido el año 1068 antes de Cristo, y Roma, fundada
dio de esta desdicha. El oráculo contestó que la peste terminaría sacri- el 753. Por consiguiente, no era Acaz rey en Judá. Reinaba, por tanto,
ficando a Frixo, hijo de Atamante y su primera esposa. Resistióse el pa- Joatán, hijo de Ozías. Pero hemos de hacer notar también nosotros que
dre, pero Frixo se ofreció al sacrificio, y, conmovido el consultor del la cronología aun hoy no está bien definida y aun discuten los autores.
oráculo, descubrió todo lo ocurrido. Montando en cólera, Atamante orde- si bien en sus investigaciones se dan ya bastantes fechas con mucha pro-
nó a Frixo que diera muerte a Ino y Melicertes, mientras él mataba a babilidad.
Learco. Pero Baco, envolviéndolos en densa y obscura niebla, salvó a su [59] Esta fué una de las más famosas sibilas de entonces.
nodriza. Juno infundió en el alma de Atamante un verdadero furor, y, [60] Ha hablado de este Flaciano én Contra Académicos (I 6 18:
empeñado éste en dar muerte a Ino con sus hijos, ella huyó y se precipitó 7,19-21).
en el mar. Compadecida Venus, la convirtió en diosa con el nombre de [61] Nos creemos dispensados de dar el original griego en nota. Bas
Leucotea, y a Melicertes, en dios con el nombre de Palemón o Portumno. te hacer notar que todo esto que va a referir a continuación está tomado
Otros cuentan la fábula de otro modo, pero con esto la creemos ya su- de la obra de Lactancio Institutionum, (1.4 c.18-19).
ficientemente explicada. [62] La realidad de estos vaticinios como testimonios históricos, dado
[49] Melicertes era hijo, como hemos dicho, de Ino y de Atamante, que es el mismo Lactancio el que los cita, no puede ponerse en duda. Sin
y ya apuntamos en la nota anterior los azares de su vida. embargo, se hacen sospechosos por varias razones. En primer lugar no se
[50] Castor y Pólux fueron dos espartanos famosos, a la vez que her- nos da el nombre de la sibila ni el origen de los mismos. Además, bien
manos. Eran hijos de Júpiter y de Leda. A ambos se les tributaron ho- pudiera ser que estuvieran tomados de los profetas bíblicos. Con todo n°
nores divinos. puede afirmarse nada concreto y definido sobre el particular.
[51] Micenas era una ciudad famosa de la Argólide y corte del rey [63] Cf. libro XXII, capítulo 6.
Agamenón. [64] San Jerónimo escribe que Isaías fué trucidado por el rey Ma-
[52] Los laurentes eran los habitantes de la ciudad que se llamó nases, y dice que esto consta por una tradición certísima de los hebreos-
Laurentum y de la región de que esta ciudad era capital. A veces desig- He aquí sus palabras: Unde et nostrorum plurimi illud quod de passion&
na también a los romanos. sanctorum in Epístola ad Hebraeos ponitur, serrati sunt, ad Isaiae. refc
[53] La más famosa de las magas antiguas se llamó Circes, y es esta runt passionem (In c. 57 Isaiae).
de que aqui habla Agustín. Era hija del Sol y de Perseis. Con sus bre- [65] Cf. libro VIH, capítulo 2, y libro XVIII, capítulo 37.
bajes convertía los hombres en bestias. Su nombre ha pasado a ser apodo [66] Así lo expresan San Jerónimo en su epístola 103, a Paulino.
de ciertas mujeres que inspiraban amor carnal en los hombres por medio
y en la 117, a Paula y Eustoquio, y San Cirilo en la i. a Oratio in Isaiam-
de filtros.
[67] Suponemos que alude a Habacuc por las palabras que cita a
[54] Hoy explicaríamos todo este proceso psicológico de la fantasía
1358 LA CIUDAD DE DIOS NOIAS AI, LIBRO XVIII 1359
continuación. Sin embargo, el texto latino conserva Ambacum, que es el tas, como ya vio, con visión clara, San Jerónimo. El medir los historia-
empleado por los Setenta. Este es el que recoge Agustín, pero nosotros dores profanos por su conformidad o disconformidad con la historia que
lo traducimos por el nombre conocido. se da en la Escritura, creemos que no es criterio. La razón es que los
[68] San Agustín tenía una sensibilidad exquisita, mística y litera- hagiógrafos no intentaban directamente hacer historia, mientras que los
ria. El nombre de Jesús le agrada, le suena bien, le es dulce. Es que lo otros sí. A posteriori, empero, podemos ir apreciando que los descubri-
había mamado con la leche materna. En la lectura del HoTtensio, de mientos nos muestran que la Escritura, aun en su parte histórica, está
Cicerón, sólo halló un vacío, la ausencia del nombre de Jesús en sus pá- muy conforme con la realidad, y que, si bien es cierto que narra los su-
ginas. Cf. Confess. III 4,8. cesos a su modo, con todo, no se separa de la verdad.
[69] Hoy se da como un hecho que esta profecía es de Jeremías, [80] San Agustín estaba ya de vuelta de las escuelas de los filósofos.
pues en general están los escrituristas acordes en decir que Baruc era el En sus Confesiones nos asegura que su error consistió en buscar no con la
amanuense de Jeremías, como se lee en la misma profecía. razón y la inteligencia, sino con los sentidos, y que su materialismo y la
[70] Así lo ha interpretado también San Justino. Cf. en el capítulo 48 imposibilidad en que se vio de pensar una substancia inmaterial procedía
de este mismo libro.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


precisamente de eso. Hay que desligarse del hombre para aprehender al
[71] San Jerónimo, San Cirilo y más tarde Santo Tomás, a quienes hombre.
han seguido casi todos los modernos, interpretan ese texto del limbo de [81] De aquí tomaron su nombre los estoicos, de crroa = pórtico',
los justos o seno de Abrahán, donde estaban las almas de los justos de- donde acostumbraban a tener sus disputas.
tenidas hasta la resurrección de Cristo. [82] El jardín de Academo, que sirvió de palestra a los platónicos,
[72] El canon ha admitido estos libros, y como canónicos son tenidos que luego tomaron el nombre de académicos, con las diversas ramas, que
hoy. Cf. De doctr. christ. II 7,13; Contra Episi. Gaudentii I 16,38 ya conocemos.
[73] Una vez hechas estas tablas cronográficas, nos permitimos hacer
[83] Toda esta exposición es la síntesis más reducida que se ha hecho
ciertas observaciones. Y la primera es que San Agustín se funda en la
de las doctrinas de las dos grandes corrientes filosóficas, la estoica y la
obra de Eusebio, continuada por San Jerónimo. No es, pues, de su propia
epicúrea. A veces se mezcla también el platonismo, pero en menor escala.
cosecha. Pero todo ello significa solamente la altura en que se desarro-
llaban los estudios de entonces, que hoy carecen de valor en lo que res- No se necesita ir señalando la doctrina de cada una de ellas en estas sen-
pecta a la cronología. La ciencia ha avanzado demasiado para fijarnos tencias, porque son harto conocidas y fáciles de descrifrar.
en esos pormenores. Aunque esas concordancias de épocas fueran verda- [84] En la versión de los Setenta es preciso distinguir dos partes
deras, no probarían nada. Mas Agustín lleva una finalidad en la obra, y bien diferentes: una histórica y otra fabulosa. La histórica consiste en el
la consigue. Y en esto radica su mérito, amén del gran saber que suponía hecho de haber pedido l'tolomeo traductores a Eleazar y de haber hecho
en su tiempo la lectura de todas esas obras a que él hace referencia. éstos la traducción para el famoso Museion. Lo fabuloso es lo inventado
[74] El enorme empeño del Santo por probar la antigüedad de nues- en una carta del Seudo-Aristeas, en la que se narra todo este cuento, que
tra sabiduría es fácilmente explicable por su afán apologético y de impug- San Agustín recoge y aprueba. Ese poner a cada traductor en una habi-
nación. El cristianismo y su precedente ha gozado siempre de la po- tación distinta y hacer cada uno por su cuenta la versión, y al final coin-
sesión de la verdad y su sabiduría es la más antigua en el mundo, como cidir. Esto es inadmisible y debe rechazarse.
que es la sabiduría de Dios. Pero Agustín quiere probar esto también L85] San Agustín, siguiendo a San Epifanio y a otros, menciona la
humanamente. Y a primera vista lo consigue. De hecho, en su tiempo Quinta Edición después de Símaco, quizá porque en la Hexaplar de Orí-
nadie contestó a las conjeturas que él hace en esta obra. genes está puesta junto a la edición de Aquila la primera de Símaco y
[75] La prudencia es la máxima seguida en la admisión de una obra la edición posterior de Teodoción. Pero es de notar que, además de la
en el canon. Porque esta admisión, hecha tradicional, lleva consigo la ins- Quinta Edición, se conocía también ya una Sexta, ambas incluidas en la
piración, y, por tanto, la inerrancia. Por eso, los escritos publicados a famosa obra de Orígenes en las columnas quinta y sexta. Al parecer, San
nombre de un personaje muy antiguo se hacen sospechosos, porque no hay Agustín desconocía la sexta.
testigo, ni la tradición lo es de que sea auténtico. Y por eso se rechaza [86] Cf. De doctr. christ. II 14,21; 15,22; 16,23.
con justa causa y muy razonablemente. Para esta categoría quedan rele- [87] Empeñado en su visión milagrosa de los Setenta, llega hasta
gados los apócrifos. concederles inspiración. Las reglas que aquí da para la fijación del texto
T761 Este pasaje es interesantísimo para la introducción al estudio son válidas en lo que hace a los textos griegos y latinos.
de la Sagrada Escritura. Es preciso distinguir ante todo los libros inspi- [88] Los datos que nos ha proporcionado en todo este capítulo sobre
rados de los no inspirados, los compuestos diligentia histórica y los escri- la historia del pueblo judío nos recuerdan las Antigüedades judaicas, de
tos inspíratione divina. Además, distingue también él perfectamente la Flavio Josefo. Pueden verse, por ejemplo, en la obra de Josefo el li-
autenticidad de la canonicidad. Por todo lo cual se hace acreedor este b"ro XI, capítulo 8; XII 3-8-15-36; XIII 12-16, etc.
capítulo a un estudio particular. [89] Tal vez deba leerse Craso, que fué el verdadero autor de esa
[77] Hoy sabemos que el hebreo es una lengua relativamente mo- expoliación.
derna. Su pretendida antigüedad ha sucumbido ante las investigaciones. [90] Cristo se convierte así en el centro, en el eje de la historia uni-
[78] Quizá la ciencia de hoy pudiera sonreír también de Agustín. versal. La economía de la salvación viene administrada y enfocada en
Pero en su tiempo éste era un argumento muy válido e inconcuso. torno a Cristo. La fe en él y su mediación da a todo hombre la tarjeta
[79] En principio había que decir que la inspiración no hace poe- de ciudadano de la Ciudad de Dios.
1360 LA CIUDAD DJS DIOS

[91] Aquí me vienen a la memoria aquellos versos inmortales del


Santo, que no puedo menos de citar: LIBRO XIX
Omnes qui gaudetis de paco, modo verum iudicate.
Abundantia peccatorum solet fratres conturbare :
propter quod Dominus noster voluit nos praemonere,
comparans regnum caelorum retículo misso in mare,
congregante multos pisces, omne genus hinc et inde.
Quos cum traxissent ad littus, tune coeperunt separare,
bonos in vasa miserunt : reik^uos malos in mare.
(Psalmus contra partem Donati.)
[92] La Iglesia católica ha sido siempre inflexible en sus dogmas. La
obediencia y la humildad son las dos grandes virtudes del católico fer- Versa sobre los fines de las dos ciudades, de la celestial y de
viente. Es preciso acatar la corrección; de lo contrario, la Iglesia se- la terrena. En él se hace una recensión de la diversas opi-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


para de sil seno al reacio y terco en defender sus erróneas posturas, y, niones de los filósofos en torno a la felicidad de la vida.
una vez tachado con el anatema, no participa de la vida íntima de la Y al paso que las refuta con gran lucidez y trabajo, prueba
sociedad cristiana. en qué consisten la felicidad y la paz de la ciudad o del
[93] He aquí la conciencia que debe formarse la Iglesia, y, por con- pueblo cristiano. Y cuál puede gozarse en la vida presente
siguiente, sus miembros. Las persecuciones durarán tanto como el mundo; y esperarse en, la futura.
pero, en medio de ellas, Dios envía sus consuelos y al final da la re-
compensa.
194] Gotia era el país habitado por los godos en el norte de Europa.
Estaba limitado: al norte, por Suecia y Noruega; al este y sur, por el C A P I T U L O !
Báltico, y al oeste, por el Cattegat y el Sund. Es la región que hoy se
llama Gothland. VARRÓN MENCIONA DOSCIENTOS OCHENTA Y OCHO SISTEMAS
195] Una de las causas de las persecuciones que los autores suelen SOBRE EL PROBLEMA DEL FIN
aducir es la ley del imperio romano en la que se prohibía la magia. Ba-
ronio refiere esta leyenda al año 313 después de Cristo. Como la magia
estaba condenada, a los cristianos se les buscaba como hechiceros, ma- 1. Y a q u e m e veo en la p r e c i s i ó n de t r a t a r de l o s fines de
gos, y, por tanto, perturbadores del pueblo y gente que protegían los las d o s c i u d a d e s , de la t e r r e n a y de la celestial, v o y p r i m e r o
alzamientos contra la potestad imperial. La leyenda sobre la magia de a e x p o n e r , c u a n t o l o p e r m i t a el p l a n de la p r e s e n t e o b r a , l o s
Pedro, mediante la cual arrastraba a los hombres a Cristo, fué, sin duda, a r g u m e n t o s en q u e los h o m b r e s h a n f u n d a d o el l o g r o de l a
base para perseguir con más encono esas artes. felicidad en la i n f e l i c i d a d de esta v i d a . A l m i s m o t i e m p o h a r é
[96] Tertuliano en el Apologético habla de que el crimen de infan- ver n o s ó l o p o r la a u t o r i d a d d i v i n a , sino t a m b i é n p o r l a r a z ó n ,
ticidio solían achacarlo a los cristianos. La verdad es que esto tenía su
fundamento, pero era falsamente atribuido a los cristianos. Agustín en
De haeresibus (haer.26 y 27) dice que los herejes conocidos con el nom-
bre de catafrigos y pepucianos acostumbraban a matar un niño pequeño LÍBER XIX
y lo prensaban bien, formando de este modo el cuerpo y la sangre para
la Eucaristía. Indudablemente, esto dio pie a los paganos para que, al In quo de finihus utriusque civitatis, terrenae ac caelestis, disputatur.
hablar de la ley del arcano, pensaran en estos crímenes de los here- Recensentur de bonorum et malorum finibus opiniones philosophorum,
jes, y lo achacaran también a los cristianos. qui beatitudinem in hac vita faceré ipsi sibi frustra conati sunt: qui
[97] Los sabios no están de acuerdo en esta fecha. San Agustín da durn. operosius refelluntur, ipsius civitatis caelestis, seu populi christia-
la fecha de Tertuliano y de Lactancio. ni beatitudo et pax quaenam, sit, qualisve hic haberi, vel in futurum
[98] Aquí nos indica con bastante probabilidad la época de compo- sperari possit, demonstratur.
sición de este libro XVIII de la Ciudad de Dios. Baronio la fija en el
año 426; en cambio, Vives la alarga hasta el 429, fecha que creemos de CAPUT I
todo punto inadmisible.
Q ü O D IN QÜAESTIONE, QUAM DE FINIBUS BONORUM ET MALORUM PHILOSO-
PHICA MSPUTATIO VENTILAVIT, DUCENTAS OCTOGINTA ET OCTO SECTAS ESSE
POSSE VARRO PERSPEXERIT

1. Quoniam de civitatis utriusque, terrenae scilicet et caelestis, de-


bitis finibus deinceps mihi video disputandum; prius exponenda sunt,
quantum operis huius terminandi ratio patitur, argumenta mortalium, qui-
bus sibi ipsi beatitudinem faceré in huius vitae infelicitate moliti sunt,
ut ab eorum rebus vanis spes nostra quid differat, quam Deus nobis de-
1362 U CIUDAD DE DIOS XIX, 1, 2
XIX, 1, 2 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1363
en gracia a los infieles, la gran diferencia que hay entre las doctrina, ni de industria, ni del arte de vivir, que se dice vir-
vanidades de los filósofos, la esperanza, que nos ha dado tud y es adquirible. Y son: el placer, que es un movimiento
Dios, y la realidad, es decir, la felicidad auténtica que nos agradable del sentido del cuerpo; el descanso, que excluye
dará. Los filósofos han tratado por activa y por pasiva el toda molestia corporal; las dos cosas juntas, llamadas por
fin de los tienes y de los males. Enfrascados en este problema Epicuro con el nombre de placer; y los principios de la natu-
con la máxima atención, se han afanado en dar con el medio raleza, que comprenden estas y otras cosas, como, en el cuer-
de hacer feliz al hombre. El fin de nuestro bien es aquel obje- po, la integridad, sanidad e incolumidad de sus miembros,
to por el que deben apetecerse los demás y él por sí mismo. y en el ánimo, las dotes, grandes o pequeñas, de ingenio. Estas
Y el fin del mal, aquel por el que deben evitarse los demás y él cuatro cosas, el placer, el descanso, el placer y el descanso
por sí mismo. Al presente entendemos por fin del bien no un fin y los principios de la naturaleza, están tan arraigadas en nos-
consumible hasta el no ser, sino perfectible hasta la plenitud, y otros, que la virtud adquirida por la doctrina o debe ser bus-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


por fin del mal no un fin que destruya el mal, sino que lo lleva al cada por ellas, o ellas por la virtud, o unas y otras por sí mis-
colmo. Estos fines son el sumo bien y el sumo mal. Los que ha- mas. A este tenor, cada una de ellas se triplica, lo cual, evi-
cen profesión de estudiosos de la sabiduría en la vanidad de este denciado en una, es fácil descubrirlo en las demás. El placer
mundo han trabajado lo indecible, como he dicho, por hallar del cuerpo sometido, preferido o asociado a la virtud del áni-
y lograr el sumo bien y evitar el sumo mal en esta vida. Pero, mo, da origen a tres sectas. Está sometido a la virtud cuando
aunque han caído en diversos errores, la luz natural no les ha se le toma como instrumento de la misma. Así es deber de la
permitido desviarse tanto del camino de la verdad, que no virtud vivir para la patria, engendrar hijos para ella—cosas
localicen el fin de los bienes y de los males unos en el ánimo, que no pueden hacerse sin deleite corporal—. Este placer se
otros en el cuerpo y otros en ambos. De esta triple división da tanto en el comer v beber para vivir como en el cohabitar
general, Marco Vairón, en su obra sutil y esmerada Sobre la para propagar la especie. Cuando es preferido a la virtud, es
filosofía, deduce tal variedad de opiniones, que, añadiendo apetecido por sí mismo, y en este caso la virtud no es más que.
pequeñas diferencias, es fácil llegar a doscientas ochenta y un medio que obra solamente para conseguir o conservar el
ocho, si no reales, al menos posibles. placer corporal. Esta vida es deforme, porque la virtud sirve
2. Con el fin de mostrar brevemente esto, es preciso arran- al placer como a señor, si bien es cierto que esta virtud no
car desde el punto de partida de él. Hay cuatro cosas que los merece tal nombre. Este infame sistema, sin embargo, tiene
hombres buscan naturalmente, sin necesidad de maestro, ni de defensores y apologistas entre los filósofos. En fin, el placer
sine magistro, sine ullo doctrinae adminiculo, sine industria vel arte viven-
dit, et res ipsa, hoc est vera beatitudo quam dabit, non tantum auctori-
di, quae virtus dicitur, et procul dubio discitur, velut naturaliter ap-
tate divina, sed adhibita etiam ratione, qualem propter infideles possu-
petunt; aut voluptatem, qua delectabiliter movetur corporis sensus;
mus adhibere, olarescat. De finibus enira bonorum et malorum multa et
aut quietem, qua fit ut nullam molestiam quisque corporis patiatur; aut
multipliciter inter se philosophi disputarunt: quam quaestionem máxima
utramque, quam tamen uno nomine voluptatis Epicurus appellat; aut uni-
intentione versantes, invenire conati sunt quid efficiat hominem beatum.
versaliter prima naturae, in quibus et haec sunt, et alia, vel in corpore,
Illud enim est finis boni' nostri, propter quod appetenda sunt caetera,
ut membrorum integritas, et salus atque incolumitas eius; vel in animo,
ipsum autem propter seipsum: et illud finis mali, propter quod vitanda
ut sunt ea quae vel parva, vel magna in hominum reperiuntur ingeniis.
sunt caetera, ipsum autem propter se ipsum. Finem ergo boni nunc di-
Haec igitur quatuor, id est, voluptas, quies, utrumque, prima naturae, ita
cimus, non quo consumatur, ut non sit, sed quo perficiatur, ut plenum
sunt in nobis, ut vel virtus, quam postea doctrina inserir, propter haec
sit; et finem mali, non quo esse desinat, sed quo usque nocen do perducat.
appetenda sit, aut ista propter virtutem, aut utraque propter se ipsa: ac
Fines itaque isti sunt, summum bonum, et summum malum. De quibus
per hoc fiunt hinc duodecim sectae: per hanc enim rationem singulae
inveniendis, atque in hac vita summo bono adipiscendo, vitando autem
triplicantur; quod cum in una demonstravero, difficile non erit id in
summo malo, multum, sicut dixi, laboraverunt, qui studium sapientiae in
caeteris invenire. Cum ergo voluptas corporis animi virtuti aut subditur,
huius saeculi vanitate professi sunt: nec tamen eos, quamvis diversis er-
aut praefertur, aut iungitur, tripartita variatur diversitate sectarum. Subdi-
rantes modis naturae limes in tantum ab itinere veritatis deviare permi-
tur autem virtuti, quando in usum virtutis assumitur. Pertinet quippe ad
sit, ut non alii in animo, alii in corpore, alii in utroque fines bonorum
virtutis officium, et vivere patriae, et propter patriam filios procreare:
ponerent et malorum. Ex qua tripartita velut generalium distributione
quorum neutrum fieri potest sine corporis voluptate. Nam sine illa nec
sectarum, Marcus Varro in libro de Philosophia tam multam dogmatum
cibus potusque sumitur, ut vivatur; nec concumbitur, ut generado pro-
varietatem dilígenter et subtiliter scrutatus advertit, ut ad ducentas octo-
pagetur. Cum vero praefertur virtuti, ipsa appetitur propter se ipsam,
ginta octo sectas, non quae iam essent, sed quae esse possent, adhibens
virtus autem assumenda creditur propter illam, id est, ut nihil virtus
quasdam differentias, facillime perveniret.
agat, nisi ad conseqnendam vel conservan dam corporis voluptatem: quae
2. Quod ut breviter ostendam, inde oportet incipiam, quod ipse ad- vita deformis est quidem, quippe ubi virtus servit dominae voluptati;
vertit, et posuit in libro memorato: quatuor esse quaedam, quae homines quamvis nullo modo haec dicenda sit virtus: sed tamen etiam ista hor-
1364 M CIUBAD DE DIOS XIX, 1, 2 x r X lf 8 FINES DE tAS DOS CIUDADES 1365

se une a la virtud cuando ni el uno ni la otra son apetecidos guiendo el modo de vida de otros filósofos o siguiendo el de
el uno por el otro, sino que cada uno lo es por sí mismo. los cínicos, esta diferencia la duplican y suman noventa y seis.
Y como el placer, sujeto» antepuesto o unido a la virtud, for- Añádase que, como los hombres pueden defender cualquiera
ma tres sectas, así sucede en la quietud, así en ambos y así en de ellas, o llevando una vida ociosa, a ejemplo de los que por
los principios de la naturaleza. Según el vaivén de las opinio- gusto y posibilidad se entregaron a los estudios; o una vida
nes humanas, esas cosas a veces están sometidas, a veces pre- negociosa, como los que juntaron el estudio de la filosofía con
feridas, a veces unidas a la virtud, y así se forman doce sectas. la administración y el gobierno de la república: o una vida
Pero este número, a su vez, se duplica con añadir otra di- mixta, así los que han dedicado parte de su vida al ocio eru-
ferencia, la vida social. El que se adhiere a uno de estos doce dito y parte al negocio necesario. Estas diferencias pueden tri-
sistemas lo hace o exclusivamente por sí o por otro con quien
plicar el número de sectas y subirlo hasta doscientas ochenta
comparte sus quereres. Habrá, pues, doce de quienes piensan
y ocho [ 1 ] .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


que debe defenderse cada sistema por sí mismo, y otros doce
que defienden que debe filosofarse de esta o de la otra mane- 3. He recogido esto del libro de Varrón lo más sucinta
ra no sólo por sí, sino por los otros, cuyo bien lo apetecen y claramente que he podido, ateniéndome a su sentido y expli-
como propio. cándolo a mi modo. Sigue un largo proceso para refutar esas
Y estos veinticuatro sistemas se duplican también añadien- opiniones y escoger una de ellas, que para él es la de los an-
do la diferencia propia de los nuevos académicos. Tenemos tiguos académicos, fundados por Platón, que mantuvieron sus
ya, pues, cuarenta y ocho. Cada cual puede defender y man- doctrinas como ciertas hasta Polemón, cuarto representante de
tener una de esas veinticuatro opiniones como cierta, y así los la Academia. Distingue a los antiguos de los nuevos académi-
estoicos han sostenido que el bien del hombre que le torna feliz cos, según los cuales todas las cosas son inciertas, opinión que
consiste en la virtud; o como incierta o meramente verosímil, tuvo su origen en Arcesilao, sucesor de Polemón. Y añade que
cual han creído los nuevos académicos. líe aquí ya veinticuatro la opinión de los académicos antiguos está exenta de error y
sectas de los filósofos que defienden su opinión como cierta en de duda. Probar cada uno de estos puntos sería largo, Empe-
gracia a la verdad, y otras veinticuatro de los que las sostie- ro, no es conducente omitir el problema de plano.
nen como inciertas por la verosimilitud. Además, porque cada El rechaza en primer lugar todas las diferencias que han
cual quede abrazar una de estas cuarenta y ocho sectas, o si- multiplicado el número de sectas, y las rechaza porque no está
en ellas el fin del bien. Según él, una secta filosófica no existe
ríbilis turpitudo quosdam philosophos patronos et defensores suos habuil. y no se diferencia de las otras sino por tener una concepción
Virtuti porro voluptas iungitur, quando neutra parum propter alteram, propia sobre el fin de los bienes y de los males. Porque la
sed propter se ipsas ambae appetuntur. Qua^ropter sicut voluptas vel
subdita, vel praelata, vel iuncta virtuti, tres sectas facit; íta quies, ita bitu Gynicorum, ex hac etiam differentia duplicantur, et nonaginta sex
utrumque, ita prima naturae alias ternas inveniuntur eíficere. Pro varie- fiunt. Deinde quia earum singulas quasque ita tueri nominas possunt at-
tate quippe humanarum opinionum virtuti aliquando subduntur, aliquan- que sectari, ut aut otiosam diligant vitam, sicut hi qui tantummodo studiis
do praeferuntur, aliquando iunguntur, ac sic ad duodenarium sectarum doctrinae vacare voluerunt atque valuerunt; aut negotiosam, sicut hi qui
numerum pervenitur. Sed iste quoque nuraerus duplicatur adhibita una cum philosopharentur, tamen administratione reipublicae regendisque re-
differentia, socialis videlicet vitae: quoniam quisquís sectatur aliquam bus humanis occupatissimi fuerunt; aut ex utroque genere temperatam,
istarum duodecira sectarum, profecto aut propter se tantum id agit, aut sicut hi qui partim erudito otio, partim necessario negotio, alternantia
etiam propter socium, cui debet hoc velle quod sibi. Quocirca duodecim vitae suae témpora tribuerunt: propter has differentias potest etiam tri-
sunt eorum, qui propter se tantum unamquamque tenendam putant; et plican numerus iste sectarum, et ad ducentas octoginta octo perduci.
aliae duodecim eorum, qui non solum propter se sic vel sic philosophan
dum esse decernunt, sed etiam propter alios, quorum bonum appetunt sic- 3. Haec de Varronis libro, quantum potui, breviter ac dilucide posui.
ut suum. Hae autem sectae viginti quatuor iterum geminantur, addita sententias eius meis explicans verbis. Quomodo autem refutatis caeleris
differentia ex Academicis novis, et fiunt quadraginta octo. Illarum quippe unam eligat, quam vult esse Academicorum veterum, quos a Platone insti-
viginti quatuor unamquamque sectarum potest quisque sic tenere ac de- tutos usque ad Polemonem, qui ab illo quartus eius scholam tenuit, quae
fenderé ut certam, quemadmodum defenderunt Stoici, quod hominís bo- Academia dicta est, habuisse certa dogmata vult videri; et ob hoc distin-
num, quo beatus esset, in animi tantummodo virtute consisteret: potest guit ab Academicis novis, quibus incerta sunt omnia, quod philosophiae
alius ut incertam, sicut defenderunt Academici novi, quod eis etsi non genus ab Arcesila coepit successore Polemonis; eamque sectam, id est
certum, tamen verisimile videbatur. Viginti quatuor ergo fiunt per eos, veterum Academicorum, sicut dubitatione ita onlhi errore carere arbitre-
qui eas velut certas propter veritatem, et aliae viginti quatuor per eos, tur, longum est per omnia demonstrare: nec tamen omni ex parte res
qui easdem quamvis incertas propter verisimilitudinem sequendas putant. omittenda est. Removet ergo prius illas omnes differentias, quae nume-
Rursus, quia unamquamque istarum quadraginta octo sectarum potest rum multiplicavere sectarum: quas ideo removendas putat, quia non in
quisque sequi habilu caeterorum philosophorum, itemque potest alius ha- eis est finis boni. Ñeque enim existimat ullam philosophiae sectam esse
dicendarn, quae non eo distet a caeteris, quod diversos habeat fines bono-
rom et malorum. Qxiandoquidem nulla est homini causa philosophandi
1366 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 1,3
• mica causa que lleva al hombre a fi osofar es el ser feliz [ 2 ] , XIX, 2 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1367
" o aue le hace feliz es el fin del Lien. Por consiguiente, la
secta que no tiene un punto de vista propio sobre el bien no carecía de valor para la elección del bien beatificante. Porque,
merece el nombre de secta filosófica. Asi, cuando se pregunta si importara algo, es indudable que la misma manera de vivir
obligaría a abrazar el mismo fin, y diverso modo de vida no
<si el sabio debe llevar una vida social, teniendo esto como el
permitiría adherirse al mismo.
sumo bien que hace feliz al hombre, procurar a su amigo
todo el bien que se procura a sí mismo, o si solo debe buscar
Ja felicidad para sí mismo, es cuestión no del sumo bien, sino
C A P I T U L O II
de saber si debe asociarse a la participación de ese bien, no
por sí mismo, sino por el compañero, de suerte que goce del
bien de él como goza del propio. Asimismo, cuando se pre- REDUCCIÓN DE TODAS LAS SECTAS A TRES, HECHA POR VARRÓN

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


gunta si deben considerarse todas las cosas como inciertas,
siguiendo a los nuevos académicos, o como ciertas, siguiendo Cuando se pregunta cuál de los tres géneros de vida debe
a los otros filósofos, no se pregunta cuál es el fin del bien que elegirse, el ocioso, entregado a la contemplación o búsqueda
debe perseguirse, sino si se debe dudar o no de la verdad de de la verdad; el negociante o activo, que actúa en la gerencia
de las cosas humanas, o el mixto, el bien supremo no es ob-
ese bien. En otros términos, para decirlo con más claridad,
jeto de la pregunta. El problema versa sencillamente sobre
preguntar eso equivale a preguntar si debe seguirse ese bien
cuál de esos tres géneros facilita o dificulta el logro o la con-
teniéndolo por verdadero o más bien sólo pareciendo verda-
servación del bien supremo. Lo cierto es que el hombre, desde
dero, aunque en realidad sea falso. Pero unos y otros siguen el momento que arriba a ese bien, es feliz. Empero, la paz del
un único y mismo bien. La misma diferencia de hábito y cos- estudio, o la actividad pública, o la alternativa de ambas, no
tumbre de los cínicos no alude al fin del bien, sino al modo dan inmediatamente la felicidad. Muchos pueden adaptar una
como debe vivir quien sigue el verdadero bien, sea cualquiera de esas tres posturas y errar al apetecer el bien soberano que
el que así le parezca. En fin, ha habido hombres que, hacien- hará feliz al hombre. Son cuestiones muy distintas la de los
do radicar el bien sumo en los diversos objetos, unos en la fines de los bienes y de los males, que constituye cada secta
virtud, otros en el placer, no dejaban el modo de vida que ha de filósofos, y las de la vida social, de la suspensión mental
ganado a los cínicos el nombre. Sea cualquiera la diferencia de los académicos, del vestido y alimento de los cínicos, y de
que distingue a los cínicos de los demás filósofos, es cierto que los tres géneros de vida, el ocioso, el activo y el mixto. Este
nisi ut beatus sit: quod autem beatum facit, ipse est finís boni: nulla est
igitur causa philosophandi, nisi finis boni: quamobrem quae nullum boni si aliquid ad hoc interesset, profecto idem habitúa eumdem finem sequi
finem sectatur, nulla philosophiae secta dicenda est. Cum ergo quaeritur cogeret, et diversus habitas eumdem sequi finem non sineret.
de sociali vita, utrum sit tenenda sapienti, ut summum bonum, quo fit
homo beatus, ita velit et curet amici sui, quemadmodum suum, an suae CAPUT II
tantummodo beatitudinis causa faciat quidquid facit; non de ipso summo
bono quaestio est, sed de assumendo vel non assumendo socio ad huius QüOMODO, REMOTIS ÓMNIBUS DTFFERENTIIS, QUAE NON SECTAE, SED QUAES-
participationem boni, non propter se ipsum, sed propter eumdem socium, TIONES SUNT, AD TRTPARTITAM SUMMI BONI DEFINITIONEM V A R R O PERVENIAT,
ut eius bono ita gaudeat, sicut gaudet suo, ítem cum quaeritur de Aca- QUARUM TAMEN UNA SIT ELICENDA
demicis novis, quibus incerta sunt omnia, utrum ita sint res habendae, in
quibus philosophandum est, an, sicut alus philosophis placuit certas eas In tribus quoque illis vitae generibus, uno scilicet non segniter, sed
habere debeamus; non quaeritur quid in boni fine sectandum sit, sed de in contemplatione vel inquisitione veritatis otioso, altero in gerendis re-
ípsms boni ventate, quod sectandum videtur, utrum sit, necne, dubitan- bus humanis negotioso, tertio ex utroque genere temperato, cum quaeritur
dum: hoc est, ut id plamus eloquar, utrum ita sectandum sit, ut qui sec- quid horum sit potius eligendum, non finís boni habet controversiam;
tatur, dicat esse verum; an ita, ut qui sectatur, dicat verum sibi videri, sed quid horum trium difficultatem vel facilitatem afferat ad consequen-
etiamsi torte sit falsum; taraen uterque sectetur unum atque Ídem bonum. dum vel retinendum finem boni, id in ista quaestione versatur. Finís enim
n illa etiam differentia qu ae adhibetur ex habita et consuetudíne Cyni- boni, cum ad eum quisque pervenerit, protinus beatum facit. In otio au-
2 T 1"*™*™ Quídam sit finís boni, sed utrum in ¡lio habitu et tem litterato, vel in negotio publico, vol quando ntrumque vicibus agitar,
veíum v t w SU V 1 V e n d u m ei> 1«i verum sectatur bonum, quodlibet ei non continuo quisque beatus est. Multi quippe in quolibet horum trium
ZZJntT ^r at,'-,Ue f:?tlindum- Denique fuerunt, qui cum diversa possunt vivere, et in appetendo boni fine quo fit homo beatus, errare. Alia
\2ZTlt „ h a i a ' a H Í T t m e m ' a , i i voluptatem. eumdem tacen est igitur quaestio de finibus bonorum et malorum, quae unamquamque
philosophorum sectam facit: et aliae sunt quaestiones de sociali vita, de
g n i q m í tenendnm K p h Í l o s o P h \Cynící discernuntur a caeterís, ad eli- cunctatione Academicorum, de vestitu et victu Cynicorum, de tribus vitae
g noum ac tenendun, bonum. quo beati fierent, utique nil valebat. Nam generibus, otioso, actuoso, et ex utroque modificato; quarum nulla est,
1368 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 2
XK,3,1 FINES DE IAS DOS CIXIDAIHIM 1369
p r o b l e m a n o se p r e s e n t a al t r a t a r de los fines de los b i e n e s y
de los m a l e s . P o r eso, M a r c o V a r r ó n , r e c h a z a n d o estas c u a t r o objetos, y a veces están u n i d o s a e l l a , siendo m este caso l a
diferencias, a s a b e r , la v i d a social, l o s n u e v o s a c a d é m i c o s , los v i r t u d y e l l o s a p e t e c i b l e s p o r sí m i s m o s , t r i p l i c a n el n ú m e r o
cínicos y el t r i p l e g é n e r o de vida, q u e h a c í a s u b i r el n ú m e r o c u a t r o y f o r m a n doce sectas. D e estos c u a t r o objetos, V i u r ó n
de sectas a d o s c i e n t a s ochenta y o c h o , y a l g u n a s o t r a s q u e t a l q u i t a t r e s , a s a b e r , el p l a c e r , la q u i e t u d y el c o n j u n t o de éstos,
vez p u d i e r a n a ñ a d i r s e , p o r q u e n o v e r s a n s o b r e la ciencia del no p o r q u e los r e p r u e b e , s i n o p o r q u e los p r i n c i p i o s de la na-
s u m o b i e n , y, p o r t a n t o , n i son n i d e b e n l l a m a r s e sectas, re- turaleza implican placer y quietud. ¿ Q u é necesidad hay, pues,
t o r n a a las doce p r i m e r a s , en q u e se t r a t a ú n i c a m e n t e de s a b e r d e h a c e r de estas dos cosas t r e s , a s a b e r , dos b u s c a n d o p o r
cuál es el b i e n del h o m b r e c u y a c o n s e c u c i ó n le h a g a feliz, p a r a s e p a r a d o el p l a c e r y la q u i e t u d , y la t e r c e r a b u s c a n d o los d o s
d e m o s t r a r q u e s ó l o u n a de e l l a s es v e r d a d e r a y q u e l a s d e m á s a la vez, si los p r i n c i p i o s de l a n a t u r a l e z a e n t r a ñ a n esas y
son f a l s a s . D e s c a r t a d o el t r i p l e g é n e r o de v i d a , se s u b s t r a e n l a s o t r a s m u c h a s c o s a s ? T r e s sectas, según él, d e b e n e x a m i n a r s e
dos t e r c e r a s p a r t e s a ese n ú m e r o , y q u e d a n n o v e n t a y seis sec- p a r a h a c e r l a elección e n t r e e l l a s . L a r a z ó n n o a d m i t e m á s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tas. R e s t a d a la diferencia p r o v e n i e n t e de los cínicos, se redu- q u e u n a s o l a v e r d a d e r a , b i e n sea u n a de éstas, b i e n o t r a , c o m o
cen a la m i t a d , y q u e d a n c u a r e n t a y o c h o . Q u i t e m o s la dife- l u e g o v e r e m o s . E n el e n t r e t a n t o , c o n s i d e r e m o s b r e v e y c l a r a -
r e n c i a r e l a t i v a a los n u e v o s a c a d é m i c o s , y t o r n a a q u e d a r la mente, a ser p o s i b l e , el m o d o u s a d o p o r V a r r ó n en su elección.
m i t a d , o sea v e i n t i c u a t r o . P o r fin, s u b s t r á i g a s e la diferencia Las t r e s sectas se r e d u c e n a e s t o : a a p e t e c e r los p r i n c i p i o s de
r e l a c i o n a d a con la v i d a social, y el resto son doce, p u e s esta la n a t u r a l e z a p o r la v i r t u d , o la v i r t u d p o r los p r i n c i p i o s de l a
diferencia lo h a b í a d u p l i c a d o . A estas doce n o se les p u e d e n a t u r a l e z a , o e n t r a m b o s , la v i r t u d y los p r i n c i p i o s de la natu-
n e g a r el a p e l a t i v o de sectas, p o r q u e su p u n t o c e n t r a l es la raleza p o r sí m i s m o s .
b ú s q u e d a del b i e n s u p r e m o . H a l l a d o el b i e n s u p r e m o , su con-
t r a r i o es el m a l s u m o . E s t a s doce sectas n a c e n del t r i p l i c a d o
de estos c u a t r o o b j e t o s : el p l a c e r , la q u i e t u d , los dos, y los
CAPITULO II 1
p r i n c i p i o s de la n a t u r a l e z a , l l a m a d o s p o r V a r r ó n p r i m i g e n i o s . TRES SISTEMAS SOBRE EL BIEN SUPREMO DEL HOMBRE. CUÁL
Estos c u a t r o o b j e t o s , en c u a n t o q u e p o r s e p a r a d o a veces están DEBA SER PREFERIDO. VARRÓN Y A N T Í O C O
s o m e t i d o s a la v i r t u d , p a r e c i e n d o a p e t e c i b l e s n o p o r sí mis-
mos, sino c o m o i n s t r u m e n t o s de la v i r t u d ; en c u a n t o q u e a 1. V a r r ó n se a f a n a p o r definir el v e r d a d e r o e n t r e esos
veces son p r e f e r i d o s , d a n d o a e n t e n d e r q u e ra v i r t u d n o es ne- tres s i s t e m a s , y p r o c e d e de este m o d o . D a p o r s u p u e s t o q u e el
cesaria p o r sí m i s m a , s i n o p o r el l o g r o o c o n s e r v a c i ó n de esos s u m o b i e n q u e b u s c a l a filosofía n o es el s u m o b i e n de la
haec adipiscenda vel conservanda necessaria virtus putetur, aliquando
in qua de bonorum et malorum finibus disputatur. Proinde quoniam Mar- iungitur, ut propter se ipsa et virtus, et ista appetenda credantur; qua-
cus Varro has quatuor adhibens differentias, id est, ex vita sociali, ex ternarium numerum triplum reddunt, et ad duodecim sectas perveniunt.
Academicis novis, ex Cynicis, ex isto vitae genere tripartito ad sectas Ex illis autem quatuor rebus Varro tres tollit, voluptatem scilicet, et quie-
ducentas octoginta octo pervenit, et si quae aliae possunt similiter adiici; tem, et utrumque: non quod eas improbet, sed quod primigenia illa na-
remotis eis ómnibus, quoniam de sectando summo bono nullam inferunt turae et voluptatem in se habeant, et quietem. Quid ergo opus est ex his
quaestionem, et ideo sectae nec sunt, nec vocandae sunt, ad illas duode- duabus tria quaedam faceré, dúo scilicet, dum singillatim appetuntur vo-
cim, in quibus quaeritur quid sit bonum hominis, quo assecuto fit beatus, luptas aut quies, et tertium, cum ambae simul; quandoquidem prima na-
ut ex eis unam veram, caeteras falsas ostendat esse, revertitur. Nam remo- turae et ipsas, et praeter ipsas alia multa contineant? De tribus ergo
to illo tripartito genere vitae, duae partes huius numeri detrahuntur, et sectis ei placet diligenter esse tractandum, quaenam sit potius eligenda.
sectae nonaginta sex remanent. Remota vero differentia ex Cynicis ad- Non enim veram plus quam unam vera ratio esse permittit, sive in his
dita, ad dimidium rediguntur, et quadraginta octo fiunt. Auferamus tribus sit, sive alicubi alibi, quod post videbimus. Interim de his tribus
etiam quod ex Academicis novis adhibitum est, rursus dimidia pars re- quomodo unam Varro eligat, quantum breviter aperteque possumus, dis-
manet, id est viginti quatuor. De sociali quoque vita quod accesserat, si- seramus. Istae nempe tres sectae ita fiunt, cum vel prima naturae propter
militer auferatur, duodecim sunt reliquae, quas ista differentia, ut viginti virtutem, vel virtus propter prima naturae, vel utraque, id est, et virtus
quatuor fierent, duplicaverat. De his ergo duodecim nihil dici potest, cur et prima naturae, propter se ipsa sunt expetenda.
sectae non sint habendae. Nihil quippe aliud in eis quaeritur, quam fines
bonorum et malorum. Inventis autem bonorum finibus, prefecto e contra- CAPTJT III
rio sunt malorum. Hae autem ut fiant duodecim sectae, illa quatuor tri-
plicantur, voluptas, quies, utrumquc, et prima naturae, quae primigenia DE TRIBUS SECTIS SUMMUM HOMINIS BONUM QUAERENTIBUS, QUAM ELIGENDAM
Varro vocat. Haec quippe quatuor dum singillatim virtuti aliquando sub- VARRO DEFINIAT, SEQUENS VETERIS ACADEMIAE. ANTIOCHO
duntur, ut non propter se ipsa, sed propter officium virtutis appetenda AUCTORE, SENTENTIAM
yideantur, aliquando praeferuntur, ut non propter se ipsa, sed propter 1. Quid ergo istorum trium sit verum atque sectandum, isto modo
persuadere conatur. Primum, quia summum bonum in philosophia non
1370 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 3 , 1
X I X , 3, 2 MNES Dlí U S DOS CIUDADIiS • 1371
p l a n t a , n i de la b e s t i a , n i el de D i o s , s i n o el del h o m b r e . Y por
eso cree q u e d e b e a q u i l a t a r s e el c o n c e p t o de h o m b r e [ 3 ] . con el fin de d e l e i t a r s e y gozar de t o d o s m á s o m e n o s , s e g ú n
Siente q u e su n a t u r a l e z a consta d e dos p a r t e s , c u e r p o y a l m a , q u e sean m a y o r e s o m e n o r e s . C u a n d o es n e c e s a r i o , d e s p r e c i a
y n o d u d a q u e la s u p e r i o r y m á s n o b l e es el a l m a ; p e r o d u d a a l g u n o s m e n o r e s p o r a d q u i r i r o c o n s e r v a r los m a y o r e s . D e
si el a l m a sola es el h o m b r e , de f o r m a q u e el c u e r p o sea p a r a todos los b i e n e s del a l m a o del c u e r p o , la v i r t u d n o a n t e p o n e
e l l a lo q u e el c a b a l l o p a r a el c a b a l l e r o . El c a b a l l e r o , en n i n g u n o a sí m i s m a . E l l a h a c e b u e n u s o de sí m i s m a y de los
efecto, n o es h o m b r e y c a b a l l o , s i n o h o m b r e solo, y se l l a m a d e m á s bienes q u e h a c e n feliz al h o m b r e . D o n d e e l l a n o está,
c a b a l l e r o p o r q u e dice c i e r t a r e l a c i ó n al c a b a l l o . Y t a m b i é n si los o t r o s b i e n e s , p o r m á s a b u n d a n t e s q u e sean n o son p a r a
es el h o m b r e s ó l o el c u e r p o , con cierta r e l a c i ó n al a l m a , c o m o b i e n del q u e los p o s e e , y, p o r t a n t o , n o m e r e c e n el n o m b r e de
la c o p a a la b e b i d a , p u e s q u e el vaso y la b e b i d a q u e c o n t i e n e b i e n e s , p o r q u e n o p u e d e n ser ú t i l e s al q u e u s a m a l de e l l o s .
n o se l l a m a n c o p a , sino q u e ese n o m b r e se da a la c o p a sola. L a v i d a del h o m b r e es, p u e s , feliz c u a n d o goza de la v i r t u d
E n fin, d u d a si ni el a l m a sola n i s o l o el c u e r p o , s i n o a m b o s y de los d e m á s b i e n e s del a l m a y del c u e r p o , sin los c u a l e s n o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a la vez, son el h o m b r e , y el t o d o lo f o r m a n l a s dos p a r t e s , así p u e d e subsistir la v i r t u d . Si goza t a m b i é n de a l g u n o s o de
c o m o a dos p o t r o s u n c i d o s los l l a m a m o s b i g a , y u n o de ellos, m u c h o s o t r o s n o n e c e s a r i o s p a r a q u e s u b s i s t a la v i r t u d , es m á s
el d e r e c h o o el i z q u i e r d o , es p a r t e de la b i g a , y a n i n g u n o p o r feliz, y si los p o s e e t o d o s sin f a l t a r l e n i n g u n o , n i del a l m a
s e p a r a d o le d a m o s el n o m b r e de b i g a , s i n o a los dos j u n t o s . ni del c u e r p o , es felicísima. L a v i d a n o es lo m i s m o q u e la
D e estas tres h i p ó t e s i s elige la t e r c e r a , y cree q u e el h o m b r e v i r t u d , p o r q u e n o t o d a v i d a es v i r t u d , s i n o sólo la v i d a s a b i a .
n o es n i el a l m a sola ni solo el c u e r p o , sino el a l m a y el cuer- Y, sin e m b a r g o , la vida, sea c u a l fuere, p u e d e existir sin la
p o j u n t o s . Y, h a b l a n d o con lógica, a ñ a d e q u e el s u m o b i e n v i r t u d , y la v i r t u d , en c a m b i o , n o p u e d e existir sin la v i d a .
beatificante del h o m b r e consiste en el c o n j u n t o de b i e n e s del E s t o m i s m o d i r í a de la m e m o r i a y de la r a z ó n , y si h a y a l g o
a l m a y del c u e r p o . P o r eso cree q u e los p r i n c i p i o s de la natu- m á s de este t i p o en el h o m b r e . E s t a s son t a m b i é n a n t e r i o r e s
raleza d e b e n a p e t e c e r s e p o r sí m i s m o s , y la v i r t u d , el a r t e de a la ciencia, y sin e l l a s n o p u e d e d a r s e ciencia a l g u n a , n i , p o r
vivir q u e e n s e ñ a la ciencia, es el b i e n m á s excelente e n t r e los c o n s i g u i e n t e , la v i r t u d , q u e es f r u t o d e a p r e n d i z a j e . E n c u a n t o
bienes del a l m a . L a v i r t u d , o sea el a r t e de vivir, en r e c i b i e n d o a los b i e n e s del c u e r p o , c o m o la ligereza, la h e r m o s u r a , l a s
los p r i n c i p i o s de la n a t u r a l e z a , i n d e p e n d i e n t e s de e l l a y ante- fuerzas y cosas p o r el estilo, la v i r t u d p u e d e e x i s t i r sin ellos,
r i o r e s a t o d a ciencia, los a p e t e c e t o d o s p o r sí m i s m a , y al mis- y e l l o s sin la virtud, y, sin e m b a r g o , son b i e n e s . S e g ú n estos
m o t i e m p o se a p e t e c e a sí m i s m a . Y u s a de e l l o s y de sí m i s m a filósofos, la v i r t u d los a m a t a m b i é n p o r sí m i s m a y u s a y goza
de e l l o s c o m o le conviene [ 4 j .
arboris, non pecoris, non dei, sed hominis quaeritur, quid sit ipse homo,
quaerendum putat. Sentit quippe in eius natura dúo esse quaedam, cor- 2. A ñ a d e n q u e esta v i d a feliz es t a m b i é n u n a v i d a social,
pus et animam: et horum quidem duorum melius esse animam longeque ómnibus delectetur atque perfruatur, magis minusque, ut quaeque Ínter
praestabilius omnino non dubitat; sed utrum anima sola sit homo, ut ita se maiora atque minora sunt, tamen ómnibus gaudens, et quaedam mino-
sit ei corpus tanquam equus equiti. Eques enim non homo et equus, sed ra, si necessitas postulat, propter maiora vel adipiscenda vel tenenda,
solus homo est: ideo tamen eques dicitur, quod aliquo modo se habeat contemnens. Omnium autem bonorum vel animi vel corporis, nihil sibi
ad equum. An corpus solum sit homo, aliquo modo se habens ad animam, virtus omnino praeponit. Haec enim bene utitur et se ipsa, et caeteris,
sicut poculum ad potionem: non enim calix et potio, quam continet calix, quae hominem faciunt beatum, bonis. Ubi vero ipsa non est, quamlibet
simul dicitur poculum, sed calix solus; ideo tamen quod potioni conti- multa sint bona, non bono eius sunt, cuius sunt; ac per hoc iam nec eius
nendae sit accommodatus. An vero nec anima sola, nec solum corpus, sed bona dicenda sunt, cui male utenti utilia esse non possunt. Haec ergo vita
simul utrumque sit homo, cuius pars sit una sive anima sive corpus, ille hominis, quae virtute et alus animi et corporis bonis, sine quibus virtus
autem totus ex utroque constet, ut homo sit: sicut dúos equos iunctos esse non potest, fruitur, beata esse dicitur: si vero et alus, sine quibus
bigas vocamus, quorum sive dexter, sive sinister, pars est bigarum, unum esse virtus potest, vel ullis, vel pluribus, beatior: si autem prorsus óm-
vero eorum quoquo modo se habeat ad alterum, bigas non dicimus, sed nibus, ut nullum omnino bonum desit, vel animi vel corporis, beatissima.
ambos simul. Horum autem trium hoc eligit tertium, hominemque nec Non enim hoc est vita, quod virtus; quoniam non omnis vita, sed sapiens
animam solam, nec solum corpus, sed animam simul et corpus esse arbi- vita virtus est: et tamen qualiscumque vita sine ulla virtute potest esse;
tratur. Proinde summum bonum hominis, quo fit beatus, ex utriusque rei virtus vero sine ulla vita non potest esse. Hoc et de memoria dixerim
bonis constare dicit, et animae scilicet et corporis. Ac per hoc prima illa atque ratione, et si quid aliud tale est in homine. Sunt enim haec et ante
naturae propter se ipsa existimat expetenda, ipsamque virtutem quam doctrinam, sine his autem non potest esse ulla doctrina: ac per hoc nec
doctrina inserit velut artem vivendi, quae in animae bonis est excellen- virtus, quae utique discitur. Bene autem currere, pulchrum esse corpore,
tissimum bonum. Quapropter eadem virtus, id est ars agendae vitae, cum viribus ingentibus praevalere, et caetera huiusmodi talia sunt, ut et virtus
acceperit prima naturae, quae sine illa erant, sed tamen erant etiam sine his esse possit, et ipsa sine virtute: bona sunt tamen; et secundum
quando eis doctrina adhuc deerat, omnia propter se ipsam appetit, si- istos etiam ipsa propter se ipsam diligit virtus, utiturque illis et fruitur.
mulque etiam se ipsam: omnibusque simul et se ipsa utitur, eo fine ut sicut virtutem decet.
2. Hanc vitam beatam etiam socialem perhibent esse, quae amicorum
1372 U CIUDAD DB DIOS XIX, 3 , 2
q u e nina los b i e n e s d e los a m i g o s p o r sí m i s m o s c o m o los p r o - XIX, 4, 1 FINES DK LAS DOS CIUDADIt.4 1373
p i o s y desea p a r a e l l o s lo q u e p a r a sí m i s m o . Y esto sea q u e
vivan en la m i s m a casa, c o m o la esposa, los h i j o s o los d o - C A P I T U L O IV
m é s t i c o s ; o e n el l u g a r m i s m o en q u e está sita la casa, e s
decir, en la m i s m a c i u d a d , c o m o los c i u d a d a n o s ; o en t o d o el S E N T Í R DE L O S CRISTIANOS SOBRE E S T E PUNTO DEI.
o r b e , c o m o las n a c i o n e s u n i d a s p o r la s o c i e d a d h u m a n a ; o en SUPREMO BIEN
el m u n d o , c o m p r e n d i d o b a j o el n o m b r e de cielo y t i e r r a , c o m o 1. Si se n o s p r e g u n t a cuál es el s e n t i r de la C i u d a d de
los dioses, q u e , según esos filósofos, s o n a m i g o s del h o m b r e D i o s s o b r e c a d a u n o de estos p u n t o s , en p r i m e r l u g a r s o b r e el
s a b i o , y a los c u a l e s n o s o t r o s d a m o s c o n s c i e n t e m e n t e el n o m - fin de los b i e n e s y de los m a l e s , e l l a m i s m a r e s p o n d e r á q u e la
b r e d e á n g e l e s [ 5 j . Sostiene, a d e m á s , q u e s o b r e la cuestión vida e t e r n a es el s u m o b i e n , y l a m u e r t e e t e r n a , el s u m o m a l .
del s u m o b i e n y del s u m o m a l n o h a y l u g a r a d u d a s . E n esto Y, c o m o consecuencia, q u e d e b e m o s vivir b i e n p a r a l o g r a r
r a d i c a la d i s t i n c i ó n q u e los s e p a r a de los n u e v o s a c a d é m i c o s ,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a q u é l l a y e s q u i v a r ésta. E s t á e s c r i t o : El justo vive de la fe,
a m é n d e q u e les i n t e r e s a u n c o m i n o , q u e el filósofo siga este p o r q u e , c o m o n o v e m o s a ú n n u e s t r o b i e n , es p r e c i s o q u e l o
o el otro g é n e r o d e vida, el d e los cínicos u o t r o , p a r a alcan- b u s q u e m o s p o r la fe. E l m i s m o vivir b i e n n o lo t e n e m o s d e
z a r el s o b e r a n o b i e n . E n fin, e n c u a n t o a los t r e s g é n e r o s d e p r o p i a cosecha si el q u e n o s d i o la fe, q u e n o s l l e v a a c r e e r
vida, ocioso, activo y m i x t o , les p l a c e m á s el t e r c e r o . V a r r ó n en n u e s t r a d e b i l i d a d , n o n o s a y u d a a c r e e r y a s u p l i c a r . Quie-
a s e g u r a q u e éste es el s e n t i r y las e n s e ñ a n z a s d e los a n t i g u o s n e s c r e y e r o n q u e el fin de los b i e n e s y d e los m a l e s se h a l l a e n
a c a d é m i c o s , c u y o a u t o r fué A n t í o c o , m a e s t r o d e C i c e r ó n y s u y o , esta v i d a , y así r a d i c a r o n el s u m o b i e n en el c u e r p o o en el
a u n q u e en r e a l i d a d p a r e c e q u e C i c e r ó n siguió e n m á s p u n t o s a a l m a , o en los d o s j u n t o s , o, p a r a e x p r e s a r l o m á s e x p l í c i t a m e n -
los estoicos q u e a los a n t i g u o s a c a d é m i c o s [ 6 ] . M a s ¿ q u é n o s te, en e l p l a c e r , o en la v i r t u d , o en a m b o s a l a v e z ; en la
i m p o r t a a n o s o t r o s , q u e d e b e m o s j u z g a r d e las eosas en sí, sa- q u i e t u d , o en la v i r t u d , o en a m b o s ; en el p l a c e r y en la quie-
b e r la o p i n i ó n de c a d a u n o de los h o m b r e s ? tud u n i d o s , o en la v i r t u d , o en a m b o s ; e n los p r i n c i p i o s d e l a
n a t u r a l e z a , o en la v i r t u d , o en u n o y o t r o ; éstos, con e x t r a ñ a
v a n i d a d , h i c i e r o n d e p e n d e r la felicidad d e sí m i s m o s [ 7 ] . L a
bona propter se ipsa diligat sicut sua, eisque propter ipsos hoc velit quod V e r d a d se r i ó de este o r g u l l o al d e c i r p o r su p r o f e t a el S e ñ o r :
sibi; sive in domo sint, sicut coniux et liberi et quicumque domestici; Conocí que los pensamientos de los hombres son vanos, o se-
sive ¡n loco, ubi donuis eius est, sicuti est urbs, ut sunt hi qui cives vo- g ú n el a p ó s t o l S a n P a b l o : El Seño?- conoce los pensamientos de
cantur; sive in toto orbe, ut sunt gentes, quas ei societas humana coniun-
los sabios y sabe que son vanos.
git; sive in ipso mundo, qui censetur nomine caeli et terrae, sicut esse
dicunt déos, quos volunt amicos esse homini sapienti, quos nos familia-
rius Angelos dicimus. De bonorum autem et e contrario malorum finibus CAPUT IV
negant ullo modo esse dubitandum, et hanc Ínter se et novos Académicos
affirmant esse distantiam, nec eorum interest quidquam, sive cynico, sive DE SUMMO BONO ET SUMMO MALO QUID CHRISTIANI SENTIANT CONTRA
alio quolibet habitu et victu in his finibus, quos veros putant, quisque PHII.OSOPHOS, QÜI SUMMUM LIONUM IN SE SIBI ESSE MXERUNT
philosophetur. Ex tribus porro illis vitae generibus, otioso, actuoso, et 1. Si ergo quaeratur a nobis, quid civitas Dei de his singulis interro-
quod ex utroque compositum est, hoc tertium sibi placeré asseverant. gata respondeat, ac primum de finibus bonorum malorumque quid sentiat,
Haec sensisse atque docuisse Académicos veteres, Varro asserit, auctore respondebit aeternam vitam esse summum bonum, aeternam vero mortem
Antiocho, magistro Ciceronis et suo, quem sane Cicero in pluribus fuisse summum malura: propter illam proinde adipiscendam, istamque vitandam,
Stoicum, quam veterem Academicum vult videri. Sed quid ad nos, qui recte nobis esse vivendum. Propter quod scriptum est, Iustus ex fide vi-
potius de rebus ipsis iudicare debemus, quam pro magno de hominibus vitl: quoniam ñeque bonum nostrum iam videmus, unde oportet ut cre-
quid quisque senserit scire? dendo quaeramus; neque ipsum recte vivere nobis ex nobis est, nisi cre-
dentes adiuvet et orantes, qui et ipsam fidem dedit, qua nos ab illo
adiuvandos esse credamus. lili autem qui in ista vita fines bonorum et
malorum esse putaverunt, sive in corpore, sive in animo, sive in utroque
ponentes summum bonum; atque, ut id explicatius eloquar, sive in vo-
luptate, sive in virtute, sive in utraque; sive in quiete, sive ln virtute,
sive in utraque; sive in voluptate simul et quiete, sive in virtute, sive in
utrisque; sive in primis naturae, sive in virtute, sive in utrisque: hic beati
esse, et a se ipsis beati fieri mira vanitate voluerunt, Irrisit hos Veritas
per prophetam dicentem, Novit Dominus cogitationes hominum; vel, sicut
hoc testimonium posuit apostolus Paulus, Dominus novit cogitationes sa-
pientium, quoniam vanae sunt'.
1
Hab. 3,4; Gal. 3,11. '¿ Ps. 93,11; 1 Cor. 3,20.
1374 M CIUDAD DE DIOS XDC, 4, 2 X I X , 4, 3 FINES DE IAS DOS CIUDADES 1375

2. ¿ Q u é c a u d a l de e l o c u e n c i a b a s t a r í a p a r a d e s c r i b i r l a s visto, b i e n lo i m a g i n e m o s , a p e n a s p o d e m o s c o n t e n e r l a s l á g r i -
m i s e r i a s de esta v i d a ? C i c e r ó n lo h a e n s a y a d o a su m o d o en m a s y l l o r a m o s [ 8 | . Y ¿ q u é d i r é de q u i e n e s sufren l a posesión
Acerca de la Consolación a la m u e r t e de su h i j a ; p e r o ¡ q u é cor- de los d e m o n i o s ? ¿ D ó n d e está s e p u l t a d a su i n t e l i g e n c i a c u a n d o
to q u e d a ! L o s p r i n c i p i o s de la n a t u r a l e z a , ¿ c u á n d o , c ó m o , dón- el e s p í r i t u m a l i g n o usa, a su c a p r i c h o , del a l m a y del c u e r p o
de p u e d e n p o s e e r s e en esta v i d a sin q u e estén sujetos a vaivenes d e e l l o s ? Y ¿ q u i é n a s e g u r a q u e este m a l n o p u e d e s o b r e v e n i r
sin c u e n t o ? ¿ A q u é d o l o r y a q u é i n q u i e t u d , afecciones o p u e s t a s a l s a b i o en esta v i d a ? A ú n h a y m á s : ¡ c u a n defectuosa es la
al p l a c e r y a la q u i e t u d , n o está e x p u e s t o el c u e r p o del s a b i o ? p e r c e p c i ó n de la v e r d a d en esta c a r n e , según l a s p a l a b r a s de
L a a m p u t a c i ó n o d e b i l i d a d de m i e m b r o s es c o n t r a r i a a la inte- la S a b i d u r í a : El cuerpo corruptible agrava al alma, y la mo-
g r i d a d del h o m b r e ; la d e f o r m i d a d , a la b e l l e z a ; la e n f e r m e d a d , rada terrena deprime el sentido, que imagina muchas cosas!
a la s a l u d ; la l a x i t u d , a las f u e r z a s ; la flojedad o pesadez, a E l í m p e t u o a p e t i t o de acción, si es q u e la e x p r e s i ó n t r a d u c e
la a g i l i d a d . Y ¿ d e c u á l de estos m a l e s está exenta la c a r n e del fielmente l a p a l a b r a g r i e g a ópu-r|v, c o n t a d o t a m b i é n e n t r e los

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


s a b i o ? E l e q u i l i b r i o y el m o v i m i e n t o del c u e r p o , c u a n d o son p r i m e r o s p r i n c i p i o s de la n a t u r a l e z a , ¿ n o es a c a s o en los furio-
p r o p i o s y a d e c u a d o s , se c u e n t a n t a m b i é n e n t r e los p r i n c i p i o s sos c a u s a de sus m o v i m i e n t o s y de esas a c c i o n e s q u e n o s h o r r o -
de la n a t u r a l e z a . P e r o ¿ q u é s u c e d e r á si a l g u n a m a l a d i s p o s i c i ó n r i z a n , al p e r v e r t i r s e el s e n t i d o y t r a s t o r n a r s e l a r a z ó n ?
h a c e t e m b l a r los m i e m b r o s ? ¿ Q u é s u c e d e r á si la e s p i n a d o r s a l 3 . E n fin, la m i s m a v i r t u d , q u e n o e n t r a en el n ú m e r o de
se c u r v a h a s t a q u e a r r a s t r e las m a n o s p o r el s u e l o , h a c i e n d o , e n los p r i n c i p i o s de la n a t u r a l e z a , p u e s q u e es f r u t o t a r d í o de l a
cierto m o d o , c u a d r ú p e d o al h o m b r e ? ¿ N o d a r á esto al t r a s t e ciencia, p e r o q u e r e c l a m a p a r a sí el p r i m e r p u e s t o e n t r e los
con la b e l l e z a y el d e c o r o del e q u i l i b r i o y del m o v i m i e n t o cor- b i e n e s h u m a n o s , ¿ q u é h a c e s o b r e la t i e r r a sino g u e r r a c o n t i n u a
p o r a l ? ¿ Q u é d e c i r de los b i e n e s p r i m a r i o s del a l m a , el sen- c o n t r a l o s vicios, n o c o n t r a los e x t e r i o r e s , sino c o n t r a l o s inte-
tido y el i n t e l e c t o , u n o d a d o p a r a p e r c i b i r la v e r d a d y o t r o r i o r e s ; n o c o n t r a los a j e n o s , sino c o n t r a los p r o p i o s y p e r s o -
p a r a c o m p r e n d e r l a ? M a s en c u a n t o a lo p r i m e r o , ¿ q u é t a l que- n a l e s ? E s t a g u e r r a la l i b r a s o b r e t o d o l a v i r t u d , l l a m a d a en
d a r á o a q u é se r e d u c i r á el s e n t i d o , si, p o r n o d e c i r o t r a cosa, g r i e g o ccú<ppoaúvr| y en c a s t e l l a n o t e m p l a n z a , q u e t i e n e p o r o b j e t o
el h o m b r e se t o r n a ciego y s o r d o ? Y en c u a n t o a lo s e g u n d o , f r e n a r l a l i b i d o c a r n a l , a fin de q u e ésta n o lleve a l a m e n t e a
¿ a d o n d e i r á a p a r a r la r a z ó n y la i n t e l i g e n c i a , d ó n d e s e r á n c o n s e n t i r , d e s p e ñ á n d o s e en mil c r í m e n e s . Y n o p e n s e m o s q u e
s e p u l t a d a s , si p o r a l g u n a e n i e r m e d a d se t o r n a loco el h o m b r e ? n o h a y en n o s o l r o s vicio, c u a n d o la carne, c o m o dice el A p ó s -
C u a n d o los frenéticos d i c e n a b s u r d o s sin c u e n t o y h a c e n extra- tol, desea contra el espíritu. A ese vicio se o p o n e directa-
v a g a n c i a s a j e n a s y h a s t a c o n t r a r i a s a su b u e n p l a n de v i d a y a m e n t e u n a v i r t u d , s e ñ a l a d a p o r él en estos t é r m i n o s : Y el es-
sus c o s t u m b r e s , si lo c o n s i d e r a m o s s e r i a m e n t e , bien lo h a y a m o s

2. Quis enim sufíicit, quantovis eloquentiae ilumine, vitae huius mi- patiuntur incursus? ubi habent absconditam vel obrutam intelligentiam
serias explicare;" Quam lamentatus est Cicero in Consolatione de morte suam, quando secundum suam voluntatem et anima eorum et corpore
filiae, sicut potuit: sed quantum est quod potuití t a quippe quae dicun- malignus utitur spiritus? Et quis confidit hoc malum in hac vita evenire
tur prima naturae, quanuo, ubi, quomouo tam cene se nauere m hac vita non posse sapienti? Deinde perceptio veritatis in hac carne qualis aut
possunt, ut non sub mcertis casibus íluctuent? Quis enim dolor contra- quanta est, quando, sicut legimus in veraci libro Sapientiae, Corpus cor-
rius voluptati, quae inquietudo contraria quieti, in corpus cadere sapientis ruptibile aggravat animam, et deprimit terrena inhabitado sensum multa
non potesti1 Membrorum certe amputatio vel debilitas hominis expugnat cogitantem? 3 ímpetus porro vel actionis appetitus, si hoc modo recte la-
incolumitatem, deíormitas pulchrítuüinem, imbecillitas samtatem, vires ias- tine appellatur ea quam Graeci vocant ópuriv, quia et ipsam primis natu-
situdo, mobilitatem torpor, aut tarditas: ecquid horum est, quod nequeat rae deputant bonis, nonne ipse est, quo geruntur etiam insanorum ílli
in carnem sapientis irruere? Status quoque corporis atque motus, cura miserabiles motus, et facta quae horremus, quando pervertitur sensus ra-
decentes atque congruentes sunt, Ínter naturae prima numerantur: sed tioque sopitur?
quid si aliqua mala valetudo membra tremore concutiat'í1 quid si usque 3. Porro ipsa virtus, quae non est inter prima naturae, quoniam eis
ad ponendas in terram manus dorsi spina curvetur, et hominem quodam- postea doctrina introdúceme supervenit, cum sibi bonorum culmen vindi-
modo quadrupedem faciat? nonne omnem statuendi corporis et movendi cet humanorum, quid hic agit nisi perpetua bella cum vitiis, nec exterio-
speciem decusque pervertet? Quid ipsius animi primigenia quae appetlan- ribus, sed interioribus; nec alienis, sed plañe nostris et propriis; máxime
tur bona, ubi dúo prima ponunt propter comprehensionem perceptionem- illa, quae graece aco<ppocrúvr|, latine temperantia nominatur, qua carnales
que veritatis, sensum et inteilectum? Sed qualis quantusque remanet sen- frenantur libídines, ne in quaeque flagitia mentem consentientem trahant?
sus, si, ut alia taceam, fiat homo surdus et caecus? Ratio vero et intelli- Ñeque enim nullum est vitium, cum, sicut dicit Apostolus, Caro cocu-
gentía quo recedet, ubi sopietur, si aliquo morbo efiiciatur insanus? piscit adversas spiritum: cui vitio contraria virtus est, cum, sicut ídem
Phrenetici multa absurda cum dicunt, vel faciunt, plerumque a bono suo dicit, Spiritus concupiscit adversus carnem. Haec enim, inquit, invicem
proposito et moribus aliena, imo suo bono proposito moribusque contraria, adversantur; ut non ea quae vultis faciatisi. Quid autem faceré volumus,
sive illa cogitemus, sive videamus, si digne consideremus, lacrymas tenere
3
vix possuraus, aut forte nec possumus. Quid dicam de his, qui daemonum S a p . 0,15.
4
G a l . 5,17.
1376 « CIUDAD DE DIOS XDC, 4, 4
/>¿/-¿¿w t/esea contra la carne. Son principios, a ñ a d e él, contra- XDC, 4, 4 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1377
rios entre sí, y por eso vosotros no hacéis cuanto queréis.
¿Qué q u e r e m o s h a c e r c u a n d o q u e r e m o s l l e g a r a la perfec- está, en efecto, t a n t o m e n o s s o m e t i d a a D i o s c u a n t o m e n o s p i e n -
ción del s u m o Lien sino q u e la c a r n e n o desee c o n t r a el es- sa en E l . Y la c a r n e está t a n t o m e n o s s o m e t i d a al e s p í r i t u c u a n t o
p í r i t u n i cree en n o s o t r o s este vicio c o n t r a el q u e desea el espí- m á s desea c o n t r a el e s p í r i t u . Y m i e n t r a s a r r a s t r e m o s esta de-
r i t u ? M a s , a u n q u e q u e r a m o s h a c e r esto en la p r e s e n t e v i d a , b i l i d a d , este m o r b o , esta t a r a , ¿ c ó m o o s a r e m o s d e c i r q u e esta-
c o m o n o p o d e m o s , p r o c u r e m o s s i q u i e r a , con la a y u d a de D i o s , m o s ya s a l v a d o s ? Y si n o e s t a m o s t o d a v í a s a l v a d o s , ¿ c ó m o
n o ceder r i n d i e n d o el e s p í r i t u a la c a r n e , q u e desea c o n t r a él, nos l l a m a r e m o s felices con la b i e n a n d a n z a final? L a forta-
y n o c o n s e n t i r en la p e r p e t r a c i ó n del p e c a d o . D i o s n o s l i b r e leza, v a y a a c o m p a ñ a d a de c u a l q u i e r s a b i d u r í a q u e sea, es el
de c r e e r q u e , d e s g a r r a d o s y l u c h a n d o a ú n en esta g u e r r a intes- testigo m á s i r r e f r a g a b l e de los m a l e s del h o m b r e , q u e e l l a se
tina, h e m o s l o g r a d o ya la felicidad sin la p o s e s i ó n de la victo- ve o b l i g a d a a t o l e r a r con p a c i e n c i a . M e m a r a v i l l a q u e los es-
t o r i a . ¿ H a y a l g ú n s a b i o q u e n o sostenga este c o m b a t e i n t e r i o r toicos h a y a n t e n i d o la o s a d í a de n e g a r la existencia de esos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


c o n t r a sus p a s i o n e s ? [ 9 ] . m a l e s y de a c o n s e j a r al sabio q u e , si son t a n fuertes q u e o n o
4. ¿ Q u é d i r e m o s de la v i r t u d q u e se l l a m a p r u d e n c i a ? p u e d e n o n o d e b e n s o p o r t a r l o s , se suicide y e m i g r e de esta v i d a .
¿ T o d a su v i g i l a n c i a n o se e n c a m i n a a d i s c e r n i r los b i e n e s de T a l es la e s t u p i d e z y el o r g u l l o de estos h o m b r e s q u e p r e t e n d e n
los m a l e s , p a r a b u s c a r sin e r r o r u n o s y h u i r o t r o s ? E l l a mis- h a l l a r el p r i n c i p i o de la felicidad en esta v i d a y en sí m i s m o s .
m a es u n a p r u e b a de q u e e s t a m o s en el m a l y de q u e el Y t a l es su d e s v e r g ü e n z a , que l l a m a n feliz al s a b i o , s e g ú n lo
m a l está en n o s o t r o s . E l l a n o s e n s e ñ a q u e es u n m a l c o n s e n t i r d e s c r i b e su v a n i d a d , a u n q u e q u e d e ciego, s o r d o , m u d o , física-
en la l i b i d o p e c a m i n o s a y q u e es u n b i e n n o c o n s e n t i r en e l l a . m e n t e i m p o s i b i l i t a d o , o esté a t o r m e n t a d o con a q u e l l o s c r u e l e s
Y ese m a l q u e la p r u d e n c i a n o s e n s e ñ a a n o c o n s e n t i r y la d o l o r e s , o le s o b r e v e n g a otro m a l q u e se vea p r e c i s a d o a d a r s e
t e m p l a n z a n o s h a c e c o m b a t i r , n i la p r u d e n c i a n i la t e m p l a n z a la m u e r t e , f i n a l i z a n d o así esta v i d a . ¡ O h v i d a d i c h o s a , q u e re-
lo d e s c a r t a n en esta vida. c u r r e a la m u e r t e p a r a d e j a r de s e r ! Si es feliz, siga v i v i e n d o ,
¿ Q u é d e c i r de la j u s t i c i a , c u y o o b j e t o es d a r a cada u n o lo y si h u y e de e l l a m o v i d o p o r estos m a l e s , ¿ c ó m o es f e l i z ? ¿ N o
s u y o ? (Así, e n el h o m b r e h a y u n o r d e n j u s t o y p r o c e d e n t e de son m a l e s a c a s o los q u e t r i u n f a n s o b r e la f o r t a l e z a y la o b l i g a n
la n a t u r a l e z a , según el c u a l el a l m a está s o m e t i d a a D i o s y la n o s o l a m e n t e a la r e n d i c i ó n , sino t a m b i é n al d i s p a r a t e de con-
c a r n e a l a l m a , y el a l m a y la c a r n e a D i o s . ) [ 1 0 ] . ¿ N o es ver- s i d e r a r feliz u n a v i d a que d e b e h u i r s e ? ¿ Q u i é n es t a n ciego
d a d q u e t a m b i é n esta v i r t u d p r u e b a q u e a ú n t r a b a j a en esa q u e n o vea q u e , si es feliz, n o d e b e h u i r s e ? Y si a d m i t e n q u e
o b r a y q u e t o d a v í a n o h a l l e g a d o al fin de la m i s m a ? E l a l m a debe h u i r s e p o r el p e s o de la e n f e r m e d a d q u e la o p r i m e , ¿poi-
q u é n o r e c o n o c e n q u e es m i s e r a b l e , a l l a n a n d o su s o b e r b i a cer-
cum perfici volumus finem summi boni, nisi ut caro adversus spiritum viz? U n a p r e g u n t a : ¿ C a t ó n se m a t ó p o r p a c i e n c i a o m á s b i e n
non concupiscat, nec sit in nobis lioc vitium, contra quod spiritus con-
cupiscat? Quod in hac vita quamvis velimus, quoniam faceré non vale-
mus, id saltem iu adiutorio Dei faciamus, ne carni concupiscenti adversus nondum salvos, quomodo iam beatos illa finali beatitudine dicere audebi-
spiritum, spiritu succumbente cedamus, et ad perpetrandum peccatum mus? Iam vero illa virtus, cuius nomen est fortitudo. in quantacumque
nostra consensione pertrahamur. Absit ergo ut, quamdiu in hoc bello in- sapientia evidentissima testis est humanorum malorum, quae compellitnr
testino sumus, iam nos beatitudinem, ad quam vincendo volumus pervenire, patientia tolerare. Quae mala Stoici philosophi miror qua fronte mala
adeptos esse credamus. Et quis est usque adeo sapiens, ut contra libídines non esse contendant, quibus fatentur, si tanta fuerint, ut ea sapiens vel
nullum habeat omnino conflictum? non possit, vel non debeat sustinere, cogi eura mortem sibimet inferre,
4. Quid illa virtus, quae prudentia dicitur? nonne tota vigilantia sua atque ex hac vita emigrare. Tantus autem superbiae stupor est in his
bona discernit a malis, ut in illis appetendis istisque vitandis nullus error hominibus, hic se habere finem boni et a se ipsis fieri beatos putantibus,
obrepat? Ac per lioc et ipsa nos in malis, vel mala in nobis esse testatur. ut sapiens eorum, hoc est, qualem mirabili vanitate describunt, etiamsi
Ipsa enim docet nos, malum esse ad peccandum consentiré, bonumque esse excaecetur, obsurdescat, obmutescat, membris debilitetur, doloribus cru-
ad peccandum non consentiré libidini. Illud tamen malum, cui nos non cietur, et si quid aliud talium malorum dici aut cogitan potest, incidat
consentiré docet prudentia, facit temperantia, nec prudentia, nec tempe- in eum, quo sibi mortem cogatur inferre, hanc in his malis vitam consti-
rantia tollit huic vitae. Quid iustitia, cuius munus est sua cuique tribuere tutam, eos non pudeat beatam vocare. O vitam beatam, quae ut finiatur,
(unde fit in ipso homine quidam iustus ordo naturae, ut anima subdatur mortis quaerit auxilium! Si beata est, maneatur in ea: si vero propter
Deo et animae caro, ac per hoc Deo et anima et caro), nonne demonstrat ista mala fugitur ab ea, quomodo est beata? Aut quomodo ista non sunt
in eo se adhuc opere laborare potius, quam in huius operis iam fine re- mala, quae vincunt fortitudinis bonum, eamdemque fortitudinem non
quiescere? Tanto quippe mirras anima subditur Deo, quanto minus Deum solum sibi cederé, verum etiam delirare compellunt, ut eamdem vitam et
in ipsis suis cogitationibus concipit; et tanto minus animae subditur caro, dicat beatam, et persuadeat esse fugiendam? Quis usque adeo caecus est,
quanto magis adversus spiritum concupiscit. Quamdiu ergo nobis inest ut non videat quod, si beata esset, fugienda non esset? Sed si propter
haec infirmitas, haec pestis, hic languor, quomodo nos iam salvos; et si infirmitatis pondus, qua premitur, hanc fugiendam fatentur; quid igitur
causae est, cur non etiam miseram fracta superbiae cervice fateantur?
Ptrum, obsecro, Cato ille patientia, an potius impatientia se peremit? Non
1378 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 4, 5
XIX, 4, 5 FINES DE I<AS DOS CIUDADIiS 1379
p o r i m p a c i e n c i a ? Y o creo q u e n o lo h u b i e r a h e c h o de h a b e r
sufrido p a c i e n t e m e n t e la v i c t o r i a de C é s a r . ¿ D ó n d e está su for- g r a n fuerza q u e o b l i g a al h o m b r e e i n c l u s o al s a b i o , según ellos,
t a l e z a ? Cedió, se r i n d i ó , fué t a n v e n c i d o , q u e a b a n d o n ó y de- a d e j a r de ser h o m b r e . P o r q u e d i c e n — y dicen v e r d a d — q u e éste
sertó de la v i d a feliz. ¿ O es q u e ya n o e r a feliz? E n t o n c e s e r a es el g r i t o p r i m e r o y s u p r e m o de la n a t u r a l e z a : q u e el h o m b r e
m i s e r a b l e . Y ¿ c ó m o n o s e r í a n m a l e s los q u e h a c í a n l a v i d a mi- se a m e a sí m i s m o y h u y a , c o m o c o n s e c u e n c i a , n a t u r a l m e n t e
s e r a b l e y d i g n a de h u i r s e ? [ 1 1 ] . la m u e r t e [ 1 2 ] . Y es t a n a m i g o de sí p r o p i o , q u e q u i e r e ser
5. A u n los p e r i p a t é t i c o s , los de la a n t i g u a A c a d e m i a , de a n i m a l y c o n s e r v a r esta u n i ó n í n t i m a de c u e r p o y a l m a , y a p e -
los q u e V a r r ó n se m u e s t r a defensor, y c u a n t o s a d m i t e n la exis- tece esto con v e h e m e n c i a . H a y u n a g r a n v i o l e n c i a en esos ma-
t e n c i a de esos m a l e s , h a b l a n con m á s t o l e r a n c i a . P e r o su erról- les, q u e s u p e r a n el s e n t i d o de la n a t u r a l e z a , q u e lleva a e v i t a r
es t o d a v í a e x t r a ñ o , p o r q u e sostienen q u e la v i d a es feliz, a u n q u e la m u e r t e a t o d a costa y p o r t o d o s l o s m e d i o s . Y lo s u p e r a de
esos m a l e s sean t a n d u r o s q u e o b l i g u e n p a r a h u i r l o s a inferirse tal f o r m a , q u e a h o r a desea y a p e t e c e l a m u e r t e , y si n o h a y

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la m u e r t e p o r p r o p i a c u e n t a . Los tormentos y los dolores del q u i e n se la dé, el h o m b r e se la infiere a sí m i s m o p o r su p r o p i a
cuerpo son males—dice V a r r ó n — , y tanto peores cuanto más m a n o . H a y u n fuerte p o d e r en esos m a l e s q u e h a c e n a la for-
pueden aumentarse. Por eso, para verte libre de ellos, debes t a l e z a h o m i c i d a , si es q u e en este caso d e b e l l a m a r s e fortaleza,
huir de esta vida. — ¿ D e q u é v i d a ? , p r e g u n t o y o . — D e esta p u e s q u e , v e n c i d a p o r e l l o s de f o r m a t a l que. e l l a , q u e c o m o
vida t a n c a r g a d a de m a l e s , r e s p o n d e él. v i r t u d se h a b í a h e c h o c a r g o del g o b i e r n o y de la defensa del
h o m b r e , n o sólo n o p u e d e c o n s e r v a r su ser p o r l a p a c i e n c i a ,
¿ Q u e es feliz en m e d i o de estos m a l e s , p o r los q u e dices que
s i n o q u e — ¡ y esto es lo t r i s t e ! — s e ve o b l i g a d a a d a r s e la m u e r -
d e b e h u i r s e ? ¿ O es q u e la l l a m a s feliz j u s t a m e n t e p o r q u e te
te. E s v e r d a d q u e el s a b i o d e b e sufrir p a c i e n t e m e n t e la m u e r t e ,
es lícito a p a r t a r t e de esos m a l e s con la m u e r t e ? ¿ Q u é p a s a r í a
p e r o c u a n d o viene de m a n o e x t r a ñ a . Si, p u e s , s e g ú n ellos, se ve
si, p o r u n o c u l t o j u i c i o de D i o s , f u e r a s r e t e n i d o e n t r e estos
o b l i g a d o a i n f e r í r s e l a a sí m i s m o , es p r e c i s o a d m i t i r q u e t a l e s
m a l e s , sin p e r m i t í r s e t e m o r i r ni s e p a r a r l e j a m á s de e l l o s ? A la
a c c i d e n t e s son p a r a e l l o s n o sólo m a l e s , s i n o m a l e s i n t o l e r a b l e s ,
v e r d a d q u e e n t o n c e s d a r í a s a esta vida, p o r lo m e n o s , el cali-
q u e les o b l i g a n a c o m e t e r ese d e s a f u e r o . U n a v i d a o p r i m i d a p o r
ficativo de m i s e r a b l e . N o deja, p u e s , de ser m i s e r a b l e p o r ser
el p e s o de t a n t a s y t a l e s m i s e r i a s , o sujeta a los a c o n t e c e r e s
p r e s t o a b a n d o n a d a , p u e s t o q u e , si fuera e t e r n a , tú m i s m o l a
e x t e r n o s , n o sería j a m á s l l a m a d a feliz si los h o m b r e s , q u e le
t a c h a r í a s de m i s e r a b l e . Y n o p o r ser b r e v e d e b e p a r e c e m o s q u e
d a n ese n o m b r e , c o m o ceden a la i n f e l i c i d a d v e n c i d o s p o r ese
n o es m i s e r i a , o q u e — m a y o r a b s u r d o t o d a v í a — , p o r ser u n a
a l u d de m a l e s q u e los l l e v a a d a r s e m u e r t e , se d i g n a r a n ceder
m i s e r i a b r e v e , d e b e l l a m a r s e f e l i c i d a d . H a y en esos m a l e s u n a
a la f e l i c i d a d r i n d i é n d o s e a la e v i d e n c i a de l a s r a z o n e s e n la
enim hoc fecisset, nisi victoriara Caesaris impatienter tulisset. Ubi est b ú s q u e d a de la v i d a feliz, y n o c r e y e r a n q u e en esta m o r t a l i d a d
fortitudo? Nempe cessit, nempe succubuit, nempe usque adeo superata est, se d e b e g o z a r del s u m o b i e n . A q u í l a s v i r t u d e s m i s m a s , lo m á s
ut vitam beatam derelinqueret, desereret, fugeret. An non erat iam beata? n o b l e y útil del h o m b r e , c u a n t o m a y o r a y u d a n o s b r i n d a n con-
Misera ergo erat. Quomodo igitur mala non erant quae vitam miseram
fugiendamque faciebant?
5. Quapropter etiam ipsi, qui mala ista esse confessi sunt, sicut Pe- propterea mortem naturaliter fugiat; ita sibi amicus, ut esse se animal, et
ripatetici, sicut veteres Academici, quorum sectam Varro defendit, tole- in hac coniunctione corporis atque animae vivere velit, vehementerque
rabilius quidem loquuntur: sed eorum quoque mirus est error, quod in appetat. Magna vis est in eis malis', quibus iste naturae vincitur sensus,
his malis, etsi tam gravia sint, ut morte fugienda sint, ab ipso sibimet quo mors Omni modo ómnibus viribus conatibusque vitatur; et ita vinci-
illata, qui haec patitur, vitam beatam tamen esse contendunt. «Mala sunt, tur, ut quae vitabatur, optetur, appetatur, et, si non potuerit aliunde con-
inquit, tormenta atque cruciatus corporis; et tanto sunt peiora, quanto tingere, ab ipso homine sibimet iníeratur. Magna vis est in eis malis, quae
potuerint esse maiora; quibus ut careas, ex hac vita fugiendum est». Qua fortitudinem faciunt homicidam: si tamen adhuc dicenda est fortitudo,
vita, obsecro? Hac, inquit, quae tantis aggravatur malis. Certe ergo beata quae ita his malis vincitur, ut hominem, quem, sicut virtus, regendum
est in eisdem ipsis malis, propter quae dicis esse fugiendam? An ideo tuendumque suscepit, non modo non possit per patientiam custodire, sed
beatam dicis, quia licet tibi ab his malis morte discedere? Quid si ergo ipsa insuper cogatur occidere. Debet quidem etiam mortem sapiens ierre
in eis aliquo iudicio divino tenereris, nec permittereris mori, nec unquara patienter, sed quae accidit aliunde: secundum istos autem si eam sibi
sine illis esse sinereris? Nempe tune saltem miseram talem díceres vitam. ipse iníerre compellitur, proferto fatendum est eis, non solum mala, sed
Non igitur propterea misera non est, quia cito relinquitur: quandoquidem intolerabilia etiam mala esse, quae hoc eum perpetrare compellunt. Vita
si sempiterna sit, etiam abs te ipso misera iudicatur. Non itaque propterea, igitur, qua istorum tam magnorum tamque gravium malorum aut premitur
quoniam brevis est, nulla miseria debet videri; aut, quod est absurdius, oneribus, aut subiacet casibus, nullo modo beata diceretur, si nomines qui
quia brevis miseria est, ideo etiam beatitudo appellari. Magna vis est in hoc dicunt, sicut victi malis ingravescentibus, cum sibi ingerunt mortem,
eis malis, quae cogunt hominem, secundum ipsos etiam sapientem. sibimet cedunt infelicitati, ita victi certis rationibus, cum quaerunt beatam vitam,
auferre quod homo est: cum dicant, et verum dicant, hanc esse naturae dignarentur cederé veritati, et non sibi putarent in ista mortalitate fine
primam quodammodo et maximam vocem, ut homo concilietur sibi, et summi boni esse gaudendum; ubi virtutes ipsae, quibus hic certe nihil
melius atque utilius in homine reperitur, quanto maiora sunt adiutoria
lk
i3'g£> CIUDAD DE DIOS X I X , 4, 5
XIX, 5 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1S81
tra la v i o l e n c i a d e los p e l i g r o s , de los d o l o r e s y de los t r a b a j o s ,
t a n t o m á s fieles testigos son d e las m i s e r i a s . P o r q u e , si n o son
C A P I T U L O V
v e r d a d e r a s v i r t u d e s — y éstas n o p u e d e n p o s e e r l a s sino los q u e
tienen u n a verdadera piedad—, no permiten a nadie librarse L A VIDA S O C I A L Y S U S D I F I C U L T A D E S
de m i s e r i a a l g u n a . Y n o h a c e n esta p r o m e s a p o r q u e l a s ver-
d a d e r a s v i r t u d e s n o s a b e n m e n t i r . P r o m e t e n , eso sí, q u e la v i d a N u e s t r a m á s a m p l i a a c o g i d a a la o p i n i ó n de q u e la v i d a del
h u m a n a , c o n s t r e ñ i d a a , ser m i s e r a b l e e n t r e los m i l m a l e s de sabio es v i d a d e s o c i e d a d . P o r q u e ¿ d e d ó n d e se o r i g i n a r í a ,
este m u n d o , p u e d e ser feliz con la e s p e r a n z a y a la vez sal- c ó m o se d e s a r r o l l a r í a y c ó m o l o g r a r í a su fin la C i u d a d d e
va [ 1 3 ] . P o r q u e ¿ c ó m o será feliz si n o es a ú n s a l v a ? P o r e s o , D i o s — o b j e t o d e esta o b r a , cuyo l i b r o X I X e s t a m o s e s c r i b i e n d o
el a p ó s t o l S a n P a b l o , h a b l a n d o , n o de l o s h o m b r e s i m p r u d e n - a h o r a — s i la v i d a d e los s a n t o s n o f u e r a v i d a s o c i a l ? M a s
tes, i m p a c i e n t e s , i n t e m p e r a n t e s e i n i c u o s , s i n o de los q u e viven ¿ q u i é n será c a p a z d e e n u m e r a r l a infinidad y g r a v e d a d de l o s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


s e g ú n la v e r d a d e r a p i e d a d y tienen v i r t u d e s a u t é n t i c a s , d i c e : m a l e s a q u e está sujeta la s o c i e d a d h u m a n a e n esta m í s e r a
Porque no somos salvos sino en esperanza. Pero no se dice que condición m o r t a l ? ¿Quién bastará a p o n d e r a r l o s ? Escuchen a
uno tenga esperanza de aquello que ya ve, pues lo que uno ya u n o d e s u s p o e t a s c ó m i c o s , q u e p o n e e n b o c a de u n p e r s o n a j e ,
ve, ¿cómo lo podrá esperar? Si esperamos, pues, lo que no con la a p r o b a c i ó n d e t o d o el a u d i t o r i o , estas p a l a b r a s :
vemos todavía, lo aguardamos por la paciencia. L a felicidad Tomé esposa y allí experimenté toda miseria. Me nacieron los hijos,
s i g u e el m i s m o c a m i n o q u e la s a l v a c i ó n , el d e la e s p e r a n z a . y otro cuidado más.
Y c o m o la s a l v a c i ó n n o la t e n e m o s p r e s t o , sino q u e la e s p e r a -
Y ¿ q u é d e c i r d e los c h o q u e s de a m o r , d e s c r i t o s p o r el m i s m o
m o s f u t u r a , así p a s a con la f e l i c i d a d . E s t a c l á u s u l a : por la pa-
Terencio, injurias, sospechas, enemistades, guerra h o y y maña-
ciencia, está p u e s t a p o r q u e v i v i m o s e n t r e m a l e s , q u e es p r e c i s o
n a p a z ? ¿ N o e s v e r d a d q u e las c o p a s h u m a n a s r e b o s a n d e estos
tolerar pacientemente, hasta que logremos los bienes inefables
l i c o r e s ? ¿ N o es v e r d a d q u e esto s u c e d e t a m b i é n con f r e c u e n c i a
que nos deleitarán plenamente. Entonces no h a b r á ya nada que
en los a m o r e s h o n e s t o s e n t r e a m i g o s ? [ 1 4 ] . ¿ N o es v e r d a d q u e
t o l e r a r . L a s a l v a c i ó n de la o t r a v i d a será, p o r c o n s i g u i e n t e , la
los h o m b r e s s e n t i m o s p o r d o q u i e r i n j u r i a s , s o s p e c h a s , enemista-
felicidad final. Y los filósofos, q u e n o q u i e r e n c r e e r p o r q u e n o
des y g u e r r a s ? E s t o s son m a l e s c i e r t o s , p e r o la p a z es u n b i e n
ven, se f o r j a n a su a n t o j o el f a n t a s m a de u n a felicidad t e r r e n a ,
i n c i e r t o , p o r q u e d e s c o n o c e m o s los c o r a z o n e s d e a q u e l l o s c o n
f u n d a d o s e n u n a v i r t u d t a n t o m á s e n g a ñ o s a c u a n t o m á s so-
q u i e n e s q u e r e m o s t e n e r l a , y, a u n q u e los c o n o z c a m o s h o y , n o sa-
berbia.
b e m o s q u é s e r á n m a ñ a n a . ¿ Q u i é n e s s u e l e n o, a l m e n o s , d e b e n

contra vim periculorum, laborum, dolorum, tanto fideliora testimonia m¡-


seriarum. Si enim verae virtutes sunt, quae nisi in eis, quibus vera inest CAPUT V
pietas, esse non possunt; non se profitentur hoc posse ut nullas miserias DE SOCIAM VITA, QUAE CUM MÁXIME EXPETENDA SIT, MULTIS OFFENSIOWBUS
patiantur nomines, in quibus sunt: ñeque enim mendaces sunt verae vir- SAEPE SUBVERTITDR
tutes, ut hoc profiteantur; sed ut vita humana, quae tot et tantis huius
saeculi malis esse cogitur misera, spe futuri saeculi sit beata, sicut et Quod autem socialem vitam volunt esse sapientis, nos multo amplius
salva. Quomodo enim beata est, quae nondum salva est? Unde et aposto- approbamus. Nam unde ista Dei civitas, de qua huius operis ecce iam
lus Paulus non de hominibus imprudentibus, impatientibus, intemperan- undevicesimum librum versamus in manibus, vel inchoaretur exortu, vel
tibus et iniquis, sed de his qui secundum veram pietatem viverent, et ideo progrederetur excursu, vel apprehenderet débitos fines, si non esset so-
virtutes quas haberent, veras haberent, ait, Spe enim salvi facti sumas. cialis vita sanctorum? Sed in huius mortalitatis aerumna quot et quantis
Spes autem quae videtur, non est spes: quod enim quis videt, quid sperat? abundet malis societas humana, quis enumerare valeat? quis aestimare
Si autem quod non videmus speramus, per patientiam exspectamus s . Sicut sufficiat? Audiant apud cómicos suos hominem cum sensu atque consensu
ergo spe salvi, ita spe beati facti sumus: et sicut salutem, ita beatitudinem, omnium hominum dicere:
non iam tenemus praesentem, sed exspectamus futuram: et hoc per pa- Duxi uxorem, quam ibi raiseriatn vidi! Nati filii,
tientiam; quia in malis sumus, quae patienter tolerare debemus, doñee Alia cura G.
ad illa veniamus bona ubi omnia erunt, quibus ineffabiliter delectemur; Quid itidem illa, quae in amore vitia commemorat idem Terentius, iniu-
nihil erit autem, quod iam tolerare debeamus. Talis salus, quae in futuro riae, suspiciones, inimicitiae, bellum, pax xursum': nonne res humanas
erit saeculo, ipsa. erit etiam finalis beatitudo. Quam beatitudinem isti ubique impleverunt? nonne et in amicorum honestis amoribus plerumque
philosophi, quoniam non videntes nolunt credere, hic sibi conantur fal- contingunt? nonne his usquequaque plenae sunt res humanae, ubi iniu-
sissimam fabricare, quanto superbiore, tanto mendaciore virtute. rias, suspiciones, inimicitias, bellum, mala certa sentimus; pacem vero
5
incertum bonum, quoniam corda eorum, cum quibus eam tenere volumus,
Rom. 8,24 «t 25. ignoramos; et si nosse hodie possemus, qualia eras futura es-sent utique'
« TERENT., Aielphorum aot.5 scen.4 v. 13-14. . » Eunuch. act.i scen.t v.14-16,
1382 I,A CIUDAD DE DIOS XIX, 5 XIX, 6 FINES DE LAS DOS CIUDADÍS . 1383
t e n e r m á s a m i s t a d e n t r e sí q u e q u i e n e s se c o b i j a n b a j o u n m i s m o
t e c h o , en u n a m i s m a c a s a ? Y, sin e m b a r g o , ¿ q u i é n de ésos está
CAPITULO VI
seguro cuando v e l o s males acaecidos p o r ocultas maquinaciones,
m a l e s t a n t o m á s a m a r g o s c u a n t o m á s d u l c e fué la p a z considera-
d a c o m o v e r d a d e r a , s i e n d o u n a a s t u t a ficción? E s t o h i z o d e c i r a E R R O R D E L O S J U I C I O S H U M A N O S CUANDO LA VERDAD E S O C U L T A
C i c e r ó n estas p a l a b r a s , q u e h i e r e n el c o r a z ó n , i n v i t a n a l l o r a r y
a r r a n c a n l á g r i m a s : « N o h a y t r a i c i o n e s m á s p e l i g r o s a s q u e aque- ¿ Q u é d e c i r de l o s j u i c i o s q u e l o s h o m b r e s d a n s o b r e l o s
l l a s q u e se c u b r e n con la m á s c a r a del afecto o con n o m b r e d e h o m b r e s , a c t i v i d a d q u e n o p u e d e f a l t a r en l a s c i u d a d e s p o r
p a r e n t e s c o . P o r q u e es fácil p o n e r s e en g u a r d i a c o n t r a el enemi- m á s en p a z q u e e s t é n ? ¿ H e m o s p e n s a d o a l g u n a vez en cuá-
g o d e c l a r a d o ; p e r o , ¡ay, c u a n difícil es d a r con el m e d i o de les, c u a n m i s e r a b l e s y c u a n d o l o r o s o s s o n ? J u z g a n q u i e n e s
r o m p e r u n a t r a m p a secreta, i n t e r i o r y d o m é s t i c a , q u e e n c a d e n a n o p u e d e n l e e r en l a s c o n c i e n c i a s de q u i e n e s son j u z g a d o s .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a n t e s de p o d e r r e c o n o c e r l a y d e s c u b r i r l a ! » P o r este m o t i v o n o D e a q u í n a c e con f r e c u e n c i a l a n e c e s i d a d de r e c u r r i r con tor-
p u e d e oírse t a m p o c o sin d o l o r en el c o r a z ó n a q u e l l a voz divi- m e n t o s a testigos inocentes p a r a d e c l a r a r la v e r d a d de u n a
n a : Los enemigos del hombre serán los habitantes de su propia causa a j e n a . Y ¿ q u é d i r é del t o r m e n t o q u e se h a c e sufrir a l
casa. P o r q u e , a u n c u a n d o a l g u i e n sea t a n fuerte q u e a g u a n t e a c u s a d o en su p r o p i a c a u s a ? Y ¿ q u é , c u a n d o p a r a s a b e r si es
con p a c i e n c i a o t a n v i g i l a n t e q u e se g u a r d e con p r u d e n c i a de c u l p a b l e le a t o r m e n t a n , y, siendo i n o c e n t e , se le i m p o n e n p e n a s
l a s m a q u i n a c i o n e s q u e h a c e c o n t r a él u n a a m i s t a d fingida, nece- c i e r t a s p o r u n c r i m e n i n c i e r t o , n o p o r q u e se d e s c u b r e q u e lo
s a r i a m e n t e h a de ser p a r a él u n g r a v e t o r m e n t o el m a l de esos h a c o m e t i d o , s i n o p o r q u e se i g n o r a q u e n o lo h a c o m e t i d o ?
pérfidos h o m b r e s , si él es b u e n o , al d a r s e c u e n t a de q u e e l l o s L a i g n o r a n c i a del j u e z es, con frecuencia, la d e s d i c h a del ino-
son p é s i m o s . Y esto, b i e n f u e r a n s i e m p r e m a l o s y se fingieran cente. Y lo eme es m á s i n t o l e r a b l e , m á s de l l o r a r y m á s d i g n o ,
t a l e s , b i e n h a y a n t r o c a d o su b o n d a d en m a l i c i a [ 1 5 ] . Si la casa, si fuera p o s i b l e , de u n r i e g o a b u n d o s o de l á g r i m a s es q u e , orde-
refugio c o m ú n en estos m a l e s q u e a c e c h a n a los h o m b r e s , n o n a n d o el j u e z a t o r m e n t a r al r e o p a r a n o h a c e r m o r i r a u n ino-
está s e g u r a , ¿ q u é será de la c i u d a d ? ¿ Q u é será de la c i u d a d , cente p o r i g n o r a n c i a , sucede, p o r la m i s e r i a de esa i g n o r a n c i a ,
t a n t o m á s l l e n a de p l e i t o s , civiles y c r i m i n a l e s , c u a n t o m a y o r q u e m a t a al a t o r m e n t a d o e i n o c e n t e a q u i e n h a b í a a t o r m e n t a d o
es, a u n q u e e s c a p e a las t u r b u l e n t a s sediciones, con frecuencia p a r a n o m a t a r l e i n o c e n t e . Si, s e g ú n la d o c t r i n a de estos filóso-
s a n g r i e n t a s , y a l a s g u e r r a s civiles, sucesos de los q u e a veces fos, el reo a m a r a m á s h u i r de la v i d a q u e s u f r i r p o r m á s t i e m p o
se ven l i b r e s las c i u d a d e s , p e r o de los p e l i g r o s n u n c a ? esos t o r m e n t o s , d i r í a q u e h a c o m e t i d o u n c r i m e n q u e n o come-
tió. Y h e l o ya c o n d e n a d o y m u e r t o , y el j u e z a ú n n o s a b e si h a

nesciremus? Qui porro Ínter se amiciores solent esse, vel debent, quam
qui una etiam continentur domo? Et tamen quis inde securus est, cum
tanta saepe mala ex eorum occultis insidiis exstiterint; tanto amariora, CAPUT VI
quanto pax dulcior fuit; quae vera putata est, cum astutissime fingeretur?
Propter quod omnium pectora sic attingit, ut cogat in gemitum, quod ait DE ERRORE HUMANORDM IUDICIORUM, CUM VERITAS LATET
Tullius: «Nullae sunt occultiores insidiae, quam hae quae latent in simu- Quid ipsa iudicia hominum de hominibus, quae civitatibus in quanta-
latione officii, aut in aliquo necessitudinis nomine. Nam eum qui palam libet pace manentibus deesse non possunt, qualia putamus esse, quam
est adversarius, facile cavendo vitare possis: hoc vero occultum, intestinum misera, quam dolenda? quandoquidem hi iudicant, qui conscientias eorum,
ac domestícum malum non solum existit, verum etiam opprimit, antequam de quibus iudicant, cerneré nequeunt. Unde saepe coguntur tormentis
prospicere atque explorare potueris» 8. Propter quod etiam divina vox illa, innocentium testium ad alienam causam pertinentem quaerere veritatem.
Et inimici hominis, domestici eius 9, cum magno dolore cordis auditur; Quid cum in sua causa quisque torquetur; et cum quaeritur utrum sit
quia etsi quisque tam fortis sit, ut aequo animo perferat; vel tam vigi- nocens, cruciatur, et innocens luit pro incerto scelere certissimas poenas;
lans, ut próvido consilio caveat, quae adversus eum molitur amicitia si- non quia illud commisisse detegitur, sed quia non commisisse nescitur?
mulata: eorum tamen hominum perfidorum malo, cum eos esse pessimos Ac per hoc ignorantia iudicis plerumque est calamitas innocentis. Et quod
experitur, si ipse bonus est, graviter excrucietur necesse est; sive semper est intolerabilius, magisque plangendum, rigandumque, si fieri possit,
mali fuerint, et se bonos finxerint, sive in istam malitiam ex bonitate mu- fontibus lacrymarum; cum propterea índex torqueat aecusatum. ne occi-
tati sint. Si ergo domus commune perfugium in his malis humani generis dat nesciens innocentem, fit per ignorantiae miseriam. ut et tortum et
tuta non est, quid civitas, quae quanto maior est, tanto forum eius litibus innocentem occidat, quem ne innocentem occideret torserat. Si enim se-
et civilibus et criminalibus plenius, etiamsi quiescant, non solum turbu- cundum istorum sapientiam delegerit ex hac vita fugere. quam diutius illa
lentae, verum saepius et cruentae seditiones, ac bella civilia, a quorum sustinere tormenta; quod non commisit, commisisse se dicit. Qno damnato
eventis sunt aliquando liberae civitates, a periculis nunquam? et occiso, utrum nocentem an innocentem iudex occiderit, adhuc nescit,
8 quem ne innocentem nesciens occideret torsit: ac per hoc innocentem
CICER., in Vcrrem act.2 l.i C.15.
» Mt. 10,36. et ut sciret torsit, et dum nesciret occidit. In his tenebris vitae so-
1384 I/A CIUDAD DE DIOS XIX, 6
XIX, 7 FINES DE I,AS DOS CIUDADES 1365
dado muerte a un culpable o a un inocente, habiéndolo ator-
mentado para no matar por ignorancia a un inocente. Lo ator-
mentó para conocer su inocencia y lo mató sin conocerla. En CAPITULO VII
estas tinieblas de la vida civil, un juez que sea sabio, ¿se sen-
tará o no en el tribunal? Se sentará, sin duda, porque le cons-
triñe a eso y le obliga la sociedad humana, a la que considera DIVERSIDAD DE LENGUAS Y MISERIA DE LAS GUERRAS
crimen abandonar. ¡Y no considera crimen atormentar a testigos
inocentes en causas ajenas, y que los acusados, a menudo ven- Después de la ciudad o la urbe viene el orbe de la tierra,
cidos por la vehemencia del dolor, declarando de sí mismos tercer grado de la sociedad humana, que sigue estos pasos;
cosas falsas, sean condenados siendo inocentes, después de ha- casa, urbe y orbe. El universo es como el océano de las aguas:
ber sido atormentados inocentes! ¡Y no considera crimen tampo- cuanto mayor es, tanto más abunda en escollos. El primer foco

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


co que a veces los acusadores, quizá con el deseo de ser útiles a de separación entre los hombres es la diversidad de lenguas. Su-
la sociedad humana y con el fin de que no queden impunes los pongamos que en un viaje se encuentran un par de personas,
crímenes, mintiendo los testigos, y el reo haciendo con bravura ignorando una la lengua de la otra, y que la necesidad les obli-
frente a los tormentos, no confesando, sin poder probar aque- ga a caminar juntas un largo trecho. Los animales mudos, aun-
llos sus declaraciones, aunque sean verdaderas, son condenados que sean de diversa especie, se asocian más fácilmente que estos
por un juez ignorante! Estos no creen pecados tantos y tan dos, con ser hombres. Y cuando únicamente por la diversidad
enormes males, porque el juez sabio no los hace con voluntad de lenguas los hombres no pueden comunicar entre sí sus sen-
perversa, sino por ignorancia invencible, y como le fuerza a timientos, de nada sirve para asociarlos la más pura semejanza
ello la sociedad humana, lo hace también obligado por su ofi- de naturaleza [ 1 6 ] . Esto es tan verdad, que el hombre en tal
cio. Pero, si esto no puede achacarse a malicia del todo, sí me- caso está de mejor gana con su perro que con un hombre ex-
rece el nombre de miseria humana. Y si la necesidad, es decir, traño. Se ha trabajado para que la ciudad imperiosa imponga
su ignorancia y su oficio de juez le constriñen a castigar y a no sólo su yugo, sino también su lengua, a las naciones dome-
atormentar a los inocentes, ¿es poco no ser reo si no es además ñadas por la paz de la sociedad. Esta paz ha motivado esa
feliz? ¡Ah! ¡Cuánto más cuerda y dignamente oblaría recono- abundancia de intérpretes que vemos. Es verdad, pero esto ¡a
ciendo su miseria en esta necesidad y odiándola en sí mismo, costa de cuántas y cuan enormes guerras, de cuántos destrozos
y, si tiene algún sentimiento de piedad, clamando a Dios: Lí- y de cuánto derramamiento de sangre se ha logrado! Pasaron
brame de mis necesidades! estos males, y, sin embargo, su miseria no se acabó. Si bien es
cierto que no han faltado, ni faltan, naciones enemigas extran-

cialis, sedebit iudex ille sapiens, an non sedebit? Sedebit plañe. Constrin-
git enim eum, et ad hoc officium pertrahit humana societas, quam de-
serere nefas ducit. Hoc enim nefas esse non ducit, quod testes inno- CAPUT VII
centes in causis torquentur alienis: quod hi qui arguuntur, vi doloris
plerumque superati, et de se falsa confessi, etiam puniuntur innocentes, DE DIVERSITATE UNGUARUM, QUA SOCIETAS HOMINUM DIRIMITUR; ET DE
cum iam torti fuerint innocentes: quod etsi non morte puniantur, in ipsis MISERIA BELLORUM, ETIAM QUAE IUSTA DICUNTUR
vel ex ipsis tormentis plerumque moriuntur: quod aliquando et ipsi qui Post civitatem vel urbem sequitur orbis terrae, in quo tertium gradum
arguunt, humanae societati fortasse, ne crimina impunita sint, prodesse ponunt societatis humanae, incipientes a domo, atque inde ad urbem,
cupientes, et mentientibus testibus, reoque ipso contra tormenta durante deinde ad orbem progrediendo venientes: qui utique, sicut aquarum con-
immaniter, nec fatente, probare quod obiiciunt non valentes, quamvis vera geries, quanto maior est, tanto periculis plenior. In quo primum Ungua-
obiecerint, a iudice nesciente damnantur. Haec tot et tanta mala non rum diversitas hominem alienat ab homine. Nam si dúo sibimet invicem
deputat esse peccata: non enim haec facit sapiens iudex nocendi volún- fiant obviam, ñeque praeterire, sed simul esse aliqua necessitate cogantur,
tate, sed necessitate nesciendi; et tamen quia cogit humana societas, ne- quorum neuter norit linguam alterius; facilius sibi animalia muta, etiam
cessitate etiam iudicandi. Haec est ergo quam dicimus, miseria certe ho- diversi generis, quam illi, cum sint nomines ambo, sociantur. Quando enim
minis, etsi non malitia sapientis. An vero necessitate nesciendi atque iudi- quae sentiunt, Ínter se communicare non possunt, propter solam linguae
candi torquet insontes, punit insontes, et parum est illi quod non est diversitatem, nihil prodest ad consociandos nomines tanta similitudo na-
reus, si non sit insuper et beatus? Quanto consideratius et homine dignius turae: ita ut libentius homo sit cum cañe suo, quam cum homine alieno.
agnoscit in ista necessitate miseriam, eamque in se odit; et, si pie sapit, At enim opera data est, ut imperiosa civitas non solum iugum, verum
clamat ad Deum, De necessitatibus meis eme me? 10 etiam linguam suam domitis gentibus per pacem societatis imponeret; per
10
PS, 2/),T7. quam non deesset, imo et abundaret etiam interpretum copia. Verum est:
sed hoc quam multis et quam grandibus bellis, quanta strage hominum,
quanta effusione humani sanguinis comparatum est? Quibus transactis,
non est tamen eorumdem malorum finita miseria. Quamvis enim non
1386 U CIUDAD DE DIOS XIX, 7 XIX, 8 FINES DE U S DOS CIUDADES 1387

jeras contra las cuales se han librado siempre y se libran aún


hoy guerras, sin embargo, la misma grandeza del imperio ha
CAPITULO VIII
dado origen a guerras de peor laya, a las guerras sociales y a
las civiles. El género humano padece con ellas tremendas sacu-
didas, tanto cuando se guerrea para conseguir la paz como INSEGURIDAD DE LA AMISTAD EN ESTA VIDA
cuando se teme un nuevo levantamiento. Si quisiera exponer
como se merecen los mil estragos de esos males, sus duras e Y si no se da esa ignorancia rayana en la demencia, fre-
inhumanas crueldades, aunque por una parte me sería imposi- cuente, por cierto, en la mísera condición de esta vida, que nos
ble pintarlo como exige, por otra, ¿cuál sería el fin de este hace creer al amigo enemigo, o al enemigo amigo, ¿qué conso-
prolijo discurso? lación mejor hallamos, entre las agitaciones y penalidades de
la sociedad humana, que la fe sincera y el mutuo amor de los

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


El sabio—añaden ellos—ha de librar guerras justas. ¡Como buenos y auténticos amigos? Pero cuantos más y en más lugares
si el sabio, consciente de que es hombre, no sentirá mucho más los tenemos, tanto más tememos que les suceda algún accidente
verse obligado a declarar guerras justas, pues, si no fueran de esos que llenan el mundo [ 1 8 ] . Porque no nos preocupa so-
justas, no debía declararlas, y, por tanto, para él no habría lamente que no sean afligidos por el hambre, las guerras, las
guerras! La injusticia del enemigo es la causa de que el sabio enfermedades, la cautividad y los males que esto lleva consigo,
declare guerras justas [ 1 7 ] . Y esa injusticia, aunque no fuera imposibles de imaginar, sino que además tememos—y es te-
acompañada de la guerra, simplemente por ser tara humana, mor mucho más amargo—que se tornen pérfidos y malvados.
debe deplorarla el hombre. Es evidente, pues, que quien consi- Y cuando esto sucede (evidentemente tanto más cuanto más y
dere con dolor males tan enormes, tan horrendos y tan inhu- más diferentes son nuestros amigos) y llega a nuestro conoci-
manos, reconoce en ellos la miseria. Y el que los sufre o miento, ¿quién podrá darse cuenta de las llamas en que arde
considera sin dolor es mucho más miserable al creerse feliz, nuestro corazón sino el que siente tales reveses? Preferiríamos
porque ha perdido el sentimiento humano. saber a nuestros amigos muertos, aunque aun esto no podría-
mos saberlo sin dolor. ¿Cómo es posible que la muerte de per-
sonas cuya vida nos deleitaba con los solaces dé la amistad
defuerint, ñeque desint hostes exterae nationes, contra quas sempor bella no nos inyecte la tristeza en el alma? [ 1 9 ] . Quien proscribe
gesta sunt, et geruntur: tamen etiam ¡psa imperii latitudo peperit peioris esta tristeza, proscriba, si puede, las charlas entre amigos. In-
generis bella, socialia scilicet et civilia; quibus miserabilius quatitur ge-
nus humanum, sive cum belligeratur, ut aliquando conquiescant; sive cum
timetur, ne rursus exsurgant. Quorum malorum multas et multíplices cla-
des, duras et dirás necessitates, si ut dignum est eloqui velim, quanquam CAPUT VIII
nequáquam sicut res postulat possim; quis erit prolixae disputationis mo-
dus? Sed sapiens, inquiunt, iusta bella gesturus est. Quasi non, si se Q ü O D AMICITIA BONORUM SECURA ESSE NON POSSIT, DÜM A PERIfULIS QUAE
hominem meminit, multo magis dolebit iustorum necessitatem sibi exsti- IN HAC VITA SUNT, TREPIDARI NECESSE SIT
tisse bellorum; quia nisi iusta essent, ei gerenda non essent, ac per hoc sa-
pienti nulla bella essent. Iniquitas enim partís adversae iusta bella ingerit Si autem non contingat quaedam ignorantia similis dementiae, quae
gerenda sapienti: quae iniquitas utique homini est dolenda, quia hominum tamen in huius vitae misera conditione saepe contingit, ut credatur vel
est, etsi nulla ex ea bellandi necessitas nasceretur. Haec itaque mala tam amicus esse qui inimicus est, vel inimicus qui amicus est; quid nos con-
magna, tam horrenda, tam saeva, quisquís cum dolore considerat, mise- solatur in hac humana societate erroribus aerumnisque plenissima, nisi
riam fateatur. Quisquís autem vel patitur ea sine animi dolore, vel cogitat, fides non ficta, et mutua dilectio verorum et bonorum amicorum? Quos
multo utique miserius ideo se putat beatum, quia et humanum perdidit quanto plures et in locis pluribus habemus, tanto longius latiusque rae-
sensum. tuimus, ne quid eis contingat malí de tantis malorum aggeribus huius
saeculi. Non enim tantummodo solliciti sumus, ne fame, ne bellis, ne
morbis, ne captivitatibus affligantur, ne in eadem servitute talia patiantur,
qualia nec cogitare sufficimus: verum etiam, ubi timor est multo amarior,
ne in perfidiam, malitiam nequitiamque mutentur. Et quando ista con-
tingunt (tanto utique plura, quanto illi sunt plures, et in pluribus locis)
et in nostram notitiam perferuntur, quibus cor nostrum flagris uratur,
quis potest, nisi qui talia sentit, advertere? Mortuos quippe audire
mallemus: quamvis et hoc sine dolore non possimus audire. Quorum enim
nos vita propter amicitiae solatia delectabat, unde fieri potest ut eorum
mors nullam nobis ingerat moestitudinem? Quam qui prohibet, prohibeat,
si potest, amica colloquia, interdicat amicalem vel intercidat affectum.
1388 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 8 XIX, 9 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1389
terrumpa o corte el hilo del afecto amigable, rompa los lazos
más dulces de las relaciones humanas, y esto no lo hará sin CAPITULO IX
cruel estupor. O, si no, crea que es preciso usar de ellos sin
que la amistad aliente en el espíritu ese aire de dulzura. Y si
todo esto es imposible, ¿cómo no nos ha de ser amarga la LA AMISTAD DE LOS SANTOS ÁNGELES Y EL PORQUÉ DE QUE
muerte de aquel cuya vida nos es dulce? [ 2 0 ] . De aquí nace SE NOS OCULTE
esa melancolía, esa especie de herida o llaga del corazón, no
inhumana, que sólo halla curación en los dulzores de las con- En cuanto a los santos ángeles, es decir, a la cuarta socie-
solaciones. Decir que esas heridas se restañan tanto más presto dad que establecieron los filósofos que pretenden que tengamos
y fácilmente cuanto mejor es el alma, no es decir que no hay a los dioses por amigos, pasando del orbe al mundo y abarcan-
llaga en el alma. Aunque la muerte de los seres más queridos, do así en cierto modo también el cielo, no tememos que tales

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


sobre todo si son forjadores de los lazos sociales, pinche más amigos nos contristen con su muerte o con su depravación.
blanda o más duramente en la vida de los mortales, sin em- Pero, como no tenemos con ellos esa familiaridad que tenemos
bargo, preferimos verlos morir a verlos desertar de la fe o de con los demás, hombres (que es uno de los gajes de la vida)
las buenas costumbres, que es morir en el alma. De esta in- y como a veces Satanás, según la Escritura, se transfigura en
mensa cantidad de males está llena la tierra. Por eso está es- ángel de luz para ,tentar a aquellos que o tienen necesidad de
crito : ¿No es verdad que la vida del hombre sobre la tierra es ser así probados o merecen ser engañados, la gran misericordia
tentación? Y por eso dice el Señor: ¡Ay del mundo por los de Dios es necesaria, para que nadie, creyendo tener por ami-
escándalos! Y asimismo: Porque abundó la iniquidad se en- gos a los ángeles buenos, tenga por amigos fingidos a demonios
friará la caridad de muchos. He aquí por qué debemos felici- malos, enemigos tanto más dañinos cuanto más astutos y fala-
tarnos por la muerte de nuestros mejores amigos. Y cuando ces. Y ¿quién tiene necesidad de la gran misericordia de Dios
nuestro corazón sea presa de la angustia, consolémonos y pen- sino la gran miseria humana, que se ve oprimida por una ig-
semos que la muerte ha librado a los amigos de los males que norancia tan supina, que la simulación de los demonios la en-
hieren, depravan o, al menos, ponen en peligro en esta vida gaña fácilmente? Es certísimo que esos filósofos que dijeron
aun a los hombres buenos. tener a los dioses por amigos cayeron en la ciudad impía en la
trampa de los demonios, dominadores de toda esta ciudad, que
ha de tener con ellos un suplicio eterno. Porque a la vista de
omnium humanarum necessitudinum vincula mentís immiti stupore dis-
rumpat; aut sic eis utendum censeat, ut nulla ex eis animum dulcedo
perfundat. Quod si fieri nullo modo potest, etiam hoc quo pacto futurum CAPUT IX
est, ut eius nobis amara mors non sit, cuius dulcís est vita? Hinc est
enim et luctus, quoddam non inhumani cordis quasi vulnus, aut ulcus, DE AMICITIA SANCTORUM ANGELORUM, QUAE HOMIOT IN HOC MUNDO NON
cui sanando adhibentur officiosae consolationes. Non enim propterea non POTEST ESSE MANIFESTA, PROPTER FALLACIAM DAEMONUM, IN QUOS INCIDERUNT
est quod sanetur, quoniam quanto est animus melior, tanto in eo citius QUI MULTOS SIBI DÉOS COLENDOS PUTARUNT
faciliusque sanatur. Cum igitur etiam de charissimorum mortibus, máxime In societate vero sanctorum Angelorum, quam philosophi illi, qui nobis
quorum sunt humanae societati officia necessaria, nunc mitius, nunc as- déos amicos esse voluerunt, quarto constituerunt loco, velut ad mundum
perius affliga tur vita mortalium; mortuos tamen eos, quos diligimus, quam venientes ab orbe terrarum, ut sic quodammodo complecterentur et cae-
vel a fide, vel a bonis moribus lapsos, hoc est, in ipsa anima mortuos lum; nullo modo quidem metuimus, ne tales amici vel morte nos sua,
audire seu videre mallemus: qua ingenti materia malorum plena est térra: vel depravatione contristent. Sed quia nobis non ea qua homines familia-
propter quod scriptum est, Numquid non tentatio est vita humana super ritate miscentur (quod etiam ipsum ad aerumnas huius pertinet vitae) et
terram? u Et propter quod ipse Dominus ait, Vae mundo ab scandalis l z : aliquando satanás, sicut legimus transfigurat se velut angelum lucis li, ad
et iterum, Quoniam abundavit, inquit, iniquitas, refrigescet chantas muí- tentandos eos quos ita vel erudiri opus est, vel decipi iustum est; magna
torum13. Ex quo fit, ut bonis amicis mortuis gratulemur, et cum mors Dei misericordia necessaria est, ne quisquam, cum bonos Angelos amicos
eorum nos contristet, ipsa nos certius consoletur: quoniam malis carue- se habere putat, habeat malos daemones amicos fictos, eosque tanto no-
runt, quibus in hac vita etiam boni nomines vel conteruntur, vel depra- centiores, quanto astutiores ac fallaciores patiatur inimicos. Et cui magna
vantur, vel in utroque periclitantur. ista Dei misericordia necessaria est, nisi magnae humanae miseriae, quae
11
I o b 7,i. ignorantia tanta premitur, ut facile istorum simulatione fallatur? Et illos
12
M t . 18,7. quidem philosophos in impia civitate, qui déos sibi amicos esse dixerunt,
13
I b i d . , 2<],i2. in daemones malignos incidisse certissimum est, quibus tota ipsa civitas
subditur, aeternum cum eis habitura supplicium. Ex eorum quippe sacris,
14
2 C o r . 11,14.
1300 U CIUDAD DE DIOS xrx, 10
X I X , 11 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1391
todos está p o r l o s sacrificios, o p o r m e j o r decir, p o r l o s sacri-
legios con q u e p e n s a r o n q u e d e b í a n r e n d i r l e s c u l t o y p o i los C u a n d o n o s o t r o s , m o r t a l e s , e n t r e l o efímero d e l a s cosas, p o -
j u e g o s n e f a n d o s con q u e r e p r e s e n t a b a n , a e x i g e n c i a s y a peti- s e e m o s esta p a z q u e p u e d e existir en el m u n d o , si v i v i m o s rec-
ción d e l o s i n m u n d í s i m o s d e m o n i o s , esas m a l d a d e s e i g n o m i n i a s t a m e n t e , l a v i r t u d u s a c o n r e c t i t u d d e sus b i e n e s ; m a s , c u a n d o
q u e les s e r v í a n d e a p l a c a m i e n t o , los q u e e r a n sus a d o r a d o r e s . n o l a p o s e e m o s , l a v i r t u d u s a b i e n a u n de l o s m a l e s de n u e s t r a
c o n d i c i ó n h u m a n a . L a v e r d a d e r a v i r t u d consiste, p o r lo t a n t o ,
en h a c e r b u e n u s o d e l o s b i e n e s y d e los m a l e s y e n r e f e r i r l o
C A P I T U L O X t o d o a l fin ú l t i m o , q u e n o s p o n d r á en p o s e s i ó n d e u n a p a z per-
fecta e i n c o m p a r a b l e .
FRUTO D E LA V I C T O R I A A P A R E J A D O A L O S S A N T O S

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


L o s s a n t o s y l o s fieles a d o r a d o r e s d e l ú n i c o D i o s v e r d a d e r o CAPITULO XI
y s u m o n o están a ú n a salvo de sus e n g a ñ o s y de s u s multifor-
m e s t e n t a c i o n e s . E n este v a l l e d e d e b i l i d a d y de m i s e r i a , esa L A F E L I C I D A D D E LA P A Z E T E R N A , F I N Y VERDADERA PERFECCIÓN
p r u e b a n o carece d e s e n t i d o , p u e s q u e excita y e n a r d e c e el deseo DE L O S SANTOS
de esa s e g u r i d a d en q u e h a b r á u n a p a z perfecta y e n t e r a m e n t e
c i e r t a . A l l í se d a r á n cita t o d o s l o s d o n e s d e l a n a t u r a l e z a , es P o d e m o s , en consecuencia, d e c i r d e l a p a z lo q u e h e m o s
decir, l a s p e r f e c c i o n e s d a d a s p o r el C r e a d o r a n u e s t r a n a t u r a - d i c h o d e l a v i d a e t e r n a , q u e es el fin d e n u e s t r o s b i e n e s , y a q u e
leza, b i e n e s e t e r n o s n o s ó l o p a r a el a l m a , c u r a d a p o r l a sabi- u n s a l m o , h a b l a n d o d e l a c i u d a d o b j e t o de esta l a b o r i o s a o b r a ,
d u r í a , sino t a m b i é n p a r a el c u e r p o , r e n o v a d o p o r l a r e s u r r e c - se e x p r e s a a s í : Alaba al Señor, Jerusalén; alaba, Sión, a tu
c i ó n . A l l í l a s v i r t u d e s n o l u c h a r á n c o n t r a los vicios o c o n t r a los Dios. Porque el que afianzó con fuertes barras tus puertas y
m a l e s , s i n o q u e p o s e e r á n , c o m o p r e m i o de su victoria, u n a p a z ha bendecido a tus hijos y moradores, ése ha establecido la paz
e t e r n a , q u e n o será t u r b a d a p o r n i n e ú n e n e m i g o [ 2 1 ] . Y ésta a tus fines. U n a vez q u e los p e s t i l l o s de sus p u e r t a s fueren afian-,
será la b e a t i t u d final, el fin de la perfección, q u e n o t e n d r á fin. z a d o s , y a n o e n t r a r á n i s a l d r á n a d i e d e e l l a . P o r esos fines de
El m u n d o n o s l l a m a felices de v e r d a d c u a n d o g o z a m o s de p a z , q u e h a b l a el s a l m o d e b e m o s e n t e n d e r a q u í l a p a z , q u e quere-
tal cual p u e d e gozarse en esta v i d a ; p e r o esta felicidad, com- m o s p r o b a r c o m o final. E l n o m b r e místico de esa C i u d a d , es
p a r a d a con la final d e q u e h a b l a m o s , es u n a v e r d a d e r a m i s e r i a . decir, J e r u s a l é n , significa V i s i ó n d e p a z , c o m o y a h e m o s h e c h o
n o t a r . M a s , c o m o el n o m b r e de p a z es t a m b i é n c o r r i e n t e en l a s
vel potius sacrilegiis, quibus eos colendos, et ex ludís immundissimis, ubi
eorura crimina celebrantur, quibus eos placandos putaverunt, eisdem ipsis quando habemus, si recte vivimus, bonis eius recte utitur virtus: quando
auctoribus et exactoribus talium tantorumque dedecorum, satis ab eis qui vero eam non habemus, etiam malis, quae homo patitur, bene utitur virtus.
colantur apertum est. Sed tune est vera virtus, quando et omnia bona quibus bene utitur, et
quidquid in bono usu bonorum et malorum facit, et se ipsam ad eum
CAPUT X finem refert, ubi nobis talis et tanta pax erit, qua melior et maior esse
non possit.
Q ü I S FRUCTUS SANCTIS DE SUPERATA HÜIÜS VITAE TENTATIONE PARATUS SIT CAPUT XI
Sed ñeque sancti et fideles unius veri Dei summique cultores, ab
D E BEATITUDINE PACIS AETERNAE, IN QUA SANCTIS FINÍS EST, ID EST
eorum fallaciis et multiformi tentatione securi sunt. In hoc enim loco
VERA PERFECTIO
infirmitatis et diebus malignis etiam ista soliicitudo non est imitilis, ut
illa securitas, ubi pax plenissima atque certissima est, desiderio ferven- Quapropter possumus dicere, fines bonorum nostrorum esse pacem,
tiore quaeratur. Ibi enim erunt naturae muñera, hoc est, quae naturae sicut aeternam esse diximus vitam: praesertim quia ipsi civitati Dei, de
nostrae ab omnium naturarum Creatore donantur, non solum bona, verum qua nobis est ista operosissima disputatio, in sancto dicitur Psalmo, Lau-
etiam sempiterna; non solum in animo, qui sanatur per sapientiam, verum da, Ierusalem, Dominum; collauda Deum tiium, Sion. Quoniam confirma-
etiam in corpore, quod resurrectione renovabitur. Ibi virtutes, non contra vit seras portarum taarum, benedixit filios tuos in te, qui posuit fines tuos
ulla vitia vel mala quaecumque cenantes, sed habentes victoríae prae- pacem l s . Quando enim confirmatae fuerint serae portarum eius, iam in
mium aeternam pacem, quam nullús adversarius inquietet. Ipsa est enim illam nullus intrabit, nec ab illa ullus exibit. Ac per hoc fines eius eam
beatitudo finalis, ipse perfectionis finis, qui consumen tem non habet debemus hic intelligere pacem, quam volumus demonstrare finalem. Nam
finem. Hic autem dicimür quidem beati, quando pacem habemus, quan- et ipsius civitatis mysticum nomen, id est Ierusalem, quod et ante iam
tulacumque hic haberi potest in vita bona: sed haec beatitudo illi, quam diximus, Visio pacis interpretatur. Sed quoniam pacis nomen etiam in his
finalem dicimus, beatitudini comparata, prorsus miseria reperitur. Hanc rebus mortalibus frequentatur, ubi utique non est vita aeterna; propterea
ergo pacem, qualis hic potest esse, mortales homines in rebus mortalibus
ls
P s . i47¡ 13-14.
1392 LA CIUDAD DE D I O S XIX, 12,1 X I X , 12, 1 FINES DE LAS DOS CIUDADES 13^3

cosas m o r t a l e s , d o n d e n o se d a la v i d a e t e r n a , h e p r e f e r i d o re- h a y n a d i e q u e n o q u i e r a gozar, así «no h a y n a d i e q u e n o q u i e r a


s e r v a r este n o m b r e de v i d a e t e r n a p a r a el fin en q u e la C i u d a d de tener p a z » [ 2 2 ] . E n efecto, los m i s m o s a m a n t e s de la g u e r r a
D i o s e n c o n t r a r á su b i e n s u p r e m o y s o b e r a n o . D e este fin dice el no d e s e a n m á s q u e vencer, y, p o r c o n s i g u i e n t e , a n s i a n l l e g a r
A p ó s t o l : Ahora, libres del pecado y convertidos siervos de Dios, g u e r r e a n d o a u n a p a z g l o r i o s a . Y ¿ q u é es l a v i c t o r i a m á s q u e
tenéis por fruto vuestro la santificación y por fin la vida eterna. la sujeción de los r e b e l d e s ? L o g r a n d o este efecto l l e g a la p a z .
M a s , c o m o t a m b i é n los n o f a m i l i a r i z a d o s con las S a g r a d a s Es- L a p a z es, p u e s , t a m b i é n el fin p e r s e g u i d o p o r q u i e n e s se afa-
c r i t u r a s p u e d e n e n t e n d e r p o r v i d a e t e r n a la v i d a de l o s p e c a d o - n a n en p o n e r a p r u e b a su v a l o r g u e r r e r o p r e s e n t a n d o g u e r r a
res, b i e n , s e g ú n a l g u n o s filósofos, p o r la i n m o r t a l i d a d del a l m a , p a r a i m p e r a r y l u c h a r . D e d o n d e se sigue q u e el v e r d a d e r o
b i e n , s e g ú n n u e s t r a fe, p o r las p e n a s i n t e r m i n a b l e s de los im- fin de la g u e r r a es la p a z [ 2 3 ] . E l h o m b r e , con la g u e r r a , b u s -
p í o s , q u e n o s e r á n e t e r n a m e n t e a t o r m e n t a d o s si n o viven eterna- ca l a p a z ; p e r o n a d i e b u s c a l a g u e r r a con l a p a z . A u n l o s q u e
m e n t e , debe l l a m a r s e fin de esta c i u d a d en q u e g o z a r á del s u m o p e r t u r b a n la p a z de i n t e n t o n o o d i a n la p a z , sino q u e a n s i a n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


b i e n , o la p a z en la v i d a e t e r n a , o la v i d a e t e r n a en la p a z . Así, c a m b i a r l a a su c a p r i c h o .
t o d o s p u e d e n e n t e n d e r l o con f a c i l i d a d . Y l a p a z es u n b i e n t a n S u v o l u n t a d n o es q u e n o h a y a p a z , sino q u e la p a z sea se-
n o b l e , q u e a u n e n t r e las cosas m o r t a l e s y t e r r e n a s n o h a y n a d a g ú n su v o l u n t a d . Y si l l e g a n a s e p a r a r s e de o t r o s p o r a l g u n a
m á s g r a t o al o í d o , n i m á s d u l c e al deseo, n i s u p e r i o r en exce- sedición, n o e j e c u t a n su i n t e n t o si n o tienen con sus c ó m p l i c e s
l e n c i a . A b r i g o la convicción de q u e , si m e d e t u v i e r a u n p o c o u n a especie -de p a z . P o r eso l o s b a n d o l e r o s p r o c u r a n e s t a r en
a h a b l a r de él, n o sería o n e r o s o a los lectores, t a n t o p o r el fin p a z e n t r e sí, p a r a a l t e r a r con m á s v i o l e n c i a y s e g u r i d a d l a p a z
de esta c i u d a d de q u e t r a t a m o s c o m o p o r la d u l c e d u m b r e de la de los d e m á s . Y si h a y a l g ú n s a l t e a d o r t a n f o r z u d o y e n e m i g o
paz, ansiada por todos. de c o m p a ñ í a s q u e n o se confíe a n a d i e y saltee y m a t e y se dé
al p i l l a j e él solo, al m e n o s tiene u n a especie de p a z , sea cual
C A P I T U L A XI J fuere, con a q u e l l o s a q u i e n e s n o p u e d e m a t a r y a q u i e n e s quie-
re o c u l t a r lo q u e h a c e . E n su casa p r o c u r a vivir en p a z , con
L A P A Z , A S P I R A C I Ó N S U P R E M A DE L O S SERES
su esposa, con los h i j o s , con l o s d o m é s t i c o s , si los tiene, y se
d e l e i t a en q u e sin c h i s t a r o b e d e z c a n a su v o l u n t a d . Y si n o se
1. Q u i e n q u i e r a q u e r e p a r e en l a s cosas h u m a n a s y en l a le o b e d e c e , se i n d i g n a , r i ñ e y castiga, y si la n e c e s i d a d lo exige,
n a t u r a l e z a de las m i s m a s , r e c o n o c e r á c o n m i g o q u e , así c o m o n o c o m p o n e la p a z f a m i l i a r con c r u e l d a d . El ve q u e la p a z n o
p u e d e existir en la f a m i l i a si los m i e m b r o s n o se s o m e t e n a
finem civitatis huius, ubi erit summum bonum eius, aeternam vitam ma-
luimus commemorare quam pacem. De quo fine Apostolus ait, Nunc vero
liberan a peccato, servi autem facti Deo, habetis jructum vestrum in qui pacem habere nolit. Quandoquidem et ipsi qui bella volunt, nihil
sanctificationem, finem vero vitam aeternam". Sed rursus quia vita ae- aliud quam vincere volunt: ad gloriosam ergo pacem bellando cupiunt
terna ab his qui familiaritatem non habent cum Scripturis sanctis, potest pervenire. Nam quid est aliud victoria, nisi subiectio repugnantium? quod
accipi etiam malorum vita; vel secundum quosdam etiam philosophos, cum factum fuerit, pax erit. Pacis igitur intentione geruntur et bella, ab
propter animae immortalitatem; vel etiam secundum fidem nostram, prop- his etiam qui virtutem bellicam student exercere imperando atque pugnan-
ter poenas interminabiles impiorum, qui utique in aeternum cruciari non do. Unde pacem constat belli esse optabilem finem. Omnis enim homo
poterunt, nisi etiam vixerint in aeternum: profecto finís civitatis huius, in etiam belligerando pacem requirit: nemo autem bellum pacificando. Nam
quo summum habebit bonum, vel pax in vita aeterna, vel vita aeterna in et illi qui pacem, in qua sunt, perturban volunt, non pacem oderunt, sed
pace dicendus est, ut facilius ab ómnibus possit intelligi. Tantum est enim eam pro arbitrio sito cupiunt commutari. Non ergo ut sit pax nolunt, sed
pacis bonum, ut etiam in rebus terrenis atque mortalibus nihil gratius so- ut ea sit quam volunt. Denique etsi per seditionem se ab alus separave-
leat audiri, nihil desiderabilius concupisci, nihil postremo possit melius rint, cum eis ipsis conspiratis vel coniuratis suis nisi qualemcumque pacis
inveniri. De quo si aliquanto diutius loqui voluerimus, non erimus, quan- speciem teneant, non efficiunt quod intendunt. Proinde latrones ipsi, ut
tum arbitror, onerosi legentibus, et propter finem civitatis huius, de qua vehementius et tutius infesti sint paci caeterorum, pacem volunt habere
nobis sermo est, et propter ipsam dulcedinem pacis quae ómnibus cha- sociorum. Sed etsi unus sit tam praepollens viribus, et conscios ita cavens,
ra est. ut nulli socio se committat, solusque insidians et praevalens, quibus po-
CAPUT XII tuerit oppressis et exstinctis praedas agat, cum eis certe quos occidere non
potest, et quos vult latere quod facit, qualemcumque umbram pacis tenet.
QlTOD ETIAM BELLANTIUM SAEVITIA OMNESQUE HOMINUM INQUIETUDINES AD In domo autem sua cum uxore et cum filiis, et si quos alios illic habet,
PACIS FINEM CUPIANT PERVENIRE, SINE CUIUS APPETITU NULLA NATURA SIT studet profecto esse pacatus: eis quippe ad nutum obtemperantibus sine
dubio delectatur. Nam si non fiat, indignatur, corripit, vindicat: et domus
1. Quod enim mecum quisquís res humanas naturamque communem suae pacem, si ita necesse sit, etiam saeviendo componit; quam sentit
uteumque intuetur agnoscit, sicut nemo est qui gaudere nolit, ita nemo est esse non posse, nisi ouidam principio, quod ipse in domo sita est, caetera
ie
R o m . 6,22. in eadem domestica societate subieeta sint. Ideoque si offerretur ei serví-
1394 U CIUDAD DE DIOS XIX, 12, 2 XIX, 12, 2 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1395

Ja cabeza, q u e es él en su casa. Y si u n a c i u d a d o p u e b l o qui- la p a z de su v i d a y s a l u d . Si q u i s i e r a t e n e r con los d e m á s esa


s i e r a s o m e t é r s e l e c o m o d e s e a b a q u e le e s t u v i e r a n sujetos los p a z q u e b u s c a b a t a n t o p a r a sí en su c a v e r n a y en sí m i s m o , n i
d e su casa, n o se e s c o n d i e r a ya c o m o l a d r ó n en u n a c a v e r n a , se l l a m a r a m a l o , n i m o n s t r u o , n i s e m i h o m b r e . Y si l a s extra-
sino q u e se e n g a l l a r í a a vista de t o d o s , p e r o con la m i s m a cu- ñ a s f o r m a s de su c u e r p o v el t o r b e l l i n o de l l a m a s v o m i t a d o
p i d i d a d y m a l i c i a . T o d o s desean, p u e s , t e n e r p a z con a q u e l l o s p o r su b o c a a p a r t ó a los h o m b r e s de su c o m p a ñ í a , e r a c r u e l
a q u i e n e s q u i e r e n g o b e r n a r a su a n t o j o . Y c u a n d o h a c e n la n o p o r deseo de h a c e r m a l , s i n o p o r n e c e s i d a d de vivir. M a s
g u e r r a a o t r o s h o m b r e s , q u i e r e n h a c e r l o s suyos, si p u e d e n , e éste n o h a existido o, lo q u e es m á s c r e í b l e , n o fué t a l c u a l lo
i m p o n e r l e s l u e g o l a s c o n d i c i o n e s de su p a z . p i n t a el p o e t a , p o r q u e , si n o a l a r g a r a t a n t o la m a n o en a c u s a r
2 . S u p o n g a m o s a u n o d e s c r i t o con l a s p i n c e l a d a s de l a a C a c o , s e r í a n p o c a s l a s a l a b a n z a s de H é r c u l e s . E s t e h o m b r e , o
f á b u l a y de los p o e t a s . Q u i z á p o r su i n v a r i a b l e fiereza prefirie- p o r m e j o r decir, este s e m i h o m b r e , n o existió, c o m o t a n t a s o t r a s
ficciones de los p o e t a s . P o r q u e a u n l a s fieras m á s c r u e l e s — y

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


r o n l l a m a r l e s e m i h o m b r e a h o m b r e [ 2 4 ] . S u r e i n o s e r í a l a es-
p a n t o s a s o l e d a d de u n a n t r o d e s i e r t o , y su m a l i c i a t a n e n o r m e , éste p a r t i c i p ó t a m b i é n de esa fiereza, se l l a m ó semifiera—custo-
q u e recibió el n o m b r e g r i e g o de KCCKÓS (malo). Sin e s p o s a con d i a n la especie con cierta paz, c o h a b i t a n d o , e n g e n d r a n d o , pa-
quien tener charlas amorosas, ni hijos pequeñitos que alegra- r i e n d o y a l i m e n t a n d o a sus h i j o s , a p e s a r de q u e con frecuen-
r a n s u s d í a s , n i m a y o r e s a q u i e n e s m a n d a r a . N o g o z a b a de la cia son i n s o c i a b l e s y s o l í v a g a s , son n o c o m o l a s ovejas, los
c o n v e r s a c i ó n de a l g ú n a m i g o , n i s i q u i e r a de V u l c a n o , su p a d r e , ciervos, l a s p a l o m a s , los e s t o r n i n o s y l a s a b e j a s , s i n o c o m o l o s
m á s feliz a l m e n o s q u e este d i o s , p o r q u e él n o e n g e n d r ó o t r o leones, las raposas, las águilas y las lechuzas. ¿ O u é tiere hay
m o n s t r u o semejante. Lejos de d a r n a d a a nadie, r o b a b a a los q u e n o a m e b l a n d a m e n t e a s u s c a c h o r r o s v, d e p u e s t a su fiereza,
d e m á s c u a n d o y c u a n t o p o d í a y q u e r í a . Y , sin e m b a r g o , en su n o los a c a r i c i e ? ¿ O u é m i l a n o , p o r m á s s o l i t a r i o o u e v u e l e s o b r e
a n t r o s o l i t a r i o , c u y o s u e l o , según el p o e t a , s i e m p r e e s t a b a rega- l a p r e s a , n o b u s c a h e m b r a , h a c e su n i d o , e m p o l l a l o s h u e v o s ,
d o de s a n g r e , s ó l o a n h e l a b a la p a z , u n r e p o s o sin m o l e s t i a n i a l i m e n t a sus p o l l u e l o s y m a n t i e n e c o m o p u e d e la p a z en su
t u r b a c i ó n de v i o l e n c i a o m i e d o . D e s e a b a t a m b i é n t e n e r p a z con casa con su c o m p a ñ e r a , c o m o u n a especie de m a d r e de f a m i l i a ?
su c u e r p o , y c u a n t a m á s tenía, t a n t o m e j o r le i b a . M a n d a b a a ¡ C u á n t o m á s es a r r a s t r a d o el h o m b r e p o r l a s leves de su natu-
sus m i e m b r o s , y éstos o b e d e c í a n . Y con el fin de pacificar cuan- r a l e z a a f o r m a r sociedad con t o d o s los h o m b r e s y a l o g r a r l a
to a n t e s su m o r t a l i d a d , q u e se r e b e l a b a c o n t r a él p o r la indi- p a z en c u a n t o esté de su p a r t e ! [ 2 5 1 . L o s m a l o s c o m b a t e n p o r
g e n c i a y el h a m b r e , q u e se c o l i g a b a n p a r a d i s o c i a r y d e s t e r r a r la p a z de los suyos, v q u i e r e n s o m e t e r , si es n o c i b l e , a t o d o s ,
el a l m a del c u e r p o , r o b a b a , m a t a b a y d e v o r a b a . Y a u n q u e in- p a r a aue todos sirvan a u n o solo. ¿ P o r o u é ? Porrrue desean
h u m a n o y fiero, m i r a b a , con t o d o , i n h u m a n a y f e r o z m e n t e p o r e s t a r en p a z con él, sea p o r m i e d o , sea p o r a m o r . Así, la sober-

tus plurium, vel civitatis vel gentis, ita ut sic ei servirent, quemadmodum se ex indigentia rebellantem, ac seditionem famis ad dissociandam atque
sibi domi suae serviri volebat; non se iam latronem latebris conderet, sed excludendam de corpore animam concitantem, quanta posset festinatione
regem conspicuum sublimaret, cum eadem in illo cupiditas et malitia per- pacaret, rapiebat, necabat, vorabat; et quamvis immanis ac ferus, paci
maneret. Pacem itaque cum suis omnes habere cupiunt, quos ad suuni ar- tamen suae vitae ac salutis immaniter et ferociter consulcbat: ac per hoc
bitrium volunt vivere. Nam et cum quibus bellum gerunt, suos faceré, si si pacem, quam in sua spelunca atque in se ipso habere satis agebat, cum
possint, volunt, eisque subiectis leges suae pacis imponere. alus etiam habere vellet, nec malus, nec monstrum, nec semihomo voca-
2. Sed faciamus aliquem, qualem canit poética et fabulosa narratio; retur. Aut si eius corporis forma, et atrorum ignium vomitus ab eo deter-
quem fortasse, propter ipsam insociabilem feritatem, semihominem quam rebat hominum societatem; forte non nocendi cupiditate, sed vivendi
hominem dicere maluerunt. Quamvis ergo huius regnum dirae speluncae necessitate saeviebat. Verum iste non fuerit, vel, quod magis credendum
fuerit solitudo, tamque malitia singularis, ut ex hac ei nomen inventum est, talis non fuerit, qualis vanitate poética describitur: nisi enim nimis
sit; nam malus graece KOKÓS dicitur, quod ille vocabatur: nulla coniux ei accusaretur Cacus, parum Hercules laudaretur. Talis ergo homo, sive
blandum ferret referretque sermonem, nullis filiis vel alluderet parvulis, semihomo, melius, ut dixi, creditur, non fuisse, sicut multa figmenta poe-
vel grandiusculis imperaret, nullo amici colloquio frueretur, nec Vulcani tarum. Ipsae enim saevissimae ferae, unde ille partem habuit feritatis
patris, quo vel hinc tantum non parum felicior fuit, quia tale monstrum (nam et semiferus dictus est) l s , genus proprium quadam pace custodiunt,
ipse non genuit: nihil cuiquam daret, sed a quo posset quidquid vellet, et
coeundo, gignendo, pariendo, fetiis fovendo atque nutriendo, cum sint
quando posset, et quantum vellet auferret: tamen in ipsa sua spelunca
pleraeque insociabiles et solivagae: non scilicet ut oves, cervi, columbae,
solitaria, cuius, ut describitur, semper recenti caede tepebat h u m u s " ,
nihil aliud quam pacem volebat, in qua nemo illi molestus esset, nec eius sturni, apes; sed ut leones, vulpes, aquilae, noctuae. Quae enim tigri?.
quietem vis ullius terrorve turbaret. Cum corpore suo denique pacem ha- non filiis suis mitis immurmurat, et pacata feritate blanditur? quis mil-
bere cupiebat: et quantum habebat, tantum illi bene erat. Quandoquidem vus, quantumlibet solitarius rapinis circumvolet, non coniugium copulat,
membris obtemperantibus imperabat; et ut suam mortalitatem adversum nidum congerit, ova confovet, pullos alit, et quasi cum sua matrefamilias
societatem domesticam quanta potest pace conservat? Quanto magis homo
" VIRGIL., Aeneid. 1.8 v.195-196. 18
VIRGIL., Aeneid. 1.8: v.267. -' í ;
t

1396 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 12, 3 X I X , 13, 1 PINSS DE LAS DOS CIUDADES I397

Lia i m i t a p e r v e r s a m e n t e a D i o s . O d i a b a j o él la i g u a l d a d con m a , d e s u e r t e q u e se i m p i d a la d i s o l u c i ó n del c a d á v e r , t o d a v í a


s u s c o m p a ñ e r o s , p e r o desea i m p o n e r su s e ñ o r í o en l u g a r de u n e s u s p a r t e s e n t r e sí cierta p a z , y h a c e q u e t o d o el c u e r p o
él. O d i a la p a z j u s t a de D i o s y a m a su i n j u s t a p a z p r o p i a . b u s q u e el l u g a r t e r r e n o y c o n v e n i e n t e y, p o r c o n s i g u i e n t e , pací-
E s i m p o s i b l e q u e n o a m e la p a z , sea cual fuere. Y es q u e n o fico. E m p e r o , si n o es e m b a l s a m a d o y se le d e j a a su c u r s o na-
h a y vivir tan c o n t r a r i o a la n a t u r a l e z a q u e b o r r e los vestigios t u r a l , se e s t a b l e c e u n c o m b a t e de v a p o r e s c o n t r a r i o s q u e ofen-
ú l t i m o s de la m i s m a . den n u e s t r o s e n t i d o . E s el efecto de l a p u t r e f a c c i ó n , h a s t a q u e
3 . E l q u e s a b e a n t e p o n e r lo recto a lo t o r c i d o , y lo orde- se a c o p l e a los e l e m e n t o s del m u n d o y r e t o r n e a su p a z , pieza
n a d o a lo p e r v e r s o , r e c o n o c e q u e la p a z de los p e c a d o r e s , en a p i e z a y p o c o a p o c o . D e estas t r a n s f o r m a c i o n e s n o se s u b s t r a e
c o m p a r a c i ó n de la p a z de los j u s t o s , n o m e r e c e n i el nombre, n a d a a l a s leyes del s u p r e m o C r e a d o r y O r d e n a d o r , q u e go-
de p a z . L o q u e es p e r v e r s o o c o n t r a el o r d e n , n e c e s a r i a m e n t e b i e r n a la p a z del u n i v e r s o . P o r q u e , a u n q u e los a n i m a l e s p e q u e -
h a de e s t a r en p a z en a l g u n a , de a l g u n a y con a l g u n a p a r t e de ñ o s n a z c a n del c a d á v e r de a n i m a l e s m a y o r e s , c a d a c o r p ú s c u l o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


las cosas en q u e es o de q u e c o n s t a . D e lo c o n t r a r i o , d e j a r í a de de e l l o s , p o r ley del C r e a d o r , sirve a sus p e q u e ñ a s a l m a s p a r a
ser. S u p o n g a m o s u n h o m b r e s u s p e n d i d o p o r los p i e s , cabeza su p a z y c o n s e r v a c i ó n . Y a u n q u e u n o s a n i m a l e s d e v o r e n l o s
a b a j o . L a s i t u a c i ó n del c u e r p o y el o r d e n de los m i e m b r o s es c u e r p o s m u e r t o s de o t r o s , s i e m p r e e n c u e n t r a n l a s m i s m a s leyes
p e r v e r s o , p o r q u e está i n v e r t i d o el o r d e n e x i g i d o p o r la natu- d i f u n d i d a s p o r t o d o s los seres p a r a l a c o n s e r v a c i ó n de l a s es-
' r a l e z a , e s t a n d o a r r i b a lo q u e d e b e e s t a r n a t u r a l m e n t e a b a j o . pecies, pacificando c a d a p a r t e con su p a r t e c o n v e n i e n t e , sea
E s t e d e s o r d e n t u r b a l a p a z del c u e r p o , y p o r eso es m o l e s t o . c u a l q u i e r a el l u g a r , la u n i ó n o las t r a n s f o r m a c i o n e s q u e h a v a n
P e r o el a l m a está en p a z con su c u e r p o y se a f a n a p o r su s a l u d , sufrido [ 2 7 ] .
y p o r eso h a y q u i e n siente el d o l o r . Y si, a c o s a d a p o r l a s do-
lencias, se s e p a r a r a , m i e n t r a s subsista la t r a b a z ó n de los m i e m - C A P I T U L O XIII
b r o s , h a y a l g u n a p a z e n t r e ellos, y p o r eso a ú n h a y a l g u i e n
s u s p e n d i d o . E l c u e r p o t e r r e n o t i e n d e a la t i e r r a , y al o p o n e r s e
LA PAZ U N I V E R S A L Y S U INDEFECTIBILIDAD
a eso su a t a d u r a b u s c a el o r d e n de su p a z y p i d e en cierto
m o d o , con l a voz de su peso, el l u g a r de su r e p o s o [ 2 6 ] . 1. Así, l a p a z del c u e r p o es la o r d e n a d a c o m p l e x i ó n de
Y, u n a vez e x á n i m e y sin s e n t i d o , n o se a p a r t a de su p a z natu- sus p a r t e s [ 2 8 ] ; y la del a l m a i r r a c i o n a l , la o r d e n a d a c a l m a
r a l , sea c o n s e r v á n d o l a , sea t e n d i e n d o a e l l a . Si se le e m b a l s a - de sus a p e t e n c i a s . L a p a z del a l m a r a c i o n a l es la o r d e n a d a
fertur quodammodo naturae suae legibus ad ineundam societatem pacem- nis non recedit, vel cum tenet eam, vel cum fertur ad eam. Si enim adhi-
que cum hominibus, quantum in ipso est, ómnibus obtinendam: cum etiam beantur medicamenta, atque curatio, quae formam cadaveris dissolvi dila-
mali pro pace suorum belligerent, omnesque, si possint, suos faceré velint, bique non sinat, adhuc pax quaedam partes partibus iungit, totamque mo-
ut uni cuncti et cuneta deserviant; quo pacto, nisi in eius pacem, vel lem applicat terreno et convenienti, ac per hoc loco pacato. Si autem
amando, vel timendo consentiant? Sic -enim superbia pervérse imitatur nulla adhibeatur cura condiendi, sed naturali cursui relinquatur, tamdiu
Deum. Odit namque cum sociis aequalitatem sub illo: sed imponere vult quasi tumultuatur dissidentibus exaltationibus et nostro inconvenientibus
sociis dominationem suam pro illo. Odit ergo iustam pacem Dei et amat sensui: id enim est quod in putore sentitur, doñee mundi conveniat ele-
iniquam pacem suam: non amare tamen qualemcumque pacem nullo mentis, et in eorum pacem partioulatim paulatimque discedat. Nullo modo
modo potest. Nullum quippe vitium ita contra naturam est, ut naturae tamen inde aliquid legibus summi illius Creatoris Ordinatorisque subtra-
deleat etiam extrema vestigia. hitur, a quo pax universitatis administratur: quia etsi de cadavere maio-
3. Itaque pacem iniquorum in pacis comparatione iustorum ille videt, ris animantis animalia minuta nascantur, eadem lege Creatoris quaeque
neo pacem esse dicendam, qui novit praeponere recta pravis ct ordinata corpuscula in salutis pace suis animulis serviunt: etsi morluorum carnes
perversis. Quod autem perversum est, hoc etiam necesse est ut in aliqua ab alus animalibus devorentur, easdem leges per cuneta diffusas ad sa-
et ex aliqua et cum aliqua rerum parte pacatum sit, in quibus est, vel ex lutem generis cuiusque mortalium, congrua congruis pacificantes, qua-
quibus constat; alioquin nihil esset omnino. Velut si quisquam capite quaversum trahantur, et rebus quibuscumque iungantur, et in res quaslibet
deorsum pendeat, perversus est utique situs corporis et ordo membrorum; convertantur et commutentur, inveniunt.
quia id quod desuper esse natura postulat, subter est, et quod illa subter
vult esse, desuper factum est; conturbavit carnis pacem ista perversitas,
et ideo est molesta: verumtamen anima corpori suo pacata est, et pro eius CAPUT XII í
salute satagit, et ideo est qui doleat; quae si molestiis eius exclusa dis-
cesserit, quandiu membrorum manet compago, non est sine quadam par- D E PACE UNIVERSAL!, QUAE ÍNTER QUASLIBET PERTURBATIONES PRIVAKI NON
tium pace quod remanet, et ideo adhuc est qui pendeat. Et quod terrenum POTEST LEGE NATURAE, DUM SÜB IUSTO IDDICE AD ID QUISQUE PERVENIT
corpus in terram nititur, et vinculo quo suspensum est renititur, in suae ORDINATIONE, QUOD MERUIT VOLÚNTATE
pacis ordinem tendit, et locum quo requiescat quodammodo ponderis voce 1. Pax itaque corporis, est ordinata temperatura partium. Pax ani-
poscit, iamque exanime ac sine ullo sensu, a pace tamen naturali sui ordi- mae irrationalis, ordinata requies appetitionum. Pax animae rationalis,
ordinata cognitionis actionisque consensio. Pax corporis et animae, ordi-
1398 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 13,1
X I X , 13, 2 UNES DK U S DOS CIUDADES 139í>
armonía entre el conocimiento y la acción, y la paz del cuerpo
sino por los agitadores de las guerras, que son naturalezas, y
y del alma, la vida bien ordenada y la salud del animal. La
no lo fueran si la paz no les diera subsistencia.
paz entre el hombre mortal y Dios es la obediencia ordenada
por la fe bajo la ley eterna. Y la paz de los hombres entre 2. Existe una naturaleza en la que no hay ningún mal, en
sí, su ordenada concordia. La paz de la casa es la ordenada la que no puede haber mal alguno. Mas no puede existir natu-
concordia entre los que mandan y los que obedecen en ella, raleza alguna en la que no se halle algún bien. Por tanto, ni la
y la paz de la ciudad es la ordenada concordia entre los ciuda- misma naturaleza del diablo, en cuanto naturaleza, es un mal.
danos que gobiernan y los gobernados. La paz de la ciudad La hace mala su perversidad [ 3 1 ] . No se mantuvo en la ver-
celestial es la unión ordenadísima y concordísima para gozar dad, pero no escapó al juicio de la misma. No se mantuvo en
de Dios y a la vez en Dios. Y la paz de todas las cosas, la tran- la tranquilidad del orden, pero no escapó a la potestad del
quilidad del orden [ 2 9 ] . Y el orden es la disposición que asigna Ordenador. La bondad de Dios, que aparece en su naturaleza,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a las cosas diferentes y a las iguales el lugar que les corres- no le substrae a la justicia de Dios, que le ordena a la pena.
ponde [ 3 0 ] . Por tanto, como los miserables, en cuanto tales, Dios no castiga en él el bien por El creado, sino el mal que él
no están en paz, no gozan de la tranquilidad del orden, exenta cometió [ 3 2 ] . No priva a la naturaleza de todo lo que le dio,
de turbaciones; pero como son merecida y justamente misera- sino que substrae algo, y le deja algo, a fin de que haya quien
bles, no pueden estar en su miseria fuera del orden. No están sufra la substracción. El dolor es el mejor testigo del bien
unidos á los bienaventurados, sino separados de ellos por la ley substraído y del bien dejado, porque, si no existiera el bien
del orden. Estos, cuando no están turbados, se acoplan cuanto dejado, no podría dolerse el bien quitado. El que peca es peor
pueden a las cosas en que están. Hay, pues, en ellos cierta si se alegra en el daño de la equidad, y el que es atormentado,
tranquilidad en su orden y, por tanto, tienen cierta paz. Pero si de él no reporta bien alguno, sufre el daño de la salud. Y es
son miserables, porque, aunque están donde deben estar, no que la equidad y la salud son dos bienes, y de la amisión del
están donde no se verían precisados a sufrir. Y son más mise- bien es preciso dolerse, no alegrarse (si es que no hay una
rables si no están en paz con la lev que rige el orden natural. compensación en lo mejor, y es mejor la equidad del ánimo
Cuando sufren, la paz se ve turbada por ese flanco; pero sub- que la salud del cuerpo). Es más razonable, sin duda, el do-
siste por este otro en que ni el dolor consume ni la unión se lerse el pecador de sus suplicios que el alegrarse de sus críme-
destruye. Del mismo modo que hav vida sin dolor y no puede nes. Así como el alegrarse del bien abandonado al pecar es una
haber dolor sin vida, así hav cierta paz sin guerra, pero no prueba de la voluntad mala, así el dolor del bien perdido en el
puede haber guerra sin paz. Y esto no por la guerra en sí, suplicio es testigo de la naturaleza buena [ 3 3 ] . Quien siente

quae aliquae naturae sunt: quod nullo modo essent, si non qualicumque
nata vita et salus animantis. Pax hominis mortalis et Dei, ordinata in fide pace subsisterent.
sub aeterna lege obedientia. Pax hominum, ordinata concordia. Pax do- 2. Quapropter natura est, in qua nullum malum est, vel etiam in qua
mus, ordinata imperandi atque obediendi concordia cohabitantium. Pax nullum potest esse malum: esse autem natura, in qua nullum bonum sit,
civitatis, ordinata imperandi atque obediendi concordia civium. Pax cae-
lestis civitatis, ordinatissima et concordissima societas fruendi Deo et in- non potest. Proinde nec ipsius diaboli natura, in quantum natura est,
vicem in Deo. Pax omnium rerum, tranquillitas ordinis. Ordo est parium malum est: sed perversitas eam malam facit. Itaque in veritate non ste-
dispariumque rerum sua cuique loca tribuens dispositio. Proinde miseri, tit", sed veritatis iudicium non evasit: in ordinis tranquillitate non
quia, in quantum miseri sunt, utique in pace non sunt, tranquillitate qui- mansit, nec ideo tamen a potestate Ordinatoris effugit. Bonum Dei, quod
dem ordinis carent, ubi perturbatio nulla est: verumtamen quia mérito illi est in natura, non eum subtrahit iustitiae Dei, qua ordinatur in poena:
iusteque miseri sunt, in ea quoque ipsa sua miseria praeter ordinem esse nec ibi Deus bonum insequitur quod creavit, sed malum quod Ule com-
non possunt; non quidem coniuncti beatis, sed ab eis tamen ordinis lege misit. Ñeque enim totum aufert quod naturae dedit; sed aliquid adimit,
seiuncti. Qui cum sine perturbatione sunt, rebus in quibus sunt, quanta- aliquid relinquit, ut sit qui doleat quod adimit. Et ipse dolor testimo-
cumque congruentia coaptantur: ac per hoc est in eis ordinis nonnulla nium est boni adempti et boni relicti. Nisi enim bonum relictum esset,
tranquillitas: inest ergo nonnulla pax. Verum ideo miseri sunt, quia, etsi bonum amissum doleré non posset. Nam qui peccat, peior est, si laetatur
in aliqua securitate non dolent, non tamen ibi sunt, ubi securi esse ac in damno aequitatis. Qui vero cruciatur, si nihil inde acquirat boni, dolet
doleré non debeant: miseriores autem, si pax eis cum ipsa lege non est, damnum salutis. Et quoniam aequitas ac salus utrumque bonum est, bo-
qua naturalis ordo administratur. Cum autem dolent, ex qua parte dolent, nique amissione dolendum est potius quam laetandum (si tamen non sit
pacis perturbatio facta est: in illa vero adhuc pax est, in qua nec dolor compensatio melioris, melior est autem animi aequitas, quam corporis
urit, nec compago ipsa dissolvitur. Sicut ergo est quaedam vita sine do- sanitas), profecto convenientius iniustus dolet in supplicio, quam laetatus
lore, dolor autem sine aliqua vita esse non potest: sic est pax quaedam est_ in delicto. Sicut ergo laetitia deserti boni in peccato testis est volun-
sine ullo bello, bellum vero esse sine aliqua pace non potest; non secun- tatis malae; ita dolor amissi boni in supplicio testis est naturae bonae.
dum id quod bellum est, sed secundum id quod ab eis vel in eis gerirur, Qui enim dolet amissam naturae suae pacem, ex aliquibus reliquiis pacis
lo. 8,44.
X I X , 14 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1401
1400 U CIUDAD DI; DIOS XIX, 14
m o s m á s q u e la o r d e n a d a c o m p l e x i ó n de l a s p a r l e s del c u e r p o
h a b e r p e r d i d o la p a z de su n a t u r a l e z a , lo siente p o r ciertos res- y l a q u i e t u d de l a s a p e t e n c i a s . N o a p e t e c e r í a m o s , p o r consi-
tos de p a z q u e h a c e n q u e a m e su n a t u r a l e z a . L o s i n i c u o s e im- g u i e n t e , n a d a fuera d e eso, con el fin de q u e la p a z del c u e r p o
p í o s l l o r a n e n sus t o r m e n t o s la p é r d i d a de los b i e n e s n a t u r a l e s r e d u n d a r a en p r o v e c h o de la p a z del a l m a . P o i q u e la p a z del
y sienten a D i o s c o m o j u s t í s i m o r o b a d o r de los m i s m o s p o r a l m a i r r a c i o n a l es i m p o s i b l e sin la p a z del c u e r p o , p u e s sin
h a b e r l e d e s p r e c i a d o c o m o b e n i g n í s i m o d a d o r . D i o s , p u e s , Crea- e l l a n o p u e d e l o g r a r la q u i e t u d d e sus a p e t e n c i a s . P e r o a m b o s
d o r s a p i e n t í s i m o y O r d e n a d o r j u s t í s i m o de t o d a s l a s n a t u r a l e - se a y u d a n a esa p a z q u e t i e n e n e n t r e sí el a l m a y el c u e r p o , p a z
zas, q u e p u s o c o m o r e m a t e y colofón de su o b r a c r e a d o r a en l a de v i d a o r d e n a d a y de s a l u d . Así c o m o los a n i m a l e s m u e s t r a n
t i e r r a al h o m b r e , n o s dio ciertos b i e n e s c o n v e n i e n t e s a esta q u e a m a n la p a z del c u e r p o c u a n d o e s q u i v a n el d o l o r , y la p a z
v i d a , a s a b e r : la p a z t e m p o r a l s e g ú n la c a p a c i d a d de l a v i d a del a l m a c u a n d o , p a r a c o l m a r sus n e c e s i d a d e s , s i g u e n la voz
m o r t a l p a r a su c o n s e r v a c i ó n , i n c o l u m i d a d y s o c i a b i l i d a d . N o s de sus a p e t e n c i a s [ 3 4 ] , así h u y e n d o l a m u e r t e i n d i c a n a l a s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


d i o a d e m á s t o d o lo n e c e s a r i o p a r a c o n s e r v a r o r e c o b r a r esta c l a r a s c u á n t o a m a n la p a z , q u e a u n a el a l m a y el c u e r p o . P e r o
p a z ; así lo p r o p i o y c o n v e n i e n t e al s e n t i d o , la luz, la n o c h e , l a s el h o m b r e , d o t a d o de a l m a r a c i o n a l , somete a la p a z de esta
a u r a s r e s p i r a b l e s , l a s a g u a s p o t a b l e s y c u a n t o sirve p a r a ali- a l m a c u a n t o t i e n e de c o m ú n con l a s b e s t i a s , con el fin de con-
m e n t a r , c u b r i r , c u r a r y a d o r n a r e l c u e r p o . T o d o esto n o s l o d i o t e m p l a r a l g o con l a m e n t e y según ese a l g o o b r a r de s u e r t e
b a j o u n a c o n d i c i ó n , m u y j u s t a p o r c i e r t o : q u e el m o r t a l q u e q u e h a y a en él u n a o r d e n a d a a r m o n í a e n t r e el c o n o c i m i e n t o
u s a r a r e c t a m e n t e de tales b i e n e s l o s r e c i b i r á m a y o r e s y m e j o r e s . y l a a c c i ó n , e n q u e consiste, c o m o h e m o s d i c h o , la p a z del
R e c i b i r á u n a p a z i n m o r t a l a c o m p a ñ a d a de g l o r i a y el h o n o r a l m a r a c i o n a l [ 3 5 ] . A esto d e b e e n d e r e z a r su q u e r e r , a q u e el
p r o p i o de la v i d a e t e r n a , p a r a g o z a r de D i o s y del p r ó j i m o en d o l o r n o le a t o r m e n t e , n i el deseo la i n q u i e t e , n i la m u e r t e la
D i o s . Y el q u e u s a r a m a l n o r e c i b i r á a q u é l l o s y p e r d e r á éstos. s e p a r e p a r a c o n o c e r a l g o útil, y s e g ú n ese c o n o c i m i e n t o com-
p o n e r su v i d a y sus c o s t u m b r e s . M a s , c o m o su e s p í r i t u es
d é b i l , p a r a q u e el afán de c o n o c e r n o l e p r e c i p i t e e n e r r o r
C A P 1 T II L O X 1 V
a l g u n o , tiene n e c e s i d a d del m a g i s t e r i o d i v i n o p a r a c o n o c e r con
certeza, y de su a y u d a p a r a o b r a r con l i b e r t a d [ 3 6 ] . Y c o m o ,
E L O R D E N Y LA L E Y C E L E S T I A L Y T E R R E N A
m i e n t r a s m o r a en este c u e r p o m o r t a l , a n d a lejos de D i o s y ca-
E l uso de l a s cosas t e m p o r a l e s dice r e l a c i ó n al l o g r o d e la m i n a p o r la fe y n o p o r la especie, p o r eso es p r e c i s o q u e
p a z t e r r e n a l , y e n l a C i u d a d d e D i o s , a l l o g r o d e l a p a z celes-
t i a l . P o r eso, si f u é r a m o s a n i m a l e s i r r a c i o n a l e s n o a p e t e c e r í a -
pacis aeternae. Quapropter si irrationalia essemus animantia, nihil ap-
peteremus praeter ordinatam temperaturam partium corporis et réquiem
id dolet, quibus fit, ut sibi árnica natura sit. Hoc autem in extremo sup-
appetitionum: nihil ergo praeter quietem carnis et copiam voluptatum,
plicio recte fit, ut iniqui et impii naturalium bonorum damna in cru-
ciatibus defleant, semientes eorum ablatorem iustissimum Deum, quem ut pax corporis prodesset paci animae. Si enim desit pax corporis, impe-
contempserunt benignissimum largitorem. Deus ergo naturarum omnium ditur etiam irrationalis pax animae; quia réquiem appetitionum conse-
sapientissimus conditor et iustissimus ordinator, qui terrenorum ornamen- qui non potest. Utrumque autem simul ei paci prodest, quam Ínter se
torum máximum instituit mortale genus humanum, dedit hominibus quae- habent anima et corpus, id est, ordinatae vitae ac salutis. Sicut enim pa-
dam bona huic vitae congrua, id est, pacem temporalem pro modulo mor- cem corporis amare se ostendunt animantia, cuín fugiunt dolorem; et pa-
talis vitae in ipsa salute et incolumitate ac societate sui generis, et quae- cem animae, cura propter explendas indigentias appetitionum voluptatem
que huic paci vel tuendae vel recuperandae necessaria sunt, sicut ea quae sequuntur: ita mortem fugiendo satis indicant quantum diligant pacem,
apte ac convenienter adiacent sensibus, lux, nox, aurae spirabiles, aquae qua sibi conciliantur anima et corpus. Sed quia homini rationalis anima
potabiles, et quidquid ad alendum, tegendum, curandum ornandumque inest, totum hoc quod habet commune cum bestiis, subdit paci animae
corpus congruif. eo pacto aequissimo, ut qui mortalis talibus bonis paci rationalis, ut mente aliquid contempletur, et secundum hoc aliquid agat,
mortalium accommodatis recte usus fuerit, accipiat ampliora atque me- ut sit ei ordinata cognitionis actionisque consensio, quam pacem rationa-
liora, ipsam scilicet immortalitatis pacem, eique convenientem gloriam et lis animae dixeramus. Ad hoc enim velle debet nec dolore molestan, nec
honorem in vita aeterna ad fruendum Deo, et próximo in Deo: qui autem desiderio perturban, nec morte dissolvi, ut aliquid utile cognoscat, et
perperam, nec illa accipiat, et haec amittat. secundum eam cognitionem vitam moresque componat. Sed ne ipso studio
cognitionis propter humanae mentís infirmitatem in pestem alicuius er-
CAPUT XIV roris incurrat, opus habet magisterio divino, cui certus obtemperet, et
adiutorio, ut liber obtemperet. Et quoniam, quamdiu est in isto mortali
DE OKDINE AC LEGE, SIVK CAELESTI, SIVE TERRENA, PER QUAM SOCIETATI corpore, peregrinatur a Domino; ambulat per fidem, non per speciem 20 :
(UJMANAE ETIAM DOMINANDO CONSULITUR, CUI ET CONSULENDO SERVITUU ac per hoc omnem pacem vel corporis, vel animae, vel simul corporis et
Omnis igitur usus rerum temporalium refertur ad fructum terrenac z
" 3 Cor. 5,6 et y.
pacis in civitate terrena: in caelesti autem eivitate refertur ad fracturo
1402 LA CIUDAD DE DIOS X3X, 14 XIX, 15 FINES DE U S DOS CIUDADKS 1403

r e l a c i o n e t a n t o la p a z del c u e r p o con l a del a l m a , c o m o l a d e d o m i n a r . L a r a z ó n es q u e n o m a n d a n p o r deseo d e d o m i n i o ,


los d o s j u n t o s , a a q u e l l a p a z q u e existe e n t r e el h o m b r e m o r t a l sino p o r d e b e r de c a r i d a d ; n o p o r o r g u l l o d e r e i n a r , s i n o p o r
y el D i o s i n m o r t a l , d a n d o así m a r g e n a la o b e d i e n c i a o r d e n a d a b o n d a d de ayudar.
p o r l a fe b a j o l a l e y e t e r n a . Y p u e s t o q u e el d i v i n o M a e s t r o
e n s e ñ a d o s p r e c e p t o s p r i n c i p a l e s , a s a b e r : el a m o r d e D i o s y el
a m o r del p r ó j i m o , e n los c u a l e s el h o m b r e d e s c u b r e t r e s seres C A P I T U L O X V
c o m o o b j e t o d e su a m o r : D i o s , él m i s m o y el p r ó j i m o , y e l
q u e a m a a D i o s n o p e c a a m á n d o s e a sí m i s m o , es lógico q u e LA L I B E R T A D N A T U R A L Y LA S E R V I D U M B R E DEL PECADO
c a d a c u a l l l e v e a a m a r a D i o s a l p r ó j i m o , q u e se l e m a n d a
a m a r c o m o a sí m i s m o [ 3 7 ] . Así d e b e h a c e r c o n l a esposa, c o n E s t o es p r e s c r i p c i ó n del o r d e n n a t u r a l . Así creó D i o s a l
los h i j o s , con los d o m é s t i c o s y con l o s d e m á s h o m b r e s q u e h o m b r e . Domine, dice, a los peces del mar, y a las aves del

