Arte e historia en la Edad

AKAL
ARTE Y ESTÉTICA 87

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Joan Sureda

I
 Maqueta de portada: Sergio Ramírez
Enrico Castelrmovo y Giuseppe Sergi (eds.)
Diseno interior y cubierta: RAG

rítuSO Original: .-írti e storia nel medioevo IH. Del vedere: pubblici, forme e ftm?,i>»ii
ARTE E HISTORIA EN LA
EDAD MEDIA I I I
> ubboración de este volumen ha colaborado Fabrizio Crivello.
Sobre el ver: públicos, formas,
t!

© Giulio Einaudi editore, s.p.a., Turin, 2004

funciones
Traducción

Alicia Martínez Crespo

© Ediciones Atai, S- A , 2016
pani lengua española
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Sector Foresta, 1
28760 Tres Cantos Jesús Espino Ñ u ñ o
Aladrid - España
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ISBN: 978-84-460-2497-2

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ludo o en parte, una obra literaria, artistica o científica, ARGENTINA / ESPAÑA / MÉXICO
fijada en cualquier tipo de soporte.
 PRESENTACIÓN

Sobre el ver:un título que plantea muchas preguntas. En comparación con los nume-
rosísimos esmdios dedicados a los problemas de la producción, de la creación de las
obras, de la reconstrucción y de la caracterización de sus artífices, de su modo de actuar,
de sus comitentes -estudios que han llevado a la realización de monografías, corpora, ca-
tálogos y repertorios, proporcionando las bases sobre las que se ha construido la historia
de! arte medieval—, las reflexiones sobre los criterios y las formas de apreciar las obras y
de las reacciones del público ante ellas han sido escasas. Ahora bien, una historia de la
producción que no vaya acompañada de una historia de la recepción, una historia de los
artífices sin una historia del público queda, inevitablemente, coja. La situación en el
campo literario es diferente porque no solo la historia más general de la recepción, sino
también la historia más específica y particular de la lectura se han cultivado desde hace
tiempo con éxito.
¿Público o públicos? Es mejor usar el término en plural porque no solo los públicos
cambiaron en el transcurso de la larga Edad Media, sino porque las apreciaciones y las
expectativas podían ser diferentes según la posición social, la educación, las costumbres
del espectador. Hace muchos años, Erederick Antal, en su libro Florenrhie Paintingandils
Social Butí'gi'otmd , intentó poner en relación los gustos y las expectativas estéticas del
1

público popular de la Florencia del siglo xrv con los mucho más sofisticados de la alta
burguesía, explicando los cambios de las formas de la pinrura, la «paralización» y los
fenómenos arcaizantes que se veri6caron hacia la mitad del siglo con la importancia
preponderante asumida por las clases populares en esc periodo. Hoy podemos conside-
rar esa forma de proceder demasiado unívoca y rígida, ver el peligro de caer en la teoría
del reflejo, advertir en la escasez de variantes y en la exclusiva relación comitente-artista
una seria limitación del modelo, y dudar de que pertenecer a una clase concreta era de-
terminante para los encargos de los comitentes y las expectativas de los públicos. Sin

1
F. Anral, Florearme Painting and its Social Background, Londres, 1947 [cd. cast- La pintaraflorentinay su
ambiente social, Madrid, Cíuadarnima,1963].
 ARTE E HISTORIA EN I.A E D A D M ED lA 111
e m b a r g o , su h i p ó t e s i s , tachada i n m e d i a t a m e n t e de b u r d o d e t e r n u n i s m o , fue u n valiente
i n t e n t o d e r e l a c i o n a r p r e g u n t a s y respuestas, expectativas estéticas v h á b i t o s perceptivos
c o n las p r e f e r e n c i a s p o r las f o r m a s y estilos d e t e r m i n a d o s que §e p u e d e n captar en la
p r o d u c c i ó n artística de la é p o c a . D e s d e e n t o n c e s , h e m o s c o n o c i d o m o d e l o s mucho más
ricos y s o f i s t i c a d o s , c o m o el p r o p u e s t o p o r M i c h a e l B a x a n d a i l pai i el Q u a t t r o c c m o flo-
r e n t i n o e n su Pamtmgand Expeiience in Fiftccnth Centtity ItitlyZ. m i e n t r a s que en los últi-
m o s d o s d e c e n i o s la l i t e r a t u r a s o b r e las i m á g e n e s , sus f u n c i o n e - . \ su fruición se ha mul-
tiplicado claramente.
¿ C ó m o se m i r a b a e n a q u e l t i e m p o u n a o b r a d e a r t e o , m e j o i d i c h o , eso que hoy lla-
m a m o s o b r a d e arte? ¿ Q u é es l o q u e se v e í a , q u é llamaba parta u l a r m e n t e la atención?
E s t a m o s s e g u r o s de q u e la m i r a d a q u e h o y d i r i g i m o s a una a r q u i t e c t u r a o a u n cuadro no
es la m i s m a q u e la d e hace m u c h o s siglos y p o d e m o s i m a g i n a r que los espectadores me-
dievales, l o s p ú b l i c o s d e la E d a d M e d i a , verían las cosas de u n m . >< i< > d i f e r e n t e al nuestro.
¿ P e r o c ó m o p o d e m o s saberlo?
E n los t e x t o s l i t e r a r i o s y n a r r a t i v o s e n c o n t r a m o s m u c h o s t e s t i m o n i o s que podrán
i l u m i n a r n o s . C u a n d o el m o n j e R e g i n a l d o de D u r h a m describe el traslado, realizado en
1175, de las r e l i q u i a s d e san C u t b e r t o , se d e t i e n e l a r g a m e n t e en detallar la belleza de las
telas q u e l o e n v o l v í a n , la a r m o n í a o los contrastes de los c o l o r e s , los tonos cambiantes, la
c a l i d a d de l o s m a t e r i a l e s y d e la t e x t u r a e n los m a r a v i l l o s o s d i b u j o s que l o adornaban.
C u a n d o san B e r n a r d o , e n u n a carta al abad cluniacense G u i l l e r m o de San T h i e r r y , lanza
su c é l e b r e i n v e c t i v a c o n t r a la d e c o r a c i ó n d e los claustros, c o n t r a las monstruosas pero
fascinantes i m á g e n e s d e l o s capiteles, q u e distraían a los monjes de la oración, muestra
h a b e r s i d o v í c t i m a de la f a s c i n a c i ó n de aquellas a m b i g u a s figuraciones. C u a n d o el abad
S u g e r i o e v o c a el e f e c t o h i p n ó t i c o d e las o r f e b r e r í a s recargadas de piedras preciosas, cuya
c o n t e m p l a c i ó n podía t r a n s p o r t a r l o d e l m u n d o m a t e r i a l al i n m a t e r i a l , de la tierra a una
esfera s u p e r i o r , ya n o s está d i c i e n d o a l g o sobre los efectos que le provocaba la visión de
las o b r a s ; y c u a n d o G e r v a s i o d e C a n t e r b u r y coteja los capiteles de la nueva catedral,
e r i g i d a d e s p u é s d e l i n c e n d i o de 1175, c o n los d e la a n t i g u a , d i c i e n d o que los nuevos pa-
r e c e n t a l l a d o s c o n el c i n c e l y l o s viejos labrados c o n el hacha, expresa sus preferencias en
u n j u i c i o b a s a d o e n una c o m p a r a c i ó n .
E n t r e o t r o s m u c h o s , s o n m u y c o n o c i d o s los e j e m p l o s tratados c o n gran agudeza por
M e y e r S c h a p i r o en su c é l e b r e ensayo de 1947, Sobre ¡o actitud estética en el arte románico*,
p e r o q u e se r e f i e r e n a figuras y representantes de u n público m u y concreto, abades y
m o n j e s d e g r a n c u l t u r a , así c o m o las i n s c r i p c i o n e s que se p o n e n al lado de las esculturas
se d i r i g e n a u n p ú b l i c o a l f a b e t i z a d o c o n la finalidad de que vea, distinga, juzgue. «Inter
s c u l t o r e s q u a n t o sis d i g n u s o n o r e c l a r e t s c u l t u r a n u n c W i l i g e l m e t u a » ( « O h , Guillermo,
q u e tú e n t r e l o s e s c u l t o r e s eres d i g n o de h o n o r , queda c l a r o ahora p o r t u escultura»)
d e c l a r a n l o s versos g r a b a d o s e n la fachada d e la catedral de M ó d e n a , i n v i t a n d o al espec-
2
M . Báxandall, Painting and Experience in Fifteenth Century lia/y. Oxford, 1972 [ed. cast.: Pintura y vida co-
tidiana en el Renacimiento. Arte y experiencia en el Quattrocento, Barcelona, Gustavo Cíli, 1978).
A l . Schapiro, - O n the Aesthetic Attitude in Romanesque Art» (¡947), cn id., Romanesque Art, Nuera
York, 1977 led. cast-: «Sobre la actitud estética en el arte románico» Estudiossobre el Románica, Madrid, Alianza,
1995]-
Plff il.UTACIÓN 7
tador a que aprecie el talento del artista; y al espectador se dirige también Nicolaus, en
la jamba de un portal de la abadía de San Michele de la Chiusa, incitándole a que admire
los sarmientos donde se esconden bestias y monstruos («flores cum beluis comixri cenu-
us...»), y a comprender el significado de la obra esculpida («hoc opus intendat quisquís
bomis exit ct intrat»), mirando las imágenes y leyendo los versos que las acompañan ( « . . .
vos legite versus quos descripsit Nicolaus»). De las diferentes maneras de juzgar una
obra según los públicos nos habla, por ejemplo, Francesco Petrarca cuando, al dejar en
(estamento una virgen de Giotto a Francesco de Carrara, escribe que los ignorantes no
entendían la belleza que, por el contrario, dejaba estupefactos a los maestros del arte. Sin
embargo, quisiéramos saber algo de las reacciones de otros espectadores simados en una
escala social más baja, saber cómo miraba las imágenes la vieja madre analfabeta («Fem-
me je suis povrette et ancienne, / Ne riens ne scay, onques lertre ne Ieuz») de Francois
Villon cuando, al entrar en la iglesia, veía «Paradís painct, ou sont harpes ct luz / E t ung
enfer oú darnnez sont boulluz». En el fondo, lo deberíamos saber porque el poeta le hace
decir «l'ung me faict paour, l'aultre joye et liesse»; pero aparte de estas reacciones inme-
diatas, quisiéramos poder seguir su mirada más de cerca.
Por otra parte, para restituir la mirada del espectador medieval deberíamos poner cn
relación con otros textos todos los pasajes cn los que encontramos huella de una impre-
sión, de una reacción suscitada por las imágenes. Por ejemplo, aquellos en los que se
habla de un determinado edificio especificando que había sido erigido según el modelo
de la Capilla Palatina de Aquisgrán, de Santa Sofía de Constantinopla o del Santo Sepul-
cro de jcrusalcn. Cuando los monumentos se han conservado o, al menos, están visual-
mente documentados, nos damos cuenta de que la mayoría de las veces no tienen mucho
que ver con el modelo evocado. Esto nos aporta información sobre el modo de entender
un modelo o una copia en la Edad Media. Richard Krautbcitncr escribió ai respecto pá-
ginas fundamentales en su Introducción a una iconografía del la arquitectura sacra medieval*,
poniendo en evidencia cómo cn la Edad Media, en general, se manifestaba - p o r utilizar
sus palabras- una cierta «indiferencia» respecto a la reproducción exacta de una forma
arquitectónica dada y cómo, más que a un aspecto igual, se le daba prioridad a algunos
elementos y caracteres considerados especialmente significativos y esenciales como las
medidas, el número de los elementos constitutivos (columnas, pilastras, etc.), las plantas,
todos ellos elementos a los que se les podía atribuir un significado simbólico.
Cruzar testimonios de género tan diferente, tan numerosos en el vasto campo de la
literatura medieval, llevaría a un mayor conocimiento del inseparable binomio pregunta-
respuesta y nos acercaría a satisfacer esa necesidad cada vez más acuciante: una historia
social del ver en la Edad Media.
Desde el punto de vista histórico, los protagonistas de este volumen son, además de
los ejecutores de las obras, los comitentes, los feligreses de las iglesias, los habitantes del
campo y de la ciudad, los viajeros (peregrinos, poderosos, mercaderes); los que imaginan
la obra que encargan, observan la ejecución, valoran y admiran el resultado; los que la
ven introducirse en su paisaje visual o la ven transitar (es el caso de los iconos, monedas,
4
R. Krautheirner. "Introduction to an "Iconography of Medieval Archiiecture"» (1941), en id.. Studies in
Parfy Christian, Medieval, and Renaissance Art, Nueva York y Londres, 1969.
s A R T E E HISTORIA EN LA E D A D M E D I A III
t i m b r e s , r e l i c a r i o s , c ó d i c e s m i n i a d o s ) ; l o s q u e , e n s u m a , e n sus viajes realizados por dife-
r e n t e s m o t i v o s p u e d e n i l u m i n a r l a m a r a v i l l a al o b s e r v a r las i m á g e n e s situadas en sus
chapas o e n sus m e t a s .
E l « v e r » p a r e c e t e n e r , p u e s , u n a d i m e n s i ó n e s t á t i c a v una d i m e n s i ó n dinámica como
es n o r m a l es C u a l q u i e r f a s e h i s t ó r i c a - , p e r o d e s d e esas perspectivas ha resultado ser de
g r a n v a l o r a n a l i z a r a l o s p r o t a g o n i s t a s s o c i a l e s , que e n la 1 dad M e d i a tienen peculiarida-
des evidentes.
N o es c a s u a l i d a d q u e l o s i c o n o s a p a r e z c a n e n u n ¡n .in n u m e r o de ensayos. E n el len-
g u a j e c o r r i e n t e , a p l i c a d o a l a c o n t e m p o r a n e u l . n l . el . • . : u e p t o de « i c o n o » - del que, in-
d u d a b l e m e n t e , se h a a b u s a d o - s i g n i f i c a a l g o que t i t i e m p o detiene y solemniza para
i m p o n e r l o a u n a e s p e c i e d e a t e n c i ó n i n d i s c u t i b l e »le l . i c u l t u r a de masas. Pero los autén-
t i c o s i c o n o s d e l a c i v i l i z a c i ó n m e d i e v a l - m á s allá de la fijeza d e las formas expreshtf*-
p u e d e n e s t a r , p o r s u p u e s t o , a n c l a d o s a u n lugar cor! una identificación más o menos
p r o v i s i o n a l c o n u n a s e d e , p e r o s o n , a m e n u d o , u n llamativo e l e m e n t o de circulación de
m e n s a j e s d e c o n o c i m i e n t o y d e r e l i g i o s i d a d . S o n u n o de los signos m á s relevantes del
v a s t o traslade* d e l o s o b j e t o s , es d e c i r , d e esa m o v i l i d a d e n la que tanto quien transporta
c o m o q u i e n o b s e r v a « ¿ v e » u n a n u e v a llegada <> un transito.
E x i s t e a d e m á s la m o v i l i d a d d e l o s h o m b r e s q u e . c o m o se ha subravado en los volúme-
n e s p r e c e d e n t e s , es m u c h o m a y o r d e l o q u e n o r m a l m e n t e se im a g in a para la Edad Me-
d i a . E l p e r e g r i n o t i e n e s i e m p r e u n a m e t a e n la q u e c u e n t a , por supuesto, el valor sagrado
d e l l u g a r , p e r o t a m b i é n e l e d i f i c i o c o n s u s d e c o r a c i o n e s que en ese lugar se ha construi-
d o , e l a l t a r , e l s e p u l c r o d e l s a n t o . A d e m á s , e n s u s etapas - r i t u a l e s o decididas individual-
m e n t e — se q u e d a e n h o s p e d e r í a s y m o n a s t e r i o s ( p o l i f u n c i o n a l e s , no pensados solo para la
h o s p i t a l i d a d ) , p a s a p o r la c i u d a d , o b s e r v a c o n la m i r a d a del fiel o del turista lo construi-
d o , l o p i n t a d o , l o e s c u l p i d o , l o e n t a l l a d o . L o s m e r c a d e r e s c o n s e r v a r á n el recuerdo de las
c a t e d r a l e s y d e l o s p a l a c i o s c o m u n a l e s c e r c a n o s a las sedes del mercado, de los contomos
d e l o s g r a n d e s e d i f i c i o s l a i c o s y e c l e s i á s t i c o s , v i s i b l e s desde los caminos que recorrían;
e n t r a n e n a l g u n o y e n s u m e m o r i a se fijan f o r m a s y c o l o r e s que p e r m a n e c e r á n siempre
l i g a d o s a e s e l u g a r , a e s e e s p í r i t u y a ese c l i m a . R e y e s , p r í n c i p e s , grandes religiosos y jefes
m i l i t a r e s se a l o j a n e n p a l a c i o s q u e s o n de su p r o p i e d a d (y de los que, a menudo, han sido
t a m b i é n c o m i t e n t e s , s o b r e t o d o c u a n d o e n la A l t a E d a d M e d i a , las cortes son itineran-
t e s ) , o b i e n s o n h o s p e d a d o s c o n t o d o s los h o n o r e s e n las residencias que los artífices han
c o n s t r u i d o y e n r i q u e c i d o c o n f o r m a s e i m á g e n e s que r e s p o n d e n a la propia sensibilidad,
p e r o t a m b i é n , a l m i s m o t i e m p o , a la c u l t u r a de la r e g i ó n y a u n gusto internacional que
e s a m o v i l i d a d , p r e c i s a m e n t e , h a b í a c o n t r i b u i d o a crear.
T a m b i é n l o s c o n t e x t o s s o c i a l e s y r e g i o n a l e s del « v e r » sugieren una extraordinaria
r i q u e z a d e p e r s p e c t i v a s q u e s u r g e n , p r e c i s a m e n t e , del análisis conjunto de historiadores
e h i s t o r i a d o r e s d e l a r t e . E l c i u d a d a n o e x p e r i m e n t a d o incita a proyectar obras dirigidas
e s p e c i a l m e n t e p a r a s e r i n t e r p r e t a d a s p o r los habitantes. L o s edificios se conciben para
s e r m i r a d o s c o m o s í m b o l o s d e l p o d e r ( c o m u n a l y e c l e s i á s t i c o ) que no solo se ejercita en
e l l o s , s i n o q u e e n e l l o s t a m b i é n se r e p r e s e n t a . L a s i m á g e n e s —que asimismo recogen
i n s p i r a c i o n e s d e b i d a s a la a u t o n o m í a d e l artista o a la c i r c u l a c i ó n de modelos provocada
p o r l a m o v i l i d a d — c o n t i e n e n y r e t r a n s m i t e n la m e m o r i a colectiva del lugar, pero también
o r g a n i z a n m e n s a j e s e n f o r m a v i s u a l : d e i d e n t i d a d e n r i q u e c i d a o deseada, de jerarquía (en
I ' n r s r . N T A t ION 9
la relación entre oratores y bel/atores, por ejemplo), de proyectos del poder. En la ciudad,
pero no solo, puede darse la «pinnira infamante», que comunica a través de las imágenes
fragmentos de historia, también reciente, e ilustra la condena (que debe de dejar una
huella profunda en la mirada de quien observa) de un poderoso vencido o de un pecador.
En las iglesias, urbanas o rurales, los objetos de la liturgia concillan en sí la intrínseca
voluntad de traducir lo sagrado con el magnetismo de los símbolos, que hay que seguir
m la mirada; símbolos a los que los feligreses pueden asociar las palabras que escuchan
y los rezos que profieren, porque el rito no está completo sin la visibilidad de paramentos
y objetos que acompañan la cadencia ritual del gesto.
Los amplios espacios y grandes vacíos del campo medieval requieren una mirada
desde perspectivas amplias y, a menudo, alejadas. Si un edificio urbano se puede mirar
por dentro y por fuera, sus decoraciones interiores y su diseño exterior sin cambiar, en el
fondo, la regulación de la mirada, dada la evidente densidad de lo construido, en el mun-
do rural lo que cuenta es el paisaje que incluye o excluye, que perfila los edificios inte-
grando la visión. Castillos, monasterios, iglesias, no son solo cofres de productos arrísri-
cos, m solo torres o fachadas para mirar de cerca y de abajo arriba, sino también
contornos situados en el horizonte, con su áspera fisonomía militar, con sus alusiones a
la elevación hacia la ciudad de Dios o con la imagen más recogida de humildes lugares de
oración. Quien -\c» castillos desarrolla admiración y miedo, siente signos de hegemonía
pero también de legitimación, recuerda episodios de poder, imagina las mesnadas que
pueden salir de allí o los mira, normalmente, como lugares en los que se ejercita la justi-
cia. Quien «ve» edificios religiosos puede sentir mayor adhesión por la magnificencia de
una construcción elevada, que anima a recorrer con la mente la grandiosidad del miste-
rio, o bien por la escncialidad refinada de una sede de ascesis, que sugiere modelos de
\ida que no escogen el camino tic la imposición autoritaria.
En ambos casos, la obra del hombre se engarza con el paisaje, a veces se cierne sobre
él y, al mismo tiempo, parece que la genera, como si la naturaleza hubiera contribuido
con el hacer humano a definir los espacios de la excepcionalídad. En ese escenario la
excepcionalidad se concilia con la normalidad de los diferentes tipos de vivienda campe-
sina, en un equilibrio que a nosotros, hoy, nos puede parecer solo fruto de una armonía,
en su mayor parte perdida, pero que contiene también la evidencia simbólica de las dife-
rencias. Diferencias conciliables en las que también los /ahora tores usan los espacios; los
modestos en los que viven, y los fascinantes a los que miran, con un sentido indudable de
distancia pero también de implicación.
Enrico Castclmtovo y Giuseppc j
Sobre el ver: públicos, formas y funciones
!

E L CULTO DE LAS IMÁGENES

Jean W i r t h

Introducción

En la Edad Media, e! término «imagen» (¿mago) designa una representación pictóri-

ca 0 escultórica de un objeto, en general de una persona. Al contrario de lo que sucede
hoy, el término no se usaba para referirse a una imagen de género narrativo, para la que
se utilizaba, en cambio, historia, pictura; eventualniente, el plural imagines. El griego
eil'ón, donde «icono» es más amplio, también se refiere casi siempre al retrato de una
persona . La imagen es la sustitución de una persona viva, difunta o imaginaría, y se
1

presta a un culto que consiste en atribuirle los mismos honores que se atribuirían a la
persona en caso de que estuviera presente. La Antigüedad pagana transmitió al cristianis-
mo la costumbre de dirigir las oraciones a las imágenes de los dioses y del emperador, de
hacerles ofrendas, de iluminarlas con velas, de besarlas, de llevarlas en procesión, a veces
de vestirlas. El verbo adorar, que designa la totalidad de estas prácticas, en general ya no
se utiliza para hablar de la acritud de los cristianos en relación con Dios y los santos. A
partir de la Edad iMedia, un número cada vez más numeroso de autores los pretiere
«venerar» u «honrar» para distinguir el comportamiento de los cristianos del de los
paganos. En el presente ensayo nos atendremos a la terminología de los teólogos del
pasado con la finalidad de comprender el pensamiento en lugar de expurgarlo.
El segundo mandamiento bíblico (Exodo 20, 4-5; Deuteronomio 4, 16), además de
prohibir el culto de las imágenes, prohibe también hacerlas. La estricta aplicación de tal
mandamiento sería prácticamente imposible en el mundo romano, en el que la imagen
invade todos los aspectos de la vida social; comportaría, entre otras, la prohibición de las
monetlas que llevan la efigie del emperador. Cuando, a partir del siglo iv, los cristianos

1
Sobretosdefiniciones medievales de la imagen, cfr. J. VVinJi, L'miage à t'cpaqtic romane, París, 1999, pji.
27 W
 ARTE E HISTORIA E N LA E D A D M H > H III

Et CUITO DE LAS ItlAclNIf 15

e
iripi*;*aP i» Peguntarse seriamente sobre el uso que ellos hacen de las imágenes, se plan-
e a n p r e g u n t a más circunscritas. Se trata de la aceptación o del rechazo del uso de las
"náfiC^eS. tanto en la liturgia como en la decoración suntuosa de las iglesias. C o m o el
segundo punto, a veces, es inseparable del p r i m e r o , lo trataremos de m a m t i incidental;
Pero es el primer punto el que aquí nos interesa. De hecho, la finalidad rje este ensayo es
la j analizar las relaciones entre la adoración de las imágenes, la Corma que asumen para
e

adaptarse a tales funciones y las doctrinas que justifican esas prácticas.

Oriente/Occidente: una evolución divergente (siLÍI IV-IX)

Naturalmente, la adoración de los ídolos de los dioses estaba exi la para los
cristianos, • excepción, quizá, de la imagen del emperador, que, después ,K • i .nstanrino,
i-v apoyo. Cuando Atanasio (oi.295-Ar.373) sostiene la tesis de que JcsucrisK. es al mismo
D< mpo Dios e hijo de D i o s , recurre al ejemplo del culto imperial para explicarse; la
¡macen del emperador es. en cierto modo, idéntica al emperador, y quien la adora, adora
al e m p e r a d o r . D e manera análoga,Jesús es al mismo tiempo imagen del Padre celestial
e idéntico a él. Se trata de un cambio importante en la historia del cristianismo, porque,
Según la nueva concepción. Cristo seria un dios que realmente ha vivido en la Tierra en Figura I. Oinsianlinopla (r), icono «le SJI» Pedro, cncáusuca sobre tabla, siglo vi, detalle.
un cuerpo carnal y objeto de adoración, al igual que la imagen impenal. 1 lacia finales del
siglo iv. empiezan a organizarse cultos en las rumbas de grandes personalidades cristianas cuenta en una carta cómo había desgarrado una cortina, colgada de la puerta de la iglesia
de Anablata, en Palestina, que representaba a Cristo o a un santo; sin embargo, lo que no
que. aun no siendo divinidades, poseen, lo mismo que Cristo, poderes taumatúrgicos,
dice es si era, o no, objeto de adoración . En compensación, a principios del siglo
5

como los restos mortales de san Félix en Ñola y de san Alarrín en Tours*. Paulino de
Ñola ordena la construcción de una basílica dedicada a san Félix, en cuyas paredes, para
instruir a los peregrinos, hay imágenes que narran su vida. Por su parte, Gregorio de
Nisa menciona la basílica construida en h o n o r de san Teodoro, decorada con pinmras
siguiente, Casiano nos ofrece uno de los primeros testimonios de un culto de ese upo:
entre los monjes que viven en el desierto, algunos «se sienten completamente abandona-
dos si no tienen delante una imagen, a la que inteq»elan sin parar en postura de súplica,
a la que mueven mentalmente y a la que siempre miran fijamente» . 6

que cuentan la historia del mártir . E n compensación, nadie pretende que la imagen de
1

Cristo, y con mayor razón la de un santo, deba ser objeto de culto. Hay que esperar al
siglo v i n y. en concreto, a Juan Damasceno, para que la argumentación de Atanasio se
utilice como justificación n o sólo de la adoración de C n s t o sino de su imagen.
A parar del siglo vi, se han conservado imágenes de culto en forma de retratos de
Cristo, de la Virgen y de los santos, llamados normalmente «iconos». Los mas antiguos
son los del monasterio de Santa Catalina en el monte Sinaí (fig. 1) y diferentes iconos
romanos de Cristo y de la Virgen . En estas imágenes, las personas santas representadas
7

miran fijamente al espectador y le implican en una relación intersubjetiva. Se trata de

Difusión de la imagen cristiana
Alientras, testimonios cada vez más frecuentes condenan el culto de las imágenes, que
se va introduciendo progresivamente en el cristianismo. En el 394, Epifanio de Chipre
pseudorretratos, que confieren a los personajes representados rasgos somáticos precisos y,
por lo tanto, una existencia concreta. La Virgen está muy poco personalizada; en compen-
sación, se configuran dos tipos de Cristo; uno, más bien olímpico, con la barba corta y la
raya en medio, con pelo largo; el otro, llamado «semita», con la barba puntiaguda, el pelo
oscuro y rizado". Aunque muy diferentes entre ellos, ofrecen, en cualquier caso, la apa-
riencia del retrato, sobre todo el segundo. Lo mismo puede decirse de los santos Pedro y

* Ibid., p. 84.
-'Atanasio de AJejnndria. «Orano IH contra Ananos», eap. V. en J.-P. Migne (ed.). Patrologia Crocea (a 6
J. Casiano, Confcrcnzeai rtwnaa, ed. L. Datuino, Ruina, 2000, vol. II.
partir de allora PC), XX\1. col. 332. Sobre las conccpcionc* Cristian as del culto de la-* imagenes. dr. J. Wìrdi, 1
K . Wcitunanii, The Monastery of Saint Catherine at Mount Sinai. Tbe leans, Princeton, 1976; [ I. Belting.
«Faut-il adorer les images? La théorie du culle des images jusqu'au concile de Trente™, en C. Dupcux, P. Jezlcr Bild inid Kult. Eme Geschuhte du Bildes vor dem Zeitatter der Kunst, Munich, : 1991, pp. 34ss. [ed. east.: Imagen y
y J. Wìrdi (edv). Iconoelamie. Vie et mort de l'image medievale, catàlogo de cxposición (Itcrna. 2 de noviembre de culto. Una historia de la imagen anterior a la era del arte, iMadnd, Akal, 2010].
2000-16 de abril de 2001. Estrasburgo. 12 de inayo-26 de agosto de 2001). pp. 28-57. 'Ikid., pp. 153s«.
' A Roussclle, Croire et guérir. La foi en Caule dans l'Antiquité tardive. Paris. 1990, pp. 171 s.
*D. Mi ii' •;/:. 1*3 images. L'Eglise et les arti visuels. Paris. 1991, pp. 74 ss.
16 A•T l E H.STO..A « N M EDAL> MlD.A I I I
Pablo- el p r i m e r o , con el pelo largo, sedoso y ensortijado; el segundo, calvo c o n una larga
barba gris. E l trabajo de los pintores se ve favorecido p o r la difusión de leyendas que ex-
plican de qué manera milagrosa se había t r a s m i t i d o el aspecto físico de estos , ,« rsonajes".
Además, las leyendas a t r i b u y e n a las imágenes poderes milagrosos: sana, ,1 tocarlas;
su visión, c o m o la figura mariana de Edesa, ahuyenta a los asaltantes de u n , d a d . Las
u S difícil valorar la extensión que adquiere el culto cristiano de las imágenes alrcdc-
imágenes e m p i c a n a hacer la competencia a las reliquias en las procesión. contribu-
y e n al e n r i q u e c i m i e n t o de las iglesias que las poseen, p r i n c i p a l m e n t e «1« monaste-
r i o s . E n las formas de adoración se filtra la herencia pagana d e l c u l t o ¡ni
1 0
n a l (cirios,
postraciones, procesiones...); con el añadido, sin e m b a r g o , de u n n u e v i i c ó n | m e n t e por
el cual a la i m a g e n se la trata c o m o si participara de la naturaleza d e l mod< y estuviera
dotada de una v i r t u d intrinseea, a la manera de las reliquias. Por esa ra/- -in i c o n o se
puede raspar para tragar la p i n t u r a , c o m o si fuera m e d i c i n a , o también ui arlo como
p a d r i n o de u n n i ñ o " .
F.l c u l t o cristiano de las imágenes suscita críticas; p o r una parte, p o r o recuerda al
paganismo; p o r o t r a , p o r q u e valoriza la materia inerte, chocando con u n id< ilismo here-
dado del pensamiento a n t i g u o . Hacia el a ñ o 600, Sereno, obispo de Marsella, destruye las
imágenes objeto de adoración en su iglesia, gesto que le valió dos famosas j r t a s de con-
dena p o r parte del papa G r e g o r i o M a g n o " . R e t o m a n d o u n lugar c o m ú n d< - .rigen paga-
no 1
G r e g o r i o le hace n o t a r que las imágenes son los l i b r o s de los analfabetos. A u n admi-
t i e n d o la necesidad de p r o h i b i r la adoración, se oponía a la destrucción. E n una postura
que amalgamaba pinturas narrativas, a las que se puede a t r i b u i r una función pedagógica,
e imágenes destinadas a la adoración. Postura que debió de suscitar alguna perplejidad en
Sereno, dado que n o existe o t r o medie» para hacer cesar u n c u l t o que el de destruir el
o b j e t o . E n cualquier caso, la sentencia « n e c adorare, nec frangí» está en la base de toda la
doctrina de la i m a g e n elaborada en Occidente. Aceptada tanto p o r los adversarios del
c u l t o de las imágenes c o m o p o r los teólogos de la corte de C a r l o m a g n o y sus partidarios,
su carácter paradójico terminó, sin embargo, p o r favorecer d i c h o c u l t o . Para adaptar este
último a la decisión de G r e g o r i o , bastaba con n o l l a m a r l o « a d o r a c i ó n » .
E n t r e el fin de la Antigüedad y el i n i c i o de la Edad M e d i a , sé puede observar en las
imágenes tretas destinadas a sustraer a la divinidad el aspecto antropomórfico exigido por
el c u l t o . AJ Padre celestial se le representa simplemente en f o n i i a de m a n o que emerge de
una nube; a Jesucristo, en f o r m a simbólica de pez o de cordero sacrificial. U n o también se
podía c o n f o r m a r con adorar una cruz n o icónica. E n el 692, el C o n c i l i o /// Trullo condena
la sustitución de las representaciones simbólicas de C r i s t o p o r su retrato. D i o s adoptó
semblante h u m a n o encarnándose; por lo tanto, debe ser representado bajo tal forma camal
"Ibid. pp. 64ss-
H . Brcdckainp. Kunst als Medium sozialer Konflikte. Biläerkampfe von der Spatantike bis zur Hussttenrtvolu-
, Ü
twn. Frankfurt. 1975, pp. 102».
" Beltwg, Bild und Kult, ac, pp. 72».; C. Schonborn, L'ieone du Christ. Fondements theologiqucs, Paris,
1986\ pp. I54ss-
'-' Gregorio Magno. Hegiitrum epistolarum, cd D. Nörberg, Turnhout. 1982, vol. I I , Corpus Christianonmi,
vol. CXL A, pp. 768, H73-876.
CfV. EusefciO de Cotarea, Praeparatio evangeliea, libro III, cap. VII, PC, XXI, col. 179.
11
E L CULTO DE LAIIMÁGENES 17
y tío en forma velada, como, por ejemplo, la del cordero, señalada por san Juan Bautista . 14
En la misma época, el emperador Justiniano U sustituía en las monedas su propio retrato
poi • I de Cristo, reconociendo así la supremacía de lo espiritual sobre lo temporal . 15
ii. , 1 año 700. Está documentado, sustancialrncntc. en las religiones helenizadas y
r> in/adas de la cuenca del Mediterráneo, de Siria a Narbona. N o parece haber
p erado en el mundo franco, dado que los teólogos carolingros hablaran siempre como
di MÍ práctica característica de griegos e italianos. N o se habla de imágenes cuando
C. Martel confisca los bienes de los conventos para acuartelar a sus guerreros. En el
li no bizantino, en cambio, la destrucción de las imágenes sagradas va claramente
tu -i .i la confiscación de los bienes monásticos.
La t risis iconoclasta
I lome los conventos acaparaban extensiones cada vez mayores de tierras y gozaban
de inmunidad, el emperador de Bizancio se encontró con que disponía de una plataforma
fiscal demasiado limitada para mantener una administración tan grande y, sobre todo, sin
recursos suficientes para mantener una fuerza armada indispensable para afrontar ame-
nazas externas, como la de los árabes, también constatada en el mundo franco. En el 726,
León III ordenó la rearada de la imagen de Cristo que pendía de las puertas de su pala-
cio, lanzando así la señal de la insurrección del Estado contra los monjes. Prohibe la
imagen religiosa y su culto, sacudiendo la base del poder político y económico de los
conventos"'. Se confiscaron los bienes monásticos y se adoptaron medidas contra el celi-
bato, que consentía la posesión colectiva y la transmisión en el interior de la comunidad.
A pesar de eso, no se pasan por alto las motivaciones teológicas de la iconoclastia enun-
ciadas con claridad por Constanuno V, sucesor de León I I I , y después por los obispos, en
el 754, con ocasión del Concilio de Hieria . El emperador parte del hecho de que las dos
17
naturalezas, divina y humana, que constituyen la persona de Cristo, son inseparables. De
ahí se deduce que para pintar a Cristo se necesitara circunscribir la naturaleza divina
mediante el dibujo, cosa imposible; o bien separar las dos naturalezas, pero creer en la
posibilidad de dicha separación es herético. Los teólogos a favor de 13 imagen respondieron
justificando la adoración. El primero de estos teólogos, Juan Damasccno (muerto hacia el
749), atribuye a las imágenes materiales todo lo dicho por Basilio de Cristo, imagen del
Padre: «La honra profesada a la imagen transita hacia el modelo», y explica la reJación
entre imagen y modelo en los términos platónicos de la participación de las formas. Por lo
demás, retoma del Concibo tu Trullo, para desarrollarla, la justificación de la imagen de
"Mcnozu, Lei images, cic, pp ROs.. II. L. Kessler, Spiritual Seeing. Picturing Cod's Invisibility in Medieval
An, FilifJclfia. 2000.
" Dupcux, Jczlcr y Wirth leomalatme, ÖX-, p. 141.
"Bredekamp, Kunst als Medium, eil., pp. 119ss.; CutleryJ.-M. Spicier, Byzance medievale, 700-1204, Paris,
1996. pp. 2 Us.
" Schonbum, Vicbnedu Christ, cil., pp. I70ss.
18 ARTE K UIS-TORIA E N LA E D A I » MEDIA III
l^itjs basándose en la Encarnación; antes de ese acontecimiento era insensato querer pintar
a
u n D i ° s invisible, P ° . hadendose h o m b r e . D i o s se había vuelto visible y re presen ta ble.
e r
J a n Dairiasceno establece, en fin, una distinción entre culto de latría, que se debe úni-
u
camente a D i o s , y u n culto más moderado, que corresponde a los santos y a tas imágenes,
llamado ^dulía>*. U n a distinción puramente n o m i n a l , ya que n o va acompañada de ninguna
diferencia, de conducta gestual n i psicológica que la justifique. E l teólogo se limitaba a de-
signar la postración (prosiynesiv) de forma diferente, según se dirija hacia I o hacia los
1 irr.icioiial- . A menudo se ha relacionado la posición asumida en los Libros earolinos con los
demás. E n el siglo siguiente, san N i c c f o r o y san Teodoro el Estudita elabur.i ran teorías mas
sofisticadas del culto de las imágenes, pero mantendrán esta inconsistente i .^unción *. A
su entender, la identidad entre la imagen y el modelo pertenece únieameni- al orden de la
relación y no presupone participación alguna de la naturaleza del modelo. Sin embargo, es
significativo que la doctrina de san Juan Damasceno cobrara mayor relevancia que estas
teorías más razonables; proporcionaba, en efecto, una mejor justificación i ! manejo feti-
chista de una imagen considerada partícipe de la divinidad.
L a disputa sobre las imágenes desencadenó una auténtica guerra civil. La emperatriz
Irene, que asumió el poder c o m o regente, se puso del bando a favor de las imágenes y
convocó, en el 787, el segundo C o n c i l i o de Nicea, que condenó a los iconoclastas por
herejes e hizo o b l i g a t o r i o el c u l t o de las imágenes- La subida al poder de León V ( 8 1 3 -
820) reavivó la iconoclastia. Su sucesor, M i g u e l 11 Balbo (820-829), intentó una política
de conciliación; pero una nueva regencia, la de Teodora, iniciada en el 842, marcó el
t r i u n f o del c u l t o de las imágenes con la elección de M e t o d i o como patriarca de Constan-
tinopla en el 843. Resulta difícil caracterizar las innovaciones artísticas del día después de
ese encuentro, p o r q u e iconódulos e iconoclastas se fueron turnando en la destrucción de
las obras del p a r t i d o c o n t r a r i o . E l icono sería, sin embargo, objeto de codificación ulte-
rior, bien p o r q u e los emperadores restituyeron el culto oficial, bien porque era la norma
la que garantizaba la o r t o d o x i a . Esto conllevó la determinación de u n número restringi-
do de tipos, p o r ejemplo en l o que concierne a la Virgen con el N i ñ o , y bmitó progresi-
vamente la capacidad de innovación artística- AJ m i s m o tiempo, la forma del culto ya no
registrará cambios notables.
L o s carouxigios y el C o n c i l i o de N i c e a
E l papa A d r i a n o I apovaba las conclusiones del segundo Concilio de Nicea y envió la
traducción de las actas a la corte carolingia. L a decisión de hacer obligatorio el culto de las
imágenes, asumida p o r u n concilio al que n o se le había invitado, escandalizó a los obispos
francos. Bajo la supervisión personal de Carlomagno, y en su nombre, una comisión
elaboró una confutación de las decisiones de Nicea - los Libros earolinos - que servirá de
base para su condena por parte del Sínodo de Frankfurt en el 7 9 4 . Contrariamente a lo 19
que se ha escrito alguna vez, los Libros earolinos n o manifiestan ninguna tendencia iconoclasta
™lbid-, pp- 200ss.
Opus Carvli rtgis contra synodum (Librt carolmi). Monumento Gcmianiae Histórica (a partir de ahora, MGH),
IV
Concilla, I I , suppl- 1. ed- A Krecmari, Hannovcr, 1998.
EL CULTO D E LAS IMXfiENES 19
y son totalmente favorables a la decoración figurath'a de las iglesias, conforme a la línea
expresada en las cartas de san Gregorio y en un tratado importante de Beda el Venerable
(675-735) titulado De templo Salomanis . Sin embargo, niegan tajantemente la santidad de
20
las imágenes y rechazan el culto al considerarlo una locura. La idea según la cual el culto
que se daba a una imagen se transmitía a la del personaje representado se considera
1
eiKires de una traducción, hoy perdida, que habría traducido con el latín adarare los
1 K Mimos griegosproskynehi y latrein. Pero el término adorare designa, en general, el culto
ilc- un objeto o de una persona y, por lo tanto, traduce correctamente prosleynein; mas es
prcrisnmcnte la prosternación (proskynesis) ante las imágenes o ante el soberano la que topa
Ci >n la condena carolingia, por lo que no se puede hablar de equívoco . Como las imágenes
32
son materia inanimada, su culto se juzga de idólatra. A la iconoclastia se la condena con el
misino vigor que al culto de las imágenes, al que parece complementar; los excesos de los
iconódulos provocan los de los iconoclastas y viceversa, llevando a la guerra civil-".
La inspiración de los Libros earolinos es esencialmente agustiniana, al igual que lo es la
teología carolingia en su totalidad, y la contraposición entre carne y espíritu ocupa un
lugar central. Contrariamente a la tradición griega, que exalta la Encarnación como una
deificación del hombre carnal, el agustinismo exige una comprensión espiritual y no da
ningún significado al aspecto humano del Señor. Este había ascendido al cielo para evitar
que a su naturaleza humana se le consagrara una devoción carnal . De ahí deriva que la
34
imagen de sus rasgos físicos no tenga ningún valor para la fe. La imagen sólo puede i n -
cluir lo carnal, mienmis que lo espiritual pertenece al orden de la Palabra. El valor peda-
gógico de las imágenes se pone muy en duda; más allá de que describan cosas existentes
o inexistentes, no son, en ningún caso, capaces de transmitir los mandamientos y los
preceptos, que constituyen la esencia misma del mensaje divino y espiritual . Presentan 25
un interés puramente estético. La decoración figurativa de las iglesias se considera, por
lo tanto, facultativa, dependiendo de los recursos disponibles.
Se ha querido minimizar el alcance de este texto considerándolo la obra personal de un
teólogo visigodo, 1 eodulfo de Orleans , que fue, por el contrario, únicamente el redactor,
36
en cuanto que el texto no refleja sus posiciones personales. Las obras encargadas por Teo-
dulfo. como el ábside de Germigny-des-Prés y el Evangeliario (Berna, Burgerbibliothek,
cod. 348), se caracterizan por la ausencia de la imagen de Dios, cuya legitimidad no se pone
en tela de juicio en los Libros. Libros que no tendrán una gran difusión, pero cuyas tesis se
reafirmarán, profundizarán e, incluso, radicalizarán en los decenios sucesivos, en particular
con ocasión del Sínodo de París del 825; y más tarde, en los tratados de Agobardo, arzobispo
20
Beda ci Veneratile, «De "Tempio Salomonis Über», en J.-P. Migne (ed.). Patrologia Latina (a partir de
ahora, PL), XIC, col. 7Ì5-808.
21
Libn carolini, cit., libro III, cap. XVI, p. 407.
" Cfr. la demostradóil completi mente olvidodn de G. Haendler. Epochen karotingtseber Theologie. Eine Un-
tersuchung über die karotingìtthen Gutachten zum byzantiscben BUdtrstrcit, Berlin. 1958, pp. 67 ss.
2 1
Libri carolini, cit-, libra II, cap. XXIV. pref. libro ILI, pp. 280 ss.. 328 ss.
- Agusurt, In Evangelium Joannis Traaatus centum viginti quatttor, 94. 4-5, PL, XXXV, col. 1869 y s.
H
» Ubri carolini, cit., libro ITI, cap. XXTH, pp. 440 ss.
Es la opinion de Ann Frccman, hoy comunmeme asumidu (Libri carolini, cit., pp. 12 ss.)
20 ARTE E UISTOPIA UN I A E D A D M i ' » * ttl
Iii. C U L T O P E LAS I M Á G E N E S
de L e ó n y de G e r o n a , sucesor de Teodulfo en la silla episcopal de Orleans- - Escasamente
7

conocida, la carta de Eginardo sobre la adoración de la cruz es probablemente el esento
más contrario a las imágenes, porque llega a poner en duda la leginmidad de l,.s rezos
dirigidos a la persona de Jesucristo y aspira a que se rece sólo al Padre Celesnal. invisible y,
por lo tanto, no represen t a b l e a A partir de \\ alafrido Strano (muerto en el H4-' c puede
observar un principio de moderación 3I valorarse el carácter conmovedor de las .ngenes,
el cual favorecía la devoción - L a s controversias teológicas indican, sin embaí >. que la
29
Aparición de Ja estatua-relicario
Poseemos un texto escrito hacia el año M i l que nos permite individuar legítimamen-
te l.i que debió de ser la primera estatua-relicario: la Virgen de la catedral de Clcnnont,
realizada poco antes del 959, en tiempos del obispo Esteban I I , por el clérigo Alleaumc,
que lúe también el arquitecto de la catedral' . Aludimos a la Visio momicbi Rolherti
4

posición del poder carolingio no llega a imponerse en Italia. G i o n a de Orlean- kremías <( i nnont-Ferrand. Biblinthcqiic Miinicipale, ms. 145), donde un dibujo representa a la
de Scns fueron los encargados de que el papa aceptara, adulándolo, las condì n.nes del \ irgen (fol. 130v; fig-2) de una estatua-relicario perdida. La estatua se presenta como
Sínodo de P a r í s ' ; en cambio, Giona de Orleans desautorizó al obispo Claudi. •
0
rnbrado una novedad artística, y la visión de las abejas que echan milagrosamente a las moscas,
en Turín, decidido a eliminar por la fuerza el culto de las imágenes. que impedían su realización, testimonia la aprobación celestial. Sabemos que antes de esa
fecha existían relicarios en forma de miembros, como la mano de san Dionisio (entre el
793 y el 806) o el busto de san Mauricio, en Vicna, que se remonta a la época del rey
Bosón (879-887); pero la estarna de Ja Virgen en majestad debía de ser una innovación
D e s a r r o l l o del culto de las imágenes en Occidente indiscutible que necesitaba ser justificada mediante una visión celestial.
(siglos X - X I l l )
L a infravaloración de la hostilidad carolingia al c u l t o de las imágenes va unida al mito
de la estatuaria c a r o l i n g i a . D o s obras sucesivas de C h r i s r i a n Beuder atribuyen a esta
época una serie de grandes esculturas de b u l t o r e d o n d o ' . A pesar de ser rápidamente
1

rebatidas*-, el m i t o n o se extinguió *. E l caso es que n o hay testimonio de ninguna i m a -

1

gen de c u l t o c a r o l i n g i a . pintada o esculpida, a excepción de los crucifijos, que podían ser

esculturas, b i e n en estuco o en madera, bien paneles pintados, a la manera de las «cruces
pintadas» de la época románica. Excepción que se explica p o r el hecho, claramente
e n u n c i a d o en los Liliascarolinos, de que la cruz, también representada, se consideraba u n
signo y n o una i m a g e n . L o s carolingios consideraban lícita la adoración de la cruz y el
c u l t o de las reliquias; además, las cruces eran a menudo relicarios, c o m o , por ejemplo, la
de E g i n a r d o . C o m o la i m a g e n de C r i s t o podía figurar en una cruz (o sobre un frontal) y
la de u n santo sobre u n r e l i c a r i o , la distinción entre el c u l t o , lícito, de la cruz o de las
reliquias y el c u l t o , ilícito, de las imágenes n o era en verdad sencilla. L a utilización de
esta ambigüedad está en el o r i g e n de la imagen de c u l t o cristiana al norte de los Alpes.

•MÁMI'ÍImilíiiir»nn****\ n,c~*m.
» Conventus Partsiensts, PL. XCVUI. cols- 1293-1350. >• MGH. Concilia. II/2. cd. I I . Bastgen. Hannover-
Figura 2. Clermont (Auvcrnia), l'tno wonachi Roilvrti, representación de la perdida estatua-relicario de la
Leip/ig. I"24. pp. 475-55 1- Agobardo de Lyon. De pictuns et iniaginibus. en id.. Opera onmui, ed. L. van Acker,
Virgen ton el Niño de Mi i dibujo a pluma sobre pergamino, siglos x-xi.
TunihouL. 1981, Corpus Chnstianorum, Continuatio inedtevalis, vol. L I I . Giona de Orleans. De eultu imaginurn,
PU c x r v . coi*. V1V-V66.
Eginardo. Quamio de adoranda Crine, cd. K- Hampe, AICH, Epistoiae Karolmi aevi, vol. V, Berlín, 1899. Esteban de Clermont era también abad de Conques y fue seguramente el que mandó
pp. 146-149. realizar la estatua-relicario de santa Ec, que se puede admirar todavía hoy '. Se trata de una
3

1 9
\\ alafndo S ira Ix*. De etclestasticarum rerum exordis et increinentis, PL, CXTV, cols. 919-966. Majestad parecida a la Virgen de Clcnnont, salvo en el hecho de que no sostiene a ningún
» Ä XCV1II. cols, 1348s.
niño entre los brazos. Alrededor del 989, el pequeño peregrinaje del cual era objeto registró
11
C Beuder. Bildtverke --arischen Antike und Mittelalter. Unbekannte Skulpturen aus der Zeit Karls des Grossen,
Dusseldorf. 1964; id.. Statua. Die Entstehung der nachantiken Statue und der europaische Individualismus, Munich.
1982.
" M . Goullet y D. logna-Prat, -La Vicrgc en Majevte de Clermont-Ferrand-, en D. logna-Prat, E. Pala-
»-• Cfr. las reseñas de V. H . Elbcra, en Zeitschrift fur Kunstgeschichte XX VIII (1966). pp. 261-269, y de H. zzo y D. Russo (cds.), Marie. Le culte dt la Vieigc dans la sociite medicvatc, Paris, 1998, pp. 38.1-405.
Filbiz, en Kunstchrontk XIX (1966), pp. 6-1«. "J. Wirth, l.'miage medievale. Naisiance et developpernents (tle-xresiede). Paris, 1989, pp. 17lss.
" A Castes, -La dévotion privée et l'art à l'épouuc carolingienne: le cas de sainte Maure de Troycs-, Ca-
hiers de civilisation médiévale XXXXII (1990), pp. 3-18; cfr. Wirdi, L'image à l'époque romane, cit., p. 53.
- ¿
ARTE E HISTORIA EN LA E D A D
u n rápido credib.ient<\ guacas .¿\ l milagros por parte de u n hábil narrador ciego
r e a t o d e l o S
llamado G u i b c r t crecimiento que d i o lugar a una reconstrucción de la obra, a la que se
o ;
dotó de u n n u e v r e v ^ ^ e r ^ ¿
Q preciosas, más suntuoso que el anterior,
G 0 r o >r
hasta el p u n t o d(¡ c l í t } | a n i á s relicarios de la zona. Estas informaciones se las debemos
e S a r o s e no, en los que el judío suscita regularmente el prohlcma de las imágenes y el cristiano, de
a u n maestro de escuela, Bernardo de Angers. que llegó a Conques a princip» del siglo x i ,
d o n d e se quedó a escribir el Líber mmtculorimi de la santa, C U T O numero as copias i n -
p a r
crementaron posteriormente el éxito de la peregrinación* . Pero este libro c« mi iene también
una apología de l estatua, dirigida a probar que lo que se venera son los tvsi« >s de la santa y
a
n o su imagen, y que, J contrario de l o que había creído, sin razón, el mismo Bernardo la
a
p r i m e r a vez que la v i o , n o se trataba de u n ídolo. Bernardo transcribe en l . Un los milagros
contados p o r G u i b e r t o el Ciego e ilustra de manera detallada las formas tomadas por el
culto, las ofrendas de objetos preciosos, las vigilias de los peregrinos. I • esperanza de
curación, a veces de resurrección, las procesiones de la estatua al son de l< >s cuernos y hasta
la reunión en « c o n c i l i o » de los santos de la zona, organizada delante de las murallas de
Rodez, al a b r i g o de las tiendas a las que habían sido transportados en su> relicarios.
C o m o demuestra el Líber m ir acularum, la imagen de c u l t o requería una lustificación
hasta cuando contenía reliquias, situación que cambió a partir del siglo siguiente. La
V i r g e n de C l e r m o n t d i o o r i g e n a numerosas copias y adaptaciones en Auvernia y en otros
lugares, p o r l o general en madera polícroma. Obras análogas aparecieron en otras áreas
a r t í s t i c a m e n t e desarrolladas, en particular en Alemania noroccidental. como, por ejem-
p l o , la V i r g e n de Essen. C o m o se ha constatado, en el transcurso del siglo x i . a estas es-
tatuas se les fue p r i v a n d o cada vez más del recipiente de reliquias , de m o d o que resultó
inútil c a m u f l a r el c u l t o de las imágenes a través del c u l t o de las reliquias.
M o d e r a c i o n e s doctrinales
E n 1025, el o b i s p o G e r a r d o de C a m b r a i convoca u n sínodo en Arras para condenar
a algunos herejes que ponían en tela de j u i c i o las prácticas de la Iglesia, entre ellas el
c u l t o de las i m á g e n e s . L o s actos del sínodo muestran una clara moderación de la doctrina
c a r o l i n g i a sobre las i m á g e n e s ' - R e a f i r m a n que éstas son la escritura de los analfabetos,
8
p o r l o que a d m i t e n el c u l t o , si bien veladamente: cuando quien no sabe n i leer n i escribir
venera la f o r m a visible de C r i s t o en la imagen, adora a Cristo crucificado y no a un
t r o n c o de árbol trabajado p o r manos humanas. A l igual que la distinción entre adoración
y veneración, calcada de la de los griegos entre dulía y latría, hablar de «veneración de la
f o r m a de C r i s t o m e d i a n t e la i m a g e n » en lugar de «veneración de la imagen» no conlleva
n i n g u n a distinción real en el c o m p o r t a m i e n t o de q u i e n usa la imagen. Se trata de cambiar
las palabras en l u g a r de las cosas y, en realidad, de una buena y hermosa promoción del
c u l t o de las i m á g e n e s .
M
Bernardo de Angers, l-abermiraculorum sanetae Fidis. ed. L . Robeninî. Spolcto, 1-994;
" 1. E L Forsyth, The Throne of Wisdom. Wood Sculptures of the Madonna in Romanesque France, Princcion,
1972. pp. 32ss.
™PL, CXLH. cols. 1269-1312.
MEDÍA III
E l CUITO [>E I AS IMAGENES 23
11asta el siglo x i n , la justificación del culto de la imagen sigue siendo más bien super-
ficial, como se puede ver en el género teológico de los diálogos entre el judío y el cristia-
manera igualmente regular, le demuestra que está equivocado. A finales del siglo x i ,
Gilhert Crispin justifica tanto la realización de las imágenes, sobre la base de la Sagrada
0 Escriiura —que atribuye la decoración del Templo a Ja voluntad divina y describe a Dios
en tcTminos antropomorfos-, como su culto, explicando que los términos «culto» y
«aili iruoón» son equívocos y no tienen el mismo significado si se refieren a una cosa o a
un i persona '. Al inicio del siglo siguiente, Guiberto de Nogent explica que las cosas
11
invisibles se adoran a través de signos visibles, mientras que Ruperto de Deutz retoma la
argumentación bizantina que toma como base la Encarnación, según la cual Dios se hizo
hombre, haciéndose visible y, por lo tanto, represen ta ble . Todavía a finales del siglo xn,
40
un teólogo de vaha como Alain de Lille no ofrece ninguna argumentación nueva . 41
Las prácticas, en definitiva, evolucionaron más rápidamente que la exigencia de jus-
tificarlas. Ilustrando la atracción que la imagen ejerce sobre los peregrinos de Conques,
IScriiardo de Angers encuentra imitadores. Los libros sobre los milagros se multiplican e
impulsan peregrinaciones cuyos ingresos permiten financiar la construcción de iglesias.
A diferencia del mundo bizantino, las imágenes no se consideran milagrosas en sí mismas;
sin embargo, se convierten en un ingrediente indispensable de la peregrinación y empie-
zan, al igual que las reliquias, a poner al santo en un santuario concreto, que saca beneficio
por su presencia. Es el caso de la catedral de Coutances . Catalogados entre 1128 y
42
1 1132, los milagros de la Virgen local se verificarían en la segunda mitad del siglo x i ,
teniendo como escenario la procesión de Pentecostés. Un parroquiano de Isigny se había
quedado en casa en lugar de ir a la procesión, defendiendo que la Madre de Dios de
Bayeux era idéntica a la de Coutances, ni más clemente ni más poderosa, y fue castigado
por su escepticismo. Se puede deducir, al contrario, que las imágenes de ta Virgen
consentían individualizar la protección tutelar de cada iglesia que se les dedicaba.
El valor religioso de las imágenes empieza a ser exaltado por las leyendas orientales, que
las dotan de contexto. Entre las más difundidas está un milagro de san Nicolás, famoso por
el auto litúrgico que le dedica el juglar de Arras Jean Bodel '. U n rey pagano había confia-
4
do su tesoro a la custodia de san Nicolás. Los ladrones, sin embargo, consiguieron arreba-
társelo, pero san Nicolás se les apareció y les obligó a devolverlo, por lo que el rey se con-
vierte al cristianismo. La misma historia la encontramos en la Legenda áurea, en la que, sin
embargo, un judío ocupa el lugar del rey pagano . Aquí se pide la intervención del santo
44
,V
G. Crispin, Diipuraih Judei cuin Cbnsiiano, PL, CLLX, cols. 1005-1036, en concreto 1034s.
40
Guiberto de Nogcm, Traeraius de hitamaiioiie wntra Judaeos, PI CLVI, cols. 489-528, cn concreto 524
n
$.; Ruperro de Deutz, Dialogus nuer Christianuni etjudetim, PL, CLXX, cols. 559-610. cn concreto 601-607.
41
Alain de Lille, Contra Haereticos, PL CCX, cols. 1 3-434, en concreto 427s.
4
- G. Signori, Maria zivueben Kathedrale, Kloster und Welt. Hagiographncbc und bistoriographische
Annäherungen an eine hoehmmelaiterltche Wnndnprtdigt, Sigmaringen, 1995, pp. 77ss.
41
K. Meisen, Nikolamkult und Nibolambratab im Abendlande. Eine kuhgeograpbisth'Volkskundhchc Unterstub-
tmg, Dusseldorf, 1931, pp. 261ss.
• Jacopo de Voraginc, Legenda aurea, ed. A. c L. "Vitale Brovarone, Turin, 1997 |ed. casL: La leyenda
H J
dorada, 2 vols-, Madrid, Alianw, 1994].
24 ARTE E HISTORIA E N LA E D A D MEDIA 111
por el castigo infligido a su imagen p o r el judío. D e versión en versión, el rehuo va asumien-
d o una nueva dimensión. iMalrratando la imagen, el judío hechiza de alguna manera al
santo, y es signincarivo que n o se le castigue por este sacrilegio, sino que sea recompensado
con la intervención del m i s m o santo, que le consiente recuperar sus riquezas; favor que
conlleva la conversión. E n compensación, el C o n c i l i o de L y o n prohibe, en 1 _?74, prácticas
análogas atribuidas a los canónigos consistentes en «tirar p o r tierra imágenes o estatuas de
la c r u * , de 13 V i r g e n o de otros santos», para después recubrirlos de ortigas • • de espinas *.
Castigar al santo a través de su imagen sustituye a la «humillación» de los santos, que con-
sistía en el maltrato, por parte de los monjes, de las reliquias de su procec tor cuando este
frustraba sus expectativas *. E l término envouter (hechizar) aparece en el sigjó Sin y sabe-
4
mos que. hacia 1300, se celebraron numerosos procesos contra persona' u usadas de ha-
berse dedicado a prácticas de este o p o . Es bastante probable que la difusión de esta prác-
4 :
tica en el Occidente cristiano fuera provocada por la influencia del castigo a los santos,
como la practicada antes p o r el clero y después por los laicos.
E n líneas más generales, la intensificación del contacto con las imágenes no tuvo lugar
en el ámbito de los laicos iletrados, sino mas bien en el de los conventos reformados, en los
que la soledad y la castidad de los religiosos, exigidas por reglas más rígidas, convertían la
imagen en u n p a i t n c r indispensable. Sobre todo en los conventos femeninos se asiste a la apa-
rición de libros destinados a la devoción personal, cuyo apartado ilustranvo estimula la
imaginación piadosa . Los religiosos de ambos sexos advirtieron la necesidad de tener
46
delante de los ojos las imágenes de Cristo encarnado. Aun demostrando una fuerte desconfianza
hacia la imaginación, GuilJermo de S a i n t - T h i e r r y , premostxatense cercano a Bernardo,
justifica la contemplación y el culto del C r u c i f i j o reconociendo que, si su imagen no nos
habla, parece, sin embargo, hacerlo desde lo alto de la cruz ''. A distancia de menos de un
4 éxito creciente. La práctica de los emeifijos esculpidos, y luego la de las estatua-relicario
siglo, el crucifijo de San Damián hablará a Francisco. Contemporánea de san Francisco, la
monja de clausura Lutgarda, de la que el dominico Tomás de Cantimpré nos cuenta la vida
para que la tomemos c o m o ejemplo, se levanta una noche para i r a rezar a la iglesia; y el
C r i s t o en la cruz, puesto al lado de la entrada, cobra vida cuando pasa a su lado, separa el
brazo derecho para cogerla y acerca su boca a la llaga del costado para que beba la sangre .
E n t r e 1000 y 1200, aproximadamente. Occidente pasa del rechazo del culto de las
imágenes a la legitimación de sus formas más extremas. Tal cambio fue reclamado por el
clero y n o suscitó la más mínima protesta entre sus filas. La Apología de Bernardo, dirigi-
da a G u i l l e r m o de S a i n t - T h i e r r y , critica ásperamente la fastuosidad de las iglesias, sobre
4 1
E. A Eriedberg (cd.). Corpus iuris canoniei, Leipzig, 1879-188!, vol. II, col. 986 («Sexti decrctalium»,
libfO I , rit. XVI, «De officio ordinarij»-. cap. II).
P-J- Geary, -L'humiliation des sainte», Annales £SC XXXJ V (1979), pp. 27-42.
46
j :
W. von Wartburg. Franzàstsches etymotogisebes Worterhucb. Bonn-PanVLeipxJg-Bcrlin-BasiIca, 1928-
1 969. vol. XTV, p. 648; N . Cohn, Europe's Inner IJemons An Enquiry Inspired by the Great Witcb-Hunu Nueva
York, 1975. pp. 180ss.
**J. I*. Hamburger, The l isual and the Visionary. An and Female Spirituality in Late Medieval Germany,
r
Nueva York. 1998. pp. 149ss.
"Guillenno de Saint-Thierry, Meditativae orationes, PL. CLXXX, col. 205-248, en concreto 235 s.
^Aeta Sanetonttn. limit, tomo IV, Anibercs, 1707. pp. 237-263, en concreto 239.
E l CUITO DI I. A S IMAGENES 25
lodo la de los monasterios, pero evita las alusiones al culto de las imágenes . Se necesita 51
un espíritu tan original como temerario como el de Abelardo, que encontró en Bernardo
un acérrimo enemigo, para comparar en una composición poética el culto cristiano de las
imágenes al paganismo, aun reconociendo a las monjas del Paracleto el derecho a colocar
sobre el altar un crucifijo figurativo - La crítica al culto de las imágenes es ya cosa del
52
4
¡slam, del judaismo, de la herejía. El obispo español Lucas de Tuy cuenta, en los años
124U. cómo los cataros organizaron una peregrinación mariana «in castro dicto M o n -
euü's», probablemente Montcuq, en Lot, al inicio del siglo* . Recuperaron una Virgen en
1
Maíestad dañada y estragada, justificando su estado por la humildad de Cristo, que había
decidido encarnarse en una mujer fea y ciega de un ojo, y simularon milagros en presen-
tí,! de la imagen. La peregrinación consiguió tal éxito que los párrocos de las iglesias
vecinas encargaron copias de la Virgen de Montcuq para hacer competencia al original.
Al final, los cataros revelaron el engaño para poner en ridículo a quienes se les oponían,
demostrando a qué conducía el culto de las imágenes. Narrada con extrema indignación
en un tratado contra los cataros, esta historia, decididamente cómica, demuestra que las
imágenes objeto de peregrinación se reparten, desde esta época, en circuitos jerarquiza-
dos, a partir de un prototipo de prestigio del que retoman la iconografía.
La adaptación de las imágenes a la devoción
Aquí se pueden ofrecer sólo indicaciones bastante sumarias de la evolución estilística
de las imágenes después del año M i l ; sin embargo, son esenciales para comprender el
y de otras figuras entronizadas, hicieron que al norte de los Alpes la imagen de culto
asumiese, en su mayoría, la forma de escultura de bulto redondo, a diferencia de Bizancio
y de Roma, donde asumió en su mayor parte la forma de pinnira sobre tabla. La Virgen
de Clenuont estaba recubierta de un metal precioso, como lo sigue estando la estatua-
relicario de santa Fe en Conques; pero la gran mayoría de las imágenes de culto eran de
50
madera policromada, algo que Ies confería una notable presencia física y permitió la
evolución hacia la expresividad y la apariencia de que tenían vida. Desde este punto de
vista, la pintura bizantina gozaba de una indudable ventaja al no haber cortado los puen-
tes con las costumbres retóricas de proveniencia antigua, que lograban suscitar emo-
ción . Su influencia se hizo sentir por oleadas sucesivas en la pintura occidental; prime-
54
ro, en áreas bien determinadas, como la Alemania otónida o la Italia meridional de
finales del siglo x i ; después, a partir de los decenios cenuales del siglo xu, en todo el
' Bernardo de Claravnl, Apologia ad Ginllelmimi, cn id.. Saneti Bernardi Opera, ed-J. Leciercq, Roma, 1957-
1
1977, voi. m, pp. 81-108.
i :
Abelardo, Cannai ad Asrrolabittni, ed. J. M. A Rubingh-Bosscher. Ooningcn, 1987, p. 151; id.. Epistola,
Via, PL, CLXXVT1I, col. 281.
" Lucas de Tuy, De altera vitafideiqueeontroversits adversus All'igensìitm mores tibn 111, libro II, cap. LX, en
P. Dcspont (ed.), Maxima bibliotbeea vetcnmi pattum, Lyon, 1677, voi. XXV, pp. 222s.
1 4
H . Matnjìre, Art and Rloquence in Byzantinm, Princeton, 1981.
26 AFTE E H I S T
° « ' A «W M MEDIA III

E t CULTO Dl LAS IMÁGENES

m u n d o l a t i n o , c o n u n m o m e n t o c u l r n i n a n t e hacia 1200. Desde la p i n t a r a , la influencia
b i z a n t i n a e \-tendió a la e s c u l t u r a , a p o r t a n d o u n r e p e r t o r i o d i v e r s i f i c a d o de posturas, de
S
e

m o v i m i e n t o s , d e gestos. D i c h o esto» hay que a ñ a d i r que t a l i n f l u e n c i a fue probablemen-

t e m v t y s o e v a l o r a d a a expensas de ra del arte a n t i g u o , que c o n t i n u ó siendo imitado d i -
o r

r e c t a m e n t e . Cn p a r t i c u l a r p o r l o q u e c o n c i e r n e a la escultura, que olrvcia modelos t r i d i -

m e n s i o n a l e s q u e n o necesitaban t r a n s p o s i c i ó n ^ - E n c u a l q u i e r caso, la escultura gótica
a d q u i r i ó , a p a r t i r d e l i n i c i o d e l s i g l o Xiu, s e n s i b i l i d a d a n a t ó m i c a , cualidades expresivas v
d i v e r s í f i c a c i ó n de los caracteres, i n i m a g i n a b l e s en B i z a n c i o .
L a a p o r t a c i ó n i c o n o g r á f i c a de los g r i e g o s es más constante. L a importación de icones
c o n l l e v a la p e n e t r a c i ó n en O c c i d e n t e de nuevos t i p o s de V í r g e n e s e i n f r i n g e el m o n o p o -
l i o casi i n d i s c u t i b l e de la Sedes Sup'evtae en posición frontal, sentada en el t r o n o , que
t i e n e e n bracos u n IViño b e n d i c i e n t e en a c t i t u d hierática de soberano en miniatura. A
p a r t i r d e l s i g l o x n , e n Sajonia y en la región del M o s a sobre t o d o , la V i r g e n y el Niño se
m i r a n c o n t e r n u r a , a imitación de los m o d e l o s b i z a n t i n o s , algo que p e r m i t e expresar, bajo
la a p a r i e n c i a d e l a m o r m a t e r n o , los i m p u l s o s amorosos del Esposo \ la Esposa del Cantar
de los C a n t a r e s .
E s t e e p i t a l a m i o b í b l i c o , en la época a t r i b u i d o a S a l o m ó n , suscita, en electo, u n nuevo
t i p o d e c o m e n t a r i o s , desde p r i n c i p i o s d e l siglo x u . en el ambiente monástico. Va no se l i -
m i t a a r e p r e s e n t a r el m a t r i m o n i o e n t r e C r i s t o y su Iglesia, sino que se representa, además, Figura i - Malherstadt <Sajoni3-Anhnit). Liebfrauenkirche, cincel del coro. Virgen con el Niño, estuco
el a m o r e n t r e C r i s t o y su .Madre, o entre C r i s t o y el fiel, con acentos apasionados parecidos ¿cromado, ea. 1200.
a los de la poesía p r o f a n a de trovadores y troveros. C r i s t o y su M a d r e se convierten así en
m o d e l o s d e u n a devoción amorosa que el fiel reproduce identificándose, según el sexo o el momento, las imágenes occidentales esculpidas adquieren un poder de suscitar deseo o
g u s t o , en u n o d e los dos protagonistas. Este f e n ó m e n o , que n o parece haberse verificado compasión muy superior al de los iconos bizantinos.
e n el m u n d o b i z a n t i n o , requiere u n arte sentimental y se alimenta de su aportación Les quedaba adquirir el mismo prestigio y legitimidad- Desde el año 1200, aproxima-
damente, Roma pretende poseer una imagen auténtica de la cara de Cristo, la Verónica
i c o n o g r á f i c a , p e r o i m p u l s a t a m b i é n algunos procesos originales. E l vestido de la Virgen,
(Vera tcona), la huella ensangrentada y milagrosa dejada en el velo con que una mujer
c o m o el de los santos, p i e r d e la antigua severidad para seguir la moda del m o m e n t o . Las piadosa limpió el rostro a Cristo camino del Calvario (fig- 4)- En 1216, el papa Inocencio
V í r g e n e s t o m a n prestadas de las damas del siglo x n las túnicas ceñidas con las mangas an- III promulga una indulgencia para los peregrinos que asistan en persona a la exposición
chas en las m u ñ e c a s q u e . a veces, se alargan hasta el suelo. E n Alemania pueden tener de la imagcn-rcliquia* . Por primera vez el culto de una imagen se recompensa con una
A

trenzas, c o m o la d e l cancel del c o r o en la L i e b f r a u e n k i r c h e de Halberstadi (fig. 3), que se
r e m o n t a a 1200 a p r o x i m a d a m e n t e y ha conservado lo esencial de su policromía y de su
fuerza seductora.
A l i e n t r a s la V i r g e n se carga de sensualidad. C r i s t o t o m a de Bizancio rasgos inmutables,
basados e n i m á g e n e s milagrosas consideradas auténticas. Se hace más esbelto e,
i n d e f e c t i b l e m e n t e , b a r b u d o . L o s c r u c i f i j o s y las escenas de la Pasión, c o m o la lamentación
s o b r e C r i s t o m u e r t o p r o v e n i e n t e de B i z a n c i o , le o t o r g a n una expresión de sufrimiento
remisión de la pena en el purgatorio. La Verónica romana y sus copias ganaron la partida
más fácilmente a los prestigiosos iconos orientales desde que, en 1204, el saco de
Constantinopla por los cruzados priva a esta capital de su sacralidad, después del saqueo
y la destrucción de su tesoro de imágenes y reliquias.
En líneas generales, la antigüedad hipotética o real de una determinada imagen puede
ser fuente de prestigio. La Santa Faz de Lucca, un Crucificado de madera vestido con un
cohbiitin, sería una reconstrucción propia del estilo del siglo xi efectuada alrededor del
año 1200, época en la que todos los crucifijos están desnudos . El intento de arcaísmo
57

cada vez m á s l l e n a de paihos. Se a b a n d o n a n t a n t o el c r u c i f i j o «viviente», con la cabeza
e r g u i d a sobre el c u e l l o y los ojos abiertos, a f a v o r de C r i s t o « m u e r t o » , con la cabeza
r e c l i n a d a hacia la derecha; l o m i s m o sucede c o n la tipología c o n la túnica o el eolobhwi,
q u e t a m b i é n conservaba en la c r u z una d i g n i d a d regia, a f a v o r del t i p o desnudo con un
s i m p l e p a ñ o . E n la p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x m aparece con los pies superpuestos para
traspasarlos c o n u n ú n i c o clavo. E s t o d e s e q u i l i b r a al a t o r m e n t a d o , que se arquea sobre la
c r u z c o n u n m o v i m i e n t o d o l o r o s o y está cada vez más c u b i e r t o de sangre. A partir de ese
no puede ser más obvio y se explica, seguro, por la leyenda según la cual la obra la había
esculpido Nicodemo en persona y era, a su vez, una imagen auténtica de Cristo. El hecho
16
H. Bclting. Das Bild und sein Publikum im Mittelalter. Form und Funktion früher Bildtafeln der Passion,
Berlfn, 1981. pp. 3Sss.
*' Por ùltimo, cfr. M. C. Ferrari, «Imago visibili* Christi. Le "Volto Santo" de Lucqucs et les images
authentiques au Moyen Âge», Micrologus VI. 2 (1998), pp. 29-42.

ss Cfr., en concreto, O. Dermis, Byzantine An and the West, Nueva York, 1970.

Figura 4 Matthew Paris tS.iint \llian. Inglaterra meridional), Ch romea malora. Veronica,
n i i m j r u r j solirc pergamino.../ 1245-1253«
d e q u e l o s h e r e j e s d e M o n i c u q r e c u r r i e r a n a u n a i m a g e n « a n t i g u a » de la \irgen pan
m a q u i n a r su e n g a ñ o , p a r e c e c o n f i r m a r q u e la a n t i g ü e d a d se h a b í a c o n \ c r u d o en garancJ
d e l v a l o r d e u n a i m a g e n . P o r l o d e m á s . G u i l l e r m o d e A u v c r m a ( m u e r t o en 1249)crina
a esas m u j e r e s a n c i a n a s p a r a q u i e n e s las i m á g e n e s n o e r a n e f e c t i v a s hasta unos sesean
a ñ o s d e s p u é s d e ser r e a l i z a d a s " " .
L a l e g i t i m a c i ó n d e l c u l t o d e las i m á g e n e s
L a c o n d e n a c a r o l i n g i a al c u l t o d e las i m á g e n e s se basaba e n el desprecio agustinianodí
la c a r n e . L a r e p r e s e n t a c i ó n d e la c a r n e , a u n q u e f u e r a la d e C r i s t o , n o tenía ningún valor
p a r a la fe y e n n i n g ú n caso p o d í a ser o b j e t o d e c u l t o l e g í t i m o . P o r eso, la rehabilitadón
t e o l ó g i c a d e l c u l t o d e las i m á g e n e s v i n o a t r a v é s d e la a d o r a c i ó n d e la carne de Cristo y, en
p a r t i c u l a r , la d e su c u e r p o e n la e u c a r i s t í a . D e s d e el p u n t o d e vista agustiniano, la conoidi
e u c a r i s t i c a d e la c a r n e de C r i s t o se e n t i e n d e e s p i r i t u a l m e n t e . Si se tomasen al pie de la lem
las p a l a b r a s d e J e s ú s d u r a n t e la C l a m a C e n a : « T o m a d y c o m e d , p o r q u e este es mi cuerpo-,
h a b r í a o r d e n a d o c o m e t e r u n a i n f a m i a , cosa i m p e n s a b l e ' ' . A pesar de e l l o , desde la époa
5 la imagen, continuamente citada en el debate, que establece diferencias esenciales entre la
d e C a r l o s el C a l v o h u b o q u i e n s o s t u v o l a p r e s e n c i a c o r p o r a l de C r i s t o en la hostia, susci-
t a n d o a s í una p o l é m i c a " . K n la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o x i , u n a áspera discusión al respecto
0
e n f r e n t ó a L a n f r a n c o d e Pavía c o n B e r e n g a r i o d e T b u r s , y fue L a n f r a n c o , defensor de li
* G u i l l e n n o de Auvvmia. Opera annua. Paris. 1674. voi. I , col. 66.
5 "'ihm!* de Aquino, Summa ibeohgiea, HI, q. 25, a. 3.
* Agusun. Oe Ooctn na Christiana Uhn quutiuar. libro I I I . 16. 24, PI., XXXIV, eoi. 74.
v
A l . Cristiani. Tempo rituale e tempo storico. Comunione cristiana e sacrificio, /w controversie eiicariaitbc nrirdu
0 0
medioevo. Spoleto. 1W7.
E L CULTO D I LA* IMAGINES 29
presencia real, el que tenninó por ganar la partida. Berengario, que sostenía la tesis agusti-
nnirla, fue condenado a retractarse. Como coasecuencia, el culto eucaristico conllevó el de
l i - irne de Cristo, a la que no se resen-aba ciertamente la lama, sino el culto, más moderado,
di i.i dulia; o mejor, para reforzar la superioridad sobre el consagrado a los santos, un culto
medio entre lama y dulia, llamado «hiperdulía». Opinión compartida, entre otros,
P iVilro Lombardo (1095/1100-1160) en su comentario de los Salmos '. 6
. Licia la mitad del siglo xn se traduce el De fide orthodoxa de Juan Damasceno, que
icre un notable éxito. Como las dos naturalezas de Cristo, la divina y la humana, son
lnumente inseparables, el teólogo sirio mantiene que la adoración de su divinidad y
su humanidad es igualmente inseparable; incluye, por lo tanto, la adoración de su
i ¡ti né. Se trata de un argumento fundamentalmente a favor de la imagen de Cristo y de su
lito, aunque, en un primer momento, los teólogos occidentales no comparten este pun-
to (le usta. La discusión afronta primero el culto eucaristico: ¿es posible consagrar a la
ti .ílcza humana de Cristo un culto de dulia distinto del culto de lauía requerido por su
na tu raleza divina, siendo las dos naturalezas inseparables? En las Sententiae, destinadas a
«i la base de la enseñanza universitaria de la teología, Pedro Lombardo abandona el que
había sido su punto de vista y reclama la latría para la carne de Cristo.
I lay que esperar al siglo xn para que las ideas de Juan Damasceno sobre el culto de las
imágenes encuentren acogida dentro de la teología occidental. Hacia 1225-1228, Felipe el
(.anciller. recurriendo a la semántica entonces en pleno florecimiento, consigue dar un
sentido .i la celebre afirmación según la cual la veneración consagrada a la imagen transita
hacia su modelo -'. La imagen es un signo, y un signo se puede considerar de dos maneras:
6
según su ser (in essendo) o según su significado (in significando). Diríamos hoy que, en el
primer caso, es autorrefercncial, como, por ejemplo, cuando decimos que la palabra «gato»
se compone de cuatro letras, mientras que. en el segundo, se refiere a un objeto, como, por
ejemplo, cuando decimos que el gato tiene cuatro patas. La imagen, cuando se usa para
adorar el objeto al que se refiere, como, por ejemplo, Dios, se considera sobre la base de su
significado: no es la imagen la que es objeto de adoración sino Dios mismo. La imagen es,
entonces, sólo el medium de la adoración, no objeto de adoración. Por lo que concierne a
Cristo, Felipe se atiene a la doctrina de Juan Damasceno y de Pedro Lombardo sobre el
culto unido de las dos naturalezas, de modo que es la persona entera de Cristo, hombre y
Dios, a quien corresponde el culto de lama a través de su imagen. Se entiende que el culto
consagrado a los santos a través de su imagen debe ser solamente de dulia. La imagen en sí,
en su realidad material, no tiene derecho a ningún tipo de culto.
La posición de Alberto Magno (hacia 1193-1280) se mantiene vacilante '; su discípu- 6
lo, Tomás de Aquino (1127-1274), ya no habla de culto a Dios mediante la imagen, sino
de culto a la imagen de Dios . Parece que a ambos les estorba la definición agustiniana de
64
imagen y su modelo. Encuentran en otros exponentes de la patrística, como, por ejemplo,
Pedro Lombard«, Commentanum in Psabnos, salmo 98. 5, PL, CXCI, col. 895.
M
Felipe cl Canciller. Summa de bono, paite LL IV, q. 6, a. 3. ed. N. Wicki. Berns. 1985, vol. ü. pp. 972 ».
*' Allicrto Magno. In Senteiitias, libro HL dist. 9, a. 4-5.
30 ARTE r. H I S T O R I A ES- L A E D A D MEDIA 111
el t e ó l o g o a n d a r r i a n o san I l i l a r i o , la a f i r m a c i ó n s e g ú n la c u a l la i m a g e n resulta indiscernible
de su m o d e l o . E l c o n t e x t o es c r i s t o l ó g i c o , y se t r a t a d e la semejanza perfecta entre Hijo
4 5
y P a d r e e n el á m b i t o d e la T r i n i d a d ; H i l a r i o parece h a b l a r i b I i m a g e n en general La
a f i r m a c i ó n p a r e c e r í a a p r i m e r a vista a b s u r d a a n t e u n a i m a g e n D i o s realizad) por el
h o m b r e ; p e r o A l b e r t o M a g n o y T o m á s la e n t i e n d e n c o m o r e l a t i v a al significa,lo déla
i m a g e n , r e t o m a n d o la c i t a d a d i s t i n c i ó n d e F e l i p e el C a n c i l l e r e n n » i m a g e n /;/ aterido, que
l l a m a n i m a g e n e n c u a n t o cosa, e i m a g e n ¡n sigjiifie<tmlo. que ¡ n . m i m a g e n en cuanto
i m a g e n . A g u s t í n e s t á d e a c u e r d o , p o r l o t a n t o , c o n H i l a r i o : el p r i m e r o habla de la imagen
en c u a n t o a cosa; el s e g u n d o , d e la i m a g e n e n c u a n t o a i m a g e n
S o b r e la base d e una i n t e q y r e t a c i ó n m u y l i b r e d e l a r i s t o t c l u n Ui memoria et rvwimscen-
ua, ya u t i l i z a d o p o r . A l b e r t o M a g n o a p r o p ó s i t o de la i m a g e n . Tí n uís realiza una concilia-
c i ó n e n t r e las a r g u m e n t a c i o n e s d e sus predecesores. A n t e la i m a g e n , el m o v i m i e n t o del
a l m a p u e d e d i r i g i r s e hacia la i m a g e n en c u a n t o cosa o e n c u a n t o i m a g e n . E n otras pala-
hras, c o m o a d e m á s t o d o s p u e d e n v e r i f i c a r , n o s o t r o s m i r a m o s una i m a g e n tanto corno
o b j e t o i n a n i m a d o d i s t i n t o de l o q u e representa, c o m o h a c i e n d o abstracción de sus particu-
laridades m a t e r i a l e s y m i r a n d o s o l a m e n t e l o q u e ella representa. S e g ú n T o m á s , es en este
s e g u n d o caso en el q u e la i m a g e n es i n d i s c e r n i b l e d e l m o d e l o , p o r q u e el moví miento del
a l m a es el m i s m o q u e se m u e v e hacia la i m a g e n , en c u a n t o i m a g e n , v hacia el modelo. De
a q u í p r o v i e n e q u e a la i m a g e n en c u a n t o cosa n o se l e d é n i n g u n a veneración, mientras
q u e a la i m a g e n e n c u a n t o i m a g e n , i n d i s c e r n i b l e d e l modele», se le dedica la misma
v e n e r a c i ó n q u e se c o n s a g r a al m o d e l o . D e la m i s m a m a n e r a que a C r i s t o se le debe latría,
se le d e b e t a m b i é n a su imagen'*''.
E n t r e las o b j e c i o n e s q u e T o m á s d e b e a f r o n t a r para j u s t i f i c a r el c a m b i o , está la falta
a b s o l u t a d e f u n d a m e n t o e s c r i t o d e u n c u l t o de ese t i p o ; p o r eso hace n o t a r que la Iglesia
a d m i t e t r a d i c i o n e s n o escritas c o n s e r v a d a s desde la é p o c a de los apóstoles, entre ellas la
a d o r a c i ó n de la i m a g e n d e C r i s t o . D e h e c h o , se a t r i b u v e a san Lucas una imagen de
C r i s t o a c t u a l m e n t e e n R o m a . L a latría para la i m a g e n d e C r i s t o es teorizada en términos
0 7
a n á l o g o s p o r san B u e n a v e n t u r a y d e s p u é s , e n t r e o t r o s , p o r E g i d i o R o m a n o y Ricardo de
M e d i a v i l l a . E s t o s t e ó l o g o s t a m b i é n h a c e n r e f e r e n c i a a i m á g e n e s milagrosas presentes en
R o m a p a r a a t e s t i g u a r una t r a d i c i ó n n o escrita- E s e v i d e n t e q u e estas imágenes-reliquia,
o b j e t o de p e r e g r i n a c i o n e s , n o son s i m p l e s i n s t r u m e n t o s i n t e r c a m b i a b l e s de adoración de
la d i v i n i d a d , e n c u y o caso la p e r e g r i n a c i ó n n o tendría s e n t i d o . P o r l o t a n t o , se puede
p r e g u n t a r si el paso de la t e o r í a d e l c u l t o de latría p o r m e d i o d e la i m a g e n a la del culto
d e latría p o r la i m a g e n n o r e s p o n d e , al m e n o s en p a r t e , a la justificación de tales
p e r e g r i n a c i o n e s . P r o m o v e r el c u l t o de una i m a g e n , c o n s i d e r a d a m á s eficaz que otra de
su a n t i g ü e d a d , y r e c o m p e n s a r t a l c u l t o c o n i n d u l g e n c i a s era i n c o m p a t i b l e con la
Hilario de Poitiers. De ¿ W M . cap. X I I I . PL, X , col- 4 9 0 .
6 i
" T o m á s de Atpjino. Surnrna tbeologica. I I I . q. 25, a. 3- ("Cuín igitur Chrisrus adorctur adorauonc lamae.
consequens cst quod cius miago su adomtionc latriac adoranda»).
La alusión se referiría a una \*irgcn. la Salaspopuh romam en Santa Mana Maggiorc o, cvcntualmcmc, a
6 7
la que está en San Sisto. ya que san Buenaventura, en el mismo contexto, no habla de la imagen de Cristo, sino
de la del Señor y su Aladre (Buenaventura. In UI Sententian/m, dist. 9 , a. I , q. 2, § ó). En efccio, era más bien
común considerar a la Virgen con el Niño en primer lugar como una imagen de Cristo.
Et C V L T 0 D E L A S I Al k G £ N 11 31
consideración de las imágenes como puros y simples accesorios de la devoción. En
conclusión, había que promover la adoración de la imagen misma.
Triunfo y derrota de las imágenes (siglos XIV-XVI)
Occidente había mantenido durante mucho tiempo una cierta distancia respecto a la
lotinna bizantina del culto de las imágenes, pero el más grande pensador de! siglo xin
I J superó de golpe, admitiendo sin ambages que el culto de latría compete a la imagen de
Dios. Esta posición radical es la más favorable al culto de las imágenes que jamás se haya
ilado en el seno del cristianismo. A partir de finales del siglo xiu, tal posición empieza a
uscitar algunas críticas, entre otras cosas porque va acompañada de un aumento tan
abundante como Incontrolado de imágenes y del correspondiente culto.
I >i versificación de las imágenes
I Lista esa fecha, las imágenes de culto consistían, en su gran mayoría, en las tres for-
mas reconocidas de la imagen de Dios: !a Virgen con el Niño, el Cnicifijo y Cristo en
(ilona. Más raras habían sido las imágenes de culto dedicadas a otros santos, como la
entronizada de santa Fe en Conques o la de san Pedro, que se encontraba en Cluny. Los
santos aparecen mas bien en la pintura y en la escultura monumentales, en particular en
las (ambas de las portadas de las iglesias góticas. A principios del siglo xiu, encontramos
a los apóstoles y a los santos locales en el crucero sur de Chaitrcs, individualizados me-
diante sus atributos, los instrumentos del martirio; pero en una presentación de ese tipo,
relegada al exterior del monumento, no están destinados al culto. En compensación,
cuando la imagen del santo en pie entra a formar parte de los libros de devoción del siglo
xiii, ya se presta más al Culto. F.n el siglo siguiente, las estatuas de los santos aparecen
cada ve; más a menudo en los altares que se les dedican, aislados o dispuestos jerárqui-
camente en el retablo correspondiente. Esto se constata, sobre todo, para los santos de
moda, como santa Catalina y la Magdalena: la primera, vestida como una princesa; la
segunda, recubierta a veces únicamente con sus largos cabellos.
La imagen de Dios se diversifica de manera espectacular. Primero se asiste a la multi-
plicación tle las representaciones del misterio Utilitario, cuya traducción en imagen es dis-
cutible; por una parte, porque se trata de un misterio de tres personas que constituyen un
único Dios; por otra, porque los teólogos, en la línea de Juan Dainasceno, mantienen la
persona del Padre representable exclusivamente bajo la forma del Hijo, que es precisamen-
te la imagen. La Trinidad ilustra sistemáticamente el salmo 109 en los salterios iluminados,
en la forma de Padre y de Hijo en trono, dominados por la paloma del Espíritu Santo. Se
difunde una segunda iconografía trinitaria, la del «Trono de Gracia», con el Padre sentado
en un trono, solo, que sostiene a Cristo crucificado, mientras la paloma se sitúa entre las
dos cabezas''". Para honrar a la Virgen, reina del Cielo y madre de Dios, se realiza la estatua
'* Sobre la genesis de la temàtica, cfr. F. Boespflug, Ditti darv Part -Sollitìtiidini nostrae* de Bettoli X2V
(I74S) et l'affaire Crescente de Kaujheuren, Paris. 1984.
32 ABTE E HISTORIA I S I A I*.DAD MEDIA Ml
llamada ilergc oiarame ( t i g . 5), que se puede a b r i r y muestra i I T r o n o de Gracia en su
pecho; casi c o m o si M a r í a fuera también la m a d r e del Padre \ I- s p i r i t u Santo'' , 9
I igura S. kin medio. I 'lerge oir.tjnu llamada - Viritcn del Muru» mwlcn policromada. Cá I I W
Las nuevas i m á g e n e s de c u l t o a m e n u d o se i n v e n t a r o n en los libros devocionalcs,
antes d e aparecer en los altares en f o r m a de estatuas de t a m a ñ o n a t u r a l . Es el caso de la
pareja f o r m a d a p o r C r i s t o y san J u a n ( f i g . 6 ) , m u y d i f u n d i d a en los conventos femeninos
g e r m á n i c o s a p a r t i r de 1 300 S o b r e la base de u n p r o c e d i m i e n t o que se vuelve habitual,
el t e m a i c o n o g r á f i c o es una especie de p r i m e r plano realizado en una escena narrativa: el
t e m a en c u e s t i ó n está sacado de la U l t i m a Cena >'. después de la m i n i a t u r a , dará lugar a
u n g r u p o e s c u l t ó r i c o a u t ó n o m o . D u l c e m e n t e i n c l i n a d o sobre el pecho de Jesús, el discí-
p u l o p r e d i l e c t o asume el papel de la Esposa en el C a n t a r de los Cantares, poniéndose
c o m o m o d e l o de la d e v o c i ó n n u p c i a l de las monjas. U n t i p o iconográfico recurrente, el
del d e v o t o r e z a n d o ante la \ l r g e n c o n el N i ñ o , es a su vez o b j e t o de la citada interven-
c i ó n de r e c o r t e . E l i m i n a n d o al d e v o t o , surge u n nuevo t i p o de V í r g e n e s , esculpidas o
p i n t a d a s , e n el que el N i ñ o , a diferencia del s i g l o x m . ya n o m i r a a la madre, sino que
d i r i g e la m i r a d a hacia el fiel. L a \*irgen parisina de m a r f i l conservada en la basílica de
Asís c o n s t i t u y e u n b u e n e j e m p l o , d e s t i n a d o a extenderse rápidamente en el campo pictó-
* Ci. Radier. Die Schrttiimadonna -1 iergr out'rante- von den bernhardin ischen Anfangen bis zur Frauenmyitik
v
irn Deutschordenstand. Frankfurt. 1 W 0 .
R. Ilaussherr. - Uber die C^hnstus-Johamics-tjnippcn. Zum Problem "AndachtsbiJder*" und deutsche
7,1
Mystik*-, en K Uccksmann. C -LX Korn y J. Zahlten (cd*..), /leitrage zur Kunst des Mittelalters. Festschrift fur
Hans Menzel zum 60. Geburtstag. Berbn, 1V75, pp. 79-103.
Ei cvi i« or u s luAcSHti 33
I ii;urj '•. I IITII|UC de i .«MtM.ui/j UIMIMILIM J). Omo > l-igura ~. AinbniggHi Loreii/ctti. 1 ~ngen.li- l.i
tmjm»tnáwpahcimuJi.té l|W ¡che- pintura sota tabla, m 1330.
rico con la l'irgen de la Letbt de Ainhroggio Lorenzetti (lig. 7). Se instituye así un nuevo
contacto entre el liel y Dios. Hacia 1400, las -bellas vírgenes» alemanas casi parecían
querer ofrecer al Niño al fiel. Mientras, sus dedos, ligeramente hundidos en las carnes
regordetas del niño, le otorgan una presencia física intensa, muy probablemente con la
finalidad de evocar la presencia real del cuerpo de Cristo en la eucaristía.
Además, la novedad iconográfica puede darse por la sustitución de un personaje por
otro: la Virgen de l.i Piedad es una especie de variante de la Virgen con el Niño, sustituyendo
a este último por el cadáver sangrante del Cristo adulto. La temática no encuentra una
correspondencia precisa en las narraciones evangélicas de la Pasión; visualiza, sin embargo,
el lamento de la Virgen sobre el I lijo difunto, que estaba en fase de difusión en el canto
Imirgico. AJ mismo oempo. al igual que las Vírgenes que muestran al liel el cuerpo del
Niño Jesús, esta imagen se articula en ionio al culto del Santísimo Sacramento. Siempre es
el cuerpo de Cristo, o sea. la víctima sacrificial, el que está expuesto a la mirada del fiel,
como recuerda la herida abierta de la que sale con particular evidencia la sangre redentora.
El contacto entre devoto e imagen puede asumir la forma extrema del muñeco, como
en el caso de los Niños Jesús esculpidos, encargados por o para las monjas. El primero
conocido para nosotros es el de Margarita Pbner. dominica de María Medingcn . En 71
una carta de 1344, esta religiosa describe con todo detalle los cuidados maternales que
" H. Wenuel. «Eine Wiener Chnsrwiegc in München und das Jesuskind der Margaretha Ebner-, cn
l'ambtxn VI (I960). PP 276-283; H. van O*. I be Art of Devotion in ihr ¡site Middle Agts in Europe. IÏO/1-lfOO,
Aimtcrdam-Londres, 1994. pp 98-102.
 1
d e d i c a al N i ñ o . D e s p e r t a d a p o r su l l a n t o , l o acoge en la cama y el N i ñ o le pide que le dé
u n b e s o p a r a q u e le p e r d o n e las m o l e s t i a s . E n o t r a ocasión, le pide que le de de mamar y
M a r g a r i t a s i e n t e el c a l o r en su seno. P o r o t r a parte, a las c h i q u i l l a s en Toscana se les
d a b a n e s t a t u i l l a s a n á l o g a s c o n la finalidad de aunar el aprendizaje de la maternidad v la
d e v o c i ó n . E n t o d o s l o s casos i b a n a c o m p a ñ a d a s de una canastilla que permitía vestirlas
7 2
y d e s v e s t i r l a s . H a c i a 1 5 0 0 , se i n i c i a una p r o d u c c i ó n en serie en Bruselas y Alalinas (fig.
8 ) . E l N i ñ o J e s ú s a s u m e el aspecto d e l Salvaror mimái* b e n d i c i e n d o y con el globo en la
m a n o i z q u i e r d a , e r i g i d o s o b r e u n pedestal d e l que es posible desencajarlo p o r si se 1c
q u i e r e m e t e r en la c a m a .
A l i e n t r a s la i m a g e n e n t r a así en la vida de los fieles, estos a su vez se introducen cada
v e z m á s en las i m á g e n e s . A p a r t i r del s i g l o x n i , a las damas que encargan, o mandan encar-
gar, s a l t e r i o s y l i b r o s de h o r a s , se las representa o r a n d o en presencia de la V i r g e n o de sus
santos p r e d i l e c t o s . AJ c o m i t e n t e o r a n d o en presencia de la V i r g e n con el N i ñ o se le
v u e l v e a e n c o n t r a r en las t u m b a s - p o r e j e m p l o , en R o m a hacía 1 3 0 0 - o en los epitafios.
E n e l s i g l o X V , esta p r á c t i c a está bastante d i f u n d i d a en los retablos, en los que el comitente
aparece c o n f r e c u e n c i a en c o m p a ñ í a de toda la f a m i l i a . E n Italia y en Alemania estos
personajes s o n , en g e n e r a l , de d i m e n s i o n e s reducidas; en la p i n t u r a flamenca tienen, sin
e m b a r g o , d i m e n s i o n e s a n á l o g a s a las de los santos, c o n los que participan en la Navidad
o en la P a s i ó n d e C r i s t o . E n t o d o caso, a p a r t i r de mediados de siglo puede suceder que
p e r s o n a l i d a d e s v i v i e n t e s p r e s t e n sus rasgos a personas santas. Así, Carlos V I I aparece
c o m o R e y A l a g o en las Horas de Étienne Chevalier ( C h a n t j l l y , M u s é e C o n d e , ms 71); la
~ C. Klapisch-Zuber. La famiglia e U donar nel Rinasermento a Firenze, Roma-Bari, 1 °88, p. 306.
¿
Et CUITO DE IAS IMÁGENES 35
l iigen de la Leche del díptico de Melun (Ambcrcs, Koninklijk Museum voor Schone
kunsten), obra también de Jean Fouquet, tiene casi exactamente los rasgos físicos de
Agiles Sorel, amante oficial del rey.
Las imágenes se extienden profusamente y de manera anárquica, porque no existe
ninguna planificación. Pero la jerarquía eclesiástica estableció de manera clara y precisa
lo que se podía hacer y lo que no. Las únicas reglamentaciones existentes fueron, en
realidad, limitaciones de la decoración específica de ciertas órdenes, como, por ejemplo,
IOS franciscanos, aunque sólo se respetaban de manera muy parcial. La realización de las
imágenes se debe, en su mayoría, a la iniciativa de comitentes, que eran laicos de rango
elevado o altos prelados, preocupados ante todo por el lujo y la ostentación. Los progra-
mas iconográficos se desarrollaron a menudo en los libros de devoción; o sea, en la esfera
privada, a salvo de cualquier control. En los monasterios mismos, los religiosos poseían
privadamente libros, imágenes y orros objetos de carácter personal: un uso que nunca se
consiguió erradicar"'. En el transcurso del siglo xm, las donaciones a las iglesias servían
principalmente para su construcción y tenían carácter colectivo, pero ahora también se
dirigían a las capillas privadas, que iban multiplicándose en el deambulatorio y en las
naves laterales.
Hay que añadir, además, que el clero y las asociaciones pías rivalizaban en la promo-
ción de los propios santos, intentando atraer a los fieles con nuevas devociones. Desde
Roma se obtienen indulgencias por permitir esas devociones, en general relacionadas
con el culto de una imagen. Se hacen copias de prestigiosas imágenes romanas, como la
Verónica o el Cristo de la Piedad (Jutago Ptetatts), que se le había aparecido a san Grego-
rio; y la devoción a esta copia proporciona indulgencias. Indulgencias ciertamente me-
nos conspicuas que las garantizadas por el original, pero ampliables con las oportunas
argucias, como rezar, por ejemplo, los rosarios, a su vez portadores de indulgencias,
quizá en ocasión de determinadas festividades. Y las remisiones de pena del purgatorio
obtenidas de esta forma no sólo se suman, sino que, además, se multiplican. Este sistema
resulta a su vez incontrolable. Los libros de horas contienen imágenes que proporcionan
indulgencias a través de oraciones y, en el siglo xv, la técnica del grabado difunde de
forma barata imágenes de esc tipo.
Al difundirse, las imágenes pueden, además, cambiar la identidad y participar así en
la creación hagiográfica. Los lejanos descendientes de la Santa Faz de Lucca constituyen
un ejemplo clamoroso . Este nuevo tipo presenta, además del colobium, la particularidad
74
iconográfica de los pies colgando en el vacío en lugar de estar clavados, detalle que
permite calzarles con zapatos preciosos, ya objeto de leyenda en el siglo xm: el Crucifijo
había recompensado a un trovador por la serenata haciéndole milagrosamente donación
"Hamburger, The Fisual one the Visionary, cit., pp. 71ss.
74
G. Schnurer y J. M. Rirz, Sankt Kiinimernis mid Voha Santo. Smdien and Hilda; Dussetdorf, 1934; R. C.
Trexlcr, «Habiller et deshahillcr tes images: esquisse d'une analyse-, en F. Dunand, J.-M. Spieser y J. Wirth
(eds.), L'image et la pnuluction du sacre. Actes du collogue (Estrasburgo, 20-21 de enero de 1988), Paris. 1991, pp.
195-231, en concrete 203s.; J.-C. Schmirr, «Ccndnllon enicificc. A propos du Vblto Santo de Eiicqucs», en
Miracles, prodiges et tnervedles au Moyai Age. Actes du ATAVc Congrès de la Société des Histoiicns Médiévmes de
l'Enseignement Public (Orleans, 3-5 de juiuu de 1994), Paris, 1995. pp. 241-269.
36 A R T K E HISTORIA IN LA F . D A D M E U I A III
d e u n c a l z a d o a u t e n t i c o . A l m i s m o t i e m p o , los p a ñ o s c o n los q u e se c i ñ e la cintura del
C r u c i f i c a d o p o s e e n la e x t r a í a v i r t u d d e p r o t e g e r a las p a r t u r i e n t a s . L a identidad
i c o n o g r á f i c a d e la i m a g e n d e l _ e c a n o es, p o r l o t a n t o , u n í v o c a , y l o es todavía menos si
u
se c o n s i d e r a q u e , s i e m p r e y e n c u a l q u i e r l u g a r . C r i s t o se r e p r e s e n t a c o n los pies desnudos.
D a d a s las i m i t a c i o n e s a las q u e esta i m a g e n d i o l u g a r e n toda E u r o p a , se puede afirma?
q u e su i d e n t i d a d se ha d e s v a n e c i d o c o m p l e t a m e n t e . U n d i s c r e t o n u m e r o de tales obras
se v e n e r ó b a j o el n o m b r e d e u n a m á r t i r , q u e t i e n e d i f e r e n t e s ri< « l i b r e * W i l f o r t e , Liberada,
K ü m m e n i i s u O n t f c o m m e r , q u e h a b í a c o n s e g u i d o h u i r de las acuciantes proposiciones
de u n p r í n c i p e p a g a n o al o b t e n e r d e l c i e l o q u e le naciera tina p o b l a d a barba, tras lo cual
h a b í a s i d o c r u c i f i c a d a c o n ese s e m b l a n t e ; una n u e v a i d e n t i d a d más acorde con la
i n d u m e n t a r i a , c o n l o s zapatos y c o n la p r o t e c c i ó n d e las p a r t u r i e n t a s . Hacia 1470. el
t r a t a d o d e las s u p e r s t i c i o n e s d e j o h a n n e s W u s c h i l h u r g k señala un c r u c i f i j o milagroso, en
u n a c i u d a d d e la d i ó c e s i s d e B a m b e r g . v e s t i d o c o n t ú n i c a s nuevas, de las cuales seis eran
d e seda y t r e s d e l i n o finísimo, d e las q u e h a b r í a s i d o bastante arriesgado despojarlo.
P u e s t o q u e , c o m o n o s i n f o r m a G u i l l e r m o de A u v e r n i a . las mujeres ancianas pretendían
q u e las i m á g e n e s se t o r n a b a n efectivas s ó l o sesenta a ñ o s después de realizadas. los habi-
t a n t e s d e la c i u d a d l o l l a m a b a n el E s p í r i t u S a n t o , a causa de la e d a d , y su c u l t o eclipsaba
al d e l S a n t í s i m o S a c r a m e n t o ' . 5 Trono de Gracia o la Trinidad del salterio, no le planteaban ningún problema .
N a d i e c o n t r o l a el c u l t o d e las i m á g e n e s ; en c o m p e n s a c i ó n , t o d o s l o practican. Resul-
t a , p o r l o t a n t o , difícil c r i t i c a r l o e n c o n j u n t o s i n pasar p o r hereje .1 los ojos de todos. De
a h í q u e las i n e v i t a b l e s c r i t i c a s d e t a l c u l t o n o p u e d a n e v i t a r a s u m i r al i n i c i o u n carácter
p a r t i c u l a r , a p u n t a n d o a c i e r t o s abusos p e r o s i n p o n e r en p e l i g r o el p r i n c i p i o .
L a s c r í t i c a s e s c o l á s t i c a s y p r e c e d e n t e s a la R e f o r m a
A n t e s d e m e n c i o n a r el m a l e s t a r e s p o r á d i c o suscitado p o r las novedades iconográficas,
h a y q u e r e c a l c a r q u e la l i b e r a d es la regla. E n el m a n u a l litúrgico p o r antonomasia, el
Rtitioiiate di-chwrum offiaorttm d e G u i l l e r m o D u r a n d o , el rechazo de la censura a menudo
se e x p r e s a m e d i a n t e u n a cita l a p i d a r i a d e l A11 epoética de H o r a c i o : « L o s pintores v poetas
s i e m p r e g o z a r o n d e i g u a l l i b e r t a d p a r a arreverse a realizar a q u e l l o que les p l a c e » . 76
P o r c o n s i g u i e n t e , la i n t e r v e n c i ó n d e la j e r a r q u í a ante una i m a g e n discutible fue
r a r í s i m a . P o r e j e m p l o , se r e g i s t r a u n caso r e f e r i d o a una i m a g e n sobre tela del cuerpo
i n a n i m a d o d e C r i s t o p i n t a d a , hacia m e d i a d o s d e l s i g l o x i v , para la abadía de L i r e y en
C h a m p a g n e ; f u e expuesta p o r l o s r e l i g i o s o s c o m o si se t r a t a r a d e l a u t é n t i c o sudario de
C r i s t o . E l o b i s p o d e T r o v e s i n s t r u y ó una c o m i s i ó n d e investigación que interrogó al
p i n t o r , q u i e n r e s u l t ó h a b e r a c t u a d o d e buena fe. C o n v e n c i d o s de q u e se trataba de un
i n t e n t o d e e n g a ñ o p l a n e a d o p o r los m o n j e s , el o b i s p o p r o h i b i ó la exposición de la obra
p e r o s i n o r d e n a r su d e s t r u c c i ó n . L a o b r a p u d o así c o n t i n u a r t r a n q u i l a m e n t e su curso:
Cí- Hertel. «Abcrgláuhigc Gebrauche aus dem Mittelalter», Zeitschrift für Volkskunde IX (I9ÜI), pp. 272-
75
279. en concreto 277.
'°-*Pictoribus atque poetis / Qujdlibet audendi semper f u i t aequa j K J t e s t a s » ; A. Chastel, Fahles, Formes,
Figures, París, 1978. vol. I , pp. 363ss.
E L CULTO Dt LAS lAlAr.F.NES
en Chambéry, en Ginebra y, por fin, en Turín, donde todavía hoy goza de una fama
notable".
Las críticas a las novedades iconográficas no representan más que las opiniones de los
teólogos que las adelantan. Así, por ejemplo, Lucas de Tuy, cuyo tratado contra la herejía
no tuvo ningún éxito, tiene algo nuevo que decir sobre los cnicifijos de tres clavos, que
provocan la confusión sobre las modalidades, bien precisas, del suplicio, rompiendo con
la tradición de clavar separadamente los dos pies . Según Lucas de Tuy, la innovación
78
contradice los comentarios simbólicos sobre Ja cruz, basados en el número cuatro, y
multiplica al mismo tiempo el número de clavos conservados en todo el mundo a título
de reliquias de la Crucifixión. A pesar de ello, el crucifijo de tres clavos fue predominante
hasta el Renacimiento, sin suscitar posteriores preocupaciones que sepamos. El obispo
español se encuentra menos solo cuando vinipera las imágenes de la Trinidad. Alejandro
de Hales y después Durando de San Porciano se oponen, a su vez, a la representación de
este misterio, que incluye la imagen de Dios Padre, y una autoridad del calibre de Juan
Damasceno la considera insensata *'. En el siglo xv, cuantío Antonino, arzobispo de
7
Florencia, arremete contra la representación de la Trinidad bajo la forma monstruosa de
niple rostro, se tiene la impresión de que fas modalidades más antiguas, como la del
80
En Antonino. como, por lo demás, en el canciller de la Sorbona Jean Gerson,
encontramos aquí y allá críticas esporádicas en relación con otras temáticas iconográficas.
Antonino se mete con las Anunciaciones en las que el Niño Jesús parece descender ya
hecho y derecho en el vientre materno; Gerson, en cambio, denuncia la heterodoxia de
las lierges ouvrautcs, la inconveniencia de las representaciones que hacen de san José un
viejo o la venta de imágenes obscenas a la entrada de las iglesias . En estos autores se
81
percibe una voluntad de control de las devociones destinada a permanecer minoritaria
hasta la Contrarreforma.
Requiriendo la lama para la imagen de Cristo, Tomás muestra una fe total en la capa-
cidad de la imagen de representar lo divino. En este sentido fue sólo secundado en parte.
Aludiendo a las preocupaciones cristológicas de los padres griegos de la Iglesia, Enrique
de Gante (muerto en 1293) distingue entre la adoración de la carne de Cristo unida a su
divinidad, para la cual habla de latría, y la adoración de esa misma carne considerada
separadamente de su divinidad, para la que no es lícito ir más allá de la hiperdutía. Como
para Juan Damasceno la divinidad es incircunscripta, la imagen sólo puede representar la
carne de Cristo separada de la divinidad y, por lo tanto, ser adorada sólo con la hiperdulía . 82
?
" H. Leclercq, rab voce «suaire», en F. Cabrol y H. Leclercq (cds.), Dictioimaire d'archeologie cbre'tienne et de
liturgie, París. 1907-1953, XV/2. cois. 1718-1724 (con referencias a los trabajos del canónigo Ulyssc Ciievailier).
7S
Lucas de Tuy, De altera vita fidcique controversias, cit., libro II, cap. II. pp. 224SS.
^Ibid., libro U, cap. K, p. 222; Alejandro de Hales, Stimma ideologica, tnq. 3, rrnct. 8, SCCL 1, q. I , b t 1,
cap. ili, a. 6, ed. B. KJumper. Gronafcrrata, 1924-1948, tomo III, p. 722; Durando de San Porciano, In Scnten-
tias, libro ni, dist. 9, q. 2, § 15.
* Antonino, Summa tbcologica, Basilea, IS11, vnl. n, parte III, üi. 8, cap. iv, § 11.
a
"Ibid.;). Gerson, Opera omnia, Ambercs, 1706, romoR', col. 47, tomo III, cois. 1345 ss., 291 s.
* Enrique de Gante, Quodlibet X, en id.. Opera omnia, cd. R. Macken, vol. XIV, I^ovaina-Leyden, 1981, q.
2
6, pp. 132ss-
^£ -\RTE E HISTORIA IN LA E D A D MEOIA III
L a crítica ;i santo T o m á s t o m a una dirección bastante d i f e r e n t e en D u r a n d o de San Por-
c i a n o (hacia 1 2 7 5 - 1 3 3 4 ) * . É l parte d e l p r i n c i p i o según el cual la imagen en cuanto imagen,
1
o sea. el s i g n i f i c a d o de la i m a g e n , es distinta d e l o b j e t o significad. - (nosotros diremos del
r e f e r e n t e ) , en los hechos c o m o en el pensamiento; t a n t o es asi que n o la confundimos nunca
c o n la cosa representada. A f i r m a r q u e a la i m a g e n se le debe el m i s i m i c u l t o que al modelo
es u n a f o r m a de hablar i n a p r o p i a d a . ya q u e . de hecho, a la imagen 1n > se le debe dar ningún
c u l t o . P o r esta vía D u r a n d o vuelve a una posición pretomista n o m u y diferente de l.i de
F e l i p e el C a n c i l l e r . P o s i c i ó n que ejerció, sin e m b a r g o , una cierta influencia, sobre todo en
I n g l a t e r r a , d o n d e m e r e t o m a d a p o r R o b e r t o 1 l o l c o t ( m u e r t o en I H ° ) \. después, a pan ir de
u n a s e m á n t i c a realista más general que la de D u r a n d o , p o r J o h n VVycliflfe (bacía 1320-
1 3 8 4 ) . S e r á el hereje m á s i m p o r t a n t e del s i g l o x v . J a n l i t i s (hacia 1369-1415), el que
84
realizará la síntesis de las argumentaciones de D u r a n d o . I l o l c o l y \\ yeHffe « M ile los que están sinceramente a favor y las de aquellos que intentan hundirlo. Se está, por
P o r m e d i o d e W y d i f f e y de M u s . la c r i t i c a del c u l t o de las imágenes realizada por
D u r a n d o de San P o r c i a n o o f r e c e a r g u m e n t a c i o n e s a los icoin n Lisias ingleses y bohe-
m i o s . A d e m á s , se e n r i q u e c e c o n consideraciones tic carácter mas practico relativas a las
m o d a l i d a d e s d e f u n c i o n a m i e n t o de tal c u l t o . L o s dos heresi.uv.is se preguntan cómo es
p o s i b l e q u e u n a i m a g e n de u n c i e r t o personaje sea adorada mas que o t r a del mismo per-
s o n a j e , v i s t o que el c u l t o de la i m a g e n parecía consagrado exclusivamente al personaje.
C r i t i c a n , a d e m á s , la s u n t u o s i d a d de las i m á g e n e s , la seducción mundana, por no decir
e r ó t i c a , q u e e j e r c e n los b e n e f i c i o s que o b t i e n e n las iglesias. Sin embargo, asombra que la
tesis d e D u r a n d o c o n s t i t u y a una justificación teórica suficiente para las tesis radicales de
W y c l i f f e >' l l u s , q u e o l v i d a n c ó m o D u r a n d o i n t e r p r e t a el c u l t o de las imágenes como
c u l t o de la p e r s o n a r e p r e s e n t a d a , s i n p r o h i b i r l o realmente. D e esta manera, no ponen en
d i s c u s i ó n n i la f u n c i ó n p e d a g ó g i c a de la i m a g e n n i su uso d e n t r o de los limites de la
d e c e n c i a , c o m o o b j e t o d e c u l t o . P o r o t r a p a r t e , la crítica p o r ellos incitada de las imágenes
realizadas y veneradas en la é p o c a i n d i c a q u e , en su opinión, las imágenes no pueden
c u m p l i r t a l f u n c i ó n . Para H u s . i n c l u s o la c a l i d a d artística de las imágenes de la Pasión
g u i a al e s p e c t a d o r hacía el aspecto m a t e r i a l de la o b r a , impidiéndole t o m a r distancia* . 6
A pesar de la m o d e r a c i ó n , la crítica escolásnca de las imágenes desembocó en dos
c r i s i s i c o n o c l a s t a s , m á s b i e n v i o l e n t a s , c o n los lolardos ingleses y los husitas bohemios.
E n t r e o t r a s c o n s e c u e n c i a s , estos a c o n t e c i m i e n t o s l l e v a r o n a la Iglesia 3 sospechar de que
c u a l q u i e r c r í t i c a a las i m á g e n e s y al c u l t o p e r t i n e n t e , p o r leve que fuera, era herejía. El
t e ó l o g o a n t i h u s i t a T h o m a s N e t t e r ( W a l d c n s i s ) n o duda en presentar la crítica del Trono
de G r a c i a c o m o c a r a c t e r í s t i c a de los herejes* . C u a n d o , hacia 1500, G i o v a n n i Pico della
7
M i r á n d o l a , e n la línea d e E n r i q u e de Cíame, de D u r a n d o de San Porciano y de otros
Durando de San Porciano, In Scntcntias. lihnt I I I . dist 9, q. 2.
lt. I lolcot. /'/ librum Sapieniiae regís Salomónis praeleetiones 213. Basilca, 1586, LccUo CLVIII, pp. 523ss.;
144
J. WycUflc. Jractatus de rnandatis dñinis. ed. J. Loscrth y E D. .Matthew, landres, 1922. cap. XV, pp. 152ss.
" J . Hus. Super IV Senieniiarum (1905). en id.. Opera omnia. cd. W. Hajshaus y M . Komínlcová, tomo 11.
Osnabrück. 1966. libro ÜI. dist. 9, pp. 414».; id.. Grand Commeniaire, cap. XXXIV, en J. I-avicka (cd.),
Anthologie husstte. París. 19H5. pp. 121ss.
w
Ibid.. cap. XXXIV, p. 122.
" T . Netter, Doctrínale amtauttatum fidei catbolicae ccelesiae. cd N\ A_ líonfigli, libro 111, cap. CLV, Vcnccia,
1571, vul. U, f. 277v.
E L CULTO or. LAS tuAotvit 39
teólogos de la misma época, rechaza el cuito de la lama dedicado a la imagen de Cristo,
se hace inmediatamente sospechoso de herejía, hasta tal punto que se defiende en la Apología,
haciendo notar que la ortodoxia de los personajes en los que se inspira está más allá de
cualquier sospecha . 88
De hecho, una contradicción susceptible de desembocar en una crisis violenta parece
recorrer toda la fase final de la Eda Media. El culto de las imágenes entró a formar pane
del dogma y su abolición fue reclamada por los herejes. A partir de entonces, la crírica de
este culto corre el riesgo de pasar por hereje, hasta el punto de que, a menudo, adquiere
un carácter tan prudente que hace difícil, si no imposible, distinguir entre Jas objeciones
tanto, ante comportamientos que parecen destinados a limitar el culto o a reformarlo,
peni siempre en modo implícito, sin declarar abiertamente tal objetivo.
Moderación de las prácticas
Probablemente, los intentos de disciplinar el culto de las imágenes emergieron con
mayor claridad en relación con las monjas de clausura por varias razones; por una parte,
el culto había asumido formas extremas percibidas como escandalosas; por otra, el debate
no tenía muchos visos de desarrollarse a la luz del sol. Por lo tanto, la cuestión pcmianeció
sustancialinente limitada a tratados y a circulares internas redactadas por religiosos a los
que las monjas de clausura debían obediencia. En la Alemania del siglo xv, es la reforma
de los conventos de las dominicas la que reclama este tipo tle literatura, como testimonian,
por ejemplo, los intentos de Eberhard Mardach de educar a las monjas de Santa Catalina
en Núremherg, o los de Johanes Meycr, que promueve la observancia en los conventos
del curso superior del Rin . Las monjas poseen una gran variedad de imágenes de culto,
80
que suscitan en ellas visiones y se revelan a menudo milagrosas. La posesión de una de
estas imágenes es fuente de prestigio individual, y las monjas se reúnen, en grupo, en
apoyo de las imágenes preferidas y siguiendo a las afortunadas que las poseen. Para
luchar contra fenómenos de ese tipo. Johannes Meycr recscribe la crónica del convento
de Adclshausen eliminando los milagros, o los propios libros de los milagros, insertando
milagros dirigidos contra las imágenes. Así, las imágenes de las monjas de Schónenstcin-
bach, en Alsacia, habían sido transformadas desde el cielo en una serie de crucifijos
uniformes, y una hermana difunta se le había aparecido a la que había ocupado su lugar
para destruirle el altarcito personal.
Otra actitud referente a la relación erótica que las monjas mantenían con las imáge-
nes se concretó en el intento de espiritualizarlas. En un tratado anónimo escrito para
Santa Catalina de Núremberg hacia 1450 y titulado Vori Ihesus Bettlein (La cuna de Jesús),
el corazón de la monja se presenta como una habitación nupcial cuyos elementos arqui-
tectónicos y decorativos se describen alegóricamente para representar las virtudes''". La
m
G. Pico delta \\intvioii. Apología il 557), en id. Opera oninm. cd. J. I Icroid, Hlldeshcim. 1969, vol. 1, pp, 155».
"Hamburger, The Visual and tbe Vuionary. cil., pp 427».
Ibid., pp. J83SS.
«fi \ R - T t E H I S T O R I A T. N LA E D A D M III
^ t e n c i ó n es t r a n f o r m a r u n a v i s i ó n d e m a s i a d o c a r n a l e n una m e d i t a c i ó n virtuosa de
^ r á c c e r m á s a b s t r a c t o . "Tentativas d e e s p i r i t u a l i z a r el c u l t o d e las i m á g e n e s aparecen
c
^ m h i é n e n la l i t e r a t u r a e d i f i c a n t e , d e s t i n a d a a l o s laicos, y r e v e l a n una desconfianza,
c
* i d a v e z ma>'or, hacia las f o r m a s d e d e v o c i ó n d e m a s i a d o sensuales o , p o r el contrario,
c
^ « m a s i a d o r í i e c á n i c a s ' ; p e r o se t r a t a , e n d e f i n i t i v a , m á s b i e n de tímidos intentos. Los
íl
P r e d i c a d o r e s p r e f i e r e n a v e n t u r a r s e e n a t a q u e s a las i m á g e n e s \ \\ l u j o profanos, como
^ e r n a r d i n o d e Siena e n I t a l i a y su d i s c í p u l o J u a n de C a p i s t r a n o ? o b i e n criiicar la
^ u n t u o s i d a d f u e r a de l u g a r d e l o s e d i f i c i o s m o n á s t i c o s , c o m o h.n (>or e j e m p l o , Konrad
^ ü m m c n h a f t , q u e se l i m i t a , p o r l o d e m á s , a r e t o m a r la p o l c i i i K ¡ «le san Bernardo sobre
^ c u e s t i ó n . S i n e m b a r g o , n o se d i s c u t e s o b r e e l c u l t o de las n n . ^ u e s " . :
V i s t a s las sospechas q u e esta d i s c u s i ó n suscitaba, es mas l i e n la evolución de las
P r á c t i c a s a r t í s t i c a s la q u e p e r m i t e o b s e r v a r c i e r t o s c a m b i o s de ai i i i u d . t a n t o tácitos como
r
e a l e s . A s í . a p a r t i r d e l s i g l o x n i , e n p r i m e r l u g a r , resulta que la tendencia a hacer las
i m á g e n e s cada vez m á s sugestivas y a f a v o r e c e r la c o n f u s i ó n e n t r e • v a l i d a d y representación
es s i s t e m á t i c a m e n t e o b s t a c u l i z a d a , i n s i s t i e n d o e n el c a r á c t e r a r t i f i c i a l de la obra. En
^ r a n c i a , hacia 1 3 0 0 , las estatuas de la M r g c n se d e s h u m a n i / a n . en general, mediante la
e l i m i n a c i ó n d e c i e r t o s d e t a l l e s d e la v e s t i m e n t a , c o m o , p o r e j e m p l o , el b r o c h e del manto
o d e l c i n t u r ó n q u e r e s p o n d í a a la m o d a \ I n t e r p r e t a c i ó n análoga se ha d a d o a la tenden-
i J
cia a r e c u b r i r el c u e r p o d e las « b e l l a s v í r g e n e s » c o n m a n t o s , de pliegues enormes e
i r r e a l e s , al m e n o s e n el á m b i t o g e r m á n i c o , a l r e d e d o r de 1400'' . S i n e m b a r g o , hay que
J testimonio ineior conservado de esta estética. Es una representación de la Jerusalcn ce-
r e a j u s t a r este e l e m e n t o , p o r q u e la g e o m e t r í a d e l m a n t o s i r v e , p o r el c o n t r a r i o , para re-
s a l t a r la p a r t e s u p e r i o r d e la V i r g e n , su r o s t r o g r a c i o s o y vivaz, las carnes regordetas del
N i ñ o j e s ú s . A l o l a r g o d e l s i g l o w . el i l u s i o n i s m o de la estatuaria p o l i c r o m a d a se va po-
n i e n d o , p r o g r e s i v a m e n t e , e n t e l a d e j u i c i o . E l i n t e r é s p o r la A n t i g ü e d a d explica, al menos
e n p a r t e , la p r e f e r e n c i a e n t r e los m á x i m o s escultores italianos p o r la desnudez del bron-
ce y d e l m á r m o l e n d e t r i m e n t o de la p o l i c r o m í a , y se ha a d v e r t i d o q u e los crucifijos de
m a d e r a p i n t a d a e r a n ya c o n s i d e r a d o s u n g é n e r o m e n o r ' . E l A l e m a n i a , el uso de madera
1 4
d e t i l o n o p o l i c r o m a d a p o r " F i l m a n R i e m e n s c h n e i d e r se c o n s i d e r ó , d u r a n t e m u c h o tiem-
p o , u n a n o v e d a d d e finales d e l s i g l o , p e r o h o y sabemos q u e n o se trata de una innovación
del escultor de W ü r z b u r g . 9 6
E n p i n t u r a , el d i s t a n c i a m i e n t o d e los e n c a n t o s d e m a s i a d o evidentes de la imagen se
p u e d e v e r i f i c a r hacia 1 300. L o s azules y r o j o s fuertes que d o m i n a b a n las vidrieras y, con
el o r o , las m i n i a t u r a s v a n p e r d i e n d o g r a d u a l m e n t e i m p o r t a n c i a a f a v o r de colores mas
' " T I Lentes, "Andacht" und "Ciebardc". Das religiöse Ausdrucksvcrhahen». en B-Jussen y C. Koslofsky,
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4
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de octubre de 1999-9 de enero de 2000), Washington D C . 1999, pp. 99ss.
Et CULTO DÌ LAS IMiCfNfS 41
variados y más claros e, incluso, de la ausencia de color. En las vidrieras se empieza a usar
ridrio no pintado. Decoradas hacia 1324 porjean Pucelle, las preciosísimas Hei/res de
latnne d'Evreiix (Nueva York, The Metropolitan Museum of Art, The Cloisters Collec-
non. Acc. 54 (I.2.J) usan sistemáticamente la grisalla para llamar la atención sobre la ca-
lidad del dibujo, en detrimento de la presencia de los personajes representados. Las es-
cenas narrativas se presentan, en su mayoría, en un escenario arquitectónico realizado a
pluma con la rigidez bidimensional de un relieve, casi como s¡ se tratara de un dibujo
técnico. Las imágenes encuadradas de esta manera están sujetas por adantes, lo que
i esaira la naturaleza de las imágenes y, por tanto, su carácter artificial. En este libro de
lioras. como en muchos otros de la misma época, los márgenes están llenos de rarezas
satíricas y licenciosas que no pueden por menos que distraer de la oración. Se puede
pensar en una distancia estética en relación con los objetos de devoción, más bien
> .n .icterística del arte francés del siglo xtv, pero más rara en los países limítrofes.
A lo largo de todo el siglo, la tendencia dominante sigue siendo la progresión hacia la
expresividad dramática al servicio del sentimiento religioso, que demuestra claramente
la influencia europea de los pintores italianos. Al mismo tiempo, la riqueza de los
materiales otorga a las obras un encanto muy inmediato, como la utilización de fondos de
oro en pintura y el uso. bastante generalizado, de piedras preciosas y semipreciosas. La
capilla de la Santa Cniz, en el castillo de Carlos IV en Karlstein, es probablemente el
lestial, recubierta de oro y de piedras preciosas. En los lunetos de las bóvedas hay retratos
de santos pintados por el maestro Teodorico, en paneles con fondo de oro gofrado, que
contienen una reliquia del santo representado. En el centro de esta composición, sobre
el altar, el retablo de Tomás de Módena ofrece a la adoración un Cristo llagado flanque-
do por la Virgen y por san Juan llorando, porque la suntuosidad desbordante no se opo-
ne al dolor cristiano, más presente que nunca. Incluso en la época barroca será difícil
encontrar una convivencia más perfecta entre esperanza cristiana en la salvación y exhi-
bición del lujo. Por lo tanto, no nos asombrará constatar, unos decenios después, que
Bohemia se convierta en el escenario de la iconoclasia husita.
A menudo, se han menospreciado las repercusiones europeas de la crisis husita. Se ha
llegado a olvidar que Praga era la capital del imperio y que la condena dejan Hus, en
Constanza, fue en gran parte obra de los teólogos de la Sorbona. Hacia 1420, Flandes fue
sacudida por una crítica social y rcUgiosa y por agitaciones insurreccionales, como la de
Tburnai (en la que estuvo implicado el pintor Roben Campin), que los inquisidores i m -
putaron a la difusión de las ideas husitas . Un decenio más tarde, la situación había
97
vuelto al orden desde el punto de vista de la ortodoxia, pero en una atmósfera religiosa y
artística nueva, especialmente perceptible en Flandes y en Florencia.
A partir de principios del siglo xiv, la pintura de caballete competía, cada más con más
fuerza, con la escultura en el campo de las imágenes de devoción. Inicialmente, su poder
evocativo era inferior, pero también es verdad que tenía de su parte la legitimidad y el
prestigio que los iconos orientales, a menudo usados como prototipos, otorgaban al
%n
P. Frcdenci|, Corpus doamieiitoniin inqiiisitioms baertticae pravttatk neertanditae. Gante, 1889-1906. Se
hace referencia repetidamente a los husitas, en concreto vol. I, nn. 261-264, 265, 276, vol. II, n. 143.
42 ARTS E HIS I OBIA EN LA E U A O M I U I * H I

c u a d r o . L a c r e c i e n t e m a e s t r í a y p r e c i s i ó n c o n las q u e los p i n t o r e s sabían representar espa-

EL r e n o ui. L * * IMÁGENES
cios, v o l ú m e n e s y texturas d e los m a l c r í a l e s , los ponían en situación de poder competir
c o n los escultores. A p a r t i r d e O a m p i n y de los h e r m a n o s V a n F v c k . los pintores oiorgana
las representaciones n u m e r o s a s c a r a c t e r í s t i c a s materiales del o b i c t o artístico. F.n lugar de
asociarse c o n u n escultor, c o m o se hacía, p o r e j e m p l o , en A l e m a n i a para la reali/.ación de
r e t a b l o s de técnica m i x t a , representaban « e s c u l t u r a s » en grisalla en el e x t e n o r de los pane-
les r e c u r r i e n d o al t r a m p a n t o j o . A l i e n tras q u e los r e t a b l o s alemanes subordinaban, por lo
g e n e r a l , los paneles p i n t a d o s al i n t e r i o r de madera esculpida p o l i c r o m a d a , ellos situaban
la r e p r e s e n t a c i ó n m o n o c r o m a de la escultura en el e x t e r i o r del p< d i p n e o y, por lo tanto, en
p o s i c i ó n s u h o r d i n a d a . Se a b a n d o n a el f o n d o de o r o c o m o , p o i l< i demás, se dejan de repre-
sentar t a n t o los o b j e t o s d o r a d o s m e d i a n t e la aplicación de pan de o r o c o m o las piedras
preciosas m e d i a n t e el engaste de las m i s m a s . L a irisación de est«« materiales se consigue
ahora c o n m e d i o s ripicamente p i c t ó r i c o s , c o n insuperable fuei za de convicción'*. Poruña
especie de a l q u i m i a , el v a l o r a r t í s t i c o sustituye al de la m a t e r i a p r u n a , para mayor gloria de
los p i n t o r e s , cuya lama empieza a superar la de los o t r o s artistas.
Se t r a t a de una g r a n r e v o l u c i ó n , p o r q u e r o m p e el a u t o m a t i s m o que unía imagen
r e l i g i o s a y s u n t u o s i d a d . L a e v o l u c i ó n de las técnicas p e r m i t e una rápida difusión con el
d e s a r r o l l o d e l g r a b a d o , que p o n e la i m a g e n sagrada al alcance de i o d o s y, con la imagen,
la o b t e n c i ó n d e las i n d u l g e n c i a s q u e ella c o n l l e v a . A p a r a r de mediados del siglo xv,
n u m e r o s a s xilografías r e p r o d u c e n las i m á g e n e s m á s presagiosas, c o m o la Verónica o el lipurj • Roben Campin. 1 'irgen de la pantalla de nnmhe. pintura sobre talila. ca 1425-1430.
V a r ó n d e D o l o r e s , q u e se le había a p a r e c i d o a G r e g o r i o m i e n t r a s estaba celebrando misa,
y c u y o o r i g i n a l se venera en la iglesia de Santa C r u z d c j e r u s a l é n en Roma''''. Estos graba- empequeñecen la frente en lugar de despejarla a la manera de las mujeres chic, que se la
d o s m u e s t r a n i n s c r i p c i o n e s q u e i n d i c a n c o n e x a c t i t u d las indulgencias que se obnenen afeitaban con ta! finalidad, y de las «belle madonne», que parecían imitarlas. Fl rostro pier-
cada vez q u e se les reza. N o se t r a t a de una n o v e d a d , pues desde hacia t i e m p o había sido de redondez para alargarse, y la expresión severa es de todo mentís provocativa. El pecho es
grueso, pesado y nacido, mientras tendría que ser pequeño, redondo y duro. El Niño, ra-
ya u n a p r á c t i c a r e c u r r e n t e en el l i b r o de horas; p e r o de esta manera se democratiza la
quítico, no es más fascinante que la Madre. La sustitución de la aureola por la pantalla de
p o s i b i l i d a d de a d q u i r i r i n d u l g e n c i a s s i n que el d u e ñ o de la i m a g e n tenga que hacer un mimbre, obieto de uso común y barato, revela claramente la intención del pintor: a partir
g r a n d e s e m b o l s o de d i n e r o . E s t a m o s en la é p o c a e n la que se instaura la ticvotio moderna, de ahora, se rezará delante de imágenes desprovistas de atracción erótica.
f o r m a d e p i e d a d p e r s o n a l e i n t e r i o r i z a d a que e l u d e , a m e n u d o , al clero para contener los En el mismo penodo, la pintura florentina registra una evolución parecida. Contra-
g a s t o s ' " " . E s t o s n u e v o s c o m p o r t a m i e n t o s parecen asegurar el tránsito de la revolución riamente a Pisanello, por ejemplo, pintor predilecto de los humanistas, los florentinos
h u s i t a a la R e f o r m a , m a n t e n i e n d o u n aparente respeto hacía la institución. van abandonando progresivamente la incorporación de materiales prccitisos a la pintura
L a p i n t u r a flamenca m a n i f i e s t a u n segundo c a m b i o que va en el m i s m o sentido: la y confieren a las figuras una gravedad que se aparta de los efectos de moda"". A partir de
s e p a r a c i ó n e n t r e s e d u c c i ó n m u n d a n a y d e v o c i ó n . Las i m á g e n e s de la V i r g e n son el ejemplo Masaccio. el uso de la perspectiva medida, matemática, contribuye a desinaterializar el
cuadro, pero también a objetivar a los personajes, colocándolos en coordenadas espaciales
m á s e v i d e n t e d e la r e n u n c i a a la fascinación f r i v o l a d e l G ó t i c o i n t e r n a c i o n a l a favor de una
obligatorias y apropiadas. La fijación del horizonte y de la altura de la mirada, prescrita por
belleza s o b r i a y g r a v e , q u e se d i f e r e n c i a de la atracción erótica. L a V i r g e n y el Niño el Depictitra de León Banasta Albcrti, implica la posición erecta del espectador a la misma
d e l a n t e de una p a n t a l l a de c h i m e n e a , de R o b e r t C a m p i n ( t i g . 9), se sitúa en un ambiente altura que los santos, ya no arrodillado ante ellos " . A menudo, se ha hecho hincapié en
1 2

i n t e r i o r a c o m o d a d o ( q u e s o c i o l ó g i c a m e n t e es m á s c o r r e c t o d e f i n i r c o m o patricio que
c o m o « b u r g u é s » ) , p e r o e x e n t o de la o s t e n t a c i ó n d e l l u j o . A s i m i s m o , los vestidos de María
son m á s c ó m o d o s que seductores. L a anatomía de la Reina d e l C i e l o se aparta del ideal de
belleza f e m e n i n o p r e d o m i n a n t e en la é p o c a . L o s cabellos, separados con la raya en medio,
,0
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44 A B T E F HISTORIA EN I,A E D A D AILDIX I I I

E L C U L T O DE LAS I M A G E N E S 45

esconde las naves laterales, y la multiplicidad de altares contrasta, por la sobriedad, con
el gusto de las pinturas murales características del Trecento.
Florencia y Flandes no tienen la menor intención de renunciar a las imágenes; las
tienen fuertemente reglamentadas. El mundo germánico no lo hizo, de manera que sus
iglesias estás llenas de imágenes amontonadas en cualquier sitio posible. A modo de
ejemplo, se puede citar la catedral de Estrasburgo, en vísperas de la Reforma, con sus
mas de cincuenta altares y sus consiguientes retablos, a los que se añadía una multitud de
epitafios, sepulcros, imágenes votivas pintadas y esculpidas. Como se puede ver todavía
hoy en las iglesias de Núrernberg, fas columnas que separan la nave central de las latera-
les eran, por su visibilidad, un lugar especialmente codiciado; Jos florentinos preferían,
por el contrario, relegar los retablos a los muros de las naves laterales. Este arte religioso
era igualmente invasivo desde el punto de vista cualitativo. En la segunda mitad del siglo
\\ había recibido la influencia tranquilizador de la pintura flamenca, y la escultura no
pínnula se avivaba con cierto éxito; pero la estatuaria policromada seguía dominando las
iglesias con toda su exuberancia. Las obras ante las cuales se rezaba, mostraban a menu-
do retratos, armas y nombres de los donantes. Los santos podían también asumir los
rasgos de sus rostros. El franciscano Thomas Mumer se lamenta del caso de Estrasbur-
go""; disponemos, en cualquier caso, de indiscutibles ejemplos de tal práctica. El carde-
nal Alberto de Brandemburgo se hizo retratar en numerosos retablos como un santo, a
I-igura 10. Fra Angélico. Florencia, eonxenui de San Mareos, celda í, Xnmnuivtou. fresco, va. 1440 Veces en compañía de su concubina, Ursula Redinger, vestida de santa Ursula (fig. 11) . 104

Algunas imágenes de culto, de especial reputación, estaban vestidas, como, por ejemplo.
las e x c e p c i o n e s a las r e g l a s d e la p e r s p e c t i v a q u e s e g u í a n p e r m i t i e n d o la expresión délo
s o b r e n a t u r a l , p e r o el d a t o e s e n c i a l es, p r e c i s a m e n t e , la existencia de u n nuevo sistema
c u y a s r e g l a s d e b í a n ser i n f r i n g i d a s para c o n s e g u i r t a l f i n a l i d a d .
C o n F r a A n g é l i c o l o s p r o g r a m a s i c o n o g r á f i c o s r e a l i z a n , a su vez, la separación entre
l u j o y d e v o c i ó n , s o b r e t o d o en las p a r e d e s de su c o n v e n t o de San M a r c o s . E l pintor do-
m i n i c o s i t ú a la A n u n c i a c i ó n en una a r q u i t e c t u r a m o n á s t i c a de paredes blancas y
d e s p r o v i s t a d e d e c o r a c i ó n . E n la de la celda 3, el ú n i c o o r n a m e n t o visible está constitui-
d o p o r u n c a p i t e l o c u l t o casi c o m p l e t a m e n t e p o r el ala del ángel ( f i g . 10). L a Virgen lleva
s ó l o u n a t ú n i c a s i n a d o r n o s y. a d e m á s , está desprovista de m a n t o . E n la capilla de Nicolás
V e n e l V a t i c a n o , F r a A n g é l i c o r e p r e s e n t a a los d i á c o n o s E s t e b a n y L o r e n z o distribuyen-
d o a l o s p o b r e s el t e s o r o de la I g l e s i a : t e m á t i c a m u y rara, puesto q u e , normalmente, se
u t i l i z a b a p a r a c r i t i c a r el l u j o e c l e s i á s t i c o . E n este m i s m o v o l u m e n , C o n r a d Rudolph hace
n o t a r q u e la s u n t u o s i d a d de la a r q u i t e c t u r a y de los p a r a m e n t o s litúrgicos difumina tal
i n t e n c i ó n ; p e r o h a b r í a s i d o difícil i r m á s allá en u n l u g a r de este g é n e r o . Se advertirá que
la r e p r e s e n t a c i ó n d e l o s i n t e r i o r e s de las iglesias r e m i t e a una Antigüedad vista con los
o j o s d e B r u n e l l e s c h i . A q u í l o s m u r o s t a m b i é n están revocados de blanco y la decoración
es e x t r e m a d a m e n t e s o b r i a : el c i b o r i o d e una iglesia y la s c m i c ú p u l a ábsida! de la otra son
d o r a d o s . S i n e m b a r g o , n o figuran n i r e t a b l o s , n i a d o r n o s , n i p i n t u r a s murales, n i mosai- Figura 11- Simon Franck, San Mariin y ¡anta Unulu, tablas de polipüco,
cos. S ó l o l o s c o n t o r n o s q u e se p e r f i l a n en la r e f e r i d a semicúpula y el C r i s t o en majestad pintura snbrc tabla, 1524 (?).
m o n o c r o m o q u e d e c o r a u n t a m b a n i l l o , nos i m p i d e n sospechar que Nicolás V y Fra
A n g é l i c o c o m p a r t i e r a n e l p u n t o d e vista h e r e j e , s e g ú n el c u a l la Iglesia p r i m i t i v a desa- T. Murncr, Narre nbesebworung, ed. iM. Spanier, Bcrlín-l>cip7jg, 1926, cap. LXXIV, pp. 37iss.
Dupcux, Jezlcr y Wirth (eds.), ¡coaoclasvic, cit., p. 180.
p r o b a b a las i m á g e n e s . A u n q u e c o n t e n g a n n u m e r o s o s retablos del Q u a t t r o c e n t o , la igle-
sia d e S a n L o r e n z o y la c a p i l l a P a z z i , realizadas en F l o r e n c i a p o r Brunelleschí, expresan
e l m i s m o i d e a l d e d e s n u d e z . L a nave d e i n s p i r a c i ó n p a l e o c r i s t i a n a c o n la columnata, que
46 ARTE t. H I S T O R I A F. N L A E D A D A I F. » I A I I I
la de la V i r g e n en G l o r i a que servía de paladión de la c i u d a t l de E s t r a s b u r g o , ubicada en
la capilla frente al jübéde la catedral. C o n u n gesto que quería ser .le h u m i l d a d , algunas
ricas damas la cubrían con sus joyas . 1
La iglesia c o m o lugar de exhibición de la riqueza y del p o d e r de L< »s donantes a través de
las imágenes destinadas al c u l t o n o es algo exclusivo de los países germánicos; sin embargo,
es aquí donde parece haber llegado a la culminación: m u y p r o b a b l e m c i ite porque estos países
no poseían cortes dignas de tal n o m b r e . E l lujo p r o f a n o estaba m m refrenado en toda la
sociedad, y la competición suntuaria se libraba en las iglesias. Era una .marión que suscitaba
reacciones c o m o , p o r ejemplo, en Estrasburgo, d o n d e fue estigmati uta, entre otros, por el
predicador de la catedral J o h a n n Geiler y p o r el franciscano T h o m a \lurner "". Se puede 1 nia y de Suiza, las imágenes religiosas fueron metódicamente destruidas, de manera
decir que fue una de las causas fundamentales de la Reforma, junto a la crisis social que
desembocó en la guerra de los campesinos, transformándose en una auténtica revolución.
La R e f o r m a
L a abolición del c u l t o de las i m á g e n e s , s i n e m b a r g o , n o formaba pane de las inten-
ciones iniciales de los r e f o r m a d o r e s del s i g l o x v i . L a consigna luterana de la salvación
p o r la fe y n o p o r las obras tenía c o m o o b j e t i v o más a m p l i o el c o n s t i t u i d o por todo el
sistema de donaciones y devociones, presuntas dispensadoras de salvación. Su éxito fue
i n m e d i a t o p o r q u e respondía a una t o m a de conciencia va m u v d i f u n d i d a . En ciudades
c o m o L ü b e c k y E s t r a s b u r g o las donaciones sufrían ya u n c l a r o retroceso y empezaban a
pasar de m o d a " . P o r el c o n t r a r i o , una ciudad más p r o v i n c i a n a c o m o I*riburgo, en
1
Brisgovia, reestructuraba suntuosamente su catedral, y los campesinos de la Suiza oriental
n o se habían c o n s t r u i d o n u n c a tantas iglesias'"*. L a presencia de comportamientos
similares, c o n t r a d i c t o r i o s al m i s m o t i e m p o , t r a n s f o r m ó el ataque a las imágenes en un
i n s t r u m e n t o , t a n espectacular c o m o eficaz, de denuncia del sistema, exigiendo la reforma
o la d e s t r u c c i ó n . E n W i t t e n b e r g , en 1522, luego en Z ú r i c h o Estrasburgo, tales ataques
e j e r c i e r o n una f u e r t e presión sobre las autoridades, obligándolas a decantarse, como
t a m b i é n o b l i g a r o n a los r e f o r m a d o r e s a p r o n u n c i a r s e al r e s p e c t o . Se contrapusieron
109
así dos d o c t r i n a s : L u t e r o rechazaba la iconoclastia p e r o impedía las donaciones, lo que
i m p l i c ó la c o n s e r v a c i ó n de u n g r a n n ú m e r o de obras medievales en las zonas de su
i n f l u e n c i a ; p o r su p a r t e , los r e f o r m a d o r e s m á s radicales, de K a r l s t a d t a Z w i n g l i o , de
B u c e r o a C a l v i n o , p r e c o n i z a b a n la destrucción de las imágenes religiosas. Pero todos
e r a n , p o r i g u a l , c o n t r a r i o s al c u l t o de las imágenes, que equiparaban con la idolatría. A
105
J. \\*irth. «Une Merge goduque s t r a s b o u r g K o i s e ou Ies tribulations d'une image de culto-. Cahiers alsa-
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EL C I I L ' I Ü D L LAS IM A R E N es
47
decir verdad. Lulero no fue tan hostil a la utilización de las imágenes para la oración y su
pi isición es. más bien, ambigua. Sin embargo, es significativo que las obras realizadas por
los Cranach, bajo su influencia y la de Melanchton, eviten, sistemáticamente, poner al
riel en presencia de la imagen frontal de Cristo. Así, en los dípticos con el tema de la
Caída y de la Redención, el crucifijo figura sistemáticamente de perfil o de tres cuartos,
nunca de frente respecto al espectador; por lo tanto, yanolepuedeservirdeinterlocutor . 110
Los reformadores estaban de acuerdo en considerar las imágenes un problema de
< irdcn público y pedían a la 3utondad política que lo resolviera. En gran parte de Alema-
ordenada, por cuadrillas de artífices pagados para hacerlo. En Inglaterra, la destrucción
a produjo también por orden de la autoridad en los decenios sucesivos. En Francia, en
...imbio, tuvo carácter insurreccional, con extrema ferocidad, con motivo de las guerras
de religión ". Si se tienen en cuenta los países escandinavos, los bálticos y los Países
1
Baji >s, se puede decir que el culto de las imágenes fue cuestionado, o desapareció, en gran
parte de Europa.
Después de no pocas vacilaciones, la Iglesia romanase pronunció al respecto en 1563,
mediante un decreto del Concilio de Tremo (sesión X X V ) " , decreto que principalmente
2
ratificaba la veneración de las imágenes sagradas según las decisiones del segundo Concilio
de Nicea. Abandonando la doctrina de santo Tomás, contrapuso esta veneración a la
adoración, que se debe sólo a Dios, incluida también la imagen de Dios. Nos podemos
preguntar el porqué de esta marcha atrás. Pudo haber sido fruto de un compromiso con
las preocupaciones planteadas por el culto de las imágenes en el seno mismo de la Iglesia;
pero se trató también de la reorganización de esa práctica. En el caso de la eucaristía no
se hizo ninguna concesión, y el rechazo del culto de latría, en relación con el Santísimo
Sacramento, fue objeto de anatema (sesión X t l I , canon 6). En época posconciliar, la
solemnidad del culto eucarísdeo tuvo un crecimiento constante y se destruyeron \osjubés
para orientar la adoración de los fieles a la hostia consagrada.
La otra novedad fue la aparición de una censura de las imágenes, confiada a la jerarquía
episcopal y dirigida contra las innovaciones iconográficas no autorizadas, las imágenes
contrarias a la fe católica o al pudor. Por lo que concierne a las imágenes antiguas, no se
previo ninguna censura; a pesar de ello, se inició la depuración. A menos de dos meses de
la conclusión del Concilio de Tremo, el papa encargó al pintor Daniele da Voltérra la tarea
de recubrir las partes pudendas de Dios y de los humanos en el Juicio Universal de Miguel
Angel en la Sixtina. A partir de 1565, Carlos Borromeo se erigió como ejemplo de prelado
escrupuloso, dando caza a las imágenes impúdicas en la diócesis milanesa. A partir de ese
momento, las iglesias italianas fueron sometidas a una intensa labor de modernización, que
conllevó b desaparición de la mayor parte de las imágenes medievales. E l mismo fenóme-
no se registrará a continuación en España y, después, en Francia y Austria.
'J. Winh, «Le dogme en image: Luther et l'iconographie». Revue de l'Art LU (1981), pp. 9-2Ï.
O. Christin, Une révolution symbolique. Viconotlasme buguenol et la reconstruction catholique, Paris, 1991
Menozzi, Les images, at., pp. I89$s.; Feld, Der Ikonoklamius, cit., pp. 193ss.
48 ABTS F HISTORIA BN LA F D A D M C P I A III

Conclusión
L a s i m á g e n e s d e c u l t o m e d i e v a l e s de m a y o r p r e s t i g i o , a pesar de l o d o , sobrevivieron a
estas t r a n s f o r m a c i o n e s , si b i e n r e c u b i e r t a s de capas d e r o p a j e s , m a n t o s y joyas. Piénsese en
obras c o m o la Santa Faz d e L u c c a . q u e todavía h o y existe. < • l.i \ i r g e n N e g r a de he Puy,
n o d e s t r u i d a hasta la é p o c a de la R e v o l u c i ó n francesa. F n c o m p e n s a c i ó n , estas imágenes
de c u l t o p e r m a n e c i e r o n al m a r g e n de las p r á c t i c a s artísticas d o m i n a n t e s . LoS artistas
i m p o r t a n t e s adquirían f a m a , e n las iglesias c o m o en o t r o s lugares, c o n p i n t u r a s narrativas, LA RESISTENCIA AL ARTE EN OCCIDENTE
c o n estatuas n o p o l i c r o m a d a s d e c a r á c t e r m á s c o n m e m o r a t i v o •< d e c o r a t i v o que cultual. Conrad Rudolph
D e s p u é s de la Piedad d e M i g u e l Á n g e l , n o son m u c h a s las ¡rnági m-s de devoción realizadas
p o r artistas de p r i m e r o r d e n . Ya se había p r o d u c i d o una fractura . n i re el c u l t o de las imá-
genes y la i n v e r s i ó n artística, y resultaría una e x a g e r a c i ó n sostener que se había dado el
paso d e la edad de la i m a g e n a la d e l a r t e . P u e s t o q u e la p r o d u c e n »n de imágenes continua-
ba, es c o r r e c t o a f i r m a r que la i m a g e n c o m o tal - l a realización d e l s u s t i t u t o de u n persona-
»e real o i m a g i n a r i o - ya n o está en el n ú c l e o de la p r á c t i c a a r t í s t i c a *. 11

1 last final de la E dad M e d i a \ el R e n a c i m i e n t o registr i r o n ni • • msiderable dcsanollo

de la vida de c o r t e , que m o n o p o l i z ó una parte cada vez m a y o r del gasto suntuario. En un
n i v e l social i n f e r i o r , a u m e n t a r o n los gastos en m o b i l i a r i o v vajillas. F n bis países de b
R e f o r m a , el paso d e l l u j o eclesiástico al d o m é s t i c o fue drástico; p e r o la transferencia del
gasto s u n t u a r i o fue t a m b i é n c o n s i d e r a b l e en las zonas que p e r m a n e c i e r o n católicas . De 1H
aquí surge el d e s a r r o l l o de u n arte p r o f a n o , caracterizado p o r temáticas específicas,
p r e v a l e n t e m e n t e m i t o l ó g i c a s , y de una abierta sensualidad basada en la exhibición de la
desnudez d e l c u e r p o h u m a n o . P o r c o n s i g u i e n t e , el arte r e l i g i o s o t u v o que adquirir, a su vez,
una e s p e c i f i c i d a d , i n t e n t a n d o la difícil empresa de conservar una capacidad de seducción sin
caer en la indecencia p r o f a n a . Apareció una censura, m á s b i e n p u n t i l l o s a , en relación con la
d e c o r a c i ó n de las iglesias y el rechazo de las i m á g e n e s de c u l t o excesivamente sugestivas. En
la v i g i l i a de la R e f o r m a , los t e ó l o g o s cstxasburgueses c o m p a r a b a n las iglesias con burdcles
Introducción
La oposición al arte en el Occidente medieval se basó, en gran parte, en motivaciones
sociales o intelectuales y espirituales. Fundamentalmente fue sólo en la primera época
cristiana -periodo en el que las áreas culturales de Occidente y de Oriente estuvieron
mas estrechamente unidas de lo que estarían después-, en la que la esfera teológica pare-
ce haber tenido una función significativa en lo que se puede llamar la zona de influencia
cultural de Occidente.
La oposición al arte en Occidente es un argumento que no ha sido tratado todavía de
manera exhaustiva y, menos aún, introducido en la narración habitual de la historia del
aric como parte de los habituales procesos culturales en los que se originan todas las
obras y gracias a los cuales pudieron tener vida . 1

y a las santas que las d e c o r a b a n c o n p r o s t i t u t a s , expresiones retomadas p o r Cal vino en la

Uno de los problemas más importantes en este scmulo ha sido la aparente escasez de
Iiistittitio (Jbristitinac Religión ts \ L a Iglesia t u v o que p o n e r r e m e d i o a ese estado de cosas.
1
pruebas doctrinales, con pocas y esporádicas menciones en el ámbito literario (con el
y

R e f o r m a d o y ya al m a r g e n de las c o r r i e n t e s artísticas p r i n c i p a l e s , el c u l t o de las imá- termino de «doctrina» indico lo que puede ser entendido como un principio intimidato-
genes se c o n v i r t i ó , j u n t o c o n la o b e d i e n c i a al papa y el c e l i b a t o de los curas, en caracte- no de la cristiandad o, al menos, de la rida cristiana, ya sea obra de un concilio o de un
rística d i s t i n t i v a d e l c a t o l i c i s m o , r e l i g i ó n q u e p e r m a n e c e fiel al c r i s t i a n i s m o medieval en papa). Esta carencia aparente no es fruto de una escasa consideración del arte en la
a l g u n o s aspectos i m p o r t a n t e s : d e la c o n c e p c i ó n sacrificial de la misa al mantenimiento de dinámica social, como lo demuestra, muy claramente, la querella iconoclasta en Oriente , 2

las ó r d e n e s m o n á s t i c a s o el c e l i b a t o del c l e r o . S i n e m b a r g o , n o hay nada que demuestre
t a n t o las d i f e r e n c i a s c o m o el d e s t i n o de las i m á g e n e s (casi t a n t o c o m o el protestantismo)
p o r u n aspecto todavía m á s i m p o r t a n t e : el c r i s t i a n i s m o m e d i e v a l estaba en el centro de la
vida social y f o r j a b a la a u t o r r e p r e s e n t a c i ó n de la sociedad; el c a t o l i c i s m o es sólo u n sector
de la vida social y existen f o r m a s a l t e r n a t i v a s de r e p r e s e n t a c i ó n .
sino que deriva, en gran parte, del hecho de que la posición del arte religioso en la cul-
tura fundamentalmente religiosa de Occidente fue considerada más un elemento para ser
comunicado a través de la tradición (las flexibles y variables posiciones de cada comuni-
dad, capaz de responder a las exigencias del momento con referencias, aunque no con
respeto, a costumbres practicadas en el pasado, pero sin que implicaran ordenamientos

1
V. Cnimel.mfr rotr -linages (Culte d«)». en A. Vacant et a! (eds.), Dictionnaire de tbe'oloffe eauioliqut, vol.
VII, parte I. pp. 766-8+4.
Belung. Hild und Kiilt. cit.. pp. 510 s$. •'E.J Marun, A History of the Itonectastie Controversy, Londres. 1930, E. Ki Dinger. -The Cult of linages in
Como admite con gran ptsar Johannes Jansvcn. prelado c historiador, en un gran libro que sigue siendo
1 , 4
the Age Iwforc Iconodasm-, Dumbarton Oaks Papers 8 (1954). pp 83-1 SO.
de enorme utilidad: Geschichte des deutseben Volker seit dein Ausgang des Mittelalters. Freiburg im Brcisgau, 1878.
Wirth. ISart d'Eglise, cit.; J. Galvîno. Institution de la religion ehrcstienne. CtL J.-D« Benoit, Paru, 1957-
1 , 1

J963, vol. I . p. 127 |ed. cast.: Sumario de Institución de la religión rrrnw/M, lerrassa, CL1E, 1991).
 ABTE E HISTORIA EN LA E D A D MEDIA I I I
50
escritos) q u e o b j e t o de una puesta a p u n t o d o c t r i n a l , p o r p a r t e d e la Iglesia, o de una
r e d a c c i ó n e n f o r m a de leyes escritas e i n m u t a b l e s ( p o r e j e m p l o , las reglas monásticas).
D e n t r o d e esta d i n á m i c a , las j u s t i f i c a c i o n e s t r a d i c i o n a l e s d e l arte f u e r o n puestas en tela
d e j u i c i o p o r f o r m a s t r a d i c i o n a l e s y n o t r a d i c i o n a l e s d e c r í t i c a , v p o r censuras sólo
o c a s i o n a l m e n t e puestas e n m a r c h a .
H a b l a n d o e n g e n e r a l , t o d a s las p r o b l e m á t i c a s i m p l i c a d a s en el proceso socñit de re-
sistencia al a r t e - y q u e i n c l u y e n t a n t o la c r í t i c a c o m o las |ustili< a c i o n e s - son constantes,
si b i e n el é n f a s i s p u e s t o e n u n a u o t r a p u e d e v a r i a r m u c h o , según la p a r t i c u l a r complejidad
d e las fuerzas sociales e n j u e g o e n u n d e t e r m i n a d o t i e m p o o cs|>aeio.
L a p r i m e r a época cristiana
L a idea d e q u e la I g l e s i a c r i s t i a n a d e los o r í g e n e s fue iconoclasta o, incluso,
d e c i d i d a m e n t e c o n t r a r i a al a r t e ha s i d o r e t o m a d a e n m u c h a s u u i M n n e s (con el término
i c o n o c l a s r i a d e f i n o u n a i d e o l o g í a r e l i g i o s a q u e n o acepta i m á g e n e s de D i o s o de los
s a n t o s , y t o l e r a s ó l o s í m b o l o s n o figurativos). L e j o s d e ser i c o n o c l a s t a , se puede demostrar
q u e la I g l e s i a p r i m i t i v a n o t u v o s i q u i e r a u n a p o s i c i ó n d o c t r i n a l clara sobre el arte, pero
la t r a d i c i ó n era t a l q u e n o s ó l o n o h a b í a n i n g ú n t e m o r real a las i m á g e n e s , sino que tanto
el a r t e p r o f a n o c o m o el r e l i g i o s o se c u l t i v a b a n en n u m e r o s a s c o m u n i d a d e s - l o que ha
l l e g a d o a n o s o t r o s es d e m a s i a d o escaso, para ser m á s p r e c i s o s - , s i e m p r e que la base
e c o n ó m i c a de las c o m u n i d a d e s m i s m a s l o p e r m i t i e r a * .
S i n e m b a r g o , la t r a d i c i ó n t a m b i é n llevaba c o n s i g o u n c i e r t o g r a d o de resistencia al
a r t e , una o p o s i c i ó n d e b i d a a v a r i o s factores destinados a reaparecer y ampliarse en el
c u r s o d e la h i s t o r i a de la I g l e s i a .
h¡ prhtiis, el p r e c e d e n t e j u d í o : el c r i s t i a n i s m o había n a c i d o c o m o una secta del
j u d a i s m o y, c o m o t a l , se d e s a r r o l l ó en el seno d e una c u l t u r a c o n una posición potencial-
m e n t e c o n t r a d i c t o r i a c o n respecto al a r t e . P o r u n l a d o , la B i b l i a está colmada de prohi-
b i c i o n e s relativas a í d o l o s y a la idolatría, c o n u n rechazo hacia el arte que en ningún lugar
es t a n c l a r a m e n t e t a x a t i v o c o m o e n el s e g u n d o m a n d a m i e n t o :
N o te harás esculturas ni imagen alguna de lo que hay en l o alto de los cielos, ni de lo
que hay abajo sobre la tierra, n i de l o que hay en las aguas debajo de la uerra. N o te postra-
rás ante ellas v n o las servirás . 4
-' E. R. Bevan, Holy Images: An Inquiry into Idolatry and Image-Worship in Ancient Paganism and in Christia-
nity, Londres. 1940; C. Üohrncn y T. Sternberg (eds.), ... kein Bildnis machen: Kunst und Theologie im Gespratb,
Wurzburgo, 1987; W- Klüger, Die Stellung der alten Christen zu den Bildern in den ersten xuer Jahrhunderten,
Leipzig 1930, pp. 1-98; P. O Finney. The Invisible God. The Earliest Christians on Art, Nueva York, 1994; H.
Koch. Die altchnstliche Bilderfrage nach den literarischen Quellen, tiotinga, 1917; M . C. Murray, - A n and the
Early Church". Journal of Theological Studies, n. s.. X X M l l (1977), pp. 303-345; W. R. Jones, «An and Christian
Piety: Iconodasm in Medieval Europe*, en J. CJuouann (ed.). The Image and the Word: Confrontations inJudaism,
Christianity and Islam, Missoula Alont. 1977.
4
Exodo 20. 4-5 de la Vulgata, una redacción elohjsta que se remonta probablemente al siglo ix 3.C.; cfr.
Deutcronomio 5, 8-9, redactado en el siglo KM a.C; cfr. también tbid. 4, 10-19; H . L. Kessler, -"Thou Shalt
L A R E S I S T E N C I A AL AHTL E N O C C I D E N T E 51
Por otro lado, tanto el Arca (que se construyó bajo mandato y plan divino)' como el
Templo de Salomón (que fue aprobado por Dios e, indirectamente, realizado bajo plan
divino)'' emplearon obras de arte figurativo; y la serpiente de bronce (realizada siguiendo
instrucciones conforme a disposiciones divinas) era precisamente, con toda evidencia, el
7
upo de objeto prohibido por el segundo mandamiento. Según algunos estudiosos del
texto bíblico, la posición teológica del primer judaismo sobre la representación pictórica
du lo divinó no se basó en la imposibilidad de pintar lo inmaterial a través de lo material,
sino que tiene que ver con la difundida creencia coetánea de que la divinidad pintada
estaba, en cierto modo, presente en la imagen de culto, dando así a la persona que la
rezaba una indefinida influencia sobre ésta". Por esta razón, tal intento de jactarse de
influir sobre la divinidad había sido una afrenta a su omnipotencia, según el pensamiento
judío. Al mismo tiempo, esta prohibición no se había aplicado a imágenes relativas a lo
que era menos importante que la divinidad, explicando de ese modo la aparente
contradicción entre el segundo mandamiento y el impulso divino dado a las obras de arte
bíblicas antes mencionadas. Para mayor comodidad, me referiré a ella como la inter-
pretación mosaica del segundo mandamiento. Se trata de una interpretación anicónica,
aunque no iconoclasta: no se admiten imágenes de la divinidad (como quiera que sea ésta
concebida), pero otras imágenes, incluso las religiosas, están permitidas.
La opinión, más tardía, de que lo material no puede representar lo inmaterial y que
la adoración de ídolos equivale a adorar objetos materiales está presente en otros libros
del Antiguo 'léstamento y en la cxcgesis bíblica judía - 9
Sin embargo, a causa de la resistencia macabea hacia la política helenizante de los
Seléucidas (especialmente entre el loó y el 163 a.C), el segundo mandamiento empezó,
gradualmente, a ser interpretado por algunos en clave iconoclasta , como un medio para 10
diferenciar la cultura judía de la amenaza de un helenismo en plena expansión; una inter-
pretación que tenía, así, un impulso político-social, si bien conservaba una reivindicación
esencialmente teológica.
Más tarde, cuando se instituye el cristianismo, algunas comunidades judías siguieron
una interpretación macabea (iconoclasta) del segundo mandamiento, mientras que otras
pusieron en práctica la interpretación mosaica, más liberal (anicónica). Estas últimas
llegaron a decorar sus sinagogas con elaborados programas de frescos y mosaicos. El
cristianismo se desarrolló dentro de ambos grupos y heredó las dos posiciones con res-
pecto al arte.
Paint the Likeness of Chnst Himself*; The Mosaic Prohibition as Provoeanon for Christian Images», Jewish
Art XJOII-XXTv' <I997-1998), pp. 124-139; J. Gutm.inn, No Graven Images. Studies in Art and the Hebrew Bible,
Nueva York, 1971, pp. 3-18.
' Una version «sacerdotal» tn E^odo 25-31, 35-40. del siglo vi a.C-, aproximadamente.
Reyes, I 9.1-9. probablemente de mediados del siglo vi a.C; Crónicas n 7, 11-22, ea. 350-300 a.C.
6
' Una redacción yahvista en Números 21,4-9, probablemente del siglo ix a.C.
" K. II. Bernhardt. Con und Bild: Ein Beitrag zur Begründung und Deutung des Bilderverbotes h/t Alten Testa-
ment, Berlin, 1956, pp. 24-33.
"'Por ejemplo, Isaías 40, 12-26, ca. 537 a.C; Filón de Alejandría, De Decálogo, 66-81, ra. 20 a.C-ra. 50 d.C.
Por ejemplo, Fhviojosefo, Antiqmtates, 8, 194-195, cfr. 3, 91, ta. 94 d.C.
lu
55 \BTfc E H I S T O R I A E N L A li D A D M E O I A I I I
L a é p o c a de los a p ó s t o l e s
E l c r i s t i a n i s m o c o m o secta j u d í a n o p r o s p e r ó y . c o n la e v a n g e l i z a e i ó n de los gentiles
p o r p a r t e d e P a b l o , p e r d i ó i n m e d i a t a m e n t e su c o n n o t a c i ó n de ala del judaismo para
c o n v e r t i r s e e n u n a d e las n u m e r o s a s r e l i g i o n e s m i s t é r i c a s q u e o i m p e l í a n entre sí dentro
d e l i m p e r i o r o m a n o , d e s t i n a d o a a b r a z a r y d e s p u é s a c o n v e r t i r s e en el hereden» privile-
g i a d o d e la c u l t u r a g r e c o r r o m a n a .
E s i m p o s i b l e d e c i r si l o s c r i s t i a n o s d e la p r i m e r a g e n e r a c i ó n l u c i e r o n o no uso del
a r t e - Su p e r t e n e n c i a a clases sociales g e n e r a l m e n t e i n f e r i o r e s h a b r í a t e n i d o que excluido
p o r r a z o n e s e c o n ó m i c a s , si b i e n eso n o es, e n a b s o l u t o , a l g o que pueda impedir el
n a c i m i e n t o d e u n a p o s i c i ó n d o c t r i n a l s o b r e el a r t e d e n t r o de la Iglesia antes de que ésta
e s t u v i e r a m á s r a d i c a l m e n t e i n t e g r a d a e n la c u l t u r a g r j e e o r r o m a n a , en general, venias
v a r i a s s u b c u l r u r a s ( c u l t u r a s r e g i o n a l e s ) d e l i m p e r i o , en p a r t i c u l a r . Va en la época de san
P a b l o t u v o l u g a r u n a c o n t r o v e r s i a s o b r e el a r t e c u a n t í o , en el c u r s o de la evangelización
de E f e s o (ea. 55 d . C ) , se v e r i f i c ó u n a a u t é n t i c a r e v u e l t a p o p u l a r instigada p o r los plateros
l o c a l e s , q u i e n e s , e s p e c i a l i z a d o s en la e l a b o r a c i ó n de t e m p l e t e s v o t i v o s y privados para
p e r e g r i n o s , d e s t i n a d o s al s a n t u a r i o d e D i a n a , c o n s i d e r a r o n q u e el rechazo de Pablo a
« l o s dioses h e c h o s p o r m a n o s d e h o m b r e - p o n í a en p e l i g r o su p r o p i a supervivencia".
A q u í , c o m o e n o t r o s l u g a r e s d e las e p í s t o l a s d o n d e P a b l o se p r o n u n c i a claramente en
c o n t r a d e la i d o l a t r í a , n o se p l a n t e a n u n c a la c u e s t i ó n de las i m á g e n e s en sentido
p r o p i a m e n t e d o c t r i n a l , d e la m i s m a f o r m a q u e t a m p o c o aparece en ningún o t r o pasaje
d e l N u e v o T e s t a m e n t o : la c u e s t i ó n es la de la idolatría (la a d o r a c i ó n de aquello que no es
el ú n i c o D i o s v e r d a d e r o ) , n o el uso d e las i m á g e n e s . L a c o n c e p c i ó n de la imagen de culto
c o m o d e p o s i t a r í a , e n c i e r t o m o d o , d e la p r e s e n c i a d e l o d i v i n o está en la base de esta
i d o l a t r í a , y la l í n e a d e c o n d u c t a o la t r a d i c i ó n es a n i c ó n i c a , la versión cristiana de la
i n t e r p r e t a c i ó n mosaica del segundo m a n d a m i e n t o .
A s í , a u n q u e n o r e l a c i o n a d a c o n el p r o b l e m a d e l a r t e sacro, la e c o n o m í a sacra -el sis-
t e m a d e i n t e r c a m b i o de s e r v i c i o s o p r i v i l e g i o s e s p i r i t u a l e s c o n d i n e r o u otros bienes- fue
t r a í d a o c o l a c i ó n ; este t e m a estaba d e s t i n a d o a c o n v e r t i r s e en r e c u r r e n t e , especialmente
e n el á m b i t o d e las p e r e g r i n a c i o n e s , u n a vez q u e la c u l t u r a c r i s t i a n a se h u b o difundido.
L a é p o c a postapostólica y preconstantiniana
D e m a n e r a s i g n i f i c a t i v a , las c u e s t i o n e s planteadas en la resistencia al arte n o parecen
c a m b i a r de m o d o d r á s t i c o e n el p e r i o d o p o s t a p o s t ó l i c o y p r e c o n s t a n t i n i a n o ; aparente-
m e n t e , p o r q u e la t r a d i c i o n a l línea d e c o n d u c t a respecto al a r t e fue considerada adecuada tal
c o m o estaba. L a c u e s t i ó n m á s i m p o r t a n t e seguía s i e n d o la idolatría, n o el uso de las imáge-
nes. Y n o se e l a b o r ó n i n g u n a t e m á t i c a d o c t r i n a l , salvo una excepción (el C o n c i l i o de Elvira).
L a d o c u m e n t a c i ó n es lábil p o r q u e el uso d e las i m á g e n e s n o parece haber sido objeto
d e p a r t i c u l a r c o n t r o v e r s i a e n ese p e r i o d o . H a y , s i n e m b a r g o , i n f o r m a c i ó n suficiente para
" Hechos de los Apóstoles 19, 23-41; cfr. Salmos 11 3, 12 (11 3b, 4); Isaías 2, 8, etcétera.
L A H E S I S T E N C Í A AL A U T E EN O C C I D E N T E 53
sugerir que los escritores más importantes del periodo -Orígenes, Tertuliano y Clemen-
te de Alejandría- siguieron diferentes interpretaciones mosaicas del segundo manda-
miento, respetando la idea deque la divinidad misma no tenía que ser representada, pero
sin L-xicndcr más allá tales prohibiciones. Por ejemplo, discutiendo sobre el segundo
mandamiento, Orígenes (c/r. 185- ca. 254) afirmó, nada menos que dos veces, que la ima-
gen de algo en lo alto de los cielos, abajo en la tierra o en las aguas debajo de la tierra es
un ídolo» (stmilitudo, en la ü-aducción latina de esta obra usada en el transcurso de la
Edad Media), con el valor prohibitivo del segundo mandamiento si se presenta como
ob|cto de adoración, con la consecuencia directa de ser un ídolo todo aquello que es
ad< irado -. 1
Por «uro lado, Orígenes, cristiano de nacimiento, tiene en gran consideración las
obras de arte que poseen un tema figurativo, incluidas las estatuas de bulto redondo
(ídolos) de Fidias, Policleto, Zeuxis y Apeles, sin mostrar nunca indicios de no apreciar-
las' . Cuando le tocaaTertuliano(frt. KÍO-nr. 225)discutirsobreel segundo mandamiento,
da una interpretación literal", pero jamás incluye el uso de las imágenes entre las
prá< mas idolátricas cuando da una definición formal de la idolatría tradicional en un
tratado específicamente dedicado a las relaciones de la comunidad cristiana con dicha
cosiuinbrc '. Tertuliano, oponiéndose decididamente a esta postura, no propone ningu-
1
na objeción real al uso de las imágenes figuradas (en sí y por sí) en las liturgias cristianas
más solemnes y no indica, de ninguna manera, límite alguno al uso coetáneo de las imá-
genes. En un pasaje muy malinterprctado en el que critica lo que consideraba una con-
ducta demasiado predispuesta al perdón en relación con los adulterios, basada en el apó-
crifo El Pastor de Hermas, cita la representación del Buen Pastor que figuraba en los
cálices usados por un pontífice, del que no dice el nombre, tal vez el papa Calixto 1, uti-
lizándola como instrumento retórico en su polémica contra la rápida concesión del per-
dón por parte del Pastor, subrayando así que en estos pueblos el Pastor ha tomado el
lugar de Cristo (el Buen Pastor) como fuente de autoridad religiosa y moral . Tampoco 16
Clemente de Alejandría (ea. \5Q-ca. 215) muestra gran interés en la cuestión del uso de
las imágenes al hablar, brevemente, del segundo mandamiento dentro de una discusión
sobre el Decálogo; revela, además, estar interesado sobre todo en problemas de orden
suntuario, y no artístico, pasaje muy conocido sobre el uso de las imágenes en los sellos
personales, pasaje que puede servir sólo en segunda instancia y, por lo tanto, muy poco
revelador de las costumbres contemporáneas y de sus limitaciones' . 7
Aunque Orígenes, Tertuliano y Clemente de Alejandría están sobre todo interesa-
dos en la idolatría y no en el uso de las imágenes, es evidente que ellos, aunque estaban
claramente en contra del empleo de representaciones, no fueron, sin embargo, icono-
12
Orígenes. lioniiliae ni Exodnm, 8, 3-4.
" Id., Contra Celsitm, 8. 17.
H
Tertuliano, De idalatnn 4,1-2. id., Adversas Mareianetn, 2, 22.
15
Id., De idolatría, 2,2.
"•Id., Depudieitia, 10, cfr. 7.
" Clemente de Alejandría. Smnnata, 6, 16; id., Paedagogp, 3, 11. En id., Strvrniita, 6. 18, Clemente de Ale-
jandría niega míe los conceptos de «creador" y de -creación» puedan ser utilizados por artistas y trabajo artís-
tico, nada más.
 \BTE Y. H I S T O R I A EN IA E D A D MFDIV III
clascas. 1-as i n t e r p r e t a c i o n e s q u e h a c e n d e l s e g u n d o m a n d a m i e n t o s i g u e n la linca mosai-
ca, n o la m a c a n e a .
A l igTJal q u e p a r a o t r a s c u e s t i o n e s , la p e r s i s t e n c i a d e la idea de q u e a la divinidad hay
que c o n s i d e r a r ^ e n c i e r t o m o d o , c o m o p r e s e n t e e n el o b j e t o de c u l t o es tratada exten-
s a m e n t e p o r O r í g e n e s , q u i e n a ñ a d e , a d e m á s , q u e es e r r ó n e o i - l o r a r l o material masque
l o i n m a t e r i a l , y —con u n t o n o p l a t ó n i c o t o d a v í a m á s e n c e n d i d o - q u e D i o s es invisible y
q u e e l c r i s t i a n o p r e f i e r e el p r o t o t i p o a t o d a s las i m á g e n e s * . Leí t ú l i a n o insiste en el hecho
1
d e q u e u n f a b r i c a n t e d e i m á g e n e s n o p u e d e ser c r i s t i a n o : el i e n t r o t i c la cuesnón no son,
s i n e m b a r g o , las i m á g e n e s , s i n o m á s b i e n la c o n t i n u i d a d que c l h • s u p o n e del cuín» pagano
i d ó l a t r a ; e s t á c l a r o , a d e m á s , q u e la p r o b l e m á t i c a d e l uso de I is i m á g e n e s tuvo tan poco
v a l o r e n la c o m u n i d a d , q u e a f i r m a q u e a l g u n o s c r e a d o r e s de i m á g e n e s fueron escogidos
c o m o c l é r i g o s c o n l a t a r e a d e o c u p a r s e d e la e u c a r i s t í a , p r o b a b l e m e n t e una forma de
d i a c o n a d o , c a r g o d e alta r e s p o n s a b i l i d a d en la é p o c a ' " . C l e m e n t e de Alejandría \ Justino
m á r t i r {ca. 1 0 0 - ca. 165) r e c h a z a n , c o n u n e v i d e n t e p l a t o n i s m o * la representación del
C r e a d o r a t r a v é s d e l o c r e a d o , p e r o d e n u e v o d e j a n d e l a d o la cuestión real del uso de las
i m á g e n e s - " . E n m u c h o s aspectos, la t r a d i c i ó n figurativa d e l ct i s n a n i s m o de los orígenes
n o f u e e n a b s o l u t o d i f e r e n t e d e a l g u n o s p r e c e d e n t e s paganos de g r a n prestigio, preceden-
tes q u e la c u l t u r a c r i s t i a n a c o n o c i ó m u v b i e n ' . 1
S o n , p r e c i s a m e n t e , estas a r g u m e n t a c i o n e s , m á s p r o p i a s de la esfera intelectual o
s o c i a l q u e d e l a t e o l ó g i c a —objeto d e escasa c o n s i d e r a c i ó n en este p e r i o d o - . las que
h a b í a n c o b r a d o g r a n i m p o r t a n c i a p a r a la E d a d A l e d i a . P o r e j e m p l o , en la defensa del
c r i s t i a n i s m o f r e n t e a la a c u s a c i ó n p a g a n a d e ser u n a secta secreta y subversiva, sin tem-
p l o s n i a l t a r e s , A l i n u c i o F é l i x ( f i n e s d e l s i g l o 11-07. - 5 0 ) s o s t i e n e q u e l o sagrado no pue-
d e e s t a r l o c a l i z a d o - , a f i r m a c i ó n q u e s e r á f u n d a m e n t a l ( a u n q u e s i n n i n g u n a influencia
2
p o r p a r t e d e A l i n u c i o ) p a r a la o p o s i c i ó n a la i n s t i t u c i ó n d e la p e r e g r i n a c i ó n , uno de los
m á s g r a n d e s m o t o r e s d e l a r t e m e d i e v a l . L a c r í t i c a d e O r í g e n e s , si b i e n en u n contexto
d e c l a r a d a m e n t e p a g a n o ' * , al u s o d e l a r t e , q u e está j u s t i f i c a d o p o r q u e se realiza para
h o n r a r a D i o s , es u n a a r g u m e n t a c i ó n q u e se r e t o m a r á m á s t a r d e e n el transcurso de la
E d a d A l e d i a , e n u n c o n t e x t o c r i s t i a n o y s i n n e c e s i d a d de c i t a r la a u t o r i d a d de Orígenes.
C u a n d o c o n d e n a el u s o p a g a n o d e h í b r i d o s e n el a r t e r e l i g i o s o - , se trata de una censu-
4
r a q u e a l c a n z ó su p u n t o c u l m i n a n t e e n el s i g l o x n , c u a n d o se dirigió contra el arte
c r i s t i a n o p e r o , d e n u e v o , s i n n i n g u n a r e f e r e n c i a d i r e c t a al p e r i o d o d e l cristianismo de
l o s o r í g e n e s . E n su d e f e n s a d e n o u t i l i z a r i m á g e n e s p o r p a r t e de los cristianos frente a
l o s q u e n o l o e r a n —antes q u e c r i t i c a r su u s o d e n t r o d e l p r o p i o cristianismo—, él consi-
l
* Orígenes. Contra Ceísum. 8, 18; 3, 40; 7, 65-66; 8. 17-20; cfr Alinucio Félix, Octavias, 32. y Amobio,
Adversas natiunes. 6. 8-27.
1 0
Tertuliano. De idolatría. 3-8.
* Clemente de Alejandría, Strormita. 6. 16; Tertuliano. Apohgetieutn, 1, 9.
u
-' Por ejemplo. Varrón citado en Agustín, De emítate Del, 4, 9; 4, 31; 7, 5, Cicerón. De naturadeorwn, 2,70,
Séneca, también mencionado en Agustín. De civitaie Dei. 6, 10; Plutarco, Viiae, iVurna, 8, 13; cfr. Tertuliano,
Apologetiaim. 25.
2 2
Alinucio Félix, Octavias. 32.
1 3
Orígenes, Contra Celsum. 3, 40.
2 4
Id.. Horntliae in Exodum. 8, 3.
L A I N S I S T E N C I A AL AIITE EN O C C I D E N T E 55
dera como un precedente ia antigua posición judía, según la cual el arte representa un
motivo de distracción para quienes estaban cspiritualmente rezagados". Se trata de una
argumentación que, con tonos más atenuados, estaba destinada a ejercer un papel signi-
Ij cativo en la cultura artística medieval en aquellos que estaban (sólo entonces) adelan-
tada, desde el punto de vista espiritual.
Sin embargo, es todavía más importante lo que estos autores no dicen con respecto a
este asunto. A pesar de que sus argumentaciones cuenten, en diferente medida, con una
bast 1 cológica y estén más o menos ancladas en una interpretación mosaica por ser
cnsnanas, n<> se hace nunca hincapié en las implicaciones cristológicas impb'citas en la
relación entre el uso de las imágenes y el arte. Desde el punto de vista cristiano, el
segundo mandamiento, tanto con una interpretación mosaica como con una macahea, se
refería específicamente a la época de la Ley escrita (cuyo inicio se fijaba, habitual mente,
con el Decálogo y concluía con la Encamación), no al periodo de la Gracia (que empezó
con la Encarnación y que continuaría hasta el final de los tiempos). En el periodo de la
I ,ey escrita, Dios era conocido por su pueblo (a excepción de algunos profetas, a quienes
se airibuyó una presciencia de Cristo) sólo como entidad espiritual: el Yahvé hebreo del
Antiguo Testamento, un concepto después asumido en el Dios Padre cristiano del Nue-
vo Testamento. Sin embargo, en el periodo de la Gracia, por medio de la Encarnación,
Dios adopta una forma corpórea en la segunda persona de la Trinidad, a todos los efectos
y al mismo tiempo divina y humana. El aspecto visible de Cristo, del todo divino en su
cuerpo completamente humano, suponía algo que no estaba contemplado en el segundo
mandamiento. Sin embargo, Cristo en cuanto hombre y personaje histórico era algo que
había sido visto por ojos humanos, cosa que no había sucedido con Yahvé; lo divino podía
verse bajo una forma material -como una obra de arte-, aunque sólo en su aspecto
corpóreo. N o obstante, en ese momento tal problemática no estaba destinada a ser
tratada desde el plano teológico en relación al arte. Sin embargo, fue afrontada a
propósito de la tradición, de la práctica tradicional, común entre la población y verificable
en las costumbres funerarias privadas y en las del arte eclesiástico oficial de la Iglesia pre-
constantiniana.
Si, aparentemente, no existe forma alguna de arte reconocible como cristiana antes
del año 200 aproximadamente, hay, sin embargo, toda una serie de razones que disuaden
de interpretar esto en clave iconoclasta. Ante todo, existen los testimonios literarios,
ahora mismo objeto de debate, que revelan un rechazo de la idolatría, pero no del uso de
las imágenes en sí. En segunda instancia, se considera que la mayor parte de los cristianos
eran pobres y tenían escasos o nulos recursos para gastar en obras de arte. En tercer l u -
gar, algunos de los primeros testimonios no cristianos relativos a los cristianos mencio-
nan el alto porcentaje con el que éstos gastaron su limitada disponibilidad de dinero para
el cuidado de los pobres (la creación de obras de arte vista como algo opuesto a la asis-
tencia a los pobres se convertiría en una constante). Como cuarto punto, esos pobres
entre los que se considera que se desarrolló in primis el cristianismo fueron también, en
general, personas no cultas, en cualquier caso no el tipo de personas que habrían encar-
gado obras de arte originales o desarrollado un nuevo orden iconográfico. Por último, y
» Id., Contra Celswn, 4, 31; cfr. 6, 66.
56 A R T E E HISTORIA EN L A F. o A D M E D I A 111

c o m ° q u i n t o a r g u m e n t o , l o s p r i m e r o s c r i s t i a n o s se r e u n í a n en casas privadas, lugares no

L A R E S I S T E N C I A AL A R T E E N O c C I D t N T F 57
adeC dos p>
u a
e l a r t e s a g r a d o p o r q u e su u s o era d e t i p o c i v i l , al c o n t r a r i o de las iglesias
a r a

c o n s a g r a d a s m á s t a r d e ( i n c l u i d a s las v i v i e n d a s p r i v a d a s d e s t i n a d a s a iglesias).
Así, c u a n d o e n la p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o m a p a r e c e u n arte c o m p l e t a m e n t e recono-
c i b l e c o m o c r i s t i a n o c o n la d e c o r a c i ó n , e n g r a n p a r t e p r i v a d a , d e las catarumh.-.s, no fue
f r u t o d e u n a c a s u a l i d a d o d e u n a v o l u n t a d c i e g a , s i n o q u e m á s b i e n siguió un sólido
m o d e l o f o r m a d o p o r a l e g o r í a s , s í m b o l o s y u n a r e d d e r e f e r e n c i a s ; a esto se sumaron,en
la s e g u n d a p a r t e d e l s i g l o , las q u e p u e d e n l l a m a r s e i m á g e n e s h i s t ó r i c a s de C r i s t o toma-
das d e l N u e v o T e s t a m e n t o ( e n t r e ellas la d e C r i s t o c o m o n>. s í r o O filósofo, poco com-
t

p r e n d i d a a p e s a r d e p r o c e d e r d e l o s e v a n g e l i o s ) . L o s ú n i c o s t e s t i m o n i o s evidentes del
a r t e figurativo d e l a I g l e s i a o f i c i a l al i n i c i o d e l s i g l o m , c o n s e r v a d o s en D u r a Europos
(23 1 - 2 5 2 ) , e s t á n , s i g n i f i c a t i v a m e n t e , e n c o n s o n a n c i a c o n la i d e o l o g í a presente en ciarte
d e las c a t a c u m b a s , y r e v e l a n el m i s m o e n f o q u e b á s i c o r e s p e c t o a las imágenes que el
m a n i f e s t a d o e n la c o n t e m p o r á n e a s i n a g o g a d e D u r a . T a m b i é n aquí las imágenes son las
d e la a l e g o r í a o la h i s t o r i a n a r r a t i v a , y n u n c a r e p r e s e n t a n a < n s t o en la manera que se
p u e d e d e f i n i r c o m o i c ó n i c a o d e v o c i t i n a l ; C r i s t o , q u e es D i o s , está e f i g i a d o . pero nunca
c o m o u n d i o s . L a m i s m a s i t u a c i ó n se r e p i t e e n l o s p r i m e r o s s a r c ó f a g o s cristianos, que
se c o n s i d e r a q u e a p a r e c i e r o n e n la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o n i . I I Espíritu Santo se re-
Fi|íut.i I Roma, Cuidad del Vaticano, necrópolis Je San Pedro, turnia de los Julios, Cristo como Apolo/
p r e s e n t a c o n u n a p a l o m a - t a l c o m o se d e s c r i b i ó en la t r a d i c i ó n h i s t ó r i c a narrativa de los Helios, mosaico paneta!, siglos nr-iv (ea. 300).
e v a n g e l i o s — y a D i o s P a d r e se l e r e p r e s e n t a r 3 r a vez. y s ó l o en f o r m a s típicamente alu-
sivas O c o n u n a m a n o , n o c o m o i m á g e n e s d e l m i s m o (a este p e r i o d o se remonta una siciones. que las patenas usadas por los sacerdotes para distribuir la comunión durante
una misa pontifical tenían que ser de vidrio . 26

ú n i c a r e p r e s e n t a c i ó n e x p l í c i t a y a n t r o p o m ó r f i c a de la T r i n i d a d ) . L o s testimonios mate-
r i a l e s se u n e n a s í a l o s l i t e r a r i o s al s e g u i r , f u n d a m e n t a l m e n t e , la interpretación origina-
r i a m o s a i c a d e l s e g u n d o m a n d a m i e n t o (se c o n s i d e r e , o n o , o r i g i n a l y, de todas maneras,
s i n n i n g u n a r e l a c i ó n e n esa é p o c a c o n el j u d a i s m o ) , o sea, r e v e l a n u n c r i t e r i o selectiva-
m e n t e a n i c ó n i c o p e r o n o i c o n o c l a s t a d e la i m a g e n r e l i g i o s a . C o m o confirmación de esta
c o n s t a n t e e s t á el h e c h o d e q u e , e n c u a n t o se a b a n d o n a n los c í r c u l o s que siguen la orto-
A Zelirino le sucedió Calixto I (217-222) -que desempeñó el cargo por sólo cinco
años, y en el que se puede reconocer al pontífice criticado por Tertuliano por haber
usado cálices con imágenes-, a quien sustituyó Urbano I (223-230). En el pasaje, igual-
mente breve, en el que se menciona a este último, se le describe como el que «decretó»
(coj/stitiiit) que el ajuar litúrgico tema que ser de plata; una variante del texto afirma, sin
embargo, que poseyó «todo» el ajuar litúrgico de plata '. Aunque todavía bastante inse-
2

d o x i a c r i s t i a n a , la s i t u a c i ó n c a m b i a , c o m o , p o r e j e m p l o , e n la i m a g e n de Cristo como
A p o l o / M e l i o s , q u e es i c ó n i c a , p r e s e n t e en el m a u s o l e o d e l o s J u l i o s y que se puede fe-
gura, ta actitud de Zefirino respecto a las manufacturas artísticas para uso litúrgico es
parecida a la de los reformadores eclesiásticos que, más tarde, se opusieron a un arte sa-
cro de lujo , mientras que la posición de Urbano fue 3fín a la de ortos reformadores
?rt

c h a r e n t o r n o a l 3 0 0 ( f i g . 1). posteriores, que estuvieron a favor del uso de materiales preciosos para honrar a Dios . 29

U n a u l t e r i o r r a t i f i c a c i ó n de la e x t e n s i ó n y puesta en p r á c t i c a de esta tradición en ese
p e r i o d o es la c o m p l e t a , o casi c o m p l e t a , ausencia de e s c u l t u r a cristiana de b u l t o redondo
( e l n ú m e r o , las i d e n t i f i c a c i o n e s , las fechas y l o s c o n t e x t o s de las pocas esculturas
a t r i b u i b l e s a la c u l t u r a c r i s t i a n a d e l p e r i o d o n o s o n , n i de lejos, suficientes para probar
a l g o m á s allá d e u n a s p o c a s e x c e p c i o n e s a la r e g l a ) . E n g e n e r a l , la escultura fue considerada
i d o l á t r i c a , m i e n t r a s q u e las r e p r e s e n t a c i o n e s p i c t ó r i c a s , n a r r a t i v a s o alegóricas no.
Estas dos posiciones continuarían enfrentándose durante más de dos mil años.
La única excepción a la tradicional tolerancia no ratificada por la Iglesia está consti-
tuida por el concilio regional de Elvira, que se remonta aproximadamente al mismo pe-
riodo del Cristo/Apolo del mausoleo de los Julios Oa fecha generalmente más aceptada
es la de alrededor del 306).
-' Ubcr Pviitifiea/is, 16-
fi

A l i g u a l q u e e n l o t o c a n t e al a r t e l i t ú r g i c o , la d o c u m e n t a c i ó n d e l p e r i o d o es también 27
Líber Pontifiia/is, 18.
m á s escasa, p e r o p u d o d a r s e —las f u e n t e s n o s o n claras— u n a c o n t r o v e r s i a sobre el uso de ;
* Por ejemplo, Ambrosio, Deoffinili'tinisrror/i//K 2, I36-I43;.luan Crisósiomu, Hontiíieie in Mallbaelim, 50,
3-4; etcétera.
m a t e r i a l e s p r e c i o s o s e n t o r n o a la m i s m a é p o c a en la q u e T e r t u l i a n o cita imágenes
"'Por ejemplo, las tesis avanzadas tanto por Jerónimo, Epimiiee, 114,2, como por Agustín, Enarrationes ¡n
presentes e n los cálices. l'satmns, 113,2,6 (Corpus Christianoruin), si bien a ninguno de los dos se les puede definir como un refonnador
L a b r e v í s i m a m e n c i ó n q u e l e reserva el Líber Pcmrifia/lis, e n u n pasaje relativo a los bajo este punto de vista.
c a m b i o s b t ú r g i c o s a p o r t a d o s , a d v i e r t e c ó m o Z e f i r i n o , o b i s p o d e R o m a (198-217), intro-
d u j o p a r a la sede e p i s c o p a l r o m a n a ( « f e c i t c o n s t i t u t u m de e c c l e s i a » ) , j u n t o a otras dispo-

í
58 A R T E Í HISTORIA EN LA E D A D MEDIA III

LA RESISTENCIA Al A RTI IN OCCIDENTI 59

E l c a n o n 3 6 d e d i c h o c o n c i l i o , e n el q u e estaba p r e s e n t e s ó l o la Iglesia hispana,
establece l o s i g u i e n t e :
No haya representaciones en la iglesia. Se ha decidido que l ti * debe haber reprc- ntacionn
en la iglesia, de m o d o que aquello que es venerado y adorado no su pinte en la;; paredes *.
Si b i e n n o c o m p l e t a m e n t e e n t e n d i d o p o r l o s e s t u d i o s o s , este < a n ó n es el primer decreto
e c l e s i á s t i c o d e d i c a d o a l u s o d e las i m á g e n e s e n la h i s t o r i a de la Iglesia y, c o m o tal, será
o b j e t o de p a r t i c u l a r a t e n c i ó n p o r nuestra parte.
L a s p a l a b r a s eolimr y adoratur d e r i v a n d i r e c t a m e n t e d e I i i m p o s i c i ó n del segundo
m a n d a m i e n t o : - N o n a d o r a b i s ea ñ e q u e c o l e s » ( « N o a d o r a - ,» servirás a imágenes»),)*
c o n s t i t u y e n la j u s t i f i c a c i ó n d e base o a r r a n q u e p a r a t a l i un i L o q u e destaca en este
t e x t o es la frase « [ . . . ] n e i n p a r i c t e h u s d e p i n g a t u r » ( « [ . . . ] ( l o sagrado) n o se pinte en las
p a r e d e s » ) q u e es c l a r a m e n t e la m o t i v a c i ó n esencial d e este c a n o n , q u e supone un mo-
m e n t o f u n d a m e n t a l d e r u p t u r a c o n el p a s a d o . L a m e n c i ó n d e las paredes consumía el
m o d o d e a p o r t a r u n a j u s t i f i c a c i ó n b í b l i c a , m á s allá d e l a c o s t u m b r a d o segundo manda-
m i e n t o - q u e , c l a r a m e n t e , se e n t i e n d e s e g ú n u n a i n t e r p r e t a c i ó n mosaica y n o maeabea-,
u n a l e y q u e n o t e n í a n i n g ú n p r e c e d e n t e c r i s t i a n o y q u e aspiraba a a f r o n t a r el problema
d e l a r t e , d e la i d o l a t r í a y d e la f l o r e c i e n t e a p o s t a s í a d e n t r o de la Iglesia hispana. Serc6c-
r e , p o r t a n t o , a la v i s i ó n d e E z c q u i e l , u n o d e l o s g r a n d e s o p o s i t o r e s a la idolatría, en la
q u e a s i s t i ó a p r á c t i c a s i d o l á t r i c a s realizadas p o r los m i s m o s israelitas en el interior del
T e m p l o de J e r u s a l é n :
oposición al arte- cambió de manera radical. La costumbre de una interpretación
sust.inciahnente en clave mosaica del segundo mandamiento había impuesto una serie
de limites, sorprendentemente disciplinados, a la producción de arte cristiano. Pero a
1
causj de la urgente necesidad de un nuevo arte de Estado - u n arte cristiano de Estado
destinado a reemplazar los viejos cultos, socialmentc aglutinantes, de las divinidades
tradt. iguales, de las ciudades-Estado, de Roma y del emperador-, la precedente tra-
dición cristiana hacia el arte se mostró incapaz de afrontar las nuevas presiones y
tcn-n ines -artistícas» que el nuevo poder político, la difundida globalidad social cre-
cicnic y. quizá, con un peso mayor que todo lo demás, la gran afluencia de dinero
estaban causando dentro de la Iglesia. Porque, si bien es verdad que la Iglesia siempre
ha sido capaz de defenderse de los ataques de sus enemigos, parece no haber sido
num .; « apaz de resistirse a la generosidad de sus amigos. Con la cooptación, por par-
te de t -onstanrino, de la Iglesia -que, de hecho, fue transformada en una emanación
del poder imperial-, se hicieron correr riquezas desmedidas, muchas de las cuales
tomaron la forma tic imponentes programas constructivos, de considerables cantida-
des de arte destinado a uso sagrado y de financiación de programas artísticos figura-
tivos En efecto, precisamente sobre el altar de la catedral del obispo de Roma, Cons-
tantino hizo poner imágenes esculpidas de tamaño natural -quizá en relieve, quizá de
bulto redondo- de Cristo y de los apóstoles, en plata y, por supuesto, ¡cónicas y no ya
narrativas: en cualquier caso, «ídolos», algo que los plateros de Efeso habrían apro-
bado de todo corazón. Pero mientras que este arte era ahora aceptado, gracias a una
tradición dialéctica siempre en vía de cambio, no existía aún una posición doctrinal
articulada que tuviera como objeto mismo el arte; tampoco el Concilio de Nicca de
í 2 5 supo elaborar una.

Todos los ídolos de la casa de Israel estaban pintados alrededor de las paredes; y seten-
ta ancianos de la casa de Israel estaban ante las representaciones".
A s í , u n a v e z m á s , c o m o h a b í a p a s a d o e n l o s p r i m e r í s i m o s i n i c i o s de la Iglesia, la acu-
s a c i ó n q u e se a c t i v a es la d e i d o l a t r í a y n o está d i r i g i d a c o n t r a el arte en sí. Las prescrip-
c i o n e s d e l c a n o n 3 ó d e n o u s a r i m á g e n e s e n la iglesia inducirían a los cristianos a no
c o n f u n d i r s e c o n l o s p a g a n o s i d ó l a t r a s , e v i t a n d o q u e el c u l t o c r i s t i a n o se torciera de la
m i s m a m a n e r a q u e el s e r v i c i o d e l T e m p l o se a l t e r ó d u r a n t e o t r o p e r i o d o de en fren ta miento
c u l t u r a l c o n u n g r a n i m p e r i o : el c a u t i v e r i o b a b i l ó n i c o * .
2
E l p e r i o d o c o n s t a n t i n i a n o y posconstantiniano
C o n l a c o o p t a c i ó n p o r p a r t e d e C o n s t a n t i n o d e la Iglesia c r i s t i a n a (hecho que nene
c o m o f e c h a d e p a r t i d a el E d i c t o d e M i l á n ) , la a c t i t u d en r e l a c i ó n c o n el arte - y la
- X X X A ' L Ne picturae in ecclesia lìaiu. Placuic picturas in ecclesia esse non deberc, ne quod coliturci
adoratur in parietibus depingannir.»
«Universa ìdola doraus Israel depicta crant in pañete in circuirti per totum; et septuaginta vin de senio-
ri bus domus Israel [---J stanuurn ante picturas- (t>.cquicl 8, 10-11. Vulgata).
En cste periodo, el Imperio romano fuc visto corno la Babilonia del Apocalipsis; cír. Victorino de Pcnao
( t ca. 304). en Apocaiypsrm. 8, 2 <7. 2).
Naturalmente, la costumbre que favorecía una tolerancia creciente respecto al arte
permitió también una continuidad de la oposición a él. Y mientras que se podía seguir
citando el segundo mandamiento, la tradición adversa al arte pudo cambiar dialéctica-
mente, de la misma forma que lo había hecho la favorable a él; en este proceso, las dos
corrientes no dudaron en narrar la historia en la forma en la que hubieran querido que
se hubiera desarrollado, en lugar de cómo había sido realmente. Esto está excelente-
mente ilustrado en una carta que el obispo Epifanio de Salamina (hacia 315-410) escri-
bía al emperador Tcodosio, al final del siglo ív, a propósito de un incidente que acon-
teció en Palestina; mientras estaba visitando una iglesia, él, en cuanto extranjero (o sea,
ajeno a la tradición local), había arrancado algunos tejidos con decoraciones figurati-
vas; de esa manera tuvo lugar la primera destrucción de arte cristiano, de la que se
guarda memoria, por parte de un cristiano. Como justificación de su acción, Epifanio
escribía:
jQuicn de los anoguos padres ha pintado alguna vez una imagen de Cristo y la ha
puesto en una iglesia o en una casa privada? ¿Qué obispo del pasado ha deshonrado a
Cristo alguna ve/, representándolo en las cortinas de una pucria? ¿Quién de ellos ha tomado
como ejemplo o modelo a los profetas, a los patriarcas o a los apóstoles re presen laudólos
en cortinas o paredes? Que las imágenes en tela de apóstoles, profetas y del Señor mismo
sean eliminadas de las iglesias, de los baptisterios, de las casas y de las tumbas de los mártires
60 A B T E E HISTORIA F.N L A E D A D AIUJIA 111
l - . - l - Q u e las imágenes de las paredes sean cubiertas de cal [...| y que ya a nadie le sea
posible e n el f u t u r o pintar de esta manera. N u e s t r o s padres, de hecho, no representaban
más que e l signo p o r t a d o r de salvación de C r i s t o [es decir, la cruz] en sus puertas, ra
cualquier o t r o lugar [..-J ,. 51
O b v l a m e n t e , esta i m a g i n a r i a h i s t o r i a d e l a r t e esta e n c o n f l i c t o c o n la escriin y con las
p r u e b a s d e c a r á c t e r a r q u e o l ó g i c o . M á s allá d e l h e c h o de q u e I '.pifa n i o, con un.; sensibili-
d a d d e u p o i c o n o c l a s t a , a d m i t i e r a la ú n i c a i m a g e n d e la e n t a l d a t o es de enorme inte-
r é s e n la p o l é m i c a s o b r e la o p o s i c i ó n al a r t e . A u n q u e E p i b n i o n o sea u n profundo pen-
sador y n o elabore una exposición doctrinal articulad sobre temas artísticos, sin
e m b a r g o , v i n c u l a s u c r í t i c a a la n e c e s i d a d d e c u i d a r a los p« I n é s , s u g i r i e n d o en este caso
p a r t i c u l a r u s a r las t e l a s d e c o r a d a s c o n i m á g e n e s p a r a e n o i rar a é s t o s * . S ó l o ahora, con
4
l a c o o p t a c i ó n d e la I g l e s i a c r i s t i a n a p o r p a r t e de las instituí iones romanas con todas sus
riquezas, la I g l e s i a e m p i e z a a m a n i f e s t a r u n a o p o s i c i ó n .il ai te a p o y á n d o s e en motivacio-
nes d e t i p o social.
E n este p u n t o , f u e la e n t e r a g a m a d e la c u l t u r a a r t i s m a cristiana la que se conviroó
e n o b j e t o d e c r i t i c a , y e l n ú m e r o d e las f u e n t e s e n q u e se da n o t i c i a d e ello es demasiado
a l t o p a r a q u e se p u e d a d i s c u t i r s i q u i e r a de m a n e r a s u m a r i a . P e r m í t a s e m e , en cambio,
s i m p l e m e n t e e n u m e r a r l a s y d a r c u e n t a d e q u i é n i n c i t a b a las censuras, empezando por las
q u e p o d í a n ser l l a m a d a s m o t i v a c i o n e s t r a d i c i o n a l e s ligadas a la o p o s i c i ó n al arte, pasando
l u e g o p o r las n u e v a s a r g u m e n t a c i o n e s d e c a r á c t e r s o c i a l , para t e r m i n a r c o n las innovadoras
cuestiones de tipo intelectual v espiritual.
E n t r e las m o t i v a c i o n e s d e t i p o t r a d i c i o n a l , e l s e g u n d o m a n d a m i e n t o siguió mencio-
n á n d o s e , si b i e n e n u n m o d o q u e e n este p e r i o d o es e s p e c i a l m e n t e i n d i r e c t o , como queda
e j e m p l i f i c a d o t a n t o p o r E p i f a n i o ( q u e da u n a i n t e r p r e t a c i ó n de t i p o mosaico) como por
el o b i s p o E u s e b i o d e C e s á r e a {cu. 260-ea. 3 4 0 ) , si b i e n más tarde o t r o s escritos de Eusebio
p o n e n d e m a n i f i e s t o q u e él se r e f e r í a a p i n r u r a s de rapo i c ó n i c o y n o históricas o narrati-
vas, y t a m p o c o a e s c u l t u r a s c r i s t i a n a s n o i c ó n i c a s . L a a c u s a c i ó n de idolatría -incluso
1 5
u t i l i z a d a de u n a f o r m a n o r i g u r o s a - estaba i m p l í c i t a e n las referencias, antes mencionadas,
al s e g u n d o m a n d a m i e n t o , p e r o t a m b i é n se a c t i v ó d e una m a n e r a t o t a l m e n t e independien-
t e - . Y m i e n t r a s e l s e g u n d o m a n d a m i e n t o t e n í a la p o s i b i l i d a d de ser citado como una
6 Jerónimo. Epistulae, 52, 10; 58. 7; cfr. Agusün, Confesiones, 10, 53-
a u t o r i d a d , e l m i s m o p r e c e d e n t e j u d í o p u d o ser r e c h a z a d o p o r estar demasiado relaciona-
d o c o n p r o c e d i m i e n t o s d e t i p o ritual y d e s p r o v i s t o de e s p i r i t u a l i d a d para el modo de
s e n t i r c r i s t i a n o * . L o s í d o l o s p a g a n o s s i g u i e r o n s i e n d o o b j e t o de crítica p o r su m3teriali-
1
" Epifanio de Salamiiia. Epistula ad Tbcodostuni impera torcili, cuya autenticidad, aun siendo objeto áe
discusión, es. sin embargo, generalmente aceptada; cfr. id., Epistula ad¡ohannem. conocida en Occidentegracus
a la traducción latina de Jerónimo. Epistulae. 51.
i<¿. Epistula ad lobannem. en Jerónimo. Epistulae. 51, 9.
,4
Epifanio de Salamina. Epistula ad lohamicm, en Jerónimo. Epistulae, 51,9, con una referencia al segundo
w patrian Scetitortiin, 9, 5-6; cfr. Juan Crisòstomo. Homihae in Martbaetan, 12, 4; 21, 2; 4V, 4.
mandamiento que Do está en el original griego; Eusebio de Cesarea, Epistula ad Cüitstantiam, cfr. iti., \ tta Qms- r
taiitmi, 3, 48-49; id.. Historia ecclesiastica. 7, 18.
Por ejemplo. Agustín. De moribus Ecclesia*. 1, 75; Epifanio de Salamina, Testatami; id., Paitarían/'Advrrm
baereses. 27, 6, 9.
17
Jerónimo, Epistutae. 52, 10-
I, A R F S I S T F . N C I A Al. A R T E fN UCCIDENTI ól
dad, aunque ahora, por primera ve/,, integrada en un comentario bíblico y no en una
forma polémica o retórica en sentido estricto™.
También la justificación, quizá, más difundida a favor del arte en el transcurso de la Edad
Media, el anc como medio para honrar a Dios -esencialmente una cristianización del anti-
güe y 1« mcepto pagano del do til des, «yo doy para que tú des»-, fue espeaficamente rechazada
en cst periodo por parte de Jerónimo (ca. 342-420) '', así como lo fue también su fundamen-
1
to teórico, o sea, la idea de que el respeto dirigido a la imagen pasara a su prototipo, aunque
esto '-c convirtiera en objeto de critica sólo en relación con el arte pagano . 40
I I l.icn ir realmente desestabilizante para la cultura artística de la primera época cristiana
file t i improvisada y enorme profusión de riquezas, una profusión que afectó a la Iglesia
coiin 1 mi tsiin.uni. En el ámbito artístico, se criticó generalmente una ostentación excesiva , 41
siguiendo la huella de los precedentes de la tradición precristiana" '. El arte litúrgico 1
demasiado fastuoso y un uso excesivo del oro en las ceremonias litúrgicas y en el interior
de las iglesias fueron especialmente reprobados , tic nuevo sobre la base de precedentes
41
páganos* , aun cuando el acento se pusiera en el ténnino «excesivo» , También la
4 45
fastuosidad en los manuscritos fue objeto de crítica' ''. Dado que la Iglesia empezaba a
1
ino\ erse siguiendo las huellas del Imperio romano, los proyectos arquitectónicos demasiado
grandiosos fueron los que provocaron las críticas más fuertes. En algunos casos, estos
ataques se dirigieron contra la arquitectura civil, pero, mucho más a menudo, se orientaron
.1 Lis construcciones eclesiásticas, basándose en críticas promovidas dentro de círculos
monásñCOS y, de modo particular, de los Padres del desierto . De hecho, un obispo de la 47
primera época cristiana fue condenado como «litomaniaco» y «oromaniaco», y como «li-
tóhitr.!», y otros fueron criticados por la puesta en marcha de fastuosos programas cons-
tructivos con la finalidad de distraer «el justo desprecio del que son objeto» (si bien estos
pasajes no se conocieron en Occidente en el transcurso de la Edad Media). Acusaciones de
ese tipo encontraban todos los precedentes en el mundo pagano . 48
Pi>r ejemplo, Agustín. De vera religione, IOS; id., Enarratmiies in ¡'salmos. 98. 2; 113,2, 1-6 (Corpus Chris-
lH
uanonnn); cfr. id., Epistulae, 102, 18-1°; Eusebio de Cesarea, Epistula ad Constanttam.
'"Jerónimo, Ihmilia de nam<itatt Domini, 88.
*' Agustín, Unan altanes m Psatmos. 96, 12 (Corpus Chnsüaiiorum).
41
Catón, tal Confa lo menu Livio, Ab Urite condita, 25, 40; 34, 4; Salustio, De Cati/inae eaniiiratione, 20;
4 ;
atribuida J id. Epistnlae ad Caesarcm, 8. cfr. Plutarco, l'itae, Maree/tus. 21.
"Ambrosio, De offiem mimstrorum. 2, 136-143; Jerónimo. Epistu/ae. 52, 10; 108, 30; 128, 5; 130, 14; id..
Honiiliae 111 tobantiem, I , 1-14; id. Homilía de natantate Domimi cfr. id., Epistulae, 58, 7; en Occidente fue muy
leído Juan Crisòstomo, Homibae in Mattbaciiin. 50. 3-4; 80, 2.
44
Por ejemplo, Plinio el Viejo, Naturala Historia. 54, 16; 35, 45; 36, 2; 36, 24; cfr. 33,54.
Véase Jerónimo, Contra Vigilaunum. 5, donde se defiende el uso del oro y de la seda para el cuito de las
rclinuias; cfr, id., Epistulae, 60, 12; 114, 2.
"^Jerónimo. Pro/ogut ni M>-
"Lacrando, De morabaspeisccutortim, 7, Jerónimo, Epistulae, 14, 16; 46,11; 52, 10; 58, 7; 108,16; 123, 15;
128, 5-, 130, 14; Agiisnn, seguii lo transmitido por Possidio, Vita Augusiini, 24, 13; G. C'asciano, Collationes
4H
Plinio el Viejo, Naturala Historia, 36, 2-3, 36, 5; 36, 24, Sühisúo, De Catilinae con turarione,20, 12; atri-
buida a id., Epistulae ad Caesarcm, 8; Ovidio, Pasti, 6, 637-648; Suctonio, Augustas, 72, Nero, 31; cfr. También
Plinio el Joven, Panegyricus, 51.
62 ARTE I HISTORIA I S LA E D A D M I D I A III
Estas censuras son perfectamente comprensibles si se p o n e n en relación con los orí-
genes de la basílica cristiana del p e r i o d o c o n s t a n t m i a n o - q u e parece en sí un hito en la
oposición al arte, el arte clásico p a g a n o - , considerada en apariencia c o m o el lionero de
construcción cristiano más c o m ú n , f r u t o de la reacción a las t • mnotaciones idólatras y
paganas del edificio religioso t i p o , el t e m p l o g r i e g o , c o n s t i t u í . ! " esencialmente poruña
magniñeenre ¿ella para la estarna de la d i v i n i d a d que allí se atb >\.iba ". 4
Sin embargo, para la formación de la c u l t u r a artística m< dental quizá lúe ron de
mayor importancia n o t a n t o esas motivaciones tradicionales , m o las nuevas, de tipo
1 -seria equivocado definirlas de g é n e r o teológico—, argumentaciones que habían
ana «¡crta difusión en la c u l t u r a g r e c o r r o m a n a y en la cristiana preconstantiniana,
ahora o b t u v i e r o n su p l e n o r e c o n o c i m i e n t o . E n l o . m i n e r o s tiempos de la
(
, en la época preconstantiniana. nunca había sido u n p i o b l e m a la cuestión del
onismo entre el arte y la asistencia a los p o b r e s * . Pero, en otras ocasiones, tales
0
raras se d i r i g i e r o n a medios artísticos específicos. L a a r q u i t e c t u r a , obviamente, fue
nieto de fuertes críticas porque hacía la competencia directa a la asistencia de los
ibres Siguiendo esta pauta, también los manuscritos p u d i e r o n sufrir censuras''. Los
gastos p.ira objetos artísticos suntuosos desuñados a u n uso l i t u r m c o . en detrimento del
• de los necesitados, fueron considerados t o t a l m e n t e inaceptables por parte de las
más influyentes. Si la m a y o r parte de estas críticas estaban dirigidas contra el ane
litúrgico en s í \ la venta o el uso de objetos de arte empleados en la hnirgia para la
v
asistencia a los pobres y para el rescate de prisioneros parece que fueron el auténtico
p u n t o crucial de la contienda^ . E n t r e todas las narraciones relativas a este argumento, la
4
más notable es la historia de L o r e n z o , diácono «le Roma, que vendió todos los bienes
artísticos de uso litúrgico de la Iglesia para la ayuda a los pobres -caso ocurrido no
m u c h o después de que U r b a n o I " d e c r e t a r a » que el ajuar litúrgico de la sede episcopal
de Roma tenía que ser de p l a t a - . Gracias al relato que ofreció A m b r o s i o (hacia 339-397),
el hecho se convirtió en u n ropos de la cultura artística o c c i d e n t a l " .
E n este p e r i o d o , el arte sufrió críticas de t i p o social n o sólo p o r el hecho de estar en
oposición a la ayuda a los pobres. L a cuestión de la inaceptabilidad de «ganancias ilíci-
tas» —donaciones provenientes de fuentes m o r a b n e n t e indignas— para fines caritativos
fue suscitada, en términos generales, p o r Agustín (3 54-430) y, en segundo lugar, porjuan
•*Cfc lo que obsena So/.omeno sobri- la ausencia de -templos griegos» en la Constan miopía de la época
de Constanuno. en donde, en cambio, existían las -casas de ««ración-; Sozomcno. Historia ecclesiastica, 2, 3.
'"Jerónimo. Eptstulae. 22. 32.Juan Crisostomo. Homiliae tu Matthaeum. 4«. 3-5. cfr. l'erba Srtiiorum, 6,1?.
"Jerónimo. Eptstulac. 46. I I ; 58. 7; 108. 16; 128. 5; 130, 14; Juan Crisòstomo, Homihar m Matthaeum. A9,
3-5. adviértase la relación entre arquitectura v pobres instituida en Eusebio de Cesarea, l'ira Constamim. í,
42-43; véase también el precedente pagano presente en Salustio. De Caiilmae comurattone, 20.
'* I erba Setiivrum, 6. 5. 6. 6.
"Jerónimo. Eptstulae. 108. 30. 130, 14;Juan Crisòstomo. Homtliae ta Matthaeum. 12. 4; 40, 3-5; 50, 34;
80,2.
* Ambrosio. Deoffietn mimstrvrum. 2. 136-143; Cirilo de Jerusalén. según lo que narra So/Dimeno, llisxorii
4 '"'Agustín, De fide et synibolo, 14.
ecclesiastica, 4, 25; Exupeno de lolosa, tal como recuerda Jerónimo. Epistttlac. 125, 20; Epifanio, a través del
relato de Jerónimo, Eptstulac, SI, V; Agustín, como refiere Possidio, Vita Angustiar, 24; Paulino de Nola, así
como recuerda Gregorio Magno. Dialoghi. 3, 1; cfr. Paulino de Nola, Vita Ambrosit. 38.
"Ambrosio. Deofficiismimstrvrum, 2. 140-141.
L A I H M T I M C I A AL A R T E I N O C C I D E N T 63
Oisostomo (347-ÍW. 407) en relación al arte . Dentro de otro contexto, se escucha Ja
56
primera critica al arte como forma de inversión, si bien la obra en la que aparece no fue
traducida al latín durante la Edad Media". Y, de manera más tajante, Agustín consideró
la ci instrucción de imponentes obras de arquitectura religiosa como una manera solapa-
da • !« devolver nuevamente a la persona que había abandonado el mundo a su compleja
retí de relaciones sociales ". Tales cuestiones se discutirían en el futuro de manera muy
5
coni undente y constante.
I is argumentaciones de tipo intelectual y espirimal son igualmente importantes para
la cultura artística de la Edad Media occidental, argumentaciones que cubren una amplia
g.im • Je posibles objeciones. Brevemente mencionada, aunque citada en los textos t u Co-
riza dos de los Padres del desierto, es la afirmación inequívoca de que la producción de
manuscritos no es una acción espiritual . Sulpicio Severo (ca. 360-<w. 420) llama la aten-
14
eión sobre el hecho de que en el monasterio de Martín de Tburs, en iVlannourier, los
monjes no practicaban ningún tipo de arte (ais), a excepción de la copia de manuscri-
tos'"
l'cro quizá los motivos más conocidos son las observaciones críticas de carácter
neoplatónico de Agustín, según el cual el arte era la imagen de una imagen y, por lo tanto,
doblemente falsa: consisten esencialmente en la recuperación, en un plano fuertemente
intelectual, de una afinnación presente en el Antiguo ' I esta mentó, según la cual era
imposible representar lo inmaterial a través de lo material'' . El contexto de su enunciado
1
es el siguiente: «Es un sacrilegio poner una efigie (smiulacrtini) de Dios en el interior de un
templo crisnano», sin que se haga ninguna referencia a la iconoclasria de tipo macabeo '. 6
En ese penodo, en efecto, también los apologistas paganos estaban en busca de antecedentes
paganos an¡cónicos . En un plano menos ligado a disquisiciones filosóficas, Agustín seguía
AI
considerando el arte como potcncialmcnte peligroso. Cuando escribe: «\b sé que hay
muchos veneradores de tumbas y pinturas», es plenamente consciente de la amenaza que
representaba el papel del arte en el culto de las reliquias (la peregrinación en sus más
amplias manifestaciones) respecto a su concepción de la religión, muy marcada por una
pura visión filosófica; amenaza porque era capaz de desviar la justa veneración y porque
funcionaba como un potente instrumento para enraizar lo sagrado en un lugar . En efecto, 64
a los ojos de Agustín ésta es una idolatría cristiana, si bien se trata de una argumentación
sobre la que no insiste con decisión y a la que no quiere comparar ni con el segundo man-
damiento ni con la tradición. Agustín también es consciente del potler visual (contrapuesto
"'Agustín. De zita Christiana. 12;Juan Crisòstomo. Hoiniliae in Matthaeum, 50. 3. de manera particular.
,T
Palladio. Diálogos. 13; que censura también la arquitectura excesivamente fastuosa y el arte que es anta-
gónico a la asistencia a los pobres.
*• Possidio, l'ita Augnami, 24.
** Vrrl-a Seiitonim, 10.94.
'"Sulpicio Severo, l'ita Martini. 10.
'•' Agustín. Soliloijtiiortmi líber, 2, IV; al., De doctrina cbnstiana, 2, 39; id., Epistulat, 102, 18-19; cfr. id.. De
consensi! livangelntariiin, 1, 15-16; cfr. Plouno, Euneades. 3, 10.
61
Cfr. Macrobio, Commentarli in Sommimi Scipionis, 1, 2, 13-21; Historia Augusta, 43, 6.
w
Agustín, De moribus Eedcsiae, 1, 75.
64 ARTE E HISTORIA E N I.A E D A D MEDIA 111
al c o n c e p t u a l ) d e l a r t e e n la e c u a c i ó n e n t r e a r t e f a s t u o s o y s a n t i d a d - l a relación entre la
capacidad d e l a r t e para c r e a r u n m o d o d e p e r c i b i r l o s a g r a d o \ la r e c e p c i ó n de este fenó-
m e n o p o r p a r t e d e l p ú b l i c o , e s p e c i a l m e n t e e n las c e r e m o n i a s l i t ú r g i c a s - , si bien, por algu-
n a r a z ó n , p r e f i e r e d i r i g i r d i r e c t a m e n t e sus c r í t i c a s s o b r e este p u n t o refiriéndose, funda-
m e n t a l m e n t e , a l c u l t o p a g a n o , n o al c r i s t i a n o d e las r e l i q u i a s
L a s palabras d e A g u s t í n m a n i f i e s t a n e l p u n t o d e vista de q u i e n ha r e c i b i d o una for-
m a c i ó n d e t i p o e s t é t i c o y t i e n e , e n d e f i n i t i v a , u n a s e n s i b i l i d i d e s t é t i c a respecto al arte,
p e r o q u e se s i e n t e a d i s g u s t o a causa d e f a c t o r e s i n t e l e c t u a l e s j r s p i n t u a l e s , o bien de ripo
s o c i a l : se s i e n t e , c o m o él m i s m o r e c o n o c e , a b s o l u t a m e n t e . . n u d o p o r e l arte, pero, al
m i s m o t i e m p o , d e b e p e r m a n e c e r a l e j a d o de é l . u n a c a r a c t e r i a l i o n q u e , habilualmcnte
y i l e m a n e r a e q u i v o c a d a , se a p l i c a a B e r n a r d o de C l a r a x . i l " b r e la base de supuesias
m o t i v a c i o n e s p s i c o l ó g i c a s m á s q u e d e p r u e b a s d o c u m e n t a d a s de t i p o filosófico'*. Así,
A g u s t í n , e n e l p l a n o i n t e l e c t u a l , se i n c l i n a a c o n s i d e r a r e l arte c o m o superlluo y a no
c l a s i f i c a r l o e n t r e las « a r t e s » necesarias y útiles''", tesis q u e c o m p a r t e c o n Juan Crisós-
t o m o ' * \ C a l i f i c a n d o e l a r t e d e a t r a c t i v o p e r o n o útil. A g u s t í n 1«. c o n s i d e r a , necesariamen-
t e , u n m e d i o de d i s t r a c c i ó n . A u n q u e basado e n el m i s m o c o n c e p t o d e n ú m e r o y de pro-
p o r c i ó n q u e e s t á e n la base d e su visión d e l c o s m o s y .le la teoría musical, el ane
f i g u r a t i v o , p o r e l h e c h o d e estar, n e c e s a r i a m e n t e , o b l i g a d o a servirse d e imágenes, limiu
el c r e c i m i e n t o e s p i r i t u a l ' " . A pesar de e l l o , e m p l e ó l a s a r l e s visuales e n una capilla, dedi-
cada a las r e l i q u i a s apenas a d q u i r i d a s d e san E s t e b a n , situada p i s t o a l l a d o de su catedral
y q u e él m i s m o h a b í a h e c h o c o n s t r u i r ; y - c o m o es fácil s u p o n e r q u e sucediera muchas
v e c e s - o f r e c i ó u n a i m a g e n suya e n u n s e r m ó n c u a n d o d e s c r i b i ó un3 representación del
m a r t i r i o d e san E s t e b a n c o m o « r e a l m e n t e a d m i r a b l e » {dulcísima), olvidándose, en apa-
r i e n c i a , p o r u n m o m e n t o d e a q u e l l o s « v e n e r a d o r e s d e t u m b a s y pinturas» que había
condenado anteriormente . 7 0
La Alta Edad Media
L a d e c a d e n c i a d e l I m p e r i o r o m a n o y de s u elevado g r a d o d e civilización está, sin
d u d a , d e m o s t r a d a p o r e l m e n o r n ú m e r o d e f u e n t e s q u e a t e s t i g u a n la oposición al aneen
el t r a n s c u r s o d e la A l t a E d a d A l e d i a , p e r o n o se v e r i f i c ó n i n g ú n c a m b i o en las argu-
m e i i i a c i o u e s , s o l o varió su énfasis.
" ' W - Euarrativnes in Psatmos. 113, 2,6; id. Epistulae. 102. 18-IV; cfr. id.. De avilóte Dei. 4. 23; para prece-
dentes paganos cfr. Apulevo. Metamorfosis. 11, 24; Plotino. Enneades. 4. 3, I I .
^Agustín, iSon fe nones. 1 0 . 5 0 - 5 3 .
* Id.. De doctrina cbnstiana. 2. 3V; id.. Confesiones. 10, 53. e id.. De crvitate Dei. 22, 24, fragmento que debe
comprenderse gracias a su cxmtcxto-
""Juan < >IS(*M<IMIU. Ilomiliae m Matthaeum. 49. 3-4, cfr. el precedente pagano en Séneca. Epistulae. 88,18.
Agustín. De devenís efuaestionibus. 78; id.. De libero arintrio. 2, 42-43; id . Confesiones. 10, 50-53; cfr. id, In
Evangelium lohannis. 24. 2; id.. De doctrina cbristiana. 3, 10; 3, 13; véase también Ci. Casiano, Collationes patrian
Sceticonim. 9, 6; lípifanio de Salamina, Testameni. c-d. <J. L>. Mansi, 12, 292d-e; para precedentes paganos cfr.
Máximo de '11ro, Orationes, 2, 2; cfr. Herodes, Mimiambi. 4. 3V-45, para una versión vulgata de tal concepto.
"Agustín, Sermones. 316. 5.
LA i t r s i s r r N c i A AI. A * T E E N O C C I D E N T E
Por ejemplo, Gregorio Magno (590-604), en uno de sus Diálogos, presenta como
moilelo ejemplar a un monje «pie rechaza d l i t e como ton na áv. mveisión Fu Otra
pasajes critica el hecho de que se acepten ganancias ilícitas, aunque no tengan ninguna
reí .i. ion con el arte . Gregorio de Tours (ca. 540-594) trata brevemente de una respues-
72
ta ir' ipropiada a la ecuación entre arte fastuoso en exceso y santidad, aunque él fuera
claramente sensible a tal fenómeno '. En la primera legislación monástica-en clara con-
7
trarKrsicJón con la tradición, como documentan los textos de los Padres del desierto-, el
us«.. |i las imágenes es. de hecho, prohibido por Cesáreo de Arles (470 ÍV/.-542) a causa
de 51 untuosidad, materialidad, coste y por ser un medio potencial de distracción. Hizo
una i n i c a excepción para la cruz c, incluso en este caso, limitó los colores a sólo blanco
74
y IU pro, revelando que concebía el arte como un instrumento para alejarse de la búsque-
da dt la espiritualidad . 7S
I .i caída del Imperio tuvo no sólo un impacto de tipo político y cultural, sino también,
obviamente, económico. La venta de objetos artísticos, destinados a uso litúrgico para
Bj in i.ii -i los pobres y para el rescate de prisioneros, se hace más habitual de lo que había
sidi < hasta entonces, y ahora ya no se trataba sólo de un elemento de discusión, las fuentes
la citan con notoria frecuencia. Odón de Cluny narra, a propósito de Cesáreo, que
cuantío él era obispo de Tblosa, vendió piezas artísticas litúrgicas para el rescate de
prisioneros"". Beda adviene cómo Gregorio Magno gastó los medios de los que disponía
en los pobres más que en programas artísticos '. Gregorio nos cuenta que, durante su
7
episcopado. Paulino de Ñola -muy conocido por los historiadores del arte por las des-
cripciones que nos dio de sus proyectos artísticos- vendió o dio todo lo que tenía a su
disposición con tal de ayudar a los pobres y prisioneros . Se podrían citar otros muchos
78
ejemplos en este sentido . 70
Kn efecto, en esc periodo el suceso más significativo en este debate lo constituye la
formulación escrita, sin comparación la más importante de Occidente, que legitima el
uso del arte. Se trata de las cartas de Gregorio Magno al obispo Sereno de Marsella" . En 0
ellas. Gregorio critica a Sereno por la destrucción de las imágenes que el consideraba
objeto de veneración y le comunica que, si bien tenía toda la razón en poner freno a la
adoración de las imágenes, de la misma manera habría tenido que ser tolerante y enseñar
también al pueblo el uso del arte como medio de educación espiritual. Acniando así,
Gregorio aludía tanto a la «antigua» tradición relativa a tal costumbre, como a la auto-
Jl
Gregorio Magno, Dialoghi, 3. 14.
B
Id. Üiahgbi. 3,26; id.. ñ loralia in lab, 22,28
" Gregorio de Tours. Hntoria Francomm. 7, 22.
7
*Cfr sucesivamente Bernardo de Angers y los cistercicnses.
?l
Cesáreo de Arles. Epmalae. 2; cfr. id. Regula ad Virgines, 42; sobre el ane como elemento de distracción
véase también Gregorio Magno, Erpositio niper Cantil* Cantieonnn. 4; cfr id.. Moralia in lab. S, 72.
^Odón de Cluny, Collationu. 2. 34; cfr. Cipnar»o. Vita sanen Caesarn. 1, 23-24.
71
Beda, Historia ecclniastita. 2, 1.
"Grcgono Magno. Diahgbi. 3, 1-2-
7
"Por eicmplo. Cena Dagoberti. 50; Gregorio de Tours. Historia Frantorum, 7, 24; cfr. 2, 22; 5. 34.
""GregorioMagno, 7ífim//flr. °,20V [9.105]; 11, 10(11.131; véase amblen Corpus Cbristianonnn Appnulix.
10 |9, 52], que se considera apóenta, pero que a lo largo de la Edad Media se leyó como auténtica.
66 ARTE E HISTORIA IN LA E D A D MUDIA III
ridad m o r a l que estaba en la base de su t o m a de p o s i c i ó n . D e esta muñera, Gregorio no
f o r m u l a b a una nueva d o c t r i n a , s i n o q u e s i m p l e m e n t e p o n í a el acento en la continuidad
de una práctica l a r g a m e n t e t e s t i m o n i a d a p o r la t r a d i c i ó n , a h o t . t elevada casi a estatuto
d o c t r i n a l , c o m o fue e n t e n d i d o en el t r a n s c u r s o de la E d a d M e d i a , p o r el simple hecho de
haber sido enunciada p o r G r e g o r i o m i s m o , el papa q u e g o z ó de m a y o r autoridad en el
Medievo.
Es con tal posición, casi d o c t r i n a l , c o n la q u e tendrían q u e p «mar en el futuro aquellos
que consideraban el arte c o m o u n i n s t r u m e n t o de d i s t r a c c i ó n p:i i el á n i m o : tendrían que
llegar a aceptarla y a f o r m u l a r una auténtica d e f i n i c i ó n ; c o n i detinición. su vez,
endrían que m e d i r s e quienes i n t e n t a b a n j u s t i f i c a r el arte com< i na ayuda espinrual.
El periodo carolingio
La é p o c a e a r o l i n g i a nos ha d e j a d o u n i m p o n e n t e t e x t o sobo. I.i a c t i t u d medieval en
relación con el arte, u n t e x t o n a c i d o c o m o r e a c c i ó n a la g r a n querella iconoclasta de
O r i e n t e , \ tan m a l e n c a m i n a d o en su v e h e m e n c i a c u a n t o p o c o i n f l u e n t e : los Libros caro-
linos. 1-1 p e r i o d o c a r o l i n g i o . s i n e m b a r g o , fue de p o r si n o m u y d i f e r e n t e de la Alta Edad
A tedia. P o r e j e m p l o , el C o n c i l i o de C l o v e s h o ( 7 4 7 ) . en I n g l a t e r r a , p r e s i d i d o por el arzo-
b i s p o de C a n t e r b u r y . C u t b e r t o . que c o n s o t u y e una respuesta d i s t i n t a respecto de la reac-
ción de O c c i d e n t e a la c o n t r o v e r s i a o r i e n t a l , d e n u n c i ó la i n t r o d u c c i ó n en la vida
m o n á s t i c a de o r n a m e n t a c i o n e s y vestiduras d e m a s i a d o ricas c u i n o potenciales distrac-
ciones para el espíritu. E l S í n o d o de O a l c c h y t ( 7 8 5 - 7 8 7 ) . t a m b i é n en Inglaterra, prohibió
el uso d e l c u e r n o en los vasos sagrados"'. Y C a r l o m a g n o (hacia 7 4 2 - 8 1 4 ) prohibió el uso
de cálices de m a d e r a , v i d r i o y b r o n c e , y c o n d e n ó la inversión de d i n e r o en proyectos
a r q u i t e c t ó n i c o s d i r i g i d o s a atraer donaciones, especialmente si estaban relacionados con
el c u l t o de las r e l i q u i a s .
82
L a querella iconoclasta de O r i e n t e e m p e z ó a p r o v o c a r deliberaciones sobre el arte en
O c c i d e n t e a los pocos a ñ o s de l o q u e se c o n s i d e r ó su i n i c i o (hacia 725); disposiciones
q u e , de o t r o m o d o , s e g u r a m e n t e n o habrían sido f o r m u l a d a s . Se c e l e b r a r o n concilios en
R o m a (731 y 769) y en G c n t i H y , en G a l i a ( 7 6 7 ) . que d e n u n c i a r o n el m o v i m i e n t o icono-
clasta de los e m p e r a d o r e s b i z a n t i n o s y p r o p u s i e r o n una posición i n t e r m e d i a sobre el
a r t e : las i m á g e n e s debían ser veneradas, p e r o n o a d o r a d a s . C u a n d o una traducción la-
81
t i n a , m a l hecha y que lleva a e q u í v o c o s , de las actas redactadas en g r i e g o del segundo
C o n c i l i o de N i c e a ( 7 8 7 ) , que apoyaba una a c t i t u d parecida a la que era común en Occi-
d e n t e , fue enviada a C a r l o m a g n o p o r A d r i a n o 1 ( 7 7 2 - 7 9 2 ) , el deseo de contrarrestar a la
nueva e m p e r a t r i z i c o n ó d u l a , I r e n e , p o r inconexos m o t i v o s políticos se h i z o evidente en
J 1 I ..i • 1. .mu . .'lera Conaliorum et Epistolar Decretales ac Constittiliones Stirnniaruni Ponlificum, París, 1714,
Kl
voL 111. col. 20? 5.
C. Kohault de Kleury. La .Messe. Elude arebéologiques sur ses motiumcnts, París 1883-1889, vol. IV, p. 96.
Capirularium. 72, 7; Karvli .\lagni Capitularía. Síonumenia Germamae Histórica (de ahora en adelante AlGIf),
Leg.es. 2, Capitularía, vol. I , p. 163.
w
Patrología Latina. 104, 385. cap. DOCLXVU; 123, I2S.
LA R t S I t T E N C I A AL A I T F I N OCCIDENTE 67
los voluminosos hbrta cnrolmos (790-793). Inexplicablemente acordes con las posiciones
que. en realidad, están condenando, los Libros Carolinos (cuya paternidad corresponde,
con toda probabilidad, a Tcodulfo de Orleans, ca. 750-821) plantean una serie de cues-
iM .ncs sobre la oposición al arte, aunque, en gran pane, sólo de pasada. Los Libros mues-
inin conocer perfectamente los precedentes, de tipo tradicional y casi doctrinales, impli-
ca..s en la cultura artística. Rechazan la tesis del Concilio de Nicea de que Epifanio de
V;!.imma, uno tic los primeros cristianos, no había sido iconoclasta [¡sic.'J; esriman irrele-
v ante el intento, más antiguo y que se remonta al Sínodo Trullano celebrado en Oriente
i <•>:). y al que se refiere también el de Nicea. de prohibir la representación del Cordero
Misiico; consideran el uso de las imágenes un engaño, citando como testimonio a Agus-
iluden 0 la idea de que la cultura pagana ñivo en sus orígenes una realidad anicónica,
\ -c adscriben a las cartas de Gregorio Magno a Sereno . La mayor parte de las ideas
84
expresadas sobre la oposición al arte son totalmente convencionales; por ejemplo, la
inip.cilnhd.id de representar lo inmaterial a través de lo material o el rechazo del prece-
dente consumido por las imágenes, hechas constniir por voluntad divina, mencionadas
en el Antiguo Testamento, como los querubines del Arca de la Alianza"*. Sin embargo,
otras objeciones se refieren a algunas de las argumentaciones de tipo social o de carácter
intelectual y espiritual antes avanzadas, si bien, vista la postura escogida de solución de
compromiso, tales argumentaciones no son realmente atacadas con fuerza. Por ejemplo,
mientras la función del arte en el culto de las reliquias, que se ajusta la ecuación entre
fasto artístico y santidad, es un problema efectivo, el autor de los Libros no es Agustín o
Bernardo de Criara val, y sólo percibe, pero sin llegar a comprenderlas en profundidad, las
fuerzas implicadas. Los Libros carotinas anticipan la acusación, impulsada por Bernardo,
de que las rcprcseniaciones que tienen más gancho son las consideradas desde el punto
de vista artístico, mientras que las que uenen más peso son las vistas desde el punto de
vista religioso; niegan que las imágenes haya que tratarlas con un respeto equivalente a
las reliquias o a la cruz por la devoción popular, y advierten de que no se pueden obtener
beneficio espiritual alguno de ellas, pero no van más allá . En esta línea, crirican la
86
función del arte en la localización de lo sagrado . También censuran la representación
87
de híbridos . Y niegan la función del arte corno ayuda espiritual -es decir, que el arte
88
pueda servir de estudio de las Escrituras-, si bien aceptan el cometido de educar al anal-
fabeto; de hecho, perciben el arte como un instrumento de distracción espiritual ''. En 8
definitiva, estas censuras sólo se dirigen contra el segundo Concilio de Nicea, no contra
la cultura artística earolingia en sí. En efecto, si el autor principal responsable de la re-
dacción de los Libros cnrolmos, Teodulfo de Orleans, se congratula de rechazar el prece-
dente vctcrotcstanientario de los querubines colocados en el Arca de la Alianza como
.
"Tcodulfo ele Orleans, Libri Carolim. 4, 19; 4, 25; 2. 18; 1,2; 4,18; 2,23.
*Ubid.. 2, 16; I . 15-20; 2. 9.
4, 27; 2. 28; 3. 16; 3, 24; 4.16.
* Jbid., 3,27.
y
"Ibid., 3,23.
" Por ejemplo, dad. 1. 17; 2, 30; 4. 2; 2, 13; 2. 23; 4. 15; l . 7; 2. 26-27.

j u s t i f i c a c i ó n p a r a el a r t e " " , i g u a l m e n t e e s t á d i s p u e s t o a m e n c i o n a r su representación en
el m o s a i c o a b s i d a l d e la c a p i l l a d e su v i l l a , e n G e r m i g n y - d e s - P r é s (ca. 7 9 9 - 8 0 6 ) , una obra
q u e l e d e b i ó d e c a u s a r u n n ú m e r o c o n s i d e r a b l e de p r o b l e m a s y d e gastos en el momento
d e su r e a l i z a c i ó n ( f i g . 2 ) .
L o s Libros, e n d e f i n i t i v a , n o t u v i e r o n n i n g ú n c i p o d e i m p a c t o , d a d o que luego solóse
r e f i r i e r o n a e l l o s H i n c m a r o d e R e i i n s {ca. 8 0 6 - 8 8 2 ) y el l l a m a d o S í n o d o de París. Poco
d e s p u é s d e la r e d a c c i ó n d e l o s Libros, a i n d i c a c i ó n d e A d r i a n o I , C a r l o m a g n o convocó el
C o n c i b o d e F r a n c f o r t ( 7 9 4 ) p a r a o p o n e r s e , t o d a v í a m á s . a la e m p e r a t r i z bizantina, y tal
a s a m b l e a a s u m i ó u n a t o m a d e p o s i c i ó n e n r e l a c i ó n a las i m á g e n e s parecida a la existente
e n l o s Libros, a u n q u e se t r a t a b a de u n a c u e s t i ó n d e i n t e r é s s e c u n d a r i o para el Concilio,
c u y o i n t e n c i ó n era m á s d e c l a r a d a m e n t e p o l í t i c a .
A r a í z d e o t r a o l e a d a i c o n o c l a s t a e n O r i e n t e , L u d o v i c o P í o ( 7 7 8 - 8 4 0 ) convocó el
S í n o d o d e P a r í s ( 8 2 5 ) , q u e r e t o m a las p o s i c i o n e s y a expresadas antes e n los £//>nvyencl
C o n c i l i o d e E r a n l c f u r t , m o s t r á n d o s e d e a c u e r d o c o n las tesis manifestadas p o r Gregorio
A l a g n o y , a l a v e z , p o n i e n d o e n e v i d e n c i a q u e todavía n o existia e n Occidente una
v e r d a d e r a p o s i c i ó n d o c t r i n a l s o b r e las i m á g e n e s * ' ' . A l m i s m o t i e m p o e n I t a l i a , el obispo
d e T u r í n , a u n q u e o r i g i n a r i o d e E s p a ñ a , C l a u d i o ( 8 1 7 - 8 1 8 / 8 2 7 - 8 4 0 ) , u n t e ó l o g o de for-
m a c i ó n a g u s t i n i a n a , a d o p t ó u n a f u e r t e p o s i c i ó n i c o n o c l a s t a , h a c i e n d o q u i t a r de las iglesias
las i m á g e n e s y r e c h a z a n d o la p r e s e n c i a de la c r u z y el c u l t o de las r e l i q u i a s . Aunque la
p o s i c i ó n d e C l a u d i o n o p a r e c e q u e r e m i t a al s e n o d e la iconoclasria o r i e n t a l en sí, no
d i f i r i ó , e s e n c i a l m e n t e , d e e l l a , y L u d o v i c o P í o h i z o q u e f u e r a r e b a t i d o en el p l a n o polémico
p o r D u n g a l d e S a i n t - D e n i s ( m u e r t o d e s p u é s d e l 8 2 7 ) y p o r el o b i s p o G í o n a de Orleans
« A £ ¿ , 1. 15; 1 . 19-20.
Véase de manera especial IJbdius synodafts Parisiensis, AIGN,
tfI
Leges, 3, voi. I l , t o m o I , 525-526.
i.
LA RISISTENCIA Al ARTE EN OcCIDTNTE 69
(hacia 780-843)'' . Quien entró en la contienda, proponiendo una tercera vía entre la
2
posición de Claudio y la postura intermedia practicada en Occidente, fue Agobardo de
Lyoii (769 ÍW.-840), que se remitió nada menos que al Concilio de Elvira *. 9
I sias tomas de posición fueron, o académicas, o una desviación. La oposición al arte-
de tipo tradicional estaba todavía viva y con fuerza en Occidente, y parece que se manni-
yo »1 margen de estos debates. La arnficialidad del contexto de los Libros de Teodulfo,
es idente en la contradicción entre su rechazo del precedente consumido por los queru-
bines del Arca y la representación de éstos en su propia capilla privada, no estaba présen-
le en el operado por Benito de Aniano (750 «r.-821). Siguiendo la tradición de los Padres
del desierto, de Lorenzo y de Exupcrio de Tolosa, Benito -principal consejero de Ludo-
u u i Pío para las cuestiones monásticas- insistió, en un primer momento, en una riguro-
s.i ^duplicidad en la arquitectura eclesiástica y en las producciones artísticas dedicadas a
use. litúrgico. Al final, fue empujado a aceptar una forma más elaborada de los objetos
buirgicos y (ya durante el reinado de Carlomagno) debió de aceptar, al parecer, la impo-
sición de un amplio programa constructivo; y fue ése el momento en el que su monaste-
rio, inesperadamente, llegó a hacerse conocido por su aura de santidad, como manifesta-
ción del perfecto equilibrio entre suntuosidad artística y santidad'' . Sin embargo, Benito
4
no estuvo nunca completamente aprisionado en los rangos del poder. Parece que fue el
cirt uto de sus acólitos el que obtuvo una reducción del largo de la iglesia abacial, repre-
sentada en la planimetría de San Galo, dado que parecía demasiado vasto. Es muy pro-
bable que se deba a su influencia la destitución del abad, Ratgar de Ftilda, en el 817, por
su audacia en la construcción, considerada excesiva, y que tal vez constituyó la base inte-
lectual de las pesadas críticas contra el arte, en cuanto antagonista respecto a la ayuda a
los pobres, y del rechazo de las ganancias ilícitas que Ludovico Pío manifestó en una
carta dirigida al que, mientras tanto, había sucedido a Ratgar, Eigil, y basada en citas de
Juan Crisósiomo y Jerónimo'". Sin embargo, no sólo en las cúspides de las jerarquías es
posible encontrar esa postura. A mediados del siglo ix, dentro del monasterio de Prüm,
se lanzaron fuertes ataques a la ecuación entre arte suntuoso y santidad, tachando tal
concepción de «pensamientos estúpidos e irreligiosos» . El significativo desarrollo aquí
96
implícito -más allá de la reforma litúrgica y del extremismo de Claudio de Turín— es que
las deliberaciones del episcopado permanecen en el reino estéril de una guerra de pura
apariencia, privada de todo contacto con la realidad, contra Oriente; el verdadero fruto
del monaquisino es autóctono y pertenece a las exigencias reales que se confrontaron con
la cultura artística del Occidente medieval.
Dungal diz Saint-Denis, Advemis Claudinm; Giona de Orleans, De cultu mingiti um.
ö :
n
Uber de iiiiaghiihis sanetorum, 33, ijue se puede atribuir, una vez aids, a Agobardo,
"•Ardo, Vita Bentdicii, 5, 17.
"Candidus. Vita Eigiti, 10.
'* Huloria sanctanmi Cbrysanti et Datine, 0.
 A R T E F. H I S T O R I A EX LA E D A D .MEDIA III
L a é p o c a r o m á n i c a y la p r i m e r a é p o c a gótica
L a c u l t u r a m o n á s t i c a g o z ó d e a u t o r i d a d d e s d e la é p o c a m á s a n t i g u a (los Padres de!
d e s i e r t o , J e r ó n i m o . A g u s t í n , J t i a n C r i s ó s t o m o , e t c . ) . C o n d r e n a c i m i e n t o del siglo xn
(o/. 1050-tvr. 1 2 5 0 . ) , la g r a n riqueza q u e a f l u y ó a l o s rn.in.isn, n o s y la creciente red social
q u e se d e s a r r o l l ó p o r las p r á c t i c a s r e l a c i o n a d a s c o n el c u í n i los m u e r t o s (esc vuelco de
la e c o n o m í a r e l a c i o n a d a c o n l o s a g r a d o q u e se b a s ó e n el OfficUin Defunción,»,) y por la
v e n e r a c i ó n d e las r e l i q u i a s , l l e v a r o n a u n a « c r i s i s f r u t o de I.! p r o s p e r i d a d » , un:, crisis que
p u s o e n e n t r e d i c h o , p r e c i s a m e n t e , esa i n t e g r i d a d q u e . en p r i m e r lugar, había detennina-
d o t a l p r o s p e r i d a d . E n ese p e r i o d o , se h i c i e r o n cada vez más (recuentes fuentes escritas
n a c i d a s e n el s e n o d e la c u l t u r a m o n á s t i c a y relativas a la p p i l i c i ó n hacia el arte, untas que
s ó l o a q u í p o d e m o s m e n c i o n a r a l g u n a s d e las m á s i m p o r t a n t e s ; fuentes que muestran
c ó m o los a r g u m e n t o s u t i l i z a d o s a n t e r i o r m e n t e para o p o n e r s e al arte siguieron evo-
l u c i o n a n d o , si b i e n c o n u n a f u e r z a y c o n u n g r a d o de a r t i c u l a c i ó n m u c h o mayor de cuan-
t o había pasado antes.
E l p e r i o d o p r e v i o a B e r n a r d o de Claraval y
a los cistercienses
T a l v e z el e n u n c i a d o m á s a r t i c u l a d o s o b r e el v a l o r de la i m a g e n en sí -enunciado que,
a p e s a r d e estar i n t e g r a d o d e s d e el p u n t o de vista n a r r a t i v o , sigue, en cambio, separado
d e p r e o c u p a c i o n e s d e t i p o s o c i a l , t a l c o m o se h a n d e f i n i d o en este a r t í c u l o - es la descrip-
c i ó n ú n i c a q u e B e r n a r d o d e A n g e r s r e d a c t ó d e s p u é s d e l 1020 de una obra del siglo xi
i n t e g r a d a d e n t r o d e l c u l t o d e las r e l i q u i a s , p r a c t i c a d o en el m o n a s t e r i o de Saint-Gcraud
d e A u r i l l a c , e t a p a d e p e r e g r i n a c i ó n . S e g ú n B e r n a r d o , e d u c a d o en C h 3 r t r e s y director de
la escuela c a t e d r a l i c i a d e A n g e r s . la m a y o r í a d e los m i e m b r o s de la Iglesia compartían
u n a t r a d i c i ó n c o m ú n (/nos. canmetudo) - n o u n a d o c t r i n a - e n relación con el uso de las
i m á g e n e s e n la é p o c a en la q u e él e s c r i b í a . Esa t r a d i c i ó n c o m ú n rechaza el uso de las
e s c u l t u r a s p a r a r e p r e s e n t a r c u a l q u i e r i m a g e n , a e x c e p c i ó n d e l c r u c i f i j o (así se manifesta-
r o n a n t e s C e s á r e o d e A r l e s y, d e s p u é s , los cistercienses); y m i e n t r a s que las imágenes
e s c u l p i d a s d e los s a n t o s n o p u e d e n ser aceptadas p o r el p e l i g r o de idolatría, las pintadas
s o n t o l e r a d a s - E l a d m i t i ó , s i n e m b a r g o , q u e esa t r a d i c i ó n n o se seguía en todas panes,
d a d o q u e e n la r e g i ó n c o n la q u e él t e n í a q u e ver, A u v e r n i a , las c o s t u m b r e s eran diferen-
tes. C o n b u e n a d i s p o s i c i ó n y , al m i s m o t i e m p o , c r í t i c o hacia tal tradición regional -que
e n u n c i e r t o p u n t o d e s c r i b e , e f e c t i v a m e n t e , c o m o i d ó l a t r a - , asume, en definitiva, una
p o s i c i ó n m á s o m e n o s t o l e r a n t e en r e l a c i ó n c o n el uso de las i m á g e n e s , tachado de ido-
l a t r í a , s i n c o n s i d e r a r l o n u n c a c o m o u n i r m á s allá d e la d o c t r i n a generalmente aceptada
p o r la I g l e s i a " .
7
P o r m u y p r e c i s a q u e p u e d a ser l a n o t i c i a d a d a p o r B e r n a r d o de A n g e r s , fue en la
e s f e r a s o c i a l , o i n t e l e c t u a l y e s p i r i t u a l , d o n d e se o r i g i n a n los p u n t o s m á s habituales de
•- Bernardo d'Angers, Líber T/Itraculo rum sánela e Fidis, 1,13.
L A R E S I S T E N C I A AL A R T E E N O C C I D E N T E 71
discusión. Por ejemplo, Odón de Cluny (879-942), uno de los eclesiásticos más
influyentes de su época, critica el uso excesivo de oro y de otros materiales preciosos en
las prácticas litúrgicas, y menciona algunos precedentes relativos a la venta de arte sacro
para el rescate de prisioneros (uno de sus sucesores en Cluny, Mayólo, fue acto seguido
tonudo como rehén para obtener un rescate). Cluny condena las inversiones de dinero
en obras de arte por parte de la jerarquía eclesiástica con el fin de atraer donaciones;
recela del aceptar ganancias de upo ilícito, pone en guardia contra el arte porque es una
distracción para el espíritu, y activa todas las críticas sobre la base de los textos de
Ambrosio. Jerónimo, Exuperio de Tolosa y Cesáreo de Arles *. Uno de los biógrafos de 9
(Mdún de Cluny {cu. 962-1049), que fue, a su vez, uno de los sucesores de Odón, men-
ciona el relato hecho por Ambrosio del caso de Lorenzo, cuando describe cómo Odilón
vendió obras artísticas destinadas al uso litúrgico para ayudara los pobres . Odón de 09
Tournai (¿a. 1066-1113) consideró el empleo de materiales preciosos en la liturgia como
algo que iba claramente en contra de la asistencia a los pobres ". Teofrido de Echtcr- 10
nach (1 1110) aplicó este principio a todo tipo de suntuosidad artística: arte litúrgico,
arquitectura y manuscritos miniados . Y también el gran reformador, Pedro Damián
101
11007-1072), criticó la difundida suntuosidad del arte, la saturación del lugar sagrado
con emociones ligadas a los sentidos. los excesos en arquitectura, el peligro de la mate-
rialidad, y afirmó que el arte era una distracción para el espíritu -'. Todo ello sucedió a 111
raíz de una reforma litúrgica general que tenía como objetivo el uso de materiales «in-
apropiados» en el ajuar sagrado, una reforma promovida por eclesiásticos como Regina
de Priim, Burcardo de Worms, que en un pasaje cita el canon 36 del Concilio de Elvi-
ra"", e Ivo de Chartres, y que representó un tipo de oposición al arte, si bien sólo bajo
forma de una especie de «censura» sobre los materiales. La mayoría de estas críticas
tuvieron un desarrollo más articulado e incisivo, si bien no hubo nadie tan cortante
como Guiberto de Nogent, quien, al rechazar de manera tajante el uso de materiales
suntuosos en los relicarios con el fin de atraer donaciones, escribe que el empleo de
tales manufacturas artísticas en exposiciones y viajes estaba «al servicio de una aridez
inmoral de amasar dinero» . 104
Todas éstas fueron sólo voces pasajeras, por muy grande que fuera la autoridad
moral e institucional que podían haber adquirido. Con los cartujos tenemos otro ejem-
plo precoz de oposición al arte expresada a través de las normas monásticas, o sea, la
expresión de todo un grupo social con el potencial, al menos, de una cualidad estable.
Si bien tales reglas limitaban severamente el uso de materiales preciosos, como el oro,
en las ceremonias litúrgicas -dado que ello suponía una relación con las donaciones,
especialmente con las ganancias ilícitas-, sin embargo, siguen más la estela trazada por
""Odón de Cluny, Collattanei, 2, 34.
'"knsaldo. Vita sancii Odìhms. 1,9.
101
Hennano de San Martín de Tournai, Líber de restauraiione monastciii Sancii Martini Tòrnacensis, 66-67.
tni
Tcofndo He Lchiernach, Flores. 2.4.
m
Pedro Damián, De mstitiitis ordina ereniitarunt. 30; id.. F.pistulae, 8, 2.
1(11
Burcardo de Worms, Decretara, 1, 35.
IIH
Guiberto <le Nogcni, Gesta Da per Francar, 1,4.
72 ARTE E HISTORIA EN LA E D A D M E I » IA I I I
C e s á r e o d e A r l e s q u e l a d e B e r n a r d o d e C l a r a v a l , d e b i d o a la ausencia de una auténtica
a p e r t u r a m e n t a l , t a n t o d e s d e el p u n t o d e v i s t a a r t í s t i c o C O I I K > c o n c e p t u a l . Constituyen,
1 0 5
sin e m b a r g o , u n t e s t i m o n i o s i g n i f i c a t i v o d e u n m o v i m i e m < > mas i m p o r t a n t e que empe-
zaba a t o m a r f u e r z a j u s t o e n ese p e r i o d o .
N o f a l t a n e p i s o d i o s d e i c o n o c l a s t i a t a m b i é n e n t r e los h e r e j e s . H a c i a 107n-10°6, Al-
b e r i c o , u n s a c e r d o t e d e F o u g é r e s , e n B r e t a ñ a , p r o f a n ó b r u t a l m e n t e una cruz fierre de
B r u y s e x p r e s ó su r e c h a z o c o n r e s p e c t o a las iglesias y fue q u e m a d o v i v o por una masa
e n f u r e c i d a e n l a h o g u e r a h e c h a p o r é l c o n a l g u n a s c r u c e s \ t a n t o las cruces como las
i m á g e n e s f u e r o n r e c h a z a d a s p o r n u m e r o s o s p e q u e ñ o s gn^unos h e r é t i c o s : en Champagne
a p r i n c i p i o s d e l s i g l o x i , e n L i m o g c s hacia el 1ÜS1 o , p o c o .1«. spués. en A r r a s y Lieja hacia
102 5, e n C a m b r a i hacia 1137 y 1 140, y e n P é n g u e u x hacia 1 ! 411-1 147, y en los siglosxn
y x i u p o r l o s c a t a r o s y a l b i g e n s e s d e l s u r d e F r a n c i a . E n d e f i n i t i v a , esta iconoclastia
o r i g i n a d a p o r m o t i v a c i o n e s t e o l ó g i c a s f u e m á s u n a a n o m a l í a que una constante histórica
d e l p e r i o d o a q u í a n a l i z a d o , y n o c o n t ó n u n c a c o n el a p o y i i pi i p u l a r d e l que gozaría, más
t a r d e , d u r a n t e la R e f o r m a p r o t e s t a n t e .
B e r n a r d o de C l a r a v a l , la r e g l a m e n t a c i ó n cisterciense en el
á m b i t o artístico y la Apología
T a m p o c o h u b o n a d a n u e v o en l o s a r g u m e n t o s e m p l e a d o s p o r B e r n a r d o de Claraval
( 1 0 9 0 - 1 1 5 3 ) y p o r l o s c i s t e r c i e n s e s . L a n o v e d a d f u e la p r o f u n d i d a d del análisis y la
a m p l i t u d d e la a r t i c u l a c i ó n c o n las q u e B e r n a r d o , el i n d i s c u t i b l e a u t o r del primer
c o n j u n t o d e r e g l a s c i s t e r c i e n s e s s o b r e e l a r t e , e x p r e s ó su p o s i c i ó n y, en sentido genera!,
t a m b i é n l a d e su o r d e n e n r e l a c i ó n c o n la o p o s i c i ó n al a r t e . H a b l o d e «sentido genera!»
p o r q u e e s t á c l a r o q u e 13 t o m a d e p o s i c i ó n s o b r e el a r t e de la p r i m e r a generación cister-
c i e n s e f u e d e t i p o m u y t r a d i c i o n a l . F u e s ó l o c o n B e r n a r d o y la segunda generación
c u a n d o la m e n c i o n a d a o p o s i c i ó n , p o r la q u e la o r d e n se h i z o t a n famosa en el siglo xu,
f u e c o d i f i c a d a e n u n a ley e s c r i t a ' ' . B e r n a r d o e n t r ó en C í t e a u x en 1113. E n una fecha
1 0
i m p r e c i s a , e n t r e 1115 y 1 1 1 9 . c o n s i g u i ó , c o n la a y u d a d e su c í r c u l o , que el Capítulo
C í e n e r a l C i s t e r c i e n s e a p r o b a r a u n p a r d e leyes e x t r a o r d i n a r i a m e n t e exhaustivas sobre el
r e c h a z o d e l a r t e " ' . E n el p l a n o l i t e r a l , el a r t í c u l o 10 l i m i t a el uso de los materiales pre-
1 más esento durante la Edad Media . En esa obra, Bernardo recoge los principales ar-
c i o s o s e n la l i t u r g i a , e n l o p o s i b l e s i n v i o l a r las n o r m a s v i g e n t e s debidas a los refonnado-
r e s d e las c e r e m o n i a s l i t ú r g i c a s c o m o I v o d e C h a r t r e s . E l e s t a t u t o 2 0 p r o h i b e el uso de
t o d a e s c u l t u r a o p i n t u r a e n c u a l q u i e r p a r t e d e l m o n a s t e r i o p o r ser u n m e d i o de distrac-
c i ó n p a r a el e s p í r i t u , si b i e n (véase antes C e s á r e o de A r l e s y B e r n a r d o de Angers) se
p e r m i t e n las c r u c e s d e m a d e r a p i n t a d a s . S i n e m b a r g o , a u n n i v e l más p r o f u n d o , el esta-
Guigon de Cbátel, Consuctudincs Carthtistac. 40, 1-2: redactados en 1127, pero tpic reflejan, sin dudi,
1 0 5
una tradición legislativa precedente; cfr. Guiberto de N'ogent. De vita sua, 1.11.
C f r . Guillermo de Alahnesbury. Gesta licgum. -4, 337, quien, sin embargo, está a la sombra de las luchas
1 0 6
de poder internas en los cistercienses.
C. Rudolph, - T h e "Principal Founders" and rlie Early Artistic Legislation of Cíteaux», en Sntdits in
1 0 7
Cistercian Art and Archincuire, vol. LTX. Kalamazoo, 1987, pp. 1-45.
L A R E S I S T E N C I A AL A S T E E N O C C I D E N T E 73
ruto 10 consntuye un rechazo de la concepción estética en el ámbito litúrgico (casi siem-
pre atribuida al monaquisino cluniacense), que constituyó la base del culto a los muertos,
uno de los dos componentes principales de la economía basada en lo sagrado del mona-
quisino del siglo xn. El artículo 20, lejos de constituir un simple rechazo del arte como
disuMcción del espíritu, afecta al segundo de los dos elementos principales de dicha eco-
nomía, el culto de las reliquias. Rechazando en bloque la escultura monumental y la
piiuura en el interior del monasterio, rechaza la función del arte como uno de los com-
ponentes importantes del culto de las reliquias (y asocia el rechazo de la economía ligada
a las peregrinaciones), con una toma de posición diametralmentc opuesta a la de la mu-
1.1, intes citada, que visitó Priim a mediados del siglo xi para venerar las reliquias, pero
que esperaba ver obras de arte. Sin embargo, tolerando las emees de madera pintadas
(los irucifijos bidimensionales). el estatuto 20 hacía comprensible la «ortodoxia» cister-
ciense al no rechazar del todo el uso de las imágenes, o sea, aceptaba la postura de Gre-
gi ,i i . . Magno sobre el uso de las imágenes para la educación del analfabeto y del inculto
en el plano espiritual. Dado que la reforma contemporánea exigía que la instrucción del
publico analfabeto hiera fiada a la Iglesia secular, no tendría que haber excusas para tales
imágenes en un monasterio organizado sobre la base de esta reforma, puesto que el
monje no era inculto (el religioso que vivía en una abadía era, en la terminología del siglo
xu, un letrado). Estas imágenes servirían sólo para provocar la distracción espiritual de
quien era espintualmcnie culto. Los cistercienses aceptaron así la posición casi doctrinal
de Gregorio dentro de los límites de una interpretación literal, pero unida permanente-
mente a tal interpretación. No eran iconoclastas, se interesaron por los lazos sociales que
se habían impuesto gracias al culto a los muertos y a la veneración de las reUquias, y por
la amenaza intelecmal y espiritual que el arte constituía para el letrado avanzado en el
plano espiritual.
Como en el caso de la arquitectura, sólo en la reglamentación escrita de los cistercien-
ses se especifican elementos de importancia secundaria (por ejemplo, las torres del cam-
panario y la decoración pintada). Sin embargo, hubo una política precisa en lo que con-
cierne a dimensiones, proyecto, ornamentación y materiales empleados en los monasterios
cistercienses, todo relacionado con la oposición al arte y con la arquitectura smntuosa.
Bernardo mismo da un brillante paso en esta toma de posición en su Apología de 1125,
el ataque más agudo contra el arte en su contexto histórico o intelectual y espiritual ja-
108
gumentos ya adelantados, relacionados con la oposición al arte: el uso del arte para atraer
donaciones, el empleo de oro y de otros materiales preciosos en la liturgia, la ecuación
entre arte suntuoso y santidad, el arte como antagonista para la ayuda a los pobres y el
arte como instrumento de distracción espiritual para el monje o el canónico corriente.
En lugar de un tratado de tipo tradicional, traza una secuencia que va desde la base eco-
nómica de la producción artística monástica hasta los medios artísticos con los que fue
realizada, la recepción de un arte suntuoso por un amplio público, las objeciones de tipo
social provenientes del extranjero y, en fin, las críticas de naturaleza espiritual generadas
,0
*id.. The -Tbtngt ofQttater Importance»: Bernard of Claìrvatix's Apologia and theMedieval Attitude Tòmard
Art, Filadelfia, 1990.
74 ARTE E HISTORIA EN LA E D A D M I D I « III

p o r el m u n d o m o n á s t i c o . C o n este m o d o d e p r o c e d e r , suscita o t r a s cuestiones: la distin- LA RCsitnwriA AI ARTI I S OCCIDENTE 75

c i ó n e n t r e u n uso e p i s c o p a l y u n o m o n á s t i c o d e l a r t e ; el d e b i l i t a r s e d e l aislamiento ceno-
b í t i c o ; la c r e c i e n t e r e d social q u e , gracias al a r t e , p o d í a d e s a r r o l l a r s e e n t r e el pulilicocon n o -el "milagro de la construcción»- para justificar proyectos arquitectónicos, en
el c u l t o d e las r e l i q u i a s ; la i n t e n c i ó n d e c r e a r u n a s a t u r a c i ó n « n el l u g a r sagrado por más a luimos casos imponentes ''. 10

que afecte a la m e r a t a c u l t a d s e n s o r i a l ; el uso d e f o r m a s h i l n u l . i s \ m o n s t r u o s a (a partir P a r a comprender la cultura artística medieval, tan importantes son aquellos que se

de esa fecha, se v e r i f i c ó u n a s e n s i b l e d i s m i n u c i ó n d e l e m p l e o «le capiteles monstruosos
en la a r q u i t e c t u r a e c l e s i á s t i c a ) , y a l g u n a s c u e s t i o n e s m á s . P u e s t o q u e en esta postura fue
s e g u i d o p o r o t r o s e s c r i t o r e s d e la o r d e n c i s t e r c i e n s e . c o m o 1 I r e d o d e Rieval y Guillermo
d e S a m t - 1 h i e r r y - q u i e n parece f u e la f u e r z a m o t r i z en los i t p i r u l o s generales e n manos
expresaron a favor de una oposición al arte como los que reaccionaron a tales recusaciones,
directa o indirectamente; por ejemplo, Ilildeberto de I-avardin, Ruperto de Deutz,
M u c o de Alhano, Teófilo Prebístcro, Gerhoh de Rcichcrsbcrg y Guillermo Durando
(que cita un informe del Concilio de Agde que, a su vez, remire al canon 3ó del Concilio
ilc I K i r a . si bien Durando es favorable al uso del arte) . En efecto, la oposición al arte
110

de los abades b e n e d i c t i n o s e n 113 1 y e n 11 32. r e s p e c t i v a m e n t e . de Reims y de Soissons,
q u e a c e p t a r o n la r e f o r m a y c r i t i c a r o n c o n g r a n f u e r z a el uso Je u n arte suntuoso-, la
c u l t u r a artística o c c i d e n t a l ya n u n c a f u e la m i s m a .
D e s p u é s de la r e g l a m e n t a c i ó n cisterciense y la Apología
t m <. repercusiones en la cultura artística de una manera que ni siquiera sus promotores
podían imaginar. La mejor defensa es el ataque, y Sugerde Saint-Denis (ca. 1081-1151),
e n • I i n r e n t o de refutar, por un lado, la acusación del arte como distracción para el
espíritu de la persona culta y, por otro, de justificar su riquísimo programa artístico,
repino .ilinnando que el arte podía usarse de manera similar al estudio de las Escrituras
|MH l.i persona espintualmentc avanzada, y sostuvo que las obras de arte en su posesión
crin -accesibles sólo a los letrados»" , o sea, que algunas de ellas exigían un nivel tan
1

d o ubi de cultura especializada, desde el punto de vista espiritual, que podían, de hecho,
S e g u r a m e n t e , g r a c i a s al e j e m p l o o f r e c i d o p o r B e r n a r d o \ p o r la reglamentación
no ser comprendidas por los cspiritualiuente incultos (el argumento de la carta de
c i s t e r c i e n s e e n el t e r r e n o a r t í s t i c o - o sea. p o r la l e r a r q u i a e c l e s i á s t i c a más importante de
E u r o p a y p o r la o r d e n m o n á s t i c a q u e se h a b í a e x p r e s a d o c o n más fuerza en la historia
de la I g l e s i a - , se p r o d u i o una a u t é n t i c a e x p l o s i ó n de la t r a d i c i o n a l o p o s i c i ó n al arte, así
c o m o u n a u m e n t o e x p o n e n c i a l de la p r o d u c c i ó n d e a r t e s u n t u o s o . S ó l o podemos men-
c i o n a r a a l g u n o s de los q u e se o p u s i e r o n , y a d v e r t i r c ó m o la m a y o r parte de las críticas
se c o n c e n t r a r o n e n e l a r t e c o m o a n t a g o n i s t a d e la asistencia a los p o b r e s , en la incau-
t a c i ó n d e g a n a n c i a s i l í c i t a s y e n el a r t e c o m o m e d i o de d i s t r a c c i ó n e s p i r i t u a l para aque-
l l o s q u e e s t a b a n e s p i r i r u a h n e n t e a v a n z a d o s ( m i e n t r a s q u e el s e g u n d o mandamiento
p e r d i a b u e n a p a r t e d e su f u e r z a a r g u m e n t a t i v a ) : A b e l a r d o . A r n a l d o de Boneval, Hono-
r i o de A u t u n , W a l t e r D a n i e l , YValter d e C h á t i l l o n . I d u n g de P r ü f e n i n g . Pedro Cantor,
A l e j a n d r o N e c k a m , H u g o d e F o g l i e t o . T o m á s de E r o i d m o n t y el a u t o r del Pictor in
Carv/iir/c, n o se p u e d e c o n s i d e r a r q u e r e p r e s e n t e n las m i s m a s posiciones, y ninguno
d e b e ser d e s c r i t o c o m o u n i c o n o c l a s t a . E l i n a n d o de E r o i d m o n t y, en m e n o r medida,
t a m b i é n P e d r o C a n t o r o C o n r a d o de E b e r n a c h c r i t i c a r o n , e f e c t i v a m e n t e , la suntuosi-
d a d a r t í s t i c a d e n t r o d e la m i s m a o r d e n c i s t e r c i e n s e . E n t r e las otras ó r d e n e s religiosas
q u e e n ese p e r i o d o a c e p t a r o n f o r m a s de u n a r e g l a m e n t a c i ó n al a r t e se cuentan los gran-
d i m o n l e s e s , los g i l b e r t i n o s , los franciscanos y los d o m i n i c o s ; los c a r t u j o s promovieron
u l t e r i o r e s r e s t r i c c i o n e s , y los p r e m o s t r a t e n s e s m o s t r a r o n cierta f o r m a de oposición (sin
e m b a r g o , a c e p t a r o n el u s o d e l a r t e e n su o r d e n ) , si b i e n los o r d e n a m i e n t o s de todas l''igiira 3- Aubazine (Francia central), abadía de Notre-Dame de la Nativité, vidriera con motivos geométricos
estas ó r d e n e s t i e n e n q u e i n t e r p r e t a r s e d e n t r o d e l e s t r e c h o c o n t e x t o histórico de los y entrcLuos, vidrio pintado a grisaille, ca. 1175
m i s m o s e s t a t u t o s . Y el r e l a t o de A m b r o s i o s o b r e el caso de L o r e n z o se c i t ó en el Decre-
turn Gratiani (c. 12, 2, 7 1 ) . Si la m a y o r p a r t e d e la o p o s i c i ó n al arte que se puso en
p r á c t i c a —y q u e n o fue s ó l o p u r a retórica— e s t á , i n d u d a b l e m e n t e , silenciada p o r su pro- Id., Building-Miracles as /trtittu Justification in tbe Early and Mid-Twelfth Centuiy {Radical Art History:
p i a n a t u r a l e z a n e g a t i v a , a l g u n a s r e v u e l t a s d e la p o b l a c i ó n de S a n t i a g o de Compostela, Internationale Anthologie. Subject: O. K. Wcrckmeister). ed. W. Kerstcn, Zurich, 1997, pp. 398-410.
d e L a o n , d e V é z e l a y , d e C b a r t r e s y d e K e i m s p a r e c e n h a b e r t e n i d o c o m o factor desen- ""Guillerrno Durando, Rationale Dhinonnn Offîcioriim. 1, 3, 5.
' " Suger de Saint-Denis, Or adniinniratume, 33.
c a d e n a n t e , al m e n o s e n c i e r t a m e d i d a , i m p u e s t o s d e m a s i a d o o n e r o s o s d e b i d o s a la cons-
t r u c c i ó n de i m p o n e n t e s o b r a s d e a r q u i t e c t u r a . E n e f e c t o , n a c i ó u n n u e v o g é n e r o lítera-
 r

ARTE E HISTORIA EN LA E D A D M Ml

G r e g o r i o M a g n o ) . Si las p r e o c u p a c i o n e s m á s i n m e d i a t a s de S u g e r f u e r o n el prestigio y L A R E S I S T Í . N C I A AL A R T E EN O C C I D E N T E 77
la v o l u n t a d d e p o n e r al día su a b a d í a - e l l i g e r o m i s t i c i s m o d e r i v a d o tle Pseuilo-Dionisio
n o t u v o u n a i n f l u e n c i a d e t e r m i n a n t e e n su p r o g r a m a a r t í s t i c o en Saint-Dcnis-, el
r e s u l t a d o p a r a la h i s t o r i a d e l a r t e f u e e l g ó t i c o - . E n e f e c t o , la nueva concepción de las
1 1

v i d r i e r a s d e b i d a a S u g e r t u v o t a l é x i t o q u e e n 1149-11511 los m i s m o s cistercienses se

v i e r o n o b l i g a d o s a p r o m u l g a r u n n u e v o e s t a t u t o - e l c a n o n SO se podría definir como un
e n u n c i a d o p l e o n á s t i c o - q u e p r o h i b í a el u s o d e i m á g e n e s en las v i d r i e r a s ( l i g . 3) y en los
m a n u s c r i t o s , f o r m a s d e a r t e a m b a s q u e se a d e c u a b a n 3 los l i m i t e s i m p u e s t o s por la orden.
Si S a i n t - D e n i s es el caso típico d e u n m o n a s t e r i o l i g a d o a la t radieión que había afrontado
la r e f o r m a d e m o d o p o c o c o n v e n c i d o , m á s allá d e l Sena Sari \ í c t o r constituyó el ejemplo
r

d e c ó m o u n a i n s t i t u c i ó n d e f r o n t e r a d e l a r e f o r m a c o e v a podía acercarse a la cuestión re-

l a t i v a al a r t e y a q u i e n e s t á e s p i r i t u a l m e n t e a v a n z a d o m o s t r á n d o s e menos a la defensiva.
A l l í . H u g o d e San V í c t o r r e a l i z ó t a l vez la o b r a d e a r t e q u i z a más c o m p l e j a de toda la Edad
M e d i a , la base p a r a una b r i l l a n t e serie d e l e c c i o n e s t i t u l a d a s D i Arca Mystica, espe-
c í f i c a m e n t e d i r i g i d a s al m o n j e o al c a n ó n i g o r e g u l a r , a pesar d e las afinidades institucio-
n a l e s , p e r s o n a l e s e i n t e l e c t u a l e s q u e H u g o p o d í a t e n e r c o n B e r n a r d o de Claraval y con
los cistercienses.

Conclusiones
G e n e r a l m e n t e , en O c c i d e n t e la o p o s i c i ó n al a r t e s o b r e una base teológica fue habitual
s ó l o e n la p r i m e r a é p o c a c r i s t i a n a , m i e n t r a s q u e los p o c o s iconoclastas y herejes de épo-
cas sucesivas f u e r o n f e n ó m e n o s e s p o r á d i c o s . A p a r t e d e esto, t a n t o u n arte respetuoso de
l o s l í m i t e s c o m o u n o s u n t u o s o r a r a m e n t e f u e r o n o b j e t o de discusión ( c o n «arte suntuoso»
e n t i e n d o el q u e va m á s allá d e las n o r m a l e s , m í n i m a s expectativas relativas a los materiales
y a la e l a b o r a c i ó n d e u n p a r t i c u l a r g r u p o social o r e l i g i o s o en una determinada región y
e n u n a é p o c a d a d a ) . A d u c h o m á s i m p o r t a n t e s para la o p o s i c i ó n al arte en Occidente
f u e r o n las a r g u m e n t a c i o n e s de t i p o social o i n t e l e c t u a l y e s p i r i t u a l avanzadas en relación
al g r u e s o d e l a c u l t u r a , e s p e c i a l m e n t e de la c u l t u r a m o n á s t i c a , sobre la base de una
t r a d i c i ó n q u e , g r a d u a l m e n t e , h a b í a c o m e n z a d o a ser o b j e t o d e veneración y que tenía
q u e ser t e n i d a e n c u e n t a . Segrán el m o d o h a b i t u a l , estos ataques se d i r i g i e r o n contra el
a r t e o s t e n t o s o ( c o n -«arte o s t e n t o s o » e n t i e n d o el a r t e q u e sobrepasa las normas del arte
d e l u j o d e u n p a r t i c u l a r g r u p o s o c i a l o r e l i g i o s o a causa d e l énfasis puesto en los materiales,
e n la e l a b o r a c i ó n , e n las d i m e n s i o n e s y en la c a n t i d a d , así c o m o t a m b i é n el tema escogido).
E n d e f i n i t i v a , el a r t e n o f u e a l g o q u e s i m p l e m e n t e se acepta o se rechaza: su uso y sus
l í m i t e s p o d í a n v a r i a r d e u n g r u p o social a o t r o (el p ú b l i c o d e la o b r a de arte), fue sometido
a c i e r t a s l i m i t a c i o n e s d e n t r o d e tales g r u p o s sociales, y tenía que justificarse cuando
s u p e r a b a d i c h o s d e l i m i t e s . E n ese p r o c e s o , las e l e c c i o n e s f u e r o n guiadas, en primer lu-
gar, n o p o r e n u n c i a d o s casi d o c t r i n a l e s , s i n o p o r cada t r a d i c i ó n v i g e n t e d e n t r o del grupo
en cuestión.
Figura 4. Ffa Angélico. Roma, Ciudad del Vanean», capilla de Nicolás V, San Lorttno dando limosna a los
pobres, fresco, entre 144? y 1448.
Lejos tle limitar el arte en sentido estricto, la oposición a él obró de manera dialécti-
ca, contribuyendo a una cultura artística palpitante, actuando como una de sus fuentes de
influencia más estimulantes, incluso a veces como una consciencia que lo mantuvo
constantemente en observación. Aunque a menudo variaran de un periodo a otro según
la importancia que se les otorgara, las justificaciones a favor del arte y las argumentaciones
contra él fueron constantes. Sin duda, pudieron ser no sólo constantes, sino también —al
igual que los otros factores-objeto de manipulación, como se puede verificar en la suer-
te corrida por la figura de Lorenzo, importante desde el punto de vista conceptual. La
historia, que se utilizó mucho como precedente para la venta de objetos litúrgicos a favor
de los pobres y para el rescate de prisioneros, aparece narrada con todo detalle en los
frescos de Fra Angélico en la capilla de Nicolás V en el Vaticano, donde Lorenzo está
representado mientras distribuye la limosna a personas indigentes de todo tipo: una ma-
dre soltera, un trabajador herido, una viuda con un niño, un mutilado, algunos huérfa-
nos, un anciano, un discapacitado mental, un sordo y un ciego (fig. 4). Yendo más allá del
relato de Ambrosio, tanto en lo que atañe a la extensión como a sus propósitos, el caso
de Lorenzo se había convertido nada menos que en la cooptación dialéctica de uno de los
grandes precedentes de la oposición al arte, dado que muestra cómo el impulso del acto
realizado por Lorenzo no surge de Lorenzo mismo sino de Sixto 11 -actuando, en defi-
nitiva, de este modo como una justificación del arte ostentoso más que como oposición
a él-. Al representar a Lorenzo que, con una riquísima vestimenta de diácono, distribuye
limosnas a unos pobres bien vestidos dentro de una basílica imponente decorada con
mármoles policromos, y al papa, también él con buenos ropajes, pero con tina tiara sobre
la cabeza mucho más rica que los bienes que había mandado repartir a Lorenzo (ninguno
de los cuales es identificable con certeza como un objeto de arte htúrgico), los frescos no

1
'- C- Rudolph, ArtisTu Change at St-Denis: Abhor Sugerlr Program and the Uatiy lirelfth-Ccntmy Controversy
over Art, Princeton, 1990.
78 ARTK E HISTORIA tS LA E u A U MllOA I I I

e v o c a n t a n t o e l s e n t i d o d a d o a l a n a r r a c i ó n p o r A m b r o s i o -> p o r la p r i m e r a época medie-

v a l c u a n t o la c a r a c t e r i z a c i ó n h e c h a p o r B e r n a r d o d e C l a r a v a l d e la r e l a j a c i ó n de la Iglesia-
a n t e el a r t e o s t e n t o s o :

I - . . ] r e v i s t e sus piedras de o r o y a b a n d o n a desnudos .1 sus hi]os. lista al - m c i o délos

.»jos de los ricos en d e t r i m e n t o de los p o b r e s . Q u i e n t son curiosos encuentran modo*
deleitarse, p e r o los necesitados n o t i e n e n la p o s i b i l i d a d d< sustentarse ', 11

LOS GRANDES PROGRAMAS ICONOGRAFICOS

u n a p e r f e c t a i l u s t r a c i ó n d e la l e y e t e r n a , f i j a d a p o r G u í t l c r r n o d e M a l m e s b u r y , de la ine- J o a q u í n Yarza Luaces
v i t a b l e r e l a j a c i ó n d e l o s p r i n c i p i o s o r i g i n a r i o s (perpet:,./ /<-.v>"\ q u e es también pane
f u n d a m e n t a l d e l a n a t u r a l e z a d i a l é c t i c a d e la o p o s i c i ó n al . : r r e e n O c c i d e n t e .

Prefacio
Poco antes del año 200. en Roma, Minucio Felices escribía la que se considera más
bella apología de la Iglesia cristiana primitiva'. En el diálogo Octavias, que da nombre al
texto, discute con Cecilio, pagano, defendiendo el cristianismo y refutando los errores
que circulaban sobre él. Considera que no es necesario, sino inapropiado, representar la
imagen divina y cree que no es razonable tener templos dedicados específicamente a su
culto. No es sólo la expresión de una actitud que debía tener en la época otros muchos
correligionarios, sino que parece más bien el anuncio de la tendencia anícónica de una
parte del primer cristianismo.

Los inicios y el códice miniado

Sin embargo, poco años después (con anterioridad al 257), en la ciudad oriental de
Dura Europos, se construyó o adaptó al culto una doraus eedesia decorada con frescos que
incluían historias del Nuevo Testamento. Al otro lado de la misma calle, la comunidad
hebrea utilizaba una sinagoga cuyos muros, rompiendo con su tradición anicónica, esta-
ban cubiertos de un amplio programa temático veterotestamentario. Así pues, la libertad
con la que contaba la diáspora había permitido a los judíos decorar con imágenes el es-
pacio sagrado de la sinagoga, y los cristianos no se mostraban contrarios a esta idea.
Analizando las pinturas del Antiguo Testamento, se llega a conclusiones muy diversas.
Por una parte, resulta evidente que se tuvo que usar un material textual judío al margen
tic la Biblia. Por otra, la relación entre la comunidad cristiana y la judía debía ser más
cordial de lo que se cree habirualmentc. Por lo que respecta a la propuesta de Kurtz

J. Quastcn, Patrología, vol. h Hasta ti Concilio de Nicea, Madrid. 1968, pp. 462-463.
" ' Bernardo di Claraval. Apología, 28.
l,i
*C«uiUcrmo de Alalmesbury. Cierra Regum, 4. 337.
80 A R T E F H I M O B U E> LA K D A I I M i n i * 111
W e i t z m a n n , s e g ú n e l c u a l h a b r í a q u e c o n s i d e r a r , al m a r g e n d e este c i c l o , la existencia de
u n p r o t o t i p o o m o d e l o e n u n m a n u s c r i t o r i c a m e n t e h i s t o r i a d o h o y p e r d i d o , surgen no-
t a b l e s d i s c r e p a n c i a s . F . n c u a l q u i e r c a s o , es c i e r t o que
2
i ! m e n o s e n u n p e r i o d o inmedia-
t a m e n t e p o s t e r i o r , se c r e a r o n g r a n d e s c i c l o s d e i m á g e n e s b í b l i c a s d e l V i e j o Testamento,
d e l o s q u e se h a n c o n s e r v a d o e s c a s o s e j e m p l o s p e r o t i . n o t a b l e i m p o r t a n c i a . Las diferen-
c i a s q u e se p u e d e n o b s e r v a r e n a l g u n o s c a s o s , p o r i i d e m a n i f i e s t o que, en diversos
c e n t r o s , se r e a l i z a r o n r i c o s c ó d i c e s i n d e p e n d i e n t e s i de o t r o s .
S e h a s u g e r i d o q u e e s t o s c e n t r o s f u e r o n R o m a . V m i o q u í a , Alejandría \ < ionstanono-
p l a , p e r o p a r e c e a v e n t u r a d o p e n s a r q u e e n d i c h a s c i u d a d e s se r e a l i z a r o n todos los manus-
c r i t o q u e i b a n a s e r v i r d e m o d e l o a l o s a r t i s t a s p o s t e n - »res, i n c l u i d o s los de la EdadMcdu
a v a n z a d a . P o r e j e m p l o , e l Evangeliario de Rábula i I b i r c n c i a , B i b l i o t e c a Medicea Lauren-
z i a n a . m s P l u t . 1.56) f u e c o p i a d o p o r el escriba hi un. n .» en e l a ñ o 586 en el monaste-
r i o d e S a n J u a n d e Z a g h a . e n M e s o p o t a m i a , y e n el i , d e l Pentateuco Ashburnbam (Pa-
r í s . B i b l i o t e c a N a t i o n a l e d e F r a n c e , m s N o t i v , a c q . l a ! 2 3 3 4 ) , a u n q u e n o se conoced
l u g a r e x a c t o d e s u r e a l i z a c i ó n , t o d o h a c e p e n s a r e n e l n o n e d e Á f r i c a o, con menor pro-
b a b i l i d a d , e n l a p e n í n s u l a I b é r i c a . E n p a r t i c u l a r . l o s i n d i c i o s d e m u e s t r a n que no habría
e x i s t i d o u n m a n u s c r i t o q u e c o m p r e n d i e s e t o d o el t e x t o b í b l i c o i l u s t r a d o , n i siquiera el
A n t i g u o T e s t a m e n t o . F.n e l m o m e n t o e n q u e se d e c i d e i l u s t r a r algunas partes, se eligie-
r o n p r e f e r e n t e m e n t e l o s l i b r o s h i s t ó r i c o s , q u e se p r e s t a b a n m á s a e l l o . P o r pura casuali-
d a d , se h a n c o n s e r v a d o seis f o l i o s d e u n L i b r o d e los R e y e s q u e e n o r i g e n debía tener eo
t o r n o a s e s e n t a . C o n o c i d o c o n e l n o m b r e d e Itala de Quedlinburg ( B e r l í n . Staatsbibliothek.
P r e u s s i s c h e r K u l r u r b e s i t z , m s T h e o l . l a t . f o l . 4 8 5 ) , se r e m o n t a a los i n i c i o s del siglo\\
p o d r í a h a b e r s e r e a l i z a d o e n R o m a . C a d a f o l i o c o n t i e n e c u a t r o escenas, de donde se
1
d e d u c e q u e e l c o n j u n t o d e b í a c o m p r e n d e r e n t r e d o s c i e n t a s y trescientas ilustraciones.
C a d a a p a r t a d o d e d i c a d o a u n a h i s t o r i a se d i v i d e e n d i v e r s o s e p i s o d i o s . X o tiene un pro-
g r a m a d e f i n i d o , p e r o c a b e r e s a l t a r e l c a r á c t e r n a r r a t i v o , c o m o e n casi todos los códicei
a q u í c i t a d o s , c o n f i r m a n d o la i d e a d e q u e la i n t e n c i ó n d e los i l u s t r a d o r e s fue doble. Por
u n a p a r t e , e s t a b a c o n c e b i d o c o m o u n m a n u s c r i t o rico y c o s t o s o , e n el que la ornamenta-
c i ó n e r a m u y i m p o r t a n t e . P o r o t r a , e x i s t í a u n a e s t r e c h a r e l a c i ó n e n t r e texto e imagen,
c o n e l fin d e q u e e s t a ú l t i m a f a c i l i t a s e la m e m o r i z a c i ó n d e l o r e c i é n leído"*.
:
K u r t W ' e i L z r a a n n concibió una teoría sobre el origen de los ciclos de imágenes en el mundo hdenísoco
romano, del r o l l o a la aparición del códice, e n una obra clasica. lUtistrarivn m Roll and Codex, Pnnceton. NJ,
*]970. E n su opinión, dicha teoría se puede aplicar a l o s primeros manuscritos crisuanos iluminados. Desdt
1933- 1 9 3 4 se interesó p o r Dura Eu ropos. El resultado final de- su-» estudios lo plasmó, con la ayuda desudá-
CÍpUlO Islessler, en \\ ciczjiiann y 1 1 . L. Kvsslur, The Frescoes of the /Jara Synagogtic and Cbristian Art, Dwn-
barton Oaks Studies 2 8 , Washington D C . 1 9 9 0 . Entre los autores que piensan de un m o d o distinto, cfr. R.
Suche!. « Aussc-rkanonisehe Elemente i n by^anünischcn lllustrauonen d e s Alten 'Jestamcntcs», Romiscbe Qutt-
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trated Midrash i n t h e Dura Synagoyue Painungs: A New Dimensión for ü i e Study of Judaismo, Atnrrim
Acader/iy ofjmisb Research Froceedtngs 5 0 ( 1 9 8 3 ) , pp. 9 1 - 1 0 4 .
H . Degering y A . Kocckler, Qued/inhurger íialafraórnenle, edición facsímil, 1 9 3 2 .
* Durante la I dad Media s e reencuentran otros ciclos importantes del Libro de los Reyes y del de krt
Jueces, p e r * » sólo en e l Oriente bi/.aiitino se replican l o s manuscritos abundantemente ilustrados de los siglm
del Imperio medio. Por ejemplo, tenemos un L i b r o de los Reyes con los cuatro libros, los dos de Jueces y ks
dos de Reyes (Vaticano, m s Val. CJraccus 3 3 3 ) , que podría remontarse al siglo xi. I-os dos primeros libros estin
LOS GRANDES PROGRAMAS ICONOGRAFICOS 81
Probablemente los primeros libros bíblicos y el Nuevo Testamento fueron objeto de
particular atención. A partir del estudio de los octateucos bizantinos que nos han llega-
do en mejor o peor estado, y en ningún caso anteriores al siglo x i , se han elaborado
distintas teorías. Por una parte, se ha hablado de un prototipo perdido de mediados del
Siglo Ii o del i v , sin excluir la posibilidad de que este arquetipo fuese originalmente un
5
pentateuco al que se habrían añadido los libros restantes hasta componer el octateuco*.
F.M.I- conclusiones se derivan del análisis de seis manuscritos consejados , entre los 7
cual) el de Florencia (Biblioteca Medicea Laurenziana, ms Plut. 5.38) es el más antiguo
v s. melle datar en la segunda mitad del siglo xi. Esta hipótesis, sin embargo, ha sido
enci ainente rechazada por John Lowden, que propone rcuasar el prototipo a un
periodo entre 1050 y 1075; por lo tanto, si se acepta su teoría, el ciclo no tendría ningún
vínculo con la época en la que se pudo crear . Es probable que la explicación de Lowden
3
no se i convincente. En cualquier caso, estamos hablando de obras que fueron copiadas
en Oriente.
Por Ib que respecta a la traducción en imágenes, el Génesis siempre será un libro
privilegiado entre los del Anuguo Testamento. En la Tardoantigúedad se lo consideró
digno de ser copiado en lujosos manuscritos, a veces tintados de púrpura. Entre lo que se
ha"conservado de los ejemplares de la época, cabe mencionar los restos de los llamados
Génesis Cortón (Londres, Briash Library, ms Cotton Otho B. VT) y Genesis de Viena
Aleña, Österreichische Nauonalbibiiothek, cod. Theol. Gr. 31). El Génesis Cotton se
quemó prácncamcntc en su totalidad en 1731, pero de los cerca de trescientos folios que
debía tener en origen, se lograron salvar diversos fragmentos. Antes de su casi completa
destrucción se hicieron algunos dibujos que han llegado hasta nosotros y que permiten
reconstruir el aspecto que debió tener el manuscrito en el momento de su terminación,
probablemente en Alejandría entre el siglo v y el vi. Tal vez sea tan conocido porque, ya
sus miniaturas, ya las tic un códice en el que se copió, se utilizaron, en el siglo x i n , para
los cartones de los mosaicos de las cúpulas del atrio de San Marcos en Venecia*. El ejem-
basiante más iluminados que los dos últimos, sumando en total 104 miniaturas, con 169 escenas. Tiene carác-
ter nárrame y sigue el úlumo libro del octateuco O-Lassui, Villustration byumtinedu -Livre des Roa-; Valicami*
Gramil 333, París, 1073)
* Vea» la monumental edición completa, disponible hoy. de todas lis miniaturas con un ensayo en el que
Wcit7nunn reafirma las teoría* propuestas muchos años antes, compartidas, aunque tras una revisión, por su
colaborador Massimo Bernabò, en K. YVciizmann y M. Bernabò. The Byzantme Octatencbs, Pnnceton, NJ,
1999. 2 vols.
* K- Weirzmann. -The Origins of the Illustrations of the Octateuchv-, ibid., pp. 299ss.
7
En realidad, si bien son seis los conocidos, uno de ellos, que se encontraba en la Escuela Evangélica de
Esmirna, fue destruida por el fuego en 1922.
" J. Lowden. The Octateuehs: A study m Byzantine Manuscript Illustration. University Park, Pa-, 1992. Diver-
sas opiniones que refuerzan lo He Weitzmann se encuentran en H. L. Kessler, «Through the Tempie Veil: The
Holy Image in Judaism and Chnsaaniry«, Kairos Zeiucbnft fur Religionsvùtsenschatt und Tlieologie 32-33 (1990-
1991), pp. 53-77; E. Revel-Nebcr, «Some Remarks on the konograpbical Sources of the Christian Topogra-
phy of Cos-mas Indicoplcmies»., ibid., pp. 78-97.
9
Kl estudia más completo es el de K. VVeitzniann y ìL L. Kessler. The '•Cotton Genesis-. British Library,
Codex -Cotton- Otho B Vi, Pnnceton, NJ, 1986. Sobre la relación con los mosaicos de Venecia, cfr. J.J. Tikka-
ncn. Die Genesisniotaikcn van San Marco in Ventdig und ihr Verbàltnu zìi den Miniatami der Cottonbibel 11889),
82 A R T E E HISTORIA EN LA F.DAP M E D I A III
p i a r m á s e x t r a o r d i n a r i o es, s i n d u d a , e l o t r o m a n u s c r i t o , el Génesis Je Vtemi (cfr. voi. I,
l á m . 2 1 ) . Se h a c a l c u l a d o q u e el c ó d i c e C o r t ó n d e b i ó t e n e r u n a s trescientas Lrcínta esce-
nas, p e r o e l d e V i e n a q u i z á l o s u p e r a b a , p o r q u e h a y c u a r e n t a y o c h o e n sus veinticuatro
f o l i o s , y se s u p o n e q u e e n o r i g e n t e n í a n o v e n t a y seis. 1* - q u é e l e v a r í a el n u m e r o de ilus-
t r a c i o n e s a u n a s c u a t r o c i e n t a s . L l a m a la a t e n c i ó n el h e c h i • d e q u e se tintase de púrpura,
p o r l o q u e a l g u n o s o s t i e n e q u e se r e a l i z ó e n C o n s t a n t i n o ¡-'..i, e n l o s talleres :uiperialcs . 10
i se e n r i q u e c i ó a ú n m á s , si c o n s i d e r a m o s q u e e l pasaje q u e e n c a b e z a cada folio está es-
e n t o c o n u n c i a l e s d e p l a t a . D e b a j o , h a y u n a e s c e n a m i n i i d a . A s i m i s m o , se distingüela
m a n o d e t r e s m i n i a t u r i s t a s . E n g e n e r a l , las i l u s t r a c i o n e s • > r r c s p o n d e n al icxto bíblico
c a n ó n i c o , p e r o se h a n i n c o r p o r a d o m u c h o s e l e m e n t o s n u e v o s , c u y o o r i g e n sólo se ha
p o d i d o e x p l i c a r e n a l g u n o s casos. P a r a i l u s t r a r esta rique/ su ha a n a l i z a d o la historia de
J o s é , c o n s e r v a d a p a r c i a l m e n t e , q u e c o n t a b a l o s H e c h o s < o n e x t r a o r d i n a r i o detalle. En
c u a l q u i e r c a s o , n o se p u e d e d e s c a r t a r la idea g e n e r a l d e q u e las ilustraciones tienen un
s e n a d o n a r r a t i v o e v i d e n t e y d e q u e e l p r o g r a m a c o n s i s t e u n i c a m e n t e e n la historia bíbli-
ca e n s í . P e r o , a u n q u e las i n t e n c i o n e s q u e g u í a n a l o s m i n i a t u r i s t a s sean siempre las
mismas, el sistema de representación varía.
L ' n o d e l o s c ó d i c e s s o b r e l o s q u e m á s se ha e s c r i t o , s i n q u e se haya llegado a acuerdo
a l g u n o , es el Pentateuco Asbbuinbam, d e l s i g l o vii. Se c o n s e r v a n d i e c i o c h o folios de un
t o t a l c a l c u l a d o e n casi s e t e n t a . C a d a u n o c o m p r e n d e u n a g r a n escena en la que se desa-
r r o l l a la h i s t o r i a , c o n u n a c o n c e p c i ó n i l u s i o n i s t a . E l n ú m e r o d e las escenas debía ser muy
e l e v a d o , y la m a y o r p a r t e se v i n c u l a a l G é n e s i s . A s i m i s m o , r e s u l t a bastante singular la
c o m p o s i c i ó n d e cada h i s t o r i a , c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t a d e las o t r a s . AJgunos elementos
p a r e c e n a p u n t a r a su r e a l i z a c i ó n e n el n o r t e d e A f r i c a ( C a r t a g o ) o en la propia península
I b é r i c a , q u e e n e l s i g l o v n c o n o c e u n m o m e n t o d e r e n a c e r , c o n u n r e l a t i v o número de
m a n u s c r i t o s i l u m i n a d o s , h o y t o t a l m e n t e p e r d i d o s " . L l e g ó a T o u r s , d o n d e se utilizó para
las p i n t u r a m u r a l e s r o m á n i c a s d e S a i n t - J u l i e n * .
1
A l a s q u e e l N u e v o " T e s t a m e n t o , s o n l o s e v a n g e l i o s l o s q u e c o n s t i t u v e n el tema de otro
c a p í t u l o d e g r a n d e s c i c l o s d e i m á g e n e s e n la A n t i g ü e d a d t a r d í a . L o s pocos restos quese
h a n c o n s e r v a d o d e j a n v e r q u e la m i n i a t u r a se p o d í a c o l o c a r e n p r á c t i c a m e n t e cualquier
p a r t e d e l m a n u s c r i t o . P o r e j e m p l o , e n el Evangeliario de Rossano ( R o s s a n o Calabro, cate-
d r a l ) , f e c h a d o e n e l s i g l o v i , t o d a s las i m á g e n e s se e n c u e n t r a n al p r i n c i p i o , antes del
Soest, 1972. Nuevas precisiones en iv. Wcitzjnann, ««Tbe Genesis Mosaics of San Alarco and die Conon Ge-
nesis Alinia cures>-. en O- Demus. Tbe Mosaics of San Marco m lenice, Chicago. 111.. 1984, vol. II. pp. 105ss.Se
entreven trazas del Génesis Cotton en el llamado Tapiz de la Creación de la catedral de Gerona. Véase P. de Palol,
« U n e broderie catalane d'époque romane: le Genèse de Gérone*-, CahiersArchéologiques (1956), pp. 197*5-
Lucgo, id.. EJ tapis de la Creaciô de la catedral de Girona. Barcelona, 1986, pp. 94ss.
1 0
K. Weitzmaiin. Manuscrits gréco-romains et paléochrétiens. Paris. 1977, pp. 2 lss., cree que tenía orígenes
siríacos, pero sus argumentos son débiles, como, por ejemplo, la diferencia estilística con el Dioscórtdes de W
na (Vicna, Nationalbibliothek, cod. Aîed. Gr. 1).
11
Ejemplos de interpretaciones diferentes son B. Narkiss, «'Ibwards a Further Study of the Asliburnham
Pentateuch", Cahiers Archéologiques X I X (1969), pp. 45-49; J. Gutmann, - T h e Jewish Origin of die Ashburn-
ham Pentateuch Miniatures», Jcirish Quarterly Review XLIV(1953), pp. 55-72.
" A- Grabar, «Fresques romanes copiées sur les miniatures du Pentateuque de Tours», CahiersArcbéalogt*
1
queslX (1957). pp. 329-341.
L O S G R A N D E S P R O G R A M A S I C O N O G R X H C O S 8 3
texto. En este caso, muchas se han elegido para visualizar los textos utilizados en la litur-
gia \ ocupan todo el folio. Contrariamente a otros ejemplos, aquí comprobamos que
determinadas composiciones derivan de modelos murales o de mosaicos parietales . 13
Este manuscrito, como otros similares, se colocaba sobre el altar y tenía mareapáginas
que facilitaban la lectura cuando la liturgia lo requería. Es posible que en Oriente se h i -
cicr.in ejemplares más ilustrados, de los que derivarían algunos manuscritos bizantinos
del siglo o xii, como el ms gr. 74 de la Bibliothcque Narionale de France.
Yíuy distinta es la distribución de las imágenes en el llamado Evangeliario de Rábula ya
citado . N o faltan las escenas descriptivas, ubicadas en el margen de los cánones que
14
preceden al texto correspondiente, u otras a folio entero, grandes escenas que remiren a
ejemplos previos pertenecientes al arte monumental. Pero hay también otras imágenes,
como las de los evangelistas, que ponen de manifiesto cómo, en su conjunto, este gran
manuscrito no presenta un programa narrativo definido, al contrario de cuanto había-
mos visto hasta ahora.
L a transición al arte monumental
Es evidente que, en los primeros siglos del cristianismo, se crearon grandes ciclos de
imágenes sacados de la Biblia, de carácter preferiblemente narrativo, en lujosos códices
en los que el omatinn era imponante, lo mismo que el deseo de hacer familiares las his-
torias bíblicas, para memonzar mejor los temas. En paralelo, quizá un poco más tarde,
parte de estos ciclos comenzó a hacer su aparición en el arte monumental. Hemos co-
mentado que en Dura Europos, en la primera mitad del siglo n, en la paredes de una si-
nagoga y en las de una casa cristiana, se pintaron ciclos del Antiguo y del Nuevo Testa-
mento. En la sinagoga, la elección de los temas no fue casual; con ellos se quería
representar al pueblo judío como pueblo elegido por Dios, al tiempo que se explicitaba
la protección divina. Menos claro resulta el que se tratase de una reacción contra el cris-
tianismo, con el que en diversas ocasiones había seguido teniendo ciertos roces . 15
En el 3ite cristiano no se ve un programa monumental tan amplio y complejo hasta
al menos un siglo más tarde. Es bien sabido que, en cuanto a sus orígenes, las catacumbas
tuvieron gran importancia; no obstante, la llamada catacumba de Via Latina en Roma es
un caso particularmente interesante por la extensión y abundancia de imágenes y por la
" W. C. Locrfcc. «The Miniatures of the Tnal in thc Kossano Gospels», Tbe Art Btilletm 43 (1961), pp.
171 si,; id. «Thc Monumental Minia ture», en K. Weitzmann ct al, The Place ofBooh llluminution in Byzantine
Art. Princcton. NJ, 1975. pp. 61-97.
14
C. Cecclielli, G- Furlani y M. Salmi, 77;? Rábula Gospeb, edición facsímil, Olten-Uansana, 1959.
11
Han tratado de estudiar el programa R. VVischnlizcr, Tbe Memanic Tbeme in the Paintingt of the Dura
Synagoguc, Chicago, III., 1948, cuyo título uidíca las intenciones del autor. Ademas, cfr. J. Gutmann, «Karly
SynagOfnie and Jeuish Catacomb Art and lis Relation lo Clinstian Art», en H. Temporiiü y W. Haase (eds.),
Aufsiieg and S'iedergang der romistben Welt, vol. IT, Berlín-Nueva York, 1984. pp. 1.313-1.342, en el que, como
en Kcsslcr, se indicnnt los paralelismos entre este y otros cíelos cristianos un poco posteriores. Por último,
véase H. L. Kesslcr. *Prognnn and Stnicnjrc». en Weitzmano y Kcsslcr, Tbe Frescoesoftbe Dura Synagogue, CÍL,
pp. 153-183.
84 A R T E E HISTORIA EN I A F.DAU .MEDIA I I I
p r e s e n c i a d e s e ñ a l e s q u e i n d i c a n q u e r u é u n l u g a r erí el q u e se s e p u l t a r o n cristianos y
p a g a n o s . E n d i s t i n t o s c u b í c u l o s h a y e s c e n a s d e l o s d i * t e s t a m e n t o s , que aquí se repre-
1 6
s e n t a r o n p o r p r i m e r a v e z e n e l - á m b i t o c r i s t i a n o . E n el c u b í c u l o C se despliega uñado
d e i m á g e n e s v e t e r o t e s t a m e n t a r i a s a las q u e se c o n t r a p- i t la tí g u r a de C r i s t o en el centro
d e la c u b i e r t a " . Se h a t e c h a d o ( W U l i a m T r o n z o ) e n la p r i m e r a d é c a d a del siglo iv. Pre-
1
c i s a m e n t e es i m p o r t a n t e p o r la p r e s e n c i a d e u n cict< i 1
V i e j o T e s t a m e n t o que se pone
e n r e l a c i ó n t i p o l ó g i c a c o n e l N u e v o ; d e t e r m i n a d o s m o m e n t o s d e l p r i m e r o prefiguran
o t r o s d e l s e g u n d o . Se t r a t a d e u n s i s t e m a d e i n t e r p i x i . i n m q u e se encuentra con mucha
f r e c u e n c i a e n t r e l o s e s c r i t o r e s c r i s t i a n o s y q u e . a p a r t í ' d e esto m o m e n t . . . se introduce
t a m b i é n e n la f o r m a s a r t í s t i c a s . T a l v e z se c o n c i b i ó i este m o d o el programa de las
p u e r t a s d e m a d e r a d e la i g l e s i a r o m a n a d e S a n t a S a b i n a t e n t o r n o al 432 d C ) , constitui-
d o p o r v e i n t i o c h o p a n e l e s c o n e s c e n a s : n o s h a n l l e g a d o d i e c i o c h o , l o que torna difícil
c o m p r e h e n d e r e l s i g n i f i c a d o d e l p r o g r a m a , si b i e n t o d o hace p e n s a r q u e la presenciade
escenas d e l . A n t i g u o y d e l N u e v o T e s t a m e n t o , c o n p a r t i c u l a r a t e n c i ó n a la Pasión, indio
al m e n o s u n i m p o r t a n t e c o m p o n e n t e a p o l ó g i c o . Se <h. m u c h a i m p o r r a n c i a a Moisés,y
e n el N u e v o T e s t a m e n t o se a d v i e r t e u n a p r e c o z C r u c i f i x i ó n .
A p a r t i r d e l m o m e n t o e n q u e . p o r v o l u n t a d d e C o n s t a n t i n o (31 3). el cristianis-
m o p u d o m a n i f e s t a r s e l i b r e y p ú b l i c a m e n t e , su a c t i t u d c a m b i a y se da comienzo de inme-
d i a t o a la c o n s t r u c c i ó n d e e d i f i c i o s n u e v o s o a l a a d a p t a c i ó n d e o t r o s preexistentes. Se
i m p o n e l a n e c e s i d a d d e c u b r i r l o s m u r o s i n t e r n o s c o n i m á g e n e s a p a r t i r de cierta altura,
p o r e n c i m a d e las p l a c a s d e m á r m o l , m i e n t r a s el e x t e r i o r , e n g e n e r a l , es de gran sencillez.
E n t r e l o s e d i f i c i o s m á s a n t i g u o s y s o l e m n e s d e d i c a d o s a l o s m á r t i r e s , y entre los mis
p r o f u s a m e n t e d e c o r a d o s , se e n c u e n t r a el m a u s o l e o d e S a n t a C o s t a n z a (Roma, a¡. 337-
3 6 1 ) , e n e l q u e f u e e n t e r r a d a C o n s t a n t i n a . h i i a d e l e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o . Se consenan
l o s e x c e l e n t e s m o s a i c o s d e la b ó v e d a c i r c u l a r d e l d e a m b u l a t o r i o e x t e r i o r , con motivos
a p a r e n t e m e n t e p a g a n o s ( e s c e n a s d e v e n d i m i a ) , r a z ó n p o r la q u e se l o consideró errónea-
m e n t e u n t e m p l o d e B a c o . E s t a h i p ó t e s i s se v i o r e f o r z a d a p o r la pérdida de todos los
, h
m o s a i c o s q u e d e c o r a b a n la c ú p u l a ; s i n e m b a r g o , g r a c i a s a una serie de acuarelas {a.
1 5 3 8 - 1 5 4 0 ) r e a l i z a d a s p o r e l a r t i s t a y e s c r i t o r p o r t u g u é s F r a n c i s c o de H o l a n d a sabemos
q u e e s t a b a d i v i d i d a e n d o s n i v e l e s : e n el i n f e r i o r h a b í a d i v e r s a s escenas del Antiguo Tes-
t a m e n t o ( S u s a n a y l o s v i e j o s , E l i a s , l ó b í a s , A l o i s é s e n el m o n t e H o r e b . . . ) , mientras que
c i e r t o s i n d i c i o s p e r m i t e n d e d u c i r q u e e n e l s u p e r i o r h a b í a escenas sacadas de los evange-
l i o s . C i e r t a m e n t e n o s e n c o n t r a m o s f r e n t e a u n p r o g r a m a t i p o l ó g i c o y soteriológico
1 9
m á s c o m p l e j o q u e el q u e se a d v i e r t e e n l o s g r a n d e s s a r c ó f a g o s c o e t á n e o s . Bastantes años
d e s p u é s , la e m p e r a t r i z C a l a P l a c i d i a m a n d a b a e r i g i r e n R á v e n a el mausoleo que hoy
l l e v a s u n o m b r e y d e l q u e , a p e s a r d e las r e s t a u r a c i o n e s y r e c o n s t r u c c i o n e s del siglo xu,
a ú n se p u e d e v e r e l e f e c t o e s p a c i a l y c r o m á t i c o o r i g i n a l . AJ l a d o d e grandes y loables
p a n e l e s d e c o r a t i v o s , v e m o s escenas s i m b ó l i c a s c o n s i g n i f i c a d o salvífico, c o m o los cienos
A. Ftrru.a, Le pirrure della nuova catacomba di Via Latina, Ciudad del Vaticano, 1960.
W. T r o n t o , The Via lattina Catacomh. University Park, Pa.. 1986, pp. 51 ss.
K- Lehtnann. «-Santa Costanza», The Art Builetin 37 (1955), pp. 193ss.
1 8
H . Stexn. «Los mosai'qucs de l'église de Saiotc Constance à Rome», Dtmtharton Oaks Paperi 12 (1958),
, w
pp. 159ss.
LOS r.JIAKDi:* PHOf.KAMAS I C O N O G R A F I C O S 85
que se acercan a abrevar en la Fuente de la Vida, las palomas que beben de una vasija, el
Buen Pastor, etc., al tiempo que se distinguen escenas cuyo significado resulta difícil
explicar, figuras de apóstoles, etc. En ambos casos, el significado del programa iconográ-
fica es el mismo, pero los motivos elegidos y hasta el tipo de escenas son muy diferentes,
hecho «pie índica la existencia de programas funerarios en los sarcófagos y en el arte
monumental, pero también que no se había concebido un modelo con variantes. Por
lado, queda patente el interés en un arte funerario figurativo.
nI lo relativo a las basílicas, la situación es muy distinta. Hay que tener en cuenta el
he ha de ijue las historias se debían ubicar en un ámbito sagrado organizado jerarquica-
in. ni- I.a zona principal era la del ábside, ocupada por los oficiantes y por religiosos.
I aiego venia el espacio de las naves. En los primeros siglos, en el lado oeste se encontrá-
is muro divisorio que separaba el lugar destinado a los bautizados del de los catecú-
menos. En consecuencia, se puso particular cuidado en la organización del presbiterio,
la zona que primero se iba a cubrir de mosaicos (bóveda y muros absidiales). Todo hace
pcns que, incluso en los tiempos más remotos, se trató de representar en la bóveda, de
lir
diversas formas, una teofanía o manifestación de Dios.
La primitiva basílica de San Pedro se erigió en torno a los años 370-375, y en la zona
de la nípula había una inscripción, hoy desaparecida pero conocida por transcripciones,
que bacía alusión al templo. Nada queda del mosaico, quizá porque por primera vez su-
frió daños en el siglo v y posteriormente fue sustituido o restaurado en varias ocasiones,
repitiendo siempre la misma escena representada en la primera versión* . En ella apare-0
cía Cristo en majestad sentado en un trono bajo la bóveda celeste, con san Pedro y san
Pablo y dos palmeras a los lados. Debajo, a Cristo lo sustituía el cordero o Agntis Dei, su
imagen simbólica, entre los apóstoles interpretados meiafóncamente como doce ovejas,
y. al fondo, las ciudades de Jerusalén y Belén, iglesias de los judíos y de los gentiles '. 2
Hacia 402-417 se realizó en la iglesia de Santa Pudenziana (Roma) el mosaico absidal
(Fig. 1) que representa a Cristo entronizado, modelo del arte triunfal, como maestro y
en majestad con nimbo, derivado de las figuras imperiales romanas"; en él se despliega
una inscripción en la que las primera palabras lo califican como dominas ecclesiae. Detrás
vemos la Jerusalén celeste y, en el centro, una cruz gemada triunfante y los símbolos de
los evangelistas. A ambos lados de Jesús, los apóstoles: los más cercanos son san Pedro y
san Pablo, coronados por las personificaciones de la ecclesia ex circuncisione y la ecclesia ex
arntibUS. Es interesante la presencia de los símbolos de los evangelistas, que comparecen
por primera vez en una obra monumental, y de conceptos personificados por figuras fe-
:a
J. Beckwilh. Arte pakocrmianoy bizantino. Madrid, 1997, j>. J2 (edición original co ingles de 1970).
11
La úlnrna «elaboración antes de que fuese desrruido se llevó a cobo con seguridad durante el pontifica-
do de Inocencio IH, que se hito representar junto con uiia imagen de la Iglcá3-. A. lacobini, «II mosaico absi-
dale di San Pietro in Vaticano», en M. Andaloro el al. (cds.), Fragmenta Pietà. Affreschi e mosaici staccati del
Medioevo romano. Roma, 1989. pp. 119-129. Sobre ci significado de la restauración de Inocencio ITi, sobre su
imagen y sobre la de la Iglesia, véase A Paravicini Bagliani, Le Chiavi eia Tiara, Roma, 1998, pp. 43-60.
" A. Grabar, L'einpereitr dansl'art c/irénen, Paris, 1936, p. 196. Eli general, véase V. Pace, «Immagini sacre
nei programmi figurativi della Roma aliomcdievale (v-ix secolo): Livelli di percezione e di fhu7Ìonc», en id.,
Artea Roma nel Medioevo, Ñapóles, 2000, pp. 269-286, que comienza con el análisis de Santa Pudenziana.
 Los D KAM DBS p RO(. RAMAS I C O N O G R A F I C O S 87

I n definitiva, el ábside principal es elegido como soporte de una tcoranía cuya for-
iniil.ii ion irá cambiando con el transcurso de los siglos. En el año 431, el Concilio de
I' lew decidió que la Virgen debía ser considerada Aladre de Dios. De este modo se vio
1

reforzado un culto ya existente, y se multiplicaron los iconos dedicados a María con el

Niño, figura que, a partir de una determinada época, comienza a ocupar la bóveda ahsi-
il.il \l mismo tiempo, en Oriente, en algunas iglesias con cúpula central, ésta se cubre
con un Pantócrntor o con un Dios en majestad. De este modo, la pane más importante
emnu /.i a desplazarse al centro, mientras que el ábside pasa a ocupar el segundo puesto
en el ni tlen jerárquico y se destina a Ja Virgen con el Niño, flanqueada por los arcángeles
Gtthi icl v Rafael. Destaca en torno al 550 la Virgen con el Niño entronizada entre arcán-
gel» santos de la basílica de Porec. con una insenpción en latín a sus pies en la que se
dio que fue realizada por voluntad del obispo Eufrasio. En realidad, todo esto formaba
paro di un programa mucho más amplio, que implica directamente al obispo, represen-
tada il lado del archidiácono Claudio y de su hijo Eufrasio. En el arco triunfal quedan
un» »s |'i m i s fragmentos de una Transfiguración, y en el lado occidental el teína anunciaba
el J U I C I O Final. Fl papa había llamado la atención al obispo por sus tendencias monofisi-
las, de ahí que el programa sea un signo del retorno a la ortodoxia". Tal vez de fecha
postenor es el complejo de la pequeña iglesia de la Panagia Angelolctisios en Kitri (Chi-
pre!, con una Virgen con el Niño de pie flanqueada por los arcángeles. En Roma apare-
ce por primera vez en los frescos de Santa Alaria Antiqua, del siglo v i .
I . j uülización de imágenes en el arte cristiano no se llevó a cabo sin una agria polé-
m e n i n a s , q u e i b a n a g o z a r d e g r a n é x i t o d u r a n t e t o d a la E d a d M e d i a - ' * . San Juan de Le- I I I I C . I , pues tanto en Oriente como en Occidente eran muchos los que creían que hacer-

t r á n e r a l a s e g u n d a i g l e s i a d e R o m a , sede e p i s c o p a l d e la c i u d a d . F u e construida en d
s i g l o i v y, e n e l v , se d e c o r ó c o n m o s a i c o s , d e s t r u i d o s t r a s d i v e r s o s c a m b i o s . Ks probable
q u e e l á b s i d e l o o c u p a s e e n o r i g e n u n a i m a g e n d e C r i s t o d e c u e r p o e n t e r o , antcnorah
e x i s t e n t e e n la i g l e s i a r o m a n a d e S a n C o s m e y S a n D a m i á n , fechada e n t o m o a 520-
5 3 0 * * ; E l m o s a i c o a c t u a l es o b r a d e I a c o p o T o r r i t i y I a c o p o da C a m e r i n o ( 1 2 0 ) . perose
y
lo suponía caer en la idolatría, por lo que se declaraban de forma vehemente y agresiva
contrarios a su uso. En Occidente todo se resolvió de modo pacífico, pero son bien
conocidas la iconoclastia biz.anbna y la influencia que ñivo en el Imperio durante más
de un siglo.
Como consecuencia de esta actitud, el papa Gregorio Magno, en torno al año 600,

escribió una célebre carta a Severo, obispo de Marsella-"', en la que le reprende con seve-
h a s u g e r i d o - ' q u e t a l v e z r e c o j a , c o n a l g u n a s v a n a n t e s , e l o r i g i n a l - ' ' ' . Existen otras teofa-
n i a s . c o m o la T r a n s f i g u r a c i ó n e n l a i g l e s i a d e l m o n a s t e r i o - f o r t a l e z a de Santa Catalina dd
S i i i a i ( 5 4 8 - 5 6 5 ) , l e v a n t a d o p o r J u s t i m a n o . E l C r i s t o s i r í a c o d e p i e y n i m b a d o encerrado
e n u n a n i a n d o r l u h a c e u n g e s t o d e b e n d i c i ó n e n t r e E l i a s y A l o i s é s , m i e n t r a s que a sus pies
e s t á n s a n P e d r o , s a n J u a n y S a n t i a g o e l A l a y o r . E n e l f r i s o q u e r o d e a e l conjunto, están
l o s b u s t o s d e l o s a p ó s t o l e s , d i e c i s é i s p r o f e t a s y p e r s o n a j e s d e la é p o c a , mientras quemas
a b a j o se t h s t i n g u e n e p i s o d i o s d e la v i d a d e A l o i s é s " ' .
ridad por haber ordenado eliminar algunas pinturas con imágenes. Por una pane, está de
acuerdo con él en cuanto a la prohibición de adorarlas, pero se muestra contrario a su
destrucción, ya que en el ambiente en el que se divulgaban estas pinturas tenían un valor
catequédeo y didáctico para las personas que no sabían leer y recurrían a las imágenes
para aprender:
Adorar las imágenes es una cosa; enseñar con su ayuda, otra. Las imágenes son para los
ignorantes lo que la cscnnira para las personas doctas, pues por su intermediación ven lo
que deben recibir; Icen en ellas lo que no pueden leer en los libros.

-" G . Alactluac. Atomici r/tcdiorvali delle chiese di Rom*, Roma. 1967. pp. 55-76, E. Dassmann, »DasApsis-
inosaik von S. Pudeniiana ini R u m - , Römische Quartalschiift 65 (1970). pp. 67 ss.
: j
C . J . HoogvwcrtT. - I l musaico absidale di S. Giovanni in Latcrano ed altri mosaici romani*.AmdtlU !
" llcckwith, Wrfr p/deocrutiano, cit., pp. 133-136.
Pontificia Accademia Romana di Archeologia. Rendiconti 2? (1955), pp 297-}26. ;
'' Grcgono Magno, Episiole, liliro XI, n. 13, en J.-P. Migne (ed.). Pntrologiu Latina, vol- LXXVII, cols.
*** C. Cecchelli, —A proposito del mosaico dell'abside laterancnsc», .\litcctanea Bìhtiothecae Hertziani 1.128-1.130, Cfr. tambicn J. Yarta Luactrs. Fuentes de la Historia dd Arte, vol. I, Madrid, 1997. pp. 144-146,
(1961). pp- 1 Jss. pcro solire todo C. M- Ohazelle, «Picturcs, Books and the Illiterate. Pope Gregory I's letters to Screnus of
1 0
Sobre la iconografia del abside a partir del siglo iv, véase, en general, C. Ihm. Oie Programme der Chnst- Marseille", Wold and Image 6 (1990), pp. 138-153.
lichen Apsismalerei vom vierten Jahrhundert his =.u .Mitte des achten Jahrhunderts, Wiesbaden, i960.
K- \Vcitzjnann, - T h e Mosaic i n die Saint-Catherine 's Alonastcry in Mounr Sinai», Proceedings oftbt
American Philosophical Society 1 10 (1960), pp. 392-405.

¡1
ss A R T E E HISTORIA EN LA E D A D M E D I A ili

E n este p r e c i s o m o m e n t o nace u n o d e l o s topoi d e m a y o r é x i t o e n la E d a d M e d i a , quesera Los CHANDES FBOlItAMAS ICONOGRAFICOS 89

r e t o m a d o o c a s i o n a l m e n t e e n l o s p e r i o d o s c a r o l i n g i o y r o m á n i c o . N o se le puede negar su
v a l o r , a u n c u a n d o el a r t e c r i s t i a n o es a l g o m á s q u e u n a B i b l i a p a r a los analfabetos.
E n esa é p o c a , e n a l g u n a s i g l e s i a s l o s m u r o s d e la n a v e p r i n c i p a l se llenan con ciclos
d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o , c o m o si se h u b i e s e t e n i d o e n c u e n t a la a d v e r t e n c i a de Gregorio L
que. p o r otra parte, n o había sido el p r i m e r o e n formularla. A c o m i e n z o s del siglo v.
P a u l i n o d e Ñ o l a , al r e f e r i r s e a s u p r o p i o s a n t u a r i o , d e c í a q u e l o s parroquianos eran
a n a l f a b e t o s m a s c r e y e n t e s , y q u e s u f e e r a e s t i m u l a d a p o i la c o n t e m p l a c i ó n y la lectura
de tas i m á g e n e s . E l g r a n p o e t a h i s p a n o d e l s i g l o i v A u r c l n . ( l e m e n t e Prudencio escri-
i i n t e x t o , d e n o m i n a d o Dtrtoehactmi, e n e l q u e d e s c r i b í e n d i v e r s o s titoli escenas de
l i s t o n a b í b l i c a u b i c a d a s e n las n a v e s d e a l g u n a i g l e s i a h i s p a n a desconocida o perdi-
' - o m i e n z a c o n A d á n y E v a . y c o n t i n ú a c o n v e i n t i c u a t r o escenas d e l Antiguo Tes-
e n t o . L u e g o e m p i e z a a d e s c r i b i r o t r a s v e i n t i c i n c o , de la A n u n c i a c i ó n al Apocalip-
át las q u e c i t a e l C o r d e r o q u e a b r e e l l i b r o d e l o s s i e t e sellos rodeado por los
veinticuatro ancianos. : Roma, basilica de Santa Mana Maggiore, arco triunfal con escenas de la infancia de Cristo,
L a s naves d e la b a s í l i c a d e S a n P e d r o e s t u v i e r o n c u b i e r t a s a a m b o s lados por un im- mosaico pancini. 432-440.
p r e s i o n a n t e c o n j u n t o d e f r e s c o s , e n l o s q u e h i s t o r i a s d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o se confron-
t a b a n a o t r a s d e l N u e v o ; c o n o c e m o s g r a n p a r t e d e ellas g r a c i a s a u n a serie de dibujos y resallado su valor escatológico' . Los mosaicos de la nave principal, que en origen eran
5

acuarelas. C a u s a r o n u n a g r a n i m p r e s i ó n y s i r v i e r o n de m o d e l o a o t r o s lugares". cuarenta, están dedicados al Antiguo Testamento y se han atribuido a los mismos talleres
L a p r i m e r a g r a n b a s í l i c a e n la q u e se c o n s e r v a u n g r a n c i c l o d e este t i p o es la de San- y a la misma época del arco triunfal . Los veintiuno del lado norte corresponden al Gé-
16

ta M a r í a la M a y o r e n R o m a . C o n s t r u i d a p o r e l p a p a L i b e r i o ( 3 5 2 - 2 6 6 ) , fue luego reedi- nesis, y los últimos siete a ambos lados, a la historia de José. La intención dominante, en
ficada y d o t a d a d e m o s a i c o s p o r S i x t o I I I ( 4 3 2 - 4 4 0 ) . r e s p o n s a h l e d e l c o n j u n t o que cubre el momento de su elección, es didáctica. Pretenden dirigirse al fiel mediante imágenes de
e l a r c o t r i u n f a l y las zonas altas d e la n a v e c e n t r a l , a u n q u e n o se sabe si también es cosa salvación, para luego llegar al misterio de Cristo en el arco triunfal' . Lo mismo vemos
7

en Sant'ApoIIinare Nuovo de Rávena, de principios del siglo vi.

suya e l de la b ó v e d a a b s i d a l . d e s t r u i d o a finales d e l s i g l o x m * - \ E l a r c o t r i u n f a l , que ori-
g i n a l m e n t e s e r v í a d e m a r c o al p r o p i o á b s i d e , c o m p r e n d e u n c i c l o d e l N u e v o Testamento En cuanto a Santa María la Mayor, tal vez cabe considerar que, dado que todos los
ciclos se concibieron y realizaron en poco tiempo, se deba delinear en el conjunto un
sacado d i r e c t a m e n t e d e l o s e v a n g e l i o s , c o n la e x c e p c i ó n d e u n a escena, procedente del
programa iconográfico general, con los mosaicos perdidos del ábside en primer lugar,
e v a n g e l i o a p ó c r i f o d e l P s e u d o - A l a t e o ( F i g . 2 ) . E l c i c l o se c e n t r a en una imagen déla
que según algunos debía estar presidido por la Virgen, hecho poco probable si se tiene
ctimasta, d e c a r á c t e r e s c a t o l ó g i c o , r e f o r z a d a p o r la p r e s e n c i a d e las representaciones de en cuenta la época: era más lógico pensar en una nueva teofanía. Las imágenes de la base
J e r u s a l é n y B e l é n , q u e ya h e m o s v i s t o . E l p r o g r a m a se h a p u e s t o e n r e l a c i ó n con la idea tienen una larga inscripción en la que se menciona a la Virgen, y que resulta muy signi-
d e l p r i m a d o d e la sede r o m a n a , e x p r e s a d o p o r S i x t o I I I en la i n s c r i p c i ó n «Xystus episco- ficativa en el caso de esta iglesia, la primera en Roma dedicada a la figura de María, aun
p u s p l e b i d e i » s i t u a d a e n l a clave d e l a r c o * * ; n o o b s t a n t e , h a y q u e t e n e r presente que son cuando su protagonismo iconográfico sea bastante reducido.
fechas d e m a s i a d o t e m p r a n a s p a r a q u e e n R o m a se p u d i e s e m a n i f e s t a r una ideología tan
a c a b a d a , c a r a c t e r í s t i c a d e la E d a d A l e d i a m á s a v a n z a d a . E n fechas m á s recientes se ha
5 4

K o todos los estudiosos aceptan esta explicación. Véase l.t interpretación principal, en C. Davis-Weyers,
J u

«Komposiuon und Szencnausw3hl ini Dittehaettm des Prudencios^, en Studien zur spatantiken und bizantini-
sehen Kunst Fr. H ' Deichmann gewidmet, I i i . Bonn, 1986, pp. 19s*.
H - I — Kessler, <-La antica basilica di san Pietro come fonte c ispirazioni- per la decorazione delle chiese
5 1
medievali*-, en Andaloro et al. (eds.), Fragmenta Pietà, cit., pp. 45-64.
- En la época, tuvo una notable importancia por Jas informaciones gráficas que ofrecía. C. Cccehelli, /
mosaici della basilica di S. .Maria Maggiore. Turin, 1956.
" Se han ofrecido explicaciones parciales, por ejemplo sobre cómo interpretar la Anunciación y la Huida
a Egipto en cuanto metáforas \isuales, tomando como punto de partida un sermón de León I para Navidad y
Epifanía; J. PJcane Sieger. «Visual Metaphor as Theology: Leo the Great's Sermon on the Incarnation and the
Arch Mosaics at Sta. Mana Maggiore». Gesta 25, 2 (1987), pp. 83-91. Resulta difícil aceptar esta propuesta, por
problemas cronológicos.
B. Brcnk. Die frnbcbristUcben Motaikcn in Santa Maria Maggiorc zu Roni, Wiesbaden, 1975.
,lS

• U- Schubert, - D e r politische Primat3nspruch des Papstes, dargestellt am Triumphbogen von Santa " Saxcr, Sainte-Mane-Majeure, cit., p. 48.
Maria Maggiore in Rom», Kairos 123 (1971), pp. I94ss.
V. Saxer, Samte-Marie-Majeiirr. Une basilique de Rurne d¿itis l'histoire de ¡a Hile et de son Église, Roma, 200], p, 52.
90 A R I E E HISTORIA E N LA E D A D M IDIA M I
La Alta Edad Media
E n e l p e r i o d o d e t r a n s i c i ó n e n t r e la A n t i g ü e d a d l a r d i . i v la A l i a K d a d M e d i a , la pro-
t u n d a c r i s i s d e E u r o p a o c c i d e n t a l t u v o i n m e n s a s consec u c n c i a s e n e l e n c a r g o de obras de
a r r e s i n e n t r a r a c o n s i d e r a r p r o b l e m a s f o r m a l e s . L a sep i a c i ó n d e O r i e n t e resulta muv
c l a r a , a u n c u a n d o c o n t i n u a s e p r o d u c i é n d o s e u n a i n l W m ... e n d i r e c c i ó n este-oeste, y i
p e s a r d e q u e a l g u n o s p a p a s d e R o m a p r o v i n i e s e n d e l m u n d o h i / . m i i n o . Aquí, después<k
los a n o s c r í t i c o s d e l asedio d e C o n s t a n t i n o pía p o r parte 1
l o s m u s u l m a n e s , el empera-
d o r 1 . c o n I I I I s á u n c o l o g r ó s u p e r a r el p e l i g r o , p e r o in ; l.i i c o n o c l a s t i a ("36), praU-
h i e n d o las i m á g e n e s sagradas t a n t o en el á m b i t o r c l i u - • m o e n e l c i v i l . Habría que
e s p e r a r a l a ñ o 8 4 3 p a r a q u e s u c u l t o se d e c l a r a s e o r t o d < »x. d a n d o así i n i c i o al periodo
m á s b r i l l a n t e d e la h i s t o r i a , la c u l t u r a y e l a r t e b i z a n t i n o s Es e l m o m e n t o en que se co-
m i e n z a a d a r f o r m a a u n g é n e r o d e p r o g r a m a i c o n o g r á f i c o q u e se irá h a c i e n d o cada vez
m a s n e o c o n e l p a s o d e l t i e m p o , s i b i e n c o n s e r v a n d o l o s e l e m e n t o s esenciales de su for-
m u l a c i ó n i n i c i a l * * . P o r u n a p a r t e , se n o r m a l i z a n d i v e r s o s t i p o s d e iglesia de tamaño me-
d i o , c o n p l a n t a d e c r u z g r i e g a y c ú p u l a s o b r e p e c h i n a s e n e l c r u c e r o , sobreelevada sobre
u n t a m b o r c i l i n d r i c o q u e d o t a a l i n t e r i o r d e u n a m a y o r ¡ i l u m i n a c i ó n y hace que el edificio
r e s u l t e m á s v i s t o s o a l e x t e r i o r . E n g e n e r a l , la l i t u r g i a n o se m u e s t r a a l o s rieles. El pro-
g r a m a se e s t a b l e c e c o n f o r m e a u n o r d e n j e r á r q u i c o q u e se d e b e p o n e r e n paralelo no sólo
c o n las t e o r í a s filosónco-místicas d e l P s e u d o - D i o n i s i o s i n o t a m b i é n c o n la propia orga-
n i z a c i ó n j e r á r q u i c a d e l E s t a d o b i z a n t i n o , e n c u y a c ú s p i d e se e n c u e n t r a el hastieos.
L a p a r t e m á s i m p o r t a n t e es, p u e s , la c ú p u l a , c u y o s i g n i f i c a d o c ó s m i c o y celestial viene
c o n f i r m a d o p o r t e x t o s m u y a n t e r i o r e s . E n e l l a se u b i c a r á e l P a n t o c r á t o r . la Majestad de
O Í O S , r e p r e s e n t a d o e n u n m e d i o c u e r p o d e d i m e n s i o n e s g i g a n t e s c a s , q u e sostiene el Li-
b r o d e la R e v e l a c i ó n y b e n d i c e , r o d e a d o d e á n g e l e s q u e p u e d e n e n c o n t r a r s e , ya en b
c ú p u l a , y a e n e l t a m b o r . E n m u c h a s i g l e s i a s , la c ú p u l a se d e r r u m b ó y desapareció la
i m a g e n d i v i n a , q u e v e m o s e n D a f n e e n e l s i g l o x n . E n u n a é p o c a t e m p r a n a se puede
d a t a r u n a t e o f a n í a s e c u n d a r i a c o m o la . A s c e n s i ó n e n S a n t a S o f í a d e T e s a l ó n i c a (finalesdel
s i g l o i x ) . E n u n s e g u n d o n i v e l e n c o n t r a m o s la bema y s u e n t r a d a , d o n d e se celebra la li-
t u r g i a , c u b i e r t a p o r u n a s e m i c ú p u l a . A q u í se d i s p o n e la V i r g e n c o m o Tbeotokos. Madre
d e D i o s , c o n v a r i a n t e s : d e p i e c o n l o s b r a z o s a b i e r t o s e n p o s t u r a de o r a n t e (Blac&ernitis-
sa). m o s t r a n d o e l c a m i n o (Odigbitria), e t c . C u s t o d i a n la e n t r a d a d o s a r c á n g e l e s vestidos
c o m o la g u a r d i a i m p e r i a l , d a d o q u e t i e n e n la m i s i ó n d e e s c o l t a r a la Tbeotokos. P o r últi-
m o , s o b r e b ó v e d a s y m u r o s , d i v e r s a s f i g u r a s d e s a n t o s , d e m e d i o c u e r p o o de cuerpo
e n t e r o , e n m e d a l l o n e s , s i e m p r e a c o m p a ñ a d o s d e i n s c r i p c i o n e s (pie los i d e n t i f i c a n , ya que
portan pocos atributos que p e r m i t a n reconocerlos.
E s t e es e l p r o g r a m a b á s i c o , p e r o b i e n p r o n t o se s i t ú a n e n las pechinas diversas escenas
d e la v i d a d e C r i s t o , e m p e z a n d o c o n Ja A n u n c i a c i ó n ( K a t h o l i k o n d e H o s i o s Lukas). Cuan-
d o las escenas se v u e l v e n m á s n u m e r o s a s , t a m b i é n se p u e d e n d i s t r i b u i r p o r los muros,
s i e m p r e a c o m p a ñ a d a s p o r f i g u r a s d e s a n t o s ( N e a A l o n i e n Q u í o s ) . Se p r i v i l e g i a el muro
" En las páginas que siguen, que tratan del arte cristiano occidental, se barí una simple mención al ane
,
bizantino; no obstante, es necesario hacer una referencia general a este programa en caso de que influya ose
refleje en el arte de Occidente.
Lo* OKASDtS FROCRASIAS I COS'OC RÁ f I COS 91
occidental, y en este caso se elige otra escena, confonne a la advocación de la iglesia, como,
|w>r ejemplo, la Konncsis o Dormición de la Virgen en Dafne. Además, comienza a tomar
forma, tal vez en el siglo x, el Juicio Final, de compleja iconografía, que aparece primero
en iconos, aún conservados (Santa Catalina del Sinaí), y luego en los frescos de las iglesias.
Con el tiempo, y también en iglesias de planta basílica! o de una sola nave, ocupará todo
el muro occidental interior. Asimismo en fecha más tardía (siglo vi), la exedra del bema es
ncup.id.i por la Comunión de los apóstoles, y no falta la Anastasis o Descenso a los infier-
nos. * i vea en el interior, acompañada por otras escenas de la vida de Cristo, ya en el
nam • encima se coloca el Juicio Final. Es evidente que el rigor de la estructura general
m u \, luve notables variantes, que caracterizan la particularidad de cada programa' . 9
L i situación en Occidente, hasta la aparición del Imperio carolingio, no es la más
adecuada para llevar a cabo grandes empresas artísticas. Sin embargo, muchos papas
encmmr.in el modo de construir, tanto en Roma como en otros lugares, oratorios y pe-
quen.^ iglesias, o de restaurar o ampliar los prexistent.es y completarlos con frescos y
mosaii. .s. aunque sin programas iconográficos ambiciosos como los que hemos examina-
do hasta .ihora. Surgen temas hasta ahora inexistentes, se atribuye una función más i m -
pórtame .. Alaria y. con el paso del tiempo, aumenta la presencia de santos, se multiplican
los icxios en los que se cuenta su vida y. sobre todo, su marurio, mientras en la capital es
eada x c/ mas importante el papel protagonista del obispo de Roma, que comienza a ha-
cerse retratar en las obras que promueve.
L n<> tic estos pequeños santuarios romanos es el oratorio de Juan V i l (705-707) en el
,menor del inmenso conjunto de la basílica de San Pedro, destruido como todo el resto,
pero del que se han conservado descripciones y dibujos . El papa era bizantino. Estaba
40
dedicado a la Virgen, representada en el centro del muro principal, con los brazos abier-
tos propios de la orante. A su derecha, el retrato del papa, que en una inscripción reco-
nocía no ser digno, aunque al mismo tiempo se identificaba como quien había mandado
engir el oratorio: «Iohannc indignus episcopus fccit». En un estado más o menos bueno
se conserva la figura mañana coronada. Alrededor y sobre los otros muros se desplegaba
un amplio ciclo de la vida de Jesús, comenzando en la Anunciación y terminando en la
Ascensión. La nueva situación polínca creada con el Impeno carolingio y el protagonis-
mo ideológico que el papado tenia en todos los campos favorecieron nuevas empresas
arüsticas en el siglo ix. Pascual (817-824) fue responsable de algunos de estos proyectos,
como el ábside de Santa Alaria in Dominica, presidido, como en el caso del oratorio de
Juan V I I , por una Virgen con el Niño entronizada, rodeada por una multitud de ángeles,
mientras debajo, a un tamaño mucho más pequeño, el papa se arrodilla en alusión al
gesto de la proskyncsis poniéndose a los pies de María . 41
" Orno ya se ha dicho, la bibliografia ciiatla se limita a un texto clasico, del que se han hecho vanas edicio-
nes desde 194H O . Dermis,fíyzantineMosaic Dnvration Aspecto ofMonumental Art m Byzantitmi, Londres, 1948.
*• J.-M. Sansterrc, -Jean Vil (705-7U7): idéologie ponüficale», en L. Hadenuann-Misguich y G. Racpsact
<eds.). Rayonneineni gree. Hommage á Charles Ocfooyc, Bruselas, 1982, pp. 3J7-38H; M. Andaloro, «1 mosaici
dell'Oratorio di Giovanni Vii», en AL Andaloro et al. (cds.). Fragmenta Pietà, ciu, pp. 169-177.
** M. Andaloro y S. Romano, «L'immagine nell'abside»-, en cad.. Arte e iconografia a Roma: da Costantino a
Cola di Rienzo, .Mdán, 2000, pp. 105-106.
92 A R T I E HISTORIA EN- LA E D A D M F D t A III
L a v i d a d e l I m p e r i o t r a n s c u r r e e n t r e a l t o s y b a j o \ c o n c o n t i n u a s guerras civiles iras
l a m u e r t e d e L u d o v i c o P í o . E n e l a ñ o 8 4 6 . l o s m u s u l m a n a s a q u e a n R o t n * . I I proccsoclc
r e c u p e r a c i ó n es l e n t o . S e g ú n H e r b e r t L . K e s s l e r . si b i e n r e s t a u r a d o s , los mosaicos de las
n a v e s d e S a n P e d r o d i b u j a d o s y d e s c r i t o s p o r G r i m a l d i i n ló()> c o r r e s p o n d e n a los ori-
g i n a l e s d e l s i g l o i v . S i n e m b a r g o , t r a s e l d e s a s t r e m u s u l m á n , L e ó n I V (84"-Ss4) restauró
l o s m o s a i c o s e x i s t e n t e s y a g r e g ó n u e v o s t e m a s , c o m o I . , ( , u c i l i x i o n y la Anastasis,cuya
presencia era i m p o s i b l e e n el p r o y e c t o original -". 4
X o s e n f r e n t a m o s a u n a fase q u e p r e s c i n d e d e la e s c u l t u r a m o n u m e n t a l , lo que impi-
d e , p o r t a n t o , la c r e a c i ó n d e c o n j u n t o s d e c i e r t o i n u :i o n o g r á i i c o reía, lonados con
esta t é c n i c a . E s . e n c a m b i o , u n a fase m u y i m p o r t a n t i * n la i l u s t r a c i ó n de suntuosos li-
b r o s , c a p i t u l o al q u e s ó l o n o s r e f e r i r e m o s d e m o d o i n d i n i l o , - i p r o p ó s i t o de los grandes
c i c l o s p i c t ó r i c o s y e s c u l t ó r i c o s . L a m i n i a t u r a c a r o l i n g i n de .de finales d e l siglo ix hasta el x
es m u y a v a n z a d a y e x t r a o r d i n a r i a , p e r o n o i n c l i n e g r a n d e s c o n j u n t o s de imágenes,ni
s i q u i e r a d e c a r á c t e r n a r r a t i v o , c o m o e n l o s p r i m e r o s s i g l o s , E n T o u r s se revisa el texio
b í b l i c o , p a r t i e n d o d e l c u a l se h a c e la p r i m e r a r e d a c c i ó n , en la q u e se ilustra sólo el inicio
d e l A n t i g u o y el N u e v o T e s t a m e n t o . E n u n e j e m p l a r p o s t e r i o r , las m i n i a t u r a s se duplican
y se e s c o g e n c o n f o r m e a u n p r o g r a m a . Ú n i c a m e n t e en la Biblia de San Pablo Extramuna
se d i s p o n e n d i v e r s o s c i c l o s d e c i e r t a e x t e n s i ó n * .
4 canil»", el espacio se estructura plásticamente en torno a la figuración. Tanto en los ex-
U n c a p í t u l o s i n g u l a r l o c o n s t i t u y e el 3 r t e h í s p a m e , i d e los r e i n o cristianos occideno-
les, e n p a r t i c u l a r p o r l o q u e r e s p e c t a a la m i n i a t u r a d e l s i g l o \. e r r ó n e a m e n t e calificada
d e - < m o z á r a b e » . L o s l i b r o s se c o p i a n e n y p a r a l o s m o n a s t e r i o s : el m á s importante es d
Comentario al Apocalipsis e s c r i t o p o r B e a t o d e L i é b a n a e n el a ñ o 7 7 6 y corregido en dos
o c a s i o n e s . N o es m u y o r i g i n a l , p u e s r e c o g e casi e n su t o t a l i d a d materiales textuales de
o t r o s a u t o r e s , c o r t a n d o y p e g a n d o a q u í y a l l í , y s i n o c u l t a r l o , ya q u e revela sus hicntes.
E s m u y p r o b a b l e , y h a y p r u e b a s i n d i r e c t a s al r e s p e c t o , q u e el p r i m e r ejemplar estuviese
d e c o r a d o c o n u n g r u p o b a s t a n t e escaso d e m i n i a t u r a s . U n a o b r a semejante debería haber
c a í d o e n el o l v i d o , p e r o n o f u e a s í . y en el s i g o x es c o p i a d a en m ú l t i p l e s ejemplares, que
i n c l u í a n u n n ú m e r o s u p e r i o r d e h i s t o r i a s , a las q u e se a ñ a d i e r o n o t r a s muchas imágenes
d e r i v a d a s d e i n t e r p o l a c i o n e s q u e e n o c a s i o n e s s o n c o m p l e t a m e n t e ajenas al Apocalipsis.
M a b í a d o s f a m i l i a s d e m a n u s c r i t o s , y l a s e g u n d a , la m á s r i c a , es la que probablemente
s u r g e e n el s i g l o x . E s t o s m a n u s c r i t o s s o n m u y s u p e r i o r e s , e n c u a n t o calidad y originali-
d a d d e e s t i l o , a t o d a s las c r e a c i o n e s e u r o p e a s d e la é p o c a r e l a c i o n a d a s c o n el Apocalipsis,
t e x t o m i s t e r i o s o q u e e n O r i e n t e n i s i q u i e r a estaba i n c l u i d o en el c a n o n bíblico de los li-
b r o s r e v e l a d o s . E n la f a m i l i a JJ se a ñ a d e el Comentario de san Jerónimo al Libro de Daniri
y , e n a l g u n o s e j e m p l a r e s {Beato de Gerona, M u s e o d e la C a t e d r a l , N u m . lnv. 7 |1I]},
t a m b i é n u n i m p o r t a n t í s i m o c i c l o d e la v i d a d e C r i s t o , b a s a d o e n fuentes distintas a las
e u r o p e a s o c c i d e n t a l e s . L a p r o d u c c i ó n d e m i n i a t u r a s c o n t i n ú a hasta los p r i m e r o s años del
s i g l o x i n , j u s t o c u a n d o se i n i c i a la c r e a c i ó n d e l o s g r a n d e s A p o c a l i p s i s ingleses de los si-
g l o s x i u y x i v , los ú n i c o s p a r a n g o n a b l e s a los e s p a ñ o l e s * . 4 la miniatura otomana en H. MayT-IIarong, Otnntan Boek lllammation, 2 vols., Londres-Nueva York-, 1991.
*- Kessler, La anma basilica dì san Pietro, cit-, p. 50.
* _|. E- Oaehdc. F. Alütlierich ct al.. /-/ Bibbtia di San Paolo Fuori le Mura, edición facsímil. Roma, 1994.
l
** La bibliografía sobre los manuscritos de las obras de Beato es inmensa; tan sólo citaré uestítulos*P.
Klein, Der älterer Beatus-Kodex Vitr. 14 I der Biblioteca S'adottai zu Madrid. Mildeshcím-Nueva York, 1976.
93
Los GRANDES H O G » * M A 5 I CONOC II At I COS
I n el Imperio, las biblias no abundan como en el ámbito carolingio, pero existe un
importante grupo de evangelios y evangeliarios. En general, los textos de cada evangelis-
ta .dientan con las ilustraciones correspondientes, pero, en consecuencia, en algunos
Códío ^e repite más de una historia. Se conciben ciclos parciales, pero no se puede ha-
blar de grandes programas, aunque las escenas son más numerosas . 45
La época románica. Los programas escultóricos
monumentales
Owno es bien sabido, al margen de algunos excepcionales ejemplos imperiales en
tom«» .1 orto 1000, 'a escultura monumental se recupera en el periodo románico, hasta el
pum<» de convertirse en la protagonista del campo artístico, por encima incluso de la
pinnirj. Kn el edificio románico se ha producido un cambio en el esrilo arquitectónico,
que desde los tiempos del primer arte cristiano no se preocupaba por el exterior, en par-
te porque el culto celebrado en su interior le otorgaba a aquél menor relieve; ahora, en
Cremos del uansepto como en la zona opuesta a la cabecera se crean grandes fachadas
que se iniculan y llenan de relieves figurativos. Por un lado, las puertas adoptan la forma
de arco de medio punto y se fusionan con tímpanos decorados con escultura. La super-
ficie muraría se enriquece con un cuerpo en resalto, dispuesto en cada arco, de mayor o
menor extensión, con marcado abocinamiento. Al principio, las arquivoltas presentan
molduras de sección circular, pero ya avanzado el siglo xn se cubren de esculturas. La
linea de las arquivoltas «desciende» hasta el suelo a través de columnas, cuyo capiteles
pueden ser figuranvos. Con menor frecuencia, los relieves se expanden por la fachada,
más allá de las portadas. Ante esta inmensa superficie que podía servir de base a la escul-
tura, es posible la concepción de notables programas iconográficos . 46
Contrariamente a cuanto había sucedido hasta el momento, será el arte francés el que
marque la pauta, y es precisamente en Francia donde, en la época, se realizan las portadas
más monumentales. Por otra parte, la figuración puede, en todo momento, usar como
soporte los capiteles del interior de la iglesia, si bien sólo con programas parciales. Asi-
mismo, el claustro de monasterios y catedrales es un ámbito adecuado para ello. La for-
ma que conocemos, queda fijada en el periodo carolingio, pero entonces no comprende
dondefi)jel amana pictórico de todos los manuscritos; J. Williams, 77;c lllusttattd Btatus A Corpus oftbe lllui-
natians of tbt Commentaiy on tbe Apocalypse, 4 voh., Londres. 1994-2002 (se han publicado cuatro de los cinco
voiúincnL-v previsto*). J. Yarra Luaccs. Beato de Débana Manuscritos iluminados. Barcelona, 1998, donde se
r-kanuium, en !a medida de lo posible, casi todos los manásemos dentroricsu contexto.
** Al estudiar la iconografía vinculada a Oriente, G- Carnes, Byzame et la peinture romane de Germana,
París, I Oftfi, rrara cada tema con independencia de los demás, confirmando lo que se ha dicho. Una revisión de
** Siguen siendo interesante* los análisis formales de una escultura subordinada a) marco arquitectónico de
H. Fociüon, L'art des seu/pteurj romans, París, 1931, con varias ediciones y traducido a diverso* idiomas. Ade-
más, cfr J lialtrusairis, 1a stylistiquearflaméntale déla sculpturt romane, Paris, 1931, centrado principalmente en
la escultura ornamental.
94 A R T E E HISTORIA EN LA E D A O M E D I A III

e s c u l t u r a , q u e se i n t r o d u c e e n u n m o m e n t o i n d e t e r m i n a d o , t a l v e z hacia la primera mi- L O S G R A N D E S m O G R A . M A S I C O N O G RX F I C O S

t a d d e l s i g l o x i , t a n t o e n l o s r e l i e v e s u b i c a d o s e n l o s V é r t i c e s d e l r e c t á n g u l o conlóenlos
c a p i t e l e s e n l o s q u e a p o y a n l o s a r c o s q u e s e p a r a n e l j a r d í n c e n t r a l d e la zona cubierta por
la q u e d e a m b u l a n y m e d i t a n l o s m o n j e s .
L a p o r t a d a e v o l u c i o n a d e s d e f o r m a s m u y s i m p l e s hasta i "tras de m á x i m a complejidad,
y p r o n t o q u e d a c l a r o q u e l a r e m á t i c a es d i v e r s a y n o o b e d e, c o m o e n Bizam io, a nor-
m a s c o m u n e s d e c a r á c t e r g e n e r a l . R e t o m a n d o la c o n c e p e i d i d á c t i c a d e G r e g o r i o Mag-
n o , e n c i e r t a m e d i d a r e c o n o c i d a p o s i t i v a m e n t e e n l o s / ihos di roímos -respuesta occi-
d e n t a l a la p r o p u e s t a b i z a n t i n a r e l a t i v a a l c u l t o d e las i m & g i nos—, esta posibilidad se va a
v a l o r a r e n m u y a l t o g r a d o . X o o b s t a n t e , la r i q u e z a t e m a r u a y d e i n t e n c i o n e s es mucho
m á s a m p l i a e i n t e r e s a n t e . S i n d u d a , e l t e m a m á s c o m ú n es de las teofanías triunfantes, la
m a n i f e s t a c i ó n d e D i o s a l o s h o m b r e s , si b i e n c o n u n m a r c a . I< i s e n t i d o anagógico, es decir,
p a r t i e n d o d e la m a t e r i a l i d a d d e las i m á g e n e s p a r a acercarse . l< i i n m a t e r i a l . E n su análisis
d e las p o r t a d a s r o m á n i c a s " , Y v e s C h r i s t e p r o p o n í a c o n s i d i i .ir c u a t r o temas principales:
1

la A s c e n s i ó n , la T r a n s f i g u r a c i ó n , la Muicsras Dommi y e l J u i c i o F i n a l . Si nos referimosal

á m b i t o f r a n c é s , e s t á c l a r o q u e é s t a es la r e a l i d a d , p e r o e n < »i ras zonas la variedad es mu-
c h o m a y o r , y e l ú n i c o e l e m e n t o c o m ú n es e l h e c h o de q u e n u n c a falta, aunque sea de
m o d o i m p l í c i t o , la p r e s e n c i a d e l o d i v i n o .

P o r e j e m p l o , e n la p o r t a d a d e l.i f a c h a d a d e la c a t e d r a l de Jaca, e n Aragón. El centro

d e l t í m p a n o l o o c u p a u n c r i s m ó n e n e l q u e . p o r u n e r r o r , v o l u n t a r i o o involuntario, se ha dos ismaelitas o agarenos. El programa, por tanto, contaría con significativos elementos
m o d i f i c a d o la l e c t u r a d e las l e t r a s , d e m o d o q u e la «ro>- g r i e g a se c o n f u n d e con la P. annimisiilmanes, propios de una sociedad en la que era habitual la confrontación militar
t r a n s f o r m a n d o e l c r i s m ó n c r i s t o l ó g i c o e n u n c r i s m ó n t r i n i t a r i o . A d e m á s , a ambos lados cristiandad-islam" . Fuera del espacio de la portada, en la fachada, quizá ligeramente
19

h a y d o s l e o n e s , u n o d e l o s c u a l e s posa la z a r p a p r o t e c t o r a s o b r e u n i n d i v i d u o de cuya despla¿ados respeto 3 la ubicación original, hay encastrados diversos fragmentos de un
b o c a sale u n a s e r p i e n t e . Se t r a t a d e l p e c a d o r a r r e p e n t i d o , a c o g i d o benévolamente por el singular zodíaco de carácter baunsmal . La portada se completa con las figuras de san
50

l e ó n f u e r t e d e j u d á . q u e es G r i s t o . F l o t r o pisa al A l a i , s i m b o l i z a d o p o r u n basilisco y un
o s o . L o s c a p i t e l e s e n l o s l a t e r a l e s p r e s e n t a n t e m a s d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o , que, junto
c o n l o r e p r e s e n t a d o e n e l t í m p a n o , c o n f o r m a n u n p r o g r a m a de t i p o penitencial" '. En el 41
r e i n o d e L e ó n t i e n e g r a n r e l e v a n c i a la c o l e g i a t a d e San I s i d o r o . E n la portada sur (Por-
t a d a d e l G o r d e r o ) , e n e l c e n t r o d e l t í m p a n o , e n s u p a r t e s u p e r i o r , aparece el Cordero
m í s t i c o , es d e c i r . C r i s t o , e n u n c í r c u l o s o s t e n i d o p o r á n g e l e s ; d e b a j o , su correspondiente
figura t i p o l ó g i c a d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o , e l S a c r i f i c i o d e Isaac. E l protagonismo de
A b r a h a m se e x t i e n d e t a m b i é n a l o s l a t e r a l e s , d o n d e , p o r u n a p a r t e , se completa la histo-
r i a , c o n Isaac d e n u e v o p r e s e n t e , q u e va a l s a c r i f i c o c o n e l asno y se despide de la madre.
I s a a c r e p r e s e n t a la h e r e n c i a e s p i r i t u a l d e A b r a h a m . E n e l o t r o l a d o , el protagonista es
I s m a e l , h i j o c a r n a l , v e s t i d o d e a r q u e r o , c o n f o r m e a la t r a d i c i ó n . Se pensaba que Ismael,
h i j o d e A g a r , e r a e l p r e d e c e s o r d e l o s m u s u l m a n e s , q u e , c o n s e c u e n t e m e n t e , eran llama-
Pelayo y san Isidoro de Sevilla, el primero por ser el santo al que, en origen, estaba de-
dicada la colegiata y el segundo por ser el que lo sustituyó cuando sus reliquias se traje-
ron a León desde al-Andalus-
De regreso al ámbito francés, la portada de la abadía de San Pedro de Moissac cons-
tituye el modelo más importante, donde mejor se integra la idea de la Maiesias Dotnini,
de dimensiones enormes, gesto impasible, frontal, sentada y con nimbo crucifero (Fig.
3). La rodean los símbolos de los evangelistas. Formando parte integrante de esta misma
elipse ideal, tangente al resto, se ubican lasfigurasalargadas y curvas de dos serafines que
contemplan al Señor. En tres niveles se disponen, sentados, los veinticuatro ancianos del
ApocaÜpsis, que sostienen instrumentos musicales y vasijas, y adoran a Dios. Así pues, se
destaca con claridad el carácter apocalíptico. En los laterales del parteluz hay dos ex-
traordinarias figuras, de cuerpos sinuosos y muy elongados, y oüras dos en las jambas, que
representan los dos Testamentos (Pedro y Pablo, Jeremías e Isaías) . Y siempre se ha 51

A
" Y. Chrisie. Les Grands portails romans- Étude sur Hconologie des tbcophanres romanes, Ginebra, 1969.
"** Sobre el crismón trinitario existe una abundante bibliografía, a veces repetitiva, entre la que cabe desta-
car J. Caamañu Alartíncx. «Kn torno al tímpano dejaca>-. Goya 142 (IV78), pp. 200-207. Respecto al programa
iconográfico, nos encontramos en la misma situación, pero el primero en profundizar sobre este tema fucS.
Aloraie|0, «Aportaciones a la interpretación del programa iconográfico de la catedral de Jaca», en Homenaje t
Don José' María Laearra de Aliguel en su jubilación del profesorado, Zaragoza, 1977, I , pp. 173-198; id., «La sculp-
ture romae de la cathédrale! de Jaca. Etat des questions». Cahiers de Saint-Michel de Caxd 10 (1979), pp. 79-106.
J. Williams, «"Generaciones Abrahae»: Reconquest iconography lüLeón», Gesta 16, 2 (1977), pp. 3-14.
,u
S. Moralejo, «Pour l'interprétation iconographique du Portad de l'Agneau à Saintlsidor de León: Les
signes du Zodiaque», Cahiers de Samt-M/cbel dt Cu.ra'8 (1977), pp. 137-173.
51
N. Mézoughi, «Le tympan de Moissac études d'iconographie». Cabins de Saiat-Miehel de Ctixd 9
<I978), pp. 171-200. P. Skufaiszcwsla. «Le trumeau et le linteau de Aloissac: un cas de symbolisme médiéval»,
Cahiers Archéologiques 40 ( 1992), pp. S1 -90. Atribuye mucha importancia a la icouograGa del parteluz, sobre
todo a las parejas de Icones de cuerpos entrelazados.
96 A R T E E HISTORIA E K LA E D A D .MEDIA III
d e s t a c a d o el g r u p o d e p a r e j a s d e l e o n e s c u y o s c u e r p o s se e n t r e c r u z a n , para los que se han
hipotetizado diversos significados s i m b ó l i c o s .
E s t e era e l p r o g r a m a t r i u n f a l q u e a n u n c i a b a la S e g u n d a V e n i d a . P o c o s años después
se l e a ñ a d i ó u n p ó r t i c o , c u y o s l a t e r a l e s se l l e n a r o n t a m b i é n d e e s c u l t u r a s ; es notable el
e s p a c i o c o n c e d i d o a la p a r á b o l a d e l r i c o E p u l ó n y e l p o b r e L á z a r o , u n tema .|ue, porsu
c a r á c t e r e s c a t o l ó g i c o , p o r l a e x h o r t a c i ó n i m p l í c i t a a la c a r i d a d y la advertencia a los ava-
r o s , r e a p a r e c e r á e n o t r a s f a c h a d a s e n d i v e r s a s o c a s i o n e s . R n el l a d o o p u e s t o , muy modi-
ficado p o r las r e s t a u r a c i o n e s , h a y u n c i c l o d e la i n f a n c i a s i s t e n diversas variantes de
esta p o r t a d a , p e r o t o d a s m u e s t r a n la r e p r e s e n t a c i ó n d e l, M a j e s t a d e n una mandoria,
sostenida p o r serafines y r o d e a d a p o r los s í m b o l o s del leí - i .orfos.
S o r p r e n d e n t e m e n t e , la A s c e n s i ó n o c u p a e l c e n t r o d e l< * p r o g r a m a s iconográficos de
b a s t a n t e s i g l e s i a s . Ya h e m o s c i t a d o la d e l a c ú p u l a d e S a n t a } .ría d e T e s a l ó n i c a en Bizan-
c i o . E n e l á m b i t o o c c i d e n t a l , era el t e m a p r i n c i p a l d e la de , p a r e c i d a portada de Cluny.
T a m b i é n la P o r t a M i é g e v i l l e ( s u r ) d e S a i n t - S e r n i n d e T o u h m s e p r e s e n t a una Ascensión.
T a l v e z la m á s e s p e c t a c u l a r se e n c u e n t r a e n la fachada de S a n i t - P i e r r e d e Angulema, en
l a q u e C r i s t o a p a r e c e b a j o las n u b e s r o d e a d o p o r e l T e t r a m o r t o s . L a V i r g e n , los apóstoles
y l o s s a n t o s d i r i g e n su m i r a d a h a c i a su i m a g e n t r i u n f a n t e . N o M g u e u n m o d e l o fijo, pero
a q u í se h a a d v e r t i d o la a l u s i ó n a u n J u i c i o F i n a l y se c o n s i d e r a la i m a g e n de una Reden-
c i ó n " - . E n l o s a r q u i t r a b e s d e las a r q u e r í a s d e la z o n a baja se v e n temas diversos, como
1
b a t a l l a s v i n c u l a d a s al c i c l o d e R o l d a n .
5 3
E n S a m t - E t i e n n e d e C a h o r s . l a A s c e n s i ó n es e l t e m a p r i n c i p a l de u n tímpano con un
p ó r t i c o s i m i l a r a l d e M o i s s a c , p e r o c o m p l e t a d o c o n escenas d e la v i d a d e l santo titular de
l a i g l e s i a . E s e v i d e n t e q u e , e n esta é p o c a , l o s s a n t o s se h a b í a n c o n v e r t i d o en protagonis-
tas d e las d i v e r s a s f o r m a s a r t í s t i c a s , a l g o q u e a n t e s n o pasaba. S i n e m b a r g o , la relación
A s c e n s i ó n - s a n E s t e b a n se c o n s t a t a e n o t r a s o b r a s , c o m o el c l a u s t r o d e Saint-Trophime
d e A r l e s , y se basa en u n a h o m i l í a d e G r e g o r i o M a g n o para el día d e la Ascensión (Hom.
2 9 ) , r e c o g i d a p o r B e d a . P a r t e d e l o s H e c h o s d e l o s A p ó s t o l e s , d o n d e Esteban nene una
5 4
v i s i ó n e n l a q u e v e a b r i r s e l o s c i e l o s y al H i j o d e l H o m b r e d e p i e a la derecha de Dios
P a d r e . S a n A l a r c o s ( 1 6 , 1 4 - 2 0 ) d i c e q u e , e n la A s c e n s i ó n , C r i s t o se sienta a la derecha del
P a d r e . ¿ G o m o se e x p l i c a esta c o n t r a d i c c i ó n ? E s t á s e n t a d o p o r q u e juzga desde lo alto,y
d e p i e m i e n t r a s c o m b a t e , s e g ú n E s t e b a n , p a r a d e r r o t a r a sus p e r s e g u i d o r e s . E n el tím-
55
p a n o está de p i e .
L a h i s t o r i a d e l J u i c i o F i n a l es r e l a t i v a m e n t e r e c i e n t e , si b i e n desde t i e m p o s bastante
r e m o t o s y a e x i s t í a n a l g u n a s f ó r m u l a s m u y s i m p l e s . R e s u l t a i n t e r e s a n t e constatar que
5 6
estaba c o m p l e t a m e n t e d e s a r r o l l a d o e n la m i n i a t u r a s de los beatos h i s p á n i c o s del siglo x,
a u n c u a n d o c o n u n a f o r m u l a c i ó n d i s t i n t a r e s p e c t o a l r e s t o d e O c c i d e n t e . E n la época, lo
Christe. Les Grands Portails Romans, cíe, p. 85.
5 2
R. Lejeunc y J. Sticnnon. Le légende de Roland dans l'art du Moyen Age, 2 vols.. Bruselas, 1960. Cito por la
5 3
edición inglesa, que es la que he consultado: id.. Use Legend ofRoland inthe Middle Ages, Londres, 1971, pp. 2 M2. f
Citado en Christe, Les Grands Portails Romans, cit., p. 84, en concordancia con Huber Schradc.
5 4
Gregorio Alagno, Obras. Cuarenta Homilías sobre los Evangelios, trad. P. Cîailardo, introducción de M.
S !
Andrés, Aladrid, 1958. p. 681.
Y. Christe, Jugements derniers, Pierre-qui-Vire, 1999.
5 6
LOS f.HANDl'4 PROGRAMAS ICONOGRAFICOS 97
vemos en el arte bizantino en iconos y frescos. Una versión considerada paradigmática
es la que se encuentra en la portada de la fachada de Sainte-Foi en Conques. La abun-
dancia de imágenes se ve enriquecida por numerosas inscripciones explicativas que, en su
mayoría, son innecesarias, pero que contribuyen a aclarar que se quería presentar un
mensaje didáctico, moralizante, y también admonitorio y coercitivo. N o hay contradic-
ción con el hecho de que Conques fuese un monasterio alejado de cualquier cenrro ha-
buadn. pues en la práctica se había transformado en uno de los principales lugares de
peregrinación, vinculado, por lo demás, al Camino de Santiago, y recibía muchas visitas
de peregrinos. A Cristo se le llama Juez y Rey de los judíos. Se ven los símbolos de la
Pasión, en particular la Cniz, que, como dice el texto, «estará en el Cielo cuando el Se-
ñor venga a juzgar». Tras el Juicio Final, los elegidos se pondrán a la derecha de Dios y
los condenados a la izquierda. Las correspondientes cartelas son bastante numerosas y en
ellas s< mencionan diversas vmudcs, como la Fe, la Esperanza y la Humildad, mientras
que el Paraíso adopta la forma de un edificio, donde no taita la figura de Abraham. Más
famosa es la parte de los condenados, sometidos a suplicios tan variados, que se han
vinculado a episodios realmente acontecidos en Conques. El diablo es la contrafigura de
Cristo entronizado, de grandes dimensiones pero monstruoso. Para entrar en el Averno
eras el juicio, presidido por san Miguel, hay que atravesar la boca de un gigantesco Le-
viatán o monstruo que se identifica con el Infierno en forma de ser vivo. E l elemento
coercitivo aparece con toda claridad en la inscripción final: «¡Oh pecadores! Si no cam-
biáis vuestros hábitos, sabed que vuestro juicio íumroserá terrible».
Otra de las obras maestras de la escultura medieval es el tímpano de San Lázaro de
Autun, firmado por Gisleberto. El estilo nervioso y desequilibrado del gran escultor,
capa/' de crear capiteles de un dinamismo sorprendente y expresivo, no le impide confe-
rir a la forma el carácter necesario* . Por ello crea una imagen de la Maiestas solemne,
1
frontal, inmóvil y casi inexpresiva, enorme, envuelta en la mandorla. Por contraste, en el
resto del tímpano y en el arquitrabe las figuras se alargan y acortan, desproporcionadas
en función de las exigencias de su estética o de la superficie de la que disponen. En la
zona superior, a ambos lados, hay un3 especie de bases o plataformas donde, de izquierda
a derecha, se pueden distinguir la ciudad celeste y un ángel que se inclina hacia una v i -
sión de la Virgen entronizada. Fn la otra parte, Enoc y Elias, los testigos apocalípticos
que Dios ha mantenido vivos hasta el fin de los tiempos para que combatan al Anticristo
y mueran ascendiendo al Cielo. Más abajo se encuentran los elegidos. Fn el lado opues-
to, rompiendo las reglas de la simetría habituales en casos como éste, el arcángel san
Miguel pesa las buenas acciones ante una multitud de diablos monstruosos. E l pueblo
juzgado se encuentra en el arquitrabe. Entre los personajes representados, llama la aten-
ción la del primer peregrino a Santiago del que tenemos noticia, junto con Jesús resuci-
tado camino de Emaús (convento de Santo Domingo de Silos) . 58
" D. Grivot y C;. Zamccki, Gis/tbertiü, sailptein-d'Aiittm, París, 1960; W. Sauerlandcr, «Úbcr (lie Kompo-
sicion des Wdtgcrichts. Tympaiion in Autiin-, ZcitstbnftfiirKutistgestbubte 29 (1966), pp. 261-29*1.
!M
Para la lectura de una obra completa como la de Auiun se debe tener en cuenta otra portada, ¿imada eil
el lado norte hacia el cementerio. Tenía un programa de carácter penitencial que se ha perdido casi en su tota-
lidad, del cual formaba parte la famosa Eva. Ha sido estudiado en O. K. Werckmcsiter, «The Lintel Fragmcnt
 9
98 ARTE E HISTORIA E N LA E D A D Alto III
S i n g u l a r e s s o n las g r a n d e s p o r t a d a s d e B e a u l i e u ( e s c u l p i d a e n las partes laterales y
c o n u n d o b l e a r q u i t r a b e l l e n o d e a n i m a l e s m o n s t r u o s o s ) , S a i n t - ü e n i s (víctima de las
r e s t a u r a c i o n e s y c o n las a r q u i v o l t a s r e c u b i e r t a s d e u n a g r a n c a n t i d a d de imágenes)* 'y 1
S a i n t - T r o p h i m e d e A r l e s ( e n c u y o t í m p a n o a p a r e c e la Mati Mas r o d e a d a p o r Los sírñbobs
d e l o s evangelistas, m i e n t r a s a l o s l a d o s se e x t i e n d e el J u i c i o F i n a l ; en realidad, es un
p r o g r a m a m u y c o n f u s o : e n p a r t e r e s u l t a p e r f e c t a m e n t e i n t e l i g i b l e , p e r o se le añadieron
c i c l o s o escenas d e la i n f a n c i a d e J e s ú s , d e la l a p i d a c i ó n de san E s t e b a n , figuras monu-
m e n t a l e s q u e se e n c o n t r a b a n e n el a r q u i t r a b e d e l t u l i p á n . - i n c l u s o episodios del Anti-
g u o T e s t a m e n t o , j u n t o a t e m a s d e difícil c o m p r e n s i ó n ) .
P o r ú l t i m o , o t r a o b r a m a e s t r a d e la e s c u l t u r a m e d i e v a l son las portadas de ia fachada
de la M a g d a l e n a d e V e z e l a y ( F i g . 5 ) . Se t r a t a , e n p r i m e r l u g a r , d e la bajada del Espíritu
6 0
S a n t o s o b r e l o s a p ó s t o l e s r e u n i d o s e n e l c e n á c u l o , p e r o ta h a b i t u a l p a l o m a ha sidosusri-
t u i d a p o r la i m a g e n d e C r i s t o en m a j e s t a d , d e c u y a m a n o p a r t e n los rayos característicos
de a q u e l i n s t a n t e q u e , d e s c e n d i e n d o s o b r e l o s a p ó s t o l e s , c r e a n una t e n s i ó n dinámica que
hace t e m b l a r sus c u e r p o s e i m p r i m e m o v i m i e n t o a las telas de sus vestimentas (cfr. vol.I,
p . x x x , fig. 1). L a p r e s e n c i a d e J e s ú s p e r m i t e a l u d i r t a m b i é n a la Segunda Parusíayala
A s c e n s i ó n . E s t a z o n a c e n t r a l q u e d a separada d e o t r a s u p e r i o r , c o m p l e t a d a temáacanien-
t e p o r el a r q u i t r a b e . A q u í se p u e d e n v e r t o d o s los i n d i v i d u o s extraños, monstruosos,
s i n g u l a r e s , q u e l o s e s c r i t o r e s a n t i g u o s y, en su estela, la g e n t e d e l M e d i e v o creían que
exiso'an y h a b i t a b a n las t i e r r a s m á s lejanas e i g n o t a s . E l p e n s a m i e n t o cristiano c incluso
el n o t a n c r é d u l o A g u s t í n se h a c í a n m u c h a s p r e g u n t a s a este respecto. E n primer lugar,
se i n t e r r o g a b a n s o b r e su e x i s t e n c i a , q u e a d m i t í a n . L u e g o se p r e o c u p a b a n de saber si,
d e b i d o a su a s p e c t o , e r a n a n i m a l e s —en c u y o caso n o r e s u l t a b a n t a n interesantes-o hu-
m a n o s —y, p o r t a n t o , si t e n í a n u n a l m a q u e d e b í a ser s a l v a d a - . D e c i d i e r o n que eran hu-
m a n o s - L a bajada d e l E s p í r i t u S a n t o y la a c t i t u d d i l i g e n t e de los apóstoles manifiestan el
c a r á c t e r u n i v e r s a l d e l c r i s t i a n i s m o . E n el a r t e b i z a n t i n o , este e l e m e n t o se vio muy claro
p r o n t o , y la r e p r e s e n t a c i ó n d e P e n t e s c o s t é s se c o m p l e t a b a c o n la presencia de figuras no
d e f i n i d a s c o n c l a r i d a d q u e h a c í a n r e f e r e n c i a a los p u e b l o s de la T i e r r a que habían de ser
e v a n g e l i z a d o s . E s t o es p r e c i s a m e n t e los q u e v e m o s en Vezelay, E n el parteluz, san Juan
B a u t i s t a a c o g e al v i s i t a n t e . E n las p o r t a d a s laterales se d e s a r r o l l a la infancia y, en la pos-
t e r i o r , l a r e s u r r e c c i ó n d e C r i s t o . D e este m o d o se q u i e r e m o s t r a r el c u m p l i m i e n t o de la
p r o m e s a d e r e d e n c i ó n e n las fases d e la E n c a r n a c i ó n y d e l t r i u n f o sobre la muerte.
E n o t r a s á r e a s d e O c c i d e n t e existen portadas similares, p e r o n o llegan a la monuinenta-
l i d a d de las francesas y, e n consecuencia, los p r o g r a m a s i c o n o g r á f i c o s tampoco son tan
c o m p l e j o s . E n c o m p e n s a c i ó n , r e s u l t a n m á s curiosas. L a catedral de Santiago de Composte-
la fue c o n c e b i d a c o n tres g r a n d e s p o r t a d a s , de las q u e las de los transeptos norte (Azabache-
Re pre sen tin g Eva from Saint-Lazare. Aucun» [1972], en id., Romanesque An and Ideology. Reprinted artilla,
Evanston, 111., 1989„ pp. 195-230-
Y. Christe. «Le Portail de Beaulieu. Etude iconographique et stylistique». Bulletin archéologique VI
(1970), pp. 57-76; P. Klein, «Le tympan de Beaulieu: Jugement dernier ou Sconde Parousie», Cahiers de Saint-
Michel de Cuxd 19 < 1988), pp. 189-198.
m
Emile Mâle fue el primero en darse cuenta del significado principal del tímpano con la representación
de Pentecostés. El estudio más completo es el de A_ Katzcnellcnbogcn, «The Central Tympanon at Vezelay*,
The An Bulletin X X V I (1944). pp. 141-1 51.
LOS GRANDES F R Ü f> H A M A S ICONOGHÀflCQS
ría) y sur (Platerías) son obras contemporáneas y sus programas iconográficos se comple-
mentan. Desgraciadamente, la primera se desrruyó con el objeto de sustituir la fachada
románica por otra dieciochesca, y pane de sus esculturas se encastraron en la portada de
Platerías, produciendo esa sensación de confusión que la caracteriza en la actualidad. N o
obstante, se ha logrado hacer una reconstrucción hipotética de esta portada desaparecida 61
y eliminar idealmente de la de Platerías los elementos que no le pertenecen. Así, se ha podi-
di • • • msiatar que el programa es muy diferente de los citados hasta ahora. Comenzaba con
un i c m a que se encuentra con frecuencia en la esculnira francesa (Neuilly-en-Donjon) : la ó?
hist. da de la caída de Adán y Eva. Cada fachada comprendía dos portadas. En la de Platerías
se muestra la doble naturaleza de Cristo^. El momento del triunfofigurabaen la portada de
la fachada principal, que no se acabó realizando conforme al proyecto inicial.
( uando se reemprende la construcción y se alarga la catedral, el maestro Mateo con-
cibió lo que se conoce como Pórtico de la Gloria (Fig. 4), otro ejemplo de los grandes
complejos iconográficos y estéticos de la escultura medieval. La complejidad y la singu-
laridad del programa son notables. Los trabajos para los cimientos se inician en 1168, y
en 11HH se pusieron los arquitrabes del tímpano central, fecha bastante avanzada para el
románico, pero anterior al programa de las catedrales góticas francesas. En la parte cen-
tral se representa al Cristo de la Segunda Venida rodeado por los símbolos del Tetramor-
fos v por las mina Christi A ambos lados están las hileras de los elegidos, representados
de pequeño tamaño (los 144.000 elegidos del Apocalipsis). En la arquivolta, una de las
zonas de mayor calidad, están representados los ancianos en «sacra conversación». El
tímpano requiere un parteluz, en el que hay una imagen del apóstol Santiago. Sin embar-
go, este soporte incluye una columna de mármol enteramente tallada con la representa-
ción del Árbol déjese, tema ya utilizado en Francia e Inglaterra, como manifestación de
la genealogía regia de Jesús, en la que se otorga a .María un papel protagonista. En las
jambas hay cuatro apóstoles, que hacen referencia a la Nueva Ley, y cuatro profetas, en
alusión a la .Antigua. En las portadas laterales, hebreos y gentiles, entre los cuales hay
algunos redimidos, se dirigen hacia la Gloria central. El espectador no se encuentra de
frente a esta portadas, pero se siente inmerso en el mundo de la figuración escultórica . 64
Más excepcional por sus implicaciones con la historia de Cataluña es el programa de
la iglesia del monasterio de Ripoll (ca. 1160) . Está concebida como un arco del triunfo
65
61
S. Muraleio. -La primitiva fachada nonc de la catedral de Santiago», Compostellamim 14 (1969), pp.
623-668.
o :
N- Scracford, «I-e portad roman de Ncuilly-en-Donjon», Congres archéologique de France, Bourbonnais
146(1988). pp. 311-338.
61
Un intento reciente de investigar las fuentes textuales que inspiraron la portada de Platerías se encuentra
en M A. Castiñeiras González, «Un adro para un bispo: modelos c intencióni na fachada de Praicrí3S», en A.
Vigo Trasancos (cd.). Cultura, poder y mecenazgo, Scmaia 10 (1998). pp. 231-264.
"* J. Yarza Luaccs, £1 Pánico de la Gloria, Madrid, 1984; M. A. Castiñeiras González, El Pollito de la Gloria,
Madrid. 1999.
fiS
Y. Chrisie, «La colonne d'Arcadius, Se Pudcncicnne, l'arc d'Eginard et le portât! de Ripoll», Cahiers
ArcheDlagiqtia 20 (1971), pp. 31-42; F. Rico, Signos e indinos en la portada de Ripoll, Barcelona, 1976; X. Barrai i
Altet, «Le l'ortail de Ripotl», Cahiers de Saint-Michel de Cuxá 4 (1973), pp. 139-161; J. Yanta Luaces, «La Por-
tada de Ripoll», en Catalunya románica, vol. X: El Ripallés, Barcelona, 1987, pp. 241-252.
100 A R T E E HISTORIA E N LA F.OAO Al I - O Í A III
Figura -4. .Maestro A lateo. Sannayo de Compostcla <t.jlicu>. catedral de Santiago.
Pórtico de la Glona. 1188.
q u e r e s a l t a d e l m u r o d e la f a c h a d a , y se r e l a c i o n a n o s ó l o c o n e l a r c o t r i u n f a l romano sino
t a m b i é n c o n s u s f o r m u l a c i o n e s c r i s t i a n a s , c o n la v i s i ó n de la .\ la testas* e l l e t r a m o r i o s y
l o s a n c i a n o s . L u e g o , la z o n a i n t e r m e d i a se s u b d i v i d e e n c u e r p o s d o n d e se despliegan
c i c l o s b í b l i c o s q u e d e r i v a n d e u n m o d e l o d e m a n u s c r i t o i l u s t r a d o i d é n t i c o al de la Biblia
de RipoII ( C i u d a d d e l V a t i c a n o , B i b l i o t e c a A p o s t ó l i c a , m s V a t . l a t . 5 7 2 9 ) . A la izquierda,
e l c i c l o se c e n t r a e n S a l o m ó n y D a v i d —en p a r t i c u l a r e n este último—, considerados am-
b o s m o d e l o d e r e y p a r a q u i e n e s e j e r c e n e l p o d e r y, p o r e n d e , p a r a R a m ó n Berenguer IV,
c o n d e d e B a r c e l o n a y a h o r a r e y d e A r a g ó n t r a s s u m a t r i m o n i o c o n P e t r o n i l a . E n el orro
l a d o se c u e n t a l a h i s t o r i a d e M o i s é s q u e c o n d u c e a l p u e b l o h e b r e o a la v i c t o r i a , hacién-
d o l e a t r a v e s a r s a n o y s a l v o e l d e s i e r t o , c o n la c o n d i c i ó n d e q u e se c o m p o r t e correcta-
m e n t e , c o n f o r m e a l p a c t o h e c h o c o n Y a h v é ; u n p a c t o s a n c i o n a d o p o r la entrega de las
t a b l a s d e l a l e y e n e l m o n t e S i n a í , q u e se v e e n la p a r t e b a j a , r e p r e s e n t a d a c o n tres figuras:
D i o s . A l o i s é s y J o s u é , q u e l o h a s e g u i d o . E n u n p a r a l e l i s m o c o n e l m u n d o de la monar-
q u í a m e d i e v a l , a p a r e c e n d o s figuras, e l o b i s p o y e l g u e r r e r o {sacerdotiimt y regnmn). La
p o r t a d a t r a n s m i t e u n m e n s a j e r e l i g i o s o y p o l í t i c o , p u e s a t r a v é s d e i m á g e n e s genéricas
t o m a d a s d e la B i b l i a se o f r e c e u n m o d e l o p a r a q u i e n g o b i e r n a . A l l í están sepultados al-
g u n o s c o n d e s d e B a r c e l o n a , y e n la é p o c a l a base d e la p o r t a d a se d i s p u s o c o m o espacio
p r i v i l e g i a d o p a r a l a s e p u l t u r a d e l a d i n a s t í a ; d e h e c h o , e l s a r c ó f a g o d e R a m ó n Berenguer
T V se d e p o s i t ó p r e c i s a m e n t e a l l í . P a r a r e f o r z a r esta i d e a , se m u l t i p l i c a r o n los elementos
LOS G R A N D L S P R O G R A M A S ICONOGRAFICOS 101
soteriológicos habituales, típicos de un espacio funerario, como las historias de Daniel y
de joñas.
I lay que preguntarse si existieron programas globales en los claustros. A nuestro
parecer, la respuesta es negativa. N o obstante, en determinadas ocasiones persiste la
dm la. Por ejemplo en Moissac, aunque los daños sufridos en el siglo xm obligaran a
ef< 11 uar un nuevo montaje en el que no se respetó el orden original, por lo que no resul-
I.I i.mi establecer la continuidad para llevar a cabo una lectura iconográfica. L o mismo se
pu< 1« decir de Silos. De la primera fase cabe deducir que existía la voluntad de colocar
en I"-» vértices del cuadrilátero del claustro ocho relieves en los que se desarrollaba un
programa unitario. La construcción se interrumpió después de haber concluido seis de
ell- Iras la reanudación, los dos relieves que faltaban guardan relación entre sí, pero no
con precedentes. Existen con frecuencia ciclos diversos en los claustros. Monreale es
un icinplo elocuente, lo mismo que Sant Cugat del Valles y muchos ortos.
Época románica: la pintura y la miniatura
Cuando se concluía la construcción de una iglesia, había que pensar en cubrirla de
pinturas, pero no siempre era posible realizar este trabajo de forma inmediata. En los
edificios mayores se disponía del dinero necesario, pero en otros sólo se proyectaba y
realizaba el ábside. Como se colocaba precisamente allí, la visión teofánica, prescindien-
do del modo en que se representase, se ha conservado con bastante frecuencia en esta
parte de muchísimas iglesias románicas. No sucede lo mismo con el muro opuesto, el de
los pies en el extremo occidental interior del edificio, en el que se representa el Juicio
Final o el Apocalipsis. En la época. Andrés de Fleury, monje del monasterio tic Saint-
André de Fleury, escribió una vida del abad Gauzlino (1004-1030) en la que se advierte
la ambición de los proyectos que llevó a cabo. En ella dice: «hizo que se pintase la facha-
da (en el interior) de esta iglesia con ciertas escenas de! Apocalipsis de san Juan, el intér-
prete de Dios» . Todo esto se ha perdido . Como en el caso de la escultura, tiene un
66 67
mayor desarrollo el Juicio Final, que presenta muchas semejanzas con el Apocalipsis,
aunque hay numerosos detalles que lo diferencian.
No sabemos en qué momento se decidió incluir en la pintura este episodio. Todo
hace pensar que tuvo lugar en época carolingia. En la iglesia de San Juan de Münster-
Mustair se pueden ver restos de un Juicio Final en cuya parte superior se llegan a distin-
guir la resurrección de los muertos y una especie de Ascensión de Jesús. En el lado
opuesto, cuatro ángeles «enrollan» el cielo como si se tratase de una rica tela pintada de
azul y espolvoreada de estrellas, corno se ve en los sennones bizantinos de Santiago de
Kokkinobaphos y, posteriormente, en el Juicio Final de la capilla degli Scrovegni (Padua)
de Giotto. A4ás abajo, Dios en majestad rodeado de ángeles y, bajo los arcos, a los lados,
0<i
Andrés de Fleury, Me de Ganzlitt, abbt de Fleury (Vita GaitzJhii, abatísfloriacetisis motiasterii), cd. y trati.
R.-IL Bauucr y G. Labory. Paris, 1969, libio II. 63, pp. 121 ss.
67
Se encuentran notables ciclos apocalípticos en Sant Quine de Pedrct (Cataluña) y en la cripta de la ca-
tedral de Anagni (Campania).
 1
102 A R T E E HISTORIA EN LA E D A D AIEDIA lll
l o s a p ó s t o l e s e n t r o n i z a d o s . E n e l r e g i s t r o i n f e r i o r , m u y d e t e r i o r a d o , debía figurar la se-
p a r a c i ó n d e l o s e l e g i d o s y l o s c o n d e n a d o s * . A l m e n o s s a b e m o s q u e a p r i n c i p i o s del siglo
6
x i n o se t r a t a b a d e u n a n o v e d a d .
S i a v a n z a m o s u n o s p o c o s a ñ o s ( 1 0 6 1 - 1 0 7 1 ) , e n c o n t r a r n o s o t r o s e j e m p l o s , entre ellos
e l g i g a n t e s c o i c o n o s o b r e t a b l a p i n t a d o p o r l o s m a e s t r o s ( i i o v a n n i y N i c o l a con un Juicio
F i n a l ( R o m a , P i n a c o t e c a V a t i c a n a ) , si b i e n a l g u n o s l o c o n s i d e r a n m á s Cardío' . Parece
6 9 0 la villa tle Jesús del Beato de Gerona (975). En Torcello vemos las personificaciones de la
q u e f u e e n c a r g a d o p o r u n a a b a d e s a d e n o m b r e C o n s t a n z a . D i v e r s a s inscripciones expli-
c a n e l p r o g r a m a . E n la z o n a s u p e r i o r se v e u n a MáiestiOi t r i u n f a n t e c o n una cruz proce-
s i o n a l y q u e s o s t i e n e el g l o b o d e l m u n d o , flanqueado pf ir serafines y querubines con tres
p a r e s d e alas y p o r o t r o s á n g e l e s . D e b a j o se e n c u e n t r a el C r i s t o d e la Segunda Venida,
c o n v e s t i m e n t a s s a c e r d o t a l e s , a c o m p a ñ a d o p o r l o s a p ó s t o l e s , c o n P e d r o y Pablo en una
p o s i c i ó n p r i v i l e g i a d a . M á s a b a j o l o s p r o t a g o n i s t a s s o n el m i s m o P a b l o , la Virgen y san
E s t e b a n , j u n t o c o n e l B u e n L a d r ó n v a l u s i o n e s a las o b r a s d e m i s e r i c o r d i a . N o existe una
c i t a e x p l í c i t a al p e s o d e las b u e n a s a c c i o n e s , y h a y o t r a s escenas u p i c a s de la iconografía
o r i e n t a l . > J o s e n c o n t r a m o s f r e n t e a u n e j e m p l o l l e n o d e o r i g i n a l i d a d , en el que se advier-
t e la i n f l u e n c i a d e B i z a n c i o .
L o s f r e s c o s d e S a n t ' A n g e l o i n F o r m i s . e n C a m p a n i a , se s u e l e n p o n e r en relación con
l o s m o s a i c o s y f r e s c o s r e a l i z a d o s p o c o a n t e s e n la iglesia abacial de Aloniecassino (1071),
d e l a q u e p r á c t i c a m e n t e n o q u e d a n a d a . S i n e m b a r g o , n o s a b e m o s si en ella había tam-
b i é n u n J u i c i o F i n a l . E n c a m b i o , es s e g u r o q u e e n la o t r a i g l e s i a , que dependía de esta
ú l t i m a y c u y a f a m a , c o m o se h a d i c h o " , n o s e r í a t a n g r a n d e si h u b i e r a n llegado hasta
1
n o s o t r o s las o b r a s d e O r i e n t e , e l m u r o o c c i d e n t a l i n t e r i o r se c u b r e c o n u n extenso Juicio
F i n a l , e n e l q u e n o se p e r c i b e la m á s m í n i m a i n f l u e n c i a b i z a n t i n a - N o parece que en
7 2 T variantes, en muchísimas cabeceras pintadas de las iglesias románicas. Piénsese en Sant
O c c i d e n t e e l p r o g r a m a se c o n v i r t i e s e e n r e g l a , si t e n e m o s e n c u e n t a el fragmentario
J u i c i o F i n a l u b i c a d o p a r c i a l m e n t e e n el m i s m o l u g a r e n la iglesia de Santa Alaría de
T a ü l l , e n l o s P i r i n e o s c a t a l a n e s \ D e o t r o s c o m p l e j o s q u e d a n pocos restos, como en la
c o l e g i a t a de l o s S a n t o s P e d r o y O r s o e n A o s t a .
U n e j e m p l o p a r t i c u l a r , e n el q u e se m e z c l a n las d o s c o r r i e n t e s , l o encontramos en
T o r c e l l o . E s c o m p a r a b l e a u n m a r f i l d e l V i c t o r i a a n d A l b e r t , h o y c o n s i d e r a d o italobizan-
t i n o ( s i g l o x u ) . N o o b s t a n t e , h a y b a s t a n t e s d i f e r e n c i a s . E n T o r c e l l o , tal vez en u n mo-
m e n t o u n p o c o a n t e r i o r , s o b r e el J u i c i o F i n a l se e x t i e n d e u n a gigantesca Anastasis. La
A l a i e s t a s , flanqueada p o r la X^irgen y san J u a n B a u t i s t a , e s t á r o d e a d a de ángeles, con los
d o s s e r a f i n e s y las r u e d a s í g n e a s , y d e la m a n d o r l a m a n a el r í o d e f u e g o . L u e g o , en ambos
û 8
B. Brenk. »-Die Anfange der byzantinischen Wcltgcrichtdarstcllung», Byzantinische Zeitschrift 57 (1964),
pp. 206ss.. según Chnste. Ley Grands Porta/s Romans, cit., pp. 114-1 15.
V. Peri. *>La tavola vaticana del Giudizio Universale. Note sulla data e sul tema apocalittico», Atti dilli
6 V
PontificiaAccademia Romana di Archeologia. Rendiconti 39 < 1966-1967), pp. 161-186.
Véase A lacobmi. «La pittura e le arte suntuarie de Innocenzo I I I a Innocenzo TV (1 198-1254)», cn.M.
7 0
A. Romanjni (ed-), Roma nel Duecento. Roma, 1991. p . 293.
V. Pace, «La pittura medievale i n Campania>», en C. Bertelli (ed.). Idi pittura in Italia. L'Altotnedtom,
7 1
Alilán, 1994. p. 247.
Christe, Jugements demifers, cit-, p- 4-1.
7 2
J. Yarza Luaces, « U n cycle <ie fresques romanes dans la paroisse de Santa Maria de Taüll», Cahiers it
7 i
Saint-Michel de Cuxd 30 (1999), pp. I33ss.
103
Los G R A N D F Ü P R O G R A M A S I C O N O G R A F I C O S
casos, aparecen los apóstoles. N o falta el diablo monstruoso y enorme, verdadera contra-
figura ile Jesús, imagen que debe provenir de los primeros siglos del cristianismo y cuya
primera manifestación de la que tenemos noticias se encuentra en los folios iniciales de
Tierra y el Mar que entregan su botín. Los ángeles con trompetas llaman al juicio, y san
Miguel y el diablo pesan las almas (sólo en Torcello). Hay que advertir que, en estas dos
obras, se distingue, junto a la Virgen y el Buen Ladrón, el seno de Abraliam, tema desti-
nado .i icner una vida larga c intensa a lo largo del siguiente siglo.
N i . obstante, la imponente y expresiva presencia del Juicio Final no debe hacernos
olvidar que normalmente se incluye en un programa más amplio que se inicia en el ábsi-
de di l.i iglesia y tiene su continuación en las naves. En Sant'Angelo in Formis es un
hec hi i evidente . El responsable de la obra fue el abad Desiderio, que se hizo represen-
74
tar en el cilindro absidal sosteniendo en sus manos una maqueta del edificio, haciendo
pemi.int con san Benito, fundador de la orden a la que pertenecía este priorato de M o n -
tec.issino. La cubierta semiesférica está decorada con una Maiestas entronizada que sos-
tiene él libro abierto en el que se lee, como se puede ver parcialmente en otras muchas
obras, «Ego sum Alfa et Omega Primus ct Novissimus». A los lados están dispuestos
simétricamente los símbolos del Ietramorfos y encima surge de las nubes la paloma del
Espíritu Santo. En el cilindro absidal están los tres arcángeles más conocidos, con san
Miguel, titular de la iglesia, en el centro y, en los extremos, como ya hemos dicho, Desi-
derio y san Benito.
Esta imagen teofámea, que hemos visto en las grandes portadas, se representa, con
Climent de Taüll, en Cataluña, ejemplo particularmente grandioso, donde la geometriza-
ción de las fonnas alcanza una de sus cumbres, plasmando la inmensa distancia que hay
entre la figura humana y la forma de lo inaccesible. Esta tcofanía se puede concretar de
muchos modos. Por ejemplo, en Sant Pere de Burgal, Santa María de Esterry d'Aneu o
Santa María de Taüll, todas en Cataluña, la cuenca absidal está ocupada en su totalidad
por una epifanía centrada en la Virgen con el Niño, sedes ptteii o sedes sapientiae, con los
Reyes Magos ofreciendo sus regalos a Jesús, que los recibe como hombre y como Dios,
además de como futura víctima redentora, mientras María fija su mirada hacia delante y
nene las manos dispuestas simétricamente a los lados del hijo, como si fuese tan sólo su
«sede». En Santa Cruz de Maderuelo, en Segovia (Museo Nacional del Prado), no nos
encontramos con una cuenca absidal, sino con un presbiterio rectangular cuyo muro
oriental se corresponde con el cilindro y la semicúpula deviene bóveda de cañón. Allí se
ubica una gigantesca Maiestas, mientras que en el muro se imponen la Cruz y el Cordero.
Los santos, como se ha dicho, adquieren una importancia siempre mayor en las for-
mas artísticas. En la Chapelle aux Moines de Berzé-la-Ville (Borgoña), priorato de Cluny
predilecto de sus abades, se construyó una capilla que, durante el primer tercio del siglo
xu, se cubrió de frescos. Por una parte, en la ubicación habitual, no falta la Maiestas en su
mandorla. En este caso, sus gestos se dirigen a san Pedro y san Pablo, que, a ambos lados,
preceden al resto de los apóstoles, y recuerdan a la traditio legis. Aquí aluden a la atribu-
O. Morisain, GH affreschi di S. Angelo in Fomiti, Cava dei Tirreni. 1962.
104 A R T E E HISTORIA EN LA F.UAU M I U I A III

LOS CHANDES PROGRAMAS ICONOGRAFICOS

c i ó n d e l d o m i n i o a b a c i a l a l o s d o s a p ó s t o l e s e n e l a ñ o ° K f \ A d e m á s , de dimensiones
r e d u c i d a s y e n l a base, p o r l a i z q u i e r d a se a p r o x i m a n san V i c e n t e y san L o r e n z o (patro-
n o s d e l a a b a d í a ) y , p o r l a d e r e c h a , s a n B i a g i o y o t r o s a n i o n o i d e n t i f i c a d o , que segura- Uno de los ciclos más peculiares del Románico procede de la iglesia de los Santos
Julián y Basilisa de Bagues (Aragón), de la que existe una exigua documentación que, no
m e n t e d e b í a n t e n e r a l g u n a r e l a c i ó n c o n l a a b a d í a o c o n el p r i o r a t o . E l i g i e n d o a uno de
obstante, podría explicar por qué fue totalmente cubierta de frescos en la primera mitad
cada l a d o (san V i c e n t e y s a n B i a g i o ) . se r e p r e s e n t a M Í m a r t i r i o e n los arco-: ciegos de)
del siglo xn. Hacía tiempo que dependía del monasterio de San Juan de la Peña, hecho
á b s i d e . A ú n m á s a b a j o , d e m e d i o c u e r p o , a p a r e c e n o t r o s u n c h o s , e n t r e los que se distin- míe tustincaria el tipo de e)ecución/el abo ración . Los muros septentrional y meridional
79

g u e a s a n A b d ó n y s a n S e n é n . c u y a s r e l i q u i a s se h a b í a n l l t - i d o al p r i o r a t o cluniaccnsedc
A r l e s - s u r - T c c h y c u y o c u l t o t a m b i é n se d i f u n d i ó a l o t r o icio d e l o s P i r i n e o s . En las76
e n j u t a s d e l o s a r c o s d e l á b s i d e se v e n s e i s s a n t o s r e p r e s t i i « J o s d e m e d i o cuerpo que
s o s t i e n e n u n a a m p o l l a c o n u n a m a n o m i e n t r a s e l e v a n la .d c i e l o . N o s, conoced
m o t i v o d e esta p o s t u r a .
S i e m p r e t e n i e n d o e n c u e n t a u n a c o n c e p c i ó n g e n e r a l d e l p r o g r a m a y retomándolo
q u e y a se h a c í a e n l o s p r i m e r o s s i g l o s ( S a n t a A l a r i a M a g g i o r e >. e n l o s frescos que cubren
l o s m u r o s d e las n a v e s se d e s a r r o l l a u n a m p l i o p r o g r a m a e n el q u e p r i m a u n componen-
t e n a r r a t i v o , a u n q u e n o s i n o t r a s i n t e n c i o n e s , c o m o , p o r e i c m p l o , e l p r e d o m i n i o de un
l e n g u a j e t i p o l ó g i c o o l a e l e c c i ó n d e u n o o m á s t e m a s d e m a y o r e n i u n d i a . U n a vez más el
p a s o d e l t i e m p o se h a m o s t r a d o b e n é v o l o c o n S a n t ' A n g e l o m F o r m i s . L o s muros de la
n a v e p r i n c i p a l y l o s d e las l a t e r a l e s se c u b r i e r o n c o n p i n t u r a s q u e n o s p e r m i t e n compren-
d e r l o s e l e m e n t o s s u s t a n c i a l e s d e l p r o g r a m a . L a z o n a d e las n a v e s laterales presenta un
p e o r e s t a d o d e c o n s e r v a c i ó n , l o m i s m o q u e e l m u r o m e r i d i o n a l d e la n a v e central. En las
p r i m e r a s se d e s a r r o l l a u n g r a n c i c l o v e t e r o t e s t a r n e n t a r i o . L a p r e s e n c i a d e la Expulsión de
A d á n y E v a s i g n i f i c a q u e t o d o d e b í a c o m e n z a r c o n la C r e a c i ó n y la C a í d a . L a historiase
c o n t a b a c o n d e t a l l e . P o r c o n t r a s t e , a l o s d o s l a d o s d e l a n a v e p r i n c i p a l , e n tres registros,
se i l u s t r a b a la h i s t o r i a d e J e s ú s , c o n e s p e c i a l é n f a s i s e n l a C r u c i f i x i ó n y la Ascensión.
se dividieron en cuatro registros, mientras la zona absidal sólo riene tres. La lectura
comienza en el registro superior, en los dos lados, donde se contemplan hasta nueve
L nas de la vida de Adán y Eva y cuatro de Noé. Los registros restantes narran episo-
dios de la vida Cristo hasta el Prendimiento. La historia concluye en el ábside, cuya
z baja la ocupa una compleja Crucifixión, mientras los dos registros superiores están
dedicados a la Ascensión. Así pues, primero viene la Creación con la Caída, luego el
coi suelo de la oportunidad del pacto de Noé (que prefigura a Cristo) con Yahvé, que
II. .i la salvación. La idea redentora se inicia con la Encarnación (Anunciación) y cul-
m.n.. con el sacrificio real de Dios encarnado. El momento de la teofanica Ascensión es
Una demostración triunfal de que las promesas se han mantenido. Todo se describe en un
ti ii i. • detalladamente narrativo.
En Saint-Savin, como hemos dicho, también la cripta estaba pintada y presentaba un
ciclei de la vida de los santos Sabino y Cipriano. En Berzé-la-Villc se hacía mayor énfasis en
los santos Biagio v Vicente, pero había representados muchos otros. En Aosta, el descubri-
miento de un gran conjunto de pinturas románicas del siglo xi y su restauración y consoU-
dación han permitido anabzar un ciclo en apariencia discontinuo, pero que resultaba inte-

E n la i g l e s i a d e S a i n t - S a v i n - s u r - G a r t e m p e , e n e l P o i t o u . c o n t r e s naves de la misma
a l t u r a , la b ó v e d a d e la c e n t r a l c o m p r e n d e u n t o t a l d e c i n c u e n t a y o c h o escenas, de las que
s ó l o se h a p e r d i d o la ú l t i m a . S o n n o t a b l e s e l c i c l o d e la C r e a c i ó n y el d e d i c a d o a Adán y
E v a . L o s p r o t a g o n i s t a s s o n N ' o é , A b r a h a m , J a c o b , J o s é y A l o i s é s . ¿ E l c o n j u n t o debía
7 7

l i m i t a r s e a este p r o g r a m a o se t e n í a la i n t e n c i ó n d e d e c o r a r c o n i m á g e n e s las bóvedas

l a t e r a l e s ? A l p a r e c e r , l a r e s p u e s t a d e b e r í a s e r p o s i t i v a . O t r a s m u c h a s p i n t u r a s completan
e l p ó r t i c o y la c r i p t a , y n o h a y s e ñ a l e s q u e p e r m i t a n s u p o n e r q u e las cosas transcurrieran
d e o t r a m a n e r a . E l o r d e n d e l e c t u r a n o e r a l i n e a l y p a r a e x p l i c a r l o se h a n planteado di-
v e r s a s h i p ó t e s i s : u n a d e e l l a s p o n e e l c i c l o e n r e l a c i ó n c o n c i e r t o s a s p e c t o s d e la liturgia' .
8

7 5
O . Dcmus, Romantsche Háridmaterie. Munich, 1968 [ed. i u : Futura murale románica, .Milán, 1969, p.
1311-
Sobre la técnica, CÍE. C. d i Matteo. «La chapelle aux Moines de- Berzc-la-\ ille. Les peintures murales-,
7 6 r

Les monuments historiques de ta Prance 2 (1981). pp. 84-90.

I . Labaxide-Alailfert, « L e cycle de l'Ancien Icsiamcnt à Saint-Saviri» 11974], en id., Études d'Iconograpbit
romane et d'Histoire de l'Art, Poitiers, 1982. pp. 217-246.
A lo ya indicado, pero sin ánimo de cxhausuvidad, se añaden G . Henderson, - T h e Sources of the Ge-
7 t l

nesis Cycle at Saint-Savin-sur-Oartempe>'. 1'be Journal of the British Archaeological Association 26 (1963), pp.
11-26; .1. Baschct, - O m c m e n i a u o n et structure narrative dans les peintures de In nef de Saint-Savin», en Lerilr G. M. Borras Gualís y M. García Guatas, La pintura románica en Aragón, Zaragoza, 1978, pp. 53-105.
de l'ornement dans la peinture murale du Moyen Age. Actes du Colloque International (Saint Lizier, 1995), Poiriers.
1997, pp. 165-176.
106 ARTE E HISTORIA E N I. A EDAo M t u n 111
resante p o r q u e u n l a d o d e la nave p r i n c i p a l estaba o c u p a d o í n t e g r a m e n t e por algunas
historias dedicadas a san E u s t a q u i o é n t r e n t e d e o t r a s c u y o p r o t a g o n i s t a era Moisés* . 0
U n c a p í t u l o e x c e p c i o n a l l o c o n s t i t u y e n las i n t e r v e n c i o n e s b i z a n t i n a s en Sicilia, obra
de l o s reyes n o r m a n d o s q u e l o g r a r o n c r e a r e s t o s c o n j u n t o s de g r a n u n i d a d , aunque son
r e s u l t a d o d e f o r m a s d e p r o c e d e n c i a d i v e r s a , c u y o e j e m p l o m á s s i n g u l a r es la Capilla Pa-
l a t i n a d e P a l e r m o . F u n d a d a p o r R o g e r I I . se c u b r i ó d e m o s a i c o s a p a r t i r de 1443. La
c ú p u l a la o c u p a u n P a n t ó c r a t o r r o d e a d o p o r l o s t í p i c o s a n u d e s b i z a n t i n o s . E n la cuenca
a b s i d a l se r e p i t e la i m a g e n d e m e d i o c u e r p o d e l m i s m o P a n n i c r a t o r , c o m o si su quisiera
respetar t a n t o la f o r m a b i z a n t i n a c o m o la o c c i d e n t a l , a t a l p u n t o q u e se puede- decir que
todas las i m á g e n e s s o n r e s u l t a d o d e l a i m p o s i c i ó n d e l p r o g r a m a b i z a n t i n o , de carácter un
p o c e a r c a i c o , a d a p t á n d o l o a l o s o l i c i t a d o p o r l o s r e y e s n o r m a n d o s . E n el transepto, los
temas se r e l a c i o n a n c o n la v i d a d e C r i s t o , c o n u n n ú m e r o d i escenas s u p e r i o r al normal.
E n las naves t o d o es d i f e r e n t e . E n la z o n a s u p e r i o r se Sucede 11 temas d e l A n t i g u o Testa-
m e n t o , m i e n t r a s q u e la p a r t e i n f e r i o r e s t á d e d i c a d a a la v i d a de san P e d r o y san Pablo; en
B i z a n c i o n o e x i s t e n o t r o s e j e m p l o s d e e s t o . E n e l m u r o d e los pies, o t r a visión sin prece-
d e n t e s : u n a Al/tiestas e n t r o n i z a d a Manqueada p o r san P e d r o y san P a b l o .
Si la C a p i l l a P a l a t i n a es el c o m p l e j o m á s b i z a n t i n o d e t o d a S i c i l i a y presenta impor-
t a n t e s d i f e r e n c i a s , e n la c a t e d r a l d e A l o n r e a l e é s t a s s o n a ú n m á s g r a n d e s : se trata de un
i m p o n e n t e e d i f i c i o d e p l a n t a b a s i l i c a l , d e t r i p l e á b s i d e y t r e s naves, c o m p l e t a m e n t e recu-
b i e r t o d e m o s a i c o s . E l n ú m e r o d e las h i s t o r i a s , m u y p a r t i c u l a r i z a d o , es n o t a b l e . A l care-
cer de c ú p u l a , la c u e n c a a b s i d a l e s t á d e d i c a d a al P a n t ó c r a t o r d e m e d i o c u e r p o . Debajo,
la v i r g e n c o n e l N i ñ o sentada e n u n t r o n o , r o d e a d a p o r l o s a r c á n g e l e s y los apóstoles,
s e g u i d o s d e a l g u n o s s a n t o s e n el r e g i s t r o i n f e r i o r . E n l o s á b s i d e s laterales, los protago-
nistas s o n las g i g a n t e s c a s figuras d e san P e d r o y san P a b l o , c o n sus respectivas historias.
L a i n m e n s a s u p e r f i c i e de l o s m u r o s d e l t r a n s e p t o e s t á o c u p a d a í n t e g r a m e n t e por una
m u y d e t a l l a d a h i s t o r i a d e la v i d a de J e s ú s - d o n d e , p o r e j e m p l o , cada u n a de las tentacio-
nes p r e s e n t a u n e s c e n a r i o d i f e r e n t e — , hasta u n t o t a l d e sesenta y c i n c o escenas. L o mismo
se p u e d e d e c i r de las naves, c o n u n a m p l i o c i c l o v e t e r o t e s t a m e n t a r i o q u e comienza con
l o s días d e la C r e a c i ó n . T a m b i é n e n este caso se d e b e h a b l a r d e u n proceso ascensional,
e n el q u e la l e c t u r a se i n i c i a , al e n t r a r al t e m p l o , c o n las h i s t o r i a s d e Adán y Eva, Noé,
A b r a h a m y J a c o b . L u e g o se va a v a n z a n d o c o n la v i d a d e J e s ú s . S a n P e d r o y san Pablóse
e n c u e n t r a n e n u n a u b i c a c i ó n p r i v i l e g i a d a . A l final, p a s a n d o p o r V i r g e n , se llega al Pan-
t ó c r a t o r . D e B i z a n c i o t a n s ó l o q u e d a n a l g u n o s d e t a l l e s . L a idea g e n e r a l pertenece a Oc-
cidente . 8 1
E n o t r a s z o n a s b i e n v i s i b l e s d e l e s p a c i o s a c r o p u e d e n figurar g r a n d e s programas ico-
n o g r á f i c o s , t a m b i é n c o n c o n s i d e r a b l e s v a r i a n t e s . E s el caso d e la cabecera occidental de
En 1992 tuvo lugar un congreso internacional, pero las actas no se publicaron hasta el año 2000. Las
pinturas han sido estudiadas desde diversos puntos de vista. Por lo que respecta al tema que estamos tratando,
eh-, lì. Peter y B. Autenneth, «Die \\ andennalerei des 11. Jahrhunderts in der Kathedrale Aosta», en Medioe-
vo aostano. La pittura intorno all'anno mille in cattedrale e in Sant'Orso. Atti del convegni' internazionale (Aosta, 15-
¡6 maggio ¡992), Aosta, 2000. pp. 59-130; Costanza Segrc Alontcl, «-Committenza c programa iconogràfico
nei due cicU pittorici di Sant'Orso e della cattedrale di Aosta», ibid., pp. 1 37-184.
0 1
E. Kiudnger, The Mosaici of Monreale, Palermo, 1900.
Los GRANDES PROGRAMAS ICONOGRAFICOS ltl/
la colegiata del convento de los benedictinos de Lambach (finales del siglo xi), en Aus-
tria , donde la mayor parte de los temas guardan relación con la vida de Cristo, desta-
10
cando particularmente la figura de Ilerodes, cuya historia se narra siguiendo a Fia vio
Josefo y otras fuentes, como en los folios iniciales del Beato de Gerona, que ya hemos ci-
tado. Siempre en el ámbito austriaco, también está la tardía (ca. 1260-1270) capilla oeste
de la catedral de Gurk, situada en alto, entre las torres de la fachada. Bajo el techo se
representan la Creación y la Caída, y en el muro este un extraordinario Trono de Salo-
món («-Thronus magni regís et agni»), completado a los lados por dos escenas de la vida
de ( >isto v, enfrente, la Transfiguración, con otros tcni3S secundarios.
I.mibién las salas capitulares de los monasterios sirvieron de soporte a ciclos icono-
gráficos pintados, pero muy pocas de época románica han llegado hasta nosotros, si ex-
c i pulamos las cistercicnses, que no están decoradas. Aunque ardió en un incendio en
1936, quedan restos, además de un considerable material fotográfico, de la del monaste-
rio de Sijena, vinculado a la corona catalano-aragonesa . Se trataba de una sala rectan-
81
u m b i dividida en seis tramos por cinco arcos diafragma. Los muros y estos arcos estaban
pintados. La historia se imciaba por el norte, con la creación de Adán y Eva, y continua-
ba hasta la muerte de Abel. Seguían escenas de las vidas de Noé y de Moisés, mientras
que la unción de David concluía la parte del Viejo Testamento. En las paredes, como de
costumbre, se comenzaba con la Anunciación y, luego, de la infancia se pasaba a la vida
publica de Cristo y a la Pasión. El conjunto tal vez se cerraba con un Descensos ad ¿jiferos.
En el intradós de los arcos diafragma se sucedían bustos de personajes identificados, los
que figuran en las genealogías, según Mateo y Lucas. Así pues, se nos presentan una vez
más dos ciclos en contraposición, a los que se añade un tercero. Se habla de creación, de
pecado y de caída. Luego, personajes que prefiguran a Jesús, implicados en empresas
salvíficas (el arca de Noé, el paso del mar Rojo, el pacto con Yahvé y la entrega de las
Tablas, el milagro del agua que mana de la roca). Por último, la unción de David, que da
comienzo a la genealogía real del ¿Mesías, explícita en los intradoses de los arcos diafrag-
ma y que remata en la apanción de Cristo, en el que se cumplen las promesas mesiánicas
que culminan en su Resurrección . 84
La primera época gótica
A partir de la mediados del siglo xn muchas cosas empezaban a cambiar sobre todo
en el norte de Francia. Hacia finales del siglo las novedades habían ya fraguado y nos
encontramos ante el modelo francés que muchos han identificado, evidentemente exage-
w
O- Dcmus, Pittara muíale románica, cit., pp. 195-197.
w
O. Pácht, -A Cycle of F-ngUsh 1-rcscocs in Spain», Burlington Magazine 103 (1961), pp. 166-175; W.
Oakcshott, Sijena. Engllib Rotttaneiqnc Paintingsin Spainand tbt WinchesterfíibleArtists, Londres, 1972; Borras
Gualís y García Gusas, La pintura románica, cíe, pp. 199-267.
* Otro capítulo importante es el consumido por los ciclos profanos que decoraban las salas de los castillos
8
y de las residencias reales o señoriales, peto de los que sólo quedan recuerdos o algún fragmento. No obstante,
hay una extraordinaria excepción: el llamado Tapiz de Bayeu*. Véase O. K. Werckmeister, fhc l'atilical Ideohgy
oftbe Bayettx Tapcstry [1976], en id., Roviantsipie Art and Ideology, cit., pp. 119-192.
IOS A R T * I HISTORIA EN I.A E D A D MGDIA 111
r a n c i o , c o n u n c o n c e p t o a b s t r a c t o d e l g ó t i c o * . Se c a r a c t e r i z a p o r d o s elementos funda-
5 LOS
m e n t a l e s : las c a t e d r a l e s , p o r s u e s t r u c t u r a d i á f a n a , y las . .1 - mi/.aciones d e portadas y fa-
c h a d a s c a r g a d a s d e la m a y o r e x p l o s i ó n e s c u l t ó r i c a j a m a s tasca e n E u r o p a . Los edificios
a l c a n z a n d i m e n s i o n e s g i g a n t e s c a s y l o s a r q u i t e c t o s c r e a n • M i u c t u r a s cada ve. más atre-
v i d a s p a r a a u m e n t a r la a l t u r a y la s u p e r f i c i e d e l o s v a n o s |UC d e s p u é s Cubrirán con vi-
d r i e r a s . E s t a s c r e a n u n e s p a c i o i n t e r i o r t r a n s f i g u r a d o p .( 1 o l o r , d o n d e se olucan pro-
g r a m a s t e m á t i c o s q u e p u e d e n t a m b i é n , e n p a r t e , r e p e t n los t i c las portad.**'-. Estos
ú l t i m o s s o n m ú l t i p l e s e n l o s g r a n d e s e d i i i e i o s d o n d e , e n 1 l a c h a d a , se corresponden en
g e n e r a l c o n c a d a u n a d e las t r e s n a v e s , c o n a l g u n a e x c e p i U o u r g c s . Reims). Cuando
las n a v e s d e l t r a n s e p t o s o n t r e s , e n l o s e x t r e m o s se o r g a n i « d o s o t r e s portadas (Cliar-
t r e s , R e i m s . L e ó n ) . L a e s c u l t u r a i n c l u y e tímpano, a r q u i v . 1^. ¡ a m b a s (capiteles y esta-
t u a s - c o l u m n a s ) y p a r t e l u c e s . E . x c e p c i o n a l m e m e aparece i . t u n u n p e q u e ñ o pórtico que
sobresale, s o p o r t e de otras esculturas. E l n ú m e r o de un nes es clcvadísimo. pero no
c o m p l i c a l o s p r o g r a m a s i c o n o g r á f i c o s e n los q u e c i e r t a s u n nes se r e p i t e n ; p o r ejemplo,
e n el c a s o e n el q u e se d e b e n r e p r e s e n t a r á n g e l e s . E n u n \ i I < .1 d é j e s e s o n numerosos los
r e y e s d e la g e n e a l o g í a . L o m i s m o vale p a r a l o s p r o f e t a s o los santos d e las jambas.
L n u n a é p o c a e n la q u e las c i u d a d e s e s t á n e n p l e n o c r e c i m i e n t o y se convierten en
c e n t r o s d e c o m e r c i o , d e a r t e s a n a d o , c u l t u r a y a r t e , la c a t e d r a l o c u p a u n l u g a r excepcional
y su e x t e r i o r e s t á d e s t i n a d o a ser v i s t o p o r t o d o s . Si b i e n e x i s t e n p r o g r a m a s complejos,
n o f a l t a n i m á g e n e s y escenas q u e , g e n e r a l m e n t e , p u e d e n ser e n t e n d i d a s p o r los fieles
c r i s t i a n o s . ( J u i z á sea esta la r a z ó n p o r la q u e n u n c a f a l t a el J u i c i o F i n a l , e n o r m e y lleno
d e f i g u r a s , a u n q u e m á s s i m p l e q u e l o s r o m á n i c o s e n sus l í n e a s t e m á t i c a s fundamentales.
I n c l u y e el C r i s t o d e l a S e g u n d a V e n i d a q u e e x p o n e l o s s í m b o l o s d e la Pasión, represen-
t a d o s e n o b j e t o s q u e l l e v a n l o s á n g e l e s q u e l o r o d e a n . A p a r e c e n los intercesores Alaria y
J u a n e v a n g e l i s t a ( r e c u e r d a a la Décsis b i z a n t i n a , e n la q u e el s e g u n d o intercesor es Juan
B a u t i s t a ) . N o s i e m p r e a p a r e c e , a u n q u e l o haga c o n f r e c u e n c i a , la resurrección de los
m u e r t o s . T a m b i é n es h a b i t u a l el p e s o d e las b u e n a s a c c i o n e s , a u n q u e falte en algunos
c o n j u n t o s . Se s e p a r a n l o s e l e g i d o s d e l o s c o n d e n a d o s ; p o r u n a p a r t e se muestra la Gloria
y, p o r la o t r a , e l c a s t i g o d e l o s p e c a d o r e s . A p a r e c e n a m b o s e n el a r q u i t r a b e de la ponada,
p e r o se e x t i e n d e n t a m b i é n p o r las a r q u i v o l t a s . L o s c a s t i g o s se r e p r e s e n t a n con formas
h o r r i b l e s , p i n t o r e s c a s , a n e c d ó t i c a s , s i e m p r e c o n la i n t e n c i ó n d e suscitar e n el espectador
h a b i t u a l el t e r r o r a n t e esos t o r m e n t o s ( " l ú d e l a , N o t r e - D a m e d e P a r í s , C h a r t r e s , León,
e t c . ) . E n la C ¿ l o r i a a p a r e c e y a d e s d e l o s s i g l o s r o m á n i c o s el S e n o d e A b r a h a m , cuyo éxito
es d i f í c i l d e e n t e n d e r , a u n q u e se sabe q u e t i e n e su o r i g e n e n la p a r á b o l a d e l r i c o Epulón
y e l p o b r e L á z a r o . E n g e n e r a l n o se r e p r e s e n t a n o t r o s e p i s o d i o s c o m o la T i e r r a y el
8
A l a r , el B u e n L a d r ó n . la ethriasra, e t c . Se p o d r í a d e c i r q u e l o q u e se busca es u n programa
esencial que t o d o s p u e d a n c o m p r e n d e r .
L a s e g u n d a p o r t a d a , i m p r e s c i n d i b l e , es la d e d i c a d a a la V i r g e n , q u e desde el Concilio
d e L f e s o ( 4 3 1 ) h a b í a a d q u i r i d o g r a n i m p o r t a n c i a e n la Iglesia y e n sus manifestaciones
O . von Sinison. 77se Gorhic Garhedral. Nueva York. 1V56 [cd. casi. 1-a careara/gönea, Madrid. Alianza, 1980].
*** La obra fundamental sobre la escultura francesa del primer modelo gótico es W. Saucrlünder, Goiiscbrin
Frankreich 1140-1270. Alúnich, 1970. También cfr. id.. Von Sens bis Srrasburg, Berlín 1966
"~ Véase J. Baschet, Le Sein du pérr Abraham er la paremiré dans l'Ocerdenrr medieval, París 2000.
C l t N O I S PROGRAMAS If ON'OOlAlICOS 109
arristicas. En los siglos del Románico se le dedican numerosos santuarios, y muchas son
las imágenes objeto de culto a las que se atribuyen poderes sobrenaturales. A partir de
finales del siglo xi empiezan las primeras manifestaciones de la poesía cortesana en el sur
de Francia, movimiento en el que la mujer goza de una consideración hasta entonces
inusual. Algunos escritores religiosos de ese siglo (Bernardo de Claraval) parece que
transfieren estas ideas «a lo divino», demostrando un extraordinario amor por María.
Pói lo que respecta al arte, las imágenes que se 1c dedican son cada vez más numerosas.
La V irgen madre empieza a sustituir a la sedes pacri. Sus gestos se humanizan, pierde
solemnidad. Aunque ya se dé en el siglo xn, la Virgen coronada en el cielo por Dios Pa-
dre | •< »r el I lijo será un tema imprescindible en el siglo siguiente. En los textos canóni-
cos luí «parecía natía que hiciera presagiar algo parecido. |>ero ahora se recurre a los
text os del Antiguo "(estamento, que permiten una interpretación en este sentido, como
el I ir de los Cantares 4, 8: -Ven conmigo desde el Líbano, oh esposa mía; ven, serás
Coronada». Tampoco se debe olvidar que María había sido considerada la imagen de la
Iglc i i \ se sigue insistiendo en esta idea, por lo que la Coronación en el cielo represen-
ta el triunfo de la Iglesia militante. Con Inocencio III, hacia el 1200, nos encontramos en
el momento Culminante de la concepción teocrática de la Iglesia. Como consecuencia, se
crea una portada dedicada a la Virgen en la que se contempla su muerte, su asunción y su
Coronación en el Cielo. En las arquivoltas puede aparecer el Arbol de Jesé, que, si en
origen representaba la genealogía real de Jesús, ahora se dedica a menudo a María. En
otras ocasiones aparece rodeada de las Virtudes, personificadas en figuras femeninas,
porque las posee todas.
Desde los tiempos antiguos los santos son objeto de culto, pero su importancia fue en
aumento en los últimos siglos, y su vida y sus pasiones se traducen en imágenes, como
hemos visto. Ciertos santuarios adquieren prestigio o se convierten en metas de peregri-
nación gracias a que consen-an cuerpos santos o reliquias. De más prestigio goza aún el
santuario en el que el santo ha actuado en vida. Este proceso alcanzó tal importancia que
se hizo necesaria una tercera ponada, la de los santos. No siempre existe, y, en este caso,
el tema se integra en una de las otras. Reims no es sólo la sede en la que coronan a los
reyes de Francia, sino que en ella vivieron obispos santos, y algunos de ellos tenían rela-
ciones con la monarquía o sufrieron el martirio por defenderla; es ésta la razón por la que
una de las puertas del transepto none está dedicada sólo a ellos.
Se representan también otros temas, entre ellos la historia de Job; además, portadas
enteras están dedicadas a la infancia de Cristo con la Virgen como protagonista. De nue-
vo es en Francia donde la porrada monumental conoce la máxima floración, y el número
de esculturas adquiere un volumen muy superior al de cualquier otra zona de Europa. En
el Imperio y en la Corona de Castilla se consiguen realizar grandes proyectos que siguen
las líneas de sus modelos con ciertas variaciones personales, aunque a veces no consigan
el rigor ideológico que se da en Francia.
Uno de los santuarios más importantes dedicados a Alaría es el de Chartres . Se dice
88
que allí se conserva una preciosa reliquia, la túnica que llevaba la Aladre de Dios. Poco
antes de 1155 se construye una gran fachada con una triple portada coronada en el cen-
M
A KatTcncIlcnbogcn, Tlte Sctilprum/ Programs of'Charms Cathnir.il, Nueva York. 1964.
110 ARTE E HISTORIA EN I.A E D A D .MEDIA I I I
t r o p o r amplias v i d r i e r a s . E l P ó r t i c o R e a l d e b e m u c h o , e n c n a n t o a t e m a s y estilo, al
pasado cercano, p e r o s u p o n e u n p a s o a d e l a n t e h a c i a l o q u e s e r á la p o r t a d a gótica del si-
g l o x i i i . C o l o c a d a en la fachada d e la i g l e s i a d u r a n t e las o b r a s d e a m p l i a c i ó n de la cate-
dral, única zona d e l e d i f i c i o c u b i e r t a c o n b ó v e d a , s e r á e l ú m o . d e m e n t o que se salve del
ruego en el i n c e n d i o d e 1 1 ° 4 . E n a q u e l l a é p o c a florecía u n a e s c u e l a catedralicia cuyos
exponentes más sobresalientes e r a n T h i e r r y d e C h a r t r e s . a u n -i d e u n Heprait ucbon en el
que hablaba de las A r t e s l i b e r a l e s , \ C . u i l l a u m e d e C o n c h e s ' , i n f l u e n c i a d o s p o r el pen-
samiento p l a t ó n i c o , t a l c o m o • • n o c l a e n t o n c e s , o p o r B<u i n i .
E n este c l i m a se c o n c i b i r v u n t o d e f o r m a s q u e . e n < i t o s e n t i d o , tienden aun
naturalismo idealizado, efl s q u e s i r v e n c o m o bast 1.1 e s c u l t u r a , y empiezan a
desarrollarse, en la- |amb m las f u t u r a s c o l u m n a s ! n la p u e r t a principal está
la Meicstas en la m a r , . i d i c e s e n t a d o e n e l t r o n i • r o d e a d o d e los símbolos
de los evangelista- \b >1. -. l o s d o c e a p ó s t o l e s , n g r u p o s de tres y enmar-
L difemu u del modelo de Senlis. Está dividida en tres registros, y en medio del central se
cados p o r los a r o - mi» 5 e x t r e m o s se e n c u e n t r a n las d o s figuras indepen-
dientes de Elias y 1 m D i o s . E n las a r q u i v o l t a s los v e i n t i c u a t r o ancianos
apocalípticos. L a n o v e d a d , p* . 1 eside e n las f i g u r a s d e U »s .1 p o s t ó l e s y de los testigos,
p e r o en el c o n j u n t o se pu.í IJI i r de S e g u n d a V e n i d a . L a p u e r t a d e la izquierda está
dominada p o r una Ascensi. r, c o n t e m p l a d a p o r l o s a p ó s t o l e s s e n t a d o s , o n c e en total. Aquí
las arquivolras e n t r a ñ a n u n m a y o i i n t e r é s p o r q u e i n c l u y e n l o s s i g n o s zodiacales y los
meses, elementos acordes c o n la s i t u a c i ó n d e la c a t e d r a l , a u n q u e n o i n é d i t o s .
L a p o r t a d a m á s i n t e r é s a m e es |j¡ Je la d e r e c h a . E n e l c e n t r o se e n c u e n t r a una Virgen
c o n el N i ñ o q u e , si b i e n resalta e n el s a n t u a r i o , s i g u e t e n i e n d o u n a f u n c i ó n de sedes u-
pientiae. C o m o i m a g e n de la S a b i d u r í a , e n r e l a c i ó n c o n las e n s e ñ a n z a s d e los estudios
anejos a la c a t e d r a l , se c i t a n las d i s c i p l i n a s d e l rriz'iu?rt y d e l e/ftadriz'iu?//. Cada una de
ellas está p e r s o n i f i c a d a e n una figura f e m e n i n a , a c o m p a ñ a d a d e u n i n d i v i d u o muy dis-
t i n g u i d o en la d i s c i p l i n a e n c u e s t i ó n . E l triiit/w e m p i e z a c o n la C i r a m á t i c a , vestida de
maestra que e n s e ñ a a dos j ó v e n e s , y q u i z á al q u e r e p r e s e n t a es a P r i s c i a n o . L a Dialécti-
ca está s i m b o l i z a d a p o r A r i s t ó t e l e s y la R e t ó r i c a , p o r C i c e r ó n . L a A r i t m é t i c a . Geome-
tría, Astrología y A l ú s i c a están a c o m p a ñ a d a s d e p e r s o n a s n o s i e m p r e identificadas, y la
Alúsica está t a m b i é n flanqueada p o r u n i n s t r u m e n t o . E n e l o t r o l a d o e l programa está
e n r i q u e c i d o c o n u n c i c l o s o b r e la i n f a n c i a ( A n u n c i a c i ó n , V i s i t a c i ó n . N a t i v i d a d , Anun-
c i a c i ó n a los pastores y P r e s e n t a c i ó n ) , d e t a l m o d o q u e e l e j e d e s i m e t r í a c o i n c i d e con el
N i ñ o en el pesebre y e n c i m a u n altar, e l e m e n t o q u e se h a r e l a c i o n a d o c o n la eucaristía.
E s t e t í m p a n o a l u d e e s e n c i a l m e n t e a la v e n i d a d e J e s ú s , al d e la A s c e n s i ó n mientras que
en el t í m p a n o c e n t r a l aparece el S e g u n d o A d v e n i m i e n t o , a n t e s d e l c u a l l o s testigos se-
rán m u e r t o s p o r el A n t i c r i s t o .
L o s r e l i e v e s q u e s u r g e n c o m o e s c u l t u r a s d e l o s f u s t e s d e l a s c o l u m n a s son figu-
ras d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o , p r o b a b l e m e n t e r e y e s , p r o f e t a s , e t c . , p e r o n o han sido
i d e n t i f i c a d o s , e x c e p t o D a v i d , S a l o m ó n y la r e i n a d e S a b a q u e l o a c o m p a ñ a y que se
c o n v e r t i r á en la p r o t a g o n i s t a d e m u c h a s o t r a s p o r t a d a s ' ' . L o s c a p i t e l e s en los que
0
w
ibié.. pp. 15-22.
*° J. B. Pritchard (ed.), Solomon and Sbeba. Londres 1974; A- Chastel, - L a reine de Saba>-, en id.. FsHa
Formes. Figures. París 1978, vol. L pp- 61-1 30.
Lot CHANDES PROGRAMA» ICONOGRÁFICOS 111
se asientan las arquivoltas están densamente cubiertos de esculturas que narran la
vida de Cristo* . 1
Pero es en la nonada de Senlis donde el programa mariano alcanza la plena madurez
iconográfica, hacia 1170, con tres escenas fundamentales: muerte, asunción y coronación
en el (áelo. En las arquivoltas no faltan el Arbol dcjc.se y los profetas. Las jambas, excesi-
vamenic restauradas, representan a personajes del Antiguo Testamento, apoyados en bases
esculpidas que pueden guardar una relación con ellos, por ejemplo, el cordero a los pies de
Abraham. Son figuras tipológicas relacionadas con el sacrificio y con el Cristo de la coro-
Dación ••poso de la Iglesia y ofrecido en sacrificio. Esta portada sirvió como modelo para
otras. 1:1. luida la fachada none de la catedral de Chartres, y por esta razón es especialmen-
te interesante. La fonnulación más perfecta, en la que se conjugan forma y contenido, es la
portada de ta izquierda de la fachada de Notre-Darne de París (hacia 1215-1220), que se
encuentra el Tabernáculo que encierra el Arca de la alianza, presagio de la Virgen. Profetas
y reyes que lo flanquean desenrollan filacterias que aclaran este concepto. El registro del
centro representa una única escena, la muerte, momento en el que Jesús desciende para
recoger su alma y los ángeles cogen su cuerpo y lo llevan al Cielo, ante la presencia de los
apóstoles, entre los que destacan Pedro, que representa a la Iglesia, Pablo, Juan y tal vez
Santiago el Mayor. Encima, la Coronación. En las arquivoltas, ángeles, profetas y reyes;
estos úlunios aluden a la genealogía de Cristo y de María, por tanto al Arbol de Jesé. Las
esculturas de las columnas y de las jambas han sido muy manipuladas. La columna estaba
ocupada naturalmente por una Virgen que, como Nueva Eva, está apoyada en una escena
en la que se contempla el Pecado Original, focalizado en la responsabilidad de Eva.
Con el precedente de Notre-Dame de Laon, que fue tremendamente dañada duran-
le la Revolución francesa en el siglo xvui, y que presentaba tres grandes portadas, que
datan hacia 1 195-1205, la del Juicio Final, la de la Virgen (Coronación) y la de la Epifa-
nía, es en Chartres donde alcanza la plenitud iconográfica. A las tres portadas del lado
none se añaden poco tiempo después las del transepto sur, y luego se construye una es-
pecie de pórtico que permite la comunicación entre las ucs puertas, como en Laon. La
pane central del transepto septentrional está dedicada a la Coronación de la Virgen
(hada 1205-1215). La portada de la Virgen toma como modelo la de Senlis, pero la co-
lumna está ocupada por santa Ana con María niña. El conde Louis de Chartres, durante
el saqueo de Consta 11 tinopla por los cruzados, había robado la reliquia de la cabeza de la
presunta madre de María y poco tiempo después la condesa Catalina la había donado a
la catedral"'. Así se explica la presencia de santa Ana en la columna en un puesto de ho-
nor, prueba de que en las catedrales se querían mostrar los tesoros sagrados que conte-
nían, dejando de ellos un sólido testimonio. La línea temática continúa en lasfigurast i -
pológicas ligadas al sacrificio, en las jambas, donde aparecen de izquierda a derecha
Aarón, o más probablemente Melquisedec, Abraham, Moisés, Samuel, David, Isaías,
Jeremías, Simeón, el Bautista y, para terminar, Pedro.
n
A. Heimann. -The Capital Friere and Pilasters of che Portail Hoya], Chartres*, Journal of the Warburg
and Counanld Instimtts 31 (1°A8). pp. 73-102.
g
*' Kaucnellenlxigcn. The Scidpn ral Programs, cit., p. 62.
112 ARTE t. H I S I O H I A EN I. A K D A D Mi-m> II i

Lü!> i . R A M B l f mor.RAMAS icoKO(.nAriC0fc 113

E n el lado izquierdo está r e p r e s e n t a d o e l c i c l o d e l a i n f a n c i a d e C r i s t o c o n la Nativi-
dad, la Anunciación a los pastores, l a E p i f a n í a y l a h i s t o r i a l e l o s R e y e s Magos ene!
tímpano, y la Visitación, e n las j a m b a s , m i e n t r a s e n l a s a r q u i x < d r a s e m p i e z a n a aparecer
temas antiguos que normalmente n o a p a r e c í a n e n l a e s c u l t u r a m o n u m e n t a l , como las
Vírgenes santas y las V í r g e n e s n e c i a s , y las V i r t u d e s p e r s » m i l i * i d a s . M á s difícil de com-
prender, si bien se ha intentado b u s c a r u n a e x p l i c a c i ó n , e s l . i t e r c e r a p o r t a d a con la his-
toria de Job y el Juicio de S a l o m ó n , m i e n t r a s e n l a s a r q u i v o l t a s se r e p r e s e n t a n las histo-
rias de Tobías, Judith, E s t h c r y S a n s ó n .
L a iconografía de la puerta c e n t r a l del l a d o s u r («v/. L 2 1 0 1 2 1 5 ) es c a n ó n i c a : Juicio
Final presidido por el C r i s t o de la S e V e n i d a a c o m p a ñ a d o p o r los intercesores
María y Juan Evangelista, ademas de s< i: s q u e l l e v a n 1 . í m b o l o s d e la Pasión. En
el arquitrabe, san M i g u e l pesa las b u e n -oes e n p r e s e n c i leí d e m o n i o , y a izquier-
da y derecha se encuentra la m u l t i t u d i s a l v a d o s y d e l o s « u i d e n a d o s Entre estos
ulnmos, antes de su entrada e n la trad b o c a d e l I n f i e r n o , se d i s t i n g u e n obispos
mitrados, reyes, damas nobles y b u r g u i las a r q u i v o l t a - a l o s d o s lados hay varüí
escenas que hacen referencia a la r e s u r r e i -le l o s m u e r t o s , p e r o s ó l o a la izquierdas?
ve a los elegidos conducidos hacia la («I >i c o m o e l S e n o J e A b r a h a m . L a portada
central de la fachada de A m i e n s v i e n e c u n a l u d a al m á x i m o d e la m i s m a m a n e r a , si bien
el tímpano está dividido en m á s r e g i s t r e s , p o r l o q u e l o s d e t a l l e s a n e c d ó t i c o s son mis
numerosos. También en la portada d e l j u i c * I m a l e n N o t r e - E > a m e d e P a r í s , que ha su-
frido muchas modificaciones, se sigue p e r c i b i e n d o e l p r o g r a m a e n s u t o t a l i d a d . Los cas-
tigos de los condenados son m á s e x p r e s i v o s q u e l o s d e C h a r t r e s .
E n el lado opuesto los protagonistas s o n l o s c o n d e n a d o s . U n - B u e n D i o s » y los apos- l-n esta misma tachada norte se encuentra también un Juicio Final de calidad excelen-
teles presiden el parteluz y las jambas. L a s p a r t e s l a t e r a l e s p e r t e n e c e n a l i r r u p o de exalta- te, pero que no dice nada desde el punto de vista iconográfico. Mucho más interesante es
la gran fachada principal" , con esculturas de tamaño impresionante. La primera curiosi-
1

ción de los santos. E n el lado i z q u i e r d o se e n c u e n t r a s a n E s t e b a n , q u i e n destaca especial-

dad consiste en el hecho de que no haytímpanoy la escultura se ha trasladado al gablete,
mente, como hemos visto en la A s c e n s i ó n . E n t r e o t r o s , s e l e d e d i c a l a p o r t a d a ineridiorul
mientras que las figuras de las jambas forman parte del programa de las portadas. En
de N o t r e - D a m e de París. A la d e r e c h a , s a n A l a r t í n >• s a n N i c o l á s , c a d a u n o con dos esce-
cualquier caso, la parte central incluye la Presentación en el Templo, Anunciación y V¡-
nas, ocupan este lugar privilegiado. L a p o r t a d a d e l o s s a n t o s m á s i m p o r t a n t e se encuen-
siüición. En el lateral izquierdo, una Crucifixión. Para terminar, en las esquinas hay dos
tra, sin embargo, en la fachada norte de R e í r o s , a l a d e r e c h a . E l tímpano (hacia 1225-
9 1

12230) está extraordinariamente d e s a r r o l l a d o e n a l m r a , t a n t o q u e se d i v i d e en cinco
registros, el superior con C r i s t o entre d o s á n g e l e s , y l o s d e m á s c o n las historias délos
santos Nicasio y Remigio, a d e m á s de E n t r o p í a , h e r m a n a d e l p r i m e r o . T o d o s aparecenya
en las jambas. A la izquierda, E u t r o p i a y Í V i c a s i o , e s t e ú l t i m o c o m o c e f a l ó f o r o , sostenien-
do su cabeza, con dos ángeles que lo c o r o n a n - E n e l l a d o o p u e s t o , a l l a d o de un ángely
con vestido episcopal, aparece san R e m i g i o . iN'icasio e r a o b i s p o d e R c i n i s cuando la ciu-
dad fue atacada por los vándalos, q u e le c o r t a r o n la c a b e z a . L a c o g i ó c o n la mano y,
acompañado por dos ángeles, la puso e n e l altar. S a n t a E n t r o p í a , q u e a t a c ó a los bárba-
ros, está representada en el m o m e n t o del m a r t i r i o . E n la m i s m a z o n a , a la derecha, se
puede distinguir, muy deteriorado, el b a u t i s m o d e C l o d o v e o . E n e l s e g u n d o y el cuarto
regisuos se cuenta la vida de san R e m i g i o , t a m b i é n él l i g a d o a l a c a t e d r a l . E n el tercero
se representa una vez más la historia de J o b . E n l a c o l u m n a , l a c o l o s a l i m a g e n del papa
san Calixto.
tímpanos más llenos de relieves. La escultura no termina aquí. En las zonas más altas se
encuentran las galerías de los reyes, cuya presencia parece lógica en una catedral como
ésta; tampoco faltan en Notre-Dame de París. E l muro interior está organizado en un
retículo de nichos rectangulares, todos ocupados por una figura. No se ha podido desci-
frar el significado de cada escultura, pero se han reconocido claramente un Encuentro de
Ana y Joaquín ante la Puerta Dorada, un Bautista que amonesta a Hcrodcsy Ilerodías,
y un encuentro entre un guerrero y un sacerdote, que podrían ser Abraham y Melquise-
dcc. Por desgracia todo es demasiado vago y no puede ser incluido en el conjunto de un
programa iconográfico más general.
La catedral de Bourges es la única con cinco portadas en la fachada. La cantidad de
esculturas que exige es enorme. La puerta central está dedicada al Juicio Final (Fig. 6),
*** P. Kunnann, Lafotade de la carbe'drale de Retmj Arcbitccnire tt seulpturt des pwrtaib, 2 vois., París-Lausana,
IV87.

*" W. M. Hinlde. 72* Portal oftbe Saints ofRtims Catbedral. Nueva York. I96S.
114 A B T E E HISTORIA EN LA E D A D M I D I A III
' iT3>hurgo. catedral de Notre-Dame, portada de la fachada meridional, tímpano.
Coronación de la Virgen, ca 12 JO.
-micha-, n o v e d a d e s d e s d e el p u n t o de v i s t a i c o n o g r á f i c o , p e r o extraordinariamente
a n i m a d a por a n é c d o t a s . D o s d e las p o r t a d a s e x t e r i o r e s e s t á n d e d i c a d a s a dos santos
a r z o b i s p o s d e l a d i ó c e s i s : el f u n d a d o r O r s i n o y C í u i l l e r m o , q u e fue obispo en 1205-
1 2 0 9 y c a n o n i z a d o e n 1 2 1 8 . O t r a p o r t a d a e s t á o c u p a d a p o r el o m n i p r e s e n t e san Este-
b a n . E n o t r o s c o m p l e j o s m o n u m e n t a l e s se p u e d e n c o n s t a t a r a v e c e s determinadas par-
ticularidades.
E u e r a de F r a n c i a se c r e a r o n p o r t a d a s n o t a b l e s , s i g u i e n d o l o s modelos franceses y
a d a p t á n d o l a s a las p o s i b i l i d a d e s y a las n e c e s i d a d e s d e c a d a lugar. Actualmente Estras-
b u r g o es francesa, p e r o su p e r t e n e n c i a a A l e m a n i a h a s i d o flucruante. Hacia 1230 se
p r o y e c t ó una s i n g u l a r f a c h a d a s u r c o n d o s p o r t a d a s g e m e l a s c u y o s tímpanos se dedicaron
a la M u e r t e de la V i r g e n y a la t r a d i c i o n a l C o r o n a c i ó n ( F i g . 7): es decir, la clásica portada
de la V i r g e n p e r o s i m p l i f i c a d a y c o n c e b i d a d e m a n e r a d i f e r e n t e . E n e l extremo de la la-
chada hay dos i m á g e n e s e x t r a o r d i n a r i a s , la p e r s o n i f i c a c i ó n d e la S i n a g o g a derrotada y la
de la Iglesia t r i u n f a n t e , q u e e n el c r i s t i a n i s m o t e n í a n u n a h i s t o r i a m u y antigua pero no
h a b í a n a p a r e c i d o n u n c a e n el m u n d o de la e s c u l t u r a m o n u m e n t a l .
E n e l á r e a h i s p á n i c a , l o s c o m p l e j o s m á s r i c o s y n u m e r o s o s p e r t e n e c e n a la Corona
de C a s t i l l a . E n la c a t e d r a l de B u r g o s se c o n s e r v a n s ó l o las p o r t a d a s del transepto '. La 9
del S a r m e n t a l (sur, ca. 1 2 3 0 - 1 2 4 5 ) es d e u n a c a l i d a d n o t a b l e , r e a l i z a d a s seguramente
p o r e s c u l t o r e s p r o v e n i e n t e s de A m i e n s y d e R e i m s , p e r o i c o n o g r á f i c a m e n t e afín al Pór-
J. Yar/.a Luaccs, Arre medieval, .Madrid, 1980, pp. 2 3 I -237; A1. Á. Franco Mata, liscili m ra gótica en Leon y
v i
provincia, 1230-]S 30. León. 1998 (revisión de una edición precederne); id..-Juicios Finales en la escultura
monumental de las catedrales de Burgos y León», en De l'art comme mysragugie. Iconographie du Jugement dernier
er des fines dernières à l'époque gothique. Actes du colloque de ta Fondation Hardt (Genève, I 3-16 février 1994), Poi-
riers. 1996. pp. 175-198.
LOS GRANDES PROGRAMAS ICONOGRAFICOS 115
tico Real de Chartres. Singulares son las figuras de los evangelistas representados como
escríbanos, acompañados de los símbolos respectivos. En las arquivoltas, junto con los
ancianos, hay esculpidas varias Artes Liberales. La presencia de un obispo ha dado ori-
gen a especulaciones sobre su identidad. Se trata de un santo, no sabemos cuál, vincula-
do a la diócesis. La puerta norte (Comncrías), un poco posterior, representa el Juicio
Piñal.
I n I .eón la escultura es más abundante y comprende una triple portada en el extremo
del i msepto sur, otra con las mismas caracteristicas en la fachada y una puerta simple en
la i rte norte del transepio. En la primera destaca san Froílán, obispo de la diócesis, y
mu de las puertas copia el Sarmental. En la fachada, el Juicio Final, en general, no pre-
senta ninguna novedad, pero son interesantísimos las arquivoltas con los elegidos y, so-
bre 11 ido, los condenados, sometidos a castigos de tremenda expresividad. La antecámara
del l'.iraíso está concebida como una reunión mundana en la que se escucha música. El
parteluz está ocupado por la Virgen Blanca, y en las jambas se encuentran los apóstoles.
En las arquivoltas se introduce el martirio de san Esteban, como si no pudiera estar en
su sitio habitual. Las dos puertas laterales están dedicadas a la Virgen, una a la Corona-
ción y la otra a un ciclo de la infancia de Jesús . 96
I-n Cataluña, en 1277, el Maestro Bartomcu inicia la fachada de la catedral de Tarra-
gona. La portada se proyecta sin tímpano, quizá con vidrieras. Cien años después (1372-
I 377), Cascalls, dirigiendo una cuadrilla en la que trabajaban Solivella y Moragues, ter-
m i n a las esculturas aisladas de las jambas y cubre una parte del tímpano con temas
adecuados a una portada gótica: un pequeño Juicio Final, la resurrección de los muertos,
una guiño al castigo de los pecadores, los estados de la Tierra y una Virgen en el partc-
luzquc pisa a los seres negativos y se apoya en una escena con el momento en el que Eva
comete el fatal pecado"'.
A menudo las vidrieras repiten pane de los programas o los temas más importantes de
las portadas monumentales, de esta manera se vuelven más frecuentes los ciclos dedicados
a María, al Arbol déjese, que parece hecho aposta para una vidriera larga y estrecha, al
Trono de Salomón y a los ciclos de la vida de Cristo o de santos generales o locales. Se
multiplican sobre todofigurasque pertenecen ai Antiguo o al Nuevo Testamento, que se
suceden en los muros vacíos de la nave principal. La extensión de los grandes edificios
hace muy difícU la concepción de programas unitarios. Por eso es posible encontrar un
hilo conductor para obras como el presbiterio de Saint-Dcnis, pensado y realizado por
Suger y con un número reducido de vidrieras. El arquitecto hace un gran uso del lengua-
je tipológico en el que cada tema antiguo es el preludio de un tema nuevo, según el dicho:
«I-o que Moisés vela, la doctrina de Cristo lo revela». Y así, él pane del material, la vidrie-
* J Yara Luaccs, Eljaien Final de la catedral de León, en prensa. Existen otras portadas español» muy
interesantes. Cabe destacar, no tanto por su valor artístico sino por determinadas parricubridades iconográfi-
cas. Ii de la fachada de la colegiata de Toro, con la primera imagen del E'urgatono que se conserva en Mspaña,
una de las más antiguas de Europa: J. Yar¿a Luaccs. "La portada occidental de la Colegiata de'loro y el sepul-
cro del doctor Grado; dos obras significanvas del gótico zamorann», Studia Zamorensui, Supl. 1 (198!*), pp.
118-129.
n
F. Español. Guillen! Solivella ijnunie Cascalls. eü Honiaiatge a Monen Jesús Tarragona, Lérida 1996, pp.
219-232.
 \BI»
Figura 8. Puri*, catedral de Nonc-
Danie. panada de la Virgen, parteluz
con la Virgen c«»n el Niño, ta. 1240.
» HISTORIA EX LA F l> M . M BOIA III
ra e n sí, e n t e n d i d a t a m b i é n e n sentido espiritual; el
tema p a s a d e c i e r t a s v e r d a d e s apenas contempladas J
otras q u e se a c l a r a n « m i e l paso de un Testamento al
otro" 8
. en lujosos manuscritos profusamente ilustrados. En Francia, la colección que tuvo mayor
E n la S a i n t e - C h i p e l l c de P a r í s nos encontramos
a n t e u n e d i f i c i o i i n n . n o y de d i m e n s i o n e s limitadas,
i - a s g r a n d e s v i d r i e r a s «le l o s m u r o s eirpiezan la na-
r r a c i ó n c o n las bis- ;.is del Cíénesis. comenzando
p o r e l l a d o n o r t e \ i l e t e n i é n d o s e en el presbiterio,
p a r a d e s p u é s c o n t i n u a r e n el lado sur. Al Génesis le
s i g u e n o t r a s i l u s t r a c i o n e s del Pentateuco y de los li-
b r o s h i s t ó r i c o s , q u e t e r m i n a n c o n una visión pardal
d e l o s A l a c a b e o s . m i s i e m p r e e n el orden conecto
E n e l p r e s b i t e r i o se d e s a r r o l l a la historia deCristocn
d o s c a p í t u l o s : la i n f a n c i a e n r e l a c i ó n con Juan Evan-
g e l i s t a y la P a s i ó n c o n e l B a u t i s t a . Algunos vanos es-
t á n o c u p a d o s p o r las p r o f e c í a s del Antiguo TesU-
m e n t o , s i e m p r e e n esa z o n a . E s un programa único,
si b i e n p r e s e n t a s e m e j a n z a s c o n otros. Louis Gradé-
elo h a d i c h o q u e es la - h i s t o r i a de la redención»que
n a c e « e n m e d i o » d e l A n t i g u o Testamento. La histo-
ria de la P r i m e r a V e n i d a e n el presbiterio se cones-
p o n d e c o n la de la S e g u n d a e n la parte posterior de
la f a c h a d a y en la escultura''".
H e m o s v i s t o q u e los grandes programas monu-
m e n t a l e s e s c u l p i d o s o b e d e c e n a una serie de constan-
tes, a p a r t i r de las c u a l e s p u e d e n introducir frecuentes
c a m b i o s , c o n temas i n e s p e r a d o s . N o t r e - D a m c de Pa-
rís p r e s e n t a u n a p o r t a d a n o r t e m u y singular, con una
\ l r g e n c o n el N i ñ o e n el p a r t e l u z ( E i g . 8). E l tímpano
e s t á d i v i d i d o e n tres registros y el que corresponde al
a r q u i t r a b e e s t á o c u p a d o p o r c u a t r o escenas de la in-
f a n c i a . E n los o t r o s d o s se desarrolla la historia del
m o n j e T e ó f i l o q u e v e n d e su a l m a al diablo y consigue
evitar e l I n f i e r n o g r a c i a s a la m e d i a c i ó n de la Virgen.
Va e n S o u i l l a c , e n e l s i g l o x n , esta historia estaba re-
p r e s e n t a d a e n la f a c h a d a . S i n e m b a r g o , ahora entra-
ñ a u n i n t e r é s m a y o r . S e r e c o g e n colecciones de mila-
" Una introducono general iconografica en E . Caste Inumo,
b
Vetrate medievali. Officine tecniche maestri, Turin, 1094, cap. «Pro-
blemi iconografici», pp. 115-142.
Al. Auhert, L . Grodecki.J. Lafond y j . Verrier, Les vitraux di
S'otre-Dame et de la Sainte Chapelle de Pans, Paris 1959, pp. 78-84.
LOS G I A N D O FI) fi f, RAMAS ICONOCRA r t t OS
1 117
gros nurianos que se escriben en lau'n y en lenguas romances. En ciertos casos, se copian
éxito fueron los .Miracles de Notre Dmnc del clérigo Gautier de Coincy o Coinei (hacia
L218). que contiene sesenta y cinco milagros. Fue copiada varías veces en códices de lujo.
En d< -s ejemplares definalesdel siglo xu (San Petersburgo, Biblioteca Nacional, ms Fr.
F \ VIV. Nr. ° y Paris, Bibliothèque Nationale de France, ms fr. 22928), todos están
Uasrr idos y a cada uno se le dedican hasta seis escenas. El más imponante es el ejemplar
de París (Parí*., Bibliothèque Nanonale de France, ms Nouv. Acq. Fr. 24541) ilustrado
pin I m l'ucelle a principios del siglo xiv, si bien a cada milagro fe corresponde una sola
mini aura.
i .1 ira más excepcional, con una estructura que permite hablar de un gran programa,
es 11 presentada en las Cantigas de santa María, escritas en gallego por Alfonso A'el Sabio.
Esl impuesta por cuatrocientas canugas ordenadas en grupos de diez- En cada grupo la
prn i-s una alabanza a la Virgen, con resultados gráficos notables' . Las demis recogen
00
iodos los milagros conocidos e incluyen otros. Se hicieron diferentes copias. Una, en dos
volúmenes, es la más lujosa. El primero es el llamado Códice Rico (Escorial, Real Biblioteca,
msT.I.I) y el segundo, incompleto, es el de la Biblioteca Nacional Central de Florencia (ms
Banco Kari 20). Cada historia está ilustrada con seis o doce escenas. En las de alabanza, la
finalidad es la exaltación de la Virgen y presentan originales detalles iconográficos. Las
demás llenen un significado narrativo evidente. A pesar de la existencia de modelos prece-
dentes. n<i se recurre a ellos, por lo que la composición de las imágenes es original . 101
PIRCO a poco, en el siglo xui se verifica un cambio en el sistema de producción de los
manuscritos. Del scriptornan monástico se pasa al taller profesional laico y aumenta la
clientela, dado que muchos manuscritos van destinados al uso de los reyes y de los no-
bles. Se incrementa la producción. Y este proceso es más evidente en Francia y en Ingla-
terra. Ciertos libros son más importantes y, aunque no nos podamos entretener exami-
nándolos detenidamente, es importante aludir a ellos. Por una parte, encontramos los
salterios. No se trata de los volúmenes p3ra uso monástico, sino de aquellos destinados a
una clientela laica. Las miniaturas están dispuestas de varias maneras, pero los ejemplares
más interesantes son aquellos en los que las ilustraciones se concentran en los primeros
folios, en el margen del texto principal. F,s espléndido el parisino Salterio de san Luis
(París, Bibiothèque Nationale de France, ms lat. 10525), que debió de pertenecer al rey.
Empieza con sesenta y ocho folios en los quefiguranescenas del Antiguo Testamento,
Ana Domínguez ha trabajado en este aspecto: A Domínguez Rodríguez, -Iconografia evangélica en
Lai Cantiga* dr Sania Mana", en Inttrnaiional Symposium on the 'Cantigas de Santa María» ofAlfonso X el Saino,
1221-12X4 (Nueva York. 1981), Madison. Wis.. 1987, pp. 53-80; id., «Composto y to-iedemptio en las Cantigai de
Santa Maria Crucifixión y Juicio Final», Arcbiiv Español de Arte 281 (1W8), pp- 17-35; id.. «La Virgen, rama y
rail. De nuevo con el árbol déjese entasLai Cantigas de Santa Maria*, en J. Montoya MarQoczy A. Domín-
guez Rodrigue* (cds ), ElScnptonum alfonsi: de lot libros de astrologia a bis ••Las Cantigas de Sama María», Madrid
1999. pp. 173-214.
101
í i. Meneada Pidal, «Los manuscnias ile las Cantigas Cómo se elaborótaminiatura alfonsi». Balería de
la Real Academia de la Historia 150 (1962). pp. 2$-5l;J. Yarza Luaces. -Reflexiones sobre la iluminación de las
Cantigas», en Metrópolis Totins Hupamae. 7Í0 aniversario de la incorporación de Sevilla a la Corona castellana (Real
Alcd¿ar de Sevilla, 23 de noviembre 1998 a J de enero 1999), Sevilla, 1998, pp. 163-179.
 1 18 A R T E E H I S T O R I A E ML A E D A D Al R O Í A I I I
d e s d e e l s a c r i f i c i o d e C a í n y A b e l h a s t a l a h i s t o r i a d e S a ú l y D a v i d . U n género similar lo
c o n s t i t u y e n las b i b l i a s h i s t o r i a d a s , q u e h a b í a n a p a r e e n ! - 1 \ i h a c í a a l g u n o s siglos, peroque
l l e g a r o n a s u m á x i m a e x p r e s i ó n c o n l a Biblia JWaaeioz'yk'. N u e v a Y o r k , Pierpont«Morgan
L i b r a r y , m s ¿VI. 6 3 8 ) , tal v e z p r o v e n i e n t e d e l a F r a n c i a s e p t e n t r i o n a l . C a d a (olio, de gran-
d e s d i m e n s i o n e s , s e d i v i d e e n v a r i a s e s c e n a s d e l A n t i u m • ( e s t a m e n t o , empezando porh
C r e a c i ó n h a s t a l a h i s t o r i a d e D a v i d . E n a m b o s c a s o s . < u n o e n la a n t i g ü e d a d , se traade
ciclos narrativos inspirados directamente e n losprime l i b r o s h i s t ó r i c o s a partir del
C í é n e s i s . E x i s t e n o t r o s q u e p o r s u c o m p l e j i d a d s e c o p i a n ;ó|o e n ocasiones excepcionales
y n o t i e n e n el m i s m o c a r á c t e r . S o n las b i b l i a s m o r a l i z a d ; \ c a d a historia de la Biblia le
a c o m p a ñ a u n a g l o s a , y a m b a s e s t á n i l u s t r a d a s . K a ele* e >n c o m p r e n d e muchas historias
y e l n ú m e r o t o t a l d e l a s e s c e n a s e s m u y a l t o . E l e j e m p l a r m e j o r , e l único completo, se
c o n s e r v a e n l a c a t e d r a l d e T o l e d o y f u e d o n a d o p o í el re> d e F r a n c i a al rey de Castilla.
O t r o g r u p o i m p o r t a n t e e s e l d e l o s a p o c a l i p s i s ingleses; q u e d a n treinta y uno, datados
e n t r e e l s i g l o X I I I y p a r t e d e l x i v ' ° - \ E s t á n p r o f u s a m e n t e m i t r a d o s y contienen materiales
a j e n o s al t e x t o q u e d e m u e s t r a n i n f l u e n c i a s d e l a s d o c t r i n a s d e l a b a d J o a q u í n de Fiore,en
el c a s o d e q u e e s t é n r e l a c i o n a d a s c o n l a c o r o n a . E l m a s o >n< i c i d o es e l Apocalipsis de Cam-
bridge ( T r i n i t y C o l l e g e , m s R . 1 6 . 2 ; h a c i a 1 2 5 5 - 1 2 6 0 » . q u e tal v e z perteneció A Leonor
d e P r o v e n z a . m u j e r d e E n r i q u e I I I , d o n d e a p a r e c e n c o n u n a c i e r t a frecuencia los francis-
c a n o s y q u e c o n t i e n e u n c i c l o d e d i c a d o a J u a n , e l a u t o r ; o t r o s prefieren el Apocalisst
Dance ( O x f o r d . B o d l e i a n L i b r a r y ; m s . D o u c e 1 8 0 ) ' " \
E n I t a l i a , la t r a d i c i ó n y l o s c o n t a c t o s c o n B i z a n c i o f u e r o n d e r e r m i n a n t c s . A partir del
s i g l o X I I y d u r a n t e t o d o e l x m , l o s g r a n d e s m u r o s d e la iglesia d e S a n Atareos de Veneaa
f u e r o n r e c u b i e r t o s d e m o s a i c o s b i z a n t i n o s , q u e l u e g o f u e r o n p r o d u c i d o s por talleres lo-
c a l e s . E n e l i n t e r i o r se s u c e d í a n l o s c i c l o s , p e r o n o se p u e d e h a b l a r de u n programa gene-
ral d e t o d o el c o n j u n t o : v i d a s d e l o s a p ó s t o l e s , la m i t a d d e las cuales se ha conservado sólo
e n u n l a d o , v i d a d e s a n A l a r c o s , d e s a n J u a n E v a n g e l i s t a , h i s t o r i a de J e s ú s . Llegando al
a t r i o o p ó r t i c o , las s e i s c ú p u l a s e s t á n r e v e s t i d a s p o r u n c i c l o veterotestamentario de noto-
ria e x t e n s i ó n , i n s p i r a d o d i r e c t a m e n t e e n la t r a d i c i ó n i c o n o g r á f i c a del Génesis Cortón *.10
E l G ó t i c o . D i f u s i ó n g l o b a l e i n t r o d u c c i ó n d e l m o d e l o itali ano
N o t e n d r í a m u c h o s e n t i d o d e t e n e r s e e n e l final d e l s i g l o x m si n o s limitáramos sólo
a h a b l a r d e F r a n c i a , d e l a C o r o n a d e C a s t i l l a o d e l i m p e r i o , p e r o la cosa cambia si toma-
m o s e n c o n s i d e r a c i ó n I t a l i a . S u p a p e l f u e m o d e s t o , p u e s t o q u e n o h a b í a recibido el mo-
d e l o francés, m a n t u v o u n e s t i l o a r t í s t i c o c o n s e r v a d o r , p e r o e n e l ú l t i m o cuarto del siglo
"
, 0
Henderson, -^Studies in English Alanuscript Illumination. I l l : The Mnglísh Apocalypse^ 7ow™i/of
the Warburg and Courtaulé Institutes 30 (1967), pp. 104-137; 3 1 (1968), pp. 103-147. La hihuografia sobre el
tema es vastísima.
* P. Klein. Endz.ettefa.arrung
10
tnd Rsttendeologie,
t Oraz 1983-
U n estudio exhaustivo de los mosaicos ha sido realizado, en una obra monumental, por O. Dcmus, Tbt
Mosaics of San Marco in Veniee, 4 vols., Chicago, 1984. Una reducción del texto, sin el aparato de notas y de
dimensiones inferiores, /</.. The Mosaic Decoration of San Mareo, Venice, Chicago-Londres 1988.
PROGRAMAS I C O N O G R A F I C O 119
L O S G R A N D E S
esta situación cambió y consiguió crear un modelo gótico diferente del francés. La pin-
tura adquirió un papel protagonista. Su arquitectura está muy lejos del diáfano edificio
nórdico, entre otras cosas porque muchas construcciones se cubrían con tejado plano. Se
mantenía, sin embargo, la grande y maciza superficie que servía de base a la pintura mu-
ral, por lo que se siguieron realizando grandes ciclos temáticos pintados o en mosaico,
como había sucedido hasta ese momento . 105
Roma connnuará siendo un gran centro de producción también después del 1300.
Cabe ' esaltar que uno de los conjuntos de mayor caÜdad e interés es una obra en la que
se ad< . i.i el programa de las grandes portadas francesas, pero llevándolo al ábside y con
la teu i del mosaico. Se trata del trabajo de Jacopo "íbrriti para Santa Alaría la Ma-
yor '" I I papa Nicolás IVcs el primer responsable del encargo, dirigido por el cardenal
1
jflCOpi ' -ilonna, arcipreste de la basílica, que lo verá terminar en 1296. El ábside pre-
existente fue demolido y se construyó uno más al este. E l nuevo ábside se recubre K J I . I !
raente con un programa de mosaicos, entre los cuales se distingue, por las notables di-
mensiones, la Coronación de la Virgen, cuya superficie alrededor está recubierta con
teselas doradas, roleos vegetales y motivos decorativos. En la almendra que contiene la
Coronación se acercan dos grupos de ángeles. Los más altos son serafines con tres pares
ile tías, y cada grupo está compuesto por nueve representantes de las jerarquías angéli-
cas"*"- Fn el suelo, a un lado, están de pie san Pedro, san Pablo y san Francisco de Asís;
al <>tr<>. san Juan y san Antonio de Padua. A partir del esquema francés adoptado inicial-
menie, se pueden notar las vanantes. La importancia que se otorga a los franciscanos se
debe al hecho de que el papa pertenecía a esta orden, y está representado de rodillas y en
pequeña dimensión, como Jacopo Colonna. En la escena más baja un paisaje nilótico
nace, a los dos lados, de dos fuentesfluviales.F.n el cilindro absidal, en lugar de las cinco
ventanas habituales, se abren sólo cuatro, y así la parte central es doble respecto a las
demás. En ella se sitúa la muerte de María y el momento en el que Cristo viene a recoger
su alma, en estilo bizantino. Tampoco aquí faltan los franciscanos, de pequeñas dimen-
siones. Para terminar, correspondientes a las ventanas, cuatro escenas de la infancia:
Anunciación, Navidad, Epifanía y Presentación en el Templo.
Herederos del primer cristianismo, son numerosísimos los baptisterios italianos in-
dependientes de las iglesias, decorados en el interior con pinturas y mosaicos. A veces se
confunden, porque los diferentes ciclos se crean en épocas distintas c incluso uno puede
esconder parte del otro, como en Parma. Pero ahora se concibe un conjunto que sigue a
la cubiena del baptisterio de la catedral de Florencia, donde los mosaicos se realizan
hacia 1300. En el centro, una Maiestas aparece rodeada por las jerarquías angélicas. Des-
pués, en ciclos sucesivos, se inicia la historia de Adán y Eva, la de José y, para terminar.
E . Borsook. The Mural Painters of Tuscany, from Citnabut to Andrea del Santo. Londres. 1960.
101
J. Gardner, -Pope Nicholas IV and the decoration of Santa Maria Maggiore-, Ztitschrift fur Kunstge-
,os
schKhte Jo (1973). pp. 1-50; M. R. Menna, «Niccolo IV, i mosaici absidali di S. Maria Maggiore e l'Oriente»,
Rinata dell'Istituto Sommale d'Archeologia e Sturi* dell'Arte 10 (1987). pp. 201-224; A. Tornei, lacobus Tornii
Picur, Roma. 1990. pp. 99-125; M- Andaloroy S. Romano. -L'immagine nell'abside», en id., Arte e iconografia
a Roma, cit., pp. 120-124.
B. Bnidcrcr Eichberg. Les neufchoeurs angéliqun. Origine et évolution du thème dans l'art du Moyen Âge,
Poitiers 1998, pp. 172-173.
i 20 ARTE E H I S T O R I A E N LA E D A D M K D I A III

¡a del santo patrón. T o d o está o r i e n t a d o h a c i a u n g r a n d i o s o J u i c i o F i n a l , en el qucse Lo» G K A N D t * PROGRAMAS ICONOGRAFICOS 121

describe de manera a n e c d ó t i c a y d e t a l l a e l I n f i e r n o c o n u n d e m o n i o q u e lo domina. Se-
tena y cinco años después F i n a B u z z a c c a r i n a . m u j e r d e F r a n c i s c o I d e C a r r a r a , decide
transformar el baptisterio de P a d u a e n e l p a n t e ó n f a m i l i a r y e n c a r g a a G i u s t O de' Mena-
buoi(1375-1377) recubrirlo t o d o d e f r e s c o s . E l p r o g r a m a , aj i i r t e d e s u p r e s u n t o destino,
no difiere mucho del florentino. D o m i n a la c ú p u l a u n a M¿tt, ras g i g a n t e s c a . E n círculos
concéntricos se encuentran las j e r a r q u í a s a n g é l i c a s y l a m u l i 11 u d d e l o s e l e g i d o s (alguntn
de ellos se pueden identificar). E n e l t a m b i i r . h i s t o r i a s d e l < rt i c s i s q u e c o t i i e n z a n c o n b
creación del universo. M á s abajo, e n los i r o s , l a v i d a d e J e s ú s y l a d e J u a n Bautista,
parrón del edificio. E n el ábside h a c i a e l qi • *-tá o r i e n t a d o , u ñ c i c l o a p o c a l í p t i c o . Enel
altar, un políptico también c o n h i s t o r i a s B a u t i s t a p r e s i d d o p o r u n a V i r g e n con el
Niño . 103

La sencilla tabla que se ponía d e t r á s o. s e d e s a r r o l l a . s e h a c e m á s compleja. Es

la pala italiana o el retablo h i s p á n i c o . P o r parte, e n Itali. c o m o e n o t r o s lugaresde
Europa, el culto a la 'Virgen había alean.- >u p u n t o á l g u b •. S i e n a la había escogido
como protectora de la ciudad d e s p u é s d e 1 i l l a d e A l o n t a p e r t i . P r e c i s a m e n t e enton-
ces (1308), encarga a D u c c i o u n r e t a b l o dt . t n d é s d i m e n s u m e s . E n 1311 el pintorlo
entrega y las autoridades o r g a n i z a n u n a s o l e a i i n e p r o c e s i ó n p a r a t r a n s p o r t a r l o desde el
taller del artista a la catedral, fiesta t r i u n f a l de- ' t o a d a a A l a r í a y n o c o n s e c u e n c i a del apre-
iglesia a la Virgen, fresco. U0.Ì-1 IOS. detalle
cio por la obra del artista. P a r t i e n d o d e m ó d c \i >s a n t e r i o r e s m á s s i m p l e s , e n el frente SÍ
concibe una Virgen con el N i ñ o e n e l t r o n o d e g r a n d e s d i m e n s i o n e s , e n e l centro de b
Giovanni Pisano preside el altar. Asimismo, unos años después, un pintor paduano pinta
tabla, rodeada por ángeles. A los l a d o s , o t r o s á n g e l e s y s a n t o s c o n o c i d o s , c o m o san Pe- en el presbiterio un ciclo de la vida de la "virgen después de la muerte de Jesús, según los
dro, san Pablo, santa Lnés, san J u a n B a u t i s t a , e t c . A h a j o , d e r o d i l l a s , o t r o s c u a t r o santos de Apócrifos. L a iglesia fue completamente cubierta de frescos, pero las imágenes más sig-
la ciudad (san Ansano, san Sabino, san C r e s c e n c i o , s a n V í c t o r ) . P o r t a n t o , n o se trata sólo nificativas se encuentran en las paredes. Se inicia con la historia, también apócrifa, de sus
de una exaltación de Alaría sino, e n c i e r t o s e n t a d o , d e u n e v e n t o c í v i c o q u e e l gobierno d; presuntos padres, Joaquín y Ana, que a partir de este periodo se difundirá cada vez más,
la ciudad replicará en diferentes o c a s i o n e s , s o b r e t o d o e n r e l a c i ó n c o n l a A1'¡¡testasMsaiu y continúa con la historia de Alaría, que se confunde siempre con el inicio de la de su
{Majestad de Simone Martini, Historia de Alaria d e " l a d d e o d i B a r t o l o e n l a capilla de lo* hijo, Jesús. A los dos lados de la entrada se ve la Anunciación y encima de nuevo a María,
Señores, todo en el Palazzo P u b b U c o d e S i e n a ) " " . A d e m á s , t a n t o e n l a parte superior
1 protagonista del episodio en el que Dios, rodeado por ángeles, manda a Gabriel a visitar-
la. Se trata de la capilla funeraria donde está sepultado Enrico Scrovegni. Tal vez sea por
como en todo el reverso, completamente p i n t a d o , se n a r r a e n d e t a l l e l a v i d a de Jesús, que
esto, y porque era lo habitual, en la pared oriental se encuentra un imponente Juicio
se inicia con una Anunciación y t e r m i n a c o n e l e n c u e n t r o c o n l o s d i s c í p u l o s e n el camino
Final en el que Enrico tiene un sitio especial, ya que aparece retratado ofreciendo una
de Emaús, diferenciando varios c i c l o s . 1 1 0
maqueta de la iglesia, donada para la remisión de sus pecados (Fig. 9). Quizá esto tenga
La capilla de Santa Alaria de la A r e n a ( h a c i a 1 3 0 3 - 1 3 0 5 ) e n P a d u a , e n c a r g a d a a Giono alguna relación con el hecho de que en las zonas bajas, a los dos lados, las alegorías de las
por Enrico Scrovegni, es famosa p o r m u c h a s r a z o n e s . S u i m p o r t a n c i a se debe, entre Virtudes se contraponen a las tic los Vicios, estos últimos para rechazarlos y las primeras
otras, al programa iconográfico: la p r o t a g o n i s t a es l a V i r g e n , c u y a i m a g e n creada por para practicarlas.
E n Iralia, la porrada historiada monumental no se desarrolla como en Francia, en
España o en el Imperio. Existe, sin embargo una excepción muy especial; la catedral de
S Bcitim, (Jiusto dc'Mcnabuot e ¡'arte del Trecento, Padua 1 9 4 4 ; ra"., JLe pt tras-e di Glasto de' Menabuoi v¡
IW

Orvieto. Todo lleva a pensar a que fue Lorenzo Maitani, arquitecto y escultor, el que la
Bamsiero áel Dutano di Padava, Yiccnza. 1960; B. J . Dclancy, Ginsta de'Xleriab-uoi. Nueva York, 1972. IJ«; pintu- proyectó y realizó con la ayuda de su taller" . Dividida en tres partes, la puerta central
1

ras del ábside son de Giusio.

Visión de conjunto en D- Norman. Siena and tbe Vrrg/rr. Art and Politics in a Late Medieval City Sun.
lOT

Neu Havcn. Cotu-Loudres, 1999 M . D. Taylor, «The Prophctic Scencsin the Trce ofjesé at Orvieto»», Tbc Art Bulletin S4 (1°72), pp.
1 , 1

Durante el siglo pasado, la tabla fue tortada verri taimen tu. después se sacaron varias escenas y se ven-
1,0
402ss.; J . White. «The Reliéis on the Facade of the Duomo at Orvieto»,/íftnwi of tbe Horburg and Coartatila
dieron, y hoy están expuestas en vanos museos de Kuropa {TsTational CJalIery de L o n d r e s , Alusco ThysseniJc Insanita 22 (1959), pp. 254ss.
Madnd. etc.) y de America. Sobre Duccio. cfr. C . Brandi. Duccio, Florencia 195 1; J . H . Srubblcbine¡, Duerna
Buonuuegna andHisScbool. Pnnccton, NJ. 1979. algunas de sus hipótesis son muy discutidas; J . WTiitc, Dutxr-
Tiucanand tbt Medieval H'orhbop, Londres. 1979; F. Ocuchler, Oneció, Milán, 1984.
 r

122 A R T S E H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A I I I

Lo» GlAKDIS PROGRAMAS ICONOGRAFICO! 123

es l a ú n i c a q u e e s t á d o t a d a d e u n tímpano c o n la V i r g e n y e l X ' i ñ o e n t r e l o s á n g e l e s . En
los m u r o s q u e s e p a r a n l a s t r e s p o r t a d a s y e n l o s e x t r e m o s ( c u a t r o e n t o t a l ) se desarrolla
d a m o s c r é d i t o a las o p i n i o n e s d e los espirituales. A los dos lados, las v i r t u d e s que d e b e n
en relieve, entre m o t i v o s v e g e t a l e s , u n i n m e n s o c i c l o q u e s e i n i c i a c o n l a C r e a c i ó n y la
practicar, encarnadas e n figuras femeninas y en complejas composiciones. L a C a s t i d a d
C a í d a (a l a i z q u i e r d a ) y c o n c l u y e c o n u n e x p r e s i v o J u i c i o F i n a l i .1 l a d e r e c h a ) N o falta un CUSti idi.ida e n u n castillo, e n c u y o i n t e r i o r se encuentran la Pureza (Munditia) y la F o r t a -
gigantesco A r b o l d e Jese c o n n u m e r o s o s profetas y la v i d a d * J e s ú s . E s p o s i b l e que el leza. A li) i z q u i e r d a , m i e m b r o s de tres congregaciones franciscanas hacen votos de a d o p -
p r o g r a m a n o t e r m i n a r a a q u í . H o y e l g a b l e t e d e l a p u e r t a p r i h i . p u l e s t á o c u p a d o poruña tar esta v i r t u d ante u n c l é r i g o y u n ángel, m i e n t r a s en la o t r a parte la Penitencia ataca a
Asunción en mosaico ( m o d e r n a ) , raii ntras e n el hastial c e n t r a l se e n c u e n t r a u n a gran la Muirte y al A m o r . L a O b e d i e n c i a está concebida d e m o d o d i f e r e n t e , representada
Coronación de la V i r g e n ( t a m b i é n l e r n a ) . E n l a l a c h a d 1 m u c h o s m o s a i c o s están c o m o u n y u g o , c o m o explicaba u n texto desaparecido pero n o p e r d i d o , que se i m p o n e a
un i r . i m E n los lados, la Prudencia y la H u m i l d a d . E n c i m a una i m a g e n t r i u n f a n t e d e
dedicados a M a r í a . S i d e t r á s d i t \s h u b i e r a n e x i s t i d o o r i g i n a l e s * s i m i l a r e s , b Fram i E n e l lado occidental, las bodas de Francisco con la santa Pobreza, tema q u e
parte f u n d a m e n t a l d e l p r o g r a m a *e h a b r í a situad.» .11 y l a e s c u l t u r a habría se li.it i p o p u l a r e n la o r d e n , con J e s ú s que oficia la ceremonia. Para t e r m i n a r , la a p o t e o -
constituido el c o m p l e m e n t o . sis del u i t o e n e l t r o n o , vestido suntuosamente y rodeado p o r una m u l t i t u d .
Las órdenes m e n d i c a n t e s m i s s n a c e n a p r i n c i p a . - d e l s i g l o x m , p e r o has-
Sun Francisco era italiano y vivió en l o s alrededores d e Asís. D o m i n g o d e G u z m á n
ta d e s p u é s d e l a m u e r t e d e l o s f u i ... e m p i e z a n , t r a i c i * m a n d o e l e s p í r i t u d e po- era español y su c a m p o de actividad fue el sur de Francia. N o existe u n c e n t r o n a m r a l de
breza, a c o n s t r u i r grandes convi leñarlos de pinturas L a i g l e s i a d e Asís fue su o r d e n e n I t a l i a , p e r o la i m p o r t a n c i a que a d q u i r i e r o n los d o m i n i c o s , sus pactos c o n e l
fundada e n 1228 y consagrada e n 1 s ó l o e n e l d i r i m o c u a r t o d e l s i g l o se pintan papad» • \ los vínculos con la Inquisición, creada hacía [Joco, hizo que e n Italia se c o n s t r u -
l o s m u r o s y las c u b i e r t a s d e l p r e s b i i g l e s i a s u p e r i o r , a p e s a r d e q u e y a antes se yeran l asas m u y i m p o r t a n t e s . E r a una o r d e n de carácter más i n t e l e c t u a l respecto a la
h a b í a e m p e z a d o a c o m p o n e r l a ic t.. d e l f u n d a d o r . E n 1 2 3 5 , B o n a v c n t u r a Ber- iraní IM j n . i . c o m o demuestra <:l p r i m e r g r a n p r o g r a m a d o m i n i c o . San N i c o l ó de T r e v i s o .
I-1 e m e n t o adquiere g r a n i m p o r t a n c i a cuando N i c c o l ó Boccasini, que era d e la o r d e n ,
linghieri finna el r e t a b l o de la igli rj c San Francisco e n P e s c i a . e n l a q u e e l santo
se coro ¡ r o o e n papa c o n el n o m b r e de Benedicto X I (1240-1304). Se trata d e la sala ca-
aparece e n t a m a ñ o n a t u r a l c o n seis c p . s . MIH.S d e s u v i d a a l o s l a d o s . P o c o s a ñ o s después,
p i t u l a r que T o m á s de M ó d c n a pinta c o n frescos e n 1352. Se representa la difusión d e la
d o s p i n t o r e s a c t i v o s e n F l o r e n c i a r e . i l i / . i n u n r e t a b l o m á s g r a n d e c o n v e i n t e h i s t o r i a s del o r d e n c o n alusiones a todas las Provincias en las que se dividía y a sus m i e m b r o s más
s a n t o ( F l o r e n c i a , i g l e s i a d e S a n t a C r o c e . c a p i l l a B a r d i ) . M i e n t r a s t a n t o , h a b í a n i d o apa- ilustres, representados e n la escribanía mientras leen o escriben. E l p r i m e r o es el f u n d a -
reciendo diferentes historias d e la vida d e s a n F r a n c i s c o , y l a o r d e n c o n f i ó a s a n Buena- dor. D o m i n g o de G u z m á n . Ks lógico que haya sido él el elegido. R a i m u n d o de P e ñ a f o r t
v e n t u r a e l e n c a r g o d e e s c r i b i r l a Leyenda mayor, r e c o n o c i d a o f i c i a l m e n t e . U n a c o p i a ilus- es d o c t o r e n D e r e c h o c a n ó n i c o y c o m p i l a d o r de Decretales. N o faltan e l papa B e n e d i c t o
trada c o n u n ac a n a d a d i m p o r t a n t e d e m i n i a t u r a s f u e r e a l i z a a l r e d e d o r d e 1 3 0 0 " \ X I , santos c o m o P e d r o Alárnr o sabios c o m o ' l o m a s de A q u i n o " . 1

E n A s í s , l a g r a n n a v e d e l a i g l e s i a f r a n c i s c a n a s u p e r i o r f u e d i v i d i d a e n d o s p a r t e s , y en N o hay nada m á s espectacular que la G r a n C a p i l l a de los E s p a ñ o l e s , sala c a p i t u l a r d e l

la i n f e r i o r , q u e t e n í a m u r o s m á s a m p l i o s , e s t á p i n t a d o e l g r a n c i c l o d e l a v i d a d e l funda-
d o r , u s a n d o l a Leyenda Mayor c o n u n a c i e r t a l i b e r t a d . I . a i g l e s i a s u p e r i o r , c o n ventanales,
f u e s u b d i v i d i d a y p o c o a p o c o r e c u b i e r t a c o n l a t e m á t i c a h a b i t u a l d e l A n t i g u o Testamen-
t o , d e l a q u e q u e d a n f r a g m e n t o s d e u n a s p o c a s e s c e n a s . E n e l l a d o o p u e s t o , l a m i s m a si-
tuación p e r o c o n historias d e l N u e v o T e s t a m e n t o , t a m b i é n c a s i t o d a s e l l a s p e r d i d a s . El
c i c l o d e s a n F r a n c i s c o ( c f r . v o l . I J , l á m . 2 2 ) , v e i n t i c i n c o h i s t o r i a s e l e g i d a s , t o d a s d e gran-
d e s d i m e n s i o n e s , c o n m u c h a s c i t a s d e l f e l i z e n t e n d i m i e n t o e n t r e e l p a p a d o , y p o r tanto
e n t r e la I g l e s i a , y l a o r d e n m e n d i c a n t e . S e c o n s e r v a l a p i n t u r a e n l a b ó v e d a d e l primer
tramo, con los Padres de la Iglesia. Parece q u e e l franciscano que losacompaña recoged
saber d e cada u n o d e e l l o s .
A t e n o s c o n o c i d o s , a u n q u e n o p o r e s o m e n o s i m p o r t a n t e s , s o n l o s f r e s c o s d e las cua-
t r o p l e m e n t o s . e n l a b ó v e d a d e l t r a n s e p t o d e l a i g l e s i a i n f e r i o r , p o r q u e e x p r e s a n l o s idea-
l e s d e l a o r d e n , a p e s a r d e q u e e n l a é p o c a l o s c o n v e n t u a l e s y a l o s h a b í a n t r a i c i o n a d o , si
M . R. Pazo*. - E l Códice " A r c h i v o I b e r o - A m e r i c a n o " d e la " L e g e n d a A l a i o r " d e S a n Buenaventura y
1 , 1
otras notas bibliográficas»-, Arthiv« Ibero-Ameneano 34 (1974), p p . 5- J7; J . W . E i n h o r n , - D a s Crossc Franus-
kuslcbcn de* h l . Bonaventura i n zwei i l l u m i n i e r t e n H a d s c h n f i e i i i n H o r n u n d M a d r i d « , Collectanea Franastam
62, 1-2 (19V2J, pp. 5 - 6 1 ; J. W . E i n h o r n y L . P é r e z S i m ó n (cds.), leyenda Mayor. San fiuenaventtira, edición
facsímil y vol. de ensayos, M a d r i d , 2 0 0 1 .
c o n v e n t o d e Santa María N o v c l l a (Florencia), donde existía u n sttuiium, pintada p o r
A n d r e a B o n a i u t i hacia 1 3 6 6 - 1 3 6 8 ' " . Se quiso desarrollar u n ciclo de la vida d e C r i s t o
p o n i é n d o l o e n relación con el papel desempeñado por la o r d e n . E n la pared d e l f o n d o se
encuentra una gigantesca Crucifixión con el Calvario y el Descenso a l o s I n f i e r n o s a l o s
dos lados; c o n u n ú a n e n la superficie de la bóveda correspondiente las M a r í a s e n e l sepul
ero, la R e s u r r e c c i ó n y el Noli me tangen. A la izquierda, la pared está e n t e r a m e n t e o c u -
pada p o r una apoteosis de santo Tomás de A q u i n o ( F i g . 10) que somete a Sabclio, A v e -
rroes y A r r i o , heréticos y desviados. A su lado aparecen otras figuras, de J o b a S a l o m ó n ,
y alrededor las V i r t u d e s teologales y cardinales. E n la zona i n f e r i o r se c i t a n las Ciencias
teologales ( D e r e c h o c i v i l . D e r e c h o canónico, H i s t o r i a , D o g m a , Etica y T e o l o g í a , a c o m -
pañadas d e personajes d i s t i n g u i d o s e n la varias disciplinas, c o m o J u s ü n i a n o , D i ó g e n c s ,
A r e o p a g i t a , Agustín y Juan C r i s ó s t o m o ) . Para terminar, las siete Artes Liberales dispues-
111
R. Cìibbs, Tornato da Modena. Cambridge-Nueva York, 1989, pp. 50-87.
M
* Mi Metis, Painting in Florence and Siena after the Black Death, Princeton, NJ, 1951 [ed- casL: Pintura en
Florrnaa y Siena dcspués de la Peste ,\'egra, Madrid. Alianza, 1988], S. Romano, en Storia dell'Aite. 1976; J. Gard-
ner, -Andrea di Bonaiuio and the Chapterhouse Frescoes in Santa Maria Novella-, Art IJiaoty (1979), up.
107-138.
124 Allí t MIS i ORÍ A E N I.A 1*11 • -\ i > . M E D I A III
lf '•• ' !< './uro Tomas de Aquino. f r e s c o . I 3 ó r . - | W.H
tas de la misma manera. E n la bóveda c o r r e s p o n d i e n t e , P e n t e c o s t é s , m o m e n t o en el que
el Espíritu Santo desciende sobre los apóstoles y les i n f u n d e la sabiduría, tema ligado a
Tomas de Aquino. E n el lado opuesto, una m u l t i t u d e n el c a m i n o hacia la salvación, con
imágenes dobles de la Iglesia y la función de ayuda de los doimm canes, los perros de Dios,
como se hacían llamar los que p e r t e n e c í a n a la o r d e n . E n la b ó v e d a , la Barca de Pedro
que guía con firmeza a la Iglesia. E n la pared de la e n t r a d a , u n c i c l o dedicado a Pedro de
Verona, el primer santo m á r t i r de la o r d e n , m u e r t o p o r los h e r e j e s . E n este ambiéntese
celebrarán algunos procesos de la Inquisición. U n p r o g r a m a tan c o m p l e j o (y inásaúnsi
se examina en detalle), se adapta m u y bien a la i m a g e n q u e la o r d e n quiere dar de sí mis-
ma y al hecho de que no formara parte de u n espacio p ú b l i c o g e n é r i c o , sino que era
destinado a la visita de los mismos padres predicadores
in
l ^ s a g u a o s atribuyeron u n significado similar a la g r a n capilla de la basílica de San N i c o l á s en Tólcnooo,
si bien los lemas n o siguen el m i s m o proceso: las zonas altas están ocupadas c o n la vida de J e s ú s y las que quedan,
con la de Nicolás de T u l e n u n o (véase, en general. Arte e spintualira nell'Ordine a gorrín tan a e il comento di San S'ieoU
a ToJenano Artt del comegno. Tolenrmo 1992) A o í r o s santos se le-, t r i b u t ó u n c u l t o que se t r a n s f o r m ó en encargos
para realizar gran d o ciclos. E n t r e los fundadores de las ó r d e n e s figura san B e n i t o . M o n t e c a s s i n o fue prácticamen-
te destruido, pero existen otros lugares, c o m o Su h i a t o . d o n d e recibe u n c u l t o especial. E l c i c l o quizá más extendi-
do se conserva en u n convento de olivetanos r e f o r m a d o s , e n San M a n i a t o a l A l o m e ( F l o r e n c i a ) . Spincllo Arcano
dedicó diecaséis escenas en una capilla, hacia 1400. Pero la figura m á s elegida es san J u a n Bautista, entre otras cosas
porque es el patrón de los bapustenos A veces el p r o g r a m a se encuentra en e l i n t e r i o r , o t r o s e n el exterior, o en
ambos lugares, c o m o e n el caso de las pnmeras puertas del Iraposterio de F l o r e n c i a , realizadas en 1330 por Andrea
Pisano. con vBÜUe escenas de su vida y o c h o con las V i m i d e s E n el palacio de los papas de Aviñón, Maneo G¡o-
Los GRANDES PROGRAMAS I C O N O C R Á 11 C. O S 125
En el resto de Europa se siguen realizando portadas monumentales llenas de escultu-
ra, tanto en Erancia como en el imperio y en la península Ibérica, si bien con temáticas
más libres. Entre 1280 y 1306 se termina la construcción de la Portada de las Calendas
(suri en \otre-Dame de Kouen, con un ciclo de la Pasión que culmina con una Crucifi-
xión simada, para resaltar más. fuera del lugar que le correspondería cronológicamente.
I'.l Pórtico Real se encuentra en el norte en la catedral de Burdeos, y presenta una Ultima
Cena \ una Coronación de la Virgen, un poco posteriores.
Desde 1277 se trabaja en la fachada de la catedral de Estrasburgo, cambiando el pro-
veen- .1... veces. Loque vemos hoy se terminó antes de 1300'"'. La portada de la izquier-
da csi 11 leí orada con teínas de la infancia; la central está dedicado a la Pasión, empezando
por ID I I lirada en Jenisalén, subrayando la Crucifixión pero dejando espacio a la vida
despih . de Id muerte, que culmina con la triunfal Ascensión. En la parte lateral de la de-
rceh.i. ) en las jambas, la parábola de las Vírgenes sabias y de las Vírgenes necias asume
una especial importancia por la nuevafiguradel seductor o Principe del Mundo que se
•cerca • Isa necias ofreciéndoles una manzana tentadora, a la vez, que su espalda se abre
partí mostrar la putrefacción. Se repetirá en otras iglesias (Basilca, Magdcburgo, Friburgo
de Brise, n ¡a). Forma parte del complejo del Juicio Final. En San Lorenzo de Núrcmbcrg
se siguí iralujando bien entrado el siglo xiv, como en Schwabisch (íniúnd Quicio Final).
En l.i península Ibérica, el predominio de la Corona de Castilla continúa durante los
primeros decenios del siglo xiv, periodo en el que la Corona de Aragón asume un cierto
relevo, pero las grandes portadas no se resienten. Adquieren importancia en el pequeño
reino de Navarra, donde, en la catedral de Pamplona, se realiza un ambicioso claustro
con amplias puertas llenas de esculturas, como la Puerta Preciosa, dedicada enteramente
a la glorificación de María, con untímpanomuy agudo dividido en cuatro registros. La
lectura se inicia con la Anunciación de las jambas, pero en eltímpanotodo es diferente.
F.I ángel anuncia la muerte a María, dándole el sudario y la palma. María lo cuenta a sus
amigos, después enseña el sudano a san Juan, llegado en una nube. Llegan san Pedro y
san Pablo, recibidos por san Juan. Sigue con las revelaciones y la preparación para la
muerte, después la muerte y el conejo fúnebre organizado por los apóstoles y demás
detalles, y el culmen viene marcado por la Coronación . 117
> .inneiti recubrió con frescos una capilla: V. Castclnuovo. Un ptttart itali/ino alia Corte di Avignone. Matteo Giovan-
netti e la pinina m rVwMM nel secólo A7T (1962), Turin, 1991, pp. 103-112. El Trniity Apocafypte contiene treinta
escenas de la tula de Junn Lorenzo es el sanio que defiende el tesoro de la Iglesia de la intromisión del poder laico,
y es elegirlo para grandes propamas, tomo el del pórtico de San Lorento Extramuros (S. Romano. Edissi di Roma.
rVHM a liorna en il IJI-JO tía Bonifacio l'lllaManmo V(I29S- Mil), Roma 1992, p. 33) ion lucciséis escenas. Otro,
con d mismo número di- escenas, está dedicado a san Esteban, protomartir. Pero ningún santo beiic una vida como
la de san Amonio abad, patrón de los anioruanos, que en 1426 fue copiada «a» un nianuscnto (1.a Vallena, Biblio-
teca Pública) en Saint- Antninc dcViennoisy fiKÚusuadacondosaenrasmiruaturjs. Lo mis singular es que se dice
que evisna un nnpnal sobre tela. R. Graham, - A Picrurebook of thc I .ifc of St- Anthony thc Abbot-, Arebeologia
83 (1933), pp 1-26; S. C Cocfccrell. -The Pictunal U v a of St AnuSony me Crear-, Burlington Magazme (1933),
pfi. 58-67. Otados en M. Nuct. -San Antonio tentado por la lujuria. Dosformasde represenlauón en la pintura
de los siglos xiv y xv», Lona Amocmis 2 (1996). pp. 111-124.
, l 4
P. Williamson. Escultura gótica. 1140-1300, Madrid, 1997, pp. 189-192-
" * C. Martínez Álava, -Escultura», en La catedral de Pamplona. 1394-1994. Pamplona 1994, vol- 1, pp.
325-335.
126 A R T E E H I S T O R I A E N LA E D A D M I D I A III

D e g r a n c a l i d a d , si b i e n m e n o s o r i g i n a l , es l a p u e r t a s u r d e la iglesia de Santa Alaría L O S G R A N D E S P R O G R A M A S I C O N O G R A F I C O S 127

d e L a g u a r d i a e n A l a v a , d e l s i g l o x i v m u y a v a n z a d o , t a m b i é n d e d i c a d a a la Virgen, que
aparece r e p r e s e n t a d a e n e l p a r t e l u z , p i s a n d o al b a s i l i s c o \ F.l t í m p a n o en tros registros
1 [
vida. Más espectacular es el de Sun Jorge del Centenar de ¡a Ploma a Valencia (Londres,
se i n i c i a c o n la A n u n c i a c i ó n y u n a e x t e n s a E p i f a n í a . D e s p u é s , la llegada de los apóstoles Valoría and Albcrt Museum) realizado a comienzos del siglo xv por un pintor afín a
sin s a n t o T o m á s . L a e n t r e g a d e l « c í n g u l o » a este u l t i m o e s t á e n el c e n t r o de una peque- Marcal de Sax, o tal vez por él mismo . Sus promotores constituían una milicia urbana
121

ña escena d e l r e g i s t r o m e d i o , si b i e n n o se c o n o c e n las r a z o n e s d e q u e csié aquíyquc,
c o m o c o n s e c u e n c i a , la m u e r t e y la r e c o g i d a d e l a l m a p o i p a r t e d e J e s ú s S J encuentren
desplazadas a u n l a d o . L a e n t r e g a al a p ó s t o l d e l c i n t u r ó n . l a m o s a en Italia porque sesu-
p o n i a q u e se c o n s e r v a b a e n P r a t o , n o t i e n e la m i s m a i m p i n Caricia en o t r o s lugares y por
eso r e s u l t a i n t e r e s a n t e . P a r a t e r m i n a r , la C o r o n a c i ó n . E n las j a m b a s se encuentran los
a p ó s t o l e s , m i e n t r a s q u e e n las a r q u i v o l t a s h a y á n g e l e s \ p e r s o n a j e s d e l Antiguo Testa-
mento.
T a l vez la e m p r e s a m á s a m b i c i o s a es la c a t e d r a l vieja d e \ n o r i a , e n el País Vasco,con
u n a t r i p l e p o r t a d a p r o t e g i d a p o r u n g r a n p ó r t i c o . L a i m p o r t a n c i a d e l c u l t o marrano en
esta z o n a d e la P e n í n s u l a es e v i d e n t e p o r q u e a A l a r í a se le d e d i c a n las puertas principales
c o m o a q u í , c o n a l g u n a s d i f e r e n c i a s t e m á t i c a s s e g ú n los casos. L a s historias son menos de
que quería hacerse pasar por más antigua de lo que era, presente durante la guerra que
concluvó con la conquista de Valencia, que era musulmana, por los cristianos. Por esta
razón la pane central presenta tres escenas. La de abajo es habitual, con el santo frente
-il dragón en presencia de la princesa. La segunda, sin embargo, describe la batalla del
Puig. donde Jaime I venció a los moros con la presunta ayuda milagrosa de Santiago, que
apareo |unto • él durante el combate. Termina con una hermosa Majestad de la Virgen,
que tiene resonancias de los modelos italianos. Además, la historia de la vida y, sobre
todo, del martirio de san Jorge está narrada en dieciséis escenas.
Cornil modelo de retablo-tabernáculo dedicado a Jesús y María, en la catedral de
Torios., se conserva el que quiza antes estaba colocado en el presbiterio. La Virgen con
el Niív • en el centro está siempre a la vista, pero, cuando se abre el retablo, se pueden ver
Veinticuatro escenas de la vida de María, de la Anunciación a la Asunción, esculpidas en
madera y policromadas. Cerrado, muestra doce pinturas con la Pasión de Jesucristo ", 1

t r e c e y p r e d o m i n a n las l i g a d a s a la i n f a n c i a ( A n u n c i a c i ó n . V i s i t a c i ó n , N a t i v i d a d , Anuncio
es decn. la titular y treinta y seis historias ". 1

a l o s p a s t o r e s . E p i f a n í a y la M a t a n z a d e l o s i n o c e n t e s ) . L a s e g u n d a y la tercera portadas
s o n m u c h o m á s i n t e r e s a n t e s desde el p u n t o d e v i s t a i c o n o g r á f i c o : en ellas se pasa directa-
m e n t e a l o s t e m a s q u e c o n c i e r n e n a la m u e r t e , en escenas n o m u y b i e n identificadas, que
i n c l u y e n u n a v e z m á s la e n t r e g a d e l « c í n g u l o » a s a n t o T o m á s . E n r e a l i d a d , en Laguardia
d e b e de h a b e r s e r v i d o d e m o d e l o u n p r o g r a m a m u v e x t e n s o . E l J u i c i o F i n a l se encuentra
e n la p o r t a d a d e la d e r e c h a , a u n q u e se l e h a a ñ a d i d o u n a r q u i t r a b e c o n la presunta historia
d e u n s a n t o n o i d e n t i f i c a d o . L a p o r t a d a de la i z q u i e r d a está d e d i c a d a a otros santos . 110

E l r e t a b l o , q u e ya h e m o s m e n c i o n a d o , hacia finales d e l s i g l o x i v experimenta un

e n o r m e d e s a r r o l l o , e s p e c i a l m e n t e e n el I m p e r i o y e n la p e n í n s u l a Ibérica, y sobre todo
e n esta ú l t i m a . A q u í a l c a n z a la a l t u r a d e l t e c h o y c u b r e t o d a la p a r e d sobre la que se apo-
y a . Els u n f e n ó m e n o p e c u l i a r , q u e llegará a c o n d i c i o n a r a la a r q u i t e c t u r a . Aunque en
C a t a l u ñ a es f r e c u e n t e el u s o d e l a l a b a s t r o p a r a l o s r e t a b l o s , en g e n e r a l son de madera.
E s t á n f o r m a d o s p o r n u m e r o s a s tablas q u e c u e n t a n d o s t i p o s de historias de carácter
e m i n e n t e m e n t e n a r r a t i v o . P o r u n a p a r t e se e n c u e n t r a n las dedicadas a Jesús o a la Vir-
g e n . P o r o t r a , l o s p r o t a g o n i s t a s s o n l o s santos. E n g e n e r a l , cada una presenta peculian-
d a d e s y s u t i l e z a s i c o n o g r á f i c a s . E l p r i m e r r e t a b l o m o n u m e n t a l e n alabastro quizá es el de
S a n L o r e n z o , r e a l i z a d o p a r a la i g l e s i a p a r r o q u i a l d e S a n L o r e n z o en L é r i d a por Barto-
m e u d e R o b i o ( 1 3 5 0 - 1 3 7 5 ) , c o n la i m a g e n e n el c e n t r o d e l p a t r ó n y doce escenas desu
l 2 u
~
C. M . KauiTmann, The Altar-I'iece ofSt. GeorgeJrvm Valencia, Londres, 1968.
, ! t

l
" F. Español, Elgotic caíala, Manresa, 2002, pp. 188-191.
, 1 S
O b r a q u e s i e m p r e ha l l a m a d o la a t e n c i ó n d e l o s e s t u d i o s o s , ú l u m a m c n t c le ha sido dedicada una mo- La elección se centra de nuevo en los ciclos rclii/iosos justo en el momento en el que son más frecuen-
I ! 1

n o g r a f í a ( A l - L . L a h o z . Sarita María de tos Reyes de Laguardia. El pórtico en imágenes, el Pórtico imaginado, Vitoria- tes los profanos. El ejemplo más notable es quizá la famosa alegoría del Buen y el .Vial Gobierno en el Palazzo
Gastciz, 2000). Pubblico de Siena, realizada por Ambrogio Lorenzctü. En otro orden de ideas, se decidió interrumpir el dis-
1 | u
J . M . A z c á r a t e R í s t o r i , « C a t e d r a l de Santa A l a r í a » , e n Catálogo monumental. Diócesis de tetona, III: Ca- curso hacia 1400, pero el que escribe, concrar;amenie a lo que se afirma en Italia, cree que lo que llamamos
Edad Medía no rentüna en aquella época, incluso en cierras partes de la propia Itaha. Sólo debido al vasto arco
tedral de I noria. V i t o r i a 19? 1 , p p . 8 7 - 9 ? .
cronológico tomado en consideración, al espacio concedido en una obra como la presente y a la incapacidad
'-o S o b r e la i c o n o g r a f í a e n g e n e r a l , cfr. I . B a n g o , « I c o n o g r a f í a d e S. L o r e n z o » , e n El Escorial en la Bibhott-
del autor de realizar una síntesis más breve, se ha tenido que hacer este corte.
ca Nacional, c a t á l o g o de la m u e s t r a ( M a d r i d , d i c i e m b r e d e 1 9 8 5 - e n e r o d e 1986), M a d r i d , 1985, pp. 369-425.
P o r su análisis e n c u a n t o p r i m e r e j e m p l o de r e t a b l o m o n u m e n t a l , cfr. F. E s p a ñ o l , El escultor Bartonieu de Rebk
y Ueida. L l e i d a 1995, p . 77ss.

Á
 D E LA JERUSALÉN CELESTIAL A LA IGLESIA:
TEXTO, IMÁGENES, SÍMBOLOS
Claude Carozzi

El texto
M Apocalipsis (revelación) de Juan es el único libro del Nuevo Testamento comple-
tamente profetice) . Este carácter aparece en su estructura: una sucesión de visiones que
1

despliegan, en un espacio cósmico, las escenas a las cuales asiste Juan, el testigo, que
describe, narra y relata lo que oye o lo que le cuentan. Este espectáculo evoca el destino
del mundo, de la humanidad, dejando aparte a los elegidos, los cristianos, que han pasa-
do, victoriosamente, las pruebas del tiempo. Esta evocación se expresa en un lenguaje
que emplea diferentes sistemas de referencia: la historia del tiempo (el conflicto con el
Imperio), la historia antigua de Israel, los textos del Antiguo Testamento, la vida y la
doctrina de Cristo. E l resultado es, más que un lenguaje codificado o críptico, como a
veces se dice, un lenguaje simbólico, que obedece a dos imperativos: no designar direc-
tamente a los protagonistas y, sobre todo, hacer resaltar el significado espiritual, teológi-
co, de los acontecimientos representados. E s precisamente este último punto el que cau-
sa dificultad en la interpretación, pero el que, a la vez, le da un alcance atemporal: el final
de los tiempos, en sentido propio, no constituye el tema principal de la obra. E n la Edad
Media se considera que solamente la última parte, en la que aparece la Jerusalén celestial,
es la que se expone de manera realista. Según la interpretación de san Agustín, todo lo
anterior se refiere al üempo de la Iglesia . La razón no se encuentra sólo en la exigencia
2

necesaria de poner aparte la interpretación milenarista del texto, sino en la de poner de

relieve el significado auténtico. Kn efecto, si el Apocalipsis se redujera a la descripción de
un cataclismo último y al anuncio de una inminente vuelta de Cristo, que no ha tenido

1
E . B. AJlu, tub vote «Apocalypse», en Dictionnaire de ht Bible, supplement I, París 1948, col. 106. Sobre la
esegesi* del Apocalipsis «case A- Strobcl, Apotalypse des Johanna, en Theologittbe Realenzyklapàdie. vol. UI, Rer-
un, 1978, pp. 174-189, P. Prigem, l'Apocalypse de tamt Jean, Ginebra.'1988.
1
Sobre los comentarios al Apocalipsis cu la Edad Media véase Y. Chrìste, L'Apocalypse de Jean. Sens et déve-
loppements de set visions synthétiques. París, 19V6.
130 ARTE E H I S T O R I A F N L A E D A U M U O I A III
lugar, su interés teológico sería n u l o , m i e n t r a s q u e e l c o n f l i c t o ele la I g l e s i a con el muid)
es una realidad permanente, l l e n a d e s i g n i f i c a d o e s p i r i t u a l . D e a h í d e r i v a que, indvsoi
la Jerusalén celestial, también se ta p u e d e c o n s i d e r a r c o r n o i m a g e n d e la Iglesia . 3
Por l o tanto, después de las l u c h a s e s c a t o l ó g i c a s y d e l j u i c i o d e las naciones Juanit
«un cielo nuevo y una b e r r a n u e v a » , y q u e a p a r e c e l a « n u e v a J e r u s a l é n •-:
I—] la ciudad santa, la nueva J e r u s a l é n , q u e d e s c e n d í a . i I c i e l o d e l lado de Dios, acaró*
como una esposa que se engalana para s e s p o s o . O í u n i voy. g r a n d e que del tronodecu
U
«He aquí el tabernáculo de D i o s entre los h o m b r e s , y ei igirá su tabernáculo entreelloM
serán su pueblo; y el mismo Dios será Con e l l o s » ( A p o c a l i p s i s 2 1 , 1-3)".
La voz de aquel que se sienta e n el t r o n o y q u e se p r e s e n t a c o m o « e l Alfa y la Omcp.
el principio y el fin», añade m á s adela nt
Pero los cobardes, los i n ñ e k . I u n m a b l e s . los h o m i c i d a s , los fornicarios, los be-
chiceros. los idólatras y todos I. is f i e r o s t e n d r á n su p a r t e en el estanque, queardera:
fuego y azufre, que es la segund.i . n c ( A p o c a l i p s i s 2 1. K)_
Sigue la descripción de la c i u d a d L t ha d e p i e d r a s p r e c i o s a s , c o n sus baluanes,S3
doce puertas y los doce á n g e l e s q u e las r u a r d a n . L a c i u d a d se a p o y a t a m b i é n sobre doce
fundamentos y, sobre ellos, l o s n o m b r e d e l o s d o c e a p ó s t o l e s ( A p o c a l i p s i s 21, 9-H!.
Después, el ángel que m u e s t r a a J u a n la c i u d a d la m i d e : e s t á l e v a n t a d a en un cuadni:
perfecto, pero en ella n o hay n i n g ú n t e m p l o
[..,] pues el Señor. D i o s t o d o p o d e r o s o , c o n el C o r d e r o , era su templo. La dudadu>
había menester de sol ru luna que la i l u m i n a s e n , p o r q u e la g l o r i a de D i o s la iluminábale,
lumbrera era el Cordero (Apocalipsis 21. 2 2 - 2 3 ) .
E l río de la vida sale del t r o n o d e D i o s v d e l C o r d e r o , e r i g i d o e n la c i u d a d (Ar»cali>
sis 22, 1-3).
Cualquiera que sea la i n t e q j r e t a e i ó n m o d e r n a d e e s t a v i s i ó n , p a r a l o s lectores de L
Edad Aledia la Jerusalén celestial estaba, p o r l o t a n t o , d e s t i n a d a a a p a r e c e r al final de lo;
tiempos . Ein último, ante t o d o , s e ñ a l a d o p o r la d e f i n i t i v a s e p a r a c i ó n e n t r e los elegida
5
y los reprobos: a la ciudad santa se le o p o n e e l e s t a n q u e a r d i e n t e d e f u e g o y azufre (Apo
caUpsis 21, 8). Son las dos ú n i c a s r e a l i d a d e s q u e p e r d u r a n p a r a l a e t e r n i d a d : una duebj
construida y u n estanque de f u e g o . E s t e c o n t r a s t e es v o l u n t a r i o , c o n s c i e n t e y claro, h
ciudad es una inorada sagrada, u n ttibei-naculu??!, e l m i s m o t é r m i n o q u e designa tambíá
la tienda que encerraba el A r c a d e la A l i a n z a ( É x o d o 2 6 , I ) .
ld.. -De l'absracv ou des lacunes d'Ap. 15, 1-20, 1 5 dans les cycles apocalyptiques monumentaux desxf-ní
l
siècles», en Testo e trmmigirie nclValto medioevo, Settimanc di studio del CISAA1, X L I , Spoleto, 1994, pp. 824-8:*
4
Lus pasajes bíblicos se citan según la Biblia de la Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1970.
' Lo que no quita que ella pueda ser también una representación de la Iglesia, estando desuñada a pcrasir
CI1 el tiempo
Dt LA J E K I ' Ï A L É N C E L E S T I A I A LA I G L E S I A : TEXTO, I M X C C N C S , sf M B O L O S 131
Esta morado es común a Dios y a los hombres, es un santuario, un templo, a la vez
que una ciudad. Para referirse a ella, la versión latina utiliza siempre civitas, nunca wbs,
término que, por otra parte, aparece sólo tres veces en el Nuevo Testamento, únicamen-
te en los Ilecbos de los Apóstoles (16, 12 y 39; 17, ó), mientras que avilas, por el contra-
rio, aparece en él constantemente. De manera similar, en los textos profáneos del Anti-
gm i léstamento, Jerusalén es siempre una civitas. Se trata, evidentemente, de un prejuicio
por parte de los traductores de los siglos m y iv' . El motivo es, sin duda, el hecho de que
1
para ellos y, en particular, para san Jerónimo, el empleo de civitas remitía a una definición
comente que san Agustín menciona en otras ocasiones: «sicut enim Ierusalem significat
civiutcm societatemque sanctorum»'. La Jerusalén celestial es así una sociedad de san-
ios, mientras que Babilonia es una sociedad de impíos (societas miquoivim)*. Ambas están
tabicadas por ciudadanos (aves) con el estatuto jurídico que depende de tal denomina-
ción. Por otro lado, un urbanas, habitante de una rtrbs, de una ciudad determinada única-
mente por su existencia material, no es necesariamente un civis, un ciudadano de dere-
cho. Por el contrario, en el estanque ardiente no hay construcciones, ni moradas, ni
ciudadanos: todo se consume en una especie de fuego perenne . 9
La ciudad santa es, por consiguiente, una morada común a Dios y a los hombres, a la
ve/ una ciudad y un santuario, un templo. Si en ella no hay ningún templo construido,
como en la anügua Jerusalén, es porque Dios es su templo (Apocalipsis 21, 22). Así en
ella se da una liturgia perpetua:
No habrá ya maldición alguna, y el trono de Dios y del Cordero estará en ella, y sus
siervos le servirán, y verán su rostro, y llevarán su nombre sobre la frente. No habrá ya
noche, ni tendrá necesidad de luz de antorcha, ni de luz del sol. porque el Señor Dios los
alumbrará, y reinarán por los siglos de los siglos (Apocalipsis 22, 3-5).
Este pasaje es un eco a la afirmación anterior, según la cual el Señor todopoderoso y el
Cordero son el templo de la ciudad (Apocalipsis 21, 22-23). La hturgia que tiene lugar es,
evidentemente, sacerdotal: los hombres, los siervos, que cohabitan con Dios y el Cordero,
son, al mismo tiempo, sacerdotes. Pero, de la misma manera, son reyes, reinan con el
Señor en esta ciudad, a la luz. de la cual marchan las naciones y a la que también los reyes
de la tierra aportan su gloria y su honor (Apocalipsis 21, 24). Y, por lo tanto, el ritual en
esta ciudad es sacerdotal y real, a la vez templo y palacio, pero también jardín paradisiaco:
Y me mostró un río de agua de vida, clara como el cristal, que salía del trono de Dios y
del Cordero. En medio de la calle y a un lado y otro del río había un árbol de vida que duba
doce frutos, cada fruto en su mes. y las hojas del árbol eran saludables para las naciones
(Apocalipsis 22,1-2).
* Véase a este propósito J. Fontaine y Cb. Pietri, Le monde latín antique et la Bible, París, 1985.
7
Agustín, De cateebizandis nidibus, ed. C. Madcc, XXI, 37. p. 174.
"Ibid
"Cfr. Apocalipsis 21,8.
132 ARTE E H I S T O R I A E N L A E D A D M F U I A III
Es evidente que este jardín es u n r e c u e r d o t i c a q u e l d e l I d e n . p e r o sobre él no psi
ninguna maldición; al contrario, las hojas d e l á r b o l d e l a v i d a s i r v e n p a r a la sanaciónyno
se prohibe, explícitamente, comer de sus f r u t o s . ELn c o n t r a s t o , n o se e n c u e n t r a el árbol
del conocimiento del bien y d e l m a l ( C í é n e s i s 2 , ° ) . S i e s t e j a r d í n e v o c a , pues, aqucldd
Génesis, no lo reproduce. E l paraíso o r i g i n a l , e l d e a n t e s de la c a í d a , aparece otra vn
pero sanado de la caída misma.
Al final de los tiempos subsisten, p o r l o t a n t o , s ó l o d o s r e a l i d a d e s : e l estanque ardien-
te, donde todo está eternamente en el rueg< • . c o m o e n u n p n »< e s o e t e r n o do destrucción,
y la ciudad celestial. Si el estanque r e p r e s e n ! i l . i s e g u n d a m u e r t e » ( A p o c a l i p s i s 20,14),
U ciudad no puede por menos que r e p r e s . . ; i ; • i.i s e g u n d a v i d a , es d e c i r . I.i felicidad eter-
na. La Jerusalén celesnal reúne al final los a l o r e s i d e a l e s d * la \*ida: el sacerdocio y b
majestad, ya exaltados en la p r i m e r a epist. de P e d r o " ' , asi i • u n o s u s fundamentos sim-
bólicos, el río de la vida y el árbol de la \ i«i l i e s a n a y a l m u u t a . E n el centro, el mmc
de Dios nuestro Señor y del C o r d e r o , d e sale e l r í o d i la v i d a , i n d i c a al misino
tiempo tanto el origen último de todas las , ^« n v i o s u p u n t o d e l l e g a d a . lo que el Se
ñor mismo expresa después de la visión d i l u d i d « Y o s o y e l A l f a y la Omega, elpn-
mero y el intimo, el p n n c i p i o y el l i n - ( A p . K t l i p s i s 22 1 3 ) " .
Esta ciudad ideal lleva el n o m b r e de u n a u u l a d r e a l . J e r u s a l é n . I . a d o b l e referencu.
divina y humana, tiene como r e s u l t a d o e l a b o r a r u n m i t o , e l d e u n a c i u d a d sacerdotal t
real, un modelo hacia el que deben t e n d e r las M -c i c d a d e s d e la A n t i g ü e d a d cristianayde
la Edad Media. Tal deseo de fusión e n t r e I g l e s i a y r e a l e z a e x i s t e e n la E d a d Media e
estado latente. Así. Alcuino. en una de sus c a r t a s , c o m p a r a e l I m p e r i o c a r o l i n g i o a laje-
rusalen celesoal . Sin embargo, tal c o m p a r a c i ó n e s t á l e j o s d e a g o t a r el significadodeb
,:
Jerusalén celesnal en la Edad A l e d i a . L o s e x é g e t a s d e s c i f r a r o n e n a q u e l t i e m p o el miste-
noapbcando el método de los c u a t r o s e n t i d o s d e las E s c r i t u r a s . D e esta manera, a pardi
tic la Jerusalén terrenal, que designa, en s e n a d o l i t e r a l , l a h i s t o r i a d e l p u e b l o de lsrael.se
puede evocar a la Iglesia, la esposa de C r i s t o , el a l m a h u m a n a y l a c i u d a d celestial de b¿
postrimerías".
De ahí se obtiene que la r e p r e s e n t a c i ó n m i s m a , a l t i e m p o q u e es necesaria, se han
imposible. La necesidad deriva de la i m p o r t a n c i a d e l u n i v e r s o s i m b ó l i c o para mostrar,
partiendo de una noción, la ciudad, f a m i l i a r a t o d o s y e n c a r n a d a p o r la ciudad donde
Cristo murió y resucitó. La i m p o s i b i l i d a d c o n c i e r n e , e v i d e n t e m e n t e , a la mulripUádad
armónica que suscita la sola resonancia d e l n o m b r e . E n e s t a s c i r c u n s t a n c i a s , el urürer-
so simbólico puede c o n s t i t u i r s o l a m e n t e e l o b j e t o d e u n a r e p r e s e n t a c i ó n o de urn
evocación.
Los historiadores del arte lian s e ñ a l a d o d i v e r s o s t i p o s d e r e p r e s e n t a c i ó n o de evoca-
ción de la Jerusalén celestial en Biblias y A p o c a l i p s i s , a c o m p a ñ a d o s , o n o , de un comen-
••-Mas tosouut voit liruic escogido, real sacerdocio, la n a c i ó n s a n t a , e l p u e b l o adquirido por Dios |. >
(Pedro I 2.9).
" Véase también Apocalipsis 21, ó. y 1, 8.
•Mfmnfflii O m u n i f / f i i u r u i , Q w ^ r , I V . 198. p. 327. t a l a d o p o r C J l i r i s t e , L'Apnatlypte atjean.au
p. 16!, quien desmolía esta idea comentando el significado de la c a t e d r a l d e K c i m s .
" H . d e l.ubac,líxégestmedmale. 1. I I . pp. 6 4 5 - Ó 4 8 .
Dz LA i • • M i -. c i i t s T i A l A lA IGLESIA: TIXTO, IMAGINES. IIHIOIUI 133
tarto, así como en frescos y mosaicos. Pero, en la Edad Aledia, se le dio su nombre a i n -
CCnvinos y lámparas. Para terminar, se añaden aquí las iglesias, algunas de las cuales
lie* ni este mismo nombre, y las catedrales, sobre todo góticas . Es necesario, por tanto,
14
establecer algunas distinciones. Una miniatura constituye parte de un libro, que es en sí
mis un objeto sagrado". Pero la persona o la institución religiosa que poseen ese libro
fonnni parte de un ambiente instruido, si no. por añadidura, docto . Incluso un laico de 16
pOf .is letras puede buscar ayuda para leer y descifrar el sentido del texto y de la imagen.
Quien entra en una iglesia y ve un fresco puede ser analfabeto; ineluso si se le explica lo
que » i i representado, el comentario deberá adaptarse a su nivel intelectual. Es posible
que « I efecto producido se limite a la fascinación de lo sagrado. Ciertamente también el
l e t u . l " . si es sincero, no puede evitarlo, porque, en el caso de una miniamra o de un
fres» • p, lus soportes -el libro o la iglesia- proceden de lo sagrado . Un incensario o un
17
lampadario no son en sí mismos objetos sagrados, pero su asociación al culto, aun en
di le n. nic grado, les luce partícipes del universo de lo sagrado, y el título que se Ies atri-
buw. al refenrlos a la Jerusalén celesnal, añade a su función un significado escatológico.
Queda la construcción, iglesia o catedral, en la que el problema de la sacralidad o de la
partu i pación en la sacralidad no se plantea. Pero la iglesia tiene una función que propa-
sa, aunque incluyéndolo, el significado simbólico propio de la Jerusalén celestial. Sin
dud.i, \ volveremos .i este punto, es necesario, como consecuencia, hablar de evocación
más que de representación.
Las mirtiattiras
Nos parece oportuno, por tanto, en primera instancia, tratar de las miniaturas. Con-
cierne a un público limitado a los letrados, quienes se enfrentan, además, con el texto
mismo, mientras que en un fresco la relación es indirecta.
Las primeras represen raciones propiamente medievales de la Jerusalén celestial se
encuentran en dos Apocalipsis de inicios del siglo ix: el de Tréveris (Sudtbibliothek, ms
31 ) y el de Valenciennes (Bibliothèque .Municipale, ms 9 V ) , generalmenrc atribuidos a
IB
la Francia septentrional ''. Hay copias de otros dos Apocalipsis, el de Cambrai (Bibliothè-
1
'* I levai» este titulu unj tmilici de Benevento. Véasc /V Roveiu. mb iwf -Gerusalemme c d este», en
BSSSjSaffc éÊTmm mrdir.-au. vol Vi. Roma, 1995. pp 584-587.
" O Pichu Bmehmalirri des \limlakers Eiwt Eimfuhrmng. ed. D. Ittun y U. Jenni, Munich. 1984, pp. 10-13
[ed cast La wùmistmrm medieval Una iMimdmeoom. Mxlnd. .\haxiza. 1993).
" V Chróie. L'emergente d'unr tbeant Je l'ima jr Jan' it prolongement de Rm 1, 20 du Of au \W nette en Orti-
dent.enY Boe*pflugyN.Lo*îW(eds.),NiccclI, 787-1987. pjris, I987.pp 103-316-
" P. SkuOlszewski, L'atte europea dal l'i al IX neolo, Turin, 1995, pp. 235-236.
'"Söhre las represe nui clones tie la Jerusalén celestial véanse dos caejlttgm hatt.intc complet»*: G . Schiller,
UvHvgraphie der (bnstluben Kunst, vol- V. Die Apokatypit des Johannes. 2 tonios, Gütersloh, 1990; M. !.. Gatti
Percr (ed.), La Genuaiemmr ,tleite. .Vilart, 1983 Sotwr lu* manuscritt» de TréVeris y Valenciennes, venue M.
Th. Gousset, - L a represenutaon de b Jérusalem telette à l'epoque carolinpenne-, Cahtrrs artbeolofpfmts
XXIII (1974), pp. 47-60. P K. Klein y R- Laumer (ed.j, TnenrApokalypse, lotlnandige Fakztmde-Ausgabe, G r u ,
1975, F von Juraschek, Die Apokalypse ion l'alennenma. Una. 1959.
'*Véii»r Sfcubisxew»ki, l'arte europea, a t , pp. 735-236.
134 Aun i HISTORIA E N LA. F D A » M U I M I I I

que Municipale, ms 386) y el de S a i n t - A m a n d ( P a r í s . B i b l i o t h o q u e N n t i o n a l e de Franco, 1)1 1 A .) IKU SALÍN CtLESlIAI A I * I (. L £ 4 I A I L V I l l , I M X C. I N I S . SÍMBOLOS 135
msNouv. acq.lar. 1132). que datan d e p r i n c i p i o s d e l s i g l o \ L a s d o s series, Trévens-
Camhraiy Valenciennes-Saim-Ainand. u s a n m e d i o s d e r e p r * c o l a c i ó n diferentes.

Figura 1 Francia sepumtnooal. Af+íjlipru de Tmerv. el á n g e l m u e s t r a J J u a n la J e r u s a l é n celestial, rrunum

sobre pergamino, m m m del s i g l o i x .

El autor del Apoca/ipm de Trr^cns ch^ó quv se s u c e d i e r a n c i n c o i m á g e n e s . E n elf.69r.

el ángel y.luan están simados en una m o n t a ñ a , al l a d o d e l a c u a l s e e n c u e n t r a una forta-
leza compacta con un bastión a l m e n a d o c i r c u l a r , d e c o r a d o c o n d o c e t o r r e s redondas, i
cuyos pies están las doce puertas (fig. I ) . L a f o r t a l e z a s e s i t ú a s o b r e u n basamento cua-
drado; dentro hay construcciones v o l u m i n o s a s q u e n o d e j a n n i n g ú n e s p a c i o x^icío. La
imagen siguiente muestra al ángel que n u d e la c i u d a d , m i e n t r a s , e n e l f. 7 I r . los reyes de
b Tierra avanzan hacia esta última, en la q u e l o s e d i f i c i o s i n t e r i o r e s h a n dejado espaao
al árbol de la vida y al C o r d e r o n i m b a d o c o n la c r u z ( f i g . 2 ) . C u a n d o e n la miniatura si-
guiente (f. 72r) son los elegidos los que se d i r i g e n h a c i a l a c i u d a d , e l b a s t i ó n ha desapa-
recido y se ve sólo una única c o n s t r u c c i ó n , q u e p a r e c e u n a i g l e s i a ( f i g . 3 ) . P e r o en el folio
f. 73r se ve el río de la vida salir del b a s t i ó n d e l a c i u d a d , q u e v u e l v e a t e n e r su aspecto
inicial. Ninguna iiiscnpción a c o m p a ñ a las i m á g e n e s q u e s e s u c e d e n , e n c o n t r á n d o s e , e n
cualquier caso, ante un texto de gran d e n s i d a d , e l a u t o r t u v o q u e h a c e r u n a selección Figura 3. Francia septentrional. Apocalipsis de Tréveris. los elegidos se dirigen hacia b Jerusalén celestial.
Cienos elementos están excluidos: los a p ó s t o l e s , l o s á n g e l e s , l a s p i e d r a s preciosas. Ade- miniatura sobre pergamino, inicios del siglo ix.

más, la Jerusalén celestial es redonda, e n l u g a r d e s e r c u a d r a d a . S ó l o e l b a s t i ó n es cuadra-

do, lo cual comporta una distorsión, p o r q u e es d i f í c i l h a c e r e s t a r u n a c i u d a d redonda
sobre una base cuadrada. N o nos parece p o s i b l e a p e l a r a l a i n e x p e r i e n c i a del dibujante
par3 hallar la causa. L a representación q u e él o f r e c e e s s i m b ó l i c a . I - a v i s i ó n terrenal de
una ciudad bajada de los cielos hace que se enfrenten dos realidades incompatibles. E l
mundo de la visión, de la revelación, no debe tener en cuenta los criterios humanos.
Además, mientras que los bastiones desaparecen para dejar sitio a una iglesia, el misterio
se revela. L a Jerusalén celestial es una representación de la Iglesia según la interpretación

"Guussct, IJ> rrfresetiutiott. ciL

136 ARTE > H U I O R H I N LA E O A D M I U I \ I I I

Di cursiMi 137
de los comenraristas que el a u t o r p u d o c o n o c e r . U n a I g l e s i a q u e posee el Cordero,t¡
1 LA J E N U S A L I N A LA I G L E S I A - TEXTO. IMACFNFS, SÍMBOLOS

árbol y el río de la vida, es decir, las llaves d e la s a l v a c i ó n . F s , p o r l o t a m o , una realidad

representada al mismo t i e m p o c o m o p r e s e n t e y c o m o f u t u r o .
El Apocalipsis de i alenden nes. de la m i s m a é p o c a , i l u s t r a l.i J e r u s a l é n celestial con uiu
sola imagen. La ciudad aparece en l l a n o , e n f o r m a d e <i e c í r c u l o s concéntricos con
cuatro puertas triples, dispuesta*- en c u a t r o d i r e c c i o n e s o p u e s t a s . E n el cintro se encuen-
tra el Cordero, sin n i m b o n i c r u z ; J u a n y el á n g e l e s t á n r e p r e s e n t a d o s abajo. En la repre-
sentación están insertadas d o - !••• < >nes. U n a , s o b n -I c o r d e r o , es unacita:-Li
ciudad no había menester de s..| r [un i q u e la i l u m i n a s e n , p o r q u e la gloria de Diosb
iluminaba, y su lumbrera er.i el C . r o » ( A p o c a l i p s i s 2 1 . 2 3 ) . L a o t r a , situada entre
Juan y el ángel, que señalan con c) c i u d a d , c o m b i n a d o s e x t r a c t o s de citas: «Don-
de el ángel del Señor muestra a • " l a c i u d a d s a n t a la n u e v a Jerusalén" que des-
cendía del cielo (Apocalipsis 2 1 . . b l u z d e D i o s - ( A p o c a l i p s i s 21, 11). Además,los
grupos de puertas vienen desijj. o n c o r t a s l e y e n d a s q u e l o s sitúan en los cuatro
puntos cardinales. L a p r e s e n t í ! ,< r i p c i o n e s t i e n e , s i n l o g a r a dudas, como primer
motivo el hecho de que la rcpresi m ve a l e j a b a d e m a s i a d o d e l t e x t o como para ser
fácilmente comprensible, inclus.i pai _ n l e c t o r c u l t o . L o S d o c e c í r c u l o s concéntricos, en
lugar de cuadrados, aluden. c l a i a ; » i c ¡ : . a los d o c e f u n d a m e n t o s , p e r o presentados hon-
zontalmcnte, en plano, con cuatro g r u p i >s de p u e r t a s e n l o s c u a t r o p u n t o s cardinales, que
ocupan casi la totalidad de su extensión: su s i g n i f i c a d o s i m b ó l i c o aventaja a la represen-
tación realista. Todo se concentra en el C o r d e r o , c i r c u n d a d o a s í de u n n i m b o crurifor- embargu, es probable que el comentario de Beato de Liébana hubiera estado ya miniado
me. La designación de los cuatro p u n t o s c a r d i n a l e s l o p o n e e n el c e n t r o del mundo. a£ en el siglo ix. Este texto fue compuesto en el norte de España probablemente entre el
donde la tradición ya situaba la J e r u s a l é n t e r r e n a l . P e r o e l h e c h o d e que esta «nueva Je- 776 y el 786*'. Se ha conservado un fragmento del siglo ix, pero los otros manuscritos
rusalén» tenga el esplendor de D i o s y e s t é i l u m i n a d a p o r e l á n g e l sugiere, sin duda.qt; más anuguos datan del siglo x. Con todo, se siguió copiando e ilustrando el comentario
es también una representación de la Iglesia u n i v e r s a l , a b i e r t a a l o s c u a t r o costadosdd hasta el siglo xn. En los veintiséis manuscritos conservados, doce contienen dos repre-
mundo. Mientras en el Apocalipsis Je Treveris las i m á g e n e s f o r m a b a n u n tipo de tato sentaciones de la Jerusalén celestial correspondientes, respectivamente, a los versículos
21, 1-27 y 22, 15. Entre el más antiguo, que data del 940-945, y los inicios del siglo xn,
complementario, u n c o m e n t a r i o f i g u r a t i v o d e l A p o c a l i p s i s , a q u í las inscripciones, aun
seis de ellos contienen imágenes similares*'. La primera muestra la ciudad en plano, en
evocándolo, orientan el espíritu del l e c t o r hacia u n s i g n i f i c a d o s i m b ó l i c o . Las dos repre- forma de dos cuadrados (fig. 4). Kn el del centro se encuentra el Cordero, que lleva la
sentaciones realizan una selección de los e l e m e n t o s e n u m e r a d o s en la descripción apo- cruz, sin nimbo, excepto en el Reato de Saint-Sever (París, Bibliothèque Nationale de
calípbca. Esto no llega a q u i t a r s i g n i f i c a d o , s i n o a o r i e n t a r l o hacia l o que los autores France, ms lat. 8878), acompañado por Juan con su libro y por el ángel, que tiene en la
consideran esencial. La representación n o es la i l u s t r a c i ó n d e l t e x t o , sino su interpreta- mano una caña para medir la ciudad. Este cniadrado central está englobado en otro, que
ción figurada. Cuando esta interpretación se acerca al t e x t o p o r m e d i o de alusionesaV representa los bastiones, indicados con doce puertas, conteniendo cada una el retrato de
rectas o más realistas, las inscripciones ya n o s o n n e c e s a r i a s . E s el caso del Apocalipsisét un apóstol y la imagen de una piedra preciosa. En el Beato de Saint-Sever, de cada puerta
Bamberg (Staatsbibliothek, ins M i s e . B i b l . 140), r e a l i z a d o e n R e i c h e n a u a principios del sobresale la cabeza de un ángel. Todas llevan una inscripción que da el nombre del após-
siglo xr'*. Presenta una vista de la c i u d a d desde l o a l t o , p e r o é s t a está representada por tol y el de la piedra representada. Rodean la iiiiniatura otras doce inscripciones con una
breve descripción de cada piedra. La segunda imagen se refiere también a la Jerusalén
medio de un bastión almenado, c o n c u a t r o g r u p o s d e t o r r e s r e d o n d a s , dispuestas como
celestial, pero de un modo diferente. Aquí los bastiones han desaparecido y la ciudad está
las puertas en el Apocahpisis de l á/erteie/tves. E n el c e n t r o , el C o r d e r o tiene un nimbo inscrita dentro de un único rectángulo. Cristo, que tiene el libro de la vida, ocupa el
crucifero. No es necesaria ninguna i n s c r i p c i ó n , p o r q u e n i n g ú n l e c t o r puede engañarse centro de la parte superior y está sentado sobre un trono desde el que corre el río de la
sobre el sentido de la representación.

11
J. Willijiiik. 'Ibe illusrrated Beattis. 4 vols., Londres-Turohout. 1994-2002 (vobre las itusu'acionet); para
Los ApocalipsisdeTréveris y de V a l e n c i e n n c s , c o n sus c o p i a s d e l s i g l o x, presentan los el texto véase F.. Romero-Pose (cd.). Sanen beati a Uebana Commentarins in Apoeatypsnn, 2 vols., Roma, 1985.
dos tipos de representación provenientes d e t a l l e r e s s i t u a d o s e n e l m u n d o caroüngio.Sin H Véase Williatm, The illustrattdBeatas, cu., vol. I I , p. 21.

" Christe, De l'absence, a i . pp. 823-826.

••
' * Schiller. UcQ'Kgrapbie. a t - , p. 613. n . 760.
138 ARTE E HISTOKI A E N L A F D A D M I D I A I I I

vida. Lo indica una inscripción: « R í o que sale d e l t r o n o » . A a m b o s l a d o s de Cristo se

15r LA .frnosAiíN CELISTIAJ A LA lci.esJA: TEXTO. IUXCRNES, SÍMBOLOS 139
sientan dieciséis santos con sus nimbos. U n a i n s c r i p c i ó n p u e s t a e n la z o n a superior cita,
en parte, Apocalipsis 21,3: « E s t e es el p u e b l o d e D i o s , y Di< >s h a b i t a c o n ellos y ellos
mismo uumpo aquí abajo y en el más allá. Cada una, a su manera, las tres formas de re-
reinarán por los siglos de los siglos».
presentación, la de Tréveris, la de Valenciennes y la del Beato, expresan tal idea. De aquí
A uno y otro lado del río están representados d o s á r b o l e s ci irí u n a inscripción que cita se desprende, puesto que la Jerusalén o ciudad celestial es la Iglesia, que la fuente de vida
Apocalipsis 22, 2: « E s el árbol de la vida, q u e o í d a m e s p r o d o c e d o c e frutos». E n la par- o du salvación se manifiesta en las iglesias Terrenales a través de los sacramentos.
te baja del rectángulo, el ángulo derecho está o c u p a d o p o r J u a n y e l á n g e l en pie sobre
una montaña, señalada por una descripcn«r q u e la i d e n t i f i c a c o n e l m o n t e Sion, desde
donde el ángel enseña a Juan «la ciudad sani de J e r u s a l é n » . De la Jerusalén celestial a la Iglesia terrenal
El comentario de Beato ofrece indicaci< n - q u e p e r m i t e n . o m p r e n d e i el significado
de estas dos representaciones diferentes S . . i . c l a r a m e n t e , . p i e l a c i u d a d santa repre- [vn estas condiciones, toda iglesia terrenal puede evocar a la Jerusalén celestial, cora-
par.uion que se realiza a partir de la primera mitad del siglo ix por algunos comentaristas
senta la Iglesia-''. Esta desciende cada día ^! ios i m i t a n d o a 1 ' i o s , es d e c i r , siguiéndolos
del rilo de la consagración de hs iglesias.
pasos de Cristo, Hijo de Dios-''. L u e g o , ¡a c p u e r t a s y L i s d o c e t r i b u s de Israel son
I nrre L'1 813 y el 826, Rábano Mauro compuso una colección de homilías destinada
los doce apóstoles y los doce profetas, m i . s q u e l a s p i e d r a s p r e c i o s a s significan los
al arzobispo de Maguncia, Astolfo". En ella se encuentra un sermón destinado a la con-
hombres fuertes en las persecuciones. E n <. ro l a d o d e l r í o d e la v i d a está la gracia del sagrai ion de una iglesia. A todos a los que asisten se Ies invita a ofrecer su actitud espiri-
nacimiento espiritual, mientras que el árbol ? la v i d a , e n c a d a u n a d e las dos orillas, es tual conforme a la solemnidad celebrada, esforzándose en convertirse en el templo de
una ilustración de la Encamación de C r i s ' \"o e s n e c e s a r i o i r m á s allá en el análisis Dios '. Para ello, cada uno debe, como un buen árbol, producir buenos frutos, cuyo
1

para comprender que las dos imágenes de la J e r u s a l é n c e l e s t i a l r e p r e s e n t a n de dos ma- modelo pertenece al templo del Dios eterno. De esta manera Dios nos reunirá en la Je-
neras a la Iglesia. Pero es necesario añadir que U e a t o . c o m o A m b r o s i o Autperto, al prin- rusalén celestial . En este breve sermón, destinado a servar de modelo para su destinata-
41

cipio de su comentano de los capítulos X X I \ X X I I . i n d i c a q u e e l a u t o r del Apocalipsis
«mezcla uno y otro tiempo, el presente y el f u t u r o » . E l r e s u l t a d o es q u e las dos repre-
2 8
sentaciones muestran, al mismo tiempo, l o q u e c o n c i e r n e a la I g l e s i a presente y a b
eternidad futura. Las inscripciones no tienen c o m o f i n a l i d a d e s e n c i a l exponer el sentido
de las imágenes a alguien que lo ignore, es decir, q u e n o s e a c a p a z d e leer el texto de
Beato. A nuestro parecer, la finalidad, sugerida tal v e z a l c o m i e n z o p o r Beato mismo, es
demostrar que estas representaciones a t a ñ e n a la I g l e s i a , t a n t o e n s u vertiente temporal
rio, Rábano Mauro establece un sistema de correspondencia entre los fieles, la Iglesia
terrenal y la Jerusalén celestial. La relación entre los líeles y la Iglesia universal se justi-
fica sin dificultad con la teología del cuerpo místico de Cristo. Es consecuencia natural
que cada iglesia terrenal lo encarne a su vez. Por lo tanto, es completamente lógico que
la Jerusalén celesual sea evocada, pero no representada, por una iglesia construida por las
manos del hombre.
Esta concepción la desarrolla un comentario a losritosde la consagración falsamente
atribuido a Remigio de Auxerre y fechado en la primera mitad del siglo \x . Este t e x t o iA

como en la eterna. Es por lo que C r i s t o y los e l e g i d o s e s t á n r e p r e s e n t a d o s contemporá- reviste una particular importancia porque fue incluido en el pontifical romano-germáni-
neamente en el río y el árbol de la vida, que s o n , s e g ú n B e a t o , d o s prefiguraciones de los co. Desarrolla dos ideas fundamentales: en primer lugar, los gestos rituales del obispo
sacramentos-* . Igualmente, las puertas de la c i u d a d c u a d r a d a s o n las q u e conducen a b
9
consagrante, desde la apertura de la puerta hasta la bendición del agua mezclada con
única puerta, Cristo - , y las triples puertas o r i e n t a d a s h a c i a l o s c u a t r o lados significan
1 1
cenizas, sal y vino, se interpretan como los símbolos de la acción sacerdotal con respecto
que el misteno de la Trinidad debe ser r e c i b i d o p o r las c u a t r o p a r t e s del mundo. Las al fiel. La puerta de la salvación se abre por medio de la confesión del pueblo, el sacerdo-
imágenes y las inscripciones están ahí, se ve c l a r a m e n t e , p a r a i n c i t a r al lector a consultar te reza por él, le revela los fundamentos de la salvación, lo convierte en catecúmeno, le
enseña cómo puede estar unido al cuerpo de Cristo, de quien le hace c o n o c e r la Encar-
permanentemente el comentario. A l m i s m o t i e m p o , l a d i f e r e n c i a d e f o r m a t o y de conte-
nido entre las dos ciudades celestiales orienta al e s p í r i t u h a c i a u n a c o n c e p c i ó n simbólica
de la Iglesia universal. Sólo el símbolo p e r m i t e , e n e f e c t o , c o m p r e n d e r q u e la Iglesia está
en el tiempo y fuera del tiempo a la vez. E n su c o r a z ó n , e l C o r d e r o , es decir. Cristo, cstí u
Pnrraiogia Latina (a partir de ahora PL), vol CX, col. 73-74. Sobre esta compilación véase R. Eiaix, «Le
siempre presente en el riempo, aun estando e n la e t e r n i d a d . E l es fuente de la vida al recueil «le sermons composés par Rabai» Maur pour Haisnilf de Mayence». Rtvue des e'tndes aitgnstintermes
XXXI1 (1986), pp. 124-1 i~i id., "L" Home Ua i re composé par Raban ¿Vlaur pour l'empereur 1-othaire», Rccber-
íbes angvstinienneí XXX (1984). pp- 211 -240.
"PL, vol CX. C0I.73B.
" PL, vol. CX, col. 74C.
*Romero-Pose. Sanas boina Urbana, cic, vol. 11, p. 387.
: 14
Tractatm de dedkatione ecclesiae, PL, vol. CXXX2, col. 845-862; C. Vogel y R. E I K (eds.). Le Pontifica!
R&mano-Germanigac dn dixieme steele (a partir de ahora PRG), vol. 1, Ciudad del Vaticano, 1963, u. XXXV, pp.
r
JM.pp. 391.410-411. 90-121. Véase C. Jeudy. •«Remigii autissiodorensís opera (Clavis)™, en L'ecole (anhiigieniie d'Auxcrre (Entretiens
:t
lhd., p. 380. d'Atixtrre, I9S9), Parí*. 1991, p. 500 {obras rechazadas).
r
'lbid., pp. 410-111.
p. 392.
140 ARTE E HISTORIA EN LA E D A D M E D I A 1 I I

nación antes de purificarlo con el agua d e l b a u t i s m o . E s t e p r o c e d i m i e n t o simbólico Di LA J E R U S A L É N CELESTIAL A LA I G L E S I A : T L X T O , IMAGENLS, SIMBOLOS 141
permite demostrar cómo el fiel se c o n v i e r t e e n m i e m b r o d e l c u e r p o d e C r i s t o , que es la
Iglesia. De ahí viene una unión ya sostenida p o r R á b a n o ¡VXáUro. desde donde el cnsoanismo se expande a los cuatro costados del orbc . Se comprende 4í

La segunda idea desarrollada p o r el a u t o r de este c o m e n t a r i o es la relación éntrela fácilmente que el traslado de las reliquias al altar alude directamente a las almas que Juan
vio baioel altar y que piden venganza*". Como consecuencia, el altar, del que se ha visto
Iglesia terrenal y la Jerusalén celestial. E l l o hace a p r o p ó s i t o .1.' d o s m o m e n t o s precisos
que representa a la Iglesia, corresponde al 3ltar celestial, el de I3 ciudad del Apocalipsis,
de la ceremonia: la entrada del obispo en la iglesia y la c o n s a ^ i a c i ó n d e l aliar. Antes de y la iglesia consagrada corresponde a la misma Jerusalén celestial. Como en las represen-
que el obispo entre en el templo, u n diácon»., e n c e r r a d o d e n t i . . . e n c i e n d e doce candela- taciones que figuran en el comentario de Beato, los doce apóstoles, en forma de cande-
bros repartidos, con toda probabilidad, a l o l a r g o d e l o s m u r o - i/a circtiitii) Después, el labros, están distribuidos a lo largo de los muros de la iglesia, de la misma manera que en
obispo llama tres veces a la puerta e n t o n a n » , i la a n t í f o n a Thllirt portas. U n a vez dentro, la Jerusalén celesual cuadrada ellos ocupan las doce puertas. El comentarista de la con-
une las cuatro esquinas del santuario crazai i en e l s u e l o , c o n su b á c u l o (cambuta), los sagración compara así a los apóstoles con los árboles del Apocalipsis, que, en el Beato,
signos del alfabeto, yendo primero desde i > Lima e s t e , a la i z q u i e r d a , al ángulo oeste,
(
están repartidos a una y otra parte del río de la vida. Esec último mana del trono del
a la derecha, y luego, del este al oeste, de .»/• esquina a o t r a , d e m o d o q u e los dos traza- Cordero o de Cristo, representado por el obispo durante la consagración. E incluso el
dos se encuentren en el centro en f o r m a d i Para e x p l i c a r este r i t u a l , el comentarioíe agu.i Itcndita, mezclada con ceniza, sal y vino, que sirve para bendecir toda la iglesia, se
puede asociar al río de la vida. El comentarista explica que el agua, siguiendo a Apocalip-
rebere, en primer lugar, a b construcción J« t e m p l o d e S a l o m ó n ( P r i m e r L i b r o de los
sis 17, I 56. representa a los pueblos; la sal, el sacrificio, según LeWtico 2, 13; las cenizas,
Reyes 6) por deducir que los doce candela . r e c u e r d a n a l o s d o c e d u q u e s (duets) que la ejecución de la Pasión del Señor - . En cuanto al vino mezclado con el agua, represen-
4 5

abastecían el templo y, por l o tanto, a los d o i . a p ó s t o l e s , q u e s i m b o l i z a n la unidad de la ta la divinidad unida a la humanidad de Cristo'*'. Para terminar, el trazado del alfabeto y
fe. Estos últimos representan los arbole^ ,< q u e . s e g ú n E z e q u i e l y el Apocalipsis, el ritual del altar hacen de la iglesia consagrada un centro del mundo, cuyas esquinas
evocan los cuatro puntos cardinales, hecho que la iguala a la Jerusalén celestial, tal como
regados por las fuentes del F.spíntu Santo, d a n , p r o d u c i é n d o l o s c a d a m e s , frutos para el
está representada en el Beato.
sustento y las hojas para la sanación ''. L a a n t í f o n a Tollitc ponas p e r m i t e , ademas, al autor
1

compararla entrada del obispo con la del p r . >pio C r i s t o " . E l o b i s p o , p o r l o demás, lleva
en la mano una virga, que representa la polcsias saceidotatis o t o r g a d a p o r Cristo a sus
apóstoles. Igual que Cristo, el poiitifex, al e n t r a r , p r o c l a m a t r e s v e c e s « P a x huic domui-,
lo que evoca el «Pax vobis» de Jesús después d e su R e s u r r e c c i ó n . Si a continuación 5 8
traza el alfabeto, según el rito descrito, es p o r q u e las c u a t r o e s q u i n a s d e la iglesia desig-
nan las cuatro regiones del m u n d o a las que e s t á d e s t i n a d a l a v e r d a d evangélica". El
comentarista explica el sentido de los gestos r i t u a l e s , q u e el o b i s p o r e a l i z a cuando llega
al altar que debe consagrar, afirmando que éste r e p r e s e n t a a la I g l e s i a , y sus cuatro esqui-
nas, los cuatro puntos cardinales del m u n d o . C o n e l a g u a , m e z c l a d a c o n sal, cenizay
4 0
vino, realiza también una bendición de la iglesia v echa l o q u e q u e d a a los pies del altar.
Al ejecutar este último gesto canta la antífona htrroibo ad altare Det\ l o q u e significa que
accede al altar visible que representa el altar i n v i s i b l e , el q u e J u a n v i o e n Apocalipsis 8,3,
y del cual salía el humo de los perfumes, que son las p l e g a r i a s d e l o s santos, que el ángel
ofrece bajo la mirada del Señor" . L a o f r e n d a q u e s i g u e d e l i n c i e n s o es interpretada,
11
No obstante, se puede observar que las representaciones que figuran en los manus-
critos de Tréveris y de Valenciennes son diferentes. En el primero, hay una iglesia dentro
de la ciudad: puede así evocar ella sola la Jerusalén celestial, pero no constimye la única
representación. A nuesoro parecer, sólo en Valenciennes se resaltan el corazón de la ciu-
dad, el Cordero, el río. Los círculos concéntricos y el juego de las puertas parecen tener
un doble senudo: la ciudad y el nimbo del Cordero. Este doble sentido da al conjunto un
aspecto sintético; el Cordero es la fuente de salvación, lo que conduce al espíritu hacia la
Iglesia y, de la misma manera, hacia los sacramentos. Se necesita, en nuestra opinión,
deducir de todo ello que la representación como tal no constituye ni una figuración ni
una ilustración. Como en un comentario del Apocalipsis, se erara de ofrecer al lector una
interpretación del texto orientada hacia la lústoria de la salvación. Desde este punto de
vista, la imagen tiene una función parenética; tiene un papel similar al de un modelo de
sermón, parecido al que hemos encontrado en Rábano Mauro. De la misma manera, nos
parece normal que la arquitectura de un3 iglesia no corresponda directamente a la des-
cripción ile la Jerusalén celestial del Apocalipsis '. N o puede ser más que una evocación
4

como la que se encuentra en los comentaristas del rito de la consagración. Este último,
igualmente, siguiendo Apocalipsis 8, 4 - , c o n el a l t a r t e r r e n a l q u e r e p r e s e n t a también el
4

en efecto, sí que se refiere ai Apocalipsis, pero no exclusivamente a ella. N o dice nunca

altar celestial. Las cruces que el obispo traza a c o n t i n u a c i ó n e n el c e n t r o d e l altar y en sus
que la iglesia que se consagra es la Jenisalén celestial. A ella la evoca sólo en cuanto fin
cuatro esquinas hacen alusión a Jerusalén, de la q u e se sabe q u e es el c e n t r o del mundo, último de la salvación del fiel convertido en miembro del cuerpo de Cristo. Así como el

"XXXV. 24. « Í G , 103.

1

*XXXV,3.rVfCl,90- •"XXXV, 41./WG1,111.

XXXV. 6 . ^ 1 . 9 2 .
) : XXXV, 56, PRGl, 118.
•"XXXV^l.WíGI, 101-102.
"XXXV, 10.f7ÍGI,95.
XXXV, 2Í, PRG l, 102.
"XXXV. 17, PRG 1,98. * Véase Chrme, L'Apa<itlypsc ilrjcan, cir., pp. 159-163.
*>XXXV, 25. P«GL, 104.
XXXV, 37. PRC I. 108.
41

tí
XXXV. Í9. PRG l 109
I *T nVRTI t H I S T O R I A IS L » L D W » M I DIA I I I

Di LAJ t R I O A I l N CELESTIAL A LAIGLESIA: T U T O , IMAGINES. SÍMBOLOS 143

obispo consagrante asume el puesto de C r i s t o , el e d i f i c i o n o es m á s q u e u n reflejo, refie-
ra que no puede ser mis que parcial. K n e l e c t o , p o r u n l a d o , Lfl s t r u c t u r a arquitectónica
c a n u d o en la víspera de la consagración y fechado a finales del siglo v m , la c o n s t r u c c i ó n
del edificio no puede adaptarse a la que i m p l i c a e l t e x t o d i 1 V p o c a l i p s i s Una iglesia
de J i i tis.ilcn está hecha de piedras v i v a s . L a alusión es, por tanto, cierta, pero se basa
40

cuadrada con doce puenas agrupadas de tres e n t r e s e n l o s CU . t r o p u n t o - L ardiñales, y

ante todo e n la c o m p a r a c i ó n c o n la Iglesia universal. L a finalidad de la inscripción de
cuya longitud, anchura y altura sean iguales. \ q u e se a p o y e s. .1 .re d o c e basamentos, no Alevino es la de pedir a D i o s que el templo (temphtm) edificado por el príncipe C a r l o s
se ha construido nunca. Sin contar, claro esta, el u s o d e las p i e . i AS p r e c i o s a . Ademas, b p e n o . i n e / c a firme sobre sólidos cimientos. U n poco más tarde, a finales del siglo i x , la
función de una iglesia terrenal, destinada a u ur a I O N beles .1 d a r l e s at» eso a los sa- a n i c i i .11 d e C o r v e y muestra en la fachada una inscripción que la califica c o m o chatas.
cramentos, no corresponde a la de l a j e r o s e l e s t i a l . d o n t b s o n a d m i t i d o s los elegi-
( Adein * los c u a t r o m u r o s de la fachada están horadados cada u n o por tres a r c a d a s " . Así,
dos que han temdo acceso a la salvación. N u l a n t e . l a e v o c a - i o n d e la ciudad celestial Bunliii n otras iglesias incluyen particularidades arquitectónicas que evocan la J e r u s a l c n
con b ayuda de panicularidades a r q u i t e c t o d e f r e s c o s \ 1 d u e l o s cultuales, poed: cele ! Esta evocación afecta a todo el monumento, así c o m o las alusiones al A p o c a l i p -
sis. Ii. , has por el comentarista de la consagración, influyen en la c o n c e p c i ó n general del
rnesñrse también de una función parvnctK f i e l d e b e s a b c i .1 q u é l e desuna su prue- rini.il , • i o el v o c a h u l a n o empleado en las inscripciones, c o m o el usado en el c o m e n t a -
ba icnenal y en qué modo puede alcanzar La ación. n o . -» i , ficre ante todo a la Iglesia. E s t a se concibe, pues, c o m o edificio de c u l t o y a s a m -
Las ilustraciones que hemos o h s c n a d . l a » m a n u s c r i t o s d e l o s siglos ix y x. blea il< los fieles al mismo tiempo'-'. L o s tres niveles de correspondencia, ya resaltados
evidentemente no constituyen la t o t a l i d a d las m o d a l i d a d e s d e representaoones por K a l u n o M a u r o , se aplican también a la concepción general que se hace de la iglesia,
que e n t u e n u a asi, c o n t e m p o r á n e a m e n t e , su fundamento y su finalidad e n l a j e r u s a l é n
medievales. Si nos hemos limitad.» solo a o 10 es p o r u n . t t a i t a d e espacio, es sobre
celestial. P e r o es evidente que eso no se puede representar por u n a c o m p a r a c i ó n directa
todo porque nos parecen testimonio*, s u t n u t e s d e l a s t i p o l o g í a s d e representación
i o n ln que describe el texto del Apocalipsis. L a iglesia c o m o edificio implica elementos
posibles. Hasta el siglo x n i . otros m u c h o s m a n u s c r i t o s c o n t i e n e n i m á g e n e s de laje-
alegóricos de l a j e r u s a l é n celestial. Además del Westwcrk (es decir, el « b l o q u e o c c i d e n -
rusalén celestial, que ya han sido estudiadas .1 l o i n l o * . P e r o c a d a u n a se sitúa en la
4
tal - I cuando hay u n o - , el altar, e n cualquier caso, y algunos objetos ligados al culto
misma orientación general de las m i n i a t u r a s c a r o l i n g i a s : o f r e c e r u n a reprcsenucio pueden tener la misma función, sobre todo el incensario y la l á m p a r a ' . L a ofrenda del 1

de b Iglesia. incienso (líg. 5) ante el altar forma parte del ritual de la consagración de Las iglesias. E l
comentarista se refiere con tal propósito a Apocabpsis K, J , donde, después de la a p e r t u -
ra del séptimo sello, un ángel se pone ante el altar con un incensario de o r o , c o n cuya
ayuda ofrece los perfumes (ineenta) y las plegarias de los santos ante D i o s . E l interpreta
Piedras vivas el gesto del consagrante como oración de intercesión por los fides* . L a l á m p a r a (fig. 6)
4

n o se menciona c o m o tal e n e l comentario. S i n embargo, al final de la c o n s a g r a c i ó n ,

I-a evocación de la Jenisalén celestial p o r m e d i o d e la a r q u i t e c t u r a y de la decoración
ha sido ya estudiada a f o n d o . Algunos e d i f i c i o s , e n e f e c t o , h a c e n r e f e r e n c i a a ella casi
JJ
después del traslado de las reliquias al altar, deben ser encendidas muchas lámparas, algo
que se interpreta c o m o evocación de la Resurrección y de la vida e t e r n a . C u a n d o F e d e -
15

de manera directa. Es el caso de la Capilla P a l a t i n a d e A q u i s g n í n , t a n t o p o r los ciento rico Harb.irroja lu/o añadir a la Capilla Palatina lie Aquisgrán una, obra de V i b e r t o , éste
cuarenta y cuatro pies drusianos de su p e r í m e t r o c o m o p o r la d e c o r a c i ó n de la cúpula, en la llamó e n una inscripción Jerusalén celestial' . E l incensario y la lámpara evocan así la
6

la que veinticuatro ancianos tienden sus coronas h a c i a C r i s t o , i I a y , s i n embargo, que
hacer una observación. Estos elementos evocadores n o c o n s i e n t e n d e c i r que la Capilla
Palatina representaría lajerusalén celestial. E l l o s i n t e g r a n e n e l s i g n i f i c a d o global del
edificio solo una pane de la simbología sugerida p o r la c i u d a d c e l e s t i a l . E l emperador en
el trono contempla 3 Cristo rey representado e n l a c ú p u l a . N o es a b s u r d o suponer que
la imagen de los veinucuatro ancianos que t i e n d e n sus c o r o n a s h a c i a C r i s t o l o invitara a
presencia mística en el santuario de lajerusalén celestial. L o m i s m o sucede c o n los fres-
***Url» hcaia I li erosi lem, dieta paci* viwo, / Quae cnnstruimr in Catta vivi* e» lapidibus.- Véase H . Asli-
worth. -Urb« beau Jcfuulcni Scriptum! and Patrisoc Sourrr*». Epbemendei Ijturguae I.XX (1956), pp. 238-
241; M.-Y Conffir. I F^let^gif du baia Moyen Afe. Pari», 1968. pp. 102-104; Chmtc. L'Apoeatypre de Jean.
cat. p. IS4.

hacer lo mismo. La inscripción de A l c u i n o hace a l u s i ó n a las p i e d r a s v i v a s q u e forman un H C , pp 1 H lm»cnpción de Ai cuino) y 169 (Corvry), C licite, - Rctcnmwniicni de l'Apocalyn^c dans
11

l'art de l'epoque •. A ioli ripeti ne-, cn V. Chi,«e (ed). L'Apotalipie de Jean. Traditami extgetiqmei et i-onographiquei
palacio (aula) construido por Dios, en este caso e s p e c í f i c o l a I g l e s i a . E s t e material sim- IW ma XiT utdes. Citi cura. 1979, pp 217-243; C . Hata, /.WrtWrTwrr t digiune lantingiennc. Pan'v 1980, pp.
bólico es una referencia a la primera epístola d e san P e d r o ( 2 , 5 ) , d o n d e tal expresión 64-81, 148-156.
designa a la Iglesia. Pero hay que resaltar q u e , s e g ú n e l h i m n o Urbs beata Hiernstilern, Congar, l 'Etili m
11
. ut., pp- 61-85.
*' M.-1 Ti Gouisci, - U n a*peci du syiiiholfeme des cnccnium rornaiis: la Jcrusalcm célotc-, Cabieri ar~
cbeolognjiici XXX (1984). pp. 81-106 Scdlmayr, Die pjuttbung, CIT.. pp. 125-130.
;

X X X V . 39. PNG 1,110.

H

** Véanse los catálogos otado' en la 1i < > i -i 18. " X X X V . n l , W . ' l . 120.121.
**II ¡wulfiuyr. Die Emstebung drr Katbedrate, Z ú n c h . ' 1 9 5 0 . G r a z , -'1976; O . v o n Siinson, The Gotbu *Hcita, fan lutei ture, cu., p. 70.
f

tjiltdi.il Londre*, 1956 (trad. cast. La eatedral g-aiea tus orígenes de la arquitectura gótica y et concepto medieval di
arde». Madrid, Alianza, 2000]. C h n s t t LApocalypse de Jean, cit., pp. I 5 9 - 1 6 1 ( N o i n ' - O a m c de Rcims); A Pra-
che, MR-Damt de Cbartres unage de ta Jernuitein céUste, París, 2001.
144 ARTE t HISTORIA I N I V I ' D A D M E D I A I I I

Di L « IIRCJSALÉN CELESTIAL A LA I G L E S I A ; T E X T O . IMAGENES, SIMPÓLOS 145

Ki£ur.i 7 Ovale, aliadla de San Pictru al Monte, bóveda del vestíbulo de entrada, lajerusalén celestial.
pintura mural, tíñales del siglo xi.

p o r las inscripciones q u e el p i n t o r añadió. L o s comentaristas, c o m o P r i m a s i o , Beda y

A m b r o s i o A u t p e r t o , p o r supuesto q u e sugieren que el ángel c o n la c a ñ a es C r i s t o m i s -
m o ' " . P e r o el m o d o c o n e l q u e é s t e d o m i n a una Jerusalén celestial, n o de los ú l t i m o s
t i e m p o s sino actual, o r i e n t a al espíritu hacia una figuración de la iglesia c o m o la q u e r e -
sulta d e l c o m e n t a r i o de la consagración. L a colocación d e l fresco e n la entrada d e l san-
t u a r i o acentúa esta impresión. E n S a i n t - C h e f e n D a u p h i n é , l a j e r u s a l é n celestial aparece
en una capilla s u p e r i o r del crucero n o r t e del t r a n s e p t o . E n l u g a r de ser la c i u d a d d o m i -
ss

nada p o r C r i s t o , aparece sólo en la decoración de la bóveda, sobre la cabeza de C r i s t o

Figura 6. libertó (Alemania occidental), lámpara s í m b o l o d e l a _f e r u s a l é n c e l e s o . i l , 1 152-1165.
eos que la representan en las iglesias. D o s e j e m p l o s p e r m i t e n h a c e r s e u n a idea. E n San
( f i g . 8 ) . T i e n e el aspecto de una anteiglesia de u p o c a r o l i n g i o , coronada p o r e l C o r d e r o
y encuadrada e n t r e dos ángeles. E n las ventanas aparecen ángeles y apóstoles. Es p o s i b l e
que, c o m o a f i r m a Yves C h r i s t e , sea toda la capilla la q u e represente la c i u d a d celestial. Es
c i e r t o , s i n e m b a r g o , que l a j e r u s a l é n celestial e n f o n n a de e d i f i c i o no c o n s t i t u y e m á s q u e
una p a n e , tal vez para evocar s i m p l e m e n t e su parte terrenal. Estos dos ejemplos nos
d e m u e s t r a n q u e , e n efecto, la Jerusalén celestial, aunque se presente bajo diversos aspec-
tos e n una iglesia t e r r e n a l , n o constituye m á s q u e una parte, si b i e n i m p o r t a n t e , de s u
significado s i m b ó l i c o .
C u a n d o e l comentarista de la consagración cita l a j e r u s a l é n celestial, l o hace a p r o p ó -
sito de la antífona Ambulatey sancti Dei, ingredimim m ávitamn Do?>/h¡i. É l i d e n t i f i c a esta
c i u d a d d e l S e ñ o r c o n la J e r u s a l é n celestial refiriéndose a una cita de l a E p í s t o l a a los
Gálatas; « L a j e r u s a l é n q u e está e n l o alto, q u e es nuestra m a d r e , está I i b r e » . E l obispo S 9

Pietro al Monte de O v a l e , en la b ó v e d a de la e n t r a d a , f i g u r a u n a J e r u s a l é n celestial de

planta cuadrada, de finales del siglo x i , e n el c e n t r o d e l a c u a l s e e n c u e n t r a C r i s t o senta-
do en un globo del que mana el rio de la vida (fig- 7). C o m o h a d e m o s t r a d o Y v e s Chrisic, "Christe, UApocalypsc dejran, cit.. pp. 108-109.
' " M , p. 153.
el Cnsto, que tiene en la mano la c a ñ a , r e p r e s e n t a la S a b i d u r í a d i v i n a . N o se puede ig-
"XXXV,S4,MÍG 1,117.
norar que se trata de lajerusalén celestial, n o s ó l o p o r l a p r e s e n c i a d e l a s puertas distri-
buidas, de tres en tres, en los cuatro lados y d e l c o r d e r o a l o s p í e s d e C r i s t o , s i n o también
 AETC I HISTORIA FN LA F.DAD M E D I A I I I

Di 1A JERUSALÉN C E L E S T I A L A LA I G L E S I A : T E X T O , IMÁGENES, SÍMBOLOS

147

señan/.a y la predicación. Una iglesia con su decoración evoca la Jerusalén celestial, es

decir, le sirve de reflejo. En cuanto a lugar de reunión de los fieles, prefigura, en parte, la
futura ciudad celestial. Cristo, a la vez rey y sumo sacerdote, está en el corazón de la Jeru-
salén celestial y es también la Iglesia. En la tierra los fieles, miembros de su cuerpo, for-
man también, siguiendo la epístola de Pedro, un «sacerdocio real»: «genus elcctum, re-
gale s a i . r .loriuin, gens sancta» (Pedro I 2, 9). Toda representación o evocación de la
Jcnisalen celestial tiene en cuenta este fundamento teológico de la Iglesia, de la que es
imagen eri el tiempo y en la eternidad. Los artistas, pintores, orfebres, arquitectos y sus
inspiradores se adaptan a ello alejándose del texto a favor del espíritu, siguiendo clara-
mente la recomendación de san Pablo: «dittera enim occidit, spiritus autem vivificat»
(Segunda carta a los Corintios 3, 6)

Figura 8. Saini-Chcf en Dauphinc (Detonado), abadía de Saim-C:hef. capilla de los Ángeles, bóveda, la
Jerusalén cclcsnal. pinrum mural, primer cuarto del Siglo X I I .

eniona esta antífona después de haber l l e v a d o al a l t a r las r e l i q u i a s , las d e los santos que
han sido recibidos en la morada celestial"". T o d o el c o m e n t a r i o q u e s i g u e se ordena en
función de ellas y del juicio venidero. D e ahí se d e r i v a q u e l a i g l e s i a , representada por el
altar, es un lugar de paso orientado hacia la c i u d a d c e l e s t i a l . L a e v o c a , p e r o n o la repre-
senta.

Conclusiones
La Jerusalén celestial inspiró a u n gran n ú m e r o de c o m e n t a r i s t a s y , m á s aun, de artis-
tas, pintores o arquitectos. Estos últimos estaban i n f l u i d o s p o r l o s c o m i t e n t e s de sus obras.
Lo que perseguían todos era exaltar una visión s i m b ó l i c a d e la I g l e s i a . Para ellos no se
trataba, por lo tanto, de reproducir la descripción c o n t e n i d a e n el A p o c a l i p s i s , sino de
establecer una relación entre la iglesia t e r r e n a l , p a t e n t e e n c o n s t r u c c i o n e s hechas por las
manos de los hombres, y su extensión última, en el p r e s e n t e e n l o s c i e l o s e in fine en la
eternidad. La ceremonia de la consagración de una iglesia v su c o m e n t a r i o constituyen un
perpetuo ir y venir en el tiempo, c o m o en I 3 c o s m o l o g í a sagTada. L a c i u d a d celestial pue-
de estar representada también tanto p o r una f o r t a l e z a t e r r e n a l c o m o p o r una iglesia pero
¡guarniente por doce círculos concéntricos q u e r o d e a n al C o r d e r o , e n función del valot
smibólico que se le atribuya. Si, además, se escoge la f o r m a c u a d r a d a , su proyección sobre
el plano permite multiplicar el simbolismo sin s e g u i r el t e x t o a p o c a l í p t i c o al pie de la letra.
La representación sirve así de apoyo a la m e d i t a c i ó n y, s i n d u d a , a p o r t a temas para la en-

"XXXV, 54. PRO I , pp. 117-118.

 ESTABILIDAD, CAMINO, VISIÓN: LAS CRIATURAS Y EL
CREADOR EN EL ESPACIO MEDIEVAL
Alain Guerreau

Introducción
El estatismo y el movimiento (residir/viajar) constituían en el sistema medieval una
pareja cuya buena articulación y equilibrio eran condiciones esenciales para el funciona-
miento del conjunto de la estructura social; la tensión entre el ideal de reproducción de
lo idéntico y de estabilidad (espacial) y el imperativo del intercambio generalizado (la
ainttis) es necesario para mantener la paz. y la unidad.
El análisis de las concepciones de la percepción -en primer lugar, de la visión-, que
pone en ¡UCgo puntos separados por distancias, lleva, por otro lado, a las mismas estruc-
turas fundamentales de la representación del espacio en la Europa feudal. Estructuras
que son radicalmente ajenas; su reconstrucción exige esfuerzo y perseverancia.

Intervalos y distancias pero sin espacio

Se ha demostrado que el espacio medieval se caracterizaba, en concreto, por su pola-
rización y por su heterogeneidad. Para tratar aquí con mayor precisión el problema dé-
las distancias y de los recorridos, se puede parar de una observación empírica: la falta
total de cualquier noción de espacio en el sistema medieval de representación, falta que
se refleja, de manera particular, en la inexistencia del más mínimo vocablo que pudiera
expresar tal noción. El examen atento de los textos de los grandes teólogos, por ejemplo,
Anselmo de Canterbury o Tomás de Aquino , permite comprender con facilidad por
1 2

• G. Kapriev, «Räumlichkeit (Ort und Zeit) eeinHß Anselm von Ointerbury-, cn J. A. Acrtsen v A. Speer
(cds.), linnm und Raiimvorndlungtix im Mmtüilter. Berlin, 1993, pp. 229-248.
1
W. Merz, «Raom und Zeit bei Thoma* von Aquin*. ibid., pp. 304-313 (-Von der griechischen, ein-
schließlich aristotelischen, Philosoph ie ist der ihomasischc Gedanke in Wahrheit ebenso entfernt wie vpn
Kanr-, p. J|J).
150 Anrt I HISTORIA F_ o A o M t D iA I I I
qué- El mundo a nuestro alrededor, en aquel e n t o n c e s , n o era e n a b s o l u t o el que noso-
tros (en el siglo xxt) llamamos «la realidad», s i n o « l a c r e a c i ó n . es d e c i r , u n conjunto
dependiente exclusivamente de la inteligencia y d e la v o l u n t a d d i * m a s . D i o s estaba siem-
pre en todas partes, parecía estar en el m i s m o m o m e n t o e n tod< >s los p u n t o s del tiempo
y del espacio; de becho. no estaba n i en el t i e m p o n i e n e l espai n>, p o r q u e nada de eso
había creado; simplemente, las cosas creadas. finitas, t e n í a n posi< i o n e s r e l a m a s (de lado,
abajo, etc.) y imitables, se transforman; p o r c o n s i g u i e n t e , u n e s i a d o sucedía a otro. En
otras palabras, éntrelos objetos existían un:i» i ... i o n e s espaciales \- unas relaciones tem-
porales, pero no el espacio y el tiempo en si
A esta consideración de fondo se le deln • i d i r d o s c o r o l a i ios esenciales: la oposi-
ción entre lo carnal y lo espiritual, y la m u h i j idad d e l o s s e n t i d o s .
La oposición entre la carne y el espíritu . i l m i s m o t i e m p i » . la oposición entre la
muene y la vida eterna, entre lo terrenal \ [i stial. es d e c i r , la g r a n oposición mani-
festada por san Agustín en su descripción d. Jos c i u d a d e s . L a c a r n e era mortal por
estar marcada por el pecado original, que habí alejado al h o m b r e d e D i o s ; y la salvación
del alma, que no podía ser más que resultad»» d i la gracia d i v i n a , s ó l o era posible después
de la Encarnación y la Pasión de Cristo, o sea. i rayes d e la i n t e r c e s i ó n de la Iglesia y de
sus santos.
AI cono-ano de lo que mantienen algunos m c d i c v a l i s t a s . la n o c i ó n medieval de natura
no comportaba la más mínima autonomía en relación c o n la i n t e r v e n c i ó n divina; no csástú
nmgún objeto que no fuera otra cosa que la expresión de u n d e s i g n i o d i v i n o , los objetos no
persistían en su ser sino por la voluntad activa de D i o s . D e n t r o d e esta visión, t o d o tenía un
sentido, todo era señal, y estos significados, engarzados y s u p e r p u e s t o s , constituían la hue-
lla (vestigio) de la acción davina: percibirlos presuponía q u e ellos m i s m o s estaban cena de
Dios; hjerarquía en sentido propio se daba, precisamente, p o r la s u c e s i ó n decreciente de
los seres en función de su distancia creciente de D i o s : a m e d i d a q u e tal disrancia aumen-
4
taba, disminuía la capacidad de los seres para p e r c i b i r el s e n t i d o d e las cosas.
«OcuJus carnis» — «oculus c o r d i s »
Los teóricos del siglo xn explicaron claramente que los c i n c o s e n t i d o s (settsus) eran el
elemento corpóreo más elevado, aquel a través d e l c u a l el c u e r p o se acercaba más al es-
píritu. Y, entre los cincos sentidos, la vísio ocupaba el p r i m e r l u g a r : « E n t r e todos los
f J
' A Guerreau-Jalabcn, -"Spintus ct cantas". Le baptême dans la s o c i é t é m é d i é v a l e » , e n E Héritier y E
Copct-Rougter (cds.), La parente spm nielle, París 1995. p p . 1 3 3 - 2 0 3 .
* Se infravalora la mayoría de las veces la notable envergadura de los t e x t o s d e D i o n i s i o Areopagita, difun-
didos en Occidente a parar de finales del siglo ix y que c o n o c i e r o n d e s p u é s u n i n i n t e r r u m p i d o éxito; Tomás lit
Aquino Ics dedico un comentario muy largo. I l u b o toda una serie de t r a d u c c i o n e s . l i e m o s usado la uaduedon
francesa de M . de Gandillac, Œuvre) completes du l'seudo-Dcnys TAréopagite. P a r i s , 1943 (en castellano existe b
cdiaúii de Teodoro H . Martin, con traducciones de Hipólito C i d B l a n c o y el p r o p i o A l a r a n , e n Aladnd, BAC
2014). Véase también S. Lilla (ed.). Gerarchia celeste. Teologia mistica. Lettere, R o m a , 1986.
'Ha sido de gran utilidad A Paravicini Jìagliani (ed.). La visione e lo sguardo nel Medio Evo. 2 vols., Florenoi.
1997-1995.
ESTABILIDAD, CAMINO, VISIÍÍN: LAS C R I A T U R A S Y KL CREADOR. 151
sentidos, la visión es el más elevado y el más universal»* . Pero no podria darse peor
1
contrae-nudo que «traducir» visto por visión u aculas por ojo , puesto que estos términos
7
aluden a una concepción de la percepción completamente diferente a la nuestra.
El punió esencial consistía en la distinción-oposición entre ocultis carnis, u oculus cor-
jioris, x tifitifis cordis u oculus mentís. Esta oposición básica apareció en los Padres de la
Iglesia ) el auténtico creador fue san Agustín. May que subrayar dos puntos: en primer
lugar, que Cal oposición no se encontraba en la Biblia ni en los autores cristianos anterio-
res a ni« diados del siglo iv; luego, que la enorme obra de san Agustín comporta, en este
pumo («.nio en ouos muchos, formulaciones en apariencia más o menos contradictorias.
Muchos lustonadores del arte se han conformado con parafrasear el libro X U del tratado
De (»(7/i >/ iid htteram, donde Agustín exponía los «tres tipos de visión» (visionum genera
tria)*. En efecto, en muchos casos, Agustín prefirió una subdivisión ternaria; pero las
nuevas técnicas de análisis textual permiten tener un panorama completo de sus usos
léxicos y ile su frecuencia '; y tal examen no da lugar a ninguna duda: el obispo de Hipo-
1
na pom.t en oposición, sistemáticamente, dos tipos de ocultis, no tres.
Fundada por los Padres, esta oposición se retomó y fue divulgada por los autores de
los primeros siglos de la Edad Media. Su frecuencia alcanzó uno de los máximos niveles
en la época carolingia; Ilincmaro de Reims fue de los que la usaron de manera más sis-
temática. Después, siguió empicándose de manera habitual, pero, a partir del 1100 apro-
ximadamente, se advierte una evolución divergente de los dos términos: mientras perma-
necía la relativa frecuencia de oculus ntentis-ocuhts cordis, la de oculus carnis-oculiis corporis
disminuyó sensiblemente. Al final de la Edad Media esta expresión aparecía sólo en cier-
tos autores, mientras otros ya no la empleaban para nada.
Esta oposición fundamental no tiene, en rigor, ningún equivalente en nuestro sistema
de representación; remitía directamente a la oposición came/espíriru, ciudad terrenal/
ciudad celestial.
El reconocimiento de los dos octtli correspondía a una concepción de la visión y de la
luz a primera vista no menos extraña. También aquí fue san Agustín el que realizó la elec-
ción decisiva, que durante toda la Edad Media dio la preponderancia a una teoría activa
(también llamada «emisiva») de la visión. Para este doctor, en efecto, la visión era el re-
sultado de la combinación entre rayo visual y rayo luminoso. De una fuente luminosa
6
lomas de Aquino. Qiiaestiones disputatile. De anima, art, 13 co. {«visus esi aluor ínter oiunes sensus et
universali or»),
Pura compilación. G. Schlcusener-Eichholz, Das Auge im Mittelalter, Munich, 1985. El lector debe tener
en cuenta, en ci rievenir de este ensayo, que se da un equivalente moderno de los textos latinos sólo por obli-
gación editorial. Los vocablos larinos medievale* no ucuen, y no pueden tener, ningún equivalente aceptable
en las lenguas contemporáneas, porque el sentirlo de las palabras va unido a una civilización; la civilización
medieval era completamente diferente de la nuestra, y esta fundamental alterídad hace extremadamente difícil
la restitución del sentido de los enunciados medievales (A. Guerreau, Vavenir d'un passe incertain, París, 2001,
pp. 191-237).
8
Patrologia Latina (de ahora en adelante PL), voi. XXXJV, col. 458.
9
Los textos medievales son actualmente accesibles en Cd-rout. Estos instrumentos permiten tener uiia
visión completa de las apariciones de tal o cual vocablo y de establecer, por tanto, las frecuencias, que se pueden
comparar fácilmente.
152 ARTE E HISTORIC EN LA E D A D .M V D I A III

E S T A B I L I D A D , CAMINO, VISIÓN, LAS CRIATURAS y B L C R E A D O R . 153

partían rayos l u m i n o s o s q u e , e v e n t u a l m e n t e . d a b a n e n u n o b j e t o ( o b s t á c u l o ) , s o b r e el que
se propagaban; en s e n t i d o c o n t r a r i o , u n r a y o v i s u a l s a l í a d e l o j o y se d i r i g í a h a c i a e l objeto.
Sí ese rayo se e n c o n t r a b a c o n e l r a y o r e f l e j o , se f o r m a b a e n t o n c i s u n a c o m b i n a c i ó n que b u i d o ü la n o c i ó n de species, cercana a la de f o r m a , e n c u a n t o que se trataba de una f o r m a
volvía hacia el o j o , d o n d e se p o d í a p r o d u c i r la v i s i ó n e n s e n t i d o \ u - o p i o 1 0
. L a i d e a funda- v i s i b l e . Se podía así pasar de la species sensibilis (impresión visual) a la species intentionalis
(Concepto), E l paso adecuado de una a o t r a era la p i e d r a de t o q u e de la veritas, q u e era
mental era que n o podía h a b e r visto s i n o h a b í a e m i s i ó n d e u n r a y o v i s u a l ; l a vish, lejos de
••adeui.H íón d e l i n t e l e c t o y de la e o s a » . I s

ser simplemente una h u e l l a i m p r e s a , se c o n c e b í a , p o r e l c o n t r a r i o , s o b r e t o d o c o m o un

M i e n t r a s que la A n t i g ü e d a d atribuía una fuerza p r o p i a esencial a los o b j e t o s m i s m o s ,
acto i n t e n c i o n a l y v o l u n t a r i o . Y esta t e o r í a e r a i n s e p a r a b l e de u n a c o n c e p c i ó n de la luz
una vittlts, que hacía d e l ver, visas, una impresión en el s e n t i d o p l e n o del t é r m i n o , impres-
así c o m o de una c o n c e p c i ó n d e l a n a t u r a l e ? . - . h u m a n a q u e h i c i e r a a l h o m b r e capazdcuna
\aui, la 1 d.id M e d i a v o l c ó c o m p l e t a m e n t e la perspectiva; los objetos n o eran m á s q u e u n
visto que, en su m i s m o p r i n c i p i o , e r a t a m b u n L . m o c i m i e n t o .
m e d i o , la tuerza estribaba e n el espíritu h u m a n o , que e m i t e esa fuerza de la marca d i v i n a
impresa en él. D e a h í la e l e c c i ó n agustiniana de la « t e o r í a e m i s i v a » de la visto, r e t o m a d a
t o t a l m e n t e p o r T o m á s de A q u i n o , teoría que remitía a la adecuación de f o n d o e n t r e es-

La naturaleza puranic e s p i r i t u a l de la l u z p i r i t u a l e i n t e l i g i b l e : «Así e l alma, p o r m e d i o de su l u z , hace de m o d o q u e todas las cosas

materiales sean i n t e l i g i b l e s e n a c t o » . Y m á s aún: « P o r q u e la l u z n o es vista p o r el o j o a
1 6

través de alguna semblanza de sí m i s m a que ella deja e n é l , s i n o que es a través de su

E n la m a y o r p a r t e de l o s casos, l o s a u t o - m e d i e v a l e s n o d i f e r e n c i a r o n entre ¡uxy
esencia que i n f o r m a al o j o » .
lumen. Para n o s o t r o s , la l u z es u n a r e a l i d a d : erial, L a c o n c e p c i ó n m e d i e v a l era dife-
rente en dos aspectos: e n p r i m e r l u g a r , p o r o • i o p o s i c i ó n m e d i e v a l e n t r e c a r n e y espí-
ritu n o era de n i n g u n a m a n e r a e q u i v a l e n t e :i la o p o s i c i ó n c o n t e m p o r á n e a e n t r e material
e i n m a t e r i a l ; y, sobre t o d o , p o r q u e lux p e r t e n < >"a c l a r a m e n t e a l á m b i t o d e l e s p í r i t u , no al La visto como esfuerzo y como conocimiento
de la carne. Lux era u n a e n t i d a d t o t a l m e n t e e s p i r i t u a l . R a z ó n e s t a , p o r o t r a p a r t e , p o r la
que los pensadores m e d i e v a l e s , e m p e g a n d o p o r s i n A g u s t í n , p e n s a r o n q u e l a c r e a c i ó n de T o d a l u z , la l u z e n todas las acepciones, corpórea y e s p i r i t u a l , p r o v e n í a de D i o s . L a
p e r c e p c i ó n c o r p ó r e a partía de la lux sensibilis: « P o r lo t a n t o , la luz sensible es una i m a g e n
la l u z , éfiat /tac, fue t a m b i é n e l i n s t a n t e d e l a c r e a c i ó n d e l o s á n g e l e s , s e r e s d e l u z y espí-
de esta l u z i n i n t e l i g i b l e » . El paso se producía, s i n e m b a r g o , c o n d i f i c u l t a d . « E l i n t e l e c -
18

ritus p u r o s " . S a n t o T o m á s p l a n t e ó e l p r o b l e m a y l o r e s o l v i ó d e m o d o m u y e x p l í c i t o : «La

t o h u m a n o padece u n defecto t a m b i é n en razón de su g é n e r o , p o r q u e e n él la l u z i n t e l i -
luz, ¿es o n o es c u e r p o ? R e s p o n d o d i c i e n d o q u e es i m p o s i b l e q u e l a l u z sea u n c u e r p o y
g i b l e se o s c u r e c e » " . P o r el c o n t r a r i o , para los ángeles no existía d i f i c u l t a d : « P u e s t o q u e ,
1

esto es así p o r u n t r i p l e m o t i v o [ . . . J » - . T o m á s d i s t i n g u í a e n t r e lux

1
intelligihilis y tuxsen-
entonces, e l ángel es una luz e s p i r i t u a l , c o n o c i é n d o s e a s í m i s m o c o n o c e todas las cosas
sibilis, p e r o esta ú l t i m a era u n typus d e l a lux intellt¡*ihilis.
m a t e r i a l e s » - ' . E l h o m b r e había r e c i b i d o t a m b i é n una partícula de esa lux intelligibilis,
0

A h o r a b i e n , esta c o n c e p c i ó n d e la l u z e s t a b a e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d a c o n u n a teo- p e r o la carne y e l pecado o r i g i n a l le habían alejado de su f u e n t e ; a l e j a m i e n t o que le h a b í a

p r e c i p i t a d o e n la o s c u r i d a d (obumbrata). A pesar de e l l o , n o se le negaba toda g r a c i a :
ría de la d i v i n i d a d y una t e o r í a d e l c o n o c i m i e n t o . E s c o n o c i d a l a f ó r m u l a « D i o s es luí
« P o r m e d i o de la visión de la l u z c o r p ó r e a , el h o m b r e es r e c o n d u c i d o al c o n o c i m i e n t o y
i n t e h g i b l e » ' ; T o m á s insistía: « L a e s e n c i a d i v i n a es e l l a m i s m a d e l t o d o l u z i n t e l i g i b l e » " .
1

a la esperanza de una luz m á s e l e v a d a » . C o m e n t a n d o la curación del ciego relatada p o r

21

D i o s e r a l u z increada. L a c r e a c i ó n a p a r e c í a d e s d e e n t o n c e s c o m o d i f u s i ó n d e esa luz i n -

san L u c a s , " l o m a s proseguía:
creada.
L a Antigüedad y la E d a d A l e d i a c o m p a r t i e r o n t a i d e a d e q u e l a v i s i ó n e r a la modali-
dad más c o m p l e t a de c o n o c i m i e n t o - L a s o p i n i o n e s d e A r i s t ó t e l e s , r e v i s a d a s p o r l o s estoi-
cos, llegaban a hacer d e l « e s q u e m a v i s u a l » e l m e d i o d e p a s o e s e n c i a l e n t r e l o s objetos)' Somma tbeologiae, cit., I, q. 2 1, a. 2 («adacquano intellectus et rei»).
las ideas que permitían c o n c e b i r l o s . L a E d a d A l e d i a m a n t u v o e l v a l o r f u n d a m e n t a l atn- Id., Qtiaesiiones ditp/aatae. De ventate, q. 10 a. 8 s- c. IO («Ila anima per suam luccm facit omnia materia-
,fi

ba esse mtelhgi bilia actu»).

" Id. Commtntarmm in librimi seamdtan setiientiarum, d. 23 q. 2 a. 1 co. («Lux cnim non vidcrur ab oculo
'"Honono de Aucun, De Philosopha mundi: Ut igitur visus fiat, tria sunt necessaria: interior radius, exterior per aliquam similitudinem Sui in ipso relìctam, sed per suam esseuriain oculum infonmans»).
splendor, ohstaadum rei, PL, voL C L X X I I , col. 96 («para que se dé una v i s i o n son necesarias très cosas; un rayo *Id., Super evangelium Johanna, cap. V i l i I. 2 («Lux autem ista sensibibs, imago quaedam est illius lucis
l

interior, un csplcndor exienor, cl obstaculu de u n o b j e r o » ) . intelligibilis»).

Id., Conmieiitarìum in lihrum quamim snitentiamm, à. 49 q 2 a, 6 ad 4 («intellectus human us pautur
, v

"P. Faute, Anges, e n j . Le G o f f y J.-C. Schmitt (eds.). Dictionnaire raisonné de l'Occident medieval, Piró
defectum edam secundum ratioaem sui gcnens; quia in eo est lux intelligibilis obumbrata»).
1999, pp. 42-54 (ed. cast.; Duaonario razonado del Occidente medieval, . M a d r i d , A k a l , 20031.
Id., Qiiaestiones disputata^. De ventate, q. 8 a. 8 arg. 5 («Cum igitut Angelus sit lux spiritualis, cognoscen-
"Ibmas de Aquino. Summa d>tohgiae, I , q. 67 a. 2 ( " U r n i m l u x e o r p o r a l i s s i t corpus? Respondeo dicco-
lî

do sctpsum, cognosce! omnia matcrialia»*)

dura quod impossibile est lumen esse corpus. Q u o d q u i d e m a p p a r c t t r i p l i c i t e r [-••]•->- Id., In Job, cap. X X X V I I («[...| per visiunem lucis corporali!*, homo reducitur in cognirionein et expec-
; |

lbid., I, q. 12 a. 5 («Deus est lux tntelligjbilis»).

n
tauonem cujusdam altioris lucis {.•.]>•)-
M^Quaestionesdcauodiibct, Quodlibet V U , q . 1 a. I s. c. 10 (-ipsa essentia d i v i n a t o t a l i t e r lux intclligibuil
u

est»)
154 A»T* l HISTORIA E N L A F.DAIJ . M H ) UI I I

I t l t l l l l D A D , CAMINO, VISION: LAS CRIATURAS V t L C l U D O I . 155

El ciego no pide al señor oro. sino ta luz; > nosotros, nosotros n o pedimos falsas rique-
zas sino la luz que somos capaces de ver con solo K>*, ángeles; I • \ 1.1 hacía esta luzeslafcjes
por esa razón por lo que se dice justamente: tu fe te lia salvad* .-' '
Percibir la lux intel/igibilts presuponía esfui r / o : el homo viatot t e n í a q u e seguir la rec-
ta vía. John Pecham sostenía la posibilidad v' la \ isión perspeclú mu
los identificaban como marcas de Dios y los ponían en relación con él. De ahí tres con-
seitieiu ias: I) el paso de las specics sensibiles a las specics intc/ligibites no podía darse sino
ilespoiando al ob|eto de sus accidentes para que apareciera el esquema cidético como
único tibíelo de conocimiento; 2) el ob|cto percibido, en cuanto miago, no podía existir
sino poi la existencia de su función referencial, es decir, la intencionalidad significante
ispeeie* ¡Hit iiimiialii): esto porque el acto de la visión era siempre un acto dinámico y po-

Debemos examinar las huellas en lo- os de las c r i a t u i i hasta que por el número lan/anu. »1 esi.i condición ontológica relaciona! e intencional no cxisüa sino dentro de
un amb • general de una relación de dependencia jerárquica, que se traducía cn una
creado nos elevemos a lo increado, y p. • Creada a la luz ii rcada de la sabiduría, tata
relat ipolúgico-simbólica de simitifuih, que implicaba una espccularidad generaliza-
es, en efecto, en sí misma en su esencia i a, j en su modi de actuar más eficaz'*.
da. Iseli' «011 que implicaba tensión y movimiento: lucein quaeranius, expectatio cujustlam
,ilium\ litas, Iodo el sistema tendía a la búsqueda de una evidenfia vtsionis, cn la que las
Este texto esta sacado de un tratado. Dt tna, q u e d e m u e s t r a c ó m o este tipo de
petag d<.-aparecían para dejar lugar a la visioper essenfia/n, en ese momento, la retaliosi-
obras debe considerarse, esencialmente, dent á m b i t o d e la g n o s e o l o g f a medieval y no
miliiiu¡n¿i\ tendía a convertirse en relatto identitatis.
como un tratado de óptica (anacronismo d^ nte más g r a v e d a d c o m e a d o por la rnayor
pane de los comentaristas). Estas Vcstigi* era aun q u e la specics d e los objetos, lo que el
Creador había depositado en el corazón de - n o m b r e , e s t i g m a m u c h o más directo.cn «Videre deum»
cuanto impreso en la esencia misma del espíritu h u m a n o . D e a h í este c o m e n t a r i o :
Esta relación c n ninguna parte se manifiesta mejor que en las reflexiones sobre la
visto l)ei, o \ ision beatífica, que nunca dejó de ser preocupación principal de los pensado-
Visea que el hombre penetre en el interior a través del intelecto para observar la divi-
res medievales. Sólo algunas palabras sobre Agustín y'lomas de Aquino.
nidad, como q salga al exterior por medio del sentido p r a ver lo humanidad, él encon-
Agustín empleó muy raramente el sintagma dei VISIO (cuatro veces), pero el grupo
U C 3

trara su alimento en su Salvador, en el interior, por la consideración de la divinidad; en d

deum iiJeir se encuentra en el, aproximadamente, cuatrocientas cincuenta veces. Los dos
extenur. por la consideración de la humanidad-' . 4

leños más citados a este proposito von la Carta a Paulina (también llamada De videndo deo
líber y"* y el penúltimo capítulo del De Cn-ttate Dei («Sobre la calidad de la visión a través
Asi, la noción central de un Dios que era l u x mtvitigibilis i m p l i c a b a una concepción de de la cual los santos verán a Dios en el siglo futuro»)* . La Cana a Paulina intentaba,
7

la visión como tensión o como esfuerzo; la visión pura y s i m p l e era u n a acción y no una
impresión; el progreso de la visión, es decir, del espíritu a "su f u e n t e , i m p l i c a b a la gracia, que
presuponía la intervención de la Iglesia; es p o r eso p o r l o q u e C r i s t o había dicho a los
apóstoles: «Vos esos lux mundi» (Mateo 5, 13). N o h u b o r e f l e x i ó n m e d i e v a l sobre la visión
que no fuera una reflexión sobre el conocimiento y, p o r c o n s i g u i e n t e , también sobre b
relación con Dios, con la mediación siempre de C r i s t o , la Iglesia y sus santos.
Para simpUficar, siempre se tiene delante una t r í a d a - : las f o r m a s (specics o simi/itudi-
4
esencialmente, dar respuesta al problema «de invisibili deo, utrum per oculos corpóreos
possit vidcri" (-si con los ojos del cuerpo se puede ver a Dios, que es invisible»). La
respuesta era una violenta diatriba contra el corpas y sus limitaciones. El corpas era impo-
tente -Ahora bien, las cosas vistas por medio del cuerpo, si no está ahí el espíritu para
tomar lo que así se anuncia, no podrán ser abrazadas por ningún conocimiento»". El
conocimiento común versaba siempre sobre incorporar stinilitudines. El tema fundamental
era la oposición entre exterior e interior:

nes) procedían de Dios y se manifestaban en f o r m a de r a v o s ; é s t o s , mezclados con los

rayos visuales, pasaban por los sentidos extemos a l o s s e n t i d o s i n t e r n o s y a la mens, que Como, por lo tanto, los ojos interiores son los luíaos de los ojos exteriores [...] y como
estos ven muchas más cosas que los demás no ven, aquéllos no verán nada si estos no juzgan
como jefes; quicn, entonces, no estimaría, sin comparación, más a éstos que a aquéllos?**
c

Id.. '.„•:•/.; aurea m Lutam. eap. XVIII. I 7 (-Caecus ameni .1 domino non aurum, sed lucein qu n
nuvnun tilias divina*. *cd lucriti quarramus. quam %idere cuín solis Añadís possi mus: ad quam luccm via fido
«e unde recle caceo diatur ropicc lides tua te salvuin fccit-J. ; a
Agustín, De videndo ito líber, carta 147. PI. rol XXXni, col. 596.
•'Otado ai Farai ioni Bigliini (ed.). I* vittime, cit.. \oI. I . p 24?. y cu J Pctham, rractatus de perspeara. "Id. De multile Dei. libro XXII. cap. XXIX. PL, voi. XLI, col. 796 (-De qualiratc vision», qua in futuro
ed D. C Lindbrrg, p. 23 (-neersve hattemu* |...J perula ri vestigia i n «peculi* creatura rum, ut per numerino sacculo sanen Dcnm vidchunt»)
creaium asetndamus ad tncreaiiun et per luetrm ocaum ad lucvtn vapicrntiac incrcaum Ipsa cium est in essai 79
ld.. De vidcndo dee líber. PL, voi. XXXUJ, cois. 613-614 (-Quac auicm per corpus vidcntur, rùsi mens
tu punor et in open none ctucaour») adsn quae talia minima Misupiat. nulla possimi scienria conrincn.).
* Hupuci de Saint-Chcr. Surr» Apvtahpnm. I. cap. IV ( - U t sive intus ingrcdiatur homo, per intellectuio
:
•*Ibid. cui 61 S <"cuui ergo interiore» oculi índices *ini extenonim orulonim. (...] muliaque illt videanl
td coiupicicndam divini Li tcm. «ve fora» egredutur per scnium, a.l vitlemlam h 1 1 1 n . 1 1 1 1 1 . 1 i e m , in suo salvatore quac isa non videm, mini isn vidcant, unde non tnnquam pmesides juditcni; quis non illos istis incompara-
pascua imenut Intus in aspeciu divimtam, fons in asiiectu humamtjtis-). bili acsuinationc pracponal'»).
M
Se resume aqui ci artículo muy meditado de C. Stallile, -'icona della visione come teoria della conos-
orrua», cn Paravicini Bagluni (ed.), Li vinone, o t , voi. I . pp. 225-246.
156 ARTI E HISTORIA I N LA 1 *I>AD
-
M I U I \ I I I

Este tema, ampliamente desarrollado, se r e l a c i o n a b a e s t r e c h a m e n t e c o n el rechazo-
de! espacio, que caracterizaba cualquier t i p o d e corpas:
Estas cosas que nosotros vemos en esta luz c o n loa ojos del corazón y se distinguen
entre ellas y no están separadas por r u n a u i intervalo de lugai |...| las autot uladcs de Lu
sanos csmruras vieron que se ve mejor . u n el espíritu que c o n I cuerpo; y esiaSOOanOjK
no están contenidas en lugares, y no e s t á n separadas por inte i va los, v n o son mas pequeñu
en parte que en la totalidad, son vistas por .1 e s p i r i t a ' . 0
E S T A H I 1-1 D A O . L A M I N O . V I S I Ó N : L A S C R I A T U R A S V E I C R TA K O B . . 157
dei per vssentiam». Para resolver las contradicciones lógicas ante las que se encontraba,
puso, un primer plano, la noción (propuesta poco antes por Alberto Magno) de lumen
jtoriae, h »rnia específica de luz creada reservada a los bienaventurados y que les otorgaba
una deiformitai suficiente para ver a Dios «facie ad faciem, in essentiam». La glorifica-
ción d i los cuerpos gloriosos consistía, por lo tanto, en una luz particular que permitía
conocer la esencia de Dios. La cuestión, apenas insinuada por san Agustín, recibía aquí
una respuesta explícita. Pero surgía un problema que puso en dificultades a Tomás: «Si
la sanad id del hombre exige el cuerpo (algunos han afirmado que la visión de Dios no
puede producirse sin cuerpo)» '*. Tomás argumentó de manera extensa para dar funda-
1

La visión corpórea presuponía n g u n • t e um»s i n t e r v a l o s , p o r l o tanto, relacio-

nes espaciales; Dios estaba fuera de esas re
ningún caso, alcanzarlo.
Mas tarde, al final del De Chítate Da.
mucha prudencia- la posibilidad de una ^
cuerpo glorioso: «Así como hacemos coi
cuerpo, veremos también por medio de i
dingo- . Permanece, en todo caso, el he, i
11
mente intelección: «Porque pueda ver a s u i I
es creadas; los «, //// eorporis n o podían, en
. s u a v i z ó u n poc <. su tesis, abriendo -con
d i r e c t a d e D i o s a t r a v é s de los ojos del
' o d a s las l u c e s e s p i r i t u a l e s de nuestro
o c u e r p o a D i o s i n c o r p ó r e o que todo
que la visión d e D i o s era fundamental
c s d e c i r , c o m p r e n d e r l o [...^comosuce-
mento ,i l.t idea de una visión de Dios antes de la resurrección. Esta no era más que una
opinión que fue puesta en tela de juicio en el siglo xiv, durante la disputa llamada de la
- v i s i ó n beatífica», cuando el papa Juan XXII, en 1331, puso en tela de juicio la posibili-
dad de una visio dei antes de la resurrección de los cuerpos gloriosos (el problema, en
efecto, L I .i probablemente el de la posibilidad, puesta en duda, de una visión diferente de
la comunitaria)'*. La Iglesia se pronunció rápidamente a favor de mantener la idea tradi-
cional de una visio de los bienaventurados inmediatamente después de su muerte. Sin
embargo, se puede advertir que "Ii>más se había preguntado también «si para la santidad
se requiere el concurso de los amigos» ", lo que pennite pensar que la noción de eorpus
1

dealalmaalveraDios.es decir, c o m p r e n d a , Dios»*-.
lomas de Aquino retomó la cuesnón o>:> una a m p l i t u d m a v o r : doscientas cuarenta
referencias para dei visto, otras m i l cien para </. , , ; /,/r/r. E l p r o b l e m a se afrontó en mu-
w
chos puntos en el Commento alie sentenze de P e d r o L o m b a r d o v f u e t r a t a d o orgánicamen-
te en la Summa Theohgiae- en primer lugar, en 1.» t/uaestto I 2 d e la prima pars: «Quomodo
deus a nohis cognoscatur» («Nuestro c o n o c i m i e n t o d e D i o s » ) , d i v i d i d a en 13 araculos.
después, en las primeras cinco tjuacsttorics de la prima seciindae s o b r e la finalidad última del
hombre y sobre la santidad (en concreto el a r t i c u l o X d e la qnaestio 3 : - U t r u m beatirudo
podía entenderse aquí tanto como cuerpo carnal personal como corpits mysticum. Tomás
respondió prudentemente que esta aimcituiproximomm no era indispensable, sino que en
tales circunstancias venía por sí sola: «En relación con la santidad perfecta, la amistad se
encuentra, digamos, concomitante*".
.-VI mismo tiempo, Buenaventura hacía hincapié en la dilectio como medio esencial de
la VISIO. La tradición insistía en la importancia de la cantas como medio esencial para
acceder a la visio dci: «La caridad que no alcanza su perfección sino en la visión de Dios»
(Elredo de Rieval) "; «allí donde está el amor, allí está el ojo» (Ricardo de San Víctor) ;
1 19

hominis sil in \isione dirinac essenriae». - S i la s a n t i d a d h u m a n a c o n s i s t e en la visión de «quien más caridad tenga, verá a Dios más perfectamente y más aventurado será» (To-
la esencia divina»)". más de Aquino)" . Aquí, una vez más, Tomás retomaba fielmente a Agustín:
10

A mediados del siglo xu, ésta no era una a f i r m a c i ó n a n o d i n a , ya q u e diferentes pen-
sadores (Etienne de Vénizy, Johannes Paj/us, p e r o t a m b i é n H u g u e s de Saint-Chcr y
Guerric de Saint-Quenbn) habían puesto en d u d a la p o s i b i l i d a d m i s m a de tal visión
(algo contra lo que Guillermo de Auvernia. o b i s p o de P a r í s , l a n z ó e n 1241 una vigorosa
condena). En esta aonósfera. Tomás planteaba el p r o b l e m a en t é r m i n o s m u c h o más abs-
tractos que san Agustín, preguntándose sobre las c o n d i c i o n e s d e p o s i b i l i d a d de la «visio
10
IM., cok. 616. 618 (-« quae in ìlla luce cordis ocuhs intucmur. et discemunrur intcr se. et nullis loco-
nim spjuo sepiranrur |. .) (senpturarum san età rum auctontatcsj vidcrunt melius \-iden mente quam corporc,
et ea video mente quae non conun cren tur locis. ncc intcr se lotonini intervalli*, separarenrur, ncc minora tv
seni in pane quam in loto-).
" U.. Otchitatt Dei, PL, voi. XLI. col. 8 0 0 {-ita quaecuinquc spmtualia ili J lumina corporum nostro rum
arcumferemus. incorporcum deum omnia regentem cuain per curpora comuehiimir»).
'•' Apisun. SolìUsquiorum libri, l i . PL, voi. XXXJJ, col. 8 7 6 (-ut | > O S S I I deum suum videre, id est intelligerr
[—1; cuoi animar deum nderc, hoc est deum intclligcre, conrigerii»).
"J.-P. Torrcll, -La vision de dieu "per csscnoain" sclon saint Thomas d'Aquin», en Paravicini Bagltim
(ed.), IJI linone, cit., voi. i , pp. 4 3 - 6 8 .
El alma racional todo sobrepasa y se encuentra más cerca de Dios cuanto más pura es;
y en la medida en que se dedique a Él por medio de la candad, en esa medida, llena por Él
'* Tomas de Aquino. Summa tbeotogiae, cu.. Ij-llac. q. 4, a. S («unum bcatitudo horninis requiratur corpus
(aliqui posuerunt quod non potcst (dei Visio) animae ad venirr sine corpore cxistcntì)»).
" C. Trotiniann. La vision beati/tane, dei dùputei icolaaiaues à sa definition par Benoit XII, Koma. 19V5; J.
Bast her, «Vision bearifique et rcprcsentaiions du pandi* (xi*-xv* siede)», en Paravicini Bagliani (ed.), L* visio-
ne, at., voi n, pp. 73-9J.
w
Tbrnas de Aquino. Summa tbeoloriae, c i r . la-Ilae. q. 4. »- 8 (-unum ad beatitudinem |...J requiratur so-
cie-ras amicorum»).
, J
Ibid (-quasi concnmitanter se habet armati» ad beaatudinem pcncctam» ).
"Eircdodc Rieval. Speculimi cantati!, PL, vol. CXCV, col. 535 (-Caritas quae non nisi in dei visione, perii-
citur»).
"Ricardo de San Victor. PL. vol. CXCVI. col. 10 (-ubi amor, ibi oculus»).
""Tomas de Aquino. Summa tbiologiat, at., I, q. 12 (-qui plus habebirde cantate perfectius deum videbit
et tienuor crit*).
158 ARTE t HISTORIA I N LA E D A D M I DI \ III

i: V I A D I L I O A D . C A M I N O . V I S I Ó N ; LAS CRIATURAS V EL CREAOOR-. 1 5 9

en acrto modo de esta luz inteligible c iluminada, ella ve. i v • .1 través de los ojos corpóreos,
sino por ese fundamento de si m i s m a en la que ella excede, *. - decir, a través de la inteligen-
cia, estas razones cuvaxisión la hacen tais reliz .
Vera Dios más de cerca, «vicinus e t c l a r i u s » : las relaciones
sociales
Por lo general, los autores que desarrollaron esta idea se agruparon bajo la etiqueta de
-misin 'is comojean Cíerson o Nicolás de Cusa. Sus textos estahan en la misma línea
de los pr. t clientes, pero ahora insistían mucho más sobre las potencialidades que sobre
los liiin 1 • del acto de visto: «Conviene, por consiguiente, que nosotros llevemos la natu-
r.ik/a d< l.i visión sensible ante el ojo de la visión intelectual y con ella fabriquemos la
escala d- 1 ascensión- '.
1 4

l..i fu meza «leí marco teórico y la evolución de sus explicaciones nos llevan una vez
Este texto de Agustín parece u n comí U" i l e Codo leí q u se acaba de decir; adviér- M U S . aquí 1 propósito de la visto, al problema central de la evolución de ta relación camal/
tase la expresión decisiva: «Anima >iv x i i n a » . L a p u r . a d e l c o r a z ó n y la caridad espíritu il durante la Edad Media. El marco abstracto fue definido y detallado por san
acercatun a Dios. Este tema, aquí u n 11 itere, a d q u i r í 11 n u e v o esclarcaniicnto. Agustín J éste no se le aportó ninguna modificación significativa antes del siglo xvu.
en los siglos v i y v n , en Gregorio M a i n . l o r o d e S e x i l l . i \ B e i l a el \ crenablc, que N i el ol . . . de Mipona ni ninguno de sus sucesores precisaron con claridad qué era lo
inrroduieron. quizá independientcmenu que pertc necia al ámbito de la carne y qué al ámbito del espíritu; y este límite sufrió un
i v e r b i o clave vichilts¡
lento e inexorable cambio.
< ..11 ubi. > que 1 011 si i tuye una clave esencial para comprender el conjunto de la civiliza-
-«estas tropas sublimes son llamada- l u n e s , p o r q u e e s t á n llenas de una rienda,
ción medieval. Pjr.i que esta clave resulte eficaz, es importante no confundir las causas
tanto más perfecta cuanto que c o n u tan d e m a n e r a m á s c e r c a n a la lunünosidad con lirs electos. Por parte de las causas se encuentran, en primer lugar, y sobre todo, la
de Dios-; 42
presión estructural de la Iglesia y, su resultado, la lenta transfonnación de las relaciones
- «ellos están tanto más encendidos pi l u m i n o s i d a d d e la l u z d i v i n a , cuanto mis sutiales concretas hacia una creciente importancia de las relaciones «espirituales», es de-
cerca están de El»""; cir, 1 i i i i l u r m i s a los intereses y a la enseñanza de la Iglesia. Por parte de los efectos, múl-
-«porque ellos se consagran c o m p l e t . i m e n t e a su a m o r , t a n t o m á s ardientemente nplcs reestructuraciones en el plano de las represen raciones (abstractas como figuradas) y
cuanto ellos ven de manera más cercana el r o s t r o p r e s e n t e d e l S e ñ o r , y cuanto saben en el de los rituales; conviene simar aquí la evolución de la teoría medieval de la visto, así
t u m o aquel Lis. insensibles pero .il final radical) •. de todas I as «artes \ HOSM Jcsdc !a IRÉ
que los próximos a Él son elegidos y a m a d o s d e D i o s » * . 4

Kdad Media hasta el siglo xvm. La disminución de la frecuencia relativa de ocultis camis
fue paralela al movimiento contrarío, que tendió a precisar las condiciones de la visio dci,
Esta relación vicinius-clartus aparecida en el s i g l o v i t u v o u n a g r a n difusión en la épo- para llegar a establecer la posibilidad ya desde este mundo. De un modo más espectacular,
ca carolingia y se encontró, a continuación, c o m o p a t r i m o n i o c o m ú n en u n gran número se pasó del casi anicomsmo de los siglos v-vn a la iconografía románica, después al «rea-
de autores de los siglos x n - x i n . lismo» del siglo xv. para terminar en la exuberancia del trampantojo barroco. Sería un
En latín clásico, el vocablo viemus n o existe; t r a d u c í a u n a r e l a c i ó n d e mayor proximi- completo contrasentido buscar aquí un aparente «progreso técnico», cuando de lo que se
dad estableciendo su base semántica en la r e l a c i ó n s o c i a l y t o p o g r á f i c a de vecindad;es. trataba, esencialmente, era de la traducción del pasaje desde una posición de rechazo de
entre otras cosas, un índice altamente s i g n i f i e a t i v o d e l s u s t r a t o f u n d a m e n t a l m e n t e social lo -carnal- (corpóreo-local) a una espiritualización progresiva del «mundo», que lo hacía
de todos los desarrollos medievales sobre la 11x10 dci. digno de ser representado en cuanto representante de manera cada vez menos indirecta y
El final de la Edad Media amplió la reflexión s o b r e la Vtsio y se m a n i f e s t ó una fuerte menos velada de los dibujos del Creador y su presencia misma a través de la creación.
tendencia a considerar ya como posible una visión d i r e c t a d e D i o s antes de la muerte. Como antes se lia señalado prueterenndo, los diferentes tratados De perspectiva de los
siglos xiii y xv eran sólo de manera muy secundaria tratados técnicos de geometría y
de óptica *; más bien se trataba, sobre todo, de una (re)consideración de las propieda-
4

41
AjuMin. De rfr.wnj oiuertivmha oaoginla tnbus libre unus. cap. XJLV1: - O c i d e i * - . PL. voi. XI., col 31 des de la visto, que se hizo necesaria en esa época por el movimiento acelerado de
(-anima rationalis [.. | umma superai et Dcu proxjma est. quando pura est; eique in q u a n m m cantate cohiese- «espiritualización» de gran parte de la realidad («creación»). La parte de sociedad (el
nt, in tantum ab co lununc ilio intelligibili perfusa quodaminodo et m i usi r aia c e r n i i n o n per corporeo* oculos
*ed per ipsnu sui principile quo cxccUie id est per intclligcnuam s u a m . tatti n d O M I quartini vinone fit ba
tusmu-) ** .V de Cusa. De quaermdo deum, en K. FlascJi. -Nicolao» Cusanus. Vom Schcn (Jotres», en Paravicini
*• Credono Magno. Omette sui vangeli. 34. PL. voi. I . X ' X V ' I , c o l . 1252 ( - s u b l u n i o r a illa asinina cherubbn Uagliam (ed.), IJI venóme, cil-, voi. ti. pp. 107-118; para I» ata véa*e p. 117 (-onorici ipiur ui naturam temibi-
votata M U , quia tanio perfecuon so ino a piena sunt, quanto claritatein dei v i c i n i u s contemplantur-) li* vinoni* ante oculum visioni* íntcllecrualis dilatemos et scalaiu ¿iscensut ex ej fabrícemus»).
bidoni de Scvilla. FjymoLgue, \'U-$,PL,
4 1
voi. L X X X I I . c o l . 2 7 4 ( « q u a n t o viciiiius corani co consistimi, ** Presentación del dossier, bibliografia: S Y. Edgcnon Jr. The Uentaff of Giorni Cromttry. Art andSetenee
tanio nu|n* lumini* danute CÌÌ\MU in fiamma n tur»). OH thr Ève of the Seientifie Revolution. lüvica, NY, 1991; D. Rjyiuud. L'hypotbhr d'Osford. Esimi sur In anaimei de
** berli ci Veneratile. Htm/ha/ sUre Un et angelica. 11-24. PL. v o i . X C I V . c o l . 2 4 9 ( « q u i a q u o v*einiuipr»«se» t* peripettrve. Parí*. 1998.
lem domini • niCura conunt co se ardenuus cjus dilcctioni toios u n p e n d u n t q u o proximos suo* ninna esse
clectos JC deo ddectos agnoscunt*).
160 ARTE E STORIA E NLA E D A D M
r il III

ESTABILIDAD, CAMINO, VISIÓN: LAS CRIATURAS r EL CREADOR... 161

«•mundo») que escapaba d e l c o n t r o l d e l a I g l e s i a s e r e d u c i d r á p i d a m e n t e , m i e n t r a s que
aumentaba, e n p r o p o r c i ó n i n v e r s a , l a p a r t e d e l o q u e s e a d m i t í a a p r o p i a d o figurar i i - I |-1 laz que penetre tu mirada
sualmcnte. E n las r e p r e s e n t a c i o n e s románicas, en d o s il mensiones. l a verticalidad ,iv ante», dijo el guia, - y tenia atenta
constiruía el eje p r i n c i p a l , c o n l a t a r e a c d e n o t a r l a t e n s a . •» e n t r e e l i n u n d o y el o d a
hasta que p o r rus ojos sea alcanzada» (Infierno, X V I I I , 127-129)
la progresiva i n t r o d u c c i ó n d e l a t e r o i - mensión, t a n t o • < >n l a e x p a n s i ó n d e la esta-
ruaría c o m o c o n l a i n t r o d u c c i ó n d e l a specrivrt", llevo i d i g n i d a d ya rcconocidai
nueve la vista, andando, entre los presos (Infierno, XXJJI, 75)
los intervalla et spana; p a r a c o n s e g u i i conquista (que lichel L a u w c r s propone*
d e n o m i n a r tneedestamento), e s t o s i n t c i d i r i g i d o s se e n - • m i r a b a n ya integrados» ilotidc tenía la mirada puesta (Infierno, X X I X , 19)
la r e d e s t r u c t u r a l d e p o l a r i z a c i ó n e s p . < que la Iglesia había i n s t a u r a d o c o m o ele- l-.st.i u s i o n t o p a , s i n e m b a r g o , c o n las d i f i c u l t a d e s « n a t u r a l e s » : o s c u r i d a d , d i s t a n c i a ,
mento fundamental de o r g a n i z a c i ó n \ ' r o l d e t o d a l a s o c i e d a d . P i n t o r e s y cscal-
obstáculos
tores n o h i c i e r o n m á s q u e m a g n i f i c a r - ^¡estamento, q u e c o n s t i t u í a u n a etapa ca-
pital d e la « e s p i rituali za c i ó n « .
que «widucirle lejos no podía

l.i vista, entre aire negro y humeando (Infierno, I X , 5-6)

La mira-i;! de D a n t e \le volví, mas <lc un vivo la mitad.i

A caballo e n t r e el s i g l o x i n y x i v . l a Divina Contedia o f r e c i ó u n p u n t o d e referencia

llegar no puede al fondo por lo oscuro (Infierno, XXPV, 70-71)
Tan oscuro es el fondo de este foso
excepcional, e n c u a n t o q u e e n e s t e g r a n d i o s o t e x t o l a v i s t a y l a v i s i ó n t i e n e n u n a funoóa
que solo puede verlo el que ha llegado
de p r i m e r • o r d e n * . A l g u n a s b r e v e s * o b s e r v a c i o n e s permitirán d e m o s t r a r a la vez cómo
donde el arco se eleva más airoso (Infierno, X V I U , 109-111)
Dante se inscribía p o r c o m p l e t o e n e l p a n o r a m a m e d i e v a l v c ó m o i n t r o d u j o elemento»
ongmales que i l u m i n a n , d e m a n e r a s u g e r e n t e . l o s r a s g o s p r o p i o s d e l a e v o l u c i ó n de este Este ú l t i m o e j e m p l o demuestra aún m e j o r que los d e m á s l a presencia d e u n a u t é n t i c o
p e n o d o . Es necesario e m p e z a r r e s u m i e n d o e n d o s p a l a b r a s l o s « f e n ó m e n o s visuales-
relieve m a t e r i a l , capaz de i m p e d i r el paso a los rayos visuales.
característicos de las u e s g r a n d e s p a r t e s .
E n e l Purgatorio, la d i f e r e n c i a m i s n o t a b l e , e v i d e n t e desde la llegada, es la p r e s e n c i a
E n el Infierno, l o s p e r s o n a j e s q u e a p a r e c e n s o n v i s i b l e s y m á s o m e n o s reconocibles. del sol y la p o s i b i l i d a d d e ver el c i e l o . Desde ese m o m e n t o , ya n o es la o s c u r i d a d la q u e
- u apariencia, a m e n u d o , e s t á d e f o r m a d a , p e r o a p a r e c e n c o r p ó r e a m e n t e y b a j o una mul- puede l i m i l a r la visic'in, sino e l excesivo resplandor. L o s personajes q u e aparecen s o n
üpbcidad de aspectos m u y d i f e r e n t e s . D a n t e d e s c r i b e l o s l u g a r e s q u e a t r a v i e s a c o n aero s i e m p r e visibles; p e r o las penas a las q u e están s o m e t i d o s n o c o n l l e v a n , c o m o a m e n u d o
ostentación de detalles: r o c a s , p r e c i p i c i o s , c o r n i s a s , e s t a n q u e s y ríos l l e n o s d e diferentes e n el I n f i e r n o , desplazamiento; p o r o t r a parte, n o aparece n i n g u n o d e esos m o n s t r u o s
tan n u m e r o s o s e n la p r i m e r a parte. Las personas aparecen, a m e n u d o , en g r u p o s , o se las
b'quidos, M e m o s , l l u v i a s y n i e b l a s ; p e r o t a m b i é n c o n s t r u c c i o n e s y o b j e t o s : puentes, to
d e f i n e c o m o sombras o espinnu. S u i n m a t e r i a l i d a d quetla subrayada, r e p e t i d a s veces, p o r
rres y castillos, s a r c ó f a g o s .
oposición a la sorpresa causada p o r la sombra d e D a n t e , que está todavía v i v o :
C u a n d o se trata d e l a m i r a d a , se i n s i s t e s i s t e m á t i c a m e n t e e n s u c a r á c t e r a c t i v o y en la
tensión de la m i s m a :
D i p o r que para e l sol eres pared,
igual que si tu cuerpo no estuviera
|.~] M e descubrió los ojos y - E s t á a t e n t o » , {Infierno, I X , 73) envuelto de la muerte por la red (Purgatorio, X X V I , 22-24)

Mas mira bien al valle [...J (Infierno,
Y cada una de aquellas n o s m i r a b a
como se miran dos -«1 e n t r e c e j o
frunciendo |..-1 (Infierno, X V , 1 8 - 2 0 )
' I I IJimer*. «Le cúuctjcre dans le M o y c n Age latan. L i c u sacre, l i e u r c l i g i c u x » . Alíñales, Hisioire, Saet-
ía socutus V(1999), . 1.047-1.073.
pp
X I I ,4ó) Prueba, a n o t a m o s c o m o inciso, e n p r i m e r lugar, q u e D a n t e a t r i b u y e a su viaje u n
c a r á c t e r d e t o t a l « r e a l i d a d » , y también q u e la l u z se percibía, sin c o n t r a d i c c i ó n , c o m o
m a t e r i a l y c o m o e s p i r i t u a l , l o cual demuestra c ó m o estos dos caracteres se situaban e n
planos c l a r a m e n t e d i s t i n t o s .
D e la m i s m a manera, la descripción de los lugares es m u c h o m á s s i m p l e e n c o m p a r a -
ción c o n el Infierno, E s significaüvo que ya n o aparezcan más c o n s t r u c c i o n e s (a e x c e p c i ó n
de la p u e r t a d e l a e n t r a d a ) . E n c o m p e n s a c i ó n , nunca se dará suficiente i m p o r t a n c i a a l o s
dos grandes c o n j u n t o s figurados: en el l i b r o X , el bajorrelieve que representa e j e m p l o s

*U bibliografía sobre Dances infinita. Se lia utilizado la edición d e Ángel C r e s p o , M a d r i d , Planeta, IW».
 A «TE C H I S T O R I A EN" L A 1 t- \ (• M l D I \I I I

de humildad; e n e l l i b r o XTJL, la p i n t u r a d e l s u e l o q u e repi t s e n t a e j e m p l o s d e orgullo ESTABILIDAD, CAMINO, VISIÓN: LAS CRIATURAS T E L C R I A D O R .

casngado; éste t e r m i n a c o n u n a s o r p r e n d e n t e a p o l o g í a d e l - - n alismo»!

parí mirar, mis ojos se sintieron

M u c n o el m u e r t o , y e l v i v o e s t a b a v i \ • >.
cual heridos del sol recientemente
mejor n o v i o q u i e n v i o l o v e r d a d e r o
|Mirque sin vista un rato me tuvieron (Purgatorio, X X X I I , 10-12)
que yo, que lo pisaba p e n s a t i v o (P;i< /torio, X I I . 67-69)
De u M b > este esplendor, la p a r t e i m p o r t a n t e son los ojos:

A este realismo se le o t o r g a u n a v i r t u d q u eedificante i s i c a t á r t i c a , porquedeba

permitir a las á n i m a s p e n i t e n t e s d e s h a c e r
el vuelo hacia el c i e l o .
Faicl Purgatorio, l a v i s i ó n q u e d a u n .
en concreto d e aquellas r e l a c i o n a d a s c o n
L a e ñ n a desbordaba a n u e s t r a vi»;
Pero se extiende cada vez m á s a m c n u d < - h a c i a e l c i e l o , l a s e s t r e l l a s y e l s o l :
l a s c o r r u p c i ó n ) I q u e l e s i m p i d e n levantar
p o r l a s d e b i l i d a d e s ! d e l a v i s i ó n corpórea,
rancia:
.../rorro. I V . - M I )
Mientras llegan los ledos ojos bellos (Purgatorio, XXVTI, 136)
|. .| los ojos santos (Purgatorio. X X X I . 133)
Paraíso los elementos visuales a p r i m e r a vista se hacen m á s
Par n i . Ricamente, en e l
raros. L .IN personas que aparecen se presentan c o m o llamas (resplandores, brillos, estrellas,
luces, llama, centellear) desprovistas de cualquier carácter d i s t i n t i v o . N o se describe n i n -
gún o b j e t o , n i n i n g ú n paisaje; t o d o l o más, las figuras formadas p o r g r u p o s de á n i m a s ( u n
águila, unas coronas, la g r a n rosa d e l P a r a í s o ) . A l final, e n e l P a r a í s o , q u e d a a b o l i d a c u a l -
q u i e r distancia, ya n o existe el espacio:

Mas m i vista se hallaba e n a q u e l c i e l o {Purgatorio. V I I I . H5)

De M más alta tronadora zona
o|o alguno mortal tanto no dista.
V i r g i l i o anuncia a D a n t e q u e , e n c a r a m á n d o s e p o r l o s c í r c u l o s d e l P u r g a t o r i o , su ca-
ni aun si al fondo marino se abandona,
pacidad para ver d i r e c t a m e n t e a l o s e s p í r i t u s d e l u z . s e v e r á r e f o r z a d a p o c o a p o c o :

m a n t o Beatriz, arriba, de m i vista;

Que grave n o te sea e n b r e v e e s p e r o
mas no importaba, pues su efigie bella
ver estas cosas, mas u n a g r a d a b l e no me llegaba con el medio mista (Paraíso, X X X I , 73-78)
cuanto a humana natura es h a c e d e r o (Purgatorio, X V , 31-33)
L a vista d e D a n t e se refuerza a m e d i d a que pasa de u n cielo a o t r o :

X e n fin, se m e n c i o n a n l o s « o j o s a g u d o s d e l e s p í r i t u » :
nueva vista de nuevu me alumbraba
tanto, que de la tu/ que más luciera
1-..J Dirige hacia m í la p e n d r a n t e nu mirada los rayos soportaba (Paraíso, X X X , 58-60)
luz de la m e n t e (...J (Purgatorio. XVI11, 16-17)
"Todo el t e x t o d e l Paraíso está sembrado de consideraciones sobre los ojos y sobre la
visión, y se puede decir que el o b j e t o c e n t r a l está c o n s u m i d o p o r l o s ojos risueños d e
La sonrisa de B e a t r i z Beatriz, « l o s ojos suyos r i e n t e s » , ya que el poeta va « c a n t a n d o la santa r i s a » . D a n t e r e t o -
m a s i n o r i g i n a l i d a d la d o c t r i n a enunciada p o c o antes p o r T o m á s de A q u i n o :
E l canto X X A T J d e l Purgatorio m a r c a e l v u e l c o e s e n c i a l d e t o d a l a o b r a : es l a llegada
al Paraíso t e r r e n a l . P r e c e d i d o d e l a s ú l t i m a s f r a s e s d e V i r g i l i o : Por eso vuestra vista, que conviene
que se forme de un rayo de la mente
jAcuérdate! Recuerda q u e y o h e s i d o que en su interior toda criatura tiene.
quien de Gcrióii a l o m o s t e s a l v a r a :
no es por naturaleza tan potente
;qué no haré, si hacia D i o s h e m o s s u b i d o ? (Purgatorio, X X V I I , 22-2 5)
que su propio principio ella discierna
profundizando mucho en lo aparente (Paraíso, X I X , 52-57)
Las pruebas d e l I n f i e r n o y d e l P u r g a t o r i o , p o r l o t a n t o , h a n acercado a D i o s . L a mira-
da permanece, p e r o d e m a s i a d o d é b i l a n t e l a p r e s e n c i a d e l a l u z i n s o s t e n i b l e c o n la que
resplandece Beatriz:
164 AttTfc E H I S T O R I A E N LA E D A D A I E D I A I I I

INSTABILIDAD, CAMINO, VISIÓN: LA S CRIATURAS V EL C k l A D O R . . . 165

El perfecto ver es de naturaleza e s e n c i a l m e n t e i n t e l e c t u a l , y si la m i r a d a es capturada
por otro objeto en lugar de por la luz e t e r n a , ella h a c a p t a d * * I i n vestigiutn de esta última:
A su sonrisa riéndome sumiso,
ella me dijo: «Vuélvete y atiende,
Bien veo que la luz eterna prendí
qi)G no hay sólo en mis ojos paraíso» (Paraíso, XVJJJ, 19-21)
en tu intelecto ya, y en él reluce.
pues, vista, sola y siempre amor . iende; l-.l M • ibsiina:

y si otra cosa vuestro amor tcdui l'ern mi mente, que a la dama mía
de aquella luz tan sólo es un x t » mostrar su gran amor siempre procura,
que, mal pi/gado, por allá rxasl.' .mo, V. 7-12) por contemplarla más que nunca ardía (Paraíso, XXVII, 88-90)

El papel otorgado a Beatriz casi n«.
haga de tal personaje una figura (en el K
r e l a c i ó n e n s a n t o T o m á s . A u n cuando se Mas ella, mis deseos conociendo,
de E r i c h A u e r h a c h ) " ' d e la Revelación y/o
0
comenzó tan feliz y tan discreta
1

de la teología. En primer lugar, porque l l e a f i r m a c o n f u e r z a la historicidad de Bea- que a Dios gozarse en ella estaba viendo (Paraíso, XXVII, 103-105)
triz, en absoluto irreductible a una figura abstracta:
Elogio que concluye en sentido proprio en una apoteosis:
Sin despenar mis ojos mi conciencia,
Si cuanta loa he dicho de mi amada
por oculta virtud que ella movia. F.n un elogio se incluyera toda,
No quedara esta empresa rematada:
de anuguo amor seno la gran potencia (Purgatorio. X X X , 37-39)
la belleza que «I tal se transmoda
Y Beatriz agrega y recalca: sobre nosotros, que a que complacido
Mírame bien, que yo soy Beatriz (Purgatorio. X X X . 73) sea su autor tan sólo se acomoda (Paraíso, XXX, 16-21)

Ahora bien, es precisamente ella la que guía a D a n t e hasta el Paraíso, y son sus ojos
los que desempeñan el papel decisivo: E l sentido de la «dulce risa»
Me miró Beatriz con oíos llenos
de unos rayos de amor tan encielados (Paraíso. IV, 1 39-140) La belleza y la dulce risa son aquí mucho más que una simple propedéutica de la santi-
dad, tle la que sólo difieren en un plano totalmente abstracto. Dante propuso así, hacia
Mas Beatriz tan bella y sonneme 1300, una expresión desbordante de la «espiritualización» casi perfecta del amor terre-
se HM mostraba, que entre aquellas vistas nal, muy lejos de las aperturas teológicas que se pueden producir a través de la teoría de
la transubstanciación desarrollada por santo Tomás. Que esta «espiritualización» pasara
quiere quedarse y no seguir la mente (Paraíso. X I V , 79-81)
por ser una puesta en escena, magistralmentc es truc turada, tle las relaciones entre la
mirada de Dante y los ojos de Beatriz, elimina hasta la más lujnima duda sobre el carácter
pues en sus ojos tal sonrisa ardía crucial de la visión en el sistema de representación medieval del mundo, l¿n el mismo
que contemplar creí el fondo fecundo momento en que Giotto desarrollaba la representación pictórica (advertimos que pintó
del Paraíso y de la glona inia (Paraíso. X V , 34-36) un retrato de Dante en un fresco de la sacristía de Santa Croce), Dante, siguiendo las
huellas del Aquinate, conciliaba por primera vez, en el plano doctrinario, una justifica-
Beatriz busca, sin duda, desengañar dulcemente al p o e t a : ción total a una visión «realista» de la belleza terrenal irreversiblemente espiritualizada.
N o se puede por menos que hacer hincapié en que la Divina Comedia se presentaba,
en primera instancia, como un recorrido larguísimo, desde la selva oscura («externo» lo-
cal) al Paraíso (fuera de todo espacio). La puesta en escena del mundo según santo Tomás
W
E. AueriMch. -Figura (19J8)-, en id., Neiu Daniestadien, Estambul, 1944, pp. 11-72 [ed. cast.: Figm,
Madrid, Trona, 1998].
166 ART» I iii\ToRI A ES; LA E D A D \ 1 III

que,en dehninva, constituye la Divina Comedia, se e f e c t u a b a a t r a v o s «le viu recorrido qoe E l T A111 I D A D . L A M I N O , VISIÓN: LAS CRIATURAS V 1,1 CRIADO».. 167
llevaba hasta el punto en el que las d i s r a n c i a s se a b o l í a n : la l i c i t a d a a n t e l.i presencia din
n.i no podía efectuarse en ningún p u n t a d e l « e s p a c i e » * , y a q u e las d i s t a n c i a s eran sólo un sacudí i*, de Cristo, es decir, del rito de la redención sin igual; rito que no podía desarro-
etecto secundario de la creación. F l h o m b r e , a l e j a d o d e 1 >i< >s p o r el pee.ulo original,m llarse M M pruebas (pignora), consumidas por las santas reliquias* , esto es, objetos materiales
1

p o n a ) m B n r d rabasádpmtnani s i n o p e n a n d o CU u n d i f í c i l c a m i n o , úfticfl manera ir que di mostraban la intervención divina en el seno de la humanidad.

acercarse de nuevo al C r e a d o r P o r m e d i o d e la \ i s t a . es vite i r . I . i i n t e l e c c i ó n , se reforuhi I- st< ritual colectivo hebdomadario se completó, a partir del siglo vi, con un recorri-
el amor (la tantas) que. de vuelta, a c r e c e n t a b a la f u e r / a t i c c - * c m o v i m i e n t o . do ani> >l por el espacio cultivado, las rogaciones. Al tratarse de producciones agrarias, el
clero local asumía ya explícitamente el papel de mediador de las súplicas de los ñeles a
El penplo de Dante era una e x p r c - i . m i asi u l c . i l d e l siv<, m . i e u r o p o » de represenu- D M I N Si . stahlccia así el vínculo entre la iglesia local y un marcado procesional del terri-
aón hacia el año 1300. l o que h i z o q u t 11 a u n é x i t o . S i i . i l ó g i c a d e conjunto parra torio pioductivo que estaba más o menos explícitamente unido a ella. Las rogaciones,
bastante clara, nos podemos e n t o n c e s p l titear e l p r o b l e m a d e la n a t u r a l e z a exacta dt! estábil < idas durante el ciclo pascual, tenían lugar el mismo día en todo Occidente: se
camino recorrido por el poeta, y el de Sí m l i e i o n e s d e a p a r i c i ó n . Si de alguna manen señalaban asi, de una sola vez, la unidad de la Iglesia y la pertenencia de todo fiel a una
se puede encontrar una preligu ración de m r i s . i d e B e a t r i z e n las estatuas de los ánge- sitia latean local. También a través de todo ello se ponía de manifiesto la orientación
les de Reims (hacia 1240). se p c n n a i u o t r o d e u n i n t e r v a l o c r o n o l ó g i c o limitado fundan icntalmente agraria y rural de la Iglesia medieval.
como se ha observado. Dante, perfecta;; > M U - t o m i s t a . . í ñ . u l i o e l e m e n t o s nuevos a latí*
sión del santo doctor, y el p r o b l e m a , n , . , n e r . i l . d e Ifl - r e a l i d a d - d e l viaje del poco
florennnn puede resolverse a través d e u n - - n s n l e r a c i ó n d e c o n t u n t o d e l significado del
" r r medieval y de su c u m p l i m i e n t o e s t r u c t u r a l , la stabi/ttas. En dirección al «exterior»
A pesar de haber dado lugar a numerosos estudios, el sistema de peregrinaciones
«locales- su sigue conociendo bastante mal'-'. Su evolución no ha sido establecida con
La falta de distinción entre o r d e n m o r a l y o r d e n espacial en el eertc/a. La atención se ha centrado en algunos sanniarios importantes y dotados de un
clero numeroso. Y, sin embargo, gran pane de los desplazamientos rituales se efectua-
sistema m e d i e v a l ban hacia capillas pequeñas o hasta lugares mal definidos, aislados, a menudo simples
cruces, incluso piedras o fuentes. La Iglesia sólo ha dciado las vidas de los santos y los
El sistema medieval asociaba i n t i m a m e n t e el o r d e n m o r a l ( h u i r d e l pecado = acercar-
relato, de milagros, que dan inhumación casi exclusivamente de !.is peregrinai iniics
se de nuevo a Dios) y el orden espacial ( a c e r c a r s e a l o s s a n t o s , es d e c i r , reforzar la pob-
más «oficiales». Las enseñas de los peregrinos, que se encuentran por tod3 Europa,
nzaciundel espacio y. en un estadio s u p e r i o r , h u i r d e l - m u n d o - l i b e r á n d o s e de los am- ofrecen una imagen más rica: así, se han atestiguado numerosas peregrinaciones sobre
bientes sociales carnales). las que los textos nada dicen . Tales enseñas tenían que ver sólo con los lugares de cul-
11

En concreto, la Iglesia organizó u n c o m p l e j o s i s t e m a d e p o s i c i o n e s relativas y de des- to muy frecuentados, donde podía ejercerse con provecho la actividad de los fabricantes
plazamientos que encerró a toda la s o c i e d a d d e n t r o d e u n a j a u l a espacial especiaúnente de enseñas. Las pequeñas peregrinaciones rurales son mucho más difíciles de concretar:
eficiente. Haciendo parecer estos d e s p l a z a m i e n t o s y e s t a s p o s i c i o n e s c o m o condición fun- gracias a algún exemplitrn * o asunto judicial y, por lo tanto, casi nunca antes del siglo
1

X I I I . Sólo se tiene una visión un poco más general para una época muy tardía, en las
damental para la -'salvación» personal, la I g l e s i a c o n s i g u i ó , p r o g r e s i v a m e n t e , imponer
regiones en las que en el siglo xix se realizaron, sistema tica mente, investigaciones etno-
unas referencias y unas estructuras p r o f u n d a m e n t e i n t e r i o r i z a d a s , q u e constituían un sis-
gráñeas. Sin embargo, numerosos indicios permiten suponer que esta red de pequeñas
tema de constricciones mucho más eficaz q u e c u a l q u i e r v i g i l a n c i a o p r e s i ó n material.
La eficacia de este sistema se debía, en g r a n p a r t e , al h e c h o d e q u e englobaba en una
misma estructura todas las escalas espaciales, d e s d e la d i m e n s i ó n r u r a l (escala de unos po- " A. Lehrter. Reliquien in Kumt und Kuh. zwitcben Antike und Aufklärung Darmstadt, 1995.
cos kilómetros) hasta la cristiandad en su c o n j u n t o . K l p u n t o c r u c i a l d e toda la estructura " M . Zeiidcr, Riiuinc und Schiebten miltrlaltei lieber lleiligenvrrrbriiiig in ihrer Bedeutung für die Volkskunde.
Die Heiligen des mittleren Xtaatlandes und der Rhtndandr in Kultgtscbiibtr und kultverbreitung. Uútscldorf, 10S9;
lo constituía el lugar de culto, la domus Dei. D e s d e f i n a l e s d e l s i g l o i v se había acordado que PiUcerinayj^i e culto dei santifinoalla prima crociata Am del convept» ("TCMIÌ. 8-11 Ac octubre de 1061), Todi,
la eucaristía podía ser sólo celebrada en u n a l t a r q u e c o n t u v i e r a r e l i q u i a s ; el edificio mismo 1963. A. Itemi. Lei tatnts gucrisscmn du Perrbe-iìoart Erpait eenthltame dm Bocagt. Paris, 1978; A Gucrreau,
se dedicaba al patronato de uno o más santos. L a m i s a , rito c e n t r a l p a r a t o d a la sociedad de -Les pcltnnagc* du Máconnaiv une trrucrurc d ' O r g a n i s a t i o n »ymbolique de l * c * p a c c - , EtbmohfH francane 1
(1982). p p . 7.J0. S. d'Onofrio, Utiettm tamtm t m erll'gnzjtrio mi S'th*Ji. Palermo, 198); E Roftr. Fomta.mes
la Europa medieval ", conllevaba también la c o n v e r g e n c i a r e g u l a r ( h e b d o m a d a r i a ) de toda
5
sacrxes et iminii mneraseurt ¡de Brttsgnel, Pari», 1994; M. Rcnuuard y N. Merricn. Saimts gvrrissrmn de Bretagne,
la población local en un preciso lugar e d i f i c a d o , dentro d e l c u a l se r e a l i z a b a la repetición dd Renncs, l'W4.
" D. Iliun.i, linseignts de pèlcrinagct ci castigues profana. Park, 199fi.
"J.-C. Schumi, Le samt iévner. Gumrfort, gutrisseur d'enfants depms le Xllf siede, Paris, 1079.
*J. A. Jutì$iniun,.\Itssarvm so/lemma. Eine genetische Erklärung der rurnischen Messe, Vìena, 21949; H. Cab»,
-L'cudumuc-, en A. G- Mammon (ed.), l'Église en pnère. vol. I l , París, 1983 [ed. cnst.: l~a Iglesia en onctén.
Barcelona. Herder, 1987).
168 A m i I HISTORIA EN LA EDAD MEDIA I I I

169
peregrinaciones se remonta, al menos en las g r a n d e s l í n e a s d i M I e s t r u c t u r a , a lospn- V. S t A O I t I D A D , r. A M I N O . V I S I Ó N ! L A S C RIATUR A* V KL CRfcADOR.

raeros siglos de la Edad Media.