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p u d i e r e , c o m o q u i e r e q u e el p r ó j i m o m i r e p o r él si p o r ven- cielo, y a todo reptil que se mueve sobre la tierra. Y q u i s o q u e
t u r a lo n e c e s i t a r e . Y así t e n d r á p a z con t o d o s e n c u a n t o de él el h o m b r e r a c i o n a l , h e c h o a su i m a g e n , d o m i n a r a ú n i c a m e n t e
d e p e n d a , esa p a z d e los h o m b r e s q u e es l a o r d e n a d a c o n c o r d i a . a los i r r a c i o n a l e s , n o el h o m b r e a l h o m b r e , sino el h o m b r e a
E l o r d e n q u e se h a de s e g u i r es é s t e : p r i m e r o , n o h a c e r m a l a la b e s t i a . E s t e es el m o t i v o d e q u e l o s p r i m e r o s j u s t o s h a y a n
n a d i e , y s e g u n d o , h a c e r b i e n a q u i e n se p u e d a . E n p r i m e r l u g a r s i d o p a s t o r e s y n o r e y e s . D i o s con esto m a n i f e s t a b a q u é p i d e el
d e b e c o m e n z a r el c u i d a d o p o r los suyos, p o r q u e l a n a t u r a l e z a o r d e n d e l a s c r i a t u r a s y q u é exige el c o n o c i m i e n t o d e los peca-
y la s o c i e d a d h u m a n a le d a n acceso m á s fácil y m e d i o s m á s d o s . E l y u g o d e la fe se i m p u s o c o n j u s t i c i a a l p e c a d o r [ 3 8 ] .
o p o r t u n o s . P o r eso dice el A p ó s t o l : Quien no provee a los P o r eso e n l a s E s c r i t u r a s n o v e m o s e m p l e a d a la p a l a b r a siervo
•suyos, mayormente si son familiares, niega la fe y es peor que a n t e s d e q u e el j u s t o N o é c a s t i g a r a c o n ese n o m b r e el p e c a d o
un infiel. D e a q u í n a c e t a m b i é n l a p a z d o m é s t i c a , es decir, la d e s u h i j o . E s t e n o m b r e lo h a m e r e c i d o , p u e s , la c u l p a , n o l a
o r d e n a d a c o n c o r d i a e n t r e el q u e m a n d a y los q u e o b e d e c e n e n n a t u r a l e z a . L a p a l a b r a siervo, en la e t i m o l o g í a latina, d e s i g n a
casa. M a n d a n los q u e c u i d a n , c o m o el v a r ó n a la m u j e r , l o s los p r i s i o n e r o s , a q u i e n e s los v e n c e d o r e s c o n s e r v a b a n la v i d a ,
p a d r e s a los h i j o s , los a m o s a los c r i a d o s . Y o b e d e c e n q u i e n e s a u n q u e p o d í a n m a t a r l o s p o r d e r e c h o d e g u e r r a . Y se h a c í a n
son o b j e t o d e c u i d a d o , c o m o l a s m u j e r e s a los m a r i d o s , l o s
h i j o s a los p a d r e s , l o s c r i a d o s a los a m o s . P e r o en casa del videntur imperare. Ñeque enim dominandi cupiditate imperant, sed officio
j u s t o q u e vive d e l a fe y p e r e g r i n a a ú n lejos d e la c i u d a d celes- consulendi; nec principandi superbia, sed providendi misericordia.
tial sirven t a m b i é n los q u e m a n d a n a a q u e l l o s q u e p a r e c e n
CAPUT XV

animae, refert ad illam pacem, quae homini mortali est cum immortali DE LIBÉRTATE NATURALI, ET DE SERVITUTE, CUIDS PRIMA CAUSA PECCATUM
Deo; ut ei sií ordinata in fide sub aeterna lege obedientia. Iam vero quia EST, QUA HOMO MALAE VOLUNTATIS ETIAMSI NON EST MANCIPIUM ALTERIDS
dúo praecipua praecepta, hoc est, dilectionem Dei et dilcctionem proximi, HOMINIS, SERVUS EST PROPRIAE LIBIDINIS
docet magister Deus; in quibus tria invenit homo quae diligat, Deum, se
ipsum, et proximum; atque ille in se diligendo non errat qui diligit Hoc naturalis ordo praescribit; ita Deus hominem condidit. Nam, Do-
Deum: consequens est, ut etiam próximo ad diligendum Deum consulat, minetur, inquit, piscium maris, et volatilium caeli, et. omnium repentium
quem iubetur sicut se ipsum diligere. Sic uxori, sic filiis, sic domesticis, quae repunt super terram ~2. Rationalem factum ad imaginera suam noluit
sic caeteris quibus potuerit hominibus; et ad hoc sibi a próximo, si forte nisi irrationabilibus dominari: non hominem homini, sed hominem peco-
indiget, consuli velit: ac per hoc erit pacatus, quantum in ipso est, omni ri. Inde primi iusti, pastores pecorum magis quam reges hominum consti-
homini, pace hominum, id est ordinata concordia: cuius hic ordo est, tuti sunt: ut etiam sic insinuaret Deus, quid postulet ordo creaturarum,
primum ut nulli noceat, deinde ut etiam prosit cui potuerit. Primitus ergo quid exigat meritum peccatorum. Conditio quippe servitutis jure intelligi-
inest ei suorum cura: ad eos quippe habet opportuniorem facilioremque tur imposita peccatori. Proinde nusquam Scripturarum legimus servum,
aditum consulendi, vel naturae ordine, vel ipsius societatis humanae. Unde antequam hoc vocabulo Noe iustus peccatum filii vindicaret 2S . Nomen
Apostolus dicit: Quisquís autem suis, et máxime domesticis non providet itaque istud culpa meruit, non natura. Origo autem vocabuli servorum in
fiderq. denegat, el est infideli deterior 21. Hinc itaque etiam pax domestica latina lingua inde creditur ducta, quod hi qui iure belli possent occidi, a
oritur, id est, ordinata imperandi obediendique concordia cohabitantium. victoribus cum servabantur, servi fiebant, a servando appellati; quod.
Imperant enim qui consulunt: sicut vir uxori, parentes filiis, domini ser- etiam ipsum sine peccati mérito non est. Nam et cum iustum geritur bel-
vis. Obediunt autem quibus consulitur: sicut mulieres maritis1, filii paren- lum, pro peccato et a contrario dimicatur: et omnis victoria, cum etiam
tibus, servi dominis. Sed in domo iusti viventis ex fide, et adbuc ab illa malis provenit, divino iudicio victos humiliat, vel emmendans peccata, vel
caelesti civitate peregrinantis, etiam qui imperant, serviunt eis, quibus
=* G«n. 1,26.
23
11 Ibid., 9.25
i Tim- .5,8,
1404 L,A CIUDAD DE DIOS XIX, 15 XIX, 16 FINES DE LAS D O S CIUDADES 1405
siervos, p a l a b r a d e r i v a d a d e s e r v i r . E s t o es t a m b i é n m e r e c i - que, si s u s d u e ñ o s n o l e s d a n l i b e r t a d , t o r n e n e l l o s , e n c i e r t a
m i e n t o d e l p e c a d o . P u e s , a u n q u e se l i b r e u n a g u e r r a j u s t a , l a m a n e r a , l i b r e su s e r v i d u m b r e , n o s i r v i e n d o c o n t e m o r f a l s o ,
p a r t e c o n t r a r i a g u e r r e a p o r el p e c a d o . Y t o d a v i c t o r i a , a u n l a s i n o c o n a m o r fiel, h a s t a q u e p a s e l a i n i q u i d a d y se a n i q u i l e n
c o n s e g u i d a p o r los m a l o s , h u m i l l a a l o s v e n c i d o s p o r j u i c i o el p r i n c i p a d o y l a p o t e s t a d h u m a n a y sea D i o s t o d o e n t o d a s
d i v i n o , o c o r r i g i e n d o los p e c a d o s , o c a s t i g á n d o l o s . T e s t i g o es las cosas [ 4 0 ] .
de ello D a n i e l , ese h o m b r e q u e e n l a c a u t i v i d a d confiesa a D i o s
sus p e c a d o s y l o s p e c a d o s de su p u e b l o y r e c o n o c e , c o n p i a d o s o C A P I T U L O X V I
d o l o r , q u e ésta es l a r a z ó n d e a q u e l c a u t i v e r i o . L a p r i m e r a cau-
sa d e la s e r v i d u m b r e es, p u e s , el p e c a d o , q u e somete u n h o m b r e LA JUSTICIA EN E L DOMINIO
a o t r o c o n el v í n c u l o d e l a p o s i c i ó n s o c i a l . E s t o es efecto del

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


j u i c i o d e D i o s , q u e es i n c a p a z de i n j u s t i c i a y s a b e i m p o n e r pe- Asi v e m o s q u e n u e s t r o s p a t r i a r c a s , a u n q u e t e n í a n esclavos,
n a s s e g ú n l o s m e r e c i m i e n t o s d e l o s d e l i n c u e n t e s . E l S e ñ o r su- administraban la paz doméstica, distinguiendo a los hijos d e
p r e m o d i c e : Todo aquel que comete pecado, es esclavo del los e s c l a v o s s o l a m e n t e e n l o r e l a t i v o a l o s b i e n e s t e m p o r a -
pecado. Y p o r eso m u c h o s h o m b r e s p i a d o s o s sirven a a m o s ini- les. E n l o referente al culto a D i o s , d e l q u e se d e b e n e s p e r a r
cuos, p e r o n o l i b r e s , porque quien es vencido por otro, queda los b i e n e s e t e r n o s , m i r a b a n c o n i g u a l a m o r a t o d o s l o s miem-
esclavo de quien le venció. b r o s de su casa. Y esto es t a n c o n f o r m e c o n el o r d e n n a t u r a l ,
A l a v e r d a d q u e es p r e f e r i b l e s e r esclavo de u n h o m b r e q u e q u e el n o m b r e de p a d r e de f a m i l i a t r a e de a q u í su o r i g e n ,
de u n a p a s i ó n , p u e s v e m o s lo t i r á n i c a m e n t e q u e e j e r c e su do- y está t a n d i v u l g a d o , q u e a u n l o s s e ñ o r e s i n j u s t o s se p r e c i a n
m i n i o s o b r e el c o r a z ó n d e l o s m o r t a l e s l a p a s i ó n d e domi- de é l . L o s a u t é n t i c o s p a d r e s de f a m i l i a m i r a n a t o d o s l o s
n a r , p o r e j e m p l o . M a s en ese o r d e n d e p a z q u e somete u n o s m i e m b r o s d e su f a m i l i a c o m o a h i j o s en l o t o c a n t e a l c u l t o
h o m b r e s a o t r o s , l a h u m i l d a d es t a n v e n t a j o s a a l e s c l a v o y h o n r a d e D i o s . Y d e s e a n y a n h e l a n l l e g a r a l a casa celestial,
c o m o nociva l a s o b e r b i a al d o m i n a d o r . S i n e m b a r g o , p o r natu- d o n d e n o sea n e c e s a r i o m a n d a r a los h o m b r e s , p o r q u e e n la
raleza, tal como Dios creó al principio al hombre, nadie es inmortalidad n o será preciso subvenir a necesidad alguna.
esclavo d e l h o m b r e n i del p e c a d o . E m p e r o , l a e s c l a v i t u d p e n a l Y h a s t a allí d e b e n t o l e r a r m á s l o s s e ñ o r e s , q u e m a n d a n , q u e l o s
está r e g i d a y o r d e n a d a p o r l a ley, q u e m a n d a c o n s e r v a r el siervos, q u e s i r v e n . S i a l g u n o en casa t u r b a la p a z d o m é s t i c a
o r d e n n a t u r a l y p r o h i b e p e r t u r b a r l o [ 3 9 ] . S i n o se o b r a r a n a d a p o r d e s o b e d i e n c i a , es c o r r e g i d o p a r a su u t i l i d a d con l a p a l a -
c o n t r a esta ley, n o h a b r í a q u e c a s t i g a r n a d a c o n esa e s c l a v i t u d . b r a , c o n el p a l o o con c u a l q u i e r o t r o g é n e r o d e p e n a j u s t a
P o r eso, el A p ó s t o l a c o n s e j a a l o s siervos el e s t a r s o m e t i d o s
a sus a m o s y s e r v i r l e s de c o r a z ó n y d e b u e n g r a d o . E s d e c i r , a dominis liberi fieri, suam servitutem ipsí quodammodo liberam fa-
ciant; non timore subdolo, sed fideli dilectione serviendo, doñee transeat
puniens. Testis est homo Dei Daniel, cura in captivitate positus, peccata iniquitas, et evacuetur omnis prineipatus, et potestas humana, et sit Deus
sua et peccata populi sui confitetur Deo, et hanc esse causam illius capti- omnia in ómnibus.
vitatis pió dolore testatur 2l. Prima ergo servitutis causa peccatum est; ut
homo homini conditionis vinculo subderetur: quod non fit nisi Deo iudi- CAPUT XVI.
cante, apud quem non est iniquitas, et novit diversas poenas meritis dis-
DE AEQUO IURE DOMINANDI
tribuere delinquentium. Sicut autem supernus Dominus dicit, Omnis qui
facit peccatum, servus est peccatiM: ac per hoc multi quidem religiosi Quocirca etiamsi habuerunt servos iusti patres nostri, sic quidem ad-
dominis iniquis, non tamen liberis serviunt: A quo enim quis devictus ministrabant domesticam pacem, ut secundum haec temporalia bona, fi-
est, huic et servas addictus est2C. Et utique felicius servitur homini, quam liorum sortem a servorum conditione distinguerent; ad Deum autem co-
libidini; cum saevissimo dominatu vastet corda mortalium, ut alias omit- lendum, in quo aeterna bona speranda sunt, ómnibus domus suae mem-
tam, libido ipsa dominandi. Homimbus autem illo pacis ordine, quo aliis bris pari dilectione consulerent. Quod naturalis ordo ita praescribit, ut
alil subiecti sunt, sicut prodest humilitas servientibus, ita nocet superbia nomen patrumfamilias hinc exortum sit, et tam late vulgatum, ut inique
dominantibus. Nullus autem natura, in qua prius Deus hominem condidit, etiam dominantes hoc se gaudeant appellari. Qui autem veri patresfamilias
servus est hominis, aut peccati. Verum et poenalis servitus ea lege ordi- sunt, ómnibus in familia sua tanquam filiis ad colendum et promerendum
natur, quae naturalem ordinem conservan iubet, perturbari vetat: quia si Deum consulunt; desiderantes atque optantes venire ad caelestem domum,
contra eam legem non esset factum, nihil esset poenali servitute coer- ubi necessarium non sit officium imperandi mortalibus, quia necessarium
cendum. Ideoque Apostolus etiam servos monet subditos esse dominis suis, non erit officium consulendi iam in illa immortalitate felicibus: quo doñee
et ex animo eis cum bona volúntate serviré " : ut scilicet, si non possunt veniatur, magis debent patres quod dominantur, quam servi tolerare quod
serviunt. Si quis autem in domo per inobedientiam domesticae paci adver-
-° Dan. 9,5-19.
25 satur, corripitur, seu verbo, seu verbere, sen quolibet alio genere poenae
=
lo. 8,34-
" * Petr. 3,19- iusto' atque licito, quantum societas humana concedil, pro eius qui cor-
-' Eph, 6,5.
XIX, 17 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1407
1406 . U CIUDAD DE DIOS X I X , 1?

y lícita a d m i t i d o p o r la s o c i e d a d h u m a n a p a r a a c o p l a r l e a l a r a l e s c o m o v i a j e r o s . E s t o s n o los p r e n d e n n i desvían del c a m i n o


p a z de q u e se h a b í a a p a r t a d o . C o m o n o es b i e n h e c h o r el q u e q u e l l e v a a D i o s , sino q u e l o s s u s t e n t a n p a r a t o l e r a r c o n m á s
viene en a y u d a d e o t r o p a r a h a c e r l e p e r d e r u n b i e n , así n o e s facilidad y n o a u m e n t a r l a s c a r g a s del c u e r p o c o r r u p t i b l e q u e
i n o c e n t e e l q u e p e r m i t e , p e r d o n a n d o , q u e se i n c u r r a e n u n m a l a p e s g a a l a l m a . P o r t a n t o , el u s o d e los b i e n e s n e c e s a r i o s a esta
m á s g r a v e . L a i n o c e n c i a exige, p u e s , n o s o l a m e n t e n o h a c e r m a l vida m o r t a l es c o m ú n a l a s d o s clases de h o m b r e s y a l a s d o s
a n a d i e , s i n o r e t r a e r a l p r ó j i m o del p e c a d o o c a s t i g a r el p e c a - c a s a s ; p e r o , e n el u s o , c a d a u n o tiene u n fin p r o p i o y u n pen-
d o . Y esto con el fin d e q u e el c a s t i g a d o se c o r r i j a en cabeza s a r m u y d i v e r s o del o t r o [ 4 3 ] . A s í , l a c i u d a d t e r r e n a , q u e n o
p r o p i a y o t r o s e s c a r m i e n t e n en l a a j e n a . L a casa d e b e ser el vive d e la fe, a p e t e c e t a m b i é n l a p a z , p e r o fija la c o n c o r d i a en-
p r i n c i p i o y el f u n d a m e n t o de l a c i u d a d [ 4 1 ] . T o d o p r i n c i p i o tre l o s c i u d a d a n o s q u e m a n d a n y los q u e o b e d e c e n e n q u e sus
dice r e l a c i ó n a su fin, y t o d a p a r t e a su t o d o . P o r eso e s c l a r o y q u e r e r e s estén a c o r d e s de a l g ú n m o d o en lo c o n c e r n i e n t e a l a
v i d a m o r t a l . E m p e r o , la c i u d a d celestial, o m e j o r , l a p a r t e d e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ló gico q u e la p a z d o m é s t i c a d e b e r e d u n d a r e n p r o v e c h o d e l a
paz c í v i c a ; es decir, q u e la o r d e n a d a c o n c o r d i a e n t r e los q u e e l l a q u e p e r e g r i n a en este v a l l e y vive de l a fe, u s a d e esta
m a n d a n y los q u e o b e d e c e n d e b e r e l a c i o n a r s e con la orde- paz p o r necesidad, hasta que pase la mortalidad, que precisa
n a d a c o n c o r d i a e n t r e los c i u d a d a n o s q u e m a n d a n y los q u e de t a l p a z . Y p o r e s o , m i e n t r a s q u e e l l a está c o m o v i a j e r o cau-
o b e d e c e n . D e d o n d e se sigue q u e el p a d r e de f a m i l i a d e b e tivo en la c i u d a d t e r r e n a , d o n d e h a r e c i b i d o la p r o m e s a d e su
g u i a r su casa p o r l a s leyes de l a c i u d a d , de tal f o r m a q u e se r e d e n c i ó n y el d o n e s p i r i t u a l c o m o p r e n d a d e e l l a , n o d u d a en
a c o m o d e a la p a z de la m i s m a [ 4 2 ] . o b e d e c e r estas leyes q u e r e g l a m e n t a n las cosas n e c e s a r i a s y el
m a n t e n i m i e n t o d e la v i d a m o r t a l . Y c o m o ésta es c o m ú n , e n t r e
las d o s c i u d a d e s h a y c o n c o r d i a con r e l a c i ó n a e s a s cosas. P e r o
r e s u l t a q u e la c i u d a d t e r r e n a t u v o ciertos s a b i o s c o n d e n a d o s p o r
C A P I T U L O X V 1 1 l a d o c t r i n a de D i o s , q u e , o p o r s o s p e c h a s o p o r e n g a ñ o de l o s
d e m o n i o s , d i j e r o n q u e d e b í a n a m i s t a r m u c h o s dioses con l a s
¿EN Q U É RADICA LA P A Z D E LA S O C I E D A D C E L E S T I A L CON LA cosas h u m a n a s . Y e n c o m e n d a r o n a su t u t e l a d i v e r s o s seres, a
CIUDAD T E R R E N A „Y E N Q U É LA D I S C O R D I A ? u n o el c u e r p o , a o t r o el a l m a ; y en el m i s m o c u e r p o , a u n o la
cabeza y a o t r o la c e r v i z ; y d e l a s d e m á s p a r t e s , a c a d a u n o la
M a s l o s h o m b r e s q u e n o v i v e n d e la fe b u s c a n l a p a z te- s u y a . Y d e i g u a l m o d o en el a l m a : a u n o e n c o m e n d a r o n el
r r e n a en los b i e n e s y c o m o d i d a d e s d e esta v i d a . E n c a m b i o , los i n g e n i o , a o t r o la d o c t r i n a , a o t r o la i r a , a o t r o la c o n c u p i s c e n -
h o m b r e s q u e viven d e la fe e s p e r a n e n los b i e n e s f u t u r o s y eter-
nos, s e g ú n la p r o m e s a . Y u s a n d e los b i e n e s t e r r e n o s y t e m p o - renisque rebus ac temporalibus tanquam peregrina utitur, non quibus
ripitur utilitate, ut pací unde dissiluerat coaptetur. Sicut enim non est capiatur et avertatur quo tendit in Deum, sed quibus sustentetur ad faci-
beneficentiae, adiuvando efficere ut bonum quod maius est amittatur; ita lius toleranda minimeque augenda onera corporis corruptibilis, quod ag-
non est innocentiae, parcendo sinere ut in malum gravius incidatur. Per- gravat animam 2S . Idcirco rerum vitae huic mortali necessariarum utris-
tinet ergo ad innocentis officium, non solum nemini malum inferre, ve- que hominibus et utrique domui communis est usus; sed finís utendi cui-
rum etiam cohibere a peccato, vel puniré peccatum; ut aut ipse qui plecti- que suus proprius, multumque diversus. Ita etiam terrena civitas, quae non
tur, corrigatur experimento, aut alii terreantur exemplo. Quia igitur ho- vivít ex fide, terrenam pacem appetit; in eoque defigit imperandi obe-
minis domus initium sive partícula debet esse civitatis, omne autem ini- diendique concordiam civium, ut sit eis de rebus ad mortalem vitam per-
tium ad aliquem sui generis finem, et omnis pars ad universi, cuius pars tinentibus humanarum quaedam compositio voluntatum. Civitas autem
est, integritatem refertur: satis apparet esse consequens, ut ad pacem ci- caelestis, vel potius pars eius, quae in hac mortalitate peregrinatur, et vi-
vicam pax domestica referatur, id est, ut ordinata imperandi obediendique vit ex fide, etiam ista pace necesse est utatur, doñee ipsa cui talis pax
concordia cohabitantium referatur ad ordinatam imperandi obediendique necessaria est, mortalitas transeat. Ac per hoc dum apud terrenam civi-
concordiam civium. Ita fit, ut ex lege civitatis praecepta sumere patrem- tatem, velut captivam vitam suae peregrinationis agit, iam promissione
familias oporteat, quibus domum suam sic regat, ut sit pací accommodata redemptionis et dono spirituali tanquam pignore accepto, legibus terrenae
civitatis. civitatis. quibus haec administrantur, quae sustentandae mortali vitae ac-
commodata sunt, obtemperare non dubitat: ut. cpioniam communis est ipsa
CAPUT XVII mortalitas, servetur in rebus ad eam pertinentibus inter civitatem utram-
que concordia. Verum quia terrena civitas habuit quosdam suos sapientes,
UNDE CAELESTIS SOCIETAS CÜM TERRENA CIVITATE PACEM HABEAT,
quos divina improbat disciplina, qui vel suspicati vel decepti a daemoni-
bus crederent mnltos déos conciliandos esse rebus humanis, ad quorum
ET UNDE DISCORDIAM
diversa quodammodo officia diversa subdita pertinerent, ad alium corpus,
Sed domus hominum qui non vivunt ex fide, pacem terrenam ex huius ad alium animus, inque ipso corpore ad alium caput, ad alium cervix, et
temporalis vitae rebus commodisque sectatur. Domus autem hominum ex
fide viventium, exspectat ea quae in futuxum aeterna promissa sunt, ter- •"• S a p . 9.IS-
XIX, 18 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1409
1408 EA CIUDAD DE DIOS X I X , 17
gión, y s u p e d i t a l a p a z t e r r e n a a la p a z celestial. E s t a ú l t i m a
c i a ; y en l a s cosas n e c e s a r i a s a l a v i d a , a u n o el g a n a d o , a o t r o es la p a z v e r d a d e r a , l a ú n i c a d i g n a de ser y d e decirse p a z d e
el t r i g o , a o t r o el v i n o , a o t r o el aceite, a o t r o l a s selvas, a o t r o la criatura racional, a saber, la unión ordenadísima y concordí-
el d i n e r o , a o t r o l a n a v e g a c i ó n , a o t r o l a s g u e r r a s y l a s victo- s i m a p a r a g o z a r de D i o s y a la vez en D i o s . En l l e g a n d o a esta
rias, a otro los matrimonios, a otro los partos y la fecundidad, m e t a , l a v i d a y a n o será m o r t a l , s i n o p l e n a m e n t e vital [ 4 6 ] .
y a otros l o s seres. L a c i u d a d celestial, en c a m b i o , conoce a u n Y el cuerpo ya n o será a n i m a l , q u e , m i e n t r a s se c o r r o m p e ,
solo D i o s , ú n i c o a l q u e se debe el c u l t o y esa s e r v i d u m b r e , q u e a p e s g a al a l m a , s i n o e s p i r i t u a l , sin n i n g u n a n e c e s i d a d , some-
en g r i e g o se dice AccrpEÍcc, y p i e n s a c o n p i e d a d fiel q u e n o se tido d e l l e n o a l a v o l u n t a d . P o s e e esta paz a q u i p o r la fe y de
d e b e m á s q u e a D i o s . E s t a s d i f e r e n c i a s h a n m o t i v a d o el q u e esta esta fe vive j u s t a m e n t e c u a n d o refiere a la c o n s e c u c i ó n d e l a
c i u d a d n o p u e d a t e n e r c o m u n e s c o n la c i u d a d t e r r e n a l a s leyes üaz verdadera todas las buenas obras q u e hace p a r a con Dios
r e l i g i o s a s . Y p o r éstas se ve en l a p r e c i s i ó n d e d i s e n t i r d e y c o n el p r ó j i m o , p o r q u e la v i d a d e la c i u d a d es u n a v i d a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


e l l a y s e r u n a c a r g a p a r a l o s q u e s e n t í a n en c o n t r a y s o p o r t a r social.
sus i r a s , sus o d i o s y s u s v i o l e n t a s p e r s e c u c i o n e s , a m e n o s de
r e f r e n a r a l g u n a vez l o s á n i m o s de s u s e n e m i g o s c o n el t e r r o r C A P I T U L O X V I I I
de su m u l t i t u d , y s i e m p r e con l a a y u d a d e D i o s [ 4 4 ] . L a ciu-
d a d celestial, d u r a n t e su p e r e g r i n a c i ó n , va l l a m a n d o c i u d a d a -
LA NUEVA A C A D E M I A Y LA F E C R I S T I A N A . U N PARANGÓN
nos p o r todas las naciones y formando de todas las lenguas u n a
s o c i e d a d v i a j e r a [ 4 5 ] . N o se p r e o c u p a de l a d i v e r s i d a d d e le-
N a d a h a y m á s c o n t r a r i o a l a c i u d a d de D i o s q u e esa incer-
yes, d e c o s t u m b r e s n i de i n s t i t u t o s , q u e r e s q u e b r a j a n o m a n t i e -
t i d u m b r e en q u e V a r r ó n h a c e r a d i c a r el distintivo d e la n u e v a
n e n la p a z t e r r e n a . E l l a n o s u p r i m e n i d e s t r u y e n a d a , a n t e s
A c a d e m i a . U n a d u d a tal a l o s ojos c r i s t i a n o s es u n a l o c u r a . E l
bien l o c o n s e r v a y a c e p t a , y ese c o n j u n t o , a u n q u e diverso en
c r i s t i a n o , s o b r e l a s cosas q u e c o m p r e n d e con la m e n t e y c o n
l a s diferentes n a c i o n e s , se flecha, c o n t o d o , a u n ú n i c o v m i s m o
l a r a z ó n , tiene u n a ciencia c e r t í s i m a , a u n q u e l i m i t a d a p o r el
fin, l a p a z t e r r e n a , si n o i m p i d e l a r e l i g i ó n q u e e n s e ñ a q u e debe
c u e r p o c o r r u p t i b l e q u e a p e s g a al a l m a , p o r q u e , c o m o dice el
ser a d o r a d o el D i o s ú n i c o , s u m o y v e r d a d e r o . L a c i u d a d celes-
A p ó s t o l , conocernos en parle. Cree a los s e n t i d o s q u e manifies-
tial u s a t a m b i é n e n su viaje de l a p a z t e r r e n a y de l a s cosas
t a n con e v i d e n c i a u n a r e a l i d a d , y de e l l o s se sirve el á n i m o p o r
necesariamente relacionadas con la condición actual de los
m e d i o d e l c u e r p o , p u e s q u e es m á s m i s e r a b l e el e n g a ñ o del q u e
h o m b r e s . P r o t e g e y desea el a c u e r d o d e q u e r e r e s e n t r e l o s
p i e n s a q u e n o se les d e b e fe n u n c a [ 4 7 ] . En fin, a ñ a d e la fe e n
h o m b r e s c u a n t o es p o s i b l e , d e j a n d o a salvo l a p i e d a d y l a reli-
pacem refert ad caelestem pacem: quae veré ita pax est, ut rationalis
duntaxat creaturae sola pax habenda atque dicenda sit, ordinatissima sci-
caetera singula ad singulos; similiter in animo ad alium ingenium, ad licet et concordissima societas fruendi Deo, et invicem in Deo; quo cum
alium doctrina, ad alium ira, ad alium concupiscentia; inque ipsis rebus ventum fuerit, non erit vita mortalis, sed plañe certeque vitalis; nec
vitae adiacentibus, ad alium pecus, ad alium triticum, ad alium vinum. corpus animale, quod dum corrumpitur, aggravat animam, sed spirituale
ad alium oleum, ad alium silvae, ad alium nummi, ad alium navigatio, ad sine ulla indigentia, ex omni parte subditum voluntati. Hanc pacem, dum
alium bella atque victoriae, ad alium coniugia, ad alium partus ac fecun- peregrinatur in fide, habet; atque ex hac fide iuste vivit, cum ad illam
ditas, et ad alios alia caetera; caelestis autem civitas unum Deum solum pacem adipiscendam refert quidquid bonarum actionum gerit erga Deum
colendum nosset, eique tantummodo serviendum servitute illa, quae graece et proximum, ,quoniam vita civitatis utique socialis est.
Aa-rpdct dicitur, et non nisi Deo debetur, fideli pietate censeret: factum
est, ut religionis leges cum terrena civitate non posset babere communes,
proque his ab ea dissentire haberet necesse, atque oneri esse diversa sen- CAPUT XVIII
tientibus, eorumque iras et odia et persecutiomim Ímpetus sustinere, nisi
cum ánimos adversantium aliquando terrore suae multitudinis, et semper Q ü A M DIVERSA SIT AcADEMIAE NOVAE AMBIGUITAS A CONSTANTIA FIDEI
divino adiutorio propulsaren Haec ergo caelestis civitas dum peregrinatur CHKISTIANAE
in térra, ex ómnibus gentibus cives evocat, atque in ómnibus linguis pe-
regrinara colligit societatem; non curans quidquid in moribus, legibus, Quod autem attinet ad illam differentiam, quam de Academicis novis
institutisque diversum est, quibus pax terrena vel conquiritur, vel tenetur; Varro adhibuit, quibus incerta sunt omnia, omnino civitas Dei talem du-
nihil eorum rescindens, nec destruens, imo etiam servans ac sequens: quod bitationem tamquam dementiam detestatur, habens de rebus, quas mente
licet diversum in diversis nationibus, ad unum tamen eumdemque finem atque ratione comprehendit, etiamsi parvam propter corpus corruptibile,
terrenae pacis intenditur, si religionem qua unus summus et verus Deus quod aggravat animam, quoniam sicut dicit Apostolus, Ex parte scimus ",
colendus docetur, non impedit. Utitur ergo etiam caelestis civitas in hac tamen certissimam scientiam: creditque sensibus in rei cuiusque eviden-
sua peregrinatione pace terrena, et de rebus ad mortalem hominum natu- tia, quibus per corpus animus utitur: quoniam miserabilius fallitur, qui
ram pertinentibus, humanarum voluntatum compositionem, quantum salva 2
» i Cor. 13,9.
pietate ac religione conceditur. tuetur atque appetit, eamque terrenam
S. Az. 16
1410 LA CIUDAD DE DIOS X I X , 19 XIX, 18 FINES DE US DOS CIUDADES 1411
las S a n t a s E s c r i t u r a s , a n t i g u a s y n u e v a s , q u e l l a m a m o s canóni- p l a c i ó n de D i o s [ 4 9 ] . E n el ocio n o se d e b e a m a r la i n a c c i ó n ,
cas, q u e son l a s fuentes de la fe de la q u e vive el j u s t o . G r a c i a s sino la b ú s q u e d a y h a l l a z g o de la v e r d a d , a fin de q u e c a d a
a e l l a c a m i n a m o s sin t i t u b e o s m i e n t r a s p e r e g r i n a m o s lejos del cual a v a n c e e n ese c o n o c i m i e n t o y n o e n v i d i e a n a d i e . Y e n l a
S e ñ o r . P e r m a n e c i e n d o a salvo y cierta esa fe, p o d e m o s d u d a r , acción n o debe a m a r s e el h o n o r o la p o t e n c i a en esta v i d a , por-
sin m i e d o a r e p r e n s i ó n , a l g u n a s cosas q u e n o h a n l l e g a d o a q u e c u a n t o h a y b a j o el sol es v a n i d a d , s i n o el t r a b a j o q u e
n u e s t r o c o n o c i m i e n t o y n o l a s h e m o s c o n o c i d o n i p o r los senti- a c o m p a ñ a a l h o n o r o a la p o t e n c i a , si se o b r a r e c t a y ú t i l m e n -
dos n i p o r la r a z ó n , n i n o s las h a n a n u n c i a d o la E s c r i t u r a te, es decir, c o n t r i b u y e n d o a la s a l u d d e los q u e n o s están so-
c a n ó n i c a n i testigos a q u i e n e s fuera a b s u r d o n o c r e e r [ 4 8 ] . m e t i d o s s e g ú n D i o s . D e esto y a h e m o s h a b l a d o m á s a r r i b a . E s t o
hace d e c i r a l A p ó s t o l : Quien desea el obispado, desea un buen
trabajo. Su i n t e n c i ó n e r a d a r a e n t e n d e r q u e el e p i s c o p a d o e r a
C A P I T U L O X I X
un n o m b r e d e t r a b a j o , n o d e h o n o r . L a p a l a b r a es g r i e g a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


y significa q u e el q u e está a l frente es s u p e r i n t e n d e n t e de sus
VIDA Y COSTUMBRES DEL PUEBLO CRISTIANO
s u b o r d i n a d o s , es decir, tiene el c u i d a d o de e l l o s . 'ETTÍ significa
E n r e a l i d a d n o i m p o r t a n a d a a esta c i u d a d el g é n e r o d e sobre, y CTKOTTÓS, intención; p o r t a n t o , si se n o s a n t o j a , p o d e m o s
vida q u e a d o p t a el q u e a b r a z a la fe q u e l l e v a a D i o s , con t a l t r a d u c i r ÉTriaKOTTelv p o r s u p e r i n t e n d e r . S e g ú n esto, n o es o b i s p o
de q u e n o v a y a c o n t r a los p r e c e p t o s d i v i n o s . P o r e s o , a los el q u e a m a p r e s i d i r , n o el s e r ú t i l . A s í , p u e s , t o d o s p u e d e n a p l i -
filósofos q u e se h a c e n c r i s t i a n o s n o se les o b l i g a a c a m b i a r su carse a la b ú s q u e d a y a l e s t u d i o d e la v e r d a d , e n q u e consiste
t r e n d e v i d a si n o lo i m p i d e l a r e l i g i ó n , s i n o sus d o c t r i n a s el ocio l o a b l e ; p e r o el l u g a r s u p e r i o r , sin el cual el p u e b l o n o
falsas. A s í , le d a d e l a d o la diferencia s e ñ a l a d a p o r V a r r ó n e n p u e d e s e r g o b e r n a d o , a u n q u e sea c o m o es d e b i d o , es i n d e c o r o s o
los cínicos, con tal de q u e n o se h a g a n a d a c o n t r a la h o n e s t i d a d d e s e a r l o . P o r eso, el a m o r a la v e r d a d b u s c a el ocio s a n t o , y la
y l a t e m p l a n z a . E n c u a n t o a los t r e s g é n e r o s d e v i d a , el ocioso, n e c e s i d a d d e la v e r d a d c a r g a c o n el n e g o c i o j u s t o [ 5 0 ] . Si n a -
el activo y el m i x t o , a u n q u e , salva la fe, c a d a u n o p u e d e e l e g i r die n o s i m p o n e esta c a r g a , d e b e m o s e n t r e g a r n o s a la b ú s q u e d a
el q u e le p l a z c a y l l e g a r p o r él a los p r e m i o s e t e r n o s , interesa, y a la c o n t e m p l a c i ó n de la v e r d a d . Y si a l g u i e n n o s la i m p o n e ,
sin e m b a r g o , cuál se a b r a z a p o r a m o r a l a v e r d a d y c u á l p o r d e b e m o s a c e p t a r l a p o r n e c e s i d a d d e la c a r i d a d [ 5 1 ] . A u n en
d e b e r de c a r i d a d . N o se debe u n o e n t r e g a r a l ocio desentendién- este caso n o d e b e n a b a n d o n a r s e de p l a n o l a s d u l z u r a s d e la
dose de ser útil al p r ó j i m o , ni a la a c c i ó n o l v i d a n d o l a contem- v e r d a d , n o sea q u e , p r i v a d o s de esa s u a v i d a d , n o s o p r i m a la
necesidad.
hunquam putat eis esse credendum. Credit etiam Scripturis sanctis et ve-
teribus et novis, quas Canónicas appellamus, unde fides ipsa concepta sic actuosus, ut contemplationem non requirat Dei. In otio non iners va-
est, ex qua iustus vivit 3 "; per quam siue dubitatione ambulamus, quamdiu catio delectare debet; sed aut inquisitio, aut inventio veritatis: ut in ea
peregrinamur a Domino 3 '; qua salva atque certa, de quibusdam rebus, quisque proficiat, et quod invenerit teneat, et alteri non invideat. In
quas ñeque sensu, ñeque ratione percepimus, ñeque nobis per Scripturam actione vero non amandus est honor in hac vita, sive potentia; quoniam
canonicam claruerunt, nec per testes quibus non credere absurdum est, in omnia vana sub solé: sed opus ipsum, quod per eumdem honorem vel po-
nostram notitiam pervenerunt, sitie iusta rcprehensione dubitamus. tentiam fit, si recte atque utiliter fit, id est, ut valeat ad eam salutem
subditorum, quae secundum Deum est; unde iam superius disputavimus 3~.
Propter quod ait Apostolus, Qui episcopatum desiderat, bonum opus deside-
CAPUT XIX
rat3S. Exponere voluit quid sit episcopatus: quia nomen est operis, non ho-
DE HABITO ET MORIBUS roruLi CHRISTIAM noris. Graecum est enim, atque inde ductum vocabulum, quod ille qui prae-
ficitur, eis quibus praeficitur superintendit, curam eorum scilicet gerens:
Nihil sane ad istam pertinet civitatem quo habitu vel more vivendi, ÍTTÍ quippe, Super; aKoirós vero, Intentio est: ergo ÉiriaKoirEiv, si velimus,
si non est contra divina praecepta, istam fidem, qua pervenitur ad Deum, latine Superintendere possumus dicere; ut intelügat non se esse episco-
quisque sectetur: unde ipsos quoque philosophos, quando Christiani fiunt, pum, qui praeesse dilexerit, non prodesse. Itaque a studio cognoscendae
non habitum vel consuetudinem victus, quae nihil impedit religionem, sed veritatis nemo prohibetur, quod ad laudabile pertinet otium: locus vero
falsa dogmata mutare compellit. Unde illam quam Varro adhibuit ex superior, sine quo regi populus non potest, etsi ita teneatur atque admi-
Cynicis differentiam, si nihil turpiter atque intemperanter agat, omnino nistretur ut decet, tamen indecenter appetitur. Quamobrem otium sanctum
non curat. Ex tribus vero illis vitae generibus, otioso, actuoso, et ex quaerit chantas veritatis: negotium iustum suscipit necessitas charitatis.
utroque composito, quamvis salva fide quisque possit in quolibet eorum Quam sarcinam si nullus imponit, percipiendae atque intuendae vacandum
vitam ducere, et ad sempiterna praemia pervenire; interest tamen quid est veritati: si autem imponitur, suscipienda est propter charitatis neces-
amore teneat veritatis, quid officio charitatis impendat. Nec sic quisque sitatem: sed nec sic omní modo veritatis delectatio deserenda est, ne
debet esse otiosus, ut in eodem otio utilitatem non cogitet proximi; nec subtrahatur illa suavitas, et opprimat ista necessitas.
30
Hab. 2,4. 32
C.6.
" 2 Cor. s,6. 33
i T i m . 3ji.
1412 LA CILDAD DE DIOS XIX, 20 XTX, 2 1 , 1 FINES DE U S DOS CIUDADES 1413

CAPÍTULO XX C A P I T U L O X X I

L O S CIUDADANOS DE LA CIUDAD SANTA EN ESTA VIDA SON F E L I C E S


EXISTENCIA DE LA REPÚBLICA ROMANA. D E F I N I C I Ó N DE ESCIPIÓN
EN ESPERANZA
1. Este es precisamente el lugar propio para decir, lo más
Siendo, pues, el sumo bien de la ciudad de Dios la paz eter- concisa y claramente que pueda, lo que prometí en el libro I I
na y perfecta, no esta que atraviesan los mortales entre el naci- de esta obra. Y es mostrar que, según las definiciones de que
miento y la muerte, sino en la que permanecen una vez inmor- Escipión se sirve en los libros Sobre la república de Cicerón,
tales y libres de todo padecimiento, ¿quién hay que niegue que no ha existido nunca la república romana. En pocas palabras
esa vida será muy dichosa, o que no estime, en su compa-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


define la república, diciendo que es la cosa del pueblo. Si esta
ración, misérrima ésta, por más llena de bienes anímicos, cor- definición es verdadera, no ha existido nunca la república ro-
porales o externos que esté? Y, sin embargo, quien se conduce mana, porque no ha sido nunca cosa del pueblo, que es la
de tal forma que refiere el uso al fin de aquella que ardentísi- definición de república. Define el pueblo diciendo que es una
ma y fidelísimamente espera, puede llamarse con razón feliz sociedad fundada sobre derechos reconocidos y sobre la comu-
en este mundo, más, en verdad, por la esperanza que por nidad de intereses. Luego explica qué entiende por derechos
la realidad. La realidad presente, sin aquella esperanza, es una reconocidos. Y añade que la república no puede ser gobernada
felicidad falsa y una auténtica miseria, porque no usa de los sin justicia. En consecuencia, donde no hay verdadera justicia
verdaderos bienes del espíritu. No es verdadera sabiduría la rio puede darse verdadero derecho. Como lo que se hace con
que en estas cosas, que discierne con prudencia, soporta con derecho se hace justamente, es imposible que se haga con de-
fortaleza, reprime con templanza y ordena con justicia, no se recho lo que se hace injustamente. En efecto, no deben lla-
propone el fin supremo, en que será Dios todo en todas las marse derecho las constituciones injustas de los hombres, pues-
cosas por una eternidad cierta y una paz perfecta. to que ellos mismos dicen que el derecho mana de la fuente de
la justicia y que es falsa la opinión de quienes sostienen torci-
damente que es derecho lo que es útil al más fuerte [ 5 2 ] . P o r
C A P U T XX tanto, donde no existe verdadera justicia no puede existir comu-
Q ü O D CIVES SANCTORUM IN VITAE HUIUS TEMPORE SPE BEATI SINT

Quamobrem summum bonum civitatis Dei cum sit aeterna pax atque
perfecta, non per quam mortales transeant nascendo atque moriendo, sed CAPUT XXI
in qua immortales maneant nihil adversi omnino patiendo; quis est qui
AN SECUNDUM DEFINITIONES SCIPIONIS, QUAE IN DIALOGO ClCERONIS SUNT,
illam vitam vel beatissimam neget, vel in eius comparatione istam, quae
UNQUAM FUERIT ROMANA RESPUBLICA
hic agitur, quantislibet animi et corporis externarumque rerum bon¡9
plena sit, non miserrimam iudicet? Quam tamen quicumque sic habet, 1. Quapropter nunc est locus, ut quam potero breviter ac dilucide
ut eius usum referat ad illius finem, quam diligit ardentissime, ac fide- expediam, quod in secundo huius operis libro me demonstraturum esse
lissime sperat, non absurde dici etiam nunc beatus potest, spe illa potius, promisi3S, secundum definitiones, quibus apud Ciceronem utitur Scipio
quam re ista. Res vero ista sine spe illa, beatitudo falsa et magna miseria in libris de República, nunquam rempublicam fuisse Romanam. Breviter
est: non enim veris animi bonis utitur. Quoniam non est vera sapientia, enim rempublicam definit esse rem populi. Quae definitio, sí vera est,
quae intentionem suam in his quae prudenter discernit, gerit fortiter, nunquam fuit Romana respublica: quia nunquam fuit res populi; quam
cobibet temperanter, iusteque34 distribuit, non in illum dirigit finem, ubi definitionem voluit esse reipublicae. Populum enim esse definivit coetum
erit Deus omnia in ómnibus , aeternitate certa et pace perfecta. multitudinis, iuris consensu et utílitatis communione sociatum. Quid autem
34
i C o r . 15,38.
dicat iuris consensum, disputando explicat; per hoc ostendens geri sine
iustitia non posse rempublicam: ubi ergo iustitia vera non est, nec íus
potest esse. Quod enim iure fit, profecto inste fit: quod autem fit iniuste,
nec iure fieri potest. Non enim iura dicenda sunt vel putanda iniqua
hominum constituta: cum illud etiam ipsi ius esse dicant, quod de iusti-
tiae fonte manaverit; falsumque esse, quod a quibusdam non recte sen-
tientibus dici solet, id esse ius, quod ei qui plus potest, utile est. Quo-
circa ubi non est vera iustitia, iuris consensu sociatus coetus hominum
C.si n.4.,.-
1414 I,A CIUDAD DE DIOS XIX, 21, 2 XIX, 21, 2 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1415

nidad de hombres fundado sobre derechos reconocidos, y, por porque se portarían peor indomados. En apoyo de esta prueba
tanto, tampoco pueblo, según la definición de Escipión o de Ci- se adujo un ejemplo brindado por la misma naturaleza. «Pues
cerón. Y si no puede existir el pueblo, tampoco la cosa del pue- ¿por qué, dice él, Dios manda al hombre, el alma al cuerpo,
blo, sino la de un conjunto de seres que no merece el nombre de la razón a la libido y a las demás pasiones del ánimo?» Este
pueblo. Por consiguiente, si la república es la cosa del pueblo ejemplo mostró con llaneza que la servidumbre es útil a algu-
y no existe pueblo que no esté fundado sobre derechos recono- nos y que servir a Dios es útil a todos. Y cuando el alma está
cidos, y no hay derecho donde no hay justicia, sigúese que don- sometida a Dios, impera con justicia al cuerpo, y en el ánimo
de no hay justicia no hay república. Ahora bien, la justicia es la razón, sometida a Dios, manda justamente a la libido y a las
la virtud que da a cada uno lo suyo. ¿Qué justicia es esta que demás pasiones. Por tanto, cuando el hombre no sirve a Dios,
aparta al hombre del Dios verdadero y lo somete a los inmun- ¿ qué justicia hay en él ? La verdad es que, si no sirve a Dios,
dos demonios? ¿Es esto acaso dar a cada uno lo suyo? ¿O es el alma no puede imperar con justicia al cuerpo, ni la razón

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


que quien quita la heredad al que la compró y la da a quien humana a las pasiones. Y si en un hombre semejante no existe la
no tiene derecho a ella, es injusto; y quien se quita a sí mismo justicia, en una reunión de hombres, que es un conjunto de esa
al Dios dominador y creador suyo y sirve a los espíritus ma- ralea, tampoco la habrá. No existe, por consiguiente, ese dere-
lignos, es justo? [ 5 3 ] . cho reconocido que constituye en pueblo a la sociedad de hom-
2. En esta obra Sobre la república se disputa acalorada bres, que es lo que se llama república. Y ¿qué diré de la utili-
y duramente contra la injusticia en pro de la justicia. Primera- dad que auna el clan de hombres, elemento que hace entrar en la
mente trataron los defensores de la injusticia contra la justi- definición de pueblo? Si se presta a eso un poco de atención, no
cia. Y decían que la república no puede mantenerse y acrecerse es tampoco útil a los impíos, que viven como todo aquel que no
sino sobre la injusticia. Pusieron como argumento irrebatible sirve a Dios y sirve a los demonios, tanto más impíos cuanto más
que es injusto que los hombres estén sometidos a hombres do- desean que se les sacrifique a ellos como dioses, siendo inmun-
minadores. La ciudad imperiosa, capital de gran república dísimos espíritus. Mas tengo para mí que cuanto hemos dicho
—añadían—, no puede señorear a sus provincias si no acoge sobre el derecho es suficiente para mostrar que, según esta de-
esta injusticia. finición, no existe el pueblo si no hay justicia, y, por consi-
Los partidarios de la justicia respondieron que eso es justo, guiente, tampoco república. Pretender que los romanos sirvie-
porque la servidumbre es ventajosa a tales hombres, y que esa ron en su república no a inmundos demonios, sino a dioses
acción, hecha con ese fin, es recta, es decir, priva a los malos santos y buenos, ¿no es acaso querer hacernos repetir cuanto
de su licencia para hacer mal. Y los tendrán mejor domados, hemos dicho sobre el particular por activa y por pasiva?

non potest esse; et ideo nec populus, iuxta illam Scipionis vel Ciceronis natura sumptum nobile exemplum, atque dictum est, «Cur igitur Deus
definitionem: et si non populus, nec res populi; sed qualiscumque multi- homini, animus imperat corpori, ratio libidini caeterisque vitiosis animi
tudinis, quae populi nomine digna non est. Ac per hoc, si respublica res partibus?» Plañe hoc exemplo satis edoctum est, quibusdam esse utilem
populi est, et populus non est qui consensu non sociatus est iuris, non est servitutem; et Deo quidem ut serviatur, utile esse ómnibus. Serviens autem
autem ius, ubi milla iustitia est: procul dubio colligitur, ubi iustitia non Deo animus, recte imperat corpori, inque ipso animo ratio Domino Deo
est, non esse rempublicam. Iustitia porro ea virtus est, quae sua cuique subdita, recte imperat libidini vitiisque caeteris. Quapropter ubi homo
distribuit. Quae igitur iustitia est hominis, quae ipsum hominem Deo vero Deo non servit, quid in eo putandum est esse iustitiae; quandoquidem
tollit, et immundis daemonibus subdit? Hoccine est sua cuique distri- Deo non serviens, nullo modo potest iuste animus corpori, aut humana
buere? An qui fundum aufert ei a quo emptus est, et tradit ei qui nihil ratio vitiis imperare? Et si in homine tali non est ulla iustitia, procul
in eo babet iuris, iniustus est; et qui se ipsum aufert dominan ti Deo, a dubio nec in hominum coetu, qui ex hominibus talibus constat. Non est
quo factus est, et malignis servit spiritibus, iustus est? hic ergo iuris ille consensus, qui hominum multitudinem populum facit,
2. Disputatur certe acerrime atque fortissime in eisdem ipsis de Re- cuius res dicitur esse respublica. Nam de utilitate quid dicam, cuíus etiam
publica libris adversus iniustiam pro iustitia. Et quoniam, cum prius communione sociatus coetus hominum, sicut se habet ista definitio, popu-
ageretur pro iniustitiae partibus contra iustitiam, et diceretur nisi per lus nuncupatur? Quamvis enim, si diligenter atiendas, nec utilitas sit ulla
iniustitiam rempublicam stare augerique non posse; hoc veluti validissi- viventium, qui vivunt impie; sicut vivit omnis qui non servit Deo. servit-
mum positum erat, iniustum esse, ut homines hominibus dominantibus que daemonibus, tanto magis impiis, quanto magis sibi, cum sint immun-
serviant; quam tamen iniustitiam nisi sequatur imperiosa civitas, cuius dissimi spiritus, tanquam diis sacrifican volunt: tamen quod de iuris con-
est magna respublica, non eam posse provinciis imperare: responsum est sensu diximus, satis esse arbitrar, unde appareat per hanc definitionem
a parte iustitiae, ideo iustum esse, quod talibus hominibus sit utilis servi- non esse populum, cuius respublica esse dicatur, in quo iustitia non est.
tus, et pro utilitate eorum fieri cum recte fit, id est, cum improbis Si enim dicunt non spiritibus immundis, sed diis bonis atque sanctis in
aufertur iniuriarum licentia; et domiti se melius habebunt, quia indomiti sua república servisse Romanos; numquid eadem toties repetenda sunt,
deterius se habuerunt: subditumque est, ut ista ratio firmaretur, veluti a quae iam satis, imo ultra quam satis est, diximus? Quis enim «d hunc
1416 LA CIUDAD DE DIOS XIX, 22 XLX, 2 3 , 1 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1417
¿Quién que haya leído hasta éste los libros anteriores puede Dios que Varrón, el más docto de los romanos, cree ser Júpiter,
dudar de que los romanos sirvieron a demonios malos e im- bien que no sabe lo que dice [ 5 4 ] . Esto hace ver, a mi juicio,
puros, de no ser un tonto de remate o un desvergonzado dispu- que un hombre tan erudito no ha pensado que ese dios no
tador? Mas, para no repetir de qué ralea eran aquellos a quie- existe o que era despreciable, pues creyó que era éste por él
nes sacrificaban, citaré lo escrito en la ley de Dios: El que tenido como Dios supremo. En fin, es el mismo Dios de quien
sacrifique a otros dioses fuera del único Señor, será extermi- Porfirio, el más sabio de los filósofos, aunque acérrimo enemigo
nado. Este mandato y esta amenaza entrañan la voluntad de de los cristianos, confiesa que es un Dios grande, aun según los
que no se sacrifique a los dioses, ni buenos ni malos. oráculos de aquellos que juzga dioses.

CAPITULO XXII CAPITULO XXIII

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


¿ E S EL VERDADERO DlOS EL DE LOS CRISTIANOS?' SENTIR DE P O R F I R I O SOBRE LOS ORÁCULOS DE LOS DIOSES

Mas puede replicarse: ¿Quién es ese Dios o cómo se prueba 1. En los libros que titula ÉK Aoyícov <piAoao<pías [ 5 5 ] , en
que ninguno otro merece el culto de los romanos? Se necesita los que examina y consigna esa especie de respuestas divinas
estar muy ciego para preguntar a estas alturas quién es ese tocantes a la filosofía, dice, usando las palabras de la tra-
Dios. Es el Dios de quien han predicho los profetas las cosas ducción latina del texto griego, que «a uno que preguntaba
que vemos cumplidas. Es el mismo Dios que dijo a Abrahán: a Apolo a qué dios debía aplacar para apartar a su esposa del
En tu descendencia serán benditas todas las generaciones. Que cristianismo», Apolo le respondió—he aquí sus p a l a b r a s — :
esto se realizó en Cristo, nacido de esa estirpe según la carne, «Quizá te sería más fácil escribir en el agua letras impresas
lo reconocen, aun contra su voluntad, los enemigos de este o volar por el aire como desplegando tus ligeras plumas que
nombre. Es el mismo Dios que ha inspirado por su Espíritu desviar el sentido manchado de tu impía esposa. Déjala, pues,
todas las predicciones cumplidas en la Iglesia, extendida ya por en su ridículo error, cantar con voz lúgubre v ficticia a un Dios
todo el orbe, y que he citado en libros anteriores. Es el mismo muerto a quien, condenado por jueces justos, quitó la vida a
la fuerza una muerte pública e ignominiosa». Tras estos versos
locura per superiores huius operis libros pervenit, qui dubitare adhuo
de Apolo, traducidos al latín sin ritmo ni medida, añadió:
possit, malis et impuris daemonibus servisse Romanos, nisi vel nimium «Estos versos hacen ver la tergiversación de esa sentencia irre-
elolidus, vel impudentissime contentiosus? Sed ut taceam quales sint, quos
sacrificas colebant; in lege veri Dei scriptum est, Sacrificans diis eradi- quod tamen ideo commemorandum putavi, quoniam vir tantae scientiae
cabitur, nisi Domino tantum 3". Nec bonis igitur, nec malis diis sacrificari nec nullum istum deum potuit existimare, nec vilem. Hunc enim eum
voluit, qui hoc cum tanta comminatione praecepit. esse credidit, quem summum putavit Deum. Postremo ipse est Deus, quem
doctissimus philosophorum, quamvis Christianorum acerrimus inimicus,
etiam per eorum oracula, quos déos putat, Deum magnum Porphyriua
CAPUT XXII ' confite tur.
CAPUT XXIII
A N VERÜS SIT DEUS, CUI CHRISTIANI SERVIUNT, CÜI SOLÍ DEBEAT
SACRIFICARI
QüAE PoRPHYRIUS DICAT 0RACÜLIS DEORUM RESP0NSA ESSE DE CHRISTO
Sed responden potest: Quis iste Deus est, aut unde dignu3 probatur, 1. Nam in libris quos ÍK Aoylwv <piAoo-o<p(as appellat, in quibus exse-
cui deberent obtemperare Romani, ut nullum deorum praeter ipsum cole- quitur atque conscribit rerum ad philosophiam pertinentium velut divina
rent sacrificiis? Magnae caecitatis est, adhuc quaerere quis iste sit Deus. responsa, ut ipsa verba eius, quemadmodum ex lingua graeca in latinara
Ipse est Deus, cuius Prophetae praedixerunt ista quae cernimus. Ipse est ínterpretata sunt, ponam: «Interrogante inquit, quem deum placando re-
Deus, a quo responsum accepit Abraham, In semine tito benedicentur vocare possit uxorem suam a Christianismo, haec ait versibus Apollo».
omnes gentesS7. Quod in Christo fieri, qui secundum carnem de illo se- Deinde verba velut Apollinis ista sunt: «Forte magis poteris in aqua
mine exortus est, iidem ipsi qui remanserunt huius nominis inimici, velint impressis litteris scribere, aut adinflans pennas leves per aera ut avis
nolintve, cognoscunt. Ipse est Deus, cuius divinus Spiritus per eos locuíus volare, quam pollutae revoces impiae uxoris sensum. Pergat quomodo vult
est, quorum praedicta atque completa per Ecclesiam, quam videmus toto inanibus fallaciis perseverans, et lamentationibus fallacissimis mortuum
orbe diffusam, in libris superioribus posui. Ipse est Deus, quem Varro Deum cantans, quem a iudicibus recta sentientibus perditum, pessima in
doctissimus Romanorum Iovem putat, quamvis nesciens quid loquatur: speciosis ferro viñeta mors interfecit». Deinde post hos versus Apollinis,
36
E X . 22,20. qui non stante metro latine interpretati sunt, subiunxit atque ait: <-In bis
87
G e n . 22,18. quidem tergiversationem irremediabilis sententiae eorum manifestavit, di-
1418 ),A CIUDAD Dii DIOS XIX, 23, 1 XIX, 23, 2 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1419

mediable, pues dice que los judíos saben honrar a Dios mejor do, maravillóme que Porfirio no se atemorizara y temiera ser
que éstos.» He ahí que, en desdoro de Cristo, antepuso los judíos exterminado, sacrificando a los dioses.
a los cristianos y admite que los judíos honran a Dios. Así ex- 2. Este filósofo dice también cosas buenas de Cristo, como
pone los versos de Apolo en que dice que Cristo fué matado si se olvidara de esas palabras injuriosas que he citado poco
ha, o como si en sueños sus dioses maldijeran de Cristo y, en
por jueces justos, dando a entender que, juzgando ellos justa-
despertando, conocieran que era bueno y lo alabaran como
mente, El fué castigado con justicia. Vea qué dijo el mentiroso
merece. En efecto, como quien va a revelar algo maravilloso
vate de Apolo sobre Cristo, y lo creyó éste o quizá fingió el e increíble, escribe: «Parecerá quizá al margen de la opinión
expositor lo que el vate no dijo. Luego veremos cómo le consta de algunos lo que voy a decir. Los dioses han declarado que
y cómo hace concordar los oráculos entre sí. Aquí dice que los Cristo es muy piadoso, que ha sido hecho inmortal, y han
judíos, adoradores de Dios, condenaron justamente a Cristo a dejado de él un grato recuerdo. Y declaran—añade él—a los

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


una muerte ignominiosa. Esta era la ocasión de prestar oídos al cristianos impuros, mancillados e implicados en el error, y los
Dios de los judíos, de quien él da testimonio al decir: Quien acusan de otras mil blasfemias». A continuación inserta los
sacrificare a otros dioses fuera del Señor, será exterminado. reproches hechos a los cristianos como oráculos de los dioses.
Pasemos a testimonios más claros y escuchemos el elogio de Y prosigue así: «A los que preguntaban si Cristo es Dios, les
la grandeza de ese que dice Dios de los judíos. Le preguntó respondió Hécate | 5 6 ] : Ya conocéis el proceso seguido por el
a Apolo qué es mejor, el verbo, la razón o la ley, «y respondió alma inmortal separada del cuerpo; y si está privada de la
—dice—con estos versos». Y luego cita los versos de Apolo, sabiduría, sabéis que está condenada siempre a error. El alma
entre los cuales se hallan éstos, que bastan para nuestro pro- de que habláis es la de un hombre notable por su piedad, pero
pósito : «Dios—dice—es el principio generador y el rey supre- los que le rinden culto no están en la verdad». Tras las pala-
mo anterior a todo, ante quien tiemblan el cielo y la tierra, el bras de su pretendido oráculo, hace él este comentario: «Dijo
mar y los abismos infernales, y las mismas divinidades se so- que es un hombre muy piadoso y que después de la muerte fia
brecogen de espanto. Su ley es el padre a quien honran mucho recibido una inmortalidad como la de otros justos, pero que los
los santos hebreos». Este oráculo del dios Apolo reconoce, se- cristianos le rinden culto por error. Y como otros preguntaban
gún Porfirio, que la grandeza del Dios de los judíos es tan —añade é l — : ¿Por qué fué condenado?, la diosa respondió
en oráculo: El cuerpo está siempre expuesto a los tormentos
grande, que ante él tiemblan los mismos dioses. Y puesto que
que lo agotan, pero el alma de los justos tiene por morada
ese Dios dijo que quien sacrificase a los dioses será extermina-
el cielo.
Y esa alma de que habláis ha sido fatal ocasión de error
cens quoniam Iudaei suscipiunt Deum magis quam isti». Ecce ubi deco-
lorans Christum, Iudaeos praeposuit Christianis, confitens quod Iudaei iste dixerit, Sacrificans diis eradicabitur, miror quod ipse Porphyrius non
suscipiant Deum. Sic enim exposuit versas Apollinis, ubi a iudicibus recta perhorruerit, et sacrificans diis eradicari non formidaverit.
sentientibus Christum dicit occisum, tanquam illis iuste iudicantibus, mé- 2. Dicit etiam bona pbilosophus iste de Christo, quasi oblitus illius
rito sit ille punitus. Viderit quid de Christo vates mendax Apollinis di- de qua paulo ante locuti sumus, contumeliae suae; aut quasi in somnig
dii eius maledixerint Christo, et evigilantes eum bonum esse cognoverint
xerit, atque iste crediderit, aut fortasse vatem, quod non dixit, dixisse iste digneque laudaverint. Denique tanquam mirabile aliquid atque incredibile
ipse confinxerit: quam vero sibi constet, vel ipsa oracula inter se faciat prolaturus, «Praeter opinionem, inquit, profecto quibusdam videatur esse
convenire, postea videbimus. Hic tamen Iudaeos, tanquam Dei susceptores, quod dicturi sumus. Christum enim dii piissimum pronuntiaverunt et ini-
recte dicit iudicasse de Christo, quod eum morte pessima excruciandum mortalem factum, et cum bona praedicatione eius meminerunt: Christianos
esse censuerint. Deus itaque Iudaeorum, cui perhibet testimonium, audien- vero pollutos, inquit, et contaminatos, et errore implicatos esse dícunt; et
dus fuit, dicens: Sacrificans diis eradicabitur, nisi Domino tantumss. Sed multis talibus adversus eos blasphemiis utuntur». Deinde subiicit velut
ad manifestiora veniamus, et audiamus quam magnum Deum dicat esse deorum oracula blasphemantium Christianos. Et post haec, «De Christo
Iudaeorum. ítem ad ea quae interrogavit Apollinem, quid melius, verbum autem, inquit, interrogantibus si est Deus, ait Hecate: Quoniam quidem
sive ratio, an lex: «respondit, inquit, versibus haec dicens». Ac deinde ¡mmortalis anima post Corpus ut incedit, nosti, a sapientia autem abscissa
subiicit Apollinis versus, in quibus et isti sunt, ut quantum satis est inde semper errat, viri pietate praestantissimi est illa anima, hanc colunt aliena
decerpam: «In Deum vero, inquit, generatorem, et in regem ante omnia, a se veritate». Deinde post verba huius quasi oraculi sua ipse coutexens
quem tremit et caelum, et térra, atque mare, et infernorum abdita, et ipsa «Piissimum igitur virum, inquit, eum dixit, et eius animam, sicut et alio.'
numina perhorrescunt: quorum lex est Pater, quem valde sancti honorant rum piorum, post obitum immortalitate donatam, et hanc colere Christia-
Hebraei». Tali oráculo dei sui Apollinis, Porphyrius tam magnum Deum nos ignorantes. Interrogantibus autem, inquit, Cur ergo damnatus est?
dixit Hebraeorum, ut eum et ipsa numina perhorrescant. Cum ergo Deus oráculo respondit dea, Corpus quidem debilitantibus tormentis semper
oppositnm est: anima autem piorum caelesti sedi insidet. Illa vero anima
38
EX. 22,JO.
1420 lA CIUDAD BE DIOS XIX, 23, 3 XIX, 23, 4 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1421

para otras almas que no habían sido llamadas por los hados Cristo ni los elogios de Hécate. Aquél pretende que Cristo fué in-
a recibir los favores de los dioses ni a conocer al inmortal Jú- justo y justamente condenado a muerte por jueces justos, y éste
piter. Por eso he aborrecido a los dioses, porque a quienes el habla de El como de un hombre muy piadoso, sí, pero únicamen-
hado no concedió conocer a Dios ni recibir los favores de los te hombre. Ambos van guiados por una mira común, impedir a
dioses, éste les concedió un fatal enviscarse en error. Pero él los hombres hacerse cristianos, único medio de poder librar-
fué justo y se le admitió en el cielo en compañía de los justos. se de su tiranía. Además, este filósofo, o mejor, los que dan fe
Guárdate, pues, de blasfemar contra él y compadécete de la a estos oráculos contra los cristianos, armonicen primero, si
locura de los hombres y del peligro fácil y en pendiente que pueden, a Hécate y a Apolo y pongan la condenación o el elogio
de ahí nace». de Cristo en boca de los dos dioses. Y aun cuando pudieran ha-
3. ¿Quién es tan necio que no entienda que estos oráculos cerlo, rechazaríamos igualmente a los demonios, falaces vitu-
fueron fingidos por este hombre tan astuto y enemigo mortal de peradores y panegiristas de Cristo. Y como un dios y una

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los cristianos o que han sido dados por los impuros demonios diosa se contradicen sobre Cristo, alabando el uno lo que cen-
con intención similar? La intención sería hacer creer, por las sura el otro, en buena lógica, cuando calumnian a los cristia-
alabanzas tributadas a Cristo, que tiene razón al censurar a los nos, los paganos no les debían dar fe.
cristianos, apartando así cuanto pueden a los hombres del 4. Cuando Porfirio o Hécate dice en el panegírico de
camino de la salud eterna, a la que se llega haciéndose cris- Cristo que fué ocasión fatal de error para los cristianos, abre
tiano. Porque no importa a su astucia nociva y peligrosa que a luz las causas de ese error, según él. Pero, antes de exponer-
crean sus elogios de Cristo, con tal que crean también sus ca- las, voy a permitirme una pregunta: Si Cristo fué ocasión fatal
lumnias contra los cristianos. De esta forma, el que creyere las de error para los cristianos, ¿lo fué voluntaria o involuntaria-
dos cosas, será alabador de Cristo con la condición de no ser mente? Si voluntariamente, ¿cómo es justo? Y si involuntaria-
cristiano, y así, aunque lo alabe, no será librado por El de la mente, ¿cómo es feliz? [ 5 8 ] . Oigamos ya las causas del error
dominación de estos demonios. Esto se agrava si tenemos en pretendido. «Existen—dice—espíritus terrenos e imperceptibles
cuenta que alaban a Cristo, de suerte que quien creyere en ese sometidos al poder de los demonios malos. Los sabios de los
hombre predicado por ellos no es verdadero cristiano, sino he- hebreos, entre los cuales estaba este Jesús, según los oráculos
reje fotiniano, que ve en Cristo sólo al hombre, no a Dios [ 5 7 ] . de Apolo, citados más arriba, apartaban a las personas religio-
Así impiden que El los salve y les suelte los fuertes lazos de los sas del culto de esos malos demonios y de esos espíritus infe-
demonios, que hablan únicamente de mentiras. Nosotros, en riores y les prohibían ocuparse de ellos. Querían que adoraran
cambio, no podemos aprobar ni las censuras de Apolo sobre
quippe tanquam iniquum Christum vult credi, quem a iudicibus recta
alus animabus fataliter dedit, quibus fata non annuerunt deorum obtinere sentientibus dicit occisum; ista, hominem piissimum, sed hominem tan-
dona, ñeque habere Iovis immortalis agnitionem, errore implican. Propter- tum. Una est tamen et illius et huius intentio, ut nolint homines esse
ea ergo diis exosi: quia quibus fato non fuit nosse Deum,.,neo dona a Christianos; quia nisi Christiani erunt, ab eorum erui potéstate non
diis accipere, his fataliter dedit iste errore implicari. Ipse vero pms, et in poterunt. Iste vero philosophus, vel potius qui talibus adversus Christia-
caelum, sicut pii, concessit. Itaque hunc quidem non blasphemabis, mise- nos quasi oraculis credunt, prius faciant, si possunt, ut Ínter se de ipso
reberis autem hominum dementiam: ex eo in eis facile praecepsque pe- Christo Hécate atque Apollo concordent, eumque aut ambo condemnent,
riculum». aut ambo collaudent. Quod si faceré potuissent, nihilominus nos et vitu-
3. Quis ita stultus est, ut non intelligat aut ab homine eallido, eoque peratores et laudatores Chíísti fallaces daemones vitaremus. Cum vero
Christianis inimicissimo haec oracula fuisse conficta, aut consilio simili eorum deus et dea ínter se de Christo, ille vituperando, ista laudando
ab impuris daemonibus ista fuisse responsa; ut scilicet, quoniam laudant dissentiant; profecto eis blasphemantibus Christianos non credunt homi-
Christum, propterea credantur veraciter vituperare Christianos; atque ita, nes, si recte ipsi sentiant.
si possint, intercludant viam salutis aetemae, in qua fit quisque christia- 4. Sane Christum landans, vel Porphyrius, vel Hécate, cum dicat eum
nus? Suae quippe nocendi astutiae milleformi sentiunt non esse contra- ipsum dedisse fataliter Christianis, ut implicarentur errore, causas tamen
rium, si credatur eis laudantibus Christum, dum tamen credatur etiam eiusdem, sicut putat, pandit erroris. Quas antequam ex verbis eius expo-
vituperantibus Christianos: ut eum qui utrumque erediderit, talem Christi nam, prius quaero, Si fataliter dedit Christus Christianis erroris implica-
faciant laudatorem, ne velit esse christianus: ac sic quamvis ab illo lau- tíonem, utrum volens, an nolens dederit. Si volens, quomodo iustus? si
datus, ab istorum tamen daemonum dominatu eum non liberet Christus. nolens, quomodo beatus? Sed iam causas ipsius audiamus erroris. «Snnt,
Praesertim quia ita laudant Christum, ut quisquis in eum talem credi- inquit, spiritus terreni minimi loco quodam malorum daemonum potestati
derit, qualis ab eis praedicatur, Christianus verus non sit, sed Pbotinianus subiecti. Ab his sapientes Hebraeorum, quorum unus iste etiam Iesus fuit,
haereticus, qui tantummodo hominem, non etiam Deum noverit Christum: sicut audisti divina Apollinis, quae superáis dicta sunt; ab his ergo He-
et ideo per eum salvus esse non possit, nec istorum mendaciloquorum braei daemonibus pessimis et minoribus spiritibus vetabant religiosos, et
daemonum laqueos vitare vel solvere. Nos autem ñeque Apollinem vitu- ipsis vacare prohibebant: venerari autem magis caelestes déos, amplius
perantem Christum, ñeque Hecaten possumus approbare laudantem. Ule autem venerari Deum Patrem. Hoc autem, inquit, et dii praecipiunt, et in
14212 LA CIUDAD DE DIOS X I X , 23, 4 XIX, 23, 5 FINES DE i,AS DOS CIUDADES 1423

más a los dioses celestiales, y sobre todo a su Padre. Esto sabios de los hebreos han adorado prohibe también sacrificar
—añade él—lo mandan también los dioses, y hemos mostrado a los santos ángeles y a las virtudes de Dios, que amamos y ve-
ya antes cómo advierten que el alma reconozca a Dios y mandan neramos en el viaje de nuestra vida mortal, como ciudadanos
rendirle culto en todas partes. Pero los ignorantes, los impíos, y bienaventurados. En la ley que dio al pueblo hebreo suena
a quienes el destino no llamó a recibir los favores de los dioses como golpe de trueno esta terrible amenaza: Quien sacrificare
ni a conocer al inmortal Júpiter, no prestando oídos a los dio- a los dioses, será exterminado. Y para que nadie se imagine que
ses ni a los hombres divinos, dieron de mano a todos los dioses esa prohibición miraba únicamente a los demonios malos y a los
y se abrazaron al culto de los demonios malos. Es verdad que espíritus terrenos, pues las santas Escrituras los llaman tam-
Fingen adorar a Dios, pero no hacen nada de cuanto es preciso bién dioses, no de los hebreos, sino de los gentiles, como se lee
para adorarle. Porque Dios, como Padre de todas las cosas, en este pasaje de un salmo, según los Setenta: Porque todos los
no tiene necesidad de nada. Y a nosotros nos va bien cuan- dioses de los gentiles son demonios, para que nadie se imagine,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


do le adoramos por la justicia, por la castidad y por las repito, que se prohibía sacrificar a esos demonios, pero que
virtudes, haciendo de la vida una continua plegaria por la imi- estaba permitido sacrificar a los celestiales, a todos o a algunos,
tación y búsqueda de su verdad. La búsqueda nos purifica añadió en seguida: Si no es a solo el Señor, es decir, solamen-
—agrega—y la imitación deifica nuestra afección obrando por te al Señor. Hago esta aclaración con el fin de que no vaya a
él». El panegírico sobre el Dios Padre es exultante, e igual en creer alguno, engañado por esta expresión: nisi Domino soli
las costumbres que señaló para su culto. De estos preceptos (sino a solo el Señor), que es el señor sol a quien, según él,
están llenos los libros proféticos de los hebreos, sea que repren- se debe sacrificar. Basta hojear el texto griego para disipar ese
dan los vicios, sea que alaben la virtud. Mas cuando habla error.
de los cristianos se engaña o los calumnia cuanto place a los 5. El Dios de los hebreos, a quien tan eximio filósofo rinde
demonios, que para él son dioses, como si fuera difícil recordar un testimonio tan excelso, dio al pueblo hebreo una ley escrita
las torpezas y las desvergüenzas que se representaban en los en lengua hebrea, ley no obscura y desconocida, sino divulga-
teatros y en los templos en honra de esos dioses* y considerar da ya por todas las naciones. En esa ley está escrito: Quien sa-
lo que se lee, se oye y se dice en las iglesias y lo que se ofrece crificare a los dioses, sino a solo el Señor, será exterminado.
al Dios verdadero. Este parangón dirá de qué parte está la edi- ¿Qué necesidad hay de andar a caza de testimonios sobre este
ficación y de cuál la ruina de costumbres. Y ¿qué otro que el punto en la Ley y en sus profetas? Digo mal andar a caza,
espíritu diabólico le dijo mentira tan ridicula y palpable, que pues que, como no son cosas abstrusas y raras, basta espigar
los cristianos reverencian más bien que aborrecen a los demo- las claras y corrientes e insertarlas en este apartado. Estas nos
nios, que los hebreos prohiben adorar? Mas ese Dios que los
quem coluerunt sapientes Hebraeorum, etiam caelestibus sanctis Angelis
et Virtutibus Dei, quos beatissímos tanquam cives in hac nostra peregrí-
superioribus ostendimus, quemadinodiim animum advertere ad Deum nio- natione mortali veneramur et amamus, sacrificari vetat, intonans in lege
nent, et illum colere ubique imperant. Verum indocti et impiae naturae, sua, quam dedit populo suo Hebraeo, et valde minaciter dicens, Sacrifi-
quibus veré fatum non concessit a diis dona obtinere, ñeque habere Iovis cans diis eradicabitur. Et ne quisquam putaret daemonibus pessimis terre-
immortalis notioneni, non audientes et déos et divinos viros, déos quidem nisque spiritibus, quos iste dicit mínimos vel minores, ne sacrificetur esse
omnes recusaverunt, prohibitos autem daemones et hos non odisse, sed praeceptum; quia et ipsi in Scripturis sanctis dicti sunt dii, non He-
revereri. Deum autem simulantes colere, ea sola per quae Deus adoratur, braeorum, sed gentium; quod evidenter in Psalmo Septuaginta interpretes
non agunt. Nam Deus quidem, utpote omnium Pater, nullius indiget: sed posuerunt, dicentes, Quoniam omnes dii gentium daemonia30: ne quis ergo
nobis est bene, cum eum per iustitiam et castitatem aliasque virtutes putaret istis quidem daemoniis prohibitum, caelestibus autem vel ómni-
adoramus, ipsam vitam precem ad ipsum facientes, per imitationem et bus, vel aliquibus sacrificari esse permissum, m3$ addidit, nisi Domino
inquisitionem de ipso. Inquisitio enim purgat, inquit: imitatio deificat soli, id est, nisi Domino tantum: ne forte in eo quod ait, nisi Domino
affectionem ad ipsum operando». Bene quidem praedicavit Deum Patrem, soli, Dominum solem credat esse quispiam, cui sacrifioandum putat: quod
et quibus sit colendus moribus dixit. Quibus praeceptis prophetici Libri non ita esse intelligendum, in Scripturis graecis facillime reperitur.
pleni sunt Hebraeorum, quando sanctorum vita sive vituperatur. sive lau- 5. Deus igitur Hebraeorum, cui tam magnum tantus etiam iste phi-
datur. Sed in Christianis tantum errat, aut tantum calumuiatur, quantum losophus perhibet testimonium, legem dedit Hebraeo populo suo, hebraeo
volunt daemones, quos opinatur déos, quasi cuiquam diffieile sit recolere, sermone conscriptam, non obscuram et incognitam, sed ómnibus iam
quae turpia, quae dedecora erga deorum obsequium in theatris agcbantur gentibus diffamatam, in qua lege scriptum est, Sacrificans diis eradica-
•et templis; et attendere quae legan tur, dicantur, audiantur in ecclesiis, bitur, nisi Domino tantum. Quid opus est in hac eius lege, eiusque Pro-
vel Deo -vero quid offeratur; et hinc intelligere ubi aedificium. et ubi phetis de hac re multa perquirere? Imo non perquirere, non enim abstrusa
ruina sit morum. Quis autem huic dixit vel inspiravit, nisi diabolicus spi- vel rara sunt; sed aperta et crebra colligere, et in hac disputatione mea
ritus, tam vanum apertumque mendacium, quod daemones ab Hebraeis
coli prohibitos revereantur potius, quam oderint Christiani? Sed Deus ille " Ps. 95,5.
1424 LA CIUDAD DE D I O S XIX, 23, 5 XIX, 24 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1425
m o s t r a r á n con luz m e r i d i a n a q u e el D i o s v e r d a d e r o y s o b e r a n o lleva al h o m b r e a a m a r a D i o s c o m o d e b e y al p r ó j i m o c o m o
n o q u i e r e q u e se sacrifique a n a d i e f u e r a d e E l . ¡ H e a q u í u n a sí m i s m o [ 5 9 ] . E n c o n c l u s i ó n , d o n d e n o existe esta j u s t i c i a
dicho breve, m á s diríamos, grandioso, amenazador, pero verda- no existe t a m p o c o la c o n g r e g a c i ó n d e h o m b r e s f u n d a d a s o b r e
d e r o , de a q u e l D i o s a q u i e n p r e d i c a n t a n e x c e l s a m e n t e sus va- d e r e c h o s r e c o n o c i d o s y c o m u n i d a d de i n t e r e s e s . Y si esto n o
r o n e s m á s s a b i o s ! E s c ú c h e s e , témase, c ú m p l a s e , n o sea q u e existe, n o existe el p u e b l o , si es q u e es v e r d a d e r a la definición
s o b r e v e n g a a los d e s o b e d i e n t e s el d e s a r r a i g o . d a d a de p u e b l o . P o r c o n s i g u i e n t e , n o existe t a m p o c o r e p ú b l i c a ,
Quien sacrificare a los dioses-—dice—, no a solo el Señor, p o r q u e d o n d e n o h a y p u e b l o n o h a y cosa del p u e b l o .
será exterminado, n o p o r q u e t e n g a n e c e s i d a d de a l g u n a cosa,
s i n o p o r q u e n o s c o n v i e n e ser cosa s u y a . Así, en l a s S a g r a d a s
L e t r a s de los h e b r e o s se c a n t a : Dije al Señor: Tú eres mi Dios, C A P I T U L O X X I V

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


porque no necesitas de mis bienes. N o s o t r o s , es decir, su c i u d a d ,
s o m o s su sacrificio m á s n o b l e y excelente. T a l es el m i s t e r i o O T R A D E F I N I C I Ó N MÁS A C C E S I B L E Y M Á S A D A P T A B L E D E PUEBLO
q u e c e l e b r a m o s en n u e s t r a s o b l a c i o n e s , b i e n c o n o c i d a s de los
fieles, c o m o h e m o s d i c h o en l i b r o s a n t e r i o r e s . L o s o r á c u l o s di- Y si d e s c a r t a m o s esa definición de p u e b l o y d a m o s esta o t r a :
v i n o s h a n a n u n c i a d o p o r los p r o f e t a s h e b r e o s q u e l a s v í c t i m a s « E l p u e b l o es u n c o n j u n t o de s e r e s r a c i o n a l e s a s o c i a d o s p o r l a
' q u e ofrecían l o s h e b r e o s en figura del p o r v e n i r c e s a r í a n , y q u e c o n c o r d e c o m u n i d a d de objetos a m a d o s » , p a r a s a b e r q u é es
l a s n a c i o n e s , de l e v a n t e a p o n i e n t e , n o ofrecerían m á s q u e u n c a d a p u e b l o , es p r e c i s o e x a m i n a r los objetos de su a m o r . N o
sacrificio, el q u e a h o r a v e m o s c u m p l i d o . Y a he c i t a d o a l g u n o s o b s t a n t e , sea c u a l fuere su a m o r , si es u n c o n j u n t o , n o d e b e s - '
de esos t e s t i m o n i o s , los suficientes, y he s a l p i c a d o de e l l o s esta tias, s i n o de seres r a c i o n a l e s , y están l i g a d o s p o r la c o n c o r d e
o b r a . P o r t a n t o , d e b e exigirse esta justicia q u e h a c e q u e el c o m u n i ó n de o b j e t o s a m a d o s , p u e d e l l a m a r s e , sin a b s u r d o nin-
D i o s ú n i c o y s u p r e m o i m p e r e , según su g r a c i a , a la c i u d a d g u n o , p u e b l o . Cierto q u e será t a n t o m e j o r c u a n t o m á s n o b l e s
o b e d i e n t e , q u e n o sacrifique a n a d i e fuera de E l . De esta suerte, sean los intereses q u e los l i g a n , y t a n t o p e o r c u a n t o m e n o s
en t o d o s los h o m b r e s , c i u d a d a n o s de esta c i u d a d y o b e d i e n t e s n o b l e s s e a n . Según esto, el p u e b l o r o m a n o es u n p u e b l o , y su
a D i o s , el a l m a i m p e r a r á fielmente y con o r d e n l e g í t i m o al g o b i e r n o , u n a r e p ú b l i c a . L a h i s t o r i a da fe de lo q u e a m ó este
c u e r p o , y la r a z ó n a las p a s i o n e s . Y de esta m a n e r a , c o m o u n p u e b l o en su o r i g e n y en las é p o c a s s i g u i e n t e s y de c ó m o se
solo j u s t o vive de la fe, así v i v i r á t a m b i é n e l , c o n j u n t o y el h a n i d o i n f i l t r a n d o l a s m á s s a n g r i e n t a s sediciones, l a s g u e r r a s
p u e b l o de esos j u s t o s d e esa fe q u e o b r a p o r la c a r i d a d , q u e
nem, qua homo diligit Deum, sicut diligendus est Deus, et proximum
poneré: quibus luce clarius apparet, nulli omnino nisi tantum sibi Deum sicut semetipsum: ubi ergo non est ista iustitia, pwfecto non est coetus
verum et summum voluisse sacrificari. Ecce hoc unum breviter, imo gran- hominum iuris consensu et utilitatis communione sociatus. Quod si non
diter, minaciter, sed veraciter dictum ab illo Deo, quem tam excellenter est, utique populus non est, si vera est haec populi definitio. Ergo neo
eorum doctíssimi praedicant, audiatur, timeatur, ímpleatur, ne inobedien- respublica est: quia res populi non est, ubi ipse populus non est.
tes eradicatio consequatur. Sacrijicans, inquit, diis eradicabitur, nisi Do-
mino tantum: non quo rei egeat alícuius, sed quia nobis expedit ut res
eius simus. Hinc enim canitur in sacris Litteris Hebraeorum: Dixi Do- CAPUT XXIV
mino, Deus meus es tu, quoniam bonorum meorum non eges 4 °. Huius
Q ü A DEFINITIONE CONSTET POPULI ET REIPUBLICAE NUNCUPATIONEM RECTE
autem praeclarissimum atque optimum sacrificium nos ipsi sumus, hoc
est civitas eius, cuius rei mysterium celebramus oblationibus nostris, quae SIBI NON SOLÜM ROMANOS, SED ETIAM REGNA ALIA VINDICARE
fidelibus notae sunt, sicut in libris praecedentibus disputavimus ". Cessa- Si autem populus non isto, sed alio definiatur modo, velut si dieatur,
turas enim victimas, quas in umbra futuri offerebant Iudaei, et unum Populus est coetus multitudinis rationalis, rerum quas diligit concordi
sacrificium gentes a solis ortn usque ad occastim, sicut iam fieri cernimus communione sociatus: prefecto ut videatur qualis quisque populus sit,
oblaturas, per Prophetas Hebraeos oracula increpuere divina: ex quibus illa sunt intuenda quae diligit. Quaecumque tamen diligat, si coetus est
quantum satis visum est, nonnulla protulimus, et huic iam operi aspersi- multitudinis, non pecorum, sed rationalium creaturarum, et eorum quae
mus. Quapropter ubi non est ista iustitía, ut secundum suam gratiam diligit concordi communione sociatus est, non absurde populus nuncupa-
civitati obedienti Deus imperet unus et summus, ne cuiquam sacrificet, tur; tanto utique melior, quanto in melioribus; tan toque deterior, quanto
nisi tantum sibi; et per hoc in ómnibus hominibus ad eamdem civitatem est in deterioribus concors. Secundum istam definitionem nostram Roma-
pertinentibus atque obedientibus Deo, animus etiam corpori, atque ratio nus populus, populus est; et res eius sine dubitatione respublica. Quid
vitiis, ordine legitimo fideliter imperet; ut quemadmodum iustus unus, autem primis temporibus suis, quidve sequentibus populus ¡lie dilexerit,
ita coetus populusque iustorum vivat ex fide, quae operatur per dilectio- et quibus moribus ad cruentissimas seditiones, atque inde ad socialia
*° PS. 15,2. atque civilia bella perveniens, ipsam concordiam, quae salus quodammodo
« L.ro có et alibi. est populi, ruperit atque corruperit, testatur historia: de qua in praece-
#c
1426 U CIUDAD DE D10.-Í XIX, 25 XIX, 26 FINES DE LAS DOS CIUDADES 1427
civiles, y de cómo se rompió y se corrompió la concordia, que tener, al mandar al cuerpo y a las pasiones, para el logro y con-
es en cierta manera la salud del pueblo. En los libros prece- servación de algo, si no las refiere a Dios, son más bien vicios
dentes hay muchos datos a este respecto. Por eso, yo no diría que virtudes. Y es que, aunque algunos piensen que las virtudes
que no es un pueblo o que su gobierno no es república mien- son verdaderas y honestas cuando son referidas a sí mismas
tras subsista un conjunto de seres racionales unidos por la co- y puestas como fin propio son hinchadas y soberbias. Por
munión concorde de objetos amados. Lo dicho de este pueblo ende, no son virtudes, sino vicios [ 6 0 ] , y por tales deben
y de esta república llágase extensivo al pueblo de los atenien- tenerse. Así como no procede del cuerpo, sino que es supe-
ses o de otros griegos, al de los egipcios, a la primera Babilo- rior al cuerpo, lo que hace vivir al cuerpo, así no procede
nia de los asirios, cuando en sus repúblicas sostuvieron imperios del hombre, sino que es superior al hombre, lo que hace vivir
grandes o pequeños, y de cualesquiera otras naciones. Porque, al hombre felizmente, y no solamente al hombre, sino también
en general, la ciudad de los impíos, refractaria a las órdenes de a toda otra potestad y virtud celestial.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Dios, que prohibe sacrificar a otros dioses fuera de El, y por
eso incapaz de hacer prevalecer el alma sobre el cuerpo y la
razón sobre los vicios, desconoce la verdadera justicia.
C A P 1 T ti L O XXVI

D E LA PAZ DEL PUEBLO SEPARADO DE DlOS Y USO QUE DE ELLA


CAPITULO XX V HACE EL PUEBLO DE DlOS EN SU PEREGRINACIÓN

N o PUEDEN DARSE VERDADERAS VIRTUDES DONDE NO HAY De donde se sigue que, así como el alma es la vida del
VERDADERA RELIGIÓN cuerpo, así Dios es la vida feliz del hombre. De El dicen las
Sagradas Letras de los hebreos: Feliz el pueblo que tiene por
Por más dichoso que parezca el imperio del alma sobre el Señor a su Dios. ¡Miserable, pues, el pueblo enajenado de ese
cuerpo y de la razón sobre las pasiones, si el alma y la razón Dios! También él goza de una cierta paz suya, que no debe ser
no están sometidas a Dios y no le rinden el culto que El manda, despreciada; paz de que no gozará al fin, porque no usa bien
ese imperio no es justo y verdadero. ¿ Cómo una mente que des- de ella antes del fin. Mas interesa también a nuestra ciudad que
conoce al Dios verdadero y que, en lugar de estarle sujeta, se goce de ella en este mundo, porque, mientras están mezcladas
prostituye a los más infames demonios, que la violan, puede las dos ciudades, usamos también nosotros de la paz de Babilo-
ser señora del cuerpo y de los vicios? Las virtudes que cree
corpori et vitiis ad quodlibet adipiscendum vel tenendum, nisi ad Deum
dentibus libris multa posuimus. Nec ideo tamen vel ipsum non esse po- retulerit, etiam ipsae vitia sunt potius quam virtutes. Nam licet a qui-
pulum, vel eius rem dixerim non esse rempublicam, quamdiu manet qua- busdam tune verae et honestae putentur esse virtutes, cura ad se ipsas
liscumque rationalis multitudinis coetus, xerum quas diligit concordi referuntur, nec propter aliud expetuntur; etiam tune inflatae ac superbae
communione sociatus. Quod autem de isto populo et de ista república sunt: et ideo non virtutes, sed vitia iudicanda sunt. Sicut enim non est
dixi, hoc de Atheniensium vel quorumcumque Graecorum, hoc de Aegyp- a carne, sed super carnem, quod carnem facit vivere: sic non est ab homi-
tiorum, hoc de illa priore Babylone Assyriorum, quando in rebus suis ne, sed super hominem, quod hominem facit beate vivere; nec solum
publicis imperia vel parva vel magna tenuerunt, et de alia quacumque hominem, sed etiam quamlibet Potestatem Virtutemque caelestem.
aliarum gentium intelligar dixisse atque sensisse. Generaliter quippe civitas
impiorum, cui non imperat Deus obedienti sibi, ut sacrificium non offerat, CAPUT XXVI
nisi tantummodo sibi, et per hoc in illa et animus corpori, ratioque vitiis
recte ac fideliter imperet, caret iustitiae veritate. DE PAI:E VOPULI ALIENATI A DEO, QUA UTITUR AD PIETATEM POPULUS DET,
MJM IN HOC PERECRINUS EST MUNDO
CAPUT XXV
Quocirca ut vita carnis anima est, ita beata vita homínis Deus est,
QüOD NON POSSINT IBI VERAE ESSE VIRTUTES, UBI NON EST VERA REEIGIO
de quo dicunt sacrae Litterae Hebraeorum. Beatus populus, cuius est
Dominus Deus ipsius *". Miser igitur populus ab isto alienatus Deo. Diligit
Quamlibet enim videatur animus corpori, et ratio vitiis laudabiliter tamen ipse etiam quatndam pacem suam non improbandam, quam quidem
imperare; si Deo animus et ratio ipsa non servit, sicut sibi serviendum non habebit in fine, quia non ea bene utitur ante finero. Hanc autem ut
esse ipse Deus praecepit, nullo modo corpori vitiisque recte imperat. Nam interim habeat in hac vita, nostra etiam interest: quoniam quamdiu per-
qualis corporis atque vitiorum potest esse mens domina, veri Dei nescia, mixtae sunt ambae civitates, utimur et nos pace Babylonis: ex qua ita
nec eius imperio subiugata, sed vitiosissimis daemonibus corrumpentibus per fidem populus Dei liberatur, ut apud lianc interim peregrinefur.
irostituta? Proinde virtutes, quas sibi habere videtur, per quas imperat
142)8 LA CIUDAD DE DIOS X I X , 27
XDC, 27 FINES DE US DOS CIUDADES 14,29
n i a . El p u e b l o de D i o s es l i b e r a d o p o r la fe y p a r a q u e con e l l a
c a m i n e m i e n t r a s viva. E s t e es el m o t i v o q u e m u e v e a l A p ó s t o l a eficaz p a r a a q u e l l o s c u y a fe sin o b r a s es m u e r t a , p e r o sí l o es
a d v e r t i r a la Iglesia q u e o r e p o r los reyes y p o r los constituí-' p a r a a q u e l l o s c u y a fe o b r a p o r la c a r i d a d . L o s m i s m o s j u s t o s
d o s en d i g n i d a d , a fin de que—dice é l — l l e v e m o s una vida cal- tienen n e c e s i d a d d e esta o r a c i ó n , p o r q u e , a u n q u e su a l m a esté
mosa y tranquila en el ejercicio de la piedad y de la caridad. s o m e t i d a a D i o s , la razón n o i m p e r a p e r f e c t a m e n t e a los vicios
El profeta J e r e m í a s , al a n u n c i a r al a n t i g u o p u e b l o de D i o s su en esta vida m o r t a l y en este c u e r p o c o r r u p t i b l e q u e a p e s g a a l
c a u t i v i d a d y r e c o m e n d a r l e q u e fuese a B a b i l o n i a sin m u r m u r a r a l m a . A u n q u e m a n d e , n u n c a lo h a c e sin c o m b a t e y sin resisten-
y d a n d o p r u e b a a D i o s de su p a c i e n c i a , le a c o n s e j a q u e o r e cia p o r p a r t e d e l a s p a s i o n e s . Y s i e m p r e es v e r d a d q u e a u n a l
p o r esa c i u d a d , porque en su paz encontraréis vuestra paz, es m á s fuerte l u c h a d o r y d o m i n a d o r d e t a l e s e n e m i g o s en este v a l l e
decir, esa p a z t e m p o r a l c o m ú n a los b u e n o s y a los m a l o s . de flaqueza se le e n t r o m e t e a l g o q u e , si n o le h a c e p e c a r con
fácil o b r a , sí le h a c e con h á b i l l o c u c i ó n o con i n c o n s t a n t e pensa-
m i e n t o . P o r e s o , m i e n t r a s se i m p e r a a l a s p a s i o n e s , n o h a y p a z

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p e r f e c t a , p o r q u e l a s q u e resisten se d e b a t e n en p e l i g r o s a p e l e a ,
C A P I T U L O X X V I I
y l a s v e n c i d a s a ú n n o tienen a s e g u r a d a la v i c t o r i a , sino q u e
r e q u i e r e n t o d a v í a u n a v i g i l a n t e o p r e s i ó n . E n estas t e n t a c i o n e s ,
L A PAZ DE L O S ADORADORES DE D I O S de l a s c u a l e s dice b r e v e m e n t e la E s c r i t u r a : ¿No es acaso una
continua tentación la vida del hombre sobre la tierra?, ¿quién
M a s la p a z , p r i v a t i v a n u e s t r a , la g o z a m o s a q u í con D i o s p r e s u m i r á d e q u e su v i d a sea t a l q u e n o p r e c i s a d e c i r a D i o s :
p o r la fe, y e t e r n a m e n t e la d i s f r u t a r e m o s c o n El p o r la visión Perdónanos nuestras deudas, sino el h o m b r e s o b e r b i o ? Y sober-
c l a r a . A q u í a b a j o la p a z , t a n t o la c o m ú n c o m o la p r i v a t i v a b i o n o p o r síT g r a n d e z a , s i n o p o r su h i n c h a z ó n . A éste resiste
n u e s t r a , es m á s b i e n solaz de n u e s t r a m i s e r i a q u e gozo d e nues- con justicia el q u e da su g r a c i a a los h u m i l d e s . P o r eso e s t á
t r a d i c h a . N u e s t r a m i s m a j u s t i c i a , a u n q u e v e r d a d e r a en t a n t o e s c r i t o : Dios resiste a los soberbios y da su gracia a los humil-
q u e la r e f e r i m o s al b i e n s u p r e m o , es tal en esta v i d a , q u e m á s des. A q u í la j u s t i c i a consiste en q u e D i o s m a n d e al h o m b r e
b i e n consiste en la r e m i s i ó n d e los p e c a d o s q u e en la perfección o b e d i e n t e ; el a l m a , al c u e r p o , y la r a z ó n , a los vicios, a u n q u e
de las v i r t u d e s . T e s t i g o es d e e l l o la o r a c i ó n de la C i u d a d de se r e b e l e n , o v e n c i é n d o l o s o r e s i s t i é n d o l o s , y en q u e se p i d a
D i o s , p e r e g r i n a en el m u n d o . E l l a c l a m a a D i o s p o r b o c a de a D i o s la g r a c i a del m é r i t o y el p e r d ó n d e los p e c a d o s y se
t o d o s s u s m i e m b r o s : Perdónanos nuestras deudas, así como den g r a c i a s p o r los b i e n e s r e c i b i d o s [ 6 1 1 -
nosotros perdonamos a nuestros deudores. Esta oración no es
ribus nostris". Nec pro eis est efficax haec oratio, quorum fides sine
Propter quod et Apostolus admonuit Ecclesiam, ut oraret pro regibus operibus mortua est 4 6 : sed pro eis quorum fides per dilectionem opera-
eius atque sublimibus, addens et dicens, ut quietam et tranquillam vitam tur " . Quia enim Deo quidem subdita, in hac tamen conditione mortali, et
agamus cura omni pietate et chántate 4S. Et propheta Ieremias cum populo corpore corruptibili quod aggravat animam 4S, non perfecte vitüs imperat
Dei veteri venturam praenuntíaret captivitatem, et divinítus imperaret ut ratio, ideo necessaria est iustis talis oratio. Nam profecto quanquam im-
obedienter in Babyloniam irent, Deo suo etiam ista patientia servientes, peretur, nequáquam sine conflictu vitüs imperatur. Et utique subrepit
monuit et ipse ut oraretur pro illa, dicensí, quia in eius est pace pax aliquid in hoc loco infirmitatis etiam bene confligenti, sive hostibus tali-
vestra", utique interim temporalis, quae bonis malisque communis est. bus victis subditisque dominanti, unde, si non facili operatione, certe labili
locutione aut volatili cogitatione peccetur. Et ideo quamdiu vitüs impe-
CAPUT XXVII ratur, plena pax non est: quia et illa quae resistunt, periculoso debel-
lantur praelio; et illa quae victa sunt, nondum securo triumphantur otio,
DE PACE SERVIENTIUM DEO, CUIUS PERFECTA TRANQUILLITAS IN HAC TEMPO- sed adhuc sollicito premuntur imperio. In his ergo tentationibus, de qui-
RALI VITA NON POTEST APPREHENDI bus ómnibus in divinis eloquiis breviter dictum est, Numquid non tenta-
do est vita humana super terram? 49 quis ita vivere se praesumat, ut di-
Pax autem nostra propria, et hic est cum Deo per fídem, et in aeternum cere Deo, Dimitte nobis debita nostra, non necesse habeat, nisi homo ela-
erit cum illo per speciem. Sed hic sive illa communis, sive nostra propria, tus? Nec vero magnus, sed inflatus ac tumidus, cui per iustitiam resistit
talis est pax, ut solatium miseriae sit potius quam beatitudinis gaudium, qui gratiam largitur humilibus. Propter quod scriptum est: Deus superbis
Ipsa quoque nostra iustitia, quamvis vera sit propter veri boni finem, resistit, humilibus autem dat gratiam 50. Hic ¡taque in unoquoque iustitia
ad quem refertur, tamen tanta est in hac vita, ut potius peccatorum re- est, ut obedienti Deus homini, animus corpori, ratio autem vitüs etiam
missione constet, quam perfectione virtutum. Testis est oratio totius civi- repugnantibus imperet, vel subigendo, vel resistendo; atque ut ab ipso
tatis Dei. quae peregrinatur in terris. Per omnia quippe membra sua cla- Deo petatur et meritorum gratia, et venia delictorum, ao de acceptis bonis
mat ad Deum, Dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debito- gratiarum actio persolvatur. In illa vero pace final i, quo referenda, et
43
i Tim. 3,2. 13
Mt. 6,12. 4S
Sap. 9,15.
" 1er. S9,7. *» lac. 2,17.26. " Iob 7,i, sec. I.XX.
" Gal. 5,6 "" lac. 4,6; 1 Petr. ,5,5.
1430 LA CIUDAD DE DIOS XTX, 28
XIX, 28 FINES DE 1,AS DOS t l l l l l A D H S 1431
En la paz final, empero, que debe ser la meta de la justicia
que tratamos de adquirir aquí abajo, como la naturaleza estará sición y el choque de dos cosas entre sí. ¿Qué guerra; pues, más
dotada de inmortalidad, de incorrupción, y carecerá de vicios grave y más amarga puede imaginarse que aquella en que la
y no sentiremos resistencia alguna interior ni exterior, no será voluntad será tan contraria a la pasión, y la pasión a la volun-
necesario que la razón mande a las pasiones, pues no existi- tad, que su enemistad no cesará jamás por la victoria de una
rán. Dios imperará al hombre, y el alma al cuerpo. Y esto o de otra? [ 6 2 ] . Y ¿cuál más cruel que aquella en que la fuer-
se hará con una facilidad y un dulzor tal cual corresponde a za del dolor combate a la naturaleza del cuerpo, sin que nin-
una felicidad triunfante y gloriosa. Este estado será eterno y es- guno de los dos se rinda? Cuando en el mundo se desencadena
taremos ciertos de su eternidad. Y por eso en la paz de esta ese combate, o vence el dolor, y la muerte priva del sentido,
felicidad y en la felicidad de esta paz consistirá el sumo bien. o vence la naturaleza y la salud arroja el dolor. Empero, en la
otra vida subsiste el dolor para atormentar y la naturaleza para

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


sentir el dolor, y no falta ni el uno ni la otra para que la pena
CAPITULO XXVIII dure siempre. Mas, como tanto los buenos como los malos pa-
san por el juicio final, unos al bien supremo, que debe apete-
F I N DE LOS IMPÍOS
cerse, y otros al mal soberano, que debe esquivarse, trataré
sobre este punto en el libro siguiente,, cuanto Dios me diere.
Al contrario, los que no pertenecen a esta ciudad de Dios
tendrán por lote una miseria eterna, por otro nombre muerte
segunda, porque ni el alma ni el cuerpo viven. El alma, porque et videbit nihil aliud esse, quam inter se rerum adversitatem atque con-
flictum. Quod igitur bellum gravius et amarius cogitari potest, quam ubi
estará separada de su vida, que es Dios, y el cuerpo, porque voluntas sic adversa est passioni, et passio voluntati, ut nullius earum
sufrirá dolores eternos. La muerte segunda será más dura, por- victoria tales inimicitiae finiantur; et ubi sic confligit cum ipsa natura
que no podrá terminar con la muerte. Mas, siendo la guerra corporis vis doloris, ut neutrum alteri cedat? Hic enim quando contingit
contraria a la paz, como la miseria a la felicidad y la muerte iste conflictus, aut dolor vincit, et sensum mors adimit; aut natura vincit,
a la vida, puede preguntarse, y con razón, si a la paz, tan cele- et dolorem sanitas tollit. Ibi autem et dolor permanet, ut affligat; et na-
brada y alabada como sumo bien, responderá una guerra en el tura perdurat, ut sentiat: quia utnimque ideo non déficit, ne poena de-
mal supremo. Quien esto pregunte, repare qué es lo dañino ficiat. Ad hos autem fines bonorum et malorum, illos expetendos, istos
cavendos, quoniam per iudicium transibunt ad illos boni, ad istos mali;
y pernicioso en la guerra, y hallará que no es más que la opo- de hoc iudicio, quantum Deus donaverit, in consequenti volumine dis-
cuius adipiscendae causa habenda est ista iustitia, quoniam sanata ira- putabo.
mortalitate atque incorruptione natura vitia non habebit, nec unicuique
nostrum vel ab alio vel a se ipso quidquam repugnabit, non opus erit ut
ratio vitiis, quae nulla erunt, imperet: sed imperabit Deus homini, ani-
,mus corporí; tantaque obediendi ibi erit suavitas et facilitas, quanta vi-
vendi regnandique felicitas. Et hoc illic in ómnibus atque in singulis ae-
ternum erit, aeternumque esse certum erit: et ideo pax beatitudinis huius,
vel beatitudo pacis huius, summum bonum erit.

CAPUT XXVIII
IN QUEM FINEM VENTURUS SIT ÉXITOS IMPIORUM

Eorum autem qui non pertinent ad istam civitatem Dei, erit et con-
trario miseria sempiterna, quae etiam secunda mors dicitur51: quia nec
anima ibi vivere dicenda est, quae a vita Dei alienata erit; nec corpus,
quod aeternis doloribus subiacebit. Ac per hoc ideo durior ista secunda
mors erit, quia finiri morte non poterit. Sed quoniam sicut miseria bea-
titudini, et mors vitae, ita bellum paci videtur esse contrarium; mérito
quaeritur, sicut pax in bonorum finibus praedicata est atque laudata,
quod vel quale bellum in finibus malorum e contrario possit intelligi.
Verum qui hoc quaerit, attendat quid ¡n bello noxium pemiciosumque sit,
41
Aipoc. 2,IT ; 2o,6 ; 2T,8.
NOTAS AL LIBRO XIX NOTAS \l LIBRO XIX 143S
enriqueciendo con los valores del cristianismo, hasta dar en definir la
filosofía como el amor a la Sabiduría, es decir, el amor a Cristo, que es
la Sabiduría del Padre. El sabio, para los antiguos, sobre todo para los
estoicos, era el ser perfecto y el más equilibrado de la humanidad. El ya
no lucha contra las pasiones, porque ya no las tiene, como afirmaban los
estoicos. Y mientras no consiga esto, no ha llegado a la cumbre de la
sabiduría.
[10] Y en esto consiste la perfección, en guardar el equilibrio y el
[1] Muy bien, añadiríamos nosotros. Si seguimos haciendo cálculos,
orden. ]Así es de fácil y de positiva la espiritualidad agustiniana!
fácilmente llegaríamos a un número infinito. Verdad es que teóricamente
pueden darse, como él prueba, todas esas sectas diferentes; pero en reali- [11] Ha comenzado el ataque de frente. Es innegable la existencia
en el mundo de eso que llamamos males morales. Después de la caída, la

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dad no son más que pura teoría, y todas ellas se reducen a las tres que
luego refiere en los capítulos siguientes. vida no puede hallarse sin alguna de esas taras. Basta echar una mirada
en nuestro derredor y a nosotros mismos para percatarnos de que esos
[2] La felicidad es el trascendental más arraigado en la naturaleza
males nos rodean por todos los flancos.
humana. La memoria Del se basará sobre todo en él con el tan sabido
argumento de que el amor supone el conocimiento. El apetito de felici- [12] Este es un hecho de experiencia propia y ajena: Todo ser bus-
dad lo hallamos apuntado en los siguientes lugares: De mor. Eccle. cath. ca la propia conservación. Es la primera tendencia del ser y la máxima
I 3,4; De lib. arb. I 14,30; II 9,26; De mag. 14,46; Confess. X 20,29; lucha que el ser libre se dirige contra su destrucción, contra la nada, que
21,31; De Trin. XIII 9,11; 20,25; De nat.et grat. 46,54; En. in Ps. 33,2,15; quiere sumirle también a él en su seno. [Qué profundos y patéticos son
118,1.1; Opus imp. contra Iulian. VI 11,12; Epist. 104,4.12; Serm. 150,4; los análisis que Agustín hace en De libero arbitrio sobre el amor al ser y
231,4, etc. sobre la huida de la nada! Aun los suicidas, dice él, aman su ser, porque
prefieren terminar su miseria, creyendo, falsamente, es cierto, que se aca-
[3] Esta es una gran lección para todos esos que aun hoy se cierran bará su miseria y perdurará su ser.
al problema del hombre. El hombre, que es el filósofo y el ontólogo, es el
[13] Esta esperanza es la salvación de la presente vida humana. Si
primero que debe ser estudiado. Por el hombre se creó el mundo, y so-
en la actual economía, desterrados como estamos de nuestra patria, no nos
lamente por él será salvado. De aquí la conveniencia de su estudio y de
alimentara la esperanza de conseguirla al fin, no habría más que una sa-
su análisis detallado.
lida, la desesperación. Eso que Marcel ha llamado en nuestros días «la
[4] San Agustín aprovecha, sobre todo en esta obra, muchos de los metafísica de la esperanza», tiene raigambre plenamente agustiniana.
conceptos expresados, según él, por Varrón. La concatenación lógica que Y toda su teoría puede condensarse en aquella lapidaria frase del Santo:
hace de ellos nos deja al descubierto su gran capacidad y su asimilación, Vita vitae mortalis spes est vitae immortalis (En. in Ps. 103,3,17).
juntamente con el espíritu de síntesis y de compendio. [14] ¡La experiencia le había enseñado esta verdad a él mismo! Si
[5] En su afán de conciliación y eclecticismo, ese afán, humilde a alguna vez he sentido el escalofrío en mi alma al leer una página, ha sido
fuer de heroico, de aprovechar la verdad donde la hallare, identifica loa cuando con las Confesiones en mis manos temblorosas leí y releí aquel pa-
dioses intermedios de los platónicos con los ángeles de los cristianos. Em- saje en que Agustín describe la muerte de su amigo y la angustia en que
pero, hay que decir que esos diosecillos, o esos eones, como les llamarán quedó sumida su alma. «¡Con qué dolor se entenebreció mi corazón!
los gnósticos, no pueden ni deben identificarse con los santos ángeles, Cuanto miraba, era muerte para mí. La casa me era un suplicio, y la casa
aunque en las funciones y ministerio que se les asignan sean muy se- paterna un tormento insufrible, y cuanto había comunicado con él se me
mejantes. volvía sin él cruelísimo suplicio. Buscábanle por todas partes mis ojos, y
[6] Este fué Antíoco Ascalonita, preceptor y maestro de Cicerón, de no parecía. Y llegué a odiar todas las cosas porque no le tenían ni podían
Varrón, de Lúculo y de algunos otros nobles romanos. Seguía la vieja decirme ya como antes, cuando venía después de una ausencia: «He aquí
Academia, pero con inclinaciones estoicas, mejor, zenonianas. que ya viene». Me había hecho a mí mismo un gran lío, y preguntaba a
[7] Agustín ha ensalzado más de una vez el género de los filósofos mi alma por qué estaba triste y me conturbaba tanto, y no sabía qué
antiguos, pero con más frecuencia ha fustigado su orgullo. El hombre es responderme» (Confess. IV 4,9).
muy interesante, pero no lo es todo, y por sí mismo es incapaz de ser [15] El hombre de la interioridad no podía dejar de perseguir la
feliz. Hacer radicar, por consiguiente, la fuente de su felicidad en él insinceridad, la hipocresía. Estas tristes pinceladas que aquí da nos están
mismo es un error atrevido y altanero. Y la soberbia nunca ha dicho bien diciendo que él probó de esos tragos dentro y fuera de sus monasterios.
con los discípulos de Cristo. Cf. Epist. 118, dirigida a Dióscoro. Los hombres somos así, y aun entre los santos mordemos la honra de
[8] [Qué gran corazón! ¡Qué sentimientos tan dignos de un amor nuestros prójimos.
como el suyo, encendido por la humanidad! Se nos presenta a veces [16] Va analizando y viviseccionando con carácter de psicólogo la
llorando, porque tiene que llorar las desgracias de los otros jos, de los desunión y la separación de los hombres entre sí. La unidad se protege
hombres, que son sus hermanos. Las lágrimas son privilegio de los gran- con la comunicación de sentimientos. Sentir lo mismo, basados en los
des enamorados. principios comunes que todos tenemos, es el lema que puede superar las
[9] San Agustín participaba aún en gran parte la mentalidad de los deficiencias humanas. Y a él recurre el Santo en su vida monacal.
antiguos filósofos sobre el sabio. En sus primeros escritos resuenan to- [17] Cf. Quaest. in Hept. VI q.10.
davía los ecos de esa filosofía, que luego él poco a poco fué sublimando y [18] La amistad es un continuo sobresalto. Hay en la amistad una
doble preocupación, la propia y la del amigo, la del otro yo... Agustín
1434 l¿ CIÍDAD DE DIOS NOTAS AI, UBRO XIX 1435
podría darnos lecciones sobre este punto, porque amó como no ha amado [30] Y esto nos mueve a pensar en el peso, que es el amor, en el
nadie después de él. Y es que cuanto más fidelidad se tiene al amigo, pondus. El amor inclina al lugar propio de cada ser, y el orden obliga
tanto más sobrecoge el celo y el miedo. [Léanse y reléanse una y mil ve- a conseguirlo. Si nos detenemos un poco a considerar estas definiciones,
ces las inmortales páginas de las Confessiones a este respecto, sobre todo caemos en la cuenta de que todo radica y gira sobre un mismo gozne, el
los seis primeros libros y el relato de su conversión! equilibrio. Virtus = ordo amoris; ordo = dispositio reram; amor = pon-
[19] Palpablemente vemos cumplida esta verdad en el relato antes ci- dus; pax = tranquillitas ordinis. Este es el vasto proceso seguido por la
tado de la muerte del amigo. Cf. Confess. IV 4,7-9; 5,10. lógica impresionante del Santo.
[20] Una vez más nos está hablando de su propia experiencia. El [31] Los lugares paralelos son innumerables. Pueden verse entre
amargor que aquella muerte dejó en su alma tiene resabios en todas las otros: De mor. Manich. II 9,14; De ver. relig. 11,21; 18,35-36, etc.;
ocasiones propicias. Llevaba el alma rota y no sabía dónde ponerla. Hubie- De div. quaest. 83 q.10; q.21; q.51; Contra Epist. Manich. 33,36; De
ra querido morir también él, porque no quería vivir a medias, y su otro yo Trin. VIII 3,5; XI 5,8; De nat. bon. 1,2.6.8.12.13.17, etc.
ya había muerto. [32] Este mismo pensamiento, ampliado y expuesto quizá con menos
[21] Cf. De Trín. XIV 9,12. hondura metafísica, lo emplearon los escolásticos, sobre todo a partir de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


[22] El gran mérito de Agustín ha sido el hallazgo de los principios Santo Tomás, para probar que Dios no quiere ningún mal de culpa y que
metafísicos que regulan los seres humanos e irracionales. El apetito de el mal de pena y el de naturaleza lo quiere per accidens, es decir, en
paz supone un conocimiento de la misma, pero este conocimiento, si es cuanto va unido a un bien superior.
que puede llamarse tal, es inconsciente y nos aboca directamente a la [33] Estos grandes principios de moral son ya la cumbre y la per-
memoria Dei. La teoría, como ya hemos apuntado varias veces, es de una fección del cristianismo. El gozo y el dolor no son morales por lo que
trascendencia enorme en toda la filosofía agustiniana. tienen de malos en sí mismos, sino por- el objeto. Son lo que los mora-
[23] Este es el gran capítulo de la psicología humana. Así somos los listas llaman hoy los pecados internos.
hombres. No queremos la paz, porque nadie nos sirve; pero, cuando nos [34] Este apetito en los animales lo hace notar en varios lugares.
vemos encumbrados, anhelamos que todos se nos rindan, sin pensar en Cf. De quant. anim. 28,54; Confess. X 17,26; De Trin. X 10,13; De Gen.
nuestra anterior postura, y ahora cambiamos la chaqueta y deseamos la ad litt. III 8,12; De civ. Dei XI 27; En. in Ps. 148,3; De gest. Pelag.
paz, la paz con nuestros inferiores, esa paz que habíamos negado a nues- 6,18, etc.
tros superiores. [35] La perfección consiste, por consiguiente, en la paz, y ésta en la
[24] Alude al perro de la fábula, Caco. Vid. Eneida 1.8 v.185-275. armonía del conocimiento con la acción. La conclusión es fácil: destierra
[25] Esatendencia natural no puede faltar en el hombre, el ser más la hipocresía del corazón de los hombres, porque su perfección comienza
perfecto de la creación. Ella nos lleva a la fundamentación metafísica de por el interior y no para en meras apariencias externas.
los hechos que encuadran y prueban la existencia de la memoria Dei. [36] Trata de conciliar la libertad con el auxilio de la gracia. El
[26] El sistema agustiniano es una gama lógica en toda su dilatada concurso es cierto, pero la obediencia es libre; por consiguiente, ni se
extensión. La paz entre los trascendentales exigiría la unidad, el descan- quita la libertad ni se priva de la ayuda divina. El cómo es ya problema
so, el reposo. Todos los cuerpos, los seres todos, tienen su peso; todos más intrincado y difícil.
buscan por medio de él la paz que les es propia. El lugar de su equili- [37] El pensamiento es claro. El hombre, con la ayuda de la fe, tie-
brio, de su «estar», ésa es la paz peculiar de cada ser. Pero él tiene un ne ya marcado el camino que ha de seguir en su amor. Por tanto, amando
peso, que es su amor y que tiende hacia arriba, y por eso estará inquieto a Dios, puede amarse también y rectamente a sí mismo y al prójimo, por-
hasta que repose, hasta que llegue a la patria y consiga su paz. que estos tres preceptos no se contraponen ni se oponen, sino que se com-
[27] Sería difícil hallar en la filosofía corriente un término apropia- ponen entre sí y se implican.
do para designar éste de paz, que usa Agustín. La paz en los seres lo es [38] Precisamente ésta era la conclusión a que miraban las premi-
todo para el Santo. Es de orden ontológico como unidad, es de orden mo- sas anteriores. La servidumbre es una condición y una pena impuesta al
ral como equilibrio, es de orden lógico como memoria Dei. Lo es todo y pecador. Por naturaleza, el hombre es libre y nadie debía señorear a
es de un alcance inigualable. otro. El recto uso exigía eso, que el hombre dominara sólo a los irracio-
[28] Comienza en este capítulo—el más hermoso y profundo, sin nales; pero, al quebrantar el orden, siguió la pena de esa transgresión.
duda, de cuantos han brotado de la pluma de San Agustín—esa filigrana [39] Esa es la ley eterna, según la definición ya conocida: Ratio di-
literaria y filosófica de definiciones en torno a la paz. Baker ha llamado vina vel voluntas Dei ordinem naturalem conservan iubens et perturban
al libro XIX de la Ciudad de Dios «tratado de sociología», y no se equi- vetans (Contra Faust. XXII 27 y 30).
voca. En él se dan cita todos los problemas de esa materia con una ri- [40] Son palabras del Apóstol en su Epístola a Filemón y también
gidez que asombra. La paz es el fundamento de todas las sociedades, do- en la Epístola a los Romanos.
méstica, civil, nacional o internacional. [41] He aquí la más exacta visión de la sociedad. La sociología no
[29] Es la definición clásica, que ha pasado ya a aforismo de es- ha descubierto otro foco de irradiación más potente y fecundo para la
cuela. Es, ni más ni menos, el compendio de la espiritualidad agustiniana vida de las naciones. La familia es el germen de las sociedades y de las
y de su moral. A conseguir la paz se encamina toda la vida ascética y naciones, y su formación, el índice de lo que una nación es y vale.
todo el ejercicio de lucha y de refriega que espera al hombre en el mun- [42] Por consiguiente, la familia tiene dos leyes bien definidas y
do. Virtud, paz y orden son los términos que definen la trayectoria de marcadas, que debe seguir y obedecer: la natural y la civil. Y a su
este pensamiento, y unos se completan con los otros. Añadamos a éstos vez tiene también dos fines, uno social y otro doméstico, interno. En lo
el .amor, y tenemos el cuadro cerrado por los cuatro flancos, que la ley civil no vaya contra la natural, la familia en su régimen debe
1436 W CIUDAD DE DIOS NOIAS AL UBRO XIX 14S7

atemperarse a ésta, y es el único modo de que las sociedades marchen sin Philosophia selectorum, pero impropiamente. Su contenido nos lo deja
desviarse y sin sufrir quebrantos en sus miembros. He aquí el consejo entrever aquí Agustín, y el mismo Eusebio en su Pracparatio evangélica.
prudente y sabio de Agustín. [56] Hécate era, según la fábula, hija de Júpiter y Latona y herma-
[43] Las acciones se definen por su fin, y la intención determina na de Apolo. Fué llamada también con los nombres de Proserpina, Dia-
el fin. Atención e intención son los dos ingredientes básicos de la moral na: la Luna.
agustiniana, interiorista por antonomasia. [57] Cf. De haer. haer.44-45. Quizá Agustín, al interpretar los orácu-
los referidos por Porfirio, vaya más allá del pensamiento de éste. Sin em-
[44] La tragedia por la que ha atravesado en el transcurso de los
bargo, es de advertir que la gran preparación de Porfirio en filosofía y
tiempos la Iglesia de Dios en general y los santos en concreto. Dios es
su iniciación en el cristianismo es fácil que le permitieran llevar esa mira
celoso y no puede permitir ser comparado a los dioses falsos. Por eso los
y alguna otra más aviesa. Porfirio es el gran combatiente literario del
adoradores de éstos se oponen acérrimamente a aquéllos y los oprimen, y
cristianismo, que surgió de laa cenizas de Celso y de Filóstrato con su
de aquí nacen los padecimientos de los ciudadanos de la Ciudad de Dios.
Apolonio de Tiana.
Pero la religión cristiana no puede ser contemporizadora. Tiene tina
[58] Es muy acertada la observación en plan de objeción. Cristo, se-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


meta fija y unos dogmas invariables, y éstos debe defenderlos por todos
los medios, aunque sufra la muerte. gún confesión del oráculo, es un ser, un hombre piadosísimo, santísimo,
A esto opone Agustín: Siendo eso, ¿cómo es que da fatalmente a los cris-
[45] Este grito de guerra parece el grito de nuestros últimos misio- tianos el implicados en error? Puede hacer esto queriendo o sin que-
neros. Hay que henchir la Ciudad de ciudadanos, hay que unir a Cristo rer. Si lo primero no es justo, tampoco, por tanto, piadosísimo y santí-
al mundo entero. Y bajo esta consigna se lanzan las redes y los pesca- simo. Y si lo segundo no es feliz, tampoco, por tanto, santísimo.
dores acuden a los mares. Agustín escribe esto con un sentimiento traspa- [59] Este es el desiderátum de toda sociedad bien organizada. La co-
sado de alegría y de gozo. Ve que la Iglesia va creciendo y dilatándose, y, munidad, el clan, debe ser considerado en función del individuo para
como buen hijo, no puede por menos de saltar de regocijo y dar ante el tender a su fin, y sólo así podrá lograrlo. Cuando la sociedad, el pueblo,
mundo testimonio de esta verdad. viva de la fe, como el justo, como el individuo perfecto, entonces estará
[46] Son las paradojas de la vida que tantas veces ha expresado: salvada, y, mientras no consiga esto, seguirá dando palos de ciego y azo-
Vita mortalis et vita vitaiis (En. in Ps. 89,17). Son las dos vidas que él tando con sus leyes al viento.
conoce, y que tanto gusta de nombrar. [60] Cf. De Trin. XIII 20,25-26; XIV 1,3. En estas palabras y en
[47] Cf. Contra Acad. y más particularmente De Trin. XV 12,21; general en este capítulo se ha querido ver una condenación de las virtu-
De civ. Dei XI 26; Ench. 20,7. des naturales de los paganos. En realidad creo que la apreciación carece
[48] La duda en el cristiano puede nacer, pero como último recurso, de fundamento. San Agustín no niega valor natural a las acciones natu-
cuando ni la fe habla, ni la razón entiende, ni el sentido percibe. Única- ralmente buenas; lo que sí niega es que esas acciones naturalmente bue-
mente entonces le es lícito dudar, porque el asentir a algo sería ir contra nas, sin la regeneración, gocen de un valor sobrenatural. Por eso dirá
todos los principios de la evidencia, que le dice que en esos casos debe que la virtud por la virtud, sin dejar de ser virtud, no da la felicidad.
dudar. [61] A todo esto obliga la justicia y todo esto implica. El problema
[49] Pensaba indudablemente en sus monjes y en sus religiosas. Ante social es problema de conciencia. El dar a cada uno lo suyo indica que
todo, el equilibrio y Dios al frente. Caridad y contemplación, pero en per- hay que someter a cada cual su inferior. El alma a Dios, el cuerpo al
fecta armonía y bien entendidas, sería su lema. alma y los vicios a la razón. Exige, además, que lo que no es propio se
[50] He aquí cómo comenta este punto el P. Lope Cilleruelo en su reconozca como dádiva y se den gracias al Dador y se le pida su gracia
interesante obra El monacato de San Agustín y su Regla (Valladolid para seguir obrando con sus talentos.
1947): «El apostolado se convierte en uno de los grados de la subida a [62] ¡Buen recuerdo le quedaba grabado en la memoria de aquella
Dios. Así se llega a estereotipar una fórmula famosa en la historia: ¡El lucha titánica que hubo de sostener antes de su conversión, en sus dos
apostolado se ejerce por necesidad, y la contemplación, por espontanei- voluntades, que luchaban entre sí y le desgarraban el alma!
dad!» (p.42).
[51] Cf. Epist. 48,2.
[52] Así define lo justo Trasimaco en el libro 1 De república, de
Platón. Pero esta definición la refuta a renglón seguido Sócrates.
[53] El argumento corre con una lógica aplastante. Ya dio otro paso
en la justicia, que es una de las virtudes bases de la vida humana. Los
hombres habían ordenado la justicia sin contar a Dios en esa escala.
Por tanto, el fundamento de la justicia estaba destruido, y, al no haber
justicia, no hay ya derecho, y sin derecho no hay pueblo, y, como con-
clusión, si no existe pueblo, no puede existir la república, que es la cosa
del pueblo.
[54] Cf. De consensu evangelistarum I 30.
[55] Estos libros los citan repetidas veces Teodoreto y Eusebio
con el título De Philosophia ex oraculis, si bien el mismo Eusebio en la
Demonstratio evangélica 1.3 c.6, y a veces también Teodoreto, con el De
XX, 1, 2 EL JUICIO EINAL 1439
LIBRO XX te, con t e r q u e d a d r a y a n a en l a l o c u r a , la f a l s e d a d de lo q u e
s a b e o cree q u e es falso, c o n t r a la v e r d a d de lo q u e cree o sabe
q u e es v e r d a d e r o .
2 . Así, lo q u e la I g l e s i a u n i v e r s a l del D i o s v e r d a d e r o con-
fiesa y p r o f e s a , a s a b e r , q u e C r i s t o h a d e v e n i r del cielo a juz-
g a r a los vivos y a los m u e r t o s , a eso l l a m a m o s n o s o t r o s ú l t i m o
d í a del j u i c i o , es decir, el ú l t i m o t i e m p o . E s i n c i e r t o c u á n t o s
d í a s d u r a r á ese j u i c i o , p e r o n a d i e q u e h a y a l e í d o l a s E s c r i t u r a s
El juicio final. Testimonios del Nuevo y del Antiguo Testamen- S a g r a d a s , p o r m á s a la l i g e r a q u e lo h a y a h e c h o , desconoce
to sobre el particular. q u e es u s a n z a de esas L e t r a s e m p l e a r el t é r m i n o d í a p o r el de
t i e m p o . P o r eso, c u a n d o d e c i m o s d í a del j u i c i o , a ñ a d i m o s últi-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


m o o final, p o r q u e D i o s j u z g a t a m b i é n a h o r a y h a j u z g a d o
C A P I T U L 0 1 d e s d e el p r i n c i p i o del g é n e r o h u m a n o , c u a n d o a r r o j ó del pa-
r a í s o y a p a r t ó del á r b o l de la v i d a a n u e s t r o s p r i m e r o s p a d r e s ,
p e r p e t r a d o r e s de u n e n o r m e p e c a d o . M á s a ú n : p u e d e decirse
Los JUICIOS DE D i o s Y EL J U I C I O FINAL
q u e j u z g ó c u a n d o n o p e r d o n ó a los á n g e l e s p r e v a r i c a d o r e s , c u y o
p r í n c i p e , p e r v e r t i d o p o r sí m i s m o , e n g a ñ ó p o r e n v i d i a a los
1. Y a q u e v o y a h a b l a r , con la g r a c i a de D i o s , del j u i c i o
n o m b r e s . Y a su j u i c i o , j u s t o y p r o f u n d o , se d e b e q u e l a v i d a
final y a afirmar su existencia c o n t r a los i m p í o s y los i n c r é d u -
de l o s d e m o n i o s en el a i r e v la de los h o m b r e s en l a t i e r r a sea
los, d e b o p o n e r c o m o c i m i e n t o de este edificio los t e s t i m o n i o s
t a n m í s e r a y esté t a n l l e n a de e r r o r e s y de l a c r a s . P e r o , a u n q u e
d i v i n o s . L o s q u e r e h u s a n c r e e r l o s , se a f a n a n p o r c o n t r a v e n i r l o s
n a d i e h u b i e r a p e c a d o , el c o n s e r v a r a t o d a s l a s c r i a t u r a s racio-
con r a z o n a m i e n t o s h u m a n o s , l l e n o s d e e r r o r e s y de m e n t i r a s ,
n a l e s u n i d a s a su S e ñ o r en e t e r n a b i e n a n d a n z a sería d e b i d o a
s o s t e n i e n d o , b i e n q u e esos t e s t i m o n i o s de l a s S a g r a d a s L e t r a s
u n j u i c i o j u s t o y recto de D i o s . Y n o se c o n t e n t a con s o m e t e r
tienen o t r o s e n t i d o , b i e n n e g a n d o a u t o r i d a d d i v i n a a esas p a l a -
a los d e m o n i o s y a los h o m b r e s a u n j u i c i o u n i v e r s a l , o r d e n a n -
b r a s . P o r q u e estoy en q u e n o h a y m o r t a l q u e , e n t e n d i e n d o eso
d o q u e sean m i s e r a b l e s en p r e m i o a sus p r i m e r o s p e c a d o s , s i n o
en su v e r d a d e r o s e n t i d o y c r e y e n d o q u e es la p a l a b r a del D i o s
q u e j u z g a , a d e m á s , de las o b r a s p r o p i a s de c a d a u n o , h e c h a s
s u m o y v e r d a d e r o , n o se r i n d a a e l l a y la a d m i t a . Y esto b i e n lo
con l i b e r t a d . P o r q u e t a m b i é n los d e m o n i o s le p i d e n q u e n o
confiese de p a l a b r a , b i e n se a v e r g ü e n c e o t e m a c o n f e s a r l o p o r
v a n o s e s c r ú p u l o s , b i e n se e m p e ñ e en d e f e n d e r c o n t e n c i o s a m e n - aut credit, contra id quod verum esse novit aut credit, etiam contensiosis-
sime defenderé moliatur.
2. Quod ergo in confessione ac professione tenet omnis Ecclesia Dei
LIP.ER XX veri, Christum de cáelo esse venturum ad vivos ac mortuos iudicandos,
hunc divini iudicii ultimum diem dicimus, id est, novissimum tempus.
De iudicio novissimo, deque testimoniis cum Novi, tum Veteris Instrumen- Nam per quot dies hoc iudicium tendatur, incertuní est: sed Scripturarum
ti, quibus denuntiatur futurum. more sanctarum diem poni soleré pro tempore, nemo qui illas litteras
quamlibet negligenter legerit, nescit. Ideo autem cum diem iudicii Dei di-
cimus, addimus ultimum vel novissimum; quia et nunc iudicat, et ab hu-
CAPUT I raani generis initio iudicavit, dimittens de paradiso, et a ligno vitae se-
parans primos homines peccati magni perpetratores: imo etiam quando an-
QllOI) QIIAMVIS OMNI TEMPORE D E U S IUD1CET, IN HOC TAMEN LIBRO I)E gelis peccantibus non pepercit\ quorum princeps homines a se ipso sub-
NOVISSIMO EIUS IUDICIO SIT PROPRIE DISPÜTANDÜM versus invidendo subvertit, procul dubio iudicavit. Nec sine illius alto
iustoque iudicio, et in hoc aerio cáelo, et in terris, et daemonum et ho-
1. De die ultimi iudicii De¡, quod ipse donaverit, locuturi, eumque minum misérrima est vita, erroribus aerumnisque plenissima. Verum etsi
asserturi adversus impíos et incrédulos, tanquam jn aedificii fundamento nemo peccasset, non sine bono rectoque iudicio universam rationalem
prius poneré testimonia divina debemus. Quibus qui nolunt credere, hu- creaturam'perseveran tissime sibi Domino suo cohaerentem in aeterna bea-
manis ratiunculis falsis atque fallacibus contravenire conantur, ad hoc ut titudine retineret. Iudicat etiam, non solum universaliter de genere dae-
aut aliud significare contendant qitod adhibetur testimonium de Litteris monum atque hominum, ut miseri sint propter primorum meritum pec-
sacris, aut omnino divinitus esse dictum negent. Nam nullum existimo esse catorum; sed etiam de singulorum operibus propriis, quae gerunt arbitrio
mortalium, qui cum ea, sicut dicta sunt, intellexerit, et a summo ac vero voluntatis. Nam et daemones ne torqueantur, precantur 2 : nec utique inius-
Deo per animas sánelas dicta esse crediderit, non eis cedat atque consen- te vel parcitur eis, vel pro sua quique improbitate torquentur. Et homines
tiat: sive id etiam ore fateatur, sive aliquo vitio fateri erubescat, aut me- 1
tuat; vel etiam pervicacia simillima insaniae, id quod falsum esse novit 2 P e t r . 2,4.
- M t . 8,29.
XX, 2 W JUICIO FINAL 1441
1440 LA CIUDAD DB DIOS XX, 2
juicio de Dios este hombre de bien es pobre, y este otro malo es
Jos atormente, y no injustamente les perdona o les castiga se- rico; por qué vive gozoso este que, a nuestro juicio, debería estar
gún su ruindad. Los hombres pagan por sus acciones las penas, afligido con tristezas por sus perdidas costumbres, y por qué
a veces abiertamente y siempre en secreto, sea en esta vida, sea triste ese otro, cuya vida loable está pidiendo el gozo. No sabe-
después de la muerte, aunque nadie puede obrar bien sin la mos por qué al inocente no sólo no se le hace justicia, sino que
ayuda divina ni obrar mal si un justo juicio de Dios no lo se le condena, víctima de la injusticia del juez o de los falsos
permite [ 1 ] . Ya que, como dice el Apóstol, en Dios no cabe testimonios de los testigos, mientras que el culpable triunfa im-
injusticia; y en otra parte: Sus juicios son inescrutables y sus pune e insulta al inocente por su triunfo. Ignoramos por qué
caminos incomprensibles. el impío goza de una salud envidiable y el piadoso es cortsu-
En este libro, por tanto, no trataré de los primeros juicios mido por una enfermedad pestilente; por qué los mozos saltea-
de Dios ni de los actuales, sino del juicio final, en el que Cris- dores y ladrones están sanísimos, y los niños, incapaces de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


to vendrá a juzgar a los vivos y a los muertos. Este es propia- ofender a nadie ni de palabra, son víctimas de crueles dolo-
mente el día del juicio, porque entonces no habrá ya lugar a res [ 3 ] . No sabemos por qué aquel cuya vida podría ser útil
quejas ignorantes, preguntando por qué tal injusto es feliz y a los hombres es arrebatado por una muerte prematura, y
tal justo es infeliz [ 2 ] . Entonces aparecerá la felicidad autén- otros que no merecían ni haber nacido viven muchos años; e
tica de los buenos y la infelicidad irrevocable y merecida de ignoramos también por qué el cargado de crímenes se ve en-
los malos. cumbrado en honores y las tinieblas de la deshonra cubren al
hombre irreprensible. ¿Quién, por fin, será capaz de recoger
CAPITULO II y enumerar las cosas de este cariz? [ 4 ] . Si esta paradoja fuera
constante en la vida, donde, como dice el salmo sagrado, el
hombre se ha hecho semejante a la vanidad, y sus días pasan
E L VAIVÉN DE LO HUMANO Y LOS OCULTOS J U I C I O S DE DIOS
como la sombra, y únicamente los malos lograran los bienes
transitorios y terrenos y solamente los buenos padecieran los
En esta vida aprendemos a sufrir con paciencia los males,
males, tal disposición podría achacarse a un juicio de Dios justo
orque los sufren también los buenos, y a no sobrestimar los
lienes, porque también los logran los malos. Así topamos con
una enseñanza divina y saludable hasta en las cosas en que no
o, al menos, benigno. Así se podría creer que quienes no conse-
guirán los bienes eternos, que hacen felices, son engañados con
los bienes efímeros y temporales por su malicia o consolados
aparece la justicia de Dios. Es verdad que ignoramos por qué
plerumque apene, semper occulte, luunt pro suis factis divinitus poenas, lus ille sit dives: iste gaudeat, quem pro suis perditis moribus cruciarj
sive ¡n hac vita, sive post mortem: quamvis nullus hominum agat recte, debuisse moeroribus arbitramur; con triste tur ille, quem vita laudabilis
nisi divino adiuvetur auxilio; nullus daemormm aut hominum agat ini- gaudere debuisse persuadet: exeat de iudicio non soluto inultus, verum
que, nisi divino eodemque iustissimo iudicio permittatur. Sicut enim ait etiam damnatus innocens, aut iniquitate iudicis pressus, aut falsis obrutus
Apostolus, Non est iniquitas apud Deum3; et, sicut ipse alibi dicit, In- testimoniis; e contrario scelestus adversarius eius non solum impunitus,
scrutabilia sunt ludida Dei, et investigabiles viae eius". Non igitur in hoc verum etiam vindicatus insultet: impius oprime valeat, pius languore ta-
libro de illis primis, nec de istis mediis Dei iudiciis, sed de ¡pso novissimo bescat: latrocinen tur sanissimi iuvenes; et qui nec verbo quemquam lae
iudicio, quantum ipse tribuerit, disputabo, quando Christus de cáelo ven- dere potuerunt, diversa morborum atrocitate afíligantur infantes: utili»
turas est vivos iudicaturus et mortuos. Iste quippe dies iudicii proprie rebus humanis immatura morte rapiatur; et qui videntur nec nasci de-
iam vocatur, oo quod nullus ibi erit imperitae querelae locus, cur iniustus buisse, diutissime insuper vivant: plenus cráninibus sublimetur honoribus,
ille sit felix, et cur ille iustus infelix. Omnium namque tune nonnisi bo- et hominem sine querela tenebrae ignobilitatis abscondant: et caetera
norum vera et plena felicitas, et omnium nonnisi malorum digna et sum- huiusmodi, quae quis colligit, quis cnumerat? Quae si haberent in ipsa
iría infelicitas apparebit. velut absurditate constantiam, ut in hac vita, in qua homo, sicut sacer
Psalmus eloquitur, vanitati similis factus est, et dies eius velut umbra
CAPUT II praetereunt*, nonnisi mali adipiscerentur transitoria bona ista atque ter-
rena, nec nisi boni talia paterentur mala, posset hoc referri ad iudicium
DE VARIETATE RERUM HUMANARUM, CUI NON POTEST DICI DEESSE IUDICIDM iustum Dei, vel etiam benignum; ut qui non erant assecuturi bona aeter-
DEI, QUAMVIS NEQUEAT VESTICARI na, quae faciunt beatos, temporalibus vel deciperentur pro malitia sua,
Nunc autem et mala aequo animo ferré discimus, quae patiuntur et vel pro Dei misericordia consolarentur bonis; et qui non erant passuri
boni; et bona non magnipendere, quae adipiscuntur et malí. Ac per hoc aeterna tormenta, temporalibus vel pro suis quibuscumque et quantnlis-
etiam in his rebus, in quibus non apparet divina iustitia, salutaris est <:umque peccatis affligerentur, vel propter implendas virtutes exercerentur
divina doctrina. Nescimus enim quo iudicio Dei bonus ille sit pauper, ma- malis. Nunc vero quando non solum in malo sunt boni, et in bono malí,
* R o m . 9,14. •i Bs. 143,4-
4
I b i d . , 11,33.
5. Ag. 16 44
1442 LA CIUDAD DE DIOS XX, 2
XX, 3 Et JUICIO FINAL 14
4*
con ellos por la misericordia de Dios, y que quienes no sufrirán
los tormentos eternos son afligidos con los males temporales
por sus pecados, por pequeños que sean, o ejercitados para CAPITULO III
perfeccionar sus virtudes. Mas, como en la actual economía
no sólo sufren males los buenos y tienen bienes los malos TESTIMONIOS SOBRE ESTE PUNTO TOMADOS DEL ECLESIAST^S
•—cosa, al parecer, injusta—, sino que, además, con frecuencia DE SALOMÓN
los malos sufren sus males y los buenos tienen sus alegrías,
los juicios de Dios se tornan más inescrutables y sus caminos Salomón, el rey más sabio de Israel, que reinó en Jerus^,
más incomprensibles. Aunque ignoremos por qué juicio hace o lén, comenzó de la siguiente manera el libro que titula Ecle,
permite Dios esto [ 5 ] , El, que es la suma virtud, la suma sabi- siastés, incluido por los judíos en el canon de las Sagrada^
duría y la justicia suma, en el cual no hay debilidad, teme- Letras: Vanidad de vanidades, dijo el Eclesiastés, vanidad de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ridad ni injusticia alguna, aprendemos con ello a no sobresti- vanidades y todo vanidad. ¿Qué provecho saca el hombre d e
mar los bienes o los males, comunes a los buenos y a los malos, todo ese trabajo que desarrolla bajo el sol? Y, ligando a est^
y a buscar aquellos bienes que son propios de los buenos y, idea la tabla de las miserias humanas, menciona los errores
sobre todo, a huir los males privativos de los malos. Y cuando y las tribulaciones de esta vida, y prueba por el huir del tiem-
arribemos al juicio de Dios, cuyo tiempo se llama propiamente po que no hay nada estable ni sólido aquí abajo. En medio de
día del juicio, y a veces día del Señor, reconoceremos la justi- esta vanidad de cosas terrenas lamenta, sobre todo, que aventa-
. cia de los juicios de Dios, no sólo de los emitidos entonces, jando la sabiduría a la insipiencia como la luz a las tinieblas
sino también de los emitidos desde el principio y de los que y siendo tan avizor el sabio como ciego el necio, todos corren
emitirá hasta ese momento. Allí aparecerá también por qué la misma suerte en esta vida. Con ello da a entender que los
justo juicio hace Dios que todos sus justos juicios se oculten a males son comunes a los buenos y a los malos. Y añade que los
nuestros sentidos y a nuestra razón, bien que en este punto no buenos sufren como si fueran malos y que los malos gozan
se oculta a la fe de los piadosos que es justo lo que se ocul- como si fueran buenos. He aquí sus palabras: Hay todavía otra
ta [ 6 ] . vanidad sobre la tierra: hay justos a quienes vienen males corno
a impíos y liay impíos que son tratados como justos. Y o esta
también lo llamé vanidad.
quod videtur iniustum; verum etiam plerumque et malis mala eveniunt,
et bonis bona proveniunt: magis inscrutabilia fiunt iudicia Dei 6 et in-
vestigabiles viae illius. Quamvis ergo nesciamus quo iudicio Deus ista vel
facit, vel fieri sinat, apud quem summa virtus est et summa sapientia, CAPUT III
summa iustitia, nulla infirmitas, nulla temeritas, nulla iniquitas: salubriter
tamen discimus non magnipendere seu bona, seu mala, quae videmus esse QUID IN LIBRO ECCLESIASTE SALOMÓN DE HIS QUAE IN HAC VITA ET BONIS
bonis malisque communia; et illa bona quaerere, quae bonorum, atque illa ET MALIS SUNT COMMUNIA, DISPUTARIT
mala máxime fugere, quae propria sunt malorum. Cum vero ad illud Dei JNempe Salomón, sapientissimus rex Israel, qui regnavit in Ierusalem
iudicium venerimus, cuius tempus iam proprie dies iudicii, et aliquando librum qui vocatur Ecclesiastes, et a Iudaeis quoque habetur in sacra-
dies Domini nuncupatur; non solum quaecumque tune iudicabuntur, ve- rum canone Litterarum, sic exorsus est: Vanitas vanítantium, dixit Ec-
rum etiam quaecumque ab initio iudicata, et quaecumque usque ad illud clesiastes; vanitas vanitantium, et omnia vanitas. Quae homini abundan,
tempus adhuc iudicanda sunt, apparebunt esse iustissima. Ubi hoc quo- da in omni labore suo, quo laborat sub solé?1 Et cum ex hac sententia
que manifestabitur, quam iusto iudicio Dei fiat, ut nunc tam multa ac connecteret caetera, commemorans aerumnas erroresque vitae huius e t
pene omnia iusta iudicia Dei sensus mentesque mortalium lateant; cum ta- vanescentes interea temporum lapsus, ubi nihil solidum, nihil stabih» r e .
men in hac re piorum fidem non lateat, iustum esse quod latet tinetur; in ea rerum vanitate sub solé, illud etiam deplorat quodammodo
• R o m . 11,33.
quod cum sit abundantia sapientiae super insipientiam, sicut abundantia
lucis super tenebras, sapientisque oculi sint in capite ipsius, et stultug in
tenebris ambulet; unus tamen incursus incurrat ómnibus*, utique in j , a c
vita quae sub solé agitur: significans videlicet ea mala, quae bonis et malis
videmus esse communia. Dicit etiam illud, quod et boni patiantur mala
tanquam mali sint, et mali tanquam boni sint, adipiscantur bona, ita \0'.
quens: Est, inquit, vanitas, quae jacta est super terram; quia sunt ¿^¿j
super quos venit sicut factum impiorum; et sunt impii, super quos veni't
sicut factum iustorum. Dixi quoniam hoc quoque vanitas", In hac va-
7
E c c l . 1,2 e t 3. • I b i d , 8,14.
a
Ibi-d., 2,13.14.
1444 LA- CIUBAp DE DIOS XX, 3 XX, 4 EL JUICIO FINAL 1445

E s t e v a r ó n t a n s a b i o c o n s a g r ó t o d o su l i b r o a i n t i m a r n o s
esa v a n i d a d , sin d u d a p a r a h a c e r n o s d e s e a r l a v i d a d o n d e n o C A P I T U L O IV
exista la v a n i d a d b a j o el sol, s i n o la v e r d a d b a j o el H a c e d o r
del s o l . ¿ S e d e s v a n e c e r á , p o r v e n t u r a , e l h o m b r e , h e c h o seme- • P L A N A S E G U I R EN LA C I T A D E L O S T E S T I M O N I O S
' a n t e a l a v a n i d a d , e n e s a s v a n i d a d e s sin u n j u s t o j u i c i o de
Í ) i o s ? N o o b s t a n t e , m i e n t r a s está sujeto a e l l a , es d e g r a n im- L o s t e s t i m o n i o s s o b r e el j u i c i o final q u e m e h e p r o p u e s t o
aducir, tomados de las Sagradas Escrituras, los espigaré prime-
p o r t a n c i a s a b e r si resiste u o b e d e c e a l a v e r d a d , y si es v e r d a -
deramente piadoso o n o . Esto importa no precisamente para r o e n el N u e v o T e s t a m e n t o y d e s p u é s en el A n t i g u o . A u n q u e
a d q u i r i r l o s bienes" d e esta v i d a o p a r a e v i t a r l o s m a l e s , q u e e l A n t i g u o p r e c e d e a l N u e v o e n tiempo, e l N u e v o l e p r e c e d e
p a s a n c o m o s o m b r a , s i n o p a r a v i r a r n u e s t r a m i r a d a h a c i a el e n a u t o r i d a d , p o r q u e a q u é l n o es m á s q u e u n p r e l u d i o d e éste.
j u i c i o final, e n el q u e se d a r á n p a r a s i e m p r e l o s b i e n e s a los Comenzaremos, pues, p o r los testimonios del Nuevo Testamento

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


buenos y los males a los malos. y, p a r a d a r m á s fuerza a la p r u e b a , a d u c i r e m o s l u e g o los del
V i e j o . E l A n t i g u o T e s t a m e n t o c o m p r e n d e l a L e y y los P r o f e t a s ,
E n fin, el S a b i o c o n c l u y e su l i b r o c o n estas p a l a b r a s : Teme
y el N u e v o , el E v a n g e l i o y l a s E p í s t o l a s d e l o s A p ó s t o l e s .
a Dios—dice—y guarda sus mandamientos, porque esto es todo
el hombre. E n efecto, t o d o h o m b r e n o e s m á s q u e u n g u a r d a E l A p ó s t o l d i c e : La ley nos ha dado el conocimiento del
fiel d e los m a n d a m i e n t o s d e D i o s , y q u i e n n o es esto n o es pecado, mientras que ahora la justicia de Dios se nos ha revela-
h a d a . Porque toda obra, es d e c i r , l a h e c h a p o r el h o m b r e e n do sin ella, según el testimonio de la Ley y de los Profetas.
esta v i d a , buena o mala, por vil o despreciable que sea, Dios Y esta justicia de Dios es manifestada por la fe en Jesucristo
la pondrá en tela de juicio. E n o t r o s t é r m i n o s , t o d a o b r a a p a - a todos los que creen en El. L a j u s t i c i a d e D i o s p e r t e n e c e a l
r e n t e m e n t e d e s p r e c i a b l e y , p o r t a n t o , n i a p a r e n t e , D i o s l a ve N u e v o T e s t a m e n t o y está c o n f i r m a d a p o r el A n t i g u o , es d e c i r ,
p o r la Ley y p o r los Profetas. Debo, pues, en p r i m e r término
y n o la d e s p r e c i a n i se o l v i d a d e e l l a c u a n d o j u z g u e .
exponer la causa y convocar luego a los testigos. El m i s m o
C r i s t o , m o s t r á n d o n o s el o r d e n q u e se d e b e s e g u i r , d i c e : El doc-
tor bien instruido en lo tocante al reino de Dios es semejante
hítate, cut, quantum satis visum est, intimandae totum istum librum vir
sapientissimus deputavit, non utique ob aliud, nisi ut eam vitam deside- a un padre de familia que va sacando de su repuesto cosas nue-
remus, quae vanitatem non habet sub hoc solé, sed veritatem sub illo vas y viejas. N o dijo v i e j a s y n u e v a s , cosa q u e h u b i e r a d i c h o
qui fecit hunc solem: in hac ergo vanitate, numquid nisi iusto Dei recto- de n o h a b e r p r e f e r i d o g u a r d a r el o r d e n de m é r i t o s a l d e t i e m p o .
que iudicio similis eidem vanitati factus vanesceret homo? In diebus
temen vanitatis suae interest plurimum, utrum resistat, an obtempere!
veritati, et utrum sit expers verae pietatis, an particeps: non propter CAPL'T IV
yitae huitis vel bona acquirenda, yel mala vitanda vanescendo transeun-
tia; sed propter futurum iudicium, per quod erunt et bonis bona, et QÜOD AD DTSSEREÍIDUM DE NOVISSIMO IUDICIO Ü E I , NOVI PIUMUM
malis mala, sine fine mansura. Denique iste sapiens hunc librum sic TESTAMENTI, AC DEINDE VETERIS TESTIMONIA PROLATUBÜS SIT
conclusit, ut diceret, Deum time, et mandata eius custodi; quia hoc est. Huius jtaque ultimi iudicii Dei testimonia de Scripturis sanctis quae
omnis homo: quia omne hoc opas Deus adducet in iudicium in omni poneré instituí, prius eligenda sunt de libris Instrumenti Novi, postea
despecto, sive bonum, sive malum 10. Quid brevius, verius, salubrius dici de Veteris. Quamvis enim vetera priora sint tempore, nova tamen ante-
potuit? Deum, inquit, time, et mándala eius custodi; quia hoc est om.- ponenda sunt dignitate; quoniam illa vetera praeconia sunt novorum.
nis homo. Quicumque enim est, hoc est, custos utique mandatorum Dei: Nova igitur ponentur prius, quae ut firmius probenjus, assumentur et
quoniam qui hoc non est, nihil est. Non enim ad veritatis imaginem vetera. In veteribus habentur Lex et Prophetae, in novis Evangelium et
reformatur, remanens in similitudine vanitatis. Quia omne hoc opus. Apostolicae Litterae. Ait autem Apostolus, Per legem enim cognitio pee-
jd est, quod ab nomine fit in hac vita, sive bonum, sive malum, Deus cati. Nunc autem sine lege iustitia Dei, manifestata est, testificata per
adducet in iudicium, in omni despecto, id est, in omni etiam qui con- Legem et Prophetas: iustitia autem Dei. per fidem Iesu Christi in omi-
temptibilis hic videtur, et ideo nec videtur: quoniam Deus et ipsum nes qui credunt11. Haec iustitia Dei ad novum pertinet Testamentum,
videt, nec eum despicit, nec cura iudicat praeterit. et testimonium habet a veteribus Libris, hoc est, a Lege et Prophetis.
Prius ergo ipsa causa ponenda est, et postea testes introducendi. Hunc
ut
Ibi<í\, 12,!^.14. «t ipse lesus Christus ordinem servandum esse demonstrans, Scriba, in-
quit, eruditus in regno Dei, similis est viro patrifamilias, proferenti de
thesauro suo nova et vetera1'. Non dixit, Vetera et nova: quod utique
íSixisser, nisi maluisset meritorum ordinem servare quam tempomm.

" Rom. 3,40-sa.