Al bdo de las rogaciones -recorridos locales e n u n a únii techa y vinculados a la salvación pasaba, necesariamente, por una forma de participación en la comunión
agricultura-, otros rituales incumbían más e s p e c í f i c a m e n t e .1 1 ganadería. Una vez al de los santos, es decir, de la Iglesia triunfante. Esta estructura era resultado, por
Otro lado, del hecho de que las peregrinaciones «penitenciales» (destinadas a ex-
año, en el penododc la tiesta de un cierto santo, t o d o s l o s alde. <• is de una pi quena zona
piai una culpa especialmente grave) eran casi exclusivamente las «grandes peregri-
se congregaban en una iglesia parroquial; los d e s p l a z a m i e n t o - e r a n mayor». ^ que los de
nes» más oficiales: Santiago, pero más aún, Roma y Jcrusalcn; la intercesión
las rogaciones y reunían a una población mí d i p o r t a n t e , per» i enfasi el m i - M Í O carácter puntual de un santo se consideraba, por consiguiente, tanto más plausible cuanto
fijo en el calendario y de ritual colectivo 1 - as ro?/terins espa • das, t a n poderosamente ir w or era la distancia recorrida, y esto desde el siglo iv.
evocadas por Goya). A. I • • Un estos puntos formaban una red jerarquizada. Al contrario que las parroquias,
Por el contrario, los ntuales vinculad descino i n d i \ i. tal (salvación espiritual, que eran únicas para cada cristiano, los lugares de peregrinación eran numerosos,
salud física o problemas de reproducción) : maso menos intercambiables, incluso acumulables: durante una peregrinación ha-
•r.ihan r e g u l a d - p o r n i n g u n a periodici-
dad pamcular y no tenían un carácter cob cia lugares leíanos había un hecho común, que era el de reunirse en diferentes l u -
D e s d e la A l t a 1 d a d M e d i a , los destinos gares santos y en muchos otros de menor importancia. Los peregrinos circulaban
privilegiados eran Jcrusalcn y Roma, a 1« p a r t i r d e l s i g l o x i , se unió Santiago de en tudas direcciones y en todos los sentidos, entretejiendo, de una u otra manera,
Compostcla. También otros lugares, comí i t e r b u r y , AquisgTán, Saint-Gilíes, tuvie- un gran sistema de intercambios espaciales, dado que lo «exterior» para los pere-
ron gran poder de atracción. Se daban en r 'as r e g i o n e s , s o b r e l o d o a parar del final grinos era también siempre lo «interior» para los que residían en el lugar, quienes
de la Edad Media, que sufrió una especie • nrlación; así, e n Kscandinavia, Uppsala, podían, a su vez, hacerse peregrinos. No había reciprocidad, sino una vasta estruc-
Vadstena,Linkoping,
„ , , T r o n d h c i m " .. Fuer.
r e u w u u w a i l l ., estos c e n t r o s c o n t r o l a d o s p o r el clero, una
r u c r
tura de «intercambio generalizado», análogo espacial de la cantas.
multitud incontable de esta especie de - punt< £ ^airrados» d e s e m p e ñ a b a u n papel análo-
go a escala local o regional
En definitiva, se daba un acercamiento a los santos y, por consiguiente, a Dios, de dos
Estos desplazamientos tenían cuatro rasgos p r i n c i p a l e s : maneras antitéticas y complementarias: por un lado, con la participación constante, ha-
bitual, colectiva, en el rito eucarístico en el seno de la iglesia parroquial a la que se per-
1. En primer lugar, la distancia: todos estas p e r e g r i n a c i o n e s i m p l i c a b a n un recorrido tenecía; por otro, con un recorrido muy largo, individual, puntual, desprovisto de cual-
largo y más o menos dificultoso; esta m i s m a d i f i c u l t a d , e n c i e r t o m o d o , se presen- quier periodicidad, que obligaba a atravesar parajes desconocidos para salir del espacio
taba tomo el precio que había que pagar p o r la eficacia d e l r i t u a l ; y tal distancia familiar («interior») y alcanzar un punto desconocido («exterior») provisto de una san-
implicaba internarse profundamente en u n paraje d e f i n i d o (desde el punto de risa odad excepcional. Jcrusalcn, externa geográficamente al espacio de la cristiandad occi-
del peregrino) por su carácter lo mas m a r c a d a m e n t e p o s i b l e « e x t e rior»; trayecto dental consumía, estructuralmente, la peregrinación por excelencia.
realizado de noche, sin pronunciar una palabra, a veces c a m i n a n d o hacia atrás. Este proceso bipartito permitía a la Iglesia vincular con gran eficacia a cada cristiano
con un lugar preciso; la pertenencia ordinaria a una dimensión estable interior estaba, de
2. El segundo venía dado por el aspecto i n d i v i d u a l y d e s p r o v i s t o d e periodicidad de
una u otra manera, sustentada por uno o más desplazamientos individuales, que permi-
estos desplazamientos: la salvación personal era el r e s u l t a d o de una intervención
tían al cristiano experimentar físicamente la dimensión exterior y así construir, con su
voluntaria puramente individual.
cuerpo, la articulación del espacio social polarizado, adecuado para asegurar de la mejor
3 . Todas estas peregrinaciones, incluidas las m á s modestas, estaban vinculadas direc- manera posible la estabilidad y la perennidad.
tamente 3 figuras de santos. Los santuarios m á s i m p o r t a n t e s alojaban reliquias cé- Por supuesto que no hay que confundir la exterioridad negativa, la más usual -que era
lebres; otros, simples imágenes de devoción ( m á s o m e n o s artífices de milagros), simplemente aquella concebida en la escala local y que configuraba el movimiento por el
otros sólo estaban vinculados a un santo m e d i a n t e la d e d i c a c i ó n d e l patronato. Sin cual uno se alejaba de Dios-, con la exterioridad positiva, que puede considerarse, en
excepción alguna, ninguna peregrinación estaba sin i n t e r c e s o r , el c a m i n o de iod3 cierto modo, absoluta: esa por la que se huía del «mundo», es decir, del ambiente social
babinial, según el modelo de Abraháa y de los discípulos de Cristo. Esta salida apartaba
de las servidumbres de la carne: «Ellos exigen que los viajeros en el camino del Señor
" C Krótzl. Pilgtr, Miraktl und Alltag. Formen des Verhaltens mi sk-andimri'ischen Mittelalter (l2.-lS.Jth-
sean pobres y sin bagaje, y no estén apesadumbrados por una gran preocupación
iMfa&HtJñofa, 1994.
''' La bibliografia ve lu ampliado considerablemente en los últimos veinte años. S. Bocsch Gajano y L. terrenal»* . Y esta salida absoluta acercaba tanto a Dios como advertía Isaac de la Estre-
7

Sarafua (éd.). Luoghi sacri e spazi ¿ella santità. Turin. 1990. ¡ iajervs, peregrinos, tnertaderes en el Occidente meda-
/ lla a propósito de la escala de Jacob: «La escalera que el viajero vio cuando dormía -por-
rtl. XVT1I Semana de Estudio» .Medievales ( Estrila, 22 a 26 de julio de I W I ) , Pamplona, 1992, con una ace-
lenir suncas. J A Garría de Cortázar, -\ lajcroi, peregrinos, mercaderes en la Europa medieval», ilñd^ pp Pcdro de Blui*. Sermo pnmus de advenru dammi. PL. T o i . CCVU. col. $64 («viac domini vistores esigimi
15-51. S Moraleja <td.), Santiago. Camino de Europa. Culto y cultura en la peregrinaeión a Compostela, Santiago di e i expeditos, ncc m o l e tcrrcnae sollicirudinis oneratrw«-).
Compostela, 1995 M. Rcy-Dclqué (ed.), Tvulvuse Sur les chemins de Saint-Jacques De saint Saturnin au 'Teta
des Corps Saints* (f-Mltr nèdes); loulous*. 1999.
170 ARTE t H I S T O R I A ES; L A F. I> » n M Í U I N I I I
que un hombre fuerte y despierto no la h a b r í a v i s t o e n a b s o l u t o - se elevaba desde la
tierra hacia Dios, o se extendía desde D i o s h a c i a la t i e r r a >- s
Esta exteriondad en relación con el i n u n d o e r a , d e la m i s m a m a n e r a , la del monje;de
ahí la fórmula usual moinichus pcregrinu^. K l m o n a q u i s i n o , d e s d e s u s o r í g e n e s orientales
en el siglo rv, se definía como una salida del m u n d o , e s o q u e l o s P a d r e s del desierto pu-
sieron en práctica físicamente. L a C i u d a d de O í o s d e b í a c o n s t r u i r s e apartada del mundo,
en ruptura con él.
Los primeros siglos de la E d a d M e d i a
Es aleccionador seguir en paralelo, por una p a r t e , la e v o l u c i ó n d e los idealesydelos
asentamientos monásticos (y del clero p m n e n g e n e r a l ) y. p< i r o t r a , la de las peregrina-
ciones, poniéndolos en relación con l.i i n i z a c i ó ñ e s p a c i a l d e la p o b l a c i ó n .
Los pnmeros siglos de la Edad M e d í c a r a c t e r i z a r o n p o r u n a fuerte inestabilidad
despoblación. En la mayorparte de la K m ipa o c c i d e n t a l las c o n s t r u c c i o n e s romanas de
piedra fueron abandonadas (a excepción de algún lugar de c u l t o ) , casi siempre a favordebs
de madera (en toda la Europa central y S e p t e n t r i o n a l ) , U n a p o b l a c i ó n de densidad rela-
tivamente baja se reagrupaba (a menud*.. Iej« -s de l o s e s t a b l e c i m i e n t o s de época romana
o en sinos abandonados desde hacía m u c h o t i e m p o ) e n p e q u e ñ o s n ú c l e o s poblacionales.
Estos toscos asentamientos eran susceptibles d e t r a s l a d a r s e (a d i s t a n c i a s cortas), sobre
todo en función del cambio, más o menos p e r i ó d i c o , d e l o s t e r r e n o s cultivados (cultivo
parcialmente semi-itinerante), según p r o c e d i m i e n t o s e x t e n s i v o s orientados casi en ex-
clusiva a la autosubsistencia (ausencia de c o m e r c i o d e p r o d u c t o s a g r í c o l a s ) . L a s residen-
cias anstoeráticas no eran de tipo muy d i f e r e n t e : g r u p o s d e c o n s t r u c c i o n e s rudimenta-
rias, apenas más estables (airtis). L a aristocracia t e n í a u n a v i d a e s e n c i a l m e n t e móvil: sus
posesiones estaban dispersas, a menudo lejos. L o s p r í n c i p e s y los grandes aristócratas
llevaban una existencia nómada, yendo de una p r o p i e d a d a o t r a , consumiendo poco a
poco todo lo que estaba disponible en el l u n a r * . 0
En este contexto estructural de inestabilidad, las i g l e s i a s e p i s c o p a l e s se presentaban
como los únicos polos realmente fijos. E n t r e t a n t o , a p a r t i r d e l s i g l o v i , las diócesis se
cubrieron de una importante red de iglesias s e c u n d a r i a s ( d e e s t a t u t o s m u y diferentes),
algunas de madera, pero otras de piedra, de d i m e n s i o n e s m o d e s t a s . E l monaquisino de
6 1
este periodo en su mayoría escogió, por el c o n t r a r i o , l u g a r e s a i s l a d o s (islas corno Lérins,
11
Isaac de la Estrella. Sermone SU. Pl., vol. C X C I V . col. 1730 («scala quam dormiens peregrinus vidit-
naio íncola furtassis el vigilans minime videret — ad dcuni a terra erecta vel ad terrnm n deo porrecta»).
G. Constable, -.Monaclúsnu" et pèlerinage au Aloyen Age>-, tfcvuc Historique 25« (1977), pp. 3-27.
la
w
No cúsie una síntesis, sausfactona sobre las relaciones entre las estructuras sociales de la Alta Edad Me-
ut! fias formas de residencia y de actividad de las diversas categorías de población. La mayoría de las veas,
nos vemos limitados a usar los trabajos de los -arqueólogos», cuyas capacidades de análisis social son a menu-
do demawado rudirnentanas M. Wclch. Anglo-Saxon Englmtd, Londres, 1992. O Lorrcn y P. Pérüi (ed.)
(
Lhabitat rural du baúl Moyen/ígc (I'ratue, Payi-fías, Danemark ci Grande-Itrctt/gneJ, Rouen, 1995.
61
C . Dclaptatc. «La mise en place de l'infrastructure ecclésiastique rurale en Cía ule à lafinde l'Antiquilf
ffifviVr^l^ia^èA^ Cuaca 30 (1999), pp. 153-170.
EsTARILIDAD, CAMINO, VISIÓN' IAS CRIATURAS V C L C N F A tt 0 R . 171
o altiplanicies forestales desiertas). Los monjes insistían mucho en la «salida del mun-
do», es decir, en el esfuerzo de huir de los lazos sociales nonnales, en particular los del
parentesco. La peregrinación y el retiro reiterado aparecían, pues, como valores capita-
les. Los monjes irlandeses, cuya influencia fue considerable, anteponían el valor peniten-
cial de las peregrinaciones e, incluso, el vagar voluntario. En una sociedad espacialmcnte
inestable * que intentaba estabilizarse, la Iglesia hizo todo lo posible para exhibir de
forana material, ostensible, la oposición entre interior y exterior.
Se puede bablar de una fase ritualista del cristianismo occidental: lo esencial residía
en las formas, en los gestos, en los desplazamientos, tomados en sí mismos y acompaña-
d o s de un d i s c u r s o mínimo. Los gestos tenían sentido por sí mismos y estaba fuera de
cuestión atribuirles otro significado. De lo que. por otra parte, derivaba el aniconismo
general di este periodo, que se basaba en la misma csin.-ctura; la representación (repre-
s e n t a c H ' t i ) generalmente se descariaba.
Con el siglo ix la situación tendió a evolucionar. La aristocracia laica empezó a cons-
truir algunas edificaciones de piedra (muy elementales) *. La generalización de la Regla
6
de san Benito impuso a los monjes la estabilidad. Sin embargo, el monaquisino siguió,
Kasta el siglo XII, privilegiando los lugares aislados: las nuevas órdenes, como los camijos
y los c i s t e r c i e n s e s , tendieron incluso a reforzar este aspecto. Mientras que la población
rural seguía usando, casi exclusivamente, las construcciones de madera, los siglos x y xi
vieron, p o c o a poco, a la aristocracia laica edificar algunas estnicturas perennes, que
icndcnoalmentc adquirían un aspecto fortificado (hasta entonces ausente). Durante este
mismo periodo se construyeron o reconstruyeron muchas iglesias, generalmente de pie-
dra. Paralelamente, las peregrinaciones adquirieron una importancia creciente, que afec-
taba a una parte cada vez mayor de la población. La de Santiago, nacida con modestia en
el siglo x, alcanzó en el xi un aura europea.
La estabilización individual de los monjes fue paralela a una progresiva estructura-
ción de redes monásticas, que empezaron por medio de hermandades de oración, espe-
cialmente por los difuntos. Se desarrolló entonces la práctica de los «rollos de los muer-
tos»; en ocasión de la defunción de un dignatario, el monasterio interesado redactaba
una circular (cneyc/tque) que un monje mensajero (rotultger) llevaba sucesivamente a los
diversos monasterios asociados, cada uno de los cuales añadía un titulas de condolencia
que se cosía a los anteriores. E l rotu/iger volvía a veces de su periplo con un rollo de varios
metros '. Las organizaciones monásticas estructuradas se desarrollaron sobre todo a par-
6
tir del siglo xii.
6 Î
G. Fotirnicr, Le château dans la France médiévale. Essai de sociologie monumentale, París, 1978.
" J.-C. Kalin, Les moines messagers. La religion, le pouvoir et la science saisis par les rotdcanx des morts, .Vf-xif
siècles, Paris, 1987.
172 ARTÍ r HISTORIA 1 M LA El» AD M F U I A III

E S T E R I L I D A D , CAMINO, VISIÓN: LA» CRIATURAS T it CREADOR. 173

El gran viraje del sisçlo x i i y sus consecuencias

q u e h i / o r e n a c e r u n c o m e r c i o d e s c o n o c i d o en O c c i d e n t e desde el s i g l o i v . L a s c i u d a d e s ,
hasta enn mees a p e n a s v i s i b l e s , se e n g r a n d e c i e r o n e n p r o p o r c i o n e s inéditas. Y e l m i s m o
El siglo x i i estuvo m a r c a d o p o r e l g r a n \ u t i c o d e l a s e n t a m i e n t o estable 6 4
. E n numero- i n c r e m e n t o c o m e r c i a l a f e c t ó al c a m p o , f a v o r e c i e n d o c i e n o s t i p o s de c u l t i v o s y p r o v o -
sas regiones (y según c r o n o l o g í a s m a s o m e n o s d e s t a s a d a s ) , l a « • i r a n i z a c i ó n espacial de la cando un i luerte aceleración.
población rural se desbarato; e n t o d o s I O N sin« is se e s t a b l e c i ó u i . n e v o m o d o d e organiza- Frente a este m o v i m i e n t o la Iglesia, q u e había c o n s e g u i d o asegurar la e s t a b i l i d a d d e
ción, la parroquia, e n t e n d i d a e n su s e n t i d o c l a s i c o de c o m u n i t l I d e p u e b l o , congregada la p o b l . n a través de u n a f o r m a de parentesco espiritual d e n o m i n a d a p a r r o q u i a , m o -
d i l i c o SÍ n - t l i l e m e n t e sus o b j e t i v o s . A h o r a los c o m e r c i a n t e s , hasta e n t o n c e s d e s t i n a d o s al
alrededor de su iglesia. C i e r t o s n ú c l e o s d e p a l 11 i o n , c i e r t a s i g l . ias, f u e r o n abandonados,
Infierno se c o n v i r t i e r o n en los i n s t r u m e n t o s de los i n t e r c a m b i o s y de la ayuda m u t a s
mientras se aceleraba el m o v i m i e n t o d e r e inacción de i g l . - í a s y l a p o b l a c i ó n rural
deseado* | ">r D i o s . L a s ó r d e n e s m e n d i c a n t e s i n v a d i e r o n las redes u r b a n a s . L o s m á s a la
empezaba, p r o g r e s i v a m e n t e , a e s t a b l e c e r s e d< o de instalacii m a p e r e n n e s , d e piedra, allí
v a n g u a r d i a , l o s f r a n c i s c a n o s , c o n v o t o de p o b r e z a v o l u n t a r i a , se h i c i e r o n r e o r i z a d o r e s y
donde se podía fácilmente d i s p o n e r d e es, n a l . K s t a p r o f u n d a t r a n s f o r m a c i ó n estuvo
casuistas del c o n t r a t o c o m e r c i a l . L a Iglesia se puso a v e n d e r misas e i n d u l g e n c i a s ' ' ' . 1

unida directamente a una i n t e n s i f i c a c i ó n d e ! d o t a c i ó n d e l s u c i o , c o r r e l a t i v a al abando- I . . i o p o s i c i ó n f u n d a m e n t a l i n t e r i o r / e x t e r i o r , m a t e r i a l i z a d a e n t o d a p a r r o q u i a , ya n o

no de las metodologías s e m i - i r i n c r a n t c s d e ! 1 d a d M e d i a . J u s t o a l m i s m o tiempo, las t c i i u i i e o - s i d a d de u n p a r a d i g m a g l o b a l . La cruzada p e r d i ó su i m p o n a n c i a , las g r a n d e s
cruzadas marcaron el a p o g e o d e l s i s t e m a peregrinaciones lejanas. La aristocraóa pt-rcgrin.H i o n e s p e r d i e r o n l e n t a m e n t e relevancia. P o r e l c o n t r a r i o , a p a r e c i e r o n d o s c a -
laica, enrolada p o r la Iglesia, se l a n z ó e n m . acia l o s S a n t o s I l i g a r e s interionzando.al tegorías p r i v i l e g i a d a s de v i a j e r o s : los c o m e r c i a n t e s y los e s t u d i a n t e s * ' . L a caritas t e n í a
mismo u e i n p o , la o p o s i c i ó n i n t e r i o r / e x t e r t . . i . . l o s l o s v a l o r e s q u e t a l o p o s i c i ó n asumía; lugar a h o r a a t r a v é s ele una m e j o r circulación de los bienes y de los c o n o c i m i e n t o s . Sin
d u d a , los p e r e g r i n o s s i g u i e r o n c r e c i e n d o ( c o m o el c u l t o de las r e l i q u i a s ) , p e r o s ó l o e n
a la vez, la Iglesia encerraba a la s o c i e d a d e n e i s i s t e m a d e r e d e s p a r r o q u i a l e s , q u e traducía
una escala r e g i o n a l o l o c a l . E l d e a m b u l a r , que los m o n j e s irlandeses h a b í a n g l o r i f i c a d o
y concretaba en todas p a n e s esta o p o s i c i ó n e s t r u c t u r a l f u n d a m e n t a l .
c o m o vía de salvación, p e r d i ó su p r e s t i g i o basta el p u n t o de c o n v e r t i r s e g r a d u a l m e n t e e n
Desde el siglo i x , e n las p a r e d e s ¡ m e n o r e s d e l o s e d i f i c i o s d e c u l t o s e d i f u n d i ó todi
d e l i i o . La o p o s i c i ó n e n t r e i n t e r i o r y e x t e r i o r fue e n g r a n p a r t e trasladada al p l a n o p e r s o -
una iconografía ( p i n t a d a ) . E n e l s i g l o x h i c i e r o n s u a p a r i c i ó n a l g u n a s e s t a t u a s (tercera n a l , se r e d e s c u b r i e r o n los textos de los Padres de la Iglesia que exaltaban la b ú s q u e d a de
dimensión). A p a r t i r de la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o x i . l o s bajorrelieves i n v a d i e r o n los Dn>s e n e l f o n d o d e l c o r a z ó n : e l c a m i n o d e la salvación pasaba p o r u n c a m i n o e s p i r i t u a l .
edificios eclesiásticos, m i e n t r a s q u e l o s frescos l l e g a b a n i n c l u s o h a s t a l a s m á s pequeñas L a f u n d a c i ó n de nuevas casas a b a n d o n ó e l c a m p o a f a v o r de la c i u d a d .
iglesias rurales. Este p e n o d o c o r r e s p o n d e a u n a f a s e d e « f i g u r a c i ó n s i m b ó l i c a » ; las esce-
nas y los personajes r e p r e s e n t a d o s e s t a b a n c o n c e b i d o s y esquematizados d e t a l manera
que cualquier observador p e r c i b í a , i n m e d i a t a m e n t e , q u e l a figuración d e s c r i b í a l o opues- Dante
t o a cualquier u p o de " r e a l i d a d » c a r n a l , y q u e . p o r e l c o n t r a r i o , s e r e f e r í a a l o m á s espi-
ritual que podía haber, la s a n t i d a d : h i s t o r i a s a n t a , h i s t o r i a d e l o s s a n t o s ( o , e v e n t u a l m c n - F u e e n t o n c e s c u a n d o D a n t e realizó su f a b u l o s o r e c o r r i d o , que empezaba e n la « e x t e -
te. sus enemigos)''-. n o n d a d » m i s negativa:
Esta estabilización g e n e r a l t u v o c o n s e c u e n c i a s n o t a b l e s e n t o d o s l o s s e n t i d o s . En d
A mitad del camino de la vida
siglo x n i , sin duda, e n c o n t i n u i d a d c o n l o s s i g l o s x i y x u , s e d i o t o d a u n a s e r i e de cam-
yo me encontraba en una selva oscura (Infierno, I , 1-2)
bios. L a r e d p a r r o q u i a l se e s t a b i l i z ó d e f i n i t i v a m e n t e , m i e n t r a s l a a r i s t o c r a c i a laica se
instaló sistemáticamente d e n t r o d e m o r a d a s e s t a b l e s , c a d a v e z m á s d i f e r e n t e s d e las ha-
Y t e n n i n a b a e n la visión i n d e s c r i p t i b l e de la « e x t e r i o r i d a d » absoluta, la visión de D i o s ,
bituales; las manifestaciones c o n c r e t a s d e l d o m i n i o s e hacían c a d a v e z m á s tangibles,
la de la u n i ó n de las d o s naturalezas, que c o n c l u í a c o n u n r e l á m p a g o :
cuando no espectaculares. L o s p u e b l o s , c a d a v e z m á s n u m e r o s o s , c o n s t r u y e r o n también
edificios de u n n u e v o t i p o . L a s c r u z a d a s y l a s p e r e g r i n a c i o n e s hacia l u g a r e s lejanos si-
guieron gozando de g r a n é x i t o .
**Fue el momento de las grandes caiedrales: R. Rechi, ht croire et le voir. L'art dei eatbéilm/ei (xif-XV siècle).
L a intensificación d e los c u l t i v o s y e l i n c r e m e n t o d e m o g r á f i c o , u n i d o s s o b r e todo a Tans 1999.
" Lei transparu au Moyen Age, Actes du 7 ctmgrei dis ntidiêvisses de I enseignements imperiemr. en Annales de
u n más eficaz a p r o v e c h a m i e n t o d e la p o b l a c i ó n r u r a l , p r o d u c í a n u n superávit crccicme
Bretagne H 5 ( 1978); P. Ochtcnbein y K. Schmoki, Vont Aram m miter Zea Texte mnd Bilder ans Handsebnften und
Dnitlrn dei S. mes 1$ Jabthundeets. Sankt GflllCD, 19B9; -Mjgmnon: Mitielaltcr und Frulintu*ne-, Beitrmgr zar
htnaruchen Sozialkunde î (19H9), H . Zarcnuka, Les bannit au Moyen Age. l'art*, 1996; Voyages et voyageuri an
G . foumicr.-La mise en place du cadre paroissi.il et l'évolution d u p e u p l e m e n t » , e n CrisilanizTJiziontti
W
Moyen Age. Actes du 26e congrèt de la Société des mtdiêvinis de l'enseignement mpérteiir, Paris, 1996; G . Castelnuo-
organizzazinne «dimana délit campigne nell'alto medioevo: espansione e resistenze. Semana de Estudios del CI- vo, "Difficoltà c pericoli «Ici vinaio», en S. Gcnsuii (ed.). Viaggiare nel Medioevo, Pisa, 2000, pp. «147-464.
SAM. . W i l l . Spoleto, IV82. pp. 4VS-563; R_ F o s t e r , ¡infante de l'Europe, P a r í s , 1982 l e d . east.: lai infamia ra
Europa Aspectos tctnomieos y sociales. 2 vols., Barcelona, Labor, 1984].
M
J. YVirth. L'anagt à Vepoque romane. Pans, IV99.
174 ART* E KISTO! E N LA E DAL» .M I 11 I A I M
sino que golpeada rué mi mente
de un fulgor que colmó la avidez mía {.Paraíso, X X X I I I , 14<>- 141)
De la oscuridad al fulgor, el viaje de Dante intentaba resol v t i la dificultad lógica más
ardua del modo de representación del espacio propio de la c i v i l i z a c i ó n medieval: la arti-
culación entre la exterioridad carnal, unida . la sociedad y al e s p a c i ó concrcio, y la exte-
(
nondad absoluta, es decir, la salida del esp.u io \ de las c o n s t i u c i o n e s sociales; Beatriz
desde el principio conminaba a Virgilio a ubi .-.donar todo ternoi
Aquello ha de lemerse solamente
que para hacernos daño es poder.
lo demás no merece que se miente t .11,88-90)
El arduo penplo a través del más allá ens a D a n t e , p o r etapas, el sentido último de
toda «realidad»; desde la negauvidad de la . desde sus particularidades y sus mati-
ces, hasta la luz pura del espíritu, luz que • xpbcitaha a través d e todas las verdades
universales de la fe. E l patrocinio de Vire". indicaba, c l a r a m e n t e , que el Occidente
cnstiano había alcanzado en aquel momento una gran s e g u r i d a d , en todo caso suficiente
para dejar apañe la hostilidad agustiniana e integrar, s i n d e s c o n f i a n z a , la herencia de los
anoguos (pasaje este que la escolástica del sigl.. XIII había p u e s t o a la orden del día). Bea-
tnz, imitando a apartar el temor, testimoniaba una etapa decisiva en el pensamiento
medieval, puesto que este ser de luz era también el ser de c a r n e que D a n t e había amado
y amana siempre. Y es precisamente en el determinar la unidad de este personaje donde el
poetaflorentinoen el exilio expresó una solución nueva al p r o b l e m a que su recorrido
resolvería: la belleza corpórea era más que un reflejo de l o d i v i n o , era, por sí misma,
spintits y constituía de este modo, por medio del a m o r que c r e a b a , el medio de acceso
privilegiado a la santidad.
La interiorización triiinfante, siglos x i v - x v n
Las vicisitudes que afectaron a buena parte de la E u r o p a o c c i d e n t a l , entre la segunda
mitad del siglo xiv y la primera del XA*, no hicieron sino acentuar estas tendencias. La
influencia panoquial aumentó mucho: el clero secular se i n s i n u ó e n el fondo de las con-
ciencias y se erigió en juez de los asuntos más íntimos. E n m u c h a s regiones, los abando-
nos (despoblados, H'Üsttt rigen) acentuaron y reforzaron el asentamiento. Por todos sitios
se elevaban murallas cada vez más elaboradas. Si los p r í n c i p e s renunciaron, a partir del
siglo xvi, a las residencias fortificadas, las ciudades y las p o b l a c i o n e s permanecieron cui-
dadosamente cercadas *. E l pretexto de la defensa n o debe llevar a e n g a ñ o ; si permane-
6
cieron cercadas por murallas, fue para que la célula urbana n o prolíferase y permanecie-
ra estable como las demás.
**J. Mesqui, Chateaux et encemtes de ta France médiévale; de la déjense à la résidence, P a r í s , 1991-1993;
Châteaux forti et fonquattansen France. Paris, 1997.
ESTABILIDAD, CAMINO, VISION LAS CHIATIMIAS Y E L C R I A D O R , 175
El culto de las reliquias y la adoración de la sagrada forma alcanzaron su punto culmi-
nante; l.i eonfradi'as multiplicaron las formas institucionalizadas de parentesco espiri-
ui.il"". 1 i I siglo xv s e impuso, por primera vez, el culto del Corazón de Jesús , q u e , en 70
cierta ni.mera, concretaba el triunfo de la interiorización, a la vez que mejoraban las redes
viales \ m.iriamas, y el tráfico de todo upo se ampliaba en todos los sitios a gran velocidad.
I-si» movimiento d e penetración de las conciencias por parte de la Iglesia no podía
por meiv. - que ser concebido por los clérigos como signo de una gradual «espiritualiza-
ción di l.i M M T Í e d a d . V desde entonces, como se ha recordado antes, gran parte de las
••realid.ii carnales de la Alta Edad Media pasaron al ámbito de lo espiritual. Lo que
nosotros li.unamos «el espacio» que la F.dad Media equiparaba al «mundo» y a la «car-
n e - , se u'pinniali/.ó hasta el punto de desbaratar todo el sistema de representaciones fi-
guradas. I I •realismo» de finales de la Edad Media permaneció parcial y comedido. La
iconografía, como los modos de representación, se basaba todavía en selecciones restric-
tivas y en convenciones bastante artificiales, que dejaban ver la diferencia entre figura-
ción y e l senudo de l o verdadero. Esta diferencia se redujo hasta el trampantojo barroco:
el objeto era ya, él mismo, el sentido, dado que toda «realidad» había pasado al l a d o de
lo espiriru.il; la enunciación del senado se realizaba por medio de la ilusión, lo más per-
fecta posible, del objeto. La cubierta plana de las iglesias barrocas no era ya una bóveda
dorada con figuras de la historia sagrada, era un «auténtico» cielo; el ciclo.
Por supuesto que se encontraban todavía personas itinerantes, como el predicador
Vicente Ferrer. o mujeres singulares, como Alargcry Kempe o Juan de la Cruz . Pero si 71
la visión de Dios seguía siendo intangiblemente la santidad suprema, ya no pasaba a tra-
vés d e un iter penitencial sino de una peregnnatio m stitbtlitiite, lo que nosotros llamamos
e l viaje místico.
Mientras las familias más importantes de comerciantes y banqueros italianos daban
diversos papas, un monje agustino de Wüttenberg, impresionado por la completa espiri-
tualización de la sociedad, proclamaba el sacerdocio universal. Mienrras los conquistadores
terminaban de ocupar el Nuevo Mundo, Teresa de Avila y Juan de la Cruz escribían El
castillo interior'' y la Sabida al jnonte Canudo ; la Europa de las signorie, que se apoyaba en
1 11
un sustrato inmobiliario tan estable como compacto, capaz de pennitir una explotación
creciente de la clase agricola, había llegado a los límites extremos de sus posibles viajes,
corpóreos y espirituales. L a tierra, recorrida en su totalidad por los cristianos, ya no tenía
ninguna zona de sombra; así, estando bajo control todo el espacio terrenal se podía, defi-
nitivamente, ver a dios facie adfticieni desde este mundo. Desde entonces, la oposición in-
terior-exterior dejó de tener sentido: la dinámica señorial-feudal había llegado a su fin.
6 9
C . Vincent. La tonfréria médiévales dans le royaume de France, Paris, 1994.
7 0
Sobre los antécédentes, A Cîuerreau JahherL, -Aimer de fin cucr: le cœur dans la thémarique courtoi-
se-, Mtcrologiu XI (2003), pp. 343-.Î71; !.. Gougaud, «Lesanteecdenc.de la dévotion au Sacré-Cœur-, en id-.
Dévotions et pratiqua ascclù/iies au Moyen Age. Brujas, 1925, pp. 74-129; P. Debougniv, «Commencements ei
recommencements de la dévotion au O u r de Jésus», en P. Claudel (cd.), Le Caur, Paris, 1950, pp. 147-193.
7 1
A, Mackay.-Una peregrina inglcsa: Maryery Kcmpe», en Viajcros,peregnnos, menaderes, cit., pp. 193-200.
7 2
Tcrcsa de Avila. El tasttllo mienor o Las moradas, 1S88.
id..
" J u a n de la C r u / , Subula del monte Carmeh. 1577.
 6

L A EFIGIE SACRA Y SU ESPECTADOR

M i c h e l e Bacci

Práctica y tradición visual en el arte religioso

En el trascurso del largo viaje que en 1253 lo llevó al corazón del continente asiático,
fray Guillermo de Rubruk, enviado de Luis IX a la corte del Gran Khan, pudo conocer
ritos y costumbres religiosas de los seguidores del budismo. Esto ocurrió por primera vez
en el territorio de los uigures, una población turco-altaica que dominaba la región entre
el rio IIi y el acmal Xinjiang, y prosperaba gracias al comercio que se realizaba por los
oasis de los desiertos de Taklamakán y Zung-aria; crisol de civilizaciones secular, Uigur, o
Turkestán onental, se caracterizaba por la presencia de comunidades maniqueas, islámi-
cas, nestorianas y budistas, estas últimas practicantes de la versión «lamaísta» de su cre-
do, influida por las corrientes tántricas difundidas en el cercano Tíbct, dentro de las
cuales el culto a las imágenes sagradas cumplía un papel fundamental; no es casualidad
que otros viajeros, como el rey armenio Het'um I, en los mismos años (1254-1255), re-
cordaran el número enorme de estatuas que allí se veneraban como un rasgo caracterís-
tico de aquellos territorios . 1

Durante su visita a la ciudad de Kajlak (en el acmal Kazajistán)*, fray Guillermo ex-
ploró tres templos que, de primeras, como corroboró en el propio memorial, confundió
con iglesias pertenecientes a cristianos privados de doctrina, es decir, a nestorianos. De-
cidió visitar dos, acompañado por el intérprete, para ver con sus propios ojos «sus nece-
dades», y así pudo confirmar su intuición:

1
La descripción del Tfbct se encuentra en el recuerdo del viaje de Het'um I que se Incluye en la Storia
degli Anncm di Kirakos di (ianjiik, en él se mencionan los «grandísimos ídolos de barro llamados S akmonia»
<de S'alcyamunl, nombre «secular» del Uurninado)- Cfr. J. A. Boyle. «Thcjoumcy of Het'um I , King of Little
Armenia, to thc Cour» of dic Grcat Khan Mongke» (1964), «m id, ThtMongol lYorídEtnpire, 1206-1310, Lon-
dres, 1977.
2
Para la idcnaficación topográfica, véase L. A. Beljaev, Hriitianskir DrcvnosiL Vvrdenir v sravniltlnot
izníenie, Moscú, 1998. p. 252, nota 142.
178 ARTE E MIST O H E N i .v E D A D M I U I A III

E n efect* >, \ cfa allí, d e t r á s de una caja que LA rriGiF. SACHA V SU E S P E C T A D O R 179

para e l l o s t e n i a la f u n c i ó n de un altar y sobre

la q u e c o l o c a n l a m p a r a s y ofrendas, una mu-
g e n que t e n i a las alas c o m o san Aliguclyoins
q u e . a la rnaiiei .1 d e los obispos, tenían los de-
dos c o m o bendiciendo;*.

N o h a c e taita d e m a s i a d a fantasía para ima-

g i n a r s e e l a s p e c t * » d e e s c a l t a r , snbrecargadodc
•tatúas y evxotos. « u n o e n e l interior de cier-
; T I S t e m p l o s y chati// t i b e t a n o s documentado;
d u r a n t e l a e x p e d i c u »n d e C í i u s e p p e T u c a " . Las
¡ r a s a l a d a s e s t á n p r e s e n t e s d e s d e fecha anu-
: e n e l á r e a u i i n j r — c o m o testimonian algu-
. f r e s c o s d e l a s g r u t a s d e M i r a n en Takla-
tn ( s i g l o 1 1 1 d . C - > - y c a b e pensar que el
; e s t o y e l g o r r o d e l badbisattvíi Maitreya, co-
por ejemplo, e n l a e s t a t u a del monasteno
lv X a r t h a n g e n T s a n g , e n e l T í b e t central (ha-
cía 10°3)\ podían provocar fácilmente uru
a n a l o g í a c o n l a i c o n o g r a f í a e p i s c o p a l - L a efigie Impura 2. 13 anuyan (Gandhara, Afganistán), estarna culosal de Buda (antes de la desmicción).
roca tallada, siglo v.
J e B u d a , a m e n u d o d e d i m e n s i o n e s imponen-
tes, e n c o n t r a b a d e p o r sí l a c o m p a r a c i ó n mas
día, colocan su ídolo principal, que yo lie visto en los alrededores de Karakóruiii, tan gran-
p r ó x i m a e n l a s i m á g e n e s o c c i d e n t a l e s del san- de como be pinta al beato Cristóbal; y me ha dicho un cura nestoriano que venía de Catay
to g i g a n t e C r i s t ó b a l (líg. 1), c o m o obsenó.al que en aquella derra se encuentra un ídolo tan grande que se puede ver a dos jomadas de
igual q u e o t r o s v i a j e r o s , e l m i s m o fray Gui- distancia .
6

llermo:
N o es difícil verificar la exactitud de la afirmación del fraile y de su informador: esta-
tuas colosales de Buda aparecen desde los tiempos más antiguos, como demuestran las
E n e l l a d o d e l a q u i l ó n ponen en posidón
esculpidas en el siglo v en las paredes rocosas de BámiySn (Afganistán, fig.2) y Yün-kang
separada un a m b i e n t e que corresponde al
(China) . Pero más allá del extraordinario e inesperado panorama que este texto nos
7

c o r o . Allí d i s p o n e n u n arca larga y anchi
c o m o u n a m e s a y d e t r á s de ella, hacia mcdio-
' Guillermo de Rubruk, «Itincrarium», cap. XXIV, en
A. van den Wyngaen (ed.). Sínica franciscana, vo\.h!th¡m
el retationes fratjur/i AJinornrn saeatti Xlli el XH\ Florencú,
1929. p. 227.
9
Para cualquier posible ejemplo, véase G. Tuca, Téo,
Roma-Ginebra, 1975. íigs. 157-164.
• A1.M. Rhie, ^*nbet.in Buddhist Art: Acsthcrics, Chw-
nology. and Styles», en M . A1. Khie y R. A. K Thurmin
<e.ds->, Wisdam and Compassion. The Sacred An ofTibet.aá-
Figura I. Maestro >le San Cristoforo de Barga Loj?p de la exposición (San .Francisco, I " de abril-18 it
(lusam). san Cristóbal, madera pubcromada, agosto de 1991), N'ueva York, 1991, pp. 59-66, en concreto
último cuarto de! sigio xm. 45 y fig. 7.
ofrece sobre la decoración de los templos lamnístas del Asia central en el siglo xin, su
interés está, sobre todo, en testimoniar de un modo tan elocuente cómo un observador
occidental percibe las imágenes sagradas casi automáticamente como elementos distinti-
vos de la religiosidad cristiana, estrechamente asociados a un contexto arquitectónico-
linirgico y a una serie de referentes iconográficos tan caracrerizadores como extrema-
mente genéricos, como, por ejemplo, los gestos, las dimensiones o el vestido.
ft
Guillermo de Rubrulc, Itmeraninn, cit. pp. 228-229.
?
F. Tissot, Leí itrts ancicns du Pakistan et tic l'Afghanistan, París, 1987, p. 73 y lámina en color 2; en general,
Z. Tanti, t'architetture et le décor nipertre desgrottes detínmiyan.París, 1977. Las estatuas de Bamíyán han sido
objeto de una completa destrucción por pane del gobierno afgano de los ralibanes en el periodo en el cual eJ
atiror escribía el presente ensayo (marzo de 2001). Para algunas fotos interesantes del complejo de Yün-kang
cfr. C. Glascr, Ostasiattscbe Plaittk, Berlín, 1925, pp. 24-28 y láms. 11-15.
ì so AHI K r I I I S I O B M KN L A EI>A D Al t o I \ I I I

LA EFIGIE SACRA V S U I S F I C T A D O I 181

C u a n d o fray C i u i l l e n n o e s c r i b í a , a m e d i a d o s del siglo \ m , l a f i g u r a c i ó n e n sus dife-
rentes t o n n a s y g é n e r o s c o n s t i t u í a y a u n e l e m e n t o i m p r e s o n - h b l e d e l a de» o r a c i ó n de lo»
do. e n los t.ibcrnáculoÑ d o m é s t i c o s s u r g i ó m u y pronto entre la población grecorromana
edificios sagrados d e l a I g l e s i a o c c i d e n t a l ; no sólo pintura-, <elebrativas y decoraciones
convertid i il c r i s t i a n i s m o ; san J u a n reprochaba similares prácticas al disripulo N i c o m e -
escultóricas e m b e l l e c í a n l a s t a c h a d a s \ l o s i n t e r i o r e s , s i n o t a m b i é n l a s i m á g e n e s móviles
des e n las /, I,I\ de \u m a r u r i o - q u e tal vez se remontan al siglo i i - y, en la Carta a Cons-
se aceptaban ahora p l e n a m e n t e , h a s t a e l p u n t o d e m a r c a r l o s p u n t o s f o c a l e s d e l espaco
tanza!, Kiist I.io de C e s á r e a (siglo i v ) c o n t ó que había conocido a una mujer que tenía
sagrado y d e s e r e x h i b i d a s d u r a n t e alpinas importantes ocasiones ccreiii-míales. Y.sa
pinturas di ' risto y san P a b l o , a quienes n o se les conseguía distinguir de representacio-
embargo, e n los s i g l o s p r e c e d e n t e s , u n > parte relevante d e l m u n d o C C I C M i s t i c o se habú
nes c o n u i ' de filósofos. D o s siglos rnás tarde, los retratos sagrados constituían, c o n
resistidoa la i n t r o d u c c i ó n d e l a r t e figui * o p a r a l a r e p r e s e n t a c i ó n d e pnsonaicssagra-
pleno d e n i bo, un e l e m e n t o de la d e c o r a c i ó n de las moradas de los hombres consagrados
dos, sospechando e n e l u s o d e é s t o s , míen de la ulolai; ¡a; desde l a e d a d patrisna
.i la vida reli N na; por ejemplo, e n el Prado espiritual de Juan M o s c o (siglo vi), el d e m o n i o
voces autorizadas h a b í a n e x p r e s a d o u r mecondena a l c u l i » » d e l a s i m á g e n e s , mientra de la l u p n 11 I «usía, en v a n o , c o n v e n c e r á u n anciano eremita que renuncie a la v e n e r a c i ó n
otras habían a d o p t a d o u n a p o s i c i ó n i • uulcsccndiente. c o n s t a t a n d o l a uulidad del de un icón, de l.i V i r g e n que poseía ', mientras e l historiador bizantino Malala atribuye
1

incluso a san Basilio una i n s t e plegaria ante la efigie de María y de san M e r c u r i o para
lenguaje artístico para l a s p e r s o n a s ni i t i l d a s y . e n g e n e r a l , p a r a l a s f r a n j a s medias)
implorar el final del i m p e r i o de J u l i a n o el A p ó s t a t a . E n la Vita Gregorii
10
de J u a n D i á c o -
baias de la p o b l a c i ó n .
n o (hacia H " s i encontramos nada menos que la m e n c i ó n de un clérigo que, durante una
Si bien e n e l p a s a d a e n l o s h o m b r e i Iglesia estaba e n r a i z a d a l a t e n d e n c i a dein-
i ision, neconCK 16 al apóstol Andrés por el icono que tenía colgado encima de la c a m a " ,
terprctar este f e n ó m e n o d e p r o g r e s n .^ d a c i ó n d e l a s e f i g i e s s a g r a d a s c o m o una con-
según un to¡m> \ .1 testimoniado por la historia del monje narrada e n el siglo v por N i l o e l
cesión sustancial a i n s t a n c i a s p r o v e n i r desde l o b a j e » " , n u m e n isas contribuciones,
Sinaíta' •'. que i onaagiaba la iconografía c o m o uno de los elementos principales del culto
apareadas en e l c u r s o d e l o s ú l n m o s q mus, h a n c r i t i c a d o l a a d o p c i ó n d e una visión
U
i los santos.
tan unidireccional d e las a c t i t u d e s d e l a s - intelectuales d e l a K d a d M e d i a , contrapo- D e hecho, a p a r n r del siglo v i - v i i , e l desarrollo de la figuración de lema sacro fue
niendo estas ú l t i m a s a e s a r e l i g i ó n - p o p u l a r * , c u y a s c a r a c t e r í s t i c a s n o s p a r e c e n hoy mu i l i ñ u d o poi las mismas autoridades eclesiásticas, si no en el plano doi trinal, desde luego
c h o m á s difíciles d e d e l i m i t a r d e c u a n t . . p r e s u p o n í a h a c e t i e m p o " . C a b e preguntar, en en e l de la práctica c o m ú n , de la que el clero fue a menudo partícipe. L o s ciclos narrati-
p n m e r lugar, hasta q u e p u n t o l a d o c t r i n a o f i c i a l s o b r e l a s i m á g e n e s e r a c o m p a r a d a por vos litan a mostrarse m u y pronto c o m o un instrumento de gran utilidad e n la obra de
los representantes d e l c l e r o ; h a s t a q u e p u n t o y s e g ú n q u é m o d a l i d a d e s s e percibú b e w n g e l i z a c i o n d e franjas enteras de población, d e esos - i l e t r a d o s » que dcl>cmos enten-
der no t a m o , y n o s ó l o , e n e l sentido de analfabetos, sino también c o m o aquellos que,
utilidad de las i m á g e n e s e n l a e x p r e s i ó n d e l a p i e d a d p e r s o n a l ; s i s e c o n o c í a l a función de
aun sabiendo leer y escribir, estaban privados de una educación literaria y retórica. L a
afianzamiento d e la c o h e s i ó n i n t e r p e r s o n a l , creadora de u n consenso d i f u s o , que los
imagen daba, por ejemplo, la posibilidad de verificar de manera directa y sintética la
iconos y las estatuas d e m a y o r v e n e r a c i ó n i n t e r p r e t a b a n , y , e n o t r a s p a l a b r a s , ¿es corree
pertenencia de un personaje venerado al n ú m e r o de los santos, con la ilustración d e sus
to mantener que a l g o d i s t i n g u í a e l m u n d o de los laicos d e l d e l o s e c l e s i á s t i c o s en b
hechos e n t o r n o ,1 s u sepulcro, en concreto enfatizando los episodios que ponían de r e -
práctica de las i m á g e n e s c o m o i n s t r u m e n t o s d e e x p r e s i ó n religiosa? lieve las cualidades taumatúrgicas capaces de hacer mella e n la imaginación de los fieles.
S i la literatura t e o l ó g i c a r e f l e j a u n a a c t i t u d m u y a t e n t a a l r e s p e c t o , o t r a s fuentes po- Significadvamente. el público de estas representaciones podía revelarse a veces descon-
nen de manifiesto c ó m o , e n l a p r a x i s c o t i d i a n a , e l c l e r o s e c u l a r p r o n t o c o n s i g u i ó apreciar fiado; así cuando los habitantes de T r c m i r u n r c , en C h i p r e , el 14 de diciembre de 6 5 5 ,
los numerosos usos a los q u e s e p o d í a d e s t i n a r la f i g u r a c i ó n . L a c o s t u m b r e de honrara pusieron e n duda la autenticidad de un fresco de su iglesia que representaba un milagro
los propios benefactores c e l e s t i a l e s p o n i e n d o u n « r e t r a t o » s u y o , m á s o m e n o s idealiw- de san Espiridión n o testimoniado por su Vita métrica (hoy perdida), se hizo necesario un
análisis comparado de la obra, que c o n c l u y ó con su aceptación sobre la base de otra ver-
sión del texto hagiográfico que había sido leído aquel mismo d í a " .
"Emre las contribua unes nus siguificaùvas al debate actual s o b r e f u n c i o n e s y sigjuficado de la nguraaón
«gradi en b cultura medieval, cfr. 14. B c l u n g . lillà una Ai*//. Einr Geschichte des Itilàci i-or arni Zettaltn iet
faina. Munich. 1 WO (ed cane Imagen y cullo Una histona àr la tmag\en anterior a la era del arte, .M .«In :. Alat
'tüovanni Mosco, -Praio »pinruale», en J.-P. Mignc (ed.). Patrología Graeca (de ahora en adelante PG),
• M I >'J-C Schmitt. - L a culture de 1 " i m a g o " - . Annales Histoire Sciences Sociales L I ( 1 ° V 6 ) . pp J-36; mi,
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iti Art. Cambridge. Ma». 1VHV |cd. c a s i : Li làvlo gotico fàeologta y creanun de imageries en et arte inediei'dl. Mi- LXXV. col 238.
dnd. Akal. 2000). J. W i n h , L'image medievale Saissance et développements (IT-Xl' siècles). Paris. 1989; A WJ- " N i l o e l S¡naita. I.enera a Eiiodoro Silenziano, PG. I-XX1X, col». 580-581.
chez. -L'image ovante quelques réflexions sur les f o n c t i o n s d e s r e p r é s c n t a u o n s iconographiques dans I* " P . van de Ven. La legende de S Spyndon. éveqne de Trrmitbonie, 1 «vaina, 1953, p. 90. Sobre la función <Ü
domaine religieux en Ocoden» aux derniers siècles d u M o y e n A g e - , e n S. B y l i n a ( e d . ) . Pauvres et rubri Sonni dáctica de los ciclos narrativo*, de la Alta Edad Media, cfr.. en pamcular. H . L. Kessler, -d?ictorial Narrañve and
et cmlrmre dm Moyen Age aux Tempi Modernes Melanges offerts a Hromurzi- Gerente h à t'occauon de ion soixanaem Church Mission in Sisth-Ccntury Gaul», en H . L Kessler y M . Shreve Simpson (cds). Pictonal Narrative in
Antiqmty and tbe Muidle Ages, Washington. I°85. pp. 75-91.
amuvtnairt, Yarsovu. IV92. pp 23 1-241; J.-C S c h m i t t y J . B a s c l i c t ( c d s . ) . L'image, l'ont fions et uiaget des maps
dans i'Qiodent medieval Actet du 6' International Workshop on Meàievat Societies, Centre Ultore Majorana (Faice,
Sialia. 17-23 deoctubre de I9V2), P a r i s , I W 6 .
 A R T I E H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A I I I
182
Las tablas pintadas, tanto en O r i e n t e c o m o e n la I t a l i a b i z a n t i n a , e n t r a r o n en el espa-
cio sagrado de varias formas y s i g u i e n d o u n r e c o r r i d o v e r . - s í m i l m e n t e n o lineal, sobre
todo bajo el estimulo de iniciativas p r i v a d a s d e d o n a c i o n e s . [ u e r e s p o n d í a n a finalidades
votivas y propiciatorias; en los siglos v n y v i n . s u r g i e r o n e n R o m a n u m e r o s o s fenómeno*
de culto público de imágenes sagradas, y l o s p a p a s p r o n t o se m o s t r a r o n solícitos en pro-
veerlas de preciosas ofrendas para su o r n a t o " * - C o m o c o n s e c u e i l c i a d e bis daños provo-
1 un eremita del desierto egipcio pidió al Señor que le mostrara la fort'iu inctimationis sittie.
cados por las controversias iconoclastas, la I g l e s i a g r i e g a , a p o y a d a p o r la sede papal pero
no por los obispos francos, elaboró u n a s e r i e d e a r t r u m c n t . i - - i o n e s t e o l ó g i c a s que reafir-
maban la legalidad de la veneración d e las i m á g e n e s , p e r o si - m e t i é n d o l a a una disciplina
más rígida, que tuvo como r e s u l t a d o la i n c l u s i ó n d e l a fi^ru r a c i ó n e n la liturgia y cali
decoración sagrada. X o obstante, en este i - ¡ o d o las é l i t e s i n t e l e c t u a l e s eclesiásticas per-
cibieron, por primera vez, la i m p o r t a n c i a la p i n t u r a d e i c o n o s c o m o m e d i o de trans-
misión del conocimiento, o b i e n c o m o i i i o n v e n e r a b l e «pie h a b í a mantenido la me-
moria de las facciones terrenales de l o s p t i n a j e s s a g r a d o s , e n p a r t i c u l a r de Cristo y d:
La iconografía c o m l o c u m e n t o histórico
Ya antes del periodo iconoclasta se bahía a d v e r t i d o la a u s e n c i a d e u n canon unívoco
de representación del rostro de J e s ú s de X a z a r e t ; u n p a s a j e p e r d i d o d e l e o d o r o Lector
(siglo v)-si bien conocido p o r n o s o t r o s p o r e p í t o m e s m á s t a r d í o s - s u b r a y a , por ejemplo,
la necesidad de evitar el t i p o con b a r b a . pel> i l a r g o y r a y a e n m e d i o d e ta frente, mspiraoV
en el aspecto de los carismáticos t a r d o a n t i g u o s , y d e p r e f e r i r a q u e l históricamentenúí
verosímil que lo connotaba, e n s e n t i d o l a t o , s e m í t i c o , o sea, c o n e l p e l o c o r t o y crespo,)
piel olivácea. La coexistencia de estas d o s m o d a l i d a d e s d e r e p r e s e n t a c i ó n , que encuenm
correspondencia en obras de los siglos v i y v n , b o y se c o n s i d e r a d e t e r m i n a d a por hvo-
luntad de distinguir el aspecto t e r r e n a l d e J e s ú s d e a q u e l s o b r e h u m a n o revelado enü
Transfiguración en el monte ' l a b o r ; la a f i r m a c i ó n d e l e s q u e m a « g r e c o r r o m a n o » corres-
pondió, en buena medida, a la c a r a c t e r í s t i c a r e d e f i n i c i ó n p r o s o p o g r á f i c a de E l Salvador,
según criterios de belleza ideal que n o p o d í a n i n c l u i r l o s e l e m e n t o s semíticos. Las des-
cripciones literarias de Cristo, d i f u n d i d a s e n t r e l o s s i g l o s v m y i x , m a r c a r o n cada veznus
esos elementos, como el pelo largo y r u b i o , la n a r i z l a r g a y l a b a r b a espesa, que encon-
traban una correspondencia en la i c o n o g r a f í a c o n t e m p o r á n e a , y , significativamente,ata-
ron como fuentes obras figTirativas q u e , r e a l i z a d a s e n e l p e r i o d o e v a n g é l i c o , habríanes-
tado en el origen de la práctica cristiana d e las i m á g e n e s ¿ 1
"Recientemente se lia redexionado sobre la especificidad —que n o debía de ser, sin embargo, radicali™!*-
del culto a Jas imágenes en la Roma altomcdicval; cfr., en concreto, J.-Al- Eansterre, «Entre deux mondes*U
vénération des images à Rome et en Italie d'après les textes du vi —xi*" siècles», en Rimiti fra Oriente e Otairts
e
Seaimane dì studio del CISAM, XI.IX Spoleto, 2002, pp. 993-1.052.
"Ai. Bacci, -Lafisionomiadi Cristo nelle testimonianze letterarie del Aledioevo», en G. Morello y G.
Wolfíeds.), Il Volto di Cristo, catálogo de la exposición (Roma, 9 de diciembre de 2000-16 de abril de 20DU
Milán. 2000. pp. 33-55.
LA Ff'IClh SACRA V S U E S P E C T A D O R 183
La idea de que una serie de efigies nobles pudieran baber desempeñado la función
histórica de mantener la memoria exacta del verdadero aspecto del Salvador estaba tan
arraigada que. ateniéndonos a Agnello de Rávena (que escribió hacia 830-840), cuando
El le di|o que se dirigiera a Rávena para ver una efigie suya que dominaba la entrada de
la Basílica I'etriana en Classe . El mismo autor, por otra parte, en la declaración de pro-
16
pósitos con la que. en el prólogo a su Líber ptmtifualis, afirmaba la veracidad de la propia
obra , nO dejaba de recordar que las descripciones prosopográficas de los más antiguos
17
y santos obispos de la ciudad habían sido sugeridas por retratos realizados del natural en
tiempos di .iqucllos, y añadía que, si alguien hubiera hecho objeciones acerca de la utili-
dad historiográfiea de esos objetos, existía el precedente autorizado de san Ambrosio de
Milán, que. como se entendía por una carta suya hoy considerada falsa , escribió que 18
había reconocido en una visión a san Pablo basándose en su iconografía.
En la cúspide de la cadena ininterrumpida de reproducciones había algunas imágenes
arquetípicas, cuya credibilidad como documentos auténticos residía en la atribución del
papel de primer pintor cristiano a san Lucas, el escnipuloso autor del tercer Evangelio' , 9
o en la naturaleza excepcional que caracterizaba las acberopite, efigies «no hechas por la
mano del hombre». Sobre estas últimas, en el siglo tx se hizo, quizá en Roma, un tratado
en lengua griega que, a través de un catálogo de imágenes seleccionadas según los testi-
monios literarios existentes, sacaba a la luz la difusión de estos objetos prodigiosos en
toda el área mediterránea, en particular en los territorios de más antigua evangelización:
además de en Paneade en Siria (que no había poseído, propiamente, un aehiropiitos), el
huerto de Getsemaní, Alejandría de Egipto, Edesa en Mesopotamia, Camuliana en Ca-
padocia, Lida en Palestina y, por último, Roma, que podía presumir de poseer la Veróni-
ca, el icono «per se facta» que había salvado a la población de una peste en el día de la
Asunción (15 de agosto) . Este tipo de actitud «taxonómica» hacia las efigies de culto
20
l6
J.-M. Sanstcrrc, «La vencraoon des unages à Ravenne dans le Haut Moycn Age; notes sur une forme de
devoaon peu coniiuc». Rcvtic Mobilitai, n. s., VTI (1996), pp. 5-21, en concreto 12-14.
" Agnello de Rávena, Líber Pontificala, cap. IT, PL, CVI, coL 525.
,H
Pscudo-Ambrosio, Epistulae, PL, XVII, col. 743; este texto fue usado también como justificación del culto
de las imágenes durante las controversias entre el napa Adriano I y la Iglesia franca: cfr. PL, XCVTTJ, col- 1279.
10
Para este tenia véase M. Bacci, //pennello dell'Evangelista. Stona delle himiagtni sacre attribuite a san Luca,
Pisa, 1998.
f0
Este texto excepcional, contenido en el ms. Alare, gr. 573 de la Biblioteca Marciana de Vcnecia, ha sido
publicado en apéndice por A_ AJexalus, CodexParisinasGracais IIISand lisArchetype, Washington DC, 1996,
pp. Ì4A-350. F.l Ínteres reside sobre todo en los testimonios inéditos sobre las imágenes romanas: la Virgen
"per se lacra» de Santa Mana in Trastevere noi es conocida también poruña fuente del siglo vn («Itinerario
di Salisburgo», en R. Valcnrini y O. Zucchetti, Codice topográfico della citta di Roma, voi. I I , Roma, 1942, p. 122),
pero es verosímil que su aspecto se nos haya transmitido por la Virgen de la Clemencia, un icono para el que
se han propuesto varias fechas entre los siglos vi y V I H ; la otra imagen presenta características legendarias es-
pecificas del icono de Santa Alaria la Mayor, atcstipiadas, sin embargo, solo muchoroastarde (cfr. G. Wolf,
Salas l'optili Romani. Die Gestbichie romueber KnUbiUler ¡ni Mìttelaller. Weinhcim, 1990, pp. J 56-160). La men-
ción de la Verónica, más que aludir a un objeto realmente presente en Roma, parece basarse exclusivamente en
las fuentes apócrifas como la Cura tamtatis Tibcrii. Para las implicaciones del texto del rus Marc gr. 573 véase
ahora id., «"Alextfarmaka". Aspetti del culto c della teoria delle immagini a Roma ira Bisanzio e Terra Santa
184 A « T I E HISTORIA E N LA E D A D M & D I A 111

LA EFICIZ S A C R A Y sv ESPECTADOR 185

traiciona el fuerte interés por u n g é n e r o c o m p l e t a m e n t e I n é d i t o d e d o c u m e n t o s que, por
su estatus excepcional y su presencia en u n a m p l i o r a d i o , t e s t i m o n i a b a n la anrigüedail y
mano, aun mundo ninguna fuente parece testimoniar la existencia de imágenes venera-
el arraigo de la práctica cristiana de los r e t r a t o s s a g r a d o s ; p a r a e n c o n t r a r catálogos simi-
das como autógrafos del Evangelista antes del siglo x i . La ciudad papal era, por otra
lares, habrá que esperar ala obra de los e r u d i t o s j e s u í t a s d e l s Ao x v n , dedicados también
parte, el lugar que podía presumir, después de Jerusalén, del más alto número de memo-
ellos a rebatir las tesis iconoclastas de sus r i v a l e s , l o s c o n t r o v e r s i s t a s seguidores dcZwin- rias evangélicas y apostólicas: sus iglesias, sus cementerios, las inscripciones y las repre-
glioy Calvino. sentaciones, que decoraban las innumerables sepulturas de los mártires, testimoniaban la
Las efigies arquerípicas se consideraban e n e l o r i g e n , n o v >lo d e la prái rica de la figu- antigüedad i la continuidad en ella del culto cristiano. Para la comunidad de la Europa
ración en el culto cristiano-considerad.! l e g i t i m a y p r o v e e ! » ' » s a c o m o e ímuloparaU septentrional, la Urbe constituía un punto de referencia insustituible; la referencia a la
conversión-, sino también de distintos t . ; - i c o n o g r á f i c o s . I" ira J o r g e el Monje, un au- ciudad eterna se imponía para evaluar la integridad iconográfica de una imagen sagrada.
tor bizantino del siglo ix, el esquema de- T r a n s f i g u r a c i ó n se r e m o n t a b a a una imagen En un mann ¡i rito del siglo ix, antes perteneciente a la abadía de Saint-Pierre-dcs-Fos-
realizada en Roma, durante su predicaci* • l o s s a n t o s P e d r o y P a b l o - , mientras que,
1 sés. un autoi .niónimo registró de la siguiente manera las características de los apóstoles
antes, los Hechos de san Pancraao (siglo vi»* »ian a t r i b u i d o a \ ' e d r o m i s m o la realización ••egún la usanza romana:
de un cuaderno de dibujos que debía de • al d i s c í p u l o p . n .1 la d e c o r a c i ó n de las igle-
La pintura de los romanos ha representado así las efigies de los apóstoles:
sias de Sicilia . En el Tratado de ¡a vena.
22
/as saritas h*tágcnes q u e se suele atribuirá
Mateo, canoso y barbudo;
t

Andrés de Creta ( t 7 2 6 ) \ aunque más b

:
h i o d e c o m p o n e r s e e n u n ambiente icono- Pedro, canoso y clérigo;
dulo en el transcurso del siglo v i i . R o m . : - n c i o n a d a , a l i g u a l q u e Jerusalén, comoel
t
Andrés, con la figura de la cruz en el pelo, cano y barbudo;
lugar en el que se conservaban, c o n g r a n 1 »r. l o s r e t r a t o s d e C r i s t o y de la Virgen; a Santiago Zebedeo, moreno, clérigo, joven;
el primero demostraba su autenticidad al c --responderse c o n las descripciones literanas Juan, cabelludo, canoso y barbudo;
de las facciones fisonómicas del Salvador, c e g u n d o se c o r r e s p o n d í a c o n el tipo (sebou- Felipe, moreno, joven y barbudo;
tisinos), conocido bajo el epíteto de V i r g e n -• 1 • - m a n a » (Rhowata). A u n q u e n o se ha podido Bartolomé, cabelludo, canoso y barbudo;
establecer con exactitud a qué se quería a l u d i r , a l g u n o s a u t o r e s h a n subrayado cómo.3 'lomas, joven, moreno y clérigo;
más tardar en el siglo x i , en C o n s t a n r i n o p l a era v e n e r a d o c o m o Panayia Rbomaia el icono Santiago el de Alfeo, canoso y barbudo;
de la Virgen de la iglesia de C h a l k o p r a r i a . q u e se c o n s i d e r a b a o b r a de san Lucas y se Tadeo. joven, moreno y clérigo;
identificaba con la efigie que, arrojada al m a r p o r el p a t r i a r c a G e r m a n o para librarla de Simón el Cananco, |ovcn y moreno.
las destrucciones iconoclastas, se había c o n s e r v a d o d u r a n t e m u c h o t i e m p o en la basílica
Los apóstoles [están representados] vestidos con el alba y con la túnica tejida de dife-
de San Pedro en Roma. El vínculo c o n la U r b e estaba, a d e m á s , s u b r a y a d o por la icono-
rentes colores, o sea, color manzana, jacinto, púrpura y bermejo [-..J . 2S

grafía, que, conocida a través de copias, r e s p o n d í a a la d e la adi'oeata, testimoniada en

Roma en la Virgen de san Sixto, una de las tablas m á s a n t i g u a s c o n s e r v a d a s allí (y fechada,
según los casos, entre los siglos v i y v m ) . de la q u e s a b e m o s la a t r i b u c i ó n a san Lucasa
partir del siglo x i * . Con todo, más allá de las e v e n t u a l e s r e l a c i o n e s de parentesco enor
2
dos fenómenos de culto, es interesante s u b r a y a r c ó m o y a e n é p o c a s t a n remotas se podía
percibir la asociación entre un esquema figurativo y u n e m i n e n t e c e n t r o , tanto en el
plano histórico como en el político, del m u n d o c r i s t i a n o .
A los ojos de los iconódulos b i z a n t i n o s , R o m a era la S e d e a p o s t ó l i c a donde san Lucas
había estado activo siguiendo a Pablo, y, m á s t o d a v í a , la p a t r i a d e l misterioso Teófilo,
destinatario de los Hechos: no debía de m a r a v i l l a r q u e a ú n se c o n s e r v a r a n obras de su
El bagaje de esquemas y fórmulas compositivas que el arte romano medieval heredó
de la época paleocristiana fue considerado una tradición autorizada de la Iglesia, que
sacaba a relucir, a la vez que otras formas de documentación histórica, la antigüedad y el
prestigio. La atención hacia la iconografía aumentó, en especial, con la reformulación de
la identidad de la Sede papal en el siglo xi: la representación del príncipe de los apóstoles
sin las insignias del poder pontifical podía molestar a los defensores de la supremacía de
Pedro, como aquel cura romano que, por lo que sabemos por Pedro Damián, soñó que
el santo era acogido por sus sucesores con gran pompa en la basílica vaticana:
[...] y el mismo san Pedro, si hasta entonces parecía cubierto con vestimentas hebreas,
así como se ve en todas partes en las pinturas, fue entonces coronado con la tiara y su cuer-
po adornado con las ínfulas sacerdotales . 26

nell'alni Medioevo-, en RomafraOriente e Occidente, Settimane di studio del CÌSAM, XI-LX, Spoleto, 2002, pp
755-796.
''Jorge el Monie. Stona, IV. 268, en E. von Dobschutz, Cbristusbilder. Untersudmngen zar Gesthitbltiti
tbnstlicben Legende, Leipzig, l8V9.pp I08"-10V.
J1
A. Wilmart, «Effigies des apotres vers le debut du Moyen Age», Revue bénédictine XLtl (1930), p. 76.
lb
Pedro Damián, Disputado de vanii apparitionibits et miranda, cap, IV, PL, CXLV, col. 588.
"«Atti di san Pancrazio», en Von Dobschùtz, Cbnstusbilder, cit., p. 109".
:,
PG.LXXXAT.col. 16S.
•' Cfr. Wolf,Saluspoputi romani, C Ì L , pp. 161-170.
4
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I_A L U M I SACIA V S U t S P E C T ADO • 187

S i n e m b a r g o , m á s allá d e esta i n t e r p r e t a c i ó n , e l esquema i c o n o g r á f i c o podía ser l e í d o

i g u a l m e n t e i o n i o a r g u m e n t o c o n t r a r i o a la d o c t r i n a d e la supremacía d e l papa, sucesor
de P e d r o , s o b r e los o t r o s patriarcas y s o b r e e l p o d e r t e m p o r a l . U n c l é r i g o a n ó n i m o de
York, c l a r a m e n t e a favor d e l p a r t i d o i m p e r i a l , e l a b o r ó a l r e d e d o r de 1100 una discusión
sobre las r e l a c i o n e s j e r á r q u i c a s q u e m e d i a b a n e n t r e l o s dos santos, s o s t e n i e n d o q u e el
pescador ib l ' c t s a i d a h a b í a r e c i b i d o el ú n i c o apostolatus circiancisionts, m i e n t r a s q u e u n
estatus 5upei i o i se le r e c o n o c í a , si acaso, al apóstol de las gentes. Para j u s t i f i c a r esta p o s -
t u r a recurrí» i . p r e c i s a m e n t e , a la a n t i g u a tradición i c o n o g r á f i c a romana:

| . i i u.uulo d i Roma se pinta la Majestad de Cnsto, a Pablo se le representa, casi p o r

diMii.i indicación m í e da la razón a su primacía, en la parte más eminente, es decir, a la
derecha! mientras que Pedro está cn la de menor dignidad, es decir, la izquierda . 13

E n ausencia d e t e s t i m o n i o s escritos, la i m a g e n ofrecía la p o s i b i l i d a d de m a n t e n e r la

E n esos m i s m o s a ñ o s , la t r a d i c i ó n i c o l * i n a t i c a f u e t a m b i é n tachada d e inexacta. en
relación con la v e r s i ó n tic la .\ la testas Doman e n l a q u e e l p r i m e r o b i s p o e s t a b a represen-
tado a la i z q u i e r d a de C n s t o , m i e n t r a s q u e H a b l o o c u p a b a e l p u e s t o d e h o n o r , a la dere-
cha. Semejante c o m p o s i c i ó n , a l r e d e d o r d e l a c u a l s e d e s a r r o l l ó u n v i v o d e b a t e , se prcáa-
l»3 de n u m e r o s o s y a n t i g u o s t e s t i m o n i o s , d e s d e e l f r e s c o d e l a c r i p t a d e l o s Santos enh
catacumba de los santos M a r c e l i n o y P e d r o ( s i g l o í v , r i g . 3 ) h a s t a e l m o s a i c o absidalde
Santa Pudenciana ( s i g l o v ) . c o n t i n u a n d o h a s t a l o s d e S a n t a P r á x e d e s y S a n t a Cecilia in
Trastevere ( 8 1 7 - 8 2 4 ) y d e m á s ; e l a b a d D e s i d e r i o d e A l o n t e c a s s i n o , q u e t e n í a , desde lar-
go, u n c o n o c i m i e n t o d i r e c t o , e x p r e s ó s u s d u d a s a l r e s p e c t o , e n e l 1 0 6 5 . a P e d r o Damiiff
¿cómo es que P a b l o g o z a b a d e u n p r i v i l e g i o p a r e c i d o p r e c i s a m e n t e e n l a s p i n t u r a s que
adornaban las iglesias de la c i u d a d d e P e d r o ? E l s a n t o r e s p o n d i ó c o n u n a s e r i e de tenues
argumentaciones q u e r e v e l a b a n c i e r t a s i t u a c i ó n e m b a r a z o s a ; p a r t i e n d o , e n efecto, de la
presuposición de q u e P a b l o p e r t e n e c í a a l a t r i b u israelita de B e n j a m í n , y d a d o que este
nombre e n h e b r e o s i g n i f i c a « h i j o d e l a d e r e c h a » , s e p o d í a c o n s i d e r a r q u e e l uso icono-
gráfico se apoyara e n la i n t e r p r e t a c i ó n b í b l i c a ; P a b l o h a b í a s i d o , p o r l o d e m á s , la mano
tenenal de D i o s , q u e h a b í a a b a r c a d o e l m u n d o e n t e r o y , a d i f e r e n c i a d e l o s d e m á s após-
toles, no había e j e r c i d o e l p r o p i o m i n i s t e r i o e n u n l u g a r e s p e c í f i c o , s i n o q u e había viaja-
do y predicado p o r t o d o e l o r b e c r i s t i a n o . L a u n i v e r s a l i d a d d e s u o b r a , q u e n o l o vincu-
laba con n i n g u n a sede p a t r i a r c a l , l o h a c í a d i g n o d e l p u e s t o de h o n o r , m i e n t r a s que i
Pedro, figura de la v i d a a c t i v a y c a b e z a d e l o s a p ó s t o l e s , l e c o r r e s p o n d í a p o r derecho la
m e m o r i a de u n personaje, de un a c o n t e c i m i e n t o sagrado o incluso de una v e r d a d d o c t r i n a l ,
orno demuestra la afirmación d e l a n ó n i m o de Y o r k . E n e l caso del c u l t o de los santos, e n
especial de aquellos m á s a n t i g u o s que habían s u f r i d o el m a r t i r i o d u r a n t e las grandes perse-
IU iones . i n n c n s i i a n a s y, p o r lo t a n t o , t a m b i é n una dantnatto memortae, las fuentes figurari-
v . i * podían s u p l a n t a r m e j o r q u e nada la carencia de noticias; así, p o r e j e m p l o , el m o n j e que
redacto, a l r e d e d o r d e l 1052, los Anales de san B e n i g n o de D i j o n , subrayó c ó m o se e n t e r ó
de la a b n e g a c i ó n de santa Pascasia, condenada a m u e r t e e n e l siglo i v p o r su fe i n q u e b r a n -
table, p o r una v u l n e r a m u y a n t i g u a , q u i t a perteneciente al e d i f i c i o abacial f u n d a d o e n e l
8 7 1 , que la representaba i m p e r t u r b a b l e e n la celda cn la que había sido e n c a r c e l a d a " .
A n á l o g a m e n t e , la tradición iconográfica fue algunas veces indicada c o m o fuente a u t o -
rizada de c o n o c i m i e n t o d u r a n t e las controversias q u e , s i e m p r e cada vez m á s d u r a s a
p a r t i r d e l s i g l o x i , e n f r e n t a r o n a la Sede apostólica r o m a n a c o n t r a la Iglesia g r i e g a . E n
c o n c r e t o , e n la é p o c a de la o c u p a c i ó n launa de C o n s t a n t i n o pía, se c e l e b r a r o n a l g u n o s
sínodos q u e . de m o d o esencialmente e f í m e r o , se p l a n t e a r o n el o b j e t i v o de r e c o m p o n e r
el cisma; d u r a n t e uno de e l l o s , q u e ñivo lugar cn 1234 e n N i c e a , sede del g o b i e r n o b i -
z a n t i n o e n e l e x i l i o , los representantes papales, que, apenas l l e g a r o n a la c i u d a d , p i d i e r o n
recogerse e n o r a c i ó n e n la iglesia m e t r o p o l i t a n a , f u e r o n a c o m p a ñ a d o s a o t r o e d i f i c i o ,
que se consideraba (sin r a z ó n ) ser aquel d o n d e se había celebrado e n e l 325 el p r i m e r
c o n c i b o e c u m é n i c o , para m o s t r a r l e s las figuras, situadas a l o l a r g o de las paredes, de los
cioncs de la pnmacia iconografica de Paolo, cfr. Giliberto de Nogent, Opuseulum de virgolante, cap. V, PL.
CLVI. col. 586. Inoccnuu U l . Sermo ¡11. PL, CCXVU. col. 608. Para la uadicón de las dccoracioncs absìdiales
cn Roma cn la Edad Media, cfr. M . Andaloro y S. Romano. -T-immaginc nell'abside», cn id. (ed \ Arte e inno-
grafia a Romu da Cottantmoa Cola di Rienzo. Milàn, 2000, pp. 93-132.
* G . lbllcnbach, -La città dt Roma dal ix al xii secolo vista dai conterò poranci d'oltre tiunuera», eoi Studi
;

colocación a la i z q u i e r d a ' . 7

storia in onore di Otti ino lìertotim, Pisa, 1972, voi. I I . pp. 679-734, cn concreto 687-6B9. Pani el texto vcase H .
Redimer, Kmbe und Staut in linglund and in der Nonnandie un ¡1. and I2.jahrbitndert, Leipzig, 1890, p. 477.
Annata Sancii lìcmgni Dtvioncnsis, PL C X U , coli. 8S1-870, cu partìcular 857; dr. E. Castelnuovo. Vetrate
M

Medievali. Officine temane maam. Turin, 1994. p. 215. Para las fiicntcsdc Saint-Benigne de Dijon vease W. Schlink,
r
G . Rotondi. - L ' n opuscolo di s. Pier D a m i a n i u l ' i c o n o g r a f ì a d e i ss. P i e t r o c P a o l o » , c n Macetumi* Gn- Sami-Ilénigne cn Dijon. Unterstuhungen zar Abteikirtbe WUbelms tvn Volpano (962-IOÌI), Berlin, 1978.
Ornmi GtJbvti. MHa. 1951, voi. I I . pi». 275-282; H . T o u b e n , Un art dirige Ré forme grégorienne et uxmogrtjhi
Paris. 19V0.PP I36-I37-J. ttìrth. L'image à Pépoe/ue romane. P a r i s . 1 9 9 9 . p p . 2 2 7 - 2 2 9 . Para otras interpren-
 AKTE t HISTORIA E S LA
F. I > A I ) .\1 K I > I % H l
LA EPICI» IACIA v iif u r t c t A D o 189
Santos Padres que habían participado e n e l - Se t r a t a b a d e u n a c o m p o s u ion imponcnit,
i 0

si damos por cierto que ya algún decenio antes h a b í a p r o \ i .< i d o la curiosidad del viajero
árabe al-Harawi ( t l 2 1 5 ) , conocido c o m o -el asceta v a g a b u n d o » . P o r él sabemosqw 1 1

estaban representados los prelados sentados en las c á t e d r a * c o n u n a figura en el medio

interpretada como el Mesías, aunque p r o b a b l e m e n t e d e b í d e ser, de ..cuerdo con b
iconograria habitual de los concilios, la r e p r e s e n t a c i ó n d e l i i i p e r a d o r , en este casoespe-
dficoConstantino el Grande. C o n tal ji-n» d e o r g u l l o , e l c l i > •» hi'¿anorto quería, endec-
témeme, recordar a los cismáticos lati n- unten aquella isiein t a n i b i ^ n ellos hahttl
estado entre los participantes de la r e d n d e l s í m b o b . i c e n o , el núc leo central U
credo inherente a la consustancial id a d d i Iré y d e l H i j o , q u e m á s tarde habían conin
dicho con la introducción del fiHltoque
Por su parte, los «papistas» n o r e n u «n a d i r i g i r su m i r a d a a la \ cncrablc tradY
ción iconográfica de la Iglesia griega i i l i c a r sus t e s i - d o g m á t i c a s . E n el TnaMv
contra errores Graecomm. recopilado p«, m i n í e o s d e O m s t a n t i n o p l a en el 1252.K
observaba, por ejemplo, que ciertas rep i c u i n e s b i z a n t i n a s , q u e se consideraba q*
se remontaban a los «Padres antiiruos an d e a c u e r d o c o n la d o c t r i n a católica He b
inmediata recompensa o casngo del aln !i v i d u a l d e s p u é s d e la m u e r t e :

Éste fue un punto tan firme para I sia griega que n o s ó l o en los libros sino tambies
en los muros de sus iglesias los Padre- antiguos se c u i d a r a n de expresarlo con indicaoone,
crplicitas. De hecho, en algunas p i n t u r a o l i s c n a m o s a los ángeles de luz que llevan I*
almas de los santos a los ocios; en otra*, por el c o n t r a r i o , a los ángeles de Satanás que.ene
una cierta violencia, extraen las almas de los pecadores m o r i b u n d o s de sus cuerpos)!»
conducen consigo al Tártaro. Por esta razón, n o conseguimos entender por que ha Uep*
nuestros días tanta irranonahdad |...| y sólo podemos quedar asombrados
Aimon de Faversham Pj. Disputano rum Graear de can-a f,dn. en t ; < ¿olulx.vich. - Disputano Lannanrr
et Gracconim wu Relauo apoensanorum Gregorn IX de gcstis Nicacac in Bithvnia c« N'yrnphaeac en Lyan
g«i»(i:M)-..Jrt*r:*w b'tanciuanum llistoncum \ H (1919), pp 418-470. en concreto 428. Si bien el pr-oef
conaLo ecumenico « celebro en el palacio imperial, dtr-.de el siglo x en adelante está atestiguada la ensanca
en la ciudad de una iglesia de los -Santos Padres». Identificada con el lugar del encuentra cfr. R- Jinin,Le
tglutieitamvunrnsde* grand* irritrn h-zantin,. Paris. 1975. p. 119. Verosímilmente la imagen se corresp->niu
F.I contexto teológico dentro del cual se invocan tales esquemas impide pensar que se
quisiera aludir al tema del Juicio Final. I.a referencia es más bien a aquellas rcprcseiita-
unne-. que se habían difundido sobre todo en el ámbito monástico a partir del siglo xn y
que ilustraban el castigo o la salvación de los individuos en el momento de la muerte: en
l.i miniatura de un salterio de principios del siglo xiv, conservado en Adiós (Dionysiou,
ms 65, f. I l i - , fig. 4 ) " , se observa, por ejemplo, a un ángel que saca, literalmente, el alma
de un monje por la boca para conducirla a que vea las penas del Infierno. l,a angustia por
la propia suene en el más allá podía ser interpretada en el plano figurativo, también en
el ámbito monumental, mediante composiciones originales que debían de ser más recu-
rrentes de lo que suponemos, si bien es verdad que también asombraron mucho a los
padres predicadores de Constantmopla. Un ejemplo: el fresco de la iglesia rupestre de
San Neófito en las inmediaciones de Pafos (Chipre), donde el patrón eremita se hizo
representar en 1183, cuando estaba todavía vivo, con dos ángeles que los escoltaban al
Paraíso (fig. 5 ) .
w

con el mosaico que. siguiendo hn testimonios del patriarca N icéforo >• del cronista Teofane», adoroatu»
iglesia anònimi de Nica ya en lo* siglos ix-x- cfr. G Walter. L'uonographie des concites dani ta Tradition bramai
París, 1970. pp 2I-22;J. L. VIO Dicten. -Manuel Pnnkips: Welcher Manuel in Welcher Kirche zu Nibii '.
BrMimsd* Th—lial UCXVBI (1985). pp. 65-91; O Foss y J. Tulchin. Steaea: A Byz*mtne Capitalamih
Prma. BruoUinc. Mas» . 1996. pp. 112-113.
" C Schcfcr. -Aboul Hawan Aiy el I Icrewy. Indicauons *ur les licux de pclennagc-. Arrimes dt VOntv
latin I (1881). pp. 587-609. en concreto 590 -En Nicca se reunieron, en número de ciento dieciocho, lo* P*
dm de b comunidad cnsuana. Se cree que el Mesías se encontraba entre ellos. Fue el primer concilio df I»
emuanos; se redacto la profesión de fe que consutuye la base de su religión. F.n la iglesia de esta ciudad, ten
la imagen del Mesías y los reuatos de los Padre-, sentados en sus cátedras: esta iglesia es objeto de seneraom
particular», L'na desenpaón del modico contenida en un texto griego del siglo ix, publicado por B Mclrorw
»->l iGeorgtj Kipnyanin i loann Irruialmtyatim. San l'etcsburgo. 1901, p. 25), pone en evidencia que el penosi-
I* representado en el centro era d emperador Con »tan uno.
Fstos testimonios ponen de relieve con suficiente claridad cómo en la figuración sa-
1 grada se reconocía la capacidad de comunicar las verdades doctrinales de modo autoriza-
do y directo, gracias a la utilización de un lenguaje iconográfico universal que se consi-
deraba que se remontaba a los mismos orígenes cristianos. La historia del sacerdote
Walo de Amiens, que en 1205-1206, al día siguiente de la cuarta cruzada, obtuvo en ca-
fue tacluda de herética por ios teólogos griegos cfr. J. Le Goff. U naissanct du Pargatoire. París, 19B1 (ed- «st.:
El natimiente del purgatorio. Madrid. Taurus, 1989],
» S. M. Pelekanidis, P. Chri,.ou, Ch. Mavropoulou-Tsioum. y S. Hadas (eds.), loe Treasures ofMount
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14
R. Connack. IVrttmg m Gold Bizantine Society and Its Itom. Londres, 1985. pp. 215-251.

" Trattarui nutra errerei Graeatrum, cap. f i . PC, C X L , col. S13. En La primera mitad del siglo xin>
desavenencias cnue las dos Iglesias se hablan agudizado a causa de la cuestión del purgatorio, cuya eiistcnoi
190 \»Tt F. MISTOBI« I N L \ l ' O A Ü M l D I \ MI

LA IFIGIt SACRA V SU (SPECTATOR 191

a r q u i t e c t u r a , l l e v a n d o la a t e n c i ó n d e l o s fieles hacia los t e m a s esenciales de u n c u l t o

l o c a l , o i n v i t a b a n a l r e c o g i m i e n t o y a la d e v o c i ó n ; p o r o t r o , los e d i f i c i o s d o n d e t e n í a n
l u g a r las c e l e b r a c i o n e s d a b a n a las o b r a s figurativas un significado y un valor c o m o
h i t o s d e l esp M i o y d e l t i e m p o s a g r a d o . P a r a el l i t u r g i s t a J u a n Beleth, que escribía
hacía 1160- I 164, la figuración c o n s t i t u í a u n e l e m e n t o i n s u s t i t u i b l e de la i g l e s i a :

I > pi unirás, pues, algunas están encima de la iglesia, c o m o el gallo y el águila; otras,
fuera tli la iglesia, c o m o el buey y el Icón en el frontal de las puertas; y otras, dentro de la
igtcsii no los iconos, las íiguras y diferentes tipos de pinturas que se manifiestan en las
vesnnui'i.is, en las paredes o en las vidrieras"'.

H n estas p i labras, las i m á g e n e s e s t á n puestas para d e l i m i t a r los c o n f i n e s m i s m o s d e l

l i f i c i o ( t e l a d o , fachada, i n t e r i o r ) , e m b e l l e c e n la a r q u i t e c t u r a e n la g r a n v a r i e d a d d e
\ nicas e n la» q u e e s t á n realizadas, o c u p a n cada una de las partes. S i g n i f i c a t i v a m e n t e , e l
t u t o r n o d i s i m e n e las o b r a s m u e b l e s de las d e m á s ; todas p a r t i c i p a n al u n í s o n o - p i n t u r a s
ibre tabla, estatuas, frescos, v i d r i e r a s y b o r d a d o s e n las vestiduras de los c e l e b r a n t e s - e n
i d e f i n i c i ó n d e l espacio c o m o o r g a n i s m o d i n á m i c o , f u n c i o n a l para la a c c i ó n l i t ú r g i c a ' . 7

Finirá S A a É M t f l « 4 i i f t , f ^ (alrededor^ t o n o * San N c . l i i . . . fiema, van \ W i t o d Rede- ! »c la m i s m a m a n e r a , para S i c a r d o de C r e m o n a (ca. 1 1 5 5 - 1 2 1 5 ) hay e l e m e n t o s c o n s t i t u -

escoliado al Ciclo p^r ..ri.j, les. i M n i u r . i i i i u r . i l . I I K * n i os de la iglesia, e n t e n d i d a c o m o l u g a r m a t e r i a l y c o m o r e p r e s e n t a c i ó n a l e g ó r i c a de la
i i m u i n i d a t l c r i s t i a n a ; la varíelas de g é n e r o s t é c n i c o s , que es o r n a m e n t o , s i g n i f i c a la v u r i c -
• Lid de las v i r t u d e s q u e s o b r e t o d o los sirnp/iciortes. p r i v a d o s de d o c t r i n a , e s t á n l l a m a d o s a
nonicato la antigua iglesia i m p e n a l d e S a n J o r g e d e los M á n g a n o s e n Clonstanunopb.
». i c r c i t a r ; las esculturas, e n p a r t i c u l a r , c o r r e s p o n d e n a los fieles c o m u n e s , y su naturaleza,
ilustra bien c ó m o , i n c l u s o p a r a finalidades un poco menos n u b l e s , e l t e s t i m o n i o de li>
destacada y e n r e l i e v e , se p u e d e i n t e r p r e t a r c o m o el a r r a i g o y la f a m i l i a r i d a d q u e t o d o
imágenes había de revelarse m á s fiable q u e e l d e l o s t e x t o s . P r o f u n d a m e n t e desilusiona-
buen c r i s t i a n o d e b e t e n e r c o n las buenas acciones*".
do p o r n o haberse a p r o p i a d o d e n i n g u n a s a n t a r e l i q u i a d u r a n t e e l s a q u e o d e la ciudai
este pío canónigo, t e r m i n a d a la c e l e b r a c i ó n d e l a m i s a y d e s p e d i d o s l o s d e m á s clérigo* F.l r i t o s a n t i f i c a el l u g a r e n el q u e tiene lugar, y t r a n s p o n e t o d o s los o b j e t o s , que están
empezó a m i r a r a l r e d e d o r b u s c a n d o a l g u n a r e l i q u i a , h a s t a q u e s u v i s t a se p o s ó e n u n pihr i n c l u i d o s e n una d i m e n s i ó n q u e , d i s t i n t a de aquella de la experiencia o r d i n a r i a , refleja la
esfera u l t r a t e r r e n a . E n la ekphrasis de u n a u t o r d e l s i g l o x i v de una iglesia ideal - l a c a p i l l a
O el que había una \ e n t a m t a . M e t i e n d o e l b r a z o d e n t r o , s a c ó d o s d i s c o s d e plata cuto
personal de Preste J u a n - , la p e r c e p c i ó n d e l e d i f i c i o se describía c o m o una e x p e r i e n c i a
contenido estaba e x p l i c a d o c o n i n s c r i p c i o n e s e n g r i e g o q u e n o c o n s e g u í a l e e r , puesto
d o n d e se p o n í a n e n m a r c h a los senados; e n t r e é s t o s , la vista, al i g u a l que e l o í d o , n o r e -
que, pur falta de c o n f i a n z a , n o t e n í a n i n g u n a i n t e n c i ó n d e e n s e ñ a r a q u e l l o s objetos a
gistraba p a s i v a m e n t e l o q u e veía, m á s b i e n era b e n d e c i d a y p r o t e g i d a p o r la visión de una
nadie, decidió i d e n t i f i c a r las r e l i q u i a s a s í g a n a d a s c o m p a r a n d o l a s i m á g e n e s c o n las de los
i m a g e n sagrada, el r o s t r o de la V e r ó n i c a :
santos en las paredes y los tituh q u e e s t a b a n c o p i a d o s e n c i m a . L a i n t u i c i ó n d i o sus frutos
no tardó m u c h o e n e n t e n d e r , c o n e s t e s i s t e m a , q u e se t r a t a b a d e r e l i c a r i o s d e Juan Bau-
La susodicha capilla tiene bóvedas más bien altas y es redonda a la manera del ciclo
tista y de san J o r g e " .
estrellado, y se mueve circularmente n la manera del firmamento, l l e n e un pavimento de
marfil, con un altar hecho igualmente de marfil y piedras preciosas. Allí hay también una

El ambiente vital de la i c o n o g r a f í a
"Juan Beleth. Stimma de ettltriattttit officiti, cap. LXXXV, ed. H . Dotiteli. Tumhout. 1976. PP 154-155.
'* Söhre la* icrjrqui¿aciones espaciales en los edificios sagrados medievale* y la función desempeñada par
Entre las i m á g e n e s s a g r a d a s y e l c o n t e x t o a r q u i t c c t ó n i c o - l i t ú r g i c o q u e las alojaba, Lis imágenes sagradas, véase R Suckale. «Der miuebhcrltüie Kirehcnbau im Gebrauch und ak Ort der Bil-
permaneció en v i g o r , u n p o c o d u r a n t e t o d a l a K d a d . M e d i a , u n a r e l a c i ó n d e intercam- der», en U . M Schneede (ed.). Goldgrund und Himmelditbt. Die Kumt da Mitttlaltert in Hamburg, i il • de
la aqx»ición(Hambiirgo. 19 de noviembre de 1999-5 de irorzn de 20U0). Ilamburco, 1999, pp. 15-25, además
bio recíproco: p o r u n l a d o , las p i n t u r a s y l a s e s c u l t u r a s decoraban y enriquecíanla
de los ensayo» recopilados en 1*' Konischem y P Wünsche (eds.). Heiliger Raum. Artfiitekrur, Kumt und Ialurgie
im mittelalterlichen Kathedralen undStifiikirtbeu, Mumtci, I09U
" Richird ilc (A-rix-rv) (* 12111. De capia el direpta a Latmé tlunstantinupoli. er auoraodo li'a/o capul S MÉ» "Sicardo de Crcmona. Marale, cap. X U . PL, C C X l l l , cois. 40-44.
n;~fc'jj'fiti ni. iv.it if ¿¿ .ImlijHtim deportan i. en I * Kjant, lixuviae sacrae Curtstarilinopolitariae, vol. I , ParhyGi-
nebra. 1877, pp. 40-41.
192 Aure Ï H I S T O R I A E N L A E D A D Ali D I A I I I

pequeña campana: cualquiera que la oiga» c o m o se e r e . e n a q u e l l o s lugares, ese díanos- LA : I li.Il SACRA V SU ESPECTADOR 193
rhra de sordera. .Allí también se e n c u e n t r a e l r o s t r o d e la V e r ó n i c a : quienquiera que lora,
ese día no perderá la vista *. 5

n o era p o r azar q u e las i m á g e n e s d o m i n a r a n e l espacio del a l t a r - c o m o el fresco, casi s i e m -

pre de tema c r i s t o l ó g i c o , e n la cuenca absidal, o e l c r u c i f i j o en la barrera d i v i s o r i a - ; estaban
E n los edificios sagrados e s t a b a e n v i g o r , p o r o t r a p a i i c . u n a a u t é n t i c a jerarquizaron destinadas, i n e v i t a b l e m e n t e , a atraer la a t e n c i ó n de los fieles d u r a n t e el rito y, p o r esta r a -
espacial que, en c o n c r e t o , p o r l o q u e c o n c i e r n e a l a d i s m i o n e n t r e el presbiterio, luer z ó n , solfan ' - . l a r llenas de significados concretos p o r su participación en la b'turgia.

de la celebración, y la nave, d e s t i n a d a a l o s a s i s t e n t e s , s respetaba y quedaba sugendi S o b r e t o d o a p a r t i r d e l s i g l o x i , las cruces m o n u m e n t a l e s dispuestas s o b r e la barrera,

por los mismos p r o g r a m a s d e c o r a :
de, auténtico punto de fuga o c •
|M»r su p i >si< i o n c e n t r a l , f u e r o n o b j e t o de m u c h a s atenciones; designadas a m e n u d o c o m o
ros: e n t r e e l l o s , l a r e p r e s e n t a c i ó n ubicada endábsi-
••crucifijo m a y o r e s » y desdnatanas de o f r e n d a s especiales para su i l u m i n a c i ó n , estaban
l e s i a c o n p l a n t a b a s í l i c a l , d e s e m p e ñ a b a un papel <<!
realizada -, p r e f e r i b l e m e n t e , e n metales preciosos, c o m o las tic Pavía, C á s a l e y V e r c c l l i ;
1 4 2

fundamental importancia desde 1 m e r o s t i e m p o s . I • , a q u í d o n d e la efigie de Crista

de dimensiones m o n u m e n t a l e s , t
paz de atraer la a t e n c i ó n i n c l u v
todavía e n los siglos x n y x m , o b r a s v e r o s í m i l m e n t e m á s e c o n ó m i c a s , c o m o las cruces de
raba s u p u n t o de i - c r i a c i ó n m á s coherente, o-
San F n m i ¡SCO e n Z a r a , San M i g u e l e n F o r o e n L u c c a o C c v o l i e n la p r o v i n c i a d e Pisa,
rieles m á s d i s t r a í d o s : el fresco de la tribuna deb s i m u l a b a n , c o n su l i g e r o r e l i e v e , el aspecto de obras de o r f e b r e r í a * . Semejantes e m e e s
1

basílica di C a s t e l S a n t ' E l i a , cerx e p i ( t e d i a d o e n t r e 1 0 8 0 y 1 1 4 5 ) , donde la teoíanú figuradas t n í a t i z a n e n s u i c o n o g r a f í a , a l t e r n a t i v a m e n t e , e l m o m e n t o t r i u n f a l o e l sacrifi-

del Salvador está representad.! ,•
sonaje todavía no identificado '
c i ó n que i m i t a a d i r i g i r la m i r a .
iglesia («evos qui intratis m e pril
L a progresiva p a r t i c i p a c i ó n d
n c i a d e l o s s a n t o s P e d r o , P a b l o , Moisés y un per- cial de la Pasión de C r i s t o , q u e , e n los altares adyacentes, se actualizaba e n e l c u r s o d e l
. estrc?), muestra s i g n i f i c a t i v a m e n t e una inscrip- m i s t e r i o de la E u c a r i s t í a ; la temática s o t c r i o l ó g i c a ínsita e n el r i t o e r a , a veces, r e i n c o r -
e s t a c o m p o s i c i ó n e n c u a n t o se pone el pie enb porada p o r las i n s c r i p c i o n e s o p o r las p r o p i a s imágenes; la i n t r o d u c c i ó n de la escena de
spicjatis») . 4 0 la A s c e n s i ó n e n la p a r t e s u p e r i o r de las cruces pintadas toscanas de los siglos x i i - x i u , p o r
e j e m p l o , se había i n t e r p r e t a d o c o m o u n a referencia d i r e c t a al m o m e n t o de la epifanía
joras figurativas e n e l rito q u e . aunque con intec- d u r a n t e la r e c i t a c i ó n d e l c a n o n .
4 4

sidad vanada, c a r a c t e r i z ó t a n t o , I , i l a t i n a c o m o a la g r i e g a , s o b r e todo después ¿

E l a u t é n t i c o altar, p o r o t r a parte, era de p o r sí u n lugar d e c o r a d o c o n i m á g e n e s sagra-
: s a

las controversias iconoclastas, e s t u v o en el o r i g e n d e l a u m e n t o d e l interés hacia db
c o m o o b i e t o s sagrados, o b i e n c o m o v e h í c u l o s d e m a n i f e s t a c i o n e s hierofantcs y taunu-
turgicas. E n ios siglos x y x i . c u a n d o s e m u l t i p l i c a n e n l a s f u e n t e s occidentales los testi-
monios relativos a i m á g e n e s s a g r a d a s p o r c u y a m e d i a c i ó n s e r e a l i z a u n milagro, es sis»
ncauvnqnc siempre se subr.n i l.i a s o c i a c i ó n de c a d a liña d « e l l a s c o n l i i i í a i c s v u i o n u r - . : -
de la celebración: un fresco á b s i d a ! r e p r e s e n t a n d o a la V i r g e n c o n e l N i ñ o se ilumina cor.
una luz extraordinaria; u n c r u c i f i j o l a g r i m e a d u r a n t e l a S e m a n a S a n t a e n la lectura deb
Pasión de C r i s t o ; un m o n j e t i e n e la v i s i ó n d e l a V i r g e n m i e n t r a s e s t á m i r a n d o su estaña
entronizada; otro m o n j e s u e ñ a q u e es i n c r e p a d o p o r l a i m a g e n d e C r i s t o después de ha-
ber leído, con poca c o n v i c c i ó n , e l E v a n g e l i o d e l D o m i n g o d e R a m o s ; un crucifijo de
plata mueve la cabeza, los b r a z o s y l o s p i e s el d í a d e P a s c u a y a s í s u c e s i v a m e n t e ' . 4
L a difusión de relatos s i m i l a r e s c o r r e s p o n d í a a l a c r e c i e n t e i m p o r t a n c i a que adquirían
los objetos figurativos durante la m i s m a a c c i ó n l i t ú r g i c a , q u e s e b a b í a i d o haciendo, con el
Oempo. cada vez menos accesible a los p r e s e n t e s a e s t e l a d o d e la b a r r e r a que separaba el
das. Sus lados m u e s t r a n a m e n u d o , de manera o móvil o fija, representaciones de t o n o
c r i s t o l ó g i c o y e s c a t o l ó g i c o ; e n el D u c c e n t o y el T r e c e n t o , la eucaristía podía estar d o m i -
nada p o r o b j e t o s figurativos b i d i m e n s i o n a l e s y t r i d i m e n s i o n a l e s de d i f e r e n t e t i p o , c o m o ,
por e j e m p l o , estatuas de la V i r g e n , tablas h o r i z o n t a l e s c o n representaciones de p e r s o n a -
jes sagrados, c r u c i f i j o s y cruces pintadas, efigies del santo patrón d e l e d i f i c i o , y así suce-
sivamente. L a figuración e m p e z ó a ser p e r c i b i d a c o m o u n e l e m e n t o i n s u s t i t u i b l e de la
decoración d e l ara eucaristica, c o m o nos d e m u e s t r a , p o r e j e m p l o , la c o m p a r a c i ó n e n t r e
el t e x t o i l e las Cantigas de A l f o n s o X e l S a b i o y su ilustración m i n i a d a e n el c ó d i c e de E l
Escorial, d o n d e u n a estatua m a ñ a n a c o r o n a siempre el altar, i n c l u s o allí d o n d e n o se
m e n c i o n a expb'citamentc. P o r l o demás, en los m i l a g r o s contados p o r el r e y castellano,
tal vez i n c l u s o c o n m ú s i c a , es ante esta efigie q u e las personas van a e n c o m e n d a r s e y allí
se suceden las apariciones de María m i s m a ; p o r e j e m p l o , e n la cantiga 8 2 , c u a n d o e l p i a -
doso m a r i d o de u n a m u j e r q u e se ha s u i c i d a d o p o r t e m o r a ser t r a i c i o n a d a p o r é l , se
a r r o d i l l a s u p l i c a n t e delante de la estarna de la V i r g e n c o n e l N u l o - q u e ha s i d o el v e r d a -
d e r o o b j e t o de sus fugas n o c n i r n a s - , la V i r g e n se le aparece (representada s i n e l H i j o e n
brazos) j u s t o « d e l a n t e de la i m a g e n » (parou-ss ant' a imagen) y le revela q u e C r i s t o ha
y

altar de la nave. L a p e r c e p c i ó n de la m i s a —en p a r t i c u l a r s u p a r t e e u c a r i s t i c a - quedaba obs-

escuchado s u p e t i c i ó n y consiente d e v o l v e r l e la vida a la desventurada m u j e r . L a estre- 4 5

Uculizada por los velos que p e n d í a n d e l o s i c o n o s t a s i o s , p o r la e v e n t u a l elevación del pres-

biterio, por la recitación en secreto de l o s m o m e n t o s n o t a b l e s c o m o e l c a n o n ; por lo tanto.
" J . van Hese. «•Peregrinauo'- (13H9). en id.. Peregrinano Joanms Jiesei ab urbe Hierusalem instmttee.fr
Indiani, Aetlnopunn. aliasqvt quasdam remotas mundi natwnes ducta. A m h c r e s , I 5 6 5 , f. 6r.
* * L . Cimarra, E- Condello. L . A l i g l i o . A I . S i g n o r i n i , P. S u p i n o y CZ. T e d e s c h i (eds.), InscriptmntsMtdüAri
Italiae {san n-.XIl), Lazio, vol. I - Viterbo, Spoleto. 2 0 0 2 , p p . 2 5 - 2 6 .
*' Sobre el tema, cfr. J . - M . Sanstcrre. - A t u t u d e s occidentales à l ' é g a r d des miracles d'images dans I C H Î U I
Moyen Ago-, Annales Haionr. Sciences Sociales L U I ( 1 9 9 8 ) . p p . 1 . 2 1 9 - 1 . 2 4 1 , c id., « V i s i o n s et miracles en relation
avec le crucili» dans des récits des x* -xr" siècles», e n A i . C - I - e r r a r i y A . M c y c r (cds.), Oer Volto Santo in Funp
Kult und Bdder des Kruzifixes im Mare/alter. Akten der Tagung, K l o s t e r E n g e l b e r g , 14-1 5 de septiembre, 2000
A. Peroni. «Il crodibso della badessa Kamgarda a Pavia e il problema dell'arte ottomana cn Italia», cn
V. Mdo]f ic (ed.), Kollotfuium uber Spatantike und FrubminclalterUebe Skulptur, voi. I I , Maini, 1970, pp. 75-109.
*' F.. Sandlierg-Vavalà, La croce dìpmta italiana t l'iconografia della Passione, Verona, 1929, pp. 59-78.
**S. Sindi ng-Larscn, «Some Observanons un Lirunjical Imagery of thclwelftn CxnTorp*,Aetaadarebaeo-
tooiam ri artiimi histonam pertinentia V i l i (197B), pp. 193-212.
M. Alfonso X, cantiga 82,cn«/.. Cantigas de Santo Maria, al W. Mcttmann, Coiinbra, 1959-1972, voi. I , pp.
244-245; para la miniatura del ms. T - I - l de la Biblioteca del Escorial, véase J. Guerrero Lovillo, Las Cantigas.
Estudio arqueológico de na miniaturas, Madrid, 1949, ISm. 93.
194
ASTE E HISTORIA EN LA E D A D Al E D I A I II

LA t i (GII: SACRA V SU ESPECTADOR

ch3 asociación entre la eucaristía y la representación d e l sani < • p a t r ó n encontró una for-
mulación explícita—que significativamenre ponía en el m i s m o p l a n o figuración y esctitu-
ra-en las deliberaciones de un sínodo celebrado e n T r é v e r i s en 1 3 1 0 , segim las cuales
en cada iglesia, delante o detrás o encima del altar, debe es< Ir puesta una miagen.ouiu
escultura, o una insenpción, o una piniura. que expresen y m mi ti estén, ciar, mente, a cual-
quier obsen-ador en mérito y en hon«>r a quien está erigido i airar""'.
colocados cerca de las imágenes más veneradas o, incluso, sobre su superficie misma, si,
por un lado Terminaban por ocultarlas casi completamente, por otro favorecían su
apreciación - " i n o objetos excepcionales; como nos cuenta en 1347 fra Bartolomeo A l -
bizi en su tra Lado sobre los milagros del franciscano Gerardo de Valenza, cuando un
niño enfermo, al ver el gran número de objetos votivos que colgaban de un fresco del
beato en la iglesia de San Francisco en Pisa, tuvo inmediatamente la sensación de que
sus penas esl iban por terminar ''. El aspecto de las efigies tridimensionales, no obstante,
4

Las imágenes móviles, puestas para i n t tuür e n t r e ella^ p d i r u n . h r programas

iconográficos complejos, competían ca.l
de sacralidad que distinguía v envolvía
a r a
de m a n e r a mas u c r t e para definir el aun
i c i o d o n d e se llevaba a cah.» el misterio
¡«odia estai i enemente condicionado por la presencia de vestimentas, velos, joyas y
• irros objeto >»n los que la piedad de los fieles quena decorarlas; las recopilaciones de
milagros de I \1rgen, difundidas un poco por toda Europa a partir del siglo xn, conta-
1

eacarístico; aunque no disponemos de n
también el impacto emocional que la bai
tados y bordados, debía de provocar en 1
ruentes. p o d e m o s i n t e n t a r imaginamos
• >n sus i c o n o s \ M I S numerosos velos pin-
rv adores, al i g u a l que las tablas del altar,
u.m. por ejemplo, de una estatua de madera que, en Mont-Saint-Michcl, había quedado
milagrosamente ilesa durante un terrible incendio, 3l igual que el «candido velo» que
levaba en la cabeza, -a modo de mitra», y un (labelo de plumas de pavo real que estaba
incrustado en la madera misma . 50

que, con una progresiva metamorfosis di s p r i m e r o s r e t a b l o s hasta las formas más

compleias de los polípocos. estaban destii a alcanzar u n l u g a r de gran importanoa
en la decoración de los edificios de cub« i i rcepción de las efigies de los santos csu- Imágenes en movimiento
ba condicionada y valontada por esa c*-tr asociación suya c o n el t i e m p o y con el es-
pació sagrados, y no es casualidad que el n o n i a l r e l i g i o s o d e estos siglos llegara in- < >tro aspecto que debía de contribuir a orientar la percepción de las imágenes sagra-
cluso a prescribir su papel de puntos de r e f t cncta visual d u r a n t e las celebraciones;entre das era su movilidad. A finales del siglo xm, el inventario de la catedral de Pisa nos testi-
las reglas, por ejemplo, que los Disciplinan Je P o m a r a n c e . e n Ti>scana, tenían queobser- monia el uso de exhibir un icono mariano en el altar mayor todos los sábados , O sea, en 51

var en sus estatutos del siglo xiv. había una que imponía a t o d o s que no se perdieran en
chacharas.
ni en burlas, ni vagabundos con los oíos, mirándose uno a o t r o , o hablar ¡untos, sino
mantener silencio y estar con gran devoción con el corazón y los ojos en Jesucristo cru-
cificada .
47
Lasrígidasdisposiciones que se imponían a los m i e m b r o s de las confradías del siglo
xiv (al menos formalmente), preveían también singulares castigos para los desobedien-
tes; uno de ellos podía ser, entre otras cosas, sujetar una vela encendida delante de la
imagen de la \!rgen durante toda la recitación de las l a u d e s " . É s t e era uno de los me-
4
dios más comunes para manifestar la p r o p i a c o n t r i c i ó n , es d e c i r , h o n r a n d o al personaje
sagrado representado a través de la ofrenda de una l u z a u t ó n o m a . Las lámparas, losa-
nos y las antorchas de diferentes tamaños constituían, i g u a l m e n t e , las formas más di-
fundidas de donaciones votivas y debían de c o n t r i b u i r n o p o c o a o r i e n t a r la perceprión
de los objetos que iluminaban; los exvotos, los c o r t i n a j e s , los velos y los demás objetos
F. Schaniut y J. ilartzhcim (cds.). Concilia Gertnamae. Colonia, 1759-1790, voi. IV, p. 142; dr.J.
Brami, Der dvistliebe Aitar in setnergeschichthcben Lsttvictclung, Aitimeli, 1924, voi- I I , p. 282.
4
" P Vigo (ed.), Statuto dei ductplmati di Pomaranec nel Volterrano. Testo di Lingua del siglo-scco/o AVI', Bolonii,
1889, pp. 25-26.
* Ci. Piccini (ed), Ubn degli ordinamenti de la compagnia di Santa Maria del Cannino scritto nel 1280. Bolo-
ma, 186?. pp.25-26.
el día de la semana que, a partir del siglo xi, sabemos que estaba consagrado a la Virgen
Mana y que los liturgistas de la época hacían derivar de una célebre costumbre de Cons-
i.ini inopia; aquí, en la iglesia de las lílaquernas, todos los viernes por la noche, el velo que
cubría la imagen de la Virgen se bajaba prodigiosamente para revelar al público, emocio-
nado, las auténticas facciones de María, que habían sido retratadas por el evangelista
Lucas'-'. Aunque no es improbable que el uso pisano quisiera referirse directamente al
«milagro habitual» de la capital de Oriente, es cierto que, en uno y otro caso, la invita-
ción dirigida a los fieles a venerar a la Aladre de Dios estaba explícitamente expresada
con la exhibición pública de una imagen.
Otras ocasiones periódicas en las que los objetos figurativos podían participar eran,
naturalmente, las procesiones y los oficios semid ra matiza dos que se recitaban en Pascua
o en otras fesuvidades importantes. Muy pronto la Iglesia latina, al igual que la griega,
dio vida a formas rituales paralitúrgicas en las que las efigies de los personajes sagrados,
abandonando su colocación habitual en los edificios de culto, atravesaban el espacio vital
de los fieles, se imponían como puntos de referencia visual, interpretaban un guión muy
*" B. Albm, «11 trattato dei miracoli del B. Gerardo Gagnoli, O. Min. (1267-1342) difraBartolomeo Albi-
zi, O. Min. (fi 351)», ed. F. Rotolo, Miste/lanca francescana LXV1 (1966), pp. 128-190, cn concreto 174.
w
Para el texco, véase la edición de T. V. Crane, Liber de tniraenlis sanctae Dei genitricis Mariae, publicado cn
Vìcnaen 1731 por Bernard PczO. S. B., Iuiaca.NYA-ondrcs/Qxford, 1925, p. 18.
11
R. Barsora, Gli antichi inventari della cattedrale di Pisa, Pisa, 1959. p. 27; «Ycona beare Marie que pqmtur
diebus sabbatomin super altaro..
**V. Grumcl, «Le "miraclc habituel" dcNorre-Dame des Blacherncsà Constanònople», Ethos d'Orina
XXX(l93!),pp. 129-140.
196 AtTt l HISTORIA FS LA F-DAD AI E O I A I I I

LA rriGit SACHA V SU i i r i c i A D o i 197

concreto en actos rituales, como el encuentro de la acbcroptt,/ 1 j t e r a n e n s e con la Virgen
de Santa Mana Mayor en el Esquilino en la v i g i l i a d e la Asun« i o n , o la reverencia ritual
damente dramática, de los oficios pascuales de la adoratio, depositw y elevatio, de los que la
que todos los manes prestaba la Hodighitna de C o n s t a n t í n o p l a al Consto que dominaba
cruz era ya protagonista en el siglo x '\ s

la entrada del palacio impenal . 51

I-a percepción de la imagen así revelada se m u e s t r a a los l u i s c o m o símbolo capaz de
reforzar la cohesión interna de la comunidad e n t e r a , era. pu- s. s ó l o u n elemento de la
expenencia «sinestéoca» puesta en marcha por el r i t o a través de la secuencia de gesto*
y movimientos, la solemnidad de las vestimentas y de los o b n >s. el esplendor luminoso
de las velas, el perfume de los inciensos, el u n i d o acompasad-» de los rintinábulos mez-
clado con las entonaciones del canto sagra-1< 1 1 r e l i e v e q u e . en el s i g l o x i i , dominaba b
Puerta Romana en Milán (hoy en los l»Us< del Palacio Sfor/.esco), fija en el mármol h
memona de la ceremonia pública-que L<- nos t a m b i é n p< <t una fuente litúrgica coe-
Por oir.i i»,trie, se podían dar situaciones especiales que justificaran la exhibición pú-
blic.i di- uní 11, i.i gen incluso sin que hubiera motivos Ürúrgicos concretos. Entre ellas se
encuentran lo» acontecimientos extraordinarios, las calamidades, los momentos de
emcrgenci.i > i in<i, por ejemplo, la inminenaa de una batalla; cuando los palmesanos, el
1 2 de librci - de 1248. se lanzaron al ataque para romper el asedio impuesto por Federi-
co I I . llevaban ionsigo, a modo de estandanc, una imagen de la Virgen a la que se atri-
buyo despui el mérito del éxito clamoroso acontecido cn la ciudad campamento de
\inona. celebrado como un gran milagro mariano en la Stclla tnarts del clérigo-poeta
luán de Goríandifl (hacia I 195-después de 12 58) . Los objetos figurativos se distinguían
57

tánea-del traslado del icono conocido c :
la catedral con ocasión de una fiesta man
sujetan el mueble gestatorio sobre el q u i
que el representante del primiceno, c o n * -
haberlas recibido del arzobispo* ; detrás di t lia, c a m i n a n d o , u n h o m b r e que porta una
4
/•./ de la iglesia de Santa María Beltradea
P u r i f i c a c i ó n de I J V i r g e n ; dos presbíteros
agen, q u e d a i n m ó v i l p o r las dos correas
ia el rito, ha fijado a la mesa después de
por su capacidad de simular la presencia de los personajes sagrados en toda una serie de
utos que se dirigían a crear consenso; así. por ejemplo, en la España de la Reconquista,
• u n i d J i c s t i g u j n cn varios puntos las Cantigas del rey Alfonso X el Sabio (1252-1284), la
o i i i u u i m de una ciudad musulmana a la cristiandad se simbolizaba normalmente, en
(lempos del rey san Fernando, por la colocación de una estatua de la Virgen encima de la
entrada de la mezquita principal convertida en iglesia* . 8

cruz, un clérigo que lleva el Evangelio, el prelado que b e n d i c e y e n t o n a el Dow ¡mis vaha-
cum, y el resto del clero con las velas encci i, i i i las.
A lo largo de la Baja Edad Media, los r i t o . solemnes d e las festividades más importan-
tes se fueron enriqueciendo en el plano visual y d r a m a t ú r g i c o ; e n ocasiones como la
Navidad, la Semana Santa, la Anunciación o la Vsunción, las i m á g e n e s , en especial las de
nesémensiones, podían desempeñar u n papel i m p o r t a n t e t a n t o c o m o elementos coreo-
gráficos como auténticas «actrices-. Para la fiesta d e l s a n t o p a t r ó n , p o r ejemplo, su esta-
tua podía vestirse con una rúnica h o n o r í f i c a " , m i e n t r a s la c o l o c a c i ó n de una efigie dd
Niñojesús en un pesebre, recreado p e r t i n e n t e m e n t e , se e m p l e a b a a m e n u d o en los ritos
navideños, del mismo modo que en numerosas localidades d e AJeinania estaba vigente la
costumbre, el Domingo de Ramos, de llevar en p r o c e s i ó n una representación de Cristo
montado en el burro (conocida como Pálmese!). Desde el T r e c c n t o está ampliamente
documentado el uso de los crucifijos con los brazos y las p i e r n a s articulados que hadan
Además, las efigies sagradas se mostraban también al público por necesidades más
ordinarias; por eiemplo. con el fin de recoger fondos para la restauración de un edificio,
como atestigua un relato común en las antologías redactadas en latín medieval de mila-
er<»\ de l.i virgen, la estatua de Nuestra Señora podía ser colocada cerca de la puerta, de
manera que cualquiera que entrara cn la iglesia la viera y se sinnera así estimulado a dejar
una ofrenda*''. Otros objetos figurativos podían servir para promover santos nuevos; nu-
merosos casos cn el transcurso de la Baja Edad Media, de san Francisco a Margarita de
Conona y a Urbano V (por citar sólo los más famosos), demuestran r l papel crucial de-
sarrollado por la iconografía a la hora de definir, atribuyendo al personaje representado
signos, fórmulas compositivas y estilcmas tradicionales, la dignidad de persona excepcio-
nal y bendecida por Dios, manifestada por su aspecto «glorioso»; en concreto, André
Vauchez ha subrayado cómo cn el Duccento y cn el Treccnto se registra una fuenc ten-
dencia a usar el arte como medio para -deslocalizar» el culto de los santos, rompiendo la
asociación estrecha con el cuerpo y el lugar de sepultura . Un precoz testimonio, ya en
60

posible b repetición ritual del descendimiento y s e p u l t u r a e n t r e el Viernes y el Sábado

Santo; desde el punto de vista litAÍrgico, se trataba de la e v o l u c i ó n , en clave más marca-
" l'ani los usos rumano*, cfr. Wolf, Satus popoli rvmaiii, cit-, passim; para los usos de Constantinopli, dr. C
Aoftlidi y T. Papamaslorak». -'Ini Veneranon of die Virgin I lodcgcuru j m l die Hodcgon Monastcry», co
M. Vuubb (ed). MvtberofOrni Krprnmiationj ofthe l'iryin in Byzsmtme Art, cali log o de la eipoiicióc (Altra.
20 de «xTubrc de .'Wj 2'ì de < I I T H de 200 I i. Mil.n 2000. pp. 373-385.
M
BcnJdo de .Mi Un. Bervldui snr ratti me ambrxatanae SieJiolarxmni kalendarium et ordina taet. XJI, ed. Rft
Magiumu, rvnborough, 1968, p. SI; -Et Icgalus pninicerii quacrit duas a poli ti fi ce corrigia-., qua* punii in
:
Idea, et Ugei super scaUm-, naia *c puede entende-r conio un gestatorio nióvil {ibìd, p. 197). Sobre ci rebnt,
dr. R. t muntili,ficha262b. en M. L. Gatti Perer (ed J, Milano ritrovata L'asse via Torino, Alilati, 1986. ftp
181-182
" R. C TreaJer. -Itibillcr ci d**liabiller le-, images: cvjuissc d'une analy»e~, cn R Dunand, J.-M. Spina
y J U'nfa(cds>. Lrmagr nUproduction da sacre Aetes 4u tolloque de Strasbourg, 20-2 1 de encro de I9S8, Pani.
iwi.pp mot
"•Sobre el uso de las iinagcnc* en los oficios semidramaüco* vcase J. Tnpps. Dai bändelnde Bildwerk m der
Gotik Fonthungen zu den Bcdcutungncbichten und der Funktion des Kirrbengebatides und stiner Ausstattung in der
Hoch- und Spätgotik, Berlin, 19V8, cn concreto pp. 67-187-
"Jùtól de Garlandia. The «Stella Maris- ofjobn of Garland, ed. Ii. F. Wilson, Cambridge, Mass., 1946, p.
14Ï (cementano en las pp. 79 y 207-208).
*" Alfonso X.cannpj 292.cn id. Cantigas de Santa Maria, at-, vol. HL p. 103: -E quand algÛa cidade/de
monro* ya gäar / ssa umagen na mc/quica / pôya cuo portal-.
" Paris, Bibliothèque nationale de France, ms. lai. 2873 (wglo xni), f. 2r. -In quadam ccdcsiola beata
Virgo Maria quamlam haben* iniagincm de ligno vcnerabileni. Hanc adforesecclesie ponebant ville incole ut
ab murante populo largirctur ohlatio quo suam ccdesiolam redintcgrarent dirutain-. Sobre ci milagro, vcase
A Ponce let, «Miraculorum B. V. Manac quae .sacc. vi-xv larine consenpta sunt index posien per Sciendum",
Analena Hollandiana XXI (1902), pp. 241-360, en concreto 274, n. 447.
w
A. Vauchc7, La sainteté en Occident aux derniers neclts du Moyen Âge d'aprii les procès de canonisation et les
documents hagiographiques, Roma, 1981, pp. 524-529.
198 ARTt £ HISTORIA I N LA E O A » M B O I A MI

LA BVIOn SACRA V S U U l t C T A D O 199

el siglo xi. de una parecida autonomía de c u l t o se e n c u e n t r a .11 la l 'nía de santo Domin-
go de Sora (*10>1). donde se alude a la p r á c t i c a , p o r p a r t e . le l o s fieles, de contemplar,
y t.des cosas creyeron que es feo de contar.
abrazar y besar un icono suyo en un lugar d i f e r e n t e de s u s e p u l c r o ' * . 1

C r e i . i n que en el mar se hizo el camino,

La promoción de un Icnómeno de v e n e r a c i ó n m e d i a n t e » ! r e c u r s o a representación»
p e í " que un sendero (calle) en el ciclo aparecía;
figurativas se desarrolló a veces según m o d a l i d a d e s m á s o m e n o s n o b l e s ; indudablcmcr- tanto era visitada una santa Mac v
te, en el Trecento tardío, a los ojos de algún* is la m u l t i p l i c o 1. m d e frescos que represen- ,ln ato* .iquellos que los panos tocar le podían!
taban como santos a personas pías publicamente v e n e r a d a s p e r o t o d a v í a no canonizadas, I.1 ti turaban y en hombros la llevaban.
se consideraba como un grave sintom.i * c o r r u p c i ó n de is costumbres; tanto es aa quien le daba anillos y quien le daba dinero,
que Franco Saccherti, en un célebre p.is.M de SU e p i s t o l a r i o , 1 o n d e n Ó la ligereza conque ipii M le dali.i guirlandas y quien partos le llevaba;
los pintores atribuían la aureola, más qn torta r a d i a d a . I. »s simples beatos . Indu- 62 ii" jM»dia CQBtar la gente a la que estafaron'**.
dablemente, b explota, ion figurativa pi m e n t e d i c h a e n las iglesias de la época no
siempre debía de estar sujeta a un cont neo y, a v e c e s , estaba incitada por monva-
La relación personal con la imagen sagrada
aones no del todo honestas.
No por casualidad, la explotación d. 1 igenes sagradas c o n fines de lucro, ornas E l culto colectivo de las imágenes podía llevar a excesos y abusos que los letrados de
bien de estafa, se describe en términos t itos e n el m i s m o s i g l o xiv, cuando los pasos la época tachaban como ca raetenso cas del pueblo llano; sin embargo, el uso de la figura-
o
de los Apeninos umbro-marquianos cr.i ^ u e n t e m e n t e . r e c o r r i d o s por peregnnos ion como instrumento de la oración y de las prácticas religiosas individuales era un fc-
lalsaoos tales que, valiéndose de obras í . i n v a s , i n c i t a b a n a las poblaciones localcsa noincnii miiv enraizado en la Baja F.dad Media, hasta el punto de creerse insustituibles;
dar copiosas limosnas. E n Visso, com« 1 n lata u n a c r ó n i c a de p r i n c i p i o s del siglo nr. los retratos de los santos ocupaban los espacios domésticos más íntimamente asociados a
pasó un día un viandante que llevaba una ¡tatúa de la V i r g e n , p e r o le salió mal la jugada, la vul.i privada, como el dormitorio, y constituían auténticos puntos de referencia en los
momentos críticos de la existencia. El mercader florentino Giovanni di l'aolo Morelli,
éste, en efecto,
por ejemplo, en el pnmer aniversario de la muerte de su hijo Alberto (t 1406), afrontó la
crisis del duelo haciendo penitencia en su habitación ante una tabla pintada de la Cruci-
b hizo ver y besar, y b Virgen hacia gracias y milagros a todos y fue llevada a la iglesia, pero fixión y recitando las oraciones convenientes; el ejercicio de la mirada, que iba de Cristo
cuando b quiso volver a coger, no pudo moverla |... 1 y ella se quedó con nosotros y el pe- a la Virgen y, después, a san Juan, provocó la reflexión sobre la acción redentora del
regrino se muñó al dia siguiente' . 1 Salvador, estimuló fuertemente la extenorización del dolor y la efusión de copiosas lágri-
mas, e indujo al orante a creer que Jesús mismo era partícipe de sus sufrimientos, ayu-
La aparición de fenómenos carismáticos a l r e d e d o r d e s í m b o l o s sagrados se hace es- dándole asi a encontrar consuelo- AI final de esta experiencia, que, en palabras de Juan,
tremadameme frecuente en el transcurso del siglo xiv, y l o s aprovechados se volvieron fue tan intensa como desgarradora, la reconquista de un equilibrio emocional se percibió
paniculanncnte avispados durante la gran peste de I 3 4 8 ; u n p o c o m á s al sur de Visso,d como una respuesta que parecía susurrada por Cristo a través de la pintura:
campo alrededor de L'Aquila se vio invadido por una c o m p a ñ í a d e estafadores que llera-
Ira de paseo, cargándola sobre los hombros, una efigie c o n s i d e r a d a milagrosa de la beata 1 una ver. dichas estas pocas palabras, me sentí confortado, y de la misericordia de Dios
Matia Matelica. Este episodio fue descrito por el c r o n i s t a - p o e t a B u c c i o de Ranallo corno tomé esa confian/a como si El, a través de la voz de un ángel, me hubiera anunciado estas
b enésima demostración de las tendencias i d o l á t r i c a s y s u p e r s t i c i o s a s del vulgo: palabras: tiei cristiano, yo oigo contento tu oración y la de todos aquellos que en mi han
tenido fe y esperanza. Y, como ves, yo quise ser crucificado en presencia del Padre para
valvar a todos**.
No hay ruño al que se pueda engañar tan fácilmente,
digo, como es al pueblo, a quien lo quiere hacer, Una implicación psicológica tan profundo no se explica si no es en un contexto cultural
que el hombre lo cree como yo hago fábulas; en el que la actitud difundida hacia las imágenes les reconocía un papel de gran importan-
cia en la expresión religiosa individual. Los uasuntos de los personajes sagrados consumían

"J.-M. S « m c r r * . - I n vnnt réccni et son i c ò n e d a n s le L a t i u m m e r i d i o n a l a u xi* s i e d e : à proposd'w

minòc de Dominique de Som-, « i R. D o t t i l u v * y V . K o n u l (ed*.). Stepbanos. Studia Byzantma si SU?u
M
Buccio di Ranallo. Cronaca aquilana tO Buccio di Ranallo dì Poppino di Aquila, ed. V. de Bartholoniaeis,
\lsirmif6 ì'airmrk ad annum tcxagesimurn quintina dedicata, P r a g a . I W 5 (- - B y z a n t i n o s l a v i c a - 56), »s> Roma, 1907. pp. 145-146.
" Giovanni di Paolo Morelli, «Ricordi», en V. Branca, Mercanti ieri/tori. Ricordi nella Firenze tra Medioevo
447-452.
e Rinascimento, Milan, 19B6, pp. 304-305.
c
C f . Sacchetti. l a — I l en ut.. I sermoni ex angelici, le lettere ed altri scritti inediti o rari di Franco W r r B
ed. 0. Càgli. Florenaa. 1857, pp 215-216.
P h i ; La Cheta ,-H,fuij Ji S Marta en Vitto. R o c c a S a n C a s c i a n o . 1912, p. 5.
200 tatTC E HI* T O B I * E N L A E D A D M E H I A III

sólo la contraparte visual de la oración, el p u n t o d e referencia hacia el que se dirigían bi LA tríete SACRA V SU ESPECTADOR 201
propias peticiones, el lugar delegado a fe m a n i f e s t a c i ó n d e las p r o p i a s angustias y del pro-
pio agradecimiento; estaban llamados a p e r s o n i f i c a r a C r i s i - . la V i r g e n o los santos según sujeto de la experiencia perceptiva, la imagen se convertía en un auténtico modo de
modalidades que iban mucho más allá de l a s i m p l e ~repr« i n a c i ó n » y hacían de ésta b manifestación sensible del personaje sagrado; en las visiones y apariciones éste se mos-
puerta de acceso a la esfera de lo d i v i n . e l m e d i o c o n el que 11 fiel y el p r o p i o interlocutor traba en una forma reconocible a los ojos del contemplador, o sea, sobre la base de su
celesnal podían, efectivamente, comunicarse. A p a r t i r d e los n o s cuarenta de] Trocen», d representación iconográfica, como Bernardo nos cuenta a propósito de la misma santa
beato Gerardo de Valcnza fue venero i n la iglesia d e San I rancisco en Pisa, sobretodo l*c, que un (tía Fue vista por un monje in sacre imaginisspecie *. 6

por medio de una imagen suya pinta
ella - a n a sanctvm Gerardinti- suci
alUa encomendarse. U n día fue lie
chgie (con toda probabilidad u n
preguntó quién era el hombre que t
n el m u r o s e p t e n n i, .nal d e l edificio; enfrente de
AS n u m e r o s a s c u r a , i< mes d e ciudadanos que iban
, f u e r z a u n e n d e m . m i a d o , q u i e n , a la vistadeb
fr. c u r ó i n m e d i a t . m l e n t e y, cuando volvió en si,
c
Ui r e p r e s e n t a d o ; c u a n d o se le respondió que en
Las buena maneras devocionales que los religiosos estaban obligados a observar con
gran escrúpulo, comprendían la veneración de las imágenes llevada a cabo de manera
reglada y respiuosa; la repetición fervorosa de actos rituales frentca los signos ¡cónicos
identificanvt i de lo sagrado se concebía así como una de las demostraciones más explí-
citas de la le .iutentica que animaba a un hombre de Iglesia. Según su biógrafo Hugo de
Havigny (principios del siglo x u ) , el santo abad Ricardo de Saint-Vannus, en Verdón,
70

fa^)'Gerardo de Valenza, ¿I, m i r a : , , nente a la r e p r e s e n t a c i ó n , le d i o las gracias y fot
entonces cuando el beato se adueñ-. ura a n u n c i a r c o n M I V O Z que una mujer allí pre-
sente no sanaría nunca debido a st; le fe**. E l e p i s o d i o p o n e en evidencia córnob
imagen podía constituir, también par i rsonaie r e p r e s e n t a d o , e l m e d i o para molestar-
se en el bic el mmc de la dimensión humana.
I* actitud devocional hacia las efigies de los p e r s o n a j e s sacros había encontrado sus
primeras formas de expresión en las practicas a s c é t i c a s d e l c l e r o r e g u l a r ; en los últimos
anos, numerosos estudios han hecho h i n c a p i é e n la c r e c i e n t e complementariedad, a par-
tir de los siglos x i - x u , entre visión extática y c o n t e m p l a c i ó n v i s u a l en la piedad monásti-
ca, y en el desarrollo de una percepción i n d i v i d u a l i z a d a d e la relación con lo divino,
ademas de en la progresiva emancipación d e l c u l t o de las i m á g e n e s d e l de las reliquias*".
En esc penodo, los textos enfadzan c ó m o las o b r a s figurativas n o pennanecen inertes
cuando los fieles se dirigen a ellas en o r a c i ó n , s i n o q u e p a r t i c i p a n d e la implicación emo-
tiva activada por el proceso devocional; ya B e r n a r d o d e A n g e r s , e n u n conocido pasajede
su Líber miraadonmi Sanctae Fidis (redactado e n t r e 1007 y 1 0 2 9 ) , describía la sensadón
sugerida por la estatua de san G i r a l d o de A u r i l l a c , q u e , p r o v i s t a de ojos realizados en
pasta vitrea, parecía responder con benevolencia a la m i r a d a d e l observador* . Además de
tenia ya en su juventud la cosnimhre de recitar cada día ante el crucifijo oraciones que se
iniciaban con los versos «Adoro te Christe cruccm adscendentem et benedico te». E l
acto de la oración era siempre para san Ricardo un momento de gran intensidad emotiva,
pero un día en el que, conmovido por la meditación sobre el sacrificio de Cristo, miró su
imagen con los ojos llenos de lágnmas,
oyó una voz. que le decía: « T ú me has bendecido en la Tierra, yo te bendigo». Entonces,
después de alzar la mano derecha, el que estaba representado en forma de cruz, lo bendijo.
En una serie de relatos sinülarcs, el retrato sacro servía como instrumento tangible de
la manifestación de un signo de benevolencia desde lo alto, prodigado como premio por
el singular fervor demostrado por el cristiano en el ejercicio de las prácticas de oración y
auiomoraficación; en el caso de Odón, amigo y cofrade de san Hugo en la abadía de
Samt-Marnn en Aunan, la gran piedad que 1c embargaba se demostró con el milagro
según el cual se le vio levitar ante la imagen de Cristo en la cruz, a la vez que esta última
se inclinaba prodigiosamente hacia él. Como ha subrayado Jean-Marie Sansterrc, el tex-
to de este episotlio no se dirigía tanto a describir una relación mística con la imagen,
como más bien a marcar en ténninos eficaces la elevación espiritual (exaltatio) de aquel
8
que sabe cristianamente humillarse . Desde el momento en que la efigie se impone
71

como contraparte insustituible de la oración, como el punto de referencia de la mirada,

** B. Albui. -La leggenda del B. Gerardo G a g n o l i O . A l . ( 1 2 6 1 - 1 3 4 2 ) d i F r a ' Bartolomeo AlbîziO.M.
( t U S I K e d . F. Rotolo. Muir/Janea francescana I A H ( 1 9 5 7 ) . p p . 3 6 8 - 4 4 6 . e n c o n c r e t o 423.
6 1
C . rrugoiu. - L e nmuchc. le visioni e l'iconografia: r a p p o r t i u d i n f l u s s i " , e n Terni e problemi nella mirivi
femminile trecentesca Atti del convegno del Centro di studi sulla spiritualità medievale ( T o d i , 14-17 de octubre,
l979),Todi. 1983.pp. 137-179; AL Boskov-its, - . I m m a g i n e e p r e g h i e r a n e l t a r d o m e d i o e v o : ossrn-azioniprtL-
minan-. Ane crìstuma LXXV1 (1V88). pp 93-104; J.-C. S c h m i t t , - R i t u e l s de l ' i m a g e et récits de vision-, 01
como el lugar al que dirigir la propia petición -solicitada de rodillas con las manos jun-
tas-, la intensidad, la duración y la capacidad de aguante físico constituyeron el mejor
modo para demostrar, ante DiÓS y ante los propios contemporáneos, la devoción perso-
nal; así, el poeta del siglo xm Gautier de Coíncy nos describe el prodigio acontecido a un
monje que, recogido en oración antc una estatua de la Virgen durante horas, sintió cómo
María misma le secaba el sudor de la frente . 72

Testo e immagine nell'Alto Medioevo. Settimane di studio del CISAM. X L I , S p o l e t o , 1994. p p . 419-459; J. F Ham-
burger, The Visual and the Visionare. Art and Veniale Spirituality in Cate Medieval Germany, Nueva York, 1W8,
J - M . SanSterre. - L e moine et le "miles" exaltes par l'humilité d u C r u c i f i é : à p r o p o s de deux miracles racontii
*• Bernardo rie Angers, Liber nuraculorimi Sanctae Fidis, cit., libro 1, cap. XXV, p, 127; Schmitt, Rituels de
au xf siècle-. Revue belge de pbdologie et d'histoire L X X V D ( 1 9 9 9 ) . p p . 8 3 1 - 8 4 2 .
l'image, cir., p. 4S0.
"Bernardo de Angers, laber miraculorurn Sanctae Fidis, l i b r o I , cap. X I I I . e d . L . Roberoni, Spoleto. T0
H u g o de Flavigny, Cbromcon. libro l i , cap. TJ, l'L CUV. col. 200.
1994. pp. 112-114. Enuc los numerosos estudios sobre este t e x t o , c f r . e n p a r t i c u l a r J- W i r t h , L'image milt- " Sobre el texto, que se remonta al siglo xi, y su interpretación cfr. Sansterrc, Le morne et le "miles', de.
vale, naissance a développement (tT-XV siècle), Paris, 1989, p p . 1 7 1 - 1 9 4 ; A . G . R c m e n s n y d c r , - U n problème ''Gautier de Coincy, l-es miracles de Nostre Dame, libro TI, n . 31, ed. V. F. Kœnlg, vol. IV, Ginebra, 1970,
de cultures ou de culture* La statuc-rcliquairc et les joca de sainte F o y de C o n q u e s dans le Liber mtracvhrm pp. 412-417.
de Bernard d'Angers-, Cahiers de civilisation médiévale X X X I I I ( 1 9 9 0 ) , p p . 3 6 1 - 3 7 9 ; Schmitt, Rituels it
l'image, at-. pp. 447-457.
202 ARTI, E H I S T O R I A EN- L A P . D A O M H ) I A I I I
Por otra pane, a medida que las i m á g e n e s se i m p l i c a b a n e n l a s p r á c t i c a s personales
de devoción, acababan por servir de e s r í m u l o a e x p e r i e n c i a s i n t e r i o r e s m á s profundas.
Hacia 1126, el monje Ruperto de D e u t z d e j ó l a i m p r e s i o n a n t e d e s c r i p c i ó n de un episo-
dio extraordinario vivido por él: un día. r e c o g i d o e n o r a c i ó n e n u n a c a p i l l a dedicada a la
Virgen situada detrás del alear, t o m ó entre las m a n o s u n c r u c i l i j o y, m i e n t r a s lo miraba y
abrazaba, entró en éxtasis hasta el punto d e s e n t i r s e a l l a d o d e C r i s t o e n la cruz y de
percibir claramente su beso en la boca" . E l a r r o b o d e l q u e e l n b j c i b figurativo se conver-
1
tía en instrumento y que se concebía e n t é r m i n o s e r ó t i c o s , esi a 1 ia d e s t i n a d , i a convertir-
se, en la Baja Edad Medía, sobre todo en ur tipos d e la m í s t i c a f e m e n i n a , c o m o en el caso
de santa Inés de Montepukiano. que dura: ; la r e c i t a c i ó n d e I i * o r a c i o n e s ante el cruci-
fijo, se enardeció tamo por el amor p o r si . p o s ó q u e se e n c e n t r ó a b r a z a n d o y besando
la imagen que estaba encima del altar, ei i p u n t o m u y a l o c o n esto exterizaba, de
modo prodigioso, el arrobamiento que la i n t e r i o r m e n t e al S a l v a d o r . 7 4
De manera parecida, con el mayor én rn l o s a s p e c t o s M . t e r i o l ó g i c o s y escatológi-
cosdel culto al Salvador y en estrecha asi m c o n e l d e s a r r o l l o d e u n a acritud devo-
aonal haaa el misterio eucaristico, se n, . . r o n t a m b i é n l a s v i s i o n e s de tono dramá-
uco, en las que a la contemplación de la e n a c o m p a ñ a b a la p e r c e p c i ó n interior dd
sacrificio de Cristo; por ejemplo. A l d o b r v de S i e n a , r e c o g i d a ante el crucifijo, vio y
a
bebió el borbotón de sangre que salía de istado; e n m e m o r i a d e tal p r o d i g o , mandó
realizar una pintura en la que estaba representada la V i r g e n q u e t e n í a a Cristo mueno
entre los brazos y acercaba los labios a sus heridas. C o m o h a o b s e r v a d o C h i a r a Fmgoni.
o que se activaba aquí era, en un intercambio r e c í p r o c o e n t r e e x p e r i e n c i a contemplativa
y Indicien iconográfica, un proceso de i d e n t i f i c a c i ó n d e la b e a t a c o n el modelo de pie-
dad feroeiwia y maternal representado p o r la V i r g e n A l a r i a . 7 5
La interacción, cada vez más estrecha e n el t r a n s c u r s o d e l T r e c e n t o , entre la imagen
y la Visión se corresponde con la aparición d e u n a s e n s i b i l i d a d r e l i g i o s a que ponía el
acento en la salvación individual, favorecía el d e s a r r o l l o d e u n a p i e d a d interior y fomen-
taba el deseo de una relación directa e inmediata c o n l o s a g r a d o . E l trato asiduo con las
obrasfigurativas,las meditaciones sobre ellas, s u i m p l i c a c i ó n m á s o m e n o s cercana en las
práebeas personales de oración y recogimiento d i e r o n a l o s m í s t i c o s u n formulario visual
capaz de estimular su imaginación; resulta s i g n i f i c a t i v o q u e , e n este p e r i o d o , una icono-
grafía de reciente difusión, pero de fuerte i m p a c t o e m o t i v o , c o m o es la representación de
Cristo mueno saliendo de manera no natural d e l s e p u l c r o y a b r a z a d o por Alaría -una
variante del tema que se ha solido denominar hnagp pietatis—, l l e g a r a a ejercer su influen-
cia en la experiencia extática de la santa franciscana Á n g e l a d e F o l i g n o ; u n día -era Sába-
do Santo-se vio a sí misma en el sepulcro j u n t o c o n e l c u e r p o e x á n i m e de J e s ú s y empe-
zó a besarlo en el pecho y en la boca; después, c o m o la V i r g e n , a c e r c ó la mejilla a la suya
"Rupemi de Deuu, Deglana et honore Filtt bommis super Mattbemn, cap. X I I , e d . R- Haacfcc, Turnholi.
1V79, p Î69 Sam-terre, lisions et miracles, cit., subraya {en la nota S9) c ô m o la expuricncia cuvo cfecnvamcnic
lugar en rebraôn ton una imagen del crucilijo, contra la a n t e n o r a l i n i i a c i ô n d e Schrnjtt, Ut aitiura, dt-, p- 25.
'* Raimundo de Capua, Vas beauté Agnettsde Manie Poltaano, en D . v a n P a p c n b r o e c k y G . Henschen (cdi),
Alto Haaitorum aprilis, Ambcres, 1675. vol. I I , p . 794.
'M'Yugoni, -Le misuchc, cit., pp. 156-157.
LA t i K i i t S A C R A y su ESPECTADOR 203
y fue en esc momento cuando el Señor le dijo: «Antes de que yacieras en el sepulcro, te
tuve así de cercana a m í » . Al oír esta voz, la beata vio que sus ojos y su boca permanecían
cerrados, v I» inducía esa sensación de inquietud que, todavía hoy, nos parece sugerir la
imagen material
Por otra parte, el ejercicio de la mirada en relación con la efigie sagrada podía ser
entendido como un instrumento para reprimir, en lugar de sublimar, el deseo sexual; una
práctica aseétii .i particularmente eficaz en este sentido consisria en tener los ojos cons-
unteniemc puestos en la imagen, forzando los parpados en una innatural y agotadora
inmovilidad. Era así como, por ejemplo, un joven fraile agustino, como se cuenta en el
Líber l ittisf'raiimu de Jordán us de Sajorna, del siglo xiv, conseguía calmar el ruerte agui-
lón de la b b n l " que lo atormentaba continuamente . 77
Imágenes de devoción y deseo de salvación
La implicación de los objetos figurativos en las prácticas devocionales no duró mucho
»>mo fenómeno circunscrito al perímetro de los monasterios y de los conventos. L o s
relatos de Cesario de I Ieisterbacb sobre la parálisis de cuello que afectó a un hombre
qué, pasando ante la estatua de Alaría, se había olvidado de inclinar la cabeza, o sobre la
señora de Bruselas a quien la Virgen sonrió premiando su devoción, ponen de por sí en
e\ idencia c ó m o el modelo monástico de respeto de las imágenes se transfirió pronto a los
no clérigos *'; Episodios de contemplación mística estimulada por la observación de una
7
efigie sagrada nos resultan bien conocidos por los exponentes de la nueva santidad de
extracción laica que caracteriza la Baja Edad Aledia italiana: uno es, por ejemplo, la bea-
I.» liona de Pisa, que vivió en el siglo xn, cuyas extraordinarias peripecias han llegado
basta nosotros por una \ tta de los siglos xm-xn'. Esta mujer pía, conocida por sus aven-
r
turadas peregrinaciones y las visiones de Cristo y del apóstol Santiago el Alayor, promo-
vió el nacimiento de un nuevo lugar de culto, la iglesia de San Jacopo de Podio, en los
alrededores de Pisa, donde se ganaban indulgencias idénticas a las de Santiago de C o m -
postela, y se puso en veneración una imagen de Cristo que el Salvador mismo, en una
aparición, le había concedido como premio a su fervor religioso. U n día que, hacia el
atardecer, la beata se demoraba ante la preciosa efigie, ésta le habló, haciéndola palide-
cer; una señora que estaba presente corrió a advertir al monje Pablo, de la congregación
benedictina de Pulsano, a la que pertenecía la iglesia, el cual, preocupado por el color de
Bona, miró inmediatamente a la imagen y vio salir límpidas llamas, parecidas a rayos de
sol. Fue entonces cuando dom Paolo preguntó a la be3ta:
7
*Sobre la vision de Angela, cfr. sobre todo Chi eli ini Nari, «La contempi azione e le immagini; i l ruolo
dell'iconografia nel pensiero della beata Angela da Foligno», en E. Mnestò (ed.), Angela da Foligno terziaria
francescana. Atti del convegno (Foligno, 17-19 de noviembre, 1V9J), Spoleto, 1992, pp. 227-249. en concreto
247-248.
"Jordanus de Sajonia. I.iber Vttasfratnim, libro 11, cap. XXX, ed. R. Arhesmann y VV. Hùmpfner, Nucva
York. 1943, p. 292.
7H
A Mcisrcr, Die Fragrnente dir Libri Vili miractttorum des Cacsanus Wm Heisterbacb, Roma/Friburgo de
Bnsgovia, 1901, pp. 128-129.
 ARTE t H i s T o m \ EN LA E D A D M I D M I I I
Iigura 6 Pisa, crur pintada, p i n t u r a s o b r e t a b l a . 1 2 5 0 - 1 2 6 0 .
«¿Por qué | . . . ] os habéis p u e s t o p á b d a ? ¿ E s t á i s p á l i d a p o r q u e o s ha h a b l a d o h ima-
g e n ' - Ella no queri3 d e c i r l o , p e r o m á s t a r d e la b e a t a B o n a l e d i j o a l s u s o d i c h o d o n Pabla
«He visto realmente y se m e ha a p a r e c i d o l a i m a g e n d e l a T r i n i d a d (furnia Trimtútis) tan
extremadamente resplandeciente y l u m i n o s a q u e n o p o d í a d e n i n g u n a m a n e r a sostenerla» *. 7 SÍ la figuración s a g r a d a , d e s t i n a d a a u n a i m p U c a c i ó n d i r e c t a e n las p r á c t i c a s p e r s o -
E n una obra p i c t ó r i c a de m e d i a d o s d e l D u e c e n t o e n c o n t r a m o s u n r e f l e j o d e la fama
que las experiencias e x t á t i c a s de B o n a d e b i e r o n d e g o z a r e n t e r r i t o r i o p i s a n o . Se trata de
una cruz, que se p u e d e d a t a r h a c Í 3 l ó s a n o s c i n c u e n t a o s e s e n t a d e l s i g l o X I I I , q u e s e c o n -
sen-a en el M u s c o de A r t e d e C l e v e l a n d ( f i g . 6 ) y q u e m u e s t r a e n l a p a r t e i n f e r i o r una
inscripción f r a g m e n t a r i a c o n e l n o m b r e d e l a r t i s t a . C r i s t o , a c o m p a ñ a d o p o r u n a serie de
escenas del ciclo de la P a s i ó n , e s t á r e p r e s e n t a d o vivo en u n esquema c o m p o s i t i v o que
evoca modelos m á s a n t i g u o s ; e n c o n c r e t o , l o s p e r s o n a j e s s a g r a d o s r e p r e s e n t a d o s en pa-
rejas y de c u e r p o e n t e r o e n los e x t r e m o s d e l b r a z o h o r i z o n t a l r e c u e r d a n m u c h o las solu-
ciones adoptadas e n la c r u z d e l M u s c o N a c i o n a l d e S a n M a t e o e n P i s a ( i n i c i o s d e l siglo
xni), conocida en la h i s t o r i a c r í t i c a c o m o « c r u z n . ° 2 0 » . S i a l a d e r e c h a , e n u n o de estos
recuadros, se incluyó a la V i r g e n y san J u a n E v a n g e l i s t a , a l a i z q u i e r d a a p a r e c e Santiago,
el protagonista de tantas v i s i o n e s d e B o n a , q u e p r e s e n t a a l a b e a t a a l S a l v a d o r sujetándo-
k p o r la muñeca derecha. E n o t r a s p a l a b r a s , e n e s t a o b r a , q u e t i e n e m u c h a s p r o b a b i l i d a -
des de haberse realizado para la i g l e s i a d e S a n J a c o p o de Podi, l a j e r a r q u i z a c i ó n temática
* í tta ¿Ata beata Bona. Pisa. Archivk» Capitulare, ms. C 181, f. 43v.
r
LA EFIGIE SACRA r tu ESPECTADOR 205
que es c a r a c ú n s t i c a d e este t i p o de o b j e t o s figurativos - d e los que se ha s u b r a y a d o la
r e l a c i ó n c o n la l i t u r g i a - f u e a l t e r a d a para s u b r a y a r su a s o c i a c i ó n c o n e l c u l t o de u n n u e v o
s a n i o ; a B o n a se la e q u i p a r a c o n los t e s t i g o s o c u l a r e s d e la C r u c i f i x i ó n , y su experiencia
v i s i o n a r i a se u n l u c c s i n t é t i c a m e n t e e n t é r m i n o s p i c t ó r i c o s * .
0
P a r a los loii < >s. c o m o para l o s c l é r i g o s de la Baja E d a d M e d i a , los o b j e t o s figurativos
s e c o n v i r t i e r o n , s o b r e t o d o , e n m e d i o s de e x p r e s i ó n de la p r o p i a s e n s i b i l i d a d r e l i g i o s a ,
estuviera c s i . i >i niñada p o r u n deseo de p l e n i t u d e s p i r i t u a l o p o r d e m a n d a s n o tan e l c v a -
d . i s . c o m o s . i n .facer u n a n e c e s i d a d m a t e r i a l . E n la p e r c e p c i ó n c o m ú n cada vez era m á s
f r e c u e n t e q i ú la d i s t a n c i a e n t r e r e p r e s e n t a c i ó n y r e p r e s e n t a d o se redujera y q u e t e r m i -
nara p o r m v e s i i i . i la i m a g e n de u n a vida p r o p i a , o b i e n p o r c o n c e b i r e l m o d o de r e l a c i o -
•larsc c o n ella i o m o e n c u a l q u i e r r e l a c i ó n i n t e r p e r s o n a l , o l v i d a n d o su naturaleza de o b -
l o m a t e r i a l e i n e r t e . L a l i t e r a m r a d e v o c i o n a l llevaba a m e n u d o a escena e p i s o d i o s e n los
(Ue la d i í e r e m i a d ó n e n t r e l o s dos p l a n o s se i g n o r a b a d e l i b e r a d a m e n t e ; p o r e j e m p l o , e n
18 Cantigas. I.i m a d r e desesperada de u n c o n d e n a d o a m u e r t e q u i t a la figura del N i ñ o a
estatua de la V i r g e n , p e n s a n d o q u e así o b l i g a r í a a la M a d r e de D i o s a d a r l e a su h i j o a
u n h i o d e l s n v o . c o m o de h e c h o s u c e d i ó al p o c o t i e m p o " . 1
U n a h i s t o r i a a m b i e n t a d a e n Speyer, A l e m a n i a , q u e ñ i v o una e n o r m e difusión e n las
M i t o l o g í a s latinas de m i l a g r o s rnarianos, tenía, en c a m b i o , c o m o protagonista a u n m u -
i h a c h o q u e . m i e n t r a s la m a d r e rezaba a n t e la efigie de la V i r g e n , t o m ó u n t r o z o tle p a n
se l o t e n d i ó al N i ñ o J e s ú s para q u e l o c o g i e r a , d i c i é n d o l e i n s i s t e n t e m e n t e e n su l e n g u a -
n - C o m e . ñ a m . ñ a m » . C o m o la estatua seguía i n e r t e , e l n i ñ o , desesperado, e m p e z ó a
l l o r a r v a abrazar la figura d e s u c o e t á n e o , hasta q u e C r i s t o le l l a m ó c o n él a l P a r a í s o :
presa de una fiebre alta m u r i ó a q u e l l a m i s m a n o c h e . S i g n i f i c a t i v a m e n t e , e l t e x t o especi-
fica que el g e s t o d e l p e q u e ñ o h a b í a s i d o e s t i m u l a d o p o r la i c o n o g r a f í a que representaba
a Jesús l l o r a n d o " . 2
nales de o r a c i ó n , t e n d í a a s u g e r i r t a m b i é n e n e l p l a n o f o r m a l u n c i e r t o i m p a c t o e m o t i -
v o , d e b í a c o n c i l i a r s o b r e t o d o u n a t i p o l o g í a r e c o n o c i b l e c o n la b ú s q u e d a de una b e l l e -
za e x t e r i o r , d e u n a « d e c e n c i a y h o n o r a b i l i d a d » d i g n a s de l o s personajes r e p r e s e n t a d o s .
S e g ú n u n r e l a t o i n c l u i d o e n las a n t o l o g í a s l a t i n a s d e m i l a g r o s , u n a estatua de la V i r g e n ,
c o n su b e l l í s i m o a s p e c t o , h a b í a h e c h o b r o t a r e l a m o r e n el c o r a z ó n de u n n i ñ o q u e ,
antes de |ugar a la p e l o t a e n e l a t r i o , h a b í a pensado p o n e r a salvo el a n i l l o q u e le h a b í a
r e g a l a d o su j o v e n n o v i a : n a d a m á s q u i t á r s e l o , v i o la estatua d e la V i r g e n e n t r o n i z a d a
que estaba s i m a d a , c a s u a l m e n t e , c e r c a de la p u e r t a de la iglesia, y t u v o la idea d e p o -
n é r s e l o e n e l d e d o d e l N i ñ o J e s ú s - e x t e n d i d o e n el g e s t o de la b e n d i c i ó n « u t m o s cst
i m a g i n u m » — ; i m p r e s i o n a d o t o d a v í a p o r la i m a g e n de M a r í a , n o p u d o p o r m e n o s q u e
""Para la fecha y la lectura iconográfica de la obra, cfr. J. H . Siubblcbinc, - A Cmcifix for Saint Bona»,
Apollo CXXV. I (1987). pp. 160-165.
w
Alfonso X, cantiga 76. en id.. Cantigas de Santa María, cit.. vol. I , pp. 225-226; tfr. Guerrero Lovillo, Las
cantigas, cu., lam. 85.
*\|. Gil de Zamora. Libcr Maríae, en F Fita. Estudios históricos, vol. U I . iMadnd, 1885. pp. 248-249. Otras
versiones del milagro se encuentran en fíaucJcr de Cluny, De Miraculis beatae Wrginis Martae, PL, CLXXJjr,
cois. 1.383-1.384, y Guibcrto de Nogent. Df pignoríbussaiiaonmi, libro 1, cap. I I , PL, CLVI, cois. 607-684; cfr.
Poncdci, Miracuhnini, cit., p. 350, n. 1.671.
206 ARTE E HISTORIA EN I A E D A D M F. D I .A I I I

I-A F . F !<• I E S A C R A Y S U E S P E C T A D O R 207

decirle que su belleza s u p e r a b a c o n c r e c e s l a d e s u p e q u e ñ a d a m a y q u e , p o r l o tanto,
la prefería a e l l a \ s

Si la efigie de-María estaba l l a m a d a a c o n s t i t u i r e l p a r a d i g m a d e u n a b e l l e z a femenina
idealizada, el c m c i ñ j o d e b í a e s t i m u l a r , s o b r e t o d o , l a p i e d a d y l a m e d i t u t i o n sóbrela
salvación y sobre e l s a c r i f i c i o s u p r e m o q u e l a b a b i a h e c h o p . o s t l ( l e , O b i e n m o s t r a r s e *de*
voto», p o r usar el t é r m i n o m á s c o m ú n en Id l e n g u a v e r n á c u l a d e l s i g l o xry. E n 1399,
durante el gran m o v i m i e n t o p e n i t e n c i a l de l o s l l a m a d o s « b l a n c o s » , g r u p o s d e fieles que
únicamente guiados p o r las i m á g e n e s s a g r a d a s se t r a s l a d a b a n d e u n a c i u d a d a o t r a déla
Italia c e n t r o s e p t e n t r i o n a l p r e d i c a n d o la v. \ el cese d e las ais* u r d i o s i n t e s t i n a s , la com-
pañía que se f o r m ó e n P i s t o i a d e l i b e r ó es< r c o m o estandarte l a e f i g i e d e C r i s t o en la
cruz que mejor r e s p o n d i e r a a las c a r á c t e r ' s d e d e c e n c i a v K< « n r a d e z r e s u m i d a s por la
palabra '-devoto»; e n t r e l o s m u c h o s previ e n l a c i u d a d f u e e s c o g i d o el c r u c i f i j o de
Giovanni Pisano en la i g l e s i a d e S a n t a AI i n R i p a l t a ( h o y e n S a n A n d r e a ) , q u e com-
binaba la a c t i t u d d o l o r o s a d e l c u e r p o m i ndo con u n s e n t i d o d e f u e r t e dignidad)'
compostura e n el r o s t r o ; c o n v e r t i d o a l p o c m p o e n o b j e t o d e d e v o c i ó n e s t a b l e , pron-
t o se le consideró, p o r su b e l l e z a y efica. lumatúrgica, nada m e n o s q u e o b r a de un
discípulo de san L u c a s * . 4
de u n s a n t o o Je u n e p i s o d i o h a g i o g r á f i c o c o n s i d e r a d o e s p e c i a l m e n t e s i g n i f i c a t i v o n e c e -
sitaba el r e c u r v t , d e u n a d e l i m i t a c i ó n exacta e n el i n t e r i o r d e u n r e c u a d r o i n d e p e n d i e n t e ,
d i f e r e n t e d e l . r s e c u e n c i a s q u e c a r a c t e r i z a b a n las c o m p o s i c i o n e s n a r r a t i v a s , esas que la
literatura nie.lt al sulía d e s i g n a r c o n e l t é r m i n o bisloríac. E n g r a n p a r t e de los casos, una
simple línea e i s u f i c i e n t e para t r a z a r e l r e c t á n g u l o d e n t r o d e l c u a l e l p e r s o n a j e celestial
s»- e x h i b í a a l . i i. l i r a d a d e sus d e v o t o s , p e r o s u p r e s e n c i a n o e r a p o r esta r a z ó n m e n o s i n -
d i s p e n s a b l e , es* m i s e r o m a r g e n , d e h e c h o , c o n s t i t u í a la a u t é n t i c a d e m a r c a c i ó n e n t r e d o s
modalidades i l \istencia c o m p l e m e n t a r i a s y paralelas q u e , c o n t o d o , al m e n o s t e ó r i c a -
n i i i t e , n o p o d í a n . i t n a l g a i n a r s e , n i m u c h o m e n o s c o n t a m i n a r s e e n t r e ellas: p o r una p a r -
estaba la D i I I . la m a t e r i a , e l c a m p o d e b a t a l l a d e la m u e r t e y d e l p e c a d o , e l c o t o d e
.i d e l d e m o n i o , e l r e i n o d e l o t r a n s i t o r i o y d e l o finito; p o r la o t r a , se a b r í a el c a m i n o
la las a l t u r a * celestiales, h e c h a s de l u z , a t e i n p o r a l i d a d , belleza, s a b i d u r í a y s a n t i d a d
nica.
L ' n f r a g m e n t o i n f i n i t e s i m a l d e l r e i n o d e l o s c i e l o s se l e a b r e i n e s p e r a d a m e n t e a l o b s e r
l o r a n t e u n p a n e l p i n t a d o al f r e s c o q u e e n c i e r r a a su i n t e r l o c u t o r u l t r a t e r r e n o ; e n v i r n i d
eso c o n s t i t u y e unayr/iagp, o sea, la r e p r e s e n t a c i ó n de una personaje sagrado e n la g l o r i a
su existencia s a n t i f i c a d a p o r la visión d e D i o s , q u e l o abstrae i d e a l m e n t e de t o d a d e -
t e r m i n a c i ó n h i s t ó r i c a , g e o g r á f i c a y c u l t u r a l - L o s seres i m p u r o s , a m e n o s que n o sirvan
i l u s t r a r e l p o d e r d i v i n o , n o s o n a d m i t i d o s e n el i n t e r i o r de este espacia d e l i m i t a d o

La imagen y los confines de la r e a l i d a d por ese s i m p l e m a r g e n , q u e p a r a e l l o s c o n s t i t u y e u n c o n f í n insalvable, e n e l s e n t i d o de

E n m e d i d a creciente, e n e l t r a n s c u r s o d e l a B a j a E d a d M e d i a , l o s fieles d e Occidente
reconocieron en las i m á g e n e s u n a u r a d e c a n s i n a b a s a d o , e n p r i m e r l u g a r , e n su naturale-
za « b m i n a U ; d o n d e q u i e r a q u e f u e r a n s i t u a d a s , a l m a r g e n d e l a s i m p l i c a c i o n e s jerárquicas
de los espacios que las a c o g í a n , c o n s t i t u í a n u n u m b r a l e n t r e l a e s f e r a d e l o b r a r humano y
la dimensión u l t r a t e r r e n a . A t r a v é s d e e l l a s e l p e r s o n a j e s a g r a d o se m o s t r a b a a l o s ojos de
su interlocutor, para m a n i f e s t a r l e la p r o p i a p r e s e n c i a e n e l m u n d o y p e r m i t i r l e dialogar
con él, u n poco c o m o si se a s o m a s e d e s d e u n a v e n t a n a i d e a l a l m á s a l l á o c o m o si traspa-
sase momentáneamente la h'nea q u e s e p a r a b a e l m u n d o d e l r e i n o d e l a v i d a e t e r n a .
L a -linunalidad» d e l a e f i g i e s a c r a v e n í a s e ñ a l a d a p o r e l h e c h o d e q u e v i v í a d e n t r o de
un espacio específico, d e f i n i d o p o r l í m i t e s b i e n p r e c i s o s q u e c o i n c i d í a n c o n márgenes
más o menos elaborados. E s t e a s p e c t o e r a i n m e d i a t a m e n t e e v i d e n t e e n e l caso de las
imágenes móviles, c o n su a i s l a m i e n t o d e l e s p a c i o c i r c u n d a n t e , u n p o s t u l a d o d e su natu-
raleza de objetos a u t ó n o m o s , d e la i n t r o d u c c i ó n d e m a r c o s q u e r e c o r d a b a n e l aspecto de
ornamentaciones a r q u i t e c t ó n i c a s c o m o c o l u m n i l l a s , c a p i t e l e s , t í m p a n o s y gabletes, ca-
paces de sugerir la idea d e q u e l o s p e r s o n a j e s 3II1' r e p r e s e n t a d o s v i v í a n e n u n ambiente
que simulaba el aspecto d e u n a i g l e s i a y e r a , p o r c o n s i g u i e n t e , i n m e d i a t a m e n t e recono-
able como sagrado.
En el caso de las figuraciones l i g a d a s a la d e c o r a c i ó n m o n u m e n t a l , c o m o las pinturas
murales, el margen asumía u n s i g n i f i c a d o t o d a v í a m á s e s e n c i a l . L a r e p r e s e n t a c i ó n aislada
"París. Bibliothcque nauonale de France, rus. lat. 2873, f. 2 r (véase sapra, n o t a 59).
"Subre el culto y las correspondientes fuentes, cfr. E- K e n Eusanna y t?. R u s c h i , Santa Marta a Rjpstu.
Aspati otila cultura artiittca mcjicvalc a Piflota. Florencia. 1992, p p . 1 0 - 1 1 .
que les p e r m i t e s ó l o salir, p e r o n o e n t r a r . N i n g u n a i m a g e n es m á s e l o c u e n t e a este res-
pecto q u e u n f r e s c o b i z a n t i n o d e l s i g l o x n e n la iglesia d e San N i c o l á s d e l l e c h o (Ayios
\dotaos lis Steys) e n e l p u e b l o de K a k o p c t r i á e n C h i p r e ( f i g - 7). Se t r a t a de u n a e f i g i e
c o n m e m o r a t i v a de los C u a r e n t a M á r t i r e s de Scbaste, los soldados d e la legión X I I , a c a m -
pados e n M e l i t e n e , A n a t o l i a , q u e , s e g ú n u n a a n t i g u a l e y e n d a , f u e r o n c o n d e n a d o s p o r el
e m p e r a d o r L i c i n i o a m o r i r p o r c o n g e l a c i ó n tras q u e d a r expuestos d e s n u d o s a la i n t e m -
perie e n e l f r í o i n v e r n a l ; es e n esta s i t u a c i ó n e n la q u e se les r e p r e s e n t a , c a s t a ñ e a n d o l o s
d i e n t e s e i n t e n t a n d o c u b r i r s e e l t o r s o c o n los b r a z o s , m i e n t r a s q u e C r i s t o desde lo a l t o
hace d e s c e n d e r s o b r e sus cabezas las c o r o n a s d e l m a r t i r i o .
Sin e m b a r g o , a l o l a r g o d e l m a r g e n i z q u i e r d o está sucediendo algo r a r o : u n o de ellos ha
r e t r o c e d i d o , sabe q u e sus p e r s e g u i d o r e s h a n preparado allí cerca, e n las t e n n a s , u n b a ñ o
caliente y q u i e r e i r a r e c o n f o r t a r s e , r e n u n c i a n d o a la g l o r i a eterna p o r u n m o m e n t á n e o a l i -
vio c o r p o r a l . Su salida d e l r e c u a d r o se realiza m e d i a n t e e l b o r d e ; al p i n t o r le ha bastado c o n
representar la p a n e baja d e su c u e r p o , cortada a la a l t u r a d e l a b d o m e n desde la línea roja d e l
m a r c o , para s e ñ a l a r q u e este m í s e r o apóstata está a b a n d o n a n d o la esfera d e l o d i v i n o para
e n t r a r de n u e v o e n e l m u n d o , es decir, e n e l espacio que está hiera de la i m a g e n sagrada y
que es e l m i s m o q u e c o m p a r t i m o s n o s o t r o s , espectadores. Si ése sale, hay, sin e m b a r g o , o t r o
que está p r e p a r a d o para o c u p a r e n su lugar; es e l guardián de las t e n n a s , q u e , i m p r e s i o n a d o
p o r la firme v o l u n t a d d e los d e m á s soldados, h a d e c i d i d o unirse a ellos para ganar la v i d a
eterna; ya ha u l t r a p a s a d o los c o n f i n e s d e l i c o n o para ingresar t r i u n f a l m e n t c , y está desnudo
c o m o u n n a d a d o r q u e está b s t o para tirarse e n m e d i o d e l g r u p o d e santos.
E l fiel, q u e está h a b i t u a d o a expresar la p r o p i a p i e d a d r e l i g i o s a e n d i á l o g o c o n una
i m a g e n sagrada, c o m o sucede cada vez m a s a m e n u d o t a m b i é n e n e l O c c i d e n t e t a r d o m c -
d i e v a l , n o desea o t r a cosa q u e ser p a r t í c i p e de la r e a l i d a d s u p e r i o r de la que la efigie se
 ARTE t HISTORIA I N |A F.DAD M ED IA III
Rgura7 Kaiopemá (Chipre), iglesia de San N i - .-. del l e c h a ( A y i o s N i k o l a o s tas Steyis). naos,lea
Cuarenta Mártires de Subaste, p i n t u r a m u r a l , s i g l o X I I .
Kace portavoz. Para que este deseo se c u m p l a es n e c e s a r i o q u e u n a d e las dos dimensiones
u-rumpa en la otra, o sea, que el observador o e l o b s e r v a d o a t r a v i e s e n los confines dd
icono, realizando una especie de invasión en el c a m p o d e l o t r o . P o r p a r t e del interlocutor
celestial, esto se traduce en el asomarse m á s de lo d e b i d o f u e r a d e la v e n t a n a desde la que
se muestra; puede abandonar su compostura y, e n v e z d e h a c i a D i o s , dirigir por un mo-
mento la mirada a sus manos, hacia el m í s e r o m o r t a l q u e le d i r i g e a n s i o s o su súplica, como
se ve, por ejemplo, en cieñas escenas del c i c l o h a g i o g r á f i e o d e s a n t a C a t a l i n a de Alejan-
dría en las que la santa está representada m i e n t r a s r e c i b e u n a t a b l a d e la Virgen con d
Niño de las manos de un santo eremita. U n a p i n t u r a d e B e r n a r d o D a d d i (o de su inme-
diato eniourage), hoy en el museo de la O p e r a d e l D u o m o d e F l o r e n c i a (fig. 8), ilustra
todavía mejor el deseo del observador de r e c i b i r u n a r e c o m p e n s a a s u propia súpUcajuna
señora, acompañada por sus hijos, está representada o f r e c i e n d o u n i c o n o de la Virgen (U
de la iglesia de Bagnolo, ligada a la historia del c u l t o del s a n t u a r i o d e la Impruneta), vehs
y cirios votivos, a cambio de la intercesión a favor d e s u a l m a q u e se espera que María
cumpla en presencia del Hijo; la V i r g e n , que está v i e n d o esta s ú p l i c a r e c o g i d a en un h'bro,
está representada en el interior de un recuadro q u e , p o r l a c o l o c a c i ó n y por la presencia
de un grueso marco de madera, se entiende q u e es u n r e t a b l o d e altar, al mismo tiempo,
consotuye una ventana hacia el más allá; desde s u esfera c e l e s t i a l e x t i e n d e el brazo hacia
fuera sumergiéndolo en el mundo para dirigir a s u d e v o t a u n g e s t o t r a n q u i l i /.ador *.
" M. Baca, *Pro rrmtdio animar- Immagini sacre e pratiche devozionali in Italia centrate (secc. XIII y XIV), Pisa,
2000, pp 52,225-226; id., fidu 41, en G . M a r i a n i Canova (ed.). Luca evangelista. Parola e immagine tra Orienti
I-A EMGIE SACRA V SU ESPECTADOR 209
Soluciones iconográficas de este tipo están destinadas a expresar las expectativas que
los fieles proyectan cada vez más insistentemente hacia las imágenes sagradas; a su súpli-
ca, a la humillación y sumisión que manifiestan al postrarse ante ellas, al depositar ofren-
das a sus pies, al pronunciar en su presencia oraciones y súplicas de intercesión tendrá
que corresponder una benévola contra prestación por parte de sus protectores celestiales.
E n el Duecento tardío y en el Trecento, gran parte de la decoración figurativa de las
iglesias está financiada por particulares que, sobre todo a través de legados testamenta-
rios, buscan cumplir así una acción meritoria que valga su salvación en el mundo venide-
ro; todo esto favorece el desarrollo de un filón iconográfico, que puede definirse como
pro anima, destinado a manifestar visualmente el deseo personal de cncomcndaifse) a los
personajes sagrados. E n t r e las varias maneras con que este concepto se puede transmitir
figurativamente, el recurso a la representación de un individuo (más o menos caracteri-
zado en sentido «retratastico») en actitud suplicante se revela, sin duda, el más eficaz.
N o queda claro que este individuo deba ser siempre y en cualquier caso el que ha comi-
sionado la obra; puede tratarse también de una figura de identidad indeterminada, que fun-
cione simplemente como representante del espectador en el contexto de la imagen religiosa.
L o que cuenta, sobre todo, es la relación que consigue mantener con los |>ersonajes sagrados
8
e Oceutente, catalogo de la exposición (Padua, 14 de octubre de 2000-6 de eaero de 2001). Padiu, 2000. pp.
318-321 ; I . , R. Jones, - " V i s i o Divina?" Donor Figures and Representations of Imagisuc Devotion. The Copy
of the "Virgin of Bagnolo" in the Musco dell'Opera del Duomo, FI orente», en V. M . Schmidt (ed.), Italian
Panel Painting of the Duecento and Trecento, New Haven, Conn./Londres, 2002, pp. 30-55.
210
Air» r HISTORIA I N H Kn*u M E D I A 111

LA EFIGIE SACRA V S Li ESPECTADOR 21 1

e n g r a n m e d i d a , p o r e l r e t r a t o d e l o b i s p o T è o b a l d o P o n t a n o , q u e , p o r d i m e n s i o n e s , es
M i l o u n p o c o m á s p e q u e ñ o q u e la s a n t a . D e l a n t e d e la m u j e r q u e s i m b o l i z a , p o r a n t o n o -
masia, la i d e a dV < i h u m a n i d a d p e c a d o r a r e d i m i d a p o r e l s a c r i f i c i o de D i o s , e l p r e l a d o se
hace r e p r e N e n t . i i • u n o u n p e n i t e n t e franciscano q u e intenta desesperadamente benefi-
ciarse d e su p r o t i i i«»n. E s t e a n h e l o se e x p r e s a e n la b ú s q u e d a , t o t a l m e n t e satisfecha, d e
c o n t a t t o f i s i c o . il.i le t o m a d e la m a n o , g u i á n d o l o . u n p o c o c o r n o u n a m a d r e h a r í a c o n
MI propio p u p i >. h a c i a c i r e i n o d e l o s c i e l o s .

L a autoridad de los iconos

dí' ron
Fipin-9. Giotto, Aai.l-asOica de San Fiaiium-o. i g k . i , - k - n o r . captila de la M a g d a l e n a , historias de Litan,
ì > - Ugdalena. Teobaldu Puntano a I m p i d e la Magdalena, fresco, p r i m e r decenio del siglo xtv.
n t r e las i i n . u c n c s s a g r a d a s q u e m á s f r e c u e n t e m e n t e p r o v o c a r o n e l i n t e r é s d e los
bres d e l t ) u M l e n t e m e d i e v a l , se c o n s i d e r a n los o b j e t o s p e r t e n e c i e n t e s a una t r a d i -
^ t i l r u r a l h . u i . i la q u e se m a n i f e s t a r o n , e n e l t i e m p o , t a n t o s c n u m i e n t o s de a d m i r a -
i n c o n d i c u m . i l . c o m o a c t i t u d e s d e r e c h a z o r a d i c a l ; m e r e f i e r o a los i c o n o s q u e , usa-
•lesde t i e m p o s r e m o t o s e n B i z a n c i o o e n los t e r r i t o r i o s q u e e s t u v i e r o n e n c o n t a c t o
el b n p e n o o r i e n t a l ( e n t r e e l l o s a c i e n c i a c i e r t a R o m a y la I t a l i a d e l s u r ) , g o z a r o n d e
un vasto c o n s e n s o , s o b r e t o d o e n e l c u r s o de los s i g l o s x i a l XIII, c u a n d o n o s ó l o se d i f u n -
n u m e r o s o s r e l a t o s de o r i g e n b i z a n t i n o q u e d e s c r i b í a n e p i s o d i o s m i l a g r o s o s e n
rt i «clon a p i n t u r a s d e e s t e t i p o , s i n o q u e También se d e s a r r o l l a r o n c o r r i e n t e s de p i n t u r a
sobre tabla q u e r e c u p e r a b a n e s q u e m a s y t é c n i c a s d e a q u e l l a a n t i g u a t r a d i c i ó n .

U n o d e l o s e s t í m u l o s h a c i a esta r e c u p e r a c i ó n , f a c i l i t a d a p o r la c o n t i n u i d a d de u n
y que el que la mira valora sobre la base d e su c o l o c a c i ó n y d e s u s d i m e n s i o n e s . L a s soluciones
c u l t o d e l o s i c o n o s e n R o m a , f u e , p o r s u p u e s t o , la a c c i ó n de la I g l e s i a , q u e , c o m o y a se
mas correctas prevén su ubicación e n e l e x t e n o r d e l r e c u a d r o , n o r m a l m e n t e c e r c a del mar-
h a s e ñ a l a d o , a t r i b u y ó a la f i g u r a c i ó n sagrada u n v a l o r h i s t ó r i c o - d o c u m e n t a l q u e p o d í a
gen mfenor, y sugieren una t u e r t e d e s v i a c i ó n d e p r o p o r c i o n e s r e s p e c t o a l p e r s o n a j e sagrado
i n t e g r a r las l a g u n a s d e l o s t e x t o s y o f r e c e r , p o r l o t a n t o , u n c u a d r o m á s c o m p l e t o de los
al que dirige su gesto de i n t e r c e s i ó n ; l o s m á s a t r e v i d o s , s i n e m b a r g o , h a c e n q u e la efigie indi-
o r í g e n e s c r i s t i a n o s . E n s u c é l e b r e s e r m ó n d e l 6 de e n e r o de 1 304, e n e l a t r i o d e Santa
vidual se vuelva arrogante y p e n e t r e e n e l á m b i t o d e la i m a g e n , q u e c o m i e n c e a crecer en M a n a N o v e l l a e n F l o r e n c i a , e l d o m i n i c o G i o r d a n o d e Pisa i n s i s t e e s p e c i a l m e n t e e n este
altura y a dialogar cara a cara c o n sus i n t e r l o c u t o r e s c e l e s t i a l e s , h a s t a e l p u n t o d e compartir p u n t o : la i c o n o g r a f í a , q u e e l m u n d o b i z a n t i n o s u p o m a n t e n e r y o b s e r v a r escrupulosa-
sus mismos espacios y su c o n d i c i ó n p n v i l e g i a d a d e e n t i d a d u l t r a m u n d a n a 8 6
. m e n t e d u r a n t e s i g l o s , d e s a r r o l l ó la f u n c i ó n d e t r a n s m i t i r hasta n u e s t r o s días la i n f o r m a -
El m o m e n t o álgido de este p r o c e s o se a l c a n z a c u a n d o l a f i g u r a d e l s u p l i c a n t e se con- c i ó n s o b r e la d i g n i d a d y e l a s p e c t o de los personajes t i c la é p o c a e v a n g é l i c a y a p o s t ó l i c a
viene en la auténtica p r o t a g o n i s t a d e la i c o n o g r a f í a ; s u c e d e e n t o n c e s q u e e l icono se q u e e l l o s m i s m o s q u i s i e r o n , c o n tales m e d i o s , d e j a r a las f u t u r a s g e n e r a c i o n e s ; aquellas
trarisfonna en una escena q u e ya n o i l u s t r a la g l o r i a d e l o s p e r s o n a j e s s a g r a d o s , sino su «•pinturas», q u e se c o n o c í a n e n I t a l i a p o r q u e « v i n i e r o n d e G r e c i a a n t i g u a m e n t e » , e n
r e a l i d a d se r e m o n t a b a n t o d a s a l a a c t i v i d a d m i s m a d e l o s santos, « t o d a s v i n i e r o n p r i m e r o
compromiso en asegurar a u n i n d i v i d u o g a r a n t í a s d e s u s u e r t e e n e l m á s allá; así, los
de los san t o s » * . 7

santos se mueven c o m o a b o g a d o s e n u n t r i b u n a l p a r a d e f e n d e r l a c a u s a d e sus asistidos,

la Virgen pierde su t r a d i c i o n a l c o m p o s t u r a y s e a p i a d a , J e s ú s m u e s t r a c a d a ve?, m i s su
b d o h u m a n o y aparece c o m o u n n i ñ o g r a c i o s o q u e se e s c a b u l l e d e l o s b r a 7 . o s d e la Madre
para bendecir al que le d i r i g e su d o l o r i d a o r a c i ó n . V e m o s c ó m o la a r t i c u l a c i ó n tradicio-
nal de hymagQ, en su r e l a c i ó n e n t r e la r e p r e s e n t a c i ó n f r o n t a l d e u n s a n t o y e l i n t e r i o r de
C o n s i d e r a d o s d e p o s i t a r i o s d e u n a t r a d i c i ó n v e n e r a b l e , los i c o n o s y, e n g e n e r a l , e l a r t e
sagrado b i z a n t i n o f u e r o n p r o n t o o b j e t o de a t e n c i ó n p o r p a r t e de los o c c i d e n t a l e s , c o m o
nos p e r m i t e e n t e n d e r la p r e s e n c i a d e n u m e r o s a s r e f e r e n c i a s a e l l o s e n las d e s c r i p c i o n e s
launas de C o n s t a n t i n o p l a y o t r o s l u g a r e s s a g r a d o s e n los siglos x i - x u * . C o r o l a r i o de este
8

un recuadro, se desquicia e n e l m o m e n t o e n e l q u e s u e s p a c i o e s i n v a d i d o p o r u n intruso

tan voluminoso c o m o para r o b a r l e la e s c e n a ; p o r e j e m p l o , e n u n fresco r e a l i z a d o por
G i o t t u c n la basílica i n f e r i o r d e Asís ( f i g . 9 ) , e l i c o n o d e A l a r í a M a g d a l e n a e s t á ocupado,
"Para un análisis detallado de estas tetníucas, cfr. B a c a . -Pro remedio anima*-, c u . , passim; id.,
aptrréUiUt. Arte eraccomandazione dell'anima nel Medioevo, B a n - R o m a , 2 0 0 3 .
E. Narducci. Prediche inedite del fí. Giordano da Rivallo dell'Ordine de' Predicatori, Bolonia, 1867, pp. 170-
171. Sobre el pasaje, cfr. A. Cutlcr, «La "questione bizantina" nella pittura italiana: una visione alternativa
della •maniero greca"», en C. Bertelli (ed.), Lapitmru in Italia. VAHomedioevo, Milán, 1W4, pp. 335-354.
Cfr.. por ejemplo, el De Constanthiopoli avaate (fines del siglo xi), en K JsJ. Ciggaar, «Une dcscriplion de Cons-
ranonoplc dans le ~Tarragonen«s 55"-. Reine des eludes Ifyzamines 1 .III (1995). pp 117-140, en concreto 121-123.
212 A* TE i H I S T O R I A I N L A E O A O MEDIA III

LA EFIGIE SACRA V SU IIMCTAI>O» 213

interés era la apreciación de ciertos rasgos m a t e r i a l e s d e las i m á g e n e s sagradas de Orien-
te, corno el carácter p r e c i o s o - b e b i d o al frecuente e m p l e o *!• m a t e r i a l e s costosos y lla-
mativos que las hacía parecer p r o d u c t o s de j o y e r í a —y la a u n r t r i c a « c u a l i d a d » artística,
que encontramos, por ejemplo, en estas a s o m b r a d a s p a l a b r a s d e l b i ó g r a f o del obispo
Hildebcrto de Lavardin (1056-11 33) a p r o p ó s i t o d e u n i c o n o d e o r f e b r e r í a de san De-
metrio llegado a Le Mans desde la Italia m e r i d i o n a l :
Había una tabla de oro en la que esu ;! '.i puesto el i c o n o »1 • san D e m e t r i o , realizada con
admirable habilidad, cuya materia áur* era superada p o r la u r a o r d i n a r i a excelencia ik!
extraordinario a infició*'*'.
Idcnuficadores del icono como e é i u - r e p r e s e n t a c i ó n e r a n t a m b i é n ciertos ele-
mentos compositivos, como la preseno i t e c t i b l e d e l titulas, q u e precisamente Hdc-
beno de Lavardin recordaba en u n serm- u y o c o m o e j e m p l o d e la sabiduría Graetb-
mar*, y la representación de media lígur. ya H u g o d e S a n V í c t o r , en la descripciÓD
del arca N'oc mysiiea - t i p o de representan n b ó l i c a e i d e o g r a m á t i c a d e l mundo y de b
historia bíblica-, recomendaba usar para i ' . s e n t a r a l o s p e r s o n a j e s sagrados, en con -
creto, las generaciones de la t r i b u de Rubc
Desde entonces a cada nombre le hago corresponder las relativas imágenes de roedü
figura (semiplenas), desde el pecho hacia arriba, así c o m o a m e n u d o se las suele representar
sobre tablas, llamadas casi siempre por loa griegos alonas....
Todos estos factores contribuían, p o r t a n t o , a h a c e r d e l o s i c o n o s u n códice figurativo
capaz de ofrecer al observador una correcta, l e g í t i m a y d e c o r o s a r e p r o d u c c i ó n del aspec-
to de un personaje sagrado; en este sentido, n o h a y q u e o l v i d a r las palabras del obispo
Durando de Mende, que da de la r e p r e s e n t a c i ó n d e m e d i o c a m p o u n a explicación en
términos de oportunidades y decencia: n o es b u e n a cosa q u e d e C r i s t o y de los santosse
pinten también las partes inferiores del c u e r p o , y a q u e s o n m e n o s honestas, inducen a
pensamientos «necios» y distraen de la c o n t e m p l a c i ó n d e la n a t u r a l e z a espiritual, que se
concentra en la cara y en la mirada''-. P o r o t r a p a r t e , u n a a n á l o g a o p o r t u n i d a d y decencia
" Actus ponnficum Cenamannts tn urbe degentium. e n J . A l a b i l l o n . Velera analecta. P a r í s , I 7 2 3 , pp. 273-315.
?
en concreto 318. Para la fecha en La pnmera u n t a d del siglo xii d e l f r a g m e n t o d e l t e x t o q u e conuenc el pasajeen
cuestión, cfr. R. Laiouche. «Essai de couque sur la c o n t i n u a u o n des " A c t u s p o n t i í l c u m Cenomannis in urU
deguiuum" (857-1255)-, Le Mayen Age XI (1907), pp. 2 2 5 - 2 7 3 , e n c o n c r e t o 2 4 7 - 2 6 3 - Sobre el contraste lite-
rario entre -arte- y - o r o - , cfr. J. Bialovtocki, *-Ars auro prior»-, e n id.. The Xlcssagc of Images. Sttidies ta itt
Hutory of Art. Vicna. 1988, pp. 9-13. sieue riendo o b l i g a d a la r e f e r e n c i a a A 1 . S c b a p i r o . « O n thc Aesthetir
Aiüiudc en Roiiuuiesque Aro- (1947). en id.. Selected Papen. Romanesque Art, N u e v a Y o r k , 1977, que, sin em-
bargo, tiende a no enfaüzar la implicación de las una genes p r o p i a m e n t e r e l i g i o s a s y c u l t u a l e s en la esfera de ti
apreciación estética.
w
Udebeito de Tours. Sermo tn festo Assumpttonis beatae Manar el de latidtblis eius. PL, C L X X I , col. 628.
Hugo de San Víctor. De arta \'oe mysiiea. I V , PL. C L X X V l , c o l . 6 8 6 .
M
se medía, en los hechos, sobre la base de la observación atenta de un bagaje relativamen-
te codificado de formulas iconográficas y compositivas.
Kl carácter normativo de la pintura de iconos fue acogido precozmente por aquellos
occidentales que. a partir del siglo x i , tuvieron un contacto más estrecho con el mundo
bizantino; enrru ellos, el monje Goscelin de Saint-liertin ( t 1098) nos ofrece un testimo-
nio extraordinario en la narración de un milagro realizado en su tiempo por san Agustín
«le Cantcrhiii v Sabernos por él de un soldado danés que, habiendo encontrado trabajo
n i Constaniihopla como guardia del basiletts, se estableció en la ciudad, uniéndose en
matrimonio con una noble griega, e hizo erigir una capilla en honor de Agustín que
nipezó a ser v • .natía por los residentes de origen inglés; en ella se puso un icono del
intd titular, identificado por la inscripción «Agios Augustinos Anglorum Apostolus»,
: tic tuc, sin embargo, dañado poruña gotera que arruinó la superficie pictórica a la altu-
i del ojo derecho. U n día el soldado partió a una peregrinación a Roma y Santiago, y
nto duró su viaje que la mujer, Eudocia, empezó a estar muy preocupada por él; para
limarla, a menudo la visitaba una señora que era su comadre y homónima, y que la
empañaba Frecuentemente a rezar en la capilla. Una vez, esta última, a la vista de la
uraña imagen que mostraba un santo sin un ojo, dejó escapar una chanza de más: «Oh,
uducia mía, ¡vuestro apóstol anglo es tuerto!».
A las justificaciones de la amiga, que la exhortaba a no reírse de ese santo que todo el
mundo latino había conocido y venerado, la petulante señora, no atendiendo a razones,
' -.batió:
Sea como sea. alábalo cuanto quieras, sigue estando tuerto. Yo me fío más de lo que veo
que de lo que siento: ¿a quién podrá proteger este que ha tolerado que se profanara su
propio aspecto?
El retrato sagrado no admitía imperfecciones físicas; un santo representado sin un
ojo no podía más que mover a risa, lo que evidentemente no era admisible. Esa noche
misma Agustín, furioso, se presentó en sueños a su escarnecedora «en la forma de su
imagen vista el día anterior, pero bellísima e iluminada por la misma luz en los dos
ojos»; tras regañarla ásperamente por haberlo ridiculizado, la castigó volviendo contra
ella sus inoportunas palabras, o sea, haciéndole perder el don de la vista. Después de
esto, Eudocia se convenció de la santidad del apóstol de los anglos y predicó el culto por
toda Constantinopla, mientras la amiga seguía invocando su intercesión para el retorno
del marido. Agobiado por las intensas oraciones de ésta, san Agustín se apareció de
nuevo, rodeado de luz ultraterrena, a la señora ciega y le dirigió estas duras palabras:
No por mentó tuyo, sino por la intervención de ni comadre [...] vengo ahora a ti [...|
Anuncia mañana a tu amiga de pane mía que llame a un pintor y le haga restaurar mi icono;
y esto en señal del hecho de que su marido, por el cual lia estado angustiada como por un
muerto, dentro de los próximos quince días volverá a ella feliz c ileso...
El equilibrio roto por una gotera se recomponía así con la restitución de la imagen a
esa decencia, ese decoro que, en el plano iconográfico y formal, debía sugerir el aspecto

Durando de Mcndc. Ratónale Ja murum officiorum. l i b r o I , cap. I I I , § . 2 , e d . A . D a v r í l y T . A l . Thibodau.

v

Tumbóle 1995. p. 35.

214 ABTE t HISTORIA ex LA E D A D Al na IA 111
glorioso de los santos y estimular a los o b s e r v a d o r e s a u n a c o m p o s t u r a respetuosaydé-
vota. Así el icono, una vez restaurado en el a s p e c t o q u e le c o n v e n í a , fue debidamente
venerado por su antigua detraciora e n c e n d i e n d o m á s velas"' . 1
Para los bizantinos, que en n o m b r e de ellas h a b í a n t e n i d o q u e atravesar el desgarrador
periodo de la querella iconoclasta, prestar los d e b i d o s h o n o r e s a las imágenes sagradas
constituía una norma de las buenas maneras, i n d i c a t i v a d e p o r si d e la fe que animaba a un
individuo; la familiaridad con los iconos era tal q u e , ya e n los s i g l o s XI y x n , era frecuente
su presencia en el espacio doméstico y se i b a n d i f u n d i e n d o tipt >s iconográficos que inter-
pretaban las nuera corrientes de una piedad i n t e r i o r i z a d a de la é p o c a , entre ellas represen-
taciones de tono soteriológico como la c r u d l t x j i *n. el thrvnas o la i m a g e n de la Virgen como
mediadora déla humanidad.Tras el al incio- m e o c u r r i d o coi? ta d e l e g a c i ó n papal enCons-
tanünopla del 1054. que dio lugar al eis , l.i falta d e r e s p e t o hacia las sacras efigies fue
señalada por algunos autores como i n d i . I i n c u m p l i m i e n t o p o r parte de la Iglesia lati-
na de las buenas costumbres heredadas A n t i g ü e d a d c r i s t i a n a ; el patriarca Miguel
Cerulario, en la carta que dirigió a su col . m t i o q u e n o P e d r o para i n f o r m a r l e de la rup-
tura producida, afirmó, con cierto anacn > i . >. q u e l o s o c c i d e n t a l e s se mantenían fielcsa
un credo iconoclasta'' ; unos decenios máí
4
Je. u n p a n f l e t o a n t i l a t i n o que circulaba falsa-
mente atribuido a Focio. sostem'a que en - t u n d o o c c i d e n t a l existía s ó l o una forma dis-
torsionada del culto de las imágenes, que st * día d e e s c u l t u r a s y n o de pinturas, y que sobre
todo aceptaba únicamente el esquema de la c r u c i f i x i ó n e n c u a n t o f o r m a de representación
de la cruz, esa cruz que era objeto de veneración s u p e r s t i c i o s a e n d i f e r e n t e s circunstandas,
como durante el uso pascual de los sepulcros" . 5 da como letrina de un hospital"' .
Por parte romana, las acusaciones t r a t a b a n d e sacar a la l u z u n a tendencia a la idola-
tría de los fieles griegos. Para el e r u d i t o pisano L e o n e T u s c o , q u e hacia los años seseno
del siglo xn compuso en Constantinopla u n t r a t a d o a n t i t r r i e g o , la a c t i t u d supersdrioy
del culto bizantino de las imágenes se revelaba s o b r e t o d o e n su e m p l e o personal y pri-
vado; en especial era objeto de condena la d i f u s i ó n d e l o s altares d o m é s t i c o s o el uso d;
los iconos como auténticos sustitutos de los personajes s a g r a d o s , p o r e j e m p l o , en el pape!
de madrinas durante las ceremonias de bautismo*"'.
El doble impulso de atracción y rechazo hacia l o s i c o n o s , c o m o hacía los demás
objetos sagrados del culto bizantino, estaba d e s t i n a d o a m a n i f e s t a r s e de modo dramá-
tico durante las campañas bélicas que l l e v a r o n al e n f r e n t a m i e n t o d i r e c t o de ambos
"Para el t u t u , vease Goscelin. l'ita maiar S. Augtisttni Cantuartcnsis, caps. L V - L V U , e n D . van Panenbrc-
eck y G. Hcnschen (ed.l. Aita Sanctontm man, vol. V I , A m b e r e s , 16H8, p . 4 1 0 . S o b r e los inglcscs en Constar-
DDOpla en cl siglo xi. véasc K_ N . Ciggaar, - L ' e m i g r a n o n anglaise â l î y x a n c c a p r è s 1 0 6 6 « , Rezite desr'rudnbi-
zantina XXXU (1974), PP- Î 0 1 - 3 4 2 ; td., - R é f u g i é s et e m p l o y é s o c c i d e n t a u x a u x i siècle»*, Médiévales XII
e
(1987). pp. 19-24. Cfr. tambiéii Sausierre. Esiti-e deux mondes'', e i t . , p p . 1 . 0 3 6 - 1 . 0 3 7 .
w
W,C\X,col.793.
^J.Heigcnrothcr, Monumenta graeca ad' Pkotium ciusque histonam pertinenita, Rarisbona, 1869, pp. 6SyW,
Cfr. tambicn el uatado antilaûno de Consrandno Satbcs Ta aina/sota rnç Aaznwnç es&cXnoia, (bacia I204),ea
J. Darroutcs, -La mémoire de Constanon Sulbès c o n t r e les L a t i n s » , Revue des études byzantines X X I (1963),pp-
50-100. en concreto 72 y 74.
* * M . Bacci, -La Vergine Oikolcyra, Signora del G r a n d e Palazzo. L e t t u r a d i u n passo dì Leone Tusco sulle
cattive usanze dei Greci». Annali della Scuola Sormale Superiore di Pisa scria I V , ITI ( 1998), pp. 261-279.
LA r r i G i t SACRA V SU ESPECTADOR 215
mundos. En el tiempo de la conquista normanda de Tesalónica, el 24 de agosto de
1185, la soldadesca se interesó, sobre todo, por los revestimientos metálicos de las
imágenes sagradas, destruyendo las que no tenían ornamentos; en el ejército estaban
presentes, por <<ira parte, individuos que, por lo que nos cuenta el obispo Eustacio, no
escondían su desprecio hacia ese género de objetos . En la toma de Constantinopla,
97
en 1204, animados por sentimientos de revancha, los cruzados infligieron a la ciudad
-de oro y ntárnii -I •-, como se definía a menudo, un terrible saqueo que humilló al clero
griego y causo pavísimos daños al patrimonio artístico; la gran iglesia de Santa Sofía
se llenó de mulos y caballos que la cubrieron de excrementos, una prostituta traspasó
el umbral del iconostasio y bailó obscenamente en el espacio sagrado, los vasos sagra-
ib t . y los ornamentos del altar («una cosa muy infrecuente en su arte») fueron fundidos
paru hacer pendientes y cinturones, las vestimentas y los paramentos litúrgicos fueron
IT -formados en vestidos profanos, los mármoles y las columnas se rcutílizaron corno
i n eriales de construcción. Los iconos sagrados no corrieron mejor suerte: algunos
rdotes latinos, en clara demostración del propio desprecio por sus correligionarios
gi . gos, los hicieron poner en el suelo y los pisaban durante la liturgia; un cardenal
hi i ) que se patearan; algunos fueron quemados enteros o en pedazos, otros se usaron
en la decoración de estancias privadas y algunos, incluso, sirvieron para revestir pare-
d< reparar sillas o utilizarse como arnés para los caballos. A una de las largas tablas
horizontales que coronaban el epistilo del iconostasio, que, como a menudo sucedía,
mostraba una secuencia de escenas pertenecientes a una narración hagiográfica o al
culo evangélico, se le practicaron grandes agujeros de manera que pudiera ser utiliza-
8
Semejante ambivalencia entre aprecio incondicionado y supremo desprecio en rela-
ción con las imágenes de la Iglesia ortodoxa se observa igualmente, si dirigimos nuestra
atención a la actitud que al respecto tuvieron los pueblos de fe islámica. Las tierras
cosmopolitas de Oriente Medio vieron durante siglos la convivencia de cristianos y
musulmanes, divididos ambos en corrientes y sectas diferentes, cada uno con sus pro-
pios usos y costumbres religiosos; la familiaridad con los objetos sagrados ajenos, a pe-
sar de las manifestaciones periódicas de recíproca intolerancia, fue en cualquier caso un
hecho real. N o puede, por tanto, maravillar que el califa de Bagdad al-Mutawakkil (847-
861) demostrase un extremo interés por las iglesias cristianas y sus maravillosas pintu-
ras, o que el «icono en la iglesia» se convirtiese en la poesía árabe en paradigma de be-
lleza en las composiciones amorosas". Además de la calidad estética, la autoridad de la
tradición pictórica bizantina, entendida como una antigua forma de transmisión docu-
mental las facciones terrenales de personajes célebres, podía ser reconocida y apreciada
por observadores islámicos. E l viajero Ibn Battüta (1304- hacia 1368-1377), por ejern-
" Ensucio de Salónica, La espugnazione di lessalo»tea, cd. S. Kyriakidis, Palermo, 1961. pp. 108-109, 114.
™ 1 ,a descripción más rica de estos episodios la ofrece Costantino Solbcs, clr. Darrouzes, La mémoire, cir.,
pp. S3-BS.
""Söhre ei teina, cfr. las fuentes recogidas p o r j . Nasrallah, " L a peìnnire monumentale des l'atriarcats
Mclkites», en V. Candca (ed.), Icones melkites. catálogo de la exposición (Beirut. 16 de mayo-15 de junio de
1969), Rcirur, 1969, pp. 67-84,
 216 ARTÍ: E HISTORIA tN LA E l l A D A ï t l J l A I I I
pío, n o s c u e n t a q u e h a b í a v i s t o e n u n a i g l e s i a d e K e r c . e n C r i m e a , un fresco que repre-
sentaba a u n á r a b e c o n la c a b e z a c u b i e r t a c o n t u r b a n t e \ un s a b l e e n su cinnira; desper-
tada su c u r i o s i d a d , p r e g u n t ó a u n m o n j e q u i é n e r a y. si b i e n é s t e le respondió (como es
m á s que p r o b a b l e ) q u e se trataba d e l p r o f e t a K l í a s . p m m . i e n t e n d i ó que s e cncomratu
ante una i m a g e n de Alí. el c a l i f a m á r t i r v e n e r a d o p o r los i hiíes, del que desde el siglo
x n i existía s i n d u d a una i c o n o g r a f í a e n la m i n i a t u r a persa
A u n q u e t a m p o c o h a y a n f a l t a d o e n la K d a d M e d i a epis< idios de intolerancia, fue so-
bre t o d o c o n la r u p t u r a d e los e q u i l i b r i o s i n t e r é t n i c o s c m i e r c o n f e s i o n a l e s provocada
por la i r r u p c i ó n de los e|ércitos c r u z a d o s e n T i e r r a S a n t a c u a n d o se multiplicáronlos
actos v a n d á l i c o s c o n t r a las i m á g e n e s de los s a n t o s , y a q u e , d a ñ á n d o l a s , se sabía que se
h u m i l l a b a n los s í m b o l o s t a n g i b l e s d e u n a c u l t u r a q u e a su a l r e d e d o r encontraba punios
m ) c o n s e n s o . D u r a n t e el a s e d i o c r u z a d o de A n t i o q u i a de 1098, los turcos no-
romo r e p r e s a b a , se a d u e ñ a r o n d e u n v e n e r a b l e l u g a r de c u l t o cristiano, la iglesia
• - l u a n a d e S a n P e d r o , y se p u s i e r o n a r e v e s t i r d e c a l todas las imágenes de las
el p a t r i a r c a c o n s i g u i ó , s i n e m b a r g o , q u e se salvar.» el g r a n C r i s t o que esüba
• e n l o alto, in medio tabúlate coeiU o sea, e n el a r q u i t r a b e del iconostasio o sobre un
de m a d e r a . R e u n i d o s d e s p u é s e n c o n s e j o e n el e d i f i c i o « p o r q u e era bellísimo)
:do c o n u n a d m i r a b l e p a v i m e n t o » , m u c h o s d e ellos se s i n t i e r o n molestos por U
Ja i n t e n s a q u e el Pantokrator p a r e c í a d i r i g i r l e s d e s d e l o alto. « ¿ Q u é haces aquí,
s c ú p i d o ? * - , g r i t ó u n o de e l l o s , « ¿ t u s h o m b r e s n o s asedian ahí fuera y tú estás aquí mi-
r á n d o n o s ? P o r s u p u e s t o q u e n o te q u e r e m o s n i a ti n i a tus h o m b r e s » ' . Cuando poco
1 0
d e s p u é s los c r u z a d o s e n t r a r o n e n la c i u d a d , la p o b l a c i ó n local les a c o g i ó mostrándoles
los i c o n o s de a q u e l l o s q u e h a b í a n p r o p i c i a d o la v i c t o r i a ; al c a b o de un tiempo se ¡rució
la r e c o n s t r u c c i ó n y se i n s p e c c i o n a r o n las d i f e r e n t e s iglesias para ver el estado en que se
h a l l a b a n , y se d e s c u b r i ó q u e los narcos, a n t e s de p o n e r la c a l , se habían lanzado contra
las efigies de los p e r s o n a j e s s a g r a d o s , g o l p e á n d o l e s e n los ojos « c o m o si hubieran sido
personas v i v a s » 1 0 2
- C o m o h a n s u b r a y a d o a m e n u d o los estudios de D a v i d Frecdberg,
esa a c t i t u d , q u e los t u r c o s h a b í a n m o s t r a d o i n c l u s o m á s a m e n u d o e n la fase de las con-
quistas o t o m a n a s , t e n í a s ó l i d a s r a í c e s p s i c o l ó g i c a s y es f r e c u e n t e , hasta el día de hoy, en
los e p i s o d i o s de v a n d a l i s m o c o n t r a las o b r a s de a r t e ' . 1 0
1 0 0
I o n lia tt uta. Voyages d'ílm Batoutah. icxto árabe acompañado de una traducción de C. DefrémeryyB.R.
Saiiguiiictü, París, 1853-1 « 5 8 . vol. I V , pp. 355-356. S ó b r e l a iconografía de M a h o m a , "Alí y Hussein, cfr. M. V.
F o i i u u i a , Iconografía dell'^Abl al-tlayt' Irnmagtni di arfe persiana dal XII al XX secólo. Ñapóles, 1994.
101
C o n t i n u a d o r de T u d c b o d o . Historia peregrmonim, cap. L X I , en Recaed des hisioriens des Croisades. Han-
nens Ocadentaux, París, 1844-1895, v o l . 111. p. 195.
'"-'Alberto de A q u i s g r i n . Historia hierosofymitana, l i b r o V, cap. I , en S. de Sandoli ( e d ) , limera lliensolymi.
tana crucesignutorum (saee. Xll-XW), Jerusalcn, 1979-1984, v o l . I , p . 262.
" » D . Freedbcrg, Iconoclasts and Iherr Motives. Maarsscn, 1985; id.. The Power of Images. Studies tn tbeItuttrj
and Theory of Response. Chicago/Londres, 1989 fed. cast.: EJ poder de las imágenes. M a d r i d , Cátedra, 2009).
LA triOll SACKA V S U E S P E C T A D O R 217
Imágenes y lugares santos: el arte como elemento de la
topografía sagrada
La T i e r r a Santa q u e se v i e r o n g o b e r n a n d o los cruzados, estaba llena de lugares sagra-
dos comunes •> las tres r e l i g i o n e s a b r a h á m i c a s ; a m e n u d o , surgían u n o al l a d o d e l o t r o , se
c o n f u n d í a n ( incluso l l e g a b a n a c o i n c i d i r . L a presencia de las i m á g e n e s era, s i n n i n g u n a
duda, u n o d> I is p r i n c i p a l e s rasgos d i s t i n t i v o s q u e saltaba i n m e d i a t a m e n t e a los ojos de
musulmanes \ U b r e o s ; n o p o r casualidad al r a b i n o español Samuel bar S i m s o n , q u e v i -
n o Palestina < : i 1 2 1 0 - 1 2 1 1 , le m o l e s t ó la presencia de u n e d i f i c i o c r i s t i a n o en e l m o n t e
c los O l i v o s , | m i s m o l u g a r q u e S a l o m ó n había c o n t a m i n a d o c o n la c o n s t r u c c i ó n de
;
tirares ¡doldtrit i »s ( P r i m e r L i b r o de los Reyes I I , 7 ) y q u e J o s í a s había después p u r i f i c a d o
s e g u n d o Libi i» de los Reyes 2 3 , 1 5 ) - , p e r o a la ve?. le c o m p l a c i ó c o n s i d e r a r c ó m o aque-
i tierra sagrada n o había s o p o r t a d o las estatuas d e p i e d r a q u e los n o circuncisos habían
ngido allí, h a c i é n d o l a s d e r r u m b a r j u n t o a la entera iglesia de la A s c e n s i ó n 104
. E n esta
utud estábil c o m p l e t a m e n t e d e a c u e r d o c o n la t e n d e n c i a d e l p e n s a m i e n t o hebreo q u e
conocía e n la f i g u r a c i ó n r e l i g i o s a u n a desagradable práctica supersticiosa; baste aquí
rocar e l pasaje d e l « í d o l o m o n s t r u o s o » q u e Y e h u d a b e n D a v i d h a - L c v i (hacia 1 1 0 7 -
I S I ) . m.is c o n o c i d o c o n el n o m b r e c r i s t i a n o de H e r m a n n de C o l o n i a , r e c o n o c i ó e n una
p r e s e n l a u ó n del c r u c i f i j o 1 0 5
.
Los a m o r e s m u s u l m a n e s , a s u vez, a u n q u e aprecian el d e c o r o de los edificios sagrados
•le los c r i s t i a n o s d e O r i e n t e desde u n p u n t o de vista e s t é t i c o , n o p u e d e n p o r m e n o s que
h o r r o r i z a r s e c u a n d o c o n s t a t a n q u e la d i g n i d a d de u n l u g a r suyo de c u l t o ha sido a r r u i n a -
i l j p o r los infieles c o n la i n t r o d u c c i ó n de obras figurativas; e n general, se revelan i n t e r e -
sados por la p i n t u r a d e ascendencia b i z a n t i n a y m u e s t r a n u n a susrancial aversión hacia la
d e c o r a c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a y las estatuas t r i d i m e n s i o n a l e s usadas p o r los conquistadores
francos. L a C ú p u l a de l a Roca y la m e z q u i t a al-Aqsá de J e r u s a l é n , q u e , para desconcierto
de t o d o el i s l a m , h a b í a n s i d o c o n v e r t i d a s e n iglesias p o r los cruzados en el siglo x u , a l o -
jaban n u m e r o s a s i m á g e S n e s sagradas q u e n o dejaban de suscitar fuerte c o n t r a r i e d a d e n -
tre los p e r e g r i n o s á r a b e s y persas. U n o de ellos, 'TJsama b e n M u n d i q h , q u e d ó t u r b a d o
p o r la presencia e n el t e m p l o de mía i m a g e n de la V i r g e n c o n e l N i ñ o . E n el m o m e n t o
de la r e c o n q u i s t a de las ciudades cruzadas, u n o de los actos s i m b ó l i c o s de r e a n i m a c i ó n
de d o m i n i o estaba r e p r e s e n t a d o , e n las iglesias r e c o n v e r t i d a s e n m e z q u i t a s , p o r la des-
trucción de las estatuas de C r i s t o y su sustitución p o r u n mibrab .106
P o r el c o n t r a r i o , los visitantes cristianos se sentían especialmente atraídos p o r las
i m á g e n e s q u e d e c o r a b a n los p r i n c i p a l e s e d i f i c i o s de c u l t o de Palestina. Para los p e r e g n -
nos. e n v i r t u d de s u t r a t o c o n las Sagradas E s c r i t u r a s , se hacía especialmente r e v e l a d o r
F - . Oinnoly, Itinéraires de la Terre Samte des xuf. ATI*. AT, XVf et Xi'lf siède, rraduâs de l'hébreu, Bruselns,
101
IS47, p. 128.
101
J.-C. Schmitt, - L a question des images dans les débats entre Juifs cr Chrédeus au xn siècle», en S. c
BurghartT. (ed.). Spannungen und Widerspruche. Gcdenkschriftfur Frantück Gntia, Sigmanngen, 1992. pp. 245-
254-
"*Para estos y otros eiemplos, cfr. C. Hillenbrand, Tbe Crusades, blamic Perspectives, Edimburgo, 1999. pp.
285-291 y 308.
218 AnTfc t HISTORIA ES LA Ü.DAD M l D H 111

LA EFlGit SACHA v s u ESPF.CTAnon

encontrar una c o n f i r m a c i ó n figurativa d e l o s p r o p i o s c o n o c i m i e n t o s e n l o s lugares mis-

mos que habían sido t e a t r o d e la h i s t o r i a b í b l i c a y e v a n g é l i c a - L a v i s i t a d e l S a n t o Sepul-
cro estaba marcada p o r u n a s e r i e d e e s c e n a s q u e r e m i t í a n a Los m o m e n t o s d e la Pasión.a
p a n i r del mosaico de la A n a s t a s i s ( d e s c e n s o a l o s I n f i e r n o s ) . ( i c r t e n c c i e n t c a la recons-
trucción b i z a n t i n a d e 1 0 4 8 - 1 0 4 « , q u e e n época cruzada (hacia 1149) f u e reutilizado
c o m o imagen e p ó n i m a d e l e d i f i c i o d e d i c a d o a l r e c u e r d o d e |a R e s u r r e c c i ó n e n el nuevo
ábside o r i e n t a l de la R o t o n d a " . P a r a q u i e n e n t r a b a e n l a c a p í I la d e l S e p u l c r o , las repre-
1 0

sentaciones del e n t i e r r o y d e las p i a d o s a s m u j e r e s r e m i t í a n i n m e d i a t a m e n t e a los hechos

que allí se habían c o n s u m a d o ; u n a v e z e n t r a d o e n e l l u g a r • l e í C a l v a r i o , e l devoto no
tardaría e n r e c o n o c e r l o s e p i s o d i o s p r e c c . : m e s d e la C r u c i f i x i ó n y e l Descendimiento.
La función ilustrativa de l o s m o s a i c o s esi ' a d e m á s , r e f o r z a d a p o r e l e g a n t e s inscripcio-
nes launas que e x p l i c a b a n e l c o n t e n i d o c ¡han a l o s o b s e r \ a d o r e s al recogimiento;b
efigie de C r i s t o c r u c i f i c a d o , q u e se í e p e t ! n í a s p u n t o s , i n t e n t a b a e v i d e n t e m e n t e susri-
tar la participación e m o c i o n a l d e l o s p r e - . c o m o s u g e r í a n l o s v e r s o s q u e acompaña-
ban a una que decoraba la p u e r t a e x i s t e r • • e l c l a u s t r o d e l< is c a n ó n i g o s y la iglesia *. 1

N o obstante, estas i m á g e n e s p o d í a n a s u m i v a l o r e s p i r i t u a l m á s e v i d e n t e e n \-irtudde

su implicación, a d e m á s de e n e l e s p a c i o . . m p o s a g r a d o , o b i e n e n l o s eventos ritua-
Fijnir.i II) I IONIOS Lukas iGrecia), batbolikon, nanex. Crucifixión, mosaico, ea. 1050.
les más i m p o r t a n t e s d e l a ñ o l i t ú r g i c o ; e l . d o S a n t o , q u e e n l a b a s í l i c a d e l S a n t o Sepul-
cro asumía e v i d e n t e m e n t e u n v a l o r ÉXCCJ m a l . c u l m i n a b a c a d a a ñ o c o n la ceremonia
ortodoxa del « f u e g o s a g r a d o » , q u e c o n s i s t í a e n e l m i l a g r o d e u n a v e l a q u e se encendía de
( l i t . . . o b j e t a n d o q u e p o r la E s c r i t u r a se sabía q u e el p r o g e n i t o r había sido s e p u l t a d o e n
forma espontánea; p o r l o q u e n o s c u e n t a U n a r ú e n t e c r u z a d a d e l s i g l o x i l l , e l r a y o desoí I l e b r ó n . C o n t r a la i d e n t i f i c a c i ó n m á s c o r r i e n t e , p r o p o n í a i n t e r p r e t a r este detalle c o m o
que a la hora n o n a i l u m i n a b a e l b r a z o d e l a r c á n g e l C í a b r i e l . p i n t a d o e n e l c i b o r i o que una r e f e r e n c i a a l e g ó r i c a a la v i c t o r i a d e l S a l v a d o r r e s u c i t a d o :
dominaba el lugar de la s e p u l t u r a d e C r i s t o , m a r c a b a el i n i c i o d e a q u e l prodigio 1 0 9
-
L a función m n e m ó n i c a d e las i m á g e n e s e n l o s e d i f i c i o s d e T i e r r a S a n t a e r a m u y apre- Por lo tanto, con el rostro h u m a n o deformado que se suele poner bajo los pies de la
ciada p o r los p e r e g r i n o s . G r a c i a s a e s t o s r e c l a m o s « i n p i c t u r a e t supercriptione»,Juande C r u z se quiere indicar la m u e r t e y su destrucción, según las palabras del Señor: Oh muerte,
seré tu muerte, o bien «tu destrucción»-" . 1

Würzburg, que visitó P a l e s t i n a a l r e d e d o r d e 1 1 6 0 , f u e c a p a z d e v e r i f i c a r la asociación de

los lugares de c u l t o c o n l o s s u c e s o s d e l a h i s t o r i a s a g r a d a y d e e n c o n t r a r u n a respuesta
A su v e z , c o n la a t r a c c i ó n e s c n t u r a l y d e v o c i o n a l se m e z c l a b a n c u r i o s i d a d y aprecia-
convincente a ciertos d e t a l l e s q u e e n l o s t e x t o s s e g u í a n a m b i g u o s : l a p r e s e n c i a de doce
ción e s t é t i c a . S e g ú n G u i l l e r m o d e T i r o , e l m i s m o G o d o f r e d o de B o u i l l o n estaba t a n
figuras e n el mosaico d e P e n t e c o s t é s , e n la i g l e s i a d e l m o n t e S i ó n , l e e n s e ñ ó , p o r ejem-
fascinado p o r las iglesias y sus o r n a m e n t o s q u e , una vez t e r m i n a d o s los o f i c i o s , n o quería
plo, que tal debía de ser ya e l n ú m e r o d e l o s a p ó s t o l e s c u a n d o b a j ó s o b r e e l l o s el Espíritu
nunca irse, s i n o q u e p e d í a e x p l i c a c i o n e s a los curas y « a a q u e l l o s q u e parecían t e n e r algún
S a n t o " . E v i d e n t e m e n t e , la a s o c i a c i ó n c o n l o s l u g a r e s m á s s a g r a d o s d e l m u n d o crisoano
0
c o n o c i m i e n t o » s o b r e cada i m a g e n y p i n t u r a c o n la q u e t o p a b a , hasta e l p u n t o d e causar
garantizaba a estas r e p r e s e n t a c i o n e s u n c a r á c t e r n o r m a t i v o ; d e l a o b s e r v a c i ó n de las es- n o t a b l e f a s t i d i o a los p r o p i o s c o m p a ñ e r o s d e a n n a s q u e , p o r su c u l p a , t e r m i n a b a n p o r
cenas que representan los p r i n c i p a l e s a c o n t e c i m i e n t o s evangélicos, l o s v i s i t a n t e s más llegar t a r d e a c o m e r y e n c o n t r a b a n la c o m i d a ya f r í a " . D e i g u a l m a n e r a que J u a n de
2

sagaces podían o b t e n e r e s t í m u l o s s u f i c i e n t e s d e r e f l e x i ó n s o b r e e l s i g n i f i c a d o de ciertas W ü r z b u r g , e l p e r e g r i n o T é o d o r i c o (hacia 1169) d e b í a de estar a n i m a d o p o r u n i n t e r é s n o

iconografías t r a d i c i o n a l e s ; e l m i s m o J u a n , a n t e la C r u c i f i x i ó n e n l a c a p i l l a d e l Calvario, m e r a m e n t e r e l i g i o s o c u a n d o r e d a c t ó sus detalladas d e s c r i p c i o n e s de los e d i f i c i o s de T i e -
rra Santa, q u e n o s o f r e c e n i n c l u s o la t r a n s c r i p c i ó n de las i n s c r i p c i o n e s m á s i m p o r t a n t e s
se planteó el p r o b l e m a d e la l e g i t i m i d a d o n o d e l a i n s e r c i ó n e n l a c o l i n a b a j o la c r u z - r e -
y s i g n i f i c a t i v a s . F u e , p o r e j e m p l o , c o n estos t é r m i n o s e x t r e m a d a m e n t e puntuales y suge-
presentación d e l G ó l g o t a ( f i g . 1 0 ) - d e la c a l a v e r a de Adán, b a u t i z a d o p o r la sangre de
rentes c o n los q u e se e x p r e s ó s o b r e los m o s a i c o s d e l a r c o t r i i i n f a l de la R o t o n d a y de las

"J. Folda, The An of the Crusaders m the Holy Land, 1098-11X7. C a m b r i d g e . Mass.. 1995. p. 230.
,D

""Tcodurico, Libellas de lotis Sanctis, cap. I X , en K . l i . C . H u y g t m s ( u d . ) , Percgrtnatiottes tres. Saevulf,]ih
afWñrzburg, Thfodericus. Tumholt, 1994, p. 153; en la inscripción p o n í a : « A s p i c e q u i transis, quia tu roilu
causa dolons: / pro cc passus I U , pro me tu noua vita».
'" ¡Ind., pp. 118-119. El anónimo continuador francés de Guillermo de "Uro, llamado llothelin, observa cómo
el detalle iconográfico constituye una peculiaridad de los crucifijos producidos en Tierra Sanra; Anónimo de
Rotlielin, «Les saines lieux et le pelegrinagc de la ierre», en Saildcli (éd.), Itinera bierusvlymitana, cit., vul. IV, p. 40.
" Guillermo de Tiro. Historia Hiercsolymitana. libro IX. cap. TI, cd. R. B- C Huygcns, Tumholt, 19S6, p. 423.
1

m
Anónimo de KotbcJin, ta sainte até de Iberusalem, en Recueil, c i t . , v o l . I l , p . 508.
"°Juan de Wùraburg, -Idncrario», en Peregrination es tres, c i t . , p . 127.
 9?

220 ABT* Í HISTORIA F. N LA E D A D A I C U I A 111

L A F.FK.IF. S A T R A V S U P . S P E C T A D O H 221
paredes adyacentes, q u e se r e m o n t a n c o n t o d a p r o b a b i l i d a d a I a r e c o n s t r u c c i ó n de Cons-
tantino M o n ó m a c o en los a ñ o s c u a r e n t a d e l s i t ó l o x i :

En verdad, la sección de ta p a r e d q u e e s t á i n t e r p u e s t a e n i i t* e l o r d e n m e d i a n o y el su-

penor resplandece en su técnica m u s i v a n a c o n u n e s p l e n d o r i n c o m p a r a b l e , mientras que
en el lado troncal del c o r o , o sea, s o b r e e l a r c o d e l s a n t u a m •. -e r e c o n o c e puñado, con li
misma técnica pero de época a n t i g u a , e l N i ñ o J e s ú s h a s t a e l o m b l i g o , esplendido en su
rosno alegre y pueril; a la i z q u i e r d a se e n c u e n t r a s u A l a d r e , i la d e r e c h a , e n cambio, el
arcángel Gabriel que profiere el m u y c o n o c i d o s a l u d o . Ave .\ tarta gratín plena, dowtmtsit-
oim, benedicta tu in mulieribiis et bemAY ... actas Vcntris tu i. CSl< s a l u d o está escoto en latín
y en gnego alrededor del m i s m o Se l i s t o . M á s a d e l a n t e , e n e l l a d o derecho, esun
pintados en orden, con la misma téchj s d o c e a p ó s t o l e s . . . u l a u n o c o n u n rollo (aifo-
gw) relativo a los místenos cristolójru n i e n m e d i o , s i n e m b a r g o , e l emperador Cons-
tantino, por el hecho de que, juntó a l . c E l e n a , f u e e l f u n d a d o r d e a q u e l l a iglesia, esta
en una ventana no m u y encajada en i I v e s t i d o c o n u n a nabea c o n magnificencia real.
Detrás de los apóstoles está represen: i n i r a b l e m e n t e t a m b i é n san M i g u e l . Sigue por
el lado izquierdo la serie de los dot.c \ t?s, cada u n o d e l o s c u a l e s d i r i g e la mirada hacia
ese hermosísimo Niño; ellos espcciin . los p r o f e c í a s q u e . i n s p i r a d a s p o r É l , sujetan en
las manos [consignas en los r o l l o s ) . E n u . - d e e l l o s , e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n e l hijo, esta
magníficamente representada la r e m a santa Elena

P o r l o que se veía, e l p e r e g r i n o c o m p r e n d í a l o s t e m a s ( a u n q u e c o n a l g ú n e r r o r " ) , 4

seguía las indicaciones dadas p o r la e p i g r a f í a , p e r c i b í a l a s c o r r e s p o n d e n c i a s internas y Figura 11. Torcello tVenecia). catedral de Sane:) Mana Assunta, contra fachada. Juicio Universal,
transversales de la c o m p o s i c i ó n , v a l o r a b a l o s a s p e c t o s t é c n i c o s , r e c o n o c í a la mayor o mosaico, siglo xn.
m e n o r anugúedad de los m o s a i c o s , a p r e c i a b a s u c a l i d a d y q u e d a b a f a s c i n a d o . Se trataba
de una experiencia q u e , c i e r t a m e n t e , e s t a b a e s t i m u l a d a y o r i e n t a d a p o r la excepcionali- belleza d e l p a v i m e n t o y d e l t e c h o p l ú m b e o , q u e s u p e r a b a n c o n m u c h o c u a l q u i e r e d i f i -
dad del lugar, p o r la r e l a t i v a a u r a de e x o t i s m o q u e l o r o d e a b a y p o r e l n ú m e r o de refe- c i o de E u r o p a " . 5

rencias a la narración e v a n g é l i c a q u e e r a c a p a z d e s u s c i t a r ; s i n e m b a r g o , p e r t e n e c í a ya L a s o b r a s de a r t e d e las iglesias tic 1 ' i e r r a Santa, s i n d u d a , l l e v a b a n ventaja a los ojos
con pleno derecho, y a t o d o s l o s e f e c t o s , a la e s f e r a d e l g o c e e s t é t i c o . P o r o t r a parte, los de los fieles p o r p a r t i c i p a r d e l a u r a d e s a c r a l i d a d , a u t o r i d a d y l i m i n a l i d a d de la que estaba
peregrinos, a u n i m p r e s i o n a d o s y e m o c i o n a d o s p o r e s t a s i m á g e n e s , n o d e j a b a n de reco- revestida la m i s m a t o p o g r a f í a de P a l e s t i n a y de los d e m á s t e r r i t o r i o s ( c o m o G a l i l e a y
nocer la belleza que las c a r a c t e r i z a b a a l i g u a l q u e a l o s d e m á s o r n a m e n t o s preciosos de E g i p t o ) d o n d e J e s ú s d e N a z a r c t y sus d i s c í p u l o s h a b í a n v i v i d o y p r e d i c a d o . E n estos l u -
gares e x t r a o r d i n a r i o s , las i m á g e n e s p e r m i t í a n i l u s t r a r los episodios d e l r e l a t o evangélico
los edificios sagrados, i n c l u s o c u a n d o , e n e l p e r i o d o m a m e l u c o , se h a b í a i n i c i a d o su
que, p r e c i s a m e n t e , h a b í a n t e n i d o l u g a r e n ese p u n t o y evocar a personajes que habían
inexorable decadencia; p o r e j e m p l o , f r a y A n t o n i o R e b o l d i d e C r e m o n a , e n Palestina
s i d o p r o t a g o n i s t a s d e esos m i s m o s e p i s o d i o s . E n t o d o s l o s casos, i n c l u s o d o n d e éstos n o
entre los años veinte y t r e i n t a d e l s i g l o x i v , c o n f e s ó q u e se h a b í a q u e d a d o p r o f u n d a m e n -
estaban presentes, la f a n t a s í a d e l o s p e r e g r i n o s los r e c o n o c í a e n perfiles apenas i n s i n u a -
te impresionado p o r las i n e s p e r a d a s c u a l i d a d e s « t e m p o r a l e s » d e l a b a s í l i c a de Belén,
dos, c o m o las vetas d e l m á r m o l o las m a r c a s e n la r o c a , casi c o m o si h u b i e r a n sido p r o -
como la variedad y la airiositasáe las p i n t u r a s , l a s e c u e n c i a s i m é t r i c a d e l a s c o l u m n a s , la
ducidas c o n esta finalidad p o r la m a n o i n v i s i b l e de D i o s ; h a b í a q u i e n r e c o n o c í a a C r i s t o
en u n r e l i e v e de la a c t u a l m e z q u i t a de O r n a r o s o b r e u n a r o c a c o n o c i d a c o m o « S a l t o s
D o m i n i » e n N a z a r e t ; a san J e r ó n i m o , s o b r e e l a l t a r m a r m ó r e o de la C a p i l l a d e l P o r t a l e n
''Hcodonco, jLr'Mfcw de loas sanáis, cap. Y % en Peregrinanunes tres, c i t - , p . 150. Sobre el programa de los Belén; e l c u e r p o de santa C a t a l i n a , e n u n a p i e d r a q u e d o m i n a b a la cuna d e l G e b e l K a -
mosaicos, cfr. Fulda, The Art ofthe Crusaders, c í e , p. 231, sobre el v a l o r de l3S descripciones de Tcodorico, C
%ioet,Tbeodencbs Libdlus de toas sanáis (ca. H69~l 174). Arehitekturlieschreibungen eines Pilgers, en G . Kerschcr
(ed.), Hßgiegrapkic und Kunst. Oer Heiligenlcult in Schrift, liild und Architektur. r i e r l i n , 1993, p p . 213-239.
Antonio de' Reboldi, ¡tinerarium ad sepulchrum Domini ¡1326, ¡330], cd. R. Röhricht, Zeitschrift des
M u y probablemente identificó como una Ascensión el mosaico que representaba el Descenso a los In-
1,4

deutseben Palästina-Vereins XJU (189Ü). pp. 153-174, en concreto 160.

fiernos (Anisuiis); cfr. B. Zeitler, «Cross-Culrural Intcrprctauons o f I m a g e r y i n tbe M i d d l e Ages», An Bulk-
tin LXXVI (1994), pp. 680-694, en concreto 690-693.
222 ARTE t R I S T O VI A rs LA I ' D A U A I I D I A |||

trin, en el S i n a í " - L a i m a g i n a c i ó n , e n c u a l q u i e r m o d o , v e n i a a c o l m a r las «lagunas» del

6

paisaje sagrado, a rarificar el d e c o r o , a e x p l i c i t a r e l c a r i s m a

Puesto que se creía que C r i s t o se c o m p a r e c e r í a c o n l o s a p ó s t o l e s , a l final de los tiem-
pos, en el huerto de G e t s e m a n i , l o s d e v o t o s t e n í a n l a c o s t u m b r e d e visitar ese paraje
suburbano de Jcrusalén m a n t e n i é n d o s e e n e l l a d o d e r e c h o , ^ d e c i r , la p a r t e (a la derecha
de Dios, es decir, a la izquierda d e l o b s e r v a d o r ) reservada 11 a d i c i ó n a l m o tile a los justos
en la escena del Juicio F i n a l ( ñ g . 11) y r e p i t i e n d o c o n t i n ú a n , m e la i n v o c a c i ó n «Jesucns- DEVOCIÓN
to, dépmc estar de esta parte, a m í y a m i s p a r i e n t e s » 1 1
1 n e l paisaje real de Tierra
Santa se proyectaba así, s o b r e la base . l e la p r o p i a e x p e n e m • figurativa, • i espacio ideal Michele Bacci

modelado s o b r e los esquemas i c o n o g r . i h c u s t r a d i c i o n a l e s . l o s c u a l e s , i m unpocode

esfuerTO. los peregnnos p o d í a n p o r u n d í a s e n t i r s e p r o t a g < • u s t a s .

t e r m i n o devoción a l u d e a u n a experiencia de l o sagrado distinta de la que se expresa a

m
P a r a estos acontecimientos, cfr. Bacci, //pcnnello dell'Evangelista,
"'Niccoló da Poggibonsi, labro d'Olirarnare (¡546-1350), c a p . L X X X I , e n A . Lanza y M . Troncarci:'.
PtUtgrpu untton. Vtaggiatori loicani del Trecenio in Terrasanta, F l o r e n c i a , 1 9 9 0 , p . 73.
D de las f o r m a s rmiab/adas de la l i t u r g i a y que, p o r definición, no puede prescindir de la
m< i i ¡ón de u n sacerdote; e n e l acto d e v o c i o n a l se manifiesta, en concreto, el deseo de cada
indi >luo, y t a m b i é n de g r u p o s f a m i l i a r e s , c o r p o r a c i o n e s y comunidades enteras, de mante-
n c i v i n a relación p r i v i l e g i a d a c o n la esfera de l o d i v i n o , de relacionarse directamente c o n al-
gún, ix protagonistas de la fe, de ligarse a ellos para conseguir beneficios y ventajas en el
m u n d o t e r r e n a l así c o m o , sobre t o d o , e n el más allá.
l'ara o b t e n e r t o d o eso, es al d e v o t o al q u e le toca d a r el p r i m e r paso. Deberá demostrar a
su i n t e r l o c u t o r celcsri.il q u e sigue u n a c o n d u c t a d i g n a , q u e renuncia al pecado, que se h u m i -
lla, que se pone c o m p l e t a m e n t e a s u s e r v i c i o , en una palabra, q u e le ofrece la p r o p i a persona
(este es el g e n u i n o s i g n i f i c a d o del t é r m i n o devoción, que deriva del verbo devoveo, « h a g o
voto», « m e o f r e z c o » ) . Si e n la T a r d o a n r i g u e d a d esta relación se entendía en términos de
amiii/i. q u e unía al p r o t e g i d o c o n su patronos, e n e l transcurso de la Edad M e d i a , c o n el cam-
bio de la e s t r u c t u r a s o c i a l , se e n t i e n d e sobre i o d o c o m o u n estado de sumisión, c o m o el que
une el siervo al p a t r ó n , el vasallo al s e ñ o r o el m o n j e al abad; en el acto de subordinarse, cada
uno obtiene a c a m b i o , al igual q u e el fiel a n t e su i n t e r l o c u t o r sagrado, protección y salvación.
Este t i p o de ideas hace q u e la o r a c i ó n , la súplica, la petición de beneficios terrenales y
cspintuales se c o n c i b a n c o m o u n acto b i l a t e r a l , c o m o una f o r m a de diálogo e intercambio
entre el personaje sagrado y sus fieles, q u e se i d e n t i f i c a n t a n t o c o n grupos de personas c o m o
con cada i n d i v i d u o . Para q u e la r e l a c i ó n e n t r e estos dos planos diferentes de la realidad pueda
darse, se hace necesario el uso de objetos capaces de encarnar a los interlocutores celestiales
a los que se d i r i g e n los d e v o t o s ; a t a l fin se dedican sobre t o d o las imágenes, que c u m p l e n esa
misión de manera m á s eficaz q u e las r e l i q u i a s y los lugares de peregrinación.
Es e n el á m b i t o b i z a n t i n o d o n d e las efigies sagradas se i m p o n e n , p o r primera vez, c o m o
parte c o n t r a r i a p r i v i l e g i a d a de la o r a c i ó n pública y p r i v a d a . Especialmente, en la época pos-
terior a la q u e r e l l a iconoclasta ( 7 3 0 - 7 8 7 y 8 1 5 - 8 4 3 ) se d i f u n d e e n diferentes contextos el re-
curso a los iconos c o m o s í m b o l o s c o m p a r t i d o s , que sirven para estrechar los lazos entre una
c o m u n i d a d y u n p a t r ó n celestial y, al m i s m o tiempo, consolidar tas relaciones intcrpcrsonales
d e n t r o del g r u p o . L a c o m p l e j a rituaUzación d e l c u l t o de la H o d i g h i t r i a en Constantinopla,
por e j e m p l o (lám. 1), r e s p o n d e a la v o l u n t a d de renovar c o n t i n u a m e n t e , a través de la proce-
sión semanal d e l i n a n e s , la relación p r i v i l e g i a d a que m a n t i e n e n la ciudad, la corte y el i m p e -
c i u , p p . 222-12$. rio con la V i r g e n M a r í a .
 A.HTE i HisroRi» i>. i » E D A D M E D I A I I I
224
225
Las ventajas que d e r i v a n d e u n a r e l a c i ó n t a n e s t r e c h a c« n i M a d r e d e D i o s se pueden
reconocer, claramente, e n c i e r t a s s i t u a c i o n e s d e e x t r e m o p e h g n - u n o l o s asedios, cuandob
población, atemorizada, se r e ú n e a l r e d e d o r . l e l a i m a g e n p ¿i r a i p l o r a r la a y u d a celestial. El
ropos del icono que rechaza los a t a q u e s d e l o s e j é r c i t o s e n e m i g o s 1 . o c i a d o e n o n g e n a la pro-
pia Hodighirxia, y u t i l i z a d o c o n p o s t e r i o r i d a d «.n i n c i i n i a l i l e s r< ís d e O r i e n n \ Occidente
(lárns. 2-3). ¡lustra de m o d o e l o c u e n t e e l m e c a n i s m o s e g u i i e l c u i s u p l i c a pas.1 ai p r o t o t i p i
(desde lo baio hacia l o a l t o ) a t r a v é s i l e l a p e t i c i ó n a l a i m a g e n i p e t i c i ó n es 1 • needida me-
diante intervención d m na p o r m e d i o d e l a i m a g e n m i s m a , q u e s n i m u y pone le manifiesto
la acción del patrón u l t r a t e r r e n o e n e l c a m p o i I t b a t a l l a .
E n general, es a p a r a r d e l x i c u a n d o itunden lugares u l t o e n 1">s • i e la imagen
consntuvc el e l e m e n t o p r i n c i p a l d e u n fi 1 11 n o d e vcner.iii» n u b i t e a ; e n 1 á m b i t o de la
peregnnacion en el P r ó x i m o O r i e n t e , e l tcni»«le Saidn.n 11 S i n a , q u i coge la tabla
«encarnada» de la V i r g e n , c o n s o n i v i - > I dad Media un 1 • s i n g u l a r , n cuantoque
su fama va unida, e x c l u s i v a m e n t e . .1 LUI r u t a rav o e n l u ; j . ie a la m e i m n ia de un epi-
sodio evangélico o a la presencia d e relie] rpos sanios iI. 4 ) . l i s i m p o r t a n t e señalar
que el contexto m o n a s u c o t i e n d e a e n l \ alor cultual \ . \ u t M i n a i d e las imágenes,
tanto a través de la p r o m o c i ó n de o b j i de cuahdade- 1 u m a r ù r g i c a s , c o m o desti
implicación en las prácticas c o m u n e s (
1 K-de oración
El aura de sacralidad c o n q u e e s t á n las r e p r e s e n i . i i i o n e s r e l i g i o s a s procede, se-
gún b interpretación de l o s fieles, d i n i r e s . p o r u n l a d o , se e s i á c o n v e n a d o de

que pueden evocar e f i c a z m e n t e la p r e - , n r s M n j | c s s a g r a d o s ; p o r o t r o , se considera

que reproducen exactamente sus facen m d e s ( h a s t a e l p u n o » d e h a c e r p o s i b l e su reco-
nocumento, lám. 6 ) ; p o r ú l u m o . se c o n i i g n a s t l e r e s p e t o p o r s u a s o c i a c i ó n con los
edificios de c u l t o . Su i n c l u s i o n cada vea n H r o s a , e n t r e l o s s i g l o s x i y x i v . e n las decora-
ciones de las iglesias hace que se pereil»an I c m c m o s f u n d a m e n t a l e s d e estas, capaces de
hacer visibles a C r i s t o , la V i r g e n y l o s . . is
15 l u g a r e s m i s m o s e n l o s q u e s o n venerados y
conmemorados. E n t r e los siglos x m \ \ 1 . i i t l e n t e s e h a c e m u y f r e c u e n t e la colocación
de una estatua o de una tabla p i n t a d a e n l< 1 t a r e s ( s e g ú n u n u s o «leí q u e se vislumbranlos
primeros indicios en e l O r i e n t e l a t i n o d e l s i g l o M I ) , la a s o c i a c i ó n e n t r e l a e u c a r i s t í a >• la efigie,
ritualizada a través de una c e r e m o n i a de ei i n s a g r a c i ó n , se d a d e t a l m a n e r a p o r descontada que,
según u n apólogo t r a n s m i u d o p o r las Gantteas d e M f o n s o X e l S a b i o , h a s t a l o s animales lo
saben (lám. 8).
El titulo del altar se hace e x p l í c i t o p o r e l o b i e t o f i g u r a t i v o , q u e s u g i e r e la presencia y la
participación en el r i t o del p e r s o n a j e a q u i e n se r i n d e h o n o r , la i m p l i c a c i ó n e n la vida linírgi-
ca favorece, a su vez, el a g r a d e c i m i e n t o p o r p a r t e d e l o s b e l e s y e l d e s a r r o l l o d e prácticas de
mediación y veneración e n r e l a c i ó n c o n la i m a g e n . E n l a B a j a K d a d M e d i a esta ultimase
impone como la c o n t r a p a n e p o r a n t o n o m a s i a e n la a c t i v i d a d i n d i v i d u a l d e la o r a c i ó n . Ante
esta última, el devoto se c o m p o r t a c o m o a n t e u n a p e r s o n a d e c a r n e y h u e s o : d e l a n t e de ella se .\l.irko\ M i n i a s i ir ( B u l g a r i a ) . Kiitbotikon, estrofa 24 del Akashistus, fresco, séptimo-noveno de-
arrodilla, se h u m i l l a , se g o l p e a e l p e c h o , p r o n u n c i a l a s f ó r m u l a s d e v o t a s a y u d á n d o s e con un cenio del sigiu x i v .
arntlum praecatonum. d e r r a m a p r o f u s a s l á g r i m a s , se d e s e s p e r a , s e r e g o c i j a , s i e m p r e mante-
niendo la mirada fiia en ella, c o n e l d e s e o i n e x p r c s a d o d e v e r l a c o n d e s c e n d e r a sus peticiones. \ partir de siglo \ i d gran icono de la Virgen María, comentado en el monasterio de los I lodcgoi (liicrnl-
La intensidad de la e x p e n e n c i a e m o c i o n a l , q u e se m a n i f i e s t a e n l a s p r á c t i c a s de devoción ntenic. -guia*-) y considerado «le mano del evangelista Lucas, se impune tomo el mus importante objeto
privada, produce e n e l e s p e c t a d o r d e la e f i g i e s a g r a d a u n e f e c t o d e r e f l e j o ; t i e n e la sensación de culto de Constan uno pía. su fama pronto traspasa los confines del Estado bi/anuno y llega a Occidente.
Rus y < )neme Próximo, donde st difunden relatos sobre sus cualidades umiiuiúrgicas. iiivesddo con la
(que la iconografía puede, c o n v a n a s a r t i m a ñ a s , c o n t r i b u i r a s u g e r i r ) d e v e r a l o s rrúsmísimos
auténtica función de «paladión» de la ciudad y del imperio, el icono se utiliza para representar, mediante
interlocutores celestiales p l e n a m e n t e p a r t í c i p e s d e s u s a n s i a s y d e s u s t e m o r e s : v e a los santos
un complejo ritual, la relación privilegiada entre la Virgen y los habitantes de la capital búanuna. Cada
tomarse a pecho su s u e n e , o b s e r v a a la V i r g e n q u e - se a p i a d a d e é l y s e c o n v e n c e , en fin,de
martes se saca la imagen en procesión por las calles, acumpañada por «na multitud de clérigos y laicos, en
que Cristo, condescendiendo a su s ú p l i c a , se v u e l v e s o n r i e n t e h a c i a é l p a r a t r a n q u i l i z a d o )
el Iresco de Markov Monasiir destaca, por encima tic un palio cubierto por una tela lijada al borde inferior
concederle la Gracia.
de la tabla (ficdni), la Hodighitria mientras es exhibida ante el pueblo; en su extremo superior está el velo
que normalmente la cubre y que lia sido nl¿ado para la ocasión.
 Ami i ii i v i o m * »N i * E D A D M F D I A I I I
224

225
Las ventaias que derivan de u n a r e l a c i ó n t a n e s t r e c h a c o n l a M a d r e d e D i o s se pueden
reconocer, claramente, e n cierta*- > i t u a c n me-, d e e x t r e m o p e l i g r o , c o m o los a s e li >s, cuando la
pohbaon. atemorizada. SC r e ú n e a l r e d e d o r «ie l a i m a g e n p a r a i m p l o r a r la a y o d celestial. El
topas d e l icono que rechaza l o s a t a q u e - de l o s e j é r c i t o s e n e m i g o s , a s o c i a d o e n o ¡en a lapro-
pu Hodiehima. y u t i l i z a d o c o n p o s t e r i o r i d a d e n i n c o n t a b l e s r e l a t o s d e O r í en v Occidcnnr
llams. 2-3). ilustra de m o d o e l o c u e n t e e l m< . m i s m o s e g ú n e l c u a l la s ú p l i c a p i al prototipo
i desde l o haio hacu lo alto» a t r a v é s d e l a ] c i ó n a l a i m a g e n . I . a p e t i c i ó n es • . icedida me-
diante intervención divina p o r r n e d k ) d e n m i s m a , q u e s e a n i m a y pon e manifiesto
la acción del parrón ultratcrren»» e n e l > I Lilaila.
En general, es a p a r t i r d e l \ i c u . i n d e n l u g a r e s tic c u l t o e n lo*. ¡e la imagen
constituye el e l e m e n t o p n n c i p a l de • t i c v e n e r a c i ó n p ú b l i c a ; en imbito de la
peregnnacion en el l ' r o v i m o O n e n u n o d e Saulnaya. en Siria, q t i COgC la tabla
«encarnada-de la V i r g e n , c o n s t i r m t • l a d . M e d i a u n c a s o singular i cuanto que
su fama va unida, e x c l u s i v a m e n t e . 1
r a r i x o e n l u g a r de a l a m e n adeunepi-
S Í K I I O evangélico i> a la p r e s e n c i a d i l r p o s santos (lám. 4). E s i m p : L i m e señalar
que el contexto m o n á s t i c o t i e n d e 1 a l ó r c u l t u a l y d e v o c i o n a l d i las imágenes,
Canto a través de la promoción d i • le c u a l i d a d e s l a u m a t ú r g u . como de su
impbcacion en las pracncas c o m u n e s de oración.
E l aura de sacralidad c o n q u e c * t j i > r e p r e s e n t a c i o n e s religiosa procede,se-
gún i.» interpretación de los fieles t o r e s ; p o r u n l a d o , se esta convencido de
que pueden evocar eficazmente 1.« 1 rs«>na|es s a g r a d o s ; p o r o t r o , se considera
que reproducen exactamente SUS 1 1 (hasta e l p u n t o d e h a c e r piisible sureco-
nncuTuento. lam o í . p o r u l t i m o . s t j n a s d e r e s p e t o p o r su asociación con los
edificio-.de tul 1 0 Su inclusión «.ada \<. . s j . e n t r e l o s s i g l o s x i y x i v , en las decora-
ciones de las iglesias hace que s pe • t m e n t o s f u n d a m e n t a l e s de éstas, capa ees di
hacer visibles a C n s t o . la \"írgen y los lugares m i s m o s e n los q u e son venerados y
conmemorados E n t r e los siglos \ i n . . - l e n t e s e h a c e m u v frecuente la colocación
dt una esurua o de una tabla p i n t a d a 1 es ( s e g ú n u n USO d e l q u e se vislumbran los
primeros indicios n el O r i e n t e lauro
t . 1 1 . l a a s o c i a c i ó n e n t r e la eucaristía y la efigie,
nrealizada a través de una c e r e m o n i a L 11 »n. s e da d e tal m a n e r a p o r descontada que.
según un apólogo t r a n s m i t i d o p o r la-- ' ai, 1 le \ l f o n s o \ e l S a b i o , hasta los animales lo
saben flárn Hi
E l u t u l o del altar se h a n c x p h t n p o i i t q e t o f i g u r a t i v o , tpje s u g i e r e la presendayU
p a r u c i p j t i o n en el nt<» d e l personaji a q u i e n st. r i n d e h o n o r ; la i m p l i c a c i ó n en la vida litúrgi-
ca favorece, a su ve/, el a g r a d e c i n u e n t i > p o i p a r t e d e l o s Heles y el d e s a r r o l l o de prácticas de
mediación) veneración e n r e l a c i ó n c o n I . , i m a g e n K n l a B a j a KaJad M e d i a esta última se
impune c o m o la c o n t r a p a n t p o r a n t o n o m a s i a < n Id a c t i v i d a d i n d i v i d u a l de la oración. Ante
esta u l u n u . c l devoto st c o m p o r t a c o m o a n t e u n a p e r s o n a de- c a r n e y h u e s o : delante de ella se M.irkn\ \loiiasirr (Bulgaria), Ktttboliktm, estrofa 24 del Akntbistoi, fresco, sépumo-novenu de-
a r r o d i l b . se hunulla. se g o l p e a el p e c h o , p r o n u n c i a l a s f ó r m u l a s d e v o t a s ayudándose con un tenni del sigi*» \ I V
iir.nliim frjiiiit"'iiitu, d e r r a m a p r o t u s a s l á g r i m a s , se d e s e s p e r a , se r e g o c i j a , siempre mante-
niendo la mirada fi|a en ella, t o n e l d e s e o m e x p r e s a d o d e v e r l a c o n d e s c e n d e r a sus peticiones. X |»aiiir dfl M0M W gran i t o i m d e la Virgen María, consenado en el monasterio de lo* llodcgui (liicral-
La intensidad de la e x p e r i e n c i a e m o c i o n a l , q u e se m a n i f i e s t a e n las p r á c t i c a s de devoción 111. iitv. . eolias.) \ omsitkrado de mano del evangelista Lucas, se impone como el mas impórtame ob|cto
pmada. product en el espectador de la e f i g i e s a g r a d a u n e f e c t o d e r e f l e j o ; tiene la sensación de culta da < oii^i.iniinonla su |j|„j pronio traspasa los confines del Estado bizantino) Jlejra J Occidente.
K I M ' v 1 Hieiiu- Prounio. donde ve difunden relatos sohre sus cualidades 1 1 i i i ' i l u i r I ' K Imcsudo con la
(qut la icon'ígraha puede, c o n v a n a s a r t i m a ñ a s , c o n t r i b u i r a s u g e r i r ) d e v e r a los núsrmsirnos
JUi.niHj liUKion de -paladión- de la ciudad > del imperio, el icono ve unlif J pira representar, mediante
interiocutores celestiales p l e n a m e n t e parrjti|>c-s d e s u s a n s i a s y d e s u s t e m o r e s : ve a los samo-, un complejo ritual, la relación pnvdepada entre la Virgen y los habitantes .le la capital U/anona. Cada
lomarse a pecho *>u suene, observa a l a V i r g e n q u e s e a p i a d a d e él y se convence, en fin,dt •rum-v ve vaca la imam -n en procesión por las calles. atiKnpartada por una mulutud de elenjrm v laicos, en
que Cristo, condescendiendo a su s u p l i c a , se v u e l v e s o n r i e n t e h a c i a él para tranquilizarlo y el fresco «k- Markm Monjsiir destaca, por encima de un palio cubierto por una tela fi|ada al borde inferior
«k* la obla 1/. .... la } lodtphitna mientras es exhibida anie el pueblo; en tu r m e m o superior está el velo
tumcdvríc la GraCH
ajM normalmente la cubre > epac ha sido al/ado para la ocasión
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M |wir ( u r t e «lei elèttilodelpfMQ- » Jean l'iHelle. Mirai/e* Je Xotre Dame de C»juticr de Coincy. ci niil.igrn de (.hàteauroui. minia-
|K l U S u / t i j l " p l l U U U skilift • , ,,/ !-./,<> mra Milite p. • - ia I i M i

S. i-in« Ufi e ; - . ' ki>». mi i> i I I I I U I I j | t itivi»* « al « l t . nl< nt« m e d i c i ale-. l j < \ I I I I I H M*ll ili* u n i muL'in ci. li I .i in unii ii I.I i Insila una \ ai tante I K I H I I ' H I J I ili la li u m i i recopida i-n la lanini j .' Durante una atuun de

u n i i •InM ilv una «.tudj.l •»-• -iu.1 . . ..ii-.ni.,\ K mi J I H L I U M •• i n m m i n ni- < e-ti al« y u • > i|in- sirtc, por Mi boV (•in ri.i del rt \ ile It.inn.i rclipc II Augusti) ctintra e I emide de l'uiluu \ l'lingue II l'I.inugcnei (proliiilile-
paura invocai I-» ptotcvt i«jn di i i •• rvjnnu -..et .i<l- • r. rpruM m ai In \. poi OWcl p.ir.i nilunilit umor cn ci cui ine-ntc eli I |H~). c* asediadu ci eaStUla di < luti .mrtiuv en Bern La irmigcn cxpiicta vii la muralla luna
f.i.itu.i .1. i n c i l i i i l i madèra para el pnci.1 (ìauucrdc ("nincy. una laida italiini/ame qufi represenu a la
' " IWipi I " < i • nifi rta un . pi-MOIU UHM M n-tnt.ni.i .il Mirln Mi. • nandù l'I |inrui|i'. .!.
\ ifjten i mi el Nllkl del tipo -afcetuuMi- sej-uti la uiicrpreiaiinn del pintnr) nn CI respeuda por el eiénilii
S u / i l j l I I . I I M . I I I I ' . I K I . I . . ...(.,. i..iis« .1. |.i Pi.|t,<ii.i N . ,t-_-"f. N I |j I I I J S selli, limonai * I K I . U I . I S H U . I J J .
rial X uni. ik IIM soldadiis la atravic-u imi una lleiln. inineiliaiameiHe. de MI ".upiTlieie empiema a liruiar
ntma l ' i ' . ' i> H I Mi'.ir i l |i. l i e i " l'i- hai titani. - I I . I I M . H I M N odo CTI i n - « » M O I I « . I H ••!»«• n u l j i i n i M i ili I J ••Ma In inni li i ••>••• .
• I. I •»,,.„..
4 . , , . , , „ ! . . , i t j s . , 1 li. . . |.. h-il....ii nuda en »1 punì.» m è i •ho de l a muralla 1 » il
i n v

• I...-. I aii/ a-i.i*. •...tura « Il i pi U .- - i t / i l j l u n . .s l u . t n n |ifi->liL'iosjiiii:nn ili» uè I I -i** | N H I J imulpctl i MM. ••

U f i J > I a la salialU n i ii..ti;'.f.M|iaiia \adir al » . .rit » aal.i.pi. \ vetievr al J i l u r v i n n .
M a e s t r o d e l a s Horas dei Mariscal de Bvucuaut y t a i l e r . Miracles de Sotre Dame de Gaubcrdt
C o i n c y . p e r e g r i n a c i - » . , a l s a n t u a r i o d e S a i d n a v a . m i n i a t u r a s o b r e ( . c r g a m i n o . ca 1 4 1 1 - 1 4 1 1
E l santuari.» de Sa.dnav a. a | M K O S k i l ó m e t r o s de D a m a s c o , es hasta h o y m u > venerad.» por la pobuctn
c r i s t i a n a > m u s u l m a n a de S i n a A p a r t i r d e l s i g l o x n i . hai»»a e m p e n d o a ver * i v l t a d o |K»r los percgnnos •»«
v i a i a b a n a T i e r r a Santa. y la l a m a de la m i l a g r o s a i m a g e n q u e h a h i a c n su i n t e r i o r se había difundido ato
e h o e n E u r o p a o c c i d e n t a l , d o n d e c i r c u l a b a n h i s t o r i a s s o b r e sus v i r t u d e s t a u m a t u r g i c a * O m o ve oosern
e n esca n u m a t u r a francesa, e l i c o n o estaha ubicad*» e n u n n i c h o e n e l m u r o o r i e n t a l del edificio sagrado-
h a b i i u a h n e n t i . se o c u l t a b a a la V I M J t o n u n v e l o , b a i o pe n e i o n . los p e r e i t r i n o s podían obtener de las moa
tas d e l c e n o b i o l o c a l q u e se- d e s c u b r i e r a Se c r e í a q u e su supc-rlicic ve había t r a n s f o r m a d o , por un mibrr-j
e n p i e l h u m a n a \ que de loa venos de la f i g u r a de la \"irtic-n goteaba u n aceite p r o d i g i o s o que era rccop6
e n u n cuc-iie'». puesto dc-ba|... de d o n d e la- m o m a s l o sacaban pura d i s t r i b u i r l o , p r e v i o pago, a los visitante*.
I*n numeres.--. i cimillos b.iu .medievales, las pracueas dcvocionalcs culecuvav desarrolladas por las comu-
nidades religiosas a menu.U» lemán lugar alrededor de un punto de referencia visual constituido por una
imagen sagrada especialmente venerada Las mimarurav del / ibn uiiraadoniti de Unterlindcn (en Wcstía-
l u | cuentan la liiMi.ru de una tabla lomuda por disantos panclo. que ve ocia pintada por -tan Lucas, que
el comento local .1« las dominicas habla recibido como ofrenda, a principios del siglo x\\. del pnor de b
provincia de S J M M I U \J U U , de un tiempo de colocarse en uno de lo* altares de la iglesia conventual, fue
nbreio de lamas \ tales atenciones, que eclipsó las estatuas .1c lo» santos realuadas antc-normente. gracias
j la* nulidades taumatúrgicas con las que contaba, pronto se distinguió pnr una sene de intervenciones
milagrosas, entre ellas la curación de una mona con una paráliviv en un litan» que ve había encomendado
a la mediación de María recogiéndose en oración ante su efigie.
 I istilla I . bilcilii 1. 1
i,'.iutiw ili S.im.1 \l.in.i i l e i r e i Alfonsi• \ c i S a l m i , «.annua I 56 c i itnlaurn
1« I " H ^ u . m i n i a t u r a «adire p e r g a m i n o . I J77.

I i i l a |H n I J H I M I I . l t la i n u i ' c n i n v i l i i * al t i m i u n p a n e l n i m b m c n i a l su impili .unTI i n l a d c c n r a e i n n i l e Ins

i i l i In n t s i l i t u l l i * , •(••mie a l l u m a Ins. p u n t n s n i j s s i g n i t ì i a t i v n s , li.n ieiuli> p i s t i l l i mi.i ui.itiilcst,iunn m a s

k< » i i t . i < uatro Samoa < lororiado*, « « t o r i o de S J I > Sii* I - M r e hfooriaa de s a n S i l v e s t r o san Sii • liti i f.i i l e i a u r a i l e s a t r . i l u l . i i l i m i l a i p i v c s i a n i m c s u d i r . L a l a n i i g . i I t r i i l e M i m i s i i \ n . ' l a i a u n n i d . i g m
vvatrr. muvstra a « ^omumbmi loa i « . « » n . » s de l o » v a n t o » I V . I r . . \ l*abl«». f r e s c o . o # . 1250 m i i i t i i l n i n l a . u n L u i ile PuggM, d u r a m i l a e s t a n t i a i l e Gonfino l \ ( i i o s i b l e i i i i ' i i l f e l i I J * 2 ) , i n a l i d i i tin.i
IIIIIII r i l i ni.in.i l i i r t i i s a pi >r b a b t t p e r d u i . i a l u s i l a i l u s . q u i c r c i v i i L ' - i r s e t-n l,i i m . i i f e n ile l a \ i r p c n e n t r i m i -
-.ii l i pini.it la e n el t i m p a n i i ile la i g l c s i a a i r i M a n i I n i m a pn-dra e. i n t r a l a l i g i ir ,i i l e i N i n o I' I i n d i g n i m n s i s -
L a » u n i i . » aaapaaVlua K t a a n i uni ili nariV» oaaam da V O M r j . n a aòle><| u m . » ) pot aan* i m o o d w i l e i n i|ui la tligie i l e M a r i a sa a n i m a , l e t a m a v i b r a / n •. p a r a e l g o l p i , i p i e d m d n stili» l i g i T a u i v m c r a v a J j
malldadaa lautnattanna Mfta umbran puctfui m • r c i a « n u rt.jir.Mlin u n v i a s i i c v t o i l e leu |Krv»m»na* 1. l i i l i . i i i i j . l f . .1. |rj a i i i i i i t i i i l i t . ( m i r a i . . . m a n d a r e s t a u r a r e l I t e s i . » , m i c n t r a s ipK- l a m i i K ' f . " I n e t n i l e I n u l a t
» s. jriiHi. t s ipieiiiael i en la hngueia
s e n t e s e n tri i n u m i * , t c r r c t i . i l Sigili» <nta j i t n g u j i u . | n n » n r o m a n a , c i i i n | i c r j i » r < ^ m v i j n i m o ic
L
kuk.

• l i . K I M I M .> . . . n v i r t i i N , al i i i s t i j i i i s m . . cuiwioak urJapra«malfnonaaaaDaadajird

* i t s | i u c - > «i« l u i * . » - . ,

p a p a S i l v c s i i . W h a i ti.* i n < » t i j . | . , b j » u n a B - «h lo* a | M » s i . . U » I * . « l r « » t, l ' a h l o i n e I l a * , c i v e t e r a n o M r

i . • • .IL.> M* • B U S l i i i v i i a i i j i u v . 1. habtan ip i<|.. . i . M M A V M | » . n a u n i t i , i r l o ai a b a . n f o n a i l o * i t i h . [ u - . ' . r .
 233

umtDtiim tuóis
delt!^ —
W . - i h I re * \ h . . n - V

,
* ^ '
*••<•'"• c a n t i g l i 228.ciaubtn.

I n g u a i vn I» uns*m*m il u n u m • ii|fi '*

aonts ma miuniuii irò
Infilali rra /'.•iinfu.i/././ •J'np» ./• i l ' V , r . 7 . / . I n m l u i o n .le Li inUgCfl tic la vìrgvn. miniatura MI-
.....1. A h l M „ . . r r - . l a v n U c a n . . - 2 2 H whahb,:
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I . in. Insulti .1. I.is imatfcnciai l.i iktnrai i ó n . k l aitai e lai «Mie. Uat.i '•"•"I Mnlu.sc IIIUNIDÌ ci usn
•** !"•««•« | ( J | J ,..,...»...«-.' ton tT*+el*>e™anipè>*
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ili . ..ii-.iLM.irl is I I I C I I I J I I I C u n niii.il Inutilin .le -beni lu - <Ì6 I» clinic sjj-t.itlj |-II «-sia miiii.iiiir,i iiiglcvi
" ..... ,| . k Li I - . I T * - boati»} hacfvmmmm
(li lin..l.s.kl lrc»,iii..csic ni. .meni..,cr.iiion.jl s ili.str.1 i<m la reiireMma. mn «kl M|.IS,M. lMn.lnan.fc.
v J | M J J

-•'—»••; u I l..nnnJ. n..cl^ p..rac.uAo,m

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Inni, al aliai. IIIMIMII.III.. | > K una «stallia .le la \ irpcn «.INA ci NirV.ciikKaibilirt-ciarntnics.4H-c la ulaiiuc
J t J U

, i, u U t g c n - " " ' ^ ' » ' ' U p t A W h i

1

i ul.n . I ar.i.... .Misi ii j

mudilUrv . „ , , u »-«..u» » » * ' m . s n i . . lupar piradii
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l e n m . I t a A . u d « 1 «M» hi • « - « '
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T

l & cvkC ^ut T U Tttul^fcmC ^cftt

Cnf ^cnKtnui Tenente ^ t t w ^ w i f » .

II. París, catedral .le N o t r e - D a m c . portada del transepto none. historia de T c ó H l o . relieve en
p i e d r a , .,r 1250.

I I a l i a r q u e s e i l e s t . i t a d e l a i m a g e n e s e l l u g a r a n t e e l c u a l c-l f i e l , a t o r m e n t a d " p o r e l p á n i c o o p o r e l re*

1U. A.U.UUU,, f a W r * d'Qumm** d e G u ì U e n n o d e • i r ò , < . . n l k - r m o dfi T Ì W meditando « e d

i M o i d i i u i e n i i i , e n . m - n t r a u n r e l u g i o s e g u r o , e n c o n d i c i o n e s d e e x t r e m a i n e s t a b i l i d a d e m o t i v a , p o n e r s e bajo
l.i p r o i c i c i i i n . l e l a e f i g i e l o g r a d a l o n s i u u y e u n m e d i o e f i c a z p a r a e x t e n u n / a r \, p o r l a u t o , e x o r c i z a r los
i c u n . . d e Li Y n u c n . i m m a t u r a s o b r e p c r j » a m i n . . . „/ 1 2 6 0 - 1 2 6 8 v f i n a l e s d e l siglo x.v.
limpios micdns I' s l e p r o c e s o t s i a r e p r e s e n t a d o p o r la l e y e n d a d e T e ó f i l o , r e c o n o c i d a desde h a c e u e i n p n

1
*'' u u i l e . » o r i g i n a r » i d i l a h i s t o r i a d e l a u s t o . * I r a t a d e u n c u r a ¡ o v e n , m u y c p i e r n l o p o r s u * c o n c i u d a -
ì^r. latin.* asentados «p <I r i d i l e Hn-Min.» d e s p u é s de la p n m e r a cru/anla se familiarizan muv pronn.cor.
d a n n s d e \ d a n a e n t a i m a , i p i e n i h a / a . m a s p o r v a n i d a d q u e p o r m n d e s n a . e l c a r g o d e o b i s p o p e d i d o por
c i u s o de U» Konov v eoi. ita prácticas d c s o c o n a l c s a eli.». a - K . a d a s . c n particular, parecen apreairrr
at l a m a c i o n p o p u l a r , v l u e g o m a n i i e m p é s i m a s r e l a c i o n e s c o n l a p e r s o n a q u e v i e n e d e s i g n a d a c n MI l u g a r
fc-eiia t e m p r a n a la i n c l u s i ó n d e fattii i n a u c - n c s sagradas en la- l o n n a s de o r a c i ó n i n d i v i d u a l e s y p r n a d a i . LV M o n d o p o r l a c m i d i a . i n t i m a re< u p e r a r l a p o s i c i ó n p e r d i d a f i r m a n d o u n c o n t r a t o c o n S a i a n a s . p e r o m u y
gran Hicacia U g u r a m a n la r q - t v e n u u - n del cronista < . u i l l c m . o o b i s p o de T i r o , e n e i a c i u de recopr p r o n t o se* p e r c a l a d e l a e n o r m i d a d d e s u e r r o r P r e s o de u n sacro terror. « r e f u g i a a los pies de la i m a g e n

se c n m e d i t a c i . » » trente a u n j h j t q u e c-sta d e c o r a d . » c o n u n K o n o de la W g c - n c o n c i N i ñ o , ilumiJiadt> r. « •le l a \ i r o c n M a r í a , a n t e l a c u a l e x p r e s a i n d i » SU a r r e p e n t i m i e n t o c i m p l o r a l a g r a c i a

una lampara colgada del techo Kstt tipo de d e c o r a c i ó n de la c u * a n s i l a e n c o n t r a r a u n a n.naliU- dilmmnr-

la Italia d e lo-, s i g l o s « n i \ \iv

 237
-V

il 4

.... v -•- w . ' -•-

napiürh)2cbiliílÓtií
fóñnufüpaein

* Siena.
i: J e « n l ' u c c l l c . Libro dt ben* </• .7«</«./ «A linux, la r e m a J u a n a e n o r a c i ó n ante la estatua de un
L u i s , m i n i a t u r a e n p e r g a m i n o . .,/ I 5-5-1 32«
La immatura lumia pan», del Ubi.. d. oraciones ilustrad., que la rema de I rancia Juana de BlTCn unliubi
m sus priácUCM dcs.ieionales pro a das I sta representado el mierior de la basilica de Saint - Denis, cn k»
alrededores «le Pans. con la tundía de san Luis I X . el re> capelo caro.ni/ailucn 1297. que era oliKlotkwi
intensa dc\>*tion v de asidua visita por |»artc de los |H regni..»-. L a imapcn muestra como encima dd «pul
cn». re»esoda de OTO} con do* ¡guardias q u i no la pierden de vista, se coloco una cslania que rcnreenuUi
al santo de pie. o sea. v n o \ preparad., para acoger las suplicas de sus devotos L a CfimpoBCBÓn, que tcpciv
dute el lugar % las condiciones materiales cn las .juc tema lottar ci culto. n i i . ' i t / . i la dedicación que la roca
luce de si misma a su predecesor, concretado i o n i o su iiitcricsor pnvilcgiado en la corte cclcsual
Elbatto indiai GaUerem, e! beato en oración ante al crucifijo, temple sobre labia, 1280,
datane
I 11 la iiiniiiia snbre i.il.Li que constituye el tcsimionio iinnogralìcn más qnng-uo del beato sienes Andrea
< •allcrani, señalado a menudo cn la literatura local tomo modelo de virtudes para los fieles laico*, la inten-
sidad di su -. ula desi K. lona I se ilustra represen landole cn tiraiinn a los pies del crucifijo De rodillas ante la
sagradi efigie, asume una 1 represión doliente porque se siente participe y. cn pane, responsable (en cnanto
representante de la humanidad pecadora) del Sacrificio de Cristo, la mirada, que se dirige hacia el rostro
uVI Saltador. » y pide su misericordia La oración mental esta minada por los gestos ntualcs de las
manos utilità una para darse golpes en el pecho y la otra para sostener un umilimi pratait*ÈBBI (el .inic-
ies..! ite I uii-denio t'isano)
238
239

1 c nnnrlr bu ímimix qiu noiun

timiaoxmcüxmv*

Mv\» t i c tió£Mí$fyy ucqun anransmgw

ocsuii intrartcimigiír
cc&irmcsliuirsít
ma)itgt
<nmsfammn$out

M PatíS. > / / / , / . / - < k - ( . . I U I K T d e C o m t y . e l w r r a c i - n o c n v c r m l . » p o r c i iconodcb

5 Jcan I-melle. Mirada de Notre l><m/e d e G a u n e r de C o i n c y . el sarraceno c o n v e r t i d o p o r e l
V i r g e n . i i i i n U H u r . i s o b r e p c r i j a i i i i i n i . o/ I2K0.
ii'MI.» .1« la V i r g e n , m i n i a t u r a sobre p e r g a m i n o , ai 1 3 3 0 .

I. r... I n s i n u a rnu) d i f u n d i d a e n las , o i n p i i a c i o n e - m e d i e v a l e s de m i l a g r o s de la Virgen cuenta, con nul

I i i esla inuTpr.iain.il del lopui del sarraceno convertido por el i c o n o mañano, se hace más hincapié en la
d i s i m u l a d o c*t\ii»or. de ui» - s a r r a c e n o - - , q u e se- h a b í a h e c h o c o n una tabla mariana v que había empcudai
dnn. MMMii douu-Mua del tsenio I I hombre, representado en actitud suplicante con las manos (untas y de
venerarla e n >u cas.. CUQ g r a n d c i o c i o n Sin c m b a r L ! . . . a pesar de e l l o , le costaba otorgar a la imagenc!
rodillas, niaiiili.'Ma su sumisión a la Virgen delante de la imagen que ésta ha utilizado como manifestación
s i g m l k a d i . i c i i o g r a i i c p r i m a r . . . . . . >c-a. el de espresar e n t é r m i n o s * isuales el dogma de la rincarnaoiin,
del simbol.i religioso 1 a efigie sagrad.i, que segnn el reíalo adopta forma corporal, está representada no
para sencer >"s dudas. D i o s q u i s o que e n la su|M.rlicic de- la p i n n i r a se c o n b . r m a r a n dos senos de lift qui i ónix iin,i lallln l'idimensional. S I I H . I I . I I H . una obra en relieve que sobresale en dirección de su observador.
empego a gotear una leche nulai-rosa I . n el . . r i c i c l i de este r e l a t o d e l i e situarse la expcncncia directa qui
O c c i d e n t e babea t e m d o de las prácticas religiosas i i i u s u l m a n a s i q u e a veces, c o m o en Saidnaya, llegalanj
• c o m a m i n a t - los c u l t o - . . r i s t i a n o s i v d e l especial respet.. que e l i s l a m t r i b u t a b a a la íigura de María.
240
16 M a e s t r o de < >ff»da. < > f f i d a . S a n t a A l a r i a d e la R o e a. i g l e s i a i n f e r i o r , santa Catalina de Aieiandm
r e c i b e d e l e r e m i t a la i m a g e n d e la \ t r g e n c o n e l N i ñ o , f r e s c o . 1 3 6 5 - 1 3 /O, detalle.
La .clac.<»n d e l •••fuT c o n la ..ñapen religiosa n o se- e n n e n d e e n b Ba,a Edad Media, como un ano
un.la.eral. co,.,., una simple p n n e e o ó n de la m i r a d a . n d . v . d u a l h a c a la o b r a figuraova. « n o como un te
cambio .Plrprütü que p c n n . t c la c o m u n i ó n d e l fiel c o n el personan: sagrado a «raxes de a.• «tupen F,
este fresco de f >lfida. que .lustra u n e p i s o d i o del c e l o h a g i o g r a f i e o de santa Catalina de Ak.andna ( s e j w t i
cual hie u n ere.n.ta del d c s , c n o e g i p c i o el que i n d i c o . p o r m e d i o de una p i n t u r a , a la joven pnneesa r e f r *
tana al m a t r i m o n i o el h o m b r e adecuado para ella, o w a . C r i s t o ) , la relación intensa, cas. amorosa, a c c se
establece entie la santa s la figura del N i ñ o J e s ú s se subraya p o r el h e c h o de que esta úluma esta represen-
tada como si lucra anonada, c o m o s. hubiera r e n u n c i a d o a su t r a d i c i o n a l compostura para -salir, del icono,
c n i u n d u su mirada oran la de la inven Isu p r o m e u d a ) a r r o d i l l a d a ante él.
7
!
SCULTURAS PARA EL IMAGINARIO RELIGIOSO
G u i d o Gentile
I is d e v i s i t a s p a s t o r a l e s r e a l i z a d a s e n las iglesias d e la d i ó c e s i s de Aosta e n
nenip I o b i s p o O g e n o M o r i s e t ( 1 4 1 1 - 1 4 3 3 ) n o s p r o p o r c i o n a n una i n f o r m a c i ó n de
1
rara | i o n s o b r e la d e c o r a c i ó n d e l o s a m b i e n t e s d e c u l t o . E n una m i s m a iglesia f i g u -
ran, s. d o s o t r e s c r u c i f i j o s , i n c l u s o d e g r a n d e s d i m e n s i o n e s . E n los altares se
«les, t ts a t u a s d e la V i r g e n d e n t r o d e « t a b e r n á c u l o s » , parejas de á n g e l e s y diversas
un.ii:, sto es. f i g u r a s p l á s t i c a s ( s e g ú n e l s i g n i f i c a d o n o r m a l d e l t e r m i n o e n las fuentes
inedii s ) . E n la p a r r o q u i a d e R h c m e s - S a i n t - G e o r g e s había i m á g e n e s i n c l u s o e n el
inur. • p a r a c i ó n . y e n e l a l t a r m a y o r se e x h i b í a n , a d e m á s d e la V i r g e n , e l santo patrón
\ la di . i d í a (domicella) p o r é l l i b e r a d a . E n la c u n a d e L a Salle, se e n c o n t r a b a una « b e l l a
i m a ^ c .le santa A l a r í a e n e l p e s e b r e c o n varias i m á g e n e s y u n t a b e r n á c u l o c e r r a d o » .
\lirun.i-. imagines se h a l l a b a n d e t e r i o r a d a s y e l v i s i t a n t e o r d e n ó q u e f u e r a n restauradas,
pintadas \ d o r a d a s . M á s t a r d e , tras las c o n t r o v e r s i a s s o b r e la v e n e r a c i ó n de las i m á g e n e s
\ la n o r m a t i v a t r i d e n t i n a , se o r d e n a r í a s o b r e t o d o la e l i m i n a c i ó n de las que parecían i n -
decorosas, c o m o , p o r e j e m p l o , h i z o e l o b i s p o de V e r c e l l i , G i o v a n n i S t c f a n o F c r r e r o , e n
el s a n t u a r i o d e O r o p a e l 17 d e a g o s t o de 1600, c u a n d o e n la c a p i l l a d o n d e se veneraba
-*la a n t i q u í s i m a i m a g e n d e la V i r g e n s a n t a » (es d e c i r , la h e r m o s a calla de finales d e l D u c -
cento) a d v i r t i ó , e n l o a l t o , u n a i m a g e n p r e s u m i b l e m e n t e a n t i c u a d a y estropeada que i n -
ducía - a la risa m á s q u e a la d e v o c i ó n » ( - r i s u m p o t i u s excitans q u a m p i e t a t e m » ) . E l v i - 2
sitador a o s t a n o a l i n i c i o d e l Q u a u r o c c n t o p a r e c e , e n c a m b i o , p r e d i s p u e s t o a c o n c i l i a r la
necesidad tic d e c o r o c o n e l r e s p e t o a i m á g e n e s q u e los fieles n o habrían s u s t i t u i d o fácil-
mente, c a n t o ¡ K » r a h o r r a r c o m o p o r a p e g o t r a d i c i o n a l y r e v e r e n c i a temerosa. E l r e n a n o
( . c s á r e o d e H e i s t e r b a c h , e n la p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x n i , n a r r a c ó m o una rica señora se
1
De las actas de visitas, conservadas en el Archivo de la Cuna Episcopal de Aosta. se nene una úül trans-
cripción en la edición de L . Roullct en ci Archivio Storico Regionale. Para las noticias sobre la decoración
• •i isüt.. y la npologja de los altares, cfr. B Orlandi>ni, Artbittnuru m Valle d'Aosta II Roinanito e il Getta, Ivrea,
IWS.pp 274-284
Aita Heginae Momit Oropne. Biella, |«4S-1°W, I I I . pp. 68ss.
40
1 6 . M a e s t r o d e O f l i d a . O f t í d a , S a n t a M a n a d e l a R o c a , i g l e s i a i n f e r i o r , s a n t a C a t a l i n a d e Ale^rdru
r e c i b e d e l « r e m i t a t a i m a g e n d e l a \ l r y e n c o n e l N i ñ o , f r e s c o . 1 3 6 5 - 1 3 7 0 , detalle.
L a relación d e l o p e e u d o r c o n la i m a g e n r e l i g i o s a n o se c i i o c n d c e n l a Baja Edad .Media, corno m*a-
u n i l a t e r a l . c o r n o una simple- p r o \ e c c i ó n d e la m i r a d a i n d i v i d u a l hacia la o b r a figurativa, sino como un mío
c a m b i o r e c i p r o c o q u e p e n i u t e la c o m u n i c a c i u i i d e l f i e l c o n e l p e r s o n a j e sagrado a través de suimafcn U
este fresco de O f i i d a . que dusora u n e p i s o d i o d e l c i e l o h a g i o g r á f i c o d e santa Catalina de Alejandra («ÍUW
cual lúe u n e r e m i t a d e l d e s i e r t o e g i p c i o e l q u e i n d i c ó , p o r m e d i o d e una p i n t u r a , a la |oven princesartfrjí.
tana al m a t r i m o n i o e l h o m b r e a d e c u a d o p a r a e l l a , o sea, C r i s t o ) , l a relación intensa, casi amorosa,carv
establece e n t r e la santa v la figura d e l N i ñ o J e s ú s se s u b r a y a p o r e l h e c h o de que esta última está repnaov
tada c o m o si fuera a n i m a d a , c o m o si h u b i e r a r e n u n c i a d o a su t r a d i c i o n a l compostura para «salir»ddicor*.
m i r a d a c o n la de la j o v e n (su p r o m e t i d a ) a r r o d i l l a d a anee é l .
E S C I I TURAS PARA E L IMAGINARIO RELIGIOSO
Guido Gentile
actas i l c \isiras p a s t o r a l e s realizadas e n las iglesias de la diócesis de Aosta e n
cien d e l o b i s p o O g e r i o A l o r i s e t ( 1 4 1 1 - 1 4 3 3 ) ' nos p r o p o r c i o n a n una i n f o r m a c i ó n de
raí i c i s i ó n s o b r e la d e c o r a c i ó n de los a m b i e n t e s de c u l t o . E n una m i s m a iglesia figu-
ran, t i c c e s . d o s o t r e s c r u c i f i j o s , i n c l u s o d e g r a n d e s d i m e n s i o n e s . E n los altares se
deW i ilieri estatuas d e la V i r g e n d e n t r o de « t a b e r n á c u l o s » , parejas de á n g e l e s y diversas
tmtignii's, e s t o es. f i g u r a s p l á s t i c a s ( s e g ú n el s i g n i f i c a d o n o r m a l d e l t é r m i n o e n las fuentes
medii - .iles). E n la p a r r o q u i a de R h c m c s - S a i n t - G e o r g e s había i m á g e n e s i n c l u s o en el
i n u n . de s e p a r a c i ó n , y e n e l a l t a r m a y o r se e x h i b í a n , a d e m á s d e la V i r g e n , el santo p a t r ó n
> la d o n c e l l a (domicilia) p o r él l i b e r a d a . E n la c u r i a de La Salle, se e n c o n t r a b a una « b e l l a
i m a g e n de santa A l a r í a e n e l pesebre c o n varias i m á g e n e s y u n t a b e r n á c u l o c e r r a d o » .
Algunas írtutgines se h a l l a b a n d e t e r i o r a d a s y el v i s i t a n t e o r d e n ó que f u e r a n restauradas,
pintadas y l l o r a d a s . M á s t a r d e , tras las c o n t r o v e r s i a s s o b r e la veneración de las i m á g e n e s
y la n o n n a t i v a t n t l e n t m a , se o r d e n a r í a s o b r e t o d o la e l i m i n a c i ó n de las que parecían i n -
decorosas, c o m o , p o r e j e m p l o , h i z o el o b i s p o de V e r c e l l i , G í o v a n n i Stefano P e r r e r o , e n
el s a n t u a r i o d e O r o p a e l 17 d e a g o s t o de 1600, c u a n d o e n la capilla d o n d e se veneraba
- l a a n t i q u í s i m a i m a g e n d e la V i r g e n s a n t a » (es decir, la h e r m o s a talla de finales d e l D u e -
cento) advirtió» e n l o a l t o , una i m a g e n p r e s u m i b l e m e n t e anticuada y estropeada que i n -
ducía « a la risa m á s q u e a la d e v o c i ó n » ( « r i s u m p o t i u s excitans q u a m p i e t a t e m » ) . E l v i - 1
sitador a o s t a n o al i n i c i o d e l Q u a t t r o c e n t o parece, e n c a m b i o , p r e d i s p u e s t o a c o n c i l i a r la
necesidad d e d e c o r o c o n e l r e s p e t o a i m á g e n e s que los fieles n o habrían s u s t i t u i d o fácil-
m e n t e , t a n t o p o r a h o r r a r c o m o p o r a p e g o t r a d i c i o n a l y reverencia temerosa. E l r e n a n o
C e s á r e o d e H e i s t e r b a c h , e n la p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x m , narra c ó m o una rica señora se
1
D e las a c t a s d e v i s i t a s , c o n s e r v a d a s e n el A r c h i v o d e la C u r i a E p i s c o p a l d e A o s t a , se t i e n e uno útil t r a n s -
cripción en la edición de E Roullet en ci Archivio Storico R e g i o n a l e . P a r a l a s n o n c i a s s o b r e la d e c o r a c i ó n
anist ica y la t i p o l o g í a d e l o s a l t a r e s , cfr. B . O r l a n d o n i , Architettura in Valle d'Aorta. Il Romanica e il Gotico, Ivrea,
1995, p p . 274-284.
'Atta Regina?Mentis Oropae. B i e l l a . 1 9 4 5 - 1 9 9 9 , 111, p p . 6 8 s s .
242 AB ir r HISTORIA I V. L A K D . N O M F D I A III

rio castigada con u n a severa pobrera d e s p u é s d e e x c l a m a r a n t e una estatua de la Virgen,

v e t u s t a p e r o d o t a d a « d e m u c h o p o d e r » . - ¿ q u é h a c e a q u í este trasto viejo?» («haecverus
rumbula>>)\
Hacia finales d e l a K d a d M e d i a l a s i g l e s u ; d e l v a l l e d e A o s t a a ú n debían de tener,por
consiguiente, m u c h a s i m á g e n e s de diferentes é p o c a s . H a b í a t a m b i é n retablos en relien
( « t a b u l e c u í n i m a g i n i h u s » ) y p i n t a d o s ( « t a b u l e p í e t e » ) ; o t r a s tabule estaban puestas como
frontales delante de los altares . 4
P o d e m o s i m a g i n a r l a m a r a v i l l a qui u n retablo como el
de C a r e m a (hacia 1300. ahora e n el M u s e . • C IVICO d e A r t e A n n g u o de Turín) dehía de
Suscitar c u a n d o las v i v i d a s figuraciones p o l i c r o m a s , q u e r e p r é s e n l a ! u n la leyenda de la
M a g d a l e n a , s e e x h i b í a n l o s d í a s f e s t i v o s a l a b r i r l o s p o s t i g o s , d e los que quedan las bisa-
gras fiiadas a l o s l a d o s ( s i f u e r a n o r i g i n a l e s , se t r a t a r í a d e u n o de los ejemplos más anti-
guos q u e se c o n s e r v a n de s e m e j a n t e tipo de rerab/e).
L a i n f o r m a c i ó n o f r e c i d a p o r l o s t e s t i m o n i o s di i c u m e n t a l e s y p o r el patrimonio conser-
v a d o se p r e s t a a e v o c a r u n a a m p l i a c i r c u l a c i ó n tic o b r a s y d e representaciones mentales
c o n e x a s a e l l a s ; c i r c u l a c i ó n q u e , a l o l a r g o d e l o s c a m i n o s d e los Alpes, podía verse favore-
cida p o r los m o v i m i e n t o s y p o r l a s r e l a c i o n e s d e v a r i o s sujetos - s e ñ o r e s y eclesiásticos,
o f i c i a l e s y m e r c a d e r e s , c o n d u c t o r e s d e c a r a v a n a s , t r a b a j a d o r e s temporeros y artistas-mu-
c h o m á s d e n t r o d e s i s t e m a s t e r r i t o r i a l e s e x t e n d i d o s s o b r e dos vertientes (como los domi-
n i o s d e l o s c o n d e s d e S a h o y a o d e l T i r o l ) . p e r o t a m b i é n en á m b i t o s m á s amplios y comple- figura I Valle de Aosta. erueifiK». madera | ^ 3 • - ... -1.... *. 1 ) 2 0 - l ì J O
jos. E s t e m a r c o puede ofrecer, incluso en la p a r t i c u l a r i d a d de las situaciones y de los
c a r a c t e r e s c u l t u r a l e s , u n i n t e r e s a n t e p u n t o d e v i s t a p a r a la c o n s i d e r a c i ó n de algunos terais
u n e s q u e m a a m p l i a m e n t e d i f u n d i d o e n la E u r o p a g ó t i c a . H a c i a 1300, c n e l C n s t o de
del i m a g i n a r i o figurativo, q u e se d e s a r r o l l a n y m i g r a n d e n t r o d e horizontes más amplios, \<»sta c o n o c i d o t o m o e l Saint lonlt. c l a v a d o a u n a c r u z rústica e n alusión a l ligniim vitae,
p e r o q u e a m e n u d o se d e j a n c a p t a r a s u p a s o , e n l a r e c e p c i ó n locar. > en « u r o s , d e r i v a d o s d e l m i s m o p r o t o t i p o , e l c u e r p o c o n s u m i d o , c o l g a d o de los d e l g a d o s
E n l o s e s p a c i o s d e l c u l t o , e l a r c o s i t u a d o e n t r e e l p r e s b i t e r i o y la nave principal, o brazos q u e casi d i b u j a n u n s e m i c í r c u l o , se e n c o r v a s o b r e las piernas d o b l a d a s . M á s a d e -
b i e n e l m u r o d e s e p a r a c i ó n ' ' , q u e n o r m a l m e n t e s e p a r a b a e l á r e a del coro y del presbiterio l a n i e , hacia I 3 30, la m i s m a a c t i t u d a d q u i e r e c o n t o r n o s todavía m á s e x t e n u a n t e s y una
e x p r e s i ó n d e e x t r e m a d e s o l a c i ó n c n e l C r i s t o d e C h a l l a n t - S a i n t - V í c t o r ( f i g . 1). D e s p u é s ,
del e s p a c i o d e l o s l a i c o s , e r a e l l u g a r e l e g i d o p a r a r e p r e s e n t a c i o n e s ligadas a la acción
á finales de s i g l o , el g r a n c r u c i f i j o d e la c a t e d r a l de A o s t a , c o n s a g r a d o c n 1397, i n t r o d u c e ,
l i t ú r g i c a . D i s p u e s t o e n la v i g a u b i c a d a b a j o e l a r c o t r i u n f a l , o s o b r e el muro de separación
c o n su p o s t u r a e x t e n d i d a c o n los b r a z o s h o r i z o n t a l e s , la cabeza r e c l i n a d a s o b r e el h o m -
(la p u e r t a a b i e r t a e n e l c e n t r o p e r m i t í a d i v i s a r d e s d e la n a v e el altar mayor), el crucifiio b r o d e r e c h o y u n c h o r r o d e s a n g r e q u e fluye d e l c o s t a d o , u n n u e v o e s q u e m a e x p r e s i v o
v i s u a l i z a b a e l s a c r i f i c i o c o n m e m o r a d o e n l a m i s a . L a p i e d a d de los siglos xm y xiv.con más a f i n a la t i p o l o g í a e n t o n c e s d i f u n d i d a e n los países de c u l t u r a g e r m á n i c a q u e a la t i -
la e x a l t a c i ó n d e la h u m a n i d a d d e C r i s t o y la c o n t e m p l a c i ó n afectiva de su pasión y muer- pología francesa c o e v a ; e l d e s a r r o l l o de u n p r o t o t i p o c o m o el c r u c i f i j o d e l Parement de
te, f a v o r e c i ó el d e s a r r o l l o d e u n a t i p o l o g í a d e c r u c i f i j o q u e en la zona aostana uohzaba Sarbonne (hacia 1375) se reflejaría, e n c a m b i o , m á s adelante, e n e l c r u c i f i j o m u t i l a d o p e r -
teneciente a las c o l e c c i o n e s d e la R e g i ó n A u t ó n o m a Valle de Aosta y e n la m i n i a t u r a d e l ca-
' Cesáreo de H c . s i e r b a c h . Canoni HeirteH'aebensis monachi ordini csteretenm dialogas miracolar*». cAJ n o n c n el misal d e l o b i s p o M o n s e t (hacia 1420). A la larga, p o r l o t a n t o , fue el t i p o d e l Saint
Stranee, C o l u n i a - U o n n - B r u s c l a s . 1 8 5 1 . I I . p - « 2 . Voult e l q u e p r e v a l e c i ó c n e l V a l l e de A o s t a frente a o t r o s posibles m o d e l o s . O t r o s d e r r o -
4 l o r d e n e r o . i o l o g . e o de las piezas superpuestas e n r e l a c i ó n c o n el c o n t e x t o cultural h . s.do r « * * t e r o s s i g u i ó la i m a g e n exasperada y hasta m a c a b r a d e l « c r u c i f i j o d o l o r o s o » , a m e n u d o
por E. R o s e t o Brezzi! - L e vie d e l g o u c o i n V a l l e d ' A o s t a . , e n G - R o m a n o ( e d . , Conca in PiemonteTur» c l a v a d o c n las r a m a s e x t e n d i d a s de u n a s i m b ó l i c a c r u z a r b ó r e a —la cara c a d a v é r i c a , las
1992. pp 2 8 8 - 3 5 * id. - L ' e i a gotica, i l caso della V a l l e d ' A o s t a - L a s c u l t u r a lignea d i p i n t a - , cn E. Piceli (cdj. costillas p r o m i n e n t e s , e l v i e n t r e h u n d i d o , las p i e r n a s c o n t r a í d a s - , c o m o se d e s a r r o l l a b a
Tra Gouco e tonatamelo. Scultura m Piemonte, c a t á l o g o de la exposición f i u n n . 2 de ,un.o-4 de n o n e c a * e n t r e el D u e c c n t o y e l T r c c c n t o c n R e n a n i a ( C r i s t o de St- M a r í a u n K a p i t o l , C o l o n i a ,
2 0 0 1 ) . T u r í n . 2 0 0 1 . p p . 20-23. 1304) y e n W e s t f a l i a , c n o b r a s d e c a r á c t e r l i t ú r g i c o y t a m b i é n d e v o e i o n a l . E n l o s p r i m e -
7

M U desarrullado a l g ú n * de las consideraciones a q u í esbozadas c n G . C e n a l e . - I m p o r n e , d,opr*<

migrazioni d. arusu lun.ru le vie delle A l p i . d . A l e m a g n a e d e l l e F i a n d r e - , c n Pagella. Tra Conto r *m++
etc. pp. 114-1 I T . c ,d.. - M i g r a z i o n e e ncc/aone d . i . n i n a g i n . - . e.« t - C a s t e l n u o v o y F. de Gramauca (cdXff * G. de f-rancovich, - L'origine e la diffusione del crocifisso gotico doloroso-, K 'tnniestbn hi:-.. br, lahrbu<b
Cono. neUe Alpi 13*0-USO. catàlogo de U e x p o s . o ó n r r r e n t o , 2 0 de pal>o-20 de octubre de 2002), Trento. dcr BiMioibaa Hertziana I I (1938), pp. 143-261; F. Mùhlberg,- Crucifinis dolorosi». Ùbcr Bedcutung und
2002. pp. 1S7-I6V
• Según la información de las visitas de las iglesias aostana* a q u í citadas, varios muros de separación fuerac
entonces sustituidu* |M>r verjas- C f r . O r l a n d o n e Architettura, c í e . p. 2 9 1
 ARTE E HISTORIA EN LA E D A D MEDIA I I I
r o s d e c e n i o s d e l s i g l o , e n B ó l z a n o , l u g a r d e c r u c e e n t r e e l m u n d o g e r m á n i c o e italiano,
se d a b a u n C r i s t o d o l o r o s o p a r e c i d o , q u e d e s d e l a i g l e s i a d e l o s d o m i n i c o s pasaría, en
é p o c a t a r d í a , a l a d e S a n N i c o l á s y , d e s p u é s , e n t i e m p o s r e c i e n t e s , a l a c a t e d r a l " . Por otra
p a r t e , e s e C r i s t o d e m a d e r a , e n e l q u e C a r i T h e p d p r M ü l l e r h a i n s i n u a d o caracteres
i t a l i a n i z a n t e s , a u n d e r i v a n d o d e l a t i p o l o g í a c o l ó r f e s a , s e u n í a a l a s u e r t e d e ésta al sur de
los Alpes e n obras d e m á s o m e n o s e v i d e n t e facrura e x t r a n j e r a " ' y e n interpretaciones
l o c a l e s . L o s p a d r e s p r e d i c a d o r e s d e B o l z a n o , pertenecientes a l a p r o v i n c i a boloñesa de la
orden y de orientación giottesca p o r las decoraciones p i c t ó r i c a s d e s u iglesia, debieron
de a c o g e r e s a i m a g e n , p o r c o n s i g u i e n t e , n o ya p o r los c o n t a c t o s d e l o s q u e la ciudad
disfrutaba c o n l o s t e r r i t o r i o s c e r c a n o s d e c u l t u r a ucrmánica ( e n S u a b i a . b a r i e r a y en la
zona d a n u b i a n a e l i c o n o d e l c r u c i f i j o d o l o r o s o se d i f e r e n c i a d e l t i p o r e n á n o ) . s i n o p o r e l
a m b i e n t e i t a l i a n o , a t r a v é s d e l a o r d e n d o m i n i c a > gracias a l f a v o r c o n q u e esta había
acogido e l m o d e l o s e p t e n t r i o n a l , p o r s e r c o h e r e n t e c o n l o s t e m a s d e s u predicación y de
su e s p i r i t u a l i d a d . C r u c i f i j o s d o l o r o s o s s e e n c u e n t r a n en las i g l e s i a s d o m i n i c a s , además de en
Florencia , e n Siena, O r v i e t o , B e v a g n a
1 0
y C h i o g g i a . P o r o t r a p a r t e , obras de ese tipo
e s t á n también p r e s e n t e s e n e l á m b i t o f r a n c i s c a n o , c o m o e n C o r t o n a , d o n d e e l crucifijo
ahora en S a n t a M a r g a r i t a p r o v i e n e d e l a i g l e s i a l o c a l d e S a n F r a n c i s c o , y e n San Francis-
co en O r i s t a n o 1 1
.
L o s g r u p o s d e l C a l v a r i o , s i t u a d o s e n l o s m u r o s d e s e p a r a c i ó n o e n las vigas bajo el
a r c o t r i u n f a l , s e c o n f i g u r a b a n , e n l a é p o c a g ó t i c a , c a s i c o m o c o m p e n d i o s d e representa-
c i o n e s s a c r a s q u e l o s fieles p e r c i b í a n e n f u n c i ó n d e l o s s e r m o n e s d e b P a s i ó n , \ospianaus
Mtíríüe, l a s l a u d a s v l o s « m i s t e r i o s » t e a t r a l e s . E n e s t e t i p o d e f u e n t e s parecen inspirarse
l o s t r á g i c o s g r u p o s d e p i e d r a q u e e n V e r o n a , e n t r e 1 3 2 0 y 1 3 3 0 , u n e s c u l t o r identificado
c o m o R i g i n o d i E n r i c o r e a l i z ó p a r a S a n G i a c o m o d e l l a T o m b a ( a h o r a e n el museo de
Herkunft des gooschen Gabel krurifixes».U al/raf-RicbarK-Jahrbucb XXI1 ( 1960). pp. 69-86; M. vonAlcmann-
ScWartz. Cruafixtts dohrosus lietrra^ zur Polycbrvmie und Ikonographte der rbemueben Gabclkntzifisr, Bonn.
I976
* c. T . Müller. Gotische Skulptur „ 1 Tirol. Bolzano-Innsbruck-Vicna. 1976. pp. 13-14; N. Rasmo, VAb
Adiec nel/arie. Rosenheim. 1985. p. 39. _„ - .:¿ ,¿¿
'Para el cruc,fi,o de carácter wcstfál.co conservado en Pisa, cfr. A i Tomas,. - I I Croof.sso d. San Corpo
a, Tedesch, e la durus-one del W f m o doloroso"-, en M . Burresi (ed.). ^^f^nr^A-J
dal XU al X. . W * . catálogo de la exposic-ón (P.sa. 8 de n o m b r e de 2000-8 de abnl de 200,),Ab a n . ^ p ,
"-76; para ci de la iglesia de los Santi Paolino y Donato en Lucca, cfr. S. Casm, «Croafisso^ acaran* .e
desca sec- x.v. inicios-, cn C Baracchini (eck). Sctdtura lignea: Lucca 1200-1425, catalogo de la cxpos.aon
(Lucca, 16 de diciembre de 1995-30 de junio de 1996). Florencia, 1995^
Francovich, Vongtne c la diffusione, c e p- 209. fecha el crucifijo de Santa Mana Novella en I
M . Usner. HohJem.tfi.xe m Florenz und in der Toskana von der Zeit an, 1300 brs zumfniben C mácente Mmiá.
1970 p 31 en 1^20 aproximadamente; A. M . Giusu, «Un dipinto inglese del Duecento in Santa Mani No-
vella a Firenze-, Bollettino d'Arte LXIX. 23 (1984). pp. 65-78, data en 1270-1280 la cruz, pero 2 &É..«udì
cumo representado» autóno-na, la figura de madera se le adaptó cn un segundo momento. Cniafijos decade
ter afín se ban identificado con los que, según tradiciones hagiogrúficas, habrían sido venerado, por algunos
personajes de la espincualidad umbra y toscana entre ci Duecento y el Trecento. Cfr.fc.Lunghi, UP«**
degli Umbn. Crocifissi in legno in Valle Umbra tra Medioevo e Rinascimento, Foligno. 2000, pp. 39ss.; tales ape
riendas espirituales ilustran, en cualquier caso, el clima que favoreció la fortuna de los crucifijos dolorosos.
" Cf>- G. Zanzu (ed.), Crocifissi dolorosi, catálogo de la exposición (Cagliari, agosto de 1998), Sassan, 199S,
pp. 24-26.
E S C U L T U R A S PARA F.L I M A G I N A R I O RCi.iriio.sD 245
C a s t e l v e c c h i o ) y p a r a S a n F e r m o ; este, a h o r a r e p a r t i d o e n t r e C e l l o r e d'Jllasi y el M u s c o
de O i s t e l v c c c l i i i i . i n c l u y e , j u n t o a la V i r g e n s o s t e n i d a p o r u n a m u j e r pía y san J u a n , t a m -
b i é n a la A l a g t h i l e n a l l o r a n d o - ' . E n e l V a l l e d e A o s t a l a s actas d e v i s i t a , a n t e s m e n c i o n a -
1
das, d e s t a c a n g| . u i d e s c r u c i f i j o s « c o n d o s i m á g e n e s » , es d e c i r , l a d e M a r í a y la d e l d i s c í -
p u l o J u a n . A s i a c o m p a ñ a d o d e b í a d e aparecer, según la visita d e l 30 d e j u n i o d e 1 4 1 6 ,
también el g r a n I r i s t o de C h a l l a n t - S a i n t - V í c t o r , colgado en l o alto, delante del p r e s b i -
t e r i o ( o t r o g r u p o e s t a b a p r e s e n t e e n l a n a v e , p r o t e g i d o p o r una c o r t i n a ) .
E n l o s m u r o s d e s e p a r a c i ó n q u e d a n a l a s n a v e s , o b i e n e n l o s a l t a r e s , se d i s p u s i e r o n
a l o largo d e l siglo x m los g r u p o s del D e s c e n d i m i e n t o , d i f u n d i d o s p o r varias áreas, desde
E s p a ñ a hasta la I t a l i a c e n t r o m e r i d i o n a l . E s t e e p i s o d i o d e la P a s i ó n y M u e r t e d e C r i s t o
- c u y a c o n i c i i i p l . i c i o n se a l i m e n t a b a d e f u e n t e s l i t e r a r i a s c o m o e l De meditationc Passhnis
i. '>riett per septetti dtei horas libellus d e l P s e u d o - B c d a , e l Dialogas beatae Mariae et Ansclmi
d l'assione Do///mi. e l Líber de passione C'brisli et dolonbus et planctibtis ?natris cius, p o r m u -
cho t i e m p o a t r i b u i J t i n s a n B e r n a r d o - a p a r e c e e v o c a d o d e m a n e r a t a l q u e i m p l i q u e a l o s
li les e n u n a e s p e c i e d e i d e n t i f i c a c i ó n c o n l o s p e r s o n a j e s q u e desclavan y b a j a n d e la c r u z
i i e r p o d e l R e d e n t o r . E n e l c r u c i f i j o C o u r a j o d d e l L o u v r c , t a l v e z b o r g o ñ ó n y q u e se
pi de f e c h a r h a c i a f i n a l e s d e l s i g l o x n , e l b r a z o d e r e c h o q u e cae y la c u r v a t u r a d e la figu-
n l a z a n c o n la d i n á m i c a d e u n D e s c e n d i m i e n t o d e !a c r u z . U n a ripología a f í n se e n -
c u e n t r a t a m b i é n e n u n c r u c i f i j o c o e v o d e la c a t e d r a l d e Pisa y , u n a v e z m á s , c n e l C r i s t o
«I' D e s c e n d i m i e n t o d e V i c o p i s a n o " , d e l D u e c c n t o . L a escena d e l a q u e d e b í a n d e f o r -
1
111 1: p a r t e f i g u r a s s i m i l a r e s se e n c u e n t r a t a m b i é n , a m p l i f i c a d a e n sus a r t i c u l a c i o n e s g e s -
luales y s i m b ó l i c a s , e n u n e x t r a o r d i n a r i o d o c u m e n t o d e l o s a ñ o s 1 2 2 5 - 1 2 3 5 , u n d i b u j o
del Cuaderno de dibujos d e V i l l a r d d ' I I o n n e c o u r t ( P a r í s , B i b l i o t h é q u e n a t i o n a l e d e F r a n -
ce. m s . fr. 1 0 0 9 3 , f. 2 ó r ) , q u e p o d r í a r e f e r i r s e t a m b i é n a u n g r u p o p l á s t i c o . L a s figuras
N
de l o s D e s c e n d i m i e n t o s h i s p á n i c o s m á s a n t i g u o s , q u e e n t r e e l s i g l o x n y x m a p a r e c e n e n
la zona p i r e n a i c a d e E r i l l , t i e n e n b a j o l o s pies unas espigas q u e s i r v e n para f i j a r l o s a u n a
vaga h o r i z o n t a l . U n a e s p e c t a c u l a r i d a d m á s d e s a r r o l l a d a se d a c n las estatuas d e l « S a n r i s -
s i m M i s t e n » q u e e l c a n ó n i g o R i p o l l ' t a r a s c ó p r o p o r c i o n ó , e n 1 2 5 1 , para e l a l t a r d e l a
V i r g e n e n la i g l e s i a a b a c i a l d e S a n t J o a n d e les A b a d e s s e s . E n e l m o n a s t e r i o d e L a s
15
H u e l g a s , e n B u r g o s , u n d e s c e n d i m i e n t o d e l siglo x i v de intenso p a t e t i s m o aparece, e n
cambio, s i m a d o e n el m u r o de separación del c o r o ' . 6
G . L. Mellini. Sculton veronesi del Trecento, Milán 1971. pp. 19-22.
,?
Cfr. M . líiirrcsí y A. Caleca, «Sacre passioni: il Cristo deposto del duomo di Pisa e le Dcpoxi?ioni di
11
Voltcrra, Vicopisano c San Minuto», cn Burresi. Sacre Passioni, ai., pp. 24-43.
H
Killardd'Honnccourt, Krittscbc Gesamiausgabe des Rauhuttenbucbes msfr 1909Í der Pariser Nationalbibliotbek,
cd H. U. Mahnloscr, Graz. 1972, p. 63.
Un documento citado por R. Bastardes i Parera, ¿Vi davallaments romiinics a Catalunya, Barcelona, 1980,
1
p. 174, relata que el canónigo Ripoll Tarascó recibió de un tal Dúlcelo madera de nogal y de abeto par3 poder
fabricar por el («per eum») y por Dulcero las imágenes del Salvador crucificado, de los ladrones y de otros
cuatro para el altar de la Virgen. Realmente, no faltan casos cn los que un artista gozó de una prebenda canó-
nica o fue admitido como converso en un monasterio. Cfr. ti. Castelnuovo, «L'artisia», en t. Le Goff (ed.),
L'umio medievale, Ronia-Bari 1997, pp. 252-253 [ed. casi.: El bombrr Medieval, Madrid, Alianza, I999J. No
obstante, en un obituario se conmemora a Ripoll como proveedor de la obra («procurator dicU operis»).
"'A. Duran Sanpcre y j . Ainaud de Lasarte, Esculnmigótica, Madrid. 1956, p. 73;J.-K. Gaborit, «Un grou-
pede la Deséente de Croix au Muscc du Louvre», Montmients et raemoirspttbticspar l'Acadernic desInscnptions el
246 A RI f f H I S t O S IA I ^ LA F O AO M l OI I I I I

E n l o s g r u p o s d e m a d e r a d e l D e s c e n d i m i e n t o , d i f u n d i d o s a lo largo de todo el Due-

EüCULTUÍAi l'A HA f. l I.MAfîINAftJO B £ L 1 Ci I O S O 247
c e n t o p o r U m b r í a , I b s c a n a , L a s M a r c a s . I . . R I O y Abru/.os. con puntos meridionales en
M o n t e v e r g i n e y e n S c a l a " , l o s d o s b r a z o s d e C r i s t o desprendidos de la cruz aparecen
1

líente de Alaria y de Juan, bastaba para provocar la piadosa empatia de los fieles. Por otra
c o l g a n d o ; y si b i e n la a l t e r a c i ó n d e las díspi «sienmes o r i g i n a r i a s puede haber falseado,en
parte, más adelante el imaginario religioso se reflejó cn otros montajes.
p a r t e , las r e l a c i o n e s e n t r e las figuras , p a r e c e e v i d e n t e que. p o r reírla general, la Virgen
18

I'.l tema del I-,miento o Llanto sobre Cristo muerto se desarrolla a lo largo del Tre-
se d i s p o n e a t o m a r la m a n o d e l H i j o . \ J o s é de V r i m a t c a . apoyado en la escalera, debe eenio. y más ai li I.míe, en representaciones pictóricas que coinciden, más o menos puntual-
s o s t e n e r el c u e r p o , a b r a z á n d o l o p o r los lados, m i e n t r a s N i c o d c i w i saca el clavo de los mente, con el n hito de las Mcd/tat torres viiae Christi, atribuidas al Pseu do-Buen aven tu ra
p i e s . L o s g r u p o s p l á s t i c o s d e f u e n t e s p o s t e r i o r e s e s t á n , a veces, cob nados en altares como (pero comptii • 1 is por el franciscano Johannes de Caulibus hacia mediados de siglo): «La
i m á g e n e s p e r m a n e n t e s d e d e v o c i ó n " , p e n i n o se e x c l u y e que fueran también montados
1 madre se s i e m i en el suelo y pone la cabeza en su regazo con grandes suspiros. Y la A'Iagda-
e n f u n c i ó n d e las « d e v o c i o n e s » - d e las c o f r a d í a s , especialmente en Semana Santa; poco Icna se pone a los pies, a cuyo lado ella había merecido encontrar tan ra gracia. Y los demás
c 1.111 alredecloi \ lloran mucho sobre e l » " . En las representaciones plásticas de los siglos
d e s p u é s , la p r á c t i c a d e las r e p r e s e n t a c i o n e s sacras t e r m i n a r í a por desvalorizar la función
y xv parei < . en cambio, que prevalece una puesta en escena diferente: la Madre, el
t r a d i c i o n a l d e los p e r s o n a j e s 1 í g n e o s y f a v o r e c e r una c o l o c a c i ó n di le rente- . •Ljpulo Juan y las Marías que parucipan en la lamentación se alinean de frente detrás
! Cristo yaciente, que está dispuesto de lado, de forma que muestra al espectador la
E l á r e a a l p i n a o c c i d e n t a l ñ o p a r e c e h a b e r a c o g i d o g r u p o s del Descendimientoanálogos J.I del costado, a los pies y a la cabeza se colocan José de Arimatea y Nicodeino, que
a l o s de la I t a l i a c e n t r a l , q u i z á p o r su m a r g i n a l ) d a d en relación con los movimientosespin- n quitado i l cuerpo: de la cruz y están por llevarlo a la sepultura . Una representación 21

t u a l e s q u e los h a b í a n f a v o r e c i d o . A l D e s c e n d i m i e n t o de Antelami de Pamia responde rada véneta de I 375, elaborada sobre una más antigua centro-itálica, proporciona al
i d e a l m e n t e el m a g n i f i c o r e l i e v e d e ese t e m a i n c l u i d o en la serie del antiguojubédelpnora- pectn una indicación significauva; quitado el Cristo de la cruz, «exclamóse, según lo
t o d e L e B o u r g e t d u L a c , en S a b o y a . d e m e d i a d o s d e l Duccento-''. Quizá tal ejemplo y d 11 venido; y. después, estando Cristo donde está ordenado, que la madre se ponga en
lio. y Juan a la cabeza y la Magdalena a los pies; y la madre se lamente sobre los
d e c i e r t o s d í p t i c o s y t r í p t i c o s e b ú r n e o s franceses c o n escenas de la Pasión se habrían podi-
i mbros de < risrn, uno a uno besándolos*-; para terminar, «María, volviéndose al pue-
d o r e f l e j a r , p o r a f i n i d a d e s t r u c t u r a l , e n el sistema n a r r a t i v o de los reta/des aostanos,perob l > diga con los gestos de las manos: Yo soy la madre triste desconsolada [...]» . A una 24

m a y o r a n t o l o g í a d e la mragérie l o c a l e n t o r n o a l o s « m i s t e r i o s » de la Pasión de Cristo, el t«imposición concebida de manera similar parecen referirse las actitudes de las tallas
rctablv d e la c a t e d r a l de A o s t a , n o l o c o n f i r m a . L a escena del Calvario, con la mímicado- provenientes de San Micbele en Casanuova-'\ ahora en el Museo Diocesano de Floren-
• i.i. \ de Santa María delle Círazic cn Bolonia' , mutiladas, que se pueden fechar, tanto 6

unas como otras, hacia mediados del Trecento.

Ikllcs Lcrtrt L X 1 I ( I979), p. I N I , m a n t i e n e q u e una ubicación s i m i l a r p o d í a v a l e r t a m b i é n para can»grupo»de!
En el áre3 alpina, antes de que la representación plásuca del Lamento se afirmara, en
U c s e e n c l m Dentei.
pleno Quattroccnto, siguiendo la huella de las Meditationes pseudobuenaventurianas i n -
Sobre los d e s c e n d i m i e n t o s italianos. F r a n c o * ich. Scultura medioeval*, at., p p . 1 4 - 1 6 . G . de F i a n c o * » J

F- d e M.iffei. Mastra di sculture lignee medioevali, c a t á l o g o de la e x p o s i c i ó n ( . M i l á n , j u n i o - ] u i i o d e 1957X .Milifl.

1957, n ú m s . I O . 11 v 1 5-1 K. K B o l o g n a v R, C a u s a . Sculture lignee della Campania, c a t à l o g o d e h c x p o a o o t

-Y L e v a s t i , Mistici ilei Duecento e ilei Tiecento. M i l á n , 1935, p. 4 Ó 5 , r e p r o d u c e , c o m o s e h a c i t a d o a q u í , la
Ñ a p ó l e s , 1950, n u m . I > (para el g r u p o de la c a t e d r a l de Scala); F . Carli. La saltara lignea .taluna. M i l » . 1 W , versimi en lengua vernácula contenida e n ci còri ice neardiano 1286. fechado en I Ì 8 5 . aunque corrigiendo so-
pp 29-32- F a r a ci g r u p o de .Montone, cfr. B . Ibscano. ficha -45 ..Bottega altot.benna (1260-^Oaproimudi- bre la b a s e d e a l g u n o s m a n u s c r i t o s l a u n o s l a frase: - l a M a d r e r e c i b e el " c u e r p o " c n s u r e g a l o » , q u e y a p a r e c e
m e n t e ) - , en G . Sapori t e d i . Museo Comunale di San Francesco a Marnane. Perugia, 1997. pp. 10M09,anmicr reflqar d icono de la Piedad E n los manuscritos (cfr. J o h a n n e s de C a u l i b u s . Meditationes vàc Christì ohm
• b reciente restauración. lai restauración ha m o a v a d o la e x p o s i c i ó n « n , Û C u l t o , la uin.iv Donaientiiraeatmbntae, ed. M . S t a l h n g s - T a n c y , T u r n h o u t . 1997. p. 280) se e n c u e n t r a la l e c c i ó n «Domi-

gruppi h g n e i D e p o s t o n e .secoh x n . - * . v > ~ ( M o n t o n e . 3 d é c e m b r e d « 1999 31 d e d . c e m b r e de . 9 9 9 » , d n a s u s c i p R c a p u d c u í n d i s c i p u h s i n g r e m i o s u o » , p e r o t a m b i é n la v a n a n t e m á s v e r o s í m i l , « c a p u c l c u m scapulis»

q u e se c o r r e s p o n d e c o n l a i c o n o g r a f í a p i c t ó r i c a p r e v a l e n t e d e G i o n o e n adelante.
Convegno Internazionale d, stud, sa, gruppi lignei (.Montone. 19 de o c t u b r e d e 199;).
-* I l e e x a m i n a d o
l
m á s e x t e n s a m e n t e la c u e s t i ó n e n G . G e n u l c , •<Tesu di d e v o z i o n e e i c o n o g r a f i a d e l C o m -
- S o b r e la i n t e r p r e t a c i ó n de la o r g a n ™ , o n g n n a n a de. g r u p o de 1 vofccfr A. ^ " ^ ^
Niccolo dell'Arca. Seminano d, studi. B o l o n i a , 1 9 8 9 , p p . 1 6 7 - 2 1 1 .
iconografica della D e p o s t o n e di T i v o l i - , en C de Bcned.ctis (ed.). Sctitn d, ^ ^ T Z Í M punto™, e n G . Agostini y L . C i a m n i i t u (eds.).

• • A d'Ancona, «Due antiche devozioni i t a l i a n e » . Rivista di filologia romanza l i ( 1 8 7 5 ) , p p 2 5 - 2 7 . U n a

Salvia!. Florencia. 1VH4. pp. 1 0 5 - 1 0 9 , O Piera t u ni. - U n a - ' o della deposuioncé
disposición semejante se observa en la Piedad pintada, (lorcnnna, del segundo c u a n o del Trecento, conservada
T i v o l i - Alti e memone della Società Tilmmua di Storta ed Arre L\1 (1983), pp. 141-208 en el I"ogg Art Museanti de C a m b r i d g e . M a s s . B e l u n g . Das Bild undsein Publikum. c u . , t r a d . it., p . 5 9 , la c o n s i -
de Barga, segón una visir, de 1575. c n e. a i t a r d e l a C m e n i x i o n hab.a un g r a ^ - d e r a - u n " g n i r m d e l a P i e d a d " d r a m a t i z a d o a la m a n e r a d e u n a " r e p r e s e n t a c i ó n sagrada"».

ûguras: A- de M a r c . . . - C r o c c o , m a e s t r a , ^ francese (?) sec. xn, m e t a » , en Baracchini (ed.,. J

' M . Collarcta. « L e ( e d - ) . Scultura lìg-
i m m a g i n i e l'arte. R i f l e s s o n i sulla scultura d i p i n t a » , en B a r a c c o n i
nea, c u . p . 3 F , C a m p o r e l l e , « C o m p i a n t i l i g n e i t r a t i m b a Annali della Scuola Normale Superiate
5
cit.. p. 4 8 . C f r . a d e m á s la ficha arriba citada de B . loseano. . P í m B e "Toscana:.,

11. Belong. Dos litui and sem PubltUmn ,m Mittetalter~ Forni and lanktton fraher Btldlafdnétr htm. di Pise Classe di Lettere e Filosofia s c r i c T V , V I , 1 ( 2 0 0 1 ) , p p . 87-124.
M
l£. Camporelle, ficha 147, c n A . Stanzino!, O . O r s i y C G i u d i c i (ed-), Lo spazio, il tempo e le opere. Il cata-
= E Pagella. «Scu.pteur franco-p.émontais *ers 12 5 0 , deux fragments. l a V i e r g c de la Nauvite, logo del patrimonio culturale, c a t á l o g o d e la exposición (Bolonia, 2 de d i c i e m b r e de 2 0 0 1 - 1 7 de m a r z o de 2 0 0 2 )

peau-, cn S Barben. G . R o m a n o y F - Rossetti B r c x z i (eds.). S m ^ ^ ^ ^ " ' ^ ^ ^ Cinisello Balsamo, 2001, p. 454.

d e la e x p o s i c i ó n ( C l v a m b é r v , 5 de j u m o de 2003-1 de septiembre de 2 0 0 3 ) . C b a . n b c r y . 2003, fMm*

dera los relieves de L e Bourget c o m o ejemplo de u n particular « g ó t i c o a l p i n o » , - b i s a g r a e n t r e e l nuevo csuo

llegado del N o r t e y el l í m u e e x n c m o de la t r a d i c i ó n r o m á n i c a de la llanura padana».

248 ARTE E HISTORIA EN LA E D A D MEDÍA III
ngrcaladas en las ÍCCtétmes de cofradías, en la predicación y en el teatro sacro la icon<
E altura de ( risto se consolidaba en g r u p o s plásticos, más ajustada a la serie ca-
DÓrjica »U- Umisterios» de la Pasión y M u e r t e y, a la vez. apta para una exaltación ul
del dolor Je M a r i a y de los presentes c o m o para i m p r e s i o n a r y provocar la piedad de los
rieles. E n la capilla de t l a r d , en 1416, el visitante aprecia en el airar mayor «un hermoso
sepulcro con varias imágenes», c u b i e r t o c o n u n paño de l i n o . E n Saint Rhémy-en-Bos-
ses, en 1421, en una capilla de la p a r r o q u i a l , aparece u n - S a n t o Sepulcro con sus imáge-
nes, decorosamente, sobre u n altar bien d e c o r a d o » . P o r lo t a n t o , parece que tales grupos
se encontraban invariablemente en esa colocación a guisa de imágenes de devoción. No
leios del Valle de Aosta. la iglesia p a r r o q u i a l de . M o r e l , en el .Alto Yalais, poseía un grupo
de madera, de dimensiones adecuadas para la mesa de u n altar, del que se conservan un
Cristo muerto, una de las Marías y u n personaje masculino (José de Arímatea o Nicode-
m o ) . fechados en el segundo cuarto del T r c c e n t o y a t r i b u i d o s a u n taller activo en los
alrededores de E r n e n " . Igualmente dedicado a la representación del momento de la se-
pultura y de la última lamentación de la V i r g e n , de las pías mujeres y de Juan sobre el
cadáver de Cristo esta el expresionista g r u p o de piedra, atribuido a Rigino di Enrice
(hacia 1330). ahora conservado en el M u s c o C o m u n a l e d i C a p r i n o Veroncse y prove-
niente de la iglesia del cementerio; y o t r o , más u r d i ó , de la iglesia de San Fermoen
Verona (auibuido a C i o v a n n i d i R i g i n o ; fig. 2 ) .
2 b
A mediados del Trecento el escultor catalán « m e s t r e AJoy» realizaba para la capilla dd
Corpus D o i n i n i en San Feliu, en Gerona, u n sepulawri de alabastro, que incluye la figura
-'" \V. Kuppen. Die Kunstdenkmaler do Kantons Wallis. Il Dai Vntergoms die ehemalige Gnsspfarrti Erm%
Basilea. IV79. pp. 26-*7¿ I - Golay. Lesxulptum medir, ales U colleciion du Musèe cantonald'hutoirr, U M ,
2000. pp. 116-1IV.
'"Melimi. Sommi versatesi, o c . pp. 26 y I I ? ; A. Caiani, Una -deposi/Jone sul sepolcro- a Capnno Vero-
n e t . Arte veneta XXJ (1967), pp. 195-199. E n e « e grupo, el cuerpo de Cristo no aparece denuo de un <im>
fago, sino puesto sobre la superficie encajada de un banco en el que se puede reconocer un cierto conocimien-
ta del Sepulcro de Jcnivilén.
f S t i l l l> I» A S l'Ali A M IMAGINARIO RELIGIOSO 249
1 igurj * I..III..<IM* <• Cataluña. mism munlado de hombre barbudo (Jóse de Anmaica o Niendcmo'),
mármol, iw 1360
< Insto vacíenle en la nimba con las de José de Arimateay Nicodemoa la cabeza y a los
s, además de las de Juan Kvangehsta. la Virgen María. María Magdalena, María la de
mago y María Salomé'**. De esc grupo queda en San Feliu la figura de Cristo, que se
i atribuido fl un compañero del maestro Aloy, Jaumc Cascalls'". Fas obras atribuidas a
Vli ly y a Cascalls ' muesrran contactos con el taller que hizo las estatuas de la capilla del
1
obispo de Kieux en San Francisco de Toulousc, en el segundo cuarto del siglo xiv, y no
desconocido en Cataluña. M e inclino a distinguir una influencia de los caracteres de este
circulo lolosanet-catalán en una figura muulada de mármol, con barba y cabellos dorados,
ahora conservada en el Museo Diocesano de Arte Sacro de Susa y proveniente del tesoro
de la catedral, que fue iglesia abacial de San Justo (6g. 3) -*. Esta figura, cuyos rasgos esti-
1
El dctallado comraio csnpulado por -magistcr Aloy imaginator-, ci 5 de mayo de 1350 en Gerona,
rón
ci camhiMj Francesco SavarTcs esca publicado por I*. F m u s i Camps, L'art gotte a Girotta. Segles Xlll-xt', Girona
iV8l,pp 131-132.
" A . F.rlandc-Brandcnburg. La conquète de l'Europe. Paris. 1987 [cd. casr. PJ arte dttco, Madnd, Akal.
R
|992.J| M R. leres i Tomas, airibuido a Jaumc CxsealU, Figura de rey, transformada cn san A ritorno abad, en
X Barrai et al (eds ), Prefigtiracion del Musen Nacional d'Art de Cat.ilunya, catalogo de la cxpnsición (Barcelona,
27 de |uho-3(l de novembre de 1992), Barcelona, 1993, pp. 231-233. AJaumc Cascali-, (acuvo entra 1345 y
I 379) se le niriüuyc tumbicn la cabeza de C r i s i » mueno, cn alabastro, hoy en el Museo Nacional de Arte de
Catalani tic Barcelona, de la tapilla del Corpus Chnsu del Convento locai de Sani Agtisrì Veli. Gir. E . Garbo
nell y J, Sureda. Tresors medievals del'Musen National d'Art de Catalunya, Barcelona, 1997, p. 398.
M
F f l M d maestro de Rieuxysoi ambiente, cfr. B. Mündt, «Der Zychis der Chapclle de Rieux und scine künst-
lerische Nachfolge-, Jahrbuch der Berliner Museen n. s„ IX (1967). pp. 26-80; F. F-spaiiol, «Joan AvcMa, Sculpicur
de CtiriBWililU. rinfluence de l'atelier de R t c u x sur la Catalogne-, Bulletin monumental C U (1993), pp. 3B3-403.
' - G Romano, fieba 7. «Scultore francese (?) arca 1 360-1370-, en id. (cd). Valle dì Snsa. Arte e storia da/I.XI
alxi iti secolo, caialogn de la cxposiaón ( T u n n , 12 de marw»-8 de mayo de 1977), Turin. 1977, p. 89; G . Saroni.
ridia 4. -Scultore francese (?). sec. xiv, settimo decennio arca-, cn C . Benolotto y <J. Anipnoo (ed ), // Tesoro
della Cattedrale di San Giusto: arredi sacri dal IH al .V»* secolo, catalogo de la esposi non (Susa, 18 de )ulio-22 de
agosto de 1998). Turm, 1998, pp. 58-59; G . Romano. «Scultore franco-piemontese, 1365-1370.. eh Pagella,
Tra Gotico e Rinascimento, cit., p. 64.
250 A R T E E HISTORIA I N I A K O A U Al i i» i v
l i z ü d o s e x p r e s a n u n gran s u f r i m i e n t o , aparece tendida en una postura que no es la onp-
rtal; el c u e l l o se une- ríg ¡di i .ii busto, c o m o en un duro esfuerzo. Si el misteriosopersonajt
f o r m a b a p a r t e de un g r u p o de la sepultura de Cristo, en el papel de un Nicodemoodeun
J o s é d e A r i m a r e a . d e d i c a d o n sostener el cuerpo del Señor, pudríamos suponer que un
c o m i t e n t e , de r a n g o no c o m ú n , encontrara el modo de dirigirse a un artista tofosanoo
c a t a l á n , p r e c i s a m e n t e para tener tic ese «•misterio» un tipo de representación de bque
h a b í a c a p t a d o la c o n m o v e d o r a expresividad. Tal presencia en un valle abierto, con sus
m o n a s t e r i o s , atravesado p o r importantes rutas mercantiles, constituiría un importante
p r e c e d e n t e para la a p a r i c i ó n de otros grupos del Sepulcro en Piamonte. Alas tarde, I)
s u e r t e de las r e p r e s e n t a c i o n e s plásticas de la '///sean Tamba/// quedaría reflejada en e! ám-
b i t o s u b a l p i n o en un g r u p o I í g n e o que. en 1401, como relata el cronista Gioflredoddb
C h i e s a , el m a r q u é s T o m á s IT] llevó de París a Saiuzzo: «imágenes de madera de Cristo
r u m b a d o en el m o n u m e n t o con aquellos que lo miraban, y san Pedro y san Pablo [una
i n t e r p r e t a c i ó n e r r ó n e a p o r J o s é de Arimatea y Nicodemo] y las Alarías, imágenes todasde
t a m a ñ o de una persona h u m a n a - " .
A l m e n o s desde el i n i c i o del Trecento, tanto en Italia como en los países germánirm
para la r e p r e s e n t a c i ó n litúrgica del Descendimiento en los ritos del Viernes Santo I
e m p l e a r o n crucifijos en los que Ja figura de Cristo, con brazos articulados, podía descla-
iv. enhr^T 8 6 C
' r
n d S L
'P u I c r
° "
M E
" >OS países de cultura germánica y en el área ad-
junto con la figura. I£n F r i burgo, el monasterio cistercicnse de la Alaigrauge poseyó uru
figura similar, de hacia 1 330, que contaba con una caja a g u i s 3 de arca, con tapa, pintada
c o n escenas de la P a s i ó n , ahora conservada en el Alusée dVVrt ct d'Histoire . Un Crino
muerto policromado de modestas dimensiones, proveniente del \'alais y conservado en
Sión, en el M u s e é cantonal d histoire"', presenta igual iconografía que el dcFnbuxgoy
también tiene una caja pintada, aunque sin imágenes ni tapa. E l uso del Grahbrisw^
Grabbild con función ritual debió de conocer alguna difusión también e n , ' J ^ ™ ^
meridional de los Alpes. Á una gran figura de madera pertenecía la ^ " Í V j ^ c J n
muerto, del segundo cuarto del Trecento, que se conserva n el Amusco
e
Fonda/Jone Oalletti en D o i n o d o s s o l a n o muy diferente, en 1« P '°
» G - della C h i e s a , - C r o n a c a di S a l u / ^ - . en Histanae l'airtae Monurnen,^ S^P J -
I l í ;
" G . v J - ' l a u b c r t . « M . U e l a l t c r i . c h e Kruzifixe schwenkbaren A r ^ ^ J ^
fiér &mrwi»emchafi X X V I I I (ÍVÓVJ. pp. 7 9 - 1 2 1 . J . T a u b e n , Faringe « f e g M * * * » A
Joccard. s c u l t u r a - , en K DeuchJer <cdO, Art 1 lei.mea. Arti e citara «fiftfc, ^azzera, m
** G o l a y . Les teulprures medievales. cài., pp. i 22-i 29. . M
n
C . C e r n i e . - S c u l t u r e della Val d'Ossuto?. I » ™ » m e t » del xrv ^ <V » K
Remante, opere d'arse restaúrale, catálogo de la cxpoMción O urih. I de s e p Ö * ^ ^ | 5 de «cubre dC
1978, p 40
III
L >' : I I : y- • . fABA II IMAGINARIO ttlICtOIO 251
el rústico n i " le lado, de un C r i s t o muerto del Alusce cantonal d nistoirc en Sión, proce-
dente de \N ili Ten. en el A l t o Veláis'*. Kiguras de C r i s i o muerto en el sepulcro indepen-
ientes, no « orno parte de grupos de la Sepuiiura o de la L a m e n t a c i ó n , dehia de haber
i nublen en el Valle fie Aosta, donde en la parroquia He (.¡ressoney, el 7 de julio de 1419,
• I visitante e n c o n t r ó en un altar dedicado a santa Catalina, mal conservado y con una
i o r a c i ó n figurativa un poco informal, «unarn imaginan, de sepulcro corporis C h r i s r i » .
C o n seguridad del Valle de Aosta y, por lo que parece, de Círcssan proviene un gran
importante < Insto muerto, de madera, del Museo C i v i c o de Arte Antiguo de Turín (fig.
. que Se piu-dc techar por sus caracrerísticas estilística*» hacia 1120-1330, el cual, en su
'ructura y p o l i c r o m í a , revela sucesivas adaptaciones a nuevos significados y funciones,
n origen, el C r i s t a yacente, con los ojos cerrados, la figura consumida de los crucifica-
»N c o n t e m p o r á n e o s de Aosta y las tiendas marcadas con gotas de sangre en relieve, tenía
Un brazos extendidos n los lados. U n a restauración reciente lia puesto en evidencia las
modificaciones que sufrió, seguramente en el Quattrocento, cuando la lígura se puso de
pie. con los dos brazos separados y cruzados sobre el vientre (uno, con la mano marcada
con una llaga ensangrentada, fue toscamente rehecho), en los ojos cerrados se pintaron
grandes pupilas y todo el cuerpo se cubrió de llagas rojizas, de manera que pudiera asu-
mir el aspecto y el papel devocional del bíblico «V arón de d o l o r e s » , de pie, cubierto por
los signos de su P a s i ó n . T a l - i m a g e n de d e v o c i ó n » se había desarrollado allende los
40
14
'"Golay. La ini/fittmt medievales, cit. pp. 110-119.
W
E 1 Crino de Grcssun. de madera de chopo, plateado y pinado, mide 193 cm. Fue interpretado como
a
Cristo yacente que formò parte de un grupo de la Piedad por V Viale, Gotico e Rinascimento in Piemonte, cata-
logo de la exposición, Turin, 1039, p. 51, que lo fecha en la primera mitad del *l retento; como Grabebristut, por
C T. Mull.-:. Mittelalterliche Plastik Tirols- von der prubzeit bis zur Zeit Michael Fächer*, Berlin, 1935, p. 121,
nota 26. y fue fechado jior id., «Ein spa croman i»c her Palmc«lchnsius>-, Zeitschrift des deutschen Vereins für
á s e r a S
Knnm.inemebaft XXI (1967), p. 134, a final» del Uuccenio. Análoga interpretación viene dada por H, Reiner*.
«IIS. Sepolcro til Moncalicri-. Holter:;::C'entro Studi -lt. I-.:ogin ed Artistici dd l'irmonie i {1941 ), . 72. que
p
lo compara con el Cristo del Sepulcro de Maigraucc y por !.. Malie, Le sculnae del Mmeo d'Arte Antica, Turin,
1965. p. 89.1.a estatua, porci contrario, fue considerada tMt\\OMt\ Schmerzensmann porti von der Osten, «Der
,0t s
kn Vereno
DcUlu f
Nehmerzen*.in,inn aus Gressan». Smdien zur Gettbicbte der europäisthen Plastik. Festtihnft far Theodor Müller.
Munich. 1965, pp. 101-104 Rossetti Brezzi, Le vie del Gotico, eie., pp. 348-349. atribuye la obra al maestro del
_ Neuen idrck- crucinio de Clinllam-Saint-Victor y la fecha Indi 1320-1330. Para un examen de In estructura, después de la
reciente restauración, cfr. G . Gentile, ficha 11, en Pagella <cd.>. Tra Gotico e Rinascimento, cìr, p. 44.
m
Una modificación parecida sufrió el Grabtbrittm de Matrei am Brenner, de principios del 'trecento. Cfr.
Müller, Mittelalterliche Plastik, cit., pp. 36-38.
m a ¿¿
o m n o 1
m T u r J o
1.
252 A B T E E H I S T O R I A E N LA E D A D A I » DI A I I I

A l p e s , h M 1.1 1 J00, .i p a r t i r d e l i c o n o d e la Imagú de 1^cdiocueq)o ^EnBobno ^ 4 1

e l Stbm t rz ..parece e n el c l a u s t r o d e los Franciscanos, hacia 1310, en un fresco

d c
°
e s r i ,
lineal e n t r e l o s i n s t r u m e n t o s de la Pasión (los Amia Cbristi) y, además, ' • ' . ¿ l i l i s FAftA ti M A I . IS* A R I O I i i 'I. !iMO

en u n rchc d e piedra d c m e d i a d o s d e l T r e c e n t o . También en Bolzano.en 1329,apare-

Ge pintado c- l c l a u s t r o de l o s d o m i n i c o s , e n la entrada de la capilla de San Juan, donde

t a m b i é n se encuentra e n e l a l t a r , a d o r a d o p o r dos cónyuges d é l a familia de mercaderc*

R< >ssi/B< n s c l i i . . u n » t i c u n a pivtas c r i s t o c é n t r i c a que. en ese clima dc frontera, auspicia
esta expresión de la m í s t i c a s e p t e n t r i o n a l c o m b i n á n d o l a con la hnago pktaús, inuchomis
h n h i r u a l e n Italia.
ELIC r i s t o m u e n n dc- C i r e s s a n c a m b i ó u n a vez mas su tunción representativacuando,
e n é p o c a m á s t a r d í a , c o n el s i t m i l i c a d o d e l Scbmerz,cns?rtami ya perdido, se le consideraufl
Ecce Hanm y s e l e a t a n las m u ñ e c a s c o n u n a c u e r d a . La litnjra, además, había sufrido,quiza
y n e n s u p r i m i t i v o a s p e c t o , u n a a d a p t a c i ó n nada despreciable: detrás de la herida del cos-
t a d o s e h a b í a p e r f o r a d o , e n la c a v i d a d n o r m a l m e n t e practicada en la pane postenordeus
t a l l a s , u n h u e c o m á s p r o f u n d o . S o b r e la base de una hipótesis discuuda recientemente por
J o h a n n e s T r i p p s r e l a t i v a al u s o l i t ú r g i c o de figuras similares dc Cristo muerto, se puede
s u p o n e r q u e t a l c a v i d a d a l b e r g a s e u n r e l i c a r i o o una píxide para la dcpositio hostút del
\ ' i e r n e s S a n t o " - < J u i z á p a r a f a c i l i t a r ta e x t r a c c i ó n en el momento dc la e/ri-J/ío la noche (k
1 5

P a s c u a , s e t a l l a r o n u n o s h u e c o s a l o s l a d o s del torso, que quedan ocultas por los brazos.A

u n a a n á l o g a f u n c i ó n L i t ú r g i c a , e n el á m b i t o g e r m á n i c o , se destinaron a veces losSatU
Sepulcros m o n u m e n t a l e s , c o n s t i t u i d o s p o r una hornacina que contenía, además de a
4 4

C r i s t o m u e r t o y a c e n t e e n la r u m b a (en la catedral de Friburgo de Brisgovia está provisto L a r e p r e s e n t a c i ó n o f r e c i d a p o r los g r u p o s d c tales sepulcros m o n u m e n t a l e s abarca,
d e u n r e l i c a r i o e n el p e c h o p a r a la c o l o c a c i ó n ritual de la hostia), lasfigurasde las tres p o r lo t a n t o , m o m e n t o s d i s t i n t o s , q u e la c o s t u m b r e c o n representaciones e n escenas
A l a r í a s e n el S e p u l c r o y l o s á n g e l e s q u e a n u n c i a n la Resurrección.
4 5 c o n t e x t U f l l i i a d a s y c o n e l u s o l i t ú r g i c o hacía que le resultasen reconocibles al o b s e r v a d o r
m e d i e v a l * . U n c o n j u n t o i c o n o g r á f i c o de temática afín se e n c u e n t r a en el V a l i c de Susa,
4

en G r a v e r e , e n e l a l t a r d c la c a p i l l a de la V i r g e n de la Losa, que u n d o c u m e n t o de 1432

4 1
F . P a n o f s k y . ~ " 1 I I I J U « » p i e t . u i s " . E m B e i t r a g z u r T y p c n g c s c h i c J i t e des -Schmerzensmann"unddff'.Vü- designa c o m o « c a p c l h seu ecclesia beate M a n e de pietate de L o s a » 4 7
( % . 5). La e s t r u c -
ría M c d i a i r i x " » . e n i-'estschrift fue MaxJ Frtecllander zum 6(1. Geburtstage. L e i p z i g , 1927, pp. 26I-J0S,G.rtD tura es d e l u p o b a l d a q u i n o , c o n o c i d a e n e l á m b i t o suizo y g e r m á n i c o m e r i d i o n a l . A l área
d e r O s l e n . /Jet Schmerzensmann. TypeñgjtKvieble eines deutschet, Andachtsbildzierkes von 1300 bit 1600. Beda altorenana de hacia 1430 r e m i t e el esrilo de las partes plásticas y de las p i n t u r a s . E n el
l O . l S ; \ V . M e r s m a n n . Urr Schmerzensmann. D u s s e l d o r f . 1952. c e n t r o d o m i n a , m á s g r a n d e , la V i r g e n d o l o r o s a , a l r e d e d o r de la cual se d i s p o n e n , en v a -
n o s r e g i s t r o s , p e q u e ñ a s figuras relacionadas c o n diferentes « m i s t e r i o s » . L a V i r g e n reca-
•«- S A l i c t h . Oa< I-,anziskanerkluster m Unzen Geschichte, Baugeschichte, Kunst. Bolzano. 1998.pp. I I I & A .
p i t u l a , a b s o r t a y d o l i e n t e " , t o d a s las penas sufridas desde la C r u c i f i x i ó n (representada e n
4

d e M a r c h i . I - F r a n c « . V G f a e r o l d i y S . S p a d a P i n t a r c l l . ( e d s ) . Trecento. Pitton gotict a Bohum. AAmu.Tam

la p a r t e s u p e r i o r ) hasta la S e p u l t u r a d e l H i j o (en la p a n e i n f e r i o r ) . E l c o m p l e j o sistema
2 0 0 2 , u p . 53, 57ss., 8 3 « i . . 145. .
- " V r i p p s . Otts handelnde liild^erk. c i t . . p p . 1 3 6 - 1 4 1 . d e s p u é s de u n e x a m e n critico de las i n t e r p r e t a
expresad... por H Appuhn y O " . T . u b c r t , a d m i t e c o n c a u t e l a la p o s . b . h d a d dc que figuro * Cnsto mm que llevan b< vacias con ios ungüentos imitando la P M l f l l mwki EJ>ueschcI, Ok Kanstdenhnolerde, Kara™
• u n t o c o n s u s s e p u l c r o s m ó v i l e s f u e r a n d e s t i n a d a s a l o s r i t u a l e s d e l J n d u o Pascual v que en ellas, o . u n t u « * , t,raubumlrn. I Ote Ktmst ,n Qravhunden, Batista, 1937. pp. 68-70.
e d e p o s i t a r a u n a h o s t . u . K n c u a n t o a l C r i s t o d e C r e s s a n . se p o d r í a t a m b i é n plantear a * Para el caso dcFriburgii.cn-. O. Pacht, \ / / W ¿ « = « r *
í f W Mílff A ^ o r ¿ » Pmr,,, Mújueh 1977 íed casr •
w í

vidaddc d e t r á s c o n t m i e r a u n d . s p o s i ü v o a p t o p a r a « m u l a r u n a e f u s i ó n de sangre dc la henda dd Htstena del artey metodología, Madrid, Alianza, »19931.
c o m o s e p r a c t i c a b a e n l o s d r a m a s s a c r o s ( c f r . A . V í t a l e B r o v a r o n e . // ,,uademodi segrmdt un ngutapn^ua _ Archivio Storico Cnpuobre di San Giusto di Sus», can. 12. fase. 31/343, documento del 20 de noviem-
bre de 143 2. G Gcnüle, ficha 12, en Romano (ed.). Valle di W , a t . . pp. 92-96.
7e \lldi^o. N W pe, la mes», m «en* di una Pass.one, A l e j a n d r í a . 1984. p p £ 4 2 ) y corno se a d n e n ^ d
Parecidas y rcbc.onatb» con composiciones análogas son b Virgen orante dc l i colección P.rdo, París
crucifijo reahsta Chacia .510) d e b r a z o s p l e g a b l e s d e l S t a d u n u s e u . n d e D o b e l n , en Sa n.a (cfr. Tnpp, Oe
JO
en J. I-.évaiu-Boccador y E. Bresset, Suttaauc medieval,de to/leetton, Neuilly, 1972. I I , p. 126, y b Dolorosa de
handelnde B.iehrvr*. c i t . . p . I 7 6 ) ; p e r o e n e l O i s t o v a l d o s t a n o n o se n o t a n huellas cvden.es de un amnoos**- Saint-Dalinas-du-Plan, Alpe, Maritimes. reproducía en Van ratyvwr anaen dan,le comiedeNice et en Proven-
l a r . >- e s t o , q u i z a , h a b r í a s i d o m á s p e r t i n e n t e e n l a i c o n o g r a f í a d e C n s t o c o m o Schmerzensmann, quemuesmü ce. Exposttion d'art nligieux aneen (Niza, febrero-abril de 1932), Niza, 1932, p. 174.
herida del costado- ,
*« T ä u b e n . MetxelalteH.Jsc Kmze/Lre. o t . . p. 49. yj. Inpps. Das handelnde Bddxrerl; a t , p. 141, rrun enrr,QX
u

t o d o , q u e l o s p r u p o s d e l o s Heitre Gräber m o n u m e n t a l e s e s t a b a n d e s t i n a d o s n o r m a l m e n t e a la devoaon cxc-kai

« G r u p o * r e p r e s e n t a n d o l a v i s i t a d e l a s A l a r i a s a l S e p u l c r o y a e x i s t í a n e n el Duecento.comoacesogujub.
d o s e x t r a o r d i n a r i a s l i ^ i n U d e m a d e r a d e la c a p i l l a d e l S e p u l c r o e n E m s - D o m a t , en Coira (definalesdc siglo).
— 54* A R T r I I I I M H R I . » I N KA EllAD .M E D I A I I I

i c o n o g r á f i c o i n c o r p o r a al m o m e n t o de la sepultura, a la que aludo lafigurade Juan llo-

E S C U L T U R A S PARA ti. IMAGINARIO RFIUIIOSO 255
r a n d o , a l g u n o s e l e m e n t o s desarrollados por el Heffígpwlf monumental, como los centi-
n e l a s d o r m i d o s e n el trente de la tumba, las tres mujeres con los vasos de ungüento en ai
i d e n t i f i c a r s e c o n sus s e n t i m i e n t o s y c o n sus r e c u e r d o s ; e n el Bikhiem der eivigen Wctsheit
visita al S e p u l c r o y el á n g e l de la R e s u r r e c c i ó n . U n ejemplo análogo de \'uxtaposiriónde
{ I 3 2 7 - 1 1 2 8 ) d i I n r i q i i c S u s o , A l a r í a c u e n t a a su d e v o t o q u e , c u a n d o c o g i ó e l c u e r p o de
« m i s t e r i o s » c o n s e c u t i v o s aparece en las pinturas de la caja del Cristo muerto del monas- M I a m a d o I l i j o s o h r e su r e g a z o , e x c l a m ó : « ¿ D ó n d e está a h o r a Ja alegría que t u v e p o r t u
t e r i o de A l a i g r a u g c . R e t a b l o s de contenido afín debían de encontrarse en el Valle de n a c i m i e n t o ? , - d o n d e e l g o z o q u e t u v e p o r cu d u l c e i n f a n c i a ? » " . E n los Vespeiiñldcr ger-
A o s t a , d o n d e s a b e m o s , p o r las visitas pastorales de 1416. que en la iglesia de Ponteyse m á n i c o s , la V i r g e n s o s t i e n e e n sus r o d i l l a s , e n disposición d i a g o n a l , al H i j o d e s f i g u r a d o
por los t o r m e n t o s y, a m e n u d o , r e d u c i d o a d i m e n s i o n e s de n i ñ o , o b i e n l o aprieta c o n
v e í a u n h e r m o s o t a b e r n á c u l o que c o n t e n í a «el Santo Sepulcro, la imagen de la Virgen y
fuerza. E j e m p l a r e s d e l p r i m e r tipo, q u e se p u e d e n f e c h a r e n t r e 1360 y 1380, aparecen e n
las d e m á s i m á g e n e s » , y en la c u r i a de Saint-Alarcel uno parecido, de nueva confección*. \ l l i > Vdigc - d n ' n i e l M u s e o D i o c e s a n o d i Bressanonc, procedentes de las iglesias d e San
H e m o s v i s t o c ó m o e n la capilla de la V i r g e n de la Losa, hacia 1432, había una repre- Ir i. Ir» y d e N o \ i c e l l a ; o r r o , e n la p a r r o q u i a l de B u r g u s i o , d e l c o n v e n t o de las clarisas de
Mci . m o ' \ y o n . ' , e n V c r o n a , e n Sanra E u f e m i a * - . Suiza a d o p t a e l esquema « d i a g o n a l »
l 7

s e n t a c i ó n q u e r e s p o n d í a al n o m b r e de -Santa María de Piedad-, pero no la imagen que

el 11/ando la » v p r e s i v i d a d , c o m o en la P i e d a d exhumada e n 1982 d e l osario de L e u k e n
d e s p u é s se d e n o m i n a r í a habitualmente así. E n el Valle de Aosta, en 1416, el visitante el «¡in V a l a i s . D e l á m b i t o s u i z o , a p r i n c i p i o s del Q t i a t t r o c e n t o , el V a l l e de Aosta r e c i b e
,M

e p i s c o p a l v i o e n C h á t i l l o n (etapa importante en el sistema de pasos alpinos), en el altar u p o [ í g n e o d e l T e s o r o d e la c a t e d r a l , p r o v e n i e n t e de V Í I I e - s u r - S a r r e , e n el que la

ÍO

m a y o r de la p a r r o q u i a , un g r u p o plástico que no sabe designar con un nombreespedfico. \ e n vesnda «le v i u d a s o s t i e n e e l c u e r p o , m á s p e q u e ñ o , de C r i s t o en posición frontal,

p e r o del q u e capta la i c o n o g r a f í a esencial: « U n a imagen de Alaría que tiene en brazos al
H i j o f l a g e l a d o » , es decir, un C r i s t o marcado por las heridas de la Pasión' . Con un enfo-
que a n á l o g o , se designa u n grupo de madera en las escrituras contables de la corte dí
F e l i p e de B o F g o ñ a , en la m i s m a é p o c a en que los miniaturistas de Jean de Bernindu-
5 3
y e r o n e n los libros de horas i m á g e n e s de la Piedad que combinan esquemas septentno-
nales e italianos''-. E n los territorios i»ermámcos, la contemplación del lamento de Mana
s o b r e el H i j o bajado de la c r u z había inspirado la que probablemente tuvo mejor fortuna
* en la P i e d a d c o n s e r v a d a e n e l c a s t i l l o de W i k o n (cantón de L u c e r n a ) . L a rnás a n -
0
i i de las Piedades q u e se c o n o c e n e n P i a r n o n t e , la talla VcsperbÜd venerada e n la i g l e -
M. le San N i c o l á s e n O r t a <íig. 6), e n la q u e la V i r g e n d o l i e n t e aprieta en la m a n o i z -
quierda u n p a ñ u e l o , se l o c a l i z a e n u n área p r ó x i m a a los trayectos que unían el N o v a r c s c
coi li >s pasos de los A l p e s y d e A l e m a n i a . L a P i e d a d de O r t a se puede r e l a c i o n a r con los
grupos de N i e d e r k y l l , e n P r ü m , R c n a n i a . y d e l c a s t i l l o d e S c h e n k o n ( L u c e r n a ) , asi c o m o
con los de R c m o n o t y d e R o c h e les C l e r v a l , e n el F r a n c o C o n d a d o , t a m b i é n parecidos
en el g e s t o de la V i r g e n " . D e s d e el i n i c i o d e l Q u a t t r o c e n t o , estos g r u p o s reflejan, en
6

de estas « i m á g e n e s de d e v o c i ó n » : aquella que una crónica colonesa del siglo wn, al re- simetría ideal, una serie c o n t e m p o r á n e a de V í r g e n e s sentadas c o n e l N i ñ o , d i f u n d i d a s
entre la r e g i ó n r e n a n a y la s u i z a ; u n a , de Issogne, se conserva e n las colecciones de la
ferirse a las i n d u l g e n c i a s anexas desde 1298 al simulacro conservado en la iglesia de los
61

Región A u t ó n o m a V a l l e d e A o s t a ; o t r a f u e robada e n 1976 de la iglesia de San G o t t a r d o

c a r m e l i t a s de C o l o n i a , designa c o m o «starua beatae Alariae Virginis quam vcspcrniumfí i n C a r m i n e e n C a n n o b i o y o t r a m á s se e n c u e n t r a e n L i g u r i a , en la iglesia p a r r o q u i a l de
dolorosam c o m p e l í a n t e " . E l Vesperbild tiene su origen en la Virgen entronizada con el Laggia, e n una c a p i l l a consagrada e n 1429; y una p i e d a d de t i p o r e n a n o e n s e n t i d o a m -
N i ñ o en las r o d i l l a s ' . L a V i r g e n que presenta al H i j o muerto a losfieleslesranaa
4

Mjljno-. distingue, como antes F. Panofsky, Earty Netherlandish Painting lis Ongin and Charatter, Cambridge
Mass., 1953, I , p. 262 |cd. cast.; Lot primitivosflamencas. Madnd. Cátedra, 20O9J, dos fuentes iconográficas: la
J
" C f r . Q r l a n d o n i . Aixbttetnira. cit-. p. 2 8 1 -
escena de la Lamentación y la Virgen de la Humildad.
«•Visita d e l 2 0 d e s e p t i e m b r e d e 1 4 1 6 : - u n a ylTOgP b e a t e M a n e tenens , n humero Jitium HflgdlHW*
" C f r . E Suso, Opere spirituali, cd. R. De Biasio, Alba, 1971, en concreto II libro della divina Sapienza, cap.
» M a n d a t o d e l 4 d e ¡ u l i o d e 1 3 8 8 p a r a e l s u m i n i s t r o d e - u n e y n » g e de N u t r e D i m e teñan, en son pro*
u n e a u t r e v m a f c e d ' u n D i e u d e P i t i e et p u u r d e u * y m a i g e s d a n g e s t o u s d e b o y * ^ TtltZtn XIX, pp. 318-í 19, ibid.. I lotvlogitmi Sapientiae, libro I , cap. XVI, p. 881.
e

"'Muller, Gotische Skulptur, c i t , p. 15; L . Andergassen, «Scultore sudorolese. Pietà», en Casielnuovo y

r i o d e l d u q u e . e n el p a b e i o C f ö * * e n P a r í s . G . T r o n c h e n . Die Gramática, // Gotico nelle Alpi, cit., p. 666.
undibr,- ^ungenaZ/die Eur.pa.schc Ksmst, F r a n k f u r t . 1940. p . 185, T ^ZÍbíl * W Wolters. La scultura veneziana gotica (I ¡00-1460), Vcnccia, 1976, p. 262 y fig. 748.
:

i n t e r p r e t a r a c o n f o u n a a s o l a c i ó n d e la » n a g e n d e .María c o n la * l A M « " ' W Ruppen, «Der Skulpturenfund von Leuk (1982)», ZeiUcbrififurSthv'eizeristbeArchàeologieiindKunst-
pietZ A n ä l ö g a m c u W e i . P a d u a , e n 1 4 2 9 . e l c o n t r a t o c o n e l q u e EgKÜO de W i e n e r Neustadt se ReS(l'tcbteXHvm), pp. 241-268.
\ c X a V e l g r u p o e n p i e d r a q u e se c o n s e r v a e n S a n t a S o f í a , h a b l a de « u n a m y m a g e r n r ^™ Zl "D.Jorioz, ficha 101. en Castclnuovo y Gramática, // Gotico nelle Alpi, eie., p. 668.
"•Cfr. Kronig, Rheinische Vespertnlder, eie, pp. 153-1 S4;J. Baum, Die Itizeriier Skulpturen bis zum Jahre 1600,
c u m C r u e i f i t s o m b r a c l u . s » . C f r . E . R i g o n i . - L o s c u l t o r e E g i d i o da U e n c r Neustadt a * * * * * * * « ° »
Lucerna, 1965, p. 4 1 ; M . Ferry, Werges etanioises, Besaron, 1946, pp. 38 y 129.
rie della R. Accademui d, Scienze. Uttere e Ari, m Padova « . s.. X L V 1 ( 1 9 3 0 ) . p . 6
I . Fuiterer, Gotische Bildwerke der deutschen Sebu-eiz 1220-1240, Augsbnrgo, 1930, p. 27, y E. H . Rciners,
M

t M . M e i s s , Prence Pamnng tu the Teme a/Jean de Berr>: Tbc Ulte fourteentb Century<mt******* Biirgundtsch-alniianniscbc Elastik, Estrasburgo, 1943, pp. 62 y 318, piensjii que el prototipo de tales Vírgenes era
Duke. L o n d r e s , 1 9 6 " , p p . 1 8 5 - 1 8 6 . , „ , , ^ . • .wni venerado en un santuario <lc la Suiza alemana; G. Cawjiia, ficha 15, «Notre Dame de Lausanne, églíse de la
- W . K r ö n i g . « R h e i m s c h e V e s p e r b i l d e r aus L e d e r u n d i h r U m k r e i s . IVatlraflöcbatU-Jabrbuib m Gruyere», en Tréson d'art relìgieux en Pays de Vaitd, catálogo de la exposición (Lausanu, 15 de ncruhre-12 de
diciembre de I 982), Lausana, 1982, p. 46, destaca una versión de la veneradísinia Virgen de Lausnila.
(1962)^98^ ^ p i e i a r i s „, d t . p . 2 6 6 ; H . S w o r z c n s l a , - Q u e l l e n zum deutschen Andacht»,
ZcitselnittfùrKitnst^scbicbte I V ( 1 9 3 5 ) , p p - 1 4 1 - 1 4 2 . M c i s s . Frcncb pamting, d t , p p .
g u n o s e j e m p l o s o f r e c i d o s p o r la p i n t u r a i t a l i a n a d e l T r e c e n t o - d e la P i e d a d siencsa del tercer caino ddTh>
e e n t o e n el M u s é e D a v i d d e A n g e r s a la t a b l a d e la c o l e c c i ó n M a r t i n L e R o y e n París, atribuida a G I O W U K I J

i
56 A R T E E HISTORIA E S I * I' D A D M I D I A III
Figura 6. S u i z a , Piedad, madera policromada, inicios del siglo xv.
p l i o , de fecha m á s o m e n o s c o e t á n e a , se venera en el s a n t u a r i o de Soviorc en Monteros-
so. P o r o t r o s m e d i o s y de m a n o s d e artistas f o r á n e o s , en los primeros decenios del siglo
b a j ó a la I t a l i a n o r o r í e n t a l la « b e l l a P i e d a d » d e l « e s r i l o dulce» austríaco y bohemio .
D e s d e a q u í , desde l o s A l p e s , el Vesperbild se d i f u n d i ó e n réplicas hechas en serie (hasta b
I t a l i a c e n t r a l ) y d e s p u é s f u e e l a b o r a d o en versiones locales; además, en eltímpanoescul-
p i d o en 1 3 9 3 p o r J u a n d e F e r n a c h para la p u e r t a de la sacristía meridional de la catedral
de Alilán, el t e m a ya se presentaba a m p l i a d o en la escena de la Lamentación, más con-
f o r m e a la t r a d i c i ó n i t a l i a n a .
« S. Caso-». « I n virguüs g r e m i u m repositus- D a l l ' a r c h e t i p o d e l Vesperbild alla "Bella Pietà": un eiWKìis,
n o n solo alpino», e n C a s t e l n u o v o y G r a m a u c a , U Gotico nelle Alpi, cit-, p p . 171-185.
OBJETOS LITÚRGICOS Y TESOROS DE LA IGLESIA
PatrickJ. Geary
Introducción
' lienta la leyenda que las autoridades romanas ordenaron a san Lorenzo entregar el
tesoro de la Santa Iglesia. Entonces, Lorenzo reunió a los pobres y los presentó ante
dichas autoridades declarando: «Estos son los tesoros de la Iglesia». Puede que los po-
bres lucran el tesoro de la Iglesia de Roma en sus primeros años de existencia, pero,
muy pronto, las iglesias cristianas empezaron a acumular tesoros de oro, plata, tejidos
preciosos, libros y otros objetos de valor destinados a las funciones de la propia liturgia
(que se llamaban ministeria en algunos inventarios tardomedievales), objetos preciosos
usados para decorar la iglesia (ornamenta) o simples objetos de valor, disponibles para
ser vendidos en caso de necesidad: para la iluminación de la iglesia, las reparaciones y la
construcción.
Hacia el siglo m , seguramente, tanto las iglesias cristianas como los templos paganos
poseían importantes colecciones de vasos, tejidos y libros. Los templos adquirieron in-
gentes cantidades de riquezas, tanto con los exvotos como con las ofrendas, donaciones
hechas con antelación para conseguir los beneficios esperados de los dioses. Estos tem-
plos, que en teoría eran sagrados, a menudo eran saqueados o, en tiempos de extrema
escasez, los bienes acumulados podían ser expropiados por caudillos necesitados. Aunque
convertida en leyenda, la historia de Lorenzo, responsable en tanto que diácono de los
bienes de la Iglesia y a quien se le ordenó que entregara los tesoros, da cuenta de un tipo
de confiscación que en la Antigüedad se consideraba un suceso normal. En la era cristiana,
la tradición que llevaba a acumular tesoros en forma de vasos sagrados, objetos litúrgicos,
ricos tejidos y libros usados en los oñeios se desarrolló según las mismas costumbres. Lo
mismo sucedió con las prácticas que contemplaban la venta de tesoros, en el caso de que
las iglesias o sus comunidades se encontraran en momentos de escasez, o con los saqueos
perpetrados por ejércitos enemigos. En el curso de la historia, es característica la vida
íluctuante de los tesoros de la Iglesia, con la adquisición de nuevos objetos y transforma-
ción, embellecimiento o eliminación de los viejos.
1 A R T E E H I M O K M I -S. i ^ I o A n \1 I Ü I A III

Otilios Liiiir.icos v irtoio» p i i * I'. 259

Objetos litúrgicos
L o s o b j e t o s , e s e n c i a l m e n t e l i t ú r g i c o s , recogidos e n e l c o n j u n t o de los tesoros cam- podía usarse t a m b i é n c o m o c o p ó n . D u r a n t e t o d a la E d a d M e d i a , una a m p l i a variedad de
copas, r c c i p i e i i i i v cajas se u s a r o n c o n la finalidad q u e acabamos de cirar. A veces se
r o n y se t r a i i s t o r m a r o n e n c o n s o n a n c i a » on la e v o l u c i ó n d e la práctica litúrgica.
r c u n l i / a b . i n . m i \ r < » , s e n t r e s para joyas o para u n g ü e n t o s ; p o r l o t a n t o , para estos r e c i -
D e l m i s m o m o d o , l o s m a t e r i a l e s c o n que se realizaban, al i g u a l que sus inrnias,eani-
pientes n o e x i s t o una f o r m a e s p e c í f i c a preestablecida. T a m b i é n e n l o que c o n c i e r n e a los
r o n c o n el t i e m p o c o n f o r m e a las c o n d i c i ó n , de p r o s p e r i d a d de cada n.'lesia. Losin-
materiales C U I J I ! , udos hflbffl una m u y a m p l i a v a r i e d a d ; a d e m á s de los m á s c o m u n e s , se
i t a r i o s d e la A n t i g ü e d a d t a r d í a y d e la E d a d Media c a t a l o g a b a n los objetos sin hacer usaban c a m b i e n el m . i r l i l , e l o r o , la plata y el ó n i c e . Este t i p o de vaso m e d i e v a l es, a m e -
. t i n c i o n e s r e s p e c t o al u s o a l q u e se destinaban L o s e s t u d i o s o s de la liturgia de la Baja n u d o , difícil de d i s t i n g u i r d e l r e l i c a r i o , y p u e d e que se haya u t i l i z a d o c o m o tal de m a n e -
lad M e d i a o d e l M u n d o . M o d e r n o , p o r el contrario, o r g a n i z a r o n eso<- objetos según ra i i i i c r c . i i n b i . i l . • i na d e las f o r m a s m á s d i f u n d i d a s era la de una caja p e q u e ñ a esmalta-
•ra su f u n c i ó n , l i t ú r g i c a o d e c o r a t i v a . L o s que v d e n o m i n a n vasa sacra eran obietosy
L da • n u p a P.iul n i ñ a m e n t e , e n los siglos x i v y x v se i m p u s o u n c o p ó n e n f o n n a de g r a n
aos u s a d o s p a r a c o n t e n e r las h o s t i a s c o n s a g r a d a s \ el v i n o . K n el r i t o «iccidental.se cop iurccid.1 .il i l i / p e r o d o t a d a de tapa, que se a d o p t ó en el e n t o r n o c a t ó l i c o p o s m e -
r l u í a n t a m b i é n u n c á l i z , u n a p a t e n a , u n a p í x i d e o . o p o n , u n ostensorio > una fístula,y du- c o m o n i n . h l o más c o m ú n de recipiente cucarístico.

el a n t i g u o r i t o g a l i c a n o e l tttrris. L o s r i t o s o r i e n t a l e s i n c l u í a n también una «llave» li-
r g i e a p a r a la p r o t e c c i ó n d e la e u c a r i s t í a y u n a c u c h a r a e u c a r í s t i c a .
E l cáliz (cahx, uyphns. sctfiis, ciffus) e r a el vaso l i t ú r g i c o f u n d a m e n t a l - E n el curso de b
í n g i i e d a d y d e la A l t a E d a d A l e d i a , l o s c á l i c e s se h i c i e r o n en una amplia gama de materiales
f o r m a s . L o p r i m e r o d e p e n d í a d e la p r o s p e r i d a d d e la iglesia y de la generosidad delosdo-
i n t e s . A m e n u d o , se r e u t i l i z a b a n c o p a s p r o f a n a s anturuas d e materiales preciosos y se cm-
eaban c o m o e á l i c e s . L o s vasos p r e c i o s o s r o m a n o s , d e ó n i c e , y sasánidas. de enstal de roca,
-an e s p e c i a l m e n t e a p r e c i a d o s . K n c a m b i o . los c á l i e e s m i s c o m u n e s er.in de madera, udnoo
l e t a l . L a p l a t a y el o r o e r a n , e n c u a l q u i e r e-aso. los m a t e r i a l e s privilegiados. Con el tiempo,
c o s t u m b r e i m p u s o el a b a n d o n o d e los m a t e r i a l e s o r d i n a r i o s a f a v o r de la plata y. cuando en
o s i b l e . d e l o r o . MI c u e r n o o el m a r f i l , m a t e r i a l q u e se u t i l i z a b a n o r m a l m e n t e para la realiza-
ión d e vasos para beber, f u e p r o h i b i d o p o r u n s í n o d o a n g l o s a j ó n y decretado inadecuado
ara c o n t e n e r la s a n g r e d e C r i s t o a causa d e la a s o c i a c i ó n e n t r e d i c h o inatenal y la sangre
n i m a l . K n o t r o s l u g a r e s , f u e r o n la m a d e r a y el v i d r i o los q u e se f u e r o n eliminando progresi-
a m e n t e , así c o m o el b r o n c e , el c o b r e y el p e l t r e . C o n el t i e m p o , el material más usado pan
os eálices f u e la p l a t a . E n c u a n t o a la f o r m a , era la de las copas para beber dotadas, o no, de
i s a s o d e base. A p a r t i r d e l s i g l o XIII se d e s a r r o l l ó u n a m a y o r u n i f o r m i d a d tipológica, que
ncluía una base c a r a c t e r í s t i c a , q u e servia d e p i e , y u n nodos, o n u d o central, en el fuste.
L a p a t e n a (patina, patera, paraopsis) es el r e c i p i e n t e r e d o n d o sobre el que se pone la
l o s t i a p a r a c o n s a g r a r l a . L a s p r i m e r a s p a t e n a s p r e s e n t a b a n u n a g r a n variedad de formas,
p e r o , desde e l s i g l o x , e l o b j e t o a s u m i ó u n a f o r m a c i r c u l a r c o n u n diámetro de doce a
v e i n t e c e n t í m e t r o s . A l i g u a l q u e c o n l o s c á l i c e s , p a r a su e l a b o r a c i ó n se empleaba un gran
n ú m e r o de m a t e r i a l e s , si b i e n la d e s a p a r i c i ó n d e l v i d r i o , el e s t a ñ o , la madera y el bronce
a f a v o r de la plata se f u e p r o d u c i e n d o g r a d u a l m e n t e . H a c i a el s i g l o x, el uso de este ma-
t e r i a l se c o n s i d e r a b a la n o r m a , a u n q u e , s e g ú n e l t e s t i m o n i o de R e g u í o de Prum, una
iglesia p o b r e p o d í a , e n c u a l q u i e r caso, usar e l e s t a ñ o .
C o n el t é r m i n o c o p ó n (cihorium) se d e s i g n a , e n é p o c a m o d e r n a , el recipiente de las
hostias consagradas; s i n e m b a r g o , d u r a n t e la E d a d M e d i a i n d i c a b a u n templete puesto
sobre el altar, u n c o f r e r e l i c a r i o o t a m b i é n u n a e s t a t u a . L o q u e h o y llamamos abono
c o r r e s p o n d í a , en g e n e r a l , a la capsa, capsula, capa, archa, reposiroria?//, rbeca, tahcmaculum
o, c u a n d o tenía f o r m a d e p a l o m a , colawha. E l t é r m i n o />/>, píxide, que en la Alta Edad
M e d i a a m e n u d o i n d i c a b a el r e c i p i e n t e en el q u e s e l l e v a b a la eucaristía a los enfermos,
••. ntras que la presencia de cálices, patenas y copones es una constante e n el c o n j u n -
io i » \ .ISIIS sagrados usados para la c e l e b r a c i ó n de la eucaristía, otros tipos que figuran
en tesoros et I C M . I S I I C O S a p a r e c i e r o n y desaparecieron c o n el c o r r e r del t i e m p o , según
tibios de la p r á c t i c a litúrgica. Es e l caso del funis, u n r e c i p i e n t e usado e n el rito
gal i i a n t e s d e l s i g l o IX, pura l l e v a r al altar e! p a n para consagrar. L a pieza en cuestión
desapareció' d e l ajuar l i t ú r g i c o e n c o n c o m i t a n c i a c o n la desaparición del p r o p i o rito. T o -
d.n . mas s i g n i f i c a t i v o es el caso de \a fístula ( o caima, adamas, siphón), u n ripo de pajita que
» 1
illa e n ] j A l i a E d a d M e d i a para s u m i n i s t r a r el v i n o consagrado a los laicos. L a fistala
pan e n c o n t r a r su o r i g e n e n R o m a , e n el siglo v i n . antes de aparecer e n Francia e n los
siel'' M K C S I \ O S . |- ii |ns siglos X I y x n se difundió p o r toda E u r o p a para desaparecer des-
ptte*. g r a d u a l m e n t e , a l i g u a l que la práctica de p e r m i t i r á los laicos que r e c i b i e r a n la euca-
ristía bajo las especies d e l p a n y d e l v i n o . E l uso g e n e r a l i z a d o de la fístula e n la Iglesia ca-
m i n a r o m a n a finalizó c o n e l E d i c t o d e Constanza y la prohibición de o f r e c e r l a copa a los
nicos, SI b i e n este o b j e t o l i t ú r g i c o siguió siendo usado ocasionalmente p o r el c l e r o . L a
fístula era n o r m a l m e n t e de plata y, m á s r a r a m e n t e , de o r o .
J u s t o c u a n d o la fistala estaba desapareciendo, u n nuevo o b j e t o l i t ú r g i c o , el ostenso-
rio o c u s t o d i a (ministraana, tahemaatlum, custodia), se introducía e n la l i t u r g i a en rela-
ción c o n la i n s t a u r a c i ó n d e la n u e v a fiesta d e l Corpus Cbnstú e n 1264, d u r a n t e el papado
de U r b a n o LV. Esta pieza e x h i b í a la hostia consagrada que se veneraba d u r a n t e los ritos
asociados a las a d o r a c i o n e s q u e , cada vez c o n m á s frecuencia, se sucedían fuera de la
c e l e b r a c i ó n de la e u c a r i s t í a . D i c h o o b j e t o e v o l u c i o n ó a s u m i e n d o una a m p l i a gama de
f o r m a s , m u y p a r e c i d a s a las d e los r e l i c a r i o s , t a n t o que e n algunas zonas se lo llamaba,
precisamente, trliquutiv o rglujuiarum. P o r l o g e n e r a l , la custodia estaba c o n s t i t u i d a p o r
una base, u n f u s t e y u n a v e n t a n i t a d e v i d r i o o c r i s t a l a través de la cual los fieles podían
ver la h o s t i a .
Objetos no litúrgicos
A d e m á s de los o b j e t o s q u e se u t i l i z a b a n d i r e c t a m e n t e para la celebración de la euca-
ristía y q u e c o n t e n í a n el p a n y el v i n o consagrados, e l r i t o o c c i d e n t a l desarrolló una
vasta a p o l o g í a de vasos n o l i t ú r g i c o s que f o r m a b a n parte, de una u o t r a manera, de los
tesoros e c l e s i á s t i c o s . A l g u n o s de ellos, d e f i n i d o s precisamente c o m o vasa non sacra, se
260 A B T E t H I M O R U t\ i \ E i» \i> M i u n I I I
u s a b a n e n la l i t u r g i a p e r o n o e n e l altar. E n t r e e l l o s e n c o n t r a m o s jarras, palanganas, re-
cipientes para incienso y otras cosas s i m i l a r e s .
E s t o s tesoros c o m p r e n d í a n , n o r m a l m e n t e , o t r o s objetos preciosos además de los rela-
c i o n a d o s e s t r e c h a m e n t e c o n la l i t u r g i a , e n t r e ello* relicarios, candelabros, lámparas de acei-
te, b r a s e r o s p a r a i n c i e n s o , altares p o r t á t i l e s , frontales - c o m o el del aliar de San Ambrosiocn
.Milán o la Pala d'Oro d e S a n A t a r e o s en V e n c e r á Incluían, a d e m á s , tejidos preciosos, para-
m e n t o s d e altar y v e s t i m e n t a s l i t ú r g i c a s , manteles pal a cubrir el ara O telas para colgar de las
paredes d e la iglesia, s i n olvidar, n a t u r a l m e n t e , los libros, sobre todo l o s miniados, con en-
c u a d e m a c i o n e s p r e c i o s a s a m e n u d o realizadas c o n niélales preciosos)' marfil.
L o s tesoros eclesiásticos en la Antigüedad tardía
L a s p r i m e r a s d o c u m e n t a c i o n e s r e l a u v a s a l o s t e s o r o s eclesiásticos provienen de Roma.
P o r lo q u e p a r e c e , ya en e l s i g l o m s u I g l e s i a estaba en posesión de lo que sería el núcleo
d e u n l e s o r o . S e g ú n e l Libcr pontificalis del siglo v i , el papa U r b a n o (222-230) había orde-
n a d o q u e t o d o s los o b j e t o s r e c o g i d o s p a r a el o f i c i o sacerdotal durante su ponüficado
f u e r a n de p l a t a , y él m i s m o h a b í a d o n a d o v e i n t i c i n c o patenas. Parece ser que, duranie so
e n c a r c e l a c i ó n ( 2 5 4 - 2 5 7 ) , el p a p a E s t e b a n c o n f i ó t o d o s los vasos sagrados y la caja del di-
n e r o al a r c h i d i á c o n o . S i x t o . N o se p u e d e e x c l u i r , en c u a l q u i e r caso, que estas nooaassean
s i m p l e m e n t e u n a l e v e n d a . U n a i d e a a p r o x i m a d a de la consistencia real del tesoro de
I g l e s i a , antes del p e r i o d o d e C o n s t a n t i n o , se p u e d e obtener del inventario redactado ene
a ñ o 3 0 3 , e n o c a s i ó n d e la c o n f i s c a c i ó n d e l o s b i e n e s de la Iglesia bajo Dioclcciano. tn
3 2 0 , el d i á c o n o N u n d i n a r o d e C i ñ a , en el Á f r i c a septentrional, para probar que su obispa
S i l v a n o h a b í a e s t a d o e n t r e l o s rradttores d u r a n t e la p e r s e c u c i ó n , leyó el registro recopilado
d u r a n t e d i c h a c o n f i s c a c i ó n . E n t r e los b i e n e s figuraban dos cálices de oro y seis de pata. sea
jarras d e a g u a , u n p e q u e ñ o c a z o d e p l a t a , u n capitel de plata, o c h o lámparas de pto.se-
te c a n d e l e r o s p e q u e ñ o s d e l a t ó n c o n s u s c o n s i g u i e n t e s lámparas, once lamparasdelatón
p r o v i s t a s de c a d e n a s , o c h e n t a v d o s t ú n i c a s d e m u j e r , treinta y ocho velos, dieciseis tnua
d e h o m b r e , t r e c e p a r e s d e z a p a t o s d e h o m b r e , c u a r e n t a y siete pares de zapatos de mujer
y d i e c i n u e v e capas d e c a m p e s i n o . A d e m á s , el r e s p o n s a b l e de la confiscación también-había
e m b a r g a d o v e i n t i c i n c o l i b r o s y c u a t r o c u a d e r n o s q u e , e n s u m a y o r pane, se habían distri-
b u i d o e n t r e los m i e m b r o s de la c o m u n i d a d .
U n c a m b i o f u n d a m e n t a l e n la c o m p o s i c i ó n del tesoro papal se inició con el emperador
C o n s t a n t i n o , que d o n ó a la Iglesia u n i m p o r t a n t e n ú m e r o de objetos preciosos, además d;
terrenos en Italia y otros lugares. E s t a s d o n a c i o n e s (que c o n toda probabilidad indujm
a d e m á s d e las del p r o p i o e m p e r a d o r , las realizadas p o r los sucesivos miembros de su dinastía)
c o m p r e n d í a n una a b u n d a n t e variedad d e o r n a m e n t o s d e o r o y plata, vasos sagrados, entre
ellos patenas o scyphi (recipientes adicionales para el v i n o , que se usaban cuando el comeaiáo
en el cáliz n o era suficiente), arnae (vasos que c o n t e n í a n el vino ofrecido a la congregará
durante la m i s a ) , c á l i c e s , c a n d e l a b r o s , c a n d e l e r o s , incensarios y otras piezas deoro.pba
l
H . L e c l c r c q , «Inventa tres lirurgiqucs», en Divtiomiaire d'arcbéo/ogie Caréname el de ArargiV, vol.romo
I . c o l s . 1.399-1.401.
O n j i ru* L I T Ú R G I C O S v TESOROS D I LA IGLESIA 2Ó1
bronce y piedras stnupreciosas. La lista, conservada en el Libcr Pomificalis, no se Limita a in-
dicar la función \ c' material de los objetos donados, sino que también especifica el peso en
oro y plata. I-o enircgado por Constantino comprendía piezas linirgicas por un peso total de
82 bl« r. de oro > l » ~ 5 de plata. Además, donó ornamentos y objetos para el baptisterio por
un peso de 14/, luí, , dc oro y 279 de plata; por lo tanto, en total, el tesoro llegaba a los 300
s
kilos de OTO y las } " rondadas de plata. La cuidadosa anotación de los pesos pennite suponer
que i des piezas m • se consideraban simples vasos y objetos sagrados y litúrgicos, sino autén-
ticos tesoros de la Iglesia que se sumaban a las tierras, capaces de producir una renta . 3
A.mque no s i registren otras donaciones de la importancia de la de Constantino para
otra- 'Icsias. esta ¡Táctica, con entrega de vasos de oro y plata, altares y piezas destinadas a
la ilu nación,CTi upiea de las manifestaciones de caridad eclesiástica; las más importantes
se r. rían en el Líber Ptmnficalis y en los registros de otras iglesias. El acta de fundación de
una • sia tenia que ir además acompañada, obligatoriamente, de la redacción de un inven-
tan.» u los vasos sagrados necesarios para la celebración del culto cristiano, como también
de l.i mías derivadas de los bienes que debían mantener a la Iglesia y a su clero. Cuando,
por cmplo, el papa Dámaso (333-384) fundó la iglesia de San Lorenzo en Damasco como
pnin ra donación no imperial después del reinado de Constantino, le dio como dote una
pji< de piala de 20 libras, un ama de 15 libras, un syctpbits de 10 libras, cinco cálices de plata
de 1 • ¡dirás cada uno, cinco «coronas» de plata (una suene de candelabros pemiles) de 8 libras
y, a.ii nías, dieciséis candelabros de bronce y algunas propiedades, amén de una renta de
oqsf lentos cincuenta sólidos y un tremiV.
1' n el siglo iv, los papas tenían probablemente un escaso control sobre la distribución
de las donaciones imperiales. Fsras, en efecto, estaban destinadas a iglesias específicas
para dualidades específicas, para la iluminación, por ejemplo, y no podían ser cedidas o
transferidas a otras iglesias. Del mismo modo, ames definalesdel siglo v, las donaciones
de las iglesias oculares de Roma quedaban, al menos en tcoria, bajo la autoridad del pri-
mer donante. Sin embargo, en el transcurso de dicho siglo, la autoridad papal en relación
a los tesoros eclesiásticos creció. Después del saqueo de las iglesiastitularesde Roma por
parte del rey vándalo Genscrico en 445, León I (440-461), por ejemplo, hizo fundir los
seis vasos de plata para el agua que quedaban de la donación de Constantino y usó las
1.000 libras obtenidas para sustituir lo que había sido robado.
En la Antigüedad tatdía, los inventarios oficiales de los tesoros eclesiásticos eran,
probablemente, algo rutinario, pero sólo se han conservado unos pocos. Un raro ejem-
plo proveniente de Occidente lo representa la Cbarta Comatiana, que enumera las dona-
ciones hechas en ocasión de la fundación de una iglesia rural en Italia en el 471. Además
de las tierras, la carta registra tres tipos diferentes de donaciones: vasos litúrgicos y otros
objetos de oro y plata, diversos tejidos preciosos -incluidos telas para cubrir los altares,
paramentos, decoraciones para colgar en los muros- y libros litúrgicos.
Estas tres categorías constituían los elementos esenciales que componía los tesoros
eclesiásticos durante la Edad Media, si bien también podían formar parte de ellos otros
objetos de madera preciosa, marfil u otro material. Los inventarios más antiguos no
' L . Dúcheme (ed.), I* Líber Pontificnlu, texte, mtroductnn et tmementaire, voL I, Paris, 1955, pp. 170-187.
'Ibid., vol. I, pp. C X L V I - C X L V I 1 .
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;
M l U I A 111

O n j K i n s i iTúMoiros v TESOROS O E LA IGLESIA 263

m e n c i o n a n l o s r e l i c a r i o s , q u e se c o n v i r t i e r o n d e s p u é s e n parte integrante de los mismos
y que estaban e l a b o r a d o s c o n l o s m a t e r i a l e s antes c u idos o bien con madera recubiena
de o r o y plata. A m e n u d o es i m p o s i b l e h a c e r u n a c l a r a distinción entre los objetos pro-
ducidos para el u s o r e l i g i o s o y l o s p r o v e n i e n t e s de la esfera civil- Los. platos podían ser
usados c o m o patenas: las c o p a s , c o m o c á l i c e s ; l o s c o l a d o r e s , como filtros para el vino
eu caris tico y l o s joyeros, c o m o r e l i c a r i o s o p í x i d e s I i ' S tejidos, sobre iodo los de colgar
e n la pared y los q u e se p o n í a n e n el altar, p o d í a n , pi ii supuesto, pasar del uso civil al uso
e c l e s i á s t i c o . L o s tesoros s u p e r v i v i e n t e s de la é p o c a naleocristiana y ahmnedieval com-
e d i a n , e n g e n e r a l , u n o s c u a n t o s d e estos objetos reconvertidos a una nueva función.

Tesoros de la Alta E d a d Media

l a y o r parte de l o q u e s a b e m o s r e l a c i o n a d o c o n los tesoros eclesiásticos entre los
¡ vru no se l o d e b e m o s a l o s inventarlos oficiales s i n o a los testamentos. Losinven-
| iresc ntaban la c a t a l o g a c i ó n p u n t u a l de dichos tesoros en su integridad, sino mas
d o n a c i o n e s especificas realizadas p o r i n d i v i d u o s , o bien los registros sacados dirce-
n e n t e tic los testamentos, c o m o e n l o s casos de R e m i g i o de Reims o de Desiderio de
u u e r r e ; incluso l o que venía e n l o s r e s ú m e n e s de las donaciones y de los legados extraídos ripui ,i 1 I rancia, trono de Dagoberto, bronce (Jurado, siglos vm-ix (con añadidos de la segunda mitad del
a

d e los p r o p i o s testamentos y registrados e n la h a g i o g r a f í a tardía, según la tradición de
Líber Ptrnufiialts. o e n las gesta cspiscoponwt, es decir, las recopilaciones de vidas de obispos,
l a m i n e n es posible encontrar el registro d e l o s objetos lirúrgicos que acumula, junio a
tierras y siervos, el c o n j u n t o d e las posesiones d e u n a nueva iglesia. Cuando, por ejempo.
e n 7 8 8 o 7 8 9 , u n tal E t p u r c h y su h i j o I n t o c o n s t r u y e r o n u n a iglesia en la diócesis de Pas-
sau. la dotaron de u n cáliz y u n a patena de plata, dos casullas, un alba, seis pares de guantes
y dos corporales, a d e m á s de terrenos y s i e r v o s . P o s e e m o s informaciones espeaalmente
4
exhaustivas relacionadas c o n el tesoro de S a i n t - D e n i s , q u e h a sido objeto de importantes
estudios desde sus o r í g e n e s hasta la R e v o l u c i ó n francesa, si bien sólo pocosfragmentosse
han salvado de la d e s t r u c c i ó n deliberada, de las p é r d i d a s debidas al descuido y de los robos
llevados a cabo durante el periodo r e v o l u c i o n a r i o - 5
Se tiene u n t e s t i m o n i o a n e c d ó t i c o d e l t e s o r o c u a n d o este se cita en las Hittotwdt
G r e g o n o de T o u r s . q u e c u e n t a c ó m o dos s o l d a d o s d e l rey Sigeberto I (575 d-C.) habían
intentado r o b a r u n tejido de plata, d e c o r a d o c o n o r o y piedras preciosas, que cubría la
tumba del santo junto a u n a p a l o m a d e o r o suspendida sobre la tumba. Ai inicio dd siglo
v n , el rey m e r o v i n g i o D a g o b e r t o d i s p e n s ó importantes donaciones al monasterio, que
incluían reÜquias y objetos d e o r o realizados p o r E l i g i ó , el m á s grande orfebre del remo
E n t r e estos objetos había u n a gran c r u z d e o r o c¿oisotme\ de m á s de dos metros de airo, que
dominaba el altar mayor. D e esta e x t r a o r d i n a r i a c r u z , destruida junto a la mayoría del
siglo ix y de la primera mitad del xu).
por ejemplo, el llamado « c e t r o de Dagoberto», se habían atribuido a la generosidad del
soberano. También el trono de Dagoberto (fig. 1), que cabria fechar en el periodo mero-
vingio por sus elementos más antiguos, podría haber sido una donación del rey, pese a no
aparecer documentado hasta el siglo x u . Dagoberto n o fue el único patrón real de Saint-
Denis; probablemente su mujer Nantilde también realizó considerables ofrendas al san-
ruano. Durante la Edad Media, fueron las reinas y las mujeres de la aristocracia las que
realizaron las mayores contribuciones a estos tesoros eclesiásticos.
A lo largo del siglo v u i , el tesoro del monasterio obtuvo nuevas donaciones impor-
tantes ofrecidas por la familia real de los Carolingios, comenzando por Pipino I I I (el
Breve) y por su mujer Bercrada. Donaciones de este tipo, incluidas algunas puertas recu-
biertas de o r o , plata y marfil, una de las cuales debió de realizarse en el siglo xa, prosi-
guieron bajo Carlomagno y Carlomán. L a mayor parte de las contribuciones carolingias
al tesoro de Saint-Denis se concentra alrededor de mediados del siglo i x , a partir de
Carlos el Calvo. Había también evangeliarios con encuademaciones e n o r o y marfil,
copas, bandejas y vasos antiguos y obra de artesanos sasánidas en cristal de toca, sardó-
nice y serpentina, además de elaboradas decoraciones para el altar, c o m o el cofre de
Carlomagno, u n relicario de 1,1 metros de alto y 82 centímetros de ancho, decorado con
más de 700 perlas, 2 aguamarinas, 8 rubíes, 11 amatistas, 135 esmeraldas, 209 zafiros y
22 granates, todos engarzados e n o r o . 6

tesoro restante de S a i n t - D e n i s e n 1793, se h a salvado s ó l o u n fragmento, hoy custodiado

en el C a b i n e t des M é d a i l l e s de P a r í s . O t r o s objetos pertenecientes a dicho tesoro como.
f
'D. Gaborit-Chopin, «Le trésor de Saint-Penis à l'époque carolingienne», en Un village ait tetapsdeChar-
lemagne. moines et paysans de Pmhbaye de Saint-Denis au tir siècle à l'an mil, catálogo de la exposición (Paris, 29 de
^B. Bi&chuJTy V. M u t h e r i c h (tds.), Mittelalterliche Scbatzverzeielmisse, vol. Ii Von derZeitKarltdaGnßath noviembre de 1988-30 de abril de 1989). París, 1988, pp. 69-77.
zur Mitte des ¡ J . Jahrhunderts, M u n i c h , 1967, p . 73.
Le trésor de Samt-Denis, catálogo de la exposición (París, 12 de marzo-17 de junio de 1991), París, 1991
5
2r,4 Aí TI I. H I S T O R I A EX U EDAD M I 1) I A IH
va I fisc.u -n i l e g a l d<- I
.ti'
• del rey Arnulfo (aliar pona n i con escena?, del Nuevo Testamento», limuudcoro
' re lima de madera. ñlieTana v piedras precioviv. hacia 870.
mi i oí ijetOS p r e c i o s o s d e b í a n d e c u s t o d i a r s e e n S a m t - D e m s e n el siglo a\ pero.
aJ i g u a l q u e e n o t r o s l u g a r e s d e l r e i n o f r a n c o , l o s d e s ó r d e n e s q u e s a c u d i e r o n el final del im-
p e r i o e a r o l i n g i o le i n f l i g i e r o n g r a v e s p é r d i d a s . E n 8 4 1 . e l m o n a s t e r i o usó e l tesoro para pagar
u n g e n c r o s o r r i b u t o a l o s s a q u e a d o r e s \ - i k i n g o s y . a l a ñ o s i g u i e n t e , se hWo l o misino pan
p a g a r u n rescate y l i b e r a r a s e s e n t a y o c h o p r i s i o n e r o s . E n 8 5 6 se p a g ó o t r o rescate por Luis,
a b a d d e l m o n a s t e r i o , y p o r su h e r m a n o . G a u z l i n . U n a v e z m á s . e n 8 6 5 . se produjo otro sa-
q u e o p o r l o s v i k i n g o s , e n e l q u e p r o b a b l e m e n t e se p e r d i ó o t r a p a r t e d e su tesoro.
D o n a c i o n e s r e a l e s d e la e n v e r g a d u r a d e l a s a r r i b a c i t a d a s e n r i q u e c í a n u m b i e n otras
i g l e s i a s c W í n g i a s . E l t e s o r o d e S a n E m e r a n o d e R a t i s b o n a , c o m p u e s t o fundamental-
m e n t e p o r l o s l e g a d o s d e l r e y . A r n u l f o d e C a r i n t i a , q u e se r e m o n t a n a finales del siglo o.
incluve preciosos m a n u s c r i t o s c o n e n c u a d e m a c i o n e s d e o r o y d e m a r f i l realizadas por
a r t e s a n o s f r a n c o s d e l O e s t e , u n e s p l é n d i d o a l t a r p o r t á t i l ( f i g . 2 ) y o t r a s piezas pertene-
cientes al t e s o r o r e a l ' .
Inventarios
L o s i n v e n t a r i o s d e las i g l e s i a s h a c e n s u p r i m e r a a p a r i c i ó n h a c i a finales del siglo vni y
p r i n c i p i o s d e l s i g l o r x , d e b i d o , e n p a r t e , a l a s p r e s i o n e s e j e r c i d a s p o r los monarcas carob-
g i o s p a r a t e n e r r e g i s t r o s d e las p r o p i e d a d e s d e la I g l e s i a . F u n d a m e n t a l m e n t e , un tesoro
d e b í a i n c l u i r los o b j e t o s , p a r a m e n t o s y l i b r o s e s e n c i a l e s p a r a e j e c u t a r la función litúrgica.
U n a c a p i t u l a r d e p r i n c i p i o s d e l s i g l o i x , r e d a c t a d a p o r e l o b i s p o G a r i b a l d o de Lieja, recoge
un elenco de omarus eeclenae s e g ú n e l c u a l se o r d e n a b a q u e t o d a i g l e s i a se esforzara en po-
" Amoldus Emroera mínense. Or miraculis et memoria Iímrnerantmt, libro I I . PL, vol. C X U . cols. 985-1.1«
OajITOS L I T Ú R G I C O S V TESOROS DE LA J 0 : 1 II A 265
seer, al m e n o s , u n í p a t e n a y u n cáliz. E n t r e la i n d u m e n t a r i a , e l o b i s p o citaba u n alba y una
casulla". L o s l i b n - s o n e l m i s a l ( p r e s u m i b l e m e n t e u n s a e r a m e n t a r i o ) . u n I c c c i o n a r i o , u n
m a r n r o l o g i o , u n | n i t e n c i a l y u n s a l t e r i o . Para t e r m i n a r , se e n u m e r a n e n t r e los o r n a m e n -
tos esenciales un:i • u2 y u n a capsa o r e l i c a r i o . L o s polípticos c a r o l i n g i o s catalogan, a veces,
los oriMttfs ecetcsitíe u c o n t r a d o s e n las iglesias, y algunos de estos i n v e n t a r i o s se h a n salvado
al estar t r a n s c n i " > u las gesta abbatitm m o n á s t i c a s . U l t e r i o r e s i n f o r m a c i o n e s sobre los t e -
soros c i r o l i n g i o s ¡ ii . v i e n e n d e los t c s t a m e n i o s , q u e e n u m e r a n las donaciones destinadas a
cada iglesia. U n . i • I. las p r e o c u p a c i o n e s de los m o n a r c a s c a r o l i n g i o s era el h u r t o o la c o n -
t e s o r o s de la I g l e s i a . E n 806, C a r i o m a g n o o r d e n ó a obispos, abades
y a a ¡ ' . de>as p r o t e g í i sus t e s o r o s y v i g i l a r a sus nistodes o centinelas, cuya c o r r u p c i ó n p e r -
min.' h»s m c r c . i t l r r c s p r e s u m i r de « p o d e r c o m p r a r t o d o l o que q u e n a n » . U n o de los
9
conn los i m p r c s . i n d i b l e s d e los alguaciles c a r o l i n g i o s era e l de indagar sobre las c o n d i -
ción. Je los t e s o r o s e c l e s i á s t i c o s y d e t e r m i n a r si los obispos los custodiaban de m o d o
adet • l o . E n S I I , ( . ' a r l o m a g n o e s t a b l e c i ó que las iglesias debían i n v e n t a r i a r sus tesoros, y
prop lonó e l i n v e n t a r i o d e l m o n a s t e r i o de Staffelsee c o m o m o d e l o para la compilación
de 11 d o c u m e n t o s . E l i n v e n t a r i o e n c u e s t i ó n describe los altares decorados, los relica-
rios, t r a c e s , las c o r o n a s c o l g a n t e s , los cálices, los vasos sagrados, las píxides, los para-
men!, los c a n d e l e r o s y los l i b r o s Ütúrgicos. Se d e s c r i b e n los objetos de o r o y plata c o n su
pevi T r c s p o n d i u n t e , c o m o sucedía e n las donaciones c o n s t a n r i n i a n a s . 10
Su: e m b a r g o , l o s i n v e n t a r i o s de tesoros a n t e r i o r e s al s i g l o x u n o c o n s t i t u y e n una
d o c u m e n t a c i ó n o r d i n a r i a . F u e a p a r t i r de este p e r i o d o s c u a n d o p r o l i f e r a r o n , e n f o r m a de
lista de las p r o p i e d a d e s d e cada i g l e s i a o d e r e l a c i o n e s redactadas c o n ocasión de una v i -
sita episcopal. P o r p r i m e r a vez es p o s i b l e hacerse u n a idea bastante c o m p l e t a de la e n t i -
dad de los t e s o r o s . E l i n v e n t a r i o r e a l i z a d o para N o t r e - D a m e de R o u c n e n 1 1 8 4 - 1 1 9 2 ,
por e i c m p l o , c o m p r e n d e c i e n t o o c h e n t a o b j e t o s p e r t e n e c i e n t e s a la sala capicular y v e i n -
te objetos u b i c a d o s e n la c a p i l l a d e l o b i s p o " . E n t r e las c a t e g o r í a s i n c l u i d a s e n este i n v e n -
tario se c u e n t a n c a t o r c e r e l i c a r i o s y píxides, o b j e t o s h t ú r g i c o s c o m o cálices, patenas, a l -
tares p o r t á t i l e s y r e c i p i e n t e s v a r i o s para la eucaristía, el santo ó l e o , e l agua, incensarios,
cruces p r o c e s i o n a l e s y s i m i l a r e s . L a d e c o r a c i ó n de la iglesia incluía candelabros, evange-
liarios e n m a r f i l y m e t a l e s p r e c i o s o s , y v a r i o s o b j e t o s civiles c o m o , p o r e j e m p l o , u n par
de huevos d e a v e s t r u z , piezas d e a j e d r e z de c r i s t a l y vasos de c r i s t a l de roca.
U n i n v e n t a r i o de los omirmcnta p r o v e n i e n t e d e l m o n a s t e r i o de San J o r g e e n C o l o n i a ,
que se r e m o n t a al a ñ o 1 2 2 0 , e m p i e z a c o n los t e j i d o s , e n t r e los que se e n c u e n t r a n : o n c e
casullas, tres telas p a r a c o l g a r d e las paredes, c u a t r o dalmáticas, c i n c o túnicas, c u a t r o
paños sagrados s o b r e l o s q u e se o f r e c í a el p a n e u c a r í s t i c o , doce paños para e l a l t a r y cua-
t r o estandartes. E l e l e n c o p r o s i g u e c i t a n d o seis cálices, c o n sus respectivas patenas, dos
fisrulae de p l a t a , vasos, c a n d e l a b r o s , b r a s e r o s de plata para i n c i e n s o , albas, túnicas de seda
y una serie d e l i b r o s , c r u c e s y o t r o s o b j e t o s l i t ú r g i c o s .
12
"Monumenta Gerniaitiac llîstorica (a partir de ahora MGH), Capitzdaria, 1, n. 123, cap. IX, p. 243.
''MGH, Capitularia, 1, n 46, cap. IV, p. 131.
' Breviunt exenipla ad desenhendas res etclesiastieat clfiscales,MGH, Capitularia, 1, n. 128, pp. 250-256.
u
'J'
l
Mahn, - L e Tresor de la cathédrale de Rouen de l'époque mcrovüigicmie aux pnniièies années du xm'
siede», en J.-P. Cadici (ed.), Les Trésors de sanctuuires, de /'Antiquar à l'époque rot-urne, Paris, 1996. pp. 123-135.
" A Lcgncr <ed.). Ornamenta Ecelesiae. Kunst und Künstler der Romanik, ï vols.. Colonia. 1985.
266 A R I T r H I S T O R I A E N L A E D A D M E D I A I I I

OílICTOS LITÚRGICOS V TESOROS D E L A ICLPSIA

Los inventarios proporcionaban también indicaciones sobre el lugar donde se custo-
diaban los vasos litúrgicos y c ó m o estaban p r o t e g i d o s en las iglesias medievales. Parece
que en la Alta Edad .Media las iglesias n o tenían n i n g u n a sala n i una construcción espe-
cítica destinada a almacén para sus ornamenta y los n: Histeria. A menudo, los objetos
preciosos se guardaban en u n cofre o bien en u n tfaz-o¡ bylaámn (cámaro del tesoro).A
partir, por lo menos, del <iglo x n , las iglesias más r f c a t edificaron salas .idecuadas para
depositar sus tesoros constituidos p o r háhitos, l i b r o s liti • i trieos y demás -bjetos dispues-
tos para el culto. AJgv- . ¡. utan incluso dos locales distintos, en uno de los cuales, con-
tiguo a la sacristía. s¿ . . . iaban los timnstcria, mientra . que el o t r o , más grande, serró
para guardar orrus i JoSoSpresumiblemente n o litúrgicos.

Las sala* o en las iglesias de la Alta Edad Media

Los siglo- K.n renovado c r e c i m i e n t o de los tesoros eclesiásticos gracias,
por una parre. 1
ion de objetos exóticos provenientes del Mediterráneo
oriental y, por pp?a, a .. . _ión local. V o l v i e n d o al ejemplo de Saint-Denis.seregis-
tran numerosos \ . A S tan mies y sasánidas de cristal, venturina o sardónice.
E l abad Suger (1122-1151) describió con diligencia los tesoros de la abadía de Saint-
Denis, analizando el valor y elaborando, al m i s m o t i e m p o , una apología y un3 esteoca
de las artes plásticas. Se preocupó también de que se reutilizasen objetos antiguos y
exóticos, añadiendo nuevas monturas o . c o m o en el caso de u n antiguo vaso de pórfido
que le gustaba de manera especial, partes trabajadas en metal que transfonnaban el va»
en águila '. La apreciación de Suger de los tesoros de su iglesia, que se manifestaba
1

tanto por el valor estético como p o r la i m p o r t a n c i a asumida por los objetos en cuanto
testimonios de la antigua devoción de que había gozado Saint-Denis durante siglos, fue
probablemente redactada por escrito para r e b a t i r la condena de estos tesoros o de los
ornamenta lanzada por Bernardo de Claraval (1090-1153). Bernardo reconocía el hecho
de que la Iglesia secular, guiada p o r los obispos, intentaba despertar la devoción camal
de la plebe decorando las iglesias, ya que la gente o r d i n a r i a era incapaz de una devoción
espiritual. Sin embargo, en las iglesias monásticas condenaba la proliferación de objetos
de oro y relicarios, el uso de gemas suntuosas y colores vivos, argumentando que cosas
así no inducían a la gente a la oración, sino más bien a realizar donaciones. Los objetos
preciosos y de carácter artístico, argumentaba también Bernardo, inspiraban mas b
admiración de lo bello que la veneración de l o sacro'* - 4
En la defensa de los objetos sagrados c o m o i n s t r u m e n t o de elevación espiritual, desde el
mundo material al inmaterial, Suger se encontraba en mayor sintonía con sus contemporá-
neos y con sus sucesores que Bernardo con su condena. En el siglo xiu se verificó un aumen-
Carlomagno», el «bastón de Saint-Denis» y las coronas reales. Soberanos como Felipe Au-
gusto lucieron ulteriores donaciones, que incluían tejidos de seda para cubrir la tumba del
santo. En el siglo xiv, los tesoros se enriquecieron con los bustos relicarios de san Dionisio y
de san Luis, y con otros objetos, como la estatua de plata dorada de la Virgen donada a la
iglesia por Juana de Evreux (íig. 3). En cualquier caso, como en el pasado, el tesoro estaba
sujeto a la rcapropiación en tiempos de escasez financiera. De hecho, Felipe V I tomó presta-
das siete coronas de oro y una cruz donada por Felipe Augusto. De la misma manera, cuando
Juan el Bueno fue rehén de los ingleses durante la Guerra de los Cien Años, se requirió el
tesoro de Saint-Denis para dar un carácter más congruente a la donación para su rescate.
Otro tesoro particularmente rico se acumuló en la basílica de San Marcos en Venecia.
Mientras el tesoro de Saint-Denis, como muchos otros en Europa, creció gracias al pa-
trocinio de reyes y aristócratas, los venecianos enriquecieron San Mareos con el botín
conseguido en los saqueos del Imperio de BÍzancio . La basílica era también la capilla
lS

to del depósito de insignias reales en Saint-Denis. E n t r e ellas estaban las regalía usadas du- del dux, y el tesoro de !a Iglesia y el del Estado veneciano se confundían. La responsabi-
lidad del santuario estaba en manos de procuradores que controlaban las reliquias y el
rante las coronaciones y, por lo tanto, objetos c o m o espuelas, la llamada «espada de

11
Suger de Saint-Denis, L'Oeuvre administrativa ed. E Gasparri, libro IT, cap. V U i : DeomanattiiaUa. ,
H . R. Hahnloser, // Tesoro di San Mano, 2 vols., Florencia, 1 9 6 5 - 1 9 7 1 .
París, [996, pp. 122-155.
"Bernardo de Claraval, Apología ad Guilielmum, cap. XIT. PL, v o l . C L X X X I T , cois. 914-991.
268 AuTt E HISTORIA E N LA E D A D M F . D M 111

tesoro de la Iglesia. La parte más importante del tesoro provenía del saqueo ele Constan-
tinopla, ocurrido durante la cuarta cruzada, y comprendía tesoros robados del monaste-
rio del Pantocrátor, la colección más rica existente en Constantinopla. Allí se incluían
importantes opas VentxiuTtmi, placas decoradas con esmaltes que se usaron para engran-
decer la Pala d'Oro (fig. 4).
E l botín llevado desde Constantinopla terminó, además de en Venecia, en varias lo-
calidades de la Europa OCádt mal. incrementando los tes» 11 i >s de otras iglesias e influyen-
do en las formas de los relicarios y de los vasos sagrados. Fue precisamente la importa-
ción de reliquias desde . v lo que acabó p o r d e t e r m i n a r la construcción de la
Sainte-Chapelle (1248). un adera «capilla relicarios destinada a custodiar las reli-
quias de la Pasión adqui .1 rey L u i s I X . L a capilla fue construida copiando el
proyecto de la capilla c Jor de Bizancio, que bahía alojado la colección mas
importante de reliquia • ', o.

Disolución, ais* x i ó n , desmembración de los tesoros

medievales
En el transcurso de sus historias, los tesoros de las iglesias estuvieron someridosaun
constante flujo de expansi* »n \ reducción. Mientras se añadían objetos nuevos, los nejos
se tundieron o se rehicieron; además, seguían dándose saqueos y las ventas necesanas
A saher. que la causa de la génesis de una cosa y la utilidad final de ésta, su efectiva
itldi/.ncioii e inserción en un sistema de finalidades, son hechos tato cáelo ¡totalmente sepa-
rados enire sí|, que algo existente, algo que de algún modo ha llegado a realizarse, es ín-
terprcrado una y otra vez, por un poder superior a ello, en dirección a nuevos propósitos,
es apropiado de un mundo nuevo, es transformado y adaptado 3 una nueva utilidad
F. NiCLtíche, La genealogía de la moral 1

para afrontar las necesidades de la Iglesia o de la monarquía. Asimismo, los tesoros esta-
ban expuestos a las calamidades naturales y a los incendios. E l incendio de San Marcos
de 1231 causó graves daños la capilla del tesoro. Sin embargo, hay que decir que los sa-
queos sistemáticos operados durante el periodo de la Revolución francesa, (unto a I3S Introducción
guerras napoleónicas, se pueden considerar catástrofes sin igual. Siguiendo, por ejemplo,
el destino de los tesoros arriba citados, observamos que el tesoro de Saint-Denis fue
confiscado y fundido en 1793 por la revolución. D e su riqueza quedan sólo pequeñísimos Se cuenta que, en Hollywood, un magnate del cine quena atraer a su estudio a un
fragmentos, mientras que del tesoro de la Sainte-Chapelle n o queda prácticamente nada. hábil y joven agente que tenía contratadas algunas estrellas. «¿Por qué tendría que tra-
De la misma manera, con la caída de la República de Venecia, en 1797, Napoleón ordenó bajar para usted?», preguntó entonces el joven empresario. «Porque yo tengo un Picasso
que toda la plata que no fuera estrictamente necesaria para el culto fuera confiscada. Más y usted no», fue la respuesta . Más que sobre lo que los economistas llaman «velocidad»
2

de quinientos kilos de objetos preciosos fueron sacados de San Marcos y ocho personas
fueron las encargadas de recuperar perlas, hilos de o r o y otros elementos ornamentales
de los bordados decorativos de lo que había sido el Palacio D u c a l . Cuando los ausmacos
se adjudicaron Venecia, en 1798, y ordenaron restituir los tesoros de la Iglesia, más de
trescientos mil ducados habían sido sustraídos del conjunto del tesoro en un arco de
tiempo que cubría más de m i l años.
de los objetos, o sea, la rapidez con la que pasan de un propietario a otro, la anécdota dice
mucho sobre el poder que se deriva, también en el mundo contemporáneo, de la pose-
sión de imágenes y sobre la estrecha relación entre tal posesión y el prestigio. Según al-
gunos, este tipo de asociación no se planteaba en la Edad Media y menos aún en Bizan-
cio, donde los productos de lo que nosotros llamamos arte se hacían «para mayor gloria
de Dios»; nunca se habían considerado mercancías, ni que necesitaran restauración; su
valor estético y espiritual se consideraba de tipo absoluto, o sea, independiente de quien
los poseía o los había poseído. La confutación de estas afirmaciones es una finalidad,
aunque no la principal, del presente texto cuyo objetivo es indagar en la existencia y re-

1
F. Nietzsche, « T h e Genealogy of Morals-, ensayo I I , cap. X I I , en The Birth of Tragedy and The Genealogy
ofMorals, Nueva York 1056, p. 209 (ed. cast.: La geneahgia de la moral, Madrid, Alianza, I975, pp. 87-88],
J

' L . Mirshlierg, -Michael Ortiz is on the Line», The New York Thncs Magazine, 9 de mayo de 1999, p. 46.
270 \«TE E iiisToat* I N i t É S A B M i b n 111
nutación de o h j c t o s b i z a n t i n o s y , m á s e n g e n e r a l , m e d i e x a l o después d e s u producción.
E n otras palabras, s u e x i s t e n c i a e n e l m o m e n t o d e c o n s u m o , d e l a c o n s e r v a c i ó n , de l i
veneración, d e la i m i t a c i ó n , d e l a t r a n s f e r e n c i a a O t r o s p r o p i e t a r i o s , d e la alteración, de
la d e s t r u c c i ó n .
1 Parre d e la t r a d i c i ó n h i s r o r i o g r á f i c a o c c i d e n t a l d e d i c a d a al arte b i z a n t i n o l o ha c o n s i -
E n el p r i m e r e p í g r a f e e c h a r e m o s u n a r á p i d a o|eada a l a s c o n d i c i o n e s d e producción
de tales obras; p e r o es la d i s t i n c i ó n t e m p o r a l , e n t r e p r o d u c c i ó n y c o n s u m o , la que resul-
ta f u n d a m e n t a l e n este e n s a y o - D e h e c h o , m i se t r a t a d e u n a h i s t o r i a s o c i a l d e l arte bi-
z a n t i n o , s i n o de u n a n á l i s i s d e ! p a p e l d e l o s o b j e t o s , a v e c e s i m á g e n e s , e n la sociedad bi-
zantina. U n a d i f e r e n c i a q u i z á .. <da e n l a d i s t i n c i ó n , p o r u n a p a r t e , e n t r e u n Vermecr.
que representa a u n a m u i c r e •-.<• t r a n q u i l a m e n t e u n a c a r t a o . c o n l a m i s m a calma,
v e r t i e n d o la leche e n t i e m p o s ? u . x i o n e s e c o n ó m i c a s \ p o l í t i c a s e n H o l a n d a -con-
traste que se r e f i e r e a l a p e r m d e l o d o m é s t i c o , o s e a . d e l o s o c i a l , frente a un
mundo más amplio, e n \ n e n u n a é p o c a e n l a q u e H o l a n d a vivía nempos
a g i t a d o s - , y. p o r o t r a , u n V e r ¡ u i n d o p o r P e d r o e l C . r a n d e , e n u n a c t o que, si bien
indica el r e f i n a m i e n t o e u l t u i i n - r r u r a a O c c i d e n t e y a sus v a l o r e s civilizáronos por
p a n e de q u i e n l o ejecuta, e s m e i m i p l e t a m e n t e a j e n o a l p i n t o r , q u e n o podía prever-
lo y que, p r o b a b l e m e n t e , u n i c o e s t a b a m u y c o n s i d e r a d o p o r s u s p r i m e r o s clientes
holandeses. E n este caso, p o d e n i ' S i n d i v i d u a r l o s m e c a n i s m o s s e g ú n l o s cuales las obras
de arte d a n v u e l t a s p o r e l i n u n d a ;. el h e c h o d e q u e e s t o s t r a s l a d o s a ñ a d a n a los objetos
u n v a l o r que n o q u e d a c l a r o q u e t u \ i c r . u i e n s u o r i g e n .
Es o b v i o q u e la a d i c i ó n d e s e g u n d o s s i g n i f i c a d o s n o se d a s ó l o e n e l i n u n d o contem-
p o r á n e o . U n h i s t o r i a d o r d e la R o m a a n t i g u a c u e n t a l a a n é c d o t a d e u n h o m b r e condena-
d o a m u e r t e d u r a n t e e l r e i n a d o d e T i b e r i o p o r q u e h a b í a p u e s t o e n u n o n n a l (o en un
fardel) una m o n e d a <o u n a n i l l o c o n s e l l o ) . E l s i g n i f i c a d o d e e s t a a n é c d o t a n o reside en
4
su i m p r o b a b i l i d a d s i n o , m á s b i e n , e n e l h e c h o d e q u e S u e t o n i o l a c o n t a r a tranquilamente,
c o n v e n c i d o d e q u e s e r í a c r e í d o . A u t o r e s y l e c t o r e s e s t á n a q u í u n i d o s p o r l o que Pierre
Buurdieu llamaba habitas, u n a d i s p o s i c i ó n d e t i p o c o g n o s c i t i v o q u e l l e v a a actuar y a reac-
cionar d e d e t e r m i n a d a s m a n e r a s , g e n e r a n d o p r á c t i c a s y a c t i t u d e s d e c a r á c t e r nonnamo,
aunque n i c o o r d i n a d a s n i g o b e r n a d a s p o r r e g l a s m a n i f i e s t a s d e m o d o consciente*. Para
nuestra finalidad, e n c u a n t o o b s e r v a d o r e s d e l a s f u n c i o n e s q u e l a s o b r a s d e arte cumplen
en esquemas m e n t a l e s d e ese t i p o , es i m p o r t a n t e c o m p r e n d e r q u e e l habitas puede cam-
biar, a u n q u e ese c a m b i o sea m á s l e n t o q u e e l d e l o s o b j e t o s . L o s i c o n o s d e la Aladre de
D i o s - i m á g e n e s b i z a n t i n a s c o n u n a i m p o r t a n t e v a r i e d a d d e c o n n o t a c i o n e s , entre ellas
afirmaciones relativas a l a t e o l o g í a y a l a m a t e r n i d a d ( y a l a i n t e r a c c i ó n e n t r e estos ele-
m e n t o s ) - se p r e s t a b a n a ser i n t e r p r e t a d o s , d u r a n t e l a o c u p a c i ó n d e G r e c i a , c o m o repre-
sentaciones d e la p e r s i s t e n c i a d e la c u l t u r a g r i e g a . P e r o e n l a p r i m e r a m i t a d del siglo xx
Pan algunas consideraciones preliminares al ItWOCtO. cfr. A . C o d e r , -Uses o f Luxury: On the I'unctions
1 b
olCunsumpuon and Symbohc Capital in By/anunc C u l v u r c - , en A . G u i l l o u y j - Durand <cds.), Byzaner tt ¡a
images. París, 19W, pp. 289-307.
Suetonio. 'iïbtiius. 58.
4
'P. Buurdieu. Unguagr and SymbolicPtutr, Cambridge, Mass., 1991. C o n alguna modificación, lomo
prestada la formulación de la introducción d e j . B. T h o m s o n a esta edición. La obra retoma matcnales ya pu-
blicados en P. Uourdieu, Ce que parler veux dire: l'économie des échanges linguistiques, Paris, 1982 (éd. cast: /Qtt
significa bahlarf lîcommiia de los intercambios lingüístico. M a d r i d , A k a l , 20081-
I-* VIDA SOCIA1 Ut t O S O tj E l OS 271
f u e r o n c o n s i d e r a d o s u n e m b l e m a d e la r e v u e l t a c o n t r a el n a t u r a l i s m o p r e d o m i n a n t e e n
el arte O c c i d e n t a l d e s d e e l s i g l o x v . 6
derado desde u n í p e r s p e c t i v a d e a t e m p o r a l i d a d y d e a u t o n o m í a d e las circunstancias
históricas. l , a d i m e n s i ó n e s t é t i c a s i g u e s i e n d o s u m a y o r m é r i t o e, i n c l u s o c u a n d o u n
ejemplar se Ve e n n n á m b i t o m á s a m p l i o este es, p o r f o g e n e r a l , el esquema abstracto d e l
« d e s a r r o l l o - e s t i l í s t i c o , c o m o si s u v a l o r fuera i n d e p e n d i e n t e d e las c o n d i c i o n e s que h a n
i n f l u i d o e n au e n a c i ó n y d i f u s i ó n . B i e n es v e r d a d q u e n u m e r o s a s creaciones b i z a n t i n a s
p a n - 1 n d c s c i i i d . n t a n t o el c o n t e x t o q u e a veces parecen e n g a ñ o s a s a p r o p ó s i t o . E l f a m o -
so o " a l o de J u s t i n i a n o , T e o d o r a y e l c o r r e s p o n d i e n t e s é q u i t o e n San V i t a l se realizó e n
una - l . i d q u e p a r e c e q u e la pareja i m p e r i a l n u n c a h a b í a visitado. S i n e m b a r g o , este
dan • < e x i m e al i n t é r p r e t e d e h o y de la necesidad d e c o m p r e n d e r q u e los r e t r a t o s i m p e -
riaK en K . n e n . i . « o r n o e n o t r o s lugares) tenían la marca de la v e r d a d y q u e . al menos, este
retí era la i m a g e n d e la a u t o r i d a d e n una c i u d a d r e c i e n t e m e n t e reconquistada y, p o r l o
tañí- i nagen de pnte de pussesstoa. E n otras palabras, la biografía del e m p e r a d o r era menos
ini|i. u n e q u e las i n s t i t u c i o n e s (rotnauitas y c r i s t i a n i s m o o r t o d o x o ) que representaba. A l
igual i|uc las c e r e m o n i a s d e c o r t e , l o s m o n u m e n t o s d e este tipo i n t e n t a b a n o f r e c e r una
forin.i \ isual d e d i v e r s o s aspectos d e la a u t o r i d a d i m p e r i a l y, a s u s e r v i c i o , usaban u n v o -
c a b u l a r i o s i m b ó l i c o p a r e c i d o a l d e tales c e r e m o n i a s . 7
N o i e n f r e n t a m o s a s i g n o s q u e , n o p o r e l h e c h o d e ser d u r a d e r o s , son m e n o s p o d e -
rosos, c o m o i n d i c a e l caso d e l c l é r i g o C t e n a s , e n los p r i m e r o s d e c e n i o s del s i g l o x, que
d e s e m b o l s ó sesenta l i b r a s d e o r o p o r e l d e r e c h o a p o n e r s e las i n s i g n i a s deprotospatharios
y aparecer e n las p r o c e s i o n e s e n e l p a l a c i o d e L a u s i a k o s ; o e l d e u n e m p e r a d o r q u e ,
8
p r e p a r á n d o s e p a r a e n t r a r e n c a m p a ñ a , c o l g ó l o r i g a , espada y e s c u d o de la p u e r t a C h a l k e ,
en la e n t r a d a d e l p a l a c i o i m p e r i a l . H a y buenas razones para d u d a r t a n t o de que C t e n a s ,
e l e n g o d e g r a n d e s a m b i c i o n e s sociales, haya s i d o u n f e n ó m e n o ú n i c o , c o m o d e q u e u n
único e m p e r a d o r , y e n u n a ú n i c a o c a s i ó n , haya c o l g a d o los e m b l e m a s b é l i c o s en la p u e r -
ta de su c a s t i l l o . A pesar d e e l l o , l o s r e l a t o s d e l s i g l o x i v r e l a c i o n a d o s c o n la asignación
9
de i n s i g n i a s y c o n las e x p e d i c i o n e s i m p e r i a l e s n o l o m e n c i o n a n . L o s signos, sean e m b l e -
ma nens o i c ó n i c o s , a l i g u a l q u e las p e r s o n a s q u e los e n t i e n d e n , t i e n e n existencias m á s o
menos largas. S u s e s p e r a n z a s d e l o n g e v i d a d p u e d e n a u m e n t a r gracias a la adaptación a
circunstancias c a m b i a n t e s , c o m o c u a n d o las filas d e o b i s p o s e n p o s i c i ó n f r o n t a l , que
m i r a b a n f i j a m e n t e d e s d e l o s á b s i d e s d e las iglesias p r i m i t i v a s ( f i g . l ) , b a j a r o n la m i r a d a
para leer l o s r o l l o s q u e t e n í a n e n la m a n o , p o r e j e m p l o e n S t a r o N a g o r i c i n o ( f i g . 2 ) ,
p a r t i c i p a n d o así d e l a l i t u r g i a e n u n s a n t u a r i o c u y o acceso, e n la é p o c a e n la que esta
i m a g e n f u e p i n t a d a e n M a c e d o n i a , h a b í a estado d u r a n t e m u c h o t i e m p o p r o h i b i d o a las
K s i a e r a , |Mir l o q u e p a r e c e , l a p o s i c i ó n d e H c n r i M a t i s s e , u n o d e l o s p r o m o t o r e s d e l a g r a n exposición
sobre l o s | i i ¿ a n t i n o s r e a l i z a d a e n P a r í s e n 1 9 3 1 .
' M . Mccormick, "Analyzing Byzantine Ceramics-, Jahrbuch dec iisterreiebistheii ItyzaiitinisiU- X X X V
( 1 9 8 5 ) , p p . 1 - 2 0 , e n c o n c r e t o 111.
C o n s t a n t i n o V i l P o r firoge n e t a . De administrando imperio, ed. G. M o r n v c s i k y R . J . H . Jenkins, Washing -
mu D C , 1967, p. 2 4 4 .
'' Id, Three Treatises on Imperial /Military Expeditions, c d - J . F. H a l d o n , V i e n a , I 90.
ü
272 ARTE è H I S T O R I A E N LA E D A D M E O I . S I I I

I-A V I D A SOCIAL DE EOS OBJETOS 273

congregaciones eclesiásticas . N o obstante, adaptaciones de ese tipo son fenómenos de

10

larga duración: transformaciones acontecidas en Bizancio que podemos observar pero

no datar en un momento preciso, ni atribuir a un individuo determinado; transforma-
ciones, a menudo, incomprensibles para los mismos que fueron testigos. U n manual de
medrados del sijrlo xiv ilustra un complejo ritual de coronación imperial, y a la pregun-
ta retórica del porqué de esta usanza, responde: «No se sabe la razón»". La vida de
ceremonias c imágenes, al igual que la de las personas, es un proceso social; y los proce-
so-. 'líales son. a menudo, oscuros para los que los viven. Las fases iniciales de la vida
1

de i n objeto están envueltas en la más profunda oscuridad, desde las circunstancias que
aooi ipañan el nacimiento hasta las razones de su elección. Primero debemos considerar
esta infancia.

Condiciones de producción

i considera, a veces, que la presunta continuidad de las imágenes bizantinas -tanto

pOi I contenido como por el modo de representar ese contenido- puede atribuirse a
comióles externos, a reglamentaciones redactadas e impiicstas por la administración
estatal o por la autoridad patriarcal y episcopal. Tesis doblemente errónea; en primer
lugar, porque tal continuidad resulta inexistente incluso examinando atentamente la
s c r i i c n c i í i de imágenes en cualquier libro ilustrado del arte bizantino; en segundo lugar,

y hablando más en serio, porque se trata de un tipo de consideración que concibe el arte
como una empresa autónoma cuando, de hecho, testimoniaba la autoridad de la tradi-
ción romana o de la ortodoxa, o de ambas, y respondía a la finalidad de perpemarlas. ÉO
tales demandas coincidían, de buen grado, tanto los que estaban lejos del centro del
poder -magnates locales que financiaban construcciones y decoraciones de iglesias-
como los usuarios que no disponían de fondos para comisionar los propios monumen-
tos. No es exagerado afirmar que en Bizancio nadie era ajeno a estos sistemas y, por lo
tanto, nadie los ponía en tela de juicio. Esperar encontrar en Constantinopla pintores
intencionadamente escandalosos, como Caravaggio, instituciones intencionadamente
rebeldes, del tipo de un «Salón des Refusés», o arquitectos conscientemente innovado-
res significa adoptar modelos no sólo anacrónicos sino también inconcebibles para la
sociedad objeto de nuestro estudio.
El modo en que este consenso se manifestaba en términos de continuidad temporal
se ve claramente en una iglesia, de la que ignoramos la dedicación original y que actual-
mente se identifica sólo con el nombre de la mezquita, Kalcnderhane Camü, que fue en
lo que se convirtió después de la conquista otomana de Constantinopla. Presenta una
planta de cruz griega con una amplia cúpula conforme a un modelo difundido en el siglo
I X , fecha propuesta por los estudiosos durante mucho tiempo. Hoy sabemos que se cons-

Sobre la relación entre la pintura mural de las iglesias y la liturgia, cfr., en primer lugar. S. E.J. Gcrsrel,
10

ÍJebaldmg the Sacred Mystmcs, Seatde, 199°.

11
Pseudo-Keidinos, Traite des offices, cd. J. Vcrpcaux, París, 1966. p- 263
274 APTV. I DISTARU I:N LA E D A D \ I I I I H III

LA VID» sfto*i i>r LOI o i i r r o i 275

f i g u r a í. C o n M a m i n u p | . i I . -.unos leodoro \ Jorge, enkidpwn en esmalte, I tguni a ( oiiM.imumpta, i c o n o d e l o s s . m l u s l c o d o r u > J o r g e , t a l l a e n m a r f i l , p r i n c i p i o s d e l s i g l o .vi.

multa del ML'Ik \ I - p r i n c i p i o s d e l xu.

iruyó alrededor de 1200. dato que ha autorizado a los historiadores de la arquitectura
que han modificado tan radicalmente la fecha a afirmar, de manera general, que «el vo-
cabulario de las soluciones proycctjvas*, o sea. la forma de cada elemento de la iglesia
bizannna. estaba ya completo en el siglo v i . « P o r consiguiente, a ello siguió una histona
de variaciones» en el curso de la cual tales elementos - p u d i e r o n ser retomados según las
circunstancias, mmierrumpidamente. a lo largo de los s i g l o s » . Las manifestaciones de
esta actitud mental en las artes figurativas afectan todavía más que la continuidad en ar-
quitectura. Aquí, el claro deseo de perpetuar formas establecidas es evidente no sólo en
las temáticas reproducidas en los objetos, sino en su disposición misma. Por consiguien-
te, la presencia y disposición de santos guerreros, c o m o T e o d o r o y Jorge, en el reverso
de un amuleto (cnkolpion) de Cleveland (iig.3). que se puede fechar a finales del siglo xi o
en los primeros años del xu, retoman características específicas de una placa de marfil de
\fenecía (fig 4), tallada, probablemente, un centenar de años antes. A menudo, ese tipo
de penivencias se encuadran dentro de la rúbrica del conservadurismo, etiqueta que no
explica las principales motivaciones que hay en la base de tal actitud. I loy en día, el ob-
jeto se consideraría un ornamento personal, pero el hecho de que ambas caras del amu-
leto muestren un3 iconografía exquisitamente religiosa, testimonia la confian/a de quien
lo posee en los santos guerreros, cuyo poder protector benefició a los griegos durante si-
glos. Pero no se trataba sólo de la confianza en estas encarnaciones de la fuerza de proce-
dencia divina. Las fuentes de su poder y el altísimo destinatario de la fe de quien se pone
el cnkolpion están representados en el anverso del mismo: una crucifixión convencional
con una inscripción en la que Cristo es «El Rey de la Gloria», epíteto que aparece, de
manera análoga, en un tríptico de m a r f i l " de la misma época que la placa de Vénecia. La
finalidad tic quien se ponía este cnkolpion era, por tanto, claramente la gloria eterna, y
Ieodoro y Jorge eran instrumentos para obtenerla.
12 Como las figuras y textos del amuleto están hechas en un medimn costoso de esmalte
cloisonnc sobre fondo de oro, se puede pensar que fue realizado para una persona rica,
probablemente un alto oficial del ejército. Persona que, sin embargo, no aparece identi-
ficada en el objeto. Como veremos, este anonunato desaparece, gradualmente, después
del siglo xn; pero, de momento, la ausencia de los nombres del propietario y del autores
menos importante que el lenguaje visual compartido por parte de artesanos activos a
distancia de siglos. Las producciones bizantinas testimonian esta continuidad de una
manera que Rolarla Barthcs no podía siquiera imaginar cuando afirmó que «es el lengua-
je el que habla, no el autor»; afirmación que se remonta a no hace muchos años y que se
amolda, perfectamente, a la situación de obras realizadas hace ocho o más siglos.
Pero para comprender la esencia de la creación artística bizantina es necesario liberar-
se de la concepción moderna según la cual quien ha hecho el objeto es el productor. Este
papel de productor se le asigna de hecho, en un gran número de textos, a quien lo ha fi-
nanciado. El mérito de la obra se atribuía al fundador de un monasterio, como al hipoté-
tico general comitente del citado amuleto de Cleveland. De ahí se deriva que el concepto

1 1
A Ciotilschmidt y K_ W e i t z m a n n . üie lyzanñnueben Klfcnbeiaskulpturcn des X.-XIII. Jabrhttnderts, Berlín.

i :
C L S m k e f y V. D K u b a n , Kaleiiderbane w Irranbul The liiuldwgl. weir Hirtory, Arcbsteeturc andDrr+ •T979.vol.Il. n. 39.

'JIWI Mata. pp "1-72.

276 ARTE E tlMTUlH E N E A K D A D M f I) I A Ml
de autonomía del artista no e n o i e n t r e m u c h o s a p o y o s en una s» m e d a d q u e , s ó l o en raras
ocasiones, presta a t e n c i ó n a su c o i u r i b u c i ó n . C o m p r e n s i b l e m e n t e , e l a n o n i m a t o del
l J
autor y del p r o p i e t a r i o se da casi p o r d e s c o n t a d o e n e l c a s o t i c o b j e t o s r e a l i z a d o s en serie.
Cruces de hronce, a veces doradas d e b a t i e n t e s e n g a r z a d o s q u e se a b r e n para introducir
reliquias, realizadas d i r e c t a m e n t e p a r a e l m e r c a d o y no b a j o d e m a n d a d i r e c t a de clientes
individuales, se han e n c o n t r a d o a m i l l a r e s e n v a s t a s á r e a s d e \ t i A t o I i a y d e los Balcanes.
De algunas de ellas se p u e d e d e m o s t r a r q u e f u e r o n h e c h a s a p a i ni d e l m i s m o m o l d e . Un
número todavía m a y o r r e p r o d u c í a bis nn u i c l o s -en s u m a y o r í a i > »n r e p r e s e n t a » iones de la
Cruafixión. p o r una p a n e , y de san Jorge o la M a d r e d e D m s , p o r o t r a - de lus grupos
constanrinopoliianosmás c o n o c i d o s 1
l u l u g a r d e i n t e r p r e t a r este f e n ó m e n o siguiéndola
idea de que el m o d e l o m e t r o p n l i r a i n • suscita i m i t a c i o n e s e n la p r o v i n c i a , p a r e c e más razo-
nable reconocer el carácter u n i v e r s a l dt ta d e v o c i ó n o r t o d o x a a C I n s t o , l la V i r g e n y a un
número restringido de santos p r e d i a l > 1- n p a r t i c u l a r , es d i g n o d e m e n c i ó n el hecho de
que los miles de ejemplares c o n o c i d o s no i m i t e n las c r u c e s d e d i m e n s i o n e s m á s grandes,
realizadas en metales preciosos y q u e mostraban l o s n o m b r e s d e q u i e n e s las h a b í a n dedicado
a los santuarios" . Las piezas de bront c.
1 1
n> m y o t r a s a l e a c i o n e s d e m u e s t r a n , p o r el contra-
rio, la existencia de una p r o d u c c i ó n i n d e p e n d i e n t e , q u e n o r e s p o n d e a las aspiraciones so-
ciales del c o m p r a d o r s i n o al deStt > d€ quien las d o n a d e r e c i b i r p r o t e c c i ó n y bendición.
En el lenguaie politicamente cometo d e l o s liberal a n g l o s a j o n e s , l a s c r u c e s d e bronce se
definirían como « e s t é t i c a m e n t e d e s f a v o r e c i d a * . - . . P e r o p r e c i s a m e n t e en e s o reside su im-
portancia para la h i s t o r i a d e l a r t e . E n e l e c t o , a d e m á s d e a n t i c i p a r en m á s d e m e d i o mile-
n i o aquellos múltiplos q u e YYaltcr B e n j a m í n consideraba s i g n o s p o r excelencia de la
época de la r e p r o d u c i b i l i d a d t é c n i c a , esias c r u c e s t e s t i m o n i a n e l g u s t o d e un número
muy elevado de creyentes y la e l e c c i ó n d e u n c a m p o d e e s t u d i o h a s t a h a c e p o c o limitado
a cerámicas de empaste l í q u i d o g r a b a d a s con e s c e n a s d e c a z a , c e t r e r í a o e r ó t i c a s . Ambos
tipos de objetos, sacros y p r o f a n o s , a u t o r i z a n a p e n s a r en u n a p r o d u c c i ó n socialmente
inferior, pero también c u a n t i t a t i v a m e n t e e x o r b i t a n t e r e s p e c t o a la d e las piezas, mu)
refinadas, que prevalecen e n los m a n u a l e s d e d i c a d o s a l a r t e b i z a n t i n o . ICI m o t i v o de pres-
tar m e n o r atención a estos o b j e t o s m á s h u m i l d e s e s . a d e m á s , o b v i o : q u i e n los adquinay
los usaba no pertenecía a la clase q u e era c a p a z d e e x p r e s a r p o r e s c r i t o su p r o p i a relación
con las obras de a r t e . Esta e x p l i c a c i ó n b a s t a r í a p o r s í m i s m a p a r a j u s t i f i c a r e l intento de
ir más allá de las fuentes m a n u s c r i t a s , a u n q u e h a y q u e r e c o n o c e r q u e é s t a s constituyen b
mayor parte de la d o c u m e n t a c i ó n . P o r c o n s i g u i e n t e , n o n o s q u e d a m á s r e m e d i o que
considerar las fuentes m a n u s c r i t a s c o n s e r v a d a s , y a q u e e n e l l a s se p o n e n d e manifiesto
tanto las actitudes de una é l i t e o r g a n i z a d a c o m o l o s u s o s q u e e s t e e s t r a t o social hizo de
la obra de arte.
M
Para el impjcto sobre i J producción de e-ste anonimato sancionado socialmente, cfr. A. Cutlcr, «Tkt
Industrie* of A n - , en A_ K. Laiou n di. Ihstory of Byzatuiuin, Washington DC/Atenas, 2002.
" C & . B. Pnarakis, - L ' n groupe de crou-rcliquaires pectorales en bronze a decor en relief attnbuaUc i
Consunrwoplc avec !c Crua&é ct la VtergC Kynoussa», C'nhicrs arcbéologiqaes X L V I (I'W8), pp. 81-10?.
" A l contrario, emees procesionales hechas de hierro por dentro, revestidas p o r dobles láminas de laion,
eran ta reproducción exacta de versiones m á s lujosas recu hienas de láminas de metal m á s precioso. Cfr., por
ejemplo, D Buckton (cd.), Byzantiuni Treasures of Byzantinc An and Cubare frorn llriiisb Colleclioni, Londres,
1994, nn. 161. 175 fM. M . Mango).
LA VIDA huriAL D I L O S o ï l ' T o s 277
Vida de los objetos en Jas fuentes manuscritas
Q u i e n t e n g a un m í n i m o c o n o c i m i e n t o d e la o r g a n i z a c i ó n d e l E s t a d o b i z a n t i n o , n o se
s o r p r e n d e r á del h e c h o d e q u e e l e m p e r a d o r sea la figura c e n t r a l o e l testigo p r i n c i p a l de
la v e r d a d , o d e l p o d e r , d e las i m á g e n e s cristianas. E l m e c a n i s m o de esta estrategia n o
r e q u i e r e largo» < o j u c n i a r i o s . C o n f i r m a n d o la v e n e r a b i l i d a d de las i m á g e n e s , la s u p r e m a
a o t o n d a d d e l I - s u d o se s i n í a c o m o la que santifica una práctica que u n e a los diversos
pueblos a los q u e g o b i e r n a , e n v o l v i e n d o e n u n t e j i d o u n i t a r i o a una sociedad s i e m p r e
tli puesta a d i s g r e g a r s e d e s p u é s de tensiones d e c a r á c t e r r e l i g i o s o y e c o n ó m i c o . P o r o t r a
parre, a s o c i á n d o s e , O s i e n d o asociado, a la D i v i n a P r o v i d e n c i a , e l e m p e r a d o r l e g i t i m a b a y,
ptN lo t a n t o , p e r p e t u a b a la p r o p i a s o b e r a n í a . T r a s esta apropiación p o r p a r t e de q u i e n
gnitL-rnaha. lo*- i c o n o s se c o n v i r u e r o n , al m i s m o tiempo, e n i n s t r u m e n t o |iolírico y e n
i testación de c o h e s i ó n social. E n la Vida de santa I r e n e , abadesa del m o n a s t e r i o de
I soba la t o n e n e l s i g l o t x . e l e m p e r a d o r aparece en c a l i d a d de s u p r e m o defensor d e los
ti tinos c u a n d o o r d e n a a u n a r t i s t a p i n t a r d e l v i v o u n r e t r a t o de la santa e p o n i m a . S e g ú n el
n ! o. ésta le había s a l v a d o d e c o m e t e r i n j u s t i c i a y, a raíz de la o b r a c o m i s i o n a d a , el e m -
p< i d o r p u d o v e r i f i c a r q u e había s i t i o la santa ía que se le había aparecido en una v i s i ó n , 17
I-1 l i b r o e n c u e s t i ó n es t o t a l m e n t e f r u t o de la fantasía y se ha d e f i n i d o c o m o una « n o v e l a
h a g i o g r á f i c a » ; d e f i n i c i ó n q u e r e s p o n d e , n o obstante, a u n c l a r o i n t e n t o de m o s t r a r que,
en el a g i o s i g u i e n t e , e l d e la i c o n o c l a s u a , la a u t o r i d a d i m p e r i a l se afanaba e n que el Esta-
do \ i dvierá a l b u e n c a m i n o d e la v e n e r a c i ó n de los i c o n o s . E n la i n t r o d u c c i ó n a la Vida se
cita a la e m p e r a t r i z T e o d o r a , gracias a la c u a l «la Iglesia de C r i s t o ha r e c u p e r a d o su o r n a -
m e n t o , las r e p r e s e n t a c i o n e s gratas a D i o s e n ¡ c o n o s p i n t a d o s y venerados t a n t o e n los
m u r o s c o m o s o b r e t a b l a , c o n t o d o t i p o d e materiales, d e l b r o n c e a la plata, al o r o » " . 1
C o m o c o n s e c u e n c i a , las i m á g e n e s d e b í a n ser veneradas t a m b i é n p o r q u e tal venera-
ción era c a r a c t e r í s t i c a d e u n a h i p o t é t i c a e d a d de o r o a n t e r i o r a la i n t e r r u p c i ó n (y a la
herejía) i c o n o c l a s t a . Y e l r e t r a t o d e los i n f e l i c e s soberanos que habían t o m a d o p a r t i d o a
favor de la d e s t r u c c i ó n d e los i c o n o s i l u s t r a c o m p o r t a m i e n t o s m á s que i m p r o b a b l e s . E n
una carta e s p u r i a d i r i g i d a al e m p e r a d o r L u d o v i c o P í o , M i g u e l I I , c o n t r a r i o a las i m á g e -
nes, acusa a l o s d e f e n s o r e s de los i c o n o s de t r a t a r l o s c o m o a personas, l l e g a n d o i n c l u s o a
quemar i n c i e n s o e n su p r e s e n c i a , a v e s t i r l o s , a hacerles p a d r i n o s de sus p r o p i o s h i j o s ' ' .1
I-os i c o n o s n o s i e m p r e f u e r o n t r a t a d o s c o n esta c o n s i d e r a c i ó n . E n u n r a r o y descuidado
relato s o b r e e l m a l t r a t o d e las i m á g e n e s p o r p a r t e de cristianos, T e o f i l a c t o S i m o c a t é s
afirma q u e , e n 588, e l e j é r c i t o r o m a n o , e n c a m p a ñ a a lo l a r g o de la f r o n t e r a o r i e n t a l ,
c o n t r a r i a d o p o r u n a r e d u c c i ó n de la paga, l a p i d ó la I m a g e n de Edesa y al general q u e la
p o s e í a . Y se o b s e r v a q u e n o se t r a t a b a de u n i c o n o c u a l q u i e r a , s i n o de u n achetropaietos,
20
una tabla « n o h e c h a p o r m a n o s h u m a n a s » , q u e representaba a C r i s t o y, según se decía,
había s i d o e n v i a d a p o r e l S e ñ o r al r e y d e Edesa. L a i n t e n c i ó n d e l cronista es claramente
"J. O. Rosen qvist (ed.), The IjfeofSt. Irene, Ahbess of Cbrysolnlantoii, Uppsala, 1986, p. 96.
'"¡Ind., pp. 2-4.
'''Cfr. A. Grabar, L'iconotlnsjiie byzantin. Dossier archéologique, París, '1984, pp. 22B-231 (ed. cast.: La ìcono-
tlaata bizantina, Madrid, Akal, 1998J.
' " C . de Boor y P. Wirth (eds.). Historia, Stuttgart, 1972, libro I I I , cap. I, § 11.
27S \ m r H K I O I M i •* i * Fnsn M I L I * 111
LA VIDA SOCIAI 01 ios OBJITO 279

la de mostrar c ó m o una i m a g e n sagrada p u e d e s e r o b j e t o d e m a l t r a t o p o r p a n e de una

d e v o l u c i ó n a los p a d r e s d e u n c h i c o g r i e g o v e n d i d o c o m o e s c l a v o a u n e m i r á r a b e , se
plebe ignorante v desatada. P e r o , e n su m a y o r í a , l o s i c o n o s g« i z a b a n d o u n t r a t o benévo-
p o n e n al l a d o tic las h a z a ñ a s r e a l i z a d a s e n v i d a . N o p o r c a s u a l i d a d se d i c e q u e este m i -
l o , a cambio del cual c o r r e s p o n d í a n c o n b e n e f i c i o s a q u i e n m o s t r a b a t e n e r fe en ellos. A
l a g r o p o s t u m o se h a b í a v e r i f i c a d o c o n o c a s i ó n de la c o m i d a de la f e s t i v i d a d a d de S a n
pesar de la pasividad que s o l e m o s a t r i b u i r i las i m á g e n e s , e n l a s f u e n t e s m a n u s c r i t a s bi-
N'ici il.is.
zantinas aparentan Ser p a r t i c i p a n t e s a c t i v o s e n la v i c i a r e a l . Se c u e n t a q u e u n mosaico de
E n los t e x t o s b i z a n t i n o s n o es u s u a l t o p a r s e c o n f o r m a s de r e l a c i ó n d i r e c t a e n t r e la
san Jorge, c o m o h e m o s v i s t o , s a m o a m p l i a m e n t e v e n e r a d o , h i i ¡ ó t i c m u e r t e al integran-
sociedad, e n Ja q u e sus a u t o r e s y l e c t o r e s vivían, y el m u n d o de los o b j e t o s q u e h o y d e f i -
te de u n g r u p o de sarracenos q u e h a b í a n u l t r a j a d o la i m a g e n . I «»s t e s t i g o s d e l episodio,
nimos c o m o a m l n e j e m p l o se e n c u e n t r a e n u n e s c r i t o r d e l s i g l o x i . J u a n Cccaumeno,
siempre según su relato, h a b í a n v i s t o aJ s a n t o v o l v e r a l a n z a r c o n t r a e l a g r e s o r el amia
que da al h i p 1 .ii••< s c o n s e j o s s o b r e e l c o m p o r t a m i e n t o c o r r e c t o q u e hay q u e t e n e r e n
que éste le había a r r o j a d o * ' .
la iglesia L e di< I q u e v u e l v a la cabeza hacia el p r e s b i t e r i o (en a q u e l l a é p o c a p a r c i a l m e n -
O b v i a m e n t e , la c a p a c i d a d de p a r t i c i p a i e n la v i d a r e a l d e n i . m e r a t a n a c t i v a demues- t i -11 titeo p o r lo-. M u n o s , a u n q u e C c c a u m e n o n o l o m e n c i o n e ) , m a n t e n i e n d o la m i r a d a
tra que el samo estaba, en e f e c t o , p r e s e n t e e n s u s r a s g o s . Y e l a p o y o r e c í p r o c o entre ga< ha, e n l u g . u 1 \> g i r a r los o j o s a d i e s t r o y s i n i e s t r o para c o n t e m p l a r a las bellas m u j e r e s
imagen y creencia era e s p e c i a l m e n t . 11 / e n l o s i c o n o s d e « v i d a » , e q u i v a l e n t e visual de c v e n t u a l m e n t e p r e s e n t e s e n e l e d i f i c i o * ' . S a l v o q u e f u e r a n p r o c l a m a d a s defensoras d e los
la hagiografía, que c o n t a b a n d e t a l l e - h i f u os a l r e d e d o r t i c u n a figura d e s a n t o pintada ii >s. c o m o d i bec l i o f u e la e m p e r a t r i z T e o d o r a , las m u j e r e s a p a r e c e n n o r m a l m e n t e e n
en el centro'-*. La necesidad de CM.C¡ M adas d e la v i d a t e r r e n a l d e u n s a n t o era mas iras escritas e n el p a p e l d e m á r t i r ; p a p e l a s i g n a d o a santa T e c l a en la v i d a d e l p a r r i a r -
acuciante c u a n d o se trataba de u n a \ _ e m e n d a r í a . C I.isi .1 n i > i d o d e s a n c i ó n definitiva rasio e s t r i t a p o r su d i s c í p u l o , I g n a c i o el D i á c o n o . Este t e x t o r e s p o n d e d e m a n e r a
de su santidad, en el i c o n o de N K n o n t e S i n a i ( l i g . > ) e l a p a r a t o b i o g r á f i c o que h i e n ¡ n s o h t a a los e s q u e m a s h a b i t u a l e s de las p i n t u r a s m u r a l e s q u e i n c l u y e n escenas
di t a r a d a y, si b i e n s o n pocas las secuencias de este t i p o que h a n s o b r e v i v i d o e n e l a r t e
lo rodea se proyecta e n e l f u t u r o : h i - posteriores a la m u e r t e d e l s a n t o , como la
iinental del siglo x. época e n la q u e se e s c r i b i ó la c i t a d a Vida, d e d i c a u n l a r g o pasaje
a I - p e l t i / n . m i e n a r r a c i ó n d e estos s u p l i c i o s - ' . L a s rápidas c incisivas d e s c r i p c i o n e s de
4

il« l a d u r j s . d e s c u a r t i z a m i e n t o s , d e c a p i t a c i o n e s o i n m e r s i o n e s e n c a l d e r o s de pez c n -
1 1
ran una c o r r e s p o n d e n c i a figurativa e n m a n u s c r i t o s c o m o el Meuo/ogio de Husillo II
t< ludad d e l V a t i c a n o , B i b l i o t e c a A p o s t ó l i c a V a t i c a n a , rus. V a t . G r . 1613), r e a l i z a d o e n los
primeros decenios d e l s i g l o x i para e l e m p e r a d o r d e esc m i s m o n o m b r e . I g n o r a m o s
CÓinti r e a c c i o n ó e l e m p e r a d o r a este r e p e r t o r i o de i m á g e n e s , q u e n o h a b r í a n desentona-
do nada e n u n a e d i c i ó n i l u s t r a d a d e la o b r a d e l m a r q u é s de Sade. P e r o n o hav d u d a de
que se a ñ a d i e r o n p o r las m i s m a s r a z o n e s p o r las q u e I g n a c i o se d e t u v o e n la d e s c r i p c i ó n
de su galería d e los h o r r o r e s : j u s t i f i c a r e l t e m o r , el a r r e p e n t i m i e n t o y, e n d e f i n i t i v a , la
g r a t i t u d a D i o s p o r h a b e r q u e r i d o e n c a m i n a r a bis h o m b r e s hacia esa « c a l m a e s p i r i t u a l »
que se c o n s i g u e c o n la c o n t e m p l a c i ó n de los h o r r o r e s . Para los b i z a n t i n o s , el p o d e r d e l
2 1

que g o z a b a n las i m á g e n e s n t a n t o s a ñ o s d e d i s t a n c i a de su c r e a c i ó n residía, t a m b i é n , e n

la capacidad de a s o m b r a r , d e a t e r r a r y, e n d e f i n i t i v a , de d i r i g i r a q u i e n las poseía hacia l o
que la s o c i e d a d c o n s i d e r a b a el camino recto.
O b v i a m e n t e , las figuraciones s e r v í a n , a d e m á s , c o m o v e h í c u l o s de c o n t r o l social. L e j o s
de ser s i m p l e s y p u r a s i l u s t r a c i o n e s d e c o r a t i v a s de lejanos sucesos, cumplían u n a función
i m p o r t a n t e a la h o r a de d e t e r m i n a r e l c o m p o r t a m i e n t o de los h o m b r e s . P o r l o t a n t o , u n a
m i n i a t u r a q u e , e n u n m a n u s c r i t o d e f i n a l e s d e l s i g l o x t , representa s o b r e su c o l u m n a a san
S i m e ó n el E s t i l i t a ( f i g . 6 ) , q u e v i v i ó a l r e d e d o r d e m e d i a d o s d e l s i g l o v , era a l g o m á s que
una pieza de a n n c u a r i a d o . E l b i ó g r a f o d e S i m e ó n , T e o d o r e t o de C i r o , c u e n t a c ó m o « i s -

• Cfr. G . G. LitavTin.Soüffy/ raukazy Kekavmena, Moscú, 1972, p. 212.

M

Figura 5 Cunstanunopla ( >. icono de san Nicolás, pintura sobre tabla, principios del siglu
;

"Ignacio Diácono, Ttie Ufe of ibe Palnareh Táranos, cd. S. Efthyrniadis. Aldeisbot/BrooldJeld. 1998. pp.
195-196.
0
Cfr L . Rrubakcr. «Perccpüon and Conception: Art, Thcoiy and Culture ¡n Nmth-Ceniury Byzan-
-*'J. ti. Aulhauscr (cd ). Mnaeula S. CJeorgu. Lcip/ag. 1913, pp. 10-1 I . liuiii-, Word and Imane V(1989). n 1, pp. 19-32.
'Sobre este tipo de icono, cfr. N. P. Scvcenko, * T h « Vita león and die Painter as Hagiographcr»,
L

bañan Q*h Papen 53 (1999). pp. 149-165.

280 AFT i F n i s i OR t v I N I S E D A D M E D I A 111
FA VIDA SOCIAI ni i n Ó B I T O S 281

Figura Constanúnopla 0). . U r a a l m o v c n a de la \ i d a de san Simeón e l E s t i l i t a , m i n i a t u r a sobre F i p i r a 7. C o n s u n t i n o p L , Sáltalo de Paiis. coronación de D a v i d , miniatura sobre pergamino, segunda mitad

pirgaimno. siglo n . del siglo x.

que eran capaces de leer a Juan Malala o el Cbronieoii Paschale . Su homólogo bíblico, 21

maelitas, persas, armenios, iberos, home ritas y hombres que habitaban todavía mis
lejos» ' confluyeron en gran número para \ enerar al asceta que, después de haberse rea-
7 1
rado del mundo, tuvo que constatar que el mundo venía a él. E l menologio en el que se
ilustra esta paradoja es más sobrio en cuanto al número de individuos y de pueblos que lo
veneran, limitándose a enumerar a tres árabes, entre ellos una mujer. Pero incluso después
de tan drástica reducción, el mensaje de veneración que se da a los santos no sólo no se
pierde, sino que es escrupulosamente corroborado por los emperadores de las dinastías
Maeedonia y Comneno, que siguen honrando a los anacoretas y a sus semejantes contem-
poráneos. Aquí no nos encontramos tanto ante esa atemporalidad u olvido de la disDnaon
entre pasado y presente, a menudo atribuida a la mentalidad bizantina, como ante la reso-
nancia y la importancia de la representación para el espectador contemporáneo. Quienes
pertenecían al estrecho círculo de los que tenían conocimiento de una creación suntuosa
como el Salterio de París (Bibliothéque naüonale de France, ms gr. 139), al observar aten-
tamente la imagen de David que, alzado sobre un escudo, era proclamado rey (fig-7),
podían saber que, en el año 512, Anastasio había sido llevado del mismo modo al Hipó-
modelado en la práctica lardoantigua, les recordaría también que los soberanos pueden
ser creados y derrocados por el pueblo.
Obviamente, existe una correlación entre las dimensiones y la accesibilidad de un
objeto, y la correspondencia que encuentra en los textos escritos. Estos factores, sin em-
bargo, son insuficientes para explicar por qué algunas obras son objeto de una atención
desproporcionada. E n el caso de monumentos, como la columna de Constantino, la
ubicación y, sobre todo, la antigüedad eran los factores que más contribuían a la función
que desempeñaban en la imaginación popular. La columna de pórfido con una estatua de
Apolo-Helios encima, transformada por el emperador a su propia imagen y semejanza,
se impuso como símbolo permanente de la fundación y de la conservación de las ciuda-
des. Se convirtió en el punto principal de los desfiles de las victorias imperiales, en oca-
sión de las cuales, con la progresiva desaparición de la línea de demarcación entre litur-
gias sagradas y profanas, se cantaba la oda triunfal de Moisés del libro del Exodo. E n la
visión del apocalipsis, que constituye el pumo culminante de la tfifadesan Andrés Salos,
la columna no queda sumergida por las aguas que inundarían Constantinopla, y los su-
pervivientes amarran a ella sus embarcaciones . Este poder salvador deriva de la crcen-
28

dromo para ser aclamado emperador por el pueblo. E l suceso era conocido por todos lo

''Juan Malala. Chronographia, ed. L . Dmdorf, Bonn, 1831, p. 610.

a
Niccforo Confesor, - Vita S. Andreae Sali», en J.-P. Mignc (cd.), Patrología Graten (a partir de ahora PG),
vol. CXI. col. 868.
"Tcodoreto de OKKA Htstory of the Monks ofSyria, ed. R. M . Price, Kalamazoo. Mich.. 1985, p. 115 |ed.
cast. limona d< lot monjis de Sins. Madrid. Trorta. 2008).
282 \«Tt t HISTORIA i s i» EDAD Mini t III
L A VIHA SOCIAL ni tos OBJETOS 283

cía de que ruc erigida con los clavos de la Pasión de C r i s t o . ( l u n el transcurrir del tiempo,
diversos autores registran un número creciente de atributos presentes en la estatua im-
perial que velaba sobre la ciudad. Monedas de o r o que represen i.iban a Constantino, un
fragmento auténoco de la Cruz y reliquias de santos están, por de. i r l o de alguna manera,
dentro de la norma, pero la presencia del árbol del arca de N m - , «le la piedra usada por
Moisés en el desierto, del recipiente con el que Juan bautizo a lesos, transformaron la
estatua- en un receptáculo de maravillas con el que sólo podía 11\alizar la colección de
0

reliquias de Santa Sofía, naturalmente, también la G r a n Iglesia, como se llamaba habi-

tualmcmc en los textos a la catedral de la ciudad, se convirtió en objeto de leyenda. Un
relato de la fundación justiniaiica, ice hado en los últimos años del siglo \ m o en el ix,
refiere que fue construida desde el principio con materiales sagrados. E n enormes ladri-
llos, realizados para tal menester el Rodas, se grabó la inscripción - D i o s está en su
centro y no debe ser trasladada . distancia de doce la.li dios, los constructores
habían predispuesto, además, unj i :ue llenaron con reliquias de numerosos san-
tos' . Evidentemente, eran las ohras
0
\ as las que se admiraban con mayor maravi-
lla e, incluso en los niveles más aíu- " iciedad. era fuerte la tendencia a creer que
estaban habitadas por algún dentón i uno hemos visto en el caso del mosaico de san
Jorge, por la misma persona que reprc ntaban. Comentando en un sermón la imagen
de la Madre de Dios entronizada del ál *idc de Santa Sofía, el patriarca Eocio observaba iL'iir.i K I Ins 11 l u l l - 1' ,[. , 1 1 n.inev. 1 avarono. mosaico, pniiieu mitad drl siglo vi.
que «sus labios se han vuelto carne por ¡os colores» y. aunque no se muevan. -<no son
incapaces de hablar-''. Observación «..IM comedida, si se compara con los autores menos
IK . i v i t a r a protegerse de acusaciones de impiedad. Pero ello significa no tener en cuenta
sutiles en el plano teológico que caen puntualmente en el animismo. Isaac Comneno, en
las advertencias de la historia. En relación con la orden impartida en el siglo xu por la
el typikon (una especie de acto eonstiruyeiite) del monasterio de la Kosmosoteira, funda-
emperatriz. Fufrosine de azotar la estatua de Hércules modelada por Lisipo , se puede 15

do por él, afirma del icono de Cristo y de la Virgen que se encuentra en la iglesia:
mencionar la campana que convocaba a los piagnoni savonarolianos para proceder a la
destrucción de las obras de arte. Después del ahorcamiento del fraile por herejía en 1498,
la campana fue cargada en un carro, paseada por las calles de la ciudad, fustigada por el
[.. | al que los observa le parecen vivos, como si emitieran por la boca un maravilloso
verdugo y, luego, enviada al exilio durante diez años.
sonido dirigido a él. Es una maravilla observar un parecido tal en una pintura, que esta viva
El no querer reconocer la naturaleza de tales comportamientos tiene que ver, en último
y. sin embargo, inmóvil en el espacio, y. por lo tanto, apreciar al artista al que el Creadory
término, con el temor del racionalismo moderno en relación con lo irracional. Al menos por
Señor ha concedido el don de saber pintar de un modo u n nuevo. Y quién no se congratu- lo que concierne a Bizancio significa, además, dejar escapar tanto la función asumida por las
laría con él. después de haber ínipnnudo la fonna de esle parecido en los propios ojos y 0 1 obras de arte en la imaginación de los que las usaban, como las formalidades en base a las que,
el propio corazón como si estuviera \ T V O ' .
;

incluso mucho uempo después de haber sido creadas, seguían formando parte integrante
de la vida del fiel. El typikon del monasterio de la Kccharitomene precisa que el rito de la
ablución de los pies, prescrito por la liturgia del Jueves Santo, debe celebrarse en el pro-
Los estudiosos tienen cierta tendencia a considerar afirmaciones y actitudes de este naos de la iglesia. Exactamente en este lugar, en Hosios Loukás (fig. 8) y en decenas de
npo como simples instrumentos retóricos, casi como si el que profesara la fe cristiana otras iglesias, se encuentra la imagen de tal hecho en el ministerio de Cristo (Juan 13,
4-5)- • Sería difícil encontrar un ejemplo mejor tic objetvécti.
^Cfr. A. Froluw. «La dédicacc de Constantinople dans la tradition by/antine-*, Revue de l'bistoire des rth-
ffetrCXXVD (IV44), pp. 61-121, en concreto 7 7 .
™ Hechos de S. Sofía, en ITi. Pregcr (ed.), Scripiores Originum Constantinupo/itaiiarum, vol. I. Leipzig, 1901,
pp. 94-101.
" C Mango («d ), The Homilía ofPkotius. Patriare/' of Constantinople. Cambridge, Mass., 1958, p. 290.
'-'J. P. ! h .nú. y A. (,. Hero (cds }. Byzantine Monastic Foundation Documents. Washington D C , 2000, p " J . L . van Dicten (ed.), Nicetae Cboniaiae Hinoria, Berlín/Nueva York, 1975, p. 519.
802 Sobre las teorías de ü percepción v de su relación con la actitud visionaria, cfr. R. S. Nelson, - l b Say and
14
W. Tronzo, «(Mimesis in Byunuum: Notes Toward a History of che Eunction of rhe Image», Ra.
See: bkplirasis and Visuabty in Bvzannuin-, en id. (ed.), I'lsualtty Before and Beyond the Renaissance: Seeing MI Antbropolofry and Aestbetia X X V (IW4), pp. 61-76.
OtbenSar. Cambfidgc/Nucvj York. 2000, pp. 143-168.
284 A S T E F H I S T O R I A I N LA E D A D MEDIA I I I
L A Y I D A S O C I A L i'i cos o ajeros

Vida de los iconos

H e m o s p o d i d o constatar la estrecha r e l a c i ó n e n t r e e l m o d o d e v i v i r l o s o b j e t o s y el
modo en el que se los consideraba v i v o s . E s t a s a c t i t u d e s c o i n c i d e n e n o t r o typikon, del
siglo X I I , en e l que se d i s p o n e e l t r a s l a d o a l m o n a s t e r i o c o n s t a n ! ¡ n o p o l i t a n o d e l Panto-
crátor, lugar de sepultura de J u a n I I C o m n e n o y d e s u c o n s o r t e I r e n e , d e i m á g e n e s par-
ticularmente sagradas e n las t u m b a s i m p e r i a l e s , c o m o s i se t r a t a s e d e p a r i e n t e s de los
difuntos. E l r e c i b i m i e n t o de tales i m á g e n e s f u e a c o g i d o c o n e l c a n t o d e l Kyrie c/eison,
repetido treinta veces, j a c u l a t o r i a r o s e n ¿ d a . p o r l o g e n e r a l , a l e m p e r a d o r r c i n a i u e - . En 1

o u o ritual, el viernes p o r la n o c h e , e l i c n n ü Eleousa d e la M a d r e d e D i o s y o t r a s imágenes

que lo acompañaban debían de ser t r a n s p o r t a d a s c o m o si se t r a t a r a d e la p r o c e s i ó n t r i u n -
fal de u n general y de sus oficíale-- V • r v a , p a r a t e r m i n a r , q u e e n e s t e c o m o e n otros
monasterios, en ocasión de la t o m a . M o n d e a b a d e s y a l t o s d i g n a t a r i o s , é s t o s reci-

bían el bastón de m a n d o o las lla\ o . ' i c i o d e - m a n o » d e i c o n o s , y n o d e sus prede-

cesores de carne y h u c s o \ v

T i l d a r este c o m p o r t a m i e n t o de s u p . - i i c i o s o s i g n i f i c a o l v i d a r q u e la s u p e r s t i c i ó n es un
concepto relativo y, aún m á s grave, n o o n n p r e n d e r la f u n c i ó n d e la m e t o n i m i a e n la socie-
dad. Afirmar, c o m o estamos a c o s t u m h r i los a h a c e r , q u e u n a p e r s o n a l i d a d i m p o r t a n t e ha
sidohuxTiulada por la « C a s a B l a n c a - - • pi -r el - Q u i r i n a l » n o es m u y d i f e r e n t e de tratar a un
icono c o m o e n c a m a c i ó n de una aui< i r i d a d s u p e r i o r . E n e l l l a m a d o Salterio de Teodoro con-
senado en Londres ( T h e B r i r i s h L i b r a n . A d d - 19 3 5 2 ) . e l a b a d d e l m o n a s t e r i o de Stoudios
está representado r e c i b i e n d o e l bastón de m a n d o d e u n g r u p o d e á n g e l e s q u e ba)an del
cielo, con el ángel situado en l o m á s alti • q u e r e c i b e e s t e e m b l e m a d e C r i s t o , suspendido en ( ieur.1 o Ccinstaniinopla, Sulieriode 'leodora. invesudura de un aliad, miniatura sobre pergamino, 1077.
la bóveda celestial ( f i g . A n á l o g a m e n t e , c o n s i d e r a r c o m o i n a n i m a d a la figura central de
un icono significa i g n o r a r las escenas q u e la r o d e a n e i l u s t r a n s u v i d a , c o m o si la imagen reíalos d e ese tipo, se lee q u e u n e n c a n t a m i e n t o de a m o r , d i s u c l t o e n una lámpara de acei-
fuera el santo en persona ( f i g . 5). Tales a c t i t u d e s n o s o n e n a b s o l u t o e x c l u s i v a m e n t e bizan- te, puede r e s u c i t a r las a t e n c i o n e s a m o r o s a s d e u n m a r i d o , s i e m p r e y c u a n d o la m u j e r c o l o -
tinas. Cicerón cuenta que los labios y la b a r b a d e la e s t a t u a d e H é r c u l e s , e n A g n g e n t o , que la lámpara a l l a d o d e las i m á g e n e s de su a l t a r c i t o d o m é s t i c o " .
habían sido consumidos p o r los besos de los d e v o t o s * . I - o s e s t u d i o s o s d e l O c c i d e n t e me-
7
l o d o e l l o i n d u c e a p e n s a r q u e a los i c o n o s se les r e c o n o c í a u n p o d e r , n o e n c u a n t o
dieval saben bien que las reliquias sagradas n o e r a n s ó l o o b j e t o d e a c t i v i d a d e s humanas, obras de a r t e , s i n o e n c u a n t o p r o p i c i a t o r i o s ( e n t r e m u c h o s ) de la i n t e r v e n c i ó n d i v i n a e n
como el h u n o o la veneración, s i n o que p a r t i c i p a b a n , a c t i v a m e n t e , e n esas prácticas hasta las cosas h u m a n a s . D e m o d o q u e , p o r e j e m p l o , n o p o d í a n o b r a r de m a n e r a m u y d i f e r e n -
el p u m o de ser consideradas « o b j e t o s - p e r s o n a - » ' . L a e v e n t u a l d i f e r e n c i a e n t r e Bizancio.
8 te a l.i de la « p e s c a m i l a g r o s a de atúi; •-, o sea, la pesca p r o v i d e n c i a l q u e salvaría a C o n s -
por una parte, y Antigüedad y E d a d M e d i a , p o r o t r a , r e s i d e , si a c a s o , e n la d i f e r e n t e valo- t a n n n o p l a d e l h a m b r e c u a n d o , e n el 582*°, dadas las adversas c o n d i c i o n e s d e l m a r , n o
ración de la presencia que queda de tales p r o p i e d a d e s e n t a b l a s p i n t a d a s , capaces de cum- llegaba el t r i g o i m p o r t a d o a n u a l m e n t e d e E g i p t o . T e n i e n d o presente esta perspectiva,
plir prodigios incluso a distancia. L o s r e l a t o s d e l p o d e r d e l o s i c o n o s se i n s p i r a n en una sería u n e r r o r separar los usos de las i m á g e n e s - p o r q u e h o y las c o n s i d e r e m o s «arte»— de
visión cristiana v, p o r l o t a n t o , c o n d e n a n c o m p o r t a m i e n t o s d e ese tipo; a pesar d e ello, nos los o t r o s aspectos. A c o n t i n u a c i ó n a n a l i z a r e m o s las m ú l t i p l e s f u n c i o n e s , si b i e n , a n u e s -
t r o parecer, sea la p o t e n c i a l i d a d financiera la que resulta i n m e d i a t a m e n t e e v i d e n t e . E n
informan de las creencias que i n s p i r a b a n l o s c o m p o r t a m i e n t o s . E n u n o d e los numerosos
n o v i e m b r e d e ! 1 0 6 4 , G e r a r d o , a r z o b i s p o d e S i p o n t o , e n tierra l o m b a r d a , i n t e r c a m b i a
con el m o n a s t e r i o de S a n t a M a r í a d e T r e m i t i u n t e r c i o de salina p o r u n skaramagon ( u n
ropaje p r e c i o s o ) y u n i c o n o « p r o u u l i i a t [ c ] p r e d i c t e c c c l e s i e » . C u a t r o años después, el
11
P. Gautier. -Le lypicon du Christ Sauveur Pamocrator-. Revue des eludes hyzaaiinei X X X I I (1974), pp.
81-83, w. 883-900
"Nieéforo Confesor, Vua S. Andreae, cit-, cois. 776C-7B1 A. En una visión sucesiva la mujoi ve sus iconos
Cfr., entre otros, id.. *Lc rvpicon de la Ilieotokos Evcrgcics», Revue des éludes IryzantinesXl. (1982), pp.
M

cubiertos de excrementos como demostración, probablemente, de cuánto se habían ensuciado por esc uso in-
49,71-72.
debido
O a r r u n . In l'errem. IV.94.
r

"•"J.-B. Ch*ho\(ci\.), Cbronique de Mitbclle Synen (1901), Bruselas. 1963. vul. 11, pp. 351-352.
"Para un lúado análisis, cfr. P.J. Geary.-Social Commodities: die Circulation o f Medieval Relics-, en li,
Lmne Wtb ¡te Otsd in die Middle Ages. Ithaca, NY. 1994. pp. 194-226. en concreto 241 -246.
 ARTF i HISTORIA EN LA Ef»Ai» M r n i A Ml
A viri» SOCIAL or. LOS OBJLTOS

mismo prelado comercia con un icono dorado de la V i r g e n , de) valor Je treinta nomis-
rnatas, y un skiirnmaojon de seda entretejida con oro, de veinte nomismatas, con el abad
de! mismo monasterio por otro tercio de salina" . Las imágenes, al rueños las cuajadas de 11

gemas o recubiertas de plata, se usaban igual que un auténtico capital; prueba de ello es
el hecho de que. en 1375. un obispo podía dar en prenda un icono de su propiedad «de-
corado» con san Jorge para costear los gastos de su tururú f u n e r a l . Pero ya antes el 42

sultán otomano Orkhán. después de la conquista de Nicea. en 13 > I , había em udo una
misión a Constantinop]a para vender iconos, manuscritos y reliquias que había obtenido
como botín de guerra~\ X o hay motivos para pensar que esta especulación comercial no
uniera efectivamente lugar, m que fuera un caso aislado.
Por otra pane, está claro que el valor de las imágenes no se reducía al monetario. La
utilización económica era sólo uno de ios muchos recursos a los que un bizantino podía
acudir en caso de necesidad. Por lo \;mo, la pobreza era una situación, aunque no la
única, en la que Consiammo ACrOpóIita podía recurrir a una imagen para recibir ayuda
en los primeros decenios del siglo \n En su testamento redactado a favor del monaste-
rio de ta Andstasis. restaurado por su padre. Constantino recuerda cómo el anciano padre
le había llevado a ver, cuando era niño, un ic< inó de Cristo que allí se encontraba, y le
había enseñado a rezara la imagen cuando se hallaba «en la pobreza [,..) y en estado de
necesidad- . En la época. Cristo o el sanio representados están acompañados por otro
44

personaje. La presencia de estos personales, que no nenen nunca m las dimensiones ni la

relevancia de la figura principal, indica que hombres y mujeres comenzaron a transcen-
der el papel de donante que invoca la sal\ ación a cambio del libro o del icono ofrecido;
como en el caso, muy conocido, de la representación dedicatoria de la Biblia de León
(Ciudad del Vaticano. Biblioteca Apostólica Vaticana, ras. gr. I . f. 2v) que se fecha en el
stglu x. A partir del siglo xn, un número creciente de aquellos que han pagado la imagen
aparecen en acritud de oración perpetua en los márgenes de la representación, como, por
ejemplo. Juan Mouroullas en un icono de su homónimo el Bautista (fig. 10). Al respecto,
es importante advertir que el texto que el santo tiene en la mano y las inscripciones, casi
invisibles, a sus lados no hacen referencia a ese testigo silencioso n i a su esperanza de
salvación '. Vendo más allá de la tradicional petición de intercesión del santo, un icono
4

de la incredulidad de santo Tomás, comisionado por Tomás Preljubovic, déspota deJoa-

nnina, y por su mujer. .María Angelina Palaiologina, los representa cubiertos por el brazo
de Cristo, mientras éste lo levanta para mostrar la herida al apóstol, que está en actitud
de escrudinarla (fig. 1 1 ) .

1 1
A P c l r u c a ted-), Cadici diplwuucu del immsterv benedettino di S. Maria di 'fremili (JOOS-1237), Rami,

I 9 6 0 , v o L 11. n 70, p. 2 2 9 , n . 79, p. 237.

i :
P. U i n c r l c . A . G u U l ò u et di. <cds.). Aitts de Loira. Ili: de 1S29 ù ISOO. París, 1979, n. 147, w . 3-4. Pero

sobre b escasa a p r c e u r i ó n reseñada a lus iconos n u a d o r n a d o s , cfr. N . O i k o n o i i i i d e s , - T h e H o l y I c o n as an

Assets DimiNmn Oah Papers AS tWH), p p . 3 5 - W .

* * N i c £ f a r o G r c g o r a s . Byzantina btiiuna, e d . L . S c h o p u i , Bonn, 182°, p. 458b.

* * T h o m a s v H e m ( c d s . J ,tìyznntiiuMíname, etc, p . 1 3 7 9 .

'- P. L . V n c u i o p o u l o s , - T h r e e T h i n c e n i b - C e n r u r s '
1
Icons ai M o u t o u l l a s » , cn N . P. S e v i e n k o y C . Moss

leds.). Medieval Cyprus. Studies in Art. Architecture, and History in Memory of Dotda Mounki, P r i n c e t o n , NJ, Figura 11. G r e c i a <?). i c o n o d e l a i n c r e d u l i d a d d e s a n t o T ò u m , p i n t u r a s o b r e tabla, 1380.
1999.pp. 167-171.
2SS Ami E H I S T O R I A S N LA E D A D M I D I A III
La ampliación del papel de hombres y mujeres laicos, que pasan de la mera présenos
a la participación activa en las escenas eristológicas, n o se ve en ningún m o d o como algo
que restringe la influencia ejercida por las representaciones en el imaginario bizantino.
Por el contrario, aparece como el cumplimiento de una tendencia que se manifiesta no
más tarde del siglo vu: el deseo de integrar las imágenes en la vida seglar. Esto resulta ya
endenté en la adopción de una iconografía religiosa en objetos destinados al ornamento
personal, como en el caso de un medallón de o r o en Berlín, en el que está reproducida la
Anunciación (fig. 12). La idea de que la escena revistiera u n interés particular para las
mujeres se ha confirmado por la leyenda sobre el torque del que estaba colgado el meda-
llón: «Señor, ayuda a aquella que la Ilesa». Sin embargo, la exigencia de santificar Jos
asuntos humanos no era una prerrogativa exclusivamente femenina. E n la composición
épica conocida como Digems Atritas, el héroe epónimo se dirige a la amada llamándola
«mi luz. desprovista de crepúsculo, mi icono áureo» '', b o r r a n d o la separación entre amor
4
sacro y profano. Y un epigrama que se remonta, aproximadamente, a la misma época, en
relación a las joyas con las que el cesar Juan Dalasseno adornaba u n icono de la Virgen,
pone en boca del donante las siguientes palabras: « H e q u e r i d o donarte estas piedras
preciosas que antes llevaba mi noble c o n s o r t e » . 47
Sin duda, estas ofrendas eran manifestaciones de la riqueza del donante y, por lo tan-
to, muestra de su estatus social. Una riqueza que se consideraba, sin embargo, prove-
niente de Dios, un don para aquellos que Dios había bendecido. Si la riqueza era el signo
W
E. Iefïrevs(cd.), Üigenis Aíraos. The Grottaferrata and Escoriai Versions, Cambridge 1998, v, 472 (ed. cast.:
Poesia heroica bizantina: Canción de Arniuns. Oigenis Abritas, Parma de Belisario, Madrid, Grcdos, 2003].
"S.P. Lainpros, «O Mandano» Kodix S24y,K'eosEllenoinnanou VÍXt, 59 <1911), pp. 28-29.
L.A V I D A SOCIAL DE LOS O O J b l D S 289
exterior de un favor procedente de lo alto, las imágenes eran el signo exterior de la pie-
dad, de la ortodoxia y de !a comunidad , demostraciones necesarias que no pasaban
48
desapercibidas en el cielo. Ante todo, la tabla pintada era el médium por excelencia de la
exhibición de tales \ iñudes. Legitimadas por el «Triunfo de Í3 ortodoxia» —la restaura-
ción del antiguo culto apoyada por el emperador-, las imágenes se convirtieron en el
principal instrumento visual mediante el cual hombres y mujeres daban expresión a las
cualidades requeridas por las sociedades en las que vivían. Como sabemos, los ¡conos
eran muy anteriores a su prohibición en el siglo v m y, según quienes los respaldaban,
enconiraban justificación en la existencia de acheiropotetas, imágenes «no hechas por ma-
nos humanas». Pero, desde el punto de vista historiográfico, es preferible considerar
esto- mitos comí i una legitimación de la existencia de los miles de ejemplares derivados
de el is realizados por el hombre. Alultiplicándose, por decirlo así, los primeros han
cumplido sus finalidades milagrosas" . Si el Mandylimi, conocido grosso ?nodo desde el si-
10
glo \ ileanza la máxima notoriedad sólo después de que Constantino V I I lo transfiriera
a la • ipital* , la ucheropita de Camuliana, una imagen que habría sido realizada por Jesús,
D
ya \;. aba por Capad ocia en torno a mediados del siglo v i , recogiendo abundantes fon-
dos p ira la reconstrucción de una iglesia destruida por los persas '. En la época de He-
5
racli» esta imagen, o una copia suya, se había convertido en el paladión de Constantino-
pía i v._* llevaba a la batalla a la cabeza del ejército imperial".
Iconos como emblemas de victoria y sanadores
La dificultad de hacer afirmaciones de carácter general sobre el uso de los iconos
como estandarres militares deriva, en parte, de la función metafórica que la palabra
«conquista» tenía en el vocabulario del griego medieval. El término podía, de hecho,
referirse al triunfo de un mártir sobre la muerte o, en un plano más general, al éxito
universal al que la fe cristiana estaba inevitablemente destinada. Por ello, el lema en
apariencia combativo I C X C N I KA (Jesucristo, conquistador), grabado en el anverso de
numerosas tablas y en una larga serie de monedas bizantinas, no implica la participación
Hs
Sobre las imágenes como emblemas de la comunidad cfr. A. Cuder, «Visual Coinniunines in Byzanuuni
and Medieval Islam», en N. Howe (éd.), Visions of Community in the Pre-Modcni World, Noire Daine, Ind.,
2003, pp. 37-73.
^'.I.-Aí. Spieser, «La spiritualité byzantine: son expression dans l'architecture et les images», en J.-M.
Mayeur et al. (cds.). Histoire du Christianisme des origines à nosjours, III. Les églises d'Orient et d'Occident, Paris,
1998, pp. 659-695, en concreto 691.
1 0
K VVciojnann. «The AlandyÜon and Constantinc Porpbyrogennctos (I960)», en H. L. Kessler (éd.),
Stadia m Classica! and Byzantine Manittcnpt Illumination, Chicago, 1971, pp. 224-246.
f1
Zacarías cl Retor. Historia ecclesiastica, libro Xlí, cap. IV. ed. E. W. Branles, Paris, 1919.
"Jorge Ccdreiio, Historia nini Compendiata, ed. I. Bekkcr, vol. 12, Bonn 1839, p. 685, w. 1-2. Unos cuaren-
ta años antes, en el 586, el general Filípica hizo destilar ante sus tropas un iconotailajp*osodel Salvador que
podía ser la Camuliana. Cfr. Tcofilacto Simocaiés, Historia, ed. C de Boory P, Wìrdi, Stuttgart, 1972, libro U,
cap. I, §4.
290 A m t t HISTORIA E S LA F.DAD M r m A 111
L A VIOA SOCIAL D I l.os OBJETOS 291

de rales objetos e n las c a m p a ñ a s m i l i t a r e s . A d e m á s , c o m o e n e l t a s o d e l a d e s c r i p c i ó n de

Jorge de Pisidia de la defensa de G o n s t a n t i n o p l a a n t e e l a s e d i o d e l o s a v a r o s e n 626, en la
que Alaría se presenta c o m o t r i u n f a d o r a s o b r e la n a t u r a l e z a , « e n p r i m e r l u g a r , e n su con-
cepción y, en segundo l u g a r , e n la b a t a l l a » " , e l p o e t a s u g i e r e la r e a l i z a c i ó n d e u n pintor
más que la descripción de u n a p i n t u r a . P o r o t r a p a r t e , p o r l o q u e c o n c i e r n e a los pocos
ejemplos de iconos e x h i b i d o s e n u n c o n t e x t o m i l i t a r , n o h a y d u d a d e q u e se trataba de
estandarres bélicos y n o de b o t í n . F n u n m a n u s c r i t o d e M a d r i d , e l t a b l e r o q u e reproduce
a la Madre de D i o s con el H i j o a la cabeza d e la e n t r a d a t r i u n f a l d é J u a n I e n la capital
era, de hecho, u n i c o n o r e c u p e r a d o a los b ú l g a r o s .

Es c i e r t o - e n t r e otras cosas, p n f i r m a r la a n u l a c i ó n d e l o s l i n d e s e n t r e l o sacro y

lo profano a la que ya h e m o s aludí
tianas a la práctica m i l i t a r . E s t á n . I •
d i r i g i d o contra los e n e m i g o s , per-
de santificación de la g u e r r a . L a :
que los soldados asistían a las ee¡
l o s b i z a n t i n o s i n c o r p » >raban las l i t u r g i a s cris-
e insignias 5 5
f o r m a b a n p a r t e d e l a p a r a t o visual
, o q u e i n s t r u m e n t o s d e u n p r o c e s o m á s amplio
m i l i t a r e s f u e r o n c o n \ c r u d a s e n c a p i l l a s en las
* r e l i g i o s a s e n la v i g i l i a d e l c o m b a t e ; los es- 5 6

critores componían oficios religié tares -5 f r a t r i n e n t o s d e la C r u z o reproducciones

en oro cubiertas de piedras p r e c i o - \¿ m á x i m a r e l i q u i a a c o m p a ñ a b a n al emperador
en sus incursiones en t e r r i t o r i o ene . < P o r l o t a n t o , n o s o r p r e n d e e n c o n t r a r s e en
presencia de una i m a g e n d e l g l o r i o , i i s a d p t r a n s f o r m a d a , d e o b j e t o v o t i v o , en estan-
darte guerrero ( h o y p e r d i d o ) gracias a u n m á s t i l a ñ a d i d o a s u b a s e ( f i g . l 3 ) . E n la realidad,
este t i p o de adaptación m a t e r i a l era m a s r a r o q u e a t r i b u i r u n p a s a d o m í t i c o , m i l i t a n t e , a
iconos hechos p o c o antes. E n t r e é s t o s , e l m á s e l o c u e n t e es, q u i z á , la e n o r m e c r u z relica-
rio de m a r f i l , h o y en San F r a n c i s c o e n C e n t o n a , t r a s l a d a d a a I t a l i a , s e ^ ú n se d e c í a , por un
fraile en e l siglo x u i . L a p a r t e f r o n t a l c o n t i e n e l o q u e se c o n s i d e r a u n f r a g m e n t o de la
C r u z , mientras que la inscripción c r u c i f o r m e e n e l a n v e r s o n o s i n f o r m a d e q u e , con el
emperador C o n s t a n t i n o , h i z o h u i r a l o s b á r b a r o s . Se p o d r í a c o n c l u i r q u e , e n la medida
en que tenía relación c o n asuntos m i l i t a r e s , la f u n c i ó n d e l i c o n o e r a la p e r p e t u a c i ó n de
un m i t o . Afirmación que. lejos de q u i t a r l e i m p o r t a n c i a , m u e s t r a e l m e c a n i s m o de funcio-
namiento de objetos de ese t i p o . E l m i t o es c e l e b r a c i ó n v p e r p e t u a c i ó n d e l p o d e r , tesa-
inoniu de la capacidad de i n t e g r a r s e e n la i m a g i n a c i ó n h u m a n a g r a c i a s a elaboraciones
cada vez más complejas. E s t o q u e d a c l a r o e n u n a t a b l a , l l a m a d a a v e c e s « V i r g e n Marcia-

s ,
J o n : c de P i s i d i a , Peemi. 1 Pantgtnaepici, c d - A P c m j s i , Eual. I 9 S 9 , p. 176. E n a l s i g l o X I , e s t e p a s a j e se

interpretaba e n referencia a la i m a g e n d e la Hodigbttrta; c f r . N . P. S e v c e n k o , « I c o n s i n the L i m r g y » , Dumbarton

Oaks Papen 45 ( 1991). p. 4 9 , n o t a 31.

* S o b r e s u u s o . c f r . , e n c o n c r e t o . Ci. T Dennis, - R e l i g i o u s Services i n the B y z a n t i n e Arniy», en E . Carrr;

al., Eidogema. Studies m Honor of Robert Taft. S.J.. Roma, 1993, pp. 107-117, e n concreto 108-109.

* ' E i i la p o n i e r a m i t a d d e l <>¡glo u n , s a n P a n c r a c i o d e T a o n n i n a h a b í a d e f e n d i d o s u c i u d a d c o n la a y u d a d e

i c o n o s . D e p e n d i e n d o d e l a s v e r s i o n e s d e si» v i d a , e s t o s i c o n o s r e p r o d u c í a n a C r i s t o y a l a p ó s t o l P e d r o , o bien

estos d o s p e r s o n a j e s m i s b M a d r e d e D i o s ; c f r . C . J . S t a l l m a n - P a c i c o . 77» Life of St Pancratius afTaonmtia,

tesis d o c t o r a l , O x f o r d L ' i U v e r s i t y , 1986.
W
J . - R . Viellcfond, - L e s pratiques religieuses d a n s l ' a r m é e b y z a n t i n e d ' a p r è s les traités militaires-, Raw

desêtuietanciennesXXXVII 11935), pp. 3 2 2 - 3 3 0 . Figura 14. C o n s t a n rin o p h , i c o n o de la V i r g e n Nitvpcia, p i n i u r a sobre tabla cou lamina

A Penusi.«Una akoloudua nublare medita del x s e c ó l o » , Aevum X X H - X X I I I ( 1 9 4 8 - 1 9 4 9 ) , p p . 145-168. de o r o repujada, siglo xi.

"Constantino V i l Porfirogcneia. Three Treatises, cit., p. 124, w . 485-489.

292 AtTE t HISIORIA ES LA E D A D ¡VI f D l A 111
LA VIDA SOCIAL t»r i o s OBJETOS 293

na» (fig. 14), llegada a V e n e c i a d e s p u é s d e 1 2 0 4 , a ñ o e n e l Q u e *1 o m a s o M o r o s i m fue

milagrosas p o d í a n c u m p l i r sus p r o d i g i o s a d i s t a n c i a . L a s llagas g a n g r e n a d a s d e u n j o v e n
elegido patriarca l a t i n o d e C o n s t a n t i n o p l a . A p e s a r d e l a f a l t a d e u n a p r u e b a documental
paciente d e s a p a r e c i e r o n d e s p u é s d e q u e f u e r a n f r o t a d a s c o n e l ó l e o d e u n a l á m p a r a q u e
griega, así c o m o d e c u a l q u i e r r a z ó n i n t e r n a q u e la j u s t i f i q u e , l a d e n o m i n a c i ó n más co-
ardía d e l a n t e d e l i« o n o d e l p a t r i a r c a A t a n a s i o I. E l m i s m o líquido r e s u l t ó i g u a l m e n t e
mún de esta table fue, desde su l l e g a d a a V e n e c i a , Nicopeia, b s e a , « c o n s t r u c t o r a de la
eficaz c u a n d o f u e i n g e r i d o p o r o t r o p a c i e n t e ' ' . iVIás p a r a d i g m á t i c o q u e este p o d e r t e r a -
4

victoria*'.
Más i m p o r t a n t e que d e t e r m i n a r la p a r t i c i p a c i ó n e f e c t i v a d e 1« is i c o n o s e n l o s comhates
bélicas es comprender q u e servían d e \ e h i e u l o p r i n c i p a l p a r a la c o n m e m o r a c i ó n de las
empresas militares. Las batallas v a n y v i e n e n , a d e m á s , p u e d e n g a n a r s e o p e r d e r s e , pero su
recuerdo era una tarea confiada a p i n t o r e s y p l a t e r o s . S e r e p r e s e n t a b a n e n tablas áureas
usadas en ocasión d e los banquetes i iñc iales e n l a é p o c a d e l o s < • i i i m é n o s * , y lúe a este
p e i u u o era el M,/",I\f/o/f, e l i c o n o al q u e n o s h e m o s r e f e r i d o a n t e s c o m o /icbeiropoictos.
Pero la g é n e s i s d e s u f a m a n o residía t a n t o e n n o h a b e r s i d o h e c h o p o r m a n o s h u m a n a s
cuanto, mas b i e n , e n la c r e e n c i a d e q u e c o n esta i m a g e n s o b r e tela C r i s t o había sanado
al rc\ \bgar d e l e p r a .
E n l . i base d e t o d a s estas t e r a p i a s estaba fa c r e e n c i a d e q u e (as e n f e r m e d a d e s físicas
5

instrumento probablemente al cjuc • u r r i ó c u a n d o a l S&ipttH s e r b i o S t e t a n o Nc-manja,
trasladado a C o n s t a n t i n o p l a d c s p u i - ' b e r s i d o d e r r o t a d o p o r M a n u e l I . se le mostra-
ron las imágenes de s u d e r r o t a ' ' . 1
i . t e s t i m o n i o s v i s u a l e s d e este tipo n o quedaban
confinados en los m u r o s del p a l a n . q u e se d i f u n d í a n , al m e n o s , e n l o s estratos más
elevados de la sociedad b i z a n t i n a L a ición d i u n m o n a s t e r i o f i n a n c i a d a p o r el sebastos
Jorge incluía, además d e la citada viei i d e 1 1 7 2 , l a a n t e r i o r s o b r e e l s u l t á n d e Iconium
(Konya), a la vez que los c o n f l i c t n > arrti >* d e M a n u e l c o n h ú n g a r o s y á r a b e s - E n cultu- 6 1
ras más antiguas, estas realizaciones se l i j m . t r i a n « p i n t u r a s h i s t ó r i c a s » , m o m e n t o s de una
histoire cvcnaiicnítelle. F,n e l caso de B i í n c i o . p o r e l c o n t r a r i o , se v e n c o m o reliquias, lega-
dos duraderos de u n pasado que se coi i s e n a n n o t a n t o p a r a i l u s t r a r l o c o m o p o r el signifi-
cado que asumen e n el presente. P o r l o d e m á s , é s t a es l a r a z ó n p o r l a q u e l o s rituales se
perpetúan; n o p o r q u e hayan s i d o c e l e b r a d o s e n u n p a s a d o l e j a n o , s i n o p o r q u e son frag-
mentos dotados del p o d e r d e m f l u i r s o b r e la v i d a d e a q u e l l o s q u e l o s v e n e r a n .
Estos usos del pasado son c l a r a m e n t e e l o c u e n t e s e n l a Nnchlebcn d e l o s o b j e t o s bizan-
tinos y, en particular, en aquella q u e era la f u n c i ó n t e r a p é u t i c a d e l a r t e b i z a n t i n o . Desde
este p u n t o de vista es fácil e n t e n d e r q u e las i m á g e n e s f u e r a n a p r e c i a d a s e n todos los
ámbitos sociales. E n t r e los m i l a g r o s a t r i b u i d o s a l o s s a n t o s C o s m e y D a m i á n está la cu-
ración de una m u j e r piadosa (que sufría d e c ó l i c o s ) , q u e se p r o d u j o n a d a m á s t o m a r unos
trozos de e n l u c i d o d e u n fresco q u e r e p r o d u c í a a l o s d o s s a n t o s d o c t o r e s d e la Iglesia en
las paredes de su casa -. Q u i z á U t e r a p i a h a b r í a p o d i d o s e r m e n o s c o m p l i c a d a ; en cual-
6 N o es c a s u a l i d a d q u e estas p i n t u r a s se e n c u e n t r e n e n e l n á r t e x y e n o t r o s espacios
quier caso, se confiaba e n q u e f u n c i o n a b a , a l i g u a l q u e se c r e í a e n l o s i n s t r u m e n t o s usa-
dos para curar al e m p e r a d o r A l e j o I . A f e c t a d o p o r u n a g r a v e e n f e r m e d a d , se c u r ó cuando
los servidores l o e n v o l v i e r o n e n el v e l o q u e n o r m a l m e n t e r e c u b r í a e l i c o n o d e Cristo
ubicado en la puerta C h a l k e d e l p a l a c i o i m p e r i a l . E v i d e n t e m e n t e , las i m á g e n e s más
6 1
son la m a n i f e s t a c i ó n e x t e r i o r d e u n m a l e s t a r e s p i r i t u a l . U n a v e z m á s , c o n s i d e r a r estos
c o m p " ' i i a m i e n t o s c o m o u n a f o r m a d e s u p e r s t i c i ó n superada p o r n o s o t r o s s i g n i f i c a n o
entender la c u e s t i ó n . E n n u e s t r a é p o c a , p o r o t r a p a r l e , esta p r e t e n d i d a s u p e r s t i c i ó n e n -
cuenrr i una c o r r e s p o n d e n c i a e n la d o c t r i n a d e l a « C h r i s t i a n S c i e n c e » , o , para establecer
una ci ' ' q i a r a c i ó n m a s m a l i c i o s a , desde e l p u n t o d e vista s o v i é t i c o , los disidentes p o l í t i c o s
eran e n t u m i o s m e n t a l e s y, p o r l o t a n t o , s u s c e p n b l e s d e ser i n t e r n a d o s e n u n h o s p i t a l
psiquiátrico. L a c r e e n c i a a c t u a l m u y d i f u n d i d a d e q u e la e n f e r m e d a d es, f u n d a m e n t a l -
mente una c u e s t i ó n p s i c o s o m á t i c a , n o e s t á t a n e n las a n t í p o d a s d e ía c o n v i c c i ó n b i z a n t i -
na ¡i es< r e s p e c t o . L o s b i z a n t i n o s p r a c t i c a b a n terapias q u e n o estaban m u y alejadas d e l a
c o n h . m . .i q u e h o y se p o n e e n e l p o d e r d e la c i e n c i a y, e n p a r t i c u l a r , e n las maravillas d e
las q i n s, m capaces l o s f á r m a c o s q u e n e n i a n e n la p s i q u e . E n la c o n c l u s i ó n d e una ( l i s t o -
na m i l e n a r i a d e r e p r e s e n t a c i ó n d e l o s m i l a g r o s d e C r i s t o e n los m u r o s d e las iglesias —es-
cenas de c u r a c i ó n a p a r e c e n desde e l s i g l o n i e n e l b a p t i s t e r i o d e D u r a E u r o p o s ( f i g . 15),
para d e s p u é s m u l n p l i c a r s e e n las catacumbas r o m a n a s - , la práctica hesicasta en é p o c a
paleologa s u s c i t ó , p o r l o q u e p a r e c e , u n p a r t i c u l a r i n t e r é s p o r l a r e p r e s e n t a c i ó n d e i e n -
f e r m o sanado p o r la f e . E s t e m o v i m i e n t o m o n á s t i c o m a n t e n í a q u e la o r a c i ó n , l a p e n i t e n -
cia y la c o n f e s i ó n e r a n l o s r e q u i s i t o s necesarios para ser tocados p o r la l u z d i v i n a . E n
monasterios c o m o e l d e C h o r a ( K a r i y e C a m i i ) , a n t e esa l u z q u e asume la f o r m a h u m a n a
de C r i s t o , e l l i s i a d o , e l c i e g o , e l j o r o b a d o y o t r o s d o l i e n t e s se p o n e n e n fila para r e c i b i r
la luz sanadora ( f i g . 1 6 ) .
extemos d e la i g l e s i a . D e s d e e l p u n t o d e vista c r i s t i a n o , la sanación d e estas aflicciones
significa q u e e l c r e y e n t e e s t á p r e p a r a d o e s p i r i t u a l m e n t e para acercarse al i n t e r i o r d e l
santuario. E l s o c i ó l o g o , p o r o t r a p a r t e , o b s e r v a r í a q u e las escenas de s a n a c i ó n suceden e n
los u m b r a l e s , es d e c i r , e n l o s e s p a c i o s d e la e s t r u c t u r a sacra m á s cercanos al área p ú b l i c a .

N o d i s p o n e m o s d e m u c h a d o c u m e n t a c i ó n v i s u a l s o b r e la vida e n la calle d e l o s objetos

religiosos, p e r o n o s o r p r e n d e q u e estos r a r o s e j e m p l o s a t a ñ a n a cortejos g u i a d o s p o r sa-
- Lampros,
v
O Marhanoí, c í e , n. 315, p. 1 7 2 .
cerdotes a la cabeza d e l « p u e b l o » , v í c t i m a d e t e r r e m o t o s , c a r e s t í a s y otras c a l a m i d a d e s , 65

w
EusucÍu de "lesalonica. Eusuibit tnrtropobtae Thessahnicensis Opusculn, e d . G - L . F . T a f e l , Amsterdam,
o b i e n a p e r s o n a l i d a d e s i m p e r i a l e s q u e p r e s i d e n celebraciones e n ocasión d e la e n t r a d a
IV64, p. 49.
4 1
O Marhanot, c í e , n . 1 0 8 . p . 1 2 5 -
Lampros,
tí
L. Dcabncr, Konaai und Damian, L e i p z i g - B e r l í n , 1907, miraculumn. 1 5 . C f r . L o s l l a m a d o s seis t e r s o s M
A . - M . M. Talbot, Faitb Healmg ni Late Byzanthim. TbePortbtltnotis Mìradts ofthe Patnarcb Athannstoslo/
c u r a t i v o s - o --versos de s a n a c i ó n » d e l C u r a n u s a d o s c o m o i n s t r u m e n t o t e r a p é u r i c o . E s c n t o s d e n t r o de uní Cciistaiitmopk by Tbcohtistns tbe Sfondile, Brootdinc, Mass. 1983, pp. 84, w . 18-3 5; p. 102, v. 10.
copa o d e una escudilla de lo?a, se b o r r a b a n c o n e l a g u a c u a n d o la i n f u s i ó n d e e s t o s t e x t o s s a g r a d o s e r a bebida " C o m o en Biblioteca Apostòlica Vaticana, ms. Var. gr. 1613, sobre el citai d r . J. F. Baldovin, «A Note on
por el paciente; cfr. E . W . L a ñ e . An Arnum oftbe Mannen and Customs of the Modern Egyptians (1836). Nueva die Lirurgical IWessions in the Mcnologion of Basii 11 (Ms. Vat. Gr. 1613)-, cn Correr al, Eulogemo, cir.,
York. 1973. pp. 2 5 3 - 2 5 4 . pp. 25-39.
6 l
JuanZon3ra. Epitome historiarían, cd B. G . Niebuhr, líonn, 1868, I I I , p. 751.
 \mr r HISTORIA IN LA EDAD M n> I \ 111

L s H ü A SOCIAL OI; I O S o l i l i Mis 2 9 5

I ipui i I \n i <( ¡reí I.I>, ninniiMerio de Blauucrnas, n.incs. proceMtin del icono de I.i Virgen Hodif¡bitria.
dibuiodel frCKO0976),M 1250.

plei.i en i I m o n a s t e r i o de B l . i q u e r n a s , c e r c a de A r t a , dedicada a u n a p r o c e s i ó n en honor

del icono de la 11tulifrbitria. E n la p i n t u r a aparecen, entre otros, vendedores de c o m i d a y
bebida, indiferentes a la llegada de la i m a g e n a la que. por otra parte, debían la oportu-
nidad de bis lucrativos n e g o c i o s q u e están haciendo (fig. 17).

Ofrendas a santos, conciudadanos y forasteros

h l i c o n o del fresco de B l a q u e r n a s está sostenido por un robusto portador seguido de

|« Estambul. igle«a de San Salvador i h Chora (Kariyc C a n n i ) , c n d > . n J n « .
muluti •' mosaico. IÍOO-I 320. detalle
una m u c h e d u m b r e c o m p u e s t a , s e g ú n parece, prevalentemente por mujeres, y observado
por figuras m á s p e q u e ñ a s , situadas e n el espacio privilegiado de una logia sobre la calle
porucada. E s t e ú l t i m o detalle h a c e p e n s a r e n la M e s e , la calle principal de C o n s t a n d n o -
pla, al igual q u e el p o r t a d o r de u n i f o r m e remite a una cofradía dedicada al culto de esta
imagen. G r a c i a s a u n texto m a n u s c r i t o , sabemos de la existencia de estas cofradías, o
diaconados, d e d i c a d a s a e s t o s c u l t o s y, p r o b a b l e m e n t e , celosas de la posesión de iconos
especialmente p r e c i o s o s . E s t a afiliación - t o d o s los m i e m b r o s vestían de r o j o - rcapare-
67

de reliquias en Constantinopla"-. Solamente en época tardobi/.anrina aparece un pai^c

urbano a la manera del Buen Gobierno en Siena o de M c m l i n g : una pintura mural inconv
*"J. Ncvbm y J. Wiita, «A Confraternity of ihc Comncnian Era». Byzaarínrscbe Zeitsebrift L X V 1 I J (1975).
"• K. G Holum v G- \ikan, - T h e Tricr Ivory, Adventu* Ceremonial, and the Kelic* of Se Sicjihi pp 360-384.
Pilli h l 11 Oah Papen 3 i ( 1979). pp. 115 -1 3 3.
 AltTF t HISTORIA FN L A E D A D MF.DIA III
LA VIDA SOCIAL D E I O S OUJETOS

F i g u r j 20. C o n s t a n a n o p l a (?). i c o n o de san J u a n Bautista c o n escenas de su vida,

pintura s o b r e tabla, siglo xm.

ce en una miniatura de un salterio de alrededor de 1300, en la que el objeto de su vene-

ración se encuentra detrás de un enrejado en un ciborio de forma piramidal (íig. 18) . 6B

La colocación implica un lugar de acceso limitado, parecido, quizá, al borius conclusus que
rodea a una imagen de la Madre de Dios , en un salterio más antiguo, alzada sobre un fit>

astil con la mirada dirigida a un grupo de devotos (fig- 19). Kl vivaz ambiente mediterrá-
neo de esta escena no figura, extrañamente, en la mayor parte de las representaciones
devocionales, eme reproducen habitualmente a un único devoto (véase, por ejemplo, la
fig- 10) ° . como máximo, al donante y la consorte' . Sin embargo, debemos ser cautos a 0

la hora de interpretar tal contenido como prueba de exclusión. Después tle tocio, muchas
imágenes eran representaciones «por poderes», es decir, cuando el oferente no podía ser
admitido en la presencia de los santos- Y en los iconos, como en el caso de otra que re-
presenta a san Juan Bautista, aunque ahora con escenas sacadas de su vida (fig. 20), la
mirada no se dirige únicamente a Dios o a un santo suyo representante sino, más bien, al

*™ S o h r e e s t o s c u l t o s , c f r . S c v c e n k o , Icons m the Linirgy, cit., pp 45-57.

E s t e o p o d e i m a g e n , c o n e l n i ñ o a n t e C n s t o , s e idennfico a veces c o n el N i k n p o i o s por analogía c o n el icono

d e la V i r g e n d e S a n A l a r e o s ( f i g . 2 0 ) . M b i g u n o d e l o s d o s i c o n o s l l e v a u n a inserí|Káón q u e d e m u e s t r e t a l i d e n t i f i c a c i ó n .
7 0
E s c e n a s de devoción familiar son especialmente frecuentes e n C h i p r e ; cfr., entre o í r o s , Ins retratos del

fundador J u a n M o u t o u l l a s y d e la m u j e r I r e n e e n e l p e d e s t a l d e l a P a n a y i a t o u M o u t o u l l a , p i n t a d o s e n 1280,
I'iguta I S i C h i p r e (?). salterio, e s c e n a d e v e n e r a c i ó n d e u n i c o n o d e l a V i r g e n ,
iglesia en la q u e é l c o l o c ó , p r o b a b l e m e n t e , s u i c o n o (fig. 14).
miniatura sobre pergamino, cu. 1200.
298 Ani 1 IIISTHI A FN \ É n %D A l i I>IA I I I
observador de la p i n t u r a . Esta s e g u n d a i m a g e n d e l B a u t i s t a e s t á , c l a r a m e n t e , destinada a
ser expuesta públicamente y. de las tres i n s c r i p c i o n e s , la m á s l a r g a se r e f i e r e a la salvación
debida a quien la venera. P o r eso. e n l u g a r d e u n i n t e r c a m b i o b i l a t e r a l e n t r e el devoto,
que exterioriza su v e n e r a c i ó n , y el s a n t o , q u e p r o m e t e i n t e r c e s i ó n , n o s e n c o n t r a m o s en
presencia de una relación t r i a n g u l a r e n la q u e l o s g e s t o s d e a m b o s p e r s o n a j e s se dirigen
a una tercera p a n e , de m á x i m a i m p o r t a n c i a , c o n s t i t u i d a p o r e l c o n j u n t o de los especta-
dores de esta ofrenda r e c í p r o c a . La e c o n o m í a d e la t r a n s a c c i ó n n o se d i f e r e n c i a , sustan-
cialmente, de la ínsita 3 los e d i f i c i o s • ci m n o m b r e » d e l a s u n i v e r s i d a d e s estadounidenses,
0 en las bibliotecas o e n las alas - d e r a d a S - d e l o s h o s p i t a l e s ; la g e n e r o s i d a d del donan-
re se exhibe, su n o m b r e se e s c r i b e ct' 1 p u e r t a a t r a v é s d e la c u a l e n t r a n los beneficiarios
de su filantropía; los que t r a n s i t a n p o ; l u g a r e s a d y a c e n t e s s o n t e s t i g o s d e la integridad
de la transacción.
Las comunidades b i z a n t i n a s se xa i n a l e n t a d a s y r e f o r z a d a s p o r g e s t o s de ese opo,
pero la obra de arte seguía s i e n d o v e n t o c e n t r a l e n las n e g o c i a c i o n e s q u e aquícon-
cierrien. E r a el v e h í c u l o gracias al c u a! el ñ n a n c i a d o r e n c o n t r a b a p o s i c i ó n e n la comuni-
d a d ' y, p o r lo t a n t o , una f o r m a d i h n u ü d a d e p u b l i c i d a d d e s í m i s m o . L a s imágenes de
1
los sanios permitían, a d e m á s , la r e p r , s e n t a d ó n p o r p o d e r e s , o l a p r e s e n c i a de una perso-
na que, p o r un m o t i v o u o t r o , n o era a d m i n d a n o r m a l m e n t e e n las g a l e r í a s de la decora-
ción sagrada. P o r eso, si b i e n las i m á g e n e s d e las s a n t a s s o n r a r a s , la d e santa Calíopc
aparece en el bema ( s a n t u a r i o ) de la i g l e s i a d e l s i g l o x u i d e la T r a n s f i g u r a c i ó n de Pyrgi.
en Eubea, a raíz, de la i n t e r v e n c i ó n de la p r i n c i p a l d o n a n t e . C a l l i o p e M e l e d o n e , cuyo
n o m b r e se nos da a c o n o c e r e n la base d e u n a i n s c r i p c i ó n in loco . U n a astucia de ese tipo
72
permitió a unos artistas cada m á s c o n s c i e n t e s i n c l u i r s e a s í m i s m o s o , a l m e n o s , figuras
de santos cuyas oraciones g a r a n t i z a r í a n la s a l v a c i ó n . U n a i n s ó l i t a p a r e j a , san Miguel
Confesor y E u t i q u i o , aparece e n la t r i b u n a d e la A l a d r e d e D i o s P e r i b l e p t o s e n Ocrida,
pintada p o r M i g u e l A s t r a p a s y E u t i q u i o e n 1 2 9 4 - 1 2 9 5 . L a p r e s e n c i a d e tales sustitutos
de personas antes excluidas, p o r p e r t e n e n c i a d e c l a s e o d e g é n e r o , es m u c h o m á s intere-
sante en cuanto que la estrategia q u e se u t i l i z a es u n a a m p l i a c i ó n d e la estratagema ya
usada con a n t e r i o r i d a d p o r i n d i v i d u o s q u e . a u n e m i n e n t e s , n o s o l í a n e s t a r representados
en las obras que financiaban. P o r l o t a n t o , la i n s c r i p c i ó n a l r e d e d o r d e l a n v e r s o de la cruz
reheano de C o r t o n a , a la c u a l h e m o s a l u d i d o a n t e s , n o s i n f o r m a d e q u e se trata de la
donación de u n tal Esteban, t e s o r e r o d e la G r a n I g l e s i a d e C o n s t a n t í n o p l a , al monasterio
en el que había crecido; p e r o su p a r t i c i p a c i ó n se l i m i t a a la a p a r i c i ó n d e su homónimo,
san Esteban, en la fila i n f e r i o r de las f i g u r a s d e p i e .
El marfil de C o r t o n a vuelve a ser el e l e m e n t o c e n t r a l p a r a e n t e n d e r los valores ligados
a los objetos y la diferencia al respecto e n t r e l o s b i z a n t i n o s y n o s o t r o s . H o y l o considera-
mos una obra de arte, m i e n t r a s q u e , s i n d u d a , e n la é p o c a e n la q u e E s t e b a n l o donó, era
el contenido, más que e l c o n t i n e n t e , l o q u e era o b j e t o d e e s t i m a y a p r e c i a c i ó n . Esto resul-
ta especialmente evidente e n una carta d e p r e s e n t a c i ó n , e n v i a d a p o r e l p a t r i a r c a Nicéforo
1 al papa León I D , de la d o n a c i ó n de u n r e l i c a r i o á u r e o , e n f o r m a d e c r u z , c o n imágenes
Cfr. umbicn Cuilcr, Visual Communities, các
: |
S . E.J. Gente), -Painted Sources for Female Piety i n Medieval Uy-/anüum>*, Dumbarton OaksPapcrsSl
,:
(1998). p, 93 y fig. 3.
LA VJUA sociAt DF tos OBJETOS 299
nieladas y u n a t a p a d e c r i s t a l d e r o c a . E n el m e n s a j e c o n t e n i d o e n la carta, e l p a t r i a r c a
expresa al d e s t i n a t a r i o su d e v o c i ó n e n r e l a c i ó n c o n las r e l i q u i a s , q u e c o n s i d e r a r e m e d i o s
para los s u f r i m i e n t o - . <lel c u e r p o y d e l a l m a ' . Esta d e c l a r a c i ó n r e s p o n d í a , p o r supuesto, a
7
la finalidad d e a s e g u r a r .1) p a p a q u e e l a l t o p r e l a d o o r t o d o x o n o t e n í a nada que v e r c o n la
icónocl.istia q u e h a b í a s a c u d i d o r e c i e n t e m e n t e a su Iglesia; p e r o e n la perspectiva q u e aquí
interesa» la c a n a c o r r o b o r a la p r i o r i d a d reservada a las cosas e s p i r i t u a l e s . L o s d o c u m e n t o s
occidentales - j m c i i i . i r i o s r e d a c t a d o s conu/a los r o b o s - s o n los q u e , p r i n c i p a l m e n t e , nos
i n f o r m a n d e la d j s p i isieión física e. i m p l í c i t a m e n t e , d e l elevado v a l o r e c o n ó m i c o de estos
« e n v o l t o r i o s de d o n e s » . F n esta d o c u m e n t a c i ó n se r e c o g e la lista de los objetos preciosos
trasladados, e n I 2 0 H , a la c a t e d r a l d e H a l b e r s t a d t p o r su o b i s p o C o n r a d v o n K r o s i g k ,
entregados, e n p a l a b r a s suyas, p o r e l « e m p e r a d o r de G r e c i a [ . . . ] p o r o t r o s p r í n c i p e s , o b i s -
pos \ a b a d e s » ó t o n u d o s e n T i e r r a S a n t a ' . A estos o b j e t o s pertenece la cabeza de E s t e -
7 1
ban, p i ' l o n i á r u r , r e c u b i e r t a d e o r o , p l a t a y p i e d r a s preciosas, c o n t e n i d a e n u n c i b o r i o de
plata; ¡ 1 cabeza d e S a n t i a g o e l M e n o r , d e c o r a d a d e la m i s m a m a n e r a ; las t i b i a s de los
apóstoles P e d r o , B e r n a b é y M a t e o , y u n b r a z o d e sania E u f e m i a , t o d o s dispuestos e n r e -
c i p i c n n s de m e t a l e s p r e c i o s o s . N o se ha c o n s e r v a d o n i n g u n a de estas piezas, p e r o nos
podemos h a c e r u n a idea d e su e s p l e n d o r si t o m a m o s e n c o n s i d e r a c i ó n la estauroteca h e -
cha p o i o r d e n eje B a s i l i o e l B á s t a t e l o , a h o r a e n L i m b u r g a n d e r L a h n , que es, al parecer,
dnnat :< i n de u n e m p e r a d o r ( c f r . tufrit). L a r e l i q u i a de la c r u z está rodeada p o r ricos e s m a l -
tes p o h i n i m o s q u e r e p r e s e n t a n l o s ó r d e n e s a n g é l i c o s ( f i g . 2 1 ) ; a su v e z , se c u b r e c o n una
Capa e n la q u e la D é e s i s ( C r i s t o e n el t r o n o e n t r e la V i r g e n y san J u a n ) figura rodeada de
imágenes e s m a l t a d a s d e l o s d o c e a p ó s t o l e s ( f i g . 2 2 ) . Cada una de ellas e n c i e r r a otras r e l i -
quias y está m o n t a d a e n p i a r a d o r a d a , e l m i s m o m a t e r i a l que sirve de m a r c o a las i n s c r i p -
ciones c o n las q u e B a s i l i o c u e n t a la h i s t o r i a d e l o b j e t o . 7 5
h n su c o n j u n t o , la e s t a u r o t e c a d e L i m b u r g , dada la s u n t u o s i d a d de los materiales, es
un o b j e t o c o m p u e s t o , c o n c e b i d o para g a r a n t i z a r q u e sus g l o r i o s o s c o n t e n i d o s tengan u n
lugar d i g n o . P e r o n o es s u f i c i e n t e r e m o n t a r s e a la relación m e d i e v a l e n t r e f u l g o r ñ'sico y
espiritual. D e h e c h o , es m á s r e n t a b l e c o n s i d e r a r e l « t r a n s f o r m i s m o » i m p l í c i t o e n este
proceso. L a r e l i q u i a se ha c o n v e r t i d o e n u n i c o n o , una i m a g e n del e s p l e n d o r celestial que
p r o m e t e ; los i c o n o s , e n c o n c r e t o l o s q u e p r e s e n t a n este t i p o d e incrustaciones, p u e d e n
convertirse e n r e l i q u i a s , u n a m a n i f e s t a c i ó n d e l e x t r a o r d i n a r i o p o d e r salvador q u e se c o n -
sidera que p o s e e n . A u n q u e n o se c o n o z c a casi nada de la acogida que se les d i o e n O c c i -
dente, d e b í a d e h a b e r u n c o n s e n s o u n á n i m e s o b r e el h e c h o de q u e d i f í c i l m e n t e existían
ofrendas m á s p r e c i o s a s . E s t o r e s u l t a c l a r o si se c o m p a r a n o b j e t o s de tal e s p l e n d o r c o n los
presentes n o r m a l e s q u e se i n t e r c a m b i a b a n e n B i z a n c i o : p r o d u c t o s de la t i e r r a destinados
a g r a t i f i c a r al d e s t i n a t a r i o o a p r o p i c i a r sus favores. C o m o aclaran las cartas de presenta-
ción de tales p r e s e n t e s , se t r a t a b a , p o r l o g e n e r a l , de p r o d u c t o s naturales, n o m a n u f a c t u -
™ PG, vol. C, col. 181. Sobre este texto cfr., además, A. Knrtsoois, "Protection against all Evil: Function,
Use anil Operation o f Byzantine Histonatcd Phylacteries*-, Byztintmiscbc Forjebungen XX (1994), pp. 73-102,
en concreto 70-80.
Hlfc liischoff. Mitte/a/ter/irbr Scbatzverz-rie/'instr, vol. I , Munich, 1967, pp. 150-1S2,
7
* Sobre este objeto, cfr., más recientemente, N . P. Sevcenfco, «The Limburg Staurothek and ns Relies»,
en Ihyimttma ste nmeme ta l asknrinas Honra, Atenas, 1994, pp. 289-294.
300 Ami l HISTORIA I N I A EVDAD Ml 1)1 t III
L A VIDA SOCIAL X>F L O S O B J E T O S 30J

Fados: frutas, v e r d u r a s , p e s c a d o s , c a r n e d e t o d o tipo (fresca, seca, a h u m a d a ) , vino, queso ''. 7

Y n o hace falta c r e e r q u e se v i n c u l a b a n s ó l o a los p o b r e s ; a m e n u d o , e r a n i n c l u s o de

eclesiásticos y d e I v u i b r e s d e c u l t u r a de r a n g o elevado. C o n s t a n t i n o V I I a g r a d e c i ó la

lechuga q u e le babi.i m a n d a d o el m e t r o p o l i t a n o de C í z i c o y, al m e n o s en u n a o c a s i ó n , el

Obispo de Parn.isi • le r e g a l ó m a n t e q u i l l a al f i l ó s o f o M i g u e l P s e l l o . O b j e t o s d e e s t e u p o

n o tenían d e r a p o di <r a n s f o r m a r s e ; c o n s u m i d o s e n p o c o t i e m p o , n o tenían ni el p o d e r ni

el lustre q u e p e r r n i l ía a los p r e s e n t e s h e c h o s a m a n o entrar y salir del reino de las m e r -

cancías.

T i l i a m b l o d e estatus n o v e n í a d e t e r m i n a d o tanto p o r el valor i n h e r e n t e a ellos, c o m o

por la \i d a q u e s e g u í a n u n a v e z c r e a d o s . E s t o vale t a m b i é n para los objetos enviados c o n

fines d | S o m á t i c o s , pi > r
u n a parre, o religiosos o laicos, p o r otra. E n el á m b i t o d e l p r i m e r

grupi 1
.(ilcmns c o n s i d e r a r la v e s t i m e n t a ofrecida a la A l a d r e d e D i o s p o r la « a u g u s t a »

Ana. n iljer e n c i n t a de J u a n A r b a n t e n o s , figura d e s e g u n d o p l a n o del clan d e los C o m n e -

nos. I l i e m o s noticia de ello s ó l o p o r q u e N i c o l á s Callicle. m é d i c o de la f a m i l i a i m p e r i a l

y p o c e s c r i b i ó u n e p i g r a m a s o b r e esa i n d u m e n t a r i a definiéndola, e n t é r m i n o s arcaicos,

c o m o ni p e p l o p u r p u r e o e n t r e t e j i d o d e o r o 7 8
. E l e p i g r a m a alude a d e m á s a la s ú p l i c a de

la d o n inte: q u e la V i r g e n c u r e al m a n d o doliente y vele s u e m b a r a z o hasta el n a c i m i e n t o

de un h n o s a n o y fuerte. L a a t e n c i ó n a la s ú p l i c a es, p o r s u p u e s t o , el m o t i v o d e la o f r e n d a de

Ana di Sté s u n t u o s o exvoto. E s p r o b a b l e q u e la o s t e n t o s a i n d u m e n t a r i a fuera obra de al-

giin m a e s t r o tejedor d e C o n s t a n r i n o p l a ; e n c u a l q u i e r caso, ésta n o era t a n t o la r a z ó n d e s u

á u r e a ><u n o el h e c h o d e q u e la V i r g e n la h a b í a a c e p t a d o a c a m b i o de dos intervenciones

suyas decisivas. E s t o d e m o s t r a b a el paso del r e i n o material al sagrado.

A n á l o g a m e n t e , p r e s e n t e s e n v i a d o s al extranjero, c o m o la e s p l é n d i d a d i a d e m a de oro,

ricamente e s m a l t a d a , c o n o c i d a c o n el n o m b r e de « S a g r a d a C o r o n a d e H u n g r í a » (fig. 22),

debían la p r o p i a f a m a n o tanto a los materiales o a la h a b i l i d a d d e su artífice, c o m o a los

mensajes que d i f u n d í a n y al m o d o e n el q u e se interpretaban. P o d e m o s considerar q u e

G é z a I. el rey de H u n g r í a , q u e está r e p r e s e n t a d o sin aureola p e r o e n el m i s m o nivel q u e

el hijo del e m p e r a d o r , llevara la c o r o n a e n ocasiones ceremoniales. P e r o la inscripción

gnega —«Pistos k r a l e s T b u r k i a s » ( « r e y fiel a los turcos [scilicet H u n g r í a ] » — a n u n c i a tanto

su fidelidad a D i o s c o m o a M i g u e l V I I ,q u e figura e n u n nivel superior c o n u n n i m b o tan

grande c o m o los d e C r i s t o y los a r c á n g e l e s . L a c o r o n a afirma, p o r lo tanto, el reconoci-

miento de la s o b e r a n í a s u p e r i o r d e l e m p e r a d o r , m i e n t r a s q u e la fidelidad del rey es c o m -

parada c o n s u fe r e l i g i o s a . E l c o n t e n i d o i c o n o g r á f i c o d e la i n s i g n i a se lleva a c a b o e n el uso

al q u e e s t a b a d e s t i n a d a . N o t o d o s los presentes d i p l o m á t i c o s eran manufacturados, y m u -

c h o s - e n t r e ellos, m a d e r a s preciosas, p e r f u m e s , v í v e r e s - n o entraban dentro de los límites

de lo q u e n o s o t r o s c o n s i d e r a m o s e l c a m p o d e l arte; al igual q u e los regalos intercambiados

entre h o m b r e s d e Iglesia y escritores, p e r t e n e c í a n al m u n d o natural. C o n s t a n t i n o I X e n -

vió a a l - M u s t a n s i r e n el C a i r o u n a u t é n t i c o aviario. L a fuente á r a b e c o n t e m p o r á n e a de la

que s a c a m o s la i n f o r m a c i ó n e n u m e r a perdices blancas, pavos reales blancos, garzas b l a n -

, f t
A. K n r p o t c l o s , « R e a l i a in Byzantine Epistolography, x-xii C » , ByzüiiwiÍsche Zeitsebrifi L X X V 1 1 (1984),
]ip. 20-37.

"/í/rf., pp. 21, 26.

"Nicola Callide, Carmi, ed. R . R o m a n o , Ñ a p ó l e s , 1980, n. 26, pp. 104-105.

302 f HISTORIA I N tA I •'->>M l D M III
LA VIDA SOCIAL D E L O S O H ; I I ni 303

cas y nada menos que estorninos blancos"", présenle del que se nos escapará el verdadero
significado si no recordamos que el blanco era el color dinástico de los califa fariiníes. \pamt. M t . o i i M . i r ' i« >pl.i un fragmento dfi [| í r i i ' . propuso n los cnoi.-.d<flBpaniOOSi como
Además, hay que recordar que bizantinos v musulmanes distinguían entre objetos hechos acuerdo razonable, dividir Ja reliquia en dos partes, al ser Dios invisible *. 8

a mano y objetos divinos, y que consideraban las creaciones botánicas y 7oológicas de
Dios como bienes puestos en el mundo para el uso v deleite de los seres humanos. Tam-
bién en este caso, lo que en última instancia establecía el significado era, evidentemente,
el contexto en el que se recibían talo objetos y el uso al que eran destinados, no el lugar
de origen ni el valor cstérico.
Estas decisiones de carácter legal y doctrinal concernían a iconos y reliquias famosas
en la época y. com< i hemos visto, de valor considerable. Una amenaza mucho mayor para
los iconos ordinaru >> era la constituida por los usos a los que eran sometidos, y por la vida
que se les obliga b i ti llevar. N o sabemos bien cuántas imágenes fueron destruidas por la
icono* lastra, pero estamos aún menos informados del número de las que fueron vícrimas
del dt renoro c o m b i n o . Es un dato que podemos deducir, por vía negativa, de los textos
que prescribían l.i reparación*' o la eliminación, auspiciada incluso por algunos iconófi-
los, en < uanto que mi icono dañado pierde el parecido con el modelo" . La «restaura- 4

Transición de los ol reparaciones \ reutilizaciones ción r trate de un icono bizantino, como la gran imagen de Cristo del monte Sinaí,
realll l en el Siglo v i y piulada de nuevo algunos siglos después* , o del techo de la5

La mortalidad que, ínevitahler.
les de aloe y similares- que pasa'
inoperante en el caso de los prouL
proverbio. Sin embargo, basta c
cosas registradas en los inventan
por tierra esta idea inconsistente.
men y mueren, y la consunción su , L .1 este ensayo. Sin consunción no existiría d
:ectaba a las cosas dt este mundo -jirafas, árbo-
i soberano mediterráneo a otro, se considera
.sánales y de taller. Ars langa, vitabrrjis,dice d
una rápida comparación entre el número de
. des y las listas de las donaciones para echar
_ ual que las cosas vivientes, los objetos se consu-
Sixiii s un intento de remediar los efectos del transcurrir del tiempo en estas superfi-
cies, ios más bien desatendidos en la documentación griega de época medieval"*.
Perú uso. al igual que el tiempo, exigía su elevada contribución. Resplandecientes
cubi« 's de libros, como las de los pocos ejemplares cubiertos de piedras preciosas que
se hai mservado del siglo x, se usaban para embellecer el «Gran Triclinio» en el pala-
cio Vi naura. sede de la coronación de varios emperadores, para ser después traslada-
das, ji uto con las coronas y «cruces y evangelios de oro incrustados de piedras precio-
sas", .i los soportales de Santa Sofía cuando los embajadores eran allí convocados* . 7

concepto de valor, y el valor de las cosas es. obviamente, la razón de su atractivo.

Los documentos bizantinos hablan, por ejemplo, de iconos muy estimados que, con-
venidos en objeto de donación, inducen a la construcción de iglesias. En el registro del
patriarcado de Constan ti no pía está documentad*» el caso de una imagen de la Hodigbimjy
de una parcela de un terrateniente, situada en el Peloponeso, heredadas conjuntamente por
una monja, Eufrosine Marina, y por el obispo de hlenutza. I .as dos partes acordaron a
división del rédito generado por el legado. Pero la monja se adueñó del icono e hizo edifi-
car una iglesia para alojarlo; iniciativa comprensiblemente recurrida por el obispo, quien
procuró el apoyo del metrojKjlitano de Parras. Este quitó el icono del control de Eufrosine
que, a su vez, recurrió al sínodo. Para poner fin a la compleja l i d . las autoridades eclesiásti-
cas decidieron que la tabla tenía que ser restituida a la iglesia construida expresamente por
Eufrosine, pero ésta tendría que repartir con el obispo las ganancias producidas por el
icono y la tierra circundante al edificio*"- Los detalles de esta contienda son importantes
porque revelan las disputas que podían desencadenarse alrededor de cualquier cosa anepa
la fe. Los objetos sagrados podían dividirse por disposición del tribunal o sobre una base
81
teológica. Ochocientos años antes, el emperador Justino II, con intención de trasladar de
" LJ
W
traducción inglesa del original árabe (Knab al-badSyñ iy/i at-Tubtif) es de G. H . Al-Qnddüml, Boetcf
Gifa md Tnannts, Cambridge Mass., 1996, § 85, p. 110. Para la relación entre este texto y la uriliución con
fines diplomáticos de los objetos, cfr. A. Cuder. -d-es échangcs de dons entre Byzance et Clslam», Jotinwlén
Saiunt •• ;.. , , , i M> o, 1996). pp. 51-66.
*'H. JlungcryO. KrcMcnfcds.). Das Register des Patriarcbats van Konstnnttnopet. vol. 1, GiovanniMomoaUak
Vicna. 1981.0. JS<>bnl 13I6J. pp. 275-279.
1 111- •tumenración relativa a las pérdidas causadas por el uso devoción al es más copiosa.
Las pi i iilucciones más modestas, consumidas como consecuencia de la veneración cotidia-
na, han desaparecido; pero objetos suntuosos, como el enorme icono de la Crucifixión del
Wliiclsbaeher Ausgleichsfond. prueban los daños fruto de los repetidos tocamientos y
besos. Conservado probablemente por su alto valor material —fríe realizado con una de las
más grandes láminas de oro jamás usada en Bizancio—, el icono perdió la mayor parte del
esmalte, que después se sustituyó con cera pintada, en especial la parte correspondiente a
la cabeza y al torso de Cristo'*. Es poco probable que estas pérdidas se verificaran duran-
*-' R G Blocldey (cd.). The Htstory of Menander tbe Guardsman. Liverpool. 1985, fragmento 17. pp. 154, v.
12.y 156, v 29
"Isaac Comneno Scbastocrátor. autor del rypúon de la Kownosoteira,dispuso%olver a montar Aobrc labias
de olmo iconos en mosaico dañados; cfr. L. Peüt, «Typikon du monasterc He la Kosmosoicini priH d'Acnos
|l 152|-, Izvcstija .irbeo/ogicesbogo instituía XIII (1908), p. 71
M
Cfr. Leoncio He Ñapóles, -Contra Judacos-, PG, vol. XCLD.col. 1597C, Juan Damascenn, Imagines, libro
II, cap. I. § 9. en B. Kottcr. Die Scbrifien des Jabalines ron IXiniaskos, vol. III, Berlin/Nueva York, 1975, p. 118.
WR. Cormack, Byzantme Arl, Oxford, 2000, pp. 201-202.
"* Es una excepción la relación del autor del Reglamento, del siglo xn, del monasterio de San Juan el Pre-
cursor de I'hoburos. Cuenta haber descubierto un icono del «más grande de los profetas», o sea, del Bautista,
pinLido por Lazare en el siglo ix, reducido a un vago bncamenio del persona|e. «Confiado a pintores experi-
mentados, ahora resplandece con su imagen m á s nítida.» Cfr. J. P. Thomas y A. C. Hero (eds.), fíyzantinc
Monastic Poiindation, cit.. pp. 886-887.
"'Constannno VTJ Porfirogeneta, De Ceremonia Atilat Byzaniinae, ed J.J. Reída-, vol. I , Bonn, 1829, p.
571, w. 11-1$ p, 576. v. 16; . 591, v. 22; p. 592, v. 1.
p

"*D. Buckton. «Byzantinc Enamels in Bavaria», Mitteilungen zur spatantiken Anbáofojrtc nnd byziintiniicben
"Sobre el caso de un icono de h Aladre de Dios cuya propiedad fue subdivididj en tres por unasemenci Kwistfieiebicbte II <2000), pp. 96-97.
dr 1401. cfr. Y. MiUauch > J Muller icd*.). Acta palriarehaius Comlantiiwpolnani MCCCXV-MCDI1 (1S62). vol
U. Alien, 1908, n. IXXVW, pp. 513-515.
304 ARIE t H I S T O R I A f.N L A l ' . D A I S M M ) I A III
LA VIDA SOCIAL nr. i.os OH/ETOS 305

te el largo periodo en que la obra f o r m ó parte de u n a c o l e c c i ó n p r i n c i p e s c a y, mucho

menos, durante el breve periodo de e x p o s i c i ó n e n la S c h . u / k . m i m c r de la Residcnz de
Munich. L o s daños demuestran, m á s b i e n , el uso q u e se h i / o d i e l l o s e n é p o c a medieval
y la contrapartida que los obietos pairan c u a n d o d e b e n v é r s e l a s «. m i q u i e n , presa del entu-
siasmo religioso, apenas se preocupa de su c o n s e r v a c i ó n .
Algunos obietos hechos con metales p r e c i o s o s f u e r o n d a ñ a d o s s i n darse cuenta du-
rante la práctica litúrgica; otros fueron d e s t r u i d o s i n t e n c i o n a d a m e n t e . E n época de crisis
militar, las láminas de oro v de p l a u . al IÜU.II q u e los c a n d c l . i l >i . .le las iglesias de Cons-
tannnopla. se fundieron para a c u ñ a r ir. l e d a s c o n las q u e p a g . u .1 las Tropas*'. Por lo que
se cuenta, otros recipientes precios , - t u r ó n t r a n s f o n l i a d o s • n c o l l a r e s y ornamentos
varios para traies imperiales". N . • - u l e r o n e c e s a r i o c x p l i - .ir comportamientos si-
milares, como hizo la Federal Res* I . de N u e v a Y o r k c u a n d o , e n 1959, «purificó-
lingotes de oro nazis, por valor de \ -. m i l l o n e s de d o l a r e s , e l i m i n a n d o las esvásti-
cas grabadas . Se intuye que algui
01
p e r a d o r e s a c t u a r o n de m a n e r a todavía más in-
justificada que la rituperada d e l i n c u t r l u n a . q u e s a q u e ó las casas d e los ricos. Cuan-
do «el pueblo» saqueó la casa de un -. a c a u d a l a d o e n l o s p r i m e r o s a ñ o s del siglo v i , al
menos creía que Alarinus, propietarii una e n o r m e c o l e c c i ó n de plata, había propues-
to a las autoridades un añadido illa ce f Cable a u n pasaje de la l i t u r g i a " * .
E n la memoria colectiva bizanri: >v h e c h o s f u e r o n e c l i p s a d o s p o r las atrocidades
cometidas por los cruzados con m o r . de !a c o n q u i s t a de C o n s t a n t i n o p l a , en 1204. No
es necesario dar por buenas las calumnias de C o n s t a n o n o S r á l b e s . s e g ú n el cual los bo-
F»pur.i23 B i/jncio, 1.1 mi • de la Virgen litigio >ntnui, pintura sobre cabla, primera mitad del siglo xui.
nos habían pisoteado y hecho añicos L o n s u s h a c h a s de g u e r r a l o s i c o n o s , y los habían
utilizado como madera para el fuego o paia en las c u a d r a s . P e r o e s p o s i b l e que Silvestre
0 1

Cían ( ¿ a l e a z z o V i s c o n t i . d u q u e de M i l á n ( 1 3 9 5 - 1 4 0 2 ) , de la « V i r g e n de las vírgenes, de

Siropulo, que participó en el C o n c i b o de F e r r a r a - F l o r e n c i a e n 1 4 3 8 - 1 4 3 9 , convocado
l.i mano de san L u c a s , r e c i b i d a p o r el e m p e r a d o r del E s t e » . Alas probablemente, la tabla
para promover la unión entre las Iglesias o r i e n t a l y o c c i d e n t a l , n o se aleje mucho de la
fue renovada y e n v i a d a a O c c i d e n t e por o r d e n de M a n u e l I I P a l e ó l o g o ( 1 3 9 1 - 1 4 2 1 ) , en
verdad cuando habla de rhtpidia ortodoxos ( a b a n i c o s de p l a t a p a r a u s o l i t ú r g i c o ) transfor-
busca de ayuda para s u capital a s e d i a d a " . L a s sucesivas transformaciones por las que pasa
1

mados en candelabros. Y es m u y posible que d i j e r a la v e r d a d al a f i r m a r que reconocía

una obra c é l e b r e s o n t o d a v í a m á s evidentes en el caso de la cstauroteca de L i m b u r g an
ciertos esmaltes sacados del monasterio del P a n t o c r á t o r y r e u t i l i z a d o s (y todavía bien
der L a h m , de la q u e h e m o s h a b l a d o e n el e p í g r a f e anterior (fig. 21). L a inscripción re-
visibles) en la Pala d'üro en San M a r c o s , e n \ enecia*' . 4

corre r e t r o s p e c t i v a m e n t e su h i s t o r i a hasta 9 4 5 - 9 4 9 , a ñ o s en los que C o n s t a n t i n o V i l y

E n cualquier caso, los objetos no tenían n e c e s a r i a m e n t e q u e s u f r i r u n saqueo para
que fueran destinados a otros usos. L a tabla c o n o c i d a c o m o H/igiosoririssa, ahora en Frei-
sing (fi". 23), ennquecida alrededor de 1250 p o r u n tal M a n u e l D i s i p a t o s , cuyo nombre
figura en una larga inscripción en el m a r c o , había i n i c i a d o s u c a r r e r a c o m o icono com-
neno. V esta intervención, realizada a l r e d e d o r de m e d i a d o s d e l s i g l o x u i , tampoco su-
pondría el último estadio de su historia. U n a i n s c r i p c i ó n l a t i n a r e g i s t r a una donación a
"Como ordeno Heraclx» en 621-622. cuando se puso en campaña contra los pera*, cfr. Tcofanes d Coa-
lesor. LbrvKfréùbia. ed. C de Boor. \xA. I, Lcipug. 1883. p. 302. v. 34. y p 303. v. 3.
"Van Dicten (ed). Sketae. a t . p. 243.
" Tit AVr Vori rmtrj. 2 de noviembre de I997. sección I . p. 15.
"Juan Maílla, Cbronogrjpbui. cíe. libro XVI, cap. X I X . p. 407.
CiV.J. Darrouxcs.-Le mémoire de Constannn Sul!» -, contre les Latins-, Revue des études byzamintiXXl
vl
Romano I I se o c u p a r o n de la d e c o r a c i ó n de esta reliquia de la c r u z , gracias a la cual
habían podido « a p l a s t a r la t e m e r i d a d de los b á r b a r o s » . B a s i ü o el Bastardo, que t o m ó
posesión p o c o d e s p u é s «leí 9 6 3 , i n c r e m e n t ó los poderes del objeto introduciendo otras
reliquias de la P a s i ó n , de la A l a d r e de D i o s y algún cabello del Bautista, elementos c o n -
tenidos en c o m p a r t i m e n t o s d e b a j o de las i m á g e n e s de serafines y querubines. E l resulta-
do de la i n t e r v e n c i ó n fue ran e s p l é n d i d o que, en su i n s c r i p c i ó n , Basilio o s ó comparar su
belleza c o n la de C r i s t o m u e r t o e n la c r u z , d e s p u é s del largo y complejo proceso de
embellecimiento.
Estos p r o c e s o s los p o d e m o s d e f i n i r tranquilamente c o m o una evolución suave, pero
en el caso tic otros o b j e t o s se t r a t ó de alteraciones brutales, tan toscas que llegaron a cam-
biar el n o m b r e del e m p e r a d o r e n u n m o s a i c o de Santa Sofía a raíz del nuevo matrimonio

(IVJ6), pp 50-100. en concreto 83-84. " R. Baumstarlc (cd.). Rom und Byznnz. Scbatzkaiiimerstticke ans bayenseben Sammlinigen, catálogo de lo cx-
** V. Laurent, Les -menioireí- du Grand Eedistarque de l'Ég/ise de Constantinop/e Sylvestre Syropouloi sur li |K>sición (Munich, 20 de octubre 1998-14 febrero de 1999), Munich. 1998, n. 84 (M. Rcstle).
Cénale Je Fkrrtue (I4ÎS-I439). París, 1971, pp. 188, 223-22S.
306 \»Jt t H I S T O R I A I N LA E D A D MtUI \ 111
Figura 24. Estambul, iglesia di- Sanii Snfifl, muro oriental de la galería sur. Cristo enire el emperador
Constantino IX > la emperatriz Zoé. 1028-1042.
de Zoé (intervención risible todavía h o y ; h g . 2 4 ) , o t a n m i n u c i o s a s c o m o remodclar los
rasgos de M i g u e l V I I en una o s t e n t ó l a c o p i a de las Homilías d e J u a n C r i s ó s t o m o (París,
Bibliuthéque nacional de Francia, ms. C o i s l i n 79) para r e p r e s e n t a r a su s u c e s o r . Transfor-
06
maciones más drásticas n i vieron l u g a r c u a n d o el m o n a s t e r i o c o n s t a n t i n o p o l i taño de Ala*
roule pasó de ser una insntución monástica f e m e n i n a a m a s c u l i n a . U n d o c u m e n t o de 1341
describe la manera en la que i m á g e n e s de las santas f u e r o n r e p i n t a d a s para transformarlas
en santos Si estas intervenciones p u e d e n t e n e r s e n t i d o d e s d e u n p u n t o d e vista pragmá-
tico, no hace falta pensar que (a e c o n o m í a f u e r a la ú n i c a m o t i v a c i ó n d e las «reconstruc-
ciones». La suma de reliquias m á s a n t i g u a s 3 la esta u r o teca d e L i m b u r g es también una
sobreposición de nuevos significantes. U n e j e m p l o t o d a v í a m á s e v i d e n t e de enriqued-
nüenio de significado lo ofrece la r e s t a u r a c i ó n d e u n v i e j o e d i f i c i o e n desuso, como la
rotonda edificada p o r C o n s t a n t i n o el G r a n d e para a l o j a r las r e l i q u i a s d e los apóstoles. En
esta estructura circular habían estado alojadas las t u m b a s i m p e r i a l e s , desde la del funda-
dor hasta la de Anastasio ( m u e r t o en el 5 1 8 ) , a ñ o e n q u e se c e r r ó p o r q u e e l espacio dispo-
nible se había agotado. Justiniano I h i z o c o n s t r u i r la i g l e s i a a d y a c e n t e , d e p l a n t a crucifor-
me, dedicada a los Santos Apóstoles para q u e s i r v i e r a de t u m b a p a r a él y p a r a sus sucesores.
Pero durante el reinado de Basilio I , o b i e n a su m u e r t e e n e l 8 8 6 , e l m a u s o l e o más anti-
guo fue reabierto para acoger, j u n t o a las suyos, l o s r e s t o s m o r t a l e s de la m a y o r parte de
'^Para uri relate mis detallado dc este proceso y relativa dusiracion. cfr. A. Cuder y J . - M . Spieser, Byzana
medievale, 7QO-12Q4, Paris, 1996, pp. 333-338 y fig. 268.
Hunger y Krestcn a al. icds-J, Das Register, cir., vol. 11, Vlena, 1995, p. 278.
ur
LA VIDA SOCIAL DC L O S O U J E ' I O S 307
l'ieurj 25. Estambul. igJCsia de San Salvador de Chctr.i (K-inye Camn), endonártex, Deesis con Isaac
Cnmncno hebas roe nitor y la monja .Melania, mosaico, 1185-1195.
los o t r o s m i e m b r o s p e r t e n e c i e n t e s a la d i n a s t í a m a c e d ó n i c a . D u r a n t e este p e r i o d o , los
9 3
e m p e r a d o r e s i n c e n s a b a n l o s s a r c ó f a g o s d e C o n s t a n t i n o y d e sus sucesores, a l i g u a l que los
dc Basilio I y l o s d c sus d e s c e n d i e n t e s , c o m o si se t r a t a r a de la m i s m a f a m i l i a .
L a a f i r m a c i ó n p o l í t i c a q u e se r a t i f i c a c o n este r i t u a l es t r a n s p a r e n t e y se explícita de
manera t í p i c a m e n t e b i z a n t i n a : la a u t o r i d a d rigente está l e g i t i m a d a p o r la a s o c i a c i ó n c o n
n o m b r e s y d e s t i n o s h i s t ó r i c o s d e q u i e n e s h a n e j e r c i d o antes esta a u t o r i d a d . P e r o tales
usos d e l pasado n o e s t a b a n l i m i t a d o s a la esfera i m p e r i a l n i a la m á s e s t r i c t a m e n t e p o l í t i -
ca. A los d i f u n t o s p o d e r o s o s , a q u i e n e s m o s t r a r el d e b i d o r e s p e t o p u e d e p r o p o r c i o n a r
beneficios e n e l p r e s e n t e , se l o s c o n m e m o r a e n c e n t e n a r e s de i n s c r i p c i o n e s f u n d a c i o n a -
les y, e n el t e r r e n o a r t í s t i c o , e n m o n u m e n t o s , c o m o la iglesia de C h o r a , c o n s t r u i d a a l o
largo de l o s s i g l o s x i y x u , y a m p l i a d a y m o d i f i c a d a d e s p u é s p o r ' T e o d o r o M e t o q u i ta e n
el s e g u n d o d e c e n i o d e l x i v ' ' . S i n e m b a r g o , a q u í n o s interesa el c a m b i o m á s i m p o r t a n t e
9
i n t r o d u c i d o p o r este « s e g u n d o f u n d a d o r » , p r i m e r m i n i s t r o de A n d r ó n i c o IT, q u e consis-
te en e l a ñ a d i d o de u n n á r t e x e n el l a d o o e s t e d e l v i e j o s a n t u a r i o y, e n p a r t i c u l a r , e n la
arquería s i t u a d a i n m e d i a t a m e n t e a la d e r e c h a de l o s fieles e n el m o m e n t o d e desplazarse
e n t r e las p a r t e s m á s i n t e r i o r e s d e estos d o s espacios. E n e f e c t o , t a n t o los fieles c o m o e l
visitante a c t u a l n o p u e d e n p o r m e n o s q u e o b s e r v a r e l e n o r m e m o s a i c o realizado p o r
T e o d o r o e n el m u r o o r i e n t a l ( f i g . 25). Se t r a t a d e u n a especie de D é c s i s , r e p r e s e n t a c i ó n
""P. Grierson, »1 Tie Tombs and Obits of the Byzantine Emperors (337-1042)», Dumbarton Oaks Papers 16
(1962), pp. 1-60, en concreto 21-23.
w
Para la histona del monastcrio, cfr. R. G. Oustcrhout, The Architecture of the Kariyc Camii in Istanbul,
Washington D C . 1987.
308 ABTE F HISTORIA I N LA E D A D M r D I A 111
L A VIDA SOCIAL OR I.OS OBJETOS 3 0 9

en la que, c o m o sabemos, M a n a (y n o r m a l m e n t e e l B a u t i s t a ) i n t e r c e d e n a n t e C r i s t o en
favor de la persona que ha g a r a n t i z a d o los f o n d o s p a r a r e a l i z a r la o b r a . P e r o aquí Teodo-
ro, en vez de incluir la p r o p i a i m a g e n e n a c t i t u d d e s ú p l i c a a l o s p i e s d e las figuras -está
representado así en o t r a parte d e l n á r t e x - , h a c e r e p r e s e n t a r a Isaac C o m n e n o , .1 quien se
c o n s n n i y e u n m a r c o d e r e f e r e n c i a i n s u f i c i e n t e p a r a c o m p r e n d e r las i n t e r v e n c i o n e s c r e a -
tivas m e d i e v a l e s r e l a c i o n a d a s c o n o b j e t o s y e d i f i c i o s m á s a n t i g u o s . S i e l i n t e n t o de c o n -
n n u i d a d c o n el p.isado - p a r a « r e c o n s t i t u i r una filiación», s e g ú n las palabras de P i e r r c
N o r a " - f u e fa a i n e n i i c a m a t r i z d e la f i n a n c i a c i ó n de o b j e t o s a r t í s t i c o s e n é p o c a m e d i e -
M

debía la primera ampliación de la iglesia a p r i n c i p i o s d e l s i g l o \ u . v a la m o n j a Melania,

v a l , se d e d u c e ¡que tas p r e o c u p a c i o n e s l i g a d a s a l p r e s e n t e e r a n u n a m o t i v a c i ó n al m e n o s
otra benefacrora. I n t e r p r e t a r la presencia de e s t o s p e r s o n a j e s c o m o la de simples inter-
tan i m p o r t a n t e c o m o la d e c i s i ó n d e u s a r e l e m e n t o s m á s a n t i g u o s . E n o t r a s palabras, los
cesores a favor de su alma parece a l g o l i m i t a d o . C o m o e n e l cas* d e l m a u s o l e o -onstan-
f m a i i c i a d o r e s - y , p u f s u p u e s t o , los a r t í f i c e s d e p e n d i e n t e s d e ellos— p e n s a b a n m á s e n la
úniano, se venera a los d i f u n t o s a c a m b u de su p o s i b l e i n t e r v e i u i o n a f a v o r de los vivos.
itnlt -uniii q u e e n l . i r e t i t i f i z a c i ó n " " . E s t a m o s t a n a c o s t u m b r a d o s a e m p l e a r la c a t e g o r í a
Ciertamente, T e o d o r o M e t o q u i u 1 c 1 e n e l p r o p i o d e s t i n o e i e r n O c u a n d o encargó el
h i s i n n e i s t a d e r e u i d i / a c i ó n q u e d e s c u i d a m o s e l c l i m a m e n t a l e n e l q u e las o b r a s d e a r t e
mosaico y. probablemente, su i n t e 1 ¡ra la d e e n c o n t r a r s e p u l t u r a e n la iglesia (aun-
ven 11 l u z , la a t n n tsfera e n la q u e la p a s i ó n p o r l o q u e es ( o p u e d e d e v e n i r ) a q u í y a h o r a
que su rumba n o ha sido e n c o n r r . u ! t a n t o e l e n c a r g o d e l . i o b r a c o m o la esperan- ene' M h i p o i é r i e . t ^ p r e o c u p a c i o n e s e n r e l a c i ó n c o n e l pasado y c o n expectativas f u t u r a s .
za de salvación f u e r o n , o b r i a m c i c é b i d o s e n e l t r a n s c u r s o d e su vida terrenal, Esta i c s c n p c i ó n , r e v i s a d a y c o r r e g i d a , d e las r a z o n e s q u e rigen la c r e a c i ó n , n o tendría
considerando que la historia es 1 . m e v a r e c o r t á n d o s e c o n g r a n circunspección ijiii i r e c e r e s c a n d a l o s a , s o b r e t o d o a los h i s t o r i a d o r e s , p o r q u e c u a n d o l e e m o s u n l i b r o ,
para hacerlo a medida de las e \ i - , presente. por <i\ r e m o t o q u e sea e l c o n t e n i d o , la m o t i v a c i ó n para l e e r l o y e l e s f u e r z o necesario
par.i i c e r l o s o n h e c h o s a c t u a l e s , f e n ó m e n o s d e l p r e s e n t e . A n á l o g a s s o n las decisiones de
Recortar n o es sólo una mane-r I b.r c u a n d o se t r a t a d e spolut: v i e j o s elementos
crea . I g o . L ' n a v e z r e a l i z a d a s , las cosas s i g u e n su c a m i n o . C o m o h e m o s v i s t o , p u e d e n ser
arquitectónicos adaptados a u n n u t isa E n e l caso d e C h o r a y d e u n g r a n número de
cotit nías, v e n d i d a s , c a m b i a d a s , a p r e c i a d a s , d a ñ a d a s , reparadas, rehechas, d e s t r u i d a s .
iglesias , los rcvesmrúentos de l o i muí os a m e n u d o e s t á n c o n s t i t u i d o s p o r columnas
100

C a i l . u n o d e esos m o m e n t o s f o r m a p a r t e d e su c i c l o v i t a l . M o m e n t o s e n los q u e ¡ n t e r a c -
truncadas, pero la c o n c e p c i ó n de sus r . - n d a d o r e s , q u e p r a c t i c a b a n e l c a n i b a l i s m o arqui-
rúan . 0 0 q u i e n las a d q u i e r e , las a p r e c i a , e t c . ; e n l o s q u e a d q u i e r e n u n a s o c i a b i l i d a d q u e ,
tectónico bajo la enseña del a h o r r o , pi me e n e v i d e n c i a l o s a s p e c t o s m e n o s importantes
n o r n , . l í m e n t e , n o e s t a m o s d i s p u e s t o s a r e c o n o c e r c o m o a t r i b u t o d e los o b j e t o s .
de esta práctica. E n efecto, c o l u m n a s , placas y m á r m o l e s o r n a m e n t a l e s p a r e c e n provenir,
según contratos de la época, de las c o l o n i a s v e n e c i a n a s e n L e v a n t e 1 0 1
, y n o hay duda de
que estos fragmentos de iglesias a n d i f u a s y de b a s í l i c a s p a l e o c r i s t i a n a s f u e r o n fuente de
opulentos beneficios para t p i i e n los e x p o r t a b a a O c c i d e n t e . P e r o e l c o m p o r t a m i e n t o de
Teodoro iMetoquita, y de personajes c o m o é l , n o e r a e l d e s i m p l e estafa d e la que tanto
se habla en los d o c u m e n t o s de la T a r d o a n t i g ü e d a d , o :
. P o r l o m e n o s hasta que los acon-
tecimientos políticos n o le l l e v a r o n a a b a n d o n a r su c a r g o ( c o n e l c o n s i g u i e n t e rearo en
Chora), n o t u v o realmente p r o b l e m a de f o n d o s n i , p o r l o t a n t o , la n e c e s i d a d de recumr
a prácticas para economizar, c o m o la de s u m e r g i r las t e s e l a s e n p i g m e n t o s , c o m o se pue-
de venficar e n otros e d i f i c i o s " . P o r el c o n t r a r i o , es p r o b a b l e q u e a n h e l a r a la continui-
11

dad; una iglesia que, c o m o relataban las c r ó n i c a s y los b i z a n t i n o s p o d í a n leer, evocara la

historia y la uniera al presente. Y a u n q u e se h a y a s o s t e n i d o q u e n o e x i s t e t e s t i m o n i o de
tal acritud por su parte el saqueo de e d i f i c i o s a n t i g u o s y l o q u e , d e s d e n u e s t r o punto de
vista, llamamos reutilización de sus p a r t e s , f u e u n e l e m e n t o t a n c a r a c t e r í s t i c o de las in-
tervenciones constructivas de c i e r t o r e f i n a n ú e n t o , q u e la s i m p l e o r d e n d e e r i g i r una es-
pléndida estructura podía ser más que s u f i c i e n t e p a r a i n i c i a r u n n u e v o c i c l o de desmem-
bración de m o n u m e n t o s . P e r o , tal vez, es e l c o n c e p t o m i s m o d e r e u t i l i z a c i ó n el que

m
PàT3 una intervención análoga t n otra iglesia, cfr. Sinker y Kuhan, fùilenderhane in Istanbul, oc, p. 118.
101
A. E. Laiou. -Venice as a Centre of Trade 3 n d o f Anistic Production i n die Thirteenth Ccniuiy», en IM
P, Nora, -Between M e m o r y and History: Les Lieux de Mémoire», Représentations X X V I (1989), pp.
H . Belting (ed.), II Medio Oriente e l'Ocódente ncl/'ane del Xlll setolo, Bolonia, 1982, p p . 15-16. 7-25, en concreto 16-
Sobre el obispo de Efeso, destituido de su cargo en cl Quattrocento por haber quitado las columnas ih
l 0 :
Me promndizado este aspecto en A. Cutler, «Reuse or Use Theoretical and Practical Attitudes toward
l0S 5

una iglesia para usarlas en su comedor y los mármoles de un baptisterio para utilizarlos en su baño, cfr. C. Foss, Objects in the Early Middle Ages», en Ideologie e pratiche del reimpiego nell'alto medioevo. Settimane di studio del
Epbesus after Antiquity. A Latt Antique. Byzantine and Turkish City. Cambridge, Mass., 1979, p. 52. 2
cisain. xi.vi, Spoleto, 1999, I I , pp. 1.055-1.083.
101
Cutler. Ut industries of.Art, a t .
 « L E E R » LAS MINIATURAS MEDIEVALES
Giulia Orofino

La miniatura vista «desde el lado del espectador»

rara Aiain de Lille, el mundo entero es un libro ilustrado para descifrar y en el que
reliei.irse . Dejando aparte las metáforas, ¿quién, cómo y cuándo ha mirado realmente las
1

imágt nes de los códices medievales?

I ii un manuscrito, la decoración se concibe en función del espectador orienta la lectura,
aclara, amplia o enriquece el estilo del texto, favorece la memorización, estimula la fantasía,
deleita los ojos, emociona al espíritu. Quizá, más que el comitente o el artista, es el lector el
que configura la imagen. Sin eml»argo, estudiar las miniaturas «desde el lado del observador»,
reconstruir las formas y las circunstancias de la recepción, los sistemas de las expectativas y de
las respuestas, los hábitos perceptivos y las capacidades de decodificación de los públicos, no
es empresa fácil; los testimonios de los contemponineos sobre las funciones de las ilustraciones son
|>ocasy,sóloraranicntey de manera hipotética, nos podemos remontar a la identidad concreta de
los destina ranos, entendidos como individuos y grupos sociales. En el curso de los siglos, los ma-
nuscritos pasan entre las mimos y ante los ojos de nuevos lectores; cambian las modalidades de
encuentro con los Ubros y sus aparatos decorativos; el tiempo estratifica los significados de las
imágenes con drásticas desviaciones respecto de aquellos previstos, incluso cuanto éstos, al
estar ligados a la esfera de lo sagrado, podrían parecer inmutables.

Tiempos, lugares y prácticas de lectura de las imágenes

En el retrato de León X, pintado por Rafael alrededor de 1518 (Florencia, Gallería
degli Uffizi; fig. I), el pontífice acaba de apartar la mirada de un precioso códice miiiiado.

1
A l a i n de L i l l e , Rbytbnius de meamatione Cbnsti, en J.-P. Migne, Patrologiae atrita amipletus. Serie.t latina ( d e
a h o r a e n a d e l a n t e PL), voi. C C X , P a r í s , 1844-1864, col. 579: « O m n i s m u n d i c r e a t u r a , / Q u a s i l í b e r et p i e n i ra
/ N o b i s est, et speculum».
312 ARTE E HISTORIA I N LA E O A P M E D I A Ut

—L E K R » LAS MINIATURAS SI E D I E V A I . F S

El ambiente - t a l vez una sala de la B i b l i o t e c a V a t i c a n a d e la q u e se r e c o n o c e n al fondo

algunos detalles a r q u i t e c t ó n i c o s - , la l u p a m o n t a d a e n o r o . q u e 1 . e ó n sujeta e n l.i mano
-

izquierda, y la campanilla de plata c i n c e l a d a c o n la b o r l a d e l c o r d ó n d e seda y o r o , pues*

la al lado del códice sobre la tela de t e r c i o p e l o r o j o q u e c u b r e la m e s a , e v o c a n una atmósfe-
ra de coleccionismo retinado', c o n f i r m a d a p o r la d e s c r i p c i ó n vasa n a n a : « H a y u n libro de
pergamino mimado, que más v i v o parece q u e l o v i v o , y u n a c a m p ¡ n i l l a d e plata rr.ibajada,
que es imposible decir lo b o n i t a que es ~. 1*1 l i b r o se h a i d e n t i f i c a » U i c o n la Biblia I l.wiiltoii
(Berlín. Kupferstichkabinet. m s Ts I í ) . realizada e n e l t a l l e r n a p o l i t a n o de Cristoforo
O n m m a , a mediados del siglo x n ;pnra A p a p a C l e m e n t e V I ; OJ< i*» i g u a l d e a r i s t o i raucos
que los de L e ó n X . capaces de e l e x t r a o r d i n a r i o n i v e l . t r a s t i c o d e l códice se

posaron, sin embargo, e n la n i . : s c o n u n p r o p ó s i t o que n o se r e d u c e a la pura

admiración estética. D u r a n t e toda : 1
M e d i a , l o s l i b r o s q u e c u s t o d i a b a n la Palabra
de Dios se consideraban, sobre •• dnetos de d e v o c i ó n v d e c u l t o . E n la pintura de
Rafael, la Biblia Humillan está abiei 1 incipit d e l E v a n g e l i o d e J u a n : « E n e l principio
era el Verbo, y el Y e r b o era con D ' Y e r b o e r a D i o s [ , . . ] Y e l Y e r b o se h i z o carne
y habitó entre nosotros» (luán 1 . 1 - H o j e a r las p á g i n a s d e u n a B i b l i a ilustrada signi-
ficaba tocar la Palabra que se hace c a r n e e n la p i e l d e l p e r g a m i n o , v e r e l Y e r b o que habi-
ta en la escritura y se materializa en la* i m á g e n e s , y q u e l o s m i s m o s m i n i a t u r i s t a s , a me-
nudo, representaron l i t e r a l m e n t e e n c e r r a d o e n t r e las tapas d e e n c u a d e m a c i ó n de un
l'igui t I Rafael. Retrato de León X con los cardenales Julio de Medica y Lnigi de'Rassi, óleo sobre tabla, at. 1518
códice como en u n basado!*.
La Biblia Hamiiion tiene u n f o r m a t o m e d i o - g r a n d e ( 3 7 , 5 x 2 6 , 5 c m ) ; las miniaturas
consulta n o s o n f o r z a d o s , s i n o q u e d e p e n d e n d e la v o l u n t a d d e l poseedor, que p u e d e
ocupan casi toda la página y presentan u n b u e n g r a d o d e l e g i b i l i d a d , i n c l u s o sin la ayuda
o r g a n i z a r j o s de m a n e r a a u t ó n o m a , d e c i d i e n d o e n p r i m e r a p e r s o n a c ó m o y c u á n d o t o m a r
de la lupa de tonnaisseur de L e ó n X , se r e m o m a a u n a é p o c a e n la q u e y a se ha consolida-
el c ó d i c e e n t r e las m a n o s . P a r a r e c o n s t r u i r e l c o n t e x t o o r i g i n a l e n q u e se u t i l i z a b a n las
do la lectura privada y silenciosa , y n o es u n l i b r o l i t ú r g i c o ; p o r l o t a n t o , sus tiempos de
7

' G B Crowe y R. Cavalcaseli e, La sua rita ele sue opere, 111, Florencia, 1884-1891, p. 127.
' T . Verdón, -La parola, m a m a u . I conteso d'uso dei libri liturgici miniad», en G. Canova Mariani >'P
Fcnaru Vettore (ed.), Calligrafia ili Dio hi mnmiura itlebra la parola. Catàlogo de la exposición (Pragba, 17 de
abnl-17 de lulio de 1999), Modena 1999. pp. .15-42. en concreto p. 35.
* G. \ asan. Le ine de' più eccellenti pitturi, scultori ed architettori 119u6j, con nuevas anotaciones y comenta-
rios de G Milanesi, vol. IV. Florencia, 1981, p. 352.
' «Zinielien. Abendlàudisdie liandschn(ten des Miitclahcrs aus den Sammlungen der Sñftung Picussis-
eber Kulturbcsuz Bcrbn-, catálogo de la exposición (Berlín. 13 de diciembre de 1975-1 de febrero de 1976}.
Wiesbaden. 197?, ficha niim. 48, pp. 68-69. B. E David»», Raphael's Bible. A Study of the Vatican Logge, Lon-
dres 1985, pp. 12-13. Sobre la Biblia Hamilton véase A. Pcrnccioli Saggese. «Modelli gioì teschi nella miniatu-
ra napoletana del Trecento-, en A. C Quinavalle (ed.). Medioevo: i modelli. Atti del coiwegno internazionale ài
m,¿ (Panna. 27 de septiembre-1 octubre de 1999). Milan. 2002. pp 661-667. Para una identificación diferen-
te véame A l G. Ciardi Dupré dal l'oggetto. - Raffaello e le arti minori», en M . Fagiolo y M . I * . Madonna (ed.),
Raffaello t VEunpa. Ani del IV torso intemazionale di alta cultura, Roma, 1999, pp. 355-372, en concreto p. Ì6Ì;
F. P. di Teodoro. Ritratto di LeoneXdi Raffaello Sanzio. Alila». 1998, pp. 60-67.
* M . Camille, .<\1sual Signs of the Sacred Pape: Boob, in die "Bible moral i see"'-. Word á Image V, I (1989),
pp. 111-130, en concreto p. 114, figs. 3-4.
m i n i a t u r a s m e d i e v a l e s , es n e c e s a r i o r e s t a b l e c e r la r e l a c i ó n i n t e l e c t u a l , afectiva y, t a m -
bién, física y g e s t u a l e n t r e las i m á g e n e s y q u i e n las m i r a , c o n s i d e r a n d o q u e , a veces, las
p r i m e r a s c o n d i c i o n a n l o s m o d o s m i s m o s d e u s o d e l o b j e t o - l i b r o : sus d i m e n s i o n e s o b l i -
gan a a l e j a r l o y a a c e r c a r l o , la mise en page o b l i g a a m o v e r l o , i n c l u s o a g i r a r l o para o j e a r
las i l u s t r a c i o n e s q u e se m u e s t r a n e n los m á r g e n e s .
D e esta m a n e r a , las c u e s t i ó n d e l l u g a r y d e l t i e m p o t r a n s c u r r i d o d e l a n t e de las m i n i a -
turas r e s u l t a e s e n c i a l , j u n t o a las p r á c t i c a s y a las s i t u a c i o n e s de l e c t u r a , y a sus t r a n s f o r -
m a c i o n e s h i s t ó r i c a s ; l e e r e n v o z a l t a o e n s i l e n c i o , solos o e n g r u p o , e n la iglesia o e n la
sala de u n c a s t i l l o , e n c e r r a d o s e n u n a c e l d a m o n á s t i c a o e n u n c l a u s t r o , e n una h a b i t a c i ó n
d o m e s t i c a o e n u n a u l a u n i v e r s i t a r i a , t i e n e c o n s e c u e n c i a s i m p o r t a n t e s s o b r e los m e c a n i s -
m o s de i n t e r a c c i ó n q u e se e s t a b l e c e n e n t r e las i m á g e n e s y sus espectadores.
E n e l p r ó l o g o d e l Bestiairc d'amovr, R i c h a r d de F o u r n i v a l escribe:
[,,,] cuando se ve p i n t a d a una historia, p o r ejemplo la de Troya u otra, se ven las haza-
ñas de los valientes caballeros que v i v i e r o n el pasado c o m o si estuvieran presentes ante
nosotros. Y l o m i s m o sucede con la palabra. En efecto, cuando se oye leer una novela, se
asiste a las aventuras c o m o si sucedieran delante de nosotros . 11

7
P Sacnger, -Silent Reading: Its Impact on Late Medieval Scrips and Society", Viator XTJl (1982), pp.
367-414, id., -Manieres de lire medievales», en R. Chartier y H.-J. M a n i n (edsj, liistoire de Vedition frantaue,
MÍ. 1: Le fori toiufuérant Da Mojen Age au milieu du levile siede. Poiüers, 1989 , pp. 147-161; id., « Leggere nel
?
8
Richard de Fournival. // Bestiario d'amore e la risposta al Bestiario, ed. li Zambo», Parma, 1987, pp. 34-35
tardo Medioevo», en G. Cavallo y R. Chamer (ed-). Starla della lettura nel mando occidentale, Bari, 1998, pp. (ed. cast.: Bestiario de amor, Madrid, Miraguano, 1990]: «Car quant on voit painte une cstoìre. ou de Troies ou
117-154 [ed. case; Historie de lo lectura en el mundo occidental, Madrid, Taurus. 1998).
314 ARTF E HISTORIA E S t'A E D A D M F D I A I I I
I.f F R - 1 A S M I N I A T VII AS M I: U I f. V A L E S 315

lmifi>Miaai~f>i-1a.'.><iVC! flsMitïillw¡~¡*7^ URifrttfi1H-fldlt*Hiti M irtt * u [-<£?r

ilïiîlii*iinu-lft-pir()tfin.t<lnv»if ~í{~{¿íí6 W H M I O * « A l i ( m t i P c l i Ü i i j j i i l i r n *
: <ii*tn< uM(.«itCti -i- - 777/7 ^Oti-uSvoTli all'ini it ni f ir <'"<it
ii»f lícrtitffojWt
' ?),l''uí"t«*,iiv»J' iiré*«{iirr.Mf«i<lilT*lit A>temerle
J-i-rtl *• i .Y-llrtW' i.'lftl< I - I :
, ,
'áflih WtH 1 " » í . l l « l W f f l f i n t
Vi. i-jjíiii(c-cftinr*"«•.(••« • .¡ r i •flci'j''í<'l'«»íJl liui"*
•
,
'M
.TlvilVt*'>•'•«•ilit<ii* - -' AU E ^ ^ i r3*i*i(iiltrili»i
f 1:

t -,/.''iii.eiV^ jti)(lMiinÍ'ifíi1"tin^*v*V.T'' 'ri|fí ifintnc

l|
,

~* 3i|n*>" )\t(i^ filirt) j I B V-\ ' i i r . i . i p r U f i i - n t n ' |vr,it(iiiif "ÍI-HUI*

ricura 2 Inglaterra. La Esiunr de Sátii I, h . _' .'. Ra di Vattbez' París, e p i s o d i o s ile l a v i d a d e E d u a r d o el

li ]
Confesor, miniatura h. rganiirloj m e d i a d o s del siglo \ m -

* Lombardia, Giiiron le Courtois, s e ñ o r e s a c i b a l i * •, m i n i a t u r a s o b r e p e r g a m i n o , f i n a l e s d e l s i g l o x v

E n u n manuscrito del siglo x i v d e l Besruiire. c o n s e r v a d o e n la B o d l c i a n L i b r a r ) ' de
Oxford (ms D o u c e 308, f. *)Qv)'\ este pasaje está i l u s t r a d o p o r u n h o m b r e q u e , con el l i -
bro abierto sobre las rodillas, « v e » m a t e r i a l i z a r s e d e l a n t e d e él a l o s c a b a l l e r o s troyanos escrii i e n l e n g u a v e r n á c u l a hacia 1 2 4 0 . L a s m i n i a t u r a s d e l e j e m p l a r p e r t e n e c i e n t e a la
, :

evocados p o r el autor. C o n u n i n g e n i o s o j U e g ó d e e s p e j o s —el l e c t o r r e a l se refleja en el m u j e r d e E n r i q u e I I I , L e o n o r ( C a m b r i d g e , U n i v e r s i t y L i b r a r y , m s . E e . 3. 59; fig. 2 ) ,

virtual q u i e n , a su vez, m i r a páginas que g e n e r e n sus m i s m a s i m á g e n e s - , e l miniaturista p r e s u n t a l i e n la p a r t e d e a r r i b a de la p á g i n a v a r i o s e p i s o d i o s d e la v i d a de E d u a r d o e l
ha conseguido hacer visible la c o m p l e j a r e l a c i ó n e n t r e l e e r , e s c u c h a r y v e r , sugerida por Conlc-M>r, a c o m p a ñ a d o s de ùluli e x p l i c a t i v o s r u b r i c a d o s e n r o j o , r e a g r u p a d o s e n u n ú n i -
Richard en la «hele tres douce a m i c » a la q u e d e d i c a su t r a t a d o a l e g ó r i c o e n forma de co c u a d r o y s i n c r o n i z a d o s c o n e l c o n t e n i d o de las tres c o l u m n a s de versos que están d e -
epístola amorosa, invitándola a u n u p o de u s o m u l t i m e d i a d e la o b r a : « P o r q u e aunque bajo, de m a n e r a q u e la r e i n a p u d i e r a s e g u i r las h i s t o r i a s a m e d i d a q u e se le l e í a n ' . 5

no me amaste, se trata de cosas c o n las q u e e l o j o t e n d r Í 3 q u e e n c o n t r a r u n a g r a n delec- F n la c o p i a d e l Guiroii le Caunots p r e p a r a d a , p r o b a b l e m e n t e , para B e r n a b ò V i s c o n t i

tación en el ver, el oído en el o í r y la m e m o r i a e n e l r e c o r d a r » - 1 0 en e l o c t a v o d e c e n i o d e l s i g l o x i v ( P a r í s , B i b l i o d i è q u e N a t i o n a l e de F r a n c e , m s . N o u v .
acq. fr. 5 2 4 3 ) , las d o s c o l u m n a s d e e s c r i t u r a se e x t i e n d e n e n las páginas c o m o r o l l o s ,
1 4

Las novelas de las que habla R i c h a r d « s e o y e n l e e r » ( « q u a n t o n o t . i . r o m a n s lire»),

c u b r i e n d o e n p a r t e las m i n i a t u r a s , e n u n a d e las cuales (f. 34/-, fig. 3) u n personaje se
según un r u ó cortés, d i f u n d i d o al m e n o s hasta m e d i a d o s d e l s i g l o x r v , c u a n d o también
asoma, desde la v e n t a n a d e u n p a l a c i o s e ñ o r i a l , para s e ñ a l a r c o n el índice de la m a n o
los aristócratas comienzan a practicar f o r m a s de l e c t u r a p e r s o n a l " . H a s t a entonces, la
derecha la c a b a l g a t a d e los s e ñ o r e s , r e p r e s e n t a d a e n el m a r g e n i n f e r i o r , r e p r o d u c i e n d o
nobleza, especialmente la f e m e n i n a , solía e s c u c h a r sus o b r a s p r e f e r i d a s - c r ó n i c a s , vidas
u n gesto t í p i c o d e la l e c t u r a c o r t é s , a su v e z d e r i v a d o t a l vez d e la « i t a l i a n c a r t e l l o n e t r a -
de santos, ebaiison degesie, p o e s í a s - recitadas e n v o z a l t a a p a r t i r d e m a n u s c r i t o s prepara-
dos adecuadamente para la d e c l a m a c i ó n , de g r a n f o r m a t o y p r o v i s t o s de u n a considera-
ble ornamentación ilustrativa, p r e c i s a m e n t e para p e r m i t i r u n a v i s i ó n a m p l i a d a . L o s tex-
tos se dirigen al oído de la m i s m a m a n e r a q u e a la v i s t a , « p a r a q u e a q u e l l o q u e los oídos '-' K . Y . W a l l a c e ( e d . ) , La Estoire de Seint Aedward le Rev Attributed to Matthew. P a r í s / L o n d r e s , 1983, w.
3 9 Ó I - Ú 9 « E p u r lais l a d e l e m u r e / N e s e v e n t . c n p u r r r a i t u r c / F i g u r c c a p e r t e m e n t / l'ai e n c e s t livret present,
escuchan los ojos puedan v e r l o » , c o m o declara M a t t h e w P a r i s p a r a j u s t i f i c a r el aparato
/ P u r c o Ite d e s i r e e v o i l / K c o r a i l l e o c , v o i e n t l i o i l » .
de «potraiture figuree» que puso c o m o c o m e n t a r i o d e su Estoire de Seint Aedward le Reí,
" M . ( .umili:, - S e e i n g a n d R e a d i n g : S o m e V i s u a l I m p h c a U o n s o f M e d i e v a l L i t e r a c y a n d Illiteracy"-, Art
History VIU, 1 ( 1 9 8 5 ) , p p . 2 6 - 4 9 , c n c o n c r e t o p . 4 1 , f i g . 1 3 . S o b r e e l m a n u s c r i t o , v é a s e K . M a e k a w a . Narrative
and Experience Innovation* tu Thirteenth Century Picture Rooks, F r a n k f u r t y M a i n a , 2 0 0 0 , p p . 1 4 6 - 1 5 1 .
d'autre, o n v o i t les fais d e s p r e u d o m j n c s k i c h a e n a n e r e f u r e n t , a u s i c o m s ' i l f u s s e n t p r e s e n t . E t t o u t e n s i est il P. T ò e s c a , La pittura e la miniatura in Lombardia. Dai più antichi monumenti alla metà del Quattrocento
I J

de parole. C a r q u a n t o n ot j . r o m a n s l i r e , o u e n t e n t e l e s a v e n t u r e s , a u s i c o m o n l e v c i s r e n p r é s e n t » . ( J 9 1 2 J , T u r i n , 1987, p p . 1 6 2 - 1 6 3 , c o n nota introductoria y nota bibliográficad e E . Castelnuovoy actualización

H L Soberer, - L e t t e r W r i t i n g and Picture R e a d i n g : M e d i e v a l T e x n i a l ñ y a n d the Bestiaired'Amour», Ware de. R . P a s s o n i ; S . C a s t r o n o v o y A . Q u a z z a , « L a c i r c o l a z i o n e d e i r o m a n z i c a v a l l e r e s c h i fra i l X I H e P i m z ì o d e l

é-fowgf V , 1 {1989), pp. 131-147, en c o n c r e t o 143. figs. 1 4 - 1 5 . XV s e c o l o t r a S a v o i a e a r e a p a d a n a » , e n E . C a s t e l n u o v o (ed.), Le aanzt di Artù. Gli affreschi di b'rugarolo e
"Fournival, UBanana d'amore a t . p p . 3 6 - 3 7 ; - C a r j a n e m ' a m i s s i é s v o u s , s i s o n t c h e c o s e s o u i d s se doit l'immaginaria cavalleresco nell'autunno del Medioevo, c a t á l o g o d e l a e x p o s i c i ó n ( A l e j a n d r í a , 16 d e o c t u b r e de
I 9 9 9 - 6 de e n e r o d e 2 0 0 0 ) , M i l á n 1 9 9 9 , p p . 9 1 - 1 0 6 , e n c o n c r e t o p. 99.
m o l t déliter a veuir et o r e l l c a o î r et m é m o i r e a r e m e m b r e r » .
"Saengcr, ¡¿ggerenel tardo Medioevo, c i t , p. 142.
316 ARTI F HISTORIA rs LA E D A D M I DIA 111

"Lrr.R- LAS MINIATURAS Mf.OIEVALtS 317

la p r o p a g a n d a , d c M l c la e x a l t a c i ó n s i m b ó l i c a d e E n r i q u e V I a la c a r i c a t u r a i n f a m a n t e d e l
u s u r p a d o r T a ñ e r e » b • de L c c c c * . E n la e n t r a d a de T a n c r e d o e n P a l e r m o (f. 102/- fig. 4 ) ,
1

la s o l e m n i d a d d e l o n i n f o r o m a n o es d e s m i t i f i c a d a e n una r i d i c u l a parada de m a r i o n e t a s
y, c o n t o d a la i n c o n g r u e n c i a d e u n m u n d o a l r e v é s , la d i g n i d a d r e a l se t r a n s f o r m a e n su
c o n t r a r i o ; e l á g u i l a h e r á l d i c a se posa s o b r e la cabeza d e T a n c r e d o c o m o e n u n n ú m e r o de
feria I .a spimoMi lia, fto d e l t r a i d o r es e l c o n t r a p e s o d e g r a d a d o a e s p e c t á c u l o de plaza - e l
m i s m o P e d r o s u g i e i c la a s o c i a c i ó n c o n l o s j u g l a r e s : « Q u e b i e n se a d a p t a n los c í m b a l o s
al n i i . n i * c o r o n a d o i\. I o ( ) ) - d e la c o r o n a c i ó n d e E n r i q u e ( f . 105 r ; fig. 4 ) , d o n d e e l g u i ó n
de \n p r o t o c o l o olí» i . d , e s c a n d i d o m i n u t o a m i n u t o , p r o c l a m a e n cada escena la l e g i t i m i -
dad i la p r e t e n s i ó n i m p e r i a l . L a s m i n i a t u r a s d e l Liberadbonorem Angustí m o s t r a d a s s i -
n i u h r > e . m í e m e c o n la l e c t u r a p u b l i c a d e l o s versos s e g u r a m e n t e a u m e n t a r í a n e l p o d e r
de si si i o n , c r e a n d o u n f a s c i n a n t e c i r c u i t o c o m u n i c a t i v o e n t r e voces r e c i t a n t e s y m i r a -
das i ' >s e s p e c t a d o r e s .

S> la l e c t u r a s o n o r a se l e c o m b i n a la i m a g e n - e s p e c t á c u l o - c o r t e s a n a , p e r o t a m b i é n
« • i -- - 4Rt.i p t a
hnii i - , s o n o t r o s l o s n e x o s f u n c i o n a l e s q u e se establecen e n t r e d e c o r a c i ó n y p r á c t i c a s
de l< ara s i l e n c i o s a . E n la « c o r e o g r a f í a » d e la p á g i n a p r o g r a m a d a p a r a o r g a n i z a r una
retepi i o n d e l t e x t o , q u e ya n o se r i g e p o r la e n t o n a c i ó n n i p o r la m o d u l a c i ó n de la v o z , 1 9

entri .s d i s p o s i t i v o s g r á f i c o s d i r i g i d o s a f a c i l i t a r e l acceso a los c o n t e n i d o s t r a n s m i t i d o s

MS por la escritura', las i n i c i a l e s a d q u i e r e n u n p a p e l i m p o r t a n t e . D i s t r i b u i d a s s e g ú n c r i t e r i o s
Figura 4. Italia meridional. Uber aJ bweri Utgusti. de Pedro de Eboh. la cntraila de Tancredo i n Palermo)' de jerarquía d i m e n s i o n a l —grandes, m e d i a s , p e q u e ñ a s — y t i p o l ó g i c a - r u b r i c a d a s , filigra-
la coronación de Enrique IV immatura sobre pergamino, l i n a i o ilei siglo KM- nadas. g e o m é t r i c a s , v e g e t a l e s , f i g u r a d a s o historiadas—, s o n las q u e s u b r a y a n la e s t r u c t u -
ra i n t e r n a d e las o b r a s , d e t i e n e n o d i r i g e n la a t e n c i ó n , f a c i l i t a n el e n c o n t r a r y, p o r lo
dirion>- vinculada a los R i ó n o s v e r n á c u l o s •. L a s f ó r m u l a s « e t o r e o d i t e c e r t a n z a / de qua!
1
t a n t o , m e m o r i z a r l o s pasajes. E n e l s i g l o x n , H u g o de San V í c t o r aconseja a q u i e n lee
m o mostre sembianza / per m e m o r i a r e i e n a n z a » v « L a f e g u r a d e s p l a n a r e , c-a p o i lo bollo lijar e n la m e m o r i a v i s u a l n o s ó l o e l n ú m e r o y e l o r d e n d e los versos o d e las frases, s i n o
pria mustrare» atestiguadas, e n el siglo x n . r e s p e c t i v a m e n t e , p o r e l Ritmo di sant' Alessio también el c o l o r , las f o r m a s , e l l u g a r y la p o s i c i ó n de las l e t r a s , y la d e c o r a c i ó n d e l p e r -
v por el Ritmo casshicse ', parecen c o n f i r m a r q u e l o s j u g l a r e s , d u r a n t e la r e c i t a c i ó n , solían
ìl gamino c o r r e s p o n d i e n t e . 2 0

señalar al auditorio los episodios figurados de la v i d a d e l o s s a n t o s . L a l e c t u r a e n sí m i s m a p r o v o c a u n a d i n á m i c a d e la visión d i f e r e n t e respecto de la

C o n esta tradición y a la de los relatores, d e d i c a d o s a l e e r e n las c o r t e s y e n las abadías
de la Italia meridional las gestas de los g u e r r e r o s n o r m a n d o s y d e l o s p r o t a g o n i s t a s de la
escena política y religiosa c o n t e m p o r á n e a , se ha r e l a c i o n a d o e l e j e m p l a r d e l Liberad ha-
c o n d i c i o n a d a p o r la e x p r e s i ó n v e r b a l ; la m a y o r m o v i l i d a d « l i n e a l » d e l o j o , i n t e r r u m p i d a
G. ProfiñO, «La decorazione del libro di stona tra età normanna ed eia sveva: epos, cronaca, manifesto",
,h

norem Anglisti de Pedro de É b o l i , escrito y m i n i a d o e n e l s u r i n s u l a r O c o n t i n e n t a l entre

1195 y 11V7 (Berna, B u r g e r b i b l i o t h c k . m s 1 2 0 ) . L a o b r a d e P e d r o c e l e b r a la unión del
r
reino de Constanza de A l t a v i l l a al i m p e r i o d e E n r i q u e I V , e n c a r n a d a e n e l f r u t o de su
raatrirnonio, Federico H . Las i l u s t r a c i o n e s a r o d a p á g i n a q u e t r a t a n las partiadae com-
parten el tono apasionado v p o l í t i c a m e n t e c o m p r o m e t i d o , t o c a n d o t o d o s l o s registros de
" O - Piche -The Full-Pagc Miniature*-. O- Pacht, C. R. Dodwell y E W o m i a l d , Tbe St. Atoaos Palar,
Londres. I960, pp. 140-141.
"•G.Conuns, Poeti del Duecento. min-Xipoks, I960, voi. I , p p . 9 - l 0 y 17. Sobre la narración -per qua-
dri- de bts vidas de k>s sanios y sobre la recepción pública del mensaje hagiográfico confiada tanto a las palabras
coiiiu a bs imágenes, véase P. Golùiclli. - l i pubblico dei santi: uno sconosciuto inconoscibile?»-, en id. (ed),//
pubblico da ÌOMI bornie efocilidi ricezione da messaggi agiografia. Atti del HI convegno di studi deff'/tssoiiazicnt
aaluma per lo studio della santità, dei culti e dell'agiografia, Roma 2000, pp. 7-19, en concreto pp. 14-15
M - Miglio, -Momenti e modi di forma/Jone del "Líber ad Honorem Augusti"», en R- ManseJli rral.
| 7
(cds.), Studi su Pieov da I-foli, Roma, 1978, pp. 119-146. en concreto pp- 141-143.
en F d Oria (ed.), Ciz'ittà del Mezzogiorno d'Italia Libro, scrittura, documento in età iiormanno-sveva. Atti del Con-
vegno dell Aswciaziunc Italiana dei Paleografi e Diplomatisti (Nápoles-Badia di Cava dei Tirreni, 14-18 de octubre
de 1991). Salerno, 1994, pp. 197-226, en concreto pp. 211-226.
Sobre la nueva -gramática de l 3 legibilidad» inducida por el paso a la lectura silenciosa véase M . B.
Parkcs. -Tbe Contribution o f Insular Scribes of die Seventh and Eight Century to die "Grammar of Legibi-
lity"-, en id.. Scribes, Scripts and Readers: Studies in tbe Communication, Presentation and Dissemination ofMedieval
Textí. Londres-Río Grande. Ohio, 1991. pp. 1-18; id.. «Le pratiche della lettura», en G, Cavallo, C. Leonardi
y E. Mcncsiò (cds.), ls> spazio letterario del Medioevo, 1, // Medioevo latino, vol. I I : La circolazione del testo, Roma,
1994, pp. 465-486.
-'"Hugo de San Víctor, De tribusruaximisciraimstanciisgesnrum, ed. W. W . Green, Speculum X V I I I (1943),
p. 490. «lYliiIrum ergo valet ad inemoriam confìrmandam ut, cum libros leginius, non solum iiumcrum et or*
dmeni versuum vcl sen ten ti a nini, sed criam ipsum colorem et formani simid ecsitum positioncinque littcramm
per unaginationcm memoriae imprimere studeamus, ubi illud et ubi illud scriptum vidimus, quo parte, quo
loco (supremo, medio vcl imo) constitutum aspeximus, quo colore traccimi Unente vcl facicm membranae or-
naiam intuiti sumus». Sobre los dispositivos visuales para la lectura y la memorización del texto, véase M . J.
Carniüiers, The Book of Memory. A Study of Memory in Medieval Culture, Cambridge [990, pp. 221-229.
 A R T t c r.s i \ M I m 111
318 H I S T O R I A F.OAO \

Lri il LAS M I N I A T U R A * .XIF.OIEVALES 319

sólo p o r el aero de v o l v e r p á g i n a , l l e v a a l d e s a r r o l l o d e nuevos m é t o d o s d e narración
continua-'', m i e n t r a s que la ruminauo m o n á s t i c a , d i r i g i d a a saborear, r u m i a r y "digerir» m e n o s de l a r g a d u r a c i ó n q u e v a n d e s d e las v í c t i m a s de m o r d e d u r a s d e s e r p i e n t e s c u r a d a s
al b e b e r a g u a d o n d e h a b í a n s i d o c l i s u e f t o s l o s c o l o r e s y las t i n t a s d e m a n u s c r i t o s i r l a n d e -
las palabras divinas susurradas e n e l - z u m b i d o d e la a b e j a » , q u e s i r v e d e f o n d o a la expe-
ses, c o m o c u e n t a V>-. d.i e n la /listona eclesiástica, hasta e l a g r i c u l t o r q u e , ya e n e l s i g l o , w n ,
riencia v i n a l , i n d u c e a u n a c o n t e m p l a c i ó n i n t e n s a y r e p e t i d a d e l . i s i m á g e n e s basta cap-
i n t e r n o salvar su g a n a d o e n f e r m o h u n d i e n d o el Libro de Durrcnv ( D u b l i n , T r i n i t y C o l l c g e
tar la verdad o c u l t a d e t r á s de la - - l e t r a » * * .
Library. ins 57) e n los a b r e v a d e r o s * . 7

Es d i f e r e n t e fcl c a s o d e l o s d e s t i n a t a r i o s a c t i v o s , p e r t e n e c i e n t e s a g r u p o s sociales h o -
m o g é n e o s y h e g e i t i ó n i c o s , d e n t r o d e l o s c u a l e s hay, e n c u a l q u i e r caso, v a r i o s n i v e l e s de
El público y las funciones de la miniatura e d u c a c i ó n d e la l e c t u r a - ' " , t a n t o d e l o s t e x t o s c o m o d e las i m á g e n e s ; i n c l u s o para los letra-
dos, el r< e r e a i n i c i m i m á s i n m e d i a t o a la o b r a p u e d e d a r s e , a n t e s q u e c o n la e s c r i t u r a , c o n
E n silencio o e n v o z a l t a , las m í n i i t u r a s h a b l a n a p o c o s . I n c l u s o l o s g r a n d e s libros de
la f i g u r a ; las f i g u r a s , .» su v e z , p u e d e n c u m p l i r f u n c i o n e s « d i f e r e n t e s » r e s p e c t o d e las
atril o facistol, c o m o las p a n d e e ! . - l i n g i a s q u e A l c u i n o q u i s o p r o d u c i r » a d decus
palabi ,is y ser d e - c o d i f i c a d a s a t r a v é s d e p a u t a s q u e varían s e g ú n e l r e c e p t o r , d e su h i s t o r i a
ccclesiae- y destinadas a la l e c t u r i i las g i g a n t e s c a s B i b l i a s a t l á n t i c a s , alrededor de
penoi il y c u l t u r a l , d e s u c a p a c i d a d i n t e l e c t i v a y d e su e s t a d o e m o t i v o .
las cuales se o r g a n i z ó la d e v o c i ó n < .1 e n las a b a d í a s y e n las c a t e d r a l e s de la Refor-
ma g r e g o r i a n a ^ , los l i b r o s de c a n ' I >s s o b r e f a c i s t o l e s d e l a n t e d e l o s cantores o,
I'.n su esencia; cada i m a g e n es poliséuuc-a. Puede ser leída en diferentes niveles, ejercita
incluso, los o p u l e n t o s i n a n u s c r i t < r e p r e s e n t a c i o n e s s e ñ o r i a l e s ' , se a b r e n a la
2

dnersoa poderes evocadores y hace del lector ya n o u n consumidor sino u n productor de

mirada de círculos r e d u c i d o s , peque c h e * e n las i g l e s i a s y e n l o s m o n a s t e r i o s , en hs
cancillerías palatinas o e n las c o r t e s
C o m o es difícil r e g i s t r a r los d a t o - c u a n t i t a t i v o s * l a i n v e s t i g a c i ó n s o b r e l o s públicos de
las miniaturas debe trasladarse a l o s t n o d ta de la r e c e p c i ó n y a l g r a d o d e «familiaridad»
con las imágenes. É s t a es pasiva para las m a s a s d e a n a l f a b e t o s , a l o s q u e se muestran las
ilustraciones, casi e x c l u s i v a m e n t e , e n el á m b i t o d e display l i t ú r g i c o , c o m o i n s t r u m e n t o de
autoridad eclesiástica o secular, e s p e c t a c u l a r e s s í m b o l o s d e p o d e r e c o n ó m i c o o religioso,
generando usos que rayan e n l o i r r a c i o n a l ' " ; p a r a q u i e n n o s a b e l e e r , e l mensaje visual
exalta el carácter m á g i c o de la E s e n t u r a , r e f u e r z a e l s e n a d o d e la p r e s e n c i a d i v i n a y, por
lo tanto, el valor a p o t r o p a i c o de l o s l i b r o s hasta f o r m a s d e i n t r o y e c c i ó n f í s i c a , con feno-
-*' M.I- i . i u . 1 -Narrarne and Espencncc-. at., pi'snn _
"Sobre las relatione* entre imâgenes y ruminano vçase M . Camille, Image on the Edge. The Marenaf
Medieval An. Cambridge, Mass.. 1992. pp. 63-64. G Cavallo, - lesto e immagine, una frontiera ambigua-,»
Tato r immagine nell'olio mcdtor^ fiumane di midi; del UH AM, X L I , Spoleto, 1994, pp. Ï 1-62, en concreto
pp. 49-50; R Muir Wright.-Sound in Pictured Silence: die Significance o f W r i n n g in die lllustrauon of the
• nuigcncs-"'.
M i l b e l P a s t o u r e a u p r o p o n e , p a r a l o s l i b r o s i l u s t r a d o s d e l Anden Reginte, u n a « I c c r u -
re p l u r i e l l e » basada e n la a l t e r n a t i v a e n t r e comprendre y rever, e n t r e f u n c i o n a l i d a d d i d á c -
nca y p o d e r o n í r i c o d e las f i g u r a s ; p a r a g r a n p a r t e de l o s c ó d i c e s m i n i a d o s medievales la
oscilación se d a , s o b r e t o d o , e n t r e carnaliter y spinenaliter, e n t r e d e s c i f r a m i e n t o l i t e r a l de
la i m a g e n y p a r t i c i p a c i ó n e n sus s e n t i d o s m á s p r o f u n d o s , c o n u n a escala d e e x p e r i e n c i a s
perceptivas q u e a s c i e n d e d e s d e la s i m p l e vista s e n s o r i a l a la e l e v a c i ó n u u s t i c a .
L na d e las d e f i n i c i o n e s m á s c é l e b r e s m e d i e v a l e s d e l a r t e es la q u e aparece e n las dos
cartas e n v i a d a s , e n j u b o d e l 5 9 9 y e n o c t u b r e d e l 6 0 0 , p o r e l papa G r e g o r i o M a g n o al
obispo de M a r s e l l a S e r e n o p a r a i n v i t a r l o a r e s t a b l e c e r e n las iglesias las i m á g e n e s sagra-
das que e l h a b í a d e s t r u i d o :
Apreciamos m u c h o el e m p e ñ o demostrado en combatir la adoración de las imágenes, perú
n o consideramos que deban ser destruidas. La pintura se utiliza en las iglesias para que los
analfabetos puedan, al menos, leer en los muros lo que no son capaces de leer en los libros . 10

Douce Apocalypse-, Word & Image V U (1991 >. pp. 2 39-274.