« Mi- i & » .
XX, 5,1 XX, 3, 3 EL juicio FINAL 1447
144b LA CIUDAD DE D I O S

2. Asimismo, en otro pasaje, hablando de la presente con-


vivencia de buenos y malos y de la separación futura que ten-
CAPITULO V drá lugar el día del juicio, se sirve de la parábola del campo
sembrado de buen trigo, al que se. añade la cizaña. Y al expo-
PALABRAS DEL SALVADOR TOCANTES AL J U I C I O FINAL nerla a sus discípulos les dice: El que siembra la buena simien-
te es el Hijo del hombre. El campo es el mundo. La buena si-
1. El Salvador mismo, reprendiendo la incredulidad de las miente son los hijos del reino. La cizaña, los hijos del maligno.
ciudades en que había obrado grandes maravillas y anteponien- El enemigo ¡que la sembró es el diablo. La siega es el fin del
do a ellas ciudades extrañas, dice: Dígoos que Tiro y Sidón mundo. Los segadores son los ángeles. Y así como se recoge
serán tratadas con menor rigor que vosotras en el día del juicio. la cizaña y se quema en el fuego, así sucederá al fin del mun-
Y poco después a otra ciudad: En verdad te digo que el día do: enviará el Hijo del hombre a sus ángeles y quitarán de su
del juicio Sodoma será castigada con menos rigor que tú. Aquí reino todo escándalo y a cuantos obran la maldad. Y los arro-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


muestra clarísimamente que el día del juicio ha de venir. Y en jarán en el horno de fuego. Allí será el llanto y el crujir de
otro lugar dice: Los naturales de Nínive se levantarán el día dientes. Al mismo tiempo, los justos resplandecerán como el
del juicio contra esta raza de hombres y la condenarán, por sol en el reino de su Padre. El que tiene oídos para oír, oiga.
cuanto ellos hicieron penitencia a la predicación de Jonás. En realidad, aquí no nombra el juicio ni el día del juicio, pero
Y, con todo, el que está aquí es más que Jonás. La reina del lo expresa mucho más claramente con los hechos, y predice que
mediodía hará de acusadora en el día del juicio contra esta raza vendrá al fin de los siglos.
de hombres y la condenará, ya que vino de los extremos
de la tierra para escuchar la sabiduría de Salomón. Y, con todo, 3. Y dirigiéndose a sus discípulos: En verdad os digo que
aquí tenéis quien es más que Salomón. Este pasaje nos enseña vosotros, que me habéis seguido, en la regeneración, cuando el
dos verdades: que el juicio vendrá y que vendrá acompañado Hijo del hombre se sentare en el solio de su majestad, os sen-
de la resurrección de los muertos. Porque, hablando de los ni- taréis también vosotros sobre doce sillas y juzgaréis a las doce
nivitas y de la reina del mediodía, hablaba indudablemente de tribus de Israel. Esto indica que Jesús juzgará con sus discípu-
los muertos, de los que predijo que habían de resucitar en el los. Por eso en otra parte dijo a los judíos: Si yo lanzo los
día del juicio. Y no dijo que la condenarán porque la juzgarán* demonios en nombre de Iielzebub, vuestros hijos ¿en qué nom-
sino porque, en comparación de ellos, éstos merecerán ser con- bre los echan? Ellos serán, por ende, vuestros jueces. No debe-
denados. mos creer que, como habla de doce tronos, juzgarán con él
2. Rursus alio loco, cum de hominum bonorum et malorum núnc
permixtione, postea separatione, quae utique die iudicii futura est, lo-
CAPUT V queretur, adhibuit similitudinein de tritico seminato et superseminatis
zizaniis, eamque suis exponens discipulis: Qui seminat, inquit, bonum
Q ü I B D S SENTENTIIS D o M I N I S A L V A T O R I S DIVINUM IUDICIUM FUTÜBUM semen, est Filius hominis: ager autem est mundus: bonum vero semen
IK FINE SAECULI DECLARETUR hi sunt filii regni; zizania autem filii sunt nequam: inimicus autem qui
1. Ergo ipse Salvator cum obiurgaret civitates, in quibus virtutes seminavit ea, est diabolus: messis autem consummatio saeculi est, mes-
magnas fecerat, ñeque crediderant, et eis alienígenas anteponeret, Ve- sores vero Angelí sunt. Sicut ergo colliguntur zizania, et igni combu-
rumtamen, inquit, dico vobis, Tyro et Sidoni remissius erit in die iudicii runtur; sic erit in consummatione saeculi. Mittet Filius hominis Ange-
quam vobis. Et paulo post alteri civitati, Amen, inquit, dico vobis, quia los suos, et colligent de regno eius omnia scandala, et eos qui faciunt
terrae Sodomorum remissius erit in die iudicii quam tibí". Hic evi- iniquitatem, et mittent eos in caminum ignis: ioi erit fletus et stridor
dentissime praedicat diem iudicii esse venturum. Et alio loco, Viri Nini- dentium. Tune iusti Julgebunt sicut sol in regno Patris eorum. Qui hábet
vitae, inquit, surgent in iudicio cum generatione ista, et condemnabunt aures audiendi, audiat'". Hic quidem iudicium vel diem iudicii non no-
eam; quia poenitentiam egerunt in praedicatione Ionac, et ecce plus minavit, sed multo eum clarius ipsis rebus expressit. et in fine saeculi
quam lona hic. Regina Austri surget in iudicio cum generatione ista, futurum esse praedixit.
et condemnabit eam; quia venit a finibus terrae audire sapientiam Sa- 3. ítem discipulis suis: Amen,, inquit, dico vobis, quod vos qui
lomonis, et ecce plus quam Salomón hic". Duas hoc loco res discimus, secuti estis me, in regeneratione, cum sederit Filius hominis in sede
et venturum esse iudicium, et cum mortuorum resurrectione venturum. maiestatis suae, sedebitis et vos super sedes duodecim, iudicant.es duodecim
De Ninivitis enim et regina Austri quando ista dicebat, de mortuis sine tribus. Israelle. Hic discimus cum suis discipulis iudicaturum lesum. Unde
dubio loquebatur, quos tamen in die iudicii resurrecturos esse praedixit, et alibi Iudaeis dixit: Si ego in Beelzebub eiicio daemonia, filii vestri in
Nec ideo dixit, condemnabunt, quia ipsi iudicabunt: sed quia ex ipso- quo.eiiciunt? Ideo ipsi iudices vestri erunt". Nec quoniam super duode-
rum comparatione isti mérito damnabuntur,
•« M t . 13,37-43.
13 '• I b i d . , 19,28.
M t . 11,22.24. ' ' 1 I ''"" 17
,; I b i d . , 12,27.
" I b i d . , 12.4r.42. . '"''-'' "'* '
1448 LA CIUDAD DE DIOS X X , 5, 4 XX, 5, 5 EL JUICIO FINAL 1449

sólo doce hombres. El número doce expresa la totalidad de los cia y parece tratar del fin del mundo y del újtimo día del juicio.
que juzgarán con él, porque el número siete denota ordinaria- Así es casi imposible entender esos pasajes sin hacer una esme-
mente totalidad, y sus dos partes, o sea, el tres y el cuatro, rada comparación de textos de los tres evangelistas San Mateo,
multiplicadas, dan doce. En efecto, tres veces cuatro y cuatro San Marcos y San Lucas. Unas cosas, el uno las dice con más
veces tres suman doce, sin acudir a otras razones que hagan al obscuridad y el otro más claramente, y así, parangonadas unas
caso [ 7 ] . Además, como leemos que en lugar del traidor Judas con otras, se descubre con claridad el pensamiento sobre este
fué ordenado el apóstol San Matías, San Pablo, que trabajó punto.
más que todos los demás, no tendría ya trono en que sentarse, Esto mismo me propuse hacer en una carta dirigida a Hesi-
Y él mismo da a entender que pertenece, con otros santos, al quio, de feliz memoria, obispo de Salona, carta que llevaba por
número de los jueces, cuando dice: ¿No sabéis que hemos de título Del fin del mundo [ 8 ] .
ser jueces hasta de los ángeles? El mismo problema se presenta 5. Voy, pues, a abordar el pasaje del Evangelio de San

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


con el número doce respecto a los que deben ser juzgados. No Mateo en que se habla de la separación de los buenos y de los
porque se dijo: Y juzgaréis a las doce tribus de Israel, la tribu malos, que se realizará en el último juicio de Cristo. Cuando
de Leví, que hace el número trece, no será juzgada, o juzgarán venga el Hijo del hombre con toda su majestad y acompañado
solamente a ese pueblo y no a las demás naciones. de todos sus ángeles, se sentará en el trono de su gloria. Y hará
Con la palabra regeneración quiso, sin duda, manifestar la comparecer delante de él a todas las naciones y separará a los
resurrección de los muertos. Nuestra carne será regenerada por unos de los otros, como el pastor separa las ovejas de los ca-
la incorrupción, como lo es nuestra alma por la fe. britos, poniendo las ovejas a la derecha y los cabritos a la iz-
4. Paso por alto muchos textos que parecen aludir al jui- quierda. Entonces el Rey dirá a los que estarán a su derecha:
cio final, pero que, considerados con cierto escrúpulo, aparecer» Venid, benditos de mi Padre, a tomar posesión del reino que
ambiguos o relativos a otro punto. Este puede ser, bien la ve- os está preparado desde el principio del mundo. Porque tuve
nida del Salvador que tiene lugar todos los días en su Iglesia, hambre, y me disteis de comer; tuve sed, y me disteis de beber;
es decir, en sus miembros, en los que se manifiesta parcial- era peregrino, y me hospedasteis. Estando desnudo, me cubris-
mente y poco a poco, porque toda ella es su cuerpo; bien la teis; enfermo, y me visitasteis; encarcelado, y vinisteis a verme.
destrucción de la Jerusalén terrena. De ésta habla con frecuen- A lo cual los justos le responderán diciendo: Señor, ¿cuándo
te vimos hambriento y te dimos de comer, sediento y te dimos
cim sedes sessuros esse ait, duodecim solos nomines cum illo iudicaturo> de beber? ¿Cuándo te hallamos de peregrino y te hospedamos,
putare debemus. Duodenario quippe numero, universa quaedam signifi- desnudo y te vestimos? ¿Cuándo te vimos enfermo o en la cár-
cata est iudicantium multitudo, propter ditas partes numeri septenarii, cel y fuimos a visitarte? Y el Rey, en respuesta, les dirá: En
quo significatur plerumque universitas: quae dúo partes, id est tria et
quatuor, altera per alteram multiplicatae duodecim faciunt. Nam et qua-
tuor ter, et tria quater duodecim sunt: et si qua alia huius duodenarii et de illo cum loquitur, plerumque sic loquitur, tanquam de íine saeculi
numeri, quae ad hoc valeat, ratio reperitur. Alioquin quoniam in locura atque de illo die iudicii novissimo et magno loquatur; ita ut dignosci
Iudae traditoris apostolum Matthiam legimus ordinatum 18 ; apostolus Pau- non possit omnino, nisi ea quae apud tres evangelistas, Matthaeum, Mar-
lus, qui plus illis ómnibus laboravit", ubi ad iudicandum sedeat non cum, et Lucam de hac re similiter dicta sunt, Ínter se omnia conferantur.
habebít: qui profecto cum alus sanctis ad numerum iudicum se perti- Quaedam quippe alter obscurius, alter explicat planius; ut ea quae ad
nere demonstrat, cum dicit, Nescitü quia angelos iudicabimus? 2S De ipgis rnnam rem pertinentia dicuntur, appareat unde dicantur. Quod faceré
quoque iudicandis in hoc numero duodenario similis causa est. Non enim atcumque curavi in quadam epístola, quam rescripsi ad beatae memoriae
quia dictum est, indicantes duodecim tribus Israel, tribus Levi, quae tertia virum Hesychium, Salonilanae urbis episcopum, cuius epistolae titulus est,
decima est, ab eis iudicanda non erit, aut solum illum populum, non de Fine saeculi 21 .
etiam caeteras gentes iudicabunt. Quod autem ait, in regeneratione, pro- 5. Proinde iam illud lúe dicam, quod in Evangelio secundum Mat-
cul dubio mortuorum resurrectionem nomine voluit regenerationis intelligi, thaeum de separatione bonorum et malorum legitur per iudicium praesen-
Sic enim caro nostra regenerabitur per incorruptionfiín. quemadmodum tissimum atque novissimum Christi. Cum. autem venerit, inquit, Filias ho-
est anima nostra regenerata per fidem. minis in maiestate sua, et omnes Angelí cum eo, tune sedebit super sedem
4. Multa praetereo, quae de ultimo ittdicio ita dici videntur, ut dili- maiestatis suae, et congregabuntur ante eum omnes gentes, et separabit
genter considerata reperiantur ambigua, vel magis ad aliud pertinentia; eos ab invicem, sicut pastor segregat oves ab haedis: et statuet oves qui-
sive scilicet ad eum Salvatoris adventum, quo per totum hoc tempug in dem a dextris suis, haedos autem a sinistris. Tune dicet Rex his, qui a
Ecclesia sua venit, hoc est, in membris suis, particulatim atque paulatim, dextris eius erunt, Venite, benedicti Patris mei, possidete paratum vobis
quoniam tota corpus est eius: sive ad excidium terrenae Ierusalem: quia regnum a constitutione mundi. Esurivi enim, et dedistis mihi manducare;
sitivi, et dedistis mihi bibere; hospes eram, et collegistis me; nudas, et
" ACt. I,2Ó. cooperuistis me; infirmas, et vhitastis me; in carcere eram, et venistis ad
19
i Cor. 15,10.
11
" Ibid., 6,3. Eplst. xgg.
1450 LA CIUDAD DE DIOS XX, 5, 5 X X , 6, 1 EL JUICIO FINAL 1451

verdad os digo que siempre que lo hicisteis con alguno de mis


pequeñuelos, conmigo lo hicisteis. Al mismo tiempo dirá a los C A P I T U L O VI
que estarán a la izquierda: Apartaos de mí, malditos, al fuego
eterno, que fué destinado para el diablo y sus ángeles. Luego
D O S CLASES DE RESURRECCIÓN
recuerda a éstos las obras que no hicieron y que alabó en los
de la derecha. Y al preguntarle cuándo lo habían visto en tal 1. Y prosigue diciendo: En verdad, en verdad os digo que
necesidad, les respondió que lo que no hicieron a sus peque- viene el tiempo, y estamos ya en él, en que los muertos oirán
ñuelos no lo hicieron a él. Y como colofón añadió: Por eso la voz del Hijo de Dios, y los que la escucharen revivirán.
éstos irán al suplicio eterno, y los justos a la vida eterna. Porque, así como el Padre tiene en sí mismo la vida, así ha
El evangelista San Juan dice claramente que Cristo fijó el dado al Hijo tener la vida en sí mismo. Como se ve, no habla

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


juicio a la hora en que resucitarán los muertos. Después de de la resurrección segunda, o sea, de los cuerpos, que arribará
haber dicho que el Padre no juzga a nadie, sino que todo el al fin, sino de la primera, que se obra ahora. Para distinguirla
poder de juzgar lo dio al Hijo, con el fin de que. todos honren de la otra, dijo: Viene el tiempo, y estamos ya en él. Esta
al Hijo como honran al Padre, pues quien no honra al Hijo resurrección no atañe a los cuerpos, sino a las almas. Las
no honra tampoco al Padre, que lo envió, añade: En verdad, almas tienen también su muerte, que consiste en la impie-
en verdad os digo que quien escucha mi palabra y cree a aquel dad y en el pecado. Según esta muerte, están muertos aque-
que me ha enviado, posee la vida eterna y no vendrá en juicio, llos de quienes dijo el mismo Señor: Dejad a los muertos que
sino que pasará de la muerte a la vida. He aquí que asegura entierren a sus muertos, es decir, dejad que los muertos del
que sus fieles no vendrán en juicio. ¿Cómo, pues, serán sepa-., alma entierren a los muertos del cuerpo. En pro de estos
rados de los malos por el juicio y estarán a su derecha, si no muertos que la iniquidad y la impiedad hacen morir en el
se toma aquí juicio por condenación? En efecto, no incurrirán alma, dice: Viene el tiempo, y estamos ya en él, en que los
en tal juicio los que escuchan su palabra y creen en Aquel que muertos oirán la voz del Hijo de Dios, y los que la escucharen
le ha enviado. revivirán. Los que la escucharen, es decir, los que le obede-
cieren, los que creyeren en él y perseveraren hasta el fin. Aquí
no hace distinción entre los buenos y los malos. A todos
me. Tune respondebunt ei iusti,. dicentes: Domine, quando vidimus te es bueno oír su voz y vivir, pasando de la muerte de la
esurientem, et pavimus; sitientém, et dedimus tibi potum? Quando autem impiedad a la vida de la piedad. De esta muerte escribe el
te vidimus hospitem, et colligimus te; aut nudum, et cooperuimus te?
Aut quando te vidimus infirmum, aut in carcere, et venimus ad te? Et
respondens Rex dicet Mis, Amen dico vobis, quamdiu fecistis uní de his C A P 1 T VI
fratribus meis minimis, mihi fecistis. Tune dicet, inquit, et his qui a
sinistris erunt: Discedite a me, maledicti, in ignem aeternum, qui paratas Q ü A E SIT PRIMA RESURRECTIO, QUAE SECUNDA
est diabolo et angelis eíus. Deinde similiter etiam his enumerat, quod illa
non fecerint, quae dextros fecisse memoravit Sirailiterque in térro gantibus, 1. Deinde adiungit, et dicit: Amen, amen dico vobis quia venit hora,
quando eum viderint in horum indigentia constitutum: quod minimis suis el nunc est, quando mortui audient vocem Filii Dei; et qui audierint,
factum non est, sibi factum non fuisse respondet; sermonemque conclu- vivent. Sicut enim Pater habet vitam in semetipso, sic dedil et Filio
dens, Et hi, inquit, in supplicium aeternum ibunt, iusti autem in vitam habere vitam in semetipso24. Nondum de secunda resurrectione, id est
aeternam " . Ioannes vero evangelista apertissime narrat eum in resurrectio- corporum loquitur, quae in fine futura est; sed de prima, quae nunc est.
ne mortuorum futurum praedixisse iudicium. Cum enim dixisset, Ñeque Hanc quippe ut distingueret, ait, Venit hora, et nunc est. Non autem ista
enim Pater iudicat quemquam, sed iudicium omne dedit Filio, ut omnes corporum, sed animarum est. Habent enim et animae mortem suam in
honorijicent Filium, sicut honorificant Patrem: qui non honotificat Fi- impietate atque peccatis: secundum quam mortem mortui sunt, de quibus
lium, non honorificat Patrem, qui misit illum: protinus addidit, Amen, ídem Dominus ait, Sine mortuos sepeliré mortuos suos 25: ut ¡-cilicet in
amen dico vobis, quia qui verbum meum audit, et credit ei qui me misit, anima mortui, in corpore mortuos sepelirent. Propter istos ergo impietate
habet vitam aeternam; et in iudicium non veniet, sed transüt amorte in et iniquitate in anima mortuos, Venit, inquit, hora, et nunc est, quando
vitam". Ecce hic dixit fideles suos in iudicium non venire. Quomod© mortui audient vocem Filii Dei; et qui audierint, vivent. Qui audierint
ergo per iudicium separabuntur a malis, et ad eius dexteram stabunt, nisi dixit, qui obedierint, qui crediderint, et usque in finern perseveraverint.
quia hoc loco iudicium pro damnatione posuit? In tale quippe iudipium Nec fecít hic ullam differentiam bonorum et malorum. Ómnibus enim
non venient, qui audiunt verbum eius, et credunt ei qui misit illum,, bonum est audire vocem eius, et vivere, ad vitam pietatis ex impietatis
iDorte transeundo. De qua morte ait apostolus Paulus, Ergo omnes mortui
22
M t . 25,31-46. .'"' •"
zs
l o . 5,33-34. <'«i* ** l o . 5,25 e t 26,
as
M t . 8,23.
,3», .sti«-
/ X X , 6, 2 ¥.1 JUICIO KINAI, 1493
1452 LA CIUDAD DE DIOS X X 6, 2
apóstol San Pablo en estos términos: Luego iodos nutrieron, citar para el juicio. Este es el juicio con el que poco antes,
y Cristo murió por todos, para que los que viven no vivan ya como ahora, designó la condenación en estos términos: Quien
para sí, sino para aquel que murió y resucitó por ellos. To- escucha mi palabra y cree en aquel que me ha enviado, tiene
dos, pues, sin excepción, han muerto por el pecado, sea por la vida eterna y no incurrirá en juicio, sino que pasará de la
el pecado original, sea por los actuales, añadidos por igno- muerte a la vida. Esto significa que perteneciendo a la prime-
rancia o por malicia [ 9 ] . Y el único vivo, es decir, el único ra resurrección, por la que se pasa de la muerte a la vida, no
exento de pecado, murió por los muertos, a fin de que los que se incurrirá en la condenación, designada con el nombre de
viven por haberles sido remitidos sus pecados no vivan ya juicio. Así, en este lugar: Y los que obraron mal, resucitarán
para sí, sino para Aquel que murió por todos a causa de para el juicio, o sea, para ser condenados.
nuestros pecados y resucitó para nuestra justificación. Y, ade- El que no quiera, pues, ser condenado en la segunda re-
más, con el fin de que, creyendo en Aquel que justifica al surrección, resucite en la primera. Porque vendrá tiempo, y es-
tamos ya en él, en que los muertos oirán la voz del Hijo de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


impío y siendo justificados de la impiedad, como los muertos,
que resucitan, podamos pertenecen a la primera resurrección, Dios, y los que la escucharen revivirán, es decir, no caerán en
que se actúa ahora. A esta primera pertenecen únicamente los la condenación, llamada también muerte segunda. En esta
que serán eternamente bienaventurados, y a la segunda, de la muerte, después de la segunda resurrección, que será de los
cual hablaré en seguida, pertenecen, según el Apóstol, tanto cuerpos, serán precipitados los que no resuciten en la pri-
los buenos como los malos. Esta es de misericordia, y aquélla, mera, que es de las almas. Vendrá, pues, tiempo (aquí na
de juicio. Por este motivo canta un salmo: Cantaré, Señor, tu añade: Y estamos ya en él, porque será al fin del mundo, o sea
misericordia y tu juicio. en el último y tremendo juicio de Dios) en que todos los que
están en los sepulcros oirán su voz y saldrán. Aquí no dice
2. De este juicio añadió a renglón seguido: Y le ha dado
como en la primera: Y los que la escucharen revivirán, pues
la potestad de juzgar porque es el Hijo del hombre. Esto prue-
que no todos vivirán con esa vida, que merece tal nombré
ba que vendrá a juzgar en la misma carne en que vino a ser
por ser feliz. La verdad es que no podrían oírla sin cierta
juzgado. A este fin dijo: Porque es el Hijo del hombre. Y lue-
vida, ni salir de los sepulcros al resucitar el cuerpo. El porqué
go agrega a propósito de lo tratado: No os admiréis de esto,
de que no vivirán lodos se da en lo que sigue: Los que hicie-
porque vendrá el tiempo en que todos los que están en los
ron obras buenas saldrán a resucitar para la vida. He aquí los
sepulcros oirán su voz. Y saldrán los que hicieron buenas
que vivirán. Y los que obraron mal, a resucitar para el juicio.
obras a resucitar para la vida, y los que obraron mal, a resu-
He aquí los que no vivirán, porque morirán con la muerte se-
sunt, et pro ómnibus mortuus. est, ut qui vivunt, iam non sibi vivant, sed
ei qui pro ipsis mortuus est, ct resurrexit2C. Omnes itaque mortui sunt: illud iudicium, quod paulo ante, sicut nunc, pro damnatione posuerat,
in peccatis, nemine prorsus excepto, sive originalibus, sive etiam volúntate; dicens, Qui verbum meum audit, et credit ei qui misit me, habet vitam
additis, vel ignorando, vel sciendo nec faciendo quod iustum est: et pro aeternam, et in iudicium non veniet, sed transiit a morte in vitam2*:
ómnibus mortuis vivus mortuus est unus, id est, nullum habens omnino pec- id est, pertinendo ad primam resurrectionem, qua nunc transitur a morte
catum: ut qui per remissionem peccatorum vivunt, iam non sibi vivant, sed ad vitam, in damnationem non veniet, quam significavit appellatione iudi-
ei qui pro ómnibus mortuus est propter peccata nostra, et resurrexit cii, sicut etiam hoc loco, ubi ait, Qui vero mala egerunt, in resurrectionem.
propter iustificationem nostram; ut crecientes in eum qui iustificat inv iudicii, id est, damnationis. Resurgat ergo in prima, qui non vult in se-,
pium, ex impietate iustificati, tanquam ex morte vivificati, ad priman» cunda resurrectione damnari. Venit enim hora, et nunc est, quando mor-.
resurrectionem, quae nunc est, pertinere possimus. Ad hanc enim primara tui audient vocem. Filii Dei; et qui audierint, vivent J°, id est, in damna-
non pertinent, nisi qui beati erunt in aeternum: ad secundam vero, de tionem non venient, quae secunda mors dicitur: in quam mortem, post
qua mox locuturus est, et beatos pertinere docebit, et miseros. Ista est secundam, quae corporum futura est, resurrectionem, praecipitabuntur,
misericordiae, illa iudicii. Propter quod in Psalmo scriptum est: Miseri- qui in prima, quae animarum est, non resurgunt. Veniet enim hora (ubi
cordiam et iudicium cantaba tibi, Domine ". non ait, et nunc est; quia in fine saeculi erit, hoc est in ultimo et máxi-
mo iudicio Dei), quando omnes qui in monumentis sunt, audient vocem
2. De quo iudicio consequenter adiunxit, atque ait: Et potestatem eius, et procedent31. Non* dixit quemadmodum in prima, et qui audierint,
dedit ei iudicium faceré, quia Filius hominis est. Hic ostendit, quod itt vivent. Non enim omnes vivent, ea scilicet vita, quae quoniam beata est,
ca carne veniet indicaturus, in qua venerat iudicandus. Ad hoc enim ait; sola vita dicenda est. Nam utique non sine qualicumque vita possent
quoniam Filius hominis est. Ac deinde subiungens unde agimus: Tfolite, audire, et de monumentis resurgente carne procederé. Quare autem (non
inquit, miran hoc, quia veniet. hora, in qua omnes qui in monumentü omnes vivent, in eo quod sequitur, docet: Qui bona, inquit, fecerunt, in
sunt, audient vocem eius; et procedent qui bona fecerunt, in resurrectio- resurrectionem vitae, hi sunt qui vivent: qui vero mala egerunt, in rer;
nem vitae; qui vero mala egerúnt, in resurrectionem iudicii™ Hoc est
28 =" Ibid., 24.
27
2 Cor. 5,14.15. '"> Ibid., 25,
Ps. 100,1. . r.i • •> Ibid, s*. • • '• .
"' lo. 5,37-10 ; ,u,',
1454 LA CIUDAD D E D I O S XX, 7,1
fruncía. Oblaron mal porque vivieron mal, y vivieron mal por- XXi 7, 1 EL JUICIO FINAL 1455

que no resucitaron en la primera resurrección, que se opera diablo y satanás—, y lo condenó por mil años, y lo precipitó
ahora en las almas, o no perseveraron hasta el fin en el pro- en el abismo. Y cerró el abismo y puso sobre él su sello, para
pósito de su resurrección. que no seduzca más a las naciones hasta que se cumplan los
Como son dos las regeneraciones, de las cuales ya he ha- mil años. Después será soltado por breve tiempo. Luego vi
blado más arriba, una según la fe, que se obra ahora por el unos tronos y a los que se sentaban en ellos, a tos cuales se
bautismo, y otra según la carne, que se obrará en el juicio dio la potestad de juzgar. Y vi las almas de los degollados
final, cuando la carne se torne incorruptible e inmortal, así por confesar a Jesús y por la palabra de Dios, y cuantos no
son dos las resurrecciones. La primera, que se actúa ahora, es 'han adorado la bestia ni su imagen ni han recibido en las
la de las almas, y no permite incurrir en la muerte segunda. frentes su marca, ni en las manos, reinaron también con Jesús
Y la segunda, que vendrá al fin del mundo, no es de las al- mil años. Los otros no han vivido hasta cumplidos los mil

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mas, sino de los cuerpos. Ella enviará, por efecto del último años. Esta es la resurrección primera. Dichoso y santo es
juicio, a unos a la muerte segunda y a otros a la vida in- quien toma parte en esta primera resurrección. Sobre éstos, la
mortal. muerte segunda no tendrá poderío. Y serán sacerdotes de Dios
y de Cristo y reinarán con él mil años [ 1 0 ] . Quienes por estas
C A P I T U L O V I I palabras han sospechado que la resurrección primera es cor-
pora], han adoptado esta opinión movidos, sobre todo, por los
LAS DOS RESURRECCIONES. LOS MIL AÑOS DEL APOCALIPSIS mil años, en la idea de que todo ese tiempo debe ser como el
Y UN SENTIR RAZONABLE SOBRE ELLOS sábado de los santos, en que reposarán santamente después
de seis mil años de trabajos. Estos años se cuentan a partir de
1. El mismo evangelista San Juan habla de estas dos re- la creación del hombre v de su despedida, ganada por el pe-
surrecciones en su Apocalipsis. Pero es tal su modo de expre- cado, de la felicidad del paraíso a las miserias de la vida
sarse, que algunos de los nuestros, no entendiendo la prime- mortal. Y así como está escrito: Un día ante Dios es como mil
ra, han venido a parar en fábulas ridiculas. San Juan dice en años, Y mil años como un día, pasados los seis mil años como
el citado libro: Vi también descender del cielo un ángel, que seis días, el séptimo, es decir, los años últimos, harán las
tenía la llave del abismo y una gran cadena en su mano. veces del sábado para los santos, que resucitarán a celebrarlo.
Y agarró al dragón—esa serpiente antigua que se apellidó Esta opinión sería hasta cierto punto admisible si se cre-

surrectionem iudicii, h¡ sunt qui non vivent; quia secunda morte mo- et tenuit draconem illum serpentem antiquum, qui cognominatus est día-
rientur. Mala quippe egerunt, quoniam male vixerunt: male autem vixe- bolus et satanás, et alligavit illum mille annis, et misit illum in abyssum;
runt, quia in prima, quae nunc est, animarum resurrectione non revixerunt, et clausit, et signavit super eum, ut non seduceret iam gentes, doñee
aut in eo quod revixerant, non in finem usque manserunt. Sicut ergo duae jiniantur mille anni: post haec oportet eum solví brevi tempore. Et vidi
sunt regenerationes, de quibus iam supra locutus sum, una secundum sedes, et sedentes super eas, et iudicium datum est. Et animae occisorum
fidem, quae nunc fit per Baptismum; alia secundum carnem, quae fiet in propter testimonium lesu, et propter verbum Del, et si qui non adorave-
eius incorruptione atque immortalitate per iudicium magnum atque no runt bestiam, nec imaginem eius, ñeque acceperunt inscriptionem in fronte
vissimum: ita sunt et resurrectiones duae, una prima, quae et nunc est. aut in manu sua, et regnaverunt eum lesu mille annis: reliqui eorum non
et animarum est, quae venire non permittit in mortem secundara; alia vixerunt, doñee jiniantur mille anni. Haec resurrectio prima est. Beatus
secunda, quae nunc non est, sed in saeculi fine futura est, nec animarum. et sanctus est, qui habet in hac prima resurrectione partem. In istis se-
sed corporum est, quae per ultimum iudicium alios mittet in secundare cunda mors non habet potestatem; sed erunt sacerdotes Dei et Christi,
mortem, aiios ín eam vítam, quae non habet mortem. et fegnabunt eum eo mille anniss2. Qui propter haec huius libri verba
primam resurrectionem futuram suspicati sunt corporalem, ínter caetera
máxime numero annorum mille permoti sunt, tanquam oporteret in sanctis
CAPL'T V I I eo modo veluti tanti temporis fieri sabbatismum, vacatione scilicet sancta
post labores annorum sex millium, ex quo creatus est homo, et magni
DE DIABUS HESUKRF.CTI0MBUS ET DE MILLE ANNIS QUID IN APOCALYPSI
illius peccati mérito in huius mortalitatis aerumnas de paradisi felicítate
IOANNIS SCRIPTUM SIT, ET QUID DE EIS RATIONABILITER SKNTIATBR
dimissus est, ut quoniam scriptum est,23Vnus dies apud Dominum sicut
1. De bis duabus resurrectionibus ídem Ioannes evangelista in libro mille anni, et mille anni sicut dies unus , sex arinorum millibus tanquam
qui dicitur Apocalypsis, eo modo locutus est, ut earum prima a quibusdam sex diebus impletis, sequatur velut sabbati septimus in annis mille postrer
nostris non intellecta, insuper etiam in quasdam ridiculas fábulas verte- mis, ad hoc scilicet sabbatum celebrandum resurgentibus sanctis. Quae
retur. Ait quippe in libro memorato Ioannes apostolus: Et vidi angeltim opinio esset utcumque tolerabilis, si aliqüae deliciae spirituales in illo
descendentem de cáelo, habentem clavem abyssi, et catenam in manu sua, A p o c . 20,1-6.
e F e r r . 3,8.
1456 W CIUDAD DE DIOS X X , 7< 2 XX, 7, S Ei JUICIO PIÑAL I4ñ7

yera que durante ese sábado los santos gozarán de algunas de- drá fin. Y en este sentido llamaría aquí mil años a la última
licias p o r la presencia del Señor. Yo mismo me he adherido parte de ese tiempo, como un día que dura hasta el fin del
algún tiempo a ese sentir [ 1 1 ] . Pero sus defensores dicen que mundo, tomando la parte por el todo. 0 se sirve de los mil
los resucitados se holgarán en inmoderados banquetes carna- años para designar la duración del mundo, empleando un nú-
les, en los que la comida y la bebida carecerán de modestia, mero perfecto para denotar la plenitud del tiempo. El número
y excederán el modo de los incrédulos. Y esto no pueden creer- mil es el cubo de diez, y diez por diez son ciento. Esta es una
lo sino los carnales. Los espirituales, empero, dan a éstos el figura plana, y para hacerla sólida es preciso multiplicar cien
nombre de yihicurrá';, palabra griega que nosotros literal- por diez, y tenemos ya los mil. P o r consiguiente, si a veces se
mente podemos traducir por milenaristas. Refutarlos al detalle emplea el número cien para indicar totalidad, como cuando el
sería muy largo. Prefiero por eso mostrar cómo deben enten- Señor hizo esta promesa a aquel que deja todo por seguirle:
derse esas palabras de la Escritura.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Recibirá cien doblado en esta vida—lo cual expone el Apóstol
2. Nuestro Señor Jesucristo dice concretamente: Nadie de este m o d o : Como no teniendo nada y poseyéndolo todo,
puede entrar en casa del fuerte y robar sus vasos si primero pues ya había dicho antes que el mundo de las riquezas es
no lo ata bien. P o r fuerte entiende aquí al diablo, pues que propiedad del hombre fiel—, ¿cuánto más se usará el número
pudo someter a sí al género humano, y por los vasos los fie- mil para designar universalidad, siendo el cubo del diez? Este
les, que él tenía enviscados en la impiedad y en el pecado. es el mejor sentido de aquellas palabras del Salmo: Nunca
Para maniatar, pues, a este fuerte, vio San Juan en el Apo- jamás se ha olvidado de la alianza y de la promesa hecha
calipsis descender del cielo un ángel que tenía la llave del para mil generaciones, o sea para todas.
abismo y una gran cadena en su mano. Y agarró al dragón, 3. Y lo precipitó en el abismo, es decir, precipitó así,
prosigue—a esa serpiente antigua que se apellidó diablo y realmente en el abismo, al diablo. Este abismo denota la mul-
Satanás—, y lo encadenó por mil años. Es decir, impidió su titud innumerable de impíos, cuyos corazones son un abismo
poder de seducción y de posesión de los redimidos. de malignidad contra la Iglesia de Dios. Y dice que lo precipitó
Los mil años pueden entenderse de dos maneras, a mi no porque el diablo no estuviera ya antes allí, sino porque, ex-
modo de ver; o porque eso ha de pasar en los mil últimos cluido del corazón de los fieles, comenzó a poseer más fuerte-
años, es decir, en el sexto millar, como en el sexto día, cuyo? mente a los impíos. Es más poseído por el diablo quien no
últimos años transcurren ahora para ser seguidos del sábado
que no tiene tarde, o sea del reposo de los santos, que no ten- liaiio tanquam sexto die, cuius nunc spatia posteriora volvuntur; secuturo
deinde sabbato, quod non habet vesperam, requie scilicet sanctorum, quae
non habet finem: ut huius milliarii tanquam diei novissimam partem,
sabbato adíuturae sanctis per Domini praesentiam crederentur. Nam etiam quae remanebat usque ad terminum saeculi, mille annos appellaverit; eo
nos hoc opinati fuimus aliquando. Sed eum eos qui tune resurrexerint, loquendi modo, quo pars significatur a toto: aut certe mille annos pro
dicant immoderatissimis carnalibus epulis vacaturas, in quibus cibus sit annis ómnibus huius saeculi posuit; ut perfecto numero notaretur ipsa
tantus ac potus, ut non solum nullam modestiam teneant, sed nsodum temporis plenítudo. Millenarius quippe numerus denarii numeri quadra-
qnoque ípsius incredulitatis excedant: nullo modo ista possunt nisi a car- lum solidum reddit. Decem quippe decies ducta, fiunt centum; quae iam
nalibus credi. Hi autem qui spirituales sunt, istos ista credentes y_ih\ao-rá<; figura quadrata, sed plana est. Ut autem in altitudinem surgat, et solida
appellant graeco vocabulo; quos, verbum e verbo exprimentes, nos pos- fiat, rursus centum decies multiplicantur, et mille sunt. Porro si centum
sumus Milliarios nuncupare. Eos autem longum est refellere ad singula; ipsa pro universitate aliquando ponuntur, quale illud est, quod Dominus
sed potius, quemadmodum Scriptura haec accipienda sit, iam dehemti> omnia sua dimittenti et eum sequenti promisit, dicens, Accipiet in hoc
ostendere. saeculo centwplum3S: quod exponens quodammodo Apostolus, ait, Quasi
2. Ait ipse Dominus lesus Christus, tierno potcst inlroire in domum nihil habentes, et omnia posside.ntesso; quia et ante iam dictum erat,
fortis, et vasa eius eripere, nisi prius alligaverit fortem.''1: diabolum volens Fidelis hominis totus mundos divitiarum est: quanto magis mille pro «ni*
intelligi fortem, quia ipse genus humanum potuit tenere captivum; vasm versitate ponuntur, ubi est soliditas ipsius denariae quadraturae? Undc
vero eius, quae fuerat erepturus, fideles suos futuros, quos Ole in diversi? nec illud melius intelligitur, quod in Psalmo legitur: Memor fu.it in saecu-
peccatis atque impietatibus possidebat. Ut ergo alligaretur hic fortis, lum, testamenti sai, verbi quod mandavit in mille generationes", id est,
propterea vidit iste apostolus in Apocalypsi angeium descendentem de in omnes.
cáelo, habentem clavem abyssi, et catenam in manu sua. Et. tenuit, in- 3. Et misit illum, inquit, ¿re abyssum: utique diabolum misit in abys-
«juit, draconem illum serpentem antiquum, qui cognominatus est diabolum *um. Quo nomine signifieata est multitudo innumerabilis impiorum, quo-
et satanás, et alligavit eum mille annis, hoc est, eius potestatem ab eis rum in malignitate adversus Ecclesiam Dei multum profunda sunt corda;
neducendis ac possidendis, qui fuerant liberandi, cohibuit atque frenavit. non quia ibi diabolus ante non erat; sed ideo dicitur illuc missus, rpiia
Mille autem anni duobus modis possunt, quantum mihi oceurrit, intelligi:
aut quia in ultimts annis mille ista res agitur, id est, sexto annoriiin nrií- ss
M t , 19,29; M e . ro,30.
8a
2 C o r . 6,ia.
Me. 3,2?. " P s . 104,8. ,."-rr ... •
1*58 LA CIUDAD DE D I O S X X , 7, 3 XX, 7, 4 EL J U I C I O FINAL 1459
sólo se aleja de Dios, sino que odia sin motivo a los servi- El diablo fué, pues, encadenado y encerrado en el abismo
dores del mismo. para eso, para que no seduzca a las naciones que integran la
Y cerró el abismo-—prosigue—y puso su sello sobre él, Iglesia, que tenía seducidas antes de que existiera la misma.
para que no ande más engañando a las naciones hasta que se No dijo: Para que no seduzca a nadie, sino: Para que no
cumplan los mil años. Cerró sobre él, es decir, le prohibió la seduzca a las naciones, en las cuales ha querido, sin duda, dar
salida y violar lo mandado. Esta adición: Y puso su sello, a entender la Iglesia. Hasta que se cumplan los mil años,
puede significar que Dios no quiere que se sepa quiénes per- o sea, lo que resta del día sexto, que es de mil años, o todos
tenecen al diablo y quiénes no. Está absolutamente oculto en los años que dure el mundo.'
esta vida, porque es incierto si el que parece estar en pie 4. Estas palabras: Para que no seduzca más a las nacio-
caerá y si el que parece estar ya en el suelo se levantará. Mas, nes hasta que se cumplan los mil años, no deben entenderse
atando y encerrando al diablo, se le impide seducir a las na- como si después hubiera de seducir a esas mismas naciones

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ciones que pertenecen a Cristo, y que él antes seducía o rete- que componen la Iglesia predestinada—prohibición que im-
nía. Porque—como dice el Apóstol—Dios resolvió antes de la plican su encerrona y su encadenamiento—. Porque o esta
creación del mundo librar a esas almas del reino de las tinie- expresión es semejante a otra corriente en las Escrituras, por
blas y transferirlas al reino del Hijo de su amor. Y ¿qué fiel ejemplo, en este salmo: Nuestros ojos están clavados en el
ignora que el diablo seduce aun ahora a las naciones y las Señor, Dios nuestro, para que se apiade de nosotros, lo cual
lleva consigo al suplicio eterno? Esto no lo hace con los no quiere decir que, una vez que se apiade, no estarán los ojos
predestinados a la vida eterna. No hay por qué inquietarse de de sus siervos fijos en el Señor, su Dios; o el orden gramatical
que el diablo seduzca frecuentemente a aquellos que, regene- es éste: Cerró y puso su sello sobre él hasta que se cumplan
rados ya en Cristo, marchan por las veredas del Señor. Porque los mil años. En cuyo caso esta interposición: Para que no
el Señor conoce quiénes son de El, y de éstos, Satanás no se- seduzcan más a las naciones, debe entenderse como indepen-
duce a ninguno arrastrándole a la condenación eterna. Dios diente e inconexa con ese orden y como añadida después. El
los conoce como Dios, es decir, como aquel a quien nada del período íntegro sería así: Cerró y puso su sello sobre él hasta
futuro se le oculta; no como hombre, que sólo ve a otro que se cumplan los mil años, para que no seduzca más a las
hombre cuando está presente, si es que puede decirse que ve naciones. En otros términos: el abismo estará cerrado hasta
a aquel cuyo corazón no ve y de quien no sabe qué será luego que se cumplan los mil años, para que cese de seducir a las
no menos que de sí mismo. naciones.
exclusus a credentibus plus coepit impíos possidere. Plus namque possi- est diabolus, et inclusus in abysso, ut iam non seducat gentes, ex quibus
detur a diabolo, qui non solum alienatus est a Deo, verum etiam gratis constat Ecclesia, quas antea seductas tenebat, antequam esset Ecclesia.
odit servientes Deo. Et clausit, inquit, et signavit super eum, ut iam non Nec enim dictum est, ut non seduceret aliquem; sed, ut non seduceret,
seduceret gentes, doñee finiantur mille anni. Clausit super eum, dictum inquit, iam gentes; in quibus Ecclesiam procul dubio voluit inteüigi:
est, intérdixit ei ne possit exire, id est, vetitum transgredí. Signavit autem, doñee finiantur, inquit, mille anni, id est, aut quod remanet de sexto die,
quod addidit, significasse mihi videtur, quia oceultum esse voluit, qui per- qui constat ex mille annis; aut omnes anni, quibus deinceps hoc saecu-
tineant ad partem diaboli, et qui non pertineant. Hoe quippe in saeculo lum peragendum est.
isto prbrsus latet: quia et qui videtur stare, utrum sit casurus; et qui 4. Nec sic accipiendum est quod ait, ut non seduceret iam gentes,
videtur ¡acere, utrum sit surrecturus, incertum est. Ab eis autem gentibus doñee finiantur mille anni; quasi postea seducturns sit eas duntaxat gen-
seducendis huius interdicti vinculo et claustro diabolus prohibetur atque tes, ex quibus praedestinata constat Ecclesia, a quibus seducendis illo est
cohibetur, quas pertinentes ad Christum seducebat antea, vel tenebat. Has vinculo claustroque prohibitus. Sed aut illa locutione dictum est, quae in
enim,s Deüs elegit ante mundi constitutionem eruere39de potestate tenebra- Scripturis aliquotíes invenitur, qualis est in Psalmo, Sic oculi nostri ad
rum' , ét transferre in regnum Filii charitatis suae , sicut Apostolus ait. Dominum Deum nostrum, doñee misereatur nostri11; ñeque enim eum
Nám seducere illum gentes etiam mine, et secum trahere in aeternam misertus fuerit, non erunt oculi servorum eius ad Dominum Deum suum:
poenam, sed non praedestinatas in aeternam vitam, quis fidelis ignorat? aut certe iste est ordo verborum, Et clausit, et signavit super eum, doñee
Nec moveat, quod saepe diabolus seducit etiam illos, qui iam regenerati finiantur mille anni; quod vero interposuit, ut, non seduceret iam gentes,
in Christo, vias ingrediuntur Dei. Novit enim Dominiis qui sunt eius 40: ita se habet, ut ab huius ordinis connexione sit liberum, et seorsus intel-
ex his,:in aeternam damnationem neminem ille seducit. Sic enim novit ligendum, velut si post adderetur, ut sic se haberet tota sententia, Et
eos Deminus, ut Deus, quem nihil latet etiam futurorum; non ut homo, clausit, et signavit super eum, doñee finiantur mille anni, ut non seduceret
qui hominem ad praesens videt (si tamen videt, cuius cor non videt), iam gentes; id est, ideo clausit, doñee finiantur mille anni, ut iam non
qualis, autem postea sit futurus, nec se ipsum videt. Ad hoc ergo ligatus seduceret gentes.
a 41
» E p h . 1.4. P S . IM,».
39
C o l . 1,13.
*• s T i m . 2,19.
1460 LA CIUDAD DE D I O S XX, 8,1
XX, 8,2 Rt JUICIO FINA!, 1461
Iglesia en este mundo, sea que no la halle, sea que la destru-
CAPITULO VIII ya con su persecución. El diablo no está, pues, atado todo
el tiempo que abarca este libro, a saber, desde la primera ve-
¿CÓMO SE ENTIENDE EL ATAR Y El. SOLTAR AI. DIABLO? nida de Cristo hasta el fin del mundo, en que será la segunda.
Y es que estar atado durante mil años significa que no sedu-
1. Después—añade—será soltado por breve tiempo. Si el cirá a la Iglesia en ese intervalo, puesto que no la seducirá
diablo está atado y encerrado con el fin de que no pueda sedu- ni cuando sea soltado. Y, claro es, si el estar atado es para él
cir a la Iglesia, ¿su libertad consistirá en poder eso? Ni pen- no poder seducir o no permitírsele hacerlo, ser soltado, ¿qué
sarlo. Nunca jamás seducirá a la Iglesia, predestinada y ele- será sino poder seducir o permitírsele? Esto no se realizará. El
gida antes de la creación del mundo, de la cual está escrito prendimiento es simplemente no permitirle tentar a los hom-
que conoce el Señor quiénes son de él. Y, sin embargo, cuando bres cuanto pueda por seducción o por violencia para hacerles

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


el diablo sea soltado, habrá en la tierra una Iglesia, como la pasar a su partido. Si esto se le permitiera durante tan largo
ha habido desde su institución y la habrá siempre en los su- espacio de tiempo, la flaqueza humana es tal, que haría caer
yos en sucesión continua. Poco después dice que el demonio; a un gran número de fieles y los derribaría y desviaría de la
una vez libre, vendrá, con todas las naciones que haya sedu- fe-—cosa que Dios no quiere—. Y por eso precisamente está
cido en el mundo entero, a guerrear contra la Iglesia, y que atado.
el número de estos enemigos igualará a la arena del mar. Y se 2. Mas será suelto cuando quede poco tiempo. La Escri-
extendieron—dice—sobre la redondez de la tierra y cercaron tura nos dice que el demonio y sus cómplices volcarán toda su
los reales de los santos y la ciudad amada. Mas Dios hizo saña en tres años y seis meses, y sus contrincantes serán tales,
llover fuego del cielo, que los consumió, y el diablo, que los que no podrá vencerlos ni por la fuerza ni por sus arterías. Si
traía engañados, fué precipitado en un estanque de fuego y nunca fuera soltado, se conocería menos su maligna potencia,
azufre, donde también lo fueron la bestia y el falso profeta, sería menos probada la paciencia fidelísima de la ciudad santa
Y allí estarán atormentados día y noche por los siglos de los y, finalmente, brillaría menos la sabiduría del Omnipotente
siglos. al usar bien de tamaño mal. Dios no le impidió del todo ten-
Este pasaje alude ya al juicio final, y he pensado mencio- tar a los santos, aunque le arrojó de las intimidades de los
narlo ya ahora por temor a que alguien se imagine que, en el hombres, donde radica la fe en Dios, a fin de que en lo exte-
poco tiempo en que andará suelto el diablo, no existirá la rior se aprovecharan del combate. Pero lo ligó a los de su
ram, illo hic eam vel non inveniente, cum fuerit solutus, vel absumente,
CAPUT VIH cum fuerit modis ómnibus persecutus. Non itaque per totum hoc tempus»
quod líber iste complectitur, a primo scilicet adventu Christi usque in
Ü E ALUGATIONE ET S0LUTI0XE DÍABOLI saeculi finem, quo erit secundus eius adventus, ita diabolus alligatur, ut
eius haec ipsa sit alligatio, per hoc intervallum, quod mille annorum nu-
1. Post haec, inquit, oportet eum solví brevi tempore "a. Si hoc est mero appellat, non seducere Ecclesiam; quandoquidem illam nec solutus
diabolo ligari et includi, Ecclesiam non posse seducere; haec ergo erit utique seducturus est. Nam profecto si ei alligari est, non posse seducere,
solutio eius, ut possit? Absit: nunquam enim ab illo Ecclesia seducetur sive non permitti; quid erit solvi, nisi posse seducere, sive permitti? Quod
praedestinata et electa ante mundi constitutionem, de qua dictum est, absit ut fiat: sed alligatio diaboli, est non permitti exercere totara tenta-
Novit Dominas qui sunt eius ": et tamen hic erit etiam illo tempore, quo tionem, quam potest vel vi vel dolo ad seducendos nomines, in partem
solvendus est diabolus, sicut ex quo est instituía, hic fuit et erit omni suam cogendo violenter, fraudulenterve fallendo. Quod si permitteretur in
tempore, in suis utique qui succedunt nascendo morientibus. Nam paulo tam longo tempore et tanta infirmitate multorum, plurimos tales, quales
post dicit, quod solutus diabolus seductas gentes toto orbe terrarum Deus id perpeti non vult, et f¡deles deiiceret. et ne crederent impediret:
attrahet in bellum adversus eam, quorum hostium numerus erit ut arena quod ne faceret, alligatus est.
maris. Et ascenderunt, inquit, super terrae latitudinem., et cinxerunt castra 2. Tune autem solvetur, quando et breve tempus erit. Nam tribus
sanctorum, et dilectam civitatem: et descendit ignis de cáelo a Deo, el annis et sex mensibus legitur totis suis suorumque viribus saeviturus: et
c.omedit eos: et diabolus qui seducebat eos, missus est in stagnum ignis tales erunt, cum quibus ei belligerandum est, ut vinci tanto eius Ímpetu
et sulphuris, ubi et bestia et pseudopropheta; et cruciabuntur die ac nocte ínsidiisque non possint. Si autem nunquam solveretur, minus appareret eius
in saecula saeculorum ". Sed hoc iam ad iudicium novissimum pertinet, maligna potentia, minus sanctae civitatis fidelissima patientia probaretur;
quod nunc propterea commemorandum putavi, ne quis existimet eo ips© minus denique perspiceretur, quam magno eius malo tam bene fuerit usus
parvo tempore, quo solvetur diabolus, in hac térra Ecclesiam non futu- Omnipotens: qui eum nec omnino abstulit a tentatione sanctorum, quam-
vis ab eorum interioribus hominibus, ubi in Deum creditur, foras missum,
*'s Apoc. so,3. " Apoc. 30,8-io, '"" '" ut forinsecus eius oppugnatione proficerent; et ín cis qui sunt ex parte
* 2 T i m . 2,t<j. ipsius, alligavit, ne quantam posset effundendo et exercendo malitiam,.
1462 LA CIUDAD DE DIOS X X , 8, S
XX, 8, 3 EV JUICIO FINAL 1463
partido, para que, babeando malicia, no apease de su fe pia-
dosa a muchos hombres frágiles que debían engrosar las filas años y seis meses, cuando, suelto, se ensañará con todas sus
de la Iglesia: unos, futuros creyentes; otros, creyentes actua- fuerzas, abrazará alguno la fe, no abrazada por él [ 1 2 ] . ¿Cómo
les. Lo soltará al fin para que la Ciudad de Dios, con inmensa se justificaián aquellas palabras: ¿Quién entrará en casa del
gloria de su Redentor, Ayudador y Libertador, se dé cuenta fuerte y le robará sus vasos si primero no lo ata bien, si se
del enemigo que ha vencido. ¿Qué somos nosotros en compa- los roban también estando suelto? Esta frase parece obligar-
ración de los santos y fieles que serán entonces? Y para pro- nos a creer que en aquel tiempo, aunque breve, nadie se hará
barlos soltará a ese brutal enemigo con el que, aun atado, cristiano, sino que el diablo luchará con los cristianos ya tales.
libramos nosotros batalla con tantos riesgos. Aunque no hay Y si algunos de éstos fueren vencidos y le siguieren, hay que
duda que también durante ese intervalo han existido y exis- decir que no eran del número de los hijos predestinados de
ten algunos soldados de Cristo tan bravos y aguerridos, que. Dios. No en vano el mismo apóstol San Juan, autor del Apo-
si vivieran, cuando sea soltado, esquivarían con suma maestría

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


calipsis, dice de algunos en su Epístola: Han salido de entre
sus arremetidas y las aguantarían con paciencia suma. nosotros, mas no eran de los nuestros, porque, si hubieran sido
3. Mas el diablo no ha sido solamente atado desde que de los nuestros, hubieran, sin duda, perseverado con nosotros.
la Iglesia comenzó a extenderse fuera de Judea, en las de- Y ¿qué diremos de los niños? No es creíble que no halle
más naciones, sino que lo es ahora y lo será siempre hasta el algún niño hijo de cristiano y aún no bautizado, o que no naz-
fin del mundo, en que deberá ser soltado. Vemos a diario ca ninguno durante ese tiempo, y que en este caso sus padres
personas que, dejando la infidelidad, se convierten a la fe, tío lo acercarán a la fuente de la regeneración. Si hacen esto,
y esto seguirá, indudablemente, repitiéndose hasta el fin del ¿cómo le arrebatarán estos vasos una vez soltado ya el diablo,
mundo. Y a la verdad que el fuerte está ligado para cada en cuya casa no entra nadie para robárselos si no lo ata bien
fiel, cuando es sacado como su presa de las garras del demo- antes? Más bien debe creerse que durante ese tiempo no fal-
nio, y el abismo en que fué encerrado no quedó destruido por tarán las apostasías en la Iglesia ni las conversiones a la mis-
la muerte de los perseguidores que existían cuando fué ence- ma. Y serán tan fuertes entonces los padres para bautizar a
rrado por primera vez. A éstos les han sucedido y les sucede- sus hijos y los nuevos convertidos, que vencerán al fuerte,
rán hasta el fin de los siglos odiadores de los cristianos, en aunque esté suelto; es decir, que, aunque emplee contra ellos
cuyos corazones ciegos y profundos es encerrado a diario como toda la artillería nunca antes usada o los apriete hasta ahogar-
en un abismo. los, le cogerán las vueltas y lo confundirán. Y así, le robarán
El problema crucial es saber si en aquellos tres último? aunque no esté atado. Mas no por eso será falsa la palabra
ínnumerabiles infirmos ex quibus Ecclesiam multiplican et impleri opor-
tebat, alios credituros, alios iam credentes, a fide pietatis hos deterreret, fuerat, sit accessurus ad fidem, nonnulla quaestio est. Quomodo enim stabit
hos frangeret; et solvet in fine, ut quam fortem adversarium Dei civitas quod dictum est, Quis intrat in domum fortis, ut vasa eius eripiat, nisi
superaverit, cum ingenti gloria sui redemptoris, adiutoris, liberatoris, aspi- priús alligaverit fortem,? is si etiam soluto eripiuntur? Ac per hoc ad hoc
ciat In eorum sane, qui tune futuri sunt, sanctorum atque fidelium cora- cogeré videtur ista sententia, ut credamus illo, licet exiguo, tempore ne-
paratione quid sumus? quandoquidem ad illos probandos tahtus solvetuí minem áccessurum esse populo christiano, sed cum eis qui iam Christiani
inimicus, cum quo nos ligato tantis periculis dimicamus. Quamvis et hoc reperti fuerint, diabolum pugnaturum: ex quibus etiamsi aliqui victi se-
temporis intervallo quosdam milites Christi tam prudentes et fortes fuisse cuti euTQ fuerint, non eos ad praedestinatum filiorum Dei numerum per-
atque esse, non dubium est, ut etiam si tune in ista mortalitate viverent, tinere. Ñeque enim frustra idem Ioannes apostolus, qui et hanc Apoca-
quando Ule solvetur, omnes insidias eius atque Ímpetus et caverent sapien- lypsim scripsit, in epístola sua de quibusdam dicit, Ex nobis exierunt, sed
tissime, et patientissime sustinerent. non eránt ex nobis: nam si fuissent ex nobis, mansissent tiuque no-
3. Haec autem alligatio diaboli non solum facta est, ex quo coepíf hiscum **. Sed quid fiet de parvulis? Nimium quippe incredibile est, nullos
Ecclesia praeter Iudaeam terram in nationes alias aliasque dilatan; sed iam natos et nondum baptizatos praeoecupari Christianorum filios illo
etiam nunc fit, et fiet usque ad terminum saeculi, quo solvendus est. Quia tempore infantes, nullos etiam ipsis nasci iam diebus; aut si erunt, non
et nunc homines ab infidelitate, in qua ipse eos possidebat, convertuntur eos a parentibu3 suis ad lavacrum regenerationis modo quocumque per-
ad fidem, et usque in illum finem sine dubío convertentur: et utique duci. Quod si fiet, quo pacto soluto iam diabolo vasa ista eripientur, in
unicuique iste fortis tune alligatur, quando ab illo tanquam vas eiu? cuius domum nemo intrat, ut vasa eius eripiat, nisi prius alligaverit eum?
eripitur: et abyssus ubi inclusus est, non in eis consumpta est, quando Imo vero id potius est credendum, nec qui cadant de Ecclesia, nec qui
sunt mortui, qui tune erant quando esse coepit inclusus; sed successerunt accedant Ecclesiae illo tempore de futuros: sed proferto tam fortes erunt
eis alii nascendo, atque succedunt, doñee finiatur lioc saeculum, qui ode- et parentes pro baptizandis parvulis suis, et hi qui tune primitus credituri
rint Ghristianos, in quorum quotidie, velut in abysso, caecis et profundi.» sunt, ut illum fortem vincant etiam non ligatum, id est, ómnibus, quali-
cordibus includatur. Utrum autem etiam illis ultimis tribus annis et men- bus antea nunquam. vel artibus insidiantem, vel urgentem viribus, et vi-
sibus sex, quando solutus totis viribus saeviturus est. aliquis in qua non " M t . 12,29. '
íe
T lo. 2,T<)
14M: l,A CIUDAD DE D I O S XX, S. '5
:ÍX,.&, 1 El, JUICIO FINAL 1465
del Evangelio: ¿Quién entrará en casa del fuerte y le robará
$us vasos si primero no lo ata bien? El orden exigido por le
frase queda salvado. Primeramente ha sido atado el fuerte C A P Í T U L 0 IX
y luego se le han robado sus vasos por todos sus flancos y en
todas las naciones para aumentar la Iglesia, de suerte que.
DIFERENCIAS ENTRE EL REINO I»E LOS SANTOS CON CHISTO
vigorizada y robustecida por la fe en las cosas divinamente
DURANTE MU. AÑOS Y EL REINO ETERNO
predichas y cumplidas, se capacita para despojar al fuerte,
aunque ande suelto. Y es preciso admitir que, campeando la 1. En este intervalo, durante los mil años que el diablo
iniquidad, se resfriará la caridad de muchos, y que muchos, caté atado, es decir, desde la primera venida de Cristo, los
que no están escritos en el libro de la vida, se rendirán ante santos reinan también con él. En efecto, si además del rei-
las inauditas persecuciones y arterías del demonio ya suelto. no del que se dirá al fin de los siglos: Venid, benditos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Debe igualmente creerse que no sólo los verdaderos fieles de de mi Padre, a poseer el reino que os está preparado, los
entonces, sino también algunos que estarán fuera de la Igle- santos a quienes dice: Yo estoy con vosotros hasta la consu-
sia, ayudados por la gracia de Dios y por la autoridad do las- mación de los siglos, no tendrán otro, aunque muy desigual,
Escrituras, que han predicho el fin del mundo, que ellos tie- en el que reinen con El, sin duda que no llamaría ahora a la
nen ya ante la vista, estarán más dispuestos a creer lo que no Iglesia su reino o reino de los cielos. Porque éste es el tiempo
creían y más fuertes para vencer al diablo, por suelto que en que el doctor del que hemos hablado antes, que saca de su
ande. Si esto es así, diremos que fué primeramente atado con repuesto cosas nuevas y viejas, es instruido en el reino de
el fin de despojarle de sus bienes una vez suelto y que por Dios. Y es de la Iglesia de donde los segadores han de recoger
eso el Salvador dijo: ¿Quién entrará en casa del fuerte a ro- la cizaña, que se ha dejado crecer con el trigo hasta la siega.
bar sus vasos si primero no lo ata bien? Me aquí la exposición de la parábola: La siega es el fin del
mundo, y los segadores, los ángeles. Y así como se recoge la
cizaña y se quema en el fuego, así sucederá al fin del mundo.
gilanter intelligant, et toleranter ferant: ac sic illi etiam non ligato eri-
piantur. Nec ideo falsa erit evangélica illa sententia, Quis intrat in do-
Enviará el Hijo del fiambre a su ángeles y arrancarán de su
mum fortis, ut vasa eius eripiat, nisi prius alligaverit fortem? Secundum reino todos los escándalos. ¿Los arrancarán acaso del reino
enim sententiae eius verítatem, ordo iste servatus est, ut prius alligaretur en que no hay escándalos? No. Será de este su reino de aquí
fortis, ereptisque vasis eius, longe lateque in ómnibus gentibus ex firmis abajo, que es la Iglesia. Y asimismo dice: El que violare uno
et infirmis ita multiplícaretur Ecclesia, ut ex ipsa rerura divinitus prae- de estos mandamientos, por mínimos que parezcan, y enseñare
dictarum et impletarum robustissima fide, etiam soluta vasa possit auferre. a los hombres a hacer lo mismo, será tenido por el último en
Sicut enim fatendum est, multorum refrigescere charitatem, cum abundaí
iniquitas *', et inusitatis maximisque persecutionibus atque fallaciis dia-
boli iam soluti, eos qui in libro vitae scripti non sunt, multos esse cessit-
ros; ita cogitandum est, non solum quos bonos f¡deles illud tempus inve- CAPirr ix
niet, sed nonnullos etiam qui foris adhuc erunt, adiuvante Dei gratia per QCOD SIT RECNUM SANCTORUM CUM C H R I S T O PER MILLE AN'KOS, ET IN QDO
considerationem Scripturarum, in quibus et alia et finís ipse praenuntia- DISCERNATUR A REGNO AETERNO
tus est, quem venire iam sentiunt, ad credendum quod non credebant.
futuros esse firmiores, et ad vincendum etiam non ligatum diabolum for- 1. Interea dum mille annis ligatus est diabolus, sancti regnant cum
tiores. Quod si ita erit, propterea praecessisse dicenda est eius allígatio, Christo etiam ipsis mille annis eisdem sine dubio, et eodem modo intelli-
ut et ligati et soluti exspoliatio sequeretur: quoniam de hac re dictum gendis, id est, isto iam tempore prioris eius adventus. Excepto quippe irlo
ast, Quis intrabit in domum fortis, ut vasa eius eripiat, nisi prius alliga- regno, de quo in fine dicturus est, Venite, benedicti Patris mei, possidete
verit fortem? paraturn vobis regnum ", nisi alio aliquo modo, longe quidem impari, iam
nunc regnarent cura illo sancti eius, quibus ait, Ecce ego vobiscum sum
•' Mt. ZA,a.
asque in consummationem saeculi1'; profecto non etiam nunc diceretur
Ecclesia regnum eius, regnumve caelorum. Nam utique isto tempore in
regno Dei eruditur scriba ille, qui profert de thesauro suo nova et vete-
r a M , de quo supra locuti sumus. Et de Ecclesia collecturi sunt zizania
messores illi, quae permisit cum tritico simul crescere usque ad messem:
quod exponens ait, Messis est finís saeculi; messores autem Angelí sunt.
Sicut ergo colliguntur zizania; et igni comburuntur; sic erit in consum-
matione saeculi: mittet Filius hominis Angelas suos, et colligent de regno
"> M t . 23,34. « M t . 15,52.
li
" Ifojd., 38,20,
1466 LA CIUDAD DE D I O S XX, 9 , 1
XX, 9, 2 El/ JUICIO FINAI, 1467
el reino de los cielos; pero el que los cumpliere y enseñare,
ése será tenido por grande en el reino de los cielos. C o l o c a do a la diestra de Dios; gustad las cosas del cielo, no las de la
a los d o s en el r e i n o de l o s cielos, t a n t o a l q u e n o g u a r d a l o s tierra. D e éstos dice t a m b i é n q u e su c o n v e r s a c i ó n está e n los
m a n d a m i e n t o q u e e n s e ñ a c o m o al q u e l o s g u a r d a y los ense- c i e l o s . E n fin, r e i n a n con E l l o s q u e están de t a l m o d o en su
ñ a ; p e r o a q u é l s e r á el m í n i m o , y éste, el m á x i m o . r e i n o , q u e son e l l o s r e i n o s u y o . M a s ¿ c ó m o son r e i n o de Cristo
A r e n g l ó n s e g u i d o de eso a ñ a d e : Porque yo os digo que, si q u i e n e s , p o r o m i t i r o t r a s cosas, a u n q u e estén a l l í h a s t a el fin
vuestra justicia no es más llena y mayor que la de los escribas del m u n d o , en q u e sean r e c o g i d o s del r e i n o los e s c á n d a l o s ,
y fariseos, es decir, m a y o r q u e la de los q u e n o c u m p l e n l o b u s c a n en él sus p r o p i o s i n t e r e s e s , n o los de C r i s t o ?
q u e e n s e ñ a n , p u e s de los e s c r i b a s y fariseos dice en o t r o l u g a r : 2 . H e a q u í c ó m o h a b l a el A p o c a l i p s i s de la r e s u r r e c c i ó n
Dicen y no hacen; si v u e s t r a j u s t i c i a — r e p i t o — n o fuere m á ? p r i m e r a de este r e i n o m i l i t a r , en el q u e h a y e n e m i g o s q u e
c o l m a d a q u e la de éstos, q u e e q u i v a l e a decir, v o s o t r o s n o que- c o m b a t i r y p a s i o n e s a q u e h a c e r frente v s e ñ o r e a r v e n c i d a s ,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


b r a n t é i s , s i n o h a c e d lo q u e e n s e ñ á i s , no entraréis en el reino h a s t a l l e g a r a a q u e l r e i n o pacífico, sin l u c h a s n i e n e m i g o s .
de los cielos. D e s p u é s d e h a b e r d i c h o q u e el d i a b l o será a t a d o m i l a ñ o s y
E s p r e c i s o , p u e s , e n t e n d e r d e u n m o d o el r e i n o de l o s cie- al c a b o de e l l o s s o l t a d o p o r b r e v e t i e m p o , a ñ a d e , r e c a p i t u l a n d o
los en el q u e están t a n t o l o s q u e p o n e n en p r á c t i c a s u s ense- q u é h a r á la I g l e s i a o q u é h a r á n en e l l a d u r a n t e ese t i e m p o :
ñ a n z a s c o m o los q u e n o las p o n e n , s i e n d o el u n o p e q u e ñ o y el Y vi unos tronos y a los que se sentaban en ellos, a quienes
o t r o g r a n d e , y de o t r o el r e i n o de l o s cielos en el q u e n o e n t r a se dio la potestad de juzgar. N o d e b e p e n s a r s e q u e esto a l u d e
m á s q u e q u i e n p r a c t i c a . Así, el p r i m e r o — m o r a d a m i x t a — e s la al ú l t i m o j u i c i o . Se t r a t a de l o s t r o n o s de l o s p r e p ó s i t o s y de
I g l e s i a c u a l es a h o r a ; el s e g u n d o — e n t r a d a ú n i c a — e s l a I g l e s i a estos q u e a h o r a g o b i e r n a n la I g l e s i a . L a p o t e s t a d de j u z g a r
c u a l s e r á c u a n d o n o h a y a en e l l a p e c a d o r e s . L a I g l e s i a es, p u e s , q u e se les d i o p a r e c e ser p r o p i a m e n t e a q u e l l a de la cual se
a h o r a el r e i n o de C r i s t o y el r e i n o de los cielos. Y al p r e s e n t e d i j o : Lo que atareis en la tierra, será atado en el cielo, y lo
r e i n a n con El t a m b i é n sus s a n t o s , cierto q u e de d i s t i n t o m o d o que desatareis en la tierra, será desatado en el cielo. P o r eso
a c o m o r e i n a r á n m á s t a r d e ; p e r o la cizaña n o r e i n a con E l , e s c r i b e el A p ó s t o l : ¿Cómo podría yo meterme a juzgar a los
a u n q u e crezca con el t r i g o en la I g l e s i a . S ó l o r e i n a n con que están fuera? ¿No son los que están dentro a quienes vos-
E l q u i e n e s h a c e n lo q u e dice el A p ó s t o l : Si habéis resucitado otros tenéis derecho a juzgar?
con Cristo, buscad las cosas de arriba, donde Cristo está senta-
Y las almas de los degollados por confesar a Cristo—añade
eius omnia scandala 51. Numquid de regno illo, ubi nulla sunt scandala? el A p o c a l i p s i s — y por la palabra de Dios. Se s o b r e n t i e n d e a q u í ,
De isto ergo regno eius, quod est hic Ecclesia, colligentur. ítem dicit. c l a r o está, lo q u e dice a c o n t i n u a c i ó n : Reinarán con Jesús mil
Qui solverit unum de mandatis istis minimis, et docuerit sic homines, mi-
nimus vocabitur in regno caelorum: qui autem fecerit, et sic docuerit.
tera üéi sedens: quae sursum quaerite, non quae super terram™. De qua-
magnus vocabitur in regno caelorum". Utrumque dicit in regno caelo-
libus item dicit, quod eorum conversatio sit in caelis 56 . Postremo regnant
rum, et qui non facit mandata quae docet, hoc est enim solvere, non
cum illo, qui eo modo sunt in regno eius, ut sint etiam ipsi regnum eius.
servare, non faceré; et illum qui facit, et sic docet: sed istum mínimum,
Quomodo autem sunt regnum Christi, qui, ut alia taceam, quamvis ibi
illum magnum. Et continuo secutus adiungit, Dico enim vobis, guia nisi
sint dónec nolligantur in fine saeculí de regno eius omnia scandala, ta-
abundaverit iustitia vestra super Scribarum et Pharisacorum, id est, supet
men illie sua quaerunt, non quae Iesu Christi? "
íustitiam eorum qui solvunt quod docent. De Scribis enim et Pharisaeis
dicit alio loco, Quoniam dicunt, et non iaciunt s '\ Nisi ergo super eo* 2. De hoc ergo regno militiae, in quo adhuc cum hoste confligitur,
abundaverit iustitia vestra, id est, ut vos non solvatis, sed faciatis potius et aliquando repugnatur repugnantibus vitiis, alíquando cedentibus impe-
quod docetis, non intrabitis, inquit, in regnum caelorums4. Alio modo ratur, doñee veniatur ad illud pacatissimum regnum, ubi sine hoste regna-
igitur intelligendum est regnum caelorum, ubi ambo sunt, et ille scilicet bitur, et de hac prima resurrectione quae nunc est, liber iste sic loquitur.
qui solvit quod docet, et ille qui facit; sed ille minimus, iste magnus: alio Cum enim dixisset, alligari diabolum mille annis, et postea solví brevi
modo autem regnum caelorum dicitur, quo non intrat nisi ille qui facit. Ac tempere; mox recapitulando quid in istis mille annis agat Ecclesia vel
per hoc ubi utrumque genus est, Ecclesia est qualis nunc est; ubi autem agatur in ea, Et vidi, inquit, sedes et sedentes super eos, et iudicium
illud solum erit, Ecclesia est qualis tune erit, quando malus in ea non erit. datum est. Non hoc putandum est de ultimo iudicio dici: sed sedes prae-
Ergo Ecclesia et nunc est regnum Christi, regnumque caelorum. Regnant positorum, et ipsi praepositi intelligendi sunt, per quos Ecclesia nunc gu-
itaque cum illo etiam nunc sancti eius, aliter quidem, quam tune regna- bernatur. ludicium autem datum nullum melius accipiendum videtur, quam
bunt: nec tamen cum illo regnant zizania, quamvis in Ecclesia cum tritico id quod dictum est, Quae ligaveritis in térra, ligata erunt et in cáelo;
erescant. Regnant enim cum illo qui faciunt quod Apostolus ait, Si re- et quae solveritis in térra, soluta erunt et in cáelo". Unde Apostolus,
surrexistis cum Christo, quae sursum sunt sapite, ubi Christus est in.de.r- Quid enim mihi est, inquit, de his qui foris sunt indicare? nonne de his
qui intus sunt vos iudicatis ? " Et animae, inquit, occisorum propter tes-
sl
I b i d . , 39-4T. •* ^ M í . 23,3. 35
" M t . 5,19. '•" I b i d . . 5,20. 36
Col. 3,1 et 3. " ™ Mt. 18,18
ú7
Phil. 3,20 «> 1 Cor. 5,12.
Ibid., 2,2:1,
14«8 LA CIUDAD DE DIOS XX, 9, 3
XX, 9, 4 El, JUICIO FINAL 1469
años, es decir, las almas de los mártires todavía separadas de
sus cuerpos. En efecto, las almas de los justos muertos no sor liado, sin embargo no es ajeno a la recta fe pensar que significa
separadas de la Iglesia, que es al presente el reino de Cristo. la ciudad impía y el pueblo de los infieles, contrario al pueblo
De otra suerte no se haría su conmemoración en el altar de fiel y a la Ciudad de Dios. Su imagen se me antoja que es la
Dios en la comunión del cuerpo de Cristo [13] y no les apro- simulación de aquellos hombres que, haciendo profesión de fe,
vecharía nada recurrir en los peligros al bautismo para no viven como infieles. Fingen ser lo que no son, y no son cristia-
salir del mundo sin haberlo recibido, ni a la reconciliación nos más que en caricatura y de nombre. A la bestia pertenecen,
cuando uno ha sido separado quizá de ese cuerpo por la peni- en efecto, no solamente los enemigos del nombre de Cristo y
tencia o por la mala conciencia [14]. ¿Por qué estas práctica? de su gloriosísima Ciudad, sino también la cizaña, que debe
sino porque los fieles, aun los difuntos, son miembros de la ser recogida al fin del mundo de su reino, que es la Iglesia.
Iglesia ? Y es que, aunque con sus cuerpos todavía no reinan con Y ¿quiénes son los que no adoran a la bestia ni su imagen

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


El, sí reinan ya con sus almas durante estos mil años. A esto sino los que hacen lo que dice el Apóstol, no llevar un mismo
aluden estas otras palabras de ese libro: Bienaventurados loa yugo con los infieles? No adoran, es decir, no consienten, no
muertos que mueren en el Señor. El Espíritu les dice ya que se someten ni se allanan a recibir la marca, o sea, el sello del
descansen de sus trabajos, pues que sus obras les van acompa- crimen, ni en la frente, por la profesión, ni en las manos, por
ñando. La Iglesia reina, pues, aquí con Cristo en los vivos y en sus acciones. Los exentos de estos males, sea que vivan aún en
los muertos. Porque, como dice el Apóstol, Cristo murió para esta carne mortal, sea que hayan muerto, reinan ya ahora con
adquirir dominio sobre los vivos y sobre los muertos. Pero hace Cristo a su modo durante el período de tiempo significado pol-
mención únicamente de las almas de los mártires porque reinan los mil años.
principalmente con Cristo, estos muertos que lucharon hasta 4. Los otros—añade—reo han vivido. Porque éste es el
Ja muerte por la verdad [15]. Esto no obsta para que, tomando tiempo en que los muertos oirán la voz del Hijo de Dios, y
el todo por la parte, entendamos también los demás muertos los que le escucharen vivirán y los demás no vivirán. Y esta
miembros dé la Iglesia, que es el reino de Cristo. adición: Hasta que se hayan cumplido los mil años, es preciso
3. Las palabras siguientes: Y cuantos no han adorado a entenderla diciendo que no han vivido el tiempo que debían
la bestia ni su imagen, ni han recibido su marca en las frentes vivir, o sea, pasando de la muerte a la vida. Y por eso, cuando
ni en las manos, deben entenderse de los vivos y de los muer- llegue el día de la resurrección de los cuerpos, no saldrán de sus
tos. Aunque ver quién es esa bestia requiera un examen deta- sepulcros para la vida, sino para el juicio, para la condenación,
que constituye la muerte segunda. Porque quien, hasta que se
timonwm lesu, et propter verbum Dei: subauditur quod postea dicturus
est, regnaverunt cum lesu, mille annis °°, animae scilicet martyrum non-
quamvis sit diligentius inquirendum non tamen abhorret a fide recta, ut
dum sibi corporibus suis redditis. Ñeque enim piorum animae mortuorum
ipsa impia civitas intelligatur, et populus infidelium contrarius populo
separantur ab Ecclesia, quae nimc etiam est regnum Christi. Alioquin nec
fideli et civitati Dei. Imago vero eius simulatio eius mihi videtur, in eis
ad altare Dei fieret eorum memoria in communicatione corporis Christi;
videlicet hominibus, qui velut fidem profitentur, et infideliter vivunt
nec a] i quid prodesset ad eius in periculis Baptismum currere, ne sine illo
Fingunt enim se esse quod non sunt, vocanturque non veraci effigie, sed
finiatur haec vita; nec ad reconciliationem, si forte per poenitentiam ma-
fallaci imagine Christiani. Ad eamdem namque bestiam pertinent non
lamve conscientiam quisque ab eodem corpore separatas est. Cur enim
solum aperte inimici nominis Christi et eius gloriosissimae civitatis, sed
fiunt ista, nisi quia fideles, etiam defuncti, membra eius sunt? Quamvis
etiam zizania, quae de regno eius, quod est Ecclesia, in fine saeculi colli-
ergo cum suis corporibus nondum, iam tamen eorum animae regnant cum
genda sunt. Et qui sunt qui non adorant bestiam nec imaginem eius, nisi
illo, dum ¡sti mille anni decurrunL Unde in hoc eodem libro et alibi legi-
qui faciunt quod ait Apostolus, Ne sitis iugum ducentes cum infideti-
tur: Beati mortui, qui in Domino moriuntur, amodo et iam dicit Spiritus.
bus?"3 Non adorant enim, id est, non consentiunt, non subiiciuntur: ñe-
ut requiescant a laboribus sais; nam opera eorum sequuntur illos".
que accipiunt inscriptionem, notam scilicet criminis, in fronte, propter
Regnat itaque cum Chrísto nunc primum Ecclesia in vivis et mortuis.
professionem; in manu, propter operationem. Ab his igitur malis alieni,
Praeterea enim, sicut dicit Apostolus, mortuus est Christus, ut et vivorum
sive adhuc in ista mortali carne viventes, sive defuncti, regnant cum
et mortuorum dominetur *2. Sed ideo tantummodo martvrum animas com-
Christo iam nunc, quodam modo huic tempori congruo, per totum hoc
memoravit, quia ipsi praecipue regnant mortui, qui usque ad mortem pro
mtervallum, quod numero mille significatur annorum.
veníate certaverunt. Sed a parte totum etiam caeteros mortuos inteíligi-
mus pertinentes ad Ecclesiam, quod est regnum Christi. 4. Reliqui eorum, inquit, non vixerunt, Hora enim nunc est, cum
3. Quod vero sequitur, Et si qui non adoraverunt bestiam, nec ima- mortui audient vocem Filii Dei; et qui audierint, vivent: reliqui vero
ginem eius, nec acceperunt inscriptionem in fronte, aut in manu sua: eorum non vivent 64 . Quod vero subdidit, doñee finiantur mille anni;
simul de vivis ac mortuis debemus accipere. Quae sit porro ista bestia. intelligendum est, quod eo tempore non vixerunt, quo vivere debuerunt,
ad vitam scilicet de morte transeundo. Et ideo cum dies venerit, quo fiat
•° Apoc. 30,4. »= Rom. 14,9. et corporum resurrectio, non ad vitam de monumentis procedent, sed ad
*' Ikid., 14,13,
3 C o r . 5,14. " J*. 5,3.5.
1470 1,4 CIUDAD DE DIOS XX, 10 xx, io El JUICIO FINAL 1471
cumplan los mil años, durante todo el tiempo en que se efectúa es ésta: el que cae, ése ha de levantarse. Es así que caen los
la resurrección primera no haya vivido, es decir, no haya oído cuerpos por la muerte—de caer viene cadáver [ 1 6 ] — ; luego
la voz del Hijo de Dios y pasado de la muerte a la vida, en no son las almas las que resucitan, sino los cuerpos [ 1 7 ] . Mas
la segunda resurrección pasará infaliblemente a la muerte se- ¿qué responderán al Apóstol, que admite esta resurrección?
gunda con su cuerpo. Estos a quienes se dirige el Apóstol en los siguientes términos:
San Juan añade: Esta es la resurrección primera. Dichoso Si habéis resucitado con Cristo, buscad las cosas de arriba, ha-
y santo es quien toma parte en esta primera resurrección, es bían resucitado según el hombre interior, no según el hombre
decir, quien participa en ella. Y es partícipe de la misma exterior. El mismo sentido lo expresa con otras palabras: A fin
quien no sólo resucita saliendo del pecado, sino que persevera —dice—de que, a ejemplo de Cristo, que resucitó de entre los
en ese estado de resurrección. Sobre éstos—prosigue—, la muer- muertos para gloria del Padre, procedamos nosotros con nuevo
te segunda no tendrá poderío. Por consiguiente, lo tiene sobre tenor de vida. Y con estas p a l a b r a s : Levántate tú que duermes

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los otros, de los cuales dijo más arriba: Los otros no han vivi- y resucita de la muerte y te iluminará Cristo.
do hasta que se cumplan los mil años. Porque, si bien es cierto En cuanto a la mayor, de la que concluyen que resucitan
que durante ese período designado por los mil años han vivido los cuerpos, no las almas, pues que el caer es privativo de los
la vida del cuerpo, no han vivido la del alma, resucitando de cuerpos, ¿ por qué no reparan en esto: No os apartéis de él,
la muerte en que les aherrojó la impiedad, a fin de que toma- no sea que caigáis; y en esto o t r o : El caer o el-mantenerse en
ran parte en la resurrección primera y no tuviera poderío sobre pie pertenece a su señor; y también en esto: El que cree estar
ellos la muerte segunda. en pie, mire bien no caiga? Tengo para mí que esta caída ha de
prevenirse en el alma, no en el cuerpo.
Si, pues, la resurrección es privativa de los que caen y las
CAPITULO X almas también caen, sigúese que las almas también resucitan.
Después de haber dicho: Sobre éstos, la muerte segunda no ten-
Q U É DEBE RESPONDERSE A QUIENES OPINAN QUE LA RESURREC-
drá poderío, añadió: Serán sacerdotes de Dios y de Cristo y
CIÓN AFECTA SÓLO A LOS CUERPOS, NO A LAS ALMAS reinarán con El mil años. No alude solamente a los obispos
Hay quienes piensan que únicamente puede hablarse de re- y a los presbíteros, que son los propiamente llamados sacer-
surrección de los cuerpos, y, como consecuencia, defienden que dotes en la Iglesia, sino a todos los miembros del gran Sacer-
la primera se realiza también en los cuerpos. Su argumentación dote, al igual que a todos los fieles se les da el nombre de

iudicium; ad damnationem scilicet, quae secunda mors dicitur. Doñee enim est, inquiunt, cadere, eorum est resurgere: cadunt autem corpora
enim finiantur mille anni, quicumque non vixerit, id est, isto toto tem- moriendo: nam et a cadendo cadavera nuncupantur. Non ergo animarum,
pore quo agitur prima resurrectio, non audierit vocem Filii Dei, et ad inquiunt, resurrectio potest esse, sed corporum. Sed quid contra /rposto-
vitam de morte transierit; profecto in secunda resurrectione, quae carnis lum dicunt, qui eam resurrectionem appellat? Nam secundum interiorem,
est, in mortem secundam cum ipsa carne transibit. Sequitur enim, et non secundum exteriorem hominem utique resurrexerant, quibus ait, Si
dicit, Haec resurrectio prima est. Beatas et sanctus qui habet in hac pri- resurrexistis eum Christo, quae sursum sunt sapite ". Quem sensum verbis
ma resurrectione partem °5, id est, particeps eius est. Ipse est autem par- alus alibi posuit, dicens, Ut quemadmodum Christus a mortuis resurrexit
ticeps eius, qui non solum a morte, quae in peccatis est, reviviscit, verum per gloriam Patris, sic et nos in novitate vitae ambulemus ". Hinc est et
etiam in eo quod revixerit, permanebit. In istis, inquit, segunda mors non illud, Surge, qui dormís, et exsurge a mortuis, et illuminabit te Christus"".
habet potestatem. Habet ergo in reliquis, de quibus superius ait, Reliqui Quod autem dicunt, non posse resurgere, nisi qui cadunt; et ideo putant
eorum non vixerunt, doñee finiantur mille anni: quoniam isto toto tem- resurrectionem ad corpora, non ad animas pertinere, quia corporum est
poris intervallo, quod mille annos vocat, quantumeumque in eo quisque cadere: cur non audiunt, Non recedatis ab illo, ne cadatis*"; et, Suo do-
eorum vixit in corpore, non revixit a morte, in qua eum tenebat impietas, mino stat aut cadit70; et, Qui putat se stare, videat ne cadat?71 Puto
ut sic reviviscendo primae resurrectionis particeps fieret, atque in eo potes- enim quod in anima, non in corpore casus iste cavendus est. Si igitur
tatem secunda mors non haberet. cadéntium est resurrectio, cadunt autem et animae; profecto et animas
resurgere confitendum est. Quod autem cum dixisset, In istis secunda
mors non habet potestatem; adiunxit atque ait, Sed erunt sacerdotes Dei
CAPUT X et Christi, et regnabunt cum eo mille annis: non utique de solis episcopis
et presbyteris dictum est, qui proprie iam vocantur in Ecclesia sacerdo-
QUID RESPOITOENDUM SIT EIS, QUI PUTANT RESURRECTIONEM AB SOLA CORPORA, tes: sed sicut omnes Christianos dicimus propter mysticum chrisma, sic
NON ETIAM AD ANIMAS PERTINERE omnes sacerdotes, quoniam membra sunt unius sacerdotis. De quibus
Sunt qui putant resurrectionem dici non posse nisi corporum: ideoque 66
Col. 3,1. 6» Eccli. 2,7.
istam quoque in corporibus primam futuram esse contendunt. Quorum ' " Rom. 6,4. ' " R o m . 14,4.
" A p o c . so,56. « .-.;. " Eph. s,i4. " 1 Cor. 10,12.
1472; I, A CIUDAD DE DIOS XX, 11
XX, 11 EL JUICIO FINAL 1473
c r i s t i a n o s p o r el c r i s m a m í s t i c o [ 1 8 ] . A s í , el a p ó s t o l S a n P e d r o
los l l a m a pueblo santo y sacerdocio real. A u n q u e en p o c a s m u n d o , c o m o h a n h e c h o los q u e p i e n s a n q u e son l o s getas [ 2 0 ]
p a l a b r a s y de p a s o , S a n J u a n d e c l a r a q u e C r i s t o e s D i o s [ 1 9 ] y los m a s a g e t a s [ 2 1 ] , s e d u c i d o s p o r l a s p r i m e r a s l e t r a s de
a l d e c i r : Sacerdotes de Dios y de Cristo, o sea, del P a d r e y del esos n o m b r e s , u o t r o s p u e b l o s e x t r a ñ o s y a j e n o s al I m p e r i o
H i j o . Y , a d e m á s , Cristo, a u n q u e sea H i j o del h o m b r e p o r la r o m a n o . El texto h a c e n o t a r q u e están e x t e n d i d o s p o r t o d o el
f o r m a d e s i e r v o q u e h a t o m a d o , se h a h e c h o s a c e r d o t e e t e r n o o r b e c u a n d o d i c e : Las naciones que hay en los cuatro ángulos
s e g ú n el o r d e n de M e l q u i s e d e c , S o b r e este p u n t o y a h e m o s del mundo, y a ñ a d e q u e son Gog y Magog. H e m o s c o m p r o -
h a b l a d o en la o b r a m á s d e u n a vez. b a d o q u e G o g significa techo, y M a g o g , del techo [ 2 2 ] ; c o m o
si d i j e r a la casa y el q u e sale de e l l a . S o n , p u e s , las n a c i o n e s
en q u e , c o m o h e m o s d i c h o m á s a r r i b a , está e n c e r r a d o el dia-
C A P I T U L O XI b l o c o m o en u n a b i s m o y de e l l a s s a l e y p r o c e d e él en c i e r t o
m o d o , s i e n d o e l l a s la casa y él q u i e n sale de e l l a . Y si a m -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


bos t é r m i n o s los a p l i c a m o s a las n a c i o n e s , n o u n o a l a s na-
GOG, MAGOG Y SU PERSECUCIÓN
ciones y otro al d i a b l o , e l l a s son la casa, p o r q u e ese a n t i g u o
e n e m i g o está e n c e r r a d o y c o m o a c u b i e r t o en e l l a s , y e l l a s
Y al cabo de los mil años—dice—será soltado Satanás de
s a l d r á n de la casa c u a n d o dejen a p a r e c e r el o d i o q u e o c u l t a n .
su prisión y saldrá para engañar a las naciones que hay en
Y estas p a l a b r a s : Y se extendieron sobre la redondez de la
los cuatro ángulos del mundo, a Gog y a Magog, y los juntará
tierra y cercaron los reales de los santos y la ciudad amada,
para presentar batalla. Y su número será como la arena del
n o significan q u e los e n e m i g o s h a n v e n i d o o v e n d r á n a u n lu-
mar. E n t o n c e s los s e d u c i r á p a r a l l e v a r l o s c o n s i g o a esta g u e r r a ,
g a r c o n c r e t o y d e t e r m i n a d o , d o n d e e s t a r á n a s e n t a d o s los rea-
p u e s t a m b i é n a n t e s l o s s e d u c í a , s e g ú n s u s p o s i b i l i d a d e s , con
l e s de l o s s a n t o s y l a c i u d a d a m a d a , p u e s t o q u e ésta es l a Igle-
t o d a s sus fuerzas y con l o s m á s v a r i a d o s a r d i d e s . Dice saldrá,
sia de Cristo, e x t e n d i d a p o r t o d o el o r b e . Y p o r eso, e l l a , q u e
q u e es d e c i r se l a n z a r á de l a s t i n i e b l a s del o d i o a u n a p e r s e -
e s t a r á en t o d a s l a s n a c i o n e s , e s t a r á e n t o n c e s d o q u i e r a . Esto
cución abierta. Esta persecución será la última que sufrirá la
significa la r e d o n d e z de la t i e r r a . A l l í e s t a r á n los r e a l e s de
I g l e s i a s a n t a , p r ó x i m o y a el j u i c i o final, en t o d a la t i e r r a .
los s a n t o s , a l l í e s t a r á la a m a d a C i u d a d de D i o s . A l l í e s t a r á
T o d a la C i u d a d de C r i s t o s e r á p e r s e g u i d a p o r t o d a l a c i u d a d
c e r c a d a y p e r s e g u i d a p o r sus c r u e l e s e n e m i g o s , p o r q u e tam-
de l a t i e r r a . P o r l a s n a c i o n e s d e n o m i n a d a s G o g y M a g o g n o
b i é n e l l o s e s t a r á n p o r d o q u i e r . E n o t r o s t é r m i n o s , será a r r i n -
d e b e n e n t e n d e r s e los p u e b l o s b á r b a r o s d e cierta r e g i ó n del

apostólas Petras, Plebs, inqmt, sancta, regale sacerdotium' 2 . Sane, licet


breviter atque transeunter, insinuavit Deum esse Christura, dicendo, Sacer- tanquam sint aliqui in alíqua parte terrarum barbari constituti, sive quos
dotes Dei et Christi, hoc est, Patris et Filii; quamvis propter forman» quídam suspicantur Getas et Massagetas, propter litteras horum nominum
serví, gicut filius hominis, ita etiam sacerdos Christus effectus sit in aeter- primas, sive aliquos alios alienígenas, et a Romano iure seiunctos. Toto
num, secundum ordinem Melchisedech". De qtia re in hoc opere no» namque orbe terrarum significati sunt isti esse, cum dictum est, Nationes
semel díximus. quae sunt in quatuor angulis lerrae: casque subiecit esse Gog et Magog.
Quorum interpretationem nominum esse comperimus Gog tectum, Magog
CAPL'T XI de tecto: tanquam domus, et ipse qui procedit de domo. Gentes igitur
sunt, in quibus diabolum velut in abysso superius intelligebamus inclu-
DE GO<; ET MAGOG, QUOS AÜ I'ERSEQUENHAM ECCLESIAM DEI, SOLUTUS PROPK sum; et ipse de illis quodammodo sese efferens et procedens: ut illae
FINEM SAECÜLI PIABOLUS INCITABIT sint tectum, ipse de tecto. Si autem utrumque referamus.ad gentes, non
Et cum finid fuerint, inquit, mille anni, solvetur satanás de custodia unum horum ad illas, alterum ad diabolum; et tectum ipsae sunt, quia
sua, et exibit ad seducendas nationes, quae sunt in qaatuor angalis terrae, in eis nunc includítur et ruodammodo tegítur inimicus antiquus; et de
Gog et Magog, et trahet eos in bellum, quorum numeras est ut arena tecto ipsae erunt, quando in apertum odium de operto erupturae sunt.
maris. Ad hoc ergo tune seducet, ut in hoc bellum trahat Nam et antea Quod vero ait, Et ascenderunt super terrae latitudinem, et cinxerunt
modis quibus poterat, per mala multa et varia seducebat. Exibit autem castra sanctorum et dilectam civitatem"'': non utique ad unum locum
dictum est, in apertam persecutionem de latebris erumpet odiorum. Haec venisse, vel venturi esse significati sunt, quasi aliquo uno loco futura sint
cnim erit novissima persecutio, novissimo imminente iudicio, quam sancta castra sanctorum et dilecta civitas; cum haec non sit nísi Christi Ecclesia
Ecclesia toto terrarum orbe patietur, universa scilicet civitas Christi ab toto terrarum orbe diffusa: ac per hoc ubicumque tune erit, quae in ómni-
universa diaboli civitate, quantacumque erit utraque super terram. Gentes bus gentibus erit, quod significatum est nomine latitudinis terrae, ibi
qnippe istae, quas appellat Gog et Magog, non sic sunt accipiendae, erunt castra sanctorum, ibi erit dilecta Deo civitas eius; ibi ab ómnibus
inimicis suis, quia et ipsi in ómnibus gentibus cum illa erunt, persecu-
" i Petr. 2,9. tionis illius immanitate cingetur, hoc egt, in angustias tribulationis arcta-
" Pe. 109,4.
11
Apoc. 20,7.8.
XX, 13 EL JUICIO FINAL 1475
1474 LA CIUDAD DE DIOS XX, 12
g u i d o r e s de la I g l e s i a q u e C r i s t o h a l l a r e con v i d a c u a n d o
c o n a d a y m e t i d a en las g a r r a s a n g u s t i o s a s de la t r i b u l a c i ó n
v e n g a , c u a n d o m a t a r á a l a n t i c r i s t o con el h á l i t o de su b o c a ,
y n o a b a n d o n a r á el c a m p o de b a t a l l a , significado p o r l o s
t a m p o c o será éste el ú l t i m o j u i c i o de los i m p í o s , s i n o el q u e
reales.
d e b e n s u f r i r d e s p u é s de la r e s u r r e c c i ó n de l o s c u e r p o s .
C A P I T U L O X I I
C A P 1 T U L O X I I I
¿ATAÑE AL ÚLTIMO SUPLICIO DE LOS IMPÍOS EL DESCENDER
FUEGO DEL CIELO Y DEVORARLOS?
¿ ESTÁ COMPRENDIDO m L O S M I L A Ñ O S E L T I E M P O D E LA
E s t a f r a s e : Y hará llover fuego del cielo, que los consu- PERSECUCIÓN DEL ANTICRISTO?

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mirá, n o se refiere al ú l t i m o s u p l i c i o , c u a n d o les d i g a : Apar-
taos de mí, malditos, al fuego eterno. E n t o n c e s s e r á n e n v i a d o s L a p e r s e c u c i ó n q u e d e s a t a r á el a n t i c r i s t o d u r a r á tres a ñ o s
al fuego e l l o s , n o d e s c e n d e r á s o b r e e l l o s el fuego del cielo. y seis m e s e s , c o m o ya h e m o s a p u n t a d o s i g u i e n d o al A p o c a l i p -
A q u í se e n t i e n d e b i e n p o r fuego del cielo l a firmeza de l o s sis y a l p r o f e t a D a n i e l . A u n q u e este t i e m p o sea b r e v e , h a y
s a n t o s , q u e los f o r t a l e c e r á p a r a n o ceder a los s a ñ u d o s ene- r a z ó n suficiente p a r a p r e g u n t a r si está c o m p r e n d i d o e n l o s
m i g o s n i h a c e r su v o l u n t a d . E l f i r m a m e n t o es el cielo, y su m i l a ñ o s de la c a u t i v i d a d del d i a b l o y del r e i n a d o d e los
firmeza a l e n t a r á en el p e c h o de l o s e n e m i g o s u n celo a r d i e n t e , s a n t o s con C r i s t o , o están f u e r a . P o r q u e , si d e c i m o s q u e e s t á n
p o r q u e n o h a p o d i d o d o b l e g a r a los s a n t o s de Cristo el b a n d o c o m p r e n d i d o s , r e s u l t a q u e el r e i n o de los s a n t o s con C r i s t o
del a n t i c r i s t o . Ese s e r á el fuego q u e los d e v o r a r á , y viene de s e r á m á s d u r a d e r o q u e la c a u t i v i d a d del d i a b l o , p u e s r e i n a r á n
Dios, p o r q u e e s su g r a c i a l a q u e l o s h a c e s a n t o s i n v e n c i b l e s con su R e y en lo m á s á l g i d o d e la p e r s e c u c i ó n , cuanóío esté
•—objeto de t o r m e n t o s p a r a sus e n e m i g o s — . Así c o m o en este s u e l t o y a t a q u e con t o d o su f u r o r . C ó m o , p u e s , l a E s c r i t u -
l u g a r se t r a t a del celo b u e n o : El celo de tu casa me consume, r a s e ñ a l a l a c a u t i v i d a d del d i a b l o y el r e i n a d o d e los san-
así en este o t r o se h a b l a del m a l o : El celo se apoderó del tos d e n t r o de m i l a ñ o s , si el d i a b l o t e r m i n a su c a u t i v e r i o
populacho ignorante, y es el fueteo que consume ahora a los t r e s a ñ o s y m e d i o a n t e s de q u e los s a n t o s cesen de r e i n a r con
adversarios. D i c e ahora p a r a e x c l u i r el fueao del j u i c i o final. C r i s t o ? P o r o t r a p a r t e , si d e c i m o s q u e ese b r e v e e s p a c i o d e
Y si e n t i e n d e p o r ese fuego la p l a g a q u e h e r i r á a l o s perse-
ficiet Antichristum spiritu oris sui ", ignem appeilavit descendentem de
bitur, ureebitur, concludetur; nec militiam suam deseret, quae vocabulo cáelo, eosque comedentem, ñeque hoc ultimum supplicium erit impiorum,
est appellata castrorum. sed iílud quod facta corporum resurrectione passuri sunt.

CAPUT XII CAPUT XIII

A N AD ULTIMUM STIPPLTCTUM PERTTNEAT TMPTORrjM. ODOR PESCÉNDISSE ICNIS AN TEMPUS PERSECUTIONIS ANTICHRISTI MILLE ANNIS ANNUMERANDUM SIT
DE CÁELO, ET EOSDEM COMEDISSE MEMORATUR
Haec persecutio novissima, quae futura est ab Antichristo (sicut iam
Quod vero ait, Et descendit ignis de cáelo et comedit eos ™: non diximus, quia et in hoc libro superius 80, et apud Danielem prophetam "
extremum putandnm est id esse supplicínm. anod erit, cutn dicetur, Dince- positum est), tribus annis et sex mensibus erit. Quod tempus, quamvis
dite a me. maledicti. in isnem aeternum J". Tune quippe in ignem mitten- exiguum, utrum ad mille annos pertineat, quibus et diabolum ligatum
tur ipsi, non ignis de cáelo veniet super ipsos. Hic autem bene intellieitur dicit, et sanctos regnare cum Christo; an eisdem annis hoc parvum spa-
ienis de cáelo, de inoa firnit'tate sanrtnrum, qua non cessuri sunt saevien- tium superaddatur, atque sit extra, mérito ambigitur. Quia si dixerimus
tibus, ut eomm faciant voluntatem. Firmamentum est enim caelum, cuius ad eosdem annos hoc pertinere, non tanto tempore, sed prolixiore cum
firmitate illi cniciabimtur ardentissimo zelo: quoniam non poterunt attra- Christo regnum sanctorum reperietur extendí, quam diabolus alligari. Pro-
here in partes Antichristi sanctos Christi. Et ipse erit ignis qui comedet fecto enim sancti cum suo Rege etiam in ipsa praecipue persecutione
eos, et boc a Den: quia f e i muñere insuperabiles fiunt sancti, mide excru- regnabunt mala tanta vincentes, quando iam diabolus non erit alligatus,
ciantiiT inimioi. Sicut en'ni in bono positum est, Zelus domus tune comedit ut eos persequi ómnibus viribus possit. Quomodo ergo ista Scriptura eisdem
me"; ita e contrario, Zelus occ.vva.vit plebem, ineruditarn. et mine ignis mille annis utrumque determinat, diaboli scilicet alügationem, regnumque
contrario:; comedet 's. Et mine utique. excepto scilicet nltimi illius igne sanctorum; cum trium annorum et sex mensium intervallo prius desinat
iudicii. Aut si partí plagam, qua perentiendi sunt Ecclesiae persecutores, alligatio diaboli, quam regnum sanctorum in his mille annis cum Christo?
veniente iam Christo, quos viventes inveniet super terram, quando inter-
'» a Tüess. 2,8.
80
73
At>oc. 20,9. 77
T"s. 68,lo. Apoc. zo et ii.
78 " Dan. u,
Mt. 25,41 '" Is. 26,11, sea "LXX. .,;..
1476 LA CIUDAD DE DIOS XX, 13
XX, 13 ti, JUICIO FINAL 1477
la persecución no está comprendido en los mil años, sino que
es una adición, nos vemos obligados a confesar que los santos y que luego reinarán con El unidas ya a sus cuerpos inmorta-
no reinarán con Cristo durante esa persecución. Y en este caso les. En consecuencia, las almas de los mártires, tanto las se-
podría entenderse en sentido propio lo que sigue: Serán sacer- paradas ya de los cuerpos, antes de la última persecución,
dotes de Dios y de Cristo y reinarán con él mil años. Y al cabo como las que se separen entonces, reinarán con El esos tres
de los mil años será suelto Satanás de su prisión. No signifi- años y medio hasta que termine el mundo y pasen al reino
caría esto que el reinado de los santos y la prisión del diablo que no tendrá muerte. Será, por tanto, más largo el reinado
cesarán a la vez, de forma que el tiempo de la persecución no de los santos con Cristo que la prisión y cautiverio del demo-
pertenece ni al reinado de los santos ni a la prisión de Sata- nio, puesto que aquéllos reinarán con su Rey, el Hijo de Dios,
nás—cosas ambas igualmente incluidas en los mil años—, una vez ya suelto el diablo, durante esos tres años y medio.
y que, por tanto, es adicional. Mas ¿quién osará afirmar que los De hecho, cuando San Juan dice: Serán sacerdotes de
miembros de Cristo no reinarán con él precisamente entonces, Dios y de Cristo y reinarán con él mil años. Y al cabo de

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


cuando se unirán más estrechamente a El y cuando la gloria ellos será suelto satanás de su prisión, puede entenderse, o que
de los combatientes y la corona de los mártires será tanto los mil años no fijan fin al reino de los santos y sí a la prisión
mayor y más tupida cuanto más rudo sea el combate? Si se de satanás—en este caso los mil años, es decir, todos los años,
pretende que no es conveniente decir que reinarán entonces serían lo suficientemente flexibles para que el reinado de los
por los males que sufrirán, la lógica exige decir que los santos santos sea más largo y la prisión de satanás más breve—,
que hayan padecido antes de esos mil años no han reinado con o que, como tres años y medio es un espacio poco considera-
Cristo en el tiempo de su sufrimiento. Por consiguiente, las ble, no ha querido tener en cuenta que a primera vista se crea
almas de los degollados por confesar a Jesús y por la palabra más breve la prisión del diablo y más largo el reinado de los
de Dios, vistas por el autor de ese libro, no reinaban con santos. Algo semejante hemos visto en el libro XVI de esta
Cristo cuando padecían persecución y no eran reino de Cristo obra respecto de los cuatrocientos años, que, si bien eran algo
cuando El las poseía con tanta excelencia. A la verdad que esto más, fueron ésos en números redondos. Y al buen observador
es un absurdo mayúsculo y detestable en extremo. no se le oculta que esto es corriente en las Sagradas Letras.
Al menos, no puede negarse que las almas víctimas de los
gloriosísimos mártires, una vez finalizados los dolores y traba-
jos de esta vida y separadas de sus miembros mortales, han mortalia membra posuerunt, cum Christo utique regnaverunt et regnant.
reinado y reinan con Cristo hasta que se cumplan los mil años doñee finiantur mille anni, ut postea receptis etiam corporibus iam tm-
mortalibus regnent. Proinde tribus illis annis atque dimidio, animae occi-
sorum pro eius martyrio, et quae antea de corporibus exierunt, et quae
Si autem dixerimus parvum perseeutionis huius hoc spatium non compu- ipsa novissima persecutione sunt exiturae, regnabunt cum illo, doñee fi-
tandum in mille annis, sed eis impletis potius adiiciendum; ut proprie niatur mortale saeculum, et ad illud regnum, ubi mors non erit, transea-
possit intelligi, quod cum dixisset, Sacerdotes Dei et Christi regnabum tur. Quocirca cum Christo regnantium sanctorum plures anni erunt, quam
cum eo mille annis, adiecit, Et cum finiti fuerint mille anni, solvetur vinculi diaboli et custodiae: quia illi cum suo rege Dei Filio, iam diabolo
satanás de custodia sua; isto enim modo et regnum sanctorum et vinculum non ligato etiam per tres illos annos ac semissem, regnabunt. Remanet
diaboli simul cessatura esse significat, ut deinde perseeutionis illius tem- igitur, ut cum audimus, Sacerdotes Dei et Christi regnabunt cum illo
pus nec ad sanctorum regnum, nec ad custodiam satanae, quorum utrum- mille annis, et cum finiti fuerint mille anni, solvetur satanás de custodia
que in mille annis est, pertinere, sed superadditum et extra computandum sua; aut non regni huius sanctorum intelligamus annos mille finiri, sed
esse credatur: cogemur fateri sanctos in illa persecutione regnaturos non vinculi diaboli atque custodiae; ut annos mille, id est, annos omnes suos,
esse cum Christo. Sed quis audeat dicere, tune cum illo non regnatura quaeque pars habeat diversis ac propriis prolixitatibus finiendos, ampliore
sua membra, quando ei máxime atque fortissime cohaerebunt, et quo tem- sanctorum regno, breviore diaboli vinculo: aut certe, quoniam trium anno-
pore quanto erit acrior Ímpetus belli, tanto maior gloria non cedendi, rum et sex mensium brevissimum spatium est, computan noluisse creda-
tanto densior corona martyrii? Aut si propter tribulationes, quas passuri tur, sive quod minus satanae vinculum, sive quod amplius videtur regnum
sunt, non dicendi sunt regnaturi; consequens erit, ut etiam superioribus habere sanctorum: sicut de quadringentis annis in sexto décimo huius
diebus in eisdem mille annis quicumque tribulabantur sanctorum, eo ipso operis volumine disputavi 8Z; quoniam plus aliquid erant, et tamen qua-
tempore tribulationis suae cum Christo non regnasse dicantur: ac per hoc dringenti sunt nuncupati: et talia saepe reperiuntur in Litteris sacris, si
et illi, quorum animas auctor libri huius vidisse se scribit occisorum quis advertat.
propter testimonium Iesu et propter verbum Dei, non regnabant cum 6S
Christo quando patiebantur persecutionem; et ipsi regnum Christi non C.S4-
erant, quos Christus excellentius possidebat. Absurdissimum id quidem et
omni modo aversandum. Sed certe animae victrices gloriosissimorum mar-
tyrum, ómnibus doloribus ac laboribus superatis atque finitis, posteaquam
1478 LA CIUDAD DE DIOS XX, 14 XX, 14 ti JUICIO MNM, 1479

el cielo y la tierra. Pero después, una vez efectuado el juicio,


C A P I T U L O XIV deja de existir este cielo y esta tierra, y entonces comenzará
a existir un cielo nuevo y una tierra nueva. Este mundo no
pasará por aniquilación, sino por mutación. Por eso escribe
LA CONDENACIÓN DEL DIABLO CON LOS SUYOS. L A RESURRECCIÓN
el Apóstol: La figura de este mundo pasa. Yo deseo, por ende,
DE LOS MUERTOS Y EL J U I C I O FINAL
que viváis sin cuidados ni inquietudes. Pasa, por tanto, la figu-
San Juan, después de haber hablado de la última perse- ra del mundo, no su naturaleza.
cución, resume en pocas palabras cuanto ha de padecer en el En habiendo dicho San Juan que vio al que se sentaba en el
juicio el diablo y la ciudad enemiga de la que es príncipe. trono, a cuya vista desapareció el cielo y la tierra—lo cual su-
Dice así: Y el diablo, que los traía engañados, fué precipitado cederá después—, añade: Y vi a los muertos, grandes y peque-
ños, y se abrieron los libros. Se abrió además otro libro, el libro

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en un estanque de fuego y azufre, donde lo fueron también
la bestia y el falso profeta. Y allí serán atormentados día de la vida de cada uno. Y los muertos fueron juzgados por lo
y noche por los siglos de los siglos. Ya hemos hecho notar que que estaba escrito en esos libros, cada uno según sus obras. Dice
por la bestia puede muy bien entenderse la ciudad impía. Ese que se abrieron los libros y un libro. Y agregó la cualidad de
seudoprofeta, o es el anticristo o la imagen, es decir, la simu- este libro, que es—dijo—el de la vida de cada uno. Los prime-
lación, de que he hablado antes. Luego, como el epílogo versa ros libros son, sin duda, los Libros santos, tanto del Anti-
sobre el último juicio, que tendrá lugar con la segunda re- guo como del Nuevo Testamento, para mostrar los manda-
surrección de los muertos, con la resurrección de los cuerpos, mientos que Dios había ordenado cumplir. Y el otro, el libro de
narra cómo le fué revelado. Vi—dice él—un trono grande la vida de cada uno, estaba mostrando los mandamientos cum-
y reluciente y al que se sentaba en él, a cuya vista desapareció plidos o violados por cada cual. Si este libro nos lo imaginamos
el cielo y la tierra y no quedó nada de ellos. No dice: «Vi un materialmente, ¿quién podrá medir su grandor y su grosor?
solio grande y reluciente y al que se sentaba en él y a su vista 0 ¿cuánto tiempo se empleará para leer ese libro, que contiene
desaparece el cielo y la tierra», porque esto no sucedió enton- la vida de todos y cada uno de los hombres? ¿Presenciarán
ces, es decir, antes de ser juzgados los vivos y los muertos, sino acaso el acto tanto ángeles como hombres, y cada uno oirá el
dijo: Vi al que se sienta en el trono, a cuya vista desapareció relato de su vida de boca del ángel a él asignado? Ese libro no
será, pues, para todos, sino que cada uno tendrá el suyo. La
Escritura da a entender esto al decir que se abrió además
otro libro.
CAPUT XIV

DE DAMNATIONE DIABOLI CUSÍ SUIS, ET PER RECAPITULATIONEM DE RESUR- et haec térra, quando incipiet esse caelum novum et térra nova. Muta-
RECTIONE CORPÓREA OMNIUM MORTUORUM, ET DE IÜDICIO ULTIMAE tieme namque rerum. non omni modo interitu tran«ibit hic mundus. Unde
RETRIBUTIOTSIS et Apostolus ait, Praeterit enim figura huius mundi, voló vos sine solli-
citudine esse es. Fisura ergo praeterit, non natura. Cum ergo se Toannes
Posl hanc autem commemorationem novissimae persecutionis, breviter vidisse dixisset sedentem super thronum, a cuius facie, quod postea fntu-
complectitur totum, quod ultimo iam iudicio diabolus, et cum suo principe rum est, fugit caelum et térra: Et vidi. inquit, mortuos magnos et pasillos;
civitas inimica passura est. Dicit enim: Et diabolus qui seducebat eos, et aperti sunt libri; et alias liber anertus est. qui est vitae uniuscuiusque;
missus est in stagnum ignis et sulphuris, quo bestia et pseudopropheta; et iudicati sunt mortui ex ipsis scripturís lihrorum secundum jacta sua .
et cruciabuntur die ac nocte in saecula saeculorum s s . Bestiam bene intel- Libros dixit esse apertos, et librum: sed librum cuiusmodi non tacuit;
ligi ipsam impiam civitatem, supra iam diximus. Pseudo vero propheta qui est. inquit, vitae uniuscuiusque. Ergo illi libri, quos priore loco po-
eius aut Antichristus est, aut imago illa, id est figmentum, de quo ibi suir, intellieendi sunt sancti et veteres et novi, ut in illis ostenderetur
locuti sumus. Post haec ipsum novissimum iudicium, quod erit in secunda quae Deus fieri sua mandata iussisset: in illo autem qui et vitae unius-
resurrectione mortuorum, quae corporum est, recapitulando narrans, quo- cuiusque, quid horum quisque non fecisset, sive fecisset. Qui liber si car-
modo fuerit sibi revelatum, Et vidi, inquit, thronum magnum et candidum, naliter cogitetur, quis eius magnitudinem. aut longittidinem, valeat aesti-
et sedentem. super eum, cuius a facie fugit caelum et térra, et locus mare? aut quanto tempore legi poterit liber, in quo scriptae sunt universae
eorum inventus non estsl. Non ait, Vidi thronum magnum et candidum vitae imiversorum? An tantus Angelorum mimerus aderit, quantus homi-
et sedentem super eum, et ab eius facie fugit caelum et térra; quoniam num erit, et vitam suam quisque ab Angelo sibi adhibito audiet recitari?
non tune factum est, id est, antequam esset de vivís et mortuis iudicatum: Non ergo vmus liber erit omnium. sed sinsuli singulorum. Scriptura vero
sed eum se vidisse dixit in throno sedentem, a cuius facie fugit caelum ista unum volens intelligi, Et alius, inquit, liber apertus est. Quaedam
et térra; sed postea. Peracto quippe iudicio tune esse desinet hoc caelum igitur vis est intelligenda divina, qua fiet ut cuique opera sua, vel bona
83
Apoc. 20,9 «t *«• " i Cor. 7,31 et 3a.
« Ibid., t i . «« Aí>OC. 80,13.
1480 LA CIUDAD DE DIOS XX, 14
XX, 15 El, JUICIO FINA! 1481
Es preciso entender aquí la virtud divina, que traerá a la
recordación de cada cual todas sus obras, buenas o malas, y las
hará ver rapidísimamente de un vistazo mental, con el fin de CAPITULO XV
que la ciencia acuse o excuse a la conciencia. De este modo
serán juzgados todos a la vez. Esta virtud divina recibió el nom- ¿ CUÁLES SON LOS MUERTOS PRESENTADOS POR EL MAR Y CUÁLES
bre de libro, porque en ella se lee en cierto modo cuanto se LOS ENTREGADOS POR LA MUERTE Y POR EL INFIERNO?
recuerda merced a ella. Y para mostrar qué muertos deben ser
juzgados, los pequeños y los grandes, añade a modo de recapi- Mas ¿quiénes son los muertos que presentó el mar y que él
tulación y tornando a los que había omitido, o mejor, diferido: tenía en su seno? Porque ni los que mueren en el mar escapan
El mar presentó sus muertos, y la muerte y el infierno entrega- al infierno, ni el mar conserva sus cuerpos, ni—lo que es más
ron los suyos. Esto sucedió, sin duda, antes de que los muertos absurdo—el mar tenía a los buenos y el infierno a los malos.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


fueran juzgados, y, sin embargo, lo refirió después. Por eso he ¿Quién creerá esto? Tal vez no vayan descarriados los que es-
dicho que es una especie de recapitulación y de retorno a lo timan que en este pasaje el mar hace las veces del mundo. El
omitido. Mas ahora observa el orden y para explicarlo repite Apóstol, al decir que aquellos que Cristo hallará con vida
lo que había dicho ya antes sobre el juicio. Después de estas serán juzgados con los que han de resucitar, llama también
palabras: El mar presentó sus muertos y la muerte y el infierno muertos, tanto a los buenos, a quienes dirige estas palabras:
entregaron los suyos, agregó en seguida: Y juzgó a cada uno Muertos estáis, y vuestra vida está escondida con Cristo en
según sus obras. Justamente es lo que había dicho antes: Y fue- Dios, como a los malos, de quienes se dijo: Dejad a los muer-
ron juzgados los muertos según sus obras. tos que entierren a sus muertos. Además pueden llamarse muer-
tos porque sus cuerpos son mortales. Este es el motivo de aque-
llo del Apóstol: El cuerpo está muerto a causa del pecado, pero
vel mala, cuneta in memoriam fevocentur, et mentís intuitu mira celeii- el espíritu vive en virtud de la justificación. Lo cual prueba
tate cernantur; ut aecuset, vel excuset scientia conscientiam; atque ita que en un hombre viviente y todavía corpóreo existen estas dos
simul et orones et singuli iudicentur. Quae nimirum vis divina, libri ne- cosas: un cuerpo muerto y un espíritu vital. Y, sin embargo,
nien accepit. In ea quippe quodammodo legitur, quidquid ea faciente no dice el cuerpo mortal, sino el cuerpo muerto, aunque poco
recolitur. Ut autem ostendat, qui mortui iudicandi sint, pusilli et magni, más adelante los llame, como es más corriente, cuerpos morta-
recapitulando dicit tanquam ad id rediens, quod praeterierat, potiusve dis- les. El mar presentó los muertos que estaban en él, es decir, el
tulerat: Et exhibuit mare momios qui in eo erant, et mors et infernas
reddiderunt mortuos quos in se habebant*'. Hoe procul dubio prius factum mundo presentó a los hombres que existían en él, porque aún
est, quam essent mortui iudicati: et tamen illud prius díctum est. Hoc no habían muerto.
est ergo quod dixi, recapitulando eum ad id redisse quod intermiserat.
Nunc autem ordinem tenuit, atque ut explicaretur ipse ordo, commodius
etiam de iudicatis mortuis, quod iam dixerat, suo repetivit loco. Cum CAPUT XV
enim dixisset, Et exhibuit mare mortuos qui in eo erant, et mors et in-
fernus reddiderunt mortuos quos in se habebant; mox addidit quod paulo Q ü I SINT MORTUI, QUOS AD IÜDICIUM EXHIBUIT MARE, VEL QUOS MORS
ante posuerat, Et iudicati sunt singuli secundum jacta sua. Hoc est enim ET INFERÍ REDDIDERUNT
quod supra dixerat, Et iudicati sunt mortui secundum jacta sua.
Sed qui sunt mortui, quos exhibuit mare, qui in eo erant? Ñeque
" Ibid., « . enim qui in mari moriuntur, non sunt in inferno, aut corpora eorum
servantur in mari; aut, quod est absurdius, mare habebat bonos mortuos,
et infernus malos. Quis hoc putaverit? Sed profecto convenienter quidam
hoc loco mare pro isto saeculo positum accipiunt. Cum ergo et quos hic
inveniet Christus in corpore constitutos, simul significaret cum iis qui
resurrecturi sunt iudicandos, etiam ipsos mortuos appellavit, et bonos qui-
bus dicitur, Mortui enim estis, et vita vestra abscondita est cum Christo
in Deoss; et malos de quibus dicitur, Sine mortuos sepeliré mortuos
suos 88. Possunt mortui etiam propter hoc dici, quod mortalia gerunt cor-
pora: unde Apostolus, Corpus quidem, inquit, mortuum est propter pee-
catum; spiritus autem vita est propter iustitiam*': utrumque in homine
vívente, atque in hoc corpore constituto esse demonstrans, et Corpus mor-
tuum, et spiritum vitam. Nec tamen dixit corpus mortale, sed mortuum:
s
« Col. 3,3. •• Ro<m, 8,io.
»" Mr. 8,22.
1482 LA CIUDAD DE D I O S XX, 15 XX, 16 BL JUICIO FINAL 1483

Y la muerte y el infierno—añade—entregaron los suyos. El menciona a Dios, por temor a engañarse por olvido. Significa
mar los presentó, porque se presentaron tal como fueron ha- simplemente la predestinación de aquellos a quienes se dará la
llados, y la muerte y el infierno los entregaron, porque los vida eterna. No es que Dios no los conozca y lea ese libro para
volvieron a la vida, de la que ya habían salido. Y no bastó decir conocerlos, sino más bien es que su presciencia infalible es el
la muerte o el infierno por separado, sino que dijo la muerte libro de la vida, en el que están escritos, es decir, conocidos
y el infierno por los buenos, que la han sufrido sin ir al infier- desde antes.
no, y el infierno por los malos, que además pagan las penas que
merecen en él. Si, pues, no parece absurdo creer que los anti- C A P I T U L O XVI
guos santos que tuvieron fe en la encarnación de Cristo, han
estado después de la muerte en lugares muy alejados de aque- E L CIELO NUEVO Y LA TIERRA NUEVA

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


llos en que son atormentados los impíos, pero cabe los infier-
nos, hasta que fueron librados por la sangre de Cristo y por la San Juan, después de haber hablado del Juicio de los malos,
visita que El les hizo [ 2 3 ] , indudablemente los redimidos por debía decir algo también del juicio de los buenos. Ya explicó
la efusión de esa sangre no van a los infiernos hasta que, to- estas breves palabras del Señor: Estos irán al suplicio eterno.
mando sus cuerpos, reciban el galardón merecido. Ahora faltaba explicar estas otras: Y los justos, a la vida eter-
Y cuando dice: Y fué juzgado cada cual según sus obras, na. Vi—dice—un cielo nuevo y una tierra nueva. Porque el
añadió en pocas palabras cómo fué ese juicio: Y la bestia primer cielo y la primera tierra desaparecieron y ya no hay
y el falso profeta fueron lanzados a un estanque de fuego. mar. El orden de estos sucesos será el notado más arriba a pro-
Con estos dos nombres designó al diablo, que es el autor de la pósito de aquel pasaje en el que dice que vio al que se sentaba
muerte y de las penas del infierno, y con él toda la sociedad de en el trono, a cuya vista desaparecieron el cielo v la tierra. Una
los demonios. Ya había adelantado esto: Y el diablo, que los vez juzgados los que no están escritos en el libro de la vida
traía engañados, fué precipitado en un estanque de fuego y azu- y arrojados al fuego eterno (y pienso que la naturaleza y el
fre. Y lo que allí se expresó obscuramente: Donde también lo lugar de ese fuego no los conocerá ningún hombre, a menos
fueron la bestia y el falso profeta, aquí se aclaró en estos térmi- que se lo revele el Espíritu de Dios), pasará la figura de este
nos: Y los que no fueron hallados escritos en el libro de la mundo ñor la conflagración del fuego mundano, como el dilu-
vida, fueron arrojados en un estanque de fuego. Este libro no vio se debió a la inundación de las aguas del mundo. La con-

sunt in stagnum ignis °2. Non Deum líber iste commemorat, ne oblívione
quamvis eadera paulo post etiam mortalia corpora e l , sicut usitatius vo- fallatur: sed praedestínatíonem significat eorum, quibus aeterna dabitur
cantur, appellet. Hos ergo mortuos exhibuit mare, qui in eo erant, id est, vita. Ñeque enim nescit eos Deus, et in hoc libro legit, ut sciat: sed
exhibuit homines hoo saeculum, quicumque in eo erant, quia nondum potius ipsa eius praescientia de illis, quae falli non potest, liber est vitae,
obierant. Et mors et infernus, inquit, reddiderunt mortuos, quos in se in quo sunt scripti, id est, ante praecogniti.
habebant. Mare exhibuit, quia sicut inven ti sunt, adfuerunt: mors vero
et infernus reddiderunt, quoniarn vitae, de qua iam exierant, revocarunt.
Nec frustra fortasse non satis fuit ut diceret mors, aut infernus; sed CAPUT XVI
utrumque dictum est: mors, propter bonos, qui tantummodo mortem per-
peti potuerunt, non et infernum; infernus autem propter malos, qui etiam DE CÁELO NOVO, ET TÉRRA NOVA
poenas apud inferos pendunt. Si enim non absurde credi videtur, antiquos
etiam sanctos, qui venturi Christi tenuerunt fidem, locis quidem a tor- Finito autem iudicio, quo praenuntiavit iudicandos malos, restat ut
mentís impiorum remotissimis, sed apud inferos fuisse, doñee eos inde etiam de bonis dicat. Iam enim explicavit quod breviter a Domino dictum
est, Ibunt isti in supplicium aeternum; sequitur, ut explicet quod etiam
sanguis Christi et ad ea loca descensus erueret, profecto deinceps boni
ibi connectítur, Iusti autem in vitam aeternam °s. Et vidi, inquit, caelum
fideles Neffuso illo pretio iam redempti, prorsus inferos nesciunt, doñee
novum, et terram novam. Nam primum caelum et térra prima recesserunt,
etiam receptis corporibus, bona recipiant quae merentur. Cum autem di- et mare iam non est "4. Isto fiet ordine, quod superius praeoecupando iam
xisset, Et iudicati sunt singuli secundum jacta sua; breviter subiecit, quem- dixit, vidisse se super thronum sedentem, a cuius facie fugit caelum et
admodum fuerint iudicati: Et mors et infernus, inquit, missi sunt in térra. Iudicatis quippe his, qui scripti non sunt in libro vitae, et in aeter-
stagnum ignis: bis nominibus significans diabolum, quoniam mortis est num ignem missis (qui ignis cuiusmodi, et in qua mundi vel rerum parte
auotor et infernarum poenarum, universamque simul daemonum societa- futuros sit, hominem scire arbitror neminem, nisi forte cui Spiritus divi-
tem. Hoc est enim quod supra evidentius praeoecupando iam dixerat, et nus ostendit), tune figura huius mundi mundanorum ignium conflagra-
diabolus qui seducebat eos, missus est in stagnum ignis et sulphuris. Quod. tione praeteribit, sicut factum est mundanarum aquarum inundatione d¡-
ibi vero obscurius adiunxerant, dicens, Quo et bestia, et pseudopropheta;
hic apertius, Et qui non sunt, inquit, inventi in libro vitae scripti, missi A p o c . 20,14.15. "* Apoc. s i , 1 .
M t . 25,46.
" Ibid,, « .
1484 LA CIUDAD DE DIOS XX, 17 XX, 17 EL JUICIO FINAL 1485

flagración de los e l e m e n t o s c o r r u p t i b l e s h a r á d e s a p a r e c e r , c o m o trono y decía: He aquí el tabernáculo de Dios con los hom-
h e d i c h o , l a s c u a l i d a d e s p r o p i a s de n u e s t r o s c u e r p o s c o r r u p t i - bres, y El morará con ellos. Ellos serán su pueblo y El será su
b l e s . L a s u b s t a n c i a , en c a m b i o , g o z a r á de l a s c u a l i d a d e s con- Dios. Dios enjugará todas las lágrimas de sus ojos. Y no habrá
f o r m e s con l o s c u e r p o s i n m o r t a l e s e n v i r t u d de ese m a r a v i l l o s o ya muerte, ni llanto, ni alarido, ni más dolor, porque lo pri-
t r u e q u e ; es decir, q u e el m u n d o r e n o v a d o e s t a r á en a r m o n í a mero ya pasó. Y dijo el que estaba sentado en el trono: Voy a
con los c u e r p o s de los h o m b r e s i g u a l m e n t e r e n o v a d o s . P o r estas renovar todas las cosas. E s t a c i u d a d d e s c i e n d e del cielo, según
p a l a b r a s : Y ya no hay mar, n o es fácil c o l e g i r si se s e c a r á él, p o r q u e la g r a c i a de D i o s , q u e la h a f o r m a d o , es c e l e s t i a l .
p o r ese i n c e n d i o o si m á s b i e n t a m b i é n él se t r a n s f o r m a r á . Y así dice p o r I s a í a s : Yo soy el Señor, que te forma. Y h a des-
L e e m o s q u e h a b r á u n cielo n u e v o y u n a t i e r r a n u e v a , p e r o c e n d i d o del cielo desde el p r i n c i p i o , desde q u e sus c i u d a d a n o s
n o r e c u e r d o h a b e r leído en p a r t e a l g u n a a l g o s o b r e u n m a r van en a u m e n t o p o r la g r a c i a de D i o s , q u e m a n a de l a regene-
r a c i ó n c o m u n i c a d a p o r l a v e n i d a del E s p í r i t u S a n t o . P e r o en el

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


n u e v o . E s v e r d a d q u e en este l i b r o se h a b l a de u n como mar
vidrioso semejante al cristal; p e r o el p a s a j e n o t r a t a del fin del j u i c i o de D i o s , que será el ú l t i m o v o b r a de su H i j o J e s u c r i s t o ,
m u n d o , a m é n d e q u e n o dice m a r , sino u n a especie de mar. r e c i b i r á u n e s p l e n d o r t a n n u e v o v m a r a v i l l o s o de la g r a c i a
A u n q u e , a u s a n z a de l o s p r o f e t a s , q u e g u s t a n de e m p l e a r me- d i v i n a , q u e n o q u e d a r á n ni r a s t r o s de su vejez, p u e s los c u e r p o s
t á f o r a s p a r a v e l a r su p e n s a m i e n t o , p u d o m u y b i e n , al d e c i r q u e p a s a r á n de su a n t i g u a c o r r u p c i ó n y m o r t a l i d a d a u n a i n c o r r u p -
ya no hay mar, h a b l a r de a q u e l m a r del q u e h a b í a e s c r i t o : ción e i n m o r t a l i d a d n u e v a s . M e p a r e c e excesivo descoco en-
Y el mar presentó sus muertos. L a r a z ó n es q u e e n t o n c e s y a n o t e n d e r estas p a l a b r a s de los m i l a ñ o s en q u e r e i n a r á n con su
e x i s t i r á este m u n d o t u r b u l e n t o y p r o c e l o s o q u e es la v i d a de R e y , p u e s t o q u e lo siguiente n o a d m i t e d u d a : Dios enjugará
los m o r t a l e s , p r e s e n t a d a b a j o la i m a g e n del m a r . todas las lágrimas de sus ojos. Y no habrá ya muerte, ni llanto,
ni alarido, ni más dolor. ¿ Q u i é n será t a n necio y t a n l o c o , de
p u r o t e r c o y o b s t i n a d o , q u e se a t r e v a a afirmar q u e , e n t r e l a s
C A P I T U L O XV1T m i s e r i a s de esta vida, n o sólo el p u e b l o s a n t o , s i n o c a d a u n o
de los s a n t o s , está exento de l á g r i m a s v de d o l o r e s ? L a rea-
GLORIFICACIÓN ETERNA DE LA IGLESIA
l i d a d n o s dice q u e c u a n t o m á s s a n t o v m á s l l e n o de b u e n o s
Luego—añade—vi descender del cielo la gran ciudad, la deseos es u n o , t a n t o m á s a b u n d a n t e es su l l a n t o en la o r a c i ó n .
nueva Jerusalén, que venía de Dios, peripuesta como una novia ¿ N o es a c a s o ésta la voz de u n c i u d a d a n o de l a J e r u s a l é n ce-
engalanada para su esposo. Y oí una gran voz que salía del
vocem magnam de throno dicentem, Ecce tabernaculum Dei cum homini.
luvium. Illa itaque, ut dixi, conflagratione mundana elementorum corrup- bus, et habilabit cum eis, et ipsi erunt populus eius, et ipse Deus erit
tibilium qualitates, quae corporibus nostris corruptibilibus congruebant, cum eis. Et absterget Deus omnem lacrymam ab oculis eorum; et mors
ardendo penitus interibunt; atque ipsa substantia eas qualitates habebit, iam non erit, ñeque luctus, ñeque clamor, sed nec dolor ullus, quia priora
quae corporibus immortalibus mirabili mutatione conveniant: ut scilicet abierunt. Et dixit sedens in throno, Ecce nova fació omnia9". De cáelo
mundus in melius innovatus, apte accommodetur hominibus etiam carne descenderé ista civitas dicitur, quoniam caelestis est grada, qua Deus eam
in melius innovatis. Quod autem ait, Et mare iam non est: utrum máximo fecit. Propter quod ei dicit etiam per Isaiam, Ego sum Dominus faciens
illo ardore siccetur, an et ipsum vertatur in melius, non facile dixerim. te "'. Et de cáelo quidem ab initio sui descendit, ex quo per huius saeculi
Caelum quippe novum et terram novam futuram legimus: de mari autem tempus, gratia Dei desuper veniente per lavacrum regenerationis in Spiri-
novo aliquid me uspiam legisse, non recoló; nisi quod in hoc eodem libro tu sancto misso de cáelo subinde cives eius accrescunt. Sed per iudicium
reperitur, tanquam mare vitreum simile crystallo M . Sed tune non de isto Dei, quod erit novissimum per eius Filium Iesum Christum, tanta eius et
fine saeculi loquebatur: nec propie dixisse videtur mare, sed tanquam tam nova de Dei muñere claritas apparebit, ut milla remaneant vetustatig
mare. Quamvis et nunc, sicut amat prophetica locutio propriis verbis vestigia: quandoquidem et corpora ad incorruptionem atque immortalita-
translata miscere, ac sic quodammodo velare quod dicitur, potuit de illo tem novam ex vetere corruptione atque mortalitate transibunt. Nam hoc
mari dicere, Et mare iam non est; de quo supra dixerat, Et exhibuit mare, de isto tempore accipere, quo regnat cum Rege suo mille annis, impu-
mortuos, qui in eo erant. Iam enim tune non erit hoc saeculum vita mor- dentiae nimiae mihi videtur: cum apertissime dicat, Absterget Deus om-
talium turbulentum et procellosum, quod maris nomine figuravit. nern lacrymam ab oculis eorum; et mors iam non erit, ñeque luctus, ne,
que clamor, sed nec dolor ullus. Quis vero tam sit absurdüs, et obstina-
tissima contentione vesanus, qui audeat affirmare in huius mortalitatis
CAPUT XVII aerumnis, non dico populum sanctum, sed umimquemque sanctorum, qui
hanc vel ducat, vel ducturus sit, vel duxerit vitam, nullas habentem lacry.
DE ECCLESIAE GLORIFICATIONE SINE FINE POST FINEM
mas et dolores; cum potius quanto quisque est sanctior et desiderii sanctj
Et civitatem, inquit, magnam lerusalem novam vidi descendentem de plenior, tanto sit eius in orando fletus uberior? Annon est vox civis su-
cáelo a Deo, aptatam, quasi novam nuptam ornatam manto suo. Et audivi 06
Ibid., 31,3-5.
vr
' Aipoc. 4,6 ; T,S,2. • ' Is. 4.5,8.
1486 U CIUDAD DE DIOS XX, 17 XX, 18 EL JUICIO FINAL 148T

l o s t i a l : Mis lágrimas me han servido de van día y noche? estas p a l a b r a s : Dios enjugará todas las lágrimas de sus ojos.
Y esta o t r a : Todas las noches riego mi lecho con lágrimas Y no habrá ya muerte, ni llanto, ni alarido, ni más dolor, se
e inundo con ellas el lugar de mi descanso? Y también ésta: refieren t a n c l a r a y t a n p a l m a r i a m e n t e a l s i g l o v e n i d e r o , a l a
No se te ocultan mis gemidos; v esta o t r a : Mi dolor se ha i n m o r t a l i d a d y a la e t e r n i d a d d e los s a n t o s ( p u e s s ó l o e n t o n c e s
renovado? ¿ 0 es q u e n o son h i j o s s u y o s los q u e g i m e n b a j o el y s ó l o a l l í n o e x i s t i r á n e s a s m i s e r i a s ) , q u e , si l a s c r e e m o s obs-
p e s o de esta c a r g a , de la q u e n o q u i e r e n ser d e s p o j a d o s , s i n o c u r a s , n o d e b e m o s b u s c a r , c o s a s c l a r a s e n las S a g r a d a s L e t r a s .
revestidos, p a r a q u e lo m o r t a l sea a b s o r b i d o p o r la v i d a ? ¿ N o
son éstos los q u e , p o s e y e n d o l a s p r i m i c i a s del E s p í r i t u , suspi-
r a n en sí m i s m o s , en e s p e r a de la a d o p c i ó n , p o r la r e d e n c i ó n C A P I T U L O X V I I I
de su c u e r p o ? Y el a p ó s t o l S a n P a b l o ¿ n o e r a c i u d a d a n o d e
la J e r u s a l é n celestial, y n o lo e r a m á s c u a n d o sufría p o r s u s DOCTRINA DE SAN P E D R O SOBRE EL J U I C I O FINAL

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


h e r m a n o s c a r n a l e s , los i s r a e l i t a s , u n a p r o f u n d a tristeza y t r a í a
a s i d o a su c o r a z ó n u n c o n t i n u o d o l o r ? V e a m o s y a lo q u e e s c r i b e el a p ó s t o l S a n P e d r o s o b r e el j u i -
¿ C u á n d o n o h a b r á m u e r t e en esta c i u d a d sino c u a n d o cio final: En los últimos días vendrán—dice é l — i m p o s t o r e s ar-
se d i í e r e : ¿Dónde está, ¡oh muerte!, tu comhnfp,? ¿Dónde, tu tificiosos, que, llevados de sus propias pasiones, dirán: ¿Dónde
aguijón? El aguijón de la muerte es el pecado? E s t e n o exis- está la promesa de su venida? Porque, desde la muerte de nues-
t i r á y a c u a n d o se d i g a : ¿Dónde está? A h o r a n o es u n c i u d a d a - tros padres, todas las cosas siguen como al principio de su
n o c u a l q u i e r a d e a q u e l l a c i u d a d , sino el m i s m o S a n J u a n , el q u e creación. Y es que no saben, porque quieren ignorarlo, que al
c l a m a en su E p í s t o l a : Si dijéremos que no tenemos pecado, principio fué creado el cielo y la tierra, sacados del agua y cons-
nos engañamos a nosotros nt.ism.os y no hav verdad en nosotros. tituidos en medio de ella por la palabra de Dios, y que por eso
En ese l i b r o , t i t u l a d o A p o c a l i p s i s , h a y m u c h a s cosas obs- el mundo de entonces pereció anegado en las aguas. Pero los
c u r a s p a r a e i e r c i t a r l a m e n t e del lector, v u n a s c u a n t a s , p o c a s cielos y la tierra que ahora existen han sido restablecidos por
p o r cierto, duras, rrue p e r m i t e n c o m p r e n d e r l a s o t r a s n o sin esa misma palabra y están destinados a ser presa del fuego en
gran trabajo [ 2 4 ] . P o r q u e repite de muchos modos las mismas el día del juicio y del exterminio de los hombres impíos. Mas
i d e a s , de tal s u e r t e q u e p a r e c e d e c i r cosas d i v e r s a s y. sin vosotros, mis amados, no debéis ignorar que ante Dios un día
e m b a r g o , s o n l a s m i s m a s e x p r e s a d a s de diferente m a n e r a . P e r o es como mil años, y mil años como un día. Así, el Señor no
difiere su promesa, como algunos se imaginan, sino que espera

pernae Terusalem, Fac.tae sunt mihi lacrymae meae pañis die ac nocte? M ubi ait, Absterget Deus omnem lacrymam ab oculis eorum; et mors iam
et, Lavabo per úngulas noctes lectum meum, in lacrymis meis stratum non erit, ñeque luctus, ñeque clamor, sed nec dolor ullus: tanta luce dicta
meum rigabo? '* et. Gemitus meus non est ahsconditus a te ? 100 et. Dolor sunt de saeculo futuro et immortalitate atque aeternitate sanctorum (tuno
meus renovatus est? m Aut vero non eius filii sunt, qui ingemiscunt gra- enim solum, atque ibi solum ista non erunt), ut nulla debeamus in Litte-
vad, in ano nolunt exspoliari, sed supervestiri, ut absorbeatur mortale a ris saeris quaerere vel legere manifesta, si baec putaverimus obscura.
vita? 102 Nonne ipsi sunt, qui primitias habentes Spiritus, in semetipsis
ingemiscunt, adoptionem exspectantes, redemptionem corporis sui? l03 An
ipse apostolus Paulus non erat snpernus Ierosolymitanus, vel non multo CAPUT XVIII
magis boc erat, quando pro Israelitis fratribus carnalibus suis tristitia illi
erat magna, et continuus dolor cordi eius? 1<V4 Quando autem mors non erit QUID APOSTOLUS PETRUS DE NOVISSIMO D E I IUDICIO PRAEDICARIT
in ista civitate, nisi quando dicetur, Ubi est, mors, contentio tua? ubi est, Nunc iam videamus, quid etiam apostolus Petrus de hoc iudicio scrip-
mors, aculeus tuus? Aculeus autem. monis est 'peccatum?1"" Quod tune serit: Venient, inquit, in novissimo dierum illusione illudentes, secundum
utique non erit, quando dicetur, Ubi est? Nunc vero non quilibet infimus proprias concupiscentias suas euntes, et dicentes, Ubi est promissum prae-
eivis illius civitatis, sed idem ipse Ioannes in Epístola sua clamat, Si di- sentiae ipsius? Ex quo enim patres dormierunt, sic omnia perseverant ab
xerímus guia peccatum non habernos, nos ipsos seducimus, et ventas in initio creaturae. Latet enim illos hoc volent.es, quia caeli erant olim et
nobis non est"". Et in hoc quidem libro, cuius noraen est Apocalypsis, térra de aqua, et per aquam constituía Dei verbo; per quae, qui tune
obscure multa dicuntur, ut mentem legentis exerceant, et pauca in eo erat mundus, aqua inundatus deperiit. Qui autem nunc sunt caeli et
sunt, ex quorum manifestatione indagentur caetera cum labore: máxime térra, eodem verbo repositi sunt, igni reservandi in diem iudicii et perdí-
quia sic eadem multis modis repetit, ut alia atque alia dicere videatur: tionis hominum impiorum. Hoc unum vero non lateat vos, charissimi, quia
cum aliter atque aliter haec ipsa dicere vestigetur. Verum in his verbis, unus dies apud Dominum, sicut mille anni; et mille anni, sicut dies unus.
08
P s . 4 T,4. 1<"> R o m . 8,23. Non tardat Dominus promissum, sicut quídam tarditatem existimant: sed
» ' P s . 6,7. '»< R o m . 9,2. . ' patienter jen propter vos, nolens aliquem perire, sed omnes in poeniten-
100
101
P s . 37,10. " " 1 Cor. 15,55 et <¡6. tiam convertí. Veniet autem dies Domini ut fur, in quo caeli magno ím-
P s . 38,-,. « • 1 To. r,8. •.':'•'"' petu transcurrent: elementa autem ardentía resolventur; et tena, et quae
102
2 C o r . 5,4. -'. .- -
1488 hk CIUDAD DE DIOS XX, 19., 1 W JUICIO FINAl 14«9
XX, 18

con paciencia por amor a vosotros, no queriendo que ninguno bres, si bien es cierto que su naturaleza subsistirá siempre aun
perezca, sino que todos se conviertan a penitencia. Por lo de- en medio de los suplicios eternos.
más, el día del Señor vendrá como ladrón, y entonces los cielos Quizá pregunte alguno: Si el mundo arderá después del
pasarán con espantoso estruendo, y los elementos, ardiendo, se juicio, ¿dónde estarán los santos durante ese incendio, pues,
disolverán, y la tierra será abrasada con todas sus obras. Y como teniendo cuerpo, ocuparán necesariamente un lugar corporal,
todas las cosas han de perecer, ¿cuáles debéis ser vosotros en antes de que Dios haya estrenado un cielo nuevo y una tie-
vuestra vida santa, aguardando y saliendo a esperar la venida rra nueva?
del día del Señor, día en que los cielos encendidos se disolve- A esto podemos responder que estarán en las regiones supe-
rán y se derretirán los elementos al calor del fuego? Pero es- riores, donde no llegará la llama del fuego ni llegó el agua del
peramos, según sus promesas, nuevos cielos y tierra nueva, don- diluvio. Además, sus cuerpos serán tales, que podrán estar don-
de reinará la justicia. Aquí no mienta siquiera la resurrección de quieran. Y una vez inmortales e incorruptibles, no temerán

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de los muertos, pero dice bastante de la ruina del mundo. Y, al el fuego de ese incendio, de igual modo que los cuerpos corrup-
mencionar el diluvio, parece advertirnos que creamos que el tibles y mortales de los tres mancebos pudieron vivir en medio
mundo ha de perecer un día. Dice, en efecto, que en aquel de las llamas sin ser quemados.
tiempo vio su fin el mundo de entonces, no sólo el orbe de la
tierra, sino también los cielos, es decir, el espacio de aire que
había anegado la crecida de las aguas. Entiende por cielos, o C A P I T U L O XIX
mejor, por cielo, el lugar del aire donde sopla el viento, y sólo
este lugar, no los cielos superiores, donde están colocados el SAN PABLO A LOS TESALONICENSES. E L A N T R R I S T O
sol, la luna y las estrellas. Así, toda o casi toda esta región del
aire se convirtió en húmedo elemento [25], y de este modo pe- 1. Me veo en la necesidad de omitir gran número de tes-
reció con la tierra, sepultada también por el diluvio. Pero los timonios evangélicos y apostólicos sobre el juicio final para no
cielos y la tierra—escribe él—que ahora existen han sido res- prolongar demasiado este libro. Pero no puedo menos de citar
tablecidos por esa misma palabra y están destinados a ser presa al apóstol San Pablo en su Epístola segunda a los Tesalonicen-
del fuego en el día del juicio y del exterminio de los hombres ses. Dice así: Entretanto, hermanos, os suplicamos, por el ad-
impíos. Por tanto, el cielo y la tierra, es decir, el mundo, que venimiento de nuestro Señor Jesucristo y de nuestra reunión al
ha venido a ocupar el lugar del mundo destruido por el dilu-
vio, está destinado a ser presa del fuego en el día del juicio In diem iudicii et perditionis hominum impiorum. Nam et hominum.
y del exterminio de los hombres impíos. Usa sin vacilación la propter magnam quamdam commutationem, non dubitat dicere perditio-
nem futuram; cum tamen eorum, quamvis in aeternis poenis, sit man-
palabra exterminio por el gran cambio que sufrirán los hom- sura natura. Quaerat forsitan aliquis, si post factum iudicium mundus iste
ardebit, antequam pro illo caelum novum, et térra nova reponatur, eo
in ipsa sunt opera exurentur. His ergo ómnibus pereuntibus, guales opor- ipso tempore conflagrationis eius ubi erunt sancti, quum eos habentes
tet esse vos in sanctis conversationibus exspectantes, et properantes ad corpora in aliquo corporali loco esse necesse sit. Possumus responderé,
praesentiam diei Domini, per quam caeli ardentes solventur, et elementa futuros eos esse in superioribus partibus, quo ita non ascendet flamma
ignis ardore decoquentur? Novos vero cáelos, et terram novam, secundum illius incendii, quemadmodum nec unda diluvii. Talia quippe filis inerunt
promissa ipsius, exspectamus, in quibus iustitia inhabitat107. Nihil hic corpora, ut illie sint, ubi esse voluerint. Sed nec ignem conflagrationis
dixit de resurrectione mortuorum: sed sane de perditione mundi huius illius pertimescent immortales atque incorruptibiles facti: sicut virorum
satis. Ubi etiam commemorans factum ante diluvium, videtur admonuisse Irium corruptibilia corpora atque mortalia, in camino ardenti vivere illaesa
quodammodo, quatenus in fine huius saeculi mundum istum perittirum potuerunt 11>\
esse credamus. Nam et illo tempore perisse dixit, qui tune erat, mundum:
nec solum orbem terrae, verum etiam cáelos, quos utique istos aerios CAPUT XIX
intelligimus, quorum locum ac spatium tune aqua crescendo superaverat.
Ergo totus, aut pene totus aer iste ventosus (quod caelum vel potius cáelos QUID APOSTOLUS PAULUS THESSALONICENSIBUS SCRIPSERIT DE MANIFESTA-
vocat, sed istos utique irnos, non illos supremos, ubi sol, et luna, et sidera TIONE A N T I C H R I S T I , CUIUS TEMPUS DIES DOMINI SUBSEQUETUR
constituía sunt), conversus fuerat in humidam qualitatem; atque hoc
modo cum térra perierat, cuius terrae utique prior facies fuerat deleta 1. Multas evangélicas apostolicasque sententias de divino isto iudicio
diluvio. Qui autem nunc sunt, inquit, caeli et térra, eodem verbo repositi novissimo video mihi esse praetereundas, ne hoc volumen in nimiam lon-
sunt, igni reservandi in diem iudicii et perditionis hominum impiorum. gitudinem provolvatur: sed nullo modo est praetereundus apostolus Pau-
Proinde qui caeli, et quae térra, id est, qui mundus, pro eo mundo qui lus, qui scribens ad Thessalonicenses, Rogamus, inquit, vos, fratres, per
diluvio periit, ex eadem aqua repositus est, ipse igni novissimo reservatur adventum Domini nostri Iesu Christi, et nostrae congregationis in ipsum,
* " 2 Petr. 3>3-r4- "" Dan. s,s4.
1490 Í,A CIUDAD DE D I O S XX, 19, 2
XX, 19, 8 El, JUICIO FINAL 1491
mismo, que no abandonéis ligeramente vuestros sentimientos ni
os alarméis con supuestas revelaciones, o con ciertos discursos, sabemos si será en las ruinas del templo de Salomón o en la
o con cartas que se supongan enviadas por nosotros, como sí el Iglesia. Es claro que el Apóstol no llamaría templo de Dios al
día del Señor estuviera ya muy cercano. No os dejéis seducir templo de algún ídolo o del demonio. Por eso algunos preten-
de nadie en ninguna manera, porque no vendrán sin que pri- den crue este pasaje que habla del anticristo se entienda no del
mero haya acontecido la apostasía y aparecido el hombre del príncipe, sino de todo su cuerpo, o sea, de la multitud de hom-
pecado, el hijo de la perdición. Este se opondrá a Dios y se al- bres que pertenecen a él, con él a la cabeza. Y creen que es
zará contra todo lo que se dice Dios .o se adora, hasta llegar más correcto seguir el texto griego y decir en latín no in tem-
a poner su asiento en el templo de Dios, dando a entender que plo Dei (en el templo de Dios), sino in templum Dei sedeat (se
es Dios. ¿No os acordáis que, cuando estaba todavía entre vos- siente dentro del templo de Dios), como si el anticristo fuera
otros, os decía estas cosas? Ya sabéis la causa que ahora le el templo de Dios, que es la Iglesia. Así decimos: Sedet in

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


detiene hasta que sea manifestado a su tiempo. El hecho es amicum (se tiene por amigo), o sea, como amigo, y otras locu-
que ya se va obrando el misterio de la iniquidad. Entretanto, ciones semejantes.
el que está firme ahora manténgase hasta que sea quitado el Esta frase: Ya sabéis la causa que ahora le detiene, signifi-
impedimento. Y entonces se dejará ver aquel perverso a quien ca que va saben el motivo de que se retarde su venida. Y es con
el Señor Jesús matará con el resuello de su boca y destruirá el fin de que aparezca a su tiempo. Pero, como dice que ya la
con el resplandor de su presencia, a aquel inicuo que vendrá sabían, no expresó con claridad el motivo. Por eso nosotros,
con el poder de Satanás con toda suerte de milagros, de señales que no sabemos lo que ellos sabían, ansiamos comprender a
y de prodigios falsos, y con todas las ilusiones que pueden costa de esfuerzos el pensamiento del Apóstol v no podemos,
conducir a la iniquidad a aquellos que se perderán por no porque lo que añadió obscurece más el sentido. Pues ¿qué sig-
haber recibido y amado la verdad a fin de salvarse. Por eso, nifica : El hecho es que el misterio de iniquidad ha comenzado
Dios les enviará el artificio del error, con que crean a la men- ya a obrarse. Sólo que aquel que ahora se tiene, téngase en pie
tira. Así serán condenados todos los que no creyeron a la ver- hasta aue sea quitado de en medio. Y entonces se manifestara
dad, sino que se complacieron en la maldad. el malo? Francamente confieso que no comprendo lo que quie-
2. Es indudable que habla del anticristo y que el día del re decir ["261. Sin embargo, no omitiré las conjeturas humanas,
juicio (él le llama día del Señor) no vendrá si antes no viniere que he podido oír o leer.
el llamado por él apóstata, claro está que del Señor. Esto, si 3. Algunos piensan que el apóstol San Pablo habla aquí
puede decirse con razón de todos los impíos, ¿cuánto más podrá del Imperio romano v que éste fué el motivo que le indujo a
decirse del anticristo? ¿En qué templo de Dios se sentará? No escribir con tanta obscuridad, por miedo a ser acusado de
desear mal al Imperio romano, que esperaban eterno. De suer-
ut non cito moveamini mente, ñeque terreamini, ñeque per spiritum, ñe-
que per verbum, ñeque per epistolam tanquam per nos missam, quasi
instet dies Domini: ne quis vos seducat ullo modo. Quoniam nisi venerit sit sessurus, incertum est: utrum in illa ruina templi, quod a Salomone
refaga primum, ut revelatus fuerit homo peccati, filias interitus, qui ad- rege constructum est, an vero in Ecelesia. Non enim templum alicuíus
versatur et superextollitur supra omne quod dicitur Deas, aut quod coli- idoli aut daemonis, templum Dei Apostólas diceret. Unde nonnulli, non
tur; ita ut in templo Dei sedeat, ostentans se tanquam sit üeus. Non re- ipsum principem, sed universum quodammodo corpus eius, id est, ad
eum pertinentern hominum multitudinem, simul cum ipso suo principe
tinetis in memoria, quod adhuc cum essem apud vos, haec dicebam vobis? hoc loco intelligi Antichristum volunt: rectiusque putant etiam latine
Et nunc quid detineat scitis, ut reveletur in sao tempore. lam enim mys- dici, sicut in graeco est, non, in templo Dei; sed, in templum Dei se-
terium iniquitatis operatur. Tantum qui modo tenel teneat, doñee de me- deat, tanquam ipse sit templum Dei, quod est Ecelesia: sicut dicimus,
dio fiat: et tune revelabitur iniquus, quem Dominus ¡esus interficiet spi- Sedet in amicnm, id est, velut amicus: vel si quid aliud isto locutio-
ritu oris sui, et evacuabit illuminatione praesentiae suae eum, cuius est nis genere dici solet. Quod autem ait, Et nunc quid detineat scitis, id
praesentia secundum operationem satanae, in omni virtute, et signis, et est, quid sit in mora, quae causa sit dilationis eius, ut reveletur in suo
prodigiis mendacii, et in omni seductione iniquitatis, his qui pefeunt; pro tempore, scitis: quoniam seire illos dixit, aperte hoc dicere noluit Et ideo
eo quod dilectionem veritatis non receperunt, ut salvi fierent. Et ideo nos qui nescimus quod illi sciebant, pervenire cum labore ad id quod
mittet illis Deus operationem erroris, ut credant mendacio, et iudicentur sensit Apostolus, cupimus, nec valemus: praesertim quia et illa quae
omnes qui non credideru.nl veritati, sed consenserunt iniquitati I0°. addidit, hunc sensum faciunt obscuriorem. Nam quid est, lam enim mys-
2. Nulli dubium est, eum de Antichristo ista dixisse; diemque iudicü terium iniquitatis operatur. Tantum qui modo tenet teneat, doñee de
(hunc enim appellat diem Domini) non esse venturum, nisi ille prior ve- medio fiat; et tune revelabitur iniquus? Ergo prorsus quid dixerit, me
nerit, quem refugam vocat, utique a Domino Deo. Ouod si de ómnibus fateor ignorare. Suspiciones tamen hominum, quas vel audire, vel legere
impiis mérito dici potest, quanto magis de ista? Sed in quo templo Dei potui, non tacebo.
>»» 3 Thess. 2,1-u. 3. Quídam putant hoc de imperio dictum fuisse Romano; et propterea
Paulum apostolum non id aperte scribere voluisse. ne calumniara videlicet
1492 IA CIUDAD DE DIOS XX, 19, 3 XX, 19, 4 El, JUICIO FINAL 1483
te que con estas palabras: El hecho es que el misterio de ini- oído que ha de venir el anticristo, así ahora muchos se han
quidad ha comenzado ya a obrarse, querría significar a Ne- hecho anticristos. Esto nos hace caer en la cuenta de que es ya
rón, cuyas obras parecían ya como del anticristo. Por esto se la última hora. Salieron de entre nosotros, mas no eran de los
imaginan que resucitará y que él será el anticristo [ 2 7 ] . Otros nuestros; pues, si fueran de los nuestros, hubieran perseverado,
creen que no fué matado, sino más bien raptado, para que se sin duda, con nosotros. Del mismo modo—dicen ellos—que an-
le creyera muerto, y que está oculto vivo y en la plenitud vigo- tes del fin, antes de esa hora que San Juan llama última, han
rosa de que gozaba cuando se le creía muerto, hasta que reapa- salido ya de la Iglesia muchos herejes, por el apóstol apelli-
rezca a su tiempo y sea restablecido en el reino [ 2 8 ] . Pero dados anticristos, así todos los que no pertenecen a Cristo, sino
esta opinión me parece asaz extraña y nueva. al anticristo, saldrán entonces, y entonces se manifestarán.
Por lo demás, estas palabras del Apóstol: Sólo que aquel 4. Así explican unos de una manera y otros de otra las
que ahora se tiene, téngase en pie hasta que sea quitado de en obscuras palabras del Apóstol. Una cosa es cierta e indudable:

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


medio, pueden entenderse sin absurdo ninguno del Imperio ro- que San Pablo dice que Cristo no vendrá a juzgar a los vivos
mano, como si dijera: Sólo que el que ahora impera, impere y a los muertos si antes no viniere su enemigo el anticristo a
hasta que sea quitado de en medio, es decir, hasta que sea su- seducir a los muertos en el alma, aunque esta seducción perte-
primido. Y entonces se manifestará el malo, término que indu- nezca al oculto juicio de Dios. Su presencia se manifestará con
dablemente designa al anticristo. el poder de satanás—como dice el Apóstol-—, con toda suerte
Otros, empero, piensan que tanto estas palabras: Ya sabéis de milagros, de señales y de prodigios falsos, para seducir a los
la causa que le detiene, como estas otras: Ha comenzado ya que deben perecer. Entonces será soltado satanás y pondrá en
a obrarse el misterio de iniquidad, se refieren únicamente a los juego todo su poder por el anticristo, obrando maravillas, sí,
malos y a los hipócritas que hay en la Iglesia, hasta que for- pero engañosas.
men un número capaz de constituir el pueblo del anticristo. Suele preguntarse si el Apóstol dice señales y prodigios de
A esto—dicen ellos—lo llama misterio de iniquidad, porque mentira porque engañará los sentidos de los hombres por me-
es cosa oculta. Estas otras palabras serían una exhortación del dio de fantasmas, haciéndoles ver lo que no hace; o si lo dijo
Apóstol a los fieles para que perseverasen firmes en la fe: So- porque, aunque los prodigios sean verdaderos, arrastrarán a la
lamente que aquel que ahora se tiene, téngase en pie hasta que mentira a los que, desconocedores del poder del diablo, creerán
sea quitado de en medio, es decir, hasta que salga de la Iglesia que requieren una potencia divina, sobre todo cuando reciba
el misterio de iniquidad que ahora está oculto. Y estiman que a un poder cual no tuvo nunca. En efecto, cuando bajó fuego del
este misterio aluden aquellas palabras del evangelista San Juan cielo y consumió la familia de Job, juntamente con sus muchos
en su Epístola: Hijos, ésta es ya la última hora, y como habéis
hora est: et sicut audistis, quod Antichristus sit venturas; nunc autem
incurreret, quod Romano imperio male optaverit, cum speraretur aeter- antichristi multi facti sunt: unde cognoscimus quod novissima sit hora.
num: ut hoc quod dixit, Iam enim mysterium iniquitatis operatur, Nero- Ex nobis exierunt: sed non erant ex nobis. Quod si fuissent ex nobís,
nem voluerit intelligi, cuius iam facta velut Antichristi videbanlur. Unde permansissent utique nobiscum 110. Sicut ergo ante finem in hac hora, in-
nonnulli ipsum resurrecturum, et futurum Antichristum suspicantur. Alii quiunt, quam loannes novissimam dicit, exierunt multi haeretici de medio
vero nec occisum putant, sed sulitractum potius, ut putaretur occisus; et Ecclesiae, quos multos dicit antichristos: ita omnes tune inde exibunt, qui
vivum occultari in vigore ipsius aetatis, in qua fuit, cum crederetur ex- non ad Christum, sed ad illum novissimum Antichristum pertinebiint, et
stinctus, doñee suo tempore reveletur, et restituatur in regnum. Sed tune revelabitur.
multum mihi mira est haec opinantium tanta praesumptio. Illud tamen 4. Alius ergo sic, alius autem sic Apostoli obscura verba coniectant:
quod ait Apostolus, Tantum qui modo tenet teneat, doñee de medio fíat: quod tamen eum dixisse non dubium est, Non veniet ad vivos et mortuos
non absurde de ipso Romano imperio creditur dictum, tanquam dictum iudicandos Christus, nisi prius venerit ad seducendos in anima mortuos
sit, Tantum qui modo imperat iinperet, doñee de medio fiat, id est, de adversarius eius Antichristus; quamvis ad occultum iam iudicium Dei
medio tollatur. Et tune revelabitur iniquus: quem significan Antichristum, pertineat, quod ab illo seducentur. Pracsentia quippe eius erit, sicut
nullus ambigit. Alii vero et quod ait, Quid detineat scitis; et, mysterium- dictum est, secundum operationem satanae, in omni virtute, et, signis, et
operad iniquitatis, non putant dictum, nisi de malis et fictis, qui sunt prodigiis mendacii, et in omni seductione iniquitatis, his qui pereunt.
in Ecclesia, doñee perveniant ad tantum numerum, qui Antichristo Tune enim solvetur satanás, et per illum Antichristum in omni sua vir-
magnum populum faciat; et hoc esse mysterium iniquitatis, quia videtur tute mirabiliter quidem, sed mendaciter operabitur. Quae solet ambigi
occultum. Hortari autem Apostolum fideles, ut in fide quam tenent te- utrum propterea dicta sint signa et prodigia mendacii, quoniam mortales
naciter perseverent, dicendo, Tantum qui modo tenet teneat, doñee de sensus per phantasmata decepturus est; ut ^uod non facit, faceré videa-
medio fiat: hoc est, doñee exeat de medio Ecclesiae mysterium iniquita- tur: an quia illa ipsa, etiamsi erunt vera prodigia, ad mendacium per-
tis, quod nunc occultum est. Ad ipsum enim mysterium pertinere arbi- trahent credituros non ea potuisse nisi divinitus fieri, virtutem diaboli
trantur, quod ait in Epístola sua loannes evangelista, Pueri, novissima 1
' " i To. 2,18 ?t Tg.
1494 LA CIUDAD DE DIOS XX, 19, 4
rebaños, y un torbellino impetuoso derribó su casa y sepultó X X , 20, 2 El, JUICIO FINAL 1495
bajo las ruinas a sus hijos, esto no fueron ilusiones. Eran obras
de satanás, a quien Dios había dado tal poder.
A cuál de esas hipótesis se debió el decir prodigios y seña- CAPITULO XX
les de mentira, aparecerá meior entonces. Sea por cual fuere,
lo cierto es que con esas señales y esos prodigios seducirá a PRIMERA A LOS TESALONICENSES. L A RESURRECCIÓN
aquellos que hayan merecido ser seducidos, por no haber reci- DE LOS MUERTOS
bido y amado la verdad, aue les haría salvos. El Apóstol no
vacila en añadir: Por eso Dios les enviará el ardid del error, 1. En el lugar citado, el Apóstol no habla de la resurrec-
que les hará creer en la mentira. Lo enviará Dios, porque per- ción de los muertos. Pero en su primera Epístola a los de Te-
mitirá al diablo hacer esos prodigios. El lo permite por un salónica les dice: En orden a los difuntos no queremos, herma-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


juicio muy justo, aunque el diablo lo realice por un deseo nos, dejaros en vuestra ignorancia, por que no os entristezcáis
injusto y criminal. del modo que suelen los demás hombres que no tienen esa es-
A fin de que sean juzgados—añade—todos los que no han peranza. Porque, si creemos que Jesús murió y resucitó, tam-
creído a la verdad, sino que se complacieron en la maldad. Los bién debemos creer que Dios llevará con Jesús a aquellos que
juzgados serán, pues, seducidos, y los seducidos, condenados. hayan muerto por él. Por lo cual os decimos, sobre la palabra
Los juzgados serán seducidos por los juicios de Dios, oculta- del Señor, que nosotros, los vivientes que quedaremos hasta la
mente justos y justamente ocultos, que no han cesado jamás de venida del Señor, no cogeremos la delantera a los que ya mu-
juzgar a los hombres desde el primer pecado. Y los seducidos rieron antes. Por cuanto el mismo Señor, a la intimación y a la
serán condenados en el último juicio, que será público, por voz del arcángel y al sonido de la trompeta de Dios, descenderá
Jesucristo, que, condenado injustísimamente, condenará con jus- del cielo, y los que murieron en Cristo, resucitarán los prime-
ticia suma. ros. Después nosotros, los vivos, los que hayamos quedado, sere-
mos arrebatados, juntamente con ellos, sobre nubes al encuentro
de Cristo en el aire, y así estaremos con el Señor eternamente.
nescientes; máxime quando tantam, quantam nunquam habuit, acceperit Estas palabras del Apóstol prueban con luz meridiana la futura
potestatem. Non enim quando de cáelo ignis cecidit, et tantam familiam resurrección de los muertos, cuando Cristo vendrá a juzgar
cum tantis gregibus pecorum sancti Iob uno Ímpetu absumpsit, et turbo a todos.
irruens et domum deiiciens filios eius occidit n \ phantasmata fuerunt: 2. Suele preguntarse en este lugar lo siguiente: ¿Morirán
quae tamen fuerunt opera satanae, cui Deus dederat hanc potestatem.
Propter quid horum ergo dicta sint prodigia et signa mendacii, tune aquellos que Cristo hallare vivos al venir, y que el Apóstol
potius apparebit. Sed propter quodlibet horum dictum sit, seducentur eis figura en sí y en los que con él vivían, o pasarán con una cele-
signis atque prodigiis, qui seduci merebuntur: pro eo quod dilectionem
veritatis, inquit, non receperunt, ut salvi fierent. Nec dubitavit Apostolus
addere, et dicere: Ideo mittet Mis Deus operationem erroris, ut credant CAPUT XX
mendacio. Deus enim mittet, quia Deus diabolum faceré ista permittet,
insto ipse iudicio, quamvis faciat ille iniquo malignoque consilio. Ut iudi- QUID ÍDEM APOSTOLUS IN PRIMA AD EOSDEM EPÍSTOLA DE RESURBECTIONE
centur, inquit, omnes qui non crediderunt ventad, sed consenserunt iniqui- MORTUORÜM DOCUERIT
tati. Proinde iudicati seducentur, et seducti iudicabuntur. Sed iudicati 1. Sed hic Apostolus tacuit de resurrectione mortuorum: ad eosdem
seducentur illis iudiciis Dei oceulte iustis, iuste oceultis, quibus ab initio autem scribens in Epístola prima, Nolumus, inquit, ignorare vos, fratres,
peccati rationalis creaturae nunquam iudicare cessavit: seducti autem de dormientibus, ut non contristemini, sicut et caeteri, qui spem non
iudicabuntur novissimo manifestoque iudicio per lesum Christum, iustis- habent. Nam si credimus, quod ¡esus mortuus est, et resurrexit: ita et
sime íudicaturum. iniustissime iudicatum. Deus eos qui dormierunt per lesum, adducel cum eo. Hoc enim vobis
dicimus in verbo Domini, quia nos viventes, qui reliqui sumus in adven-
» ' Iob i. tum Domini, nos praeveniemus eos qui ante dormierunt: quoniam ipse
Dominus in iussu, et in voce Archangeli, et in tuba Dei descendet de
cáelo; et mortui in Ckristo resurgent primo; deinde nos viventes, qui re-
liqui sumus, simul cum illis rapiemur in 112nubibus in obviam Christo in
aera; et ita semper cum Domino erimus . Haec verba apostólica re-
surrectionem mortuorum futurain, quando veniet Dominus Christua, utique
ad vivos et mortuos iudicandos, praeclarissime ostendunt.
2. Sed quaeri solet, utrum illi quos hic viventes inventurus est Chris-
tus, quorum personam in se atque illos qui tune secum vivebant, transfi-

•¿¿;.
"* i Thess, 4,ia-i6,
1496 LA CIUDAD DE DIOS X X , 20, 2 BL JUICIO FINAL
XX, 20, 3 1497
ridad espantosa de la muerte a la inmortalidad en el instante tados a las nubes no son sembrados, porque ni van a la tierra
preciso en que saldrán con los resucitados al encuentro de Cris- ni retornan, sea que no experimenten la muerte, sea que mue-
to? [ 2 9 ] . Sería una insensatez creer que, mientras van por los ran momentáneamente en el aire.
aires a la altura, no pueden morir y revivir. 3. P o r otra parte, nos sale al paso el mismo San Pablo en
Estas palabras: Y así estaremos eternamente con el Señor, su carta a los Corintios. Todos resucitaremos—dice él—, o se-
no deben entenderse como si dijera que nosotros permanecere- gún otros códices: Todos dormiremos [ 3 0 ] . Si, pues, es impo-
mos siempre con el Señor en el aire, puesto que ni El permane- sible la resurrección sin la muerte, y dormición en este pasaje
cerá allí, pues vendrá de paso. Iremos, pues, al encuentro del significa muerte, ¿cómo dormirán o resucitarán todos, si son
que viene, no del que está; pero así estaremos con el Señor, es tantos los hombres que Cristo hallará con vida que ni morirán
decir, teniendo cuerpo eterno doquiera vayamos con él. ni resucitarán?" Estoy en que, si creemos que los santos, esos
El mismo Apóstol parece obligarnos a pensar que los halla- que Cristo hallará con vida y que serán elevados para ir a su

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


dos por el Señor vivos morirán en ese breve espacio de tiempo encuentro, dejando en ese vuelo sus cuerpos mortales y vistién-
y vestirán la inmortalidad, cuando dice: Todos serán vivifica- dolos de inmortalidad, no nos meten en esos aprietos las pala-
dos en Cristo. Y en otro lugar, hablando de la resurrección: Lo bras del Apóstol. Ni éstas: Lo que siembras no es vivificado si
que siembras no recibe vida si antes no muere. ¿Cómo, pues, antes no muere, ni estas otras: Todos resucitaremos, o : Todos
los que Cristo hallare vivos serán vivificados en El por la in- dormiremos. Y es que aquéllos no serán vivificados por la in-
mortalidad si no mueren, siendo así que implican esto aquellas mortalidad si no mueren antes, aunque sea por un instante. Así
palabras: Lo que siembras no es vivificado si antes no muere? no serán ya ajenos a la resurrección, precedida de la dormición,
Y si es cierto que no puede decirse propiamente del cuerpo del que de hecho se dio, aunque por poco tiempo. Mas ¿por qué
hombre que es sembrado si no torna, muriendo, a la tierra, nos parece increíble que esa multitud de cuerpos sea sembrada
según aquella sentencia intimada por Dios al primer pecador, en cierto modo en el aire y tome allí instantáneamente una vida
padre del género humano: Eres tierra y a la tierra irás, hay inmortal e incorruptible, si creemos lo que dice el mismo Após-
que admitir que estos que Cristo hallará con vida, aun despo- tol, que la resurrección se efectuará en un abrir y cerrar de
jados de sus cuerpos, no están comprendidos ni en esas palabras ojos y que el polvo de los cuerpos, extendido en mil lugares,
del Apóstol ni en estas del Génesis. Es claro que los arreba- se acoplará con una facilidad y una prontitud asombrosa? Y no
pensemos que a esos santos no les alcanzará esta sentencia pro-
gurabat Apostolus, nunquam omnino morituri sunt; an ipso temporis nunciada contra el hombre: Eres tierra y a la tierra irás, pre-
puncto, quo cum resurgentíbus rapientur in nubibus in obviam Christo
¡n aera, ad immortalitatem per mortem mira celeritate transibunt. Ñeque
enim dicendum est, fieri non posse, ut dum per aera in sublime portan- rapti, non utique seminantur; quia nec eunt in terram, nec redeunt; sive
tur, in illo spatio et moriantur, et reviviscant. Quod enim ait, Et ita sem- nullam prorsus experiantur mortem, sive paululum in aere moriantur.
per cum Domino erimus: non sic accipiendum est, tanquam in aere nos
3. Sed aliud rursus occurrit, quod idem dixit apostolus, cum de re-
dixerit semper cum Domino esse mansuros; quia nec ipse utique ibi ma-
surrectione corporum ad Corinthios loqueretur: Omnes resurgemus; vel,
nebit, quía veníens transiturus est. Venienti quippe ibitur obviam, non
sicut alii códices habent, Omnes dormiemus 11B. Cum ergo nec resurrectio
manenti: sed ita cum Domino erimus, id est, sic erimus habentes corpora
fieri possit, nisi mors praecesserit; nec dormitionem possimus illo loco
sempiterna, ubicumque cum illo fuerimus. Ad hunc autem sensum, quo
intelligere, nisi mortem; quomodo omnes vel dormient, vel resurgent, si
existimemus etiam ¡líos, quos hic vivos inventurus est Dominus, in ipso
tam multi, quos in corpore inventurus est Christus, nec dormient, nec
parvo spatio et passuros mortem et accepturos immortalitatem, ipse Apo-
resurgent? Si ergo sanctos, qui reperientur Christo veniente viventes, eique
stolus nos videtur urgere, ubi dicit, In Christo omnes vivificabuntur ll':
in obviam rapientur, crediderimus in eodem raptu de mortalibus corpori-
cum alio loco de ipsa loquens resurrectione corporum dicat, Tu quod se-
bus exituros, et ad eadem mox immortalia redituros, nullas in verbis Apo-
minas, non vivificatur, nisi moriatur I14 . Quomodo igitur, quos viventes hic
stoli patiemur angustias, sive ubi dicit, Tu quod seminas, non vivificatur,
Christus inveniet, per immortalitatem in illo vivificabuntur, etsi non mo-
nisi moriatur; sive ubi dicit, Omnes resurgemus; aut, Omnes dormiemus:
riantur; cum videamus propter hoc esse dictum, Tu quod seminas, non
quia nec illi per immortalitatem vivificabuntur, nisi, quamlibet paululum,
vivificatur, nisi moriatur? Aut si recte non dicimus seminari, nisi ea cor-
tamen ante moriantur; ac per hoc et a resurrectione non erunt aliem,
pora hominum, quae moriendo quoquo modo revertuntur in terram; sicut
quam dormitio praecedit, quamvis brevissima, non tamen nulla. Cur autem
sese habet etiam illa in transgressorem patrem generis humani dívinitus
nobis incredibile videatur, illam multitudinem corporum in aere quodam-
prolata sententia, Terra es, et in terram ibis115: fatendum est istos, quos
modo seminari, atque ibi protinus immortaliter atque incorruptibiliter re-
nondum de corporibus egressos, cum veniet Christus, inveniet, et istis ver-
viviscere, cum credamus, quod idem ipse Apostolus apertissime dicit, in
bis Apostoli, et illis de Genesi non teneri: quoniam sursum in nubibus
ictu oculi futuram resurrectionem 117, et in membra sine fine victura tanta
118
i Cor. 15,22.
facilítate tamque inaestimabili velocitate rediturum antiquissimorum cada-
114
Ibid., 36. 11 s
rlí
Gen. 3,10. 1 Cor. 15,51.
' " 1 Cor. 15,52.
1498 U CIUDAD DE DIOS XX, 20, 3 1409
XX, 2 1 , 1 BL JUICIO FINAL
t e x t a n d o q u e sus c u e r p o s n o t o r n a n a l a t i e r r a , y q u e , c o m o
m u e r e n en el v u e l o , en ese e n t r e t a n t o r e s u c i t a r á n t a m b i é n . A la
tierra irás significa: I r á s , p e r d i d a l a v i d a , a l o q u e e r a s a n t e s C A P I T U L O XXI
de h a b e r l a r e c i b i d o ; en o t r o s t é r m i n o s : S e r á s d e s a n i m a d o , lo
c u a l e r a s y a a n t e s de ser a n i m a d o [ 3 1 ] . E l h o m b r e e r a t i e r r a , y ISAÍAS S O B R E LA R E S U R R E C C I Ó N D E L O S MUERTOS
a esa t i e r r a D i o s le i n f u n d i ó u n s o p l o de v i d a , y el h o m b r e que- Y LA R E T R I B U C I Ó N D E L J U I C I O
d ó c o n s t i t u i d o en a l m a v i v i e n t e . Es, p u e s , c o m o si d i j e r a : E r e s
t i e r r a a n i m a d a , cosa q u e n o e r a s ; s e r á s t i e r r a sin a l m a , c o m o 1. E l p r o f e t a I s a í a s d i c e : Los muertos resucitarán, y resu-
e r a s . L o q u e son t o d o s los c u e r p o s m u e r t o s a n t e s de p u d r i r s e , citarán los que estaban en los sepulcros, y se alegrarán todos
eso s e r á n éstos si m u e r e n y d o q u i e r a m u e r a n , p u e s se v e r á n los que están en la tierra, porque tu rocío les dará la salud,
p r i v a d o s de v i d a y la r e c i b i r á n al i n s t a n t e . I r á n a la t i e r r a , pero la tierra de los impíos caerá. L o p r i m e r o a l u d e a l a re-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p o r q u e d e h o m b r e s vivos se c o n v e r t i r á n en t i e r r a ; d e i g u a l s u r r e c c i ó n de los b i e n a v e n t u r a d o s . Y esto o t r o : Pero la tierra
m o d o q u e va a ceniza lo q u e se c o n v i e r t e en ceniza, va a la de los impíos caerá, se e n t i e n d e b i e n a s í : E m p e r o , los c u e r p o s
vejez lo q u e envejece y a tiesto el b a r r o , y o t r a s m i l e x p r e s i o n e s de los i m p í o s c a e r á n en la c o n d e n a c i ó n . Si q u e r e m o s p r o f u n d i -
del l e n g u a j e o r d i n a r i o . P e r o t o d o esto n o son m á s q u e conjetu- z a r m á s en lo d i c h o s o b r e la r e s u r r e c c i ó n de los b u e n o s , d e b e n
r a s de n u e s t r a p o b r e r a z ó n , q u e n o c o m p r e n d e c ó m o será eso v referirse a la p r i m e r a estas p a l a b r a s : Resucitarán los muertos;
q u e q u i z á lo p u e d a c o m p r e n d e r m e j o r c u a n d o se r e a l i c e . y a la s e g u n d a estas o t r a s : Y resucitarán los que están en los
Si, p u e s , q u e r e m o s ser c r i s t i a n o s , d e b e m o s c r e e r q u e l a re- sepulcros. Y a l o s s a n t o s q u e h a l l a r á vivos el S e ñ o r , caso q u e
s u r r e c c i ó n de los c u e r p o s t e n d r á l u g a r c u a n d o Cristo v e n g a a p r e g u n t e m o s p o r e l l o s , se les a p l i c a r á m u y b i e n e s t o : Y se ale-
j u z g a r a los vivos y a los m u e r t o s . Y n o , p o r q u e n o p o d a m o s grarán todos los que están en la tierra, porque tu rocío les dará
c o m p r e n d e r p e r f e c t a m e n t e c ó m o será, es n u e s t r a fe v a n a . la salud. L a s a l u d en este p a s a j e p o d e m o s r a z o n a b l e m e n t e to-
m a r l a p o r la i n m o r t a l i d a d . Se t r a t a d e l a s a l u d m á s perfecta,
M a s , c o m o h e p r o m e t i d o , v o y a e x a m i n a r , c u a n t o c r e a su-
de esa q u e n o t i e n e n e c e s i d a d n i de a l i m e n t o s n i de los r e m e d i o s
ficiente, los t e s t i m o n i o s de los l i b r o s proféticos del A n t i g u o
cotidianos.
T e s t a m e n t o r e l a t i v o s al j u i c i o final de D i o s . Si el l e c t o r p r o c u -
r a a y u d a r s e de lo q u e he v e n i d o d i c i e n d o , n o s e r á p r e c i s o p a r a E l m i s m o p r o f e t a h a b l a del d í a del j u i c i o , d e s p u é s de h a b e r
c o m p r e n d e r esto u n a l a r g a e x p o s i c i ó n . h a b l a d o de e s p e r a n z a a los b u e n o s y de t e r r o r a l o s m a l o s .
H e a q u í sus p a l a b r a s : Esto dice el Señor: Yo derramaré sobre
verum pulverem? Nec ab illa sententia, qua bominí dictum est, Terra es,
et in terram ibis, futuros illos sanctos arbitramur immunes, si eorum mo-
rientium in térra non recident corpora, sed sicut in ipso rapto morientur, CAPUT XXI
ita et resurgent, dum ferentur in aera. In terram quippe ibis, est. in hoc
¡bis amissa vita, quod eras antequam sumeres vitam: id est, Hoc eris QUID ISAÍAS PROPHETA DE MORTUORUM RESURRECTIONE ET DE RETRIBUTIONE
exanimatus, quod eras antequam esses animatus. Terrae quippe insuffla- IUDICII SIT LOCÜTÜS
vit Deus in faciem flatum vitae, cum factus est bomo in animam vivam:
tanquam diceretur, Terra es animata, quod. non eras; térra eris exanimis, 1. Propheta Isaias, Resurgent, inquit, mortui, et resurgent qui in
sicut eras. Quod sunt et antequam putrescant omnia corpora mortuorum: sepulcris erant: et laetabuntur omnes qui sunt in térra; ros enim qui abs
quod erunt et illa, si morientur, ubicumque moriantur, cum vita carebunt, te est, sanitas illis est: térra vero impiorum cadet"'. Totum illud supe-
quam continuo receptara sunt. Sic ergo ibunt in terram, quia ex vivís rius ad resurrectionem pertinet beatorum. Quod autem ait, Terra vero
hominibus térra erunt: quemadmodum it in cinerem, quod fit cinis; it in impiorum cadet, bene intelligitur dictum, Corpora vero impiorum ruina
vetustatem, quod fit vetus; it in testam, quod ex luto fit testa: et alia damnationis excipiet. Iam porro si de bonorum resurrectione quod dictum
sexcenta sic locmimur. Quomodo autem sit futurum quod nunc pro nostrae est, diligentius et distinctius velimus intueri, ad primam referendum est
ratiunculae viribus utcumque coniicimus, tune erit potius, ut nosse possi- quod dictum est, Resurgent mortui; ad secundam vero quod sequitur, et
mus. Resurrectionem quippe mortuorum futuram esse in carne, quando resurgent qai in sepulcris erant. Iam si et illos inquiramus sanctos, quos
Christus venturas est vivos iudicaturus et mortuos, oportet, si christiani hic vivos inventurus est Dominus, eis congrue deputabitur quod adiunxit,
esse volumus. ut credamus. Sed non ideo de hac re inanis est fides nostra, Et laetabuntur omnes qui sunt in térra; ros enim qui abs te est, sanitas
si quemadmodum futura sit, perfecte comprehendere non valemus. Verum illis est. Sanitatem loco isto, immortalitatem rectissime accipimus. Ea nam-
iam, sicut sunra promisimus, de boc iudicio Dei novissimo etiam prophe- que est plenissima sanitas, quae non reficitur alimentis tanquam quotidia-
tici veteres libri quid praenuntiaverint, quantum satis esse videbitur, de- nis medicamentis. ítem de iudicii die spem prius dans bonis, deinde
bemus ostendere: quae, sicut arbitror, non tanta mora necesse erit tractari terrens malos, idem propheta sic loquitur: Haec dicit Dominus, Ecce ego
et exponi, si istis, quae praemisimus, lector curaverit adiuvari. declino in eos ut flumen pacis, et ut torrens inundans gloriam gentium.
Füii eorum super humeros portabuntur, et super genua consolabuntur.
ll
> Is. J6,IJ, see. LXX.
1500 tA CIUDAD DE DIOS XX, 21, i
XX, 21 2 ti JUICIO FINAL 1501
ellos como un río de paz y como un torrente que inundará la
gloria de las naciones. Sus hijos serán llevados sobre los hom- nuestro corazón se alegrará [ 3 2 ] . No declaró qué veremos;
bros, y los mimados en su regazo. Como una madre consuela a pero ¿qué será sino a Dios? De este modo se cumplirá en
su hijito, así yo os consolaré a vosotros, y recibiréis esa con- nosotros la promesa del Evangelio: Bienaventurados los lim-
solación en Jerusalén. Lo veréis, y vuestro corazón se regocijará pios de corazón, porque ellos verán a Dios. Veremos además
y vuestros huesos reverdecerán como la hierba. La mano del todas aquellas cosas que ahora no vemos, y de las cuales, al
Señor se hará visible en favor de sus adoradores, y su amenaza creerlas, nos formamos una idea según el alcance de nuestro
contra los contumaces. Porque he aquí que el Señor vendrá espíritu, pero infinitamente inferior a la realidad. Vosotros ve-
como fuego, y su carroza como tempestad, para derramar con réis—dice—, y vuestro corazón se regocijará. Aquí creéis,
indignación su venganza y el exterminio con llamas de fuego. allí veréis.
El Señor juzgará toda la tierra por el fuego y toda carne por 2. Y temiendo que estas palabras: Y se regocijará vuestro
corazón, nos indujeran a pensar que los bienes de la Jerusalén

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


la espada. Y muchos serán heridos por el Señor. El río de paz
prometido a j o s santos es, sin duda, la abundancia de esa paz, celestial son exclusivos del espíritu, añade: Y vuestros huesos
que trasciende toda otra. Esta es la paz que nos regará al fin, reverdecerán como la hierba. Aquí comprendió ya la resurrec-
y de la que hemos hablado sobradamente en el libro preceden- ción de los muertos, como diciendo algo que había omitido.
te. Dice que este río desciende sobre aquellos a quienes se pro- Esta no se realizará cuando la hayamos visto, sino que la vere-
mete tamaña felicidad para darnos a entender que, en esa di- mos cuando se haya realizado. En efecto, del cielo nuevo y de
chosa región que es el cielo, ese río sacia todos los anhelos. la tierra nueva ya había hablado antes, y también de las pro-
Y como la paz de la incorrupción y de la inmortalidad fluye mesas hechas a los santos. Habrá—dice—un cielo nuevo y una
allí y llega hasta los cuerpos terrenos, por eso dice que ese río tierra nueva y no recordarán las cosas primeras ni morarán en
desciende; es decir, rebosando en los seres superiores, cae so- su corazón, sino que hallarán en ellos alegría y regocijo. Por-
bre los más humildes y torna a los hombres iguales a los que yo haré de Jerusalén una ciudad de júbilo, y de mi pueblo,
ángeles. un pueblo de alegría. En Jerusalén hallaré yo mis delicias, y mi
P o r esa Jerusalén de que habla no debemos entender la es- gozo en mi pueblo. Y nunca jamás se oirá en ella la voz del
clava, al igual que sus hijos, sino más bien la libre madre llanto, etc. Algunos se afanan en referir esto al reino carnal de
nuestra, eterna en los cielos. Allí seremos consolados después los mil años. El profeta, al estilo profético, mezcla las expre-
de los trabajos y de los dolores de la vida mortal y llevados siones figuradas con las propias con el fin de que el espíritu
sobre los hombros y sobre las rodillas como niños pequeñitos. sobrio se esfuerce útil y saludablemente en buscar un sentido
Aquella beatitud, nueva para nosotros, nos acogerá con inefa- espiritual. Empero, la pereza carnal y la rudeza ignorante y
bles dulzuras; a nosotros, rudos y novicios. Allí veremos, y
in humeris genibusque portati. Rudes enim nos et novos blandissimis adiu-
Quemadmodum si quem mater consoletur, ita ego vos consolabor; et in toriis insólita nobis illa beatitudo suscipiet. Ibi videbimus, et gaudebit cor
lerusalem consolabimini: et, videbitis, et gaudebit cor vestrum, et ossa nostrum. Nec expressit quid videbimus: sed quid, nisi Deum? ut im-
vestra ut herba exorientur. Et cognoscetur manus Domini colentibus eum: pleatur in nobis promissum evangelicum, Beati mundo corde, quoniam
et comminabitur contumacibus. Ecce enim üominus ut ignis veniet, et ut ipsi Deum videbunt111; et omnia illa, quae nunc non videmus, credentes
tempestas curras eius, reddere in indignatione vindictam, et vastationem autem, pro modulo capacitatis humanae, longe minus quam sunt atque
in jlamma ignis. In igne enim Domini iudicabitur omnis térra, et in gladio incomparabiliter cogitamus. Et videbitis, inquit, et gaudebit cor vestrum.
eius omnis caro: multi vulnerati erunt a Domino lls . In bonorum promis- Hic creditis, ibi videbitis.
sione flumen pacis profecto abundantiam pacis illius debemus accipere 2. Sed quoniam dixit, Et gaudebit cor vestrum: ne putaremus illa
qua maior esse non possit. Hac utique in fine rigabimur: de qua in prae- bona lerusalem ad nostrum tantummodo spiritum pertinere; Et ossa, in-
cedenti libro abundanter locuti sumus. Hoc flumen se in eos declinare quit, vestra ut herba exorientur: ubi resurrectionem corporum strinxit,
dicit, quibus tantam beatitudinem pollicetur, ut intelligamus in illius fe- velut quod non dixerat reddens: ñeque enim cum viderimus, fiet; sed
licitatis regione, quae in caelis est, hoc ilumine omnia satiari. Sed quia et cum fuerit facta, videbimus. Nam et de cáelo novo ac térra nova iam su-
terrenis corporibus pax incorruptionis atque immortalitatis inde influet, pra dixerat, dum ea quae sanctis promittuntur in fine, saepe ac multi-
ideo declinare se dicit hoc flumen, ut de supernis quodammodo etiam in- formiter diceret: Erit, inquit, caelum novum et térra nova, et non erunt
feriora perfundat, et nomines aequales Angelis reddat. lerusalem quoque, memores priorum, nec ascendent in cor ipsorum: sed laetitiam et exsul-
non illam quae servit cum filiis suis, sed liberam matrem nostram intel- tationem invenient in ea. Ecce ego faciam lerusalem exsultationem, et pu-
ligamus, secundum Apostolum, aeternam in caelis 12°. Ibi post labores pulum meum laetitiam; et exsultabo in lerusalem, et laetabor in populo
aerumnarum curarumque mortalium consolabimur, tanquam parvuli eius meo; et ultra non audietur in illa vox jletus "2: et caetera, quae quídam
ad carnales illos mille annos referre conantur. Locutiones enim tropicae
'-" propriis prophetico more miscentur: ut ad intellectum spiritualem intentio
120 Ibid., 6,12-16, sec. LXX.
Gal. 4,26. 121
Mt. 5,8.
1502 LA CIUDAD DE DIOS XX, 21, 2
XX, 21, 3 EL JUICIO FINAL 1503
h o l g a z a n a se c o n t e n t a n con la corteza, q u e es la l e t r a , y esti-
m a n q u e n o d e b e p r o f u n d i z a r s e m á s . Baste y a esto s o b r e l a s de c a r n e c u a n d o d i c e : Mi espíritu no permanecerá en estos
p a l a b r a s p r o f é t i c a s c i t a d a s y su c o n t e x t o . hombres, porque son carne. L a h e r i d a de q u e h a b l a al d e c i r :
Muchos serán heridos por el Señor, e s l a q u e c a u s a r á l a m u e r -
E n el l u g a r q u e c o m e n t a m o s , y q u e m o t i v ó esta d i g r e s i ó n ,
te s e g u n d a .
d e s p u é s de h a b e r d i c h o : Y vuestros huesos reverdecerán como
E s cierto q u e p u e d e n e n t e n d e r s e en b u e n s e n t i d o el fuego,
la hierba, p a r a m o s t r a r q u e h a b l a b a de la r e s u r r e c c i ó n de los
l a e s p a d a y la h e r i d a . El S e ñ o r m a n i f e s t ó su v o l u n t a d de e n v i a r
c u e r p o s , p e r o de los b u e n o s , a ñ a d i ó : La mano del Señor se
fuego a la t i e r r a . L o s d i s c í p u l o s v i e r o n c o m o l e n g u a s de fuego
hará visible en favor de sus adoradores. ¿ Q u é m a n o es ésta
d i v i d i d a s c u a n d o d e s c e n d i ó el E s p í r i t u S a n t o . No he venido
sino la q u e d i s t i n g u e a los a d o r a d o r e s de D i o s de sus m e n o s -
— d i j o t a m b i é n el S e ñ o r — a traer la paz a la tierra, sino la es-
p r e c i a d o r e s ? D e estos ú l t i m o s dice a r e n g l ó n s e g u i d o : Y su
pada. Y la E s c r i t u r a l l a m a e s p a d a de dos filos a l a p a l a b r a de
amenaza contra los contumaces, o, c o m o t r a d u c e n o t r o s , c o n t r a
D i o s , p o r el d o b l e filo de los dos T e s t a m e n t o s . E n el C a n t a r

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


los incrédulos. L a a m e n a z a e v i d e n t e m e n t e n o se c u m p l i r á en-
de l o s C a n t a r e s , la I g l e s i a s a n t a dice q u e está h e r i d a p o r l a
tonces, s i n o q u e , i n t i m a d a a h o r a , s u r t i r á su efecto e n t o n c e s . Por-
c a r i d a d c o m o p o r l a flecha del a m o r . P e r o a q u í , c u a n d o lee-
que he aquí—agrega—que el Señor vendrá como fuego, y sus
m o s u o í m o s q u e el S e ñ o r viene a e j e c u t a r sus v e n g a n z a s , es
carrozas como tempestad, para derramar con indignación su
claro cómo deben entenderse esas expresiones.
venganza y el exterminio con llamas de fuego. El Señor juz-
gará toda tierra por el fuego y toda carné por la espada. Y mu- 3 . E l profeta, d e s p u é s de h a b e r i n d i c a d o b r e v e m e n t e l o s
chos serán heridos por el Señor. L a s p a l a b r a s fuego, tempestad q u e s e r á n c o n s u m i d o s p o r ese i u i c i o , f i g u r a n d o a los p e c a d o r e s
y espada significan l a s p e n a s del j u i c i o , p u e s t o q u e dice q u e el e i m p í o s h a i o l a i m a g e n de l a s v i a n d a s p r o h i b i d a s p o r l a l e v
S e ñ o r v e n d r á c o m o fuego, y es i n d u d a b l e q u e v e n d r á así p a r a a n t i g u a , d e las c u a l e s n o se h a n a b s t e n i d o , r e s u m e la g r a c i a de]
a q u e l l o s p a r a q u i e n e s su v e n i d a será p e n a l . L a s c a r r o z a s — n ó - N u e v o T e s t a m e n t o desde l a p r i m e r a v e n i d a del S a l v a d o r h a s t a
tese q u e e m p l e a el p l u r a l — d e s i g n a n l o s m i n i s t e r i o s de los án- el ú l t i m o i u i c i o , en el q u e da fin a su p r o f e c í a . C u e n t a p r i m e r o
geles. Y c u a n d o dice q u e t o d a t i e r r a y t o d a c a r n e s e r á j u z g a d a q u e el S e ñ o r v e n d r á a c o n g r e g a r a t o d a s l a s n a c i o n e s y q u e
p o r el fuego y p o r la e s p a d a , h a y q u e e n t e n d e r p o r esos d o s éstas se r e u n i r á n y serán su g l o r i a . Porque—como dice el A p ó s -
t é r m i n o s , n o l o s e s p i r i t u a l e s y los s a n t o s , sino los h o m b r e s te- t o l — t o d o s pecaron y todos tienen necesidad de la eloria de
r r e n o s y c a m a l e s . D e éstos se d i j o q u e saben a tierra y q u e Dios. A ñ a d e q u e h a r á n a n t e e l l o s s e ñ a l e s t a n m a r a v i l l o s a s , q u e
saber según la carne es muerte. Y a ésos da el S e ñ o r el n o m b r e c r e e r á n en él, y q u e e n v i a r á a l g u n o s de e l l o s a diferentes na-

sobria cum quodam utili ac salubrí labore perveniat: pigritia vero carnalis, caro appellantur a Domino, ubi dicit. Non permanebit spiritus meus in
vel ineruditae atque inexercitatae tarditas mentís contenta litterae super- hominihus istis, quoniam caro sunt1!í. Quod vero hic positum est, Multi
ficie, nihil putat interius requirendum. Haec de propheticis veibis, quae vulnerati erunt a Domino: isto vulnere fiet mors secunda. Potest quidem
ante istum locum scripta sunt, satis dixerim. In hoc autem loco, unde et ignis, et gladius, et vulnus accirji in bono. Nam et ignem Dominus
ad illa digressi sumus, cum dixisset, Et ossa vestra ut herba exorientur, velle se dixit mittere in mundum 12e. Et visae sunt illis linguae divisae
ut resurrectionem quidem carnis, sed tamen bonorum, se nunc commemo- velut ignis, quando venit Spiritus sanctus 1!7 . Et. Non veni. inquit idem
rare monstraret, adiunxit, Et cognoscetur manus Domini colentibus eum. Dominus, pacem. mittere in terram. sed gladium 1 ! \ Et sermonem Dei di-
Quid est hoc, nisi manus distinguentis cultores suos a contemptoribus cit ScTiptnra gladinm bis acutum 128 ; propter aciem geminam Te9tamen-
suis? De quibus sequentia contexens, Et comminabitur, inquit, contuma- torum duornm. Et in Cántico canticorum, charitate se dicit sancta Ec-
cibus, sive, ut ait alius interpres, incredulis. Nec tune comminabitur: sed clesia vulneratam, velut amnris Ímpetu sagittatam lso . Sed hic cum legl-
quae nunc dicuntur minaciter, tune efficaciter implebuntur. Ecce enim mns vel audimus ultorem Dominum esse venturum quemadmodum haec
Dominus, inquit, ut ignis veniet, et ut tempestas currus eius reddere in ¡ntelligenda sint, clarum est.
indignatione vindictam, et vastationem in flamma ignis. In igne enim 3. Deinde breviter commemoratis eis, qui per hoc iudícíum consu-
Domini iudicabitur omnis térra, et in gladio eius omnis caro: multi vul- mentnr; sub figura ciborum in Lege vetere vetitorum. a quibus se non
nerati erunt a Domino. Sive igne, sive tempestate, sive gladio, poenam abstinuerunt, peccatores impio«rrue sigriificans, recapitulat ab vnitio gra-
iudicii significat: quandoquidem ipsum Dominum quasi ignem dicit esse tiam novi Testamenti a primo Salvatoris adventu usque ad ultimum iudi-
venturum, eis proferto quibus poenalis eius erit adventus. Currus vero cium, de quo nunc agimus, perducens finiensque sermonem. Narrat nam-
eius (nam pluraliter dicti sunt) angélica ministeria non inconvenienter que Dominum dicere se venire. ut congreeet omnes gentes, eascrae ven-
accipimus. Quod autem ait, omnem terram et omnem carnem in eius igne turas et visuras gloriam eius m . Omnes enim, sicut dicit Apostolus, pec-
et in gladio iudicari, non etiam hic spirituales intelligamus et sanctos, caverunt. et egent gloria Dei " 2 . Et relicturum se dicit suner eos signa,
sed terrenos atque carnales, de qualibus dictum est, Qui terrena sa- quae utique mirantes credant in eum: et emissurum ex illis salvatos in
piunt123; et, Sapere secundum carnem, mors est124: et quales omnino 123 12s
Gen. 6,3. Hebr. 4,12.
126 lso C a n t
' " Is. 65,17-19, sea LXX. 124
Rom. 8,6. ¿c. 12,49. - 2 ' 5 ' ae<;- t-XX.
"» PMl. J.I». i2r Af.(. a ^ isi Ts. 66,17.18.
,se
Mt.' toiit ' " R o m - W3-
1504 W CIUDAD DE DIOS XX, 21, 4
XX, 21 El/ JUICIO FINAL 1505
ciones y a las lejanas islas, que no han oído su nombre ni han
visto su gloria. Estos anunciarán—prosigue—su gloria a los los fines, a que llegará cada uno cuando en el último juicio
gentiles y conducirán a la fe del Dios Padre a los hermanos sean separados los buenos de los malos. Porque, como el cielo
de éstos, a quienes se dirigía, es decir, a los israelitas elegidos. nuevo y la tierra nueva permanecerán en mi presencia, dijo el
Llevarán presentes al Señor de todas las partes del mundo, so- Señor, así permanecerá vuestra descendencia y vuestro nombre
bre bestias de carga y carros (bestias y carros que son, sin duda, y pasará de mes en mes y de sábado en sábado. Todo hombre
la ayuda divina que Dios manda por ministerio de los ángeles vendrá a postrarse ante mí y a adorarme en Jerusalén, dijo el
o de los hombres). Y los llevará a la ciudad santa de Jerusa- Señor. Y saldrán y verán los miembros de los hombres preva-
lén, que ahora está difundida por toda la tierra en los fieles ricadores. Su gusano no morirá nunca y su fuego jamás se
santos. Los hombres creen cuando sienten la ayuda divina, y apagará, y servirán de espectáculo a toda carne. El profeta
cuando creen, vienen. El Señor, no obstante, los comparó en termina el libro en el punto en que terminará, el mundo. Ver-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


imagen a los hijos de Israel, que le ofrecen víctimas en su tem- dad es que algunos no han traducido los miembros de los hom-
plo acompañándolas de salmos. Esta práctica ya está introdu- bres, sino los cadáveres de los hombres [34], entendiendo evi-
cida también en la Iglesia. dentemente por cadáveres la pena de los cuerpos, bien que no
suele llamarse cadáver sino a la carne sin alma, y esos cuerpos
Prometió que ellos le darían sacerdotes y levitas, y al cum-
serán cuerpos animados, porque, de lo contrario, no podrán sen-
plimiento de esto estamos asistiendo ahora. Ahora vemos pre-
tir los tormentos. Quizá no sea absurdo llamarles cadáveres por
cisamente que los sacerdotes y los levitas no son elegidos aten-
esta razón, porque serán cuerpos de muertos que han caído en la
diendo a su raza y a su sangre, como se hacía en el sacerdocio
muerte segunda. A esto se debería también el dicho del mismo
según el orden de Aarón, sino que, como convenía al espíritu
profeta citado ya antes: La tierra de los impíos caerá, i Quién
del Nuevo Testamento, en el que Cristo es el sumo sacerdote
no ve que cadáver viene de la palabra caer? [ 3 5 ] . Es manifiesto
según el orden de Melquisedec, se eligen teniendo en cuenta
que estos traductores han puesto varones en lugar de hombres,
los méritos que la gracia divina ha conferido a cada uno. Y los
pues nadie osará decir que las mujeres pecadoras no sufrirán ese
méritos no deben ponderarse por la función, que a veces desem-
suplicio. Se toma, pues, la parle superior, es decir, la parte de
peñan hombres indignos, sino por la santidad, que no es común
que fué formada la mujer, por los dos sexos. Sin embargo—y
a los buenos v a los malos [ 3 3 ] .
esto hace más al caso—, al decir, hablando de los buenos: Ven-
4. Después de haber escrito así sobre la misericordia de drá toda carne, porque el pueblo cristiano se compondrá de toda
Dios para con su Iglesia, cuyos efectos nos son tan palpables y clase de hombres—y conste que no estarán allí todos los hom-
conocidos, el profeta promete de parte de Dios, o por sí mismo,
gentes diversas, et in longinquas ínsulas, quae non audierunt nomen eius, ultimum iudicium facta bonorum malorumque discretione venietur, dicens
ñeque viderunt gloriara eius; et annuntiaturos gloriam eius in gentibus; per Prophetam, vel de Domino dicens ipse Propheta: Quomodo enim cae-
et adducturos fratres istorum, quibus loquebatur, id est, in fide sub Deo lum novum et térra nova manebit coram me, dixit Dominus, sic stabit
Patre fratres Israelitarum electorum: adducturos autem ex ómnibus gen- semen vestrum et nomen vestrum; et erit mensis ex mense, et sabbatum ex
tibus munus Domino in iumentis et vehiculis (quae iumenta et vehicula sabbato. Veniet omnis caro in conspectu meo adorare in Ierusalem, dixit
bene intelliguntur adiutoria esse divina, per cuiusque generis ministeria Dominus: et egredientur, et videbunt membra hominum qui praevaricati
Dei, vel angélica, vel humana), in civitatem sanctam Ierusalem, quae sunt. in me. Vermis eorum 4non morietur, et ignis eorum non exstinguetur,
nunc in sanctis fidelibus est diffusa per térras. Ubi enim divinitus adiu- et erunt visui omni carni " . Ad hoc iste propheta terminavit librum, ad
vantur, ibi credunt; et ubi credunt, ibi veniunt. Comparavit autem illos quod terminabitur saeculum. Quídam sane non interpretad sunt, membra
Dominus, tanquam per similitudinem, filiis Israel offerentibus ei suas hominum, sed cadavera virorum, per cadavera significantes evidentem
hostias cum psalmis in domo eius; quod ubique iam facit Ecclesia; et corporum poenam: quamvis cadáver nisi caro exanimis, non soleat nuncu-
pari; illa vero animata erunt corpora, alioquin milla poterunt sentiré
promisit ab ipsis se accepturum sibí Sacerdotes et Levitas; quod nihilo- tormenta: nisi forte quia mortuorum erunt corpora, id est, eorum qui in
minus fieri nunc videmus. Non enim ex genere carnis et sanguinis, sic- secundam mortem cadent, ideo non absurde etiam cadavera dici possunt.
ut erat primum secundum ordinem Aaron; sed sicut oportebat in Testa- Unde est et illud, quod ab eodem propheta dictum iam supra posui: Terra
mento novo, ubi secundum ordinem Melchisedech summus sacerdos est vero impiorum cadet. Quis autem non videat a cadendo esse appellata
Christus 1S3, pro cuiusque mérito quod in eum gratia divina contulerit, cadavera? Virorum autem pro eo posuisse illos interpretes, quod est ho-
Sacerdotes et Levitas eligi nunc videmus: qui non isto nomine, quod saepe minum, manifestum est. Ñeque enim quisquam dicturus est, praevarica-
assequuntur indigni, sed ea quae non est bonis malisque communis, sancti- trices feminas in illo supplicio non futuras: sed ex potiore, praesertim
tate pensandi sunt. de quo femina facta est, uterque sexus accipitur. Verum quod ad rem
4. Haec cum de ista, quae nunc impertitur Ecclesiae, perspicua no- máxime pertinet, éúm et in bonis dicitur, Veniet omnis caro: quia ex
bisque notissima Dei miseratione dixisset; promisit et fines ad quos per omni genere hominum populus iste constabit; non enim omnes nomines
'"* Ps. 109,4
' " Is. 66,22-34, sec. LXX.
XX, 22 Bt, JUICIO FINAL ' 1507
1506 LA CIUDAD DE DIOS XX, 22
q u e e s t a r á n f u e r a de su c o m u n i ó n . Si, p u e s , los p r o f e t a s p u d i e -
Lies, p u e s t o q u e m u c h o s e s t a r á n p e n a n d o — ; y al decir, h a b l a n - r o n c o n o c e r estas cosas a u n a n t e s de r e a l i z a r s e , p o r q u e e s t a b a
d o de l o s m a l o s , p a r a s e g u i r el h i l o de m i d i s c u r s o , q u e son Dios, p o r p o q u i t o q u e f u e r a , en el e s p í r i t u de esos m o r t a l e s ,
m i e m b r o s o c a d á v e r e s , m u e s t r a q u e el j u i c i o q u e d a r á , t a n t o ¿ c ó m o los s a n t o s i n m o r t a l e s n o las c o n o c e r á n u n a vez c u m p l i -
a los b u e n o s c o m o a los m a l o s , su fin d e b i d o , t e n d r á l u g a r des- d a s , c u a n d o D i o s será t o d o en t o d a s l a s c o s a s ? E n esa b e a t i t u d
p u é s de la r e s u r r e c c i ó n de la c a r n e , de la q u e h a b l a con m u c h a s e r á n estables l a d e s c e n d e n c i a y el n o m b r e , esa d e s c e n d e n c i a
claridad. de la q u e dice S a n J u a n : Y su descendencia permanece en él;
y ese n o m b r e del q u e dijo I s a í a s : Les daré un nombre eterno,
C A P I T U L O XXII y pasarán de mes en mes y de sábado en sábado, c o m o si dije-
ra de l u n a en l u n a y de d e s c a n s o en d e s c a n s o . Y s e r á n t o d o
esto c u a n d o d e estas s o m b r a s v i e j a s y p a s a j e r a s e n t r e n a l a s
¿CÓMO SE ENTIENDE AQUELLO DE QUE LOS SANTOS SALDRÁN

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


claridades nuevas y eternas.
A VER LOS SUPLICIOS DE LOS MALOS? E s o de l a s p e n a s de los m a l o s , t a n t o el fuego i n e x t i n g u i b l e
c o m o el g u s a n o i m p e r e c e d e r o , l o h a n e x p u e s t o de diferentes
P e r o ¿ c ó m o s a l d r á n l o s b u e n o s a v e r los s u p l i c i o s d e l o s
m o d o s l o s d i s t i n t o s a u t o r e s . U n o s refieren los d o s al c u e r p o , y
m a l o s ? ¿ D i r e m o s a c a s o q u e a b a n d o n a r á n c o r p o r a l m e n t e sus
o t r o s los dos al a l m a , y u n o s t e r c e r o s , el fuego p r o p i a m e n t e
m o r a d a s d i c h o s a s y se d i r i g i r á n a l a s p e n a l e s p a r a p r e s e n c i a r
al c u e r p o y el g u s a n o m e t a f ó r i c a m e n t e al a l m a — l o cual p a r e c e
c o n los ojos del c u e r p o los t o r m e n t o s de los m a l o s ? ¡ D i o s
m á s v e r o s í m i l — . P e r o n o es éste l u g a r p a r a d i s c u t i r esa dife-
n o s l i b r e de c r e e r e s t o ! S a l d r á n p o r el c o n o c i m i e n t o o l a cien-
r e n c i a . M e h e p r o p u e s t o c o n c r e t a r este l i b r o al j u i c i o final, q u e
cia. E s t a p a l a b r a salir está i n d i c a n d o q u e los q u e s e r á n ator-
h a r á la s e p a r a c i ó n de los b u e n o s y de los m a l o s . M á s a d e l a n t e
m e n t a d o s e s t a r á n f u e r a . P o r eso el S e ñ o r l l a m a t i n i e b l a s exte-
h a b l a r e m o s con m á s d e t a l l e de los p r e m i o s y de las p e n a s .
r i o r e s a esos l u g a r e s o p u e s t o s a l a e n t r a d a q u e d a a l siervo
b u e n o al d e c i r l e : Entra en el gozo de tu Señor. A s í n o se pen-
s a r á q u e e n t r a n a l l í los m a l o s p a r a ser c o n o c i d o s , s i n o q u e l o s
latebunt. Si enim haec Prophetae nondum facta nosse potuerunt, per hoc
b u e n o s p a r e c e c o m o q u e s a l e n h a c i a e l l o s p o r l a ciencia q u e quod erat Deus, qnantulnmcumque erat, in eorum mortaliurn mentibus;
les p e r m i t e c o n o c e r l o s , p o r q u e c o n o c e r á n lo q u e está f u e r a . quomodo immortales sancti iam facta tune nescient, cum Deus erit omnia
L o s a t o r m e n t a d o s n o s a b r á n lo q u e p a s a d e n t r o , en el gozo del in ómnibus? "7 Stabit ergo in illa beatitudine sanctorum semen et no-
S e ñ o r ; s a b r á n lo q u e p a s a fuera, en l a s t i n i e b l a s e x t e r i o r e s . men; semen, scilicet de quo Ioannes ait, Et semen eius in ipso manet1™:
D i j o q u e saldrán, p o r q u e n o se les o c u l t a r á n t a m p o c o l o s nomen vero, de quo per huno Isaiam dictum est, Nomen aeternum, daba
eis "'. Et erit eis mensis ex mense et sabbatum ex sabbato, tanquam luna
ibi erunt, quando in poenis plures erunt: sed, ut dicere coeperam, cum ex luna et requies ex requie: quorum utrúmque ipsi erunt, cum ex his
et in bonis caro, et in malis membra vel cadavera nominantur; profecto umbris veteribus et temporalibus in illa lumina nova ac sempiterna transi-
post resurrectionem carnis, cuius fides his rerum vocabulis omnino fir- bunt. In poenis autem malorum et inexstinguibilis ignis et vivacissimus
matur, illud quo boni et mali suis finibus dirimentur, futurum esse iudi- vermis, ab alus atque alus aliter atque aliter est expositus. Alii quip-
cium declaratur. pe utrúmque ad corpus, alii utrúmque ad animum retulerunt: alii proprie
ad corpus ignem, tropice ad animum vermem, quod credibilius esse vi-
CAPUT XXI1 detur. Sed nunc de hac differentia non est temporis disputare. De iudicio
namque ultimo, quo fiet diremptio bonorum et malorum, hoc volumen
QUALIS FUTURA S1T EGRESSIO SAJiCTOHUM AI) VIDENDAS POENAS MALORUM implere suscepimus: de ipsis vero praemiis et poenis alias diligentius dis-
serendum est.
Sed quomodo egredientur boni ad videndas poenas malorum? Num-
quid corporis motu beatas illas relicturi sunt sedes, et ad loca poenalía 137
1 Cor. 15,28.
138
perrecturi, ut malorum tormenta conspiciant praesentia corporali? Absit: l3
1 lo. 3,q
sed egredientur per scientiam. Hoc enim verbo significatum est, eos qui » Is, 56,5.
cruciabuntur extra futuros. Propter quod et Dominus ea loca tenebras
exteriores vocat 135 : quibus contrarius est ille ingressus de quo dicitur
servo bono, Intra in gaudium Domini tui136: ne illuc mali putentur in-
gredi, ut sciantur; sed ad illos potius velut egredi scientia, qua eos cogni-
turi sunt, boni; quia id quod extra est cognituri sunt. Qui enim erunt in
poenis, quid agatur intus in gaudio Domini nescient: qui vero erunt in
illo gaudio, quid agatur foris in illis tenebris exterioribus scient. Ideo
dictum est, egredientur: quia eos etiam qui foris ab eis erunt, utique non
133
Mt. 25,30.
"» ibia,, ji.
1508 LA CIUDAD DE DIOS XX, 23, 1 XX, 2 3 , 1 EL JUICIO FINAL 1509

otra asta que le había comenzado a salir, al aparecer la cual


habían caído las tres astas. Y de cómo aquella asta tenía ojos
CAPITULO XXIII y boca, que profería cosas grandiosas, y era mayor que todas
las otras. Estaba yo observando, y he aquí que aquella asta
P R O F E C Í A S DE D A N I E L SOBRE LA P E R S E C U C I Ó N DEL A N T I C R I S T O , hacía guerra contra los santos y prevalecía sobre ellos. Pero
SOBRE E L J U I C I O DE D L O S Y SOBRE E L REINADO DE L O S SANTOS esto sólo hasta que llegó el anciano de días y sentenció en favor
de los santos del Altísimo, y vino el tiempo y los santos obtu-
1. D a n i e l p r e d i c e el j u i c i o final, h a c i é n d o l o p r e c e d e r de vieron el reino. D a n i e l m i s m o dijo q u e h a b í a p r e g u n t a d o e s t o .
la v e n i d a del a n t i c r i s t o , y a l a r g a su profecía h a s t a el r e i n o eter- A r e n g l ó n s e g u i d o e s c r i b e : Y dijo; es decir, a q u e l a q u i e n ha-
n o de l o s s a n t o s . E n u n a visión p r o f é t i c a vio c u a t r o b e s t i a s , q u e b í a p r e g u n t a d o r e s p o n d i ó a s í : La cuarta bestia será el cuarto
figuraban c u a t r o r e i n o s , el c u a r t o d e los c u a l e s fué c o n q u i s t a d o reino sobre la tierra, el cual será mayor que todos los reinos
p o r u n r e y , q u e es sin d u d a el a n t i c r i s t o , y d e s p u é s d e éstos y devorará toda la tierra y la hollará y desmenuzará. Y las diez

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


el r e i n o e t e r n o del H i j o del h o m b r e , q u e es Cristo. Y l u e g o es- astas del dicho reino serán diez reyes, después de los cuales se
c r i b e : Apoderóse de mí el terror, y yo, Daniel, quedé pasmado, levantará otro, que será más poderoso que los primeros y de-
y las visiones que había tenido me llenaban de turbación. Me rribará tres reyes. Y él hablará mal contra el Excelso, y atro-
acerqué—dice é l — a uno de los allí presentes y le pedí el ver- pellará los santos del Altísimo, y se creerá con facultad de
dadero significado de aquellas visiones. Y me dio la auténtica mudar los tiempos y las leyes, y serán dejadas a su arbitrio
interpretación. D e s p u é s , c o m o e x p o n i e n d o lo q u e oyó a a q u e l por un tiempo y por tiempos y la mitad de un tiempo. Y des-
a q u i e n h a b í a p e d i d o l a i n t e r p r e t a c i ó n , a ñ a d e : Estas cuatro pués se celebrará juicio, a fin de quitarle el poder y de que sea
bestias son cuatro reinos que se levantarán en la tierra. Después destruido y perezca para siempre. Y para que el reino y la po-
recibirán el reino de los santos del Dios Altísimo y reinarán testad y la magnificencia del reino, cuanto hay debajo del sol,
hasta el fin de los siglos y por los siglos de los siglos. Quise sea dada al pueblo de los santos del Altísimo, cuyo reino es
en seguida informarme con más detalle de la cuarta bestia, que reino sempiterno, y a él le servirán y obedecerán los reyes to-
era tan diferente de todas las otras y sobremanera horrorosa, dos. Aquí acabó el razonamiento. Yo, Daniel, quedé muy con-
CUYOS dientes y uñas eran de hierro y que comía y desmenuzaba, turbado con estos mis pensamientos y mudóse el color de mi
hollando con sus pies aquello que quedaba. Y, además, infor- rostro. Empero, conservé en mi corazón esta visión.
marme acerca de las diez astas que tenía en la cabeza y de la A l g u n o s h a n e n t e n d i d o p o r a q u e l l o s c u a t r o r e i n o s el de los
a s i r i o s , el d e los p e r s a s , el de los m a c e d o n i o s y el d e l o s ro-

CAPUT XXIII debam, et cornu illud jaciebat bellum cum sanáis: et praevalebat ad ip-
sos, doñee venit vetustas dierum, et regnum dedit sanctis Altissimi: et
QUID PROPHETAVERIT DANIEL DE PERSECUTIONE ANTICHRISTI, ET DE IUDICIO
tempus pervenit, et regnum obtinuerunt sancti. Haec Daniel quaesisse se
DEI, REGNOQUE SANCTORUM
dixit. Deinde quid audierit, continuo subiungens, Et dixit, inquit, id est,
¡He a quo quaesierat, respondit, et dixit, Bestia quarta, quartum regnum
1. Daniel de hoc ultimo iudicio sic prophetat, ut Antichristum prius erit in térra, quod praevalebit ómnibus regnis; et manducabit omnem
quoque venturum esse praenuntiet, atque ad aeíernum regnum sanctorum terram, et conculcabit eam, et concidet. Et decem cornua eius, decem
perducat narrationem suam. Cum enim visione prophetica quatuor bestias reges surgent: et post eos surget alius, qui superabit malis omnes, qui
significantes quatuor regna vidisset; ipsumque quartum a quodam rege ante eum fuerunt; et tres reges humiliabit, et verba adversus Altissimum
superatur, qui Antichristus agnoscitur; et post haec aeternum regnum Fi- loquetur: et sonetos Altissimi conteret. Et suspicabitur matare témpora
lii hominis, qui intelligitur Christus: Horruit, inquit, spiritus meas, ego et legem: et dabitur in mana eius usque ad tempus, et témpora, et dimi-
Daniel in habitudine mea, et visas capitis mei conturbabant me. Et ac- dium temporis. Et iudicium sedebit, et principatum removebunt ad exter-
cessi, inquit, ad unum de stantibas, et veritatem quaereham ab eo de his minandum et perdendum usque in finem; et regnum, et potestas, et mag-
ómnibus: et dixit mihi veritatem. Deinde, quid audierit ab illo, a quo de nitudo regum, qui sub omni cáelo sunt, data est sanctis Altissimi. Et
ómnibus his quaesivit, tanquam eo sibi exponente, sic loquitur: Hae qua- regnum eius regnum sempiternum: et omnes principatus ipsi servient, et
tuor bestiae magnae, quatuor regna surgent in térra, quae auferentur, et obaudient. Huc usque, inquit, finis sermonis. Ego Daniel, multum co-
accipient regnum sancti Altissimi: et obtinebunt illud usque in saeculurn gitationes meae conturbabant me, et forma mea immutata est super me,
et in usque saeculurn saeculorum. Et quarebam, inquit, diligenter de bes- et verbum in corde meo conservavili0. Quatuor illa regna exposuerunt
tia quarta, quae erat differens prae omni bestia, terribilis amplias: dentes quídam Assyriorum, Persarum, Macedonum, et Romanorum. Quam vero
eius ferrei, et ungues eius aerei, manducan^ et comminuens, et reliquO convenienter id fecerint, qui nosse desiderant, legant presbyteri Hieronymi
pedibus suis conculcans: et de cornibus eius decem, quae erant in capite libxum in Danielem, satis diligenter eruditeque conscriptum. Antichristi
eius, et de altero quod ascendit, et excussit de prioribus tria: cornu illud
in quo erant oculi, et os loquens magna; et visus eius maior caeteris. Vi- i«° Dan. 7¡i5-»8-
1510 U CIUDAD DE DIOS X X , 23, 2
X X , 23, 2 Bl JUICIO FINAL 1511
manos. Los que deseen percatarse de lo razonable de esta in-
terpretación, lean el libro del presbítero Jerónimo titulado ligentes resplandecerán como la claridad del firmamento, y
Exposición a Daniel, escrito con gran esmero y erudición. muchos justos brillarán eternamente como estrellas. Este lugar
Al menos, nadie que lea esto, aunque cabecee al hacerlo, es muy similar a aquel otro del Evangelio en que se habla de
puede dudar que aquí se habla de la tiranía del anticristo con- la resurrección de los cuerpos. Los que para el evangelista es-
tra la Iglesia, si bien será corta, y de su anterioridad al último tán en los sepulcros son los que para el profeta duermen en
juicio, en que los santos recibirán el reino eterno. El contexto las fosas de la tierra, o, como otros han traducido, en el polvo
hace además ver que el tiempo, los tiempos y la mitad de un de la tierra. En el Evangelio se dice: saldrán, y a q u í : se le-
tiempo significan un año, dos años y la mitad de un año, o sea, vantarán. Y como en el Evangelio se dijo: Los que hicieron
tres años y medio. Este mismo número lo expresa la Escritura buenas obras, a resucitar para la vida, y los que obraron mal,
a veces en meses. Es verdad que los tiempos parecen insinuar a resucitar para el juicio, así en este lugar se dice: Unos para
en latín un tiempo indefinido; pero el hebreo usa aquí el dual la vida eterna y otros para ignominia y eterna confusión. Mas

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


—número de que carece el latín y tiene también el griego—. no haga pensar en la diversidad que el evangelista dijera:
Dice tiempos, pero equivale a decir dos tiempos. Confieso con Todos los que están en los sepulcros, y el profeta no diga to-
franqueza que temo engañarme en la apreciación de los diez dos, sino: Muchos de los que duermen en las fosas de la tie-
reyes, que existirán en el Imperio romano cuando venga el an- rra, porque a veces la Escritura usa muchos por todos. Así,
ticristo. Tal vez venga éste sin pensarlo y sin que existan esos a Abrahán se dijo: Yo te he constituido padre de muchas na-
reyes. ¿Qué sabemos si el número diez significa en este lugar ciones; y en otro lugar se le dice: En tu descendencia serán
la totalidad de los reyes que deben preceder a su venida, como benditas todas las generaciones.
el mil, el ciento, el siete y otros números, que no es necesario De esta resurrección escribe poco después el mismo profe-
mencionar, significan frecuentemente universalidad? ta Daniel: Tú ven y descansa, pues aún falta algún tiempo
2,. El mismo Daniel se expresa así en otro pasaje: Vendrá hasta la consumación de los siglos. Tú descansarás y resuci-
un tiempo de tribulación cual no se ha visto desde que comen- tarás para poseer tu heredad al fin de los tiempos.
zó a existir la gente sobre la tierra hasta aquel día. En aquel
tiempo, tu pueblo será salvado y todo aquel que se hallare
escrito en el libro de la vida. Y muchos de los que duermen cula U I . Et adlmc sententiae illi evangelicae est locus iste simillimus, de
en las fosas de la tierra se levantarán, unos para la vida eterna resurrectione duntaxat mortuorum corporum. Nam qui illic dicti sunt
y otros para ignominia y eterna confusión. Los sabios e inte- esse in monumentis, ipsi hic dormientes in terrae aggere; vel, sicut alii
interpretati sunt, in terrae pulvere. Et sicut ibi, procedent, dictum est;
ita hic, exsurgent. Sicut ibi, Qui bona fecerunt, in resurrectionem vitae;
tamen adversus Ecclesiam saevissimum regnum, licet exiguo spatio tem- qui autem mala egerunt, in resurrectionem iudicii; ita et isto loco, Hi in
poris sustinendum, doñee Dei ultimo iudicio regnum sancti accipiant sem- vitam aeternam, et hi in opprobrium et in confusionem aeternam 142. Non
piternum, qui vel dormitans haec legit, dubitare non sinitur. Tempus autem diversum putetur, quod cum ibi positura sit, Omnes qui sunt in
quippe et témpora et diraidium temporis, annum unum esse et dúos et monumentis, hic non ait Propheta, Omnes; sed, Multi dormientium in
dimidium, ac per hoc tres annos et semissem, etiam numero dierum pos- terrae aggere. Ponit enim aliquando Scriptura pro ómnibus multos. Prop-
terius pósito dilucescit, aliquando in Scripturis et mensium numero de- terea et Abrahae dictum est, Patrem multarum gentium posui te; cui ta-
claratur. Videntur enim témpora indefinite hic dicta lingua latina: sed men alio loco, In semine, inquit, tuo benedicentur omnes gentes 14S. De
per dualem numerum dicta sunt, quem latini non habent. Sicut autem tali autem resurrectione huic quoque ipsi prophetae Danieli paulo post
Graeci, ita hvinc dicuntur habere et Hebraei. Sic ergo dicta sunt tém- dicitur: Et tu veni, et requiesce: adhuc enim dies in completionem con-
pora, tanquam dicerentur dúo témpora. Vereri me sane í'ateor, ne in decem summationis; et requiesces, et resurges in sorte tua in fine dierum*".
regibus, quos tanquam decem nomines videtur inventurus Antichristus,
forte fallamur, atque ita ille inopinatus adveniat, non existentibus tot re- >"
ua
Dan. 12,1-3.
gibus in orbe Romano. Quid enim si numero isto denario universítas re- 113
lo. 5,28.29
Gen. 17,5 ; 22,1$.
gum significata est, post quos ille venturus est: sicut millenario, centena- "•' Dan, 12,43,
rio, septenario significatur plerumque universitas, et alus atque alus nu-
meris, quos nunc commemorare non est necesse?
2. Alio loco idem Daniel, Et erit, ¡nquit, tempus tribulationis, quahs
non fu.it ex quo nata est gens super terram usque ad tempus illud. Et in
tempore illo salvabitur populus tuus omnis qui inventus fuerit scriptus in
libro. Et multi dormientium in terrae aggere exsurgent: hi in vitam aeter-
nam, et hi in opprobrium et in confusionem aeternam. Et intelligentes
fulgebunt sicut claritas firmamenti, et ex iustis multi sicut stellae in sae-
XX, 2 4 , 1 El, JUICIO FINAL 1513
1513 • M CIUDAD DE DIOS XX, 24, 1
más sagrados se leen estas palabras? Si, pues, esa sabiduría,
que tanto agrada a Porfirio que pone en boca de sus dioses
CAPITULO XXIV elogios de la misma, enseña que los cielos han de perecer,
¿por qué es tan vana su falacia que llega a reprobar la fe
PROFECÍAS DE LOS SALMOS SOBRE EL FIN DEL MUNDO Y SOBRE
de los cristianos, entre otras verdades, el dogma del feneci-
EL ÚLTIMO J U I C I O DE DLOS miento del mundo, ya que, si el mundo no fenece, no pueden
perecer los cielos? Es verdad que en las Letras sagradas que
1. En los Salmos se insinúan muchas cosas sobre el jui- son propiamente nuestras, y que no nos son comunes con los
cio final, pero en general se habla de paso y sumariamente. hebreos, es decir, en los Evangelios y en los Hechos de los
Mas no me permito pasar en silencio lo que en ellos se dice cla- Apóstoles, se lee: La figura de este mundo pasa; El mundo
rísimamente del fin del mundo. Señor, tú creaste la tierra al pasa, y también: El cielo y la tierra pasarán. Pero estas ex-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


principio, y los cielos son obra de tus manos. Ellos perecerán, presiones: praeterit, transit, transibunt (pasa, p a s a r á n ) , son
mas tú permanecerás. Envejecerán como un vestido. Los cam- de ordinario más suaves que peribunt (perecerán). Y en la
biarás como quien cambia su capa y quedarán transformados. carta del apóstol San Pedro, donde dice que el mundo que exis-
Mas tú eres siempre el mismo y tus anos no tendrán fin. ¿ P o r tía entonces pereció inundado por el agua, es fácil entender a
qué, pues, Porfirio, que alaba la piedad de los hebreos y los qué parte del mundo se refiere y cómo entiende que pereció, y
felicita por adorar al gran Dios verdadero, terrible para los a qué cielos alude, al decir que se reservarán para ser quemados
mismos dioses, acusa a los cristianos de extremada locura, por el fuego, el día del juicio y del exterminio de los hombres
fundado en los oráculos de sus dioses, porque dicen que este impíos. Poco después añade: El día del Señor vendrá como
mundo ha de perecer? [ 3 6 ] . He aquí que las sagradas letras ladrón, y entonces los cielos pasarán con espantoso estruendo,
de los Salmos dicen a Dios, ante quien, según confesión de ese los elementos ardiendo se disolverán y la tierra y sus obras
gran filósofo, tiemblan los mismos dioses: Los cielos son obra serán abrasadas. Y luego agrega: Pereciendo todas estas co-
de tus manos y ellos perecerán. ¿Acaso, cuando perezcan los sas, ¿cuáles debéis ser vosotros? Aquí puede entenderse que
cielos, el mundo, cuya parte superior y más firme son los cie- los cielos que perecerán son los que quedan en reserva para
los, no perecerá? Si este sentir desplace a Júpiter, a quien el el fuego, y que los elementos que se disolverán son los que
filósofo debe, según propia confesión, este oráculo en que subsisten en la parte inferior de la tierra, expuesta a tempes-
acusa a los cristianos de excesiva credulidad, ¿por qué no
tacha de locura la sabiduría de los hebreos, en cuyos libros
norum credulitate culpatur; cur non similiter sapientiam, tanquam stul-
titiam, culpat Hebraeorum, in quorum libris piissimis invenjtur? Porro
si in illa sapientia, quae Porphyrio tam multum placet, ut eam deorum
CAPUT XXIV quoque suorum vocibus praedicet, legitur cáelos esse perituros; cur usque
adeo vana est ista fallacia, ut in fide Christianorum, vel inter caetera, vel
Is PSALMIS DAVIDICIS QUAE DE FINE SAECULI HUIUS ET NOVISSIMO DE1
prae caeteris hoc detestentur, quod in ea periturus creditur mundus, quo
IUDICIO PROPHETENTUR
utique nisi pereunte caeli non possunt perire? Et in Litteris quidem sa-
cris, quae proprie nostrae sunt, non Hebraeis nobisque communes, id est,
1. Multa de iudicio novissimo dicuntur in Psalmis, sed eorum plura in evangelicis et apostolicis libris legitur, Praeterit figura huius mun-
transeunter et strictim. Hoc tamen quod de fine huius saeculi apertissime dilí<l: legitur, Mundus transit'": legitur, Caelum et térra transi-
dictura est ibi, nequáquam silentio praeteribo. Principio terram tu fun- bunt ' " . Sed puto quod praeterit, transit, transibunt, aliquando mitius
dasti, Domine, et opera manuum tuarum sunt caeli. Ipsi peribunt, tu au- dicta sunt, quam peribunt. In Epístola quoque Petri apostoli, ubi aqua
tem permanes: et omnes sicut vestimentum veterascent. et sicut operto- inundatus, qui tune erat, perisse dictus est mundus l", satis clarum est,
rium mutabis eos, et mutabuntur; tu autem idem ipse es, et anni tui non et quae pars mundi a toto significata, et quatenus perisse dicta sit, et qui
deficientlls. Quid est quod Porphyrius, cum pietatem laudet Hebraeorum, caeli repositi igni reservandi in diem iudicii et perditionis hominum im-
qua magnus et verus et ipsis numinibus terribilis ab eis colitur Deus, piorum. Et in eo quod paulo post aít, Veniet dies Domini ut fur, in quo
Christianos ob hoc arguit maximae stultitiae, etiam ex oraculis deorum caeli magno Ímpetu transcurrent, elementa autem ardentía resolventur,
suorum, quod istum mundum dicunt esse periturum? Ecce in litteris pie- et térra, et quae in ipsa sunt opera exurentur; ac deinde subiecit, His
tatis Hebraeorum dicitur Deo, quem confitente tanto philosopho, etiam ómnibus pereuntibus guales oportet vos esse? 15° possunt illi caeli intel-
ipsa numina perhorrescunt, Opera manuum tuarum sunt caeli, ipsi peri- ligi perituri, quos dixit repositos igni reservandos; et ea elementa accipi
bunt. Numquid, quando caeli peribunt, mundus, cuius iidem caeli supe- arsura, quae in hac ima mundi parte subsistunt procellosa et turbulenta,
rior pars est tutior, non períbit? Si haec sententia Iovi displicet, cuius, 145
ut scribit iste philosophus, velut gravioris auctoritatis oráculo in christia- i Cor. 7,31, »•>» 2 Petr. 3,6.
><" 1 l o . 2,17. «o Ibid., 10,11.
148
M t . 33,35.
'*» P s . roi,26-aS.
1514 IA CIUDAD DE DIOS XX, 24, 1
X X , 24, 2 EL JUICIO fINAL 1515
tades y a g i t a c i o n e s . E n e l l a dijo q u e se h a l l a n los cielos en
q u e e s t á n s u s p e n d i d o s los a s t r o s , y q u e esos cielos, sin c o n t a r se d a al d i l u v i o , a e l l o s , q u e sostienen q u e es i m p o s i b l e que
los s u p e r i o r e s , q u e d a n i n t a c t o s . Y a q u e l l o de q u e l a s e s t r e l l a s el g é n e r o h u m a n o p e r e z c a p o r las a g u a s y p o r el fuego, sólo
c a e r á n del cielo, a m é n de q u e p u e d e d á r s e l e o t r o s e n t i d o m á s les r e s t a d e c i r q u e sus dioses a l a b a r o n la s a b i d u r í a de los
v e r o s í m i l , p r u e b a s o b r a d a m e n t e l a p e r m a n e n c i a de los cielos, h e b r e o s p o r q u e n o h a b í a n leído este s a l m o .
si es q u e l a s e s t r e l l a s c a e r á n de a l l í . O es, p u e s , u n a l o c u c i ó n 2. El s a l m o 4 9 h a b l a t a m b i é n del j u i c i o final en estos
figurada, q u e es lo m á s p r o b a b l e , o s u c e d e r á en el cielo infe- t é r m i n o s : Dios vendrá manifiestamente, vendrá nuestro Dios
rior, p e r o más admirablemente que sucede ahora. De aquí que y no callará. El fuego arderá en su presencia, y en su derredor
el p o e t a d i g a : tramará una tempestad horrorosa. Llamará arriba al cielo y a
la tierra para discernir a su pueblo. Congregad ante él sus
Una estrella cae del firmamento a través de las sombras, dejando justos, los que hicieron el testamento de Dios por los sacrificios.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en su carrera un reguero de luz, y fué a esconderse en el bosque
N o s o t r o s e n t e n d e m o s esto de n u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o , q u e ven-
de Ida.
d r á del cielo, c o m o e s p e r a m o s , a j u z g a r a los vivos y a los
M a s , p o r lo q u e h a c e a l p a s a j e del s a l m o , p a r e c e q u e el sal- m u e r t o s . V e n d r á manifiestamente a j u z g a r j u s t a m e n t e a los jus-
m i s t a n o e x c e p t ú a n i n g ú n cielo y q u e , p o r t a n t o , t o d o s p e r e - tos y a l o s injustos, El q u e v i n o p r i m e r o o c u l t o a ser j u z g a d o
c e r á n , s e g ú n él. P o r q u e a l d e c i r : Los cielos son obra de tus i n j u s t a m e n t e p o r los i n j u s t o s . El vendrá—repito—manifiesto
manos y ellos perecerán, n o d e s l i g a n i n g ú n cielo de l a s m a n o s y no callará; es decir, h a b l a r á c o m o j u e z E l , q u e v i n o o c u l t o
de D i o s , y, p o r t a n t o , t a m p o c o lo e x c l u y e del f e n e c i m i e n t o . y c a l l ó a n t e el j u e z c u a n d o fué c o n d u c i d o c o m o oveja al m a t a -
N o se d i g n a r á n , p u e s , defender, f u n d a d o s en l a s p a l a b r a s de d e r o y estuvo m a n s o c o m o el c o r d e r o ante el e s q u i l a d o r , se-
S a n P e d r o , a q u i e n o d i a r o n a m u e r t e , la p i e d a d de los h e b r e o s , g ú n v e m o s a n u n c i a d o en I s a í a s y c u m p l i d o en el E v a n g e l i o .
c a n o n i z a d a p o r los o r á c u l o s de sus dioses. Y t a m p o c o p r e t e n - En c u a n t o al fuego y a la t e m p e s t a d , ya h e d i c h o c ó m o d e b e n
d e r á q u e , c o m o el A p ó s t o l en su E p í s t o l a t o m a la p a r t e p o r el e n t e n d e r s e al e x p l i c a r e x p r e s i o n e s s e m e j a n t e s en I s a í a s [ 3 7 ] ,
t o d o al decir q u e el m u n d o p e r e c i ó p o r el d i l u v i o , y a q u e s ó l o Con estas p a l a b r a s : Llamará arriba al cielo, p u e s t o que
p e r e c i ó la p a r t e i n f e r i o r con su cielo, así el s a l m i s t a t o m a b a los s a n t o s y los j u s t o s se l l a m a n con r a z ó n el cielo, el salmis-
la p a r t e p o r el t o d o al d e c i r : Ellos perecerán, p u e s t o q u e pe- ta q u i s o decir, sin d u d a , lo q u e el A p ó s t o l : Seremos arreba-
r e c e r á n los cielos i n f e r i o r e s . M a s , c o m o n o se d i g n a r á n h a c e r tados juntamente con ellos sobre las nubes al' encuentro de
esto p o r m i e d o , o a a p r o b a r el s e n t i r d e l a p ó s t o l S a n P e d r o Cristo en el aire. A p r i m e r a v i s t a y s e g ú n l a l e t r a , ¿ c ó m o v a
o a c o n c e d e r a la ú l t i m a conflagración s o l a m e n t e el p o d e r q u e
novissimae, quantum dícimus valuisse diluvium, qui nullis aquis, nullis
in qua eosdem cáelos dixit esse repositos, salvis illis superioribu9, et in flammis totum genus humanum posse perire contendunt: restat ut dicant,
sua integritate manentibus, in quorum firmamento sunt sidera constituta. quod propterea dii eorum Hebraeam sapientiam laudaverunt, quia istum
Nam et illud quod scriptum est, stellas de cáelo esse casuras l s l , praeter Psalmum non legerant.
quod potest multo probabilius et aliter jntelligi, magis ostendit mansuros 2. In Psalmo etiam quadragesimo nono de iudicio Dei novissimo in-
esse illos cáelos: si tamen stellae inde casurae sunt; cum vel trópica eit telligitur dictum, Deus manifestus veniet, Deus noster, et non süebit. Ignis
locuúo, quod est CTedibiVms, -vel in isto imo cáelo íntirro-m sil, utíque in conspectu eius ardehit, et in circumitu eius tempestas valida. Atlvocablt
mirabilhis quam mine fit. Unde et illa Virgiliana caelum sursum, et terram discerniré populum suum. Congrégate Mi iustos
Stella facem ducens multa cum luce cucurrit eius, qui disponunt testamentum eius super sacrificia 1M. Hoc nos de Do-
mino nostro Iesu Christo intelligimus, quem de cáelo speramus esse ven-
et ldaea se condidit silva 1S2. Hoc autem quod de Psalmo commemoravi, turum ad vivos et mortuos iudicandos. Manifestus enim veniet ínter iustos
nullum caelorum videtur relinquere, quod periturum esse non dixerit. Ubi et iniustos iudicaturus inste, qui prius venit oceultus ab iniustis iudican-
enim dicitur, Opera manuum tuarum sunt caeli, ipsi peribunt; quam dus iniuste. Ipse, inquam, manifestus veniet, et non süebit, id est, in VOCR
nullum eorum ab opere Dei, tam nullum eorum a perditione secernitur. iudicis evidens apparebit, qui prius cum venisset oceultus, ante iudicem
Non enim dignabuntur de Petri apostoli locutione, quem vehementer siluit, quando sicut ovis ad immolandum ductus est, et sicut agmis coram
oderunt, Hebraeorum defenderé pietatem, deorum suorum oraculis ap- tondente fuit sine voce, quemadmodum de illo per Isaiam legimus pro-
probatam; ut saltem ne totus mundus periturus esse credatur, sic a toto phetatum l54 , et in Evangelio videmus impletum 13s. De igne vero et tem-
pars accipiatur, in eo quod dictum est, Ipsi peribunt, cum soli caeli in- pestate, cum in Isaiae prophetia tale aliquid tractaremus, quomodo essent
fimi sint perituri: quemadmodum in apostólica illa Epístola a toto pars haec intelligenda, iam diximus I56 . Quod vero dictum est, Advocabit cae-
accipitur, quod diluvio perisse dictus est mundus, quamvis sola eius cum lum sursum: quoniam sancti et iusti recte caelum appellantur; nimirum
suis caelis pars ima perierit. Sed quia hoc, ut dixi, non dignabuntur, ne hoc est, quod ait Apostolus, Simul cum illis rapiemur in nubibus in obviam
vel apostoli Petri approbent sensum vel tantum concedant conflagrationi Christo in aera ls7 . Nam secundum litterae superficiein, quomodo sursum
' " Mt. 24,29. 153
Ps. 49,3-5. >«• C.2i.
>« Aeneii. l.j v.694-696. 154
ls. 53,7. ' " i Thess. 4,iS.
,ss
Mt. 26,63. - -
1516 LA CIUDAD DE DIOS XX, 24, 2 XX, 25 ffl. JUICIO FINAL 1517
a c i t a r a r r i b a al cielo, si el cielo sólo p u e d e e s t a r a r r i b a ? Quiero más misericordia que sacrificio; o si sobre los sacrifi-
Si en estas p a l a b r a s : Y a la tierra para discernir a su pueblo, cios, d a n d o o t r o s e n t i d o a la expresión, se refiere a los sacri-
ú n i c a m e n t e se s o b r e n t i e n d e llamará, es decir, c i t a r á t a m b i é n ficios c o m o se h a c e n s o b r e la tierra, lo q u e se h a c e en la t i e r r a ,
a la t i e r r a sin s o b r e n t e n d e r s e arriba, el sentido, según la recta las o b r a s de m i s e r i c o r d i a son los sacrificios q u e a g r a d a n a
fe, p a r e c e ser é s t e : E l cielo figura a a q u e l l o s q u e h a n de j u z g a r D i o s , c o m o r e c u e r d o h a b e r a p u n t a d o en el l i b r o X de esta
con E l , y la t i e r r a a los q u e d e b e n ser j u z g a d o s . S e g ú n esto, o b r a . L o s j u s t o s c u m p l e n en estas o b r a s el t e s t a m e n t o de D i o s ,
llamará al cielo arriba n o e q u i v a l e a : Los elevará al aire, p o r q u e h a c e n esas o b r a s m o v i d o s p o r l a s p r o m e s a s c o n t e n i d a s
s i n o : Los subirá a las sillas judiciales. en el N u e v o T e s t a m e n t o . P o r eso será en el ú l t i m o j u i c i o cuan-
E s a s p a l a b r a s : Llamará arriba al cielo, p u e d e n t e n e r este d o Cristo, c o n v o c a d o s a n t e sí sus justos y p u e s t o s a su d e r e c h a ,
o t r o s e n t i d o : L l a m a r á a l o s á n g e l e s , con los q u e b a j a a j u z g a r les d i r á : Venid, benditos de mi Padre, a poseer el reino que

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a sus s o b e r a n o s e s t r a d o s . Y l l a m a r á también a la tierra equi- os está preparado desde la creación del mundo. Porque tuve
vale a d e c i r a los h o m b r e s q u e d e b e n ser j u z g a d o s en la hambre, y me disteis de comer, y lo d e m á s q u e a l l í se dice
t i e r r a . M a s si c u a n d o d i c e : Y a la tierra, d e b e n s o b r e n t e n d e r s e respecto de l a s b u e n a s o b r a s de los b u e n o s y del p r e m i o e t e r n o
estas dos p a l a b r a s , llamará y arriba, en cuyo caso sería éste el q u e r e c i b i r á n p o r la ú l t i m a sentencia del j u e z .
s e n t i d o : L l a m a r á a r r i b a a l cielo y l l a m a r á a r r i b a a l a t i e r r a ,
p i e n s o q u e n o debe e n t e n d e r s e n a d a m e j o r q u e los h o m b r e s
q u e s e r á n l e v a n t a d o s en el a i r e al e n c u e n t r o de C r i s t o . Y dijo
C A P I T U L O X X V
cielo p o r l a s a l m a s y t i e r r a p o r los c u e r p o s .
¿ Q u é significa discernir a su pueblo sino s e p a r a r p o r el
P R O F E C Í A DE M A L A Q U Í A S . E L J U I C I O F I N A L Y LA P U R I F I C A C I Ó N
j u i c i o a los b u e n o s de los m a l o s , c o m o las ovejas de los ca-
POR LAS PENAS
b r i t o s ? L u e g o se d i r i g e a los á n g e l e s y les d i c e : Congregad
ante él sus justos, p o r q u e es i n d u d a b l e q u e u n a c t o de t a l
El profeta Malaquías o Malaquí, llamado también Ángel,
a l c a n c e d e b e ser r e a l i z a d o p o r los á n g e l e s . Y si p r e g u n t a -
y q u e , s e g ú n a l g u n o s , es el m i s m o E s d r a s , de q u i e n h a y o t r o s
m o s q u é j u s t o s h a n de c o n g r e g a r a n t e él los á n g e l e s , respon-
escritos i n c l u i d o s en el c a n o n (opinión q u e , s e g ú n S a n J e r ó n i -
de : Los que hicieron el testamento de Dios sobre los sacrifi-
m o , c o r r e e n t r e los h e b r e o s ) , anuncia el ú l t i m o j u i c i o en estos
cios. A esto se r e d u c e la v i d a de los j u s t o s , a h a c e r el testa-
t é r m i n o s : Hele, ahí viene, dice el Señor Todopoderoso, y ¿quién
m e n t o de D i o s s o b r e los sacrificios. E n efecto, o l a s o b r a s de
soportará el día de su entrada o quién podrá pararse a mirar-
m i s e r i c o r d i a están sobre los sacrificios, o sea, d e b e n a n t e p o -
n e r s e a los sacrificios, s e g ú n l a s p a l a b r a s d e D i o s , q u e d i c e : centis, Misericordiam voló quam sacrificium 1S8 : aut si super sacrificia, in
saorificiis intelligitur dictum, quomodo super terram fieri dicitur quod fit
advocatur caelum, quasi possit esse nisi sursum? Quod autem adiunctum utique in térra: profecto ipsa opera misericordiae sunt sacrificia quibus
est, Et terram discernere popalum suum, si tantummodo subaudiatur advo- placetur Deo sicut in libro huius operis décimo me disseruisse remini-
cabit, id est, advocabit et terram, nec subaudiatur sursum, Inmc videtur scor 159 : in quibus operibus disponunt iusti testamentum Dei, quia propter
habere sensum secuitdum reclam fidem, ut caelum intelligatur in eis qui promissiones quae Novo eius Testamento continentur, haec faciunt. Unde
cum illo sunt iudicaturi, et térra in eis qui iudicandi sunt: ut Advocabit congregatis sibi iustis suis, et ad suam dexteram constitutis, novissimo uti-
caelum sursum, non hic intelligamus, Rapiet in aera; sed, In iudiciarias que iudicio, dicturus est Christus, Venite, benedicti Patris mei, possidete
sedes eriget. Potest et illud intelligi: Advocabit caelum sursum, Advocabit paratum vobis regnum a constitutione mundi. Esurivi enim, et dedistis
Angelos in supernis et excelsis locis, cuín quibus descendat ad faciendum mihi manducare l í 0 ; et caetera quae ibi proferuntur de bonorum operibus
iudicium: Advocabit et terram, id est, homines in térra utique iudicandos. bonis, et de eorum praemiis sempiternis per ultimam sententiam iudicantis.
Si autem utrumque subaudiendum est, cum dicitur, et terram, id est et
advocabit, et sursum: ut iste sit sensus, Advocabit caelum sursum, et ter- CAPUT XXV
ram advocabit sursum: nihil melius intelligi existimo, quam homines qui
rapientur in obviam Christo in aera, sed caelum dictum propter animas, D E PROPHETIA MALACHIAE QÜA DEI IUDICIUM ULTIMUM DECLARATDR,
terram propter corpora. Discernere porro populum suum, quid est, nisi ET QUORUMDAM DICITUR PER PURIFICATORIAS POENAS FACIENDA MUNDATIO
per iudicium separare bonos a malis, tanquam oves ab haedis? Deinde
conversio sermonis ad Angelos facta est: Congrégate illi iustos eius. Pro- Propheta Malachias, sive Malachi, qui et Ángelus dictus est, qui etiam
ferto enim per angelicum ministerium tanta res peragenda est. Si autem Esdras sacerdos, cuius alia in canonem scripta recepta sunt, ab aliquibus
quaerimus, quos iustos ei congregaturi sunt Angeli: Qui disponunt, inquit, creditur (nam de illo hanc esse Hebraeorum opinionem dicit Hierony-
testamentum eius super sacrificia. Haec est omnis vita iustorum, disponere mus 1 6 1 ), iudicium novissimum prophetat, dicens: Ecce venit, dicit Dominus
testamentum Dei super sacrificia. Aut enim opera misericordiae sunt 158
super sacrificia, id est saorificiis praeponenda, iuxta sententiam Dei di- Os. 6,6. •»» Mt 25,34.
»5" C.6 et alibi. ' « Prooem. in Mal.
XX, 25 Vi. J U I C I O FIN AI, 1519
1518 l-A CIUDAD DE DIOS XX, 25 Luego añade: Y purificará a los hijos de Leví y los acriso-
lo? Porque él entra como juego ardiente v como hierba de los lará como al oro y a la plata, y ellos ofrecerán al Señor vícti-
bataneros. Y se sentará a fundir y a pulir el oro y la plata mas en justicia. Y el sacrificio de Judá y de Jerusalén será
y purificará a los hijos de Leví y los acrisolará como al oro grato al Señor, Indica con esto que esos mismos que serán
y a la plata, y ellos ofrecerán al Señor víctimas en justicia. purificados serán después gratos al Señor por los sacrificios
El sacrificio de Judá y de Jerusalén será grato al Señor, como de justicia y que serán así purificados de su injusticia, que
otrora en los primeros años. Yo me acercaré a vosotros para, motivaba el desagrado de Dios. Una vez purificados, serán víc-
juzgar y seré testigo contra los hechiceros, los adúlteros y los timas de una justicia bien colmada. ¿Pueden acaso ofrecer a
perjuros, y contra los que defraudan al jornalero su salario, Dios algo más aceptable que sus mismas personas? Esta cues-
oprimen con violencia a las viudas, maltratan a los pupilos, tión sobre las penas purgatorias la remito a lugar más oportu-
hacen injusticia al extranjero y no temen mi nombre, dice el no, para hablar de ella más a fondo.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Señor omnipotente. Yo soy el Señor, vuestro Dios, y yo no Por los hijos de Leví, de Judá y de Jerusalén es preciso
cambio. Estas palabras manifiestan, a mi parecer, con clari- entender la Iglesia de Dios, compuesta no sólo de los hebreos,
dad que en aquel juicio habrá para algunos penas purgato- sino también de otras naciones. Y además no tal cual es al
rias [ 3 8 ] . ¿Qué otra cosa cabe entender en lo que sigue: presente, donde, si dijéremos que no tenemos pecado, nos en-
¿Quién soportará el día de su entrada o quién podrá pararse gañamos a nosotros mismos y la verdad no está en nosotros,
a mirarlo? Porque él entra como fuego ardiente y como hierba sino cual será entonces, purificada por el juicio final como la
de los bataneros. Y se sentará a fundir y a pulir el oro y la parva por el viento. Entonces, ya purificados por el fuego los
plata y purificará a los hijos de Leví y los acrisolará como al que tienen necesidad de esta purificación, no ofrecerá ya nadie
oro y a la plata. Isaías dice algo parecido: Limpiará el Señor sacrificios por sus pecados. Porque, sin duda, todos los que
las inmundicias de los hijos y de las hijas de Sión y purificará así ofrecen son reos de pecados y ofrecen sacrificios para al-
su sangre mediante el soplo del juicio y el espíritu del fuego. canzar la remisión. Y la alcanzarán una vez que hayan sacri-
Esto es así, a no ser que quiera alguien decir que son purifi- ficado y Dios haya aceptado su sacrificio.
cados de sus inmundicias y acrisolados cuando los malos sean
separados de ellos por el juicio penal y que la separación
y condenación de éstos es la purificación de los otros, porque istorum, quia sine taliiim de caetero permixtione victuri sunt. Sed eum
en adelante ya no vivirán en confusa mezcla. dicit, Et emundabit filios Levi, et fundet eos sicut. aurum et argentum,
et erunt Domino offerentes hostias in iustitia, et placebit Domino sacri-
ficium luda et lerusalem, utique ostendit eos ipsos, qui emundabuntur,
omnipotens: et quis sustinebit diem introitus eius, aut quis ferré poterit deinceps in sacrificiis iustitiae Domino esse placituros, ac per hoc ipsi
ut aspiciat eum? Quia ipse ingreditur quasi ignis conflatorii, et quasi a sua iniustitia mundabuntur, in qua Domino displicebant. Hostiae porro
herba lavantium: et sedebit conflans, et emundans, sicut aurum et sicut in plena perfectaque iustitia, eum mundati fuerint, ipsi erunt. Quid enim
argentum, et emundabit filios Levi, et fundet eos sicut aurum et argén- acceptius Deo tales offerunt, quam se ipsos? Verum ista quaestio de pur-
tum: et erunt Domino offerentes hostias in iustitia. Et placebit Domino gatoriis poenis, ut diligentius pertractetur, in tempus aliud differenda est.
sacrificium luda et lerusalem, sicut diebus pristinis, et sicut annis prio- Filios autem Levi et luda et lerusalem, ípsam Dei Ecclesiam debemus
ribus. Et accedam ad vos in iudicio, et ero testis velox super maléficos, accipere, non ex Hebraeis tantum, sed ex aliis etiam gentibus congrega-
et super adúlteros, et super eos qui iurant in nomine meo mendaciter, et tam: nec talem, qualis nunc est, ubi si dixerimus quia 1M peccatum non
qui fraudant mercedem mercenario, et opprimunt per potentiam viduas. habemus, nos ipsos seducimus, et ventas in nobis non est : sed qualis
et percutiunt pupillos, et pervertunt iudicium advenae et qui non timent tune erit, velut área per ventilationem, ita per iudicium purgata novissi-
me, dic.it Dominus omnipotens. Quoniam ego Dominus Deus vesler, et non mum; eis quoque igne mundatis, quibus talis mundatio necessaria est;
mutor 162. Ex his quae dicta sunt, videtur evidentius apparere in illo iudi- ita ut nullus omnino sit qui offerat sacrificium pro peccatis suis. Omnes
cio quasdam quorumdam purgatorias poenas futuras. Ubi enim dicitur. enim qui sic offerunt, profecto in peccatis sunt, pro quibus dimittendis
Quis sustinebit diem. introitus eius, aut quis ferré poterit ut aspiciat eum? offerunt, ut eum obtulerint, acceptumque Deo fuerit, tune, dimittantur.
Quia ipse ingfeditur quasi ignis conflatorii, et quasi herba lavantium: et 104
sedebit conflans, et emundans, sicut aurum et sicut argentum. et emun- i l o . i,8.
dabit filios Levi, et fundet eos sicut aurum et argentum; quid aliud in-
telligendum est? Dicit tale aliquid et Isaías: Lavabit Dominus sardes
filiorum et filiarum Sion, et sanguinem emundabit de medio eorurn spiritu
iudicii et spiritu combustionis 163. Nisi forte sic eos dicendum est emun-
dari a sordibus, et eliquari quodammodo, eum ab eis mali per poenale
iudicium separantur, ut illorum segregado atque damnatio purgatio sít
162
M a l . 3,i-6.
163
I s . 4,4.
1520 U CIUDAD DE DIOS X X , 26, 1
XX, 26, 2 U, JUICIO FINAL 1521

codo—como está e s c r i t o — , ni el niño que no tiene más que un


C A P I T U L O X X V I día de vida.
R e p l i c a r á a l g u n o q u e p u e d e decirse c o n r a z ó n q u e ofrecen
S A C R I F I C I O S QUE OFRECERÁN L O S SANTOS A DIOS sacrificios en j u s t i c i a l o s q u e l o s ofrecen c o n fe, p u e s q u e
el justo vive de la fe, a u n q u e se e n g a ñ e a sí m i s m o si dice q u e
1. D i o s , q u e r i e n d o m o s t r a r q u e su C i u d a d n o e s t a r á im- está e x e n t o d e p e c a d o . E n este caso n o d i r á q u e vive de la fe.
p l i c a d a en tales c o s t u m b r e s , dijo q u e los h i j o s d e Leví ofre- ¿ D i r á a c a s o a l g u n o q u e el t i e m p o d e l a fe d e b e i g u a l a r s e a
c e r á n l o s sacrificios e n j u s t i c i a . Y , p o r t a n t o , n o en p e c a d o a q u e l fin en q u e s e r á n p u r i f i c a d o s p o r el fuego d e l ú l t i m o
ni p o r el p e c a d o . P o r e n d e , p u e d e c o n c l u i r s e d e lo q u e s i g u e : j u i c i o l o s q u e ofrezcan sacrificios en j u s t i c i a ? Y , p o r consi-
Y el sacrificio de Judá y de Jerusalén será grato al Señor, g u i e n t e , p u e s t o q u e es p r e c i s o c r e e r q u e , d e s p u é s d e esa p u r i -
como otrora en los primeros años, q u e los j u d í o s se p r o m e t e n ficación, los j u s t o s n o t e n d r á n y a n i n g ú n p e c a d o , este t i e m p o ,
v a n a m e n t e el t i e m p o de los sacrificios c o n f o r m e s a la ley d e l

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en c u a n t o a c a r e c e r de p e c a d o , n o p u e d e c o m p a r a r s e a n i n g u n o
A n t i g u o T e s t a m e n t o . E n t o n c e s ofrecían v í c t i m a s n o en j u s t i c i a , o t r o , a n o s e r a q u e l en q u e l o s p r i m e r o s h o m b r e s v i v i e r o n en
s i n o e n p e c a d o , p u e s l a s ofrecían p r i n c i p a l y p r i m o r d i a l m e n t e el p a r a í s o u n a v i d a feliz e i n o c e n t e a n t e s de l a p r e v a r i c a c i ó n .
p o r l o s p e c a d o s . E s t o es t a n v e r d a d , q u e el m i s m o s a c e r d o t e , P u e d e m u y b i e n , p o r t a n t o , d a r s e este s e n t i d o a l a s r e f e r i d a s
del cual d e b e m o s p r e s u m i r q u e e r a m á s j u s t o q u e los d e m á s , p a l a b r a s : Como en los días antiguos y en los primeros años.
a c o s t u m b r a b a , según el m a n d a t o d e D i o s , a ofrecerlas p r i m e r o T a m b i é n I s a í a s , d e s p u é s d e l a p r o m e s a de u n cielo n u e v o
p o r s u s p e c a d o s y d e s p u é s p o r los d e l p u e b l o . E s p r e c i s o , y d e u n a t i e r r a n u e v a , e n t r e o t r a s a l e g o r í a s e i m á g e n e s enig-
p u e s , e x p l i c a r el s e n t i d o de estas p a l a b r a s : Como en los días máticas sobre la beatitud de los santos, que n o hemos expuesto
antiguos y en los primeros años. T a l vez se r e f i e r a n a l t i e m p o p a r a e v i t a r l a p r o l i j i d a d , d i c e : Los días de mi pueblo serán
en q u e los p r i m e r o s h o m b r e s e s t a b a n en el p a r a í s o . Y e r a en- como los días del árbol de la vida. ¿ Q u i é n q u e h a y a o j e a d o
tonces p r e c i s a m e n t e c u a n d o , en e s t a d o de p u r e z a y de inte- las S a g r a d a s L e t r a s i g n o r a d ó n d e p l a n t ó D i o s el á r b o l d e l a
g r i d a d , exentos de t o d a m a n c h a y de t o d o p e c a d o , se ofrecían vida, de c u y o fruto f u e r o n p r i v a d o s l o s p r i m e r o s h o m b r e s
ellos m i s m o s a D i o s c o m o h o s t i a s p u r í s i m a s . P e r o desde q u e c u a n d o su d e s o b e d i e n c i a los a r r o j ó d e l p a r a í s o y D i o s p u s o
f u e r o n a r r o j a d o s d e a l l í p o r su d e s o b e d i e n c i a y la n a t u r a l e z a en t o r n o a l á r b o l u n a g u a r d i a í g n e a y t e r r i b l e ?
h u m a n a fué c o n d e n a d a en ellos, a e x c e p c i ó n d e l M e d i a d o r y d e 2 . Q u i z á a l g u i e n s o s t e n g a q u e l o s d í a s d e l á r b o l de l a v i d a
a l g u n o s n i ñ o s d e s p u é s d e l b a u t i s m o , nadie está exento de pe-
praevaricationis causa inde dimissi sunt, atque humana in eis natura dam-
nata est, excepto uno Mediatore, et post lavacrum regenerationis quibus-
que adhuc parvulis, Nenio mundus a sorde, sicut scriptum est, nec infans,
CAPUT XXVI cuius est vita unius diei super terram l6 °. Quod si respondetur, etiam eos
mérito dici posse offerre hostias in iustitia, qui offerunt in fide; lustus
D E SACRIFICI1S QUAE SANCTI OFFERENT Ü E O SIC PLACITURA, QÜOMODO IN enim ex fide vivit1"; quamvis se ipsum seducat, si dixerit se peccatum
DIERUS PRISTINIS ET ANNIS PRIORIBUS PLACUERUNT non habere 1 6 8 ; et ideo non dicat, quia ex fide vivit: numquid dicturus
est quispiam hoc fidei tempus illi fini esse coaequandum, quando igne
1. Volens autem Deus ostendere civitatem suam tune in ista consue-
iudicii novissimi mundabuntur, qui offerant hostias in iustitia? Ac per
tudine non futuram, dixit filios Levi oblaturos hostias in iustitia: non
hoc quoniam post talem mundationem nullum peccatum iustos habituros
ergo in peccato, ac per hoc non pro peccato. Unde intelligí potest in eo
esse credendum est, profecto illud tempus, quantum attinet ad non habe-
quod secutus adiunxit, atque ait, El placebit Domino sacrificium luda el
re peccatum, nulli tempori comparandum est, nisi quando primi homines
¡erusalem, sicut diebus pristinis, et sicut annis prioribas, frustra sibi
in paradiso ante praevaricationem innocentissima felicítate vixerunt. Recte
ludaeos secundum legem veteris Testaraenti sacrificiorum suorum praete-
itaque intelligitur hoc significatum esse, cum dictum est, Sicut diebus
rita témpora polliceri. Non enim tune in iustitia, sed in peccatis hostias
pristinis, et sicut annis prioribus. Nam et per Isaiam posteaquam caelum
offerebant, quando pro peccatis praecipue ac primitus offerebant, usque
novum et térra nova promissa est, Ínter caetera, quae ibi de sanctorum
adeo ut sacerdos ipse, quem debemus utique credere caeteris fuisse iustio-
beatitudine per allegorias et aenigmata exsequitur, quibus expositionem
rem, secundum Dei mandatum soleret primum pro suis offerre peccatis,
congruam reddere nos prohibuit vitandae longitudinis cura, Secundum
deinde pro populi 1 6 ! . Quapropter exponere nos oportet quomodo sit acci-
dies, inquit, ligni vitae erunt dies populi mei16s. Quis autem sacras Latie-
piendum quod dictum est, Sicut diebus pristinis, et sicut annis prioribus.
ras attigit, et ignorat ubi Deus plantaverit lignum vitae, a cuius cibo se-
Fortassis enim tempus illud commemorat, quo primi homines in paradiso
paratis illis hominibus, quando eos sua de paradiso eiecit iniquitas, eidem
fuerunt. Tune enim puri atque integri ab omni sorde ac labe peccati se
ligno circumposita est ignea terribilisque custodia?
ipsos Deo mundissimas hostias offerebant. Caeterum ex quo commissae
2. Quod si quisquam illos dies ligni vitae, quos commemoravit pro-
i " Lev. ió,6; Hebr. 7,27. "« Inh 14,4, sec. LXX 1BS
1 lo. i,8
1,1
Rom. 1,17. " « ¿a. 65,*»,
1522 1,A CIUDAD DE D I O S XX, 26, 2

a ([lie alude el profeta son los días de la Iglesia, que ahora XX, 27 BL JUICIO FINAL 1523
corren, y que es Cristo el llamado j)or el profeta árbol de la
vida. Porque es la Sabiduría de Dios de la que dice Salomón: 3. L u e g o , d i r i g i é n d o s e a l o s q u e son d i g n o s , n o de p u r i -
Es árbol de vida para todos los que la abrazan. Y quizá defien- ficación, s i n o d e c o n d e n a c i ó n , les d i c e : Y me acercaré a vos-
dan también que los primeros hombres no vivieron algunos otros para juzgar y seré testigo pronto contra los hechiceros,
años en el paraíso, del que fueron despedidos tan pronto, que los adúlteros, etc. Y , e n u m e r a d o s l o s c r í m e n e s c o n d e n a b l e s ,
no engendraron allí hijo alguno, y que por esta razón no pue- a g r e g a : Porque yo soy el Señor, vuestro Dios, y yo no cambio.
den referirse a ese tiempo las palabras comentadas: Como en C o m o si d i j e r a : A u n q u e os c a m b i e en p e o r e s v u e s t r a c u l p a
los días antiguos y en los primeros años. Paso por alto este y en m e j o r e s m i g r a c i a , y o n o c a m b i o . D i c e q u e él s e r á tes-
punto para no verme obligado a entrar en una discusión de- tigo p o r q u e en su j u i c i o n o n e c e s i t a r á testigos, y q u e será
masiado larga, con el fin de que la manifestación de la verdad testigo p r o n t o , b i e n p o r q u e v e n d r á d e r e p e n t e y de i m p r o v i s o ,
confirme a ésos en su creencia. y su j u i c i o s e r á r á p i d o y sin e s p e r a r s e t a n p r e s t o , b i e n p o r q u e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Se me ocurre, además, otro sentido que me impide creer c o n v e n c e r á l a s c o n c i e n c i a s sin n e c e s i d a d de m u c h a s p a l a b r a s .
que los días antiguos y los primeros años de los sacrificios Las preguntas al impío—como está escrito—versarán sobre sus
carnales fueron prometidos por el profeta como un don excep- pensamientos. Y , c o m o dice el A p ó s t o l , los pensamientos de
cional. Las víctimas de la antigua Ley, que debían ser, por los hombres lo acusarán o excusarán el día en que Dios juz-
prescripción, un cordero inmaculado y sin defecto, representa- gará los secretos de los corazones por Jesucristo, según mi
ban a los hombres santos, exentos de todo pecado. Y así sólo Evangelio. E s t e s e n t i d o p u e d e a p l i c a r s e t a m b i é n a eso de q u e
ha existido Cristo. Después del juicio, los que hayan sido dig- D i o s será testigo p r o n t o , p u e s t r a e r á a l a r e c o r d a c i ó n en u n
nos de purificación habrán sido ya purificados por el fuego, i n s t a n t e h e c h o s s u s c e p t i b l e s de c o n v e n c e r y c a s t i g a r l a s con-
y los santos ya no tendrán pecado y se ofrecerán a sí mismos ciencias.
en justicia como hostias inmaculadas y sin mancilla. Entonces
serán como en los días antiguos y en los primeros años, cuan- C A P I T U L O X X V I1
do se ofrecían víctimas inmaculadas en figura de las futuras.
La pureza que figuraban los cuerpos de los animales inmacu- LA SEPARACIÓN DE L O S DUEÑOS Y DE L O S MALOS *Í S U
lados será entonces realidad en la carne y en el alma inmortal REPERCUSIÓN EN E L J U I C I O FINAL
de los santos.
El texto o u e he a d u c i d o s o m e r a m e n t e del m i s m o profeta
en el l i b r o X V I I I a p r o p ó s i t o d e o t r o p u n t o dice r e l a c i ó n al

pheta Isaias, istos qui nunc aguntur Ecclesiae Christi dies esse contendit, 3. Deinde propter eos qui non mundatione, sed damnatione sunt digni,
ipsumque Christum lignum vitae prophetice díctum, quia ipse est Sa- Et accedam, inquit, ad vos in iudicium, et ero testis velox super maléficos
pientia Dei, de qua Salomón ait, Lignum vitae est ómnibus amplectenti- et super adúlteros, et caetera, quibus damnabilibus enumeratis criminibus
bus eaml7°; nec annos egisse aliquos in paradiso illos primos nomines, addidit, Quoniam ego Dominus Deas vester, et non mutor: tanquam dice-
unde tam cito eiecti sunt, tit nullum ibi gignerent filium: et ideo non ret, Cum vos mutaverit et in deterius culpa vestía, et in melius gratia
posse illud tempus intelligi in eo quod dictum est, Sicut diebus pristinis, mea, ego non mutor. Testem vero se dicit futurum, quia in iudicio suo
et sicut annis prioribus: istam praetereo quaestionem, ne cogar (quod non indiget testibus: eunique velocem, sive quia repente venturus est,
prolixum est) cuneta discutere, ut aliquid horum veritas manifestata con- eritque iudicium ipso inopinalo eitis adventu celerrimum, quod tardissi-
firme!. Video quippe alterum sensum, ne dies prístinos et annos priores mum 'videbatur; sive quia ipsas convincet sine ulla sermonis prolixitate
carnalium sacrificiorum nobis pro magno muñere per Prophetam promis- conscientias. In cogitationibus enim, sicut scriptum est, impii interrogado
sos fuisse credamus. Hostiae namque illae veteris Legis in quibusque pe- erit171. Et Apostolus, Cogitationibus, inquit, aecusantibus, vel etiam excu-
coribus immaculatae ac sine ullo prorsus vitio iubebantur offerri, et signi- santibus in die qua iudicabit Deus oceulta hominum, secundum Evange-
íicabant homines sanctos, qualis solus inventus est Christus, sine ullo lium meum per Iesum Christum 17! . Etiam sic ergo Dominus futuras testis
omnino peccato. Proinde quia post iudicium, cuín fuerint etiam igne inlelligendus est velox, cum sine mora revocaturus est in memoriam, mide
mundati qui eiusmodi mundatione sunt digni, in ómnibus sanctis nullum con vinca t puniatque conscientiam.
¡nvenietur omnino peccatum, atque ita se ipsos offerent in iustitia, ut tales
hostiae omni modo immaculatae ac sine ullo vitio sint futurae, erunt pro- CAPUT XX V11
ferto sicut pristinis diebus et sicut annis prioribus, quando in umbra
huius rei futurae mundissimae offerebantur hostiae. Haec erit namque 1>E SEJ'AHATIONE HONORUM ET M A L O R U M , PER Q U A M NOVISSIMI 1UD1CT1
munditia tune in immortali carne ac mente sanctorum, quae figurabatur MSCKETIO DECLARATUR
in illarum corporibus hostiarum. llhid etiam, quod aliud agens in octavo décimo libro ex isto propheta
,ro posui " 3 , ad iudicium novissimum pertinet, ubi ait: Erunt mihi, dicit Do-
Prov. 3,iS.
171 173
Sap. i,9. C.35, fine.
172
R o m . 2,15.16.
1524 LA CIUDAD DE DIOS ' X X , 28
X X , 28 EL JUICIO FINAL 1525
j u i c i o final. H e a q u í el p a s a j e : Ellos serán mi heredad, dice
el Señor omnipotente, el día en que yo obraré y los escogeré los o b s e r v a n t e s de l a ley y l o s m e n o s p r e c i a d o r e s de la m i s m a .
como un padre escoge a un hijo obediente. Vosotros os con- L l e v a b a , a d e m á s , o t r a i n t e n c i ó n , y e r a e n s e ñ a r a e n t e n d e r es-
vertiréis y conoceréis la diferencia que hay entre el justo y el p i r i t u a l m e n t e l a ley y a h a l l a r en e l l a a Cristo, el j u e z q u e
pecador y entre el que sirve a Dios y el que no lo sirve. Por- d e b e h a c e r la d i s t i n c i ó n e n t r e los b u e n o s y los m a l o s . N o en
que he aquí que llegará el día como un horno ardiente y los v a n o dijo el S e ñ o r a los j u d í o s : Si creyereis a Moisés, me
consumirá. Todos los extraños y todos los pecadores serán creeríais a mí, pues de mí escribió él.
como estopa, y el día que se aproxima los abrasará, dice el P o r e n t e n d e r c a r n a l m e n t e l a ley y d e s c o n o c e r q u e l a s p r o -
Señor todopoderoso, y no dejará en ellos raíz ni ramas. Mas m e s a s t e r r e n a s de ella son figuras de l a s celestiales, caen en
para vosotros, los que teméis mi nombre, nacerá el sol de jus- t a l e s d i s l a t e s , q u e se a t r e v e n a d e c i r : Es una locura servir a
ticia y hallaréis la salud en sus alas. Saldréis fuera saltando

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Dios. ¿Qué provecho hemos sacado de guardar sus manda-
como corderillos fuera del redil, y hollaréis a los impíos, y se- mientos y de andar suplicantes en presencia del Señor omni-
rán ceniza bajo vuestros pies, dice el Señor omnipotente. Cuan- potente? Ahora llamamos dichosos, y con razón, a los extra-
do esta diferencia de p r e m i o s y de p e n a s q u e d i s t i n g u e a ños, y todos los inicuos triunfan en la vida. E s t a s m u r m u r a -
los j u s t o s de los p e c a d o r e s , y q u e n o se n o t a b a j o el sol en la ciones h a n f o r z a d o en cierto m o d o al p r o f e t a a a n u n c i a r el
v a n i d a d de la v i d a p r e s e n t e , a p a r e z c a b a j o el sol de j u s t i c i a j u i c i o final, en el q u e l o s m a l o s n o s e r á n d i c h o s o s n i s i q u i e r a
q u e b r i l l a r á en la v i d a f u t u r a , e n t o n c e s s e r á el j u i c i o n u n c a con u n a d i c h a falsa, s i n o q u e a p a r e c e r á n d e s g r a c i a d o s a t o d a s
a n t e s visto. luces, y los b u e n o s n o e s t a r á n sujetos a m i s e r i a a l g u n a , ni
t e m p o r a l s i q u i e r a , sino q u e g o z a r á n de u n a felicidad e t e r n a
C A P I T U L O X X V I I I y g l o r i o s a . A l g o s e m e j a n t e h a b í a d i c h o a n t e s al referir o t r o s
c h i s m e s : El hombre que obra mal, ése es bueno a los ojos del
I N T E R P R E T A C I Ó N E S P I R I T U A L D E LA L E Y DE M O I S É S Señor y éstos le son aceptos.
E s t a s m u r m u r a c i o n e s c o n t r a D i o s son fruto, c o m o d i g o , de
E l m i s m o p r o f e t a a ñ a d e : Acordaos de la ley que yo he la i n t e r p r e t a c i ó n c a r n a l de la ley de M o i s é s . P o r eso el sal-
dado a Moisés, mi siervo, para lodo Israel en Horeb. R e c u e r d a m i s t a , en el s a l m o 72, dice q u e t e m b l a r o n sus p i e r n a s y
con m u c h a o p o r t u n i d a d los m a n d a m i e n t o s de D i o s , d e s p u é s de q u e dio p a s o s en falso, p o r q u e t u v o celos de los p e c a d o r e s
h a b e r p u e s t o de relieve la e n o r m e diferencia q u e h a b r á e n t r e al v e r l a p a z de q u e gozan. Y e n t r e o t r a s cosas d i c e : ¿Cómo
lo sabe Dios? ¿Tendrá de ello conocimiento el Altísimo?
minas omnipotens, in die qua ego fació in acquisitionem, et eligam eos
sicut eligit homo filium suum qui servit ei: et convertemini, et videbitis
quid sit Ínter iustum et iniquum, et Ínter servientem Deo et eum qui non servatores legis contemptoresque discrimen; simul etiam ut discant legem
servit ei. Quia ecce dies venit ardens sicut clibanus, et comburet eos, et spiritualiter intelligere, et inveniant in ea Christum, per quem iudicem
erunt omnes alienigenae, et universi qui faciunt iniquitatem, stípula: et facienda est ínter bonos et malos ipsa discretio. Non enim frustra idem
succendet eos dies veniens, dicit Dominus omnipotens: et non relinquetur Dominus ait Iudaeis, Si crederetis Moysi, crederetis et mihi; de me enim
in eis radix, ñeque ramus. Et orietur vobis, qui timetis nomen meum, sol Ule scripsit176. Carnaliter quippe accipiendo legem. et eius promissa
iustitiae, et sanitas in pennis eius; et egrediemini, et salietis sicut vituli terrena rerum caeleslium figuras esse nescientes, in illa murmura corrue-
de vinculis relaxati: et conculcabitis iniquos, et erunt cinis sub pedibus runt, ut dicere auderent, Vanus est qui servit Deo: et quid amplias, quia
vestris, dicit Dominus omnipotens17i. Haec distantia praemiorum atque custodivimus mandata eius, et quia ambulavimus supplices ante faciem
poenarum justos dirimens ab iniustis, quae sub isto solé in huius vitae Domini omnipote.ntis? Et nunc nos beatos dicimus alíenos, et aedificantur
vanitate non cernitur, quando sub illo solé iustitiae in illius vitae mani- omnes qui faciunt iniquitatem "7. Quibus eorum verbis quodammodo pro-
festatione clarebit, tune proferto erit iudicium quale nunquam fuit. pheta compulsus est novissimum praenuntiare iudicium, ubi mali neo
saltem falso sint beati, sed apertissime appareant miserrimi; et boni nulla
CAPUT XXVIII temporali saltem miseria laborent, sed clara ac sempiterna beatitudine
perfruantur. Dixerat quippe istorum talia quaedam verba etiam superius
DE LEGE MOYSI SPIRITUALITER INTELLIGENDA, NE IN OAMNABILIA MURMURA dicentium, Omnis qui facit malum, bonus est in conspectu Domini, et tales
CARNALIS SENSUS INCURRAT ei placent178. Ad haec, inquam, contra Deum murmura pervenerunt, le-
gem Moysi accipiendo carnaliter. Unde et Ule in Psalmo septuagésimo
Quod vero subiungit idem propheta, Mementote legis Moysi serví mei, secundo, pene commotos dicit fuisse pedes suos, et effusos gressus suos,
quam mandavi ei in Choreb ad omnem Israel175; praecepta et iudicia utique in lapsum, quia zelavit in peccatoribus, pacem peccatorum intuens;
opportune commemorat, post deolaratum tam magnum futurum Ínter ob- ita ut ínter caetera diceret, Quomndo scivit Deus, et si est scientia in
171
Mal. 3,17.18; 4,1-3. 176
iríi
Mal. 4,4. lo. 5,46.
177
Mal. 3,14 et i;. :
1 7 9
Ibid., ?,i7- :--•:- -•••••
1526 LA CIUDAD DE DIOS XX, 29 XX, 29 th JUICIO FINAL 1527
Y también: ¿He justificado acaso en vano mi corazón y lava- ra. Es cierto, dado el testimonio claro y evidente de las santas
do mis manos entre inocentes? Tratando de resolver esta di- Escrituras, que fué arrebatado en un carro de fuego. En vinien-
ficilísima cuestión que se presenta al ver a los Buenos misera- do, expondrá espiritualmente la ley, entendida todavía carnal-
bles y a los malos dichosos, añade: Difícil me será compren- mente por los judíos. Y convertirá el corazón del padre hacia
der esto hasta que entre en el santuario de Dios y conozca el el hijo, es decir, el corazón de los padres hacia sus hijos, pues
fin de cada uno. En el último juicio no será así. Las cosas los Setenta han usado el singular por el plural. El sentido es
aparecerán de muy distinta manera cuando se manifieste la fe- éste: que los hijos, los judíos, entiendan la ley como la enten-
licidad de los justos y la miseria de los pecadores. dieron los padres, los profetas, entre los que se contaba Moisés.
Así, el corazón de los padres se convertirá hacia los hijos, lla-
mando los padres a los hijos a su modo de interpretar la ley.
C A P I T U L O XXIX Y el corazón de los hijos hacia sus padres, asintiendo éstos a lo

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


que sintieron aquéllos. En lugar de esto, los Setenta dijeron:
LA VENIDA DE ELIAS ANTES DEL JUICIO Y el corazón del hombre hacia su prójimo, pues no hay nadie
más prójimo que los padres y los hijos.
Y después de haberles advertido que se acordarían de la ley Quizá a estas palabras de los Setenta, que han interpretado
de Moisés, previendo que estarían aún mucho tiempo sin enten- la Escritura como profetas, pueda dárseles otro sentido más ele-
derla espiritualmente, como se debe, agregó: Yo os enviaré a vado. Según él, Elias convertirá el corazón del Dios Padre ha-
Elias Tesbite antes que venga el día grande y luminoso del cia el Hijo, no haciendo, claro está, que el Padre ame al Hijo,
Señor, que convertirá el corazón del padre hacia el hijo y el sino enseñando a los judíos que, como el Padre ama al Hijo, así
corazón del hombre hacia su prójimo por temor a que, en vi- ellos amen al Cristo, que es nuestro Cristo, a quien antes ha-
niendo, destruya toda la tierra. Es una creencia muy extendida bían odiado. En efecto, Dios, según los judíos, en nuestro tiem-
y arraigada en el corazón de los fieles que al fin del mundo, po tiene apartado su corazón de nuestro Cristo. Y Dios, para
antes del juicio, los judíos creerán en el verdadero Mesías, es ellos, convertirá su corazón hacia el Hijo cuando, trocado el
decir, en nuestro Cristo, gracias al grande y admirable profeta corazón de ellos, vean el amor del Padre al Hijo. En lo si-
Elias, que les explicará la ley. No carece de fundamento la guiente : Y el corazón del hombre liada su prójimo, es decir,
esperanza de que vendrá antes de la venida del Juez y Sal- que Elias convertirá también el corazón del hombre hacia su
vador, puesto que es razonable la creencia de que aún vive aho- prójimo, ¿qué mejor puede entenderse que decir que converti-
rá el corazón del hombre hacia Cristo-hombre? Porque Cristo,
Altissimo? diceret etiam, Numquid vane iustificavi cor meum, et lavi in
innocentibus manus meas? Ut autem solveret hanc difficillimara quaes- toris non immerito speratur esse venturus: quia etiam nunc vivere non
tionem, quae fit, cum videntur boni esse miseri, et felices mali: Hoc, immerito creditur. Curru namque ígneo raptus est de rebus humanis, quod
inquit, labor est ante me, doñee introeam in sanctuarium Del, et intelli- evidentissime sancta Scriptura testatur 1 ". Cum venerit ergo, exponendo
gam in novissima"*. ludido quippe novissimo non sic erit: sed in aperta legem spiritualiter, quam nunc Iudaei camaliter sapiunt, convertet cor
iniquorum miseria, et aperta felicitate iustorum, longe quam nunc est patris ad filium, id est, cor patrum ad filios: singularem quippe pro nu-
aliud apparebit. mero plurali interpretes Septuaginta posuerunt. Et est sénsus, ut etiam
filii sic intelligant legem, id est Iudaei, quemadmodum patres eam intelle-
C A P LT XXIX xerunt, id est Prophetae, in quibus erat et ipse Moyses. Sic enim cor
patrum convertetur ad filios, cum intelligentia patrum perducetur ad in-
DE ADVENTU E H A E ANTE IUDIC1UM, CUIUS PRAEDICATIOiNE S C R I P T U R A R T I M
telligentiam filiorum; et cor filiorum ad paires eorum, dum in id quod
SECRETA RESERANTE, IüDAEI COJJVERTENTUR AD C H R I S T U M
genserunt illi, consentient et isti: ubi Septuaginta dixerunt, et cor homi-
Cum autem admonuisset, ut meminissent legis Moysi: quoniam prae- nis ad proximum suum. Sunt enim inter se valde proximi patres et filii.
videbat eos multo adhuc tempore non eam spiritualiter, sicut oportuerat, Quanquain in verbis Septuaginta interpretum, qui prophetice interpretati
accepturos, continuo subiecit: Et ecce ego mittam vobis Eliam Thesbiten, sunt, potest sensus alius idemque electior inveniri; ut intelligatur Elias
antequam venial dies Domini magnas et Mus tris, qui convertet cor patris cor Dei Patris conversurus ad Filium: non utique agendo ut Pater diligat
ad filium, et cor hominis ad proximum suurn, ne forte veniens percutiam Filium, sed docendo quod Pater diligat Filium; ut et Iudaei, quem prius
terram penitus "°. Per hunc Eliam magnum mirabilemque prophetam ex- oderant, diligant eumdem, qui noster est Christum. Iudaeis enim nunc
pósita sibi.lege, ultimo tempore ante iudicium, Iudaeos in Christum ve- aversum cor habet Deus a Christo nostro, quia hoc putant. Eis ergo tune
rum, id est, in Christum nostrum esse credituros, celeberrimum est in ser- cor eius convertetur ad Filium, cum ipsi converso corde didicerint dilec-
monibus cordibusque fidelium, Ipse quippe ante adventum iudícis Salva- tionem Patris in Filium. Quod vero sequitur, et cor hominis ad proximum
suum, id est, convertet Elias et cor hominis ad proximum suum; quid
17 J
' P s . 72,11.13.16.17.
1,1
"" M a l . 4,5.6, s e o L X X . 4 Ree. a,n.
1620 LA CIUDAD DE DIOS XX, 8 0 , 1

.siendo nuestro Dios en la forma de Dios, tomando la forma de XX, 30, 2 El, JUICIO ÍINAI, 1529
siervo se ha dignado también ser nuestro prójimo.
Y Elias hará esto por temor a que, en viniendo, destruya se como Cristo. Esto es tan verdad, que, cuando no aparece
toda la tierra. Son tierra todos los que gustan las cosas de la como tal y, sin embargo, se dice que el Señor Dios vendrá a
tierra, como los judíos carnales. Este vicio motivó aquellas mur- juzgar, se puede entender Jesucristo. Hay un pasaje en Isaías
muraciones contra Dios: Los malos le son gratos, y : Es una que arroja luz sobre esto que voy diciendo. Dios habla por el
locura servir a Dios. profeta: Escúchame, Jacob, y tú, Israel, a quien yo llamo. Yo
soy el primero y yo soy para siempre. Mi mano fundó la tierra
y mi diestra consolidó el cielo. Los llamaré, y al momento se
CAPITULO XXX presentarán, y se reunirán todos y escucharán. ¿Quién les anun-
ció tales cosas? Como te amaba, cumplí tu voluntad sobre Ba-
bilonia y exterminé la raza de los caldeos. Yo he hablado y he

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


OBSCURIDAD DEL ANTIGUO TESTAMENTO SOBRE LA PERSONA DE llamado; yo le he guiado e hice prosperar su jornada. Acercaos
CRISTO COMO J U E Z EN EL ÚLTIMO J U I C I O a mí y escuchadme: Desde el principio yo no he hablado ja-
más en secreto. Cuando las cosas sucedían, yo estaba presente.
1. Hay otros muchos testimonios en las divinas Escrituras
Y ahora me ha enviado el Señor Dios y su Espíritu. Es, ni más
sobre el juicio final. Me haría demasiado largo si los recogiera
ni menos, el mismo que hablaba como el Señor Dios, y, sin em-
todos. Baste, pues, haber probado que esta verdad ha sido anun-
bargo, no se sabría que era Jesucristo de no haber añadido:
ciada tanto en el Antiguo como en el Nuevo Testamento. Pero
Y ahora me ha enviado el Señor Dios v su Espíritu. Dice esto
el Antiguo no expresa con tanta claridad como el Nuevo que es
según la forma de siervo y habla de una realidad futura como
Cristo el que hará ese juicio, es decir, que es Cristo quien ven-
si hubiera ya pasado. Así leemos en el mismo profeta: Fué
drá del cielo como juez. De que allí diga el Señor que vendrá
conducido como oveja al matadero. No dice: Será conducido,
o diga el hagiógrafo que vendrá el Señor, no se sigue lógica-
sino que en lugar del futuro usa el pasado. Este modo de ha-
mente que vendrá Cristo, ya que esa denominación vale tanto
blar es muy corriente en profecía.
para el Padre, como para el Hijo, como para el Espíritu Santo.
Mas este punto no conviene dejarlo pasar sin pruebas. 2. En Zacarías encontrarnos otro pasaje en que aparece
claramente este mismo pensamiento. En él se dice que el Omni-
Es preciso evidenciar en primer término que Jesucristo ha- potente envió al Omnipotente. ¿Quién a quién, sino el Dios
bla por sus profetas bajo el nombre de Señor Dios, sin ocultar- Padre al Dios Hijo? He aquí sus palabras: Esto dice el Señor
melius intelligitur, quam cor hominis ad hominem Christum? Cum enim demonstrandum est, quemadmodum Iesus Christus tanquam Dominus Deus
eit in forma Dei Deus noster, formam serví accipiens esse dignatus est loquatur in propheticis libris, et tamen Iesus Christus evidenter appareat:
etiam proximus noster. Hoc ergo faciet Elias. Ne forte, inquit, veniam, ut et quando sic non apparet, et tamen ad illud ultimum iudicium Domi-
et percutiam terram penitus. Terra sunt enim, qui terrena sapiunt; sicut nus Deus dicitur esse venturus, possit Iesus Christus intelligi. Est locus
Iudaei carnales usque nunc: ex quo vitio contra Deum murmura illa ve- apud Isaiam prophetam, qui hoc quod dico evidenter ostendit. Deus enim
nerunt, Quia mali ei placent; et, Vanus est qui servil Deo 182. per prophetam, Audi me, inquit, lacob et Israel quem ego voco. Ego sum
primus, et ego in sempiternum: et manus mea fundavit terram, et dextera
CAPUT XXX mea firmavit caelum. Vocabo eos, et stabunt simul, et congregabuntur
omnes, et audient. Quis eis nuntiavit haec? Diligens te, feci voluntatem
tuam super Babylonem, ut auferrem semen Chaldaeorum. Et locutus sum,
QUOD IN LIBRIS VETERIS TESTAMENTI CUM DEUS LECITUR IUDICATURDS, NON
et ego vocavi: adduxi eum, et prosperam feci viam eius. Accedite ad me,
EVIDENTER CLIRISTI PERSONA MONSTRETUR: SED EX QUIBUSDAM TESTIMONIIS,
et audite haec. Non a principio in abscondito locutus sum: quando fie-
tIBI DOMINÜS DEUS I.OQUITUR, APPAREAT NON DUBIE QUOD IPSE SIT CHRISTUS bant, ibi eram. Et nunc Dominus Deus misit me, et Spiritus eiuslss.
1. Multa alia sunt Scripturarum testimonia divinarum de novissimo Nempe ipse est, qui loquebatur sicut Dominus Deus: nec tamen intelli-
iudicio Dei; quae si omnia colligam, nimis longum erit. Satis ergo sit, geretur Iesus Christus, nisi addidisset, Et nunc Dpminus Deus misit me,
quod et novis et veteribus Litteris sacris hoc praenuntiatum esse proba- et Spiritus eius. Hoc enim dixit secundum formam servi, de re futura
utens praeteriti temporis verbo: quemadmodum apud eumdem prophetam
vimus. Sed veteribus per Christum futurum esse iudicium, id est, iudicem
legitur, Sicut ovis ad immolandum ductus est"i. Non enim ait, Ducetur:
Christum de cáelo esse venturum, non tam, quam novis, evidenter ex-
sed pro eo quod futurum erat, praeteriti temporis verbum posuit. Et assi-
pressum est: propterea quia cum ibi dicit Dominus Deus se esse ventu- due prophetia sic loquitur.
rum, vel Dominum Deum dicitur esse venturum, non consequenter intel-
ligitur Christus. Dominus enim Deus et Pater est, et Filius, et Spiritus 2. Est et alius locus apud Zachariam, qui hoc evidenter ostendit, quod
sanctus: ñeque hoc tamen intestatum relinquere nos oportet. Primo itaque omnipotentem misit omnipotens: quis quem, nisi Deus Pater Deum Fi-
lium? Nam ita scriptum est: Haec dicit Dominus omnipotens, Post. glo-
"-' Mal, 3,17; 3,14. 183
ls. 48,12-16.
>» Ibid., S3,7> sec. LXX.
1530 U CIUDAD DE DIOS XX, 30, 3
X X , 30, 3 81, JUICIO FINAL 1531
omnipotente: Después de la gloria me envió a las naciones que vengan contra Jerusalén. Y derramaré sobre la casa de David
os han despojado. Porque tocaros es como tocar las niñas de y sobre los habitantes de Jerusalén el Espíritu de gracia y de
sus ojos. Yo extenderé mi mano sobre ellos y serán despojos misericordia y pondrán los ojos en. mí por haberme insultado.
de los que fueron esclavos suyos, y conoceréis que el Señor om- Llorarán sobre él como lo hacen sobre un ser amado y harán
nipotente me envió. Advierte que el Señor omnipotente dice que duelo por él como por el unigénito. ¿A quién atañe sino a solo
fué enviado por el Señor omnipotente. ¿Quién osará entender Dios exterminar todas las naciones enemigas de la santa ciudad
esto de otro que de Cristo, que habla a las ovejas extraviadas de Jerusalén, que vienen contra ella, es decir, que le son con-
de la casa de Israel ? Así dice en el Evangelio: No he sido en- trarias, o, según otra versión, que vienen sobre ella, o sea
viado sino a las ovejas que perecieron de la casa de Israel. Las a subyugarla? Y ¿a quién pertenece sino a solo Dios derramar
comparó a las niñas de sus ojos por los subidos quilates del sobre la casa de David y sobre los moradores de Jerusalén el
amor que les tenía. Entre estas ovejas se contaban también sus Espíritu de gracia y de misericordia? A la verdad que esto es

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


apóstoles. Y después de la gloria de su resurrección, antes de privativo de Dios, y el profeta lo dice en persona de Dios.
la cual dice el evangelista: Jesús aún no había sido glorificado, Y, no obstante, Cristo hace ver que él es ese Dios que obra
fué enviado también a las naciones en persona de sus apóstoles. todas esas maravillas divinas, al añadir: Y pondrán sus ojos
De este modo se cumplió lo que se lee en el Salmo: Me librarás en mí por haberme insultado. Llorarán sobre él como lloran
de las contradicciones del pueblo y me constituirás caudillo de sobre un ser amado (o querido) y harán duelo por él como por
las naciones. Los que habían saqueado a los israelitas y a los el unigénito. En aquel día, los judíos, aun aquellos que han
que habían servido los israelitas, cuando estaban sometidos a de recibir el Espíritu de gracia y de misericordia, fijando sus
las naciones, no fueron a su vez despojados, sino que se troca- ojos en Cristo, que vendrá en toda su majestad, y cayendo en
ron en despojos de los israelitas. Esto mismo lo había prometi- la cuenta de que es el mismo de quien se mofaron en su abati-
do a los apóstoles al decirles: Os haré pescadores de hombres. miento, se arrepentirán de haberle insultado en su paciencia.
Y a uno de ellos: Desde ahora serás pescador de hombres. Se Y también sus padres, autores de tamaña impiedad, lo verán al
trocarán, pues, en despojos, pero en el buen sentido, como son resucitar, pero ya para ser castigados, no corregidos. Por con-
los vasos robados al fuerte más fuertemente atado. siguiente, las palabras que siguen: Y derramaré sobre la casa
3. El Señor, hablando por boca del mismo profeta, dice: de David y sobre los habitantes de Jerusalén el Espíritu de
En aquel día yo tiraré a exterminar a todas las naciones que gracia y de misericordia y pondrán sus ojos en mí por haberme
insultado, no aluden a éstos, sino a los descendientes de su raza,
riam misit me super gentes, quae spoliaverunt vos; quia qui tetigerit vos,
quasi qui tangit pupillam oculi eius. Ecce ego inferam manum, meam et effundam super domum David, et super habitatores lerusalem Spiritum
super eos, et erunt spolia his qui servierant eis; et cognoscetis quia Do- gratiae et misericordiae; et aspicient ad me, pro eo quod insultaverunt;
minus omnipotens misit me 185. Ecce dicit Dominus omnipotens, a Domino et plangent super eum planctum quasi super charissimum, et dolebunt
omnipotente se missum. Quis hic audeat intelligere nisi Christum loquen- dolare quasi super unigenitum " 2 . Numquid nisi Dei est auferre omnes
tem, scilicet oviJbus quae perierant domus Israel? Ait namque in Evange- gentes inimicas sanctae civitatis lerusalem, quae veniunt contra eam, id
lio, Non sum missus, nisi ad oves quae perierunt domus Israel"": quas est, contrariae sunt ei, vel, sicut alii sunt interpretati, veniunt super eam,
hic comparavit pupillae oculi Dei, propter excellentissimum dilectionis id est, ut eam sibi subiiciant: aut super domum David effundere, et super
affectum; ex quo genere ovium etiam ipsi Apostoli fuerunt. Sed post glo- habitatores eiusdem civitatis Spiritum gratiae et misericordiae? Hoc utique
riam resurrectionis utique suae, quae antequam fieret, ait evangelista, Dei est, et ex persona Dei dicitur per Prophetam: et tamen hunc Deum
fesus nondum erat glorificatus ""; etiam super gentes missus est in Aposto- haec tam magna et tam divina facientem sese Christus ostendit, adiun-
lis suis: ac sic impletum est quod in Psalmo legitur, Erues me de con- gendo atque dicendo, Et aspicient ad me, pro eo quod insultaverunt; et
tradictionibus populi, constitues me in caput gentium1"": ut qui spoliave- plangent super eum planctum quasi super charissimum (sive, dilectum),
rant Israelitas, quibusque Israelitae servierant, quando sunt gentibus sub- et dolebunt dolore quasi super unigenitum. Poenitebit quippe in die illa
diti, non vicissim eodem modo spoliarentur, sed ipsi spolia fierent Israe- Iudaeos, etiam eos qui accepturi sunt Spiritum gratiae et misericordiae,
litarum. Hoc enim Apostolis promiserat, dicens, Faciam vos piscatores ho- quod in eius passione insultaverint Christo, eum ad eum adspexerint in
minum "". Et uni eorum, Ex hoc iam, inquit, homines eris capiens 19°. sua maiestate venientem, eumque esse cognoverint, quem prius liumilem
Spolia ergo fierent sed in bontim, tanqnam erepta vasa illi forti, sed for- in suis parentibus illuserunt: quamvis et ipsi parentes eorum tantae illius
lius alligato '". impietatis auctores resurgentes videbunt eum, sed puniendi iam, non adime
3. ítem per eumdem propbetam Dominus loquens, Et erit, inquit, corrigendi. Non itaque hoc loco ipsi inteliigendi sunt, ubi dictum est, Et
in die illa, quaeram miferre omne.s gentes quae veniunt contra lerusalem, effundam super domum David et super habitatores lerusalem Spiritum
183
gratiae et misericordiae; et aspicient ad me, pro eo quod insultaverunt:
Zach. 2,8 et 9. '«• Mt. 4,19. sed tamen de illorum stirpe venientes, qui per Eliam illo tempore sunt
186
Mt. 15,24. «so Le, 5jI0 ,
' " I( 3. 7,39- "" Mt. r?,39 192
Z a c h . 12,9.10.
'•" Ps. r 7 , M
1532 M CIUDAD DE DIOS XX, 30, 4
XX, 30, 4 8I< JUICIO FINAL 1533
que creerán entonces por la predicación de Elias. Mas, así como
decimos a los judíos: Vosotros disteis muerte a Cristo, aunque Dios por Isaías bajo el nombre de Jacob y de Israel, de cuya
este crimen se deba a sus padres, así éstos se afligirán, en cier- estirpe nació Cristo según la carne? He aquí el texto: Jacob es
to modo, de ser los autores del mal que hicieron los otros. mi siervo, yo le protegeré; Israel es mi elegido, en él tiene mi
Y aunque, una vez recibido el Espíritu de gracia y de miseri- alma sus complacencias. Yo le he dado mi Espíritu; El hará
cordia, los fieles ya no serán condenados con sus padres impíos, el juicio a las naciones. Ni gritará ni callará, y su voz no se
no dejarán por eso de dolerse del crimen de sus padres como oirá juera. No quebrará la caña cascada nv apagará la mecha
que aún humea, sino que juzgará conforme a verdad. Resplan-
si fueran culpables. El dolor no nacerá del reato del crimen,
decerá y no será herido hasta que haga en la tierra el juicio, y
sino del afecto de piedad.
las naciones esperarán en mi nombre. El hebreo no trae Jacob
Es verdad que donde los Setenta han traducido: Y pondrán e Israel; pero los Setenta, dando a entender cómo debía tomarse
sus ojos en mí por haberme insultado, el hebreo dice: Y pon- mi siervo, es decir, por la humildísima forma de siervo a que
drán sus ojos en mí, a quien'han traspasado. Esta palabra ex-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


le redujo el Altísimo, han empleado el nombre de la persona
presa con más claridad a Cristo crucificado. No obstante, el de cuya estirpe tomó la forma de siervo. Le fué dado el Espíri-
insulto, según la expresión de los Setenta, abarca la totalidad tu Santo y, según atestigua el Evangelio, descendió sobre él en
de la pasión. Le insultaron cuando fué detenido, preso, juzgado forma de paloma. El pronunció juicio a las naciones, porque
y vestido con el oprobio de una ignominiosa vestidura, y co- prenunció el cumplimiento futuro de lo que estaba oculto para
ronado de espinas, y herido en la cabeza con la caña, y adorado las naciones. No gritó por mansedumbre, y, sin embargo, no
burlescamente con las rodillas en tierra, y al llevar su cruz y cesó de predicar la verdad. Pero su voz no se oyó fuera, ni se
ya pendiente en el madero. No singularizando, pues, las versio- oye, pues los que están separados de su cuerpo no le obedecen.
nes, sino aunando las dos, al leer que le insultaron y que le No quebrantó ni extinguió a los judíos perseguidores, que fue-
traspasaron, nos damos cuenta más cabal de la verdad de la ron comparados a la caña cascada, porque perdieron su inte-
pasión del Señor. gridad, y a la mecha que humea, porque no tienen ya la luz.
4. En consecuencia, cuando leemos en los profetas que Los perdonó El, que no había venido todavía a juzgarlos, sino
Dios vendrá a juzgar, aunque no se haga más distinción, es pre- a ser juzgado por ellos [ 3 9 ] . Y ha pronunciado un juicio ver-
ciso entender a Cristo únicamente, ya que, si bien es el Padre dadero, prediciéndoles que serían castigados si persistían en su
el que juzgará, juzgará por la venida del Hijo del hombre. malicia. Su rostro brilló en la montaña, y su fama en el orbe
El visiblemente no juzga a nadie, sino que dio el poder de juz-
gar al Hijo, que se manifestará como hombre-juez, al igual que Filio l93 : qui manifestabitur homo iudicaturus, sicut homo est iudicatus.
fué juzgado como hombre. ¿A qué otro se refiere lo que dice Quis est enim alius, de quo item Deus loquitur per Isaiam sub nomine
Iacob et Israel, de cuius semine corpus accepit? quod ita scriptum est:
lacob puer meus, suscipiam illum: Israel electus meus, assumpsit eum
credituri. Sed sicut dicimus Iudaeis, Vos occidistis Christum, quamvis hoc anima mea. Dedi Spiritum meum in illum, iudicium gentibus proferet.
parentes eorum fecerint: sic et isti se dolebunt fecisse quodammodo, quod Non clamabit, ñeque cessabit, ñeque audietur foris vox eius. Calamum
fecerunt illi, ex quorum stirpe descendunt. Quamvis ergo accepto Spiritu quassatum non conteret, et linum fumans non exstinguet; sed in veritate
gratiae et misericordiae iam fideles non damnabuntur cum impiis parenti- pro/eret iudicium. Refulgebit, et non confringetur, doñee ponat in térra
bus suis; dolebunt tamen tanquam ipsi fecerint, quod ab illis factura est. iudicium; et in nomine eius gentes sperabunt1M. In hebraeo non legitur
Non igitur dolebunt reatu criminis, sed pietatis afíectu. Sane ubi dixerunt lacob et Israel: sed quod ibi legitur servus meus, nimirum Septuaginta
Septuaginta interpretes, Et aspicient ad me, pro eo quod insultaverunt; sic interpretes volentes admonere quatenus id accipiendum sit, quia scilicet
interpretatum est ex Hebraeo, Et aspicient ad me, quem confixerunt. Quo propter formam servi dictum est, in qua se Altissimus humillimum prae-
quidem verbo evidentius Christus apparet crucifixus. Sed illa insultatio, buit, ipsius hominis nomen ad eum significandum posuerunt, de cuius
quam Septuaginta poneré maluerunt, eius univcrsae non defuit passiom. genere eadem servi forma suscepta est. Datus est in eum Spiritus sanctus,
Nam et detento, et alligato, et adiudicato, et opprobrio ignominiosae quod et columbae specie, Evangelio teste, monstratum est " s . Iudicium
vestís induto, et spinis coronato, et cálamo in capite percusso, et irriden- gentibus protulit, quia praenuntiavit futurum, quod gentibus erat occul-
ter fixis genibus adorato, et crucem suam portanti, et in ligno iam pen- tum. Mansuetudine non clamavit, nec tamen in praedicanda veritate cessa-
denti utique insultaverunt. Proinde interpretationem non sequentes unam, vit. Sed non est audita foris vox eius, nec auditur; quandoquidem ab eis
sed utramque iungentes, cum et insultaverunt, et confixerunt legimus, pie- qui foris ab eius corpore praecisi sunt, non illi obeditur: ipsosque suos
nius veritatem Dominicae passionis agnoscimus. persecutores Iudaeos, qui cálamo quassato perdita integritate, et lino
4. Cum ergo in propheticis litteris ad novissimum iudicium facienduiri fuman ti amisso lumine comparati sunt, non contrivit, nec exstinxit; quia
Deus legitur esse venturus, etsi eius alia distinctio non ponatur; tantum- pepercit eis, qui nondum venerat eos iudicare, sed ab eis iudicari. In ve-
modo propter ipsum iudicium Christus debet intelligi: quia etsi Pater 103
iudicabit, per adventum Filii hominis iudicabit. Nam jpse per suae prae- 184 lo. 5,2a.
sentiae manifestationem non iudicat quemquam, sed omne iudicium dedil lBS Is. 42,1-4, sec. LXX.
Mt. 3il6.
1534 W CIUDAD DE DIOS XX^> 3Q

enlero. No fué quebrado ni quebrantado, porque no cedió a 1Q XX, 30, 8 1535


EL JT7ICIO FINAL
perseguidores, ni en su persona ni en su Iglesia. Y por eso ^
ha sucedido ni sucederá lo que sus enemigos dijeron y a{¡. de Elias Tesbite, la conversión de los judíos, la persecución del
dicen: ¿Cuándo morirá éste y será abolido su nombre? anticristo, la venida de Cristo a juzgar, la resurrección de los
Hasta que establezca el juicio sobre la tierra. He aquí J muertos, la separación entre los buenos y los malos, la confla-
luz del secreto que buscábamos. Este es, pues, el último juici Q gración del mundo y su renovación. Es preciso creer que todo
que hará en la tierra cuando viniere del cielo. Vemos ya cur^' esto sucederá; pero ¿de qué modo y en qué orden? La expe-
pudo en él lo que el profeta añadió; Y las naciones esperar^ riencia nos lo enseñará mejor que puedan hacerlo ahora las
en su nombre. Este hecho innegable sea una razón poderos^ conjeturas de la razón humana. Con todo, tengo para mí que
para creer lo que sólo la desvergüenza permite negar. ¿Quié^ sucederán en el orden que he venido diciendo.
esperara esto que aun los que rehusan creer en Cristo ven y^ 6. Dos libros me faltan para dar fin a esta obra y cum-
cumplido, y rechinan sus dientes y se consumen, a despecho d e plir, gracias a Dios, mis promesas. Uno versará sobre el supli-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


sí mismos, porque no pueden negarlo? ¿Quién, repito, esperar^ cio de los malos, y otro, sobre la felicidad de los buenos. En
que las naciones habían de creer en el nombre de Cristo, cuar^ ellos refutaré sobre todo, con la ayuda de Dios, los vanos argu-
do le prendían, le ataban, le abofeteaban, le insultaban y J6 mentos de los hombres, que parecen roer con sabiduría su
crucificaban; cuando, en fin, hasta los mismos discípulos había^ miseria contra las predicciones y las Dromesas de Dios y que
perdido la esperanza que comenzaba a brillar en sus corazones? desprecian como flacos y ridículos los dogmas gue alimentan
Lo que apenas entonces un ladrón esperó sobre la cruz, ahor^ nuestra fe. Mas los sabios según Dios extraen de la omnipoten-
lo esperan todas las naciones, y, por temor a morir eternamen. cia divina un argumento poderosísimo para creer todo cuanto
te, se signan con la cruz en que murió. parece increíble a los hombres y se contiene en las Santas
5. Nadie niega ya ni duda siquiera que será Jesucristo Escrituras, cuya verdad está justificada ya de tantas maneras.
el juez supremo del juicio final y que éste será tal cual se anur». Tienen, además, por cierto, que es imposible que Dios nos en-
cía en las Sagradas Letras. Sólo el que por una incredulidad gañe y que puede hacer lo que es imposible para el infiel.
ciega y quisquillosa no cree en las Escrituras, que ya han mani,
festado su veracidad al mundo entero, duda de esto. He aquí las
cosas que sucederán en el juicio o hacia ese tiempo: la venida itaque indicio vel circa illud iudicium has res didicimus esse venturas,
Eliam Thesbiten, fidem Iudaeorum, Antichristum persecuturum, Christum
¡udicaturum, mortuorum resurrectionem, bonorum malorumque diremptio-
ritate sane iudicium protulit, praedicens eis quando puniendi19b essent, s¡ nem, mundi conflagrationem, eiusdemque renovationem. Quae omnia qui-
in sua malignitate persisterent. Refulsit in monte facies eius , in orbe dem ventura esse credendum est: sed quibus modis, et quo ordine veniant,
fama eius: nec coniractus, sive contritus est, quia ñeque in se, ñeque in magis tune docebit rerum experientia, quam nunc ad perfectum hominum
Ecclesia sua, ut esse desisteret, persecutoribus cessit. Et ideo non est intelligentia valet consequi. Existimo tamen eo quo a me commemorata
factum, nec fiet, quod inimici eius dixerunt, vel dicunt, Quando morietur sunt ordine esse ventura.
et peribit normen eius? ' " Doñee ponat in térra iudicium.. Ecce manifes. 6. Dúo nobis ad hoc opus pertinentes reliqui sunt libri, ut adiuvante
tatum est quod absconditum quaerebamus. Hoc enim est novissimum iudi- Domino promissa compleamus: quorum unus erit de malorum supplicio,
cium, quod ponet in térra, cum venerit ipse de cáelo. De quo íam vide. alius de felicitate iustorum: in quibus máxime, sicut Deus donaverit, ar-
mus impletum, quod hic nltimum positum est: Et in nomine eius gentes gumenta refellentur humana, quae contra praedicta ac promissa divina
sperabunt. Per hoc certe quod negari non potest, etiam illud credatur sapienter sibi miseri rodere videntur, et salubris fidei nutrimenta velut
quod impudenter negatur. Quis enim speraret, quod etiam hi qui nolunt falsa et ridenda contemnunt. Qui vero secundum Deum sapiunt, oninium
adhuc credere in Christum, iam nobiscum vident, et quoniam negare non quae incredibilia videntur hominibus, et tamen Scripturis sanctis, qua-
possunt, dentibus suis frement, et tabescunt? Quis, inquam, speraret rum iam veritas multis modis asserta est, continentur, máximum argu-
gentes in Christi nomine speraturas, quando tenebatur, ligabatur, cae- mentum tenent veracem Dei omnipotentiam, quem certum habent nullo
debatur, illudebatur, crucifigebatur; quando et ipsi discipuli spem perdi- modo in eis potuisse mentiri, et posse faceré quod impossibile est infideli.
derant, quam in illo babere iam coeperant? Quod tune vix unus Jatro
speravit in cruce, mine sperant gentes longe lateque diffusae; et ne in
aeternum moriantur, ipsa in qua ule mortuus est, cruce signantur.
5. Nullus igitur vel negat vel dubitat, per Iesum Christum tale quale
istis sacris Litteris praenuntiatur, futurum esse novissimum iudicium, nisi
qui eisdem Litteris, nescio qua incredibili animositate seu caecitate, non
credit, quam iam veritatem suam orbi demonstravere terrarum. In illo
,sí
M t . 17,1.2.
197
P s . 40,6.
NOIAS AI, UBRO XX 1537
NOTAS AL LIBRO XX Agustín va a hacer una exposición del mismo y hacer en su mayor parte
una refutación de esa errónea doctrina. Esto no quiere decir que su ex-
posición no quede manca, ya que él mismo al final nos dirá que aun no le
convence la explicación y que es personal.
[11] He aquí sus palabras en el sermón 259 (n.2): Octavas ergo iste
dies in fine saeculi novam vitam significat: septimus quietem futuram
sanctorum in hac térra. Regnabit enim Dominus in térra cum sanctis
suis, sicut dicunt Scripturae, quo nullus malus intrabit, separatam atque
purgatam ab omni contagione nequitiae: quam significant centum quin-
quaginta tres Mi pisces, de quibus iam, quantum memini, tractavimus.
[1] Esta es la doctrina general y corriente del Santo sobre la necesi- Como puede apreciarse aquí, parece defender el milenarismo, y es éste el
dad de la gracia. La gratia adiuvañs y la gratia sanans, en unión, van pasaje que rechaza en este capítulo.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


obrando en el alma su total perfeccionamiento. A este propósito vienen [12] El problema que se plantea es difícil, como toda la exposición
como anillo al dedo aquellas palabras del sermón 56 (n.7): Quia quod fit que ha venido haciendo del texto del Apocalipsis. Interpretado según su
a te, ipse facit in te. Numquam fit a te, quod non ipse facit in te. Sed mentalidad, si la persecución del anticristo ha de sobrevenir al final y si
aliquando facit in te, quod non fit a te: numquam autem aliquid fit a te, será antes del juicio, se pregunta: ¿Podrá convertirse alguno y abrazar
si non facit in te. la fe, que no había profesado en vida? La respuesta no es fácil darla.
[2] Estas son las objeciones corrientes que suele poner el mismo Agustín ensaya contestar en lo que sigue.
vulgo contra la providencia y la justicia de Dios. [13] Indudablemente, la gran confianza en los mártires estaba muy
[3] Según el texto de Migne, creemos que la traducción fiel es la arraigada en el corazón de los cristianos. De ello dan testimonio el culto
dada, y no la que leemos en Roys y Rozas. Sin duda siguiendo éste una que les rendía la primitiva Iglesia y el que luego, siguiendo esa costum-
lección distinta, ha traducido la palabra infantes en el párrafo siguiente, y bre, les ha rendido la Iglesia universal. Por otra parte, es tiernamente
así dice: «Que a los niños que fueran de importancia en el mundo, no conmovedor el dogma de la comunión de los santos, de los miembros del
les dejó la muerte lograrlo». cuerpo de Cristo, punto que Agustín da aquí por supuesto.
[4] Sin embargo, ya nos ha dado una larga lista de cosas que nos [14] Está muy conforme con la mentalidad agustiniana la clásica
permite ver nuestra poquedad de ingenio y la profundidad de los juicios distinción del cuerpo y del alma de la Iglesia. El pecador se separa del
de Dios. La razón última sería que los juicios de Dios son inescrutables; alma de la Iglesia, pero no del cuerpo.
pero, como la mente humana pide algo más y no se conforma con ello, [15] No estará de más hacer notar aquí el gran concepto que San
San Agustín va a entrar en una explicación racional de su género. Agustín tiene del martirio. El mártir es el campeón de la fe, de la verdad;
[5] Estas expresiones y estas apreciaciones han pasado luego a ser da la vida por el triunfo de esa misma verdad. Esta idea arrastraba a
patrimonio común de la teología católica, que en este punto ha avanzado Agustín como un peso desde los años de sus vaivenes de conciencia. En
muy poco desde entonces y que no ha sabido en mucbas ocasiones tener la primera parte de la obra ha comparado los mártires con los héroes del
la suficiente humildad, como su gran campeón Agustín, de confesar su paganismo, a los que superan en valor.
ignorancia y entregarse en los brazos del misterio.
[16] Cf. Serm. 241,2.
[6] Nunca es el hombre más grande que cuando está de rodillas, se [17] El argumento escueto y limpio, pudiéramos decir que está pre-
ha dicho. Y yo diría que nunca es más sabio que cuando confiesa su
sentado en forma escolástica. Suena así: La resurrección supone una
ignorancia. San Agustín se hace atrayente por eso, porque confiesa su
muerte; es decir, el levantarse supone una caída. Ahora bien, el alma es
propia ignorancia, porque tiene la suficiente humildad para decir, a des-
pecho de su gran ingenio, que desconoce muchas cosas. Saber someter la inmortal y no puede morir. Luego ha de morir el cuerpo, que es el otro
razón a la fe es la virtud cumbre del sabio, que es un santo, como del elemento de que consta el hombre. Por tanto, es el cuerpo el que ha de
hereje es rebelar la razón contra la fe, su mayor vicio. resucitar. Así cruda y duramente.
[7] Esta misma explicación de la profundidad y del simbolismo del [18] No es más que un principio de la cristología agustiniana. Lo
número doce se halla ampliada en la Enarratio in psalmum 49,9. llamaríamos el principio de unción, según el cual los hombres se hacen
[8] Esta carta está escrita el año 419 y la dirige con este encabeza- miembros de ese cuerpo por el crisma místico de que habla aquí.
miento : A Hesiquio, señor beatísimo, venerable y acepto hermano y [19] Los mártires daban testimonio abierto de que Cristo era Dios
coepíscopo, Agustín, salud en el Señor. Como se nos dice en este lugar, cuando, al mandarles sacrificar a los dioses, respondían que solamente
era obispo de Salona. debían sacrificar al Dios único y a Cristo. Así ocurrió, por ejemplo, con
[9] Estas palabras se han aducido con frecuencia para negar la sen- Santa Cristina, que, mandada sacrificar, contestó con estas admirables
tencia inmaculista en el pensamiento de San Agustín. En realidad, el si- palabras, recogidas por las actas: Numquam ego sacrificavi. nec sacrifico
lencio en este caso es muy sospechoso, si bien es cierto que puede tam- nisi uni Deo et Domino nostro lesu Christo Filio eius, qui natas est et
bién interpretarse como regla de prudencia, dado el ambiente en que se passus. Los paganos refundían esta fe en Cristo v ese culto en los após-
desarrollaba su actividad. El nemine prorsus excepto nos recuerda aquel toles, como puede verse en el 1.18 c.53 de esta obra, y en De consensu
otro lugar en que dice: De qua cum de peccatis agitur, nullam prorsus evangelistarum I 11-12.
habere voló quaestionem (De nat. et grat. 36,42). [20] Los getas eran un pueblo de Traqía. situados a la orilla del
[10] Este es el famoso pasaje que ha dado origen al milenarismo. Danubio.
f 4c rh na
1538 LA CIUDAD DE DIOS NOTAS AI, LIBRO XX 1539
[21] Los masagetas eran un pueblo escita que habitó cerca del mar sostenía con firmeza la eternidad del universo. Y a esto alude en este
Caspio. pasaje y en el citado.
[22] Esta interpretación puede verse en San Jerónimo (In Ez. c.38). [37] Véanse algunas, por ejemplo, en el capítulo 21 de este mismo
[23] Es el lugar que nosotros hoy llamamos limbo de los justos o libro XX.
seno de Abrahán. Agustín aún no tenía ideas claras sobre este punto, [38] El Santo quiere ver en este texto de Malaquías una alusión al
todavía hoy insoluble para la teología católica. Además, el limbo de los purgatorio y, por tanto, probar con él su existencia. Esto le hubiera so-
niños San Agustín lo niega en absoluto, pues no admite medio entre el lucionado muchos de sus conflictos en la interpretación de los anteriores.
cielo o el infierno. Pero al final del capítulo y de la exposición sacamos la impresión de que
[24] Es que San Juan era teólogo, y, buscado el principio generador su pensamiento no queda definido, aunque sí insinuado.
de toda su doctrina, se ha llegado al corazón del libro. Sin embargo, di- [39] De todas estas cuestiones habla maravillosamente San Jeróni-
remos que el Apocalipsis y su interpretación ha quebrantado ya muchos mo, interpretando también a Isaías, en la epístola 151, dirigida a Al-
ingenios y sigue siendo hoy más misterio que nunca; pues si ya en tiem- gasia (q.2).