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I. I (ed. cast.: Historia eclesiástica de lot anglas. Madrid. Akal. 201 3]; W. J. Diebold, Word and Image. An Introduc-
concreto pp. 55-61: R Mckiwnek, «Carobneun Bible Production; the lours A n o m a l y - , ibid, pp. 63-77, en con-
tion to ILir/y Medieval Art, Cumnor 1 lilt . Boulder, Col , 2000, p. 28
creto pp.75-76 Para una hipotcsis difcrenie vibre ci uso de las biblias carolingia*, vease L . Necs, -Pmblems
Sobre el problema de la Hisuiición entre letrados y analfabetos y de ios vanos grados de instrucción en
of forms and funcuon in eariv medieval illustrated Bibles from N o r t h w c * E u r o p e - , en J. YVilhams (cd),
la Alta y Baja Edad Media véase, rcspecbvamcntc. R. Mckilterick, -Introduction-, en id. The mes of literacy m
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C M I (Momeossino. 11 denifco-11 de ocrubre de 2000. f l o r e n o a, 28 de f c b r c r o - l de juho de 2001). Milan. I editionfrantati,cit.. pp. 602-623. en concreto p. 621.
2000. pp. 27-37, en omercto p. 28. Sobre cl uso litùrgico de Us biblias adinticas vease G Baronio, -Bibhu *° Gregorio Alagno. Registrant epistola m m. ed. D . Norbcrg (Corpta Cbnstianorum. Series Ialina, 140 140A),
Liturpa Bibbie. Dalle tradizioni orali alla trasmissione semia». ibid . pp. S1 -85, en concreto p. 83. turnhout, 1982, 140A, epist. DC. 209, p. 768: «Et quidem zelum vos, uc quid manufacrum adoran pouic. Iia-
-'Camille. Image on the Edge. C H . . p. 100 buissc laudavimus, sed frangere casdem imagines non dcbuùsc iudicamus. Id circo enim picturis in ccclcshs
Mosten. -La magie de l'écrit dans le Haut Moyen Age. Quelques réflexions generals-, en M . Sot adbilierur, ut hi qui lirtcras ncsciunt saltern in pariciihus videndo leyant, quae légère m codicibus non valent»;
(éd.). Haut Moyen-Age. Culture, education et société Études offertes a Pierre Ritbé, I-a Garenne-Colombes. 1990, qiisi. X I , 10, pp. 873-876.
pp. 273-281.
320 ARTF E HISTORIA E N L A E D A D M E D I A I I I
- L E » . H " I.AS MINIATURAS M E D I S VA L E S 321

Cualquiera que sea el s e n t i d o q u e se le a t r i b u y a a las p a l a b r a s i íe G r e g o r i o , ampliamen-

m a r s e l l é s S e r e n o , ci i n e l e r m i t a ñ o S e c u n d i n o , a l q u e G r e g o r i o d i r i g i ó o t r a e p í s t o l a , t a m -
te discutido en el reciente debate c r i t i c o , l o q u e es c i e r t o es q u e se r e f i e r e n a la pintura
1 1

bién r e l a t i v a a CIH-SIM m e s d e i m á g e n e s - ' . E l l a p s u s ha s i d o i n t e r p r e t a d o p o r O t r o P a c h t

5 J í i

monumental. Encontrarlas copiadas e n l o s c ó d i c e s y a p l i c a d a s .> las m i n i a t u r a s , por una

c o m o clave para p i l c a r e l a s e r t o g r e g o r i a n o , a p l i c a d o e n c l s a l t e r i o para j u s t i f i c a r l a
parte, aparta de la abstracción d e l e x p e d i e n t e r e t ó r i c o las c o m p a r a i o n e s i n s u m i d a s por el
inclusión m a s i v a <l< g r a n d e s m i n i a t u r a s i n t r o d u c t o r i a s , s i n n i n g ú n t e x t o d e a c o m p a ñ a -
pontífice entrepictitra y saiptura, p a r e d <. p á g i n a , z'iderc y iegcre. \ las h a c e v e r i f i c a «les en la 1

m i e n t o ; al i g u a l q m S e c u n d i n o , C r i s t i n a d e M a r k y a t e era u n a a n a c o r e t a , sospechosa d e l
evidencia tangible del cara 3 cara q u e se e s t a b l e c e e n e l f o l i o d e u n m a n u s c r i t o entre texto c o r r e c t o u s o d e los i m á g e n e s p a r a la r e l i g i ó n c r i s t i a n a . T r a d u c i d a e n la l e n g u a m á s f a m i -
e imagen; p o r o t r a , suscita c o m p l e j o s i n t e r r o g a n t e s e n c u a n t o al p u b l i c o y a las (unciones liar para e l l a , la aa.it>/-itas p a p a l la h a b r í a t r a n q u i l i z a d o .
de las üustraciones; concebidas par^ u n rterattis, tteseiens htteras. i^norans e idiota que,sea
C o m o a l t c r n a i n . i a l t e x t o —casi s e g u r a m e n t e c o n o c i d o d e m e m o r i a , t r a t á n d o s e d e l sal-
como sea, está m a n e j a n d o u n Hbro. i ' - « r m a c i o n e s l e t r a n s m i t e n , c ó m o refuerzan su
terio las i l u s t r a c i * m e s v a n d i r i g i d a s a l ignoranz, e n este caso especifico a la m u j e r piadosa
c o n o t i m i e n t o y con que relación o . >ra e s c r i t a o e s c u c h a d . ! ? recluid.i. E n r e a l i d a d , e l b i ó g r a f o d e C r i s t i n a , descendiente de una noble y rica estirpe a n -
El pasaje gregoriano está repr« .. i u n a d e las o b r a s m a e s t r a s d e l a r t e románico glo-tf ' sa, a u n q u e n o d i c e e x p l í c i t a m e n t e n a d a s o b r e e l g r a d o d e a l f a b e t i z a c i ó n d e la
inglés, el Salterio de St. Alban ( H i l d i ST. G o d e h a r d ) o , m e i o r d i c h o , d e Cristina de ereitii v i s i o n a r i a . I.i p r e s e n t a , s i n e m b a r g o , « c o n el s a l t e r i o a b i e r t o s o b r e las r o d i l l a s a
.Markyate, la ermnaña a la que se ! e l a b a d G o f r e d o ( 1 1 l ° - l 1 4 6 ) . E l salterio va todas h o r a s d e l d i a - \ c o m o la V i r g e n q u e . e n las m i n i a t u r a s d e l s a l t e r i o y p o r p r i m e r a
l

precedido de cinco fascículos - d i s r i v . c s t ó d e l m a n u s c r i t o v i >bra d e una única mano, vez ei i t r a d i c i ó n i c o n o g r á f i c a d e la A n u n c i a c i ó n , r e c i b e a G a b r i e l l e v a n t a n d o la m i r a d a

la del llamado «<Aleyjs m á s t e r — , ailc t i v e z , e n o c a s i ó n d e la p r e s e n t a c i ó n del volu- del h! j i o s a d o e n s u r e g a z o . G r a c i a s a la b i o g r a f í a , c o n o c e m o s las reacciones e m o t i v a s
1 8

de C r ,11a a l a l e c t u r a d e los s a l m o s , c ó m o los v a l o r a b a e s p i r i t u a l m e n t e para r e c o n d u c í r l o s

men a C r i s t i n a ' ; c o n t i e n e n u n Sst
1
. . m a t u r a s y d e d i b u j o s p i n t a d o s c o n escenas del
a sus i ' m t o s y a sus p e r s o n a l e s e s t a d o s d e á n í m o . L a s i n i c i a l e s figuradas e historiadas q u e
, y

A n t i g u o y N u e v o Testamento, la Cl
h Scmt Alexis, i l u s t r a d a c o n t r e s episodios de la
abren 1
.s versos d e l s a l t e r i o e n e l m a n u s c r i t o de Sr. A l b a n s c o n s t r u y e n una e x é g e s i s a u t ó -
leyenda del santo, la B bastonada de Bea tils y la e p í s t o l a d e G r e g o r i o , t r a n s c r i t a en latín y
noma de los s a l m o s , d e s a r r o l l a d a a la l u z d e la Regla de san Benito"™. E x i g e n al espectador
en francés insular. E l t e x t o , u n t a n t o i n c o r r e c t o e n a m b a s v e r s i o n e s , e m p i e z a c o n el famoso
una c o n t e m p l a c i ó n a t e n t a y m e d i t a d a . L a glosa al m a r g e n e n lao'n, t r a n s c r i t a en la m i s m a
págin;i q u e c o n n e n e la B d e Beatas Vir($. 36i>; fig. 5), e x p l i c a q u e e l c o m b a t e a d u e l o d i b u -
Una cosa es adorar una púrtura. 00a, aprender a través de la historia representada aquello que
lado e n el m a r g e n s u p e r i o r , j u s t a m e n t e e n c i m a d e la i n i c i a l o c u p a d a p o r D a v i d , debe r e c o r -
debe ser venerado. I_a carinara es para los que saben leer, lo que la imagen es para los que no dar a q u i e n l o m i r a la l u c h a c o n t r a las f u e r z a s d i a b ó l i c a s y la m a l d a d de las pasiones, y que
saben, y estos ven en c-Ua el caiiuno que hay que seguir. E n la imagen leen aquellos que no las espadas y las a r m a s d e l o s g u e r r e r o s s o n las a r m a s de l a fe y de la esperanza c r i s t i a n a ; l o
conocen las letras. Por lo tanto, para la gente c o m ú n , una p i n t u r a es c o m o una lectura, que la i m a g e n hace v i s i b l e , corporaliter, d e b e ser e n t e n d i d o spiritaaliter. E l « v i d e n d o l c -
gant»- de G r e g o r i o se c o n v i e r t e e n v e r « c o n los o j o s d e l c o r a z ó n » , leer bajo la s u p e r f i c i e .
Eccc rcsponsitin sancti Gregorii Seamdmo incluso rationem de
va i n t r o d u c i d o p o r el título
R e d u c i d o a l e s l o g a n , y a d e s g a s t a d o , d e la « p i n t u r a c o m o l i t e r a t u r a d e los a n a l f a b e -
pictiiris interrógame*. E l escriba c o n f u n d i ó al v e r d a d e r o d e s t i n a t a r i o d e la c a r t a , el obispo
tos», el topos g r e g o r i a n o r e s u l t a e s p e c i a l m e n t e i n a d e c u a d o p a r a e x p l i c a r la c o m p l e j i d a d y
la r i q u e z a f u n c i o n a l t l e las m i n i a t u r a s . C u a n d o , a m e d i a d o s d e l s i g l o x n , H u g o de F o u i -
Véanse al menos L. G. Duggan. -Was an really die "book o f the illiterate-?". Word & Image V, 3(1989),
11 l l o y a n u n c i a , e n e l p r ó l o g o a l Líber avtttm, q u e h a b í a q u e r i d o a ñ a d i r i l u s t r a c i o n e s a s u
pp. 227051; R L Kessler, -Pictorial Narrative and Church Mission in Sixdi-Century Gaul». Studies m the ba- t r a t a d o para q u e l o s c o f r a d e s l a i c o s s e m i a n a l f a b e t o s pudieran entender c o n el o j o del
ton ofan XV] (1985). pp. "5-91; id.. -Diction in the "Bibles of the illiterate"", en I . Lavin (ed.), World An Thema
of Unity in Dnerstty. Acts of tbt XXWtk International Congress of the History of Art, University Park, PaVLondres
1986, II, pp 297-30+. C M . Chazelle. -Pictures. Books, and the Illiterate; Pope Gregory I's I-etters mSercnus
htteras nesciunt. Undc et precipue genrabus pro lectione pictura est»; «(...] altra cose est aurier la painturc e
of Marseilles-, Word & Image \1. 2 (1990). pp. 138-153, M . Curschmann, «"Pictura laicorum lirtcratura'' Über- 5

legungen rum Verhältnis von Bild und volkssprachlicher Schriftlichkcit i m H o c h - und Spaomttclaicr bis zum
Codex Man esse», en H . Keller. K_ Crubmüller y N . Staubach (eds.). Pragmatische Schnfilichkeit im Mitttialia.
Erstbeminigformen und Enetiiekfungmufen, .Munich, 1992. pp. 211-229; M . Camille, - T h e Gregorian Definition
Revisited: U"riong in the Medieval Image», en J. Baschet >• J.-C. Schmm (eds.), L'miage. Fonaions et tisagesda
images dans f'Ocádenl medieval Acta du 6e -International Worksl/op on Medieval Societies^, París, 1996, pp. 89-107.
M . H . Caviness, -Anchoress. Abbess and Queens*. Donors and Patrons or Intercessors and Matrons'--,
, !
en J. Hall Mccash (ed.), The Cultural Patronage ofMedieval Women, Atenas, 1996, pp. 107-113. Sobre cl manus-
crito véase Pacht, Doduell y Wonnald. The St. Albans Psalter, c i i . Sobre la inserción del pasaje de Gregorio
véase también M . Camiile, vThc Grcgonan definition revisited", cii., pp. 89-92.
altra cose est par le histoirc de la painturc aprendre qucla cose seit ad aurier. Kar ico que la scripture aprcstct
as hsanz ico aprcstct la painrure as ignoranz. Kar amcclc vcient Ics ignoranz quet il deivenc suire. An Ícele lisenr
icefs lei letres ne sevent. Atiipxir luquelc cose mnismemenr la peinturc est pur Icreun as genzj». Para la transcrip-
ción del texto latino y del francés, véase R. Billington, Tbc Alexis in the Saint Albans Psalter. A Look hito the Heart
ofthe Matter, N ueva York, 1991, pp. 63-67.
" Gregorio Magno. Registrimi e pistola mm, eil., App. X, pp. 1104-1111,
**0. Pachi, « T h e Full-Page Miniatures», cn Pacht, Dodwell y Wormald, The St. Albans Psalter, dr., p. 138.
17
Clanchy, Fruiti Memory to Written Record, ck-, p. 191.
ih
Ibìd., pp. 191-192; Pacht, Dodwell y Wormald, The StAlbata Psalter, a t , pp. 63-67, iàms. 15, 116, 117,118.
i 0
C . H . Talboi (ed.). The Life of Christina of Markyate, a Tìvelfih Century Recluse, Oxford, 1987, p. 92; Par- 3

Pacht, Dodwell y Ubrmald. The St. Albans Psalter, cit., pp. 162-163-
ü kes, Le pratiche della lettura, eie, p . 485.
w-Aliud est picturam adorare, aliud per picture hlstoriam quid sit adorandum addisccre. Nam quod legen- 4 0
Pachi, Dodwell y W o r m a l d , The St. Albans Psalter, cit., p. 1B4.
ubus senptura, hoc ignotis prcstat pictura. quia in ipsa ignorantes n d e n t quid sequi debeant. In ipsa legimtqpi
322 ARTE E HISTORIA E N L AF . O A O M E D I A I I I
323
Lr.r.n- LAS MINIATURAS MEDIEVALES

del texto, p u e t l e n d e s c r i b i r l o , p e r o t a m b i é n autentificarlo o m a n i p u l a r l o ; p u e d e n ins-

truir, p e r o t a m b i é n s u s c i t a r s e n t i m i e n t o s d e d e v o c i ó n , e s t i m u l a r e l r e c u e r d o , d e s v e l a r l o s

sentidos m á s secrct< is. E l rir/i/rts d e la Maiceras Donnni, r e p r e s e n t a d a e n el Evangeliario de

la abadesa linda ( D a r m s t a d t , H e s s i s c h e L a u d e s - u n d H o c h s c h u l b i b l i o t h e k , m s 1640, ibis.

6p-7l I . • l . s i a i m a g < n \ i s i b l e r e p r e s e n t a la v e r d a d i n v i s i b l e » , i n v i e r t e la f ó r m u l a gregoria-

na e n s u a c e p c i ó n m á s c o n v e n c i o n a l 4 4
. A lp r o v o c a r e n e l lector e l p r o c e s o a n a g ó g i c o q u e

lleva d e la r e a l i d a d s e n s i b l e , p e r c e p t i b l e e n l a s u p e r f i c i e d e l a sp a l a b r a s , a la r e a l i d a d e s -

piruuil q u e l a sp e n e t r a , l a i m a g e n s e c o n v i e r t e e n l a « b i b l i a d e l o sa n a l f a b e t o s » ; v i s i b l e a

todos revela s o l o a p o c o s , e x p e r t o s d e s c i f r a d o r e s , l a v e r d a d e s c o n d i d a a la q u e todos

a m l m i .n,in. E n l a sS a g r a d a s E s c r i t u r a s , d i c e R u p e r t o d e D c u t z ( 1 1 1 3 0 ) , la o r n a m e n t a -

ción d la c o m p r e n s i ó n intelectual o c u l t a la p o b r e z a d e l a letra ' . 4 1

letra m a t a \ e l e s p í r i t u vivifica? S e r i a fácil s i n o h u b i e r a , p r e c i s a m e n t e , u n espí-

ritu i, 1vi tica ra la letra, o i n c l u s o , si e l s í m b o l o m á x i m o n o resultara s e rla letra m i s -

m a - n i e n d o e l S i g n o d e i n t e r r o g a c i ó n e n la a f i r m a c i ó n d e s a nP a b l o ( C o r i n t i o s I I 3,

6|. R . d IJarthcs* p o n e d e m a n i f i e s t o e l « s i g n i f i c a n t e c o n t r a d i c t o r i o » , la e n a n t i o s e m i a

de l a - iras, d o n d e l a i m a g e n s e u n ea l texto e n a q u e l l o q u ec o n s t i t u y e la materialidad

misan Is i g n o a l f a b é t i c o , s u s t i t u i d o e n l o s trazos d e l dtictus p o r u n a figura o p o r u n a

histon >• b i e n p l e g a d o p a r a h a c e r d e m a r c o . P a r a s a n A g u s t í n , texto c i m a g e n m a n t i e -

nen funi iones d i f e r e n t e s y u s o s alternativos:

Figura Sauii.\lliananclaiciTa)..S>/ff/7-. J ( Sjan.-Ul-an. inicial del B M » ¡"ir ( S a l m o s I , I ) , miniatura sobre

p e r g a m i n o , primera m i t a d d e l s i g l o x i l . Si v i é r a m o s e n a l g ú n lugar letras trazadas con elegancia, n o sería suficiente con elogiar

la h a b i l i d a d d e l e s c r i b a [...] s i n o l e y é r a m o s t a m b i é n a aquel p o rcuya i n t e r c e s i ó n existe e l

cuerpo aquello que difícilmente habrían p o d i d o d i s c e r n i r c o n e l o j o d e la mente, se preo- significado |...] U n a pintura se mira d e manera diferente que la escritura. C u a n d o miras

c u p a d e a ñ a d i r q u e e l fin ú l t i m o e s l a e d i f i c a c i ó n d e l e s p í r i t u d e los s i m p l e s 4 1
. Inclusoen una pintura, es todo, basta verla para apreciarla; cuando m i r a s l a sletras d e l a l f a b e t o , n o te

la v a r i a n t e p r o f a n a y s e d u c t o r a d e R i c h a r d d e F o u r n i v a l , l a c o o p e r a c i ó n e n t r e pintura y basta c o n v e r l a s p o r q u e eres exhortado también a leer 4 8

.

escritura se invoca n o tanto c o n fines didácticos, s i n o para i n t e n s i f i c a r e n l a m e m o r i a de

la a m a d a elrecuerdo del amante, así c o m o l a si m á g e n e s s a g r a d a s servían para fijar e n la U n a inicial f i g u r a d a o h i s t o r i a d a p u e d e s e ra p r e c i a d a y loada c o m o u n a pintura, p e r o

mente d e l o sa n a l f a b e t o s la historia d e la S a l v a c i ó n : « O sm a n d o e n este escrito tanto t a m b i é n e n t e n d i d a e i n t e r p r e t a d a e n s u s i g n i f i c a d o c o m o u n ae s c r i t u r a , objeto para l a

imágenes c o m o palabras para que, c u a n d o n o esté presente, este escrito c o n sus imágenes vista y p a r a l a m e n t e . E l a l f a b e t o i c o n ó d u l o tic la E d a d M e d i a favorece la «conception
y con sus palabras m e haga casi presente e n vuestra m e m o r i a » 4
- . incamatwnnelle» d e lt e x t o 4 0
, e n c o n t r a s t e c o n e l v a l o r p u r a m e n t e representativo d e l a s

E s elmismo Gregorio quien subraya el valor c o n m e m o r a t i v o d e l a spinturas -«una figuras y t i c l o ss i g n o s g r á f i c o s . L o sn u d o s , l o sc n t r e l a z o s , l o ss e r e s m o n s t r u o s o s y fan-

p i n t u r a , c o m o la e s c r i t u r a , n o s t r a e a l a m e m o r i a al I-lijo d e D i o s » 4
* - y q u i e n l a sllena de

poderes cognitivos q u e v a n m á s allá d e l a s i m p l e catcquesis —«las pinturas ayudan are- "DtoboM, K M andlmage, c u , , p p . 1 2 4 - 1 2 6 , f i g . 5 8 .
forzar el c o n o c i m i e n t o d eaquello que e s necesario adorar, y a m e d i t a r sobre l a historia
J (
' R u p e r t o de D e u t x , De sánela Trinante I. XXX, e d . R . H a a c k e {Corpus Cbristianorum. Contmnalio Medievo-
lis, 25), liirnbout, 1 9 7 2 ,p . 1.707: « S u p e r v i l e m l i u c r a r u m spirirualis iiitclligentiae conspicil ó r n a m e i m n n ,
sagrada» 4 4
- . E nu n c ó d i c e n ú n i a d o , las i m á g e n e s s o n m u c h o m á s q u e l a s u s t i t u c i ó n visual
quisquís o e u l n s b a b e l a d v i d c n d u m » .

R . B o r t h o t , - L o s p i r i t o c l a l e t r e r a » , en M n v i i n , la ¡enera e l'miniagine. La rappresentaziotie dell'alfabeto

4 |

41
W. B. Clark. - H e lUusuaied M e d i e v a l Aviary and d i e l . a y - B r o d i e r h o o d » , Certa X X I , I ( 1 9 8 2 ) , p p . 6 3 - latino da/secólo vni ai nvrtn giorni, M i l á n , 1 9 9 5 , p p . 2 H I - 2 8 2 . en c o n c r e t o p . 2 8 1 .
74; M . C a n u l l c . -Sercutg a n d r e a d i n g » . e i c . p p . 3 2 - 3 3 ; C a r r u d i c r s , The Book of Memory, e i t - , p p . 2 3 9 - 2 4 2 ; " " A g u s u r i . Injohamm evangehum Triictntus (Carpía Cbristianorum. Series latina, 3 6 ) . T u r n h o u i , 1 9 9 0 , X X r V ,
(.ufy.lirrutiii. - P i c t u r a U i c o n i m l i t t c r a i u r a * - , cit., p . 2 1 6 . 2, p p . 2 4 4 - 2 4 5 . - { . . . ) M H u e r a * p u l c h r a s a u c u b i i n s p i v e r e m u s . n o n n o b i s s u f f i c c r e t l a u d a r e s c r i p t o r i s a i t i e u l u m ,
* Foumiwl, U Beaiam d'amore, at>. pp. 36-37: -Car je v o u s e n v o i c en c e s t e s c r i t ct p a i m w c ct parole, q u o n i a m cas p a n l e , a c q u a l c s d e c o r a s q u e f e c i t . m s i e ü a m l e g c r e i n u s q u i d n o b i s p e r i l l a s i n d i e a v e n t [...1 A l i i e r

p o u r c h e k c , q i u m |e n c se tai p r e s e n t. k c c i s esens p a r sa p a i n t u r c c t p a r s a p a r o l e m e r e n d e a v o s t r e mcmoirt c m m vidorur p i c t u r a , a b t e r v i d e n r u r Iictcrac. P i c t u r a m c u m videris, h o c cst totura vidissc. laudarse; Imeras c u m

comnii- preven t - vtdenv, n o n h o c est mrum, quoniam commonens ct l e g e r e » . S o b r e e l pasaje d e A g u s t í n , v é a s e C a v a lio. Testo e
" G r e g o n o Magno. Rcgistrvm epistolarum. cit., A p p . X , p. l i l i : - E t d u m nos i p s a pictura quasi scnpmra
nnmagine, cu., en concrern p. 36.

ad m e m o r u m f i b u m Dci r c d u o m u s » . **J.-C B o n n e , - D e l ' o r n a m c n t a l d a n s Van m e d i e v a l ( v i i ' - x n * s i é c l e ) . L e m o d e l e i n s u l a i r e » , e n B a s c h e t y

" Ihd, c p m . I X , 2 0 9 , p. 7 6 8 . e p i s e X I , 1 0 , p . 8 7 5 - p e r p i c t u r a e h i s t o r i a m q u i d s u a d o r a n d u m addisccre-;

S c h m m (eds.), L'imagc, cit., pp. 2 0 7 - 2 4 9 , e n concreto pp. 223-224.

- u n d i s a c n u u n hisioruc colligcre^.
 ARTE E HISTORIA EN U E D A D M E D I A 111
- L i f r . n - LAS MINIATURAS MEDIEVALES 325

tásticos, los elementos vegetales y animales, los personajes que animan las iniciales,
obstaculizan la lectura convencional del sentido literal y estimulan a buscar el Espíritu
en la letra' . Libres de las constricciones impuestas por la mera traducción visual de los
0

sonidos, sobre todo en los libros sagrados, las letras se transforman en signos mágicos
-el monograma del nombre de Cristo— o en los símbolos mismos del cristianismo -la 7'
del Tcigitun que, pronunciada por el sacerdote en el m o m e n t o de la eucaristía, acoge en
ella al crucifijo y se convierte en la Vera C r u z , objeto ella misma de veneración, como
demuestran las huellas de los besos deiados sobre el pergamino que manchan las minia-
turas, en correspondencia con e: catión— E l papa Inocencio I I I advierte que no es por
T

casuaUdad, sino por una feliz disposición de la divina Providencia, que el canon empie-
za por la letra T, «porque ella - • t *< .una muestra el signo de La cruz v lo expresa en
figura»; en muchos sacramen;.- . inicial representa, de hecho, la crucifixion, «de
modo que no sólo reconocer I _ t.rtta, sino también verla (untada, inspire el re-
cuerdo de la pasión de Crist,)

Exhibir y escorie si. 3 as estrategias de la fruición

Convertida en i m a g e n , la Pafob? . ¡ i c e s i b l e t a m b i é n a l o s a n a l f a b e t o s e n el publicum
opus de la l i t u r g i a , c u a n d o Ins suntuosos c ó d i c e s q u e r e g i s t r a n e l m e n s a j e cristiano se 1
. H .i ti Roma, Ez'angcliario de iaii Agustín, e s c e n a s d e la P a s i ó n , m i n i a t u r a s o b r e pergamino,
f i n a l e s d e l s i g l o v i (ca. 600).
muestran en los altares o e n los t r o n o s , se l l e v a n e n p r o c e s i ó n , se e x p o n e n a la adoración
con toda la pompa de las c u b i e r t a ; e o n p i e d r a s p r e c i o s a s , de l o s p e r g a m i n o s purpúreos,
de las escrituras de gran riqueza hechas de o r o y p l a t a , d e las m i n i a t u r a s * . L a ostentación 2 I-1 • • l o r s a g r a d o se r e f u e r z a en los l i b r o s d e s t i n a d o s -i ta difusión y a la predicación del
pública de estos libros-objeto, concebidos para e f e c t o s d e « v i s i b i l i d a d g l o b a l » , ha dejado Evangelio, c u y a s i m á g e n e s , p r o p u e s t a s p o r l o s m i s i o n e r o s de las p o b l a c i o n e s analfabetas
huellas indirectas en la desenpción de los c e r e m o n i a l e s y e n la i c o n o g r a f í a , p e r o también >' paganas d e I r l a n d a , d e I n g l a t e r r a o d e A l e m a n i a , f u e r o n i m p o r t a n t e s i n s t r u m e n t o s e n
matenales: los dos anillos de plata i n c r u s t a d o s e n las g u a r d a s d e l Bomfauanus I (Fulda, la labor de c o n v e r s i ó n . A n t e e l r e y d e K e n t , E t e l b e r t o , A g u s t í n e x h i b e , antes d e e m p e z a r
a p r e d i c a r e n la isla d e T h a n e t , la i m a g e n d e l S a l v a d o r p i n t a d a s o b r e t a b l a ; n o se sabe si
Hessische Landesbibhothek, B o n i f a u a n u s I ) . q u e se u s a b a n p a r a c o l g a r el l i b r o de un or-
el rey a n g l o s a j ó n se q u e d ó i m p r e s i o n a d o t a m b i é n p o r los c ó d i c e s , c o m o los q u e Llegaron
tensio y para llevarlo en p r o c e s i ó n ' , o la silla p l e g a b l e d e p l a t a , p a r e c i d a al t r o n o de Da-
1

de R o m a c o n la d e l e g a c i ó n d e l 6 Ü 1 , q u e e l c r o n i s t a T h o m a s de E l m h a m e x h i b e , a p r i n -
5 5

goberto, con la que fue p r o v i s t o el Evangeliario c a r o l i n g i o d o n a d o p o r A n g i l b e r t o a la

cipios d e l s i g l o x v , s o b r e u n p e q u e ñ o a n a q u e l e n c i m a d e l a l t a r de la iglesia abacial de
iglesia de S a i n t - R i q u i c r ( A b b e v i l l e , B i b l i o t h è q u e - M u n i c i p a l e , m s 4 ) ' . ! 4

C a n t e r b u r y , a l o s l a d o s d e las r e l i q u i a s d e E t e l b e r t o . U n o de los v o l ú m e n e s t r a d i c i o n a l -
5 6

inente r e l a c i o n a d o s c o n san A g u s t í n , e l Libro de los Evangelios d e C a m b r i d g e ( C o r p u s

C h r i s t i C o l l e g e , m s . 2 8 6 ) , de o r i g e n casi s e g u r a m e n t e r o m a n o y que se p u e d e datar a
™ S o b r e la a i u m a c i ó n d i : tas I c o n s m e d i e v a l e * , v é a s e L . K c n d r i c k . Animating the Letter. Tilt Figurative Em-
finales d e l s i g l o v i ' , c o n s e r v a d o s m i n i a t u r a s a p l e n a p á g i n a : la p r i m e r a ( f b l . 125r; fig. 6 ) ,
4

bodicment of'tintingfrvm Late Antupnty to the Renaissance. C o l u m b u s . O h i o , 1 9 9 9 .

con doce e p i s o d i o s d e la P a s i ó n o r g a n i z a d o s e n v i ñ e t a s d e n t r o de u n m a r c o r e c t a n g u l a r ;
I n o c e n d o I H , De sacro altana mysterio. PL, v o l . C C X V T I . c o l l . 8 4 0 - 8 4 1 : - q u a e s u i s f o r m a s i g n u m c r u r i s
5 1

la segunda ( f o l . 12°z>), c o n e l r e t r a t o d e l e v a n g e l i s t a L u c a s bajo u n a r c o , r o d e a d o de o t r o s

ostendn ci eapnmii in figura-; - u i n o n s o l u m intellecrus b u e r a e , veruni c n a m aspectus picturac memonarn

D o m i m c a e passioms inspirei».
seis e p i s o d i o s d e la v i d a d e C r i s t o . E l e n s a m b l a j e « e n t a b l e r o » de las escenas, aisladas
S 8

'•' S o b r e e l c ô d i c e - o b j « o . v é a s e e n c o n c r e t o G - C a v a l l o . « L i b r o e p u b b l i c o a l t a fine d e l m o n d o a n t i c o » , en

id., (ed.), Liba, editori i pubblico nel monda antico Guida nonca e critica. B a n , 1 9 7 5 , p p . 8 3 - 1 3 2 . e n c o n c r e t o 122- M
Beda, Historia eclesiástica, c i c , I , 2 5 y 2 9 .
126 |cd. c a s t : Libivi, editores y publico en cl mundo Antigua. A l a d r i d . A l i a n / a . 1 9 9 5 ] ; id.. Testo e immagine, c i t . , e n
M
C de Hamel.yf History of Illuminated Manuscripts, L o n d r e s , -1994, pp. 14-15, fig. 5.
c o n c r e i o S 5 - 5 8 ; A . P c t m c e i . - L a c o n c e z i o n e e n s u a n a d e l l i b r o t r a v i y v i i s e c o l i * - , e n G . C a v a l l o ( é d . ) , Libn t
S o b r e el m a n u s c r i t o y las v i c i s i t u d e s d e s u l l e g a d a a I n g l a t e r r a , v é a n s e l o s a r t í c u l o s d e J . I . o w d c n , «The
lettori nel medioevo. Guida stonca e critica, B a r i , 1 9 7 7 , p p . 5 - 2 6 .
Beginnings o f Biblical I l l u s t r a t i o n " , e n W i l l i a m s (cd-), Imaging the Early Medieval Bible, c i L , pp. 9-59, y de D .
V e z J n , « L e s l i v r e s u l i b s é s c o m m e a m u l e t t e s e t c o m m e r e l i q u i e * » , e n R . G a n z ( é d . ) , Das Burli als magi-
Hoogland V e r k c r k , «Bíblica) A l a n u s c r i p i s in R o m a 4 0 0 - 7 0 0 and die Ashburnliani Pentateuch", ibid., pp. 97-120.
sebes undah Hepraseiitauo'iiobjebt. W i e s b a d e n . 1 9 9 2 , p p . 1 0 1 - 1 1 5 , e n c o n c r e t o p . 1 0 7 . M
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Studies in medieval Art from the Sixth to the Twelfth Century,
w

Londres, 1984, pp. 13-35.

Culture. Emulation and Innovation. C a m b r i d g e , 1 9 9 4 , p p . 2 4 8 - 2 7 3 . e n c o n c r e t o p . 2 5 8 .
326 ARTE t HISTORIA |N IA E D A D M E D I A III
« L E E R » LAS MINIATURAS MEDIEVALES 327

como cuadros independientes, j u n t o IÍ la c l a r i d a d y a la c o n c i s i ó n d e l r e l a t o , concentrado

G i r a l d o \ c o n la m i r a d a h a b i t u a l f o r t u i t a , t e p a r e c e r á n s ó l o m a n c h a s e n l u g a r de ordenadas
6

en la figura del protagonista, parecen c o h e r e n t e s c o n u n u s o p r á c t i c o de las ilustraciones,

c o m p o s i c i o n e s , y n o p e r c i b i r á s n i n g u n a s u t i l e z a allí d o n d e , e n c a m b i o , n o h a y m á s que
dirigidas a explicar de manera simple v d i r e c t a las h i s t o r i a s s a g r a d a s . S ó l o e n u n case se
sutileza. S i , p o r e l u m t r a r i o , d e j a s q u e t u m i r a d a las e x a m i n e de cerca y penetras m á s p r o -
interrumpe la sucesión c r o n o l ó g i c a , c o n la U l t i m a C e n a i n s e r t a d a e n t r e la Entrada en
f u n d a m e n t e e n los s e c r e t o s d e e s t e a r t e , las e n c o n t r a r á s t a n exquisitas y delicadas, tan f i n a -
Jentsalény la Oración en el h u e r t o , para d a r r e l i e v e l i t ú r g i c o a C r i s t o , q u e bendice el pan
mente d i b u j a d a s , los e n t r e l a z o s t a n e l a b o r a d o s y los c o l o r e s tan m e z c l a d o s y, a pesar «le e l l o ,
y el v i n o * .
tan frescos, q u e s e g u r a m e n t e p e n s a r á s q u e t o d o e l l o es d e m a n o de u n ángel y n o de u n ser
Una carta de san Bonifacio atestigua e x p l í c i t a m e n t e el u s o de m a n u s c r i t o s de lujo h u m a n o . - C u a n t o m á s las c o n t e m p l o y m á s d e c e r c a , t a n t o m á s m e a s o m b r o , c o m o si las
para la conversión al crisoanismo de los g e r m a n o s ; d e h e c h o , él e n c a r g ó a la abadesil mirara p o r p r i m e r a v e z , y d e s c u b r o s i e m p r e n u e v o s m o t i v o s para a d m i r a r l a s . »
Eadburga una copia de las Epístolas de P e d r o escritas e n o r o , para i n c u l c a r hon-«r y res-
El m a r a v i l l o s o labro de Kildare se ha p e r d i d o , p e r o la d e s c r i p c i ó n d e G i r a l d o parece
peto p o r las Sagradas Escrituras en la* m e n t e s d e l o s seres « c a r n iles» a los que predica-
perfecta para e l Litara de Kells c o n y sus p á g i n a s d e incipit q u e i n v i t a n a la m i r a d a a r a l e n t i -
ba'*. Exhibidos «en el c a m p o - o Cn" •
'• l i a r e s , d u r a n t e los r i t o s de i n i c i a c i ó n de los ca-
zar la leí t u r a y a p e r d e r s e e n u n e s p a c i o q u e se h a c e c i n é t i c o p o r el m o v i m i e n t o c i r c u l a r
tecúmenos 61
o en las fiestas solem • «randes e v a n g e l i a r i o s d i la A l t a E d a d Mediase de las t p i r a l e s y p o r e l p e r p e t u o a n u d a r s e d e los e n t r a m a d o s . E n su v a g a b u n d e a r casi
dirigían, sobre todo, a los ojos de 1
- « c a p t u r a n d o las p a l a b r a s de D i o s en la esen- hipnóh '. la m i r a d ; ) sagaz t e r m i n a r á p o r r e c o n o c e r l o s s í m b o l o s e u c a r í s t i e o s o c r i s t o l ó -
tura sagrada y mostrándolas e n ! J i . u n o m a r i p o s a s e n u n a v i t r i n a » , según la ex- gicos q . a n i d a d o s e n t r e e s p i r a l e s y v o l u t a s , s e m a n t i z a n la o r n a m e n t a c i ó n , p e r m i t i e n d o
presiva frase de Michae) T . Pancjj ibrü de Kelfs ( D u h l í n . I r i n i t y C o l l e g e Librar)', a la m i - c a c c e d e r al m e n s a j e e s c o n d i d o e n la « l e t r a » d e l E v a n g e l i o ' " . L a m i s m a i m a g e n ,
4

ms. 58), en cuyas iniciales se puvd.i m e r e c o n o c e r la « c a l i g r a f í a d e D i o s » , se lo ha que en e x p o s i c i ó n l i t ú r g i c a se fija e n la m e m o r i a e m o t i v a d e los a n a l f a b e t o s c o m o s i g -

relacionado - d e manera c o m i n e e : . 3Se a la p r e s e n c i a de n o t a s y s e ñ a l e s en el texto no del - t e r i o d i v i n o y d e la a u t o r i d a d d e la e s c r i t u r a , c u a n d o se c o n s u l t a de cerca, abre
y a la iconografía de las miniatura.' n a p á g i n a - c o n u n c o n t e x t o litúrgico'" . La di- 1 el i n t e ! : o de l o s c u l t o s a la a v e n t u r a h e r m e n é u t i c a d e l « l i b r o i n f i n i t o » . 6 7

mensión pública, coherente con el ro v í a o s t e n t a c i ó n d e l o s E v a n g e l i o s insulares,

Da i|ue los e j e m p l a r e s d e l u j o d e las E s c r i t u r a s a s u m i e r o n t a m b i é n u n a (tinción e n
no excluye, sin embargo, u n ctintexti i •• isión p r i v a d a y c e r c a n a d e esos l i b r o s y de sus las prai as i n e d i t a u v a s í n t i m a s o c o l e c t i v a s de los c l é r i g o s y m o n j e s - l a Biblia de IVincbes-
decoraciones que. percibidas a pocos cx-numetros o a m u c h o s m e t r o s , revelan parteras / c r í C a i h e d r a l L i b r a r y ) se usaba e n e l r e f e c t o r i o para las lecturas d u r a n t e las comidas —, 68

diferentes; los laberínneos e n t r a m a d o s de cintas z o o m o r f i z a d a s , q u e l l e n a n como una f u e r o n la p u e r t a , a m e n u d o ú n i c a , d e la R e v e l a c i ó n , s o b r e t o d o para los laicos q u e podían
filigrana las carpa pages del Libro de St Chad ( L i c h f i e l d , C a t h e d r a l L i b r a r ) - , ms. L . p. 220), verlos, a u n c u a n d o f u e r a d e r e f i l ó n y d e s d e l e j o s , e n el t r a n s c u r s o de los e l a b o r a d o s ritua-
componen, vistos de cerca, el perfil de una c r u z . les descritos p o r l o s ordines r o m a n o s : e n la c e r e m o n i a c u a r e s m a l d e l Apertio auriti, c u a t r o
A finales del siglo x u , G i r a l d o del Galles describe, e n la Topograpbia htbérmta, u n libro diáconos salían d e la s a c r i s t í a c a d a u n o c o n u n e v a n g e l i a r i o y los llevaban a lo l a r g o de la
nave de la i g l e s i a , p r e c e d i d o s p o r c l é r i g o s c o n velas e incensarios, después los apoyaban e n
visto en Kildare, obra de u n escriba i n s p i r a d o p o r u n á n g e l - q u e se le apareció en sueños
para mostrarle, sobre una serie de tabidae, los p r o y e c t o s d e las i l u s t r a c i o n e s - y ayudado por
los c u a t r o á n g u l o s d e l a l t a r , cada u n o a b i e r t o p o r el incipit de u n E v a n g e l i o ; e n las p r o c e -
siones e u c a r í s t i c a s p a p a l e s , l o s E v a n g e l i o s m e t i d o s e n cofres, cuyas piedras preciosas las
las oraciones dirigidas a Dios p o r santa Brígida, para q u e su o j o m e n t a l y físico se agudiza-
contaba c u i d a d o s a m e n t e e l vesterarnis p a r a q u e n o se p e r d i e r a n p o r e l c a m i n o , al l l e g a r a
se)'fuera capaz de c o m p r e n d e r ) r e p r o d u c i r d i g n a m e n t e los c o m p l i c a d o s d i b u j o s propues-
-

la iglesia se sacaban y se l l e v a b a n al á r e a p r e s b i t c r i a l para q u e el d i á c o n o p u d i e r a leerlos

tos por el concepieur angélico: «asi, con el ángel que a p o r t a b a l o s d i b u j o s , Brígida que reza-
desde el a m b ó n , c o n t e a t r a l e s s u b i d a s y bajadas de escaleras, l u e g o e r a n besados p o r los
ba y el escriba que copiaba fue c o m p u e s t o e l c ó d i c e » . E l v o l u m e n , q u e contenía los
6 4

Evangelios, estaba ¡lustrado en casi todas las páginas p o r e s p l é n d i d a s m i n i a t u r a s represen-

tando el rostro de la Majestad, d i v i n a m e n t e trazado, y los s í m b o l o s m í s t i c o s de los evange-
Ibid., «DisuncQo II», cap. X X X V I I I , p. 123: «Quas si superficial]ter et usuali more minus acute conspe-
6 Í

listas con otras figuras de una variedad i n f i n i t a . Si las m i r a r a s s u p e r f i c i a l m e n t e , adviene

rens, litura pouus videbitur quam ligatura; nec ullam prorsus atiendes subtibtatem, ubi nihil lamen praeter
subtiluacem. Sin autem ad perspicacius inruendum ociilomm aciem invuaveris, et longe pcmn'us ad artis arca-
na Traiisjienetravcns, tam delicatas et subtiles, tam arcias et árticas, tam nodosas et vinculatim colligatas, tani-
<juc recenubus adliuc colon bus illustrâtes notare poteris intricaturas, ut verc haec omnia podus angelica quam
Kesslet. PutorialSarraliie, t i c . p. 87.
,v
humana diligencia iain asseveraveris esse composita. Haec equidem quamo frequentius et diligcnuus intueor,
^Monumento Gemtaniae Histórica (de ahora en adelante MGH), Episto/ae, 3 . Epistolae Meroiringiti el Karth semper quasi novis obstupeo, semper magis ac inagis admiranda conspicio».
tonaeii. I.Múnidi. 1978, núm. 35. pp. 285-286. M
K Pirottc «La Parole est aux images. La lettre, l'espace et la voix dans Ies évangéliaires insulaires», en
" L. Kcndncfc, Animaimg tke iertee a l , p. 256. n. 70; C A. I-'arr, The Book of Kelli, its Fuña ion undAudien-
J . - M . Sansterre y J.-C. Schmitt (cds.), Les images dans tes sociétés médiévales: pour une histoire comparée Actes du
(t, Londrcs/Torunio, 1997. pp. 41-50. colloque international fRoma, 19-20 de junio de 1998), Bruselas/Roma, 1999, pp. 61-73.
'¿ Clandiy. Frvm Memory lo H'rmen Record, C J L , p, 279. 6
*La definición del Libro de Kelts como modelo del «libro infinito* es de Umberto Eco: P. Fox (ed,), 77>F
*> Farr, Tbt Book ofKells. cii., paarni. Btok of Kells: nis. 58, Trinity College Library, Dublin. Commentary, Lucerna, 1990, p. 16.
** Gualdo de! Galles, «Topographia hiberniea, Distincuo II», cap. XXXJX, en J. Dimoclc (ed.), GirAii ft
W. EOalieshott, 'The Artists of the Winchester Bible, Londres, 1945, pp. 2-3.
Cambrensis Opera, vot Y, Londres. 185". p. 124.
328 A R I E E HISTORIA E N LA E D A D M E D I A I M
« L C E H - L A S MINIATURAS MEDIEVALES

clérigos, se volvían a p o n e r e n las atpsae y se l l e v a b a n d e n u e v o a l e t r á n . E n la alternan-

6 9

L a f r u i c i ó n s e p a r a d a —el t e x t o h a b l a a l d i á c o n o , las figuras a l o s p r e s e n t e s * parece

cia escenográfica deexhibeve y e s c o n d e r , a b r i r y c e r r a r l o s m a n u s c r i t o s , la presencia-au-
sencia de la imagen vuelve a f o r m a r p a r t e d e la d i a l é c t i c a d e ctrcbéi-t/JOti&er e n la cual se
inscriben las prácticas de e x p o s i c i ó n d i f í c i l , r á p i d a y d i s c o n t i r . u a , o d e no-exposición,
igualmente significativas, para las e s t r a t e g i a s d e la f r u i c i ó n , d e la p i e r i a v i s i b i l i d a d .
L a recepción programada. Mensajes ira pocos
y para muchos
evidente e n l o s g r a n d e s m o n o g r a m a s h i s t o r i a d o s VD {Veré Difpntm) q u e a b r e n el i n i c i o
del p r e f a c i o , d o n d e él ¡litetits d e la l e t r a d e c o r a d a s i g u e e l v e r s o de la e s c r i t u r a , m i e n t r a s
que la Maicstíts Donnm, q u e d e s d e e l l a e s t á e n m a r c a d a , e s t á d i r i g i d a a l espectador ( B a r i ,
7 0
M u s e o D i o c e s a n o , / yitltct I ) . A u n s i e n d o e x t r a o r d i n a r i a m e n t e i n n o v a d o r , la inversión de
las i m á g e n e s n o s o l u c i o n a la f r a c t u r a e n t r e e l c l e r o l e t r a d o y e l v u l g o a n a l f a b e t o , e n t r e
quien e m i t e e l mens.t|e y q u i e n l o r e c i b e . Es m á s , se c o n v i e r t e e n u n i n s t r u m e n t o para
transmitir, desde U > . d i o , c o n t e n i d o s d o c t r i n a l e s y políticos orientados ideológicamente.
El Ixtthet se t e r m i n a c o n u n a o r a c i ó n d e i n t e r c e s i ó n ;

C u a n d o se p r o g r a m a c o n s c i e r p a r a la e x p o s i c i ó n p u b l i c a , la r e c e p c i ó n c o d r le r o g a n i ' ¡oh S e ñ o r ! , que nos concedas tiempos tranquilos y protejas, gobiernes y

diciona la estructura m a t e r i a l <i. | h e ñ i r á s d e l o s l i b r o s \ la c o m p a g i n a c i ó n de sus i nsajpres en estas fiestas pascuales a nosotros, rus siervos, a todo el clero y a los fieles dc-
ilustraciones; e n el Libro de tos f de E n r i q u e I I ( M u n i c h . B a y e r i s c h e Staatsbi- •nsimos, j u n t o c o n . . .
bÜoúSek. CLm 4 4 5 2 ) , c o n c e b i d : m e n t e , p a r a las m i s . * - q u e c o n t a b a n con la
presencia del e m p e r a d o r , las m i n itivas a l a s fiestas d e N a v i d a d , Pascua, Asun- y en es p u n t o e l d i . i c o n o e s p e c i f i c a b a e l n o m b r e d e l papa y d e l e m p e r a d o r d e l m o m e n -
ción y Todos los Santos se d i s p i >j >s e n d o s s o b r e e l recto y s o b r e e l verso de los to, )um i l d e l o b i s p o , e l p r í n c i p e , e l d u q u e o e l c o n d e d e l l u g a r . A veces, los n o m b r e s
folios, de manera que permití a n s i m u l t á n e a a l i b r o a b i e r t o e n e l altar, c o m o un record »s e n las c o n m e m o r a c i o n e s l i t ú r g i c a s e s t á n i n c o r p o r a d o s e n notas m n e m ó n i c a s ,
f r o n t a l ' . E n los
1
Exuhet p r o d u c , ( t a h a m e r i d i o n a l , e n t r e l o s s i g l o s x y xiv, el encim. d e b a j o d e las l í n e a s , o e n e l m a r g e n o e n el v e r s o d e l r o l l o ; a través de los siglos
t e x t o está t r a n s c r i t o en largos h • i d o s p o r s e c c i o n e s d e p e r g a m i n o cosidas jun- y el us< ' i i t t i n u a d o d e l r o l l o , e l o f i c i a n t e c o n c r e t a b a a s í la r e f e r e n c i a a los d e t e n t o r e s d e l
tas, de f o r m a que el d i á c o n o p u d i e i • n r o l l a r l o s a m e d i d a q u e , e n c i m a d e l ambón, poder, v itrio e n l o s KJjizitna-nl bttmtd, las telas p ú b l i c a s d e l E g i p t o fatimí, sobre las que se
entonaba el canto de exultación p o r b o r d a b m los n o m b r e s y l o s t í t u l o s d e l o s c a l i f a s * . E n l o s Exultet, las c o n m e m o r a c i o n e s
7
1
r e s u r r e c c i ó n d e l S e ñ o r d u r a n t e la V i g i l i a del Sá-
litúrgicas e s t á n a c o m p a ñ a d a s p o r las m i n i a t u r a s de las a u t o r i d a d e s espirituales y t e m p o -
bado Santo'**. E n m u c h o s de los Exuhet, las i l u s t r a c i o n e s e s t á n a l r e v é s respecto de la
rales: los o b i s p o s r o d e a d o s p o r e l c l e r o , e l papa e n e l c e n t r o de la ecclesia, los príncipes
escritura. C u a l q u i e r a que f u e r a la c o n d i c i ó n d e l e g i b i l i d a d o b j e t i v a d e los r o l l o s en las
l o m b a r d o s y l o s r e y e s n o r m a n d o s c o r o n a d o s p o r C r i s t o o p o r los á n g e l e s , los e m p e r a d o -
iglesias, escasamente i l u m i n a d a s d u r a n t e la l i t u r g i a n o c t u r n a , y c u a l q u i e r a q u e haya sido
res y los d u q u e s q u e r e c i b e n i n s i g n i a s y t r i b u t o s , los s o b e r a n o s h o m e n a j e a d o s p o r los
el destinatario del mensaje figurativo - s ó l o e l o b i s p o ' o , m á s p l a u s i b l e m e n t e , toda la
7

caballeros *. 7

congregación de los fieles-, es i n d i s c u t i b l e q u e la f u n c i ó n p r i n c i p a l d e las m i n i a t u r a s no

fue sólo la de « s e r v i c i o » , que e j e m p l a r i z a e l d e s a r r o l l o d e l r i t o , o d e s i m p l e embelleci-
m i e n t o de una p r o d u c c i ó n de valor. L a s m i n i a t u r a s f u e r o n i d e a d a s p a r a ser mostradas
públicamente, también e n m o m e n t o s a u t ó n o m o s e i n d e p e n d i e n t e s d e la a c c i ó n
antes o después de la c e r e m o n i a , s e g ú n u n a c o s t u m b r e a t e s t i g u a d a t o d a v í a e n época mo-
derna en las iglesias de Italia d e l s u r ' . 4
Las i m á g e n e s d e l o s l i b r o s m e d i e v a l e s s o n t a m b i é n m e d i o s para c o n s t r u i r las jerar-
quías, para m a n i f e s t a r las r e l a c i o n e s de p o d e r , para h a c e r p r o p a g a n d a de la sacralidad de
los g r u p o s h e g e m ó n i c o s . S u « z o n a d e f u n c i o n a m i e n t o » d e p e n d e d e la d i m e n s i ó n d e l
ritual,
ámbito social a l q u e se d i r i g e n y d e l t i p o d e c o m u n i c a c i ó n q u e v e h i c u l a n ; m a c r o - o m i -
c r o - mensajes, d e s t i n a d o s a p o c o s o a m u c h o s , r e l a c i o n a d o s c o n situaciones p a r t i c u l a r e s

o universales.
C u a n d o E n r i q u e n, a g r a d e c i d o a san B e n i t o p o r h a b e r l e c u r a d o de u n c ó l i c o r e n a l
que le h a b í a d a d o d u r a n t e su e s t a n c i a e n M o n t e c a s s í n o e n j u n i o de 1022, decide d o n a r al
* É~ Ó Canagàin, -"Traditio evangellomm" and "sustencation": die relevance o f liturgical ceremonies to
V

abad T e o b a l d o ( 1 0 2 2 - 1 0 3 5 ) u n E v a n g e l i a r i o , c u b i e r t o de o r o y piedras preciosas, escrito

die Book of Kellt», en E O'Alahony led). The Book of Kelts Proceed/rigs of a Conference at Trinity College (Dublin,
6-9 de srpnembre de 1992), Aldenhot 1994. pp 398-436. Véasc también H . Mayr-Haning, Ottoman Evi «uncialibus l i t t e r i s » y e s p l é n d i d a m e n t e d e c o r a d o e i l u s t r a d o , escoge u n m a n u s c r i t o ,
7 7

lllwmnauon. An Historical Study, Londres. -1999.1. pp. 49. 76.

'°j.-C Bonne. «Emrc I'image et la mauère: la cboséité du sacre en Occident", en Sansterrc y Schmin
(cds.), Lts image*dansles fociétts medievale.', eil., pp. 77-111, en concreto pp. 88-89. " L A Bicmtan, « T h e A r t o f the Public Text: Medieval Islamic Rule-, en bavin (od.), World Art, cit., pp.
1 1
Mayr-Harutlg. Ottoman Boob Illumination. cit.. I , pp. 150. 179. 283-288.
a
Sobre los rotoli, véase G Cavallo (ed.), Exultet. Rotoli liturgici dell'Italia meridionale, catalogo de la expo- ** L. Speciale, «Liturgia e porcrc. Le commemorazioni finaU dcll'lZxuhet», Melanges de l'Etole jratifnise de
siaón (Montccassmo. mayo de 1994), Roma. 1994; G. Orolino (ed.), Exultet. Testo e immagine nei rotoli bmrgl- Rome. MoycriAgc CX11 (2000), pp. 191-224.
ti dell'Italia meridionale, Cd-Rom. Cassino. 2000. " H , Hoffmann (ed.), Chronica Monasterii Casinensis, Hannover, 1980, MGH, Scriptorcs. 34, l i , 43, p. 656:
" T . Forrest Kelly. Tbe-Exultet* en Southern Italy. Nueva York/Oxford, 1996, pp. 200-201. •«Bum evaiigeliis, deforis quidem ex uno latere adopcrtum auro purissimo ac gemmi* prcàusissimis. abinrus
:
* L - Speciale, <-'l"hc Salerno "Exultet"; a Historical Overview^, Quinto. International Journal on the History vero uncinlihus ut aiunt litteris atque figuris aureis mirificc decoratum».
and Consavation of the Book IJ (2000). pp. 159-88, en concreto p. 162.
330 AVUTE E H I S T O R I A T N L A E D A D M E D I A I I I

—L E E R « LAS MINIATURAS MEDIEVALES

casi seguramente ya « e n m a r c h a » , e n e l scrtptotnwt d e S a n R m e r a n o d e R a t i s b o n a , pera

manda i n c l u i r su r e t r a t o e n e l c u a r t o E v a n g e l i o , e n e l s i t i o o c u p a d o n o r m a l m e n t e por
Juan ( C i u d a d d e l V a t i c a n o , B i b l i o t e c a A p o s t ó l i c a V a t i c a n a . m s . V b t . O t t o b . L a t 74, f.
193t')' - E l e m p e r a d o r , q u e l l e v a la e s t o l a d e l r e y - s a c e r d o t e ,
B
s e n t a d o e n e l t r o n o en el
centro d e l a escena, i n s p i r a d o p o r l a p a l o m a d e l E s p í r i t u S a n t o , e s t á r o d e a d o p o r las
personificaciones de la J u s t i c i a , l a P i e d a d , l a S a b i d u r í a , l a P r u d e n c i a , l a L e y y e l Derecho.
La c o m p o s i c i ó n , a c o m p a ñ a d a p o r u n e l o c u e n t e a p a r a t o d e i n s c r i p c i o n e s , es una de las
más i m p r e s i o n a n t e s c e l e b r a c i o n e s d e l a j u s t i c i a i m p e r i a l ' ' . a u n q u e a n c l a d a a un caso
concreto: E n r i q u e , e n e f e c t o , da p r u e b a d e s u c l e m e n c i a c o n o • h e n d o la g r a c i a a u n tira-
n o ( « B a j o el m a n d o de C é s a r , la L e y .5 e l D e r e c h o c a s t i g a n a l 11 r a n o » , « P i e d a d y Justicia
decidan leyes r a z o n a b l e s » ) , a r r . h a s t a s u s p i e s p o r e l \ e r d u g o q u e está ya para

asestar el g o l p e c o n la espada des: 1 . i d a . S e h a i d e n t i f i c a d " < a l t i r a n o c o n P a n d u l f o IV,

príncipe de C a p u a , q u e se h a b í a .--
nos j u n t o a su h e r m a n o , el a b a d
la revuelta, e l e m p e r a d o r b a j ó a 1
impuso a l e o b a l d o en la diré.
c o n t e m p o r á n e a los parapbernui..*
convierte en una acting ñwgí"*' . a ú 1
d o e n el espectador p o r la s u s r i t i u ii
exvoto, el m a n u s c r i t o , m o d i f i c a d o ....
y a » , i n t r o d u c i d o en e l c o r a z ó n de 1
ticentes, r e c o r d á n d o l e s de q u é p a r t e c o n v e n í a e s t a r .
!• < c o n t r a e l c u r p e n u h ir a l i á n d o s e c o n los bizanti-
.cassino. A t e n u l f o * " l ' r e c i s a m e n t e para aplacar
¡ r o t ó a P a n d u l f o I V . o b l i g ó a h u i r a Atenulfoe
n o n a s t e r i o b e n e d i c t i n o . S i t r a e m o s a la época
ealeza c r i s t o c é n t r i e a o t o n i a n a , l a m i n i a t u r a se
i c t i v a p o r e l e f e c t o d e d e s p l a z a m i e n t o provoca-
! e m p e r a d o r p o r e l e v a n g e l i s t a . D e desinteresado
. . se t r a n s f o r m a e n u n a u t é n t i c o « c a b a l l o de Tro-
I MI.I 7 lian, b.vultet I , las autoridades temporales y espirituales, miniatura sobre pergamino,
¡ . d í a p a r a r e d u c i r a l a o b e d i e n c i a a l o s monjes re-
primera mitad del siglo x i .

E l r e t r a t o de E n r i q u e I I e n e l Evangeliario ( V a t . O t t o b . L a t - 7 4 ) es u n t í p i c o ejemplo cn B e n u e n t o - , y e l Exaltct I , r e a l i z a d o e n B a r í d e n t r o d e l p r i m e r t e r c i o d e l s i g l o x i , las

H 8 3

de mensaje adpcrsonani, b i e n c i r c u n s c r i t o e n e l t i e m p o y e n e l e s p a c i o . I g u a l m e n t e con- ilustraciones q u e a c o m p a ñ a n las c o n m e m o r a c i o n e s litúrgicas r e f l e j a n , c o n sus d i f e r e n -

templadas y relacionadas c o n s i t u a c i o n e s e s p e c í f i c a s h i s t ó r i c a s , s i b i e n d i r i g i d a s a una
audieme m á s vasta, son las m i n i a t u r a s q u e r e t r a t a n a l a s a u t o r i d a d e s t e m p o r a l e s y espin-
tuales de los r o l l o s d e Extiltct. L a s q u e e n u n a l e c t u r a s u p e r f i c i a l p a r e c e r í a n imágenes
estereotipadas, c o n v e r t i d a s e n a m o r f a s p o r l a r e p e t i c i ó n d e f ó r m u l a s estandarizadas, se
revelan, p o r e l c o n t r a r i o , p o r s u m i s m a v a r i a b i l i d a d i c o n o g r á f i c a , d o c u m e n t o s de todo
menos neutrales. E n dos de los r o l l o s c o n s e r v a d o s m á s a n t i g u o s , e l Exultet V a t . lat. 9820,
p r o d u c i d o ente el 981 y e l 9 8 7 p a r a e l m o n a s t e r i o f e m e n i n o d e S a n P e d r o Extramuros
cias, dos r e a l i d a d e s p o l í t i c a s d e s i g n o o p u e s t o : las d e las capitales de la L o m b a r d í a m e n o r
y del C a u p a n a t o b i z a n t i n o d e I t a l i a . E n e l p r i m e r r o l l o , los r e t r a t o s d e l o b i s p o - s u b i d o
en u n pedestal y r o d e a d o p o r t o d o e l c o l e g i o d e l c l e r o r e g u l a r - y d e l p r í n c i p e - i n v e s t i d o
con la c o r o n a p o r d o s á n g e l e s , e j e c u t o r e s d e l a a u t o r i d a d d i v i n a , y a c o m p a ñ a d o p o r el
e j é r c i t o - son espejo d e los t i e m p o s c n los q u e e l p r i n c i p a d o dc Capua-Benevento alcan-
zaba su m á s vasta e x t e n s i ó n t e r r i t o r i a l y la m á x i m a i n f l u e n c i a política. L o s s e ñ o r e s l o m -
bardos t a m b i é n e j e r c í a n s u c o n t r o l e n l a I g l e s i a l o c a l , a s u m i e n d o los máximas cargos; e l
príncipe, q u e j u n t o a l p u e b l o a c l a m a a la Matcr Ecc/esia, es s í m b o l o c l a r o dc la s i m b i o s i s
entre j e r a r q u í a e c l e s i á s t i c a y s e c u l a r .

E n e l Exulta I d e B a r i , la a u t o r i d a d t e m p o r a l está representada p o r dos e m p e r a d o r e s

"Sobreel nianuscriio vcasc L- Speaale, -Evangebario latino ("Evangelium imperatoris")*'. cn E D'Aiuto,
G. Morello y A. M . PuzzonJ (cds.). / langelidci popoli. La parola e Pirrrmagine del Cnsto nelle culture e nella stmt,
catalugo de b exposidon (Roma. 22 de junio-10 dc diciembre dc 2000), Ciudad del Vaucano, 2000.fichanum.
43, pp. 225-228. La idendficaaon del ins. \ i t . O t t o b . Lat. 74 eon el donado en Montccassino por Enrique II
ha sidn rccicmemente refutada por H . Keller, -Das Bildnis H c i n r i c h s i m Regensburger EvangcliarausMon-
lecassiiio (Bibl. Vat., Onob. lat. 74); zugleich ein Bciuag zu \Yipo " *Jctralogus"», Fruhmittelaltcrlkbe Stuiien
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M
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«ulit.74.fol. 139v->, Word & Image V, 1 (1989). pp. 85-110, en concreto p . 9 2 .
b i z a n t i n o s e n c o r r e g e n c i a y l a a u t o r i d a d e s p i r i t u a l p o r el p o n t í f i c e f l a n q u e a d o p o r dos
diáconos ( f i g . 7 ) . C o n t a l d e f a v o r e c e r la v i s i ó n s i m u l t á n e a d e l d í p t i c o , q u i e n p r o y e c t ó la
c o m p a g i n a c i ó n n o d u d ó e n s e p a r a r l o d e l pasaje c o n c e r n i e n t e , a n t i c i p á n d o l o e i n t e r c a -
lándolo c o n el i n c o n g r u e n t e Elogio de las abejas: caso a s o m b r o s o d e p r e d o m i n i o d e la
carga i d e o l ó g i c a d e l a s i m á g e n e s , q u e n o p a r a f r a s e a n s i m p l e m e n t e e l t e x t o , sino que se
c o n v i e r t e n c n e x p r e s i ó n t a n g i b l e e i n m e d i a t a d e la difícil política d e e q u i l i b r i o e n una
W
E Magistrale, «Città del Vaucano, Biblioteca Apostolica Vaticana, V&t laL 9820, Exultcl», eli Cavallo
(ed.), Fxultet, Rotoli liturgici, cit., pp. 129-141.
" V. Pace, «Bari, Archivio del Capitolo Metropolitano-, en Exultet I , ìbtd.. pp. IOt-118.
532 ARTI L H I S I O R I A I N I.A K D A D Mini. Ili
- L l I R - LAS M : •- s i i i . • U I D i r V A U t 333

ciudad cuya sede a r z o b i s p a l era r e c o n o c i d a p o r R o m a , p e r o c u y o g o b i e r n o estaba en

manos de u n catapano ffriet;o.
Expuestos e n las iglesias, estos r e t r a t o s p r o v o c a b a n e f i c a c e s 1 M e c a n i s m o s d e consenso.
A s i m i s m o , p e r m a n e c e r projanm/i. m á s a l l á d e l s a g r a d o r e c i n t * >, la v i d a m o r t a l » con sus
obligaciones políticas o c u p a b a l o s e s p a c i o s m á s s a g r a d o s , l o s q u e a l b e r g a b a n y celebra-
ban la Palabra de D i o s .
E n u n proceso c o n t r a r i o , e n é p o c a c o m u n a l s e r á n l o s Sant< l o s q u e e n t r e n en los l i -
bros d é l a religión c í v i c a , e v o c a d o s p o r las itnotuthves p r o p i c i a n > n a s c o n las que se abren,
en n o m b r e de D i o s , de la V i r g e n \ d«- !• »s p a t r o n o s « p r o t e o * M . . g o b e r n a d o r e s v defen-
sores», los estatutos y las filiacioi que r e g u l a n la vida de s c i u d a d e s ira'¡anas, sus
magistraturas, las a s o c i a c i o n e s de - de las corporación' R e p r e s e n t a d o s en los
f r o n t i s p i c i o o en las i n i c i a l e s que . en pactos y d í s o n o i s, b i s s a n t o s de la comu-
nidad convalidan con e l c r i s m a i i o n las o r d e n a n z a s < d e s . m i e n t r a s que los de
las artes apoyan en el t r a b a j o ci OS s o c i o s . L a o r t o d » la i c o n o g r á f i c a de los re-
giscros ciudadanos es i n d i c a d o r : , u n a p r e s u n t a l a i c i z a c i ó n d e l r e p e r t o r i o sacro
sino, p o r el c o n t r a r i o , de u n a sa< n d e las f o r m a s e n la-- q u e se expresa el poder
laico, c o n fines a u t o c o n m c m o r a ; ti » ) u s r i t i c a d o r e s , y c o n i n t e n c i o n e s comunicau-
vas poderosas, justificadas p o r la ¡ p ú b l i c a p r e v i s t a p o r las o r d e n a n z a s ; en 1309,
en Siena, u n a copia d e l e s t a t u t o i . al e s e n t a e n l e n g u a v e r n á c u l a , « d e buena letra
gruesa, b i e n l e g i b l e y b i e n f o r m a iba e x p u e s t a , a s e g u r a d a c o n u n a cadena, «-en la
Biccherna ( H a c i e n d a c o m u n a l i. pa figura K (Quentin Metsys, Ei tamhittii y su iun/ri. «ilco «ihrc tabla, 1514.
e las p e r s o n a s p o b r e s y o t r a s q u e n o saben gra-
mática, y aquellos que q u i e r a n pUC* . i v e r u n a c o p i a p o r la c u a l e n t e n d e r y tener a su
volunta d»**. obietos p r e c i o s o s p a r a a t e s o r a r j u n t o a telas y joyas, status syrnbol de p r e s t i g i o social a d -
Las i m á g e n e s . U t e r a t u r a de las - p o b r e s p e r s o n a s [ . . . ] q u e n o s a b e n gramática*,se q u i r i d o . i a m b i c i o n a d o " . C o m o L e ó n X , e n la c o n t e m p o r á n e a p i n t u r a de Rafael, la m u -
1 1

trasladan a las aulas de los p a l a c i o s c o m u n a l e s ; m i e n t r a s q u e e n e l e s p a c i o d e las catedra- jer d e l c a m b i s t a r e t r a t a d a p o r Q u e n t i n M c t s y s e n 1514 ( f i g . 8)*' hojea las páginas de u n
les, amortiguadas en e l p l a c e n t e r o m u r m u l l o d e las o r a c i o n e s i n d i v i d u a l e s las retumban- libro de h o r a s m e z c l a d o e n t r e o t r a s p r e n d a s c n e l m o s t r a d o r de la r i e n d a , el espejo ana-
tes voces de la l i t u r g i a d e c l a m a d a , l o s g r a n d e s v o l ú m e n e s d e l a d e v o c i ó n c o m u n i t a r i a se m ó r f i c o , las p i e d r a s , l o s c o l l a r e s , e v i d e n t e m e n t e n o a b s o r t a e n la piadosa m e d i t a c i ó n de
las figuras sagradas, s i n o e n la a p r e c i a c i ó n d e su v a l o r e c o n ó m i c o y de su r e f i n a m i e n t o de
sustituyen p o r p e q u e ñ o s l i b r o s d e h o r a s , f á c i l e s d e m a n e j a r y d e l l e v a r c o n s i g o , e n casa o
en misa, ilustrados p o r m i n i a t u r a s q u e c o n t r i b u y e n a la i n t i m i d a d d e la o r a c i ó n hasta el
objeets d'art.
v o y e u r i s m o e r ó t i c o * . V e r s i ó n « d o m e s t i c a d a y l a i c a " d e l o s m o n u m e n t a l e s misales, anu-
6 8

fonarios, evangeliarios y s a c r a m e n t a r l o s a l t o m e d i e v a l e s , e s t o s p o t e n c i a l e s « l i b r o s para

t o d o s » , e n r i q u e c i d o s p o r e l o r o y e l l a p i s l á z u l i d e l a s m i n i a t u r a s , p o r l o s b r o c a d o s y por
los cierres de las e n c u a d e m a c i o n e s , t e r m i n a n p o r c o n v e r t i r s e , a l i g u a l q u e aquéllos, en

" G . Grufino. - I l "Comune dei Sana". l'aironi dipinu nei libo cittadini», cn C . Leonardi y A. degl'Innocenti
ledi.). / Stati Patroni Modelli di santità, culti e patronati in Occidente, catalogo de la cxposicióil (Napoles, S de
junio-l5deoctubrede 1999).JMilàn 1999. pp. 91-97; A L Medica (ed.), lìnee sunt Statuto U corporazioni mtiit-
vab nelle miniature bolognesi, catalogo de la c x p o M c i ó n (Yìgnola, 27 de marzo-I I ile julm de 1999), Modem,
1999; M. Kuncctu (ed.). "Per l-uono nato de la citade- I* Matricole delle Arti a Perugia, catalogo de la exposìoón
(Perugia. 2Udc pinio-15 sepuembre de 2001), Perugia. 2001.
*' A Lumi (ed.). Il (Sostituto del Comune di Siena volgarizzato nel tncteix-metcx, Siena, 1903, en concreto pp
*SL Pciilceüi. « Women and Books of Hours-, cn L . M. Smith y j . 11. M. Taylor (ed*.). Women andtbt Hook.
126-127.
Anessingtbe l tsual Evidente, Londres/Toronto. 1996. p p 266-281. en concreto p. 296.
r

** P. Sicnger. -Books of Hours and the Reading Habits of the Later Middle Ages-, Scrittura e àviltÀ Di " M. W. Driver, -Mirrors of a CoIIecove Past: Re-considenng Images of Medieval Women-, ibid. pp.
(1985). pp. 239-269. 75-90, cn concreto p. 90.
r
CUncby. From,Memory u Written Record, cu., p p . 110-11 [.
 F R E N T E A LAS VIDRIERAS
Francesca dell'Acqua

C e s o n i le h u i s e t le c l c r e s fenestres

d o n t n o u s v e o n s Ics fais d e nor. a n c e s r r c s .

Introducción
L o s versos q u e e n c a b e z a n este t e x t o , c o m p u e s t o s e n la segunda m i t a d d e l s i g l o x v e n
l.i c o r t e i l c E e l i p e el B u e n o , r e c u p e r a b a n e l topos h o r a c i a n o de la naturaleza i m p e r e c e d e -
r.i de las o b r a s p o é t i c a s , q u e p u e d e n r e s i s t i r m e j o r q u e los m o n u m e n t o s los asaltos del
u e m p o y de la i n t e m p e r i e . P e r o e n u n a i n n o v a d o r a « e x t e n s i ó n » de la i m a g e n h o r a c i a n a ,
1

e! poeta e v o c a las p u e r t a s y las claras v e n t a n a s ( « l e h u i s e t le elcres f e n e s t r e s » ) a través de

las cuales los s u c e s o s d e l p a s a d o se l i b r a n c o m o r a y o s l u z y se t r a n s m i t e n al p r e s e n t e . 2

Por eso, las v e n t a n a s y las v i d r i e r a s p u e d e n dejar filtrar a l g u n o s rasgos «le la m e n t a l i d a d

de los siglos p a s a d o s , y n o s l l e v a n a i n t e r r o g a r n o s s o b r e c ó m o se p e r c i b í a n los i n t e r i o r e s
a r q u i t e c t ó n i c o s , sus e s p a c i o s , sus d e c o r a c i o n e s g r a c i a s a la l u z n a t u r a l y a r t i f i c i a l que en
ellos r e s p l a n d e c í a .

N a c i d a c o m o e f i c a z p a n t a l l a p r o t e c t o r a de las v e n t a n a s , la v i d r i e r a p r o n t o se c o n -
vierte e n u n c o m p l e m e n t o l u j o s o d e d e c o r a c i ó n c u y o s c o l o r e s , e n t r e la T a r d o a n t i g ü e -

1
A g r a d e z c o a A l a r c o B e r c i l a , I n g o H c r k l o t z y G e r h a r d VVblf p o r sus valiosas sugerencias que han enrique-
cido e l t e x i o , a S a n d r a B a r a g l i p o r la p a c i e n t e l e c t u r a ; a F s t c r F a s i n o , C h i a r a P i c c i n i n i y F i l i p p o A l a r i a P o n t a -
ni p o r In t r a d u c c i ó n d e a l g u n o s p a s a j e s q u e a p a r e c e n aquí.

Carmina, l i b r o I I I , 3 0 ,
Horacio, e n F . K l i n g n e r ( e d . ) , C?- Horati Flaca Carmina. Bibliotbtxa striptonun Crac-
ionim et Romanortim Tcubncnana, tomo M C D X X X V , L e i p z i g , 1939. « E x e g i moiiumcntum aere perennius /
reg.ilique s i t u p y r a m i d u m a l d u s , / q u o d n o n u n b e r e d a x , n o n A q u i l o u n p o t e n s / p o s s i l d i r u e r e aui i i m u m e x a -
bili / . i n n o f u m s e n e s e t f u g a tempomm-.

•'J. R o b c r t e t , «Epistola en versos a G e o r g e s C h a s t e l l a i n . 1 4 6 3 » , e n M Z s u p p i n ( c d . ) , Oeuvrcs, G i n e b r a ,

I97D, t i r . D . C o w l i n g , Building tbe Ttxt. Arcbitceturt as Xictapbor in Ijste Medieval and Earfy Modera Frunce,
Oxford, 1998, p. 139.

Ì
336 ARTE c HISTORIA EN LA E O A » MUDI III
F B t N U A LAS V I D R J L R A S 337

dad y la E d a d .Media, f u e r o n a p r e c i a d o s t a n t o d e s d e u n p u n t o d e v i s t a p u r a m e n t e esté-

tico, de regalo para los o j o s , c o m o t e o l ó g i c o , p o r q u e se v e n c o m o e v o c a d o r e s de las menta n u n c a e l v i d r i o p l a n o d e v e n t a n a , q u e t o d a v í a n o se h a b í a d i f u n d i d o e n O c c i d e n t e
piedras preciosas c o n las q u e e s t á n c o n s t r u i d a s las m u r a l l a s d e la J e r u s a l é n celestial, así c u a n d o e s c r i b e , e n la p r i m e r a e d a d a u g u s t e a . 6

c o m o espiritual, p o r q u e se c o n s i d e r a n u n e s t í m u l o p a r a l a c o n t e m p l a c i ó n m í s t i c a . E n la La edad c o n s t a n n m a n a , a u n q u e r e g i s t r e e n la c o n s t r u c c i ó n pública u n e n o r m e a u m e n t o

vidriera, y e n la l u z d e la c u a l ella es p o r t a d o r a , se c a p t a b a la p r e s e n c i a d i v i n a , la encar- de la p r o v i s i ó n d e v e n t a n a s q u e e m p l e a n m u c h o v i d r i o p l a n o p i n t a d o , n o nos ha legado
nación del C r i s t o - L u z . N o es c a s u a l i d a d q u e f r e n t e a l a s v i o r i c i as p i n t a d a s e historiadas ningún c o m e n t a r i o i n h e r e n t e a l v i d r i o p l a n o y las v i d r i e r a s . I n d i r e c t a m e n t e , nos había de
hayan sucedido m i l a g r o s y v i s i o n e s m í s t i c a s , g r a c i a s a esa C O Í I K c i e n c i a e n t r e l u z naniral ello L a c r a n d o , t e ó l o g o y p r e c e p t o r d e l h i j o d e C o n s t a n t i n o I ( t 3 3 7 ) , q u e e s c r i b e que la
mente h u m a n a p u e d e r e c o n o c e r l o s o p u e s t o s c o n f a c i l i d a d y e v i d e n c i a a través de los
e irradiación d i v i n a .
ojos, asi i orno e l ojo h u m a n o p u e d e v e r b i e n a t r a v é s d e las ventanas c u b i e r t a s c o n v i d r i o
L a ridriera, quizá m á s q u e o t r a s f o r m a s a r t í s t i c a s , e s t á u n i t l . i . i la i m a g e n d e l i acciden- 0 pictlr.i e s p e c u l a r l i s t a s p a l a b r a s a l u d e n a u n p r i n c i p i o c i d p e n s a m i e n t o de P l o r i n o
te medieval p o r q u e e n c a m a la o s c i l a c i ó n n o r e s u e l t a e n t r e la as¡ o r a c i ó n a l l u j o mundano Ct270j, q u e estaba m u y d i f u n d i d o e n la A n t i g ü e d a d t a r d í a , t a m b i é n e n l o s a m b i e n t e s
y e l deseo de « v e r » a D i o s y de u : m - n n é l . A t r a v é s d e la v i d r i e r a se p u e d e captar la luz cristianas, e n base a l c u a l e l m u n d o se hace « t r a n s p a r e n t e » para los o j o s d e l espíritu
m u l t i c o l o r - a t r a c t i v a e n su fisíeidai al m i s m o t i e m p o m i s i lea— d e la E d a d Media. p o r q m 1 v i s i ó n d e las cosas se p r o d u c e p o r u n c o n t a c t o e n t r e la l u z i n t e r i o r d e l o j o y la
1

e x t e n o r " . L a c i a n c u » d e b í a d e e s t a r s e g u r o d e q u e , a d o p t a n d o el v i d r i o p l a n o - m a t e r i a l
a m p l i a m e n t e u t i l i z a d o y c o n o c i d o p o r t o d o s - c o m o t é r m i n o de c o m p a r a c i ó n e n una
comph d i s e r t a c i ó n t e o l ó g i c a , p o d í a e x p r e s a r c o n c l a r i d a d su p r o p i o p e n s a m i e n t o .
Vidriera! eño arquitectónico
D e I p e r f e c t a f u n c i o n a l i d a d d e l v i d r i o e n las v e n t a n a s - o sea, q u e era el m e j o r m a t e -
1

Casi todos los que h a n éscriti i ¡ a e r a s n o h a n e s c a t i m a d o e n c i t a s d e l segundo li-
bro del tratado De dreersis «rübas, . nfi a l e m á n T e ó f i l o (sigb is v i - x i i ) , dedicado a la fa-
bricación de vidrieras'. E n el p r o l . •: • .< i d o e s c r i b e q u e , a l e n t r a r e n e l m e t a f ó r i c o santua-
rio de Santa Sofía, distinguió m u , : , l< »res. c a d a u n o d e l o s c u a l e s t e n í a una udlidad y
naturaleza propia. T o m a n d o esto e n i < ' ¡ . s i d e r a c i ó n y h a b i e n d o e x p e r i m e n t a d o «visu mam-
busque», quiere explicar al l e c t o r c ó m o se p u e d e d e c o r a r u n e d i f i c i o c o n i n g e n i o arnsucoy
variedades de colores y. al m i s m o t i e m p o , h a c e r q u e la l u z d e l día y l o s r a y o s d e l sol puedan
penetrar libremente. Pero c o m o se habia d a d o c u e n t a d e q u e la p i n t u r a m u r a l y sobre tabla
n o es «transparente», se dedicó a i n v e s t i g a r las c a r a c t e r í s t i c a s d e l v i d r i o y las potencialidades
de las vidrieras c o m o «curiosus e x p l o r a n >r» de la l a b o r d e e x p e r t o s v i d r i e r o s .
A las vidrieras se les o t o r g ó una i m p o r t a n t e f u n c i ó n , la c o m u n i c a t i v a , mediante la
representación de i m á g e n e s a p a r t i r de la é p o c a c a r o l i n g i a . S i n e m b a r g o , e l conocimien-
t o de su perfecta f u n c i o n a l i d a d para p r o t e g e r l o s i n t e r i o r e s q u e , a l m i s m o t i e m p o , esa-
ban b i e n i l u m i n a d o r p o r la l u z n a t u r a l , h a b í a s i d o y 3 a p r e c i a d o e n é p o c a r o m a n a . Alíña-
les del siglo i d . C . se e n c u e n t r a n t e s t i m o n i o s l i t e r a r i o s d e l e m p l e o d e l v i d r i o como
rial p.i d e j a r p e n e t r a r la l u z n a t u r a l r e s p e c t o d e la m i c a , a l a b a s t r o , telas enceradas,
postipo tic m a d e r a , c e l o s í a s m e t á l i c a s o d e e s t u c o - t a m b i é n h a b l a , d e m a n e r a m u y clara,
una Crónica m o n á s t i c a r e d a c t a d a e n N o r m a n día e n e l s i g l o v n , q u e describe e l d o r m i t o -
n o ni«ii, isiico e n J u m i e g e s , e n e l q u e a cada c a m a le c o r r e s p o n d í a una v e n t a n a v i d r i a d a ,
a través de la c u a l la l u z s o l a r c a l e n t a b a la m i r a d a d e los m o n j e s d e d i c a d o s a la lectura de
las Kst m u r a s : -« [ . . . ] s i n g u l a p e r lecta l u x r a d i a t ; p e r t e n e s t r a m v i t r u m p e n e t r a n s , linis
fovet a s p e c t u m legenos'*»-.
I n s u m i d o p o r e l r e y m e r o v i n g i o C l o d o v c o I I ( 6 3 9 - 6 5 7 ) , e l m o n a s t e r i o de J u m i e g e s
p r o n t o lúe o b j e t o d e t r a b a j o s d e r e e s t r u c t u r a c i ó n d u r a n t e e l m a n d a t o d e l abad F i l i b e r t o ,
' ' L a d i f u s i ó n d e l n u e v o m a t e r i a l s e a d s c r i b e a l a é p o c a j u l i o - c l a u d í a , c f r . R . H e r b i g , Das Fenster nider Ar-
chiicklur des Allcrtiinis. Baugeschichtlicbe Srudicn, A t e n a s . 1 9 2 9 , p p , 9 s s . ; D . S p e r i , « G l a s u n d L i c h t i n A r c h i t c -
k t u r u n d K u n s t " , e n V V . - D . 1 l e i l i n e y e r y V V . H o c p f h e r ( e d s . ) , Liebt und Arrbiteh/ur. Scbríften des Seminanfiir
klassisehe Arcbaoíogieder Freien Università! Berlin. T u b i n g c n . [ 9 9 0 , p p . 6 1 - 7 1 , e n c o n c r e t o p . 6 5 .
7
l . a c t a n c i o . Libio de opificio Dei, c a p . V i t i , I I , e n S - B r a n d t ( e d . ) Ludi Camelli Firmiani lactantii Opera

pantalla translúcida y p i n t a d a e n las v e n t a n a s d e l u j o s a s v i l l a s p r i v a d a s , c u y o s tricliniossc Ornimi Corpus Scriptomm Ecclesiasticoruni Latinorum, t o m o X X V T I . P r a g a - V i e n a - L e i p ; u g , 1 8 9 3 , p . 3 0 . A<[uf
Lactancio discute un pasaje de L u c r e c i o s o b r e la t e o r í a d e la v i s i ó n , e n la q u e , p r e c i s a m e n t e , se n o m b r a e l v i -
abrían al paisaje y cuyos p e r i s t i l o s se t r a n s f o r m a b a n , e s t a c i o n a l m e n t e , e n «jardines de
drio c o m o m e d i o a través del cual De rerum Natura, l i b r o I V , 1 4 3 ; c f r . i V L
la I u 2 se p u e d e p r o p a g a r : L u c r e c i o ,
invierno» con láminas de v i d r i o . A u n q u e V i t r u v i o , e n su t r a t a d o d e a r q u i t e c t u r a , había
4
l í e r e t t a , « F r o n t d i e E y e t o d i e E y c - G l a s s . A P r c - H i s t o r y o f S p c c t a c l e s » , e n id. ( e d . ) , When Class Matters.
subrayado la conveniencia de q u e l o s t r i c l i n i o s se a b r i e r a n c o n g r a n d e s ventanas a los Sciences and Crafts faciliti Glass frotn Gracco-Roman Antiqnity io Early Modem Era, F l o r e n c i a , O l s c h k i , 2 0 0 4 . L a
paisajes, que f o n n a b a n así p a r t e d e l j u e g o d e c o r a t i v o d e l a s p i n t u r a s y d e los estucos*, no lapis speciilaris o p i e d r a í e n g i t e o m i c a e s u n s i l i c a t o c o m p l e j o , q u e p u e d e r e d u c i r s e a d e l g a d a s l á m i n a s i n c l u s o
con el s i m p l e r e s t r e g a r d e l o s d e d o s . F u e e m p l e a d a e n las v e n t a n a s y a e n la p r i m e r a é p o c a romano-imperial.

* Plotino, Enfadas, V* 8, 4 : u n a r e c i e n t e e d i c i ó n i t a l i a n a e s la d e e d . À I . C a s a g l i a , C . G u i d e U i , A , L m g u i o y F.
' C R. D o d w c l l (ed.), Tkeopbiliis De diversis artihis /'Fheopbtlus. The Vanous Arts, O x f o r d , 1 9 8 6 . p p . 36ss. .Vlonam. T u r í n , 1997; cfr. A . G r a b a r , « P l o r i n et les o r i g i n e s d e l'esthctjque m e d i e v a l e » (1945), en id. Les origines de
' P l i n i o el Viejo. À a t a n j / o Hìsrona. l i b r o X I X , 1 9 , e n J . A n d r é ( e d . ) . Pline /.'Ancien. Histoire Natnrelle,Lvnx l'tsthéiique medievale, París, 1992 |ed. c a s t . : Ija orígenes de la estètica medieval, M a d r i d , S i r u c l a , 2O07|. V a A r i s t ó t e l e s
X I X . París, 1964, p . 46-- « i a m i n f e n e s t r i s s u i s p l c b s u r b a n a i m a g i n e h o n o r u m c o t i d i a n a o c u i i s r u r a p r a c b c l n n t
tullía e s c r i t o q u e s i n l u / . n o p o d í a e x i s t i r la v i s i ó n , y q u e p o r e s o e r a n e c e s a r i o e s t u d i a r los m a t e r i a l e s t r a n s p a r e n t e s ,
(..>; Marcial, Eptgratmnata. X I , 18, w, 1 - 2 , en W . M . Lindsay (ed.), Scrtptorum Classtconim Biblioteca Oxonien- " d i á f a n o s » , q u e p e r m i t e n la p r o p a g a c i ó n d e l o s rayos d e lux, cfr. B e r e t t a , Frota tbc Eye tv tbc Eyc-Glass, d e .
si*, O x f o r d . 1 9 2 9 : - r u s est n u h i m a i u s m feneslra».
Monumen-
* « V i t a S . F i l i b e r ü A b b . G c m e t i c e n s í s et H c n e n s i s » , cap. V I L I , en B . K r u s c h W . L c v í s o n (eds.).
'Vitruvio, D r architettura. V i , J . 10; V I , 5 , 1 - 3 ; V I , 6, 6 , e n P. G r o s (ed.), Vitruvio, De Architeaura.TarÍB, ta Genaaniae Histórica (a partir d e a h o r a MGH), Scriptores Rerum Merovingicarnm, Passianes et Vitae Sanctonit/i
1997, voi. L pp. I X - L X X V 1 L v o i . I I . p p . 8 1 3 . 820, 842, 844-845, 849 [ed. c a s t . ; Eos diez libros de arquitectura, Aevi Merovingia', i o n i o V, Hannover-Leipzig 1910, p. 590.
Madrid, A l a i , 1992).
 A m t F II I S T O R I A E N L A E D A D \1EDI III
F R E N T E A I AS VIDRIERAS

alrededor del 655, c u a n d o las ventanas se c e r r a r o n c o n v i d r i o p l a n o . L a c o m p l e j a tecno-

logía exigida para su fabricación y el c o n s i g u i e n t e c o s t e las c o n v e r t í a n e n o b j e t o s cotiza-
dos, que nunca se habrian i m a g i n a d o e n u n c o n t e x t o m o n á s t i c o d e l o s p r i m e r o s siglos de
la Edad M e d i a y menos aún e n una r e g i ó n p e r i f é r i c a . E l v i d r i o , q u e c o m o t o d o matenal
uene u n significado u n i d o a su sustancia, se h a a s o c i a d o s i e m p r e a la transparencia, a la
fragilidad y e n consecuencia, a l o p r e c i o s o y a l l u j o . E l t e s t i m o n i o s o b r e Jumiéges, 1 0

como tantos otros posteriores, echa p o r o e r r a e l m i t o d e l a p o b r e z a m o n á s t i c a medieval,

al menos p o r lo que c o n c i e r n e al c e r r a m i e n t o d e las v e n t a n a s 1

U n siglo antes, en C o n s i a n r i n o p t o . la iglesia d e d i c a d a a la / hifyd Sophttt, f u n Jada por

Constantino I , había sido r e c o n s t r u i d a e n t e r a m e n t e p o r J u s t i n i a i v i ( f 5 6 5 ) . Pocos años más
tarde, al desplomarse la nueva curo d.. o instruyó o t r a r á p i d a m e n t e ( 5 5 8 - 5 6 2 ) . E n ocasión
de la reconsagración, la iglesia c ¡ ida e n u n p a n e g í r i c o c o m p u e s t o p o r u n poeta de
corte, Pablo Si!enriarlo'-\ quien I e n el p a l a c i o i m p e r i a l y e n e l d e l o s patriarcas ame
u n público de elegidos que ten i tal m a r a v i l l a a r q u i t e c t » m i c a . A pesar de ello, el
poeta n o de|ó de enumerar la - e n t a n a s q u e i n u n d a b a n d e l u z e l i n t e n o r , deno-
minando a las que estaban en rio >>. que a l i g e r a b a n la base d e la c ú p u l a , a través de
los cuales penetraba la luz d o r a d . A u r o r a , « r e c e p t a c u l o s d e l u z » ( l i g . 1). E l epíteto
transmite eficazmente la i m p r o i . . . m u d a d d e l u z q u e se p e r c i b í a e n el i n t e r i o r y que
hacía que las ventanas a p a r c u . • i ••{. f u e n t e s l u m i n o s a s . A d e m á s , P a b l o Silenciario
comparaba la cúpula mayor con la b \\ eda celestial. E s t a se d e r r u m b ó d e n u e v o e n el 986y
en 1348. Reconstruida p o r enésima vez, hacia finales d e l s i g l o x i v , f u e cuidadosamente
cion i i i \altar la c r o m í a d e l o s r e v e s t i m i e n t o s y d i r i g i r a los visitantes hacia el eje litúrgico
inspeccionada por el prelado ruso l i m j e i o de Smolenslc, q u e q u e r í a c o n t a r y m e d i r las ven-
del e d i f i c i o , e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n la c ú p u l a m a y o r , q u e , c o n su base perforada p o r las
1 1

tanas para así poder entender el secreto d e su e x t r a o r d i n a r i a l u m i n o s i d a d 1

O t r o viajero
ventanas, c r e a b a la i l u s i ó n d e e s t a r « c o l g a d a » s o b r e e l e d i f i c i o , m e d i a n t e una cadena sujeta
ruso, Esteban de N o v g o r o d . que había v i s i t a d o Hagin Sophia hacia m e d i a d o s del mismo por la m a n a d e D i o s , c o m o s i e m p r e h a b í a e s c r i t o P a b l o S i l e n c i a r i o .
siglo, se había quedado asombrado, p o r el c o n t r a r i o , de la i n n u m e r a b l e m u l t i t u d de lámpa-
luí a l g u n a s i g l e s i a s b i z a n t i n a s , q u e se p u e d e n fechar e n t r e los siglos v i y x n , se h a n
ras que ardían en su i n t e r i o r ' . E l j u e g o de l u z n a t u r a l y a r t i f i c i a l , o b t e n i d o p o r los arqui-
4

hecho e s t u d i o s y m e d i c i o n e s s o b r e la c a n t i d a d d e l u z n a t u r a l q u e se filtraba y sobre las

tectos de Jusuiiiano y repetido a través de l o s m a n t e n i m i e n t o s sucesivos, cumplía la fun- eventuales m o d i f i c a c i o n e s q u e s u f r i ó p o r l o s filtros d e v i d r i o p i n t a d o . A pesar de q u e e n
m u c h o s d e l o s casos e x a m i n a d o s , e n t r e l o s q u e se e n c u e n t r a San V i t a l e n R á v e n a , las
pantallas v i d r i a d a s o r i g i n a l e s y a n o e s t a b a n in sivtt, la i n t e n s i d a d l u m i n o s a , e n t o d o s ellos,
l 0
N . G r a m a c c i n i y T . Raff. - I c o n o l o g í a d e l le m a t e n c . e n E . C a s t c l n u o v o y © . S e r g i ( e d . ) , .-irrt esida ritt
resultó ser c r e c i e n t e e n d i r e c c i ó n a l p r e s b i t e r i o . T a l r e c u r s o debía de estar d i r i g i d o a
MtJiociv, II: Del mstrvtre: tecnicbc. anisti, artigiani, mmriiiitenti. T u r i n , 2003, pp. 3 9 5 - 4 1 6 , e n c o n c r e t o p. 396

|ed. c a s i . : Arte e historia en ¡a Edad Media II Del construir, M a d r i d . A k a l . 201 3).

atraer la m i r a d a y e l paso d e l e s p e c t a d o r hacia e l e s p a c i o l i t ú r g i c o * . Ya e n las basílicas 1

" Esta tendencia n o parece h a b e r c a m i n a d o e n el p e r i o d o r o m á n i c o ; A l . Schapiro, - O n die Acsihcoc Al-

romanas de e d a d c o n s t a n t i n i a n a y t e o d o s i a n a , las naves laterales se h a b í a n dejado ciegas
t i t u d e in R o m a n e s q u e A n - ( 1 9 4 7 ) , e n id. Romanesque Art. Selected Papers. N u e v a Y o r k , 1977. p p . 1-27, en con e l fin de q u e la n a v e c e n t r a l f u e r a m á s l u m i n o s a gracias a a m p l í s i m o s h u e c o s c o n
c o n c r c i a p . 16 l e d . c a s e * Estudios sobre el Románico. M a d r i d , A l i a n z a , 1 9 9 5 1 , h a e n c o n t r a d o u n c i e n o n ú m e r o de ventanas. P o r l o d e m á s , l a b ú s q u e d a d e la c a l i d a d tic la i l u m i n a c i ó n n a t u r a l era, ya en Ja
eiltusiasus descripciones de agradables d e c o r a c i o n e s , h e r m o s a s y p r e c i o s a s , - s c a r c e l y m o n a s t i c i n spirit-. Antigüedad g r e c o r r o m a n a , f r u t o de a t e n t o s c á l c u l o s de las d i m e n s i o n e s y d e l t a m a ñ o de
'-'Pablo Silenciano. Dcscnpito EceJesiar Sanrtae Sophiae. w . 4 0 7 - 4 1 0 . 5 0 9 - 5 1 1 , e n J - P . M i g n c (cd.), Patnhfft las a p e r t u r a s , y de la e l e c c i ó n d e l t i p o de p a n t a l l a s q u e h a b í a que insertar. S i n e m b a r g o ,
Greca, t a i n o L X X X V J , 2. P a r i s . 1 8 6 5 . c o b . 2 1 3 5 . 2 1 3 S - 2 1 3 9 ; P. F r i e d e n d e r ( e d . ) . - D e s c r i p c i o E c c l e s i a i - Sanctae
la cuestión d e la « e s p c c t a c u l a r i z a c i ó n » d e la l u z e n los i n t e r i o r e s , de g r a n i m p o r t a n c i a en
Sophiae--. e n id. (td.), Johannes von Gaza und Paulus Silentiaiius: Knnrthcschreilningen jiistinianiscber Zeit, L e i p i i g - el e s t u d i o d e la a r q u i t e c t u r a , n u n c a h a s i d o s u f i c i e n t e m e n t e valorada salvo e n relación
ß e r ü n . 1 9 1 2 ; cfr. C . A l a n g o . 'Hie Art ofthe Byzantine Empire. 312-1ASS. Sources and Documents, E n g l e w o o d C l i f l s ,
N J , 1972, p p . 7 4 y 8 2 ; R . W e b b . » T T i c A e s t e t h i e s o f S a c r e d S p a c e : N a r r a t i v e , M e i a p h o r a n d M o t i o n i n E l - p " " -

seis o f C h u r d i B u i l d i n g s - , Dumbarton Oats Papers 5 3 (1999), pp. 59-74, e n c o n c r e t o pp. 64-70. S o b r e la r e l i a r á

1 (
D . Phillips. Ügnting m Architeetural Design, N u e v a Y o r k - T o r o n t o - L o n d r e s , 1964, p. 2 0 , ha e s c r i t o a c e r c a d e la
entre obras de arte v r e t ó r i c a d e s c r i p t i v a v é a s e E . B o r s o o k , - R h e t o r i c o r Reality: M o s a i c s as Expression of a
influencia tic la p o s i c i ó n , f o r m a y c e r r a m i e n t o d e las v e n t a n a s s o b r e l a p e n e t r a c i ó n d e la l u z natural y d e l p o d e r foto-
Metaphysical Idea», a / m « / « i ^ ^ ^ X X I V , I (2000), pp. 2-18.
trópico d e las l u c e s , o s e a , d e s u c a p a c i d a d d e a t r a e r la a t e n c i ó n y, c o m o c o n s e c u e n c i a , el r e c o r r i d o d e u n individuo.
1 1
G . P Mafcska, Russian Travelers to Constantinople in the Fourteenth and Fifteenth Centuries, Washington l &
Cfr- E dell'Acqua, «Illuminando colorai". La vetrata tra l'età tardo imperiale e alto medioevo: le fonti,
D C , 1984, pp. 9 6 . 2 3 1 s * . l'archeologia, Spoleto, 2003, pp. 17-20.
»/£«i.pp. 32 y 234.
 ARTE t HISTORIA E S LA E D A D M E D I A III
F R E N T E A I A S VIDRIERAS

con la época barroca, cuando la l u z era c o n t e m p l a d a c o n e f e c t o s n a d a m e n o s que teatra-

les, incluso en contextos r e l i g i o s o s . 17

Los modos de p e n e t r a c i ó n de la luz h a n s i d o o b j e t o d e g r a n a t e n c i ó n e n u n estudio

basado en dos iglesias fundadas e n S t e i n b a c b y S c l i g c n s t a d t ( A l e m a n i a ) p o r E g m a r d o . u n
alumno de A l c u i n o , c é l e b r e p o r su v a s t í s i m a c u l t u r a y p o r l o s i n t e r e s e s a r t í s t i c o s , perte-
neciente al c i r c u l o de los í n t i m o s de C a r l o m a g n o y d e L u d o v i o i P í o . E n esas iglesias se
ha m e d i d o e l ángulo de i n c i d e n c i a d e l r a v o de l u z p r o v e n i e n t e de las ventanas, que ha-
bían sido o p o r t u n a m e n t e capialzadas"". T a m b i é n p o r las r e l a c i o n e s d e l Líber Pniiiiftcaltí,
a propósito de algunas de las p r i n c i p a l e s b a s í l i c a s r o m a n a s - S . m J u a n de Lctrán, San
M a r t i n del M o n t e , Santa M a r í a ín T r a s i e v e r e - c u y o s á b s i d e s f u e r o n d o t a d o s , en época
carolingia, de vidrieras pintadas e n el t r . i n > e u r s o d e las r e f o r m a - i i r d e n a d a s p o r los pon-
tífices León ITJ ( 7 9 5 - 8 1 6 ) . Sergio 11 t s 4 4 - X 4 7 ) y B e n e d i c t o I I I i ; ^ S - H 5 8 ) , se deduce que
la luz natural estaba destinada a < n ai la i m p o r t a n c i a d e l p r e s b i t e r i o .
1 9

También en la Baja E d a d M e d i a se m a n i f i e s t a u n a s e n s i b i l i d a d y consciencia de la

importancia de la iluminación, c o r n i l l U - t i g u a e l c a s o d e la c a t e d r a l d e L y o n , donde,en
las primeras décadas del siglo \ i n . el _ ! . ; r i s i o r i o y las b ó v e d a s «le c u b i e r t a f u e r o n objeto
de una r e f o n n a radical, dictada p f u I de*eo de a d e c u a r la i l u m i n a c i ó n i n t e r i o r de la pri-
m i t i v a estrucnira románica a la s e n s i b i l i d a d e s t é t i c a h a c i a la l u z q u e se h a b í a impuesto
más allá de los Alpes, c o i n c i d i e n d - 1 i n la a r q u i t e c t u r a g ó ü c a ( f i g . 2 ) . E s t o se ha demos-
trado por mediciones ópticas realizadas r e c i e n t e m e n t e q u e h a n r e c o n s t r u i d o -driistoirc
lunúneuse de r e d i fice » " . :

U n o s s i g l o s d e s p u é s , L e ó n B a ñ i s t a A l b e r t i es sensible a la i l u m i n a c i ó n de los i n t e r i o -
res en su c o n o c i d o t r a t a d o d e a r q u i t e c t u r a , e s c r i t o a m e d i a d o s d e l Q u a t t r o c e n t o . D e c l a -
1
1-amcnta este desinterés H Scdluuyr. Dos Lxcbt in seinen künstlerischen Manifestationen, Mittenwald.
rado a d m i r a d o r t i c la a r q u i t e c t u r a c l á s i c a , d o n d e la v e n t a n a n o había p r o s p e r a d o m u c h o ,
197 . j). 1U. Una gran importancia a la lur había dad'i. en cualquier caso, en sus estudios sobre las catedrales
w

góticas O. von Simsnn, Tbe Gothic Cathedra! Tbc Origws of Coline Architecture and ibe Mcdicz'al Concepì of Orici.
Londres, 1956 jed. cast.; La catedral gvtua Lo) orígenes de la arquitectura gótica y el concepto mcdicfat de erden.
Madrid. Alianza, 19801 Reciénlenitine, un grupo du arquitectos \ hrurgistas ha efectuado un esrudio sobre la
interacción entre luz naiural y iui arulicial en la liturgia cristiana, en concreto en la iglesia romana de Sin
Clemente (siglo xn> y la Capilla Palatina del palacio de Caserta (siglo xvni). Los resultados se discuDcronencI
congreso Liturgia. Ani e Tccnolvgia celebran con ta luce (Roma, basílica de San Clemente, 19 de junio de 200?).
editado en una homónima publicación. Agradezco al padre Silvano Maggiam por la 3mablc sugcrcocia. De
cómo objeios pintados y bien ilummados pueden ofrecer la ilusión de movimientos irreales y capturar la mira-
da humana véase Y S. Ramachandran, -lnteraeüon Uerween Colour and Motion m Human Vision», Natan
CCCXXVIli. 6.131 (1987). pp. 645-647
'* W. Roettelinann, -Zur Koiismilmon der Fensterbank- und Le ibungssch ragen in der Einhansbasilib
2u Steinbacb im Odenwald», en Karolingische und ottomscbe Kunst. Werden, Wesen, Wirbung, Wiesbaden, 1957,
pp. 141-149.
'"-Liber PontificaÜs Konianus andie deno Anastasii Bibhodiecarn \itae Ronianorum Pontdicum ab Pc-
tro Apostolo ad Nicolaum 1 - . en L- A Muraton (ed.). Rerum Italtcarum Scriptores, tomo I I , Milán, 1723, pp.
admitía, s i n e m b a r g o , q u e p r e f e r í a e n las iglesias c r i s t i a n a s naves n o demasiado t e n e b r o -
sas, s i n o m á s b i e n i m p r e g n a d a s d e u n a m í s t i c a p e n u m b r a . P o r l o t a n t o , sugería q u e
Las ventanas de los t e m p l o s deben ser de dimensiones medianas y estar cn posición m u y
elevada con el fin de q u e , a través de ellas, n o se pueda ver más que el cielo y que n i los
oficiantes n i los fieles, de ningún m o d o , aparten sus mentes de la divinidad. La sensación
de t e m o r que suscita la oscuridad acrecienta, p o r propia naturaleza, la piedad de los espíri-
tus | . . . ]
Añade el h e c h o d e q u e las l l a m a s c o n s u s t a n c i a l e s a los t e m p l o s , q u e se p u e d e c o n s i -
derar c o m o e l m a y o r e l e m e n t o r i t u a l y e l m a y o r e l e m e n t o r e l i g i o s o , se d e b i l i t a n e n u n
a m b i e n t e d e m a s i a d o l u m i n o s o . A d e m á s , A l b e r t i r e c u e r d a c ó m o los a n t i g u o s , a fin de
p r o t e g e r l o s i n t e r i o r e s d e la i n t e m p e r i e , u s a b a n c e l o s í a s de m á r m o l , de m e t a l , p e r o n o de
v i d r i o , p o r ser c o n s i d e r a d o d e m a s i a d o f r á g i l ' .
1

200-201. 208. 251 ffalu en esta edición el pasaje relauvo a Sergio 11), o bien L Duchesne (ed.), Le Liber Ponti-
ficala. Texte. Intrudiuiion el Commentaire, París. 1981 (reimpresión anastatica), pp. 10, 25, 94, 147. Para un co-
mentario 3 estos teXtOS, Dell'Acqua. .-Illuminando colorai-*, cit.. pp. 1 20-122.
K. Kevcvron, «Lumières guduque*: evoluuon du voúlemcnt et de Pcclaircmcni dans la cathédrale de
1 0

» L. 13- Alberti, De re acdtfieatona, libro V I I , cap. X I I , cn id., UAnbiiettttra, traducción de G. Orlandi, i n -

Lyon au tUP siede-, cn Ir. joubert y ß . Sandron (eds\), Pierre, lumiere, couleur; études d'histoire de Part du muyen troducción y notas de P. Portoghesi, Milán. 1939, pp. 335-341 [ed. cast.: De re acdtficaioria, Madrid, Akal,
âge en l'honneur d'Anne Pracht, Pans. 1999, pp. 165-184. Se concentra sobre cl pape! de la vidriera en la arqui- 1991], Los estudios más recientes sobre la arquitectura romano-imperial han demostrado, sin embargo, el gran
tectura romanica y gótica h. Grodecki, «Esthétique ancienne et moderne du vitrail roman». Ixs Monuments uso del vidrio plano cn los edificios tanto privados como públicos a partir deí siglo i d . C
historiques de la France \. 1 (1977). pp. 17-30
342 A«TI c H I S T O I I I A « N LA E D A D M I DIA 111
i i I A LAS VIPHICRAS 343

La relación de d e p e n d e n c i a e n t r o las d i m e n s i o n e s y la f o r m a d e la v e n t a n a , y la cali-

dad de la luz ha llevado - c o m o se ha i n t e n t a d o e s b o z a r - a u n a i d e n t i f i c a c i ó n entre ven-
tana y luz. E n los p r i m e r o s d e c e n i o s d e l s i g l o x x e s t o se m a n i f e s t a b a , u n a vez más, en
palabras de Pavel F l o r e n s l d j :

| . . . l una ventana es una ventana en c u a n t o que a t r a v é s d i >- lia se d i f u n d e el duimniodc

la luz, y entonces la misma ventana que nos da luz. es l u z . y n o c - parecida» a la luz |.-.|esb
luz misma en su cnnd.id o n t o l i i esa m i s m a l u z i n d i v i s i b l e en si y n o divisible por el sol
que bnll.1 en nuestro espacio Pe > . d i si m i s m a , h i e r a de la r e l a c i ó n c o n la l u / . hiera de su
función, la ventana e s c o m o si n u i . r a . m u e r t a , y n o es u n . i e n tana; despi>|.id.i de la luz.
no es mis que madera y vidn<

El color de la- ieras, su fortuna literaria

U n a f o r i s m o de L u d w i g W i t t g i 1 1 '>4S) p r e s e n t a u n o d e l o s t í p i c o s Un motive át
toda obra relacionada c o n v i d r i e i >lor:
li'j < .irl.it.hus, vulnera de la aludía de Sunca Mana y San Nicolás cn Arnstcin an der Lahn (Renania-
l ' j l j i i n j d i i ) , el árbol de Jcse, vidno pintado agnsaille. ta 11 50, detalle.
Los colores csDmulan b Slovofi «Juizá esto e x p l i q u e la pasión de G o e t h e por la teoría
de los colores. Los c o l o r o p j n u n presentarnos u n e n i g m a , u n e n i g m a que nos estimub
A i -.t.is p a l a b r a s se les p u e d e a ñ a d i r u n a i n t e r r o g a c i ó n r e t ó r i c a : ¿ q u é f o r m a d e arte
sin inquietarnos . 1

La variedad de los c o l o r e s de las v i d r i e r a s m e d i e v a l e s y s u f o r m a de reflejarse en el
i n t e r i o r de los edificios ha p r o v o c a d o t a n t o u n m u t u o e s t u p o r e n i n n u m e r a b l e s obsena-
dores c o m o a d m i r a d o s c o m e n t a r i o s d e p e r s o n a j e s m u y d i f e r e n t e s e n t r e e l l o s , desde el
poeta P r u d e n c i o , en é p o c a t e o d o s i a n a . basta e l a b a d d e S a i n t - D e n i s S u g e r e n el siglo xn
o M a r c c l P r o u s t . L o s c o l o r e s son r e s p o n s a b l e s d e - d a r v i d a » a l a s c o s a s . C o m e n t a n d o a
Aristóteles en u n t r a t a d o s o b r e los c o l o r e s , J o h a n n W b l f g a n g v o n G o e t h e escribía:
Pertenece a lu visible sólo aquello que es de la vista [ . . . ] L o v i s i b l e es el color. Este es
algo que recubre lo que es visible | . . . ] El c o l o r n o se p u e d e v e r s i n l u z . y sólo se puede ver
en ella. Por esta razón debemos decir ahora q u é es la lu/.. E x i s t e a l g o que llamamos trans-
parente {diafanes). U n nombre que damos a a l g o que es v i s i b l e , p e r o n o en sí, sino a través
de otro color [...] La luz es el c o l o r de la t r a n s p a r e n c i a . 24
p u e d i ¡«resumir m á s q u e e l d e la v i d r i e r a d e s e r u n a r t e d e la t r a n s p a r e n c i a , e n el que la
luz se t u n d e c o n e l c o l o r ? A u n q u e G o e t h e p o l e m i z a r a d u r a m e n t e c o n t r a los e x p e r i m e n -
tos sobre los c o l o r e s d e N e w t o n , q u e usaba u n p r i s m a de c r i s t a l - p o r t a n t o , u n o b j e t o
arulki.il para e x p l i c a r e l o r i g e n de l o s c o l o r e s n a t u r a l e s , se s e n t í a a t r a í d o , s i n e m b a r g o ,
por e l \ i d n o y, e n p a r t i c u l a r , p o r las v i d r i e r a s . D e h e c h o , a c o m p a ñ a b a al b a r ó n v o n S t e i n
en e x c u r s i o n e s d e e s t u d i o p o r la r e g i ó n e n t r e el R i n y e l A l e ñ o para e n c o n t r a r r e l i q u i a s
del g l o r i o s o p a s a d o g e r m á n i c o , d u r a n t e las c u a l e s su a r i s t o c r á t i c o c o m p a ñ e r o c o n s i g u i ó
incluso a d q u i r i r u n e x c e p c i o n a l g r u p o d e v i d r i e r a s q u e el m a e s t r o G c r l a c b u s , a m e d i a d o s
del s i g l o M I , h a b í a r e a l i z a d o p a r a la a b a d í a d e A r n s t e i n a n d e r L a h n ( f i g . 3), y él m i s m o
e m p e z ó a c o l e c c i o n a r v i d r i e r a s p a r a su p r o p i a r e s i d e n c i a de VVeimar. Q u e el interés de
G o e t h e p o r estas p r o d u c c i o n e s t r a n s c e n d i e r a la p u r a v a l o r a c i ó n e s t é t i c a q u e d a t e s t i m o -
niado, p o r e j e m p l o , p o r u n pasaje c n e l q u e c o m p a r a la p o e s í a c o n las v i d r i e r a s , d i c i e n d o
que la p r i m e r a es o p a c a y o s c u r a si se v e d e s d e el e x t e r i o r , c o m o las v i d r i e r a s p i n t a d a s de
una iglesia vistas d e s d e la p l a z a d e l m e r c a d o , las cuales se v u e l v e n c o l o r i d a s y claras, r e s -

plandecientes d e h i s t o r i a s y o r n a m e n t a c i o n e s , c u a n d o se m i r a n desde el i n t e r i o r :

•*•' P FloreiukJ|, Lr pune regali Saggio rull'icona. ed. E . Zolla, Milán, I 977, p. 60.
" L . Wittgenstein, Vermiscbte Bcmerkungen, Frankfurt, 1977 (ed. cast.: Observaciones divenni Olirai comple- ¡Las poesías son c o m o las vidrieras pintadas! Si desde la plaza del mercado se mira al
tai. Madrid. Credos. _'009, sul. 2 |. interior de la iglesia, t o d o es l ó b r e g o y oscuro [...| ¡Pero probad a entrar! Acercaos a la
"J. W. Goethe. Zar b'arbenlebre Matenaten zar Gesebicbte der lart-enlehre OHIO); cfr. id . U teoria dei nhn. Sagrada C a p i l l a : de repente hay u n resplandor v i v o , fusiona y arte resplandecen inespera-
ed. R. Troncón. Milan Tremo. 1997. p 60 Goethe había trabajado más de cuarenta años en la elaboración de damente, u n n o b l e rayo reluce l l e n o de significado ( . . . ] " .
la teoría de los colores v estaba más orgulloso que de la propia producción lilcraria. Cfr. J- Gage, -Color io
Western Arc An b>ue -, Ibe Art Bulletin L X X I I . 4 (1990). pp. $18-541; id.. Coloni and Culline Praclut noi
;

MeaningfromAntiquity to Abstraction, Londres, 1993; id.. Colour and Meaning. Art. Science and Symbolism, Lon- " J . W. Goethe, Werke. Hamburger Ausgabe, Münich. 1981, vol. I , p. 326: ^Gedichte sind gemalte Fens-
dres, 1999; L. von Mackensen. -1 fondamenti della teoria goediiana dei colori», cn K Moiso (ed.), Gottbr.lt terscheiben! / Sicht man vom M a r k t in die Kirche lünein / da ist alles dunkel und dustcr [ . . . ] / Kommt aber
natura eie sue forme. Milán, 2002. pp. 33-39.
344 ARTI E HISTORIA Ï N LA E D A D MEDIA III
P o r lo demás, e n su j u v e n t u d el rué u n o l o s p r i m e r o s a d m i r a d o r e s m o d e r n o s de la
arquitectura gótica, de la que la v i d r i e r a es u n o d e l o s p r i n c i p a l , s e l e m e n t o s constitu-
tivos. Goethe reconocía en las catedrales g ó t i c a s u n a b e l l e z a p r i m o r d i a l , expresada
con formas m u c h o más próximas a la n a t u r a l e z a d e c u a n t o l o h i c i e r a n las barrocas,
dominadas p o r aruficiosos excesos. E n F r a n c i a , u n a s década*- a n t e s , A l a r e - A n t o i n e
Laugier había expresado una o p i n i ó n s i m i l a r ; o b s e r v a b a q u e , si b i e n la p r o p i a época
se volvía hacia lo a n t i g u o para buscar u n m o d e l o d e p e r f e c c i ó n . i r q u i t c c t ó n i c a , para
los edificios sagrados las formas m á s adecuadas s e g u í a n s i e n d o las g ó t i c a s , de inigua-
lable majestuosidad y g r a n d i o s i d a d , a pesar de las m u c h a s i n c o n g r u e n c i a s y las innu-
merables imprecisiones:
En estos fuertes edificioi •uros macizos son n o n n a l n u m c bastante ligeros y las
aperturas se mulnplicjr. hasts - . De ahí su extravagancia, u n a variedad de aparien-
cias agradables a la vista y que c ! m á s seductor de los espectáculos [.>.] Pongámonos
en el centro del crucero [...] Ib que veremos? U n a distribución fascinante en la
cual la vista se sumerge coi es de múltiples filas de columnas [...] las vidrieras
distribuyen la luz con ahun n modo desigual-''".
Traducidas a las principales lenguas europeas, l o s e s c r i t o s d e a r q u i t e c t u r a de Laugier
tuvieron una gran influencia en los a r q m t e c t o s ingleses m á s i m p o r t a n t e s de la época,
entre los cuales se reforzó la conviccii <n de que 13S f o r m a s a r q u i t e c t ó n i c a s derivaban de
las naturales-".
A principios del siglo v, una sugestiva m e t á f o r a n a t u r a l h a b í a s i d o ya elaborada por el
poeta Prudencio, quien sinietizaba en l í e n n o s o s versos e l m a r a v i l l o s o efecto de las vi-
drieras pintadas de San Pablo F x t r a m u r o s e n R o m a , r e s p l a n d e c i e n t e s d e colores como
los prados floridos en primavera: - s i c p r a t a v e r n i s f l o r i b u s r e n i d e n t » («así los prados
brillan de flores en primavera») *. 2
nur einmal herein! / Begrusst die beilige Kapelle. / da ist's auf einmal farbig belle. / Geschieht* und Zierat
gläiut in Schnelle. I bedeutend wirkt ein edler Schern |...J-. Cfr. E . Castclnuovo, Vetrait medievab. Offiant,
teaiuhr. viatstn. Turin. W94, pp. 190-192.
M.-A. Laugier. -Observations sur rardiitceiure-, en G. Bckaen (ed.), Marc-Aniome I^iiigter. Etim tur
:FT
l'architecture. Observations sur l'aribiieeture Édition integrale des deux volumes, Bruselas, 1979 (facsímil de lai
ediciones de los dos textos. París. 1755 y París. 1765). pp. 129-130;-Uans ces fortes bâuments les massifs sont
d'ordinaire fon légers et les pereés mullipbés a l'infini 11 en résulte une hizzarrerie, une vanélé d'aspects, qui
occupent agréablement ta vue. et qui produisent le spectacle le plus séduisant |...] Placon-nous au centre de h
croisée |...| Que verrons-nous": Une distribuuon charmante, où l'oeil plonge délicieusement â traverspluiicrs
ûïcs de colonnes (. .| dont le* vitraux répandent la lunuere avec profusion et inégalité».
Sin embargo, Goethe, en cl propio escrito Von deutscher Baukunst (1772), arremete contra Laugier, sin
r " Por citar algunos autores, Sidonio Apolinar, «Ep. I l , 10, 4, Sidonius Hesperio suo salutcm», en C.
nombrarlo, porque éste había atribuido iodo a medida, módulos, dogmas, sin dejar espacio a la cream-ídadya
U genialidad humana; cfr G. Beben. «Introduction», en id., Marc-Antoine Laugier, ciL, p, VID; W. Hcrr-
niann, Laugier ond liightcenlb Century Frencb Tlmry. Londres, 1962, pp. 68ss. sobre la visión que Laugier tenía
del gótico; pp. 17ÍSS sobre la recepción de los escritos de Laugieren el extranjero; pp. I87ss. sobre Goethe.
Prudencio, Pcristtphanon Uber. Inno XII, Passio Apostotorum Petri et Pauli, v. 54. en I . Bergman (ed.), A.
n
Prudcntu Cltmenta Carmina. Corpus Scnptçrum Ecclesiasticaruni Latmorum, tomo 1 JO, Vicna-Leipzig, 1926, p.
423.1*1 pasaje se lia considerado rebùvo a las vidrieras de San Pablo por H . Oidonann, Die Glasmalerei, Colo-
F H E N T E A LAS VIDRIFRAS
E n este t e s t i m o n i o , e l p r i m e r o q u e ha q u e d a d o s o b r e las i m p r e s i o n e s p r o d u c i d a s p o r
el v i d r i o c o l o r e a d o e n u n i n t e r i o r , la i m a g e n d e l p r a d o a l u d e a Ja n a t u r a l e z a paradisíaca
d e l e s p a c i o s a g r a d o , i l u m i n a d o e n sus c o l o r e s p o r u n a c i e r n a p r i m a v e r a . L a basílica se
c o m e n z ó a c o n s t r u i r . i l i n c s d e l s i g l o i v p o r la f a m i l i a d e l e m p e r a d o r " f e o d o s i o c o n el f i n
de o f r e c e r u n d i g n o a c o m o d o a la s e p u l t u r a d e P a b l o , d a d o q u e C o n s t a n t i n o I había
h e c h o l o p r o p i o c o n la d e P e d r o . C o n la d e d i c a c i ó n d e s e m e j a n t e t e m p l o a P a b l o , se r a -
tificaba o f i c i a l m e n t e la m i s m a d i g n i d a d d e c u l t o p a r a a m b o s a p ó s t o l e s , d e f e n d i d a c o n la
teoría de la (Itmainlia Apostohrimr'. Se p u e d e c r e e r q u e n o s ó l o e n las p r o p o r c i o n e s , s i n o
cambien e n la d e c o r a c i ó n , la b a s í l i c a p a u l i n a r e f l e j a r a la b a s í l i c a c o n s t a n t i n i a n a de San
P e d r o , r c p r e s e n i . n i d o a m b a s l o s p r i n c i p a l e s c e n t r o s d e c u l t o c r i s r i a n o e n R o m a , que
n e c e s a r i a m e n t e d e b í a n r e f l e j a r la s a c r a l i d a d d e l l u g a r y, al m i s m o riempo, e l r a n g o i m p e -
r i a l ile los c o m i t e n t e s .
N<> s a b e m o s s i t a m b i é n h a b í a v i d r i e r a s p i n t a d a s e n S a n P e d r o . E n c u a l q u i e r c a s o ,
j u s t . i .11 la é p o c a r o m a n o - i m p e r i a l se i m p u s o u n a e s t é t i c a d e l c o l o r y de la l u z , t a n t o
e n el i m b i t o p a g a n o c o m o c r i s t i a n o . D e h e c h o , l o s p o e t a s d e c o r t e de la A n t i g ü e -
1 0
dad i irdfá e x p r e s a r o n h e r m o s a s m e t á f o r a s s o b r e la l u z y s o b r e los c o l o r e s q u e ella
suscitaba ( e v o c a d a s p o r sus s e g u i d o r e s d e la é p o c a c a r o l i n g i a ) , e n t r e ellas una que
veía t \ l u z , f i l t r a d a d e d í a a t r a v é s d e las v e n t a n a s , r e t e n i d a t a m b i é n de n o c h e e n e l
i n t e ; >r <le l o s e d i f i c i o s , g r a c i a s a l j u e g o d e r e f l e j o s q u e o r i g i n a b a c o n l o s r i c o s reves-
t i m i i u t o s y decoraciones". H a c i a m e d i a d o s d e l s i g l o i x , S e d u l i o E s c o t o dirigía al
Obispo d e L i e j a . H a r t g a r ( 8 4 0 - 8 5 5 ) , u n carinen e n e l q u e se c e l e b r a b a la casa c u c a r í s -
n c a . . ( l u m b r a d a p o r filtros d e v i d r i o c l a r í s i m o , c e l e s t i a l , a t r a v é s d e l c u a l p e n e t r a b a n
los r a y o s d e l s o l , c a p a c e s d e f a s c i n a r a l o s sophos, o sea, a l o s l i t e r a t o s d e c o r t e , e n t r e
ellos e l p o e t a m i s m o :
n í a , 1892-1898. vol. I I , p. 34, que remite a la historia de la pintura dcT.-B. Émcnc-David, Historie de la pein-
turcaii Mayen Age. Avee une notice sur Tauter par P L Jacob, París, 1852, pp. 38-39, noia 3 y pp. 79-80; ha sido
introducido en el excursus histórico sobre la «suene» de las vidrieras por Castelnuovo, Vetrate medievali, cít-,
pp 16ty 220
" C f r R. Krautheiiner, - I n t o r n o alla fondazione di S a n Paolo fuori le Mura», Atti della Pontificia Accademia
di Archeologia. Rendiconti 19, L I I I - L I V (1980-1982), pp. 207-220; H . L . Kesslcr, Old St. Peter's and Church De-
coration ni Medieval Italy, Spoleto, 2002. Sobre la Concordia Apostolorum, cfr. J. M . Huskinson, Concordia Aposto-
lorimi Christian Propaganda at Rome in the Fourth and the Fifth Centuries. A Study in Early Christian Iconography
and Iconology, Londres, 1982.
Sobre la estetica tardoantigua, M - Cagiano de Azevedo, «Policromia e polimateria nelle opere d'arte
della carda antichità c dell'alto medioevo» (1970), en S. Lusuardi Siena y fit P. Rossignam (eds.), Cultura e
tecnica artistica nella larda antichità e nell'atto medioevo, Milán, 1986, pp. 19-55. Sobre la estéuca medieval en
general véase R. Assunto, La critica d'arte nel pensiero medioevale, Milán, 1961, p. 42.
Lut|ohann (ed.), Gai Solii Apollinaris Sulomi Epistulae et carmina, MGH, Aurtvres antiquissimi, tomo V I D ,
Berlín, 1887, p. 34; Venancio Fortunato, De Ecclesia Pansiaca, Carm. I I 10, w . 13-16, en F. Leo (ed.). Penan-
ti Hanon Clementi ani Fortunati prcshyteri Italici Opera poetica, MGH, Anclares antiquissimi, tomo IV, Berlin,
1881, p. 40; Alcuino, Carmina, Versus de patnbtis regibus et Sanctis etiboricensis ecclestae, w . 1S08-1516, cn E.
Dummler (ed.), MGH, Poetae lettini nevi Carolini, tomo I , puis prior, Berlín, 1880, p. 203; cfr. Dell'Acqua,
"Illunimando colorai", eie, p. 115.
 A t l f . ». HISTORIA EN LA E D A Ü M I D U I I I

F R E N T E A LAS V I D R O R A S

[..-] y después haya glaucas ventanas de v i d r i o , sobre las que e l a l m o Febu dirija sus
rayos, iluminando de modo experto con su hermosa m e l e n a , o h . i l u s t r e prelado, a rus [fie- d o c o m o P s c u i l o - D i o n i s i o , c u y o s t e x t o s c o n t r i b u y e r o n a f u n d a r la e s t é t i c a de la l u z
les] enamorados de la l u z " . m e d i e v a l ' ; él h a b í a e l a b o r a d o u n p e n s a m i e n t o o r i g i n a l f u s i o n á n d o l a filosofía n e o p l a t ó -
1

m c a y la t e o l o g í a d e la l u z , p r e s e n t e e n e l A n t i g u o y e l N u e v o T e s t a m e n t o .

Sedulio llama al Sol « P h o e h u s * \ a l u d i e n d o a b i e r t a m e n t e a la m i t o l o g í a clasica, para U n c i e r t o n ú m e r o d e t e x t o s d e l s i g l o x n t r a n s m i t e n u n v e r d a d e r o e n t u s i a s m o p o r el

expresar una extraordinaria s e n s i b i l i d a d p o r la l u z , s í m b o l o de U n a s a b i d u r í a •• ilumina- c o l o r , p o r la l u z \ p o r e l l u j o e n las d e c o r a c i o n e s sagradas y, a d e m á s , u n a a p r e c i a c i ó n
da» y, al m i s m o t i e m p o , s í m b o l o d i v i n o p o r e x c e l e n c i a d e C r i s t o , c o m o había sido de d e s i n i c r e s a d a p o r e l a r r e , d e s l i g a d a d e l o s c o n t e n i d o s y de u n a p r e s u n t a f u n c i ó n r e l i g i o s a
y didáctica d e l a r t e m i s m o ' ' . A l g u n o s p o e m a s caballerescos d e l área germánica, redacta-
1

Apolo.
dos e n t r e los s i g l o s v i 1 y x i v , se r e c r e a n e n la d e s c r i p c i ó n d e v i d r i e r a s - f a n t á s t i c a s - hechas
Algunos siglos después, en la . k r . p c i ó n d e l o s t r a b a j o s d e r e n o v a c i ó n llevados a
tle p i e d r a s p r e c i o s a s , T e s t i m o n i a n d o c ó m o e n l o s r u t i l a n t e s c o l o r e s d e l v i d r i o m e d i e v a l el
cabo p o r Suger, abad de S a i n t - D c i : e n P a r í s , e n la i g l e s i a a b a c i a l , se c a p t a n rasgos de
h o m b r e c o n e e m p i 1 n i n e o v e í a a l g o d e p r e c i o s o , t a m b i é n desde u n p u n t o de vista m a t e r i a l .
una pasión casi sensual, pagana, p o r ibjctOS l u j o s o s v p o r la l u z d e las vidrieras, por E n Pitr&ivM, W o l l i . i i n v o n F s c h e n b a c h , r e f i r i é n d o s e a las v i d r i e r a s , e s c r i b í a « [ . . . ] a m -
los colores intensos y buscados Si n i ñ e a b a la e l e c c i ó n de la p r e c i o s a ornamenta- plias j i n d a s e n g a s t a d a s // t i c d i a m a n t e s y a m a t i s t a s , / d e t o p a c i o s y d e g r a n a t e s / c r i s ó l i -
ción diciendo que los colores, ci d a r l o s d e las p i e d r a s p r e c i o s a s , r e m i t e n a las tos \ s a r d ó n i c e I . . . J - - . 1

rirtudes, c o m o ya enseñaba el . - de J u a n c u a n d o d e s c r i b e b s m u r a l l a s de la
\ n . d o g a m e n t e , b a s t a n t e m á s t a r d e , e n t r e l o s s i g l o s x i x y x x , c o n o c i d o s escritores,
Jerusalén celestial, construidas <¡ p r e c i o s a s . A l c o m p l e t a r t o d o s los trabajos,
1 1

poei a r t i s t a s h a n e x p r e s a d o u n a f e r v i e n t e c o n s i d e r a c i ó n p o r los c o l o r e s d e las v i d r i e -

Suger hizo añadir una i n s c n p L p u e r t a s n u e v a s d e b r o n c e e n la que afirmaba
ras, p m su c u a l i d a d l u m i n o s a ' . E n t r e e l l o s , es e x t r e m a d a m e n t e s u g e r e n t e la e v o c a c i ó n
8

abiertamenie que: «rnens hebes oer m a t e n a l i a surgit | ..-1 >>

(^la m e n t e obtusa de A l i 1 e l P r o u s t d e l i n t e r i o r d e u n a i g l e s i a g ó t i c a , s u r g i d a d e l r e c u e r d o de la l u z que
se eleva a la Verdad m e d i a n t e crts_- _ iales*). anuii 1 los c o l o r e s d e las figuritas d e u n a l i n t e r n a m á g i c a q u e él t e n í a d e p e q u e ñ o . D e
E n el presbiterio se puso o t r a l u s a ipción c o n la finalidad d e e n f a r i z a r la luminosidad este m o d o , m e d i t a s o b r e e l h e c h o d e q u e l o s a r q u i t e c t o s , e n c o l a b o r a c i ó n c o n ios maes-
adquirida p o r el c u e r p o c e n t r a l d e l e d i f i c i o , g r a c i a s a la c a b e c e r a q u e é l m i s m o hizo re-
construir y ridrian
' I "> escritos del P s e u d o - D i o n i s i o estaban ligados a la a b a d í a d e S a i n t - D e n i s d e s d e l a ¿ p o c a carolingía,
cuando h u r ó n d o n a d o s ,1 P i p j n o e l B r e v e por el ponu'Iíce r o m a n o . Alas tarde, L u d o v i c o Pío quiso una colec-

Con la unión de la pane nuc\3 en el reverso de la anterior, la corte resplandece ilumi- c i ó n tlr- l i m i t e s s o b r e l a b i o g r a f í a d e l a u t o r , e n l a s q u e s e f u n d í a n l a s i d e n u d a d e s d e D i o n i s i o , d i s c í p u l o d e s a n
Paulo, y , k l n i . i r t i r D i o n i s i o , e l e v a n g e l i z a d o r d e G a l i a a q u i e n e s t a b a d e d i c a d a la iglesia d é l o s reyes d e F r a n c i a .
nada en su centro. En realidad, lo que se une a las cosas espléndidas resplandece, y resplan-
Más U ñ l c , C a r l o s el ( . a l v o pidió .1 J u a n Scotu Enugena hacer un c o m e n u r í o d e estos escritos dsonisianos
dece la nuble obra que está impregnada de luz nueva |...J**. S o b r e la i n f l u e n c i a q u e t u v i e r o n e n l o s textos d e S u g e r , cfr. E . Panofsky, « N o t e o n a C o n t r o v e r s i a ! Passagc in
Suger's De Consecranone Gazette desfíeauxArts, X X V I ( 1 9 4 4 ) , p p . 9 5 - 1 1 4 ; id..
Ecelesiac Sanen Dionysii»,

A esta luminosidad se la consideraba capaz d e d a r l u z a la m e n t e d e los mortales y Abbot Sngei and the Abbcy Chtireh of'St. Dents and ns Art Treamres, P r i n c c r o n , N J , 1 9 4 6 [ e d . c a s e : El abad Suger.
ador la abadía de Samt-Dcnisy sus tesoros artísticos, M a d r i d , C á t e d r a , 2 0 0 4 ] . L a t e s i s d e P a n o f s k y s o b r e l a i n f l u e n -
transportarlos hacia la esfera de la c o n t e m p l a c i ó n m í s t i c a . Se h a n r e c o n o c i d o ascenden-
cia de la o b r a del Pseudo-Dionisio sobre Suger ha sido recientemente puesta en discusión p o r P. K i d s o n .
cias neoplatónicas en tales a f i r m a c i o n e s s o b r e la l u z , q u e , e n e f e c t o , h a b í a n s i d o ya and- ••Panofskv. S u g e r a n d S t . D c n i s » , Journalof the Warburgand ConrtauldInstitutes L ( 1 9 8 7 ) , pp. 1-17, en c o n c r e -
cipadas p o r los teólogos c r i s t i a n o s de l o s p r i m e r o s s i g l o s , e n t r e e l l o s e l a n ó n i m o conoci- to pp 4ss , q u i e n h a d e m o s t r a d o q u e e n los toctos d e S u g e r n o a p a r e c e n nunca las citas directas del Pscudo-
D i o m s i o , y q u e l a m e t á f o r a d e l a l u z p e r t e n e c í a d e s d e h a c i a s i g l o s a la v i s i ó n c r i s t i a n a d e l m u n d o . P a r a l a a c -
niali¿ación sobre los estudios véase W, Saucrlánder, «Gothic Art Keconsidcred: New Aspccts and Open
, :
Sedulio Scoio, Carnai 4, « i d e m ad p r a e f a i u m p r a e s u l e m r e v e r e n d u m Hartgarium», l i b - 11, v * 4 2 - 4 5 ) Qucsuons", en E . C . Parker y A l . B. Shcpard (cds.), The Cloisters. Studies tn Honor oftbe Ftfiieth Anniversary,
Cannai 42, « O c quada in e c c l e s i a » , l i b . I l , w . 6 - 7 . un L . T r a u b e (ed.), AICH, Portae latini aevi Carolini, tanto Nueva York, 1992, pp 2 6 - 4 0 . en c o n c r e t o p. 27.

U l . B e r l i n . 1896. pp. 1 6 V y 207 - [ . . . J m o x glaucae vitreae s i n i q u e fenestrae / q u o P h o e b u s radiosdùngatalmiB

, f l
M . Schapiro, « O n die Acstheüc Atbtude i n I t o i n a n e s q u e » , op. cit., pp. 1 4 - 1 5 . A p o y a n las convicciones
/ (icrlubirttque suphos ermi- d e c o r o / p r a e s u l d a r e , tuos lucis a m a n c e s » .
ilc S c h a p i r o las d e K . 1 loffinann, «Introducüon», en id. (cd.), The Year 1200 A Centennial Exhibition at the
" Apocabpsis 21, 9-2?, 5. C f r . L . G r o d e c k i . « L e cliapiu-e X X V 1 1 1 de la S c h e d u l a d u m o i n e Théophilc
Metropolitan Ahiscwii ofArt, c a t á l o g o d e la e x p o s i c i ó n ( N u e v a Y o r k , i 2 de f e b r e r o - 1 0 de m a y o de 1970), N u e v a
tóchnique et e s t h e u q u e d u v i n a i ] r o m a n » ( 1 9 7 6 ) . e n id.. Le Aloyen age retro-uve. De Pan Ahi a Pan 1200. 1, Paris,
York, 1970. pp X X X J I I - X L i n , e n c o n c r c r o p. X L I . E s t a es una é p o c a cu la q u e se a c e n t ú a l a comunicación
1986, pp. 2 4 9 - 2 6 0 . c n c o n c r e t o p . 258.
«visual™, t a m b i é n e n l a s f u n c i o n e s l i t ú r g i c a s . S i n e m b a r g o , u n a d e l e c t a c i ó n p u r a m e n t e e s t é t i c a d e las o b r a s d e
w
«Sugcri abbaus S. D i o n y s « U b e r de r e b u s in a d m n i s t r a u o n e sua gesris», eaps. X X V I I , X X V I I I y XXXII
arte, p o r los v a g o s r a s g o s « p a g a n i z a n t e s » , h a b í a s u r g i d o y a e n l o s p r i m e r o s s i g l o s d e la c r i s t i a n d a d y se e n c u e n -
Quellenbucb zur Kunttgesehicbte dei abendländischen Mittelalters, V ì e n a , 1 8 9 6 . C f r . tam-
e nJ . v u n Schlosser (ed.). t r a e n ta o b r a d e r e f i n a d o s poetas carolingios, por lo que n o debe ser vista c o m o novedad que arranca en una
b ì ó i id.. Qut/lentmcb. Repertorio di fonti perla stona dell'arte del Medioevo occidentale (secoli tv-xv), con un'aggiunti fase h i s t ó r i c a q u e s e h a b í a l i b e r a d o h a c i a p o c o d e a n g u s d a s milenaristas.
di nuovi testi t aggiornamenti cntko-bibliografia. e d . J . V ' é g h ( e d i c i ó n a n a s t a t i c a ) , F l o r e i i c i a , 1 9 9 2 , p a r . X X X V I ,
'* W . v o n E s c h e n b a c h . Parzival, libro X B . W. 5 8 9 . 2 0 - 2 5 , e d . d e L . A l a n c i n e l l i , T u r i n , 1993 [ed. c a s e . Par-
pp. 2 7 1 - 2 7 2 y 2 7 7 : --Pars n o v a p u s t c n o r dum lungnur anteriori, / Aula m i c a i medio c l a n f i c a i a s u o . / Clsret
zival, Madrid, Símela, Vetratc medtevali, c i t . , p. 1 6 8 y
1 9 9 9 } ; cfr. E . C a s t c l n u o v o , 205.
cium daris quod d a r e concopulatur. / E t quod perhindit lux n o v a , c l a r c t o p u s / nobile |...]*•- t M a rcciente
'* G r o d e c k i , Esthétujuc aneierme et moderne du vitrail román, c i t - , p p . 1 8 - 1 9 , cita a J o r i s - K a r l Huysmuns,
edición de los escntos de S u g e r es de A . Speer, G . B i n d i n g y o u - o s ( e d s . ) , Abt Suger von Saint-Denis. AusgeteSbl- Charles Baudelairc, etcétera.
te&tbnfien- Ordinatio. De conttcrationc. De administralwnc, Darmstadt, 2000.
 F II F S T £ A LAS V I O H I L B A S 349

P r o u s t r e c u e r d a a s í q u e e n o t r a v i d r i e r a p r e d o m i n a b a n los t o n o s i r i s a d o s d e l a z u l ,
q u e , g r a c i a s a la l u z s o l a r , d a b a n la i m p r e s i ó n d e u n « p r é c i e u x i n c e n d i e » ' . 4

E n t r e los s i g l o s w m y x i . x , g r a n p a r t e d e l o s p r i t n e r í s i m o s c o l e c c i o n i s t a s e s t a d o u n i -
denses d e a r t e m e d i e v a l m a n i f e s t a r o n u n a a t r a c c i ó n i r r e s i s t i b l e p o r las v i d r i e r a s m e d i e -
vales, o m e j o r , p o r \a l u z a n t i g u a y m i s t e r i o s a q u e p o d r í a n d e j a r p e n e t r a r e n sus casas de
ptii-'eiins. A m e n u d o c o n s i g u i e r o n p r o c u r a r s e f n t g m c n r o s de v i d r i e r a s de c o n s i d e r a b l e
t a m a ñ o y v a l í a , e n t r e l o s q u e se p u e d e n r e c o r d a r a l g u n o s m e d a l l o n e s de ía p a r i s i n a S a i n -
rje-ÇhapelIe - c l c d i i u ici e m b l e m á t i c o d e l g ó t i c o r a y o n a n r e y d e l arre v i t r a l m e d i e v a l de
mediados d e l s i g l o M U - q u e l l e g a r o n a m a n o s de W i l l i a m P o y n t e l l , u n inglés establecido
en l ' d . i d c l l i a - T u v o la s u e r t e d e c o m p r a r l o s e n l o s p r i m e r o s a ñ o s d e l s i g l o \ i x , d e s p u é s de
que N a p o l e ó n h u b i e r a h e c h o q u i t a r b u e n a p a r t e d e las a d m i r a b l e s « p a r e d e s » de v i d r i o
de ese m o n u m e n t a l c« d r e p a r a las r e l i q u i a s d e C r i s t o o r d e n a d o p o r L u i s I X Q u i z á P o y n -
tell q u i ría i n s t a l a r l i s v i d r i e r a s e n la p r o p i a b i b l i o t e c a , c o m o d e s p u é s h i z o e l s e g u n d o
coleo 1
'insta d e v i d r i e r a s e n l o s E s t a d o s U n i d o s , R o b e r t G i l m o r j r . , q u i e n , tras v i s i t a r e n
Paris M u s é e n a t i o n a l des M o n u m e n t s F r a n ç a i s , e n los p r i m e r o s años del siglo xrx,
durant u n Grand Ttuir e u r o p e o , h a b í a e x p e r i m e n t a d o u n « m e l a n c h o l y p l e a s u r e » , i n -
fluent Ib c o m o e s t a b a p o r la l i t e r a n i r a r o m á n t i c a c o e t á n e a . 4 2

Figura 4. Hcíugenkreuz (Austria), alud:.' d. VI i r i a , Brunnenkapelle. vidriera de la dinastía Babcnbeq:.

margravt L e o p o l d o 111 riurio pintadogritadle, ñv I - * " 1

tros v i d r i e r o s , habían d o t a d o - a 1'opucité des m u r s d ' i m p a l p a b l e s i r i s a r i o n , des surnatu-

rcllcs apparitions m u l t i c o l o r e s » ' ' ' l - a la o p a c i d a d d e l o s m u r o s d e u n a i m p a l p a b l e irisa-
ción de sobrenaturales apariciones m u l u c o l o r e s » ) .
O t r o recuerdo suyo de la infancia es e l r e l a t i v o a la i g l e s i a d e C o m b r a y d o n d e , a pesar
de la grisura atmosférica, el i n t e r i o r de la iglesia estaba « e n c e n d i d o » p o r los colores de
las vidrieras. U n a de ellas estaba c o m p l e t a m e n t e o c u p a d a p o r u n p e r s o n a j e enmarcado
por u n baldaquino ( f i g . 4 ) * ' , c o l g a d o a m e d i o c a m i n o e n t r e la T i e r r a y e l C i c l o , que con
sus proporciones m o n u m e n t a l e s parecía s e m e j a n t e 3 u n r e y d e c a r t a s :

Las vidrieras nunca tornasolaban ramo c o m o e n los días de poco sol, de modo que si
afuera hacía mal tiempo, de seguro que en la iglesia lo hacía hermoso; había una, llena en
todo su tamaño por un solo persónate que parecía u n rey de baraja, y revivía allá, entre
ciclo y nena, bajo un dosel arquitectónico.
i

W
M . P r o u s t , . ' ! ¡a rrebercke du temps perdu. Üu cité de ebez Svcann, París, 1914, p. I I |cd. casu: A la Intica dd
tiempo perdida. 2 vols. Madrid. Valdemar. 2012J. Sobre la percepción. los estudios más interesantes se han realiza-
F i g u r a 5. L y o n c l F c i n i n g e r , Marbthirche in ¡¡alie, ó l e o s o b r e tela, 1930.
do desde la moderna ucurocicncia, que ha aclarado que los 3rusias, con incidencia mayor que los otros seres hu-
manos, tienden a a s o c i a r por u n proceso Anestésico los conceptos y las imágenes a los colores, y en sus creaciones
• Proust, A la recberebe dn temps perdu, c i t . , p p . 7 2 - 7 4 : " S e s v i t r a u x n e c h a t o y a i e n t jamaui tant q u e les jours
se sirven de metáforas c o n el Gn de expresar estas conexiones que toman cuerpo entre los propios centros visuales
n û le s o l e i l s e m o n t r a i t peu, de sorte que fit-il g r i s d e h o r s , o n é t a i t s û r q u ' i l ferait b e a u dans l'église; l ' u n était
y b emotividad más profunda. Las metáforas uenen a menudo el poder de evocar estas conexiones también en d rempli dans t o u t e s a g r a n d e u r p a r u n s e u l p e r s o n n a g e p a r e i l à u n R o i d e j e u de cartes, q u i vivait là-haut, sous
que las disfruta. Véase V. S- Kamacliandran y K . M . Hubbard, «Synacsdicsia; A Window I m o Pcrccpuon, un dais a r c h i t e c t u r a l , e n t r e o c ! et t e r r e » .
Tbought and Laapi3ge>'. Journal of Consaousness Studics VU1 <200l), pp, 3-34, en concreto pp. 17-18.
M. B . S m i d i , « T h e E a r l i e s t P r i v a r e C o l l e c t o r s : "False D a w n " Multiplied-, en id. (ed.). Medieval Art in
^ A las vidrieras de estetipose las llama -arquitectónicas-, en cuanto los personajes son representados dentro America- Patterns of Collecting, 1800-¡940, c a t á l o g o d e la e x p o s i c i ó n ( U n i v e r s i t y P a r k , P a . , 2 8 d e m a r z o - 2 6 d c
de marcos o tabernáculos inspirados en U esculuira arquitectónica contemporánea. Véase a tul propósito M. E mayo dc 1996), U n i v e r s i t y P a r k , P a . , 1996, pp. 23-33, en concreto pp. 23ss.
Ullich. -The Band Window: A Thcory o f Origin and Developmeni», Cesta I X , 1 (1970), pp. 26-33.
350 ARIE I HISTORIA EN LA E D A D AIEDIA III
La l u z de las catedrales y, e n g e n e r a l , e l f e n ó m e n o ó e la r e f r a c c i ó n ele la luz ha
seguido i n s p i r a n d o t a m b i é n a l o s c o n t e m p o r á n e o s . El pintor L y o n c l Fcininger
(1871-1956) a m e n u d o p i n t ó haces l u m i n o s o s q u e p a r t e n d e d i f e r e n t e s fuentes, casi
c o m o reflejos de u n espejo f r a c c i o n a d o , c o m o se v e e n Lo v¡ afana del atelier (1919,
W ' i h e l m - L e h m b n i c k - M u s e u m d e r S t a d t D u i s b u r g ) , d o n d e u n a v e n t a n a vidriada es
fuente de l u z ; o b i e n en la Marktkircbc int Hnllc ( 1 9 3 0 . lía\ • i s e h e StaatsgcmáUle-
s a m m l u n g e n , M u n i c h ) ( ñ g . 5 ) . d o n d e e l d o m i n a n t e e d i f i c i o m e d i e v a l , c o n dos altas
torres de fachada, m o d i f i c a la l u m i n o s i d a d de la p l a z a , r e f r a c t a n d o l o s r a y o s lumino-
sos que aparecen c o m o haces de l u z iiirj«ridos s o b r e la i a l e s i a . d e s c o m p u e s t o s » por
los salientes de la e s t r u c t u r a a r q u i t e c t ó n i c a * . E n la x i l o g r a f í a
4
I ütedrat ( 1 9 1 * ' .
archiv A r n t z , H a a g / O b b i . tal r e , D T azar, s o b r e l o s a l t í s i m o s p i n á c u l o s de las
torres de fachada y d e l c i m b o n . > i .! i n d e c e n b r i l l a n t í s i m a s e s t r e l l a s , aludiendo
quizá a la inmediata a s o c i a c i ó n u a g i n a rio c o m ú n e n t r e la l u z y las catedrales
góticas"".
La vidriera como expresión de lo sobrenatural
A propósito del arte p a l e o c n > t i . m . . y b i z a n t i n o , A n d r é G r a b a r h a b í a explicado el
alejamiento de los c á n o n e s p r o p o r c i o n a l e s y e s t é t i c o s c l á s i c o s y su d i r i g i r s e hacia la
abstracción, d i c i e n d o que ella, i n t e n c i o n a l m c n t e . b u s c a b a e l m o d o d e expresar lo ine-
fable, la esencia divina y una d i m e n s i ó n " d i f e r e n t e » r e s p e c t o a la r e a l i d a d tangible .
M á s allá de tener o no conciencia de esta c u e s t i ó n l o s a r t i s t a s , h a v q u e d e c i r que la luz
había sido considerada, ya desde la t e o l o g í a d e l o s p r i m e r o s s i g l o s c r i s t i a n o s , el símbo-
lo d i v i n o más p e r f e c t o . P o r l o d e m á s , e n el G é n e s i s ( 1 , 3 ) se d i c e c l a r a m e n t e que Dios
ha creado el u n i v e r s o c o n u n acto de i l u m i n a c i ó n ( « ¡ F i a t L u x ! » ) , p o r l o que ésic no
puede sobrevivir s i n l u z . A u n q u e cada cosa c r e a d a es u n a m a n i f e s t a c i ó n de D i o s , la luz
es la más directa. El tema vuelve en e l N u e v o T e s t a m e n t o : e n e l E v a n g e l i o de Juan (9,
5) C r i s t o afirma - s o y la l u z d e l m u n d o » . .-VI r e s p e c t o , la t e o l o g í a c r i s t i a n a m á s antigua
heredó también algunos p r i n c i p i o s de la filosofía n e o p l a t ó n i c a . P l o t i n o , d e hecho, veÍ3
la luz c o m o l o menos m a t e r i a l de los f e n ó m e n o s n a t u r a l e s , p o r ser i n t a n g i b l e , ¡nco-
r r u p t i b l e y, a la vez, real y p e r c e p t i b l e p o r l o s s e n t i d o s . L a l u z s e r í a m a n i f e s t a c i ó n del
p r i n c i p i o racional (hgos) de la r e a l i d a d , r a z ó n p o r la q u e e l o j o h u m a n o es atraído por
ella y p o r los colores, que s o n , e n sí m i s m o s , l u z " ' ; p u e s t o q u e e l i n t e l e c t o humano
-
""Sin inclinarse a atribuirá la obra de Feminger connotaciones ncciplatónicas. a propósito de reflejos de h
realidad, se quiere recordar que Ploono había escrito que las imitaciones mejor conseguidas de la realidad son
aquellas que. como un espejo, son capaces de aprehender el rcfic[o de las formas (Plouno. Encadas, IV, 3, I I ;
cfr. Grabar. «Floun et les origines», cíe).
M
Agradezco a Adriano Peroin por haberme animado a reflexionar sobre el valor y el uso de la luz en el
uabajo de Lyoncl Feuiinger. Para los cuadros citados, véase I I . Hess, I— E. Hess c 1. Krause (eds.), Lywtel
Faninger, 1871-1956, catálogo de la exposición (.Munich. 24 de mar¿o-l3 de mayo de 1973; Zúrich, 25 de
mayo-22 de jubo de 1973). Múmch-Zúrich. 1973. Kat.-Nr. 97, 133 y 311.
A Grabar, -Le inessage de I'art byxantjn»* (1964), en id.. Les origines de 1'estbétique, ctt.
45
*Plouuo. Encadas, 11. 4. 5; cfr. Grabar, Plotin et les origines, cit.
F U E N T E A LAS VIDRIERAS 351
sería capaz de c a p t a r e l hgos d e las c o s a s , su s o l i d e z s e r í a superada hasta hacerse « t r a n s -
p a r e n t e s » y « f u s i o n a r s e » c o n la l u z . D e esta r á p i d a e i n s u f i c i e n t e síntesis de las d o c -
4 7
trinas n e o p l a t ó n i c a s se p u e d e e n t e n d e r p o r q u é l l e g a r o n a s o s t e n e r e l tema d e la l u z ,
presente ya e n e l A n t i g u o y N u e v o T e s t a m e n t o , c o n e l fin d e e x p l i c a r la presencia d i -
vina de t o d a s las c o s a s , y p o r q u é e n la l u z se r e c o n o c í a e l s í m b o l o d i v i n o p o r excelen-
cia, c o n f i r m a n d o las p a l a b r a s d e J u a n s o b r e la i d e n t i f i c a c i ó n d e la l u z c o n Cristo//o w. r
5
l l l o llevó a j u s t i f i c a i t a m b i é n e n l o s l u g a r e s d e c u l t o la p r e s e n c i a d e m a t e r i a l e s reflec-
r
tantes, de i n t e n s o c o l o r i d o , c o m o e l m o s a i c o , los m á r m o l e s p o l í c r o m o s , las v i d r i e r a s ,
las l á m p a r a s d e m e t a l e s preciosos.
Kunst-
T a m b i é n e n la l n e i . u t i r a m e n o s d o c t a se r e c o g e n ecos de tales c o n v i c c i o n e s . U n a
fuente i . c u e r d a q m h a c í a la m i t a d d e l s i g l o v i , e n la iglesíta d e u n p e q u e ñ o m o n a s t e r i o
de Brci ña, e l a b a d < r i I d a ( f 5 6 5 ) h i z o v i d r i a r la v e n t a n a e n el ábside de la iglesia, c o n e l
fin de i >t-trarsc d u r a n t e la o r a c i ó n hacia u n a f u e n t e de luz n a t u r a l .
I' monees n instruyó u n pequeño o r a t o r i o en la orilla del río Blavet, bajo una roca sa-
ne; excavando la roca misma desde Occidente a O r i e n t e , y construyendo encima un
rO a l o largo del latió derecho, consiguió u n o r a t o r i o apropiado, bajo el cual hizo manar
la rpea una fuente límpida. Después, el beato Gilda, queriendo cerrar con un vidrio la
l i a n a expuesta al este del m i s m o o r a t o r i o , al estar desprovisto de vidrio, se postró en
n «ra invocando a D i o s ; luego, alzándose en oración, fue hacia otra roca y de ella, por la
generosidad del S e ñ o r , extrajo el vidrio** . 8
45
E l h e c h o d e q u e e l v i d r i o se n o m b r e e s p e c í f i c a m e n t e hace pensar que él, o r i g i n a r i o
de las islas B r i t á n i c a s , d o n d e la p r o d u c c i ó n v i d r i e r a había desaparecido después de la
dominación r o m a n a , h a b í a v i s t o e l v i d r i o p l a n o e m p l e a d o e n e d i f i c i o s de la Galia y l o
había i n d i v i d u a d o c o m o el m e d i o m á s a d e c u a d o para la p e n e t r a c i ó n de la luz solar e n el
espacio s a g r a d o ; l u z s o l a r q u e él d e b í a de r e c o n o c e r c o m o i n m e d i a t o r e t o m o a la esencia
i n t a n g i b l e d e D i o s . P o r l o d e m á s , e n la l i t u r g i a c r i s t i a n a se cantaba, al m e n o s desde e l
siglo i v , e l h i m n o g r i e g o Pisos Hilaron, q u e d i c e :
¡Oh, alegre L u z / de la Santa G l o n a
del Padre Celestial I n m o r t a l
santo, o h , beato Jesucristo!
Llcgandc» al ocaso del Sol,
viendo la luz del crepúsculo
* Plouno, Eneadas. V. 8, 4; cfr. Grahar, Plotm et les origines, cit.
?
""•G. liullando, \ ita Gildae sapientisabb.. XXIXlaiiuam, cap. 111, 17, Amhcrcs, 1643, p . 961: -Tune deinde
r
construxu parvum oratorium super ripam fluminis Blflueu, sub quadain eminenri mpe, ab Occidente in Orien-
tent ipsam concavans nipem, et ad latus eius dextrum, erigens parîetem, congruiim fecit oratorium, sub quo de
nipe emanare fecit fontem pcrlucidum. Cum vero fenestram Oricutalem ciusdem oratoni vitro claudere vellct
B. Gildas, et vitrum ei deesset, prostratus in terra Dominum deprecatur: surgeiis auteui oradone, abiit nd
qusndam rupem, et ex ipsa Domino largiente optimum rulit vitnmr»; cfr. A . - N . Didron, «Histoire de la pein-
nirc sur verre». Annales Arcbeologù/nes XXIM (1863), pp. 45-60, en concreto p. 55,
 AkTt í HISTORIA r\ LA K D A D MEDIA 111
352
F*FNTL A LAS V I D R I E R A S 353
alabamos al Padre \ al H i j o
y al Espínru Santo de D i o s |-..|**.

E l caso d e l abad G i l d a deja t a m b i é n i n t u i r q u e . e n u n a é p o c a e n la q u e las ventanas vi-

driadas n o estaban todavía " p o b l a d a s » d e r e p r e s e n t a c i o n e s s a g r a d . i s , e n e l l a s se percibía, en
cualquier caso, la ««presencia" d i v i n a , l i . n q u e e s p e r a r a la é p m i d e C a r l o m a g i m (t816)
para asistir a la aparición de u d n c r a > figurativas, e n las q u e l . i p r e s e n c i a d e l o sagrado se
hace, p o r f i n . visible t a m b i é n para l o s o j o s d e l c u e r p o , a d e m a s d< p . i r a l o s d e la I I H m e . Las
fuentes literarias inducían a c r e e r quv l . i v i d n c r a h a b í a t e n i d o s u . -i i g e n e n a q u e l l . i (.poca en
tierras de Francia, c o m o e s c r i b í a hace u n s i g l o y m e d i o A d o l p h c X . i p o l é o n D i d r o n :

|...| la vidriera pintada, b d ñ c n que alcanza e l g r a d o de p e r f e c c i ó n de m i arte, se

r r m n n ü a los p n m a m JIVI- del • i \ \ se d e b e a l e n o r m e i m p u l s o q u e Carl«Miijgnodjo
a las Ierras, las ciencias y las 1
|'°. rigui 1
''••ceden u di ' :•>)»- ••• ilc ( j r l o m a g n o cu P.ulci >n. fragmento de vidrio de venían? con restos de
gritadle t i a r a , finales del M . ' I - I vm-pnncipios del u
Desde entonces, se puso e n nri u n a p o l é m i c a n a c i o n a l i s t a d i r i g i d a a reconducir
la primacía de la i n v e n c i ó n de ta i I r a n c i a , a A l e m a n i a i> a I n g l a t e r r a , una polé- En- las f u e n t e s d e é p o c a c a r o l i n g i a q u e a l u d e n a v i d r i e r a s f i g u r a t i v a s , se i n c l u y e n
mica comprensible en el c l i m a p u b i u de l a é p o c a * . H e i n n c h ( > i d t m a n n pusi> o r d e n en
1 los \ i s de u n p o e t a , q u e vivió e n e l m o n a s t e r i o de S a i n t - D c n i s , c o n o c i d o c o n el
esta c u e s t i ó n ; desde u n c . v h . i u s m • • tW • d e t e x t o s m e d i e v a l e s s o b r e l a s v i d r i e r a s , dedujo pscti.l M Í O d e I l i b e r n i c u s R x u l . D i r i g i ó a G a r l o m a g n o u n a c o m p o s i c i ó n e n la q u e se
que habían a p a r e c i d o c o n t e m p o r . . ; e . t m e n t e e n d i f e r e n t e s p u n t o s d e l d o m i n i o carotin- c i l a ut. . H i r i e r a e n la c u a l se p o d í a n v e r la m a n o b e n d e c i d o r a de D i o s y los s í m b o l o s
g i o , e n t r e F r a n c i a y A l e m a n i a . I-a a r q u e o l o g í a m á s r e c i e n t e h a c o n f i r m a d o esta teoría de los i n g e h s t a s * . T a m b i é n las v i d r i e r a s d e u n a c a p i l l a de la i g l e s i a abacial de W e r -
4

den-l • n. fundada por L u d g c r i o (t809), estaban l l e n a s de f i g u r a s . U n t e x t o p o c o

gracias a los hallazgos de v i d r i o c o l o r e a d o y p i n t a d o t a n t o e n m o n a s t e r i o s c o m o en resi-
p o s t e n . . ! a s u m u e r t e c u e n t a u n m i l a g r o d e l s a n t o a b a d , q u i e n h a b í a d e v u e l t o la vista
dencias reales y episcopales, c o m o e n San C í a l o . . M ü s t a i r ( S u i z a ) , R o u c n (Prancia), Pa-
a una ¡ o v e n c i e g a , a la q u e se le a p a r e c i e r o n , p r i m e r o , las l l a m a s d e las velas a r d i e n t e s
d e r b o n ( r i g . 6 ) , C o r v e y ( A l e m a n i a ) , y así s u c e s i v a m e n t e 1 1 2
. A p a r t i r d e este momento, b
y, l u e g o , las f i g u r a s q u e d e c o r a b a n las v e n t a n a s d e u n a c a p i l l a a t r a v e s a d a s p o r la l u z de
v i d r i e r a se c o n v i e r t e e n u n c a m p o de e x p r e s i ó n d e la f i g u r a y d e c o n t e n i d o s , p o r l o gene-
la A u r o r a ;
r a l , religiosos c o n u n c r e c i e n t e e n r i q u e c i m i e n t o i c o n o g r á f i c o q u e c u l m i n ó e n la Baja
E d a d M e d i a . Es necesario r e f l e x i o n a r s o b r e e l h e c h o d e q u e la v i d r i e r a l l e g a a ser depo-
sitaria de i m á g e n e s j u s t o e n u n m o m e n t o e n e l q u e e n t r e O r i e n t e y O c c i d e n t e se desa- A l final d e l s e r v i c i o n o c t u r n o , m i e n t r a s leía el Evangelio, según las costumbres de los
r r o l l a b a una áspera lucha e n t r e i c o n o c l a s t a s e i c o n ó d u l o s , q u e v i o a l o s s o l i e r a n o s fran- monjes, antes de las laudes m a t u t i n a s , ella e m p e z ó lentamente a recuperarla vista. Y en
un p r i m e r m o m e n t o , loca de a l e g r í a , e x c l a m ó que podía ver las velas que ardían y, poco
ceses t o m a r p a r t i d o - s i b i e n c o n c i e r t a r e s e r v a - a f a v o r d e l a s i m á g e n e s " , l ' o r l o demás,
después, c u a n d o c o n la A u r o r a e m p e z ó a enrojecer e l ciclo y la luz a penetrar, JKXTO a
desde n i n g ú n o t r o s o j i o r t e a r t í s t i c o las i m á g e n e s s a g r a d a s h a b r í a n p o d i d o ser tan enno-
poco, a través de las ventanas, c o m e n z ó a señalar con e l dedo las unigenes a las que daban
blecidas c o m o desde e l v i d r i o p l a n o , d o n d e e r a n a t r a v e s a d a s p o r la l u z d i v i n a .
lugar".

" Phu* lljron, en C Valen/aano (ed.), IM Luce 'l'erti dal i setola al secolo xv, Ciudad del Vaucano, 2002, pp
1V-20.
w
U i d ( o n . Hutonede la friaturr sur -.erre, c i l , p. SJ: - | . . . ] le v i i r a i l p e i n t . le vi trai) arrivé au degtc de per- " l i i b c m i c m Exnl, Carmina, carmen V I . *< Versus ad l-cncMiam-. v. 3. cn E. Dummlrr (ed.), MGH, l'oeiae
fecounnement qui cn lait un an. date des prvnuerev znnées d u IX* siede, ci q u ' i l est d u a l'immense impulso» Ianni aex-i Carolini, tomo 1, Berlin, 1880. pp. 401-402
que Oudcnugnc a duiuiec JUI lettrcs. au\ s a c n t o et aux arts (...)*• " Vita III Sancii Luulgeri, libro I I , c a p . X X X l . cn W. Diekamp (ed.). Die Gestbubtsauellen des liututu Mun
" Solm. Meuunia > Suiza,cfr. J B NurdhulT, - D i e altere Glasinalcrci. N o t i z e n - , Repenonum far fona- ter, voi. I V Munttcr. 1881, pp. 127- I 28: -lamque fimo* noctunùs. c u n i evangebum mocc monadus c t i m u r r u -
isiaenscbaft I I I , 4 (1880). pp. 4SV-462; W, Lubkc. Vber die altea Glasgemalde dcr Zùnch. IRoÓ Sobrt Jii.u« < ante inatutinas laudes legerctur. i p u vrcum sensim resumere corpi t. Et primo quidtm se poste camiciai
I n i b i r m i , cfr. K H . J. WrvUakc. A Huiory oj'Design in l'amted Class. L o m i < H f o r d , 1881. cernere ardentes laetabunda esclamavi!, pmnnodum a u r o r a u m urubescenie ci luce paulauin per fcnnurai
'•' Oiduiunn. Die Glasmalerri. Ò L . voi I ) . pp. 6V-71 ; para una actuali/ación cfr. Caitdnuovo, Vetme irradiarne, iiiugines in eis fa era s inonstmre digito coepit»-. l.mdj;crio (180°) vivitì su pivennid en YorL, <londe
medievali, cit^ p. 215; Dell'Acqua, •Illuminando colorai-, c u . , p p . 55-62. protxabk'mentc fue discfpulo ile Alcuino, se tradadó a Alcrmwin paro seguir s u vnenriòn misioncra y rontrìbuir
" Redime los punì.» de la cucsùón H . Bcluiig. Ilild und Kult. lune Ciesebichte des Bildes vor dem Zeitalirrda a la evangeli za ci ón del dominio de Carlnrnagno.
Kunsi. Munich. 19V0 Juad. cast. Imagen y culto. Madrid, AJul. 2010).
354 ARTI E HISTORIA E S LA E D A D M E D I A 111
FUENTF A L A S V 11> R I l R A S

L a Aurora preludia a Pbocbits, luego al Sol/Cristo. L a vidriera se puede considerar

«cristológica» en su esencia, como se confirma ya en los primero- siglos de la Edad Me-
dia, por ejemplo, ei caso del abad Gilda y el milagro post morten i b ' Lvidgerio^.
A pesar de que la época carolingia fue testigo del triunfo de l - vidriera figurada, los
primeros amplios ciclos de \ idrieras que nos han llegado se renu . n t a n a después de fines
del siglo xu. E n él, la variedad iconográfica respondía a nuevas instancias teodiceas y
espirituales, sobre la base de una CN«.-.J«:SÍS de las Escrituras, que n ..onocía en las ¡máge-
nes pintadas un medio válido de de * vración visual* . ¿ P e r o que se representaba en esc 7

momento en las vidrieras? ¿V que ¡ m i n e a b a n esas representaciones?

Entre los primeros temas -
ventana se encuentran los pr;
que permanecieron en el !u¿_
go (Baviera), entre el final du'
realización, el teólogo Hon-
en el que comparaba la socied
co, las vidrieras corrcspondi.-.i .
¡os con el ámbito representativo de los vanos de
<s. como en el más anti^ui • ejemplo de vidrieras
.e fueron concebidas, en la catedral de Augsbur-
incipios del x u . C a s i en los mismos años de su
Uigu.etotiiwemis, escribía un tratado exegétko
ombres a u n 3 iglesia. E n este edificio metafóri-
/, a los que se pedía la labor de difundir el sa-
:

ber y, al mismo tiempo, prole. tejías, del mismo modo que el vidrio permite
la penetración de la luz natur.i! pj c i en do de la intemperie**. N o por casualidad, los
profetas y los apóstoles llegaron a c ó n ¡vuir, en el siglo siguiente, un elemento recurren-
te en los articulados programas iL^iiugraricos de las catedrales transalpinas, tanto en las
vidrieras como en las ricas decoraciones escultóricas <fig. 7). L a tradición de la escritura,
que se servía de metáforas «arquitectónicas» para hacer visibles a la mente los conceptos
de manera racional, tenía raíces en la descripción de 13 Jerusalén celestial hecha en el
Apocalipsis, uno de los textos más influventes en el Occidente medieval*''.

"' D e b o esta o b s e r v a c i ó n a G e r h a r d W o l f
' " C f r . H o f f m a n n . - I n i r o d u c n o n - . cit., p . X L I L - I n a b r o a d e r s e n s e , t h e t e n d e n c y t o r e n d e r t h i n g s visible
1 0 t h e s e n s e s is 3t t h e r o o t o f c o n t e m p o r a r y m e d i e v a l r e l i g i o u s a n d p h i l o s o p h i c a l d i o u g h t . 1 0 0 . I t is in this
s e n s e d i a l " c b n f i c a a o n " a n d " m a n i f e s u ü o n " w e r e c e n t r a l n o u o n s o f s c h o l a s i i c i s m , a i m i n g a t t h e s p i n t u a l ar-
u c u b t i o n of t r a d i t i o n a l d o g m a * - . S o b r e e l u s o d e las i m á g e n e s c o m o v e h í c u l o d e c o n t e n i d o s i d e o l ó g i c o s , socia-
l e s y, p o r c o n s i g u i e n t e , s o b r e s u fiabibdad c o m o - f u e n t e s - h i s t ó r i c a s , v é a n s e los c é l e b r e s e s t u d i o s d e j . H u i z ú v
ga, Le uamagim delb stona. Sentti, ¡905-19-11, c d . U l c t s e d e B o e r , T u r i n . 1 9 9 3 ; F . H a s k e l l , History and Its
Imager. Art andthe Interpretation ofthe Past. N e w H a v e n , C o n n . . 1 9 9 3 [ c d . c a s t : La historia y sus imágenes: el arte
y la imerpmaeión del pasado, M a d n d . A l i a n z a . 1 9 9 4 ) . P. B u r k e . Eymttness m G. The Uses of Images at Historial
Evidente. Picturing History. L o n d r e s . 2 0 0 1 , p p 9 s s . . p a n u n e s t a d o d e l a c u e s t i ó n ( a g r a d e z c o a S a n d r a B a r a g l i
p o r h a b e m i e s e ñ a l a d o este ú l t i m o texto).
i s
H o u o r i u s Augusiudunensis, Gemina Anwtae, c a p . C X X X : - D e f e n e s t r i i s e c c l e s Í 3 e > - , e n id.. Opera Omnia,
en J . - P . Alignc (cd.). Patrología Laima ( a p a r t i r d e a h o r a PL), t o m o C L X X T J . P a r í s , 1 8 5 4 , c o l . 5 8 6 ; c f r . C a s t d -
n u o v o , Yetrate medievali. a i . p . 1 2 0 . S o b r e l a m e t á f o r a d e l E s t a d o c o m o e d i f i c i o , r e l a c i o n a d a t a n t o c o n l a tra-
d i c i ó n l i t e r a r i a g r e c o r r o m a n a c o m o e o n l a j u d c o e n s u a n a , v é a s e C o w l i n g , Building the text, c i c , p . 8 5 .
,0
Ibid.. p p . lss. C o w l i n g n o c a q u e e l r e c u r s o d e l a a r q u i t e c t u r a c o m o t e m a a l e g ó r i c o h a y q u e p o n e r l o , quiza,
e n r e l a c i ó n c o n e l h e c h o d e q u e m u v a m e n u d o l a s o b r a s l i t e r a r i a s s e l e s o f r e c í a n a s e ñ o r e s q u e e r a n , a la vez,
c o m i t e n t e s d e e d i f i c i o s . N o r m a l m e n t e , l o s e d i f i c i o s s e d e s e n l i e n c o m o h e c h o s d e m a t e r i a l e s p r e c i o s í s i m o s y ra-
r o s , p o r l o q u e s i , p o r u n a p a n e , c o n s n r u y c n represen Lactones a l e g ó r i c a s p o r e l rico p o t e n c i a l s e m á n t i c o , p o r otra,
d e s v e l a n u n a r e l a e i ó i i t e n u e e o n las p r á c t i c a s a r q u i t e c t ó n i c a s c o e t á n e a s . L o s d e s a r r o l l o s d e l a a r q u i t e c t u r a r e a l casi
nunca aparecen « r e g i s t r a d o s » e n estos textos l i t e r a r i o s , q u e m á s b i e n s e r e l a c i o n a n c o n e l s i g n i f i c a d o simbólico
de e s t r u c t u r a s , e s b o z a d a s r a c i o n a l m e n t e , e n l a s q u e r e f l e j a r l a o r g a n i z a c i ó n d e l o s c o n t e n i d o s n a r r a t i v o s .
 A*T F. E H I M O I I A EN LA E O \ l> M l D I A I I I
fus 11 A IAS viomiiAS 357
L a s v i d r i e r a s , e n las q u e . u n los s i g l o s finales de la
F-dad M e d i a , se d e s p l i e g a u n a m p l í s i m o r e p e n o r i o d e t e -
n í a s r e l i g i o s o s , se c o n v i e r t e n : I M e l ) u n e l e m e n t o de fun-
d a m e n t a l i m p o r t a n c i a e n l a e\p» r i e n c i a r e l i g i o s a : la «ex-
periencia de lo sagrado» puede estar profundamente
c o n d i c i o n a d a p o r l a p e r c e p c i ó n - le las i m á g e n e s ' ' . Pién- 0

sese e n e l c i t a d o c a s o d e l m i l a g i « » r e a l i z a d o p o r san L u d -
g e r i o , e n e l q u e e l p o d e r t . i m n m i r g i c o d e l s a n i o , ya d i -
f u n t o . \ la e x p e r i e n c i a d e l i n f i n i t o p o d e r d i v i n o se hacen
r e a l i d a d e n la p e r c e p c i ó n , p o r la j o v e n c i e g a , de la luz

filtrada p o r l a s v i d r i e r a s . É s t a s p o d í a n s e r o b i e m de es-
e n c i a s m í s t i c a s , c o m o l e s i n e d i ó a la t e r c i a n a íran-
\ngela d e F o l i g n o , q u e . e n 1 2 9 1 , e n la basílica
; . r de Asís, v i o a « F r a n c i s c u r n i n s i n u j e s u Clinsó».
¡vo estaba ( y t o d a v í a h o ) es v i s i b l e ) e n una de las
. u e se h a b í a n r e a l i z a d ) > a l g ú n a ñ o antes de que
la Tuviera l u g a r ( f i g . 8 ) . M

-t- »^ q u e l a s v i d r i e r a s a c o g i e r a n representaciones
: - d e p e r s o n a j e s n o r m a l m e n t e a c o m p a ñ a d o s de
tni'l; u i e i i t i f i c a t i v o s . q u e , p o r l o t a n t o , se p o d í a n identi-
f i c a r i n m e d i a t a m e n t e ( f i g . 9 ) , se c a r a c t e r i z a b a n por una
c o m p l e j i d a d i c o n o g r á f i c a d i f í c i l m e n t e i n t e r p r e t a b l e para
l*ti. .ra 10. C'lurtrcv i .itcdr.il de N o t r c - D a me. vulnera «le san Lubin, vidrio pintado a grtsaille.
ea. 1210. detalle.
clones era * es n e c e s a r i o u n « e j e r c i c i o i n t e l e c t u a l » p o r p a r t e d e l espectador, e n desven-
taja, p o r • >tra p a r t e , p o r la d i s t a n c i a física q u e se i n t e r p o n e e n t r e el n i v e l d e l suelo y el de
las ventanas e n l o s e d i f i c i o s m o n u m e n t a l e s . E s t a d i f i c u l t a d ha s i d o superada e n el últi-
6 1

los - a n a l f a b e t o s ( f i g . 1 0 ) . C o m o o t r a s f o r m a s de arte, las m o Siglo g r a c i a s a la r e p r o d u c c i ó n f o t o g r á f i c a , q u e ha f a c i l i t a d o e n o r m e m e n t e t a n t o la

apreciación d e las v i d r i e r a s c o m o e l e x a m e n d e cada d e t a l l e , a s í c o m o la c o m p a r a c i ó n
v i d r i e r a s s o n o b i e t o s q u e p u e d e n s e r p e r c i b i d o s en nive-
entre o b r a s d i s t a n t e s e n e l e s p a c i o y e n e l t i e m p o . P e r o n o q u e d a c l a r o q u e el h o m b r e
les d i f e r e n t e s : d e s d e u n a p u r a a p r e c i a c i ó n c s t é u c a , hasta
m o d e r n o sea c a p a z d e p e r c i b i r las v i d r i e r a s c o n la m i s m a e s p i r i t u a l i d a d q u e l o a n i m a b a
u n a l e c t u r a p l a n a , s i m b ó l i c a O a l e g ó r i c a d e sus conteni-
entre la A n u g i i e d a d t a r d í a y la R d a d M e d i a , c u a n d o e l e s p l e n d o r de las d e c o r a c i o n e s
d o s , o h a s t a la p e r c e p c i ó n d e la l u z q u e las p e n e t r a y que
c c l e s i á s n c a s i b a d i r i g i d o a a s o m b r a r a l fiel, desde e l m á s h u m i l d e hasta e l m á s p o d e r o s o ,
t r a n s c i e n d e l o s c o n t e n i d o s i c o n o g r á f i c o s p a r a inducirá
y a i n c u l c a r l e s u n s e n t i d o d e r e s p e t o y d e c o m u n i ó n c o n D i o s e n u n a d i m e n s i ó n elevada
la c o n t e m p l a c i ó n mística.
y l u m i n o s a e n r e l a c i ó n c o n la c o t i d i a n a .
La representación f i g u r a t i v a e n las v i d r i e r a s fue caá
A los c o n t e n i d o s figurativos d e las v i d r i e r a s d u r a n t e los s e r m o n e s se r e f e r í a , a m e n u -
s i e m p r e c o n f i a d a a e x p e d i e n t e s c o m p e n d i a d o s c o n el fin
do, el c l e r o , q u e , p o r u n l a d o , a l u d í a a las i m á g e n e s p a r a fijar m e j o r e n la m e n t e de los
d e a b r e v i a r l a n a r r a c i ó n ' ' - . P a r a i n t e r p r e t a r estas figura-
fieles c i e r t o s c o n t e n i d o s r e l i g i o s o s y , p o r o t r o , c o l a b o r a b a e n la « l e c t u r a » de las v i d r i e -
ras. Tal p r á c t i c a e x p l i c a t i v a d e la r e l i g i ó n , q u e e x p l o t a b a las d e c o r a c i o n e s eclesiásticas
figurativas, se d i f u n d i ó s o b r e t o d o e n la Baja R d a d M e d i a , c u a n d o los p r e d i c a d o r e s
w ,
C f r . Burke, Eyevitnesstng. cit.. p. 46. e m p e z a r o n a d i r i g i r s e a l a u d i t o r i o e n la l e n g u a h a b l a d a y ya n o e n latín. E n la a c t u a l i -
*' F. M a r t i n . Die Glasiiiatereien ion San Francesco in Assai: Enuttb-
dad, p r i v a d o s d e t a l m e d i a c i ó n , s i g u e s i e n d o d i f í c i l p a r a e l espectador, d e s p r o v i s t o de
lag und Entaíeklung emer Gatiung m 1tallen, Ratisbona. 1997 (ed ¡V. U
vetrate di San Francesco in Assist: nascita e sviluppo di un genere artistico m
Italia. Asís, 1998. p p . ] 9 y 2H7-288(; sobre las imágenes recurrentes en
En un conocidísimo estudio, E r n i t l - I . Gumbrich observaba que «ver es creer», es decir, que vemos lo
1,1

las descripciones de visiones místicas y, en concreto, sobre b beiu

qm- reconocemos, a lo que estamos acostumbrados, por lo que, a menudo, lo que se percibe en una obra de
Angela da l o l i g n o , véase I . . B o l z o n i . I^t rete delle immagini. Prrdiuray
arte no son más que «proyecciones personales-: E. H - Gombricb. Art and lllusion. A Study in tbe I'sycbology
Figura 9 \iixvrrc (Burg»na). ne in volgare dalle ongjni a Bernardino da Siena, Turín, 2002, pp. XV « . of Pictorial Rcpresentation. Londres-Nueva York. 1960 [cd. casr.; Arte e ilusión, Madrid. Debate, 20D3|. l i a
catedral de Saint-l'ucnnc. I» 5S y 124. vuelto sobre el tema R. VVoJlheim. Art and ns Objectt - An Inrroduction » Aestbelics, Nueva York-Londres.
Virgen en el irono y el retrato del Sobre la iconografía de las vidrieras y las modalidades luminai 1968 [ed. case: El arre y sus objetos. Introducción a la estética. Barcelona. Scix Barral, 1976. caps. XU1, XXXTV,
dóname Hubencui presbiter. vidno en ellas adoptadas ha escrito W . K c m p , Senno Corporeus: die Erzàblnr XXXIX, XU1J.
pinudo a 1220-1250. der mittelalterltcbcn Cilasjenster, M u n i c h , 1987.
 A«TE 1 I H M URIA I N I A l i 11 A I » M ELM« 1||

F a i N t l A LAS VIDRIERAS
una guía, i n t e r p r e t a r las c o m p l e j a s i m á g e n e s q u e o c u p a n l a s v i d r i e r a s , o m e n u d o entre-
toradas m e d i a n t e c í r c u l o s y r e c u a d r o s p o l i l o b u l a d o s q u e s u i ; i c r e n y , a v e c e s , complican
las secuencias n a r r a t i v a s M
.
U n o de los t e m a s m á s r e p r e s e n t a d o s e n e l l a s e n l a E d a d M e d i a f u e e l A r b o l déjese,
que t i e n e o r i g e n e n la i m a g e n d e l p a t r i a r c a a c o s t a d o , d u r m i e n d o , d e s d e e l q u e se levanta
u n árbol cuyos f r e s c o s r a c i m o s a l b e r g a n a l o s a n t e p a s a d o s d e C r i s t o ( t i g . F.l profeta
Isaías h a b í a s o ñ a d o c o n e l n a c i m i e n t o d e e s t e á r l x >l ( I s a í a s 11. I - 1 0 ) , e n c u \ a cúspide se
coloca, e n la E d a d M e d i a , a M a r í a , d e la q u e se e n g e n d r a r í a t ; r i s t o . C o n e l \ r h o l déjese,
el ari'or consaiipjttntuitis. se q u e r i . i t e s t i m o n i a r l a a n t i g u a . i s . i n d e n c i a d e C I n s t o y, luego,
establecer v í n c u l o s e n t r e p e r s o n . u c s e h i s t o r i a s d e l A n t i i n n • \ e l N ' u e v o Tes-..miento. Es-
tos v i n c u l o s u m b i é n a p a r e c e r á n i l u s t r a d o s e n o t r o s t e m a s < m o g r á f i c o s . q u e ocuparan
las v i d r i e r a s e n la Baja E d a d M e d í s q u e h a n s i d o d e fin i d i »s c o m o « e s q u e m a s tipológi-
c o s » , p o r q u e e s t á n b a s a d o s e n los . . u r s o r e s o « t i p o s » d e C r i s t o . D a d o q u e entre lo»
antepasados de C n s t o a p a r e e . . . > \ de Israel, c o n esli e s q u e m a i c o n o g r á f i c o tam-

b i e n se q u e r í a d e j a r d e m a m h e - - e n d e n c i a d e la m o n a r q u í a t e r r e n a de la celestial.
T a l m o t i v o i c o n o g r á f i c o es. p o n - >n. p r e f e r i d o p o r c> i m i t e n t e s d e a b o r a n g o social
o , i n c l u s o , real. S u g e r m a n d o I \ i d n e r a c o n e s t e t e m a , y es s a b i d o q u e él erad
principal referente eclesiástu- o r o n a d e F r a n c i a . U n a v i d r i e r a c o n el Arbol de
J e s é fue comisionada p o r el mísi i F e l i p e A u g u s t o ( + 1 2 2 3 ) p a r a la c a t e d r a l de Sois-
RgV.nl I I „ | rharrf in cfaW líreuenau (I-sriria), parroquial, coro, el duque Alberto I I I de lisoria con sus dos
sons, quizá c o n la finalidad de h a c e i . \ p l i c i t o s , a t r a v é s d e l i n s t r u m e n t o m á s eficaz Je
mujeres, vidnu pintado a grisaille, ("mal es del siglo xiv.
c o m u n i c a c i ó n v i s u a l d e la é p o c a , l o o r í g e n e s s a g r a d o s d e l p r o p i o p o d e r , obstaculizad»
e n aquel t i e m p o p o r la c o a l i c i ó n a n c l o - a l e m a n a d e J u a n s i n " T i e r r a y O t ó n de BmnsvvicL de las u t o Irales y, p o r c o n s i g u i e n t e , e n c a r g a r las v i d r i e r a s dedicadas a los santos protec-
tjue e l m o n a r c a v e n c i ó e n B o u v í n e s e n 1 214''\ tores de sus a c t i v i d a d e s , c o m o se v e , p o r e j e m p l o , e n C h a r a c s " .
Si los a r i s t ó c r a t a s se h a c í a n r e t r a t a r a l o s p i e s d e u n s a n t o c o n l o s p r o p i o s emblemas
( f i g . 11), t a m b i é n l o s a r t e s a n o s , e n e l t r a n s c u r s o d e l D u e c e n i o , s e h i c i e r o n representaren
las v i d r i e r a s , d a d o q u e las c o r p o r a c i o n e s d e a r t e s y o f i c i o s h a b í a n c o n q u i s t a d o tal poder E l estilo de las vidrieras
y p r e s t i g i o social c o m o p a r a p e r m i t i r l e s p a r t i c i p a r e n l a c o n s t r u c c i ó n y e n la decoración
La v i d r i e r a l l e g ó a ser, e n t r e l o s s i g l o s x n y x m , s o b r e t o d o al n o r t e de los A l p e s , el
p r i n c i p a l i n s t r u m e n t o d e c o m u n i c a c i ó n d e c o n t e n i d o s r e l i g i o s o s , p o l í t i c o s , sociales, y
w
Bob.um, Lti rete delle immagini, cit.. pp 4K \ 6Kss.. lamentai una - s u e r t e (...] realmente paradójica p n la l u m i a de a r t e m á s e v o l u c i o n a d a , q u e i n f l u y ó t a m b i é n e n las otras t é c n i c a s artísticas,
algo (las unigencs| que ha basado, precisamente, toda su eficacia sobre el p o d e r de la sïsra y sobre el intercam- en los m o d o s c o m p o s i t i v o s y e n e l p r o p i o e s t i l o . E n pocas palabras, l l e g ó a ser lo que
bio entre vista sensible v vista mental- Muchas imaecncs p r o d u c i d a s e n d pasado, cuya comprensión se cor.- K n r i c o C a s t c l n u o v o h a d e f i n i d o e f i c a z m e n t e u n a « t é c n i c a p i l o t o » . E s t i m u l a d o por
6 7

liaba a las capacidades interpretativas de los indis iduos ayudada |K»r didaseabas o p o r métodos didácticos ero Manns Svsarzcnski, q u e h a b í a d c m o s r r a d o l o i n f u n d a d o de la definición peyorativa de
temporáneos, boy en dia se iiialuxerpretaii, o incluso sus c o n t e n i d o s n o se p e r c i b e n en absoluto. Tales csqueituj "artes m e n o r e s » c o n la q u e se a l u d í a a t o d o l o q u e n o p e r t e n e c i e r a a la tríada p i n t u r a
(círculos, recuadros, cíe.) que confunden la vista de los m o d e r n o s estaban, sin embargo, difundidos en ladidic- e s c u l t u r a - a r q u i t e c t u r a , L o u i s G r o d e c k i s u b r a y a b a q u e en los textos d r plena E d a d
68

üca medici al. como expedientes ni n emòni eos. con la f i n a l i d a d de condensar conceptos teológicos complef»!
representar visualmente las relaciones figuran vas y alegóricas e n t r e las Kscriluras. ICvtcrs esquemas se apíianr
también en ueno momento a la expresión arusuea (y, p o r e o n s i g u i e n t e . a las vidrieras), que de este moia
cumplía funciones ^didácticas, tune momeas, morales, p e r o también místicas y proféucas». Sobre la -arquitct
tura t a t u a i - o «estructura retórica» de los textos, véanse B o l z o n i , - l - a rete delle immagini-, cit.. p 47;
'•""«mi' Budding ibe irxf. o c . pp. I09ss. G r o d c c k i . Estbétuiue ancienne ri moderne du vitrail roman, a l , p I * i
28. a propósito de las tres sidncras occidentales île Chartres, fechadas e n la m i t a d del siglo xn, ha cscritoqjt
eran no sólo la prinapal fuente de lu/ del todo el e d i f i c i o , sino t a m b i é n - l a m á s imporrante "leçon théotop
que" de U que subraya la necesana "lisibilité"».
^Para reflexiones de carácter general sobre el tema de la r e p r e s e n t a c i ó n d e l p o d e r o de conceptos aban:
tus como l j virtud, la justicia, etc.. cfr. Burkc. blyen itnessing, c i t . , p p . 5 ° s s . S o b r e la representación debs-in:-
genes políucas- en las vidrieras véase Castclnuovo. retrate tnedirvali, c i t . , p p . 121 -124.
** Un cicriti numero de esnidios solite las vulnera* ha afrontado la cuesuón tantu desde el punto de vista
sonai de k»s amficcs corno ile los coiintente*, entre los que cabe mcncinnar, M P. lolUch, -Gothir Glaricr*
"Münk*. Jawtj làxpaycrs, Uretnns, VW—BttV, Journal r>f Watt Studia XXVJI (1°85). pp 71-92; B. Brenk,
-HiMprtfrrainmatik und Geschi«Verständnis der Kapeunccr im Querhaus der ICatbedralc von d u r t r e s - , Arte
Medievale sene I I . V, 2 ( I 9 Q | ) , pp. 71-96; R. Becksmann. Deutube Clarmalerei des Mittelalter!, II Bildprogramme,
•inltraggehn; H'erkstartcn. Berlin, 1993.
"'Castclnuovo, Verrate Medievali, ciL, pp. 9 s s .
* " H . Su artemki. Menunirnrs of Rmnancsque Art The Art of Cl'iatb Irrasurrt im Nortb-Wnterm Europe, Lon-
dra. 1954.
 ARTI, r H I S T O R I A EN L A Er»AI> M I 1)1 A III

F n r N T r A LAS VJDRIHRA* 361

M e d i a las « a r t e s p r e c i o s a s » g o z a b a n d e u n f a v o r y d e u n p r e s t i g i o s u p e r i o r al de las
« a r t e s m a y o r e s » . E l r e c o r d a b a , a t a l p r o p ó s i t o , l o s e s c r i t o s d e S u g e r t l e Saint-Denis,
6 0

q u i e n e n la detalladísima r e l a c i ó n d e l a a m b i c i o s a r e f o r m a d i r i g i d a p o r él n o dedicó ni
una palabra a la d e c o r a c i ó n p i n t a d a o e s c u l p i d a , m i e n t r a s q u e -.1 e x p l a y ó s o b r e las deco-
raciones l i t ú r g i c a s de o r o y p i e d r a s p r e c i o s a s , s o b r e l a s p u e r t a - , d e b r o n c e , s o b r e las vi-
drieras, para l o q u e n o d u d o e n b u s c a r e s m a l t a d o r e s , o r f e b r e \ m a e s t r o s v i d r i e r o s in-
cluso e n r e g i o n e s lejanas™, Las d i f e r e n t e s f u e n t e s cultural. d e estos numerosos y
hábiles artesanos ( « d e d i v e r s i s l u t i o n t b u s m a n u e x q u i s i t a » ) q u e d a n , o b v i a m e n t e , refle-
jadas e n sus o b r a s t e s t i m o n i a r u b . c ó m o m á s a l l á d e l a p e r c e p c i ó n , o n o , d e los vanos
estilos, lo que c o n t a b a para el c o m i t e n t e e r a la « c o n v e n i e n t i a e t c o h e r e n t i a - éntrelas
partes a n t i g u a s de la i g l e s i a \ las r e n o v a d a s o a ñ a d i d a s p o r ¿I ~. L o q u e Suger había
realizado en Saint-Dem*,. mcluidi* las m a g n í f i c a s v i d r i e r a s , c o n t r a s t a b a abiertamente
c o n los austeros ideales de B e m a r d i dt O a r a v a l , q u e h a b í a r e i o r m a d o e l monaquismo
o c c i d e n t a l c o n una l l a m a d a »1 ' i a la p o b r e / a . E n t r e l o s t í o s se h a b í a establecido
una r e l a c i ó n de r e s p e t o r e c i p n . < J I >-que u n o e r a e l p r e l a d o m a s p r ó x i m o a la Cotona
de F r a n c i a y e l o t r o era s u p c i i ir d t > r d c n c i s t e r c i e n s e y d e c i s i v o d e f e n s o r de Inocen-
cio I I e n la l u c h a c o n t r a e l anti;> . íacleto I I " . 1
l o m a n d o c o m o b l a n c o las decoracio-
nes d e l m o n a s t e r i o c l u n i a c e i i M •. V
JU->I- T h i e r r y . e n s u Apología ( h a c i a 1 1 2 5 ) Bernardo
c n ü c ó á s p e r a m e n t e las e x u b e r a n t e s , c a p r i c h o s a s , e x c é n t r i c a s f o r m a s a r t í s t i c a s coetáneas
adoptadas t a m b i é n e n e l á m b i t o m i m á s t i c o , e n d e t r i m e n t o d e la a y u d a a los necesitados,
a f i r m a n d o q u e : « F u l g c t ecclesi.; p a r i e B b o s , e i i n p a u p e n b u s e g e t » ( " L a i g l e s i a resplan-
dece en sus paredes y t i e n e h a m b r e e n sus p o b r e s - ) 4
. heura 12 lU'ilijieiikreu/ (Ausina). abadía de Santa Mana, claustro, segunda arquería del lado sur. vidriero
t o n saniucntos vegetales, vidrio pintado a gnraille.
C o n t o d o , t a m b i é n las iglesias \ las salas c a p i t u l a r e s d e l o s m o n a s t e r i o s cisrcrcicnses
tenían m u r o s r e s p l a n d e c i e n t e s de v i d r i e r a s , n o figurativas p e r o , e n t o d o caso, m u y reti- de la v i d r i e r a // gnstiille c o n o c i ó varias declinaciones, también en el arte civil, donde a
nadas p o r los c o l o r e s d e l i c a d o s , e n las q u e se p i n t a b a n a gnsaille m o t i v o s geométricos o menudo sustituyó a v i d r i e r a s figurativas m á s a n t i g u a s , consideradas demasiado oscuras
m o t i v o s vegetales e s n h z a d o s , r e p e t i d o s e n s e c u e n c i a s h i p n ó t i c a s ^ ( f i g - 1 2 ) . L a tipología según los p a r á m e t r o s d e l s i g l o XTV ( f i g . 1 5 ) . , f t

M c y e r S c h a p i r o ha e x a m i n a d o las r a z o n e s p o r las q u e a una obra de arte se le a t r i b u -

yen las c u a l i d a d e s de p e r f e c c i ó n , c o h e r e n c i a y u n i d a d , de f o r m a y c o n t e n i d o , c o m o « c o n -
'"L.Grodccki. -Dualité de l ' A n Roman- 11^5?). en id. I* Moyen age retrain è, cit.. pp S3-47, enconcrno diciones» necesarias d e b e l l e z a . S c h a p i r o p a r t e de la o b s e r v a c i ó n de que n o está c l a r o que
p. 45; B. Brcnk, -Sogers Spolien-. Arte Médiévale, série 11, I (1983), pp. 101-107. esas cualidades se e n c u e n t r e n e n las o b r a s maestras - d o n d e , p o r e j e m p l o , también la i n -
Sugert Abbaas s. Dionysii. Liber de ixbus in adniini\iratwnr run gems, cap. XXP/: « D c ccclesiae omatu-.T coherencia p u e d e ser u n m o t i v o d e b e l l e z a - , d a d o q u e son características i n d e p e n d i e n -
cap. XXX11: «De crucifao a u r a i - , en Schlosser. Quellenbuch. c i t . par. X X X V I , pp 269 y 280
tes. A p r o p ó s i t o d e las v i d r i e r a s , c i t a las d e la c a t e d r a l de C h a r t r c s , tal vez las m á s repre-
" L Gtodeeki, Les viluiixdr Saint-Denis. Étude sur te vitrait au xne siècle. Corpus l-ïtrrarum Medn Aevt. Frmtr
senutivas d e la p r o d u c c i ó n o c c i d e n t a l p o r hacer r e f l e x i o n a r sobre el hecho de que,
Etudes I. Paris. 1976. n i . Étude* sur tes vitraux de Suger a Saint AJenis (xne siècle}, Paris. 1995, cfr. XV Saueriiniie
-Lciivcdiôis-ic-.enGrodcckj. & Moyen age rrtrouié, o c , I . Paris. 1986, pp. 9-14, en conercto p. I L seguramente, p o c o s v i s i t a n t e s s o n capaces d i s t i n g u i r e n ellas la partes originales de las
*-"Sugen abtatis t Diinym Ijber de lonsecraiione ealesiae s Dionyni, en Schlosser. Quellenbuch, cil-, restauradas
par. XXX- y, s i n e m b a r g o , e s r o n o i n v a l i d a la a p r e c i a c i ó n de la g r a n d i o s i d a d de estas
V I . p. 284. Véansc bs refleajones de M Schapiro. - O n Perfection. Coherence, and Unity o f Form and Cou- p r o d u c c i o n e s , q u e n o s o n n i u n í v o c a s e n e l e s t i l o n i í n t e g r a s . ' I o d o e l l o n o ha ó b i c e para
lent* (I960), en nr.. Theory and Philotopbr of An: Style, Artist, and Society Selected Tapers, Nueva York, 1994,
unapp a p r e c i a c i ó n i n c o n d i c i o n a l p o r p a r t e d e l p ú b l i c o e n e l t r a n s c u r s o de los siglos. P o r l o
33-49; id, - O n the Aesthetic A m lude m Romanesque A n - , cic demás, c o m o ya se ha o b s e r v a d o , las v i d r i e r a s n o n n a b n e n t e se p o n e n a una cierta alnira
" La rclaciûn entre los dos ha sido comentada |>or Panofsky, Abbot Suger, c i t . , pp. 6ss. del suelo y, p o r l o t a n t o , l o s d e t a l l e s n o s o n p e r c e p t i b l e s , l o cual podría haber d e t e n n i n a -
:
* hctvirdiidvCÀàtivzi, Apologia ad Gutllrlmuni. XJ1, 28-29, en J. L c c l c r q y H . - M . Rochais, Santti Bernsr-
du Opera. Roma. 1957-1977. vol. 111. pp. 104-106. cfr Panofsky, Abbot Suger, cit., p. 14; L . Grodecki, -Sugu
et l'arcliiicctuic monastique* (1951), en id., lje Moyen age retrouve, cit., pp. 211-216; M . Schapiro, -On the
Acstlu-tit Attitude m Romanesque A r t * , a t , pp. tivt-j C. Rudolph. The -Things of Greater Importance". Bentri Stmétk Tecnica. La vetrata ìn Occidente dal tv alfxi secolo. Atti del/e giornate di studi (Lucca, 23-25 s
of Gatrvaux'i 'Apologia*- and the Medir.al Attitude tosard Art, Filadclfia, 1990. 1999), Lucca. 2001. pp. 159-172.
" K J . Z a k i n , -French Ostenoan Grisaille Glass-, Gesta X I I I . 2 (1974), pp. 17-28; id., -Cistercian Reuse P o r ejcmplo. tambicn en Chartres; cfr. M . P. IJIlich, * A Redating of die Thirtccnih-Cenniry Grisaille
w

of Late Antique and liarly Medieval Dccurativc A l o n f s - , en I", dell'Acqua y R. Silva, // colore nel Medioevo. Ant Windows of Chartrcs Cathedra!-. Gesta XI, 1 (1972), pp. 1 1 - 1 8 -
362 A RTF t HISTORIA ES IA ICuAD M l l l l A I I I FlIF.NTF A LAS V I D R I E R A S 363

rusos y á r a b e s " " . A la h a b i l i d a d d e l o s v i d r i e r o s Franci y a había h e c h o alusión Beda el

Venerable, a p r o p ó s i t o d e l e m b e l l e c i m i e n t o d e l o s m o n a s t e r i o s ingleses de W c a r m o u t h
y j a r r o w , e n N o r t h u m h r i a , p o r p a r t e d e l p r o p i o m a e s t r o B e n i t o Biscop ( t ó 8 0 ) , q u i e n H 1

para las v u l n e r a s se h a b í a d e d i c a d o a l o c a l i z a r e n la C a l i a a h á b i l e s maestros, dado que

que el t r a b a j o d e l vidi i o , d i f u n d i d o e n O c c i d e n t e d u r a n t e e l i m p e r i o r o m a n o , se había
conservado allí, r f i i c n t r i s h a b í a d e c a í d o c o m p l e t a m e n t e e n I n g l a t e r r a , región « r o m a n i -
zada- s u p e r f i c i a l m e n t e L a e l e c c i ó n d e a r t e s a n o s galos y n o « r o m a n o s » se explica p o r
una cuestión d e coste-. '. v r e v e l a q u e la G a l i a estaba todavía ligada a la c u l t u r a r a r d o a n -
tigua, t a m b i é n e n sus a s p e c t o s materiales.
O t r n c iso célebre, en el q u e atelters v i d r i e r o s d e diversa p r o c e d e n c i a se a l t e r n a r o n e n
trabajar en u n m i s m o edificio e n e l t r a n s c u r s o d e p o c o s a ñ o s , es e l de la basílica francis-
cana de \ i s . d ó n d e e n la i g l e s i a s u p e r i o r se h a n r e c o n o c i d o , al m e n o s , tres fases distintas
en el trrni > nrso de finales d e l s i g l o x m , a r r i b u i b l c s , u n a a v i d r i e r o s alemanes, o t r a a i n -
gleses o ti uiccses. y la t e r c e r a a v i d r i e r o s locales f o r m a d o s e n la o b r a de ia b a s í l i c a ' . E n 8

esta o c a 1
-' i. se p u e d e decir q u e la a p a r i c i ó n inesperada de u n e s t i l o , o m e j o r d i c h o , de una
forma d . ríe q u e e n la p e n í n s u l a n o estaba m u y d i f u n d i d a , ha sido explicada con la « m i -
gración itin t e m p o r a l , d e los a r t i s t a s . P e r o la d e f i n i c i ó n de las características estéticas,
Figura 13. Aludía d i Saint-Í3t»i¡ I • tic S.in I.UIS, vidriera con personaje tonsurado, cronoloL." o g e o g r á f i c a s d e los e s t i l o s , a los q u e se h a n a t r i b u i d o e n é p o c a m o d e r n a
I - • untad del stein xiv.
nombres i u n e n c i o n a l c s c o m o « i n s u l a r » , « r o m á n i c o » , « g ó t i c o » y así sucesivamente, y
d o u n c i e r t o d e s c u i d o p o r p a r t e de l o s a r t i s t a s , l o s c o m i t e n t e s y l o s e s p e c t a d o r e s coetá- sobre l o que todavía h o y l o s e s t u d i o s o s n o se p o n e n de a c u e r d o , c i e r t a m e n t e n o era la
neos y p o s t e r i o r e s e n r e l a c i ó n c o n la h o m o g e n e i d a d o d i s p a r i d a d e s t i l í s t i c a d e las obras misma e n la K d a d M e d i a " . 4

(disparidad consecuencia d e l c o n c u r s o d e m á s a r t i s t a s y m á s ateliers). P o r este mouvo, A p r o j m s i t o d e v i d r i e r a s y e s t i l o , u n t e s t i m o n i o s i g n i f i c a t i v o es el de B e n i t o Biscop,

S c h a p i r o ha o b s e r v a d o q u e u n c o n j u n t o d e o b r a s d e a r t e , c o m o es la c a t e d r a l de Char- inspirado e n t o d o l o q u e h a b í a o b s e r v a d o e n R o m a d u r a n t e sus numerosas visitas al cons-
tres, tenía y t i e n e q u e ser e v a l u a d o c o m o u n a B i b l i a , o s e a . c o m o u n a g r a n colección de truir W e a r t n o u t b y j a r r o w . E n e f e c t o , é l deseaba c r e a r e n la I n g l a t e r r a d e l n o r t e ejes es-
obras u n i d a s en u n c o n j u n t o i n c o m p a r a b l e . L o s j u i c i o s d e c o h e r e n c i a e i n t e g r i d a d son pirituales q u e f u e r a n c o n s t r u i d o s y d e c o r a d o s « i u x t a R o m a n o r u m q u e m Sempcr amabat
del t o d o subjetivos, y v a n u n i d o s a l m o m e n t o , p o r l o q u e n o p u e d e n a s u m i r s e c o m o cri- m o r e m » , o sea, s e g ú n la c o s t u m b r e « r o m a n a » , q u e s i e m p r e había p r e f e r i d o " . Beda ex- 1

terios de valoración a b s o l u t o s e n e l t i e m p o y e n e l e s p a c i o " .

Cabe p r e g u n t a r s e si e n la K d a d M e d i a e x i s t i ó u n a p e r c e p c i ó n d e las v a r i a n t e s estilís- D o d w ell ( e d ) , Theophilns De drversts artibns, c i t . , p p . 4, 3 6 s s . W ï t e l o , m a t e m á t i c o y físico del siglo Xlll,
ticas en el arte o si h u b o una c o g n i c i ó n p r e c i s a d e l c o n c e p t o d e e s t i l o ' " . S o b r e esteúldmo en r e f e r e n c i a a l o s p a s a j e s d e l r e c o r d a d o A l h a j e n , a l u d e a v a n a c i o n e s e s t i l í s t i c a s l i g a d a s a c a r a c t c r í s n c a s regio-

se ha observado que es la síntesis d e e l e m e n t o s , c u a l i d a d e s y m o d o s e x p r e s i v o s constantes nales o n a c i o n a l e s , a p u n t a n d o a l f a v o r e s t é t i c o d e v a n o s p u e b l o s e n r e l a c i ó n c o n e l c o l o r m á s que c o n las p r o -

porciones del c u e r p o h u m a n o , etc. E n cambio, otra fuente recuerda q u e p a r a c o n s t r u i r la catedral d e C a n t e r -
e n e l arte de u n i n d i v i d u o o de u n g r u p o , u n v e h í c u l o d e e x p r e s i ó n d e n t r o de u n grupo.
b u r y , la p r i m a d a c n a e r r a i n g l e s a , s e e l i g i ó a l a r q u i t e c t o f r a n c é s G u i l l e r m o d e S e n s , e v i d e n t e m e n t e p o r q u e las
A la vez, para el h i s t o r i a d o r d e l a r t e , e l e s t i l o es u n o b j e t o e s e n c i a l d e investigación, un caractcnsuciis del proyecto d e c o r a d o por miniaturas que él p r e s e n t ó se g a n a r o n e l favor d e la comunidad
c r i t e r i o de datacíón y r e c o n o c i m i e n t o d e l l u g a r d e o r i g e n d e las o b r a s , u n p a r á m e t r o para Recueil de Textes
cclesiásnca l o c a l . F n e s t e c a s o , e l « e s n l o - d e b i ó d e a s u m i r u n p a p e l i m p o r t a n t e (cfr. V. M o r t e l ,

m e d i r la innovación y la i n d i v i d u a l i d a d d e t r a b a j o s c o n c r e t o s , u n m e d i o p a r a trazar vín- relatifs a VIlisrmre de l'architecture et a la condition des architectes en France, au Moyen Age, xite-xiiie siècles. Pans,
I ) ! I , V o l . I . p p . 21 I s s . ; S c h a p i r o . - O n t h e A e s t h e t i c A t t i n i d c i n R o m a n e s q u e A r c - , c i t . . p p . 2(1-21.
culos entre escuelas artísticas ''. T e ó f i l o , e n e l m e t i c u l o s o t r a t a d o q u e h i z o d e l arte de la
1

vidriera, nunca se d e t u v o e n e v e n t u a l e s d i f e r e n c i a s e s t i l í s t i c a s . S e ñ a l a b a s o b r e todo la 6 1

Beda cl Venerable, Vita SanctorumAhbattint monasteniin IViraniutb et Gmtm, cnJ.-P. Mignc(ed.), PL, tomo
X C f V , Paris, 1850, c o l . 7 1 6 - 7 1 7 ; cfr. R . J . C r a m p , « K . \ c a v a b o n s at the S a x o n Monastic Sites of W e a n n o u t h and
habilidad de los Franci e n h a c e r v i d r i e r a s y e n h a c e r u n c o l o r a z u l i n i g u a l a b l e , mencio-
Jarrón, C o . D u r h a m : a n I n t e r i m R e p o n » , Medieval Archeology XlH (1969), pp. 21-66, e n concreto p. 22.
nando al m i s m o t i e m p o la c o m p e t e n c i a e n o t r a s f o r m a s d e a r t e d e a l e m a n e s , griegos,
• - R . J . C r a m p , - M o n k v v e a n n o u t h a n d J a r r o w m d i e i r c o n t i n e n t a l c o n t e x i s » , e n K . P a i n t e r (ed.), Chimbes,
limit in Ancient Times, O x f o r d , 1 9 9 4 , p p . 2 7 9 - 2 9 4
M a r t i n , Ix vetrate di San f-'rantcsco in Assisi, e t c ,
e i

'"Schapiro. - O r i perfection. C o h c r c n c e , and U n i i y o f F o r m and C o m e n t » , cit., pp. 34 y 38. * R e c u é r d e s e el difícil r e c o r r i d o de perfeccionamiento t e n n m o l ó g i c o p a r a definir el arte p r o d u c i d o en el
* S o b r c l a p e r c e p a ó n e n l a E d a d M e d i a d e l a d i s t a n c i a c r o n o l ò g i c a , d e l t i e m p o r r a n s c t i r r i d o c n relation corazón de E u r o p a hacia el a ñ o 1200, cfr. H o f f m a n n , « I n t r o d u c t i o n » , cit., p p . X X X O I - X X l U .
e o n o b j e t o s y é p o c a s p a s a d a s , véase C . F r a n z o m . « " P r e s e n t e d e l passato**: le f o r m e c l a s s i c h e nel Mcdiocvo*,cn s (
l'lta Sanctorum Abbattmi monasteni in Wtramuth et Ciruni, eát-, c o l . 7 1 6 - 7 1 7 ; cfr.
B e d a el V e n e r a b l e ,
Castelnuovo y Sergi (ed.), Arti e storili nel Medioevo II. c i t . . p p . S I - 1 0 2 . Cramp, Excavations at the Saxon Monastic Sites of Weannouth and Jarrow, c i t . , p . 2 2 . D e l l ' A c q u a , tlllundnanda
"Schapiro. -Stylo- ( 1 9 6 2 ) , e n id., Theory and Philosoplty ofArt. c i t . , pp. 51-101.
 .\RTt 1 HISTOIU ÍBM I A K D A D Mrtiit III
plica a qué correspondía este mos Roinmiontni, al menos en los detalles materiales: estruc-
turas y partes ornamentales de piedra trabajada, suelos cubicrn >s de ladrillo, muros enluci-
dos y ventanas vidriadas. F.stas últimas, evidentemente, se las consideraba pertenecientes
a un con'unto arquitectónico-decoraavo fuertemente anclad.» en la idea de -romani-
dad», en la que la autoridad y la solidez de los monumentos del pisado imperial se había
transmitido y adaptado a las nuevas exigencias espirituales de la i•instrucción eclesiástica,
de Constantino en adelante. Por l<> (.lemas, se ha demostrad)» .nupitamente que el víncu-
lo con el pasado, en concreto con el mundo clásico, se distingue por «una relación direc-
ta con los materiales»*''.
L a «clu-z de h Edad iMedia»
Desde la Kdad Media, l.is vtdri tan sido consideradas una f< irma de arte vinculada,
inseparablemente, a Francia. Sin mb irgo, cuando Napoleón en diciembre de 1800 visitó
el Muséc nacional des Munumtnt-- 1 - ais, en la «Sala del sigh» M U » , que tenia bóvedas
pintadas con un ciclo estrellado. I >. » anos enmarcados por arcos ojivales recuperados de
edi6aos góticos y cubiertos con las •. idnerasde Saint-Cícrm.un-des-Prés (fig. 14). exclamó
que se sinúo «transportado a Sina v .sus palabras pueden de|ar hoy pcqilcjos, debieron,
por el contrario, enorgullecer a l consen ador del museo. Alexandre Lenoir, quien estaba
convencido, por un lado, de los orígenes árabes de la arquitectura gótica y, por otro, deque
la Edad Media había sido una época oscura y dominada por la superstición religiosa (idea
difundida en el Siglo de las Luces y en las décadas después de la Revolución). Para crear
una atmósfera que fuera, al mismo tiempo, oscura, mística y «orientalizante», se utilizaron
partes de vidrieras de Saint-Germain. cuyos colores intensos dejaban filtrar una luz escasa,
que entonces era reconocida como la auténtica luz de la Kdad Media, una época -«oscura» .
A diferencia de Napoleón, el americano Ciilmar. antes citado, había experimentado la per-
cepción de la Kdad Media eódea en el mismo museo con una languidez totalmente román-
tica, firmemente relacionada con la cultura occidental.
Sin embargo, una conjunción no fácilmente explicable entre arquitectura gÓDca e
islámica fue advertida por un buen número de estudiosos franceses, entre ellos el joven
Mollet-Ic-Duc, quien comentaba admirado la cualidad de la luz perceptible en la Capilla
Palatina de Palcnno (nútad del siglo xn), que daba ligereza al edificio, si bien no había
ventanas vidriadas comparables a las del gótico francés:
|...J lus contornos son dulces y nunca angulosos, nunca una arista viva ]...] la luí se
desliza y pasa de un sombra profundísima a una claridad extremadamente brillante sin
colorai-, cit., p. 112. l'ara ouros tesumunios altomedicvalcs sobre la voluntad de construir «iusia more Romi-
nonim-, vcan>c E. Kitugel. Sebnfnpjellen zur Kunstgeschichte der Mcrovringcrzeit, Darmstadt, 1936. p.5S; M
Grcenhalgb. Ibe Survival oj Uoman Antujmttes m ihe Middle Ages. Londres, 1989, pp. 124-126.
**Franxuni. -Présente del passato-. cit., p. 330.
B
Cfr. F. 1 !.•'•• : -Il Musée des Monumencs Français-, en id., I • immagini délia sioria. cit., pp. 209-224.
eocooercto pp. 214-215.
I-HINTI. A l * S VIORiritAS
Figura 1 i jcan-Lubin VJH ¡ i grabado de). "Sala del siglo xm- en el Muscc nauonal des Monumcnts
Francjis, finales del siglo xvm.
m< sur a la vista, y mucho mas porque sobre estas partes suavizadas, que sustituyen los
ai. se han preocupado en poner dibujos que sirven ulteriormente a esta transición y
l> .üi mayor ligereza"".
La lu/ de las vidrieras, en cualquier caso, no debió de parecer unida a las cosnimbres
arquitectónicas de una época oscura que había que deshancar, ni el género artístico de la
vulnera historiada debió de parecer caído en desuso a los rectores de la catedral de Flo-
rencia, que en los primeros decenios del Quattrocento confiaron a los artistas en boga,
como Andrea del Castagno, Donatello, Lorenzo Ghiberto o Paolo Uccello, el diseño de
los -ojos- del tambor de la cúpula brunelcschiana, la obra maestra arquitectónica del
primer Renacimiento italiano*''. U n siglo después, el maestro vidriero y el pintor francés
Ciuillaume de Marcillat, que tuvo de alumno a Giorgio Vasari, creó también en Tbscana
auténticas obras maestras del arte vidriero. En él se admira una sabiduría técnica alimen-
tada por la larga tradición francesa y, al mismo tiempo, una sensibilidad completamente
renacenosta para la armoniosa orquestación entre figuras y fondo arquitectónico a la
antigua. En los mismos años, el arte de la vidriera fue empleado por Solimán el Magní-
fico para cerrar de manera digna y suntuosa su propio mausoleo, la Sulcimaniye Candí,
"Cfe I'icba 56, «Païenne La Chapelle royale™, en La Chapelle royale, en Le voyage d'Italie d'Eugène l'ïo/Iei-
It-Diic, 1836-1837, catalogo de la exposición (París, enero-mareo, 1980; Florencia, abril-junio. 1980), París-
l'lurcncia, 1980, p. 95: «[•••1 les contours sont doux" et jamais anguleux, jamis une arete vive [„ | la lumière
glisse et passe d'une ombre t r è s vigoureuse a un clair extrêmement brillant sans choquer l'oeil, d'autant plus
que sur ces portions mousses qui rcmjilaeent les angles ils ont eu soin de faire des dessins qui servent encoré â
la transition et lui donnent plus de légèreté-. Para el debate del siglo xix sobre l o s orígenes árabes de la arqui-
tectura guaca, cfr. G. Lorcnzoni, «Sui problemanci rapporti tra l'architettura veneziana e quella islamica», en
E. J. Grulle (ed.). Arre veneziana e arie islamica. Arti del primo simposio intemazionale sull'arte veneziaiui e l'arte
(iArw«rt(Vcnecia. 9-12 diciembre de I9H6). Vcnccia, 1989. pp. 101-110.
" M . Baca, «Le vetrate del tamburo della cupola», en Lorenzo Gbiberti, ••materia e ragionamenti-, catàlogo
de la exposición (Florencia. 18 de octubre 1978- 31 de enero de 1979). Florencia. 1978. pp. 245-2S7.
366 A RTF. F HISTORIA I. S 1 » F . D A I ) Al C S I A I H

en Estambul, donde se hicieron preciosas vidrieras sobre las que se repetían los hipnóti-
cos motivos vegetales y geométricos.
Con las vidrieras de Solimán, y no con las de Chartres o Asís, empezaba un artículo
de Roberto Papini sobre este arte, aparecido en el p r i m e r número de una revista dedica-
da a la arquitectura y a las artes decorativas (1921). en el que escribe:
PÚBLICOS
\...\ vidrieras estupendas, que solas bastan para difundir el color por todo, caldcar tic
sol el ambiente [...]|dondc| hav colorea combinados con un gusto tan raro qiK asumen el Fabrizio Crivello
valor de esmaltes preciosos

La preferencia de Papini pot iras que fueran u n mosaico de colores, exentas de

intentos figurativos, lo impulsa! -rvar que el m u n d o musulmán no había caído en
el «error ilusionista» de quert - n cuadro. Por lo tanto, reprobaba .1 \asari por
haber reconocido la pericia d^ 1 maestro. G u i l l a u m e de Marcillar, a la hora de
reproducir en vidrio casi los na • <<»s que conseguía tener con la pintura.

En i iiundo contemporáneo, las obras de arte son, en principio, accesibles a todos; monu-
mentos, i >'«is, bibliotecas están a disposición de un vastísimo público. Esta facilidad para apro-
L

K. Papini. -Ve trate-. Archttmura e Art, Decórame I . 1 < 1921). pp. 463-4/6. Aquí sereseñabauna expo-
sieiúii de vidrieras diseñadas por artistas contemporáneos, entre los que se encontraba Duibo Cambdlora,
importantefiguradel Uberty italiano. Entre 1921 -1926 a Roberto Papini (Itistonador y críúco de arte, profesa
de Histona y estilos de la arquitecrura en la Facultad de Arquitectura de Florencia, además de director de b
Pinacoteca de Brera y de la Galería Nacional de Arte Moderno en Roma), el Ministerio de Asuntos Extenore
le encargó que se ocupara de la decoración de las embajadas y consulados en el exterior, lo que explica su co-
nocimiento de la arquitectura y decoración otomanas.
ximarse ., llaS puede hacer olvidar que en la Edad Media la situación era completamente diferen-
te; los < | icios y decoraciones de un edificio religioso no eran accesibles ni visibles para
cualquit r i como tampoco lo era una obra de arte suntuaria y, mucho mentís, un manuscrito ilu-
minado l ' . i r consiguiente, puede ser fundamental, en algunos casos, ponerse ante una obra medie-
val y precintarse a quién iba dirigida y quién tenía, efectivamente, la posibilidad de acceder a ella.
Li Edad Media artística se inicia con la célebre carta de Gregorio Magno, enriada en julio del 599
al obispo S ereno de Marsella, en la que el pontífice afirmaba que «la pintura se utiliza en las iglesias
para que los analfabetos, al menos mirando las paredes, lean aquello que no son capaces de descifrar
en los códices» (Epnru/ac, libro IX, n. 209); sin embargo, hoy es difícil hacerse una idea de la magnitud
de ese pública de «analfabetos». ¿Cómo explicar los difíciles tituli que, a partir de la época paleocris-
oana, acompañan muchos de los grandes ciclos pictóricos? ¿Cómo comprender las elecciones ico-
nográficas que frecuentemente dependen de textos particularísimos? O mis aún, ¿cómo justificar la
colocación de imágenes y escenas centrales para la historia de la Salvación en lugares o espacios de
los que, presumiblemente, debieron de estar excluidos precisamente los analfabetos? Se suele con-
siderar de común acuerdo que para ellos las grandes representaciones debían estimular fundamen-
talmente la memoria, el recuerdo de los principales momentos de la historia de la Salvación, pero
sigue siendo difícil precisar qué función tenían las obras de arte para ese público.
La situación se presenta más clara para los religiosos -sobre todo monjes-, que en buena parte-
de la Edad Media debieron de ser los principales usuarios de obras de arte, además de los princi-
pales comitentes. En efecto, ellos eran en primer lugar los que utilizaban y, por consiguiente,
apreciaban en las iglesias y en los monasterios ornamentos sagrados (orfebrería, tejidos, adornos
de todo upo), que en la escala de los valores estéticos medievales podían con mucho superar a un
fresco o una escultura. A veces se considera -según una concepción fundamentalmente moderna-
que el comitente es uimbién el primer destinatario y, por lo tanto, el público principal de la obra
de arte encargada; pero también en este caso se puede incurrir en fáciles súnplifiraciones.Puede
ser cierto para algunos soberanos importantes y refinados, amantes del arte y bibliófilos como, por
ejemplo, Carlos el Calvo (840-877), pero en muchos otros casos no fue así; una vez realizados por
iniciativa de soberanos y altos prelados, piezas de orfebrería y lujosos manuscritos miniados se
enviaban a sus destinos y se ponían al servicio de la liturgia sin pasar por las manos del comitente.
Una situación diferente es la de los mecenas-comitentes, como Egberto, arzobispo de Tréveris
(977-993), Desiderio, abad de Montecassino (1058-1087), o Stigcr, abad de Saint-Denis (1122-
368

1251). EUos fueron los primeros desmúranos y usuarios de las obras q u e ellos mismos habían encar-
gado, gracias a las cuales dieron a la historia del arre -ale una m a n e r a m á s • i m e n o s consciente- inno-
vaciones decisivas. La hincinn de estos grandes personales en relación c o n las artes sigue siundo, sin
embargo, excepcional \ no se puede aplicar a todos los c o m i t e n t e s de 1. < •|uc se nene noticia
Junto j l clero y a los mecenas, en la epoca románica e m p i e z a n .i • r r g e r otras can .irías de
públicos. La animación, en pamcular en Italia, de unas i d e n t i d a d e s urbanas y. con ellas, nuevas
insuruciones determino el encargar ohri» dirigidas a clases q u e , e n b l u i i p a r t e , habían sui. "exclui-
das hasta entonces de ese n p o de reí ición con la c r e a c i ó n artística J las obras religiosas se
unieron aquella* que se car.icT.em.il • • ¡ ma función c i n t a \ p o l i o i i n c l u s o en el caso de las
pnmeras. en esie renovado c o n t t s i i » • il IM es s i e m p r e o b v i o e s l a h f i s i el valor relig^isocscl
predominante sobre el cívico, o v i e e y T
A pnneipios del siglo \n. >u i i p u n t o de vista d e l eneai * la utilización religiosa,
suceden cambios radicales: a-la pi lea del m o n a q u i s i n o et •• spondeo el nacimiento \
el afianzamiento de las ordenes rucudi los p r i m e r o s de t o d o s tr u . iscanos y dominicos-, al
lado de las cuales se t m i h i p h e j ! . I < li glosas. E n los siglos v m y v i v , con el emerger de
la anstocraaa urbana y con la pautar.) Jaci«»n de las nuevas clases burguesas, se abre todu
un nuevo capítulo de la histon i ' le sonado a l uso p r n a d - >. basta entonces pnvilegio
de los soberanos y de la alta arisi .. ., lcsi.i-.nca). se p r o d u c e v se pone a disposición de
un nuevo publico a gran escala
En el unihr.il de la Edad Modi Itcs públicos que e m e r g i e r o n en el transcurso deb
Edad Media se presentan pintos: d i li n - ir» pero también la a n s í » icracia ciudadana y la burgue-
sía. A través de una selección determinad i •. que intencionalmente quieren refleiar la evolución
de la sociedad medieval, se presentan aquí . runo-, de los - p ú b l i c o s " a los que iban desuñadas en un
principio. Algunas lineas de comentan» • irán iruiar al lector e n este recorrido.

.1. von Schlosser. -Fin veronesìsches Rilderbuch u n d die hólische Kunst des xiv. Jahr-
hunderts-'. Jabtinteb de bimstbisivnu'ben Sammltiiigcn des allerbtichsteti Kaiserbuiises XA 1
(1895), pp. 144-230; \. Hauser. The Social Ihstory of Art. L o n d r e s . 1951 |cd. « s t . : Hisroru
social de ¡a literatura y el arte, voi I Desde Grecia hasta el Renacimiento. M a d r i d . Debate.
19981; P E. Schramm y F M u t h e r i L h . Dviikmak der detitschen Kontgc tuid Kaiser, voi. I: fio
Bei tragsurHerrsebergesebiehre ron Karl Jcai Orofiev bis Friedrich II. '768-1 ¿SO |l°62), Mu-
nich, "-1981; G . Duby, t r Temps dei attbedrales L'art et la société 980-1420 |19 6-I°Ó7|, 0

París, 1976 Jed- cast. La época de las catedrales: arfe y sociedad. 980-1420, M a d n d . Cátedra.
199J|; M . Schapiro. On the Aextbctic Artitude ni Románese/tic Art, N u e v a York N.Y.. 1°77
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colaboración con F Alutherichl. Denkmale der deittscben Komge und Kaiser, voi- I b Ba- Di"CANTI ni LAS cunos
trag xtir HerrscbeTgescbtcbte van Rudolf I. bis Maxtiniliaii L 1273-1519. M u n i c h . 1978; H.
Belüng. Das Btld und <ctn Pitblikiim mi Mmclalter Form und Funkiion frithen Bi/dtafe/n der Maestro de Saint Gilíes (Países Bajos). La misa de san Evidio, ó l e o sobre l i e n z o , a l r e d e d o r de
1500,
Pttmuti. Berlín. 1981; E Castelnuovo, - A r t e delle città, arte d e l l e c o r r i tra x n e XWsecolo»,
enF.Zeri (ed.). Stona dell'arte italiana, voi. V Dal Medioevo al Quattrocento, T u r i n , 1983, pp
165-227; C de Hamel, A Htstory of lìliiminated Manuscnpts 11986), Londres, '1994; H , El arte analítico de los maestros lljiiiencos permite que nos hagamos una idea de cuál pudo ser en la Edad
Belting y D . Bluine (eds.). Malera und Stadtkttlttir in der Dantezett. Die Argumentanon dtr Mcflia la acutud írcnti a Obras de .me excepcionales. Tal es el caso de la célebre tabla del Maestro dé Saint
Bilder. M u n i c h . 1989; P. Skubiszewski. " L ' i n t e l l e c r u e l et l ' a r a s t e tace a l'oeuvre ù l'epoque Gilíes, que ilustra un episodio milagroso: el rey Carlos Martel. que no se había atrevido ¡i confesar un pe-
romane.-, e n j . Hamesscy C M u r a i l l e - S a m a r a n (eds.), Le trovailatt Mayen age. Uiieappn- cado, pule a san Egidio que interceda por él. En el transcurso de la misa, a la que asiste el soberano, un
che interdiseiplinaire. Actes da colloque internaiwiiaì ( L o u v a i n - l a - N e u v e , 21 -23 de mayo de ángel deposita en el altar un papel en el qué figuraba escrito el pecado río confesado, que le fue perdonado,
1987), Louvain-la-Neuve. 1990. pp. 2 6 3 - 3 2 1 ; P. C a m m a r o s a n o (ed.). Le forme della propa- t i milagro habría tenido lugar en Orlcans en el año 719, pero el pintor pretirió ambientarlo en la iglesia
ganda politica nel Due e nel Trecento. Relazioni del convegno ititernazionale (Trieste, 2-5 de abacia) de Saim-Deins. delante del altar mayor, que a finales del siglo xv estaba roilendo por las tumbas
marzo de 1993), Roma. 1994(en concreto aquí e f e M . M - D o n a t o , « " C o s e inorali, e anche reales. Se trata de un valioso documento que nos muestra al celebrante frente al frontal de oro donado al
appartenenti secondo e* l u o g h i " : per lo s t u d i o della p i t t u r a p o l i t i c a n e l tardo Medioevo monasterio por Carlos el Calvo y coronado por la «cruz de san Egidio», más antigua; Carlos Martel,
toscano», pp. 491-517); C. Ciociola (ed.), -Visibile parlare». I*e Scritture esposte nei volgari acompañado por dignatarios, porta la «snlnte Coiimnnc» de los reyes de Francia.
italiani dal Medioevo al Rinascimento. Atti del convegno internazionale di studi (Cassino-Mon-
tecassino. 26-28 de octubre de 1992). Ñapóles, 1997. i
1251). Ellos tueron los primeros destinat.iniis y usuarios de las o b r a s q u e ellos m i s m o s habían encar-
gado, gracias a las cuales dieron a la historia del arte —de una m a n e r a m á s o m e n o s consciente-inno-
vaciones decisivas. La función de estos erandcs personales e n r e l a c i ó n c o n las artes sigue i.-ndo, sin
embargo, excepcional y no se puede aplicar .1 iodos los c o m i t e n t e s d e los q u e se uene rippi ia.
Junio al clero y a los mecen ts. < — n i n t í n i c a e m p i e z a n a e m e r g e r ostras cal -orías de
públicos. La añniucion en particula) h lita, de unas i d e n t i d a d e s u r b a n a s y, con el' . nuevas
instituciones determino el encargar nhi igidas a clases q u e . e n b u e n a p a r t e , habían s <• exclui-
das hasta entonces de esc t i p o de rcl icu 1 la c r e a c i ó n a r u s t i c a . Así, a las obras r i .tosas se
unieron aquellas que se caracrc: i ¡uncí, i n cívica y p o l í t i c a ; i n c l u s o e n el t i de las
pnmeras, en este renovadi n o n ' . s i e m p r e o b v i o establecer si el v a l o r re' •so es el
predominante sobre el civu i >
\ pnncipios del sicb» \ n . v e . .mu de v i s t a d e l e n c a r g o y la u t i h z a c u cligiosa.
suceden cambios radicales . 1 del i n o n a q u i s m o c o r r e s p o n d e n el n 'mento y
el afianzan nenio de las « ir 11. p r i m e r o s de t o d o s franciscanos y don neos-, al
lado de las cuales se m u l t i p l i . i 's.is. E n los siglos x i i t y x i v , c o n el 1 1 erger de
la ansrocracia urbana \ con ¡< m de las nuevas ciases burguesas. -> <bre todo
un nuevo capitulo d i I J hisuii n a d a al uso p r i v a d o , hasta enronec-s privilegio
de I*» soberanos v de la alt - i . i s t i c a l , se p r o d u c e y se p o n e a disposición de
un nuexo público a gran escala
En el umbral de la Edad \b es públicos que e m e r g i e r o n en el transcurso de b
Edad Media se presenun juni'.- i I u r o también la aristocracia ciudadana y la liurgue-
sía. A través de una selección dcU t i . 1
i m e n a o n a l r n c n t e quieren reflejar la evolución
de la socictlad medieval, se p r i . . 1 de bis - p ú b l i c o s - a los que iban desnnadasen un
pnncipio \Jgunas lincas de cumem.r .;.ir al lector en este r e c o r r i d o .

j . von Schlosser, - l i n •,: * B i l d e r b u c h u n d d i e h ö f i s c h e K u n s t des xiv. Jahr-

hunderts-. Jabrhu.h da kansi ^.immlungen des allerhöchsten Kaiserhauses
(1895), pp. 144-230 \ H a u r.MHtstory of'Art. L o n d r e s , 1951 |e<L cast.:Hutoru
social de In liieraturu1 ,/ ,:>- voi ) D i ik Grecia hasta el Renacimiento, M a d n d . Debate,
199K|. P f. Schramm \ 1 Vluthi rieb, Denkmale der deutschen Könige und Kaisen vol. 1 Ein
Barrasi zur licrrsibeigtHht. btt von Karl dem Großen Ins Friedrich II.. 768-1250 (19621, Mu-
nich. -1VSI. ( , . D u b y , /.i /.•/«;• di catbédraJes L'art et la soaété. 980-1420 (1966-19671.
Hans 1976 (ed. cast La època dt la- catedrales, arte y sociedad. 980-1420. M a d r i d , Cátedra.
]99?|. AL Schapiro. Un tèe Aestbeth Attitüde in Rornanesc/ne Art. N u e v a York N.Y., 1977
(ed cast. Liiidioi ¡obre ri romanico. M a d r i d , \hanza. 1 9 8 4 ] ; P. E . S c h r a m m y I I . Fillitz(en
colaboración con F. MUtherich). Denkmale der deutschen Könige und Kaiser, vol. I I : Ein Bei- Ili I ' s II i n 1 xs OBRAS
trag zur Herrvhtrgrsehichtr von Rudot) I h.< Maximilian I. 1273-1519. M u n i c h . 1978; H .
Belung. Dai Bild und san Publikum tm Mittelalter Form und Funktion fnihen Bildtafeln der Maestro de Saint ( ¡ i l l e s (Países Bajos). La misa de san Bgt'tfio, ó l e o s o b r e l i e n z o , a l r e d e d o r de
1500
PaSSton, Berlin. 1981: E Castelnuovo. " A r t e delle c i t t à , a r t e d e l l e c o r t i t r a x n e xiv secolo»,
cn E Zen (cd.l. Storia dell'arte italiana, voi V- Dal Medioevo al Quattrocento, T u r i n , 1983. pp
165-22": C. de Manici. A Histon oflllummated Manusaipn [ 1 9 8 6 ] , L o n d r e s , 1994; H. : I I arte .in.ibuo» de lo- macsiros llamemos permite que nos hagamos una idea de cuál pudo ser en la Edad
Belung y D Blume K-ds ). Malern und Stadtkiiltur in der Dantezeit. Die Argumentation der Medía 1.i « unid (rente .1 obras de arte e.vte|K.ion,iles. Tal es el caso de la célebre tabla del Maestro de -Saint
Bilder Munich. 1989, p Skubiszcuski. - L ' i n t e l l e e t u e l et l ' a r t i s t e face à l'oeuvre à l'epoque (¿liles, que ilusini un episodio milagroso- el rey Carlos M a r t e l . que no se había atrevido a confesar un pe-
romane-, en J Mainesse y C M u r a i l l c - S a m a r a n (eds.). Le travati au Muyen age Uneappn- i.nlo, pide a san Egidio que interceda por él. En el transcurso de la misa, a la que asiste el soberano, un
the inttrditapltnaire. Actes du colloque international ( L o u v a i n - l a - N e u v e , 21-23 de mayo de ángel deposita cn i l altar un papel en el que figuraba escrito el pecado no confesado, que le fue perdonado.
1987). Louvain-la-Neuve. 1990. p p 2 6 3 - 3 2 1 ; P. C a m m a r o s a n o ( e d . ) , Le forme della propa- H milagro babna tenido lugar en Orléans en el año 719, pero el pintor prefino ambientarlo en la iglesia
ganda politica nel Due c nel Trecento Relazioni del convegno internazionale (Trieste, 2-5 de .1ba11.1l de Sainr-IX-iiis, delante- del altar mayor, que a únales del siglo xv estaba rodeado por las tumbas
marzo de 1993), Roma, 1994 (c-n concreto aquí cfr. M . M . D o n a t o . « " C o s e morali, canche reales Se trata de un valioso documento que nos muestra al celebrante (rente al frontal de oro donado al
appartenenti secondo e' l u o g h i " : per Io s t u d i o d e l l a p i t t u r a p o l i t i c a n e l tardo Medioevo mnnastino por («irlos el Calvo y coronado por la «cru7 de san E.gidio-, más antigua; Carlos Alarte),
toscano», pp 491-517); C Ciociola (ed.). -Visibile parlare». Le scritture esposte mi volgari acompañado por dignatarios, pona la «safotC C o u r t m n e - de los reyes de Francia.
italiani dal Medioevo al Rmau miento. Alti del convegno intemazionale di studi (Cassino-Mon-
tecassino, 26-28 de octubre de 1992), Ñ a p ó l e s . 1997.
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l i n o , i i i i i n j t u r j sohr* f» c r g j n i i f i < >. c u i o n i o .il a n o |IMMi
l.iii.lisljrnc <\'nnuinhna). Lv.titgcli.mo de Lubrerti/tib, el águila símbolo del evangelista san

I n r i Mfglo " i i « i l o t i n i ' u c n IMI II ( H . r SU IUIM IMO I I K I I |»»r v i ( t u b i n o J I q u t i s u l u n •ItMinJIIJS. Iis oltf» Juan > el m u K> d e su evangelio, miniatura vibre p e r g a m i n o , m. 700

m ttM s u i i i u j f u ' q u i 4 * . * > M i | M i i j l * j i i J I " » * m i s K i m n » . m g l i > s j M i n c * c u s u !.«!•• " c * a n g e l i / a d o r a t n ci eoo

' u n n u Matusa o o . - i n l n j m , |.r>» • . • l e n i c - <li I J * iìrn JIIII j \ . q u e i i r t i M i i i i u n u n e l e m e n t o inasprii Irlanda o l-scocia. relicano un forma de ca|a, madera, plumo, aplicaciones en bronce, pasta

s j l t l . [MO 11«-» JI j . J U . U • u n t ' I i / J ' •••»». %c . l i l n i n l u r . MI - t r j v c s t i c l a * n u c » turni j e t o n c * . m i m i t t o . wirta. gránales > oro. siglo s m-ix.

''**"'"'• •' | » . r t j n u u h » ul>> •!« I j * u r j m l c s i n n o * J* H H k ' i a r m i l i * " »|u* m a d u r a r o n r n l w t « f » >

%ti\ » IH i n 11 JIHIMI.. n o u l j r « intlu\tn<l<> <K m o d o d e t e t m i r u n u c n c i « l c s a m i l l < . «lei i n » m e d i e v a l pò*
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n i s. pi,mr...n J |. p b a di I >«.lmo di Xmlulfo. ci re? Agilulfo scntadocn ci ironoentre guar-
K M . . K li.H.uJ, S * - /'./// Extr*m*rm rctWUadeCarlos ci < -ah... miniatura sobrc ^ r p i m n . » dia*. tui.mjN aladas > digiunano*, bromi: ilorailo. 5<M-AI6.
i n i o n i o al ani» h " n
kaiisi-.n.. 1 VlcnumaXeapa ,k Eimojua II. btjrdadocnorosofareieili purpurau-n ci arto r$05,
U c M l a n d a ) wibn l o d a U c t n l m p ^ la n u i u s » . . i u - K - n / i i i p o r la pn.duccu*«k«ifcwc.
l.r.U,r.lj.l.^siscp.ir.,r..n > M-aplu jron a un clamasi o de seda azuJ* 1018-1024
m i daMnaNb al u w d i I 4 » s r a w » » di M A r . t m j d j j * . I * * " %an%ta»cr la* pniou»copno»cr
«Me campo la c o n . poeto recurm .. i a l U - r . - i H.-».al./a.f.r. M I b pr..ducoon de atta sumuan...]«tilt*»
N

bOfi J su atmuedOf <e su. e d . n l a * - c s e u e l * * de i . . n i • «I» CpOCB « r o l m g i a i . •> bicn dingirsc a mar.
B l M tCOVUt ci» U M Wanda* I I M W » •!* I MII|KI ,i u h a b u u a l V I I ci p * n « M i o o i o n i a n « i ) .
4

: -5* uibcmr papú t r u unrtt? eleo cr beato ferro «ufq: mea 375

prnif cancdlis f a a n m i i r a t o iitóatniutntf faltar p w n f i a t ?

VIA .lime papa urr favi i do uiif ( l i i a ^ i u u n c r o u c l o i d í n i diurni

e 'q: annido, p alia fulimilw;

«tua .cozà cptf < cn\1 ii i a 11 b u f
initaqur; jfia\ n i \ " b 11 i c o i 1 o*M
tne dignano h a r uidt^mtii ai"
foaaiurVnieolmi U H , • • inm
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rtrruv-

MONJKS
8 < -lun\ ( B o r p o ñ j ) . m i s c e l á n e a l u s i o n u \ lirürffica. t. r l u n o II c o n s a g r a e l a l t a r m a y o r de Clum
til (1095). m i n i a t u r a s o b r e p e r e a n i m o , p r i m e r c u a r t o dd M|fJo x m ii I 207-1215?).
" a n t t T n n i d a d . s a l a t a p i n i l a , la p e c a ^

D u r a n t e lodl Ui I d a d Media, b u e n a p a n e de la p r o d u c c i ó n artística parece encaminada a l á m b i t o mun»

dCO \>\ hecho, puede afirmarse que el m o n a q u i s i n o occidental había contribuido a l a e v o l u c i ó n dd ir.:
10 l'.ncrno (Latina), .gles.a abacial de Fossantiva. imerior. m u i o s del siglo xm
medieval en el iraiiv.up«> de %u p r o p i a historia I.as d i v e r s a s reformas m o n á s t i c a s , por ctcmplo, ¿tmr
lugjr a iiuerpreiaeiones múltiples, e n ocasiones contrapuestas, de la f u n c i ó n d e l arte, asi como a u t o
coherciucs con ellas de- l o s . l u n i a c c i i s c s , q u e exaltaron lo vahosi I y l a r i q u e z a a l s e r v i c i o d e la liturgia,ib
visión s o h r u \ severa d e l a r t e «le l o s u s t e r c i e i i s e s . d e los c a n u t o s , que inauguraron u n a n u e v a conccpoii-
artística \ funcional de los edificio* m o n á s t i c o s , a los c a m a h l u l e n s e s . «pie casi la abolieron.
 3 76

I 377

PlHI_r.lltN.os

l I \ . .\ .ile-sii 4 S u s j ). c o m p l e j o ¿ i I n i c i a l d é S a n P e d r o y S a n A n d r é s , c a p i l l a de san Eldrado,haton»

d e s a n K l t l r u t i o y s a n N i c o l á s , s a n I l i l r j d o v e s t i d o d e p e r e g r i n o llega al monasterio de Non-
l o a , p i n tura mural. IO°o-IOV7.
12 Hales,,,.., (.o Sin..'.,, « u a - r c l i c a r i o , tapa, escenas de la vida de C r i s t o , pintura sobre tabla, siglo
L a p t i c g n n a e i u n . p r i m e r o a I i e r r a S a n t a y l u e g o -i otra-, nielas situadas en diversos lugares dd mun.li
c r i s t i a n o , d e t e r m i n a l o r i n a v . v o s y f u n c i o n e s d e n u m e r o s o s edificios saturados y de lasohnu flanaMM
ellos. VI m i s m o t i e m p o , p a r a l o s |M.-re£triiios se h a c í a n e n s e n e a m ú l e l o s , iiiipollas y pequeñas ca¡ivrciv* 11
£ rfi/
Bn
Frant,a
f**m relicario de santa Fe. láminas de o r o sobre alma de
r i o p a t a ílc\ a r t o n un«i c o m o r e c u e r d o de los s a n i o s h i l a r e s visitados. K n la época románica, al tntcnut, I °- " '^ - gf*f
,r l ,na
V ™ a l * roca, finales del siglo ,x (la máscara del rostro es una
t l u r ; , s

c a r s e his p e r e g r i n a c i o n e s , s e d c t c - m i u i a u n a n u e v a r e l a c i ó n e n t r e los líeles y los espacios de culto, se n n u i '•(•ra rumana reunh/nda; integraciones de linalcs del siglo v).
v a n l o s e d i f i c i o s o b j e t o d e la |>crcfrnnacion. a d e c u á n d o l o s a las nuevas necesidades, con rrip'Jl .tai
e s p a c i o s a s , a c c e s i b l e s p o r m e d i o d e r a m p a s , q u e p e r m i t c i l a los peregrinos rezar delante de lo* no»ni
c a n o s q u e c u s t o d i a n los r e s t o s de l o s s a n t o s .
 >7«S

379

t * M I » I s.| v M | M)|i >\fs || s

I -4 < . l u i i u . A s í s . b a s í l i c a d e San F r a n o s e » » , iglesia superior, historias de san Francisco, ci prsctrt

t i c C i r c t c ì u , I r e s t i » , f i n a l e s i l e i s i g l o v i l i ( . d e s p u é s de l-?°«*»-).

E I papel d e t e r m i n a n t e desempeñad* • por lo-. moii|es cn ci «ampi» artistico cn I J Mia Fdad Mcilia luehert 15 Isslmuen (Ií..,len.\\„rrtemher . iglesia de San Francisco, presbiteno, vidriera con escenas
gí

dado, a p a r t i i «lei SÌ|CÌO x i n . p o i las ordenes mendicantes, sol ire iodo franciscanos \ dominicos Stintici IHnlH as. I.I Nagelacion, vidrio pmtado a grisaüUe, ta I J 2 0 .
experiencia religiosa da lugar n« • s«»l«. a formas meditas «Je cointtencia > * onerceion de las obras dram
sin.» que lleva a t o m a i r u m b o i preciso» cn este pampo. contenidos en reglas t estatutos la liminomi, J k. liolonu. tUhln, ,/r */»/« Tomás de h/uw,,. inicial déla Pnmcra cana de san Pablo a los Corintia,
partir de I 2 0 0 (< .onstltueiones dk« Varlunia » «le las \ niñeras Just. >n a< las j h emanai centrai del pfcslWn iiiiuijiura sobre per camino, tm I2s(i
en la* iglesia* tran» i se anas \ la consolidaci* »11 de las Inhhas «le jK-queiio f« innato en un solo volumen rcra
Ile* ar en % iaics con el l i n del estudio y la prc«h< ación, son solo algunos «fe los impactos armnem Icpdnsi
la ••rt'iinv.nniii p.mpcrista-- de la Iglesia prouiot ida poi estas ordenes.
 3.-80

C - I l I M U A M I »

M.itvirn diri ISI.H tdJi »I« •dlunini.ii. Lt&ra dtJ Hi.iJ.tiuf». l a r r a i o m i »I«.- C o l i c \ j l d e k i (la occiu
»•!•>..,Iii«, t i m . i |ni,iuta r e a l i z a d a v u la H . K * k UH S C I del lîiad.o iiiiiiururj sobrincrcamin •
d f v | n i c . d e I » » >

l u c l m a n . . . ,|, m i , n-. Mint n i ti..i L'cniiili.'Jilw la H j f j I d . i d V i e t i t i « c * a r a i l c n / a r n IJ IIJ!IJ

c e n t r a • •»»•(MI.IH I H m a l p o i la p r u i f r c s n .1 r e l è * a n c i a d e I.» * l u d a d entendida »a B u imacûtUO luffarilt-ninicn X
- •|n»•" Í - J l e i a" d . i r "« I' ' i. V • *e n" es c* •i •
a •, . «l ' a. M . . i Dtital.
l a. ict i •• i « m a i . relieve»
i e n e i e s ce u\ , ee rr iitn irreess del
n e i lado
Mili Mir. representation
t i . u t m i C O U v i s t a s .1 u n a s e g u r i d a d m i n u n . sin«« u u i l m 11 c o O t O stfdl .1« I . ' T I I U « <K * MIJ JSI« IJIIJ nimdw.!*
1I1l'-ua
ll> ttl ir .1 . In ila-
i. \V emt
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. . . .10
. . Il .a JIu. .s. t. i. n. a. ., p . . .i .e. d. !r_a. i.1.l e. Istria,
f. . m e d Ii a d 1o s d•e lI Sigili E
*a|iiIatmcoti \ • • f i * j i n / j t | j D O l Li** cllttr** e .IH n i j i i u » I 11 1« ti 11 » • •»• la. I < .nnl.11
s e n i i d * ». 1 » r • • c » < - ' * unenti
s u r « • % ! » . . n i i i i t t j l u a « . d i t i * ,*>•< i i i i L ' i u s i » . « M connu a loa «.iules s* hai ua oriraniva«!.» t u n !.ii,ici:j|n¡f,
19 \ n . . l . V i iiovaniii Pisano. Perugia, I o n u n . i Maggiore, mármol, 1276-1278
navta anona. s«. K . K M ulirt-n •*« . n a n ( l i t o l o g i a * u r h j n i * n . a » a r q u i leti o n i c a * \ m o n u m e n t a l o f>uMi •
« * * i te e l u d a - , e n l i t u i t o n i l i I J"* n mein, i j * «h la «ida t i t i l d t l o i i n e r t - j d * i » j I« »s palai •• i s puUtim \ b\ lumtcv

CMS Ij * e n s e ñ a s »- 1 n i a i t e n * r*J « I " . I 11 • »' *<*.- m * . a I a » c r e i l a - * • N • ä s t i g « . d i q u i t - m « hahiaii «• uncini* » - l e m i t r l i t u f u

llaiii.id.i - - p i n t u r a i n t a n i a m o . 1
;">

• Y l U S I OCHA I AS

20. T a l l e r d e l M a e s t r o d e l a Cité des Dar/íes ( P a r í s ) . Mutación de fortune d e C r i s t i n a de Pitfn.Cm

tina de P i c a n a d m i r a n d o l o s f r e s c o s d e l a S a l a d e l a F o r t u n a , m i n i a t u r a sobre pergamino,a
1410.
: |
: ¡ r ; s s t : s *•* * * * * * * * ^ m d e m

E l final d e la l - d a d M e d i a v e s u r g i r u n a c u l t u r a a r t í s t i c a v i n c u l a d a fundamentalmente a las cortes, KI-

n o b i l i a r i a s o e c l e s i á s t i c a s , y c a r a c r e n z a d a p o r la b ú s q u e d a d e la elegancia y el preciosismo Adcnuv V- 12 l'am. fame de mesa. p | „ , dorada. « m a l . e s t r a s l u c i d » en h, -t „r,
m m segundo tercio del s.glo
kusoa y r e l a c i o n e s e.\istentes e n t r e m u c h a s d e las p n n c i p a l e s c o r t e s europeas hacen que estas caracter«nc.<
se d i f u n d a n y c i r c u l e n p o r t o d o O c c i d e n t e , p o n i e n d o d e m a n i f i e s t o e l c a r á c t e r «internacional- tlr Ni
ultima gran etapa del arte medieval.
>84

12

I OS M U N D O S D E L A I S L A M I E N T O : CAMPESINOS Y

SEÑORES RURALES

Gianfranco Pasquali

islamiento e intercambios culturales en el campo

>\u las r e l a c i o n e s e n t r e c a m p o y c i u d a d , t a n t o desde el p u n t o de vista político
e msii .'nal CGmo e c o n ó m i c o y s o c i a l , ha s i d o a m p l i a m e n t e d i s c u t i d o c o n acritudes y
p"«i<¡< l i l c r e n t c s s e g ú n las t e n d e n c i a s i d e o l ó g i c a s o , i n c l u s o , según el área geográfi-
ca u t I • pr< ( c e d i e r a n l o s h i s t o r i a d o r e s i n t e r e s a d o s . P o r l o que c o n c i e r n e a I t a l i a , p o r
1

ejempl riló e n estos ú l n m o s d e c e n i o s las i n v e s t i g a c i o n e s se h a n o r i e n t a d o hacia el

ámbito ! . i h i s t o r i a a g r a r i a , hasta d e j a r e n la s o m b r a ( a u n q u e h o y las cosas ya n o sean
asi» j l.i que h a b í a s i d o la p r o t a g o n i s t a de la h i s t o r i a italiana m e d i e v a l , la c i u d a d , sede de
los desai " N o s i n s t i t u c i o n a l e s c o m u n a l e s y d e u n a e c o n o m í a de m e r c a d o , e n ciertos casos
p r o i m t i d u s t n a l v L a r e l a c i ó n e n t r e c a m p o y c e n t r o s u r b a n o s se ha expuesto, de esta m a -

I i 'l>ri ñus gei ii i ..I Je referencia sobre el mundo campesino europeo pero centrada sobre iodo en el
faces' \ alemán sigue stendo la «inttSìS de \V. Rosener. Banem un Mittelalter, Munich. 1985 |cd. cast. Los cani-
peanos ,» /,, 1,/ad Media. Barcelona. Crítica. 1990). que sólo en parte sustituye la gran ubra de CJ. Duby,
/ Eewuanit imalt et la vie iles campagna ilans t'Occident medieval Paris. 1962 (ed. cast.. Economia rural y vida
mmptnafi en el GmdeMt uitdievaL Madrid. Aitava. 1999] Fara las relaciones enere la economia agrícola y la
campesina, (-canse \ Vcrhulst e V M o n n i o i o (eds.). Economie rurale el economie urbauie an Muyen Age, Gante-
Fnfcttoku I W 2 , > las claras contribuciones de C. Wickham. «Economia altomedievale-, en AAAT.. Stona
mtdin.il, Roma, I99S. pp. 2 0 Í - 2 2 6 , S Carocci. -Signon. castelli, feudi-, ilnd. pp. 247-268. C. Petralia,
••< resera v.l espansione-./A/rf . pp. 291-518. y R- C. Mucllcr. «Fpidcmie. crisi, rivolte», il-id. pp. 557-584
has tendencia» mas recientes en los estudios de historia agraria en Italia han sido discutidas por D. Balcs-
tr;uu. Midioivi italiana e medievistica, Roma. 1996. pp. 7Ì-93. y en A. Clononcsi y M . Montanari (eds.), .Medit-
imi,,! tulliana e aorta agraria tinnitati e prospettive di una 'fagiane stonografica. Atti del convegno (Montaicino,
12-14 de diciembre de 1997), Bolonia, 2001 Diversos puntos se pueden observar también en la compilación
D I S I K«» ui L\ O UH* de ensayos de M Montanari v A. Vasina (eds.). Pei t'ito Fumagalli Terra, uomini, istituzioni medievali, Bolonia,
2(1(10.1 uiid.iiiicnial sigue siendo todavía la clara puesta a punto de C«. Cherubini. «Le campagne italiane dalPxi
j l >v w i l d (I9H1)". en ul., L'Italia rurale del basto Medioevo, Roma-Bari. 1996; pnra pnsrcnores actualizacio-
:

nes, u-ase el volumen de A. Cortonesi, G . Pasquali y G. Piccmni, Uomini e campagne nell'Italia medievale, Ro-
m.i-lìjn. 20(12

da C o n f o r m e a u n . . v , , , . , n t i p i c a m e n t e s e p t e n t , l o n a l . m o s i r a n M„„„ dñeia.j«cb
u t i l i c e . . , , , r e a l . l e i m a n u s c r i t o «H c i . m e n o r de una l u j o * e s l e í a delante d < u n a . c n B » « t a
«,..c « c m o » d e f e c t o b u s e d o c o n esce M i la o r a c i ó n . d e a l a n t e la V i r g e n , d e n t r o de una iglesia F>"
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L()S M U N D O S D E L A I S L A M I E N T O : CAMPESINOS Y
SEÑORES RURALES

Gianfranco Pasquali

\islnmiento e intercambios culturales en el campo

L\l i', ma de las relaciones enrre campo y ciudad, tanto desde el punto de vista político
e Misino lonal t o m o económico y social, ha sido ampliamente discutido con acritudes y
posiciones .blerenres según las tendencias ideológicas o. incluso, según el área geográfi-
ca ile Li .pie* procedieran los historiadores interesados . Por lo que concierne a Italia, por
1

ejemplo solo en estos últimos decenios las investigaciones se han orientado hacia el
ámbito de la historia agraria, hasta dejar en la sombra (aunque hoy las cosas ya no sean
üsil .1 la que había sido la protagonista de la historia italiana medieval, la ciudad, sede de
los desarrollos msrirucionales comunales y de una economía de mercado, en ciertos casos
pmtoindusrnal-. La relación entre campo y centros urbanos se ha expuesto, de esta ma-

1
I.J nhr.1 in.is general de referencia sobre el mundo campesino europeo pero centrada sobre todo en el
Irjirs v alcm.ni MgUc siendo la síntesis de W, Riwcncr. titillavi un Alme/alter, Munich, 1985 [ed. cast.: Los cani-
POütto ni lu I'AIII,! Media, Barcelona, Cnuca, I990|, que sólo en pane sustmiyc la gran obra de G. Duby,
L'Economie nuale a In tic ,la campagna dam l'Oceidait medieval. Pans. 1962 |cd cast.. Economía rural y vida
Campania en el (¡t.idcnte iiirdia-aL Madrid. Aitava, |999| Para las relacionen entre la economía agrícola y la
campesina, véanse A Verhulst e Y Moninoto (cds.J. Economie aírale et economie urhiine au Moten Afir, Gante-
I u L u . i L . i |WJ. y las claras contribuciones de C Wiclcham, «F.conomia altomcdievalc-, en AA.VV., Storia
medievale. Ruma. I'WH. pp 201-226. S ( j n K U , -Signori, castelli, feudi», ibid, pp, 247-268. C . Pctralia.
-Ornata ed cspaiiviutte-, ibid . pp. 291-318. y R C- Mucllcr, -fcpidemic. crisi, rivnltc», ibid., pp. S57-5W
-' Las tendencias más recientes en los estudios de limona agraria en Italia han .sido discutidas por D. Balcv
iraco. Medioevi italiano e medievistica, Roma, 1996. pp. 7Í-9Í, y en A_ Cononesi \ M. Moni.man (eds.). Medie-
vinua italiana e noria agraria Risultati e prospettar di una Magione stmografica. sitti drl conitgno (Montalcino,
12-H de diciembre de 1997), Bolonia, 2001. Diversos puntos se pueden observar también en la compilación
O l M T R O U L LA O H KA ik ensayos ile \\. Montanan y A. Vasina (eds.). Ver V'ito Fumagalli Terra, uomini, istituzioni Medievali, Bolonia,
2 3 . M a e s t r o de M a r í a de B o r g o ñ f l ( G a n t e ) . Librode horas de Mmria de Borgoña, la Virgenendiac 200(1 ['iindanienial sigue siendo todavía la clara puesta a pumo de ( ì . Cherubini, «l,c campagne hyliane rlall'xi
ríur de una iglesia y M a r í a de Borgofta (?>. inimutiira sobre pergamino, ot, 1470-1480. al xv secolo (1981)». en id.. Litaba rurale del basso Medi'onv, Rom:i-Bari. 199fi; para posteriores actualizacio-
:

nes, véase el volumen de A. Cononcst, G . Pasquali y G . Piccinm, Uomini r campagne nell'Italia medievale. Ro-
uu-Uan. 2002.
C u i n o vimos al principio, en 1Ü pintura flamenca no ce vacila a b hora de represenur el-uso-de U»oK.
de arte. E n cute ca*0, la destiruuaria del libro de horas, probablemente Mana de liorgoña,estareprtstnu
da conforme Ü una vi>ión típicamente septentrional, mostrando dos niveles disantos de conarowi \¡
uüh¿ju(>n real del inanuscnto en el interior de m u lujosa estancia delante de una ventana abierta, ptfb
que venios el efecto buscado con este uso- la oración ideal ante la Virgen, dentro de una iglesia gorja
 \RTL E HISTORIA IV I.A EDAD MEDIA MI

ñera, e q u i l i b r a d a m e n t e ; es m á s , p o r l o q u e c o n c i e r n e a la Alta Edad Media, las interac- LOS M L N D O S D E L A I S L A M I E N T O ' C A M P E S I N O S V S E Ñ O R K S R U R A L E S 387

ciones e n t r e estas dos realidades d i s t i n t a s están l u e r t e m e n t e acentuadas poruña historio-
grafía que t i e n d e a d e l i n e a r una r e d e c o n ó m i c a en la que los mercados ciudadanos están centro de producción artística y su utilización, en el ámbito de las transformaciones de
en r e l a c i ó n c o n t i n u a c o n los c e n t r o s de p r o d u c c i ó n agraria de la gran propiedad, organi- naturaleza política, económica y social.
zados en f o r m a s curtenses o señoriales. Se Supera así la contraposición entre mercados
curtenses y m e r c a d o s c i u d a d a n o s , i m p o r t a n t e e n la historiografía del siglo XIX y princi-
pios d e l x x . U n debate p a r e c i d o al a r r i b a p i t a d ' i tío se ha dado, sin embargo, en los países Crisis del mundo antiguo y búsqueda de nuevos equilibrios
en los q u e el c r e c i m i e n t o de las ciudades fue m e n o s frenético que en Iulia, tanto que un
h i s t o r i a d o r c o m o H i l t o n ve todavía en la I n g l a t e r r a del siglo x i u un área en la que el S i no nos liñutamos sólo al arte figurativo, el mundo rural nos ofrece otras oportuni-
dades para examinar aspectos artísticos que le son peculiares . Aunque el concepto de 5

c a m p o , d o m i n a d o p o r una m u l t i t u d d e ittünors <\ crsión inglesa de lar//rm), está compro-

pais.iie agrario nt i sea fruto de la cultura medieval, podemos considerar, sin duda, que en
m e t i d o a c t i v a m e n t e e n el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o de t o d o el t e r r i t o r i o , ciudades y pue- la ci 'iisrrucción de una organización agraria hay competencias que pertenecen a la crea-
blos i n c l u i d o s , t o d o s i n t e g r a d o s en una e c o n o m í a señorial llamada, de manera impro- ción irtistica. < .i "iiipetencias propias de la arquitccnira, como cf cálculo de las pendientes
p i a d a , f e u d a l ' . A u n q u e e s t é c l a r o q u e esta u l t i m a tesis es f r u t o del eswdio de un del i rreno, la transformación de eventuales obstáculos naturales, la construcción de
c o n t e x t o p a r t i c u l a r y está i n f l u i d a p o r u n p l a n t e a m i e n t o marxista, no se puede negar puentes e hileras de árboles y setos, fueron indispensables para la construcción del nuevo
q u e la r e l a c i ó n e n t r e c a m p o y c i u d a d p u e d e i r de situaciones en las que la segunda paisii de llanura, la cenmriación romana con su aparente monotonía, marcada por cua-
d o m i n a , t a n t o e n el p e r f i l e c o n ó m i c o c o m o en el político y, otras, en las que los señores dr.h is regulares de cerca de setecientos diez metros de lado. La huella de la centuriación
rurales son capaces de d e t e r m i n a r la vida i n s t i t u c i o n a l y económica de centros urbanos, mi , i enseño a un número notable de colonos, en el transcurso de los siglos, a identi-
sobre t o d o si son de p e q u e ñ a s d i m e n s i o n e s . P o r otra parte, los castillos, sede de nume- fieai MS espacios en los que se desarrollaba su trabajo con los trazados regulares de vías
y de i .males hasta determinar las formas de asentamiento. Las inundaciones y catástrofes
rosas señorías en t o d a E u r o p a , p u e d e n ser considerados en cierto sentido como pequeñas
«ano iles podían hacer impracncable. temporalmente, el cultivo de los campos. Pero, en
ciudades, sobre t o d o aquellos en los que se desarrolla una intensa vida de corte. Loque pucos meses, era posible reconstruir ese paisaje recuperando las calles, que se podían
e m e r g e de la h i s t o r i a e c o n ó m i c a e i n s t i t u c i o n a l se verificará en el ámbito de la fusiona identificar fácilmente gracias a las hileras de árboles que normalmente las bordeaban. Se
de la c u l t u r a l i t e r a r i a y a r t í s t i c a . L a categoría conceptual de «mundos del aislamiento-
4
explica así esa «continuidad vertical»-, como dicen los arqueólogos, que caracteriza a
r e f e r i d a al t e r r i t o r i o r u r a l es, e v i d e n t e m e n t e , f r u t o de una concepción uruano-cenmea, muchas de las llanuras de Italia y de Francia, desde la Edad Antigua a nuestros días. Otro
válida para la E d a d A l e d i a tardía (y n i siquiera para toda Europa), justificada completa- aspectt» que transmitió la civilización romana, al menos en parte, a la Edad Media fueron
m e n t e en el m a r c o de la h i s t o r i a d e l arte c o m o historia de las grandes obras maestras las grandes infraestructuras, como las calzadas empedradas (stratae) y los acueductos.
nacidas en su m a y o r í a en las p e q u e ñ a s y grandes ciudades renacentistas. Pero, si dirigi- Todavía bajo el reino de Teodorico. entre los siglos v y vi, se intentaba cuidar el mante-
m o s nuestra a t e n c i ó n al t e j i d o c o n e c t i v o de la sociedad medieval, pueden surgir comen- nimiento; después, muchos de aquellos antiguos trazados se abandonaron o se quedaron
como restos, identificados casi sólo en la toponomástica. En sustitución, se buscaron
tes subterráneas que unían las poblaciones campesinas (señores incluidos) a las ciudada-
nas en el á m b i t o de la utilización de p r o d u c t o s artísticos, tanto de los de tipo figurativo,
visibles en las iglesias y en los palacios, c o m o de los de mayor consumo (imágenes voti-
• S o b r e e l p a i s a j e a g r a r i o m e d i e v a l es t o d a v í a i n t e r e s a n t e e l v i v i d o e n s a y o de E . S e r e n i , Stona del paesaggio
vas, utensilios o construcciones de d i f e r e n t e t i p o ) . Pero, para hacer esto, se necesita es- agrario in balia B a r í . 1 9 6 1 ; o b j e t o de u n a rigurosa revisada c o n sugestivas p r o f u n d i l a c i o n e s e n G . Romano,

bozar una historia del c a m p o (considerada sin razón alguna como inmóvil) que haga re- Stadi sal paesaggio. T u r i n , 1978. L a c e n t u r i a c i ó n a n ü g u a h a s i d o ob|cto d e i n v e s t i g a c i o n e s recientes, también
por l o q u e c o n c i e r n e al p r o b l e m a d e s u c o n u n u i d a d e n la E d a d M e d i a , v é a n s e , p o r e j e m p l o , L. Federzoni.
saltar los datos más útiles para c o m p r e n d e r las relaciones que se podían instituir entre
«Considerazioni sulla persistenza di tracce della cenîuriazjone r o m a n a nell'alto medioevo l'esempio della
pianura Ira M o d e n a e Bologna». Rivista di stona dell'agricoltura X X I , I (I9B1), pp. l ó S - l f l l ; G . Bottazzi. «U
r e t í c u l o ceri ut ria le d i B a g n a t a v a l l o la s i s t c m a / i o n c paesaggistica e infrasrruiruralc della pianura romagnola
a m i c a » , en C i S u s i n i y A . C a l b i (eds.). Storia di Bagnacavallo, B o l o n i a , 1994, vol. I, p p . 7 1 - 9 5 . S o b r e las v i c i s i -
1
E l planteamiento historiográfieo no urba nocen trico que caracteriza a muchos n i e d i e v a l i s t a s ingleses cn- tudes de l o s a s e n t a m i e n t o s e n r r e l a T a r d o a i l l i g u e d a d y l a A l t a E d a d M e d í a , v é a n s e l o s r e s u l t a d o s d e las i n v e s -
euentra sus puntos de refereneia en R . H . Hilton. A medieval society: tbe West Mtdlandsat tbe endefibe ikrtttntb t i g a c i o n e s y l a s n u e v a s t e n d e n c i a s h i c o n o g r á f i c a s e n A . C a r a n d i n i y S . S e t t i s . Schiavi e padroni nel/'Etmria ro-
ceiitury. Cambridge, 1966. y J. T h i r s k (cd-). Tbe agrarian history oflingland and Wales, v o i . 1 / 2 : A.Ù -Í3-M2, to/toa La villa di Settejìncstre dallo scavo alla motera, B a r i , 1 9 7 9 ; A - G i a r d i n a ( e d ) . Società ivmaita e impero
ed. Hi R R. Finberg, Cambridge. 1972; ibid. v o i . IL ¡042-1350, c d . I L E . H a l l a m . C a m b r i d g e , 19KM>/¿,vol. lardoanttco, v o i . I H : / > merci. Gli insediamenti, B a n 1 9 8 6 ; D . V e r a , « L ' I t a l i a a g r a n a n e l l ' e i a i m p e r i a l e : f r a c r i s i e
1IJ: ¡34S-1500, ed. E . Miller. Cambridge, 1991. i r a s f o r m a z i o n e » , c-tl L'Italie d'Auguste a Dioctétien. Actes du Colloque internationale de PÉeole Française de Rome
(Paris, 1994), R o m a , 1994, p p . 2 3 9 - 2 4 8 ; id., « H s i s t e m a a g r a r i o t a t d o - a n d c o - u n m o d e l o » , e n R . Francovichy
4
L a s interacciones entre historia institucional, económica, social y culmraJ h a n s i d o eficazmente imadas
G Noyc(eds.). La storia dell'alto medioevo italiano {Ì7-.Y Secolo) alla luce dell'arcbtolagta, F l o r e n c i a , 1994, pp. I
e n las n u m e r o s a s obras de L e Goffi en concreto ). L e Goff, U crvilisation de l'Occident medieval, P a r i s , 1964 [ o l
1 3 8 ; id., - L e f o r m e d e l l a v o r o r u r a l e : a s p e t t i d e l l a t r a s f o r m a z i o n e d e l l ' E u r o p a r o m a n a f r a t a r d a A n t i c h i t à e a l t o
cast.: La civilización del Occidente medievaL Barcelona, Paidós. 1 9 9 9 ) , y l a c o m p i l a c i ó n d e e n s a y o s editada pOT¿I,
M e d i o e v o » , cil Morfologie sociali e culturali in Europafratarda Anttebità e alio Medioevo.
entre los que cabe señalar, para el t e m a de Ja p r e s e n t e contribución, l o s d e G . C h e r u b i n i , « 1 1 c o n t a d i n o e il

lavoro dei c a m p i » , e n j . L e G o f f (ed.). L'uomo medievale. R o m a - I ì a n 1 9 8 7 , p p . 1 2 7 - 5 4 , y d e E - Castelmiove,

«L'arusia>'. ibid.. pp. 2 3 7 - 2 6 9 [ed. cast.: Ei hombre medieval, M a d r i d . A l i a n z a , 1 9 9 I J .

3SS ARTE t M O T O R I A IN* LA Hoto MIOIA li)
o t r o s r e c o r r i d o s , e s c r u t a n d o a t e n t a m e n t e , c o m o h a b í a n h e c h o los a g r ó n o m o s romanos,
l a s f o r m a s d e l a p o s i c i ó n d e l t e r r e n o , l a s p e n d i e n t e s , l o s v a d o s para encontrar un diseño
f u n c i o n a l p a r a e l t r a z a d o d e u n a v í a n u n c u r s o d e a g u a p o t a b l e , capa/ de sustituir las
o b r a s a b a n d o n a d a s . O t r a h e r e n c i a a n t i g u a e s la d e la villa r ú s t i c a . E s t a estructura, tam-
b i é n m u y c o n o c i d a p o r l o s m a r a v i l l o s a ••- t e s t i m o n i o s a r t í s t i c o s q u e nos lian llegado, tuvo
su florecimiento h a s t a p r i n c i p i o s d e l s i g l o m d . C ; d e s p u é s , gradualmente, y en épocas
d i f e r e n t e s ( e n B r i t a n i a s e m a n t e n í a t< » I. \ M \ i \ a e n l o s p r i m e r o s decenios del siglo v),se
c e s ó d e c o n s t r u i r y d e u t i l i z a r s e d e m a n e r a c o n f o r m e a s u s o r í g e n e s ; gran parte de las
e s t r u c t u r a s m u r a l e s d e l a s n u m e r o s a s vilLn. e s p a r c i d a s e n los c a m p o s del Imperio roma-
n o , s e u t i l i z a r o n c o m o c u a d r a s o * i v i e n d a s c a m p e s i n a s , o f u e r o n empleadas como mate-
r i a l d e r e c u p e r a c i ó n . L a villa r o m a n a e s u n e j e m p l o i n t e r e s a n t e de la interacción entre
m u n d o c i u d a d a n o y m u n d o c a m p e s i n o ; e n g r a n p a r t e d e estos complejos convivía una
pars urbana* h a b i t a d a p o r e l p r o p i e t a r i o v pi >r s u s h u e s p e d e s , y una pars rustica, sede de las
v i v i e n d a s d e l o s c a m p e s i n o s , e s c l a v o s o l i b r e s , v d e l o s a l m a c e n e s . L a crisis y la tlesapan-
c i ó n d e l a villa s e i n t e r p r e t a c o m o e l f i n a l d e l d o m i n i o d e u n a é l i t e de propietarios ciuda-
d a n o s e n l o s t e r r i t o r i o s r u r a l e s q u e i n i c i a r o n así s u aislamiento.
E n e s t a f a s e , e l c a m p o a l t o m e d i e v a l . a p a r t e d e l o s v i s t o s o s legados antiguos, como la
c e n t u r i a c i ó n , e x p e r i m e n t a u n v u e l c o q u e l o s h i s t o r i a d o r e s h a n individuado en la difusión
d e l l a t i f u n d i o . P e r o e l c o n c e p t o d e l a t i f u n d i o n o e s t á e n absoluto claro; parece, pore!
c o n t r a r i o , q u e l a c r i s i s d e l a villa, c o n l a d e c l i n a c i ó n d e s u s agrupaciones de agncultores-
e s c l a v o s , p r o d u j o u n e f e c t o p o s i t i v o e n las e s t r u c t u r a s a g r a r i a s romanas, implicando a los
t e r r a t e n i e n t e s y a g r i c u l t o r e s i u r í d i c a m e n t e l i b r e s ( o e s c l a v o s emancipados) en una red de
r e l a c i o n e s d e t r a b a j o , c a r a c t e r i z a d o s p o r e l a r r e n d a m i e n t o ( n u e v o colonato). Las morada*
d e e s t o s c o l o n o s s e r e a g r u p a b a n e n tvr/'. al trun o s d e l o s c u a l e s p o d í a n haber tenido su on-
g e n e n villar a b a n d o n a d a s ; o t r o s , h a b e r s e r e c o n s t i t u i d o e n esta nueva tendencia económi-
c a , q u e t a m b i é n v i o u n a r e c u p e r a c i ó n d e l a p e q u e ñ a p r o p i e d a d campesina. E n losiw?.por
l o t a n t o , s e c o n c e n t r a n l a s a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s ; p o r o t r a parte, todavía tienen como
p u n t o d e r e f e r e n c i a l o s m e r c a d o s c i u d a d a n o s , a u n q u e el c o m e r c i o suprarregional sea me-
n o s p r ó s p e r o r e s p e c t o d e l o s t i e m p o s d e l a riqueza d e la villa. L a historiografía mis re-
c i e n t e d e la é p o c a t a r d o a n t i g u a n o s p r e s e n t a u n a r e a l i d a d m e n o s oscura de lo que algunas
f u e n t e s , l a s m á s c o n o c i d a s , n o s s u g i e r e n . S i m u c h a s vtilae desaparecen, otras siguen fun-
c i o n a n d o , a u n q u e m e n o s , c o n n u e v a s r e l a c i o n e s d e t r a b a j o , m i e n t r a s se refuerzan los Mo-
y a e x i s t e n t e s y s e c r e a n n u e v o s ; e n c u a l q u i e r c a s o , n o d i s m i n u y e n las relaciones con las
c i u d a d e s . F . n e s t e c o n t e x t o , l a t r a d i c i ó n c u l t u r a l y a r t í s t i c a e v o l u c i o n a respecto a la clásica;
q u e d a p o r v e r e n q u é m e d i d a e l n u e v o c o l o n a t o y 13 n u e v a c l a s e d e propietarios, quenose
c o m p o n e s ó l o d e r e n t i s t a s , u s a l o s o b j e t o s p r o d u c i d o s p o r artesanos y artistas en el nuevo
c l i m a h i s t ó r i c o . S i g u i e n d o l a t e s i s d e u n a r e d u c c i ó n , c u a n d o n o d e una quiebra de la eco-
n o m í a a n t i g u a , e n l o s s i g l o s I V - V I s e e s p e r a r í a , e n c u a l q u i e r caso, una fuerte disminudón
d e l a s t r a n s a c c i o n e s , q u e n o s o t r o s l l a m a r e m o s i n t e r n a c i o n a l e s , cada vez mcnossujetisala
i n i c i a t i v a d e la c l a s e d i r i g e n t e i m p e r i a l . S i n e m b a r g o , s e h a p o d i d o demostrar que en esos
s i g l o s s e s i g u i ó v e n d i e n d o , p o r e j e m p l o , u n t i p o d e c e r á m i c a m á s bien refinada, de ttm
stgillata r o j a , p r o d u c i d a s o b r e t o d o e n Á f r i c a s e p t e n t r i o n a l ; se h a n realizado considerables
h a l l a z g o s d e e s t a s p i e z a s e n d i f e r e n t e s l u g a r e s a o r i l l a s d e l M e d i t e r r á n e o , sohre todo en
c a s a s d e c a m p e s i n o s ( M o l i s e ) . S i l o s m o v i m i e n t o s d e las p r o d u c c i o n e s de cerámica indican
L<>* « I A D O I U H A l t i «MUNTO: CAMMIINOI V STÜOKtS (L'iALIi 389
también el comercio de otros productos más perecederos, como fas telas y los alimentos,
se puede mantener que los intercambios de alimentos o, al menos, de producios artísticos
(como la cerámica) se practicarían todavía en buena parte del área mediterránea hasta el
s i g l o vi, que es además el siglo de los grandes reinos romano-germánicos, como el de
'leoditrico. tan empeñado, como ames se ha dicho, en la manutención de las iníracsinic-
uir.is del territorio [»<ir el dominado.
I .1 guerra i*r* • < »-gótica del 535-553 y la invasión de los lombardos supusieron sin duda
un nielen en la historia de Italia. Por lo que concierne .1 los asentamientos rurales, la par-
le iii l.i península ocupada por los lombardos (Langobardia) está caracterizada por la aldea
rur.'l (victis ÉtJknJMs), mientras que Ja ciudad, incluso cuando se convierte en capital de un
d i n ' l o . pierde casi del lodo la fisonomía que la caracteriza lia en el periodo antiguo' . E n 1
la l i >¡ia dominada por Jos bizantinos (Romanía) se verifica, sin embargo, una condición
ild nte: aqui l a s ciudades siguen manteniendo su papel, mientras que en el campo no se
de' olían asentamientos de lipo innovador. Esta división de Italia parece reproducirá
es* 1 reducida l a fractura que muchos historiadores han deteciado en la Europa altomc-
di. i| por un l a d o , el mundo germánico y romano-germánico, que afecta a gran parte del
001 tente (el área ecntroseptentrional), con su orden económico en su mayoría rural; por
li» países del .Mediterráneo, en particular el Imperio bizantino y después también el
un In islámico, en los que el comercio y los asentamientos urbanos consiguen todavía
de* Millar una función relevante, aunque de menos alcance respecto de la Edad Antigua.
I' 11 entidad, la representación de la división de Italia en dos áreas distintas, que es fruto de
1
reflexiones nacidas sobre todo por el planteamiento de la investigación ofrecida por
Gitunpicro Iíognctti, que veía en los lombardos el elemento innovador en la historia ita-
l i a n a , ha sido recientemente puesta en discusión sobre la base de los datos provenientes de
c u a\ aciones arqueológicas. De ellos emerge una identidad sustancial de desarrollo de los
asentamientos de Romanía y de Langnrbardia. Entre el siglo vi y la primera mitad del
M e l ó vii, las ciudades se despueblan y sufren una notable degradación, hasta tal punto que
se han descubierto analogías en la decadencia de cenuros como .Milán, Brescia, Roma y
Pescara; las mercancías orientales y africanas llegan de manera irregular y esporádica; los
comercios se reducen a nivel local, aunque en menor medida de lo que sucede en Roma-
nía, subdividida en muchas regiones, en general situadas en las costas del mar Adriático y
del I irreno. L a conquista lombarda, más que transmitir una nueva trayectoria a la orga-
'• Sobre la división político-cultural He halia en Langobardia y Romanía han ofrecido significativas contri-
buciones V Fumagalli. Terra e società nell'Italia padana. I secoli tX e X, Turili. 1976. A. Casiagncm, t'org,inizza:joiic
del lemtorm rurale nel Medioevo CitrOfrrzioni ecclesiastiche e ovili nella -Langol>ardia- e nella -Romania- | 1979),
Bolonia. 1982; B Andreulli y M. Montanari .L'azienda cúrteme in Italia Proprietà detta terra e lavoro contadino nei
secoli Vlli-xi, Bolonia. 1983. La contraposición se presenti, sin anuario, ninni-, nitida, a la luz de lo* rehilados
de la investigación arqueológica, en Fiancovich y Noyc (cds). IM storta dell'alto medioevo italiano, cit Kl con-
cepto de -desierto-selva., ha sido formulado por L. Le Goff, «Le merveillcus dans rOccidcnl medieval-, eii
M Arkoun, ). Le Goff, T. Fahd y M Rodinson (eds.), L'Etrange et le Mctveilteux dans l'Islam medieval. Calloauc
organile par l'ctssnciation patir Pavancement des Etudes Islamique (París, 1974), Paris, 1978 [ed. cose: Lo maravillo-
so y lo cotidiano en el Occidente medieval, Madrid, Aliaya, 199°), las* implicaciones de orden económico y de eatn-
lilccimicnto son objeto de alpinos tapúulos de O. Pasquali, Contadini e signori d'Ila bassa, insediamenti e -deser-
ta- del Ravennate e del Ferrarese nel'Medioevo, Bolonia. 1995.
> 9 0 ARTE t HIMORM IN LA I Í D A U A l t D I A I I I
n i z a c i ó n i n s t a l a d o r a y e c o n ó m i c a , s e i n s e r t o e n u n a t e n d e n c i a ya existente; la división de
I t a l i a e n d o s p a r t e s , c o n s u s l i n c a s d e d e f e n s a a l o l a r g o d e l o s n u e v o s confines,acentuóla
d i f i c u l t a d d e l a s t r a n s a c c i o n e s e n t r e l a I t a l i a d e l n o r t e y l a d e l sur, d e m r o d é las dos enti-
d a d e s d i f e r e n t e s p o l í t i c o - m i l i t a r e s . R n e l á m b i t o d e la R o m a n í a , la cultura del área vene-
c i a n a e s m u y d i f e r e n t e , e x a r c a ! y p e n t a p o h t a n a , d e la d e A p u l i a y C a l a b r i a ; en eldcLan-
g o r b a r d i a , e l c e n t r o - n o r t e d e l a p e n í n s u l a p r e s e n t a c a r a c t e r e s que su encuentran en el
d u c a d o d e B e n e v e n t o . L a p a l a b r a « a i s l a m i e n t o » la u s a n a m e n u d o los bisronadores pan
d e s c r i b i r l a s i t u a c i ó n d e l o s s i g l o s v i - v n . E l t é r m i n o s e a p l i c a tanto al inundo ciudadano
c o m o a l r u r a l . D e n t r o d e l a s c i u d a d e s a n t i g u a s se c r e a n r e a l i d a d e s disuntas: el área de la
f o r t i f i c a c i ó n , l a d e l a c a t e d r a l , la d e l a p a r r o q u i a d e las a f u e r a s , la del puerto y la de las
a c t i v i d a d e s c o m e r c i a l e s , s e p a r a d a s p o r e s p a c x «s d e s h a b i t a d o s . E s t á n aislados los vía, como
t a m b i é n l a s g r a n d e s h a c i e n d a s a g r a r i a s d e a n t i g u a y n u e v a f o r m a c i ó n ; los monjes buscan
el a i s l a m i e n t o e n l o s m o n a s t e r i o s f u n d a d o s e n p l e n o c a m p o y en los itcserta (bosques,
m o n t a ñ a s y l a g u n a s ) . L a s c a r a c t e r í s t i c a s d e e s t e r e p l i e g u e l o c a l de la población, que segu-
r a m e n t e v i e n e t a m b i é n m a r c a d o p o r u n a f u e r t e d i s m i n u c i ó n demográfica, conlleva un
e s f u e r z o d e s a t i s f a c e r in sitit las n e c e s i d a d e s m á s e l e m e n t a l e s , c o m o también las que perte-
n e c e n a l a e s f e r a d e la p r o d u c c i ó n a r t í s t i c a . N ' o s a b e m o s c a s i nada de estos siglos tautológi-
c a m e n t e d e n o m i n a d o s c o m o o s c u r o s ( l a s dark ages d e u n a historiografía ya superada);
p e r o , e n c u a n t o u n a p i z c a d e a q u e l m u n d o e m e r g e d e e x c a v a c i o n e s arqueológicas, el
c u a d r o s e h a c e e n s e g u i d a m e n o s o s c u r o . P o r l o q u e c o n c i e r n e a Inglaterra, por ejemplo,
la o b r a d e B e d a . l a e x c a v a c i ó n d e l a t u m b a e n f o r m a d e b a r c o , S u t t o n H o o , y el poema
Bctrwulf n o s p e r m i t e n i l u m i n a r a l g u n a s c a r a c t e r í s t i c a s del s i g l o v n y de vislumbrar los mo-
d o s d e v i d a . L a s o c i e d a d d e a q u e l s i g l o t e n í a e n las salas (hall) d e las mansiones de los reyes
7
y d e l o s a r i s t ó c r a t a s a l g u n o s m o m e n t o s d e v i d a c o l e c t i v a « i n t e r c l a s i s t a » , y en las formas
d e i n h u m a c i ó n s e e x h i b í a s u r i q u e z a , c o n s t i t u i d a p o r p r e c i o s o s objetos artísticos. La ar-
q u i t e c t u r a y las d e c o r a c i o n e s d e l a s s a l a s d e c o n v i t e a r i s t o c r á t i c a s de los reinos, que se
f o r m a r o n d e s p u é s d e l a c a í d a d e l I m p e r i o r o m a n o , e s t á n p o c o documentadas en las íuen-
t e s , p e r o s e d e b e c o n s i d e r a r i n f u n d a d a la h i p ó t e s i s d e q u e se tratara de ambientes pura-
m e n t e « b á r b a r o s » , q u e n o p e r c i b i e r a n l a i n f l u e n c i a d e l a r t e a n t i g u o . Está claro queindu-
s o l o s e d i f i c i o s r e a d a p t a d o s o c o n s t r u i d o s ex novo p o r la n u e v a clase dirigente serían del
m i s m o e s t i l o d e l a s p r o d u c c i o n e s a r t í s t i c a s d e Jos s i g l o s V - V I I . E n este periodo se introdu-
c e n e n l o s m o d e l o s a n t i g u o s r e c u r s o s e s t i l í s t i c o s p r o p i o s d e culturas locales (o induso
i m p o r t a d a s p o r l o s i n v a s o r e s ) p o r m u c h o tiempo o l v i d a d a s y borradas de las tendencias
a r t í s t i c a s d o m i n a n t e s , p o r n o d e c i r o f i c i a l e s . S a b e m o s m u c h o m á s , en cambio, de todo lo
r e l a t i v o a las c o n s t r u c c i o n e s p a r a los r e l i g i o s o s , m o n a s t e r i o s e iglesias, a pesar de la casi
t o t a l d e s t r u c c i ó n d e lafiletesm á s a n t i g u a d e b i d a a r e u t i l i z a c i o n e s y ampliaciones sucesivas.
E n e f e c t o , a n t e s d e l l l a m a d o « r e n a c i m i e n t o c a r o l i n g i o » , l o s restos aparecidos,sobretodo
' L a s r e f e r e n c i a s e n e l t e x t o a l a I n g l a t e r r a d e l s i g l o v n e s t á n t o m a d a s d e J . B l a i r , « T h e A n g l o - S a x o n Pe-
riodo, e n K . O . M o r g a n (ed.), Oxford IllustratedHistory ofRrìtaìn, O x f o r d 1 9 8 4 f e d - i » - :
ne*, e n K _ O . M o r g a n (ed.). Storia dell'Inghilterra. Da Cesare ai giorni nostri. M i l á n , 1 9 8 5 . p p . S S - 9 8 ) ; las de
S a n t a O i u b a d e B r e s c i a d e G. I*. B r o g i o l o . - T r a s f o r n i azioni u r b a n i s o c h e n e l l a B r e s c i a l o n g o b a r d a : d a l l e capan-
ne d i l e g n o al m o n a s t e r o regio di S. Salvatore»-, c n C S t e l l a y G. B r e n i e g a n i ( e d s . ) , $, Giulia dì Brescia. Archeo-
logia, arte, storia di un monastero regio dai Longobardi al liarùarossa, B r e s c i a , 1 9 9 2 , p p . 1 7 9 - 2 1 0 .
p e r i o d o anglosasso-
LOS Ml NOOS D t L AISlAMUN'PO: CAMPESINOS V S r S o f t l í RURALES 3 9 1
en las excavaciones arqueológicas de edificios de siglos anteriores al ix, se presentan más
modestos, desde e l punto de vista de las superficies ocupadas, respecto a los de los siglos
i x - x i . Enn'e las grandes construcciones del periodo de la dominación de los ostrogodos en
Italia, que preceden la fase tic la que abora nos ocupamos, y los grandes edificios carolin-
gios que la siguen, se sitúa una sene, en gran parte desaparecida, de obras arquitectónicas
dienoS pomposa*, pero rnuy significativas. C o m o ejemplo, se podría tomar el caso de tíres-
ela. F n el lugar d e l lamoso monasterio de Santa Juba se ha realizado una excavación siste-
mara a que ba der n> istrado que fa iglesia del monasterio, fundado por Desiderio, rey de los
lombardos, en el 75.1, tenía casi el doble de superficie que la de una iglesia construida en
la segunda mitad del siglo v n , mientras que bajo los carolingios su superficie fue aproxi-
mad ir nenie cuadruplicada. Por lo que concierne a las pinturas murales de las iglesias y de
los i . -misterios auicriores al siglo vui, es probable que se les fueran aplicadas ampliamen-
te I onvíceiones del papa Gregorio Magno ( 5 9 0 - 6 0 4 ) , que consideraba que las imáge-
nes igradas teman para los analfabetos la misma importancia que la escritura para los
dól si bien el r e s t o de las artes figurativas de este periodo sean muy escasas. Queda el
he» I de que las convicciones del gran pontífice fueron más tarde rebatidas por el C o n -
cili' 11 le Arras de 1025: « L o s analfabetos contemplan en la pinnira aquello que no pueden
ver i ra vés de la escritura»". N o bay motivo para considerar que la escasez de testimonios
que i* nemos se deba a la escasa aplicación de las sugerencias, ampliamente compartidas
por las clases religiosas, en lo que respecta al cuidado de las almas de los analfabetos.
Recomposición y crecimiento
Kl siglo v i u se confirma corno un periodo vivaz de transición también en lo que con-
cierne a la historia del campo . E n toda Europa se asiste a la consolidación de las institu-
9
ciones y a una mayor vivacidad económica; de la Inglaterra de la dinastía merciana, en
particular del rey OfTa, a los territorios dominados por los francos, caracterizados por la
llegada al poder de los carolingios; de la consolidación de la expansión musulmana en
España a la selección iconoclasta de los emperadores bizantinos, en un clima de mayores
afinidades culturales con el mundo islámico. E n cualquier caso, se asiste a la superación
de la rigidez loca! de los mercados y de las producciones. Esto lo señala también el fre-
cuente recurso de reformas monetarias, casi todas dirigidas a la creación de monedas de
" E l p a s a j e l o a r a L e G o f f , IJI civilisation, cit.
" L o s e l e m e n t o ! , d e u n n u e v o d e s a r r o l l o d e l c a m p o c n ci t r a n s c u r s o d e l o s s i g l o s v m - i x estiin d u r a m e n t e
e n T h i r s k ( e d . ) . The agrarian bistory. CÌL, v o i . 1 / 2 ; B l a i r , The Anglo-Saxon Period, c i r . ; P. I b u b c r i , Les
Structurer du Lamini medieval. Le Latitivi meridional et la Sabine du isc tiède à la fin da Mie siede, 2 v o l s . , R o m a ,
1 9 7 3 , td., « l ' I t a l i e r u r a l e a u x v n i ' - i x ' s i c e l c s . F i s s a i t i c t y p o l o g i e d o m a n i a l e » , c n / problemi dell'Oleideate nel se-
colo flit. Settimane di studio del CI.SAM, XX, S p o l e t o , 1 9 7 3 , p p . 1 8 7 - 2 0 6 |ed. c a s t - : Castillos, seìiores y campesiiios
m la Italia medieval, B a r c e l o n a , C r i t i c a , 1 9 9 0 ] , M . - J . T ï t s - D i e u a i d e , « G r a n d s d o m a i n e s , g r a n d e s e t p e t i t e s e x -
p l o i u t i o n s e n C a u l e m é r o v i n g i e n n e . R e m a r q u e s e t s u g g e s t i o n i » , e n A. V e r h u l s t ( e d . ) , Le Grand domaine aux
cpoiincs mérovingienne et carolingienne, G a n t e , 1 9 R 5 . p p . 2 3 - 5 0 ; C a s i a g n c t t i , L'organizzazione, c i t . ; B . A n d r e o l t i y
M i M o n t a n a r i , L'azienda curtense, c i t . ; F- M a t t i n f , / -patrhnonia sanctae rotnanae Eeelcsiae» nel IMZÌO (secoli/''--v-
Struttura amministrativa e prassi gestionale, R o r m , 1 9 9 8 .
392 ARTE E H I S T O R I A EN LA F D A L * M E D I A III

u s o m á s a m p l i o y m á s f á c i l m e n t e i n t e r c a m b i a b l e s c o n las d e las áreas vecinas. Por lo que

I 11'. MINOOS D E I A I S I A M I E N T O : C A M P E S I N O S V SÍNOIlES II U R A L E S 393
c o n c i e r n e a I t a l i a , la p a z e n t r e l o m b a r d o s y b i z a n t i n o s , sellada en el 680, puede haber
f a v o r e c i d o e l n a c i m i e n t o d e u n n u e v o e q u i l i b r i o , i p i e se a l c a n z ó en el siglo vin.yquerue
de producir una rica serie de documentos que nos ilustran con mucha claridad la vida del
d e s t r u i d o s ó l o p a r c i a l m e n t e p o r la c o n q u i s t a t r a m a del 774. E n el transcurso del siglo
campo europea, m u c h o de lo que sabemos de los trabajos agrícolas es a través de las
v e m o s , b a s á n d o n o s t a m b i é n e n m e n t e s e s c r i t a s , q u e e n e l c a m p o se desarrolla una rees- ilustraciones de los calendarios, y nos es posible medir la producción agrícola y las for-
t r u c m r a c i ó n d e t e c t a d a e n la f u n d a c i ó n d e a s e n t . i u u i . n i o s d e nuevo tipo. E n diversasárcas mas ile gestión de las baciendas por medio de los inventarios de los bienes y polípricos.
de E u r o p a a s i s t i m o s a u n a r e p o b l a c i ó n d e l c a m p o . E n I n g l a t e r r a se fundan aldeasyciu- El upo de hacienda más característico, aunque no sea posible saber hasta qué punto es-
d a d e s f o r t i f i c a d a s (bitrhs), y la g r a n p r o p i e d a d e m p i e z a a organizarse cu sistemas que taba difundido, es la villa o curtís, cuyos primeros ejemplos se pueden hallar por lo menos
p r e l u d i a n e l 7/7/wor; e n la F r a n c i a d e l o s daroliñgii is se t u n d a n nuevas vittae con el sistema ya en el siglo t m i loma se ha dicho antes, está subdivididn en dos partes; en la tierra
c u í t e n s e b i p a r t i t o ; e n L a n g o b a r d i a e n c o n t r a m o s c u las fuentes asentamientos que toman mtloiiiintcata. tierra directamente gestionada con mano de obra de siervos junto con las
el n o m b r e d e curtís y cásale, m i e n t r a s q u e e n R o m a n í a a formas complejas, quizá simila- cor,de los colorios del manso, podía tomar cuerpo el centro de gesrión, a menudo en
fonn 1 de poblado centralizado que incluía tanto las moradas señoriales como las de los
r e s , se las d e n o m i n a ntassac y do7//ttscttltae. S i b i e n es casi imposible saber en qué medida
col* • .s dependientes. S e trataba, sin embargo, de una esrrucmra compleja, puesto que
e s t o s a s e n t a m i e n t o s s o n n u e v a s f u n d a c i o n e s o n o . o m á s bien simples recstructurariones
tod¿i propiedad tenía dependencias, a veces también lejanas; además, a menudo, la tierra
d e s i t i o s y a e x i s t e n t e s , es c i e r t o q u e l o s p r i m e r o s i c s t i n i o n i o s verificablcs en el siglo un iodo "icatit y el manso no eran contiguos ni estaban relacionados. F.n cualquier caso, el
e x p e r i m e n t a n u n i n c r e m e n t o n o t a b l e d e s p u é s d e la fundación del Imperio carolingio. Aque- cení ' 1 de gestión de cada feudo era un importante punto de referencia organizativo; de
llos vio y a q u e l l o s fundí ya p r e s e n t e s en el p e r i o d o tardoantiguo se convierten en puros él ti ¡endian las relaciones con otras curtes y con la sede principal de residencia de los
m a r c o s d e r e f e r e n c i a d e n t r o de l o s c u a l e s se c o a g u l a n estructuras gestionadas en forma bi- señ> s. E n el caso «le cuites de propietarios eclesiásticos y monásticos, el punto principal
p a r t i t a {indoyuimeata. s e ñ o r i a l , d i r e c t a m e n t e g e s t i o n a d a ; m a n s o , dado en concesión a co- de r icrencia eran los episcopados ciudadanos y las abadías, sedes de residencia de los
l o n o s l i b r e s y s i e r v o s ) . A u n q u e e n la I t a l i a l o m b a r d a no se encuentra una difusión amplia morí LS y de los abades. Por lo que concierne a la venta de los productos que no eran
y s i s t e m á t i c a d e las corve, n u d o q u e u n e las d o s p a r t e s en el sistema cuítense carolingio, net 11 i o s para el mantenimiento de los propietarios y de sus dependientes, se servían de
los mercados de la ciudad o de los poblados más o menos cercanos. E l cuadro que pre-
c o n s i d e r a d o u n m o d e l o p o r la h i s t o r i o i r r a n ' a francesa (reghite do77tamal classujue), no se
sentan e s fruto de las investigaciones que, en estos últimos decenios, han abandonado
t r a t a d e u n a p u r a y u x t a p o s i c i ó n , e n c u a n t o q u e el t é r m i n o curtís (corte, recinto) indica,
completamente la interpretación tradicional del sistema cuítense, como ejemplo típico
p r e c i s a m e n t e , u n c e n t r o d e g e s t i ó n . T a m b i é n el cásale, d i f u n d i d o sobre todo en la Lan- ile -economía doméstica cerrada», destinada al puro sustento de los propietarios y pri-
g o b a r d i a m e n o r ( I t a l i a c e n t r o m e r i d i o n a l ) . r e p r e s e n t a algo parecido a la curtís siguiendo vada de relaciones con el mercado. L a red de feudos de un único propietario (emperador,
las i n t e r p r e t a c i o n e s m á s a c r e d i t a d a s . E n R o m a n í a se c r e a n estructuras relativamente rey. monasterio o episcopio) se considera hoy, en cambio, como un importante ejemplo
n u e v a s : l a s doiiiuscultac del p a p a Z a c a r í a s ( 7 4 1 - 7 5 3 ) , si b i e n están gestionadas deforma de una organización atenta no sólo a las necesidades del autoconsumo, sino también a las
d i r e c t a y s i n m a n s o y s i n corve, r e s p o n d e n a las e x i g e n c i a s de aprovisionamiento de b posibilidades de renta que consentía la producción de víveres y de utensilios. C o n fines
c o r t e p o n t i f i c i a y, en p a r t i c u l a r , a las f o r m a s d e asistencia a los romanos necesitados. Los al tema propuesto, se puede sostener que la curtís no está, en absoluto, aislada, cerrada,
m a n s o s , t a n n u m e r o s o s s o b r e t o d o en las á r e a s n o cultivadas, parecen referirse, por el como nos sugiere la famosa, aunque superada, definición de su economía. L a prueba más
endenté de la presencia de objetos, que incluyen también la producción artística, y que
c o n t r a r i o , a e m p r e s a s d e b o n i f i c a c i ó n d e t e r r e n o s p a l ú d i c o s o boscosos; en cualquier
están fabricados en gran parte no allí sino en otros sitios, nos viene dada por las largas
c a s o , m u c h o s de e l l o s c o n s t i t u y e r o n la base para el d e s a r r o l l o de asentamientos similares
colecciones de tesoros de las iglesias y de las capillas rurales anejas a las propiedades seño-
a l o s via del á r e a l o m b a r d a . riales (aunque incluso las mismas capillas se rigen económicamente en haciendas autóno-
mas de tipo bipartito). F.ntre esos objetos encontramos, además de los códices de argu-
L a r e a c t i v a c i ó n d e l a e c o n o m í a d e l s i g l o v m se ve reforzada después en el siglo si- mento sagrado, producto que sabemos que es elemento de comercio también de largo
g u i e n t e . L a c l a s e d i r i g e n t e del I m p e r i o c a r o l i n g i o , a u n c o n sus límites, tuvo el mérito
1 0
alcance, una considerable presencia de tejidos de seda, así como paramentos sagrados

"-' S o b r e l a s u p e r a c i ó n d e l a c o n c e p c i ó n p e s i m i s t a e n r e l a c i ó n c o n l a e c o n o m í a c a r o l i n g i a v é a n s e las c o i m n -

centes actualizaciones* de P. "Ibubert, « L e strutture produttive nell'alto m e d i o e v o : l e g r a n d i proprietà e

l ' e c o n o m i a c u r t e n s e » , e n N . Tranfaglia y M - F i r p o (eds.), La storta, voi. I, Tarín, 1 "88, pp. 51-90, e id., Ùhdk \ o h u r n o s i g u e n s i e n d o m u y i m p o n a n t c s las i n v e i t i g a c í o n e s d e M . d e l T r c p p o , « L a v i t a e c o n o n u c a e s o c i a l e in

rumie aux ivi/e-i.Ye siccles, cu., pp. 115-155. L a panicular riqueza de l a d o c u m e n t a c i ó n d e l o s s i g l o s ix y x s e

una g r a n d e a b b a z i a d e l M e z z o g i o r n o : S a n V i n c e n z o a l V o l t u r n o nell'alto M e d i o e v o - , Archiviò Storico per Ir
Antiche Province Napoletane XXXV (1956), p p . 3 1 - 1 1 0 , s i h'rcu l a s e x c a v a c i o n e s m á s r e c i e n t e s (¡rife K . H o d g c s .
debe, a d e m á s de a b c o n s p i c u a cantidad de d o c u m e n t o s privados y públicos, a la frecuente r e d a c c i ó n d e polip-
« E x c a v a d o n s a n d s u r v e y at S a n V i n c e n z o al V o l t u r n o , M o l i s e : 1 9 8 0 » , Archeologia Medievale V i l i [ I 9 8 1 J , pp.
ticos e i n v e n t a r i o s , l o c a U z a b l c s t a m b i é n p a r a l o q u e c o n c i e r n e a I t a l i a C A _ C a s t a g n c t t i , M . b u z z a ti, G . Pasquali
4 8 3 - 4 9 2 , y, p a r a la c a m p a n a d e 1 9 8 1 , ibid. I X [ 1 9 8 2 ] , p p . 2 9 9 - 3 10) h a n o f r e c i d o n u e v a s c l a v e s d e l e c t u r a : s o h r c
y A . \'asina ieds.|. Inventan altomedieiati di terre, coloni e redditi, R o m a , 1 9 7 9 ) . H a e s t u d i a d o la documcntaaón ellas v é a s e la o b r a c o l e c t i v a d e V. M u r a z z i (ed.), San Vincenzo al Volturno. Cultura, istituzioni, economìa. Monte-
Abríare nel medioevo. Forma vicen-
i t a l i a n a , e n b u s c a d e l o s d a t o s r e l a o v o s a l a s a c t i v i d a d e s c d U J c i a s , P- G a i e t t i , cassino, 1996.
de dell'insediamento nell'Italia altomedtcvale, F l o r e n c i a , 1997; id.. Uomini e case nel Medioevo tra Occidente/Orien-
te. Roma-Bari, 2002, para una comparación con otras áreas, t a m b i é n e x t r a e u r o p e a s . S o b r e S a n V i n c e n z o en
.^>4
A R T I E HISTORIA IN I A I UHI MEDIA I I I
a d o r n a d o s d e p i e d r a s y m e t a l e s p r e c i o s o s . T a m b i é n , p o r lo que concierne á los utensilios,
los p o l í p t i c o s n o s d a n a l g ú n i n d i c i o . E n los in\ « m a n o s de los feudos de los monasterios
de S a n t a J u l i a d e B r e s c i a y d e S a n t o T o m á s de R c g g i o E m i l i a encontramos diferentes
u t e n s i l i o s a g r í c o l a s de h i e r r o ( r a s t r i l l o s , azadas o arados) y herramienta-, cortantes (ha-
c h a s , c u c h i l l a s o s i e r r a s ) , c u y a p r e s e n c i a n o s d e m u e s t r a , p o r un lado, que se comerciaba
(o c i r c u l a b a n d e n t r o de la r e d d e curres m o n á s t i c a s ) c o n producciones d e hierro; por otro,
que e n las curtes d i s p o n í a n d e lo n e c e s a r i o para la e j e c u c i ó n de obras d e carpintería. En
efecto, los p o l í p t i c o s n o s i n f o r m a n p u n t u a l m e n t e d e que hay colonos capaces de fabricar
tablas y b a r r i l e s , y e s o n o s o r p r e n d e , d a d o e l a m p l u > uso de madera para la construedón
de casas y c a b a n a s . P e r o e x i s t e n t a m b i é n c o l o n o s del manso que «perras tantuinmodo
operan t u r » ; e x p e r t o s lapidarios, que trabajaban en las dependencias de m.igtsmcapacesde
p r o y e c t a r y c o n s t r u i r las n u m e r o s a s iglesias v capillas así c o m o las ricas casas dotadas de
salas c o n c h i m e n e a (cautn/utae) presentes e n casi todos los centros señoriales". La acal-
dad e d i h e i a e n el c a m p o presenta u n a i n t e r a c c i ó n significativa entre las competencias de
m a e s t r o s i t i n e r a n t e s , c o m o los f a m o s o s utagisrri comniacmt, y las habilidades artesanales
m a d u r a d a s en el á m b i t o d e c o m p l e j o s s e ñ o r i a l e s . L o s campesinos-artesanos que aparecen
d o c u m e n t a d o s s o n , s o b r e t o d o , c o l o n o s dependientes de condición seguramente libre que
tienen tierra e n c o n c e s i ó n ; d e h e c h o , su p r e s t a c i ó n de trabajo artesanal se presenta, a me-
n u d o , c o m o una curvé d e u n n ú m e r o d e t e r n u n a d o de días al a ñ o . Pero es muy probable
que estas c o m p e t e n c i a s se e j e r c i t a r a n t a m b i é n e n la tierra hulovnuicata, donde trabajan
m u c h o s serví praehendarti ( o b r e r o s r u r a l e s d o m é s t i c o s , sustentados por los patronos), y el
h e c h o de que en los a l m a c e n e s s e ñ o r i a l e s h u b i e r a herramientas de carpintería acredita
esta p o s i b i l i d a d . L a división de los trabajos podía c o n l l e v a r también estas especializaao-
nes, c o m o atestigua el m e m o r a t o r i o del abad de \Vala de Bobbio (833-835), que asignas
u n m a e s t r o c a r p i n t e r o la d i r e c c i ó n de los empleados, aquí « b u l e s et bardes seuscrinia^el
m o l e n d i n a , casas atque m u r o s f a c i u n t » , en el á m b i t o de la organización por feudos del
m o n a s t e r i o de S a n C o l o m b a n o . T a m b i é n el Capitulare ele IWts confirma la preocupadón
de que cada feudo tuviera a su d i s p o s i c i ó n « b o n o s artífices, idest [,.._] carpentanos» .
O t r a c o n f i r m a c i ó n de la c a p a c i d a d de f a b r i c a c i ó n de objetos artísticos en estos asenta-
n ú e n t o s m o n á s t i c o s d e los s i g l o s v m - i x n o s v i e n e dada también por los recientes ha-
l l a z g o s e n c o n t r a d o s en las e x c a v a c i o n e s del área de la abadía de San Vicenzo al Voltur-
n o . A q u í , c o m o en tantos o t r o s sitios, se e n c u e n t r a n las diversas fases antes descrías:
u n a villa r o m a n a a b a n d o n a d a h a c i a el final del siglo i v , para dejar sitio, en el área
d o n d e s u r g i r á n los e d i f i c i o s sagrados del m o n a s t e r i o , a una iglesia y a una casa-torre
u n i d a c o n u n p u e n t e . A p r i n c i p i o s d e l s i g l o v i el lugar fue abandonado, si bien la iglesia
m a n t u v o t o d a v í a una f u n c i o n a l i d a d r e d u c i d a . E n la p e n ú l t i m a década del siglo vm, un
m o n a s t e r i o (quizá c o n c i e n m o n j e s ) y dos iglesias ocupaban un espacio de media hec-
t á r e a ; en la é p o c a del abad J o s u é ( 7 9 2 - 8 1 7 ) e m p e z ó casi una total reconstrucción del
m o n a s t e r i o , que p o d í a alojar a trescientos m o n j e s y a u n alto n ú m e r o de conversos,y
se d i s p u s o la e d i f i c a c i ó n d e u n a e n o r m e iglesia abacial. L a s excavaciones han permitido
d e t e r m i n a r los talleres d e los c o n s t r u c t o r e s que fabricaron miles de ladrillos y de tejas,
1 1
C a s t a g n e r t i . L u z z a t i , P a s q u a l i y Y/asina (eds.), Inventari alto-medievali, cit
| ;
L a s citas e s t á n sacada?, d e P. G a l l e t t i , Abitare, cit-, p p . 103-104.
] os MUNDO* DEL AISLAMIENTO: CAMPESINOS V StSORFS RURALES 395
vidrios, vajillas v utensilios. También trabajaron pintores, aunque Jo que nos queda de su
ultra son sólo unos frescos de una cripta que data de la época del abad Epifanio (824-
8 4 2 ) . Se podrían añadir otros ejemplos del periodo carolingio, entre ellos el del famoso
monasterio de San Cíalo. Pero lo que aquí importa es subrayar el hecho de que estas
grandes construcciones, o la reconstrucción de edificios preexistentes, son el fruto de
considerables tm crsiones destinadas a dar prestigio a unas fundaciones monásticas más
cercanas al pod« i regio. L a política de los reyes mcrovingios y lombardos es potenciada
por l o s carolingio • ••• Moto mediante la donación de nuevos patrimonios con una articula-
ción siiprarregn i n a l como mediante la entrega de cargos en los entes religiosos a persona-
jes ' nieulados a l a corte imperial. Se advierte a menudo cómo las donaciones carolingias
de nuevos bienes inmobiliarios permiten a los entes agraciados ampliar los horizontes
loi s originales, incrementando viajes y comercio en las más importantes vías de comu-
nii «' n i . tanto terrestres como marítimas. Los territorios rurales en los siglos vur-ix se
eni ii ¡uceen de este modo con nuevos centros que desarrollan y venden notables riquezas
v «i producen arte y cultura; no es por casualidad que diferentes medievalistas, sobre la
b.i^ le una intuición de Mumford, vean en estas abadías algo de parecido con las ciuda-
des t no en la ordenación urbanística, al menos sí en la función de promoción cultural
dest'ni peñada normalmente desde ellas. Itn efecto, los monasterios pueden haber asumi-
do - mi culniral realizado en otros contextos de las ciudades; pero el ideal monástico del
dcsti < HUÍ, que rechaza el contacto con la sociedad circunstante, puede, en muchos casos,
habei frustrado esa posibilidad de mter3cruarcon el mundo rural. Pero los contactos con
el inundo campesino, quizá menos llamativos pero más estrechos, fueron los mantenidos
por el clero seglar dentro de las instituciones de plebanos" desde los primeros siglos de
IJ difusión del crisnanismo. E n concreto en el periodo carolingio vemos cada vez más
tesuinonios de las plebes y, esto es, de las circunscripciones eclesiásticas en algunas zonas
incluso civiles con una iglesia madre a la cabeza. También la población ciudadana estaba
organizada, de la misma manera, pero las parroquias rurales representan realmente un
importante y difundido fenómeno de aculturación del campo. A menudo, estas iglesias
se fundaban en pleno campo, pero siempre en las cercanías de zonas pobladas por cam-
pesinos de los que los curas encargados del cuidado de las almas sacaban el diezmo para
su mantenimiento. Dado que los arciprestes y curas responsables de la parroquia y de su
" L a s relaciones e n t r e parroquias, s e ñ o r í o s rurales y ciudades son objeto de numerosas investigaciones,
entre las q u e d e s t a c a n las d e J . F L c m a r i g n i c r , « Q u e l q u c s r e m a r q u e s s u r I ' o r g a m s a t i o n c c c l é s i a s d q u e d e la
à l a fin d u i x * s i c e l e p r i n c i p a l m e n t a u n o r d d e l a L o i r c » , e n Agricoltura r mondo rurale ni Occiden-
G a u l c chi v i i e
te. Settimane di tindío del CISAM, XIII, S p o l e t o , 1 9 6 6 , p p . 4 5 ] - 4 8 6 , y M . A u b r u n , La Parvhse en Frante des ori-
gines au A l e suele, P a r í s . 1 9 8 6 , p a r a f r a n c i a ; l o s e n s a y o s r e c o g i d o s p o r J . B l a i r , Minsters and Parnb Cburcbes. The
Local Churcb in Tranñtion (9S0-I2Ü0), O x f o r d , 1 9 8 8 . P o r l o q u e c o n c i e r n e a I t a l i a , v é a n s e l a s c o n t r i b u c i o n e s
f u i i d a m e m a l c s d e C . V i o l a n t e , « L e s t r u t n i r c o r g a n i z z a r n e della cura d'anime nelle c a m p a g n a dell'Italia c e n -
r r o - s e i t e n t r i o n a l c ( s e c o l i v - x ) » , e n Cristianizzazione ed organizzazione ecclesiastica delle campagne nell'alta medioe-
vo, espansione e resistenze. Settimane di studio del CISAM, XXIIII, S p o l e t o , 1 9 8 2 , p p . 9 6 3 - 1 1 5 8 ; A . C a s t a g n e t o ,
La pieve rio-ale nell'Italia padana. Territorio, organizzazione patrimoniale e vicende della pieve veronese di San Pietro
di -Tiltida» dall'alto medioevo al secolo Xlll, R o m a , 1 9 7 6 ; A . A . S e t t i a , Chiese, strade e fortezze nell'Italia medievale,
Roma, 1991. P a r a u n e n f o q u e a n i v e l e u r o p e o y e n u n l a r g o p e r i o d o , c a b e d e s t a c a r la m i s c e l á n e a O D . Fonse-
ca y C . V i o l a n t e ( c d s . ) , Pievi e parrocebre in Europa dal medioevo all'etti contemporánea, Galanna, 1990.
3 9 6 A R T I E H I S I O R I A I-M I A K I > . \ U Me DIA 111

Los MICHOS D E I . A I S L A M I E N T O C A M P E S I N O S V S E Ñ O R E S K U I I A L E S
397
t e r r i t o r i o d e p e n d í a n d e l o b i s p o , n o r m a l m e n t e r e s i d e n t e e n Id c a t e d r a l He la ciudad, man-
t e n í a n e n c i e r t o m o d o las r e l a c i o n e s e n t r e c a m p o y c i u d a d . A m e n u d o , las iglesias y ca-
A este f e n ó m e n o d e g r a n a l c a n c e , q u e se d e s a r r o l l a e n los siglos x - x u , se lo d e n o m i n a
p i l l a s d e s p l a z a d a s e n l a s p r o p i e d a d e s c u r t e n s e s m o n á s t i c a s a c t ú a n e n competencia con las
^ e n c i s h l l a m i e n t O " , si b i e n la c o n s t r u c c i ó n de n u e v o s castillos o la fortificación de viejos
p a r r o q u i a s , c o m o t a m b i é n l o h a c e n l a s d e l o s s e n - i r e s l a i c o s , q u e se h a c e n promotores de habitados n o sea s i e m p r e e v i d e n t e . E l é n f a s i s de los h i s t o r i a d o r e s s o b r e esta supuesta
l a f u n d a c i ó n d e i g l e s i a s « p r i v a d a s » . E s t a c o m p l e j a s i t u a c i ó n p r o d u c e u n incremento de revolución ha s i d i t q u i z á e x c e s i v o ; p e r o es i n d u d a b l e q u e la E u r o p a del s i g l o x u , h e r e d e -
la c o n s t r u c c i ó n con fines religiosos y favorece e l d e s a r r o l l o d e p a r r o q u i a s en los siglos ra i l e la c a r o l i n g i a . a u n q u e p r o f u n d a m e n t e d i f e r e n t e , está marcada p o r una extensa p r e -
s u c e s i v o s . E n l a s ú l t i m a s d é c a d a s d e l s i g l o i . \ . c u a n d o s u c e s o s i n c l u s o dramáticos, como sencia d e c a s t i l l o s v casos f o r t i f i c a d a s . ¿Mérito d e la historiografía - f u e r t e m e n t e i n f l u i d a
las i n v a s i o n e s , m o d i f i c a r o n r á p i d a m e n t e el o r d e n d e l c a m p o , se p u e d e afirmar que fos p o r las tesis d e l o u b e r t . las c u a l e s h a n l l e g a d o a ser, m á s allá de Ja v o l u n t a d d e l a u t o r , u n
clases c a m p e s i n a s , i n c l u s o e n l a p e r s i s t e n t e d i v i s i ó n e n l i b r e s y s i e r v o s , se dirigen hada m o d e l o h e u r í s t í t < - lia s i d o e l h a b e r i n v e s t i g a d o s o b r e los m o t i v o s p o r los cuales u n g r u -
p o m u j a m p l i o d i s e ñ o r e s t e r r a t e n i e n t e s se dedicaba a dar vida a c o n s t r u c c i o n e s tan ar-
u n a i n t e g r a c i ó n d e n t r o d e l a g r a n p r o p i e d a d q u e se r e o r g a n i z a e n e l á m b i t o de la señoría
duas i n c l u s o e n sus f o r m a s m á s s i m p l e s . L a s i n v e s t i g a c i o n e s f u n d a m e n t a l e s d e l h i s t o r i a -
de n p o territorial.
dor b m c é s h a n I.M ¡ l i t a d o la s u p e r a c i ó n , p o r p a r t e de la historiografía italiana, t a n t o de
C o n la crisis d e la tierra indom nucata. los siervos praenendarii t o m a n tres sendas:cada una visión p u r a m e n t e a r t í s t i c o - m o n u m e n t a l , c o m o de una interpretación estrategico-
m i b i ..i ó d e u n p l a n t e a m i e n t o e c o n o m i c i s t a - E n e f e c t o , son m u c h a s las m o t i v a c i o n e s d e l
v e z m á s , u n a p a r t e d e e l l o s t i e n e c a s a p r o p i a , d e i . i n d o d e d e p e n d e r c o m p l e t a m e n t e de los
enea- d l a m i e n t o ; d e s d e u n p r i m e r i m p u l s o , d e b i d o a las invasiones sarracenas, h ú n g a r a s
p a t r o n o s ; o t r a , e j e r c e d e p e r s o n a l d o m é s t i c o o d e m e s n a d a ; u n a t e r c e r a confluye con la
y n«' m a n d a s , se p r o c e d i ó a c o n s t r u i r fortalezas, e n algunas zonas de manera v e r t i g i n o s a
clase de los ministeriales y se v a a c e r c a n d o a l a c o n d i c i ó n d e sus p a t r o n o s . L o s colonos del
en l< siglos x - x i , c o n fines d e d e f e n s a - a t a q u e e n los e n f r e n t a m i e n t o s de rivales locales.
manso t i e n d e n a d i f e r e n c i a r s e y a n o s o b r e l a b a s e d e la c o n d i c i ó n jurídica, sino sobre La d i tensa, a t r a v é s d e la f u n d a c i ó n d e castillos y el encascillamiento de cortes, aldeas,
t o d o e n t o r n o a las r e l a c i o n e s d e t r a b a j o m o d e l a d a s p o r la t r a d i c i ó n y p o r formas con- iglesias y m o n a s t e r i o s , se p r o d u c í a a la vez q u e se t r a n s f o r m a b a n los asentamientos, que
t r a c t u a l e s e s c o g i d a s a v e c e s p o r l o s c o n t r a y e n t e s . E n g r a n p a r t e , las h a b i l i d a d e s manufac- asisn.m a la d e s a p a r i c i ó n d e p o b l a d o s y casas aisladas p o r el efecto d e l amasare homines,
t u r e r a s y a r t í s t i c a s h a l l a d a s e n las curtes d e l a f a s e c a r o l i n g i a se d i f u n d e n e n el tcmtono, de ei 'Mecntrar e l h a b i t a t a l r e d e d o r de sedes f o r t i f i c a d a s . A d e m á s , a raía d e l desplazamien-
c o n c e n t r á n d o s e e n l o s t a l l e r e s a r t e s a n o s d e p o b l a d o s , c a s t i l l o s y c i u d a d e s . L o s agriculto- t o de h o m b r e s y d e l o s c a m b i o s d e la n a t u r a l e z a de la posesión de la t i e r r a , el paisaje
r e s d i r e c t o s d e c o n d i c i ó n l i b r e s o n a t r a í d o s h a c i a e l á m b i t o d e l s e ñ o r í o r u r a l . £ n las zonas a g r a r i o t a m b i é n se f u e r a c i o n a l i z a n d o e n f u n c i ó n d e los nuevos c e n t r o s habitados a través
de la c r e a c i ó n d e f r a n j a s d e c u l t i v o d e d i f e r e n t e naturaleza; d e n t r o y p o c o más allá de las
d o n d e e s t a es m á s f u e r t e se t r a n s f o r m a n e n « s u b d i t o s » , s o m e t i d o s a la jurisdicción seño-
m u r a l l a s castellanas se e x t e n d í a n las p e q u e ñ a s parcelas de h u e r t o s y riñas; e n terrenos
rial, y n o s i e m p r e c o n s i g u e n d e m o s t r a r s u a n t i g u a c o n d i c i ó n d e l i b e r t a d , c o m o tampoco
mas fértiles se s i t u a b a n los c a m p o s c u l t i v a d o s de cereales y l e g u m i n o s a s ; las partes m e n o s
l a s t i e r r a s a l o d i a l e s r e c i b i d a s e n h e r e d a d p o r s u s a n t e p a s a d o s . T a m b i é n a los colonos de-
fértiles se d e d i c a b a n a pastos y b o s q u e s ; las m á s h ú m e d a s , a prados destinados al forraje.
p e n d i e n t e s d e o t r o s p a t r o n o s , e n e l c a s o e n e l q u e se d e d i q u e n a h a c e r prestaciones de
o b r a s e n c u a n t o c o n c e s i o n a r i o s d e t i e r r a , se l o s c o n f u n d e a m e n u d o c o n los «ñervos. Otros E l esfuerzo o r g a n i z a t i v o p r o d u c i d o t a n t o p o r los s e ñ o r e s c o m o p o r los c o l o n o s va, p o r
c o l o n o s l i b r e s se p o n e n b a j o l a p r o t e c c i ó n d e l o s p o t e n t a d o s , c o n v i r t i é n d o s e en siervos de lo t a n t o , m u c h o m á s allá d e l o s fines de la defensa a n n a d a q u e , o b v i a m e n t e , también o c u -
mesnada y e j e r c i t a n d o f u n c i o n e s de s é q u i t o a r m a d o , en calidad de milites medio y bajo pa u n p r i m e r p l a n o e n e l p r o c e s o d e l encascillamiento. E l efecto es que se p r o d u c e una
rango. El ténmno curtís, a n t e s s i n ó n i m o d e c e n t r o d e g e s t i ó n r u r a l , cada vez más empie- r e d e l m i c i ó n d e los a s e n t a m i e n t o s t e r r i t o r i a l e s , que t e m p o r a l m e n t e se r e d u j e r o n e n n ú m e -
z a a a s u m i r e l s i g n i f i c a d o t a n t o d e t e r r i t o r i o d o m i n a d o p o r u n s e ñ o r p ú b l i c o como de ro, para d e s p u é s ser puestos e n j u e g o p o r las nuevas realidades t e r r i t o r i a l e s de los c o n c e -
jos, s e ñ o r í a s y p r i n c i p a d o s . P e r o , p o r l o q u e c o n c i e r n e al p e r i o d o p r e c o m u n a l y a l tiempo
centro de residencia y de poder del señor m i s m o .