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


po de San Agustín no estaban capacitados para entender los símbolos y las
figuras, hoy lo estamos menos. Porque es indudable que en tiempo del
autor entendían sus expresiones.
[25] El punto en cuestión se ve planteado en la segunda Epístola
de San Pedro. Y para darle solución recurre a esta conversión. Así es-
cribe en De Genesi ad litteram (III 2,2): Sed quia huius aéris humi-
dioris, in quo aves volitant, vel tota, vel prope tota spatia compleverat,
periisse qui fuerant cáelos in illa epístola scribitur. Quod nescio quemad-
modum possit intelligi, nisi in aquarum naturam pinguioris huius a'éris
qualitale conversa: alioquin non perierunt tune isti caeli, sed sublimius
erecti sunt, cum locum eorum aqua oceupaverat.
[26] Una vez más nos maravilla su confesión, sincera, digna del ge-
nio. No es racionalista, no. El busca hasta donde puede, y allí, a la puer-
ta del laberinto, deja la antorcha de la razón y se humilla. Sin embargo,
luego da unas conjeturas, pero no dice que sean auténticas y verdaderas.
[27] Así piensan San Jerónimo (In Dan. c.ll) y Sulpicio Severo en
su Historia 1.2 c.29.
[28] Así discurren Suetonio y Tácito.
[29] En la epístola 193, escrita a fines del 418 y dirigida a Merca-
tor, hace una larga exposición a todos los pasajes que viene explicando
en este libro. A ella remitimos a nuestros lectores, para no vernos obli-
gados a darles un conglomerado de ideas sin trabazón. Lo mismo puede
verse en De octo Dulcitii quaestionibus q.3.
[30] Cf. Epist. 205,2,14 y De oct. Dulc. quaest. q.3.
[31] No se nos oculta que el término desanimado significa alicaído,
sin esperanzas, derrotado; sin embargo, en su significación etimológica
creemos que es la palabra más fiel a la latina y la que mejor expresa el
pensamiento contenido en este punto. La conservamos en la traducción
más que nada para no vernos precisados a deshacer el pareado.
[32] Este es, ni más ni menos, el sabatismo de que nos habla al fi-
nal de la obra (1.22 c.30 n.5). He aquí sus maravillosas palabras: Ibi va-
cabimus, et videbimus; videbimus, et amabimus; amabimus. el laudabi-
mus. Ecce quod erit in fine sine fine.
[33] Agustín era plenamente consciente de su misión de padre y pas-
tor. Al sacerdote, como porción escogida del Señor, se le exige la santidad.
Esta es la que le constituye en tal, no el nombre, ni la raza, ni la carne.
Por tanto, pide del clérigo la consideración de su dignidad excelsa y su-
perior a sus merecimientos, y sobre todo la santidad, porque la dignidad
se le da, y la santidad ha de entregarla él a Dios.
[34] Así la Vulgata, pero la antigua, no la conocida hoy por tal
nombre.
[35] Cf. c.10. y Serm. 241.2.
[36] Cf. 1.19 c.23. Porfirio, y en general la escuela de Alejandría,
XXI, 2 EL INFIERNO, PIN DE LA CIUDAU 1'liRKKNA 1541

ta de todo dolor, en los santos. Este orden encaja perfecta-


LIBRO XXI mente dentro de la Escritura, la cual, si es verdad que a veces
comienza por la felicidad de los buenos, como a q u í : Los que
obraron bien, saldrán a resucitar para la vida, y los que mal,
a resucitar para ser condenados, no lo es menos que a veces la
pospone, como en este lugar: Enviará el Hijo del hombre a sus
ángeles y recogerán de su reino todos los escándalos y los arro-
jarán en el horno de fuego ardiendo. Allí será el llanto y el
crujir de dientes. Al mismo tiempo, los justos resplandecerán
Fin propio de la ciudad del diablo, o sea, suplicio eterno de los como el sol en el reino de su padre. Y en este otro: Así irán
condenados y argumentos para combatir la opinión de los éstos al eterno suplicio, y los justos, a la vida eterna. Y si nos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


incrédulos. fijamos en los profetas, topamos con que siguen bien un orden,
bien otro. Esto sería largo de probar, mas la razón del orden
elegido ya la he dado.
CAPITULO 1

OKDEN QUE H E M O S DE SECUIIi Y PORQUÉ BEL MISMO CAPITULO II

Habiendo llegado ya por Jesucristo nuestro Señor, juez ¿PUEDEN VIVIR PERPETUAMENTE LOS CUERPOS EN EL FUEGO?
de vivos y muertos, las dos ciudades, la de Dios y la del diablo,
a sus fines, debe tratarse con más esmero en este libro, con la ¿Qué diré para convencer a los incrédulos de que los cuer-
ayuda de Dios, sobre la naturaleza del suplicio que sufrirá el pos animados y vivientes pueden no sólo no ser aniquilados
demonio con todos sus secuaces. He decidido seguir este orden con la muerte, sino subsistir eternamente en medio de las lla-
para hablar en el libro siguiente de la felicidad de los santos. mas? Ellos no se allanan a que nuestra prueba se funda en la
En ambos estados el alma estará unida al cuerpo, y parece potencia del Omnipotente. Nos exigen que lo probemos con
más increíble que puedan subsistir los cuerpos en tormentos ejemplos. Les respondemos que hay animales corruptibles,
eternos que en una dicha eterna, libre de todo dolor. Y así, pues son mortales, que viven en medio del fuego, y que en las
la demostración de que esa pena no es increíble me facilitará
grandemente la prueba de la inmortalidad de los cuerpos, exen- litas corporum in sanctis futura credatur. Nec a divinis ordo iste abhorret
eloquiis, ubi aliquando quidem bonorum beatitudo prius ponitur, ut est
illud, Qui bona fecerunt, in resurrectionem vitae; qui autem mala ege-
runt, in resurrectionem iudicii1: sed aliquando et posterius, ut est, Mit-
LIBER XXI tet Filius hominis Angelos saos, et colligent de regno eius omnia scandala,
et mittent in caminum ignis ardentis, illie erit jletus et stridor dentium;
De fine debito civitads diaboli, supplicio scilicet damnatorum, sempiterno, tune iusti fulgebunt sicut sol in regno Patris sui2; et illud, Sic ibunt isti
deque humanis contra illud incredulorum. argumentis. in supplicium aeternum; iusti autem, in vitam aeternam 3. Et in Prophetis,
quod commemorare longum est, nunc ille, nunc iste ordo, si quis inspi-
CAPUT I ciat, invenitur. Sed ego istum qua causa elegerim, dixi.
D E OBDINE m s r t J T A T I O N I S , QUA PRIUS D I S S E B E N D U M EST DE PERPETUO SUP-
PI.TCIO DAMNATORUM CUM DtAROLO, QtlAM DE AETERNA KELICITATE SANCTORUM
CAPUT II

Cum per Iesum Christum Dominuní nostrum, iudicem vivorum arque A N P O S S I I V T CORPORA TN rjSTIONE IC.N'IS ESSE PERPETUA
raortuorum, ad débitos fines ambae pervenerint civitates, quarum una est
Dei, altera diaboli, cuiusmodi supplicium sit futurnm diaboli et omnium Quid igitur ostendam, unde convincantnr increduli, posse humana coi-
ad enm pertinentinm, in hoc libro nobis, quantum ope divina valebimus, pora animata atque viventia, non solum nunquam morte dissólvi, sed in
dilígentius disputandum est. Ideo autem hunc tenere ordinem malui, ut aeternorum quoque ignium durare tormentis? Nolunt enim hoc ad Om-
postea disseram de felicítate sanctorum, quoniam utrumque cum corpo- nipotenti8 nos referre potentiam, sed aliquo exemplo persuaden sibi fla-
ribus erit; et incredibilius videtur esse in aeternis corpora durare cru- gitant. Quibus si respondebimus, esse animaría profecto corruptibilia, quia
ciatibus, quam.sine dolore ullo in aeterna beatitudine permanere. Ac morralla, quae tamen fn mediis ignibus vivant: nonnullum etiam gemís
per hoc cum illam poenam non deberé esse incredibilem demonstravero, ' l o . 5,29. 3
I b i < l , 25,46.
adiuvabit me plurimum, ut multo facilius onmi carens molestia immorta- 2
Mt. 13,41-43.
1542 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 3,1 X X I , 3, 2 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1543
fuentes de a g u a c a l i e n t e , en l a s q u e es i m p o s i b l e m e t e r l a m a n o tido c o r p o r a l , d a t o de e x p e r i e n c i a . T o d o s , en efecto, s a b e n q u e
sin q u e m a r s e , se d a cierta clase de g u s a n o s , q u e n o s ó l o viven la c a r n e es m o r t a l . Y t o d a la p r u e b a se r e d u c e a d e c i r q u e lo
a l l í , sino q u e n o p u e d e n vivir f u e r a . q u e n o h a n e x p e r i m e n t a d o es i m p o s i b l e o n o existe [ 2 ] ,
L o s e n e m i g o s r e h u s a n c r e e r esto si n o p o d e m o s m o s t r a r l o , ¿ C ó m o el d o l o r v a a ser p r u e b a de l a m u e r t e , si es m á s b i e n
y, si se lo p r e s e n t a m o s o se lo p r o b a m o s con testigos auto- i n d i c i o de v i d a ? Se p u e d e p r e g u n t a r si p u e d e v i v i r s i e m p r e ,
r i z a d o s , p o r f í a n , con i d é n t i c a i n c r e d u l i d a d , q u e esto n o b a s - p e r o es cierto q u e t o d o el que siente d o l o r vive y q u e t o d o
ta p a r a i l u s t r a r el p u n t o en cuestión. Estos a n i m a l e s — d i c e n d o l o r n o p u e d e d a r s e sino en u n ser v i v i e n t e . E s n e c e s a r i o q u e
e l l o s — n i viven s i e m p r e , y viven sin d o l o r en el fuego, por- el q u e siente d o l o r v i v a , y el d o l o r n o c a u s a n e c e s a r i a m e n t e la
q u e a l l í v e g e t a n y n o son a t o r m e n t a d o s , y a q u e ese e l e m e n t o se m u e r t e , p o r q u e n o t o d o d o l o r m a t a n u e s t r o s c u e r p o s , q u e son
c o n f o r m a con su n a t u r a l e z a . ¡ C o m o si n o f u e r a m á s i n c r e í b l e mortales y que tienen que morir.
ser a l i m e n t a d o q u e ser a t o r m e n t a d o con t a l e s s e r e s ! E s m a r a -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


L o q u e h a c e q u e el d o l o r mate en el m u n d o es q u e el a l m a
villoso s e n t i r d o l o r en el fuego y vivir, p e r o es m á s m a r a v i l l o s o
está u n i d a al c u e r p o de t a l suerte q u e n o resiste g r a n d e s do-
vivir e n el fuego y n o sentir d o l o r . Si, p u e s , se cree esto ú l t i m o ,
l o r e s . E l l a se a l e j a , p o r q u e la t r a b a z ó n de m i e m b r o s y de po-
¿ p o r q u é n o se cree do p r i m e r o ? [ 1 ] .
t e n c i a s vitales es t a n d e l i c a d a , que n o p u e d e s o p o r t a r la fuerza
de u n d o l o r a g u d o . P e r o en el otro m u n d o el a l m a e s t a r á t a n
C A P I T U L O 111 u n i d a al c u e r p o , q u e esa u n i ó n n o p o d r á ser d i s u e l t a p o r el
c o r r e r del t i e m p o n i r o t a p o r d o l o r a l g u n o . P o r t a n t o , a u n q u e
es cierto q u e n o h a y c a r n e que p u e d a sufrir y n o p u e d a m o r i r ,
¿E.S LÓGICO DECIR QUE LA MUERTE DEL CUERPO SIGUE AL
con t o d o , la c a r n e en la otra vida será t a l c u a l n o es a h o r a ,
DOLOR CORPORAL?
c o m o la m u e r t e será diferente de la q u e c o n o c e m o s [ 3 ] . L a
1. — N o h a y c u e r p o a l g u n o — r e p l i c a n — q u e p u e d a sentir m u e r t e existirá, p e r o será eterna, c u a n d o el a l m a n o p o d r á n i
dolor y no pueda morir. vivir, p o r e s t a r s e p a r a d a d e Dios n i verse l i b r e de los d o l o r e s
— Y esto ¿ c ó m o lo s a b e m o s ? P o r q u e ¿ q u i é n p u e d e asegu- del c u e r p o p o r la m u e r t e . La m u e r t e p r i m e r a echa del c u e r p o
r a r q u e los d e m o n i o s sienten d o l o r en sus c u e r p o s , c u a n d o al a l m a c o n t r a la v o l u n t a d de ésta, y la m u e r t e s e g u n d a l a
ellos confiesan q u e son afligidos con g r a n d e s t o r m e n t o s ? r e t i e n e en el c u e r p o a u n contra la v o l u n t a d de e l l a . U n a y o t r a
Si se r e p l i c a q u e n o h a y c u e r p o a l g u n o s ó l i d o y p a l p a b l e , tienen de c o m ú n q u e el c u e r p o h a c e sufrir al a l m a lo que ésta
o, en u n a p a l a b r a , q u e n o h a y c a r n e q u e p u e d a s e n t i r d o l o r no q u i e r e .
y n o p u e d a m o r i r , n o se dice m á s q u e la a p r e c i a c i ó n del sen- 2. R e p a r a n , n o o b s t a n t e , estos n u e s t r o s c o n t r a d i c t o r e s en
vermium in aquarum calidarum scaturigine reperiri, quarum íervorem
nemo impune contrectat; illos autera non solum sine ulla sui laesione ibi su corporis homines et experientia collegerunt? Nullam namque carnem
esse, sed extra esse non posse: aut nolirht credere, si ostendere non vale- nisi mortalem sciunt: et haec est eorum tota ratio, ut quod experti non
mus; aut si valuerimus sive oculis demonstrare res ipsas, sive per testes sunt, nequáquam esse posse arbitrentur. Nam cuius rationis est dolorem
idóneos edocere, non satis hoc esse ad exemplum rei, de qua quaestio est, faceré mortis argumentum, cum vitae potius sit indicium? Etsi enim
eadem infidelitate contendent: quia haec animalia nec semper vivunt, et quaerimus, utrum semper possit vivere: certum tamen est vivere omne
in illis fervoribus sine doloribus vivunt, suae quippe naturae convenienti- quod dolet, doloremque omnem nisi in re vívente esse non posse. Necesse
bus vegetantur illis, non cruciantur elementis; quasi non incredibilius sit est ergo ut vivat dolens, non est necesse ut occidat dolor: quia nec cor-
vegetari, quam cruciari talibus rebus. Mirabile est enim, doleré in igni- pora ista mortalia, et utiqu'e montura, omnis dolor occidit; et ut dolor
bus, et tamen vivere: sed mirabilius, vivere in ignibus, nec doleré. Si aliquis possit occidere, illa causa est, quoniam sic est anima connexa
autem hoc creditur, cur non et illud? huic corpori, ut summis doloribus cedat, atque discedat: quoniam et ipsa
compago membrorum atque vitalium sic infirma est, ut eam vim quae
magnum vel summum dolorem facit, non valeat sustinere. Tune autem
CAPUT III tali corpori anima et eo connectitur modo, ut illud vinculum sicut milla
temporis longitudine solvitur, ita nullo dolore rumpatur. Proinde etiamsi
AN CONSEQUENS SIT tIT CORPOREUM DOLOREM SEQUATUR CARNIS INTERITUS caro nunc talis nulla est, quae sensum doloris perpeti possit, mortemque
non possit: erit tamen tune talis caro, qualis nunc non est; sicut talis erit
1. Sed nullum est, inquhmt, corpus quod doleré possit, nec possit et mors, qualis nunc non est. Non enim nulla, sed sempiterna mors erit,
mori. Et hoc unde scimus? Nam de corporibus quis certus est daemonum, quando nec vivere anima poterit Deum non habendo, nec doloribus cor-
utrum in eis doleant, quando se affligi magnis cruciatibus confitentur? poris carere moriendo. Prima mors animam nolentem pellit e corpore, se-
Quod si respondetur, terrenum corpus solidum scilicet atque conspicuum cunda mors animam nolentem tenet in corpore: ab utraque morte com-
nullum esse, atque ut uno potius nomine id explicem, nullam esse carnem muniter id habetur, ut quod non vult anima, de suo corpore patiatur.
quae doleré possit, morique non possit: quid aliud dicitur, nisi quod sen- 2. Attendunt autem isti contradictores nullam esse nunc carnem, quae
154* i W CIUDAD DE DIOS X X I , 3, 2 XXI, 3, 2 El, INFIERNO, FIN DE U CIUDAD TERRENA 1545

que ahora no existe carne alguna que pueda sufrir y no pueda Verdad es que los platónicos han pensado que el temor y el
morir, y no reparan en que existe algo superior que el cuerpo. deseo, el dolor y el gozo, traen su origen de los cuerpos terre-
El alma, que con su presencia hace vivir y gobierna el cuer- nos y de los miembros mortales [ 4 ] . Así dice Virgilio: «De
po, puede padecer y no puede morir. He aquí un ser que aquí (es decir, de los miembros mortales del cuerpo terreno)
siente el dolor y que es inmortal. Pues eso que ahora sucede en nuestros temores y nuestros deseos, nuestros dolores y nuestros
el alma de cada hombre, eso mismo sucederá en los cuerpos gozos». Mas en el libro XIV de esta obra les hemos probado
de los condenados. que las almas, aun las purificadas de toda mancha, conservan
Si nos fijamos con más detenimiento, eso que llamamos do- un deseo extraño de retornar a los cuerpos. Y donde es posible
lor del cuerpo es más bien dolor del alma. Es privativo del alma el deseo, es posible también, sin duda alguna, el dolor, porque
sentir el dolor, no del cuerpo, aunque la causa del dolor pro- el deseo frustrado, o que no ha logrado su intento o que, logra-
do, lo ha perdido, se torna en dolor. Por tanto, si el alma, que

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ceda del cuerpo, cuando siente dolor donde el cuerpo es lasti-
mado. Así como decimos cuerpos que sienten y cuerpos que vi- siente el dolor, sola o como principal, goza de una inmortali-
ven, aunque procedan del alma el sentido y la vida del cuerpo, dad propia de ella [ 5 ] , de que los cuerpos sufran no se sigue
así decimos cuerpos dolientes, aunque el cuerpo no puede sentir que puedan morir. Finalmente, si los cuerpos son causa de que
el dolor. El alma sufre con el cuerpo en el lugar del cuerpo en las almas sufran, ¿por qué pueden causarles dolor y no pueden
que se sitúa la causa del dolor. Y sufre también sola, aunque causarles la muerte sino porque no es lógico concluir que lo
esté en el cuerpo, cuando es una causa invisible la que la en- que causa dolor cause la muerte? ¿ P o r qué va a ser, pues, in-
tristece, estando sano el cuerpo. Y sufre, además, sin estar en creíble que este fuego pueda causar dolor a los cuerpos de los
el cuerpo, pues el rico sufría en los infiernos cuando decía: condenados y no la muerte, al igual que los cuerpos causan
Estoy atormentado en estas llamas. El cuerpo, en cambio, no dolor a las almas, sin obligarlas por eso a morir? Luego el
siente el dolor sin estar animado, y animado no lo siente sin el dolor no es un argumento decisivo para probar la muerte
alma. Si, pues, el dolor fuese argumento de la muerte, diciendo futura [ 6 ] .
que es posible la muerte porque fué posible el dolor, el morir
sería más propio del alma, pues es privativo de ella sentir el
dolor. Ahora bien, como ella, que es más capaz de dolor, no esse animae et metuerc, et cupere, et doleré, atque gaudere. Unde Virgí-
puede morir, ¿cómo deducir que los cuerpos de los condenados lius, «Hiñe, inquit (id est, ex moribundis terreni corporis membris), me-
tnunt cupiuntque, dolent gaudentque»". Sed convicimus eos in quarto
morirán porque sufren agudos dolores? décimo huius operis libro, habere animas secundum ipsos ab omni etiam
corporis labe purgatas, diram cupiditatem, qua rursus incipiunt in corpora
dolorem pati possit, mortemque non possit; et non attendunt esse tamen velle revertí °. Ubi autem potest esse cupiditas, prefecto etiam dolor
aliquid tale quod corpore maius sit. Ipse quippe animus, cuius praesentia potest. Frustrata quippe cupiditas sive non perveniendo quo tendebat, sive
corpus vivit et regitur, et dolorem pati potest, et mori non potest. Ecce amittendo quo pervenerat, vertitur in dolorem. Quapropter si anima, quae
inventa res est, quae cum sensum doloris habeat, immortalis est. Hoc igi- vel sola vel máxime dolet, habet tamen quamdam pro suo modo immortali-
tur erit tune etiam in corporibus damnatorum, quod nunc esse scimus in tatem suam, non ideo mori poterunt illa corpora, quia dolebunt. Postremo
animis omnium. Si autem consideremus düigentius, dolor qui dicitur cor- si corpora faciunt, ut animae doleant, cur eis dolorem possunt, mortem
poris, magis ad animam pertinet. Animae enim est doleré, non corporis, vero inferre non possunt, nisi quia consequens non est, ut mortem faciat,
etiam quando ei dolendi causa existit a corpore, cum in eo loco dolet, quod dolorem facit? Cur ergo jncredibile est, ita ignes illis corporibus
ubi laeditur corpus. Sicut ergo dicimus corpora sentientia, et corpora vi- dolorem posse inferre, non mortem, sicut ipsa corpora doleré animas fa-
ventia, cum ab anima sit corpori sensus et vita; ita et corpora dicimus ciunt, quas tamen non ideo mori cogunt? Non est ergo necessarium futu-
dolentia, cum dolor corpori nisi ab anima esse non possit. Dolet itaque rae mortis argumentum dolor.
anima cum corpore in eo loco eius, ubi aliquid contingit ut doleat. Dolet
et sola, quamvis sit in corpore, cum aliqua causa etiam invisibili tristis * Antcid. 1.6 v.733
ft
íhid., v."ZQ-fzx.
est ipsa corpore incolumi. Dolet etiam non in corpore constituía: nam
utique dolebat dives ille apud inferos, quando dicebat, Crucior in hac
/lamina 1 . Corpus autem nec exanime dolet, nec animatum sine anima
dolet. Si ergo a dolore argumentum recte sumeretur ad mortem, ut ideo
mors possit accidere, quia potuit accidere et dolor, magis ad animam per-
tineret mori, ad quam magis pertinet et doleré. Cum vero illa quae magis
doleré potest, non possit mori, quid momenti affert cur illa corpora, quo-
niam futura sunt in doloribus, ideo etiam montura esse credamus? Di-
xerunt quidem Platonici, ex terrenis corporibus moribundisque membris
4
Le. i«,3i).
1546 I,A CIUDAD DE D I O S XXI, 4 , 1 XXI, 4,3 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1547

t a b a u n p o c o m á s seca y m á s e n c o g i d a [ 7 ] . ¿ Q u i é n d i o a l a
C A P I T U L O IV p a j a ser t a n fría, q u e c o n s e r v a la nieve p u e s t a en e l l a , y t a n
caliente, que m a d u r a las frutas verdes?
EJEMPLOS TOMADOS DE LA N A T U R A L E Z A A F A V O R DE LA TESIS 2. ¿ Q u i é n será c a p a z de e x p l i c a r las m a r a v i l l a s del fuego ?
T o d o l o q u e q u e m a lo e n n e g r e c e , y él q u e d a b r i l l a n t e , y c u a n t o
1. Si, c o m o h a n escrito los m á s a f a m a d o s n a t u r a l i s t a s , la l a m e su l l a m a , p o r b e l l o q u e sea su color, lo d e c o l o r a y, de
s a l a m a n d r a vive en el f u e g o ; si ciertos m o n t e s c é l e b r e s de Si- b r a s a r e s p l a n d e c i e n t e , lo t o r n a en n e g r í s i m o c a r b ó n . E s t e efecto
cilia, q u e subsisten í n t e g r o s d e s p u é s d e t a n t o s siglos en m e d i o n o es r e g u l a r en él, p u e s l a s p i e d r a s c o c i d a s al fuego e m b l a n -
de v o r a c e s l l a m a s , son u n a p r u e b a suficiente de q u e n o t o d o lo q u e c e n , y c u a n t o m á s e n r o j e z c a el fuego, t a n t o m á s b l a n q u e a n
q u e a r d e se c o n s u m e ; y si, a d e m á s , el a l m a h a c e v e r q u e n o e l l a s , a u n q u e el b l a n c o se a j u s t a a la luz c o m o el n e g r o a las

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


t o d o lo q u e es s u s c e p t i b l e de d o l o r lo es t a m b i é n de m u e r t e , t i n i e b l a s . M a s de q u e el fuego q u e m e l a l e ñ a y c a l c i n e l a s pie-
¿ a q u é se n o s p i d e n a ú n e j e m p l o s q u e p r u e b e n q u e n o es in- d r a s , n o se sigue q u e estos efectos c o n t r a r i o s se p r o d u z c a n en
c r e í b l e q u e los c u e r p o s de los h o m b r e s c o n d e n a d o s a u n s u p l i c i o e l e m e n t o s c o n t r a r i o s . P o r q u e , si b i e n es cierto q u e l a s p i e d r a s
e t e r n o c o n s e r v e n su a l m a e n t r e l a s l l a m a s , a r d e n sin consu- y la l e ñ a son e l e m e n t o s diferentes, con t o d o , n o son c o n t r a r i o s ,
m i r s e y sienten d o l o r sin m o r i r ? L a s u b s t a n c i a de la c a r n e c o m o l o b l a n c o y. l o n e g r o . Y , n o o b s t a n t e , el b l a n c o es p r o d u -
r e c i b i r á e n t o n c e s esta n u e v a p r o p i e d a d de A q u e l q u e h a d a d o c i d o en las p i e d r a s , y el n e g r o en la leña, o b r a n d o en a q u é l l a s
a o t r o s seres p r o p i e d a d e s t a n m a r a v i l l o s a s , q u e , p o r ser t a n t a s , c l a r i d a d y e n ésta s o m b r a el m i s m o fuego q u e n o o b r a r í a en la
ya n o n o s e x t r a ñ a n . p i e d r a si n o lo a l i m e n t a r a la l e ñ a .
¿ Q u i é n s i n o D i o s , el C r e a d o r de t o d o s los seres, h a d a d o a ¿ Q u é d i r é del c a r b ó n ? ¿ N o es m a r a v i l l a q u e sea t a n frágil,
l a c a r n e del p a v o r e a l n o c o r r o m p e r s e d e s p u é s de l a m u e r t e ? q u e el m e n o r g o l p e lo q u i e b r a , y t a n d u r o , q u e n i la h u m e d a d
Esto, a p r i m e r a vista, p a r e c e i n c r e í b l e . P e r o u n día, en C a r t a g o , l o c o r r o m p e ni el t i e m p o l o d e s t r u y e ? P o r e s o , l o s q u e p o n e n
se n o s sirvió u n p l a t o de esta a v e . T o m é u n p o c o de su pechu- m o j o n e s , o l í n e a s d i v i s o r i a s , e n t i e r r a n de o r d i n a r i o c a r b ó n p a r a
ga, de c a r n e y a m a g r a , y lo m a n d é g u a r d a r . A l c a b o de u n q u e sirva d e p r u e b a al l i t i g a n t e , sea q u i e n fuere, q u e d e s p u é s
t i e m p o suficiente p a r a c o r r o m p e r s e c u a l q u i e r a o t r a c a r n e co- de a ñ o s se p r e s e n t e a d e f e n d e r q u e la p i e d r a fijada n o es el lí-
cida, se m e ofreció y n o ofendía a ú n al olfato. U n m e s d e s p u é s m i t e . ¿ Q u i é n h a p o d i d o p r e s e r v a r los c a r b o n e s de la i n c o r r u p -
lo vi en el m i s m o e s t a d o . Y d e s p u é s de u n a ñ o , s o l a m e n t e es- ción en u n a t i e r r a en q u e la m a d e r a se, p u d r e sino el fuego, que
lodo lo c o r r o m p e ?
3 . C o n s i d e r e m o s a h o r a los m i l a g r o s de la cal. Sin r e p e t i r
CAPUT IV
aliquantum corpulentiae siccioris et contractioris fuit. Quis paleae dedit
DE NATURALIBUS EXEMPLIS, QUORUM CONSIDERATIO DOCEAT POSSE ÍNTER vel tam frigidam vim, ut obrutas nives servet; vel tam fervidam, ut poma
,CRUCIATUS VIVENTIA CORPORA PERMANERE immatura maturet?
2. De ipso igne mira quis explicet, quo quaeque adusta nigrescunt,
1. Quapropter si, ut scripserunt qui naturas animalium curiosius in- cum ipse sit lucidus; et pene omnia quae ambit et lambit, colore pul-
dagarunt, salamandra in ignibus vivit; et quídam notissimi Siciliae. mon- cherrimus decolorat, atque ex pruna fulgida carbonem teterrimum red-
tes, qui tanta diuturnitate temporis atque vetustate usque nunc ac dein- dit? Ñeque id quasi regulariter definitum est: nam e contrario lapides
ceps flammis aestuant, atque integri perseverant, satis idonei testes sunt, igne candente percocti, et ipsi fiunt candidi, et quamvis ille magis ru-
non omne quod ardet absumi; et anima indicat, non omne quod doleré beat, illi albicent, congruit tamen lucí quod álbum est, sicut nigrum te-
potest, posse etiam mori: quid adhuc a nobis rerum poscuntur exempla, nebris. Cum itaque ignis in lignis ardeat, ut lapides coquat, contrarios ha-
quibus doceamus, non esse incredibile, ut hominum corpora sempiterno bet non in contrariis rebus effectus. Etsi enim lapides et ligna diversa
supplicio punitorum, et in igne animam non amittant, et sine detrimento sunt; contraria tamen non sunt, sicut álbum et nigrum, quorum in lapi-
ardeant, et sine interitu doleant? Habebit enim tune istam carnis substan- dibus unum facit, alterum in lignis, clarus illos clarificans, haec obftis-
tia qualítatem ab illo índitam, qui tam miras et varias tot rebus indídit, cans; cum in illis deficeret, nisi in istis viveret. Quid in carbonibu?,
quas videnvus, ut eas, quia multae sunt, non miremur. Quis enim nisi nonne miranda est et tanta infirmitas, ut ictu levissimo frangantur, pressu
Deus creator omnium dedit carni pavonis mortui ne putresceret? Quod facillimo conterantur; et tanta firmitas, ut nullo humore corrumpantur,
cum auditum incredibile videretur, evenit ut apud Carthaginem nobis nulla aetate vincantur, visque adeo ut eos substemere soleant, qui limites
cocta apponeretur haec avis: de cuius pectore pulparum, quantum visum figunt, ad convincendum litigatorem, quisquís post quantalibet témpora
est, decerptum servari iussimus: quod post dierum tantum spatium, quan- exstiterit, fixumque lapidem limitem non esse contenderit? Quis eos in
to alia caro quaecumque cocta putresceret, prolatum atque oblatum, nihil térra húmida infossos, ubi ligna putrescerent, tam diu durare incorrupti-
nostrum offendit olfactum. Itemque repositum post dies amplius quam biliter posse, nisi rerum ille corruptor ignis effecit?
triginta, ídem quod erat inventum est: idemque post annum, nisi quod
3. Intueamur etiam miraculum calcis, excepto eo, de quo iam satis
1948 - LA CIUDAD I)K DIOS XXI, 4,4 X X I , 4, 4 KL INKIKKNO, FIN DE LA CIUDAD TEKKKNA 1549
lo que ya he dicho, que se torna blanca con el fuego, que en- cosa, a excepción de la sangre de macho cabrío. Los que la
negrece las demás cosas, es de notar que oculta en su inti- poseen y la conocen, ¿la admiran acaso como aquellos a quie-
mitad un fuego procedente del fuego y, siendo piedra fría, lo nes se. les muestra su virtud por primera vez? Los que no la
conserva allí tan oculto, que el sentido no lo aprecia, pero la han visto experimentalmente, quizá no lo creen o, si lo creen,
experiencia nos dice que, aunque no lo vemos, está allí como lo admiran por desconocido. Hacen ellos la experiencia, y al
dormido. Por eso la llamamos cal viva, como si el fuego que principio les maravilla por lo insólito, pero la asiduidad les va
oculta fuera el alma invisible de ese cuerpo visible. ¿Qué tiene, restando insensiblemente el incentivo a su admiración.
pues, de particular que se encienda cuando se apaga? Para Sabemos que el imán es un estupendo raptor del hierro. La
privarla del fuego oculto, se infunde en agua o se le echa agua primera vez que lo vi quedé realmente estupefacto. Veía un
encima y ella hierve con agua fría, que suele enfriar lo calien- anillo de hierro levantado por la piedra imán, y luego, como
te. La cal, que parece expirar al alejarse el fuego que ocultaba, si comunicara su fuerza al hierro, este anillo se asió a otro y lo

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


aparece y después se torna tan fría por esa especie de muerte, levantó, y este otro se unió a un tercero, como el primero a la
que el agua ya no la hace arder. Entonces, en lugar de llamarla piedra. Acercaron un tercero y un cuarto, y quedaba ya colgan-
cal viva, la llamamos cal apagada. do como una cadena de anillos trabados unos con otros, sin
¿Puede añadirse algo a cosa tan extraña? Sí; aún hay más. estar interiormente enlazados. ¿Quién no se pasmará de la vir-
Si en lugar de agua echamos aceite, que es mejor alimento para tud de esta piedra, virtud que no estaba sólo en ella, sino que
el fuego, no hierve por más que echemos. Estoy seguro que, pasaba de anillo en anillo y unía unos con otros con lazos in-
si esto lo leyéramos o lo oyéramos contar de alguna piedra visibles? Pero es mucho más sorprendente lo que me contó mi
de la India y no se pudiera hacer de hecho la experiencia, o lo hermano y compañero en el episcopado Severo de Milevi. Co-
tendríamos por embuste o nos sorprendería grandemente. Y es- miendo un día en casa de Batanario—decía él—, en otro tiempo
tas cosas que hieren a diario nuestros ojos, se envilecen no por conde de África, vio que, puesta una piedra imán debajo de un
ser menos maravillosas, sino por ser muy corrientes, como su- plato de plata y encima del plato un trozo de hierro, comunicó
cede con ciertas rarezas de la India que, traídas de los confines al hierro todos los movimientos que su mano imprimía al imán
del orbe, han cesado ya de admirarnos desde que las hemos y le hacía ir y venir a su antojo, sin que el plato de plata reci-
podido admirar a placer. biera impresión alguna.
4. Muchos entre nosotros tienen la-piedra diamante, y so- He contado lo que yo mismo he visto o lo que he oído refe-
bre todo los aurífices y los lapidarios. Se cuenta que esta piedra rir a una persona cuyo testimonio es para mí tan cierto como
no puede ser cortada ni con hierro, ni con fuego, ni con otra si yo viera el hecho. Ahora voy a concretarme a lo que he leído
diximus, quod igne candicat, quo alia tetra redduntur, etiam occultissime verunt, numquid ita mirantur, ut lii quibus primum potentia eius osten-
ab igne ignem concipit, eumque iam gleba tangentibus frígida tam la- ditur? Quibus autem non ostenditur, fortasse nec credunt; aut si credunt,
tenter servat, ut nulli nostro sensui prorsus appareat, sed compertus ex- inexperta mirantur; et si contigerit experiri, adhuc quidem mirantur
perimento, etianí dum non apparet, sciatur inesse sopítus. Propter quod insólita, sed assiduitas experiendi paulatim subtrahit admirationis incita-
eam vivam calcem loquimur, velut ipse ignis latens anima sit invisibilis mentum. Magnetem lapidem novimus mirabilem ferri esse raptorem: quod
visibilís corporis. Iam vero quam mirum est quod cum exstinguitur, tune cumprimum vidi, vehementer inhorrui. Quippe cernebam a lapide ferreum
accenditur? Ut enim ocoulto igne careat, aqua infunditur, aquave per- annulum raptum atque suspensum; deinde tanquam ferro quod rapuerat,
funditur; et cum ante sit frígida, inde fervescit, unde ferventia cuneta vim dedisset suam, communemque fecisset, Ídem annulus admotus est al-
frigescunt. Velut exspirante ergo illa gleba discedens ignis, qui latebat, teri, eumque suspendit, atque ut ílle prior lapidi, sic alter annulus priori
apparet, ac deinde tanquam morte sic frígida est, ut adiecta unda non annulo cohaerebat: accessit eodem modo tertius, accessit et quartus, iam-
sit arsura, et quam calcem vocabamus vivam, vocemus exstinctam. Quid que sibi per mutua circulis nexis, non implicatoríim intrinsecus, sed ex-
est quod huic miraculo addi posse videatur? et tamen additur. Nam si trinsecus adhaerentium, quasi catena pependerat annulorum. Quis istam
non adhibeas aquam, sed oleum, quod magis fomes est ignis, nulla eius vim lapidis non stuperet, quae illi non solum inerat, verum etiam per tot
perfusione vel infusione fervescit. Hoc miraculum si de aliquo Indico la- suspensa transibat, et invisibilibus ea vinculis subligabat? Sed multo est
pide legeremus, sive audiremus, et in nostrum experimentum venire non mirabilius, quod a fratre et coepiscopo meo Severo Milevitano de isto
posset, profecto aut mendacíum putaremus, aut certe granditer miraremur. lapide comperi. Se ipsum namque vidisse narravit, quemadmodum Batha-
Quarum vero rerum ante oculos nostros quotidiana documenta versantur, narius quondam Comes Africae, cum apud eum convivaretur Episnopus,
non genere minus mirabili, sed ipsa assiduitate vilescunt, ita ut ex ipsa eumdem protulerit lapidem et tenuerit sub argento, ferrumque super ar-
India, quae remota est pars orbis a nobis, desierimus nonnulla mirari, gentum posuerit; deinde sicut subter movebat manum, qua lapidem te-
quae ad nos potuerunt miranda perduci. nebat, ita ferrum desuper movebatur, atque argento medio nibilque pa-
4. Adamantem lapidem multi apud nos habent, et máxime aurífices tiente, concitatissimo cursu ac recursu infra lapis ab homine, supra ferrum
¡nsignitoresque gemmarum, qui lapis nec ferro, nec igni, nec alia vi ulla, rapiebatur a lapide. Dixi quod ipse conspexi, dixi quod ab alio audivi,
perbibetur praeter hlrcino sanguine vinci. Sed qui eum habent atque no- cu i tanquam ipse viderím credidi. Quid etiam de isto magnete legerim
1550 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 5, i X X I , 5, 2 KI, INFIERNO, EIN DE I,A CIUDAD TERRENA 1551

sobre la piedra imán. Cuando se coloca diamante junto a ella comprobación está en mano de cualquiera que pueda y quiera,
no atrae al hierro, y si ya lo había atraído, lo suelta y lo deja en los lugares en que se realizan [8J.
caer. Estas piedras vienen de la India; pero, si dejamos de ad- Cuentan que la sal de Agrigento, en Sicilia, se deshace en
mirarlas porque nos son conocidas, ¿qué harán los pueblos que el fuego como en agua y que, en cambio, en agua crepita
nos las envían, para quienes es tan fácil adquirirlas? Quizá sea como al fuego. Entre los garamantes [9] hay una fuente tan
para ellos tan común como lo es la cal para nosotros, que la fría de día, que es imposible beber de ella, y tan caliente de
vemos, y sin extrañarnos, hervir por la acción del agua, que noche, que no se la puede tocar. En Epiro hay otra en la que,
apaga el fuego, y no inflamarse bajo la acción del aceite, que como en las demás, las antorchas encendidas se apagan; pero,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


acrece la llama. Esto se debe a que la hallamos a cada paso. no como en las demás, las apagadas se encienden. En Arcadia
existe una piedra que, una vez encendida, ya no es posible apa-
garla, y por eso se llama asbesto [ 1 0 ] . En Egipto, el tronco
C A P I T U L O V de cierta clase de higueras no sobrenada en el agua, como los
demás troncos, sino que va al fondo, y, lo que es más extraño,
FlNITUD Y LIMITACIÓN DE LA RAZÓN HUMANA pasado algún tiempo en el fondo, emerge de nuevo a la super-
ficie, aunque lo razonable sería que, empapado de agua, fuera
1. Y, sin embargo, cuando hablamos a los infieles de los más pesado. En los alrededores de Sodoma se producen cier-
milagros de Dios, pasados o futuros, que no podemos presentar tos frutos que parecen ya maduros; pero, palpados con el
a su experiencia, nos piden razón de los mismos. Y como no diente o con la mano, se les rompe la corteza y se deshacen
podemos dársela (pues exceden la capacidad de la razón hu- en humo y ceniza. En Persia hay una piedra por nombre
mana), piensan que lo que decimos es falso. ¡Que nos den ellos pirita, así llamada porque, si se la aprieta fuertemente, quema
razón de tantas maravillas como existen o siquiera de las que la mano, y otra llamada selenites, cuyo resplandor interior cre-
podemos ser testigos! Si confiesan que esto es imposible al ce y decrece con la luna. Las yeguas de Capadocia son fecunda-
hombre, deben convenir en que no hay lógica al decir que, por- das por el viento, y sus crías no viven más de tres años. En la
que no puede darse razón de una cosa, no ha existido o no exis- India, el suelo de la isla de Tilos es preferido a todos los de-
te, ya que de hecho existen cosas de las que es imposible dar más, porque los árboles que crecen en él nunca pierden la hoja,
razón. Sin hacer una relación exhaustiva del sinfín de hechos 2. De estas y de otras mil maravillas que contiene la his-
que la historia recoge, voy a concretarme a los actuales, cuva toria, y no de cosas pasadas, sino actualmente existentes, que
a mí, que persigo otra finalidad en la obra, se me haría dema-
dicam. Quando iúxta eum ponitur adamas, non rapit íerrum; et si iam siado largo referir, den razón, si pueden, estos infieles que se
rapuerat, ut ei appropinquaverit, mox remittit. India mittit hos lapides:
sed si eos nos cognitos iam desistimus admiran, quanto niagis illi a quibus
veniunt, si eos íacillimos habent, sic forsitan habent ut nos calcem, quaní pauca commemoro. Agrigentinum Siciliae salem perhibent: cum fuerit
miro modo aqua fervescentem, qua solet ignis exstingui, et oleo non fer- admotus igni, velut in aqua fluescere; cum vero ipsi aquae, velut in igne
vescentem, qno solet ignis accendi, quia in prompfu nobis est. non mi- crepitare. Apud Garamantas quemdam fontem tam frigidum diebus, ut
ramur? non bibatur; tam fervidum noctibus, ut non tangatur. In Epiro alium
fontem, in quo faces, ut in caeteris, exstinguuntur accerisae; sed, non ut
CAPUT V in caeteris, accenduntur exstinctae. Asbeston Arcadiae lapidem propterea
sic vocari, quod accensus semel iam non possit exstingui. Lignum cuius-
QüANTA SINT QUORUM RATIO NE.QUEAT ACNOSCI, ET TAMEN EADEM VERA dam ficus Aegyptiae, non ut ligna caetera in aquis natare, sed mergi;
ESSE NON SIT AMEIGUUM et quod est mirabilius, cum in imo aliquandiu fuerit, inde ad aquae su-
perficiem rursus emergeré, quando madefactum debuit htimoris pondere
1. Verumtamen homines infideles, qui cura divina vel praeterita vel praegravari. Poma in térra Sodomorum gigni quidem, et ad maturitatis
futura miracula praedicamus, quae illis experienda non valemus ostendere, faciem pervenire; sed morsu pressuve tentata, in fumum ac favillam corio
rationem a nobis earum flagitant rerum; quam quoniam non possumus fatiscente vanescere. Pyritem lapidem Persicum tenentis. manum, si vehe-
reddere (excedunt enim vires mentis humanae), existimant falsa esse quae mentius prematur, adurere, propter quod ab igne nomen accepit. In eadem
dicimus; ipsi de tot mirabilibus rebus, quas vel videre possumus, vel vi- Perside gigni etiam lapidem Selenitem, cuius interiorem candorem cum
demus, debent ieddere rationem. Quod si fieri ab homine non posse per- luna crescere atque deficere. In Cappadocia etiam vento equas concipere,
viderint, fatendum est eis, non ideo aliquid non fuisse, vel futurum non eosdemque fetus non amplius triennio vivere. Tylon Indiae insulam eo
esse, qúia ratio inde non potest reddi; quandoquidem sunt ista de quibus praeferri caeteris terris, quod omnis arbor quae in ea gignitur, nunquam
similiter non potest. Non itaque pergo per plurima quae mandata sunt nudatur tegmine foliorum.
Utteris, non gesta atque transacta, sed in locis quibusque manentia; quo
si quisquam iré voluerit et potuerit, utrum vera sint, explorabit, sed 2. De his atque alus innumerabilibus mirabilibus, quae historia non
factorum et transactorum, sed manentium locorum tenet, mihi autem aliud
1552 LA CIUDAD Dli D I O S XpCI, 5, 2
X X I , 6, 1 El, I N F I E R N O , PIN DE I,A CIUDAD TERRENA 1553
niegan a creer a las divinas Letras pretextando que no son divi-
nas porque contienen cosas increíbles. Y esto es lo que tratamos incierto su querer y que es certísimo que para El no es imposi-
precisamente. ble nada de cuanto quisiere. Le damos fe al decirnos esto, por-
•—No hay razón—dicen ellos—que haga comprender que la que no podemos creer que sea impotente o mentiroso. ¿Qué
carne arda sin consumirse y sufra sin morir. responden, empero, estos censores de la fe y delegados de la
¡Estos grandes pensadores que son capaces de dar razón de razón cuando les pedimos cuenta de las maravillas que real-
todas las maravillas del mundo, den siquiera razón de estas mente existen y que la razón no puede comprender, pues pa-
pocas que he apuntado! No dudo que, si la existencia de esos recen contrarías a la naturaleza de los seres? Si decimos que
hechos fuera desconocida y les dijéramos que han de suceder un éstas sucederán, los infieles nos pedirían también razón de ellas,
día, prestarían menos fe a eso que a las penas futuras que les como nos hacen con las penas del juicio. En conclusión, como
anunciamos. ¿Quién de ellos nos creería si, en lugar de decir la razón humana desfallece y faltan las palabras ante tales
que los cuerpos de los condenados vivirán y sufrirán eterna- obras de Dios, y no por eso dejan de existir, las penas que

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mente entre llamas, dijéramos que en el mundo venidero habrá anunciamos, no porque el hombre sea incapaz de comprender-
sal de tal calidad que se derretirá en fuego como en agua y las, dejarán de existir [ 1 1 ] .
crepitará en agua como en fuego? ¿Quién nos creería si dijéra-
mos que habrá una fuente cuya agua en la frescura de la noche
CAPITULO VI
abrasa y en los calores del día hiela, o que habrá una piedra
que quema al apretarla y otra que, encendida, ya no puede ser
NO TODOS LOS MILAGROS SON NATURALES
apagada, y demás cosas que tuve a bien referir, prescindiendo
de muchas otras? Si anunciáramos estas maravillas para el si- 1. Quizá respondan ahora:
glo futuro, los incrédulos nos responderían: Si queréis que las —Esas cosas no existen y no las creemos. Cuanto se dice
creamos, dadnos razón de cada una en particular. Y nosotros y cuanto se cuenta de ellas son puras falsedades.
nos veríamos obligados a confesar nuestra impotencia y la li- Y añaden un raciocinio:
mitación de la inteligencia humana para profundizar en estas —Si deben creerse esos hechos, creed vosotros, por ejem-
maravillas de Dios. Sin embargo, abrigamos el firme convenci- plo, lo que dicen los autores nuestros: que ha habido o hay un
miento de que el Omnipotente no hace nada sin razón, aunque templo de Venus, donde se ve un candelero y en él una vela
el pobre intelecto humano sea incapaz de dar razón de ello. que luce al aire libre y que no la apagan ni los vientos ni las
Estamos, además, convencidos de que en muchas cosas nos es
mus rationem non potest reddere: et in multis quidem rebus incertum
agenti ea persequi nimis longum est, reddant rationem, si possunt, infi- nobis esse quid velit; illud tamen esse certissimum, nihil eorum illi esse
deles isti, qui nolunt divinis Litteris credere; quid aliud quam non pu- impossibile, quaecumque voluerit: eique nos credere praedicenti, quem
tantes eas esse divinas, eo quod res habeant incredibiles, sicuti hoc esl ñeque impotentem, ñeque mentientem possumus credere. Hi tamen fidei
unde nunc agimus. Non enim admittit, inquiunt, ulla ratio, ut caro ardeat, reprehensores, exactoresque rationis, quid ab ista respondent, de quibus
nec absumatur; doleat, ñeque moriatur: ratiocinatores videlicet magni, qui ratio reddi ab homine non potest, et tamen sunt, et ipsi rationi naturae
de ómnibus rebus quas esse mirabiles constat, possint reddere rationem. videntur esse contraria? Quae si futura esse diceremus, similiter a nobis,
Reddant ergo de his, quae pauca posuimus, quae procul dubio si esse sicut eorum quae futura esse dicimus, ab infidelibus ratio posceretur. Ac
nescirent, et ea futura esse diceremus, multo minus crederent, quam quod per hoc, eum in talibus operibus Dei deficiat ratio cordis et sermonia
nunc dicentibus nobis nolunt credere aliquando venturum. Quis enim humani, sicut ista non ideo non sunt, sic non ideo etiam illa non erunt,
eorum nobis crederet, si, quemadmodum dicimus futura hominum viva quoniam ratio de utrisque ab homine non potest reddi.
corpora, quae semper arsura atque dolitura, nec tamen aliquando moritura
sint, ita diceremus in futuro saeculo futurum salem, quem faceret ignis
velut in aqua fluescere, eumdemque faceret aqua velut in igne crepitare; CAPUT VI
aut futurum fontem, cuius aqua in refrigerio noctis sic ardeat, ut non
possit tangi; in aestibus vero diei sic algeat, ut bibi non possit; aut fu- QcjOD NON OMNIA MIRACTJLA NATURALIA SINT, SED PLERAQL'E HUMANO INGENIO
turum lapidem, vel eum qui suo calore manum constringentis adureret, MODIFICATA, PI.ERAQUE AÜTEM DAF.MONÜM ARTE COMPOSITA
vel eum qui undecumque arwensus exstingui omnino non posset, et caetera
quae praetermissis alus innumeris commemoranda interim duxi? Haeo ergo 1, Hic forte respondeant, Prorsus nec ista sunt, nec ista credimus,
in il]o saeculo, quod futurum est, si diceremus futura, nobisque increduli falsa de his dicta, falsa conscripta sunt; et adiiciant ratiocinantes, atque
responderent, Si vultis ut ea credamus, de singulis reddite rationem: no<< dicentes, Si talia credenda sunt, credite et vos quod in easdem Hueras est
non posse confiteremur, eo quod istis et similibus Dei miris operibus in- relatum, fuisse vel esse quoddam Veneris fanum, atque ibi candelabrum,
firma mortalium ratiocinatio vinceretur; fixam tamen apud nos esse ratio- et in eo lucernam sub divo sic ardentem, ut eam nulla tempestas, nulltis
nem, non sinc ratione Omnipotentein faceré, unde animus biimanns infir- imber exstingueret, unde sicut ille lapis, ita ista Aúxvos SCTPECTTOS, id est,
lucerna inexstinguibilis, nomínala est, Quod propterea potenmt dicere,
1554 I.A CIUDAD DE Dros X X I , 6, j
X X I , 6, 2 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1555
l l u v i a s . P o r eso r e c i b i ó el m i s m o n o m b r e q u e la p i e d r a de q ^
h e m o s h a b l a d o , es decir, luz i n e x t i n g u i b l e . p o r a l i m e n t o s , c o m o los a n i m a l e s , sino c o m o e s p í r i t u s , p o r cier-
E s t á n e n p l e n o d e r e c h o a l o p o n e r n o s esto p a r a r e d u c i r n 0 tos s i g n o s a p r o p i a d o s a su g u s t o , c o m o d i v e r s a s clases de pie-
y a r r o l l a r n o s . P o r q u e , si d e c i m o s q u e a esta r e l a c i ó n n o se deb„ d r a s , d e m a d e r a s , de a n i m a l e s , d e e n c a n t a c i o n e s y d e ceremo-
fe, r e s t a m o s fuerza a l a s m a r a v i l l a s r e f e r i d a s , y si se la coric e , nias [ 1 4 ] . Y , p a r a d e j a r s e a t r a e r d e los h o m b r e s , p r i m e r o los
d e m o s , a u t o r i z a m o s las d i v i n i d a d e s de los p a g a n o s [ 1 2 ] . ]\fa seducen con c a u t e l o s a astucia, b i e n i n s p i r a n d o el v i r u s secreto
n o s o t r o s , c o m o y a h e a p u n t a d o en el l i b r o X V I I I , n o estarq 0 „ en sus c o r a z o n e s , b i e n t r a b a n d o con e l l o s falsas a m i s t a d e s . Y a
o b l i g a d o s a creer c u a n t o c o n t i e n e la h i s t o r i a d e los g e n t i l ^ " a l g u n o s de ellos los h a c e n d i s c í p u l o s s u y o s y d o c t o r e s d e o t r o s .
c u a n d o los m i s m o s h i s t o r i a d o r e s , c o m o dice V a r r ó n , n o están" P o r q u e n a d i e p u e d e saber, si e l l o s n o lo e n s e ñ a r a n , q u é apetece
a c o r d e s e n t r e sí en m u c h o s p u n t o s , y esto casi con d e l i b e r a c i ó n c a d a c u a l , q u é a b o r r e c e , con q u é n o m b r e se a t r a e y con cuál se
y a d r e d e . Si q u e r e m o s , p o d e m o s c r e e r las cosas q u e n o s o n c o n . ve f o r z a d o . A esto se r e d u c e n , en p o c a s p a l a b r a s , l a s a r t e s m á g i -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


t r a r i a s a los l i b r o s q u e m e r e c e n n u e s t r a fe, y a los c u a l e s se ] a cas y sus artífices. Se a f a n a n s o b r e t o d o p o r p o s e e r los corazo-
d e b e m o s . E n c u a n t o a las m a r a v i l l a s d e q u e n o s s e r v i m o s p a r nes d e los m o r t a l e s , y esta p o s e s i ó n es su p r i n c i p a l g l o r i a , t r a n s -
i n t i m a r a los i n c r é d u l o s la v e r d a d d e los sucesos f u t u r o s , j , 0 figurándose p a r a ello en á n g e l e s d e luz. Existen m u c h a s o b r a s
c o n t e n t a m o s con a q u e l l a s q u e p o d e m o s e x p e r i m e n t a r , y de ] 0 „ suyas, es v e r d a d ; p e r o d e b e m o s e s q u i v a r l a s con t a n t a m á s caute-
c u a l e s n o es difícil t o p a r con testigos a u t o r i z a d o s . la c u a n t o son m á s m a r a v i l l o s a s . A d e m á s , n o s sirven perfecta-
E s t e t e m p l o de V e n u s y esa l á m p a r a i n e x t i n g u i b l e , lejos ¿L mente p a r a el p u n t o q u e t r a t a m o s . P o r q u e , si l o s i n m u n d o s de-
dificultar n u e s t r a m a r c h a , n o s a b r e n g r a n d e s h o r i z o n t e s . E s o rj p m o n i o s son t a n p o d e r o s o s , ¿ c u á n t o m á s lo s e r á n los á n g e l e s ?
la l á m p a r a i n e x t i n g u i b l e lo c a t a l o g a m o s e n t r e los m i l a g r o s de ) a Y ¿ c u á n t o m á s lo será D i o s , q u e h a d a d o a los á n g e l e s el p o -
m a g i a , t a n t o la e j e r c i d a p o r los d e m o n i o s c o m o la e j e r c i d a p 0 j . d e r o b r a r tales m i l a g r o s ?
los h o m b r e s b a j o su influjo. P r e t e n d e r n e g a r estos m i l a g r o s es j , . 2. A d m i t a m o s q u e l a s c r i a t u r a s de D i o s o b r a n p o r m e d i o
c o n t r a la v e r d a d d e l a s S a g r a d a s L e t r a s , e n l a s c u a l e s c r e e m o s de a r t e s m e c á n i c a s esas m a r a v i l l a s q u e l l a m a n UTIXCCVIÍPCITOC,
P o r c o n s i g u i e n t e , o la i n d u s t r i a h u m a n a se sirvió d e la p i e d r a tan s o r p r e n d e n t e s , q u e los q u e n o l a s c o n o c e n l a s c r e e n d i v i n a s .
asbesto p a r a m a n t e n e r esa l á m p a r a , o esa m a r a v i l l a , a d m i r a d a Así v e m o s q u e u n a estatua de h i e r r o s u s p e n d i d a , en cierto tem-
p o r los h o m b r e s , es o b r a de la m a g i a o de a l g ú n d e m o n i o q U e plo, p o r d o s p i e d r a s m a g n é t i c a s d e i g u a l g r a n d o r y peso, colo-
b a j o el n o m b r e de V e n u s , se p r e s e n t ó en a q u e l l u g a r e h i z o c a d a s u n a en el t e c h o y o t r a en el s u e l o , se m a n t i e n e en el a i r e .
este p r o d i g i o a n t e los h o m b r e s , d á n d o l e s u b s i s t e n c i a t e m p 0 r a i L o s q u e i g n o r a n el t r u c o lo j u z g a b a n m i l a g r o . A l g o p o r el esti-
y d u r a d e r a [ 1 3 ] . E n efecto, los d e m o n i o s son a t r a í d o s p a r a m o -
r a r e n ciertos l u g a r e s p o r m e d i o d e las c r i a t u r a s d e D i o s , n o ciuntur autem daemones ad inhabitandum per creaturas, quas non ipsi,
sed Deus condidit, delectabilibus pro sua diversitate diversis, non ut ani-
ut respondendi nobis angustias ingerant: quia si dixerimus non esse cre- malia cibis, sed ut spiritus signis, quae cuiusque delectationi congruunt,
dendum, scripta illa miraculorura infirmabimus; si autem credendum esse per varia genera lapidum, herbarum, lignorum, animalium, carminum,
concesserímus, confirmabimus numina paganorum. Sed nos, sicut iam in rituum. Ut autem illiciantur ab hominibus, prius eos ipsi astutissima calli-
libro duodevigesimo huius operis dixi', non habemus necesse omnia cre- ditate seducunt, vel inspirando eorum cordibus virus occultum, vel etiam
dere quae continet historia gentium, cum et ipsi Ínter se historici, sicut fallacibus amicitiis apparendo, eorumque paucos discipulos suos faciunt,
ait Varro, quasi data opera et quasi ex industria per multa dissentiant- plurimorumque doctores. Ñeque enim potuit, nisi primum ipsis docentibus,
sed ea, si volumus, credimus quae non adversantur libris, quibus non du'- disci quid quisque illorum appetat, quid exhorreat, quo invitetur nomine,
bitamus oportere nos credere. De his autem miraculorum locis, nobis ad quo cogatur: unde magicae artes earumque artifices exstiterunt. Máxime
ea quae futura persuadere incredulis volumus, satis illa sufficiunt, quae autem possident corda mortalium, qua potissimum possessione gloriantur,
nos quosque possumus experiri, et eorura testes idóneos non difficile est cum se transfigurant in Angelos lucis s . Sunt ergo facta eorum plurima,
¡nvenire. De isto autem fano Veneris et lucerna inexstinguibili, non so- quae quanto magis mirabilia confitemur, tanto cautius vitare debemus.
lum in nullas coarctamur angustias, verum etiam latitudinis nobis eampus Sed ad hoc unde nunc agimus, nobis etiam ipsa proficiunt. Si enim haec
aperitur. Addimus enim ad istam lucernam inexstinguibilem, et humana- immundi daemones possunt, quanto potentiores sunt sancti Angelí, quanto
rum et magicarum, id est per nomines daemonicarum artium, et ipsorum potentior est his ómnibus Deus, qui tantorum miraculorum effectores etiam
per se ipsos daemonum multa miracula: quae si negare voluerimus, eidem ipsos Angelos fecit?
ipsi cui credimus sacrarum Litterarum adversabimur veritati. Aut ergo 2. Quamobrem si tot et tanta mirifica, quae mixavtíijica-a appellant, Dei
in lucerna illa mechanicum aliquid de lapide asbesto ars humana molita creatura utentibus humanis artibus fiunt, ut ea qui nesciunt opinentur esse
est, aut arte mágica factum est, quod homines illo roirarentur in templo divina; unde factum est, ut in quodam templo lapidibus magnetibus in
aut daemon quíspiam sub nomine Veneris tanta se efficacia praesentavit solo et camera proportione magnitudinis positis, simulacrum ferreufh aeris
ut hoc ibi prodigium et appareret hominibus, et diutius permaneret. lili-' illius medio inter utrumque lapidem, ignorantibus quid sursum esset ac
deorsum, quasi numinis potestate penderet; quale aliquid etiam in illa
' C.iS.
* 2 Cor. 11,14.
XXI, 7, 1 JiL INFIERNO, FIN DE I,A CIUDAD TERRENA 1567
1 5 56 LA CIUDAD DE DIOS X X I , 6, 2

lo, c o m o lie d i c h o , p u d o h a c e r u n artífice con la p i e d r a asbesto


en la l á m p a r a de V e n u s . A d m i t a m o s t o d o esto y q u e l a s obra.' C A P I T Ü L O VII
de los m a g o s , l l a m a d o s p o r n u e s t r a E s c r i t u r a h e c h i c e r o s y en-
c a n t a d o r e s , h a n p o d i d o ser r e a l z a d a s de tal f o r m a p o r el demo- LA RAZÓN SUPREMA DE LA FE EN LOS MILAGROS'ES LA
nio, q u e u n g r a n p o e t a n o ha d u d a d o en d e c i r de una m a g a OMNIPOTENCIA DEL CREADOR
s o b r e s a l i e n t e en t a l e s a r l e s :
Ella me ha asegurado que tiene poder para ahuyentar de un espí- 1. ¿ P o r q u é , p u e s , no p u e d e h a c e r D i o s q u e resuciten los
ritu los encantamientos, para pasar de un corazón a otro las inquie- c u e r p o s de los m u e r t o s y q u e los de los c o n d e n a d o s sean eterna-
tudes, detener el agua de los ríos y obligar a retroceder en su curso m e n t e a t o r m e n t a d o s en el f u e g o ? ¿ E l , q u e h a c r e a d o el cielo, la
a las estrellas y evocar de noche a los Manes. ¡Si vieses cómo ruge t i e r r a , el a i r e , las a g u a s y el m u n d o con sus i n n u m e r a b l e s ma-
bajo sus pies ¡a tierra y cómo a su voz bajan los espíritus de las

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


montañas! r a v i l l a s , e n t r e las c u a l e s la m á s s o r p r e n d e n t e es el m i s m o m u n -
d o ? M a s estos a q u i e n e s o c o n t r a q u i e n e s nos d i r i g i m o s , q u e
Si esto es v e r d a d , ¡ c u á n t o m á s 1'áciJes y h a c e d e r a s s e r á n p a r a creen en u n D i o s c r e a d o r del m u n d o y de los dioses, p o r . c u y o
D i o s l a s m a r a v i l l a s i n c r e í b l e s p a r a los infieles, p a r a ese D i o s m i n i s t e r i o g o b i e r n a el m u n d o , lejos de n e g a r , e x a l t a n esas p o -
q u e ha d a d o esa v i r t u d a l a s p i e d r a s y a los d e m á s seres, q u e tencias m u n d a n a s , q u e o b r a n a d m i r a b l e s p r o d i g i o s p o r p r o p i a
h a c o m u n i c a d o el i n g e n i o a los h o m b r e s ; q u e le sirve p a r a cuenta o i m p e l i d a s p o r ciertos ritos o i n v o c a c i o n e s m á g i c a s .
modificar las n a t u r a l e z a s de m i l m o d o s a d m i r a b l e s ; q u e h a Y c u a n d o les p r e s e n t a n la fuerza m a r a v i l l o s a de o t r o s seres q u e
c r e a d o los á n g e l e s , n a t u r a l e z a s m á s p o d e r o s a s q u e t o d o s los n o son a n i m a l e s r a c i o n a l e s ni e s p í r i t u s d o t a d o s de r a z ó n , c o m o
d e m á s a n i m a l e s ! Su p o d e r es u n a m a r a v i l l a q u e s o b r e p u j a t o d a s los p o c o s q u e h e m o s m e n c i o n a d o , suelen r e s p o n d e r : E s u n a
las o t r a s , y su s a b i d u r í a , q u e o b r a , o r d e n a y p e r m i t e , n o b r i l l a fuerza de su n a t u r a l e z a . E n eso consiste su n a t u r a l e z a . S o n
m e n o s en el uso de los seres q u e en la c r e a c i ó n de los mis- v i r t u a l i d a d e s n a t u r a l e s de los seres.
mos [ 1 5 ] . •—Luego la ú n i c a r a z ó n y el ú n i c o p o r q u é de q u e l a sal de
A g r i g e n t o se d e r r i t a al fuego y c r e p i t e al a g u a es q u e así es su
n a t u r a l e z a . P e r o r e s u l t a q u e m á s bien p a r e c e q u e esto es u n
lucerna Veneris de lapide asbesto ab artifíce fieri potuisse iam diximus: efecto c o n t r a r i o a la n a t u r a l e z a , q u e dio a la sal l a p r o p i e d a d
si magorum opera, quos nostra Scriptura venéficos et incantatores vocat, de d i s o l v e r s e n o al fuego, sino al a g u a , y de t o s t a r s e al fuego
>n tantum daemones extollere potuerunt, ut congruere hominum sensibus
Ribi nobilis poeta videretur, de quadam femina, quae tali arte polleret, y n o al a g u a .
dicens:
KatT se carniinibuy promittit solvere mentes,
Quas velít, ast alus duras immittere curas;
Sistere aquarn íluviis, et verteré sidera retro ; C A P UT VII
-Noctuniosque ciet manes: mugiré videbis.
Sub pedibus terram, et descenderé montíbur; oruos " : QUOD IN REBUS MIRIS SUMMA CRE0END1 RATIO SH OMNIPOTENTIA CREATORIS
quauto niagís Deus potens est faceré quae infidelibus sunt incredibilia, 1. Cur itaque faceré non possit Deus, ut et resurgant corpora mor-
sed illius facilia potestati; quandoquidem ipse lapidum aliarumque vim tuorum, et igne aeterno crucientur corpora damnatorum, qui fecit mun-
rerum et hominum ingenia, qui ea miris utuntur modis, angelicasque na dum in cáelo, in térra, in aere, in aquis, innumerabilibus miraculis ple-
turas ómnibus terrenis potentiores animantibus condidit, universa mirabi- num; cum sit ómnibus quibus plenus est procul dubio maius et excellen-
lia mirabili vincente virtute, et operandi, iubendi, sinendique sapientia, tius etiam ipse mundus miraculum? Sed isti cum quibus vel contra quos
iitens ómnibus tam mirabiliter, quam creavit? agiinus, qui et Deum esse credunt a quo factus est mundus, et déos ab
'' VTKGU,., Aennid. !.,) v.487-497. illo fáctos per quos ab illo administratur mundus, et miraculorum effec-
trices, sive spontaneorum, sive cultu et ritu quolibet iraperatorum, sive
p.tiam magicorum mundanas vel non uegant, vel insuper et praedicaut
potestates, quando eis rerum vim mirabilem proponimus aliarum, quae nec
animalia sunt rationalia, nec ulla ratione praediti spiritus, sicut sunt ea,
quorum pauca commemoravimus, responderé assolent: Vis est ista naturae,
natura eorum sic se habet, propriarum istae sunt efficaciae naturarum.
Tota itaque ratio est, cur Agrigentinum salem flamma fluere faciat, aqua
crepitare, quia haec est natura eius. At hoc esse potius contra naturam
videtur, quae non igni, sed aquae dedit salem solvere; torrere autem igni,
non aquae. Sed ista, inquiunt, salis huius naturalis est vis, ut his con-
traria patiatur. Haec igitur ratio redditur et de illo fonte Garamantico,
1558 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 7, 2
X X I , 7, 2 El, INFIKRNO, l'IN DK I,A CIUDAD TKRRRNA 1559
---Mas—dicen ellos—la propiedad natural de esa sal es
producir efectos contrarios a las demás. y cualquiera puede fácilmente practicar, un experimento. Así
Esta misma razón se da de la fuente gáramántica, en la la cal, que hierve en agua y queda fría en aceite; la piedra
que una vena está fría de día y hierve de noche, y de una y otra imán, que, con una especie de sorbo insensible, no mueve una
manera lastima a quien la toca. La misma se da de !a otra fuen- paja y atrae el hierro; la carne del pavo real, inaccesible a la
te que está fría y apaga, como las demás, las lámparas encen- corrupción, de la que no escapa ni la de Platón; así la paja,
didas, pero, de un modo admirable y diferente, enciende las tan fría que conserva la nieve y tan caliente que madura las
apagadas. A la misma explicación recurren para la piedra as- frutas; así el fuego resplandeciente, que blanquea según su
besto, que, sin tener calor propio, una vez inflamada, es im- fulgor las piedras y, por el contrario, ennegrece los demás
posible apagarla. Y decir que así se ha su naturaleza, es la objetos. En esa línea se halla también que el aceite, por cla-
única razón que se da de los otros fenómenos insólitos por de- ro que sea, produce manchas negras, y la plata imprime ne-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


más, cuya sola enumeración es un fastidio. ¡Explicación breve, gror en los objetos, aunque es blanca. Lo mismo sucede en
a la verdad, y respuesta satisfactoria! el carbón, que, al hacerse con el fuego, los maderos brillan-
Siendo, pues, Dios el autor de todas las naturalezas, ¿por tes se tornan negros; los duros frágiles, y los corruptibles, in-
qué nuestros contrincantes, cuando rehusan creer una cosa afir- corruptibles. Estos y otros muchos efectos que sería largo
mada por nosotros, bajo pretexto de que es imposible, y les res- enumerar, los he observado yo personalmente, y como yo,
pondemos que la única explicación es la voluntad del Omnipo- muchas otras personas.
tente, no quieren darnos una razón más fuerte? Es claro que En cuanto a los que yo no he visto y que he leído en los li-
Dios no se dice omnipotente sino porque puede cuanto quiere. bros, confieso que no he podido controlar por testigos fide-
El es quien ha creado tantas maravillas, que no sólo las des- dignos más que ése de la fuente en que se apagan las lámpa-
conocidas, sino aun las conocidas, si no se vieran con los ojos ras encendidas y se encienden las apagadas, y ése de las frutas
o, al menos, si no hubiera testigos dignos de fe, se juzgarían de Sodoma—belleza por fuera y humo por dentro—. Verdad
imposibles. Porque sobre aquellos que no hay otros testigos es que no he hallado nadie que haya visto esa fuente en Epiro,
que los autores que los narran, los cuales, no siendo divina- pero sí algunos que conocen otra semejante en Francia, no le-
mente inspirados, han podido, corno todo el hombre, engañarse, jos de Grenoble. En cuanto a las frutas de Sodoma, no sola-
es permitido a cada uno dar su opinión. mente las Letras dignas de fe, sino muchos lo aseguran con
2. No quiero que se crean a la ligera los prodigios que he tal aplomo, que no puede ponerse en duda.
referido, porque yo mismo no estoy seguro de su existencia, ex- Respecto de las otras maravillas, fluctúo entre la afirma-
cepción hecha de unos cuantos, de los que yo he practicado, ción y la negación. Las he referido sencillamente porque las

ubi una vena friget diebus, noctibus fervet, vi utraque molesta tangenti- exceptis his quae vel ipse sum expertus, et cuivis facile est experiri; sicut
bus. Haec et de illo alio, qui cuín sit contrectantibus frigidus, et facem de calce, quod fervet in aqua, in oleo frígida est; de magnete lapide,
sicut alii fontes exstinguat accensam, dissimiliter tamen atque mirabiliter quod nescio qua sorbitione insensibili stipulam non moveat, et ferrum
¡dem ipse accendit exstinctam. Haec et de lapide asbesto, qui cum ignem rapiat; de carne non putrescente pavonis, cum putruerit et Platonis; de
millum habeat proprium, accepto tamen sic ardet alieno, ut non possit palea sic frigente ut fluescere nivem non sinat, sic calente ut maturescere
exstingui. Haec de caeteris quae piget retexere, quibus licet vis insólita poma compellat; de igne fulgido, quod secundum suum fulgorem lapides
contra naturam inesse videatur, alia tamen de illis non redditur ratio, nisi coquendo candificet, et contra eumdem suum fulgorem urendo plurima
ut dicatur, hanc eorum esse naturam. Brevis sane ista est ratio, fateor, obfuscet. Tale est quod et nigrae maculae offunduntur ex oleo splendido,
sufficiensque responsio. Sed cum Deus auctor sit naturarum omnium, cur similiter nigrae lineae de candido imprimuntur argento. De carbonibus
' nolunt fortiorem nos reddere rationem, quando aliquid velut impossibile etiam, quod accendente igne sic vertantur in contrarium, ut de lignis pul-
nolunt credere, eisque redditionera rationis poscentibus respondemus, hanc cherrimis tetri, frágiles de duris, imputribiles de putribilibus fiant. Haec
esse voluntatem omnipotentis Dei; qui certe non ob aliud vocatur omni- ipse quaedam cum multis, quaedam cum ómnibus novi, et alia plurima,
potens, nisi quoniam quidquid vult potest; qui potuit creare tam multa, quae huic libro inserere longum fuit. De his autem quae posui non ex-
quae nisi ostenderentur, aut a credendis hodieque testibus dicerentur, pre- perta, sed lecta praeter de fonte illo, ubi faces exstinguuntur ardentes et
fecto impossibilia putarentur, non solum quae ignotissima apud nos, verum accenduntur exstincfae, et de pomis terrae Sodomorum forinsecus quasi
etiam quae notissima posui. Illa enim quae apud nos praeter eos, quorum maturis, intrinsecus fuméis, nec testes aliquos idóneos a quibus utrum
de his libros legimus, non habent testem, et ab eis conscripta sunt qui vera essent audirem, potui reperire. Et illum quidem fontem non inveni,
non sunt divinitus docti atque humanitus fallí forte potuerunt, licet cuique qui in Epiro vidisse se dicerent, sed qui in Gallia similem nossent non
sine recta reprehensione non credere. lónge a Gratianopoli civitate. De fructibus autem Sodomitarum arborum,
2. Nam nec ego voló temeré credi cuneta quae posui, quia nec a me non tantum litterae fide dignae indicant, verum etiam tam multi se lo-
ipso ita creduntur tanquam nulla de illis sit in mea cogitatione dubitatio, quuntur expertos, ut hinc dubitare non possim. Caetera vero sic habeo,
ut ñeque affirmanda, ñeque neganda decreverim: sed ideo etiam ipsa
1560 LA CIUDAD DE DIOS xucr, a *
leí en los historiadores de nuestros adversarios. La finalidad X X I , 8, 2 El, INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1561
que perseguía era hacer ver cómo ellos creen a sus autores en es decir, que no podía morir, y que después del pecado tiene
cosas parecidas y sin que les den razones, y no se dignan creer- otra, cual aparece en las miserias de la vida presente. Según
nos a nosotros, aunque les demos razones, cuando décimo 9 esta última, no podrá vivir perpetuamente. Lo mismo sucederá
que lo que trasciende el sentido y la experiencia es obra d*> en la resurrección de los muertos; será distinta su constitución
la omnipotencia de Dios. ¿Puede darse razón mejor y mas a la actual que conocemos. Mas, ya que los enemigos no creen
- valedera de las cosas que se predice que hará el Omnipotente, en las Escrituras, en las que se lee cómo vivió el hombre en
que realmente puede hacerlas, que decir que las predichas l a s el paraíso y cómo estaba inmune de la necesidad de la muerte
vemos ahora ya cumplidas? El las hará, porque predijo q " e •—pues, si creyeran en ellas, no trataríamos con tanto afán la
había de hacer esas cosas que se tienen por imposibles, pues pena futura de los condenados—, es preciso hacer uso de las

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


prometió y ha hecho que las naciones incrédulas creyeran co- letras de sus más doctos varones. Ello hará ver que una cosa
sas increíbles. puede manifestarse en el correr del tiempo de modo muy dis-
tinto a como se había manifestado en su naturaleza determinada.
CAPITULO VIII 2. Hay en los libros de Marco Varrón que llevan por tí-
tulo Del origen del pueblo romano un pasaje que textualmen-
¿QVÉ ES CONTRA LA NATURALEZA? te dice: «En el cielo se produjo un extraño portento. Castor
escribe que la brillante estrella de Venus, que Plauto llama
1. Quizá repliquen que no creen que los cuerpos huma- Vesperugo, y Homero, Hésperos, fué objeto de un enorme pro-
nos arderán siempre sin morir nunca, porque sabemos que la digio. Cambiaba de color, de figura, de grandor y de movimien-
naturaleza de los cuerpos humanos se ha muy de otra manera. to. Este fenómeno no ha sucedido ni antes ni después. Adras-
No puede, por tanto—añaden—, aplicarse aquí el criterio usa- to, ciciceno, y Dión, napolitano, célebres matemáticos, dicen
do para enjuiciar los fenómenos extraordinarios, ni decirse: que esto tuvo lugar siendo rey Ogiges». Varrón, autor tan afa-
Esto es una propiedad natural. En esto radica la naturaleza de mado, no lo llamaría portento si no le pareciera contra la
este ser. Sabemos que la naturaleza del cuerpo humano no se naturaleza. Decimos, es cierto, que todos los portentos son con-
ha así. tra la naturaleza; pero en realidad no lo son. ¿Cómo van a
A esto respondemos, con las Sagradas Letras en la mano, ser contrarios a la naturaleza los efectos que produce la vo-
que el cuerpo humano, antes del pecado, tenía una constitución, luntad de Dios, siendo voluntad de tal Creador la naturaleza
posui, quoniam apud eorum, contra quos agimus, históricos legi: ut os- de cada cosa creada? El portento no es, pues, contrario a la
tenderem qualia multa, multique illorum, nulla reddita ratione, in suorum
litteratorum scripta litteris credant, qui nobis oredere, quando id quod
eorum experientiam sensumque transgreditur, omnipotentem Deum dicimus mortem; aliter autem post peccatum, qualis in aerumna huius mortalita-
esse facturum, nec reddita ratione dignatur. Nam quae melior et validior tis innotuit, ut perpetem vitam tenere non possit. Sic ergo aliter quam
ratio de rebus talibus redditur, quam cum Omnipotens ea posse faceré nobis nota est, instituetur in resurrectione mortuorum. Sed quoniam istis
perhibetur, et facturas dicitur, quae praenuntiasse ibi legitur, ubi alia non credunt litteris, ubi legitur qualis in paradiso vixerit homo, quan-
multa praenuntiavit, quae fecisse monstratur? Ipse quippe faciet, quia se tumque fuerit a necessitate mortis alienus, quibus utique si crederent, non
facturum esse praedixit, quae impossibilia putantur, qui promisit et fecit cum illis poena damnatorum, quae futura est, operosius ageremus; de
iit ab incredulis gentibus incredibilía crederentur. litteris eorum, qui doctissimi apud illos fuerunt, aliquid proferendum est,
quo appareat posse fieri, ut aliter se habeat quaeque res, quam prius in
rebus innotuerat suae determinatione naturae.
CAPUT VIII 2. Est in Marci Varronis libris, quorum inscriptio est, De gente po-
puli Romani, quod eisdem verbis, quibus ibi legitur, et hic ponam: «In
NON ESSE CONTRA NATURAM, CUM IN ALIQÜA RE, CÜIUS NATURA INNOTOIT,
cáelo, inquit, mirabile exstitit portentum: nam in stella Veneris nobilissi-
ATjQurn AB EO onon ERAT NOTUM, TNCIPIT ESSE. WVERSUM
ma, quam Plautus Vesperuginem I0, Homerus Hesperon appellat, pulcher-
rimam dicens ", Castor scribit tantum portentum exstitisse, ut mutaret
1. Si autem propterea respondent, se non credere quae de humanís colorem, magnitudinem, figuram, cursum: quod factum ita ñeque antea,
semper arsuris nec unquam morituris corporibus dicimus, quia humano- nec postea sit. Hoc factum Ogyge rege dicebant Adrastus Cyzicenus et
rum corporum naturam novimus longe aliter institutam; unde nec illa Dion Neapolites, mathematici nobiles». Hoc certe Varro tantus auctor
ratio hinc reddi potest, quae de illis naturis mirabilíbus reddebatur, ut portentum non appellaret, nisi esse contra naturam videretur. Omnia quip-
dici possit, Vis ista naturalis est, rei huius ¡sta natura est; quoniam sci- pe portenta contra naturam dicimus esse: sed non sunt. Quomodo est
mus humanae carnis istam non esse naturam: habemus quidem quoa enim contra naturam, quod Dei fit volúntate, cum voluntas tanti utique
respondeamus de Litteris sacris, hanc ipsam scilicet humanam carne» Conditoris conditae rei cuiusque natura sit? Portentum ergo fit, non
aliter institutam fuisse ante peccatum, id est, ut posset nunquam perpeti
Amphitr. a c t . i scen.x v.119.
IHCHHS 10 v.3'T8.
1562 IA CIUDAD DE DIOS X X I , 8, 2
XXI, 8, 4 KI, INK1EKNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1563
n a t u r a l e z a , s i n o c o n t r a r i o a n u e s t r o c o n o c i m i e n t o de la na-
turaleza. E n la m i s m a E s c r i t u r a l e e m o s q u e el río detuvo su c u r s o c u a n -
¿ Q u i é n s e r á c a p a z de c o n t a r la m u l t i t u d d e p r o d i g i o s q u e do el p u e b l o de D i o s , al frente del cual i b a el c i t a d o J e s ú s
c o n t i e n e la h i s t o r i a de l a s n a c i o n e s ? A h o r a l i m i t é m o n o s a N a v e , m a r c h a b a h u y e n d o , y lo m i s m o hizo al p a s a r el p r o f e t a
n u e s t r o p u n t o c o n c r e t o . ¿ Q u é h a y t a n r e g u l a d o p o r el a u t o r E l i a s y su d i s c í p u l o E l í s e o . Q u e el a s t r o rey r e t r o c e d i ó en su
de la n a t u r a l e z a c o m o el o r d e n a d í s i m o c u r s o de los a s t r o s ? m a r c h a en t i e m p o de E z e q u í a s , ya lo h e a p u n t a d o . S i n e m b a r -
¿ Q u é h a y f u n d a d o s o b r e leyes m á s fijas e i n m u t a b l e s ? Y, sin go, el p r o d i g i o del l u c e r o n a r r a d o p o r V a r r ó n n o v e m o s q u e se
e m b a r g o , c u a n d o A q u e l q u e g o b i e r n a lo c r e a d o con i m p e r i o haya obrado a petición de algún hombre.
y p o d e r a b s o l u t o q u i s o , u n a e s t r e l l a , la m á s s o b r e s a l i e n t e p o r 3 . Cesen, p u e s , los infieles d e cegarse p o r el p r e t e n d i d o
su g r a n d o r y p o r su e s p l e n d o r , c a m b i ó el c o l o r , la m a g n i t u d , c o n o c i m i e n t o de la n a t u r a l e z a . ¡ C o m o si D i o s n o p u d i e r a o b r a r
l a figura y, lo q u e es m á s e x t r a ñ o , el o r d e n y la l e y de su cur- c a m b i o s en las n a t u r a l e z a s q u e e l l o s conocen, c o m o h o m b r e s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


so. Sin d u d a , dio al t r a s t e con t o d a s las t a b l a s de los a s t r ó l o - q u e s o n ! Y, a decir v e r d a d , l a s cosas m á s o r d i n a r i a s n o son
gos, si existían ya, y c o n t o d o s los c á l c u l o s c a b a l í s t i c o s del m e n o s m a r a v i l l o s a s q u e las o t r a s , y f u e r a n m u c h o m á s estupen-
c u r s o p a s a d o y f u t u r o de esos a s t r o s , t a n i n f a l i b l e s , según d a s si a c o s t u m b r a r a n los h o m b r e s a a d m i r a r l a s cosas m a r a v i -
ellos, q u e se h a n a t r e v i d o a a v e n t u r a r q u e ese c a m b i o del lu- l l o s a s , n o las r a r a s [ 1 6 ] . C o n s u l t a d la r a z ó n . ¿ Q u i é n n o se ad-
c e r o de la m a ñ a n a n o se h a p r o d u c i d o ni a n t e s n i d e s p u é s . m i r a r á de q u e en esta m u l t i t u d infinita de h o m b r e s , t a n semejan-
N o s o t r o s , sin i r m á s lejos, l e e m o s en los l i b r o s d i v i n o s q u e el te p o r n a t u r a l e z a , t e n g a c a d a u n o sus facciones t a n p e c u l i a r e s ,
sol se p a r ó p o r m a n d a t o del s a n t o J e s ú s N a v e , p r o d i g i o conce- q u e , si n o f u e r a n s e m e j a n t e s e n t r e sí, n o se d i s t i n g u i r í a n de los
d i d o p o r petición h e c h a a D i o s y q u e m a n t u v o su luz h a s t a a n i m a l e s , y, a su vez, si n o f u e r a n d e s e m e j a n t e s , n o se diferen-
c o n s g u i r la v i c t o r i a en la g u e r r a . Y t o r n ó a t r á s p a r a a s e g u r a r c i a r í a n u n o s de o t r o s ? L o s q u e d e c i m o s q u e se p a r e c e n , l u e g o
al r e y E z e q u í a s q u i n c e a ñ o s de v i d a , a ñ a d i e n d o D i o s este p r o - n o s d a m o s c u e n t a de q u e son d e s e m e j a n t e s . P e r o es m á s a d m i -
digio a su p r o m e s a . r a b l e t o d a v í a c o n s i d e r a r la d e s e m e j a n z a , p o r q u e p a r e c e m á s ra-
L o s i n c r é d u l o s , c u a n d o creen estos m i l a g r o s c o n c e d i d o s a z o n a b l e q u e u n a n a t u r a l e z a c o m ú n exija la s e m e j a n z a . Y , sin
los m é r i t o s de los s a n t o s , los a t r i b u y e n a a r t e s m á g i c a s . A esto e m b a r g o , p o r q u e lo r a r o es lo m a r a v i l l o s o p a r a n o s o t r o s , n u n c a
a l u d e lo q u e n o h a m u c h o r e c o r d é de V i r g i l i o s o b r e la n o s a d m i r a m o s m á s q u e c u a n d o t o p a m o s con dos h o m b r e s t a n
magia: s e m e j a n t e s q u e , al i n t e n t a r d i s t i n g u i r l o s , nos e n g a ñ a m o s siem-
p r e o casi s i e m p r e .
Detener el agua de los ríos y obligar a retroceder en su curso a
los astros. 4 . M a s el caso c o n t a d o p o r V a r r ó n , a u n q u e h i s t o r i a d o r de

contra naturam, sed contra quam est nota natura. Quis autem portento- Nam et fluvium stetisse superius, inferiusque fluxisse, cum populus Dei,
rum numerat multitudinem, quae historia gentium continetur? Sed nunc ductore supra memorato lesu Nave, viam carperet'", et Elia propheta
in hoc uno attendamus, quod ad rem de qua agimus pertinet. Quid ita transeúnte, ac postea discípulo eius Elisaeo id esse factum in sacris Lit-
dispositum est ab auctore naturae caeli et terrae, quemadmodum cursus teris legimus " ; et retro versum fuisse máximum sidus regnante Eze-
ordinatissimus siderum? quid tam ratis legibus fixisque firmatum? Et ta- chia, modo commemoravimus. Quod vero de Lucífero Varro scripsit, non
men quando ille voluit, qui summo regit imperio ac potestate quod con- est illie dictum alicui homini petenti id fuisse concessum.
didit, stella prae caeteris magnitudine atque splendore notissima, colorem 3. Non ergo de notitia naturarum caliginem sibi faciant infideles,
magnitudinem, figurara, et (quod est mirabilius) sui cursus ordinem le- quasi non possit in aliqua re divinitus fieri aliud, quam in eius natura
gemque mutavit. Turbavit proferto tune, si ulli iam fuerunt cañones as- per humanam suam experientiam cognoverunt: quamvis et ipsa quae in
trologorum, quos velut inerrabili computatione de praeteritis ac futuris rerum natura ómnibus nota sunt, non minus mira sint; essentque stupenda
astrorum motibus conscriptos habent, quos cañones sequendo ausi sunt considerantibus cunctis, si solerent nomines mirari mira nisi rara. Quis
dicere hoc quod de Lucífero contigit, nec antea, nec postea contigisse. Nos enim, consulta ratione, non videat in hominum innumerabili numerositate,
autem in divinis libris legimus, etiam solem ipsum et stetisse; cum hoc a et tanta naturae similitudine, valde mirabiliter sic habere singulos singu-
Domino Deo petivisset vir sanctus Iesus Nave, doñee coeptum praelium las facies, ut nisi Ínter se símiles essent, non discerneretur species corum
victoria terminaret 12 ; et retrorsum redisse, ut regi Ezechiae quindecim ab animalibus caeteris; et rursus nisi Ínter se dissimiles essent, non dis-
anni ad vivendum additi, hoc etiam prodigio promissioni Dei significaren- cernerentur singuli ab hominibus caeteris? Quos ergo símiles confitemur,
tur adiuncto 13 . Sed ista quoque miracula, quae meritis sunt concessa eosdem dissimiles invenimus. Sed mirabilior est consideratio dissimilitu-
sanctorum, quando credunt isti facta, magicis artibus tribuunt. Unde illud dinis; quoniam similitudinem iustius videtur exposcere natura communis.
est quod superius commemoravi dixisse Virgilium, Et tamen quoniam quae sunt rara, ipsa sunt mira, multo amplius admira-
mur quando dúos ita símiles reperimus, ut in eis discernendis aut sem-
Sistere aquam fluviis, et verteré sidera retro '*. per, aut frequenter erremus.
'¿ los. 10,13 " Acneid. I.4 v.489. 4. Sed quod dixi scriptum a Varrone, licet eorum sit historicus idem-
,:
< !s. 38,?. 15 ,6
los. 4,18. 4 Reg. 2,8.14.
1564 LA CIUDAD DE D I O S XXI, 8) 5
X X I , 9, 1 El, INFIERNO, l'IN DE I,A CIUDAD TBKRENA 1565
Jos suyos y hombre muy sabio, quizá no lo crean o les impre-
sione menos, porque ese fenómeno fué de corta duración y la praeostendendo, y prodigios, de porro dicere, porque predicen
estrella tornó presto a su curso ordinario. Hay otro prodigio, el porvenir. Mas consideren cómo sus adivinos, que predicen co-
aún hoy existente, que, a mi ver, debe bastar para convencerlos sas verdaderas o aciertan a decir alguna verdad entre el fárrago
de que conocer bien el modo de ser y de obrar de una natu- que sueltan, se engañan, sea por sí mismos, sea por ins-
raleza no es razón para limitar a Dios su campo de acción, piración de los espíritus, que se cuidan de implicar a los hom-
como si no pudiera transformar a su antojo una cosa en otra bres dignos de tal pena en las redes de una nociva curiosidad.
muy distinta de las conocidas por ellos. La tierra de Sodoma no Nosotros, empero, pensamos que estos fenómenos que parecen
ha sido siempre como es hoy. Su suelo era semejante a los de- contra la naturaleza, y que se dice que son contra la natura-
más y gozaba de la misma o de más pingüe fertilidad, ya que leza (como dijo el Apóstol, hablando al estilo humano, que el
las divinas Escrituras lo comparan al paraíso de Dios. Este, acebuche es injertado contra la naturaleza en la oliva y par-
después que el fuego del cielo lo arrasó, tiene un aspecto horro-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ticipa de su fecundidad), llamados monstruos, ostentos, porten-
roso, debido a la prodigiosa fulígine, como atestigua la historia tos o prodigios, deben mostrar, significar, pronosticar o pre-
profana y confirman los visitantes. Sus frutos, bajo una bella decir lo que hará Dios, lo que prenunció que había de hacer
apariencia, no ocultan más que ceniza y humo. Mira que no con los cuerpos de los condenados, no impidiéndolo obstáculo
era así y ahora lo es. He aquí que el Autor de las naturalezas ni ley alguna de la naturaleza. El cómo de esas profecías,
ha realizado en ésta un cambio tan espantoso y tan duradero, estimo que quedó ya bastante claro en el libro anterior al es-
que aun subsiste después de tanto tiempo. pigar en las santas Escrituras, en el Nuevo y en el Viejo Tes-
5. Como no fué imposible para Dios crear las naturalezas lamento, no todos los testimonios que harían al caso, pero sí
que quiso, no lo es tampoco cambiarlas a su gusto. De aquí na- los suficientes.
cen toda esa serie de milagros que se llaman monstruos, osten-
tos, portentos y prodigios. Si quisiera referir y recordarlos to- C A P I T U L O IX
dos, apuesto que esta obra no tendría fin.
Se dice que la palabra monstruo deriva de monstrando, y se E L INFIERNO. NATURALEZA DE LAS PENAS ETERNAS
llaman así porque muestran en cierta manera el futuro. Osten-
tos deriva de ostendendo, y portentos, de portendendo, o sea, 1. La predicción de Dios, hecha por su profeta, sobre el
suplicio eterno de los condenados, se cumplirá y se cumplirá
que doctissimus, fortasse veré factum esse non credunt; aut quia non din exactamente. Su gusano no morirá y su fuego no se apagará.
mansit talis eiusdem sideris cursus, sed reditum est ad solitum, minus
ieto moventur exemplo. Habent ergo aliud, quod etiara nunc possit osten- dicant, id est, futura praedicant. Sed viderint eorum comedores, quomo-
di, eisque puto deberé sufficere, quo commoneantur, cum aliquid adver- do ex eis sive fallantur, sive instinctu spirituum, quibus cura est tali
terint in aliqua institutione naturae, eamque sibi notissimam fecerint, non poena dignos ánimos hominum noxiae curiositatis retibus implicare, etiam
se inde Deo deberé praescribere, quasi eam non possit in longe aliud, vera praedicant, sive multa dicendo aliquando in aliquid veritatis ineur-
quam eis cognita est, verteré atque mutare. Terra Sodomorum non fuit rant. Nobis tamen ista quae velut contra naturam fiunt, et contra natu-
utique ut nunc est: sed iacebat simili caeteris facie, eademque vel etiam ram fieri dicuntur (quo more hominum locutus est et Apostolus, dicendo,
uberiore fecunditate pollebat; nam Dei paradiso in divinis eloquiis com- contra naturam in olea insitum oleastrum factum esse participem pingue-
parata est l; . Haec posteaquam tacta de cáelo est, sicut iliorum quoque dinis oleae) ", et monstra, ostenta, portenta, prodigia nuncupantur, hoc
attestatur historia, et nunc ab eis qui veniunt ad loca illa conspicitur, monstrare debent, hoc ostendere, vel praeostendere, hoc praedicere, quod
prodigiosa fuligine horrori est, et poma eius interiorem favillam mendaci facturus sit Deus, quae de corporibus hominum se praenuntiavit esse
superficie maturitatis includunt. Ecce non eral talis, et talis est. Ecce facturum, nulla impediente difficultate, milla praescribente lege naturae.
a Conditore naturarum natura eius in hanc foedissimam diversitatem rni- Quomodo autem praenuntiaverit, satis in libro superiore docuisse me exis-
rabili mutatione conversa est: et quod post tam longum accidit tempus, timo, decerpendo dé Scripturis sanctis et novis et veteribus, non quidem
tam longo tempore perseverat. omnia ad hoc pertinentia, sed quae sufficere huic operi iudicavi.
5. Sicut ergo non fuit impossibile Deo, quas voluit, instituere; sie ei
non est impossibile, in quidquid voluerit, quas instituit, mutare naturas. CAPUT IX
Unde iliorum quoque miraculorum multitudo silvescit, quae ruonstra,
ostenta, portenta, prodigia nuncupantur: quae recolere et commemorare si DE GEHF.NNA, ET AKTF.RNARUM QUALITATF. POENAHUM
velim, huius operis quis erit finis? Monstra sane dicta perhibent a mons- 1. Quod igitur de sempiterno supplicio damnatorum per suum pro-
trando, quod aliquid significando demonstrent; et ostenta ab ostendendo; phetam Deus dixit fiet, omnino fiet: Vennis eorum non moñetur, et ignis
et portenta a portendendo, id est, praeostendendo; et prodigia, quod potro eorum non exstinguetur '". Ad hoc en ira vehementius eommendandum,
1
'' G e n , 13,10. ls
R o m . 11,17.24.
' " I s , 66,24.
1566 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 9, 2
X X I , 9, 2 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1567
Y Jesús, para encarecer con más fuerza esta verdad, cuando
manda cortar los miembros que escandalizan al hombre, de- —dicen ellos—, como la polilla al vestido y el gusano al ma-
signando por ellos a los hombres que cada cual ama como a dero, así el dolor atormenta el corazón del hombre.
sus propios miembros, dice así: Si tu mano te es ocasión de Quienes no dudan que las penas atormentarán tanto al alma
escándalo, córtala; más te vale entrar manco en la vida eterna como al cuerpo, afirman que el fuego abrasará al cuerpo y el
que tener dos manos e ir al infierno, al fuego inextinguible, en gusano del dolor roerá en cierto modo al alma. Aunque este
donde el gusano que los roe nunca muere y el fuego nunca se sentido es más creíble, pues es un auténtico absurdo pensar
apaga. Lo mismo dice del p i e : Y si tu pie te es ocasión de que allí no habrá dolor para el cuerpo o para el alma, sin
pecado, córtalo; más te vale entrar cojo en la vida eterna que embargo, yo creo más fácil que los dos atañen al cuerpo que
tener dos pies y ser arrojado al infierno, al fuego inextingui- lo contrario. Y, a mi parecer, la divina Escritura no menciona
ble, donde el gusano que los roe nunca muere y el fuego nun- el dolor del alma porque va necesariamente implicado por el
del cuerpo, aunque no se diga. Así leemos en el Antiguo Tes-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ca se apaga. Y del ojo habla en estos términos: Y si tu ojo te
sirve de escándalo, arráncalo; mas te vale entrar tuerto en el tamento : El suplicio de la carne del impío será el fuego y el
reino de Dios que tener dos ojos y ser arrojado al fuego del gusano. Podía haber dicho más brevemente: El suplicio del
infierno, donde el gusano que los roe nunca muere y el fuego impío. ¿Por qué añadió de la carne del impío sino porque los
jamás se apaga. No se ruborizó de repetir en este lugar tres ve- dos, el gusano y el fuego, serán el castigo de la carne? Quiso
ces las mismas palabras. ¿A quién no hará temblar esta repeti- decir la pena de la carne, precisamente, porque será castigado
ción y esta amenaza, salida con tal rigor de la boca divina? en el hombre vivir según la carne. (Esto le llevará a la muerte
2. Los que pretenden que el gusano y el fuego son pe- segunda, que significó el Apóstol con estas palabras: Si vivie-
nas del alma, no del cuerpo, dicen que los hombres, sepa- reis según la carne, moriréis.)
rados del reino de Dios, serán abrasados en el alma poi un Elija cada cual el sentido que le plazca: o atribuir al
dolor y un arrepentimiento tardío e infructuoso. Por eso de- cuerpo el fuego y al alma el gusano, aquél propiamente y éste
fienden que muy bien pudo servirse de la palabra fuego para metafóricamente, o ambas cosas propiamente al cuerpo. Porque
expresar este dolor abrasador. A esto responde aquello del ya he hecho notar antes bastante que los animales pueden vivir
Apóstol: ¿Quién se escandaliza sin que yo me abrase? Creen también en el fuego, en combustión sin consunción y en dolor
también que el gusano figura ese dolor. Porque está escrito sin muerte, por milagro del Creador omnipotente. Quien niega
que esto es imposible para El, ignora de quién procede cuanto
admiramos en las naturalezas [ 1 7 ] . Este mismo es el Dios que
eüam Domimis lesus, cura membra quae hominem scandalizant pro his hizo en el mundo los milagros pequeños y los grandes que he
liommibus poneret, quos ut sua membra dextra quis diligit, eaque praeci-
peret amputari: Bonum est, inquit, tibi debilem introire in vitam, quam referido y muchísimos otros que no he mencionado, y el que
duas manus habentem iré in gehennam, in ignem inexstinguibilem, ubi
vermis eorum non montar, et ignis eorum non exstinguitur. Similiter de esse non dubitant, igne uri corpus, animum autem rodi quodammodo ver-
pede: Bonum est tibi, inquit, claudum introire in vitam aeternam, quam me moeroris affirmant. Quod etsi credibilius dicitur; quia utique absur-
dúos pedes habentem mitti in gehennam ignis inexstinguibilis, ubi vermis dum est, ibi dolorem aut corporis, aut animi defuturum: ego tamen fa-
eorum non moritur, et ignis non exstinguitur. Non aliter ait et de oculo: cilius est ut ad corpus dicam utrumque pertinere, quam neutrum; et
Bonum est, tibi luscum introire in regnum Dei, quam dúos oculos haben- ideo tacitum in illis divinae Scripturae verbis animi dolorem, quoniam
tem mitti in gehennam ignis, ubi vermis eorum non moritur, et ignis non consequens esse intelligitur, etiamsi non dicatur, ut corpore sic dolente
exstinguitur"". Non eum píguit uno loco eadem verba ter dicere: quem animus quoque sterili poenitentia crucietur. Legitur quippe et in veteri-
non terreat ista repetitio, et illius poenae comminatio tam vehemens ore bus Scripturis, Vindicta carnis, impii, ignis et vermis23. Potuit brevius
divino ? dici, Vindicta impii. Cur ergo dictum est, carnis impii, nisi quia utrum-
2. Utrumque autem horum, ignem scilicet atque vermem, qui volunt que, id est, et ignis et vermis, poena erit carnis? Aut si vindictam carnis
ad animi poenas, non ad corporis pertinere, dicunt etiam urí dolore animi propterea dicere voluit, quia hoc in homine vindicabitur, quod secundum
sero atque infructuose poenitentis eos qui fuerint a regno Dei separati: carnem vixerit (propter lioc enim veniet in mortem secundam, quam signi-
et ideo ignem pro isto dolore urente non incongruo poni potuisse conten- ficavit Apostolus dicens, Si enim secundum carnem vixeritis moriemi-
dunt, unde illud Apostoli est, Quis scandalizatur, et ego non uror?21 ni) 2Í; eligat quisque quod placet, aut ignem tribuere corpori, animo
Eumdem etiam vermem putant intelligendum esse. Nam scriptum est, in- vermem: hoc proprie, illud tropice; aut utrumque proprie corpori. Iam
quiunt, Sicut linea vestimentum et vermis lignum, sic moeror excruciat enim satis superius disputavi, posse animalia etiam in ignibus vivere, in
cor viri". Qui vero poenas et animi et corporis in illo supplicio futuras ustione sine consumptione, in dolore sine morte, per miraculum omnipo-
tentissimi Creatoris: cui hoc possibile esse qui negat, a quo sit quidquid
-° M e . 9,42-47. in naturis ómnibus miratur ignorat. Ipse enim est Deus, qui omnia in
- 1 2 Cor. ir,29.
-'= P r o v . 25,20. 23
E c c l i . 7,19.
-^ R o m . 8,13. »
1568 XXI, 10,2 Et, INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1569
LA CIUDAD DE D I O S
xxr, io, i
los situó en el mundo, que es el mayor de los milagros. Es- para el diablo y sus ángeles. Es así, a no ser que aluda a que
coja, pues, cada cual el sentido que le plazca: o pensar que el los demonios tienen también, como han pensado hombres doc-
gusano se refiere propiamente al cuerpo o que se refiere meta- tos, cuerpos compuestos de aire pesado y húmedo, que se hace
fóricamente al alma, por una metáfora tomada de las cosas sentir cuando sopla el viento [ 1 8 ] . Si este elemento no pudie-
corporales. Cuál de estos sentidos sea el verdadero, la realidad ra recibir ninguna impresión, no abrasaría cuando es calen-
lo expresará más explícitamente cuando la ciencia de los san- tado en los baños. Para que abrase es preciso que sea primero
tos será tan perfecta que no necesitarán experimentar las pe- abrasado y cause la impresión que recibe. Por lo demás, si
nas para conocerlas, sino que les bastará su sabiduría, entonces alguien afirma que los demonios no tienen cuerpo, es inútil
colmada. Ahora sabemos las cosas parcialmente hasta que lle- romperse la cabeza o quemarse las cejas sobre este punto.
gue la plenitud. Nos basta de momento rechazar la opinión ¿Qué nos veda decir que los espíritus incorpóreos pueden
que sostiene que los cuerpos de los condenados no serán afec- ser atormentados por un fuego corporal de un modo real, aun-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tados por el fuego ni por dolor alguno. que maravilloso, si los espíritus de los hombres, que son cier-
tamente incorpóreos, pueden ser actualmente encerrados en
los cuerpos y luego serán unidos a ellos con lazos insolubles?
C A P I T U L O X Los espíritus de los demonios, más aún, los espíritus demo-
nios, aunque incorpóreos, si no tienen cuerpo, se unirán al
fuego material para ser atormentados. No animarán el fuego
¿ P U E D E EL FUEGO DEL INFIERNO, S I ES CORPORAL, ABRASAR
de suerte que lo constituyan animal compuesto de espíritu y de
A LOS ESPÍRITUS MALIGNOS, ES DECIR, A LOS DEMONIOS,
cuerpo, sino, como he dicho, uniéndose a él de un modo ma-
INCORPÓREOS ?
ravilloso e inefable, recibiendo del fuego la pena, no dándole
1. Se presenta aquí una nueva cuestión: si el fuego no la vida. También ese otro modo según el cual los espíritus
será incorporal, análogo al dolor del ánimo, sino corporal, se unen a los cuerpos y los tornan animales, es del todo admi-
abrasando por contacto y capaz de atormentar los cuerpos, rable e incomprensible para el hombre. Y eso es el hombre
¿cómo servirá también de suplicio a los espíritus malignos? mismo [19].
Sabemos que el mismo fuego servirá de suplicio a los hom- 2. Yo diría de buen grado que los espíritus arderán sin
bres y a los demonios, según aquellas palabras de Cristo: cuerpo, como ardía el rico en los infiernos cuando decía: Es-
Apartaos de nú, malditos, al fuego eterno, que está aparejado toy atormentado en esta llama, si no tuviera al ojo esta razo-
hoc mundo magna et parva miracula quae commemoravimus, et incom-
parabiliter plura quae non commemoravimus, fecit, eademque ipso mundo angelis eius2e. Nisi quia sunt quaedam sua etiam daemonibus corpora,
uno atque omnium máximo miraculo inclusit. Eligat. ergo unum de duo- sicut doctis hominibus visum est, ex isto aere crasso atque húmido, cuius
bus quisque quod placet, utrum et vermem ad corpus proprie, an ad ani- impulsus vento fiante sentitur. Quod genus elementi si nihil igne perpeti
mum translato a corporalibus ad incorporalia vocabulo existimet pertinere. posset, non ureret fervefactus in balneis. Ut enim urat, prior uritur, fa-
Quid autem horum verum sit, res ipsa expeditius indicabit, quando erit citque quod patitur. Si autem quisquam nulla habere corpora daemones
scientia tanta sanctorum, ut eis cognoscendarum illarum poenarum ne- asseverat, non est de hac re aut laborandum operosa inquisitione, aut
cessaria non sit experientia, sed ea quae tune erit plena atque perfecta, ad contentiosa disputatione certandum. Cur enim non dicamus, quamvis mi-
hoc quoque sciendum sapientia sola sufficiat. Nunc enim ex parte scimus, ris, tamen veris modis etiam spiritus incorpóreos posse poena corporalis
doñeo veniat quod perfectum est "J. Dum tamen nullo modo illa corpora ignis affligi, si spiritus hominum, etiam ipsi profecto incorporei, et nunc
talia futura csse credamus, ut nullis ab igne afficiantur doloribus. potuerunt includi corporalibus membris, et tune poterunt corporum suo-
rum vinculis insolubiliter alligari? Adhaerebunt ergo, si eis nulla sunt
corpora, spiritus daemonum, imo spiritus daemones, licet incorporei, cor-
CAPTJT X poieis ignibus cruciandi: non ut ignes ipsi, qvúbus adhaerebunt, eorum
iunctura inspirentur, et animalia fiant, quae constent spiritu et corpore;
A,N KÍIMS GEHENNAE, SI COKPORALIS EST, I'OSSÍT MALIGNOS Sl'MITUS, 711 sed, ut dixi, miris et ineffabilibus modis adhaerendo, accipientes ex igni-
EST DAEMONES INCORPÓREOS, TACTU SUO ADURKRE bus poenam, non dantes ignibus vitam. Quia et iste alius modus, quo
corporibus adhaerent spiritus, et animalia finnt, omnino mirus est, neo
1. Hic oceurrit quaerere, si non erit ignis incorporalis, sicut est animi comprehendi ab homine potest, et hoc ipse homo est.
dolor, sed corporalis, tactu noxius, ut eo possint corpora cruciari; quomo-
do in eo erit etiam poena spirituum malignorum? ídem quippe ignis, 2. Dicerem quidem sic arsuros sine ullo suo corpore spiritus, sicut
erit supplicio scilicet hominum attributus et daemonum, dicente Christo, ardebat apud inferos Ule dives, quando dicebat, Crucior in hac flam-
Discedite a me, maledicti, in ignem ae ternura, qui paratus est diabolo et ma"; nisi convenienter responderi cernerem, talem fuisse illam flam-

- 5 i Cor. 13,g. '• M t . 25,41.


" L e . 16,34.
1570 LA CIUDAD DE D I O S XXI, 11 XXI, 11 Bt INFIERNO, FIN DÉ LA CIUDAD TERRENA Í5f 1

nable objeción: la llama era de la misma naturaleza que los ¡Como si la justicia de la ley atendiera alguna vez a propor-
ojos que clavó en Lázaro, que la lengua que deseaba refrescar cionar el castigo con el tiempo invertido en cometer la fal-
con unas gotas de agua y que el dedo de Lázaro con el que ta! Las leyes, según Cicerón, establecen ocho géneros de pe-
quería que se le hiciera ese servicio. Toaklrfsto se realizaba n a s : la multa, la prisión, el azote, el talión, la ignominia, el
en un lugar donde estaban las almas sin los cuerpos. La llama destierro, la muerte y la esclavitud. ¿Cuál de éstas mide su
que le abrasaba y la gotita que pidió eran incorporales, al duración por la del crimen, haciendo durar el castigo cuanto
estilo de las cosas vistas en sueños o en éxtasis, que, aunque duró el acto criminoso, a no ser quizá la pena del talión? [ 2 0 ] .
incorporales, se asemejan a los cuerpos. El hombre que está Esta ordena que cada uno sufra el mal que hizo sufrir. De
en ese estado, si bien es cierto que está en espíritu y no con aquí aquella prescripción de la Ley: Ojo por ojo y diente por
el cuerpo, no obstante se ve entonces tan semejante a su cuer- diente. Es físicamente posible que la justicia arranque el ojo

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


po, que es incapaz de distinguirlos. Mas aquel infierno, llama- al criminal en tan poco tiempo como se lo arrancó a su víc-
do también estanque de fuego y azufre, será un fuego corpóreo tima. Mas, si la razón exige que el beso dado a la mujer aje-
y atormentará los cuerpos de los condenados, sean de hombres na sea castigado con el azote, ¿no es azotado durante largo
o de demonios; los sólidos de los hombres y los aéreos de los tiempo el que hizo eso en un instante? Y el dulzor de un corto
demonios; o solamente los cuerpos de los hombres con sus es- deleite ¿no es castigado en este caso con un dolor duradero?
píritus y los espíritus de los demonios sin cuerpos, unidos al ¿Qué diré de la prisión? ¿Debe acaso permanecer encar-
fuego corporal para recibir la pena, no para vivificarlo. El celado el reo solamente tanto tiempo cuanto duró el acto que
fuego será único para los dos, como aseguró la Verdad misma. le mereció tal pena? De hecho vemos que es muy justo que
un esclavo esté muchos años en rehenes simplemente por ha-
ber injuriado de palabra a su amo o por haberle herido de un
C A P I T U L O XI golpe, que pasa en un pestañeo.
Y la multa, la ignominia, el destierro y la esclavitud—-pe-
EXIGENCIAS DE LA JUSTICIA CON RESPECTO A LAS PENAS
nas que son de ordinario irrevocables—, ¿no son en cierta
manera semejantes a las penas eternas en relación con la bre-
Pero, entre estos contra quienes defendemos la Ciudad' de vedad de esta vida? No pueden ser eternas cabalmente porque
Dios, hay quienes creen que. es injusto castigar los pecados, ni la misma vida por ellas castigada lo es; pero los crímenes
por graves que sean, de esta corta vida, con un suplicio eterno. castigados con penas tan largas se cometen en muy poco
tiempo.
mam, quales oculi quos levavit, et Lazarum vidit, qualis liiigua cui humo-
rem exiguum desideravit infundí, qualis digitus Lazari de quo id sibi perpetratis, poena quisque damnetur aeterna; quasi ullius id unquam
fieri postulavit: ubi tamen erant sine corporibus animae. Sic ergo in- iustitia legis attendat, ut tanta mora temporis quisque puniatur, quanta
corporalis et illa flamma qua exarsit, et illa guttula quam poposcit; qualia mora temporis unde puniretur admisit. (Jeto genera poenarum in legibus
etiam sunt visa dormientium sive in ecstasi cernentium res incorporales, esse scribit Tullius, dammim, vincula, verbera, talionem, ignominiam, exsi-
habentes tamen similitudinem corporum. Nam et ipse homo cum spiritu, lium, mortem, servitutem. Quid horum est quod in breve tempus pro
non corpore, sit in talibus visis, ita se tamen tune similem suo corpori cuiusque peccati celeritate coarctetur, ut tanta vindicetur mórula, quanta
videt, ut disoernere omnino non possit. At vero gehenna illa, quod etiam deprehenditur perpetratum, nisi forte talio? id enim agit, ut hoc patiatur
stagnum ignis et sulphuris dictum est2", corpóreas ignis erit, et cruciabit quisque quod íecit. Unde illud est Legis, Oculum pro oculo, dentem pro
corpora damnatorum, aut et hominum et daemonum, solida hominum, dente 3". Fieri enim potest, ut tam brevi tempore quisque amittat oculum
aeria daemonum; aut tantum hominum corpora cum spiritibus, daemones severitate vúidictae, quam tulit ipse ajteri improbitate peccati. Poxro au-
autem spiritus sine corporibus, haerentes sumendo poenam, non imper- tem si alienae feminae osculum infixum, rationis sit verbere vindicare,
tiendo vitam corporalibus ignibus. Unus quippe utrisque ignis erit, sic- nonne qui illud puncto temporis fecerit, incomparabili horarum spatio
ut Ventas dixit".- verberatur, et suavitas voluptatis exiguae diuturno dolore punitur? Quid,
in vinculis numquid tam diu quisque iudicandus est esse deberé, quam
CAPUT XI diu fecit unde meruit alligari; cum iustissime annosas poenas servus in
compedibus pendat, qui verbo aut ictu celerrime transeúnte vel lacessivit
AN HOC RATIO IUSTITIAE HABEAT, UT NON SINT EXTENSIOKA POENARUM TÉM- dominum, vel plagavit? Iam vero damnum, ignominia, exsilium, servitus,
PORA, QUAM FUERINT PECCATORUM cum plerumque sic infliguntur, ut nulla venia ralaxentur, nonne pro huius
Sic autem quídam eorum, contra quos defendimus civitatem Dei, in- vitae modo similia poenis videntur aeternis? Ideo quippe aeterna esse non
possunt, quia nec ipsa vita, quae his plectitur, porrigitur in aeternum:
iustum putant, ut pro peceátis quamlibet magnis, parvo scilicet tempere et tamen peccata, quae vindicantur longissimi temporis poenis, brevissimo
~8 A p o c . 20,"?.
-' M t . 35,41. 30
EX. 2I,S4.
1572 t A CIUDAD DE D I O S X X I , 11 XXI, 1 2 EL INFIERNO, FIN DE U CIUDAD TERRENA 1573
A n a d i e se le o c u r r e p e n s a r q u e los t o r m e n t o s de los m a l -
h e c h o r e s d e b e n ir en p r o p o r c i ó n d i r e c t a con el t i e m p o q u e d u r ó
el h o m i c i d i o , el a d u l t e r i o , el s a c r i l e g i o y c u a l q u i e r o t r o c r i m e n , C A P I T U L O X I I
q u e n o d e b e m e d i r s e p o r l a l o n g u r a del t i e m p o , sino p o r la
m a y o r o m e n o r c u a l i d a d del p e c a d o . ¿ P u e d e i m a g i n a r s e q u e MAGNITUD DEL PRIMER PECADO Y SUS EFECTOS
las leyes, al c o n d e n a r a u n o a m u e r t e , h a g a n r a d i c a r el c a s t i g o
en ese b r e v e i n s t a n t e q u e d u r a la ejecución y n o en a p a r t a r l e U n a p e n a e t e r n a p a r e c e d u r a e i n j u s t a al s e n t i d o h u m a n o ,
p a r a s i e m p r e de la s o c i e d a d h u m a n a ? P u e s lo q u e significa p o r q u e en la m i s e r i a de esta v i d a m o r t a l f a l t a el s e n t i d o de l a
a p a r t a r a los h o m b r e s con el s u p l i c i o de la m u e r t e p r i m e r a de s a b i d u r í a p u r a y e l e v a d a , q u e c a p a c i t a p a r a s e n t i r la enor-
l a c i u d a d m o r t a l , eso significa a p a r t a r l o p o r la m u e r t e , se- m i d a d del c r i m e n c o m e t i d o en l a p r i m e r a p r e v a r i c a c i ó n . C u a n -
g u n d a de la c i u d a d i n m o r t a l . Y c o m o las leyes de esta c i u d a d

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


to m á s g o z a b a el h o m b r e de D i o s , m a y o r fué su i m p i e d a d a l
no d e v u e l v e n j a m á s a la s o c i e d a d a l h o m b r e c o n d e n a d o a sen- a b a n d o n a r l o . Y q u i e n en sí d e s t r u y ó u n b i e n q u e p o d í a ser
tencia c a p i t a l , así l a s de a q u é l l a n o v u e l v e n n u n c a a l a v i d a e t e r n o , se hizo a c r e e d o r a u n m a l e t e r n o . D e a q u í la conde-
e t e r n a al p e c a d o r c o n d e n a d o a la m u e r t e s e g u n d a . n a c i ó n de t o d a la m a s a del g é n e r o h u m a n o [ 2 2 ] , p o r q u e el
¿ C ó m o , p u e s , son v e r d a d e r a s — p r e g u n t a n — e s t a s p a l a b r a s p r i m e r c u l p a b l e fué c a s t i g a d o con t o d a su p o s t e r i d a d , q u e
de v u e s t r o C r i s t o : Con la medida que midiereis, seréis medi- estaba en él c o m o en su raíz. Así, n a d i e e s c a p a a ese s u p l i c i o
dos, si u n p e c a d o t e m p o r a l es c a s t i g a d o con u n a p e n a eter- j u s t o y d e b i d o , si n o es p o r u n a m i s e r i c o r d i a y u n a g r a c i a in-
na? [21]. d e b i d a . Y es tal la d i s p o s i c i ó n de los h o m b r e s , q u e en u n o s
N o r e p a r a n en q u e l a m e d i d a de q u e se h a b l a a q u í n o m i r a a p a r e c e el v a l o r de u n a g r a c i a m i s e r i c o r d i o s a y en o t r o s el d e
al t i e m p o , s i n o al m a l , y q u i e r e d e c i r : El q u e o b r e m a l e s , q u e u n a j u s t a v e n g a n z a [ 2 3 ] . N o a p a r e c í a n en t o d o s l a s d o s cosas,
sufra t a m b i é n m a l e s . A u n q u e q u i z á p u d i e r a e n t e n d e r s e del p o r q u e si t o d o s p e r m a n e c i e r a n b a j o l a s p e n a s d e u n a j u s t a
p u n t o de q u e a la sazón h a b l a b a el S e ñ o r , a s a b e r , de los j u i - c o n d e n a c i ó n , n o se m o s t r a r í a en n i n g u n o la g r a c i a m i s e r i c o r -
cios y de l a s c o n d e n a s . E n este caso, q u i e n j u z g a y c o n d e n a diosa del R e d e n t o r . Y si t o d o s f u e r a n t r a n s f e r i d o s d e l a s ti-
i n j u s t a m e n t e , si es j u z g a d o y c o n d e n a d o j u s t a m e n t e , r e c i b e la n i e b l a s a la luz, en n i n g u n o a p a r e c e r í a la s e v e r i d a d del casti-
m i s m a m e d i d a , a u n q u e n o de lo q u e él d i o . El j u z g ó y es juz- g o . E n este ú l t i m o a p a r t a d o h a y m u c h o s m á s q u e e n el o t r o ,
g a d o , p e r o el castigo q u e se le h a i m p u e s t o es j u s t o , m i e n t r a s p a r a d a r n o s a e n t e n d e r q u e e r a d e b i d o a t o d o s . Si se h i c i e r a
el q u e él i m p u s o e r a i n j u s t o . en t o d o s v e n g a n z a , n a d i e r e p r e n d e r í a j u s t a m e n t e la j u s t i c i a del

tempore perpetrantur; nec quisquam exstitit qui censeret tam cito nocen-
tium finienda esse tormenta, quam cito factum est vel homicidium, vel CAPUT XII
adulterium, vel sacrilegium, vel quodlibet aliud scelus, non temporis lon-
gitudine, sed iniquitatis et impietatis magnitudine metiendum. Qui vero DE MAGNITUDINE PRAEVARICATIONIS PRIMAE, OB QUAM AETERNA POENA OMNI-
pro aliquo grandi crimine morte mulctatur, numquid mora qua occiditur, BUS DEBEATUR, QUI EXTRA CKATIAM FDERINT S A L V A T O B I S
quae perbrevis est, eius supplicium leges aestimant, et non quod eum in
sempiternum auferunt de societate viventium? Quod est autem de ista Sed poena aeterna ideo dura et iniusta sensibus videtur humanis, quia
civitate mortali homines supplicio piimae mortis, hoc est de civitate illa in hac infirmitate moribundorum sensuum deest ille sensus altissimae pu-
immortali homines supplicio secundae mortis auferre. Sicut enim non ef- rissirñaeque sapientiae, quo sentiri possit quantum nefas in illa prima
ficiunt leges huius civitatis, ut in eam quisque revocetur occisus; sic nec praevaricatíone commissum sit. Quanto enim magis homo fruebatur Deo,
illius, ut in vitam revocetur aeternam, secunda morte damnatus. Quomodo tanto maiore impietate dereliquit Ueum, et factus est malo dignus aeter-
ergo verum est, inquiunt, quod ait Christus vester, In qua mensura mensi no, qui hoc in se peremit bonum, quod esse posset aeternum. Hinc est
fueritis, in ea remetietur vobis31, si tempérale peccatum supplicio puni- universa generis humani massa damnata: quoniam qui hoc primitus admi-
tur aeterno? Nec attendunt, non propter aequale temporis spatium, sed sit, cum ea quae in illo fuerat radicata sua stirpe punitus est, ut nullus
propter vicissitudinem mali, id est, ut qui mala fecerit, mala patiatur, ab hoc iusto debitoque supplicio, nisi misericordia et indebita gratia li-
eamdem dictam fuisse mensuram. Quamvis hoc in ea re proprie possit beretur; atque ita dispertiatur genus humanum, ut in quibusdam de-
accipi, de qua Dominus cum hoc diceret, loquebatur, id est, de iudiciis et monstretur quid valeat misericors gratia, in caeteris quid iusta vindicta.
condemnationibus. Proinde qui iudicat et condemnat iniuste, si iudicatur Ñeque enim utrumque demonstraretur in ómnibus: quia, si omnes rema-
et condemnatur iuste, in eadem mensura recipit, quamvis non hoc quod nerent in poenis iustae damnationis. in millo appareret misericors gratia
dedit. Iudicio enim fecit, iudicio patitur: quamvis fecerit damnatione redimentis: rursum, si omnes a tenebris transferrentur in lucem, in nullo
quod iniquum est, patiatur damnatione quod iustum eet. appareret severitas ultionis, In qua propterea multo plures quam in illa
sunt, ut sic osteadatur quid ómnibus deberetur. Quod si ómnibus red-
" L e . 5,38. deretux, iusütiam vindicantis iuste nemo reprehenderéis quia vero tam
1574 LA CIUDAD DE DIOS X X I , 13 XXI, 13 EL INFIERNO, FIN DE U CIUDAD TERRENA 1575
v e n g a d o r ; p e r o , c o m o son m u c h o s los l i b r a d o s , ya h a y m o t i v o las a castigos para que los suplicios las limpien. Ahí tienes unas Bus-
p a r a d a r infinitas g r a c i a s al d i v i n o L i b e r t a d o r p o r este d o n pendidas en el aire, expuestas al soplo veloz de los vientos, y otras
gratuito. lavando sus manchas en el fondo de los abismos, y otras purificándose
en el fuego.
C A P I T U L O X I I I Los que así p i e n s a n n o r e c o n o c e n d e s p u é s de la m u e r t e m á s
q u e p e n a s p u r g a t o r i a s . Y c o m o el a g u a , el a i r e y el fuego son
C O N T R A LA O P I N I Ó N QUE S O S T I E N E Q U E L O S M A L O S S E R Á N elementos s u p e r i o r e s a la t i e r r a , s i r v e n de m e d i o s de e x p i a c i ó n
CASTIGADOS D E S P U É S DE LA M U E R T E PARA S U P U R I F I C A C I Ó N p a r a purificar l a s a l m a s de l a s m a n c i l l a s c o n t r a í d a s al con-
tacto de la t i e r r a . E s t o lo h a l l a n en el p o e t a . E l a i r e , d o n d e
L o s p l a t ó n i c o s , es cierto, n o q u i e r e n q u e q u e d e i m p u n e dice expuestas al soplo de los vientos; el a g u a , a q u í : en el

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


n i n g ú n p e c a d o ; p e r o e s t i m a n q u e t o d a s l a s p e n a s t i e n e n u n fin fondo de los abismos; y el fuego lo e x p r e s a p o r su n o m b r e a l
c o r r e c t i v o o de e n m i e n d a , t a n t o l a s infligidas p o r l a s leyes hu- d e c i r : otras purificándose en el fuego.
m a n a s c o m o l a s s a n c i o n a d a s p o r l a s d i v i n a s . Y esto, b i e n las N o s o t r o s r e c o n o c e m o s c i e r t a s p e n a s p u r i f i c a t o r i a s en esta
s u f r a n en esta vida, b i e n l a s h a y a n de sufrir d e s p u é s de la vida m o r t a l . Y t i e n e n ese c a r á c t e r n o p a r a a q u e l l o s c u y a v i d a
m u e r t e p a r a n o h a c e r l o a q u í o n o c o r r e g i r s e . Esto dio o r i g e n n o m e j o r a con e l l a s , o m á s b i e n e m p e o r a , sino p a r a a q u e l l o s
a a q u e l l a s e n t e n c i a de M a r ó n [ 2 4 ] , c u a n d o , d e s p u é s de h a b e r o t r o s q u e se c o r r i g e n así c a s t i g a d o s . T o d a s l a s d e m á s p e n a s ,
h a b l a d o de los c u e r p o s t e r r e n o s y de los m i e m b r o s d e s t i n a d o s t e m p o r a l e s o e t e r n a s , q u e la d i v i n a P r o v i d e n c i a inflige a c a d a
a la m u e r t e , dice q u e l a s a l m a s u n o p o r m i n i s t e r i o de los h o m b r e s o de los á n g e l e s , b u e n o s
conocen el temor y el deseo, la alegría y el dolor, y no ven la claridad o m a l o s , tienen p o r o b j e t o , b i e n c a s t i g a r los p e c a d o s p a s a d o s
de los cielos, presas en sus tinieblas y en su cárcel sin ojos, o actuales, b i e n e j e r c i t a r y p o n e r d e relieve l a s v i r t u d e s . C u a n -
d o u n o p a d e c e u n m a l p o r m a l i c i a o e r r o r de o t r o , p e c a cier-
Y añade a renglón seguido: tamente el q u e le c a u s a ese m a l ; p e r o D i o s , q u e l o p e r m i t e
De ahí que en el día supremo, cuando la vida las abandone. con juicio j u s t o , a u n q u e oculto, n o p e c a .
L a s p e n a s t e m p o r a l e s , u n o s las sufren s o l a m e n t e en esta
es decir, c u a n d o en el d í a s u p r e m o les deje esta vida, vida, otros d e s p u é s d e l a m u e r t e , o t r o s en esta v i d a y e n la
No están—dice—completamente libres las desgraciadas del mal y otra, p e r o a n t e s del ú l t i m o y m á s r i g u r o s o de los j u i c i o s . N o
de las manchas de los cuerpos. Sus vicios, endurecidos por los años, todos los q u e sufren p e n a s t e m p o r a l e s d e s p u é s de l a m u e r t e
han echado raíces de profundidad asombrosa, y es necesario someter-
Ergo exercentur poenis, veterumque malorum
multi exinde liberantur, est unde agantur maximae gratiae gratuito mu" Supplicia expendunt: aliae panduntur inanes
Suspensae ad ventos, alus sub gurídte vasto32
neri liberantis. Infectum eluitur scelus, aut exuritur igni .
CAPUT XIII Qui hoc opinantur, nullas poenas nisi purgatorias volunt esse post mor-
tem, ut quoniam terris superiora sunt elementa, aqua, aer, ignis, ex aliquo
CONTIU OPINIONEM EOKUM QUI PUTANT CRIMINOSIS SUPPMCIA POST MORTEM istorum mundetur per expiatorias poenas, quod terrena contagione con-
CAUSA PURCATIONIS ADHIBERI tractum est. Aer quippe accipitur in eo quod ait, Suspensae ad ventos:
aqua in eo quod ait, Sub gurgite vasto: ignis autem suo nomine expres-
Platonici quidem, quamvis impunita nulla velint esse peecata, tamen sus est, cum dixit, Aut exuritur igni. Nos vero etiam in hac quidem mor-
omnes poenas emendationi adhiberi putant, vel humanis inflictas legibus, tali vita esse quasdam poenas purgatorias confitemur, non quibus af-
vel divinis, sive in hac vita, sive post mortem, si aut parcatur hic cuique, fliguntur quorum vita vel non inde fit melior, vel potius inde fit peior;
ant ita plectatur ut hic non corrigatur. Hinc est Maronis illa sententia, sed illis sunt purgatoriae, qui eis coerciti corriguntur. Caeterae omnes poe-
ubi cum dixisset de terrenis corporibus moribundisque membris, quod nae, sive temporariae, sive sempiternae, sicut unusquisque divina provi-
aniroae dentia tractandus est, inferuntur, vel pro peccatis sive praeteritis, sive iu
Hiñe metuunt cupiuntque, dolent gaudentque, neo aura* quibus adhuc vivit ille qui plectitur, vel pro exercendis declarandisque
Suspiciunt, clausae tenebris et carcere caeco; virtutibus, per nomines et angelos, seu bonos seu malos. Nam etsi quis-
secutas adiunxit, atque ait: quam mali aliquid alterius improbitate vel errore patiatur, peccat quidem
homo, qui vel ignorantia, vel iniustitia cuiquam mali aliquid facit: sed
Ouin et supremo cuín lumine vita reliquit; non peccat Deus, qui iusto, quamvis occulto, iudicio fieri sinit. Sed tem-
id est, cum die novissimo reliquit eas ista vita, porarias poenas alii in hac vita tantum, alii post mortem, alii et nunc et
tune, verumtamen ante iudícium illud severissimum novissimumque pa-
Non tamen (inquit) omne malum miseris, neo funditus omnes tiuntur. Non autem omnes veniunt in sempiternas poenas, quae post illud
Corporeae excedunt pestes, penitusque necease est
Multa diu concreta modín inolescere mirla. 32
Aeneid. 1.6 v.73,3-742.
1576 LA CIUDAD M DIOS XXI, 14
XXI, 15 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD IEUR1SNA 1577
caerán en las penas eternas después del juicio final. Ya hemos
apuntado arriba que a algunos se les remitirá en el siglo fu- cuenta que el único que se ha reído al nacer fué Zoroastro;
turo lo que no se les remite en éste, con el fin de que no sean pero su monstruosa risa no le auguró ningún bien. Pasa por
castigados con el suplicio eterno [ 2 5 ] . el inventor de las artes mágicas, que, no obstante, no le sirvie-
ron nada para defender la vana felicidad de la presente vida
contra sus enemigos. Porque fué vencido por Niño, rey de los
C A P I T U L O XIV asirios, siendo él rey de los bactrianos [ 2 8 ] .
Escrito está: Un yugo pesado abruma a los hijos de Adán
PENAS TEMPORALES DE ESTA VIDA
desde el día que salen del vientre materno hasta el día del en-
tierro en el seno de la madre común. Esta tara es tan inevita-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Son rarísimos los que en esta vida no sufren en expiación ble, que los mismos niños librados por el bautismo del pecado
de sus culpas, sino sólo después de ella. Yo he conocido al- original—visco que los detenía—están expuestos a un sin-
gunas personas que han llegado a una vejez muy avanzada sin • número de males, hasta padecer a veces las incursiones de los
haber tenido la menor fiebre y que han pasado su vida en espíritus malos. Lejos de nosotros pensar que estos sufrimien-
una tranquilidad perfecta. Esto no obsta para considerar la tos les sean obstáculo si terminan la vida en esa edad por
vida de los mortales como una larga pena y como tentación, agravarse el sufrimiento y separarse el alma del cuerpo [ 2 9 ] .
según las palabras de las Sagradas Letras: ¿No es verdad que
la vida del hombre sobre la tierra es tentación? No es ya
pequeña pena la ignorancia o la impericia, cuya aversión es CAPITULO XV
tal que, para escapar a ella, se obliga a los niño3, a costa de
castigos y dolores sin cuento, a aprender las artes 'libera- L A GRACIA DE D I O S Y SUS EFECTOS
les [ 2 6 ] . El mismo estudio, a que se los constriñe con castigos,
les es tan duro, que a veces prefieren aguantar las penas a Sin embargo, el pesado yugo impuesto a los hijos de Adán,
estudiar. ¿Quién no sentirá horror, y si se le propone la dis- desde el día de su nacimiento hasta el día de su entierro en
yuntiva, morir o volver a la infancia, elegirá la muerte? [ 2 7 ] . el seno de la madre común, entraña otro mal asombroso. Nos
Esta que se abre a la luz no viendo, sino llorando, profetiza en enseña a ser sobrios y a comprender que esta vida penal es
cierto modo, sin darse cuenta, los males que la esperan. Se una secuela del pecado nefando cometido en el paraíso y que

iudicium sunt futurae, qui post mortem susdnent temporales. Nam qui- quidem quod non a risu, sed a fletu orditur hanc lucera, quid malorum
busdam, quod ¡n isto non remittitur, remitti in futuro saeculo a s , id est, ¡ngressa sit, nesciens prophetat quodammodo. Solum, guando natus est,
ne futuri saeculi aeterno supplicio puniantur, iara supra diximus. ferunt risisse Zoroastrem, nec ei boni aliquid monstrosus risus ille por-
tendit. Nam magicarum artium fuisse perhibetur inventor: quae quidem
illi nec ad praesentis vitae vanara felicitatem contra suos inimicos prodea-
CAPUT XIV se potuerunt. A Niño quippe rege Assyriorum, cum esset ipse Bactriano-
rüm, bello superatus est. Prorsus quod scriptum est, Grave iugum super
D E POENIS TEMPORALIBUS ISTIUS VITAE, QUIBUS SUBIECTA EST filios Adam, a die exitus de ventre matris eorum, usque in diem sepul-
HUMANA CONDITIO íurae in matrera omnium s% usque adeo impleri necesse est, ut ipsi par-
vüli per lavacrum regenerationis ab originalis peccati, quo solo teneban-
Rarissim! sunt autem qui nullas in hac vita, sed tantum post eam poe- tur, vinculo iam soluti, mala multa parientes, nonnulli et incursus spiri-
nas luunt. Fuisse tamen aliquos, qui usque ad decrepitam senectutem ne tuum malignorum aliquando patiantur. Quae quidem passio absit ut eis
levissimam quidem febriculam senserint, qnietamque duxerint vitam, ipsi obsit, si hanc vitam in illa aetate, etiam ipsa passione ingravescente et
et novimus et audivimus: quamquam vita ipsa mortalium tota poena sit, animatn de corpore excludente, finierint.
quia tota tentatio est, sicut sacrae Litterae personant, ubi scriptum est,
Numquid non tentatio est vita humana super terram?si Non enim parva
poena est ipsa insipientia, vel imperitia, quae usque adeo fugienda mérito CAPUT XV
iudicatur, ut per poenas doloríbus plenas pueri cogantur quaeque artificia
vel litteras discere: ipsumque discere, ad quod poenis adiguntur, tam QüOD 0MNE 0PUS GRATIAE ÜEI ERÜENTIS NOS DE PROFUNDITATE VETERI9
poenale est eis, ut nonnunquam ipsas poenas per quas compelluntur MALÍ, AD FUTURI SAECULI PERTINEAT NOVITATEM
discere, malint ferré, quam discere. Quís autem non exhorreat, et mori
eligat, si ei proponatur, aut mors perpetienda. aut rursus infantia? Quae Verumtamen in gravi iugo quod positura est super filios Adam, a die
83
exitus de ventre matris eorum, usque in diem sepulturae in matrém om-
Mt. 13,33. nium, etiam hoc malum mirabile reperitur, ut sobrii simus, atque intelli-
"4 Iob 7,i, sec. LXX. .•>.-.
•5 Eecli, 40,1.
1578 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 15 XXI, 16 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1579
todo lo que se nos promete en el Nuevo Testamento atañe úni- en que fué creado. Ahora el hombre feliz que se negó a tener
camente a la nueva heredad del siglo futuro. Una vez aceptada paz con Dios lucha infeliz consigo mismo, y, siendo este mal
aquí esa prenda, lograremos a su tiempo el trueque de la mis- miserable, es mejor que su vida precedente. Mejor es com-
ma. Ahora caminemos en esperanza y, adelantando de día en batir los vicios que dejarse dominar sin ningún choque. Mejor
día, mortifiquemos por el espíritu las obras de la carne. Por- es, digo, la guerra con la esperanza de la vida eterna que el
que el Señor conoee quiénes son de El, y todos los que son cautiverio sin esperanza de libertad. Verdad es que ansiamos
conducidos por el Espíritu de Dios, ésos son hijos de Dios, vernos también libres de esta guerra v nos abrasamos en el
pero por gracia, no por naturaleza. P o r naturaleza sólo hay fuego del amor divino por conseguir esa paz ordenadísima que
un Hijo de Dios, que, por su bondad, se hizo por nosotros trae consigo la estabilidad y el sometimiento de lo inferior a
hijo del hombre, a fin de que nosotros, hijos del hombre por lo superior. Mas, aunque—lo que Dios no permita—no es-
naturaleza, nos tornáramos en hijos de Dios por gracia por su

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


peráramos tamaño bien, deberíamos siempre preferir el com-
mediación. El, siempre inmutable, vistió nuestra naturaleza bate, aunque sea duro, a ceder a los vicios y a arrojarnos en
para salvarnos, y asido a su divinidad, se hizo particionero de sus brazos.
nuestra debilidad con el fin de que nosotros, cambiados en me-
jores, perdamos lo que tenemos de pecadores y de mortales, C A P I T U L O XVI
participando de su inmortalidad y de su justicia, y conserve-
mos lo bueno que ha hecho en nuestra naturaleza, en la pleni-
tud de su bondad. LAS LEYES DE LA GRACIA Y LAS EDADES DE LOS HOMBRES
REGENERADOS
Como caímos por el pecado de un solo hombre en una
miseria tan deplorable, así arribaremos por la gracia de un Es tal la misericordia de Dios para con los vasos de mise-
solo hombre, que a la vez es Dios, a la posesión de nuestro ricordia destinados a la gloria, que tanto en la primera como
bien soberano. Y nadie debe confiar que pasó del primer es- en la segunda edad del hombre, o sea en la infancia y en la
tado al segundo hasta que arribe al puerto en que no habrá puericia, la una entregada sin resistencia a la carne; y la otra,
ya tentación y logre la paz que persigue a través de los com- en la que la razón, aún no consciente de esta lucha, está casi
bates que la carne libra contra el espíritu, y el espíritu contra por completo sometida a todas las inclinaciones viciosas y,
la carne. Una guerra semejante no tendría lugar si el hombre, aunque ya capaz de habla—lo cual induce a creer que pasó
usando del libre albedrío, se hubiera conservado en la rectitud la infancia—, no es todavía capaz de preceptos, quien recibiere
gamus hanc vitam de peccato illo nimis nefario, quod in paradiso perpe-
tratum est, factam nobis esse poenalem, totumque quod nobiscum agitur per liberum arbitrium in rectitudine, in qua facta est, perstitisset. Nunc
per Testamentum novum, non pertinere nisi ad novi saeculi haereditatem vero quae pacem felix cum Deo habere noluit, secum pugnat infelix, et
novam, ut hic pignore accepto, illud cuius hoc pignus est suo tempore cum sit hoc malum miserabile, melius est tamen quam priora vitae huius.
consequamur: nunc autem ambulemus sin spe, et proficientes de die in Melius confligitur quippe cum vitiis, quam cum sine ulla conflictione do-
diem, spiritu facta carnis mortificemus °. Novit enim Dominus qui sunt minantur. Melius est, inquam, bellum cum spe aeternae pacis, quam sine
eius37; et, Quotquot Spiritu Dei aguntur, hi filii sunt Deiss, sed gratia, ulla liberationis cogitatione captivitas. Cupimus quidem etiam hoc bello
non natura. Unicus enim natura Dei Filius, propter nos misericordia factus carere, et ad capessendam ordinatissimam pacem, ubi firmissima stabili-
est filius hominis, ut nos natura filii hominis, filii Dei per illum gratia tate potioribus inferiora subdantur, igne divini amoris accendimur. Sed
fieremus. Manens quippe ille Ímmutabilis, naturam nostram, in qua nos si, quod absit, illius tanti boni spes nulla esset, malle debuimus in huius
susciperet, suscepit a nobis; et tenax divinitatis suae, nostrae infirmitatis conflictationis molestia remanere, quam vitiis in nos dominationem nou
particeps factus est; ut nos in melius commutati, quod peccatores morta- eis resistendo permittere.
lesque sumus, eius immortalis et iusti participatione amittamus, et quod
in natura nostra bonum fecit, impletum summo bono in eius naturae bo-
nitate servemus. Sicut enim per unum hominem peccantem 39 in hoc tam CAPOT XVI
grave maliim devenimus: ita per unum hominem eumdemque Deum iusti-
ficantem ad illud bonum tam sublime veniemus. Nec quisquam se debet S U 3 QUIBUS GHATIAE LEGIBOS OMNES REGENEBATORÜM HABEANTUK AETATES
ab isto ad illum transisse confidere, nisi cum ibi fuerit, ubi tentatio nulla Verum tanta est Dei misericordia in vasa misericordiae quae praepa-
erit; nisi pacem tenuerit, quam belli huius,4 in quo caro concupiscit ad- ravit in gloriara, ut etiam prima hominis aetas. id est, infamia quae sine
versus spiritum et spiritus adversus carnem °, multis et variis certamini- ullo renisu subiacet carni, et secunda quae pueritia nuncupatur, ubi non-
büs quaerit. Hoc autem bellum nunquam ullum esset, si natura humana dum ratio suscepit hanc pugnam, et fere sub ómnibus vitiosis delectatio-
« Rom.. 8,13. ;\ . 3
" Ibid., 5,1a. nibus iacet, quia licet iam fari valeat. et ideo infantiam transisse videatur,
" 2 Tim. 3,19 «° Gn!. 5,17 nondum in ea est praecepti capax infirmitas mentís; si sacramenta Me-
»" Rom, 8,14. diatoris a.cceperit. etiamsi hanc in eis annis vitam finiat, translata scilicet
1580 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 16
XXI,17 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1581
los sacramentos del Mediador, es decir, quien fuere transferido
de la potestad de las tinieblas al reino de Cristo, aunque termi- ritu cuanto les haya sugerido delectación carnal. La mayor
ne su vida en esos años, no sólo no sufrirá penas eternas, sino parte, después de recibido el precepto de la ley, lo han vio-
ni purificatorias siquiera. Porque basta la sola regeneración lado y, dejándose arrastrar por la impetuosa corriente de los
espiritual para invalidar después de la muerte el débito que la vicios, han recurrido luego a la gracia adyuvante, que los tor-
generación carnal había contraído con la muerte [ 3 0 ] . Y en na, con una penitencia más amarga y una lucha más brava,
llegando a la edad capaz de preceptos y de leyes, debe co- vencedores. Sometiendo así su espíritu a Dios, se les somete la
menzar la guerra contra los vicios y pelear bravamente por carne. Quien desee esquivar las penas eternas, sea no sólo
miedo a caer en pecados dignos de condenación. Si la costum- bautizado, sino también justificado en Cristo, pasando así de
bre de victoria aún no los ha robustecido, cederán y serán ven- la tiranía del diablo a la libertad de Cristo.
cidos con más facilidad; pero, si la costumbre va dándoles No se crea que las penas del purgatorio no serán anteriores

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


vuelo v triunfos, entonces la victoria es más difícil y traba- al último y tremendo juicio de Dios. No debe negarse, empero,
josa [ 3 1 ] . La victoria verdadera y auténtica la da únicamente que el fuego no será, según la diversidad de méritos malos,
el amor a la verdadera justicia, que radica en la fe en Cristo. para unos más ligero y para otros más pesado, bien varíe su
Porque, si la ley manda sin que el espíritu venga en su ayuda, fuerza y ardor según la pena merecida, bien arda igual, pero
la prohibición que ella hace del pecado no sirve más que para no todos sientan igual su molestia.
aumentar el deseo y añadir el reato de la prevaricación. A ve-
ces, es verdad, hay vicios manifiestos que son superados por
otros vicios ocultos tenidos por virtudes, en las cuales reina la C A P I T U L O XVII
soberbia y una vanidad ruinosa de agradarse a sí mismo [ 3 2 ] .
Los vicios deben considerarse vencidos solamente cuando lo -;-PRIMERA OPINIÓN SOBRE LA NO ETERNIDAD DE LAS PENAS
son por el amor de Dios, que no da sino el mismo Dios v úni-
camente por el Mediador entre Dios y los hombres, el hombre Estoy en que debo enjuiciar y discutir pacíficamente con
Jesucristo, que se hizo partícipe de nuestra mortalidad para aquéllos de entre los nuestros que, por espíritu de misericor-
hacernos particioneros de su divinidad [ 3 3 ] . dia, no quieren creer que las penas serán eternas. Unos hacen
Pero se cuentan con los dedos los hombres tan dichosos esta gracia a todos los hombres que el Juez justísimo juzgará
que hayan pasado su adolescencia sin cometer algún pecado dignos de tal suplicio, y otros solamente a algunos. Y sostie-
mortal, sin caer en algún exceso, en algún crimen o en ale:ún nen que ésos serán librados tras un espacio de tiempo más o
error impío y hayan reprimido con gran liberalidad de espí-
largitate opprimant, quidquid eis posset carnali delectatione dominan.
Plurimi vero praecepto legis accepto. cum prius victi fuerint praevalenti-
a potestate tenebrarum in regnum Christi. non solum poenis non praepa- bus vitiis et praevaricatores eius effecti, tune ad gratiam confugiunt
retnr aetprnis. sed ne ulla quidem post mortero purgatoria tormenta pa- adiuvantem, qua fiant et amarius poenitendo, et vehementius pugnando,
tiatur. Sufficit enim sola spiritualis regeneratio. ne post mortem obsit prius Deo subdita, atque ita carni praeposita mente victores. Quisquís
quod carnalis generatio cum morte contraxit. Cnm autem ventum fuerit igitur cupit poenas evadere sempiternas, non solum baptizetur, verum
ad aetatem, quae praeceptum iam capit, et subdi potest legis imperio, etiam iustificetur in Christo, ac sic veré transeat a diabolo ad Christum.
suseipiendum est bellum contra vitia, et gerendum acriter, ne ad damna- Purgatorias autem poenas nullas futuras opinetur, nisi ante illud ultimum
bilia peccata perducat. Et si quidem nondum victoriamm consuetudine tremendumque iudicium. Nequáquam tamen negandum est, etiam ipsum
roborata sunt, facilius vincnntur et eedunt: si autem vineere atque im- aeternum ignem pro diversitate meritorum quamvis malorum aliis levio-
perare consueverunt, laboriosa difficultate superantur. Ñeque id fit vera- rem, aliis futtiram esse graviorem, sive ipsius vis atque ardor pro poena
citer atque sinceriter, nisi verae delectatione iustitiae: haeo est autem in digna cuiusque varietur, sive ipse aequaliter ardeat, sed non aequali mo-
fide Christi. Nam si lex iubens adsit, et spiritus iuvans desit per ipsam lestia sentiatur.
prohibitionem desiderio crescente atque vineente peccati, etiam reatus
praevaricationis aocedit. Nonnunquam sane apertissima vitia alus vitiis CAPUT XVII
vincuntur occultis, quae putantur esse virtutes, in quibus regnat superbia
et quaedam sibi placendi altitudo ruinosa. Tune itaque victa vitia depu- DE HIS QUI PÜTANT NULLORUM HOMINUM POENAS IN AETERNUM ESSE
tanda sunt, cum Dei amore vincuntur. quem nisi Deus ipse non donat, MANSURAS
nec aliter nisi per Mediatorem De! et hominum hominem Jesum Cliristum,
qui factus est particeps mortalitatis nostrae, ut nos participes faceret di- Nunc iam cum misericordibus nostris agendum esse video, et pacifice
vinitatis suae. Paucissimi autem sunt tantae felicitatis, ut ab ipsa ineunte disputandum, qui vel ómnibus illis hominibus, quos iustissimus Iudex
adolescentia nulla damnabilia peccata commi'tant, vel in flagitiis, vel in dignos gehennae supplicio iudicabit, vel quibusdam eorum nolunt credere
facinoribus, vel in nefariae cuiusquam impietatis errore. sed magna spiritus poenam sempitemam futuram, sed post certi temporis metas pro cuiusque
peccati quantitate longioris sive brevioris eos inde existimant liberandos.
1582 LA CIUDAD DE DIOS X X I , 17
XXI, 1 8 , 1 81, INFIERNO, FIN DK I,A CIUDAD TERRENA 1583
menos largo, según la cantidad y la calidad del pecado. El
más indulgente en este punto fué Orígenes. Abriga la creencia
de que el diablo y sus ángeles, después de suplicios más du- C A P I T U L O X V I I I
ros y más duraderos, según sus méritos, serán librados de
sus tormentos y asociados a los ángeles santos [ 3 4 ] . Mas la SEGUNDA OPINIÓN SOBRE EL MISMO PUNTO
Iglesia lo ha condenado justamente [35] por este y por otros
errores, entre los cuales citaré solamente la alternativa conti- 1. Hay otros, como he podido comprobar personalmente
nua, eterna y a períodos fijos, a que somete a las almas. En en mis coloquios, que, bajo pretexto de respeto a las santas
esto fracasó su aparente misericordia, pues hace sufrir a los Escrituras, merecen ser censurados en sus costumbres, pues que
santos verdaderas miserias para pagar sus penas, asignándoles en provecho propio hacen a Dios mucho más indulgente que
una falsa felicidad que no les asegura el goce del bien eterno los anteriores. Confiesan que los pecadores y los infieles me-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


y verdadero, o sea, cierto y sin temor. recen ser castigados, según la predicción divina, que es verda-
El error humano y lleno de misericordia de aquellos que dera; pero que, cuando llegue el juicio, la misericordia se
restringen esa alternativa de felicidad eterna y miserias tem- aumentará notablemente. Dios, todo bondad, los perdonará
porales a los condenados y a cuantos más tarde o más tem- —dicen ellos—-por las súplicas e intercesión de sus santos.
prano serán librados, se ha muy de diverso modo. Si esta opi- Pues si oraban por ellos cuando los perseguían como enemi-
nión es tenida por buena y por verdadera por ser indulgente, gos, ¿cuánto más lo harán cuando vivan postrados, humildes
será tanto más verdadera y mejor cuanto más indulgente sea. y suplicantes? No debe creerse—añaden—que los santos van
¡Extiendan, pues, y hagan subir esa fuente de misericordia a perder sus entrañas de misericordia cuando su santidad sea
hasta los ángeles condenados, siquiera para libertarlos después colmada y perfectísima, de suerte que ellos, que oraban por
de muchos siglos de tormentos! ¿Por qué mana para toda la sus enemigos cuando aún tenían pecados, no oren por sus de-
naturaleza humana y en llegando a la angélica se agosta? No votos cuando comenzaren a no tener pecado alguno. ¿ 0 es que
se atreven a ir más lejos y extender su misericordia hasta el Dios no escuchará la oración pura de estos hijos suyos, cuya
diablo. Si alguien se atreve, vence en bondad, es cierto, a és- santidad alcanzó ya el cénit?
tos; pero su error es tanto más disforme y más opuesto a la Los defensores de que los infieles e impíos serán atormen-
palabra de Dios, cuanto parece un sentir más compasivo. tados largo tiempo y luego se verán libres de todos los males,
alegan en su favor este testimonio del Salmo: ¿Se olvidará
Qua in re misericordior profecto fuit Orígenes, qui et ipsum diabolum
atque angelos eius post graviora pro meritis et diuturniora supplicia ex
illis cruciatibus eruendos atque sociandos sanctis Angelis credidit. Sed
illum et propter hoc, et propter alia nonnulla, et máxime propter alter- CAPUT XVIII
nantes sine cessatione beatitudines et miserias, et statutis saeculorum in-
tervallis ab istis ad illas, atque ab illis ad istas itus ac reditus intermi- DE HIS QUI NOVISSIMO IUDICIO, PROPTER INTERCESSIONES SANCTORUM,
nabiles, non immerito reprobavit Ecclesia: quin et hoc quod misericors NEMINEM HOMINUM PUTANT ESSE DAMNANDUM
videbatur amisit, faciendo sanctis veras miserias quibus poenas luerent, et
falsas beatitudines in quibus verum ac securum, hoc est, sine timore cer- 1. Sunt etiam, quales in collocutionibus nostris ipse sum expertus,
tum sempiterni boni gaudium non haberent. Longe autem aliter istorum qui cum venerari videantur Scripturas sanctas, moribus improbandi sunt;
misericordia humano errat affectu, qui hominum illo iudicio damnatorum et agendo causam suam, multo maiorem quam isti misericordiam Deo tri-
miserias temporales, omnium vero qui vel, citius vel tardius liberantur, buunt erga humanum genus. Dicunt enim de malis et infidelibus homi-
aeternam felicitatem putant. Quae sententia si propterea bona et vera nibus divinitus quidem verum praedictum esse, quod digni sunt poena:
quia misericors est, tanto erit melior et verior quanto misericordior fuerit. sed cum ad iudicium ventum fuerit, misericordiam esse superaturam. Do-
Extendatur ergo ac profundatur fons huius misericordiae usque ad dam- nabit enim eos, inquiunt, misericors Deus precibus et intercessionibus
natos angelos, saltem post multa atque prolixa quantumlibet saecula Iibe- sanctorum suorum. Si enim orabant pro illis, quando eos patiebantur mí-
randos. Cur usque ad universam naturam manat humanam, et cum ad micos, quanto magis quando videbunt humiles supplicesque prostratos?
angelicam ventum fuerit, mox arescit? Non audent tamen se ulterius mi- Ñeque enim credendum est, aiunt, tune amissuros sanctos viscera miseri-
serando porrigere, et ad liberationem ipsius quoque diaboli pervenire. Ve- cordiae, cum fuerint plenissimae ac perfectissimae sanctitatis, ut qui tune0
rum si aliquis audet, vincit nempe istos, et lamen tanto invenitur errare orabant pro inimicis suis, quando et ipsi sine peccato non erant, d tti-"
deformius, et contra recta Dei verba perversius, quanto sibi videtur sentiré non orent pro supplicibus suis, quando nullum coeperint habere p e c u m -
clementius. Aut vero Deus tune eos non exaudiet tot et tales filios suos. guando in
tanta eorum sanctitate nullum inveniet orationis impedi^untum? Testi-
monium vero Psalmi, et illi quidem qui permittunt infideles atque impíos
nomines saltem longo tempore cruciari, et postea -fe malis ómnibus erui,
1584 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 18, 2
Dios de su clemencia o detendrá su ira el curso de su mise- X X I , 18, 2 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1585
ricordia? Estos otros sostienen que este pasaje favorece mu-
Cuanto sospechan en sus corazones, piensan que las di-
cho más su pinión. La ira de Dios—dicen ellos—quiere que
vinas Escrituras lo callaron con el fin de que muchos se corri-
todos los indignos de la beatitud eterna sean castigados con
jan por temor a esas penas largas o eternas y haya quienes
un suplicio eterno por su juicio. Y para permitir que su-
puedan orar por aquellos que no se corrijan. Mas no creen
fran algo, por breve que sea, su ira detendrá el curso de sus
que lo calla de un modo absoluto la Palabra divina. Pues ¿a
misericordias. El Salmo niega por eso que lo haya de hacer.
qué se aplican—dicen ellos—estas palabras del Salmo: ¡Qué
Porque no dice: «¿Detendrá su ira largo tiempo el curso de
grande y abundante es, Señor, la dulzura que tienes reservada
sus misericordias?», sino que expresa que no lo detendrá [ 3 6 ] .
para los que te temen!? ¿No quiere esto darnos a entender que
2. Estos pretenden con ese sentir que la conminación del
esta inmensa dulzura de la misericordia de Dios fué escondida
juicio de Dios, aunque no condene a nadie, no es falsa, como
a los hombres para infundirles temor? Y añaden aquello del

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


no podemos decir que fué falsa la amenaza hecha a Nínive
Apóstol: El hecho es que Dios permitió que todas las gentes
sobre la destrucción de la ciudad. Y esto a pesar de que su
quedasen envueltas en la incredulidad para ejercitar su miseri-
predicción incondicionada no se realizó. El profeta no dice:
cordia con todos. Aquí se dice que no condenará a nadie.
«Nínive será destruida si no hace penitencia y se corrige», sino
que anunció la futura destrucción de la ciudad sin añadir con- Los seguidores de esta opinión no la extienden a la libera-
dición alguna. Esta amenaza la consideran veraz porque Dios ción o condenación del diablo y sus ángeles. Son tocados de
les predijo un castigo del que realmente eran dignos, aunque compasión humana sólo para con los hombres, y sobre todo
no lo sufrieran. Si, pues, perdonó a los que hicieron penitencia abogan por sus fueros, prometiendo al género humano, como
•—añaden—, es cierto que no ignoraba que la harían, y, sin por una misericordia general de Dios, una impunidad falsa con
embargo, predijo absoluta y categóricamente la destrucción de miras a sus rotas costumbres. Esta es la razón de que quienes
todos. Esto era así—prosiguen—en la verdad de su justicia, prometan tal impunidad también al príncipe de los demonios v
pero no lo era en razón de su misericordia, porque su ira no a sus satélites, sobrepujarán a éstos en el encarecimiento de la
detuvo su curso y perdonó la pena conminada contra los peca- misericordia de Dios.
dores. Si perdonó entonces—agregan—, aunque debió contris-
tar a su santo profeta, ¿cuánto más perdonará cuando todos los
quam non continuit in ira sua, ut ab ea poena supplicibus parceret, quam
santos intercederán para que perdone a los suplicantes más fuerat contumacibus comminatus. Si ergo tune pepercit, aiunt, quando
miserables aún? sanctum suum Proplietam fuerat parcendo contristaturus, quanto magis
tune miserabilius supplicantibus parcet, quando ut parcat omnes sancti
sed magis isti pro se dicunt esse, ubi legitur: Numquid obliviscetur mise-, eius orabunt? Sed hoc quod ipsi suis cordibus suspicantur, ideo putant
reri Deus, aut continebit in ira sua miserationes sitas?'1 Ira eius est, Scripturas tacuisse divinas, ut multi se corrigant, vel prolixarum vel aeter-
inquiunt, ut omnes indigni beatitudine sempiterna, ipso iudicante punian- narum timore poenarum, et sint qui possint orare pro eis, qui se non
tur supplicio sempiterno. Sed si vel longum, vel prorsus ullum esse per- correxerint: nec tamen opinantur omni modo id eloquia divina tacuisse.
miserit, proferto ut possit hoc fieri, continebit in ira sua raiserationes Nam quo pertinet, inquiunt, quod scriptum est, Quam multa multitudo
suas, quod eum Psaímus dicit non esse facturum. Non enim ait, Numquid dulcedinis tuae, Domine, quam abscondisti metuentibus te! " nisi ut in-
díu continebit in ira sua miserationes suas? sed quod prorsus non conti- telligamus propter timorem fuisse absconditam misericordiae divinae tam
nebit, ostendit. rriultam secretamque dulcedinem? Addunt etiam propterea dixisse Aposto-
lum, Conclusit enim Deus omnes in infidelitate. ut omnium misereatur ,
2. Sic ergo isti volunt iudicii Dei comminatíonem non esse mendacem, quo significare!, quod ab ¡lio nemo damnabitur. Nec isti tamen qui hoc
quamvis sit neminem damnaturus, quemadmodum eius comminatíonem, sentiunt, hanc opinionem suam usque ad liberationem vel nullam damna-
qua dixit eversurum se esse Niniven civitatem ", mendacem non possu- tionem diaboli atque angelorum eius extendunt. Humana quippe circa
mus dicere; et tamen non factum est, inquiunt, quod sine ulla con- solos homines moventur misericordia, et causam máxime agunt suam, per
ditione praedixit. Non enim ait, Ninive evertetur, si non egerint poe- generalera in gemís humanum quasi Dei miserationem impunitatem falsam
nitentiam, seque correxerint: sed hoc non addito praenuntiavit futuram suis perditis moribus pollicentes: ac per hoc superabunt eos in praedi-
eversionem illius civitatis. Quam comminationem propterea veracem pu- canda Dei misericordia, qui hanc impunitatem etiam principi daemonum
tant, quia hoc praedixit Deus quod veré digni erant pati, quamvis hoo et eius satellitibus pollicentur.
;on esset ipse facturas. Nam etsi poenitentibus pepercit, inquiunt, utique
Utos rioenitentiam non ignorabat acturos, et tamen absolute ac definite 43
P5. 30,20.
eorum fc.«rsionem futuram esse praedixit. Hoc ergo erat, inquiunt, in ve- " Rom, 1143.
ntate severiu.t;Sj q u ¡ a y e r a n t digni; sed in ratione miserationis non erat,
" Ps. 76,10,
" Ion. 3,4,
1586 I-A CIUDAD DB DIOS X X I , 20 XXI, 21 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1587

ber comido su cuerpo, no sólo en sacramento, sino también en


CAPITULO XIX realidad. Así dice el Apóstol: Muchos somos un solo pan, un
solo cuerpo. Según esto, los católicos, aunque hayan caído en
la herejía o en la idolatría de los gentiles, por el simple hecho
TERCERA OPINIÓN
de haber recibido el bautismo de Cristo y de haber comido su
Hay otros que prometen la liberación del suplicio eterno cuerpo en el cuerpo de Cristo, es decir, en la Iglesia católica,
solamente a los regenerados por el bautismo que participan del no morirán eternamente, sino que gozarán algún día de la vida
eterna. Y su impiedad, por grande que fuere, no cuenta para
cuerpo de Cristo, sea cual sea su vida anterior y cualquiera la
la eternidad, sino para la duración y calidad de las penas.
herejía o impiedad en que hayan caído. Y se fundan en aque-
llas palabras de Jesús: Este es el pan que desciende del cielo,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


& fin de que quien comiere de él no muera. Yo soy el pan vivo
que descendió del cielo. Quien comiere de este pan vivirá eter- CAPITULO XXI
namente. Es preciso, por consiguiente—concluyen ellos—, que
éstos se vean libres de la muerte eterna y pasen algún día a la QUINTA OPINIÓN
vida eterna.
Hay otros que, considerando estas palabras: El que perseve-
CAPITULO XX rare hasta el fin, se salvará, prometen la salvación a los que
perseveren en la Iglesia, aunque vivan rotamente en ella. Dicen
que se salvarán por la prueba del fuego y por los méritos del
CUARTA OPINIÓN fundamento, del que dice el Apóstol: Nadie puede poner otro
fundamento que el que ya ha sido puesto, el cual es Jesucristo.
Algunos otros hacen esta promesa no a todo» los que han Si sobre tal fundamento pone alguno materiales de oro, plata,
recibido el bautismo y participado del sacramento del cuerpo piedras preciosas o maderas, heno y hojarasca, sepa que la
de Cristo, sino a solos los católicos, aunque vivan perdidamen- obra de cada uno ha de manifestarse. El día del Señor la des-
te. Estos han sido constituidos en el cuerpo de Cristo por ha- cubrirá, pues se ha de manifestar por medio del fuego, y el
fuego ha de mostrar cuál sea la obra de cada uno. Si la obra
CAPUT XIX Christi, in ipso eius corpore constituti, de quo dicit Apostolus, Unus pañis,
unum corpus multi sumus ": ut etiamsi postea .in aliquam haeresim vel
D E H1S QUI IMFUNITATEM OMNIUM PECCATORUM PROMITTUNT ETIAM etiam in gentilium idololatriam lapsi fuerint, tantum quia in corpore
HAERETICIS, PROPTER PARTICirATIONEM CORPORIS C H R I S T I Christi, id est in Ecclesia catholica, sumpserunt Baptismum Christi et
manducaverunt Corpus Christi. non moriantur in aeternum, sed vitam
ítem sunt alii, ab aeterno supplicio liberationem, nec ipsis saltem óm- quandoque consequantur aeternam; atque illa omnis impietas quanto
nibus hominibus prominentes, sed tantummodo Christi Baptismate ablutis, maior fuerit, non eis valeat ad aeternitatem. sed ad diuturnitatem magni-
qui participes fiunt corporis eius, quomodolibet vixerint, in quacumque tudinemque poenarum.
haeresi vel impietate fuerint, propter illud quod ait Iesus: Hic est pañis
qui de cáelo descendit, ut si quis ex ipso manducaverit, non moriatur. CAPUT XXI
Ego sum pañis vivus, qui45de cáelo descendí: si quis manducaverit ex hoc
pone, vivel in aetemum- . Ab aetema ergo morte, inquiurit, necesse es! DE HIS QUI EOS QVJI PERMANENT IN CATHOUCA FIDE. ETIAMSI PESSIME
¡stos erui, et ad vitam aeternam quandocumque perduci. VIXERINT, ET OB HOC URI MERUERINT, TAMEN PROPTER FIDEI
FUNDAMENTUM SALVANDOS ESSE DEFINIUNT

CAPUT XX Sunt autem qui propter id quod scríptum est, Qui perseveraverit usque
in finem, hic salvus erit": non nisi in Ecclesia catholica perseverantibus,
DE HIS QUI NON ÓMNIBUS, SED IIS TANTUM QUI APÜD CATHOLICOS SUNT quamvis in ea male viventibus, hoc promittunt, per ignem videlicet sal-
RENATT, ETIAMSI POSTEA IN MULTA CRIMINA ERRORESQUE PRORUPFJUNT, vandis mérito fundamenti, de quo ait Apostolus, Fundamentum enim aliud
INDULGENTIAM POLLICENTUR rtpmo potest poneré, praeter id quod positum est, quod est Christus Jesús.
Si quis autem aedificat super fundamentum hoc aurum, argentum, lapides
ítem sunt qui hoc nec ómnibus habentibus Baptismatis Christi et eius pretiosos. ligna. fenum, stipulam, uniuscuiwaue opus manifestahitur. Dies
corporis sacramentum, sed solis Catholicis, quamvis male viventibus polli- enim declarabit; quoniam, in igne revelabitur, et uniuscuiusque opus
centur; quia non solo sacramento, sed re ipsa manducaverunt Corpus
" i C o r . 10,17.
" l o . S,50-js. " M t . J4.1S-
1588 t,A CIUDAD DE DIOS XXI, 22
X X I , 22 El, INFIERNO, PIN DE U CIUDAD TERRENA 1589
de uno sobrepuesta subsistiere, recibirá la paga. Si la obra de
otro se quemare, será suyo el daño. No obstante, él no dejará vivos y muertos no quiso recordar más que las limosnas hechas
de salvarse, si bien como por el fuego. Admiten que un cristia- u omitidas, tanto a los de la derecha, a quienes dará la vida
no católico, sea como sea la vida que lleva, tiene por funda- eterna, como a los de la izquierda, a quienes condenará al
mento a Cristo y que este fundamento falta a toda herejía sepa- suplicio eterno. A esto alude, según ellos, la petición diaria
rada de la unidad de su cuerpo. Y por eso estiman que. en de la oración dominical: Perdónanos nuestras deudas, así como
x
virtud de ese fundamento, el cristiano católico, aunque lleve nosotros perdonamos a nuestros deudores. Hacer limosna es
una vida rota, como quien pone sobre este fundamento made- perdonar pVs ofensas al que falta contra uno. El Señor mismo
ras, heno y hojarasca, se salvará por la prueba del fuego, es puso esto tan de relieve, que llegó a decir: Si perdonáis a los
decir, después de unas penas pasajeras, será librado del fuego Hombres sus faltas, también vuestro Padre celestial os perdo-
que atormentará a los malos en el último juicio [ 3 7 ] . nará vuestras faltas. Pero, si vosotros no perdonáis a los hom-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


bres, tampoco vuestro Padre, que está en los cielos, os perdo-
nará a vosotros. A este género de limosna se refieren también
C A P I T U L O X X I I las palabras citadas del apóstol Santiago: quien no haga mi-
sericordia será juzgado sin misericordia.
SEXTA Y ÚLTIMA OPINIÓN El Señor no ha distinguido—agregan—entre pecados graves
y leves, sino que se limitó a decir: Vuestro Padre os perdonará
He topado también con otros convencidos de que el supli- vuestros pecados si vosotros perdonáis a los hombres. Así, por
cio eterno está destinado únicamente a aquellos que descuidan perdida que sea la vida de un pecador hasta la muerte, esti-
redimir sus pecados por las limosnas, según aquello del apóstol man que sus pecados, cualesquiera y cuantosquiera que sean,
Santiago: Aguarda un juicio sin misericordia al que no usó de !e serán perdonados a diario en virtud de esa oración recitada
misericordia. Luego el que usó—deducen ellos—, aunque no diariamente, si se acordare de perdonar de corazón las ofensas
mejore sus costumbres, y lleve entre limosnas una vida perdida a quien le pida perdón.
y desarreglada, será juzgado con misericordia. Y o no será Una vez que haya respondido a todos estos pareceres, con
castigado con la condenación, o después de un tiempo breve o la ayuda de Dios, daré fin a este libro.
largo será librado de la misma. Por eso—añaden—el Juez de

guale sil, ignis probabit. Si cuius opas permanserit quod superaedificavit, tioné liberetur. Ideo Iudicem ipsum vivorum atque mortuorum noluisse
mercedem accipiet: si cuius o pus autem arserit, damnum patietur; ipse existimant aliud commemorare se esse dicturum, sive dextris quibus est
autem salvas erit, sic tamen quasi per ignem**. Dicunt ergo cuiuslibet vitam daturas aetemam, sive sinistris quos aeterno supplicio damnatu-
vitae catholicum Christianum Christum habere in fundamento, quod fun- rus 5°, nisi eleemosynas sive factas, sive non factas. Ad hoc pertinere aiunt
damentum nulla haeresis habet a corporis eius unitate praecisa. Et ideo et in oratione Dominica quotidianam postulationem: 51Dimitte nobis debita
propter hoc fundamentum, etiamsi malae vitae fuerit catholicus Christia- riostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris . Quisquís enim illi
nus, velut qui superaedificaverit ligna, fenum, stipulam, putant eum sal- qui in eum peccavit, dímittit ignoscendo peccatum, procul dubio eleemo-
vum fieri per ignem, id est, post poenas ignis illius liberari, quo igne in synam facit. Quam rem Dominus sic ipse commendavit, ut diceret: Si
ultimo iudicio punientur mali. enim dimiseritis peccata hominibus, dimittet vobis et Pater vester peccata
vestra: si autem non dimiseritis hominibus, ñeque Pater vester qui in
caelis est, dimittet vobis ". Ergo et ad hoc genus eleemosynarum pertinet
CAPUT XXII quod ait apostolus Iacobus, iudicium futurum sine misericordia ei qui non
fecit misericordiam. Nec dixit Dominus, inquiunt, magna vel parva; sed,
DE HIS QUI PÜTANT EA CRIMINA, QUAE ÍNTER ELEEMOSYNARUM OPERA Dimittet vobis Pater vester peccata vestra, si et vos dimiseritis hominibus.
COMMITTUNTUR, AD DAMNATIONIS IUDICIUM NON VOCARI Ac per hoc putant etiam eis qui perdite vixerint, doñee olaudant diem
Comperi etiam quosdam putare eos tantummodo arsuros illius aeter- vitae huius extremum, per hanc oratiosem, qualiacumque et q"ualítacumque
nitate supplicü, qui pro peccatis suis faceré dignas eleemosynas negligunt, fuerint, omnia quotidie peccata dimitti, sicut ipsa quotidie ífrequentatur
iuxta illud apostoli Iacobi: Iudicium autem sine misericordia illi qui non oratio, si hoc tantummodo custodire meminerint, ut quando ab eis veniam
fecií misericordiam"". Qui ergo fecerit, inquiunt, quamvis mores in melius petunt, qui eos peccato qualicumque laeserunt, ex corde dimittant. Cum
non mutaverit, sed Ínter ipsas suas eleemosynas nefarie ac nequiter vixerit, ad haec omnia, Deo donante, respondero, liber iste claudendus est.
iudicium illi cum misericordia futurum est, ut aut nulla damnatione plecta- 50
Mt. 2S^3'Sqq,
tur, aut post aliquod tempus sive parvum, sive prolixum, ab illa damna- 51
Ibid., 6,12.
12
Ibid., 14.15.
48
i Cor. 3,11-IÍ- - - -
48
lac. 5,13. .-...- , : \; 't
1590 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 23
XXI, 23 El, INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1591

C A P I T U L O X X I I I creencia firme e inmutable de que el diablo y sus ángeles no


retornarán a la justicia y a la vida de los santos que ésta: que
la Escritura, que no engaña a nadie, dice que Dios no les
CONTRA LA PRIMERA OPINIÓN
perdonó. Y de esta suerte fueron luego por El precondenados
Primeramente conviene preguntar y conocer p o r g u e la Igle- y recluidos en las cárceles de la calígine infernal para reser-
sia no puede allanarse a la opinión de esos hombres que pro- varlos hasta el juicio final y castigarlos entonces entregán-
meten al diablo la purificación o el perdón, después, es cierto, dolos al poder del fuego eterno, que los atormentará por los
de penas enormes y duraderas. Hay muchos santos versados siglos de los siglos.
en el Antiguo y en el Nuevo Testamento que no han envi- Si ello es así, ¿cómo pretender que todos los hombres o al-
gunos de ellos serán librados de la eternidad de estas penas

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


diado la purificación y la beatitud del reino de los cielos a
los ángeles tras tantos y tales suplicios. Más bien han visto que después de un largo padecer, sin que se enerve la fe, que nos
no pueden apearse o restar valor a la sentencia divina que el mueve a creer que el suplicio de los demonios será eterno?
Señor declaró que había de pronunciar el día del juicio: Apar- En efecto, si entre los que oigan: Apartaos de mí, malditos, al
taos de mí, malditos, al juego eterno, que está aparejado para uego eterno, que está aparejado para el diablo y sus ángeles,
el diablo y sus ángeles. Esto evidencia que el diablo y sus án- Í lay algunos o todos que no permanecerán allí siempre, ¿qué
razón hay para creer que el diablo y sus ángeles permanecerán
geles arderán en el fuego eterno. Y lo mismo sucede con esto
del Apocalipsis: Y el diablo, que los traía engañados, fué pre- allí eternamente? ¿Es que la sentencia que Dios pronunciará
cipitado en el estanque de juego y azufre, donde también lo contra los ángeles malos y contra los hombres malos será ver-
fueron la bestia y el falso profeta, y serán atormentados día dadera para los ángeles y falsa para los hombres? Sí; será
y noche por los siglos de los siglos. La Escritura decía antes así si las conjeturas de los hombres prevalecen sobre la pa-
eternamente y ahora por los siglos de los siglos. Estas expre- labra de Dios.
siones significan corrientemente en la Escritura una duración Mas, como esto es absurdo, los que quieran librarse del
sin fin. suplicio eterno no deben perder el tiempo argumentando con-
No puede, por tanto, hallarse otra causa, ni más justa ni tra Dios, sino aprovecharlo cumpliendo sus mandamientos.
más evidente, de por qué la verdadera piedad mantiene la Además, ¿qué es eso de entender por suplicio eterno un fuego
temporal, aunque duradero, y por vida eterna una vida sin
fin, cuando Cristo en el mismo pasaje, y sin distinción alguna,
CAPUT XXIII eur verissima pietate teneatur fixum et immobile, nullum regressum ad
iustitiam vitamque sanctorum diabolum et angelos eius habituros, nisi
CONTRA OPINIONEM EORUM QUI DICUNT, NEC DIABOU, NEC HOMINÜM
quia Scriptura, quae neminem fallit, dicit eis Deum non pepercisse ", et
MALORUM PERPETUA FUTURA SUPPLICIA
sic ab illo esse interim praedamnatos, ut carceribus caliginis inferi retrusi
Ac primum quaeri oportet atque cognosci, cur Ecclesia ferré nequi- traderentur servandi, atque ultimo iudicio puniendi, quando eos aeternus
verit hominum dísputationem, diabolo etiam post máximas et diuturnissi- ignis accipiet, ubi cruciabuntur in saecula saeculorum. Quod si ita est,
mas poenas, purgationem vel indulgentiam pollicentem. Ñeque enim tot quomodo ab huius aeternitate poenae, vel universi, vel quidam homines
sancti et sacris veteribus ae novis Litteris eruditi, mundationem et regni post quantumlibet temporis subtrahentur, ac non statim enervabitur fides,
caelorum beatitudinem post qualiacumque et quantacumque supplicia, qua- qua creditur sempiternum daemonum futurum esse supplicium? Si enim
libusoumque et quantiscumque angelis inviderunt: sed potius viderun! quibus dicetur, Discedite a me, maledicli, in ignem aeternum, qui paratas
divinam vacuarin vel infirman non posse sententiain, quam se Dominug est diabolo et angelis eius 5C, vel universi vel aliqui eorum non semper ibi
praenuntí^X'' ¡ iudicio prolaturum atque dicturum, Discedite a me. ma~ erunt; quid causae est cur diabolus et angelí eius semper ibi futuri esse
ledicti, in u/nem aeternum, qui paratas est diabolo et angelis eius ". Sic credantur? an forte Dei sententia, quae in malos et angelos et homines
quippe osténdit aeterno igne diabolum et angelos eius arsuros. Et quod proferetur, in angelos vera erit, in homines falsa? Ita plañe hoc erit, si
scriptum est in Apocalypsi, Diabolus qui seducebat eos, missus est in non quod Deus dixit, sed quod suspicantur homines plus valebit. Qued
stagnum ignis et sulphuris, quo et bestia et pseudopropheta; et cruda- fieri quia non potest, non argumentan adversus Deum, sed divino potius,
buntur die ac nocte in saecula saeculorum 54. Quod ibi dietum est, aeter- dum tempus est, debent parere praecepto, qui sempiterno cupiunt carere
num; hic dietum est, in saecula saeculorum: quibus verbis nihil Scriptura supplicio. Deinde quale est aeternum supplicium pro igne diuturni tem-
divina significare consuevit, nisi quod finem non habet temporis. Quam- poris existimare, et vitam aeternam credere sine fine, cum Christus eodem
obrem prorsus nec alia causa, nec iustior atque manifestior inveniri potest, ipso loco, in una eademque sententia dixerit utrumque complexus, Sic
ibunt isti in supplicium aeternum; iusti autem, in vitam aeternam? 67 Si
33
M t . 35,41.
34 •" 2 P e t r . 2,.|.
A p o c . 20,9.10. 5
» M t . 25,41.
" Ibid., 46.
1592 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 24,1 X X I , 24, 1 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1593

dijo: Así irán éstos al eterno suplicio, y los justos a la vida por los ángeles para quienes está preparado el suplicio eter-
eterna? Si los dos destinos son eternos, se debe entender: o que no, a fin de que Dios mitigue su sentencia y la revoque, sa-
los dos serán duraderos, pero unibles, o que los dos serán cándolos de ese fuego? ¿O es que habrá alguno tan atrevido
perpetuos y sin fin. La correlación en el texto es perfecta: de que vaya más allá y afirme que los santos ángeles se unirán
una parte, el suplicio eterno, y de la otra, la vida eterna. De- a los hombres santos, que entonces serán semejantes a los
cir que la misma expresión significa en vida eterna que no ángeles de Dios y rogarán en unión por los ángeles y por los
tendrá fin, y en suplicio eterno que tendrá fin, es un absurdo hombres condenados, con el fin de que no padezcan por mi-
mayúsculo. En conclusión, puesto que la vida eterna de los sericordia lo que merecen padecer por justicia? Esto ningún
santos no tendrá fin, el suplicio eterno de quien lo merezca católico lo ha dicho ni lo dirá jamás. De otra suerte, no hay
tampoco lo tendrá. razón que justifique el que la Iglesia no ore al presente por

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


el diablo y por sus ángeles, ella que recibió del Maestro divino
el mandato de orar por sus enemigos. La misma causa que
C A P I T U L O XXIV impide ahora a la Iglesia rogar por los ángeles malos, que
los sabe sus enemigos, esa misma le impedirá entonces en el
juicio final rogar por los hombres destinados al fuego eterno,
CONTRA LA SEGUNDA OPINIÓN
aunque esté en el cénit de la santidad. Ahora ruega por los
1. Este razonamiento vale también contra aquellos que, hombres que son sus enemigos, porque todavía es tiempo de
con miras egoístas, se afanan, bajo capa de mayor misericor- penitencia fructuosa. ¿Qué pide a Dios por ellos sino que los
dia, en ir contra las palabras de Dios. Según ellos, las citadas traiga a penitencia—como dice el Apóstol—y que se desenre-
palabras son verdaderas no porque los hombres hayan de su- den de los lazos del diablo, que dispone de ellos a su antojo?
frir de hecho las penas que se les conminan, sino porque me- Si la Iglesia conociera con certeza quiénes están predestina-
recen sufrirlas. Dios—dicen ellos—les perdonará por la in- dos, aunque aun vivan, a ir con el diablo al fuego eterno,
tercesión de sus santos, que, orando entonces por sus enemi- no rogaría por ellos, como no ora por él. Pero, como no está
gos, tanto más cuanto son más santos, su oración será más cierta de nadie, ora por todos sus enemigos, estos de aquí
eficaz y más digna de ser escuchada por Dios, pues ya no tienen abajo, y, sin embargo, no es escuchada por todos. Es escucha-
pecado alguno. da solamente por aquellos que, aunque son sus enemigos, es-
Mas ¿por qué, si sus plegarias son tan eficaces, debido a tán predestinados a hacerse hijos de la Iglesia por medio de
su perfectísima santidad y a su pureza, no rogarán también
igne faciat alíenos? An erit forsitan quisquam, qui et hoc futurum esse
utrumque aeternum, profecto aut utrumque cum fine diuturnum, aut praesumat, affirmans etiam sanctos Angelos simul cum sanctis hominibus,
utrumque sine fine perpetuum debet intelligi. Par pari enira relata sunt, qui tune aequales erunt Angelis Dei, pro damnandis et angelis et homi-
hinc supplicium aeternum, inde vita aeterna. Dicere autem in boo uno nibus oraturos, ut misericordia non patiantur, quod veritate merentur pati?
eodemque sensu, Vita aeterna sine fine erit, supplicium aeternum finen) Quod nemo sanae fidei dixit. nemo dicturus est. Alioqui nulla causa est,
habebit, multum absurdum est. Unde, quia vita aeterna sanctorum sine cur non etiam mine pro diabolo et angelis eius oret Ecclesia, quam Ma-
fine erit, supplicium quoque aeternum quibus erit, finem procul dubío gister Deus pro inimicis suis iussit orare. Haec igitur causa, qua fit ut
non habebit. nunc Ecclesia non oret pro malis angelis, quos suos esse novit inimicos,
eadem ipsa causa est, qua fiet ut in illo tune iudicio etiam pro hominibus
CAPUT XXIV aeterno igne cruciandis, quamvis perfecta sit sanctitate, non oret. Nunc
enim propterea pro eis orat, quos in genere humano habet inimicos, quia
CONTRA EORUM SENSUM, QDI IN IUDICIO DEI ÓMNIBUS REÍS PROPTEB tempus est poenitentiae fructuosae. Nam quid máxime pro eis orat, nisi
SANCTORUM PRECES PUTANT ESSE PARCENDUM ut. det illis Deus, sicut dicit Apostolus, poenitentiam, et resipiscant 5i
de dia-
boli taquéis, a quo captivi tenentur secundum ipsius voluntatem? De-
1. Hoc autem et adversus eos valet, qu¡ suas agentes causas contra nique si de aliquibus ita certa esset, ut qui sint illi, etiam nosset, qui li-
Dei venire verba, velut misericordia maiore conantur; ut ideo videlicet cet adhuc in hac vita sint constituti, tamen praedestinati sunt in aeter-
vera sint, quia ea quae dixit homines esse passuros, pati digni sunt, non num ignem iré cum diabolo; tám pro eis non oraret, quam nec pro ipso.
quia passuri sunt. Donabit enim eos, inquiunt, precibus sanctorum suorum, Sed quia de millo certa est, orat pro ómnibus duntaxat hominibus inimi-
etiam tune tanto magis orantium pro inimicis suis, quanto sunt utique cis suis in hoc corpore constitutis: nec tamen pro ómnibus exauditur. Pro
sanctiores, eorumque efficacior est oratio, et exauditione Dei dignior, iam his enim solis exauditur, qui, etsi adversantur Ecclesiae, ita sunt tamen
nullum habentium omnino peccatum. Cur ergo eadem perfectissima sancti- praedestinati, ut pro eis exaudiatur Ecclesia, et filii efficiantur Eccle-
tate, et cuneta impetrare valentibus mundissimis et misericordissimis pre- siae. Si qui autem usque ad mortem habebunt cor impoenitens, nec ex
cibus, etiam pro angelis non orabunt, quibus paratus est ignis aeternus,
ut Deus sententiam suarn mitiget, et reflectat in melius, eosque ab illo 3 T i m . 3,15.36.
1594 LA CIUDAD DE DIOS X X I , 24, 2
XXI, 24, 3 El, INFIERNO, MN DE U CIUDAD TERRENA 1595
sus p l e g a r i a s . Y si a l g u n o s se o b s t i n a n h a s t a la m u e r t e en su
i m p e n i t e n c i a y n o se c o n v i e r t e n de e n e m i g o s en h i j o s , ¿ r u e g a justos, a la vida eterna. Y es excesiva p r e s u n c i ó n c r e e r q u e el
a c a s o p o r e l l o s la I g l e s i a , es decir, r u e g a p o r l a s a l m a s de. suplicio no será e t e r n o p a r a a l g u n o s de a q u e l l o s q u e D i o s
t a l e s d i f u n t o s ? Y ¿ p o r q u é así, sino p o r q u e se h a a l i s t a d o en envió al suplicio e t e r n o . E s t o s e r í a p e r s u a d i r con t a l p r e s u n -
el p a r t i d o del d i a b l o , ese q u e d u r a n t e esta v i d a n o se p a s ó a ción a desesperar o a d u d a r de la v i d a e t e r n a .
Cristo? [ 3 8 ] . 3. N a d i e e x p l i q u e , p u e s , el s a l m o q u e c a n t a : ¿Se olvida-
2 . H a y , p u e s , la m i s m a r a z ó n — r e p i t o — p a r a n o o r a r en- rá Dios de su clemencia, o su ira detendrá el curso de sus mi-
tonces p o r l o s h o m b r e s d e s t i n a d o s al fuego e t e r n o q u e p a r a n o sericordias?, d a n d o m a r g e n a o p i n a r que la sentencia de D i o s es
o r a r , n i a h o r a n i e n t o n c e s , p o r los á n g e l e s m a l o s . Y esa m i s m a verdadera en r e l a c i ó n con los b u e n o s y falsa en o r d e n a los ma-
se h a c e extensiva a n o o r a r e n t o n c e s p o r los difuntos infie- los, o v e r d a d e r a con los h o m b r e s b u e n o s y con los á n g e l e s m a l o s
les e i m p í o s , a u n q u e se o r e p o r t o d o s en g e n e r a l . L a o r a - y falsa con los h o m b r e s m a l o s . L a s p a l a b r a s del s a l m o h a c e n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ción de l a I g l e s i a o de a l g u n o s ¿santos es o í d a p a r a c i e r t o s di- referencia a los v a s o s de m i s e r i c o r d i a y a los h i j o s d e la p r o -
funtos, p e r o sólo p a r a a q u e l l o s q u e , r e g e n e r a d o s en C r i s t o , n o mesa, entre los c u a l e s se c o n t a b a el p r o f e t a . E n h a b i e n d o di-
v i v i e r o n t a n m a l q u e se los j u z g a r a i n d i g n o s d e t a l m i s e r i c o r - c h o : ¿Se olvidará Dios de su clemencia, o su ira detendrá el
dia, n i t a n b i e n q u e n o n e c e s i t a r a n de la m i s m a . T a m b i é n curso de sus misericordias?, a ñ a d i ó en s e g u i d a : Entonces dije:
d e s p u é s de la r e s u r r e c c i ó n de los m u e r t o s h a b r á a l g u n o s a Ahora comienzo. Esta mudanza proviene de la diestra del Al-
q u i e n e s D i o s les h a r á m i s e r i c o r d i a y n o los e n v i a r á al fuego tísimo. Esto ú l t i m o es, sin d u d a , u n a e x p l i c a c i ó n a l i n t e r r o -
e t e r n o , a c o n d i c i ó n de q u e h a y a n sufrido l a s p e n a s q u e sufren g a n t e : ¿Detendrá acaso su ira el curso de sus misericordias?
l a s a l m a s de los d i f u n t o s . P o r q u e n o sería v e r d a d e r o d e c i r de Esta vida m o r t a l , en la q u e el h o m b r e se h a a s e m e j a d o a
a l g u n o s q u e n o se les p e r d o n ó en esta v i d a n i en la o t r a , si la vanidad y sus días p a s a n c o m o la s o m b r a , es efecto de la
n o h u b i e r a o t r o s a q u i e n e s se les p e r d o n a , si n o en esta v i d a , ira divina. Y, sin e m b a r g o , a d e s p e c h o de esta i r a , D i o s n o se
sí en l a o t r a . olvida de m o s t r a r su m i s e r i c o r d i a , h a c i e n d o s a l i r el sol s o b r e
E l J u e z d e vivos y m u e r t o s d i j o : Venid, benditos de mi buenos y m a l o s y l l o v e r s o b r e j u s t o s y p e c a d o r e s . S u i r a n o
Padre, a poseer el reino que os está preparado desde la crea- contiene el c u r s o de su m i s e r i c o r d i a , sobre t o d o en el c a m b i o
ción del mundo. Y a o t r o s , p o r el c o n t r a r i o : Apartaos de mí, expresado con estas p a l a b r a s : Ahora comienzo. Esta mudan-
malditos, al juego eterno, que está aparejado para el diablo za es efecto de la mano del Altísimo. E n esta v i d a , t a n l l e n a
y sus ángeles. Y t a m b i é n : Irán éstos al suplicio eterno, y los de p e n a s , D i o s c a m b i a en m e j o r e s los vasos d e m i s e r i c o r d i a ,
a u n q u e su i r a n o d e j a de existir en m e d i o de esta m i s e r a b l e
inimicis convertentur in filios, numquid iam pro eis, id est, pro talium
defunctorum spiritibus, orat Ecclesia? Quid ita, nisi quia iam in parte eorum aeternum supplicium non futurum, quos Deus ituros in supplicium
diabolí computatur qui, dum esset in corpore, non est translatus in dixit aeternum, ut per huius praesumptionis persuasionem faceré, ut de
Christum? ipsa quoque vita vel desperetur vel dubitetur aeterna.
2. Eadem itaque causa est, cur non oretur tune pro hominibus aeter- 3. INemo itaque sic intelligat Psalmum canentem, Numquid oblivis-
no igne puniendis quae causa est, ut ñeque nunc, ñeque tune oretur pro cetur misereri Deus, aut continebit in ira sua miserationes suas? tL ut
angelis malis: quae itidem causa est, ut quamvis pro hominibus, tamen opinetur de hominibus bonis veram, de malis falsam, aut de bonis homi-
iam nec nunc oretur pro infidelibus impiisque defunctis. Nam pro de- nibus et malis angelis veram, de malis autem hominibus falsam Dei esse
functis quibusdam, vel ipsius Ecclesiae, vel quorumdam piorum exauditur sententiam. Hoc enim quod ait Psalmus, ad vasa misericordiae pertinet,
oratio: sed pro his quorum in Christo regeneratorum nec usque adeo vita et ad filios promissionis, quorum erat unus etiam ipse Propheta; qui cum
in corpore male gesta est, ut tali misericordia iudicentur digni non esse, dixisset, Numquid obiiviscetur misereri Deus, aut continebit in ira sua
nec usque adeo bene, ut talem misericordiam reperíantur necessariam non miserationes suas? continuo subiecit, Et dixi, Nunc coepi, haec est im-
habere. Sicut etiam facta resurrectione mortuorum non deerunt quibua mutatio dexterae Excelsi *2. Exposuit profecto quid dixerit, Numquid
post poenas, quas patiuntur spiritus mortuorum, impertiatur misericordia, continebit in ira sua miserationes suas? Ira enim Dei est etiam ista vita
ut in ignem non mittantur aeternum. Ñeque enim de quibusdam veraciter mortalis, ubi homo vanitati similis factus est, et dies eius velut umbra
díceretur, quod non eis remittatur ñeque in hoc saeculo, ñeque in futu- praetereunt "3. In qua tamen ira non obliviscitur misereri Deus, faciendo
ro S9, nisi essent quibus, etsi non in isto, tamen remittetur in futuro. Sed solem suum oriri super bonos et malos, et pluendo super iustos et iniustos;
cum dictum fuerit a Iudice vivorum atque mortuorum, Venite, benedicti ac sic non continet in ira sua miserationes suas " : maximeque in eo quod
Patris mei, possidete paratum vobis regnum a constitutione mundi: et expressit hic Psalmus, dieendo, Nunc coepi, haec est immutatio dexterae
aliis e contrario, Discedite a me, maledicti, in ignem aeternum, qui para- Excelsi; quoniam in hac ipsa aerumnosissima vita, quae ira Dei est, vasa
tus est diabolo, et angelis eius; et, Ibunt isti in supplicium aeternum, iusti misericordiae mutat in melius, quamvis adhuc in huius corruptionis mi-
autem in vitam aeternum 60 : nimiae praesumptionis est dicere, cuiquam seria maneat ira eius, quia nec in ipsa ira sua continet miserationes suas.
59
Mt. I2,J2. Cum ergo isto modo compleatur divini illiua cantici ventas, non eat eam
sn
rwa., 25,34.41.46. " Ps. 76,10. 68
Ps. 143,4.
" Ibid., rr. "" Mt. 5,45.
1596 IA CIUDAD DE DIOS XXI, 24, 4
XXI, 24,5 EL INFIERNO, FIN DE IA CIUDAD IERRENA 1597
corrupción, pues que ni su ira contiene el río de su bondad.
pecadores son destruidos de dos modos: o como los habitantes
Cumpliéndose de ese modo la verdad de aquel divino cántico,
de Sodoma, castigando a los hombres por sus pecados, o como
no hay necesidad de extender el sentido al castigo eterno de
los ninivitas, destruyendo los pecados de los hombres por la
aquellos que no pertenecen a la Ciudad de Dios.
penitencia. Lo que Dios había anunciado se cumplió. La Nínive
Pero los que pretenden extender esta sentencia también a mala fué destruida y fué edificada la buena—-cosa que no
los tormentos de los impíos, al menos interprétenla de tal era—. Aunque erguidas las murallas y las casas, la ciudad
suerte que permaneciendo sobre ellos la ira de Dios, que se fué derribada en sus rotas costumbres [ 3 9 ] . Y así, aunque el
ha pronunciado en juicio eterno, no detenga el curso de sus profeta se había de contristar porque no sucedió lo que los
misericordias. Y hagan consistir este torrente de bondad no en ninivitas esperaban por la profecía, sucedió lo que Dios había
preservar a los condenados de las penas que merecen o en li- predicho, porque conocía que esta predicción se cumpliría en
brarlos de ellas algún día, sino en aligerarlas y suavizarlas un

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


un sentido más favorable.
poco. Darán así margen a la ira de Dios y a que su ira no
detenga el curso de sus misericordias. Nótese que de que no 5. Y a fin de que estos misericordiosos en torcido com-
rechace este sentir no se sigue que lo apruebe. prendan cuál es el alcance de estas palabras: ¡Qué grande
y abundante es, Señor, la dulzura que escondiste a los que te
4. A los que ven una amenaza y no un juicio certero en temen!, lean lo que sigue: Y la has consumado en los que
estas palabras: Apartaos de mí, malditos, al fuego eterno; esperan en ti. ¿ Qué significa: La escondiste a los que te temen
y en estas otras: Serán atormentados por los siglos de los si- y la fias consumado en los que esperan en ti, sino: La justicia
glos; y también: Su gusano no morirá y su fuego no se apa- de Dios no es dulce para aquellos que por temor a las penas
gará; Y e n otros textos por el estilo, no soy yo, sino es la quieren constituir su justicia fundada en la ley, porque la des-
misma divina Escritura la que los redarguye y refuta planísi- conocen? Y, como la desconocen, no la han gustado. Esperan
ma y plenísimamente. Los ninivitas hicieron penitencia en esta en sí mismos, no en El, y por eso la abundancia de La dulzura
vida, y, por tanto, penitencia fructuosa, sembrando en este de Dios se les esconde. Temen, es verdad, a Dios; pero con
campo en que Dios quiso que se sembrase con lágrimas lo que aquel temor servil que no Va acompañado de caridad, porque
después se cosechará con alegría. Y, con todo, ¿quién negará la caridad perfecta expulsa el temor. Dios consuma su dul-
que se cumplió la predicción del Señor, so pena de no consi-. zura en los que esperan en El, inspirándoles su caridad para
derar bastante cómo Dios destruye a los pecadores no sólo que con temor casto, no con ese que echa fuera el amor, sino
cuando está airado, sino también cuando está apiadado? Los con el que permanece eternamente, se gloríen únicamente en el
Señor.
necesse etiam illíc intelligi, ubi non pertinentes ad civitatem Dei sempi-
terno supplicio punientur. Sed quibus placet istam sententiam usque ad miseratus evertat? Evertuntur enim peccatores duobus modis, aut sicut
illa impiorum tormenta protendere, saltem sic intelligant, ut, manente in Sodomitae, ut pro peccatis suis ipsi homines puniantur, aut sicut Ninivi-
eis ira Dei, quae in aeterno est pronuntiata supplicio, non contineat Deüs tae, ut ipsa hominum peccata poenitendo destruantur. Factum est ergo
in hac ira sua miserationes suas, et faciat eos non tanta quanta digni sunt quod praedixit Deus: eversa est Ninive quae mala erat, et bona aedi-
poenarum atrocitate cruciari; non ut eas poenas vel nunquam subeant, ficata est quae non erat. Stantibus enim moenibus atque domibus, eversa
vel aliquando finiant, sed ut eas mitiores quam merita sunt eorum levio- est civitas in perditis moribus. Ac sic quamvis Propheta fuerit contrista-
resque patiantur. Sic enim et ira Dei manebit, et in ipsa ira sua miseratio- tus, quia non est factum quod illi homines timuerunt illo prophetante
nes suas non continebit. Quod quidem non ideo confirmo, quoniam non venturum1": factum est tamen quod fuerat Deo praesciente praedictum;
resisto. quoniam noverat qui praedixit, quomodo in melius esset implendum.
4. Caeterum eos qui putant minaciter potíus quam veraciter dictum, 5. Ut autem noverint isti in perversum misericordes quo pertineat
Discedite a me, maledicti, in ignem aeternum; et, lbunt isti in sup- quod scriptum est, Quam multa multitudo dulcedinis tuae, Domine, quam
plicium aeternum'"'; et, Cruciabuntur in saecala saeculorum'"', et, Ver- abscondisti timentibus te! legant quod sequitur, perjecisti autem speran-
mis eorum non morietur, et ignis non exstinguetur ", et caetera huiusmo- tibus in te". Quid est, Abscondisti timentibus, perjecisti sperantibus,
di, non tam ego, quam ipsa Scriptura divina planissime atque plenissime nisi quia iliis qui timore poenarum suam 72volunt iustitiam constituere
redarguit ac refellit. Ninivitae quippe in hac vita egerunt poenitentiam""; .quae in lege est, non est iustitia Dei dulcís , quia nesciunt eam? Non
et ideo fructuosam, velut in hoc agro seminantes, in quo69 Deus voluit cum enim gustaverunt eam. In se namque sperant, non in ipso: et ideo eis
lacrymis seminari, quod postea cum laetitia meteretur : et tamen quis absconditur multitudo dulcedinis Dei; quoniam timent quidem Deum, sed
negabit, quod Dominas praedixit, in eis fuisse completum, nisi parum ad- illo timore servili, qui non est in charitate, quia perfecta charitas foras
vertat, quemadmodum peccatoreá Deus non solum iratus, verum etiam mittit timorem_'*. Ideo sperantibus in eum perficit dulcedinem suam,
" M t . 35,41.46. "i I o n . í.7.
inspirando eis charitatem suam, ut timore casto, non quem charitas foras
ü0 ü0
A p o c . 30,10. P s . 125,6. • ; ' 70 12
81
I í . 66,34 I o n . 4,1-j. Rom 10,3.
11 73
Pa. 30,3a x lo. 4.1&
1598 LA CIUDAD l>i¡ DIOí) XXI, 24, 5
XXI, 24,6 EL INFIERNO, EIN DE LA CIUDAD TERRENA 1599
La justicia de Dios es Cristo, que nos ha sido dado por
Dios, como dice el Apóstol, para ser nuestra sabiduría, nues- 6. Aquel dicho del Apóstol: El hecho es que Dios permi-
tra justicia, nuestra santificación y nuestra redención, a fin de tió que todas las gentes quedaran envueltas en la infidelidad
que, como está escrito, el que se gloríe, se gloríe en el Señor. para ejercitar su misericordia con todos, no quiere decir que
Esta justicia de Dios, que es un don de la gracia, no un efecto Dios no condenará a nadie. El contexto nos aclara el sentido.
de los méritos, la desconocen los que ansian constituir su jus- San Pablo se dirigía a los gentiles ya creyentes y les dice a
ticia. Por eso no se someten a la justicia de Dios, que es propósito de los,judíos, que se convertirían luego: Así como
Cristo. En esta justicia se halla precisamente la gran abun- vosotros en, qtro tiempo no creíais en Dios y al presente ha-
dancia de la dulzura de Dios. De ella y por ella se dice en el béis alcanzado misericordia con ocasión de la incredulidad de
Salmo: ¿Gustad y ved cuan dulce es el Señor! En este pere- aquéllos, así también éstos al presente no han creído en vues-
grinaje la gustamos no hasta la saciedad, y por eso estamos tra misericordia, a fin de obtenerla también ellos algún día.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


más hambrientos y más sedientos de ella, para saturarnos des- Y a continuación añade las palabras que inducen a error a
pués, cuando Ja veamos como es y se cumpla lo que está es- éstos: El hecho es que Dios permitió que todas las gentes que-
crito : Seré saciado cuando se manifieste tu gloria. Así consuma daran envueltas en la infidelidad, para ejercitar su misericor-
Cristo la abundancia de su dulzura en los que esperan en El. dia con todos. ¿Quiénes son todos sino esos de que hablaba,
Luego, si Dios esconde a los que le temen la abundancia es decir, vosotros y ellos? Dios ha dejado, pues, caer en la
de su dulzura en el sentido en que nuestros adversarios la en- infidelidad a todos los gentiles y a todos los judíos que pre-
tienden, es decir, con el fin de que los impíos, desconociéndola vio y predestinó a ser conformes con la imagen de su Hijo.
y por temor a ser condenados, vivan rectamente, pudiendo así Así, arrepentidos con amarga penitencia de su infidelidad y con-
haber fieles que oren por los que viven sin frenos morales, vertidos a la dulzura de la misericordia de Dios, clamarán con
¿cómo la consumará en los que esperan en El, supuesto que, el Salmista: ¡Qué grande y abundante es, Señor, la dulzura
como éstos sueñan, por esta dulzura no se condenará a aque- que escondiste a los que te temen y consumaste en los que es-
llos que no esperan en E l ? ibúsquese, pues, la dulzura que peran, no en sí mismos, sino en ti! Tendrá misericordia de
Dios perfecciona en los que esperan en El y no la que se todos los vasos de misericordia. ¿Qué significa de todos? Tan-
imaginan que perfeccionará en los que le desprecian y blasfe- to de los gentiles que predestinó, llamó, justificó y glorificó,
man! En vano el hombre busca en la otra vida lo que ha dos- como de los judíos. Y de todos estos hombres, no de todos
cuidado adquirir en ésta. los hombres, no condenará a nadie.

raittit, sed permanente in saeculum saeculi ", cum gloriantur, in Domino 6. Illud quoque apostolicum, Conclusit enim Deus omnes in infide.-
glorientur. Iustitia quippe Dei Christus est, qui factas' est nobis, sicut litate, ut omnium misereatur: non ideo dictum est; quod neminem sit
dicit Apostolus, sapientía a Deo, et iustitia; et sanctificatio, et redemptio: damnaturus: sed superius apparet unde sit dictum. Nam cum de Iudaeis
ut quemadmodum scriptum est, Qui gloriatur, in Domino glorietur". postea credituris Apostolus loqueretur ad Gentes, ad quas utique iam
Hanc Dei iustitiam, quam donat gratia sine meritis, nesciunt ilii qui suam credentes conscribebat epístolas: Sicut enim vos, inquit, aliquando non
iustitiam volunt constituere, et ideo iustitiae Dei, quod Christus est, non credidistis Deo, nunc autem misericordiam consecuti estis illorum incre-
sunt subiecti ". In qua iustitia est multa multitudo dulcedinis Dei, piopter dulitate; sic et hi nunc non crediderunt in vestra misericordia, ut et ipsi
quam dicitur in Psalmo, Gústate, et videte quam dulcís est Dominas ". Et misericordiam consequanturso. Deinde subiecit, unde isti sibi errando
hanc quidem in hac peregrinatióne gustantes, non ad satietatem sumentes, blandiuntur, atque ait, Conclusit enim Deus omnes in infidelitale, ut
esurimus eam potius ac sitimus, ut ea postea saturemur, cum videbimus omnium misereatur. Quos omnes, nisi de quibus loquebatur, tanquam
eum sicuti est'", et implebitur quod scriptum est, Saturabor, cum maní- dicens, et vos et illos? Deus ergo et Gentiles et Iudaeos, quos praescivit
festabitur gloria tua'". Ita perficit Christus multam multitudinem dulce- et praedestinavit conformes imaginis Filii sui *l, omnes in infidelitate
dinis suae sperantibus in eum. Forro autem si eam, quam ílli putant, conclusit: ut de amarítudine infídelitatis suae poenitendo confusi, et ad
dulcedinem suam Deus abscondit timentibus eum qua non est impíos dam- dulcedinem misericordiae Dei credendo conversi, clamarent illud in Psal-
naturus, ut hoc nescientes et damnari timentes recte vivant, ac sic pos- mo, Quam multa multitudo dulcedinis luae, Domine, quam abscondisti ti-
sint esse qui orent pro non recte viventibus; quomodo eam períicit mentibus le, perfecisti autem sperantibus, non in se, sed in te! Omnium
sperantibus in eum, quandoquidem, sicut somniant, per hanc dulcedinem itaque miseretur vasorum misericordiae. Quid est, omnium? Et eorum
non damnaturus est eos, qui non sperant in eum i1 illa igitur eius ümcedo scilicet quos ex Gentibus, et eorum quos ex Iudaeis praedestinavit, vocavit,
quaeratur quam perficit sperantibus in eum, non quam perficere putatur iustificavit, glorificavit; non omnium hominum, sed istorum omnium
contemnentibus et blasphemantibus eum. Frustra itaque homo posí hoc neminem damnaturus.
corpus inquirit, quod in hoc corpore sibi comparare neglexit. 80
R o m . 11,311.32.
81
"5 Ps. 18,10. " Ps. 33,9. Ibid., 8,29.
' i Cor. i,30 et 31. " 1 lo. 3,1.
7S
" Rom. 10,3. P». 16,1.5
1600 LA CIUDAD DE DIOS X X I , 25, 2
XXI, 25, 3 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1601

C A P I T U L O XXV que dice Nuestro Señor: Este es el pan que descendió del cielo
a fin de que quien comiere de él no muera. Yo soy el pan vivo
¿ Q U É DECIR DE LA TERCERA Y DE LA CUARTA OPINIÓN?
que descendió del cielo. Quien comiere de él vivirá eternamen-
te. Los adversarios a quienes luego responderemos refutan la
1. Respondamos ahora a aquellos que no prometen la li- opinión de los presentes. Son aquellos que prometen la libera-
beración del fuego eterno no solamente al diablo y a sus án- ción no a todos los que hayan recibido el sacramento del bau-
geles, ni a todos los hombres, sino sólo a aquellos que hayan tismo y el del cuerpo de Cristo, sino solamente a los católicos,
recibido el bautismo y participado del cuerpo y de la sangre aunque vivan mal. Porque—así discurren—han comido el cuer-
po de Cristo, no sólo en sacramento, sino también en realidad,
de Cristo, vivan como vivan en cualquier herejía o impiedad
y se han constituido en el mismo cuerpo. De este cuerpo dice

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en que han caído [ 4 0 ] . El Apóstol los contradice al decir:
el Apóstol: Muchos somos un solo pan, un solo cuerpo. Sola-
Las obras de la carne son bien fáciles de conocer. Tales son la
mente, pues, el que se conserva en la unidad del cuerpo de
fornicación, la deshonestidad, la lujuria, la idolatría, las hechi- Cristo, de ese cuerpo cuyos fieles acostumbran a recibir el sa-
cerías, las enemistades, los pleitos, los celos, las animosidades, cramento del altar, o sea, el miembro de la Iglesia, es el que
las herejías, las disensiones, las envidias, las embriagueces, las verdaderamente debe decirse que come el cuerpo de Cristo y
glotonerías y cosas semejantes. Sobre ellas os prevengo, como bebe su sangre. Por ende, los herejes y los cismáticos, aparta-
os tengo dicho, que los que tales cosas hacen no alcanzarán el dos de la unidad de este cuerpo, pueden recibir ese sacramento,
reino de los cielos. Estas palabras del Apóstol son falsas si los pero sin fruto y—lo que es más—con daño personal para ser
tales han de poseer el reino de Dios, librados, aunque sea des- condenados con más gravedad y no ser, aunque tarde, librados.
pués de largo tiempo, de sus tormentos. Mas como no son fal- No están arrollados en ese lazo de paz representado por este
sas, sigúese que no poseerán el reino de los cielos. Y si no sacramento.
entrarán jamás en posesión de ese reino, estarán sometidos a un 3. Por otra parte, éstos, que están en lo cierto al decir que
eterno suplicio, porque entre el reino de Dios y el suplicio no come el cuerpo de Cristo el que no está en el cuerpo de
no hay término medio. Cristo, han errado al prometer la liberación de las penas eter-
2. Es preciso, por ende, estudiar cómo debe entenderse lo nas a aquellos que salen de la unidad de este cuerpo y se ad-
hieren o a la herejía o a la superstición de los gentiles. En
CAPUT XXV primer término deben considerar lo intolerable que es y lo

A N H I QUI INTEH HAERETICOS BAPTIZATI SUNT, ET DETERIORES POSTEA MALE descendit, ut si quis ex ipso manducaverit, non moriatur. Ego sum pañis
VIVENDO FACTI SUNT, VEL H I QUI APUD CATHOLICOS RENATI AD HAERESES vivus, qui de cáelo descendí; si quis manducaverit ex hoc pane, vivet in
AUT 8CHISMATA TRANSIERUNT, VEL H I QUI A C A T H O L I C I S APUD QUOS RENATI aeternum ", quomodo sit aceipiendum, mérito quaeritur. Et ab istis qui-
SUNT, NON RECEDENTES, CRIMINÓSE VIVERE PERSTITERUNT, POSSINT PRIVILE- dem quibus nunc respondemus, hunc intellectum auferunt illi quibus
GIO SACRAMENTORUM REMISSIONEM AETERNI SPERARE SUPPLICII deinde respondendum est: hi sunt autem qui hanc liberationem, nec óm-
1. Sed iam respondeamus etiam illis, qui non solum diabolo et angelis nibus habentibus sacramentum Baptismatis et corporis Christi, sed solis
eius, sicut nec isti, sed ne ipsis quidem ómnibus hominibus liberationem Catholicis, quamvis male viventibus, pollicentur: quia non solo, inquiunt,
ab aeterno igne promittunt; verum eis tantum qui Christi Baptismate sacramento, sed re ipsa manducaverunt corpus Christi. in ip^o scilicet
abluti et corporis eius et sanguinis participes facti sunt, quomodolibet vi- eius corpore constituti: de quo corpore ait Apostolus, Unus pañis, unum
corpus multi sumus 84. Qui ergo est in eius corporis unitate, id est, in
xerint, in quacumque haeresi vel impietate fuerint. Sed contradicit eis Christianorum compage membrorum, cuius corporis sacramentum fideles
Apostolus, dicens: Manifestó autem sunt opera carnis, quae sunt fornica- communicantes de altari sumere consueverunt, ipse veré dicendus est man-
do, immundilia, luxuria, idolorum servitus, veneficia, inimicitiae, con- ducare corpus Christi, et bibere sanguinem Chri=ti. Ac per hoc haeretici
tendones, aemulationes, animositates, dissensiones, haereses, invidiae, ebrie- et schismatici ab huius unitate corporis separati possunt idem percipere
tates, comessationes, et his simula: quae praedico vobis, sicut praedixi, sacramentum, sed non sibi titile, imo vero etiam noxium, quo iudicentur
quoniam qui talia agunt, regnum Dei non possidebuntsz. Haec profecto gravius, quam vel tardius liberentur. Non sunt quippe in eo vinculo pa-
apostólica falsa est sententia, si tales post quantalibet témpora liberati cis, quod illo exprimitur sacramento.
regnum Dei possidebunt. Sed quoniam falsa non est, profecto regnum 3. Sed rursus etiam isti qui recte intelligunt, non dieendum esse eum
Dei non possidebunt. Et si in regni Dei possessione nunquam erunt, ae- manducare corpus Christi, qui in corpore non est Christi, non recte pro-
terno supplicio lenebuntur: quoniam non est locus medius, ubi non sit in mittunt eis qui vel in haeresim, vel etiam in gentilium superstitionem, ex
supplicio, qui illo non fuerit constitutus in regno. illius corporis unitate labuntur, liberationem quandoque ab aeterni igne
2. Quamobrem quod ait Dominus Iesus, Hic est pañis qui de cáelo
Bs
l o . 6,50-52
G a l . 5,19-31. H4
r Cor. 10,17.
1602 M CIUDAD DE DIOS X X I , 25, 4 XXI, 2 5 , 4 W, INFIERNO, PIN DB U CIUDAD TERRENA 1603

ajeno a la sana doctrina pensar que muchos o casi todos los Cristo hasta el fin, porque perseverar en Cristo es perseverar
que han fundado herejías impías, saliendo de la Iglesia católica en su fe. Y esta je, según la definición del Apóstol, obra por la
V haciéndose heresiarcas, queden mejor acomodados que aque- caridad. Y la caridad, como dice en otra parte, no obra mal.
llos otros que nunca fueron católicos y cayeron en sus trampas. No debe tampoco decirse que éstos comen el cuerpo de Cris-
Si el bautismo que recibieron en la Iglesia católica y el sacra- to, ya que ni deben ser contados entre los miembros de Cristo.
mento del cuerpo de Cristo, que participaron en el verdadero Porque—y conste que omito otras razones—no pueden ser a la
cuerpo de Cristo, libran a los heresiarcas de) suplicio eterno, vez miembros de Cristo y de una meretriz.
reparen en que es peor el desertor de la fe y hecho de deser- Finalmente, al decir Cristo: El que come mi carne y bebe mi
tor, opugnador de la misma que aquel que no desertó de la sangre permanece en mí y yo en él, nos muestra qué es comer
fe, pues no la abrazó nunca. su cuerpo y beber su sangre en verdad y no sólo en sacramen-
En segundo lugar, el Apóstol ataja esta opinión cuando, to. Es, sencillamente, permanecer en Cristo para que El per-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


después de haber enumerado las obras de la carne, predice, manezca en el comulgante. Como si dijera: El que no permane-
con la misma Verdad, que los que tales cosas hacen no posee- ce en mí y en quien yo no permanezco, no diga o estime que.
rán el reino de los cielos. come mi cuerpo y bebe mi sangre. Ahora bien, no permanecen
en Cristo quienes no son miembros suyos. Y no son miembros
4. De donde se sigue que no deben estar seguros en sus
de Cristo quienes se hacen miembros de una meretriz, a no ser
costumbres, estragadas y condenables, quienes perseveran en la
que renuncien al mal por la penitencia y tornen al bien por la
comunión de la Iglesia católica hasta el fin, atendiendo a estas
reconciliación.
palabras: El que perseverare hasta el fin se salvará. Por su
mala vida abandonan la justicia de vida, que es Cristo, sea
practicando la fornicación, sea manchando su cuerpo con otras
usque in huius vitae finem, non utique dicendi sunt in Christo perseve-
imnurezas, que ni el mismo San Pablo cmiso nombrar; sea rasse usque in finem: quia in Christo perseverare, est in eius fide perse-
dejándose arrastrar por la lujuria; sea, en fin, haciendo alguna verare. Quae fides, ut eam definit idem apostolus, per dilectionem88 opera-
de las obras de las aue dice: Los que tales cosas hacen no tur ". Dilectio autem, sicut ipse alibi dicit, malum non operatar . Nec
poseerán el reino de los cielos. Luego, si los que hacen tales isti ergo dicendi sunt manducare corpus Christi; quoniam nec in mem-
cosas no podrán entrar en el reino de los cielos, irán inevita- bris computandi sunt Christi. Ut enim alia taceam, non possunt simul
blemente al fuego eterno. No debe decirse que, perseverando esse et membra Christi, et membra meretricisS9. Denique ipse dicens,
en el desorden hasta el fin de su vida, han perseverado en Qui manducat carnem meam, et bibit sanguinem meum, in me manet,
et ego in eo "°; ostendit quid sit non sacramento tenus, sed re vera cor-
supplicii. Primum, quia debent atendere, quam sit intolerahile atque a pus Christi manducare, et eius sanguinem bibere: hoc est enim in Christo
sana doctrina nimis devium, ut multi ac pene omnes, qui haereses impias manere, ut in illo maneat et Christus. Sic enim hoc dixit, tanquam dice-
condiderunt exeuntes de catholica Ecclesia, et facti sunt haeresiarchae, ret, Qui non in me manet, et in quo ego non maneo, non se dicat aut
meliores habeant causas, quam hi qui mmquam fuerunt catholici, cum existimet manducare corpus meum, aut bibere sanguinem meum. Non
in eorum laqueos incidissent; si illos haeresiarchas hoc facit liberan a itaque manent in Christo, qui non sunt membra eius. Non feunt autem
supplicio sempiterno, qnod in catholica Ecclesia baptizati sunt, et sacra- membra Christi, qui se faciunt membra meretricis, nisi malum illud poe-
mentum corporis Christi in vero Christi corpore primitus acceperunt: nitendo esse destiterint, et ad hoc bonum reconciliatione redierint.
cum peior ntione sit desertor fidei et ex desertore oppugnator eius ef- "88Gal. 5,6..
fectus, quam ille qui non deseruit quam nunquam tenuit. Deinde quia et 89i Cor. 13,4; Rom. 13,10.
his occurrit Apostolus eadem verba proferens, et emimeratis illis carnis 1 Cor. 6,15.
90
operibus eadem veritate praedicens, Quoniam qui talia agunt, regnum Dei lo. 6,57.
non possidebunt8S.
4. Unde nec illi in perditis et damnabilibus moribus debent esse se-
curi, qui usque in finem quidem velut in communione Ecclesiae catho-
licae perseverant, intuentes quod dictum est, Qui perseveraverit usque in
finem, hic salvus erit"; et per vitae iniquitatem, ipsam vitae iustitiam,
quod eis Christus est, deserunt, sive fornicando, sive alias immunditias
flagitiorum, quas nec Apostolus exprimere voluit, in suo corpore perpe-
trando, sive turpitudine luxuriae diffluendo, sive aliquid aliud eorum
agendo de quibus ait, Quoniam qui talia agunt, regnum Dei non posside-
bunt. Ac per hoc quicumque agimt talia, nisi in sempiterno supplicio
non erunt, quia in Dei regno esse non poterunr. Tn his enim perseverando
83
G a l . s,2l.
*• M t . 10,32
1604 LA CIUDAD DE DIOS X X I , 26, 2 XXI, 26,2 ti INFIERNO, FIN DE U CIUDAD TERRENA 1605
mero. Quienquiera, pues, que tenga de tal suerte a Cristo en el
corazón, que ni anteponga a El las cosas terrenas y temporales
CAPITULO XXVI ni aquellas cuyo uso le está permitido, éste tiene por funda-
mento a Cristo. Mas, si prefiere a El esas cosas, aunque parezca
¿QUÉ ES TENER A CRISTO POR FUNDAMENTO Y QUÉ DECIR DE tener la fe de Cristo, no tiene a Cristo por fundamento, ya que
LA OPINIÓN QUINTA? lo pospone. ¿Cuánto menos lo tendrá aquel que, despreciando
los mandamientos saludables, obra ilícitamente no anteponien-
1. Los cristianos católicos—dicen—tienen a Cristo por fun- do a Cristo, sino posponiéndolo, subestimando sus mandatos o
damento, de cuya unidad no se han separado, aunque hayan permisiones y prefiriendo, contra ellos, satisfacer sus pasiones?
edificado sobre ese fundamento una vida desordenada, como Así, cuando un cristiano ama una meretriz y, uniéndose a ella,
maderas, heno y hojarasca. La verdadera fe, que hace que Cris- se hace un solo cuerpo con ella, ya no tiene a Cristo por fun-
to sea su fundamento, aunque con daño, pues serán abrasadas

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


damento. En cambio, cuando uno ama a su esposa y lo hace se-
Jas cosas que fueron edificadas sobre él, podrá librarlos a]gún gún Cristo, ¿quién duda que tiene a Cristo por fundamento?
día de la perpetuidad del fuego. Responda a esto brevemente Si la ama según este siglo, carnalmente a través de la morbosi-
el apóstol Santiago: Si uno dice que tiene fe y carece de obras, dad de las concupiscencias, como los gentiles, que desconocen
¿le podrá salvar la fe? a Dios, el Apóstol aun en este caso lo permite por condescen-
Y ¿ quién es—insisten—aquel de quien dice el Apóstol: No dencia, o mejor, es Cristo por medio del Apóstol. Aun en este
dejará de salvarse, si bien como por el fuego? caso puede tener a Cristo por fundamento. Porque, si no an-
Busquemos a una quién es ése. Damos por descartado que tepone a El su afección y su placer, aunque edifica sobre él
no es ese de quien habla Santiago. Lo contrario sería poner maderas, heno y hojarasca, tiene a Cristo por fundamento, y sa
frente a frente a dos apóstoles, pues que uno dice: «Aunque salvará por el fuego. El fuego de la tribulación quemará esas
uno tuviere malas obras, la fe le salvará por el fuego»; y el delicias y esos amores, que no son condenables debido al ma-
otro: «Si no tiene obras, ¿le salvará la fe?» [ 4 1 ] . trimonio. A este fuego pertenecen las orfandades y las demás
2. Sabremos quién puede salvarse por el fuego si cono- calamidades que privan de esos goces. Por eso esa edificación
cemos primero qué es tener a Cristo por fundamento. Para ave- será perjudicial para el que edificó, porque no tendrá lo que
riguarlo lo antes posible consideremos la imagen y caigamos sobreedificó, y será atormentado con la pérdida de las cosas
en la cuenta de que, en un edificio, el fundamento es lo pri-
quantocius advertamus: Nihil in aedificio praeponitur fundamento; quis-
quís itaque sic habet in corde Christum, ut ei terrena et temporalia nec
CAPUT XXVI ea quae licita sunt atque concessa praeponat, fundamentum habet Chris-
tum. Si autem praeponit, etsi videatur habere fidem Christi, non est ta-
QUID SIT IN FUNDAMENTO HABERE CHRISTUM, ET QUIBUS SPONDEATUR SALUS men in eo fundamentum Christus, cui talia praeponuntur: quanto magis,
QUASI PER IGNIS USTURAM si salutaria praecepta contemnens committat illicita, non praeposuisse
Christum, sed postposuisse convincitur, quem posthabuit imperantem sive
1. Sed habent, inquiunt, Christiani catholici in fundamento Christum, concedentem, dura contra eius imperata sive concessa suam per flagitia
a cuius unitate non recesserunt, tametsi huic fundamento superaedifica- delegit explere libidinem? Si quis itaque christianus diligit meretricem,
verunt quamlibet pessimam vitam, velut ligna, fenum, stipulam1": recta eique adhaerens unum corpus efficitur °1, iam in fundamento non habet
itaque fides, per quam Christus est fundamentum, quamvis cum dañi- Christum. Si quis autem diligit uxorem suam, si secundum Christum "3,
no, quoniam illa quae superaedificata sunt exurentur, tamen poterit eos quis ei dubitet in fundamento esse Christum? Si vero secundum hoo
quandoque ab illius ignis perpetuitate salvare. Respondeat eis breviter saeculum, si carnaliter, si in morbo concupiscentiarum, 6Ícut et gentes
apostolus Iacobus: Si quis dicat se fidemz habere, opera antem non ha- quae ignorant Deum oa, etiam hoc secundum veniam concedit Apostolus,
beat, numquid poterit fides salvare eum?" Et quis est, inquiunt, de quo imo per Apostolum Christus. Potest ergo et iste habere in fundamento
dicit apostolus Paulus, Ipse autem salvus erit, sic tamen quasi per ig- Christum. Si enim ei nihil talis affectionis voluptatisque praeponat, quam-
nem? " Simul quis iste sit, inquiramus: hunc tamen non esse, certissi- vis superaedificet ligna, fenum, stipulam, Christus est fundamentum,
mum est, ne duorum Apostolorum sententias mittamus in rixam, si unus propter hoc salvus erit per ignem. Delicias quippe huiusmodi amoresque
dicit, Etiamsi mala opera quis habuerit, salvabit eum fides per ignem; terrenos, propter coníugaíem quídem copulam non damnabííes, tríbulatío-
alius autem, Si opera non habeat, numquid poterit fides salvare eum? nis ignis exuret: ad quem ignem pertinent et orbitates, et quaecumque
2. Inveníemus ergo quis possit salvari per ignem, si prius invenerimus calamitatesi quae auferunt haec Ac per hoc ei qui aedificavit, erit aedi-
quid sit habere in fundamento Christum. Quod ut de ipsa similitudine ficatio ista damnosa; quia non habebit quod superaedificavit, et eorurn
Bi
8?
i Cor. 3,n.i2 84
Ibid., 6,i6.
Iac. 2,14.
M
i Cor. 3,i5. •« Eph. 5,25.
'" 1 Thess. 4,5.
1606 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 26, 3
XXI, 2 6 , 3 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1607
c u y o goce le e n c a n t a b a . M a s será s a l v a d o p o r el fuego, p o r l o s
m é r i t o s del f u n d a m e n t o , p o r q u e , si u n p e r s e g u i d o r le p r o p u s i e r a malditos, al fuego eterno, d e f o r m a q u e i n c l u y a m o s en él a
la d i s y u n t i v a C r i s t o o lo o t r o , n o a n t e p o n d r í a lo o t r o a C r i s t o . estos q u e edifican s o b r e el f u n d a m e n t o m a d e r a , h e n o y h o j a r a s -
V e d en las p a l a b r a s del A p ó s t o l al h o m b r e q u e edifica so- ca. M a s p e n s e m o s q u e éstos se v e r á n l i b r e s d e ese fuego, des-
b r e el f u n d a m e n t o p l a t a , o r o y p i e d r a s p r e c i o s a s . El que no p u é s de a t o r m e n t a d o s a l g ú n t i e m p o p o r sus p e c a d o s , p o r los
tiene mujer—dice él—piensa en las cosas que son de Dios y en m é r i t o s de ese f u n d a m e n t o . ¿ O u é d e b e m o s p e n s a r de los de la
cómo agradar al Señor. V e d a h o r a al otro q u e edifica m a d e r a , d e r e c h a , a q u i e n e s se d i r á : Venid, benditos de mi Padre, a po-
h e n o y h o j a r a s c a : Y el que está casado piensa en las cosas del seer el reino que os está preparado, sino q u e son a q u e l l o s q u e
mundo y en cómo agradar a la mujer. Se verá cuál es la obra edificaron s o b r e el f u n d a m e n t o o r o , p l a t a y p i e d r a s p r e c i o s a s ?
de cada uno, porque el día la descubrirá, el d í a de la t r i b u l a - Si, p u e s , el fuego de que h a b l a el A p ó s t o l al d e c i r : si bien
ción, sí, puesto que será manifestado por el fuego. L l a m a fuego como por el fuego, lo e n t e n d e m o s de este m o d o , d e b e n ser a r r o -
a la t r i b u l a c i ó n m i s m a , c o m o se lee en o t r a p a r t e : El horno j a d o s a él u n o s y o t r o s , es decir, l o s de la d e r e c h a v los de la

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


prueba las vasijas de tierra, y la tribulación a los hombres jus- i z q u i e r d a . Y u n o s y otros deben ser p r o b a d o s p o r el fuego del
tos. Y t a m b i é n : El fuego descubrirá cuál es la obra de cada q u e se d i j o : El día descubrirá la obra de cada uno, puesto que
uno. Si la obra de uno sobrepuesta permaneciere (y p e r m a n e - será manifestado por el fuego, y el fuego probará cuál sea la
cen los p e n s a m i e n t o s s o b r e D i o s y el c u i d a d o de a g r a d a r l e ) , obra de cada uno. Si los dos s e r á n p r o b a d o s p o r el fuego, a fin
recibirá la recompensa, es d e c i r , r e c i b i r á el fruto de sus pen- de g u e el u n o , si sus o b r a s p e r m a n e c e n , es decir, n o fueren con-
s a m i e n t o s . E m p e r o , si la obra de otro se quemare, será suyo el s u m i d a s p o r el fuego, r e c i b a el g a l a r d ó n , v el o t r o , si sus o b r a s
daño, p o r q u e n o t e n d r á lo q u e h a b í a a m a d o . No obstante, no a r d i e r e n , reciba su castigo, sin d u d a ese fuego n o es e t e r n o .
dejará de salvarse, p u e s la t r i b u l a c i ó n n o le s e p a r ó de ese fun- S ó l o los de la i z q u i e r d a serán e n v i a d o s al fuego e t e r n o p a r a su
damento, si bien como por el fuego, y a q u e n o p e r d e r á s i n s u p r e m a y e t e r n a c o n d e n a c i ó n . Este fuego de rrue h a b l a el
d o l o r u r e n t e lo q u e p o s e y ó con a m o r a t r a y e n t e . H e a q u í descu- A p ó s t o l p r u e b a a los de la d e r e c h a . P e r o los p r u e b a de tal m a -
b i e r t o u n fuego q u e n o d a ñ a , a m i p a r e c e r , a n i n g u n o de los n e r a q u e n o q u e m a el edificio de u n o s v q u e m a el de l o s o t r o s .
h o m b r e s de q u e h e m o s h a b l a d o , sino q u e e n r i q u e c e a u n o , d a m - N o rruema el edificio de a q u e l l o s q u e h a n p u e s t o a Cristo p o r
nifica a o t r o y p r u e b a a los d o s . f u n d a m e n t o del m i s m o . Y así se s a l v a r á n t o d o s , p u e s t o q u e h a n
c o l o c a d o a C r i s t o p o r f u n d a m e n t o y lo h a n a m a d o con u n a m o r
3 . E n t e n d a m o s , si se q u i e r e , e n este l u g a r , a q u e l fuego
g r a n d e . Y si se s a l v a r á n , e s t a r á n c i e r t a m e n t e a l a d e r e c h a y
del q u e d i r á el S e ñ o r a los d e la i z q u i e r d a : Apartaos de mí,
mis diret sinistris, Discedhe a me, malft-icti, in ignem. aeternutn1"^: ut
amissione cruciabitur, quibus fruendo utique laetabatur. Sed per hunc in eis etiam isti esse credantur, qui aedificant super fundamentum ligna,
ignem salvus erit mérito iundamenti, quia etsi utrum id, an Christum fenum. stipnlam. eosque ex illo igne po«t tempus pro malis mentís imper-
habere mallet, a persecutore proponeretur, illud Christo non praeponere- titum liberet boni mentum fnndamenti: quid arbitrabimur dextros quibus
tur. Vide in Apostoli verbis hominem aedificantem super fundamentum dicetur. Venite. bened.ir.ti PatrU mei. posñdete paratum vobis regnum 10a,
aurum, argentum, lapides pretiosos: Qai sine uxore est, inquit, cogitat nisi eos qui aedifiraverunt super fundamentum aurum, argentum. lapides
quae sunt Uei, quomodo placeat Deo. Vide alium aedificantem ligna, fe- pretiosos? Sed in illum ignem. de quo dictum est. sic tamen quasi per
num, stipulam: (Jui autem matrimonio iunctus est, inquit, cogitat quae ignem, si hoc modo est intelüeendus, «trique mittendi sunt. et dextri sci-
sunt mundi, quomodo placeat uxori"'. Uniuscuiusque opus manifestabitur: licet, et sinistri. Tilo quippe igne utrique probandi sunt, de quo dictum
dies enim dectarabit; dies utique tribulationis: quoniam in igne, inquit, est, Dies enim declarahit. quoniam in igne revelabitur. et uniuscuiusque
revelabitur '"• Eamdem tribulationern ignem vocat, sicut alibi legitur, Vasa opus quale sit. ignis probabit103. Si ergo titrumque probabit ignis, nt si
figuli probat jornax, et nomines iustos tentado tribulationis S9. Et. Unius- cuius opus permanserit, id est, non fuerit igne consumptum, quod super-
cuiusque opus quale sit, ignis probabit. Si cuius opus permanserit (perma- aedificavit. mercedem accipiat: si cuiu« autem opu« arserit. damnum pa-
net enim quod quisque cogitat quae sunt Dei, quomodo placeat Deo). tiatur: profecto non est ipse aeterhus ille ignis. Tn illum enim soli sinistri
quod superaedificavit, mercedem accipiet: id est, unde cogitavit, hoc su- novissima et perpetua damnatione mittentur, iste autem dextros probat.
inet. Si cuius autem opus arserit, damnum patietur: quoniam quod dile- Sed alios eorum sic probat, ut aedificium quod super Christum funda-
xerat, non habebit. Ipse autem salvus erit; quia nulla eum tribulatio ab mentum ab eis invenerit esse constructum. non exurat atque rnnsumat:
illius iundamenti stabilitate movit: sic tamen quasi per ignem l°°. Quod alios autem aliter, id e<=t, ut quod superaedificavenmt, ardeat. damnum-
enim sine illiciente amore non habuit, sine urente dolore non perdit. Ecce, que inde patiantur; salvi fiant autem, quoniam Christum in fundamento
quantum mihi videtur, inventus est ignis, qui nullum eorum damnet, sed stahiliter positum praecellemi charitate tenuerunt. Si autem salvi fient,
unum ditet, alterum damnificet, ambos probet. profecto et ad dexteram stabunt, et eum caeteris audient, Venite, benedirti
3. Si autem ignem illum isto loco voluerimus accipere, de quo Domi- Patris mei, possidete paratum vobis regnum: non ad sinistram, ubi illi
5
" i Cor. 7,32.33. " Eccli. 27,6. 101
Mt. 25,41.
98
Ibid., 3,13- " ° 1 Cor. 3,13-13. 102
Ibid., 3.1
m
' 1 Cor. 3,13.
1608 U CIUDAD DE D I O S XXI, 26, 4
X X I , 26, 4 El, INFIERNO, PIN DE W CIUDAD TERRENA 1609
oirán con los demás estas palabras: Venid, benditos de mi Pa-
dre, a poseer el reino que os está preparado. Y no a la izquier- de permanecer eternamente. Habrá también hacia el fin del
da, donde estarán los que no se han de salvar, que a su vez mundo, en tiempo del anticristo, una persecución sin precedente
oirán: Apartaos de mí, malditos, al juego eterno. Ninguno de en la historia. ¡Cuántos edificios de oro o de heno se levantarán
éstos se librará del fuego, porque irán todos al suplicio eterno, entonces sobre el óptimo fundamento, que es Jesucristo, para
donde su gusano no morirá y el fuego no se apagará. Allí serán que el fuego pruebe a los dos, infiriendo a unos gozo y a otros
atormentados día y noche por los siglos de los siglos. daño, pero sin perder ni a unos ni a otros a causa de la esta-
4. Si se dice que el espacio de tiempo que mediará en- bilidad de ese fundamento!
tre la muerte y ese día que, después de la resurrección de los Mas quienquiera que antepone, no digo la mujer, de la
cuerpos, será el último día de la remuneración y de la conde- que se sirve para el deleite carnal, sino las otras personas que

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


nación, las almas estarán expuestas al ardor de un fuego que no ama por ese fin y las ama carnalmente a usanza humana, no
no sentirán aquellos que no hayan tenido en esta vida costum- tiene a Cristo por fundamento. Este no se salvará por el fuego,
bres y afecciones carnales dignas de consumir su madera, su y no se salvará porque no podrá estar con el Salvador, que,
heno y su paja; y que quienes han construido un edificio seme- hablando palmariamente sobre este punto, dice: Quien ama al
jante, sentirán el fuego de una tribulación transitoria que abra- padre o a la madre más que a mí, no es digno de mí. Y quien
se, sea allí sólo, sea aquí y allí, sea aquí para que no sea allí, ama al hijo o a la hija más que a mí, no es tampoco digno de
los pecados innumerables, aunque veniales. A esto no me opon- mí. El que ama carnalmente a estos parientes, anteponiéndo-
go, porque quizá sea verdadero. La muerte del cuerpo, que es los a Cristo, nuestro Señor, y preferiría perderlos a ellos a
engendro del primer pecado, y que cada uno sufrirá a su tiem- perder a Cristo si se le pone en esta prueba, se salvará por
po, puede formar parte de esa tribulación. Las persecuciones de el fuego. De su pérdida sólo es preciso que queme el dolor
la Iglesia, que han coronado a sus mártires y que padecen todos cuanto había unido el amor. Por tanto, el amar según Cris-
los cristianos, son como un fuego que prueba los diferentes edi- to al padre, a la madre, a los hijos o a las hijas, y ayudar-
ficios, que consume unos con sus edificadores, si no encuentra les a conseguir su reino y a unirse a El, o amarlos porque
en ellos a Cristo por fundamento, y quema otros sin tocar a son miembros de Cristo, tal amor no es un edificio de madera,
de heno y paja, para ser consumido, sitio de oro, plata y pie-
sus autores, si lo encuentra. Estos se salvarán, aunque después
dras preciosas. ¿ Cómo podría amar más que a Cristo a aquellos
del castigo. A otros no los consume, porque los halla dignos
que ama por Cristo? [ 4 2 ] .
erunt, qui salvi non erunt, et ideo audient, üiscedite a me, maledicti, in
ignem aeternum. Nemo quippe ab illo igne salvabitur, quia in suppliciura bulatio tempore Antichristi, qualis nunquam antea fuit. Quam multa erunt
aeternum ibunt illi omnes 1 0 t , ubi vermis eorum non moiietur, et ignis tune aedificia, sive áurea, sive fenea supeí optimum fundamentum, quod
non exstinguetur ">5, quo cruciabuntur die ac nocte in saecula saecu- est Christus Iesus, ut ignis ille probet utraque, et de alus gaudium, de
lorum 109 . alus inferat damnum; neutros tamen perdat in quibus haec inveniet,
4. Post istius sane corporis mortem, doñee ad illum veniatur, qui post propter stabile fundamentum. Quicumque autem, non dico uxorem, cuiu3
resurrectionem corporum futurus est damnationis et remunerationis ulti- etiam commixtione carnis ad carnalem utitur voluptatem, sed ipsa quae
mus dies, si hoc temporis intervallo spiritus defunctorum eiusmodi ignem ab huiusmodi delectationibus aliena sunt nomina pietatis, humano more
dicuntur perpeti, quem non sentiant illi qui non habuerunt tales mores et carnaliter diligendo Christo anteponit, non eum habet in fundamento, et
amores in huius corporis vita, ut eorum ligna, fenum, stipula consumatur; ideo non per ignem salvus erit, sed salvus non erit, quia esse cum Sal-
ala vero sentiant qui eiusmodi secum aedificia portaverunt, sive ibi tan- vatore non poterit, qui de hac re apertissime loquens ait, Qui amat patrem
tum, sive et hic et ibi, sive ideo hic ut non ibi, saecularia, quamvis a aut matrem plus quam me, non est me dignus: et qui amat ¡ilium aul
damnatione venialia concremantem ignem transitoriae tribulationis inve- filiam super me, non est me dignus "". Verum qui has necessitudines BÍC
niant, non redarguo, quia forsitan verum est. Potest quippe ad istam tri- amat carnaliter, ut tamen eas Christo Domino non praeponat, malitque
ipsis carere quam Christo, si ad hunc fuerit articulum tentationis ad-
bulationem pertinere etiam ipsa mors carnis, quae de peccati primi per-
ductus, per ignem salvus erit: quia ex earum amissione tantum necesse
petratione concepta est, ut secundum cuiusque aedificium tempus quod
est urat dolor, quantum haeserat amor. Porro qui patrem, matrem, filios,
eam sequitur ab unoquoque sentiatur. Persecutioncs quoque quibus mar- filias secundum Christum dilexerit, ut ad eius regnum obtinendum eique
tyres coronati sunt, et quas patiuntur quicumque Christiani, probant utra- cohaerendum illis consulat, vel hoc in eis diligat, quod membra sunt
que aedificia velut ignis, et alia consumunt cum ipsis aedificatoribus, BÍ Christi, absit ut ista dilectio reperiatur in lignis, feno et stipula consu-
Christum in eis non inveniunt fundamentum; alia sine ipsis, si inveniunt, menda, sed prorsus aedificio áureo, argénteo, gemmeo deputabitur. Quo-
quia, licet cum damno, salvi erunt ipsi: alia vero non consumunt, quia modo autem potest eos plus amare quam Christum quos amat utique
talia reperiunt quae maneant in aeternum. Erit etiam in fine saeculi tri- propter Christum.
104
M t . 25,46.
10 l
« I s . 66,24 « M t . 10,37
" ' AjlOC. 30,10.
1610 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 2 7 , 1
XXI, 27,2 Ei, INFIERNO, PIN DE LA CIUDAD TERRENA 1611

Si p e r d o n a r e i s los p e c a d o s a los h o m b r e s , v u e s t r o P a d r e os
C A P I T U L O X X V I I
p e r d o n a r á los p e c a d o s leves q u e cometiereis a d i a r i o , s i n o : Os
perdonará vuestros pecados. P r e s u m e n q u e los p e c a d o s , sean del
CONTRA LA SEXTA OPINIÓN
n ú m e r o y de la c a l i d a d a u e sean, a u n q u e los c o m e t a n a d i a r i o
y m u e r a n sin h a b e r r e n u n c i a d o a ellos, l a l i m o s n a d e u n per-
1. N o q u e d a p o r r e s p o n d e r m á s q u e a q u i e n e s sostienen
dón no negado puede perdonarlos.
q u e s ó l o a r d e r á n en el l u e g o e t e r n o los q u e d e s c u i d e n h a c e r
l i m o s n a s p o r s u s p e c a d o s , s e g ú n a q u e l l a s p a l a b r a s del a p ó s t o l 2. E s t á b i e n q u e r e p a r e n en q u e deben h a c e r s e l i m o s n a s
S a n t i a g o : Aguarda un juicio sin misericordia al que no usó de dignas p o r los p e c a d o s . Si d i j e r a n q u e t o d o s los p e c a d o s , t a n t o
misericordia. L u e g o el q u e la p r a c t i c a — c o n c l u y e n — , a u n q u e graves c o m o leves, y t o d a s l a s c o s t u m b r e s c r i m i n o s a s serán
n o h a y a e n d e r e z a d o s u s d i s o l u t a s c o s t u m b r e s y viva n e f a r i a y r e m i t i d o s p o r t o d a s u e r t e d e l i m o s n a s , c a e r í a n e n la cuenta

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p e c a d o r a m e n t e e n m e d i o d e s u s l i m o s n a s , s e r á j u z g a d o con m i - de q u e dicen u n a cosa a b s u r d a y r i d i c u l a . E n efecto, se v e r í a n
sericordia. Y o no será condenado o después de algún tiempo o b l i g a d o s a confesar q u e u n h o m b r e m u y r i c o , p o r e j e m p l o ,
será l i b r a d o de la ú l t i m a c o n d e n a c i ó n . Creen q u e la s e p a r a c i ó n con i n v e r t i r a d i a r i o diez pesetillas e n l i m o s n a s , p o d r í a redi-
q u e h a r á Cristo e n t r e los de la d e r e c h a y los d e la i z q u i e r d a , m i r los h o m i c i d i o s , los a d u l t e r i o s y d e m á s a c c i o n e s n e f a r i a s .
p a r a enviar a unos al reino eterno y a otros al eterno suplicio, Si decir esto es u n a b s u r d o m a y ú s c u l o y u n a l o c u r a sin califi-
se f u n d a r á ú n i c a m e n t e e n el c u i d a d o o d e s c u i d o de la limosna. cativo, resta s a b e r c u á l e s son l a s l i m o s n a s d i g n a s p o r los peca-
Se a p o y a n , a d e m á s , e n la o r a c i ó n d o m i n i c a l , y d i c e n q u e los dos, de l a s c u a l e s decía el p r e c u r s o r de C r i s t o : Haced frutos
p e c a d o s c o m e t i d o s a d i a r i o , p o r e n o r m e s q u e sean, p u e d e n ser dignos de penitencia. S i n d u d a n o se h a l l a r á q u e s e a n d i g n a s
perdonados p o r las limosnas. Como no hay día—prosiguen— l a s l i m o s n a s de a q u e l l o s q u e s e p u l t a n su v i d a h a s t a la m u e r t e
en q u e los c r i s t i a n o s n o reciten esta o r a c i ó n , así n o h a y peca- cometiendo crímenes a diario [ 4 3 ] . Lo primero, p o r q u e derro-
d o , p o r c o t i d i a n o q u e sea, q u e n o se p e r d o n e p o r e l l a , a condi- chan m u c h a s m á s r i q u e z a s en q u i t a r l a h a c i e n d a a j e n a y d a n d o
ción d e q u e c u a n d o d e c i m o s : Perdónanos nuestras deudas, p r o - de ésta u n p o q u i t o a l o s p o b r e s p i e n s a n q u e a l i m e n t a n a Cristo,
c u r e m o s p o n e r en p r á c t i c a lo q u e s i g u e : así como nosotros c r e y e n d o q u e le c o m p r a n con e l l a la licencia p a r a sus desvarios,
perdonamos a nuestros deudores. El Señor—agregan—no dice: o m á s b i e n q u e se l a c o m p r a n a d i a r i o y cometen con ella ta-
m a ñ o s d e s a f u e r o s . A u n q u e p o r u n solo p e c a d o d i s t r i b u y e r a n
t o d o su h a b e r a l o s m i e m b r o s n e c e s i t a d o s de Cristo, si n o
CAPUT XXVII
mittet vobis Pater vester quotidiana parva peccata vestra; sed, dimittet
CONTRA EORUM PERSÜASIONEM QUI PUTANT SIBI NON OBFUTURA PECCATA, vobis, inquit, peccata vestra u o . Qualiacumque ergo vel quantacumque sint,
IN QUIBUS, CUM ELEEMOSYNAS FACERENT, PERSTITERUNT etiamsi quotidie perpetrentur, nec ab eis vita discedant in melius com-
1. Restat eis responderé, qui dicunt aeterno igne illos tantummodo mutata, per eleemosynam veniae non negatae remittit sibi posse prae-
arsuros, qui pro peccatis suis faceré dignas eleemosynas negligunt, propter sumunt.
illud quod ait apostolus lacobus: ludicium autem sine misericordia illi 2. Sed bene, quod isti dignas pro peccatis commonent eleemosynas
qui non fecit misericordiam1{". Qui ergo fecit, inquiunt, quaravis non esse faciendas: quoniam si dicerent qualescumque eleemosynas pro pecca-
correxerit perditos mores, sed nefarie ac nequiter ínter ipsas suas eleemo- tis et quotidianis et magnis et quantacumque scelerum consuetudine mi-
synas vixerit, cum misericordia illi futurum est iudicium, ut aut non dam- sericordiam posse impetrare divinam, ut ea quotidiana remissio sequere-
netur omnino, aut post aliquod tempus a damnatione novissima liberetur. tur, viderent rem se dicere absurdam atque ridiculam. Sic enim cogeren-
Nec ob aliud existimant Christum de solo dilectu atque neglectu eleemo- tur fateri fieri posse, ut opulentissimus homo decem nummulis diurnis in
synarum discretionem inter dexteros et sinistros esse facturum, quorum eleemosynas impensis, homicidia, et adulteria, et nefaria quaeque facta
alios in regnum, alios in supplicium mittat aeternum. Ut autem quotidiana redimeret. Quod si absurdissimum et insanissimum est dicere: profecto si
sibi opinentur, quae faceré omnino non cessant, qualiacumque et quanta- quaeratur, quae dignae sint pro peccatis eleemosynae, de quibus etiam
cumque sint, per eleemosynas dimitti posse peccata, orationem quam do- Christi praecursor ille dicebat. Facite ergo fructus dignos voenitendae U 1 ;
cuit ipse Dominus, et suffragatricem sibi adhibere conantur, et testem. procul dubio non invenientur eas faceré, qui vitam suam usque ad mortem
Sicut enim nullus est, inquiunt, dies, quo a Christianis haec oratio non quotídianorum criminum perpetratione confodiunt. Primum, quia in aufe-
dicatur: ita nullum est quotidianum qualecumque peccatum, quod per rendis rebus alienis longe plura diripiunt, ex quibus perexigua pauperibus
illam non dimittatur, cum dicimus, Dimitte nobis debita nostra; si quod largiendo, Christum se ad hoc pascere existimant, ut licentiam malefacto-
sequitur faceré curemus, sicut et nos dimittimus debiloribus nostris 109. rum ab illo se emisse, vel quotidie potius emere credentes, securi damna-
Non enim ait Dominus, inquiunt, Si dimiseritis peccata hominibus, di- bilia tanta committant. Qui si pro uno scelere omnia sua distribuerent
indigentibus membris Christi, nisi dssisterent a talibus factis. habendo
108
lac. 2,13. 110
« ' Mt. 6,i3. Ibid., 14.
'-" Mt. 3,8.
1612 LA CIUDAD DE DIOS X X I , 27, S

renuncian a sus truhanerías, teniendo esa caridad que no obra X X I , 27, 3 El, INFIERNO, FIN DE IA CIUDAD TERRENA 1613
mal, tal liberalidad les sería inútil. fs Cristo, porque Dios atiende no a quién se da, sino con qué
El que hace por sus pecados limosnas dignas, comience pri- intención se da [44]. Quien ama a Cristo en un cristiano, le da
mero a hacerlas por sí mismo. Es indigno no hacerse a sí mismo limosna con el mismo espíritu con que se acerca a Cristo, no
la caridad que se hace al prójimo, oyendo al Señor que dice: con ese espíritu que le induce a apartarse sin castigo de Cristo.
Amarás al prójimo como a ti mismo. Y también: Apiádate de Tanto más se aleja uno de Cristo cuanto más ama lo que
tu alma agradando a Dios. Quien no hace a su alma la limosna reprueba Cristo [45]. En efecto, ¿qué le aprovecha ser bauti-
de agradar a Dios, ¿cómo puede decir que hace limosnas dig- zado, si no es justificado? ¿No es verdad acaso que quien dijo:
nas por sus pecados? A este fin está también escrito: Quien El que no renaciere del agua y del Espíritu Santo no entrará
es malo para consigo mismo, ¿para quién será bueno? Las li- en el reino de los cielos, ese mismo dijo: Si no es más colmada
mosnas, pues, ayudan a las oraciones. Mas debe pararse mientes vuestra justicia que la de los escribas y fariseos, no entraréis

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en esto: Hijo, ¿has pecado? Para que no vuelvas a pecar más, en el reino de los cielos? ¿Por qué son tantos los que corren
haz oración por las culpas pasadas, a fin de que te sean perdo- a bautizarse por temor a lo primero y son tan pocos los que
nadas. Las limosnas deben hacerse exclusivamente para que sea- procuran justificarse por temor a lo segundo? Así como no
mos escuchados cuando pedimos perdón por los pecados pasa- llama idiota a su hermano quien, cuando le injuria, está enoja-
dos, no para que, perseverando en ellos, creamos que hemos do no con su hermano, sino con su pecado, pues de otra suerte
obtenido licencia para obrar mal. sería reo del infierno de fuego, así el que alarga una limosna
3. El Señor predijo que había de imputar a los de la de- a un cristiano, no la alarga a un cristiano si no ama en él a
recha las limosnas realizadas y a los de la izquierda las no Cristo, y no ama a Cristo si rehusa justificarse en Cristo. Apro-
hechas, para mostrar con ello el valor de la limosna en orden vecharía muy poco a aquel que llama idiota a su hermano, in-
a borrar los pecados cometidos, no en orden a cometerlos sin juriándolo injustamente y sin pensar en su corrección, el hacer
cesar impunemente. No debe creerse que quienes rehusan me- limosna para obtener el perdón si no añade también el remedio
j o r a r su vida amoral hacen limosnas verdaderas. También esto: de la reconciliación. Está propuesto en el mismo lugar así: Por
Siempre que dejasteis de hacerlo con alguno de mis pequeñue- tanto, si, al tiempo de presentar tu ofrenda en el altar, allí te
los, dejasteis de hacerlo conmigo, muestra que no las hacen, acuerdas de que tu hermano tiene alguna queja contra ti. deja
aunque ellos crean que sí. Si dan a un cristiano pobre pan por allí mismo tu ofrenda ante el altar y ve primero a reconciliarte
ser cristiano, no se negarán a sí mismos el pan de justicia que con tu hermano y luego vuelve a presentar tu ofrenda. Del mis-
charitatem, quae non agit perperam m , aliquid eis prodesse non posset.
Qui ergo dignas pro suis peccatis eleemosynas facit, prius eas faceré panem iustitiae, quod ipse Christus est, non negarent: quoniam Peus,
incipiat a se ipso. Indignum est enim, ut in se non faciat qui facit in non cui detur, sed quo animo detur, attendit. Qui ergo Christum diligit
proximum, cum audiat dicentem Dominum, Diliges proximum tuum in Christiano, hoc animo ei porrigit eleemosynam quo accedit ad Christum,
tanquam te ipsum1IS. Itemque audiat, Miserere tuae animae placens non quo vult recedere impunitus a Christo. Tanto enim magis quisque
Deo lsi. Hanc eleemosynam, id est, ut Deo placeat, non faciens animae deserit Christum, quanto magis diligit quod improbat Christus. Nam quid
suae, quomodo dignas pro peccatis suis eleemosynas faceré dicendus est? cuiquam prodest, quod baptizatur, si non iustificatur? Nonne qui dixit,
Ad hoc enim illud scriptum est: Qui sibi malignus est. cui bonus erit? u " Nisi auis renatus fuerit ex aqua et Spiritu Soneto, non intrabit in regnum
Orationes quippe adiuvant eleemosynae. Et utique intuendum est quod Des U í ; ipse etiam dixit, Nisi abundaverit iustitia vestra super Scribarum
legimus: Fui, peccasti, ne aducías iterum, et de praeteritis deprecare, ut et Pharisaeorum, non intrabitis in regnum caelorum? " 9 Cur illud timendo
tibi dimittantur u s . Propter hoc ergo eleemosynae faciendae sunt, ut cum muí ti currunt baptizan, et hoc non timendo non multi curant iustifi-
de praeteritis peccatis deprecamur, exaudiamur, non ut in eis perseve- cari? Sicut ergo non dicit fratri suo, Fatue, qui cum hoc dicit, non
rantes, licentiam malefaciendi nos per eleemosynas comparare credamug. ipsi fraternitati, sed peccato eius infensus est, alioquin reus erit gehen-
3. Ideo autem Dominus et dextris eleemosynas ab eis facías, et si- nae ignis 120 : ita e contrario, qui porrigit eleemosynam Christiano, non
nistris non factas se imputaturum esse praedixit, ut hinc ostenderet quan- Christiano porrigit, qui non in eo diligit Christum; non autem diligit
tum valeant eleemosynae ad priora delenda, non ad perpetua impune Christum, qui iustificari recusat in Christo. Et quemadmodum si quis
committenda peccata. Tales autem eleemosynas non dicendi sunt faceré praeoecupatus fuerit hoc delicto, ut fratri suo dicat, Fatue, id est, non
qui vitam nolunt a consuetudine scelerum in melius commutare. Quia et eius peccatum volens auferre convicietur iniuste: parum est illi ad hoc
in hoc quod ait, Quando uni ex minimis meis non fecistis, mihi non fe- redimendum eleemosynas faceré, nisi etiam quod ibi sequitur remedium
cistis1"; ostendit eos non faceré etiam quando se faceré existimant. Si reconciliationis adiungat. Ibi enim sequitur: Si ergo offers muñas tuum
enim Christiano esurienti panern tanquam Christiano darent, profecto sibi ad altare, et ibi recordatus fueris, quia frater tuus habet aliquid adver-
sum te, relinque ibi munus tuum ad altare, et vade, prius reconciliare
113
i Cor. 13,4. i n r b i d . , 14,5. fratri tuo, et, tune veniens offeres munus tuum 121. Ita parum est eleemo-
1IS rl8
M t . 22,39. I b i d . , 21,1.
111 118
E í o l j . 30,24. ' " M t . 25,45. l o . 3,5. i!» T Vrl. 22
119
M t . 5,20. « i I b l d , , 23.24.
1614 U CIUDAD DE DIOS X X I , 27, 4 XXI, 27, 4 EL INFIERNO, ÍIN DE EA CIUDAD TERRENA 1615

mo modo, aprovecharía muy poco hacer srrandes limosnas por pecados de los que no estáis exentos ni siquiera vosotros, que
los pecados permaneciendo en las costumbres pecaminosas. estáis justificados y santificados? Los que buscan en esta ora-
4. La oración cotidiana, enseñada por el Señor—de aquí ción un pretexto para cometer todos los días crímenes, preten-
su nombre de dominical—, borra los pecados de cada día cuan- den que el Señor significó los pecados graves, porque no dijo:
do se dice a diario: Perdónanos nuestras deudas, y lo que sigue Os perdonaré los leves, sino vuestros pecados. Nosotros, al con-
no se dice solamente, sino que se pone en práctica: así como trario, considerando a quiénes se dirigía y oyendo decir vues-
nosotros perdonamos a nuestros deudores. Se recita la oración tros pecados, no debemos entender esas palabras más que de
porque se cometen pecados, no para que se cometan porque se los leves, porque sus discípulos no tenían ya otros. No obstante,
recita. El Salvador ha querido enseñarnos con esta oración aue, los mismos graves, de los que es preciso apartarse por una
por más justamente que vivamos en la noche feble de esta vida, sincera conversión, no se perdonan por la oración si no se pone
no nos faltarán pecados por los que tendremos necesidad de en práctica lo que en ella se dice: así como nosotros perdona-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


orar v de perdonar a auienes nos ofendan, para que nos per- mos a nuestros deudores. Si, pues, las faltas, aunque sean leves,
done Dios a nosotros. El Señor no dice: Si perdonareis a los de las que no están libres ni los santos, no se remiten de otro
hombres sus pecados, os perdonará también vuestro Padre vues- modo, ¡cuánto menos los enviscados en crímenes enormes, aun-
tros vecados, con el fin de que, confiados en esta oración, co- que dejen de cometerlos, conseguirán el perdón si fueren inexo-
metiéramos seguros a diario crímenes, sea en virtud de la auto- rables para perdonar las faltas que otro cometiere contra ellos,
ridad que nos pone al amparo de los hombres, sea por astucia, diciendo el Señor: Si no perdonáis a los hombres, tampoco vues-
engañando a los mismos hombres. Ouería que aprendiéramos tro Padre os perdonará! A eso aluden las palabras de Santiago:
a no pensar aue estamos sin pecados aunque estemos exentos Será juzgado sin misericordia, el que no use de misericordia. Se
de crímenes. Así lo advirtió Dios a los sacerdotes de la antigua debe traer a la memoria el ejemplo del siervo deudor, a quien
Ley, mandándoles ofrecer primero sacrificios por sus pecados su amo perdonó diez mil talentos y que después le obligó a
y luego por los del pueblo. pagarlos porque no se apiadó de un consiervo que le debía cien
denarios. A los hijos de la promesa y vasos de misericordia se
Las palabras de nuestro gran Señor y Maestro merecen una aplican las palabras siguientes del mismo apóstol: La miseri-
consideración más detallada. El no dice: Si perdonareis a los cordia sobrepuja la justicia. Los justos que han vivido en tal
hombres sus pecados, también vuestro Padre os perdonará a
vosotros cualesquiera pecados, sino vuestros pecados. Nótese vestra. Quotidianam quippe orationem docebat, et iustificatis utique disci-
que estaba enseñando la oración de cada día y hablaba a dis- pulis loquebatur. Quid est ergo, peccata vestra, nisi peccata sine quibus
cípulos justificados. ¿Qué significa vuestros pecados sino los nec vos eritis, qui iustificati et sanctificati estis? Ubi ergo illi, qui per
hanc orationem occasionem perpetrandorum quotidie scelerum quaerunt,
synas quantaslibet faceré pro quocumque scelere, et in consuetudine sce- dicunt Dominum significasse etiam magna peccata, quoniam non dixit,
lerum permanere. Dimittet vobis parva, sed peccata vestra: ibi nos considerantes qualibus
4. Oratio vero quotidiana, quam docuit ipse Dominus, unde et Domi- loquebatur, et audientes dictum, peccata vestra, nihil aliud debemus exis-
nica nominatur, delet quidem quotidiana peccata, cum quotidie dicitur, timare quam parva, quoniam talium iam non erant magna. Verumtamen
Dimitte nobis debita nostra; atque id quod sequitur non solum dicitur, nec ipsa magna, a quibus omnino mutatis in melius moribus recedendum
sed etiam fit, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris122: sed quia fiunt est, dimittuntur orantibus, nisi fiat quod ibi dicitur, sicut et nos dimitti-
peccata, ideo dicitur; non ut ideo fiant, quia dicitur. Per hanc enim mus debitoribus nostris. Si enim minima peccata, sine quibus non est
nobis voluit Salvator ostendere, quantumlibet iuste in huius vitae calígine etiam vita iustorum, aliter non remittuntur: quanto magis multis et magnis
atque infirmitate vivamus, non nobis deesse peccata pro quibus dimitten- criminibus involuti, etiamsi ea perpetrare iam desinant, nullam indulgen-
dis debeamus orare, et eis qui in nos peccant, ut et nobis ignoscatur. tiam consequuntur, si ad remittendum alus quod in eos quisque pecca-
ignoscere. Non ¡taque propterea Dominus ait, Si dimiseritis peccata homi- verit, inexorabiles fuerint, cum dicat Dominus,I25Si autem non dimiseritis
nibus, dimittet vobis et Pater vester peccata vestra I 2 \ ut de hac oratione hominibus, ñeque Pater vester dimittet vobis? Ad hoc enim valet quod
confisi, securi quotidiana scelera faceremus, vel potentia qua non timere- etiam Iacobus apostolus 12ait, iudicium futurum sine misericordia illi qui
mus hominum leges, vel astutia qua ipsos homines falleremus: sed ut per non fecit misericordiam °. Venire quippe debet in mentem etiam servus
illam disceremus, non putare nos esse sine peccatis, etiamsi a criminibus ille, cui debitori dominus eius relaxavit decem millia talentorum; quae
essemus immunes: sicut etiam Legis veteris sacerdotes hoc ipsum Deus de postea iussit ut redderet,127quia ipse non misertus est conservi sui, qui ei
sacrificiis admonuit, quae iussit eos primum pro suis, deinde pro populi debebat centum denarios . In his ergo qui filii sunt promissionis et vasa
offerré peccatis124. Nam et ipsa verba tanti Magistri et Domini nostri misericordiae, valet quod ait idem apostolus, consequenter adiungens, Su-
vigilanter ¡ntuenda sunt. Non enim ait, Si dimiseritis peccata hominibus, perexsultat autem misericordia iudicio l28. Quoniam et illi iusti qui tanta
et Pater vester dimittet vobis qualiacumque peccata: eed ait, peccata sanctitate vixerunt, ut alios quoque recipiant in tabernacula aeterna, qui-
122
INd., 6,i2. 123
Mt. 6,15. ' " ^ t tfi.jjscM.
138
ibid., 14. 120
124
Xev. r6,6; Hebr. 7,tj. Iac. a,ij. **' Iac. s,is.
1616 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 27, 5
santidad que reciben en los tabernáculos eternos a aquellos X X I , 27, 5 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1617
cuya amistad granjean por riqueza de iniquidad, han llegado a
reciban en las moradas eternas. Muy similar a ésta es aquella
ese estado por la misericordia de Aquel que justifica al impío, otra: El que hospeda a un profeta en atención a que es profeta,
que da el premio según la gracia y no según los méritos. En recibirá premio de profeta, y el que hospeda a un justo en
el número de éstos se cuenta el Apóstol, que dice: He conse- atención a que es justo, tendrá galardón de justo. Describiendo
guido la misericordia para ser fiel. el poeta los campos Elíseos—lugar en que los paganos creen
5. En cambio, aquellos que son recibidos en los tabernácu- que habitan las almas de los bienaventurados—sitúa en ellos
los eternos es preciso confesar que no han vivido en tai pureza no sólo a los que han merecido llegar a esas moradas por mé-
de costumbres que les sea suficiente su vida para verse libres ritos propios, sino también a
sin el sufragio de los santos. Por eso en ellos la misericordia
aventaja en mucho a la justicia. No obstante, no debe creerse los que, beneficiando a otros, perpetuaron su memoria entre los
que un malvado que no haya virado su vida en un sentido me- hombres.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


jor o más tolerable, será recibido en los tabernáculos eternos Es decir, a aquellos que merecieron por otros y, mereciendo
por haberse granjeado la amistad de los santos por la riqueza para ellos, hicieron que se acordaran de ellos. Es como si dije-
de iniquidad, es decir, con el dinero o con los bienes adquiri- ra—cosa corriente en boca de un cristiano cuando se encomien-
dos por medios malos. 0 quizá, aunque con medios buenos, da humilde a uno de los santos—: «Acuérdate de mí», y busca
con falsas riquezas, aun cua ido la iniquidad las juzgue verda- grabar su nombre en la memoria mereciendo.)
deras porque desconoce las auténticas riquezas, que enriquecen Si ahora preguntamos por ese género de vida y por esos
a aquellos que reciben a otros en los tabernáculos eternos. Hay pecados que cierran la entrada en el reino de los cielos, y de
cierto género de vida que ni es tan mala que la largueza en los cuales se obtiene el perdón por los méritos de los santos
las limosnas le sea inútil para ganar el reino de los cielos, pues amigos, nos situamos en una cuestión muy difícil y muy arries-
la pobreza de los santos se sustenta con ella y los torna amigos gada. Por cierto que yo, procurando hasta ahora esforzarme en
que los recibirán en las eternas moradas; ni tan buena que les su investigación, nada he conseguido. Ouizá esté escondida por
baste para adquirir tamaña felicidad si no consiguen la mi- temor a que el afán de progreso mengüe el cuidado de evitar
sericordia. los pecados. Si conociéramos cuáles o qué delitos son esos en ¡
(Y, dicho sea entre paréntesis, siempre me ha extrañado pro de los cuales, sin un avance hacia la vida mejor, debe bus-
hallar en Virgilio la sentencia del Señor que reza: Granjeaos carse y esperarse la intercesión de los santos, la desidia humana
amigos con las riquezas manantial de iniquidad, para que os se envolvería segura de ellos y no cuidaría de desenredarse de

bus amici facti sunt de mammona iniquitatis 12B, ut tales essent, miseri- vobis amicos de mammona iniquitatis, ut et ipsi recipiant vos in tabernácu-
cordia liberati sunt ab eo qui iustificat impium, imputans mercedem se- lo aeterna 131. Cuius est et illa simillima, Qui recipit prophetam in nomine
cundum gratiam, non secundum debitum. In eorum quippe numero est prophetae, mercedem prophetae accipiet, et qui recipit iustum in nomine,
Apostolus, qui dicit: Misericordiam consecutus sum, ut fidelis essem '30. iusti, mercedem iusti accipiet132. Nam cum Elysios campos poeta illa
5. lili autem qui recipiuntur a talibus in tabernacula aeterna, faten- describeret, ubi putant habitare animas beatorum, non solum ibi posuit
dum est qued non sint his moribus praediti, ut eis liberandis sine suffra- eos, qui propriis meritís ad illas sedes pervenire potuerunt, sed adiecit,
gio sanctorum sua possit vita sufficere, ac per hoc multo amolius in eis atque ait,
superexsultat misericordia iudicio. Nec tamen ideo putandus est quisquam Quique sui memores alios fecere merendó 133;
sceleratissimus nequáquam vita vel bona vel tolerabiliore mutatus. recipi id est, qui promeruerunt alios, eosque sui memores promerendo fecerunt.
in tabernacula aeterna, quoniam obsecutus est sanctis de mammona iniqui- Prorsus tanquam eis dicerent, quod frequentatur ore Christiano, cum se
tatis, id est, de pecunia, vel dividís, quae male fuerant acquisitae: aut cuique sanctorum humilis quisque commendat, et dicit, Memor mei esto:
etiamsi bene, non tamen veris, sed quas iniquitas putat esse dividas, quo- atque ut id esse possit, promerendo efficit.) Sed quis iste sit modus. et
niam nescit quae sint verae divitiae, quibus illi abundant, qui et alios quae sint ipsa peccata, quae ita impediunt perventionem ad regnum Dei,
recipiunt in aeterna tabernacula. Est ¡taque quídam vitae modus, nec tam ut tamen sanctorum amicorum meritis impetrent indulgentiam, difficilli-
malae, ut his qui eam vivunt, nihil prosit ad capessendum regnum caelo- mum est invenire, periculosissimum definiré. Ego certe usque ad hoc tem-
rum largitas eleemosynarum, quibus etiam iustorum sustentatur inopia, et pus cum inde satagerem, ad eorum indaginem pervenire non potui. Et
fiunt amici qui in tabernacula aeterna suscipiant; nec tam bonae, ut ad fortassis propterea latent, ne studium proficiendi ad omnia peccata ca-
tantam beatitudinem adipiscendam eis ipsa sufficiat, nisi eorum mentís venda pigrescat. Quoniam si scirentur quae vel qualia sint delicta, pro
quos amicos fecerint, misericordiam consequantur. (Mirari autem soleo quibus etiam permanentibus nec profectu vitae melioris absumptis inter-
etiam apud Virgilium istam Domíni reperiri sententiam, ubi ait: Facite cessio sit inquirenda et speranda iustorum, eis secura se obvolveret huma-
IZ
»
180
Le. t6,9. isi Uc. 16,9.
i Cor. 7,JJ. 1 " M t . 10,41.
1»» Aenetd. 1.6 v.664
1618 LA CIUDAD DE DIOS XXI, 27, 6

tal visco con la ayuda de alguna virtud. Buscaría únicamente XXI, 27,6 EL INFIERNO, FIN DE LA CIUDAD TERRENA 1619
verse libre por los méritos de los otros, cuya amistad se ha
granjeado con la riqueza de iniquidad y dando limosnas. En la autoridad de las Sagradas Letras, que nos son comunes, sino
cambio, mientras desconocemos ese género de pecado venial, entendiéndolas torcidamente, descubren en ellas no el sentido
aunque exista, aplicamos el afán de una mejora en la vida, ins- que tienen, sino el que ellos quieren [ 4 6 ] . Y, hecho esto, pon-
tando con más vigilancia en la oración, y no desdeñamos gran- gamos fin a este libro, como hemos prometido.
jearnos la amistad de los santos con la riqueza de iniquidad.
6. Esta liberación, que se obtiene o por sus oraciones o por
la intercesión de los santos, motiva el no ser enviados al fuego rum Litterarum, quas communes habemus, auctoritatem non spernunt,
eterno, no el salir de él, después del tiempo que sea, una vez eed eas male intelligendo, non quod illae loquuntur, sed hoc potius putant
enviados a él. Los mismos que piensan que lo que está escrito futurum esse quod ipsi volunt. Hac itaque responsione reddita, librum,
sicut promisimus, terminamus.
de la tierra buena que da su fruto en abundancia, una treinta,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


otra sesenta y otra ciento, debe entenderse de los santos, que,
según la diversidad de sus méritos, unos rendirán treinta, otros
sesenta y otros ciento, suelen creer que esto sucederá el día del
juicio y no después.
Cuéntase que una persona, viendo que los hombres se pro-
metían con esta opinión una perversa impunidad, pues de este
modo, al parecer, todos pueden ser salvados, respondió con
mucho acierto que cada uno debe vivir bien para lograr con
su vida ser del número de los que han de interceder por la
liberación de los demás. Y añadió: No vayan a ser tan pocos
los intercesores, que, colmando presto cada cual su número,
uno treinta, otro sesenta y otro ciento, queden muchos sin poder
ser librados de las penas y se hallen entre éstos los que pusie-
ron con vanísima temeridad su esperanza en fruto ajeno.
Baste, pues, haber respondido a estos que, no despreciando

na segnities, nec evolvi talibus implicamentis ullius virtutis expeditione


curaret, sed tantummodo quaereret aliorum meritis liberari, quos amicos
sibi de mammona iniquitatis eleemosynarum largitione fecisset. Nunc vero
dum venialis iniquitatis, etiamsi perseveret, ignoratur modus, proiecto et
studium in meliora proficiendi orationi instando vigilantius adhibetur, et
faciendi de mammona iniquitatis sanctos amicos cura non spernitur.
6. Verum ísta liberatio quae fit sive suis quibusque oratíonibus, sive
intercedentibus sanctis, id agit ut in ignem quisque non mittatur aeter-
num: non ut cum fuerit missus, post quantumcumque tempus inde eruatur.
Nam et illi qui putant sic intelligendum esse, quod scriptum est, afierre
terram bonam uberem fructum, aliam tricenum, aliam sexagenum, aliam
centenum 1 3 4 : ut sancti pro suorum diversitate meritorum, alii trícenos
homines liberent, alii sexagenos, alii centenos: hoc in die iudicii futurum
suspicari solent, non post iudicium. Qua opinione quídam cum videret
homines impunitatem sibi perversissime pollicentes, eo quod omnes isto
modo ad liberationem pertinere posse videantur, elegantissime respondisse
perhibetur, bene potius esse vivendum, ut Ínter eos quisque reperiatur, qui
pro alus intercessuri sunt liberandis; ne tam pauci sint, ut cito ad nume-
rum suum vel tricenum, vel sexagenum, vel centenum unoquoque eorum
perveniente, multi remaneant qui erui iam de poenis illorum intercessione
non possint, et in eis ¡nveniatur quisquís sibi spem fructus alieni terne-
rítate vanissima pollicetur. Haec me respondisse illis suífecerit, qui sacra-

>™ MU i¡.&.
NOTAS AL UBRO XXI 1621
NOTAS AL LIBRO XXI y no tienen sentido ninguno, porque, en realidad, las cosas se han de
entender de muy distinta manera. Pero todo ello nos descubre un fondo
de psicólogo y observador en el gran Obispo de Hipona. Estaba a la al-
tura de su tiempo, y en la ciencia natural no estaba llamado a ser nada
extraordinario, y no lo fué.
[8] Toda la relación que da a continuación está tomada de la His-
toria natural de Plinio. Nos creemos dispensados de dar las citas, porque
las referencias a la misma son muy abundantes en la obra.
[9] Los garamantes era un pueblo del África interior.
[10] El asbesto es una substancia mineral que no se extingue con la
[1] Como se ve, sus respuestas van basadas no en rigor teológico o acción del fuego; es incombustible, como su mismo nombre griego lo
filosófico, sino en una experiencia que ahora podemos decir que no es dice. La verdad es que esta piedra, como todos los demás silicatos,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


verdadera. Sin embargo, tal vez, cuando él la emplea con esa fuerza, sur- resiste bien la acción de un fuego muy intenso, aunque, por fin, llegue
tiría entonces efectos admirables. El a fortiori, si fuera verdadera la pri- a quemarse.
mera parte, sería perfectísimo; pero, como aquélla es falsa, éste cae fuera [11] El argumento a pari o a fortiori empleado por el Santo con-
de cuestión. Ni que decir tiene que todas las apreciaciones de orden serva aún su vigor. Aunque nos sería hoy fácil dar explicación a la ma-
experimental que Agustín expone en este libro y en el siguiente son pu- yoría de estos hechos, sin embargo, entonces no lo era tanto. Y por eso
ramente humanas y de su época. No tiene,, pues, nada de particular que argumenta así: Es un hecho que existen tales fenómenos. Es así que no
hoy las tengamos que rechazar de plano, pues él hablaba tal como lo co- tienen explicación. Luego, según los adversarios, habría que concluir que
nocía, de vista o de oídas. no existen, lo cual va contra la premisa mayor, cierta y probada por la
[2] Ya hemos hecho notar en otra parte la deficiencia de las con- experiencia. Y luego concluiría Agustín: De que no podamos explicar
cepciones en torno a los ángeles y en torno a la constitución de los de- cómo será la resurrección, no se sigue que no exista.
monios. Este era, con todo, el sentir corriente entonces. Esa confesión de [12] Agustín se hace cargo de la objeción, que atacaba directamen-
los demonios se leía en varios autores, tales como San Jerónimo, San Juan te a su doctrina. A primera vista es fuerte, pero ya quedaba rebatida
Crisóstomo, San Cipriano y el mismo Lactancio, que en sus libros Insti- en el libro XVIII, capítulo 18, al hablar de la autoridad y autenticidad
tutionum (1.2 c.16) decía: Maximis saepe uhdatibus editis verberan se et de la historia narrada por los gentiles.
arderé, et iam iamque exire proclamant (daemones).
[13] Se descubrió un sepulcro en el que ardía una lámpara, y data-
[3] Si es verdad que la razón más potente es asignarlo a la omnipo- ba, según consta por una inscripción que se halló en él, de antes del
tencia divina, también es cierto que esto no basta para quienes buscan año 1500. Toda ella se deshizo, convertida en polvo, en las manos de
dar inteligencia a la fe. Agustín ya nos ha explicado, con un sentido quienes la descubrieron.
finísimo, en qué consiste la muerte y cómo el dolor no es la causa de la
[14] Pselo es el que hace esta referencia, y él mismo añade que lo
misma, sino la debilidad del alma. Y ahora es ya fácil explicar cómo será
aprendió de un tal Efesio, que trata con una familiaridad asombrosa a
entonces, puesto que el alma será plenamente inmortal.
los demonios, que no hay cosa alguna que no pueda encantarlos y agra-
[4] Aristóteles, en el libro De anima, niega al alma en primer lugar
darles.
el airarse, gozar, temer y también el mantener la unidad en el cuerpo,
porque, como esto último lo obra por medio del cuerpo, así también [15] Este argumento por vía de remoción, o mejor diríamos de exce-
aquello. Y si admitimos esto del gozo y de la ira, sin duda es preciso lencia, será más tarde empleado por todos los maestros de la escuela para
admitirlo también del dolor y excluirlo, por la misma razón, del alma. probar la absoluta perfección de Dios. Quiero hacer notar de una manera
Así lo han hecho algunos intérpretes de Aristóteles, como Alejandro especial la precisión terminológica del Santo, conservada también por la
de Afrodisia y Temistio. teología posterior. Dios obra, manda y permite. Son tres operaciones que
15] Es inmortal no en el sentido de que haya existido a parte ante, explican perfectamente las relaciones de Dios con las criaturas, tanto
eternamente, ni de que no pueda ser extinguida por ninguna fuerza, sino irracionales como racionales, y su influjo en las acciones malas, permi-
en el sentido de que, una vez creada por Dios, nunca dejará ae ser, aun- tiendo.
que pueda sufrir la muerte que llamamos segunda, y que durará eterna- [16] Estos grandes pensamientos del Santo son dignos de su genio.
mente. Y ésta es la inmortalidad acomodada a su capacidad y a su modo La naturaleza es el más indescifrable de los milagros. No admiramos los
de ser. milagros por lo que tienen de milagroso, de maravilloso, sino por lo que
[6] Ha probado ya su tesis con todos los recursos teológicos y filo- tienen de raros. Por eso estamos incapacitados para ver la mano del Crea-
sóficos. Primeramente ha aducido un argumento de experiencia (c.2). dor en estos milagros cotidianos de nuestra existencia: assiduitate viles-
Luego ensaya un argumento de razón basado en la esencia misma del cunt también éstos para nosotros.
dolor, que por sí exige vida. Y, por último, recurre al argumento de auto- [17] Migne trae en este lugar: Quidquid in naturis ómnibus mina-
ridad, a los platónicos, y da la conclusión. Este es el valor de estos pri- tur; suponemos que es una errata por miratur. As! leen las demás edicio-
meros capítulos, además de sus análisis profundos sobre el dolor y la nes, y el sentido exige esa lección.
muerte.
[18] Este era el sentir corriente en los primeros siglos de la Igle-
[7] ¡Cuántas veces nos hacen sonreír los ejemplos alegados por Agus- sia. Así, Orígenes cree que sólo Dios es incorpóreo, y Tertuliano escribe
tín en este libro! Es verdad; en sí, esos ejemplos hoy carecen de valor que los ángeles son corpóreos, aunque no están dotados de carne. San
NOTAS AI, LIBRO XXI 1623
1622 LA CIUDAD DE DIOS
tamos en la lucha. Pero lo más trágico de la pelea es que ésta se desarro-
oasiho admite en su obra De Spiritu. Sancto no sólo que los ángeles son lla en el interior del hombre, en el centro del alma: De meipso adversus
corpóreos, sino, además, que pueden ser vistos en sus cuerpos propios. meipsum. Y esta es la forja de nuestra personalidad de cristianos. ¡Por
U9J El hombre, ha dicho Agustín, es el mayor de los milagros y el algo tituló Agustín una obra De agone christiano!
mejor de los misterios. El misterio más profundo es la unión entre el [32] ¡Qué gran sabiduría encierra esta máxima! El escondrijo de la
cuerpo y el alma. Este problema agitó durante muchos años al Santo y, hipocresía es precisamente el aquí apuntado. El hipócrita busca aparentar
P ° r ™» 1° deja velado por el misterio como en este lugar. lo que no es, y sus vicios externos son ocultados y velados por otros muy
_ l¿0] En las leyes de las Doce Tablas se lee así: Si membrum rupit, superiores y más arraigados que lleva bien prendidos del alma. Estas
ni^ cum eo pacit, tedio esto. La ley del talión era aquella que imponía la son los más incapacitados para la vida del espíritu, que requiere ante
misma pena que se había hecho sufrir. En la literatura bíblica era ya todo una gran sinceridad consigo mismo y con Dios. Y ésta falta en los
conocida desde muy antiguo, y de ella pasó, sin duda, a la profana. corazones cerrados herméticamente a las miradas por miedo a que sus
[21] Cf. sobre este punto la epístola 102, dirigida a Deogiacias, so- vicios manifiestos y ocultos sean descubiertos.
bre todo q.4 n.22 ss. [33] El puente entre Dios y el hombre se precisaba como el único

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


[22] En otra parte hemos hablado ya de la teoría agustiniana de la medio de levantar al abatido y aherrojado. El hombre se sentía solo en
massa damnata o massa perditionis. Va montada y sentada sobre las en- su inferioridad y en su pecado y no se atrevía a levantar su mirada al
señanzas de San Pablo y no es más que una ampliación de su doctrina. cielo. Dios se compadeció de él y envió a su Hijo, que, haciéndose hom-
Iodos descendemos de Adán como de tronco dañado, y él, dañado en
bre, cargó con nuestra mortalidad y en premio nos comunicó su inmor-
raíz, nos ha transmitido a nosotros su mal. Esta es, en substancia, la con-
cepción de Agustín sobre el particular. talidad. ¡Esta es la maravilla de la redención y el milagro de la media-
ción! El hombre quedó de esta manera sublimado y parangonado con
[23] Dios consigue siempre su plan. Su voluntad es eficacísima y Dios; ascendió en Cristo a ser Hombre-Dios. Esta es la verdad central
logra siempre su efecto primario, que es su gloria y la manifestación de de la cristología agustiniana.
la misma en las criaturas, gloria externa. Aquella terrible frase que lee-
mos en el Enchiridion (c.102): Omnipotentis voluntas semper invicta est, [34] Esta doctrina errónea ha sido asignada a Orígenes por toda la
lleva este significado y otro más profundo. No es que Dios sea vengador, tradición. Es verdad que ha habido autores antiorigenistas hasta la me-
pero si es justo, y esto es lo que fundamenta la inexorabilidad de sus dula, pero se impone el delatar s.u error. Así lo hacen San Epifanio y
designios, aunque es a la vez misericordioso. San Jerónimo. Y el mismo San Agustín en De haeresibus (haer.45) la
T24] A nadie se le oculta que éste es el apellido que llevaba el rey atribuye a Orígenes.
de la poesía latina, llamado Publio Virgilio Marón. [35] Justamente en sentir del Santo y de otros autores, y no se puede
[25] Esto mismo nos llevó y nos lleva una vez más a la conclusión dudar de ello. El papa Anastasio condenó sus errores, como refiere San
de que San Agustín admite la existencia del purgatorio, como todo buen Jerónimo en su Apología adversus Ruffinum y en la Epístola 78, ai Pam-
católico. La manera como lo expresa aquí es clara y terminante. Si no machium. También es cierto que el obispo Teófilo de Alejandría le con-
todos los que sufren penas temporales después de la muerte pasan a las denó; pero ya sabemos el pensamiento del mismo contra Orígenes, y como
eternas, es que después de la muerte hay un lugar de purificación. Y éste cosa particular no precisa fe.
es el purgatorio. [36] Cf. c.24 y Ench. 102,20.
[26] Estas palabras rezuman el dolor de aquellas otras de las Con- [37] Todos estos son puntos estudiados y discutidos en el EnchirU
fesiones en que lamenta la crueldad de los maestros que tenían por lema dion; así, éste puede verse en los capítulos 67-69 (n.18). Y en los capí-
«la letra con sangre entra». Nunca gustó a Agustín este método de edu- tulos siguientes prosigue el tema, que trata aquí también en el capítulo
cación, y se rebela cuantas veces puede y tiene ocasión contra él. El palo siguiente.
nunca ha sido buen maestro. Remitimos e invitamos al lector a que re- [38] Toda la razón de esto radica en que la Iglesia no puede oponer-
pase sobre todo el libro I de las Covfesiones, y en él desde el capítulo 9 se a la voluntad de Dios. Dios le ha ordenado que ore por todos indis-
al 17. tintamente, porque no le ha dado a conocer quiénes son de su agrado y
[27] No sabemos hasta qué punto y en qué sentido emplea San Agus- quiénes no; en otros términos, no le ha manifestado a quiénes han de
tín esta frase. Quizá sea un desahogo de los tristes recuerdos de sus pri- aprovechar las oraciones según la presciencia de Dios y a quiénes no.
meros años de escuela.
Y por este motivo ha de Orar por todos, para alcanzar de Dios misericor-
[28] Los bactrianos son los habitantes de la Bactriana, que es una dia para todo? sus miembros.
conocida región del Asia interior, hoy llamada Corasán.
[39] Cf. En, in Ps. 50,11. Las ciudades se ven arruinadas por sus
[29] Este punto puede verse tratado con amplitud en el Enchiridion,
64,17; 65,17; 66,17. costumbres. No hacen a la ciudad, nos ha dicho Agustín, las paredes ni
los muros, sino los ciudadanos:. Civitas in civibus est, non in parietihus
[30] Aquí enseña abiertamente que el bautismo es de provecho para
los infantes y para los niños; más aún, que también en ellos produce (De urbis excidio 6). Por consiguiente, es preciso conservar la moralidad
todos sus efectos. El modo de producirlos no lo muestra aquí, pero lo ha en los ciudadanos si se quiere que las ciudades prosperen. Este es el
hecho expresamente en la epístola 98, dirigida a Bonifacio. consejo más sabio para el progreso de las naciones. Y a éste acude fre-
[31] La vida del cristiano es por esencia combate. El sentido agó- cuentemente el Santo.
nico que toda vida lleva implicado en sí misma, se convierte en necesidad [40] La doctrina expuesta en este capítulo es un resumen del tratado
cuando se trata de un soldado de sjristo, de un adelantado de su ejército. que lleva por título De fide et operibus. En él refuta el triple error, al
Necesitamos épocas duras, decía Agustín en un sermón; debernos ejerci- cual opone las tres proposiciones siguientes, que son las verdaderas:
1.* Que no todos deben ser admitidos indistintamente al bautismo y que,
1624 tA CIUDAD DE DIO*

Por tanto, deben ser tolerados en la Iglesia los malos, para que no se LIBRO XXII [1]
relaje la disciplina eclesiástica. 2. a A los que van a ser bautizados ha de
enseñárseles no sólo las reglas de la fe, sino también de la vida cristia-
na. 3. a Finalmente, que los bautizados, si no cambian de costumbres, no
llegarán a la vida eterna por sola la fe. Esta es, ni más ni menos, la
síntesis de la obra y el compendio del presente capítulo.
[41] Como puede apreciarse, la objeción es llanamente la presentada
hoy y siempre por los protestantes. Un apóstol pide las obras, y al otro
parece bastarle la fe. Lo esencial, dicen los protestantes, es creer; lo
demás no es necesario. Agustín ahora va a dar una respuesta a esta solu-
ción y resolverá, como debe hacer todo buen teólogo católico. El objeto de este libro es el fin debido a la Ciudad de Dios, es
[42] El pensamiento del Santo es claro en este punto. Cristo tiene decir, la eterna felicidad de los santos. Se da solidez a la fe
sobrados títulos para nuestro amor, y por ello no debe anteponérsele nada en la resurrección de los cuerpos y se explica en qué con-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a él. En De moribus Ecclesiae catholicae (I 30,63) le dirige una plegaria sistirá. La obra termina con una exposición sobre la vida
llena de unción y de santo entusiasmo, en la que cita todos los títulos y de los bienaventurados en sus cuerpos inmortales y espi-
los dones que Cristo concede a los hombres. El amor a los parientes pa-
rituales.
rece en el Santo un poco aminorado. Pero no es rigorista ni mucho_ menos.
Distingue perfectamente ciertos puntos que nos pueden dar una idea de
su concepción: 1.° Para San Agustín es lícito el amor a todo lo creado CAPITULO I
y natural (Retract. II 15,2; De Trin. IX 8,13). 2.° También es lícito el
amor a los parientes y consanguíneos (Serm. 344,2). 3." Este amor no sólo
es lícito, sino obligatorio (Serm. 349,2,2). Además, en este amor hay un L A C R E A C I Ó N DE L O S Á N G E L E S Y DE L O S H O M B R E S
movimiento pasional humano, que está conforme con el orden moral tam-
bién humano. Por consiguiente, la justicia pide lo que dice aquí en este 1. C o m o h e prometido en el l i b r o a n t e r i o r , éste, el ú l t i m o
capítulo y lo que expresa, aunque con rigor, en De vera religione (46 y.
d e la o b r a , g i r a r á todo él en t o r n o a la felicidad e t e r n a de la
86-89 ss.).
C i u d a d de D i o s . Y digo eterna n o p o r q u e h a y a de d u r a r l a r g o
[43] Cf. Contra Faust. Manich. XXII 29. t i e m p o y finalizar algún día, sino p o r q u e , c o m o está escrito en
[44] La atención y la intención en la espiritualidad agustiniana es-
el E v a n g e l i o , su reino no tendrá fin. L a sucesión de l a s gene-
pecifican toda obra. Sabido es que la ascética agustiniana es teología aseé-
toca, y, por consiguiente, moral; es la base de formación, los principios r a c i o n e s h u m a n a s , en que u n o s m u e r e n p a r a d e j a r p a s o a o t r o s ,
normativos. Estas normas fluyen del principio de interioridad, que^ hacen n o es ni i m a g e n siquiera de la e t e r n i d a d . Se a s e m e j a n al á r b o l
Que el hombre sea en todo momento consciente de sí mismo y esté siem-
pre sobre sí. Y, a su vez, la interioridad viene dada por la memoria sui
e
n el aspecto teórico y por la memoria Dei en el plano normativo.
LÍBER XXII
[45] Esta es la psicología humana y así se ha hecho en todo su
desenvolvimiento. El amado no busca más que ser incluido en el amante,
y el amante tanto más ama y tanto más está en posesión de su amor, De fine debito civitatis Dei, hoc est de aeterna felicítate sanctorum.
cuanto menos disgusta y más agrada al amado. Así pasa con las amista- Adstruitur fides resurrectionis corporum, et explicatur qualis futura
oes humanas, y esto mismo puede decirse trasladado al campo de la sit. Tum dicto quid acturi sint in corporibus immortalibus atque spiri-
amistad con Jesucristo. No se diga, pues, que es amigo de Cristo el que tualibus sanctis, opus terminatur.
ama lo que desagrada a Cristo, pues ya leemos en el Evangelio que es
su amigo el que hace la voluntad de su Padre, y que éste entrará en el
remo de los cielos, no el que dice: Señor, Señor. CAPUT I
[46] Cf. Epist. 120,3,13. En este lugar hallamos estas palabras, tan D E CONDITIONE ANGELORUM ET HOMINDM
en consonancia con las que tenemos entre manos: «Todos los herejes que
nan admitido la autoridad de las divinas Escrituras creen haberse ate- 1. Sicut in próximo libro superiore promisimus, iste huius totius operis
ido a ellas, cuando se atuvieron más bien a sus propios errores; pero ultimus disputationem de civitatis Dei aeterna beatitudine continebit. Quae
s
°n herejes no por haberlas menospreciado, sino por no haberlas en- non propter aetatis per multa saecula longitudinem, tamen quandocumque
tendido». finiendam, aeternitatis nomen accepit; sed quemadmodum scriptum est in
Evangelio, Regni eius non erit finís '. Nec ita ut alus moriendo deceden-
tibus, aliis succedentibus oriendo, species in ea perpetuitatis appareat,
sicut in arbore quae perenni fronde vestitur, eadem videtur virilitas per-
manere, dum labentibus et cadentibus foliis, subinde alia quae nascuntur,
faciem conservant opacitatis: sed omnes in ea cives immortales erunt,
1
Le. 1,33.
1826 LA CIUDAD DE DIOS X X H , 1, 2
XXTI, 1, 2 ÜL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1627
de hoja perenne, que parece conservar siempre el mismo ver-
dor, en tanto que van cayendo unas hojas y brotando otras, de Dios como de su luz no podría ser un mal para ella [ 3 ] ,
perpetuándose así la apariencia de su frescor. Todos en ella Así como la ceguera es vicio del ojo e indica que el ojo fué
serán ciudadanos inmortales, y ¡os hombres alcanzarán lo que creado para ver la luz y que el sentido capaz de luz es más
los santos ángeles nunca perdieron. Dios, su omnipotentísimo excelente que los demás miembros (no por otra causa sería vicio
Fundador, hará esta maravilla. Lo prometió y no puede mentir, para él carecer de luz), así la naturaleza, que gozaba de Dios,
y para dar fe de ello ha hecho muchas maravillas prometidas evidencia con su vicio, que la torna miserable, porque no goza
y no prometidas. de Dios, que fué creada buena. Dios castigó la caída voluntaria
de los ángeles con la justísima pena de una infelicidad eterna
2. El es quien al principio creó el mundo, poblado de
y dio a los otros, como premio de su fidelidad, la certeza de su
seres visibles e inteligentes, y lo creó bueno totalmente. Entre
perseverancia sin fin. El creó al hombre recto con el libre albe-
esos seres no hizo ninguno superior a los espíritus, que dotó de
drío, y lo creó animal mortal, es verdad, pero digno del cielo,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


inteligencia y los capacitó y habilitó para contemplarlo y po-
si se unía a su Autor, y condenado a una miseria congruente
seerlo, uniéndolos con los lazos, de esa sociedad que llamamos
con su naturaleza, si lo abandonaba. Y previendo que también
ciudad santa y soberana. En ella el sostén de su existencia y el
éste había de pecar, violando la ley divina y abandonando a
principio de su felicidad es Dios mismo, y es para sus ciudada-
Dios, no le privó de la potestad del libre albedrío, porque pre-
nos como la vida y el alimento común. El dio a la naturaleza
veía el bien que podría reportar de ese mal.
intelectual el libre albedrío, de suerte que, si abandonara vo-
luntariamente a Dios, fuente de su felicidad, caería en seguida El con su gracia, en efecto, va reclutando entre esta raza
en la más perfecta miseria. Y El, presabiendo que algunos án- justamente condenada un pueblo tan numeroso, que viene a
geles por soberbia querían bastarse a sí mismos y constituirse ocupar la vacante que dejaron los ángeles. Y así, esta Ciudad
en principio de la propia felicidad, desertando así del verdade- amada y soberana, lejos de verse defraudada en el número de
ro bien, no les privó de este poder, juzgando que es más digno ciudadanos, se regocija de reunir quizá un número más cre-
de su omnipotencia v de su bondad hacer buen uso de los ma- cido [ 4 ] .
les que no permitirlos [ 2 ] . En efecto, el mal no existiría si la
naturaleza mudable, aunque buena y creada por Dios, bien
sumo e inmutable, que creó buenas todas las cosas, no se lo est, et idem ipsum indicat ad lumen videndum oculum esse creatum, ac
per hoc etiam ipso vitio suo excellentius ostenditur caeteris membris mem-
hiciera a sí mismo pecando. Su pecado es el mejor testigo de brum capax luminis (non enim alia causa esset vitium eius carere lumine):
que la naturaleza fué creada buena. Si ella no fuese un bien ita natura quae fruebatur Deo, optimam se institutam docet etiam ipso
grande, aunque inferior a su Creador, sin duda el desertar vitio, quo ideo misera est, quia non fruitur Deo; qui casum angelorum
voluntarium iustissima poena sempiternae infelicitatis obstrinxit, atque in
eo summo bono permanentibus caeteris, ut de sua sine fine permansione
adipiscentibus et hominibus, qnod nunquara sancti Angelí perdidenmt. certi essent, tanquam ipsius praemium permansionis dedit. Qui fecit homi-
Faciet hoc Deus omnipotentissimus eius conditor. Promisit enim, nec nem ipsum etiam rectum cum eodem libero arbitrio, terrenum quidem
mentiri potest; et quibus fidem hínc quoque faceret, multa sua, et non animal, sed cáelo dignum, si suo cohaereret auctori: miseria similiter, si
promissa, et promissa iam fecit. eum desereret, secutura, qualis naturae huiusmodi conveniret. Quem simi-
2. Ipse est enim, qui in principio condidit mundum, plenum bonis liter cum praevaricatione legis Dei per Dei desertionem peccaturum esse
ómnibus visibilibus atque intelligibilibus rebus, in quo nihil melius instituit praesciret, nec ilii ademit liberi arbitrii potestatem, simul praevidens, quid
quam spiritus, quibus intelligentiam dedit, et suae contemplationis hábiles boni de malo eius esset ipse facturus, qui de mortali progenie mérito
capacesque sui praestitit, atque una societate devinxit, quam sanctam et iusteque damnata tantum populum gratia sua coUigit, ut inde suppleat,
supernam dicimus civitatem, in qua res qua sustententur beatique sint, et instauret partem quae lapsa est angelorum; ac sic illa dilecta et su-
Deus ipse lilis est, tanquam vita victusque communis. Qui liberum arbi- perna civitas non fraudetur suorum numero civium, quin etiam fortassis
trium eidem intellectuali naturae tribuit tale, ut si vellet, desereret Deum, et uberiore laetetur.
beatitudinem scilicet suam, continuo miseria secutura. Qui cum praesciret
angelos quosdam per elationem, qua ipsi sibi ad beatam vitam sufficere
vellent, tanti boni desertores futuros, non eis ademit hanc potestatem,
potentius et melius esse iudicans etiam de malis bene faceré, quam mala
esse non sinere. Quae omnino milla essent, nisi natura mutabilis, quamvis
bona, et a summo Deo atque incommutabili bono, qui bona omnia condidit,
instituía, peccando ea sibi ipsi fecisset. Quo etiam peccato suo teste con-
vincitur, bonam conditam se esse naturam. Nisi enim magnum et ipsa,
licet non aequale Conditori, bonum esset, profecto desertio Dei tanquam
luminis sui malum eius esse non posset. Nam sicut caecitas oculi vitium
1628 LA CIUDAD DE DIOS xxn,2, i
XXLT, 2, 2 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1629

CAPITULO II en realidad no quiere, sino lo que hace querer a los suyos,


como se dice también que conoce cuando hace conocer a los
hombres desconocedores. Cuando el Apóstol dice, por ejemplo:
L A VOLUNTAD ETERNA E INMUTABLE DE D I O S
Pero ahora, conociendo a Dios, o mejor, siendo conocidos por
1. Es indiscutible que los malos hacen muchas cosas con- Dios, no nos coarta a creer que Dios conoció entonces los pre-
tra la voluntad de Dios. Pero Dios es tan sabio y tan poderoso, conocidos ya antes de la creación del mundo, sino que dijo
que todo eso que parece contrario a su voluntad tiende a fines que los conoció entonces, porque entonces les dio el poder de
determinados para los buenos y para los malos por su pres- conocerle. Esta clase de locución recuerdo haberla ya explicado
ciencia [5J. Por eso, cuando se dice que Dios cambia de volun- en los libros precedentes. Esta voluntad, por la cual decimos
tad, airándose—es un ejemplo—contra quienes se mostraba fa- que Dios quiere lo que hace querer a otros que no conocen
el porvenir, quiere muchas cosas que luego no hace.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


vorable, cambian los hombres, no El. Las disposiciones del
sujeto hacen hallar a Dios cambiado en cierta manera. Sucede 2. Sus santos quieren, con una voluntad santa que El mis-
algo así como cuando el sol cambia para los ojos enfermos y mo les inspira, que se realicen muchas cosas, y no se realizan.
se torna de suave, áspero, y de deleitable, molesto, permane- Por ejemplo: oran a Dios piadosa y santamente en favor de
ciendo él idéntico en sí mismo. alguno, y no son escuchados, a pesar de que han sido movidos
Se llama también voluntad de Dios la que forma en los cora- a orar por el Espíritu Santo. Cuando los santos, inspirados por
zones dóciles a sus mandatos. Este es el sentido de las siguientes Dios, quieren y piden que uno se salve, podemos decir: Dios
palabras del Apóstol: Dios es el que obra en nosotros el que- quiere y no lo hace. Pero entendámoslo bien, es decir: quie-
rer. Como se llama justicia de Dios no sólo la que le hace re, porque hace que quieran éstos. Si, en cambio, hablamos
justo en sí, sino también la que produce en el hombre que él de su voluntad, que es eterna como su presciencia, ha hecho
justifica, así se llama también ley de Dios la ley de los hom- ciertamente todo cuanto ha querido en el cielo y en la tie-
bres, pero dada por El. En efecto, a hombres se dirigía Jesús rra, no sólo las cosas pasadas o presentes, sino también las
cuando dijo: En vuestra ley está escrito. Y en un salmo leemos: futuras. No obstante, antes de que llegue el tiempo en que
La ley de Dios está grabada en su corazón. Según esta volun- determinó que sucedieran las cosas que presupo y dispuso así
tad que Dios obra en los hombres, se dice que El quiere lo que antes de todo tiempo, decimos: Sucederá cuando Dios quiera.
Y si ignoramos no sólo el tiempo en que han de suceder, sino
también si sucederán, decimos: Sucederán si Dios quiere.
CAPUT II
suos id volentes facit, a quibus ignorabatur. Ñeque enim dicente Apostólo,
DE AETERNA DEI ET INCOMMUTABILI VOLÚNTATE Nunc autem cognoscentes Deum, imo cogniti a Deo', fas est ut credamus,
quod eos tune cognoverit Deus praecognitos ante oonstitutionem mundi 6 :
1. Multa enim fiunt quidem a malis contra voluntatem Dei: sed sed tune cognovisse dictus est, quod tune ut cognosceretur effecit. De his
tantae est ille sapientiae tantaeque virtutis, ut in eos exitus sive fines, locutionum modis iam et in superioribus libris memini disputatum. Se-
quos bonos et iustos ipse praescivit, tendant omnia, quae voluntati cius cundum hanc ergo voluntatem, qua Deum velle dicimus quod alios efficit
videntur adversa. Ac per hoc cum Deus mutare dicitur voluntatem, ut velle, a quibus futura nesciuntur, multa vult, nec facit.
quibus lenís erat, verbi gratia, reddatur iratus, illi potius quam ipse mu- 2. [II.] Multa enim volunt fieri sancti eius ab illo inspirata sancta
tantur, et cum quodammodo mutatum in bis quae patiuntur inveniunt: volúntate, nec fiunt; sicut orant pro quibusdam pie sancteque, et quod
sicut mutatur sol oculis sauciatis, et asper quodammodo ex miti, et ex orant non facit, cum ipse in eis hanc orandi voluntatem sancto Spiritu
delectabili molestus efficitur, cum ipse apud se ipsum maneat idem qui suo fecerit. Ac per hoc, quando secundum Deum volunt et orant sancti,
fuit. Dicitur etiam voluntas Dei, quam facit in cordibus obedientíum man- ut quisque sit salvus, possumus illo modo locutionis dicere, Vult Deus et
datis eius, de qua dicit Apostolus, Deus est enim, qui operatur in vobis non facit; ut ipsum dicamus velle, qui ut velint isti facit. Secundum illam
et velle 2. Sicut iustitia Dei, non solum qua ipse iustus est dicitur, sed illa vero voluntatem suam, quae cum eius praescientia sempiterna est, pre-
etiam quam in homíne, qui ab illo iustificatur, facit: sic et lex eius voca- fecto in cáelo et in térra omnia quaecumque voluit, non solum praeterita
tur, quae potius est hominum, sed ab ipso data. s Nam utique bomines vel praesentia, sed etiam futura iam fecit'. Verum antequam veniat tem-
erant, quibus ait Iesus, In lege vestra scriptum est : cum alio loco lega- pus, quo voluit ut fieret, quod ante témpora universa praescivit atque
mus, Lex Dei eius in corde ipsias4. Secundum hanc voluntatem, quam disposuit, dicimus, Fiet quando Deus voluerit. Si autem non solum tem-
Deus operatur in bominibus, etiam velle dicitur, quod ipse non vult, sed pus quo futurum est, verum etiam utrum futurum sit ignoramus, dicimus,
* Phil. 3.IJ.
Fiet, si Deus voluerit: non quia Deus novam voluntatem, quam non habuit,
» lo. 8,1?.
* Ps. 36,31. ' Gal. 4,q
tt
1 Petr. i,?o.
' Ps. 113, 3 bis.
1630 LA CIUDAD DE DIOS XXH, 3

Y esto n o p o r q u e s o b r e v e n g a a D i o s u n a n u e v a v o l u n t a d , s i n o XXII, 4 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1631


p o r q u e s u c e d e r á e n t o n c e s lo q u e h a b í a p r e v i s t o desde t o d a la
e t e r n i d a d e n su v o l u n t a d i n m u t a b l e . simo recibirán el reino y reinarán hasta el fin del siglo y por
los siglos de los siglos. Y p o c o d e s p u é s a ñ a d e : Su reino será
reino eterno. Y o t r o s l u g a r e s c i t a d o s en el l i b r o X X y a l g u n o s
C A P I T U L O I II no c i t a d o s de la E s c r i t u r a q u e e x p r e s a n el m i s m o p e n s a m i e n -
to. Se c u m p l i r á t o d o esto c o m o se h a n c u m p l i d o l a s m a r a v i -
llas q u e los i n c r é d u l o s j u z g a b a n i m p o s i b l e s . P o r q u e es D i o s
P R O M E S A D E UNA F E L I C I D A D E T E R N A PARA L O S S A N T O S Y D E UN
m i s m o el q u e p r o m e t i ó las d o s cosas y a n u n c i ó su r e a l i z a c i ó n
S U P L I C I O E T E R N O PARA L O S I M P Í O S
futura, ese D i o s a n t e q u i e n t i e m b l a n l a s d i v i n i d a d e s p a g a n a s ,
según t e s t i m o n i o del e m i n e n t e filósofo p a g a n o P o r f i r i o .
P o r eso, p a r a o m i t i r o t r a s m i l cuestiones, c o m o a h o r a ve-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


m o s c u m p l i r s e e n Cristo lo q u e D i o s p r o m e t i ó a A b r a h á n
al d e c i r l e : En tu descendencia serán benditas todas las nacio- C A P I T U L O I V
nes; a s í se c u m p l i r á lo q u e E l p r o m e t i ó a su m i s m a r a z a
c u a n d o dijo p o r su p r o f e t a : Habrá un cielo nuevo y una tie-
CONTRA L O S S A B I O S D E E S T E MUNDO E N S U ERRADA OPINIÓN
rra nueva. Y esto o t r o : Habrá un cielo nuevo y una tierra nue-
S O B R E LA R E S U R R E C C I Ó N D E L O S C U E R P O S
va y no se acordarán ni recordarán más las tribulaciones
pasadas, sino que hallarán en ellas júbilo y alegría. Yo tor- P e r o estos h o m b r e s , t a n doctos y t a n s a b i o s v t a n refrac-
naré a mi pueblo y a Jerusalén en júbilo y alegría. Pondré t a r i o s a t a m a ñ a a u t o r i d a d , q u e h a i m p u e s t o l a l e y y la es-
mis delicias en Jerusalén y hallaré mi gozo en mi pueblo, y p e r a n z a de la r e s u r r e c c i ó n de los m u e r t o s a t o d a s l a s r a z a s ,
nunca más se oirá en ella la voz del llanto. Y la p r e d i c c i ó n como h a b í a p r e d i c h o m u c h o a n t e s , a r g u m e n t a n , a l p a r e c e r c o n
h e c h a p o r b o c a de o t r o p r o f e t a : En aquel tiempo, todo tu sutileza, c o n t r a esta c r e e n c i a . Y a l e g a n u n p a s a j e del l i b r o I I I
pueblo que se halle escrito en el libro será salvado. Y se le- Sobre la república, d e C i c e r ó n . Afirma p r i m e r o q u e H é r c u l e s
vantarán muchos de los que duermen en el polvo de la tierra y R ó m u l o fueron c o n v e r t i d o s de h o m b r e s en d i o s e s , y l u e g o
(o, c o m o h a n t r a d u c i d o o t r o s , en las josas de la tierra), unos d i c e : « S u s c u e r p o s n o fueron e l e v a d o s al cielo, p o r q u e l a
para la vida eterna y otros para ignominia y confusión eter- n a t u r a l e z a n o p e r m i t e q u e lo f o r m a d o d e t i e r r a subsista en
na. Y este o t r o p a s a j e del m i s m o p r o f e t a : Los santos del Alti- otra p a r t e q u e en la t i e r r a » . H e acruí el g r a n a r g u m e n t o d e
tono habebit; sed quia id quod ex aeternitate in eius immutabiii praepa- Accipient regnum sancti Ahissimi, et obtinebunt illud usque in saeculum,
ratum est volúntate, tune erit. et usque in saeculum saeculorum " . Et paulo po=t, Regnum, inquit, eius
regnum sempiternum 12. Et alia quae ad hoc pertinentia in libro vicésimo
posui l s , sive quae non posui, et tamen in eisdem Litteris scripta sunt:
CAPUT 111
venient et haec, sicut et ista venerunt, quae increduli non putabant esse
ventura. ídem quippe Deus utraque promisit, utraque ventura esse praedi-
DE PROMISSIONE AETERNAE BEATITUDINIS SANCTORUM ET PEKPETUIS
xit, quem perhorrescunt numina Paganorum, teste etiam Porphyrio, no-
SUPPLICIIS IMPIORÜM
bilissimo philosopho Paganorum.
Quapropter, ut caetera tam multa praeteream, sicut nunc in Christo
videmus impleri quod promisit Abrahae, dicens, In semine tuo benedicen- CAPUT IV
tur omnes gentes": ita quod eidem semini eius promisit, implebitur, ubi
ait per prophetam, Resurgent qui erant in monumentis et quod ait, Erit CONTRA SAPIENTES MUNDI, QUI PDTANT TERRENA HOMINUM CORPORA AD
caelum novum. et térra nova, et non erunt memores priorum, nec ascendent CAELESTE HABITACULUM NON POSSE TRANSFERRI
in cor ipsorum; sed laetitiam et exsultationem invenient in ea. Ecce ego
faciam lerasalem exsultationem et populum meum laetitiam; et exsultabo Sed videlicet homines docti atque sapientes contra vim tantae auctori-
in lerasalem, et laetabor in populo meo; et ultra non audietur in ea vox tatis, quae omnia genera hominum, sicut tanto ante praedixit, in hoc
fletus". Et per alium prophetam, quod praenuntiavit dicens eidem pro- credendum sperandumque convertit, acute sibi argumentan videntur ad-
phetae, In tempore illo salvabitur populus tuus omnis qui inventas juerit versus corporum resurrectionem, et dicere quod in tertio de República
scriptus in libro: et multi dormientium in lerrae pulvere (sive, ut quídam libro a Cicerone commemoratum est. Nam cum Herculem et Romulum
interpretan' sunt, aggere) exsurgent; hi in vitam aeternam, et hi in oppro- ex hominibus déos esse factos asseveraret: «Quorum non corpora, inquit,
brium et confusionem aeternam1''. Et alio loco per eumdem prophetam: sunt in caelum elata; ñeque enim natura pateretur, ut id quod esset e
térra, nisi in térra maneret». Haec est magna ratio sapientium, quorum
8
Gen. 32,18. *» Dan. 12,1 et 3, 11
• Is. 26,19, sea J,XX; 65,17-19, sec. LXX. Ibid., 7.18.
12
Ibid., 27.
13
C.íi sqq.
"••632 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 4
XXII, 5 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1633
sstos s a b i o s [ 6 ] , c u y o s p e n s a m i e n t o s s a b e m u y b i e n el S e ñ o r
que son v a n o s . Si f u é r a m o s s o l a m e n t e a l m a s , es decir, e s p í r i - cierto q u e , m i r a d a s las cosas a la luz d e la r a z ó n , descubri-
tus sin c u e r p o , h a b i t a n d o en el cielo sin s a b e r q u e existen mos q u e es u n a o b r a divina m á s a d m i r a b l e u n i r seres c o r p ó -
a n i m a l e s t e r r e n o s , y se n o s d i j e r a q u e u n día n o s h a b í a m o s reos a i n c o r p ó r e o s q u e u n i r seres diversos, u n o s celestiales
de u n i r p o r u n lazo m a r a v i l l o s o a los c u e r p o s t e r r e n o s p a r a y o t r o s terrestres, p e r o al fin c u e r p o s con c u e r p o s [ 7 ] .
a n i m a r l o s , ¿ n o s e r í a n u e s t r o a r g u m e n t o m u c h o m á s fuerte
r e h u s a n d o c r e e r e s o ? ¿ N o d i r í a m o s q u e la n a t u r a l e z a n o sufre
q u e u n ser i n c o r p ó r e o sea a p r i s i o n a d o en u n c u e r p o ? Y , sin C A P I T U L O V
e m b a r g o , la t i e r r a está l l e n a d e e s p í r i t u s q u e vegetan los
m i e m b r o s t e r r e n o s , u n i d o s y e n g a r z a d o s a él de u n m o d o mis- LA R E S U R R E C C I Ó N DE LA CARNE Y S U S N E G A D O R E S
terioso. ¿ P o r q u é , p u e s , si le p l a c e a D i o s , H a c e d o r de estos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a n i m a l e s , n o p o d r á e l e v a r u n c u e r p o t e r r e n o al r a n g o del ce- E s t o en a l g ú n t i e m p o fué i n c r e í b l e . H e a q u í q u e el m u n d o
lestial, si el a l m a , s u p e r i o r a t o d o c u e r p o , y, p o r t a n t o , tam- ya h a c r e í d o q u e el cuerpo t e r r e n o d e Cristo fué l l e v a d o a l
bién al celestial, h a p o d i d o ser u n i d a a u n c u e r p o t e r r e n o ? cielo. T a n t o doctos como indoctos, h a n c r e í d o y a en la re-
í O es q u e u n a p a r t í c u l a t e r r e n a t a n p e q u e ñ a p u d o retener s u r r e c c i ó n de la c a r n e y en la a s c e n s i ó n a los cielos, a excep-
cabe sí a u n ser s u p e r i o r a l c u e r p o celestial, p a r a recibir de ción de u n o s pocos, sabios e i g n o r a n t e s . Si h a n c r e í d o u n a cosa
él la v i d a y el s e n t i d o , y el cielo d e s d e ñ a r á a este ser q u e c r e í b l e , c o n s i d e r e n c u a n estúpidos son los q u e n o la c r e e n . Y si
siente y vive y a , o, u n a vez r e c i b i d o , n o p o d r á r e t e n e r ese s e r h a n c r e í d o u n a cosa increíble, es t a m b i é n i n c r e í b l e q u e h a y a
q u e recibe su vida v su s e n t i d o d e u n a s u b s t a n c i a s u p e r i o r a sido t a n creída u n a cosa i n c r e í b l e [ 8 ] . D i o s p r e d i j o estas d o s
t o d o c u e r p o celestial ? Si esto n o se h a c e a h o r a es p o r q u e a ú n cosas i n c r e í b l e s : la resurrección e t e r n a de l o s c u e r p o s y la fe
no h a l l e g a d o el t i e m p o prefijado p o r A q u e l q u e h a h e c h o del m u n d o en ella. Y las p r e d i j o m u c h o antes de q u e sucedie-
una o b r a m u c h o m á s a d m i r a b l e , p e r o q u e la a s i d u i d a d y la ra a l g u n a de ellas. De estas d o s cosas i n c r e í b l e s vemos y a
c o s t u m b r e la h a n v u l g a r i z a d o . ¿ P o r q u é n o n o s m a r a v i l l a con c u m p l i d a u n a , la fe del m u n d o en u n a cosa i n c r e í b l e . ¿ P o r
m á s fuerza ver q u e las a l m a s i n c o r p ó r e a s , s u p e r i o r e s al c u e r p o q u é , p u e s , se p i e r d e la e s p e r a n z a d e q u e s u c e d a lo q u e el
celestial, son u n i d a s a c u e r p o s t e r r e n o s , q u e ver los c u e r p o s , m u n d o creyó increíble, si y a se c u m p l i ó lo o t r o i g u a l m e n t e
a u n q u e t e r r e n o s , s u b l i m a d o s a sedes celestiales, b i e n q u e cor- i n c r e í b l e , la fe del m u n d o en u n a cosa i n c r e í b l e , p u e s estas
p ó r e a s ? P o r q u e e s t a m o s a v e z a d o s a v e r esta m a r a v i l l a q u e dos cosas increíbles, de las c u a l e s u n a l a v e m o s y la o t r a l a
somos, y a q u e l l a o t r a n o la h e m o s visto y n o la s o m o s . E s
sulta mirabilioris esse divini operis reperitur, incorporalibus corporalia
Dominus novit cogitationes, quoniam vanae sunt 1 4 . Si enim animae tan- quodammodo attexere, quam licet diversa, quia illa caelestia, ista terres-
tummodo essemus, id est, sine ullo corpore spiritus, et in cáelo habitantes tria, tamen corpora et corpora copulare.
terrena animalia nesciremus, nobisque futurum esse diceretur, ut terrenis
corporibus animandis quodam vinculo mirabili necteremur; nonne multo
fortius argumentaremur id credere recusantes, et diceremus naturam non CAPUT V
pati, ut res incorpórea ligamento corpóreo vinciretur? Et tamen plena est
térra vegetantibus animis haec membra terrena, miro sibi modo connexa DE RESURRECTIONE CARNIS, QUAM QUÍDAM MUNDO CREDENTE NON CREDUNT
et implicita. Cur ergo eodem volente Deo, qui fecit hoc animal, non
poterit terrenum corpus in caeleste corpus attolli, si animus omni, ac per Sed hoc incredibile fuerit aliquando: ecce iam credidit mundus subla-
hoc etiam caelesti corpore praestabilior, terreno corpori potuit illigari? tum terrenum Christi corpus in caelum; resurrectionem carnis et ascen-
An terrena partícula tam exigua potuit aliquid caelesti corpore melius sionem in supernas sedes, paucissimis remanentibus atque stupentibus, vel
apud se tenere, ut sensum haberet et vitam, et eam sentientem atque doctis, vel indoctis, iam crediderunt et docti et indocti. Si rem credibilem
viventem dedignabitur caelum suscipere, aut susceptam non poterit sus- crediderunt, videant quam sint stolidi, qui non credunt: si autem res
tinere, cum de re sentiat et vivat ista meliore, quarn est corpus omne incredibilis c r edita est, etiam hoc utique incredibile est, sic creditum esse,
caeleste? Sed ideo mine non fit, quia nondum est tempus quo id fieri quod incredibile est. Haec igitur dúo incredibilia, resurrectionem scilicet
voluit, qui hoc quod videndo iam viluit, multo mirabilius quam illud quod nostri corporis in aeternum, et rem tam incredibilem mundum esse credi-
ab istis non creditur, fecit. Cur enim non vehementius admiramur incor- turum, idem Deus, antequam vel unum horum fieret, ambo futura esse
póreos ánimos caelesti corpore potiores, terrenis illigari corporibus, quam praedixit I 5 . Unum duorum incredibilium iam factum videmus, ut quod
corpora, licet terrena, sedibus quamvis caelestibus tamen, corporeis subli- erat incredibile, crederet mundus: cur id quod reliquum est desperatur,
man, nisi quia hoc videre consuevimus, et hoc sumus, illud vero nondum ut etiam hoc veniat, quod incredibile credidit mnndus, sictit iam venit,
sumus, neo aliquando adhuc vidimus? Nam profecto sobria ratione con- quod similiter incredibile fuit, ut rem tam incredibilem crederet mundus,
quandoquidem hoc utrumque incredibile, quorum videmus unum, alterum
14
Ve. 93,II.
'» M t . 26,13.
XXII, 5 Bl, CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1635
163(4 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 5 c o m o es la verdad, el m u n d o c r e y ó a u n o s h o m b r e s , p o c o s en
c r e e m o s , h a n s i d o p r e d i c h a s en las m i s m a s L e t r a s , p o r c a u s a n ú m e r o , desconocidos,- de c o n d i c i ó n h u m i l d e e i g n o r a n t e s q u e
de las c u a l e s c r e y ó el m u n d o ? decían y e s c r i b í a n q u e lo v i e r o n , ¿ p o r q u é los p o c o s q u e que-
Si a h o r a se c o n s i d e r a el m o d o c o m o c r e y ó el m u n d o , se d a r o n enviscados en su o b s t i n a c i ó n n o creen h o y al m u n d o
t o p a con o t r a cosa m á s i n c r e í b l e . Cristo envió al m a r de este q u e y a c r e e ? E l m u n d o h a c r e í d o a ese r e d u c i d o n ú m e r o de
m u n d o , con l a s r e d e s de la fe, a u n o s c u a n t o s p e s c a d o r e s , sin h o m b r e s viles, d é b i l e s e i g n o r a n t e s , p o r q u e la d i v i n i d a d se
i n s t r u c c i ó n l i b e r a l y sin e d u c a c i ó n , i g n o r a n t e s de los r e c u r s o s m o s t r ó m u c h o m á s a d m i r a b l e m e n t e en testigos t a n desprecia-
de la g r a m á t i c a , de l a s a r m a s de la d i a l é c t i c a y de los arti- bles. Su p e r s u a s i v a e l o c u e n c i a se c o n c r e t a b a en m a r a v i l l a s , n o
ficios p o m p o s o s de la r e t ó r i c a . Y así p e s c ó u n a infinidad de en p a l a b r a s . Y l o s q u e n o h a b í a n visto a C r i s t o r e s u c i t a r y as-
peces d e t o d a especie, de l a s especies m á s v a r i a d a s y r a r a s , cender al cielo con su c u e r p o , d a b a n fe al t e s t i m o n i o de u n o s
c o m o son l o s filósofos [ 9 ] . A ñ a d a m o s , si os a g r a d a — y t i e n e h o m b r e s que lo v i e r o n y q u e n o h a b l a b a n sino e n m a r a v i l l a s

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e a g r a d a r o s , ¿ c ó m o n o ? — , este t e r c e r m i l a g r o a los dos y en p o r t e n t o s . A estos h o m b r e s q u e s a b í a n q u e h a b l a b a n u n a
a n t e r i o r e s . H e a q u í t r e s cosas i n c r e í b l e s q u e ya h a n sido l e n g u a , o, a m u c h o e c h a r , d o s , de r e p e n t e les o í a n h a b l a r
c u m p l i d a s . E s i n c r e í b l e q u e C r i s t o h a y a r e s u c i t a d o en c a r n e m a r a v i l l o s a m e n t e l a s l e n g u a s de t o d a s l a s n a c i o n e s . V e í a n q u e
V h a y a s u b i d o con e l l a al cielo. E s i n c r e í b l e q u e el m u n d o u n cojo de n a c i m i e n t o , d e s p u é s d e c u a r e n t a a ñ o s de enfer-
h a y a c r e í d o u n a cosa t a n i n c r e í b l e . Y , p o r fin, es i n c r e í b l e q u e m e d a d , se l e v a n t a b a y m a r c h a b a a u n a s p a l a b r a s q u e le diri-
h o m b r e s de c o n d i c i ó n h u m i l d e e ínfima, p o c o s e i g n o r a n t e s , g i e r o n en n o m b r e de C r i s t o ; q u e los s u d a r i o s q u e ellos ha-
h a y a n p o d i d o p e r s u a d i r al m u n d o y a los s a b i o s del m u n d o b í a n tocado c u r a b a n a los e n f e r m o s ; q u e m i l e s de e n f e r m o s
con t a n t a eficacia, u n a cosa t a n i n c r e í b l e . t e n d i d o s en el c a m i n o p o r d o n d e h a b í a n de p a s a r , al c u b r i r l o s
D e estas t r e s cosas i n c r e í b l e s , n u e s t r o s a d v e r s a r i o s se nie- la s o m b r a de los c a m i n a n t e s , r e c i b í a n f r e c u e n t e m e n t e l a s a l u d .
g a n a cr^er la p r i m e r a , y l a s e g u n d a se ven c o n s t r e ñ i d o s a V e í a n otras m u c h a s s e ñ a l e s p r o d i g i o s a s q u e e l l o s r e a l i z a b a n
c o n t e m p l a r l a . Y ésta n o l a c o m p r e n d e n si n o c r e e n la t e r c e r a . en n o m b r e de C r i s t o . E n fin, v e í a n q u e r e s u c i t a b a n a los m u e r -
E n efecto, la r e s u r r e c c i ó n de Cristo y su a s c e n s i ó n al cielo en tos. Si a d m i t e n la r e a l i d a d de estos hechos, c o m o se leen, h e
la c a r n e en q u e resucitó es c e l e b r a d a y c r e í d a ya p o r t o d o el a q u í u n g r a n n ú m e r o de cosas i n c r e í b l e s q u e v i e n e n a a ñ a d i r -
m u n d o . Si n o es c r e í b l e , ¿ d e d ó n d e o p o r q u é l a cree t o d o el se a l a s tres a n t e r i o r e s .
m u n d o ? Si u n g r a n n ú m e r o de n o b l e s , de p o d e r o s o s y de Y con t o d o s estos t e s t i m o n i o s a d u c i d o s de h e c h o s p o r t e n t o -
s a b i o s d i i e r a n q u e lo v i e r o n , n o es m a r a v i l l a q u e el m u n d o sos n o a p e a m o s a los i n c r é d u l o s de su e x t r a ñ a d u r e z a p a r a
los c r e y e r a . R e h u s a r c r e e r a éstos es cosa m u y d u r a . M a s sí, creer una cosa i n c r e í b l e , en la r e s u r r e c c i ó n de la c a r n e y en
su ascensión al cielo. Si n o c r e e n q u e los a p ó s t o l e s de Cristo
credimus, in eisdem Titteris praedictum sit. per quas credidit rrmndus? hicieron estos m i l a g r o s p a r a i n c u l c a r l a c r e e n c i a en l a resu-
Et ipse modus ano mnndus cr°didit, si con^ideretur, incredibilior inveni-
tur. Tnernditos lihcilihus disciplinis, et omnino. quantum ad istorum doc- rum hominum credidit, quia in tam contemptibilibus testibus multo mi-
trinas attinet, imnolitos, non peritos grammatica. non armatos dialéctica, rabilius divinitas se ipsa persuasit. Eloquia namque persuadentium quae
non rhetorica inflatos. pi«catores Christus cura retihus fidei ad mare huius dieebant, mira fuerunt facta, non verba. Qui enim Christum in carne re-
saeculi paucissimos misit, atque ita et ex omni genere tam inultos pisces. surrexisse, et cum illa in caelum ascendisse non viderant, id se vidisse
et tanto mirabil'ores, quanto rariores etiam ipsos philocophos cepít. T)uo- narrantibus, non loquentibus tantum, sed etiam mirifica facientibus signa
bus illis incredibilibus, si placet. imo quia placeré debet, addarmis boc credebant. Homines quippe, quos unius, vel ut multum, duarum lingua-
terti""i. Tam ereo tria sunt incredihilia, quae famen facta sunt. IncrediMIe rum fuisse noverant, repente linguis omnium gentium loquentes mirabili-
est Oir'otiim re«nrrftxts°e in carne, et in caelum aseendisse cum carne: ter audiebant. Claudum ab uberibus matris ad eorum verbum in Christi
incediriile est mundnm rem tam incredihilem credidisse: íncredi^ilp est nomine post quadraginta annos incolumem constitisse; sudaría de corpo-
homines ignórales. Ínfimos, paucissimos, inméritos rem tam incred'Mlem, ribus eorum ablata sanandis profuisse languentibus; in vía qua fuerant
tam efficaciter mundo, et in il'o etiam doctis persuadere potuisse. Horum transituri pósitos in ordine innumerabiies morbis variis laborantes, ut
trium incredibilinm primum nolunt isti, cum quibus agimus, credere; se- ambulantium super eos umbra transiret, continuo salutem soleré recipere;
cundum cosnntur et cerneré; quod non inveniunt unde sit factnm, si non et alia multa stupenda in Christi nomine per eos facta, postremo etiam
credunt tertium. ResiiTectio certe Christi. et in oaelum cum carne in qua mortuos resurrexisse cernebant l s . Quae si, ut leguntur, gesta esse conce-
resurrexit a«censio, foto iam mundo praedicatur et creditur: si credibilis dunt, ecce tot incredihilia tribus illis incredibilibus addimus; et ut cre-
non est. unde toto terrarum orbe iam credita est? Si mnlti nobiles, subli- datur unum incredibile, quod de carnis resurrectione atque in caelum
mes, docti eam se vidisse dixerunt, et cmod viderunt, diffamare curarunt, ascensione dicitur, multorum incredibilium testimonia tanta congerimus,
eis mundnm credidisse non mirum est; sed istos adhuc credere nolle et nondum ad credendum horrenda duritia incrédulos flectimus. Si vero
perdurum e=t: si autem, ut verum est, paucis, obscuris, minimis, indoctis per Apostólos Christi, ut eis erederetux, resurrectionem atque ascensionem
eam se vidisse dicentibus et scribentibus credidit mundus: cur pauci
18
obstinatissimi, qui remanserunt, ipsi mundo iam credenti adhuc usque non Ibid., 3.4.
• \ '••
credunt? Qui propterea numero exiguo ignobiliuro, infimorum, imperito-
1636 U CIUDAD DE Dios XXII, 6 / í XXII, 6 , 1 HL CIELO, FIN DE U CIUDAD DE DIOS 1637
r r e c c i ó n y en la a s c e n s i ó n de Cristo, n o s b a s t a este solo y es- a q u í q u e uno de l o s h o m b r e s m á s s a b i o s y m á s e l o c u e n t e s
t u p e n d o m i l a g r o : q u e el o r b e de la t i e r r a h a c r e í d o en e l l a del m u n d o de entonces, M . T u l i o C i c e r ó n , se m a r a v i l l a de q u e
sin m i l a g r o s [ 1 0 ] . se h a y a creído en la d i v i n i d a d de R ó m u l o , p o r q u e el s i g l o en
q u e s u r g i ó era ya u n siglo de luces, y éstos n o a d m i t e n l a s
fábulas.
C A P I T U L O V I
Y ¿ q u i é n creyó q u e R ó m u l o e r a dios sino R o m a , p e q u e ñ a
y en m a n t i l l a s t o d a v í a ? L o s d e s c e n d i e n t e s se v i e r o n o b l i g a d o s
ROMA HA HECHO DIOS A RÓMULO P O R Q U E AMABA EN ÉL A SU
a c o n s e r v a r la t r a d i c i ó n de sus m a y o r e s , y d e s p u é s de h a b e r
FUNDADOR; EN CAMBIO, L A I G L E S I A H A AMADO A CRISTO m a m a d o esta superstición con la leche de la m a d r e q u e i b a
PORQUE LE CREE DlOS c r e c i e n d o y e n s a n c h a n d o su i m p e r i o , l a e x p a n d i e r o n e n t r e l o s
p u e b l o s d o m i n a d o s . Así, t o d a s l a s n a c i o n e s v e n c i d a s , sin d a r

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


1. R e c o r d e m o s a q u í el p a s a j e en q u e T u l i o se e x t r a ñ a de fe a la divinidad de R ó m u l o , n o d e j a b a n de p r o c l a m a r l e dios
q u e se h a y a c r e í d o en la d i v i n i d a d de R ó m u l o . V o y a c i t a r sus p o r t e m o r a ofender a la c i u d a d d o m i n a d o r a , a R o m a , enga-
m i s m a s p a l a b r a s . Dice a s í : «Lo m á s d i g n o de a d m i r a c i ó n en la ñ a d a también, si n o p o r a m o r del e r r o r , al m e n o s p o r e r r o r
a p o t e o s i s de R ó m u l o es q u e los d e m á s h o m b r e s q u e h a n s i d o de su a m o r . ¡ Cuan diferente es n u e s t r a fe en l a d i v i n i d a d de
e l e v a d o s al r a n g o de dioses h a n vivido en siglos de m e n o r ni- C r i s t o ! E l es el f u n d a d o r de l a C i u d a d celestial y e t e r n a ; p e r o
vel c u l t u r a l . E n e l l o s , la r a z ó n es m á s p r o c l i v e a la ficción, e l l a n o le creyó Dios p o r q u e l a f u n d ó , s i n o m á s b i e n m e r e c i ó
y el v u l g o , m á s fácil a la c r e e n c i a . R ó m u l o , en c a m b i o , existió ser f u n d a d a p o r q u e creyó en E l . R o m a , y a f u n d a d a y d e d i c a d a ,
no h a c e t o d a v í a seiscientos a ñ o s , c u a n d o las l e t r a s y l a s cien- levantó u n t e m p l o y en él rindió c u l t o a su f u n d a d o r c o m o a
cias e s t a b a n ya m u y florecientes y h a b í a n d i s i p a d o los e r r o r e s d i o s ; y la nueva J e r u s a l é n , p a r a ser c o n s t r u i d a y d e d i c a d a ,
de la i n c u l t a v i d a de los h o m b r e s de a n t e s » . Y p o c o d e s p u é s , p u s o p o r f u n d a m e n t o de su fe a su F u n d a d o r , a C r i s t o D i o s ,
a p r o p ó s i t o d e esto, h a b l a d e R ó m u l o en l o s s i g u i e n t e s t é r m i - l i a p r i m e r a , p o r a m o r a R ó m u l o , l e c r e y ó dios, y l a s e g u n d a
nos : «Esto n o s lleva a la c o n c l u s i ó n de q u e R ó m u l o existió p o r q u e Cristo era D i o s , lo a m ó . A l i g u a l q u e en a q u é l l a p r e -
m u c h o s a ñ o s d e s p u é s q u e H o m e r o y q u e en esta é p o c a e r a cedió a l g o que la i n d u j o a c r e e r u n a perfección falsa en el
m u y difícil la ficción, p o r q u e los h o m b r e s e s t a b a n ya instruí- a m a d o , en ésta p r e c e d i ó a l g o a su fe q u e la m o v i ó a a m a r con
dos y e r a n t i e m p o s de luz. L a a n t i g ü e d a d h a a d m i t i d o f á b u l a s , fe recta y no t e m e r a r i a m e n t e u n a v e r d a d y no u n a f a l s e d a d .
a veces b u r d a s y t o s c a s ; p e r o el siglo de R ó m u l o e s t a b a y a
Sin contar los i n n u m e r a b l e s m i l a g r o s que p e r s u a d i e r o n l a
m u y civilizado p a r a r e c h a z a r , s o b r e t o d o , lo i m p o s i b l e » . H e
d i v i n i d a d de Cristo, le h a n p r e c e d i d o las profecías d i v i n a s , t a n
praedicantibus Christi, etiam ista miracula facta esse non credunt; hoc Unus e numero doctissimorum hominum, idemque eloquentissimus om-
nobis unum grande miraculum sufficit, quod eam terrarum orbis sine ullis niutn M. Tullius Cicero, propterea dicit divinitatem Romuli mirabiliter
miraculis credidit. creditam, quod erudita iam témpora fuerunt, quae falsitatem non lecipe-
rent fabularum. Quis autem Romulum deum nisi Roma credidit, atque id
"CAPUT VI parva et incipiens? Tum deinde posteris servare fuerat necesse quod ac-
ceperant a maioribus, ut cum ista superstitione in lacte quodammodo
QUOD ROMA CONMTOREM SUUM ROMULUM DILIGENDO DEÜM FECF.RIT; EC- matris ebibita cresceret civitas, atque ad tam magnum perveniret impe-
CLESIA AUTEM ClIRISTUM D F . U M CREDENDO DILEXERIT rium, ut ex eius fastigio velut ex altiore quodam loco alias quoque gen-
tés, quibus dominare tur, hac sua opinione perfunderet; ut non quidem
1. Recolamus etiam hoc loco illud quod de Romuli credita divinitate crederent, sed tamen dicerent deum Romulum, ne civitatem, cui ser-
Tullius admiratur. Verba eius ut scrípta sunt, inseram: «Magis est, inquit, viebant, de conditore eius offenderent, aliter eum nominando quam Roma;
in Romulo admirandum, quod caeteri qui dii ex hominibus facti esse di- quae id non amore quidem huius erroris, sed tamen amoris errore credide-
cuntur, minus eruditis hominum saeculis fuerunt, ut fingendi proclivior rat. Ghristus autem quanquam sit caelestis et sempiternae conditor civi-
esset ratio, cum imperiti facile ad credendum impellerentur. Romuli au- tatis, non tamen eum, quoniam ab illo condita est, Deum credidit: sed
tem aetatem minus his sexcentis annis iam inveteratis litteris atque doc- ideo potius est condenda, quia credidit. Roma conditorem suum iam
trinis, omnique illo antiquo ex inculta hominum vita errore sublato fuis- constructa et dedicata tanquam deum coluit in templo: haec autem Ieru-
se cernimus». Et paulo post de eodem Romulo ita loquitur, quod ad hunc salem conditorem suum Deum Christum, ut construí posset et dedicari,
pertinet sensum: «Ex quo intelligi potest, inquit, permultis annis ante posuit in fidei fundamento. Illa illum amando esse deum credidit, ista
Homerum fnisse, quam Romulum, ut iam doctis hominibus ac temporibus istum Deum esse credendo amavit. Sicut ergo praecessit unde amaret illa,
ipsis eruditis ad fingendum vix quidquam esset loci. Antiquitas enim et dé amato iam libenter etiam falsum bonum crederet; ita praecessit
recepit fábulas, fictas etiam nonnunqüam incondite: haec aetas autem unde ista crederet, ut recta fide, non temeré quod falsum, sed quod verum
iam exculta praesertim eludens omne quod fieri non potest respuit» " . erat amaret. Exceptis enim tot et tantis miraculis, quae persuaserunt Deum
1T esse Christum, prophetiae quoque divinae fide dignissimae praecesserunt,
De República l.i cío
1638 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 6,1
X X H , 6, 2 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1630
d i g n a s de fe, c u y o c u m p l i m i e n t o n o lo e s p e r a m o s , c o m o los
p a t r i a r c a s , s i n o q u e lo v e m o s ya verificado. N o es así de g u i d o r e s p o r su s u b s i s t e n c i a t e m p o r a l , sino q u e , a l c o n t r a r i o ,
R ó m u l o . Se oye o se lee q u e f u n d ó a R o m a y q u e r e i n ó en e l l a , n o resistió p a r a l o g r a r la e t e r n a . L o s c r i s t i a n o s e r a n c a r g a d o s
pero no h a y profecía alguna anterior sobre él. Empero, que h a de cadenas, encarcelados, azotados, atormentados, quemados,
«ido r e c i b i d o e n t r e los dioses, la h i s t o r i a lo a c e p t a c o m o u n a d e s p e d a z a d o s , h e c h o s t r i z a s , y, sin e m b a r g o , su n ú m e r o au-
creencia, n o lo p r u e b a c o m o u n h e c h o . N o h a y m i l a g r o s q u e m e n t a b a . Su i d e a l n o e r a l u c h a r p o r la s a l u d , s i n o d e s p r e c i a r
p r u e b e n la r e a l i d a d del m i s m o . Se h a b l a de u n a l o b a q u e l o la s a l u d p o r a m o r del S a l v a d o r [ 1 1 ] .
a l i m e n t ó , j u n t o con su h e r m a n o , c o m o de u n g r a n p o r t e n t o . 2 . N o se m e o c u l t a q u e C i c e r ó n , en el l i b r o I I I Sobre la
Y ¿ q u é significa esto p a r a p r o b a r q u e es d i o s ? S i es v e r d a d república, si n o m e e n g a ñ o , sostiene q u e u n e s t a d o b i e n orga-
q u e esa l o b a fué a u t é n t i c a y n o u n a c o r t e s a n a , el caso fué co- n i z a d o n o e m p r e n d e j a m á s l a g u e r r a si n o es o p o r c o n s e r v a r
m ú n a ios dos h e r m a n o s , y, sin e m b a r g o , el o t r o n o es t e n i d o su fidelidad o su s u b s i s t e n c i a . Q u é e n t i e n d e p o r s a l u d o subsis-
p o r d i o s . A d e m á s , ¿ a q u i é n se h a p r o h i b i d o d e c i r q u e R ó m u l o ,
tencia, lo e x p l i c a en o t r o p a s a j e . Dice a s í : «Los p a r t i c u l a r e s se

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


Hércules u otros personajes semejantes eran dioses? Y ¿quién
h u r t a n a veces p o r u n a m u e r t e p r o n t a a la p o b r e z a , al destie-
ha p r e f e r i d o m o r i r a o c u l t a r su f e ? ¿ R e n d i r í a c u l t o d i v i n o al-
r r o , a la p r i s i ó n , a los azotes y a o t r a s p e n a s a l a s q u e n o son
g u n a n a c i ó n a R ó m u l o si n o se v i e r a c o n s t r e ñ i d a a e l l o p o r
i n s e n s i b l e s n i los h o m b r e s m á s r u d o s . P e r o la m u e r t e , q u e
m i e d o al n o m b r e r o m a n o ? Y ¿ q u i é n p o d r í a c o n t a r c u á n t o s
p a r e c e l i b r a r de t o d a p e n a a los p a r t i c u l a r e s , es u n a p e n a p a r a
h a n p r e f e r i d o p e r d e r la v i d a en m a n o s de la fiereza y d e la
la c i u d a d q u e d e b e s e r c o n s t i t u i d a con m i r a s de e t e r n a . Así,
c r u e l d a d a n e g a r la d i v i n i d a d de C r i s t o ?
p u e s , la m u e r t e n o es n a t u r a l a u n a r e p ú b l i c a c o m o lo es a mi
Así, el m i e d o f u n d a d o de i n c u r r i r en u n a l i g e r a i n d i g - i n d i v i d u o , p a r a q u i e n a veces n o sólo es n e c e s a r i a , sino ade-
n a c i ó n de los r o m a n o s c o n s t r e ñ í a a a l g u n o s p u e b l o s s o m e t i d o s m á s d e s e a b l e . C u a n d o u n a c i u d a d se e x t i n g u e , d e s a p a r e c e v se
a su d e r e c h o a r e n d i r c u l t o a R ó m u l o c o m o a d i o s . E n c a m b i o , a n i q u i l a , es (si c a b e la c o m p a r a c i ó n , g u a r d a d a l a p r o p o r c i ó n )
el m i e d o , n o de i n c u r r i r en u n a leve ofensa, s i n o en los m á s u n a i m a g e n de l a r u i n a y d e s t r u c c i ó n del m u n d o e n t e r o » . Ci-
v a r i a d o s y h o r r i b l e s s u p l i c i o s y h a s t a en la m u e r t e , t e m i d a c e r ó n h a b l a así p o r q u e p i e n s a , con los p l a t ó n i c o s , q u e el m u n -
m á s q u e n i n g ú n o t r o , n o h a p o d i d o i m p e d i r q u e , p o r t o d a la d o n o h a de p e r e c e r . E s t á , p u e s , fuera de d u d a q u e , según él,
t i e r r a , u n i n m e n s o n ú m e r o de m á r t i r e s n o s ó l o c r e y e r a en la u n e s t a d o d e b e d e c l a r a r l a g u e r r a p o r su s a l u d , es decir, p a r a
d i v i n i d a d de Cristo, s i n o q u e lo confesara p ú b l i c a m e n t e . L a q u e subsista e t e r n a m e n t e a q u í a b a j o , c o m o él dice, a u n q u e los
C i u d a d de Cristo, a ú n p e r e g r i n a en la t i e r r a , p e r o y a con u n i n d i v i d u o s q u e lo c o m p o n e n m u e r a n y n a z c a n en sucesión con-
g r a n e s c u a d r ó n d e p u e b l o s , n o l u c h ó c o n t r a s u s i m p í o s perse-
t i n u a , c o m o los á r b o l e s de h o j a p e r e n n e , el olivo, el l a u r e l
y o t r o s , s i e m p r e l a c o n s e r v a n fresca, c a y e n d o u n a s y b r o t a n d o
quae in ¡lio, non sicut a palribus adhuc creduntur implendae, sed iam o t r a s . L a m u e r t e , s e g ú n él, n o es u n a p e n a p a r a l o s p a r t i c u l a -
demonstrantur impletae. De Rómulo autem quia condidit Romairi, in res, p u e s q u e con f r e c u e n c i a l o s l i b r a d e o t r a s p e n a s ; p e r o lo
eaque regnavit, auditur, legiturve quod factum est, non quod ante fuerat es p a r a l a c i u d a d .
prophetatum; sed quod sit receptus in déos, creditum tenent litterae, non
factum docent. NulJis quippe rerum mirabilium signis id ei veré prove-
nisse monstratur. Lupa quippe illa nutrix, quod videtur quasi magnum pro temporali salute pugnavit; sed potius ut obtineret aeternam, non re-
exstitisse portentum, quale aut quantum est ad demonstrandum deum? pugnavit, Ligabantur, includebantur, caedebantur, torquebantur, ureban-
Certe ením etsi non meretrix lupa fuit illa, sed bestia, cum commune tur, laniabantur, trucidabantur, et multiplicabantur. Non erat eis pro sa-
fuerit ambobus, frater tamen eius non habetur deus. Quis autem prohi- lute pugnare, nisi salutem pro Salvatore contemnere.
bitus est, aut Romulum, aut Herculem, aut alios tales homines déos di- 2. Scio in libro Ciceronis tertio, nisi fallor, de República, disputan,
cere, et mori maluit, quam non dicere? Aut vero aliqua gentium coleret nullum bellum suscipi a civitate óptima, nisi aut pro fide, aut pro salute.
ínter déos suos Romulum, nisi Romani nominis metus cogeret? Quis porro Quid autem dicat pro salute, vel intelligi quam salutem velit, alio loco
numeret, quam multi quantaiibet saevitia crudelitatis occidi, quam Uhris- demonstrans, «Sed his poenis, inquit, quas etiam stultissimi eentiunt,
tum Deum negare maluerunt? Proinde raetus quamlibet levis indignatio egestate, exsilio, vinculis, verberibus, elabuntur saepe privati, oblata mortis
ais, quae ab animis Romanorum, si non fieret, posse putabatur existere, celeritate. Civitatibus autem mors ipsa poena est, quae videtur a poena
eompellebat aliquas civitates positas sub iure Romano tanquam deum co- singulos vindicare. Debet enim constituta sic esse civitas, ut aeterna sit.
lere Romulum: a Christo autem Deo non solum colendo, verum etiam Itaque nullus interitus est reipublicae naturalis, ut hominis, in quo mors
eonfitendo, tantam per orbem íerrae martyrum multitudinem metus re non modo necessaria est, verum etiam optanda persaepe. Civitas autem
vocare non potuit, non levis oífensionis animorum, sed immensarum va- cum tollitur, deletur, exstinguitur: simile est quodammodo (ut parva
riarumque poenarum, et ipsins mortis, quae plus caeteris formidatur. Ñe- magnis conferamus) ac si omnis hic mundus intereat et concidat». Hoc
que tune civitas Christi, quamvis adhuc peregrinaretur in terris, et haberet ideo dixit Cicero, quia mundum non interiturum cum Platonicis sentit.
tamen niagnorum agmina populorum, adversus impios persecutores suos Constat ergo eum pro ea salute bellum voluisse suscipi a civitate, qua fit
ut maneat hic civitas, sicut dlcit, aeterna, quamvis morientibus et nascen-
tibus singulis; sicut perennis est opacitas oleae vel lauri. atque huiusmodi
1640 LA CIUDAD DB DIOS XXTI, 7 X X I I , 8, 1 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1641
Ahora se pregunta, y con razón, si obraron rectamente los truída y culta, que rechazaba todo lo imposible. Si así era
saguntinos cuando prefirieron que su ciudad pereciera a que- entonces, ¡cuánto más en tiempos de Cicerón, y sobre todo
brantar la fidelidad que debían a la república romana. Los más tarde, bajo el reinado de Augusto y de Tiberio—épocas
ciudadanos de la república terrena alaban su decisión y su de civilización más avanzada—, la razón no podría aguantar
obrar. Pero no veo cómo puedan seguir esta máxima de que la resurrección de Cristo en su carne y su ascensión al cielo
no debe emprenderse la guerra, si no es por la fidelidad o pol- como cosas de todo punto imposibles! Se burlarían de esta
la salud. Cicerón no dice cuál de las dos debe elegirse en caso creencia y no la admitirían ni escucharían si la divinidad
de que concurran con el mismo riesgo ambas, no pudiendo verdadera o la verdad divina y una infinidad de milagros in-
mantener una sin perder la otra. Este es el caso. Si los sagun- contestables no hubiesen demostrado que eso es posible y que
tinos elegían la salud, debían traicionar su fidelidad, y si con- de hecho se realizó. He aquí por qué, a despecho de las más
servaban la fidelidad, debían perder su subsistencia, como en