S e ñ o r í o s rurales y comuni ciudadanos
E l p r o c e s o a t r a v é s d e l c u a l e l s e ñ o r í o d o m é s t i c o e i n m o b i l i a r i o se t r a n s f o r m a en te-
r r i t o r i a l se v e a c e l e r a d o p o r u n a r á p i d a d i f u s i ó n y c o n c e n t r a c i ó n d e l p o d e r m i l i t a r y po-
l í t i c o e n e l c a m p o , a c o m p a ñ a d o d e u n a r e e s t r u c t u r a c i ó n d e l a s e n t a m i e n t o y de la propie-
dad inmobiliaria 1 4
. burgos francos y las vil/ae novae, resultan aconsejables, referidos sólo al Piamontc, pero con numerosas referencias
*• Las implicaciones entre sistema c ú n e n s e , eiicasollamiemo y señorío rural son el centro de numerosas in-
vestigaciones un toda L u r o p a . a p a r a r del v o l u m e n de P ' I b u b e r t , Les smictures, cit., y terminando con ffifaps
muy detallados en ámbitos también bastante alejados del L a z i o ; cfr., p o r ejemplo. K. Liddiard, -Casde Rising.
N o r f o l k : a "Landscape i n L o r d s h i p " ? - . Anglo Normán Studies X X I I (7000). pp. 169-186. Resulta imposibleofit-
ccr aquí una bibliografia exhaustiva sobre el rema: remirimos, al menos para lo que respecta a Italia, a las investi-
gaciones de A. A. Scttia, Castelli evillàggi nell'Italiapadana, Popobimento, potere esicurezzafra IXeXIUleeolo. Ñapóles,
1984; id.. Cinese. ciL; R. Comba, «Le origini medievali dell assetto insedìarivo moderno nelle campagne italiane»,
en R. Romano y C. Vìvami <eds.). Stona di Italia. Annali, voi. V i t i : Instilunnaiti e territorio, ed. de C de Seta.
Turin, 1985, pp. 369-382; C. Wictham. ¡Iproblema dell"incastellamento nell'Italia eentrtile: l'escmpliv di San Vincenzo
al rilnimn, Florencia, 1985, S. Geliclü. G. P. Brogiolo. Nuovericerchesui castelli altomedievali in Italia settentriona-
le, Florencia, 1996- Para una primera orientación, véase también G. Sergi (ed.). Curtís e signoria rurale: interferen-
zefin due strutture medievali, Turin, 1993, y L . Provero, L'Italia dei poetìr locali. Secoli X-XJI, Roma, 1998. Sobre los
bibliográficas a otras zonas, los volúmenes de F. Panero, Comuni e borghi ftnfícbi nel Piemonte medievale, Bolonia,
1988; id, (ed.), Cberasco. Origine e sviluppo di una vilbtnova. Cuneo, 1994; R, Comba y A. A. Senia (eds.), llmgbi
novi. Secoli XJt-Xu; Càrneo, 1993.
3 9 8 A B 1 I I HIST O I I A 1 *« I *> I' D A D t V U . U I A I I I
p r e c e d e n t e a l a s f o r m a c i o n e s l l a m a d a s m o n a r q u í a s n a c i o n a l e s , el mundo de las señorías
e n c a s t i l l a d a s e s u n a r e a l i d a d i n n o v a d o r a y d e g r a n i n t e r é s y para el desarrollo de la pro-
d u c c i ó n a r t í s t i c a t a m b i é n . K n p r i m e r l u g a r , l.i p r o l i f e r a c i ó n d e asentamientos fortificados
i n c r e m e n t ó l a s c o m p e t e n c i a s d e a r q u i t e c t u r a c i n g e n i e r í a q u e , para el periodo antenor,
e s t á n a t e s t i g u a d a s p r e v a l e n t e m e n t e e n I.» e d i l i c i a r e l i g i o s a . K n la primera fase, los asenta-
m i e n t o s e n c a s t i l l a d o s r e q u e r í a n s o b r e t o d o ni M I b l e s m o v i l i z a c i o n e s de tierra parala cons-
t r u c c i ó n d e f o s o s , m a l e c o n e s , t e r r a p l e n e s , al i g u a l q u e u n alto consumo de madera para
e m p a l i z a d a s y c a m i n o s ; p e r o , c u a n d o se p r o c e d í a al a s e n t a m i e n t o de la primitiva cons-
t r u c c i ó n , s e l a i n t e n t a b a c o n s o l i d a r c o n la e d i f u a c i ó n d e m u r o s de piedra O de ladrillo. El
c a s t i l l o e x i g í a , p r e c i s a m e n t e p o r q u e e n el s , e n c e n t r a b a u n consistente número de per-
t burgos I r a n i o s | M H los c o n c e j o s para la defensa d e los p r o p i o s c o n f i n e s e n posiciones es-
s o n a s , l a p r e s e n c i a d e u n a i g l e s i a p a r a e l c u i d a di i d e l a s a l m a s , viviendas de los castellanos,
p a l a c i o s s e ñ o r i a l e s , c u a r t e l e s p a r a l a s g u . u n u i o n e s . D e h e c h o , la estructura del castillo
r e p r o d u c í a e n p e q u e ñ o l a d e u n a c i u d a d foi ñ f i c a d a ; al i g u a l que en esta se adosaba a la
r o c a l a p a r t e m á s i n e x p u g n a b l e d e l a s e n t a m i e n t o , u n o o m á s burgos no siempre defendi-
d o s p o r l a s m u r a l l a s . L a s f o r m a s d e e s t a s c o n s t r u c c i o n e s q u e nos han llegado son bien
c o n o c i d a s . Y a e l l a s s e l e s h a d e d i c a d o i n v e s t i g a c i o n e s históricas C histónco-aru'sricas,
c o m o t a m b i é n e s m e r a d a s r e s t a u r a c i o n e s e n e s t o s ú l t i m o s d e c e n i o s ; desgraciadamente las
e s t r u c t u r a s h o y v i s i b l e s , a u n s i e n d o d e g r a n i n t e r é s , 3 m e n u d o n o permiten captar los
c a r a c t e r e s o r i g i n a l e s d e l a s c o n s t r u i d a s e n l o s s i g l o s d e l encastillamiento. Sin embargo^
u n o n o s e U m i t a a l o s a s p e c t o s m á s a p á r e n l e s , l a s m u r a l l a s , las torres, los altos almenados,
m u c h o s d e l o s c a s t i l l o s t o d a v í a v i s i t a b l e s c o n s e r v a n la f o r m a urbanísuca pnmiovac^no,
c o n s i e n t e e v a l u a r , e s p e c i a l m e n t e r e s p a l d a d o s p o r la d o c u m e n t a c i ó n esenta, las formas
l a s v i v i e n d a s y l a c a l i d a d d e l a s e n t a m i e n t o u r b a n o . E n c u a l q u i e r caso, se asiste a una no^
b l e l i m i t a c i ó n d e l o s e s p a c i o s h a b i t a b l e s , d e la r e d v i a r i a y d e l o s espacios cuovadoson
( c o r r a l e s y h u e r t o s ) . P e r o e s t a c o n c e n t r a c i ó n d e l h a b i t a t , q u e se jusufica p o t h l ^
d e l a d e f e n s a f o r t i f i c a d a , s e c o m p e n s a p o r e l h e c h o d e q u e m u c h a s de las a c t i v i d a d e s ^
h a b i t a n t e s d e l o s c a s t i l l o s t i e n e n l u g a r e n l o s c a m p o s circunstantes, en los que s u *
e d i f i c i o s p a r a l a c o n s e r v a c i ó n y l a e l a b o r a c i ó n d e l o s p r o d u c t o s (heniles y lagares) a roe-
e U l l l L I L i ^ Vl.lt 1*1 • -— — • i
nudo flanqueados p o r v i v i e n d a s s e c u n d a r i a s , q u e e n l o s p e r i o d o s de paz pueden ftWfl
lugar d e las castellanas. E l cuadro aquí presentado, a u n a riesgo de parecer im modelo
a b s t r a c t o , p u e d e e n c o n t r a r d i f e r e n t e s e q u i v a l e n c i a s e n varias partes de Europa. Tamban
e n l o s p a í s e s d o n d e s e i m p u s o u n a m o n a r q u í a f u e r t e , d o n d e la construcción de castillos
r e s p o n d e a u n a e s t r a t e g i a p r e c i s a d e c o n t r o l d e l t e r r i t o r i o d e inspiración regia y no a ini-
c i a t i v a s « d e s d e a b a j o » d e t i p o s e ñ o r i a l , l o s a s e n t a m i e n t o s t i e n d e n igualmente a la concen-
t r a c i ó n , c o m o e n e l c a s o d e l o s manors d e l o s l o r e s i n g l e s e s . E s t o s no son auténticos cabi-
llos, s i n o inoradas q u e se inspiran e n formas e s t i l í s t i c a s propias de las fortificaaones, y
r e s p o n d e n a e x i g e n c i a s d e u n s e ñ o r í o q u e n o p u e d e t r a n s f o r m a r s e , por motivos rebocos,
d e i n m o b i l i a r i o e n t e r r i t o r i a l . D e s d e e l p u n t o d e vista d e l a s relaciones entre clases y cen-
t r o s r u r a l e s y c i u d a d , t a m b i é n l o s manors i n g l e s e s se p r e s e n t a n c o m o elementos que apun-
t a n a l a r e o r g a n i z a c i ó n , a l m e n o s e c o n ó m i c a ( d e t i p o cúnense), del territorio y comportan
r e l a c i o n e s m u y e s t r e c h a s e n t r e s e ñ o r e s y c a m p e s i n o s dependientes, si bien sólo la mitad
de ellos, aproximadamente, l o s villanos, e s t é n s u j e t o s a l a jurisdicción señorial, almenosi
p a r t i r d e l s i g l o x u . E n l a s á r e a s d e n u e s t r a p e n í n s u l a e n l a s q u e el encastillamiento se di-
f u n d i ó p o c o e n l o s s i g l o s x - x i , s e p u e d e a s i s t i r al n a c i m i e n t o d e castillos a manos de seño
Lo% « l -.DOS U H » 1 1 1 A M O N I O : CAMPESINOS V i l « O l l l I l l t l I S 3 9 9
res q u e q u i e r e n d e f e n d e r s e c o n t r a Ja c o n q u i s t a d e l t e r r i t o r i o p o r p a n e d e los ciudadanos
c o m e n t e s e n los s i g l o s ya a n t e r i o r e s al D u e c e n t o . L a s f o r m a c i o n e s d e c o m u n i d a d de a l -
dea, s o b r e t o d o d o n d e la p r e s e n c i a s e ñ o r i a l es m á s débil, c o m o e n a l g u n o s valles d e los
Alpes y d e los A p e n i n o s y e n las á r e a s d e r e t r i b u c i ó n (vittae JIOV/IC), se conectan también
por e x i g e n c i a s .|< d e f i n i c i ó n d e á m b i t o s t e r r i t o r i a l e s m u y precisos. Efectos a n á l o g o s d e
c o n c e n t r a c i ó n d e la p o b l a c i ó n e n n u e v o s a s e n t a m i e n t o s se p r o d u c e n p o r la c r e a c i ó n d e
tratégicas, p r u u r p . d m c n t c e n las vías d e c o m u n i c a c i ó n viarias o fluviales.
I .1 un p o r t a 111 M d e estos n u e v o s n ú c l e o s e n el c a m p o es d e e n o r m e relevancia para la
p r o d u c c i ó n art i-a n a . I\I c a s t i l l o , c o m o t a m b i é n la aldea, sede de actividades colectivas,
con m u ) e n p u m o s «le r e f e r e n c i a c o n s t a n t e s t a n t o para los s e ñ o r e s c o m o para los c a m p e -
sina o b i e n para los r e l i g i o s o s p r e p ó s i t o s en los trabajos pastorales. L a fundación d e
iglt 1 ts p a r r o q u i a l e s e n los c a s t i l l o s y e n las aldeas, q u e se e n c u a d r a n e n las c i r c u n s c r i p c i o -
nes L M s i e n i e s p i c h a n a s , p e r m i t e u n a c o n c u r r e n c i a m á s asidua p o r parte d e los fieles.
L a . 1 a c i ó n d e p r i o r a t o s locales, d e p e n d i e n t e s d e abadías de g r a n fama y p r e s t i g i o p e r o
dís es t i c las p o b l a c i o n e s c a m p e s i n a s , c o n s i e n t e una explotación m e j o r de los recursos.
La *.truccion d e m o r a d a s s e ñ o n a l c s e n el i n t e r i o r d e los castillos, que e n escala reducida
repi i n e n lo-s fiulutut d e reyes y e m p e r a d o r e s , hace posible el m a n t e n i m i e n t o d e una clase
de .1 ( m i n i s t r a d o r e s estables. L a c o n c e n t r a c i ó n d e actividades anesanales e n los castillos, al
coiii 1 in«i q u e e n los á m b i t o s d e curtes m r a l c s . aumenta las ocasiones d e ulteriores especiah-
aaemnea d e o f i c i o s . T o d o s estos procesos favorecen e l r e f i n a m i e n t o , la cspcciahzación y,
sobo i o d o , la difusión d e las actividades relacionadas c o n la edilicia de t i p o más estable, y
facilitan la p r o d u c c i ó n d e c e r á m i c a y utensilios d e talleres artesanos, obligados a c o m p e u r
en un m e r c a d o m á s v i v o . L a s p o s i b i l i d a d e s d e m e r c a d o , q u e antes estaban limitadas a las
ciudades y estaban g o b e r n a d a s p o r la g r a n p r o p i e d a d d e nerras, ahora se m u l t i p l i c a n p o r las
estrechas relaciones q u e se c r e a n e n t r e los c e n t r o s d e castillo, c o n sus actividades de gobier-
no l « a l y los s u b d i t o s d e l t e r r i t o r i o , q u e están c o n s t i t u i d o s p o r p r o d u c t o r e s de víveres y p o r
p r o p i e t a r i o s g r a n d e s y p e q u e ñ o s c o n sus e m p l e a d o s , i n t e g r a d o s e n las señorías rurales,
algunas d e las cuales ya h a n s i d o c o n v e r t i d a s e n t e r r i t o r i a l e s . L a vivacidad c o m e r c i a l q u e
acompaña al d e s a r r o l l o d e las s e ñ o r í a s r u r a l e s está atestiguada t a m b i é n p o r el contraste
que se crea, a parrar d e l s i g l o x u , e n t r e c o n c e j o s c i u d a d a n o s y s e ñ o r e s d e l t e r r i t o r i o ; en
este c o n t e s t o , l o s b u r g o s francos f u n d a d o s p o r los concejos v a n u n i d o s a la c r e a c i ó n de
lugares d e m e r c a d o e n las vías p r i n c i p a l e s d e c o m u n i c a c i ó n , las cuales n o c o i n c i d e n c o n
los lugares e n c a s t i l l a d o s s i n o q u e s o n , e n g r a n p a n e , d e p e n d i e n t e d e ellos.
E l u p o d e s o c i e d a d r u r a l q u e se crea e n el p e r i o d o p o s c a r o l i n g i o y p r e c o m u n a l es difícil
de d e f i n i r s e g ú n l o s e s q u e m a s p r o p u e s t o s p o r una historiografía ya superada desde hace
tiempo. A n t e t o d o , n o es u n a s o c i e d a d q u e ve la contr aposición e n t r e una clase de señores,
casi s i e m p r e « f e u d a l e s » , y u n a d e « s i e r v o s d e la g l e b a » , explotados d e manera u n i f o r m e . 1 5
C o m o se h a v i s t o , los s e ñ o r e s p u e d e n ejercer poderes sobre los h o m b r e s , pero estos p o d e -
res son d e g r a d o y c u a l i d a d d i f e r e n t e s ; se va desde los concernientes al p u r o d o m i n i o sobre
1 1
S o b r e l o s c a r a c t e r e s d e l s e ñ o r í o r u r a l ( t a m b i é n e n sus relaciones c o n el feudalismo) en E u r o p a h a n salido
La stguma iiirale nel Medioevo italiano,
las a c i a s d e t r e s i m p o r t a n t e c o n g r e s o s : A . S p i c c i a n i y C . V i o l a n t e ( e d s . ) .
2 vols.. Pisa, 1997-1998; G . ü i l c h e r y C . Violante, Strtmurr e traiforrriazioni dcllu CISAM, XWII, S p o l c t o , 2 0 0 0 .
400 \ R T F E H I S T O R I A r\ LA F U Á » M E D I A M I

los c o l o n o s que d e p e n d e n d e e l l o s desde el p u n t o d e vista e c o n ó m i c o (siervos doitKsocos,

c o l o n o s n o l i b r e s c o n c e s i o n a r i o s d e b e r r a u h o m b r e s libres vinculados p o r contratos) i los LO* Ml S U O I Di AISLAMIENTO CAMPESINOS V IfÑOlll RUMAI** 401
d e c a r á c t e r p o l í t i c o e i n s t i t u c i o n a l (campesino-, de todas las condiciones, propálanos de
tierras m a s p e q u e ñ o s y b u r g u e s e s O c o l o n o s de O t m s s e ñ o r e s y residentes en un tcmtorio
d e f i n i d o y c o n t r o l a d o p o r u n s e ñ o r t e r n i o n . i l > i I encuadramiento de los campesinos de-
p e n d e d e l tipo d e s e ñ o r í a p ú b l i c a q u e se e j e r c i t e si ibre ellos, de las relaciones de trábalo con
l o s p r o p i e t a r i o s d e l a s b e r r a s c u l n v a d a s p o r elh - \ d e las reglas fijadas en las cosmmbfes
a g r a r i a s l o c a l e s . N o faltan, a u n q u e sea nuiv difícil calcular el número, los agricultores di-
r e c t o s ; a u n q u e a m e n u d o es i m p o s i b l e d i s t i n g u i r l o s de los concesionaiios de nenas que
p a g a n a l o s p r o p i e t a r i o s c á n o n e s p u r a m e n t e d e reconocimiento, consumidos por poco
d i n e r o o d o n a t i v o s d e p o l l o s , h u e v o s o p a n b u l a s estas relaciones se entrelazan con •
vasta g a m a d e r e l a c i o n e s feudo-vasalla|es, *pu . u v e s coinciden (pero mas a menudo son
t r a n s v e r s a l e s ) c o n las r e l a c i o n e s d e d e p e n d e n c i a e c o n ó m i c a . K l uso de encomendarse a un
p o d e r o s o p a r a s e r d e f e n d i d o y la e x i g e n c i a por parte de los señores de contar con una am-
plia c l i e n t e l a defidcles c a r a c t e r i z a n a las r e l a c i o n e s s o c i a l e s } ' se entrelazan con las pulsiones
d e b ú s q u e d a d e l b e n e f i c i o y d e los m e d i o s de subsistencia. Q u i e n lleva las armas, d mde.
I I 1 I .i •• 'ii.li i. Tapiz de Bayexx, eternude la conquista de Inglaterra por Guillermo.
ya n o es e l b b r e cxcrctt/ilts. el p e q u e ñ o p r o p i e t a r i o agricultor obligado al servicio rnilirar.
• N - o r m a m l i j i MkVA) tíu>. conde de Ponthicu. r» invitado por dos meruaferos »WI duque Guillermo j
s i n o e l c a b a l l e r o d e d i f e r e n t e r a n g o ; lo a c o m p a ñ a n en sus expediciones y en la sida de cor- «treparle* al d u q u e I larold; bordado de l a n a <ie colores sobre lino, último temo del siglo a i .
te los v a s a l l o s y l o s s i e r v o s d e m e s n a d a que d e p e n d e n de é l " ' . L a s relaciones entre señores
y c l i e n t e l a se m a n i f i e s t a n t a m b i é n en las residencias señoriales, normalmente situadas en tant< V I g é n e r o , e l l a m o s o t a p i z de B a y c u x , q u e representa e n unos setenta recuadros los
¡ o s c a s t i l l o s y e n l a s c i u d a d e s ; e n e s t o s f e u d o s c o n v i v e n a menudo los aparatos admimsua- ICOni m i i e n t o s i n i c i a l e s d e la c o n q u i s t a n o r m a n d a de I n g l a t e r r a , o c u r r i d a pocos años
t i v o s d e la p r o p i e d a d d e b e r r a d e la casa del s e ñ o r y los del territorio adirunistrado por él anie* I t l t V i ) . p a r e c e d e s t i n a d o m á s q u e a las p a r e d e s de una iglesia a las de una vivienda
H - ñ o t i i l . si b i e n se t r a t e d e la d e u n o b i s p o , o b v i a m e n t e de n o b l e linaje, h e r m a n a s t r o de
L o s corrí s o n t a m b i é n la s e d e d e las r e l a c i o n e s sociales y los lugares de utiliuoonde
(tuill» u n o e l C o n q u i s t a d o r ( f i g . I ) ' * . T a m b i é n e n las decoraciones de las viviendas s e ñ o -
u n a v a s t a g a m a d e p r o d u c t o s a r t í s b e o s ' . L ' n c u i d a d o particular se le da siempre a la ali-
1

riales, de las t a p i c e r í a s a los a r c o n e s . d e c h i m e n e a s a Stubett, q u e e m p e z a r o n a aparecer e n

d a d d e la c e r á m i c a , t e j i d o s y a p a r a t o s r e l a c i o n a d o s c o n el ceremonial, bastante complejo
e n o c a s i ó n d e fiestas y d e t o r n e o s . T a m b i é n para l a c o n f e c c i ó n de armaduras, trajes e »•
s i g n i a s se p i d e la m á x i m a p e r f e c c i ó n y visibilidad para incrementar el prestigio de quien
las l l e v a . E s p r o b a b l e q u e las p a r e d e s d e los palacios señoriales fueran decoradas por esce-
n a s d e b a t a l l a ; es s i g n i f i c a t i v o q u e P e d r o d e B l o i s , alrededor de 1170, afirman polémica-
m e n t e q u e l o s c a b a l l e r o s s e h a b í a n v u e l t o d é b i l e s , y q u e preferían mandar reproducir Us
g u e r r a s e n p i n t u r a s a n t e s q u e h a c e r l a s " . A u n q u e se trate de una broma irónica y aunqa;
1 través de las a r t e s figurauvas s o m e t i d a s m á s a u n a fácil d e g r a d a c i ó n , p o r la p r o d u c c i ó n
d e este tipo d e r e p r e s e n t a c i o n e s n o haya q u e d a d o huella en los muros de los pocos casti-
l l o s d e la é p o c a q u e h a n l l e g a d o hasta n o s o t r o s (aunque hay testimonios más tarde), s:
p u e d e d a r c r é d i t o a la f u e n t e , d a d o q u e el g é n e r o p i c t ó r i c o de las batallas y de los asedios
la A l e m a n i a m e r i d i o n a l e n e l s i g l o x n . a b u n d a n cada vez m á s los e l e m e n t o s figurativos.
l.o\ i a m p e s i n o s m á s a c o m o d a d o s i m i t a n l o s v e s t i d o s d e las clases caballerescas ( h a y t e s t i -
m o n i o s de esta t e n d e n c i a ya e n e l s i g l o x u ) y esto genera una m a y o r d e m a n d a , en d i f e r e n -
tes niveles sociales, d e p r o d u c i o s d e alta c a l i d a d artística: hebillas, joyas, e m p u ñ a d u r a s y
fundas de espadas, m a n t o s , s o m b r e r o s , e s t r u c n i r a s edílicias m á s duraderas y c ó m o d a s . P o r
otra p a r t e , la v i v a c i d a d c u l t u r a l d e l o s s i g l o s x i - x u ha l l e g a d o hasta n o s o t r o s , m á s que a
hterana d e las cbaiisotis de JBSfBi y d e la p o e s í a t r o v a d o r e s c a . S i n e m b a r g o , hay q u e r e c o r d a r
que una d e las r e p r e s e n t a c i o n e s d e l m u n d o r u r a l que t u v o una g r a n f o r n i n a e n la civiliza
ción de los s i g l o s x i - x n es la d e la r e p r e s e n t a c i ó n de los trabajos agrícolas d i v i d i d a en los
12 meses d e l año-* . L a t r a d i c i ó n d e estas i m á g e n e s desde la E d a d A n t i g u a a la medieval
0

a r m a d o s e s t á a m p l i a m e n t e a t e s t i g u a d o en l o s c ó d i c e s miniados coetáneos y Pedro de

esta p l a s m a d a e n c ó d i c e s m i n i a d o s q u e , e s p e c i a l m e n t e e n la e d a d c a r o l i n g i a , presentan
B l o i s n o se r e f e r í a p r e c i s a m e n t e a e l l o s . P o r otra parte, el ciclo iconográfico másimpor- muchas i n n o v a c i o n e s d e e s n l o y de c o n t e n i d o s . P e r o la proliferación de estos ciclos se

1 6
K B r a n c o l i B u s d r a g h i , - " . M a s n a d a " c " b o n i h o m i n e s " come strumento di dominio delle «pione nini
i n T o s c a n a - , e n D i l c h e r y M o l a n t e . Strutture e trasformazioni, c u . , pp. 287-342.
Sobre la vida c o t i d i a n a en el á m b i t o de las cortes señoriales de la Europa contini-mal, véase b síniomfe
1 7
H . W . Cioet7_ Inebetì im .Mittelalter- vom 7. bis zura 13. Jabrbundert, M u n i c h , 1986, mientras que pan d ira
inglesa, a d e m á s de H . H i l t o n , A medieval society, c u . , se puede consultar también el ya clasico I I S Benncn.
Lift on the line/ab Manor. A study of Peasant Conditions: I ISO-1400 |I9J7J, Gloucester, 1987.
' " C i t a d o p o r G o e t z . i^eben im Mittelalter, c i c , trad, i t . , p. 192.
" D M . Wilson. The Bayemx Tmpestry The Complete Tmpesrry im C*Jw, Londres. 1985.
: D
Las representaciones de los meses han sido obieio de importantes \i\\ rsiigaoones; entre las mis sigrufi-
cativas se señalan las de O Frugoni. -Chiesa e lavoro afprcolo nei testi e nelle immagini dall'età tardo-antica
all'età romanica», en V. Fumagalli (ed.). Medioevo rurale Sulle trotee della civiltà contadina, Bolonia, 1980, pp.
321-341 i P. Mane, Ca/endrien et techmquei agrìcola, r'ranee-ltahe xiic-xwe uetkt, Paris. 1983. I-os meses de
Attenta o t a n descntos en S. Gclichi (ed.). Stona e archeologia di una pine medievale: San Giorgio di Argenta,
Florencia, 1992.
402 A B T F F HISTORIA FN LA \Ìtt.\D MFOIA III

manifiesta en particular en los suelos de las catedrales urbanas. L a interpretación que si- LOS MINDOS DEL AIM.AM1FNTO: CAMPESINOS Y SEÑORES RURALES 403

da de las representaciones de los meses se pone en relación con la consolidación de U

ideología de la sociedad tripartita en belldtores (caballeros), oratores (clérigos y monjes)) xii, en particular en la segunda mitad y en el siguiente, el ciudadano de a pie se empeña en
laboratores (campesinos), en la que esta ú l t i m a categoría tiene una función fundamental una difícil y. a veces* sangrienta conquista del territorio . La accidentada articulación de 21

aunque sea subalterna. F.n cualquier caso, estamos líente a una revalorizaeión del mbfn los poderes señoriales en el campo choca con las exigencias de dominio territonal, y de
campesino que se manifiesta no s ó l o en las puertas de las iglesias urbanas, smo también en control de la producción y de los mercados por parte de los ciudadanos de a pie. Pero no
se trata de una entivniamiento frontal entre campo y ciudad; muchos terratenientes, laicos
las de las rurales, c o m o demuestra el c i c l o de los muses, esculpido en 1 \ 22 sobre la puerta
y eclesiásticos, qut lenían su residencia principal en la ciudad, vivían en la ambigua situa-
de la parroquia de Argenta (I-errara), situada hiera de las murallas del caadlo vecina Ad-
ción de falsos portadores de intereses «burgueses», difundidos en los contextos ciudada-
viértase, ademas, c ó m o en estos ciclos, aun sicnd* - la tí gura del campesino en el trabajo li
nos, y al mismo tiempo de ser defensores de prerrogativas de tipo señonal sobre hombres
predominante, no faltan las figuras de caballeros, especialmente en el mes de mayo, perio- y tieri del cauipi» Kn este marco enrevesado (y, a nuestro parecer, confuso) de intereses
do de inicio de las actividades bélicas; encontramos asi en edificios eclesiásticos la repre- Opuestos, el elemento dominante no es el uso de la fuerza, en muchas áreas predominante
s e n t a c i ó n de las funciones de dos clases laicas en el i uadro de la sociedad tripartita. sólo en la primera lase de la conquista, sino la negociación. E n la segunda mitad del siglo
L a c i r c u l a c i ó n d e viejos y nuevos m o d e l o s , culturales y artísticos, se alimenta después xu y L i el siguíenu se asiste a la proliferación de actos de sumisión al cotuunc por parte de
señiu aírales (pactos de ciudadanía), acompañados de concesiones de inmunidades par-
de la práctica creciente del peregrinaje no solo hacía Roma, sino, a partir de los míaos
ciales i ilo son juzgados algunos tipos de tasas) y por recíprocas obligaciones de tipo militar
del m o v i m i e n t o de las cruzadas del final del siglo \ i , también hacia 'I ierra Santa y San-
conrr • i >s eneimg« is comunes. Obviamente, cuando pactos y concórdate no podían ser lle-
tiago de C o m p o s t e l a , en E s p a ñ a . L a tendencia afecta a todas las clases, incluidas las del
2 1

vado' abo o se rompían, el uso de la fuerza era inevitable; los que más sufrían las conse-
territorio, y permite el c o n t a c t o entre culturas y practicas artísticas diferentes. Por otra enetli eran las cierras de los señores rurales y los castillos edificados en ellas. Eran fre-
parte, una de las - g u í a s » m á s interesantes para los peregrinos, los Mirabiha LrbisRcmt cueiu las destrucciones de las cosechas y de las plantaciones de vid que se encontraban
de la p r i m e r a mitad del siglo x m , dedica a m p l i o espacio no sólo a los lugares de culto en las 'rras de Jos enemigos, como atestiguan puntualmente las crónicas coetáneas. La
cristianos, s i n o t a m b i é n a la d e s c r i p c i ó n de monumentos paganos con una atención ar- reacción de los señores rurales, que no estaban dispuestos a transformarse en ciudadanos,
-\ La movilidad de las fue la di reforzar militarmente su poder a través de la construcción de nuevos castillos y el
queológica digna de los humanistas de algunos siglos postenores-. i.a i
reclinamiento de un n ú m e r o más amplio de fidelesy siervos de mesnada. Se consolidan y
clases campesinas, al menos a partir de finales del siglo XI, atestiguada por las mismas em-
se instituyen nuevas relaciones de feudo-vasallaje no sólo por parte de los señores, sino
presas de retribución, contradice de manera irrebatible la falsa representación de la socie-
también por obra de los comimi que los usan para reducir a la obediencia, dentro de un
dad rural que nos transmite el incorrecto uso del concepto de «servidumbre de la gleba-: orden jerárquico preciso, a los señores del territorio rural. Por lo que concierne a los cam-
el vinculo con la tierra, c u a n d o está pactado, se deshace en el momento de la finabzaaó.'i pesinos, hacia la mitad del Duecento, muchos cotiumi persiguen una política de liberación
del c o n t r a t o ; en el caso de que sea consuetudinario, la derogación es muyfrecuente,ya de la servidumbre rural, que donde a alentar las relaciones entre los señores y sus siervos
que es posible superarlo a través del pago de una tasa anual, que pennitc al sienoem- (incluidos los de mesnada), para transformar a estos últimos en ciudadanos y contribuyen-
pleado trabajar y enriquecerse en o t r o lugar, quizá haciéndose dueño de tierras bonifica-
das p o r él o transformándose en artesano o mercante en un ámbito urbano.
" l'I iL-iiu dé las r e l a c i o n e s e n t r e s e ñ o r í a s rurales, leudalidad y comuni ciudadanos ha sido recientemente
retomado por A Castagneto, -Feudalità e coderà comunale", en G Rossetti y G . Vìcolo (cds.), Medioevo,
Mezzogiorno. Mediterraneo Studi in onore di Mano Del l'reppo. Ñ a p ó l e s . 2 0 U 0 . p p . 2 0 S - 2 1 9 . d o n d e s e v a l i d a n la-,
Diversificaciones y conflictos entre campo y ciudad principale* l e s i s s o b r e la c u e s t i ó n , q u e h a b í a s i d o p l a n t e a d a p o r G - L u w a n o . « T r a m o n t o c s o p r n w i v c n / a d e l

en la Baja Edad Media feudalesimo nei c o m u n i italiani d e l M e d i o E v o - , Studi medievali s e r i e 111, I T I . 2 ( 1 9 6 2 ) , p p . - 0 1 --) 19, y h a
ile n u e v o m a g i s t r a l m e n t e d i s c u t i d a p o r G - T a b a c c o , - F i c f e t s c i g n e u n e d a n s D u l i e c o r a n t u m l c . L ' c v o l u t i o n
SHIO

d'un t h é m e h i s i o n o g r a p h i q u e - , Le Moyen-Agc L X X I V ( 1 9 6 9 ) , pp. 5-37; id.. Egemonie sociali e strutture del pote-
Si los ciclos de los meses también llevan a las iglesias frecuentadas por los ciudadanos re nel medioevo italiano p 9 7 4 ¡ . T u r i l i , 1 9 7 9 . P u n t o s d e r e f e r e n c i a , s o b r e t o d o p a r a la b a l i a s e p t e n t r i o n a l , s i g u e n
Adclsberrschaft unii stadi isc he Gescltschaft in Obctifalien: 9. Bu I2.jahr-
s i e n d o bit i n v e s t i g a c i o n e s d e l i . K e l l e r ,
una visión inspiradora de paz y laboriosa del m u n d o r u r a l , en el transcurso del mismosiglo
hinidert. l u h i n g a , 1 9 7 9 , K . B o r d o n e , Ijr toctetà cittadina del Regno d'India, l'orinazione e sviluppo delle caratteristi-
ila iirl'aue nei secoli XI e Xll, T u r i l i , 1 9 8 7 ; K M e n a n e . Compagna lombarda au Moyen Age L'econmme et la sociète
rurale' dan» la regían de flergarne, de Cremane et de Brescia du Xc au Xlile sicrh, R o m a , I 9 V Í . S o b r e l a I t a l i a c e n t r a i
v é a n s e G . C h e r u b i n i . Stgnon. contadrnr. borghesi, F l o r e n c i a . 1 9 7 4 ; C . V V k k h a m , The Meuntanisandtbe Cny. The
L a s r e l a c i o n e s e n t r e v i a b ü i d a d . p e r e g r i n a j e s y a s e n t a m i e n t o s r u r a l e s s e t r a t a n e n n u m e r o s a s invettipOMs
Tunan Appennino in the Party Middle Ages, O x f o r d , I 9 8 R . P a r a u n e j e m p l o d e l a p r a c t i c a d e l o s p a c t o * c n l a
que lian salido e n los último?, a ñ o s , entre las q u e se señalan: C¡. Sergi, Potere e territorio lungofastrilairFmv suciedad c o m u n a l cfr. G . P a s q u a l i , « L e " C o n c o r d i n e " i r a c h i e r i c i e laici n e i c o m u n i d i R a v e n n a e d i M o d e n a
Da Chambery a Turni fra x e xm seto/o. Ñ a p ó l e s . 1 9 H 1 ; td. ( e d . ) , Luoghi dt strada neimedioevo, fra ilfa,dtnsntìt alto I m e d e l u n s e c o l o » , e n Gli spazi economici della Chiesa nell'Occidente Mediterráneo (secoli Xtl-nictà XIV). Sedice-
Alpi incidentali. T u r i n 1 9 9 6 ; R . G r e c i ( e d . ) . Itinerari medievali e identità etmipea, B o l o n i a 1 9 9 9 ; ñ í (ed.), Vnmiiilimo Convegno internazionale dt studi ( P i s t o i a , 1 6 - 1 9 d e m a y o d e 1 9 9 7 ) , P i s t o i a , 1 9 9 9 , p p . 3 1 3 - 3 2 « .
strada. l'Emilia occidentale nel .\ ledtoevo Ricerche storiche e riflessioni metodologiche. B o l o n i a 2 0 0 0 ; 1. Mascanioiu. S u
Giacomo Ü guerriero e il pellegrino. Il culto tacoheo tra la Spagna e l'lisareato (tea. A 7 - . V T ? , S p o l e t o 2 0 0 0 .
" C Nardella, ilfascino di Roma nel Medioevo. Le -Meraviglie di Roma- di maestro Gregorio, Rnnu, I W .
404 A R T E E H I S T O B U I N U E D A D M K D I A
tear . U n a política que produjo efectos similares tue la de favorecer el nacimiento de conta-
4
li/ rurales, e n los que podían asentarse siervos liberados \ hombres libres provenientes de
áreas m á s pobres. L a p e n e t r a c i ó n de la e c o n o m í a ciudadana e n el campo se manifiesta
también en la fonila de los llamados lugares de mercado, no necesariamente fortificados,
que permitían un intercambio comercial entre áreas controladas por poderes diversos. La
sociedad ciudadana comunal podía a s i contar c o n una i e d de asentamientos estrechamen-
te unidos, aunque con n o n n a d v a s diferentes, a la política comunal: castillos de señores
sometidos, ayuntamientos rurales aliados y transformad* is e n centros de poder delegado y
lugares de mercado.
1 ..i acción de contraste ahora confinada a las arcas mas despobladas de los valles e n t r e
montanos \ pantanosos s e prolongaba en los linajes ni »1 'les. asentados en nenas y castillos,
que n o habían sido todavía conquistados por los comuni de los confines, de la misma mane-
ra que también resurgían luchas intestinas entre los quipos genulicios de la ciudad que
«guian manteniendo castillos, casas, fuertes y torres cri el territorio, aunque ordenadasde
irrna y medida diferentes e n los distritos comunali. I as instituciones contttiuih tienen un
• . ' h c i c o menor e n países c o m o F r a n c i a . Inglaterra y España en los que se afirman las
. ( . - - j a r q u í a s nacionales. E n estos reinos también las señorías rurales pierden (o no llegan a
I . :>i : poderes de u p o público y se intenta colocar a sus detentores en un sistema je-
rárquico d e upo feudal que depende de la corona. O t r a s formas de recomposición política
l ha consumidas por los principados territoriales del área alemana en el ámbito de una
... aunque distante, soberanía imperial. E l p r i m e r upo de construcción estatal monárqui-
co s e verifica en Italia con el r e i n o n o r m a n d o - s u e v o y, en cierta medula, con el Estaco
pontificio; formas análogas a los principados territoriales, aunque con notables diferencias
debidas a las diferencias históricas y ambientales, se pueden hallar también en lassenonis
ciudadanas italianas del T r e c e n t o v Q u a t t r o c e n t o (Milán. Yenecia. Verona. Ferrara y OD»
muchas) a raíz de la persecución de una política que tendía a superar los confines de los
cornimi originales para construir E s t a d o s suprarregionalcs. E n cualquier caso, se asisKi
una simplificación de los cuadros p o l í n c o - i n s t i m c i o n a l e s , pero esta simplificación se queda
en gran parte e n estado de proyecto debido a que permanecen, en opinión de los historia-
dores, innumerables contradicciones. D e s d e el punto de vista económico, el policentrismo
del periodo del eneastillamiento y de la p r i m e r a fase del desarrollo comunal es superado
por un dominio cada ve/, mas eficiente de los comuni y de las señorías ciudadanas dominan-
tes. E n el caso de los reinos « n a c i o n a l e s » , la paz alcanzada en el interior de vastos territo-
rios favorece el crecimiento de mercado d e m a y o r envergadura y un uso del gasto público
para la defensa, incluida la práctica de la guerra, de ios intereses de los subditos. Una de las
coyunturas e c o n ó m i c a s m á s conocidas de esta nueva situación viene dada por la fontina de
los mercantes y financieros italianos y flamencos e n los reinos de Inglaterra y Francia.
E n el c a m p o italiano ya se han esbozado los efectos de la conquista del territorio sobre
los señores rurales; por lo que c o n c i e r n e a los campesinos, la liberación de lossien'osead
transcurso del D u e c e n t o , aun constituyendo una práctica de gran relieve público, oscurece
-' E l t e ñ o m a s c o n o c i d o y e s t u d i a d o e s
4
I*. S . G a n a y G. Plessi (cds.),
statuti comían. Bolonia. 1956, q u e testimonia una liberación eolecuva
Bolonia en 1257.
111
LO« M I N O O S D l l AMI «MIENTO C A i m u S O I V SrftORCt RURALES 405
con su énfasis los rasgos de una sociedad mucho más variada y compleja . Ante todo, estas 25
liberaciones contrastan con la difusión progresiva de u n 3 nueva esclavitud «de trata», la de
los sien os importados sobre todo de los países del Este europeo, en particular de los esla-
vos (de aquí la cqm> alen cía semántica eslavo-esclavo) que, a diferencia de los esclavos alto-
mediex ales (los s i c ' ~ - »s prueben Jan i de la Europa carolingia, prevalen temente txrupados en
obligaciones agrícolas), eran empleados como sirvientes en las ricas casas de burgueses y
nubles, tal vez residentes en las mismas ciudades que promovían la liberación de los siervos
del territorio. Una segunda anomalía es la influencia ejercida en gran parte de la Italia
centro •epiciitrinn.il por la señoría territorial, que tendía a equiparar las condiciones de los
súbdn superan» l< «las antiguas divisiones entre libres y siervos; la consecuencia fue que se
venli. • n í a libera* >• in efectiva de muchos siervos ya en los siglos xi-xn, mientras que per-
dura).. \ se recomponían las diferencias socioeconómicas de los campesinos dependientes
y de- I. igncultores directos. L a servidumbre permaneció más tiempo en determinadas
zona- ; \ eneto > en Cerdeña, donde los señores, sobre todo los no territoriales, intenta-
ron i i tener unidos a ellos a los siervos, que tenían funciones de sirvientes y de policía
priva. bou/mes de corpore o de mesnada), que fueron liberados sólo hacia el final del Due-
centi. n el Treccnto. E n algunos casos se puede hablar de «servidumbre de la gleba»,
aunqu trata de una nomenclatura (ascriptio gleb/ic) usada por los juristas de los siglos xn
y XIII i iitatla por el Corpus luns Cwtlis de Justiruano para definir una realidad que era de
rnodcsi s dimensiones y reservada a los casos en los que los señores, acogiéndose a las
íiiniuil elaboradas por los juristas y notarios, habían intentado unir al suelo a aquellos
emplead. »s (libres o siervos) con vínculos de tipo real, oponiéndose a la creciente tendencia
de la inmigración de campesinos en las florecientes ciudades de la Italia centro-septentrio-
nal. L a movilidad de los campesinos, por otra parte, tampoco era seriamente obstaculizada
por los señores del territorio, ya que el crecimiento demográfico pennitía un fácil reempla-
zo de los -fugitivos». L a clase de los siervos de la gleba propiamente dichos fue, por lo
tanto, de modestas dimensiones y duración; nació en una particular coyuntura político-
insnnicional, implantándose en una condición campesina que, de hecho, ya se había Libe-
rado de los vínculos de la servidumbre personal de la Alta Edad Media.
En las casas de labranza de los siglos x i - x n estaban incluidos los siervos liberados, los
libres ligados por contratos agrarios con terratenientes, los colonos abrumados de corvé,
los que pagaban sólo modestos cánones a sus patronos, los que no tenían más remedio
que hacer de asalariados por la exigüidad de sus posesiones y los fiimuli (siervos domés-
ticos) de los agricultores directos'*. L a variedad de los térnunos es amplia, a menudo con
.. S o b r e l a s r « ! » C ¡ o n e 3 e n e r e e s c l a v i t u d y s e r v i d u m b r e m e d i e v a l e s , a d e m á s d e l a c o m p i l a c i ó n d e e n s a y o s d e
M Uluch, Melange* bistorit,ues, P a r í s , 1 9 8 5 [ c d . case.: Reyet y siervos y otros escritos tol're la servidumbre. V a l e n c i a ,
Universidad d e V a l e n c i a , 2 0 0 6 ) , h a y q u e t e n e r p r é s e m e el reciente trabajo de F. Panero, Scbiavi, servi e villani
iietl'liaba medievale. Turín 1 9 M 9 . c o n c o n s i d e r a bles, r e f e r e n c i a s a l a p r e c e d e n t e b i b l i o g r a f í a , i t a l i a n a y f r a n c e s a
en concreto Para la servidumbre e n A l e m a n i a se p u e d e citar a Rosener. Baueni im Mittelmlter. c í u para Ingla-
terra, H i l l o n , A medieval society, c u . . T h i r s k (ed.). Tbe agranan bitiory. c i L , v o b , I I y D I .
" J
U n a b u e n a g u i a r e c i e n t e s o b r e l o s p a c t o s d e t r a b a j o e n Italia, a u n q u e limitada a l o s patrimonios d e entes
religiosos, e s e l e n s a y o d e A . C o r t o n c s i . « C o n u a t t u a Ustica agraria e p r o p r i e t à ecclesiastica ( m e t à s e c . x u - i n i d
sec xiv)-, cn Gli spazi economici, c i i . , p p . K 9 - 1 2 3 . Oc g r a n í n t e r e s s i g u e n s i e n d o l o s t r a b a j o s d e G . G i o r g e l u .
Libcr Paradistii cari Ir rifomapm fj(¡
Coi/ladini e proprietari nell'Italia moderna. Rapporti di produzione e contratti agrari dal A I 7 ad oggi. T u r n i , 197*1, y
de siervos realzada p o r e l ít«w*frf Je
406 A » T I I H I S T O R I A E N L A F.DSU M I I M A 111

valor semántico intercambiable que designan estas categorías diferentes: iiiihMiri, siervos, L O S M V N D O I O l i . AISLAMIENTO. CAMPESINO* V SEÑORES RURALE! 407
famuli. tomines, rústicos, laboratores, aldeanos, operar/i y demás. L a renovada asctipthgk-
l'/ie quedó limitada a aquellos individuos o colectividades a los que los señores habían
conseguido imponer el modelo jurídico extraído del • ' M I I C C justiniano para impedirla
fuga de los rústicos de sus tierras; a los rústicos de esta nueva forma de dependencia se
les atribuyó las calificaciones más precisas de colon us. /«. mtiticitsy vill.iniis, las cuales
pierden el significado genérico de «campesino dependí! n t c » que tenían todavía en el
siglo su. Las liberaciones individuales y colectivas prom< -\ idas por los ro»//*»//en el trans-
curso del siglo \u pusieron punto final a esta clase, \ i.i condición de nv.ticos, bajo el
punto de vista luridico, se hizo muy uniforme. aunqu< siguieron dándos L»randes de-
sigualdades desde el pumo de vista económico y social

La : .Lid mas interesante de esta misma fase, por 1-. que concierne a la- relaciones de
•..rieión y la difusión de la aparcería. Est « s e desarrolla a partir de pactos a
i i parciaria, que preveía la repartición paritaria de algunos productos entre
Itxvador normalmente de condición libie. A la división a inedias del vino
m o n e e s se encuentra ya en el periodo carolingio, se acompañaba la cuota Figui ' . . d / b u r g o , m i . ilogi.i d e t e x t o s a s i r o n o m u o s y de c u e n t a » , los m e s e s , m i n i a t u r a sobre p e r g a m i n o ,

liarto (o incluso menos» para los cereales y el lino. Ya a principios dd siglo 8 0 8 - 8 1 8 . detalle

i - r i m e r o s testimonios del reparto a medias de todos los productos, conb

I propietario en el abastecimiento de la simiente y de la fuerza del trabaio

Ies. l< stiones inherentes a la condición jurídica de los colonos dependientes ceden el
Ls

largo del DuecentO la duración de estos contratos se limita a pocos años, loque
11 posíbüidad a h»s patronos de no confirmar a las familias colonas que no nndicran
De e s t e modo se delineaba ese upo de relación de trabaio, la aparcera, que OJVO
Urga d o m a n n o sólo en Tuscana sino también en otras áreas de la península como Romana.
Las h b.r. a • ) Umbría. Además de las implicaciones de tipo económico y social, el nuevo
contrato conllevaba también una difusión del asentamiento disperso, en cuanto que la casa
ele labranza tenía que encontrar sitio para incrementar el tiempo destinado al trabajo de los
p a s o .i lemádca de la honradez, del agricultor en relación con los pactos relativos al repar-
to de I productos. La presencia de los hacendados y agentes del propietario en el inomcn-
to del K i r t o tic los productos, ya prevista en los antiguos contratos de nivel, no garantiza
al p r o | taño, a menudo un burgués más interesado en la renta en relación con los señores
rurales. , vitar los fraudes perpetrados por los campesinos (sustracción anticipada del pro-
ducto. -ultaeión de la parte mejor o aguado del riño). Son estos algunos de los motivos de
la llamada -sátira del villano», que marcan una ulterior separación entre el mundo campe-
sino y el urbano-' . E l colono ya no se ve como en las representaciones de los meses (fig. 2),
7

campos sobre la aparcería. Esta finca ya no estaba consumida, como el antiguo manso, poi
parcelas dispersas con cultivos diferenciados sino por un compacto conjunto de tierras en las
que los v arios cultivos se entrecruzaban -como en el caso de las hileras de viñas puestasalos
lados de los sembrados-, y ya no estaban aisladas en dausttrae cercadas. La aparcería, por lo
tanto, en cierta medida contribuye a la modificación del paisaje rural, como también a la
evolución de la casa campesina, que se hace cada vez más estable y se construye con mate-
riales más duraderos que la madera y la paja, usados desde hacía siglos en las viviendas rata-
d e P J . J o n e s . - E c o n o m i a • società n e i r i i a b a m e d i e v a l e : la l e g g e n d a d e l l a iMirghcsia-, e n Stonati luta Aiu-
to. 1: Dal feudalesimo al capitalismo, ed. R. R o m a n o v C . Vivano, Tuffa, 1978. S e ci u n t a m b i é n purque h w aldo
en l o s ù t u n i o s d e c c n i o s a l g u n a s i m c - s u g a c i o n c s d e i n t e r c s n o s ó l o r e g i o n a l , c o m ò e ! d e V. P a n e r ò , Tema
concessone e Mobilità contadina. U campagnefraPo. Sesia e Dona lìaltea (secoli XII r XJIl), B o l o n i a , 1 9 8 4 ; L . Chhppl
M a u r i . Paesaggi rurali di Ijjmbardta. R o m a - B a r i . 1 9 9 0 ; M . M o n t a n a r i . Campagne medievali. Strutture pnÀwir.i
rapporti di la\ otv. sistemi alimentari. T u r i n . I V 8 4 ; B . A n d r e o l l i , Contadini su terre di signon Studi tulle tvxrtnu-
Ustica agraria dell'Italia medievale. B o l o n i a . 1 9 9 9 ; A . 1. l ' i n i . Campagne bolognesi. Le radia agrarie di m mrryc-
li medievale, F l o r c n c i a . 1 9 9 J ; P a s q u a l i . Contadini e signori, c i t . ; G . C h e r u b i n i , Signon, contadini, at, A OJTW-
n e s i , // lavoro del contadino. L'omini, tecniche, colture nella Tuscia tardornedieva/e, B o l o n i a , 1 9 8 8 ; A . I-anoinclii, U
tara buona. Ptvduztone, tecniche e lapponi di lavoro nell'agro viterfiesc fra Due e Trecento, B o l o n i a , 19W-, 1. Pcn,
Uomini, atta e campagne in Sicilia dal/'xt al xw secolo, R o m a - B a r i , 1 9 9 0 .
como el laborioso miembro de la sonetos Chiistiaria, sino como un grosero, voraz y astuto
elemento de un mundo diferente, al que hay que enderezar y adaptar a las necesidades de
una sociedad más civil, la ciudadana. U n comportamiento análogo se halla también a pro-
pósito de los señores del territorio, antes vistos como enemigos al mismo nivel, en cuanto
pertenecientes a la misma clase que dominaba también en la ciudad, después como miem-
bros de un inundo incívico y hostil, comparable a los bandidos, 'lambién las leyes sunniarias,
dirigidas a condenar la ostentación excesiva, bastante difundidas en toda Europa a partir del
siglo xiii, apuntan sobre todo a contener las formas de imitación de los modelos aristocráti-
cos y burgueses por parte de las clases inferiores, en particular la de los campesinos, que se
manifestaban en el vestir y en los modos de vida.
A lo largo del Treccnto, incluso en la grave crisis de la peste negra, la ciudad mantiene
un fuerte control del territorio tanto político como económico. En el ámbito cultural, las
diferencias con el campo que existían también antes se acentúan, y la hegemonía ciudadana
tiende a marginar a aquellos sujetos y aquellas producciones artísticas que uo se adecúan a
- L a -sàtira del v i l l a n o - csra tratada p o r L e Goff, La eivilisathn, e i e , p o r U i e r u b i n i , Signori, contadini, d t - ,
y uor K o s e n c r , tìanem ini Miitelalter. c i t . S o b r e l a e c o n o m i a d e l a s c o r p o r a c i o n e s . A . I . P i n i , Otta, comuni e
corporazioni nel medioevo italiano, B o l o n i a , 1 9 8 6 ; R . G r e c i , Corporazioni e mondo del lavoro nell'Italia pailana me-
diatale, B o l o n i a , 1 9 8 8 ; D . D e g r a s s i , L'economia artigiana nell'Italia medievale, K o m a , 1 9 9 6 .
4 0 8 A R T E t HISTORIA I N i A E D A D M E D I A 111
las exigencias, y al esrilo de v i d a y d e c u l t u r a d e las c l a s e s d i r i g e n t e s u r b a n a s . E n las áreas,
c o m o e n A l e m a n i a , d o n d e la c i u d a d n o t i e n e u n a f u n c i ó n h e g c m o m c a c o m o la ejercitada
p o r los comnni i t a l i a n o s , se m a n i f i e s t a u n a a p e r t u r a s i m i l a r d e l m u n d o c a m p e s i n o en los
textos literarios, q u e t i e n e n c o m o a u t o r e s y p r o t a g o n i s t a s a l o s c a b a l l e r o s q u e se v e n despo-
jados de su s u p r e m a c í a , t a n t o p o r l o s c a m p e s i n o s e n r i q u e c i d o s o >i n o p o r l o s burgueses que
se h a n v u e l t o t e r r a t e n i e n t e s . F n estos c o n t e x t o s las m a n i f e s t a c i o n e s a r t í s t i c a s y a no tienen
diferentes fuentes, c o m o t o d a v í a s u c e d í a a n t e s d e l s i g l o x m , s u n • q u e se p r o m ó c i o n a n cada
vez m á s e n los c e n t r o s p o l í a c o s v e c o n ó m i c o s d o m i n a n t e s d e la c u i d a d , d e las c o r l e s de los
príncipes y de los r e v é s . Ta bit n los m o n a s t e r i o s y las i g l e s i a s r u r a l e s , c o n sus ciclos de
frescos, se resienten de la c i ••» i a d a n a y se i n s p i r a n e n « e s c u e l a s » b i e n d e f i n i d a s . A los
c o n v e n t o s y las iglesia .v i n o s y l o s d o m i n i c o s , c o n s t r u i d o s , a p a r t i r de los pri-
m e r o s decenios d e l D U Í c i u d a d e s y e n s u s i n m e d i a t a s p e r i f e r i a s , les afecta el
fervor cultural d u d a d a - , . i n s i n ú e n las n u e v a s t e n d e n c i a s a r t í s t i c a s e n los con-
textos r u r a l e s , d a d o e l f u i le la p r e d i c a c i ó n d e l o s f r a i l e s m e n d i c a n t e s en ía reli-
giosidad d e l m o m e n t o ] le l o s m o d e l o s c u l t u r a l e s y a d i f u n d i d o s e n los campos
se hace cada vez m á s m o d t ra de l o s m o d e l o s n a c i d o s e n o t r o s l u g a r e s , constitu-
y e n d o u n a s i m p l e variante . ¿ •; . i a los e s t i l o s m á s e f i c a c e s C i n n o v a d o r e s . T a m b i é n mu-
chas de las producciones, Caí castellanas d e u t e n s i l i o s y d e c e r á m i c a d e c l i n a n y son
susütuidas p o r los p m d ú e t o s - i i i esanalcs f a b r i c a d o s e n las c i u d a d e s ; a q u í las artes y corpora-
ciones i n t e n t a n t e n e r el m o n o p o l i o d e n t r o d e l o s m e r c a d o s p r o t e g i d o s p o r las autoridades
c o m u n a l e s y, e n a l g u n o s casos, c o m o e n la F l o r e n c i a d e finales d e l D u e c e n t o . t o m a r ellas
m i s m a s el p o d e r . L o s p r o d u c t o s de l o s t a l l e r e s a r t e s a n o s s o n m á s a d e c u a d o s y d e fabricación
consolidada a través de m o d e l o s i m p u e s t o s p o r las m i s m a s c o r p o r a c i o n e s , q u e garanuzan en
c i e r t o s e n t i d o la c a l i d a d d e l p r o d u c t o . L a c o m p a r a c i ó n c o n la p r o d u c c i ó n campesina aven-
taja s i e m p r e a la c i u d a d a n a , q u e r e s u l t a m e n o s d e p e n d i e n t e d e l o s m a t e r i a l e s q u e se localizan
e n e l l u g a r y de las capacidades i n d i v i d u a l e s d e l f a b r i c a n t e . A d e m á s , las c o r p o r a c i o n e s inten-
t a n satisfacer las e x i g e n d a s de las clases c a m p e s i n a s p o n i e n d o e n e l m e r c a d o también pro-
ductos de baja calidad p e r o c o n p r e c i o s i g u a l m e n t e b a j o s p a r a c u b r i r las necesidades prima-
rias d e las clases campesinas ( t e j i d o s , r e c i p i e n t e s o h e r r a m i e n t a s ) . T a m b i é n el campesino se
hace cada vez m á s c o n s u m i d o r de p r o d u c t o s c i u d a d a n o s y se e s p e c i a l i z a cada vez mas en d
trabajo agrícola y de crianza, d e s t i n a d o a p r o d u c i r s o b r e t o d o v í v e r e s y m a t e r i a s primas. La
presencia d e l c i u d a d a n o c o m e r d a n t e e n e l c a m p o se h a c e i n d i s p e n s a b l e y se presta también
c o m o v e h í c u l o de difusión de a c t i t u d e s m e n t a l e s y d e i n f l u e n c i a s c u l n i r a l e s propias del
m u n d o d u d a d a n o ; c u a n d o d e s p u é s , c o m o s u c e d e a m e n u d o , e l c o m e r c i a n t e es también te-
r r a t e n i e n t e v h e r e d e r o de u n a p a r t e d e l o s d e r e c h o s s e ñ o r i a l e s , t r a d i c i o n a l e s e n e l campo, el
c í r c u l o se d e r r a en las p o b l a d o n e s c a m p e s i n a s , q u e s u f r e n c a d a v e z m á s la i n i c i a t i v a econó-
mica y s o d a l de las clases d o m i n a n t e s . E l d r a m a t i s m o d e la c o n d i c i ó n d e a l g u n o s estratos de
la sociedad r u r a l se m a n i f i e s t a , a d e m á s d e c o n e l a u m e n t o d e las c a r e s t í a s y la mendicidad,
c o n las rebeliones de los aldeanos q u e , a u n q u e p r e s e n t e s e n d i f e r e n t e s p a r t e s de Europa en
el transcurso d e l D u e c e n t o , se i n t e n s i f i c a n s o b r e t o d o d e s p u é s d e l a p e s t e n e g r a de la mitad
d e l T r e c e n t o * . Sin e m b a r g o , las r e v u e l t a s c a m p e s i n a s se p u e d e n i n t e r p r e t a r t a m b i é n como
3
Sobre las rclaciones «iure demografia, peste y revuelias: Rósener, Battrrn ita Mittetatter, cita Mutller,
Epidemie, CÌL; R_ Comba, G. Piccmni y G . Pinta (cds.), Strutture familiari, epidemie, migrazioni nell'Italia mtJtf*
LOS MI-.VDOS DEL AISLAMIENTO: C A M P E S I N O S V SEÑORES R U U A L f l 4 0 9
f r u t o de u n a t o m a d e c o n c i e n c i a d e l m a y o r peso e c o n ó m i c o , a s u m i d o p o r las poblaciones
agrícolas, q u e s i g u e a la f u e r t e d i s m i n u c i ó n d e m o g r á f i c a d e t e r m i n a d a p o r las carestías y p o r
las e p i d e m i a s e n d é m i c a s d e l T r e c e n t o ; e n e f e c t o , se asiste e n d i f e r e n t e s partes del c o n t i n e n -
te a u n a r e a n u d a c i o i • le la p e q u e ñ a p r o p i e d a d campesina y de la renta de las dases rurales.
Sin e m b a r g o , e l pañi trama n o c a m b i a p o r l o q u e c o n d e m e a la i n f l u e n d a de la c u l t u r a d u -
dadana. v d e las c o r t e s p r i n c i p e s c a s y regias e n los campesinos y s e ñ o r e s d e l t e r r i t o r i o . E l
desarrollo d e l h u m . m i s i n o r e f u e r z a l o s caracteres d e l a r t e renacentista con e l r e d e s c u b r i -
i n i e n t o de la Antágui d a d c l á s i c a y c o n la i n v e n c i ó n d e la perspectiva, y m a r g i n a u n arte p o -
pular que q u e d a c o n f i n a d o ; a á m b i t o s cada v e z m á s l i m i t a d o s al c a m p o . T a m b i é n e l m e c e -
nazgo 11 >¡uribuyc a d i s a r r o i l a r esta t e n d e n c i a a la especialízación de las actividades artísticas
y a la d i usnán d e m i Míelos c i u d a d a n o s e n e l c a m p o ; las viviendas rurales de las clases d o m i -
nantes i irguesas\ •« >l des, la n u e v a aristocracia, a u n q u e recreen m o d e l o s castellanos, se ade-
cúan caí ' vez m á s a los palacios c i u d a d a n o s . E l t e r r i t o r i o « s e c o n s t r u y e » y el paisaje r u r a l está
cada i. .»as s u j e n » a i n t e r v e n c i o n e s d e t i p o a r q u i t e c t ó n i c o , q u e a t i n a n exigendas de c a r á c -
ter i n h - t r u c t u r a l ( d e s v i a c i o n e s a n u e v o s trazados de vías de agua y de tierra) a u n a r a r i o -
n.iliza.. i d e t i p o e c o n ó m i c o d e las e s t r u c t u r a s de los c u l t i v o s y de los e d i f i d o s de uso. Si
esta he. í i o n i a d e la c u l t u r a u r b a n a es la t e n d e n c i a q u e se manifiesta, de manera ejemplar,
en la T .n¡i d e la E d a d M e d i a tardía y e n las ciudades y c o n d a d o s de otras regiones i t a l i a -
nas, es i . nos e V i d é n t é la i n f l u e n c i a artística d u d a d a n a e n el á m b i t o de los países de la E u -
ropa c c ^ a r o - s e p t e n t r i o n a l - ' ' . E n estos ú l t i m o s , e n efecto, parece q u e los recursos estilísticos
góticos d e s a r r o l l a n h a s t a e x t r e m o s h'miee los e l e m e n t o s característicos de los sistemas cons-
trueuví i s i l e m a d e r a d e l o s e d i f i c i o s r u r a l e s a l l í p r e d o m i n a n t e s . Las c o l u m n a s de sustenta-
ción y las n e r v a d u r a s d e las c a t e d r a l e s g ó t i c a s , c o n los huecos rellenados p o r m u r o s n o
maestros y p o r a m p l i a s v e n t a n a s v i d r i a d a s , p u e d e n evocar, e n r e a l i d a d , los envigados y los
pies d e r e c h o s d e las casas d e a d o b e , cuyas paredes e s t á n f o r m a d a s p o r sutiles mezclas de
ramas y b a r r o . E l g u s t o p o r la exacta r e p r e s e n t a c i ó n d e l detalle, tan presente ya e n la m i n i a -
tura y en la e s c u l t u r a r o m á n i c a , se exalta t a n t o e n la búsqueda de perspectiva renacentista
c o m o en la i n v e s t i g a c i ó n e s t i l í s t i c a de l o s artistas d e l g ó t i c o i n t e r n a c i o n a l , d i r i g i d o s a la d e -
tallada r e p r o d u c c i ó n « r e a h s t a » d e flores, p l a n t a s , a n i m a l e s , ^ t r u n i e n t o s y operaciones
agrícolas. C a m p e s i n o s , s e ñ o r e s y c a b a l l e r o s están representados e n el paisaje agrícola e n
modalidades d i f e r e n t e s , s e g ú n las á r e a s c u l t u r a l e s de los c o m i t e n t e s . E n las regiones d o n d e
la c i u d a d n e n e m e n o r p e s o e n la o r g a n i z a c i ó n d e l t e r r i t o r i o , la representación d e l m u n d o
vale. Ñapóles. 1984; Italia, 1350-1450: tra crisi, trasformai ione, sviluppo. Atti del XUI Convegno di Snidi del cenno
Italiano di Studi di Storia è d'Arte (Pistoia. 10-13 de mayo 1991). Pistoia 1992; la peste nera-datidi una realtà ed
elementi di una interpretazione. Atti del XXX Convegno storico intemazionale (litdi, 10-13 de octubre de 1993),
Spolcro. 1994, O . Capitani (ed.). Morire di peste: testimonianze antiche e interpretazioni moderne della «peste nera»
del 1348, Bolonia. 1995.
' ' U n a suuénca actual i/ación sobrc las monarquías «nacionales* y principados territoriales ha sido trawda
por J.-C. Maire Vigueitr, «Regni, principan, ciña», en S. Collodo y G. Pinto (cds.), la società medievale, Bolo-
nia, 1999, pp. 60-104. Para un acercamiento más detallado véase G. Chiuolini y 13. Wìlloweit (eds.).
L'organizzazione del territorio in Italia e Germania: secoli Xltl-XW, Bolonia 1994. Siguen siendo importantes, por
lo que concierne a Italia, Tabacco, Egemonie sociali, cit., y G. Chíuolnu, La formazione dello stato regionale e le
utituzjoni del contado, Tuxín, 1979. Más reciente es la interesante compilación de ensayos de P. Pirillo, Costruzio-
ne di un contado. I Fiorentini alloro territorio nel Basso Medioevo, Florencia, 2001.
410 AsTt t HISTORIA E N L A F . U A U M F. D I A I l i

rural se inspira en una acritud despredativa de la sociedad campesina, difundida sobre todo
en Alemania, mientras que en la cultura figurativa b o r g o ñ o n a - f l a m e n c a y bohemia se mani-
fiesta una visión más objetiva, a la que parece pertenecer t a m b i é n el autor anónimo de los
admirables iiíercrde Tremo, pintados a principios del Q u a t t m c e n t o . Por el contrario, en
50

fundón de la política ciudadana se representa el territorio de Siena e n el famosofrescoque

encama el Buen Gobierno, realizado por A m b r o s i o L o r e n z e m en Siena alrededor de la mitad
del Trecento; aquí la mirada del artista se detiene m e n o s en los detalles paisajísticos para
MIRAR LA NATURALEZA
concenn-arse en el mundo de la producción agrícola, en el m a r c o de un arráyente dominio
de los horizontes territoriales. Xenia Mura tova

L a apropiación simbólica de la naturaleza

, I Ic aquí la rierra llena de flores - qué espectáculo tan agradable nos ofrece, cómo nos
alegra la vista, q u é p r o f u n d a emoción suscita en nuestras almas! Nosotros admiramos las
rusas rojas, las azucenas más blancas que la nieve, las moradas violetas; en verdad, no sólo
SU belleza, sino su existencia misma constiruye un auténtico milagro. ¿Cómo puede la sabi-
duría divina crear tanta belleza del l i m o de la tierra?
V. p o r ú l o m o , l o q u e más nos atrae es la verde hierba que embelesa el alma de quien la
contempla; c o n la llegada de la primavera, una vida nueva se despierta en las semillas; las
estrellas se levantan hacia l o alto y pisotean la muerte en su salto hacia la luz, como un
símbolo de la resurrección f u t u r a . 1

Este pasaje d e l Didasculicon de H u g o d e San V í c t o r ofrece una idea u n t a n t o refinada,

sutil y, al m i s m o t i e m p o , e s p e c i a l m e n t e clara de la p e r c e p c i ó n de la naturaleza e n el á m -
b i t o d o c t o d e l o s t e ó l o g o s y e x e g e t a s m e d i e v a l e s . L a e m o c i ó n p r o f u n d a ante la belleza de
la naturaleza c o n d u c e a l a a d m i r a c i ó n d e la o b r a d e l C r e a d o r y a la glorificación de su
o m n i p o t e n c i a ; a d e m á s , f e n ó m e n o s y c o m p o r t a m i e n t o s de la naturaleza esconden u n s i g -
nificado s i m b ó l i c o y a l u d e n a l o s a c o n t e c i m i e n t o s esenciales de la vida cristiana; la r e a l i -
dad física se m i r a y se c o m p r e n d e e n c o n e x i ó n c o n la realidad e s p i r i t u a l ; así, la aparición
de las plantas p r i m a v e r a l e s se p e r c i b e c o m o u n a promesa metafórica de la K e s u r r e c d ó n de
los m u e r t o s .

E l t e s t i m o n i o de la a p r o p i a c i ó n s i m b ó l i c a d e la naturaleza -exaltada en el siglo x n p o r

los m í s t i c o s de la escuela t e o l ó g i c a d e l m o n a s t e r i o p a r i s i n o de San V í c t o r - pertenece a
di fundidísimos c l i c h é s d e l p e n s a m i e n t o m e d i e v a l y se r e m o n t a a la obra de los Padres de l a
Iglesia, q u e d e s a r r o l l a r o n la r e l a c i ó n d e l h o m b r e c o n la naturaleza, relación extraña al

Sobre las representaci ones de los meses de la tarda Edad M e d i a véanse G . Romano, Studi sulpamggt.ài.
,u 1
Mugo de San Víctor. Eruditio Didascalica, Patrologia Latina (a partir de ahora PQ, voi. CLXXVI. co). 820.
E. Castdnuovo, / misi di Trento, Trento, 1986; A. L o r c n w m , //Buon governo, ed. E. Castelnuovo, Militi, IWS.
412 AUTI 1 HISTORIA Í S LA EMD MI DI 4 I I I
m u n d o de la Antigüedad clásica y q u e se r e m o n t a , e n g r a n p a n e , a la t r a d i c i ó n bíblica del
misticismo histórico. Es la r e l a c i ó n p e r s o n a l q u e se f o r m a e n t r e e l h o m b r e creadn adima~
gmeni Da y su C r e a d o r , e l cual le ha d a d o c o m o d o n e l m u n d i • c r e a d o e n seis días, mundo
del que cada parte « D i o s v i o q u e era b u e n a » ( G é n e s i s 1,4; 1,10; 1,12; 1,18; 1 , 2 1 ; 1,25).
E l c o n c e p t o d e l m u n d o c o m o b e l l e z a y c o m o « c o s a b u e n a » ( e n la c o n c i e n c i a anticua
y m e d i e v a l la s e m á n t i c a é t i c a d e l o « - b u e n o » n o e n c u e n t r a u n a c l a r a d i s t i n c i ó n de la se-
mántica estética de l o - b e l l o - ) es i n s e p a r a b l e d e l o s d e m i . < m c e p t o s d e l m u n d o , esta
vez e s e n c i a l m e n t e n e o p l a t ó n i c o s , e l a b o r a d o s e n e l á m b i t o d e l p e n s a m i e n t o medieval
cristiano. L a idea d e l i n u n d o p e r c i b i d o c o m o s í m b o l o se . ¡ . ^ a r r o l l a e n d i v i n o s niveles
semánticos: místico, e s e a t o l ó g i c o y a l e g ó n c o - d i d á c t i c o . A p a r t i r d e l Eamittom griego de
Basilio el G r a n d e y. m á s u r d v . d e l l a t i n o d e A m b r o s i o . i n u n d o d e la naturaleza es
c o n s i d e r a d o escuela de vida - de c o m p o r t a m i e n t o h u m a r - I .a e x é g e s i s medieval se ve
atraída p o r las alusic S a g r a d a s E s c r i t u r a s a la p e r . p e l ó n d e la naturaleza como
espejo, que refleja el en 1
' reador, o c o m o « l i b r o q u e c o n t i e n e e l códice cifrado
de la c r e a c i ó n . T a k - - u l q u i e r e n c o n e l t i e m p o - a r á c t e r d e estructuras del sa-
ber h u m a n o . de - . p e d i a s y d e « e s p e j o s » d e c o n o c i m i e n t o que se reflejan
e n los p r o g r a m a s le las f a c h a d a s d e l o s e d i f i c i o s r e l i g i o s o s .
Hasta "el s i g i o • del jardín florido, d e l borfm, d e l flonlcgmm. del hher
floruliis se r c l a u - ' a . leí c o n o c i m i e n t o h u m a n o d e D i o s y d e la Creación, con-
cebida c o m o lio-:- • e n la g r a n d i o s a r e c o p i l a c i ó n d e t e x t o s c imágenes de
H e r r a d a de H o h e n ¿s I s t r a s b u r g o . B i M i o t h c q u e U n i v e r s i t a i r e ) . También enel
s i g l o X I I . los fflotn r. s i g i c o s , e s e n c i a l m e n t e e n r e l a c i ó n c o n e l t e m a escato opeo.
MTintroducen a m e n u d o su los p r o g r a m a s d e la d e c o r a c i ó n e s c u l t ó r i c a de las catedrales)
de las grandes iglesias de la» a b a d í a s c l u n i a c e n s e s , y se p o n e n e n a r q u i v o l t a s alrededor del
t í m p a n o , q u e d e s a r r o l l a el t e m a d e l J u i c i o U n i v e r s a l ( c a t e d r a l d e S a n L á z a r o en Autunjo
de P e n t e c o s t é s (iglesia d e Nauta .María M a g d a l e n a e n V c z c l a y ) .
E n los p r o e r a i n a s d e c o r a t i v o s d e l s i g l o x m l o s t e m a s d e l a n a t u r a l e z a y del cosmos
adquieren también un significado e n c i c l o p é d i c o c o n finalidad d i d á c t i c a . Transmiten b
idea de la u n i v e r s a l i d a d d e l c r i s t i a n i s m o , i d e a q u e se r e f l e j a e n la a r q u i t e c t u r a del edifico
r e b g i o s o c o n c e b i d o c o m o m o d e l o d e l u n i v e r s o . A d e m á s , e n l o s p r o g r a m a s decorativos
de los siglos x m y x i v l o s t e í n a s d e la n a t u r a l e z a a l u d e n a m e n u d o a la i m a g e n de la Vir-
gen, M a d r e de D i o s y R e i n a d e l C i e l o , f i g u r a q u e e n l a z a e l m u n d o t e r r e n a l con el mundo
d i v i n o . N o s ó l o l o t e m a s e s e n c i a l e s d e l c a l e n d a r i o m e d i e v a l ( l o s s i g n o s d e l zodiaco y las
labores de los meses), s i n o t a m b i é n las p e r s o n i f i c a c i o n e s a l e g ó r i c a s d e las cuatro estacio-
nes y de los c u a t r o e l e m e n t o s , d e las s i e t e e d a d e s d e l h o m b r e y d e l o s siete grados de b
t e m p e r a t u r a ( p u e r t a d e la V i r g e n d e l a c a t e d r a l d e N o t r e D a m e d e P a r í s ) , junto con las
representaciones de a n i m a l e s f a n t á s t i c o s y d e p u e b l o s e x ó t i c o s ( c a t e d r a l de San Esteban
e n Sens), f o r m a n p a r t e d e l p r o g r a m a d e la d e c o r a c i ó n d e l o s z ó c a l o s y de las pilastras de
las fachadas p r i n c i p a l e s , y ya n o d e a r q u i v o l t a s y t í m p a n o s .
L a s n o c i o n e s m e d i e v a l e s d e l m u n d o d e la n a t u r a l e z a se b a s a n , p o r una pane, en d
c o n c e p t o d e l m u n d o c o m o e s t r u c t u r a j e r á r q u i c a , e n e l q u e e l m u n d o sensible está subor-
d i n a d o al s u p r a s e n s i b l e ( c o n c e p t o n e o p l a t ó n i c o e l a b o r a d o p o r Pscudo-DionisioArcopa-
g i t a ) y, p o r o t r a , e n e l c o n c e p t o a g u s t j n i a n o d e l m u n d o c o n c e b i d o e n su desarrollo histó-
rico desde el P e c a d o a la R e d e n c i ó n . E n e f e c t o , c o m o o p o s i c i ó n a l concepto de la
MlRAR LA SATURALE* 413
ciclicidad d e l t i e m p o , q u e c a r a c t e r i z a a la A n t i g ü e d a d g r e c o r r o m a n a , e n el pensamiento
medieval la n a t u r a l e z a e s t á i n c l u i d a d e n t r o de la h i s t o r i a cristiana; m u c h o s signos del
m u n d o n a t u r a l s o n i n d i c a c i o n e s y p r e m i s a s d e l acercarse e l final de los tiempos, de la
Segunda P a n i s í a y d e l J u i c i o F i n a l . C o r r i ó e l h o m b r e , la naturaleza tiene u n i n i c i o y u n
Iin.il, c o n c e b i d o s e n c l a v e s o t e r i o l ó g i c a : c o m i e n z a c o n la C r e a c i ó n del m u n d o y del h o m -
bre, la c o l o c a c i ó n d d p a r a í s o irr Oriente partibux, y t e r m i n a con e l final de los t i e m p o s y
la vuelta d e l h o m b r e al p a r a í s o , j a r d í n de la santidad eterna.
I -.ios e o n c e p t i e v o l u c i o n a n e n la e x e g é t i c a m e d i e v a l apareciendo, e n e l siglo x n , e n
el a m b l o d e l n u e v o s i m b o l i s m o a l e g ó r i c o - d i d á c t i c o y llevan a recalcar, en el pensamien-
to esc. I íctico d e l s i g l o X I I I , e l v a l o r de cada f e n ó m e n o y de cada aspecto de la naniralcza
(la CII.I i «instituye e l r e f l e j o d e l m u n d o d i v i n o ) , y a i n t r o d u c i r cambios i m p o r t a n t e s en la
e\pn ii artística, q u e llevarán a la a f i r m a c i ó n d e l n a t u r a l i s m o g ó t i c o .
Ln i i n c e p c i ó n s i m b ó l i c a de la n a n i r a l e z a se expresa e n la especificidad d e l lenguaje
ariMi m e d i e v a l , c o n c e b i d o a n t e t o d o c o m o m e d i o para expresar los conceptos esen-
ciales la le c r i s t i a n a . E s t e l e n g u a j e e n c u e n t r a su justificación e n el concepto específico
de la i m a g e n basado e n e l d o g m a d e la E n c a r n a c i ó n d e l V e r b o e n la carne, lo que p e r m i -
I c 11
r e p r e s e n t a c i ó n de D i o s , i n v i s i b l e e i n c o n c e b i b l e a través de la imagen de
Cristo a n o t a m b i é n la c r e a c i ó n e n e l a r t e de la i m a g e n del m u n d o sobrenatural, s ó b r e l a
base di e l e m e n t o s t o m a d o s d e la n a t u r a l e z a c i r c u n s t a n t e . La expresión artística e v o l u c i o -
na en i I á m b i t o d e la e s t é t i c a , q u e se d i s t i n g u e p o r su c a r á c t e r especulativo y visionario.
Esta s i podría d e f i n i r , e n g e n e r a l , c o m o estética de la c o n t e m p l a c i ó n d e l m i l a g r o , enten-
dido en <.lave c r i s t o l ó g i c a ; m i l a g r o c o m o f o r m a simbólica de la revelación divina que
alimenta la e s p i r i t u a l i d a d m e d i e v a l y p o n e a l espectador medieval ante imágenes insóli-
tas, e x t r a o r d i n a r i a s , d e s t i n a d a s a r e s t i t u i r la ide3 de la i n c o n m e n s u r a b i l i d a d del m u n d o
humano c o n el d i v i n o , y a fijar los instantes de la visión sobrenatural de la revelación
divina, p r o f u n d a m e n t e d i f e r e n t e p o r los f e n ó m e n o s m á s insólitos de la naturaleza.
E n la e l a b o r a c i ó n d e l l e n g u a j e a r t í s t i c o m á s adecuado a la visión del m u n d o de aquel
uempo, se t i e n d e a c r e a r com|Kisiciones s i m b ó l i c a s basándose e n la reconstrucción de
cada u n o de los a s p e c t o s d e l m u n d o v i s i b l e y de los elementos de la naturaleza. E n el arte
se adopta u n s i s t e m a e s p e c í f i c o de e s t r u c t u r a s formales, basadas en las normas de la r e -
presentación d e l m u n d o , c o n t r a r i a s a la c o n c e p c i ó n m i m e t i c a , n o r m a s que transgreden
las leyes físicas d e l m u n d o c i r c u n s t a n t e . E n este lenguaje artístico especulativo, destina-
do a r e p r e s e n t a r l o i n m a t e r i a l a través de las i m á g e n e s materiales de la naturaleza, se
pueden d i s t i n g u i r m á s o m e n o s d o s o r i e n t a c i o n e s . L a p r i m e r a se expresa en la creación
de las f o r m a s a r t í s t i c a s b i d i i n e n s i o n a l e s , de la expresividad lineal y del esquematismo
c r o m a t i c o ; e n el e s p a c i o s i n p r o f u n d i d a d y sin ¡>esadcz., las figuras y las cosas incorpóreas
expresan l o q u e se e n c u e n t r a f u e r a d e l espacio y d e l tiempo. L a segunda, que se remonta
al arte t a r d o a n t i g u o , a u n u s a n d o los e l e m e n t o s d e l n a t u r a l i s m o cromático y de la ilusión
plástica, o p e r a c o n r e a l c e s y e f e c t o s d e la luz q u e c a m b i a n las formas de la naturaleza en
imágenes v i s i o n a r i a s .
La c o m p r e n s i ó n de la c o r p o r e i d a d , de la m a t e r i a l i d a d sensual y de la plástica física
c o m o i m a g e n de l o e s p i r i t u a l e n c u e n t r a una refinada elaboración de la teología de la
imagen e n el m u n d o b i z a n t i n o ; este f e n ó m e n o se d i f u n d e e n diferentes centros del arte
occidental d e l s i g l o x n ( e n t r e los q u e sobresalen las regiones de Alosa y del R i n con las
 ARTI
Figura I, P a m . catedral de
D a m e , fachada occidental, portada
M r g e n , pilastra c o n d c c o r j c i o n
p i e - d m , ca. 12IU-1220.
t HISTORIA E N LA F.IIAD M l U I A I I I
o b r a s d e R e n i e r d e H i i y y N i c o l á s de V e r d ú n ) y s e
d e s a r r o l l a e n e l a r t e g ó t i c o . 'Pal i n t e r p r e t a c i ó n y su
a s i m i l a c i ó n a d i f e r e n t e s n i v e l e s c u l t u r a l e s de la so-
c i e d a d m e d i e v a l s u f r i e r o n s i n e m b a r g o una profun-
d a s a c u d i d a e n la é p o c a d e la t a r d a A n n g u e d a d v a l
i n i c i o d e l a é p o c a c r i s t i a n a , c u a n d o la belleza espiri-
n i a l se p o n e e n p r i m e r p l a n o e n r e l a c i ó n c o n la be-
l l e z a f í s i c a , c u a n d o se d i - « c u b r e la b e l l e z a espiritual
e n e l c u e r p o f e o y f í s i c a m e n t e i m p e r f e c t o y los cá-
n o n e s d e la b e l l e z a , d e la a r m o n í a , d e l equilibrio y
d e la p e r f e c c i ó n corpórea d e l m u n d o a n t i g u o dan
l u g a r a u n a v i s i ó n m á s a u n p l e j a d e l h o m b r e , a mer-
c e d d e c o n t r a d i c c i o n e s d r a m á t i c a s e n t r e el alma y el
cuerpo.
E l h o m b r e m o d e n x i , c u y a i d e a d e naturaleza no
nene la r i q u e z a d e s i g n i f i c a d o s característica del
m u n d o a n t i g u o y m e d i e v a l y q u e e s t á habituado a
l o s g é n e r o s d e l p a i s a j e y d e la n a t u r a l e z a muerta.no
s i e m p r e se d a c u e n t a d e la o m n i p r e s e n c i a de figuras
y d e i m á g e n e s d e la n a t u r a l e z a e n e l arte medieval.
C o n t e m p l a d o r a d m i r a d o d e la n a t u r a l e z a circuns-
t a n t e v d e s u b e l l e z a , e l e s p e c t a d o r medieval ve y
d e s c u b r e l o s m ú l t i p l e s s i g n o s d e la manifestación de
u n m u n d o i n f i n i t a m e n t e m á s h e r m o s o , signos 3 tra-
v é s d e l o s c u a l e s D i o s se r e v e l a a l o s hombres, y en
sus c r e a c i o n e s a r t í s t i c a s i n t e n t a a l u d i r al orden su-
p r e m o del m u n d o sobrenatural, divino.
E n l a p e r c e p c i ó n d e l o s f e n ó m e n o s naturales ad-
q u i e r e u n a p a r t i c u l a r i m p o r t a n c i a la estética de b
l u z , q u e se r e f l e j a e n l a e x p r e s i ó n artística medieval
e n e l u s o d e l o s f o n d o s d o r a d o s o azules que aluden
al e s p a c i o d i v i n o , c e l e s t e y , s o b r e t o d o , e n la técnica
d e la v i d r i e r a , q u e se a p r o p i a d e l f e n ó m e n o natura! de
la l u z p i n t a d a p a r a r e p r e s e n t a r la i d e a de la similitud
a la l u z d i v i n a .
S e p u e d e d e c i r , s i m p l i f i c a n d o m u c h o , que, si al
i n i c i o d e l a é p o c a m e d i e v a l e l a s p e c t o físico, ma-
t e r i a l , d e la n a t u r a l e z a t i e n e p o c o v a l o r , ya que
r e p r e s e n t a s ó l o u n r e f l e j o a p r o x i m a t i v o del mundo
Notre
sobrenatural, hacia el final d e la E d a d Media, la
de la b e l l e z a m a t e r i a l d e l a n a t u r a l e z a y su representación
vegetai, a r t í s t i c a a d q u i e r e n u n a i m p o r t a n c i a p r i m a r i a , preci-
s a m e n t e , p o r q u e s o n u n r e f l e j o d e l m u n d o divino.
E l e s t u d i o y la a d m i r a c i ó n d e la n a t u r a l e z a , del mun-
•MINAR LA NATURALLZA 415
do, a s í c o m o d e las o b r a s r e a l i z a d a s p o r e l h o m b r e , l l e v a n a la c o n t e m p l a c i ó n d e l m u n -
do de D i o s y a c e r c a n a l h o m b r e a su c o n o c i m i e n t o . « D e visibilin a ii/vtsibiÜa»: este
c o n c e p t o a n a g o g i c o n c o p l a t ó n i c o r e e l a b o r a d o p o r e l P s e u d o - D i o n i s i o se e n c u e n t r a ,
por lo t a n t o , e n la base t i c la n o c i ó n d e l o b e l l o , de la e x p r e s i ó n artística y de la r e p r e -
s e n t a c i ó n de la n a t u r a l e z a e n t o r n o a l p e r i o d o g ó t i c o , c u a n d o t a m b i é n e n la d e c o r a c i ó n
escultórica aparecen las r e p r e s e n t a c i o n e s n a m r a l i s t a s de f o r m a s y de i m á g e n e s de la
naturaleza ( f i g . I i
Variedades de los conceptos de la naturaleza en el
perdimiento medieval. Naturagenetrix y la expresión artística
A u n q u e e n la m a y o r p a r t e de los casos, e n el p e n s a m i e n t o m e d i e v a l c o m o en el del
mund< g r e c o r r o m a n o , la n o c i ó n d e n a t u r a l e z a sea s i n ó n i m o de la del m u n d o físico, p e r -
cepn! los s e n t i d o s , esta i d e a p u e d e , s i n e m b a r g o , t e n e r también otros significados: el
de la i l a n c i a de las cosas, d e su o r i g e n , de su m u l t i p l i c a c i ó n , c o m o también el de su
razón ser y d e su l e y . E l c a r á c t e r u n i v e r s a l de la fuerza creadora de la naturaleza hace
que esi i n o c i ó n t a m b i é n se a p b q u e a D i o s m i s m o , c o m o natura creans o natura natiiraus, que
nge la - .ilnra natnratti ( A g u s t í n , J u a n E s c o l o E r í g e n a , R a i m u n d o L u l i o , A n t o n i o de Pa-
ilua o I l a m e ) . L a s ideas d e l o r d e n d e l u n i v e r s o , de 13 belleza d e l m u n d o circunstante, del
m u n d o c o m o s í m b o l o se r e m o n t a n a la A n t i g ü e d a d g r e c o r r o m a n a ; p e r o m u c h o s otros
Conceptos d e la n a t u r a l e z a q u e e n c u e n t r a n su expresión en el a r t e m e d i e v a l se r e m o n t a n ,
sobre i o d o , al m u n d o b í b l i c o d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o : el c o n c e p t o de las analogías de
motivos c o s m o l ó g i c o s d e l o r d e n s o c i a l , e l d e l m u n d o c o n c e b i d o c o m o h i s t o r i a en su
desarrollo t e m p o r a l , e n r e l a c i ó n c o n la t r a d i c i ó n bíblica del h i s t o r i c i s m o místico, o e l del
m u n d o v i s t o c o m o e n i g m a , c o m o t a m b i é n el d e la p e r c e p c i ó n de f e n ó m e n o s de la n a t u -
raleza c o m o i n s t r u m e n t o s d i d á c t i c o s .
L o s d i f e r e n t e s a s p e c t o s d e l c o n c e p t o de la naturaleza considerados p o r J u a n E s c o t o
Erigena (De divisiones naturue), de B e r n a r d o S i l v e s t r o (Cosniographia), A l a i n de L i l l e (Dis-
tmctiones), d e T o m á s d e A q u i n o y d e o t r o s pensadores, t e ó l o g o s y comentaristas de la
Edad M e d i a se r e f l e j a n e n u n m u n d o m u y p a r t i c u l a r e n e l a r t e m e d i e v a l . L a considera-
ción de la n a t u r a l e z a c o m o p r i n c i p i o q u e i n s t i l a vida a las cosas r e m o n t a al anima inuniU
platónica y se e v i d e n c i a e n e l d o g m a de la E n c a r n a c i ó n que era, c o m o h e m o s visto, la
justificación p r i n c i p a l d e la i m a g e n artística a p a r t i r de la época palcocristiana.
La c o m p r e n s i ó n d e la n a t u r a l e z a c o m o p r i n c i p i o g e n e r a d o r de los seres vivientes se
refleja a n t e t o d o e n la e s p e c i f i c i d a d d e l a c e r c a m i e n t o a la c r e a c i ó n o r n a m e n t a l ; al lado (y,
a m e n u d o , t a m b i é n e n s u l u g a r ) d e l c l a r o o r d e n r í t m i c o d e m o t i v o s basados e n la e s t i l i -
zación de las r o r r n a s , h e r e d a d o d e l m u n d o a n t i g u o , e n el a r t e m e d i e v a l aparece una v i -
sión d i n á m i c a y m o v i d a e n c o n t i n u a t r a n s f o r m a c i ó n y c a m b i o . E n u n ensayo p i o n e r o ,
O r t o P á c h t ha d e f i n i d o las r a í c e s a n t i c l á s i c a s d e l a r t e r o m á n i c o que c o n s t i t u y e n , j u n t o
2
' O . P a c h i , « P r e - C a r o l i n g i a n R o o i s o f E n r l y R o m a n c s c j u e A r t * . , en Sriidìes in Western Art Aets oftbe 'Jìven-
tietb International Congrctt ofthe Histary of Art (New iorb 1961), voi. li Rommtesqnc and Getbic Art, P n n c e t o n ,
N}. (963, pp. 6 7 - 7 5 .
416 \*Jl 1 Itl! i . . ..iv I N LA t D A U U l D U III

Mía A I LA • . * . . ' ' . * ••' 1

417

i
WaSr>NPeR.OR^r,.
N O K K T J N 9 l L e N T l 0 t*; ,

Figura 2. Moni Saín:-Vi . • .n.Jul. livposicianct sobre los Salmos de san Agustín, inicial E,
i ii .!.• «.ubre pergamino. l U 6 U - l ( i " u

c o n el l e g a d o c l á s i c o , una de la> r ú e n l e s p r i m a r í a s d e l a r t e m e d i e v a l . E l estudioso «enes

ha destacado la i m p o r t a n u j d e ¡a t r a d i c i ó n b á r b a r a p a r a la f o r m a c i ó n d e l lenguaje romá-
n i c o . Sin e m b a r g o , la t r a d i c i ó n d e r e p r e s e n t a r las f o r m a s y las i m á g e n e s de la naturaleza
en el m o v i m i e n t o p e r p e t u o se c r i s t a l i z a y se d e s a r r o l l a e n e l a r t e m á s c u l t o , en el del li-
b r o . E n la d e c o r a c i ó n de los e v a n g e l i a r i o s i n s u l a r e s , c o m o e l Libro de Lmdisfame (Lon-
dres, T h e B n t i s h L i b r a n - , i n v C o r t ó n Ñ e r o D . i v ) , d e l s i g l o v i u , o e l Libro de Kclis(Du-
blín, T r i n i t y C o l l e g e . ras. 58), r e a l i z a d o a l r e d e d o r d e l a ñ o 8 0 0 , se asiste a la formación y
al d e s a r r o l l o de la i n i c i a l z o o m o r f a . q u e e n e l t r a n s c u r s o d e l o s s i g l o s x t y x u se consolida
en á m b i t o s d i f e r e n t e s : n o r m a n d o ((.otnmcntari sai Safan d e A g u s t í n [ A v r a n c h e s , Bibliothe-
que M u r u c i p a l e , ros. 77; fig. 2 ] , c o n n n e n t a l {Biblia de Sánalo [ V a l e n c i c n n e s , Bihlioteque
Figura * Inglaterra, <..titJtl.il.no ele (ilouccsicr. tironee H o r i : ca. 1120
E l e s t u d i o d e l a r t e m e d i e v a l n o s m u e s t r a q u e , e n el esfuerzo y e n la aspiración de los
arustas de g l o r i f i c a r al C r e a d o r c o n su o b r a , se e n f r e n t a n , en diferentes periodos de la
Edad M e d i a , d o s t e n d e n c i a s q u e , s i g u i e n d o la t e r m i n o l o g í a de la poesía medieval, p o -
drían ser d e f i n i d a s , r e s p e c t i v a m e n t e , « h a c i a e l ornatosfacilis» y «hacia e l omatiis diffirilis».
Estas dos t e n d e n c i a s se r e v e l a n d e m a n e r a p a r t i c u l a r en el uso de las formas y de las
imágenes de la n a t u r a l e z a ; así, el ornatos facilis de los capiteles de la « p r i m e r a flora
g o r j e a » , de la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o x u , es c o n t e m p o r á n e o al desarrollo del ornatos
1

M u n i c i p a l e , mss. 1-5J), y n u e v a m e n t e i n g l é s (Biblia de Winchester [ O x f o r d , Bodleian Li-

brary, m s . A u c i . E . ínf. I ] J , p e r d u r a n d o a ú n e n la d e c o r a c i ó n d e l i b r o s d e los siglos xin y
x i v . E l r e f l e j o d e l m i s m o p r o c e s o se p u e d e o b s e r v a r t a m b i é n e n la d e c o r a c i ó n escultónca
insular y c o n t i n e n t a l ( c o l u m n a de la i g l e s i a d e S o u i l l a c , a l r e d e d o r d e 1120-, puerta de la
iglesia de K i l p e c k . hacia 1 1 4 0 ) , e n l o s c a p i t e l e s h i s t o r i a d o s y e n las o b r a s suntuarias de
orfebrería, c o m o e l C a n d e l a b r o de G l o u c e s t e r ( L o n d r e s , V i c t o r i a a n d A l b e r t Museum;
fig. 3) de hacia 1120, d o n d e las f o r m a s v e g e t a l e s , e s t i l i z a d a s , e s t á n o r d e n a d a s y organiza-
das, d o m i n a d a s p o r u n o r d e n p r e c i s o , e n o p o s i c i ó n a l m o v i m i e n t o d i n á m i c o de los seres
animales y a n t r o p o m o r f o s a l r e d e d o r d e l t r o n c o d e l c a n d e l a b r o , t r a n s m i t i e n d o así la idea
de la lucha y de la v i c t o r i a d e la l u z s o b r e la o s c u r i d a d , o b i e n e n e l C a n d e l a b r o Trivulzio
(Milán, catedral), q u e se p u e d e f e c h a r a l r e d e d o r d e 1 2 0 0 , a u t é n t i c o « á r b o l de luz» con
siete brazos que t a m b i é n a c o g e , e n e l p r o g r a m a e s e n c i a l m e n t e t i p o l ó g i c o de sus brotes,
las i m á g e n e s de l u c h a de las V i r t u d e s y l o s M c i o s , y l a s d e las A r t e s L i b e r a l e s .
ilijjtcilis d e l sofista c a d í s i m o f o l l a j e d e l l l a m a d o Cbanncl Style, cuyas f o r m a s , que se r e m o n -
tan a la t r a d i c i ó n a r t í s t i c a d e s a r r o l l a d a e n I n g l a t e r r a (Salterio de Winchester [ L o n d r e s ,
T h e B n t i s h L i b r a r ) - , m s . C o r t ó n Ñ e r o C . I V J ; Biblia de Wuubester [ C a m e d r a l L i b r a r y D ,
se d i f u n d e n e n E u r o p a , a l r e d e d o r de 1200, desde la Francia septentrional a A l e m a n i a ,
desde N o r m a n d í a a A q u i t a n i a , e n g r a n p a r t e e n relación con la difusión d e l gusto de la
corte de los P l a m a g e n e t .
El ornatos diffteilii, p o r e l c o n t r a r i o , p r e d o m i n a e n la decoración de los manuscritos
insulares de la A l t a E d a d M e d i a . E n las i n i c i a l e s de los manuscritos irlandeses y anglosa-
jones los e l e m e n t o s figurativos e s t á n s u b o r d i n a d o s a las estructuras n o figurativas; la
a m b i v a l e n c i a de las f o r m a s , i n t e r c a m b i a b l e s e n i m p o r t a n c i a , sigue el p r i n c i p i o del desa-
'D.Jalabcrt, La Flore teidpte'e Rolbmiie. París, 1952.
 A m fe ( HISTORIA t-S LA I l D A D M l U I l I I I

Mi B A R I A N A T U R A L E Z A 419

(lili.
L a Creación del mundo
•uut
lev.mi a. Ul»
v» x
* > fX í>JM-.llt'--'
>t>- UBIU
1* I »
•t Huí)
* La n o c i ó n m e d i e v a l d e la n a t u r a l e z a i n c l u y e t a m b i é n la d e l a r q u e t i p o d i v i n o , el m o -
iin.i 1=1 r »Jw»mj'i"t l i d o d e l o c r e a d o q u e se e n c u e n t r a e n el i n t e l e c t o d e D i o s . L a C r e a c i ó n d e l m u n d o en
v. » w |T *4imn.T uiitnr* t* Mlll
ui; l OJiram.-n-
ib tt\|
llt i li- r seis días K í é n e s i s I > r e c l a m a e n la exegetica m e d i e v a l n o sólo la interpretación histórica,
n r « « , i J <i-.: . li» mlai .i-i
Í J - , |í fl>*rv,'rv. ' A' uro l i t e r a l , q u e n a r r a 1' W i n i c i o s d e la h i s t o r i a d e l m u n d o m o d e r n o , s i n o t a m b i é n la i n t e r p r e -
I. 0 fe. j ! ) «J.MI1 ir A mí «•
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«taii» »i )« fr"o*-Ti".;
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Ib tación a l e g ó r i c a , m o r a l y m í s t i c a d e estos a c o n t e c i m i e n t o s . Ella f o r m a p a r t e i n t e g r a n t e
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I l - 10..-.' . tí
•t- llV» de la r e l a c i ó n t i p o l ó g i c a e n t r e A n t i g u o y N u e v o T e s t a m e n t o ; su r e p r e s e n t a c i ó n está i n -
f ÍE« u *iyf^-" •' ib iWj c l u i d • e n m u c h o s , i c i o s p i c t ó r i c o s y e s c u l t ó r i c o s , s i g u i e n d o una tradición iconográfica
iti e « o . , ftíiiett r _ n l». HUI
U| I IB LT "i- J11V VÉ- I IV nj. elalu ti ida e n e l ai i. | i a l c o c r i s r i a n o . Las escenas esenciales de estos ciclos t r a n s m i t e n Ja idea
I ¡i m U (•JiUnti.' IV e
< IUI U *rfr;ni*i<-,-.TT ib Vi|
n. I n u •fc'M&ümi .t * de l.i i ' i n n i p o i e u e i . i d e l C r e a d o r y c u m p l e n c o n la glorificación del M a e s t r o de la H i s t o r i a
• n ir i A n y de! ¡ i c m p o . L a ( Creación d e l m u n d o y d e l h o m b r e se sitúa e n t r e los m á s grandes n u -
v , o tí a C-AHW.I'Í-1' «lt o
fll 1»M
Ib 1 « la g r i rcaliKados p o r D i o s y se m a n i f i e s t a e n la r e p r e s e n t a c i ó n d e las escenas de la C r e a -
•l. I l •' '«'1 •M
til l « t u 1 *t.1ii| t v i i " i < •61 l*™ •Bl ción ii estos c i c l o s p i c t ó r i c o s y e s c u l t ó r i c o s el C r e a d o r , c o n u n solo gesto de la m a n o ,
tic Me
r 1 u * fuimtiitM- llam¡i ; la e x i s t e n c i a , ex mhiio, a l o s f e n ó m e n o s esenciales del m u n d o de la naturaleza: la
JÜCaiU' «•rtnOitlfOii. T I rtt
;• ,¡ . i i . - . ! • . . ' • • mil lili scp.it ii i o n d e la l u / d e las t i n i e b l a s , la t i e r r a e n m e d i o d e las aguas, las plantas, las estre-
« , .1.
llas del t i r i n a m e n t o , las aves, l o s r e p t i l e s , los peces y los animales terrestres. L a variedad
Fipum-Í. llernuim» Limboiirg Ti . . . Ifcuns, e l m e s d e |ub<> y l a c o r r e s p o n d í e m e hój'fl d e l c a l c n d a n e , y la belleza d e la n a t u r a l e z a sola a la espera d e l h o m b r e se destaca a m e n u d o en estas
miniatura sobre pergamino, entre 141 J-1416, escenas, c o m o pasa e n e l t e r c e r día d e la C r e a c i ó n d e l Génesis Corto/i, del siglo v , d e l que
se conservan p o c o s f r a g m e n t o s ( L o n d r e s , T h e B r i t i s h L i b r a r y , m s . C o r t ó n O t h o . B. V I ) ,
r r o l l o c a l i d o s c ó p i c o e n e l e s p a c i o d e f i n i d o p o r P á c h t c o m o ivovett space, espacio entrela- p e n i c o n o c i d a g r a c i a s a u n a acuarela d e l s i g l o x v u . E l C r e a d o r cierra el g l o b o d e l univer-
zado. E n la i n i c i a l h i s t o r i a d a e l e n c u e n t r o d e l a e s c r i t u r a , d e l d i s e ñ o , d e la p i m u r a y d e l so en los g r a n d e s m a p a m u n d i s m e d i e v a l e s ; la b o n d a d d i v u i a o f r e c e al m u n d o y a todos los
e l e m e n t o o r n a m e n t a l se c o n c i b e c o m o a c c i ó n d r a m á t i c a y m o v i d a , c o m o lucha de las f e n ó m e n o s d e la n a t u r a l e z a e l p r i v i l e g i o d e existir. L o s ángeles, creados j u n t o c o n la l u z y
fuerzas opuestas e n c a r n a d a s p o r l a s figuras v e g e t a l e s y a n i m a l e s , c o m o metamorfosis o r g a n i z a d o s e n j e r a r q u í a s , t i e n e n f u n c i o n e s d e m i n i s t r o s de D i o s , p a r t i c i p a n en la C r e a -
caleidoscópica d e las f o n n a s d e l a n a t u r a l e z a . ción y g l o r i f i c a n a l C r e a d o r ; e n a l g u n o s casos el arre revela la a c c i ó n de ellos e n el m o v í -
E n el arre r o m á n i c o e l m o t i v o a n t i g u o d e l s a r m i e n t o h a b i t a d o se t r a n s f o r m a , a me-
n u d o , en una figuración o r n a m e n t a l , c u y a s f o r m a s z o o m ó r f i c a s y v e g e t a l e s se encuentran
e n constante i n t e r c a m b i o de p a p e l e s el d e l t e m a p r i n c i p a l y e l d e l t e m a complementario.
E l m o t i v o del t r e n z a d o d e las f o r m a s v e g e t a l e s , a n i m a l e s , h u m a n a s , o r n a m e n t a l e s , mon-
vo d i n á m i c o p o r e x c e l e n c i a , e x p r e s a la e s e n c i a d e l a r e l a c i ó n e n t r e l a r e p r e s e n t a c i ó n y su
c o n t e x t o . Se revela d e esta m a n e r a la p e c u l i a r v i s i ó n d e l a n a t u r a l e z a c o m o generadora
de seres, desarrollada e n e l p e n s a m i e n t o y e n e l a r t e m e d i e v a l .
D u r a n t e el p e r i o d o g ó t i c o l o s c r e a d o r e s d e p r o g r a m a s d e c o r a t i v o s y sus artistas em-
pezaron a m o s t r a r u n i n t e r é s cada vez m a y o r p o r i a e x p r e s i ó n n a t u r a l i s t a basada, al me-
nos en parte, e n ia o b s e r v a c i ó n e m p í r i c a d e l a n a t u r a l e z a y d e s a r r o l l a d a e n concomitancia
con los p r i m e r o s d e s c u b r i m i e n t o s c i e n t í f i c o s . S u a t e n c i ó n , s i e m p r e a t r a í d a p o r la idea de
la abundancia y d e la v a r i e d a d d e l o c r e a d o , d e l a p r o f u s i ó n d e l a n a t u r a l e z a generadora
y de la riqueza d e l m u n d o v e g e t a l y a n i m a l , se e x p r e s a e n l a c a n t i d a d d e imágenes, en las
que se manifiesta la c o n s c í e n c i a d e l v a l o r d e i n f i n i t o s d e t a l l e s d e l m u n d o circunstante.
U n i d a a la i m a g e n d e la g r a n d i o s i d a d d e l « t e a t r o d e l a n a t u r a l e z a » , e s t a tendencia alcan-
za su apogeo e n la p i n t u r a y e n l a m i n i a t u r a d e l o s s i g l o s x i v y x v c o m o muestran, por
e j e m p l o , los paisajes d e l c a l e n d a r i o d e las Tres fiches Hcurcs d e J e a n d e B e r r y (Chanrilly,
M u s e o C o n d e , ms. 6 5 ; fig. 4 ) .
420 A*TF f H I S T O R I A FN L A U & A O M TD IA I I I
m i e n t o c ó s m i c o y su ( u n c i ó n « d e C r o n o s » ( r e p r e s e n t a n las p e r s o n i f i c a c i o n e s alegóricas
de los seis días de la C r e a c i ó n e n e l Génesis Cortón, c o m o t a m b i é n e n l o s mosaicos que
derivan de él de la c ú p u l a de la C r e a c i ó n , e n e l n á r t e x d e S a o M a r c o s e n Vcnecia, del
p n m e r c u a r t o d e l s i g l o x n i ; fig. 5).
S e g ú n e l p e n s a m i e n t o p a r r i s t i c o , t o d o s l o s e l e m e n t o s d e 1» i c r e a d o - t i e r r a , agua, sol,
l u n a , estrellas, plantas, p á j a r o s y a n i m a l e s - e s t á n a l s e r v i c i o d e D i o s y l o g l o r i f i c a n y loan,
d e m o s t r a n d o su o b e d i e n c i a al o r d e n d i v i n o . E n l o s c i e l o s p i c i o n c o s d e la época paleo-
crisrjana y a l t o m e d i e v a l , r o m á n i c a y g ó t i c a , se r e c a l c a n las i d e a s d e l o r d e n y de la armo-
nía instiladas e n l o c r e a d o pt ir e l C r e a d o r , d e s u p o d e r s o b r e e l u n i v e r s o y s o b r e los fenó-
menos de la naturaleza, de su r e l a c i ó n p e r s o n a l n o s ó l o c o n e l h o m b r e s i n o también con
t o d o l o creado. L n e j e m p l o de e s t o e s e l c i c l o d e l a C r e a c i ó n e n l o s m o s a i c o s de la Capi-
(
lla Palatina de P a l e n n o , de l o s a m >s d e s p u é s a I 1 5 0 .
Adán, el p r i m e r h o m b r e , esta p u e s t o p o r D i o s c o m o r e v t i c la C r e a c i ó n ; e n las escenas
que l o representan raientras p o n e n o m b r e a l o s a n i m a l e s se s u b r a y a t a n t o la riqueza de
los seres v i v i e n t e s o f r e c i d o s i» r D i o s c o m o l a o b e d i e n c i a d e l o s a n i m a l e s . Se instaura
t a m b i é n de este m o d o u n p a r a l e l i s m o c o n C r i s t o , e l n u e v o A d á n .
A l o l a r g o de la C r e a c i ó n , D i i e s t a b l e c i ó e l o r d e n d e l u n i v e r s o c o n c e b i d o en el es-
pacio y e n el ó e m p o ; la m a g n i í i c a a r m o n í a d e s u e s t r u c t u r a e s t á s u b o r d i n a d a al dinamis-
m o del m o v i m i e n t o h i s t ó r i c o ejuc se r e f l e j a , p o r u n a p a r t e , e n l o s c i c l o s d e las estaciones
y las fiestas; p o r o t r a , e n e l o r d e n t e o l ó g i c o g e n e r a l d e la h i s t o r i a h u m a n a que va del
Pecado a la R e s u r r e c c i ó n . L a a r m o n í a d e l u n i v e r s o , l a s u b o r d i n a c i ó n d e l o creado a Dios,
se expresa en e l o r d e n de la r e p r e s e n t a c i ó n d e las e s c e n a s d e la C r e a c i ó n e n los cidos
pictóricos y e s c u l t ó r i c o s .
Cosmologías medievales y su representación artística. Obras
científicas y enciclopedias ilustradas. Modificaciones de la
visión artística de la naturaleza
M u c h o s conceptos c o s m o l ó g i c o s a n t i g u o s q u e se r e m o n t a n a P l a t ó n y a Aristóteles, a
los estoicos, a Z e n ó n de C i r i o y a D i ó g e n e s L a e r c i o s o n a b s o r b i d o s y reclaborados en el
pensamiento m e d i e v a l . E n t r e e l l o s e s t á la i d e a d e l C r e a d o r —el d e m i u r g o d e Platón y de
Aristóteles-, ser e t e r n o , q u e se e n c u e n t r a f u e r a d e las c o s a s s e n s i b l e s , c o m o también la
idea del u n i v e r s o c o m o ser v i v i e n t e y a n i m a d o , d e f o r m a e s f é r i c a , e n e l c e n t r o del cual se
encuentra la T i e r r a . Sin e m b a r g o , la e s p e c i f i c i d a d d e la r e l a c i ó n e n t r e e l h o m b r e , la natu-
raleza y D i o s en el p e n s a m i e n t o m e d i e v a l c r i s t i a n o d e f i n e e l c a r á c t e r d e cada expresión
c u l t u r a l : teológica, r e l i g i o s a , filosófica, c i e n t í f i c a , l i t e r a r i a , a r t í s t i c a e i c o n o g r á f i c a . La rea-
Udad física de la naturaleza esta vista, c o n c e b i d a , c o m p r e n d i d a y a s i m i l a d a e n relación con
la realidad espiritual. Así nace la n u e v a c o s m o g r a f í a q u e , a u n b a s á n d o s e e n el legado de la
cosmología a n t i g u a , niega e n a l g u n o s casos p a r t e d e esas i d e a s a n t i g u a s ( p o r ejemplo, la
negación de la esfericidad d e la T i e r r a p o r p a r t e d e L a t a n c i o y d e A g u s t í n ) y subraya los
aspectos que t r a n s m i t e n la r e l a c i ó n d e l m u n d o d e l a n a t u r a l e z a c o n la r e a l i d a d espiritual.
En O c c i d e n t e , e n e l s i g l o í v . M a c r o b i o y C a l c i d i o r e i n c o r p o r a n l o s c o n c e p t o s cosmo-
gráficos y a s t r o n ó m i c o s n e o p l a t ó n i c o s , a d a p t á n d o l o s a l a i d e a d e l D i o s s u p r e m o e inefa-
.VI I R A K LA N A T U H A L E Z A 421
ble y, h a c i a e l final d e l s i g l o v i , I s i d o r o de Sevilla crea la p r i m e r a o b r a enciclopédica que
c o m p e n d i a e i n i e r p r e t a l o s c o n o c i m i e n t o s e l e m e n t a l e s d e l m u n d o a n t i g u o sobre la esfe-
ricidad d e la T i e r r a y la e s t r u c t u r a g e o c é n t r i c a del u n i v e r s o . E n el O r i e n t e cristiano del
siglo v i , e l c s r u d i . iso ( p r o b a b l e m e n t e d e escuela a n t i o q u e n a ) , c o m p i l a d o r de las obras a n t i -
guas y g r a n d e s v i a j e r o s , C o s m a s I n d i c o p l e u s t e s , f o r m u l a , sobre la base de conceptos
a n n g u o s y d e la r e v e l a c i ó n b í b l i c a , u n t i p o de « c o s m o r e o J o g í a » mística que insiste en la
relación r e v e l a d o i a d e la e s t r u c t u r a y d e l c o n t e n i d o d e l u n i v e r s o con las indicaciones ri-
poloi-icas de las S a g r a d a s E s c r i u i r a s . A s í , él e l a b o r a la n o c i ó n de la estructura d e l u n i v e r -
so en f o r m a t i c -i o f r e » , p a r e c i d o a l t a b e r n á c u l o d e M o i s é s ( c o n s t r u i d o según e l o r d e n
c ó s m i c o d e l u n i v e r s o c o m u n i c a d o a M o i s é s p o r D i o s j u n t o a las l a b i a s de la L e y ) , la
noción d e la - m o n t a n a d e la T i e r r a » h a b i t a d a , a l r e d e d o r de la cual gira el S o l , de las
Columnas d e l C á e l o y d e d o s p l a n o s d e l u n i v e r s o , etc. C o n s t i t u y e n nociones, que aun
me- - l a n d o h á b i l m e n t e l o s e l e m e n t o s d e la r e a l i d a d física y de la realidad espiricual, se
1
expti m , para ser m á s c o n v i n c e n t e s , p o r vía de las representaciones que ilustran los m a -
nus. i tos m i n i a d o s d e l o s s i g l o s íx y xi ( q u e se r e m o n t a n a la o b r a o r i g i n a l del siglo v i )
de si ropogyafia crisTtanit ( C i u d a d d e l V a t i c a n o , B i b l i o t e c a Apostólica Vaticana, ins. Vat.
di. F l o r e n c i a , B i b l i o t e c a M e d i c e a L a u r e n z i a n a , ms. P l u t . 9. 28; Sinaí, m o n a s t e r i o
de S nía C a t a l i n a , c o d . G r . 1 7 4 3 ) .
I .i o b r a de C o s m a s I n d i c o p l e u s t e s c o n s t i t u y e u n m o m e n t o i m p o r t a n t e en el desarro-
llo ik- la c o s m o g r a f í a y d e la g e o g r a f í a s i m b ó l i c a de la E d a d M e d i a , en c u a n t o que opera
con t i m é t o d o d e la a n a l o g í a y d e la s i m i l i n i d e n t r e el m u n d o t e r r e n a l y el m u n d o celes-
tial. I- n e l l a se a s i m i l a n l o s e l e m e n t o s esenciales d e l s i m b o l i s m o del e d i f i c i o de la iglesia
crisnana, i m a g e n d e l u n i v e r s o y d e la J e r u s a l é n celestial. T a l c o n c e p c i ó n encuentra co-
r r e s p o n d e n c i a e n el s i m b o l i s m o c ó s m i c o y e s c a t o l ó g i c o del a n t i g u o O r i e n t e . N u m e r o s o s
pasajes d e l A n n g u o T e s t a m e n t o s u g i e r e n e l s i g n i f i c a d o c ó s m i c o del tabernáculo del de-
sierto, i m a g e n d e l T e m p l o de S a l o m ó n ; s e g ú n el p e n s a m i e n t o hebreo de la Antigüedad
tardía, sobre t o d o g r a c i a s a F l a v i o J o s e t ó y a F i l ó n de Alejandría, el s e n t i d o m i s m o de cada
objeto d e l t e m p l o es e l d e r e c o r d a r y r e p r e s e n t a r el cosmos. Así, el candelabro de siete
brazos es s í m b o l o d e l o s s i e t e p l a n e t a s , e l o r o d e l que está hecho alude al cielo c o m o
q u i n t a e s e n c i a , d i f e r e n t e d e l o s c u a t r o e l e m e n t o s , y su peso, de u n t a l e n t o , t r a n s m i t e la
idea d e l c í e l o único**.
E l s i m b o l i s m o c ó s m i c o d e ! s a n t u a r i o y de la iglesia cristiana, desarrollados en la pa-
trística, e n c u e n t r a n e x p r e s i ó n a r t í s t i c a ya a l i n i c i o de la época cristiana, e n las bóvedas
cubiertas d e e s t r e l l a s q u e a l u d e n al f i r m a m e n t o e n el b a p t i s t e r i o c r i s t i a n o de D u r a E u r o -
pos, d e l i n i c i o d e l s i g l o m , o e n e l m a u s o l e o de C a l a Placidia en Rávena, d e l siglo v, e n
u n c o n t e x t o f u n e r a r i o . L a i d e a d e l e d i f i c i o de c u l t o c o m o i m a g e n del cosmos encuentra
su e x p r e s i ó n e n la i c o n o g r a f í a d e la iglesia b i z a n t i n a c o n la cubierta e n cúpula, c o m o
t a m b i é n e n la d e la i g l e s i a l a t i n a , a través de su e s t r u c t u r a arquitectónica y su decoración,
en la q u e se s u b r a y a s o b r e t o d o la a n a l o g í a c o n la i m a g e n de la J e r u s a l é n celestial.
A p a r t i r de la e d a d p a l e o c r i s t i a n a e l m a p a m u n d i representa - j u n t o con los elementos de
la realidad g e o g r á f i c a y la división de la T i e r r a e n los eres continentes conocidos- e n la E d a d
H
Para este y muchos otros ejemplos del simbolismo cósmico de los objetos contenidos en el templo, véase
Flavio Josefo, Antigüedades judías, libro LTI, cap. LXXVLI; Filón de Alejandría, De Vita ¡Vhsis, libro 10. cap. VI.
422 ARTt I HISTORIA E N UÀ F . D A D A l K 11 I \ I I I

A41RAM L A N A T U I I A L t Z A 423

M e d i a - la i d e a d e l a e v a n g e l i z a c i ó n d e los países más

l e j a n o s y l e g e n d a r i o s , c o n las i m á g e n e s de pueblos
f a n t á s t i c o s y d e r a z a s m o n s t r u o s a s . J e r u s a l é n , ciudad
d e la P a s i ó n d e C r i s t o y d e la R e s u r r e c c i ó n , i: imagen de
la J e r u s a l é n c e l e s t i a l , rciit» i d i v i n o , c o n s t i t u y e el cen-
t r o t a n t o d e l m a p a m u n d i p . i l e o c r i s n a n o del mosaico
d e l p a v i m e n t o d e l s i g l o v i d e la i g l e s i a de San Jorge
e n M a d a b a . J o r d a n i a , c o n o , d e l m e d i e v a l del Beato de
KímtSever ( P a r í s , B i b l i o i b e q u e N a t i o n a l e Je France,
r e c o g i d a s a l i n i c i o d e l s i g l o x n , c o n Jas n o c i o n e s de los m i s m o s f e n ó m e n o s en la obra
e n c i c l o p é d i c a d e I s i d o r o d e S e v i l l a para darse c u e n t a n o s ó l o de la acumulación de c o n o -
c i m i e n t o d e la n a t u r a l e z a , s i n o t a m b i é n de las m u t a c i o n e s , lentas p e r o decisivas, de la
i m a g e n de la n a t u r a l e z a y d e l i n u n d o . E n e f e c t o , p a r t i e n d o de las descripciones de f e n ó -
m e n o s n a t u r a l e s de la o b r a d e I s i d o r o d e S e v i l l a , H o n o r i o añade nuevos detalles, deriva-
dos de las n o c i o n e s c o s m o l ó g i c a s d e l s i g l o x n q u e se d e s a r r o l l a r o n a p a r t i r de la idea
nciipl.uónica de la a r m o n í a d e l m u n d o , c o n s t i t u i d o p o r c u a t r o elementos. Así, p o r e j e m -
p l o , e x p l i c a n d o la a p a r i c i ó n d e l a r e o í r i s g r a c i a s al r e f l e j o de los rayos d e l sol en las c a v i -
dades de las n u b e s , y s i g u i e n d o e n esta e x p l i c a c i ó n a I s i d o r o de S e v i l l a , H o n o r i o discute
5

íns. S S 7 8 . i b i s . 4 5 v - 4 6 r ) . y t a m b i é n d e los grandes ma-

. : n u n d i s d e l o s s i g l o s x u \ \ m e n los que la imagen
. u l a r d e l u n i v e r s o e s t á e n g l o b a d a p o r los brazos del
¡ e a d o r . l ' n rapo p a i - t i c u l a r d e las o b r a s encidopédi-
• s o n l o s « p i l a r e s d e c o n o c i m i e n t o » esculpidos: el
u i c m p l o de la f r a g m e n t a r i a p i l a s t r a d e S o u v i g n y (Mu-
• I a p í d a r i o ) , d e l s i g l o x n ( f i g . 6 ) , u n e las imágenes
U razas m o n s t r u o s a s y d e a n i m a l e s fantásticos con
..s d e l c a l e n d a r i o .
E n t r e l o s m a n u s c r i t o s d e las o b r a s enciclopédi-
cas c r e a d a s a l o l a r g o d e l a E d a d M e d i a , sobre todo
las o b r a s d e I s i d o r o d e S e v i l l a , d e R á b a n o Mauro y
d e H o n o r i o A u g u s t o d u n e n s i s , p o c o s están provistos
de i l u s t r a c i o n e s . E l De universo d e R á b a n o M a u r o en
M o n t e c a s s i n o ( B i b l i o t e c a d e l l ' A b b a z i a , m s . 132). de
t a m b i é n los colr n es d e l a r e o í r i s , e n t o n c e s c o n s i d e r a d o s c u a t r o , y la relación de su o r i g e n
con l< is c u a t r o e l e m e n t o s ' ' . M u c h o m á s decisivos s o n los c a m b i o s de la i m a g e n de la na-
tural a e n las < il iras d e l o s f i l ó s o f o s , q u e d a n u n a explicación física de la C r e a c i ó n e n seis
días, i ¡ m o G u i l l e r m o d e C o n c h e s y T e o d o r i c o d e C h a r t r e s .
I i el a r g u m e n t o t í p i c o p a r a e l « r e n a c i m i e n t o » d e l s i g l o x n sobre las capacidades
feeuN (adoras d e la n a t u r a l e z a se traza una d i s t i n c i ó n e n t r e la o b r a de D i o s , que puede
p r o d i u i r éX nihtln la o b r a d e la n a t u r a l e z a , q u e para crear necesita d e l m a t e r i a l p r o v i s t o
por I b o s , y la o b r a d e l h o m b r e , q u e crea a p a r t i r d e l m a t e r i a l d a d o p o r la naturaleza
( B e r n a r d o Silvestre», A J a i n d e L i l l e o G u i l l e r m o de C o n c h e s ) . Se establece también una
jerarquía d e r e l a c i o n e s t e m p o r a l e s e n t r e estos tres t i p o s de o b r a ; m i e n t r a s que la obra de
D i o s es e t e r n a y la o b r a d e la n a t u r a l e z a p e r d u r a e n los siglos, la o b r a d e l h o m b r e es
precaria y e f í m e r a . A l a i n d e L i l l e , doctor aniversatts, representa la naturaleza c o m o perso-
n i f i c a n ) i n a l e g ó r i c a , h i j a de D i o s y m a d r e de todas las cosas, que critica los vicios h u m a -
nos. Es « b e l l e z a d e la n e r r a , e s p e j o d e las cosas que pasan, l u z d e l m u n d o ; paz, amor,
Virtud, g o b i e r n o , p o d e r , o r d e n , ley, fin, vía, g u í a , o r i g e n , v i d a , l u z , esplendor, f o r m a ,
i m a g e n , regla d e ! m u n d o » . 7

Figura 6. Souvigny. pilastra incompleta
con representaciones de los meses, piedra,
ítf. 1 ICO.
1 0 2 3 , e s t á i l u s t r a d o c o n i m á g e n e s q u e representan
las p r i n c i p a l e s n o c i o n e s s o b r e e l m u n d o , la naturale-
za y su r e l a c i ó n e n t r e e l h o m b r e y D i o s ; imágenes
q u e r e m o n t a n a d i f e r e n t e s f u e n t e s a n t i g u a s y tardo-
a n ü g u a s , e n t r e las q u e se e v i d e n c i a la tradición zoo-
l ó g i c a c l á s i c a d e r e p r e s e n t a r p á j a r o s y reptiles.
S i n e m b a r g o , las e n c i c l o p e d i a s medievales, ba-
sadas e s e n c i a l m e n t e e n las Etimologías de Isidoro de
S e v i l l a y e n l o s m a n u a l e s d e la Tardoantiguedad, se
d e s a r r o l l a n s ó l o e n e l s e n t i d o m í s t i c o - a l e g ó r i c o , corno
el De universo d e R á b a n o M a u r o ; a l o l a r g o del siglo
x n se v e n e n r i q u e c i d a s p o r c o n o c i m i e n t o s sacados
d e las c i e n c i a s n a t u r a l e s p r o v e n i e n t e s de fuentes an-
tiguas, g r i e g a s ( e l p l a t o n i s m o c o s m o l ó g i c o del Tí-
nico) y l a t i n a s ( a n t e t o d o la Historia natural de Plinio
e l V i e j o ) , c o m o t a m b i é n d e f u e n t e s á r a b e s , impor-
t a n t í s i m a s p a r a e l e s t u d i o d e la m e d i c i n a , de la as-
t r o n o m í a , d e la a s t r o l o g í a , d e la a l q u i m i a y de la
ó p t i c a . B a s t a c o m p a r a r las i n f o r m a c i o n e s de los fe-
n ó m e n o s n a t u r a l e s d e H o n o r i o Augustodunensis,
E l s i g l o x n asiste a la c r e a c i ó n d e g r a n d e s obras que r e ú n e n las n o c i o n e s y las i m á g e -
nes de la h i s t o r i a y de la n a t u r a l e z a . Ya e n e l Tapiz de la Creación (catedral de G e r o n a ,
Tesoro) la h i s t o r i a d e la C r e a c i ó n está d e n t r o d e l esquema c o s m o g r á f i c o , c i r c u n d a d o p o r
las i m á g e n e s d e los v i e n t o s , d e los r í o s y d e l c a l e n d a r i o . El m o s a i c o d e l p a v i m e n t o de la
catedral de O t r a m o r e p r e s e n t a f e n ó m e n o s de la naturaleza y de la historia cristiana, r e u -
nidos e n t r e las i m á g e n e s de tres á r b o l e s , de los cuales e l central está sostenido p o r ele-
fantes, m e z c l a n d o a s í la v i s i ó n c r i s t i a n a c o n la i m a g e n del elefante cosuioforo llegada del
E x t r e m o O r i e n t e . H e r r a d a , abadesa de H o h e n b u r g , presenta e n su Horttts Deliciarían
una sabia c o m p i l a c i ó n d e c o n o c i m i e n t o s d i d á c t i c o s y m o r a l i z a n t e s de la relación d e l
h o m b r e c o n D i o s y c o n la n a t u r a l e z a , i m p r e g n a d a del p r o f u n d o s i m b o l i s m o m í s t i c o .
H i l d e g a r d a d e B i n g e n a c o m p a ñ a sus escritos s o b r e las vías d e l c o n o c i m i e n t o espiritual
con las i m á g e n e s e x t r a o r d i n a r i a s d e las v i s i o n e s sobrenaturales, creadas sobre la base de
la c o m b i n a c i ó n d e i m á g e n e s d e la n a t u r a l e z a , y consagra estudios particulares a la inves-
tigación de l o s f e n ó m e n o s n a t u r a l e s p e r c i b i d o s c o m o m a r a v i l l a s de la C r e a c i ó n .
' YV. M , Lindsay (ed.), Istdorì Hispalensis Episcopi Etymohgianim live originimi MiriXX, Oxford, 1911, XfJl, X, 1.
''PI., voi. CLXXT1. col. 137.
' Alain de Lille, Libcr He planctti namrae, Pl„ voi. CCX; cfr. G. C. Garfagnini, Cosv/alogie medievali, Turih,
1978, p. 196.
 A RTF F HISTORIA EN l * E D A D M I- l> I \ III
Figura 7. M u n r c j k fPalcrr! atcdral de Santa María la Nuova. nave central,
el quinio de la t ireacion. mosaico, CU. 11 80-1 1**0.
L o s grandes mugittri d e l s i g l o x n - B e r n a r d o S i l v c s t r o , q u i e n e n s e ñ a b a e n Tours, Gui-
l l e r m o de C o n c h e s y T e o d o r i c o de C h a n r e s — d e s a r r o l l a n la i d e a d e la correspondencia
d e l m a c r o c o s m o s d e l u n i v e r s o c o n e l m i c r o c o s m o s d e l h o m b r e . L a i m a g e n central del
« r e n a c i m i e n t o » d e l s i g l o x n es la d e l h o m b r e - m i c r o c o s m o s , c u y o s m i e m b r o s correspon-
d e n a la e s t r u c t u r a d e l m a c r o c o s m o s , m i e n t r a s q u e l o s c i n c o s e n t i d o s se relacionan con
los c u a t r o e l e m e n t o s .
T a m b i é n en las i m á g e n e s d e la C r e a c i ó n y e n l o s g r a n d e s c i c l o s m o n u m e n t a l e s que
representan la C r e a c i ó n d e l m u n d o c o m i e n z a n a p e n e t r a r l o s e l e m e n t o s d e conocimien-
tos naturalistas del m u n d o físico; e n los c i c l o s d e m o s a i c o s d e la C a p i l l a P a l a t i n a de Paler-
n i o y de la catedral de A l o n r e a l e a p a r e c e la i m a g e n d e l u n i v e r s o c o n s t i t u i d a p o r siete es-
feras, en relación c o n las n o c i o n e s c o s m o l ó g i c a s d e l t i e m p o ; e n la e s c e n a de la creación de
los pájaros de la C a p i l l a P a l a t i n a está r e p r e s e n t a d o u n g r u p o d e p á j a r o s blancos más bien
anónimos, m i e n t r a s q u e e n la m i s m a escena d e l a c a t e d r a l d e J V Í o n r c a l e las especies de
pájaros están bien d e f i n i d a s ( f i g . 7), p r o b a b l e m e n t e i n s p i r a d a s e n u n t r a t a d o ornitológico
o en u n bestiario. L a s n o c i o n e s d e las a r m o n í a s d e las e s f e r a s c e l e s t e s , d e su música, se
representan en los c o m p l e j o s d i a g r a m a s d e m a n u s c r i t o s a s t r o n ó m i c o s y enciclopédicos.
Al m i s m o tiempo, la t r a n s m i s i ó n de las p r i n c i p a l e s o b r a s c i e n t í f i c a s i l u s t r a d a s de la Anti-
güedad tardía alcanza m i n u e v o f l o r e c i m i e n t o d e t r a t a d o s d e a s t r o n o m í a , d e herbarios.
L a penetración d e l p e n s a m i e n t o a r i s t o t é l i c o c o n su t e o r i z a c i ó n d e l o s procesos natu-
rales y c o n la n o c i ó n de lapkysis c o m o m a t r i z d e l u n i v e r s o c r e a d o l l e v a a c a m b i o s radica-
les en la i m a g e n d e l m u n d o y de la n a t u r a l e z a ; l o s g r a n d e s m a e s t r o s d e l s i g l o x i u , Alber-
t o M a g n o y R o g e r B a c o n , se c o n s a g r a n al e s t u d i o d e fenómenos d e Ja naturaleza
basándose e n la o b s e r v a c i ó n d i r e c t a y c o m p o n e n las p r i m e r a s o b r a s m e d i e v a l e s para su
MIRAR IA NATURALEZA 425
análisis y c l a s i f i c a c i ó n c i e n t í f i c a . E n los t r a b a j o s de R o b e r t o Grossatesta e l tema de la l u z
metafísica se a p o y a e n l o s e s t u d i o s c i e n t í f i c o s de la ó p t i c a , q u e encuentra aplicación prác-
tica, s o b r e t o d o a p a r t i r d e l final d e l s i g l o x n , e n e l d e s a r r o l l o e x t r a o r d i n a r i o d e l arte de
las v i d r i e r a s .
I* I c a m b i o de- la v i s i ó n d e l m u n d o f í s i c o , q u e r e c o b r a u n n u e v o valor, lleva a m o d i f i -
caciones i m p o r t a n t e s e n la r e p r e s e n t a c i ó n de la n a t u r a l e z a : p o r u n a p a r t e , es vista c o m o
cosmos, c o m o i m a g e n g l o b a l ; p o r o t r a , c o m o c o n j u n t o de n u m e r o s í s i m o s detalles que
esconden u n s i g n i f i c a d o s i m b ó l i c o . E s t a s m o d i f i c a c i o n e s se m a n i f i e s t a n de manera ex-
rraonlmanamcnu r i c a e n la m i n i a t u r a d e los siglos x i v y x v , e n los paisajes de los altos
hon.-' intcs, v i s t o s d e s d e la p e r s p e c t i v a d e v u e l o d e p á j a r o , que permitía la r e p r e s e n t a c i ó n
t o t a l de la b e l l e z a d e l o C r e a d o , o b i e n e n la d e c o r a c i ó n de los m á r g e n e s , c o n flores se-
paradas y r e p r e s e n t a d a s d e m a n e r a i l u s i o n i s t a , q u e a l u d e n a la santidad de la V i r g e n , de
los su n o s y d e l V e r b o d e las S a g r a d a s E s c r i t u r a s .
Personificaciones alegóricas de la naturaleza. Su lenguaje
metafórico
l . i m a y o r p a r t e d e las p e r s o n i f i c a c i o n e s a l e g ó r i c a s de los f e n ó m e n o s de la naturaleza
y del c o s m o s q u e se e n c u e n t r a n e n e l a r t e m e d i e v a l ( r í o s , o c é a n o , t i e r r a , mar, s o l , l u n a ,
luz. tinieblas, v i e n t o s o c o n s t e l a c i o n e s ) , c o m o t a m b i é n las i m á g e n e s del calendario, del
zodiaco y de l o s t r a b a j o s d e l o s meses s o n heredadas d e l m u n d o A n t i g u o , g r e c o r r o m a n o
y o r i e n t a l . E n e l á m b i t o d e l p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o , se t r a n s f o r m a n , a m e n u d o , e n cate-
gorías m o r a l e s y, e n t o d o c a s o , se e n r i q u e c e n c o n diversas i n t e r p r e t a c i o n e s a l e g ó r i c o -
didácticas, m í s t i c a s y m o r a l e s .
F n e l a r t e d e l s i g l o i v , C r i s t o p u e d e a s u m i r los rasgos de la a n t i g u a personificación
del S o l , d e H e l i o s , o a p a r e c e r s e n t a d o c o m o S e ñ o r d e l u n i v e r s o , tema i c o n o g r á f i c o que
será r e t o m a d o d u r a n t e la E d a d M e d i a e n e l m o t i v o d e l C r i s t o e n el t r o n o , que apoya los
pies sobre el g l o b o . L a s escenas d e v e n d i m i a , ricas e n rasgos de la naturaleza, reaparecen,
entre o t r o s s í m b o l o s f u n e r a r i o s d e la A n t i g ü e d a d r o m a n a , para t r a n s m i t i r el nuevo s i g n i -
ficado e s c a t o l ó g i c o . L a s p a l m a s d e la v i c t o r i a m i l i t a r se c o n v i e r t e n e n s í m b o l o s de la
R e s u r r e c c i ó n , d e la v i c t o r i a s o b r e la m u e r t e . L o s m o t i v o s de sarmientos de v i d y de t r i g o
se a f i r m a n c o m o p r i n c i p a l e s s í m b o l o s e u c a r í s t i c o s a l l a d o d e l c o r d e r o , s í m b o l o de C r i s t o
y de su s a c r i f i c i o , y d e la p a l o m a , s í m b o l o d e l E s p í r i t u S a n t o . Asociándose con la n o c i ó n
del a l m a , la i m a g e n d e l p á j a r o o c u p a u n l u g a r p a r t i c u l a r en la iconografía de la n a t u r a l e -
za en el a r t e m e d i e v a l . D e l p á j a r o r e p r e s e n t a d o e n la jaula, d e l arte palco cristiano, i m a -
gen del a l m a a p r i s i o n a d a e n e l c u e r p o ; d e los pájaros-, s í m b o l o s del a l m a , y de los pavos
reales, s í m b o l o s de la i n m o r t a l i d a d e n los frescos de catatumbas romanas, se traza una
evolución q u e c o n d u c e a la r e p r e s e n t a c i ó n n a t u r a l i s t a de los pájaros e n e l c o n t e x t o d e v o -
c i o n a l m a ñ a n o , o e n el d e l o s m i s a l e s , b r e v i a r i o s y l i b r o s de horas de los siglos x i v y x v .
E n la é p o c a d e la f o r m a c i ó n d e l a r t e m e d i e v a l se asiste a la progresiva liberación de la
r e p r e s e n t a c i ó n d e los r a s g o s f í s i c o s d e la naturaleza y a la utilización de sus elementos
c o n la finalidad de t r a n s m i t i r u n m e n s a j e s i m b ó l i c o . E n S i r i a , e n la iglesia del monasterio
de San M i g u e l e n A p a m e a , e l r i q u í s i m o m o s a i c o d e l p a v i m e n t o c o n sarmientos y hojas y
426 A R T I ( HISTORIA EN IA E D A D M I D I A 111
las escenas t r a d i c i o n a l e s d e la l u c h a e n t r e l o s a n i m a l e s , se r e a l i/a a p r i n c i p i o s d e l siglo v;
pero ya hacia la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o , es r e c u b i e r t o p o r o t r o m o s a i c o q u e representa
el tema d e l paraíso c o n A d á n , q u e va n o m b r a n d o a l o s a r d i ñ a l e s e n e l c e n t r o del paisaje
paradisiaco, a l u d i e n d o así, a t r a v é s d e e s t a i m a g e n q u e se r e m o n t a a la i c o n o g r a f í a anti-
gua de O r f e o que e n c a m a a l o s a n i m a l e s , a l s e g u n d o A d á n . ( r i s t o , y a la r u m i ó n de la
Iglesia c o m o i m a g e n d e l r e i n o c e l e s t i a l .
El lenguaje m e t a f ó r i c o d e l l u r o , p l a n t a s , p á j a r o s , a n i m a l e s y o t r o s f e n ó m e n o s de la
naturaleza, c o n o c i d o e n e l m u n d o a n t i g u o , se t r a n s f o r m a a s u m i e n d o u n s i g n i f i c a d o mo-
ral e n relación t a m b i é n c o n Ir. ' TI h i s t ó r i c a y s i m b ó l i c a d e I- »s p e r s o n a j e s de la histo-
ria cristiana. L o s e l e m e n t o s tie I i ?n.iraleza s e c o n v i e r t e n e n a t r i b u t o s de santos; las
flores de los c a m p o s , las rosa - s o n las m e t á f o r a s h a b i t u a l e s d e la V i r g e n , tamo
en la d e c o r a c i ó n artística c o m . a r i t o s e x e g é t i c o s y l i i u r g i c o s . L a s guirnaldas de
flores, que r o d e a n e l m o n u g : Cristo, v e l s í m b o l o d e la C r u z e n los mosaicos
conservados e n los i n t r a d ó s . - . eos d e l a s g a l e r í a s d e la i g l e s i a d e Acheiropoeitos
en S a l ó n i c a , d e l s i g l o v i , aludí « J u n a c r e a d o r a d e l V e r b o , q u e se e n c u e n t r a en la
l i t u r g i a dedicada a la v i r g e n I q u e r o d e a n la i m a g e n d e la V i r g e n o las escenas
de la infancia de C r i s t o , e n l o : i . enes d e l o s m a n u s c r i t o s t a r d o m e d i e v a l e s , recuerdan
el m i s m o h i m n o Ü n i r g i c o y S u b r a y a n de n u e v o e l p a p e l c r e a d o r d e la M a d r e de Dios,
i n t e r p r e t a d a c o m o la R e m a de l o s C i e l o s e i m a g e n d e la Ecclcsm; d i s e m i n a d a s e n los már-
genes a l r e d e d o r de las r e p r e s e n t a c i o n e s d e l o s s a n t o s v d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s de la his-
t o r i a sagrada, estas i m á g e n e s de la b e l l e z a y d e l i n g e n i o d e la n a t u r a l e z a t r a n s m i t e n los
pensamientos piadosos y a f i r m a n la p u r e z a d e l a l m a .
La naturaleza vista a través del prisma de las Sagradas
Escrituras y reflejada en la iconografía arquitectónica
y figurativa
E n la i c o n o g r a f í a de l o s t e m a s e s e n c i a l e s d e l a r t e c r i s t i a n o y e n la d e las estructuras
arquitectónicas, c o m o t a m b i é n e n l o s g r a n d e s p r o g r a m a s d e la d e c o r a c i ó n interna y ex-
terna de los e d i f i c i o s e c l e s i á s t i c o s , e n c u e n t r a e x p r e s i ó n d i r e c t a l a p e r c e p c i ó n simbólica
de los f e n ó m e n o s de la n a t u r a l e z a v i s t a a t r a v é s d e l p r i s m a d e las S a g r a d a s Escrituras.
E s t o se puede observar a l o l a r g o d e t o d a la E d a d A l e d i a , d e s d e l o s m o s a i c o s d e las cúpu-
las del p r i m e r arte b i z a n t i n o y los f r a g m e n t o s m u s i v a r i o s d e la c ú p u l a d e la iglesia de San
Jorge de Salónica a las fachadas de las i g l e s i a s r o m á n i c a s y g ó t i c a s .
Las imágenes de la riqueza, e x u b e r a n c i a y o p u l e n c i a d e l a n a t u r a l e z a , vinculándose
con la inspirada poesía de l o s S a l m o s , q u e g l o r i f i c a n la o b r a d e l C r e a d o r , o c u p a n un lugar
u n p o r t a n t e e n los p r o g r a m a s d e la d e c o r a c i ó n e s c u l t ó r i c a d e l a s f a c h a d a s , e n paralelo con
el tema del p o d e r real; las m e t á f o r a s d e l s a l m i s t a ( S a l m o s 4 1 , 2 ) se m a t e r i a l i z a n en las
imágenes de las ciervas, q u e a n h e l a n l o s c u r s o s d e l a g u a d e la m i s m a m a n e r a que el alma
anhela a D i o s .
E l Sol, la L u n a , las l a b o r e s d e l o s m e s e s , e l c a l e n d a r i o , l o s s i g n o s d e l z o d i a c o son los
«signos del t i e m p o * - ( M a t e o 16, 3 ) , f e n ó m e n o s n a t u r a l e s q u e se p e r c i b e n c o m o signos de
acontecimientos esenciales de la v i d a c r i s t i a n a a l o s q u e a l u d e n l o s E v a n g e l i o s y el Apo-
MIRAR I.A NATURALEZA 427
calipsis. P o r e j e m p l o , l o s m e d a l l o n e s c o n las p e r s o n i f i c a c i o n e s alegóricas del Sol y de la
L u n a a los l a d o s d e la C r u z , p r e s e n t e s e n n u m e r o s a s c r u c i f i x i o n e s , recalcan el s i g n i f i c a d o
t c o f . i n i c o d e esta u o n o g r a f i ' a de a c u e r d o c o n las fuentes escritúrales, t a n t o c o n las p r o f e -
cías d e l A n t i g u o [ e s t a m e n t o (Joc\ 4 , 15) c o m o c o n los textos e v a n g é l i c o s : M a t e o (Aíateo
24, 2 9 ) h a b l a d e l S o l , q u e se o s c u r e c e r á , y de la L u n a , q u e « n o dará ya su l u z » e n el
m o m e n t o d e la a p a r i c i ó n g l o r i o s a d e l H i j o d e l h o m b r e , a l u d i e n d o , al m i s m o t i e m p o , a la
« o s c u r i d a d s o b r e t r i d a la t i e r r a » ( M a t e o 2 7 , 4 5 - 5 6 ; M a r c o s 15, 35), y al eclipse de Sol
( L i n . i s 2 3 , 4 4 ) . a m e s d e la m u e r t e d e J e s ú s e n la c r u z y a su t r i u n f o s o b r e las potencias d e l
m u n d o y de la m u e r t e .
1 I S o l y la L u n a , a l i g u a l q u e las i m á g e n e s d e l c a l e n d a r i o incluidas e n a l g u n o s p r o g r a -
mas lt la d e c o r a c i ó n e s c u l t ó r i c a , s o n l o s s i g n o s visibles d e l tiempo de la h u m a n i d a d t o -
da v 11 p r e s e n t e e n e l m o m e n t o d e l J u i c i o U n i v e r s a l y d e s t i n a d o a desaparecer con la i n s -
taui i o n d e l n u e v o c i e l o y la n u e v a tierra d e la C i u d a d celestial ( A p o c a l i p s i s 2 1 , 1-27),
que io n e c e s i t a la l u z d e l s o l n i la l u z d e la l u n a p o r q u e la g l o r i a de D i o s la ilumina»
(Ap< i l i p i s i s 21« 2 3 ) . E s t a s i m á g e n e s c o s m o l ó g i c a s son las últimas i m á g e n e s d e l cielo y
de I. u e r r a « q u e p a s a r á n , p e r o m i s palabras n o p a s a r á n » ( M a t e o 2 4 , 4 2 - 4 4 ) . Esta alusión
a la S e g u n d a P a r u s i a y esta a d v e r t e n c i a e s c a t o l ó g i c a t a m b i é n están simbolizadas p o r los
s a r m i e n t o s o p o r e l r i c o f o l l a j e p r e s e n t e e n m u c h o s p r o g r a m a s reofánicos de la decora-
ción e s c u l t ó r i c a y q u e r e c u e r d a a la p a r á b o l a de la h i g u e r a : « A p r e n d e d la parábola de la
h i g u e r a : c u a n d o sus r a m o s e s t á n tiernos y b r o t a n las hojas, c o n o c é i s q u e la hora está
cena Así t a m b i é n v o s o t r o s , c u a n d o v e á i s q u e suceden todas estas cosas, sabed que E l
está c e r c a , a las p u e r t a s » (iVIateo 2 4 , 3 2 - 3 3 ) .
La p e r c e p c i ó n d e la n a t u r a l e z a i n c o r p o r a t a m b i é n nociones tipológicas. E l símbolo
a n t i q u í s i m o d e l Á r b o l d e la V i d a , e n t e n d i d o en su a s o c i a c i ó n c o n la C r u z , c o m o e n el
m o s a i c o d e l á b s i d e d e la i g l e s i a d e San C l e m e n t e de R o m a , de p r i n c i p i o s del s i g l o x n , o
c u m o s í m b o l o c ó s m i c o , c o m o e n el C a n d e l a b r o T r i v u l z i o (catedral de M i l á n ) , realizado
a l r e d e d o r d e 1 2 0 0 , e n p a r a l e l o c o n la g e n e a l o g í a de C r i s t o e n e l tema del A r b o l d é j e s e ,
c o m o sucede e n e l Salterio de Winchester ( f i g . 8 ) , p e r m a n e c e c o m o una i m a g e n esencial de
la n a t u r a l e z a i n t e r p r e t a d a e n e l c o n t e x t o c r i s t i a n o e n la g r a n variedad de los temas tipo-
lógicos.
E n e l a r t e m e d i e v a l , la t r a d i c i ó n d e las i l u s t r a c i o n e s de la l i t e r a t u r a apocalíptica, en
p a r t i c u l a r d e l A p o c a l i p s i s , la r e v e l a c i ó n de san J u a n , y de los Comentarios del Apocalipsis
c o m p u e s t o s p o r B e a t o d e L i é b a n a e n la E s p a ñ a d e l n o r t e del s i g l o v u , tiene una i m p o r -
tante f u n c i ó n e n e l á m b i t o d e la c r e a c i ó n de la i m a g e n d e l m u n d o y de la naturaleza. A lo
largo de la E d a d M e d i a se d i s t i n g u e n r e d a c c i o n e s d i f e r e n t e s de este tema y de su i c o n o -
grafía, q u e se d e s a r r o l l a r o n a n t e t o d o e n E s p a ñ a , e n t r e los siglos i x y x u , e n la Francia
del s u d o e s t e , e n la A l e m a n i a d e l s i g l o x i y e n la I n g l a t e r r a del s i g l o x i u . E l tema d e l
A p o c a l i p s i s , e l de la e x p l o s i ó n y h u n d i m i e n t o de la h i s t o r i a y d e l m u n d o , el de la última
lucha e n t r e e l b i e n y e l m a l , l l e v a a la c r e a c i ó n de visiones estáticas, de e m o c i o n e s extre-
mas y d e i m á g e n e s i n c r e í b l e s a t r a v é s d e l u s o d e c o l o r e s a r b i t r a r i o s y de formas abstrac-
tas. L o s a n i m a l e s - e l d r a g ó n y o t r a s c r i a t u r a s f a n t á s t i c a s - están representados en estas
t r a d i c i o n e s s o b r e t o d o c o m o e n c a m a c i ó n d e l m a l . Para representar e l Gil del m u n d o ,
t o d o s los m e d i o s a r t í s t i c o s se e m p l e a n para r e s t i t u i r la ausencia de la conexión entre la
realidad física y la i n t e n s i d a d d r a m á t i c a d e l suceso e x t r a o r d i n a r i o .
 ARTI t HISTORIA E N LA E D A D MíDI V III
Figura H. Winchester, Sullenu Je Minchen-- el árbol d é j e s e , miniatura sobre pergamino, ta. 1150-1160
Imagen del Paraíso
Sobre la base de aspiraciones soteriológicas y del misticismo místico orientado hacia
la explosión escatológica del inundo presente v la aparición del mundo futuro, en el pen-
samiento y en el arte medieval se desarrolla una imagen ideal de la naturaleza, que se
concreta en la imagen del Paraíso, donde el hombre estará siempre con Dios. E l Jardín
de las Delicias creado para el hombre (Génesis 2, 8-15) se representa en el arte medieval
sobre todo en las escenas de los ciclos que acompañan a la creación: la entrada de Adán
en el Paraíso, la denominación de los animales, la creación de Eva, el pecado original, la
acusación de los progenitores por parte de Dios y la expulsión del Paraíso. Desde el Ini-
cio del arte medieval, la belleza y la beatitud del Paraíso se expresan a través de la repre-
sentación de árboles cubiertos de fruta y de numerosas plantas floridas. La delicia déla
existencia paradisiaca se transmite en el arte medieval tardío por medio de la representa-
ción de la coexistencia pacífica de diferentes especies de animales y de pájaros salvajes y
domésticos sobre el fondo del verde paisaje panorámico.
Sin embargo, «el nuevo cielo y la nueva tierra» del Paraíso que aparece después de la
Segunda Parusía no siempre se representan como jardín. Y sobre todo en la iconografía
paleocristiana y bizantina, donde la imagen del jardín paradisiaco, auténtica morada dd
hombre, donde viven los santos después de la Resurrección, se mantiene mucho tiempo
y nos ofrece ejemplos extraordinarios de imágenes monumentales y ordenadas de la na-
MlltAfl LA NATURALEZA 429
I ii .i •> Kjven.1, li.isilic.1 .le San Apolinar in Classc. decoración ábsida I, apoteosis de san Apolinar y
1 ra nsligu ración, sigla vi. mosaico, detalle.
turalezá decorada con blancas flores paradisíacas. El mosaico del ábside de la iglesia de
San Apolinar in Ctassc (fig. 9), del siglo vi, consutuye uno de los raros ejemplos de au-
tcntieo paisaje simbólico en el arte medieval, un paisaje creado en el contexto específico
del lema de la 'Iransfiguración interpretada en clave simbólica. Elfrescode la iglesia de
San Demetrio en Vladimir (hacia 1180), lleno de pájaros pintados que vuelan entre las
ramas de los árboles, está en consonancia con la descripción del Paraíso de las homilías
de san Efrén el Sirio y con la noción de los pájaros como metáfora del alma, cuyo puesto
está en el cielo y en el Paraíso-
En el arte occidental se prefiere para la iconografía tlel Paraíso, instaurada después de
la Segunda Parusía, la Jerusalén celestial de la descripción del Nuevo 1 estamento (Apo-
calipsis 21,2; 22, 5), y su desarrollo en las obras patrísticas (De ávitatc DeJ de Agustín) y
exegéticas. Esta iconografía posee también importantísimos ejemplos en el arte bizanti-
no. La iconografía de la Ciudad celestial conserva los elementos de la del jardín, con el
«río de agua viva» y el Arbol de la Vida (Apocalipsis 22, 1-2): se trata de un jardín cerra-
do y protegido, en el que «no entrará [...] nada de impuro» (Apocalipsis 21, 27). Al
mismo tiempo, en la tradición medieval el Paraíso está unido al mundo terrena! por
medio de su luz, sus frutos y sus cuatro ríos.
Ambivalencia de las imágenes de la naturaleza. La naturaleza
como escuela de comportamiento humano
E l negro fue creado para ver mejor el blanco, afirma Agustín. Las oposiciones bina-
rias tradicionales —bien-mal, cielo-tierra, derecha-izquierda, luz-tinieblas, etc.-actúan
sobre diferentes niveles del pensamiento y de latipologíaartística, impregnando todo de
 ARTK I HISTORIA F.N IA KDAI» M I I I I A I I I
3J ? val se r e m o n t a a a n n q u í s i m a s t r a d i c i o n e s a r t í s t i c a s y refleja t o d a la riqueza de las r e p r e -
gl i ! »
Figura 10. Inglaterra, Bctoona Ufanóle, el Arbol Pende.vion, niinianira -¿ubre pergamino,
principio*- del siglo x i u
nociones y de i m á g e n e s cosm» i l ó g i c a s y d e f e n ó m e n o s n a t u r a l e s ; L a d i v i s i ó n de los ani-
males en e l A n t i g u o ( p u r o s e i m p u r o s ) y e n e l N u e v o T e s t a m e n t o ( C r i s t o que separa los
machos c a b r í o s de las ovejas) s u b r a y a la e n t o n a c i ó n m o r a l e n la e s t r u c t u r a esencial bina-
ria del u n i v e r s o , r e f l e i a i u i o d o s p o l o s d e l e s t a d o p s i c o l ó g i c o d e l h o m b r e m e d i e v a l dividi-
d o e n t r e e l m i e d o y la e s p e r a n z a .
D o s r e i n o s de la n a t u r a l e z a - e l a n i m a l y e l v e g e t a l — se e n c u e n t r a n e n u n a constan-
te i n t e r a c c i ó n que i n c l u v e m o m e n t o s d e l u c h a y d e o p o s i c i ó n p e r o t a m b i é n de com-
p e n e t r a c i ó n y de fusión r e c í p r o c a . E l t e m a d e l á r b o l y d e l o s a n i m a l e s se traduce
t a n t o en la s i m b ó l i c a e n e m i s t a d e n t r e e l Á r b o l P e r i d e x i o n y l o s d r a g o n e s - t r a d i c i o n a l
i m a g e n de b o p o s i c i ó n d e l .Árbol d e la \~ida, i d e n t i f i c a d o c o n l a c r u z d e l Salvador, y
del m a l d e l d i a b l o - c o m o e n la t a m b i é n s i m b ó l i c a u n i ó n d e l Á r b o l P c r i d e x i o n con las
palomas que p u e b l a n sus r a m a s , p r o t e g i d a s p o r la s o m b r a d e s u f o l l a j e . E n la interpre-
tación de los b e s t i a r i o s de los s i g l o s X I I y x i n , l a s p a l o m a s s i m b o l i z a n a l Espíritu San-
t o , m i e n t r a s que la s o m b r a d e l f o l l a j e d e l Á r b o l q u e a l e j a a l d i a b l o - d r a g ó n representa
a C r i s t o ( f i g . 10)*.
E l m u n d o a n i m a l está p a r t i c u l a r m e n t e a f e c t a d o p o r la p o l i s e m i a d e las interpretacio-
nes de muchas de sus i m á g e n e s , q u e se r e m o n t a a las n o c i o n e s a n t i q u í s i m a s de la natura-
leza c o m o c a m p o de batalla de la l u c h a d e las f u e r z a s d e l b i e n y d e l m a l . L a duplicidad de
toda criatura, la presencia d e l b i e n t a m b i é n e n la c r i a t u r a m á s m a l é f i c a , garantiza la po-
livalencia de su i n t e r p r e t a c i ó n s i m b ó l i c a c u y o s e j e m p l o s m á s r e c u r r e n t e s son el león
(imagen de C r i s t o , p o r u n a p a r t e , y d e l p o d e r t e r r e n a l p o r e l q u e c a m i n a C r i s t o , p o r otra)
y la serpiente (expresión d e l m a l , p o r u n l a d o , e i m a g e n d e la s a b i d u r í a , p o r o t r o ) .
*X.Murau>vayD. \*o\ñon, U BtsTmirt medievtiL París. 1988, p. 144.
MIRAR LA NATURA LESEA 431
F l v a r i a d o , f a n t á s t i c o m u n d o d e las f o r m a s z o o l ó g i c a s r e p r e s e n t a d o e n e l arte m e d i e -
s e n t a c i o n e s z o o i n ó r t i c a s d e la A n t i g ü e d a d y d e las c i v i l i z a c i o n e s d e l a n t i g u o O r i e n t e .
E x p r e s i ó n v i v i e n i e d e las f u e r z a s de la n a t u r a l e z a , de su c o m p l e j o e i n d i s o l u b l e vínculo
con el h o m b r e , estas r e p r e s e n t a c i o n e s p u e d e n ser t a n t o loadas c o m o denigradas p o r los
exépetas c r i s t i a n o s S i n e m b a r g o , la t r a d i c i ó n c r i s t i a n a , a u n a p r e c i a n d o la lucha e m p r e n -
dida p o r e l f i o n i l e c o n t r a las f u e r z a s d e l m a l , s i m b o l i z a d a s p o r los dragones y los m o n s -
truos ( i m á g e n e s de san J o r g e q u e a t e r r o r i z a a l d r a g ó n , de S a n s ó n que lucha c o n t r a el
león), se i n c l i n a a e x a l t a r e n la m i s m a m e d i d a las h i s t o r i a s c o n m o v e d o r a s de amistad y de
a m o i e n t r e e l h o m b r e y e l a n i m a l : e l l o b o f i e l sigue los funerales d e san E d m u n d o , e l Icón
hcn.íi p i d e a y u d a a san J e r ó n i m o , san F r a n c i s c o p r e d i c a a los pájaros, e l p e r r o descubre
al asi 1110 d e su d u e ñ o . L a c u e s t i ó n r e t ó r i c a d e san B e r n a r d o , que desaprueba la r e p r e -
sen! i o n d e m o n s t r u o s y a n i m a l e s e n las iglesias monásticas'', y la estética ascética de los
cistct ienses se c o n t r a p o n e n a la e l u n i a e c n s e , q u e d e s a r r o l l a la idea de la m a g n i f i c e n c i a
de l.i r e a c i ó n a t r a v é s d e la r e p r e s e n t a c i ó n d i d á c t i c a de sus i m á g e n e s .
I ' n r e l a c i ó n c o n e l p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o q u e ve e n t o d o h o m b r e u n discípulo e t e r n o
que sigue las l e c c i o n e s d e s u m a e s t r o para p r o g r e s a r en el e s t u d i o de la Sabiduría d i v i n a ,
el m u n d o d e la n a t u r a l e z a se p e r c i b e c o m o e l r e p e r t o r i o de los i n s t r u m e n t o s didácticos.
El e o i i o e u n i e n i o d e la r e a l i d a d s e n s i b l e es necesario para r e f l e x i o n a r sobre C r i s t o , y no
SODre A r i s t ó t e l e s , c o m o a f i r m a A l e j a n d o N c c k a m a finales d e l s i g l o x u . L a c o n t e m p l a -
ción de la n a t u r a l e z a y d e sus i m á g e n e s q u e , a d e m á s de i m p r e s i o n a r y c o n m o v e r , enseñan
c o n s t i t u y e u n a l e c c i ó n d e la m o r a l c r i s t i a n a ; el c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o se percibe en
analogía c o n e l c o m p o r t a m i e n t o d e los a n i m a l e s .
El Fisiólogo, o b r a m í s t i c o - d i d á c t i c a d e l p e r i o d o p a l c o c r i s t i a n o , fue m u y apreciado e n
la E d a d M e d i a p o r sus c o m p a r a c i o n e s m o r a l i z a n t e s e n t r e los animales y C r i s t o , o b i e n
con el d i a b l o , e l p e c a d o r o e l h o m b r e v i r t u o s o . Así, e l u n i c o r n i o , el pelícano, el fénix,
s i m b o l i z a n a C r i s t o ; la h i e n a , la z o r r a , el l o b o , la ballena representan al d i a b l o ; las sirenas
son las i m á g e n e s d e las t e n t a c i o n e s sensuales e n este m u n d o y, e n fin, el áspid, q u e se tapa
la oreja c o n la c o l a , es e l p e c a d o r q u e n o q u i e r e o í r la palabra de C r i s t o . A lo l a r g o d e l
siglo x u , e l t e x t o d e l Fisiólogo se e n r i q u e c e n o s ó l o de nuevas i n t e r p r e t a c i o n e s religiosas
y de pasajes m o r a l i z a d o r e s t o m a d o s prestados d e l Esimierotie de A m b r o s i o , sino también
de i m p o r t a n t e s e x t r a c t o s d e la o b r a e n c i c l o p é d i c a de I s i d o r o de Sevilla y de la obra a n t i -
gua de S o l i n o s o b r e las m a r a v i l l a s d e l i n u n d o , t r a n s f o r m á n d o s e así en bestiario, obra de
función m ú l t i p l e y p o l i v a l e n t e q u e i n c u m b e a t o d a la v a r i e d a d de las criaturas y, a m e n u -
do, está r i c a m e n t e i l u s t r a d a . A d e m á s de ser r e p e r t o r i o s de ejemplos para la enseñanza
m o r a l y r e l i g i o s a , los b e s t i a r i o s i n c l u í a n t a m b i é n animales fantásticos; la introducción d e l
texto d e l G é n e s i s s o b r e la C r e a c i ó n al i n i c i o de a l g u n o s de estos códices muestra, clara-
m e n t e , la i n t e n c i ó n de l o s c o m p i l a d o r e s d e l s i g l o x u de crear u n auténtico panegírico al
C r e a d o r y a s u o b r a . L a d e s c r i p c i ó n d e a n i m a l e s reales y fantásticos, que se r e m o n t a a
diversas f u e n t e s a n t i g u a s , su i n t e r p r e t a c i ó n s i m b ó l i c a y a l e g ó r i c a , sus colores brillantes e
intensos e s t á n d i r i g i d o s a In g l o r i f i c a c i ó n d e l C r e a d o r . E l s i g n i f i c a d o a l e g ó r i c o y didácti-
co de las i m á g e n e s d e la n a t u r a l e z a i n c l u i d a s las fantásticas, c o m o las sirenas, también se
0
PL, vol. C L X X X n , coll. 914-915.
432 A R T F I HISTORIA Í N LA E D A D M I D I A III
destaca v desarrolla en las grandes obras doctas, c o m o el HortUS Dchciaruw de Herrada
de Hohcnburg.
Maravillas de la naturaleza. L o docto y lo popular:
la naturaleza en la tradición escrita y en la tradición oral
Las obras enciclopédicas y moralizantes, al igual que los bestiarios mimados, tradu-
cen, por lo tanto, el pensamienti i del hombre m e d i e v a l , que ve en la naturale/a un tesoro
inagotable de maravillas. Él glorifica la naturaleza c o m o creación divina, imagen déla
fecundidad, fuente de la vida y creación de la armonía; los p r i n c i p i o s del estudio empín-
code la naturaleza y la percepei n de su belleza sensual c o n f i r m a n el pensamiento déla
omnipotencia del arte divino; I . L . U I el c a m i n o hacia D i o s , le permiten captarlas
alusiones a la transfiguración n:
I_a percepción del milagro It reación suscita estupor ante l o creado y lleva a la
afirmación de la existencia del riqui mo r e p e r t o r i o de las maravillas de la naturaleza, que
se remonta a la Annguedad c l a - i c y oriental, descrito y representado en loscódiccsyen
la decoración escultórica (animales fantásticos, m o n s t r u o s , pueblos exóticos o r a a i
monstruosas). La disnnción esencial entre el m i l a g r o de la C r e a c i ó n y lo maravilloso,
esto es, entre la revelación divina, por una parte, y las formas maravillosas que sumen
varios fenómenos de la naturaleza, pi u . .ira, n o se puede d e l i m i t a r claramente a la expre-
sión artística, que opera en los tíos casos con las formas de la representación tic lo visib e.
Sin embargo, las interpretaciones doctas de la naturaleza y del m u n d o que se reflejan
en la expresión artística no agotan toda la riqueza y la complejidad de la imagen de la na-
turaleza que se presenta en el arte medieval. La creencia en las manifestaciones de lo ma-
ravilloso y lo encantado, que caracteriza a la sensibilidad medieval, penetra hasta en lamas
profunda religiosidad cotidiana. E n los diferentes niveles de la cultura medieval se desa-
rrolla la sensibilidad por todo aquello que es i m a g i n a r i o , maravilloso, sin hacer distinaon
entre lo fantástico y lo real, porque todo es posible para el O m n i p o t e n t e . A partir de b
Alta Edad Media, apoyándose en diversas fuentes clásicas, orientales y nórdicas, se reafir-
man diferentes tradiciones de las maravillas de la naturaleza, difundidas en Occidente a
través de el Líber mostrortim. las Maravillas de Oriente, la Carta de Alejandro y el libro ¿ti
Preste Juan; algunos manuscritos de estas obras presentan riquísimos ciclos ilustrativos,
que también ellos se remontan a fuentes diversas. E n ellos se contienen, indudablemente,
elementos de la tradición oral, de la que se tienen poquísimas informaciones y de la cual
forma parte tanto la tradición aristocrática profana c o m o la c u l t u r a popular, que hanalizó
los elementos de culturas aristocráticas de o r i g e n clásico y anoclásico. El contacto entre
la cultura escrita y la cultura oral se efectúa también en los relatos maravillosos; en las
fábulas y enigmas (Adelmo), en las obras épicas mitológicas y heroicas, en la novela pro-
fana caballeresca y en los relatos de viajes y de historias fantásticas de derivación folcloris-
ta, como las obras de Gervasio de T l l b u t y , de W a l t e r M a p o de G i r a l d o de Gales, obras
que confirnian. una vez más, la importancia del á m b i t o anglosajón e insular en la afirma-
ción del interés particular por la naturaleza y sus enigmas y maravillas. Al desarrollo de la
sensibilidad por la belleza de la naturaleza y el encanto de sus imágenes contribuye mucho
Al 1 R A H I A NATURAL l 7A 433
la poesía lírica y cortés de la Edad Media, inspirada por las diversas tradiciones poéticas
déla Antigüedad, desde Sedulio Escoto y Marbodo de Rennes a la recopdación poética de
los Carmina Borona en el siglo x m , y a Francesco Petrarca. Precisamente, en una muestra
de los Camuña I-mana (Munich, Bayerische Staatsbibliotheif, Clm. 4ó6ó0, f. (Av) se en-
cuentra una de la ¡«riincras imágenes de la naturaleza primaveral realizada con la técnica
del dibufo pintado Está concebida como paisaje independiente en el sentido moderno,
pero realizado sobre la base de la estilización ornamental de la tradición medieval.
La instrumentalización ideológica de las imágenes
de la naturaleza
í M O en el mundo Antiguo, en la Edad Media las imágenes de la namraleza pertc-
nei< las importantísimas insignia del poder y se usan con objetivos ideológicos. El
célcl manto estrellado del emperador Enrique I I (Bambcrg, Diózesanmuseum), reali-
zad' ededor «le 1020, en el que las constelaciones están bordadas con hilos de oro, es
una u las obras más extraordinarias de teología poiíuca, que alude al carácter cósmico,
uno. i d. del poder imperial. La descripción de la habitación de la condesa Adelc de
niois M la epístola poética de Baudri de Bourgucil, que ofrece una imagen detallada del
progr.iina cosmológico en su decoración , puede revelar tanto las ambiciones políticas
10
de la hija de Guillermo el Conquistador como el deseo del poeta de glorificar dignamen-
te a su protectora, en la mejor tradición de la ckfrasts romana.
La exuberancia y la opulencia de las imágenes de la naturaleza se asocian, según la tra-
dición romana, a la riqueza y al prestigio del propietario del lugar, tanto si está descrito por
el poeia carolingio Sedulio Escoto como si está representado en los paisajes del calendario
en las Tres rtches Hcures de Jcan de Berry. Las imágenes de la naturaleza tienen al final de la
Edad iMcdia, como en el mundo antiguo, una connotación social, porque manifiestan el
bienestar de su propietario y, al mismo tiempo, aluden a los placeres celestiales.
Desde el momento en que las jerarquías terrenales son reflejo de la celestial, el orden
mismo del cosmos encuentra una analogía en la disciplina eclesiástica, por lo cual el
edificio de la iglesia y la Iglesia como cuerpo eclesiástico constituyen la imagen y el mo-
delo del cosmos.
Muchas imágenes de la naturaleza y del cosmos, al igual que las de la relación del
hombre con la naturaleza, representan la posición del hombre en la jerarquía social. Así,
las imágenes de caza, que pueden tener diferentes significados simbólicos, se remontan a la
tradición aristocrática romana y sirven a la decoración de palacios reales (fig. 11), rela-
cionándose en los calendarios de los manuscritos lujosos tanto con el mes de mayo como
con los meses otoñales. Los manuscritos miniados dedicados a la caza (el primero de
todos la obra mimada para Federico II, De arte vetiandi cuín avibus) constituyen el otro
lado de esta tradición aristocrática. E l león y el águila, símbolos antiguos del poder y de la
dignidad social, conservan toda su entonación ideológica y entran en el proceso de forma-
ción de la heráldica medieval.
Baudri de Bourgucil, Les Oeuvres poétiques, cd. P. Abrahum, Parí*. 1 »26, cap. CXCVT, pp. 19sa.
434 ARTE t HISTORIA F N L A F.n.Mt M i nu I I I
Fipurj I I . Palcrmo, VA... i -..ib llamada ilc Roger I I i»cena de cara del ciervo.
|i>s.
;
mediado* del Mglo X H .
L a tradición a n t i g u a de i n a l y d e l a f a h u l í s r i c a l a t i n a c o n o c e n u n riquísimo
d e s a r r o l l o en la l i t e r a t u r . i ¡j . . m e d i e v a l , e n l a s f á b u l a s y e n l o s r e l a t o s que paro-
dian la vida d e l h o m b r e y c u h i . i la c r e a c i ó n d e l Román de Retían, a c o m p a ñ a d o por
origínales ciclos d e i l u s t r a c i ó n . • -i p a r t i r d e l s i g l o x n i .
Además, las i m á g e n e s d e la l u i u r a i c z a . r e c o g i d a s e n o t r a s c u l t u r a s y transmitidas en
el arte m e d i e v a l , p u e d e n expresar n o s ó l o l o s s u e ñ o s s o c i a l e s s i n o t a m b i é n las nostalgias
históricas. Así, la flora clasicista d e l o s c a p i t e l e s y d e l o s d e t a l l e s a r q u i t e c t ó n i c o s en la
a r q u i t e c t u r a d e l s i g l o x n se e n c u e n t r a e n t r e l o s s í m b o l o s m á s r e l e v a n t e s d e 13 ideología
de la renovatio a n t i g u a y p a l e o c r i s n a n a .
hmtatio natiirae: el problema de la representación
naturalista y de la observación de la naturaleza.
Modelos y memoria
El Wcltanschautmg, basado e n l a i d e a d e l r e f l e j o e n e l m u n d o v i s i b l e d e los símbolos
del m u n d o i n v i s i b l e , el d e D i o s ; la c o n c e p c i ó n n e o p l a t ó n i c a d e l m u n d o , desarrollada en
las obras d e P s e u d o - D i o n i s i o A e r o p a g i t a y t r a n s m i t i d a e n e l O c c i d e n t e l a t i n o ; el pensa-
m i e n t o según el c u a l la c o n t e m p l a c i ó n d e l m u n d o c i r c u n s t a n t e l l e v a a l a contemplación
del m u n d o d i v i n o ; t o d o e l l o d e t e r m i n a t a m o l a a c t i t u d p a r t i c u l a r h a c i a la naturaleza
c o m o la especificidad d e la a c t i t u d hacia la r e p r e s e n t a c i ó n n a t u r a l i s t a . E l h o m b r e oca-
dental, h e r e d e r o d e la t r a d i c i ó n l a t i n a , d i d á c t i c a y v e r i s t a , q u e c o n c i b e e l arte como
«realidad ficticia», sigue u s a n d o las n o c i o n e s a n t i g u a s a t r i b u y é n d o l e s u n significado di-
ferente. E n el á m b i t o d e la c o n c e p c i ó n m e d i e v a l d e l m u n d o se e l a b o r a e l concepto par-
ticular de la hmtatio tiatttrae; l o s clichés a n t i g u o s y la t r a d i c i ó n d e l v e r i s m o y del ilusionis-
m o del arte a n t i g u o se r e p l a n t e a n , se r e e l a b o r a n e n c l a v e m e t a f í s i c a ; e n e f e c t o , la noción
de la hmtatio naturae se c o n c i b e n o e n e l s e n t i d o d i r e c t o d e l a e l a b o r a c i ó n d e la imagen
numérica, sino e n e l s e n ó d o d e l a c o n t i n u a c i ó n e n la o b r a d e l h o m b r e d e la obra de la
naturaleza q u e . a s u vez, i m i t a l a o b r a d e D i o s . I n c l u s o p e r m a n e c i e n d o intactos en la
expresión escrita, l i t e r a r i a , l o s clichés d e n o c i o n e s a n t i g u a s a d q u i e r e n u n s i g n i f i c a d o dife-
MIRAR IA NATVRAI I Z A 435
rente. A s í , l o s a u t o r e s m e d i e v a l e s , h a b l a n d o d e la v e r o s i m i l i m d de imágenes de naturale-
za r e p r e s e n t a d a s e n e l a r t e , u s a n esta n o c i ó n c o m o u n cliché r e t ó r i c o y una figura l i t e r a -
ria d e l d i s c u r s o , p e r o n o c o m o d e s c r i p c i ó n d e u n a r e p r e s e n t a c i ó n n a t u r a l i s t a . U n o d e los
ejemplos m á s elo« n e n i e s t l e l a l a p r o x i m a c i ó n a la d e s c r i p c i ó n y a la c o m p r e n s i ó n de la
obra de a r t e se e n c u e n t r a e n el Ruodlteh, p o e m a g e r m á n i c o d e l s i g l o x i , que contiene una
descripción d e l t e s o r o p r e c i o s o o f r e c i d o p o r e l r e y al h é r o e p o r su fiel servicio. E n t r e
estos r e g a l o s se e n c u e n t r a u n a h e b i l l a d e c o r a d a c o n las i m á g e n e s d e pájaros que parecen
vivos \ d i s p u e s t o s .1 v o l a r , d e s c r i p c i ó n q u e se r e m o n t a a los estereotipos sacados de la l i -
teratur 1 e l á s i c a . S i n e m b a r g o , es p r o b a b l e q u e se t r a t e d e la descripción del tesoro r e a l -
mente \ i s t e n t e . d i la l l a m a d a parare o t o m a n a d e la e m p e r a t r i z Gisela y, p o r c o n s i g u i e n -
te, d< ma h e b i l l a de o r o d e c o r a d a c o n e s m a l t e s y piedras preciosas que representa una
tnagn » a i m a g e n e s t i l i z a d a y e s q u e m á t i c a d e l águila ( M a g u n c i a , M i t t e l r h e i n i s c h e s I . a n -
ilesin n m ) , e n la q u e la t r a d i c i ó n i c o n o g r á f i c a a n t i g u a f u e rcelaborada e n la época d e
la ni 11 ..»ion d e l o s p u e b l o s . L a i m a g e n se d i s t i n g u e p o r su c a r á c t e r de abstracción esque-
mán<
I- ^ r d a d q u e l a n o c i ó n m e d i e v a l d e la hnitatio naturae hace hincapié n o sólo e n la
Capa* id u l d e l a r t i s t a d e r e p r o d u c i r c o n veracidad las obras de la naturaleza, sino en su capa-
cidad Je c o n t i n u a r e l t r a b a j o c r e a n d o n u e v o s o b j e t o s a p a r t i r d e los materiales dados p o r
la naturaleza m i s m a , e n c o n f o r m i d a d c o n las leyes d e l u n i v e r s o . Este c o n c e p t o es cohe-
rente *»m e l m é t o d o c r e a t i v o d e l a r t i s t a m e d i e v a l , q u e trabaja a p a r t i r d e m o d e l o s . C o n
el t i e m p o , la n o c i ó n d e l a mtttatto naturae e n la c r e a c i ó n artística se e n r i q u e c e c o n nuevos
matices. P o r u n l a d o , c o n s e r v a e l c o n c e p t o n c o p l a t ó n i c o d e l a r t e c o m o encarnación de
una idea e n las f o r m a s p e r c i b i d a s p o r l o s s e n t i d o s ; p o r o t r o , nunca se abandona c o m p l e -
tamente la c o n c e p c i ó n d e l a r t e c o m o « r e a l i d a d ficticia», « e n g a ñ o » , «falsa sabiduría». L a
fantasía c r e a t i v a d e l a r t i s t a m e d i e v a l se d i r i g e e s e n c i a l m e n t e a la interpretación del m o -
delo e s c o g i d o , e n e l c u a l se i n s p i r a b a para c r e a r la p r o p i a v a r i a n t e , m i r a n d o el m u n d o
circunstante a través d e l p r i s m a del m o d e l o simbólico.
A u n r e c o m p o n i e n d o las f o r m a s d e l m u n d o v i s i b l e liberadas d e l o s vínculos físicos y
materiales, e l l e n g u a j e a r t í s t i c o m e d i e v a l n o h u y e c o m p l e t a m e n t e de la representación
naturalista. E l v a l o r d e la v e r o s i m i l i t u d e n c o n e x i ó n c o n la representación naturalista n o
desaparece d e l t o d o ; r e a p a r e c e a l o l a r g o d e la F.dad M e d i a n o s ó l o e n relación c o n la
investigación r e t r a t i s t a ( e j e m p l o a d m i r a b l e es e l r e t r a t o de N i c o l á s t i l e n los frescos del
Sancta S a n c t ó r u m ) , s i n o t a m b i é n e n o b r a s raras d e la A l t a E d a d M e d i a , c o m o la singula-
rísima Clueca l o m b a r d a r o d e a d a d e sus p o l l u e l o s del t e s o r o d e la catedral d e M o n z a ; su
probable s i g n i f i c a d o a l e g ó r i c o n o a n u l a s u e x t r a o r d i n a r i a carga ilusionista, legado de la
pericia t é c n i c a t a r d o a n r i g u a .
E l e l e m e n t o n a t u r a l i s t a s i g u e t e n i e n d o g r a n i m p o r t a n c i a e n los relicarios durante
toda la é p o c a m e d i e v a l ; a l i g u a l q u e e l c o n c e p t o d e v e r o s i m i i i t u d d e l i c o n o a la imagen
del s a n i o m i s m o e n e l m u n d o c r i s t i a n o o r i e n t a l , así e n O c c i d e n t e la v e r o s i m i l i t u d de ta
r e p r e s e n t a c i ó n e n o r f e b r e r í a d e la r e l i q u i a d e u n s a n t o es u n t e s t i m o n i o d e su identidad
y a u t e n t i c i d a d , a r g u m e n t a c i ó n a f a v o r d e s u v e n e r a c i ó n y d e su c u l t o . L a búsqueda d e
v e r o s i m i l i t u d se r e f l e j a t a n t o e n l o s b u s t o s - r e í icarios c o m o e n los relicarios de los pies y
de los b r a z o s t i c l o s s a n t o s . U n o d e l o s r e l i c a r i o s m á s extraordinarios en este sentido es
el del p i e d e s a n t a A n d r e a , d e finales d e l s i g l o x ( T r e v e r i s , D o m s c h a t z ) , que impresiona
436 A R T E i HISTORIA EN LA E D A D M I m v I I I

.MIRAR I A NATURALEZA 437

p o r su elegante v e r i s m o ( a u n q u e e s t e se d e b a , p r o b a b l e m e n t e , a l u s o d e u n fragmento
t a r d o a n t i g u o ) , d e m o s t r a n d o asi q u e e l h o m b r e d e la . V i t a I . l i d M e d i a estaba lejos de
-i
negar el v a l o r d e l p a r e c i d o y n o i g n o r a b a e n a b s o l u t o e l c r i t e r i o .
L a a p r o x i m a c i ó n n a t u r a l i s t a a la f i g u r a c i ó n , q u e f o r m a p a r o d e l o s c o m p l e j o s progra-
il&O-
mas m e t a f i s i c o s , d o g m á t i c o s v a l e g ó ? i c o - d i d á c t i c o s , p r o g r e s a e . i e l t r a n s c u r s o de la Edad
M e d i a e n c o n e x i ó n c o n la rctie\:< .n d e l v a l o r d e l o q u e es ú n u « • p a r t i c u l a r , i r r e p e t i b l e en
el á m b i t o de cada g r u p o de t e n ó m e n i >s. H e m o s v i s t o q u e e l v a l >r d e la e x p r e s i ó n plástica,
concebida c o m o m a n i f e s t a c i ó n t!e h» e s p i r i t u a l , e l a b o r a d a e n la t e o l o g í a d e la imagen en
el á m b i t o b i z a n t i n o d e la é p o c a p r i s ó a n a y q u e se r e f l e j a e n e l r e t i n a d o liusionismo
de los p r i m e r o s i c o n o s d e l t_ i le la \ ~ i r g e n , e m p i e z a a s u e s p e c i a l m e n t e iprcciada
en O c c i d e n t e a p a r t i r d e l s í e l o m e d i o s v u e l v e n a s e r u s a d o s p a r a la espiritualiza-
ción de la i m a g e n de a c u e r d * r e n o v a d o s c á n o n e s d e la l > e l l e z a e s p i r i t u a l
E l camino más que milen s c e n o g r a f í a s b u c ó l i c a s \ i a r d i n e s p i n t a d o s como
trampantojos del m u n d o ano as i m á g e n e s d e la n a n n a l e z a e n e l a r t e de la Edad
M e d i a t a r d í a , e n los f r e s e - •. * f l o r i d o s o e n l o s p a i p a i es e x t r a o r d i n a r i o s en los
m a n u s c r i t o s m i n i a d o s , atra . m e s e t a p a s d e la v a l o r i z a c i ó n s i m b ó l i c a de la natu-
raleza. E n el t r a n s c u r s o de • l i n o , a p e s a r d e l a r u p t u r a c o n la c o n c e p c i ó n del ir M

m u n d o p a g a n o y la m o d i ñ e . i « >s s í m b o l o s d e la c u l t u r a a n t i g u a e n el seno de h
c u l t u r a n u e v a , se e n c u e n t r a n múJcii - r e p r e s e n t a c i o n e s q u e a s e g u r a n y r e f l e i a n la per-
m a n e n c i a l a t e n t e d e l n a t u r a l i s m o a n t i g u o y la a d m i r a c i ó n d e l h o m b r e a n t e e l encanto de
la n a t u r a l e z a , de sus b e l l e z a s y d e sus m a r a v i l l a s .
E n t r e los m o d e l o s para la r e p r e s e n t a c i ó n n a t u r a l i s t a d e c a d a u n a d e las i m á g e n e s de la
naturaleza, se p u e d e n m e n c i o n a r l o s c ó d i c e s m i n i a d o s d e a r g u m e n t o z o o l ó g i c o , botánico
y m é d i c o de la A n t i g ü e d a d t a r d í a ( i n c l u s o si l o s c i c l o s d e i m á g e n e s q u e a c o m p a ñ a n a estos
c ó d i c e s s i g n e n m á s b i e n t r a d i c i o n e s s e p a r a d a s e i n d e p e n d i e n t e s u n a d e o t r a , su contami-
n a c i ó n r e c í p r o c a c o m o t a m b i é n s u i n f l u e n c i a e n l o s o t r o s m e d i o s a r t í s t i c o s permanecen
bastante l i m i t a d a s ) , p e r o , a n t e t o d o , l o s m o s a i c o s d e l p a v i m e n t o d e la A n t i g ü e d a d tardía
que u e n e n a b u n d a n t e s r e p r e s e n t a c i o n e s a n i m a l i s t a s , c o m o l o s d e la c a t e d r a l de Aquilcya.
del siglo i v , o los de P i a z z a A n n e r i n a , t a m b i é n d e l s i g l o i v , y n u m e r o s o s o t r o s ejemplos
hallados e n las p r o v i n c i a s r o m a n a s d e l P r ó x i m o y M e d i o O r i e n t e : e n C a r a g o y Susa en
T ú n e z , e n T i r o y S i d ó n e n L í b a n o , e n T r i p o l i t a n i a e n L i b i a , e n A p a m e a e n Siria, en Ses-
t o r i s y T i b e r í a d c s e n I s r a e l , e n e l m o n t e N e b o y e n C í e r a s a e n J o r d a n i a . D i f e r e n t e s imáge-
nes de los bestiarios m e d i e v a l e s , p o r e j e m p l o , e s t á n b a s a d a s p r e c i s a m e n t e e n los modelos
que se r e m o n t a n a los m o s a i c o s d e l p a v i m e n t o d e la t a r d a A n t i g ü e d a d , c o m o demuestran
las representaciones de l o s peces y d e l m u n d o m a r i n o e n e s t o s m a n u s c r i t o s .
Es sabido q u e los g r a n d e s a r t i s t a s d e l R e n a c i m i e n t o i t a l i a n o d e l s i g l o x v , a l proclamar
el m é t o d o de t r a b a j o basado e n la o b s e r v a c i ó n d i r e c t a d e la n a t u r a l e z a , se definían a si
m i s m o s h i j o s de la n a t u r a l e z a y r e p r o c h a b a n a l o s a r t i s t a s m e d i e v a l e s su m é t o d o de tra-
bajo según los m o d e l o s ' . S i n e m b a r g o , es i n t e r e s a n t e o b s e r v a r q u e e l m é t o d o artístico
1
basado e n la i m i t a c i ó n de u n e j e m p l o se m o d i f i c a y se t r a n s f o r m a c o n e l t i e m p o , sobre
t o d o e n e l arte m e d i e v a l de O c c i d e n t e . P o r u n l a d o , e l m o d e l o c o n s e r v a d u r a n t e toda la
E d a d M e d i a , a d e m á s d e l v a l o r a r t í s t i c o , i n t e l e c t u a l y c o n c e p t u a l , t a m b i é n u n significado
:
Leonardo da Vinci, Codcx Atlánticas, f. 199v.
ftjpjl i 12 \ III.IT. I de | íonncCOUlt, Cuaderno de dibujo*. Icón, pucrcocspin y figura de hombre sentado,
diliu)o a pluma vobrv pergamino, ca 1230.
social, el d e l p r e s t i g i o , y se p r e s e n t a c o m o u n o d e los m e d i o s más i m p o r t a n t e s d e l s i m -
bolismo s o c i á l j p o r o t r o , la a c t i t u d e n r e l a c i ó n c o n el e j e m p l o que h a y que i m i t a r e v o l u -
ciona, s» diré t o d o e n l u g a r e s especiales y e n los p a r t i c u l a r e s g r u p o s y secuencias de obras
de Otte, hacia u n a i n t e r p r e t a c i ó n cada vez m á s l i b r e y variada del m o d e l o . El arte de la de-
coración d e l l i b r o s a g r a d o e n e l á m b i t o irlandés y anglosajón del siglo i x , o el arte de la
decoración e s c u l t ó r i c a e n e l o e s t e de la E r a n c i a d e l siglo x n , i m p r e s i o n a p o r el carácter
imparable d e la f a n t a s í a a r t í s t i c a , q u e g e n e r a s i e m p r e nuevas variaciones de los m o t i v o s
entre sus v e c i n o s , y p o r e l e f e c t o c a l e i d o s c ó p i c o d e l d e s a r r o l l o de formas análogas. A par-
u r del s i g l o x i n , e n r e l a c i ó n c o n e l p e n s a m i e n t o q u e o t o r g a cada vez más valor a la belle-
za del m u n d o v i s i b l e , se o b s e r v a e l f e n ó m e n o de la t r a n s f o r m a c i ó n del m o d e l o , que r e -
fleja la nueva a p e r t u r a b a c í a la o b s e r v a c i ó n d e la naturaleza y asimila p r o g r e s i v a m e n t e los
elementos d e la r e p r e s e n t a c i ó n d e l n a t u r a l . U n a de las etapas m á s i m p o n a n r e s de este
proceso se h a l l a e n e l Libre de porrrairure de V l l l a r d de H o n n e c o u r t (Paris, B i b l i o d i c q u e
nauonalc de F r a n c i a , m s . fr. 1 9 0 9 3 ; fig. 12), q u e se r e m o n t a a los años t r e i n t a d e l D u e -
cento. Se t r a t a de la f a m o s a i m a g e n d e l l e ó n (f. 2 4 f ) , « c o n t r e f a i s al v i f » , c o m o dice e l
autor, c o p i a d a d e la r e a l i d a d ; a pesar de e l l o , el g r a d o de estilización de esta imagen n o
p e r m i t e s o s p e c h a r la e x p e r i e n c i a de la o b s e r v a c i ó n d i r e c t a del a n i m a l v i v o . Es más, se
puede p l a n t e a r la c u e s t i ó n d e si V i l l a r d n o h a b í a p o d i d o , más b i e n , representar «del na-
tural» una estatua d e l l e ó n e s r j l ó f o r o , típica d e l arte r o m á n i c o , vista d u r a n t e sus viajes.
La i m a g e n d e l p u e r c o e s p í n q u e a c o m p a ñ a a l l e ó n , dos animales u n i d o s tradición a l u i e n t e
en los f o l i o s de l o s m a n u s c r i t o s d e l Liber Floridas, acentúa todavía más el carácter t r a d i -
cional d e l m o d e l o , a pesar d e l d e s e o de V i l l a r d d e H o i m e c o u r t de apoyarse en la obser-
vación d i r e c t a de la n a t u r a l e z a .
O t r o e j e m p l o i n t e r e s a n t e de la t r a n s f o r m a c i ó n d e l m o d e l o artístico medieval y de la
transición, desde e l u s o de u n m o d e l o p r e e x i s t e n t e a la observación de la naturaleza, es el
438 Vnit t HiMOBiA I N LA E D A D M I D I * III
Pcpys Book ( C a m b r i d g e , M a g d a l c n C o l l c g e , P e p y s i a n L i l u a r y . m s . 1 9 1 6 ) , libro inglés de
modelos de finales del s i g l o x i v . q u e c o n t i e n e n u m e r o s o s d i b u j o s d e p e r s o n a j e s , animales
y pájaros. S i las figuras h u m a n a s y l a s silbottettes d e a n i m a l e s , c o n t o d o e l naturalismo de
la r e p r e s e n t a c i ó n , se i n s p i r a n e n o b r a s a r t í s t i c a s p r e c e d e n t e s , l a s i m á g e n e s de pájaros se
basan en eran p a n e en el t r a b a j o d e l n a t u r a l . A l g u n o s l o l u >s < i I I r ) r e c o g e n las imágenes
de pájaros r e p r e s e n t a d o s de m a n e r a n a t u r a l i s t a d e t a l iu<< . i q u e p a r e c e n tusadas en a
observación directa de la n a t u r a l e z a . j u n t o c o n l a s i m á g e n e s f a n t á s t i c a s (la sirena) o esti-
lizadas (el m u r c i é l a g o ) q u e se r e n u m t a n a l o s b e s t i a r i o s o a l i b r o s d e m o d e l o s U n impor-
tante papel en la r e v a l n r i / a c i o n de la o b s e r v a c i ó n d e l m u n d o t i r e u n s t a n t e s< debe al anc
italiano del D u e c e n t o . L a ob i- m de la n a t u r a l e z a s e p« m e d e f i n i t i v a m e n t e de moda
en todos los sitios e n E u r o p a • n h i t o d e l o s utclters a r t í s t i c o s d e l s i g l o xiv, y también
las i m á g e n e s que se r e m o n : • i - »s d e m o d e l o s , y n i • b a s a d a s e n l a observación de
la naturaleza, e s t á n tratadas -_ ; , , n a t u r a l i s t a . E s t e n a t u r a l i s m o p o é t i c o del gótico
internacional del final de lí 1
lia q u e r e ú n e , s e g ú n la e x p r e s i ó n de E rwtn Panofe-
ky, « l o infinitamente minó infinitamente g r a n d i o s o » 1 2
, r e f l e j a , c o m o hemos
visto, una visión u n i v e r s a l de o d e l a n a t u r a l e z a » , c o n c e b i d o s i e m p r e como «poli-
fonía de los s í m b o l o s - ' ' .
Al lado de los l i b r o s y las , p i l a c i o n e s d e m o d e l o s , l a p r á c t i c a d e l artista medieval
R
se basaba e n la m e m o r i a , concebid i > a e n l a E d a d M e d i a c o m o c o m p o n e n t e importantí-
simo del p r o c e s o c r e a t i v o . S a n Anselmo, e n r e l a c i ó n c o n l a d o c t r i n a d e la creación a
ttibilo, profundiza e n la c o m p a r a c i ó n a g u s t i n i a n a e n t r e l a o b r a h u m a n a y la de Dio*,
evidenciando la i m p o r t a n c i a d e la m e m o r i a e n l a c r e a c i ó n a r t í s t i c a . E n efecto, si en t
crear D i o s n o necesita u n m o d e l o , el h o m b r e , « s i b i e n p u e d e r e p r e s e n t a r e n pintura un
animal que n u n c a ha e x i s t i d o , n o es c a p a z d e h a c e r l o s i n o h a r e u n i d o v a r i o s elementos
de aquello que y a ha visto y q u e h a d e b i d o r e c o n s t i t u i r g r a c i a s a s u m e m o r i a » ' - L a me-
moria adquiere u n v a l o r c o m p l e t a m e n t e s i n g u l a r e n e l á m b i t o d e l m é t o d o creativo
arústa medieval, m é t o d o q u e d e s d e h a c í a s i g l o s n o p r e s u p o n í a l a p r á c t i c a del t r a b a
natural. E l r i q u í s i m o « d e p ó s i t o d e l o s d a t o s » d e l a m e m o r i a d e l a r t i s t a medieval debu
probablemente de i n c l u i r u n c o n j u n t o c o m p l e j o d e m o d e l o s , d e e j e m p l o s artísticos yi
vistos y asimilados, de a s o c i a c i o n e s e i m p r e s i o n e s s u s c i t a d a s p o r l o s u s o s y las tradiciones
artísticas a las q u e él estaba h a b i t u a d o ; u n c o n j u n t o e s t e q u e é l u s a b a , basándose en di-
versos p r o c e d i m i e n t o s n e m o t e e n i e o s , p a r a r e f o r z a r l a e x p r e s i ó n e m o t i v a de la represen-
tación artística. E l artista h a c e u s o d e i m á g e n e s q u e c o n m u e v e n l a f a n t a s í a del espectador
y se fijan en su m e m o r i a , f a c i l i t a n d o y s o l i c i t a n d o u n a v a s t a g a m a d e impresiones y de
reflexiones. D a vida a u n a e x t r a o r d i n a r i a v i v a c i d a d d e i m á g e n e s y d e f o r m a s basada en li
refundición creativa de l o s d a t o s d e la t r a d i c i ó n a r t í s t i c a . C o m o a t e s t i g u a el tratado de
Teófilo De dhiersis artibus, de p r i n c i p i o s d e l s i g l o x n , la c o n c i e n c i a d e la u n i ó n entre aco-
E . ftuwfclcy, fi«n> SelbeHanduh Painling, Cambridge, Mass., I 9 S 3 . p. 3 [ed. cast.: ÍJ>Iprimitivafíamovs.
U
Madrid. Cátedra. 2013].
" J - Huizinga, ls Déelm du Moyen Âge, Paru, 1961, p. 251 (ed. casi.: El otoño de bi Filad Media, Madrid.
Alianza. 2Û01L
"Anselmo de Ao\ta, Monologion, libro X I .
vidad artística y D i o s 1 ;
l l e v a al artista a la búsqueda de diferentes medios de la perfección
artística. S i n e m b a r g o , e n el s i g l o x m , e n la belleza de la obra de arte se empieza a distin-
guir entre el r e s u l t a d o d e la o b s e r v a c i ó n de la naturaleza y las representaciones fantásti-
cas, fruto de la n n . i m n a c i ó n del a r t i s t a , ambas igualmente apreciadas y admiradas.
16
Conclusiones
L a historia de la r e p r e s e n t a c i ó n artística de la naturaleza y de la concepción de sus
forma- figuras c n n - i g e n c s se elabora y se define en el contexto espiritual particular que
caracú i al e s p a c i o m e n t a l de la é p o c a medieval. L o s diferentes conceptos y criterios
anugu ante todo el de la nnttittio natitrac. retomados en el pensamiento y en la prácti-
ca .irn i medie* a l . c a m b i a n su significado y su sustancia.
Hl • na de la na n i raleza y de sus i m á g e n e s en la cultura artística de la E d a d Media se
presen' en dos a s p e c t o s esenciales: el de la iconografía de la naturaleza y el de la repre-
seniai n i derivada d e la o b s e r v a c i ó n e m p í r i c a de la naturaleza, de su conocimiento y de
la reo insi r u c c i ó n c o n v e n c i o n a l de sus elementos. E s t e tema va unido, por una parte, a la
mental . id m e d i e v a l y al sistema de conceptos sobre el orden del mundo y su historia y,
por l a otra, a la h i s t o r i a de los c o n o c i m i e n t o s medievales de la naturaleza y el mundo, con
el desarrollo de las c i e n c i a s naturales de la E d a d M e d i a y c o n las estrucniras particulares
del pensamiento c i e n t í f i c o m e d i e v a l . H e m o s visto, sin embargo, que la historia de la re-
presentación de la n a t u r a l e z a e n la F d a d M e d i a n o se agota en un camino que va direc-
tamente aesde la a b s t r a c c i ó n c o n v e n c i o n a l al naturalismo p o é t i c o , sino que constituye
un f e n ó m e n o i n f i n i t a m e n t e m á s r i c o y c o m p l e j o .
1
L a p e r c e p c i ó n s i m b ó l i c a de la naturaleza - l a representación de la cual se entiende no
como imagen d i r e c t a del m u n d o circunstante sino c o m o imagen indirecta del mundo
|°
divino y. por esta r a z ó n , m u c h o m á s importante que la representación del paisaje en el
arte anuguo o m o d e r n o (en este sentido la imagen de la naturaleza en la E d a d M e d i a es
la del antipaisaje)- d e t e r m i n a el hecho de que el arte medieval ofrezca poquísimos ejem-
plos del paisaje e n e l s e n t i d o a n t i g u o y m o d e r n o . L a naturaleza y sus imágenes fonnan
pane del sistema de los s i g n o s sagrados y de los símbolos, que permiten a la religión
cnstiana expresar su c o n t e n i d o « i n e x p r e s a b l e » y el simbolismo de la fidelidad del h o m -
bre y de la n a m r a l e z a a l C r e a d o r . P r o f ú n d a m e m e unidos al concepto medieval de ima-
gen, el ver y el p e r c i b i r la n a t u r a l e z a e n el á m b i t o de la civilización medieval, los contac-
tos directos e i n d i r e c t o s c o n el m u n d o físico circunstante, y la interpretación de estos
actos en la e x p r e s i ó n a r t í s t i c a , s o n f e n ó m e n o s de gran complejidad que se desarrollan en
diferentes niveles s e m á n t i c o s .
Así, el lado e s p e c u l a t i v o de la p e r c e p c i ó n de la naturaleza, de la asimilación de sus
imágenes y la c o n s i g u i e n t e estilización artística de estas son precisamente los medios a
través de los c u a l e s se e x p r e s a la a d m i r a c i ó n profunda del hombre de aquel tiempo ante
"Teofilo, De Drvcrsu Artibus, ed. C . R- DodwcII, Lond re*, 1961, p. 63.
"'Bonaventura da Bagnorc.1, Commentarius in primum Hbrum Jcntenti/inini Pelli Lombardi, d.3l, p.2. a.I,
q.2,3,cn(*/., Opera omnia, vai. I, Florcncia, I891.
440 \*Tt i HISTORIA F N LA K D A D M l n n MI

la belleza y la p e r f e c c i ó n de l a n a t u r a l e z a . E n e l a r t e d e la I d a d A t e d i a h a y numerosas
imágenes que r e v e l a n esta e m o c i ó n p o r la c u a l e l c r i t e r i o d e \ • r o s t m i l i t u d directa v con-
creta n o es esencial a la r e p r e s e n t a c i ó n . E n t r e las i m á g e n e s d e l a l e n d a r i o s o b r e la arqui-
volta e x t e r i o r d e l tímpano de la c a t e d r a l d e S a n L á z a r o e n A u i u n . d e l s i g l o x u , hay una
representación t o t a l m e n t e s i n g u l a r d e l m e s d e m a y o q u e alud», a la " t r e g u a de mayo»: un
caballero está de p i e al l a d o de su c a b a l l o ; ha d c | a d n s u e s p a d a j e s c u d o detras de él; ame
m
el panorama de la n a t u r a l e z a e x u b e r a n t e , a p o y a la c a b e z a s o b r e e l m e n t ó n \ está repre- COMUNICAR CON LAS FIGURAS
sentado c o m o si estuviera a b s o i t o e n la a d m i r a c i ó n d e la n a t u r a l e z a . E s t a i m a g e n encon-
trará n u m e r o s í s i m o s ecos e n i t n c p r o f a n o d e l f i n a l d e la I d a d M e d i a , e n los grandes Gherardo Ortalli
tapices flamencos y b o r g o ; . r e p r e s e n t a c i o n e s d e l h« i - n l t r e , q u e canta en el bas-

que l l e n o de pájaros y de . r d a r á n n u e v a m e n t e a su p r o t o t i p o a n t i g u o , Orfco,

q u i e n encanta a los pajar, .s . n a l e s . Se i n s i s t i r á d e m u \ o e n e l s u e ñ o del hombre:
establecer una r e l a c i ó n u . i i _ !a n a t u r a l e z a .

I ederico I I , el augristal y las armas de la propaganda

1 n ¡ ' i I la a p a r i c i ó n d e l a u g u s t a l , la m o n e d a de o r o acuñada p o r deseo del e m p e r a -
dor F e d e r i c o I I de S u e v i a e n las cecas de B r i n d i s i y de M c s i n a , marcaba una novedad
clamorosa. I l a c i a s i g l o s q u e e l O c c i d e n t e e u r o p e o n o c o n o c í a una m o n e t i z a c i ó n áurea de
una calidad y u n n i v e l de ese t i p o . D e s d e los a ñ o s de la r e f o r m a m o n e t a r i a p r o m o v i d a p o r
C a r l o m a g n o , la p l a t a e r a e l ú n i c o m e t a l p r e c i o s o q u e se a c u ñ a b a , y para esa cantidad de
OTO todavía i n d i s p e n s a b l e para los g r a n d e s i n t e r c a m b i o s , que a duras penas conseguían
subsistir, se d e b í a n s e r v i r casi ú n i c a m e n t e de los sólidos y dinares acuñados en las áreas
e c o n ó m i c a m e n t e d e s a r r o l l a d a s d e la é p o c a , o sea, la b i z a n t i n a y la islámica. E l uso de las
monedas á u r e a s h a b í a q u e d a d o l i m i t a d o a los l i n d e s de O c c i d e n t e : e n la I t a l i a del sur, e n
Sicilia, e n la p e n í n s u l a I b é r i c a , z o n a s q u e h a y q u e considerar, c o n m u c h o , periferias del
m u n d o i s l á m i c o m a s q u e d e la E u r o p a c r i s t i a n a . A h o r a , la nueva m o n e d a se presentaba
como p r o d u c t o y s í n t o m a d e la r e a c t i v a c i ó n g e n e r a l que estaba d a n d o u n vuelco a los
e q u i l i b r i o s t r a d i c i o n a l e s y l l e v a b a a E u r o p a de una posición de retaguardia a u n papel
p n m o r d i a l e n el escenario i n t e r n a c i o n a l .

Las novedades i b a n m á s allá d e los a c o n t e c i m i e n t o s específicos de la historia monetaria

y las consecuencias i d e o l ó g i c a s d e la iniciativa n o eran menos importantes. Ya el n o m b r e
augustal evocaba la s o b e r a n í a a b s o l u t a de tradición r o m a n a , pero lo que a nosotros nos inte-
resa especialmente es la i m a g e n q u e ( c o n el águila i m p e r i a l representada en e l reverso de la
moneda c o n la i n s c r i p c i ó n Fridcríctts) se e n c o n t r a b a e n el anverso: el busto imperial drapca-
do y l a u r e a d o . D e esta m a n e r a , la cara de F e d e r i c o se daba a conocer en la forma más pres-
agiosa p o s i b l e e n u n O c c i d e n t e e u r o p e o a c o s t u m b r a d o , desde siglos, a monedas en las que
n o r m a b u e n t e casi s ó l o se e n c o n t r a b a - j u n t o a alguna sigla, inscripción o monograma i n -
comprensible a l o m á s - la c r u z o u n t e m p l o . I n c l u s o d o n d e se encontraban bustos de sobe-
ranos, e r a n n o n n a l m e n t c i m á g e n e s esbozadas, privadas de caracteres individuales.

A h o r a c o n la a p a r i c i ó n d e la cara i m p e r i a l se pasaba página, y el a l t o valor e c o n ó m i c o

de la m o n e d a a c e n t u a b a e l s i g n i f i c a d o p o h ' á c o ya declarado explícitamente p o r la imagen.
442 Am i H I M O I I « I N LA E D AD .MEDIA III

COMUNICA* CON LAT> r loen AS 443

También una moneda de vil metal había tenido la
misma función. Rogei I y Roger I I , predecesores
del emperador suabo en el trono del Sur, utilizaron
monedas de cobre tk gran circulación para difun-
dir su imagen (el primero, a caballo; él segundo,
sentado en el trono. p< ru con muy poco ge peno*
nal en la figura) en a.nidios territorios sicilianos
desde hacía poco a n . i liados a los árabes . Ahora 1
realmente resultaba más áulica la Opción fcdencia-
na, que contemplaba grandes horizontes, con la
efigie del eniperadoi mostrada a todos los que tu-
vieran en la mano la preciosa moneda nueva; y que
i I retrato era mucho más que una irrelevantc con-
nción estaba muy claro en la mente del soberano,
que lo proclamaba con lucidez en IJ4S en el mo-
mento de conceder a la ciudad de'lbrtona cldere-
c lio de acuñar la m< meda con su nombre y su tan-
gen; una circulación intensiva reforzaría la fidelidad
V la devoción de los subditos-.
El mensaje lanzado por Federico II con el augus-
ta! (y lo mismo debía de valer para los sellos) era
muy preciso, totalmente coherente con las señalo
que se podían leer en los castillos y en hsdomiiso,ac
se iban edificando y readaptando, y en las obras con
las que pretendía dejar su marca. Desde este punto
de vista, la Puerta de Capua es ejemplar, auténoco
gura del emperador, mgado, sentado en el trono'. Y a la mismafinalidaddebían de estar
destinadas las demás estatuas que representaban a Federico; las coincidencias son muchas
pero muy poco seguí as, dado el modo precario en el que las obras se han conservado. Con
ellas salimos decididamente de los confines del reino del Sur, y como «retratos ideales»
federa unos se han L i t a d o h'J Caballero de la catedral de Bamberg (fig. l)y el de Alagdcbur-
go, per - también el rYi v Justas de la catedral de Estrasburgo. También se ha dicho que los
interese naturalista . del ambiente cultural federiciano y su búsqueda de una representa-
ción tli las cosas tu I a la realidad pueden haber marcado «un paso capital» en la dirección
del reí i i modero- >'
Trai indo de propaganda imperial, obviamente hay que recordar también la opera-
ción pui ta en man ha después de la victoria de 1237 en Cortenuova contra los milanc-
ses, ci -i i loma de su earrocao, que Federico hizo llevar a Roma, donde, colocado en el
Cipu». lúe transí, mnado en monumento a la gloria del poder imperial, provisto de la
inseríp ti elegida por el emperador mismo*. Sería muy interesante discutir también el
uso qiu probablemente, Federico II hizo de las imágenes pintadas, pero el tiempo ha
borrad- odo lo que podía sernos de utilidad; por lo demás, la pinnira no tenía la resis-
tencia ii la época de la que nos ocupamos- ni el valor del mármol o de la piedra. Por lo
que con. terne a la proyección hacia un gran público, sustancialmenre no nos ha quedado
nada significativo, y se ha pensado también en una opción federiciana por la escultura y
la arquitectura pomo medio de transmisión de los propios mensajes políticos, más que
para la pintura y el mosaico que. por el contrario, tanto habían apreciado sus predeceso-
res normandos. Sin embargo, algo intentan decirnos tanto los frescos del palacio abacial
de San Zcno en Verona, con el homenaje ofrecido al emperador por parte de aquellos
que pueden ser interpretados como los pueblos de Oriente, como las imágenes del pala-
cio Finco en Bassano del Círappa, con Federico II que ofrece una rosa a la consorte Isabel
de Inglaterra . A decir verdad, siguen existiendo dudas sobre su exacta naturaleza, sobre
6

manifiesto del poder imperial, construida entre

Figura I. Bamlic-rg, catedral de San Pedro
y San Jorge. EI CabAlero de Bamberg
(supuesto rciraio del emperador Federico
11 de Suabia). piedra, es. 1236.
'LTrasaini, La monetazione nell'Italia normanna, Roma, 1995. pp. 86-87, 277-283 S S .
-"J.-L--A. Hudlard-Brcbollcs (ed.), Histona diplomatica Frateria Secondi, vol. Vl/2, Paris, 1861, p, 669.
1234 y 1239 como protección del puente sobre d
Voltumo. punto de acceso a la ciudad pero también
al reino para quien provenía de la vía dsilina. Lo
que permanece de su monumental aparato figurati-
vo, que se combinaba con la grandiosidad de la ar-
quitectura, nos ha llegado incompleto y mutilado y,
aun así, atestigua con vigor la referencia a la expe-
riencia clásica, a la recuperación de lo antiguo, en-
tendido aquí como soporte ideológico en teníanos
parecidos a los del augustal. Kra el sentido de b
autoridad el que debía impresionar a iodo el que
pasara por aquella puerta, y a ello contribuían -co-
mo enseres de la grandiosidad del monumento-la
serie de retratos alegóricos pero, sobre todo, la fi-
' Son imichas las refcrcncias i la Pucrta de Capua, peto conviene partir de C. A- Willemsen. Kaiser Friedri-
ch II Trtumpbator zu Capua Ein Denkmal Hobenstaujisther Kunst in Suditatien, Wiesbaden, 1953.
* Asf E Castel n u o v o . -Il v o l t o di Federico», en M. S. Calò Mariani y R. Cavano i :d . Federico lì Imma-
gine e potere, catàlogo de la cxposición (Ban. 4 de febrcro-17 de abnl de 1995). Vcnccii, 1995, pp. 63-67, en
cnncrcKi pp 64-ft5. F.n general, entre om>s. W. R. Valcnnncr. Tbe Bamberg Rider. Studiti of Mediaeval German
Sadptine. Los Angeles, VIS6; P.C. Claussen. -Die Erschaffung und Zerstörung des Hildes Friedrichs II. durch
die Kunst gesellicbto, en K. Kappel, D. Kemper >< A. Kmal (cds.), Kunst im Reick Kaiser Fnedriebs II von Ilo-
beiittaiij'cii. Akten des internationalen Kolloquiums im Rbeinistben Dindesmuseum, Bonn, 2, Ins 4. Deceinbcr, 1994,
Muuicli-Berlin, 1996. pp. 195-209. A modo de stniesis, A. Cada, sub voce «Federico li», en Fneielopedia dell'arte
nieJirvu/e, sol VI. Roma, 1995, pp. 104-132, en concreto pp. 123-124.
Para los verso* mencionados por diverso; cronistas.cn-. Huillard-Breholles (ed.), tintoria diplomatica, cii,
voi. V/l. Paris, 1857, p. 163; H. Zug Tucci.« Il carroccio nella vita comunale italiana-, Quellen undForschungen
aus itaheniuhen Arcbn-en und Bitdiotcken LXV ( 1985), pp. 1 -104. en concreto p. 102. Federn» ti e l'Italia. I'crcor-
ti, luoghi, segni e strumenti, caiälogo defaexpobición (Roma, 22 de dicieinbre de 1995-30 de abril de 1996),
Roma, 1995. pp. 336-337,fichiX . l .
•At E, Avagninn. «L'incontro con la Marca e con E/jrbnn. L'eco dell'imperatore: due adi pittorici fede-
ncmni nel territorio della Marca veronese e trevigiana-, cn C, Bertelli y G. Marcadelln (ed*.), Ezzelino Signori
della Xhtten nel cuore dell'Impero di Federico II, catalogo de In exposic'ión (Bassano ilei Crappa, 16 de septiembre
de 2001 -6 de enero de 2002), vol. I, Milan, 2001, pp. 147-1 55. En elianto a las dudas sobre la cmtentia de una
444 ABTI I M ISTO« I S i » LA E D A D M i n n 111
la fecha (fijada en 1238-1239) y sobre la relación misma con Federico I I . dudas queme
parecen, quizá, más fundadas para las pinturas del palacio l i n e o . E n cualquier caso, el
carácter de las dos obras es muy diferente. Si la p r i m e r a , -miada en una sede de gran
oficialidad eclesiástica, proclama con todas las letras el papel universal del emperador,la
segunda, en un contexto domésticamente privado, nos lleva a la refinada civilización
cortés. Sigue la duda de saber en que registros se movió la \ oí untad imperial de llegara
púhlicos más amplios a rra\ es de imágenes situadas en lugai s abiertos, muy frecuenta-
dos (y no es muy imprudente tfirmar que los ambientes ¡mpt i iales no renum iarun aesas
imágenes).
Está claro que. para que \ mensajes f u n c i o n e n , n o es suficiente con que alguien los
lance. Es aún más necesari uien los reciba. Por l o tanto, las iniciaras i s de Fede-
rico 11 presuponían, por ur público capaz de decodilicarlOS V . por otro, merece-
dor de ser tenido en cueni i líentela presencia de u n publico de ese tipo nos sitúa
1
ante situaciones cuyo ínter. . ¡t ha más allá de la importancia misma de un nuevo
cuño monetario, o de una 11 tal puerta de entrada .i la ciudad, o de imágenes
transmitidas de varias fot De lo que se trata es de entender la novedad, t i
augustal, las estatuas del emp • el ¿orrocao, botín de guerra transformado en mo-
numento, eran señales d e u n m u r >jue había cambiado completamente en relación con
los siglos de la Alta y la Píen.. 1 dad M e d i a . M u c h o había cambiado. La imagen tiene
sentido sólo si hay alguien que la lea y la escuche, pero ahora la escucha era diferente.
Habían cambiado los esquemas comunicativos, el público, los canales de transmisión y la
calidad de las informaciones que la figura podía divulgar.
Algo fue cambiando en relación con el pasado y, en el siglo x t n , en los anos de Fede-
rico 11, ese algo había alcanzado su plena madurez. H a y dos aspectos que me parecen de
gran relevancia: el poderoso crecimiento de un sistema ¡cónico laico y, a la vez, el naci-
miento de lo que podríamos llamar ya opinión pública. E n estas nuevas condiciones, el
coloquio entre el comitente de las imágenes y su destinatario se producía con modalida-
des y funciones en parte nuevas y no usuales.
L a propaganda de la Iglesia
La novedad representada por el augustal y, más aun, c o m o veremos, por la política de
la imagen puesta en marcha por los comum italianos llevaba aire fresco a situaciones figu-
rativas de viejísima tradición, en las que el lugar absolutamente central había sido el de
las instituciones eclesiásticas. Las necesidades de la Iglesia y de la fe frente a una soaedad
en gran parte analfabeta habían impuesto una acción informativa y de catcquesis figura-
da, además de verbal, en términos proclamados |>or las máximas autoridades de la jerar-
quía eclesiástica. Que la pintura fuer3 escritura y m e d i o de instrucción y guía para los
incultos era un concepto en auge, expresado ya claramente en sus términos esenciales
por la carta del papa Gregorio Magno al obispo Sereno de Marsella en el año 600, y
autentica pintura fedenciana. cfr. Pace, Vittura e Miniatura svrva da Vcdenco II a Corradino; storui e mito, in Frài-
na II e Vitalia, a t . pp. 103-i 10.
COMUNICA* CON I AS MCI'BAS 445
permanecería siempre como eje, hasta el punto de insertarse sin necesidad de comenta-
rios específicos, a mediados del siglo xn, en el texto fundamental para la canonística: el
Dt-oriiim de ( ¡raciani i. - I n ipsa picmra Jegunt qui Utreras nesciunt» . El viejo tema había
7
resisiidn de este im ido tanto a los modelos anicónicos en competencia de la religión is-
lámica t o m o a la pi diuca iconoclasta que el mismo imperio bizantino, después de haber
intentado importarla al Occidente cristiano en el siglo vm, había abandonado en cual-
quier . iso, y no sera necesario citar a Tomás de Aquino para comprender que uno se
persuade más poi la vista que por el oído: «ex visis efficacius quam ex auditis»* .
N s necesarii i insistir demasiado en un concepto banal y conocidísimo como es el
del ap. . que la liLiira puede ofrecer a las necesidades de la Iglesia. Es mejor decir que
su utili i ion se va relormtilando significativamente en tiempos no lejanos de aquellos en
los qu miaremos bis novedades de la imagen laica. La larga experiencia eclesiástica
consei i operaciones precoces y, al mismo tiempo, imjionía pasos más comedidos en el
marco una cnnnnuidad que intenta evitar saltos demasiado drásticos, pero los cam-
bios qi -e verán madurar en el ámbito laico en el Duccento respondían a novedades con
las qu< .inbien la Iglesia tenía que ver. E l cambio de época madurado a partir de la lla-
mada upe ración del año Mil», y desde el siglo x i , se había notado en toda su com-
plciid.t , . |j esfera de la comunicación visual. Esa «recuperación» -larga y compleja-
n
marca m ames y un después, un cambio comparable al paso de la civilización
tardoan;i *ua 3 la altomedieval. El Occidente cristiano, aun con tiempos y modos diver-
L
sos según las diferentes áreas, se «pone a correr» y el sustancial estatismo de los difíciles
siglos anicnores al año M i l deja paso a energías antes impensables, construyendo nuevos
órdenes a nivel hemisférico. Tanto la religiosidad como las estructuras eclesiásticas que
la encuadran deben responder a contingencias imprevistas y a saltos insólitos, mientras
que el escaso dinamismo del pasado, con sus formas más bien convencionales (a pesar de
épocas como la carolingi3), se carga de otras energías, aunque se expresen con toda la
controlada cautela del mundti clerical.
En sustancia, me parece que el catecismo empieza a ir junto a una propaganda con
pocos precedentes. Los muros de las iglesias no pueden ya limitarse a explicar la vida de
Cnsto o de los santos, o a enseñar las virtudes cardinales, o a mostrar ángeles, apóstoles o
proletas. A la comunicación de un tiempo, simple aunque refinadísima, se unen señales
mucho más complejas (c interesantes para nuestras consideraciones) que podemos captar,
sobre todo, a partir de los siglos xi y x n , y por las obras escultóricas, mejor conservadas
que las pictóricas. E n ellas encontramos el signo de nuevas formas de religiosidad susten-
tadas, sobre todo, en primer lugar, por las congregaciones benedictinas refonnadas (clu-
niacenscs, cistercienses, cartujos, valombrosanos...) para las cuales a la contemplación se
había unido una combativa lógica de intervención activa, y la misma oración se convertía
en un modo para combatir al antiguo enemigo: el mal, el demonio. Son los tiempos de la
refonna gregoriana y de querella de las investiduras, de las cruzadas, de las paces y de la
treguas de Dios, impuestas si es necesario con las armas, y los reflejos del nuevo clima
Graciano. Dtcretuni. C.27. D. I I I de consecr. («Precisamente en la pintura Iwn los «jue conocen la M e n -
tara»); cfr. E . Fricdbcrg (ed.), Corpus inris canoma. s o l . 1, Leipiig, 1879, col. 1.360.
H b m á s de Aquino. In quatttior libios srntmtiarum, ds. 9, qu. I , ar 2b, ra 3.
•m A R T E F m s i O R I \ I N i. ,\ ! • U A O M I n u III
social y religioso se leen en los paramemos de los edificios eclesiásticos, sobre todo, en los
lugares en los que par.i la Iglesia las razones de a n t a g o n i s m o ( c o m o la cercanía del islam
o la presencia de herejes) están más p r ó x i m a s y son m á s urgentes.
Estamos ame un vuelco que se percibe claramente al m i r a r la actitud diferente que se 1
nene hacia el |udío y su sombrero en punta, y a c ó m o c a m b i a s u papel en la iconografía
en el paso entre la Alta y Baia E d a d Media, c o n los c a m b i o s que marca el 1096, el año de
la pnmera cruzada. L a Sinagoga hecha persona, c o n los oi<»s velados por la venda que
esconde la verdad, se prepara ahora a traspasar c o n u n cuchili" > al cordero místico, y en
la fuerza de esa imagen quiza se puede encontrar la fuente de los procesos poi profana-
ción de la hostia, página dramática de la p e r s e c u c i ó n aniisc-insta''. P e r o el adversaria no
es sólo el judío. E l ciclo de esciilrtiras que ilustra el P ó r t i c o Real de C h a r t r c - (1145-0*
1155) con la proclamación ... i <i raleza h u m a n a de G H s t i v el valor de la eiicansriay
de los sacramentos, se conti^ i<> un s e r m ó n en defensa de la ortodoxia contraías
doctrinas cataras, y el con .ntiherctico se ratificaba por las esculturas de las
puertas del transepto septt inte el p r i m e r c u a r t o del siglo X I I I ' " . Son lósanos
en los que la predicación ha -! puesto a las armas \ el papa, Inocencio III, lan-
zaba la cruzada contra lo- ..i e m p e z a n d o en 1 2 0 ° una guerra que terminó sólo
en 1228 con la sanirnent.i an;. n de la herejía catara en el sur de Francia. Y hacia
los misinos años en la c o s u u i vdriático. el p r i m a d o de C r o a c i a , el arzobispo
Bernardo, con el prograrn i • - . . e s que debían ilustrar la monumental puerta de la
catedral de Spht. proponía un diM.urstj au ti h e r é t i c o de signo a n á l o g o , iniciando una se-
cuencia iconográfica en defensa de la ortodoxia que c o n t i n u a r í a hasta el panel de piedra
situado detrás del altar mayor de la catedral hacia 1 2 4 0 - 1 2 5 0 " .
E n una época de energías renovadas, los enemigos se encuentran (y se buscan) en
muchas direcciones: el hereje, el ludio, pero t a m b i é n el infiel, e igualmente con una
proximidad temporal que confirma c ó m o se nos sitúa en m o m e n t o s clave para la comu-
nicación icónica. en el no breve pero, en cualquier caso, c r í t i c o periodo del que estamos
hablando, he aquí que entra decididamente en escena el s a r r a c e n o . P o r lo demás, son los
años de las cruzadas, y estas imágenes se pueden v e r sobre todo en las zonas más prún-
inas a los confines con el islam, como en el norte de la península Ibérica, en León, donde
la puerta meridional de la iglesia de San Isidoro muestra u n a simbología explícita de fe-
cha incierta pero que. en cualquier caso, se puede datar e n los a ñ o s del reinado de Alfon-
so \TI (1126-1157). en plena Reconquista. E n lados opuestos del C o r d e r o sacrificial,
Isaac y Sara están frente a Ismael y Agar. P o r lo tanto, la m u j e r de Abraham, ejemplo y
modelo de fe, con el hijo Isaac, obediente y dócil, tenido en anciana edad por un especial
«pacto con Dios» y visto como la prefiguración de C r i s t o , se contraponen a Ismael ya
su madre Agar, la esclava egipcia que durante el largo intervalo de la esterilidad de Sara
*B. Bluincnkranx. Le juif medieval au miroir de Vari ebrei ten. Paris, 1966.
"A. lì M Katicnellenbogen. The Sailptural Programs of Chartres Cathedral, 1<uc\^V*n\i, W :
7-26.
56-78.
" V. P. Cío». -An and Polines m the High Middle Ages: Heresy, Invesotiirc Contest, Cmsadc», enX
Banal i Altei (éd.). Artistes, artisans et production artntique au moyen âge, vol. I l l : Fabrication et amsommatm de
Town, Pam. 1990. pp. 525-545, en concreto pp. 530-531, 535-536.
CoMI'NII - I ('ON LAS rififHAS 447
Figui mriljpl de • 'imposte!*, catedral de Santiago, tímpano de la porrada del tranvcpio sur, Santiago a
caballo en la batalla de Clavijo, piedla, ta. 1230
había lo el instrumento necesario para dar descendencia a Abraham y que, a pesar de
ello. I i tratado con desprecio a su señora hasta el punto de su alejamiento *. Lo que 1
las fie s querían comunicar se aclara recordando cómo la Edad Media llamaba agare-
nos D I ilaclitas a los árabes, considerados descendientes de Agar, y creía que Ismael era
progn . »r tic Mahoma. P o r falsa etimología se pensaba también que los sarracenos (o
sea. n i . ; genéricamente los musulmanes) eran descendientes de Sara. Los valores simbó-
licos debían de s e r evidentes para un inundo en el que la doctrina cristiana y el texto bí-
blico eran base fundamental de la cultura corriente; pero como, en cualquier caso, po-
dían escaparse a quien no conociera el libro del Génesis, para hacer más explícito el
mensaje, Agar aparece levantándose el vestido, con la actitud licenciosa atribuida a las
mujeres islámicas, e Ismael con el túrbame en la cabeza'*.
Son los años en los que en las fachadas y en el interior de las iglesias aparecen c o n una
frecuencia s i n precedentes figuras de caballeros armados (fig. 2). Haciendo guardia a la
entrada de la catedral de Verona. sobre las jambas, se esculpieron (hacia 1140) nada menos
que a Olivicro y a Roldan con su Durandartc, mientras que en Inglaterra, en Fordington,
san Jorge (¿o tal vez Santiago?) no atraviesa al dragón, sino a un personaje a quien el
escudo redondo delata como infiel, y lo mismo sucede en los frescos del periodo romá-
nico de I lardham. E n Borgoña, la imagen apocalíptica que en el techo de la cripta de la
catedral de Auxcrre representa a Cristo caballero sobre una cruz de piedras preciosas con
los ángeles también a caballo, se puede fechar probablemente hacia 1100, en apoyo de la
primera cruzada de la que el obispo local, I lumbaud, fue gran promotor (fig. 3) ' . Pero 1 1
el conflicto puede explotar también en el ámbito de la plena ortodoxia y, del mismo
modo, el antagonismo entre papado e imperio en la época de la querella de las investidu-
ras se transfiere a los muros pintados, como sucede en la abadía de la Trinidad en Ven-
'•'Genesis 16. 17 y 21.
"Gov.. Art mid Polities, ext., pp. 535-536.
l
* L. V. Seidcl, -Holy Warriors: The Romanesque Rider and the Fight Against Islam*, en T. P. Murphy
led ). The Holy War, Columbus. Ohio. 1976, pp. 37-77; Goss. Art and PoUncf, cic, pp. 538-539; U. Denny. -A
Romanesque Fresco cn Auxcrre Cathedral*. Cesta XXV, 2 (1985), pp. 197-202.
448 ARit I HISTORIA E N L A lî O A l> M F I) I A Ml

COMUNICAR CON LAS FIGURAS 449

culturales d e la é p o c a ; las c i u d a d e s vivían u n e x t r a o r d i n a r i o d e s a r r o l l o , m i e n t r a s apare-

cían nuevas clases s o c i a l e s y n u e v a s franjas de p o b l a c i ó n . La c u l t u r a y las prácticas de
conducía d e l o s c é f i r o s u r b a n o s d e j a b a n atrás la c u l t u r a precedente de los castillos, las
p a r r o q u i a . , los m o n a s t e r i o s , a p a r t a d o s e n l u g a r e s a m e n u d o inaccesibles. N a n i r a l m e n t e ,
1

nada t e r m i n ó d e ui, lía p a r a o t r o , p e r o e l i n d u d a b l e disgregarse y r e c o m p o n e r s e de e q u i -

librios «pie e l ( ) c t iA m e e u r o p e o estaba v i v i e n d o , abría al uso de la i m a g e n perspectivas
impensables, c o n n v i a l i d a d e s d e c a m b i o q u e , p o r o t r o l a d o , n o eran e n todos los sitios
1

las m i s m a s , s i n o q u v a r i a b a n s e g ú n los l u g a r e s y situaciones.

E n el c u a d r o p r i c r a l , n o s i n t e r e s a n s o b r e t o d o las ciudades, cuyo incrementado peso

Figura i . \uxcrrc iBorgoi
rodeado f
d o m e , d o n d e la i n v e s t i d u r a d
cabildo, muestra u n caso e j e i i i p ! . : :
demogi í n c o , eooni r u c o , c u l t u r a l y p o l í t i c o aconi'xuíaba a nuevas dinámicas y a procesos
día Icen . .s a m c n u i l • v i o l e n t o s , c o n reflejos t a n t o i n t e r n o s c o m o hacia el exterior, en c o y u n -
turas p i las q u e a las partes e n l i d se i m p o n í a n renovados instrumentos para r e g i r una
compi t. MI e n c o n t i n u a e v o l u c i ó n . Precisamente, la referencia al papel central de las c i u -
dades • plica, a m i e n t e n d e r , p o r q u e los nuevos m o d o s de utilización de la imagen se p r e -
sentab r o n partí*, u l a r c a p a c i d a d i n n o v a d o r a e n la Italia centro-septentrional, que vivía
precoz i • n t e y c o n m a y o r i n t e n s i d a d la experiencia de los ciudadanos corrientes, el emerger
de cías i nirguesas. la a v e r s i ó n a « l a s gentes nuevas y las ganancias rápidas» y, a la vez, las
r r - K n c n n c . c n p t a . C r i s t o u l u l l e r o e n el centro de la cruz
tensioi I r e n t e a los v i e j o s g r u p o s d i r i g e n t e s , así c o m o sus reconversiones parciales a los
j caballo, pintura m u r a l . I 100.
nuevo* l u d i b r i o s . P r e c i s a m e n t e , la m a y o r vivacidad ( o violencia) de los procesos dialécti-
cos empuja a u n a u t i l i z a c i ó n m á s creativa de la c o m u n i c a c i ó n a través de la figura. E l precio
I e*T0 e n l a c á t e d r a , p i n t a d a a l fresco e n la sala del
es a l i o . 1.1 n u e v o es f a v o r e c i d o —y p a g a d o - p o r la costosa inestabilidad en la que los comuni
a p o y o a l a s i d e a s d e la r e f o r m a g r e g o r i a n a . 1 5

se debaten, e n la p e r e n n e b ú s q u e d a de u n o r d e n que se alcanzará sólo con su fin, o sea, con

L o s n u e v o s t i e m p o s i m p o n e n un m o d o d i f e r e n t e d e c o m u n i c a r y , c u a n d o las necesi-
dades se h a c e n m á s a c u c i a n t e s , las i m á g e n e s v a n m u y b i e n . E n e l f o n d o , las imágenes de
la p r e d i c a c i ó n se las l l e v a e l v i e n t o , m i e n t r a s t p j c las figuras p i n t a d a s o e s c u l p i d a s perma-
necen e n e l t i e m p o ; y p a r a ser d e v e r d a d e f i c a c e s n i s i q u i e r a t i e n e n la n e c e s i d a d de refi-
n a m i e n t o s o e s m e r o , m á s a d e c u a d o s a l o s m á s o m e n o s p r e c i o s o s c ó d i c e s reservados a
u n o s p o c o s . C u a l q u i e r a q u e sea la c a l i d a d ( a l t í s i m a o m o d e s t a ) , l a i n f o r m a c i ó n y la ense-
ñanza l l e g a n s i e m p r e .
La imagen «laica» en la Baja E d a d M e d i a y las novedades de
la Italia de los comuni
L o q u e s u c e d í a e n e l c a m p o e c l e s i á s t i c o se v o l v í a a p r o p o n e r c o n m u c h o m a y o r énfa-
sis e n e l á m b i t o c i v i l , b a s t a n t e m e n o s v i n c u l a d o a d e l i c a d a s c u e s t i o n e s d e o r d e n concep-
t u a l o t e o l ó g i c o , o a l p e s o de u n a s o l i d a t r a d i c i ó n o , l a l i s t a n o t e r m i n a a q u í , a cautelas
impuestas c u a n d o se t r a t a n t e m a s d e la s a c r a l i d a d . L a s e s t r u c t u r a s p r o d u c t i v a s y las rela-
ciones de p o d e r t í p i c a s de la AJta E d a d M e d i a h a b í a n e n t r a d o e n u n a c r i s i s profunda;el
c r e c i m i e n t o e c o n ó m i c o d e s p u é s d e la r e c u p e r a c i ó n d e l a ñ o M i l e s t a b a empujando al
O c c i d e n t e e u r o p e o a u n a p o s i c i ó n d e v a n g u a r d i a c o n r e s p e c t o a l a s o t r a s grandes áreas
H . Tuubert, «t>ci fresques de la Trinité de Vendôme, un témoignage sur l'art de la reforme grégorien-
1 1
el afirmarse de la s e ñ o r í a y d e s p u é s d e l p r i n c i p a d o . Es u n peaje que resultará menos gravoso
para las grandes á r e a s e n las q u e las a u t o r i d a d e s soberanas reinan y se consolidan. El reino
- p o r m u \ a g i t a d o o v i o l e n t o q u e pueda ser- tiene e n sí u n o r d e n intrínseco ligado a la p r e -
sencia (en e l m o n a r c a ) tic u n b i e n r e c o n o c i b l e , p u n t o de enlace de las dinámicas poÜbcas
que le l a h a n al co/nutu; «me busca c o n atan una estabilización e n la fase de su «atraordinario,
asombroso d e s a r r o l l o . M a d u r a r t i e n e costes considerables.
L o s f u e r t e s p r o c e s o s d i a l é c t i c o s puestos e n m a r c h a p o r el c r e c i m i e n t o de los siglos x i ,
xn, XIII y aún e l x i v , t i e n e n q u e v e r m u y p o c o c o n el u n i v e r s o a l t o m e d i e v a l , ciertamente
no m e n o s v i o l e n t o o d u r o , n o m e n o s rico e n aventuras, p e r o sí m á s estático, menos capaz
de expresar n o v e d a d e s y c a m b i o s - N o es, p o r t a n t o , una c o i n c i d e n c i a que precisamente
los a m b i e n t e s c i u d a d a n o s d e la Baja E d a d M e d i a , especialmente italianos, p r o p o n g a n los
m o m e n t o s de m a y o r s i g n i f i c a d o p o r l o q u e c o n c i e r n e a l uso de la figura. E l contraste con
respecto a l o s s i g l o s a l r o m c d i c v a l e s aparece s e g u r a m e n t e enfarizado ante nuestros ojos
por la falta de t e s t i m o n i o p a r a a q u e l p e r i o d o . T a m b i é n la A l t a E d a d M e d i a habló p o r
imágenes, p o r s u p u e s t o , p e r o l o h i z o a una sociedad m u c h o menos v i v a , con una « o p i -
nión p u b l i c a » casi i n e x i s t e n t e , c o n e x i g e n c i a s m e n o s refinadas y estructuras sociales re-
l a t i v a m e n t e m u y s i m p l e s . S o b r e t o d o , l o h i z o - y a se ha d i c h o - en condiciones de abso-
luta p r e e m i n e n c i a d e la c u l t u r a c l e r i c a l y, si n o h a y d u d a del p r o t a g o n i s m o del papel de
la r c l i g n i n para t o d a la E d a d . M e d i a , es t a m b i é n c i e r t o q u e , e n los siglos sucesivos al año
M i l . el c r e c i m i e n t o de la c u l t u r a laica l l e v ó u n aire d i f e r e n t e respecto a una A l t a Edad
M e d i a e n la q u e e l m u n d o d e la figura h a b í a q u e d a d o l i g a d o , especialmente, a las necesi-
dades de la c a t c q u e s i s y a las e x i g e n c i a s de la fe.

ne-. Cahiers de avilisalton médiévale X X V ] ( 1 9 8 Î ) , pp. 297-326.

450 A R T I F HISTORIA I N LA E D A D M I . I; it III
COMUNICAR CON LAS FIGURAS 451
Como siempre, conviene no simplificar demasiado las valí naciones de realidades com-
plejas. Incluso aunque fue el reino de Dios el que más interés despenó, eso no significa que Piénsese cómo ya en 1171, mucho antes de la Puerta de Capua, la Milán antiimperial
el resto desapareciera, y esto, obviamente, también es válida para las imágenes. Así, d había propuesto el ciclo escultórico de Porta Romana"; y cómo, también cn Milán, la
mundo laico no aparece sólo como coprotagonista, como en c I t aso, por ejemplo, del mo- estatua ecuestre del alcalde Oldrado de Tresseno en el Broletto-' se remonta al 1233; y 0

saico del presbiterio de San Vital de Rávena, que muestra en s i , esplendor impenal a Jusn- antes incluso, en 1229, la mingo lapídea del alcalde Nazario Ghirardini a caballo se había
niano y Teodora, o en el del triclinio de Letrán, ordenado e n u . el 796 (o más bien el 799) exhibido en la puerta liernonis en Rcggio Emilia , mientras que hacia finales del siglo xu 21

y el 800 por el papa león I I I . con Carlomagnoy el misino poní Hice a los pies de san Pedro, o principios del SM!i e] «lux, símbolo concreto del conmiune Vcneciaritm, figuraba también
o en la coronación de Reims f hacia el 840) con Ludovico Pío, míe recibe la corona del pipa junio a san Marco- en el grvssa veneciano, la moneda de plata de buena aleación y amplio
módulo que adqun ió rápidamente una gran fortuna . En cuanto al etnrocem de los mila- 22

Esteban IV ''. En efecto, primeros actores y no sólo COprOtagi >¡ usías son los expi mentes de
1

neses M.insformad' < • n nionmncnto al triunfo imperial, en realidad era no sólo una má-
la laicidad, por ejemplo, en los mosaicos del palacio de Jusiim.nu» en Constantmopla o los
quina útil en la bal día sino también un monumento-símbolo de la unidad y del poder
triunfos de Hclisario (del •><_' en las escenas de guerra hi i has pintar por (iarlonug-
ciudadano, «inventado* en 1039 por el obispo Aribcrto de Intimiano en ocasión del
no en el palacio de Aqui>2r - as pinturas palatinas de la sala imperial de Iiigelheim
! conrii. . con el ein|ierador Conrado II el Sálico, pero después recuperable cn tantos
ordenadas por Ludo\i< scribían las hazañas de 1« iancos basta Carlomagno OtTOs ntextos en Italia y fuera' . Para acentuar el apoyo psicológico garantizado a los
1

(frescos que merecieron
tructura arquitectónica de
celebraba la victoria di I
poeta Enuoldo N'igcll- mayor atención que la es- comí- ntes poi piel símbolo de comunión y de fuerza, podía intervenir la figura de la
i también en la represen i •• i o n que. en Mcrseburgo. cruz ida sobre la insignia que colgaba del pendón y, aunque raramente, sobre todo
alien .s Alpes, aparecía también la imagen del santo protector, aliado celestial dis-
Pajarero contra los húngan »s en Riadc en el 933". Sí
puesi ayudar en caso de necesidad' . Es mas, las imágenes podían ser más de una; los
4

podria añadir probableinct : :uas. si el tiempo y los hombres hubieran consenado

p.ur- Jovita y Faustino para los brescianos, o el Cristo ¡unto a san Ambrosio para los
más maienalesy no SÓloli - -ie algún cronista inciu »s desatento que los demás.
niil.ii> mientras que en el canvccio (el estándar) del heterogéneo ejército inglés, em-
En cualquier caso. sigu. - lable insistir en una explosión tardomedieval de b barcad eñ la batalla de Northallerton de 1138 contra los escoceses, eran nada menos
imagen como instrumento ¿ nicacáón dirigido a los laicos para fines laicos. que n los santos llevados al campo de batalla con sus estandartes: Pedro, Juan y Wil-
Por lo tanto, si el mundo ni • parece haber sido el auténtico terreno elegido en fredo. (..lirones de York, Bevcrly y Ripoiv".
relación a los nuevos modos de transmitir mensajes figurados más complejos que en el
pasado, cabrío preguntarse por qué hemos partido de un Federico I I , quien, por tantas Lo verdad es que son muchos los signos de lo nuevo que irrumpen en la práctica de
cosas, se erigió como firme antagonista de ese mundo; heredero más bien de asuntos la comunicación por imágenes, pero me parece que son sobre todo lasfigurasesculpidas
como el de un Otón de Frisinga. el gran prelado y canciller de Federico I Barharroja.que en Pona Romana en Milán las que nos llevan de lleno a un mundo diferente respecto del
en 1154 había mirado con asombrada indignación el explotar de la experiencia comunal " 1

Parecería que las cuentas no cuadraban y. en efecto, no cuadran. Si bien se mira, el gran
emperador suabo, el srupur vttuidi. nos viene muy bien para demostrar cómo los nuevos ' * E n síntesis, t ¡ . A- V c r g a n i . Rilieii di Fona Romana, m Milán, e la Lombardia in eta .animale: irteli XJ-XU.
tatal<i«r. d e la e s p o s i o ó n ( M i t i n , 1 5 d e a b n l - l 1 d e j u l i o d e 1 9 9 3 ) , ftfiflpfc 1 9 9 1 . p p . 4 7 1 - 4 7 2 y 4 7 4 - 4 7 5 ; e s t o -
usos de la imagen habían alcanzado los más altos niveles, pero también es verdad que los
d a v í a u n i e l v i c i o e n s a y o d e L . B e l t r a m i . -I li • • •• il • • c o m m e m o r a m i d e l l a L e g a L o m b a r d a già esivtenti alla
augustales, o la Puerta de Capua, o las estatuas con la figura áulica del soberano, llegaban amica P o n a R o m a n a - , Archivio nomo lombardo «ene III. I V (1895), pp. 395-416.
con retraso con respecto a todo lo que había sabido hacer el mundo de los tamuni. " R Cìrandi. - O l d r a d o d a T r e s s e n o - , cn C B e r t e l l i ( e d . ) , // Millennio Ambrouano La città del vescovo dai
Carolingi al Barharmsa. M i l á n , 1 9 8 8 . p p . 2 4 0 - 2 4 9 ; / V M . mini An tomai ile, in Milan, e il mo territorio in
età comunale (M-\ii ccolo) Atti del Convegno ( M i l á n . 2 6 - 3 0
S d e o c t u b r e d e 1987), S p o l e t o . 1989, vol. I . p p . 2 7 - 5 2 .
cn concreto pp. 4 9 - 5 1 .
, &
( J . B. L a d n c r . - I m o s a i c i e p l i a f f r e s c h i c c c l c s i a s Q c o - p o l i t i c i n c l l ' a n u c o p a l a z z o l a t c r a n e m e (|935)-,en
Cronica, e d . C S c a b a . v o l . 1, T u m h o u t . 1 9 9 8 , p . 9 8 .
-'• S a l i m b c n c d e A d d i t i ,
«/.. Images and Ideai m tbc Middle Age*. Selected Studies in Histvry and Ari, voi. I, R o m a , 1987, p p . 347-166; H.
-• F. C. L a n e y R . C . M u e l l e r . Money and Banking ut Medieval and Renaissance Venice, v o l . Ir Coins and Moneys
B e l u i i g . - D i c b c i d e n PalaNtauIen L c o s 1IJ. i m L a t e r a n u n d d i e K m s t c h u n g e i n e r p a p s d i c h e n P r o g r a m m i a m o ,
ofAttoniti, B a l t i m o r e , M d . / L o n d r e s , 1 9 8 5 , p p . 1 1 3 - 1 1 5 .
Frùbmitttlallerlube Studien X J l ( 197H). p p . 5 5 - S 3 . c n c o n c r e t o p p . 6 2 - 0 " ; A . M o n c i a u i , - D e g l i arredi piiionn
" L a p r i m e r a a l u s i ó n c o n o c i d a a l larroctìo c r e o q u e s i g u e s i e n d o l a d e A r n o l f o d e M i l á n ( q u e v i v i ó c u p l e n o
e musivi", en K. C a M e l N u o v u v CJ. S e r g i (eds.). Ani e stona nel Medioevo, v o i . 11, T u r i l i , 2 0 0 3 . p p . 2 6 7 - 3 0 2 , en
Mglo q u e l o r e c u e r d a e n l o s Gesta arcbiepisioponim Mediolanensium, e d . L . C . B e i b m a n n y W . V V a i i c n b a c h ,
concreto pp 2 8 9 - 2 9 Q |ed c a s t . . Ane e bistona cn la Edad Media II Sobre ci consentir técnicas. anatas, artesann.
MGH, Scnpiorcs, v o i . V i l i , H a n n o v e r . 1 8 4 8 , p . 1 6 . D e l tarroreio c o m o « f e l l o n i e n o e u r o p e o » h a b l a l ' I V o t t n i e r ,
tomiteniei. M a d r i d . A k a l . 201 3).
Il carroccio. T u r i n , 1 9 9 4 , p p . 6 3 - 1 3 6 .
n
K n n o l d u N igeilo. Canneti in honorem Hludcmici, e d . li. IJummlcr, Monumenta Gennamar limona (i **Zuf;Tu(Xi, 11 carroccio, cit., p p . 19-22.
partir de a h o r a MGH). l'oetae latini aevt Carolini, v o i . 1 1 / 2 , Berlin, 18K4. c n concreto p p . 6 5 - 6 6 . l i b r o IV, w B
The Chronicle of Richard, Prior of Hexham (A.D. 1135 to
L o a t e s t i g u a ta c r ó n i c a d e R i c a r d o d e H e x h a m ,
260-282, I l L I irinj. I -Storiche fijnirazioni. Il m o n d o occidentale. M e d i o e v o - , c n Enciclopedia unntnab A.D. 1139). e n Renna Bntannicamm Meda Aevi Scriptora. L X X X 1 I . Cbrvindes of the Reigns of Stephen, Henry 11
dell'une, voi. X U I . M o r e n c i a . 1971, cols. 2 2 - 2 5 . and Richard 1, e d . R , H o w i e i t , v o l . Ill, L o n d r e s , 1 8 8 6 , p . 1 6 3 . C 6 \ , s i n e r o b t r g o . Zug T u c c i , 11 carroccio, t a t , p p
" O t ù n à c F n s u i g a . desta Indenti 1hnperatons. e d . G . \ V a i t z y B . v o n S i m s o n . MGH, Scriptorts rerum Gtt- 21 y 7 9 - 8 0

maniùarum m usum sekolarum teparatim editi, v o i - X L \ T , 1 l a n n o v e r - L e i p z i g , ' 1 9 1 2 , l i b r o I I , c a p . X T V , p 116

452 A R T I ' IL H I S T O R I A L N LA F.UAD M F D I A IH

COMUNICAR CON I.AS FICVRAS

•^'¿ry^-^ss^—j^- ^z-^t^:~r~¿i.
Laico y clerical: las sintonías de los dos circuitos de imágenes

mai
E n c o n j u n t o , p o d e m o s d e c i r q u e , d e s p u é s de la r e c u p e r a c i ó n general del a ñ o M i l , a
p a r t i r de los a m b i e n t e s u r b a n o s se c o n s o l i d a u n n u e v o m o d o de h a b l a r p o r imágenes con

Figuro, 4i Anselmo y Girardn ' M i L n i . relieves 4c Porta Romana, la v u i li i de los mil.mees i l.i ciudad
después de l-i reconstrucción, m a r m o l . (a 1 • I
pasado, c o n u n m e n s a j e d u r o
restablecer las m u r a l l a s d e s p i
sión de los c i u d a d a n o s j
q u i s i e r o n r e c o r d a r e n ta p
claradamente celebranv
antiimperial) produjo q u i
c u a l q u i e r caso, ser i n t e r p r e
9
1
1 fines q u e r e s p o n d e n a las d i n á m i c a s p o l í t i c a s y sociales e n fase de una progresiva m a d u -
ración, y h a y q m i n s i s t i r e n q u e e l f e n ó m e n o aparece c o n m a y o r evidencia en la Italia
c o m u n a l , d o n d e e s a s d i n á m i c a s f u e r o n m á s vivaces. P o r supuesto, la i m a g e n llega hasta
los m í n i m o s i n u i i i c i o s d e la e s t r u c t u r a s o c i a l , hasta e n e l uso de lo p r i v a d o . L a figura
sagrada, s o b r e l o r i o , e n t r a e n la d e c o r a c i ó n d e la casa gracias a una difusión que se ve
favoi • ida p o r I r e l a c i o n e s c o n L e v a n t e y, e n c o n c r e t o , p o r las repercusiones de la
- "licuó, de absoluto e o m p i * .MUSO p o l í t i c o . Se trataba de
c u a n c r u z a d a , i i i i i n d p O c c i d e n t e v e a f l u i r u n a s i n g u l a r c a n t i d a d de objetos artísticos de
de las d e s t r u c c i o n e s l l e v a d a s a c a b o e n 1162 y la expul-
la tr.> ición b i z a m >na. L a s i m á g e n e s d e l s a n t o , d e l c r u c i f i j o y, sobre t o d o , de la V i r g e n se
l = ~ i c o 1 B a r b a r r o j a , y e n a q u e l l a o c a s i ó n los milaneses
com n e n e n o b j e t o d e la e x p e r i e n c i a r e l i g i o s a i n d i v i d u a l , d o m é s t i c a , y esta nueva ex-
• 1. i r i o s a v u e l t a a la c i u d a d ü i g . 4 ) c o n propósitos de- prés- ' de c u l t u r a v i s u a l se e x t i e n d e p o r t o d o s s i t i o s , t a m b i é n e n los t e m p l o s y bajo f o r -
i • ¡ a g a n d a . L a e f i c a c i a d e las i m á g e n e s (de fuerte signo mas i e r e n t e s ; p o r e j e m p l o , e n e l N o r t e ( p i e n s o e n Francia o e n Flandes) existe una
• > o r i g e n p r o b a b l e m e n t e n o l o f u e r a n - pudieran,en i n d i •< i o n p o r e l l i b r o d e h o r a s m á s i n t e n s a q u e e n e l Sur, d o n d e es la tabla pintada la
OTO agresiones figuradas a l e m p e r a d o r y a su consorte que i iie u n a d i f u s i ó n m á s a m p l i a y p r e c o z - E n c u a l q u i e r caso, el recurso afecta de
2 7

B e a t r i z de B o r g o ñ a la i m a g d i n a i n d e c o r o s a m e n t e a f e c t a d a y d e f o r m e , y la feme- man m u y d i f e r e n t e a l l e n g u a j e i c ó n i c o q u e las a u t o r i d a d e s públicas e m p i e z a n a u t i l i -

nina (sobre la p u e r t a de la q u e t el n o m b r e . P o r t a l o s a ) q u e se s u b e e l vestido, des- zar | i h a b l a r a u n a m u l t i t u d d e o y e n t e s i n d e f i n i d a , y lo m á s a m p l i a posible, c o n la i n -
c u b r i é n d o s e , e n una a c t i t u d - de l u e g o p o c o r e g i a ( n g . 5 ) ' " . Se i n i c i a , p u e s , u n diálogo
:
tcni i de v e h i c u l a r m e n s a j e s ú t i l e s a los e q u i l i b r i o s q u e se q u i e r e n defender. l i s t o n o
e n t r e q u i e n h a b l a c o n la f i g u r a ¡ q u i e n e s c u c h a , q u e p u e d e i r t a m b i é n m á s allá de loque signi» a q u e l o s v i e j o s c a n a l e s d e c o m u n i c a c i ó n p o r i m a g e n empiecen a tener problemas,
se quería p r o p o n e r . espci t . d m c n t e a q u e l l o s p r i m e r o s v i n c u l a d o s a la esfera de l o r e l i g i o s o q u e , c o m o hemos
d i c h o , v i v e n m á s b i e n d e s a r r o l l o s c u a l i t a t i v o s i m p o r t a n t e s . S i g n i f i c a que el sistema i c ó -
r- -T: nico i o t a ! se a m p l í a , c o n q u i s t a n d o n u e v o s espacios o , quizá mejor, recuperando los viejos
espacios p e r d i d o s e n la é p o c a d e la crisis de la c u l t u r a t a r d o a n t i g u a .

P o r l o t a n t o , u n n u e v o c i r c u i t o de i m á g e n e s laicas se está r e a f i r m a n d o s i n crear n i n -

gún a n t a g o n i s m o e n r e l a c i ó n c o n e l ya c o n s o Ü d a d o de signo clerical. Es más, de t o d o lo
que aquí se ha d i c h o se p u e d e e n t e n d e r c ó m o las dos esferas diferentes están, en muchas
ocasiones, i n t e r c o n e c t a d a s y q u e , a d e m á s , el s ó l i d o sistema figurativo de la Iglesia y del
c u l t o o f r e c e u n a p o y o c o n c r e t o al s i s t e m a m á s frágil de la laicidad. E n p r i m e r lugar, e n
el p l a n o t e m á t i c o . G u a n d o e n e l carroccio se ve la figura de san A m b r o s i o , o cuando la
m o n e d a v e n e c i a n a m u e s t r a a san M a r c o s q u e e n t r e g a e l estandarte al dux, la relación es
m u y e v i d e n t e . C o n c r e t a m e n t e , e n la l í n e a de u n a tradición desde el paso de la Antigüe-
dad a la E d a d M e d i a , e l s a n t o p a t r ó n es s o b r e t o d o el s í m b o l o fuerte de la c o m u n i d a d , y
en su c u l t o e l e s p í r i t u c i u d a d a n o e n c u e n t r a u n m o t i v o de afirmación de la propia i d e n t i -
dad é t i c o - p o l í t i c a y n o s ó l o r e l i g i o s a . Se v u e l v e i n c l u s o artificioso e n m u c h o s casos
2 8

Figura 5 Milán, relieves de Porta Tosa, presuntas imágenes infamantes del emperador Federico Barbarroja y
de la consorte Beatriz, de líorgoña. mármol, segunda mitad del siglo x i l .
La inciena imcrpretación de los dos relieves es de fucine anogua. Or., p o r cjemplo, G- Gìulini.A/monr
Jfl
spettanti alla storta, al governo ed alla descrizione della Città e della Campagna di Milano, ne'secoli bassi, Milàfl, 1760-
1775, voL X I (U de la Contiouadón). pp. 509-510.
" M , Bucci, '•Pro remedio anìmae». Immagini sacre e pratiche devozionali in Italia centrale (secolixillv XIV), Pisa,
2000, pp. 95-99, 1 3A-145; S. Rmgbom. Les imagts de dévotion. Xlf-xv* siede, Paris, 1995, sobre todo para la
cultura nórdica. Cfr. J. V. García Mantilla, «Imatgesa la llar. Cultura material i cultura visual a la Valencia dels
segles xiv i xv». Recerques. Histbrta/Economta/Cultura X L I I I (2UQ1), pp. 163-194, para una cuanúficación de los
fenómenos es interesante, aunque limitada a Valencia. Más general, H . Belimg, Das Bild uttdsein Pubbhmt im
Mittclaltcr. Forni tind Funktion jruber liildtnfetn der Passion, Berlín, 1981.
?tl
Cfr. A- M . Orscllí, L'immaginario religioso della città medievale, líávena, 1985.
 A.RTÍ f HISTORIA K S LA E D A D MfDIA II!

COMUNICAR CON LAS' FIGURAS 455

q u e r e r separar t r a m a y u r d i m b r e e n ese t u p i d o t e j i d o q u e e n las r e p r e s e n t a c i o n e s com-
b i n a f e y p o l í t i c a . P i é n s e s e , p a r a d e t e n e r n o s e n u n c a s o e j e m p l a r y a l m i s m o t i e m p o de
índole espectacular, e n la S i e n a d e D u e c i o y d e S i m o n e Alanini.
L a v e r d a d es que n o t e n d r i a m u c h o s e n t i d o r a z o n a r s o b r e la A iaestá d e D u c c i o , conser-
vada e n el M u s c o d e l l ' O p e r a d e l D u o m o , i n t e n t a n d o d i s t i n g u i r r o n e l b i s t u r í d e ! anatomo-
patólogo los aspectos de l a fe d e l o s d e la c e l e b r a c i ó n l a i c a . L a V i r g e n , m a d r e de Cristo,
S e ñ o r a de l o s C i e l o s , era t a m b i é n l a g r a n a l i a d a d e la c i u d a d , a la q u e e n 1 2 6 0 , e n la víspe-
ra de la decisiva b a t a l l a de M o n r a p e r n , l o s s i e n e s e s l e h a b í a n p e d i d o a y u d a h a c i é n d o l e voto
Virgen
de servicio y o b e d i e n c i a . Y e n I 2 M . i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e M o n t a p e r t i , en la
del Bordón que C o p p o d i M a r O o v a l d o p m t ó p a r a l o s S i e r v o s d e M a r í a ' , e l v e l o de la Virgen
está decorado c o n á g u i l a s s u a h i . i l d e a p o y o e x p l í c i t o a l o s u i b e u n Q S * . P o r c< iiisiguien-
2

t e , e r a n a t u r a l q u e , e n e l m o n t e n u< de e n c a r g a r la t a b l a p a r a e l a l t a r m a y o r d e la catedral,el
comune i n t e r v i n i e r a d i r e c t a n u - r ' i 11 i m a g e n d e la p r o p i a « s c i n i r a » y, e n c u a n t o en junio
de 1311, la o b r a salió d e l taller n a h a c i a la i g l e s i a , la c e l e b r a c i ó n d e l e v e n t o d i o lugar

a u n inseparable entrecruzan'.- - e l e m e n t o s s e c u l a r e s y r e l i g i o s o s , c o n la reiterada

Fígui I .tppo M c m m i , San Gimignano, Palazzo Pubblico. Sala del Consejo. Majestad, c! podesta Nello dei
petición a la M a d r e de D i o ¡ di c o n t r a é l m a l p e r o , a la v e z , c o n t r a l o s t r a i d o r e s y los
Tolomei, fresco, 1317-
e n e m i g o s d e l E s t a d o " . Si el t .
1 1
las i n s t i t u c i o n e s e n t r a b a , p o r a s í d e c i r , e n la iglesia
con la l-lrgen en Majestad, de 1. a m a n e r a l a I g l e s i a e n t r a b a e n l o s p a l a c i o s del poder Scro'. uní e n P a d u a " . N a t u r a l m e n t e , y c o m o s i e m p r e , se pueden encontrar antecedentes
laico, e n 1302, d e u n m o d o ígu i »ei le e s p e c t a c u l a r c u a n d o , d e n u e v o , D u c c i o recibió el tamb, i c l a m o r o s o s . E n e l « ' l á p i z » d e Baycux, b o r d a d o e n t r e 1077 y 1082 en C a n t e r b u r y
encargo para o t r a Majesiad ( n p ) p - 1 d i d a ) p a r a e l a l t a r d e la C a p i l l a d e l o s N u e v e en el Pa- a instancias d e l o b i s p o d e B a y e u x , q u e l l e g ó a ser d u q u e de K e n t , la historia de! sajón A r o l d o
lazzo C o m u n a l e . P o c o d e s p u é s , para c o r r o b o r a r , l l e g a d o e l c a s o , e l s i g n i f i c a d o político y y del i if t i m a n d o C > u i l l c r m o el C o n q u i s t a d o r se articula e n m á s de setenta metros, dedicada
Virgen
c i v i l de la i m a g e n r e l i g i o s a , e n 1315 se c o n f í a a S i m o n e M a r t i n i la t a r e a d e p i n t a r su a c o n v e n c e r de q u e la m u e r t e d e l u s u r p a d o r p e r j u r o , A r o l d o , fue justa y, p o r l o tanto, legíti-
en Majestad t a m b i é n e n e l P a l a z z o C o m u n a l e , e n la S a l a d e l M a p a m u n d i . Y para que no se ma la subida a l t r o n o i n g l e s de G u i l l e r m o después de la victoria de H a s t i n g s en 1 0 6 6 " . Te-
tenga la i m p r e s i ó n de q u e ese t i p o d e c o s a s p a s a b a n s ó l o e n S i e n a o e n c e n t r o s grandes, nernos dudas s o b r e s u u t i l i z a c i ó n o r i g i n a l ; sabemos q u e después se exponía en la catedral de
sirva de e j e m p l o e n 1317 la r é p l i c a d e la Majestad d e S i m o n e e n c a r g a d a a L i p p o M c m m i Bayeux e n la f e s t i v i d a d d e las r e l i q u i a s , p e r o c l a r a m e n t e sus « l e c t o r e s » en la Inglaterra del
(su c u ñ a d o ) para la Sala d e l C o n s e j o d e l P a l a z z o P u b b l i c o d e S a n G i m i g n a n o , también siglo x i rio se p o d í a n c o m p a r a r a los q u e se e n c o n t r a r á n e n la Italia c o m u n a l del T r e c e n t o .

interesante p o r q u e j u n t o a l o s s a n t o s p r o t e c t o r e s d e la C i u d a d , N i c o l á s y G e m i n i a n o , apa- A p a r t e de los t e m a s y m ó d u l o s n a r r a t i v o s , e l sistema ¡ c ó n i c o laico, que era más frágil,

rece, r e t r a t a d o al n a t u r a l , el a l c a l d e e n t o n c e s e n e l c a r g o . N e l l o d e i T o l o m e i ( f i g . 6). se apoyaba e n e l d e la I g l e s i a , y a p r o b a d o y ensayado, i n c l u s o para p r o p o n e r los lugares
d o n d e e x h i b i r s e ; l o s m i s m o s m u r o s e x t e r i o r e s d e los e d i f i c i o s de c u l t o podían c o n v e r t i r -
T a m b i é n e n los m o d o s de la n a r r a c i ó n p o r i m á g e n e s la p i n t u r a l a i c a se e n c u e n t r a imitan-
se e n el s i t i o i d e a l d e s d e e l q u e t r a n s m i t i r ideas y c o n v i c c i o n e s profanas. Así sucedió, p o r
d o técnicas y maneras de la p i n m r a r e l i g i o s a , d o n d e la p r o g r e s i ó n n a r r a t i v a p o r escenas se
e j e m p l o , e n 1 2 7 4 e n S a n G i m i g n i a m o , d o n d e el habominabile malefícitmi realizado p o r el
presta m u c h o a las necesidades expresivas d e u n a f e q u e , n o m e n o s q u e a l o s aspectos doc-
g i b e l i n o N a n z a P a l t o n i , q u e h a b í a asesinado a su h e r m a n o , jefe d e l b a n d o güclfo, fue
trinales, da i m p o r t a n c i a a la n a r r a c i ó n , y a e s t é l i g a d a a la v i d a d e C r i s t o , a l t e x t o bíblico en
d e n u n c i a d o a t r a v é s d e las i m á g e n e s e x h i b i d a s e n las paredes exteriores de la p a r r o q u i a
general, a las leyendas de los s a n t o s o a o t r a s cosas. T a n t o la n a r r a c i ó n c o m o el uso dd
que da a la p l a z a . T a m b i é n c o m o e j e m p l o , e n 1250 e n Siena, para la iglesia de San Pelle-
símbolo y de la alegoría son l e c c i o n e s q u e a p r e n d e n m u y r á p i d a m e n t e l o s c o m i t e n t e s laicos
g r i n o , d o n d e se r e u n í a n l o s o r g a n i s m o s c o m u n a l e s , se e n c a r g a r o n p i n t u r a s de las que n o
y las adaptan al p ú b l i c o a l q u e q u e r í a n d i r i g i r s e p a r a sus n e c e s i d a d e s , q u e n o e r a n las de la
nos q u e d a n a d a s a l v o la c e r t e z a d e su f u n c i ó n c o m o m e d i o de mensaje p ú b l i c o ' . Y c u a n -
3

difusión del mensaje c r i s t i a n o , s i n o m á s b i e n las d e l a p r o p a g a n d a y n e c e s i d a d e s mundanas.

Se trata de u n p r o c e s o q u e v i v e u n s a l t o c u a U t a t i v o h a c i a e l i n i c i o d e l T r e c e n t o , c o n la apa-
rición de los grandes c i c l o s g i o t c e s c o s d e la i g l e s i a s u p e r i o r d e A s í s y d e la capilla de los
**R, W. Corrie, —1 ríe PoLucal Mcaning of Coppo di Marcovaldo^s M a d o n n a and Child in Siena*, Gesu
XXDC(IVVO), pp. 61-75, en concreto pp. 65-67, también para la presencia de las águilas, símbolo imperial, en
pinturas de Guido da Siena.
fcai síntesis. G . Ortalli, IMpemture infamante du Xlir au Xl'f siéele «... pingatttr m palatio...», París, 1991,
n
pp. 16, 85-86 (con añadidos respecto a la edición italiana de 1979).
" H . Belting, « T h e New Role o f Narrative in Public Painting of trie Trcccnio: "Flistoria" and Allegory*.
Studies in tbe History ofArt X V I < 1985), pp. 151-168. Vcasc tauibién W. Prinz y I . Mamie, Die Stona oder die
Kumt des Erzählens m der italienischen Malerei und Pidstil- des späten Mittelalters und der Pnihrenatssance. 1260-
1460, 2 vols., Maguncia, 2000.
" S. A . Brown, The Bayeux Tapestry. History and Bibliography, Woodbridge (Suffolk), 1988.
" O r t a l l i , La pelature infamante, cìt-, pp. 28, 64. P. Caiuinarosano, - I I comune di Siena dalla fedellà impe-
riale al guelfismo», cn id. (ed.). Le forme della propaganda politica nel Due e nel Trecento, Roma, 1994, pp. 455-467,
en concreto p. 462.
456 A m i HtitoRiA E N I A E D A D M E D I A I I I

C O M U N I C A R CON IAS FIC.VKAI 457

do Cirtá di Castello, enere 1323 y 1335, se encontró bajo el c o n t r o l de los arcónos y, en
concreto, de Guido Tarlati, el obispo m u e r t o en 1327 cuya nimba en la catedral de fuentes, considerando que eran estructuras importantísimas para la vida de la ciudad me-
Arezzo es un esplendido ejemplo de propaganda política, las jambas de la catedral sirvie- dieval, construidas a menudo de forma monumental en lugares de gran prestigio urbano,
ron de soporte a un programa iconográfico de apoyo a los giliclmos, lo que confirma símbolo de por si del sistema administrativo que gestionaba la comunidad*'''.
cómo los edificios religiosos podían servir p o r m u c h o t i e m p o de espléndido apoyo para Eviden temen i la Fontana Maggiore de la plaza central de Perugia, realizada entre
una información exquisitamente política* . 4 1277 y 1278, es una de las más célebres. Los veinticinco lados de la pila inferior y los
veinticuatro de I uperior, bajo el gran pilón de bronce del tercer nivel con el grupo de
la Tres Mujeres, idornaron con las esculturas de N'icola y Giovanni Pisano, que repre-
Los lugares para hacerse entender mejor sentaban los mi .las virtudes, los signos del zodiaco, figuras simbólicas, alegorías,
imágenes de la ir Hlición clásica y cristiana, todo de forma muy aparatosa, garantizando
asi una sensación de eficaz compromiso por el bien común. Por lo demás, una obra de
Los espacios de la figurad' . religiosa habían ido perdien • importancia i medida
esc f; i t e r o , atlein . de suministrar el agua a los peruginos, tenía que transmitir también
que el sistema paralelo figur il I lico iba necesitando -simultáneamente al lenguaje
el se¡ do de solii le / del régimen ciudadano, explícitamente representado en las personas
más eficaz para las propias net - - - los sirios más indicad" is para sus propias exigen- del a Ule y del < i pitan del pueblo entonces en el cargo, Mattco da Conreggioy Erman-
cias. La elección no era dei \. i l . ya que se utilizaban los lugares más frecuenta- no d '.issoferran \ cuyos nombres aparecen en el pilón de bronce a la vez que sus imá-
dos por aquellos a los que i t pircar en las propuestas, v esto era fácil de mdicar. gent e encuentran entre las estatuillas que componen los lados de la pila superior,
Ya los hemos encontrad) iplo, cuando se hablaba de la Porta Romana milanesa lamí n el aparati > epigráfico que ilustra la obra y es a la vez un importante elemento
y de la federiciana Puerta d lenquiera que entrara en la ciudad por esas víasse dec<. ive», dice en tono orgullosamcntc sereno: <<Aspice t/ttt transís: tú que pasas, mira
encontraría obligatonamcm s figuraciones que se les intentaba presentar y, aún esta i me tic placentero murmullo; si la observas bien, puedes ver en ella las maravillas» . 17

más en el caso de Capua, el u .. fiaba indicado desde el puente que penniria el cruce
I inos a otra fuente, la que se terminó en 1265 en Massa Mancorna. El peso especí-
del rio Volrurno. Son mucho! de sistemas urbanos ciudadanos con puertas que
fico .i esta ciudad no era, evidentemente, el de Perugia, pero no son pocos los elementos
comunicaban a puentes de ai ce ••• en cualquier caso, las puertas eran ya de por si un
comí; es a las dos fuentes: realizadas en casi los mismos años con el análogo empeño de
paso obligado. De este modo a ellas s referiría, por ejemplo, el gobierno bolones cuando,
C
Uevai igua a los lugares elevados; ambas ubicadas en pleno centro urbano, con la evocación
en 13°°. quiso execrar la traición que había conducido a la pérdida del castillo de Sobrólo, de qun o dirigía el desuno del ernnune (en el caso de Alassa el alcalde, Udebrandino da Pisa);
decidiendo que se representara a los responsables Justamente en las principales puertas de ambas, si bien de manera diferente, aspirando a una monumentabdad que fuera señal de
la ciudad y también m mullís alus loas que iban desde la plaza mayor al burder". gobierno eficaz. Sin embargo, la decoración es completamente distinta, no tanto porque la
Plaza central y burdel- Estamos en los polos extremos de la jerarquía de los espacios de Alassa se base en la pintura en lugar de en la escultura, sino por el contenido. Aquí un
urbanos; evidentemente todo podía servir según las exigencias concretas. En esencia, toda gran mural de casi siete metros por cinco representa un árbol de cuyas ramas penden gran-
la ciudad ofrecía lugares adecuados y se escogían en cada ocasión según el prestigio o h des órganos genitales mascufinos; a los pies del árbol, a la derecha, hay un grupo de mujeres
bajeza, refinamiento o grosería del mensaje que se quería difundir. Y los mismos sidos de aspecto sereno, mientras que, a la izquierda, se sitúa otro grupo de mujeres en estado de
eran igual de útiles para argumentos en imágenes m u y diferentes entre sí; así, las grandes desasosiego, discordia y ultrajoso desorden con un conjunto de elementos de indudable,
fachadas de los palacios públicos podían acoger tanto la glorificación de los triunfos obte- aunque no muy claro, valor simbólico. Este gran árbol se interpretaba como símbolo de la
nidos como el vituperio del adversario o el blasón del alcalde en el cargo. Obviamente, fernbdad y alrededor de él giraba la explicación de todo el fresco, pero la interpretación más
lenguaje y módulos iconográficos debían de ser calibrados caso por caso de forma diferen- reciente descubre, por el contrario, una compleja representación polírica de propaganda
te, pero precisamente en el uso razonado de los instrumentos disponibles se medían tanto guelfa -la paz, la serenidad- contrapuesta al desorden y al ultraje que sería habitual en el
régimen gibehno, con referencia a circunstancias y sucesos por los cuales la obra pictórica
la capacidad de comunicar con las figuras como, y a la vez, el gran abanico de mensajes
se fecha ahora en el último cuarto del Duecento o en los iiúcios del Trecento . JB

posibles. Dicho en otros ténninos, la tipología de los lugares no se correspondía mecáni-

camente con 13 tipología de los mensajes. Es incluso banal decirlo. Pero conviene reflexio- Naturalmente no sólo fueron las fuentes las que se prestaban para argumentos muy
nar partiendo de casos concretos y para ello vamos a referirnos como ejemplo a un par de diferentes en cuanto a tonos y finalidades. En el fondo, cualquier sitio podía ser válido, y

"• En g c n e r . i l ( . i p . i r i c d e l a s c i t a s a V i i e r b o , C o r t o n a y V e n e c i a ) , V. S c h u l z e . Brunnen im Mittelalter Polni-

M
B . Cassidi-, - G h i b e l l i n e P r o p a g a n d a at d i e C a d i e d r a l o f C i t t à di C a s t c d l o - , Zeitsebrtft Jtir Kunstgtstbukt
sche Ikonographie ,/er Kommunen m Italien. F r a n k f u r t a m M a i n , 1 9 9 4 .
L V U M I 9 9 S ) . pp. 3 I 9 - 3 J 7 .
" A . B a r t o l i L a n g e l ! y L . Z u r l i , L'iseriziane in versidella FontanaMaggionili Perugia. R o m a , 1 9 9 6 , p p . 8 5 - 8 6 ss.
C f r - M . G r i f f o n i , Memoriale bistoneum de rebus Boiioiiicnsìum, e d . L . F r a o y A . S o r b c l l i , Rerum Italiearm
1 1

' " M a s s a M a r l t u m n . Ualhero della fecondita, M a s s a M a r i m m a , 2 0 0 0 ; G . F e r a o c o , Tbc Massa Mahtimta Ma-

Senpiorn, n u e v a e d i c i ó n ( a p a r u r d e a b o r a RIS2), v o i . X V I 1 I / 2 . C i t t à d i C a s t e l l o , 1 9 0 2 , p . 9 0 , A . S o r b e l l t (ed.),
ral: Discovery, Cuntext and Interpretation, F l o r e n e m , 2 0 0 4 .
Corpui ebroriuvrura Banomensium. RIS2. X V m / I . v o ! . I l i , C i n a d i C a s t c l l o - B o l o n i a , 1 9 1 6 - 1 9 3 9 , p . 4 7 1 .
458 A R T I r. HISTORIA IN LA K I I A U . M I u n M I
C O M U N I C A I C O N LAS MCURAS 459

era especialmente e n l o s l u g a r e s m u y c e n t r a l e s y a m p l i o s , e n las p l a z a s d e l m e r c a d o y de

la política, e n los m u r o s de l o s p a l a c i o s p ú b l i c o s , d o n d e se p o d í a p o n e r t o d o y l o opuesto
de t o d o . Y se podía h a c e r s i n d e m a s i a d o s r e p a r o s , e n t r e o t r a s c o s a s t a m b i é n p o r e l bajo
coste que c o m p o r t a b a u n a o b r a d e u n p i n t o r n o e x c e p c i o n a l .
e l o g i o s y r e c o m p e n s a s , s i n o q u e d e t r á s d e e l l o s está t o d o el l a r g o e j é r c i t o gris de los a u -
tores s i n n o m b r e , c u y a s p a r e d e s c u e s t a n p o c o m á s que e l p r e c i o del e n l u c i d o . N o p r e o -
c u p a r í a d e m a s i a d o q u e s u s e s f u e r z o s se d e s v a n e c i e r a n .
E n c u a n t o a la i m a g e n p o l í t i c a c n c o n c r e t o , s u f r a g i l i d a d está acentuada p o r su rela-
c i ó n c o n las c o n t i n g e n c i a s . A l l í d o n d e Supera e l n i v e l g e n é r i c o de los grandes p r i n c i p i o s

Las obligaciones de la política y de las a s p i r a c i o n e s a c e p t a b l e s para t o d o s (la paz, la j u s t i c i a , el b i e n colectivo, es decir,

las elevadas a f i n o . ! i o n e s q u e , c o m o c u a l q u i e r h e r m o s a palabra, son válidas en cualquier
l i c u a c i ó n ) , e n c u a n t o se m i d e c o n l o s e q u i l i b r i o s d e l m o m e n t o e i n t e r v i e n e c o n eleccio-
N a t u r a l m e n t e se p r i v i l e g i a r o n a l g u n o s t e m a s o á m b i t o s , desa f o l l a n d o a l g ú n genero en
nes c o n c r e t a s , e l m e n s a j e , i n m e d i a t a m e n t e , c o r r e e l riesgo de ser h o r r a d o . E n efecto,
particular o, i n c l u s o , i n v e n t a n d o ^ n u e v o s . S u s u e r t e d e p e n d í a n g r a n m e d i d a de las exi-
c q u e '.(/unes e x i s t e n p a r a m a n t e n e r c o n v i d a la p r o p u e s t a de q u i e n estaba en el poder
gencias propias de la - > • :* d i j c o m u n a l , d o n d e b a h í a m m e n t a d o la necesidad de cuan.lo se le q u i t a e l p u e s t o i n c l u s o de m a n e r a d r a m á t i c a m e n t e e o n f l i c t i v a , o c u a n d o el
d i r i g i r la o p i n i ó n pública. . In a q u i e n d e s u b d i t o h a b í a p i s a d o a c i u d a d a n o , capaz canil l o c o n t e x t o p r e t e n d e u n o s a r g u m e n t o s ? L o s mensajes c a m b i a n c o n los t i e m p o s ,
b i e n o m a l de i n f l u i r e n las "- concernientes a los asuntos p ú b l i c o s e n una medida y los i c m p o s e n la I t a l i a c o m u n a l ( y n o s ó l o ) podían ser m á s b i e n breves, marcados p o r
que ames había s i d o i m p e n ¡a ya n e c e s a r i o u s a r tod« i s )• is m e d i o s al alcance para con it ros i n t e r n o s y e x t e r n o s : e n t r e par* impertí y pars ccc/csie, guelfos y g i b e l i n o s , poptdus
c o m u n i c a r , explicar, c o n v e n . m á g e n e s r e s u l t a b a n , p o r s u p u e s t o , funcionales, no y uní. , l a c c i o n e s \ p a r t i d o s , q u e se m u r í a n t a m b i é n de conexiones interciiidadanas c o n
sólo p o r el i m p a c t o que p o d i o n p t a m b i é n p o r q u e se d i r i g í a n a u n p ú b l i c o que era, expu .nes e n m a s a e i m p o r t a n t e s f e n ó m e n o s de d e s t i e r r o . Si t o m a m o s t o d o eso en
en buena p a n e , capaz de c o m p i m e j o r u n m e n s a j e f i g u r a d o q u e e s c r i t o . E n el fondo, consi r a c i ó n , n o s o r p r e n d e e n a b s o l u t o q u e nos h a y a n q u e d a d o casi s ó l o obras áulicas
una imagen expuesta d e n t r o i . t e m i m o s c o n s i g u e s e r « l e í d a » i n c l u s o p o r la con- y pr» .misas, las s i t u a d a s c n e l i n t e r i o r de las sedes d e l poder, más aún si creadas p o r
siderable frania de a q u e l l o s que . esc mura e n c o n t r a r í a n u n o b s t á c u l o insalvable. pmn d e r e p u t a c i ó n . L o d e m á s es ya casi n a d a , a u n q u e alguna vez la memoria escrita
abra i n e s p e r a d o s c l a r o s s o b r e l o q u e d e b í a de e x i s t i r y ha desaparecido.
P u e s t o q u e l u e g o - p r e s c i n d i e n do s i e m p r e d e la s ó l i d a e s f e r a d e l a r e p r e s e n t a c i ó n re-
U g i o s a - era el m u n d o de la p o l í t i c a y de la g e s t i ó n d e la v i d a p ú b l i c a , m á s q u e cualquier
Pi i n e i p a l m e n t e , la d e c o r a c i ó n i n t e r i o r d e l Palazzo P u b b l i c o de Siena nos da idea de
o t r o , el que t e n i a la p o s i b i l i d a d y. a !a v e z . la n e c e s i d a d d e t r a n s m i t i r p r o y e c t o s y convic- los ni» «les q u e p o d í a a l c a n z a r e l u s o d e la i m a g e n e n la p i n t u r a política y de propaganda.
ciones, fue p r e c i s a m e n t e ese m u n d o e l q u e se e n c o n t r ó c o m u n i c a n d o c o n las figuras E l ciclii d e l Buen Gobierno d e A m b r o g i o L o r e n z e t t i ( 1 3 3 8 - 1 3 3 9 ) es clara y absolutamen-
a d e m á s de c o n la e s e n t u r a y la p a l a b r a . P o r l o t a n t o , n o es c a s u a l i d a d q u e e l mensaje fi- te la f i b r a m á s c o n o c i d a e n t r e las d e l g é n e r o , p e r o va j u n t o a la Virgen en Majestad de
g u r a d o fuera s o b r e t o d o p o l í t i c o y t e n d i e r a a r e f l e j a r l o s e q u i l i b r i o s d e p o d e r existentes, S i m o n c M a r t i n i c o n sus v a l e n c i a s p o l í t i c a s , o al c i c l o en m e m o r i a de la t o m a de posesión
c o n s o l i d á n d o l o s , t e r m i n a n d o p o r a l i m e n t a r u n r e c i o c i r c u i t o i c ó n i c o l a i c o , o f i c i a l y pú- de los c a s t i l l o s d e su t e r r i t o r i o p o r p a r t e de la c i u d a d , c o n Lit toma del castillo de Monte-
b l i c o . H o y sigue s i e n d o d i f í c i l e v a l u a r e l a l c a n c e e x a c t o q u e t u v o . Se d a p o r descontado masst ( e l Gutdoriccto da Fogliano) de Simone M a r t i n i y La toma de Giuiicarico, p o r la que se
la pérdida de u n n ú m e r o ín d é t e m i m a d o d e i m á g e n e s , s i n d u d a m u c h í s i m a s , capaz de lleva a j u i c i o a D u c c i o * ' . E n o t r o s l u g a r e s t a m b i é n q u e d a a l g o que c o n f i r m a ese t i p o de
c o n n o t a r el p a n o r a m a figurativo d e l o s s i g l o s X I I , x m y x i v , y a la e x p l i c a c i ó n de tal pér- d e c o r a c i ó n c n la q u e la h i s t o r i a d i g n i f i c a la c o y u n t u r a p o l í t i c a . P o r e j e m p l o , e n San G i -
dida c o n t r i b u y e n , al m e n o s , d o s r a z o n e s : la f r a g i l i d a d d e la m a t e r i a p i c t ó r i c a y la debili- m i g n a n o , e n la sala « d e D a n t e » d e l P a l a z z o d e l P o p ó l o (la m i s m a de la ya mencionada
dad intrínseca de la i m a g e n p o l í t i c a . Majestad d e L i p p o . M e n i i n i ) , u n a escena h i s t ó r i c a , que se p u e d e f e c h a r e n e l último dece-
nio d e l D u e c e n t o , a c o m p a ñ a a figuras d e caza y caballerescas. P e r o sobre t o d o quisiera
L a f r a g i l i d a d de la p i n t u r a r e s p e c t o d e o t r a s m a t e r i a s ( e s c u l t u r a , m o s a i c o , miniatura,
r e c o r d a r e l e x t r a o r d i n a r i o f r i s o q u e se e x t i e n d e e n decenas de m e t r o s en e l salón del
e p i g r a f í a . . . ) es a l g o o b v i o , p e r o la d e b i f i d a d , e n n u e s t r o c a s o , p o r u n l a d o , se ve agravada
B r o l e t t o d e B r e s c i a c o n las i m á g e n e s , f e c h a b l e s e n t r e 1270 y 1280, dedicadas a la victoria
p o r el h e c h o de que los m e n s a j e s d e s t i n a d o s a l p ú b l i c o se e x p o n e n e n l u g a r e s m u y fre-
del Brixteusis poptdus y a la e x p u l s i ó n d e la p a r t e d e r r o t a d a ( f i g . 7). L a larga teoría de ca-
cuentados, m e j o r si a l a i r e l i b r e y , p o r esta r a z ó n , e s p e c i a l m e n t e e x p u e s t o s a las incle-
balleros d o l i e n t e s q u e s a l e n de la c i u d a d , c u l p a b l e s de h a b e r actuado contra patriam,
mencias d e l t i e m p o y de l o s h o m b r e s ; p o r o t r o l a d o , se d a p o r d e s c o n t a d o , e n general, el u n i d o s u n o s a o t r o s p o r u n a n e g r a c a d e n a , d e b í a de i m p r e s i o n a r a los ciudadanos no
e x i g u o v a l o r e c o n ó m i c o d e la o b r a p i c t ó r i c a ; a l m e n o s la d e l m o d e s t o p i n t o r que no sea menos q u e c o m o s u c e d í a e n S i e n a c o n e l Buen Gobierno, y e l mensaje era, seguramente.
el artisia de p r e s ú g i o , q u i e n , s i n e m b a r g o , e n l o s a ñ o s a l o s q u e n o s r e f e r i m o s está ya en
el c a n d e l c r o . C i m a b u e y G i o t t o - c o m o O d e r i s i d a G u b b i o y F r a n c o da B o l o g n a en la
m i n i a t u r a - tienen u n p u e s t o e n la Comedia d a n t e s c a ' . N o s o n l o s ú n i c o s que reciben
9

*° M . S c u l e l . « C a s t r u r n pingatur in palano-. 1. R i c e r c h e s t o r i c h e e i c o n o g a f i c h e l u i castelli dipinti nel

palazzo P u b b l i c o d i S i e n a - , Prospettiva X X V I I I ( 1 9 8 2 ) , p p . 17-41, L . Beltosi, « C a s t r o n i pingaiur in palatio-. 2.
Duccio e S i m o n e M a r t i n i p i r r o n d i castelli senesi "a l'esemplo come erano"*, ibid., pp 41 s s . M a s e n y e n e r a l ,
" Dame. Purgatorio, XI, w . 79-S3. 94-95. Cfr. D . R u s s o , - b i i i g i n a i r c et r e a l i t é s : p e i n d r c c n Italie l u i
M . M . Donato, «"Cose morali e anche appartenenti s e c o n d o e ' luoghi**: p e r l o studio della pittura politica nel
demi eri ù è c l c s d u M o y e n Agc>-, c n B a r r a i i A l l e i ( e d . ) , Arttttes, artisans et production, cit-, v o i . I: Let bornma. l.irdo m e d i o e v o toscano», en P. C a m m a r o s a n o (ed.), Le fanne della propaganda, e i e . pp. 4 9 1 - 5 1 7 .
P a r i * . 1986, pp. 153-377, en c o n c r e t o p p . 355-361.
•460 AtTt f H I S T O R I A I N VA E O A 11 M l U l » HI
m á s explícito y d i r e c t o , corrí. u ita f u e t a m b i é n la s u c e s i v a de« • i r a c i ó n e n m e m o r i a de
la paz e n t r e g ü c l f o s y p i b e l i n .nos d e 1 2 ° K y d e l b a n d o e n e l q u e e s t u v o e l obispo
B c r a r d o M a g s r i " " . E n t r e OTl precisamente la s u p e r p o s i c i ó n d e estos frescos de
paz. c u b r i e n d o los p r e c e d í . e r r a , ha c o n t r i b u i d o a salva» l o s ; a d e m á s , se c o n s e n o
t o d o d a d o q u e e n e l s a l ó n se c o n s m » } • u n a b ó v e d a t r a s la c u a l las a n t i g u a s o b r a s queda-
r o n por m u c h o n e m p o en el • i . al r e s g u a r d o d e u l t e n o r e s d a ñ o s .
Para p i n t a r las parede --ios p ú b l i c o s , j u n t o a t o d o l o q u e se ha recordado
aquí, se u t i l i z a b a n una e r a n arie I t e m a s , d e s d e r e p r e s e n t a c i o n e s d e los meses a es-
cenas caballerescas, desde grande; p e r » majes a figuraciones a l e g ó r i c a s . E l mensaje políti-
c o puede d i f u n d i r s e p o r n u m e r o s a s vías c o n m u c h o s r e c u r s o s . E n F l o r e n c i a , e n e l Palazzo
V c c c h i o , la i n c r e d u l i d a d de s a n t o T o m á s se c o n v i e r t e e n u n a i m i t a c i ó n a la p r u d e n c i a para
los jueces, y una finalidad a n á l o g a d e s e m p e ñ ó la v i e j a i m a g e n , a n t e s r o m á n i c a , de la Ver-
dad que arranca la l e n g u a a la M e n t i r a , r e t o m a d a p o r e l p i n c e l d e T a d d e o G a d d i en el
T r i b u n a l de la M e r c a n c í a . E n P e r u g i a . las f á b u l a s d e E s o p o s o b r e v i v e n c o m o imitación a
la m o r a l i d a d p r o m o r i d a t a n t o p o r l o s r e t í n es d e la F o n t a n a M a g g i o r c c o m o p o r la deco-
ración de la Sala de los N o t a r i o s e n e l P a l a z z o d e i P r i o r i . D e u n a t r a d i c i ó n m u y antigua
4 :
se copia la rueda de la F o r t u n a c o n sus s i g n i f i c a d o s s i m b ó U c o s , m i e n t r a s q u e los retratos
de los a n ó g u o s e m p e r a d o r e s e n c o n t r a r á n u n a m a y o r d i f u s i ó n , i d e o l ó g i c a m e n t e bien jus-
tificada, en especial c o n la i m p o s i c i ó n d e los r e g í m e n e s s e ñ o r i a l e s y p r i n c i p e s c o s ' . Entre 4
narración, s í m b o l o y alegoría las p o s i b i l i d a d e s s o n r e a l m e n t e m u c h a s .
*' C. r a i u u a . -Affreschi mcdiocvali nel Broletto di B r e s c i a - , Commentari dell'Ateneo di Brescia, CXLV-
C X L M (1V46-1V4?). uu 79-104; C Ortalb, 1 l l U f » infamante c i l sistema dell'insulto nell'Italia dei
Comuni-, en L Olivato > G. Barbieri <cdO. Lezioni di metodo. Studi in onore di Lionello Pappi. Vicenza. 200?.
|>1> 1Í2-340. en concreto p 336. G- Andenna. - L a storia contemporanea i n età comunale, l'esecrazione deci»
avversari c- l'esaltazione della siynona nel linguaggio f ì g u r a u v o . L'esempio bresciano-, en // senso dilla nani
nella cultuia medievale italiana fll0O-13W), Pistoia, 1995, pp. 345-360.
* * M M Donato. «Cose morali e anche appanencnu secondo c' l u o g h i - c i l . , pp. 499-500; J. lì. Rica.
Pollimi Ideale in Medicai Italian Art The Frescoes in the Palazzo dei Prioii (1291), A n n Arbor Mich. Vili.
*' Indiiso si se procede con muestras aisladas del eomexio general, algunos procesos evolutivos del -arte
del poder- desde ci tornirne al principado se pueden lomar en R. Stani y L . Partridge, Aris of Power. Tinte HoÜt
of State in Italy. 1SDU-I6W. Berkeley. CaL/Lo» Angeles. CUUOxford, 1992, c o n referencia a la Sala de lm
Nueve en Siena, a la Camera Ficta de Mantegna c-n la .Mamúa g o n z J g u c s c a (1465-74) y a la Sala grande di
Palazzo Vecchio en Florencia (con referencia a 1565).
C O M I N I T A R C O N L A S riGUtAS 461
A d e c i r v e r d a d , d e e s t e g r a n r e p e r t o r i o , c o m o se ha m e n c i o n a d o , queda m u y poco de
los siglos x n i y x n . e n l o s q u e la c o m u n i c a c i ó n p o r m e d i o de la i m a g e n pareció llegar a
su p u n t o m á x i m o . I >e las m u c h a s o b r a s q u e a d o r n a b a n el Palazzo de la Signoria e n F l o -
rencia n o n o s q u e d a n a d a a n t e r i o r a 1416, c u a n d o se c o l o c ó el D a v i d de m á r m o l de
D o n a t e l l o . P o r l o d e m á s , se c o n s e r v a s ó l o e l r e c u e r d o de a q u e l l o que ocasionalmente
habían a p u n t a d o la FuenCcs e s c r i t a s * . E s c o n o c i d a la pérdida de cosas no precisamente
1
i n s i g n i f i c a n t e s ; s i | i n a , p o r e j e m p l o , d e l G i o t t o de F l o r e n c i a (y pienso en particular en
el Colmine rubat». e n e l P a l a z z o d e l P o d e s t à ) o d e Padua (en e l Palazzo della Ragione).
Pero s.Hi s o b r e l o d i i las o b r a s u b i c a d a s e n e l e x t e r i o r las que se d e s t r u y e r o n en u n p o r -
cenian todavía m a i o r . i n c l u s o c u a n d o se t r a t a b a de grandes ciclos de frescos, c o m o su-
cedió • i e l q u e t n M i l á n d e c o r a b a el B r o l e t t o , fechable en años n o lejanos d e l 1233 de
la esta- . t d e ( >hh Il • da T r e s s c n o y q u e t a l vez se p u e d e r e l a c i o n a r c o n aconreciinientos
c o m p r e n d i d o s e n t r e 1225 y I 2 4 H . S ó l o q u e d a n p o c o s f r a g m e n t o s , que, sin embargo,
bastan • • >ra h a c e r n o s e n t e n d e r e l s i g n i f i c a d o c l a r a m e n t e h i s t ó r i c o - p o l í t i c o c o n figuras de
suida' c i u d a d a n o s n o t a b l e s , f u n c i o n a r i o s o a d m i n i s t r a d o r e s y representantes del tc-
rntor l e s c r i i o s i o n a l t a c a l i d a d f o r m a l q u e evoca la c u l t u r a pictórica de la Francia del
norte (e I n g l a t e r r a . N o l e j a n a a la d e c o r a c i ó n milanesa se e n c u e n t r a aquella, que se
puedi i i a r e n t r e 1 2 3 0 y 1 2 6 0 - 1 2 7 0 , d e la que todavía se lee algo en la banda alta d e l
Brolei i l e N o v a r a ( e x p r e s i ó n de una c u l t u r a a r i s t o c r a t i c a y g u e r r e r a ) y que, j u n t o a la
posibL - m e x i ó n c o n e l m e n c i o n a d o c i c l o b r e s c i a n o y c o n l o que también queda en C r e -
mona i n m e m o r i a d e l e n v í o d e u n c ó d i c e e s t a n i t a r i o a P a n n a ) , hace pensar en u n área
lombarda c o n e l e m e n t o s de interesante h o m o g e n e i d a d . 4 5
Si de los casos r e c i é n s e ñ a l a d o s al m e n o s se ha c o n s e r v a d o a l g o , son m u c h o más n u -
merosos a q u e l l o s d e l o s eme n o n o s q u e d a n a d a , salvo - a veces- la feble m e m o r i a e n al-
guna d e l i b e r a c i ó n o e n e l pasaje d e a l g u n a c r ó n i c a . Así sucede, p o r e j e m p l o , con las
pinturas q u e e n la p a r e t i t l e l P a l a z z o C o m u n a l e de B o l o n i a recordaban en la plaza la
victoria de 1243 s o b r e A z z o d e F r i g n a n o y la c o n q u i s t a d e l castillo de R o f f e n o . Y l o m i s -
m o vale para las i m á g e n e s o r d e n a d a s e n 1315 e n R e g g i o E m i U a e n m e m o r i a d e l c o n f l i c -
t o c o n la f a m i l i a de l o s D a l l a P a l u d e , r e b e l a d o s c o n t r a la c i u d a d ; en el Palazzo Vccchio
del comune d e b í a d e figurar e l p u e b l o r e g g i a n o , d e d i c a d o a la destrucción de los castillos
enemigos c o n e l e j é r c i t o e n g u e r r a y el c o n c u r s o de m á q u i n a s b é l i c a s . D e entre todos
46
los g r a n d e s f r e s c o s d e p r o p a g a n d a p e r d i d o s , los m á s c o n o c i d o s s o n , en cualquier caso,
los de l o s r o m a n o s d e C o l a d i R i e n z o . A p a r t e de las figuras que había hecho pintar e n
t o r n o a la lex regia e n e l p r e s b i t e r i o de San J u a n de L e t r á n , con el senado de Roma que
M M . Donato. -Immagini e iscrizioni nell'arte "politica'* fra Tre e Quattrocento», en C Qociola (ed.)
-Indnle parlale- Le saitture esposte nei volgari italiani dal Medioevo al Rinascimento, Njpolcs, 1997, pp. 341-396,
cn concreto pp. 176-3 7S. "lodo ci volumen eduado por Claudio Qociola es, cn cualquier caso, esencial para los
lenias que esumo? trataiulo.
U . Gualazzini, «-Gli «aiuti comunali, il "populus", i "practìci" e un affresco del XML secolo»*. Studi Par-
4 t
memi V I I ! (1958), pp. 3-32 (para Cremona); A l . L . Gavazzoli Tornea, -Le pitture dueccnicsclic ritrovate ni
Broletto di Alitano, documento di un nuovo volgare pittorico nell'Italia padana-. Arte medievale serie I I , IV
(1990), pp. 55-70; id. - V i l l a r d de Honnecourt-, y Novara, «I "topoi" iconografici delle pitture profane del
Broletto-, Arte lombarda L I I (1979), pp. 31-52.
*OrVÙU, Imperniare infamante, ric. pp. 21. 30.
462 A R T I C HISTORIA EN LA E D A D M u m III
COMUNICAR CON IAS FIGURAS

« c o n c e d í a la a u t o r i d a d a V e s p a s i a n o . e m p e r a d o r » , e s t a b a la g r a n d e y c o m p l e j a alegoría
que desde el C a p i t o l i o d e n u n c i a b a la m i s e r a b l e s i t u a c i ó n d e R o m a , « v i u d a vetusta», lle- los p r i m e r o s t i e m p o s d e su a p l i c a c i ó n ; después, gradualmente, la pena se irá especiali-
vada p o r una barca s i n g u í a e n u n m a r a g i t a d o p o r e l r e s o p l i d o b e s t i a l d e los animales, zando, aplicada s o b r e t o d o para los d e l i t o s financieros (en p r i m e r lugar la bancarrota) y
para los casos de t r a i c i ó n . L o s m o d o s de e j e c u c i ó n son m u y claros gracias a los testimo-
que s i m b o l i z a b a n los d i f e r e n t e s e s t r a t o s d e l a g e n t e r o m a n a , m i e n t r a s , la F e . Italia, las
nios escritos q u e i i ' r\ h a n l l e g a d o , útiles para s u b r o g a r l a pérdida casi total de las imáge-
v i r t u d e s cardinales s u f r í a n p o r la c o n d i c i ó n d e la c i u d a d , y . s. .1 . r e n u l o , l o q u e impunaba
nes: se trataba de i c - u r a s q u e e n c o n t r a r o n m u y p r o n t o su « s e d e * prefenda en los muros
era lo que « l a m a j e s t a d d i v i n a v i n i e r a a j u z g a r » . Y e n e l fres» < d e S a n t ' A n g e l o , en Pes-
i n t e r i o r e s de los < .MIMOS p ú b l i c o s e n las plazas centrales de las ciudades, a menudo re-
c h i e r a , e n t r e l l a m a s y s u f r i m i e n t o s , u n á n g e l b l a n c o c o n la c a p a e s c a r l a t a - o sea. Cola el
pendas l a m i n e n i n o í r o s s i t i o s , q u e h e m o s v i s t o que eran adecuados a la difusión de
t r i b u n o - había bajado d e l c i c l o p a r a - e l t i e m p o d e l a g r a n i n j u s t i c i a » ' * ' .
mensaus: desde l a p u e r t a s de e n t r a d a a la c i u d a d hasta los prostíbulos.