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


numerosas y enconadas persecuciones, se ha creído fidelísima-
realidad sucedió. tnente y se ha predicado con intrepidez la resurrección y la
En cambio, la subsistencia de la Ciudad de Dios no se ha inmortalidad de la carne, que han precedido en Cristo y se
así. Se conserva, o por mejor decir, se conquista con la fe realizarán allá en el siglo futuro en todos los hombres. He
y por la fe, y, perdida la fe, nadie puede arribar a sus pla- aquí por qué esta creencia ha sido sembrada en todo el orbe
yas. Este pensamiento de un corazón firme y generoso es el para pulular y lozanear con más vitalidad, fecundada por la
que ha hecho tantos mártires cuales no ha tenido ni podido sangre de los mártires. Se leían las predicciones de los profe-
tener Rómulo, que no ha tenido ni uno solo por confesar su tas y a éstas se añadían los portentos y los milagros. Se ha
divinidad. visto que era una verdad nueva para la costumbre, pero no
contraria a la razón. Y un día, el orbe que la perseguía con
C A P I T U L O VII furor la abrazaba con la fe [ 1 3 ] .
LA F E DEL MUNDO EN CRISTO FUÉ OBRA DEL PODER DIVINO, NO
DE LA PERSUASIÓN HUMANA C A P I T U L O VIII
Se me antoja ridículo recordar la falsa divinidad de Rómu-
LOS MILAGROS DE ENTONCES Y LOS DE AHORA
lo al hablar de Cristo. Rómulo existió casi seiscientos años an-
tes que Cicerón [12], y su época, según dicen, era ya tan ins- 1. ¿Por qué—replican—esos milagros que, según vos-
caeterarum arborum, singulorum' lapsu ortuque filiorum. Mors, quippe, ut otros, se hacían entonces, no se hacen ahora? Podría decir
dicit, non hominum singulorum sed universae poena est civitatis, quae a Ciceronem Romulus fuerit, atque illa aetas iam fuisse doctrinis dicatur
poena plerumque singulos vindicat. Unde mérito quaeritur, utrum recte exculta, ut quod fieri non potest, omne respueret: quanto magis post
fecerint Saguntini, quando universam suam civitatem interire maluerunt, sexcentos annos ipsius tempore Ciceronis, maximeque postea sub Augusto
quam fidem frangere, qua cura ipsa Romana república tenebantur: in quo atque Tiberio, eruditioribus utique temporibus, resurrectionem carnis
suo facta laudan tur ab hominibus terrenae reipublicae civibus. Sed quo- Christi atque in caelum ascensíonem, tanquam id quod fieri non potest,
modo huic disputationi possent obedire, non video, ubi dicitur mil ¡uní mens humana ferré non posset, eludensque ab auribus cordibusque respue-
suscipiendum esse bellum, nisi aut pro fide, aut pro salute: nec dicitur, ret, nisi eam fieri potuisse, atque factam esse divinitas ipsius veritatis, vel
ei in unum simul periculum ita dúo ista concurrerint, ut teneri alterum divinitatis veritas, et contestantia miraculorum signa monstrarent; ut
sine alterius amissione non possit. quid sit potius eligendum. Proferto enim terrentibus et contradicentibus tam multis tamque magnis persecutionibus,
Saguntini si salutem eligerent, fides eis fuerat deseranda: si fides tenenda, praecedens in Christo, deinde ad novum saeculum in caeteris secutura
amittenda u ti que salus, sicut et factum est. Salus autem civitatis Dei talis resurrectio atque immortalitas carnis et fidelissime crederetur, et praedi-
est. ut cum fide ac per fidem teneri, vel potius acquiri possit; fide autem caretur intrepide, et per orbem terrae pullulatura fecundius cum martyrum
perdita, ad eam quisque venire non possit. Quae cogitatio firmissimi ac sanguine sereretur. Legebantur enim praeconia praecedentia Prophetarum,
patientissimi cordis, tot ac tantos martvres fecit, qualem ne unum quidem concurrebant ostenta virtutum, et persuadebatur veritas nova consuetudini,
habuit, vel habere potuit, quando est déus creditus Romulus. non contraria rationi, doñee orbis terrae qui persequebatur furore, seque-
retur fide.
CAPUT VII CAPUT VIH
Q ü O D UT MUNDUS IN C H K I S T U M CREDERET, VIRTUT1S FUERTT DIVINAE,
DE MIRAC.ULIS QDAE UT MÜNDÜS IN CHRISTUM CREDERET FACTA SUNT,
NON PERSUASIONIS HÜMANAE
ET FIERI MUNDO CREDENTE NON DESINUNT
Sed valde ridiculum est, de Romuli falsa divinitate, cum de Christo 1. Cur, inquiunt, nunc illa miracula, quae praedicatis facta esse, non
loquimur, faceré mentionem. Verumtamen cum sexcentis ferme annis ante fiunt? Possem quidem dicere, necessaria fuisse priusquam crederet mun-
1642 LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 8, i
X X H , 8, 3 EL CIELO. FIN DE LA CIUDAD DB DIOS 1643
que fueron necesarios antes de que el mundo creyera, para
que creyera el mundo. Hoy el que pida todavía milagros para gonen por todas partes y prendan en la memoria de todos los
creer se convierte él en un gran milagro, pues no cree creyen- pueblos. Al contrario, éstos no son conocidos más que en los
do ya todo el mundo. Mas hablar así parece hacer dudar de lugares en que se realizan, y apenas los conoce la ciudad en-
la realidad de los milagros de entonces. ¿De dónde o a qué tera. Con frecuencia en las ciudades, sobre todo si son gran-
se debe que se publique por todas partes con tanta fe que des, los conocen unos pocos, y los demás los ignoran. Añadid
Cristo ascendió al cielo con su carne? ¿A qué se debe que en que los fieles que los cuentan a los fieles de otras regiones n o
siglos de luces, en que se rechaza todo lo imposible, al pa- llevan avalada su autoridad por un reconocimiento que no deja
recer el mundo ha creído, sin milagros, cosas maravillosamen- lugar a duda.
te increíbles? ¿Prefieren decir que fueron creíbles y por eso 2. El milagro se obró en Milán, estando yo allí. Un ciego
creídas? ¿Por qué entonces no las creen ellos? Nuestro dilema recobró la vista. Y éste llegó a conocimiento de muchos. La

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


es breve: o las cosas increíbles que se realizaban, y que to- ciudad es populosa, y entonces estaba allí el emperador. El
dos veían, han persuadido una cosa increíble que nadie veía, milagro tuvo lugar en presencia de un inmenso gentío que con-
o era tan creíble que no necesitaba de milagros para ser creí- curría a venerar los cuerpos de los mártires Gervasio y Protasio.
da. Esta respuesta es muy apropiada para contestar a los más Estos cuerpos, que estaban enterrados y eran casi desconocidos,
vanidosos. fueron descubiertos en sueños al obispo Ambrosio. Allí, aquel
ciego, disipadas las tinieblas de sus oíos, vio la luz [ 1 5 ] .
No se puede negar que se obraron muchos milagros para
afirmar este grande y saludable milagro: que Cristo resucitó 3. ¿Quién, a excepción de un reducido número, ha oído
y subió al cielo con su carne. Están consignados en las vera- hablar en Cartazo de la curación de Inocencio, en otro tiem-
císimas Letras, que recogen la realidad del milagro y la verdad po abogado de la Prefectura, curación que yo he presenciado?
que intimaban. Los milagros se han manifestado para dai fe, El era hombre piadoso, y como él. toda su casa. En ella nos
y la fe que han dado los manifestó con mayor claridad Se había hospedado a mi hermano Alipio y a mí, que veníamos
leen a los pueblos para que los crean, pero no se les leyeran de allende el mar, sin ser aún clérigos, pero va sirviendo a
si no los creyeran ya [14J. También ahora se hacen milagros Dios. Morábamos entonces junio a él. Los médicos le trataban
en su nombre, sea por sus sacramentos, sea por las oraciones ciertas fístulas, numerosas por cierto y salidas en la parte nos-
o las reliquias de los santos; pero no se extiende su fama y su terior e ínfima del cuerpo. Ya se las habían sajado v habían
gloria como la de aquéllos. El canon de las sagradas Letras, aplicado todas las medicinas que su arte les brindaba. La
que convenía estar fijado, hace que aquellos milagros se pre- operación había sido muy dolorosa y muy larga. Los médicos,
por inadvertencia, habían deiado una fístula que estaba tan
dus, ad hoc ut crederet mundus. Quisquis adhuc prodigia ut credat in- et memoriae cunctorum inhaerere populorum: haec autem ubicumque
quirí!, magnum est ipse prodigium, qui .mundo credente non credit. Ve- fiunt, ibi sciuntur vix a tota ipsa civitate vel quocumque commanentium
rum hoc ideo dicunt, ut nec tune illa miracula facta fuisse credantur. loco. Nam plerumque etiam ibi paucissimi sciunt, ignorantibus caeteris,
Unde ergo tanta fide Christus usquequaque cantatur in caelum cum carne máxime si magna sit civitas; et quando alibi aliisque narrantur, non tanta
sublatus? unde temporibus eruditis, et omne quod fieri non potest respuen- ea commendat auctoritas, ut sine difficultate vel dubitatione credantur,
tibus, sine ullis miraculis nimium mirabiliter incredibilia credidit mundus* quamvis Christianis fidelibus a fidelibus indicentur.
An forte credibilia fuisse, et ideo credita esse dicturi sunt? Cur ergo ipsi 2. Miraculum quod Mediolani factum est, cum íllic essemus, quando
non credunt? Brevis est igitur nostra complexio: Aut incredibilis rei, illuminatus est caecus, ad multorum notitiam potuit pervenire, quia el
quae non videbatur, alia incredibilia, quae tamen fiebant et videbantur, grandis est civitas, et ibi erat tune Imperator, et immenso populo tesle
fecenmt fidem; aut certe res ita credibilis, ut nullis quibus persuaderetur res gesta est, concurrente ad corpora martyrum Protasii et Gervasii: quae
miraculis indigeret, istorum nimiam redarguit infidelitatem. Hoc ad re- cum laterent, et penitus nescirentur, episcopo Ambrosio, per somnium
fellendos vanissimos dixerim. Nam facta esse multa miracula, quae attes- reveíate reperta sunt; ubi caecus ille depulsis veteribus tenebris diem
taren tur illi uni grandi salubrique miraculo, quo Christus in caelum cum vidit.
carne in qua resurrexit, ascendit, negare non possumus. In eisdem quippe 3. Apud Cartharinein autem quis novit, praeter admodum paucissi-
veracissimis Libris cuneta conscripta sunt, et quae facta sunt, et propter uios, salutem, quae facta est Innocentio ex advócate vicariae praefecturae,
quod credendum facta sunt. Haec, ut fidem facerent, innotuerunt; haec ubi nos ínterfuimus, et oculÍ3 aspeximus nostris? Venientes enim de
per fidem, quam fecenmt, multo clarius innotescunt. Leguntur quippe in transmarinis, me et fratrem meum Alypium, nondum quidem clericos, sed
populis, ut credantur; nec in populis tamen nisi credita legerentur. Nam ¡am Deo servientes, ut erat cum tota domo sua religiosissimus, ipse susce-
etiam nune fiunt miracula in eius nomine, sive per sacramenta eius, sive perat, et apud eum tune habitabamus. Curabatur a mediéis: fístulas, quas
per orationes vel memorias sanctorum eius; sed non eadem claritato numerosas atque perplexas habuit in posteriore atque ima corporis parte,
¡Ilustran tur, ut tanta quanta illa gloria diffamen tur. Canon quippe sacra- ¡am secuerant ei, et artis suae caetera medicamentis agebant. Passus autem
rum Litteranim, quem definitum esse oportebat, illa facit ubique recitan, fuerat in sectíone illa et diuturnos et acerbos dolores. Sed unus ínter
mullos sirrns fefelleíat médicos, atque ita latuerat. ut eum non tangerent,
1644 LA CIUDAD DE DIOS XXH, 8, 3 X X I I , 8, 3 EL CIELO, PIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1645

o c u l t a cfue, c o m o n o la v i e r o n , n o l e a p l i c a r o n el b i s t u r í . Así, L l a m ó a u n tal A l e j a n d r i n o , c é l e b r e c i r u j a n o de e n t o n c e s , p a r a


m i e n t r a s q u e c u r a b a n y c u i d a b a n t o d a s las fístulas a b i e r t a s , que. él h i c i e r a lo q u e n o h a b í a p e r m i t i d o h a c e r a los o t r o s .
la o t r a t o r n a b a i n ú t i l e s t o d a s sus c u r a s . El e n f e r m o desconfia- V i n o , y d e s p u é s de h a b e r a d m i r a d o , p o r l a s cicatrices, la h a b i -
ba ya de la d i l a c i ó n y t e m í a e n o r m e m e n t e u n a n u e v a i n c i s i ó n . l i d a d de los otros q u e le h a b í a n t r a t a d o , consciente de su ofi-
Este e r a el p r o n ó s t i c o q u e le h a b í a d a d o otro m é d i c o domésti- cio de h o m b r e de b i e n , le a c o n s e j ó q u e t o r n a r a a l l a m a r a los
co s u y o , a q u i e n n o h a b í a n p e r m i t i d o los o t r o s asistir a la p r i m e r o s p a r a q u e g o z a r a n del f r u t o de sus esfuerzos. Y a ñ a d i ó
o p e r a c i ó n n i c o m o s i m p l e testigo y a q u i e n su a m o , en un q u e n o h a b í a m á s s o l u c i ó n q u e u n a n u e v a incisión, p e r o q u e
acceso de c ó l e r a , h a b í a e x p u l s a d o y recibía con dificultad. n o e s t a b a c o n f o r m e con sus c o s t u m b r e s q u i t a r la p a l m a d e
E l e n f e r m o , entonces, g r i t ó : ¡ Q u é ! ¿ V a i s a s a j a r o t r a v e z ? u n a c u r a t a n a v a n z a d a a h o m b r e s c u y o s a b e r , p e r i c i a y dili-
¿ V a a c u m p l i r s e el p r o n ó s t i c o d e a q u e l a q u i e n n o quisisteis g e n c i a a d m i r a b a en l a s cicatrices. El e n f e r m o se r e c o n c i l i ó
ni de t e s t i g o ? con sus m é d i c o s , y le p l u g o q u e , con asistencia del m i s m o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


E l l o s c o m e n z a r o n a b u r l a r s e de la i g n o r a n c i a de su com- A l e j a n d r i n o , a b r i e r a n a q u e l l a fístula con el b i s t u r í , fístula q u e ,
p a ñ e r o y a c a l m a r al e n f e r m o con b u e n a s p a l a b r a s y b e l l a s según el sentir u n á n i m e de estos m é d i c o s , e r a i n c u r a b l e . L a
p r o m e s a s . P a s a r o n a ú n o t r o s m u c h o s d í a s , y t o d a s l a s tentati- o p e r a c i ó n se a p l a z ó p a r a el día s i g u i e n t e .
vas se v e í a n f r u s t r a d a s . L o s m é d i c o s p e r s i s t í a n en su p r o m e s a E n h a b i e n d o m a r c h a d o ellos, el e n f e r m o se s u m i ó en u n a
de c u r a r la h e m o r r a g i a , n o con el b i s t u r í , s i n o con medica- tristeza tan p r o f u n d a , q u e t o d a su casa se l l e n ó de d o l o r , y el
m e n t o s . L l a m a r o n a otro m é d i c o , ya de e d a d a v a n z a d a y peri- l l a n t o c o m o p o r u n difunto a p e n a s lo p o d í a m o s c o n t e n e r nos-
to en el a r t e , p o r n o m b r e A m m o n i o . E x a m i n a d o el l u g a r do- otros. Lo visitaban diariamente santos varones, como Saturni-
l o r i d o , dio el m i s m o juicio q u e los o t r o s . El e n f e r m o , creyén- n o , de feliz m e m o r i a , a la sazón o b i s p o de U z a l a ; el presbíte-
dose y a fuera de p e l i g r o , g u i a d o p o r la a u t o r i d a d de éste, se ro Geloso y los d i á c o n o s de la iglesia de C a r t a g o . E n t r e ellos
m o f a b a del m é d i c o d o m é s t i c o s u y o con a l e g r e h i l a r i d a d y del e s t a b a — y es el ú n i c o s o b r e v i v i e n t e — A u r e l i o , o b i s p o d i c n o de
p r o n ó s t i c o de u n a n u e v a o p e r a c i ó n . n o m b r e y de h o n o r , con q u i e n , c o n s i d e r a n d o l a s m a r a v i l l o s a s
¿ Q u é m á s ? D e s p u é s de m u c h o s días, i n ú t i l m e n t e t r a n s c u - o b r a s de D i o s , h e c o n v e r s a d o m u c h a s veces s o b r e el caso, y lo
r r i d o s , c a n s a d o s y confusos, v i n i e r o n a confesar q u e sólo h a b í a r e c u e r d a p e r f e c t a m e n t e . El solía visitar al e n f e r m o p o r la
u n a s o l u c i ó n : el b i s t u r í . E l e n f e r m o , a t ó n i t o , p á l i d o y t u r b a d o , t a r d e . Y le r o g ó , con l á g r i m a s en los ojos, q u e a l a m a ñ a n a
p e r d i ó h a s t a el h a b l a . V u e l t o en sí y r e c o b r a d a el h a b l a , l o s s i g u i e n t e se d i g n a r a a s i s t i r a sus funerales m á s q u e a sus su-
mandó retirar y no volver más por allí. T r a s mucho llorar f r i m i e n t o s . L a s incisiones p r e c e d e n t e s le h a b í a n c a u s a d o tal
e i m p e l i d o p o r la n e c e s i d a d , echó m a n o del ú l t i m o r e c u r s o . m i e d o , q u e n o d u d a b a q u e m o r i r í a en m a n o s de los m é d i c o s .
quem ferro aperire debuerant. Denique sanatis ómnibus quae aperta cu- officio, persuasit homini ut illi potius qui in eo tantum laboraverant,
rabant, ¡ste remanserat solus, cui frustra impendebatur labor. Quas moras quantum ipse inspiciens mirabatur, curationis suae fine fruerentur. adii-
ille suspectas habens, multumque formidans ne iterum secaretur, quod ei ciens quod revera nisi sectus esset, salvus esse non posset; sed valde ah.
praedixerat alius medicus domesticus eius, quem non admiserant illi, ut horrere a suis moribus, ut hominibus quorum artificiosissimam operam, in-
saltem videret, cum primum sectus est, quomodo id facerent, iratusque dustriam, diligentiam admirans in cicatrieibus eius videret, propter exi-
illum domo abiecerat, vixque receperat, erupit, atque ait: Iterum me sectu- guum quod remansit, palmam tanti laboris auferret. Redditi sunt animo
ri estis? Ad illius, quem noluistis esse praesentem, verba venturas sum? eius, et placuit ut eodem Alexandrino assistente ipsi sinum illum ferro
Irridere illi medicum imperitum, metumque hominis bonis verbis promis- qui iam consensu omnium aliter insanabilis putabatur, aperirent. Quae
sionibusque lenire. Praeterierunt et alii ¿íes plurimi, nihilque proficiebal res dilata est in consequentem diem. Sed cum abiissent illi. ex moerore
omne quod fiebat. Medici tamen in sua pollicitatione persistebant, non se nimio domini tantus est in domo illa exortus dolor, ut tanquam funeris
illum sinum ferro, sed medicamentis esse clausures. Adhibuerunt et alium planctus vix comprimeretur a nobis. Visitabant eum quotidie sancti viri
grandaevum iam medicum, satisque in illa arte laudatum (adhuc enim episcopus tune Uzalensis, beatae memoriae Saturninus, et presbyter Gelo-
vivebat) Ammonium, qui loco inspecto, idem quod illi ex eorum diligentia sus, ac diaconi Carthaginensis Ecclesiae: in quibus erat, et ex quibus
p'eritiaque promisit. Cuius ille factus auctoritate securas, domestico suo solus est nunc in rebus humanis, iam episcopus cum honore a nobis debito
medico, qui futuram praedixerat aliam sectionein faceta hilaritate, velut nominandus Aurelius, cum quo recordantes mirabilia opera Dei, de hao
iam salvus, illusit. Quid plura? Tot dies postea inaniter consumpti trans- re saepe collocuti sumus, eumque valde meminisse, quod commemoramus
ierunt, ut fessi atque confusi faterentur eum nisi ferro millo modo posse mvenimus. Qui cum eum, sicut solebant, vespere visitarent, rogavit eos'
sanari. Expavit, expalluit nimio timore turbatus: atque ubi se collegit. miserabilibus lacrymis, ut mane dignarentur esse praesentes suo funeri
farique potuit, abire illos iussit, et ad se amplius non accederé, neo aliud potius quam dolori. Tantus enim eum metus ex prioribus invaserat poenis
occurrit fatigato lacrymis et illa iam neeessitate constricto, nisi ut adhi- ut se ínter medicorum manus non dubitaret esse moriturum. Consolati
beret Alexandrimim quemdam, qui tune chiringas mirabilis habebatur, ut sunt eum illi, et hortati ut in Deo fideret, eiusque voluntatem viriliter
ipse faceret quod ab illis fieri nolebat íratus. Sed posteaquam venit ille. ferret Inde ad orationem ingressi sumus: ubi nobis ex more genua fieen-
laboremque illorum in cicatrieibus sicnt artifex vidit, boni viri functus tibus, atque, incumbentibus terrae, ille se ita proiecit, tanquam fuisset
1646 '"'• LA CIUDAD DE DIOS XX3I, 8, 3 X X I I , 8, 3 KL CIF.I.O, FIN DK LA CIUDAD DE DIOS 1647

Le c o n s o l a r o n y le e x h o r t a r o n a q u e confiara en D i o s y a q u é \ 3. En Cartago mismo, Inocencia, mujer muy piadosa


a c e p t a r a v i r i l m e n t e su v o l u n t a d . En s e g u i d a n o s p u s i m o s en y d i s t i n g u i d a d a m a de la c i u d a d , tenía en el p e c h o u n cán-
o r a c i ó n , y, e s t a n d o n o s o t r o s a r r o d i l l a d o s c o m o de c o s t u m b r e cer, e n f e r m e d a d , s e g ú n l a ciencia m é d i c a , i n c u r a b l e . S u e l e
y p o s t r a d o s en t i e r r a , él se a r r o j ó con tal i m p e t u o s i d a d , q u e c o r t a r s e y s e p a r a r s e del c u e r p o el m i e m b r o a f e c t a d o , o, con el
p a r e c í a c o m o si a l g u n o le h u b i e r a b r u s c a m e n t e t i r a d o , v co- fin de a l a r g a r u n p o q u i t o m á s la v i d a de ese h o m b r e , q u e m á s
menzó a o r a r t a m b i é n . ¿ O u i é n p o d r á e x p l i c a r con p a l a b r a s t a r d e o m á s t e m p r a n o h a de m o r i r , según o p i n i ó n de H i p ó c r a -
de a u é m o d o , con q u é afecto, con q u é u n c i ó n , con a u é río de tes, d e b e o m i t i r s e t o d a c u r a . U n m é d i c o s a b i o y m u y f a m i l i a r
l á g r i m a s , con a u é g e m i d o s v sollozos, q u e le s a c u d í a n t o d o su en a q u e l l a casa le h a b í a d i c h o esto, y la d a m a se e n c o m e n d ó
ser y casi le a h o g a b a n el e s p í r i t u , o r a b a ? Y o n o sé si los de- a s o l o D i o s o r a n d o . P r ó x i m a ya la P a s c u a , fué a d v e r t i d a en
m á s o r a b a n v si t o d o esto n o los d i s t r a í a . S ó l o sé q u e yo n o s u e ñ o s q u e la p r i m e r a m u j e r q u e t o p a s e en la p a r t e q u e m i r a
p o d í a o r a r . S o l a m e n t e d i i e en mi c o r a z ó n : S e ñ o r , si n o escu- al b a p t i s t e r i o [ 1 6 ] le hiciese la señal de la cruz s o b r e el m i e m -

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


c h a s estas p l e g a r i a s , ¿ a u é p l e g a r i a s de t u s siervos e s c u c h a r á s ? b r o d o l o r i d o . H í z o l o , y al i n s t a n t e r e c o b r ó la s a l u d . El m é d i c o
Me p a r e c í a q u e n o p o d í a a ñ a d i r s e va n a d a , s i n o e x p i r a r o r a n - q u e le h a b í a a c o n s e j a d o n o a p l i c a r n i n g ú n r e m e d i o si q u e r í a
d o . N o s l e v a n t a m o s v. r e c i b i d a la b e n d i c i ó n del o b i s p o , m a r - vivir u n p o c o m á s , a u s c u l t á n d o l a d e s p u é s y v i é n d o l a s a n í s i m a ,
c h a m o s , r o g á n d o n o s él a u e v i n i é s e m o s p o r la m a c a n a , exhor- le p r e g u n t a b a con i n s i s t e n c i a q u é h a b í a a p l i c a d o . D e s e a b a ,
t á n d o l e e l l o s a que tuviese b u e n á n i m o . B r i l l ó el día, ese d í a c o m o p u e d e verse, c o n o c e r el r e m e d i o q u e H i p ó c r a t e s m i s m o
tan t e m i d o . Se p r e s e n t a r o n los siervos de Dios, c o m o h a b í a n h a b í a d e s c o n o c i d o . E l l a le c o n t ó lo s u c e d i d o , y él lo oyó con
p r o m e t i d o . E n t r a r o n los m é d i c o s , a p r e s t a r o n t o d o lo q u e p e d í a u n a voz y u n r o s t r o d e s p e c t i v o s ; t a n t o , q u e la m u j e r t e m í a
a q u e l l a h o r a , s a c a n d o los t e m i b l e s i n s t r u m e n t o s a n t e el estu- que profiriera p a l a b r a s injuriosas contra Cristo. Cuentan que
p o r de t o d o s los p r e s e n t e s . L o s m á s a u t o r i z a d o s de los cir- el m é d i c o r e s p o n d i ó con r e l i g i o s a e d u c a c i ó n : « ¡ P e n s a b a q u e
c u n s t a n t e s c o n s u e l a n al e n f e r m o v le d a n á n i m o s , m i e n t r a s q u e me i b a s a d e c i r a l g o m a r a v i l l o s o ! » Y ella, y a m o l e s t a , re-
se le c o l o r a s o b r e el lecho en la p o s t u r a m á s c ó m o d a p a r a p u s o : « ¿ Q u é m a r a v i l l a es q u e Cristo h a y a c u r a d o u n c á n c e r ,
s a j a r . S u e l t a n l a s v e n d a s , d e s c u b r e n la h e r i d a y el m é d i c o El, q u e resucitó a u n m u e r t o de c u a t r o d í a s ? »
e x a m i n a . Busca y r e b u s c a la fístula q u e h a b í a de s a j a r . A u s - E n o y e n d o q u e oí yo esto, sin p o d e r c o n s e n t i r q u e p e r m a -
culta, toca, usa de t o d o s los m e d i o s a su a l c a n c e . P o r fin h a l l ó n e c i e r a o c u l t o u n m i l a g r o t a n n o t a b l e o b r a d o en a q u e l l a ciu-
u n a cicatriz m u v c e r r a d a . M i s p a l a b r a s son febles p a r a e x p r e - d a d y en p r o de u n a p e r s o n a d i s t i n g u i d a , p e n s é en e c h a r l a
s a r la a l e g r í a , la a l a b a n z a y la acción de g r a c i a s q u e b r o t ó una buena reprimenda y hasta en reñirla. Ella me respondió
de la b o c a de todos, e n t r e gozosas l á g r i m a s , al D i o s m i s e r i c o r -
dioso y o m n i p o t e n t e . L a escena se p r e s t a m á s p a r a u n a medi- 3. In eadem Carthagine Innocentia, religiosissima femina, de primariis
lación q u e p a r a u n d i s c u r s o . ipsiu3 civitatis, in mamilla cancrum habebat: rem, sicut medici dicunt,
nullis medicamentis sanabilem. Aut ergo praecidi solet, et a corpore se-
paran membrum ubi nascitur; aut, ut aliquanto homo diutius vivat, ta-
aliquo graviter impeliente prostratus et coepit orare: quibus inodis, quo men inde morte quamlibet tardius adfutura, secundum Hippocratis, ut
affectu, quo motu animi, quo fluvio lacrymarum, quibus gemítibus atque ferunt, sententiam 18 omnis est omittenda curatio. Hoc illa a perito medico
sinenltibus succntientihus omnia membra eius et pene intercludentibus et suae domui familiarissimo acceperat, et ad solum Deum se orando con-
spirítum, quis ullis explicet verbis? Utrum orarent alii, nec in haec eorum verterat. Admonetur in somnis appropinquante Pascha, ut in parte femi-
averteretur intentio, nesciebam. Ego tamen prorsus orare non poteram: narum observanti ad baptisterium, quaecumque illi baptízala primitas
hoc tantummodo breviter in corde meo dixi, Domine, quas tuorum preces occurrisset, signaret ei locum signo Christi: fecit, et confestim sanitas
exaudís, si has non exaudis? Nihil enim mihi videbatur addi iam posse, consecuta est. Medicus sane qui ei dixerat, ut nihil curationis adhiberet,
nisi ut exspiraret orando. Surreximus, et accepta ab Episcopo benedic- si paulo diutius vellet vivere, cum inspexisset eam postea, et sanissimam
tione discessimus; rogante illo ut mane adessent, illis ut aequo animo comperisset, quam prius habere illud malum tali inspectione cognoverat,
esset hortantibus. Illuxit dies qui rnetuebatur, aderant serví Dei, sicut se quaesivit ab ea vehementcr quid adhibuisset: cupiens, quantum intelligi
adfuturos esse promiserant: ingressi sunt medici, paran tur omnia quae datur, nosse medicamentum, quo Hippocratis definitio vinceretur. Cumque
hora illa poscebat, tremenda ferramenta proferuntur, attOnitis suspensisque ab ea quid factum esset audisset, voce velut contemnentis et vultu, ita ut
ómnibus. Eis autem quorum erat maior auctoritas, defectum animi eius illa metueret ne aliquod contumeliosum verbum proferret in Christum,
consolando erigentibus, ad manus secturi membra in lectulo componuntur, religiosa urbaiiitate respondisse fertur: Putabam, inquit, magnum aliquid
solvuntur nodi ligamentorum, nudatur locus, inspicit medicus, et secan- te mihi fuisse dicturam. Atque illa iam exhorrescente, mox addidit: Quid
dum illum sinum armatus atque intentus inquirit. Scrutatur oculis, digi- grande fecit Christus sanare cancrum, qui quatriduanum mortuum sus-
tisque contrectat; tentat denique modis ómnibus: invenit firmissimam ci- citavit? " Hoc ego cum audissem, et vehementer stomacharer, in illa civi-
catricen1.. Iam illa laetitia et laus atque gratiarum actio misericordi et
omnipotenti Deo, quae fusa est ore omnium lacrymantibus gaudiis, non 18
dfijinrism. sect.6 aph.38,
est committenda meis verbis: cogitetur potáis, quam dícatur. >» l o . t i . - .,-.<-... :• ; ;,,,
1 648 LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 8, 5 / \
X X H , 8, 6 EL CIELO, FIN DK LA CIUDAD DE DIOS 1649
q u e n o lo h a b í a c a l l a d o . E n t o n c e s yo p r e g u n t é a u n a s m a t r o -
n a s m u y a m i g a s s u y a s , q u e q u i z á e s t a b a n e n t o n c e s con ella, lo h a y a n p o d i d o o í r ? Nos, al t e n e r n o t i c i a del caso, h i c i m o s
si s a b í a n este c a s o . M e c o n t e s t a r o n q u e lo d e s c o n o c í a n en ab- v e n i r a C a r t a g o a ese h o m b r e p o r o r d e n del s a n t o o b i s p o A u r e -
s o l u t o . — ¡ M i r a c ó m o lo p u b l i c a s — ¡ e r e p l i q u é — , q u e ni t u s lio, a p e s a r de que los informes n o s los h a b í a n d a d o p e r s o n a s
a m i g a s í n t i m a s se h a n e n t e r a d o ! Y l u e g o hice q u e lo c o n t a r a , de cuya fidelidad no p o d í a m o s d u d a r .
p u e s m e h a b í a referido el caso con m u c h a b r e v e d a d , y q u e lo 6. H a y en n u e s t r a v e c i n d a d u n v a r ó n de f a m i l i a t r i b u n i -
h i c i e r a con p e l o s y s e ñ a l e s y en el o r d e n en q u e h a b í a suce- cia, l l a m a d o H e s p e r i o . P o s e e en el t é r m i n o de F u s a l a u n a
d i d o . L a s d a m a s , al o í r l o , se m a r a v i l l a r o n g r a n d e m e n t e y glo- q u i n t a , conocida con el n o m b r e de Z u b e d i . H a b i e n d o visto q u e
rificaron a D i o s . en su casa los espíritus m a l i g n o s a t o r m e n t a b a n a s u s siervos
4 . ¿ Q u i é n conoce el caso a c a e c i d o en la m i s m a c i u d a d a y a sus a n i m a l e s , rogó a n u e s t r o s s a c e r d o t e s , en a u s e n c i a m í a ,
u n m é d i c o q u e p a d e c í a p o d a g r a ? Y a h a b í a d a d o su n o m b r e q u e se d i r i g i e r a allí a l g u n o de e l l o s p a r a a h u y e n t a r l o s con
p a r a el b a u t i s m o . Y la n o c h e q u e p r e c e d i ó a su b a u t i s m o vio sus o r a c i o n e s . F u é u n o , ofreció allí el sacrificio del c u e r p o

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en s u e ñ o s a u n o s m u c h a c h o s n e g r o s y de g r a n d e s c r i n e s [ 1 7 ] , de Cristo con las m á s fervientes o r a c i o n e s p a r a q u e cesara
q u e él t u v o p o r d e m o n i o s , y q u e i e p r o h i b i e r o n b a u t i z a r s e la v e j a c i ó n . Y al instante cesó p o r l a m i s e r i c o r d i a de D i o s .
ese a ñ o . El n o les obedecía, y ellos, p i s á n d o l e los pies, le ha- H e s p e r i o h a b í a recibido de u n a m i g o s u y o u n p o c o de tie-
cían padecer dolores más agudos que nunca. El, no obstante, r r a s a n t a t r a í d a de J e r u s a l é n , d o n d e Cristo fué s e p u l t a d o y
se b a u t i z ó , a d e s p e c h o de ellos, y en el a c t o del b a u t i s m o resucitó al tercer día. L a h a b í a s u s p e n d i d o en su c u a r t o p a r a
q u e d ó l i b r e n o s ó l o de sus e x t r a o r d i n a r i o s d o l o r e s , sino t a m - p o n e r s e a salvo de las i n c u r s i o n e s d e m o n í a c a s . C u a n d o su casa
b i é n de la p o d a g r a , sin q u e en a d e l a n t e se h a y a r e s e n t i d o , fué purificada, p r e g u n t ó q u é h a r í a de a q u e l l a t i e r r a , q u e n o
a p e s a r de q u e h a v i v i d o l a r g o s a ñ o s . N o s o t r o s lo h e m o s co- q u e r í a , p o r reverencia, g u a r d a r m á s en su c u a r t o . S u c e d i ó al
n o c i d o , y con n o s o t r o s u n r e d u c i d o n ú m e r o de h e r m a n o s , a a z a r q u e u n b u e n día mi colega M a x i m i n o , e n t o n c e s o b i s p o dé
q u i e n e s h a p o d i d o l l e g a r el r u m o r . la iglesia de Siniti [ 1 9 ] , y y o nos h a l l á b a m o s en l a s c e r c a n í a s .
5. U n a n t i g u o a c t o r escénico de C u r u b e [ 1 8 ] , con el b a u - H e s p e r i o nos rogó que f u é r a m o s a v i s i t a r l e , y f u i m o s . N o s con-
t i s m o fué c u r a d o de u n a p a r á l i s i s y de u n a h e r n i a . Y salió tó lo sucedido y nos pidió e n t e r r a r esa t i e r r a en u n l u g a r en
de la fuente de la r e g e n e r a c i ó n l i b r e de a m b a s m o l e s t i a s , q u e los cristianos se r e u n i e r a n p a r a t e n e r o r a c i ó n y c e l e b r a r
c o m o si n o h u b i e r a t e n i d o n i n g ú n m a l en el c u e r p o . ¿ Q u i é n los m i s t e r i o s de Dios. N o s o t r o s c o n s e n t i m o s en e l l o , y así se
conoce este m i l a g r o fuera de C u r u b e y de r a r í s i m o s o t r o s q u e h i z o . H a b í a allí u n joven c a m p e s i n o p a r a l í t i c o . O í d o esto, p i d i ó
a sus p a d r e s que le l l e v a r a n sin d i l a c i ó n a a q u e l l u g a r s a n t o .
tate atque in illa persona, non utique obscura, factum tam ingens, miracu- U n a vez allí, oró, y al m o m e n t o se a l e j ó de a l l í p o r sus p r o p i o s
lum sic latere, hinc eam et admonendam et pene obiurgandam putav!. pies-, perfectamente c u r a d o .
Quae cum mihi respondisset non se inde tacuisse, quaesivi ab eis, quas
forte tune matronas amicissimas secum habebat, utrum hoc antea scissent. hoc comperissemus, iubente sancto episcopo Aurelio, etiam ut veniret
Responderunt se omnino nescisse. Ecce, inquam, quomodo non taces, ut Carthaginem fecimus: quamvis a talibus prius audierimus, de quorum
nec istae audiant, quae tibi tanta familiaritate iunguntur. Et quia brevi- fide dubitare non possemus.
ter ab ea quaesiveram, feci ut illis audientibus multumque mirantibus et 6". Vir tribunitius Hesperius apud nos est; habet in territorio Fussa-
glorificantibus Deum, totum ex ordine, quemadmodum gestum fuerit, lensi fundum Zubedi appellatum: ubi cum afflictione animalium et ser-
indicaret. vorum suorum domum suam spirituum malignorum vim noxiam perpeti
4. Medicum quemdam podagrum in eadem urbe, qui cum dedisset comperisset, rogavit nostros, me absenté, presbyteros, ut aliquis eorum illo
nomen ad Baptismum, et pridie quam baptizaretur, in somnis a pueris pergeret, cuius orationibus cederent. Perrexit unus, obtulit ibi sacrificium
nigris cirratis, quos intelligebat daemones, baptizari eodem anno prohibi- corporís Christi, orans quantum potuit, ut cessaret illa vexatio: Deo pro-
tus fuisset, eisque non obtemperans, etiam conculcantibus pedes eius in tinus miserante cessavit. Acceperat autem ab amico suo terram sanctam
dolorem acerrimum, qualem nunquam expertus est, isset, magisque eos de Ierosolymis allatam, ubi sepultus Christus die tertio resurrexit; eamque
vincens lavacro regenerationis, ut voverat, abluí non distulisset, in Bap- suspenderat in cubiculo suo, ne quid mali etiam ipse pateretur. At ubi
tismate ipso non solum dolore, quo ultra solitum cruciabatur, veium etiam domus eius ab illa infestatione purgata est, quid de illa térra fieret, co-
podagra caruisse, nec amplius, cum diu postea vixisset, pedes doluisse quis gitabat; quam diutius in cubiculo suo reverentiae causa habere nolebat.
novit? Nos tamen novimus, et paucissimi fratres ad quos id potuit per- Forte accidit, ut ego et collega tune meus episcopus Sinitensis ecclesiae
venire. Maximinus, in próximo essemus: ut veniremus rogavit, et venimus. Cum-
5. Ex mimo quídam Cürubitanus, non solum a paralysi, verum etiam que nobis omnia retulisset, etiam hoc petivit, ut infoderetur alicubi, atque
ab ínformi pondere genitalium, cum baptizaretur, salvus effectus est; et ibi orationum locus fieret, ubi etiam possent Christiani ad celebranda quae
liberatus utraque molestia, tanquam malí nihil habuisset in corpore, de Dei sunt congregari. Non restitimus: factum est. Erat ibi iuvenis paraly-
fonte regenerationis ascendit. Quis hoc praeter Curubim noyit, et praeter ticus rusticanus: hoc audito petivit a parentibus suis, ut illum ad eum
rarissimos aliquos qui hoc ubicumque audire potuerunt? Nos aateía cum locum sanctum non cunctanter afferrent. Quo cum fuisset allatus, oravit,
atque inde continuo pedibus suis salvus abscessit.
/
'<"•>(> ¡A CIUDAD DE DIOS XXU, 8, f X X I I , 8, 1 0 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1651
7. V i c t o r i a n a [ 2 0 ] es el n o m b r e de u n a q u i n t a q u e dista e l l o s lo h a l l ó p e r f e c t a m e n t e c u r a d o . E n el m i s m o l u g a r fueron
m e n o s de t r e i n t a m i l l a s de H i p o n a la R e a l . A l l í h a y u n a me-
c u r a d o s o t r o s , c u y a e n u m e r a c i ó n sería l a r g a .
m o r i a de los m á r t i r e s de M i l á n P r o t a s i o y G e r v a s i o . A e l l a se
8. Y o conozco u n a s e ñ o r i t a de H i p o n a q u e , h a b i é n d o s e
p e r s o n ó u n a d o l e s c e n t e q u e , e s t a n d o a m e d i o d í a y en p l e n o
f r o t a d o con el aceite en q u e el s a c e r d o t e q u e o r a b a p o r ella
v e r a n o b a ñ a n d o su c a b a l l o en el r í o , fué p o s e í d o p o r u n de-
h a b í a m e z c l a d o sus l á g r i m a s , fué al i n s t a n t e l i b r a d a del d i a b l o .
m o n i o . E s t a b a a l l í t e n d i d o , p r ó x i m o a la m u e r t e o m u y se-
m e j a n t e a u n m u e r t o . L a s e ñ o r a del l u g a r , al c a e r d e la t a r d e , Sé, a d e m á s , q u e lo m i s m o a c a e c i ó a u n m u c h a c h o l a p r i m e r a
e n t r ó , c o m o de c o s t u m b r e , con sus c r i a d a s y a l g u n a s r e l i g i o s a s vez q u e u n o b i s p o , sin h a b e r l o visto, o r ó p o r é l .
a c a n t a r los h i m n o s v e s p e r t i n o s y a h a c e r sus o r a c i o n e s . Ento- 9 . H a b í a en H i p o n a u n viejo l l a m a d o F l o r e n c i o , h o m b r e
n a n los h i m n o s y sigue el c a n t o . E l d e m o n i o , c o m o h e r i d o p o r p o b r e y p i a d o s o , q u e vivía de su oficio de s a s t r e . P e r d i ó el
esa voz y n o p u d i e n d o o n o a t r e v i é n d o s e a m o v e r el a l t a r , lo vestido q u e le c u b r í a y, n o t e n i e n d o con q u é c o m p r a r s e o t r o ,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


asía con u n a c o n m o c i ó n t e r r i b l e , c o m o si e s t u v i e r a a t a d o o cla- c o r r i ó a o r a r a la t u m b a de los V e i n t e M á r t i r e s , m u y c é l e b r e
v a d o a él. L u e g o , r o g a n d o con g r a n d e s l a m e n t o s q u e le p e r d o - e n t r e n o s o t r o s [ 2 3 ] , y les p i d i ó o u e lo vistiesen. L e o y e r o n
n a s e n , confesaba d ó n d e , c u á n d o y c ó m o h a b í a e n t r a d o en el u n o s m o z o s b u r l o n e s q u e e s t a b a n a l l í p o r c a s u a l i d a d , y al reti-
a d o l e s c e n t e . P o r fin, p r o m e t i e n d o q u e s a l d r í a de a l l í , n o m b r a - r a r s e le s e g u í a n r i é n d o s e de él, c o m o si h u b i e r a p e d i d o a
b a c a d a u n o de los m i e m b r o s y a m e n a z a b a q u e al s a l i r los cor- • los m á r t i r e s c i n c u e n t a folies [ 2 4 ] p a r a c o m p r a r u n t r a j e . P e r o
t a r í a . Y e n t r e esas p a l a b r a s s a l i ó del j o v e n . M a s u n ojo del él, c o n t i n u a n d o su c a m i n o , vio u n erran pez q u e se revolvía
d e s d i c h a d o p e n d í a de la m e j i l l a , p r e s o p o r u n a tenue, v e n a , s o b r e la r i b e r a . L o pescó con la a y u d a de los m o z a l b e t e s y lo
c o m o de su raíz i n t e r i o r , y la p u p i l a a n t e s "negra se t o r n ó t o d a v e n d i ó p o r t r e s c i e n t o s folies a u n c o c i n e r o p o r n o m b r e Cato-
b l a n c a . A l v e r esto los c i r c u n s t a n t e s (pues h a b í a n a c u d i d o otro3 so, b u e n c r i s t i a n o , c o n t á n d o l e lo q u e h a b í a p a s a d o . Se dis-
al o í r l a s voces y se h a b í a n p o s t r a d o t a m b i é n en o r a c i ó n p o r p o n í a a c o m p r a r con ese d i n e r o l a n a p a r a q u e su e s p o s a l e
el),^ a u n q u e gozosos p o r v e r al j o v e n en su s a n o juicio, se h i c i e r a , c o m o p u d i e r a , a l g o con q u e vestirse. M a s el c o c i n e r o ,
d o l í a n p o r la p é r d i d a del ojo y se decían q u e e r a p r e c i s o b u s - al a b r i r el pez, h a l l ó en su i n t e r i o r u n a n i l l o de o r o y, m o v i d o
c a r al m é d i c o . E n esto, el m a r i d o de su h e r m a n a , q u e lo h a b í a a c o m p a s i ó n v con p i a d o s o t e m o r , lo devolvió al h o m b r e , di-
l l e v a d o a l l í , d i j o : P o d e r o s o es D i o s , q u e a h u y e n t ó al d e m o n i o c i é n d o l e : ¡ M i r a c ó m o te h a n vestido los V e i n t e M á r t i r e s !
p o r l a s o r a c i o n e s de los s a n t o s , p a r a d e v o l v e r l e la vista [ 2 1 ] . 10. L l e v a n d o el o b i s p o P r e v e c t o , j u n t o a los b a ñ o s de Ti-
L u e g o c o l o c ó c o m o p u d o el ojo en su sitio y lo a t ó con el pa- bilis [ 2 5 ] , l a s r e l i q u i a s del g l o r i o s í s i m o m á r t i r S a n E s t e b a n ,
ñ u e l o [ 2 2 ] . A s í lo m a n t u v o d u r a n t e siete d í a s . Al c a b o de s a l i ó a su e n c u e n t r o y le a c o m p a ñ ó u n e r a n c o n c u r s o de gente.
U n a m u j e r ciega de los a l r e d e d o r e s p i d i ó q u e l a l l e v a r a n al
7. . Victoriana dicitur villa, ab Hippone-Regio minus triginta millibus
abest. Memoria martyrum ibi est Mediolanensium Protasii et Gervasii. Quod cum fecisset, sanissimum invenir. Sanati sunt illie et alii. de quibus
Portatns est eo quídam adolescens, qui cura die medio tempore aestatis dicere longum est.
equum ablueret in fluminis gurgite, daemonem incurrit Ibi cum iaceret 8. Hipponensem quamdam virginem scio, cuín se oleo perunxisset, cui
vel morti proximus, vel similümus mortuo, ad vespertinos illuc hymnos et pro illa orans presbyter instillaverat lacrymas suas, mox a daemonio fuisse
orationes cum ancillis suis et quibusdam sanctimonialibus ex more domina sanatam. Scio eti*mi episcopum semel pro adolescente, quem non vidit,
possessionis intravit; atque hymnos cantare coeperunt Qua voce ille quasi orasse, illumque illico daemone caruisse.
percussus, excussus est: et cum terribili fremitu altare apprehensum mo- 9. Erat quídam senex Floientius Hipponensis noster, homo religiosus
veré non audens sive non valens, tanquam eo fuer.it alligatus, aut affixus, et pauper; sartoris se arte pascebat, casulam perdiderat, et unde r.ibi
tenebat: et cum grandi eiulatu parci sibi rogans, eonfitebatur ubi ado- emeret non habebat: ad Viginti Martyres, quorum memoria apud nos esl
lescentem, et quando, et quomodo invaserit. Postremo se exiturum esse celebérrima, clara voce, ut vestiretur, oravit. Audierunt eum adolescentes,
denuntians, membra eius singula nominaba!, quae se amputaturum exiens qui forte aderant, irrisores; eumque discedentem exagitantes prosequeban-
. minabatur: atque ínter haec verba discessit ab nomine. Sed oculus eius tur; quasi a Martyribus quinquageno* folies, unde vestimentum emerel,
in maxillam fusus, tenui vénula ab interiore quasi radice pendebat, to- petivisset. At ille tacitus ambulans, eiectum grandem piscem palpitantem
tumque eius médium, quod nigellum fuerat, albicaverat. Quo viso qui vidit in littore, eumque illis faventibus atque adiuvantibus apprehendit,
aderant (concurrerant autem etiam alii vocibus eius acciti, et se omnes et cuidam coquo Catoso nomine, bene cliristiano, ad coquinam condita-
in orationem pro illo straverant), quamvis eum sana mente stare gaude- riam, indicans quid gestuiu sit, trecentis follibus vendidit, laiiam compa-
rent, rursus tamen propter oculum eius contristati, medicum quaerendum rare inde disponens, ut uxor eius quomodo posset, ei quo indueretur, effi
esse dicebant. Ibi maritus sororis eius, qui eum illo detulerat, Potens ceret. Sed coquus coneidens piscem, annulum aureum in ventrículo eius
est, inquit, Deus, sanctorum orationibus, qui fugavit daemonem, lumen invenit, moxque mi?eratione flexus, et religione perterritus, homini eum
reddere. Tune, sicut potuit, oculum lapsum atque pendentem, loco suo reddidit, dicens, Ecce ouomodo- Viginti Martyres te vestierunt.
revocarum ligavit orario: nec nisi post septem dies putavit esse solvenduro. 10. Ad Aquas Tibilitanas episcopo afferénte Praeiecto reliquias mar-
tyris gloriosissimi Stephani, ad eius memoriam veniebat magnae multitu-
dinis eoncursus et oceursus. Ibi eaeca mulier. ut ad episcopum portantem
1652 U CIUDAD DE DIOS XXII, 8 , 1 3
X X I I , 8, 1 6 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1653
o b i s p o q u e t r a í a las r e l i q u i a s . D i o u n a s flores q u e l l e v a b a . Las
r e c i b i ó , las a c e r c ó a los ojos, y al i n s t a n t e r e c o b r ó la vista y, p a r a q u e D i o s l e c o n c e d i e r a l a g r a c i a de l a c o n v e r s i ó n y n o
con a d m i r a c i ó n de los p r e s e n t e s , a n t e c e d í a a la p r o c e s i ó n sal- difiriera creer en C r i s t o . O r ó en i n m e n s a s l á g r i m a s y con u n
t a n d o de gozo. T o m ó l u e g o el c a m i n o y n o b u s c ó m á s al la- afecto de p i e d a d s i n c e r a m e n t e a r d i e n t e . D e s p u é s , a l m a r c h a r ,
zarillo. t o m ó u n a s flores del a l t a r q u e le ofrecieron y, c o m o e r a va de
1 1 . L u c i l o , o b i s p o de Siniti, villa c e r c a n a a H i p o n a , lle- n o c h e , se l a s p u s o s o b r e l a c a b e z a al e n f e r m o . E l se fué a dor-
vaba en p r o c e s i ó n l a s r e l i q u i a s del m i s m o m á r t i r , a c o m p a ñ a d o m i r . Y hete a q u í q u e a n t e s del a m a n e c e r c l a m a q u e v a y a n co-
del p u e b l o en m a s a . U n a fístula q u e le h a c í a sufrir m u c h o y ya r r i e n d o a l l a m a r al o b i s p o , q u e q u i z á e s t a b a a l a s a z ó n c o n m i g o
de t i e m p o a t r á s y que a g u a r d a b a la m a n o de u n m é d i c o fami- e n H i p o n a . Se le contestó q u e e s t a b a a u s e n t e , y p i d i ó q u e vinie-
l i a r s u y o , q u e la h a b í a d e sajar, fué c u r a d a al i n s t a n t e al con- r a n los s a c e r d o t e s . V i n i e r o n , dijo q u e creía, y e n t r e la a d m i r a -
t a c t o de la s a g r a d a r e l i q u i a . E n a d e l a n t e n o volvió a b r o t a r ción y el gozo de t o d o s fué b a u t i z a d o . Su f e r v o r fué t a l , q u e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


en su c u e r p o . en su v i d a n o c a y ó n u n c a de su b o c a esta p l e g a r i a : « C r i s t o ,
12. E u c a r i o , s a c e r d o t e n a t u r a l de E s p a ñ a , q u e h a b i t a en r e c i b e mi e s p í r i t u » , sin s a b e r q u e éstas fueron l a s ú l t i m a s p a l a -
C a l a m a , p a d e c í a d e s d e a n t i g u o el mal de p i e d r a . Y fué c u r a d o b r a s del b i e n a v e n t u r a d o S a n E s t e b a n c u a n d o fué l a p i d a d o p o r
p o r la relicfuia del m i s m o m á r t i r , l l e v a d a a l l í p o r su o b i s p o l o s j u d í o s . Y éstas f u e r o n t a m b i é n sus ú l t i m a s p a l a b r a s , p u e s
P o s i d i o [ 2 6 ] . El m i s m o s a c e r d o t e , otra vez p r e s a de u n a enfer- no m u c h o después m u r i ó .
m e d a d q u e le dejó t a n a b a t i d o q u e ya le h a b í a n a t a d o los p u l - 14. E n el m i s m o l u g a r fueron c u r a d o s p o r el m i s m o m á r -
g a r e s , resucitó con la g r a c i a del d i c h o m á r t i r . L l e v a r o n la túni- tir d o s gotosos, u n o c i u d a d a n o y o t r o e x t r a n j e r o . El c i u d a d a n o
ca del s a c e r d o t e p a r a t o c a r la r e l i q u i a , la p u s i e r o n s o b r e el s a n ó del t o d o y el e x t r a n j e r o t u v o u n a r e v e l a c i ó n q u e le m o s t r ó
c u e r p o del y a c e n t e y al i n s t a n t e volvió a la v i d a . el r e m e d i o q u e d e b í a a p l i c a r c u a n d o sintiese el d o l o r . A p l i c a b a
1 3 . H a b í a a l l í u n h o m b r e l l a m a d o M a r c i a l , el m á s distin- ese r e m e d i o , y el d o l o r se c a l m a b a al i n s t a n t e .
g u i d o en su o r d e n , ya e n t r a d o en a ñ o s y m u y e n e m i g o de la 1 5 . A u d u r o es el n o m b r e de u n p r e d i o en el q u e h a y u n a
r e l i g i ó n c r i s t i a n a . V e r d a d es q u e tenía u n a h i j a c r i s t i a n a y su iglesia y en e l l a u n a m e m o r i a al m á r t i r S a n E s t e b a n . U n d í a
y e r n o h a b í a sido b a u t i z a d o el m i s m o a ñ o . Estos, v i é n d o l o pos- unos bueyes desmandados, que llevaban un carro, a t r e p e l l a r o n
t r a d o en su l e c h o e n f e r m o , le r o g a r o n con a b u n d a n t e s l á g r i m a s c o n la r u e d a a u n n i ñ o p e q u e ñ i t o q u e j u g a b a en l a e r a y le
q u e se h i c i e r a c r i s t i a n o . El lo rechazó de p l a n o y los a p a r t ó m a t a r o n . S u m a d r e , t o m á n d o l o en b r a z o s , lo c o l o c ó en l a m i s m a
de su l a d o con t ú r b i d a i n d i g n a c i ó n . A su y e r n o se le o c u r r i ó ir m e m o r i a , y el chico n o sólo r e c o b r ó l a v i d a , s i n o q u e a p a r e c i ó
a la m e m o r i a de S a n E s t e b a n y o r a r a l l í con t o d a s sus fuerzas completamente ileso.
16. D e u n a religiosa q u e vivía en u n a h e r e d a d v e c i n a q u e
duceretur, oravit: flores quos ferebat dedit; recepit, oculis admovit, pro- se l l a m a C a s p a l i a n a , e s t a n d o g r a v e m e n t e e n f e r m a v d e s a h u c i a d a
tinus vidit. Stupentibus qui aderant, praeibat exsultans, viam carpens, et
viae ducem ulterius non requirens. hoc ingend gemitu et fletu, et sinceriter ardente pietatis affectu: deinde
11. Memorad memoriam martyris, quae posita est in castello Sinitensi, abscedens, aliquid de altari florum, quod occurrit tulit; eique, cum iam
quod Hipponensi coloniae vicimim est, eiusdem loci Lucillus episcopus, nox esset, ad caput posuit; tuin dormitum est. Et ecce ante, diluculum
populo praecedente atque sequente portabat. Fístula, cuius molestia iam elamat, ut ad episcopum curreretur, qui mecum forte tune erat apud
diu laboraverat, et familiarissimi sui medici, qui eam secaret, opperieba- Hipponem. Cum ergo audisset eum absentem, venire presbyteros postula-
tur manus, illius piae sarcinae vectatione repente sanata est: nam deinceps vit. Venerunt, credere se dixit, admirantibus atque gaudentibus ómnibus,
eam in suo corpore non invenit. baptizatus est. Hoc, quamdiu vixit, in ore habebat: Christe, accipe spiri-
12. Eucharius est presbyter ex Hispania, Calamae habitat, veteri rnm meum: cum haec verba beatissimi Stephani, quando lapidatus est a
morbo calculi laborabat; per memoriam supradicti martyris, quam Possi- ludaeis, ultima fuisse 20 nesciret; quae huic quoque ultima fuerunt: nam
dius íllo advexit episcopus, salvus factus est. ídem ipse postea morbo alio non multo post etiam ipse defunctus est.
praevalescente, mortuus sic iacebat, ut ei- iam pollices ligarentur: opitula- 14. Sanati sunt illic per eumdem martyrem etiam podagri dúo, unus
tione memorad martyris, cum de memoria eius reportata fuisset et super civis, peregrinus unus; sed civis omni modo: peregrinus autem per reve-
¡acentis corpus missa ipsius presbyteri túnica, suscitatus est. lationem quid adhiberet quando doleret, audivit; et cum hoc fecerit, dolor
13. Fuit ibi vir in ordine suo primarius, nomine Martialis, aevo iam continuo conquiescit.
gravis, et multum a religione abhorrens christiana. Habebat sane fidelem 15. Audurus nomen est fundí, ubi ecclesia est, et in ea memoria Ste-
filiam, et generum eodem anno baptizatum. Qui cum eum aegrotantem phani martyris. Puerum quemdam parvulum, cum in área luderet, exor-
multis et magnis lacrymis rogarent, ut christianus fieret, prorsus abnuit, bitantes boves qui vehiculnm trahebant, rota obtriverun1- et confestim
eosque a se túrbida indignatione submovit. Visum est genero eius, ut iret palpitavit expirans. Hunc mater arreptum ad eamdem meüTioriam posuit;
ad memoriam sancti Stephani, et illic pro eo quantum posset oraret, ut Deus et non solum revixit, verum etiam illaesus apparuit.
illi daret mentem bonam, qua oredere non differret in Christum. Fecit 16. Sanctimonialis quaedam in vicina possessione, quae Caspaliana di-
-'» Aot. 7,58.
1054 LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 8, 2 0
X X I I , 8, 2 1 K,I, CIELO, FIN DF, LA CIUDAD DB DIOS 1655
de los médicos, fué llevado su vestido a la misma memoria. La
religiosa murió antes de llegar el vestido tocado. No obstante. requieren una obra larga, y yo en ésta me veo constreñido a
sus padres cubrieron el cadáver con ese vestido, y recobró el es- silenciarlos. Si quisiera referir solamente, por omitir otros, los
píritu, y ciuedó curada. milagros de curaciones obradas por el glorioso mártir San Es-
17. En Hipona, un tal Baso, sirio de nación, oraba en la teban en Calama y aquí en Hipona, llenaría muchos volúmenes.
memoria del mismo mártir por una hija suya enferma de peli- Y todavía no sería capaz de recogerlos todos, sino solamente
gro. Había llevado con él el vestido de la chica. De pronto lle- aquellos de los que se. han escrito sus relaciones para leerlas al
garon corriendo de casa los criados con la nueva de que había pueblo. Tomé esta decisión al ver que también en nuestros días
muerto. Pero, como él estaba en oración, sus amigos los detu- son corrientes milagros semejantes a los antiguos y que no de-
vieron y les prohibieron anunciárselo, por miedo a que llo- ben pasar inadvertidos.
No hace aún dos años que las reliquias de ese mártir están

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


rara por las calles. Regresó a casa, y, cuando no se oía en ella
más que lamentos, puso sobre su hija el vestido que llevaba, en Hipona la Real [ 2 7 ] . Y si bien de muchos de los milagros
y ésta tornó a la vida. allí realizados no se ha hecho relación, se cuentan ya casi se-
18. Anuí mismo, entre nosotros, murió el hijo de un co- tenta cuando yo escribí esto. En Calama, donde las reliquias
brador, de Ireneo. Mientras se preparaban va con gemidos v lá- están desde mucho antes y donde las relaciones son más fre-
grimas los funerales, uno de los amigos del padre sugirió la cuentes, el número asciende incomparablemente.
idea de unp:ir el cuerpo del hijo con el aceite del mismo mártir. 21. Sabemos además que en Uzala, colonia vecina a Utica,
Se hizo, v el niño resucitó. se han obrado muchas maravillas por intercesión de este mártir.
19. El antiguo tribuno Eleusino colocó a un hijo suyo, Su obispo Evodio llevó allí sus reliquias mucho antes de traer-
muerto de enfermedad, sobre la memoria del mártir sita en un las a Hipona. Mas en ese país no existe, o mejor no existía,
arrabal en que él vivía. Después de haber orado y vertido mu- porque quizá ahora ya existe la costumbre de escribir las rela-
chas lágrimas por él. lo levantó vivo. ciones. No hace mucho, estando yo allí, a una dama bien acomo-
dada, Petronia, milagrosamente curada en otro tiempo de una
20. ¿Oué haré? La promesa de dar fin a esta obra me ur<?e
enfermedad grave que había agotado todos los recursos de loa
y no me permite citar aquí todos los milagros que conozco. No
médicos, la exhortamos, con el visto bueno del obispo del lu-
dudo eme muchos de los nuestros, cuando lean esto, se quejarán
gar, a hacer una relación para poder leerla al pueblo. Y obe-
de míe he pasado por alto muchos milagros que conocen como
deció obedientísimamente [ 2 8 ] . En la relación puso un dato que
yo. Desde ahora les pido que me excusen y que consideren que
no puedo silenciar aquí, aunque me fuerza a acelerar el paso

eitur, cuín aeeritudine laborare!, ac desperaretur, ad eamdem memoriam mecum soiunt. Quos iam nunc, ut ignoscant, rogo; et cogitent quam pro-
túnica eius allata est: quae antequam revocaretur, illa defuncta est Hac lixi laboris sit faceré, quod me hic non faceré susoepti operis necessitas
tamen túnica operuerunt cadáver eius parentes, et recepto spiritu salva cogit. Si enim miracula sanitatum, ut alia taceam, ea tantummodo velim
facta est. scribere, quae per huno martyrem, id est, gloriosissimum Stephanum,
17. Apnd Hipponem Bassus quidam Syrus ad memoriam eiusdem facta sunt in colonia Calamensi, et in nostra, plurimi conficiendi sunt
martyris orabat pro aegrotante et periclitante filia, eoque secum vest'em libri; nec tamen omnia colligi poterunt, sed tantum de quibus libelli dati
eius attulerat: cum ecce pueri de domo cucurrerunt, qui ei rnortuam nun- sunt, qui recitarentur in populis. Id namque fieri voluimus, cum vide-
tiarent. Sed cum, orante illo, ab amicis eius exciperentur, prohibuerunt remus antiquis similia divinarum signa virtulura eliam nosiris temporihus
eos illi dicere. ne per publicum plangeret. Oui cum domum redisset iam frequentari; et ea non deberé multorum notitiae deperire. Nondum esi
suorum eiulatibns personantem, et vestem filiae quam ferebat, super eam autem biennium, ex quo apud Hipponem Regium coepit esse ista memo-
proiecisset, reddita est vitae. ria, et multis, quod nobis certissimum est, non datis libellis, de iis quae
mirabiliter facta sunt, illi ipsi qui dati sunt ad septuagmta ferme nu-
18. Rursus ibidem apud nos lrenaei, cuiusdam collectarii filius, aeeri- merum pervenerant, quando ista conscripsi. Calamae vero, ubi et ipsa
tudine exstincttis est. Cumque corpus iaceret exanime, atque a lugentibus memoria prius esse coepit, et crebrius dantur, incomparabili multitudine
et lamentantibus exsequiae pararentur, amicorum eius quidam Ínter alio- superant.
i'ora consolantium verba suagessit, ut eiusdem martyris oleo corpus perun-
geretur. Factum est, et revixit. 21. Uzali etiam, quae colonia Uticae vicina est, multa praeclara per
19. Itemque apud nos vir tribunitius Eleusinus super memoriam Mar- eumdem Martyrem facta cognovimus: cuius ibi memoria longe prius
tyris, quae ir' suburbano eius est, aegritudine exanimatum posuit infantu- quam apud nos, ab episcopo Evodio constituía est. Sed libellorum dando-
lum fílinm: é' post orationem, quam cum multis lacrymis ibi fudit, viven- ruin ibi consuetudo non est. vel potáis non fuit: nam fortasse nunc esse
tem levavit. iam coepit. Cum enim nuper illie essemus, Petroniam, clarissimam femi-
20. Quid faciam? Urget hutus operis implendi promissio, ut non hic nam, quae ibi mirabiliter ex magno atque diuturno, in quo medicorum
possim omnia commemorare quae scio: et procul dubio plerique nostro- adiutoria cuneta defecerant, languore sanata est, hortati sumus volente
rum, cum haec legent, dolebunt me tam multa praetermisisse. quae utiqup supradicto loci episcopo, ut libelíum daret, qui recitaretur in populo; et
obedientissime paruit. In quo posuit etiam, quod hic reticere non possura,
IU56 LA CIUDAD DE DIOS xxn, 8,21
X X I I , 8,22 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1657
el fin de la o b r a . D e c í a q u e u n j u d í o la p e r s u a d i ó a q u e l l e v a r a
al d e s c u b i e r t o u n c í n g u l o d e p e l o con u n a n i l l o q u e tenía b a j o m i s m o D i o s q u e hizo los q u e l e e m o s y p o r l a s p e r s o n a s q u e
el e n g a s t e u n a p i e d r a h a l l a d a en los ríñones d e u n b u e y . L a g u i e r e y c o m o q u i e r e . P e r o estos ú l t i m o s n o s o n t a n c o n o c i d o s
s e ñ o r a c e ñ i d a con ese a p a r e n t e c í n g u l o venía a la iglesia del ni su l e c t u r a frecuente g o l p e a c o m o g u i j a l a m e m o r i a p a r a
s a n t o m á r t i r . P e r o u n d í a m a r c h ó d e C a r t a g o a v i v i r en u n a q u e se i m p r i m a n en e l l a . P o r q u e a u n d o n d e se t i e n e la diligen-
q u i n t a s i t u a d a al b o r d e del r í o B a g r a d a [ 2 9 J , y, a l l e v a n t a r s e cia, q u e h a c o m e n z a d o a t o m a r c u e r p o e n t r e n o s o t r o s , de q u e l a s
p a r a e m p r e n d e r el viaje, vio, e n t r e a d m i r a c i o n e s , el a n i l l o íi r e l a c i o n e s h e c h a s p o r l o s a g r a c i a d o s se l e a n al p u e b l o , los p r e -
sus p i e s . T e n t ó su c i n t u r a p a r a v e r si e s t a b a ceñida, y, h a l l á n - sentes las oyen u n a vez, p e r o m u c h o s están a u s e n t e s . Y l a s per-
dose b i e n c e ñ i d a , e r e y t q u e el a n i l l o se h a b í a r o t o y s a l t a d o . s o n a s q u e l a s oyen, a p e n a s l a s r e t i e n e n en la m e m o r i a u n o s d í a s
L o e x a m i n ó , lo e n c o n t r ó p e r f e c t a m e n t e e n t e r o y t o m ó este p r o - y a p e n a s h a y a l g u n a q u e c u e n t e lo o í d o a q u i e n n o asistió a l a
digio c o m o p r e n d a de su f u t u r a c u r a c i ó n . S o l t ó su c i n t u r ó n y lo lectura.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a r r o j ó con el a n i l l o a l r í o . 22. H a sucedido entre nosotros u n milagro no mayor que
N o creen este m i l a g r o los q u e n o c r e e n q u e n u e s t r o S e ñ o r los referidos, p e r o t a n c o n o c i d o , q u e c r e o q u e n o h a y p e r s o n a
J e s u c r i s t o n a c i ó sin r o m p e r la i n t e g r i d a d v i r g i n a l d e su m a d r e a l g u n a en H i p o n a q u e n o lo h a y a visto o q u e n o h a y a o í d o h a -
y se p r e s e n t ó a n t e s u s d i s c í p u l o s a p u e r t a s c e r r a d a s . I n f ó r m e n s e b l a r de é l , y q u e j a m á s se b o r r a r á de su m e m o r i a . Diez h e r m a -
al m e n o s del h e c h o referido, y si lo h a l l a n v e r d a d e r o , c r é a n l o . n o s (siete v a r o n e s y tres h e m b r a s ) , o r i u n d o s de Cesárea de Ca-
E s u n a d a m a m u y i l u s t r e , de recio a b o l e n g o , c a s a d a con u n padocia y de condición no humilde, habiendo sido recientemente
h o m b r e d e p r o , y m o r a en C a r t a g o . L a c i u d a d es g r a n d e , y la m a l d e c i d o s p o r su m a d r e p o r u n a i n j u r i a q u e le h a b í a n h e c h o
p e r s o n a , c o n o c i d a , c i r c u n s t a n c i a s q u e n o p e r m i t e n o c u l t a r el d e s p u é s d e la m u e r t e del p a d r e , fueron c a s t i g a d o s con u n a p e n a
h e c h o a los i n q u i s i d o r e s . E l m á r t i r , a l m e n o s , p o r c u y a interce- consistente en u n h o r r i b l e t e m b l o r de m i e m b r o s . N o p u d i e n d o
sión se o b r ó este m i l a g r o , creyó en el H i j o d e la V i r g e n siem- s o p o r t a r l a s m i r a d a s de sus p a i s a n o s , se fueron c a d a u n o p o r su
p r e virgen, c r e y ó en A q u e l q u e se p e r s o n ó a n t e s u s d i s c í p u l o s sitio, en v a g a b u n d e o p o r casi t o d o el I m p e r i o r o m a n o . D o s de
a p u e r t a s c e r r a d a s . E n u n a p a l a b r a , y a q u e t o d o lo q u e v e n i m o s ellos llegaron a nuestra ciudad, un h e r m a n o y u n a hermana,
d i c i e n d o se e n c a m i n a a esto, c r e y ó en A q u e l q u e s u b i ó a l cielo P a b l o v P a l a d i a , c o n o c i d o s y a en o t r o s m u c h o s l u g a r e s p o r la
con la c a r n e en q u e h a b í a r e s u c i t a d o . Y el secreto d e q u e se p u b l i c i d a d de su m i s e r i a . L l e g a r o n u n o s q u i n c e d í a s a n t e s d e la
o b r e n p o r su i n t e r c e s i ó n t a l e s m a r a v i l l a s es q u e e n t r e g ó su v i d a P a s c u a . V i s i t a b a n a d i a r i o la iglesia v en ella l a m e m o r i a del
p o r la fe. g l o r i o s í s i m o S a n E s t e b a n , r o g a n d o a D i o s q u e se a p i a d a r a y les
Se r e a l i z a n , p u e s , a ú n h o y m u c h o s m i l a g r o s , y los realiza el devolviese la s a l u d . A l l í y d o q u i e r a q u e i b a n se a t r a í a n las
m i r a d a s del p u e b l o . L o s q u e los h a b í a n visto e n o t r a p a r t e y
quamvis ad ea quae hoc opus urgent, festinare compellar. A quodam
Iudaeo dixit sibi fuisse persuasum, ut annulum capillatio cingulo insere- nunc multa miracula, eodem Deo faciente per quos vult. et quemadmo-
ret, quod sub omni veste ad nuda corporis cingeretur: qui annulus ha- dum vult, qui et illa quae legimus fecit: sed ista nec similiter innotescunt,
beret sub gemma lapidem in renibus inventum bovis. Hoc alligata quasi ñeque, ut non excidant animo, quasi glarea memoriae, crebra lectione tun-
remedio ad sancti Martyris limina veniebat. Sed profecta a Carthagíne, duntur. Nam et ubi diligentia est, quae nunc apud nos esse coepit, ut
cum in confinio fluminis Bagradae in sua possessione mansisset, surgens libelli eorum qui beneficia percipiunt. recitentur in populo, semel hoc au-
ut iter perageret, ante pedes suos illum iacentem annulum vidit, et ca- diunt qui adsunt, pluresque non adsunt, ut nec illi qui adfuerunt, post
pillatiam zonam qua fuerat alligatus, mirata tentavit. Quam cum omnino aliquot dies, quod audierunt, mente retineant, et vix quisquam reperiatur
suis nodis firmissimis, sicut fuerat, comperisset, adstrictam, crepuisse illorum, qui ei quem non adfuisse cognoverit, indicet quod audivit.
atque exsiluisse annulum suspicata est: qui etiam ipse cum integerrimus 22. Unum est apud nos factum, non maius quam illa quae dixi, sed
fuisset inventus, futurae salutis quodammodo pignus de tanto miraculo tam clarum atque ¡Ilustre miraculum, ut nullum arbitrer esse Hipponen-
se accepisse praesumpsit, atque illud vinculum solvens, simul cum eodem sium, qui hoc non vel viderit, vel didicerit, nullum qui oblivisci ulla ra-
annulo, proiecit in flumen. Non credunt hoc, qui etiam Dominum Iesum tione potuerit. Oecem quidam fratres (quorum septem sunt mares, tres
per integra virginalia matris enixum, et ad discípulos ostiis clausis ingres- feminae) de Caesarea Cappadociae suorum civium non ignobiles, maledicto
sum fuisse non credunt: sed hoc certe quaerant, et, si verum invenerint, matris recenti, patris eorum obitu destitutae, quae iniuriam sibi ab eis
illa credant. Clarissima femina est, nobiliter nata, nobiliter nupta, Cartha- factam acerbissime tulit, tali poena sunt divinitus coerciti, ut horribiliter
gini habitat: ampia civitas, ampia persona rem quaerentes latere non si- quaterentur omnes tremore membrorum: in qua foedissima specie oculos
nit. Martyr certe ipse, quo impetrante illa sanata est, in Filium perma- suorum civium non ferentes, quaquaversum cuique iré visum est, toto pene
neñtís virginis credidit, in eum qui ostiis clausis ad discípulos ingressus vagabantur orbe Romano. Ex his etiam ad nos venerunt dúo, frater et
est, credidit: postremo, propter quod omnia ista dicuntur a nobis, in eum sóror, Paulus et Palladia, multis alus locis miseria diffamante iam cogni-
qui ascendit in caelum cum carne, in qua resurrexerat, credidit; et ideo ti. Venerunt autem ante Pascha ferme dies quindecim, ecclesiam quotidie,
per eum tanta fiunt, quia pro ista fide animam posuiL Fiunt ergo etiam et in ea memoriam gloriosissimi Stephani frequentabant. orantes ut iam
sibi placaretur Deus, et salutem pristinam redderet. Et illie, et quacum-
1658 LA CIUDAD DK DIOS xxn, 8,22 X X I I , 8, 2 2 BL CIELO, FIN DB LA CIUDAD DE DIOS 1659
conocían la c a u s a de su t e m b l o r lo c o n t a b a n a los d e m á s a su A l d í a siguiente, d e s p u é s del s e r m ó n , p r o m e t í al p u e b l o
m o d o . L l e g ó la P a s c u a , y el d o m i n g o p o r la m a ñ a n a , c u a n d o ya leerle la r e l a c i ó n del suceso [ 3 0 ] . A l tercer d í a , d e s p u é s del
un g r a n g e n t í o l l e n a b a la iglesia, el j o v e n , a s i d o a las v e r j a s d o m i n g o de P a s c u a , a l h a c e r la l e c t u r a p r o m e t i d a [ 3 1 ] , h i c e
del l u g a r s a n t o d o n d e e s t a b a n las r e l i q u i a s del m á r t i r , o r a n d o , c o l o c a r al h e r m a n o y a la h e r m a n a s o b r e l a s g r a d a s del p u l p i -
cayó de g o l p e y q u e d ó t e n d i d o c o m o si d u r m i e r a . M a s n o tem- to [ 3 2 ] desde d o n d e y o s o l í a h a b l a r . T o d o el p u e b l o los m i r a b a
b l a b a , c o m o s o l í a h a c e r d u r a n t e el s u e ñ o . E l a c c i d e n t e infundía a t e n t a m e n t e , u n o en u n a a c t i t u d t r a n q u i l a , y la o t r a , t e m b l e -
u unos dolor y a otros temor. Unos querían levantarlo, pero q u e a n d o de p i e s a cabeza. Y q u i e n e s n o los h a b í a n visto, v e í a n
o t r o s se lo p r o h i b í a n , d i c i e n d o q u e e r a m e j o r e s p e r a r el desen- en la h e r m a n a lo q u e h a b í a h e c h o en el h e r m a n o la d i v i n a mise-
lace. Y he a q u í q u e el j o v e n se levantó sin t e m b l o r , p o r q u e r i c o r d i a . V e í a n q u é d e b í a a g r a d e c e r s e en él y q u é se d e b í a pe-
h a b í a c u r a d o y e s t a b a p e r f e c t a m e n t e , m i r a n d o a los c u r i o s o s . d i r p a r a e l l a . Y c u a n d o t e r m i n ó la l e c t u r a de la r e l a c i ó n , los
¿ Q u i é n n o a l a b ó a D i o s e n t o n c e s ? U n a o l e a d a de voces, cla- m a n d é r e t i r a r de la vista del p u e b l o .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


m o r e s y e n h o r a b u e n a s l l e n ó l a s n a v e s de la i g l e s i a . C o r r e n
H a b í a c o m e n z a d o y o a h a c e r a l g u n a s reflexiones s o b r e esa
¡lacia mí, q u e e s t a b a y a d i s p u e s t o p a r a s a l i r . V e n í a n u n o s t r a s
h i s t o r i a , c u a n d o h e a q u í q u e e n t r e m i s p a l a b r a s se oyen n u e v a s
otros, c o n t a n d o el ú l t i m o lo m i s m o q u e h a b í a c o n t a d o el pri-
voces de j ú b i l o , p r o c e d e n t e s de la m e m o r i a del m á r t i r . Se vol-
m e r o . Y o , a l b o r o z a d o y d a n d o i n t e r i o r m e n t e g r a c i a s a D i o s , vi
vieron a l l í los oyentes y se i b a n a c e r c a n d o en m a s a . L a j o v e n
l l e g a r e n t r e la m u l t i t u d al a g r a c i a d o . Se p o s t r ó a m i s p i e s , y y o
h a b í a d e s c e n d i d o de l a s g r a d a s y se h a b í a i d o a o r a r al m á r t i r .
le a b r a c é y le l e v a n t é . N o s d i r i g i m o s al p u e b l o . E s t a b a l a iglesia
A p e n a s h u b o t o c a d o las r e j a s , cayó c o m o en u n s u e ñ o y se le-
de b o t e en b o t e . R e s o n a b a n las voces de j ú b i l o y s o l a m e n t e se
vantó sana. Mientras p r e g u n t á b a m o s qué h a b í a pasado y a qué
oían de a q u í y de a l l á estas p a l a b r a s : « ¡ G r a c i a s a D i o s ! ¡Ben-
se d e b í a ese a l e g r e g r i t e r í o , e n t r a r o n con e l l a en la b a s í l i c a , lle-
dito sea D i o s ! » S a l u d é al p u e b l o y se oyó u n n u e v o c l a m o r a ú n
v á n d o l a c u r a d a de la t u m b a del m á r t i r . E n t o n c e s u n a e x p l o s i ó n
m á s f e r v i e n t e . P o r fin, ya en silencio, se l e y e r o n las lecciones
de j ú b i l o b r o t ó de la b o c a de h o m b r e s y m u j e r e s , y sus voces
de la d i v i n a E s c r i t u r a . A l l l e g a r al p a s a j e de m i s e r m ó n d i r i g í
— m i t a d gozo, m i t a d l á g r i m a s — s e p r o l o n g a r o n indefinidamen-
u n a s p a l a b r a s según el t i e m p o y la g r a n d e z a de a q u e l l a a l e g r í a ,
te [ 3 3 ] . F u é c o n d u c i d a al l u g a r d o n d e p o c o a n t e s h a b í a estado
p u e s p r e t e r í q u e g u s t a s e n la e l o c u e n c i a de D i o s en u n a o b r a
t e m b l a n d o ; y los q u e a n t e s se h a b í a n c o m p a d e c i d o de ella,
tan g r a n d i o s a a q u e e s c u c h a s e n m i s p a l a b r a s . El h o m b r e c o m i ó
a h o r a s a l t a b a n de gozo al v e r l a . A l a b a b a n a D i o s p o r q u e a ú n
eon N o s y n o s c o n t ó al d e t a l l e t o d a la h i s t o r i a de su d e s g r a c i a
n o h a b í a n o r a d o p o r ella y ya h a b í a o í d o sus p l e g a r i a s . Grita-
y la de su m a d r e y h e r m a n o s .
ternaeque calamitatis indicavit historiam. Sequenti itaque die, post ser-
monem redditum, narrationis eius libellum in crastinum populo íecitan-
que ¡baiit, couvertebant in se civitatis aspectum. Nonnulli qui eos alibi dum promisi 21 . Quod cum ex dominico Paschae die tertio íieret in gra-
viderant, causamque tremoris eorum noverant, alus, ut cuique poterant, dibus exedrae, in qua de superiore loquebar loco, feci stare ambos fratres,
indicabant Venit et Pascha, atque ipso die dominico mane, cum iam cum eorum legeretur libellus'". Intuebatur populus universus sexus utrius-
frequens populus praesens esset, et loci sancti cancellos, ubi inartyriuní que, unum stantem sine deformi motu, alteram membris ómnibus con-
erat, ídem iuvenis orans teneret, repente prostratus est, et dormienti si- trementem. Et qui ipsum non viderant, quid in eo divinae misericordiae
millimus iacuit: non tamen tremens, sicut etiam per sonmum solebat. faetum esset, in eius sorore cernebant. Videbant enim quid in eo gratu-
Stupentibus qui aderant, atque alus paventibtis, alus dolentibus, cum landum, quid pro illa esset orandum. ínter haec recitato eorum libello,
eurn quídam vellent erigere, nonnulli prohibuerunt, et potius exitüni de conspectu populi abire eos praecepi; et de tota ipsa causa a'iquanto
exspectandum esse dixerunt. Et ecce surrexit, et non tremebat, quoniam diligentius coeperam disputare, cum ecce, me disputante, voces aliae de
sanatus erat, et stabat incolumis, intuens intuentes. Quis ergo se tenuit a memoria Martyris novae gratulationis audiuntur. Conversi sunt eo qui me
laudibus Dei? Clamantium gratulantiumque voeibus ecelesia usquequa- audiebant, coeperimtque concurrere. Illa enim ubi de gradibus descendit,
que completa est. Inde ad me curritur, ubi sedebam iam processurus: in quibns steterat, ad sanctum Martyrem orare perrexerat. Quae mox ut
irruit alter quisque post alterum, omnis posterior quasi novum, quod alius cancellos attigit, collapsa similiter veiut in somnum, sana surrexit. Dum
prior dixerat, nuntiantes: meque gaudente et apud me gratias Deo agen- ergo requireremus quid faetum fuerit, unde iste strepitus laetus exstiterit,
te, ingreditur etiam ipse cum pluribus, inclinatur ad genua mea, erigitur ingressi sunt cum illa iri basilicam, ubi eramus, adducentes eam sanam
ad osculum meum. Procedimus ad populum, plena erat ecelesia, perso- de Martyris loco. Tum vero tantus ab utroque sexu admirationis clamor
nabat voeibus gaudiorum, Deo gratias! Deo laudes! nemine tácente, hiñe exortus est, ut vox continuata cum lacrymis non videretur posse finiri 2S .
atque inde clamantium. Salutavi popúlum, et rursus eadem ferventiore Perducta est ad eum locum, ubi paulo ante steterat tremens. Exsultabant
voee clamabant. Facto tándem silentio, Scripturarum divinarum sunt eam similem íratri, cui doluerant remansisse dissimilem: et nondum fusas
lecta solemnia. Ubi autem ventum est ad mei sermonis locum, dixi pauca preces suas pro illa, iam tamen praeviam voluntatem tam cito exauditam
pro tempore et pro illius iucunditate laetitiae. Magis enim eos in opere yl
divino quamdam Dei eloquentiam, non audire, sed considerare permisi. Serm. 321.
Nobiscum homo prandit, et diligenter nobis omnem suae ac mátenme fra- " Serm. 322.
" Cf, Serm. 323.
1660 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 9
XXII, 10 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1661
ban en alabanza de Dios no palabras, sino voces sin sentido,
tan fuertes, que apenas nuestros oídos podían aguantarlas. ¿Qué a los espíritus de los mártires, como a hombres aún con cuer-
había en los corazones de este pueblo tan jubiloso sino la fe de pos, o en todos a los ángeles, a quienes manda invisible, in-
Cristo, por la que San Esteban había derramado su sangre? mutable e incorporalmente, interponiendo los mártires sola-
mente sus preces, no su operación; sea que los obre de cual-
quiera otra manera incomprensible para los mortales, lo cierto
C A P Í T ü LO IX es que siempre dan testimonio de la fe que predica la resurrec-
ción eterna de la carne.
LOS MILAGROS DE LOS MÁRTIRES DAN TESTIMONIO DE SU FE

¿ De qué dan fe estos milagros sino de la fe que predica a


Cristo resucitado y subido al cielo en cuerpo y alma? Los már- CAPITULO X

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


tires han sido los mártires, es decir, los testigos de esta verdad.
Y por ella han soportado un mundo hostil y cruel, y lo han SUPERIORIDAD DEL CULTO DE LOS MÁRTIRES SOBRE EL DE
vencido no resistiendo, sino muriendo. En pro de esta fe mu- LOS DEMONIOS
rieron los que tuvieron la dicha de conseguir esta gracia del
Señor, por cuyo nombre fueron matados. En pro de esta fe pre- Quizá aquí los adversarios repliquen que sus dioses han
cedió su admirable paciencia y siguió en estos milagros tan hecho también maravillas. Bien. Ya es algo comparar a sus
grande potencia. Porque, si no es verdad que la resurrección dioses con nuestros hombres muertos. ¿ Dirán que también ellos
fué manifestada primeramente en Cristo y debe efectuarse en tienen dioses hechos de hombres muertos, como Hércules, como
todos los hombres tal como lo ha anunciado Cristo y lo han Rómulo y otros muchos que creen elevados al rango de dioses?
predicho los profetas, por quienes fué anunciado Cristo, ¿por Para nosotros, nuestros mártires no son dioses, porque sabemos
qué los muertos martirizados por la fe que predica la resurree-, que nuestro Dios y el de los mártires es uno y el mismo. Y, sin
ción tienen tanto poder? En efecto, sea que Dios obre esos mi- embargo, los milagros que los paganos pretenden que fueron
lagros según el modo maravilloso que tiene el eterno de obrar obrados por los templos de sus dioses no son comparables a los
en los efectos temporales, sea que los obre por sus ministros; que se hacen por las memorias de nuestros mártires. Mas, si al-
y, en este último caso, sea que emplee en unos como ministros gunos parecen del mismo orden, nuestros mártires superan a sus
dioses, como Moisés venció a los magos del Faraón. Aquéllos
esse cernebant. Exsultabant in Dei laudem voce sine verbis, tanto sonitu,
quantum aures nostrae ierre vix possent. Quid erat in cordibus exsultan- pore constitutos; sive omnia ista per Angelos, quibus invisibiliter, im-
tium, nisi fides Christi, pro qua Stephani sanguis effusus est? mutabiliter, et incorporaliter imperat, operetur; ut quae per Martyres fie-
ri dicuntur, eis orantibus tantum et impetrantibus, non etiam operantibus
fiant; sive alia istis, alia lilis modis, qui nnllo modo comprehendi a mor-
CAPUT IX talibus possunt: ei tamen attestantur haec fidei. in qua carnis in aeter-
num resurrectio praedieatur.
QUOD UNIVERSA MIRACULA, QÜAE PER MARTYRES IN CHRISTI NOMINE FIUNT,
El FIDEI TESTIMONIUM FERANT, QUA IN CHRISTUM MARTYRES CREDIDERUNT '
CAPUT X
Cui, nisi huic fidei attestantur ista miracula, in qua praedieatur
Christus resurrexisse in carne, et in caelum ascendisse cuín carne? Quia QüANTO DIGNIUS HONORENTUR MARTYRES. QUI IDEO MULTA MIRA OBTINENT,
et ípsi martyres huius fidei martyres, id est, huius fidei testes fuerunt, UT DEUS VERUS COLATUR, QUAM DAEMONES. QUI OB HOC QUAEDAM FACIUNT,
huic fidei testimonium perhíbentes mundum inimicissimum et crudelis- UT IPSI DII ESSE CREDANTUR
simum pertulerunt; eumque, non repugnando, sed moriendo vicerunt. Pro
ista fide mortui sunt, qui haec a Domino impetrare possunt, propter Hic forte dicturi sunt, etiam déos suos aliqua mira fecisse. Bene, si
cuius nomen occisi sunt. Pro hac fide praecessit eorum mira patientia, ut iam incipiunt déos suos nostris mortuis hominibus comparare. An dicent
in his miraculis tanta ista potentia sequeretur. Nam si carnis in aeternum etiam se habere déos ex hominibus mortuis, sicut Herculem, sicut Ro-
resurrectio vel non praevenit in Christo, vel non ventura est, sicut prae- mulum, sicut alios multos, quos in deorum numerum receptos opinantur?
nuntiatur a Christo, vel sicut praenuntiata est a Prophetis, a quibus prae- Sed nobis martyres non sunt dii: quia unum eumdemque Deum et nostrum
nuntiatus est Christus; cur et mortui tanta possunt, qui pro ea fide, qua scimus et martyrum. Nec tamen miraculis, quae per Memorias nostrorum
haec resurrectio praedieatur, occisi sunt? Sive enim Deus ipse per se martyrum fiunt, ullo modo comparanda sunt miracula, quae facta per
ipsum miro modo, quo res temporales operatur aeternus, sive per suos templa perhibentur illorum. Verum si qua similia videntur, sicut a Móyse
ministros ista faciat; et eadem ipsa quae per ministros facit, sive quae- magi Pharaonis z4, sic eorum dii victi sunt a martyribus nostris. Fecerunt
dam faciat etiam per Martyrum spiritus, sicut per nomines adhuc in cor- autem illa daemones eo fastu impurae superbiae, quo eorum dii esse vo-
34
E x . 8. t.ii r-:
X
*>62 t,A CIUDAD DE DIOS X X I I , 10
XXII, 11, 1 EL CIELO, FIN DE I,A CIUDAD DE DIOS 1663
los h i c i e r o n l o s d e m o n i o s c o n la a r r o g a n c i a de su i m p u r a sober-
b i a , q u e les i n d u j o a q u e r e r s e r sus d i o s e s ; en c a m b i o , los m á r - ya q u e p o r d e c i r l a v e r d a d h a n sufrido y a l c a n z a d o el h a c e r
tires h a c e n éstos, o m e j o r , D i o s , p o r la o r a c i ó n y a y u d a d e m a r a v i l l a s . E n t r e estas v e r d a d e s , la p r i n c i p a l es q u e C r i s t o re-
ellos, c o n el fin d e e x t e n d e r m á s y m á s l a fe q u e n o s m u e v e sucitó de e n t r e l o s m u e r t o s y q u e d e j a v e r en su c a r n e l a in-
a c r e e r n o q u e l o s m á r t i r e s son n u e s t r o s dioses, sino q u e su m o r t a l i d a d d e l a r e s u r r e c c i ó n , q u e n o s p r o m e t i ó p a r a el p r i n -
Dios es el m i s m o q u e el n u e s t r o . F i n a l m e n t e , l o s p a g a n o s edi- c i p i o del n u e v o siglo o p a r a el fin d e éste.
ficaron t e m p l o s a s u s dioses, les e r i g i e r o n a l t a r e s , les instituye-
r o n s a c e r d o t e s y les ofrecieron sacrificios; n o s o t r o s , e m p e r o , n o
e l e v a m o s a n u e s t r o s m á r t i r e s t e m p l o s c o m o a dioses, s i n o m e - C A P I T U L O XI
m o r i a s c o m o a h o m b r e s m u e r t o s , c u y o s e s p í r i t u s viven d e l a n t e
d e D i o s . N o e r i g i m o s a l t a r e s a los m á r t i r e s p a r a ofrecerles sa- CONTRA L O S ARGUMENTOS DE L O S P L A T Ó N I C O S E N Q U E FUNDAN
crificios, s i n o al D i o s ú n i c o , D i o s d e los m á r t i r e s y n u e s t r o . E n

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


LA N E G A C I Ó N P E LA R E S U R R E C C I Ó N D E L O S CUERPOS
ese sacrificio son n o m b r a d o s en su l u g a r y e n su o r d e n c o m o
h o m b r e s d e D i o s q u e v e n c i e r o n al m u n d o c o n f e s a n d o su n a d a . 1. L o s r a c i o n a l i s t a s , c u y o s p e n s a m i e n t o s y v a n i d a d conoce
E l s a c e r d o t e q u e ofrece el sacrificio n o los i n v o c a , p o r q u e l o el S e ñ o r , a r g u m e n t a n c o n t r a esta g r a c i a d e D i o s b a s a d o s e n l o s
ofrece a D i o s y n o a ellos, a u n q u e lo ofrezca en s u s m e m o r i a s . pesos de los e l e m e n t o s . P l a t ó n , su m a e s t r o , l e s e n s e ñ ó q u e los
Es s a c e r d o t e de D i o s , n o d e l o s m á r t i r e s . E l sacrificio es el cuer- d o s e l e m e n t o s d e l m u n d o m a y o r e s y m á s a l e j a d o s u n o d e l otro
p o d e Cristo, q u e n o se ofrece a l o s m á r t i r e s , p o r q u e t a m b i é n e s t á n u n i d o s y e n l a z a d o s p o r o t r o s d o s i n t e r m e d i o s , el a i r e y el
e l l o s son ese c u e r p o . ¿ A q u i é n e s se debe c r e e r m á s c u a n d o ha- a g u a . Y p o r e s o — d i c e n — , c o m o l a t i e r r a en p r o g r e s i ó n ascen-
c e n - m i l a g r o s , a a q u e l l o s q u e a n s i a n q u e l o s a g r a c i a d o s c o n el d e n t e es el p r i m e r o , el a g u a el s e g u n d o , el t e r c e r o el a i r e y el
m i l a g r o los t e n g a n p o r dioses o a a q u e l l o s q u e h a c e n s u s m i l a - c u a r t o el cielo, u n c u e r p o t e r r e n o n o p u e d e e s t a r e n el cielo,
g r o s p a r a q u e se c r e a en D i o s y, p o r t a n t o , en C r i s t o ? ¿ A aque- C a d a e l e m e n t o está a r a n c e l a d o p o r s u s p e s o s p r o p i o s , y así con-
l l o s q u e q u i s i e r o n q u e se les c o n s a g r a r a n s u s p r o p i a s torpe- serva su e q u i l i b r i o y l u g a r . H e a q u í los a r g u m e n t o s q u e l a pre-
zas o a a q u e l l o s q u e n o q u i e r e n q u e se les c o n s a g r e n n i s u s suntuosa y vana debilidad de los hombres opone a la omnipo-
a l a b a n z a s , s i n o q u e a n h e l a n q u e s u s a u t é n t i c o s l o o r e s redun- tencia de D i o s .
den en g l o r i a d e A q u e l en q u i e n se les a l a b a ? E n el S e ñ o r son ¿ Q u é h a c e n , p u e s , t a n t o s c u e r p o s t e r r e n o s e n el a i r e , siendo
alabadas sus almas. el a i r e el t e r c e r e l e m e n t o d e s d e l a t i e r r a ? ¡ O u i z á se d i g a q u e el
C r e a m o s , p u e s , a los q u e dicen v e r d a d y h a c e n m a r a v i l l a s , q u e d i o a l o s c u e r p o s t e r r e n o s d e l a s aves, p o r l a ligereza en
p l u m a s y a l a s , v o l a r p o r el a i r e , n o p u e d e d a r a l o s h o m b r e s ,
luerunt: faciunt autem ista marryres, vel potius Deus aut orantibus aut
cooperantibus eis, ut fides illa proficiat, qua eos, non déos esse nostros, rexit a mortuis, et immortalitatem resurrectionis in sua carne primus
sed unum Deum habere nobiscum credamus. Denique illi talibus diis suis ostendit, quam nobis adfuturam, vel in principio novi saeculi, vel in huius
et templa aedificavenmt, et statuerunt aras, et sacerdotes instituerunt, fine promisit.
et sacrificia fecerunt: nos autem martyribus nostris non templa sicut CAPUT XI
diis,^ sed Memorias sicut hominibus mortuis, quorum apud Deum vivunt
spintus, fabricamus; nec ibi erigimus altaría, in quibus sacrificemus CONTRA PLATÓNICOS, yui DE NATUKALIBUS ELEMENTORUM PONUERIBUS
martyribus, sed uni Deo et martyrum et nostro: ad quod sacrificium, sic- ARGUMENTANTUR TERRENUM CORPUS IN CÁELO ESSE NON POSSE
ut nomines Dei, qui mundum in eius confessicne vicerunt, suo loco et ór-
ame nominantur; non tamen a sacerdote, qui sacrificat, invocantur. Deo 1. Contra quod magnum Dei donum ratiocinatores isti, quorum co-
quippe, non ipsis sacrificat, quamvis in Memoria sacrificet eorum: quia gitationes novit Dominus quoniam vanae sunt 2", de ponderibus elemen-
Dei sacerdos est, non illorum. Ipsum vero sacrificium corpus est Christi, torum argumentan tur: quoniam scilicet magistro Platone didicerunt, mun-
quod non offertur ipsis, quia hoc sunt et ipsi. Quibus igitur potius ere- di dúo corpora máxima atque postrema duobus mediis, aere scilicet et
dendum est miracula facientibus? eisne qui se ipsos volunt haberi déos ab aqua, esse copúlala atque coniuncta. Ac per hoc, inquiunt, quoniam térra
his quibus ea faciunt; an eis qui, ut in Deum credatur, quod et Christus abhinc sursum versus est prima, secunda aqua super terram, tertius aer
est, faciunt quidquid mirabile faciunt? eisne qui sacra sua etiam crimina euper aquam, quartum super 3era caelum; non potest esse terrenum
sua esse voluerunt; an eis qui nec laudes suas volunt esse sacra sua, sed corpus in cáelo. Momentis enim propriis, ut ordinem suum teneant, sin-
totum quod veraciter laudantur, ad eius gloriara proficere in quo lau- gula elementa librantur. Ecce qualibus argumentis omnipotentiae Dei hu-
dantur? In Domino quippe laudantur animae eorum z5. Credamus ergo eis mana contradicit infirmitas, quam possidet vanitas. Quid ergo faciunt in
et vera dicentibus, et mira facientibus. Dicendo ením vera, passi gunt, ut aere terrena tot corpora, cum a térra sit aer tertius? Nisi forte, qui per
possent faceré mira. In eis veris est praecipuum, quod Christus reeur- plumarum et pennarum levitatem donavit avium terrenis corporibus ut
35
portentur in aere, immortalibus factis corporibus hominum non poterit
P»- 33,3
56
Ps. 93,11
¿
1664 U CIUDAD DE DIOS XXTt, H>
XXII, 11, 4 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1665
u n a vez i n m o r t a l e s , v i r t u d y c a p a c i d a d p a r a m o r a r en el ciel*'
m á s e l e v a d o ! L o s a n i m a l e s t e r r e n o s q u e n o p u e d e n v o l a r , corU 0 p e s a d a y tan i n e r t e ? ¿ N o p o d r á u n a n a t u r a l e z a t a n excelente
son, e n t r e o t r o s , los h o m b r e s , d e b í a n vivir b a j o la t i e r r a , c o r o " e l e v a r su c u e r p o al c i e l o ? Y si a h o r a los c u e r p o s t e r r e n o s tie-
los peces, q u e son a n i m a l e s a c u á t i c o s y viven b a j o el a g u a . ¿Poí nen la v i r t u d de retener las a l m a s a q u í a b a j o , las a l m a s ¿ n o
qué, p u e s , u n a n i m a l t e r r e n o n o t o m a su v i d a s i q u i e r a del s ^ p o d r á n u n día l e v a n t a r a su a l t u r a los c u e r p o s t e r r e n o s ?
g u n d o e l e m e n t o , q u e es el a g u a , y n o del t e r c e r o ? ¿ P o r q u e 3 . Si p a s a m o s a los m i l a g r o s de sus dioses q u e o p o n e n a
p e r t e n e c i e n d o a la t i e r r a , si se le o b l i g a a vivir en el segund*' los de n u e s t r o s m á r t i r e s , ¿ n o se h a l l a r á q u e los h a c e n p o r
e l e m e n t o , en el a g u a , se a h o g a , y, en c a m b i o , vive en el t e r c e r o • n o s o t r o s y en p r o v e c h o n u e s t r o ? E n t r e los g r a n d e s m i l a g r o s
¿ H a y a c a s o a q u í u n e r r o r en el o r d e n de los e l e m e n t o s , o m á 3 de sus dioses m e r e c e contarse, sin d u d a , el r e f e r i d o p o r Va-
bien está el fallo n o en la n a t u r a l e z a de las cosas, sino en l " 3 r r ó n de u n a v i r g e n vestal q u e , a c u s a d a f a l s a m e n t e de h a b e r

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


a r g u m e n t o s de é s t o s ? O m i t o d e c i r lo q u e ya a p u n t é en el H" v i o l a d o su voto de castidad, l l e n ó u n cedazo con a g u a del
b r o X I I I : q u e h a y m u c h o s c u e r p o s t e r r e n o s p e s a d o s , c o m o el T í b e r y lo llevó a sus jueces sin d e r r a m a r n i u n a sola g o t a .
p l o m o , a los q u e el a r t e p u e d e d a r u n a f o r m a q u e les p e r m i t a ¿ Q u i é n sostenía el peso del a g u a s o b r e el c e d a z o ? ¿ Q u i é n
flotar s o b r e el a g u a . Y ¿ s e n i e g a al Artífice o m n i p o t e n t e el i m p i d i ó que c a y e r a el a g u a p o r los a g u j e r o s ? R e s p o n d e r á n :
p o d e r d a r al c u e r p o h u m a n o u n a c u a l i d a d q u e lo eleve y lo re* A l g ú n dios o a l g ú n d e m o n i o . Si u n dios, ¿ e s m a y o r q u e el
tenga en el c i e l o ? D i o s q u e hizo el m u n d o ? Y si u n d e m o n i o , ¿ e s m á s p o d e r o s o
q u e el á n g e l que sirve a Dios, c r e a d o r del m u n d o ? Si, p u e s ,
2 . Estos filósofos n o h a l l a n ya n a d a q u e o p o n e r a m i s con*
u n d i o s inferior, á n g e l o d e m o n i o , p u d o s o s t e n e r el peso del
s i d e r a c i o n e s a n t e r i o r e s , a u n p o n d e r a n d o el p r e t e n d i d o o r d e n de
h ú m e d o e l e m e n t o , de suerte que p a r e c í a q u e el a g u a h a b í a
los e l e m e n t o s . P o r q u e , si la t i e r r a o c u p a el p r i m e r p u e s t o , el
c a m b i a d o de n a t u r a l e z a , ¿ p o r v e n t u r a el D i o s t o d o p o d e r o s o , q u e
a g u a el s e g u n d o , el a i r e el t e r c e r o , y el c u a r t o el cielo, s o b r e
creó t o d o s los elementos, n o p o d r á q u i t a r al c u e r p o t e r r e n o
todos e l l o s está la n a t u r a l e z a del a l m a . El m i s m o A r i s t ó t e l e s
su pesantez p a r a q u e h a b i t e el c u e r p o , ya vivificado, d o n d e
dice q u e es el q u i n t o c u e r p o , y P l a t ó n n i e g a q u e sea c u e r p o . Si
q u i e r a el espíritu q u e lo vivifica?
fuera el q u i n t o , c i e r t a m e n t e sería s u p e r i o r a los d e m á s ; p e r o ,
no siendo c u e r p o , s o b r e p u j a con m u c h o a t o d o s . ¿ Q u é h a c e , 4. A d e m á s , si el aire es m e d i o e n t r e el fuego y el a g u a ,
pues, en u n c u e r p o t e r r e n o ? ¿ Q u é h a c e el ser m á s sutil, m á s ¿ a q u é se debe q u e con frecuencia lo h a l l e m o s e n t r e a g u a
ligero y m á s activo q u e t o d o s en esta m a s a t a n g r o s e r a , tan y a g u a o e n t r e el a g u a y la t i e r r a ? ¿ O u é son l a s n u b e s a c u o -
sas, según ellos, e n t r e las cuales y la t i e r r a se h a l l a el a i r e ?
¿ P o r q u é p e s o — p r e g u n t o — y p o r q u é o r d e n de e l e m e n t o s l o s
donare virtutem, qua etiam in summo cáelo valeant habitare. Aniraalia
quoque ipsa terrena, quae volare non possunt, in quibus et nomines sunt, lum, et cum valeat nunc natura corporum terrenorum deprimere animas
sicut sub aqua pisces, quae sunt aquarum animalia, ita sub térra vivere deorsum, aliquando et animae levare sursum terrena corpora non va-
debuerunt. Cur ergo non saltero de secundo, id est, de aquis, sed de ele- lebunt?
mento tertio terrenum animal carpit hanc vitam? quare cum pertineat ad 3. Iam si ad eorum miracula venlamus, quae facta a diis suis oppo-
terram, in secundo, quod super terram est, elemento vivere si cogatur, nunt Martyribus nostris, nonne etiam ipsa pro nobis faceré, et nobis re-
continuo suffocatur, et ut vivat, vivit in tertio? an errat liic ordo elemen- perientur omnino proficere? Nam Ínter magna miracula deorum suorum,
torum, vel potius non in natura rerum, sed in istorum argumentationi- prefecto magnum illud est, quod Varro commemorat, Vestalem virginem,
bus déficit? Omitto dicere, quod iam in tertio décimo libro dixi "\ quam cum periclitaretur falsa suspicione de stupro. cribrum implesse aqua de
multa gravia terrena sint corpora, sicut plumbum, et formam tamen ab Tiberi, et ad suos iudices nulla eius parte stillante portasse. Quis aquae
artifice accipiant, qua natare valeant super aquam: et ut accipiat qua- pondus supra cribrum tenuit? quis tot cave r nis patentibus nihil inde in
litatem corpus humanum, qua ferri in caelum, et esse possit in cáelo, terram cadere permisit? Responsuri sunt, Aliquis deus, aut aliquis dae-
omnipotenti Artifici contradicitur? mon. Si deus, numquid maior est Deo qui fecit hunc mundum? Si daemon,
2. Iam vero contra illud quod dixi superius, etiam istum consideran- numquid potentior est Angelo, qui Deo servit, a quo factus est mundus?
tes atque tractantes elementorum ordinem, quo confidunt, non inveniunt Si ergo deus minor, vel ángelus, vel daemon potuit pondus humidi elementi
omnino quod dicant. Sic est enim hinc sursum versus térra prima, aqua sic suspendere, ut aquarum videatur mutata f.uisse natura: itane Deus
secunda, tertius aer, quartum caelum, ut super omnia sit animae natura. omnipotens, qui omnia ipse ceavit elementa, terreno corpori grave pondus
Nam et Aristóteles quintum corpus eam dixit esse, et Plato nullum. Si auferre non poterit, ut in eodem elemento habitet vivificatum corpus, in
quintum esset, certe superius esset caeteris: cura vero nullum est, multo quo volnerit vivificans spiritus?
magis superat omnia. In terreno ergo quid facit corpore? in hac mole 4. Deinde cum aera médium ponant Ínter ignem desuper et aquam
quid agit subtilior ómnibus? in hoc pondere quid agit levior ómnibus? subter, quid est quod eum Ínter aquam et aquam, et Ínter aquam et
in hac tarditate quid agit celerior ómnibus? Itane per huius tam excel- terram saepe invenimus? Quid enim volunt esse aquosas nubes, Ínter quas
lentis naturae meritum non poterit effici, ut corpus eius levetur in cae- et maria aer medius reperitur? Quonam, quaeso, elementorum pondere
"C.18. atque ordine efficitur, ut torrentes violentissimi atque undosissimi. ante-
quam sub aere in terris currant, super aera in nubibus pendeant? Cur
e A~ ,* Ka
X X I I , 12, 1 EE CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1667
1666 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 11, 5
nuestras necesidades. ¿Por qué no quieren que creamos que
tórrenles de agua muy impetuosos y abundantes penden en las la naturaleza de los cuerpos terrenos, tornada algún día in-
nubes, sobre el aire, antes de correr bajo el aire, sobre la tie- corruptible, pueda ponerse en armonía con la del cielo, como
r r a ? En fin, ¿por qué el aire está entre lo sumo del cielo ahora el fuego corruptor lo está con la tierra? Estos argu-
y lo desnudo de la tierra, en todas las partes del mundo, si su mentos, fundados en el orden y en el peso de los elementos,
lugar propio es el medio entre el cielo y el agua, como el del no sirven para demostrar que es imposible al Omnipotente
agua es el medio entre él y la tierra? modificar nuestros cuerpos de tal forma que puedan habitar en
5. En una palabra, si el orden de los elementos pide, el cielo.
como dice Platón, que los dos extremos, el fuego y la tierra, C A P I T U L O XII
estén unidos por los dos medios, por el aire y el agua, y que
el fuego ocupe el lugar más alto del cielo, y la tierra el más CONTRA LAS CALUMNIAS BURLESCAS DE LOS INFIELES

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


bajo del mundo, como fundamento de él, por lo cual la tie-
rra no puede estar en el cielo, ¿por qué está el fuego en la 1. Suelen también presentar una cuestión sin sentido y sar-
tierra? Según este sistema, estos dos elementos, la tierra y cástoca contra nuestra fe en la resurrección de la carne. La
el fuego, el inferior y el superior, debieran ocupar sus lugares pregunta es ésta: ¿Resucitarán los fetos abortivos? Y como el
propios, de suerte que, como el inferior no puede estar en el Señor dice: En verdad os digo que no perecerá ni un solo ca-
superior, así el superior no pudiera estar en el inferior. Y como bello de vuestra cabeza, añaden: ¿Serán en todos iguales la
piensan que no hay o no habrá partícula alguna de tierra en estatura y la robustez, o los cuerpos serán de diferente gran-
el cielo, así no debíamos ver en la tierra porción ninguna de dor? En el primer caso, ¿de dónde tomarán los seres aborta-
fuego. Sin embargo, vemos que el fuego no solamente está en dos, supuesto que resuciten, lo que les faltaba al nacer? Y si
la tierra, sino que está también bajo ella y lo vomitan los picos no resucitarán, porque no nacieron realmente, sino que fueron
de los montes. Además, vemos que los hombres emplean el expelidos, presentan la misma dificultad en los niños muertos
fuego en la tierra y le vemos nacer de la tierra, puesto que antes de su desarrollo total.
nace de las maderas y de las piedras, que son, sin duda, cuer- No podemos decir que no resucitarán esos seres que han
pos terrenos. sido no sólo generados, sino también regenerados.
Mas ese fuego—dicen ellos—es tranquilo, puro, inofensi- Además preguntan de qué estatura será esa igualdad. Por-
vo, eterno, y este otro es turbulento, tarado, corruptible y co- que, si han de tener todos la altura y la grosura de aquellos
rruptor. que han sido en vida los más altos y robustos y si cada uno
—¡Y, no obstante, no corrompe los montes v las cavernas ut credamus naturam corporum terrenorum aliquando incorruptibilem
de la tierra donde arde continuamente! Concedamos que este factam cáelo convenientem futuram, sicut nunc ignis corruptibilis bis
fuego sea diferente de aquél, a fin de que nos sirva para convenit terris? Nihil igitur afferunt ex ponderibus atque ordine elemen-
torum, unde omnipotenti Deo, quominus íaciat corpora nostra talia. ut
denique aer est medius inter summa caeli, et nuda terrarum, quaquaver- etiam in cáelo possint habitare, praescribant.
sum orbis extenditur, si locus eius inter caelum et aquas, sicut aquarum
inter ipsum et térras est constitutus? CAPUT XI)
5. Postremo si ita est elementorum ordo dispositus, ut secundum Pla-
tanera duobus medüs, id est aere et aqua, dúo extrema, id est ignis et CONTRA CALUMNIAS INFIDELIUM, QUIBUS CHRISTIANOS DE C.REDITA CARNIS
térra, iungantur, caelique obtineat ille summi locum, haec autem imi, velut RESURRECTIONE IRRIDENT
fundaminis mundi, et ideo in cáelo esse non potest térra; cur est ipse 1. Sed scrupulosissime quaerere, et fidem qua credimus resurrecturam
ignis in térra? Secundum hanc quippe rationem ita ista dúo elementa in carnem, ita quaerendo, assolent irridere, Utrum fetus abortivi resurgant?
locis propriis, imo ac summo, térra et ignis esse debuerunt, ut quemad- Et quoniam Dominus ait, Amen dico vobis, capillus capitis vestri non
modum nolunt in summo esse posse quod imi est, ita nec in imo posset peribit'": utrum statura et robur aequalia futura sint ómnibus, an diver-
esse quod summi est. Sicut ergo nullam putant vel esse vel futuram esse sae corporum quantitates? Si enim aequalitas corporum erit, unde habe-
lerrae particulam in cáelo, ita nullam particulam videre debuimus ignis bunt quod hic non habuerunt in mole corporis illi abortivi, si resurgent
in térra. Nunc vero non solum in terris, verum etiam sub terris ita est, et. ipsi? Aut si non resurgent, quia nec nati sunt, sed effusi, eamdeni
ut eum eructent vértices montium; praeter quod in usibus hominum et quaestionem de parvulis versant, unde ilíis mensura corporis, quam mine
esse ignem in térra, et eum nasci videmus ex térra: quandoquidem et de defuisse videmus, accedat, eum in hac aetate moriuntur. Ñeque enim
lignis et de lapidibus nascitur, quae sunt corpora sine dubitatione terrena. dicturi sumus, eos non resurrecturos, qui non solum generationis. verum
Sed ille, inquiunt, ignis est tranquillus, purus, innoxius, sempiternus: iste etiam regenerationis capaces sunt. Deinde interrogant, quem modum ipsa
autem turbidus, fumeus, corruptibilis atque corruptor. Nec tamen corrum- 28
pit montes, in quibus iugiter aestuat, cavernasque terrarum. Verum esto, Le. aiji8
sit lili iste dissimilis, ut terrenis habitationibus congruat: cur ergo nolunt
1668 ' tA CIUDAD DE DIOS XXII, 12, 2 XXII, 1 2 , 2 El, CIEtO, FIN DE W CIUDAD DE DIOS 1689

r e c i b i r á lo q u e a q u í t u v o , ¿ d e d ó n d e c o b r a r á n a q u é l l o s lo ciones y descomposiciones de los c u e r p o s m u e r t o s , de los cua-


q u e les falta p a r a esa t a l l a ? les p a r t e se desvanece en p o l v o , p a r t e se e v a p o r a en a i r e . U n o s
Y si, c o m o dice el A p ó s t o l , h e m o s de l o g r a r t o d o s l a me- son comidos p o r las b e s t i a s , y o t r o s c o n s u m i d o s p o r el fuego,
dida de la plenitud de la edad de Cristo; y si, según esto o t r o : y otros perecen en u n n a u f r a g i o o, de o t r o m o d o , en el a g u a ,
Dios ha predestinado para hacer conformes a la imagen de su y se. c o r r o m p e n y se l i c ú a n . E l l o s n o c r e e n q u e t o d o esto p u e -
Hijo, se e n t i e n d e q u e el c u e r p o de Cristo será la t a l l a y l a da ser r e u n i d o y r e i n t e g r a d o al c u e r p o .
m e d i d a de t o d o s los c u e r p o s h u m a n o s en su r e i n o , es p r e c i s o A p e l a n t a m b i é n a ciertas f e a l d a d e s o defectos, s e a n de na-
— d i c e n e l l o s — r e b a j a r a m u c h o s su a l t u r a y e s c u a d r a r l e s su c i m i e n t o o a d q u i r i d o s . E n este p u n t o a l e g a n los p a r t o s m o n s -
g r o s o r . E n este caso, ¿ c ó m o se c u m p l i r á n estas p a l a b r a s : No t r u o s o s , y p r e g u n t a n con a i r e i r ó n i c o si los c u e r p o s contra-
perecerá ni un solo cabello de vuestra cabeza si p e r e c e r á p a r t e hechos r e s u c i t a r á n en su d e f o r m i d a d . Si r e s p o n d e m o s q u e des-
de la m a s a c o r p o r a l ? a p a r e c e r á todo eso en el c u e r p o r e s u c i t a d o , c r e e n q u e n u e s t r a

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


P o r lo q u e h a c e a los c a b e l l o s , p u e d e t a m b i é n p r e g u n t a r s e respuesta p u e d e n c o n t r a d e c i r l a m o s t r a n d o l a s c i c a t r i c e s y l a s
si r e c o b r a r e m o s c u a n t o s h a n c a í d o a m a n o s del p e l u q u e r o . l l a g a s de n u e s t r o S e ñ o r , p u e s p r e d i c a m o s q u e r e s u c i t ó con
P e r o , en este caso, ¿ q u i é n n o se h o r r o r i z a r á de t a l d e f o r m i d a d ? ellas.
E s t o m i s m o , s i e n d o c o n s e c u e n t e s , debe a p l i c a r s e a l a s u ñ a s . E n t r e todas estas cuestiones p l a n t e a n u n a , la m á s difícil, en
¿ D ó n d e q u e d a r á el d e c o r o y la belleza, que d e b e t e n e r sus estos t é r m i n o s : ¿ A q u i é n v o l v e r á la c a r n e de u n h o m b r e q u e
d e r e c h o s m á s en la i n m o r t a l i d a d q u e en la c o r r u p c i ó n ? Y si se h a convertido en s u b s t a n c i a de o t r o q u e lo d e v o r ó a c o s a d o
t o d o esto n o lo r e c o b r a r á n los r e s u c i t a d o s , p e r e c e r á , y ¿ c ó m o p o r el h a m b r e ? Esa c a r n e fué a s i m i l a d a y c o n v e r t i d a en la
p r e t e n d e r q u e n o p e r e c e r á ni u n solo c a b e l l o de la c a b e z a ? c a r n e de a q u e l que vive a sus e x p e n s a s y h a l l e n a d o con ella
L a s m i s m a s dificultades p r e s e n t a n s o b r e l a f l a q u e z a y l a gor- los vacíos d e b i d o s en él a su d e b i l i d a d . Con el fin de p o n e r en
d u r a . Si t o d o s los r e s u c i t a d o s s e r á n i g u a l e s , n o h a b r á u n o s fla- r i d í c u l o la fe en la r e s u r r e c c i ó n , p r e g u n t a n si t o r n a r á al p r i -
o t r o s se les q u i t a r á . L u e g o , a u n o s se les a ñ a d i r á a l g o y a m e r h o m b r e q u e la p o s e y ó o al q u e la a s i m i l ó . Y así, o per-
o t r o s se les q u i t a r á . P o r c o n s i g u i e n t e , n o r e c i b i r á c a d a u n o lo miten al a l m a h u m a n a , c o m o P l a t ó n , v e r d a d e r a s i n f e l i c i d a d e s
q u e t u v o , sino q u e u n o s g a n a r á n lo que n o t e n í a n y o t r o s per- y falsas felicidades en a l t e r n a t i v a c o n s t a n t e , o confiesan con
d e r á n lo q u e t e n í a n [ 3 4 ] . Porfirio que, después de d i v e r s a s r e v o l u c i o n e s a t r a v é s de l o s
2 . N o m e n o r p o l v a r e d a l e v a n t a n , f u n d a d o s en la3 c o r r u p - cuerpos, terminarán algún día las miserias y no t o r n a r á n m á s
a ellas; pero no tomando un cuerpo inmortal, sino h u y e n d o
todo c u e r p o .
aequalitas habitura sit. Si enim tam magni et tam longi erunt omnes,
quam fuerunt quicumque hic fuerunt maximi atque longissimi, non solum
de parvulis, sed de plurimis quaerunt, unde illis accessurum sit, quod hic cum aliud vertatur in pulvercm, in auras aliud exhaletur; sint quos bes-
defuit, si hoc quisque recipiet, quod hic habuit. Si autem, quod ait Apo- tiae, sint quos ignis absumat; naufragio vel quibuscumque aquis ita quí-
stolus, occursuros nos omnes in mensuram aetatis plenitudinis Christi2'; dam pereant, ut eorum carnes in humorem putredo dissolvat; non me-
et illud alterum, Quos praedestinavit conformes imaginis Filii sui30, sic diocriter permoventur, atque omnia ista recolligi in carnem et redintegrari
intelligendum est, ut statura et modus Christi corporis omnium qui in posse non credunt. Consectantur etiam quasque foeditates et vitia, sive
regno eius erunt, bumanorum corporum sit futurus: Multis erit, inquiunt, accedant, sive nascantur: ubi et monstrosos partus cum horrore atque
de magnitudine et longitudine corporis detrahendum: et ubi iam erit, irrisione commemorant, et requirunt quaenam cuiusque deformitatis re-
Capillas capitis vestri non perihit, si de ipsa corporis quantitate tam mul- surrectio sit futura. Si enim nihil tale rediré in corpus hominis dixerimus,
tum peribit? Quamvis et de ipsis capillis possit inquirí, utrum redeat responsionem nostram de locis vulnerum, cum quibus Dominum Christum
quidquid tondentibus decidit. Quod si rediturum est, quis non exhorreat resurrexisse praedicamus, se confutaturos esse praesumunt. Sed inter haec
illam deformitatem ? Nam hoc et de unguibus videtur necessario secutu- omnia quaestio difficillima illa proponitur, in cuius carnem reditura sit
rum, ut redeat tam multurn quod corporis curatura desecuit. Et ubi erit caro, qua corpus alterius, vescentis humana viscera fame compellente, nu-
decus? quod certe maius, quam in ista esse corruptione potuit, in illa tritur. In carnem quippe conversa est eius, qui talibus vixit alimentis; et
iam immortalitate esse debebit. Si autem non redibit, ergo peribit: quo- ea quae macies ostenderat detrimenta, supplevit. Utrum ergo illi redeat
modo ergo, inquiunt, capillus capitis non peribit? De macie quoque vel homini cuius caro prius fuit, an illi potius cuius postea facta est, ad hoo
pinguedine similiter disputant. Nam si aequales omnes erunt; non utique percontantur, ut fidem resurrectionis illudant: ac sic animae humanae,
alii macri, alii pingues erunt. Accedet ergo alus aliquid, alus minuetur. aut alternantes, sícut Plato, veras infelicitates falsasque promittant beatí-
Ac per hoc, non quod erat recipiendum, sed alicubi addendum est, quod tudines; aut post multas itídem per diversa corpora revolutiones, aliquan-
non fuit; et alicubi perdendum, quod fuit. do tamen eam, sicut Porphyrius, finiré miserias, et ad eas nunquam rediré
2. De ipsis etiam corruptionibus et dilapsionibus corporum mortuorum. fateantur; non tamen corpus habendo immortale, sed corpus omne ru-
giendo.
•" E p h . 4,13-
30
R o m . 8,29.
1670 U CIUDAD DE DIOS X X I I , 13
X X H , 14 EL CIELO, ElN DE LA CIUDAD DE DIOS 1671

C A P I T U L O XIII
CAPITULO XIV
RESPUESTA A LA DIFICULTAD DE LOS FETOS ABORTIVOS
¿ Q U É DECIR SOBRE LA RESURRECCIÓN DE LOS I N F A N T E S ?
Voy a responder, prestando la misericordia de Dios ayuda
a mis esfuerzos, a las objeciones que he puesto en boca de mis ¿Qué diremos de los infantes sino que resucitarán, y no
adversarios. No me atrevo a afirmar, pero tampoco a negar, en la pequenez de cuerpo en que murieron? Recibirán en un
que los fetos abortivos que hayan vivido en el útero materno instante, por la omnipotencia de Dios, el crecimiento que al-
y hayan muerto allí han de resucitar. Sin embargo, no veo canzarían con el tiempo. Las palabras del Señor: No perecerá
por qué, si no se les excluye del número de los muertos, ha de ni un solo cabello de vuestra cabeza, afirman que no se perderá

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


excluírselos de la resurrección. Porque una de d o s : o no nada de lo que se tenga, pero no niegan que pueda recibirse
resucitarán todos los muertos y habrá almas humanas que lo que no se tenía. Al niño que muere le falta el desarrollo
permanecerán eternamente sin cuerpos, como las que han completo. Al niño perfecto le falta ciertamente la perfección
vivido en el útero materno; o, si todas las almas humanas to- del tamaño corporal y no lo logrará hasta que llegue al tér-
marán, para resucitar, los cuerpos que hayan tenido, de cual- mino de su crecimiento. Esta perfección la poseemos todos des-
de que somos concebidos, pero la poseemos en potencia, no de
quier lugar en que lo hayan dejado, no hallo razón para ex-
hecho [ 3 6 ] , al igual que todos los miembros están latentes en
cluir de la resurrección a los niños que han muerto en el útero
el semen aunque falten aún muchos a los recién nacidos, como
materno. A cualquier sentir que se atenga cada cual, lo que
son los dientes y otros por el estilo. En esta razón, impresa
dijésemos de los infantes ya nacidos, eso mismo debe aplicarse en la materia corporal, parece estar ya, en cierto modo, incoa-
a los fetos si resucitaren [ 3 5 ] . do, por decirlo así, lo que aún no existe, o por mejor decir,
lo que está oculto, pero existirá, o mejor, aparecerá a su tiem-
po. En ella, el niño, que será un día grande o pequeño, es ya
CAPUT XIII pequeño o grande. Según esa razón, sin duda en la resurrección
del cuerpo no tememos perder nada, porque, aunque resucite-
A N ABORTIVI NON PERTINEANT AD RESURRECTIONEM, SI PEBTINENT
mos todos iguales y con talla de gigantes, los mayores no per-
AD NUMERUM MORTUORUM

Ad haec ergo quae ab eorum parte contraria, me dirigente, mihi vi-


dentur opposita, misericordia Dei meis nisibus opem ferente, respondeam. CAPUT XIV
Abortivos fetus, qui, cum iam vixissent in útero, ibi sunt mortui, resur-
recturos ut affirmare, ita negare non audeo: quamvis non videam quoftiu- AN INFANTES IN EA SINT RESURRECTURI HABITUÜINE CORPORIS, QUAM
do ad eos non pertineat resurrectio mortuorum, si non eximuntur de HABITURI ERANT AETATIS ACCESSÜ
numero mortuorum. Aut enim non omnes mortui resurgent, et erunt ali-
quae humanae animae sine corporibus in aeternum, quae corpora humana, Quid ergo de infantibus dicturi sumus, nisi quia non in ea resurrecturi
quamvis iiitra viscera materna, gestarunt: aut si omnes animae humanae sunt corporis exiguitate, qua mortui; sed quod eis tardius accessurum
recipient resurgentia sua corpora, quae habuerunt ubicumque viventia, et erat tempore, hoc sunt illo Dei opere miro atque celérrimo recepturi? In
morientia reliquerunt, non invenio quemadmodum dicam ad resurrectionem sententia quippe Domini, ubi ait, Capillas capitis vestri non peribit ,
noh pertinere mortuorum, quoscumque mortuos etiam in uteris matrum. dictum est non defuturum esse quod fuit, non autem negatum est adfu-
Sed utrumlibet de his quisque sentiat, quod de iam natis infantibus dixe- turum esse quod defuit. Defuit autem infanti mortuo perfecta quantitas sui
rimus, hoc etiam de illis intelligendum est, si resurgent. corporis: perfecto quippe infanti deest utique perfectio magnitudinis cor-
poralis; quae cum accesserit, iam statura longior esse non possit. Hunc
perfectionis modum sic habent omnes, ut cum illo concipiantur atque nas-
cantur; sed habent in ratione, non in mole: sicut ipsa iam membra omnia
sunt latenter in semine, cum etiam natis nonnulla adhuc desint, sicut den-
tes, ac si quid eiusmodi. In qua ratione uniuscuiusque materiae indita cor-
poral!, iam quodammodo, ut ita dicam, liciatum esse videtur, quod nondum
est, imo quod latet, sed accessu temporis erit, vel potius apparebit. In hac
ergo infans iam brevis aut longus est, qui brevis longusve futurüs est. Se-
cundum hanc rationem profecto in resurrectione corporis detrimenta corpo-
ris non timemus: quia, etsi aequalitas futura esset omnium, ita ut omnes
3
' L e . 3i*i?.
1672 t i CIUDAD DI DIOS XXII, 15 X X n , 16 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1673

derán nada ni se reducirán, porque eso iría contra la sentencia halla su complemento en la perfección de sus miembros, de
de Cristo, que dijo que no había de perecer ni un solo cabello todo el pueblo cristiano; o, si las entendemos de la resurrec-
de la cabeza. En cuanto a los otros, ¿cómo podría faltar a la ción de los muertos, hay que creer que los cuerpos no resucita-
omnipotencia del Creador, que hizo todas las cosas de la nada, rán ni sobre ni bajo la forma juvenil, sino en la edad y en la
materia para añadir, como artífice maravilloso, lo que viera robustez a que sabemos que llegó Cristo. Los más sabios de los
ser necesario? paganos han fijado la perfección de la juventud hacia los trein-
ta años. Después el hombre va en declive y avanza hacia la
CAPITULO XV vejez, edad ya grave. A este tenor, el Apóstol no dijo: A la me-
dida del cuerpo, o : A la medida de la estatura, sino: A la medi-
¿SERÁN TODOS LOS CUERPOS RESUCITADOS DE LA TALLA DEL da de la edad perfecta de Cristo.

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


CUERPO DEL SALVADOR?

Una cosa es cierta: que Cristo resucitó con la misma esta- CAPITULO XVI
tura que tenía al morir, y no está permitido decir que, en lle-
gando el tiempo de la resurrección universal, tomará, para
¿CÓMO DEBE ENTENDERSE LA CONFORMACIÓN DE LOS SANTOS
igualarse a los más altos, un tamaño que no tenía cuando se
CON LA IMAGEN DEL H I J O DE D I O S ?
apareció a sus discípulos en la forma en que lo habían conoci-
do. Si decimos, por el contrario, que los cuerpos mayores han Cuando habla de los predestinados a hacerse conformes a la
de reducirse a la talla del cuerpo del Señor, habrá que quitar a imagen del Hijo de Dios, puede entenderse del hombre interior.
muchos parte de su cuerpo, contra la promesa de que no pere- Por eso en otro lugar nos dice: No queráis conformaros con
cerá ni un solo cabello. Resta, pues, decir que cada cual reci- este siglo, antes bien reformaos por la renovación de vuestro
birá su talla, la que tuvo, o en la juventud, aunque haya muer- espíritu. En cuanto nos reformamos para no conformarnos con
to viejo, o la que había de tener si le arrebató una muerte pre- este siglo, en tanto nos conformamos con el Hijo de Dios.
matura. En cuanto a las palabras del Apóstol sobre la medida
Pueden entenderse también esas palabras en el sentido de
de la edad perfecta de Cristo, es preciso decir que o tienen otro
que, como él se hace conforme con nosotros por la mortalidad,
motivo, cual sería que la medida perfecta de la cabeza mística
así nosotros nos hagamos conformes a El por la inmortalidad.
Esto dice también relación con la resurrección de los muertos.
usque ad giganteas magnitudines pervenirent, ne lili qui maximi fuerunt,
minus haberent aliquid in statura, quod eis contra sententiam Christi pe- compleatur; aut, si hoc de resurrectione corporum dictum est, sic accipia-
riret, qui dixit, neo capillum capitis esse periturum; Creatori utique qui mus dictum, ut nec ultra, nec infra iuvenilem formam resurgant corpora
creavit cuneta de nihilo, quomodo deesse posset, unde adderet quod adden- mortuorum; sed in eius aetate et robore, usque ad quam Christum hic
dum esse mirus artifex nosset? pervenisse cognovimus. Circa triginta quippe annos definierunt esse etiam
saeculi huius doctissimi nomines iuventutem: quae cum fuerit spatio
C A P U T XV proprio terminata, inde iam hominem in detrimenta vergere gravioris ac
senilis aetatis. Et ideo non esse dictum, In mensuram corporis; vel, In
AN AD DOMINICI CORPORIS MODUM OMNIUM MORTUORUM RESURRECTÜRA mensuram staturae: sed, in mensuram aetatis plenitudinis Christi.
SINT CORPORA

Sed utique Christus in ea mensura corporis, in qua est mortuus, re- CAPUT XVI
surrexit, nec fas est dicere, cum resurrectionis omnium tempus venerit,
accessuram corpori eius eam magnitudinem, quam non habuit, quando QüALIS INTELLICENDA SIT SANCTORUM CONFORMATIO AD IMAGINEM FlLII ÜEI
in ea discipulis, in qua illis erat notus, apparuit, ut longíssimis fieri
possit aequalis. Si autem dixerimus ad Dominici corporis modum etiam Illud etiam quod ait, praedestinatos conformes imaginis Filii Deiss,
quorumque maiora corpora redigenda, peribit de multorum corporibus potest et secundum interiorem hominem intelligi. Unde nobis alio loco
plurimum, cum ipse nec capillum periturum esse promiserit. Restat ergo, dicit, Nolite conforman huic saeculo, sed reformamini in novitale mentís
ut suam recipiat quisque mensuram, quam vel habuit in iuventute, etiamsi vestrae". Ubi ergo reformamur, ne conformemur huic saeculo, ibi con-
senex est mortuus; vel fuerat habiturus, si est ante defunctus. Atque illud formamur Dei Filio. Potest et sic accipi, ut, quemadmodum ille nobis
quod commemoravit Apostolus de mensura aetatis plenitudinis Christi32, mortalitate, ita nos illi efficiamur immortalitate conformes: quod quidem
aut propter aliud intelligamus dictum esse, id est, ut illi capiti in populis et ad ipsam resurrectionem corporum pertinet. Si autem etiam in his
Christianis accedente omnium períectione membrorum aetatis eius mensura verbis, qua forma resurrectüra sint corpora sumus admoniti; gicut illa
"34 Rom. 8,29.
E p h . 4,13. ibid., 13,3.
1674 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 17
XXII, 17 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1675
Mas, si en estas palabras se nos dice la forma en que han de
resucitar los cuerpos, esta conformación como la medida de sino naturaleza. Además, entonces no habrá ni comercio car-
que he hablado debe entenderse en edad, no en talla. Cada cual nal ni parto. Los miembros de la mujer serán aptos no para
resucitará como era o había de ser en su juventud. Y en cuanto el uso antiguo, sino para la nueva belleza, que no excitará la
a la forma, importará poco que sea la de un niño o la de concupiscencia del que mire, sino que glorificará la sabiduría
un viejo, pues allí ni el espíritu ni el cuerpo estarán ya sujetos y la clemencia de Dios, que hizo lo que no existía y libró de la
a flaqueza alguna. De aquí que, si alguien sostiene que cada corrupción lo que hizo. Al principio del género humano con-
uno resucitará en la misma talla corporal que tenía cuando venía que la mujer fuera formada de una costilla del varón
murió, no se debe luchar contra él en una laboriosa discusión. dormido, pues esto era un símbolo profético de Cristo y de la
Iglesia. El sueño de Adán significaba la muerte de Cristo [ 3 8 ] ,
cuyo costado fué atravesado por la lanza sobre la cruz des-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


pués de haber expirado, y manó de él sangre y agua, que son
CAPITULO XVII
figura de los sacramentos, con que se edifica la Iglesia. La Es-
critura usó esta palabra. No dice: Formó o fingió, sino: La
¿RESUCITARÁN LAS M U J E R E S EN SU SEXO PROPIO? edificó en mujer. P o r eso el Apóstol llama a la Iglesia edificio
del cuerpo de Cristo.
Algunos, basados en estos dos testimonios: Hasta que arri-
La mujer es, por consiguiente, criatura de Dios como el
bemos todos al estado de un varón, perfecto, a la medida de la
varón; pero fué hecha del varón para encarecer la unidad,
edad perfecta de Cristo, y : Conformes a la imagen del Hijo de
y fué hecha de ese modo para figurar, como queda dicho, a
Dios, han concluido que las mujeres no resucitarán en su sexo,
Cristo y a la Iglesia. El que creó a los dos sexos, a los dos los
sino en el del hombre [ 3 7 ] . Dios hizo sólo al varón del barro,
restablecerá. Además, Jesús mismo, preguntado por los sadu-
y a la mujer la formó del varón. Tengo para mí que la verdad,
ceos, que negaban la resurrección, a cuál de los siete hermanos
está de parte de quienes creen que resucitarán los dos sexos.
pertenecía la mujer que los había tenido a todos por marido,
Allí no habrá ya la libido, que es la causa de la confusión. En
pues cada uno había querido, según el mandato de la Ley, per-
efecto, antes de pecar el varón y la mujer estaban desnudos v
petuar la posteridad de su hermano, dice: Andáis errados
no se avergonzaban el uno del otro. Entonces los vicios que-
por no entender las Escrituras ni el poder de Dios. Y en una
darán suprimidos de los cuerpos, pero la naturaleza de éstos
ocasión tan propicia para decir que era una pregunta sin senti-
subsistirá. Ahora bien, el sexo femenino no es en la mujer vicio,
do, porque la mujer no seria ya mujer, sino varón, no dijo
mensura, ita et ista conformatio, non quantitatis intelligenda est, sed eso, sino que añadió: En la resurrección ni se enmaridarán ni
aetatis. Resurgent itaque omnes tam magni corpore, quam vel erant, vel
futuri erant in iuvenili aetate, quamvis nihil oberit, etiamsi erit infantilis femínea, non accommodata usui veteri, sed decori novo, quo non alliciatur
vel senilis corporis forma, ubi nec mentís, nec ipsius corporis ulla rema- aspicientis concupiscentia, quae nulla erit, sed Dei laudetur sapientia
nebit infirmitas. Unde etiam si quis in eo corporis modo, in quo defunctus atque clementia, qui et quod non erat fecit, et liberavit a corruptione quod
est, resurrecturum unumquemque contendit, non est cum illo laboriosa fecit. Ut enim in exordio generis humani de latere viri dormientis costa
contradiotione pugnandum. detracta femina fieret, Christum et Ecclesiam tali facto iam tune prophe-
tari oportebat. Sopor quippe ille viri36, mors erat Christi, cuius exanimis
CAPUT XVII in cruce pendentis Iatus lancea perforatum est, atque inde sanguis et
aqua profluxit": quae sacramenta esse novimus, quibus aedificatur Ec-
A N IN S l ! 0 SEXU RESUSCITANDA ATQUE MANSÜBA S1NT CORPORA FEMINARUM clesia. Nam hoc etiam verbo Scriptura usa est, ubi non legitur, Formavit,
aut Finxit; sed, Aedijicavit eam in mulierem": unde et Apostolus aedi-
Nonnulli propter hoc quod dictum est, Doñee oceurramus omnes in ficationem dicit corporis Christiso, quod est Ecclesia. Creatura est ergo
virum perfectum, in mensuram aetatis plenitudinis Christiss; et, confor- Dei femina, sicut vir: sed ut de viro fieret, unitas commendata; ut autem
mes imaginis Filii Dei; nec in sexu femíneo resurrecturas feminas cre- illo modo fieret, Christus, ut dictum est, et Ecclesia figurata est. Qui ergo
dunt, sed in virili omnes aiunt; quoniam Deus solum virum fecit ex limo, utrumque sexum instituit, utrumque restituet. Denique et ipse Iesus inter-
feminam ex viro. Sed mihi melius sapere videntur, qui utrumque sexum rogatus a Sadducaeis, qui negaban! resurrectionem, cuius septem fratrum
resurrecturum esse non dubitant. Non enim libido ibi erit, quae confu- erit uxor, quam singuli habuerunt, dum quisque eorum vellet defuncti
sionis est causa. Nam priusquam peccassent, nudi erant, et non confun- semen, sicut Lex praeceperat, excitare: Erratis, inquit, nescientes Scriptu-
debantur vir et femina. Corporibus ergo illis vitia detrahentur, natura ras, ñeque virtutem Dei"". Et cum locus esset, ut diceret, De qua enim
servabitur. Non est autem vitium sexus femineus: sed natura: quae tune me mterrogatis, vir erit etiam ipsa, non mulier; non hoc dixit: sed dixit,
quidem et a concubitu et a partu immunis erit: erunt tamen membra 30
G e n . 2,2í. " E p h . 4,12.
37
Epfc. 4.13- l o . 19,34- " M t . 22,29.
" Gen. 2,22. '
1678 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 18 X X I I , 18 EL CIELO, F I N DE LA CIUDAD DE DIOS 1677

se desposarán, sino que serán como los ángeles de Dios en el ficación del cuerpo de Cristo. Hasta que arribemos todos a la
cielo. S e r á n i g u a l e s a l o s á n g e l e s , es c i e r t o ; p e r o p o r la in- unidad de una misma fe y de un mismo conocimiento del Hijo
m o r t a l i d a d y la felicidad, n o p o r la c a r n e ni p o r la r e s u r r e c - de Dios, al estado de un varón perfecto, a la medida de la edad
ción, ya q u e los á n g e l e s n o t u v i e r o n n e c e s i d a d de e l l a s , p u e s perfecta de Cristo. De manera que ya no seamos niños fluc-
n o p u d i e r o n m o r i r . El S e ñ o r n e g ó q u e h u b i e r a n u p c i a s en l a tuantes ni nos dejemos llevar aquí y allá de todos los vientos
r e s u r r e c c i ó n , n o q u e h u b i e r a m u j e r e s . Y lo negó en tal coyun- de opiniones por la malignidad de los hombres, que engañan
t u r a , q u e h u b i e r a r e s u e l t o la cuestión de u n p l u m a z o con ne- con astucia para introducir el error. Antes bien, siguiendo la
g a r la existencia del sexo f e m e n i n o , si conocía q u e n o lo h a b í a . verdad con caridad, en todo vayamos creciendo en Cristo, que
M á s a ú n , confirmó l a existencia de l o s dos sexos, al d e c i r : es nuestra cabeza y de quien todo el cuerpo, trabado y conexo
No se enmaridarán, lo c u a l a t a ñ e a l a s m u j e r e s , ni se despo- entre sí, recibe, por todos los vasos y conductos de comunica-
sarán, ffue respecta a los v a r o n e s . P o r c o n s i g u i e n t e , t a n t o l a s ción, según la medida correspondiente a cada miembro, el au-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


q u e suelen e n m a r i d a r s e c o m o los q u e se d e s p o s a n e s t a r á n en mento propio del cuerpo para su perfección mediante la ca-
la r e s u r r e c c i ó n , p e r o a l l í n o h a b r á t a l e s c o n t r a t o s . ridad. H e a q u í cuál es el h o m b r e p e r f e c t o : l a cabeza y el
c u e r p o , c o m p u e s t o de t o d o s los m i e m b r o s , q u e r e c i b i r á n l a
perfección a su t i e m p o . C a d a d í a se v a n j u n t a n d o a este c u e r p o
C A P I T U L O X V I I I nuevos e l e m e n t o s m i e n t r a s se edifica la I g l e s i a , a la q u e se
d i c e : Vosotros sois el cuerpo de Cristo y sus miembros. Y en
otra p a r t e : Por su cuerpo, que es la Iglesia. Y a s i m i s m o : Aun-
CRISTO, E L VARÓN P E R F E C T O , Y LA I G L E S I A , S U CUERPO
que muchos somos un solo pan, un solo cuerpo. Del edificio de
este c u e r p o se dijo a q u í : A fin de que trabajen en la perfec-
P a r a c o m p r e n d e r lo q u e dice el A p ó s t o l , q u e t o d o s a r r i b a -
ción de los santos, en las funciones de su ministerio, en la edi-
r e m o s a l a e d a d d e l h o m b r e p e r f e c t o , debernos c o n s i d e r a r el
ficación del cuerpo de Cristo. L u e g o a ñ a d e el p a s a j e q u e n o s
c o n t e x t o t o d o y la c i r c u n s t a n c i a . S u e n a a s í : El que descendió,
o c u p a : Hasta que arribemos todos a la unidad de fe y al co-
ese mismo es el que ascendió sobre todos los cielos para dar
nocimiento del Hijo de Dios, al estado del hombre perfecto, a
cumplimiento a todas las cosas. Y así, ese mismo ha constituido
la medida de la edad perfecta de Cristo, etc. Y al fin m u e s t r a
a unos apóstoles; a otros, profetas; a otros, evangelistas; a
de q u é c u e r p o d e b e e n t e n d e r s e esa m e d i d a , con e s t a s p a l a b r a s :
otros, pastores y doctores. A fin de que trabajen en la perfec-
En todo vayamos creciendo en Cristo, que es la cabeza y de
ción de los santos en las funciones de su ministerio, en la edi-
quien todo el cuerpo, trabado y conexo entre sí, recibe, según
In resurrectione enim ñeque nubent, ñeque uxores ducent, sed sunt sicut la medida y la capacidad de cada miembro, el desarrollo que le
Angelí Dei in cáelo". Aequales utique Angelis immortalitate ac felicí-
tate, non carne: sicut nec resurrectione, qua non indiguerunt Angelí: nem Filii Dei, in virum perfectum, in mensuram aetatis plenitudinis Chris-
quoniam nec morí potuerunt. Nuptias ergo Dominus futuras negavit esse ti: ut ultra non simas pnrvuli, iactati et circumlati omni vento doctrinae, in
in resurrectione, non feminas: et ibi negavit, ubi talis quaestio verteba- illusione hominum, in astutia ad machinationem erroris: veritatem autem
tur, ut eara negato sexu muliebri celeriore facilítate dissolveret, si eum jacientes in chántate augeamur in illo per omnia, qui est caput Christus;
ibi praenosceret non futurum: imo etiam futurum esse firmavit dicendo, ex quo totum corpus connexum, et compactum per omnem tactum submi-
Non nubent, quod ad feminas pertinet; ñeque uxores ducent, quod ad nistrationis, secundum operationem in mensuram uniuscuiusque partís, in-
viros. Erunt ergo, quae vel nulere hic solent, vel ducere uxores: sed ibi crementum corporis jacit in aedificationem sui, in chántate 42 . Ecce qui est
hoc non facient. vir perfectus, caput et corpus, quod constat ómnibus membris, quae suo
CAPUT XVIII tempore complebuntur. Quotidie tamen eidem corpori accedunt, dum aedi-
ficatur Ecclesia, cui dicitur, Vos autem estis corpus Christi, et membra .
DE VIRO PERFECTO, ID EST CHRISTO, ET CORPORE EIUS, ID EST ECCLESIA,
Et alibi, Pro corpore, inquit, eius, quod est Ecclesia " . Itemque alibi,
Unus pañis, unum corpas multi sumus 4S. De cuius corporis aedificatione
QDAE EST IPSIUS PLENITDDO
et hic dictum est, Ad consummationem sanctorum, in opus ministerii, in
Proinde quod ait Apostolus, occursuros nos omnes in virum perfectum, aedificationem corporis Christi, ac deinde subiectum unde nunc agimus,
totius ipsius circumstantiam lectionis considerare debemus, quae ita se Doñee occurramus omnes in unitaiem fidei, et agnitionem Filii Dei, in
habet: Qui descendit, inquit, ipse est et qui ascendit super omnes cáelos, virum perfectum, in mensuram aetatis plenitudinis Christi, et caetera;
ut adimpleret omnia. Et ipse dedit quosdam quidem Apostólos, quosdam doñee eadem mensura in corpore intelligenda esset, ostenderet, dicens:
autem Prophetas, quosdam vero Evangelistas, quosdam autem pastores et Augeamur in illo per omnia, qui est caput Christus; ex quo totum corpus
doctores, ad consummationem sanctorum, in opus minísterii, in aedificatio- connexum, et compactum per omnem tactum subministrationis, secundum
nem corporis Christi, doñee oceurramas omnes in unitatem fidei, et agnitio- 42 44
Eph. 4,10-16. M
Col. 1,24.
41
Ibid,, 30. "" 1 Cor. 13,37. r Cor. 10,17.
XXII, 19, 1 KI, CIELO, FIN DK I.A CUIDAD DE DIOS 1679
16T8 LA CIUDAD DE DIOS XXII, 19,1
que h a b í a e s t a d o en el a s a v u e l v a al a s a , o l a q u e f o r m a b a el
conviene. L u e g o , c o m o h a y u n a m e d i d a d e c a d a p a r t e , h a y t a m - ¡fondo t o r n e d e n u e v o a f o r m a r l o , con t a l d e q u e t o d a t o r n e a
b i e n u n a m e d i d a d e t o d o el c u e r p o , c o m p u e s t o d e t o d a s esas t o d o é l , es decir, t o d a la a r c i l l a a t o d o el v a s o , sin p e r d e r ni
p a r t e s . Y ésa es la m e d i d a d e la p l e n i t u d d e q u e se d i j o : A la u n a p e q u e ñ a p a r t e d e e l l a . Si, p u e s , los c a b e l l o s y l a s u ñ a s ,
medida de la plenitud de la edad de Cristo. E s t a p l e n i t u d la t a n t a s veces c o r t a d o s , n o p u e d e n t o r n a r a su l u g a r sin p r o d u c i r
n o m b r ó t a m b i é n en a q u e l l u g a r en q u e , h a b l a n d o d e Cristo, u n a f e a l d a d , n o t o r n a r á n . Y , sin e m b a r g o , n o s e r á n a n i q u i l a -
d i c e : Y le ha constituido sobre todas las cosas cabeza de la dos, p u e s s e r á n c a m b i a d o s en l a m i s m a c a r n e a q u e p e r t e n e c í a n ,
Iglesia, que es su cuerpo y su plenitud, el que consuma todo en a fin d e c o n s e r v a r la a r m o n í a d e l a s p a r t e s y m a n t e n e r a l l í c a d a
todas las cosas. P e r o , si este p a s a j e d e b i e r a referirse a l a f o r m a parte e n su lugar p r o p i o .
de r e s u r r e c c i ó n , ¿ q u é n o s i m p e d i r í a a p l i c a r a la m u j e r lo q u e N o se m e o c u l t a q u e estas p a l a b r a s del S e ñ o r : No perecerá
se dice del v a r ó n , en c u y o caso se h a b r í a p u e s t o v a r ó n en l u g a r ni un solo cabello de vuestra cabeza, p u e d e n e n t e n d e r s e con

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


de h o m b r e ? A s í , en u n s a l m o se d i c e : Dichoso el varón que m á s p r o p i e d a d del n ú m e r o d e c a b e l l o s q u e d e su l a r g u r a . En
teme al Señor. Y en él están, i n d u d a b l e m e n t e , i n c l u i d a s las m u - este s e n t i d o dice e n o t r a p a r t e : Todos los cabellos de vuestra
j e r e s q u e le t e m e n . cabeza están contados. E s t o n o q u i e r e decir q u e y o p i e n s e q u e
a l g ú n c u e r p o p e r d e r á a l g o de lo q u e n a t u r a l m e n t e t e n í a . Q u i e r o
s o l a m e n t e h a c e r v e r q u e lo d e f o r m e ( q u e m u e s t r a l a c o n d i c i ó n
C A P I T U L O X I X p e n a l de los m o r t a l e s ) será r e s t i t u i d o d e t a l m o d o a su substan-
cia, q u e , c o n s e r v a d a la i n t e g r i d a d , d e s a p a r e c e r á l a d e f o r m i d a d .
E N LA R E S U R R E C C I Ó N S E E M B E L L E C E R Á N T O D A S L A S F E A L D A D E S S i u n a r t i s t a p u e d e f u n d i r u n a estatua m a l h e c h a y d a r l e n u e v a
f o r m a y si p u e d e m e z c l a r y c o m b i n a r l o d e f o r m e y p o c o con-
1. ¿ Q u é r e s p o n d e r é a h o r a a l a s o b j e c i o n e s f u n d a d a s en los f o r m e con el a r t e , sin a p a r t a r l o d e l t o d o , e v i t a n d o l a f e a l d a d y
c a b e l l o s y en l a s u ñ a s ? U n a vez s e n t a d o q u e n o p e r e c e r á n a d a c o n s e r v a n d o la c a n t i d a d , ¿ q u é d e b e p e n s a r s e del Artífice todo-
de n u e s t r o c u e r p o , c o n el fin de q u e n o h a y a e n él n a d a defor- p o d e r o s o ? ¿ N o p o d r á s u p r i m i r y s e p a r a r d e l o s c u e r p o s hu-
m e , se c o m p r e n d e r á t a m b i é n f á c i l m e n t e q u e lo q u e c o n s t i t u í a manos sus deformidades naturales o monstruosas, que son una
u n a m o n s t r u o s a d e f o r m i d a d n o se a ñ a d i r á en a q u e l l a s p a r t e s e n t a r a d e esta v i d a m i s e r a b l e , p e r o q u e n o e s t á n a t o n o con l a
q u e tal a d i c i ó n afee la b e l l e z a d e los m i e m b r o s . S e h a c e , p o r
e j e m p l o , u n vaso d e a r c i l l a y l u e g o se le q u i e r e f u n d i r p a r a quae in ansa fuerat, ad ansam rediret, aut quae fundum fecerat, ipsa
h a c e r l o de n u e v o , y n o es n e c e s a r i o q u e , a l f u n d i r l o , l a a r c i l l a rursus faceret fundum; dum tamen totum reverteretur in totum, id est,
totus ule limus in totum vas nulla sui perdita parte remearet. Quapropter
operationem in mensuram uniuscuiusque partís. Sicut est ergo mensura si capilli toties tonsi unguesve desecti ad loca sua deformiter redeunt,
uniuscuiusque partís; ita totius corporis, quod ómnibus suis partibus non redibunt: nec tamen cuique resurgenti peribunt, quia in eamdem car-
constat, est utique mensura plenitudinis, de qua dictum est: ¡n mensuram nem, ut quemcumque ibi locum corporis teneant, servata partium con-
aetatis plenitudinis Christi. Quam plenitudinem etiam illo commemoravit gruentia, materiae mutabilitate vertentur. Quamvis quod ait Dominus,
loco, ubi ait de Christo: Et ipsum dedit capul super omnia Ecclesiae, quae Capillus capitis vestri non peribit", non de longitudine, sed de numero
est corpus eius, plenitudo eius, qui omnia in ómnibus impletur46. Verum capillorum dictum multo aptius possit intelligi. Unde et alibi dicit, Capilli
si hoc ad resurrectionis formanr, in qua erit unusquisque, referendum capitis vestri numerati sunt omnes'". Ñeque hoc ideo dixerim, quod ali-
esset; quid nos impediret nominalo viro intelligere et feminam, ut virum quid existimem corpori cuiquam periturum, quod naturaliter inerat; sed
pro nomine positum acciperemus? Sicut in eo quod dictum est, Beatus vir quod deforme natum fuerat (non utique ob aliud, nisi ut hinc quoque
qui timet Dominum,": utique ibi sunt et feminae, quae timent Dominum. ostenderetur, quam sit poenalis conditio ista mortalium), sic esse redi-
turum, ut servata integritate substantiae, deformitas pereat. Si enim sta-
CAPUT XIX tuam potest artifex homo, quam propter aliquam causam deformem fece-
rat, confiare, et pulcherrimam reddere, ita ut nihil inde substantiae, sed
QUOD OMNIA CORPORIS VITIA, QUAE IN HAC VITA HUMANO CONTHAKIA SUNT sola deformitas pereat, ac si quid in illa figura priore indecenter exsta-
DECORI, IN RESURRECTIONE NON SINT FUTURA, UBI MANENTE NATURALI SUB- bat, nec parilitate partium congruebat, non de toto, unde fecerat, ampu-
STANTIA, IN UNAM PULCHRITUDINEM ET QUALITAS CONCURRET ET QUANTITAS tare atque separare, sed ita conspergere universo atque miscere, ut nec
foeditatem faciat, nec minuat quantitatem; quid de omnipotente Artífice
1. Quid iam respondeam de capillis atque unguibus? Semel quippc sentiendum est? Ergone non poterit quasque deformitates humanorum cor-
intellecto ita nihil periturum esse de corpore, ut deforme nihil sit in porum, non modo usitatas, verum etiam raras atque monstrosas, quae huic
corpore, simul intelligitur ea quae deformem factura fuerant enormita- miserae vitae congruunt, abhorrent autem ab illa futura felicítate sancto-
tem, massae ipsi accessura esse, non locis in quibus membrorum forma rum, sic auferre ac perderé, ut quascumque earum faciunt, etsi naturalia,
turpetur. Velut si de limo vas fieret, quod rursus in eumdem limum red-
actum totum de toto iterum fieret, non esset necesse ut illa pars limi, «• L e . 311,18.
46 «• Le. 12,7.
Eph. 1,22 et 23.
" Ps. 111,1
1680 LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 19, 2
X X I I , 20, 1 El, CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1681
futura felicidad de los s a n t o s , c o m o esos a p é n d i c e s n a t u r a l e s ,
E n efecto, si h u b i e r a sido u n a v e r d a d e r a c e g u e r a , c o m o es la
p e r o i n d e c o r o s o s , de n u e s t r o c u e r p o , sin d i s m i n u i r en n a d a su
que i m p i d e ver, n o b u s c a r a n l a p u e r t a de e n t r a d a , sino guías
substancia ?
o l a z a r i l l o s p a r a s a l i r de allí [ 4 0 ] .
2 . P o r c o n s i g u i e n t e , n o d e b e t e m e r s e p o r los flacos o p o r
3 . N o sé c ó m o , p e r o es cierto q u e n u e s t r o afecto h a c i a los
los g o r d o s q u e sean a l l í c u a l e s , si p u d i e s e n , n o q u i s i e r a n s e r l o
b i e n a v e n t u r a d o s m á r t i r e s n o s h a c e d e s e a r ver en el cielo las
n i a q u í . L a h e r m o s u r a del c u e r p o es la a r m o n í a de sus p a r t e s
cicatrices de las l l a g a s r e c i b i d a s en sus c u e r p o s p o r el n o m b r e
con cierta s u a v i d a d de c o l o r [ 3 9 ] . D o n d e n o h a y a r m o n í a de
de C r i s t o . Y q u i z á l a s v e a m o s . Eso n o será d e f o r m i d a d en sus
p a r t e s h a y a l g o q u e ofende, o p o r q u e es m a l o , o p o r q u e es p o c o ,
c u e r p o s , sino u n a m a r c a de h o n o r . B r i l l a r á cierta belleza en
o p o r q u e es d e m a s i a d o . E s t a d e f o r m i d a d q u e r e s u l t a de la des-
sus c u e r p o s , p e r o n o de los c u e r p o s , s i n o de la g l o r i a . N o debe
p r o p o r c i ó n de l a s p a r t e s del c u e r p o d e s a p a r e c e r á c u a n d o el
c r e e r s e t a m p o c o q u e los m i e m b r o s q u e fueren c o r t a d o s a los
C r e a d o r , p o r los m e d i o s q u e El conoce, s u p l i r á la deficiencia
m á r t i r e s les f a l t a r á n en la r e s u r r e c c i ó n de los m u e r t o s , p u e s a
o q u i t a r á lo superfluo y e n d e r e z a r á lo m a l o .

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ellos se d i j o : No perecerá ni un solo cabello de vuestra cabeza.
¿ C u á n t a será la s u a v i d a d del color, d o n d e los j u s t o s r e s p l a n -
M a s , si exige la b e l l e z a q u e en el n u e v o siglo se v e a n las mar-
d e c e r á n c o m o el sol en el r e i n o de su P a d r e ? E s de c r e e r q u e
cas g l o r i o s a s de los m á r t i r e s g r a b a d a s en su c a r n e i n m o r t a l , es
C r i s t o e s c o n d i e r a 3 los ojos de sus d i s c í p u l o s la c l a r i d a d de su
de creer q u e los m i e m b r o s q u e h a y a n sido h e r i d o s o m u t i l a d o s
c u e r p o c u a n d o se les a p a r e c i ó d e s p u é s de la r e s u r r e c c i ó n . L a
c o n s e r v a r á n las cicatrices, y l o s p e r d i d o s n o d e j a r á n de recibir-
débil m i r a d a h u m a n a , q u e d e b í a fijar su a t e n c i ó n en Cristo re-
los. Si es v e r d a d q u e los defectos de n u e s t r o c u e r p o n o apa-
s u c i t a d o , n o la s o p o r t a r í a . P o r esta m i s m a r a z ó n dejó t o c a r l a s
r e c e r á n en la o t r a v i d a , t a m b i é n lo es q u e l a s m a r c a s de la
cicatrices de sus l l a g a s , c o m i ó y b e b i ó con e l l o s n o p o r nece-
v i r t u d n o d e b e n ser c o n s i d e r a d a s c o m o defectos.
s i d a d , s i n o p o r p o s i b i l i d a d . El e s t a d o en q u e n o se ve u n o b j e t o
p r e s e n t e v i e n d o o t r o s objetos i g u a l m e n t e p r e s e n t e s , c o m o suce-
dió a los d i s c í p u l o s , q u e n o veían la c l a r i d a d de Cristo y v e í a n C A P I T U L O XX
o t r a s cosas, se l l a m a en g r i e g o áopaoict, p a l a b r a q u e los l a t i n o s
h a n t r a d u c i d o en el Génesis p o r caecitas ( c e g u e r a ) , a falta de /CÓMO SE EFECTUARÁ LA RESURRECCIÓN DE LOS CUERPOS?
otra e q u i v a l e n t e . E s t a c e g u e r a la p a d e c i e r o n los s o d o m i t a s cuan- 1. L e j o s , p u e s , de n o s o t r o s p e n s a r q u e l a o m n i p o t e n c i a del
do b u s c a b a n las p u e r t a s del v a r ó n j u s t o y n o d a b a n con e l l a s . Creador no puede reunir, p a r a resucitar los cuerpos y tornarlos
a la v i d a , t o d a s l a s p a r t e s q u e h a y a n sido d e v o r a d a s p o r las
tamen indecora excrementa substantiae corporalis, nulla eius diminutione
tollantur? b e s t i a s , o c o n s u m i d a s p o r el fuego, o d e s h e c h a s en p o l v o y ce-
2. Ac per hoc non est macris pinguibusve metuendum, ne ibi etiam
hil possit videri, non ostium quo ingrederentur, sed duces itineris a qui-
tales sint, quales, si possent, nec hic esse voluissent. Omnis enim corporis
bus inde abducerentur, inquirerent.
pulchritudo est partium congruentia cura quadara colorís suavitate. Ubi
3. [XX.] Nescio quo autem modo sic afficimur amore martyrum
autem non est partium congruentia, aut ideo quid offendit, quia pravum
beatorum, ut velimus in illo regno in eorum corporibus videre vulnerum
est, aut ideo quia parum, aut ideo quia nimium. Proinde nulla erit de-
cicatrices, quae pro Christi nomine pertulerunt: et fortasse videbimus.
formitas, quam facit incongruentia partium, ubi et quae prava sunt cor-
Non enim deformitas in eis, sed dignitas erit, et quaedam, quamvis in
rigen tur; et quod minus est quam decet, unde Creator novit, inde sup-
corpore, non corporis, sed virtutis pulchritudo fulgebit. Nec ideo tamen
plebitur; et quod plus est quam decet, materiae servata integritate, detra-
si aliqua martyribus amputata et ablata sunt membra, sine ipsis membris
hetur. Colorís porro suavitas quanta erit, ubi iusti fulgebunt sicut sol in
erunt in resurrectione mortuorum, quibus dictum est, Capillus capias
regno Patris sui? 5" Quae claritas in Christi corpore, cum resurrexit, ab
vestri non peribit. Sed si hoc decebit in illo novo saeculo, ut indicia glo-
oculis discipulorum potius abscondita fuisse, quam defuisse credenda est.
riosorum vulnerum in illa immortali carne cernantur, ubi membra, ut
Non enim eam ferret humanus atque infirmus aspectus, quando ille a
praeciderentur, percussa vel secta sunt, ibi cicatrices, sed tamen eisdem
suis ita deberet attendi, ut posset agnosci. Quo pertinuit etiam, ut con-
membris redditis, non perditis, apparebunt. Quamvis itaque omnia quae
trectantibus ostenderet suorum vulnerum cicatrices; ut etiam cibum po-
acciderunt corpori vitia, tune non erunt; non sunt tamen deputanda vel
tumque sumeret, non alimentorum indigentia, sed ea qua et hoc poterat
appellanda vitia virtutis indicia.
potestate. Cum autem aliquid non videtur, quamvis adsit, a quibus alia,
quae pariter adsunt, videntur, sicut illam claritatem dicimus adfuisse non
visam, a quibus alia videbantur, áopaaía graece dicitur: quod nostri in- CAPUT XX
terpretes latine dicere non valentes, in libro Geneseos caecitatem inter- Q ü O D IN RESURRECTIONE MORTUORUM NATURA CORPORUM QUIBÜSLIBET
pretad sunt. Hanc enim passi sunl Sodomitae, quando quaerebant ostium MODIS DISSir-ATORUM IN INTEGRUM UNDECUMQUE REVOCANDA SIT
iusti viri, nec poterant invenire " . Quae si caecitas fuisset, qua fit ut ni-
1. Absit autem ut ad resuscitanda corpora vitaeque reddenda non
»° M t . 13,43.
41
possit omnipotentia Creatoris omnia revocare, quae vel bestiae, vel ignis
Gen. 19,11. absumpsit, vel in pulverem cineremve collapsum, vel in humorem eolu-
1682 LA CIUDAD DK DIOS XXII, 20, 2
XXII, 20, 3 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1683
niza, o disueltas en agua, o disipadas en aire. Lejos de nosotros
pensar que haya algo tan oculto y tan alejado de nuestros sen- da ajena, debe restituirla a su dueño. La suya, de que el hambre
tidos en el ser de la naturaleza, que pueda escapar al conoci- le había despojado, le será devuelta por Aquel que puede jun-
miento y al poder del Creador. Cicerón, cuya autoridad es máxi- tar a su antojo la desaparecida. Y, dado caso que fuera ani-
ma para nuestros adversarios, queriendo definir a Dios a su quilada y no quedaran ni rastros en los ocultos senos de la
modo, dice: Es un espíritu independiente y libre, ajeno a toda naturaleza, el Omnipotente la repararía de cualquier modo.
compañía, que conoce y mueve todas las cosas y que está dotado Mas, habiendo declarado la Verdad que no perecerá ni un solo
de un movimiento eterno. Y se inspira en los grandes filósofos. cabello de vuestra cabeza, es absurdo pensar que, no pudiendo
Para emplear su lenguaje, ¿puede pasar algo inadvertido al perecer un cabello del hombre, hayan podido perecer tantas
que lo conoce todo o escapar jamás al que lo mueve todo? carnes devoradas o consumidas por el hambre.
2. Esto me lleva como de la mano a solucionar la cuestión 3. Ponderadas y examinadas todas estas cuestiones según
siguiente, que parece la más difícil de todas: Cuando la carne

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


nuestra capacidad, llegamos a la conclusión de que los cuerpos
de un hombre muerto se ha convertido en carne de otro vivien- en la resurrección tendrán la misma talla que tenían en su ju-
te, ¿a cuál de los dos pertenecerá en la resurrección? Suponga- ventud o en la razón seminal de la misma, con la belleza y la
mos que un desgraciado, presa del hambre y forzado por ella, proporción de todos sus miembros. Con el fin de conservar la
come de la carne de un hombre muerto—extremo al que, según proporción, es lógico que, si se hubiera substraído algo a algún
la historia, se ha llegado alguna vez y del que nuestros desdi- monstruoso apéndice, se distribuya por todo el cuerpo para
chados tiempos presentan más de un ejemplo [ 4 1 ] — , ¿puede que no perezca ni eso y se mantenga en todo la armonía de las
sostenerse con algún fundamento que fué toda esa substancia partes. Así, no es absurdo creer que de eso pueda añadirse algo
eliminada por los conductos inferiores y que no fué asimilada a la talla del cuerpo al distribuir a todas las partes del cuerpo,
parte, siendo así que la debilidad que existía y no existe está por causa de la belleza, ese abultamiento que en una sola sería
indicando asaz las pérdidas reparadas por aquellos alimentos? una deformidad. Y si alguno sostiene que cada uno resucitará
Ya he propuesto más arriba algunos puntos para la solución
en la misma estatura que tenía al morir, no se le debe resistir
de esta dificultad. Todas las carnes que el hombre ha consumi-
con ardimiento, con tal de que excluva toda deformidad, toda
do han sido evaporadas en el aire, y hemos reconocido que el
debilidad, toda pesadez, toda corrupción y todo aquello que sea
Dios omnipotente puede reunir todo lo desvanecido. Esa carne
será, pues, devuelta a aquel en que comenzó a ser carne hu- contrario a la hermosura de ese reino en el que los hijos de la
mana, puesto que el otro la tenía como prestada, y, como mone- resurrección y de la promesa serán iguales a los ángeles de
Dios, si no por cuerpo ni por edad, sí por la felicidad.
tum, vel in auras est exhalatum. Absit ut sinus ullus secretumque naturae
ita recipiat aliquid subtractum sensibus nostris, ut omnium Creatoris aut detur ergo caro illa homini, in quo esse caro humana primitus coepit.
lateat cognitionem, aut effugiat potestatem. Deum certe volens, sicut pot- Ab illo quippe altero tanquam mutuo sumpta deputanda est: quae sicut
erat, definiré. Cicero tantus auctor ipsorum, «Mens quaedam, inquit, aes alienum, ei redhibenda est, unde sumpta est. Sua vero illi, quem fa-
est soluta et libera, secreta ab omni concretione mortali, omnia sentiens mes exinanierat, ab eo qui potest etiam exhalata revocare, reddetur.
et movens, ipsaque praedita motu sempiterno»6=. Hoc autem reperit in Quamvis etsi ómnibus perisset modis, nec ulla eius materies in ullis na-
doctrinis magnorum philosophorum. L't igitur secundum ipsos loquar, turae latebris remansisset, unde vellet, eam repararet Omnipotens. Sed
quomodo aliquid vel latet omnia sentientem, vel irrevocabiliter fugit propter sententiam Veritatis, qua distum est, Capillas capitis vestri non
omnia moventem? peribit; absurdum est ut putemus, cum capillus hominis perire non pos-
2. Unde iam etiam quaestio illa solvenda est, quae difficilior videtuí sit, tantas carnes fame depastas atque consumptas perire potuisse.
caeteris: ubi quaeritur, cum caro mortui hominis etiam alterius fit vi- 3. Quibus ómnibus pro nostro modulo conúderatis atque tractatis,
ventis caro, cui potius eorum in resurrectione reddatur. Si enim quispiam haec summa conficitur, ut in resurrectione carnis in aeternum eas mensu-
confectus fame atque compulsus vescatur cadaveribus hominum, quod ma- ras habeat corporum magnitudo, quas habebat perficiendae sive perfectae
lura aliquoties accidisse, et vetus testatur historia, et nostrorum tem- cuiusque indita corpori ratio iuventutis, in membrorum quoque omnium
porum infelicia experimenta docuerunt; num quisquam veridica ratione modulis congruo decore servato. Quod decus ut servetur, si aliquid demp-
contendet, totum digestum fuisse per irnos meatus, nihil inde in eius tum fuerit indecemi alicui granditati in parte aliqua constitutae, quod
carnem mutatum atque conversum, cum ipsa macies quae fuit et non est, per totuir, spargatur, ut ñeque id pereat, et congruentia partium ubique
satis indicet quae illis escis detrímenta suppleta sint? Iam itaque aliqua leneatur, non est absurdum, ut aliquid inde etiam staturae corporis addi
paulo ante praemisi, quae ad istum quoque nodum solvendum valere de- posse credamus; cum ómnibus partibus, ut decorem custodiant, id distri-
bebunt. Quidquid enim caridura exhausit fames, utique in auras est exha- buitur, quod si enormiter in una esset, utique non deceret. Aut si conten-
latum: unde diximus omnipotentem Deum posse revocare quod fugit. Red- uitur in ea quemque statura corporis resurrecturum esse, in qua defunctus
est, non pugnaciter resistendum est; tantum absit omnis deformitas, om-
*'• Tuscul. l.i c.27. nis infirmitas, cmnis tarditas, omnisque corruptio, et si quid aliud illud
non decet regnum, in quo resurrectionis et promissionis filii aequales
erunt Angelis Dei, si non corpore, non aetate, certe felieitate.
1684 LA CIUDAD DE DIOS xxn,2i X X H , 22, 1 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1685

t u a l ? C o m o a ú n n o t e n e m o s e x p e r i e n c i a d e e l l o , t e m o s e r teme-
C A P I T U L O X X I r a r i o en m i s p a l a b r a s . S i n e m b a r g o , p u e s t o q u e l a g l o r i a d e
D i o s exige q u e n o se o c u l t e el gozo d e n u e s t r a e s p e r a n z a , y
iuesto q u e el S a l m i s t a , desde l o í n t i m o d e l c o r a z ó n , a r d i e n d o e n
NOVEDAD DEL CUERPO ESPIRITUAL RESUCITADO
Í l a m a s d e a m o r , e s c r i b i ó : Señor, yo he amado el decoro de tu
T o d o c u a n t o p e r d i e r o n l o s c u e r p o s vivos o l o s c a d á v e r e s casa, r a s t r e a r é , c o n la a y u d a d e D i o s y según m i s p o s i b i l i d a d e s ,
d e s p u é s de l a m u e r t e les será r e s t i t u i d o j u n t a m e n t e c o n lo q u e l a s g r a c i a s q u e h a c e a l o s b u e n o s y a l o s m a l o s en esta mi-
d e j a r o n en el s e p u l c r o . Y r e s u c i t a r á t r o c a d o de l a vetustez d e l s é r r i m a v i d a y l a g r a n d e z a d e a q u e l l a de l a q u e n o pode-
c u e r p o a n i m a l en la n o v e d a d d e l c u e r p o e s p i r i t u a l , revestido d e m o s h a b l a r d i g n a m e n t e p o r q u e n o l a h e m o s p r o b a d o . O m i t o el
i n c o r r u p c i ó n y d e i n m o r t a l i d a d . M a s , a u n q u e , o p o r a l g ú n ac- t i e m p o en q u e D i o s creó al h o m b r e recto, p a s o p o r a l t o l a v i d a
c i d e n t e g r a v e o p o r l a c r u e l d a d d e los e n e m i g o s , u n c u e r p o h a y a feliz d e l o s dos c ó n y u g e s en l a s d e l i c i a s del p a r a í s o , p u e s q u e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


s i d o r e d u c i d o t o d o a p o l v o y d i s i p a d o en a i r e o en a g u a , n o se fué t a n b r e v e , q u e ni sus h i j o s t u v i e r o n l a d i c h a de g u s t a r l a .
h a l l a r a d e él ni u n a p a r t í c u l a , n o p u e d e s e r s u b s t r a í d o a l a H a b l o s o l a m e n t e d e esta c o n d i c i ó n m i s e r a b l e q u e c o n o c e m o s y
o m n i p o t e n c i a del C r e a d o r y n o p e r e c e r á ni u n solo c a b e l l o de en l a cual v i v i m o s , q u e está e x p u e s t a a t e n t a c i o n e s sin c u e n t o ,
su cabeza. L a c a r n e e s p i r i t u a l e s t a r á s o m e t i d a a l e s p í r i t u ; p e r o o m e j o r , a u n a sola t e n t a c i ó n c o n t i n u a d a , p o r m á s p r o g r e s o s
será c a r n e n o e s p í r i t u , al i g u a l q u e el e s p í r i t u c a r n a l estuvo ue- h a g a m o s . ¿ Q u i é n p o d r á e x p l i c a r l o s s i g n o s d e b o n d a d q u e
sometido a la carne siendo espíritu, no carne. L a experiencia S dos m u e s t r a al g é n e r o h u m a n o ?
de esto la t e n e m o s en l a d e f o r m i d a d de n u e s t r a p e n a . N o e r a n
c a r n a l e s s e g ú n l a c a r n e , s i n o según el e s p í r i t u , a q u e l l o s a quie-
n e s se d i r i g í a el A p ó s t o l en estos t é r m i n o s : No he podido ha- C A P I T U L O X X I I
blaros como a hombres espirituales, sino como a carnales. E l
h o m b r e e s p i r i t u a l en esta v i d a es c a r n a l t o d a v í a s e g ú n el c u e r p o M I S E R I A S Y M A L E S QUE SIGUIERON A LA PRIMERA PREVARICACIÓN
y ve en s u s m i e m b r o s u n a ley q u e resiste a l a l e y de su espíri-
t u . S e r á t a m b i é n e s p i r i t u a l s e g ú n el c u e r p o c u a n d o l a c a r n e 1. E s t a v i d a , si m e r e c e t a l n o m b r e , t a n l l e n a d e m a l e s , es
h a y a r e s u c i t a d o , c u m p l i é n d o s e estas p a l a b r a s d e l A p ó s t o l : Se testigo d e q u e t o d a l a r a z a h u m a n a fué c o n d e n a d a en su p r i m e r
siembra un cuerpo animal y resucitará un cuerpo espiritual. o r i g e n . ¿ Q u é o t r a cosa i n d i c a esta p r o f u n d a i g n o r a n c i a en q u e
¿ C u á l e s y c u á n t a s s e r á n l a s perfecciones d e l c u e r p o e s p i r i -
est, Seminatur corpas anímale, resurget corpus spirituale 5S. Quae sit au-
tem, et quam magna spiritualis corporis gratia, quoniam nondum venit in
experimentum, vereor ne temerarium sit omne quod de illa profertur
CAPUT XXI eloquium. Verumtamen quia spei nostrae gaudium propter Dei laudem non
est tacendum, et de intimis ardentis sancti amoris medullis dictum est,
DE NOVITATE CORPORIS SPIRITUALIS, IN QUAM SANCTORUM CARO MUTABITUR
Domine, dilexi decorem domus tuae "°: de donis eius quae in hac aerumno-
Restituetur ergo et quidquid de corporibus vivis, vel post mortem de sissima vita bonis malisque largitur, ipso adiuvante, coniiciamus, ut pos-
cadaveribus periit, et simul cum eo quod in sepulcris remansit, in spiritua- sumus, quantum sit illud, quod nondum experti, utique digne eloqui non
lis corporis novitatem ex animalis corporis vetustate mutatum resurget, valemus. Omitto enim quando fecit hominem rectum; omitto vitam illam
incorruptione atque immortalitate vestitum. Sed etsi vel casu aliquo gra- duorum coniugum in paradisi fecunditate felicem, quoniam tam brevis
vi vel inimicorum immanitate totum penitus conteratur in pulverem, at- fuit, ut ad nascentium sensum nec ipsa pervenerit: in hac quam novimus,
que in auras vel in aquas dispersum quantum fieri potest, nusquam esse in qua adhuc sumus, cuius tentationes, imo quam totam tentationem,
sinatur omnino, nullo modo subtrahi poterit omnipotentiae Creatoris, sed quamdiu in ea sumus, quantumlibet proficiamus, perpeti non desinimus,
capilhis in eo capitis non peribit. Erit ergo spiritui subdita caro spiritua- quae sint indicia circa genus humanum bonitatis Dei, quis poterit ex-
lis, sed tamen caro, non spiritus: sicut carni subditus fuit spiritus ipse plicare?
carnalis, sed tamen spiritus, non caro. Cuius rei habemus experimentum
in nostrae poenae deformitate. Non enim secundum carnem, sed utique se- CAPUT XXII
cundum spiritum carnales erant, quibus ait Apostolus: Non potui vobis DE M'ISERIIS AC MALIS, QUIBUS HUMANUM GENUS MÉRITO PRIMAE PRAEVA-
loqui quasi spiritualibus, sed quasi carnalibus ss. Et homo spiritualis sic RICATIONIS OBNOXIUM EST, ET A QUIBUS NEMO NISI PER C H R I S T I
in hac vita dicitur, ut tamen corpore adhuc carnalis sit, et videat aliam GRATIAM LIBERATUR
legem in membris suis repugnantem legi mentís suae 5 4 : erit autem etiam
corpore spiritualis, cum eadem caro sic resurrexerit, ut fíat quod scriptum 1. Nam quod ad primam originem pertinet, omnem mortalium pro-
M
geniem fuisse damnatam, haec ipsa vita, si vita dicenda est, tot et tantis
i Cor. ¡,x.
54 53
R o m . 7,23. i C o r . 15,42.
"> P s . 25,8.
1686 h.\ CIUDAD DE DIOS XXII, 22, 2 XXII, 22,3 I;I, ctiii.o, FIN DI; I,A CIUDAD DI; DIOS 1687
nacen implicados todos los hijos de Adán, principio de todos ira, no detiene el curso de su misericordia, la ley y la instruc-
los errores y de la que el.hombre no puede librarse sin el tra- ción velan en los sentidos de los hombres contra estas tinieblas
bajo, el dolor y el temor? ¿Qué significan tantas afecciones va- y se oponen a estos ímpetus. Es una acción inestimable, pero
nas y nocivas, de donde nacen las mordaces preocupaciones, las que no se efectúa sin trabajos y dolores. ¿Qué pretenden las
inquietudes, las tristezas, los temores, los falsos goces, las dis- mil amenazas que se hacen a los niños para retraerlos de sus
cordias, los altercados, las guerras, las traiciones, los enojos, las vanidades? ¿Qué los pedagogos, qué los maestros, qué las féru-
enemistades, los engaños, las adulaciones, el fraude, el robo, la las, qué las varas, qué las correas, qué la disciplina, de la que
rapiña, la perfidia, la soberbia, la ambición, la envidia, los ho- la santa Escritura dice que debe usarse con el hijo amado por
micidios, los parricidios, la crueldad, la inhumanidad, la mal- temor a que crezca indómito y, una vez endurecido, apenas
dad, la lujuria, la petulancia, la desvergüenza, la deshonesti- pueda o quizá ya no pueda ser corregido? ¿Qué persiguen to-
dad, las fornicaciones, los adulterios, los incestos y tantos otros das estas penas sino destruir la ignorancia y refrenar la mala

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


estupros y pecados contra la naturaleza de uno y otro sexo, cupididad, taras con que venimos al mundo? ¿A qué se debe
que sólo el citarlos causa horror; los sacrilegios, las herejías, que cuanto recordamos con trabajo lo olvidamos sin é l ; cuanto
las blasfemias, los perjurios, las opresiones de inocentes, ca- aprendemos con trabajo, lo ignoramos sin é l ; que nos cueste
lumnias, circunvenciones, prevaricaciones, falsos testimonios, tanto ser diligentes y tan poco ser perezosos? ¿No denota esto
juicios injustos, violencias, latrocinios y otros males semejantes claramente a qué es proclive e inclinada la naturaleza, viciada
que no afloran ahora al pensamiento, pero que sitian y cercan por sus propios pasos, y de cuánta ayuda necesita para verse
la vida de los hombres? [ 4 2 ] . Verdad es que estos crímenes libre de todo esto? La desidia, la flojedad, la pereza y la negli-
son obras de los malos, pero proceden todos de la raíz de la gencia son vicios que huyen el trabajo. El mismo trabajo, por
ignorancia y del amor perverso con que nace todo hijo de Adán. útil que sea, es una pena.
¿Quién ignora, en efecto, con qué ignorancia de la verdad, ma- 3. Amén de las penas de la infancia, sin las que no puede
nifiesta va en los infantes, y con cuántas cupididades, que se van aprenderse lo que quieren los padres, que es raro que deseen
desarrollando en la niñez, viene el hombre a este mundo? Si se algo útil [ 4 3 ] , ¿quién será capaz de expresar y quién suscep-
le permitiera vivir a su antojo y hacer cuanto le pluguiere, ven- tible de comprender la infinidad y la enormidad de las penas
dría a dar en todos o en muchos de los crímenes mencionados a que está sujeto el género humano, y que son patrimonio, no
y en otros no recordados. de la malicia y de la maldad de los buenos, sino de la triste
2. Mas, por un consejo de la divina Providencia, que no condición humana? ¿Cuánta es la aprehensión y el dolor que
abandona del todo a los condenados y que, a despecho de su
Deo non continente in ira sua miserationes suas ", in ipsis sensibus gene-
malis plena testatur. Quid enim aliad indicat horrenda quaedam profundi- ris humani prohibido et eruditio contra istas, cum quibus nascimur, te-
tas ignorantiae, ex qua ornnis error existit, qui omnes filios Adam tene- nebras vigilant, et contra hos Ímpetus opponuntur, plenae tamen etiam
broso quodam sinu suscipit, ixt homo ab illo liberari sine labore, dolore. ipsae laborum et dolorum. Quid enim sibi volunt multimodae formidines,
timore non possit? Quid amor ipse tot rerum vanarum atque noxiarum, et quae cohibendis parvulorum vanitatibus adhibentur? quid paedagogi,
ex hoc rnordaces curae, perturbationes, moerores, formidines, insana gan- quid magistri, quid ferulae, quid lora, quid virgae, quid disciplina illa
día, discordiae, lites, bella, insidiae, iracundiae, inimicitiae, fallada, adu- qua Scriptura sancta dicit di'iecti filii -latera esse tundenda, ne crescat
lado, fraus, furtuin, rapiña, perfidia, superbia, ambitio, invidentia, ho- indomitus, domarique iam durus aut vix possit, aut fortasse nec possit? "
micidia, parricidia, crudelitas, saevitia, nequitia, luxuria, petulantia, im- Quid agitur his poenis ómnibus, nisi ut debelletur imperitia, et prava
pudentia, impudicitia, fornicationes, adulteria, incesta, et contra naturam cupiditas infrenetur, cum quibus malis in hoc saeculum venimus? Quid
utriusquc sexus tot stupra atque immunditiae, quas turpe est etiam dicere, est enim, quod cum labore meminimus, sine labore obliviscimur; cum la-
sacrilegia, haereses, blasphemiae, periuria, oppressiones innocentium, ca- bore discimus, sine labore nescimus; cum labore strenui, sine labore iner-
lumniae, circumventiones, praevaricationes, falsa testimonia, iniqua iudi- tes sumus? Nonne hinc apparet in quid velut pondere suo proclivis et
cia, violentiae, latrocinia, et quidquid talium malorum in mentem non prona sit vitiosa natura, et quanta ope, ut hinc liberetur, indigeat? Desi-
venit, et tamen de vita ista hominum non recedit? Verum haec hominum dia, segnities, pigritia, negligentia, vitia sunt utique quibus labor fugitur,
sunt malorum. ab illa tamen erroris et perversi amoris radice venientia, cum labor ipse, etiam qui est utilis, poena sit.
cura qua omnis filius Adam nascitur. Nam quis ignorat cum quanta igno- 3. Sed praeter pueriles poenas, sine quibus disci non potest quod
rantia veritatis, quae iam in infantibus manifesta est; et cum quanta maiores volunt, qui vix aliquid utiliter volunt, quot et quantis poenis
abundantia vanae cupiditatis, quae in pueris incipit apparere, homo ve- gemís agitetur humanum, quae non ad malitiam nequitiamque iniquorum,
niat in hanc vitara, ita ut si dimittatur vivere ut velit, et faceré quidquid sed ad conditionem pertinent miseriamque communem, quis ullo sermone
velit, in haec facinora et flagitia quae commemoravi, et quae comme- digerit, quis ulla cogitatione comprehendit? Qnantus est metus, quanta
morare non potui, vel cuneta vel multa perveniat?
" P s . 76,10.
2. Sed divina gubernatione non omni modo deserente damnatos, et JS
E c c l i . 30,rs.
1688 LA CIUDAD DE DIOS xxn, 22,3 XXII, 22, 3 E t CIELO, PIN DE tA CIUDAD DE DIOS 1689
n o s c a u s a n l a s o r f a n d a d e s y los d u e l o s , los d a ñ o s y l a s conde- cha, e n t o n c e s c r e e n ya a s e g u r a d o el a ñ o . P e r o y o sé y conozco
n a s , los e n g a ñ o s y l a s m e n t i r a s de los h o m b r e s , las falsas que en cierta ocasión u n a r i a d a i m p r e v i s t a se llevó del g r a n e r o
s o s p e c h a s , los c r í m e n e s con violencia y l a s b e l l a q u e r í a s aje- la cosecha, b u e n a p o r cierto, y los h o m b r e s h u y e r o n p a r a li-
n a s ? [ 4 4 ] . D e éstas p r o c e d e n el p i l l a j e y el c a u t i v e r i o , las pri- b r a r s e . ¿ Q u i é n p u e d e confiar e s t a r a salvo p o r su i n o c e n c i a de
siones y las c á r c e l e s , los d e s t i e r r o s y los t o r m e n t o s , la m u t i l a - las m i l e f o r m e s i n c u r s i o n e s de los d e m o n i o s ? A fin de q u e n a d i e
ción, el r a p t o y la b r u t a l i d a d y o t r o s m i l actos h o r r e n d o s p o r confíe, a t o r m e n t a n , p o r p e r m i s i ó n de D i o s , de u n a m a n e r a t a n
el estilo. ¿ Q u é d i r é a n t e la m u l t i t u d de a c c i d e n t e s q u e se t e m e n cruel a los n i ñ o s b a u t i z a d o s , las c r i a t u r a s m á s inocentes del m u n -
del e x t e r i o r sin t o m a r p a r t e en e l l o s ? A éstos p e r t e n e c e n el ca- do. D i o s , al p e r m i t i r l o , n o s e n s e ñ a a d e p l o r a r la m i s e r i a de esta
lor, el frío, l a s t o r m e n t a s , l a s l l u v i a s , l a s i n u n d a c i o n e s , los vida y a d e s e a r la felicidad de la o t r a . El c u e r p o está sujeto a
r a y o s , los t r u e n o s , el g r a n i z o , los t e r r e m o t o s , los r e s q u e b r a j a - tantas e n f e r m e d a d e s , q u e n i los l i b r o s de los m é d i c o s l a s con-
m i e n t o s de la t i e r r a , los d e r r u m b a m i e n t o s de c a s a s , los t r o p i e - tienen t o d a s . L a m a y o r p a r t e de los r e m e d i o s y m e d i c i n a s son

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


zos, el e s c a p a r s e las c a b a l l e r í a s , los v e n e n o s de las f r u t a s , de las otros t a n t o s t o r m e n t o s p a r a l i b r a r al h o m b r e de u n a p e n a con
a g u a s , del a i r e y de los a n i m a l e s . E n t r e éstos se c u e n t a n t a m - la a y u d a de o t r a . Y la sed, ¿ n o h a o b l i g a d o a a l g u n o s h o m b r e s
b i é n l a s m o r d e d u r a s m o r t a l e s o m o l e s t a s de l a s fieras, la r a b i a de a beber su p r o p i a o r i n a o la a j e n a ? ¿ N o h a i n d u c i d o el h a m -
u n p e r r o r a b i o s o , ese a n i m a l t a n a p a c i b l e y t a n a m i g o del h o m - bre a a l g u n o s n o sólo a a l i m e n t a r s e de c a d á v e r e s h u m a n o s , sino
b r e , q u e a veces se h a c e m á s t e m i b l e y fiero q u e los leones y los a m a t a r a sus s e m e j a n t e s con ese fin? Y, lo q u e es m á s , ¿ n o h a
d r a g o n e s y h a c e al h o m b r e q u e m u e r d e m á s t e m i b l e p a r a s u s h a b i d o m a d r e s q u e con i n c r e í b l e c r u e l d a d , fruto de u n h a m b r e
p a d r e s , esposa e h i j o s q u e la fiera m á s feroz. canina, h a n c o m i d o a sus p r o p i o s h i j o s ? E n fin, ¿ q u i é n e x p l i -
¿ Q u é m a l e s sufren los n a v e g a n t e s y c u á l e s los q u e v i a j a n cará la i n q u i e t u d del s u e ñ o , l l a m a d o p r o p i a m e n t e q u i e t u d , cuan-
a p i e ? ¿ Q u i é n p u e d e v i a j a r sin e x p o n e r s e a a l g ú n a c c i d e n t e do va a c o m p a ñ a d o de visiones e s p a n t o s a s , q u e a t e r r a n al a l m a ,
i m p r e v i s t o ? U n h o m b r e m u y s a n o , u n día, al v o l v e r de l a p l a - y sus i m a g i n a c i o n e s son t a n vivas, a u n q u e falsas, q u e n o pode-
za, c a y ó , se r o m p i ó u n a p i e r n a , y esa h e r i d a le v a l i ó la m u e r t e . mos d i s t i n g u i r l a s de l a s v e r d a d e r a s ? E n ciertas e n f e r m e d a d e s ,
¿ H a y p o s t u r a m á s s e g u r a , al p a r e c e r , q u e e s t a r s e n t a d o ? E l estas visiones f a n t á s t i c a s a t o r m e n t a n con m á s a r d o r a los q u e
s a c e r d o t e H e l í cayó de su a s i e n t o y se m a t ó . están en vela. N o h a b l o de p r o p ó s i t o de l a s i l u s i o n e s de q u e se
ó Q u é accidentes n o t e m e n los l a b r a d o r e s , m e j o r d i r í a , t o d o s sirven los d e m o n i o s p a r a e n g a ñ a r a los h o m b r e s p e r f e c t a m e n t e
los h o m b r e s , t a n t o de p a r t e del cielo y de la t i e r r a c o m o de los sanos con el fin de t u r b a r los sentidos con ese p r u r i t o de per-
a n i m a l e s n o c i v o s ? C u a n d o h a n r e c o g i d o y e n t r o j a d o su cose-

calamitas ab orbitatibus atque luctu, a damnis et damnationibus, a de- metuunt agrorum fructibus? Solent tamen de frumentis tándem collectis
ceptionibus et mendaciis hominum, a suspicionibus falsis, ab ómnibus et reconditis esse securi. Sed quibusdaim, quod novimus, proventum opti-
violentis facinoribus et sceleribus alienis? quandoquidem ab eif et de- mum frumentorum fluvius improvisus, fugientibus hominibus, de horréis
praedatio, et captivitas, et vincula, et carceres, et exsilia, et cruciatus, et eiecit atque abstulit. Contra milleformes daemonum incursus, quis in-
amputado membrorum, et privatio sensuum, et oppressio corporis ad obsce- nocentia sua fidit? quandoquidem ne quis fideret, etiam párvulos bapti-
nam libidinem opprimentis explendam, et alia multa horrenda saepe con- zatos, quibus certe nihil est innocentius, aliquando sic vexant, ut in eis
tingunt. Quid ab innumeris casibus qui forinsecus corpori formidantur, máxime Deo sinente, ista monstretur huius vitae flenda calamitas, et alte-
aestibus et frigoribus, tempestatibus, imbribus, alluvionibus, coruscatione, rius desideranda felicitas. Iam vero de ipso corpore tot existunt mor-
tonitru, grandine, fulmine, motíbus biatibusque terrarum, oppressionibus borum mala, ut nec libris medicorum cuneta comprehensa sint. Tn quorum
ruinarum, ab offensione et pavore vel etiam malitia iumentorum, a tot pluribus ac pene ómnibus etiam ipsa adiumenta et medicamenta tormen-
venenis fruticum, aquarum, aurarum, bestiarum, a ferarum vel tantum- ta sunt, ut homines a poenarum exilio poenali eruantur auxilio. Nonne
modo molestis vel etiam mortiferis morsibus, a rabie quae contingit ex ad hoc perduxit sitientes homines ardor immanis, ut urinam quoque hu-
rábido cañe, ut etiam blanda et árnica suo domino bestia nonnunquam manam vel etiam suam biberent? nonne ad hoc fames, ut a carnibus ho-
vehementius et amarius quam leones draconesque metuatur, faciatque ho- minum abstinere se non possent, nec inventos homines mortuos, sed prop-
minem, quem forte attaminaverit, contagione pestífera ita rabiosum, ut a ter hoc a se occisos, nec quoslibet alíenos, verum etiam filios matres in-
parentibus, coniuge, filiis, peius omni bestia formidetur? Quae mala pa- credibili crudelitate, quam rábida esuries faciebat, absumerent? Ipse pos-
tiuntur navigantes? quae, terrena itinera gradientes? Quis ambulat ubi- tremo somnus, qui proprie quietis nomen accepit, quis verbis explicet
cumque non inopinatis subiacens casibus? De foro quídam rediens do- saepe somniorum visis quam sit inquietus; et quam magnis, licet falsa-
mum sanis pedibus suis, cecidit, pedem fregit, et ex illo vulnere finivit ruin rerum, terroribus, quas ita exhibet, et quodammodo exprimit, ut a
hanc vitam. Quid videtur sedente securius? De sella in qua sedebat ce-
veris eas discernere nequeamus, animam miseram sensusque perturbet?
cidit Heli sacerdos, et mortuus est s ". Agricolae, imo vero omnes homi-
Qua falsitate visorum etiam vigilantes in quibusdam morbis et venenis
nes quot et quantos a cáelo et térra, vel a perniciosis animalibus casus
miserabilius agitantur: quamvis multimoda varietate fallaciae homines
i Res, 4,18.
etiam sanos maligni daemones nonnunquam decipiant talibus visis, ut.
XXII, 23 EL CIELO, FIN D8 LA CIUDAD DE DIOS 1691
1690 LA CIUDAD DE DIOS xxa, 22,4
s u a d i r la f a l s e d a d , a u n q u e n o p u e d a n r e d u c i r l o s p o r ese m e d i o
a su p a r t i d o . C A P I T U L O X X I I I
4 . S ó l o la g r a c i a del S a l v a d o r , C r i s t o n u e s t r o S e ñ o r , l i b r a
del infierno de esta v i d a m i s e r a b l e . Su m i s m o n o m b r e J e s ú s LAS MISERIAS PROPIAS DE LOS JUSTOS
significa eso, S a l v a d o r . D e b e m o s p e d i r l e , s o b r e t o d o , q u e des-
p u é s de la v i d a a c t u a l n o s l i b r e de la o t r a m á s m i s e r a b l e y eter- A m é n de estos m a l e s de la v i d a p r e s e n t e c o m u n e s a b u e n o s
na, q u e n o es v i d a , s i n o m u e r t e . A q u í a b a j o , a u n q u e h a l l e m o s y a m a l o s , los j u s t o s t i e n e n o t r o s p r o p i o s y p e c u l i a r e s , q u e
g r a n d e s s o l a c e s a n u e s t r o s m a l e s en l a s cosas s a n t a s y en l a son la g u e r r a c o n t i n u a c o n t r a l a s p a s i o n e s y u n a v i d a e n t r e ries-
i n t e r c e s i ó n d e l o s s a n t o s , s i n e m b a r g o , l o s q u e p i d e n e s a s gra- gos y p e l i g r o s . L a s r e b e l i o n e s d e l a c a r n e c o n t r a e l e s p í r i t u y
cias n o s i e m p r e l a s o b t i e n e n . L a P r o v i d e n c i a lo q u i e r e así a fin del e s p í r i t u c o n t r a la c a r n e s o n m á s o m e n o s fuertes, p e r o n o
de q u e u n m o t i v o t e m p o r a l n o lleve a s e g u i r u n a r e l i g i ó n q u e cesan n u n c a . Y, n o p u d i e n d o h a c e r n u n c a lo q u e q u e r e m o s y d a r

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


es p r e c i s o a b r a z a r m á s p o r l a otra vida, d o n d e y a n o h a b r á al t r a s t e de u n a vez con la c o n c u p i s c e n c i a m a l a , s ó l o n o s resta
m a l e s . P o r eso, la g r a c i a a y u d a a l o s m e j o r e s en m e d i o de los l u c h a r c o n t r a ella, en c u a n t o esté de n u e s t r a p a r t e , a y u d a d o s de
m a l e s , p a r a q u e los t o l e r e n t a n t o m á s f u e r t e m e n t e c u a n t o con la g r a c i a d i v i n a , y vivir en c o n t i n u a v i g i l a n c i a . E s t o h a r á que
m á s fe [ 4 5 ] . la falsa a p a r i e n c i a n o n o s e n g a ñ e , q u e el d i s c u r s o artificioso
L o s s a b i o s de este m u n d o p r e t e n d e n q u e la filosofía es útil no n o s seduzca, q u e l a s t i n i e b l a s del e r r o r n o cieguen n u e s t r o
p a r a ese p u n t o , esa filosofía q u e los dioses, s e g ú n T u l i o , d i e r o n e s p í r i t u , q u e n o t o m e m o s lo b u e n o p o r m a l o o lo m a l o p o r
en su p u r e z a a u n r e d u c i d o n ú m e r o de h o m b r e s . Y n o h a n d a d o b u e n o . Esto h a r á q u e el t e m o r n o n o s a p a r t e de h a c e r lo q u e
— a ñ a d e — n i p o d r á n d a r a los h o m b r e s u n b i e n m a y o r . E s t o d e b e m o s , q u e el deseo n o n o s l l e v e a h a c e r lo q u e n o d e b e m o s ,
p r u e b a q u e los m i s m o s a d v e r s a r i o s se ven f o r z a d o s a confesar q u e el sol n o se p o n g a s o b r e n u e s t r a i r a , q u e l a s e n e m i s t a d e s
a su m o d o q u e la g r a c i a d i v i n a es n e c e s a r i a p a r a a d q u i r i r n o n o n o s i n d u z c a n a d e v o l v e r m a l p o r m a l , q u e u n a tristeza exce-
u n a filosofía c u a l q u i e r a , s i n o la a u t é n t i c a y v e r d a d e r a . P o r tan- siva o d e s o r d e n a d a n o n o s a h o g u e , q u e n o s e a m o s i n g r a t o s p o r
to, si l a v e r d a d e r a filosofía, q u e es el ú n i c o r e c u r s o c o n t r a l a s los beneficios r e c i b i d o s y q u e los r u m o r e s maléficos n o t u r b e n
m i s e r i a s de esta v i d a , fué d a d a a u n o s p o c o s h o m b r e s , esto n u e s t r a b u e n a c o n c i e n c i a . Esto i m p e d i r á q u e h a g a m o s j u i c i o s
p r u e b a b a s t a n t e q u e l a s m i s e r i a s son l a s p e n a s a q u e están con- t e m e r a r i o s , q u e s e a m o s s u s c e p t i b l e s a los q u e h a g a n de nos-
d e n a d o s l o s h o m b r e s . Y así c o m o — s e g ú n confesión de e l l o s — otros, q u e el p e c a d o r e i n e en n u e s t r o c u e r p o m o r t a l s e c u n d a n d o
n o h a y d o n m á s p r e c i o s o q u e éste, así es p r e c i s o c r e e r q u e n o sus deseos, q u e h a g a m o s de n u e s t r o s m i e m b r o s i n s t r u m e n t o s de
p u e d e p r o c e d e r de o t r o D i o s q u e de A q u e l q u e los a d o r a d o r e s
de m u c h o s dioses r e c o n o c e n c o m o el m a y o r de t o d o s .
CAPUT XXI12
etiamsi eos per haec ad sua traducere non potuerint, sensus tamen eorum DE HIS QUAE, PHAETER IL'LA MALA QUAE BONIS MALISQUE COMMÜNIA SUNT,
solo appetitu qualitercumque persuadendae falsitatis illudant. AD IÜSTORÜM LABOREM SPECIALITER PERTINENT
4. Ab huius tam miserae quasi quibusdam inferís vitae, non liberal
nisi gratia Salvatorís Christi, Dei ac Domini nostri. Hoc enim nomen est Praeter haec autem mala huins vitae bonis marisque communia, ha-
ipse Iesus; interpretatur quippe Salvator: máxime ne post hanc miserior bent in ea iusti etiam proprios quosdam labores suos, quibus adversus
ac sempiterna suscipiat, non vita, sed mors. Nam in ista quamvis sint vitia militant, et in talium praeliorum tentationibus periculisque versantur.
per sancta ac sanctos curationum magna solatia; tamen ideo non semper Aliquando enim concitatius, aliquando remissius, non tamen desinit caro
etiam ipsa beneficia tribuuntur petentibus, ne propter hoc religio quaera- concupiscere adversus spiritum, et spiritus adversus carnem, ut non ea
tur, quae propter aliam magis vitam, ubi mala non erunt omnino ulla, quae volumus faciamus °", omnem malam concupiscentiam consumendo;
quaerenda est: et ad hoc meliores quosque in his malis adiuvat gratia, ut sed eam nobis, quantum divinitus adiuti possumus, non ei consentiendo
quanto fideliore, tanto fortiore corde tolerentur. Ad quam rem etiam phi- subdamus, vigiliis continuis excubantes, ne opinio veri similis fallat, ne
losophiam prodesse dicunt docti huius saeculi, quam dii quibusdam pall- decipiat sermo versutus, ne se tenebrae alicuius erroris offundant, ne quod
éis, ait Tullius, veram dederunt. Nec hominibus, inquit, ab his aut datum bonum est malum, aut quod malum est bonum esse credatur, ne ab his
est donum maius, aut potuit ullum dari: usque adeo et ipsi, contra quos quae agenda sunt metus revocet, ne in ea quae agenda non sunt cupido
agimus, quoquo modo compulsi sunt in habenda, non quacumque, sed vera praecipitet, ne super iracundiam sol occidat"', ne inimicitiae provocent
philosophia divinam gratiam confiten. Porro si paucis divinitus datum ad retributionem mali pro malo, ne absorbeat in honesta vel immoderata
est verae philosophiae contra miserias huius vitae unicum auxilium, satis tristitia, ne impertiendorum beneficiorum ingerat mens ingrata torporem,
et hinc apparet humanum gemís ad luendas miseriarum poenas esse dam- ne maledicis rumoribus bona conseientia fatigetur, ne temeraria de alio
natum. Sicut autem hoc, ut fatentur, nullum divinum maius est donum,
sic a nullo deo dari credendum est, nisi ab illo, quo et ipsi qui multos *" G a l . 5,17.
" K p h . 4,36.
déos colunt, nullum dicunt esse maiorem.
XXXI, 24, 1 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1693
1692 w CIUDAD DE DIOS XXII, 23

iniquidad para el pecado, que el ojo siga los deseos desordena-


dos, que nos venza el ansia de venganza, que detengamos nuestra CAPITULO XXIV
imaginación en cosas ilícitas. En fin, esto impedirá que oigamos
de buen grado palabras injuriosas o deshonestas, que hagamos TAMBIÉN LA VIDA TIENE SUS ENCANTOS, BIENES RECIBIDOS
lo ilícito aunque nos agrade, que esperemos de nuestras pro- DEL CREADOR
pias fuerzas la victoria en esa guerra tan llena de peligros y de
pesares, o que, una vez lograda, la atribuyamos a nuestro 1. Ahora debemos alabar la justicia del Creador en las
poder y no a la gracia de Aquel de quien dice el Apóstol: mismas miserias que afligen al género humano, al considerar
Demos gracias a Dios, que nos ha dado la victoria por nuestro la inmensidad de bienes de que ha colmado la bondad de Dios
Señor Jesucristo. Y en otro lugar: En medio de todo esto la presente vida. En primer lugar no quiso impedir después
triunfamos por la gracia de aquel que nos amó. Pero no olvi- del pecado los efectos de la bendición que hizo a los hombres

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


demos que, por más fuerza y virtud que empleemos en oponer- con estas palabras: Creced y multiplicaos y llenad la tierra.
nos a los vicios y aunque triunfemos y los sometamos, mientras La fecundidad subsistió en esa raza justamente condenada.
estemos en este cuerpo, no pueden caérsenos de la boca estas Y, aunque el pecado nos impuso la necesidad de morir, no nos
palabras por alguna ofensa hecha a Dios: Perdónanos nuestras ha podido quitar esta virtud admirable de los gérmenes, ni esa
deudas. virtud, más admirable aún, que produce los mismos gérmenes
Mas en aquel reino en que permaneceremos eternamente, ves- y que está profundamente enraizada y como engastada en el
tidos de cuerpos inmortales, no libraremos más guerras ni ten- cuerpo humano. Y en este río o corriente que va engrosando las
dremos más deudas, que nunca hubieran existido si nuestra generaciones humanas, corren parejas el mal, que procede del
naturaleza se hubiera mantenido en la rectitud en que fué padre, y el bien, que es don del Creador. En el mal original
creada. Así, este nuestro combate, en el que corremos riesgo hay dos cosas: el pecado y la pena. Y otras dos en el bien: la
y del que deseamos vernos libres por la victoria final, integra propagación y la conformación. Ya he hablado bastante en lo
los males de esta vida, que hemos visto, por las miserias ci- tocante a mi intención de los males, o sea del pecado, que es
tadas, que está condenada por decreto divino. fruto de nuestra audacia, y de la pena, que es efecto del juicio
de Dios. Ahora me he propuesto hablar de los bienes que Dios
suspicio nos riostra decipiat, ne aliena de nobis falsa nos frangat, ne ha comunicado o comunica a la naturaleza, viciada y condena-
regnet peccatum in nostro mortali corpore ad obediendum desideriis eius,
ne niembra nostra exhibeantur iniquitatis arma peccato 62, ne oculus se-
quatur concupiscentiam, ne vindicandi cupiditas vincat, ne in eo quod CAPUT XXIV
male delectat, vel visio vel cogitatio remoretur, ne improbum aut indecens vi
verbura libenter audiatur, ne fiat quod non licet, etiamsi líbet, ne in hoo
DE BONIS QUIBUS ETIAM HANC VITAM DAMNATIONI OBNOXIAM
bello laborum periculorumque plenissimo vel de viribus nostris speretur
CREATOR IMPLEVIT
facienda victoria, vel viribus nostris facta tribuatur, sed eius gratiae, de
quo ait Apostolus: Gracias autem Deo, qtú dat nobis victoriam per Do- 1. Iam nune considerandum est, hanc ipsam miseriam generis hu-
minum nostrum Iesum Ckristum 6S. Qui et alio loco, In his, inquit, ómni- mani, in qua laudatur iustitia punientis, qualibus et quam multis im-
bus supervincimus per eum qui dilexit nos " . Sciamus tamen quantalibet pleverit bonis eiusdem bonitas, cuneta quae creavit administrantis. Pri-
virtute praeliandi vitiis repugnemus, vel etiam vitia superemus et subiu- mum benedictionem illam quam protulerat ante peccatum, dicens, Cresci-
gemus, quamdiu sumus in hoc corpore, nobis deesse non posse unde di-
te, et multiplicamini, et replete terram ", nec post peccatum voluit inhi-
camus Deo, Dimitte nobis debita nostra 6b. In illo autem regno ubi sem-
per cum corporibus immortalibus erimus, nec praelia nobis erunt ulla, bere, mansitque in stirpe damnata donata fecunditas; nec illam vim
nec debita; quae nusquam et nunquam essent, si natura nostra, sicut mirabilem seminum, imo etiam mirabiliorem qua efficiuntur et semina,
recta creata est, permaneret. Ac per hoc etiam noster iste conflictus, in inditam corporibus humanis et quodammodo intextam, peccati vitium
quo periclitamur, et de quo nos victoria novissima cupimus liberari, ad potuit auferre, quo nobis impacta est etiam necessitas mortis: sed utrum-
vitae huius mala pertinet, quam tot tantorumque testimonio malorum pro- que simul currit isto quasi fluvio atque torrente generis humani; malum
bamus esse damnatam. quod a párente trahitur, et bonum quod a creante tribuitur. In originali
malo dúo sunt, peccatum atque supplicium: in originali bono alia dúo,
B¿
' Rom. 6,12.13. propagatio et conformatio. Sed quantum ad praesentem pertinet inten-
•" i Cor. 15,57. tionem nostram, de malis, quorum unum de nostra venit audacia, id est
"554 Rom. 8,37. peccatum, alterum de iudicio Dei, id est supplicium, iam satis diximus.
Mt. 6,«. Nune de bonis Dei, quae ipsi quoque vitiatae damnataeque naturae con-
tulit, sive usque nune confert, dicere instituí. Ñeque enim damnando aut
66
Gen. 1,28.
1694 ' LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 24, 2
X X I I , 24, 3 EL CIEI,O, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1695
d a . A l c o n d e n a r l a , n i la p r i v ó de c u a n t o le h a b í a d a d o — d e o t r a
s u e r t e ya n o s e r í a — n i la i n d e p e n d i z ó de su p o d e r al s u j e t a r l a p o b l a r la t i e r r a de h o m b r e s , p o d í a c r e a r l o s a t o d o s c o m o c r e ó
al d e m o n i o p a r a c a s t i g a r l a , p u e s n o h a e n a j e n a d o de su i m p e r i o el p r i m e r o . A l p r e s e n t e el h o m b r e y l a m u j e r p u e d e n c o h a b i t a r ,
ni al m i s m o d e m o n i o . L a n a t u r a l e z a del d i a b l o n o subsis- p e r o n o e n g e n d r a r , sin l a acción c r e a d o r a de D i o s . C o m o dice
liría sin A q u e l q u e es en s u m o g r a d o y es el p r i n c i p i o de el A p ó s t o l de la c r e a c i ó n e s p i r i t u a l q u e c o n s t i t u y e a l h o m b r e
todo ser. en l a p i e d a d y en l a j u s t i c i a : Ni el que planta es algo ni el que
2. D e esos dos b i e n e s q u e m a n a n de su b o n d a d c o m o de riega, sino Dios, que da el incremento, así p u e d e d e c i r s e en l a
u n a fuente a b u n d a n t e y caen s o b r e la n a t u r a l e z a v i c i a d a p o r él u n i ó n c o n y u g a l : N i el q u e c o h a b i t a es a l g o n i el q u e s i e m b r a ,
p e c a d o y c o n d e n a d a p o r p e n a , el p r i m e r o , la p r o p a g a c i ó n , lo s i n o D i o s , q u e da el ser. O t a m b i é n : N i l a m a d r e q u e l l e v a en
d i o al b e n d e c i r al h o m b r e d e s p u é s de su c r e a c i ó n . E l d í a sép- su seno lo c o n c e b i d o es a l g o , sino D i o s , q u e le d a el crecimien-
t i m o d e s c a n s ó de esas p r i m e r a s o b r a s . L a c o n f o r m a c i ó n r a d i c a t o . E l s o l o , p o r la acción q u e o b r a h a s t a a h o r a , h a c e q u e l a s
en esa a c c i ó n s u y a q u e c o n t i n ú a h a s t a a h o r a . Si s u b s t r a e su s e m i l l a s d e s p l i e g u e n sus n ú m e r o s y s a l g a n d e s u s p l i e g u e s la-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


p o d e r eficaz a los seres, n o p o d r á n ni d e s a r r o l l a r s e , n i c o m p l e - tentes e i n v i s i b l e s p a r a e x p o n e r a n u e s t r o s ojos l a s b e l l e z a s
t a r la d u r a c i ó n de sus m e d i d o s m o v i m i e n t o s , n i c o n s e r v a r el ser v i s i b l e s q u e a d m i r a m o s . E l solo u n e de u n m o d o m a r a v i l l o s o
q u e r e c i b i e r o n . D i o s c r e ó al h o m b r e y le d i o c i e r t a f e c u n d i d a d la n a t u r a l e z a c o r p ó r e a y l a i n c o r p ó r e a , u n a p a r a m a n d a r y o t r a
p a r a p r o p a g a r s e , y a esto le i n d u c í a el p o d e r , n o l a n e c e s i d a d . p a r a o b e d e c e r , y h a c e el ser a n i m a l . E s t a o b r a es t a n a d m i r a b l e
El q u i t ó este p o d e r a los h o m b r e s que q u i s o , h a c i é n d o l o s esté- y t a n e s t u p e n d a , q u e n o sólo el h o m b r e , q u e es u n a n i m a l ra-
riles, sin q u e esto v a y a en m e n o s c a b o del g é n e r o h u m a n o en la c i o n a l , y, p o r c o n s i g u i e n t e , m á s e x c e l e n t e y n o b l e q u e t o d o s
b e n d i c i ó n a los dos p r i m e r o s p a d r e s . N o o b s t a n t e , a u n q u e esta los d e m á s a n i m a l e s t e r r e n o s , s i n o h a s t a l a m á s d i m i n u t a mos-
f a c u l t a d se h a y a d e j a d o al h o m b r e , a p e s a r del p e c a d o , n o es q u i l l a n o p u e d e ser a t e n t a m e n t e c o n s i d e r a d a sin s o r p r e n d e r la
tal c u a l h u b i e r a s i d o d e n o h a b e r p e c a d o . P o r q u e , d e s p u é s q u e m e n t e y m o v e r a a l a b a r al C r e a d o r .
e] h o m b r e , e l e v a d o a h o n o r , d e l i n q u i ó , se a s e m e j ó a las b e s t i a s 3 . E l es q u i e n dio al a l m a h u m a n a esa m e n t e en la q u e
y e n g e n d r a c o m o e l l a s , c o n s e r v á n d o s e s i e m p r e en él u n a cente- la r a z ó n y la i n t e l i g e n c i a están c o m o d o r m i d a s en el infante,
llica de r a z ó n q u e h a c e a p a r e c e r l a i m a g e n d e D i o s e n é l . M a s , c o m o si n o e x i s t i e r a n , p a r a d e s p e r t a r y e j e r c i t a r s e con l a e d a d .
si la c o n f o r m a c i ó n n o se u n i e r a a la p r o p a g a c i ó n , t a m p o c o e l l a E n t o n c e s se c a p a c i t a r á p a r a a d c m i r i r l a ciencia y l a d o c t r i n a
p r o c e d i e r a c o m o es d i g n o de la f o r m a s u b s t a n c i a ] de su g é n e r o . y se h a b i l i t a r á p a r a la p e r c e p c i ó n de la v e r d a d y p a r a el a m o r
Si los h o m b r e s n o h u b i e r a n c o h a b i t a d o y D i o s h u b i e r a q u e r i d o del b i e n . Con esa c a p a c i d a d l o g r a r á l a s a b i d u r í a y a d q u i r i r á

la rationis, in qua factus est ad imaginem Dei. Huic autem propagationi


totum abstulit quod dederat, alioquin nec esset omnino; aut eam removit
si conformatio non adhiberetur, nec ipsa in sui generis formas modosque
a sua potesfate, etiam cum diabolo poenaliter subdidit, cum nec ipsum
procederet. Si enim non concubuissent nomines^ et nihilo minus Deus
diabolum a suo alienaverit imperio; quandoquidem ut ipsius quoque dia-
vellet implere térras hominibus; quomodo creavit unum sine commixtione
boli natura subsistat, ille facit qui summe est, et facit esse quidquid ali-
maris et feminae, sic posset omnes: concumbentes vero nisi illo creante
quo modo est.
generantes esse non possunt. Sicut ergo ait Apostolus de institutione
2. Duorum igitur illorum, quae diximus bona etiam in naluram pec- spirituali, qua homo ad pietatem iustitíamque formatur. Ñeque qui planta!
cato vitiatam supplicioque damnatam de bonítatis eius quodam veluti est aliquid, ñeque qui rigat; sed qui incrementum dat Deus"" ita etiam
fonte manare, propagationem in primis mundi operibus benedictione lar- hic dici potest, Nec qui concumbit, nec qui seminat, est aliquid: sed qui
gitus est, a quibus operibus die séptimo requievit. Conformatio vero in format Deus. Nec mater quae conceptum portat, et partum nutrit, est
illo eius est opere, quo usque nunc operatur "'. Efficacem quippe poten- aliquid; sed qui incrementum dat Deus. Ipse namque operatione, qua nunc
tiam suam si rebus subtrahat, nec progredi poterimt et suis dimensis mo- usque operatur, facit ut números suos explicent semina, et a quibusdam
libus peragere témpora, nec prorsus in eo quod creatae sunt aliquatenus latentibus atque invisibilibus involucris in formas visibiles huius quod
permanebunt. Sic ergo creavit hominem Deus, xtt illi adderet fertilitatem aspicimus decoris evolvant. Ipse incorpoream corporeamque naturam, illam
quamdam, qua nomines alios propagaret, congenerans eis ipsam etiam praepositam, istam subiectam, miris modis copulans et connectens, ani-
propagandi possibilitatem, non necessitatem, quibus tamen voluit homi- mantem facit. Quod opus eius tam magnum et mirabile est, ut non Solum
nibus abstulit eam Deus, et steriles fuerunt: non tamen generi humano in nomine, quod est animal rationale, et ex hoc cunctis terrenis animan-
abstulit semel datam primis duobus coniugibus benedictionem generandi. tibus excellentius atque praestantius, sed in qualibet minutissima muscula
Haec ergo propagatio quamvis peccato ablata non fuerit, non tamen etiam bene consideranti stuporem mentis ingerat, laudemque pariat Creatoris.
ipsa talis est, qualis fuisset, si nemo peccasset. Ex quo enim homo in 3. Ipse ¡taque animae humanae mentem dedit, ubi ratio et intelligen-
honore positus, posteaquam deliquit, comparatus est pecoribus 6S , simi- tia in infante sopita est quodammodo, quasi nulla sit, excitanda scilicet
liter generat: non in eo tamen penitus exstincta est quaedam velut scintil- atque exserenda aetatis accessu, qua sit scientiae capax atque doctrinae,
" l o . 6,17. et habilis perceptioni veritatis et amoris boni: qua capacitate hauriat sa-
" P s . 48,13.
»» j Cor. 3,7.
X X I I , 24, 4 EL CIELO, KIN DB LA CIUDAD DE DIOS 1697
1696 IA CIUDAD DB DIOS X X H , 24, 3
entre los cuales destacan la palabra y la escritura! ¡Qué ri-
las virtudes, la prudencia, la fortaleza, la templanza y la jus-
queza de adornos en la elocuencia y en la poesía para deleitar
ticia, para combatir los errores y ios demás vicios naturales.
el espíritu! Y para agradar al oído, ¡cuántos instrumentos de
Los vencerá únicamente con el deseo del Bien inmutable y
música y qué diversidad de cantos ha compuesto! ¡Qué admi-
sumo [ 4 6 ] . Y aunque esa capacidad no consiga sus efectos,
rable conocimiento de las medidas y de los números! Y ¡qué
¿quién podrá expresar o solamente concebir la grandeza del
sagacidad en el descubrimiento de las armonías y de los giros
bien encerrado en esta maravillosa obra del Omnipotente?
de los astros! En fin, ¿quién podría decir todos los conocimien-
Fuera del arte del bien vivir y de arribar a la felicidad in- tos de que se ha enriquecido el espíritu, tocantes a las cosas na-
mortal, arte sublime que se llama virtud, y que la gracia de turales, sobre todo si quisiéramos insistir en cada uno en par-
Dios por Jesucristo da a los hiios de la promesa y del reino, ticular, no referirlas todas en general? Y ¿quién se bastará a
el ingenio humano, ¿no ha inventado y probado una infinidad ponderar la grandeza de ingenio que han mostrado filósofos y
de artes, en parte necesarias y en parte deleitosas, que hacen herejes al defender sus errores y falsedades? Al presente ha-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


ver que un entendimiento tan excelente y extendido en cosas blamos de la naturaleza de la mente humana, como dote de la
superfluas, peligrosas y hasta nocivas, tiene un gran fondo de vida mortal, no de la fe y del camino de la verdad, con las
bien con su naturaleza, pues con él ha podido inventar, apren- cuales se adquiere la vida inmortal. Es cierto que una natura-
der y ejercitar todo eso? leza tan excelente, teniendo a Dios por autor y administrador,
i Cuánto ha progresado en la agricultura y en la jiavega- sumamente justo y poderoso, nunca jamás hubiera caído en es-
ción! ¡Cuánta imaginación y perfección derrochada en vasos tas miserias, si por estas miserias no incurriera en las eternas,
de todas las formas y en la variada policromía de estatuas y exceptuados los justos que son librados, si no hubiera precedi-
pinturas! ¡Qué maravillas ha compuesto y llevado a las tablas, do en el primer hombre, del que procedemos los demás, un pe-
extrañas para los espectadores e increíbles para los oyentes! cado enorme en demasía.
¡Cuáles y cuántos recursos y arterías para cazar, matar y
4. Si consideramos nuestro cuerpo—aunque muere como
domar a las bestias salvajes! ¡Cuántas clases de venenos, de
el de las bestias y es más débil que el de muchas de ellas—,
armas, de máquinas, han inventado los hombres contra los hom-
¡cuánta bondad y cuánta providencia de Dios brilla en cada
bres mismos! ¡Cuántos remedios o medicinas para conservar o
una de sus partes! Los órganos de los sentidos y los demás
recobrar la salud! ¡Cuántos condimentos y manjares exquisitos
miembros, ¿no están tan bien dispuestos, y su belleza, su for-
ha preparado para el placer de la boca y para excitar el apeti-
ma y su modo tan bien ordenados, que indican a las claras que
to! ¡Qué diversidad de signos para expresar los pensamientos,
fueron hechos para el servicio de un alma racional? El hombre

pientiam virtutibusque sit praedita, quibus prudenter, fortiter, temperan- dinem varietatemque signorum, ubi praecipuum locum verba et litterae
tes et iuste, adversus errores et caetera ingenerata vitia dimicet, eaque tenent; ad delectan dos ánimos, quos elocutíp'nis ornatus, quam diverso-
nullius reí desiderio nisi boni illius summi atque immutabilis vincat. Quod rum carminum copiam; ad mulcendas aures, quot organa música, quos
etsi non faciat, ipsa talium bonorum capacitas in natura rationali divinitus cantilenae modos excogitaverit: quantam peritiam dimensionum atque nu-
instituta quantum sit boni, quam mirabile opus Omnipotentis, quis com- merorum, meatusque et ordines siderum quanta sagacitate comprehende-
peten ter effatur, aut cogitat? Praeter enim artes bene vivendi et ad im- rit: quam multa rerum mundanarum cognitione se impleverit, quis possit
mortalem perveniendi felicitatem, quae virtutes vooantur, et sola Dei gra- eloqui, máxime si velimus non acervatim cuneta congerere, sed in singulis
tia, quae in Christo est, filiis promissionis regnique donantur, nonne hu- immorari? In ipsis postremo erroribus et falsitatibus defendendis, quam
mano ingenio tot tantaeque artes sunt inventae et exercitae, partim ne- magna claruerint ingenia philosophorum atque haereticoruin, quis aesti-
cessariae, partim voluptariae, ut tam excellens vis mentís atque rationis mare sufficiat? Loquimur enim nunc de natura mentís humanae, qua
in his etiam rebus quas superfluas, imo et periculosas perniciosasque appe- ista vita mortalis ornatur, non de fide atque itinere veritatis, qua illa
tit, quantum bonum habeat in natura, unde ista potuit vel invenire, vel immortalis acquiritur. Huius tantae naturae conditor cuín sit utique Deus
discere, vel exercere, testetur? Vestimentorum et aedificiorum ad opera verus et summus, ipso cuneta quae fecit administrante et summara potes-
quam mirabilia, quam stupenda, industria humana pervenerit: quo in tatem summamque habente iustitiam, nunquam proferto in has miserias
agricultura, quo in navigatione profecerit; quae in fabricatione quorum- decidisset, atque ex his, praeter eos solos qui liberabuntur, in aeternas
que vasorum, vel etiam statuarum et picturarum varietate excogitaverit et esset itura, nisi nimis grande pe'ccatum in homine primo, de quo caeteri
impleverit; quae in theatris mirabilia spectantibus, audientibus incredibi- exorti sunt, praecessisset.
lia facienda et exhibenda molita sit; in capiendis, occidendis, domandis 4. Iam vero in ipso corpore, quamvis nobis sit cum belluis mortali-
irrationalibus animantibus quae et quanta repererit: adversus ipsos nomi- tate commune, multisque earum reperiatur infirmius, quanta Dei bonitas,
nes tot genera venenorum, tot armorum, tot machinamentorum, et pro sa- quanta providentia tanti Creatoris apparet? Nonne ita sunt in eo loca
lute mortali hienda atque reparanda quot medicamenta atque adiumenta sensuum et caetera membra disposita, speciesque ipsa ac figura et statura
comprehenderit: pro voluptate faucium quot condimenta et gulae irrita- totius corporis ita modifícala, ut ad minísterium animae rationalis se in-
menta repererit: ad indicandas et suadendas cogitationes, quam multitu-
S. Ag. ib 54
I60S LA CIUDAD DE DIOS x x n , 24,4
X X I I , 24, 5 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS Jggg
no lia sido inclinado hacia la tierra como los animales irracio-
nales, sino que la forma de su cuerpo, firme y erguida, le ad- belleza, se descubriría algo tan bello, que la razón que usa
vierte que guste las cosas de arriba. Además, es¿ maravillosa de los ojos lo preferiría a esa belleza aparente que agrada i»
agilidad dada a la lengua y a las manos para hablar, y para la vista.
escribir, y para ejecutar tantas obras de arte, ¿ n o muestran Hay algunas partes en el cuerpo que solamente son para
acaso lo bastante a qué alma debe servir tal cuerpo? Aunque ornato y no tienen utilidad, como son las mamilas en el hom-
el hombre no tuviera necesidad de obrar, la armonía de sus bre y la barba. Y que no son para defensa, sino para ornato en
partes es tan perfecta y sus proporciones tan hermosas, que es el hombre, lo indican esos rostros lampiños de l a s mujeres, a
difícil definir si, al crearlo, Dios tuvo más en cuenta la utilidad los que en realidad, por ser más débiles, les sería más necesaria
que la belleza. Verdad es que en el cuerpo no hallamos nada la defensa. Si, pues, no hay miembro alguno de los que vemos
útil que no sea a la vez bello. Esto nos resultaría más claro si (y nadie duda de ello) que, siendo útil, no sea a la vez decoroso,

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


conociéramos los números y las medidas que unen entre sí to- y hay algunos sólo decorosos, no útiles, estimo que es fácil com-
das las partes. Quizá a base de esfuerzos la industria humana prender que en la creación del cuerpo se antepuso la dignidad
pudiera descubrir algo por lo que ve de fuera. Empero, los a la necesidad [ 4 7 ] . La necesidad pasará y vendrá el tiempo
miembros ocultos y alejados de nuestra mirada, como la unión en que gocemos sólo de la belleza mutua sin ninguna concu-
de las venas, de los nervios y de los músculos y fibras, nadie piscencia. Este es el objeto más digno de las alabanzas del
puede conocerlos. En efecto, aunque la cruel diligencia de los Creador, al que se dice en un salmo: Te has revestido de gloria
médicos llamados anatomistas despedacen los cadáveres o los y de decoro.
cuerpos de quienes se les mueren entre las manos, y corten, y
5. Y ¿en qué discurso podrá encarnarse esa hermosura y
examinen, y busquen y rebusquen en las carnes humanas, asaz
utilidad otorgada por la liberalidad de Dios, que sin duda no
inhumanamente por cierto, 'todos los entresijos para saber qué,
falta en el hombre, aunque arrojado entre miserias y trabajos
cómo y en qué lugares debe hacerse la cura, con todo, los nú-
y condenado a ellos? Yo hablaría de la variada hermosura del
meros de que hablo, que componen interior y exteriormente
cielo y de la tierra y del m a r ; de la abundancia y majestuosi-
esa coaptación que se llama en griego dpuovía, tanto del cuerpo
dad de la luz, del sol, de la luna y de las estrellas; de las fron-
en general como de sus órganos en particular, ¿qué diré?, na-
dosidades de los bosques, de los colores y de los olores de las
die ha podido hallarlos, porque nadie ha osado buscarlos. Si
flores, de la diversidad y muchedumbre de aves parleras y pin-
pudieran ser conocidos en las mismas entrañas, al parecer sin
tadas, de esos mil géneros de animales, tanto más maravillosos
dicet factum? Non enim ut animalia rationis expertia prona esse videmus
cuanto más pequeños (pues admiramos más el cuerpo de las:
in terram, ita creatus est homo: sed erecta in caelum corporis forma admo-
net eum quae sursum sunt sapere. Porro mira mobilitas, quae linguae ac ret pulchritudo rationis, ut omni formae apparenti quae oculis placet.
manibus attributa est, ad loquendum et scribendum apta atque conve- ipsius mentís, quae oculis Utitur, praeferretur arbitrio. Sunt vero quaedam
niens, et ad opera artiuní plurimarum officiorumque complenda, nonne ita posita in eorpore, ut tantummodo decorem habeant, non. et usum: sicut
-satis ostendit, quali animae ut serviret tale sit corpus adiunctum? Quan- habet pectus virile mamillas, sicut facies barbam, quam non esse muni-
quam et detractis necessitatibus operandi, ita omnium partium congruen- mento, sed virili ornamento, indicant purae facies feíninarum, quas utiqu»
tia numerosa sit, et pulchra sibi parilitate respondeat, ut nescias utrum infirmiores muniri tutius conveniret. Si ergo nullum membrum est, in his
in eo condendo maior sit utilitatis habita ratio, quam decoris. Certe enim quidem conspicuis (unde ambigit nemo), quod ita sit alicui operi accom-
nihil creatum videmus in corpore utilitatis causa, quod non habeat etiam modatum, ut non etiam sit decorum; sunt autem nonnulla, quorum solura
decoris Iocum. Plus autem nobis id appareret, si números mensurarum, decus, et nullus est usus: puto facile intelligi in conditione corporis digni.
quibus inter se cuneta connexa sunt et coaptata, nossemus: quos forsitati tatem necessitatz fuisse praelatam. Transitura est quippe necessitas, tetii-
data opera in his quae foris eminent, humana posset vestigare solertia; pusque venturum quahdo sola invicém pulchritudine sine uüa libídine per-
quae vero tecta sunt, atque a nostris remota conspectibus, sicuti est tanta fruamur: quod máxime ad laudem referendum est Conditoris, cui dicitur
perplexitas venarum atque nervorum et viscerum, secreta vitaliuni, inve- in Psalmo, Confessionem et decorem induisti,0.
nire nullus potest. Quia etsi medicorum diligentia nonnulla crudelis, quos 5. Iam caetera pulchritudo et utilitas creaturae, quae homini, licet in
anatómicos appellant, laniavit corpora mortuorum, sive etiam inter manus istos labores miseriasque proiecto atque damnato, spectanda atque sumen-
secantis perscrutantisque morientium, atque in carnibus humanis satis in- do divina largitate concessa est, quo sermone terminari potest? in caeli
humano abdita cuneta rimata est, ut quid, et qúomodo, quibus locis cu- et terrae et maris multimoda et varia pulchritudine, in ipsius lucis tanta
randum esset addisceret; números tamen de quibus loquor, quibu;- copia tamque mirabili specie, in solé ac luna et sideribus, in opacitatibus
coaptatio, quae áptiovice graece dicitur, tanquam cuiusdam organi, extrin- nemorum, in coloribus et odoribus florum, in diversitate ac multitudirte
secus atque intrinsecus totius corporis constat, quid dicam, nemo valuit volucrum garrularum atque pictarum, in multiformi specie tot tantorum-
invenire, quos nemo ausus est quaerere? Qui si noti esse potuissent, in que animantium, quorum illa plus habent admirationis, quae niolis mí-
interioribus quoque visceribus, quae nullum ostendant decus, ita delecta- nimum (plus enim formícularum et apicularam opera stupemus, quam
' » F¡?. 103,1
\

1700 LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 24, 5 XXH, 25 EL CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1701

hormigas y de las abejas que el inmenso cuerpo de las balle- cosa? ¿Qué seremos cuando se cumpla esta promesa? ¿Cómo
n a s ) ; del enorme espectáculo del mar cuando se viste su traje seremos? ¿Qué bienes recibiremos en aquel reino, habiendo
de mil colores, a veces verde con varios matices, a veces púrpu- recibido ya por prenda la muerte de Cristo? ¿Cómo estará el
ra, a veces azul. ¡Con qué placer se le contempla también espíritu del hombre sin vicios a los que esté sometido y a los
cuando se enfurece, y luego nace la calma, porque recrea al que se rinda, ni pasiones que combatir ni siquiera loablemente,
espectador con tal que no abata y combata al navegante! [ 4 8 ] . en un estado de paz perfecta? ¡Cuánta, cuan hermosa y cuan
¿Qué diré de la diversidad de manjares contra el hambre y de cierta será la ciencia de todas las cosas sin error y sin trabajo
los diferentes condimentos que nos ofrece la liberalidad de la allí donde la sabiduría sea bebida en su fuente con suma feli-
naturaleza contra el fastidio sin recurrir al arte culinario? cidad y sin dificultad! ¿Cómo será el cuerpo cuando, plena-
¡Cuántos remedios para conservar y recobrar la salud! ¡Cuan mente sometido al espíritu y suficientemente vivificado Dor él,
agradable la alternación del día y de la noche! ¡Cuan suave el no tenga necesidad de alimentos? No será ya animal, sino

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


oreo de las auras! ¡Cuánto material nos ofrecen los árbo- espiritual, conservando, es pierto, la substancia de la carne,
les y los animales para la confección de vestidos! ¿Quién puede pero exento de toda corrupción carnal [ 4 9 ] .
describirlo todo? Si quiera ampliar cada una de estas cosas
que he reducido y encuadrarla en estas líneas, ¿cuánto tiempo
me llevaría cada u n a ? CAPITULO XXV
Todo esto son solaces de los miserables y condenados, no
premios de los bienaventurados. ¿Cuáles serán, pues, los pre- PERTINACIA Y OBSTINACIÓN DE ALGUNOS EN IMPUGNAR LA RESU-
mios, si son tales y tales los solaces? ¿Qué dará Dios a los que RRECCIÓN DE LA CARNE CONTRA EL SENTIR UNÁNIME DEL MUNDO
predestinó a la vida, si dio esto a los que predestinó a la
muerte? ¿De qué bienes colmará en la vida dichosa a aquellos Los más famosos filósofos están acordes con nosotros sobre
por quienes quiso que su Hijo unigénito padeciera hasta la los bienes que el alma dichosa gozará después de esta vida.
muerte tantos males en esta vida miserable? De aquí que el Combaten, sin embargo, la resurrección de la carne y la niegan
Apóstol, hablando de los predestinados al reino de los cielos, con todas sus fuerzas. El gran número de los que la creen hace
diga: El que no perdonó a su propio Hijo, sino que lo entregó reducir enormemente el número de los que la niegan. Doctos
por todos nosotros, ¿cómo no nos dará con él cualquier otra e indoctos, sabios e ignorantes, se convirtieron fielmente a Cris-
to, que ha mostrado su resurrección—verdad que a los incrédu-
immensa corpora balaenarum); in ipsius quoque maris tam grandi spec- los parece absurda—. El mundo creyó la predicción de Dios, v
taculo, cum sese diversis coloribus induit velut vestibus, et aliquando vi-
ride, atque hoc multis modis, aliquando purpureum, aliquando caeruleum regno accepturi sumus, quandoquidem Christo moriente pro nobis tale
est. Quam porro delectabiliter spectatur etiam quandocumque turbatur, et iam pignus accepimus? Qualis erit spiritus hominis, nullum oimiino ha-
fit inde maior suavitas, quia sic demulcet intuentem, ut non iactet et beos vitium, nec sub quo iaceat, nec cui cedat, nec «pntra quod saltem
quatiat navigantem? Quid ciborum usquequaque copia contra famem? laudabiliter dimicet, pacaíissima virtute perfectus? Rerum ibi omnium
quid saporum diversitas contra fastidium, naturae diffusa divitiis, non quanta, quam speciosa, quam certa scientia, sine errore aliquo vel labore,
coquorum arte ac labore quaesita? Quanta in tam multis rebus tuendae ubi Dei sapientia de ipso suo fonte potabitur, cum summa felicítate, sine
ac recuperandae salutis auxilia? Quam grata vicissitudo diei alternantis ulla diff¡cuítate? Quale erit corpus, quod omni modo spiritui subditum,
et noctis? Aurarum quam blanda temperies? In fructicibus et pecoribus et eo sufficienter vivificatum, nullis alimoniis indigebit? Non enim aní-
indumentorum conficiendorum quanta materies? Omnia commemorare quis male, sed spiritualé erit, habens quidem carnis, sed sine ulla earnali eof-
possit? Haec autem sola, quae a me velut in quemdam aggerem sunt ruptione substantiam.
coarctatá, si vellem velut colligata involucra solvere atque discutere, quan-
ta mihi mora esset in singulis, quibus plurima continentur? Et haec
omnia miserorum sunt damnatorumque solatia, non praemia beatorum. CAPUT XXV
Quae igitur illa sunt, si tot ac talia ct tanta sunt ista? Quid dabit eis
n* D E PERVKACIA QUOHUMDAM, QUI RESUKRECTIONEM CARNIS, QUAM, SICDT
quos praedestinavit ad vitam, qui haec dedit etiam eis quos praedestinavit
PKAEDICTUM EST, TOTUS MUNUUS CREDIT, IMPUGNANT
ad moitem? quae bona in illa beata vita faciet eos suniere, pro quibus
in hac misera unigenitum Filium suum voluit usque ad mortem mala Verum de animi bonis, quibus post hanc vitam beatissimus perfruetur,
tanta perferre? Unde apostolus de ipsis in illud regnum praedestinatis non a nobis dissentiunt philosophi nobiles: de carnis resurrectione con-
loquens, Qui proprio, inquit, Filio non pepercit, sed pro nobis ómnibus tendunt; hanc quantum possunt negant. Sed credentes multi, negantes
tradidit eum, quomodo non ct cum illo omnia nobis donabit". Cum haec paucissimos reliquerunt, et ad Christum, qui hoc quod istis videtur absur-
promissio complebitur, quid erimus? quales erimus? Quae bona in illo dum, in sua resurrectione monstravit, fideli corde conversi sunt. docti et
" R o m . ?,;,!.
indocti, sapientes mundi et insipientes. Hoc enim credidit mundus, quod
1702 XXTI, 26 El CIELO, FIN BE U CIUDAD DE DIOS 1703
W CIUDAD DE DIOS X X I I , 25
la fe del mundo en esta verdad también estaba predícha. Estas ¿Cómo demuestran que esto es m a l o ? Allí no habrá co-
predicciones no pueden atribuirse a los maleficios de Pedro, rrupción alguna, único mal del cuerpo.
pues le han precedido muchos años [ 5 0 ] . Este es el Dios a Además, ya hemos hablado del orden de los elementos y dis-
quien—como he dicho ya varias veces y no me canso de repe- cutido las demás objeciones sobre este punto. En el libro X I I I
tir—, según propia confesión de Porfirio, que quería probarlo ya hemos hecho ver suficientemente cómo los movimientos
con los oráculos de sus dioses, temen las mismas divinidades. del cuerpo incorruptible serán flexibles y fáciles, a juzgar pol-
El llegó a dar a Dios el nombre de Padre y de Rey. Guardé- lo que vemos ahora, cuando el cuerpo está sano, si bien su sa-
monos de entender lo que él predijo como quieren entenderlo lud actual no es comparable a la inmortalidad. Los que no
los que no comparten con el mundo esta fe. ¿ P o r qué no lo hayan leído esta obra o los que quieran recordar lo dicho, tó-
entenderán, desde luego, como lo entiende el mundo, cuya fe fué mense la molestia de tornar a leerla.
predicha tanto tiempo antes, no como la entienden estos pocos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


charlatanes que no han querido creer en el mundo ? En efecto, sí
dicen que debe entenderse de otra manera, para no hacer injuria CAPITULO XXVI
a ese Dios del que dan testimonio tan esclarecido, diciendo que
su predicción es vana, la injuria que le irrogan es mayor al de- CONTRADICCIÓN ENTRE P O R F I R I O Y PLATÓN RESPECTO DE LAS
cir que debe entenderse de otra manera a como lo entendió el ALMAS DICHOSAS
mundo, cuya fe la alabó El, la prometió y la cumplió.
¿Es que no puede hacer que resucite la carne y viva éter- , Porfirio dice—replican éstos—que el alma, para ser dicho-
ñámente? ¿ O es que ésa es una obra mala e indigna de Dios? sa, debe huir de todo cuerpo. Es, pues, vano pretender que el
De su omnipotencia, que obra tantos y tan admirables mila- cuerpo será incorruptible si el alma no será dichosa sino a
gros, ya hemos hablado largamente. ¿Queréis saber algo que condición de huir todo cuerpo.
no puede el Omnipotente? Helo aquí. Yo os lo d i r é : No puede A esta objeción ya he respondido lo bastante en el libro
mentir. Creamos, pues, lo que puede, no creyendo lo que no antes citado. Añadiré aquí solamente una cosa: que corrija
puede. No creyendo que puede mentir, creed, pues, que hará ló Platón, maestro de todos estos filósofos, sus libros, y diga que
que prometió que había de hacer. Y creedlo como lo creyó ei los dioses dejen sus cuerpos para ser dichosos, es.decir, mue-
mundo, cuya fe la predijo, la alabó, la prometió y ha mostrado ran, ya que él dijo que están encerrados en cuerpos celestes.
que ya creyó. quem credidisse iam ostendit. Hoc autem malum esse, unde demonstrant?
Non erit illie olla corruptio, quod est eorporis malum. De ordine elemeri-
praedixit Deus; qui etiam hoc praedixit, quod hanc reni mundus fuerat tofum iam disputavimus, de alus hominum coniecturis satis diximus:
crediturus. Ñeque enim Petri maleficiis eam cum laude credentium tanto quanta sit futura in corpore incorruptibili facilitas motus, de praesentis
ante praenuntiare compulsus e s t Ule est enim Deus, quem (sicut iam d i » bonae valetudinis temperamento, quae utique millo modo illi comparanda
aliquoties, nec commemorare me piget), confitente Porphyrio, atque id est immortalitati, in libro tertio décimo satis, ut opinar, ostendimus. Le-
oraculis deorum suorum probare cupiente, ipsa numina perhorrescunt -. gant superior» operis huius, qui vel non legerunr, vel volunt recolere quod
quem sic laudavit, ut eum et Deum patrem et regem vocaret A.bsit enim, Jegerunt.
ut sic intelligenda sint quae praedixit, quomodo volunt hi qui hoc cum
mundo non crediderunt, quod mundum crediturum esse praedixit. Cur CAPIS T XXVI
enim non potius ita, sicut crediturus tanto ante praedictU3 est mundus,
non sicut paucissimi garriunt, qui hoc cum mundo, quod crediturus prae- QÜOMODO POKPFFYRII DEF1MTIO, QÜA BEATIS ANIMIS PUTAT CORPUS OMNE
dictus est, credere noluerunt? Si enim propterea dicunt alio modo esso FÜCIENDUM, IPSIUS PJLATONIS SENTENTIA DESTRUATUR, QUT DICIT SUMMUM
credenda, ne, si dixerint vana esse conscripta, iniuriam faciant illi Deo, DEUM MIS PROMISISSE, UT NUNQUAM CORPORIBUS EXUERENTUR
cui tam magnum perhibent testimonium; tantam prorsus ei vel etian»
graviorem faciunt iniuriam, si aliter dicunt esse intelligenda, non sicut Sed Porphyrius ait, inquiunt, ut beata sit anima, corpus omne esse
mundus ea credidit, quem crediturum ipse laudavit, ipse promisit, ipse fugiendum. Nihil ergo prodest quia incorruptibile diximus futurum corpus,
complevit. Utrum enim non potest faceré ut resurgat caro, et vivat in si anima beata non erit, nisi corpas omne effugerit. Sed iam et hinc in
aeternum; an propterea credendum non est id eum esse facturum, quia libro memóralo quantum oportuit disputavi 7¡t : verum hic unum inde tan-
malum est atque indignum Deo? Sed de omnipotentia eius, qua tot et tum commemorabo. Emendet libros suos istorum omnium magister Plato;
tanta facit incredibilia, iam multa diximus. Si volunt invenire quod om- «t dicat eorum déos, ut beati sint, sua corpora fugituros, id est, esse mo-
nipotens non potest, habent prorsus: ego dicam, Mentiri non potest. Cre- rí toros, quos in caelestibus corporibus dixit inclusos; quibus lamen Deus,
damus ergo quod potest, non credendo quod non potest. Non itaque ere- s quo facti sunt, quo possent esse feecuri, immortalitatem, id est, in eisdem
déntes quod mentiri possit, credant esse facturum quod se facturum esse c-orporibus aetemanl permangioiiero, non eorum natura id habente, sed
promisit: et sic credant, sicut credidit mundus, quem crediturum esse
praedixit. quem crediturum esse laudavit, quem crediturum esse1 promisií, " '••IÍ,:?-i.p iit raí»¡> .iiitoifdstssi oioqi.i.) iiiduqirmKmi ?iHlr;:»iní>?nor>
l
X X H , 27 El, CIELO, F I N DE EA CIUDAD DE D I O S 1705
1704 Í,A CUIDAD DB D I O S XXII, 26
p a r a e l l o s cárcel a q u e l d e s e o q u e V i r g i l i o s e ñ a l a a t r i b u y é n d o l o
A d e m á s dice q u e D i o s , su a u t o r , les p r o m e t i ó , p a r a su s e g u r i - a Platón:
d a d , la i n m o r t a l i d a d , es decir, u n a p e r m a n e n c i a e t e r n a en sus
Y tornen a querer entrar en cárceles humanas.
c u e r p o s , si bien esto n o se d e b e a la n a t u r a l e z a de los m i s m o s ,
s i n o a la v o l u n t a d d e D i o s . E s t o echa t a m b i é n p o r t i e r r a a q u e - D i g o q u e n o t e n d r á n el deseo de t o r n a r a los c u e r p o s c u a n d o
l l o de q u e la r e s u r r e c c i ó n de l a c a r n e n o debe creerse p o r q u e t e n g a n c o n s i g o l o s c u e r p o s a q u e d e s e a n r e t o r n a r . Y los ten-
es i m p o s i b l e [ 5 1 J . E n efecto, s e g ú n el m i s m o filósofo, c u a n d o d r á n p a r a n o d e j a r l o s m á s , n i se v e r á n o b l i g a d a s a a b a n d o n a r -
el D i o s i n c r e a d o p r o m e t i ó la i n m o r t a l i d a d a l o s dioses, les l o s p o r la m u e r t e n i d u r a n t e el m á s b r e v e e s p a c i o de t i e m p o .
d i j o q u e h a b í a de h a c e r u n a cosa i m p o s i b l e . H e a q u í l a s p a l a -
b r a s q u e P l a t ó n p o n e en b o c a de D i o s : « C ó m o h a b é i s comen-
z a d o a ser, n o p o d é i s ser i n m o r t a l e s e i n d i s o l u b l e s . P e r o n o os CAPÍ T U L O X X V II •
d i s o l v e r é i s ni h a d o a l g u n o de m u e r t e os q u i t a r á la v i d a , p o r q u e

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


n o s e r á m á s p o d e r o s o q u e mi v o l u n t a d , q u e es u n lazo m á s
LA V E R D A D E.N I.A C O N C O R D I A ENTRE Pl.ATÓN Y PoRFTRtO
fuerte p a r a v u e s t r a p e r p e t u i d a d q u e el h a d o a q u e q u e d a s t e i s
l i g a d o s a l c o m e n z a r v u e s t r a e x i s t e n c i a » . Si n o sólo son a b - P l a t ó n y P o r f i r i o h a n c o m p r e n d i d o c a d a u n o p o r su c u e n t a
s u r d o s y s o r d o s los q u e oyen esto, n o d u d a r á n q u e el D i o s a l g u n a s v e r d a d e s , y si p u d i e r a n e n t e n d e r s e e n t r e sí, q u i z á se
c r e a d o r , s e g ú n P l a t ó n , p r o m e t i ó a l o s dioses c r e a d o s a l g o im- h i c i e r a n c r i s t i a n o s . P l a t ó n dijo q u e las a l m a s n o p u e d e n e s t a r
p o s i b l e . Q u i e n d i c e : « V o s o t r o s n o p o d é i s ser i n m o r t a l e s , p e r o e t e r n a m e n t e sin los c u e r p o s . Y, l ó g i c a m e n t e , l a s a l m a s d e los
seréis i n m o r t a l e s p o r v o l u n t a d m í a » , ¿ q u é o t r a cosa dice s i n o : s a b i o s , s e g ú n él, d e s p u é s de a l g ú n t i e m p o , p o r l a r g o q u e sea,
Yo h a r é q u e seáis lo q u e n o p o d é i s s e r ? t o r n a r á n a sus c u e r p o s . Porfirio, en c a m b i o , p r o p u s o q u e el
R e s u c i t a r á , p o r t a n t o , la c a r n e i n c o r r u p t i b l e , i n m o r t a l , es- a l m a p e r f e c t a m e n t e purificada, u n a vez q u e r e t o r n e al P a d r e ,
p i r i t u a l , a q u e l q u e , s e g ú n P l a t ó n , p r o m e t i ó q u e h a b í a de h a c e r n o v o l v e r á j a m á s a l a s m i s e r i a s de esta v i d a . Si la v e r d a d q u e
lo i m p o s i b l e . ¿ A q u é viene, p u e s , el g r i t a r q u e lo q u e D i o s h a P l a t ó n vio la h u b i e r a ofrecido a Porfirio, a saber, q u e l a s a l m a s
p r o m e t i d o y lo q u e el m u n d o e n t e r o c r e y ó , es i m p o s i b l e , m á x i - p l e n a m e n t e p u r i f i c a d a s de los j u s t o s y de los s a b i o s h a b í a n de
m e si se p r o m e t i ó t a m b i é n la fe del m u n d o en e l l o ? N o s o t r o s t o r n a r a los c u e r p o s h u m a n o s , y a su vez la v e r d a d vista p o r
d e c i m o s a d e m á s q u e el D i o s q u e , según P l a t ó n , h a c e c o s a s P o r f i r i o la h u b i e r a c o m u n i c a d o éste a P l a t ó n , es d e c i r , q u e l a s
i m p o s i b l e s , h a r á ésta. L u e g o , p a r a q u e l a s a l m a s sean dicho-
sas, n o d e b e h u i r s e t o d o c u e r p o , s i n o r e c i b i r s e u n c u e r p o in- bili gemuerunt? Sic enim non in eis erit illa dirá cupiditas, quam posuit
c o r r u p t i b l e . Y ¿ e n q u é c u e r p o i n c o r r u p t i b l e se a l e g r a r á n m á s ex Platone Virgílius, ubi ait:
q u e en el c u e r p o c o r r u p t i b l e en q u e g i m i e r o n ? Así n o s e r á ISnrMis et íncip;r;nt -n corporri velk' ivví-rti T3
.

Sic, inquam, cupiditatem revertendi ad corpora non hah'ebunt, curtí cor-


suo consilio praevalente, promisit. Ubi etiam evertit illud quod dicunt,
pora, in quae revertí eupiunt, secum habebunt; et sic liabebunt, ut nun-
quoniam est impossibilis, ideo resurrectionem carnis non esse credendam.
quam non habeant, nunquam ea prorsus vel ad oxifftuini quamlHirt tcm-
Apertissime quippe iuxta eumdem philosophum, ubi diis a se factis pro-
pu* ulla morte deponant.
misit Deus non faetus immortalitatem. quod impossibile est, se dixit esse
facturum. Sic enim eum locutum narrat Plato: «Quoniam estis orti, inquit,
immortales esse et indissolubiles non potestis: non tamen dissolvemini, CAl'HT XXVII
ñeque vos ulla mortis fata periment, nec erunt valentiora, quam consilium
meum, quod maius est vinculum ad perpetuitatem vestram, quam illa qui- l)K CONTRARI1S nEKINlTIOMBIIS Pl.ATOMTS Vlf.íIJK P o R I ' l l V m i . 7N l?!7JB!'S
bus estis colligati». Si, non solum absurdi, sed surdi non sunt qui haeo SI UTEHÜUE ALTERI CKÜERET, A VER1TATE NErlTER PEVTARET
audiunt, non utique dubitant diis factis, ab illo deo qui eos fecit, secun-
dum Platonem, quod est impossibile fuisse promissum. Qui enim dicit, Singula quaedain dixenint Plato ñique Porpliyrius, quae ¡si ínter se
«Vos quidem immortales esse non potestis, sed mea volúntate immortales communicare potuissent, fact! essent fortasse Christiani. Plato dixit, síne
eritis»: quid aliud dicit, quam id quod fieri non potest, me faciente tamen eorporibus animas in acternum esse non posse. Ideo enim dixit, etiam
eritis? lile igitur carnem incorruptibilem, imraortalem, spiritualem resuscir sapientium animas post qoamlihet longum tempu*. tamen ad corpora re- 1
tabit, qui iuxta Platonem, id quod impossibile est, se facturum esse pro- (lituras. Porpliyrius autem dixit, aiiimam purgatissimam. o.nm redierit ad
misit. Quid adhuc, quod promisit Deus, quod Deo promittenti credidit Patrem, ad haec mala rnundi nunquam esse rediturani. Ac per hoe, quod
mundus, qui etiam ipse promissus est crediturus, esse impossibile clamant? verum vidit Plato, si dedis.-et Porphyrio, etiam itistorum atque sapientium
Quandoquidem nos Deum, qui etiam secundum Platonem facit impossibi- purgatissimas animas ad humana corpora reditura-;;'rursus quod verum
lia, id facturum esse clamamus. Non ergo, ut beatae sint animae, corpus vidit Porphyrius, si dedisset Platoni, nunquam reditura^ ád mirrias <:<T-
est omne fugiendum, sed corpus incorruptibile recipiendum. Et in quo 73
Acne-U. 1.6 v.75r.
convenientius incorruptibili corpore laetabuntur, quam in quo corrupti-
N
XXII, 28 EL CIELO, f IN DE LA CIUDAD DK DIOS 1707
1706 ' ¡A CIUDAD DE DIOS XXII, 28
bros Sobre la república, en los que trata más de chancearse
almas santas nunca han de volver a las miserias del cuerpo
que de decir algo verdadero. En su obra introduce a un hom-
corruptible, diciendo los dos ambas ideas, no cada uno la suya,
bre resucitado que cuenta cosas conformes con el sentir de los
estoy en que verían ser ya lógico que las almas tornarán a los
platónicos.
cuerpos y recibirán los cuerpos para vivir dichosa e inmortal,
Labeón refiere también que dos hombres muertos, un día
mente. Según Platón, las almas santas tornarán a los cuerpos
se encontraron* en una encrucijada y que en seguida, habiendo
humanos, y, según Porfirio, no tornarán a los males de este
recibido la orden de tornar a sus cuerpos, se j u r a r o n vivir en
mundo. Diga, pues, Porfirio con P l a t ó n : Tornarán a los cuerpos.
perfecta amistad, que duró hasta que murieron de nuevo. Mas
Y Platón con Porfirio. No tornarán a los males. Y así coin-
esta clase de resurrecciones narradas por estos autores son
cidirán en que tornan a los cuerpos, y no sufren ya males.
como las de aquellas personas que conocemos que han resuci-
Y esto es, ni más ni menos, lo que Dios promete que ha de dar
tado y vuelto a esta vida, pero para no morir más.
a las almas en un cuerpo eterno la felicidad eterna. Ahora,
Marco Varrón profiere algo más maravilloso en sus libros

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


una vez concedido que las almas de los santos tornarán a los
Sobre el origen del pueblo romano. Y, para ser fiel, he aquí
cuerpos inmortales, pienso que no tendrán inconveniente en ad-
sus mismas p a l a b r a s : «Algunos astrólogos escribieron que los
mitir que tornen a sus cuerpos propios, es decir, a aquellos en
hombres están destinados a un renacimiento, que los griegos
que soportaron Ibs males de este mundo y en los cuales sir-
llaman TraAtyyEVEcríctv. Y fijan su fecha cuatrocientos cuarenta
vieron piadosa y fielmente a Dios para verse libres de esos
años después de la muerte. En este momento, el cuerpo y el
males [ 5 2 ] .
alma que un día estuvieron unidos en el hombre, tornarán a
juntarse de nuevo».
C A P I T [T I, O XXVIII Varrón y esos astrólogos (no sé quiénes, pues no da sus
nombres al admitir su opinión) dicen algo que, aunque sea fal-
CONTRIBUCIÓN A LA VERDADERA F E EN LA RESURRECCIÓN EN LA so, ya que las almas, una vez unidas por segunda vez a sus cuer-
CONCORDIA ENTRE P L A T Ó N , L A B E Ó N Y V A R R O N pos, no los abandonarán jamás, tambalea y echa por tierra
muchos de los argumentos que nuestros adversarios nos propo-
A l g u n o s d e l o s n u e s t r o s , q u e a m a n a P l a t ó n p o r la b e l l e z a nen basados en la imposibilidad. En efecto, los que son o han
d e su e s t i l o y p o r a l g u n a s v e r d a d e s e s p a r c i d a s p o r s u s e s c r i t o s , sido de esta opinión no han estimado que sea imposible que los
dicen q u e p i e n s a a l g o s e m e j a n t e a n o s o t r o s s o b r e l a r e s u r r e c - cadáveres trocados en aire, en polvo, en ceniza, en agua, en
c i ó n d e l o s m u e r t o s . C i c e r ó n a l u d e a esto e n s u s c u a t r o li-
quidem sic tangit in libris de República Tuílius, ut eum lusisse potius,
ruptibilis corporis animas sanctas: ut non singuli haec singula, sed ambo quam quod id verum esset, affirmet dicere voluisse. Inducit enim homi-
et singuli utrumque dicerent, puto quod viderent esse iam consequens, ut nem revixisse, et narrasse quaedam quae Platonicis disputationibus con-
et redirent animae ad corpora, et talia reciperent corpora, in quibus beate gruebant. Labeo etiam dúos dicit uno die fuisse defunctos, et occurrisse
atque immortaliter viverent. Quoniam secundum Platonem, etiam sanctae invicem in quodam compito, deinde ad corpora sua iussos fuisse remeare,
animae ad humana corpora redibunt; secundum Porphyrium, ad mala et constituíase Ínter se amicos se esse victuros, atque ita*esse factum, doñee
mundi huius sanctae animae non redibunt. Dicat itaque cum Platone Por- postea morerentur. Sed isti auctores talem resurrectionem corporis factam
phyrius, Redibunt ad corpora: dicat Plato cum Porphyrio, Non redibunt fuisse narrarunt, quales fuerunt eorum quos resurrexisse novimus, et huic
ad mala: et ad ea corpora rediré consentient, in quibus nulla patiantur quidem redditos vitae, sed non eo modo ut non morerentur ulterius. Mi-
mala. Haec itaque non erunt nisi illa quae promittit Deus, beatas animas rabilius autem quiddam Marcus Varro ponit in libris, quod conscripsit
in aeternum cum sua aeterna carne facturus. Hoc enini, quantum existimo, de Gente populi Romani: cuius putavi verba ipsa esse ponenda. «Gene-
iam facile nobis concederent ambo, ut qui faterentur ad immortalia cor- thliaci quídam scripserunt, inquit, esse in renascendis hominibus quam
pora redituras animas esse sanctorum, ad sua illas rediré permitterent, im appellant TrocAiyysvEalav Graeci: hanc scripserunt confici in annis numero
quibus mala huius saeculi pertulerunt, in quibus Deum, ut his malis ca» quadringentis quadraginta, ut idem corpus et eadem anima, quae fuerint
rerent, pie fideliterque coluerunt. coniuncta in homine aliquando, eadem rursus redeant in coniunctionem».
Iste Varro quidem, sive illi Genethliaci nescio qui (non enim nomina
CAPUT XXVIII eorum prodidit, quorum commemoravit sententiam), aliquid dixerunt, quod
licet falsum sit (cum enim semel ad eadem corpora quae gesserunt, ani-
QUID AD VERAM RESURRECTIONIS FIDEM VEL PLATO, VEL LABEO, VEL ETIAM mae redierint, nunquam ea postea sunt relicturae); tamen multa illius
VARRO CONFERRE SIBI FOTUEKINT, SI OPINIONES EORÜM IN UNAM SENTENTIAM impossibilitatis, qua contra nos isti garriunt, argumenta convellit, et
CONVENISSENT destruit. Qui enim hoc sentiunt, sive senserunt, non eis visum est fieri
¡non posse, ut dilapsa cadavera in auras, in pulverem, in cinerem, in
Nonnulli nostri, propter quoddam praeclarissimum loquendi genus, et humores, in corpora vescentium béstiarum, vel ipsorum queque hominum;
propter nonnulla quae veraciter sensit, amantes Platonem, dicunt euro ad id rursus redeant, quod fuerunt. Quapropter Plato et Porphyrius, vel
aliquid simile nobis etiam de mortuorum resurrectione sensisse. Quod
X X I I , 29, 1 KI, CIEIO, FIN DI! I,A CIUDAD DJ! DIOS 1709
1708 M CIUDAD DE DIOS X X I I , 29, 1
t e n d i m i e n t o . Q u e s o b r e p u j a el n u e s t r o , n o h a y ' d u d a ; p e r o que 1
c a r n e de o t r a s b e s t i a s o d e o t r o s h o m b r e s , t o r n e n a l o q u e fue-
s o b r e p u j a t a m b i é n el d e l o s á n g e l e s , m e p a r e c e d a r l o a enten-
r o n . P o r e n d e , si l o s a d m i r a d o r e s d e P l a t ó n y de P o r f i r i o q u e
d e r en estas p a l a b r a s : todo entendimiento, n o e x c e p t u a n d o nin-
a ú n viven n o s a d m i t e n q u e l a s a l m a s s a n t a s v o l v e r á n a i o s
g u n o . E s p r e c i s o a p l i c a r s u s p a l a b r a s a l a p a z de" D i o s , q u e
c u e r p o s , c o m o dice P l a t ó n , y q u e n o t o r n a r á n a l o s m a l e s , c o m o
hace a Dios apacible, y decir que ni nosotros ni los ángeles
dice Porfirio, d e a q u í r e c o n s t r u í m o s la fe c r i s t i a n a , q u e dice
la p o d e m o s c o n o c e r c o m o D i o s la c o n o c e . Supera, p u e s , todo
q u e r e c i b i r á n l o s c u e r p o s p a r a vivir e t e r n a y felizmente sin
entendimiento, a e x c e p c i ó n , c l a r o está, del s u y o . P e r o , c o m o
m a l a l g u n o . Y a c e p t e n t a m b i é n con V a r r ó n q u e v o l v e r á n a l o s
n o s o t r o s p a r t i c i p a r e m o s a l g ú n día, s e g ú n , n u e s t r a d é b i l capaci-
m i s m o s c u e r p o s q u e t u v i e r o n . D e este m o d o q u e d a r á ' r e s u e l t a
d a d , d e e s a p a z s u m a , sea e n n o s o t r o s , sea e n t r e n o s o t r o s , sea
e n t r e e l l o s l a cuestión s o b r e la r e s u r r e c c i ó n d e !a c a r n e .
con D i o s , en c u a n t o q u e es n u e s t r o s u m o Bien, a s í l o s á n g e l e s
la c o n o c e n a h o r a c u a n t o s o n c a p a c e s , y l o s h o m b r e s , p e r o m u -
cho m e n o s q u e e l l o s , p o r m á s a v a n z a d o s q u e estén erí la v i r t u d .
C A P Í T U L O XXIX

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


¡ Q u é g r a n v a r ó n e r a a q u e l q u e d e c í a : Ahora conocemos en
parte y en parte profetizamos hasta que llegue lo perfecto; y
L A y s i Ó N JU: D i o s EX T.A OTRA VUIA t a m b i é n : Al presente no vemos sino por espejo y en enigma,
pero entonces veremos cara a cara! D e este ú l t i m o m o d o l o ven
1. V e a m o s a h o r a , c u a n t o el S e ñ o r se d i g n e i l u m i n a r n o s , ya l o s s a n t o s á n g e l e s , l l a m a d o s t a m b i é n n u e s t r o s á n g e l e s , por-
q u é h a n d e h a c e r l o s s a n t o s en s u s c u e r p o s i n m o r t a l e s y es- que, d e s p u é s d e l i b r a d o s del p o d e r de l a s t i n i e b l a s y t r a n s f e r i -
p i r i t u a l e s c u a n d o su c a r n e v i v i r á n o c a r n a l , s i n o e s p i r i t u a l - dos a l r e i n o d e C r i s t o e n v i r t u d d e l a p r e n d a r e c i b i d a del E s -
m e n t e . Y si h e d e h a b l a r con f r a n q u e z a , n o sé c u á l s e r á píritu Santo, comenzamos a pertenecer a aquellos ángeles con
esa acción, o m e j o r , esa q u i e t u d y ese ocio. L o s sentidos d e l q u i e n e s p o s e e r e m o s en c o m ú n la s a n t a y d u l c í s i m a C i u d a d d e
c u e r p o n u n c a m e l o h a n m o s t r a d o . Si d i g o q u e lo h e visto Dios, s o b r e la c u a l h e m o s escrito t a n t o s l i b r o s .
con m i m e n t e o m i i n t e l i g e n c i a , ¿ q u é es n u e s t r a i n t e l i g e n c i a L o s á n g e l e s d e D i o s son n u e s t r o s á n g e l e s , c o m o el C r i s t o
en c o m p a r a c i ó n d e t a l e x c e l e n c i a ? E s la m a n s i ó n en q u e reina- de D i o s es n u e s t r o C r i s t o . S o n d e D i o s , p o r q u e n o a b a n d o n a r o n
r á l a p a z de D i o s , q u e , s e g ú n el A p ó s t o l , supera todo entendi- a D i o s , y son n u e s t r o s , p o r q u e c o m e n z a m o s a s e r c o n c i u d a d a n o s
miento. ¿ C u á l s i n o el n u e s t r o o el d e l o s á n g e l e s ? E l d e D i o s , s u y o s . E s t o h a h e c h o d e c i r a n u e s t r o S e ñ o r : Cuidado con des-
es c l a r o q u e n o . S i , p u e s , l o s s a n t o s v i v i r á n en la p a z d e D i o s , preciar a alguno de estos pequeñitos, porque os hago saber
es i n d u d a b l e q u e la p a z en q u e d e b e n v i v i r s o b r e p u j a t o d o en- que sus ángeles en los cielos ven el rostro de mi Padre celestial:
potius quicumqtie illos diligunt eí adhuc vivunt, si nobis consentían»
etiam sanctas animas ad corpora redituras, sicut ait Plato, nec tamen ad omnem intellectum. Quoniam nostrum quidem superat, non est dubium:
mala ulla redituras, sicut ait Porphyrius; ut ex his fiat consequens quod si autem superat et Angelorum, ut nec ipsos excepisse videatur, qui ait,
fides praedicat christiana, talia corpora recepturas in quibus sine ullo omnem intellectum; secundum hoc dictum esse debemus accipere, quia
malo in aeternum feliciter vivant; assumant etiam hoc de Varrone, ut ad pacem Dei, qua ipse Deus pacatus est, sicut novit Deus, non eam nos sic
eadem corpora redeant, in quibus antea fuerunt; et apud eos tota quaestio possumus nosse, nec ulli Angelí. Superat itaque o'mnem intellectum, non
de carnis in aeternum resurrectione solvetur. " • dubium quod praeter suum. Sed quia et nos pro modo nostro pacis eius
participes facti summam in nobis atque inter i(os et cum ipso pacem,
quantum nostrum summum est, obtinebimus: isto modo pro suo modo
CAPl'T XXIX sciunt eam sancti Angelí, nomines autem nunc longe infra, quantumlibet
provectu mentís excellant. Considerandum est enim quantus vir dicebat.
DE QfJALITATE VISIONIS, QUA IN FUTURO SAECUI.O SANCTI ÜEUM VIDEBÜNT Ex parte scimus, et ex parte prophetamus, doñee veniat quod perfectum
est76-; et, Videmus nunc per speculum in aenigmate, tune autem facie ad
1. Nunc iam quid acturi sint in corporilms imtnortalibus atque spiri- faciem'". Sic iam vident sancti" Angeli, qui etiam nostri Angelí dicti sunt,
tualibus sancti, non adhuc eorum carne camaliter, sed spiritualiter iam quia eruti de potestate tenebrarum, et accepto Spiritus pignore translati
vívente, quantum Dominus dignatur ádiuvare, videamus. Et illa quidem ad regnum Christi, ad eos Angeles iam coepimus pertinere, cum quibus
actio, vel potius quies atque otium quale futurum sit, si verum velirn nobis erit sancta atque dulcissima, de qua iam tot libros scripsimus, Dei
dicere, nescio. Non enim hoc unquam per sensus corporis vidi. Si autem civitas ipsa communis. Sic sunt ergo Angeli nostri, qui sunt Angeli Dei,
mente, id est intelligentia, vidisse me dicam, quantum est, aut quid est quemadmodum Christus Dei, Christus est noster. Dei sunt, quia Deum
nostra intelligentia ad illam excelleatiam? Ibi est enim pax Dei, quae, non reliquerunt: nostri sunt, quia suos cives nos habere coeperunt. Dixit
sicut ait Apostolus, superat omnem intellectum " : quera nisi nostrum, aut autem Dominus Iesus, Videte ne contemnatis unum de pusillis istis. Dito
fortasse etiam sanctorum Angelorum? non enim et Dei. Si ergo sancti in enim vobis, quia Angeli eorum in caelis semper vident faciem Patris mei,
Dei pace victuri sunt, prefecto in ea pace yicturi sunt, quae superas
15
i Cor. 13,9.10. " Ibid., u .
" r h i i . •',,?
3.710 LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 29, 2

Nosotros veremos como ven ellos, pero aún no vemos así. De XXII, 29, 2 F.t, CIELO, FIN DE I.A CIUDAD DE DIOS 1711
aquí las palabras del Apóstol ya citadas: Al presente no vemos
sino en espejo y en enigma, pero entonces veremos cara a cara. mostrar con una especie de comparación cuánto se diferencia
Esa visión se nos reserva como premio de nuestra fe, y San esta vida de la futura, por más que sea el avance en la virtud,
Juan habla así de ella: Cuando se manifestare, seremos seme- añade: Cuando era niño, jugaba como niño, hablaba como
jantes a él, pues le veremos como él es. Por rostro de Dios debe niño, pensaba como niño. Pero, cuando fui ya hombre hecho,
entenderse su manifestación, no esa parte del cuerpo a la que di de mano a las cosas de niño. Al presente vemos sólo en es-
nosotros damos tal nombre [ 5 3 ] . pejo y en enigma, pero entonces veremos cara a cara. Ahora co-
nozco en parte, mas entonces conoceré como soy yo conocido.
2. Por eso, cuando se me pregunta qué liarán los santos Si en esta vida, donde el conocimiento de los más sobresalien-
en el cuerpo espiritual, no digo lo que veo, sino lo que creo, tes profetas no merece ser comparado a la vida futura más que.
según aquello del salmo: Creí, y eso me ha hecho hablar. Digo, como un niño es comparable a un joven, Eliseo vio a su siervo,
pues, que verán a Dios en este mismo cuerpo; pero saber si lo donde no estaba, tomando los dones, ¿diremos que, cuando vea-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


verán por él mismo, como ahora vemos el sol, la luna, las estre- mos lo que es perfecto y cuando el cuerpo corruptible no apes-
llas, el mar, la tierra y cuanto hay en ellos, no es cuestión gará al alma, sino que será incorruptible, los santos necesitarán
fácil. Es duro decir que los santos no podrán entonces abrir y para ver los ojos corpóreos, de que Eliseo no tenía necesidad?
cerrar los ojos cuando quieran. Y es más duro decir que el que Según los Setenta, éstas son las palabras del profeta a Giezi:
cierre los ojos allí no verá a Dios. Si el profeta Eliseo, corpo- ¿Iba acaso mi espíritu contigo cuando salió a tu encuentro y,
ralmente ausente, creyendo que nadie lo veía, vio a su criado bajando de un carro, le recibiste el dinero? 0 según la versión
Giezi, que recibía los presentes de Naamán el siró, a quien directa del presbítero Jerónimo: Pues ¿qué? ¿No estaba yo
el profeta había curado de su lepra, ¿cuánto más fácilmente presente en espíritu cuando aquel hombre saltó de su coche
los santos verán en el cuerpo espiritual todas las cosas no sólo para ir a tu encuentro? El profeta dice que lo vio con su es-
con los ojos cerrados, sino estando corporalmente auseates? píritu, ayudado, sin duda, extraordinariamente, es decir, divi-
Ese será el tiempo de la perfección de que habla el Apóstol: namente. ¡Cuánta más razón habrá para que entonces reciban
Conocemos en parte y en parte profclisamos; mas, cuando lle- todos ese don, cuando Dios será todo en todos! No obstante,
gue lo perfecto, desaparecerá lo que era en parte. Y luego, para los ojos del cuerpo tendrán también su función y estarán en su
qui in caelis est". Sicut ergo illi vident, ita et nos visuri sumus: sed
lugar, y el espíritu usará de ellos por medio del cuerpo espiri-
nondum ita videmus. Propter quod ait Apostolus, quod paulo ante dixi, tual. Que el profeta Eliseo no los necesitara para ver a sn
Videmus nunc per speculum in aenigmate, tune autem facie ad faciem.
Praemium itaque fidei nobis visio ista servatur, de qua et Ioannes aposto- Deinde ut, quomodo posset, aliqua similitudine ostenderet, quantum ab
lus loquens, Cum apparuerit, inquit, símiles ei erimus, quoniam videbimus illa quae futura est distet haec vita, non qualiumeumque hominum, verum
eum sicuti est". Facies autem Dei manifestado eius intelligenda est, non etiam qui praecipua hic sanctitate sunt praediti: Cum essem, inquit, par-
aliquod tale membrum, quale nos habemus in corpore, atque isto nomine vulus, quasi parvulus sapiebam, quasi parvulus loquebar, quasi parvulus
nuncupamus. cogitabam; cum autem factus sum vir, evacuavi ea quae. parvuli erant.
Videmus nunc per speculum in aenigmate, tune autem facie ad faciem.
2. Quapropter cum ex me quaeritur, quid acturi sint sancti ii¡ illo Nunc scio ex parte, tune autem cognoscam sicut Ht cognitus sum". Si
corpore spirituali, non dico quod iam video, sed dico quod credo: secun- ergo in hac vita, ubi hominum mirabilium prophetia ita comparanda est
dum illud quod in Psalmo lego, Credidi, propter quod locutus sum " . Dico illi vitae quasi parvuli ad iuvenem, vidit tamen Elisaeus accipientem mu-
¡taque, Visuri sunt Deum in ipso corpore: sed utrum per ipsum, sicut per ñera servum suum, ubi ipse non erat; itane cum venerit quod perfectum
corpus nunc videmus solem, lunam, stellas, mare, ac terram, et quae sunt est, nec iam corpus corruptibile aggravabit animam, sed incorruptibile*
in ea, non parva quaestio est. Durum est enim dicere quod sancti talia nihil impediet, illi sancti ad ea quae videnda sunt oculis corporeis, quibus
corpora tune habebunt, ut non possint oculos claudere atque aperire cum Elisaeus absens ad servum suum videndum non indiguit, indigebunt? Nam
volent. Durius autem, quod ibi Deum, quisquís oculos clauserit, non vide- secundum interpretes Septuaginta, ista sunt ad Giezi verba Prophetae:
bit. Si enim propheta Elisaeus puerum suum Giezi absens corpore vidit Nonne cor meum iit tecum, quando conversus est vir de curru suo in
accipientem muñera, quae dedit ei Naaman Syrus, quem propheta memo- obviam tibí, et accepisti pecuniam? 82 et caetera. Sicut autem ex Hebraeo
ratus a leprae deformitate mundaverat, quod servus nequam domino suo interpretatus est presbyter Hieronymus, Nonne cor meum, inquit, in prae-
non vidente, latenter se fecisse putaverat M ; quanto magis in illo corpore senti erat, quando reversus est homo de curru suo in oceursum tui? Corde
«pirituali videbunt sancti omnia, non solum si oculos claudant, verum suo se dixit hoc vidisse Propheta, adiuto quidem mirabiliter, nullo dubi-
«¡tiam unde sunt corpore absentes? Tune enim erit perfectum illud, de tante, divinitus. Sed quanto amplius tune omnes muñere isto abundabunt,
quo loquens Apostolus, Ex parte, inquit, scimus, et ex parte prophetamus; cum Deus erit omnia in ómnibus? 8S Habebunt tamen etiam illi oculi-
cum,' autem venerit quod perfectum est, quod ex parte est evacuabitur. corporei officium suum, et in loco suo erunt, uteturque illis spiritus per
spirituale corpus. Ñeque enim et Ule Propheta, quia non eis indiguit ut
" Mf. rS.Io. ' •'• »» Ps. 115,10 '
'" 1 lo. 3(2 so 4 Reír. 5,8-47. ,.,.,,.. " i Cor. 13,11.13. M
i Cor. 15,38.
*2 4 Regr. 5,36.
1712 \ A CIUDAD DE DIOS X X I I , 29- 3
X X I I , 29, 4 EL CIELO, FIN BE LA CIUDAD DE DIOS 1713
siervo ausente, no quiere decir que no los usó para ver los ob-
jetos presentes, que podía verlos también con el espíritu, aun- pueden también entenderse aquí los ojos del corazón, de los
que los cerrara, como vio los ausentes que estaban lejos de él. cuales dice el Apóstol: Tened iluminados los ojos de vuestro
Lejos, pues, de nosotros decir que los santos no verán a Dios corazón. Y que Dios será visto con estos ojos es una verdad
en ¡a otra vida teniendo cerrados los ojos, pues le verán con que no duda ningún cristiano que acepte las palabras del di-
el espíritu. vino Maestro: Bienaventurados los limpios de corazón, porque
ellos verán a Dios. Mas la cuestión es saber si lo veremos
3. La cuestión es saber si lo verán también con los ojos
también con los ojos corporales.
del cuerpo cuando no los tengan abiertos. Si sus ojos espiritua-
les, que estarán en su cuerpo espiritual, tendrán la misma vir- 4. Estas palabras: Y verá toda carne la salud de Dios,
tud que tienen los nuestros ahora, es cierto que no podrán ver pueden entenderse, sin ningún inconveniente, de este modo:
a Dios con ellos. Tendrán, pues, una potencia muy superior Y todo hombre verá el Cristo de Dios, que fué visto en el cuer-
si por ellos será vista la naturaleza incorpórea que no está po y será visto en la misma forma cuando juzgare a los vivos

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


contenida en un lugar determinado, sino que está toda en todas y a los muertos. Que él es la salud de Dios lo atestiguan mil
partes. Aunque decimos que Dios está en el cielo y en la tierra otros pasajes de las Escrituras. El más claro se halla en las
(El mismo dice por el profeta: Yo lleno el cielo y la tierra). palabras del venerable viejo Simeón, que, habiendo recibido a
no por eso podemos decir que tiene una parte en el cielo y Cristo niño en sus brazos, dijo: Ahora puedes ya, Señor, sacar
otra en la tierra, sino que El está todo en el cielo y todo en a tu siervo en paz de este mundo, según tu promesa, porque
la tierra, no en tiempos diversos, sino simultáneamente, cosa fian visto mis ojos tu salud. Las palabras citadas de Job. tal
que no puede ninguna naturaleza corporal [ 5 4 ] . Los ojos de como se hallan en los ejemplares hebreos: Y en mi carne veré
los santos tendrán una potencia mayor, no para que vean con a Dios, son una profecía de la resurrección de la carne. Nótese
más agudeza que lo hacen las serpientes o las águilas (pues que no dijo: Por mi carne. Si lo hubiera dicho, podría enten-
los animales, por más aguda que sea su vista, no pueden ver derse Cristo Dios, que por medio de la carne será visto en car-
más que cuerpos), sino para que vean también las cosas incor- ne. Sin embargo, pueden tomarse estas palabras: En mi carne
porales. Quizá esta gran potencialidad de visión fué dada por veré a Dios, como si dijera: Estaré en mi carne cuando veré
un momento al santo patriarca Job aún en el cuerpo mortal, a Dios. Y aquello que dice el Apóstol: Cara a cara, no nos
cuando dice a Dios: De oídas te conocía primeramente, pero obliga a creer que veremos a Dios por esta parte del cuerpo
ahora te veo con mis propios ojos. Por eso me desprecié a mí donde están los ojos corporales, ya que veremos con el espíritu
mismo y me deshice y me estimé polvo y ceniza. No obstante.
hui. el exiuimavi me terram et cinerem". Quamvis hic nihil prohibeat
oculum cordis intelligi, de qnibus oculis ait Apostolus: /Ilumínalos oculos
videret absentem, non eis usus est ad videnda praesentia; quae tamen spi- habere cordis vestriB6. Ipsis autem videri Deum, cum videbitur, Christia-
ritu videre posset, etiamsi illos clauderet, sicut vidit absentia, ubi curo nus ambigit nemo, qni fideliter accipit, quod ait Deus ¡lie magister: Beati
eis ipse non erat. Absit ergo, ut dicamus illos sanctos in illa vita Deum nmndi carde., quoniam ipsiDeum videbunt". Sed ntrum etiam oorporali-
clausis oculis non visuros, quem spiritu semper videbunt. bus oculis ibi videatur, hoc in ista quaestione versamus.
3. Sed utrum videbunt et per oculos córporis, cura eos apertos babe- 4. lllud enim quod scriptum est, .Et videbit omnis caro salutare Dei6",
bunt, inde quaestio est. Si enim tantum poteriint in corpore spirituali eo sine ullius nodo difficultatis sic intelligi potest. "Stc si dictum fuerit, Et
modo utique etiam ipsi or.uli spirituales, quantum possunt isti quales videbit omnis homo Christum Dei: qui utique in corpore visus est, et in
nunc habemus: procu] dubio per eos Deus videii non poterit. Longe ¡ta- corpore videbitur, quando vivos et momios iudicabit. Quod autem jr¡se sit
que alterius erunt potentiae, si per eos videbitur incorpórea illa natura, salutare Dei, multa sunt ct alia testimonia Scripturarum: sed evidentius
quae non continetur loco, sed ubique tota est. Non enim quia dicimus verierandi illius senis Simeonis verba declarant, qui cum infantem Chris-
Deum et in cáelo esse, et in térra (ipse quippe ait per Prophetam, Cae- tum accepisset in manus suas, Nunc, inquit, dimittis servum tuum, Domi-
lum et terram ego impleo"), aliam partem dicturi sumus eum in cáelo ne, secundum verbum tuum, in pace; quoniam vid erunt oculi mei salutare
habere, et in térra aliam: sed totus in cáelo est, totus in térra; non alter- tuum 89. Uhid etiam quod ait supra memoratus Job, sicut in exemplari-
nis temporibus, sed u tronique simul, quod milla natura corporalis potest. bus quae ex Hebraeo sunt invenitur. Et in. carne mea videbo Deum'"':
Vis ¡taque praepollentior oculorum erit ¡llorum, non ut acrius videant. resurrectionem quidem carnis sine dubio prophetavit; non tamen dixit
quam quídam perhibentur videre serpentes vel aquilae (quantalibet enim Per earnem mcam. Quod quidem si dixisset, posset Deus Christus intel-
acrimonia cernendi eadem quoque animalia nihil aliud possunt videre ligi. qui per earnem in carne videbitur: nunc vero potest ct sic accipi
qiiam eorpora): sed ut videant et incorporalia. Et- fortasse ista virtus In carne mea videbo Deum; ac si dixisset, In carne mea ero, cuín videbo'
magna cernendi data fuerit ad horam etiam in isto mortali corpore oculis Deum. Et illud quod ait Apostolus. Facie ad faciem", non cogit ut DPDID
sáticti viri Iob, quando ait ad Deum, In obauditu auris audiebam te prias,
niincéutem omitís meus videt te: proptera despexi mem.etipsu.in, et. dista- " 5 Job 42,5 ct 6, sec. O X .
86
" Ibirt., I,JO.-,O.
Bpti. 1,18. " Job 10,26, seo. Vu1ira*a"i
,J1
"' Mt. 5,R. 1 Cor. u,!2.
•* l í T . 2\,U »" I * •>,(.
X X I I , 29, 6 EL CIELO, FIN DE U CIUDAD DE DIOS 17X5
1714 - I,A CIUDAD riE DIOS XXtT, 29, 5

sin interrupción. En efecto, si el hombre interior no tuviera su que las cosas corporales pueden ser vistas por el espíritu sin
faz, no dijera el mismo Apóstol: Así es que todos nosotros, necesidad del cuerpo? Cuando el siervo recibió los dones, rea-
contemplando a cara descubierta, como en un espejo, al Señor, lizó un hecho corporal, y el profeta lo vio no por el cuerpo,
somos transformados en la misma imagen de claridad en cla- sino por el espíritu. Ahora bien, constando que el cuerpo es
ridad como por el espíritu del Señor. No entendemos de otra visto por el espíritu, ¿por qué no puede ser que la potencia
suerte las palabras del salmo: Acercaos a El y seréis ilumina- del cuerpo espiritual sea tal que se vea el espíritu por el cuer-
dos, y el rubor no cubrirá vuestro rostro. Por la fe nos acerca- p o ? Dios es espíritu. Cada cual conoce por el sentido interior,
mos a Dios, y la fe pertenece al corazón, no al cuerpo. Como y no por los ojos del cuerpo, la vida que le anima y le vegeta.
ignoramos a qué grado de perfección llegará el cuerpo espiri- En cambio, la vida del prójimo, siendo invisible, la ve por el
tual (hablamos de una cosa que no hemos experimentado), cuerpo. ¿Cómo discernimos los cuerpos vivientes de los no
cuando la Escritura en su autoridad clara no venga en nuestro vivientes, sino porque vemos a la vez los cuerpos y las vidas,
que no podemos verlas sino por el cuerpo? Mas la vida sin

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


socorro, es necesario que se realice en nosotros lo que se lee
en la Sabiduría: Los pensamientos de los hombres son tímidos el cuerpo escapa a los ojos corporales.
e inciertas nuestras providencias. 6. Así es posible y muy creíble que en la otra vida vere-
mos de tal manera los cuerpos mundanos del cielo nuevo y de
5. Si el razonamiento de los filósofos, de que los objetos
la tierra nueva, que veremos con una claridad asombrosa a
inteligibles y los sensibles o corporales son de tal naturaleza
Dios, presente en todas partes y que gobierna todas las cosas
que no se pueden ver los inteligibles por el cuerpo, ni los cor-
corporales, por medio de los cuerpos que llevemos, y que los
porales puede contemplarlos la mente por sí misma, si este
veremos doquiera volvamos los ojos. Y veremos esto no como
razonamiento, digo, fuera verdadero, cierto que no podríamos
vernos ahora las cosas invisibles de Dios, por las cosas crea-
ver a Dios por los ojos del cuerpo, aunque fueran espiritua-
das, en espejo, en enigma y en parte, y donde vale más la fe
les. Mas este raciocinio lo ridiculiza la verdadera razón y la
con que creemos que la especie de las cosas corporales que ve-
autoridad profética. ¿Quién será tan poco cuerdo que se atre-
mos por los ojos corpóreos. Veremos como vemos a los hombres
va a decir que Dios desconoce las cosas corporales? Y. sin
que viven y ejecutan movimientos vitales y entre los cuales vivi-
embargo, El no tiene cuerpo para poder verlas. Además, lo
mos. Y no creemos que viven, lo vemos, aunque no podemos
que he citado poco ha del profeta Elíseo, ¿no indica bastante
ver sin el cuerpo su vida, que contemplamos en ellos sin ambi-
per hanc faciem corporalem, ubi sunt oculi corporales, nos visuros esse accepit, utique corporaliter gestum est; quod tamen Propheta non per
credamus, quem spiritu sine intermissione videbimus. Nisi enim esset corpus, sed per spiritum vidit. Sicut ergo constat videri corpora spiritu;
etiam interioris hominis facies, non diceret Ídem apostolus, Nos autem quid si tanta erit potentia spiritualis corporis, ut corpore videatur et spi-
revelata facie gloriam Domini speculantes, in eamdem imaginera transfor- ritus? Spiritus enim est Deus. Deinde vitam quidem suam, quae nunc
mamuT de gloria in gloriam, tanquam a Domini spiritu °~. Nec aliter intel- vivit in corpore, et haec terrena membra vegetal facitque viventia, inte-
ligimus quod in Psalmo canitur, Accedite ad eum, et illuminamini, et rioré sensu quisque, non per corpóreos oculos, novit: aliorum vero vitas,
facies vestrae non erubescent "3. Fide quippe acceditur ad Deum, quam eum sint invisibiles, per corpus videt. Nam unde viventia discernimus a
cordis constat esse, non corporis. Sed quia spirituale corpus nescimus non viventibus corpora, nisi corpora simul vitasque videamus, quas nisi
quantos habebit accessus (de re quippe inexperta loquimur); ubi aliqua, per corpus videre non possumus? Vitas autem sine a corporibus corporeis
quae aliter intelligi nequeat, divinarum Scripturarum non occurrit et ©culis non videmus.
succurrit auctoritas, necesse est ut contingat in nobis quod legitur in libro 6. Quamobrem fieri polest, valdeque credibile est, sic nos esse vi-
Sapieritiae: Cogitationes mortalium timidae, et incertae providentiae saros mundana tune corpora caeli novi et terrae novae, ut Deum ubique
nostrae " . praesentem et universa etiam corporalia gubernantem, per corpora quae
5. Ratiocinatio quippe illa philosophorum, qua disputant ita mentís gestabimus, et quae conspiciemus quaquaversum oculos duxerimus, claris-
aspectu intelligibilia videri, et sensu corporis sensibilia, id est, corporalia, sima perspicuitate videamus: non sicut nunc invisibilia Dei, per ea quae
ut nec intelligibilia per corpus, nec corporalia per se ipsam mens valeat facta sunt, intellecta conspiciuntur 95 per speculum in aenigmate, et ex
intueri, si posset nobis esse certissima, proferto certum esset per oculos parte *", ubi plus in nobis valet fides qua credimus, quam rerum cor-
corporis etiam spiritualis nullo modo posse videri Deum, Sed istam ra- poralium species quam per oculos cernimus corporales. Sed sicut nomi-
tiocinationem et vera ratio et prophetica irridet auctoritas. Quis enim ita nes, inter quos viventes motusque vitales exserentes vivimus, mox ut as-
sit aversus a vero, ut dicere audeat Deum corporalia ista nescire? Num- picimus, non credimus vivere, sed videmus; eum eorum vitam sine cor-
quid ergo corpus habet, per cuius oculos ea possit addiscere? Deinde quod poribus videre nequeamus, quam tamen in eis per corpora remota omni
de propheta Elisaeo paulo ante diximus, nonne satis indicat etiam spiritu ambiguitate conspicimus: ita quacumqúe spiritualia illa lumina corpo-
non per corpus, corporalia posse cerni? Quando enim servus Ule muñera nim nostrorum circumferemus, incorporeum Deum omnia regentem, etiam
• 2 2 Cor. 3,i8. 3a
Rom. r,2ü.
" Ps. 28,6. v,i
i Cor. F3,l2.
** Sap. 9,14.
1716 I.A CIUDAD DE DIOS XXIX, 30, 1
X X I I , 30, 1 1ÍL CIELO, FIN DR l,\ CIUDAD DE DIOS 1717
güedad alguna por los cuerpos apartados. Doquiera que lleve-
mos estas luces espirituales de nuestros cuerpos, veremos por el lugar donde no se dará ni la pereza ni la indigencia. A esto
cuerpo al Dios incorpóreo que gobierna todas las cosas. Luego me induce el sagrado Cántico, que dice: Bienaventurados los
veremos a Dios por medio de unos ojos que se asemejarán en que moran en tu casa, Señor; por los siglos de los siglos te
excelencia a la mente, viendo también la naturaleza incorpórea, alabarán. Todas las partes del cuerpo incorruptible, destina-
cosa difícil o imposible de justificar por testimonios de las di- das ahora a ciertos usos necesarios a la vida, no tendrán otra
vinas Escrituras; o lo que es más fácil de entender, Dios nos función que la alabanza divina, porque entonces ya no ha-
será tan conocido y tan visible, que le veremos con el espíritu brá necesidad, sino una felicidad perfecta, cierta, segura y
en nosotros, en los otros, en lo otro, en sí mismo, en el cielo eterna. Todos los números de la armonía corporal, de que
nuevo y en la tierra nueva y en todo ser subsistente entonces. he hablado y que se nos ocultan, aparecerán entonces a nues-
Lo veremos también por el cuerpo en todo cuerpo dondequiera tros ojos maravillosamente ordenados por todos los miembros
que la aguja de nuestros ojos espirituales ponga su punto de del cuerpo. Y, juntamente, las demás cosas admirables y ex-
mira. Y nuestros pensamientos serán patentes a todos y mutua^ trañas que veremos, inflamarán las mentes racionales con el

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


mente. Entonces se cumplirán las palabras del Apóstol: No juz- deleite de la belleza racional a alabar a tan gran Artífice. No
guéis antes de tiempo hasta que el Señor venga e ilumine los me atrevo a determinar cómo serán los movimientos de los
escondrijos de las tinieblas y descubra los pensamientos del co- cuerpos espirituales, porque no puedo ni imaginarlo. Pero de
razón, y entonces cada uno será alabado por Dios. seguro que el movimiento, la actitud v la misma especie, sea
cual fuere, serán armónicos, pues allí lo que no sea armónico
no existirá. Es cierto también que el cuerpo se presentará al
instante donde el espíritu quiera, y que el espíritu no querrá
CAPITULO XXX
¡o que sea contrario a la belleza del cuerpo o a la suya. La
gloria allí será verdadera, porque no habrá ni error ni adula-
L A FELICIDAD ETERNA DE LA CIUDAD DE D I O S Y EL ción en los panegiristas. Habrá honor verdadero, que no se
SÁBADO PERPETUO negará a ninguno digno de él ni se dará a ningún indigno, no
pudíendo ningún indigno merodear por aquellas mansiones, ex-
1. ¡Cuánta será la dicha de esa vida, en la que habrá des- clusivas del que es digno. Allí habrá verdadera paz, donde na-
aparecido todo mal, en la que no habrá bien oculto alguno y die sufrirá contrariedad alguna, ni de sí mismo ni de otro.
en la que no habrá más obra que alabar a Dios, que será visto
en todas las cosas! No sé qué otra cosa va a hacerse en un El premio de la virtud será el Dador de la misma, que pro-
metió darse a sí mismo, superior y mayor que el cual no puede
per corpora contiiebimur. Aut ergo per illos oculos sic videbitur Deus, ut haber nada. ¿Qué significa lo que dijo por el profeta: Yo seré
aliquid habeant in tanta excellentia menti simile, quo et incorpórea na-
tura cernatur, quod ullis exemplis sive Scripturarum testimoniis divina- borabitur, nescio. Admoneor etiam sancto Cántico, ubi lego, vel audio,
ruin vel difficile vel impossibile est ostendere: aut quod est ad intel- Beati qui8 liabitant in domo toa, Domine, in saecula saeculorum lauda-
ligendum facilius, ita Deus nobis erit notus atque conspicuus, ut videa- bunt te ° . Omnia membra et viscera incorruptibilis corporis, quae nunc
tur spiritu a singulis nobis in singulis nobis, videatur ab altero in altero, videmus per usus necessitatis varios distributa, quoniam tune non erit
videatur in se ipso, videatur in cáelo novo et in térra nova, atque in omni ipsa necessitas, sed plena, certa, secura, sempiterna felicitas, proficient
quae tune fuerit creatura: videatur et per corpora in omni corpore quo- in laudibus Dei. Omnes quippe illi, de quibus iam sum locutus, qui nunc
cumque fuerint spiritualis corporis oculi acie perveniente directi. Pate- latent, harmoniac corporalis numeri non latebunt, intrinsecus et extrin-
búnt etiam cogitationes nostrae invicem nobis. Tune enim implebitur quod secus per corporis cuneta dispositi; et cum caeteris rebus, quae ibi magnae
Apostolus cuín dixisset, Nolite ante tempus indicare quidquam; mox ad- atque mirabiles' videbuntur, rationales mentes in tan ti artificis laudem
didit, doñee venial Dominas, et illuminet abscondita tenebrarum, et ma- rationabilis pulchritudinis delectatione succendent. Qui motus illie ta-
nifestabit cogitationes coráis, et tune laus erit unicuique a Deo ", lium corporum sint futuri temeré definiré non audeo, quod excogitare non
valeo. Tamen et motus et status, sicut ipsa species, decens erit, quicum-
que erit, ubi quod non decebit, non erit. Certe ubi volet spíritus, ibi
C A P tí T XXX protinus erit Corpus: nec volet aliquid spiritus, quod nec spiritum possit
decere, nec Corpus. Vera ibi gloria erit, ubi laudan tis nec erro re quis-
DE AETERNA FELICÍTATE CIVITATIS DEI, SABBATOQUE PERPETUO quam, nec adulatione laudabitur. Verus honor, qui nulli negabitur digno,
1. Quanta erit illa felicitas, ubi nullum erit malum, nullum latebit itulli deferetur indigno: sed neo ad eum ambiet ullus indignus, ubi nullus
bonum, vacabitur Dei laudibus, qui erit omnia in ómnibus! Nam quid permittetur es.se nisi dignus. Vera pax, ubi nihil adversi, nec a se ipso,.
aliud agatur, ubi ñeque ulla desidia ces3abitur, ñeque ulla indigentia la- nec ab alio quisquam patietur. Praemium virtutis erit ipse qui virtutem
dedit, eique se ipsum, quo melius et maius nihil possit esse, promisit.
" i Cor. 4,5. 18
Ps. 83,5.
1718 .;,,. U CIUDAD DE DIOS ' X X I I , 30; 3

su Dios y ellos serán mi pueblo, sino: Yo seré el objeto que X X H , 30, 4 IX CIELO, FIN DE LA CIUDAD DE DIOS 1710
colmará sus ansias, yo seré cuanto los hombres pueden hones- a aquél y consistirá en no poder pecar. Y éste será también
tamente desear: vida, salud, comida, riqueza, gloria, honor, paz don de Dios, no posibilidad de su naturaleza. Porque una cosa
y todos los bienes? Este es el sentido recto de aquello del Após- es ser Dios, y otra, ser particionero de Dios. Dios, por natura-
tol : A fin de que Dios sea todo en todas las cosas. El será el leza, no puede pecar; en cambio, el que participa de Dios
fin de nuestros deseos, y será visto sin fin, amado sin hastío sólo recibe de El la gracia de no poder pecar. Guardar esta
y alabado sin cansancio. Este don, este afecto, esta ocupación, gradación es propio del don divino: dar primero un libre al-
será común a todos, como la vida eterna [55 j . bedrío por el que el hombre pudiera no pecar y, al fin, otro
2. P o r lo demás, ¿quién se siente con fuerzas para ima- por el que no pudiera pecar. El primero permitía la adquisi-
ginarse, cuánto menos para expresar, los grados que habrá Ac ción de méritos, y el último, la recepción de premios. Mas,
gloria y de honor en proporción con los méritos? Que habrá porque esta naturaleza pecó cuando podía pecar, es librada
grados, no puede ponerse en duda. Y uno de los grandes bie- por una gracia más liberal para arribar a la libertad en que

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


nes de la dichosa Ciudad será el ver que nadie envidiará a otro, no pueda pecar [ 5 6 ] . Así como la primera inmortalidad, que
ni el inferior al superior, como ahora los ángeles no envidian Adán perdió pecando, consistió en poder no morir, y la últi-
a los arcángeles. Y nadie deseará poseer lo que no ha recibido, ma consistirá en no poder morir, así el primer libre albedrío
aunque esté perfecta y concordemente unido a Aquel que lo ha consistió en poder no pecar, y el último consistirá en no po-
recibido, como en el cuerpo el dedo no quiere ser el ojo, aun- der pecar. Y la voluntad de piedad y de equidad será tan
queque el ojo y el dedo integran la estructura del mismo cuerpo. inamisible como la felicidad. Es cierto que al pecar no con-
Cada uno poseerá su don, uno mayor y otro menor, de tal suer- servamos ni la piedad ni la felicidad; empero, el querer la
te que tendrá, además, el don de no desear más de lo que tiene. felicidad no lo perdimos ni cuando perdimos la felicidad.
3. Y no se crea que no tendrán libre albedrío porque no ¿Hemos de negar a Dios libre albedrío porque no puede pe-
podrán deleitarles los pecados. Serán tanto más libres cuanto car? Todos los miembros de la Ciudad santa tendrán una
más libres se vean del placer de pecar hasta conseguir el pla- voluntad libre, exenta de todo mal y llena de todo bien, go-
cer indeclinable de no pecar. El primer libre albedrío que se zando indeficientemente de la jocundidad de los goces eternos,
dio al hombre cuando Dios lo creó recto, consistía en poder olvidada de las culpas y de las penas, pero sin olvidarse de
no pecar; pero podía también pecar. El último será superior su liberación para no ser ingrata con su Libertador.
Quid est enim aliud quod per Prophetam dixit, Ero illorum Deus, et ips¡ 4. El alma se acordará de los males pasados, pero inte-
erunt mihi plebs"; nisi, Ego ero unde satientur, ego ero quaecumque lectualmente y sin sentirlos. Un médico bien instruido, por
ab hominibus honeste desiderantur, et vita, et salus, et victus, et copia, et ejemplo, conoce casi todas las enfermedades del cuerpo por su
gloria, et honor, et pax, et omnia bona? Sic enim et illud recte intelligi-
tur, quod ait Apostolus, ut sit Deus omnia in ómnibus 10°. Ipse finis crit 3uum eo potentius erit, quo peccare non poterit. Verum hoc quoque Dei
desideriorum nostrorum, qui sine fine videbitur, sine fastidio amabitur. muñere, non suae possibilitate naturae. Aliud est enim, esse Deum; aliud,
sine fatigatione laudabitur. Hoc munus, hic affectus, hic actus profecto participem Dei. Deus natura peccare non potest; particeps vero Dei ab illo
erit ómnibus, sicut ipsa vita aeterna, communis. accipit, ut peccare non 'possit. Servandi autem gradus erant divini mune-
2. Caeterum qui futuri sint pro meritis praemiorum etiam gradus ris, ut primum daretur liberum arbitrium, quo non peccare posset homo;
honorum atque gloriarum, quis est idoneus cogitare, quanto magis dicere? novissimum, quo peccare non posset: atque ilkid ad comparandum me-
Quod tamen futuri sint, non est ambigendum. Atque id etiam beata ci- ritum, hoc ad iecipiendum praemium pertineret. Sed quia peccavit isla
vitas illa magnum in se bonum videbit, quod nulli superiori ullus inferior natura cum peccare potuit, largiore gratia liberatur, ut ad eam perduca-
invidebit, sicut nunc non invident Archangelis Angelí caeteri: tamque tur libertatem, in qua peccare non possit. Sicut enim prima immortalitas
nolet esse unusquisque quod non accepit, quamvis sit pacatissimo con- fuit, quam peccando Adam perdidit, posse non mori, novissima erit non.
cordiae vinculo ei qui accepit obstrictus, quam nec in corpore vult oculus posse mori: ita primum liberum arbitrium posse non peccare, novissi-
esse qui est digitus, cum membrum utrumque contineat totius carnis mum non posse peccare. Sic enim erit inamissibilis voluntas pietatis et
pacata compago. Sic ¡taque habebit donum alius alio minus, ut hoc quo- aequitatis, quomodo est felicitatis. Nam utique peccando nec pietatem
que donum habeat, ne velit amplius. nec felicitatem tenuimus, voluntatem vero felicitatis nec perdita felicítate
3. Nec ideo liberum arbitrium non habebunt, quia peccata eos de- perdidimus. Certe Deus ipse numquid, quoniam peccare non potest, ideo
lectare non poterunt. Magis quippe erit liberum, a delectatione peccandi liberum arbitrium habere negandus est? Erit ergo illius civitatis et una in
usque ad delectationem non peccandi indeclínabilem liberatum. Nam pri- ómnibus, et inseparabilis in singulis voluntas libera, ab omni malo libe-
mum liberum arbitrium, quod hominí datum est, quando primum creatus rata, et impleta omni bono, fruens indeficienter aetemorum iucunditate
est-rectas, potuit non peccare, sed petuit et peccare: hoc autem novissi- gaudiorum, oblita culparum, oblita poenarum; nec tamen ideo suae li-
berationis oblita, ut liberatori suo non sit grata.
" Lev. 26,11.
' ""> i Cor. i5iiS. 4. Quantum ergo attinet ad scientiam rationalem, menor praeterito-
rum etiam malorum suorum; quantum autem ad experientis sensum, pror-
sus immemor. Nam et peritissimus medicus, sicut arte sciuntur, omnea
1720 LA CIUDAD DE DIOS X X I I , 30, 4

a r t e ; p e r o m u c h a s , l a s q u e n o h a sufrido, las desconoce expe- X X I I , 30, 5 El, CIELO, FIN* DE LA CIUDAD DE DIOS 1721
r i m e n t a l m e n t e . Así, los m a l e s se p u e d e n c o n o c e r de d o s m a n e -
r a s : p o r ciencia i n t e l e c t u a l o p o r e x p e r i e n c i a c o r p o r a l . D e q u e El es D i o s , c u a l i d a d q u e q u i s i m o s u s u r p a r c u a n d o lo a b a n -
u n a m a n e r a conoce los vicios la s a b i d u r í a del h o m b r e de b i e n , d o n a m o s s i g u i e n d o el s e ñ u e l o de estas p a l a b r a s : Seréis como
y de o t r a , la v i d a rota del l i b e r t i n o . Y p u e d e n o l v i d a r s e tam- dioses. Y n o s a p a r t a m o s del D i o s v e r d a d e r o , q u e n o s h a r í a
b i é n de d o s m a n e r a s . D e u n a m a n e r a los o l v i d a el s a b i o y el dioses p o r p a r t i c i p a c i ó n de E l , n o p o r d e s e r c i ó n . ¿ Q u é h e m o s
h e c h o sin El sino d e s h a c e r n o s en su I r a ? R e p a r a d o s p o r E l y
e s t u d i o s o , y de o t r a , el q u e los h a s u f r i d o : a q u é l los olvida
consumados por una gracia más abundante, descansaremos
d e s c u i d a n d o el e s t u d i o , y éste, d e s p o j a d o de su m i s e r i a . S e g ú n
e t e r n a m e n t e v i e n d o q u e E l es D i o s , y s e r e m o s l l e n o s d e E l
este ú l t i m o o l v i d o , los s a n t o s n o se a c o r d a r á n de los niales
c u a n d o E l s e r á t o d o en t o d o s . N u e s t r a s m i s m a s o b r a s b u e n a s ,
p a s a d o s . E s t a r á n e x e n t o s de t o d o s los m a l e s , sin q u e les reste
c u a n d o l a s c o n s i d e r a m o s m á s de E l q u e n u e s t r a s , e n t o n c e s se
el m e n o r s e n t i d o , y, n o o b s t a n t e , la ciencia q u e e n t o n c e s po-
n o s i m p u t a n p a r a el l o g r o de este s á b a d o . E n c a m b i o , si n o s
s e e r á n en m a y o r g r a d o n o sólo n o les o c u l t a r á sus m a l e s pa-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


l a s a t r i b u í m o s a n o s o t r o s , s e r á n o b r a s serviles. D e l s á b a d o se
s a d o s , s i n o ni la m i s e r i a e t e r n a de los c o n d e n a d o s . E n efecto, d i c e : No haréis en él obra alguna servil. A este t e n o r dice
si n o r e c o r d a r a n q u e fueron m i s e r a b l e s , ¿ c ó m o , s e g ú n dice el t a m b i é n el p r o f e t a E z e q u i e l : Y les he dado mi sábado como
S a l m o , c a n t a r á n e t e r n a m e n t e las m i s e r i c o r d i a s del S e ñ o r ? Sa- signo de alianza entre ellos y yo, a fin de que conozcan que yo
b e m o s q u e la m a y o r a l e g r í a de esta C i u d a d será c a n t a r u n soy el Señor1, que los santificó. E s t o lo s a b r e m o s c u a n d o este-
c á n t i c o de g l o r i a a la g r a c i a de Cristo, q u e n o s l i b e r t ó con su m o s en perfecta q u i e t u d y v e a m o s p e r f e c t a m e n t e q u e E l es D i o s .
sangre. 5 . Este s a b a t i s m o a p a r e c e r á m á s c l a r o si se c o m p u t a el
A l l í se c u m p l i r á e s t o : Descansad y ved que yo soy el Se- n ú m e r o de e d a d e s c o m o o t r o s t a n t o s d í a s , s e g ú n l a s E s c r i t u r a s ,
ñor. Este será r e a l m e n t e el g r a n s á b a d o q u e n o t e n d r á t a r d e , p u e s q u e se h a l l a ser j u s t a m e n t e el d í a s é p t i m o . L a p r i m e r a
ese s á b a d o e n c a r e c i d o p o r el S e ñ o r en l a s p r i m e r a s o b r a s de e d a d , c o m o el p r i m e r d í a , se c u e n t a d e s d e A d á n h a s t a el dilu-
su c r e a c i ó n al d e c i r : Dios descansó el día séptimo de todas sus v i o ; la s e g u n d a , d e s d e el d i l u v i o h a s t a A b r a h á n , a u n q u e n o
obras y lo bendijo y lo santificó, porque en él reposó de todas c o m p r e n d e i g u a l d u r a c i ó n q u e la p r i m e r a , p e r o sí i g u a l nú-
las obras que había emprendido. N o s o t r o s m i s m o s s e r e m o s allí m e r o de g e n e r a c i o n e s , q u e son diez. D e s d e A b r a h á n h a s t a
el día s é p t i m o c u a n d o s e a m o s l l e n o s v c o l m a d o s de la b e n d i - Cristo, el e v a n g e l i s t a S a n M a t e o c u e n t a t r e s e d a d e s , q u e a b a r c a
ción y de la santificación de D i o s . Allí, en q u i e t u d , v e r e m o s c a d a u n a c a t o r c e g e n e r a c i o n e s : u n a , d e s d e A b r a h á n h a s t a Da-
v i d ; o t r a , d e s d e D a v i d h a s t a la c a u t i v i d a d de B a b i l o n i a , y la
fere morbos corporis novit: sicut autem corpore sentiuntur, plurimos
nescit, quos ipse non passus est. Ut ergo scientiae malorum duae sunt;
una, qua potentiam mentís non latent: altera, qua experientis sensibus ipsi esse voluimus, quando ab illo cecidimus, audientes a seductpre, Eritis
inhacrent (aliter quippe sciuntur omnia vitia per sapientiae doctrinam, sicut dii"A; et recedentes a vero Deo, quo faciente dü essemus eius par-
aliter per insipientis pessimam vitam): ita et obliviones malorum duae ticipatione, non desertione. Quid enim sine illo fecimus, nisi quod in ira
sunt. Aliter ea namque obliviscitur eruditus et doctus, aliter expertus et eius defecimus? "" A quo refecti, et gratia maiore perfecti, vaeabimus
passus-: ille. si peritiam negligat; iste. si miseria careat. Secundum hane in aeternum, videntes quia ipse est Deus, quo pleni erimus, quando ipse
oblivionem quam posteriore loco posui, non erunt memores sancti prae erit omnia in ómnibus. Nam et ipsa bona opera nostra, quando ipsius
feriloriim malorum: oarebunt enini ómnibus, ita ut penitus delcantur de potius intelliguntur esse quam nostra, tune nobis ad hoc sabbatum adi-
sensibus corum. Ea tamen potentia scientiae, quae magna in eis erit, non piscendum imputantur. Quia si nobis ea tribuCtimus, servilia erunt; cum
solum sua practerita. sed etiam damnatorum eos sempiterna miseria non de sabbato dicatur, Omne opus servile in eo non jacietis ''"'. Propter quod
latebit. Alioquin si se fuisse miseros nescituri sunt, quomodo, sicut ait et per Ezechielem prophetam dicitur, Et sabbata mea dedi eis in signum
ínter me et inter eos, ut scirent quia ego Dominus qui sanctifico eos "".
I'salmus. misericordias Domini in aeternum cantabunt? 101 Quo cántico in
Hoc perfecte tune sciemus, quando perfecte vaeabimus, et perfecte vide-
srloriam gratlae Christi, ouius sanguine liberati sumus, nihil erit piofecto bimus quia ipse est Deus.
illi iucundius civitati. Ibi perficietur, Vacate, et videte quoniam ego suw
Deus ' J . Quod erit veré máximum sabbatum non habens vesperam, quod 5. Ipse etiam numerus aetatum, veluti dierum, si secundum eos ar-
commendavit Dominus in primis operibus mundi, ubi legitnr: Et requievit tículos temporis computetur, qui in Scripturis videntur expressi, iste sab-
Deus die séptimo ab ómnibus operibus suis, quae fecit: et benedixit Deus batismus evidentius apparebit, quoniam septimus invenitur: ut prima aetas
diem septimum. et mnetifiravit eitni, quia. in eo requievit ab ómnibus ope- tanquam dies primus sit ab Adam usque ad diluvium, secunda inde usque
ribus suis, quae inrhoavit Deus faceré j ° 3 . Dies enim séptimas etiam nos ad Abraham, non aequalitate temporum, sed numero generationum: denas
ipsi erimus, quando eius fuerimus benedictione et sanctificatione pleni quippe habere reperiuntur. Hinc iam, sicut Matthaeus evangelista deter-
atqtie refecti, Jbi vacantes videbimus quoniam ipse est Deus: quod nobis minat, tres aetates U9que ad Christi subsequuntur adventum, quae singulae
denis et quaternis generationibus explican tur: ab Abraham usque vA Da-
•01 -¡i s j,<) .,
102
Ps. 45,'u. '»»
105
Ibid., 3,5
•'"" <",'-n. 2.2.1.
Ps. 89,9.
" ,B Deut. 5,14.
">' E z . 20,12.
J722 M CIUDAD DE DIOS X X I I , 30, 6

tercera, desde la cautividad hasta el nacimiento temporal de


Cristo. Tenemos ya cinco. La sexta transcurre ahora y no debe
ser coartada a un número determinado de generaciones, por
NOTAS AL LIBRO XXII <
razón de estas p a l a b r a s : No os corresponde a vosotros conocer
los tiempos que el Padre tiene reservados a su poder. Tras ésta,
Dios descansará como en el día séptimo v h a r á descansar en sí
mismo al día séptimo, que seremos nosotros.
Sería muy largo tratar ahora al detalle de cada una de estas
edades. Baste decir que la séptima será nuestro sábado, que no ,: [1] Este libro fué escrito probabilísimamente a principios del 427-
tendrá tarde, que concluirá en el día dominical, octavo día v [2] He aquí el gran fundamento de la providencia de Dios sobre el
día eterno, consagrado p o r la resurrección de Cristo y que fi- mundo. Dios no permitiría que hubiera males en el mundo si no fuera

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


para sacar mayores bienes. Aunque la razón humana se resista a acata*
gura el descanso eterno no sólo del espíritu, sino también del
esto, es preciso confesar que es así. Esta misma idea la vemos expresada
cuerpo. Allí descansaremos y veremos; veremos y amaremos: en De Genesi ad litteram (XI 9,12; 10,13-14 ss.) y más tarde recogida
amaremos y alabaremos. He aquí la esencia del fin sin fin. por el Maestro de las Sentencias (Sententiarum 1.2 dist.23 e l ) .
Y ¡qué fin más nuestro que arribar al reino que no tendrá [3] Ya hemos hablado varías veces del concepto del mal que tentó
fin! [ 5 7 ] . Agustín y cómo todas las naturalezas, en cuanto naturalezas, son buenas,
6. Estoy en que ya he saldado, con la ayuda de Dios y con y que el mal no es más que la privación de bien. Remitimos al lector a
esta inmensa obra, la deuda contraída. Quienes con ésta tengan los lugares citados en otra parte y ya comunes, y como algo más concreto
al Enchiridion (12-15,4).
poco o demasiado, que me perdonen. Y quienes estén satisfe-
[43 Gf. Ench. 28-32,9.
chos, agradecidos den gracias no a mí, sino a Dios conmigo. [5] Estas apreciaciones sobre la eficacia del conocimiento y poder de
Así sea. Dios han pasado a ser patrimonio de la escuela. Santo Tomás las recoge
y las transmite a la posteridad, y en su tratado de la Summa theologica
vid una, altera inde usque ad transmigrationem in Babyloniam, tertia inde titulado de Deo uno hace de ellas una aplicación maravillosa.
usque ad Christi carnalem nativitatem. Fiunt itaque omnes quinqué.
[6] Solet autem, nos dice el Santo en De fide et Symbolo 6,13,
Sexta nunc agitur, nullo generationum numero metienda, propter id quod
quosdam ojfendere vel impíos gentiles vel haereticos, quod credamus as-
dictum est, Non est vestrum scire témpora, quae Pater posuit in sua po-
sumptum terrenum corpus in caelum. Sed gentiles plerumque philoso-
testate "B. Post hanc tanquam in die séptimo requiescet Deus, cum eum-
phorum argumentis nobiscum agere student, ut dicant, terrenum aliquid
dem septimum diem, quod nos erimus, in se ipso Deo faciet requiescere.
in cáelo esse non posse. Nostras enim Scripturas non noverunt, nec sciuní
De istis porro aetátibus singulis nunc diligenter longum est disputare.
quomodo dictum sit: «Seminatur corpus anímale, surget corpus spiritale».
Haec tamen séptima erit sabbatum nostrum, cuius finís non erit vespera.
[7] En la epístola 137 (3,11) presenta el mismo problema de unió»
sed dominicus dies velut octavus aeternus, qui Christi resurrectione sa-
al tratar de la encarnación del Verbo. Y recurre también a la misma
cratus est, aeternam non solum spiritus, verum etiam corporis réquiem
comparación. «La persona humana es una mezcla de alma y de cuerpo;
praefigurans. Ibi vacabimus, et videbimus; videbimus, et amabimus; ama-
¡a persona de Cristo es una mezcla de hombre y de Dios. Cuando el Ver-
Wmus, et laudabimus. Ecce quod erit in fine sine fine. Nam quis alius
bo de Dios se unió a un alma que ya tenía su cuerpo, tomó conjuntamen-
noster est finis, nisi pervenire ad regnum, cuius nullus est finis?
te el alma y el cuerpo. Lo uno se realiza cada día cuando se engendra un
6. Videor mihi debitum ingentis huius operis, adiuvante Domino, hombre; lo otro acaeció una vez para libertar a los hombres. Con todo,
reddidisse. Quibus parum, vel quibus nimium est, mihi ignoseant: qui- la mezcla de dos cosas incorpóreas debió creerse con mayor facilidad que
bus autem satis est, non mihi, sed Deo mecum grafías congratulantes la de una cosa corpórea con otra incorpórea. Si el alma no se engaña
agant Amen. respecto a su propia índole, comprenderá que es incorpórea; pues mu-
'*•" Act. 7,y. cho más incorpóreo es el Verbo de Dios».
[8] Este milagro de la fe ha sido siempre para San Agustín un ar-
gumento poderoso a favor de la Iglesia y de la virtud divina que la anima.
Si lo que propone a la creencia de los fieles es creíble, es increíble que
no lo crean algunos; y si lo que propone es increíble, es también increí-
ble cómo lo creen tantos. He aquí el paradójico argumento que va a ex-
poner en el presente capítulo.
[9] Esta imagen es digna de pasar a la literatura cristiana. Cristo
envió al mundo a unos pescadores con las redes de la fe. Este es el mayor
de los milagros: que estos ignorantes se ganaron al mundo sencillamente
con lanzar las redes de su fe al fondo.
[10] La subsistencia de la religión cristiana en sus dogmas funda-
mentales, la resurrección y la ascensión de Cristo, es el argumento más
fuerte de su divinidad. Es un hecho que la creencia en estos dos dogma»
está arraigada en un gran número de hombres, de cristianos por ser cris-
1724 ' LA CIUDAD DE DIOS
NOTAS AL LIBRO XXII JYgK
tianos y de no cristianos, para desbaratar y dar al traste con esta creen-
cia, lo cual prueba que también creen en ella, puesto que tratan de ¡la- [22] La palabra latina empleada, orarium, es justamente el pañuelo
ceria desaparecer, y si no creyeran en ella, no les interesaría lo más mí- destinado a limpiarse la cara.
nimo. San Agustín va buscando argumentos de experiencia y sabidos, pero [23] En su honor va dirigido el sermón 325.
que son los que gozan de mayor fuerza, para probar la divinidad de la [24] Traducimos folies, neologismo en nuestra lengua, porque no ]».
Iglesia y de su doctrina. mos hallado una palabra apropiada para esta clase de moneda. Los folies
[11] Esta página, digna del apologista Agustín, merece una larga se llaman así por la bolsa en que iban guardados. Las monedas, unas eran
meditación. La contraposición prueba la divinidad de Cristo. Los mártires de cobre y otras de plata. Su valor determinado nos es desconocido, a
son el argumento más contundente contra los paganos. El Santo amon- pesar de que sobre ^1 han hecho ya varias conjeturas Sirmondo y Suidas.
tona verbos para expresar sus tormentos, y, con todo, la Iglesia se mul- [25] En la carta 112,1 se menciona esta ciudad. «Cuando viniste a
tiplicaba, seguía lozana y boyante. Sparsum est semen sanguinis—gri- Tibiris—le dice al ex-procónsul Donato—por razones de administración,
taba él como lo hiciera otrora Tertuliano—, surrexit segas Erclcsiae no pude verte, aunque mucho lo deseaba».

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


(Serm. 22,4). [26] San Posidio, obispo de Calama, no necesita presentación. Es
[12] Vives piensa que debe leerse ante Scipionem, es decir, PJmilia- uno de los discípulos predilectos del maestro y el autor de la Vita Au-
no, que es el interlocutor de los libros De república. Los lovanienses, gustini.
siguiendo su conjetura, probaron enmendar el texto; pero es ir contra to- [27] Esto nos deja ertrever que el presente libro está escrito a fine?,
das las ediciones y contra otros manuscritos. Así Migne en nota. del 426 o principios del 427. En este tiempo existía ya la memoria del
[13] La resurrección como dogma fundamenta!" de nuestra sagrada protomártir San Esteban. La curación que aquí narra pertenece al 425,
religión ha sido el más impíamente atacado siempre por los racionalistas. según se puede colegir por el sermón 322, que trata de ello. La crono-
San Agustín se afana en estos capítulos por proponer argumentos fáci- logía eclesiástica sobre la fecha de la Pascua nos lleva justamente a esta
les, a fortiori y ad homiiiem, pero que son de un valor irrefragable. conclusión. Nos creemos dispensados de hacer aquí el cómputo, cosa que
[14] Estas aparentes paradojas dan fe de la gran psicología del queda al entender de los estudiosos en la materia.
Santo en orden a la credulidad y pedagogía del pueblo. Más adelante nos- [28] Cf. los sermones 318 al 324.
dirá que esos libelos que mandaban hacer se leían también al pueblo por [29] Hoy es también imposible la identificación de este río con al-
el mismo motivo que la Escritura. Al principio, en los primeros años del guno actual. Han pasado ya muchos años y ha cambiado mucho la geo-
cristianismo, los fieles eran más sencillos y más fáciles a creer que ahora. grafía del terreno.
Y entonces la Escritura era la última palabra. Ella daba fe de los mila- 130] Esta narración tan vivida nos da a entender el cariño y la emo-
gros, y, al ver los milagros, se percataban de que era verdad lo que las ción con que Agustín la escribe. Tenía alma de poeta, decimos al final.
Escrituras intimaban. Y esto es lo que quiere decir en estas contraposi- Y es verdad. Cf. Serm. 321.
ciones Agustín. [31] Cf. Serm. 322, que es el comentario y la lectura de este hecho.
[15] Referencias de este milagro hallamos en los lugares siguientes: [32] La palabra latina exedra indica propiamente el lugar o el de-
Confess. IX 7,16; Serm. 318,1; Retract. I 13,7. El mismo San Ambrosio partamento abierto en los pórticos al sol y al aire y en forma de semi-
nos da fe de él en la epístola 85 y en el sermón 91. círculo. Había en él sillas todo alrededor y venía a ser una especie de
[16] Sabido es que, en la antigüedad, la época del bautismo en la sala de conversación.
Iglesia católica, fuera del caso de necesidad, eran Pascua y Pentecostés. [33] Cf. Serm. 323. Aprovechamos esta nota para hacer ciertas con-
Así leemos en Tertuliano, en su obra De baptismo (c.19): Diem Baptismo sideraciones sobre los milagros en el pensamiento agustiniano. En primer
solemniorem Pascha praestat, cum et passio Dornini, in qua tingimur. término es preciso decir que en la aceptación de los mismos por su parte
adimpleta est. Exinde Pentecoste (id est, ut loquitur ín libro De corona há habido una evolución bastante pronunciada. Su primera época de
militis c.3, «a die Paschae usque ad Pentecosten»), ordinandis Iavdcris racionalista le llevó a dudar de casi todo?¡ ellos. En De vera religione
latissimum spatium est: quo et Domini resurrectio inter Discípulos fre- parece indicar que la época de los milagros ha desaparecido ya. Y así
quentata est, et gratia Spiritus sancti dedicata.
ha ido evolucionando a medida que el cristianismo profundizó en su
[17] Se daba el nombre de cirrati a los jóvenes de ambos sexos has- alma. Al final les admitía ya, y para dar fe de ello, mandó (se cree
ta la edad de la pubertad, y aun a las mujeres solteras, porque hasta di- que él- fué el inspirador de ese canon del concilio de Cartago) que se
cha edad no se cortaban el pelo. levantaran los libelli para dar fe de lo sucedido. Cf. COUKCELLE, P.,
[18] Curubis o Corubis era una ciudad famosa del África propia, Recherches sur les Confessions de Saint-Augustin (París 1950), pp.139-153;
llamada hoy Kurbah. DELEHAYE, H., Les origines du cuite des martyrs 2. a ed. (Bruxelles 1933);
[19] No conocemos la situación geográfica de Sinití, pero bien pode- DE VOOGHT, D.-P., Les miracles dans la vie de Saint Augustin: «Recher-
mos suponer, por lo que aquí se dice, que estaba cercana a Hipona.
ches de Théologie Ancienne et Médiévale», t.11 (1939), p.5-16, sobre
[20] Es difícil identificar esta quinta. Únicamente tenemos la refe- todo p.9 n.17.
rencia que de ella nos da Agustín, y por ella deducimos que distaba muy
poco de la sede de su diócesis propia, de Hipona. L34] Tanto las objeciones de este capítulo como las del precedente
[21] Roys y Rozas, guiado también de la deficiente puntuación del son justamente ridiculas, porque parten de un concepto rastrero y mate-
texto latino, ha traducido: Poderoso es, dice el Señor que ahuyento, etc. rialista de la otra vida. Quizá la mejor respuesta a ellas fuera la que
Creemos, empero, que la coma debe ir después de dice, tal como lo hemos Cristo dio a los saduceos que le preguntaban de quién sería la mujer
hecho en nuestra versión. , , ... ,....,,„,,.; .,..,„, ... „„ <,.,>-..!<•• que había tenido siete maridos: En la otra vida ni se casarán ni tomarán
maridos. Serán todos como ángeles de Dios. Y esta observación valga ya
1726 NOTAS At LIBRO XXII 1727
W CIUDAD DE DIOS

para todos los capítulos tocantes a la resurrección. Así lo explica, p»« que está muy conforme con ella el ayudar, permitir y rechazar muchas
fin, en el capítulo 27. acciones de los hombres. El providencialismo es característica básica del
[35] En el Enchiridion 84-89ss.,23 se presenta una serie de puntos « Santo, de tal forma que se le ha llegado a considerar como el fundador
resolver sobre la resurrección. La solución que allí da está complétame!* de la escuela providencialista.
te de acuerdo con las alegadas aquí. Cf. también De Gen. ad lili [46] Este es el proceso psicológico de la espiritualidad cristiana para
III 14,23. San Agustín. El alma racional, la mente, tiene ciertos principios preonto-
[36] Así lo explica su teoría de las razones seminales, que implican lógioos, inconscientes, que no están sujetos a la moral, porque son ante-
un evolucionismo mitigado, muy conforme con las Jeyes generales de 1" riores a ella y ella los supone. Cuando la razón cae en la cuenta de esos
historia humana. principios, entonces comienza su obra moral y ascética, porque la ascé-
[37] Según San Jerónimo en su Epístola ad Pammachium, este error tica agustiniana, como ha dicho el P. Lope, es una teología ascética.
procede de Orígenes. Guido el Carmelita atribuye este error también u [47] Tenía que llegar a esta conclusión por temperamento. Ya lo
¡os ármenos, como suscitadores del mismo y queriendo hacer revivir el hemos dicho: era un artista, y basta, pues veía la mano de Dios y la
belleza en todo. Hojéese, si no, el libro De ordine, una de sus primeras

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


antiguo error de Orígenes.
[38] Sobre el significado y el simbolismo de estos hechos puede ver- obras, y se descubrirá el corazón abierto a las hermosuras, creadas e in-
se De Gen. contra Manich. II 25,38-39. creadas. El hombre siempre fué para él algo milagroso tanto corporal
[39] Esta es la ya clásica definición de belleza dada por Agustín. como anímicamente.
Así, en la carta 3. a , que va dirigida a Nebridio, dice: «—¿Qué es lo que [48] Su alma de poeta deja vibrar el arpa de su imaginación medi-
se alaba en el cuerpo? —Nada laudable descubro en él si no es la her- terránea. Parécenos asistir a aquellas imágenes que más tarde consagrará
mosura. —Y ¿qué es la hermosura del cuerpo? —Armonía de partes con el poeta agustino fray Luis de León, poeta del mar sin nunca haberlo
cierta suavidad de color (n.4)». Textos paralelos pueden verse, por ejem- visto. La imagen de Agustín no puede ser más expresiva. El mar cambia
plo, en De ver. relig. 22,42; 30,56; 32,59; 39,72; 40,74; De div. quaest. 83 continuamente su vestido, y ¡qué variedad la suya! ¡Qué poesía brotaría
q.44; Confess. IV 13,20; De nat. bon. 8; De civ. Dei XI 22; Epist. 18,2. de sus labios cuando partió para Roma desde Cartago y también cuando
[40] Cf. Quaest. in Hept. I q.42-43. despidió a su amada en el puerto!
[41] Sin duda alguna alude al hambre que padecieron los romanea [49] ¡Qué diferente panorama el pintado en este capítulo y el des-
durante -el asedio de Alarico, el año 409, de la cual hablan Sozomeno en crito en el anterior! Su aparente pesimismo se ha trocado aquí en un
su Historia eclesiástica 1.9 c.8, y San Jerónimo en la Epístola 16 ad Prin- optimismo cristiano y redentor. Sí, también el mundo tiene sus encantos;
cipiam, donde dice entre otras cosas: Ad nefandos cibos erupit estiren- pero sus deleites son más bien solaces de los miserables que premio de
tium rabies, et sua invicem membra laniarunt, et mater non parcit lac- los dichosos.
tanti infanti, et suo recipit útero, quem paulo ante effuderat. [50) Cf. 1.18 c.53.
[42] Las dos grandes taras con que nace el hombre, heredadas del [51] El retorqueo argumentum es irrebatible. Si los dioses no son
pecado del primer hombre, son la concupiscencia y la ignorancia, ya clá- por naturaleza inmortales y Dios les da la inmortalidad, es que no es
sicas en el agustiníanismo. Los efectos de las mismas los cita en este pa- imposible para Dios obrar contra o al margen de la misma naturaleza.
saje, casi diríamos de una manera exhaustiva. La imagen que aquí nos Y si esto lo hace con los dioses, ¿por qué no puede hacerlo con los
pinta parece desmentir el conocido optimismo de San Agustín; sin em- hombres?
bargo, habla de cosas sabidas sin excederse, simplemente poniéndonos ante [52] Aunque se ha querido negar el empeño de Agustín por cristia-
los ojos los mil y mil vicios de que adolecemos. Luego vendrá el contraste nizar a los filósofos paganos, su conato es innegable. Su espíritu ecléctico,
a decirnos que en la vida no todo son penas, sino que también tiene sus y, por tanto, de selección, le llevaba necesariamente a eso. Es cierto e
solaces y sus consuelos. indubitable que él nos ha dado una doctrina muy original y muy suya;
[43] Parece estar haciendo referencia a su propio padre, que en sus pero no prescinde de la corriente ecléctica y tiende a concordar y a armo-
primeros años de estudiante llevaba una mira completamente humana. De nizar a los filósofos con la religión. Este capítulo es un caso típico de
ello se queja en las Confessiones (I 12,19) en estos términos: «Tampoco tal hecho.
los que me urgían (a estudiar) obraban bien; antes todo el bien que [53] En la carta 147, dirigida a Paulina, trata largamente este pro-
recibía me venía de ti, Dios mío, porque ellos no veían otro fin a que yo Mema de la visión de Dios y de la manifestación de Dios a los hombres.
pudiera encaminar aquellos conocimientos que me obligaban a aprender A ella nos remitimos.
sino a saciar el insaciable apetito de una insaciable escasez y de una glo- [54] Estas expresiones nos recuerdan aquellas preguntas que él se
ria ignominiosa». hacía en las Confesiones (I 3,3), etc.: «¿Abarcante por ventura el cielo
[44] San Agustín nos describe en este apartado un mundo real de y la tierra por el hecho de que los llenas? ¿O es, más bien, que los
un ambiente ordinario y común entre la gente vulgar y aun entre la que Sienas y aun sobra por no poderte abrazar? ¿Y dónde habrás de echar
no lo es tanto. Esto nos permite hacernos una idea de la circunstancia eso que sobra de ti una vez llenos el cielo y la tierra? ¿Pero es que
ambiental de que vivía rodeado y del mundo que respiraba en aquella tienes tú acaso necesidad de ser contenido en un lugar, tú que contienes
época, ya un poco decadente. La visión es fatalista y pesimista, si se todas las cosas, puesto que las que llenas las llenas conteniéndolas?»
quiere, pero muy real y muy humana, porque la visión del Genio había [55] He aquí expresado en este número el objeto y el fin de la otra
profundizado en todos los lares de su época. vida. En ella habrá en grado eminente cuanto hay de bueno en ésta.
[45] Esta es la economía de la Providencia. Sus leyes nos son desco- Habrá gloria, paz, luz, verdad, bondad, majestad, todo verdadera y real-
nocidas, pero podemos rastrearlas con nuestra pobre inteligencia y ver mente. Y de todo ello gozarán los bienaventurados.
1728 LA CIUDAD DE D I O S

156.1 Cl. Ench. 104-108 n.28, donde se tratan ampliamente todos los
problemas referentes a la voluntad en orden a la posibilidad de pecar.
[57] Estas felices expresiones, que cierran con broche de oro una de
las obras más grandiosas que han visto los siglos, nos dicen algo de ¡o mu-
cho que podría decirse de la vida eterna, de la eterna felicidad. Agustín se
presenta el tema desde el punte de vista meramente humano, por parte
del hombre, y por eso le anima con la esperanza del gozo, del amor, de la
alabanza y del descanso eterno en ese amor, en esa alabanza y en ese
gozo. Por algo escribió en la Enarración al salmo 103 (3,17) que «la
vida de la vida mortal es la esperanza de la vida inmortal». Los ciuda-
danos de la Ciudad de Dios deben aspirar a esa meta, y el que no llegue
no ha sabido vivir la jornada en su peregrinaje. Estas expresiones: vaca-

ARCHIVO DIGITAL DE HUMANIDADES ERVINS AID


bimus, videbimus, amabimus et laudabimus, son las que dan cumplido
a la inquietud del hombre agustiniano. Unido el pórtico de las Confesio-
nes: Et inquietum est cor nostrum doñee requiescat in te, con el epílogo
de la Ciudad de Dios: Ibi vacabimus, et videbimus; videbimus, et amabi-
mus; amabimus et laudabimus, tenemos resuelto el problema de la «an-
gustia existencial» de hoy y de la «eterna inquietud» de Agustín. El ACABÓSE DE I M P R I M I R ESTE DECIMOSEXTO VOLU-
requiescere implica la visión, el amor y la alabanza. Y este es el fin de MEN DR LAS «OBRAS DK SAN AGUSTÍN», nfc
la Ciudad de Dios, y un fin que no tendrá fin. LA BIBLIOTECA BE AUTORES CRISTIANOS,
EL DÍA 21 DK ABRIL DK 1 9 5 8 , FIESTA
DR SAN ANSELMO, KN LOS TA-
LLERES DK LA EDITORIAL CA-
TÓLICA, S . A., ALFON-
SO X I , 4 , MADRID

LAÜS DEO VIRGlNiQUE MATRJ

ervinsaid.wordpress.com
fb@adhesmexico

También podría gustarte