La i ápidfl d e i ' i l u n a c i ó n d e los lugares iba u n i d a a la explicación de los módulos ico-

nogr.il, i >s e n el á m b i t o d e u n p r o c e s o e v o l u t i v o cuya génesis se sinia en las últimas dé-
Cuando la c o m ú n 1
u >n se hace ley: la pintura infamante cadas i l Dllécenti e n c o n t r a n d o la f u e n t e más fecunda en los cotuitm regidos por régi-
men L I tío y p o p u l a r . ( - o n e l i n i c i o d e l T r e c c n t o empieza la fase de la vigorosa madurez.
E n el c o n t e x t o p a l m e o el q u e e s t a m o s t r a t a n d o l o s n u m e r o s o s materiales La peí i vil p u s o n p u n t o e l m o d e l o d e s t i n a d o a permanecer; se trata del abarcado boca
que se u t i l i z a b a n para c u b i 1
• -idades d e la c o m u n i c a c i ó n p o d í a n t a m b i é n combi- abajo, i r r n a l m e n t e c o l g a d o d e u n p i e , q u e g r a d u a l m e n t e va sustituyendo.! las imágenes
narse, d a n d o vida a UJ1 i n s r n s c r i p r i v Q , v i n c u l a n t e , c o n v a l o r j u r í d i c o y no sólo prece ues, m u c h o m á s l i b r e s y vivaces, dispuestas siempre al relato de las razones de la
i n f o r m a t i v o . Pienso en I . : n , tic la p i n t u r a i n f a m a n t e , q u e m a d u r ó justo en la comh o. e n c u a l q u i e r r n o d o , a hacerla explícita a través de los símbolos específicos:
I t a l i a c o m u n a l , absoluta * . n o h a y q u e c o n f u n d i r c o n la g e n é r i c a ofensa en el bl.i de f a m i l i a , la bolsa e n el c u e l l o para los extorsión a dores, el notario escribiendo
i m a g e n . S i e m p r e es p o s i b l e i r - . p e r j u d i c a r , d e n u n c i a r a l a d v e r s a r i o c o n el lenguaie el do. a e n t o f a l s o . . . C o n el d e c l i n a r d e l T r e c e n t o , se produce e l debilitamiento y más
tarde I p r o g r e s i v a e x t i n c i ó n de la p r á c n c a , que persistirá hasta el siglo xv y más allá, pero
de las figuras, ademas de o •; _ • . 1 • • e s c r i t o , p e r o l o q u e p r o p o r c i o n ó connotaciones
ya sob' \ i v i é n d o s e a sí m i s m a , c o n una resonancia significativa sólo cuando se aplicaba
p a r t i c u l a r e s a la p i n t a r a m i i i le la E d a d M e d i a i t a l i a n a f u e e l h e c h o de que eso
en caso* l u c r a tic l o o r d i n a r i o . c s j i c c i a l m c n t e c o n t r a personajes de relieve culpables de
práctica t u v i e r a u n p u e s t o e s p e c i f i c o y r e c o n o c i d o e n e l s i s t e m a p e n a l v i g e n t e . Aprobada
traici' \ n o es c a s u a l i d a d q u e e n estos m o m e n t o s de estancamiento se busque u n nue-
p o r decisiones f o r m a l e s de o r g _ m i s l e g i t i m a d o s p a r a e s t o , sea e n s e d e j u d i c i a n a o políti-
vo vigiu r e c u r r i e n d o n o s ó l o a los p i n t o r e s de modesta altura del pasado, sino también a
ca, puesta e n p r á c t i c a s e g ú n las m o d a l i d a d e s p r e v i s t a s e n e l á m b i t o l e g i s l a t i v o , o rarifica-
artistas de p r e s a g i o : B o t t i c e l l i , A n d r e a d e l C a s t a g n o - a l que p o r eso se le llamará A n d r c i -
das p o r la c o s t u m b r e elevada a n o r m a n o e s c r i t a , l a c o n d e n a a t r a v é s d e la imagen con-
no «el de los A h o r c a d o s » — , A n d r e a d e l Sarto.
llevaba severos r e s u l t a d o s s o b r e la c o n d i c i ó n j u r í d i c a d e q u i e n se v e í a a f e c t a d o , porque,
sancionada de ese m o d o su c a l i d a d d e - i n f a m e » , e s t a b a s u j e t o a las g r a v í s i m a s limitacio- C o m o la p i n t u r a i n f a m a n t e es p i n t u r a de c o n s u m o , destinada por muchas razones a
nes que c o m o t a l t e n í a : se le m a r g i n a b a d e la s o c i e d a d y e r a p r i v a d o d e sus derechos una existencia b r e v e , su r e l e v a n c i a n o estuvo r e a l m e n t e en la calidad de las imágenes sino
f u n d a m e n t a l e s " . T e n e m o s , pues, e l caso, s i n a u t é n t i c a s p r u e b a s , e n e l q u e la figura no se
4 en el m o d o d e c o m u n i c a c i ó n ; su d u r e z a la p o d e m o s i n t u i r no p o r las figuras, casi p e r d i -
U m i t a a c o n v e n c e r u o r i e n t a r , s i n o q u e s e n t e n c i a s i n p o s i b i l i d a d d e a p e l a c i ó n . Es el naci- das del t o d o , s i n o p o r e l t o n o de los titttlt que las acompañaban: agresivos, insultantes,
m i e n t o de u n g é n e r o m u y p r e c i s o q u e se p r e s e n t a p o r p r i m e r a v e z ( p o r l o que hasta irónicos, c o n cadencias p o p u l a r e s y rimadas, capaces de fijarse en la mente del público.
También estas leyendas e v o l u c i o n a n y, si al i n i c i o son más bien simples, después se a r t i -
ahora sabemos) e n P a r m a , c u a n d o , e n 1 2 6 1 , l o s e s t a t u t o s c i u d a d a n o s d e c r e t a n que los
culan y e n r i q u e c e n , a u n m a n t e n i e n d o toda su claridad amonestadora . E n 1311 c n T o d i ,
50

culpables de d e t e r m i n a d o s d e l i t o s « S e a n p i n t a d o s e n e l P a l a z z o d e l C o m u n e p o r cuerna
para la i n f a m i a de u n c a p i t á n t r a i d o r bastaba « Y o soy Ricardo Spadatracta: / la traición
del C o m u n e y a costa d e l C o m u n e m i s m o » . L a p r á c t i c a se d i f u n d e r á p i d a m e n t e en las
ordené y n o se llevó a c a b o » , p e r o e n 1344 en Florencia e l titti/its para la imagen infaman-
ciudades de la actual E m i l i a y d e T o s c a n a , l l e g a n d o g r a d u a l m e n t e a c u b r i r u n territono
te del d u q u e d e A t e n a s se h a c í a de m a n e r a más detallada. «Avaro, traidor y además cruel,
que iba desde P i a m o n t e y e l V é n e t o h a s t a e l L a z i o y l o s A b r u z o s . E l a b a n i c o de los deli-
/ l u j u r i o s o , i n j u s t o y p e r j u r o , / y a n u n c a t u v o su estado seguro»; y se llegó hasta los 140
tos p o r los que se r e c u r r í a c o m o s a n c i ó n a la p i n t u r a i n f a m a n t e es a m p l i o , sobre todo en
versos escritos e n 1391 e n Siena para i l u s t r a r las figuras de los veintisiete conciudadanos
rebeldes p i n t a d o s c o m o t r a i d o r e s e n e l Palazzo P u b b l i c o : «Vosotros que miráis estas
pinturas / m i r a d m e q u e p o r m i avaricia / traicioné con g r a n maldad / la patria mía. Para
4 7
Anónimo Romano. Cnmiui. ed- G . Porta. .Milán, 1981. pp. 106-110. Cfr. Ph. Sonnay, - L a politique «-
•saque- de Cola di Rienzo (1315-1354)*. Retw de /'an LV(1982). pp. 35-43. E l eaamen más completo del»
pintura* de Cob e» el ofrecido por M> Ragozzmo, Attività artistica e pittura politica a Roma nel ATI' senio. Ih **En este sentido podemos mencionar el ocio del Broleno bresciano, que se puede considerar cotnu ante-
protagonista Lola di Rienzo, tesis doctoral (Roma I r e , X I I ciclo). 2001. cédeme de la pintura infamante también en lo tocante a la ubicación en el interior del palacio.
*" Sobre la discusión, además de Ortalli, La panturx infamante, eie. c id.. L'immagine infamante e it astern w
Esencial para evaluar este npo de producción F. Suimcr, La poesía satírica i p-xosa neU'eia dei omitan.
dell'insulto, cu., cfr. S. Y. Edgerton Jr.. Picture* and Punishment. Art and Criminal Prosecution During the Floren- Padua. 1983. pp. 179-212.
tme Renaissance, Ithaca. NY/Loiidres, 1985.
464 A*Tk I H I S T O R I A E N I A I K Mi M l D M IM
tener flonnes / Siena vendí a los balsos florentinos (...]»*'. V la comunicación en imáge-
nes podía transformarse en diálogo, como en la respuesta pur así decir «privada» de
Rodolfo da Varano, señor de Camerino, a la condena pública de los florentinos que en
1377 le habían pintado como traidor por haberse pasado al enemigo en la guerra llamada
«de los Ocho Santos»; a la imagen Rodolfo había respondub < > • >n la imagen, haciéndose
pintar mientras realizaba sus funciones corporales con los ochi i jefes florentinos sentados
sub san ¡solio en condición bien descrita por el titulas: «Yo so\ Uidolfo da Camerino, leal
señor de tierra. / que se cagó en la boca de los Ocho de la gliei i a >-\ s fondo (aparte d« lodo lo demás) está justamente en el hecho de que la sanción déla culpa
Se ha dicho que lo que car ai .-riza a la pintura miainanie es su valor legal, la función
bien definida en el sistema p'.nunvo vigente, las modalidades de la decisión y de la ejecu-
ción que constituían un proi! peculiar en el sistema icónic < i publico, oficial y laico de
la Edad Media. Pero \ asistir en su conexión espei ifica con la Italia de expe-
riencia comunal. c>n < -gnomos en relación con las no pocas imágenes de
infamia que. de cualq. u «intramos en toda cpoi .1 \ en todo lugar, algunas
de las cuales aparenCement< ixVjamas. Piénsese, jx»r ejemplo, en las tablas ordena-
das en 1447 por el rey ^ .us X I par3 infamia del principe de Orange. culpable
de insurrección y traietó _n Evreux. Pacy y Nonancourt. E l parecido con la
práctica de los coinn-u 1 falta un dato esencial, la inclusión en un sistema
orgánico de aplicación. Ci is y ritualidades determinadas por la ley escrita o por
la praxis consolidada. En SUS! . •-. ia punición del principe de Orange nos sitúa ante uno
de los casos que pueden ser también frecuentes pero quedan, no obstante, extra ordinem.
Y otra lógica será también la de la exeeutio tn cffigic, que, sobre todo en el siglo xvu, se
difundirá en Francia y en el norte de Europa, con la ejecución pública en la horca o en U
hoguera de la imagen bidimensional o tridimensional del culpable".
Más pertinente podría ser citar los hbelli (amos, (los carteles infamantes) que se con-
sofidaron en el mundo germánico en la Baja Edad .Media y eran resultado de una cláusu-
la contractual, la StbcltklauseL por la cual quien hubiese resultado insolvente respecto de
los compromisos adquiridos, autorizaba a la parte contraria a infamarlo con la pintura y
la escritura en lugares públicos. EJ primer contrato del género que se conoce se remonta
a 1379 y sabemos de cerca de un centenar de estas figuras, que se pueden fechar desde
1420-1421 a lo largo de todo el siglo xvi, conservadas pnncipalmente en archivos, bi-
bliotecas v museos de la Alemania septentrional. Se encuentran blasones invertidos y
sellos embadurnados de estiércol de animales; los culpables aparecen en poses deshones-
tas o haciendo trabajos despreciables, pero también hechos pedazos o ahorcados boca
abajo . Más allá de las fuertes asonancias, las diferencias respecto de la pintura infaman-
54
" Cfr. -La Cronaca M u u i a u r i - , c-n A. Lisini y F lacomciii (ed.), Cranaebe Senat, RIS2, vol. XV/6, Bolonii,
1939, p . 743-747.
P
s:
Onalli. La ftmtmt mfamant. caL. pp. 21. 22, 38.
" W Bruclnvr. Btldm, und Brauch: Studien zur Bildfiinlnicn der Fjjigies, Berlin. 1966. pp. 248-282; D. Frccd-
berg, The Rftttr of Images. Srudics in the Histary and Theory vf Responscs, Chicago/Londrcs, 19B9, pp. 257-261
|cd. casc El poder de las imtgenes, Madrid, Cäicdra. 1992).
W
AL Lcntz, -Schmabbncfc und Schandbildc-r als Medien außcrgcrichUichcr Konflilctbewälogung. Von
der sozialen Sankuon zur oflenüichen Strafe (I4.-16. Jahrhunden)», en 11. Schlosser y D. Willowal (cds.).
Seite li'egx strafmbugesebicbt/teher Forschung* CaloniaAVcimarAlcna, 1999, pp. 55-81; «Dcfamatory Pic-
(.OMI'MC*! CON IAS FIGURAS 465
te italiana siguen siendo muy claras. Ante todo no se trataba defrescossino de documen-
tos volantes, o foln is o manifiestos (tal vez también tablillas) en los que la pane escrita era
mucho mas signm- ativa que el dibujo, al que se le reservaba la tarea de llamar la atención
sobre el texto, qui reñía que explicar todo. Además de esto, el procedimiento entraba en
el ámbito de una < elación entre particulares, evidentemente consentida por las autorida-
des pero indepeilíbente de ellas; y, desde el punto de vista concepmal, la diferencia de
y la restitución del equilibrio social violado no eran ejercitadas por el poder público.
Vale la pena insistir no tanto en la limitadísima semejanza entre la práctica alemana y
la italiana, sino mas bien en la precoz aparición, en la amplitud, en la función pública y
en la <! iración di -ta última para corroborar cómo, más allá del caso concreto, la expc-
nenci dJe la tul i a < omunal se confirma como momento clave en el uso de la imagen.
1 .mpos y recorridos diferentes: las peculiaridades de las
diferentes áreas
La- diferencias entre Italia y Alemania plasmadas en el uso de la pintura con elfindel
insuh » el vituperio permiten corroborar, por mucho que pueda ser obvio, cómo los
recon ¡<>s que seguían las artes de la figura eran diferentes según los tiempos, modos y
finalidades; y resulta conveniente hacer más explícita una división, por otra parte ya
mencionada -prescindiendo de los aspectos estilísticos o de la cualidad artística-, que
creo que es fundamental en relación al uso específico de la imagen para la comunicación.
Considero, en erecto, que se debe insistir sobre la distinción de fondo entre las áreas
políticas (pero a la vez culturales) en las que el poder fue gestionado por una autoridad
central tuerte y aquellas que, por el contrario, fueron estructuralmente más frágiles por
su reducida dimensión o por la inccrtidumbre en la organización del poder interno, o
incluso por otras razones. En esencia, para Francia, las islas Británicas, o la península
Ibérica, o Bohemia o Hungría, donde una autoridad soberana era el eje reconocido del
sistema estatal total, la necesidad de difundir propuestas, ideas, convicciones era cualita-
tivamente diferente respecto a los lugares en los que tal elemento organizador no existía
y, en tal caso, no es casualidad que precisamente Alemania y la Italia de las ciudades y de
los poderes fragmentados y, a menudo, también confÜctivos dieran espacio en su interior
a prácticas agresivas como las indicadas más arriba.
La función de las cortes se planteaba como un elemento de estabilidad, pero también
como freno respecto a situaciones menos consolidadas, en las que el arma de la propa-
ganda y de la información terminaba por desarrollar una función mucho mayor. En esos
contextos, las salas de las residencias reales y de las moradas principescas pesan más que
los palacios públicos o que las murallas de la ciudad, que, por lo demás, en la estructura
del reino quedan también como expresión de un poder central que ha aprendido a ejer-
cer el propio papel de guía. Tendencias análogas terminan por expresarse con diferente
tures and Leiters in Late Medieval Germany: The Visualisauon ofDisorder and Infainy-, 7be Medieval Hutory
Journal III. 1 (2000). pp. 139-160.
466 -\RTt £ HISTORIA EN LA EDAD M I D I A Ml

C O M U N I C A * CON LAS rii.uPAs 467

intensidad y, p o r e j e m p l o , e l m e c e n a z g o a d q u i e r e g r a n i m p o r t a n c i a c u a n d o está apoyado

p o r u n s o b e r a n o , c o m o e l i n g l é s E n r i q u e I I I , d e l q u e se c o n o c e e l e m p e ñ o que puso
d u r a n t e el l a r g o p e r i o d o d e g o b i e r n o ( d e 1 2 1 6 a 1 2 7 2 ) e n la d e c o r a c i ó n p i c t ó r i c a de sus
residencias (casi i n t e g r a l m e n t e p e r d i d a ) . L o s t e m a s q u e n o s s o n c o n o c i d o s , c o n una pre-
visible m e z c l a de asuntos r e l i g i o s o s , s i m b ó l i c o s y s e c u l a r e s , p o d r í a n m u y b i e n h.il ver sido
c o m p a r t i d o s e n las s i t u a c i o n e s q u e h e m o s i n d i c a d o c o m o e s t n u . o r a l m e n t e diferentes de
I t a l i a y AJemania, p e r o la l ó g i c a d e p a r a d a es t o d o l o c o n t r a r m

E n t r e los frescos o r d e n a d o s p o r e l s o b e r a n o n o s q u e d a e l i «.-cuerda d e la historia de

L á z a r o y d e l rico E p u l ó n e n las salas d e l o s c a s t i l l o s d e G u i l d f o i d y L u n g e r s h a l l ; en Cla-
r e n d o n Palaee el t e m a d e la c r a z a d a i n c l u í a e l l e g e n d a r i o e n f r e n t a m i e n t o e n t r e Ricardo
1 (rio de E n r i q u e L L 1 } y S a i a d l m >; al l a d o d e l a c h i m e n e a e n la c á m a r a d e la r e i n a e n West-
m i n s t e r estaba represen) : • • ierno; también en Wescrninster la Paimed Cbamber
dehía de gozar de especial P e r o e l s e l l o o r i g i n a l d e l s o b e r a n o mecenas no
podía f a l t a r y, s o b r e t o d o , ; \ a m e n t é d i f e r e n t e la f i n a l i d a d d e las imágenes,
c o m o l o es e n e l caso de k es p i n t u r a s d e p r i n c i p i o s d e l s i g l o x i v de la Great
C h a m b e r de la L o n g t h o r ] r en C a m b r i d g e s h i r e , c o n la N a v i d a d , la edad del
h o m b r e , los tres v i v o s y ! i; t o s , e l r e y D a v i d , p r o f e t a s , m ú s i c o s , a n i m a l e s . . . Son
temas bastante c o m u n e s . i c o n o g r a f í a s m á s i n s ó l i t a s , c o m o la « r u e d a de los
el n i \ « i u n u n i c a n v o e r a , s i n e m b a r g o , m á s b i e n t ó p i c o y, la v e r d a d , n o m u y e m o c i o n a n -
sentidos'-, e n c u e n t r a n paree di r o t o d o e s t á d i r i g i d o a las n e c e s i d a d e s d e l comitente
te COMÍ., m u c h o , se q u e r í a t r a n s m i t i r e l s e n t i d o del p r o p i o poder. Pero e n t r e M a h a u t
R o b e n de T h o r p e (y d e l hi)i <<. - i n d e m a s i a d a s p r e o c u p a c i o n e s p o r u n a v e r d a d e r a exigen-
d'Anois \ J u a n I I h a b í a s u c e d i d o a l g o m u y i m p o r t a n t e , y n o s ó l o en Francia. E n Europa
cia de t r a n s r n i r i r I n f o r m a c i o n e s e ideas'''. A s í , m á s q u e la I t a l i a d e las c i u d a d e s viene a h
se habí.i e x t e n d i d o la g r a n peste d e 1348, la m u e r t e negra que también t u v o serias reper-
m e n t e la d e l r e i n o d e l S u r y d e la c o r t e a n g e v i n a - Y u n a m o r a l i d a d o u n s e n t i d o de par-
cusiones e n la p r á c t i c a d e la i m a g e n
ticipación e n c i e r t a f o r m a d i f e r e n t e los c a p t a r í a i n c l u s o e n esos t e m a s q u e e n Inglaterra,
l_"n p r i m e r r e s u l t a d o f u e , i n d u d a b l e m e n t e , de c a r á c t e r c u a n t i t a t i v o . E n el caso de
c o m o e n todas partes, d e c o r a n los e d i f i c i o s d e c u l t o ; p o r e j e m p l o , la r u e d a d e la Fortuna
D i n a m a r c a p o d e m o s m e d i r l o c o n n ú m e r o s , refiriéndonos a u n tema de g r a n tradición: la
de la c a t e d r a l de R o c h e s t e r , o la I n c r e d u l i d a d d e s a n t o T o m á s y e l S a n C r i s t ó b a l de la
segunda v e n i d a de C r i s t o c o n el J u i c i o F i n a l . A p a r t i r de su aparición e n Occidente hacia
abadía de W e s t u u n s t e r .
el año K00 e n la i g l e s i a d e San J u a n , e n M ü s t a i r en los Grisoncs, el tema fue m o t i v o de
T a m b i é n la especial a t e n c i ó n h a c i a la m i n i a t u r a q u e se d a e n F r a n c i a e I n g l a t e r r a pa- d e c o r a c i ó n s o b r e t o d o e n las c o n t r a fachadas de muchas iglesias, amenazando a quien
rece llevar el sello de las p o s t u r a s i n s t i t u c i o n a l e s ; p e r o , s i g u i e n d o c o n la p i n t u r a , después salía del l u g a r s a g r a d o , e s p e c i a l m e n t e c o n la terrorífica representación del I n f i e r n o y de
d é l a t o r r e de L o n g t h o r p e , q u e m a r c a e l p a s o d e l s i g l o x n a l x i n , d e n u e v o s o n las grandes las penas para los c o n d e n a d o s . D e s p u é s e n E u r o p a e n c o n t r ó u n hueco en las salas de
residencias las que p a r e c e n a b s o r b e r las m e j o r e s e n e r g í a s y d a r l o s r e s u l t a d o s más viva- justicia, c o n e v i d e n t e s i g n i f i c a d o s i m b ó l i c o . E n r e s u m e n , para explicarnos con u n caso
ces. I n g l a t e r r a c o n sus n u e v o s s o b e r a n o s , E d u a r d o I I y E d u a r d o LTI ( d e 1307 a 1377), útil p o r q u é se p u e d e m e d i r , e l J u i c i o F i n a l es, c o n m u c h o , el tema más representado de
parece h a b e r p e r d i d o e l b r i o de la é p o c a d e E n r i q u e LTI y d e s u s u c e s o r E d u a r d o I , y es la E d a d M e d i a d a n e s a : l o s c e n s o s actuales le asignan más de quinientas apariciones, nada
entonces F r a n c i a la q u e nos a s o m b r a c o n las m o r a d a s d e M a h a u t d ' A r t o i s , e n la primera menos q u e c e r c a d e l d i e z p o r c i e n t o d e l t o t a l d e las imágenes registradas, con u n a u m e n -
m i t a d d e l s i g l o , y c o n la d e c o r a c i ó n d e l c a s t i l l o d e V a u d r e u i l e n N o m i a n d í a , e n t r e 1350 to c o n t i n u o q u e pasa d e las s i e t e figuraciones registradas entre 1100- 1150a las cerca de
y 1356, o r d e n a d a p o r el rey J u a n I I , c o n escenas d e v i d a d e c o r t e o d e caza y c o n temáti- doscientas e n 1 5 0 0 - 1 5 5 0 , p e r o c o n u n a bajada brusquísima en los años 1 3 5 0 - 1 4 0 0 " . L a
dramática r u i n a , p r o d u c t o d e la g r a n peste, repercutió i n d u d a b l e m e n t e en la producción
ca histórica que c o m p r e n d e la V i d a de C é s a r . S o n t o d a s o b r a s d e g r a n c a l i d a d , en las que
de i m á g e n e s , p e r o 1 3 4 8 t a m b i é n se p u e d e t o m a r c o m o fecha convencional que marca u n
c a m b i o . E n a l g u n o s d e sus aspectos, la E d a d M e d i a de las imágenes, usadas c o m o m e d i o
de c o m u n i c a c i ó n , está t e r m i n a n d o o - m e j o r d i c h o - pasando página. E l retrato sobre
" T . Boreoius. - 1 "he Cycle o f bnages in the Palaces and Casdes o f H e n r y I I I - , Journal of tbe Warburgoni
tabla de J u a n U d e F r a n c i a , h o y e n e l L o u v r e , a u t ó n o m o , s i n más propósito, es ya p o r t a -
Courundd Institutes V I (1943), pp. 40-50; D . Park. - W a l l Painring», en J. J. G . Alexander y P. liinslci (cds.),Agr
of Chivalry. Art in I'lantagenet England 1200-1440. catálogo de la exposición (Londres, 6 de noviembre de 1987-
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nal III (2000), pp. 119-138. Para la representación del infierno, cfr. en síntesis X. Banal i Altet. sub vote «En-
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468 ARTF £ H I S T O R I A E X L A lClíAD M l D I l III
COMUNICAR C O N LAS F I C U R A S 469

d o r de u n mensaje d e a u t o c o n m e m o r a c i ó n s u s t a n c i a l q u e n o r e q u i e r e r e p r e s e n t a r a una
c o m u n i d a d ( c o m o e n las figuras de los podestà i t a l i a n o s ) , r a t i f i c a r u n a f u n c i ó n (como de Siena a P i s a , las i m á g e n e s d e l s i g l o x i v d e l C a m p o s a n t o ; de Florencia conocemos los

podía pasar c o n F e d e r i c o I I o c o n las e s t a t u a s p o r l a s q u e e l p a p a B o n i f a c i o fije acusado versos h e c h o s p o r I r a n e o S a c c h e t t i e n t r e 1377 y 1391 para los frescos (perdidos) del
Palazzo V e c c h i o . U n r e c o r r i d o c n c i e n o m o d o p a r a l e l o es el realizado p o r G i o v a n n i da
6 1

de idolatría p o r sus a d v e r s a r i o s ) , a c o m p a ñ a r u n a o f r e n d a v o t i v a o r e c o r d a r a u n dinamo.

A h o r a el p o d e r se r e a f i n n a a si m i s m o . F . n la t a b l a l o n d i n e n s e d e la a b a d í a d e \\ estniins-
ter, R i c a r d o IT - q u e r e i n ó e n I n g l a t e r r a d e 1 3 7 7 a 1399— p i d e
ción»-, p e r o n i n g ú n s i g n o de fe o d e p i e d a d a p a r e c e a l l a d o d e l> is e v i d c n n ' s i n i o s -anillólos
de la a u t o r i d a d soberana ( f i g . 8 ) . E n T u r m g i a , e n la c o l e g i a t a d e M ü h l h a i i s e n , el empe-
r a d o r C a r l o s TV de L u x e m b u r g o . e s c u l p i d o e n p i e d r a c o n s u st q u i t o , m i r a dc-.de lo alto
Firenze, l l a m a d o M n l i z i a B a r a t t o n e , u n m o d e s t o poeta que hacia la m i t a d del siglo xrv
escribió u n a s e r i e d t s o n e t o s d e s t i n a d o s a i l u s t r a r las figuras de personajes ilustres ( t a m -
- e l r e c u e r d o e n la ora-
bién p e r d i d a s ) q u e ( . ¡ o t t o h a b í a p i n t a d o a! fresco, e n t r e 1329 y 1333, en la sala regia de
Castel N u n v o p o r i n t a d e l r e y R o b e r t o de Anjou, e n una Ñapóles en la que ofrecían
una waltet n a t i v a d e i i r á c t e r l a i c o o h i s t ó r i c o al aspecto que h o y nos parece prevalen te, el
versado | .| e n las l i s p u t a s t e o l ó g i c a s y r e l i g i o s a s » ' ' . Se podrían p o n e r muchos más 2

de la galería a p o y a d o e n la b a l a u s t r a d a . Basta o b s e r v a r ; n o h a c e t a i t a c o n v e n c e r , explicar, ejemplo' L a l e n g u a v e r n á c u l a g a r a n t i z a b a u n g r a d o de u t i l i d a d y comprensión m u c h o

n a n s r n i ó r mensajes o i d e o l o g i > estos n u e v o s ó r d e n e s g e n e r a l e s t a m b i é n la didasca-
lia empezará a p e r d e r su hinpOJ
Imágenes parlar-" !i nguajes modulados de manera
i reren te
L a relevancia de los thtih i nuníeación figurativa, q u e a l c a n z a su p u n t o culmi-
nante en las i m á g e n e s i n f a m : . - i i • >nocía d e s i e m p r e y. u n a v e z m á s , la tradición
eclesiástica, c o n los carteles pá3 - p e r s o n a j e s y l o s titttlt p a r a las escenas, se proponía
c o m o p r e c e d e n t e , e j e m p l o y m o d e l o p a r a e l m e n s a j e l a i c o , q u e . p o r o t r a p a r t e , desarro-
llaba de m a n e r a a u t ó n o m a y m u \ i n t e n s a e l h a b l a r e n p i n t u r a ' . P e r o t a m p o c o se puede
, <
o l v i d a r que la didascalia a través de la i m a g e n l a i c a e n c u e n t r a f u e r a d e la Iglesia un pre-
cedente todavía m á s d i r e c t o e n la c r e c i e n t e p r o d u c c i ó n e p i g r á f i c a l a p i d a r i a ; fenómeno de
dimensión europea q u e e n I t a l i a , a p a r t i r d e l s i g l o X I , t r a n s m i t e n o t i c i a s e ideologías de
las nuevas clases d i r i g e n t e s . E s p e c i a l m e n t e s i g n i f i c a t i v o f u e . e n c o n c r e t o , e l paso de ta
exclusividad d e l latín al u s o de las l e n g u a s v u l g a r e s e n las e s c r i t u r a s expuestas, novedad
que e m e r g i ó ya e n t r e finales d e l s i g l o x i y p r i n c i p i o s d e l x i n , c u a n d o
pareció úul y oportuno a u n público de a l f a b c ü z a d o s cada vez m a y o r y heterogéneo poner
por escrito en el o t r o códice lingüístico |la lengua v e r n á c u l a ] , l o q u e hasta entonces se había
limitado a la oralidad. una sene poco a p o c o cada vez m á s variada de t e x t o s .
mayor q i el q u e - g u r a b a e l l a t í n , q u e t a m b i é n se siguió u t i l i z a n d o durante m u c h o
tiempo. Malquiera |uc f u e r a la e l e c c i ó n , la presencia de los titidi, e n t o d o caso, hace
mucho is e x p b c i t i i e l d i s c u r s o h e c h o m e d i a n t e i m á g e n e s . Es o b v i o . Es más convenien-
te decir e l o s d o s > ódigpsj l i n g ü í s t i c o s n o son e n a b s o l u t o alternativos, sino que pueden
coexistid i c o n c r a n i l o e f i c a z a p l i c a c i ó n e n r e l a c i ó n c o n aquello que se quiere comunicar.
La eleci i n o p l a n t e a p r o b l e m a s y l o s ú n i c o s i n c o n v e n i e n t e s podían tener lugar en si-
tuación o r n o la d e I n g l a t e r r a , d o n d e , al l a d o del latín, era e l francés el que competía
eventual . m e c o n el i n g l é s .
En su u i c i a , l o s r e g i s t r o s d e la c o m u n i c a c i ó n varían en c u a n t o a módulos iconográ-
ficos se; ii las d i v e r s a s e x i g e n c i a s . E s n a n i r a l que sea así. Se necesita u n lenguaje m u y
diferenn según haya q u e i n s u l t a r a l e n e m i g o , celebrar una v i c t o r i a o, incluso, i m p a r t i r
una alia l e c c i ó n d e m o r a l i d a d c í v i c a . Y se i m p o n e u n estilo m u y diferente según se hable
desde una sala de c o n s e j o , desde u n m u r o p ú b l i c o o desde u n prostíbulo. Y el t o n o dis-
curre d e s d e los n i v e l e s m á s á u l i c o s y m e d i t a d o s hasta los de los g r i t o s del mercado,
cuando n o d e risa, e n u n a s e c u e n c i a e n la q u e t a m b i é n la lengua desempeña su papel
¡unto a la figura-, l a t í n o l e n g u a v e r n á c u l a n o se c o n v i e r t e en una alternativa sin significa-
dos expresivos, e s p e c i a l m e n t e allí d o n d e la divulgación de la segunda se revela más lenta
y su u n l i z a c i ó n n o se d a t a n p o r s u p u e s t o c o m o c n las tierras de T b s c a n 3 . Para entender-
nos, v o l v i e n d o u n m o m e n t o a l caso f r e c u e n t e d e la d e n u n c i a del adversario, no s o r p r e n -
de que las i m á g e n e s i n f a m a n t e s , e n e l á m b i t o d e p r e s t i g i o d e l palacio, hablaran, a veces,
un lao'n i n c l u s o r e f i n a d o y d e s p u é s , f u e r a e n la plaza, usaran una lengua vernácula de
efecto i n m e d i a t o y a b r u p t o :
60

Ama nos alibi gentis depicta figarts, que veterttm dominum Mastinum prodidit o/rw...: N o -
L o s ejemplos ligados a la p i n t u r a s o n r e a l m e n t e m u c h í s i m o s y , c o m o prueba de su
sotros, cn otros lugares pintados con las figuras de la gente que antaño traicionó al vieja
absoluta n o r m a l i d a d , t a m b i é n h a b l a n e n l e n g u a v e r n á c u l a o b r a s d e e s p e c i a l í s i m a impor-
señor Mastino, estamos aquí de nuevo pintados con la imagen de los hombres por cuya se-
tancia: la Mttestd d e S i m o n e A l a r r i n i o e l Buoti Govertw d e L o r e n z e t r i , a s í c o m o , pasando
dición fue t r a i c i o n a d o e l segundo C a n de la estirpe Scaligura , l'alter Scaligera destirpe Ca-
nis...
" E n sìntesis. s o b r e l a c v o l u a o n d e l r e t r a t o . P. O Claussen. sub voce -Ritratto"-, en Enciclopedia dell'uni
medievale, vol. X , R o m a , 1999, pp. 33-46-

* C f r . H . B e l ü n g , «Da«, Bild als T è a . Wandmalerei und Literatur u n Zeitalter Dantes», c n I I . Bdting y

••Visibileparlare",
9

''' L . B a t t a g l i a R i c c i , « E p i g r a f i d ' a u t o r e » , e n C i o e i o l a ( e d . ) . CÌL, p p . 4 3 3 - 4 5 8 , e n c o n c i e -

D . B l u m e (eds.), Malerei und Stadlkultur in der Dantezeii. Die Argumentation der Iii/der, M ü n i c h , 1 9 8 9 , pp 23- io pp. 4 3 8 - 4 5 1 .
64. E n g e u c r a l , c f r l o s e n s a y u s r e c o g i d o s e n C i o e i o l a ( e d . ) , ~ Insilale parlare, eit. W
F , Bologna. 1 pittori alla corte angioina di Napoli, 1266-•141-1, e un rasarne dell'arte nell'età federìciana, K o i n a ,
A . P e t x u e c i , -11 v o l g a r e e s p o s t o : p r o b l e m i e p r o s p e t t i v e , e n C i o e i o l a ( e d . ) , «Visibile parlare-, d e , pp
0 0
1969, p. 222; cfr. N . de Blasi, «Iscrizioni in volgare nell'Italia meridionale: prime esplorazioni», en Cioeiola
45-58. c n concreto p. 48. Cfr. con valor programauco también td., - P o t e r e , s p a z i u r b a n i , s c r i t t u r e esposte: (cu,), «Visibileparlare», d r . , pp. 2 6 1 - 3 0 1 , e n concreto pp. 260-265.
proposte ed e s e m p i » , c n Culture et idéologie dans la genese de l'Etat moderne, Roma, 1985, pp. 85-97.
470 A R T I L HISTORIA EN LA E D A D M E D I A III
C O M U N I C A R CON LAS FISURAS

Así decía en latín, en 1354 en Verona, la didascalia de las figuras (en cualquier caso
quitaremos la corona que consentir que a la corona imperial y a nosotros se nos humille de
colgadas en horcas) de los partidarios de la conjura contra C a n g r a n d e I I , pintadas en el
tal manera. One las pinturas sean destruidas, las inscripciones retiradas: picture átltantur,
Palazzo Comunale, con un recuerdo de la condena en i m á g e n e s de los conjurados que en
serspturae rcrruaeitttn*''',
1277 habían asesinado a Mastino l \ D i e z a ñ o s antes, en F l o r e n c i a convino utilizar otros
f t

códigos muy diferentes cuando se pintó al depuesto duque de Vienas con sus cómplices
A pesar de las órdenes soberanas, el fresco permaneceria todavía algunos siglos, pero Ja
en el Palazzo del Podestà: -Avaro, traidor y además c r u e l , el lujurioso, injusto y perjuro,
irritación de Barbarroja es un buen ejemplo de todo lo que podían decir las figuras, ¡a
/ lamas tuvo su estado segure»» *. 6

veces incluso dema- udo!

Difusión, recepción y eficacia del mensaje
L a sensación di •
siglo xiii. lleva a Ì ;
efecto, la dtfusió M
porsi, una respue .
tenemos algún testii
leyendo lo que el A i . . .
Muchos otros testimonios confirman la eficacia de la comunicación en imágenes.
Sería banal recordar (después de Rodolfo da Varano) el peso de las pinturas infamantes
que, cuando se refirian a personas de autoridad y no a los habituales pobres o margina-
dos, para horrarla-, sé llegaron a hacer incluso acuerdos entre gobiernos, operaciones
del comunicar visual que explota en el mmscursodel diplom i« as, recomendaciones de poderosos. Era absolutamente obvio que el afectado
que punto los mensajes figurados eran eficaces. En intental por cualquier medio, hacer desaparecer la huella de la propia infamia. Más
• lus tesamonios que nos lian llegado sugiere, ya de bien, as uendo o l í a perspectiva, será útil recordar como prueba de la validez de la ima-
gen c o i pena la extensión que alcanzó este recurso. Es difícil cuanuficar el uso, pero,
- u capacidad declarativa, perei, de una u otra manen,
al men« en un caso, las fuentes nos ayudan; así sabemos que en Bolonia, aunque los
\ decir verdad, se podría pensar de manera diferente
datos se i incompletos, sólo para el trienio 1299-1301 más de setenta y dos individuos
ino escribía de las reacciones a los frescos de Cola di
terminal >n pintados en los muros de los palacios públicos de la Piazza Maggiore '. Tal 6

Rienzo en S a n i ' A J I L c i t . • .-r.i, de los que algunos decían « C o n otra cosa se quena
abundan ta se justifica sólo por la eficacia del procedimiento. Todas esas imágenes de
rectificar el estado de Roma \ muchos consideraban que «era vanidad y reían». Pero persona> infamadas nos ayudan también a percibir mejor lo pintados que podían estar los
había otros que mantenían aue • í.»ran cosa es ésta, y gran significación tjene» . Esen- f,í
muros de las ciudades de aquellos años, cuando las pinturas infamantes estaban junto a
cialmente, sólo algún*' •-tijuii.irhan por completo el programa enunciado en la pintura, blasones de alcaldes, a imágenes sagradas o votivas, a celebraciones de acontecimientos
pero las discusiones que suscitaba son un ó p t i m o testimonio de la atención que se le especiales <>, y sin agotar el elenco, a la pintura decorativa más normal que no tenía que
prestaba. E l peso de la comunicación en imágenes, por lo demás, nos lo confirmaba ya la comunicar más que el gusto por el ornamento o las posibilidades de quien la encargaba.
dura reacción de Rodolfo da Varano a las figuras florentinas, y, mucho antes por motivos Pero, quedándonos cn las pinturas destinadas a sugerir c informar, conviene retomar la
parecidos. Federico 1 Barbarroia había reaccionado, no en tono de taberna sino de corte airada reacción de Barbarroja, decidido a impedir que una pintura certificara una reali-
imperial, a un mensaje mucho más refinado, aunque no menos irritante, que se leía en las dad inexistente. Su intuición no era para nada equivocada, y lo podemos verificar si pa-
paredes del palacio lateranense. samos de Roma a Venecia, donde también a través de las imágenes se cultivó la rnitogra-
Era 1155 cuando Federico, llegado a R o m a para la c o r o n a c i ó n imperial, había risto fía ciudadana con una habilidad quizá sin parangón, manipulando la realidad con fines
el fresco (que se puede fechar en 1133-1143, cuando era papa Inocencio I I ) que repre- claramente políticos y de prestigio. Esto se ve muy bien con la construcción de la leyen-
da carohngia y el relato de la refundación de la dudad a nivel imperial.
sentaba al emperador Lotario II en el momento de jurar fidelidad a los romanos, con un
titiiitisque en el pasaje «Rex (-..| homo fit pagae» sugería una subordinación de vasallaje
Todavía hoy, la serie de las grandes pinturas del Palacio Ducal acordadas en 1578 para
del soberano al pontífice, algo intolerable para Barbarroja, que insistió hasta obtener del
contar las glorias militares de Venecia hasta la victoria de Lepanto, se abre con dos im-
papa la promesa de borrarlo entero. E n realidad, la pintura se quedó y, cuando, en 1157,
ponentes lienzos dedicados a la batalla del Canale ürfano, en la que los venecianos de-
los representantes papales se presentaron en la asamblea de los príncipes del imperio en
rrotaron, hacia el 810, al ejército invasor franco de Carlomagno y de su hijo Pipino;
Besanyon, estalló la furibunda reacción del soberano:
glorioso evento que fue el preámbulo de la paz con Carlomagno, del traslado de la capi-
tal del ducado al lugar de la actual Venecia y, cn último término, del nuevo nacimiento
A pittura teptt... Con la pintura empezó, con ella se llegó después a la inscripción, con
b inscripción se intenta afirmar un derecho. N o lo soportaremos; no lo toleraremos; antes
* * O t o n de F r i s i n g n y R a l l e v i n o , Gesta Fridertci I wiperatoris, XX, p . 1 8 8 . C f r . L a d n c r , /
c i t . , l i b r o ÏÏJ. c a p .
molaici e gli affreschi, oc, pp. 3 5 6 - 3 5 9 ; A . F r u g o n i , « A picmra cepii», cn id. Incontri nel Medio Evo, B o l o m a .
" G . A l . V a r a r u n i . - L a " d a n u i a t i o m e m o n a c " d e g l i a d e r e n t i a l l a c o n g i u r a d i F r c g n a n o ( 1 Ì 5 4 ) : l a didascalia 1979, p p . 2 5 1 - 2 6 2 .
delle pitture i n f a m a n t i " , c n Gli Scaligeri 1277-1 ÌH1, catalogo de l a e x p o s i c i ó n ( V e r o n a , j u m o - n o v i e m b r e de 6 1
Ortfllli, La peinture infamante, cit., p p . 27, 92; id., «1,3 rappresentazione politica c i nuovi confini
I98H). V e r o n a . 1988, p. 194. dell'immagine nel secolo x u i » , e n J . B a s c h c t y J . - C . S c h m i t t (eds.), L'image. Fonctions et mages des images dans
**£ Baldmucci, Kotizie de' professori del disegno da Cimalme m qua, voi. I l , Florencia, 1686, p p . 59-60. l'Occident médiéval, Paris, 1996, p p . 2 5 1 - 7 3 , c n c o n c r e t o p. 261.

**Anònimo R o m a n o . Cronica, e i e , p . 1 I O -
472 A R T ? fc H I S T O R I A F N LA E D A D M F D I A 111
C O M U N I C A R CON LAS MCURAE 473

de la c i u d a d c o n u n a d i m e n s i ó n i m p e r i a l , c o n e l d u x t r i u n f a n t e , c a p a z d e t r a t a r de igual
a i g u a l al m á s g r a n d e e m p e r a d o r q u e la E d a d M e d i a h a b í a c o n o c i d o . C u e s t i ó n de orgu- cen vías i n n o v a d o r a s e n e l u s o p o t e n c i a l o f r e c i d o p o r la figura; n o p o r casualidad será
llo, pero que nunca sucedió. E n r e a l i d a d , f u e e n t r e finales d e l s i g l o x u e i n i c i o s \ r u cuan- sobre t o d o la I t a l i a c o m u n a l la q u e c u l t i v e n u e v a s maneras e n el t r a t a m i e n t o de la i m a -
d o se m a t e r i a l i z ó la l e y e n d a d e la r e f u n d a c i ó n , e c l i p s a n d o e l \ i c i o m i t o d e l o s orígenes de gen. E l a s u n t o es pe ^ r e c t a m e n t e c o m p r e n s i b l e sí - c o m o c r e o - sigue siendo verdad que
desde Jtaha se e m p t ó a m a n i f e s t a r esa r e a c t i v a c i ó n de las ciudades y de c o m e r c i o , que
una V e n e c i a q u e s u r g e de la n a d a , e n u n l u g a r d e s i e r t o y. p o r t a n t o , p r i v a d o d e t o d a subor-
fue p r e m i s a d c c i s i v n a r a e l r e l a n z a m i e n t o gracias al cual el O c c i d e n t e europeo salió de
dinación y soberanía externas, g a r a n t í a d e u n a l i b e r t a d o r i g u d . P e r o e n l o s albores del
la d e p r e s i ó n a l t ó m e * i c v a l y , p o r c o n s i g u i e n t e , p r e c i s a m e n t e Italia (y precisaría: I3 Italia
siglo x i u y a n a d i e era c a p a z d e c u e s t i o n a r l a l i b e r t a d d e V e n . ta. Se p o d í a p r c -cindirde
de las i n s t i n i c i o n c - >mmalí) « d e s a r r o l l ó e n los i n i c i o s de la revolución comercial de la
la inútil fábula de u n o s o r í g e n e s l i b r e s y s a l v a j e s , y l o q u e s, n e c e s i t a b a e r a v.dire todo
Baja E d a d M e d i a 11 f u n c i ó n d o m i n a n t e p a r e c i d a a la de I n g l a t e r r a en los inicios de la
c o n s o l i d a r la i m a g e n d e u n . ; V e n e n a c o m o g r a n p o t e n c i a , t i * ¡ m e n s i ó n i m p e r i a l , en los
m o d e r n . ' r e v o l u e n 1 n d u s t r i a l » . L o q u e se estaba p r o p o n i e n d o era una nueva c u l t u r a ,
7 0

años e n l o s q u e estaba rea!*' ¡ d q u i n e n d o e s a s c a r a c t e n V teas c o n la c u a t ' i cruzada,

c o n la t o m a de C o n s t a n r i
n a d o r de u n a c u a r t a p a r t e
T o d o esto nos inrere-
las a u t o r i d a d e s v c n e c i . i t
lebración, p r e v i e r o n re.
p r o b a b l e m e n t e alrededc
R i a l t o , e n u n o de \< r U
ó p t i m a t r i b u n a d e s d e la c,c-.
q u e V e n e c i a está u s a n d o
d e 1 3 1 9 se r e m o n t a la d e c i
y de est < n i e v a c u l t u r a e n c i e r t o s e n t i d o hasta subversiva respecto d e l pasado, la esfera
o n la a s u n c i ó n p o r p a r t e «I 1
d u x d e l t í t u l o l i e «domi- de la u n e n c o n s t i i uía t a m b i é n u n c o m p o n e n t e .
i fea, tres oetsn'os] d e l t t r i p i o L a t i n o de Oriente».
El << t e x t o s o n ' y p o l í t i c o q u e estaba n a c i e n d o debía necesariamente adecuar sus
i r a g a r a n t i z a r la c o n s o l i d a c i ó n d e l n u e v o m i t o de
propios m i m e m o s .1 las c o n d i c i o n e s q u e i b a n c a m b i a n d o rápidamente, y las necesida-
n is e n l a s t é c n i c a s d e la p i o p a g a n d a y de la autoce-
des de i í f o r m a c i o n y d e la p r o p a g a n d a se h a c í a n o b l i g a t o r i a s a m e d i d a que crecía el
'ralla n u n c a librada en una piel tira mugan colocada nivel d i m c i p a c i o n d e l o s eives e n la v i d a de la eivitas. y se debía tener en cuenta una
i no en los años precedentes)* 8
b a j o e l pórtico de opinión t b l i c a a n t e la q u e ya n o se p o d í a p e r m a n e c e r i n d i f e r e n t e . E l d e b i l i t a m i e n t o de
o r e a n t e s d e l i n u n d o p a r a l a e c o n o m í a d e la época, los podi. > s u p e r i o r e s y e x t e r n o s , e l a v i v a r s e d e la dialéctica i n t e r n a , las necesidades del
Mensajes. P o r l o d e m á s , e s t a m o s e n una fase en la gobiern» los c o n t r a s t e s d e o r d e n s o c i a l y d e p a r t i d o , además de situaciones de casi e n -
¡genes c o n fines p r o p a g a n d í s t i c o s , y a diciembre démica I h g e r a n c i a , i m p o n í a n u n a n u e v a o r g a n i z a c i ó n d e l lenguaje, tanto del verbal
i r a r l a i g l e s i a d e S a n N i c o l ó , e n e l Palazzo Duca- como d i l i g u r a d o ( « e n d i c h o s » y « e n e s c r i t o s » ) . E n este á m b i t o , sugerencias funda-
7 1

l e , c o n u n c i c l o de f r e s c o : '< >- a l a p a z e s t i p u l a d a e n V e n e c i a , e n 1177, entre el méntale i n ( v e n í a n d e l g r a n c i r c u i t o i c ó n i c o e c l e s i á s t i c o , capaz de ofrecer modelos, sím-

papa A l e j a n d r o 111 y F e d e r i c o t i a r r o j a ; s u c e s o d e e x t r a o r d i n a r i a r e s o n a n c i a , pero
m á s i m p o r t a n t e t o d a v í a p a r a la i m a g e n q u e p a r a la h i s t o r i a d e l a respublica m a r c i a n a . En
a m b o s casos, t a n t o e n f a t á z a n d o u n s u c e s o r e a l c o m o i n v e n t a d o h e c h o s n u n c a acornea-
dos, la c o m u n i c a c i ó n figurada h a b í a d e r e v e l a r s e c o m o u n m o d o e f i c a z y valorado de
autopromoción'*.
E n síntesis
Si el augustal f e d e r i c i a n o d e l q u e h e m o s p a r t i d o se p r e s e n t a b a , a su m a n e r a , como
una n o v e d a d , el a u t é n t i c o c a m b i o e n e l u s o d e l a i m a g e n p a r a la t r a n s m i s i ó n de ideas,
c o n v i c c i o n e s y mensajes h a b í a e x p e r i m e n t a d o , d e s d e h a c í a t i e m p o , u n f u e r t e incremento
y e n c o n t r a b a su c a m p o d e a c c i ó n n o t a n t o e n l o s a m b i e n t e s d e l o s p o d e r e s tradicionales
- l a i c o s o e c l e s i á s t i c o s - c o m o , s o b r e t o d o , e n a q u e l l o s q u e m e j o r e x p r e s a b a n , aunque a
veces de m a n e r a d e s o r d e n a d a y t u m u l t u o s a , l o s c a m b i o s e n c u r s o . P o r l o t a n t o , es en las
ciudades, e n la c u l t u r a d e l o s b u r g o s , e n las p r á c t i c a s d e q u i e n e s t á t o m a n d o e l puesto de
las viejas clases d i r i g e n t e s , e n los n u e v o s ó r d e n e s p o l í t i c o - i n s t i t u c i o n a l e s , d o n d e apare-
bolos y l u g a r e s ú t i l e s p a r a u n a fase i n i c i a l q u e f u e , en c u a l q u i e r caso, rápidamente supe-
rada, si b i e n g r a d u a l m e n t e , c o n u n a a u t ó n o m a m a d u r e z . L o s p r i m e r o s testimonios
concretos de los c a m b i o s e n c u r s o q u e se h a n c o n s e r v a d o son esculturas y epígrafes, pero
muy p r o n t o es la p i n t u r a la q u e a p a r e c e , e n una c a n t i d a d h o y difícil de cuantificar p o r
todo l o q u e se ha p e r d i d o .
L o s espacios u r b a n o s e x t e r i o r e s y los i n t e r i o r e s de los palacios públicos se c o n v i e r t e n
en el s o p o r t e n a t u r a l p a r a u n a r t i c u l a d o sistema de i m á g e n e s que van desde el modesto
signo d e j a d o p o r e l b l a s ó n d e l a l c a l d e hasta e l g r a n c i c l o e n el que la alegoría o la historia
transmiten c o n c e p t o s c u i d a d o s a m e n t e e s t u d i a d o s , y a este c i r c u i t o figurativu de imáge-
nes laicas, e x p u e s t a s a l p ú b l i c o y a d e m á s deseadas p o r o r g a n i s m o s institucionales o per-
sonas de a u t o r i d a d , c o l a b o r a n l o s g r a n d e s artistas, de G i o t t o a S i m o n c i M a r t i n i , de B o t -
•celh a A n d r e a d e l S a r t o , p e r o t a m b i é n d e s c o n o c i d o s artesanos en los límites de la peor
m a r g i n a l i d a d . c o m o A n t o n i o d i R o l a n d o , l l a m a d o C i g ü e ñ a , p i n t o r de imágenes i n f a -
mantes, q u e l o s d o c u m e n t o s r e c u e r d a n i m p l i c a d o en peleas, denuncias, palos y amena-
zas' . L o s tititli a y u d a n a h a c e r m á s e x p l í c i t o l o que se q u i e r e dar a conocer, modulándo-
se en latín o e n l e n g u a v e r n á c u l a c o n d i f e r e n t e s t o n o s según e l t i p o de advertencia que se
quería t r a n s m i t i r : t l e s d c la s o l e m n i d a d de las refinadas alegorías propuestas en los g r a n -
des ciclos p a l a c i e g o s h a s t a e l i n s u l t o m á s t r i v i a l . C o n la p i n t u r a i n f a m a n t e se llega i n c l u -

w
Síguiendo 3 Biondo Flavio, Htftonamm ab tncluiatione Rotnanonim tmpcrii deeades, Venecia, 1 4 8 3 , a l prin-
M
A s i R- S . L o p e z , Elnacmitento de Europa. Sight V-xtv, Barcelona, Labor, 1965, p. x.
c i p i o d e l l i b r o 11 d e l i d é c a d a II (= libro X X J I ; los d o c u m e n t o s n o están n u m e r a d o s ) , e l f r e s c o s e r i a d e la pri-
" E . A r o f o n i . - R e t o r i c a c o r g a n i z z a z i o n e d e l l i n g u a g g i o p o l i t i c o nel D u e c e n t o italiano.» en Camuiarosa-
mera mitad del Duecento. I.a d a t a a ó n puede ser plausible, pero la c o n s i d e r o m á s bien dudosa.
no (ed.). Le forme della propaganda, eie, pp. 157-182.
T a r a todo esto cfi. G . Ortalli, - S t o r i a c miu per una Vcnc/ia dalle molte origini», e n C . O s s o b (ed.).
" O r a f i , Imperniare infamante, e i e , p. 40.
i'enezia nei'la tua nona moni rinatile. t Vénccia, 200}, pp. 81-109.
474 A R T E E H I S T O D I A I N L A E D A U M I D I * I l i

COMUNICAR CON LA» MGV*A* 475

so a c o d i f i c a r , e n t é r m i n o s rígidos y jurídicamente predeterminados, una figuración de

declarado valor jurídico. vada c a p a c i d a d c o m u n i c a t i v a . A s í e l d e s p l i e g u e de i m á g e n e s y símbolos de los monaste-
rios m o l d a v o s d e l s i g l o x v i , q u e p a r e c e n a r r o j a r n o s o t r a v e z a u n pasado acabado, es
C r e o q u e es p r e c i s a m e n t e e n la p i n t u r a i n f a m a n t e d o n d e se p u e d e c a p t a r e l grado
f r u t o de a n t i g u a s t r a d i c i o n e s d e la c u l t u r a o r t o d o x a , p e r o también de una posición limí-
m á x i m o de t e n s i ó n p r o p a g a n d í s t i c a d e l u s o d e l a i m a g e n , e n u n r e c o r r i d o q u e , n o obs-
trofe - e n t r e la c i v i l i z a c i ó n i s l á m i c a y c r i s t i a n a - q u e s e g u í a i m p o n i e n d o una función ope-
t a n t e , t i e n d e i n e v i t a b l e m e n t e a la n o r m a l i z a c i ó n , a l a r e c o n s t i t u c i ó n d e u n n u e v o equili-
rante e n las i m á g e n e s f u e r t e s . L a s c u l t u r a s de la R e f o r m a prorestante y de la C o n t r a r r e -
b r i o q u e las fases p r i m e r a s d e la e x p e r i e n c i a u r b a n a c o m u n a l \ - u i m p e t u o s o c r e c i m i e n t o
forma católica se alimentarían abundantemente de figuras de dureza extrema,
h a b í a n t u r b a d o . P o r l o d e m á s , es e l c l i m a s o c i a l y p o l í t i c o e l q u e s e e s t á m o v i e n d o hacia
m u l t i p l i c a d a s [w>r l a p o s i b i l i d a d d e la i m p r e n t a . Se estaba, de todos m o d o s , en una
7 5

nuevos contextos. L a o r g a n i z a c i ó n d e l s e ñ o r y d e l p r í n c i p e i m p o n e o t r o s códigos. El

época t o t a l m e n t e d i f e r e n t e . L a E d a d M e d i a r e a l m e n t e había t e r m i n a d o .
p r o c e s o c i v i l i z a t o r i n e n c u r o a c t ú a t a m b i é n s o b r e l a s m o d a l i d a d e s d e la c o m u n i c a c i ó n
v i s u a l . Ya a n t e s de finales d e ' T r c c e n t o se e n c u e n t r a n d e l i l r raciones que conminan a Me doy cuenta di c ó m o a l r e c o r r e r los m o m e n t o s cruciales de la comunicación v i -
acabar c o n las p i n t u r a s ¡ n f a m mti s, p o r r a z o n e s d e d e c o r o o • le r e s p e t a b i l i d a d . Son pre- sual e n l.i E d a d M e d i a , la n e c e s i d a d d e s í n t e s i s lleva a n o e n t r a r en detalles, con todas las
f e r i b l e s las c e l e b r a d r e s f a m o s o s y d e l o s e m p e r a d o r e s r o m a n o s que no snnplilii • iones i n c i t a b l e s q u e eso i m p o n e . N o o l v i d e m o s que los grandes procesos
el a n t a g o n i s m o c o n ú n a e i linca. Por toda E u r o p a « d t a r e l t r i u n f o es preferi- evolum s o n s i e m p r e m u c h o m á s c o m p l e j o s y vagos de l o q u e parecen cn el m o m e n t o
ble a m o f a r s e d e ] d e r r . u l t o s l o s q u e d i c t a n l o s p r o g r a m a s p i c t ó r i c o s , qui- de resui r í o s . L o s r e c o r r i d o s n o s o n n u n c a lineales y las mezclas son siempre fuertes,
t a n d o la p a l a b r a a ] 05 s a c a d o s d e la l u c h a d e f a c c i o n e s . 7 1
E l señor, el por eso i l a r o s c u n • es m á s a c o n s e j a b l e q u e e l b l a n c o y n e g r o , pero creo de verdad que
p r í n c i p e , el s o b e r a n o , ta c o n s o l i d a d o , d i r i g e n e l j u e g o q u e antes llevaba es lícito i e n e l s i g l o x u y , s o b r e t o d o , e n e l x m , e n el x i v y, en parte, todavía en el x v ,
el que d e b í a g e s t i o n a ] t a d a e i n e s t a b l e , s o c i e d a d a la q u e h a b í a que orien- una fasi la q u e n u e v a s e n e r g í a s i r r u m p e n e n escena l l e v a n d o a diferentes equilibrios,
tar hablando e n v o z o e l r a z o n a m i e n t o e r a s u t i l . L a c u l t u r a de la corte ordene- i< u h f i c a d o s . t r a n s f o r m a c i o n e s y c a m b i o s c u y o s resultados se captan con s i n g u -
t o m a ventaja t a m b i é n d o n • u n c a h a b í a e x i s t i d o . L a s b u e n a s m a n e r a s , la nueva lar niridi t a m b i é n c n e l á m b i t o d e la c o m u n i c a c i ó n i c ó n i c a .
disposición de la á v i l i z a ta y la e l e g a n c i a d e l R e n a c i m i e n t o q u e se avecina im-
ponen códigos de comunic • r e n t e s . T a n t o la t e n d e n e i a l s o r d e r a / a f a s i a estática de la
A l t a E d a d M e d i a c o m o la c o r i f u s a e x p e r i m e n t a c i ó n d e la B a j a E d a d M e d i a , después de ha-
ber d o m i n a d o la s i t u a c i ó n c o n r e s u l t a d o s c u a l i t a t i v o s , a m e n u d o e x t r a o r d i n a r i o s , dejan
espacio a l o n u e v o .

L a s i m á g e n e s h a b l a n a h o r a c o n o t r o l e n g u a j e . E l J u i c i o U n i v e r s a l es cada vez menos

u n t r i u n f o de e s q u e m a s t e o l ó g i c o s y e s c e n a s i n f e r n a l e s . I l a a p a r t a d o e l v i o l e n t o realismo
de los s u p l i c i o s , d e s a r r o l l a d o e n t r e l o s s i g l o s x n , x m y x i v , y , c a d a v e z m á s , e l C r i s t o juez
es u n a figura s i m b ó l i c a q u e h a y q u e p i n t a r e n las p a r e d e s d e l o s t r i b u n a l e s c o m o apunte
para los p r o f e s i o n a l e s d e l d e r e c h o . E n c u a n t o a la J u s t i c i a , h a c í a t i e m p o q u e n o era sólo
una v i r t u d . A l a f i r m a r s e , e l d e r e c h o p e n a l h a b í a c a m b i a d o l a s c a r a c t e r í s t i c a s y después,
desde el s i g l o x i v , e n la I t a l i a d e las f a c c i o n e s , h a b í a e m p u ñ a d o l a e s p a d a . A l final del siglo
xv. A l e m a n i a h a b í a a ñ a d i d o la v e n d a , q u e p r o n t o se r e t o m ó m á s a l l á d e l o s Alpes como
s i g n o de n e u t r a l i d a d . Su r o d i l l a , a m e n u d o e v i d e n t e y a v e c e s d e s c u b i e r t a , era, por su
parte, e l s í m b o l o d e la c l e m e n c i a , p e r o e n la y a d e c l i n a n t e E d a d M e d i a la i m a g e n no tenía
m u c h o m á s q u e a ñ a d i r . N o h a y q u e p e n s a r q u e e l m u n d o d e l a f i g u r a h a b í a perdido su
- 1

capacidad de c o m u n i c a r . D o n d e s e g u í a s i e n d o ú t i l c o n t i n u a b a f u n c i o n a n d o toda suele-

M . M . D o n a i » , -Gli eroi r o m a n i tra storia e d ~ e x e m p l u m " I p u m i cicli u m a n i s t i c i di croi famosi-,ce5

Setti* (ed.). Memoria dell'anitto nell'arie italiana. \ol. I I : / generi e i temi ritrovati, Turin, 1985. pp. 95-152, li.
- T e s t i , contesti, immagini politiche nel tardo M e d i o e v o : esempi toscani. In margine a una d i s c u s s i o n e mi

"Buon governo"». Annali dell'Istituto storico itato-germantco in Trento X I X ( 1 9 9 3 ) , p p . 3 0 5 - 3 5 5 , c n c o n c r e t o pp.

7 5
S o b r e la p r o p a g a n d a c o n i m á g e n e s y s u f u n c i ó n e n la d i f u s i ó n d e l m o v i m i e n t o e v a n g é l i c o e n la primera
312-315.
mitad d e l s i g l o d e la R e f o r m a e n A l e m a n i a cfr.. p o r ejemplo, R . W . Scriboer, For tbe Sake ofSmpk Folk. Popu-
* Cfr. M . Sbriccoli, - L a benda della giusu'/ia. Iconografia, diritto e leggi penali dal medioevo a l l ' e i a mo-
kir Propaganda for the Gemían keformation, Cambridge, 1981.
derna-, en id. et ai (cds.), Orda luris. Storia e fornir dell'esperienza giuridica, M i lari, 2 0 0 3 , p p . 41 -95.
 EDUCAR LA MIRADA, CONTROLAR LA INTERIORIDAD:
USOS DE LAS IMAGENES EN LA PREDICACIÓN EN
LENGUA VERNÁCULA D E LOS SIGLOS XIV Y XV
L i n a Bolzoni

Introducción
En un viejo libro, pero que sigue siendo válido por sus útiles indicaciones, Einilc
Male hablaba de una «guía para los pintores» constituida por los Evangelios apócrifos,
las leven.las sagradas, las obras de devoción . En años más recientes, MichacI Baxandall se
1

ha planteado el problema de identificar ia función que el componente lingüístico desem-

peña en el gusro visual y la ayuda que puede aportar para reconstruir «el ojo del tiempo» . 2

En esta Óptica, la predicación, los manuales de devoción, las representaciones sagradas se

convierten en mediadores entre el pintor y su público; son los instrumentos a través de
los cuales la Iglesia muestra los modos de entender las imágenes, nos hacen ver ese con-
junto de esquemas interpretativos que debían guiar las reacciones del observador. Y, a su
vez, el canon que guía ia recepción tiene una repercusión en el pintor, en el sentido en
que influye en los modos con los que construye sus imágenes.
La óptica de la recepción, el cruce continuo entre lectura, escritura y memoria, las
relaciones entre oralidad y escritura están también en el punto de mira de las nuevas
directrices que han caracterizado los estudios sobre el arte de la memoria en la Edad
Media. En concreto, M a r v Carruthers' ha demostrado que las técnicas de la memoria
están estrechamente ligadas al modo en el que los textos son leídos, rumiados, asimila-
dos, transformados en u n tesoro interior que podrá ser poco a poco usado de nuevo,

1
É. Male, Van rellgietix du XIIF siéc/c en France; elude sur l'iconograpbic du Aloyen Age et sur ses sources
d'inspiration, París. 1902 [ e d . c a s t . : El arte religioso del siglo XIII en Francia, M a d r i d , E n c u e n u o , 2 0 0 1 ] .
1
M . B a x a n d a l l , Giotto and the Orators. Humanist Observers of Painting in Italy and the Discovery of Pictorial
Composition 1350-1450 ¡1971}, O x f o r d , 1 9 9 1 [ e d . c a s i . : Giotto y los oradora: la virion de la pintura de loshumanistas
italianos y el descubrimiento ele la composición pictórica: 1350-1450, M a d r i d , A n t o n i o M a c h a d o , 1 9 9 6 ) . cid.. Painting
and Experience in Fifteenth Century Italy. A Primer in the Social History of'Pictorial Style ¡ 1 9 7 2 ] , O x f o r d , 1 9 8 5 .
M. C a r r u t h e r s , The Book of Memory. A Study of Memory in Medieval Culture, C a m b r i d g e
i
1990, c id.. The
Craft of Taught Meditation, Risetorie, and the Making ofImages, 400-1200, C a m b r i d g e , 1 9 9 8 .
478 \BTr HISTORIA FN LA l ' I H Ü M i DI \ 111

hOCCAM LA MIRADA. CONI Milli LA I M ( l i O I I I ) « D . . 479

t a n t o para p r o d u c i r n u e v o s t e x t o s c o m o p a r a t o m a r d e c i s i o n e s m o r a l e s . E n esta rica
t r a d i c i ó n , las e n s e ñ a n z a s d e la r e t ó r i c a c l á s i c a i n t e r a c t ú a n c o n l a s t é c n i c a s d e la medita-
ción monástica.
Es p o s i b l e , e n este p u n t o , v o h e r a p l a n t e a r c o n u n a n u e \ a • kptiCQ l a v i e j a cuestión de
la r e l a c i ó n e n t r e p a l a b r a s e i m á g e n e s , e n t r e p r e d i c a c i o n e s t> i c o n o g r a f í a sagrada, entre
técnicas de c o m u n i c a c i ó n e i t i n e r a r i o s i n t e r i o r e s d e elevación. I n t e n t a r e m o s hacerlo
aquí p a r t i e n d o de l o s t e x t o s p a r a v e r c o m o , d e \ c v e n c u . u i d < • se c r e a u n c i r c u i t o de pa-
labras c i m á g e n e s , c ó m o se c o n s t r u í e n l o s i n s t r u m e n t o s p a i a • - n i r o l a r l o s espacios de la
m e n t e y los « f a n t a s m a s * * q u e l o s h a b i t a n . L o h a r e m o s a p a r t í i J e t r e s e j e m p l o - - . 4

Los frescos písanos del «Triunfo de la Muerte» y la

predicación dominica (tonami* i . Knll.ilmnceo. Pisa, Camposanto, muro peninclul nicridional. Triunfo de la Mitene
(antes del boinliardeo de 1944). fresco. 1330 1340

A p r o p ó s i t o d e ese e x t r . . . • l o d e f r e s c o s q u e e n el t i a m p o s a n t o monumental
de Pisa r e p r e s e n t a e l T r i u n b t u e r t e , e l j u i c i o U n i v e r s a l y l a s g r a n d e s escenas de
vida e r e m í t i c a i f i g s . 1-2), la Ka l l e g a d o a u n a c u e r d o g e n e r a l e n c u a n t o al autor.
Bonamico Burlalmacco. \ . . i m p o s i c i ó n , q u e se s i m a e n l o s a ñ o s treinta del
Trecento . Desde nuestro ptui
1
es i n t e r e s a n t e e l h e c h o d e q u e e l p e r i o d o en el
que se realiza la d e c o r a c i ó n a n t o se c o r r e s p o n d e c o n e l p e r i o d o e n el que te
c o n s ú n i y e n las p r i m e r a s g r a m r o p í l a c i o n e s d e p r e d i c a c i o n e s e n l e n g u a vernácula.
E s t a m o s e n u n a fase e n la q u e 1 e x t e n d i d a p r e d i c a c i ó n d e l a s ó r d e n e s mendicantes se
e n r a i z ó p r o f u n d a m e n t e e n la v i d a c i u d a d a n a ' * . T u v o q u e t e n e r e n c o n s i d e r a c i ó n los nue-
vos p r o b l e m a s q u e las t r a n s f o r m a c i o n e s e c o n ó m i c a s y s o c i a l e s q u e i n t e r v i e n e n en el te-
j i d o c i u d a d a n o c r e a r o n t a m b i é n e n e l c a m p o r e l i g i o s o . A d o p t a n d o , a u n q u e sea con cau-
tela y resistencia, el f o r m i d a b l e i n s t r u m e n t o q u e h a b í a c a r a c t e r i z a d o la predicación de
los herejes, es d e c i r , la l e n g u a v e r n á c u l a , la p r e d i c a c i ó n d e l a s ó r d e n e s m e n d i c a n t e s -de
los d o m i n i c o s e n p r i m e r l u g a r - t a m b i é n o f r e c e a l a s m a s a s c i u d a d a n a s u n a ocasión de

Figura 2 Bonamico Buffalmacco. Pisa, Camposanto, muro perimciral meridional, vida eremítica,
1330-1 340. fn . ... detalle
'Para un análisis mas detallado de los temas aquí tratado- y ile las decisiones mcicidolópicas a las que remite»
cfr. L I'. >r.i La rete delle immagini /-/ preditazione volcan dalle ongim a uin Henuirdmo da Siena, Turin. 2001
a c u l t u r a c i ó n . d e a c c e s o ( a u n q u e sea d e f o r m a c e n s u r a d a y « v u l g a r i z a d a » ) al saber elabo-
1
Sobre el Camposanto pisano, cfr. también para ulteriores indicaciones bibliográficas C. Baracchini) E
rado e n los sTtidia y l o s i n s t r u m e n t o s l ó g i c o s y formales d e l q u e se s i r v e .
Casiclnuu\o<edü.). 11 Camposanto di Pna. T u r i n . 1996, > la reciente intervención de J. Baschct, «| peccau capi-
a

tali e le loro punizioni nell'iconografia medievale-, en C. Casagrande y S. Vecchio, 1 ielle vizicapitali>. Stornai
penati nel Medioevo. Turin, 2000. pp 225-260. cu concreto 237 ss.
* Sobre la predicación remito, también para ulteriores indicaciones bibliográficas, a los estudios de C
Dclcorno, lm predicazione mil eia .omunalc. Florencia. I 9 7 4 ¡ id . Giordano da l'isa c l'antica prcdieazione iW/prr,
n o n a d a , 1975. ti'. Exemplum e letteratura ira Medioevo e Rinascimento, Bolonia. 1989. C f r . además T M. Quf-
bnd. Arte' pratdnandi. Contributiva a Vhistoirt de la rhetonqtie au Moyen Age. Paris-Ottawa. 1936; R. Rincora,
-Prcdicaton e predicazione (secoli ix-xvui)**. en K. Romano y C . V'ivano (eds.). Stona d'Italia. Annali, voi. iY.
intellettuali e potere, ed. C. Vivami. T u r i n . I9H1, pp. 951-1035. M . Z i n k . lai prédieation en /angue romane «DM
I-1 h e c h o d e q u e l o s s e r m o n e s - a l m e n o s l o s de los personajes más famosos- n o sean
sólo d i c h o s s i n o t a m b i é n e s c r i t o s e n l e n g u a v e r n á c u l a c o r r e s p o n d e a u n c a m b i o . N o s h a n
llegado a t r a v é s d e l a s reportationes ( c o m o los t e x t o s de G i o r d a n o da Pisa, de los p r i m e r o s
anos del s i g l o ) , l o q u e i n d i c a OjñC e n t r e el p u b l u o c i u d a d a n o hay personas no sólo deseo
sas, s i n o t a m b i é n c a p a c e s d e t r a n s c r i b i r el t e x t o para c o n s e r v a r l o . Además, e n e l caso de
í|ue el p r e d i c a d o r m i s m o r e e l a b o r a r a e l t e x t o de los s e r m o n e s o b t e n i d o s , tenemos la
prueba de q u e al t e x t o v e r n á c u l o se l e a t r i b u y e n u n a d i g n i d a d e i m p o r t a n c i a nuevas; de
hecho, pasa d e d i s c u r s o d e c o n s u m o a m o d e l o , a d i s c u r s o de r c u s o , insertándose cn una
7

liOO. l'ari*, 1976;J. I .ungere, hi prédieation medievale, Paris. 1983; V. C o l e t t i . Paro/c dal pulpito. Chiesa e iwri-
menit religiosi tra latino e volgare. Casale Monferrato. 1983; !.. B o l z o n i , - O r a t o r i a C prediche», cn A. AaorRoa
(ed.). Letteratura italiana, voi. UI/2' /> prosa. T u r i n . 1984. pp. 1.041-1.072; « L a predicazione dei frau dilli
meta del '200 alla fine del ' 500-, Atti delXXJ1 Convegno internazionale (Asís, I 3 - 1 5 de octubre de 1994), Spole- 1
Adapb» aquí la Terminología de H . Lnusbcrg. Elemente der literariseben Í O W T * [I949|, Munich. 1967 |cd.
to, 1995. C. Muvssig (ed ). MedievalMonasrie Preaching, l^-iden-Boston-CZolonia. 1998. C3M. Elementos de manca literaiia. M a d r i d . Grcdos. 1 9 9 3 J .
4 R 0 A I T E t H I S T O R I A E N LA E R A » M L U U I I I

F.UVCAN LA M I R A D A . C O N !ROLAR LA I N T E R I O R I D A D . . . 481

atención muy viva -testimoniada, por ejemplo, p o r C a v a l c a - para la recepción del men-
saje por parte de los «idiotas», de los analfabetos. han ordenado la ley y los sabios que a todos los pecados les sea puesta la pena que a cada
La predicación ciudadana de las órdenes mendicantes c o n t r i b u y e a crear también un uno se le da B quién asesina, 1c sea cortada la cabeza; a quien es violento, se le ahorque; y
público capa? de leer las imágenes pintadas; en Pisa, p o r ejemph», colabora a difundir los asi con iodos I---- demás. Y no sólo es úul de esta manera, sino más údl es cuando, no sólo
instrumentos necesanos para - l e e r » los frescos del Camposanto D e hecho, si los mira- de palabra o p. .1 orden, s i n o cuando se muestra a la vista el juicio que le tricará si el peca. V
mos teniendo presentes los textos de la predicación d o m i n i c a c«>i iciuporánea -los domi- se pongan nlli i horcas para que las vean y les infundan miedo y temor...".
nicos tenían en Pisa, en el convento de Santa Catalina, u n c i n na prestigioso también
para la actividad literaria y artística *, podemos notar, en p i m i lugar, una correspon-
4
Podemos recon I .1 estas palabras de fray Giordano mientras miramos las escenas in-
dencia temática. Esto significa que desde las predicaciones s i - i li.in informaciones que fernales del Camposanto. Las diferentes fosas, los tremendos suplicios analíticamente
ayudaban a entender los conn-nid- de las imágenes. Pero se p ede observar aleo mis. representados ( l i g ¡), quizá la presencia de personajes ligados a hechos recientes de la
Es sabido que el ciclo de fresco d e ! T r i u n f o de la M u e r t e está i ubterto de grandes car-
1
ciudad, debían de su .1 nar en el ánimo del espectador la misma relación que la larga, in-
telas que contenían en su i <: • ifes en verso en lengua v< nacula. susntuidos, sólo terminable secuela que los ahorcados creaba en los subditos franceses. La justicia ierre-
mas tarde y parcialmente, p. >• nes latinas. I labia aden ÍS algunas inscripciones nal se 1 leja en la justicia divina y, en ambos casos, es idéntica la relación que se crea
latinas, desgraciadamente . perdidas". Esta estructura, evidentemente, con- entre exhibición del 1 astigO y prevención de la culpa. Las palabras de Giordano parecen
Uevaba la división del púhhc >s tres categorías: los analfabetos, los que sabían inspirad en una f u m e confianza en la persuasión del horror'"*.
leer sólo la lengua vernácula I lían leer también latín.
En el primer caso enn . •mi la capacidad comunicativa, la inmediatez de
representación que caracú-n. • i pintada. La Iglesia le había dedicado una aien-
ción secular, viendo en ella - quien n o sabe leer, la predicación sin palabras
1

(muta praedicatio). E l efecto de jenes solas estaba mediado p o r el recuerdo de l¿>

palabras de los predicadorc subrayaban, en p r i m e r lugar, la importancia de la
memona de las penas infernales i error suscitado p o r el pensamiento del Infierno
1

Entre las cosas más útiles, había dicho por e.emplo fray G i o r d a n o . está poner delante de
los ojos del pecador la pena que le espera por sus pecados. Por esto

*Un utnurdirunu documento de la oda del convenio tic Sania Catalina es la crònica, i ruñada por fb>
Domenico da Pecaob v conUnuada por Simone da Casona F Bonaini (ed I. -Chronica anoqua coment»
Saoctae Cadiannae de Pisis Cronaca del comento di Santa «-aterina dell'ordine dei Predica tun in Pisa-,.-frcri-
no Jiunw italiano serie 1. VI. 2 11854). pp. 399-593. Cfr. K Barsom. - I manosenni della "Cronaca" c degli
-Annales" del Convento di S Caterina di Pisa». Wnnone domenicane XL\' (1*12$), pp 1K4-I96. que comge al-
gunos errores de la txanscnpoun del Bonauii y el análisis de la tradición manuscrita en E Panelli. -Croma di
Santa Calenna m Pisa CopisTi autori e modelli-. Memorie domennane n. *., XXVII (1996), pp 211-291. Ch. Figura 3. Bnnamico BulTalinacco. Pisa, Camposanto, muro pcnmerral meridional, el Infierno,
además. Dclvorno, Giordano da Visa. a t . p. 7; -Le scuole degli Ordini mendicami (secoli xin-xnK Am ¿a fresco. 1330-1340. detalle
convegni del Centro di Studi sulla spintuahta medir, ale (Todi. 11 -14 de octubre de 1976). Todi, 1978; O. Bum, -La
biblioteca e il convento dì S. Caterina in Piw tra il xiu e il XIV secolo, attraverso la testimonian» della "Chro-
nica antiqua"-. Bollettino storico pisano I.VIU (1989). pp. 163-172; G. Fioravanti, -Lafilosofiac la mcdinm Sobre el espectador del siglo xiv, analfabeto, que mira los frescos del Camposanto, el
(1343-1543)-. cn AA.W. Stona deU'Cnnentta di Pisa, vol I (1343-1737). Pisa 1993. pp. 2 59-288, en concreto recuerdo de la palabra del predicador actúa no sólo en el sentido fuertemente emotivo (y
260-266. AAA*V.. Libraru nostra communi' manoientti e incunaboli della Biblioteca eathanniana di Pisa. Pisa, 1W moral) que acabamos de ver sino también a nivel de conocimiento. La predicación le ha
"Se trata, como se sabe, de una situación may frecuente y difundida durante siglos. Importantes intera» transmitido una serie de datos del saber contemporáneo que le permiten también desci-
dones sobre problemas relacionados con la presencia a la ve/, de escritura )• de pintura se encuentran en C
Ciocioli (ed.), - Visibile parlan-. Le scritture esposte nei roigan italiani dal Medioevo al Rinascimento. Atti del Con- frar imágenes que al espectador medio tic nuestro tiempo le parecen más bien abstrusas.
legno Internazionale di Studi (Cassino-Montccassino, 26-28 de octubre de- 1992 ). Ñapóles, 1997. Veamos, por ejemplo, la Cosmografía que Piero di Puccio pintó en 1391 (fig. 4). En ella
10
Las reflexiones de lo* Padres de la Iglesia sobre este tema están recogidas en !.. Gougaud. -Muta pnr-
iiksti'i- Kr. ut bénédictine XI.Il < 1930), pp. 168-171. Cfr. L. Fcbvre, - Iconographie et evangelisation chreuen- "Giordano da Pisa. QuaresimalefiorentinoI30S-I306. ed. C. Delcorno, Florencia, 1974, p. ! 60-161.
ne-, en id.. Pour une histoire à pan entire. Paris, 1962. pp. 795-819; M« Cannile, -Seeing anil Reading: Some "Sobre la función del miedo en cl Trecento, cfr. J. Dclumcau, La peur en Occident (Xl\*-Xt'ttf siècles). Une
Visual Impbcations of Medieval Literacy and Illiteracy". Art History VIII (1985), pp. 26-49. tité aniegee, Paris, 1978.
482 Allí t H I S T O R I A kX L A F D A T » Mr O I A III
Dios padre sostiene entre Los círculos concéntricos de la Tierra, de los ele-
mentos, de los planetas, delossig >diacales. de la jerarquías angélicas; un soneto con
el estribillo en lengua vernácula escrito está bajo la imagen; en el marco, en relación con
diferentes personajes, hay alguno- tttuh en larín, hoy, por desgracia, indescifrables; en los
dos ángulos de abajo, san Agustín y ^anto Tomás tienen un libro abierto, con inscripcio-
nes latinas sobre las que nos detendremos más tarde.
La descripción analítica -y muchas veces repetida- de la que se creía que era la es-
tructura del mundo debía de ser un ingrediente bastante usual de la predicación, visto
que nos han llegado huellas consistentes en los escritos de fray Giordano y de Cávales.
Así. por ejemplo, en el capítulo X L I I I de la Exposición del símbolo de los Apóstoles (escota
después de 1333). Cavalca describe analíticamente las jerarquías angélicas, comparándo-
las a las jerarquías terrenales; de este modo, dice, facilita la comprensión; asegura tam-
bién a las segundas, como podemos observar, la sanción divina que deriva de su capaci-
dad de reflejar un orden celestial. Al inicio de las predicaciones que, en 1304, fray
Giordano dedica al Génesis, la estructura del cosmos se describe minuciosamente; sólo
el ángel, comenta en un cierto punto fray Giordano, tiene en su mente todo el universo:
El entendimiento del Ángel es como una tabla en la que está pintada la figura entera
con nobles colores. Esta tabla es donde empezamos a escribir nosotros, y a pintar cuando
empezamos a tener entendimiento, y mientras vivirnos siempre es nuestra; pero nosotros
no llegamos a escribirla toda, ni a pintarla por completo, pues esta tabla es tan grande que
nu se puede terminar nunca de pintar en este mundo; es tan grande, tan abundante, que hay
que poner tantos colores, que es una maravilla . 1l
Giordano da Pisa. Fredicht sulla tienen natale m Florencia net MCCCIK ed. D . M o r e n i . Mitin. ! 839, p. lí J.
I- D I C A R L A MIRA D A , C O N T R O L A » LA INTFRIORIUAD. 483
D e s d e el p u n t o d e v i s t a c o n c e p t u a l , fray G i o r d a n o a q u í no hace más que desarrollar
el l e m a a r i s t o t é l i c o y e s c o l á s t i c o d e l intelecto c o m o tabula rasa. Pero las imágenes que
usa son de g r a n s u g e s t i ó n , i g u a l q u e si c o l o c a m o s idealmente al lado la pintura de la
C o s m o g r a f í a . L a i m a g e n r e a l i z a d a p o r el p i n t o r nos parece c o m o algo que hace visible al
público e j u d a d a n i i esa p i n t u r a q u e s ó l o el intelecto a n g é l i c o contiene en su totalidad y
que la p r e d i e a c i o ü le fray G i o r d a n o perfila c o n las palabras, pintándola puco a poco
sobre la tabula de I • m e n t e de l o s o y e n t e s .
E l cs|H.»ctadf>r ,n a l f a b e t o de ñ n a l c s d e l T r e c c n t o podía, con toda probabilidad, desci-
frar la ' . .sinografi. .-racias a las i n f o r m a c i o n e s que los predicadores le habían transmiti-
do, as iidola a u . i i idea de o r d e n , de jerarquía armoniosa. L a s escenas del Génesis, que
empica in i n m e d î a i m i e n t e d e s p u é s , resultaban, al m i s m o tiempo, unidas y contrapuestas
a la G o g r j f í a . p u e s t o q u e p o n í a n a la vista el i n i c i o de la historia humana, que aparece
Como 1
>rcsión ele un d e s i g n i o d i v i n o y, al m i s m o tiempo, su desordenada negación.
Qt) i sabía l e e r la l e n g u a v e r n á c u l a , p o d í a integrar la impresión suscitada por la
image por el rec u e r d o de las p r e d i c a c i o n e s c o n el texto del soneto, con el estribillo
que. i. . s e d e c í a , estaba e s c r i t o d e b a j o :
\ OSQtros que miráis esta pintura / de O í o s piadoso sumo Creador, / el cual hizo todas
• i osas con amor. / pesadas, numeradas y en proporción, / en nueve grados angélica na-
intlcza, / en el e m p í r e o ciclo lleno de esplendor, / Aquel que n o se mueve y es motor, /
ti das las cosas las hizo buenas y puras, / levantad los ojos de vuestro intelecto,/ considerad
qué ordenado está / el mundo universal; y con afecto / loadle a E l que lo ha creado tan
perfecto; / pensad de pasar por tal deleite / entre los ángeles, donde todos son santos. / Por
este mundo se ve la gloria, / lo bajo, y el medio y lo alto en esta historia . 14
I" 1 mensaje se h a c e m á s e l a b o r a d o ; la i n s c r i p c i ó n e n versos guía la lectura de la ima-
gen y. a la v e z , t a m b i é n la m o r a l i z a u s a n d o reminiscencias doctas; los pesos y los números
armoniosos d e l u n i v e r s o , m o t i v o elegido p o r el neoplatonismo cristiano *, además de 1
temas y e x p r e s i o n e s d e d e r i v a c i ó n d a n t e s c a . 16
E l m e n s a j e q u e la C o s m o g r a f í a transmite a q u i e n también sabe leer latín es más so-
fisticado. LI l i b r o a b i e r t o q u e s u j e t a santo T o m á s lleva una cita de la Stmtiua théologien en
la que se exaltan la u n i d a d y el o r d e n del m u n d o , mientras la inscripción puesta en el l i -
bro que s o s t i e n e s a n A g u s t í n , t o m a d a de De civitatc Dei, dice: «Ad opera D e i pertinent
Angeli u n d e ct ipsi s u n t illa lux quae diei n o m e n a c c e p i t » ( « L o s ángeles son creados por
la obra d i v i n a , p o r l o q u e t a m b i é n ellos constituyen esa luz que fue llamada con el n o m -
bre de d í a » ) ' . Se p o n e a s í e n j u e g o u n a compleja cuestión teológica, Ugada a las rclacio-
7
El texto está tránsenlo en G . Vasan, Le vitedciptù tcccllentipittan e icv/rort e artkiteUon, ntltt redazionidel
1 4
1550c ¡568, ed R. Bcnarini. Florencia. 1967. II, p. 172. comentario secular ed. P. Barocchi.
Para h fuente de la escritura de esta concepción, cfr- Sabiduría 11. 20.
11
C f r . D. Alighieri, Divina Comedia. Paraíso, 1, I ; 14,131,
l6
IT
Agustín, Decivitatc Dci, X I , 9. Sobre el libro que tiene sanco Tomas se Ice: «Ordo inrebusa Dco crcaus
umuitcm imindi manifestât; mundos enim DfflU dicinir unitntc secundum qpod i|uaecbrn ordincnnir ad alia*
(«lil orden en las cosas creadas por Dios deja de manifiesto la unidad del mundo; de hecho, el mundo es uno,
en el sentido que constituye una unidad en la que algunas cosas están ordenadas en función de ocras», 'lomas
484 ARTE I IIISIOHO Í N LA E D A D MEDIA I I I
I l > l ' l AH I A M I R A D A , C O N T R O L A R I. A I N T E R I O R I D A D .. 485

nes entre D i o s y los á n g e l e s , y e n t r e é s t o s y la c r e a c i ó n d e l m u n d o . L a s inscripciones se

refieren a la d o c t r i n a o f i c i a l de la I g l e s i a , t a l c o m o h a b í a s i d o d e f i n i d a e n e l C o n c i l i o la- según ese s e n t i d o u n í v o c o p a r a las q u e h a n s i d o pensadas, q u e se convenza de lo inevita-
teranensc de 1215; e l h e c h o d e q u e se s i n t i e r a la n e c e s i d a d d e c o r r o b o r a r d i c h a doctnna ble d e las c o n s e c u e n c i a s p r o v o c a d a s p o r c i e r t o s c o m p o r t a m i e n t o s y cambie su forma de
en inscripciones expuestas a l p ú b l i c o , a u n q u e r e s e r v a d a s a l o s - l e t r a d o s » , hace sospechar actuar; c o m o e n e l < \emplitm, e l r e l a t o i n c l u y e t a n t o la i n t e r p r e t a c i ó n c o m o la elección
que se q u e n a c o n t r a s t a r una visión d u a l i s t a d e l m u n d o q u e h a b í a i n s p i r a d o - y tal vez p r a g m á t i c a - - . A i V • n a l i d a d t i e n d e e l a p r e m i o a r g u m e n t a t i v o que caracteriza muchos de
todavía inspiraba en P i s a - a l g u n o s m o v i m i e n t o s h e r é t i c o s " . E n c u a l q u i e r caso, se trataba
1 los e p í g r a f e s : e l - M a l p r i n c i p i o d e l v e r s o i n d i c a e l n e x o i n e l u c t a b l e que existe < « i e <!
r

de una cuestión t e o l ó g i c a d e l i c a d a , d e u n a d e esas « s u t i l í s i m a s , < » s a s » . c o m o había dicho pecado y la C o n d e n a ; e n la m i s m a p o s i c i ó n e s t á n c n su mayoría - a h o r a - , p o r lo tan-

fray Cíiordano. que era p e l i g r o s o e x p o n e r al v u l g o ' * ' . t o » , - p u e s » , s e g u í d i *s t i c u n i m p e r a t i v o , q u e q u i e r e a r r a s t r a r consigo ese c a m b i o moral
que se ha d e n i o s i i i d o ser n e c e s a r i o 2 - 1
. T a l t é c n i c a discursiva va estrechamente unida 9 h
La C o s m o g r a f í a n o s m u e s t r a c l a r a m e n t e c ó m o e l c i r c u i t o q u e se c r e a e n t r e las imá-
visión de las i m á g e n e s o , m e j o r d i c h o , a u n m o d o p r e c i s o de m i r a r las imágenes. Los
genes pintadas y las palabras (escritas \ d i c h a s y . p o r l o t a n t o , r e c o r d a d a s ) es capa/, de
epígrafe*, e n v e r s o , e n e f e c t o , se d i r i g e n a t r a n s f o r m a r la i m a g e n sensible en imágenes
seleccionar al p u b l i c o , es d e c i r , de g a r a n t i z a r a l p r o d u c t o la c a p o t i d a d d e t r a n s m i t i r men-
mentales, a c a r g . u la p r i m e r a d e s i g n i f i c a d o s m o r a l e s y de tensión e m o o v a , así c o m o
sajes cada ve7 más s o f i s t i c a d o * eti r e l a c i ó n c o n l o s d i f e r e n t e s tip« »s d e p ú b l i c o posible. L'n
hacer! apa/, d e < - p e r a r s o b r e d i f e r e n t e s f a c u l t a d e s de la m e n t e . Por ejemplo, en corres-
códice análogo debía de r e g u l a r la c o m u n i c a c i ó n e n e l f r e s c o d e l T r i u n f o de la Muenc.
pondí, ia c o n e l I n f i e r n o se l e í a :
Aquí, p o r desgracia, c o m o se deeia, m u c h o s l e t r e r o s l a t i n o s se h a n p e r d i d o o resultan
ilegibles; de o t r o s es difícil i som.»r la a n n c u e d a d .
( O h , pe* a d o r ! , que e n asta vida estás, / envuelto cn las mundanas preocupaciones, / fi-
Veamos c ó m o f u n c i o n a nucí idice e n r e l a c i ó n c o n e l p u b l i c o q u e sabe leérselo
le e n e s t a s escabrosas figuras / que a este oscuro Infierno traen desgracias. / Así como
la lengua vernácula. L o s l e t r e r o s a n t i g u o s - c o n s e r v a d o s la m a y o r í a d e las veces a través
lias s o n . a s i serás / s i n o te arrepientes del mal que- has hecho . 25

de una tradición m a n u s c r i t a - ' ' - 1

oían e n v e r s o y g u a r d a n c o n las i m á g e n e s d e l fresco una
precisa relación: n o n a r r a n , sino que m o r a l i z a n ; p o r l o t a n t o , n o c o n s t i t u y e n u n simple
Y e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n la d i v i s i ó n e n t r e e l e g i d o s y condenados en el J u i c i o U n i -
« d o b l e - de la p i n t u r a , u n p u r o reflejo e s c r i t o d e las i m á g e n e s , s i n o q u e i n t e n t a n contro-
versal sx l e í a :
lar y guiar esa tensión q u e . c o m o ha e s c r i t o B u t o r . se c r e a c u a n d o e s t á n presentes los dos
polos de la p i n t u r a y de la e s c r i t u r a . I n t e n t a n i n f l u i r e n e l m o d o e n q u e las imágenes son
21

A l m a sabia, si m i r a s fijamente / el tiempo futuro del divino juicio, / y los buenos que
entendidas, cargándolas de u n v a l o r e j e m p l a r : e s t o s i g n i f i c a e n c a u z a r la r e c e p c i ó n en uní
son. elegidos para el Paraíso / y los reos condenados al eterno suplicio, / tu vida cn el mun-
única d i r e c c i ó n , c a p t u r a r al e s p e c t a d o r / l e c t o r d e t a l m o d o q u e i n t e r p r e t e las imágenes
do será perfecta / s i g u i e n d o la v i r t u d , dejando el v i c i o . 16

de* Aquino, Summa tlno/ogiea. la. q. 4T. ad 3m). El único trabar » que tono/to que estudie la Cosmografia te-
1 E s t o s e j e m p l o s a c l a r a n c ó m o e l c i r c u i t o q u e se crea e n t r e palabras e imágenes carga
niendo CII cuenta también las inscripciones l.mn.is es G. L . Bertolini, «La cosmografia teologica del Campo- a estas ú l t i m a s d e O t r a d e las c a r a c t e r í s t i c a s q u e d i s t i n g u e n el r e l a t o ejemplar; en el m o -
sanio di Pin», Sima antologia sene V, C X I . V i l (1910), pp. 720-725. m e n t o p r e c i s o e n e l q u e la i m a g e n se m o r a l i z a y se c o n v i e r t e en i m a g e n i n t e r i o r , se sitúa
''l'ara verificar esta hipótesis habría que descifrar las otras inscripciones latinas y reconstruir un cuadro en una d i m e n s i ó n e n la q u e p a s a d o , p r e s e n t e y f u t u r o c o i n c i d e n . L o s frescos p e r m i t e n
2 7

concreto de las tendencias liercucas présenles cn P i s a en el Trecento. Sobre ta función anuherética desarrolla-
da por franaseAiios v dominicos m la Pisa de finales del Duecento, que ve presencias cata ras, cfr Al. Ronuru,
-11 fraiicescuiesiiuu a Pisafin»»alia meu del Trecento-. Bollettino storico pisano L I V (1985). pp. l-55.cn con-
creto -1.8-49 t¡avalo escribe que -quien |. . | quitara la imagen de Cristo de la iglesia y pusiera un idolo, seria
considerado reputado patanno v gran enemigo de D i o s - ( D . Cavalca. Medicina del cvore oivcro trattato ¿tüi
pazienza, ed. G G Bwttan. Milán. 18Í8. p. 9).
"Giordano da Pisa. Quaresimale Fiorentino, cu., p. 171.
-""Cfr. S. Morpurgo, -Le epigrafi volgari in nma del "Tnonfo delta M o r t e " , del "Giudizio Universale e
Inferno" e degli "Anacoreti" nel Cani'iownto di Fisa». L'arte I I (1899), pp. 51-87, cn concreto 54. Propone
cntcnos cu pane nuevos para la edición de los epígrafes L . Battaglia Ricci. - I l "Trionfo della Morte"del Cam-
posatilo pisano c i Ictivrau», en Suina ed aite nella piazza del Duomo. Conferenze 1992-1993. Pisa, 1995. pp.
197-2*9. ya que considera que los textos fueron pintados fielmente de nuevo cn el muro y que, allí donde son
legibles, sun más fiables que lus transmiudos por la tradición.
" M . Butor. Ijts mats dans la pemtuir: Ginebra. 1969. Sobre Ja relación curre imágenes pintadas y letreros,
dr. E Novali. Freschi e mina del Dugento. Milán. 1925. M . Schapiro. Words and l'ictnrei. On the lateral andtbt
Symbolu m tht lUtistrattaii ofaTtsTt. La Maja-Pars, 197}; A l . Cannile. -Sccing and Rea- un;: ••. cit.; id . Tir G:ii-.
ver e l f u t u r o e t e r n o d e l j u i c i o d i v i n o , e l p r e s e n t e e t e m o de los m u e r t o s . Aquí el especta-
"•Cfr- K. Sberle. -L'histoirc comme exeuiple. l'excmple comme histoirc». PoétiqueIII (1972), pp. 176-198,
Y S. Suleiman, - L e recit esemplai re. Parabole, fablc. roman a • h •• c -, Poétique XXXII (1977). pp. 468-489.
•'Cfr. «I-emina vana, perché non u delccri», v. 5 (Alnrpurgo, Le epigrafi, a l - , p. 56); - O anima, perche non
penti», v. 6 (p. 56). - O pcccator che in questa vita sei», v. 6 (p. 68), f -Anima savia, se ben miri liso», v. 1 (p.
69), donde al - s i " stguc- ci vocativo micia:.
!
* - G tu che poru la fronte c'I ciglio-, v. 6 (p. 57); -Se vostra mente serra bene accorta-, v. 6 (p. 57); -Del
contemplar che nel diserto urna te >\ v. 10 (p. 78). Ciccuto individua cn ci empieo de «or» cn función argumcn-
lanv.i una «autentica marca cstilfsuctì de la prosa cavalchiana»; anàloga lectura da de «porre mente», -(Kirre
cura», -mente accorta», «t'haumilia» ( M . Ciccuto, «Giunte a una leitunt esemplare di Buffalmacco nel Cam-
posanto di Pisa», cn ni. Itone delta parola. Immagine e scrittura nella letteratura delle origini. Modena, 1995. pp.
113-145, cn concreto 114-115, nota 8).
-"•Morpurgo, la- epigrafi, cit.. p. 68.
"•Ibid.p. 69.
En el sonoro que Alorpurgo indica corno fuentc de los ulhrnos versoi citados, t i v. 6 dice: -se non
1 7

Idei Ideologi and bnagf-Makmg in Medicai Art, Cambridge. 1989 [ed- cast.* FJ idolo gòtico. Ideologia y cresaá ¿c
nghuardi le chosc future» (thid., p. 68, nota 2).
anarena en ti arte medieval. Madrid, Alai, 20O0|; C. O o o o l a . "Visibile parlare-: agenda. Cassino, 1992.
 A R T E t H I S T O R I A E X LA K D A D M E D I A III
R U L ' C A R LA M MI A O A , C O N T R O L A R (A I N T E R I O R I D A D 487

dor puede entonces p r o y e c t a r su p r e s e n t e y su p a s a d o , así c o m o m o d i f i c a r su fÚSUfó . El 28

juego con las diferentes d i m e n s i o n e s d e l t i e m p o , la n e c e s i d a d de e l e v a r s e a u n punto de relación e s t r e c h a e n t r e p r e s e n t e y e t e r n i d a d , e n t r e lo p a r t i c u l a r y l o universal. Los p r o -

vista que permita t a m b i é n u n i f i c a r l a s , es. a d e m á s , leitmotiv d e l tupos d e l e n c u e n t r o entre
vivos y m u e r t o s d e l cual el C a m p o s a n t o p i s a n o p r e s e n t a u n a v e r s i ó n , c o m o poco, rica e
i n n o v a d o r a : una n o b l e c o m p a ñ í a a c a b a l l o e n c u e n t r a t r e s c a d á v e r e s q u e están en un
-0
c e d i m i e n i o s q u e se u t i l i z a n n o s p a r e c e n comparables a los del cxcmphwi, y también el
realismo c ó m i c o y la e f i c a c i a n a t u r a l i s t a c o n la que p i n t a Buffalmaceo, llevan en esta d i -
rección. P e r o t a l veas la c a t e g o r í a l i t e r a r i a d e l exemp/itm n o sea suficiente; probablemente

hay o t r o m o d e l o , a la vez r e t ó r i c o y c u l t u r a l , que entra en juego.

estado de progresiva d e s c o m p o s i c i ó n . U n o d e e l l o s se d i r i g e a s i a u n o d e los nobles ca-
balleros: L a p r e d i c a c i ó n d o m i n i c a t i e n d e a s u b r a y a r la p r o p i a contigüidad con la experiencia
de los padres d e l d e s i e r t o . E n l o s frescos d e l C a m p o s a n t o , las escenas de vida eremítica
se y u x t a p o n e n v i o l e n t a m e n t e a las i m á g e n e s de la c i u d a d y a una escena de vida cortes
T ú que me ves y viai fijamente me miras. / m i r a c ó m o y o estoy ante t i , / aunque ahora (la c o m p a ñ í a a c a b a l l o ) , p a r a i n d i c a r u n m o d e l o lejano en el t i e m p o y en t i espacio pero
eres claramente ¡oven ¡ - .. do antes que la M u e r t e te l l e w . ' [ . . . ] / Asi corno abara eres, todavía v i v o y a c t u a l . E f e c t i v a m e n t e , e n Pisa se practicaban experiencias de vida eremí-
debes pensar que yo fui: i m u n d o es p o c o a m i g o de Oosi uros. / deberás venir a este tica y. . . d e m á s , p o r así d e c i r l o , a la vista de t o d o s . D e hecho, son numerosos los l e s t i m o -
lugar'". ruos de la p r e s e n c i a d e e r m i t a ñ o s ( l o s l l a m a d o s « e r m i t a ñ o s en cerrad o s » ) que habían
decidí»'- • v i v i r e n e l a i s l a m i e n t o y e n la o r a c i ó n p e r o - t a m b i é n por motivos de seguri-
Y o soy ese que n i has s • r.mo está p r e v i s t o p o r la t r a d i c i ó n e l m u e r t o al vivo, d a d - d e n t r o d e las m u r a l l a s d e la c i u d a d . U n o de los más importantes exponentes de
y tú serás este que y o sov a h o : este ni i i m i e n t o , i . l o v a n n i S o l d a t o , está e n t e r r a d o en el Camposanto. Existen o p i n i o -
A la c o m p a ñ í a ecuestr:' se t a m b i é n o t r o p e r s o n a j e : u n e r m i t a ñ o , tradicional- nes di'• - entes s o b r e la f e c h a d e este suceso; p e r o - a u n q u e los frescos de la Tebaida estén
mente c o n f u n d i d o c o n san M a c - 1 io pintad* > antes o d e s p u é s d e su i n h u m a c i ó n - lo que es verdad es que, en cierto m o m e n -
to, se ' ' - . p o n e « e l m o n u m e n t o f ú n e b r e d e n t r o » de las escenas de la vida e r e m í t i c a . La 12

contigüidad física, e v i d e n t e m e n t e , debía subrayar la conrigüidad m o r a l , así c o m o las

Si vuestra mente se da c;ittruitmta.tqm vuestra vista fija. / la vanidad será derrotada/
anécth H is sacadas de la Vituc patrum h a b í a n sido utilizadas por los predicadores para dar
y a la soberbia veréis muerta ' ¡Y vos estaréis de esta suerte / A h o r a observad la ley que
1

indica» iones s o b r e l o s n u e v o s p r o b l e m a s que la organización económica y social de la

está escrita .
11

Ciudad ponía e n las c o n s c i e n c i a s * ' . L a versión o r i g i n a l del m o n u m e n t o fúnebre, ade-

Vemos 3quí en f u n c i ó n - a c c i ó n el c ó d i c e a n t e s d e s c r i t o q u e j u e g a c o n los sentidos
múluples del « v e r » y c o n las d i m e n s i o n e s d e l t i e m p o ; c o m o e n e l f r a g m e n t o de fray
G i o r d a n o sobre los ahorcados, a d e m á s d e c o n la i m a g e n , se h a b l a c o n el lenguaje de n
escritura: «observad la l e y que está e s c r i t a » .
E l juego entre palabras e i m á g e n e s c o n e l q u e se i n t e n t a p l a s m a r la recepción de los
frescos se sirve» c o m o h e m o s v i s t o , de la m a n i p u l a c i ó n d e l t i e m p o , i n t e n t a c o n s t r u i r una
más, subrayaba c l a r a m e n t e la r e l a c i ó n c o n la realidad de la vida ciudadana: sobre el se-
p u l c r o estaba p i n t a d a u n a f i g u r a t u m b a d a c o n d o s encapuchados a los lados, eviden-
te cita de esa C o m p a ñ í a d e l o s D i s c i p l i n a d o s que f r a y G i o v a n n i había f u n d a d o . A su
vez, la i n s e r c i ó n d e l s e p u l c r o e n el c o n t e x t o de los frescos añadía u n nuevo capítulo
a ese j u e g o d e p a l a b r a s y d e i m á g e n e s e n e l que nos h e m o s d e t e n i d o ; el cuerpo d e l
f u n d a d o r de l o s D i s c i p l i n a d o s y las i m á g e n e s de dos de sus cofrades estaban, de h e -
cho, c e r c a n o s a u n e p í g r a f e l a t i n o e n el q u e se leían dos versículus de u n salmo, que
empieza « A p r e h c n d i t e disciplinani ne q u a n d o i r a s c u t u r D o r n i n u s ne peratis de vita
iusta>- ( S a l m o s 2 , 1 2 ) * .
3 1

* Para el análisis de este fenomeno como caracierísuco del relato ejemplar, cfr. S. Banaglia, «L'esempio
:

medievale-. Filologia romanza VI (1959). pp. 45-82. e id.. « Dall'esempio alla novella-. Filologia romanza VII
(I960), pp. 21-84; C Bremond.J. Le GolTyJ.-C. Schmjn (eds.), L'-Exemptum«. Tumhout, 1982; Rhétonquen
bistoire. L'-exempluni-* et le modele de comportemeiit dans le diseotirs antique et medieval. Mesa redamla organizada por li
Escuela Fnmtaa en Roma et IS de mato de 1979. en Melange.* de l'Ecole Fran(iiise de Rome XCI1 ( 1980), pp. 9-179.
:v
C f r . C. Frugoni Seros, «Il teina dell'incontro dei tre vivi e dei tre m o n i nella tradizione mediocvale
italiana». Ani dell'Aitademia dei Lincei. Memorie. Classe di seienze morali, storiche cfilologiche,serie Vili, XTfl
(1967), fase. 3. pp. 145-251. para integrar con las observaciones de la misma autora en el más rccienie id.,
«Altri luoghi, cercando il Paradiso (11 ciclo di Buffalmacco nel Camposanto di Pisa e la committenza domeni-
cana)». . - o W ; della Scuola Sormale di Pisa serie I I I . XV111 (1988), pp. 1.557-1.643.
"'Àlorpurgo. Le epigrafi, eie, p. 60.
'' Ibid., p. 57. El mensaje está reforzado por el hecho de que, tradición a hnen te, se considera ci pecado
como la muerte del auna; el cadáver, descompuesto, devorado por los gusanos, se hace así la imagen visible de
una situación interior que delie suscitar horror y arrepentí miento. Véase, por ejemplo, la lauda de Iacoponc
que empieza: «Sí como la mone face I a lo corpo umanato I multo pcio sì fa a l'anc-ma I la gran mone dd
peccalo» (Ucopone da Todi, lunule, ed. F- Mancini. Roma/Bari, 1974, n. 26, pp. 71-72), donde el paralelismo
'-' Cfr. A. Bartistoni, «La Compagnia dei disciplinati di San Giovarmi Evangelista di Pona della Pace in Pisa
e la sua devozione verso frate Giovanni Soldato», Bollettino della Deputazione di Storta patria per l'Umbria LXV
(1968), pp. 199-228; A. Caleca, «I novissimi: le storie dei Sano Padn c le storie evangcUchcdi Bonamico Buffal-
macco», en AA.VV.. Fisa Museo delle sinopie del Campáronlo Monumentale, Pisa, 1979, pp. 55 ss,; Frugoni, Altri
luoghi, c u , pp. 1.634-1.643. Frugoni -mientras Baràsioni fecha la muene al final de los años cuarenta-piensa
en una fecha más antigua; advierte, de hecho, que a Giovanni ya no se le menciona en un documento de 1338
(p. 1.636) y sosuene que «la inhumación del eremita preexisnó a la versión del fresco de la Tebaida» (p. 1.639).
" Véase la ieori¿ación que hace Cavalca: «In luogo di que' santi antichi monaci e romiti sono levati li mo-
naci del tempo d'oggi, la sollicitudine de" quali per la più pane è più in moltiplicare le possessioni die in fen*ore
d'orazione»; por esta razón «chi vuole campare, fa bisogno che guardi più agli esempi vecchi che ai novelli* (Ü.
Cavalca. Disciplina degli spirituali, col trattato delle trenta stoltizie, ed. G. G. Boltari, Milán. 1838. pp. 12-13).
«Aprended a disciplinaros para que el Señor no se enfurezca y no perdáis la recta vía». Cfr. Frugoni,
J4

se desarrolla con implacable realismo. Altri luoghi, cu., p. 1.641.

488 ARTE I HISTORIA ES LA E D A D MEDIA III
EDUCAR LA MIRADA, CONTROLAR LA I N T E R I O R I D A D 489

Además, según una a n t i g u a t r a d i c i ó n , m u c h o s d e l o s r e p r e s e n t a d o s e n el ciclo del

rra p o r e l g r a n C i s m a d e O c c i d e n t e , q u e , i n i c i a d o en 1378, durará hasta 1417. La crisis
T r i u n f o de la M u e r t e n o s o n personajes c u a l q u i e r a , d e n o t a d o s s ó l o p o r su profesión o
afecta t a m b i é n a la o r d e n d o m i n i c a : u n c a p í t u l o general de 1390 plantea la cuestión de la
situación social; se t r a t a b a , p o r el c o n t r a r i o , de a u t é n t i c o s r e í r a t o s d e personas que ha-
reforma c n e l o r d e n d e l d í a .
bían t e n i d o una función i m p o r t a n t e e n la v i d a d e la c i u d a d , c o m í p o r e j e m p l o , el empe-
N u e s n o a u t o r es u n a figura destacada de la o r d e n d o m i n i c a ; e n t r e otras cosas, es va-
rador excomulgado L u i s e l B á v a r o , q u e h a b í a p e r m a n e c i d o e n Pisa e n e l c o n v e n t o de San
rias veces p r i o r e n t r e finales d e l T r e c c n t o v p r i n c i p i o s d e l Q u a t t r o c e n r o del convento ele
Francisco, j u n t o c o n el antipapa N i c o l á s V , o U g u e c i o n e d c l l . i F a g g i u o l a , Castniccio
Santa C a t a l i n a . E l Coloc/uw espiritual está d e d i c a d o a explicar los sentidos ocultos de Í-¿
C a s t r a c a n i ' . Si t e n e m o s e n c u e n t a este e l e m e n t o , a d e m á s d e la i n c l u s i ó n d e l sepulcro de
5

misa: cada g e s t o d e l c e l e b r a n t e , cada p a l a b r a suya, cada detalle de los paramentos se i n -

fray G i o v a n n i S o l d a t o e n c o r r e - n o n d e n c i a c o n la T e b a i d a , p o d e m o s e n t e n d e r que el
terpretan de forma q u e o f r e c e n l o s s i g n i f i c a d o s teológicos y morales de los que eran j x i r -
público del siglo v i v podía * er - p m t a t i ó s e n l o s m u r o s y p r o v e a ' i d o s e n la e t e n v d a d del
tadores. Los interl-1* m o r e s s o n c u a t r o , cada u n o c o n una función precisa: Simone, el teó-
juicio d i v i n o - e l pasado y el p r t •.. .le la v i d a d e la c i u d a d m i s m a . L a s i m á g e n e s que los
logo, c v p h c a los s e n t i d o s o c u l t o s d e la l i t u r g i a ; Catalina solicita sus enseñanzas; el -'fraile»
colores de los p i n t o r e s v la . de l o s e p í g r a f e s c o m p e t í a n e n c o n s t r u i r , n o tenían,
da una yersíptt fani.caica, c o n s t r u y e n d o complejas imágenes alegóricas; la «monja >•- escu-
p o r l o t a n t o , sólo una d i m e r . t i p i a r ; m á s b i e n p a r e c e n v i s u a l i z a r d e alguna mane- cha, r e i, se c o n m u e v e y, al final, alcanza el éxtasis. Es m u y i m p o r t a n t e que el diálogo
ra ese p r o c e d i m i e n t o figuran e r b a c h h a c o n c r e t a d o e n la Divina Comedia^. Lo esté es. tío e n l e n g u a v e r n á c u l a ; este aspecto, l i g a d o a la presencia de interlocutores fc-
que entra en juego es. en ..n e v e n t o h i s t ó r i c o , r e p r e s e n t a d o e n su especíBca menini n o s da u n a i d e a d e l p ú b l i c o a l q u e q u i e r e d i r i g i r s e : e n p r i m e r lugar, uno m o -
realidad, de manera que s * l o y r e c o r d a d o p o r e l p u b l i c o . A l m i s m o dempo, nástico p e r o t a m b i é n a la e n t e r a c o m u n i d a d de los fieles; en ambos casos, las mujeres
ese evento o ese p e r s o n a ^ s n * n figura d e u n d e s i g n i o e t e r n o de justicia que
L tenían <,i p r e s e n c i a d e g r a n r e l e v a n c i a .
encuentra su realización er. d u- lia e n la d i m e n s i ó n e n la q u e e l o r d e n d i v i n o se rea- L.v. ímcrosas i m á g e n e s a l e g ó r i c a s q u e c o n t i e n e e l diálogo están construidas según
liza en toda su p l e n i t u d . L o - -r c h a c e n v i s i b l e , p r e c i s a m e n t e , esta relación entre el un prot l i m i e n t o p r e c i s o q u e p o d e m o s d e s c r i b i r así:
t i e m p o histórico y la e t e r n i d a d -
1 . se p a r t e de u n a i m a g e n s e n s i b l e ;
2. se p o n e la a t e n c i ó n e n u n d e t a l l e ;
E l Coloquio espiritual de Simone da Cascina y 3. se c o n v i e r t e p o r a n a l o g í a e n una i m a g e n e s p i r i t u a l ;

los esquemas visuales para la meditación y la memoria 4 . se la c a r g a , p a r a t e r m i n a r , d e eficacia o p e r a t i v a .

E l segundo caso que analizamos —el Coloquio espiritual d e S i m o n e d a C a s e í n a , esento Veamos, p o r e j e m p l o , los c o n s e j o s que se d a n a la monja mientras el cura se pone la
en 1 3 9 1 - nos lleva o t r a v e z a Pisa, a l c o n v e n t o d o m i n i c o d e S a n t a C a t a l i n a , p e r o en una
r casulla:
situación p r o f u n d a m e n t e d i f e r e n t e . L a v i d a c i u d a d a n a e s t á a h o r a m a r c a d a p o r grandes
dificultades políticas y soriales **; la I g l e s i a , y a d e b i l i t a d a p o r e l e x i l i o a v i ñ o n é s , se desga-
1 M i r a fijamente la casulla, la cual cubre todas las demás vestimentas -dice Simone poco
después— y verás que esta dividida en dos partes [...] entonces te inflama y enciende la ex-
celente v i r t u d de la caridad, que es madre de las otras, extendiendo el amor a Dios con
a
A està tradiciòn se vincola, por ciemplo, Vasari ("Vita di Andrea Orcagiia>-) y. cn 1600, el canónigopi- todas las fuerzas y al prójimo c o m o a t i misma' . 9

sano Toni (cfr G. B. Tom, Notìzie e avvenimenti storici diversiriguardantila dna di Pisa. Pisa. Biblioteca Uni-
versitaria, cod. 595, p. 30). Cfr. sobre ci problema las conrnliuciones d e j . Polzcr, «Amtodc, Mohammcd and
Nicholas V in Hell-, The Art Bidlttm XLVJ (1°64), pp. 457-409, y F. Franccschini. -Maometto e Niccolò V
all' "Inferno"? Affreschi del Camposanto e commenti danteschi», en A l Santagata y A- Srussi (eds.). Snidi per
Las d o s p a r t e s e n las q u e está d i v i d i d a la casulla representan las dos partes de la cari-
dad, es d e c i r , la q u e se d i r i g e hacia D i o s y hacia el p r ó j i m o . P o r o t r o lado, la colocación
40

Umberto Carpi Un saluto da allievi e collcgbi pisani, Pisa, 2000, pp. 461-487. de la casulla, q u e c u b r e l o s o t r o s p a r a m e n t o s sagrados, sirve para reforzar la alegoría,
M e renerò naturalmente a E, Aucrbach. -Figure-, cn td.. Dante als Dichter dcr irdisthen H'elt, Betti»
1 6
porque, s e g ú n la e n s e ñ a n z a p a u l i n a ( I C o r i n t i o s 13), la caridad supera a todas las demás
1-cipiig. 1929 |cd. cast,-. Dante, poeta del mando terrenal. Barcelona. Acaniilado, 20O8J- virtudes. L o s v e r b o s q u e i n d i c a n la vista ( « m i r a » , « v e r á s » ) sirven para subrayar la estre-
r
Cfr. las noùcias sobre Simone dadas en Simone da Cascina, Colloquio spirituale, ed. E dalla Riva, Floren-
cia, 1982, prcsentauón de C. Delcomo, y en E- Panclla, Cronica, cir,, en concreto pp. 266-272. Sobre ci Cofa-
qmo espimual, cfr. I . Bolzoni, -11 "Colloquio spirituale*' di Simone da Casana. N o t e su allegoria e immagini
su independencia cayendo cn manos de los florentinos. Interesantes testimonios se encuentran en los textos
della memoria», Rivista di teturauira italiana IH, I <19S5), pp 9-65; id.. - L a battaglia dei vizi c delle virtù.
recogidos en G. Vánuüni <cd.), Lamenti stoncipisam. Pisa, 1968.
Tesu e immagini tra Tre e Quattrocento», cn Ceti sociali ed ambienti urbani nel teatro religioso europeo del '300 e '"Simone da Caseína, Colloquio spinttiale, C Í L , p. 33.
del'400. Ani del Convegno Internazionale di Studi (Alterco. 30 de mayo-2 de juiuo 1985), Viterbo, 1986, pp. 91- W
E 1 mismo significado tiene un texto que consriiuye una íueiue impórtame para el Coloquio espiritual:
123, en concreto 113-115.
Inocencio I I I , De sacro aítaris mysterio lilni sex, en J.-P. Migne (ed.), Patrología Latina, 217, cois. 773-915, en
C f r . O. Band, Iacopo d'Appiano. Economia, società e politica del comune di Pisa al suo tramonto (1392A^399),
w
concreto 795.
Pisa. l V T l . y C Violante, Economia, società, istituzioni a Pisa nel Medioevo. Bari, 1980. La ciudad perder* cn 1406
490 ARTI L HISTORIA EN LA E D A D MEDIA I I I

I' I I I I AH I A MIPADA. CONTROLAR L A I N T t II I O II I OA I I 491

cha contigüidad e n t r e i m a g e n física, p o r u n l a d o , e i m a g e n m e n t a l v e s p i r i t u a l , p o r otro;

sugieren incluso que el paso de la p r i m e r a a la s e g u n d a es f á c i l , casi i n e v i t a b l e . I* I segun-
do verbo, «verás»*, describe u n a m e t a y a a l c a n z a d a , a l g o q u e se «>hticnc gracias a esa m i -
rada fija e intensa que aisla u n d e t a l l e v l o c o l m a d e s e n n d o s a l e g ó r i c o s ; se trata va de un
ver con los ojos d e l a l m a . L a c e l e b r a c i ó n d e la m i s a se c o n v i e i t . i s i , e n las ínter»cncioncs
de Simone, en fuente de u n rico p r o c e s o m e t o n í m i c o ; es u n e s p e c t á c u l o c u y o desarrollo
va i n t e r r u m p i e n d o p o c o a p o c o , s e c c i o n a n d o e l c u a d r o o b t e n i d o e n u n a Jarea sene de
imágenes sensibles q u e se c o n * i e t t e n d e s p u é s , s e g ú n e l p r o c e d i m i e n t o i n d i c a d o , en imá-
genes alegóricas y c s p i n t u a l e - . Se t r a t a d e u n c ó d i c e p a r e c i d a i al ya i n d i v i d u a d o en el
Camposanto, en las relai • p a l a b r a s e i m á g e n e s q u e si » r e a n e n los frescos del

T r i u n f o de la M u e r t e : tan ta i m p o r t a n t e la calida») d e la m i r a d a , también la

eficacia de la r e c e p c i ó n m i r a r l i j a m e n t e y e n e l p u e n t e q u e é s t e puede crear
entre i m a g e n sensible, ¡-.a ;¡ n á g e n i n t e r i o r , l l e n a d e v a l o r u n i v e r s a l . Pero en el
C a m p o s a n t o se trataba d ; Uiui r.irración p r o p u e s t a al v a s t o p ú b l i c o ciudadano, con ligui . Inglaterra. SlttUma vitmnim el vntutiim, caballero uuc combate eonir.i los vicios, miniatura sobre
fuenes colores para que u . e n s e ñ a n z a p e n i t e n c i a l ; a q u í e s t a m o s , c o m o se decía, pergamino, mediados del siglo Mil.

en u n c o n t e x t o d i f e r e n t e . hace m á s i n t e r i o r , e l p r o c e d i m i e n t o más intelec- Vean» i n e j e m p h > s a c a d o de u n c ó d i c e i n g l é s de mediados del siglo x m (Londres, T h e

t u a l ; al acmphm y a la figi ueede la a l e g o r í a . Bntisli 1
i b r a r y , m s I l a r l e y 3 2 4 4 ) , q u e r e c o g e diferentes textos, útiles para la predicación,
L a formación de i m á g c n t - üórit as cada v e z m á s e l a b o r a d a s n e n e u n a función pre- entre < q u e se e n c u e n t r a u n a p a r t e tle la Summa vitiormn et vhttitiim del d o m i n i c o
cisa; las imágenes deben d e j a i huella c o n f u e r z a e n las d i f e r e n t e s f a c u l t a d e s de la mente, Peral»: escrita h a c i a I 2 3 6 . P r e c i s a m e n t e al t e x t o d e l P c r a l d o se refiere la miniatura
4 1

deben c o m u n i c a r c o n o t i m i c n i o \. a la v e z . o p e r a r u n a t r a n s f o r m a c i ó n m o r a l , de modo
que guíe hasta los u m b r a l e s de ta e x p e r i e n c i a m í s t i c a . H a y q u e s u b r a y a r u n p u n t o ; todo
el proceso - l a m e t a m o r f o s i s de ta i m a g e n , su f o r m a d e a c t u a r e n e l a l m a - s ó l o es posible
porque i m p l i c a t a m b i é n a la m e m o r i a . I o d o s l o s i n t e r l o c u t o r e s d e l
subrayan: c u a n d o S i m o n e v el f r a i l e e x p l i c a n l o s d e t a l l e s d e sus i m á g e n e s , i m i t a n a •
monja a « p o n e r l o s ante el i n t e l e c t o » , a « r e d u c i r l o s a la m e m o r i a » y, p o r f i n , a «meditar-
l o s " ' . Estos verbos se usan, si n o c o m o s i n ó n i m o s , s í c o m o e x p r e s i o n e s q u e indican las
11
Coloquio espiritual \o
que oí ; M los f|. 2 ~\ -2Xr d e l c ó d i c e ( f i g . 5), de manera que f o r m a una única escena. M i -
ramos i i sie m a j e s t u o s o c a b a l l e r o q u e , a y u d a d o p o r u n ángel, se enfrenta a una m u l t i t u d
de seres m o n s t r u o s o s . L a r e l a c i ó n e n t r e palabra e i m a g e n es m u y estrecha; cada lugar de
la i n u ^ i i e s t á , de l i o h< >. p r o v i s t o de una i n s c r i p c i ó n . Para entender lo que tenemos ante
la vista, d e b e m o s n o s ó l o l e e r l o s l e t r e r o s , sino también fijar nuestra atención en el lugar
donde cada u n o de e l l o s está s i t u a d o ; t e n d r e m o s , e n otras palabras, que recorrer lenta-
mente, etapa p o r e t a p a , t o d o e l p r o c e d i m i e n t o c o m p o s i t i v o del autor. Así es como éste

consigue c o n d i c i o n a r , i n c l u s o d e t e r m i n a r , los m o d o s , los tiempos, los procedimientos de

fases estrechamente ligadas de u n p r o c e s o ú n i c o . L o s s e n t i d o s o c u l t o s de la alegoría
la r e c e p c i ó n .
puestos o r d e n a d a m e n t e e n la i m a g e n h a c e n a s í d e g u í a t a n t o p a r a la c o m p r e n s i ó n como
para la m e m o r i a y la m e d i t a c i ó n . L a clave de l e c t u r a se n o s o f r e c e p o r el titulas que está arriba: - i n i l i u . i est vita hominis
El Cohijino espiritual, c o m o h e m o s v i s t o , c o n f Í 3 su p r o p i a e f i c a c i a a l ju ego que crea super t e r r a m » ( « l a v i d a d e l h o m b r e e n la t i e r r a es una milicia»), sacada del L i b r o de Job
entre imágenes descritas p o r las palabras e i m á g e n e s i n t e r i o r e s . P e r o si ampliamos el (7, 1). Aquí está e l o r i g e n d e t o d o el sistema de la representación. Los dos elementos
análisis más allá del texto, v e m o s a p a r e c e r e n escena u n t e r c e r c o m p o n e n t e d e l juego, las
imágenes pintadas, o . m e j o r d i c h o , c o n s t r u i d a s t a n t o c o n la p i n t u r a c o m o c o n la escritu- -The Gcoincrry of ibc M i n d Sciendfic Diagrams and Medieval Thought», ArtbiUtturalAssoaaiion Quonerly
ra. El Coloquio espiritual ha l l e g a d o a n o s o t r o s p o r u n ú n i c o m a n u s c r i t o , s i n ninguna mi- X I I ( 1 9 8 0 ) . pp. 3 2 - 5 5 , c id, « A n Illustrated f r a g m e m o f P c r a l d u s i " S u m m a " of Vice: Hatleian Ms. 3244-,
Journal of the M'aihmg and Courtauld Instantes X L V ( 1 9 8 2 ) , p p . 1 4 - 1 6 8 . C f r . a d e m a s E S a n g e r . - Ü b c r d i e
niatura, pero sus i m á g e n e s a l e g ó r i c a s e n c u e n t r a n u n a p u n t u a l c o r r e s p o n d e n c i a en una
s m i b i i r d e s B i l d e r k o d e x i n T r e c e n t o . . , Critica d'arte TJJ ( 1 9 3 8 ) , p p . 1 3 1 - 1 3 5 ; S . S e i t i s , rcseflD de G Paui, la
serie de imágenes pintadas, a m p l i a m e n t e d i f u n d i d a s e n e l n o r t e d e E u r o p a a partir, al pania dipinta. M i l á n . 1 9 8 1 . Rivista di letteratura italiana I ( 1 9 8 3 ) . p p . 4 0 5 - 4 1 0 ¡ J . - C S d u n m . - L e s i m a g e s
menos, del D u e c e n t o ( p e r o de o r i g e n m á s a n t i g u o ) , i m á g e n e s o e s q u e m a s q u e se llama- d a s s i f i c a t n c e s " . Bihliolhèqne de l'Écele des Cbaitres C X J - V I I ( 1 9 8 9 ) , p p 3 1 1 - 3 4 1 . P a r a d n e x o c o n c i a r i e d e la

ban stenimata o figurae y que la c r í t i c a ha a t r i b u i d o a la t i p o l o g í a d e l o s Bildcrbiicher*'. m e m o r i a , c f r J B . l ' n e d m a n . - L e v i m a g e s n i n é m o t c c h n i q u c s d a n s I c s mjmiserits de l ' e p o q u e c u l i i i q u c - , en l ì .

R o y y P. Z u m d i o r ( c d t . ) , 7 r » . v de mémoire slsptets de la mnémotechme medihale, M o n t r e a l / P a r i s . 1 9 8 5 . p p . 1 6 9 -
184, L . tol • .in. - A l l e g o r i e e i m m a g i n i d e l l a m e m o r i a : d c i c l o d e l l a " T ó r r e delb s a p i e n z a " » , Km X X X (abril-
m a y o , 1 9 8 7 ) , p p . $ 4 - 6 1 . y U . E r n s t . - A r s m e m o r a t i v a u n d A r s p o e t i c a - , e n J . J . B e r n s y \ V . N e u b e r (eds.), Ars
* Simone lb (Usons. Colloquio spirituale, e i e . p p . 34, 36, 16$. meniorauva. Zar kulnirgeubiehtlichen Bedeutnngder Gedachtnishmst 1400-I7S0, T u t n n g e u , IW(, p p . 7 3 - 1 0 0 . en
** S o b r e e s t e t e i n a c s c n i i a l e r t i e l e x t e n s o e s t u d i o d e F. S a x l , - A S p i r i t u a l E n c y c l o p a e d i a o f i h e Later concreto 88-91.
Middle Ages-, Journal 4 the H'aHyurg and Courrauld Institutes V < 1 9 4 2 ) . p p . 8 2 - 1 3 4 . I n i p o r t â m e s s o n . a d e m i s ,
A C . KM lie !.Duma quaiemitas A Preliminary Study in the Method and Application of Visual Exegesit, Amster-
4 1
C f r M . E v a n s , - A n I l l u s t r a t e d F r a g m e n t o f Pcraldus's " S u m m a " - of Vice. Harleiin M s . 3244-,7oBnu/

dam, 1978. q u e a c l a r a b i e n la g e n e s i s d i d a t t i c a d e los e s q u e m a s y s u v i n c u l o c o n la c x l g c s i s b i b l i c a , M . Evaro,

eflhe Warimtgand Courtauld Instantes X L V (1982), pp. 14-68.
492 A t T í Z H I S T O R I A I N LA E O A D M l D I A I I I
asociados (la vida del c r i s t i a n o , e l c o m b a t e d e l c a b a l l e r o ) e s t á n s u h d i v i d i d o s e n sus com-
ponentes; las virtudes que s i r v e n al c r i s t i a n o , p o r u n l a d o ; las .ninas q u e s i r v e n al caba-
l l e r o , p o r o t r o . Las i n s c r i p c i o n e s hacen q u e la c a d e n a d e las a s o c i a c i o n e s se vuelvan vi-
sibles y reconocibles; el y e l m o es la esperanza; e l e s c u d o , l a fe; la l a n z a , la perseverancia;
el caballo es la buena v o l u n t a d , y asi s u c e s i v a m e n t e . S i el pasaje d e J o b antes c i t a d o da b
clave de lectura unitaria, u n pasan- d e la epístola a l o s E f e s i o s c o n s t i t u y e e l p u n t o dt refe-
rencia más cercano del p r o c e d i m i e n t o r e t o r i c o q u e a q u í se v i s u a h .1 - T o m a d , pues, la ar-
madura de D i o s . . . Estad, pues, alerta, c e ñ i d o s v u e s t r o s l o m o s c o n Li v e r d a d , r e v e n d a la
coraza déla jusneia y calzad-- , . . E m b r a z a d e n t o d o m o m e n t o e l escudo de ia fe...
T o m a d el y e l m o de l.i salva rspnda d e l e s p í r i t u , q u e es la p a l a b r a d e D i o s
sios 6 , 1 3 - 1 7 ) .44
L a miniatura inglesa . ana c o n c e p c i ó n (la v i d a t o m o c o m b a t e ) siim tam-
bién u n proceúlmienti • . q u e es. a m e n u d o , u t i l i z a d . . e n e l t e x t o de Simone
(y es de uso más bien c o m ú n • >^ ct » n t e m p o r á n e o s ) . E n e l Coloquio espiritual lee-
mos, p o r ejemplo, que I . Porta al p e c a d o r e n c a m i n a d * i al a r r e p e n t i m i e n t o , y
porque lo ve enfermo c .. Jlentt le da u n caballo que le conduzca a la patria celestial,)'
es su tieso» l-\ic ciiialUi en adornado con ornamentos de v o l u n i a d , sin pecado; la silbes
la compunción, t i heno es h di ii .n. .i su l o m o sube q u i e n se convierte, y corra y espolee
al caballo con ejemplos, de sanios...'".
Está claro que u n f r a g m e n t o c o m o éste se p o d í a t r a s l a d a r f á c i l m e n t e a u n a i m a g e n mixta
m u y parecida a la d e l códice inglés; bastaría c a m b i a r las i n s c r i p c i o n e s .
Pero m i r e m o s ahora el c o n t e x t o e n e l q u e está s i t u a d o e l c a b a l l e r o . T i e n e delante de
él una horda de d e m o n i o s m o n s t r u o s o s c o l o c a d o s d e n t r o d e u n a p a r r i l l a rectangular.
U n a vez más tenemos que dejarnos guiar p o r las i n s c r i p c i o n e s ; v e r e m o s entonces que se
trata d e los siete vicios capitales y de su n u m e r o s a p r o l e ( l o s v i c i o s m e n o r e s que de ellos
se derivan). A ellos c o r r e s p o n d e n - a l i n e a d a s e n el c a m p o d e l c a b a l l e r o - las siete palomas
blancas, que representan los dones d e l E s p í r i t u S a n t o , y las siete bienaventuranzas del
Sermón de la M o n t a ñ a , inscritas e n la filacteria q u e sujeta e l á n g e l . E s t a m o s ante la re-
presentación visual de u n sistema d e c o r r e s p o n d e n c i a s , d e c o n t r a p o s i c i o n e s , d e deriva-
ciones; de u n sistema, básicamente, d e c l a s i f i c a c i ó n . T a m b i é n a q u í estamos e n presencia
de procedimientos r e t ó r i c o s que p o d e m o s e n c o n t r a r f á c i l m e n t e y r e p r o d u c i r en un tex-
t o ; si recorremos la parrilla r e c t a n g u l a r d e a r r i b a abajo, p o d e m o s r e c u r r i r a la enumera-
ción; sí la recorremos en s e n t i d o h o r i z o n t a l , p o d e m o s r e c u r r i r a la antitesis. E n ambos
casos, el juego d e las correspondencias n u m é r i c a s ( e l siete e n este caso) eonsntuye un
marco u n i t a r i o que reconduce a la p l u r a l i d a d .
Así, por ejemplo, e n e l Coloquio espiritual, e n l o s c a p í t u l o s X X X y X X X I , el Paternós-
ter se divide e n siete peticiones, cada una d e las cuales e s t á l i g a d a a u n d o n del Espíritu
Santo, a una bienaventuranza d e l S e r m ó n d e la M o n t a ñ a , a u n a v i r t u d y al v i c i o contra-
" L a glosa ordinaria amplía las indicaciones de san Pablo, llegando a incluir un caballo también (cfr. Evans.
An Ulustratcd Fragmcnt. cit-, p. 19).
41
Simonc da (lascina. Colloquio ipmtuale. cit., p. 39.
f-IJlCAB LA MIRADA, COKTIIOLAll LA I N T E R I O R I D A D . 493
(Efe-
Figm fi Fbehit ilt ((»ii.i miaginum wve xanorm» opera, circuios que representan las corrcsponilencias
scpio * i sacramentos. . I o n e s del Espíritu Santo, obras de misericordia, virtudes, vicios, cualidades dd
cuergMi \ del alma), dibujo sobre pergamino, último cuarto del siglo xiv.
rio. Es . ' m i s m o e s q u e m a q u e e n c o n t r a m o s a m e n u d o visualizado en los liildcrbiicber, por
e)empl< ion u n o s c í r c u l o s c o n c é n t r i c o s ( f i g . ó ) .
Podi M Í O S v e r a s í c ó m o u n ú n i c o c ó d i c e r e t ó r i c o atraviesa prácticas y lenguajes dife-
rentes l u c r a r l o , figurativo o m i x t o . P e r o se puede d e c i r algo más. L a miniatura inglesa
entra p o r los o j o s , n o s h a c e e n t e n d e r c o n la i n m e d i a t e z de la representación visual la
estrech.i r e l a c i ó n q u e se p u e d e c r e a r —tanto e n la p i n t u r a c o m o en el texto literario—entre
alegon.i e i m á g e n e s d e la m e m o r i a . H e m o s v i s t o ya c ó m o las inscripciones transforman
cada p a r t e d e l a i m a g e n s e n s i b l e e n i m a g e n m o r a l . A l m i s m o t i e m p o , la totalidad funcio-
na c o m o s i s t e m a m n e m ó n i c o ; e l o r d e n d e los loci n o está sólo garantizado, sino que se
revela f u e r t e y c o m p a c t o ; l o s d i f e r e n t e s loci, señalados justamente por las inscripciones,
son c o m o las p i e z a s d e u n p u / l c ; h a y u n ú n i c o m o d o d e r e c o m p o n e r l o , hay una imagen
única e n la q u e t o d a s p u e d e n e n c o n t r a r c o l o c a c i ó n . Además, a través de las inscripciones,
los c o n c e p t o s a b s t r a c t o s d e las d i f e r e n t e s v i r t u d e s se sitúan e n los loci y se asocian a imá-
genes sensibles. E s t a s ú l t i m a s se c o n v i e r t e n así n o sólo e n alegorías sino también, según
los d i c t á m e n e s d e l a r t e d e l a m e m o r i a , e n imagines agentes; c o n o c i m i e n t o y recuerdo del
sistema d e los v i c i o s y d e las v i r t u d e s v a n al m i s m o paso.
C o n las m i s m a s m o d a l i d a d e s e s t á n c o n s t r u i d a s otras imágenes mixtas que encuentran
c o r r e s p o n d e n c i a e x a c t a e n e l Coloquio espiritual d e S i m o n e da Caseína, c o m o la «Turris
sapientiae», a m p l i a m e n t e d e s c r i t a e n e l c a p í t u l o V I ( f i g . 7), o c o m o «el árbol de la m e d i -
tación de J e s ú s e n e l ú l t i m o c a p í t u l o , q u e c o r r e s p o n d e fielmente al Ligjww vitae de
ascendencia b o n a v e n i u r i a n a , d e l q u e S i m o n c podía v e r u n ejemplo, entre otros, en el
fresco a t r i b u i d o a T a d d c o G a d d i e n e l r e f e c t o r i o de Santa C r o c e en F l o r e n c i a (fig. 8).
46
L o q u e es i m p o r t a n t e s u b r a y a r es la r e p e t i c i ó n de u n m i s m o códice retórico, de m o -
dalidades c o m p o s i t i v a s i d é n t i c a s . E s t o hace posible la relación abierta que se crea entre
•Cfr. AL Ladis, Taddco Gaddi. Crilical Rcappraisal and Catalogue Raisonne, Columhia. MoA-ondrcs, 1982
pp. 66-73 y 171.
 A m » IIIMOÍM IN IA 1 u»r> MEDIA 111
F u t ' l A R LA MISADA. CONTROLAR L A I N T f R IOR I I I A D 495

los t e x t o s l i t e r a r i o s y l a s i m á g e n e s d e l o s Bildcrbücber, es decir, el h e c h o d e q u e se verifi-

quen todas las c o m b i n a c i o n e s posibles. E n erecto, tenemos:

1. t e x t o s d o t a d o s d e i m á g e n e s ( q u e , a s u v e z ,p u e d e n incluir otras tradiciones lextua-

les);

2. tCXtOS s i n i m á g e n e s ( c o m o el Coloquio espiritual d e Simone);

3. i m á g e n e s s i n textos, a m e n u d o reunidas e n u n ciclo.

S i C- c i e r t o q u i existe u n a ú n i c a lógica compositiva b a s a d a e n la c a d e n a d e las corres-

pondci LIS y d e I , a n a l o g í a s , se entiende q u e u n aimagen mixta, q u e representa, inter-

preta i texto (o más textos juntos), p u e d e a s u vez generar otros textos, y viceversa.

Poden v e r e n .H i o n la d i m e n s i ó n creativa d e la memoria. F!nefecto, estas imágenes

mixta- - e c i s a m e i u e p o r q u e s o n sistemas d e memoria, pueden funcionar también corno

máqui para crear textos. P u e s t o q u econcentran e n sí m i s m a s u n p a t r i m o n i o de c o n o -

cimici . a s o c i á n d o l a s a figuras sensibles p u e d e n producir oirás asociaciones, oíros « r c -

cuerd N o s ó l o e l t e x t o e s t r a d u c i b l e e n i m á g e n e s , s i n o q u e l a i m a g e n p u e d e a s uv e z

gener U C M IS s e g m e n t o s d e texto. E s t a m o s ante u n proceso d e reflejo, pero t a m b i é n d e

difrac» i. d e m u l t i p l i c a c i ó n ; u n p r o c e s o , e n otros t é r m i n o s , en espiral.

Figxir.i 7 . Tbrht Je sntntui 11« , *rtmm o/»rr,í. t a b l a c o n r c p r c s e n u o n n d e ta - T o n e d e ü

Sabiduría-, dibu|0 M i b r e p e r ira m i n o , u l o n u i e u a r t u d e l s i g l o x i v . N o podemos p r e g u n t a r q u é tipo d e difusión tuvieron procedimientos d e este tipo.

E l texh de Siiiionc, c o m o s e d e c í a , e s t á e s c r i t o e n l e n g u a v e r n á c u l a , manifiesta la v o l u n -

tad d e dirigirse a u n p ú b l i c o m á s a m p l i o q u e a q u e l q u e c o n o c e e l latín; q u e d a , sin embar-

go, u n testo d e refinado intelectualismo, connotado fuertemente de senndo mísüco.

.Muchos ..iros indicios, s i ne m b a r g o , i n d i c a n q u eseria equivocado detenerse aquí y pen-

saren u n u s o limitado, d e élite, d e l j u e g o d e i m á g e n e s q u e h e m o s descrito. M u c h a s d e las

imágenes mixtas d e los líililerbucher n o s e e n c u e n t r a n sólo miniadas e n preciosos manus-

critos, las vernos pintadas sobre tablas, o e n grandes frescos, o incluso historiadas e n v i -

drieras. E s t o vale s o b r e t o d o para e l Liguum vitae. p e r o u n a investigación atenta podría

reservar n o pocas sorpresas t a m b i é n e n l o t o c a n t e a otras i m á g e n e s . P o r ejemplo, seh a n

encontrado huellas d e u n fresco d e lsiglo x v , q u e representaba la Turrissapienttat e n Alta

Val B r e m h a n a , bajo el p ó r t i c o d e la iglesia d e Averara. L a p i n t ó , e n 1446, «Petrus de

Arsenebs» 4 7
. E l c a s o d e A v e r a r a n o sdice q u e también u n esquema t a n c o m p l e j o c o m o la

T o r r e d e la S a b i d u r í a n o e s t a b a d e s t i n a d o s ó l o a la meditación privada, sino que u n buen

predicador lo j>odía u s a r t a m b i é n para u n público variado.

San Bernardino de Siena y la iconografía ciudadana

L a p r u e b a m á s i m p o r t a n t e d e q u e el c ó d i c e retórico q u e estamos describiendo es

capaz d e durar, d e s e r v i r a varios propósitos, d e mediar entre «alto» y «bajo», nos

viene dada p o r la p r e d i c a c i ó n d e s a n B e r n a r d i n o d e Siena (1380-1444), e l franciscano

que, e n el p r i m e r Q u a t t r o c e n t o , obtiene u n éxito de masas, llena d e gente las plazas

""Cfr. G . Alcssandrctti, « L a torre svclata». htiiuzioni e territorio I I , S ( 1 9 8 7 ) , p p . 3 8 - 4 0 ; C i o c i o l a , «Wfl'W/r

parlare-, o í . , pp. 36-37.
496
A R T I E HISTORIA EN LA E D A D M E D 11
EDUCAR LA M I R A D A , CONTROLAR LA I N T E R I O R I D A D . . . 497

u r b a n a s , hace e r i e i r h o g u e r a s d e l a s « v a n i d a d e s » , e n s e ñ a a « r e c o n o c e r » y a condenar
llamadas a r e t i n a r e l e s q u e m a e s c o l á s t i c o d e las d i v i s i o n e s ? H e p o d i d o verificar que las
a las b r u j a s . 4 8
cosas n o s o n a s í . L a s m i n u c i o s a s i n d i c a c i o n e s de B c r n a r d i n o se r e f i e r e n a una i m a g e n
E n t r e los s e c r e t o s de s u é x i t o , j u n t o a u n a m e z c l a s i n e s c r ú p u l o s d e e n s e ñ a n / a s eleva- precisa e n t r e las más d i f u n d i d a s y a a p a r t i r d e l s i g l o x n i , e n el c i c l o de esquemas visuales
das y de t é c n i c a s j u g l a r e s c a s y t e a t r a l e s , e s t á e l u s o d e l a s i m á g e n e s . L a u t i l i z a c i ó n de la (o Btlihrhuchvr) q u e h e m o s m e n c i o n a d o ; e l s e r a f í n ( ó e l q u e r u b í n , los dos ténrdooi tivfl
t a b l i l l a c o n e l n o m b r e d e J e s ú s p o r la q u e B e r n a r d m o es c é l e b r e , es s ó l o u n a s p e c t o de un den a c o n f u n d i r s e ) < o n s e i s a l a s , d i v i d i d a s e n p a r t e s d i f e r e n t e s (las inversas plumas? caris
m o d o de p r o c e d e r m u c h o m á s a r t i c u l a d o y d i f u n d i d o . S o b r e t o d o e n t r e 1 4 2 5 y I 4 2 7 , e n una de las c u a l e s , c o m o i n d i c a n l a s i n s c r i p c i o n e s , r e p r e s e n t a una etapa hi <i • o ! ifTe
los a ñ o s e n l o s q u e l l e g a a b m a y o r c e l e b r i d a d , e s t á m u y a t e n t o a u s a r hasta el fondo p e n ú m i c n c o , d e la * • « n f e s i ó n , d e la p u r i f i c a c i ó n , d e la e l e v a c i ó n a D i o s f f i g ' V >- '••
todos los r e c u r s o s y e f e c t o s d e ese j u e g o d e i n t e r c o n e x i o n e s e n t r e i m á g e n e s mentales, l i t e r a r i a d e la i m a g e n es u n t e x t o d e l s i g l o x n , Dcsexalis Chcnihin, a t r i b u i d o generaím
i m á g e n e s c o n s t r u i d a s c o n las p a l a b r a s y / o c o n la p i n t u r a , q u e h e m o s a n a l i z a d o más a r n - te a A l a i n d e L i l l e . i |Utí a s u v e z r e e l a b o r a u n a v i s i ó n descrita p o r Isaías (isaias 6) '. y
Ad*:-
ba. I n t c r a c r ú a n n u e v o s y v i e j o * e s q u e m a s , u s a d o s l i b r e m e n t e y r c i n t e r p r e t a d o s en una más, s e g ú n la Legvii>ia //U/ÍOJ; c u a n d o san F r a n c i s c o r e c i b e los estigmas t i e n e una visión en

especie de e f i c a z ars eomhtiaiuna. V e a m o s a l g u n o s e j e m p l o s . la que la i m a g e n d e ( r i s t o c r u c i f i c a d o se s o b r e p o n e a la de u n serafín c o n seis alas; es una

d é l a s es ñ a s p i o l a d a s p o r G i o t t o e n A s í s . L a i m a g e n d e l serafín de las seis alas era, p o r
5 1

lo t a n t o , i m i l i a r a l o s f r a n c i s c a n o s ; la v e r s i ó n d e los Bilderhiicher, p o r o t r a parte, c o n s u -

mía u n i l u e m a i d e a l p a r a l o s s e r m o n e s d e la C u a r e s m a .
Si r e !
m o s l a s d i f e r e n t e s i n d i c a c i o n e s q u e B c r n a r d i n o n o s da e n su cuaresmal floren-
u n o de I • _ ' d , v e m o s q u e c a d a u n a e n c u e n t r a u n a precisa c o l o c a c i ó n e n las varias partes de
la image i l í e m a r d i n o d i v i d e c a d a ala e n siete p a r t e s ( d e las que d e r i v a n siete i l u m i n a c i o -
nes); de i i a m a n e r a , c a d a ala c o r r e s p o n d e a u n a semana y cada iluminación corresponde
a vanos d i i s d e la s e m a n a m i s m a ; a l d o m i n g o se le hace c o i n c i d i r c o n la p r i m e r a i l u m i n a -
ción. D a d * > q u e e l c u a r e s m a l e m p i e z a c o n e l M i é r c o l e s de C e n i z a , e l p r i m e r sermón co-
mienza c u la c u a r t a i l u m i n a c i ó n d e la p r i m e r a ala. L a s seis alas d e l serafín p e r m i t e n asía
w san B e r n a r d m o r e c o r r e r t o d o s l o s d í a s d e la C u a r e s m a . Para la Semana Santa usa c o m o
i- ¿_ esquema el r o s t r o d e l s e r a f í n y l o s r e s p l a n d o r e s ( l o s rayos) q u e salen de él.
E l c u a r e s m a l b e r n a r c l i n i a n o d e 1 4 2 4 n o s h a c e v e r desde cerca c ó m o podían funcionar
las i m á g e n e s d e l o s Bilderbiicber: e l s e r a f í n , c o n sus seis alas y l o s siete resplandores de su
rostro, se c o n v i e r t e p a r a B c r n a r d i n o e n e l m a p a d o n d e c o l o c a r t o d o e l c i c l o del sermón;
y, a la v e z , e n u n a m á q u i n a t e x t u a l y u n s i s t e m a d e m e m o r i a ; le p e r m i t e c o n s t r u i r el es-
Tbcbil deseientia imagmtim sncvanunim apera, bulica del serafín, dibujo sobre
F i g u r a 9. interpretación sim quema d e l c u a r e s m a l , r e c o r d a r l o y h a c e r q u e su p ú b Ü c o l o r e c u e r d e , e n p a r t i c u l a r a los
pergamino, Oliamo cuarto del siglo xiv.
« i n t e n d e n t e s » , a l o s q u e se d i r i g e n las m i n u c i o s a s i n d i c a c i o n e s de las que h e m o s p a r t i d o .
A p r i m e r a v i s t a m i s t e r i o s a s , tales i n d i c a c i o n e s , en realidad, subrayan u n recorrido, reen-
E n m a r z o de 1424 B e r n a r d m o p r e d i c a e n F l o r e n c i a la C u a r e s m a 4 9
, y l o hace, como vían a l u g a r e s p r e c i s o s , a l u g a r e s q u e s o n p a r t e de la i m a g e n p i n t a d a y, al m i s m o t i e m p o ,
s i e m p r e v c o m o p r e s c r i b í a n d e s d e h a c í a s i g l o s l a s artes praedieandi, a i s l a n d o u n versículo lugares d e m e m o r i a , l u g a r e s d e u n r e c o r r i d o d e e l e v a c i ó n e s p i r i t u a l .
b í b l i c o , ¿1 tkema d e l s e r m ó n , q u e se d i v i d e y se s u b d i v i d e e n v a r i a s p a r t e s , d e manera que C o n t o d a p r o b a b i l i d a d , la i m a g e n d e l s e r a f í n n o estaba a la vista de los oyentes, d e -
forma la p a r r i l l a d e l d i s c u r s o . P u n t u a l m e n t e , i n t r o d u c i e n d o l a p r i m e r a d i v i s i ó n del tana, bían c r e a r l a p o c o a p o c o e n s u m e n t e . E n o t r o s casos B e r n a r d i n o usa imágenes visibles,
B e r n a r d i n o se r e f i e r e a las i l u m i n a c i o n e s , a l o s e s p l e n d o r e s , a l o s r a y o s , a las alas de un pinturas q u e f o r m a b a n p a r t e d e l a e x p e r i e n c i a y d e la m e m o r i a visual urbana, c o m o i n s -
serafín, m e j o r d i c h o , a l o q u e é l l l a m a « n u e s t r o s e r a f í n » . ¿ S e t r a t a s ó l o d e metáforas t r u m e n t o s p a r a c o m u n i c a r c o n m á s e f i c a c i a su m e n s a j e .

P a r a u n a n á l i s i s m á s a m p l i o d e l a t r a d i c i ó n e n l a q u e B e r n a r d i n o s e i n c l u y e , cfr. L . B o l z o n i , « P r e d i c a z i o -
Exempìm t
M

« Sobre san Bernardino cfr., t a m b i é n p a r a ulteriores indicaciones bibliográficas, DcJconio,

ne c a r t e d e l l a m e m o r i a : u n q u a r e s i m a l e d i B e r n a r d i n o d a S i e n a e l ' i m m a g i n e d e l S e r a f i n o - , e n R . G . K e c b
ietteraiura, c i t . . c a p . I V : id. « N o t a b i b l i o g r a f i c a » , e n B e r n a r d m o d e S i e n a , Prediche volgari sal Campa di Smu <cds.), Mnsagetfs. FesisehrififiirWotjrani Prinz, B e r l í n , 1 9 9 1 , p p . 1 7 9 - 1 9 5 .
1421. e d - C t J e l c o r n u . . M i l á n . 1 9 8 9 . 1 , p p . 5 9 - 6 6 ; K M e r m a n d o , The Preacber's Deinons. Bernardino da Siena and " B o n a v e n t u r a d a B a g n o r c g i o , Legenda maior, X I I I , 3 , e n Analtcta Franciscana, v o L X : Legendas S. Franca
the Soaal Understandsng ofFaHy Renaissance Iraly. C h i c a g o / L o n d r e s , 1 9 9 9 - S o n m u y ú t i l e s l o s c u a t r o v o l ú m e Asnsiensis nes
saec. xni er xiv' conscriptae, Q u a r a c c h i , 1 9 4 1 . S o b r e l o s c a r a c t e r e s d e l a r e c o n s t r u c c i ó n r e a l i z a d a p n r
d e l a Encídopcdia beniardimana. L ' A q u i l a , 1 9 8 0 - 1 9 8 5 . B u c n a v c n n i r a y s o b r e l a r e p r e s e n t a c i ó n q u e d a G i o t t o , c f r . C . F r u g o n i , Francesco e l'invenzione delle stimmate.
• " L o s t e x t o s s o n l e g i b l e s e n l o s d o s v o l ú m e n e s d e B e r n a r d i n o d e S i e n a . Le prediche volgari, ed. C. C a n n a - Una stona per parole e immagini fino a Bonaventura e Giotto, T u r i n , 1 9 9 3 .
ruzzi. Pistoia, 1924.
49S ARTE C MI-STORIA Ï N LA I Ì D A D MEDIA 111
L'DUCAR LA M I R A D A , C O N T R O L A R LA I N T E R I O R I D A D 4 9
U

E l e j e m p l o más c o m p l e j o de este p r o c e d i m i e n t o n o s v i e n e d a d o p o r e l segundo ser-

en c u a d r a d o c o m o e s t e p u l p i t o » . E n r e l a c i ó n c o n l o s c u a t r o p u n t o s c a r d i n a l ,
4 7
fiea
m ó n del c i c l o sienes de 1427. T i e n e c o m o thcma u n v e r s í c u l o d e l o s S a l m o s ( 9 1 , 11):
después B e r n a r d i n o , se c o l o c a n c u a t r o p u e r t a s ; cada una de ellas eoirespííndé - r
' de
«Angelis suis mandarte de te, u t c u s t o d i a n t te i n ó m n i b u s v i i s t u i s - s « D i o s ha mandado
los s e n t i m i e n t o s p r i n c i p a l e s d e l a l m a , q u e , a su v e z , se c o m p a r a n c o n c u a t r - v : t ! . u
a sus ángeles, que te m i r e n e n todas tus v í a s » , t r a d u c e B e r n a r d i n o . q u i e n cuenta inme-
resumen c o n u n o s \ e r s í c u l o s , s a c a d o s d e u n a laude de l a e o p o n e p e r o que
diatamente después una visión:
cía de o t r o s c a s o s , n i SC c i t a :
1

O h . me parceid ver U noche precedente, casi a la aurora, l u que está escrito en el Apocalip-
i a i a t m ví'cl ' • BS salen d e l m a r
sis en el séptimo capítul* donde dice así: «Vldi quaruor angelos stanies super quatuoi -uigulos
que a la m e n t e bacen t u r b a r :
terre, tencme-. quatucil rrc^ nc liarent super térras, neqia aper mare. ñeque in ullani
el d o l e r y i i ^.inar.
arhorem-'v Dif • r Siena, la cual tenia cuatro p a u t a s en cuatro panes".
•I temer y i I esperar ". 4

L a visión desarr. •' .-. r í a n t e ; p r e c i s a m e n t e , la i n s i g n i a d e l « v e r » permite

relacionar el pa*
n a r d i n o . eh efecto
protegiera la c u i d a d ' "
c u a t r o - r e l a c i ó n - con
Ante
de los S a l m o s y de a p l i c a r i o d o e l l o a Siena; Ber-
I w a la V i r g e n q u e i m p l o r a b a a C r i s t o para que
- s i e m p r e e n n o m b r e d e l « v e r » y de la presencia del
o t r o pasaje b í b l i c o , a q u e l e n e l q u e el profeta pui
i r m á s a l l á . B e r n a r d i n o se p r e o c u p a de que la i m a g e n se lije bien en Ja mente:
gual que d e l a l m a , d e c i m o s de Siena [...] A las visto Siena cuadrada como yo he dicho?
— A h o r a piensa q u e e l d e m o n i o está fuera de la ciudad, ingeniándoselas para hacer, si
ra, p e l i g r a r la c i u d a d y a los que viven d e n t r o . 59

D a n i e l cuenta: • Vo m i r a l nj visión n o c n i r n a y v i i r r u m p i r e n e l m a r Grande

los cuatro v i e n t o s ¿c\ Cifcl< - i h r d e l m a r c u a t r o b e s t i a s , d i f e r e n t e s u n a d e o t r a » (Daniel
7 , 2 - 3 ) ' . Poner en relación d i í e r e n t e s pasajes de la E s c r i t u r a e r a u n a d e las técnicas en-
5
señadas p o r las anes praedieandi; m e n o s o b v i o s y t r a d i c i o n a l e s s o n los resultados que
B e r n a r d i n o o b t i e n e a c t u a n d o así. L a i m a g e n c o n s t r u i d a es e s p e c i a l m e n t e f u e r t e e impre-
sionante; condensa e n sí una p l u r a l i d a d de f u e n t e s y, p o r l o t a n t o , d e sugerencias; nace
de una compleja ars combinatoria* p e r o se presenta c o m o u n a e m a n a c i ó n n a t u r a l del texto
E n es; p u n t o , las c u a t r o p u e r t a s d e l c u a d r a d o se c o n v i e r t e n e n los loa de u n enfrenta-
m i e n t o ei m C á n g e l e s y d e m o n i o s . L o s c u a t r o « v i e n t o s » del d o l o r y de la alegría, del temor
y de la esperanza, e x p l i c a B e r n a r d i n o , p u e d e n ser d i r i g i d o s bien o m a l , es decir, pueden ser
dirigidos hacia D i o s o h a c i a l o s b i e n e s m u n d a n o s . E l m o d o e n e l que están dispuestos en los
loa de la i m a g e n v i s u a l i z a e l s i s t e m a de c o r r e s p o n d e n c i a y de oposición que los une: si el
gozar es O r i e n t e , p o r e j e m p l o , e l d o l o r se situará e n O c c i d e n t e . En imagen del cuadrado
60

bíblico, r e i v i n d i c a p o r c o n s i g u i e n t e para sí la p r o p i a v e r d a d y c a p a c i d a d operativa de las
imágenes del texto sagrado. E l j u e g o p e r s i s t e n t e d e l n ú m e r o c u a t r o es c e n t r a l : regula el
desarrollo d e l s e r m ó n , es decir, marca casi todas las d i v i s i o n e s y s u b d i v i s i o n e s d e l tbemú;
al m i s m o t i e m p o , c o n u e n e una f u e r t e carga s i m b ó l i c a p o r q u e la t r a d i c i ó n le hace el de-
positario de la t o t a l i d a d o, m e j o r d i c h o , de la p l u r a l i d a d o r d e n a d a q u e g o b i e r n a el mun-
d o . Son cuatro los p u n t o s cardinales, c u a t r o l o s e l e m e n t o s , c u a t r o las estaciones, cuatro
los h u m o r e s , e t c . . E l c u a t r o e n c u e n t r a su n a t u r a l p r o y e c c i ó n v i s u a l e n e l cuadrado. En
56
el texto del s e r m ó n , el cuadrado se c o n v i e r t e e n la i m a g e n c o n la q u e se p u e d e n visualizar
realidades diferentes e n t r e sí, p e r o e s t r u c t u r a i m e n te i g u a l e s : el m u n d o , la c i u d a d , el alma
y el cuerpo del h o m b r e . B e r n a r d i n o i n t e n t a h a c e r q u e l o s o y e n t e s c o n s t r u y a n bien la
i m a g e n m e n t a l del cuadrado y c o l a b o r a r a este p r o c e s o r e m i t i e n d o a u n a i m a g e n sensible
es capaz asi d e o r g a n i z a r y d e h a c e r r e c o r d a r t o d o el resto d e l sermón, que está dedicado a
mostrar las c o n s e c u e n c i a s d e u n u s o b u e n o o m a l o de los cuatro afectos del alma.
A I m i s m o t i e m p o , c o m o se d e c í a , la i m a g e n se c o n v i e r t e e n teatro de la lucha entre
ángeles y d i a b l o s ; sus loci se c o n v i e r t e n e n los lugares elegidos del contraste que, de vez
en c u a n d o , se i n t r o d u c e c o n f ó r m u l a s fijas:
El d i a b l o e n t r a a veces e n el alma con el placer por la puerta de levante [...] Viene el
ángel y, desde la o t r a p u e r t a , l o contrarresta con el dolor, diciendo [...]
T a m b i é n llega al a l m a o t r o v i e n t o de occidente que significa el dolor [...] Y en cuanto
el ángel ve a a l g u i e n que q u i e r e ayudarse y retirarse de estos peligros, rápidamente corre en
el p e n s a m i e n t o de ellos (...1 y tapa la boca a este viento | . . . ] ' . É

que tienen a la vasta: « T i e n e s e n t i d o q u e e l a l m a sea c o m o u n a c i u d a d , la c u a l está puesta

''Bernardino de Siena, Prediche volgari, eie, 1, p . 127-

-Después de esto vi a cuatro ángeles en pie sobre los cuatro ángulos de la Tierra, que detenían los cuatro
,: w
Se trata de versos sacados de ta laude « O amor de povertaie» (laeopone da Todi, Laude, CIL, n. 36, w.
vientos de la Tierra, para que no soplase viento alguno sobre la rierra, ni sobre el mar, ni sobre ningún árbol» 55-58). P^n el texto de laeopone los versículos delinean una etapa de un recorrido de elevación cuanto menos
(Apocalipsis 7,1). radical, que conlleva la liberación incluso del miedo del Infierno y de la esperanza del Paraíso. Bernardino usa
Bernardino de Siena, Prediche volgari, cit., I . pp. 110-117.
H
los versículos como simple instrumento mnemònico, en función de un mensaje menos radical, que tiende a
" Bernardino se remonta aquí a una larga tradición que asocia Siena y ta Virgen; cfr. D . Norman, Sienaa'id controlar las pasiones más que a abolirías.
the Virgin. Art and Politici m a Late Medieval City State, New Iiavcn Conti., 1 9 9 9 . , u
Bernardino de Siena, Prediche volgari, cíe, I , p. 128.
" «Mdebam in visione mea noetc. et ecce quatuor venu c o d i pugnabant in man magno, et quatuor hesme *° Dclcorno ha mostrado que el modulo para el enfrentarniento entre ángeles y demonios está en la Expo-
ascendebant de mari diversac imer s e » sitio en Apotalypsim de Matías de Succia (Bernardino de Siena, Prediche volgari, cìt-, 1, pp. 116-117, notas).
*Cfe Esmeijcr, Divina qttatemttai, cit.
s
'lbid, pp. 130 y 134.
f,
500 A R T F . r HISTORIA E N LA E D » D MEDIA III
I i i l C A B LA M I R A D A , C Ü M H U l A B LA I N T E R I O R I D A D . . . 501

La puesta en escena de u n t e a t r o a l e g ó r i c o s i r v e p a r a d a r v i v a c i d a d a u n esquema que

O t r a s v e c e s la p a l a b r a d e l p r e d i c a d o r g u í a la vista d e l p ú b l i c o a que se acerque pnce :<
corre e l riesgo de ser r e p e t i t i v o . poco a la i m a g e n h a s t a c o n c e n t r a r s e e n e l « a c t o » d e l personaje represe ntfliL.. Cn ¡o ex-
E n los puntos de desarrollo del s e r m ó n , esto es, e n l o s pasajes d e u n a a o t r a articulación posición d e l c u c r p u . e n la e x p r e s i ó n d e la c a r a , q u e d e n o t a n los sentimientos q«e w¿;
del tba/M, B e r m r d i n o recuerda a la m e n t e d e l p ú b l i c o la i m a g e n de I rase q u e él ha construido: hacen v e r e l i n t e r i o r Vsí. p o r e j e m p l o , e l f r e s c o d e san F r a n c i s c o recibiendo loa 11

que los s i e n e s e s p o d í a n v e r e n la sala c a p i t u l a r d e l c o n v e n t o d e San Franí isa

T ú has visto estos c u a t r o vientos contrarios, los cuales s i e m p r e cubren el alnu con di- de ese m o d o q u e e l t/eto d e l s a n t o c o m u n i c a a l e s p e c t a d o r ese conotamíeríC ' i éttJK
ferentes tentaciones, y. has vista como los ángeles la ayudan pai a que n o ceda, demostrán- que e l p i n t o r d e m u e s i ra h a b e r t e n i d o :
dole los peligros que ha* r:i amar, o temer, o esperar, o gozar las cosas de este mundo |-]
Sabes cómo están allí -.r v \g\isrin esas p i n t u r a s , con los cuatro vientos desde
i ; 1
- L o has v i s o , allá e n la sala capitular...? Vo no sé quien lo pintó; pero quien In pintara,
cuatro panes, v cnále -o Memos que y o te d i g o ' . ,:
re i i c n i e r e l l i \ m n ó antes m u y b i e n sobre lo que pintó. L o hizo de modo que pareciera
bel t-1, q u e ¿1 estuviera fuera de si y t o d o en D i o s transformado. Mírale un poco en la boca
B e r n a r d i n o se refiert q u e A m b r o g i o L o r e n z e t r i b a h í a p i n t a d o para la lo i e tfi d e m u e s t r a . ¿ O h . c ó m o m e gusta ese acto! Q u é bien nos demuestra cómo él ardía
sala capitular del c o n v e n t o d i ñn, d e s g r a c i a d a m e n t e h o y perdidos'"*. Reencon- en Mor d e Dios'"''.
tramos en el fragmenta. I . i n s i s t e n t e r e f e r e n c i a a l ver; s i r v e para sugerir
la n a t u r a l i d a d , casi la necesion . • de la i m a g e n a s u i n t e r p r e t a c i ó n alegórica'' . Al 1
El aei fe la V i r g e n e n e l m o m e n t o d e la A n u n c i a c i ó n , c o m o está representado p o r
m i s m o t i e m p o , c o m o sC-tra i m a g e n b í b l i c a , e l j u e g o d e l ver garantiza que la Simone \ . r r i n i e n e l t r í p t i c o p i n t a d o p a r a e l a l t a r de San A n s a n o cn la catedral de Sie-
exégesis que B e r n a r d i n o d i p o i i deriva d i r e c t a m e n t e d e l t e x t o . E l r e m i t i r a ta pin- na 67
( f i g . I n i . se c o n v i e r t e e n la i m a g e n e j e m p l a r a la que las jóvenes se deben atener:
tura de L o r e n z e t t i sirve para Jar más f u e r z a a t o d a la o p e r a c i ó n ; d e a h o r a e n adelante,
cada vez que los oyentes vean los < u a t r o v i e n t o s p i n t a d o s , l o s v e r á n s e g ú n la clave de : l Libéis v i s t o v o s o t r a s la de la Anunciación que está cn la catedral, y el altar de San
lectura que Bernardino les ha dado: la i m a g e n d e l p i n t o r f u n c i o n a r á así c o m o imagen de la San-, que está al b u l o de la sacristía^ La verdad, ése me parece el acto más bello, el más
m e m o r i a de las enseñanzas i m p a r t i d a s p o r el p r e d i c a d o r .
E n otros casos B e r n a r d i n o cita i m á g e n e s m u y c o n o c i d a s e n S i e n a y guía idealmente
la vista del público a recibirlas, de m a n e r a q u e se c r e e u n a a s o c i a c i ó n c o n las palabras del
predicador; la observación (y e l r e c u e r d o ) de la p i n m r a a r r a s t r a c o n s i g o la enseñanza
q u e , en c i e r t o sentido, B e r n a r d i n o les ha c o n f i a d o . E d u c a c i ó n d e la m i r a d a y enseñanza
m o r a l van asi estrechamente u n i d a s .
Otras referencias a las p i n t u r a s u r b a n a s c u m p l e n u n a f u n c i ó n a n á l o g a . Así, p o r ejem-
p l o , los frescos del Buen y e l .Mal G o b i e r n o , p i n t a d o s p o r L o r e n z e t t i e n el Palazzo Pub-
b l i c o de Siena, son recordados a n a l í t i c a m e n t e para d e l i n e a r l o s e f e c t o s de la paz y de k
guerra, para p o n e r a la vista las consecuencias d e u n g o b i e r n o e c u á n i m e y de u n o injusto.
U n esquema b i n a r i o , a r t i c u l a d o e n las a n t í t e s i s , o f r e c e e l e s q u e m a t a n t o para la lectura
de las imágenes c o m o para el t e x t o d e l s e r m ó n . 6 1

BuLp,li2.
a

" O r . AL Seidel. -Die Fresiceli des Ambrogio Lorcnzcrri in Sant'Agostino», MiitetJtmgen des Kiimtbmm-
seben Insania in Fiorerà XXII (1978). pp. I82ss.
Heluos apunado antc-s el misino pnicedimiento en el Calottino esptrittial de Simone da Cascina.
w

" Sobre los fresco* del Buen y el Alai Gobicmo dr., umbién para ulteriorcs indicaciones bibliogtilicas, C
Frugoni, Unafontanaatta. Sentimenti e immagini nel Medioevo. Turin, 1983. cap. V I ; los amculos recogùlosctl
E. Castclnuovo (ed.), Ambrogio Lorenzetti. Il Buon Governo. Mila», 1995, en concreto M . M . Donato, «La "be- "'Bernardino de Siena, Prediche volgari, cíe, IT, p. 929.
Uissima inventiva"- immagini e idee nella Sala della Pace*-, pp. 23-41. y È Brugnolo, «Le iscrizioni in volgare: L a pintura fue trasladada cn el siglo xvn a la iglesia de Sant'Ansano cn Castelveccbio, de donde se rcüró
6 ?

lesto e comincino», pp. 38lss. Para el modo en ci que Bernardino los oca, d r . C. Dclcorno, - L a città nella cn 1799 para ser expuesta en los U f f i z i ; E . Carli, «Luoghi ed opere d'arte senese nelle prediche di Bernardino
prcdica?Jonefrancescanadel Quattrocento-, Quaderni della Fondazione del Monte di Bolotlìa, e Ravenna Ffl del 1427», in Bernardino predicatore nella società del suo tempo. Atti del XVIconvegno del Centro di Stud
tualità
(1984), y AA.VV, Alle origini dei Monti di Piera. I Francescanifraelica ed economia nella Società dei Tardo Medioevo. medievale (Todi, 9-12 de ocnibre de 1975), Todi, 1976, pp. 155-182, en concreio 171, que aprecia tam-
Bolonia, 1984, pp. 29-39. bién la agudeza crítica del predicador.
502 A R T E E H I S T O R I A E N I.A E D A D M E D I A 111 EPI'CIA» LA M I R A D A , CONTROLAR LA I N T E R I O R I D A D . .

reverente y el mas recatado que nunca viera en la A n u n c i a c i ó n . Fíjate en que ella lié mira p a r t i c i p a c i ó n e m o t i v a , i m p l i c a c i ó n s e n t i m e n t a l ; t o d o esto se entrecruza e n el ÍÉSgQ reto-
al ángel; y está casi en una actitud temerosa. Ella sabía m u y bien que él era ángel, ¡por que rico y m n e m ó n i c o q u e se c o n f í a a las e s c a n s i o n e s n u m é n c a s .
tendría que turnarse^ ¡Lo que habría hecho si hubiera sido u n h o m b r e ! Toma ejemplo, K e s u l t a c l a r o e n t o n c e s c u á l es e l s e n t i d o de las r e f e r e n c i a s a la i c ó n . . , : urbana que
jovencita, de lo que debes hacer tú. N o hables nunca a u n h o m b r e si no está presente tu poco a p o c o e n c o n t r a m o s e n l o s t e x t o s d e l í e r n a r d í n o ; la c i u d a d , i-r.r. sus h i r : ^ ' , con n s
padre o tu madre'*. imágenes f a m i l i a r e s , v a a r r a i g a d o s e n la m e m o r i a d e l p ú b l i c o , está ''.:.r-><\. . tiansíer-
marse e n t e a t r o d e la m e m o r i a d e la p r e d i c a c i ó n b e r n a r d i n i a n a . Edtit .M \t \, irada
Las menciones a la iconografía u r b a n a p u e d e n a d e m á s enirel.i/.arse c o n los viejos es- y d e n u n c i a d e l o s e r r o r e s i c o n o g r á f i c o s r e a l i z a d o s p o r los p i n t o r e s 1
-/- iKit-¡ esfceciiO'
quemas de los Btfderbiuhtr. ~\ reces; la i m a g e n p i n t a d a n o se c i t a e x p l í c i t a mente, pero mente, a m b o s c o n t r i b u y e n a h a c e r p o s i b l e esc c i r c u i t o e n t r e palabras e imágf m ff c
podemos i n t u i r con l a c i l ' - . i rn -erteia. A s í . p o r e j e m p l o , e n el c u a r e s m a l florentino de escucha y r e c e p c i ó n v i s u a l , q u e e l p r e d i c a d o r c o n s t r u y e c o n t a n t o cuidado.
1424, vahos sermones st n i . o r e el esquema d e l Ligim/n vi rae. E n c o n c r e t o , en el
Viernes S a m o se pane . ices V se d e t i e n e e n l o s d o c e I r u t o s q u e nacen de cada
una de ellas y en las di ¿n c o n cada t r u c o . E l e s q u e m a d e b e s e r v i r para reco-
r r e r los diferente* m o m e i .ón. p e r o se h a c e t a n c o m p l i c a d o q u e e l predicador
invita al público j d i b u j . - t • Ifl V i d a p a r a p o d e r s e g u i r así m e j o r e l sermón:

Si quieres p i n u r - i Vida, haz u n árbol con rres raices, y alza el árbol con
doce ramas y con doce tratos, v jgairadas a cada f r u t o haya dos hojas, y en cada hoja graba
a Jesús de oro. y adverar.:* después por veinticuatro hojas toda la Pasión de nuestro Señor
Jesucristo '''.
1

E n realidad, había una eran i m a s e n p i n t a d a q u e p o d í a a y u d a r a c o n s t r u i r mentalmen-

te el r e c o r r i d o delineado p o r el p r e d i c a d o r . B e r n a r d i n o n o la c i t a , a u n q u e estaba justa-
m e n t e allí, en F l o r e n c i a , a poca distancia de d o n d e él p r e d i c a b a : e l g r a n fresco del Lig-
mim vitac que T a d d e o G a d d i había p i n t a d o e n l o s a ñ o s sesenta d e l T r e c e n t o en el
r e f e c t o r i o del c o n v e n t o de Santa C r o c e , y q u e y a h e m o s r e c o r d a d o a p r o p ó s i t o de Siuio-
n e da Caseína. P r o b e m o s t a m b i é n n o s o t r o s a d e j a r n o s g u i a r p o r e l c o m p l e j o juego de las
imágenes c o n s t r u i d o p o r B e r n a r d i n o ; t e n e m o s u n e s q u e m a de base, q u e podemos visua-
lizar siguiendo las detalladas i n d i c a c i o n e s q u e él n o s d a , d e m o d o p a r e c i d o a la versión
simplificada del Lignttm vitae, q u e es p r o p i a d e los Bilderbücher; t e n e m o s la versión, mu-
cho más dramática y llena de personajes, d e l f r e s c o d e T a d d e o G a d d i , y tenemos las
imágenes mentales que las palabras d e l p r e d i c a d o r c r e a n e n n o s o t r o s . A d e m á s , hace falta
tener en cuenta que se t r a t a de u n s e r m ó n d e l V i e r n e s S a n t o , e l m á s c a r a c t e r i z a d o , según
la tradición, p o r c o m p o n e n t e s d r a m á t i c o s y p o r u n a f u e r t e i m p l i c a c i ó n e m o t i v a , ha
70

construcción del esquema d e l s e r m ó n , c o n su c o m p l i c a d o j u e g o de correspondencias

numéricas, sirve de apoyo exactamente a esto: es la p a r r i l l a s o b r e la q u e se disponen los
varios actos de una especie de r e p r e s e n t a c i ó n sagrada e n la q u e el p ú b l i c o es arrastrado a
participar, a hacerse i n v o l u c r a r i n c l u s o f í s i c a m e n t e . M e d i t a c i ó n , i n t e n s a visual i zación,
" Véase, por ejemplo, el pasaje en el que Bernardino dice que José fue «el viejo más alegre que había ha-
bido nunca en el mundo, guardián del gran tesoro que era la gloriosa Virgen María, y que fue después su dulce
hijo Jesús. Tanta alegría, tanto gozo había en él que era una maravilla. Y los muy bobos pintores 1c pintan
^Bernardino de Siena, Predicbe valgan, cic, U, p. 870. viejo melancólico y con la mano en la mejilla, como si tuviera dolor o melancoüa debida a la encomienda que
íb¡d.A\, p. 294. El oro que se usa para escribir el nombre de Jesús se relaciona con el culto del trigratm
M

promovido por Bernardino-
^Sobrc los sermones del Viernes Santo, cfr. P. YV. Kepplcr, «Zur Passionspredigt des Mittelalters-, Histo-
nstbesjalifbucb DJ (1882). pp. 285-315, y K. riefele, Der bl. Bemhardhi von Sieria and diefranziskanischeWaa- Predicbe
oerpredtgt m Itaben während des Ar. Jahrhunderts, Friburgo, 1912, pp. 105-120,
se le había dado* cuando era t o d o lo contrario, alegre de corazón, de mente y de cara, viéndose en tanta gracia
de Dios. Y al lado pintan a Nuestra Señora de parto, como si tuviera dolores o penas, como [asuenen las demás
mujeres, y con las nodrizas, etc. Todo son errores, que ella dio a luz sin dolor alguno- (Bernardino de Siena,
volgari, cit., I , pp. 278-279).
 16
ESPACIOS Y FORMAS E N LA MEMORIA Í-LÍN'EKARIA
MEDIEVAL'
A r m a n d o Petrucci

E n In m e m o r i a f u n e r a r i a , l o s e l e m e n t o s v e r b a l e s y los i c o n o g r á f i c o s - a través de los

cuales se c p r e s a y c o n c r e t a — se s u c e d e n , se a l t e r n a n , se f u n d e n según e q u i l i b r i o s y rela-
ciones a v e c e s d i f e r e n t e s . L a s p a l a b r a s e s c r i t a s y las i m á g e n e s , al u n í s o n o o p o r separado,
expresan \ a l o r e s d e a r m o n í a e s t é t i c a y d e s o l e m n i d a d g r á f i c a ; y p o r m e d i o de la disposi-
ción e n e l e s p a c i o , d e l m a t e r i a l u s a d o , d e las d i m e n s i o n e s adoptadas, refuerzan su capa-
cidad de i d e n t i f i c a c i ó n , q u e a l c a n z a n a t o d o e l c o m p l e j o m o n u m e n t a l en el que el cuerpo
mismo d e l d i f u n t o es, a la v e z , c o n s e r v a d o , i d e n t i f i c a d o y e x a l t a d o .

L a m e m o r i a f u n e r a r i a d e l m i l e n i o m e d i e v a l n a c e , e n la tradición europea occidental,

ya m a r c a d a p o r la t r a d i c i ó n e x p r e s i v a a la v e z c l á s i c a y c r i s t i a n a de la cual es heredera
directa.
E n la t r a d i c i ó n c l á s i c a —desde las m á s a n t i g u a s m a n i f e s t a c i o n e s helénicas y después,
más a ú n , e n las r e a l i z a c i o n e s r o m a n a s d e la é p o c a t a r d o r r e p u b l i c a n a e i m p e r i a l - la pre-
sencia d e l o e s c r i t o , o r d e n a d o y e s t i l i z a d o s e g ú n e l m o d e l o g r i e g o , prevalecía sobre lo
figurativo, c o n s t i t u i d o p o r e l r e t r a t o ( o p o r l o s r e t r a t o s ) o p o r escenas de ese t i p o , y que
g e n e r a l m e n t e e s t a b a s e p a r a d o c o n u n m a r c o q u e c o n t r i b u í a a resaltar su i m p o r t a n c i a . E n
las i n s c r i p c i o n e s f u n e r a r i a s d e d i f u n t o s d e m á s a l t o r a n g o , caracterizadas p o r una rigidez
dé g r a n s o l e m n i d a d , d e s d e e l s i g l o i d . C . se f u e r o n p o n i e n d o , g r a d u a l m e n t e , al lado y a
m o d o de c o n t r a p o s i c i ó n , l a s m e m o r i a s f ú n e b r e s d e p e r s o n a s o de familias de rango social
i n f e r i o r ( l i b e r t o s ) y p r o v i n c i a l e s ; p r e c i s a m e n t e e n ellas la jerarquía dispositiva de lo escri-
t o y de las i m á g e n e s f u e s u p e r a d a o i g n o r a d a . Se t u v i e r o n así disposiciones más libres,

' P o r l a e x t e n s i ó n d e e s t e e n s a y o , h e u s a d o l i b r e m e n t e e l m a t e r i a l r e c o g i d o p o r A . P e t r u c c i , Le scnihirr

ultime. Ideología de/la viorte c strategie dello serevere nella tradizione oecidetitale, T u r í n , 1 9 9 5 . V é a s e t
g e n e r a l , R . F a v r e a u , Epigrapbic incdiévnlc, T u m h o u t , 1 9 9 7 ( s o b r e t o d o , e l c a p . XIV- « L e s é p i t a p h e s » , p p . 2 9 1 -

3 1 2 ) . P a r a e s t e p á r r a f o e n c o n c r e t ó s e r e m i t e a O C a r l c r t i , henzioni cristiane a Roma. Testimoníame di vita cris

tiana (seeoli ut-vu). F l o r e n c i a , 1 9 8 6 ; e n e l c o r p u s d e B . G . d e R o s s i , A , F e r r u a y A . S i l v a g n i ( e d s . ) , Inscriptiomt

ebristianae Vrbis Roinae séptimo sacado antiquíores. Nova series. R o m a [ d e s p u é s C i u d a d d e l V a t i c a n o ] . 1 9 2 2 - 1 9
P a r a A f r i c a . V . S a x e r , Morís, martyrs, reliqiies en Afriquecbre'tienne anxpremien sieiles, P a r í s , 1 9 8 0 ; Y . D u v a l , £ a n r

uuictorum Africae. Le cuite des tnartyrs en Afriqtic du ¡V ati \tf sítele, R o m a , 1 9 8 2 .

5 0 6 \Rlf I HISTORIA EN LA EDAD M i n n 11I
i n v e n c i o n e s g r á f i c o - e s p a c i a l e s m e n o s r í g i d a s , c o n i n v a s i o n e s a v e c e s r e c í p r o c a s de espa-
cios que antes h a b í a n e s t a d o n e t a m e n t e s e p a r a d o s ; e n e l l a s se m a n i f e s t a r o n , e n suma, las
premisas de u n a i n t e r p r e t a c i ó n v i s u a l d e la m e m o r i a f u n e r a r i a d i f e r e n t e y alternativa
respecto de aquella c a n ó n i c a de las clases s u p e r i o r e s d e la s o c i o I o m i a ñ a y de MI ideo-
logía de la m u e r t e .
Tales premisas e n c o n t r a r o n u n a o r i g i n a l a c o g i d a y u n a p l e n a r e a l i z a c i ó n ya en las
m e m o r i a s f u n e r a r i a s cristianas más a n t i g u a s d e R o m a e n t r e l o s s i g l o s 11 y n i d . C .
U n m o v i m i e n t o r» lj orno el p r o t o c r i s t i a n o fue i n d u c i d - p o r sus p r e m i s a - ideo-
lógicas m i s m a s , a p í a n n n r u b l e m a de la í d e n n ñ c a c i ó n y la m e m o r i a de los propios
d i f u n t o s de una m a n e i i : « m e n t e d i f e r e n t e d e l e l a b o r a d * » i i c a h z a d n d u r a n t e siglos
p o r la ideología c. . - Us é l i t e s g u b e r n a m e n t a l e s d e l i m p e r i o . L a memoria
escrita de l o - prir) rigía, dé hecho, a u n p u M • i s e l e c c i o n a d o y concre-
t o , c o n s t i t u i d o pi •'•»:. t o d a v í a r e d u c i d a s e c t a la c u a l o c u p a b a y usaba,
según una tradjcii n . r - u l (baste r e c o r d a r la m i t r a n , a i . l u g a r e s d e c u l t o y de
m e m o r i a de los d i l l i m i t a d o s , a v e c e s s u b t e r r á n e o s y secretos. D e n t r o
de ellos. lo-, t e s n n v i " L I I O S , a u n q u e n o p r i n c i p a l m e n t e , los c o n m e m o r a -
t i v o s - estaban c o n s t r e ñ i d ' ce e n s u p e r f i c i e s a n g o s t a s y r e a l i z a d o s c o n técnicas
pobres. P o r l o d e m á s , l o í •• i - ' i m - de m e m o r i a d e l o s d i f u n t o s e s t a b a n ya - p o r ra-
zones de h u m i l d a d - reduele-1 a t a esencia], t a n t o q u e p r e c i s a m e n t e p o r e l l o se ha recu-
r r i d o a la expresión de - l a c o n i s m o a r c a i c o » . L a s m e m o r i a s f u n e r a r i a s se f u e r o n de esta
m a n e r a e s t r u c t u r a n d o e n dos secciones, a r t i c u l a d a s e n t r e s í d e m a n e r a f l u i d a y libre, con
r e c í p r o c a s invasiones de c a m p o : u n t e x t o , q u e t e n i a s ó l o u n a f u n c i ó n identificaóva del
d i f u n t o , de q u i e n , n o n n a l r n e n t e , se i n d i c a b a c o m o s i g n i f i c a t i v o e l ú n i c o dVo vítete, que era
el de la m u e r t e ; u n e l e m e n t o f i g u r a t i v o , c o n s u m i d o p o r s i g n o s y s í m b o l o s , la cruz, el
m o n o g r a m a c o n s t a n ü n i a n o . las letras - a p o c a l í p t i c a s » ( a l f a y o m e g a ) , a n c l a s , peces, palo-
mas c o n r a m i l l e t e s de o l i v o , y así s u c e s i v a m e n t e , a l q u e r e m i t í a , e n a u s e n c i a d e l retrato, el
mensaje p r o p i a m e n t e i d e o l ó g i c o de i n t c q r r e t a c i ó n d e la v i d a y d e la m u e r t e . A veces es el
t e x t o , a u n q u e sea m í n i m o , el q u e relega a los m a r g e n e s s í m b o l o s y figuraciones; en otros
casos son estas últimas las que c o n q u i s t a n e l c e n t r o d e l c a m p o e x p o s i t i v o y relegan el es-
c r i t o a los m á r g e n e s . N o f a l t a n , para t e r m i n a r , c a s o s e n l o s q u e la p r e s e n c i a de u n perfil
h u m a n o ( u n o r a n t e o t a m b i é n el d i f u n t o , p e r o p r i v a d o d e c a r a c t e r i z a c i o n e s 6sionómic3s)
c o n t r i b u y e a desestabilizar u l t e r i o r m e n t e la r e l a c i ó n e n t r e i m á g e n e s y t e x t o .
U n a vez o l v i d a d a s o , e n c u a l q u i e r caso, s u p e r a d a s las d o s i n t e r p r e t a c i o n e s opuestas,
f o r m a l e s e i d e o l ó g i c a s , d e l r e c u e r d o d e l o s d i f u n t o s q u e h a b í a n c a r a c t e r i z a d o los siglos
de la c u l t u r a clásica y de la p a l e o c r i s t j a n a , e l m i l e n i o m e d i e v a l c o n s t r u y ó l e n t a m e n t e en
las d i f e r e n t e s áreas c u l t u r a l e s de la E u r o p a o c c i d e n t a l u n a n u e v a t r a m a d e f ó r m u l a s con-
m e m o r a t i v a s a r t i c u l a d a de varias m a n e r a s e n t r e N o r t e y S u r , e n t r e O r i e n t e y Occidente.
L a p r o d u c c i ó n epigráfica de la A l t a E d a d M e d i a e u r o p e a se h a b í a r e d u c i d o , prácti-
camente, e n t r e los s i g l o s v i y v n a la f u n c i ó n f u n e r a r i a . E n e f e c t o , la i n m e n s a mayoría
de los l e t r e r o s expuestos e n e l i n t e r i o r d e l o s e d i f i c i o s s a g r a d o s a l t o m c d i c v a l e s está
o instituida p o r i n s c r i p c i o n e s f u n e r a r i a s q u e r e c u e r d a n , n o y a a c a d a u n o de los fieles
comunes, c o m o e n la c u l t u r a p a l e o c r i s t j a n a , s i n o a las é l i t e s y , s o b r e t o d o , a l o s grandes
eclesiásticos, e n u n a p e r s p e c t i v a i d e o l ó g i c a i n v e r s a r e s p e c t o d e la d e l c r i s t i a n i s m o de los
I s l- M I Q% > 1 OH M A S E N L A M r M O R I A F U N E R A R I A MI D O V A L 507
p r i m e r o s s i g l o s . E n e l e c t o , a u n a v i s i ó n t c n d c n c i a l m e n t e i g u a l i t a n s se la sustituyó pnj
una o p u e s t a , q u e p r o i l e g i a b a la m e m o r i a d e l o m á s e l e v a d o de cada iglesia \ de b u co-
munidades m o n á s t i » i - . , a l o s m a y o r e s b e n e f a c t o r e s , a los r e i n a n t e s , en t a n t n
tes y p r o t e c t o r e s .
O t r o e l e m e n t o q u i c a r a c t e r i z a la m e m o r i a f u n e r a r i a a l t o m c d i f . ¡
expresiva- es e l c o n s t i t u i d o p o r e l a n i c o n i s m o ; d e h e c h o , están a m e tu- . i los n
tratos, o l v i d a d o s y a d e s d e s i g l o s , s i n o , a m e n u d o , t a m b i é n r o d o üpi d * fit • ••" úu \ i -
símbolo. I a c o n s i g u i e n t e reducción d e la m e m o r i a f u n e r a r i a al cesto escrito, ci, tm
época a d e m á s d e a n a l f a b e t i s m o c a s i t o t a l , t e r m i n ó p o r a t r i b u i r a las f o - i . . o graneas e i -
clusivamen-, la t a r c . i d e t r a n s m i t i r e l m e n s a j e c o n m e m o r a t i v o r e l a t i v o a cada d i f u n t o y
la ideoloy.1 d e l c u l t o i t i n e r a r i o , e n u n p r o c e s o q u e tendía a t r a n s f o r m a r la escritura en
agora y la g u r a e n S I L : n o . D e s d e t a l p e r s p e c t i v a , c o m o y a se ha observado, las escritura!
alfabética - i c t l c n e s t a r c a r g a d a s ele s i g n i f i c a d o s e s t é t i c o s , m á g i c o s o , más generalmente,
ideológico r e l i g i o s o s , q u e s e a t r i b u y e n a s i g n o s g r á f i c o s , c o n s i d e r a d o s c o m o pura f o n n a
visual, ¡ n d en d i e n te m e n t e de su significado verbal.
Inevn.i m e n t e e s t e c a m b i o d e f u n c i ó n e x p r e s i v a i n d u j o a los creadores y ejecutores de
product! is i l i e o s e x p u e s t o s , e s p e c i a l m e n t e e n e l á m b i t o f u n e r a r i o , a enfafizarlas caracte-
nsucas o r p m i é n t a l e s d e c a d a s i g n o ; d e e s t e m o d o , las mayúsculas utilizadas en situaciones
cxpnsima- e n r i q u e c i e r o n a m e n u d o c o n v o l u t a s , p r o l o n g a c i o n e s , curvas, terminaciones
y retoques »|iie las h i c i e r o n r a d i c a l m e n t e d i f e r e n t e s respecto d e los modelos geométricos
t a r d o a n n g i u >s. y t e r m i n a r o n p o r m o d i f i c a r e l a s p e c t o y r e n o v a r la estructura.
Esta t r a n s f o r m a c i ó n n o s u c e d i ó s i e m p r e n i e n t o d o l u g a r ; e n Roma y e n Bizancio la
tradición c l a s i c i s t a r e s i s t i ó m á s q u e e n o t r o s l u g a r e s y m a n t u v o una explícita fidelidad
formal a los m o d e l o s d e l s i g l o vn, a l m e n o s e n l o s p r o d u c t o s de m á s a l t o nivel, destinados
a c o n m e m o r a r d i f u n t o s d e s t a c a d o s , c o m o a l t a s a u t o r i d a d e s religiosas o laicas.
E n o t r o s l u g a r e s y, e n p a r t i c u l a r , e n e l á r e a f r a n c o - g e r m á n i c a , en ausencia de los retra-
tos, con la e s c n n i r a se m e z c l a r o n a l g u n o s e l e m e n t o s figurativos esenciales, c o m o las c r u -
ces, que o c u p a n a v e c e s , e n t r e l o s s i g l o s v n y i x , b u e n a p a r t e d e l espacio expositivo. E n
ocasiones, la l i b r e m a n i p u l a c i ó n d e las f o r m a s g r á f i c a s y de la disposición de la c o m p a g i -
nación t r a n s f o r m ó t o d o e l t e x t o c o n m e m o r a t i v o e n u n a i n e x t r i c a b l e , si bien elegante,
maraña de r a s g o s , e n f á t i c a m e n t e e n g r a n d e c i d o s , f r a g m e n t a d o s o i n c l u i d o s unos en otros,
c o m o e n e l e p i t a f i o d e B e r n a r d o c o n s e r v a d o e n T o u l o u s c y fechado e n el siglo v i u . z
A p a r t e se s i m a la e x p e r i e n c i a c o n m e m o r a t i v a e n las islas B r i t á n i c a s (incluida también
Irlanda) e n t r e l o s s i g l o s v i y v i t , d o n d e las s o l u c i o n e s expresivas de la m e m o r i a funeraria
se c a r a c t e r i z a r o n p o r u n a f u e r t e o r i g i n a l i d a d f o r m a l . A l l í las i n s c r i p c i o n e s , grabadas so-
- C f r . A P e t i - u c c i , ficha « d v s x n r u r a ™ , c n E . C a s t c l n u o v o y G . S e r g i ( e d s . ) , Arti e noria nelMedioevo, v o i . 11:
IM costruire- tecniche, artisti, committenti, T u r i n . 2 0 0 3 . p . 596, fig. 2 ( e d . c a s t - : Arte e bistorta cu la EdadMedia U.
Meamtruu; M a d r i d . A l c o l , 2 0 1 2 ] . P a r a l a s i n s c r i p c i o n e * f u n c r c i r i a s a l t o m c d i c v a l c s i r a t i i n a s y f r a n c e s a s s e r e m i -
te a l o s s i g u i c n t e s t r e s corpora; A . S i l v a g n i , Monumenta cpigrapbiea tbristìana saettilo SUI antiquum quae in Italiae
fimbia extant nam l'ii XU l'untificis Maxmn. 4 v o i * . , C ì u d a d d e l V a t i c a n o , 1 9 3 8 - 1 9 4 4 ; P. R u g o , Le iscrizioni dei
secoli n-M-viii csitenti in Italia. 5 v o l s . . C i t t a d e l l a , 1 9 7 4 - 1 9 8 0 ; R F a v r c a u y j . M i c h a u d ( e d s ) . Corpus des ìnsenp-
mm de la brame medievale, 1 9 v o l s . , P a r i s | d e s p u c s P o i o c r s J , 1 9 7 5 - 1 9 9 7 . C f V . t a m b i c n p a r a I t a l i a . N . G r a y ,
- T r i e P a l a e o g r a p h y o f L a b n I n s c r i p t i o n s i n t h e E i g h t h , N i n t h , a n d T e o t h C e n t u r i e s i n I t a l y - , Papers of the
Rntisb School at Rome X V I ( 1 9 4 8 ) . p p . 3 8 - 1 7 0 .
508 Al!C C H I S T O R I A E S LA i .•>.:•• M t U U 111
I •• "• * ' O H M \ \ I N LA M I M Ó S I A l l ' M N ' I . U1DMMI 500

bre m o n o l i t o s o, en c u a l q u i e r caso, s o b r e b l o q u e s d e p i e d r a c l a v a d o s e n la t i e r r a al aire

l i b r e , llevan el t e x t o s o b r e lineas dispuestas v e r t i c a l m e n t e d e a r r i b a a b a j o , c o n alineación r>io

insegura; r a r a m e n t e están p r e s e n t e s s i m p l e s s í m b o l o s c o m o la i i u/. (a veces i n c l u i d a en

u n c í r c u l o ) , o nexos e n t r e las l e t r a s , c a p i t a l e s o m i n ú s c u l a s ; m . ta m r a r o s los casos de b i -
l i n g ü i s m o ( c e l t a - l a u n l \ de d i g r a t i s m o . c o n u s o d e e s c r i t u r a t )g i m a l l a d o d e la launa*. JrVf'VÙ 'Si -SI'3 P - V . ' ' J ^ ' ' - 5 "
51" • • • \ ~ • • V.'fev - . . • • S" *
Se pueden considerar m u e r t o s e x c e l e n t e s a l o s m á r t i r e s . c u \ .1 m e m o r i a se ifaraitizaba ft3 ;
"-^VK-JIS'ìlM
p.i SriVQOl'F-
tt4t^&xx»r
y dirundía p o r la e\i«tem 1.1 de r e l i q u i a s c o r p o r a l e s , e r a n s m i t u l a - a l o l a r g o de los sjglosy
destinadas a d a r l u s t n ni va f u n d a c i o n e s d e i g l e s i a s o a i n c r e m e n t a r e l prestigie de
'frit
OCPWD* m
-./ir?.*
otras ya existente- l \ ¡. • . Üquia n e c e s i t a b a u n a i d e n t i l k ; u i o n s e g u r a y, p o r l.» u n t o ,
una a u t e n t i f i c a d o ! ! •- de u n m i e m b r o d e l c l e r o a u t o r i z a d o a darla. Las
autcnnficaciom- |( e n s e n a b a n j u n t o a las r e l i q u i a s correspondientes
o también p u e s u ! c o m ú n , a l t a r , s a c o , r e l i c a r i o , c a j e t i n e s , etc. Esto
significa que las . «ntrolar a c t o y c e r t i f i c a d o ) p o d í a n ser múltiples, si
constituían una rclai les, si e s t a b a n j u n t o a cada r e l i q u i a e s p e c í f i c a . El
1

c i e m p l t i más ilustre ,
de letreros que acompafiai
b a b l e m e n t e después de
quias de santos v e n e r a d o ;
Figur.i
•111.1. ps •1 iipn-i de Santa ( ¿alia en ta erreunva radón ostiense, aliar movo de Gregorio V I I ,
i de esta p r á c t i c a d o b l e esta c o n s t i t u i d o p o r la sene
inscription en la fachada anterior, marmol, 1073
desde R o m a a la r e i n a l o m b a r d a T e o d o l i n d a . pro-
. el p o n t í f i c e G r e g o r i o M a g n o ( f 6 0 4 ) , de doce reli-
distribuida n «los c a r a s d e l a l t a r y c i r c u n d a d a p o r los m a r c o s preexistentes de festones. La
na; de ellas f u e e s e n t o . p o r u n G i o v a n n i indignas et esentura esta e n r i q u e c i d a c o n f o r m a s g r á f i c a s p a r t i c u l a r e s ( G r e d o n d i l l a , W nexos e i n c l u -
%

percatar, una elegante r e l a c i ó n e n p a p i r o c o n las d e n o m i n a c i o n e s o r d e n a d a m e n t e dis-

siones de k i r a s , e t c . ) . q u e c o n s t i t u y e n casi u n a p a r t i c u l a r i d a d estilística de las escrituras de
puestas sobre dos c o l u m n a s d i v i d i d a s p o r s i g n o s d e s e p a r a c i ó n o n d u l a n t e s , según una
lujo r o m a n a s d e la é p o c a , a d o p t a d a s t a m b i é n e n la p r o d u c c i ó n de l i b r o s de más alto nivel,
usanza a n t i g u a , m i e n t r a s las a u t e n t i c a c i o n e s i n d i v i d u a l e s , a p l i c a d a s e n cada reliquia
t o m o la de las l l a m a d a s b i b l i a s a t l á n t i c a s (es d e c i r , de g r a n f o r m a t o ) o « g r e g o n a n a s » .
6

d i s t i n t a , f u e r o n escritas p o r otras m a n o s e n p a p e l e t a s d e p a p i r o * . L a p r á c t i c a de las listas

y de las papeletas, al estar d e s u ñ a d a s a ser de u s o e x c l u s i v o d e los s a c e r d o t e s encargados
H a c i a las p o s t r i m e r í a s d e l s i g l o x i es p o s i b l e , p o r l o t a n t o , reconocer e n la m e m o r i a
de la c o n s e r v a c i ó n de estas p a r t i c u l a r e s m e m o r i a s f u n e r a r i a s , p u e d e ser considerada, en
funeraria r o m a n a m á s s o l e m n e u n a i n f l u e n c i a d i r e c t a de los m o d e l o s gráficos librarios
cierta m e d i d a , reservada y secreta.
c o n t e m p o r á n e o s e n la p r a x i s e p i g r á f i c a . E n r e a l i d a d , u n a r e l a c i ó n m á s o menos directa
L a tercera práctica era c o m p l e t a m e n t e o p u e s t a e n l o s m o d o s d e p r e s e n t a c i ó n y en b entre e s c r i t u r a s d e a p a r a t o in hbrts y e s c r i t u r a s expuestas in martnore y, a m e n u d o , iden-
finalidad de uso, c o n s u m i d a p o r i n s c r i p c i o n e s expuestas e n las q u e se h a c í a n públicas las uficables t a m b i é n e n e j e m p l o s a l t o m e d i e v a l e s , c o m o los d e l m o n a s t e r i o de San Vicente
Listas nominativas de los santos cuyas r e l i q u i a s estaban c o n s e r v a d a s e n u n determinado en C a m p a n i a . P e r o es e n e l p e r i o d o q u e se a b r e c o n e l s i g l o x u , que se va caracterizando
recipiente m o n u m e n t a l y consagrado, e n g e n e r a l u n a l u r . T a m b i é n ésta era una pracoca poco a p o c o d e m a n e r a c a d a ve/, m á s e v i d e n t e p o r e l n a c i m i e n t o y e l d e s a r r o l l o de nuevas
antigua, d a d o que nos h a n llegado e j e m p l o s , a l m e n o s , d e l s i g l o v i ; s i n e m b a r g o , su difusión fonnas g r á f i c a s m a y ú s c u l a s , c u a n d o e l f e n ó m e n o es i n c o n t e s t a b l e , o r g á n i c o y extendido
y monumentaUzación parecen p e r t e n e c e r a u n p e r i o d o m á s a v a n z a d o d e la é p o c a altome- a los aspectos, m á s g e n e r a l e s d e l e s c r i t o e p i g r á f i c o y, e n p a r t i c u l a r , f u n e r a r i o : disposición
dieval. C o m o e j e m p l o de a l t o n i v e l se p u e d e r e c o r d a r la lista d e r e l i q u i a s grabada en un del e s c r i t o , d e l i m i t a c i ó n d e l e s p a c i o e p i g r á f i c o , r e l a c i ó n c o n las imágenes, ubicación del
cipo funerario a n t i g u o t r a n s f o r m a d o e n a l t a r q u e m u e s t r a t a m b i é n e l r e c u e r d o de la con- m o n u m e n t o . E s e n t o n c e s c u a n d o la m e m o r i a f u n e r a r i a e u r o p e a cambia radicalmente de
sagración de la iglesia de Santa A l a r i a i n P ó r t i c o , h e c h a e n R o m a p o r e l papa G r e g o r i o V I I , aspecto y p r o t a g o n i s t a s .
el 7 de d i c i e m b r e del 1073 ( f i g . 1 ) . Se trata d e u n a i n s c r i p c i ó n s o l e m n e y m u y cuidada,
C o n e l D u e c e n t o a s i s t i m o s , a n t e t o d o , a la e x t e n s i ó n d e l n ú m e r o de los comitentes, ya
no sólo e c l e s i á s t i c o s , s i n o p e r t e n e c i e n t e s a n u e v a s c a t e g o r í a s de élites laicas: milites y juris-
1
Para las islas Botanica*, cfr. C- Tedeschi. -tKsersazioni sulla paleografia delle iscrizioni britanniche pa-
leocristiane (v-vii sec). Contribuzione allo siudio del origine delle scritture i n s u l a r e . Scrittura e Civiltà XJX
(1V95). pp. 67-121. *Para las escritora* de aparato ••gregorianas», cfr. A. Petrucci. -Divagazioni paleografiche sulla Roma
* Para la autenuficacion de rcliquias, cfr. M- Lcclcrcq. - Reliques ec reliquaires", en F. Cabro I y H . Lcclercq gregoriana-, en L . G a t t o y P. Supino M a r t i n i (eds.). Staili tulle società e le culture del Medioevo per Girolamo A
(eds.), Dictionnaire d'atxhtohgte chrétienne et de liturgie. XJV/2. Paris, 19-18, cols. 2338-2343, y A. Angcnendt, naldi, [Florencia] 2002, voi. I I , p . 471-478. p

lieitige und Keliquien. Oie Gescbicbte ibres Kultei vont fruben Christentum bu zur Gegenwan, Munich,' Para 1997. los epígrafes funerarios d i San Vincenzo al Volturno, cn Campania, objcio ulti ma niente de exhaus-
1
Cfr. la cdicioil y reproducción en A. lïruckner y EL Marichal (eds.), Chartae taiinae antiqiiiores, XXLX. uvns csrudios, véase K de Rubeis, « L a scrittura a San Vincenzo al Volturno fra manoscritti ed epigrafi-, en R
DieuWZûnch, 1993. n. 863. pp. 5-11. Man ¿xa (ed.), San Vincenzo al Volturno. Cultura, istituzioni, economia, Monteroduni, 1996. pp. 21-40.
510 A n i i n i s T o a i A EN L» I-'.OAD MEDIA 111

|-M », i OS V fÜl.M»» EN LA M E M O I I A fl/NllAIIA Mí O l í VAL

tas; además, se d a n a c o n o c e r e j e c u t o r e s d e u n a n u e v a c a l i d a d , ya n o s i m p l e m e n t e lapida-

rios sino a u t é n t i c o s artistas, a m e n u d o o r g a n i z a d o s e n t a l l e r e s u r b a n o s . C o m o consecuen- ¿0 g e n o v é s d e la l á p i d a p a r a S i m o n e y P e r c i v a l l e E c r c a r i , de \ ZS K También hjtinipje; o
(

cia de los c a m b i o s r e l a c i o n a d o s c o n e l p r o c e s o p r o d u c t i v o y M I S finalidades, surgieron también e l b a s t o y p o b r e , d e R o s s c l l i n o d i G h i n o da Pistoia. de i . ' <•:• ..na cr.v- de
otros elementos f o r m a l e s s i g n i f i c a t i v o s d e t o t a l n o v e d a d . A n t e i< i d o , u n a n u e v a esentura Meluzzn (Massa C a r r a r a ) . C o n el T r e c c n t o , c o m o p o r lo t i . • KSdc lucía
de aparato (la l l a m a d a m a y ú s c u l a g ó t i c a ) , y a f o r m a d a e n la s e g u n d a m i t a d d e l siglo xu, t i e m p o e n F r a n c i a . < ! USO s e f u e d i f u n d i e n d o c a d a vez m á s ' '
caracterizada, m á s que p o r i m b r i c a c i o n e s d e u n a s l e t r a s e n o í r . v p o r frecuente-, nexos,
por la presencia de f o r m a s may useulas y m i n ú s c u l a s , p o r la c o n Lición d e l texto »breb C o m o se ha s e n ido, en la E u r o p a g ó t i c a la n u e v a paro» . . • h
línea, p o r la riqueza de a b r e v i a t u r a s , p o r la r e d u c c i ó n d e l o s c>] . i o s i n t e r l i n e a n • - . por la memoria f u n e r a r i a • a m a r c a d a p o r la r e a f i r m a c i ó n d e f i n i t i v a rúenles,
reaparición del r a y a d . . . \ . i.» is1
j dt t u n d e n d o s n u e v o s m o d < »s <b- p r e s e n t a c i ó n v de dis- de la repr» - . . n i a e i o n - la figura h u m a n a r e s p e c t o a la l e t r a . F n ef c¡ . en este punto 1.1)
posición d e l t e x t o memorariv'ü -n v e r t i c a l , d i s p u e s t o e n la p . u • d . e n m ó d u l o s horizon- que s u b r a i ir q u e l o * i n u e r t o s d i g n o s d e m e m o r i a escrita e iconográfica siguieron siendo
tales a m e n u d o e n dos coKn , i n f l u e n c i a e n d e n t é d e l m o d e l o d e la página del l i - -incluso t u n a é p o . i , c o m o la q u e va d e l s i g l o X I I al x v m , caracterizada p o r la p r o g r e -
b r o ; si en h o r i z o n t a l ei uto d e n a v e s y d e c a p i l l a s (las - t o m b e terragne» siva Urbai i c i ó n y i " <i la d i f u s i ó n c a d a ve/, m a v o r de la a l f a b e t i z a c i ó n - una íntima m i -
dantescas: flnrg-, X l l . l o - . T g e n e s d e la l á p i d a , a t r i o d o d e c i n t a , que envuelve, noría p n \ g j a d a , t a n t o e n m u e r t e c o m o e n v i d a , p o r e l p o d e r de las anuas, d e l d i n e r o ,
de b m i ta y p o n e de r e ! c u p a d o p o r e l r e t r a t o d e l d i f u n t o . Para iuzgar la de la ide< i l a r e h u í - " . i y d e l a c u l t u r a o f i c i a l ; l o s d e m á s , t o d o s los demás, aunque fueran
a m p h r u d y extensión d e ! • -t los s i g l o s x i v y x v b a s t a r á u n e j e m p l o , el cons- WolfganL n á d e o s \b>/_ari, e r a n e n t e r r a d o s e n fosas c o m u n e s en las que se depositaban
u m i d o p o r la g r a n igle -' 1
s a n t a C r o c e e n F l o r e n c i a , d o n d e todavía hoy se los restos - r í a l e s , m i e n t r a s q u e e l n o m b r e e r a u n a s o m b r a cada vez más d i f u m i n a d a en
conservan doscientos setent '-astrt ten-agite» ( l á p i d a s p a v i m é n t a l e s ) , q u e . antes de la m e m o ! le l o s c o n t e m p o r á n e o s y d e l o s v e n i d e r o s .
la r e c o n s t r u c c i ó n vasanan. m a s d e m i l . E s t a s l á p i d a s , e n u n a auténtica exalta- O t r a ¡4 u i n o v e d a d d e l a m e m o r i a f u n e r a r i a d e l s i g l o x n i fue e l « m o n u m e n t o parie-
1

ción t r i u n f a l de la clase d i r i . ¡ u d a d a n a . e s t a b a n s i t u a d a s s o b r e las sepulturas de tal» para I .-. d i f u n t o s - e x c e l e n t e s » , d e l o s q u e se tienen todavía e n E u r o p a , y en Roma
m i e m b r o s de la élite e c o n ó n • ;•.<»lírica ( p r i o r e s , ganfiihiiicrt. r i c o s mercaderes, nota- en p a r n c u l . i r . g r a n d e s e j e m p l o s o f r a g m e n t o s n o t a b l e s que nos p e r m i t e n comprender
rios), m i e n t r a s que las t u m b a * d( los e c l e s i á s t i c o s c o n s t i t u í a n s ó l o u n a í n f i m a miñona . como esta • » n g i n a l c r e a c i ó n d e l g u s t o a r t í s t i c o d e la é p o c a , sostenida p o r el o r g u l l o des-
m e d i d o de u n a c l a s e g o b e r n a n t e e c l e s i á s t i c a y laica segura de su poder, fue capaz de i m -
E n r e a l i d a d , la r e v o l u c i o n a r i a n o x e d a d q u e m o d i f i c ó r a d i c a l m e n t e a p a r t i r de los si-
presionar e l i m a g i n a r i o c o l e c t i v o ( f i g - 2 ) . L o t e s t i m o n i a precisamente u n o de los inte-
1 0

glos x u - x i i i ( a u n q u e c o n i m p o r t a n t e s a n t i c i p a c i o n e s e n e l x i ) la m e m o r i a funerana ev-

lectuales laicos más originales y agudos del siglo, Boncompagno da Signa, en su
pnesta e n E u r o p a fue la r e s t i t u c i ó n d e la i m a g e n d e l d i f u n t o c o m o e l e m e n t o sigmficauvo
y central del r e c u e r d o y la c o n s i g u i e n t e p r o g r e s i v a « m a r g i n a l i z a c i ó n » ( e n e l sentido lite-
Cande/abrnm ehijuetittcic d e 1 2 2 6 :
ral en las lápidas) del t e x t o , q u e a n t e s y p o r m u c h o s s i g l o s h a b í a s i d o e l ú n i c o o preemi-
Eos s e p u l c r o s de las personas sublimes y de los hombres más sabios se decoran como
nente e l e m e n t o s i g n i f i c a t i v o y c o n s t i t u t i v o d e l c o m p l e j o c o n m e m o r a t i v o .
tálamos; se s o b r e p o n e n b a l d a q u i n o s de piedra decorados de diversos colores, se ponen
E n t r e los e s p o r á d i c o s e j e m p l o s d e l s i g l o x i , s i g u e s i e n d o c é l e b r e e l s e p u l c r o del 3bad
epitafios y c á r m e n e s e n los que se recuerda a la posteridad las grandezas y los méritos de
Isarno en San V í c t o r de M a r s e l l a , d e s p u é s d e 1 0 4 8 . e n e l q u e l a e s c r i t u r a , todavía central,
los d i f u n t o s y. e n fin. s i e m p r e se menciona el desprecio al mundo; se pintan imágenes de la
cubre c o m o sudario r e c t a n g u l a r e l c u e r p o d e l d i f u n t o , d e l q u e a p a r e c e n s ó l o la cabeza y
D i v i n i d a d , de la santa V i r g e n y de los santos en cuyo honor se lian construido las iglesias;
los pies, rodeados a su vez p o r d o s s e g m e n t o s s e m i c i r c u l a r e s d e e s c r i t u r a . Sin embargo,
se p i n t a n t a m b i é n santos y á n g e l e s que presentan las almas a la divina Majestad;
el auténtico t r i u n f o d e l n u e v o m o d e l o p r e v a l e n t c m e n t e figurativo se v e r i f i c a en la prime-
ra mitad del siglo \ m ; bastará r e c o r d a r las l á p i d a s m e t á l i c a s d e J u a n ( t 1248) y de Blanca
y c o n o n ú a : « p e r o h u b o u n d í a e n q u e se h a c í a n [ p a r a los d i f u n t o s j esculturas admirables
( t i 2 4 3 ) de Francia, conservadas e n S a i n t - D e n i s , e n d o n d e a l r e d e d o r de las figuras de los
en m a r m o l e s s e l e c t o s , c o n s i g l a s c o n p u n t o s , q u e h o y n o conseguimos n i leer n i enten-
dos d i f u n t o s en b a j o r r e l i e v e se desata u n e l e g a n t e c i n t a d e e s c r i t u r a e n e s m a l t e .
der», para c o n c l u i r : « p a r a t e r m i n a r , h a y q u e n o t a r que c i n c o son las cosas que llevan a
O t r a novedad d i f e r e n t e f u e la a p a r i c i ó n , e n l o s m á r g e n e s d e las p r á c t i c a s epigráficas
europeas, de las i n s c r i p c i o n e s e n l e n g u a v e r n á c u l a , y a f u e r a n d e d i c a t o r i a s o conmemora-
'Para las inscripcionvs i i j ] i s cn lengua vernacola, cfr. A- Stussi. «Kpigrafi medievali involgare dell'Italia
tivas de personas o de sucesos, o f u n e r a r i a s . A l u d í a s d e estas i n s c r i p c i o n e s i b a n acompa-
3 n a

settentrionale e della I m c a n a - , cn C. Ciociola (ed.), « f i l i parlarti. Le lentturr esporte nei volgari italiani dal
ñadas de modestos m o t i v o s , o r n a m e n t a l e s y figurativos, o d e e s c u d o s o e n s e ñ a s ; a menu-
Medioevo al Rinasermenta. Atti del Convegno Internazionale di Studi (Cassino-Momccassino. 26-28 de octubre de
do la escritura adoptada era la m i n ú s c u l a , m á s q u e la s o l e m n e m a y ú s c u l a gótica. Para 1992). Ndpoles. 1997, pp. 149-175; véasc wmbicn /V Petrucci, «11 volgare esposto: problemi e prospettive».
Italia recordaremos al m e n o s e l m á s a n t i g u o e j e m p l o p i s a n o d e la i n s c r i p c i ó n funeraria Scrittura e Civiltà X X I I (1998), pp. 235-248.
bilingüe realizada p o r e l e s c u l t o r B i d u i n o p a r a e l j u e z . G i r a t t o , e n e l s i g l o x u , y el análo- '"Para los inonumenros «a parete», cfr. 1. Herklotz, «Septtlcra» e -Monumenta- delMedioevo. Studi sull'arte
irpolcrale in Italia, Roma, 1985, y F. de Maffei, Le arche staltgere di l'erona. Verona, 1°56, mas en general, K.
Uaiich, Das mìttclatterlicbe Grabbìld: figiirliche Cirdbmdler des 11. bis 15. Jabrbundens in Europa, BcrUn-N
* l'aia las lápidas funerarias de época prególica y gótica, cfr. Peirucci, Le scritture ultime, cu., pp. 69-71. York, 1976; ci pasaje de Boncompagno cn P e u w i , U scritture ultime, d b , pp. 75-76 y 81-82.
512 ABIT F H I - I M I I . I N LA E l > * l ) \ l r i l M I I I
Figura 2 Komi, basílica de San !_•»--_:. :r_muri>s. mon un t e n t ó funerario del cardenal Ciuillermo Ficschi.
rturmnl. ca. I25&
los v e n i d e r o s a d e c o r a r los s e p u l c r o s c o s t u m b r e , d e v o c i ó n , a f e c t o , m é r i t o s de la perso-
nas y vano deseo de g l o r i a » .
E n este singular pasaje. B o n c o i n p a g n o r e p r e s e n t a , c o n la m i r a d a d e l contemporáneo,
capaz de captar las novedades ideológicas y de g u s t o d e su t i e m p o , e l m o n u m e n t o fúnebre
parietal en toda su grandiosa ostentación, de la que señala la riqueza o r n a m e n t a l , las decora-
ciones e n color (mosaico o p i n t u r a s ) , los m o t i v o s f i g u r a t i v o s . E n é l . e n e f e c t o , e n contraste
c o n las declaraciones explícitas de h u m i l d a d , el e l e m e n t o p r i n c i p a l es la exaltación del cuerpo,
es decir, del cadáver del d i f u n t o , situado e n e l c e n t r o d e l c o m p l e j o m o n u m e n t a l , alzado del
suelo y r e p r o d u c i d o p o r el r e t r a t o . E l escrito, al q u e se reserva la f u n c i ó n de p u r o y simple
documento, puede aprovechar u n espacio r e d u c i d o ( a u n q u e a veces p u e d a ser doble), de
manera que n o desvía la atención del espectador de las i m á g e n e s y de l o s s í m b o l o s .
C o m o ya se ha o b s e r v a d o :
El mensaje ideológico pennanecía, en efceio, c o n f i a d o al c o m p l e j o figurativo, al retra-
to, a los emblemas que todos los visitante*, y todos los fieles podían, al menos en superficie,
captar v descifrar, incluso desde lejos, con una ojeada. I -a lectura del texto con valor didas-
cálico y con valor de autcntjficación podía quedar reservada a las ocasiones de verificación,
de estudio, de reflexión que implicaban una operación de inspección física de cerca del
espacio o de los espacios inscritos, según p r o c e d i m i e n t o s análogos a los relacionados con
los de autentificar reliquias, que permanecían unidas al f r a g m e n t o sagrado sólo para docu-
mentar, en caso de inspección y de c o n t r o l , naturaleza y a u t e n t i c i d a d .
O t r o tipo de m o n u m e n t o f ú n e b r e de los « g r a n d e s » d e la p o l í t i c a o d e l saber fue, en
la Italia del D u e c e n t o y del T r e c e n t o , e l q u e se s i t u a b a t a n t o e n e l i n t e r i o r c o m o , sobre
E*>l*A« I O S V F O R M A S K N I. A M F M O K I A l L ' N t f t A H M MIOILVAL
1 ¡;:ura 3. Veronj. monumento Ituit.-r.if i<» d e C a n g r a n d c d e l l a S c a l a . m á r m o l , ca 1329.
i o d o , e n e l e x t e r i o r d e i g l e s i a s y c a t e d r a l e s , c o n s t i t u i d o p o r u ñ a e s t r u c t u r a arquitectónica
aislada e n e l e s p a c i o , m u y d e s a r r o l l a d a e n a l t u r a y a r t i c u l a d a e n pisos. Recuérdense los
c o n o c i d í s i m o s d e l o s p r o f e s o r e s d e D e r e c h o d e la U n i v e r s i d a d de B o l o n i a , empezando
por A c c u r s i o ( f 1 2 6 3 ) y p o r su h i j o Francesco ( t i 2 9 3 ) , y por Odofredo (Í126S), hasta el
arca de G í o v a n n i d ' A n d r e a ( t 1 3 4 8 ) , q u e l l e v a d e b a j o u n a i n s c r i p c i ó n extensa y legible; y
después l o s e x t r a o r d i n a r i o s c i m p o n e n t e s m o n u m e n t o s f ú n e b r e s de los Scaligeri, señores
de V c r o n a . c u y o m a y o r e j e m p l o es e l d e C a n g r a n d e ( t i 3 2 9 ) , « e n cuya r o t u n d a f o r m a
p i r a m i d a l , la l á p i d a e p i g r á f i c a se e n c u e n t r a d e b a j o d e l s a r c ó f a g o , en la parte más baja de!
b a l d a q u i n o , a i n c r e í b l e d i s t a n c i a d e la c ú s p i d e , d e s d e la q u e se r í e , vivísimo» y orgullosa-
mente s u b i d o e n s u c a b a l l o , e l d i f u n t o ( f i g . 3 ) .
S o b r e t o d o f u e r a d e I t a l i a , e l p r o c e s o d e r e d u c c i ó n d e l o e s c r i t o y de prevalencia abso-
luta de l o s e l e m e n t o s f i g u r a t i v o s , a l fin y al c a b o , d e l « m o n u m e n t o » sobre el « d o c u m e n -
to», se r e a l i z ó t a m b i é n e n o t r o s d o s p r o d u c t o s d e la pietus f u n e r a r i a de las élites europeas:
la g r a n l a u d a s e p u l c r a l m e t á l i c a , d o m i n a d a p o r e l r e t r a t o g r a b a d o , y e l m o n u m e n t o en
forma d e l e c h o o d e b a l d a q u i n o , a i s l a d o e n e l e s p a c i o y c o m p l e t a m e n t e centrado en la
presencia d e l d i f u n t o , t u m b a d o y r e p r e s e n t a d o e n e l s u e ñ o de la m u e r t e . Fuertes elemen-
tos, a la v e z e a r a c t e r i z a d o r e s y s i m b ó l i c o s , d e tales r e t r a t o s son algunos detalles, c o m o el
libro de o r a c i o n e s s u j e t o e n t r e l a s m a n o s y / o e l p e r r o t e n d i d o a los pies para las mujeres,
las armas o l o s l i b r o s ( d e o t r a e v i d e n c i a y d i m e n s i ó n ) para los h o m b r e s .
E n la m e m o r i a f u n e r a r i a d e l o s « g r a n d e s » e n la E u r o p a g ó t i c a , entre los siglos x i u y
x i v , se h a c e e v i d e n t e i n m e d i a t a m e n t e la f u e r t e c o m p r e s i ó n , r e p e n t i n a , de la expresión
escrita r e s p e c t o d e l a figurativa. E a d i s m i n u c i ó n de la i m p o r t a n c i a y, sobre todo, la m e -
nor l e g i b i l i d a d d e l t e x t o c o n m e m o r a t i v o , s u b r a y a d a s p o r u n desplazamiento visual mar-
ginal, p o r la rigidez d e l a s l í n e a s y d e las l e t r a s , p o r la ausencia de autonomía espacial,
514 \ fIT F M O M I A i N LA E D A D M I I M A I I I
E*PAI I O SV CORMA', i N LA M F M t l R M FUNERARIA MtniMAl 51
dejan al complejo figurativo, cada vez más rico y ostentoso, la tarea de expresar el autén-
tico mensaje ideológico sobreentendido en el evento conmemorativo.
f lTVi*.«r,ti-p «XlriUVi LiiMi»i''>vnir Moa s-
i'iini. is.iv>. Aiprpon rreiiiTMí pftaiQP*P^~'&
N o ohstante, el texto seguía siendo un elemento que no podía eliminarse del lengua- líos "un luifii* ftfKtfO R0SW1 i'itfn ÍMIIJÍ
je funerario expuesto; era el que fijaba y comunicaba, aunque a veces fuera de manera I ni tiiis r««.. |.i.>Ys s<«Liiii.'-j' •I\II,Í>T PJMCVTOB
1

gráficamente poco explícita, la identidad y el nombre del Jihim< • honrado y representa- Pviii.'noiitili IrUU VIHIS'MUS <I"W l/rTfl (I'iT'VST-
<¡nr«-i,ii i-vi' i*(.i.iu c r V . Í I U ' t.in'uni ViHX
do; aun cuando, precisamente, las formas gráficas de la minúscula gótica, uatarahter or- ll'ii A'; t-a ••T"'mn« V.-J" < IT" TA* r»-frf|.*i_-
-

namentales, no contribuyeran a una lectura ágil desde lejos y a una plena inteligibilidad, M LVI»I •r.-ri'-.: it'vV'i' i*r.«i«j'ifl*TnT«f»?rr
Oia'M •i'oi;*. i'iiui.i<i: • owitt WrW tt'iT.
impedida a los menos expertos y a los semianalfabetos. E n e f e c i o . tanto en la ejecución
* K l W * I V i ' T ' l i : i S '•»T-)»1 V N i í I.II'Vtri' PHI-l
monumental en piedra como en la libraría, la mayúscula gótica se caracterizaba por ele- Ji<- lar—ni atar i 'im i»u n i nuftff i ssm> -
mentos ornamentales qu> iban los trazos, por refuerzos de «laruscuro del trurtepgt&
por alargamientos y curvari le l ra/os, por formas excesivamente estrechas y apretadas
más o menos en todas lai £ ulturales v lingüísticas europeas; y tales características
rííOio-oí uno i.vvui.>iin iii'ivni|ii;.iiou'i uoufu
pasaron sin modirii » tes. incluso en la producción de epígrafes funcranos,
a las diferentes leniru.' *
E l texto, por lo tamo. * iba la parte central de la memoria funerana.de laque Fiinir J \*A\ u , c p u a l i o c o m p u e s t o p o r F r a n c e s c o P e ira rea p a r a s u niciii F r a n c e s c u o l o d a Brossano,

hada de simple y pur.< d . J ' embargo, por una progresiva reacción a la tritura m a r m o l , 1368.

gótica que arranca en . • . ro-Ncptrcntional ya en la primera mitad del siglo xiv, En Italia, donde el lenguaje textual y visual de la memoria funeraria expuesta pron-
muy pronto reencontró la cenn ilidad perdida y también, con el tiempo, un lenguas to cambial ia radicalmente, las antiguas soluciones se iban, pues, innovando; mientras
gráfico diferente y opuesto l é x i c a m e n t e aclaran tal concepto los protagonistas del lla- tanto, en la E u r o p a d e l N o r t e una nueva presencia había enriquecido el panorama de
mado prehumanisino itabano, precedidos por el mismo Francisco Petrarca, quien en su la representación Itineraria, la turbadora del llamado transí, es decir, la representación
De rcmediid ittrtusqtte fortunae transfirió al ámbito funerario la polémica de los nuevos lo más realista posible del c a d á v e r en descomposición, a veces duplicada por el retrato
intelectuales, embebidos de cultura clásica, contra las clases dirigentes «populares» deb- del difunto d u r m i e n t e . A q u í la escritura aparece no sólo reagrupada aparte, con solu-
itaba de los conntin. ciones granea m e n t e c o m p l e j a s y textualmente alusivas al hecho del tránsito, sino tam-
bién en forma de expresiones provenientes del cadáver y desarrolladas en largas aras
En una época hubo estatuas que eran señales de virtud. Estaban erigidas en honor de aquello* de papel dispuestas l i b r e m e n t e en el espacio. L a estrategia formal de tales soluciones
que habían realizado grandes cestas o habían muerto ¡Kir el Estado; se erigían para hombres neos expresivas revela la c o n f i g u r a c i ó n de una nueva relación espacial entre escritura fune-
de ingenio, para los doctos; ahora los mármoles carísimos los unlizan para neos mercaderes raria y r e p r e s e n t a c i ó n del difunto, del cual punto central de referencia deviene el cadá-
ver, mostrado e n toda su desnuda crudeza; al lado y alrededor de éste, el escrito dirigi-
Como sabemos, Fe era rea dictó dos epígrafes para su querido nietecito, Francescuolo
do al público c r e y e n t e reconquista una función no sólo de identificación y de
da Brossano ( t i 368). de los que cuidó personalmente el grabado y dorado. E l más grande
autenrificación, s i n o t a m b i é n de advertencia, dentro de una relación coloquial".
de los dos, en seis dísticos elegiacos con la fecha añadida debajo, presenta una excelente y
Además del transí, otro producto del culto conmemorativo a los difuntos fue, entre
modernísima mayúscula gótica espaciada y legible, encuadrada por un doble marco (fig.
los siglos X I I y x v i n e n las regiones europeas septentrionales, la gran lauda realizada en
4). Se ha observado que lo que sorprende en estos dos ejemplos de epígrafes petrarquistas
metal fundido de c o l o r negro, en la que se grababa a buril tanto la imagen del o de los
«es el énfasis que se da a la presencia del texto escrito, la eentralidad reivindicada por la
difuntos c o m o el letrero conmemorativo, a menudo en lengua vernácula, que se ha seña-
escritura y por su plena visibilidad**. T a l eentralidad, aunque sea todavía en formas rotun-
lado. Se conservan unas cuatro m i l en Inglaterra, algún centenar en Alemania, Francia,
damente góúcas, está también presente en el mansolettm que Rolando da Piazzola (tl330),
España, Países Bajos y B é l g i c a , países escandinavos y Polonia. L a insenpción, general-
prehumanista paduano sobrino de Lovato Lovari, quiso sobreponer a un sarcófago roma-
mente dispuesta e n una banda a lo largo de los bordes, está hecha, en la mayoría de los
no, situado al aire Ubre en la plaza del Santo de Padua, e n recuerdo de su hijo Guido'-'.
casos, no en mayúsculas s i n o en minúsculas góticas (¡ittera de forma), por influencia evi-
dente de los libros de horas o, en cualquier caso, de la liturgia y la devoción. E l efecto
" P a r a las e s c r i t u r a s d e u p o - g ó t i c o » e n e p i g r a f í a , cfr. B. Breveglieri, Scntturelapidarte romaiiitbe tgptitht decorativo del c o m p l e j o grabado es de gran fuer/.a y de notable armonía, mucho mayor
a Botogna Ossenazioni paleograjitbe, B o l o n i a , 1 9 8 6 . a d e m á s d e F a v r e a u .tipigrapbte,c i t . , p p . 7 8 - 8 8 .
' - ' L o s e p í g r a f e * d e P e t r a r c a e n A . P e i r u c c i . l-a lentrtira di Tramesto Petrarca, C i u d a d d e l V a t i c a n o , 1 9 6 7 , pp.
6 8 - 6 9 y U n í X X . I.i a t a e n F P e t r a r c a . Ot remedas iitnusque fortune, L y o n , 1 5 7 7 . p . 1 7 0 , y e n P c t r u c c i , Le " P a r a l o s iranu. cfr. K . C o h c n . Metamorpbosit ofa Dtatb Symbol The TransíTomb in tbt Late Mtddle
icntture ulumt, c i t . p p 9 1 - 9 2 ; i W r f . t a m b i é n p a r a R o l a n d o d a P i a / z o l l a . p . 9 1 y t a b . 3 1 . and the Renaissance, B c r k c t c y , C a . - L o n d r c s . 1973 ( y P e t r u c c i , Le scritiure ultime, CÍL, p p . 105-106).
516 ARTF t HISTORIA I N LA F. O A I ) MI l> 1 A 111
F M - A C I O S V FORMAS ( N I.A MEMORIA FUNERARIA UIDliVAt 517

«de p a r e d - - p e r o e n t r e d o s c o l u m n a s a n t i g u a s ( f i g . 5 ) . A q u í la inscripción, limitada al

1 1

n o m b r e d e l d i f u n t o v a l a f e c h a d e su m u e r t e , y dispuesta e n tan sólo cuatro líneas, tiene

Fipurj 5. Duiuitllo \ Míchdozzo baptirtcrio de Son Juan, monumento funerario del annpapa Juan XX1I1,
que e n las lápidas de suelo en p i e d r a o m á r m o l , d o n d e r e s u l t a m á s c l a r a la separación
entre escrito e imagen " .
un relieve n u e v o t e n t r a l . P o r l o q u e s a b e m o s hasta e l m o m e n t o , es la primera inscrip-
ción f u n e r a r i a , e n I t a l i a y e n E u r o p a , e s c r i t a e n capitales mayúsculas de inspiración romá-
nica, a b i e r t a m e n t e u n t i g ó t i c a , s e g ú n l o s d i c t á m e n e s estilísticos p r o m o v i d o s en hloiencia
en a q u c l l i »s a ñ o s p< n V i c c o l ó N i c c o l i , a m i g o y guía de los n i . i v i n i r - artistas lloren unos de
la é p o c a I a e s c r i t u r a e p i g r á f i c a , s o s t i e n e L o r e n z o G l u h e r i i . repitiendo los principios,
« n o sen., h e r m o s a si n o c u a n d o las l e t r a s [ f u e r a n j p r o p o r c i o n a l e s e n figura y en cantidad
v e n siti«> \ e n o r d e n y e n t o d o l o q u e es v i s i b l e , a r m o n i z á n d o s e e n ellas todas las diferen-
tes p a r i t "'.
Don.', l i o s i g u i i > p o r e s t e c a m i n o , m o d i f i c a n d o ab mus los tradicionales módulos m o -
numem • c o n u n ««riginal u s o r e n o v a d o d e l o e s c r i t o , c o m o muestra con toda evidencia
la lápida i s u e l o p a r a e l o b i s p o d e G r o s s c t o G i o v a n n i Pecci ( t l 4 2 6 ) , en el que la escritu-
ra n o esi ¡ i s p u e s t a a l o l a r g o d e l o s m á r g e n e s , s i n o e n u n r o l l o a los pies del difunto. Más
tarde Bei i r d o R o s s e l l i n o r e a l i z ó , e n t r e 1 4 4 9 y 1452, el i m p o n e n t e m o n u m e n t o fúnebre
«de p a n d e L e o n a r d o Bruñí ( f 1 4 4 4 ) e n Santa Crocc de Florencia, con una gran ins-
cnpcion e s t i l o f l o r e n t i n o e n u n a t a b l i l l a sujeta p o r dos ángeles.
Va a r d i a d o s d e s i g l o , e l n u e v o m o d o d e c o m p o n e r y de representar las conmemo-
raciones 1
i l i e b r e s d e l o s « g r a n d e s » y d e c e l e b r a r su m e m o r i a se d i f u n d e rápidamente en
los p n m i p a l e s c e n t r o s i t a l i a n o s , f u n d i e n d o a d m i r a b l e m e n t e el retrato, los símbolos f u -
nerarios i l a s i c o s t r a n s f o r m a d o s e n c r i s t i a n o s y la e s c r i t u r a m o n u m e n t a l dispuesta «a la
mármol, 1425-1428. a n u g u a - . F s t a m i s m a e s c r i t u r a , c o n e l t i e m p o , pertlió su caracterización florentina, ins-
pirada e n m o d e l o s r o m á n i c o s , h a c i é n d o s e c o m p l e t a m e n t e clásica p o r imitación de for-
mas g r á f i c a s a n t i g u a s , c o m o d e m u e s t r a , e n la segunda m i t a d d e l siglo, la producción
1 1

paduana ( d e la P a d u a d e M a n t e g n a ) y , p o c o m á s t a r d e , la r o m a n a de época sixtina (desde

Sixto l Y . papa d e 1 4 7 4 a 1 4 8 5 ) , d o m i n a d a p o r A n d r e a U r e g n o , escultor, y por Banolo-
E n la Halia del p r i m e r Q u a t t r o c e n t o . d o n d e , c o m o o b s e r v ó E r n s t G o m b r i c h , se había
meo San v i t o , r e f i n a d í s i m o c a l í g r a f o « a la a n t i g u a » , i n v e n t o r de originales soluciones
dado a la ve/, la renovación f o r m a l de las artes d e c o r a t i v a s y d e las a r t e s g r á f i c a s , los nue-
gráficas para u s a r e n l o s c ó d i c e s y e n las i n s c r i p c i o n e s , enriquecidos de nuevos manieris-
vos modelos para la m e m o r i a escrita de l o s m u e r t o s n o p r o v i n i e r o n d e l n o r t e de Europa,
mos y de u n p e r s o n a l u s o d e l o s c o l o r e s .
todavía encerrados en los i n t r i n c a d o s lenguajes d e l g ó t i c o ; v e n í a n , p o r e l c o n t r a r i o , de un
Hacia finales d e l s i g l o y , p o r c o n s i g u i e n t e , de la E d a d M e d i a , la m e m o r i a funeraria
pasado lejano, el de la c u l t u r a clásica, y f u e r o n , c o m o e n t o n c e s , c o n s t r u i d o s según el
italiana - y , m á s t a r d e , c o n e s f u e r z o y l a r g a resistencia, también la europea-, cambiaba
p r i n c i p i o de la c e n t r a l i d a d d e l e s c r i t o . Ea e s c r i t u r a , s a b i a m e n t e o r d e n a d a y dispuesta en
estilos y l e n g u a j e s ; p e r o é s t a , e n p l e n o R e n a c i m i e n t o , es o t r a historia que excede los
la superficie m o n u m e n t a l , estaba de n u e v o c o n s t i t u i d a p o r e l e m e n t o s g r á f i c o s de senci-
confines c r o n o l ó g i c o s q u e n o s h e m o s p r o p u e s t o .
llas líneas rectas y m ó d u l o grande para que p u d i e r a n p e r c i b i r s e y leerse d e lejos, y estaba
insertada cuidadosamente en cartelas o t a b l i l l a s « a la a n t i g u a » s o s t e n i d a s p o r ángeles
alados.
E l p r i m e r e j e m p l o d e l n u e v o e s t i l o f u n e r a r i o f u e c r e a d o e n t r e 1425 y 1428 por D o -
natello y M i c h e l o z z o , los dos g r a n d e s e s c u l t o r e s florentinos, i m i t a d o r e s geniales de los
lenguajes figurativos de la r o m a n i d a d c l á s i c a . M e r e f i e r o a l m o n u m e n t o f u n e r a r i o del "Para el monumento florentino a Juan XXILI, cfr. S. Blaltc Mcham, «Donateüo's Tumb of Popa John
antipapa (si b i e n considerado papa e n F l o r e n c i a ) J u a n X X I I I , m u e r t o e l 19 de diciembre XXjbV, en R. Goffen, M . Tfetd y R. G . W i t t (eds.), Life ami Dealb m Fiftecmb-Cenniry Florence, Durham, NC-
de 1419, situado s o l e m n e m e n t e e n e l b a p t i s t e r i o f l o r e n t i n o , s e g ú n e l m o d e l o tradicional Loiuires, 1989, pp, 146-173.
"•Sobre los sepulcros «á la antijrua», Pftxucci, Le scritture ultime, cit., pp. 95-103. La cita de Ghiberu en
E H . Gombrich, «From the Revival o f I .etters t o the Rcform of the Ans. Niccolò NiccoU and Filippi. Brunc-
14
Para las budas metálicas, cfr. F. A. Grecnhill. Ineued Effigiai Slabi. A Study ofEngraved Stone Memorialilleschi».
m en D . Frascr, H . H i b b a r d y M . J . Levine (eds.), Essayi in the IhstoryofArtpresented toKudJfll'ìtlkoveT,
Uni, Chnneudom e. 1100 lo 1100. 2 vois.. Londres. 1976. Londres. 1967. pp. 71-82.
 17
LA IMAGEN REPETIDA: FILIACIÓN Y CREACIÓN EN EL
ARTE D E LA E D A D MEDIA
F a b r i z i o Crivello

Introducción
L a p r o d u c c i ó n a r t í s t i c a m e d i e v a l s e distingue! Sustancialmente de la moderna y con-
t e m p o r á n e a ; e n e s t a s ú l t i m a s , la p e r s o n a l i d a d del artista, casi siempre bien individuada,
incluso s i a c t ú a s e g ú n p r e m i s a s p r e c i s a s y s i g u i e n d o la cultura que lo ha precedido, se
desenvuelve c o n u n m a y o r g r a d o d e a u t o n o m í a . E n la E d a d Media, el prestigio y el valor
de los i d e a l e s , l i g a d o s a la t r a d i c i ó n d e l c r i s t i a n i s m o antiguo, primero, e imperial, des-
pués, d e t e r m i n a r o n e n e l l e n g u a j e figurativo y en la producción intelectual una acritud
diferente e n r e l a c i ó n c o n la i n n o v a c i ó n q u e , i n c l u s o cuando se daba, requería mucho
tiempo. P o r l o t a n t o , n o s e p u e d e n e g a r q u e e n la E d a d M e d i a se introdujeran innova-
ciones de é p o c a e n el c a m p o a r t í s t i c o , p e r o ha de subrayarse que el cambio no se perci-
1

bió c o m o n e c e s i d a d p r i m a r i a d e la c i v i l i z a c i ó n m e d i e v a l , sobre todo por !o que concierne

a las i m á g e n e s , e n t e n d i d a s a q u í , p r i n c i p a l m e n t e , en la acepción de representaciones pic-
tóricas. E s t a s s o n la c a t e g o r í a d e o b r a s q u e , c o n m a y o r facilidad que la arquitectura y su
decoración e s c u l t ó r i c a , s e p r e s t a n a la o b s e r v a c i ó n del f e n ó m e n o de la repetición. Y esto
por diferentes r a z o n e s ; p o r u n l a d o , la e s c u l t u r a a r q u i t e c t ó n i c a , consolidada sólo a partir
de la é p o c a r o m á n i c a , r e p r e s e n t a de p o r sí u n o de los aspectos más innovadores del arte
medieval; p o r o t r o , la a r q u i t e c t u r a —como s e acl arará a c o n t i n u a c i ó n - fue repetida, sus-
tancialmcntc, s e g ú n r e f e r e n c i a s de t i p o ideal m á s que formal.
AI lado de esta « d i v e r s i d a d » d e la E d a d M e d i a , se considera la condición esencial que
distingue los d o c u m e n t o s figurativos de los d e m á s testimonios históricos; esto es, se
trata de o b r a s ú n i c a s , d a d o q u e n o p u e d e n existir en copia múltiple y siempre idéntica,
como es el c a s o d e las o b r a s l i t e r a r i a s . L a u n i ó n de los dos factores - e l peso de la tradi-
ción y la u n i c i d a d d e la o b r a d e a r t e - a c t u ó de m o d o que e n la E d a d Media la producción

1
B. Brenk, -Originalità c innovazione nell'arte medievale-, en E . Caiiclnuovo y G. Sergi (cds.X Artit
storia nel Medioevo, voi. I: Tempi Spazi Istituzioni. Turìn, 2002, pp. 3-69 [ed. cast.: Arte e batorut eu la C U Media
I. Tiempos. espaeios, instihicioncs, Madrid. Aleni, 2009].
520 A B U t HISTORIA IN i A EDAD M i n n III
LA IMA», I N MI I T T i n A : FILIACIÓN Y CREACIÓN EN EL A»II o i i A EDAD MEDIA 521

am'sriea se d i e r a e n buena p a n e a t r a v é s d e la r e p e t i c i ó n d e i m á g e n e s preexistentes, si L a n o c h e p r e c e d e n t e a la m a ñ a n a e n Ja que e l escriba debía empezar su libro, un ángel

bien con arreglo a m o d e l o s , c o n m o d a l i d a d e s e i n t e n c i o n e s d i f e r e n t e s s e g ú n los tiempos, se le p u s o al l a d o m i e n t r a s d o r m í a , le m o s t r ó una imagen en una tttblilla que tenía en la
los lugares y las circunstanciase m a n o , y le p r e g u n t ó : « ¿ C r e e s que sabrás d i b u j a r esta imagen c«» la poniera p i p n j del libro
L a repetición de l i s i m á g e n e s , u m q u e d e m o d o d i s t i n t o , e r a u n a p r á c t i c a m u y cono- que estás pt ir i i n b i r ? » « P o r supuesto que n o » , respondió el t criba, prnsjndn que nuera
cida en la Antigüedad. Sin e m b a r g o , e n la E d a d M e d i a , la p r a x i s d , esta r e p e t i c i ó n cam- cipa/, de una i r t e de tal r e f i n a m i e n t o y que n o conseguí ria lomprcndcr una obra tan mis-
bia, c o n c e p r u a l m e n t e : e n la A n t u r u e d a d . es e l m a y o r g r a d o d e a p r i iXtirntcJÓn estilística y teriosa c i n s ó l i t a . Y e l á n g e l a é l : « M a ñ a n a pide a tu señora ¡trilicci santa Brígida) que nie-
formal al m o d e l o lo que la d i r i g e , a s p i r a n d o a la i n i e r c a m b i a b i h d u l e n t r e m o d e l o y re- gue p o r l i al S i flor, q u e t e abra los ojos del cuerpo y del espíritu para darte una vista más
petición, c o n una visión n o m u y d i f e r e n t e de la m o d e r n a n o c i ó n le c o p i a ; e n la l dad aguda y una i p r e n s i ó n m á s s u u l , y que guíe r u mano para dibujar de la manera cunve-
M e d i a , la repetición de u n j i m i m á s s e n c i l ! a i n e n t c . e l p n - i p u e s t o necesario, a
n» nte»-.
m e n u d o i m p r e s c i n d i b l e pal i ' a c i ó n de u n a n u e v a o b r a a r t í s t i c a . S e g ú n esta prác-
\sí h í l O , \ • la n o c h e s i g u i e n t e el ángel volvió, presentándole la misma imagen y otras
tica, la repetición de una i n v ^ c i . n o r m a l m e n t e , t r a n s f i r i e n d o • los d a t o s estilísticos n: E l escriba e n s e g u i d a las o b s e r v ó atentamente y las confió fielmente a la memoria y,
al lenguaje f i g u r a t i v o del i el q u e s u c e d e la o p e r a c i ó n . E n este sentido, se c> Ja ayuda d i la g r a c i a d i v i n a , las r e p r o d u j o rodas a la perfección en los sirios apropiados
puede a f i r m a r que c i la I ' e-petición d e u n a i m a g e n i m p l i c a , e n realidad, un Cl i l i b r o . ^ A S Í , e l l i b r o fue i l u s t r a d o gracias a las indicaciones del ángel, los megos de
proceso c r e a t i v o . B. ida y la c a p a c i d a d d e i m i t a c i ó n del escriba . 4

D e qué manera este pi r>c rterisrico d e la é p o c a m e d i e v a l , t a m b i é n aparece

c l a r a m e n t e e n a l g u n o s tcstrrni t á ñ e o s . L ' n o d e l o s m á s s i g n i f i c a t i v o s a e h a l f a en El ai le l o s m a n u s c r i t o s i n s u l a r e s , q u e , c o n t o d a r a z ó n , los estudios modernos c o n -
laDescrifietttn de Irlanda que • . 1 . , i b r e n s c e s c r i b i ó e n t r e 1185 y p n n e i p i o s de 1188,
1
sideran i .i i l e las c o n t r i b u c i o n e s m á s o r i g i n a l e s q u e la E d a d M e d i a p r o d u j o en el campo
después a m p l i a d a p o r el mismo a u t o r en é p o c a s sucesivas. E n K i l d a r e . d o n d e se engía artístico n r e a l i d a d , p a r a G i r a l d o p r e s u p o n í a la r e p e t i c i ó n de modelos precisos, aun-
una de las iglesias m á s antiguas de la i^-la. G i r a l d o p u d o a d m i r a r u n a n t i g u o evangeliario que se c< >i M > c i e r a n d e m a n e r a c o m p l e t a m e n t e m i l a g r o s a .
ricamente decorado e n el que se p u e d e r e c o n o c e r u n m a n u s c r i t o i n s u l a r p r e c a r o l i n g i o . P r o c e d i m i e n t o s y m o d o s d e e s t e p r o c e s o d e r e p e t i c i ó n resultan especialmente evi-
D e s p u é s de ofrecer una d e s c r i p c i ó n - e l i m c i o m á s a n t i g u o e s c r i t o de u n a o b r a de arte dentes e n la d e c o r a c i ó n e i l u s t r a c i ó n d e l i b r o s , n o s ó l o p o r el hecho de que estas labores
i n s u l a r - , el a u t o r narra las c o n d i c i o n e s m i l a g r o s a s e n las q u e se h a b í a r e a l i z a d o .
1
estén p o r n a t u r a l e z a r e l a c i o n a d a s c o n la r e p e t i c i ó n de u n t e x t o , sino también p o r c l nú-
m e r o d e t e s t i m o n i o s q u e n o s h a n l l e g a d o , q u e p e r m i t e n , e n m u c h o s casos, comparar el
m o d e l o y su r e p e t i c i ó n , y , p o r c o n s i g u i e n t e , r e m o n t a r s e a l p r o c e d i m i e n t o seguido.
• Sobre la repenoon <lc la mujien en la Edad Media existe una vasta bibliografía, incluida cambien en
muchos «studius sobre obra* individual es. para consideraciones generales se remile aquí a la* contribuciones
de K. WcirzMann. Uluinatiom ra RoU and Codex. A Study of the Ongm and Metbod of Text Illustration (I947J.
Princeton. NJ. -1970 |ed- case. El ndlo y el codice. Madrid. Ncrca. 1990L H Swarzcnski. - The Role of COOKS
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1963t pp 7-18. Copia, repliques, faia, Revue del An 2 I ( 197ÌJ (numero monográfico), en concreto F. Chamous.
T Velmans, L. Grodcclo. M.-.M. Gauthier, A Schnapper. 11. Foucart y A Chastel, «Editorial», pp. 5-31 (-1 l'espace et la voix dans l e s évangiles insulaires», en J . - M . Sanstcrrc y J.-C. Schmitt (cds.), IAS images dans les
Aiuu|uité, Moyen Age oriental et occidental. L e s ans de repcuüun», pp. 5-13); P. Bloch. -Original - Kopie - locielts médiévales: pour mut histoire comparée. Actes du colloque international (Rome. 19-20 juin 1
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lage und Kopie. Señen-, en A Lcgncr (ed.). Ornamenta Ectlenae Kunst und Künstler der Romanik, catalogo de * Giraldo Cambrcnsc, ibpograpbta Hibemica. cap. X X X V U , en id, Opera, s-ol V: Topograpbia Ilibemiea
Ii exposición (Colonia. 6 de itiar/o-9 de |umo de i t i m i T l l l l l l J l . IV85.vol. I. pp. Ì 0 1 - 3 1 4 . S . Moralejo Ah-a- Expugnatio Hitvmiea, ed J. F. D i m o c k , Londres, 1867, p. 124 («Noctc pnmi, cujus mane labrum scriptor in-
rcz. -Modelo, copia y originalidad, en el marco de las relaciones artísticas hispano-francesas (siglos xi-xili)-. choiturus fucrat, i ei angelus i n somnis. figuram quandam tabulae quam manu practerrbat imprcssam ci
en Acia*. I Congreso Español de Hirtvna del Ane (Bareehna. 29octulrre-i noviembre 1984). Barcelona. 1986, sol
ostendens. et dicen*. "Putasne liane figuram in prima l i b o quern scripturus es pagina possis imprimere?" O n
1. p. 104; Retaimng tbe Ongmal Multiple Ongmals. Copies, and Reproductions Proeeedmgs ofthe Symposium (Balti-
scnptor. de tanta e subnlitatis arte, de tam ignorar et iniisitaeae rei diflîdens notitia, respondit, "Nequaquam."
more. 8-9 March I9SS). Washington l>C. 1989. en concreto G. XILan. -Ruminations un Ediblc leons. Origi- Cui angelus; " I n crasrino die die dominae mac, ut ipsapro te oradoncs fundat ad Dominimi, qiwrinus ad acunus
nals and Copies in the Art oí Byzanuum». pp. 47-60, y j . J. G . Alexander, -Facsímiles, Copies and Variaoons.
innjcndum et subnlius intelligcndum o b i ram mentis quam corporis oculos aperiat, et ad recte protrahenduin
The KclaüoiuJiip io the Model in Medieval and Renaissance Europcan Illuminaied Mnnuscnpis», pp. 61-72;
manus dingat." Q u o facto, nocie sequentc itenim affuit angelus, eandein figuram aliasque niultas ci pniescn-
J J . Q , tù*àoàtr,MtdM New Häven, C o n . . 1992; H . L . Kessler, mb latis Quasomnes, divina opitulantc gratia, staiim advertens et memoriae ficlclitcr coininemlans, libro suo locis
vote -Gopia-.cn Enciclopedia dell'arte medievale, \\ Roma 1994, pp. 264-277; id. sub voce - M o d e l l o " , ibid..compctentibus VW. ad u n g u c m scriptor i m p r e s s i L Sic igitur angelo pracscntantc, Brigida orante, senptorc ululan-
Roma. 1997. pp. 491-496; H Mund. - L a copie che/ les l ' i n u m i - flamands et D i r i Bouts», en M . Smeyers te, liber est illc conscriptm»). La uaducción ciiada en el testo se basa en iJ Agli estremi confini d'Otndenrr.
(ed ). D»rt Bnus (a* t4IOI4~S). Een Vlaams pnmitiefte Leuven, Lovaina, 1998. pp. 231-246. Descrizione dell'Irlanda, ed. M . Cataldi, T u r i n , 2002. pp. 74-75.
1
Véase el comentario de O. Pacht. Methodisches zur Kuntthistortscben Praxis, Munich. 1977 |ed. cast: His- \V. Koehlcr.tìucbmatereidesfriihen Mittelalters. Fragmente und Entzmrfeaia dem tv'acblajì, ed. E- Kitzin
1

toria del ane y metodologia, Madnd. Alianza. 1986]. Clr también I - . Pirone. - L a Parole est aux images. La lettre. y E Muthcrich, M u n i c h , 1972, p p . 7-9.
522 ABTI i miTOBiA IN i * EDAD MEDIA III
l.A IMAf.l N I O l'I 1 IOA. I l i i w i c s V CMCACIÓM KM E t ARIE Ut LA E o * l > M l D I A 523

La tradición

El estudio de b s obras de arte figurativo puede ser tratado desdi.- d o s puntos de vista
diferentes. Ante todo, se presenta c u i n o un conjunto de datos i n d i pendientes entre si, a
los que se recurre para o b t e n e r información sobre la producción a r t í s t i c a de un determi-
nado periodo, á m b i t o o artista (considerados en este aspecto, nci implican, necesaria-
mente, juicios de ningún ¡ il re el m o d o en que se constituyen < Se sitúan sincróni-
camente ante el observador, I percibe como algo concluid- Desde el punto de
visu diacronico, p o r lo t i n t o l o n c o , tal patrimonio se pr» senta. sin embargo,
como algo que se ha :.tr 1
tiempo, por loque el d a t ó s e configura como esla-
bón de una serie
E l dato y el proceb i que" .•: . d o constituyen una u n i d a d indivisible; entre los
dos existe, en electo, un.' le pendencia donde el dato asume las propias carac-
terísticas crin forme al m o d i '• esiÓn de datos, que estén relacionados por procc-
80$generanvoshomogeneti tm til iyc una sene y. más series, forman el conjunto déla
tradición.
El estudio de la tradición j d< la correcta inserción del dato en su seno tiene una
i ' u r a I N ' o l i a m o l a , Evangeliario de Figura 2. Reichenau, Apocalipsis de Burning.
importancia fundanicni.il. no nos p o d e m o s ilusionar con que un dato se analiza conec-
Vi u.intoln. (ai M a r f i l SII el Sepulcro, las Manas en el Sepulcro, miniatura sobre
tamenie. si no se nos informa, pret l a m e n t e , sobre el proceso que lo ha determinado. El m u i u u r a s<ilire(»crgamino, últunu cuarto pergamino, alrededor de 1010 ( ). ;

análisis será correcto sólo en la m e d i d a en que el historiador haya recogido todas las ín- del sigli» \ i
fonnaciones accesibles sobre el modo en el que se ha constituido el dato.
en el cent n» de la escena aparecen en el Apocalipsis de Bambeig (Staatsbibliothck, ms. Msc.
En el estudio de la obra de arte, el valor de este proceso surge, en concreto, ante
Bihl. 1 4 » . f. 6 9 t - ; fig. 2 ) " y en el Evangeliario de Augusta (Diózesanmtiscum St. Afra, DMA
aquellas realizaciones que. sin el conocimiento de la tradición, resultarían difícilmente
1003, f. 5 I ; ) ' ° . T a m b i é n la insólita colocación de los soldados encuentra en la miniatura
comprensibles. Considérese, por eiemplo. la miniatura que representa a las Alarias en el
de Reichenau tin paralelo en el m á s tardío Evangeliario de Brescta (Biblioteca Cívica Que-
Sepulcro del Evangeliario de Xoiianto/a (Museo Benedirono Nonantolano y Diocesano de
nniana, ms. E. I I . 1 , f. 3 3 f ) " . E l artista románico de Nonantola no actuó, por lo tanto,
Arte Sacra, f. 45i*; fig. 1)\ del último cuarto del siglo xi. L a escena muestra a las tres
autónomamente, de m a n e r a extravagante, sino según un modelo preciso con estas carac-
Marías ante el ángel; en el eentro de la representación están suspendidos en el vacío un
terísticas. E l lo reprodujo, manteniendo sólo los elementos esenciales para la represen-
paño azul y. debajo, u n elemento circular del mismo color atravesado por un signo en
tación: las figuras principales, las telas y el sudario doblado -las pruebas de la Resurrec-
forma de S. Los guardias donnidos están representados arriba, dispuestos en diagonal y
ción según el relato e v a n g é l i c o de J u a n ( 2 0 , 6-8)- que, privados de la ambientación
divergentes, por encima de una estructura arquitectónica apenas esbozada. Si no se co-
arquitectónica del s e p u l c r o abierto y de los demás elementos, aparecen como suspendi-
nociera la tradición iconográfica de esta escena en relación con la miniatura otoniana de
dos en el v a c í o sobre el pergamino. También la forma circular del sudario doblado es
Retchenau", de la que dependen algunas de las miniaturas del manuscrito nonantolano , 6

no $e llegaría a comprender del todo las elecciones figurativas del artista románico. La
representación superpuesta de las telas, del sudario doblado en círculo, y su colocación
' G . 2. Zanichelli v.M. Branchi KaA^.lji lapienza degli angeli. Sonantola e gli Senptona padrini nel Mediano,
catalogo de la exposición (NunantuU. S de abnl-20 de junio de 2003), Modena 2003, pp. 123-29, n. 27 (M-
Branchi).
7
Sobre la elaboración de este lema iconográfico eil Reichenau, cfr. P. Bloch, -• lías Rcichcnauer Einzelblatt
mit den Frauen am Grabe im I lessischen LandeMnuseuni Darmstadt», Kunst in Heuen und am Mittelrhein ID
(1V6J), pp. 25-43; A. S. Kortcwcg, 0 r Beniulphuscodex in het Rijksmuseum lief Catbarijnceoirvent te Utrecht en
versante baiidsebnfien. Dtstertatwii. Amsterdam, 1979. pp. 200-204.
• I . Siede. - U n conoibuto alla stona della Reichenau e al suo influsso sull'arte italiana: anisa mneranU o
libn 11aggi ami», Armali della Scuola Sormale Superiore di Pisa serie fV, 11, 2 (1997), pp. 4B1-508. en concreto pp. un modelo de Reichenau de mediados del siglo x i (I. Siede. Zur Rezeption ottonistber Btidvnalcrei in haben iw
488-491.
*.M. Pipp.il. --Das Herrscherbild und die chnstologischcn .Miniaturen im Evangelistas"Teil-, en G. Guckale-
rcdlcíscn y B Schemiuel (cds.). Dm Buch mil 7 SiegAn. Die Bamberger Apokalypse, catálogo de la exposición (Ram-
berg, 26 de noviembre de 2000-11 de enero de 2001), Lucerna, 2000, pp. 143-148, en concreto pp. 145-140.
iz
Snevia Sacra Emhe Kunst in Sclwahen. catálogo de la exposición (Augusta, 30 de junio-16 de septiembre de
1973), Augsburgo, 1973, pp. 175-76, n . 167 ( K Mudierich). Véase, además. P. K. Klein. «OnoUi. oder Heinrich
II., ein Streit um des Kaisers Bart? Z u m Problem der historischen Einordnung der Bamberger A|x>blyjwe»,
'/xitsebnft des deutschen VereinsfiirKttnsttvase/iscbaft I J V - L V (2000-2001), pp. JS-61 ,cn concreto p. SO.
" Korteweg, De Bcnitilpbnseodex, cit., pp. 93-106,162-165; id., «Der Bernulphuscodex in Utrecht und eine
Gni|i|w verwandter spáireichenaiicr I Inndschriften-.. AachenerKuiL'tb/atter Uli (1985), pp. 35-76,en eimcrcio
pp. 47-52. La presencia de los «los soldados sobre el Sepulcro se encuentra también en el Evangeliario de Parfa
(Madrid, Biblioteca Nacional, ms. V n r . 20-6, f. 44r), realizado en el último cuarto del siglo a , pero que repite
//. und 12 Jahrhundert, St O t t i l i e n . 1997, pp. 18-61, en concreto pp. 33,41).
524 ARTE I HISTORIA EN LA EDAI> M I D I * III l.A I M A C E S HI n 1 IDA: F I L I A C I Ó N V CULACIÓN E N L L A R T E D E LA E l . A D MftOM 525

caracrerísnca de la m i n i a r u r a o t o m a n a de R e i c h e n a u . Si n o s r e m o m a i i i o s a la tradición
que presupone esta m i n i a t u r a , nos d a m o s c u e n t a d e l p r o c e d i m i e n t o ' e g u i d o p o r el anis-
ta y cada e l e m e n t o adquiere s i g n i f i c a d o .
Sobre t o d o son los d o c u m e n t o s figurativos, las o b r a s , l o s q u e o f r e c e n la p o s i b i l i d a d
de reconstruir relaciones y filiaciones: m á s i n c i e r t o es e l v a l o r q u e h a y q u e a t r i b u i r a las
plAJhVl
fuentes. E n este ^enndo. u n c i e n m l o - i i m i ñ c a t i v o l o a p o r t a la I *>/-i¿ • ( <.'onctaiitiaopoht.iiia
en la abadía de Santa J u s t i n a de Padua. i c o n o o r i e n t a l d e l s i g l o x i n « m s i d e r a d o o h i • de III il o
san Lucas--, y la I 'irgen a t n h u t d a o GiuStO d e ' A l e n a h u o i ' ' h o y e n 1 M u s e o Diocesino
de Padua. E n relación a est» última, en el Libcllns de matruifias ornamentir civiUta Pa.me,
*, j *• 11
el médico paduano M i c l i e l c - rola» q u e e s c r i b e e n l o s a ñ o s c u a r e n t a d e l Q u a u r o -
c e m o . narra que < ¡insti i- h 1
t u r a la c a t e d r a l p a d u a n a u n a c o p i a de la VirgCB
Cormamiitopuhi.n:.; CO . i ! : u l c v E n c u a l q u i e r caso, e l n s o l t a d o fue saustac-
111111*11

t o r i o , dado que e l nusni.» S p u d o c o n s t a t a r e n p e r s o n a q u e e n t r e las dos \"true-

nes n o había d i f e r c n c u > su l
p e r o , si n o n n i é r a m o ü el K
I irgoi de G i u s t o COpia de
ferentes e. incluso a d m i t i e n d o la i
haya sido o t r o i c o n o o r i e n t a l p e r d i d o
H o y es t o d a v í a p o s i b l e h a c e r la comparación,
im i I m e d i c o P a d u a n o , n o se p o d r í a considerar la
l'i gii ra ¡ ' i s j . Evain-etiano, ci evangelista .Marcos v la página inicial de su Evangelio, miniatura sobre
la i ,1 i n o p o l j t a n a . L a s d o s t a b l a s son c o m p l e t a m e n t e di-
pergamino, mitad del siglo vil.
i b i l i d a d de q u e e l m o d e l o d e la I 'irgea de Giusto
m e n t e s i m b ó l i c a d e l a r t e m e d i e v a l , p e r o q u e a su v e z fue cuidadosamente refutada p o r
lespués. r e s u l t a casi i m p o s i b l e i m a g i n a r que de él
M c y c r S c h a p i r o e n u n p a s a j e c l á s i c o d e la l i t e r a t u r a h i s t ó r i c o - a r a s t i c a ' . A la extensa
6

pueda descender la tabla del s i g l o \ i v .

d o c u m e n i . . . i o n p r o d u c i d a p o r e l e s t u d i o s o n o r t e a m e r i c a n o se puede añadir - e n la pers-
E n este p u n t o , ve podría o h i c i a r que e n la E d a d . M e d i a la n o c i ó n d e c o p i a era comple-
peciiva q u e a q u í i n t e r e s a - e l c a s o d e l e v a n g e l i a r i o r e a l i z a d o e n Pisa hacia mediados del
tamente diferente, si se quisiera aplicar h i e r a d e l á m b i t o de la a r q u i t e c t u r a , l o plasmado
siglo \ u (I l o r e n c i a , B i b l i o t e c a M c d i c e a E a u r e n z i a n a , m s . A c q . E D o n i 91), cuyos evan-
por Richard K i a u t h e i m e r e n u n a l o n m b u c i ó n f u n d a m e n t a l s o b r e las c o p i a s arquitecto-
gelistas ( f o K . 3 0 t \ y\v [fig. 3], 101f, 1 4 5 f ) s o n la r e p e t i c i ó n de los de u n inaiiuscrito de
meas: - e l observador m e d i e v a l espera e n c o n t r a r e n u n 3 c o p i a s ó l o a l g u n a s partes del
Reichenau 1
. e l c e n t r o q u e , m á s q u e c u a l q u i e r o t r o , ha caracterizado la producción pic-
p r o t o t i p o " •'. es decir, una serie de citas parciales, p e r o s u f i c i e n t e s p a r a evocar el modelo.
1

t ó n c a o t o n i a n a . E l m i n i a t u r i s t a p i s a n o d e b i ó d e darse c u e n t a perfectamente de la altísi-

P e r o esta actuación n o parece l e g i t i m a ; la r e p e n c i ó n de las i m á g e n e s e n la E d a d .Media
ma c a l i d a d a r t í s t i c a d e la o b r a q u e t e n í a d e l a n t e ; a b a n d o n ó c o m p l e t a m e n t e e l lenguaje
se reduciría así a u n m e r o p r o c e d i m i e n t o p u r a m e n t e i d e a l , e n e l q u e la a p r e c i a c i ó n este-
tica y, p o r consiguiente, la adhesión f o r m a l de la i m a g e n a su r e p e t i c i ó n se r e d u c i n a a una
bizanano q u e l e era f a m i l i a r - a m p l i a m e n t e a t e s t i g u a d o p o r la célebre Biblia de Calci
(Pisa, . M u s e o N a z i o n a l c d e S a n M a t e o ) * - y p u s o e n p r á c t i c a todas sus capacidades para
1

relación m e r a m e n t e c o n c e p t u a l ; entraría e n j u e g o , p o r l o t a n t o , u n a visión exclusiva-

reproducir fielmente e l e s t i l o d e l i l u s t r e m a n u s c r i t o de R e i c h e n a u . La mimesis fue tal
que a l g u n o s e s t u d i o s o s h a n c o n s i d e r a d o q u e e l a u t o r de las m i n i a t u r a s se había formado
G Canova Mariani et al. (cds ). Luca E;angelata. Panda e Immagine tra Unente t Occidente, catalogo deb
I :
en el m o n a s t e r i o d e la i s l a d e l l a g o C o n s t a n z a , r e a l i z a n d o el m a n u s c r i t o en el siglo x i . 1 9

tapowción (Padua. 14 dt ocrubre-odc entro de 2001). Pad uà. 2000. pp. 405-406. n 75 (Al. Baca). Sin caer e n f á c i l e s g e n e r a l i z a c i o n e s , se p u e d e c o n s i d e r a r , p o r lo tanto, que los artistas
1 _ Grusuto (ed.). Da Giotto alMantegna catalogo de la « p u M c i ó n (Padua. 9 de |unio-4 de noviembre de
1 1

medievales e r a n c o n s c i e n t e s d e l o q u e s i g n i f i c a b a r e p e t i r fielmente una imagen, incluso

lV74).Milan. I°74.pp 144-145. a 51 <L. Crossato); Canova Mariani et al (cds ). Luca evangelista, a t . p 406,
en el caso e n e l q u e se d i s t a n c i a r a n p o r i n c a p a c i d a d o e l e c c i ó n consciente.
n 76 (G. Canova Mjnam)
M
. \ l . Savonarola, Libtllm di magnifica ornamenti! regie cnitatis Padtie. ed. A. ScgJrÌE7j, Circi di Castello,
l 02. p. 14. Sobri- uste tcsumuiuo en rclacmn con la \1rgcn di Giusi» y la Yirgcn con ella relacionada del aliar
u
M . Schapiro, « O n d i c Acsthcuc A t t u u d c in Romancsque Arr- (1947), en id. Romantsqur An. N__
111VI
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15
R. KrambcUDcr. -lntroduction tu an "Iconography of Medici al Architecrurc"- ( 1942), en id. Studici in bre de 2000-enero de 2001), C la rúgate. 2000, pp. 303-310, n . 55 (A. D'Aniello), con bibliografía precédeme.
Early Christian. Mtdir.-al and Renaissance An. NucvaYurk-Londrcs, ÌVÓV. Véase la bibliografía citada en Siedc, 7.ur Rezeptton. cic. p. 62, nota 2.
526 A RTF L i n s i l i m i IN i » E DAD M i n i A I I I LA lUAOIN Ml l ' I I I O A M l U r i Ó N V C R I AC J O N C N t L A R T I . D t I A E D A D M l D I * 527

Fenomenologia del originai de la e s c u e l a d e c o r t e «le I - o t a r i o - - , o p o r l o s o t o n i a n o s d e T r c v e r i s ífig. ó)-'*, C o l o n i a 2 4

y R e i c h e n a u - " ' . h a s t a a l c a n z a r o b r a s d e é p o c a r o m á n i c a ( f i g . ~r'' es suficiente para pre-

guntarse q u e r e l a c m n e s e x i s t i e r o n e n t r e e s t o s t e s t i m o n i o s , si el m a n u s e n t o de Vícna
FI concepto de o n p n . i l paia b historia del arte es, c o n i o para In c r i t i c i d e l tetto,
representa e l ú n i c o - iriginal», y cuántos eódiecs mterpnsiti se sitúan e n t r e las diferentes
huidizo y ambicuo; reconstruir u n dato figurativo, e n la f o r m a m a s i orrecta de acuerdo
obras q u e h a n l l e g a d o b a s t a n o s o t r o s . L ó s e n t e n o s histórico-.ir:istico% s o n , en este caso,
del artista, constituye u n o b j e t i v o p r o b l e m á t i c o \ « n m u c h o s c a s o s alea-
c o n la v o l u n t a d
t c i n t r a d i c i i » r i o s e I n s u f i c i e n t e s p a r a r e c o n s t r u i r las r e l a c i o n e s de dependencia 2
. Pero es
tono. considera, además, q u e la obra d e a r t e p o r s u u n i c i d a d i m p l i c a t a m b i é n l a
Si se
i m p o r t a n t e c o n s t a t a i q u e u n e x t r a o r d i n a r i o a r t i s t a , a c t i v o e n la c o r t e de C a r i o magno,
n o c i ó n d e auroarafìa, nos damos cuenta de q u e p a r a l a E d a d M e d i a l i c a t e g o r i a d e o r i g i -
dio o r i g e n e n la ic< in< - M r a l í a t i c l o s e v a n g e l i s t a s a u n a t r a d i c i ó n sin precedentes en O c c i -
n a i c s madci aada P e n . r u l a de la i x í t i c a t e x t u a l , q u e t i e n i l i i restituir l a i n t e r p r e -
dente, d e s t i n a d a a i n f l u i r n o s ó l o e n l a m i n i a t u r a c a m l m g i a c o e t á n e a , sino también en
t a c i ó n de ur ttfMo - I T V t r i t e i o s proba bUfafros y f i l o l ó g i c o s , p a r a l a h i s t o r i a d e l a n e e l
la de los NI -.-los s u c e s o • i s .
e s t u d i o de la irai ¡se todo, d e t e r m i n a r l o s s u p u e s t o s H<j o r a t i v o s q u e h i s t ó -
ncamenii * ' ,.-".» r e a l i z a c i ó n a r t i s t i c a ; e n o t r a - palabras, nos pregun- Para la i M o r i a d e l a r t e , p o r l o t a n t o , l a n o c i ó n de o r i g i n a l se d i l u y e en una idea más
t a m o s que L -l a n i v t a e n el m o m e n t o e n el q u e r e a l i z ó u n a obra neutral de - m í d e l o - - q u e . s i b i e n e n l a m a y o r í a de los casos resulta p e r d i d o , sigue siendo,
nuc ..1
nentidOt u n Originai p u e d e haber existido histón- de todas t¡ rieras, r c c o n s i r u i b l e c o n f o r m e a l a t r a d i c i ó n y a la comparación con otras
camentc. pero s u iden mi i i m e n u d o p r o b l e m a s irresolubles.

(.oiifidert .e poi e a e m p l el Evangeliario de la Coronación ( M e n a . W e l t l i i h c a

EV*m$ no A l'iinn ru B e r l í n . P r e u s s i s c h c r K u l t u r b c - s i t z , m s . ' I T i c i i l . l a l f o l .
i Berlín. Staatsbibliothek

Scharzlcammer der Ho&wrg. > o . . íoU. i > . ?6v ( f i g . 4], I I 7 r , 1 THÍ»-'*; n o s e h a h e c h o

r
260,11 I5i 12IK. | 8 4 x , \ V Die Karoltngisdicn Miniaturen, v<¡\ W.Die llofuhiile
K o e b l e r y f ' Muthcnch.

Un cotejo sistemático de l a - miniaturas v i n c u l a h l e s a s u s e v a n g e l i s t a s , p e r o p o r l o q u e s e KéVtt Uthm I tnzflbaiulSi beißet! mis Lotharingen. B e r l í n , 1 9 7 1 , p p 5 2 - 5 9 ) F e c h a d o s a l n u c i ó d e l s i g l o x,

d e p e n d e n .1, n m . in o . de Vicna t a m b i é n l o s e v a n g e l i s t a s M a r c o s (i. 6 9 v ) y L u c a s (i. HSr) a ñ a d i d o s a l e v a n -
demuestra poi los manasen t< >s carolincms d e R e i m s d e l a e p o c a d e F h b o n ( t i g . 5 ) y l o s : I

geltanums I , Q . v. I \ r 11 d e l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l d e l i u s i a e n S a n P e i c r s b u r g o , c u y o n ú c l e o o n g í n a l
DÍV«a W c a c n l x r . c n M . m . i n u o c c i d e n t a l e n e l s e g u n d o cuarto del siglo tx (Karldet Grolle HSr*und Wirkung,
m l l u f U d Y la i s p o M o n n | A q u i s g r a n . 2 6 d e j u m o - 1 9 d e s e p t i e m b r e d e I N S J , D u s s e l d o r f , 1 9 6 5 , p . 2 9 5 , n. 4 7 7
| V o r o i m s a > V S l c r h g o v . Hestern Europea» llluminaiedManusmpts ofihe 8. totbe 16 Centunet
|f M u i h c m b ;
\ational Ulnarv of Ruxsia. St Petersburg. B o u r n e m o u l h . 1 9 9 6 . B . B i s c h o f * . Katalog der feahndmben
MV
>•:•.:;•::••• ,i,, „ „ „ j ¡ ,hundáist le ¡mu Ausnahme der ¡ruigosluibcnf. s*oí. I I . Laen-Paderborn. W i e s b a d e n ,
a }

-'IM. p K l .n 2321).

•"'Evangeliario de Coldeiiz.t ( L a n d c s h a u p u r c h i v , m s . 7 0 1 / 8 1 , I I 1 6 v . 5 5 v . 8 4 v , I 2 7 v , A . W e i n e r , Katalogder

HUÍ Erzbiftlmf Egbert, e n F.}. R o n i g | e d . J , Eglvrt Erzbischof von Trier Gedenkschnfi der Diözese Trier
KMfflltjjl«
zum mi/O Tmlarag. v o l I . Katalog- und Tafelband, c o n l a c o l a b o r a c i ó n d e A - W e i n e r y R . H e y e n , T n e r , l ° 9 J ,
pp. l ~ - 4 8 , e n c o n c r e t o p . 3 0 , n . 22).

•'Los ctangchsias del Evangeliario de San Gereon ( S t u t t g a r t , W u r t t c m b c r g i s c h e Landesbihliodiefc. n u

D i b L . 2 . " 2 1 . ff. 1 9 r . 6 7 r , 101 r, I 5 6 r ) y d e o t r o s m a n u s c r i t o s o i o n i a n o s d e C o l o n i a reflejan los perdidos del
Evangeliario de Manchester ( J o h n K y l a n d s L i b r a n - , c o d . 9 8 ) . o b r a d e l M a e s t r o d e l R c g i s ü T i m G r c g n r i i ; gracias a
estm t e s u i n o n i o s s e p u e d e e s t a b l e c e r q u e l o s d o s p r i m e r * » e v a n g e l i s t a s d e l m a e s t r o de T r c v c r u dependían, a
«i vez. d e los d e l E v a n g e l i a r i o d e l a C o r o n a c i ó n ( P . B l o c h y I I . S e h n i r / l c i , Die ononische Kölner Malrrnbule.\o\.
II. Textl-and, Dusseldorf. 1970, pp. 125-126; C N o r d c n f a l k , - M i l a n o c Parte ottoniana problemi d i fondo si-
ñora p o c o o s s c r v a r j - , e n Bcnelli (cd-l. // millennto ambrouano. vol. D i La eitta del vesmo da, Camling, al
Barbannra. Milan, 1 9 8 8 . p p . 1 0 2 - 1 2 3, e n c o n c r e t o p p . 1 1 8 - 1 2 0 ) .

" E l evangelista M a r c o s de las Peiicopasde Enrique II ( M u n i c h . B a y e r i s c h e S t a a t s b i b ü o t h c k . C i e n 4 4 5 2 , f . 4 r )

l-íguiJ 4 A q i m g r a u . L: ange/iano de la F i g u r a 5. R e i m * . Evangeliario de Bleis, e l icloma c o n p o c a s v a n a n t e s ni c o r r e s p o n d i e n t e e v a n g e l i s t a d e l Evangeliario de la Coronación (f. 7 6 v ¡ U . K u d e r ,
Cvrunanön. el evangelista M a r c u s , m i n i a t u r a evangelista M a r c o s , miniatura sobre - D i e I k o n o g r a p h i e d e r B i l d e r - , e n E M i i d i e r i c h y K . D a c h s [ c d . | , Das Penkopenbucb Heinncbs II. CbnWUder
s o b r e p e r g a m i n o , s e g u n d o c u a r t o d e l s i g l o i.\ p c r g a m u i o . s e g u n d o c u a r t o d e l s i g l o ix. B/tymscbcn Staatsbibliothek Munchen. Beglcitband zur Faksimile Atagabe, F r a n k f u r t - S t u t t g a r t , 1 9 9 4 , p p . 8 3 - 1 2 0 ,
en c o n c r e t o p . 8 9 ) .

M
Evangeliario de Ilfeld ( G o n n g a , Universiiätsbibbothek, ins. 2." t h c o l . 38. f. 88r; T . B u d d e n S i e g . - Z u r o t -
u i m s c h c n B u c h m a l e r e i u n d E l f e n b e i n s k u l p t u r i n S a c h s e n - , e n F . D i t t w e i l e r . I i . K o l l n r r y P. A . R i e d l |eds.|,
™\V, K o e h l e r v F . M u t h c n c h . Die Karolingiuhen Miniaturen, v o l . I I I . Die Gruppe des Miener Kronungt- Studien zur Buchmalerei und Goldscbruicdehiitst des Mittelalters. Festschriftßir Karl Hermann Ufrner zum 60. Ge-
Metter Handschriften. B e r l i n , i 9 6 0 , p p . 1 7 - 7 1 «
/ . . i . - : ,-.'(.:-• - bunstag am 19. August 196S. M a r b u r g o , 1 9 6 7 , p p . 9 3 - 1 1 4 , e n c o n c r e t o p p . 1 0 8 - 1 I I ; I I . H o f n o a n n , t f ( « W / / M j T
- * ' K i . i •!••• - t o e n e l Eiangt.':.:>., i. /'.'.; ( P a r i s , B i b h o d i e q u c N a t i o n a l e d e F r a n c e , m s . l a l . 2 6 5 , IT. I l v , 7 3 v , und Königtum im ottomschen und friibsalischen Reich. S t m t g a r t . 1 9 8 6 . p p . 4 2 6 - 4 2 7 ) .
1 7 ö v ; \ V K o e b l c r y F M u l h e r i c h . Die Karolmguchen Miniaturen, v o l . V I , Die Schuir von Reimt, t . 1, M l Jen
• N o r d c n f a l l c , Milano e Parte ottoniana. c i t . , p . 1 2 0 ; K o e h l e r y M u t h e r i c h . Die kanlmgutbeu Miniaturen.
Anfangen ks zum Mine Oes 9 Jahrhunderts. B e r l i n . 1 9 9 4 , p p . 1 5 9 - 1 6 6 ) . sol. V I . Die Sehlde von Reims, i . |, Von den Anfangen, c i t . . p . 3 5 .
528 \»ti i HISTORIA IN i * EDAD MEDIA I I I L * I M A C 1 K R l h l I II» A HLMCIÓN V M M , H S IN |L ABll D l LA E f t A D M l D U 529

buciones d i f e r e n c i a d . i s . A t r a v é s d e la r e p e t i c i ó n , la o b r a de arte se representa, se recuer-

da y se da i n f o r m a c n «n d e e l l a . E l v a l o r i d e a l y m a t e r i a l de ln repetición concierne a su
carácter i n f o r m a t i v o . o b r e e l m o d e l o . E s t a i n f o r m a c i ó n puede darse con modalidades e
intensidades d i f e r e n t e s ; a s í c o m o la o b r a d e arte t i e n e sus presupuestos, la repetición
representa l o s e l e c t - . . .

S i e n la r e p e t i c n < - I r e s u l t a d o e s t é t i c o v i e n e separado ¿e lo» presupuestas que deter-

m i n a r o n e n o r i g e n la i m a g e n , la o b r a s e r e d u c e e n su d i m c n - i o n h i s t o r i a y lo que resulta
es algo csriii i.ibiicn' d i f e r e n t e r e s p e c t o d e u n a r e p e t i c i ó n cuyos dos componentes - e l
resultado « - - í c t i c o y sos p r e s u p u e s t o s — s i g u e n s i e n d o sustancial m e n t e solidarios. E n base a
esta Consta a c i ó n , la p r i m e r a d i s t i n c i ó n f u n d a m e n t a l se da e n t r e repeticiones cuya forma y
c o n t e n i d o ' - a g ü e n s i e n d o c o h e r e n t e s , y a q u e l l a s e n las que los dos componentes se separan.
L a s p r u n o > s e r é a b / a n n o r m a l m e n t e c u a n d o la r e p e t i c i ó n de una imagen sucede en las
mismas cir< i n s t a n c i a s h i s t ó r i c a s , l o q u e n o r m a l m e n t e se verifica en el mismo contexto
histónco. e l m i s i n . i á m b i t o y e n las i n m e d i a t a s c e r c a n í a s del lugar en el que se ha p r o -
ducido el .«lelo; a e s t a p r i m e r a c a t e g o r í a p e r t e n e c e n las réplicas y las producciones en
sene. D e 111 m e r a d i s t i n t a , c u a n d o la r e p e t i c i ó n sucede en base a u n contexto histórico d i -
terente. e- e c i r , e n t i e m p o s y l u g a r e s d i f e r e n t e s d e los d e l o r i g e n del modelo, entonces
n o r m a l m e n t e f o r m a y c o n t e n i d o s se s e p a r a n ; e n esta segunda categoría se sitúan las copias,
l u d e n t i c i o n e s y , e n ú l t i m o a n á l i s i s , las f a l s i f i c a c i o n e s * . P o r esta razón, n o pertenece a la
9

Edad M e d i a e l f e n ó m e n o t í p i c a m e n t e r e n a c e n t i s t a d e la búsqueda de instrumentos filoló-

obras a6nes a é l . E n esta o p e r a c i ó n el p r o b l e m a d e i n d i v i d u a r e l - o r i g i n a l » consiste en
d i s t i n g u i r l o s posibles m o d e l o s de s u s r e p e t i c i o n e s ^ . 8
P o r c o n s i g u i e n t e , e n la E d a d M e d i a p u e d e n h a b e r e x i s t i d o , c o n t e m p o r á n e a m e n t e y
e n el m i s m o á m b i t o a r t í s t i c o , o b r a s c o m p l e t a m e n t e s i m i l a r e s ; n o s d a m o s c u e n t a de que
gicos aptos p a r a r e a p r o p i a rse d e l o s i d e a l e s d e u n a c u l t u r a artística pasada, c o m o la clásica,
y. p o r lo t a n t o , m a n t e n e r u n i d o s f o r m a s y c o n t e n i d o s . R e t o m a n d o en este sentido las con-
clusiones de E r w i n P a n o f s k y , la E d a d M e d i a , a p a r t i r de las islas Británicas del siglo v u ,
había d a d o l u g a r , p o r e l c o n t r a r i o , a u n a s e r i e d e r e n a c i m i e n t o s ' . 0

la r e p e t i c i ó n de las i m á g e n e s n o i m p l i c a la p r o d u c c i ó n a r t í s t i c a s ó l o d i a c r ó n i c a sino tam-

bién s i n c r ó n i c a m e n t e y q u e , p o r l o t a n t o , se d e b e n c o n s i d e r a r a m b o s a s p e c t o s .
Fenomenología de la repetición
P o r t o d o l o observado hasta a h o r a , e l f e n ó m e n o d e la r e p e t i c i ó n d e las i m á g e n e s en
la E d a d M e d i a resulta m á s c o m p l e j o de l o q u e p o d í a p a r e c e r al p r i n c i p i o . E l d e copia es
u n c o n c e p t o vago que r e ú n e , b a j o u n a ú n i c a e t i q u e t a , f e n ó m e n o s s u s t a n c i a l m e n t e dife-
rentes.
U n a o b r a de arte c o n s t i t u y e u n d o c u m e n t o h i s t ó r i c o c o m p l e j o e n e l q u e las experien-
cias religiosas e intelectuales, los valores m o r a l e s y l o s i d e a l e s e s t é t i c o s h a n e n c o n t r a d o
su expresión figurativa. D e la m i s m a m a n e r a q u e . e n l o s p r e s u p u e s t o s , la p a r t e de inten-
ciones intelectuales y de r e a l i z a c i o n e s m a t e r i a l e s se a c e r c a c o n d i f e r e n t e s relaciones al
resultado ü g u r a u v o , e n e l f e n ó m e n o de la r e p e t i c i ó n se a l e j a d e las p r e m i s a s c o n c o n m -
" V é a s e e l c a s o c m b l e m i u c o d e l o s i n i c i o s d e la m i n i a t u r a o t o m a n a d e R e i c h e n a u e n r e l a c i ó n c o n las obras
d e l a e s c u e l a d e t o n e d e C a t l o m a j m o ( Y V . K o c h l c r , - D i e T r a d i t i o n d e r A d a g m p p e u n d d i e A n f a n g e d e s otto-
nischen Stiles m der B u c h m a l e r e i - , en W . U ' o r n n g c r , I i . R c i n e r s y L . S e l i g m a n n [cds.],
Geburtstag von Paul Ciernen, Dusseldorf, 1926, Dp. 2 5 5 - 2 7 2 )
E l e s t u d i o d e la f e n o m e n o l o g í a d e la r e p e t i c i ó n c o m p r e n d e también la búsqueda de
los i n s t r u m e n t o s d e l o s q u e p u e d e h a b e r s e v a l i d o el artista m e d i e v a l , pero en este c a s ó s e
abrirían vastas y p r o b l e m á t i c a s c u e s t i o n e s s o b r e los l i b r o s de m o d e l o s , su uso y circula-
ción. P o r e l c a r á c t e r f r a g m e n t a r i o y l o e s p o r á d i c o de los t e s t i m o n i o s " , los libros de
modelos q u e h a n s o b r e v i v i d o p l a n t e a n m á s p r o b l e m a s de los que resuelven. Su uso, en
cualquier c a s o , es i r r e b a t i b l e d u r a n t e t o d a la E d a d M e d i a ; d e n t r o de scriptoria y talleres,
estudios y ateliers, d e b i e r o n d e e s t a r a d i s p o s i c i ó n y c i r c u l a r modelos y repertorios a los
que a c u d i r l i b r e m e n t e . L o q u e p r u e b a su f u n c i ó n n o s o n t a n t o los problemáticos testi-
monios c o n s e r v a d o s como a q u e l l a s o b r a s q u e , s i n e l presupuesto de la circulación de
dibujos p r e p a r a t o r i o s , r e s u l t a r í a n i n e x p l i c a b l e s . U n e j e m p l o nos lo ofrecen dos m o n u -
mentos d e la p i n t u r a o t o n i a n a ; e l Evangeliario de la Sainte-Cbapelle (París, Bibliothcquc
N a t i o n a l c d e F r a n c c , m s l a t . 8 8 5 1 ) " y las Perico/tas de Enrique / i ( M u n i c h , Bayerische
" S o b r e este u l t i m o a s p e c t o s e r e m i t e al clasico de O . K u r z . Pata, L o n d r e s , 1948.
Renaissance /HUÍ Renaseences in Western Art,
E . P.inofslíy, E s t o c o l m o , i 9 6 0 [ed. cast.; Renacimiento y renaei-
imenrot en el arte occidental, M a d r i d , A l i a n z a , 2 0 0 6 ) .
" V é a s e e l e x t e n s o m a t e r i a l l i d i a d o p o r R . W . S c h e u e r , Exemplnm. Modtl-Book Diwingt and tbe Practice of
clmnic Transmission m tbc Muidle Ages (ca. 900-ca. 1410), A m s t e r d a m . - ' 1 9 9 5 .
Fatscbnft zum 60
'-' W e i n e r , Katalog, c i t . , p p . 2 5 - 2 6 . n . 1 2 ; V. A v r i l y C . R a b e l . Manmcriisenluminisd'ongintgennanique, xol
Ir-Xlt'sieele, c o n l a c o l a l » o r a c i ó n d e 1 . O c l a u n a y , P a r í s , 1 9 9 5 , p p 6 4 - 6 7 , n . 5 5 .
530 Atttr i inwoRiA i\ LA F . n A U MEDIA I I I I.A I MAI. I N I I I 1*1 I II»*' FILIACIÓN V C H I ACIÓN F N I I A R T I IJ I LA E ü A D M t D I A 53 I

Staatsbibliothek, C l m 4 4 5 2 ) ' , o b r a » casi c o e t á n e a s : la p r i m e r a , realizada por el Maestro tente o del m e c e n a s ali e d e d o r d e l c u a l e s t á n organizadas. D e n t r o de los monasterios, la

del Registrum Gregorii en Treveris a principios del siglo xi; la s e c u n d a , en Reichenau continuidad h a c e p o s i b l e q u e se c o n s t i t u y e r a n sólidas tradiciones y se desarrollaran par-

hacia 1010. L o s evangelistas M a t e o d e l a s Peticopas de Enrn/u, I I ( f f . iv. 6 r ) r e p i t e n

y J u a n ntularcs ( o r i n a s a r t í s t i c a s , c o s a q u e s u c e d e m e d i a n t e la e l a b o r a c i ó n y repetición -por

los c o r r e s p o n d i e n t e s evangelistas del Evangeliario de la Sainte-CbafnlL ( f f . 1 5 r , 1 1 5 r ) u

y, consiguiente, el perb i i l o n a m i e n t o - d e d e t e r m i n a d a s soluciones decorativas. A l dispo-

dado q u e este fue p r e s u m i b l e m e n t e realizado para la c o r t e de u n s o b e r a n o otoniano en ner de n u m e r o s o s e f e c t i v o s y d e t o d o el t i e m p o necesario, se pueden producir tanto

Ireveris y ningún artista habría podido m e m o n z a r tan b i e n los d o - tipos creados por el obras de LM.III compb iol.uI c o m o o t r a s d e s t i n a d a s a la e x p o r t a c i ó n , p j r a las c u a l e s se re-

gran maestro, cabe conchiii que dibujos preparatorios o a u t é n t i c o s exempla deben de plica el prou.r.it n a de< i i r a á v o d e c i e r t a s o b r a s . A p a r t i r de aqti: :
c comprende la a m p l í s i m a

haber sido realizados en I r e i firi< después usados e n R e i c h e n a u < a u n o las pequeñas difusión de r e p l i c a s t u la A l t a E d a d M e d i a ; los e j e m p l o s podrían ser numerosísimos,

hguras que aparecen ci . il !.• d o I i «S c a ñ o n e s d e l Evangeliario de lié Sainte-Chapelíe ( f f . sobre todi • \¡ i a c i a s a b• m a n u s c r i t o s i l u m i n a d o s y a las tallas de marfil.

9r-14vison de un minia* trtsi ... Reichenau activo e n T r e v e r i s " . el t r a s p a s o de modelos A parni ib- la s e g u í n í a m i t a d d e l s i g l o xi, c u a n d o se d e b i l i t a r o n los i d e a l e s l i g a d o s a la
entre los d o s Centros re < < ro&fmil. T a m b i é n e n R e i c h e n a u el m o d e l o para el tradición i m p e r i a l y a l g u n o s d e las p r e m i s a s tic c o n i r o l y estabilidad vinieron a menos, la
evangelista Matci I ibi ,.. t.n.ic, gracias a u n miniaturista desplazado, a Colo- producción .Mística M i h s g r e g ó e n m á s centros, en los cuales no exisria una tradición ar-

nial d o n d e fue u t i l i z a d " ir. . . • ileCCtUo del siglo xi para el Evangeliario de Hi/iimis tística pree tente. S e creó t a m b i é n u n m a y o r c a m p o de acción para las iniciativas de los

(Colonia. E r . bisch. mcl:e i . . . uv.l 1 l o m b i h l i o t h e k , m s . 12. f.22 r) , f t

. artistas, qui l e v a r o n i n n o v a c i o n e s y c a m b i o s sustanciales a los espacios y las ocasiones

decorauvas i circula», i o n d e l o s artistas posibilitó intercambios entre diferentes centros,

pero s o b r e d o f u e r o n los r e p e t i d o s c o n t a c t o s c o n el O r i e n t e bizantino los que determi-

Réplicas n a r o n los » t e r e s d e la q u e s e p o d r í a d e ñ n i r c o m o la p r i m e r a i n t e r n a c i o n a l artística: el

Románico. I n rales c o n d i c i o n e s , el f e n ó m e n o de las replicas parece m e n o s significativo

L a r é p l i c a , c o m o s e h a d i c h o , e s la r e p e t i c i ó n d e una i m a g e n en las m i s m a s condicio- de c u a n t o sui ediera e n los s i g l o s p r e c e d e n t e s , a u n q u e los e j e m p l o s no falten.

nes históricas en las que ha sido producida, lo que equivale, e n la m a y o r parte de los ca- E n la c p - H a g ó t i c a , las r é p l i c a s se h a c e n m á s n u m e r o s a s , favorecidas nuevamente por

s o s , al m i s m o p e r i o d o y al m i s m o á m b i t o artístico. E n la E d a d M e d i a la réplica represen- la O T g a n í z a c u í n d e o b r a s , t a l l e r e s y p o r la creciente d e m a n d a de arte. E s también signifi-

ta un sistema de producción m u y difundido. T r i u n f a en el transcurso de la Alta Kdad cativo en esti- s e n t i d o q u e C e n n i n o C e n n i n i e n su Libro del arte a c o n s e j e a los jóvenes

Media, cuando se constituyen, alrededor de los monasterios, catedrales y cortes, centros pintores q u e r e h a g a n las « m e j o r e s c o s a s » d e los maestros famosos de su tiempo, sobre

de producción que convencionalmente la h i s t o r i o g r a f í a artística ha indicado con el tér- todo « q u e t o m e s s i e m p r e al m e j o r y al q u e tiene m á s fama; y que i n s i s t i e n d o día tras día,

mino de ••escuelas" 1
. Ellas representan una forma organizada de p r o d u c c i ó n a rustica contra n a t u r a l e z a s e r á q u e a ti n o te p e g u e su m a n e r a y su aire» 1 8
.

que persigue finalidades preestablecidas. E n t r e los ü p o s de escuelas, las e p i s c o p a l e s y de A veces, las r é p l i c a s c o r r e s p o n d e n , p o r el contrario, a demandas precisas por parte del
corte se diferencian sustancialmente de las escuelas m o n á s o c a s ; estas últimas n o depen- comitente, c o m o e n el c a s o d o c u m e n t a d o p o r el contrato de Spincllo Arcrino y otros ar-
d e n sólo d e la iniciativa de u n m e c e n a s , soberano u obispo: pertenecen a una comunidad nstas (17 de o c t u b r e d e 1 3 8 4 ) p a r a la e j e c u c i ó n de u n políptico destinado al convento
monástica cuya estructura les p e r m i t e una c o n o n u i d a d que va m á s allá de la d u r a c i ó n de olivetano de S a n t a M a r í a N u o v a e n R o m a , q u e tendría que resultar i d é n t i c o al pintado
las p e r s o n a l i d a d e s que se suceden en los diferentes cargos d e n t r o del monasterio. Las por el m i s i n o a r t i s t a p a r a la i g l e s i a d e S a n P o l i c i a n o c n hueca , 9
.
escuelas de corte y episcopales se d i s u e l v e n , s i n e m b a r g o , c o n la d e s a p a r i c i ó n del comi-
Algunas r é p l i c a s s o n e s p e c i a l m e n t e s i g n i f i c a t i v a s ; n o s e l i m i t a n s ó l o a tablas, sino tam-

bién a c i c l o s e n t e r o s . E n e s t e s e n t i d o , u n e j e m p l o e m b l e m á t i c o le o f r e c e la decoración

realizada p o r V í t a l e d a B o l o g n a , p r o b a b l e m e n t e e n 1348, e n la cabecera d e la c a t e d r a l de

" M u t b e r i c h y D a c h s (cds.). Das Penkopenbucb Heinrichs //., C I L , Zierde für ewige Zeil. Das Perikopenbiab
Udine 4 0
. A q u í V í t a l e y s u taller r e a l i z a r o n u n vasto ciclo de frescos; el programa iconográ-
W«nnrfo//.. eaulug^ d e 1 9 9 4 - 1 5 d e c o e r o de 1995), Frankfurt, 1994
5co preveía c n los m u r o s laterales h i s t o r i a s d e l G é n e s i s y del N u e v o Testamento, y en el
" Kudcr. Dir Ikonographie der Bilder, cit. pp. 88-89. id.. - D i e Bilder u n d Zierseiieit«, en Zierde für ewige
del f o n d o la A n u n c i a c i ó n , la C r u c i f i x i ó n y u n a m o n u m e n t a l C o r o n a c i ó n d e la V i r g e n cn
Zeil, e i l . , p p . 1 0 9 - 1 3 2 , e n c o n c r e l u p. 113.

" F . M i i t h e n c h , - D i e ottoiusche Buchmalerei (Trierer Buch und Bibliothcksge schichte. I ) » , c n EL

F r a n k e nLierser v A- l i a b e r m a n n ( c d » . ) , Ijtctatun'tnotgung in den Getslesirissenscbaften. 75 Deutscher Biblnibe- " C . C e r n i m i , // libro dell'ime, cap. X X V J I , cdición comentada y a n o i a d a p o r F. B r u n e l l o con una iniroduc-
kartag m Tner JVA'5. F r a r d d u n . 1986. p p . 3 5 7 - 3 7 0 . c n c o n e r c u a p p . 3 6 6 - 3 6 7 . caónde L Magagnato. Vicenza 1971, El libro del arte. M a d r i d , A k a l , 1 9 8 8 ) .
p p . 2 7 - 2 8 [ed. cast.:
" P Bluch. - D i e beiden R c i c h c n a u c r K v u i g c l i i r c i m K ö l n e r Ifcirnschatz--. Kolner Doinblall X V I - X V D , V
M . B a e c i , -Pro remedio animile". Immagini saere e pratiche devozionali in Italia eentrale (secoli XIII e XltJ, P i s a ,
( 1 9 5 9 ) , p p . 9 - 4 U . e n c o n c r e t o p . 30; B l o c h y S c h n i u l e r . Die ononnebe Kolner Malersthule, a t - , p . 2h Glaube und 2000, p . 1 2 2 ; p a r a c i d o c u m e n t o , c f r . G . C o n c i o n i , C . F c m y G . G h i l a r d u c c i , . - i n f e pittura nel Medioevo lucche-
Husen im \hnelalier. Die Kolner DomhHiotM. c a i i l o | ( o d e l a c x p o s i c t ö n ( C o l o n i a . 7 d e a g o s t o - 1 5 d e noviem- se, L u c c a , 1 9 9 4 , pp. 298-299.
b r e d e 1 9 9 8 ) . MÜUKJI, 1 9 9 8 . p p . 3 4 9 - 3 5 6 . n . 7 6 (LT. S u n n a n n ) .
* B Casadiu, «Vitale da Bologna a U d i n e » , en Itinerari di l'itale da Bologna Affreschi a Udine e a Pompon.
'"KoeWcr. Buchmalerei, dt, p. 106; F. M i i t h e n c h . - D i e B u c h m a l e r e i i n d e n K l o s i c r s c h u l c n d e s frühen
catalogo d e l a c x p o s i c i ó n ( B o l u n i a , 2 9 de scpticmbrc-l I d e n o v i e m b r e d e 1 9 9 0 ) . B o l o r ù a . 1990, pp. 4 9 - 8 8 , c n
M m d a h e r » - , en R . K u r o c (ed.), Monanisebe Reformen im 9. und 10. Jahrhundert, S i g m a n n g c i i . 1 9 8 9 . p p . 15-28. concreto p p . 60-66.
532 LA (MAr.lN Rt I I 1 I D A . F I L I A C I Ó N V OUI A C I O N >N t L A ü T L OC I A E.SMD M I B M 533
A m t i H I S I O R M I N LA IM»AU M I D I « III

Procedimientos e n M I Í C

L a p r o d u c c i ó n e n c r i e i m p l i c a , e n s e n t i d o l i t e r a l , e l u s o de medios mecánicos para

la r e p e t i c i ó n d e iin.igi o e s e n m á s e j e m p l a r e s ; tiene sus índ TÍOS en el arte medieval,

como d e m u e s t r a n d i t i e n t e s c a t e g o r í a s d e o b j e t o s r e d i . 'ii el uso de moldes o

matrices, c o m o e s m a l t e s , j o y a s , s e l l o s c i n c l u s o iconos"-' ; , líos, en particular, pre-

sentan u n a p r o b l e m a .1 i n t e r e s a n t e , p u e s t o q u e m a m - . impronta (destinada a una

vida e f í m e r a ) t e n í a n 1 i . i c t c r e s y f i n a l i d a d e s diferentes. C o n iodo, t a m b i é n se pueden

reconocer 1 gos s e n . J e s e n p r o d u c c i o n e s q u e n o fuero»» I».olías m e c á n i c a m e n t e . E a

sene, en sei ido a m p l i o , i n c l u y e u n a p r o d u c c i ó n artística c o n caracteristicas tales que

permitan 11. p r o d u c t • • >n m ú l t i p l e , a c e l e r a n d o bis tiempos d e ejecución para satisfacer

b d e m a n d a I g u n o s ' e s t o s a s p e c t o s e s t á n presentes ya en la A l t a E d a d M e d i a en los

manuscriti. u o l i n g u «s f r a n c o - i n s u l a r e s d e l g r u p o principal 4 1
, c u y o o r i g e n se sitúa boy

e n la a b a d í a S a i n t - \ m a n d 4 4
. S e trata e s e n c i a l m e n t e de evangeliarios y sacramentarlos

realizados < ; i s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o ix y caracterizados por una decoración preva-

lenteinentc 11 a m e n t a l d e d e r i v a c i ó n i n s u l a r . E l n ú m e r o de manuscritos producidos

debió d e sci 1o t a b l e s i s e c o n s i d e r a , a d e m á s d e los e j e m p l a r e s conservados, cerca de una

treintena, >. o m e r o d e las o b r a s p e r d i d a s reflejadas en otros manuscritos. S i a estos

elementos si i r í a m o s el h e c h o d e q u e la r e p e t i c i ó n de las formas ornamentales de esta

producción ||< g a , e n a l g u n o s c a s o s , a r e s u l t a d o s d e casi perfecta sobreposición, y que los

Stanuscritos - ,• e n c u e n t r a n nb mttiqtto e n c e n t r o s diferentes de l o s d e o r i g e n y, c o m o se

deduce de b s a c r a m é n t a n o s , p a r a el u s o d e I g l e s i a s diferentes, se debe concluir que el

•fTtpiorium e n el q u e s e p r o d u j e r o n se e s p e c i a l i z ó en la d e c o r a c i ó n ornamental de obras

destinadas a la e x p o r t a c i ó n 4
' . E l h e c h o , a d e m á s , d e q u e en estos manuscritos las m i n i a -

turas a p a r e z c a n e n p o c o s c a s o s y c o n caracteres estilísticos diferentes, permite incluso

suponer q u e p a r a la e j e c u c i ó n d e é s t a s se r e c u r r i e r a , en caso de que l o p i d i e r a el comi-

tente, a m i n i a t u r i s t a s e x t e r n o s al m o n a s t e r i o . E s t e g é n e r o de producción -amplificado

V p o s t e r i o r m e n t e d e s a r r o l l a d o - se e n c u e n t r a m u c h o m á s tarde en los talleres librarios

de la B a j a E d a d M e d i a , c u a n d o los l i b r o s d e h o r a s se realizaban en serie en ttteliers e s p e -

cializados p a r a d e s p u é s s e r v e n d i d o s y e v c n t u a l m c n t e completados en otros talleres se-

F i g u r a . P i m u r d e l c í r c u l o de M u d e d a B u l u g n a , S p i h n i b e r g u , c a t e d r a l d e S a n i a M a r í a la M a y o r , cabecera,
u
gún las d e m a n d a s d e l c o m p r a d o r 4 6
.
hisiurias del N u e i o I c a U i n e i U O , IM Flagdattón. f r e s c o . 13 5 8 .

homenaje a la d e d i c a c i ó n de la i g l e s i a . D e l c i c l o s e lian conservado sólo las escenas del

P G Ü n d y P. L e o n e d e C a s t r i s ( e d f . ) , j M J a f l J M g » epnéustmeotftafaf
A!
Estríe, Smghi&limigBtnmigHJ-
registro inferior, pero gracias a La r é p l i c a d e t o d o el ciclo realizada e n la cabecera de la
nin Compañía, F l o r e n c i a , 1 9 8 1 ; p e r o s o b r e t o d o v é a n s e l o s n u m e r o s o s e j e m p l o s f i c h a d o s e n A . L c g n c r ( c d . ) ,
catedral de Spilimbergo"". e n 1358, p o r u n p i n t o r del c í r c u l o d e Vítale, es posible recons- Ornamenta Eedestae Kunst und Kirnst irr der Romanik; c a t á l o g o d e l a e x p o s i c i ó n ( C o l o n i a , 6 d e m a n o - 9 d e j u n i o
t r u i r las partes q u e faltan d e los frescos d e Udine. ten S p i l i m b e r g o se repitió t o d o el pro- di 1985). C o l o n i a . 1 9 8 5 . vol. I , p. 320, n n . B 9 3 - B 9 4 ( B . B â n s c l i ) , p . 3 2 1 , n n . B 9 5 - B 9 6 ( R . K r o o s ) . pp. 3 2 2 - 3 2 3 .

grama decorativo, s i g u i e n d o la m i s m a disposición de las e s c e n a s dentro de recuadros en «n 1 1 9 7 - B 9 9 ( B . B a n s c h ) , p p . 3 2 3 - 3 2 4 , n . B I 0 U ( I L F u ü b r o i c h ) , p p . 3 2 4 - Î 2 6 , n n . B 1 0 I - B 1 0 4 (B. Bansdi). pp

»6-337. nn. B I 1 1 - B U 3 <P. S p r i n g e r ) , p p . 3 3 7 - 3 4 6 , n n . B 1 I 4 - B I 2 5 ( B . B á n s c h ) . P a r a u n precoz e j e m p l o de
los muros. L a c o m p a r a c i ó n de las escenas c o n s e r v a d a s de C d i n c c o n las d e Spilimbergo,
miüupara icono, cfr. F C P a s k a l e v a y L . P r a s h k o v ( c d s ) . Iront bulgare dti secoti l Y - A Z v . c a t á l o g o de b eiposíciün
c o m o por ejemplo la Flagelación (hgs. 8-9), demuestra claramente que la réplica incluso
(Ruma, 15 d e m a y o - 1 5 de junio de 1979), K o m a 1979, p. 12, n. 4.
fue m i n u c i o s a e n los detalles i c o n o g r á f i c o s .
" Kochler, Buchmalerei, cit.. pp. 171-179.
M
A Bouicmy, - L e style franco-saxon, style de S a i m - A m a m U . Scnptonum I I I ( 1 9 4 9 ) , p p . 2 6 0 - 2 6 4 , id.,
- f ' i i c l fut le f o y e r d u s t y l e f r a n c o - s a x o n ? « , c n j . C a s s a r t ( e d . ) , Misetllanea Tornacensia. Mélangesd'ardre'o/tgie et
J'hatoire Congrès de Tourna/ (4-8 septembre 1949), B r u s e l a s , 1 9 5 1 , v o l . I L p p . 7 4 9 - 7 7 3 .
4 1
F. Z u l i a n i , - G h a f f r e s c h i d e l c o r o c d e l l ' a b s i d e s i n i s u a » , e n t.". F u r l a n y I. Z a n n i e r ( c d s . ) . // Diiomo di
* ' F. M ù t h e r i c h y j . E . G a e h d e , Karolingisebe Buchmalerei. M u n i c h , 1 9 7 6 , p p . 1 7 - 1 8 .
Spilnnbergo. 1234-1934, S p i l i m b e r g o . 1 9 8 5 , p p . 104-1 32, e n c o n c r e t o 117-129.
* * C . d e H n m e l . W Htstory of Ulmmnateil Manuscripts, L o n d r e s . 1 9 8 6 .
534 ADII I H I S T O R I A E N LA F n A D Mi D U I I I
I.A iMAí. i N Rrn i "<)*: FILIACIÓN v ( R r ACIÓN F.N si «ara M M K n « D MEDIA 535

cabezas de a m b o s c i c l o s , r e p e t i d a s t a m b i é n especularmente, dejan .suponer que fueron

realizadas c o n esta tecnica (fígs. 1 0 - 1 1 ) . L a repetición en sene Je imágenes no concierne
solo a ciertas t é c n i c a s , - n i o q u e i m p l i c a , en general, muchos d e los aspectos cjecurjvosy
organizativos de la p r o d u c c i ó n a r t í s t i c a medieval.

Copias

La copia es la r e p e t i c i ó n d e una i m a g e n fuera de la dimensión histórica en la que fue

realizada, poi lo t a n t o n o r m a l m e n t e en u n contexto cultural y en un ámbito artístico
diferentes d< i .s o r i g e n a l e s . L a i m a g e n tomada como modelo suele repiorse con la in-
tención de n> i|>ortar v a r i a c i o n e s que alteren o modifiquen la forma y su reconocimien-
to. Precisan i< i c p o r q u e la c o p i a se genera fuera del ámbito cultural de origen, puede
contener f.u e n t e e r r o r e s o, m e j o r d i c h o , malentendidos.
Figura l u V Fiyurj 11 \I»MJ. c j i c t l r . i l l i e S a n t a Mana,
La copia. i la a c e p c i ó n arriba expuesta, representa, en relación con la consistencia
Sann» I'i¡fu ( '. t u S t O r i M d e M O I M A . EI pl.i^a de las moscas.
jp>-' p i n t u r a m u r a l . 1.1. 1 0 * 1 ) . 1 ( 1 4 0 . d e t a l l e del fenómeii' ic la r e p e t i c i ó n de i m á g e n e s en la E d a d Media, un fenómeno relativamen-
Anrjrés, p i n n i r j murji . |0| " - ] U 2 0 . te limitado. 1 i a l g u n o s c a s o s s o n copias de textos ilustrados tardoanbguos, clásicos,
de i d le como el Aratxde Lenlvn ( B i b l i o t e h e c k d e r Rijksuoiversitcit, ms. Vbss. Lat. Q. 79) odel i0

TerenziQ Vauamo ( C i u d a d d e l V a t i c a n o , Biblioteca Apostólica Vaticana, ms Vat. Lat.

Dentro de las grandes ohras pictóricas se plantean en ocasiones trabajos en sene con
la finalidad de acelerar los tiempo- d e eiecución. E n algunos ciclos del siglo xin. la distn-
bución del trabaio entre arustas especializados en el ornamento o en la realización de las
figuras, denota un intento similar, cuyo componente mecánico surge claramente en las re-
presentaciones, que i n v es u pac iones técnicas y comparaciones formales han establecido
que dependen del uso de plantillas (conocidas con el nombre de parrón i) para las figuras
y los rostros, o incluso, de moldes para la parte ornamental . E n aquellas técnicas que se
basaban, al menos en pane, en la versión de un proyecto, c o m o las vidrieras y los tapices,
el uso de estos sistemas de multiplicación de imágenes es evidente, en especial en las vi-
drieras a partir del siglo xm, cuando la comparación entre figuras que se repiten exacta-
mente, permite reconocer el uso de los mismos modelos ".
1868)*', realizados e n el s e g u n d o c u a r t o del siglo ix en Aquisgrán, en la corte de Ludo-
neo Pío , Se n a t a d e trabajos en los que el modelo se repite rigurosamente, respetando
cada característica f o r m a l e i c o n o g r á f i c a . S i n embargo, son extremadamente raros los
rasos de copias de m a n u s c r i t o s l i t ú r g i c o s tardoanriguos; un ejemplo es el Evangeliario de
uom (Gante. S m t B a a f s a p p i t e l , m s . 13), realizado en Saint-Amand alrededor del año
800, que repite u n m a n u s c r i t o del s i g l o v i " . L a mayoría de las veces, en lo tocante a los
4
retratos de los evangelistas y las tablas de los cánones de los manuscritos carolingios no
4
idtomegno internazionate (Aosta, ¡5-16 maggio 1992). T u r i n , 2000, pp. 59-129; C . Segrc Monte], - C o m -

Se trata de métodos que debieron de ser ya conocidos al menos desde el periodo ro- m m e n z a e p r o g r a i n m a i c o n o g r a f i c o n c i d u c e i e b p i t t o r i c i d i S a n ' O r s o e d e l l a c a t t e d r a l c d i A o s t a » . Und, pp.
H7-I83
mánico, dado que en los grandes ciclos pictóricos o en algunos relacionados un mismo
Koehlcr y M u t h e r i c h . Die karolmgischen Miniaturen, vol. I V , Die Hafscbule Kaiser Lothar, c i t - . p p . 108-116;
aieíier se puede observar la repetición exacta de representaciones, para las cuales cabe F. M u t h c n c h . - D i e B i l d e r - , n Aratea, v o l . I I , Kommentar zum Aratus Grrmameus ,\b lies. lat. Q
C 79. B i -
suponer el uso de plantillas y cartones. Tenemos un ejemplo en la decoración pictórica bliothek d e r K i i t s v i i u v e r s i t e i t L e i d e n . Lucerna. 1989, pp. 31-68.
de San Orso y en la de la catedral de Aosta, de la primera mitad del siglo xi '': algunas 4
' Koehlcr y M u t h e r i c h , Die karolingiscben Miniaturen, vol. IV. Die Hofschule Kaiser Lothars, cit., pp. 85-100;
D. H . W n g h t . - T h e O r g a n i s a t i o n o f e h e L o s t L n t e A n t i q u e Illusrratcd T c r c n c c » , c n C . A. Chavannes-Mazcl
vM. M . S m i t h ( e d s . ) , Mciheval Manuscripts oftbe Latin Classies: Production and Use. Pntetdmgs ofTht Seminar in
4
' M , N i n u n o y C . Olivetti. - S u l l e U C o i c h c di trasposizione d e l l ' i m m a g i n e in e p o c a m c d i o c v a l c » , Rivuta ihr ilistoiy oftbe Itoolt tu 1100, L o s A l t o s H i l l s , C a l . - L o n d r c s , 1 9 9 6 , p p . 4 1 - 5 6 .
dell'Istillilo S'azionale dAnbeologia e Stona d e l l ' A r t e s c r i c I I I . V11I-LX (1985-1986). p p . 3 9 9 - 4 1 1 ; M . Andaloro,
F. M i i t h e r i e b , - B o o k I l l u m i n a t i o n a t t h e C o u r t o f L o u i s t h e P i o u s » , c n P. G o d m a n y E L C o l l i n s ( e d s ) ,
- l m o s a i c i d e l S a n c t a S a n c t o r u m - , e n Sanrta Sanctontm. M i l a n , 1 9 9 5 . p p . 1 2 6 - 1 9 1 ; B . Z a n a r d i , « R e l a z i o n e di
Cbarlcmagne's lle/r. New Perspectrves an the Reign of Isntis the Pious (S14-S40), O x f o r d . 1 9 9 0 , p p . 5 9 3 - 6 0 4
restauro della decorazione della cap|»clb d e l S a n c t a S a n c t o r u m c o n d u e a p p e n d i c i s u l l e t e c n i c h e d'esecuzione
W. K o e h l c r , - D i e D e n k m ä l e r d e r k a r o l i n g i s c b e n K u n s t i n B e l g i e n » , c n P. C l c m c n ( e d . ) . Btlgutbt
dei dipinti m u r a l i d u c c c n t e s i r u - . tbid . pp 2 30-269; id., li cantiere di Giotto. M i l a n , 1996. id.. - P r o j c i d c s > m c ci
fonstdaihndler, v o l . I , Pom 9. bis zum Ende des 1S. Jahrhunderts, M ü n i c f a , 1 9 2 3 , p p . 1 - 2 6 , e n c o n c r e r a p p . 11 - 2 6 ;
Rei'ue de l'art 1 2 4
" p i p - o n s " d a r ò l e d i a n u c r d e Li p e i n t u r c m u r a l e a u M o y c n A g c » , (1999), pp. 43-55.
C N o r d e n f a l k . « D e r i n s p i r i e r t e E v a n g e l i s t * . , Wiener Jahrbuch fiir Kunstgeschichte X X X V I ( 1 9 8 3 ) , p p 1 7 5 - 2 6 0 ,
* * E Castclnuovo. iettate medievali Officine tecniche maestri, T u r i n . 1994, pp. 84-86. en c o n c r e t o p . 1 7 9 ; R . K a h s m t z . « " M a t h e u s e x o r c C h r i s t i s c r i p s i t " . Z u m B i l d d e r B e r u f u n g u n d Inspiration
* * H . P. A u t e n r i e t h y B . A u t e n n c t h . - D i e W a n d m a l c r c i e n d e s 1 1 . J a h r h u n d c r t s i n d e r K a t h c d r a l e zu der E v a n g e l i s t e n « , e n C . A i o s s yK . K i e f e r (eds.), llyzantme East. Latin West. Art-HatoncalStudies in Honoref
Aosta-, en S. Barberi (ed.). Medioevo aostano. La pittura intorno ali anno Mille in cattedrale e in Sant'Orso. Atti KunWea-mann, Princeton, N J , 1995, p p . 1 6 9 - 1 7 6 , e n c o n c r e t o p. 174.
 LA I M AC. I : N RTPI I I I» A FILIACIÓN V CREACIÓN E N r i . AHI t tu LA E D A D M E D I A 537
536 ARTI r HISTORIA ».N L A E D A D MI-DIA III

se puede hablar de copias* , sino de obras realizadas s o b r e la base de m o d e l o s t a r d o a n t i -

4 tal, la d i f u s i ó n d e a l g u n is c o p i a s , c o m o la Madonna da VeWirrm (Pisa, M u s e o Nazionale
guos que han s u f r i d o una p r o f u n d a r e e l a b o r a c i ó n . di San M a t t e o , l ì g . 1 3 ). a t r i b u i d a a N i n o P i s a n o y r e a l i z a d a e* t- >s años sesenta del siglo,
J u n t o a este u p o de copias, que p o r c o m o d i d a d se p u e d e n d e l i i lológicas, existe una v e r o s i m i l m e n t e p a r a la i g l e s i a p i s a n a d e S a n t a M a r i a d e l l • . i; 3
\
segunda categoría que se basa e n presupuestos d i f e r e n t e s p e r o c o n efectos similares Se
tT.it.i He la repetíatín dt SCjuellas ümagenes i o n n o t a d a s i c o m igra T u snlísticamcmc '.is

que se atribuyó u n c u l t o especial. F . n la m a y o r p a r t e de los casos. s , -n i c o n o s que p o r de-

finición se presentan c ^ n i m á g e n e s de u n a r q u e t i p o . L o s e j c m p l >s e n este c a m p o ->>n
numetosiíirr.0 en (*.;• iitc c o m o e n O c c i d e n t e ; baste p e n - -r e n las copias de los
iconos ruin i . roa en el c u r s o d e los siglos, m u c h o t a s allá d e los limites
cronul. . n a s r e f e r i m o s para la K d a d \ l-.dia. y a la recepción
de los ta ) rransctirso d e l s i g l o x m " .
. las p o r m o t i v o s l i g a d o s a l c u l i " son a n t i g u o s iconos
bizantir se traca de i m á g e n e s m e d i e v a l e s occidentales que el
culto u ; aso, p o r e j e m p l o , d e la l l a m a d a - M a d r e de los N i -
¿n>• • vení .al i L -h. e n San M i n i a t o , i c o n o de m a d e r a toscano de
principios del si# < i c u l t o q u e se d e s a r r o l l ó a l r e d e d o r de este i c o n o en el
transcurso delTVeCMii i en la segunda m i t a d d e l s i g l o , e n la Toscana occiden-

Figura 14 Pisa, cruz pintada de San Pictro in Vincoli. temple sobre tabla,raediadc»del siglo xut

P e r o la m a y o r í a d e l a s v e c e s n o e s t a m o s e n c o n d i c i o n e s de c o m p a r a r modelo y co-
pia, a u n c u a n d o e s t a r e l a c i ó n d e b í a d e e s t a r e n la g é n e s i s h a b i t u a l de este g é n e r o de
imágenes. E n c u a l q u i e r c a s o , se t a t a d e i m á g e n e s q u e se r e p i t e n a sí mismas según la
práctica b i e n c o n o c i d a d e l r e p i n t a d o , p e r o i n t e n t a n d o m a n t e n e r algunos trazos carac-
terísticos d e la i c o n o g r a f í a y d e l e s t i l o d e la i m a g e n s u b y a c e n t e . O t r a s veces, el valor de
copia ha s i d o s u b r a y a d o r e c u r r i e n d o a o t r o s m e c a n i s m o s ; u n e j e m p l o insólito es el
ofrecido p o r e l C r u c i f i j o d e la i g l e s i a d e S a n P i c t r o i n V i n c o l i e n Pisa (fig. 14), obra pisa-
ría del s i g l o x u i S 7
, e n l a q u e e l c a r a c t e r í s t i c o p c r l i l d e l m a r c o , caracterizado p o r la presen-
cia de u n t a b l e r o e n l a e x t r e m i d a d s u p e r i o r d e l b r a z o v e r t i c a l , quedó i n c l u i d o en el inte-
rior de u n s e g u n d o m a r c o , m á s a m p l i o , q u e d e j a b a espacio para las figuras de la Virgen y
san J u a n . D e esta m a n e r a p r o b a b l e m e n t e se h a q u e r i d o r e m a r c a r el valor de copia de una
cruz p r e c e d e n t e .
Figura 12. Toscana occidental. Figura I 3. N m o Pisano
Virgen con el Niño llamada (atribuida a). Virgen con el
-Madre de los Niños-, cilla Niño llamada Virgen de los
pobcrufiuda. principios del Vettunni. talla, sexto decenio - L e sculture lignee n e l folklore religioso: alcune considerazioni», cn C Baracchini (ed.), Scultura
lignea. Lucca ¡200-1425, catalogo de la exposición (Lucca, 16 de dicierabre de 1995-30 de junio de 1996).
siglo x t v . del siglo xiv.
Lucca, 1996. pp. 3 1 - 4 1 , en c o n c r e t o p . 34. Sobre la Madonna dei Vernimi, véasc también Al. Burresi (ed.),
Andrea. Nino e Tommaso scultori pisani, con un pcrfil histónco sol>rc ci arte pisano del Trecento de A Catcca.
Kochler, Bucbmalerei. a t , p. 105.
M
Milan. 1983, p. 190, e ili., « " O r r i d e , o r piange, «ir teme, or s'assecura'*. Poetica del scnomeniu e esercizio di
" Sobre cste aspccto cs nxbWa referencia general H . Bclting, Dai lilla' una" seta Publikum tm Mittelalier. iulc nell'attività di N i n o P i s a n o » , cn id. (ed.), Sacre Passioni. Scultura lignea a Pisa dal XII al XVsetolo, catalogo de
Form uni FunktionfrubenBildtafdn derPaxton, Berlin. 1981. Véasc ademas G . Babic,-11 modello c b replica b exposición (Pisa, 8 de n o v i c m b r e de 2000-8 de a b r i ! de 2001). Mdàn, 2000, pp. 164-195, a i concreto p 175.
nell'anc bizantina delle icone». Arte cristiana L X X V I (1988), pp. 61-78; M . Bacci. «Appunti sulla nasata, " R i Sandberg-Vavalà, La croce dipinta italiana e l'iconografia della passione. Verona, 1929, pp. 696-701; F_ B.
molti plica/-ione e decadenza delle immagini dì culto a u n biute a s a n Luca pittore», Bollettino d'Arte serie VI, Garrison, Italioti Romaiicsaue panelpaintmg. Ari illustrated index. Fiorendo. 1949, p. 179, n. 450, Al. BunesiyA
LXX1X. 88(1994). pp.7ì-92. Clicca, Le croci dipinte, Pisa 1993, p . 79.
 \ l T i i IH s l i i « i * | S I * C D A D M i m t III I « I M \ •. I S Ht |'l i i l i l F U 1 A' I O S % I. U 1 A l I O N I S I I 4 h I 1 H I 1 « fcmi) M I 1>IA 539

Derivaciones numerosos: I m i i p n li nuestra l a s c a r a c t e r í s t i c a s insignia.-, otomanas del poder, lleva

vestimentas d e r t » t c n t < i l e o » r a c K » n v . s o b r e t o t l o . Jos á n g e l e s que en el C u j f a l I I I H I . a V

C o n el n o m b r e dt. d e r i v a c i o n e s se i n d i c a l . i r e p e t i c i ó n d e u n . i »gen c o n la intern iòti S.HI limimi.iii se e i n it-ran e n t u n a d e l baldaquino. Ii.n i . l Mivtiruulos p o r figuras
de i n t u n d i r l e u n n u e v a c o n t e n i d a \ u n a n u e v a f u n c i ó n Para m p r e n d e r m e j m qué jleu'oruas. q i M i o n i o d o s y . i p r e s e n t e s fl l o s l a i c l i r « . " . t a n . prohahleinente. las
sieniiica. se [ n u d e Minar i o m o e i e m p l o e l t » t r a t o d e l s o b e r a n o ^a.r.imcnian» i Ba- Cuatro p r m M U L I S d e l i i*t r i o . c t r . i t t e n s t i c a s d e la i c o n i i g r i m p e r i a l o t o m a n a " . Bási-
1

nifiit II ( M u n i c h , Bayerische S t a a t s b i b l i o t h e k . C l m 4 4 5 6 . i l i . li 1$)**. Para r« lizar camente, la i.if|en • n m p i c e l C^alvo h a s e r v i d o para I / J I u n nuevo r e m o con
el r e t r a t o d e l e m p e r a i i wnMùriiim d e l\ati-di.»n.i. - di/o t o m o modi loci taractvristii i jirupi.i i bien e l m o d e l o oarolingiu < , . i r.anuiré reconocible, el
r e t r a t o de C a r l o s d ( l a t a i .uncus át San Emmeram i \1 h . Bayerwche s
m- resultado ni ptietli -nsulerar una copia.
bihhnthcl.. ( I -" I a impostación general l.i escena es la n i aiu.
el soberano está si i n b a l d a q u i n o r o d e a d o de • L í t a n o s \ hffUl ile-
góricáá. P e n . si i irati tv en d e t a l l e , h is i .i li a p u n a d o s ri .Itali

HS • I

14
• 1

-i
r* - -."r?5¿s'|ti
:

Pigun I " I * ' i a. / ¿ aiiaeliano. C I n s t o en Figura IK. IiTea. Sacramentano de

M j l i - u d . i n i n u l u r a w h f i PC r i a m i n o . H'amiondo.símbolo» de los evangclnuu.

f i g l i o l< Kjtivbmij. Salame nun-r de
I nnoui II. r o f . . i < i J t l emperador l.nniiui
II. miniatura sobri pergamino. ¡. - •
d o p i l i - u Y 1002.
" P E S d u a n m Ü*Je*ot&e* Kptstr und Kmip <>< BiUern ihm Aea. 757-//W (19281, nueva ednAodc
I i y u r j |6 l - i u i h a n b . > Berengario legúela de prilM ipi«»\ del -.ipb. x i i mmiaiura sobre pergamino. 1000-1001
la i o n e de Carlo-, el ( C-afa aurea- de
S.IH I.mmrram. retrato de < ..irlos el t .iU>>.
m i n u t u i i sol i r e pergamino. H"n
K n m u c h o s c o s o s , l a d e r i v a c i ó n u s a u n m o d e l o para c o n s t r u i r una imagen completa-
mente d i f e r e n t e . < C o n s i d é r e s e , p o r e j e m p l o , e l Evangeliario m s 4 0 / í - X I de la Biblioteca
Capitular d e I v r e a . d e p r i n c i p i o s d e l s i g l o X I I , c u y a s m i n i a t u r a s dependen del más anti-
Saenimeinnrtt, de Utirniomlo ( I v r e a , B i b l i o t e c a C a p i t u l a r , m s . L X X X V I / 3 1 ) ' . La
guo 6

I- Muthenihion beolaboradändr P Bergbau*\ N <iu«nm, M u m d i . I0H». pp 21 5-216. n 124.11. Fuhr-

injnii v I Mullientli l e d s . l . Da- Lxangcliar Heimul« de> tarnen «Bn mittelaltrrllnhe l/cir>ihrHvld, laolop»
Maieaas Úov/ini. q u e d e c o r a e l Evangeliario e n e l f . 7 ( 6 g . 17), podría p a r e c e r á primera
delaen«»m<Ti|\luiuili, IN de niarco-2U de alinl de VW,,, M i i n n h . 1988, pp *"-*»*. n Z l H luhrnwnjn
?

F MuuVnch). Söhre el manuscnio. cfr.) Kinueier n al (ed* I. bJmer Heinrich II 1002 H/24, i.iol.ieo de b
exposioon (Bamberg. 9 de lullu-JO de OCUfeK de 2002) \ugsburgo. 2<H»2. pp 2AK-27I, n 112 l t * Suckalc • Stbranim, Dir draiuln-u Kmtser und Könige, cu . pp. 2 0 Ì - 2 0 7
Kedlefscn) w
C Scere M o n i t i , - I I n mia m e o ad Ivrea- i codici della Bibbotcca Capitolare-, en S. Castronovo. A.
'Schramm Du deutschen Kaner und M ^ r , in , p 170.n 40. Fuhrmann \ Muthench (eds.i. 0 * 1 fa-atgt- Segre M o n i l i . - La n i i n i a r u r a - . c n Q . Romano (ed.). l'icmonteromanico, Turin. lVM.pp 2°2-i08,
hat Hanneb, da Laven, cu . pp 44-45, n ° ( I I l'ulinuann y F. M u t h e n c h l . Sidin- el inanu*cnu>, cfr W c n c u K T e i o pp 100-101, ul. - Dall'età warmondiana alt 'esordio del gouco-, enC. Segre Monicl F. Crivello y
Kuchlcr> F Muthcndi. De harvlingiscbm Miniaturen. V Du Heubült Karls des Kahlen. Berlin, l*>H2.pp. 17$» \. l^uaz/a, / manmcnlli miniali della Capitolare produzione locale, committenze e oequi'nnm, en C Cracco (ed.),
|9Bs K. Iii'. 11 .i jn. r Die vvrtarotingn<hen und kainlinginbrn HaiiJ-tbnften der Bayem.hen Staatd-ihtiotheh. Wie»- AM» della Chiesa .li Ivrea dalle origini al Al secolo, con la tolalioración de K Piazza. Roma pp. 6I7-&4J,
baden, 1W0. pp 127-1)1. n 24N. e n u m e r i l o pp. 6*0-612
540 A R T I , I H I S T O R I A E N LA E D A D M E D I A III

vista una c r e a c i ó n o r i g i n a l d e l m i n i a t u r i s t a r o m á n i c o p o r q u e n o o > r r e s p o n d c a ninguna

de las ilustraciones d e l Saerantentano de \ \ annondo n i a n i n g u n a d i > >tro m a n u s c r i t o war-
r n o n d i a n o . P e r o u n e\amen m a s a t e n t o revela q u e l o s s í m b o l o s d i i . »\ e v a n g e l i s t a s dentro
de círculos n o son una i n v e n c i ó n d e l m i n i a t u r i s t a r o m á n i c o , s i n - q u e t a m b i é n dciivan
del Sacr.vitentano. p r e c i s a m e n i e de los s í m b o l o s de l o s e v a n g c l i q u e a c o m p a ñ a n el
c a r m e n figurado e n el f. 22\ q u e e l o g i a a W a r m a n d o ( f i g . 1 8 ) . M i n i a t u r i s t a románico,
EL V I A J E , L A I M A G E N , L A H E R E J Í A : LA TRANSFORMACIÓN
para realizar la Mahsijf Domim d e l Evangeliario, se s i r v i ó d e l o s • b u l o s de los evange-
listas presentes en el '*.• va-u+ntarin, que r e p i t i ó e s p e c u l a r m e n t e , . m i d i e n d o e n el centro D E L S I S T E M A S I M B Ó L I C O D E LA IGLESIA ENTRELA
k figura de ( ristO sai . m e n t e , f l a n q u e a d a p o r l o s d o s i n f l e s e n adoración. El
resultado es una ¡m : I.. Maicstas Dojnini, p e r o a l g u n o s de sus c o m p o n e n -
R i I O R M A G R E G O R I A N A Y L A HEREJÍA CATARA
tes, los s í m b o l o s . derivan de u n m o d e l o preci*-1
Arturo Carlo Quinavalle

l- pílogo

C o m o se ha m ¡ i n c i p a l e s f o r m a s d e r e p e t i c i ó n d e i m á g e n e s y una
selección l i m i t a d * d - CH'ÚJI • se h a b r í a p o d i d o e x t e n d e r nd limitum para buena
El viaje c o m o estructura narrativa en Oriente y Occidente
p a n e de la E d a d M c d . ;. . . u n o d e u n a o b r a d e a r t e se basa e n el c o n o c i m i e n -
t o - y. p o r c o n s i g u i e n t e , t a la ; epeiótl y r e p e t i c i ó n - d e u n a o b r a p r e c e d e n t e . S ó l o en
Fxisie u n a e s t r u c t u r a n a r r a t i v a q u e a t r a v i e s a t o d a la E d a d M e d i a y que es modelo
el transcurso d e l siglo s i u ss .• ii ae .i u n c a m b i o , e n s e n t i d o m o d e r n o , e n la c r e a c i ó n ar-
metahistóru .. d e l e c t u r a p a r a e l O c c i d e n t e y e l O r i e n t e c r i s t i a n o s , pero que se encuentra
tística, es decir, se acude t a m b i é n a la r e a l i d a d c i r c u n s t a n t e . L o s p r i m e r o s pasos de esta
también e n e l u r r i t o n o d e l a c u l t u r a i s l á m i c a : e l v i a j e . N a t u r a l m e n t e , e l viaje c o m o tal es
evolución acontecen a l r e d e d o r de d o s p o l o s : m á s allá d e l o s A l p e s , e n e l s e g u n d o cuarto
«na m e t á f o r a o , m e j o r , l a n a r r a c i ó n d e l v i a j e t i e n e v a r i o s niveles de significado y el literal
del siglo x m , e n e l c l i m a de la r e n o v a c i ó n q u e se m a n i f i e s t a c o n e l n a t u r a l i s m o d e l gótico
es. e n las d i f e r e n t e s r e l i g i o n e s , e l p r i m e r o y e l m á s o b v i o d e los i n s t r u m e n t o s interpreta-
m a d u r o , y e n la I t a l i a c e n t r a l , a p a r t i r d e l ú l t i m o d e c e n i o d e l D u e c c n t o , c o n los pintores
tivos; los s i g n i f i c a d o s s e c u n d a r i o s , es d e c i r , e l v a l o r s i m b ó l i c o d e l viaje y de su alternanva
preparados para c o n o n u a r las e n s e ñ a n z a s de G i o t t o , c o m o p r u e b a e l ya c i t a d o tratado de
más e n d e n t é , e l n o v i a j e d e l o s q u e s e e n c i e r r a n e n u n r e t i r o y se excluyen del m u n d o
C e n n i n o C e n r d n i . que t i t u l a el c a p i t u l o X W 7 1 I - D e c ó m o , m á s allá d e los maestros,
son, e n c u a l q u i e r c a s o , e s t r u c t u r a i n t e r p r e t a t i v a d e la i d e a m i s m a de civiUzación desde la
debes s i e m p r e t o m a r d e l n a t u r a l c o n i n s i s t e n c i a » . E s t a s d o s v e r d e n i c s d e la renovación,
Antigüedad t a r d í a h a s t a e l final d e l p e r i o d o m e d i e v a l . S i n e l i n s t r u m e n t o de análisis del
nórdica y m e d i t e r r á n e a , que e n t r a r o n e n c o n t a c t o e n e l c l i m a i n t e r n a c i o n a l del G ó u c o
viaje, e l s e n t i d o m i s m o d e l a p e r e g r i n a c i ó n , d e l r e c o r r i d o y de la búsqueda de las metas
tardío, darán vida en el p r i m e r t e r c i o d e l s i g l o w a d o s a p r o x i m a c i o n e s distintas a la
de los v i a j e r o s m e d i e v a l e s y d e l o s fieles m e d i e v a l e s n o tendría s e n t i d o . Por esta razón,
realidad y a su r e p r e s e n t a c i ó n : la a n a l í b e a d e l a r t e flamenco y la s i n t é t i c a d e l humanismo
para c o m p r e n d e r q u é v e í a n y q u é p e n s a b a n l o s v i a j e r o s d e la E d a d M e d i a , debemos re-
italiano *.6

flexionar s o b r e e l s i g n i f i c a d o d e e s t e i n s t r u m e n t o de l e c t u r a del pasado teniendo en

A u n q u e la repetición de la i m a g e n c o n u n u a r á t o d a v í a p r a c t i c á n d o s e , ya n o represen-
tará c o m o en la E d a d M e d i a u n o de los p r i n c i p a l e s h o r i z o n t e s d e la c r e a c i ó n artística. Sin
e m b a r g o , s i g n i f i c a t i v a m e n t e , c o n el fin d e la E d a d M e d i a se a f i r m a la x i l o g r a f í a , técnica
de reproducción e n serie que abre una é p o c a n u e v a e n la q u e se m u l t i p l i c a r á n las técnicas
mecánicas de r e p r o d u c c i ó n .
cuenta el s e n t i d o d e l v i a j e y d e s u c o m p l e m e n t o s i m é t r i c o , el n o viaje, para después con-
siderar o t r o s a s p e c t o s : d e s d e e l c u l t o d e las r e l i q u i a s a la individuación de sus diversas
c a r a c t e r í s t i c a s , d e l a f u n c i ó n s i m b ó l i c a d e la c i u d a d y d e l c a m p o a la iglesia c o m o sistema
de s i g n i f i c a d o s , d e l u s o d e l a s i m á g e n e s d e n t r o d e la iglesia a la ausencia de imágenes de
la m e z q u i t a , p a r a l l e g a r , e n f i n , a l a i g l e s i a c o m o s i s t e m a d i d á c t i c o f u n d a d o en Occidente
sobre las i m á g e n e s , a l c o n t r a r i o d e l a m e z q u i t a , c u y a d i d á c t i c a está hasada en la palabra . 1

Sobre las imágenes, cfr. I I . B e l t i n g , Bild and Knit. Sim (Jetebubte drs Hildts zordem Zeitalierder Kunst,
1

^ Sobre estos aspectos sigue siendo fundamental la visión de conjunto de O . Pácht, -Early Italian Nature
Studies and Uve Early Calendar Landscape-. Journal of the Warburg and CourtaubJ Institutes X I I I (1950), pp.
IM7.
Munich. 1990 |cd. cast.: Imagen y mito. M a d r i d , Akal, 2009]; J. W h r h . fhmfi MTlViat MhiiMit nM*Jí
menu fiT-.\T neelt). París, 1989. Sobre los caminos de las peregrinaciones, cfr. A. C Quintavalle, La anida
raneo. Parma, 1975; id.. U Vie dei pellegnui nell'Emdia medtevale, Milán. 1977; id. «Le rie del Mcdioera. Da
Chateaubriand a V i o l l c t le D u e . da R u s t í a a M u g o fino a Bedier, Poner, Male», enirf. (ed.),Le Vkdel\UdiM-
« Attt del Convegno inteniazionale di studi (Parma. 28 setembrr-l ottobre 1998). Milán. 2000, pp. 3-9; id., «Vii-
542 AtTt e H I S T O R I A E N L A F D A D M l U I I III I' I » t » J I . LA IMAGr.N. LA M C R I I I A I.A 1 R A N O O R ti A» I O S 543

Para e l O e c i i i c m e c r i s t i a n o e l viaje es, e n c u a l q u i e r c a s o , u n i n s t r u m e n t o n a r r a t i v o lic- se p r o d u c e e n f u n c i ó n «leí v i a j e , p e r o t a m b i é n d é l a p e n n a n c m - i a y de la venerarían de las

uase: es e l m o d o m i s m o c o n e l q u e se p r o p o n e n u n o s m o d e l o s : |,t \ i d a d e C r i s t o , incluso reliquias y d e s u f u i u Ñ m p o l í t i c a g e n e r a l ; p o r eso se considera que la guía fue escrita en
antes d e l n a c i m i e n t o , es viaie, y l o sera t a m b i é n e n e l r e l a t o e v a n g é l i c o e n los tres años el á m b i t o c J u n i a c c n s c i u n a l t o n i v e l , p o r s u p u e s t o e n relación con la política internacio-
de la madure/; el viaje es e l i n s t r u m e n t o i n t e r p r e t a t i v o d e la p r e d i , a c i ó n m i s m a , ciniie- nal de la I g l e s i a d e K< <¡M.I d e d i c a d a a la r e c o n q u i s t a y al c s o í n u l o f l la cnizada de Occiden-
zando p o r san P a b l o , y p o r t a n t o e l v i a j e se v u e l v e u n i n s t r u i i i e i i n e s la e s t r u c t u r a , p o - te'. P e r o e x i s t e o t r o \ i . i j e , o t r o r e c o r r i d o , s i e m p r e d e peregrinaciones, que goza de ma-
dríamos d e c i r hoy, para c o n t a r las V i d a s de l o s s a n t o s , de t o d o s a q t u i ION q u e p r o p o n e n la n i r respeto q u e e l d i I r a n c i a a C o m p o s t c l a , y es e l viaje hacia Roma, y el otro, el mas
fe e n C r i s t o , t a n t o e n O c c i d e n t e c o m o e n O r i e n t e . D e las t r e s c u l t u r a s e n las o r i l l a s del i m p o r t a n t e d e t o d o s , h a c i a J e r u s a l c n . Se t r a t a d e d o s r e c o r r i d o s distintos que tal vez, en
M e d i t e r r á n e o , la o c c i d e n t a l , la b i z a n t i n a y la i s l á m i c a , t a m b i é n esta u l t i m a parece mover- su o n g e n , s» p o d í a n i o n s i d e m r u n i d o s p o r q u e e l c a m i n o de Roma a Bari y, por tanto, al
se c o n los nusnioS presupuestos. C o m i e n z a c o n u n v i a j e , c o n la l l e g i r a , e n el 6 2 2 . la embarco ha. ia T i c r i i S a n t a e r a u n c a m i n o i m p o r t a n t e , si bien las vías terrestres que
nueva experiencia de M V t c o m o guía de u n a n u e v a r e l i g i ó n . \ e l m i s m o M a h o i i u y atravesaban « . r e c i a h a s t a B i z a n c i o se r e c o r r í a n a u n q u e con mayores dificultades.
el C o r a n asumen t i l \ i j j e c o m o i n s t r u m e n t o i n t e r p r e t a t i v o de muchas D e l viaje b a c í a R< u n a y l a s r e l i q u i a s d e P e d r o y de P a b l o tenemos también una guia,
suras \ del Ci la r u h ^ i o s a . E l v i a j e , t a m b i é n i n este caso, c o m o por los Mirabiti ubis lint/me 4
- s o b r e la q u e se ha p r o d u c i d o u n a m p l i o debate critico recicn-
lo demás antes ' n e n t c . q u i e r e d e c i r t a m b i é n \ a n t e t o d o peregrina- temenrV-, tifa q u e c o n s t r u y e u n r e c o r r i d o d e n t r o de la c'tu<\:u\ para comparar ideal-
c i ó n ; por lo lar. visita a I upares ^agrados, a fas s a g r a d a s s e p u l t u r a s , a las ciudades y mente c o n I • g u f a d e C .< i m p ó s t e l a ; e n e f e c t o , l o s Mirtibiliti son u n texto de apoyo para que
a los espacii >s Consaj radi i >ndt el p r o f e t a , o sus i n m e d i a t o s d e s c e n d i e n t e s , pasaron los que lie] ' i .1 R o m a d e s c u b r a n e l s i g n i f i c a d o de n u m e r o s o s monumentos antiguos,
o d o n d e están sepultad* - ! cu > i de la*- r e l i q u i a s y d e l o s sagrado-, c u e r p o s e n O c c i d e n - convenido n p u n t o d e r e f e r e n c i a d e u n a n a r r a c i ó n compleja, extendida a nivel occi-
te es el m o d e l o para las preterí i i*¡ d e l i s l a m p e r o c o n n o t a b l e s d i l e r e n c i a s . ¿Cuáles son dental y n o - i l o o c c i d e n t a l , d e l o s o r í g e n e s c r i s t i a n o s . P o r esta r a t ó n , en la peregrinación
las fuentes del viaje en O c c i d e n t e : Se d e b e n d i s t i n g u i r las e s c r i t a s d e las que son por a las r e l i q u i a s ,| - |,, s a n t o s , e n la v i s i t a a sus s e p u l n i r a s se i n c l u y e u n nuevo razonamien-
t s

imágenes; e n t r e las fuentes escritas «>n i m p o r t a n t e s las V i d a s d e l o s santos, q u e propo- to el análisis d e | . i e s t r u c t u r a s d e l m u n d o a n t i g u o , que adquieren valor y sentido dentro
S

n e n el viaje c o m o i n s t r u m e n t o de i r a n s l o n n a c i ó n y. p o r c o n s i g u i e n t e , de f o r m a c i ó n de la de la c i u d a d c r i s t i a n a . P o r o t r o l a d o , d e b e pensarse q u e en t o d o lugar, en toda iglesia, en

personalidad d e l p r o t a g o n i s t a . Este es el e s q u e m a n a r r a t i v o d e la d i s t a n c i a i n i c i a l de la fe; toda meta d e l v i a j e , a l p e r e g r i n o se l e o f r e c í a n n a r r a c i o n e s que eran claramente determi-
l u e g o , la conversión que sucede después d e u n e n c u e n t r o , o u n a i l u m i n a c i ó n d u r a n t e un nantes para la o r g a n i z a c i ó n d e r e l a t o s u l t e r i o r e s y eso'mulo para |>ostcriorcs viajes, y estas
r e t i r o fuera del m u n d o y esto, e n d e f i n i t i v a , t a m b i é n se p r o p o n e f í s i c a m e n t e c o m o naje narraciones d e b í a n s e r e s c r i t a s e i n c l u i r a d e m á s una p a r t e histórica, la vida del santo,
de u n lugar a o t r o , tal vez e s t i m u l a d o p o r la p r e s e n c i a d e o t r a figura s a g r a d a , u n magister. quizá c o n u n a p a r t e s o b r e l o s m i l a g r o s post wortew, y l u e g o h i m n o s , oraciones y demás.
L a formación del santo, pues, aparece t a m b i é n c o m o e s c u e l a p e r o , a la v e z , c o m o viaje De t o d o e s t o , q u e q u i e r e d e c i r o r g a n i z a c i ó n d e l c u l t o p e r o también una interpretación
d e n t r o de u n pasado de m e m o r i a s q u e m u e s t r a n e l e s q u e m a narrativo. que se les s u g i e r e a l o s fieles d e a q u e l l o q u e d e b e n v i s i t a r y comprender, la idea misma
Pero n o están sólo las V i d a s de los santos; o t r a s f u e n t e s d e l viaje son t a m b i é n otros del viaje es u n c o m p o n e n t e d e t e r m i n a n t e p o r q u e n o s ó l o repite, en la vida del santo, el
tipos de textos mu\ d i f u n d i d o s en e l a l t o y b a j o p e r i o d o m e d i e v a l , p e r o q u e han sufrido viaje de C r i s t o o e l d e l o s a p ó s t o l e s y p a d r e s d e la Iglesia, sino que confirma al fiel en su
u n gravísimo menoscabo al n o estar e s t r e c h a m e n t e l i g a d o s , c o m o la V i d a de los santos, recorrido m i s i n o q u e , c o r n o e x p l i c a u n a d e las m e t á f o r a s cristianas más usadas, esviaje
a una función sagrada. Se trata de las l l a m a d a s guías d e l p e r e g r i n o y de los i t i n e r a r i o s . Si en u e r r a , p r e c i s a m e n t e e n e s p e r a d e l o t r o v i a j e , e l d e l alma hacia Dios.
se t o m a e n consideración la m á s c o n o c i d a de las g u í a s , la d e la t u m b a d e Santiago de
C o m p u s t e l a , se entiende enseguida c ó m o e l s i s t e m a d e n t r o d e l c u a l se i n c l u y e la indica-
ción de los i t i n e r a r i o s n o es m á s q u e una m í n i m a p a r t e d e l c o n j u n t o de las indicaciones
que p r o p o n e la Iglesia para l l e g a r a l s a n t u a r i o o . m e j o r d i c h o , a l o s s a n t u a r i o s , visto que
uluña, G r e c i a ; e l l i b r o M I i l u s t r a , e n t r e o t r a s c o s a s , e l t r a s l a d o d e los restos del sanio a G a l i c i a ; el libro A ' , b
el l i b r o V del Códice Cetltxtiiw, la p a r t e m á s c o n o c i d a d e l c o n j u n t o , se r e f i e r e a u n com- Historia Tiirpmi, una especie de cbansvn de geste p e r o e n l a r i n , p r e s e n t a a T u r p í n , a r z o b i s p o de R c i m s , narrando
plejo sistema de r e c o r r i d o s c o n c u a t r o c a m i n o s q u e v i e n e n desde F r a n c i a y que se unen bs luchas d e £ a r l o m a g n o en España y d o n d e S a n t i a g o s e l e a p a r e c e a T u r p í n e n s u e ñ o s i n v i t á n d o l o a liberar

en España, en Puente la R e i n a , para d e s p u é s p r o s e g u i r c o n o t r a s etapas hasta C o m p o s - I s p a n a >• e l S a n t o S c j i u l c r o t i c l o s s a r r a c e n o s ; p a r a t e r m i n a r , e ! l i b r o V e s l a g u í a d e l p e r e g n n o d n d e Francia

tela. Pero el Códice Calixtmo es u n sistema c o m p l e j o ; es u n g r u p o o r g á n i c o d e textos que

2 hanaEipaña. j»nr t a m o . C a n u n radio más l i m i t a d o q u e e l de los m i l a g r o s del libro I I .

1
V é a s e la e d i c i ó n de J. VicUiard. Le Cuide da prlcrin de Samt-Jacaues de Computelle. . M a c o n , I 9 J 8
G . R C . P a n b e y ( e d . ) . Mirabilia Rimine e codicibus Vaticana emendata. B e r l i n , 1 8 6 ° ; l i . J o r d a n , l

dee Stadi Rom mi Alienimi, v o i . I I . B e r l í n . 1 8 7 1 , p p . 6 0 5 - Ó 4 J ; P. F a b r c y L D u c b e s n c ( c d s . ) . Le Ldrr Censaum

u c o a l i e " í o o u " d e l l e s t r a d e d e i p e l l e g r i n a g g i " , e n A . C a d a ci al. ( c d s . ) , Arte d'Occidente Terni r metodi Snidi in
d/TEglae Romame, v o i . I, P a r i s , 1 9 0 5 , p p . 2 6 2 - 2 7 3 .
onore di Angioli Maria Homamm. R o m a , I W 9 . v o i . H I . p p . V 8 7 - W 9 .
' C . D ' O n o f r i o , Visitiamo Roma mille anni fa lai città dei Mirabilia, R o m a , 1 9 B S ; A L a r u i l l o n a . Cntnlwi
* E l Coatet ' ah i.'.•/. e s t á c o m p u e s t o p o r c i n c o l i b r o * : e n e l l i b r o I h a y t e x t o s l i t ú r g i c o - , r e l a c i o n a d o s t a m b i é n
ni «Mirabilia Urbis Ramar-. G e n o v a . 1 9 9 6 ; P . Z e r b i ( e d . ) , Roma antica nel Medioeio Mito, rapfmenlazitm
c o n U s n o t a s d e S a n t i a g o ; e n e l l i b r o I I se n a r r a n 2 2 m i l a g r o s h e c h o s p o r S a n t i a g o c o n u n a s i g n i f i c a t i v a distri-
pravvivenze nella Respublica Christiana dei secoli IX-.XHI. Atti della XLVsettmuma internazionale di a
b u c i ó n geografica u n e ca t a m b i é n clave d e la p r o v e n i e n c i a d e l o s p e r e g r i n o s d e F r a n c i a . Italia. Alemania, Ca-
24-28 d e a g o s t o d e 1998). Milán, 2001.
5+4 Ami t HISTORIA EN LA E D A D M I U I A III El. V I A I I . L A IMAr.EN. LA U t R I I l A LA i • »Olili'lOv ..

En O n e n r e , en el m u n d o b i z a n n n o . el viaje nene u n a i m p o r t a n c i a i g u a l m e n t e evidente,

y la peregrinación a los diversos santuarios, a las sepulturas, asumí- un s i g n i f i c a d o relevante
porque allí se conservan las reliquias, los cuerpos santos, o los s i e n , • s de su ausencia, COrtlO
en el caso de la morada de la V i r g e n en Efeso o de san J u a n , también e n Kfeso, p o r no ha-
blar de las reliquias conservadas en C o n s t a n a n o p l a . q u e serán o b j e t o de rapiña e n UertlpUÉ
de la cuarta cni/_ida.

L a p e r e g r i n a c i ó n a T i e r r a Santa n e n e u n a l a r g a h i s t o r i a , i n c l u s n i n t e r i o r al t e x t o más
c o n o c i d o , la Peregrmatto Eté . s o b r e e l q u e e x i s t e un a m p l i o d e b a t e v este m i s i n o
viaje atraviesa, c o m o c s q u c m i < n t c r p r c t a t i \ o d e las d e m á s p e r e g r m .< iones, t o d a la I dad
M e d i a , t e r m i n a n d o p< r m u ia a r q u i t e c t u r a d e l o s e d i f i c i o s , r e m o d e l a r e l s i g n i -
ficado. Por c o n s t g u t. DI '>H, las c o p i a s d e l S a n t o S e p u l t o > c o n s t i t u y e n u n o de
los med«<<s .-, crave? \ d i /.ación d e l O c c i d e n t e m e d u \ a l p e r m i t e c o m p l e -
tar el viaje l j c r u s a l .11 r e a l i d a d ; u n via|e. p u e s , q u e es m e t á f o r a d e l viaje
r e a l , al q u e la disi m- 10 . i s dificultades políticas p u e d e n servir de impedi-
m e n t o . E s esta la causi . de un v i a j e s i m b ó l i c o a las s e p u l t u r a s , l a razón de
la i n v e n c i ó n de u n . : arCji : i m u t a c i ó n , c o p i a , y a l a q u e se la c o n s i d e r a c o m -
pletamente cquivalent e a l S ra L a d i f u s i ó n en t o d o O c c i d e n t e d e las réplicas
del Santo Sepulcro, empv. :.. ,. : s a n t o S t e f a n o d e B o l o n i a ( f i g , I ) " . d e m u e s t r a la
i m p o r t a n c i a m í t i c a d e l \i.i ydi pi <. ^encia c o m o r e c o r r i d o d e s a l v a c i ó n d e l fiel y, una Pero e x i s t e t a m b i é n o t r o s i s t e m a d e n a r r a c i o n e s q u e n o se u c n e e n cuenta, que lleva
vez m á s , aparece como símbi u n a d i f u n d i d a s a c r a l i d a d y d e u n a c o n s t r u c c i ó n de J la v e n e r a c i ó n d e o t r o s s u j e t o s , y a c o m p l e t a m e n t e b o r r a d o s de la memoria histórica
s e n t i d o de g r a n i m p o r t a n c i a . Por e l o t r o l a d o , l a r é p l i c a d e o t r a s e s t r u c t u r a s q u e conser- pero m u y p r e s e n t e s e n l o s t e x t o s , y s o n las chansons de geste, las d e l ciclo artúrico y las del
van i m p o r t a n t e s r e l i q u i a s e n B i z a n t i o . c o m o en c o n c r e t o S a n t a S o f í a o l o s S a n t o s Sergio ciclo c a r o l i n g i o ; s o n s o b r e t o d o l a s s e g u n d a s las q u e t i e n e n una función importante e n la
y í í a c o . este ú l t i m o r e t o m a d o t a m b i é n e n O c c i d e n t e en San M í a l e en R á v e n a . demuestra literatura d e la p e r e g r i n a c i ó n y . p o r c o n s i g u i e n t e , e n la interpretación de los significados
c ó m o la f u n c i ó n de las a r q u i t e c t u r a s es u n t e t o d o m e m o r i a y, a l a v e z , e n t r a d a al signifi- de los d i f e r e n t e s l u g a r e s y d e s u s a c r a l i d a d . La Chansons de Roland11 propone, en los años
cado s i m b ó l i c o p e r o t a m b i é n r e l i g i o s o , d e l e d i f i c i o i m i t a d o ; en e f e c t o , c u a n d o se copia noventa d e l s i g l o X I , u n a r e f l e x i ó n i m p o r t a n t e : l a ehanson de geste cuenta el evento de
en O c c i d e n t e el S a n t o S e p u l c r o , e x i s t e n /// loco r e l i q u i a s q u e p r o v i e n e n o se c o n s i d e r a que Roncesvalles c o m o u n a l u c h a e n t r e e l i s l a m y l o s e j é r c i t o s cristianos y, por l o tanto, como
p r o v i e n e n d e l c o n j u n t o de J e r u s a l é n . P o r c o n s i g u i e n t e , l a a r q u i t e c t u r a , su f o r m a , impone una p r e f i g u r a c i ó n p o l í t i c a d e l a s c r u z a d a s y d e l a r e c o n q u i s t a de España.
una i n t e r p r e t a c i ó n , un sistema d e s i g n i f i c a d o s . 1 0

La ehanson de geste s u g i e r e u n s i s t e m a d e viajes p e m también de c u l t o que Íntegra la

'"G E Gamurrìni, -S. SiMae peregrinatiti ad loca sancta>-, Studi e Documenti di Storta r Diritto IX (1888),
pp V7-I74.
:
M . Ferotin, -I-c \cntalilc auteur de la peregrinati»! Sylvae, la Merge espagnol Ethena». Revue dei Quei-
tiuns limonava i s.. XXX (IVO», pp. 367-397. R Dcvos. - La date du voyage d'Egerie». Analceta Rollandiana
LXXXY (1967), pp. 165-194. A. Arce. Umcrano de la tirgen Egeria (381-384), M a d r i d . 1980; J. Wilkinson.
Egena'i Travet, to the Holy Land. Jcrusalén-\Aamunstcr, 1981; P. Maraval, Journal de I \agt Itmératre, Paris.
1982; F. de' Maffei. «Pellegrini di Tèrra Santa. I l Diario d i Egeria», en Quintavallc (ed.), Le vie del Medioevo,
o c . pp. 87-117.
' V. C. Corbo. Ricerche archeologiche al Monte degli Ulivi, Jerusalén, 1965; C. Coiiasnon, The Church of the
Holy Scpulcre mjennalen. Londres. 1974; V . C (.orbo, // Santo Sepolcro di Gerusalemme Aspetti archeologici dalle
origini al periodo crociato, i vob.. Jerusalén. 1981 -1982; R. Ou^tcrliout, « T h e Temple, die Sepulchre and the
ManiTioo of the Savior-. Gesta XXTX(1990). pp. 44-53; F. Cardini. -Jerusalem iraslaia-.cn Quinavalle (ed ).
U vie del Medioevo. cit„ pp. 281-296.
• 7 Colonne e 7 chiese. La vicenda ultramillenana del complesso di Santo Stefano in llologmt, Bolonia, 1987.
R. Krauthcimer, -Introduction to an -Iconography o f Medieval Architecture"'', Journal of the Warburg
10
perspectiva q u e n o s o f r e c e n l a s v i d a s d e l o s s a n t o s y las d e m á s fuentes de la peregrinación
a las r e l i q u i a s . E x i s t e n o t r o s i n d i c i o s d e esta v e n e r a c i ó n para las reliquias de los paladi-
nes, u n s i s t e m a d e c u l t o b o r r a d o e n O c c i d e n t e p o r la C o n t r a r r e f o r m a al cual debemos
sumar, e n c u a l q u i e r c a s o , l a s n a r r a c i o n e s a r t ú r i c a s q u e t i e n e n una parte notable en el
imaginario c o l e c t i v o y q u e e n c u e n t r a n l a r g a d i f u s i ó n e n el á m b i t o de la iconografía de la
época r o m á n i c a .
l a m i n e n se d e b e r e f l e x i o n a r s o b r e u n a s p e c t o de estas chansons de geste, que se recitan,
acompañadas d e m ú s i c a , e n las c o r t e s y q u e e n c u e n t r a n diversos ecos en las distintas len-
guas v u l g a r e s . A m b o s c i c l o s , b r e t ó n y e n r o l i n g i o , p r o p o n e n únph'citamcntc el viaje y, por
tanto, s u g i e r e n u n r e c o r r i d o y a s í t a m b i é n u n a f o r m a de salvación final. Basta pensar en
Roldan y e n s u p r o g r e s i v a a d h e s i ó n a l a v o l u n t a d d i v i n a escogiendo el sacrificio de la
vida; basta p e n s a r e n o t r o s v i a j e s , q u e s o n e n c i e r t a m a n e r a también literatura de guía,
como el n a r r a d o e n La Chevaleric Ogier de Daneniarehe, una ehanson de geste que hace re-

and Courtauld Institutes. V (1942), pp. 1-33.

M . Hensi (ed.), La canzone di Orlando, Milán, 1985 (véase en concreto la introdiiecicìn de C. Segre).
546 ARTE E HISTORIA EX IA tn.i» MEDIA III
fcrencia directa al camino de Monte Bardonc y que trata del viaje del paladín de Carlos
y de sus batallas entre el monte y "Ibscana . ,:
Existen también otras fuentes del viaje, y son los itinerarios, que sirven sobre iodo
para trazar, de modo esquemático pero útil, el curso de los c a m i n o s medievales. Cada
uno de estos itinerarios ', empezando por el del arzobispo de Caín • rlmry, Sigerico. en el
1 caballerías o los animales de t i r o . P o r el cono-ario, los monasterios estaban organizados
990, cuerna con itinerarios diferentes; el del obispo Sigerico señala la importancia de
otro itinerario -bien conocido por el análisis arqueológico y pdi i « n o s numerosos testi-
monios—, el de norte a sur, desde Calais, en este caso, a Lausana. el Gran San Bernardo,
Fidenza, Pontreiiudi. Lacea, Viterho y Roma; por consiguiente, un eje del viaje que los
peregrinos próvcruent« •• •! I norte debían recorrer para i r a la ciudad de Pedro y de Pa-
blo. También el i r t u r a ; a. I i N'ifculas de Munkathvera (1154). un abad islandés, que
proviene del nordesii. imíno que. en la parte final, coincide con el precedente
y que antes pasa i rual Dinamarca, Alemania entre I lildesheim y Pader-
born. después Maguí cía •• íspira, Basilea, Aosta y luego dobla hacia Roma.
Otros itinerarios, H H M . ¡pe Augusto de 1191 a la vuelta de la tercera cruzada,
van de sur a norte j asi Feli] * ¡ me de Orranto y de Bari, luego llega a Roma y después
sube hasta Moncerusio.
Se podrían recordar otros textos, pero se debe advertir que estas indicaciones de etapas
no se pueden poner en el mismo plano, sino que hav que relacionarlas con la intención de
aquellos que realitan el viaje; de hecho en los diferentes itinerarios algunos lugares se pri-
vilegian en relación con otros, y esto sucede en función de una precisa voluntad religiosa,
o bien política, como en el caso de Felipe Augusto, por lo que no se puede dejar de subrayar
la estratificación \ l.i complejidad de la organización de las vías.
Sobre este punto parece oportuno señalar la necesidad de una reflexión histórica
perú, ciertamente, también arqueológica sobre los caminos mismos, metáfora del reco-
rrido hacia lo divino de cada fiel, pero también estructura que. progresivamente, se va
organizando y dotando de instalaciones funcionales, como parece claro por muchísimas
fuentes, por lo que a los caminos y a los hospicios benedictinos, situados en los montes
desde el periodo longobardo al periodo carolingio. los siguen auténticos sistemas de
hospitalidad organizada que en el siglo xn ya no se fundan en la caritativa hospitalidad
de los monasterios, sino en un conjunto de lugares de pago, que son indispensables para
un flujo de viajeros cada vez más numeroso'" . La estructura de los hospicios ha sido ana-
1
'-' Sobre esta ebanson ärgerte, importante para el análisis de las etapas en la zona del Passo di Monte Bardo-
nc y, pur unto, cu Toscana, véase Quintav alle. La strada romea, eit.; id.. Le Vìe dei pellegnnr nell'Emilia medieva-
le, d t
" R Stopani, Le Vie di pellegnnaggw del Medioevo: gli itinerari per Roma, Gerusalemme, Compostela!, l'bren-
na. 1W5 ; además, Cfc id. Le (Jrandi vie di pellegrinaggio del medioevo: le strade per Roma, Florencia, 1986; id. La
Via Franstgeaa una strada europea nell'Italia del Medioevo. Florencia, 1988; id.. IM Via Franetgeiia del Sud: l'Appia
Troiana nel Medioevo, Florencia, 1992
14
H- C- Beyer, Von der Gastfreundschaft zum Gasthaus. Studien zur Gastlichheit im Mittelalter, Hannover,
1878. Además, véanse R. Roussel, Les Pelermages a troven les siecles, Paris, 1954; R. l-avarini, //pelhgrinagye
cristiano, Genova, 1997; G. Sergi, potere e territorio lungo la strada di Francia, Ñapóles, 1981; M.-M. Oaurhicr,
El- ^ ' W . L A IMAOE.SÍ. LA HEREJÍA- I . A t RA S U O S M A C I Ó N . . . 547
tizada sólo en parte, p o r q u e tenemos noticia por las fuentes de restos arqueológicos de
antiguos lugares de parada, p e r o que en el interior de los monasterios se conocen poquí-
simos; se trataba, e n cualquier caso, de lugares de paso donde en el siglo XII, se podía
dormir en los pajare comunes, donde se podía conseguí i comida, podían reposar las
de otra manera, c o n mi sistema de alojamientos para luí huéspedes distinto de las áreas
usadas por l«»s r e l i g u e , is. en donde de todas maneras se ofrecía hospitalidad gratuita.
Los itinerarios i n d i c a n los lugares de parada, tamo en las ciudades como fuera de
ellas, y la c a p a s que se p r o p o n e n son también un modo para atravesarlos territorios
con alguna .cguridail. la distancia entre los albergues es, en general, de un día de carro
tirado por t icyes y n o supera, e n llano, la treintena de kilómetros, la mitad si es mon-
taña. Prog sívamente, los i t i n e r a r i o s mayores se van integrando en otros, de manera
que forma una r e t í c u l o q u e une los caminos principales, poquísimos, y los otros, lo-
cales, no i nos i m p o r t a n t e s en el sistema de la economía de la época. A lo largo de
estos últiiv. . caminos, se encuentran itinerarios que guían también a santuarios meno-
res, de rita ra que t o d o e l sistema de viaje aparece, de una u otra manera, y durante
todo los st os x i , x n y también x u i , como espacio de meditación sobre la memoria
cristiana.
No sorprende que también en el mundo islámico el viaje s e considere un eje narrativo
determinante del culto y de la organización del territorio; de hecho, el viaje a la Meca es
una de las c i n c o prescripciones religiosas para el fiel. Aparte de la veneración de los lugares
donde ha vivido Mahoma, resulta evidente la necesidad del peregrinación a la Kaabj, don-
de se Conserva la piedra negra de la que Mahoma eliminó los ídolos; son muchos otros los
lugares de peregrinación en el islam, empezando por la Cúpula de la Roca en Jerusalén a la
que Mahoma había llegado volando desde la Meca y luego subiría al ciclo, desplazándose
desde la piedra que está en el centro de la estructura; otros lugares importantes del culto
islámico son los sepulturas de los descendientes de Mahoma y las mezquitas más antiguas,
corno es el caso de la mezquita de Damasco en Siria, donde se venera la cabeza de s a n Juan
Bautista y donde los arquitectos islámicos integran la estructura de la anugua basílica pa-
leocristiana en el cuadripórtico de la mezquita, dando un vuelco al sistema de accesos a los
espacios internos y eligiendo así coordinar la sacralidad de espacios diferentes con la de una
antiquísima reliquia cristiana. El viaje en el mundo islámico es, ante todo, culto religioso y
recorrido • la Kaaba que hay que cumplir, al menos, u n a vez e n la vida , pero existen t a m -
11
bién relatos de otros viajes, o mejor dicho, de históricas conquistas como las hazañas heroi-
c a s de los caudillos del islam y la enorme expansión de sus dominios desde los confines de
Les Romes de la fot, reliqttcs et rcliatiaires de Jerusalén, ti Cumpostelle, Friburgo, 1983; K. Greci (ed.), Itinerari me-
dievali e identità europea. Atti del Congresso internazionale (Parma, 27-28 de febrero de 1998), Bolonia, 1999.
Tamhién puede ser útil una guía ilustrada: J. Roux (ed.). Les Cbemins de Saint-Jacques de Compostdle, Vlc-en-
Bigorrc. 2000; véanse además Quintavalle (ct\.),Le Vìe del Medioevo, cit.,y Al d'Ono&io (cd ), Rondegiubilei.
Il pellegrinaggio medievale a San Pietro, 550-1350, catàlogo de la exposición (Roma, 29 de octubre de 1999-26
de febrero de 2000), con importantes y significativas contribuciones.
"C. S. Flurgronje, Het mchkatinschc feest, Leiden, 1880.
54S A R T E E H I S T O R I A E N LA K D A D MEDIA 11) Fi. VIAJE, LA IMAGEN , 1
LA H E R E J Í A ; LA T*ANsruXMACIÓN. 549

la India a España y. en el septentrión, hasta el i n t e r i o r de la península de Anatolia. redu- c o n v i r t i é n d o s e d e s p u é s e n m o d e l o p a r a e l m o n a q u i s i n o , occidental. Por eso, en el mo-
ciendo como consecuencia, de manera dramática, el d o m i n i o de l i i / . i u c i o . m e n t o e n e l q u e u n m o n j e e n O c c i d e n t e d e b e r e t i r a r s e ' i ' . : ! m u n d o , escoge exiliarse en el
Una clave pura comprender la c u l n i r a dei islam y sus mitologías del viaje, en se nudo descrtltm q u é n o es, n a t u r a l m e n t e , e l d e E g i p t o , s i n o s i m p l e m e n t e u n lugar aislado; deser-
banhesuno. parecen ser las narraciones de cuentos recogidas en / ••" mil \ muí noches" . -.pie timi es. p o r t a n t o , e l m o n t e , o u n a e s p e s u r a , o u n a i - I . - . u n r i o n en el mar.
parecen haber tenido un origen complejo en la zona e n t r e e l actual l r a q . Bagdad para ser P o r c o n s i g u i e n t e , e s i m p o r t a n t e a n a l i z a r a q u í la \ ' o diferente de viaje que conlleva
exactos, y las ¿reas limítrofes, sobre t o d o las del mar R o j o . Pero estos cuentos se triBtscri- refugiarse e n e l dcsv, //////, y c a p t a r t a m b i é n , e n e l sistema del relato, en la estructura na-
ben en Egipto en el siglo w y. por lo t a n t o , sufren una t r a n s l n n u . i , i o n diferente. Urbana, rrativa d e las V i d a s «Ití l o s s a n t o s , l a i d e a f u n d a m e n t a l del r e c o r r i d o de u n sitio a otro y de
con imágcne& de palacios j ciudades, y espacios y funciones de c a r á c t e r e n parte distante un estado »le p e c a d ' • u n o d e d i á l o g o c o n D i o s , l o cual q u i e r e decir el abandono de las
de aquel más anúgvio. En cualquier caso, el m i t o d e l n a j e p o r m a r que lleva a la riqueza, tentaciones m a t e r i a l e s d e l i n u n d o , m i e n t r a s q u e se d e b e r á n c o m b a t i r otras, inducidas
y pensarnos en los riaji p.< -r mar de Sunbad. o b i e n e n el viaje por i ierra en las caravanas por el d e l m i ó , q u e m a r c a n m u c h a s v e c e s la v i d a e r e m í t i c a . P o r lo demás, también Cris-
que atraviesan el lesicrtu h a « a la llegada a las a u d a d e s , y a los palacios y a sus maravillas, to, p r e c i s t i e n t e e n e l d e s i e r t o , v i v e u n a e x p e r i e n c i a q u e queda c o m o modelo de todas
queda una csnructuni nan aü\ i p a r a d o r a de la c u l t u r a islámica. Viaje, pues, pero también las e x i s t e n K I S d e a q u e l l o s q u e se r e f u g i a n e n e l d e s i e r t o . O t r o aspecto importante, seña-
csm.icrur.i-. itó •• ia;e: j q u i ei m u n d o islámico parece ser m u c l m mas r i c o y tccnológica- lado p o r i m i s m a A b i h r m a n n , es la c a n t i d a d d e copias de la Vida de Antonio que los có-
meiiic ¡hánZ • I" idi Iccidunttí, l l menos a p a r t i r del s i g l o VIH en adelante, porque las dices nos , n t r a n s m i t i d o , e n O r i e n t e y e n O c c i d e n t e , c o m o t e s t i m o n i o de la difusión de
ciudades del islam titán : alzadas con servicios que n i n g u n a ciudad occidental poseo ese t e x t o . m e h a s e r v i d o , a s u v e z , d e e s t r u c t u r a , e n t é r m i n o s narratológicos para otras
por enioncc- \,iñ 15 ¡ni ten \ acueductos, íardines en el I n t e r i o r de los palacios y fliCZ" V idas d e i . - s s a n t o s .
quilas perlccr.inunic organizadas con escuelas coránicas; ademas de lugares para la hospi-
L a i't.i.i de Antonio la e s c r i b e A t a n a s i o e n el 3 5 7 e n g r i e g o y p r o n t o se traduce al latín;
talidad, l o s caravasares, ¡ luego l o * mercados, los zocos y u n sistema complejo de otras
en ella s o n m u y s i g n i f i c a t i v o s l o s p a s a j e s r e l a c i o n a d o s c o n e l traslado de Antonio, que
funciones. De cualquier manera, el hecho m i s m o de que en toda c i u d a d , incluso menor,
sale d e la t i n d a d , d e s p u é s d e l a r g a s a b s t i n e n c i a s y a y u n o s , para i r a enterrarse a un ce-
haya caravasares y que, 9 menudo, estos se encuentren a lo largo de los itineranos s i n fin
menterio - A n t o n i o f u e a l o s s e p u l c r o s q u e e s t a b a n lejos de la ciudad y ordenó a uno que
que atraviesan el desierto en las inmediaciones de los oasis, hace c o m p r e n d e r cómo la
conocía q u e le l l e v a r a p a n p a r a m u c h o s d í a s . U n a v e z d e n t r o de una de las tumbas, per-
mitología del viaje es, también para el islam, una estructura básica, una mitología que se
m a n e c i ó a l l í . E l o t r o , s i g u i e n d o s u o r d e n , c e r r ó s o b r e él la puerta del sepulcro y se fue»' , 8

relaciona con la peregrinación a los lugares sainados y a las sepulturas, c o m o se ha dicho,

pero t a m b i é n a q u í e l d i a b l o p e r s i g u e a A n t o n i o , p o r q u e los eremitas que pueblan el de-
de los califas y, en general, de los caudillos, con particular veneración p o r los descendien-
sierto y la c i u d a d l o h a n h e c h o h u i r d e t o d o s los s i t i o s , p o r lo que el demonio afirma:
tes directos de Alahoma.
« A h o r a y o n o t e n g o s i t i o , n o t e n g o c i u d a d . D o n d e q u i e r a que vaya hay cristianos, y el
desierto m i s m o e s t á l l e n o d e e r e m i t a s » 1 9
. A m e n u d o , e n E g i p t o los eremitas se refugian
en los m o n t e s :
El camino de los eremitas y el de los monasterios
| . . . ] las m o r a d a s de los anacoretas e n los montes eran como tabernáculos Henos deco-
E n el caso de la c r i s t i a n d a d o r i e n t a l , y d e s p u é s e n la o c c i d e n t a l , existe o t r o r e l a t o del ros d i v i n o s ; c a n t a b a n l o s s a l m o s esperando los bienes futuros, hacían obras de misericordia
viaje, u n relato que empieza a finales d e l s i g l o 111 y c o n t i n ú a e n e l s i g l o i v c o n u n consen- y p r a c t i c a b a n e l p u d o r y el a m o r e n armonía entre ellos. Este era realmente el aspecto de
so cada vez m a y o r . Las h i s t o r i a s , a g u d a m e n t e a n a l i z a d a s p o r C h r i s t i n c M o h r m a n n ', este l u g a r , c o m o u n país s o l i t a r i o , adecuado al servicio de Dios y a la justicia . 20

plantean una serie de p r o b l e m a s q u e c o n c i e r n e n a la o t r a i d e a d e l v i a j e , la que prevé un

r e c o r r i d o diferente, desde la vida e n la c i u d a d , desde la v i d a m o r t a l , 3 u n a existencia d i -
A n t o n i o n o t e r m i n ó s u v i a j e y , a causa d e l n ú m e r o de los fieles que vienen a visitarlo,
ferente, absolutamente c o n t e m p l a t i v a . E l o r i g e n de este m o d e l o de e x i s t e n c i a y de rela-
piensa e n r e f u g i a r s e e n l a T e b a i d a S u p e r i o r , p e r o la v o z de D i o s le sugiere u n camino
ción con l o d i v i n o está i n d i c a d o e n E g i p t o , s o b r e t o d o e n la T e b a i d a , y se desarrolla
d i f e r e n t e , la q u e a t r a v i e s a e l d e s i e r t o y l l e g a a u n m o n t e , abajo una llanura, palmeras,
después en Palestina, Siria y e n o t r o s lugares d e O r i e n t e e n el t r a n s c u r s o d e l siglo i v ,
a g u a . E l p a s a j e es e l s i g u i e n t e :
31

"'E Gabrieli (ed.), U Mille e una norte |]948J, Turín, 1997 |e<!. case: Las mil y una noches, VTlaür, Atalanta,
2ÜI4J.
IT
A la estudiosa se deben cuatro iuiporeantes introducciones a los volúmenes que recogen los textos mis
' " M o h r m a n n (ed.). Vite dei Santi, voi. 1, cit-, cap. VIJJ, p. 25.
sipiificarivos sobre la vida eremita de los primeros siglos cristianos: C. Mohrmann (ed.), bile dei San/i, voi, 1: Vita w
Ibid, cap. X L I , p. 87.
di Antonio, Milán. 1974; ibid,, voi. ìì: La stana Lausìaca, Milán, 1974; ibid., voi. UJ: Pira di Cipriano, Mia dì Ambro-
"lbid., cap. X U V , p . 93.
!

gio. Vita di Agostino, .Milán. 1975; ibid. voi. IV: Iliadi Martino, Vita di llanone, In «ternana di Paola, Milán, 1975.
'•'Ibid., cap. X X D Í , p . 101.
550 \ R T E I M I S T U R I * E N EA E D A D M E D I A I I I E| v l A l f , LA IMAC.EN. LA HEREJÍA: L A T R A MS f OH MACI6 W 551

La voz entonces le dúo: -Si subes a la l e b a i d a , c o m o tú piensas, y bajas hacia Bucólica,
arrastraras una fatiga dos veces mayor. Pero, si quieres r c a l m c n i c alejarte y vivir en el silen-
cio, ve al desierto intenor» C u a n d o A n t o n i o replicó: - - Q u i e n n i c mostrará el camino? \ o
lo conozco», enseguida la voz le señalo a los sarracenos que estaban p o r recorrer ese cami-
no [...). Después de haber caminado durantes tres días y tres noches c o n ellos alcanzn la
cima de un monte muy aho. \ abajo corría el agua límpida, dulce \ m u y fresca. Alrededor
délos montes había una llanura y unos pocos árboles de palmeras, descuidados con el pasar
del tiempo.
.Antonio sise suuv.- .1 un-i ica caravana q u e atraviesa el d e s i e r t o , p e r o e l l u g a r del
última r e d r o n o s i i m e n t e y c o n f a c i l i d a d , s i n o q u e n e c e s i t a seguir u n
compleio r e c o r r i d o ¡ ^ e r a r . T a m b i é n e n La historia I ausiaea t e n e m o s re-
d e s g r e ñ a d o » ' . M a r t í n v i v e e n u n d e s i e r t o d e O c c i d e n t e , h i e n descrito en la
2
Vida, donde
hay t a m b i é n g r u t a s e x c a v a d a s e n l a r o c a :
|...| d u r a n t e a l g ú n n e m p o vivió e n una pequeña celda contigua a la iglesia; después, no
p o d i e n d o s o p o r t a r e l f a s t i d i o s o desasosiego p o r tod.. ; v . qué lo visitaban, se ínstalo en una
celda d e e r e m i t a a u n a s d o s m i l l a s fuera de la ciudad r ste lugar era tan apañado y remoto
que n o e n v i d i a b a e n nada l a s o l e d a d de u n desierto, Por un Jado lo rodeaba un precipicio
r u p e s t r e d e u n m o n t e * e l c u r s o d e l río L o i r a con tía breve entrante obstaculizaba el resto
del t e r r e n o ; st¡ p o d í a a c c e d e r p o r u n solo c a m i n o en su mayor parte angosto. El mismo
tema u n a p e q o e ñ a c e l d a t i c m a d e r a . M u c h o s hermanos vivían de la misma manera; la ma-
$•01 se h a b í a h e c h o u n r e c e p t á c u l o e n la roca excavada del monre. líran casi ochenta dis-
ci| - is l o s q u e s e f o r m a b a n c o n e l e j e m p l o del sanro maestro. Ninguno tenía nada suyo,
tOi ti se p o n í a e n c o m ú n - ' . 1

latos de eremitas, Sólo nsión d e l f e n ó m e n o se m u e s t r a , e n e l siglo iv.

amplísima. E r e m i t a s ya :-t
N i t r i a y e n L i b i a ; p o r tañí 1. se
fuga del m u n d o u r b a n o 5 d .
I m p e r i o r o m a n o , que es u n ; . .
Después de la de A n t o n i o , la 1
e n la T e b a i d a y e n P a l e s t i n a , e n l o s m o n t e s de
1 u n f e n ó m e n o d e g r a n a m p l i t u d q u e atestigua esa
idi*>>. de las \ i l l a s y d e l o s c o m e r c i o s , e l i n u n d o del
de viaje para l l e g a r a D i o s .
ida Je Martín es, q u i z á , la m á s i m p o r t a n t e para c o m -
L a s a i m g u a s v i d a s d e l o s p r i m e r o s s a n t o s c r i s t i a n o s o f r e c e n una estructura entendida
c o m o httod l o n a r r a t o l ó g i c o d e l a s o t r a s v i d a s d e los santos de Occidente, pero, para i n -
tegrar esta p e r s p e c t i v a d e a n á l i s i s , se d e b e a l m e n o s r e c o r d a r que la investigación se po-
dría e x t e n d e r t a m b i é n a l á r e a b i z a n t i n a - y q u e existe u n debate m u y amplio sobre el
5

prender la c o m p l e j i d a d de ese yiaie hacia D i o s , q u e d e b e m o s i n t e n t a r leer e n la perspec- problema

tiva de los narradores. M a n a n n a c i ó e n P a n o n i a t a l vez h a c i a e l 3 1 6 - 3 1 7 ; parece u n per-
sonaje i m p o r t a n t e para c o m p r e n d e r la d i f u s i ó n del modelo eremítico e g i p c i o en
Occidente; el esquema n a r r a n v o d e la 1 'ida de Antonio y d e las V i d a s d e los eremitas
egipcios— se r e t o m a en O c c i d e n t e e n otras m u c h í s i m a s n a r r a c i o n e s d e las V i d a s de los
santos, y tiene una resonancia c o n c r e t a p r e c i s a m e n t e e n l a Vida de Martin, q u e conven-
drá recapitular aquí. M a r t í n es h i j o d e u n s o l d a d o r o m a n o , se f o r m a e n Pavía, se hace
cristiano y, a los quince a ñ o s , s o l d a d o r o m a n o , p e r o s i g u e m a n t e n i e n d o la fe cristiana que
lo lleva a c o m p a r a r en A m i c n s la c l á m i d e c o n e l p o b r e ; hacia e l 3 3 4 es b a u t i z a d o , pero
sólo en el 356 abandona el sen-icio m i l i t a r y va l u e g o d o n d e v i v e H i l a r i o , o b i s p o de P o i -
tiers, quien lucha contra la herejía a r r i a n a . A l a r o n , quizá p a r a c o m b a t i r c o n t r a la misma
herejía, hace u n largo xiaje; va a M i l á n , a P a n o n i a , a I l í r i c o ; v u e l v e d e s p u é s a M i l á n . Pero
aquí, expulsado de la c i u d a d p o r instigación d e u n o b i s p o , se va a u n r e t i r o , e n la isla de
Galinaria, que es precisamenete u n desertnvi e n e l s e n t i d o e g i p c i o d e l t é r m i n o . Después
vuelve con H i l a r i o a P o i t i e r s , y t a m b i é n a q u í se r e t i r a , e n u n a c e l d a d e madera entre
celdas de otros monjes excavadas e n la r o c a . E n la Vida se m u e s t r a i m p o r t a n t e la lucha de
Martín contra la religión pagana, q u e lleva a la d e s t r u c c i ó n d e l o s t e m p l o s y de los ídolos;
realiza después una serie i m p r e s i o n a n t e de m i l a g r o s , i n c l u i d o e l d e la r e s u r r e c c i ó n de dos
muertos.
Entre los muchos pasajes que se pueden citar, quizá sea u n o el q u e da e l sentido de la
relación del relato con aquellos relativos a los e r e m i t a s d e la T e b a i d a ; M a r t í n v i v e e n u n re-
tiro en los alrededores d e T ó u r s y rechaza ser e l e g i d o o b i s p o . S u a s p e c t o es el de un
eremita, quien se o p o n e a su n o m b r a m i e n t o a f i n n a q u e « p e r s o n a j e despreciable [ . . . ]
i n d i g n o del episcopado [ . . . ] p o r el aspecto m í s e r o , p o r la s ó r d i d a v e s t i m e n t a , p o r el pelo
Como subraya Mohrmann en la introducción al volumen citado.
S i n q u e r e r e n t r a r m á s e n e s t e c o m p l e j o r e c o r r i d o que caracteriza al mundo oriental,
c o n v i e n e t e n e r e n c o n s i d e r a c i ó n o t r o a s p e c t o d e l m o n a q u i s i n o , que presupone también
el v i a j e , y a l u d o a l m o n a q u i s i n o b e n e d i c t i n o p e r o t a m b i é n a las reglas precedentes que
f u e r o n las f u e n t e s d e l m o n a q u i s i n o m i s m o . N a t u r a l m e n t e también en este caso la elec-
ción d e l desertitm s i g n i f i c a l u g a r f u e r a d e l m u n d o . Para c o m p r e n d e r lo diferentes que son
estas r e g l a s , y l u e g o l a d e B e n i t o , d e las o p c i o n e s d e los monjes eremitas, basta con decir
que las r e g l a s d e l o s n u e v o s m o n a s t e r i o s a c e p t a n la presencia de personalidades ajenas al
c e n o b i o , m i e n t r a s q u e l o s s a n t o s e r e m i t a s e l i g e n aislarse del m u n d o , c o m o san Antonio,
q u i e n , a s e d i a d o p o r d e m a s i a d o s f i e l e s , d e c i d e a d e n t r a r s e e n el desierto, o c o m o san M a r -
tín, q u i e n es e l m o d e l o o c c i d e n t a l d e l s a n t o e r e m i t a , que después acepta convertirse en
obispo d e T o u r s c o n e x t r e m a renuencia.
" M o h r m a n n (ed.). Vite dei Santi, v o i . i V e i t . , cap. DC. p. 27.
!i
Ibid. cap. X , p. 2 9 .
" P. Ccsaretti (ed.), / santi folli di Bisanzio, introducción de L . Ryden, M i l i t i , 1990; Santifillidilla Chiesa
dVncntc, introducción y trnducción de F. Mnspcro, Casale Monferrato, 1999.
_.*••<* Penco, Storia del monachesimo in Italia, Alilan. 1983; id.. Il monachesimofraspiritualità e cultura, Alita D ,
1991; id, -"Monasteri i n alta Italia e culo san tonili. Tipologia evie di irradiazione-, Benedicala XXX (1983),
pp. 341-377; U . C . Peyer. Stadi un Stadtpatroil mi inittelartelieben Italica, Zùrich, 19>5; K K. L. Brown, TbeCttlt
oftbe Samts. Its Risc and Ftinction in Latin Christianity. Chicago III. 1981. Pani una epoca inus redente, véanse
E Golinelli, Città e cullo dei santi nel Medioevo italiano, Bolonia. 1991, con referencias espcciales ni area padana,
ti, Indiscreta sanctiras. Studi sui rapporti tra adii, poteri e società nel pieno Medioevo, Roma, 1988; R. Grégoirc,
Manuale di agiologia: introduzione alla letteratura agiografica, Fabriano, 1987; P.J. Geary, Furto mera. Tbefìsof
Relicsni the Central Middle slgcs, P r i n c e t o n . N j . 1978; N . Herrmann-Mascard, Its Reliqaes dei sainls. Farm-
tion eaittumière d'un droit, Paris, 1975; P.-A. Sigal, Vllomme ci le miraste dansla Fraiice mc'dià'd/e, Paris, 19SS;
A. Vauchez, Lei Saintetc cn Occident aux derniers sièc/cs du Moyen Agc: d'aprh lespiocrs de canan'mùon et la dot"-
nientshagiographìqiies, Roma, 1081.
552 AITE I HitiORiA E N LA E D A D M I D I * III Fi V I A j l , LA IMAGEN. LA H E R E J Í A ' LA I t AN * t o • M 4 C I Ó X . . 553

\ c m o s , pues, u n aspecto de estas reglas m o n á s t i c a s q u e . e n yene r a l , n o se t o m a en p e n o r se s i e n t e c o n e l l o s u o t r o que él disponga, t inmediatamente después se les de todo
consideración en relación c o n e l viaie. p e r o q u e n o s o f r e c e t a m b i é n u n a p i s t a de c ó m o 5c t i p o de a t e n c i ó n |...|. Q u e e l abad vierta el agua a lo. ha:'.pedes en (ásmanos, que tanto el
puede acceder 3l m o n a s t e r i o desde el e x t e r i o r , ser a l o j a d o s , t e n e r nía r e l a c i ó n c o n los abad c o m o l.i e n t e r a c o m u n i d a d laven los pies ;i ti ifiu*. !*.•> huéspedes [...], Que el abad se
monjes m i s m o s ; t o d o e l l o c o n f i r m a la existencia de u n c o m p l e j o sistema d e funciones \ m u e s t r e s o l í c i t o s o b r e t o d o e n a c o g e r á los pobre | • • peregrinos, porque es en ellos a
de relaciones que caracterizan a la civilización de la A l t a E d a d .Media y la sucesiva. Los los q u e se acoge m a y o r m e n t e a C r i s t o ; en efecto ..v.uniicnro que los ricos infunden
textos se citan de una útil edición reciente ". L a 2
Regía de los cuatro I'./,/'• es, escrita hacia el i n i p i me de poi -a r e s p e t o » . S i g u e n u l t e r i o r e s indic •• «ncs. sobre la cocina de los huespedes
410. prescribe: disi i n t a de l.i <. l o s r e l i g i o s o s « d e m o d o que los hu> : edes que llegan a horas imprevistas,
y no f a l t a n nunca e n e l m o n a s t e r i o , n o molesten l les hermanos-"; sobre el alojamiento
. .]cuando ... vjuc se le ofrezca sólo una acogida llena de humildad y par.i los huéspedes; « Q u e haya suficientes canias preparadas. Y que la casa de Dios sea
el saluJo d i la ut no se le pregunte de d o n d e viene, p o r qué ha venido sd ilustrada i»>r s a b i o s y s a b i a m e n t e - .
o cuándo 5- pul -uno. y no se le una en las chacharas'".
E n el v t o d e san B e n i t o , la r e l a c i ó n c o n e l m u n d o e x t e r i o r también está reglamen-
Escrita hacia el n¡ Macario p r e s c r i b e : « E j e r c i t a d la hospitalidad tada c u i i l lasamente c o n p r e s c r i p c i o n e s m u y rígidas; p o r e j e m p l o , para Jo que concierne
en toda situación, j r da de m a n e r a q u e d e j é i s a l p o b r e c o n las manos a los viai« de l o s m o n j e s f u e r a d e l m o n a s t e r i o , c o n f i g u r a una estructura muy diferente
pacías; para que no * 1 - venga a t i y tú seas c o n d e n a d o ; así. p o n buena de la de l< r e t i r o s , u n a e s t r u c t u r a q u e d e b e p o s e e r un sistema equipado para la acogida de
cara a todos y actúa c o n fe*' _? de San Benito está p r e c e d i d a p o r la Regida Magts- los hués] les, l i s t o p a r a f u n c i o n a r e n c u a l q u i e r m o m e n t o . E n los monasterios benedic-
m, m u c h o má*- amplia que 1«. • % J e m o d e l o ; la Regula Magistn f u e escrita e n t r e el >U0 tinos cu\ e g l a se r e f o r m a en e l p e r i o d o c a r o l i n g i o c o n B e n i t o de A n i a n o , el diálogo con
y 520, quizá e n R o m a , e n cualquier taso e n I t a l i a c e n t r a l , m i e n t r a s q u e la de B e n i t o se un p ú b l u . i d e l o s v i a j e r o s es c o n s t a n t e ; se i n i c i a así desde la m i t a d del siglo v i , equipando
fecha entre el 530 y 560. cuando muere el santo q u e h a b í a n a c i d o e n t r e e l 4 ° 0 y 500. y en e l m o n a s t e r i o á r e a s e s p e c í f i c a s p a r a l o s h u é s p e d e s , u n m o d e l o que se mantiene y de-
que en el 530 llega, precisamente, j M o n t c c a s s i n o . Resulta m u y i n t e r e s a n t e la parte i n i - sarrolla cada v e z m á s h a s t a C l u n y y C i t e a u x . E n m e d i o está la planificación monástica en
cial, el capítulo I , d o n d e se d i s u n g u e n c u a t r o cipos de m o n j e s : los c e n o b i t a s , que viven t o d o e l ( V e n i e n t e c a r o l i n g i o , c o n la p r o g r a m a c i ó n de u n preciso conjunto de modelos
bajo u n abad y hacen vida e n c o m ú n , los anacoretas, o t a m b i é n e r e m i t a s , q u e viven en el también a r q u i t e c t ó n i c o s . L a d i s c u s i ó n s o b r e la p l a n t a de San C a l o ' versa principalmen-
5

desierto; los sarabaitas, que viven en el m u n d o solos o e n g r u p o s y « t i e n e n p o r ley el te, c o m o es s a b i d o , s o b r e l a f u n c i ó n d e la p l a n t a m i s m a , si sirve para todos los asenta-
placer de sus deseos-'" ; el c u a r t o t i p o es el v a g a b u n d o : « E s t á n s i e m p r e d e a m b u l a n d o y
1 m i e n t o s m o n á s t i c o s b e n e d i c t i n o s o s i m p l e m e n t e para d i c h o monasterio; es cierto que el
nunca estables, s o m e n é n d o s e a los p r o p i o s deseos y a las t e n t a c i o n e s » ' . U n a vez dife- 1 p e r g a m i n o m u e s t r a l a d i s l o c a c i ó n d e las f u n c i o n e s y caracteriza a la ciudad monástica
renciados los d p o s de m o n a s t e r i o s y escogido e l q u e está b a j o la t u t e l a d e l a b a d . Benito c o m o l u g a r a b i e r t o a l o s h u é s p e d e s ; p o r l o d e m á s , si vamos a la I b r h a l l c de la abadía de
pone al margen el r e n r o egipcio o . e n c u a l q u i e r caso, o r i e n t a l , y p r o p o n e u n m o d e l o muy L o r s c h , e j e m p l i f i c a d a e n e l a r c o d e C o n s t a n t i n o e n R o m a , descubrimos, en la sala supe-
diferente, que a nosotros nos interesa a q u í p o r la r e l a c i ó n c o n a q u e l l o s q u e v i e n e n del n o r , u n l u g a r f u n c i o n a l p a r a e l r e c i b i m i e n t o de las personas de respeto, aunque proba-
extenor, con los p e r e g r i n o s . b l e m e n t e l o s p o b r e s y l o s d e m á s t e n í a n accesos d i f e r e n t e s . E n cualquier caso, la cons-
trucción d e las g r a n d e s a b a d í a s e n A l e m a n i a s e r v i r á para mantener el territorio y también

El capítulo L U I - ' empieza con esta frase: «CJuc a todos los huéspedes que lleguen se les
1
para i m p e d i r u l t e r i o r e s r e v u e l t a s o c o n f l i c t o s ; p o r consiguiente, el sistema monástico

acoja como a Cristo, puesto que será él mismo el que diga: " H e sido huésped y me halléis bajo C a r l o s , a l m e n o s e n l a s z o n a s d e c o n q u i s t a , p r o p o n e una fórmula armada depiet/tsy
acogido". Y se les dé a todos el debido respeto, sobre t o d o a los compañeros de fe, y a los de r e l i g i o s i d a d . P o r t a n t o , e n s u c o n j u n t o l a u n i d a d monástica benedictina de Occidente

peregrinos»-". Cuando un huésped llega, el abad y los hermanos le c o r r e n al encuentro y en la e d a d c a r o l i n g i a p r e s u p o n e u n v i a j e y u n a h o s p i t a l i d a d unida al viaje que privilegia a

-se intercambian el signo de la paz», un beso pero precedido de la oración. «Después de los p e r e g r i n o s , p e r o l o s p a s a j e s c i t a d o s n o s h a c e n c o m p r e n d e r que no sólo peregrinos,

haber sido recibidos, que los huéspedes sean conducidos a la oración y después que el su- sino t a m b i é n n o b l e s o q u i z á m e r c a d e r e s q u e pasaban de u n monasteno a o t r o disfrutan-
do de u n a h o s p i t a l i d a d q u e , p o r p a r t e b e n e d i c t i n a , estaba programada y entraba a formar
parte d e l c o n j u n t o d e l o s d e b e r e s m o n á s t i c o s . L a c o n t i n u a c i ó n de este modelo de hospi-

•" S . P n c o c o ( e d . ) , La regola di San Benedetto e le Regole dei Padri, Mitin. 1995.

talidad se m u l t i p l i c ó e n l o s m o n a s t e r i o s , s o b r e t o d o e n los de origen cluniacense, desde
:
'lbid., p. I I . el t a r d o s i g l o X a l s i g l o x i y m á s a d e l a n t e , y t a m b i é n aquí existe siempre un área destina-
p. 5 1 9 .
>»lbid.. . ? 135.
" f h ¿ , p, 137.
"Ibid.
"Ibid. pp. 233 y 235.
"Ibii
" C . Ochsner, sub voce «San G a l l o » , en Enciclopedìa dell'Arte Medievale, v o i . X . R o m a , 199P, p p 303-SDS.
con bibliografi'* anterior.
 I' I V I \J I . I A I M A G I N , LA 11 r R f . j l A : L A T 11 A SI S r ti W M AC I O « 555
554 Astr r ti I S T O R I A I N LA F.DAD M I D I A MI

e j e m p l o . la d e l h o s p i t a l d e l o s p e r e g r i n o s , a veces recibidla en edificios a tal propósito si-

da a los peregrinos, a los viajeros. T a m b i é n e n B o b b i o e x i s t i a u n e s p a c i o para los p e r e g r i -
m a d o s e n las u n n i . I l a c i o n e s d e la Dornas, o b i e n uniio-jn -.:n otras iglesias urbanas, sin olvi-
nos y e n toda abadía, p o r l o t a n t o , tenía q u e e x i s t i r . E l p r o b l e m a en este p u n t o es que
dar e l h e c h o •!. q u e a l g u n o s m o n a s t e r i o s suburbanas t - i general benedictinos, ofrecieron
veían los Mandantes. los p e r e g r i n o s , al acercarse a estas g r a n d e s esti m l u r a s monásticas,
o bien a las iglesias d e n t r o de las ciudades, y a las c a t e d r a l e s , las m a l e s quizá eran las t a m b i é n hos|>" • l i d , i d e n sus espacios. A d e m á i t n !: dades del Imperio, a partir de b

únicas equipadas para responder a las exigencias d e l o s v i a j e r o s , t a l vez e n e l c o n i u n t " é p o c a c a r o l i m r i i . e n e l r e c i n t o a m u r a l l a d o existe u n Pa'.itium trgu, que tiene la función de
i m p o n e n t e de las D.m/ut E¿fhx*c, h o s p e d a r a l o . r e p r e s e n t a n t e s d e l e m p e r a d o r , o A .-rnperador mismo y que, en cualquier
cas», m a u l l e n * i <>n su c o n f i g u r a c i ó n m i s m a la i m „ j e n del poder.
En el p c r i o d . . c a r o t t n j ití hl estructura d e l paisaje, d e los paisaje* a g r a r i o s y de lo*
asentamientos, resulta n n n .Ufe u u e del q u e se da e n e l p e r i o d o m e d i e v a l m á s tardío.
Ante t o d o , el sistema <\ debía d e ser todavía e x t e n s i s u i i ' , o m o h a n demos- Diferí m e a este i s t e m f l u r b a n o d e O c c i d e n t e resulta la c i u d a d bizantina en el perio-
do m a c c i h n e o \ i . i m n e n o , y d i f e r e n t e e l s i s t e m a de la hospitalidad del peregrino; en
trado las investiga• toj l o c h * * y de los h i s t o r i a d o r e s , desde los Ana/es de
B i z a n c i o . i u e f e c t o , e x i s t e u n t i p o d e e s t r u c t u r a s m u c h o m á s articulado y complejo. A lo
D n h y ' a L e G >' Liites de G u r é \ i c h ' ' , y e l s i s t e m a de los asentamien-
4

largo d e li < . i m n u >s se h a n m a n t e n i d o s i e m p r e , d u r a n t e siglos, los modelos romanos de

tos, en algunas i i e m p e z a n d o p o r A l e m a n i a , d e b í a de ser extremada-
alojamieni c o n a n a s p a r a c a r r u a j e s y c u a d r a s para animales de t i r o o caballerías, con
mente discnin 1 1 ele !.«> c a m i n o s t a m p o c o p a r e c e ser c o m p a r a b l e a los
reservas d c o m i d a y , a v i e m o s , c o n g r a n d e s e s p a c i o s para los huéspedes, organizados
caminos de Id) Sigh ,• _ :emas o r g á n i c o s d e m a n u t e n c i ó n ; todas las vías
t a n t o segu la t i p o l o g í a d e l a h a b i t a c i ó n u n i t a r i a , c o m o según el sistema de claustro re-
empedrada- del p e r í o d o 11 en r u i n a s o d e s t r u i d a s v. p o r a ñ a d i d u r a , el sistema
tomado di pues p o r los caravaneros d e l m u n d o i s l á m i c o . Además, un personal técnico
de canalización de las agu .echo y nada l o ha s u s n t u i d o de m a n e r a orgánica,
especifico p e n i t a m b i é n m i l i t a r , e s t á d e d i c a d o a la m a n u t e n c i ó n de los caminos, de los
por lo que los cultivo , L cxaei u c n en el p e r i o d o l o n g o b a r d o . i n e r o v i n g i o , v i s i g ó o c o ,
puentes \ d e l o s t r a m o s m o n t a n o s d e las xi'as m i s m a s , p o r l o que t o d o ello permite una
respectivamente, en Iuha. I rancia y España, s o b r e t o d o e n las z o n a s de c o l i n a s para
v e l o c i d a d (le d e s p l a z a m i e n t o n u n c a a l c a n z a d o p o r l o s xáajeros e n Occidente. Los lugares
evitar inundaciones de los ríos cuyo l e c h o , a d e m á s , está e n o r m e m e n t e e x t e n d i d o . Sin
de la h o s p i t a l i d a d e n l a s c i u d a d e s , m á s a l l á d e los de d e n t r o de los monasterios cuyas
espigones, en efecto, los ríos pueden l l e g a r a t e n e r , c o m o el P o y el R ó d a n o o e l L o i r a ,
f u n c i o n e s s , » c o m p a r a b l e s a l a s d e l o s m o n a s t e r i o s e n O c c i d e n t e , están muy organizados
n
algunos kilómetros de extensión con una vasta z o n a cenagosa, y esto d e t e r m i n a t o d o n p o
v l i g a d o s a e s p a c i o s p ú b l i c o s ; p a l a c i o s , d o n d e a l o s x-iajeros o a los peregrinos se les puede
de dificultades para atravesarlos a q u i e n viaja, e n t r e o t r a s cosas p o r q u e una d i f u n d i d a
c o n c e d e r e l a l o j a m i e n t o y u n a c o m i d a f r u g a l . E s t o s lugares dependen todos de la a u t o n -
construcción de puentes n o se v e r i f i c a s i n o a p a r t i r d e l s i g l o x i t a r d í o . Esta es la razón de
dad c e n t r a l d e l e m p e r a d o r , o b i e n d e sus d e l e g a d o s , e n las diversas ciudades del terriio-
la organización de sistemas p r o t e g i d o s , c o n a l b e r g u e s anexos a los m o n a s t e r i o s , a m e n u -
n o . E n c u a l q u i e r c a s o , l a c i u d a d b i z a n t i n a es m u y d i f e r e n t e de la occidental, y ha conser-
d o situados apenas bajo los vados; resulta u n i n s t r u m e n t o i n d i s p e n s a b l e para la supervi-
vado t o d a s las e s t r u c t u r a s p o r t a d o r a s d e la t r a d i c i ó n t a r d o a n t i g u a , acueductos, sistema de
vencia de los viajeros, n a t u r a l m e n t e j u n t o al s e g u i m i e n t o d e las n o r m a s m o n á s t i c a s que
a l c a n t a r i l l a d o e n l a s c i u d a d e s , a d e m á s d e f u n c i o n e s a d m i n i s t r a t i v a s del poder, por tanto,
regulan la hospitalidad.
aquí e l s i s t e m a d e l E s t a d o p a r e c e e s p e c i a l m e n t e e f i c i e n t e . E n cuanto al mundo islámico,
en las c i u d a d e s c o n q u i s t a d a s a l I m p e r i o b i z a n t i n o o al de Occidente, se desarrolla rápi-
Pero, si en las reglas inonásucas las indicaciones de la hospitalidad son claras, no resul-
d a m e n t e u n s i s t e m a f u n c i o n a l d e e d i f i c i o s , t e r m a s , mercados, caravasares capaces de hos-
ta tan fácil de documentar el sistema de los lugares de parada de los viajeros ofrecidos por
pedar d e c e n a s d e c a r r u a j e s , a n i m a l e s , p e r s o n a s y, n a t u r a l m e n t e , mezquitas, y también
los obispos. Como se ha señalado, el término de Dormís Eetlcsiae n o indica sólo la iglesia-
grandes v i l l a s y j a r d i n e s e n g e n e r a l c o n m u c h a agua, cercados por muros.
madre, sino un conjunto de edificios que normalmente ucne c o m o p u n t o principal la resi-
dencia Tonificada del obisj>o. y que sirven para conservar, por ejemplo, los diezmos en es-
pecie que provienen de los territorios de la diócesis o también de fuera, donde haya E l v i a j e r o e n D a m a s c o d e S i r i a o b i e n del c e n t r o de El Cairo captaría la diferencia entre
propiedades de tierra del episcopado- Además en la Dor/nis se dan otras funciones, por el e m p l e o d e u n a a n t i g u a b a s í l i c a cristiana e n Damasco y la construcción de una mezquita,
de nueva c o n c e p c i ó n , e n e l C a i r o , e n I b n T u l u n , que se fecha en el siglo tx. 1-a nueva mez-
* M . Bloch. La Ttlflìf/ri/rill. 1'arís. 1948 (.ed. cast- U sociedadfeudal Madrid. Alul. 1V8ft|. q u i t a d e ! E l C a i r o es u n e n o r m e p a t i o p o r t i c a d o con columnas donde, en la zona sudeste,
'"O. Duby. L'Economa rurale el la vie des eampagtirs dansl'Qcadeni medieval: Frame. Angleterre. Empire, DCt- hacia L a M e c a , e l p ó r t i c o a d q u i e r e una p r o f u n d i d a d m i s acentuada. En el mundo del islam
0% sudes. Pam. 196* (ed cast: Economia rural y vida eampesrna en el Occuienie medieval. Madrid. Aloya. 1999); se a b a n d o n a n las m o n u m e n t a l e s t e r m a s romanas y se construyen nuevos baños públicos
id.. Les iron or¿reí ou l'imaginairc du feudalismi. París, 1978 |cd. case. Lot tres ordenes o lo imaginario delfeudalimm,
p r o g r a m a d o s p a r a s e r u n s e r v i c i o d i r i g i d o a todos los ciudadanos, pero también a los viaje-
Madrid. Taurus. 1980].
ros q u e e n c u e n t r a n f á c i l m e n t e h o s p i t a l i d a d en los caravasares, y pueden lavarse en todas
"J. Le Goff. la Civilisation de Hkadrnt medieval. París, 1964 Jed. cast., lai civilización del Occidente medieval.
Barcelona. Paidós. '0021. partes e n l o s g r a n d e s b a ñ o s p ú b l i c o s . L a c i u d a d islámica, como es evidente por los restos
" A . GurcvKh. PrrMemy irednevekovoj ria rod ne/ kultury. Moscú, 1981 (ed. case: Las categoria! en la cultura de S i r i a , o l o s d e la E s p a ñ a m e r i d i o n a l o de t o d o lo que queda de ellos en Sicilia, tiene otra
medieval. Madrid, lavimi, 1991). c a r a c t e r í s t i c a q u e las d i f e r e n c i a de las de la Europa carolingia: en el propio interior man-
 E l V I A J L , LA I M A G E N , 1, A lir-RíjlA LA T R A H S f ORSI ACIÓN... 557
A R T E E H I S T O R I A EN LA E D A D MFDIA IH

oenen amplias secciones de verde; en general, son jardines del sultán, del califa, del visir o
de otros dignatarios, y se traca de áreas protegidas a veces accesibles .1 una parte de los
ciudadanos.

M i e n t r a s e n O c c i d e n t e p r o s i g u e e n p a r t e , e s p e c i a l m e n t e e n e l c a m p o y : i pesar de las
reformas monetarias de C a r l o m a g n o . una e c o n o m í a f u e r t e m e n t e l i g a d a al i n t e r c a m b i o
en especie y privada de u n evidente sistema de i n t e r c a m b i o s basados e n la m o n e d a , en
Bizancio y e n e l i s l a m e l uso roí »neda resulta e s t r u c t u r a l a la e c o i i i >nua. P o r eso. p o i
la posibilidad d« rizado de la tasa de piara g a r a n t i z a d a , y p o r la certe-
za del dercL< ¡ b i z a n t i n o y, e n p a r t e , t a m b i é n e n el islámico, e l viajar
en O c a l ' . - I que viajar e n e l I m p e r i o b i z a n u n - 1 o e n e l islam. El
mundo k \ m , c o n q u i s t a u n c o m p l e t o d o m i n i o de la rutas
mariV.-" 1 1
irerráneO; B i z a n c i o se g a r a n t i / . i a d u r a s penas la
s u p e m •••.•nc-.. er¡= . . 1 ¡ de A n a t o l i a ; s ó l o la c u I n i ra o c c i d e n t a l n o se
muestra capí 1 , , de d i s c r e t o t o n e l a j e , s a l v o las m e n o r e s usadas
4

para L navegación .>• 1 asi u l t e r i o r e s d i f i c u l t a d e s para q u i e n se traslada,

o b l i g a d o a seguir, e n !•.• g i if> pal i r de los casos, las vías d e t i e r r a .
P o r t a n t o , el viaje en el m u n J. • islámico desde e l n o r t e d e .'Vírica a O r i e n t e M e d i o con Figura 2 I • . n o v o d i T a r o ( P . i r m a ) . iglesia de Sania María de la Asunción, fachada, figura de peregnno,
Ins oasis, las caravanas, las c o m u n i c a c i o n e s a través d e l M e d i t e r r á n e o de una a o t r a c i u - piedra, principios del siglo xm.
dad de la costa, todas dotadas de puertos seguros, parece m u y f á c i l ; e l m u n d o b i z a n t i n o , mercaderes, p e r o se t i e n e la i m p r e s i ó n d e q u e , a l m e n o s hasta e l siglo XI, los dos oempos
aunque m u y r e d u c i d o respecto al t i e m p o de J u s t i n i a n o , o f r e c e i g u a l m e n t e garantías. Sin c o i n c i d e n , y a d e m á s q u e l o s r e l i g i o s o s q u e se p o n e n e n c a m i n o , c o m o los nobles, como
embargo, nada de t o d o esto, n i siquiera después de la u n i f i c a c i ó n c a r o l i n g i a de O c c i d e n -
los m e r c a d e r e s m i s m o s , s o n , e n c u a l q u i e r c a s o , p e r e g r i n o s que se d i r i g e n a rezar a (os
te, puede decirse de E u r o p a , d o n d e el viajar y el viaje s o n c o m p l e j o s , d i f í c i l e s , muchas
santuarios m a y o r e s . P e r o ¿ e x i s t e u n a i m a g e n d e l o s v i a j e r o s , de los peregrinos? ¿Existe
veces llenos de obstáculos: e n O c c i d e n t e estamos a n t e una idea d e l v i a j e d i f e r e n t e de la
una r e p r e s e n t a c i ó n d e e s t o s p r o t a g o n i s t a s d e l v i a j e ?
de las otras dos culturas a las orillas d e l M e d i t e r r á n e o . M i e n t r a s q u e e l i s l a m se inclina al
E n O c c i d e n t e l a s f u e n t e s s o n m u y c o n o c i d a s ; p o r u n a p a r t e , algunas esculturas que
c o m e r c i o , i n t e g r a n d o e n él la p e r e g r i n a c i ó n a los s a n t u a r i o s de J e r u s a l é n a la M e c a y, en
r e p r e s e n t a n a l v i a j e r o a R o m a , c o m o l a e s t a t u a d e l p e r e g r i n o de F o m o v o (fig- 2), que se
cualquier caso, organiza caravanas y r e c o r r e las vías d e l d e s i e r t o y las d e l m a r c o n t i n u a -
fecha q u i z á a p r i n c i p i o s d e l s i g l o x m , c o n z u r r ó n a la espalda, bolsa a los lados, cubo
m e n t e , y mientras que B i z a n c i o se muestra cerrada e n c! p r o p i o sistema d e n t r o d e l cual
c i n t e a d o d e d u e l a s e n l a m a n o d e r e c h a y , e n la c i n t u r a , c i n c o llaves colgadas, las de las
la circulación de los ciudadanos parece m u y rápida, c u a n d o se pasa a O c c i d e n t e , las d i f i -
basílicas r o m a n a s ; h a y o t r a s i m á g e n e s d e p e r e g r i n o s e n E u r o p a , e n esculturas m o n u m e n -
cultades del viajero se hacen e n o r m e s . E n O c c i d e n t e , e n e f e c t o , l o s a n t i g u o s trazados
tales o t a m b i é n d e m e n o r e s d i m e n s i o n e s , a l g u n a s de las cuales h a n sido representadas
viarios están e n ruinas o d e s t r u i d o s desde hace siglos, y l o s c a m i n o s e s t á n s i n ningún upo
hace p o c o ' . L o s p e r e g r i n o s , a s u v e z , c u e n t a n a c e r c a d e l viaje o llevan durante el mismo
4

de r e c u b r i m i e n t o de piedra, a la vez que se h a n p e r d i d o todas las f u n c i o n e s públicas de

la ciudad antigua-
Queda p o r examinar q u e , para r e c o r r e r 2 0 o 30 k i l ó m e t r o s e n l l a n o , e n O c c i d e n t e el
tiempo m e d i o e n carro es a l r e d e d o r de una j o r n a d a ; para hacer l o m i s m o e n la m o n t a ñ a ,
pueden ser necesarios, en la buena e s t a c i ó n , hasta tres d í a s . E n B i z a n c i o , la v e l o c i d a d de
traslado puede ser d o b l e y, p o r supuesto, m u y s u p e r i o r e n el d e s i e r t o , e n e l m u n d o islá-
mico» gracias a los d r o m e d a r i o s y a los camellos. P o r t a n t o , e n O c c i d e n t e e l m o d o de
v i v i r y, p o r consiguiente, de pensar el t i e m p o resulta m u y d i f e r e n t e d e B i z a n c i o , con sus
relojes de agua o solares, o d e l islam, c o n sus veloces traslados m e d i a n t e embarcaciones
y sus organizados mercados e n las ciudades. E l t i e m p o d e O c c i d e n t e , s e g ú n u n ilustre
estudioso , está l i g a d o a dos m o d e l o s ; e l de la Iglesia, e t e r n o y r e p e t i t i v o , y e l de los
40
*°J. Le Goff, Tempo della Chiesa e tempo del menante, Turin, 1977.
el s í m b o l o d e s u m e t a - l a c o n c h a e n e l c a s o d e C o i n p o s t e l a , la cruz en el de Jerusalén, la
imagen d e l o s s a n t o s P e d r o y P a b l o e n e l d e R o m a .
Si q u e r e m o s t e s t i m o n i o s n o d i s p e r s o s s i n o u n t e j i d o iconográfico del peregnno que
p e r m i t a r e s t i t u i r s u f i g u r a e n e l t r a n s c u r s o d e l o s s i g l o s - s u s representaciones, todas j u n -
tas, n o s o n m u y frecuentes-, t e n e m o s q u e t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n dos géneros de imá-
genes q u e r e p r e s e n t a n t a m b i é n d o s c l a s e s s o c i a l e s m u y d i f e r e n t e s . Consideremos prime-
ro las i m á g e n e s d e s a n J o s é e n l a h u i d a a E g i p t o , c o m o , p o r e j e m p l o , en la puerta norte
de G u i l l e r m o e n S a n Z e n ó n d e V e r o n a , e n e l c a p i a l z a d o d e l p ó r t i c o en Moissac, también
" V í a s e D ' O n o f r i o (ed.), Remiel e giubilei, c u . En concreio, considérenese las fichas n. 34, «Pellegrino con
bordone», que se fecha en el siglo x u , Florencia, Musco del Bargello, bronce, Iámogcs; n. 35, «DuePellegri-
ni», Musco de C o p e n h a g u e , firmado WnUcrus, se puede fechar quizá" a finales del siglo xu; n. 36, «Pellegrino
inginocchiato", M u s e o de N i o r t , tal vez d e l siglo x i v .
558 A«n I HISTORIA I H LA h D A O U ILIi I H
Fipira 4. Bonanno Pisano. Pisa, catedral de Sanu Matti de la Asunción, transepto derecho.
-Puma de san Ranicn-. Huida a Lppto. bronce, ta. 1180.
en San Zcnón en Vcrona (fig. 3), en la puerta de Bonanno en Pisa (fig. 4); se podrían citar
decenas de imágenes entre los siglos xn y xni en las quejóse aparece con la vestimenta
del peregrino y representa, pues, al viajero a pie, al más pobre, al más modesto. Por esta
razón, nene a menudo un liastón, a veces una cantimplora o un hatillo, alguna vez ropas;
en cualquier caso, es él el que representa al [lobrc, al viandante, que delxrrá pedir asilo en
los monasterios o en los albergues de las ciudades, obteniendo pan, agua, un jergón o una
mesa de madera. Con estas imagen* nos encontramos entre finales del xi y el último
cuarto del siglo xu, pero sobre el viaje y el peregrino hay otras representaciones que hay
que tener en cuenta.
El riAjK. I A I M A G E N , L A HEREJIA: L A T S A N S f O R M ACIÓN'.. 559
I I c u l t o de las reliquias y el viaje
L a historia del viai v tic lo que los peregrinos buscaban e n el viaje tiene un punto de
referencia constante i . m í o en la E d a d Media occidental c o m o e n el Impcno biza nono: el
culto tic las reliquias 1 o que sucede en el mundo Islámico resulta diferente, aunque las
sepulturas di los t.ilil y ele los caudillo*, las espadas d> los primeros descendientes de
Mahoina, p o r cjcinph - l a s conservadas hoy en el lópLqu de Estambul, tengan gran im-
portancia; a • r o . b b . o s a ñ a d i r algunos restos dispi i .o-., por ejemplo, de los pelosode
la barba del < ilet.i. \ i «tros pocos fragmentos del glorioso primer período de expansión
v de uní fien • <n del islam. P e r o el sentido de estos fragmentos de los primeros tiempos
del mundo ¡ m i c o , siempre venerados y conservados, no es comparable a la relación
que guarda- a s reliquias c o n el mundo occidental y bizantino, donde van progresiva-
mente adqi entlo u n a función taumatúrgica, además de salvadora, que en el mundo
islámico n i • L tient ra equivalencia evidente. E s precisamente este asunto de las reliquias
v de su hist- a lo que conviene señalar en sus líneas generales, porque en los esquemas
narramos , i las primeras vidas de santos existen algunos modelos reiterados: la previ-
sión del pro-.io final, la preparación al fin mismo, la muerte precedida y seguida de una
*ríc de acontecimientos milagrosos; antes de la muerte, las palabras que el monbundo
pronuncia > pie son referidas para aleccionamiento; después de la muerte, una serie de
hechos prodigiosos que preanuncian la santidad: la no descomposición del cuerpo, por
ciemplo, o milagros que el cuerpo mismo hace a quien va a venerarlo. Milagros análogos
se dan en todo reconocimiento de reliquias, que, por lo unto, podrán reaüzar ultenores
gracias y curaciones q u e , a menudo, comienzan después del hallazgo -milagroso- de un
cuerpo intacto o bien de huesos perfectamente limpios. Pero ¿cuándo empieza el culto a
los santos? ¿Cuantío empieza esta veneración de las reliquias?
E l mundo cristiano adopta del mundo romano la práctica de la inhumación de los
cuerpos y la v e n e r a c i ó n de las figuras eminentes, por lo que el respeto por las sepulturas
y el viaje a estas mismas sepulturas están muy difundidos en el período consunriniano y
postenor. E l hallazgo de la cruz realizado por la madre de Constantino, santa Elena, y la
edificación de las grandes basílicas por deseo del mismo Constantino crean un sistema
complejo que comprende, de Jcrusalén a Belén, de Constantinopla (con la primera San-
ta Sofía) a R o m a ( c o n S a n P e d r o y otros edificios más), un conjunto de intervenciones
basadas en la veneración de los cuerpos sagrados. E n efecto, las basílicas constantinianas
vías iglesias que siguen este mismo programa edilicio son basílicas mlcorpora y, por con-
siguiente, insisten en el lugar de la sepultura de los santos; esto explica por qué, en la fase
de expansión del cristianismo e n Occidente, la búsqueda de los cuerpos de los primeros
obispos es un hecho difundido n o sólo en Occidente sino también en Oriente. En Roma
se da asimismo otro f e n ó m e n o , que se desarrolla sobre todo a partir de los siglos v y n :
el de la recuperación de importantes reliquias en las catacumbas, reliquias que sirven
tanto para ser trasladadas a las iglesias de la ciudad como para su exportación a diversos
lugares de O c c i d e n t e . E m p i e z a ahora, con toda probabilidad, esa fragmentación de las
reliquias que explica s u difusión y su extendido culto durante toda la Edad Medir por
una parte, se intenta tener reliquias de los santos más importantes; por otra, se deja es-
pacio a reliquias de figuras menos significativas pero ligadas de una U otra manera a las
5 6 0
ARIE E HISTORIA EN it EDAD MEDIA III I VIAJE, LA I M A C I N , LA HEREJÍA: L A 1 R A N S I OR.M A C I Ó N . . 561

tradiciones locales. P o r c o n s i g u i e n t e , m u y p r o n t o se e s t a b l e c e u n a j e r a r q u í a e n t r e las telas q u e p u e d e n e n n ir en contacto c o n la s e p u l t u r a , t a m b i é n se desea el aceite de las

propias r e l i q u i a s : las ligadas a C r i s t o y a su P a s i ó n , o b i e n a la V i r g e n , bis a p ó s t o l e s , los
santos \ mártires m i s a n t i g u o s , para l l e g a r p o r fin a l o s p r i m e n >s i i l u d i o s , una jerarquía
análoga la e n c o n t r a m o s e n e l á m b i t o m o n á s t i c o , d o n d e , o b v i a m e n t e , la s e p u l t u r a de san
B e n i t o adquiere u n s i g n i f i c a d o p a r u c u l a r r e s p e c t o a las r e l i q u i a s d e los abades y u n t o s
cuyas sepulturas se e n c u e n t r a n e n los m o n a s t e r i o s , d e san C o l o m b a n o e n F u l d a , d i
L o r s c h en San G a l o , a t o d o s los d e m á s . M u y p r o n t o se c r e a t a m b i é n o t r a j e r a r q u í a i n t e r -
na d t las reliquia* que d e t e n n i n a u n i n t e r é s d i f e r e n t e de l o s p e r e g r i n o s , la r e l a u v a a las
caracierisac*. a i m p o r t a n c i a d e l o b j e t o de c u l t o . P o r t a m o , es i n d i s p e n s a b l e una
fragmenue:' e n t a n t o q u e , e n cada a l t a r c o n s a g r a d . . . d e b e h a l i e r reato»
del Mntxi . . i ! m u l a r ; p o r esta r a z ó n e n la E d a d M e d i a m u y r a r a m e n t e
•M.-blcce. asi. t a m b i é n e n este c . w una i c r a r q u i a , en
>- 1
1
I br.i/o d e r e c h o , d e s p u é s el i z q u i e r d o , d e s p u é s otros
hucs . di .. i . Ic. d e t e r m i n a n a t u r a l m e n t e , desde la é p o c a c a m h n g i a p e r o con
capee mi - í g l o s X I y M I . la r e a l i z a c i ó n d e r e c i p i e n t e s específicos
c u y a t'irm.i . s ; . , c i - i u n t * o i . . ._ r e l i q u i a q u e c o n n e n e n .
Pero « c o m o se e x p o n : i m d e se c o l o c a n las reliquias? K l p r o b l e m a es s i e m p r e el de
la relación c i n r e reliquias, religiosos v l i d e s , p o r q u e las r e l i q u i a s , p r e c i s a m e n t e p o r su
distinción en categorías de i m p o r t a n c i a d i f e r e n t e , u e n e n e n los e d i f i c i o s r e l i g i o s o s d i s u n -
ta* ubicaciones. Las reliquias integras o casi i n t e g r a s de los s a n t o s e p ó n i m o s , e n general,
encuentran en la iglesia, o bien en la c r i p t a c o n s t r u i d a a t a l p r o p ó s i t o , una colocación
p a r t i c u l a n n e n t e evidente. Pero la distinción e n t r e p e r i o d o s , o e n t r e las r e l i q u i a s , sigue
siendo i m p o r t a n t e ; después del pe n o d o p a l e o c n s o a n o . e n e l q u e m u c h a s veces los cuer-
pos santos se i n h u m a b a n en los n i c h o s de las c a t a t u m b a s o e n h u m i l d e s sepulturas de
tierra, se produce la r e m o c i ó n de las r e l i q u i a s y su t r a s l a d o a las iglesias. P e r o más tarde,
tanto en los siglos v y \ i c o m o e n e l i x . y a u n c o n m á s f r e c u e n c i a a c o n t i n u a c i ó n , los restos
más s i g n i f i c a m o s e íntegros son trasladados a u n s a r c ó f a g o , e n g e n e r a l n o figurativo,
realizado para tal propósito p e r o t a m b i é n r e u t i l i z a d o , q u e t e r m i n a p o r ser c o l o c a d o bajo
la mesa d e l altar o e n o t r o lugar, p o r e j e m p l o , e n la c r i p t a . E l m o d e l o - o u n o de los m o -
delos- es la sepultura de san Pedro, puesta ba-o e l a l t a r de la b a s í l i c a ; así pues, los cuerpos
santos se colocan en el altar m a y o r o en la c n p t a q u e está d e b a j o . E n c u a n t o a las criptas,
su f o r m a varía n o t a b l e m e n t e de u n espacio v i s i b l e a u n q u e n o accesible al p ú b l i c o , salvo en
ocasiones e\cc|>cionales, a u n espacio d o n d e los fieles p u e d e n c o n t e m p l a r y acercarse
hasta m u y cerca de las reliquias, esto explica la difusión d e las c o p l a s anulares a p a r t i r del
siglo x i . a la que seguirá, sobre t o d o a p a r t i r d e d i c h o s i g l o , la d e las c r i p t a s y oratorios,
espacios m u y amplios, que o c u p a n a m e n u d o la e x t e n s i ó n d e l p r e s b i t e r i o , auténticas igle-
sias subterráneas, d o n d e puede c i r c u l a r u n g r a n n ú m e r o de fieles. P o r o t r o l a d o , las igle-
sias construidas en los c a m i n o s de p e r e g r i n a c i ó n a d o p t a n m u y a m e n u d o , y n o p o r casua-
lidad. una e s ü u c t u r a que t e n n i n a c o n u n d e a m b u l a t o r i o y capillas r a d i a l e s , de manera que
lamparas q u e h a n c s i a 1«. e n c e n d i d a s m u c h o t i e m p o e n l a zumba. Precisamente, porque la
sepultura c o r r e g r . i v < h g r o d e s e r v i o l a d a , es n o r m a : • se c u s t o d i e atentamente tanto
en o c a s i ó n d e l o s t r a s l u c i o s , p a r a e v i t a r r o b o s d e f r á g i l " ios, c o m o e n general porque se
pueden v e n f u . i r n t\» i « n n p l e t o s d e l o s r e s t o s d e la ... J sagrada, c o m o se atesugua en
U E d a d M e d i a e n n u m e r o s o s c a s o s . U n e j e m p l o d e !.- j i r l a d o s q u e recibe e l cuerpo sa-
grado c o n l u . i s i ó n <h t r a s l a d o p u e d e s e r , e n t r e canl i |UC se pueden recordar, el del
cuerpo d e s n < r c m i m u n o t r a n s p o r t a d o a M ó d c m . - n b nueva c o l o c a c i ó n en 1099, en
presencia d . M a t i l d e . l e C a n o s s a y d e l o s o b i s p o s r e u n i d o s c o n ella, y d e l arquitecto L a n -
franco, y c u u l i a i h » • • m t o d a p r e c a u c i ó n . L o s r o b o s d e r e l i q u i a s son numerosísimos e n
t o d l la E d . i . . l e i b a . i . u n o p o r l o d e m á s l o s o n t a m b i é n las disputas entre reliquias autén-
ncas y r e h q c o n s o g r a d a s e s p u n a s , es d e c i r , f r u t o d e falsificaciones.
Existe, i o r a l m e n t e , u n a g e o g r a f í a h i s t ó r i c a d e la v e n e r a c i ó n de las reliquias que se
distinguen l i s a m e n t e p o r l a a n t i g ü e d a d d e s u c u l t o ; se n a r r a la milagrosa llegada de
las r e l i q u i a S a n t i a g o a l a s p l a y a s d e G a l i c i a , r e l i q u i a s veneradas desde el penodo pa-
Icocnstian.. i a d e l a n t e y c o n u n f u e r t e c r e c i m i e n t o d e l c u l t o en e l p e r i o d o c a r o l i n g i o y
postenor; i . t e u n c u l t o a n t i q u í s i m o d e s a n M a r t í n e n T o u r s , de san Lázaro en A u t u n ,
odelaMac l e n a , c u y a s r e l i q u i a s s o n f r u t o d e u n h u r t o sagrado y transportadas de A i t -
en-Pmvem, i \ e/elay en B o r g o ñ a ; e x i s t e u n c u l t o a n t i q u í s i m o de las reliquias de los
Reyes M a g . ,s. r o b a d a s d e S a n E u s t o r g i o d e M i l á n y t r a n s f e r i d a s p o r v o l u n t a d de Fcden-
CO B a r b a r r o i . 1 . e n I 1 6 5 , a l a c a t e d r a l d e C o l o n i a y a l l í g u a r d a d a s después en una impo-
nente eapsa, o b r a d e N i c o l á s d e V e r d ó n , q u e se f e c h a d e s p u é s de 1198 y que tesnmonia
l o q u e i n f l u y e l a r e n o v a c i ó n d e l c u l t o p o r la c r e a c i ó n d e p r e c i o s o s objetos santuarios, fcs
i m p o r t a n t e el c u l t o d e las r e l i q u i a s d e s a n E g i d i o (saint Gilíes) e n la iglesia homónima en
P r o v c n z a y las d e s a n T r ó f í m o e n A r l e s ; p o r n o h a b l a r d e l a n t i q u í s i m o c u l t o de las reli-
quias d e s a n A m b r o s i o e n M i l á n , d e s a n S a t u r n i n o e n I b l o s a , d e santa Fe en Conques; se
r e m o n t a a l m e n o s a l s i g l o i i e l c u l t o d e s a n P e d r o y d e san P a b l o en Roma, mientras que,
desde e l v i , se i n i c i a l a v e n e r a c i ó n d e l a s e p u l t u r a d e san B e n i t o e n íMontccassino. Así, los
santos s o n v e n e r a d o s e n l a s g r a n d e s b a s í l i c a s y s u c u l t o se d i f u n d e rápidamente por todo
O c c i d e n t e , q u e e n m u c h o s c a s o s a s i s t e a u n a r e n o v a c i ó n d e las sepulturas y a la paralela
r e n o v a c i ó n d e l r e l a t o v i t a l d e l o s s a n t o s m i s m o s e n e l s i g l o i x . Las sepulturas son los l u -
gares m á s s i g n i f i c a t i v o s d e l a p e r e g r i n a c i ó n , l o s l u g a r e s d e l viaje e n Occidente; viaje i n -
tegrado p o r u n a s e r i e d e o t r a s m e t a s m e n o r e s , d e o t r o s l u g a r e s hacia los cuales dirigir al
fiel, q u e c o n s t i t u y e n u n t e j i d o m u y c o m p l e j o , e n o r m e m e n t e rico y articulado, una geo-
grafía d e l a m e m o r i a i m p o r t a n t e d e r e c o n s t r u i r . P a r a e n t e n d e r la c o m p l e j i d a d d e l p r o -
blema y s u d i m e n s i ó n , e x a m i n a r e m o s la Chronica Monasterii Castnensis de Leonc Mars-
cano ( h a c i a 1 0 6 0 - 1 1 1 5 ) - m o n j e c a s s i n é s y d e s p u é s , e n t r e 1102 y 1107, obispo de Ostia y
V c l l c t r i - , la p a r t e q u e t r a t a d e l d e s c u b r i m i e n t o y la r e i n s t a l a c i ó n de la sepultura de san
B e n i t o . E s t a m o s a n t e s d e l 1 d e o c t u b r e d e 1 0 7 1 , c u a n d o la basílica reconstruida p o r e l
4 2

a los fieles que pennanecen e n la nave s u p e r i o r t a m b i é n se les p e n n i t e h a c e r u n r e c o r r i d o abad D e s i d e r i o e s c o n s a g r a d a a l p a p a A l e j a n d r o I I . É s t e es el pasaje;

en semicírculo a l r e d e d o r y p o r e n c i m a d e la s e p u l t u r a d e l s a n t o , c o l o c a d a e n la c r i p t a pero
visible a través de las ventanas abiertas e n los m u r o s i n t e r i o r e s d e l d e a m b u l a t o r i o . P e r o no
se trata sólo de ver; los que veneran las reliquias q u i e r e n t a m b i é n t e n e r u n c o n t a c t o dife-
v
Véase L e o n e M a r s i c a n o , Cronaca di Montccassino (III 26-33), ed. F. Aceio y V. Lucherini, Milán, 2001. de
rente, y p o r eso las ventanas que d a n a la c r i p t a j i e r r n i t c n a veces c o l g a r b r i c h o s , hilos,
i|uicn t o m o las citas; para el t e x t o c o m p l e t o véase la edición de H . Hoflmann, Coronta nwuvtmi Canncnns,
MGH, Scrtptorcs, X X X I V , H a n n o v e r . 1980.
 562 ARTE C HISTORIA EN I A E O A D M E D I A I I I
Mientras tanto (Desiderio], disponiéndose con toda razón a colmar el desnivel entre el
presbiterio y la superficie de la iglesia, que se había estimado en unos seis todos, encontró
inesperadamente, sin ni siquiera excavar tres brazas, la venerable tumba del padre Benito
E n consecuencia, tomada la decisión con los devotos hennaims \ con Un hombres de mas
ufano la tumba misno
sensato juicio de n o pensar ni siquiera en moverla, i n i n c d i a i a n i e n u
con piedras preciosas en el mismo lugar e n la que estaba puesta ., t , l l c de que nadie pu-
diera sacar nada de tan precioso tesoro. Y encima de ella dispn-.. n.msverealmente a l,i
iglesia, es decir, de septentrión hacia meridión, u n arca de mármol nano de exinordinann
elaboración, de cinco codos de largo. De tal manera, el preshm • mismo permanecí"
c o m o antes, sobre u n nivel más elevado, de m o d o que desde el n i e l o de éste al de la iglesia
se batan ocho escalones, precisamente debajo del arco t n u n f . i l qui lo d o m i n a "
E l t e x t o r e f e r i d o m u e s t r a a s í a l g u n o s h e c h o s : q u e e l l u g a r de ! i s e p u l t u r a d e
estaba e n e l c e n t r o d e la a n t i g u a á b s i d e y q u e , p o r t a n t o , l a c o n s c r . K i o n d e la orientación
_. e d i f i c i o p r e c e d e n t e y l a e d i f i c a c i ó n d e l n u e v o t i e n e n los c|cs M i s i a n c i a l m c n t e c o i n c i -
d e n t e s . salvo una v a r i a c i ó n d e p o c o s g r a d o s d e m o s t r a d a p o r la i n v e s t i g a c i ó n ; además, el
( ¡ e n c u b r i m i e n t o d e la t u m b a p l a n t e a a l o s m o n j e s y a D e s i d e r i o el p r o b l e m a d e su
• i . i d e s p l a z a m i e n t o , p e r o se d e c i d e e v i t a r e l t r a s l a d o d e las r e l i q u i a s para garantizar
t a m b i é n l a c o n s e r v a c i ó n y la i n t e g r i d a d y, a t a l fin, se r e c u b r e n con « p i e d r a s preciosas»;
ara t e r m i n a r , la n u e v a d e c i s i ó n es la d e a ñ a d i r u n g r a n s a r c ó f a g o d e m á r m o l esculpido,
p u e s t o t r a n s v e r s a l m e n t e r e s p e c t o la iglesia y c o l o c a d o s o b r e la s e p u l t u r a d e l santo, un
sarcófago q u e es una pieza a n t i g u a y q u e l l e v a a los o r í g e n e s p a l e o c r i s t i a n o s y. por u n t o .
H la i n m i n e n t e R e f o r m a g r e g o r i a n a , d e esta c o m p l e j a i n t e r v e n c i ó n arquitectónica. E l
s a r c ó f a g o , o c h o e s c a l o n e s p o r e n c i m a d e l s u e l o d e la n a v e , v i s i b l e a t o d o s , debía de tener
u n f u e r t e i m p a c t o e n sus f i e l e s .
O t r o j>asaje d e la Chronica n o s p e r m i t e c o m p r e n d e r la c o m p l e j i d a d d e l problema de
las r e h q u i a s d e l o s s a n t o s e n M o n t e c a s s i n o y n o s a c e r c a al t e m a d e l a c o n s a g r a c i ó n de los
a l t a r e s y a l a f u n c i ó n s i m b ó l i c a , y a la v e z n a r r a t i v a , d e la iglesia e n s u t o t a l i d a d .
Memos considerado o p o r t u n o en este p u m o especificar de qué santos se conservaron
las reliquias en cada altar. E n e l altar de san B e n i t o se custodian, por tanto, las reliquias de
los santos apóstoles Felipe y Sanuago. d e los mártires A l e j a n d r o papa, Sebastián, Ciríaco,
C r i s a n t o y D a r í a , Abdón y S e n é n , y de Cecilia virgen. Además de éstas, también dos cajas
de plata, q u e contienen muchísimas reliquias de diferentes santos, están colgadas del mar-
m o l superior en el i n t e r i o r del m i s m o aliar e n señal de honor. E n el altar de san Juan se
conserva aceite d e la lámpara del Santo Sepulcro, aceite que año tras año es encendido por
el cielo de manera milagrosa, ante los ojos d e todos, el sábado de la Santa Pascua; agua del
J o r d á n del p u n t o d o n d e fue bautizado el S e ñ o r , incienso del sepulcro de san Juan Evange-
lista, y reliquias d e san Sebastián y d e muchos otros que se habían vuelto a depositar en el
precedente altar del m i s m o s a n t o . 44
*' Leonc Alarsicano, Crvnaca di Montecamno, cíe, p. 49.
« J f t f t , p. 65.
El, V I A I l . I.A I M A C E N , I.A I l f i R h I Í A . LA 7 R A N U OIMACIÚN'. 563
Es este u n a s p e c t o s . M i i r i c a u v o : l a i g l e s i a , s u s altares, ¡os recipientes de plata colgá-
i s , están l l e n o s d e m u í h a s r e l i q u i a s y é s t a s i n d i c a n una geografía simbólica evidente, la
ft ierra S a n t a . .. I.i q u e s e a ñ a d e n o t r a s r e l i q u i a s qu< .. M . de Occidente. E n efecto, el
C I T K O de r e l i q u i a s uoic a c o n t i n u a c i ó n e n el t^-- h una idea del número de los
C | m
MRos venerad, .s e n e l n n m a s t e r i o y de la c o m p l c j i d - . . i sus relaciones con Occidente,
Mera todo c o n R o m a ) ui d i v e r s o s s a n t u a r i o s :
E n el .liar d e Santa Alaría se conserva pane de ta piedra de su mismo sepulcro y reli-
quias di ^ mártir . D i o n i s i o obispo. Esteban pepa, (xsano diicono. Primo y Feliciano.
En el al d a S a n < . i e g o r i o está custodiada parte de la piedra del Santo Sepulcro, del res-
udo d e T.I M a n a d e las t ú n i c a s de los apóstoles Pedro y Pablo, y reliquias de 40 márti-
Benito res, ade; d e las , k l ' a n c r a c i o , Valentín c Milano. Alaron, obispo, y de la dalmática de san
Ambro- | e l aliar d e s a n N i c o l á s se encuentran las reliquias de los santos mirares
n
Cornch C i p r i a n o . S e b a s t i á n . .Nicandro y Marciano. Girino y Aliximo, Focas obispo,
Eunqtn. |o« 4 ( ) s a n t o s , y los cabellos del sanio obispo Remigio '. 4
even-
De nuevo ... , , „ t e p r o p o n e u n a r e l a c i ó n directa con T i e r r a Santa, de Ja que proviene
* fragmento ti la s e p u l t u r a de la V i r g e n , m i e n t r a s que las reliquias de los otros mártires
v confesores o ! r e c e n u n a g e o g r a f í a s o b r e todo occidental y , a la vez, dos templos de la
entidad, la d e l o s a p o s t ó l e s y la de l o s p a d r e s de la Iglesia; pienso, entre otros, en san
lanin y e n s a n A m b r o s i o . U n ú l t i m o pasaje resulta especialmente interesante: Deside-
rio, en efecto, e s c r i b e s o b r e o t r a c o s t u m b r e , la de insertar las reliquias e n partes esperi-
hcav del edificio y e n l a s c o l u m n a s , q u e , en las enciclopedias medievales, simbolizan a los
apostóles, l o s p a d r e s de l a I g l e s i a , m á r t i r e s o santos. E s t e es el texto:
Además de estas cosas que hemos considerado que no debíamos callar, en d momento
de la c o n s t r u c c i ó n , e n señal de gran reverencia, se colocaron en los capiteles de cada co-
lumna de b iglesia las reliquias de los santos mártir es Juan y Pablo, Nicandro y Marciano,
y de algunos otros, e n p e q u e ñ a s píxides de bronce"'.
Resulta i m p o r t a n t e i a d e c i s i ó n de c o l o c a r las píxides, evidentemente,avantlapaseen
d i m c n o r d e l o s c a p i t e l e s ; l a r a z ó n , c o m o indica la tradición cndclopcdica medieval
« d e R á b a n o M a u r o e n a d e l a n t e , es que las bases de las columnas son los pies de los
santos; las c o l u m n a s , e l c u e r p o , y los capiteles, las cabezas de los santos, por lo que es
aquí, en los c a p i t e l e s , d o n d e d e b e n i n s e r t a r s e las píxides con las sagradas reliquias. La
iglesia, pues, se a l z a c o m o s i s t e m a s i m b ó l i c o e n el que las reliquias desempeñan un papel
de gran s i g n i f i c a d o .
l e ñ e m o s n o t i c i a d e esta v e n e r a c i ó n p o r las reliquias de los santos en todos los sitios
a los largo d e l o s c a m i n o s de O c c i d e n t e y t a m b i é n de Oriente, por lo que convendrá
analizar el r e l a t o m u y c o n o c i d o de l a l l a m a d a Guia del peregrino, que indica a losfieleslo
que hay que c o n t e m p l a r , l a s r e l i q u i a s que adorar, describiendo también, junto a ellas, las
564 ARTF r HISTORIA E N LA E D A D M I D M III

EL V I A J C « L A I M A G E N . LA H E R E J Í A : LA TRANSI OR M A C I Ó N * 5 6 5
l a b o r e s d e o r f e b r e r í a y l o s m a t e r i a l e s q u e r e v i s t e n las s e p u l t u r a s de los sagrados cuerpos.
E n este s e n t i d o , s o n i m p o t t a n t e s d o s e j e m p l o s : e l d e S a i n t - G i l l c s en P r o v e n z a , n o lejos
E n la g u í a e n c o n t r a m o s d e s p u é s u n p a s a j e r e l a t i v o a la nutenricidad de las reliquias de
d e A r l e s , y e l d e C o m p o s t e l a . D e s p u é s d e h a b e r p u e s t o e n e v i d e n c i a la d i g n i d a d y la
san E g i d i o , q u e n o s d a la m e d i d a d e l a s p o s i b l e s ifaÍsJn*caCloilés y, p o r consiguiente, délos
i m p o r t a n c i a d e l s a n t o , la g u í a p e r m i t e c o m p r e n d e r e l t i p o d e retoi i<>n q u e los heles man-
conflictos e n t r e l o s d i I e r e n t e s s a n t u a r i o s e n O c c i d e n t e É>re es e l pasaje:
t e n í a n c o n la s e p u l t u r a . ¿ Q u i é n v e r á m á s t i e m p o su m o r a d a :
- - i . b i i e i i a d o r a r á a Dio--» a
su s a n t í s i m a b a s í l i c a ? ¿ Q u i é n a b r a z a r á m a s t i e m p o su s a r c ó l a u - . :
[ Q u i é n besará su aliar
Tal es la s e p u ' r u r a d e l b e a t o E g i d i o , e n la cual • u i -..-.rabie cuerpo reposa con honor.
v e n e r a b l e ? ¿ V q u i é n n a r r a r á su p u r í s i m a v i d a ? . E l pasaje hnci « o m p r e n d e r c o m o la
4 7

Sonro|. use. p o r - . o r o . los h ú n g a r o s , q u e d i c e n tener MÍ I nefpo¡ confúndanse los monjes de

r e l a c i ó n c o n e l s a r c ó f a g o q u e c o n t i e n e las r e l i q u i a s d e l s a n t o es t a m b i é n d e c o n t a c t o <ti-
C h a i n . , I i e r e s . q u i i u e f t a n t e n e r su c u e r p o p o r completo, hiiinillc-nsc Jos habitantes de Saint-
r e c t o , d e d u r a c i ó n , v i s t o q u e se p r e g u n t a q u i é n - d u r a n t e m á s l i a u p o - abrazará e l sai' ó-
Séqii.ii. UN, q u e st g l o r i a n d e t e n e r su cabeza e, igualmente, avergüéncense los normandos
f a g o m i s m o . P e r o ¿ c ó m o se h a c o n s t r u i d o e l s a r c ó f a g o , h o y peí >hdo. y d ó n d e está colo-
de C o : t e n t i n , q u e p r e s u m e n d e t e n e r su c u e r p o entero, porque de ninguna manera sus
c a d o ? L a d e s c r i p c i ó n i n d i c a q u e el a l t a r e s t á d e l a n t e d e l ar*. o r o ; la simbología del
sagra, huesos h a n p o d i d o ser trasladados fuera de estos lugares, como por muchos está
m e t a l es s í m b o l o d e la g r a c i a d i v i n a , y p r o p o n e u n a n á l i s i s c o m p l e j o de la representa!.ion
prob.i , E n e l » , t o , a l g u n o s h a n i n t e n t a d o alguna vez, fraudulentamente, llevarse el vene-
d e l c o n j u n t o c o n c e b i d o c o m o u n s a r c ó l a g o h i s t o r i a d o c o n la - L a u r a s de los apóstoles que
rable d e l b e a t o c o n f e s o r f u e r a de la patria egidiana, pero en ningún modo se lian
parecen imitación de u n m o n u m e n t o esculpido paleoeristiaim.
podido i r c o n é l " .

A b a i o h a y seis apóstoles de una parte y seis de o t r a , debajo de la bóveda, en el lado iz-

q u i e r d o , está t a m b i é n la V i r g e n ; e n segunda tila, los 12 signos zodiacales empezando por
A r i e s , según el m o d e l o r o m a n o ; en tercera fila y, p o r t a n t o , más alto están los ancianos del
A p o c a l i p s i s , 12 en una parte y 12 en o t r a , en los lados largos de la caja; en el lado derecho
orros seis apóstoles y u n «discípulo de C r i s t o - que el texto n o identifica. Encima de las
cabezas de los apósioles están «esculpidas e n f o r m a femenina las virtudes que tuvieron
ellos y estas s o n : b o n d a d , m a n s e d u m b r e , fe. esperanza y caridad y o t r a s - , que evidente-
m e n t e el n a r r a d o r n o es capaz de identificar. E n segunda fila hay esculpidas -flores en
f o r m a de g u i r l a n d a s de vid»-, con evidente referencia a u n m o d e l o paleocrisuano. hn la
tercera fila o t r o s 12 de los 24 ancianos del Apocalipsis; sobre ellos u n letrero permite com-
p r e n d e r la i m p o r t a n c i a de la conservación de las reliquias mismas: - E s t e cáliz insigne or-
n a d o de piedras preciosas y de o r o / c o n u e n e las reliquias de E g i d i o . / Dios maldiga pao
s i e m p r e a q u i e n lo r o m p a / y p a r a m e n t o s de E g i d i o y t o d o el o r d e n sagrado» . Por consi-
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g u i e n t e , es éste el c u e r p o d e l arca, la parte que sobresale, y trabajada c o m o los sarcófagos
esculpidos: « E l t e c h o d e l arca está trabajado, encima y a los lados, a m o d o de escamas de
pez. E n l o a l t o están encajados 13 cristales de roca, algunos e n f o r m a de tablero de ajedrez,
o t r o s e n f o r m a de manzana o granadas; u n grueso cristal en f o r m a de gran pez, como una
Los cnei >s s a n t o s s o n c o d i c i a d o s p o r las d i f e r e n t e s ciudades y, al final, las peregri-
naciones a s: . r e l i q u i a s d e b e n e s t a r d e a l g u n a m a n e r a reconocidas y continuadas p o r la
pesia, p o r I.. q u e e l p a s a j e d e l l i b r o V d e l Codex Caüxthms, apenas citado, es un tesrimo-
m o d e a u t e n t i c i d a d , p o r u n a p a r t e y , a la v e z , u n m o d o a u t o n z a d o para declarar falsas las
reliquias d e o t r o s . T a m b i é n e l i n t e n t o d e r o b a r u n b r a z o demuestra cómo existe la jerar-
quía, a la q u e n o s h e m o s r e f e r i d o a n t e s , e n t r e las d i f e r e n t e s partes de los cuerpos santos.
La d e s c r i p c i ó n e n l a g u í a d e l a s d i f e r e n t e s s e p u l t u r a s de los santos no es siempre tan
detallada c o m o e n e l c a s o d e s a n E g i d i o , p e r o o f r e c e e n c u a l q u i e r caso elementos que es
c o n v e n i e n t e r e c o r d a r ; p o r e j e m p l o , l a s e p u l t u r a d e L e o n a r d o en L i m o g c s mostraba una
sene de e x v o t o s q u e se p a r e c e n a l o s d e S a i n t e - I - o y e n C o n q u e s . Las cadenas de Conques
estaban e x p u e s t a s , y t a m b i é n e s c u l p i d a s e n l a l u n e t a d e fachada, p o r q u e la santa libera a
os p r i s i o n e r o s c r i s t i a n o s d e l a s c á r c e l e s d e la E s p a ñ a islámica; las cadenas de Limoges,
explica la g u í a , e s t á n e x p u e s t a s p o r q u e e l s a n t o « h a sacado de las prisiones a innumera-
>les m i l e s d e e n c a r c e l a d o s , c u y a s c a d e n a s d e h i e r r o , bárbaras más de cuanto se pueda
ecir, r e u n i d a s a m i l l a r e s , f u e r o n c o l g a d a s a l r e d e d o r de su basílica, a derecha e izquierda,
dentro y f u e r a , c o m o t e s t i m o n i o d e t a n g r a n d e s m i l a g r o s » . E l sepulcro de san Frontón
en P e n g u c u x es d e f o r m a r e d o n d a , c o m o e l d e l S e ñ o r , m i e n t r a s que la sepultura de M a r -

t r u c h a , se yergue con la cola vuelta hacia lo a l t o » . La descripción muestra claramente el ón en T b u r s « b r i l l a p o r l a c a n t i d a d d e o r o , d e p l a t a y d e piedras preciosas, y resplandece
con f r e c u e n t e s m i l a g r o s » . T a m b i é n e l s e p u l c r o d e san H i l a r i o en Poitiers es rico y pre-
s e n t i d o s i m b ó l i c o de las 12 piedras y del pez en el c e n t r o : son los apóstoles y Costo; el aná-
cioso: « S u s e p u l c r o , e n e l q u e r e p o s a n sus s a n t í s i m o s y venerables huesos, está decorado
lisis p r o s i g u e c o n e l l a d o a n t e r i o r d e l arca c o n D i o s b e n d i c i e n d o , bajo el trono una estrella
con g r a n c a n t i d a d d e o r o , y d e p l a t a y p i e d r a s p r e c i o s í s i m a s ; su basílica, grande y hermo-
y, a los lados, el alfa y el omega; a l r e d e d o r del t r o n o los c u a t r o símbolos evangélicos, des-
sa, se v e n e r a p o r l o s f r e c u e n t e s m i l a g r o s » . P a r e c e , p o r t a n t o , evidente que las sepdruras
p u é s e l J u i c i o F i n a l según e l A p o c a l i p s i s ; además, al l a d o del t r o n o de Dios hay dos angeles.
en los c a m i n o s d e l a s p e r e g r i n a c i o n e s f u e r o n c o m p l e t a m e n t e renovadas, pero es difícil,
E l ú l t i m o l a d o d e l arca representa la Ascensión d e l S e ñ o r c o n seis apóstoles debajo y seis
perdidos l o s t e x t o s o r i g i n a l e s , f e c h a r e s t a s i n t e r v e n c i o n e s ; se puede solamente suponer,
a r r i b a , insertados bajo bóvedas y separados p o r c o l u m n a s ; encima de ellos una paloma)'
por la i c o n o g r a f í a d e l a r c a á u r e a d e S a i n t - G i l l e s , q u e esta representación se realizó en
D i o s e n el t r o n o e n t r e los c u a t r o s í m b o l o s evangélicos: e l sistema, pues, parece que quiere
pleno s i g l o x i i , v i s t o q u e e s t a m o s a n t e u n a e v i d e n t e r e a n u d a c i ó n de temas que reencon-
r e p r e s e n t a r t a m b i é n la T r i n i d a d .
tramos e n la c u l t u r a m o n u m e n t a l e n p i e d r a . E n c u a l q u i c r c a s o . s e puede considerar que,
en g e n e r a l , l a r e n o v a c i ó n d e l a d e c o r a c i ó n i n t e r i o r de los edificios, empezando por los

4 7
Vielliard, Le (jiiidt du ptlenne, cit., p. 94.
«/W..P.96. Ibid., pp. 97-9H.
 566 ARTE I IMMORIA E N L S Kn.\n MEDIA III

I * I O I , LA lUASiN, LA I I I R| P l . u TRAXtrORSMciÓN 567

s a r c ó f a g o s , e n t r e las p o s e n m e n a s d e l s i g l o x i y l o s p r i m e r o s d e c e n i o s d e l s i g u i e n t e , se
r e a l i z ó e n r e l a c i ó n c o n u n a e x i g e n c i a q u e d e b e r á s e r t o m a d a e n c o n s i d e r a c i ó n , y que va C o n n e n e a h o r a p r e g u n t a r s e s i e n e l m u n d o o c c i d e n t a l se veneran sólo, en los siglos xt
l i g a d a , d e u n a u o t r a m a n e r a , a la R e f o r m a g r e g o r i a n a y a sus n u e v a s i m á g e n e s . y x n , las r e l i q u i a s d e l o s s a n t o s , c o n s e r v a d a s e n S e p u l t u r a s brillantes de o r o y piedras pre-
P e r o la d e s c r i p c i ó n m á s c u i d a d o s a y a n a l í t i c a d e la g u í a su r e s e r v a para e l c o n j u n t o de ciosas. D e b e m o s , ptu a c l a r a r s i , a d e m á s d e l c u l t o de ! .utos en e l periodo entre Ja
la i g l e s i a d e S a n t i a g o d e C o m p o s t e l a : i n t e r e s a v e r a q u í la s e p u l t u r a y sus características, Reforma g r e g o r i a n a t las c r u z a d a s , n o había otras t , u -.. otras figuras que venerar.
el a l t a r q u e está al l a d o , el c i b o r i o . Creo q u e se p u e d e p o r t a r d e n u e v o d e l t e x t o d e la Guia ¿grato para tener una prime-
ra respuesta; p o r t a n t o , i o n s í d e r a r e r n o s . a u n q u e sea b r e e , m e n t e , algunas imágenes escul-
E n la descrita y venerable c a t e d r a l reposa, según l o que se dice, el venerando cuerpo de
pidas.
Santiago c o n s e n a d o e n u n arca de m á r m o l e n u n e s p l e n d i d o sepulcro arqueado, admira-
Así e n B l a y e , l a Guia del peregp-ino i n v i t a a v i s i t a r la r u m b a de R o l d a n . Éste es el pa-
b l e m e n t e t r a b a j a d o y de adecuada d i m e n s i ó n , s i t u a d o bajo el altar m a y o r que se In alzado saje-
e n su h o n o r '.

Dt u é s , [ S a i n t c s ] e n B l a y e . c e r c a d e l m a r . necesita pedir la protección de san Romano,

P o r t a n t o , u n a r c a , u n s a r c ó f a g o r o m a n o c o n a r q u e t ¡a-- d e b a j o d e l a l t a r m a y o r , que, a
Su v e z . es u n c o n j u n t o f o r m a d o p o r u n « p e q u e ñ o a l t a r q u e sus d i s c í p u l o s (de Sanuagoj,
p o r l o q u e se d i c e , c o n s t r u y e r o n y q u e . p o r a m o r d e l apa «sti >l y d e l o s m i s m o s discípulos,
n i n g u n o q u i s o d e s t r u i r . E n c i m a d e él h a y o t r o a l t a r g r a n d e y a d m i r a b l e , que m i d e cinco
ilrnoS d e a l t o y 12 d e l a r g o * » ; d e l a n t e d e este c o n j u n t o h a y u n p a l i o « r i c a m e n t e trába-
5 1
l o e n o r o y p l a t a - c o n e l S e ñ o r e n e l t r o n o , e n e l c e n t r o . \ l o s 2 4 a n c i a n o s del Apoca-
. a l r e d e d o r d e l t r o n o , l o s c u a t r o e v a n g e l i s t a s , y a i z q u i e r d a y d e r e c h a , los 12 apos-
ta d e s c r i p c i ó n t e r m i n a p r e c i s a n d o q u e « h a y t a m b i é n flores b e l l í s i m a s y. entre los
les. e s p l é n d i d a s c o l u m n a s » " . T o d o e s t o n o s h a c e p e n s a r q u e e l p a l i o , la pane con
4
a p ó s t o l e s e n t r e c o l u m n a s y e l s a r m i e n t o , se c i ñ e a e s q u e m a s p a l e o c n s n a n o s . pero el
c o n j u n t o p e r t e n e c e al t i e m p o de san E g i d i o y de su g r a n eapsa d e c o r a d a . E n cuanto al
;Í e s t á i l u s t r a d o d e n t r o v f u e r a p o r l a s V i r t u d e s ; e l C o r d e r o d e D i o s esta represen-
t a j o e n su i n t e r i o r ; e n e l e x t e r i o r , h a y c u a t r o á n g e l e s c o n la t u b a , l o s profetas .Moisés.
A b r a b a m . I s a a c y J a c o b o . y e n c u n a l o s 12 a p ó s t o l e s ; e n t r e e l l o s , d e l a n t e en el centro,
. s a n t i a g o ; s o b r e la c i m a d e l c i b o r i o , a m a n e r a d e t e c h o , h a y c u a t r o á n g e l e s y, e n las esqui-
n a s , l o s c u a t r o e v a n g e l i s t a s ; m i e n t r a s q u e e n c i m a , e n la c ú s p i d e , está esculpida en un
e d í c u l o la T r i n i d a d c o n las t r e s figuras: d e l P a d r e a l o e s t e , d e l H i j o a l sudeste, del Espí-
ritu Santo al n o r t e .
en CU) d e s i a r e p o s a e l c u e r p o d e l b e a t o R o l d a n , el cual, siendo de noble linaje, esto es,
conde 1 r e y C i r l o m a g n o y u n o d e los 12 pares, m o v i d o por el celo de su fe, entró en
Españ ira c o m b a t i r a l o s i n f i e l e s . Q u e fue tanta su fuerza, que en Ronccsvallcs partió,
como s u e n t a . p o r e l m e d i o una r o c a , d e arriba ahajo, con tres golpes de su espada y de la
Duarna a ñ e r a p a r t i ó p o r e l m e d i o su t r o m b a [el olifante}, haciéndola sonar con el aire de
su peí h o . S u t r o m b a d e m a r f i l , p a r t i d a , se encuentra en la iglesia de Saint-Sévcnn en la
ciudad de B u r d e o s , y s o b r e la r o c a d e Ronccsvallcs se construyó una iglesia. Roldan, des-
pués i k h a b e r v e n c i d o e n n u m e r o s a s batallas a los reyes paganos, extenuado del hambre,
del frío \ d e l o s e x c e s i v o s c a l o r e s , alcanzado p o r amor del divino nombre, por violentas
adversidades y p o r m u c h o s g o l p e s y h e r i d o con siete lanzas, se cuenta que al final muñó,
c o m o v a l e r o s o m a r r a r d e C r i s t o , de sed e n este valle. Sus compañeros mismos sepultaron
después su s a n t í s i m o c u e r p o e n la iglesia de San Romano en lílaye.
E l r e l a t o d e l a g u í a r e t o m a e l e s q u e m a d e la m u e r t e de R o l d a n de la Cbamon de
oland, p e r o l o s i m p l i f i c a ; d e h e c h o , e v i t a n a r r a r la s i m é t r i c a contraposición de Rol-
d a n - C r i s t o y s u s 12 p a l a d i n e s - a p ó s t o l e s a M a r s i l i o y a sus 12 caballeros de lo negativo,
^egun e l s i m b ó l i c o r e l a t o d e l a chanson de geste. L a g u í a t a m b i é n cuenta que en las lau-
das de B o r d c a u x e s t á n e n t e r r a d o s l o s c u e r p o s d e « o t r o s m u c h o s guerreros de C a r l o -

P o r las d e s c r i p c i o n e s d e l a s s e p u l t u r a s p a r e c e e v i d e n t e , a n t e t o d o , la importancia de la magno», q u e e n p a r t e n o m b r a ; « y a c e n e n e f e c t o t o d o s j u n t o s e n u n sepulcro del que

f u n c i ó n d e l a i m a g e n ; si se r e f l e x i o n a e n e l s a r c ó f a g o a n t i g u o p u e s t o s o b r e el anterior de
san B e n i t o , r e a l m e n t e s e n c i l l í s i m o , se c o m p r e n d e p o r q u é L e o n c M a r s i c a n o , que escribe
u n p o c o a n t e s d e q u e se r e d a c t a r a la Guía del peregrino e n l o s a ñ o s t r e i n t a d e l siglo x u , tuvo
la n e c e s i d a d d e s u b r a y a r , c o m o p o r l o d e m á s h a b í a h e c h o D e s i d e r i o p o n i e n d o el gran
s a r c ó f a g o a n t i g u o , l a d i g n i d a d d e la s e p u l t u r a d e l s a n t o . E n la d e s c r i p c i ó n de los nuevos
r e c i p i e n t e s o d e l o s d e c o r a d o s q u e v a n c o n e l l o s p r o p o n e u n a i c o n o g r a f í a que vuelve,
desde S a i n t - G i l l e s a C o m p o s t e l a , e n el antepedium y e n e l c i b o r i o , y q u e construye una
a u t é n t i c a e n c i c l o p e d i a d e l a s c r e e n c i a s r e l i g i o s a s , u n a t a x o n o m í a d e las imágenes parale-
l a a la d e l o s t e x t o s c o n t e m p o r á n e o s , s o b r e t o d o l o s d e l a s e n c i c l o p e d i a s .
exhala u n s u a v í s i m o o l o r , q u e s a n a a l o s q u e l o r e s p i r a n » " . P o r t a n t o , los cuerpos de
os m á r t i r e s h a c e n m i l a g r o s . Y n o s ó l o a q u í , e n B l a y e , e s t á n enterrados, aunque, según
la Historia Turprni ( l i b r o I V , c a p . X X I ) , l o s g u e r r e r o s d e C a r l o m a g n o muertos en com-
bate h a b í a n s i d o e n t e r r a d o s e n o t r o l u g a r , e n l o s A J i s c a m p s , los Campos Eb'seos en las
cercanías d e A r l e s , u n l u g a r q u e la g u í a d e s c r i b e , p e r o s i n c i t a r las sepulturas de los
paladines d e l e m p e r a d o r . E n e s t e p u n t o , d e s p u é s d e c o n s i d e r a r estos textos y otros que
n a t u r a l m e n t e se p o d r í a n a ñ a d i r , y t e n i e n d o p r e s e n t e la i m p o r t a n c i a de la cbamon de
geste y su d i f u s i ó n e n O c c i d e n t e a p a r t i r d e finales d e l s i g l o x i , debemos preguntarnos
si existen t e s t i m o n i o s d e d i f e r e n t e t i p o q u e p e r m i t a n p r o b a r la existencia de u n culto
«le las r e l i q u i a s d e l o s p a l a d i n e s , d e l q u e , e n c u a l q u i e r caso, convendrá preguntarse las
razones.

lbid.,p.
w
128.
W lbid.
lbid.. p. 129.
S2
 A « T I i HISTOBIA rs LA E D A D M I DIA IH

E L VIA»», LA IMAGEN. LA u, UÌ i\\ |.A T • A N. 11 O R M A C I O N . 569

E n u n l i b r o q u e ha s i d o f u n d a m e n t a l p a r a l o s e s t u d i o s s o b r e la r e l i g i o s i d a d medieval,
Alare BlocrT 4
y, más r e c i e n t e m e n t e , d e s a r r o l l a n d o e l m o d e l o , J a c q u c s L e G o l f ' lian
p u e s t o e n e v i d e n c i a , p r e c i s a m e n t e , la f u n c i ó n s a l v a d o r a de las r e l i q u i a s d e los soberanos,
l o s s o b e r a n o s d e F r a n c i a q u e e n a l g u n o s casos s o n santos, p e r o q u e . de t o d o s modos,
p r e s c i n d i e n d o d e la s a n t i d a d , e s t á n « u n g i d o s d e l S e ñ o r p o r t a n t o , sus cuerpos pueden
hacer milagros, pueden curar enfermedades y d e b e n ser. p o r c o n s i g u i e n t e , venerados,
a d o r a d o s ' . E s t e h e c h o , m u y c o n o c i d o a h o r a p o r l o s e s t u d i o s o s , t i e n e raíces an liguas,
1 6

l i g a d a s a la cbamon de geste y a sus c o m p o s i c i o n e s e n g e n i i al, e n e l t r a n s c u r s o d e b ultima

p a r t e d e l s i g l o XI y d e l o s p r i m e r o s d e c e n i o s d e l s i g u i e n t e , al q u e sigue una dnulgación
p o s t e r i o r , q u e r e a f i r m a e l e v i t o d u r a n t e s i g l o s e n la n o v e l a y q u e , al f i n a l . pasan! a los
p o e m a s c a b a l l e r e s c o s e n l e n g u a v e r n á c u l a e n e l p e r i o d . . u n á c e n o s l a ; vernácula, por tan-
t o , para la cbamon de geste d e l c i c l o c a r o l i n g i o v d e l arrúi i c o , v t a m b i é n p o r esta ra/.ón se Tigno 5 M e ,. LJicdr.il <li S.in C ì e i i u n u i K i , ladO scpicninni).il. "Puerta de b Pesquería»,arquivolucon
e x p l i c a s u e x t e n s í s i m a d i f u s i ó n . H a s t a a h o r a e s t a n a n ¡M i« >n. q u e los e s m d i o s demuestran h i M . >i, i - ilei c i c l o arrúrico y dintel con fabliaux, piedra. 1099-1lOlV
d i f u n d i d a e n t o d o O c c i d e n t e y d e s d e l u e g o e n I t a l i a , e n I - r a n c i a , E s p a ñ a , ha recibido una sugieren la - t u a , y t a m b i é n la a r q u i v o l t a c o n W i n l o g e c y A l a r d o c dentro del casnllo;
s i s t e m á t i c a a t e n c i ó n , s o b r e t o d o p o r l o s h i s t o r i a d o r e s de la l i t e r a t u r a , y se debe a Bédicr' Isdcrnus, A i d e B r e t a ñ a , B u r m a l t o a la i z q u i e r t l a ; C a r r a i o , G a l v a g i n , Galvarium, Che
e l a n á l i s i s d e las chansons, su f e c h a , y a n o e n e l s i g l o i \ s i n o e n t r e e l x i y x n , la conexión a là d e r e c h a o d o s l o s c u a l e s p l a n t e a n u n c o n f l i c t o e n t r e el b i e n y el m a l , no parecen
entre cbamon de geste y s a n t u a r i o s , l u g a r e s d o n d e , p r e c i s a m e n t e , se veneraban las reli- tener m u d i . , c u t i d o e n u n c o n t e x t o r e l i g i o s o . P e r o , si se reflexiona sobre la cbamon de
q u i a s d e l o s s a n t o s v d e l o s p a l a d i n o s , p o c o i m p o r t a si d e l r e y A r t u r o o de Carlomagno. ^cstc y s o b r e c i c l o a r t ú r í c o , s e c o m p r e n d e q u e l o s caballeros de la mesa redonda no son
E s t e n e x o f u n d a m e n t a l n o ha s i d o , p o r o t r a p a r t e , m i n a d o y d e s a r r o l l a d o p o r los histo- mas. e n o p t n ui d e l o s f i e l e s , q u e c o m b a t i e n t e s p o r C r i s t o , y o t o explica, al menos cn
r i a d o r e s d e l a r t e , s a l v o e n p a r t e p o r E n t i l e M a l e " , y n o se ha e v a l u a d o de manera ade-
5
pane, la a d o p c i ó n d e t a l i c o n o g r a f í a e n la p o r t a d a de la iglesia. Veamos algún o t r o ejem-
c u a d a l a r a z ó n p o r l a q u e se d i f u n d e e n t a n t a s p a r t e s de O c c i d e n t e t o d o u n sistema de plo: N i c h o l a u s en S a n Z e n ó n . E n la f a c h a d a , a la d e r e c h a de la entrada, hay una enorme
nuevas i m á g e n e s . concha a b i e r t a d e p u e r t a de p i e d r a d o n d e v e m o s , a h a j o , a T e o d o r i e o de Vcrona y su caza
S i , p o r t a n t o , h a c i a 1 0 9 9 - 1 1 0 6 se e s c u l p e t o d a u n a a r q u i v o l t a e n la puerta de la cate- que t e r m i n a en e l E t n a , r e b e l i ó n c o n t r a D i o s y c a s o g o , m i e n t r a s , arriba en paralelo, las
d r a l d e M ó d e n a q u e d a h a c i a la v í a E m i l i a , la i g l e s i a r e a l i z a d a p o r el t a l l e r de Lanfranco a c e ñ a s e s c u l p i d a s d e l A n t i g u o T e s t a m e n t o m u e s t r a n e l pecado de los progenitores y su

y d e W i f í g e l m o * , y esta a r q u i v o l t a r e p r e s e n t a
5
la l e y e n d a a r t ú r i c a , se comprende que tasugo después d e l a C r e a c i ó n . G u i l l e r m o , e n la o t r a p a r t e de la entrada, propone lusto-
nas c n s t o l o g i c a s . P e r o N i c h o l a u s , e n la c a t e d r a l d e V c r o n a , esculpe imágenes que deben
d e b e r í a m o s p r e g u n t a r n o s p o r las r a z o n e s d e t a l r e p r e s e n t a c i ó n ( f i g . 5). A p a r t e del deba-
de habar t e n i d o u n a r a z ó n p r e c i s a p a r a s e r c o l o c a d a s c n esa ubicación; aludo a las dos
t e c r í t i c o s o b r e la c r o n o l o g í a , h o y r e m i t i d a a las f e c h a s i n d i c a d a s p o r casi todos pero, en
esculturas d e m e d i o b u l t o d e R o l d a n y d e U l i v i c r i , d e p i e a los lados del derrame del
e l p a s a d o , a d e l a n t a d a i n c l u s o a m á s d e la m i t a d d e l s i g l o , se d e b e d e c i r que la presencia
6 0

p ó r o c o de la p u e r t a p r i n c i p a l d e la c a t e d r a l . Se t r a t a de los paladines armados, figuras

d e la a r q u i v o l t a c o n la cbamon de geste, i n t e g r a d a p o r e l d i n t e l c o n los fabtiaux methcvales,
h a c e r e f l e x i o n a r s o b r e e l s e n t i d o g e n e r a l d e l r e l a t o . L a s j a m b a s c o n los ¡Meses apuntan a
u n a r e f l e x i ó n g l o b a l d e l t i e m p o , p e r o e l d i n t e l p r o p o n e u n a s fábulas moralizantes que
M
M . Bloch, Les Hot* tbaumaturges, Paris, 1924 |cd. cast.: IJU reyes traumaturgot. Meneo, FCE,
,1
J . L e G o f f . Saint-Louis. Paris. I996.
" S o b r e el p r o b l e m i de las tumbas y su significado, véase el volumen de E. J'anofsky, TotnbSculptiirt.hvt
Iwcturrs on Its Cbangmg Aspeas /rom Ancient Egypt lo fíernmi |l°64|. introd. M . Warnkc. Nueva VorL. 1992.
* ' ) . Bédier. Les Lrgendes epiaui Recherete) sur la formatton des Chsnsom de geste, 4 wils . París. I9I4-I9I7
*• E- . M i l c . L'Art rr/igieux dm -Ule siede en lume Leude sur les origines de liconograpbH dm Mayen-igr, Pirk,
1922.
" A . C . Quintavallc. -L'officina della Kifunna: U iligelmo, Lanfranco*, en Iunfrancoy Wibgelmo IIDmm
di Modena, catálogo de la exposición (.Modena, junio-sepaembre de 1984), Modena, 1984, pp. 756-814; J,
li'digehmo e Matilde I,'oflicma romanica, catálogo de la exposición (Mantua, 15 de junio- JO de sepoembre àt
1991), A l i l i n , 1991. A. Peroni, - I l cantiere: l'architettura-, cn Lanfranco y IVdigelma, d i . , pp. 277-29}; E C«-
telnuovo. - I l cantiere la scultura-, ibid. pp. 294-297.
6 0
L . OlschJu. «La cattedrale di -Modena e il M O rilievoammano", Arcbroum Romamctim XIX (1035), pp. 145-
182; l i . Salvini, Wiligelmo e le origini della scultura romanica, Milán, 1956.
puestas e n p a r a l e l o c o n l a s d e l o s p r o f e t a s q u e h a y e n el d e r r a m e de la misma puerta, una
'magen q u e d e b e s e r m á s q u e u n a c a s u a l r e p r e s e n t a c i ó n de las figuras míticas. Es proba-
ble, p o r t a n t o , q u e la p r e s e n c i a d e l o s p a l a d i n e s sea la clave para suponer en Vcrona, en
b c a t e d r a l , la p r e s e n c i a d e s u s r e l i q u i a s e x p u e s t a s a la v e n e r a c i ó n , y esto podría cKplicar
la d i m e n s i ó n , l a r e l e v a n c i a y la u b i c a c i ó n d e las figuras. P o r o t r o lado, arquivoltas de
caballeros las r e e n c o n t r a m o s e n C l u n y , e n e l M u s é e O c h i e r , c n Bari cn la Puerta de los
Leones, e n A n g u l e m a y t a m b i é n e n m u c h o s c a p i t e l e s , c o m o los ele la catedral He Panna,
y u n p o c o p o r t o d a s p a r t e s c n l a s g r a n d e s i g l e s i a s , p e r o también en las abadías situadas
cn las r u t a s d e p e r e g r i n a c i ó n . P o r l o d e m á s , la i m a g e n de los caballeros y del soldado a
caballo e s t á m u y d i f u n d i d a ; p i é n s e s e s ó l o e n la d e san M a r t í n o cn la de san Jorge; todas
indican u n a f u n c i ó n d e l g u e r r e r o . P e r o ¿ c u á l ?
E n e l m u n d o m e d i e v a l , l a s i m á g e n e s t i e n e n s i e m p r e significados más allá del literal,
por l o q u e e l c a b a l l e r o q u e e n c o n t r a m o s , c n d e c e n a s d e casos, esculpido o pintado en
O c c i d e n t e e n e l s i g l o x u e s , m u y p r o b a b l e m e n t e , m e t á f o r a d e l g u e r r e r o cruzado. Por
tanto, e s t a m o s a n t e u n a s i m b o l o g í a c o m p l e j a , d o n d e el caballero representa cn un pn-
mer m o m e n t o la reconquista; l o s c a b a l l e r o s , d e h e c h o , llenan los capiteles de las iglesias
 570 ABTT r HISTOBIA IN IA EDAD MEDIA III
en el camino de Compostela, es decir, la cruzada que, n.uur Mínente, contrapone el Caba-
llero cristiano al pagano en numerosos capiteles, distinguidos por los escudos: largos
para los primeros, redondos para los segundos. Pero el sentido de este complejo ti. lato
que se difunde desde finales del siglo xi hasta aproximadamente mediados del vu con
gran rapidez y que continúa después hasta el siglo siguicnic y mas, es el de una ¡maja
diferente, ya quitada, de lo sagrado. Por tanto, no sol., la- nimbas con las reliquias*
los santos son la meta de las peregrinaciones, sino tambi i las nimbas de los saín-ranos,
incluso de aquellos en olor de santidad, como C a r l o n u c i como Luis I X de I-rancia.
A esta veneración se debe añadir la que se hacía a los ctu rpos oW los pontífices, sepultados
en Roma, de algunos de los cuales las reliquias circulan e n « Kcidcnte, de Grcgono Mag-
no en adelante. A esta veneración de los soberanos \ d- >s papas, ademas de IJ de los
santos, le falta realmente un capítulo importante, el relativo a los protagonistas de h iban-
son di geste; hemos visto cómo su imagen se difunde paralelamente al éxito de las dunttons
mismas, y tenemos que observar también que. una vet perdida la policromía que cubría
las esculturas en gran parte de los casos, ya no sabemos como identificar a los caballeros
que aparecen en tantos capiteles, arquivoltas o en lo- toniuntos esculpidos (aimienc.
pues, reconocer que el sistema de las imágenes y el sistema de los textos, si se ponen en
paralelo textos históricos, guías, ekansons de geste y, como ha hecho Bédier, vidas de san-
tos, proponen una interpretación que el conjunto de las figuraciones continua amplia-
mente. Por tanto, se veneraba a los paladines como santos, y seguramente en las iglesias
se veneraban sus reliquias; la guía compostelana nos ha ofrecido un ejemplo convincente.
Por último, queda por apuntar la imagen de un santo caballero, san Jorge, que nene una
difusión enorme en Oriente y que en Occidente también tendrá su espacio después del
periodo medieval, sohre todo en el periodo tardogótico y en el Renacimiento; poco im-
porta si ahora el santo ha sido borrado de la lista de los titulares reconocidos por la
Iglesia de Roma; lo cierto es que esas imágenes, y la enorme difusión de su culto, incluso
en el O r i e n t e bizantino, tesumonian una vez más la importancia del caballero en d reu-
t o , también porque, obviamente, la figura sagrada es una metáfora: san Martín es d
sím!>olo del caballero cruzado de Occidente; san Jorge, del caballero bizantino contra d
islam.
Jerusalén celestial: la iglesia como cosmos
£1 viaje hacia los santuarios, las reliquias en busca de los santos taumaturgos o de las
ras sagradas de los santos soberanos o de los paladinos, es un viaje que presenta, en
cualquier caso, peligros a veces graves. En Occidente la fragmentación del sistema impo-
ne traspasar continuamente los confines de diferentes dominios donde se superponen
diversos poderes, relacionados sobre todo, aunque no sólo, con las propiedades de las
•erras: éstos son los espacios mismos de las estructuras episcopales recogidas en la Domos
EccUstat. los de los monasterios de diferentes órdenes, de Cluny a Citeaux y a todos los
demás; éstas, las tierras de los condes, marqueses y duques, por no hablar del emperador,
que también el mantiene, incluso en la ciudad, los palatia, unas residencias. Por unto, en
un sistema complejo como es el occidental, que no guarda ninguna relación con el sistema
F I %I » I I . LA I M A G E N , LA HEREJÍA' L A T t A N * I O I M ACIÓN... 571
bizantino, bien o r g a n i z a d o a n i v e l estatal, el viaje restilti un problema complejo. V no sólo
porque en ( V c i d e n t e . i • u n o se ha observado, durante • Í;;¡-¿s no se mantuviera el sistema
i t los caminí is - l o m i s m o se p u e d e decir del de los puente* y del de las canalizaciones de
aguas-, sino p o r q u e , aun c u a n t o t o d o esto se verifiqu- . •«• is al renacimiento de las ciu-
dades de la llanura en - I n o r t e de Italia o de las mannens a lo largo de las costas, y se
icnga al meiio- una S I M . matización parcial de los catín... también el viaje resulta enor-
memente díte d y n o su «npre seguro. E n efecto, trasladarse de un sitio a otro, a medias o
largas distam • i s . va u n i d o a la necesidad de tener en consideración las estaciones. No se
vuu casi nun en i n v i e r n o , y t a m p o c o en el periodo de las grandes inundaciones prima-
verales u oto: . s, n o viaja salvo bien entrada la primavera o el verano. I-as dificultades
surgen por I dta de puentes en los cursos de agua, lo que conlleva largas esperas de
transbordad. d i s p o n i b l e s , p o r las características mismas de los caminos, que son cami-
nos de tierra. . p a v i m e n t a d o s , c o m o los bizannnos de Onente y. por lo tanto, difíciles de
recorrer salx i n las estaciones secas. Los caminos atraviesan montes poblados por bos-
ques o llanui i m e n u d o pantanosas, p o r l o que son de recorrido incierto y se presentan
como un sist» na de senderos más que de caminos; sólo la meta -una ciudad, un monaste
no. un santti.n ¡ o - es segura. C u a n d o , después, se deben atravesar las montañas, los pasos
Je los Alpes. . 1 . los P i r i n e o s , d e los Apeninos. los pasos de los montes interiores de Fran-
ca, las dificultades son todavía mayores; el mantenimiento de los caminos -que la admi
"oración bizantina o r g a n i z a en t o d o su territorio, desde la península de Anatolia hasta
(¿recia, y que se m a n t u v o e n e l sur de Italia hasta la invasión normanda y el sistema de
Us Calidades d o n d e hacer parada en Occidente aparecen mucho menos organi/ados
hasta los siglos .vi y x i i . P r i m e r o son los monasterios y luego los obispados en las ciudades
los que construyen este t i p o de hospitalidad gratuita para los peregrinos que, poco a poco,
" i el transcurso del s i g l o x n , se transformará en hospitaUdad «laica- y de pago. FJI cuan
m al paso de la m o n t a ñ a , se i m p o n e la construcción de albergues donde los peregrinos
pueden alojarse, i n c l u s o p o r p e r i o d o s largos de tiempo; por eso, a lo largo de los caminos
que llevan a las m o n t a ñ a s , las estructuras son más numerosas, gestionadas, primero, por
los benedictinos y, después, p o r otras órdenes religiosas.
Y por eso los q u e v i a j a n , c u a n d o llegan a una elevación, a un monte en las cercanías
de la meta, la c i u d a d , el s a n t u a r i o d o n d e se delwrá hacer parada, hacen un alto y cumplen
algunos ritos precisos: los p e r e g r i n o s llaman a este monte Mons Gaudii, en señal de gra-
otud y devoción a D i o s , t é r m i n o que se ha traducido en varias lenguas, del francés al
español; esta parada a la vista de la meta la encontramos también en Roma, en Compos-
tela y en otros lugares. E l v i a j e r o que ha atravesado territorios peÜgrosos es a menudo
una persona con r e n d i m i e n t o s significativos; ha superado graves peligros, ha viajado
velozmente a caballo, e n l l a n o incluso muchas decenas de kilómetros al día -muchos
menos, quizá una v e i n t e n a , si l o hace en carro, y menos aún si va a pie- y, por fin, se
encuentra ante las m u r a l l a s y las torres de la ciudad. Porque todos los lugares de peregri-
nación son c i u d a d , e n el s e n t i d o d e que se trata de iglesias con pueblo y castillo, o de
monasterios, en c u a l q u i e r caso rodeados de murallas, murallas que sirven como defensa
del núcleo de habitantes, que salen para cultivar los campos y vuelven por la noche. Este
es el paisaje r u r a l de O c c i d e n t e desde el periodo de las llamadas invasiones bárbaras; el
establecerse l i b r e m e n t e en el t e r r i t o r i o , las grandes villas romanas rodeadas de cnom
 r
572 ABTI Í R I I T O I U I \ LA E D A D M I D K I I I
propiedades, son un recuerdo, ruinas sepultadas bajo la hierba, Es muy diferente el pai-
saje en el mundo dominado por Bizancio; todavía permanecen las grandes villas fuer i de
las murallas, en pleno campo, dando quizá al Bosforo o al m u d e Mármara, o en las Ib-
nuras de la costa anatóhca quedan las estructuras de la gran propiedad, del lanfundio.
que en Occidente han desaparecido; en cuanto a las d u d a d o s bizantinas, son complejas
máquinas donde la administración central mantiene los histi mas de control y los M ru-
cios públicos parecen eficientes. P o r lo que se refiere al m u n d o islámico, es también di-
ferente; ante todo, el modo de moverse más rápido, también | • i r a el traslado de mercan-
cías, es el barco, que atraviesa el Mediterráneo de puerto e n puerto, de ciudad en ciudad,
y aqui los almacenes y lugares para la hospitalidad están bu ; i organizados; en las zonas
desérticas. las caravanas de camellos o dromedarios t r a n : n . m . atravesando la arena,
personas y productos; en cuanto a las orillas del Mediterráneo dominadas por el islam,
además de las ciudades antiguas se c o n s e n a y reutiliza pane del antiguo sistema vurm
romano, desarrollando después el sistema de írngacmn > de culovo desde España hasta
Sicilia, desde el norte de Africa hasta el Mediterráneo oriental.
E l viandante, en nerras de Occidente, ve un paisaie inm diferente del romano, los
cultivos se concentran en pocos lugares, los huertos son pequeños recintos distribuidos
alrededor de los asentamientos, los espacios de hierba o grano se tienen que regar, veste
es un problema que se va resolviendo, progresn amenté, mediante las tecnologías que
adoptan, primero, los benedictinos y. luego, a escala mucho más amplia, las demás órde-
nes, de C l u n y a Cíteaux, y también los demás terratenientes que aplican, en los siglos xi
y x i i , la tripartición de los suelos (hierba, grano y, cada dos años, una franja de un tercio
de terreno dejada en barbecho). Paralelamente a la revolución de los cultivos, se concen-
tra en las ciudades un nuevo tapo de población que se afana a lo largo de un sistema de
canales, usando la energía motriz del agua para trabajar los metales, para moler el grano,
para tratar telas. Tanto en los monasterios como en las ciudades, el viandante encuentra
auténticos sistemas de talleres, servicios y funciones que se van desarrollando rápida-
mente y que se agregan también 3 las corporaciones.
P e r o la ciudad, cuando es meta de peregrinación, no es sólo murallas y cultivos, ca-
nales y talleres, sino que es el lugar donde se conservan las reliquias de los santos, donde
hay que entrar según ritos precisos - c o m o , por ejemplo, para quien viaja a caballo o en
carro recorrer a pie las últimas millas desde el Mons Gaudti, o desde el úlümo lugar de
parada, hasta la ciudad m i s m a - y en las montañas que se han atravesado, y en sus pasos
alpinos o pirenaicos, el peregrino ya ha plantado las cruces, como en Ron ce sva II es, el paso
consagrado por la ehanson de geste al lugar del martirio de Roldan. De todas maneras, para
el viajero la ciudad es siempre una ciudad simbólica, una Jerusalén celestial en la nern
porque está santificada por las reliquias, por el cuerpo del santo venerado. E n la ciudad, al
peregrino se le guía con una serie de indicadores precisos. Existe a menudo una puerta
que indica el origen del camino: así, por ejemplo, la puerta norte de la basílica de Com-
postela se llama Erancígcna. mientras que la geografía de los caminos da el nombre a
otras puertas, como la Porte Miégcville en Saint-Sernin de Toulousc, que está en eje,
precisamente, con la calle que conduce al centro de la ciudad.
P o r tanto, el c a m i n o de la peregrinación es también el camino simbólico de la salva-
ción, un camino rápidamente perceptible; de hecho, a quien entra en la ciudad loprime-
F.l VIAJE. LA IMAfiP.N, LA I I C R E j U . « A t i l A S S r O I U AC ION . . . 573
ro que lo g u í a es l a .q l a r i c t ó n d e l a fachada, a mentid coa u n doble campanario, o bien
del gran c i m b o r r i o c i • • i d o s o b r e e l c r u c e r o . E l viajer » ¡ue atravesaba Borgoña descubria
en Cluny una e s t r u c t u r a e n o r m e , q u e interpretaba x l i m o copia de San Pedro en Roma, y
en la distancia i n t c r p i ¡taba, e l e v a d o s s o b r e los m i i n íe los monasterios, la mole enor-
me de las n a v e s de la l i a d i a , e l p r i m e r o y e l según-i. .r.mscpios, las torres de la fachada
r b s del p r e s b i t e r i o . i . e n la l l a n u r a , c o n m u r o s • 10 metros de alto en general, el
sistema de la catedral v de la Omntis Fxclesiae, el i l ;i¡to o bien la iglesia dentro de las
murallas del m i n a s t e ! íes s e p e r c i b í a n enseguida como grandiosos reclamos. Entraren la
ciudad santp nía DCM las r e l i q u i a s q u i e r e d e c i r cumplii una serie de actos indispensables.
Ante todo. ccsita u n a p u r i f i c a c i ó n , q u e es de los cuerpos - y que, por tamo, usa las
fuentes a di s i e i o n de l o s fieles- p e r o t a m b i é n , naturalmente, de las almas. La presen-
cia de las n i . tea es u n a s p e c t o i m p o r t a n t e de todo lugar de peregrinación; así, en Com-
postela. la i ite q u e hay f u e r a d e la basílica se describe detalladamente en la Guia del
Peregrino. I ) i r o d e la c i u d a d a la q u e se llega como peregrino, o en el monasterio,
eusten cstri i tiras a p r o p i a d a s , c o m p l e j a s ; en efecto, desde finales siglo x i hasta las po-
nieras decaí ¡ del s i g u i e n t e , e n las c i u d a d e s las catedrales o los santuarios organizan un
conjunto de dependencias, e s t r u c t u r a s aptas para hospedara los peregrinos, pennirién-
doles p a r a r a en la n i e t a d e su viaje durante u n tiempo suficiente. E l acceso a la iglesia
está siempre m e d i a d o p o r u n e s p a c i o interpuesto que puede ser un cuadrirwrtico o un
« n o portic ido. u n l u g a r d o n d e se m u e v e a los peregrinos a hacer un alto en espera de
punficación.
En este p u n t o d e l a n á l i s i s d e b e m o s intentar darnos cuenta de la función de las igle-
sias, de su s i g n i f i c a d o , p o r q u e , para e n t e n d e r lo que el viajero podía y debía comprender
de las i m á g e n e s q u e c a r a c t e r i z a n a t o d o s los grandes santuarios, tenemos que refenmos
a un sistema de t e x t o s a m e n u d o n o investigados suíicicntemcntc. ¿Qué enriende el pe-
regrino de la i g l e s i a ? ¿ C ó m o i n t e r p r e t a las estrucmras? ¿Qué comprende del conjunto
de las i m á g e n e s q u e e s t á n r e p r e s e n t a d a s dentro y fuera de ella? ¿Cuáles son las razones
de la elección d e d e t e r m i n a d a s i m á g e n e s , d e determinados temas y no de otros.
Intentamos, a n t e t o d o , d e s c u b r i r q u é sugiere la tradición literaria para interpretar d
sentido de las i m á g e n e s , l a s e n c i c l o p e d i a s medievales, las costumbres monásticas, los
sacraméntanos, las v i d a s d e s a n t o s , los relatos del traslado de sus cuerpos. Las imágenes
constituyen el i n s t r u m e n t o d e c o m u n i c a c i ó n para aquellos que no saben leer ni escnbir,
y éstos son la t o t a l i d a d d e l p ú b l i c o , salvo una parte de los religiosos y q u i s i m o s nobles
y mercaderes. A d e m á s , el l a t í n se aleja cada vez m á s de las lenguas habladas, lo que añade
ulteriores d i f i c u l t a d e s . P a r a e n t e n d e r qué significa entrar en las iglesias entre los siglos xi
y US, se debe c o m p r e n d e r e l s i s t e m a de significados que muestran, pero también hay que
tener presente e l i m p a c t o q u e las iglesias mismas debían de causar en el público; su di-
mensión era p r o p o r c i o n a l al n ú m e r o de los habitantes de las ciudades; no existía nada
comparable d e n t r o o f u e r a d e las m u r a l l a s , ni por la calidad de la arqtútectura y de la
decoración n i p o r l o s c o l o r e s , l o s metales y las piedras que se usaban; incluso, cuando en
Italia surjan los p a l a c i o s c o m u n a l e s , o c u a n d o el sistema de las residencias imperiales se
replantee e n e l t r a n s c u r s o d e l s i g l o x i i , las iglesias seguirán siendo los lugares más neos
y densos en s í m b o l o s y n a r r a c i o n e s . L a investigación de los textos servirá para entender
el sistema de s i g n i f i c a d o s d e las i m á g e n e s : en primer lugar, las arquitecturas; después, a
 574 M T f l r HISTORIA E S IA EDAD M I DÍA III
esculturas, las pinturas, las decoraciones, los suelos, los techos v L i s Ixivedas. las imágc-
nes esculpidas en el exterior. F.ra. el de las iglesias, un grandioso universo policromo en
la ciudad, que de colores no debía tener muchos; era un grandioso sistema donde se re-
cogían los metales y las piedras preciosas, así como cristales .1, roca, y donde los B e t e l
veían un conjunto de relatos concentrados en las dccoracioiu >,as. reías del coro o del
presbiterio, pulpitos, también en el untepedium de los altares 1
. u las más ocultas tapsatt
de las reliquias, a lo que hay que añadir candelabros, pixuh dices, mientras qut >us
códices miniados se reservaban al clero. E n un penodo en e l q u e una hoz de hierro 1 día
como un campo, en el interior de las catedrales y las abadía- , onservaba una enorme
riqueza, un universo de imágenes que llevaba a la Jerusah n 1 lestial es más, la iglesia
terminaba por ser ella misma la Jerusalén celestial, una i n t e i p 1 ación que emerge J i r a -
mente de los textos contemporáneos.
Para comprender cómo se transforman las interprctacu es de las imágenes en el
transcurso de la Edad Media, debemos partir de Rábano Mauro, abad de Fulcla desde
S 2 2 y arzobispo de Maguncia desde 8 4 2 . muerto en el 856. "su De Universo''* modifica
considerablemente las enciclopedias precedentes, empezando por las Etimologiai de I s i -
doro de Sevilla' -*, escritas a principios del siglo vn. Rábano también modifica en pártelos
1
análisis precedentes de Beda el \"cnerable y propone un doble nivel de interpretación de
toda figura, elemento arquitectónico, animal, planta, sugiriendo un senado literal y un
sentido místico, y confirmando las propias tesis con una sene de citas del Antiguo y el
Nuevo 'Jestainento.
A s i . e n el capitulo De bestia, encontramos que el león «por su fuerza representa a Cris-
to--, mientras que las leonas «indican, a veces, la santa Iglesia; otras. Babilonia» (cap. I),
todo animal t i e n e su valor simbólico, como, por lo demás, aparecía sólo e n pane esbozadas
e n las enciclopedias precedentes. E n el análisis de los edificios (libro XTV. cap. XXI) encon-
tramos una s e r i e de palabras que se relacionan con la imagen de la iglesia: - E l sagranoes
un lugar del templo donde se depositan las cosas sagradas» (col. 391 B); «el oratonoesu
sólo consagrado a la oración» (col. 391 B); «los penetrales son los lugares secretos de los
oráculos» (col. 3V1 B): el «monasterio es lugar donde vive un solo monje» (col. 391 BC).
Y también: «Basílicas eran antes llamadas las habitaciones de los reyes, de donde deriva d
nombre | . . . J ahora se llaman así también los templos divinos» (col. 391 D ) ; «tnartintim es
el lugar del martirio de deris*ación griega, construido en memoria del mártir o porque están
los sepulcros de los santos mártires» (col. 391 D).
Después de estas disyunciones, que, en parte, derivan de Isidoro de Sevilla, hay algu-
nas indicaciones que conviene subrayar: «Las columnas del tabernáculo son los doctores
de la Iglesia [...]; las bases de las columnas son los libros de la Ley y de los profetas; la
parte de arriba de las columnas es Cristo. Las cortinas del tabernáculo, la multitud de los
fieles» (col. 3V4 B). E s evidente, por tanto, que las columnas son un signo de valor fuer-
Rábano Mauro, De inmerso, libro X X I J , Patrología latina (a partir de ahora Pi), vol. CXI, cois. 10-614
6 1
tí
Isidoro de Sevilla, Etymologianim site ortgmum, libro X X cd. W. AL Iandsay, Oxford, 1911, reeditado
más veces [ed. case: Etimologías, Madrid, B A C , 2Ü04J.
E L AI F LA I MACEN, LA HCREJlA L A 1 k •. s s r O B V A C I Ó.V.
575
témeme simbólico e n l o s edificios, y la consideraría., de que la parte de arriba de las
columnas simboliza i risto hace entender por qu«
1
e e s , entre los siglos xi y xii, se
rcuohza una pieza ani na c o m o primera columna I • del altar. Cuando Desiderio de
Montccassino se va .1 0111a y ordena transportar . dudía columnasromanaspor el
líber, por mar y por rra, y c u a n d o todos los pru di proyectistas del periodo me-
dieval terminen por r« utilizar piezas antiguas -priv,. , lo capiteles, basas, columnas-,
b razón de e l birlas c irá c l a r a : son evidentemente p c»N simbólicas.
MásadcL t e . R a l . .no analiza ( l i b r o X I V , cois J05-30ó)eJ altar:
El i r (te . • significa la divinidad misma, O la altura de la fe |...|- De hecho en el
Antigi lesiaim n i o s e dice que se hicieron dos altares: uno era el altar del sacrificio sobre
el q u e 111nol.1l> m las víctimas; el otro era el altar del incienso en el que se ofrecía incien-
so a D E l altai del sacrificio en general significa la vida de Im justos [...). El altar del
incien . | significa la existencia concreta de las personas perfectas (col. 395 BD).
F-l i r [del -«acrificiol se sitúa en el intcnor entre las cortinas del a r c a ; d otm se «rúa
dclano l,.| tabernáculo. Justamente se debe revestir de bronce uno y, de oro, el oux»;aun
que el 1 suene mal. supera, en cambio, a Jos demás metales en esplendor; el altar externo
signih. I.i predicación de los doctores, el intcnor significa el esplendor de b caridad divi-
na, q u e se manifiesta ampliamente por la luz de la contemplación de Dios (cois. 395 D y
»''6 A>
El análisis c o n t i n ú a recordando que el altar, en sentido místico, puede significar los
corazones de los elegidos, o el cuerpo del salvador o los corazones de los santos, mientras
que el aliar de bronce significa los corazones de las personas ligadas a la carne; el incien-
so significa las o r a c i o n e s d e l o s santos. E l texto es muy amplio, denso en detalles, y sobre
el significado del altar y de su ante pendí uní las indicaciones de Rábano Mauro son preci-
as, lamhién los d e m á s elementos de la arquitecnira tienen valor simbólico. Comentando
'a casa que Salomón edifica a D i o s , Rábano recuerda que sus dimensiones eran de 60 por
20codos y precisa: « E l a n c h o de la casa indica la longanirrüdad de la Iglesia (...], la anchu-
• significa la earidad ( . . . ] ; la altura, la esperanza del premio futuro-; también las dimen-
siones del edificio adquieren, por consiguiente, valor simbólico, como lo tienen las entra-
das y muchos otros e l e m e n t o s del templo. E n el capítulo XXIII, que se titula -En las
patedes del edificio», e n c o n t r a m o s ulteriores indicaciones sobre los valores alegóricos
que Rábano introduce: los c i m i e n t o s simbolizan a Cristo; las paredes, el cuerpo del Sal-
vador; las ventanas, la escucha de la fe o la sensibilidad del corazón. «Las paredes del
templo en sentido m í s t i c o s o n los pueblos de los fieles de los cuales se compone la Santa
Iglesia universal» (col. 401 C D ) . Y, más aún, el Señor es la piedra angular, también los
tejados tienen valor s i m b ó l i c o , y los techos de casetones o pintados simbolizan las dife-
rentes órdenes de los fieles, y las vigas son los predicadores de la iglesia: «Las vigas, por
tanto, son de cedro y estos techos de ciprés, porque ambos árboles, por su naniraleza, no
se pudren, son de g r a n altura y de especial perfume» (cois. 402 D y 403 A). Cada parte
del edificio tiene u n v a l o r s i m b ó l i c o , desde el ábside a los arcos, al pavimento «que quie-
re decir humillación y d o l o r del á n i m o » , pero también la «humildad de losfieles-(col.
403 BC)y, naturalmente, las columnas, las basas y los capiteles son símbolos, «las colum-
576 A » T Í r HISIOBIA EN L A E D A D M I D I * III
ñ a s s o n l o s a p ó s t o l e s y l o s d o c t o r e s d e l E v a n g e l i o » ( c o l . 4 0 4 A ) y, n a t u r a l m e n t e , basas,
c u e r p o y c a p i t e l c o r r e s p o n d e n a l o s p i e s , a l c u e r p o y a la cabeza. « L a p u e r t a d e la iglesia
es e l S e ñ o r , a l a q u e c i r c u n d a n las c o l u m n a s puestas a l o s d o s lados, c u a n d o los ministros
c o n l a p r é d i c a m u e s t r a n a l o s fieles l a e n t r a d a a l r e i n o c e l e s t i a l " ( c o l . 4 0 4 Q . Parece así.
t a m b i é n p o r e s t o s pasajes, q u e cada p a r t e d e la iglesia t i e n e u n s i g n i f i c a d o y q u e , entran-
d o e n e l l a , e l fiel p e r c i b e la c o n c e n t r a c i ó n d e e l e m e n t o s , d e signos, q u e é l debe saber
interpretar.
M á s a ú n , s i e m p r e e n e l De Universo, e n e l l i b r o X V , e n el c a p í t u l o V i , « L o s dioses d i
la g e n t e » , se a f r o n t a e l p r o b l e m a d e l o s « s i m u l a c r o s » , q u e son m nxenes hechas a seme-
j a n z a d e l o s m u e r t o s a t r a v é s d e las c u a l e s l o s d e m o n i o s supusit n . escribe Rábano, ser
a d o r a d o s e n la t i e r r a , p e r o estas i m á g e n e s p a r e c i d a s al h o m b n v <n falsas: « U n ídolo, por
l o t a n t o , es u n s i m u l a c r o h e c h o y c o n s a g r a d o s e g ú n la e f i g i e h u m a n a , c o m o dice la pala-
b r a » ( c o l . 4 2 7 A B ) . E n e l t r a t a d o . R á b a n o especifica t a m b i c n i . i m b o l o g í a d e los mate-
r i a l e s y d i c e q u e « e l o r o s i g n i f i c a e l e s p l e n d o r d e l a s a b i d u r í a . • • la i n t e l i g e n c i a espintual
d e las E s c r i t u r a s S a g r a d a s » ( c o l . 4 7 2 A ) . L a s i m b o l o g í a d e l o s metales es m u c h o mas
c o m p l e j a ; se h a b l a d e l e s t a ñ o , d e l p l o m o , d e l h i e r r o , a d e m á s de! Ambar. E l t e x t o esta muy
e s t r u c t u r a d o y n o es p o s i b l e d e s c r i b i r l o s a l v o d e m a n e r a p a r c i a l ; así'' R á b a n o estigmatiza
1
e l t e a t r o , q u e i d e n t i f i c a c o n e l p r o s t í b u l o , « p e r o e l t e a t r o m i s m o , e n s e n t i d o místico,
s i g n i f i c a e l m u n d o c o n t e m p o r á n e o » . Y m á s a d e l a n t e , e n e l l i b r o X X I . se habla de los
e d i f i c i o s , d e l o s p a v i m e n t o s , d e las v i g a s , d e l a p i n t u r a , d e l o s c o l o r e s , del trabajo de la
m a d e r a y , l u e g o , d e las v e s t i m e n t a s d e l o s s a c e r d o t e s d e las cuales p o n e de relieve el sig-
nificado simbólico de los colores.
O t r a o b r a d e R á b a n o M a u r o , Allegonae ffl umversam sacrtnn scnpturanr**, parece i m -
p o r t a n t e . E l t e x t o e s t á o r g a n i z a d o e n o r d e n a l f a b é t i c o , p e n s a d o para una rápida consulta,
y d e b í a d e s e r v i r p a r a p r o p o n e r u n a i n t e r p r e t a c i ó n m í s t i c a , a d e m á s de l i t e r a l , de cada uno
d e l o s c o m p o n e n t e s d e l e d i f i c i o d e la i g l e s i a ; l e c t u r a a l e g ó r i c a q u e quizá los religiosos
usaban para explicar a los fieles e l s e n t i d o d e l o q u e v e í a n .
Escojo algunas definiciones y las c i t o parcialmente, excluyendo los textos de referenaa
d e l A n t i g u o y N u e v o Testamento que Rábano incluye para sustentar sus propias tesis. Así
Altar significa la devoción del corazón; Ahitado (altura) es la excelencia de los premios;
Anuda es C r i s t o ; Arena ( a n f i t e a t r o ) es la ruina de esta existencia pero también los humildes;
Arca (arca) es el c u e r p o d e C r i s t o ; Asmas (asno) es el pueblo pagano convertido después, o
b i e n l a pereza d e los necios; Asina (asna) es nuestra carne pero también la sinagoga, o los
l u j u r i o s o s p e r o también todas las almas celestes; Atrtum (atrio) es la Santa Iglesia; Barbd
( b a r b a ) es la d i v i n i d a d d e C r i s t o ; Bases (bases) son los consejos de Dios, pero también son
los apóstoles y l o s padres del A n t i g u o Testamento; Candeiabruvi (candelabro) es Cristo;
Caput (cabeza) es l a d i v i n i d a d d e C r i s t o ; Capdlus (cabello) es la sutileza de las reflexiones;
Coelum ( c i c l o ) es D i o s ; Caenientaríi (albañiles) son los doctores de la Iglesia; Cisterna (cis-
t e r n a ) es la Sagrada E s c n r u r a ; Crystallus (cristal) es la dureza del corazón pero también b
n a t u r a l e z a angelical; Chitas (ciudad) es ta patria celestial pero también la Santa Iglesia, el
Rábano M a u r o . De unaerso, cit., al cap. X X X V I del libro XX.
6 J
**PL vol. C X J I , culi. 850-1088.
El » 1AX». I * IHiaiN, L A IIIHIJIA: L A T R A S t r O k l l A C ÓN 577
d i á l o g o e n t r e l o s h o m b r e s , e l a l m a santa, el c u c r p ' . del hombre; Chilates yunque (cinco
c i u d a d e s ) s o n I-.-. s e n t i d o s d e l c u e r p o ; Cotíes (colinas) son lo* santos antes de la ley; Cornac
( m e l e n a s ) s o n I-.. g r u p o s d e s a n t o s ; Dormís (casa) es ¡a p «ría celestial, la Iglesia; lana (lana)
es la s e n c i l l e z ; / ipis ( p i e d r a ) es C r i s t o ; Lapides fpícdi , o - . n los profetas y también los após-
t o l c s . p e r o /.,//-,, es l a l e y y t a m b i é n e l d i a b l o caracterizado por la dureza; en efecto, Upis
quiere d e c i r t a m b i é n d u r e z a del corazón; Leo (icón) • Cristo; Lesetut (pilastra) es la Iglesia;
Lampa* (lampai I es a l g o s i m p l e , t a m b i é n las buena obras, los dones del Espíritu Sanio
paro i i i b i é n I-1 f r a u d e s d e l o s r e p r o b o s ; Ligaos (madera) es C n s i o mientras Ugna (made-
ros) son l o s sanios, las v i r t u d e s e s p i r i t u a l e s , las obras de bien; Locusta (langosta)es la Rcsu-
rreci « ; Nava vfa es l a I g l e s i a ; Onager (asno) es Cristo pero también los herejes; Ostumi
<por< i es G r a t o o l a I g l e s i a ; Pavimeniani (pavimento) es nuestra carne; Petra (piedra) es
Crisi l'ictiira, i p i n t u r a s ) s o n las d i f e r e n t e s virtudes; Piscis (pez) es Cristo y Paces (peces)
son I h o m b r e s , Piscarores ( p e s c a d o r e s ) son los predicadores; Poma (fnitos) son Jos profe-
tas; / -sii ( p u e r t a ) es C r i s t o ; Pulvis ( p o l v o ) es el poder fecundador de ta sanudad; Purpum
(purj r a ) es l a p a s i ó n d e C r i s t o ; Tectiim (tejado) es el tejado pero también nuestra carne;
Ibnp/inn ( t e m p l o ) es l a p a m a c e l e s t i a l p e r o también nuestro cuerpo, o bien la capacidad de
las mi otes a n g e l i c a l e s y h u m a n a s ; Throni (tronos) son los ángeles santos pero también la
sant.i iglesia O e l t r i b u n a l d e l j u i c i o f u t u r o ; Tuba (tuba) es el sonido de b predicación pero
t a m b i é n e l f a v o r d e l o s h u m a n o s ; Tánica (túnica) es la carne de Cristo pero también el
c o m p r o m i s o e n l a b e r r a o l o s p e c a d o s i n t e r i o r e s ; Tunar (tórtola) es la Santa Iglesia pero
t a m b i é n l o s s e c r e t o s t o r m e n t o s ; Turris ( t o r r e ) es la fuerza de la predicación pero también
la v i r t u d d e l a h u m i l d a d ; Thuribulum ( t u r i b u l o ) es la carne de Crista pero también los bue-
nos t r a b a j a d o r e s o l o s a p ó s t o l e s ; Venter (vientre) es la humanidad de Cristo, la mente hu-
mana, e l a r r e p e n t i m i e n t o d e l c o r a z ó n ; Vestimentum (hábito) es l.i humanidad de Cnsto;
Vestís ( v e s t i d u r a s ) es l a c a r n e d e C r i s t o ; Vestibultini (vestíbulo) es la vida eterna; Vesperlflo-
chc, el f i n a l ) es e l A n t i c r i s t o ; Véspero ( e n e l m o m e n t o del final) es el tiempo de la encama-
ción, X espera ( l o s fines ú l t i m o s ) es la t e n t a c i ó n pero también el final de la vida; Vkt (camino)
es C r i s t o , n u e s t r a e x i s t e n c i a , la c o n d i c i ó n de los reprobos; Viatores (viajeros) son los hom-
bres s a n t o s ; Villa ( c i u d a d ) es u n a g l o m e r a d o de impíos o también de pueblos paganos; Pl-
ruii/i ( v i n o ) es e l s e c r e t o , e l a r c a n o d e la d i v i n i d a d ; Vmea (viña) es Cristo; Vir (hombre) es
C r i s t o ; Virga ( v a r a ) es la p a l a b r a q u e pennanece, la humanidad de Cristo, la potestad de
C r i s t o , e l e s t a n d a r t e d e la c r u z ; Vitis (vides) es C r i s t o ; Vmilus (ternero) es Cristo; Pítala
( t e r n e r a ) es s u c a r n e ; Vitrum ( v i d r i o ) es el estado de los ciudadanos del cielo pero también
un falaz e n g a ñ o d e este m u n d o ; Vox (voz) es el hijo de Dios; Pulpa (zorros) es Herodcs, son
los h e r e j e s , l o s e s p í r i t u s m a l i g n o s ; Ursus (oso) es cualquiera que sea cruel, cosas inmundas,
los e m p e r a d o r e s r o m a n o s ; Uter ( ú t e r o ) la Iglesia pero también este cuerpo mortal; Vxor
( m u j e r ) es l a I g l e s i a p e r o t a m b i é n u n b u e n ejemplo, la buena voluntad.
L a r e l e c t u r a d e l o s s e n t i d o s d e u n a s e r i e d e palabras hace comprender qué es l o q u e
ha c a m b i a d o r e s p e c t o a l m u n d o t a r d o a n t i g u o y sus enciclopedias. Las palabras ahora
tienen d i f e r e n t e s n i v e l e s d e s e n t i d o y l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a tiende a consob'dar este doble
m o d e l o i n t e r p r e t a t i v o , p r e m i s a i n d i s p e n s a b l e para u n a nueva idea del mundo y de la re-
ligión e n é l . S e r á u n a r e l e c t u r a s i m b ó l i c a d e l s i g n i f i c a d o de la arquitectura, de sus partes,
de los a n i m a l e s , d e l a p l a n t a s , d e s t i n a d a a m a n t e n e r s e y desarrollarse en los siglos hasta
578 \r»TF F HISTORIA I.N LA F-DAO M ED 1 A 111

I- I * l A j r , LA IMAGEN, LA llflLjfA IA TRANSI ORUACIÓN_ 579

e l p e n o d o d e la E s c o l á s t i c a y m á s a l l á . P o r l o d e m á s , e l análisis de los t e x t o s de los siglos xi

y x i i y, e n c o n c r e t o , d e la Cbronica de L c o n c M a r s i c a n o y d e l l i b r o V del Cádue Catixtim. t o d o u n a l e c t u r a m í s t i c a d e l a s i m á g e n e s ; t o d o a n i m a l , p e r o también otras muchas figu-
h a c e c o m p r e n d e r q u e la i n t e r p r e t a c i ó n l i t e r a l d e l m o n u m e m . » ya n o n e n e s e n t i d o y qué ras, o b i e n e d i f i c H »• y p a r t e s d e e d i f i c i o s , s u g i e r e n u n s e g u n d o sentido suyo, y la organi-
a h o r a d e b e c x p l i c i t a r s c l a p o s t e n o r , m e t a f ó r i c a . I .a s e n e d e l o s u x t o s d e R á b a n o A b u r o zación d e l l i b r o I V . D e l a s p r o p i e d a d e s y d e los n o m b r e - , de las cosas-», hace compren-
n o s h a c e c o m p r e n d e r c ó m o se h a b í a d i f u n d i d o y a u n n u e v o sistema d e significados, der las ( u n c i o n e s que estas obras debían de tener, tina especie de pronniarios con
adaptables a c o m p o n e n t e s i n d i v i d u a l e s d e las e s t r u c t u r a s de la i g l e s i a ; q u e p e r m i t e , en evidentes tuncioiu-s didácticas. Consideremos a n t e s unos pocos aspectos de los tres
c u a l q u i e r c a s o , s u p e r a r e l n i v e l l i t e r a l p a r a i r m á s allá d e el 1 >» h e c h o , e n los muchos primeros l i b r o s
s i g n i f i c a d o s c i t a d o s a q u í a r r i b a , se c a p t a n d i f e r e n t e s t e n d c i u i a v , n i c t o d o , la v o l u n t a d de
d a r u n s e n t i d o a t o d a s l a s p a r t e s d e l a a r q u i t e c t u r a , a t r a v é s d e las c u a l e s c o n s t r u i r e n los
" I * J peh« . M Í O es u n p á j a r o e g i p c i o , que vive solitario en el río N i l o . Se dice que este
fieles la i d e a d e q u e la I g l e s i a es la J c m s a l e n c e l e s t i a l ; la c i u d a d , p o r o t r o l a d o , es c o r r u p -
p.i< i r o m a i . i ' >is h i j o s y l l o r a d u r a n t e tres días sobo ellos; después de tres días se lucre con
c i ó n y p e c a d o , m i e n t r a s q u e cada d e t a l l e de la i g l e s i a y los a n i m a l e s q u e e n c o n t r a m o s en
e l p i c o , roei.i a l o s b ; j, i . c o n su sangre y así, a los que jnies había matado, esparcida la san-
las i m á g e n e s e s c u l p i d a s , p e r o t a m b i é n l o s t i p o s d e m a d e r a \ los m e t a l e s , t o d o tiene un
los la\a i l . í n d o l e s la v i d a . !• n s e n u d o místico C n s i o significa Cristo; Egipto, el mundo*
s e n t i d o q u e d e b e ser c a p t a d o . P o r e s o villa es la c i u d a d de l o n e g a t i v o , de los paganos,
<C X X X I I I . c o l . 2*1 C ) . « F l f é n i x , pájaro árabe, se llama asi por su color rojo púqiura. Se
mientras civitas es la c e l e s t i a l , y m á s a ú n l o s viatores s o n l o s ln •nibres santos; p o r lo tanto,
«i q u e e l b o i \ v i v e q u i n i e n t o s a ñ o s , c o m o confirma la Kscrilura. El número centcnano
los p e r e g r i n o s s o n santos.
en n u d o m o r a l s i g n i f i c a la p e r f e c c i ó n - ; p o r consiguiente, el fe n i * cada cien años pierde
C o n v i e n e a h o r a c o n s i d e r a r e l d e s a r r o l l o d e ese s i s t e m a s i m b ó l i c o a n a l i z a d o en Rába- u n - , d e l o s c i n c o s e n n d o s y a l final, v o l u n t a n a m c n t c . vuelve a los ra)-©* del sol, se reduce a
n o M a u r o t e n i e n d o e n c u e n t a q u e e s t e s i s t e m a n o se p u e d e c o m p r e n d e r si n o se relacio- Orí -is. p e r o d e las c e n i z a s r e n a c e . - E s esta la razón p o r la que e l fénix mucre y renace de
n a c o n e l d e b a t e i n t e r n o d e la I g l e s i a . F.n la ú l t i m a p a r t e d e l s i g l o \ i y los i n i c i o s del vu. su- enizas; se d a e s t e c i c r n p l n para que la verdad de la futura resurrecaón sea crcidi por
la d i s c u s i ó n d e las i m á g e n e s e s t á l i g a d a a la l u c h a d e las i n v e s t i d u r a s y. p o r lo t a n t o , a la tod< >s. la r e s u r r e c c i ó n d e l f é n i x es la esperanza c imagen o ejemplo de la futura resurrec-
R e f o r m a g r e g o r i a n o ; m á s t a r d e , d e s d e l o s a ñ o s t r e i n t a y c u a r e n t a d e l s i g l o x u y hasta más c i ó n - ( c a p . X I . I X , c o i s . 48 C y 4 9 A ) . U n ejemplo más, el de la concha que produce perlas;

a d e l a n t e e n e l x n i . las i m á g e n e s se v u e l v e n f u n c i o n a l e s e n la l u c h a c o n t r a las herejías e l n a c i m i e n t o \ e l s i g n i f i c a d o de la perla se explican con estas palabras. -<Esu |la concha)
sale d e l f o n d o d e l m a r y a l i m e n t a su carne c o n el rocío de la mañana. Luego, cuando saie
c a t a r a s . Se t r a t a d e u n a p e r s p e c t i v a n u e v a q u e u n e e l s i s t e m a d e l o s i c o n o s , interpretados
del l u g a r d o n d e v i v e a la s u p e r f i c i e d e l m a r . abre su boca, y acoge en si el rocío del o r l o , y
t e n i e n d o e n c u e n t a l o s t e x t o s c o n t e m p o r á n e o s , las i m á g e n e s m i s m a s esculpidas y pinta-
r e s p l a n d e c e d e los r a y o s d e l s o l , y asi nace e n su i n i c n o r la perla preciosa y muy luminosa
d a s e n las c a t e d r a l e s o e n las a b a d í a s c l u n i a c e n s c s y. p o r fin, d e d o s g r a n d e s eventos his-
por estar c o n c e b i d a p o r el r o c í o d e l c i c l o e iluminada por el rayo del sol. La piedra que
t ó r i c o s : la l u c h a d e la I g l e s i a c o n t r a e l I m p e r i o , p r i m e r o ; d e s p u é s , c o n t r a la herejía cata-
l l a m a n c o n c h a es la r e p r e s e n t a c i ó n de María ( . . . ] . La flor que nace de Santa Manaes Nues-
r a . É s t e es e l ú n i c o m o d o d e e x p l i c a r la m a y o r r e v o l u c i ó n e n la i c o n o g r a f í a de Occidente:
t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o . E n e f e c t o , c o m o la concha sale del mar. dentro de la cual nace la
l a c o m p l e t a t r a n s f o r m a c i ó n d e l s i s t e m a d e las i m á g e n e s q u e se d e t e r m i n a , una primera
perla, a s í M a r í a sale d e la casa d e su padre a l t e m p l o de Dios y allí recibe el rodo celcsoal-
v e z . e n l a s p o s t r i m e r í a s d e l s i g l o x i y l o s i n i c i o s d e l x u ; d e s p u é s , c o n claras transforma-
(cap. X X V , c o l . 8 0 BC).
c i o n e s , d e s d e l o s a ñ o s c u a r e n t a d e l s i g l o x n h a s t a e l final d e l s i g l o y, m á s adelante, en el
X I I I . e n u n v a s t o t e r r i t o r i o q u e c o m p r e n d e la p a n e s e p t e n t r i o n a l d e l a península Ibénca.
A q u i t a n i a , P r o v e n r a . B o r g o ñ a . L o m b a r d í a , o sea, g r a n p a r t e d e l n o r t e i t a l i a n o . E l senti- t'l texto de H u g o d e San V í c t o r o f r e c e u n a l e c t u r a considerablemente simbólica de
d o d e la r e v o l u c i ó n t e n d r á , p u e s , q u e s e r e n f o c a d o t e n i e n d o t a m b i é n e n cuenta la alter- los a n i m a l e s d e l o c r e a d o , d e l a s a b e j a s y d e las s e r p i c n t e s . d e los basiliscos y de los insec-

n a t i v a a e s t e s i s t e m a d e i m á g e n e s q u e es e l a n i c o n i s m o , m o d e l o q u e e n o r i g e n fue llevado tos, d e l o s á r b o l e s y d e s u s d i v e r s a s e s p e c i e s , p e r o t a m b i é n de las piedras preciosas de las

cuales fija l a s c a r a c t e r í s t i c a s , q u e l u e g o p o d r á n ser ú t i l m e n t e tomadas en consideración
a d e l a n t e p o r la r e f o r m a g r e g o r i a n a e n e l c e n t r o y s u r d e I t a l i a , grosso modo, desde los años
a n a l i z a n d o l a s o r f e b r e r í a s q u e h a n s o b r e v i v i d o e n las iglesias medievales, porque son esos
s e s e n t a y s e t e n t a h a s t a casi e l final d e l s i g l o x i , c u a n d o v u e l v e a ser r e t o m a d o p o r la orden
los s i g n i f i c a d o q u e iaspis, sappbirta,
las p i e d r a s a s u m e n ; e l c a p í t u l o L V I I 1 enumera 12:
d e C i t e a u x y. e n c o n c r e t o , p o r s a n Bernardo.
calcedonias, sniaragdtis, sardonyx* sardas, cbrysolithus, berylita, topazna. tbrysopassia, byaeni-
P e r o pasemos a considerar o t r o s textos enciclopédicos. tbiu y ametbystus. S i g u e a c o n t i n u a c i ó n e l a n á l i s i s de las varias partes del cuerpo humano,
H u g o d e S a n V í c t o r ( h a c i a 1 0 9 6 - 1 1 4 1 ) , d e la a b a d í a d e San V í c t o r e n París, donde m i e n t r a s q u e e l ú l t i m o l i b r o , e l c u a r t o , a n a l i z a las propiedades de las cosas en estrecha
es d i r e c t o r d e l a sebo/a d e s d e 1 1 3 3 , es u n i m p o r t a n t e t e ó l o g o l i g a d o a Ja tradición agus- relación c o n l a s e n c i c l o p e d i a s precedentes. E l l i b r o interesa porque muchos vocablos

t i m a n a ; a n o s o t r o s n o s i n t e r e s a a q u í p o r la l e c t u r a q u e o f r e c e d e l m u n d o e n términos tienen r e l a c i ó n c o n la e s t r u c t u r a y l a d e c o r a c i ó n de la iglesia; p o r ejemplo, candela, caii-

s i m b ó l i c o s ; p o r l o t a n t o , p o r su experiencia enciclopédica. E n De bestiis et aliis rebufa delubrum, entena, cettbedra, cera, ctavis, claustrara, consecratio eeelesiae, anrus, dntr, fentstra,
encontramos, e n p a r t e , las d e f i n i c i o n e s d e las e n c i c l o p e d i a s precedentes pero sobre
fins, fnndamenttan, jcjtniitim. linttnt, riturus, pavimentan!, pergamun, sacerdos, sancta sancto-
ruin, santuariimi, tahciiiaciditni, tbtiribtilum, tuba, furris, vestnnenta sacerdotis, vi
uum. E n t r e t o d o s , c r e o q u e c o n v i e n e c i t a r l a d e f i n i c i ó n de Peregrinus: mita o vh
u
H u g o de San Víctor, De bestia et alus rebüs. PL vol. C L X X V I I , cois. 13-164.
580 ARTE I HISTORIA CN LA E U A D Mr.niA I I I
E l peregrino, pues, reflexiona sobre dónde quiere ir. mide la distancia del camino con
anticipación, lleva consigo »a comida necesaria, carga con el menor peso posible, se equipa
de calzado resistente, nene una zurrón, lleva un bastón, no l i e * , csi.mentas |llll|HÜ. v
une a buenos compañeros de viaje, n o le impiden seguir el Correcto y (listo camino peso,
molestos, no es atraído por cosas pasabas, cn los peligros s e a) , . , en personas dables, no
H
le falta temor y recelo, por amor a la patria tolera la langa, n es.ra a muchos s u s „ p r
piedades, no se declara neo. habla siempre de lafinalidaddel *. .„ \ piensa, y aspira a db
(cap. .VIA', col. 156 D).
Por lo que se ha visto en Hugo de San Víctor, la tradición interpretativa de la e n c i -
clopedia medieval continúa durante todo el siglo xu. pero viene integrada, modilit.hli,
hecha funcional al modelo agustiniano y neoplatónico que i ai K t eriza a la reflexión de
1 lugo, que. por lo tanto, entiende la luz como signo de lo dñ ino; en efecto, resulta muy
indicativo el pasaje arriba citado: el rayo del sol aparece conu. 11 I spiritu divino que h . i c c
concebir cn el seno de la Virgen-concha a Cristo-perla. laminen para Hugo, en cual-
quier caso, el peregrino es el viajero en la Tierra, y define no solo el tipo de vesumenu
que debe llevar sino también el comportamiento y las relaciones con los demás, subra-
yando los peligros del víate sugiriendo que el peregrino no se declare rico, recomenda-
ción que se parece a lo que se escribe, en la Guia delperegrino, sobre los bandidos v a s c o s
que se ensañan en los montes y en la región al norte de los Pirineos.
Veamos ahora el último texto, entre los muchos que podrían citar, que s e fecha a
principios de 1213, el Mitralc de Sicardo"-. E l texto del Mnrale está cn el interior de una
cultura muy lejana de la del predecesor, una cultura en la cual ya no es importante dar
explicaciones hiérales de los términos; de hecho, existen las escuelas, y tanto las episco-
pales como las universitarias aumentaron el número de los que Icen y esenben, pero
cambiaron sobre todo su cultura. E s por esto que. en el análisis que hace Sicardo de cada
parte de la iglesia, encontramos, claro, elementos de las interpretaciones precedentes
pero también muchos motivos completamente nuevos. Intentemos simplificar cómo ve
interpretaba un edificio en pleno periodo gótico por parte de un prelado que vivió entre
1160 y 1215, obispo de Cremona desde 1185, legado del papa cn Alemania en 1204 cn
Constantinopla; por u n t o , una figura importante en la Iglesia de Roma y personaje de
vasta cidtjjra. E l Mitralc es un texto complejo que reorganiza el saber y los valores simbó-
licos de la Iglesia, pero que anaÜza en el libro II las normas y los modelos que los religio-
sos tenían que seguir, y las tareas de los ministros de la Iglesia en el libro III y en el IV;
aquí examinaré sólo algunos pasajes del primer libro.
Consideremos el tratado del altar (cap. 111); parte de la diferencia entre ara y altar, y
repite la antigua definición de Isidoro, el altar así llamado porque es alto, el ara porque es
casi plano, pero después añade: «De estos padres antiguos inician los altares modernos, de
forma cuadrada, algunos de los cuales están hechos de una sola piedra, orros de muchas.
Las piedras erigidas en forma de altar, y el altar de oro, y estos nuestros altares de piedra
simbobzan a Cristo, que es la piedra tallada del monte sin intervención manual, piedra
Sicardo, Mitróle seu de offtnis eedesiasttás minuta, Pln vol. CCXIII, cois. 13-436.
El VIAJE, I.A I M A Í . I N . LA IORCJÍA: L A T R A H * I1> R M A C l d . S ' 581
cuadrada, estable, sobre la que concentramos los votos de nuestras oraciones» (cnls. 18 D
y 1> A). I I ináhsis prosigue indicando el sacrificio de Costo en el altar y, -al igual que
1
muchos niii obros forman un solo cuerpo, así un rolo altar lo forman muchas piedras-(col.
I A). « L o . i st alones por los que se sube al ahur «-on los mártires-, mientras que -el altar
o
del incuii'.' 1 • f revestido de oro es el diálogo de lo:, peífeetns, que sonfinnescn la fe,
pcrspicat c "i sabiduría, eminentes por las cuatro virtudes- (col. 19 BC). Lis capítulos que
mas ínteres • o .• nivel simbólico porque hacen entender cómo, a pnncipiosdcl siglo xiii, se
leu el sisi» i. i i simbólico de la iglesia, son diferentes ícnirc estos indico: el IV, -De las par-
te- de la igl. sia»; el V, «De los nombres de la iglesia-, el VI. -De la consagración de la
i;-' SKI ... s« iiclo por el V I I , VIII, IX y X sobre el mismo tema; el XJ.«De b reconsagraaón
di la iglesia . el X I I , «-De las decoraciones de la iglesia-; el XIII, «De los iiicitsifios de h
ig.- sia», capitulo que termina el libro I).
Es opon uno detenerse en los capinilos IV, XII y XIII. Este es el análisis de la iglesia del
c. itulo I V --IX' piedras preciosas serán consumidas todos los muros, y las torres de Jeru-
i serán t«instruidas con piedras preciosas; así eslá como uidi la Iglesia, para que tenga
c¡ -.i\ un. r con criptas subterráneas y se eleve con cuatro paredes de brgn y ancho. Al-
g> is iglesias están construidas cn fonna de cruz.; otras son redondas, compacas, con mu-
1
r« • !e piedra y cal con ventanas y puertas; condenen cn el interior pulpitos, columnas con
h.i is \ eapiieles, vigas, tejados, tejas, escaleras de caracol y entablados horizontales; en el
exterior se agregan a la iglesia etc.Iras, ccmcntenos, tones y claustros. El pavimento, que
se pisa con los pies, es el pueblo, de cuyas fatigas se sostiene b iglesia; bs cnpUi subierrá-
nc.is son los eremitas, que cultivan una vida más apañada; a través de las doctrinas de los
cuatro evangelios, como de las paredes, se levantan al punto más alto de las virtudes, la
longinid de la iglesia es la longanimidad que. con paciencia, soporta b adversidad, hasta
que no llegue a la patria; la anchura es la caridad (...|, la altura es b esperawj [..-1; las
iglesias que son circulares quieren decir que la iglesia se ensancha hasta el círculo del mun-
do entero» (cois. 19 D y 20 zVB). E l análisis prosigue indicando que «los muros unidos por
la cal son la unión de los religiosos en la fe y en las obras, unidos por el vínculo de b candad
(...] por lo que las piedras en los cuatro muros son los hombres en los colegios instituidos
cn las cuatro partes del mundo- (col. 20 B), y también -el cemento está constituido de cal,
agua y arena, la cal es el fervor de la candad; el agua, el Espíntu Santo, con d que se meida
la arena, cuando las personas espirituales se vuelven a lis cosas terrenas» (col. 20 Q. Ade-
más «las ventanas, que impiden el acceso a las tempestades, y que introducen la luz, son los
doctores que resisten el torbellino de las herejías e infunden luz a los 6cles» (col. 201>); d
vidrio de las ventanas «es la mente de los doctores que contempla las cosas celestiales a
través del espejo del misterio» (col. 21 A), pero las ventanas son también las Sagradas Es-
crituras. La puerta de la Iglesia es Cristo, mientras que las puertas tienen significados dife-
rentes; son llamadas «valvae [...Ja volvendo» y así, del girar, -fores aforinsceusedurenrio-
y luego del llevar fuera, **portae a portando» «y estos son los apóstoles a través de cuya
predicación somos conducidos a la fe» (col. 21 C). Además, las verjas son los profetas; -las
columnas que sostienen la casa {la iglesia] son los obispos que sostienen la máquina de la
iglesia con la palabra y la vida [..-l; las bases de las columnas son los apóstoles que sostienen
la máquina universal de la iglesia. Los capiteles son las palabras de la Santa Escritura» (col.
21 C ) . Los capiteles de las columnas son las mentes de los obispos (col. 22 B). Las vigas que
 Auil f i i ' - i . i iv l \ LA E b t U \ l i ¡.i . 1 1 1
E l VIAJC, LA lAlAREN, LA N O T E j f * . L A I U S » ) OXUACIÓK.. 583
u n e n la casa [la iglesia) son los p r i n c i p i o s d e l m u n d o o los predicadores; «las tejas que ex-
pulsan la l l u v i a de la casa son los soldados que p r o t e g e n la iclesia de los paganos y de- los h e p u d o ; n o d e b e s e r d e m a d e r a , p o r q u e siendo p o r o s o y esponjoso, absorbería la sangre. B
e n e m i g o s - ( c o l . 22 Q ¡ n a t u r a l m e n t e son muchas otras las p i r o s de b arquitectura anali- cáliz e n s e n t i d o m í s t i c o es e l e s p í r i m de la sabiduría - u o l . >> D y 56 A), además el cáliz, -si
zada, desde las exedras al c e m e n t e r i o , m e l i m i t a r e aquí a considerar las torres. «Las u a o a es d e o r o . s i e i i d i c a b i s t e s o r o s d e la sabiduría escondidos en Cristo; si es de piala, indica b

e n u n s i n o es u n a ; en o t r o , dos; en o t r o , c u a t r o , dos d c l . u i n \ dos en la parte postenor, purificación I» las c u l p a s ; si es d e e s t a ñ o , lleva a la senu lanza entre culpa y pena. El estaño
esia a m e d í . » t a m i n a e n t r e p l a t a y p l o m o " ( b o l 56 t'.< y Por fin se precisa, hacia el final del
c o n s t r u i d a s e n lugares elevados; sobre las torres d o n d e Cktán i • -Iva»las las campanas se pon»
capítulo, q u . l o s c ó d i c e * d e l o s E v a n g e l i o s n o c s i a n «kcoradoi sin causa alguna en oro,
u n g a l l o . U n a sola t o r r e es la vida de los predicadores |. \. dos torres son las dos leyes,
p l . u a y p i c d i i - p r e c i o s a s , c ó d i c e s e n los cuales b u l l a el o r o de la sabiduría, b piara de la
c u a t r o , la d o c t r i n a de los c u a t r o evangelistas. | J S anteriores. Mateo y Juan, que han dialo-
el'M i i e n c i a o- ios m i l a g r o s » (col. 56 D ) .
g a d o d i r e c t a m e n t e c o n D i o s , las p o s t e r i o r e s . Lucas y M a r * . . - , discípulos de los apostólo
|...|, p e r o dos t o r r e s y c u a t r o t o r r e s son |iamb*en| los p r c d i t adores instruidos en estas le\o
y d o c t r i n a s " ( c o l . 24 A B C ) . Además, t a m b i é n t i e n e n w l o t simbólico los signos puestos Paree,. pues, o u l e n t e q u e d u r a n t e c u a t r o s i g l o s , desde R á b a n o M a u r o hasta Sicardo

e n c i m a de las t o r r e s . « L a cruz está puesta encima p o r q u e en vano habla la lengua del pre-
d i c a d o r , si n o la ayuda la fe del m e d i a d o r y p o r q u e n o se pUCOC .lar gloria al Señor si no es
a través de la c r u z - ( c o l . 24 D ) . « L a cúpula sobre la que esta puesta |la cruz| con su redon-
d e z significa que la fe católica se del>e predicar de m o d o o r g á n i c o » (col. 24 D ) ; - e l gallo
está e n c i m a p o r q u e e l p r e d i c a d o r que es s o l i c i t o de la d o c t r i n a del A n u g u o y Nuevo Testa-
m e n t o debe d e s p e n a r a los que d u e r m e n durante la noche para que tengan fe en Dios-
( c o l . 24 D>. Y e l eUustrum. el claustro celesual. i n d i c a el Paraíso, y moralmcntc el claustro
es «la c o n t e m p l a c i ó n d e l a l m a » .
E n e l c a p í t u l o X I I . « D e la d e c o r a c i ó n de la i g l e s i a - , se indica explícitamente e l uso de
l i s i m á g e n e s y l u e g o se nos p o n e e n u n plano preciso e n relación con el empleo de los
i c o n o s e n u n m o m e n t o e n el que el debate de dos generaciones antes, fray Pedro el Vene-
r a b l e , abad de C l u n y . y Suger. abad de S a m i - D e n i s , p o r una parte, y Bernardo de Ciánica!,
p o r o t r a , debía de ser se n u d o c o m o m u y distante; en efecto, ahora el problema es el de la
l u c h a c o n t r a l o s hereies y para esta lucha las imágenes son indispensables. Escribe luego
Sicardo: - E n nuestras iglesias se pinta muchas \ cees la imagen de N u e s t r o Señor Jesucris-
t o ; p i n t a d a e n el n a c i u u e n t o , recuerda a la N a u v i d a d ; pintada en el regazo de la madre, la
edad de la i n f a n c i a ; p i n t a d a o esculpida en la cruz, la pasión» (col. 40 BC). Luego se anali-
zan las i m á g e n e s de los i n s t r u m e n t o s de la pasión, y los c u a t r o símbolos de los evangelistas,
y después el t e x t o p r o s i g u e i n d i c a n d o las decoraciones de los altares con palios, cortinas,
de Creii» n a , e l d e b a t e s o b r e la i n t e r p r e t a c i ó n y f u n c i ó n de las imágenes se fue profun-
diado « H i n u a m c u t c , s u b r a y a n d o c a d a v e z m á s los significados simbólicos. La iglesia
así, p a r a r í e n l a \ i s i t a , e s u n s i s t e m a c o m p l e j o d e s i g n o s q u e simboliza la Jerusalén ce-
lestial" m a r e n la i g l e s i a q u i e r e d e c i r e n t r a r e n la C i u d a d de D i o s , y aquí cada detalle,
desde e l i c n o r c o n l a s t o r r e s , e l á b s i d e , l o s t e j a d o s , e l acceso al i n t e r i o r por la puerta
que es ( i i s f o , a l p a v i m e n t o , a l l e c h o , d e s d e las c o l u m n a s c o n las basas y los capiteles del
altar, d e s d e la c r i p t a a l a s e p u l t u r a q u e h a y e n e l l a , desde las vigas a las pinturas o escul-
turas, d e - • l e e l antepcudimn d e l o s a l t a r e s a l a s v i n a j e r a s , desde e l cáliz a los lampadarios,
t o d o e l c o n j u n t o u e n e u n s i g n i f i c a d o , y m á s t o d a v í a l o t i e n e los materiales de los que se
compone » a d a p a r t e d e l e d i f i c i o o c a d a d e c o r a c i ó n . D e los matcnales hay, en efecto, no
sólo u n s i s t e m a d e s i g n i f i c a d o s s i m b ó l i c o s s i n o t a m b i é n una jerarquía, como existe un
sistema de- s i g n i f i c a d o a s o c i a d o a l o s c o l o r e s , l o s de las telas c o m o los de las miniaturas
e n los c ó d i c e s , o l o s d e l o s o r n a m e n t o s m e t á l i c o s o d e l engasta m i e n t o de las piedras pre-
ciosas. E s é s t a l a m á q u i n a l l e n a d e s i g n i f i c a d o s q u e se d i r i g e al fiel y es sobre esta base
sobre la q u e d e b e m o s i n s e r t a r e l a n á l i s i s d e las i m á g e n e s y e l debate sobre ellas. Entender
el s e n t a d o d e l a s i m á g e n e s , c o m p r e n d e r p o r q u é c a m b i a r o n completamente entre 1140,
aproximadamente, y 1180 e n g r a n p a r t e d e O c c i d e n t e , entender c ó m o es que, casi de
r e p e n t e , c o m o y a s e h a a d v e r t i d o o t r a s v e c e s , f u e r o n i n t r o d u c i d a s modificando las icono-
grafías p r e c e d e n t e s , m i e n t r a s q u e e n o t r a s á r e a s , desde Toscana al sur nonnando de Ita-
lia, t o d a v í a s e c o n s e r v a b a u n s i s t e m a d e d e c o r a c i o n e s i n t e r i o r e s y exteriores de las igle-

l i n o s , c o r o n a s reales, y cada u n o de estos o r n a m e n t o s uene u n senudo «por lo que los pa- sias p r i v a d a s c o m p l e t a m e n t e d e f i g u r a c i ó n . E s u n p r o b l e m a al que se debe dar respuesta
pero t e n i e n d o e n c u e n t a e l r e c o r r i d o q u e s e h a h e c h o hasta a h o r a , a través del análisis de
lios o la candida c o r t i n a indican la pureza; los rojos, la candad; los verdes, la contempla-
los t e x t o s y d e l c o m p l e j o y e s t r a t i f i c a d o s e n t i d o d e l v i a j e . P e r o será también indispensa-
c i ó n ; los negros, la mortificación de la carne; los de varios colores, la variedad de las virtu-
ble t e n e r e n c u e n t a l a s r a z o n e s p o r l a s q u e se p r o d u c e n las imágenes; p o r tanto, los pro-
des; los l i n o s i n d i c a n el t o r m e n t o ; las sedas, v i r g i n i d a d - (col. 44 C ) .
gramas d e la e o m i t c n c i a e n g r a n p a r t e d e O c c i d e n t e .
E l ú l t i m o capítulo para considerar aquí es e l x i u , « D e los instrumentos de la Iglesia-;
se analizan las mesas de altar, los candelabros, las fuentes de l u z , e l incensario, la c n u de
procesión y m u c h o s otras decoraciones, y se da. también de los metales, una precisa jerar-
quía: « E l o r o son los m á r u r e s . la plata son las vírgenes, el bronce son los doctores, el hierro
los m o d e r a d o s , las piedras preciosas son aquellos que resplandecen de las cinco virtudes»
( c o l . 51 C ) . Para finalizar, merece c i t a r u n pasaje sobre el cáliz y los matenalcs de los cuales
puede, o n o puede, ser h e c h o p o r q u e i g u a l m e n t e p o n e en evidencia la sinibología de cada
d e c o r a c i ó n , t a m b i é n móvil de la iglesia: « E l cáliz debe ser de o r o , o de plata, o de estaño,
'-'Sobre el p r o b l e m a de la concepción orgánica de la decoración en la iglesia en b época de la Reforma
n o de b r o n c e o de latón p o r q u e , a causa de la fuerza del v i n o , provocaría el óxido y el vó-
jíTCBonana, véase el ensayo i n t r o d u c t o r i o al volumen de Quima valle, WÍti elmoy M.«í#f, dt. y, arfemít, sobre
R

m i t o ; n o debe ser de v i d r i o p o r q u e sería fácil que se r o m p i e r a con el peligro de derramar el h Jcimalcn celestial, el v o l u m e n de M. L . G a t t i Perc-r (e.l.), U O n M b » ttlatt. Milán. I98J.
584 \ìirt t HISTORIA ÏN LA KUAI> M I D I . MI
F I V I A J E . I.A I M A G E N , LA MF.HIJÍA. I A T I A N I FORMACIÓN... 585

Bernardo, Pedro el Venerable, Suger: herejías e imágenes Para responde r a estas preguntas, debemos partir de u n análisis, si bien abreviado, de
entre los siglos xi y xn !oscon«K-idísim<». textos d e B e r n a r d o y, en particular, de la ApologíaadGuilleltiium , que 11

hay que leer p a r a l e l a m e n t e c o n los de Suger, igualnunic conocidos pero de signo opues-
Cuando Bernardo de Claraval (1090-1153) escribe su Ap«lt<j,.¡ ,id Guillchuuw, aln.dc- to en relación con las i m á g e n e s - . Así, Bernardo cnjpjexfl con una retórica de loa a la
7

d o r de 1125 *, el cuadro histórico que se perfila es el de I.i < unraposición evidente al

6
orden c l u n i a c c n s i . p e r o p r o n t o empieza a criticar (o vicios de la orden (cap. VIH), con-
orden de C l u n y y, en concreto, a Pedro el \ enerable. abad desde aquel año del gran sis- trapone la p a r s i m o n i a d e los antiguos monjes al CXCí ¡u de los contemporáneos (cap. X)y
tema monástico; el breve pero densísimo opúsculo plantea el problema de las imágenes, de los prelados (cap. X I ) ; para terminar, en el cap/tuJo X I I , analiza el hijo de los edificios.
de sus usos, de su presencia dentro y fuera de los edificios religiosos. Sobre Bernardo y
su relación con las artes, se tienen contribuciones relevantes sobre todo por (Jeorges
- S o n pequeñas estas cosas -las ilustradas hasta ahora- y vamos a las más grandes, aun-
Duby'*'' y, precisamente, en el ensayo del estudioso francés se < apta una alusión, en cual-
que por ser usuales, consideradas menores- (col. •>\M '.), estas dos lineas parecen una diva-
quier caso significativa, a la contraposición entre la Iglesia de Roma y sus imágenes y la
y. • i o n . peo. son indicativas de un hecho de) que Bernardo es consciente: rechazar las
Iglesia catara, que rechaza las imágenes y los sacramentos; vi bien esta confrontación
i «genes quiere decir inserirse en un largo debate histórico. De hecho, las pequeñas cosas
D u b y la adelanta a los tiempos de Alain de L i l l e , medio siglo posterior a san Bernardo °.
los vestidos, el lujo; ahora se hablará de cosas que, siendo usuales a los ojos de todos,
Debemos, por tanto, plantearnos el problema de si el texto de Bernardo está dirigido
l den parceen menores pero que, sin embargo, son las más importantes: la presencia de
simplemente a la orden de Cluny y a Pedro el Venerable, con el que mantiene una amplia
i imágenes e n los edificios. Sigue el pasaje quizá más conocido: «Dejo aparte las enormes
correspondencia, o bien tiene en cuenta también el uso de las imágenes en otros contex-
«aciones de vuestros oratorios, sus desmedidas magnitudes, su excesiva profusión, sus
tos; por ejemplo, en Saint- Denis, a las puertas de París, de cuya abadía es abad desde
suntuosas decoraciones y las pinturas que estimulan la cunosidad que, mientras atraen la
1122 Suger (1081 -1151), el cual, se sabe, es correspondiente de Bernardo; además, debe-
atención de quien rcv.a, impiden el recogimiento y a mí, en cierta manera, me recuerdan el
mos darnos cuenta de los modelos en los que se inspira el propio Bernardo. ¿De donde
' " " *10guo de los hebreos. Aunque estas cosas están hechas para honrara Dios. Como
viene su elección, la elección cisterciense de excluir las imágenes de la iglesia? ¿Existe
in. nije yo me limito a preguntar al monje lo que un pagano preguntaba a los paganos: De-
una experiencia importante y conocida en el mundo cristiano occidental que excluya el
cid, oh pontífices, para qué sirve el oro en u n santuano (Pers. SaL II, v. 69). V os pregunto,
uso de las imágenes en los edificios religiosos, experiencia quizá un poco anterior a las
decidme, vosotros que s o i s pobres, no me preocupa la forma sino su Bgruficado, si sois
preferencias de Bernardo, de las que el religioso pueda haber tomado esta alternativa
pobres. p a r a qué sirve el oro en el santuario?» (col. 914 CD). Y más adelante Bernardo
anicónica para los monasterios cistercienses, tremendamente innovadora y claramente
c

antagonista respecto al contexto dentro del cual Bernardo obra, que son las iglesias secu-
lares v los monasterios eluniacenses? ¿Y cómo es posible explicar en el contexto histonco
el aniconismo de Bernardo y la grandiosa revolución de las imágenes que caractenza al
final del siglo x i y los inicios del xn en Occidente?
U Bernardo de Claraval. Apologia ad Quillelmum Sancii-Theodenei abbaimi, PL, vol. CXXXII. cols.
895-918.
^ G . Duby. Samt-Bernard L'An asteretm. Paris. 1976 Icd. cast.: San Bernardoy cl arre cutrrtieme (elnaa-
mirnto del gótico). Madnd. Taurua. 1992], cfr. también id. An et société au Moycn-Àge, Paris, 1976 |ed. castani
y sociedad en la lidad Media. Aladnd. Taurus, 1998]. Véanse además: M. Aubcrt, UArchitecture cistercienne en
France. Paris. 1943; A. Dimicr. Recueil de plans d'églises cisterciennes, Gngnan-Paris, 1949; M.-A. Diinicr yj.
Porcher. L'An cistercien, vol. 1, Paris. 1962; A M. Romanini, «"Povertà" e razionalità nel l'architettura cisier-
ccnse del ìw secolo»-, en Atti del Convegno del Centro di Studi sulla sfnntualità medievale, Todi, 1967; M.-A. Di-
mier, L'An cistercien, toi. II. Paris. 1971; A. M. Romanim, «Le abbazie fondate da San Bernardo in Italia c
I "archi tetnj ra cistercense "primitiva":-, en Studisu San llemardodi Cbtaravalle nell'ottavo centenario della eanonn.-
zazione. Comegno Intemazionale (Cenosa di Florencia. 6-9 de noviembre de 1974). Roma, 1975; / Cntereenn e
il Lazio Atti delle giornate di studio detl'hututo di Stona dell'Ane dell'Università di Roma (17-21 de mayo de 1977),
Ruma. 1978; M- Righerei 'Jbrti-Crocc, *Aj^u;mira e economìa: strutture di produzione -cistercensi»». Arte
Medievale 1(1983). pp. 109-128.
™ Duby, Saint-Bernard, cit.. pp. 118-119.
subraya
c ó m o la exhibición de las riquezas llama a las riquezas y "así el dinero atrae al di-
nero; no sé por qué razón, pero allí donde se venriquezasse da de mejor gana» (col. 915
AU). V sigue: « L a s reliquias cubiertas de o r o impresionan a la vista y se abren las tumbas.
e muestra una imagen bellísima de u n santo o de una santa y se cree que es la mas santa y
la más pintada. L o s hombres corren a besarla, se les invita a hacer ofrendas, y admiran más
las cosas hermosas que las sagradas. E n las iglesias están colgadas no coronas sino ruedas
rodeadas de luces, y n o menos relucientes gracias a las piedras preciosas. En lugar de can-
delabros vemos como árboles de bronce muy pesados, fabneados con admirable trabajo de
u n artífice y resplandecientes más por las piedras preciosas que se les ha añadido que por su
luz. ¿Qué crees que se busca con todas estas cosas, la contrición de los que se arrcpienien
o la admiración de quien mira? L a iglesia resplandece en sus paredes, pero carece de po-
bres. Reviste de oro sus piedras, pero deja desnudos a sus hijos. Con lasriquezasde los
pobres se regocijan los ojos de los ricos. Se encuentran curiosos que se divierten y no se
encuentran pobres que sustentar» (col. 915 B Q . La crítica cortante continúa analizando
" Bernardo de Claraval, Apologia ad Gtiillelmttrn, cit.
' EL PannfsLy, Abbot Suger on tbe Abbey Cbnrcb ofSt.-Denis and lis An Trranires. Princeton, N J , 1979*. ed.
C. Panofsky-Soergcl (ed. case: El abad Suger. la abadía de St. Denis y tus ttsonu artísticos, Madrid. Cátedra,
20014);/</., Gothic Arcbiteet-ure and Schedasiicism, Nueva York. 1957 (ed. c o . « : Uart¡utttcturagituarl*esniadu*,
Madrid, Sirucla, 2007]; Le Trésor de Saint-Dmis, c a t á l o g o de la c j r p o s k H Í o (París, 12 de mano-17 de junio de
1991). París, 1991.
586
ARTI , HISTORIA KM L A E D A D M L U K 11]
los p a v i m e n t o s d o n d e la gente t e r m i n a p o r «escupir en la t a r a de u n ángel, a menudo los
que pasan pisan l a i m a g e n de algún s a n t o » ( c o l 915C>. V mas u r d e , después de oirás invec-
tivas, hay o t r o pasaje f a m o s o , el de l o s claustros: «Además en nuestros claustros, ante los
m o n i e s que leen, ¿qué hace esa m o n s t r u o s i d a d r i d i c u l a , esa admirable bellc/,a defomie <•
bella d e f o r m a c i ó n ? ¿ Q u é hacen allí l o s m o n o s i n m u n d o s . !<>-. - nieles leones, los monstruo-
sos c e n t a u r o s , los s e m i h o m b r e s , los maculados tigres, los soldados que combaten, los cara-
dores c o n las trompas? Ba|o una única cabe/a verás m u c h o s CUi rpi is-y, de nuevo, en un solo
c u e r p o m u c h a s cabezas. Se ve e n u n cuadrtípedo la cola de mi i M I píente; en el pez. la cabe-
za d e u n c u a d r ú p e d o . Allí delante u n a n i m a l parece u n caballo, arrastrando detrás media
cabra; a q u i u n a n i m a l c o n c u e r n o s arrastra u n caballo. Para t e r m i n a r , se da tan grande y
d i f e r e n c i a d a v a r i e d a d de f o r m a s p o r todos los sinos, que parece más o p o r t u n o leer en los
m á r m o l e s esculpidos q u e e n l o s c ó d i c e s , y o c u p a r t o d o el día en observar estas pequeñas
cosas que e n m e d i t a r sobre la lev de D i o s . D i o s mió, si no os avergonzáis de las cosas insig-
n i f i c a n t e s , ¿ p o r q u é n o os avergonzáis al menos de las i m p o r t a n t e s ? " (cois. 91 5 D y 916 AB>.
¿ Q u é es l o q u e i n c i t a , p o r l o u n t o , a B e r n a r d o c o n t r a l a o r d e n d e C l u n y , sus enormes
i g l e s i a s , sus c a p i t e l e s p i n t a d o s y e s c u l p i d o s , sus e s t a t u a s , sus r e l i q u i a s d e n t r o de preciosos
r e l i c a r i o s , s u s e n o r m e s l á m p a r a s d e r u e d a s í m b o l o d e la J e r u s a l e n celestial? ¿ Q u é es l o
q u e e s t i m u l a a B e r n a r d o a e s t a b l e c e r u n a p o l é m i c a c o n t r a e l l u j o d e la Iglesia y que, por
l o d e m á s , a m p l í a a o t r o s i n t e r l o c u t o r e s , p o r e j e m p l o , a S u g e r d e S a i n t - D c n i s , a quien
dirige una carta 7 1
d o n d e escribe?:
D i g o l o que h e o í d o decir, n o l o que he v i s t o : el claustro del m i s m o monasteno. a me-
n u d o , c o m e d i c e n , está a b a r r o t a d o d e soldados, l l e n o de mercaderes, retumba de gritos, a
veces l l e n o d e m u j e r e s . ¿ C ó m o se podrá pensar alguna vez, en m e d i o de estas cosas, en lo
celeste, e n l o d i v i n o , e n l o espiritual? ( c o l . 193 B ) .
U n a c l a v e p a r a c o m p r e n d e r e n q u é d i r e c c i ó n y c ó m o se m u e v e B e r n a r d o se encuen-
t r a e n u n a c a r t a m u y c o n o c i d a 3 I l d e f o n s o , c o n d e d e S a n F . g i d i o , d o n d e se enumera
7 4
l o d o l o q u e u n c o n o c i d o h e r e j e , e l m o n j e E n r i q u e , a f i r m a c o n t r a l a Iglesia de Roma:
« L a s i g l e s i a s se c o n s i d e r a n s i n a g o g a s , se n i e g 3 q u e la i g l e s i a sea c o n s a g r a d a a D i o s , los
s a c r a m e n t o s n o se c o n s i d e r a n s a g r a d o s » , y a d e m á s se m u c r e e n p e c a d o p o r q u e se recha-
za l a C o m u n i ó n y se n i e g a l a G r a c i a q u e v i e n e d e l B a u t i s m o . P o r t a n t o , B e r n a r d o pro-
p o n e u n m o d e l o , u n a v i s i ó n d e l m u n d o q u e p a r a é l d e b e i m p l i c a r a t o d a la Iglesia: pide
q u e se a b a n d o n e n l a s r i q u e z a s , q u e se v i v a la v i d a e s p i r i t u a l d e l o s o r í g e n e s , aquella que
él r e c u e r d a e n e l i n i c i o d e l c a p í t u l o \ T 1 I d e l a Apología ad Guillclmum: « S e dice y se cree
d e v e r d a d q u e esa v i d a ( e s p i r i t u a l , l e j o s d e l m u n d o d e las t e n t a c i o n e s y de las riquezas) ha
s i d o e s t a b l e c i d a p o r l o s s a n t o s p a d r e s » . E s e s t e e l m a r c o e n e l q u e n o s d e b e m o s mover
para c o m p r e n d e r la c o m p a r a c i ó n e n t r e B e r n a r d o , p o r u n a parte, y P e d r o el Venerable)'
l o s p r e d e c e s o r e s d e P e d r o e n C l u n y , p o r o t r a . P e r o , s i e s t o s ú l t i m o s t i e n e n u n contexto
Bernardo de Claraval. Epístola UOCVU, PL, voi. C L X X X 2 I , cois. 191-199.
r j
~* ÌU la carta dirigida Ad Hidrljimsutn comitern sancii Acgtdii, de Henrico eretico, PL, voi. C L X X X I I . cois. 434-
456.
I'.l VIA!»-. I.A I M A C - E N , L A UCftLJÍA. L A 1 * A N * 1 0 1 M A f IÓ * . . . 587
e n e l q u e o p e r a r , e l t í a l a p r o g r a m a c i ó n d e l a i m a g e n en t o d o e l Occidente entre finales
del s i g l o x i y e l x n . ¿ a q u é m o d e l o s se r e f i e r e B e r n a r d o en u n m o m e n t o en el que la en-
tera c u l t u r a c r i s i i i n a u s a l a s i m á g e n e s par3 p e r s u a d i r , enseñar, i n s t r u i r a Jos fieles?
E n e s t e p u n t o t e n e m o s q u e d a r u n p a s o hacia a irá* antes de intentar r e s u m i r l a fun-
ción d e l a s i m á g e í i i s e n t r e l o s a ñ o s n o v e n t a d e l s i g l o >.i y los años treinta del siguiente y,
m á s a u n , a n t e s d i a f r o n t a r e l p r o b l e m a d e l a g r a n revolución iconográfica del pleno y
tardío s i g l o x n y d e l i n i c i o d e l x n i ; e l p a s o a t r a s e s indispensable para comprender el mar-
co h i s t ó r i c o a l q u e B e r n a r d o d e C l a r a v a l se r e f e r í a . P o r q u e , s i Bernardo elige la no ima-
gen, ¿ e n q u é s e i n s p i r a ? F . n e l l a r g o a s u n t o d e la l u c h a p o r las investiduras, uno de los
reclanu i n á s e v i d e n t e s d e l o s p o n t í f i c e s q u e q u i e r e n r e f o n n a r la Iglesia es la vuelta a sus
origene- .aleocnstianos; a s í , e l p a p a A l e j a n d r o I I . A n s e l m o da Baggio (1061-1073); así,
y c o n m . , . > t u e r z a , ( ¿ r e g o r i o V I I , I l d e b r a n d o A l d o h r . m d e s c h i de Soana (1073-1035); así
r
tambie.i ¡ c t o r N I , I > e s i d c r i o d e B e n e v e n t o ( 1 0 8 6 - 1 0 8 7 ) , antes abad de Montecassino, y
asi r a n i b n U r b a n o I I . q u e p r e d i c a r á e n F r a n c i a la p r i m e r a cruzada, Pascual I I . Gelasio
I I y . p a r t e r m i n a r , C a l i x t o I I , c o n e l q u e , e n 1 1 2 2 , E n r i q u e V finna el Concordato de
Uoniis .• - m a r c a e l final d e l a f a s e m á s á s p e r a d e l e n f r e n t a m i e n t o . Pues bien, esa vuel-
¡ t
ta a la I g l e s i a p r i m i t i v a es m u c h o m á s q u e u n a s i m p l e referencia a los orígenes; es una
p r o g r a n i m e a v o l u n t a d d e m o s t r a r q u e la I g l e s i a d e l s i g l o x i es la antigua Iglesia palco-
c n s r i a n a . r o n s u a r q u i t e c t u r a , s u s i m á g e n e s , las decoraciones, los rímales, y que el clero
CS h e r e d e n i y p a r t í c i p e d e e s o s m o d e l o s . Un arte guiado es e l u ' m l o que se le ha dado a un
i >ro i m p o r t a n t e s o b r e e s t e t e m a , p e r o l a e s e n c i a para n o s o t r o s es la de las imágenes y la
función d e las i m á g e n e s 7 5
.
L a I g l e s i a d e l a R e f o r m a l u c h a c o n t r a l a i m p e r i a l p r o p o n i e n d o , e n su centro, un m o -
delo, e l d e l a s b a s í l i c a s r o m a n a s , S a n P e d r o s o b r e t o d o , y San J u a n de Letrán, San Pablo
t x t r a n i u r o b , S a n t a M a r í a l a M a y o r y o t r a s m á s . L a R e f o r m a , p o r consiguiente, es min-
i e n r e f o r m a d e l a s i m á g e n e s y , p o r l o q u e respecta a la arquitectura, seria conveniente
r e f l e x i o n a r s o b r e l a c o n s t r u c c i ó n c o n t e m p o r á n e a o en u n c o r t o intervalo de tiempo, a
partir grosso modo d e l o s a ñ o s s e s e n t a y m á s a d e l a n t e hasta el declinar del siglo x i y más
3
á, d e u n a s e r i e d e e d i f i c i o s a i o s q u e n o r m a l m e n t e n o se les relaciona: en p r i m e r lugar,
la a b a d í a d e M o n t e c a s s i n o - c o n s t r u i d a p o r e l abad D e s i d e r i o ampliando las estructuras
p r e c e d e n t e s d e l s i g l o i . v , a p a r t i r d e 1 0 6 6 y c o n s a g r a d a e n el 1 0 7 1 - , basílica con tres naves
y tres á b s i d e s y c u a d r i p ó r t i c o d e l a n t e d e la fachada, evidente referencia a las basílicas
r o m a n a s , e m p e z a n d o p o r S a n P e d r o ; la c a t e d r a l d e Pisa tiene cinco naves con transepto,
c o n s t r u i d o a p a r t i r d e l 1 0 6 3 p o r B t i s c h e t o y c o n s a g r a d o , p e r o n o terminado todavía, en
1118 p o r e l p a p a G e l a s i o I I ; l a c a t e d r a l d e S a l e r n o d e tres naves con transepto y delante
m i c u a d r i p ó r t i c o c o n s t r u i d o d e s d e 1 0 8 0 y c o n s a g r a d o en 1085 p o r el papa Gregorio V I I ;
la c a t e d r a l d e C a p u a , t a m b i é n e l l a p r e c e d i d a d e u n cuadripórtico y que se puede fechar
en la é p o c a d e l a r z o b i s p o E r v e o ( 1 0 7 3 - 1 0 8 1 ) , y , después, también la abadía de Cluny,
c o n s t r u i d a d e s d e 1 0 8 8 a 1 0 9 5 e n l a p r i m e r a fase, y c o n c l u i d a alrededor de 1118, con
e s t r u c t u r a t a m b i é n e l l a p r e c e d i d a d e u n c u a d r i p ó r t i c o , de cinco naves y con dos transep-
" Sobre este p u n t o véase el i m p o r t a n t e volumen d e H . Toiibcrt, Un Art dingr reformegrégohmne et imo-
graphie, Paris, 1990.
58S ARTE t HISTORIC IN LS E D A U M I D I A III
t o s ' . A e s t o s h a y q u e s u m a r t a m b i é n l o s e d i f i c i o s d e n o m i n a d o s iglesias d e p e r e g r i n a
6
c i ó n . c l a s i f i c a d o s a s í , i n a p r o p i a d a t n e n t e . c o m o si l o s d e m á s g a n d e s m o n u m e n t o s citados
n o f u e r a n m e t a s , y a m b i c i o n a d a s , d e l v i a j e a las r e l i q u i a s ; p o r t a m o , estas iglesias respon
d e n a u n a s e l e c c i ó n , e f e c t u a d a p o r la h i s t o r i o g r a f í a t r a d i c i o n a l d e l i r t e f r a n c é s y en pan*
e s p a ñ o l , d e n t r o d e u n c o n t e x t o q u e d e b e d e h a b e r s i d o p r o g r a m a d o d e m o d o unitario"
P i e n s o e n S a i n t - S e r n i n d e T o u l o u s e * , c o n s t r u i d o a p a r t i r d e l a i . ule d e 10711, aproxima
7
d a m e n t e , d e c i n c o n a v e s c o n t r a n s e p t o ; e n S a i n t e - F o y d e G o n q u t s, c u y o c l a u s t r o se con*,
t r u y ó c o n el a b a d B e g o n e e n t r e 1097 y 1107 p e r o , p r o b a b l e m e n t e , ya c o n c l u i d o a finales
d e l s i g l o x i y p r i n c i p i o s d e l x n ; p i e n s o e n el d e s t r u i d o S a i n t - M a r t i n de T o u r s , de cint<<
n a v e s c o n t r a n s e p t o , y e n e l d e s t r u i d o S a i n t - M a r c i a l de L i m o g e s , de tres naves c o n tran-
s e p t o . L a s c a r a c t e r í s t i c a s d e estos e d i f i c i o s s o n las d e u n a g r a n c o n s t r u c c i ó n basilical casi
s i e m p r e c o n t r a n s e p t o , c o n t r e s o c i n c o naves, u n a c o n s t r u c c i ó n q u e , a los ojos de los
fieles d e l o s s i g l o s x i y x n , les d e b e d e h a b e r p a r e c i d o s i e m p r e i g u a l a las romanas, a las
b a s í l i c a s p a l e o c r i s t i a n a s ; c i e r t a m e n t e , e n la t r a d i c i ó n c r í t i c a de los especialistas, el - r o -
m á n i c o » c o n las b ó v e d a s d e c a ñ ó n a p u n t a d o de C l u n y y el de las iglesias de peregnna-
c i ó n n o t e n í a n a d a q u e v e r c o n las iglesias c u b i e r t a s c o n c e r c h a s de las t i e r r a s normandas
' ' ' ) . Evans, Tbc Romane,qiie .Irehil catire of the Order of Cluny. con una nueva introducción de K-J Conani
y una bibliografía añadida de N Stratford. FarnUirouch. 1«72. C. E A m u . Masom and Senlptan m Romaneóla
Burgundy The VeaAesthetic of Cluny III. 2 vols . l"ru\ cn.it> Park. Pa.-Londres, 1°83
~ Quteaqufaa que estudie el románico en ( )ccidenie descubre que toda un área, el sur de liaba, se cseluvt
completamente, se la considera extraña al contexto; al románico centro-italiano y meridional se le considera
•arcaico y, precisamente porque toma como modelo las basílicas palcucnstianas. no se le considera pane de la
arquitecnira occidental a causa de la ausencia de cubiertas de bóveda. La histonografia tradicional idcnDliw.
por tanto, en las tipologías arquitectónicas signilicauvas precisamente el «auténtico eso lo románico- son la*
bóvedas, los sustentos compuestos, los arcos transversa les. o-anscpio y cimborrio donde haya, columnas adosa-
das, artos v demás; cada apología nene ademas su evolución interna, desde lo menos completo a lo mis com-
pitió. Naturalmente, según este modelo el arte en el camino de peregrinación es completamente ajeno a la
arquitectura cciirro-mendiim.il y no se enoende cómo la Reforma gregoriana -que procede de la relación entre
C l u i n 111 y San Pedro en Roin.i. relación también entre copia y modelo, como se ha indicado- pudo proponer
al resto de Occidente estructuras en apancnaa tan divergentes de las que se construían en el penodo que va de
Alcssandro 11 a Gregorio V i l > ñus allí en tZampania y Tóscana. por no mencionar aquellas, en pane m«
adelantadas como cronología, de Roma.
Sobre el problema de la escultura, e indirectamente de la arquilectura, en los caminos de peregrinación,
véase el volumen de A. K. Porter, Romanesque Sculpture of the Pilgrimage Roads |I"21J, Nueva York, 1966)
M . Gómez. Moreno, Catálogo Monumental de España. Provincia de León, Madrid. 1025; id.. El arte románuo espa-
ñol. Esquema de un libro. Madrid. 1 934; G . Gaillard. -Les Commencements de Van román en Espagne-, Hullr-
tin bispamque X X X V U (1935). pp. 273-308; id.. - De b diversilé de style* dans b scullure romane des pelcnna-
ges~. Retuedes arts I (1951). pp. 77-87; P. Dcsclumps. -Étude sur les sculptures de Sainte-Foy de Conques ct
de Saim-Sermn de Iblouse et leur reladons avec ccllcs de Saint b i dore de Léon ct de Saint-Jacqucs de Com-
posielle-. Bulletin Monumental C (1941), pp. 239-264; % W. Lyman, -The Pilgrimage Roads Revisited-.
Gesta V I I I (I960), n . 2, pp. 30-44; A l Durliat. « T h e Pilgrimage Roads Revisited?*, Bulletin MonumentalCXX
(1971). pp. I ] 3-120; T. W. Lyman. ITie Polines of Selective Eclecticism; Monastic Architecture, Pilgrimage
Churches, and -Resistance to Cluny"». Gesta X X V U (1988). pp. 83-92; A i . Durliat, -Les clicmms de Saini-
Jacques n L'arcJaitectun: ct la sculpture", en Santiago de Compostela, 1985, pp. 155-164; id.. La sculpt uit
romane de la route de Saint-Jaequer de Conques a Compostelle, Aiont-de-Marsan, 1990; .M. A. Castiñciras Gonza-
lez, - L a catedral románica: tipología arquitectónica y narración visual», en M . Núñez Rodríguez (cd.), Santia-
go, la catedral y la memoria del arte, Santiago de Compostela, 2000, pp. 39-96.
IM VIAJC. LA IMAGEN. LA H E R E J I A : LA ov.ununflúN.. 589
del s u r i t a l i a n o , o C o n l a s d e l L a c i o o t o s c a n a s e n e l s i g l o XI y e n el siglo x n . Veso que, si
analizamos l o s t e x t o s c o n t e m p o r á n e o s , el cuelnm d- las iglesias, las tigiia, las Trabes, son
s i e m p r e t é r m i n o s u t i l i z a d o s p a r a i n d i c a r e l l í m i t c " . ¡ . . o , , r d e las naves en el interior y en
el e x t e n o r ; n o se d i - t i n g u e , p o r l o t a n t o , si la c u b i e r t a es de bóvedas o bien de cerchas
Con, p o r e j e m p l o , t i s e c o n e s p i n t a d o s . C l u n y , c o n m l i n d i c a d o Conant '', es seguramen-
7
te una c o p i a p r o g r a m a d a y d e s e a d a , t a m b i é n p o r su < o m e n i d o fuertemente simbólico, de
San P e d r o d e K o m i \. p a r a m e d i r y p r o p o r c i o n a r el g r a n d i o s o edificio, se emplean pies
r o m a n o s . m - , c i e n . m e n t e , n o se u s a b a n e n B o r g o ñ a ; t o d o esto a nuestros ojos no se
concibe i . , v ez f á c i l m e n t e , p e r o es h i s t ó r i c a m e n t e i n d i s c u t i b l e que. para \osfidclesmedie-
vales, las d »s a r q u i t e c t u r a s e r a n i g u a l e s .
B e r n a i l o , p o r l o t a n t o , t i e n e d e l a n t e m o d e l o s d i f e r e n t e s de la Reforma, pero uno, el
mas a n b g p. es a q u e l q u e a s u e n t e n d e r r e s p o n d í a m e j o r a Jas exigencias del momento.
De esta n í c r . i se p r o d u j o l a r e c u p e r a c i ó n d e la a n t i g u a tradición de los padres de la
iglesia, a q Ha q u e e r a e v i d e n t e , e n I t a l i a , e n e d i f i c i o s recientes c o m o la catedral de Sa-
l e r n o , la c e d r a l d e C a p u a , l a m i s m a c a t e d r a l d e Pisa, San A l e j a n d r o en I.ucca y otros
m u c h o s d< p u e s , d e s d e S a n M i n i a t o a l M o n t e e n F l o r e n c i a , a las basílicas construidas en
tí p e r i o d o i l c b i R e f o r m a e n R o m a , c o m o S a n C l e m e n t e y los C u a t r o Santos Coronados,
• i s d o s r e c . i n s t r u i d a s p o r e l p a p a P a s c u a l l í , e d i f i c i o s c o n muchas recuperaciones y carac-
l e n z a d o s , p r e c i s a m e n t e , p o r la a u s e n c i a d e e s c u l t u r a m o n u m e n t a l y p o r una decoración
que m u e s t r a e v o c a c i o n e s e v i d e n t e s d e la t r a d i c i ó n d e los p r i m e r o s siglos cristianos, como
tti el c a s o d e S a n C l e m e n t e c o n l a r e u r i l i z a c i ó n , e n p a r t e modificada p o r intervenciones
p o s t e r i o r e s , d e l a s l a s t r a s c o n s t a n t i n o p o l i t a n a s d e l s i g l o v i , que f o r m a n el grandioso coro
V los p ú l p a o s q u e e s t á n u n i d o s a é l .
P o r t a n t o , B e r n a r d o d e b e d e h a b e r e n t e n d i d o q u e había de i n t r o d u c i r un nuevo mo-
delo, p e r o ¿ p o r q u é ? E l o p o n e r s e a P e d r o e l V e n e r a b l e y a C l u n y , pero también a Suger
) a S a i n t - D e n i s , a u n q u e , p o r r a z o n e s o b v i a s , c o n m a y o r p r u d e n c i a , n o depende sólo del
echo d e q u e r e c h a c e e l m u n d o m o n s t r u o s o d e l b e s t i a r i o medieval que distrac a los
monjes q u e o r a n e n l o s c l a u s t r o s , o t a m b i é n q u e c o t o l e r e que en los pavimentos de las
iglesias, s o b r e l a s figuras d e l o s s a n t o s y d e las santas, de los ángeles y todas las demás, se
c a m i n e y , q u i z á , se e s c u p a , y n o es t a m p o c o s ó l o p o r q u e rechace el lujo de la riqueza, del
o r o y las p i e d r a s p r e c i o s a s q u e c a r a c t e r i z a n a u n a Iglesia que abandona a los pobres por
os n e o s . T o d o e s t o es v e r d a d , p e r o B e r n a r d o se m u e v e d e n t r o de u n tejido histórico, un
contexto q u e e v i d e n t e m e n t e l o i n d u c e a t o m a r una posición antagonista. Pero ¿cuál es el con-
texto? P i e r r e d e B r u y s , q u e m a d o e n S a i n t - G i l í e s e n 1140, que rechaza la cruz, que niega
los s a c r a m e n t o s , q u e c o n s i d e r a a las i g l e s i a s c o m o sinagogas, que considera que el clero
esta c o r r u p t o , ese h e r e j e es c i e r t a m e n t e u n p u n t o d e referencia y u n modelo al cual con-
t r a p o n e r u n a I g l e s i a d i f e r e n t e . B e r n a r d o n o i n v e n t a la Iglesia cisterciense desnuda de
i m á g e n e s s i n o q u e r e c u p e r a , d e s d e e l p r i m e r m o m e n t o de la Reforma gregoriana, una
aniconismo q u e la I g l e s i a d e R o m a se h a b í a v i s t o o b l i g a d a a abandonar p o r muchas y
concretas r a z o n e s . S e p l a n t e a a q u í , p u e s , o t r o p r o b l e m a : ¿ c ó m o es que, después de una
p r o g r a m a c i ó n d e e d i f i c i o s q u e r e t o m a n c o n el t r a n s e p t o la antigua basílica romana de
San P e d r o - d e s p u é s d e u n a d i f u s i ó n a g r a n escala e n O c c i d e n t e de una tipología que
" K _ J . C o n a n t , Cluny, les eglises et la viaison du ebefdordix, Cambridge Mass.-Macon, 1968.
590 AMTI I HISTORIA IN LA I I-M> \1 . • M I
I 1 V I A J L . LA IMAGfN. LA IILK£|IA L A 7 t A N S t O I MAC I O S .. 59)

e v o c a b a , a l o s o j o s d e \os fidcles. p r e c i s a m e n t e , la a n t i g u a R o m a p a l e o c r i s t i a n a - , la Iglesia

m i s m a p r o m u e v e u n a r t e d i f e r e n t e , j u s t a m e n t e « d i r e c t o » , e i n t r o d u c e una iconografía
t a n c o m p l e j a , d e n s a , r i c a , u n a i c o n o g r a f í a q u e h e m o s e x p l i c i t a d o c n las esculturas v en los
m o s a i c o s m á s i n s ó l i t o s , y t o d a v í a p o c o e n las p i n t u r a s p o r q u e ION c i c l o s c o n s e n a d o s son
un tejido demasiado fragmentario?
P r o b e m o s a e x a m i n a r a l g u n o s c i c l o s d e la g r a n e s c u l t u r a e n los c a m i n o s de peregri-
n a c i ó n ; e n t e n d e r su s e n t i d o p e r m i t i r á t a m b i é n v a l o r a r a q u e l l o q u e se q u e r í a s e ñ a l a r a los
fidelcs y la e n s e ñ a n z a q u e la I g l e s i a q u e r í a t r a n s m i t i r .
R e s u l t a c l a r o q u e , c u a n d o se l l e g a a la ú l t i m a p a r t e d e l s i g l o \ i , p o c o antes d e l ban-
d o d e la p r i m e r a c r u z a d a , las p e t i c i o n e s d e la I g l e s i a d e R o m a s o b r e el t i p o de imágenes
q u e se d e b í a n m o s t r a r a \osfidelcs c a m b i a n d e m a n e r a s u s t a n c i a l e n r e l a c i ó n c o n la si-
t u a c i ó n d e u n a g e n e r a c i ó n a n t e r i o r , c u a n d o se p o d í a i m a g i n a r u n a c a t e d r a l c o m o la de
P i s a s i n n i n g u n a i m a g e n e s c u l p i d a y. c o n e l l a , t a n t o s o t r o s e d i f i c i o s e n la zona central
y m e r i d i o n a l d e I t a l i a , o b v i a r e c u p e r a c i ó n d e las b a s í l i c a s pale< acristianas. Fs c i e r t o que
e n l o s m o d e l o s a n t i g u o s a m e n u d o f a l t a n los c l a u s t r o s , f a l t a n las e s c u l t u r a s narrativas en
l o s c a p i t e l e s d e n t r o d e l o s e d i f i c i o s , a m e n u d o h a y t a m b i é n u n c u a d r i p ó r t i c o de acceso;
e n las n u e v a s e s t r u c t u r a s d e finales d e l s i g l o x i y d e l s i g u i e n t e , el r e l a t o e s c u l p i d o y pin-
t a d o , la i l u s t r a c i ó n d e l o s t e m a s d e l A n t i g u o y e l N u e v o T e s t a m e n t o , el n e x o con los ca-
m i n o s de p e r e g r i n a c i ó n y c o n las r e l i q u i a s d e los s a n t o s c o n s e n a d a s e n los santuarios se
c o n v i e r t e n e n l a c l a v e y e n la r a z ó n p o r la q u e se c r e a la n u e v a r e a l i d a d de las imágenes
propuestas.
I n t e n t e m o s r e f l e x i o n a r s o b r e esta i c o n o g r a f í a d i f e r e n t e q u e r e s u l t a t a m b i é n estrecha-
m e n t e u n i d a , p r e c i s a m e n t e , a las p e t i c i o n e s d e la I g l e s i a g r e g o r i a n a y q u e resulta una
c l a v e i n t e r p r e t a t i v a i m p o r t a n t e p a r a c i c l o s n a r r a t i v o s e s c u l p i d o s q u e , d e o t r a f o r m a , no
t e n d r í a n o t r a e x p l i c a c i ó n q u e la f o r m a l i s t a " " . R e f l e x i o n e m o s , a n t e s q u e nada, sobre la
haciendo h i n c a p i é L n u n
l o g a r , la p u e r t a d e la Iglesia, 411c hasta entonces no había tenido
un e s p e c i a l p e s o n a r r a t i v o ; a d e m á s , e l p a t r i m o n i o d» l.i-. esculturas se puede ofrecer tanto
d e n t r o c o m o f u e r a t i c l a s i g l e s i a s , u s a n d o e n g e n e r a l •. i sistema de las columnas adosadas,
o t a m b i é n i n t r o d u c i e n d o f r i s o s c o n t i n u o s y , p a r a ICI • ornar, se distribuye en los ebusoros
o t r o c o n j u n t o d e C M u l r u r a s d o n d e , s i e m p r e p o r i m p o s i c i ó n de la Reforma gregonana,
deben v i v i r l o s m o n j e s y l o s r e l i g i o s o s d e las i g l e s i a s -.eculares haciendo vida común, no
v i v i e n d o y;», c o m o precisamente h a c í a n l o s c u r a s , en el m u n d o . Por lo tanto, se debe
entender, j u s t o e n f u e l ú l t i m o d e c e n i o d e l s i g l o x i y, al menos, los primeros dos o tres
decenios d i I S i g u i e n t e , u n a m o d i f i c a c i ó n r a d i c a l d e l sistema precedente anicónico que,
en c u a l q i n r a s o , d e b e d e e s t a r m o t i v a d a p o r r a z o n e s precisas. Pero ¿cuáles?
C r e o q u e la c a u s a p r i n c i p a l d e la t r a n s f o r m a c i ó n h a y que buscarla en la exigencia de
respondci las a c u s a c i o n e s p o r p a r t e i m p e r i a l a la Iglesia de Roma, considerada precisa-
mente sun n a c a y c« « n c u b i n a r i a , l e j o s d e sus o r í g e n e s palcocrisrianos; era indispensable,
pues, u n p r o ) e c t o e f i c a z p a r a p e r s u a d i r c o n las i m á g e n e s a los fieles. Reflexionemos so-
hre t o d o ! q u e s e h a d e m o s t r a d o a t r a v é s d e t e x t o s del s i g l o i x al siglo x u tardío o pri-
meros d e l g f o M U , s o b r e l a i m p o r t a n c i a d e la I g l e s i a e n c u a n t o a edificio, sistema signi-
ficante, p e í . * l a m b i c - u p a r a í s o e n la t i e r r a , y c o m p r e n d e r e m o s que, si la puerta es Cristo,
v si la I g l e - i 1 d e b e a d o c t r i n a r , e v i d e n t e m e n t e , la i c o n o g r a f í a que la Iglesia misma propo-
ne d e b e se 1 p r o f u n d a m e n t e m o d i f i c a d a r e s p e c t o al pasado. lisa imagen ante la que nos
e n c o n t r a m o s e n e l c u r s o d e u n a g e n e r a c i ó n , e n t r e l o s a ñ o s noventa del siglo x i y lósanos
veinte y s i g u i e n t e s d e l s i g l o x n , es l a i m a g e n d e la R e f o r m a que se enfrenta con los gran-
des t e m a s d e la s a l v a c i ó n , d e l a I g l e s i a , d e la v e n i d a de C r i s t o y, p o r l o tanto, de la reden-
ción. P e r o a v e c e s l a I g l e s i a d e b e r e s o l v e r a t r a v é s d e la i m a g e n los problemas particulares,
c o m o e n M ó d e n a , d o n d e W i l i g e l m o , e n t r e 1 0 9 9 y 1106, esculpió cuatro relieves en la
fachada d e la c a t e d r a l ' , i n t r o d u c i e n d o u n a i c o n o g r a f í a revolucionaria ligada a la situación
8

r e v o l u c i ó n q u e t o d o e s t o c o m p o r t a y s o b r e l o s m o d e l o s q u e d e b i e r o n de proponerse. N o conflictiva e x i s t e n t e b a s t a h a c í a p o c o s a ñ o s a n t e s e n la m i s m a Iglesia de Módena. Por

se p o d í a h a c e r r e f e r e n c i a , c l a r o , a la t r a d i c i ó n v i s i g ó t i c a , l o m b a r d a o m e r o v i n g i a , si acaso
a a l g u n o s a s p e c t o s d e la e s c u l t u r a e n e s t u c o o t o n i a n a . p e r o , e n c u a l q u i e r caso, la indica-
c i ó n q u e d e b i ó d e d a r la I g l e s i a d e R o m a a l o s o b i s p o s y a l o s abades de O c c i d e n t e pare-
c e h a b e r s i d o l a d e t o m a r c o m o r e f e r e n c i a las e s c u l t u r a s r o m a n a s . Es p o r esta razón por
la q u e se p r o p o n e u n a i m i t a c i ó n d e l o a n t i g u o e n e l O c c i d e n t e c r i s t i a n o , c o n u n paso
r a p i d í s i m o , e n e l p l a z o d e i n e d i a g e n e r a c i ó n , d e la a u s e n c i a a la presencia de imágenes
e s c u l p i d a s y p i n t a d a s , p i n t a d a s c o m o h o y ya n o l o e s t á n , s i n o c o m o l o estaban todas en
su o r i g e n . P a r a i n t r o d u c i r n u e v a s i m á g e n e s , se d e b e n p e n s a r n u e v a s u b i c a c i o n e s de ciclos
p l á s t i c o s ; a s í , se m o d i f i c a e l u s o d e l c a p i t e l c o r i n t i o y l o t r a n s f o r m a e n c a p i t e l historiado,
c o n s i g u i e n t e , la I g l e s i a d e M ó d e n a e r a c i s m á t i c a , l i g a d a a Rávena, esto es, de la parte i m -
penal; t a n t o e s a s í q u e a l t r a s l a d o d e las r e l i q u i a s de G e m i n i a n o el obispo de Módena no
asiste, p e r o s í e s t á e l d e R e g g i o E m i l i a , e v i d e n t e m e n t e o r t o d o x o , además de Matilde y el
a r q u i t e c t o L a n f r a n c o . D e t o d o e s t o s e d e r i v a l a s e l e c c i ó n de los temas de los relieves de
W i l i g e l m o : a d e m á s d e l a c r e a c i ó n d e l h o m b r e , la i m a g e n del sacrificio de Caín y de Abel,
es decir, d o s o b e d i e n c i a s - u n a c i s m á t i c a , C a í n ; u n a o r t o d o x a , A b e l - , el castigo de Caín a
manos d e L a m e c b y e l a r c a d e N o c r e p r e s e n t a d a c o m o iglesia v daustrimi flotante sohre
las aguas ( f i g . 6 ) .

A l r e d e d o r d e e s t o s a ñ o s se r e a l i z a n muchos otros ciclos; Cluny con los capiteles del

e l v i e j o p r o b l e m a d e l o s o r í g e n e s d e l - r o m á n i c o " , q u e u n a p a n e d e l o s e s t u d i o s o s h a q u e n d o inter-
p i e t a r c u m o r e n a c i m i e n t o d e l o a n t i g u o ; o t r o s , p o r e l c o n t r a r i o , c o m o d e s a r r o l l o p a r a l e l o a u n a lengua verná-
c u l a f r e n t e a u n a l e n g u a á u l i c a , e l l a t í n y . p o r ü n á g e n e - . , la o t o m a n a ; o t r o s , s i n e m b a r g o , h a n c o n s i d e r a d o d
r o m á n i c o c o m o u n d e s a r r o l l o d e la t r a d i c i ó n c a r o l i n g i a y o t o m a n a , i n c l i n á n d o s e p o r t a n t o al e l e m e n t o político
u i u l i e a d o r s o b r e e l I m p e r i o ; e l t e m a e s d e m a s i a d o c o m p l e | o p a r a s e r t r a t a d o a q u í ; e n c u a l q u i e r c a s o , la h i p ó t e -
sis q u e s e p r o p o n e , d e l a c r e a c i ó n d e i m p o n e n t e s c i c l o s e s c u l p i d o s y p i n t a d o s d e n t r o y f u e r a d e las iglesias en
d e a m b u l a t o r i o ( 1 0 8 8 - 1 0 9 5 ) a p u n t a al Paraíso terrestre, pero también 3 los tonos de Ja mú-
sica y de las e s t a c i o n e s , e l t i e m p o d i v i n o y el t i e m p o terrenal, mientras propone en la puerta
p e r d i d a d e la f a c h a d a la i m a g e n d e l P a n t o c r á t o r , y por tanto del Juicio, un tema que se di-
fundirá m u c h o e n O c c i d e n t e . T a m b i é n en Jaca, poco más allá de los Pirineos, en el úlmno
d e c e n i o d e l s i g l o x i , n o s e n c o n t r a m o s ante u n rímpano, pero también ante capireles, denüx»

c o n t r a p o s i c i ó n a h e r e j í a s y m o v i m i e n t o s h e r é d e o s , p u e d e s e r ú d l , j u n t o a l a r e l a c i ó n c o n la iglesia d e los oríge-

n e s p r o p u e s t o p o r la R e f o r m a g r e g o r i a n a , p a r a c o m p r e n d e r e l s i s t e m a d e l a s i m á g e n e s e n las iglesias de O c c i - N l
Pero sobre el p r o b l e m a de l a u b i c a c i ó n d e l o s r e l i e v e s e l d e b a t e h a s i d o l a r g o ; p o r esta r a r ó n , r e e n v í o a

dente cutre 1060 y 1240. aproximadamente. la n o t a 4 2 .

592 ARTE F. H I S T O R I A EN LA E D A D MEDIA III
F i g u r a 6. W î li g e l n u » , M o d e n a , c a t e d r a l d e S a n ( • c i n i n i a n o . f a c h . l ó . )
Anade \ W . piedra. 1009-11(16
Figura 7. Jaca (Aragón), catedral de San Pedro, tímpano de la puerta occidental, cnsinón entre do* leones.
piedra. 1088-1095.
de la iglesia, antes en el claustro, de gran interés: e n el tímpano bajo el pórtico está en d
c e n t r o el erismón ( f i g . 7). es decir, una precisa referencia constan bniana y, p o r tanto, roma-
na; a la izquierda y a la derecha están los leones, y luego C r i s t o , pero también, en la tripar-
tición de la imagen, una alusión a la T r i n i d a d . Si en Jaca, con los capiteles historiados del
i n t e r i o r y del exterior, estamos ante una recuperación de modelos romanos, pero encontra-
dos m foco, exactamente c o m o había sucedido en M ó d e n a o en Saint-Semin en Ibulouse,
nos encontramos ante u n c o m p l e j o problema. A n t e todo, Bcrnardus Gelduinus, que finna y
fecha en 1096 el altar de la iglesia, es también autor de capiteles y de la Porte des Cointcs,
e n el lado sur hacia la c i u d a d . É l , o su taller, realiza el c o n j u n t o de las lastras con relieves que
ahora están encastradas en el d e a m b u l a t o r i o de la iglesia, y que se fechan también en los
años noventa del siglo; cualquiera que fuera su destino o r i g i n a l , sus modelos, en parte mar-
files otomanos, en parte esculturas romanas, también estas imágenes con el Cristo bendi-
ciendo y santos y ángeles, pertenecen a u n c o n j u n t o d o n d e una vez más la devoción a Cristo
y a los santos muestra el sentido que Las tiguras quieren indicar. F.n cuanto a la Puerta Mc-
geville, que norma luiente se fecha, según esquemas evolutivos, hacia M I S pero que tranqui-
Ï- 1 v IAJË, LA 1 M A G L N , |.A ¡IkHEJÍA: I.A 1 k A K S 1 O fi M AC IO S'...
• -MÍ
ligura S , o n ( C o K l l l f l y L e ó n ) , basílica de San Isidoro, Jado meridional, tímpano de la Portada del
historias del Génesis,
< u r d e n » . Agrias Oei y sacrificio de Isaac, piedra, ta 1100.
lanu c p o d r í a s e r . i n t e r i o r p o r e l e v i d e n t e p a r e a d o con la Portada de Platerías en Compos-
icl.i. | . r e s e n t a . e n t r e san P e d r o y S a n t i a g o , Ja iconografía de la Salvación)-déla Res^ccción;
en el t í m p a n o , e n e f e c t o , a p a r e c e C r i s t o ascendiendo al ciclo mientras debajo están los 12
apósti des; c o m o se ha m e n c i o n a d o " - ' , r e t o m a una iconografía palcocnstiana, que contempla a
los an L ; C I C S c o m o s o s t é n d e la figurai m i e n t r a s que la iconografía difundida después será la de
una a s c e n s i ó n a u t ó n o m a d e C r i s t o ; estamos aquí en la puerta en eje con la calle para la du-
dad; d e h e c h o , e l p r i n c i p a l a c c e s o a la iglesia, también a nivel narrativo.
l u í c u a n t o a - M o i s s a c . la c r í t i c a n e n d e cvolucionistainentc a separar el daustro, fechado
e n I 100. d e la p u e r t a e n c u y o t í m p a n o está e l J u i c i o Final, con el Cristo apocalíptico en
m e d i o y d e b a j o l o s a n c i a n o s d e l A p o c a l i p s i s ; el tímpano apoya en el centro en un trumeau
de a n i m a l e s e s p l é n d i d a m e n t e e n t r e l a z a d o s . L a portada, sobre la que Emile Mâle ha escrito
páginas m u y a g u d a s ' , 8
m u e s t r a a los l a d o s , en las esculturas del derrame capialzado, la
avaricia y la l u j u r i a ; a la d e r e c h a , la V i s i t a c i ó n y la Anunciación y, encuna, la Adoración de
los À l a g o s y la h u i d a a E g i p t o c o n u n a re presen ta a ó n de la ciudad retomada de los sarcó-
fagos r o m a n o s p e r o t r a n s f o r m a d a , p o r esas imágenes, en moderna avilas, o mejor, en una
iglesia. P o r c o n s i g u i e n t e , j u i c i o , p e r o a n t e t o d o salvación.
A h o r a p o d e m o s c o n s i d e r a r t a m b i é n , p r e c i s a m e n t e p o r su programática voluntad de
poner j u n t o s e j e m p l o s d e l m u n d o p a l c o c r i s t i a n o , d o s portadas grandiosas -entendidas
c o m o a r c o s d e t r i u n f o d e l t i p o d e l o s q u e h a s t a a h o r a h e m o s c i t a d o - : las de San Isidoro en
León. E n u n a d e e l l a s , l l a m a d a d e l C o r d e r o ( f i g . 8), v e m o s e n el tímpano el Agyius Dei
n e o p a l c o c r i s r j a n o , e n e l c e n t r o , a r r i b a , y , j u s t o d e b a j o , e l sacrificio de Abraham, quien,
con las figuras e s c u l p i d a s a l r e d e d o r , p a r e c e d e v e r d a d una imagen sacada de sarcófagos
antiguos. L a o t r a p u e r t a , l l a m a d a d e l P e r d ó n , t i e n e e n el c e n t r o el Descendimiento de la
cruz; a la i z q u i e r d a , l a A s c e n s i ó n ; a l a d e r e c h a , las M a r í a s e n el sepulcro; asi pues, también
M . D u r l i a t , La Sculpture romane de la route de Snint-Jñeques, cit., p. 40J.
Male, L'art religieux du \ii siècle en France, cit., en concreto en el cap. I ; -Naissance de la sculpture mo-
c
numentale, influence des m a n u s c r i t s » , p p . 1-44. donde analiza el nexo entre minuscnios e imroción de U
imagen del tímpano.
594 A m i i HiiioRi.» IN I.A 1\OAII M e n i A III
Fl V I A J E , LA IHAOtff, LA MtRfJÍA |.A T R A V W OR M A C I Ó N . . . 595

IV\Lv vi Ivi
L I M\m 1] 1
•
F i g u r a 0. C o n q u c * ( F r a n c i a • m r o c c i t l c n t a b . i s l c t i a »1i S a i n t c - I m . n m j u n o >'• l a puertaoccidental.Juicio

F i n a l , u n t a Ra. la m a n o d e I». > la l e l o i a . p i e d r a , 1110-1115. d e t a l l e

en este caso un conjunto estrechamente ligado al mundo tardoanuguo. La organización

de las figuras de los santos esculpidos a los lados, como por lo demás en Saint-Scrnin de
Toulousc, ilustra la presencia de las reliquias en la iglesia y hace entender la función. Fipura lo N i c h o l a u s . V e n i n o , c a t e d r a l d e S a n t a M a n a d e l a . A s u n c i ó n , p o m c o . figura d e R o l d i n .

E n cuanto a Santiago de Compostela, en Platerías, donde se concentran esculturas p i e d r a , ra I I J 5 - I I 4 0 .

que provienen también de la antigua portada norte -con la que se encontraban los pere-
Cribfa Bernardo de Chiraval, y si consideramos, para entender mejor, los conocidos capí te
grinos que venían de Francia-, muestra una iconografía compleja, ligada al análisis de la
ICN de la Madt leine de V é z c l a y - d o n d e trabaja el taller mismo de Cluny. probablemente en
comparación entre Antiguo y Nuevo Testamento, que propone una vez más un diálogo
d segundo decenio del s i g l o - , y s i además consideramos, tres lustros después, ei tímpano
con el mundo de la Antigüedad, evidente en la creación de Eva, en el David con el arpa,
de Saint-Lazare en A u t u n y los capiteles del interior de la iglesia, como en muchas otras
en la columna de mármol blanco con las figuras superpuestas bajo la arcada y en casi
en Borgoña, descubrimos que la iconografía de las puertas se estabilizó. Así, un grandio-
todas las demás escenas, mientras que la figura de Santiago domina el sistema".
so Juicio F i n a l , ahora perdido, caracterizaba a Cluny, como, por lo demás, a Autun;
E n Saint-Foy de Conques, la grandiosa puerta de fachada, que será integrada con las mientras que en Vézclay, e n el interior, se representa, en la portada central, el Descenso
esculturas del pórtico parcialmente recuperadas y expuestas en el interior en el transepto del Espíritu Santo y la conversión de todos los pueblos. De una manera u otra, parece
norte, muestra en el centro el Pantocrátor, a los lados figuras de santos y también a Car- cierto que, en este punto, la iconografía de las iglesias de la Refonna se había estabilizado
lomagno; a la derecha, demonios debajo del Paraíso erigido como una basílica; a la dere- aunque, en cualquier caso, y cito el importantísimo de Nicholaus. estamos ante una si-
cha, abajo, el Infierno visto como desorden; en un campo triangular vemos también a tuación compleja y diferente.
santa Fe, hacia la que tiende la mano de Dios, y que tiene detrás la iglesia misma de
Nicholaus, por tanto, empieza a trabajar probablemente en el taller de YVüigelnio en
Conques, su altar, las cadenas de los milagros (ftg. 9). Estamos ante un conjunto que
Crcmona y después en la catedral de Píaccnza, pero, antes, había esculpid» la puerta del
podría ser fechado alrededor del primer decenio del siglo xu o adelantarlo, como mucho,
zodiaco en lo Sacra di S a n M i c h e l c en Val di Susa, continuando después, hacia mediados
al inicio del segundo, teniendo en cuenta también la cronología del claustro, tal vez de
del legando decenio del siglo x u , en la Santa Eufemia en Piaccnza. Luego, tralwja en la
finales del siglo xi, y en cualquier caso edificado antes de la muerte del abad Begonc
catedral de Pariría, entre e l segundo decenio y los inicios del tercero y, por lílumo, en d
(110"), claustro del que sólo se conserva un lado .
San Zcno de V e r o n a , en la catedral de Vcrona, en la catedral de Ferrara; este último es
Si ahora volvemos brevemente a Borgoña y consideramos cómo debía de ser el claus- un edificio en c i n c o naves y, por consiguiente, se puede interpretar como imitación di-
tro de Cluny, ahora destruido, riquísimo en esos capiteles historiados contra los que cs- recta de las basílicas romanas. E n cualquier caso, parece que es Nicholaus" quien intro- 6

duce en la iconografía occidental, como por lo demás el taller de Wiligelmo en Modcna,

M
P a r a la r e c o n s ü u c c i ó n del c o n j u n t o véanse, a d e m á s de Vielliard, Le Guide du piten», C Í L , l a s r c c i c m c s
investilaciones recogidas en M . N ü n c z Rodriguen (cd.). Santiago, ctz.
A . C . Q u i n t a v a l l c , - N i c c o l ò a r c h i t e t t o » , e n A . M . R o m a n i n i ( e d . ) . Nuvolame l'arte delsuo tempo. Atti del
" S e g ú n o t r a s c r o n o l o g í a s , p o r e j e m p l o las d e D u r h a i , La Sculpture romane de la reate de Saint-Jatquei, cil.,
mainano intemazionale di studi ( F e r r a r a , 2 1 - 2 4 d e s e p t i e m b r e d e 1 9 8 1 ) , F e r r a r a , 1 9 8 5 , p p 1 6 9 - 2 5 6 , il. •»
p p . 4 4 2 - 4 4 4 , ta f e c h a d e l a p u e r t a se d e b e r í a p o s p o n e r a 1140.
gehuoy Matilde, c i t . ; C . V a l e n t i n o , La basilica di San Zeno in Verona, V i c e n z a , 1 9 9 3 .
596 ARTE I HISTORIA E N LA ÜIJAU MEDIA III
El Vi Afe, L A I M AftaM a L A H * R E J U : L A 1 R A S'S I U H » AC I ó S . 597

el r e l a t o d e las cbansons de geste y e l d e l p o d e r e n las c i u d a d e s d e s p u é s d e la m u e r t e de

también j u r í c l i c a m c n i : >. l a v u e l t a a l o s o r í g e n e s p a l c o * risrianos quiere decir, en la práctica,
M a t i l d e de Canossa 8
; p r u e b a d e e l l o es la p r e s e n c i a de las d o s e s c u l t u r a s de R o l d a n (riir.
c s t a b l c c e r q u e e l i n o . Ii l o b a s í l i c a ! , c u a l q u i e r a q u e s:.. ¡. soportes y las cubiertas, hay que
10) y U l m é n e n e l p ó r t i c o d e la c a t e d r a l v e r o n e s a , q u e se r e m o n t a n a linales d e los años
c o n s i d e r a r l o c o r n o la s t r u c t u r a d e referencia en f ) d nte. -Así, si para los historiadores
t r e i n t a , c o m o c o n f i r m a la i m a g e n d e T e o d o r i c o e n San Z e m m , la V i r g e n e n la catedral o
de la a r q u i t e c t u r a , u n i c o l u m n a , u n a p i l a s t r a c t l f l d i idH C6fl semicolumnas adosadas, una
san J o r g e e n F e r r a r a . T o d o e s t o n o s h a c e c o m p r e n d e r , ¡ u n t o a m u c h a s o t r a s obras de la
pilastra c o m p u e s t a , 11 r e c e n s i s t e m a s q u e h a y q u e - «i o d i a r e n términos evolutivos y, por
esfera d e N i c h o l a u s r e p a r t i d a s p o r e l n o r t e y c e n t r o de I t a l i a ' \ q u e una nueva i m a g e n de
u n t o , e n S u c e s i ó n e n m o l ó g i c a y , p o r a ñ a d i d u r a , i i< Je parentelas regionales o quizá
la p u e r t a , c o m o e s c e n a r i o d o n d e se p r o y e c t a n e n c l a v e c r i s t i a n a las f u n c i o n e s urbanas ya
supranacion l i s , p . >r I c o n t r a r í o , p a r a a q u e l l o s q u e v i a j a n , c o m o para quienes encargan
nacidas c o n los conniví l i b r e s , s i r v e para c o m u n i c a r n u e v o s m o d e l o s a los fide/es.
la a r q u i t e c t o - i , l a p i l a s t r a t i e n e s i e m p r e e l m i s m o v a l o r s i m b ó l i c o : base, los pies; fuste, el
P o r l o t a n t o , e n e l i n t e r v a l o d e p o c o m á s d e t r e i n t a a ñ o s - s a b . • N i c h o l a u s , que va más cuerpo; c a p ; - I, Ja C.IIM /a; e í c o n j u n t o es, p u e s , f i g u r a d e los apóstoles, o de los padres de
allá d e este l í m i t e y l l e g a c o n su a c t i v i d a d c o m o a r q u i t e c t o y. est u l t o r hasta 114U '. apro- y<
la Iglesia, q t r a d e h >s s a n t o s e n r e l a c i ó n , e n c u a n t o r e p r e s e n t a d o e n el capitel mismo si es
x i m a d a m e n t e - , la r e v o l u c i ó n i c o n o g r á f i c a p r o m o v i d a p o r la Iglesia de R o m a intenta su- narraovoy i c o r n i l i < A s í , l o s t e x t o s a y u d a n a c o m p r e n d e r , c o m o se ha indicado para las
g e r i r a l o s fieles q u e la I g l e s i a r e p r e s e n t a e n la t i e r r a la ú n i c a m e d i a c i ó n posible con lo cubiertas, q - n o i m p o r t a q u e s e a n p l a n a s o d e b ó v e d a p o r q u e son consideradas cotlum,
c l i v i n o y . p o r c o n s i g u i e n t e , c o n la s a l v a c i ó n ; la Iglesia m i s m a adapta a d e m á s la propia quiza p i n t a , c o n e s t r e l l a s o c o n r o s e t o n e s e s c u l p i d o s , considerados igualmente estrellas,
i m a g e n y , p o r l o t a n t o , l o s c i c l o s e s c u l p i d o s , a cada l u g a r ; p o r esta razón están siempre ° c o m o se t ¡ e n d e pt >r e l a n á l i s i s d e l a s t o r r e s e n la fachada, o en el crucero o en los
p r e s e n t e s las figuras d e l o s s a n t o s t i t u l a r e s d e las iglesias de los cuales, e n e l i n t e r i o r , se «anseptos, • hoy nos parecen m u y d i s t a n t e s d e la disposición de las basílicas romanas
e n c u e n t r a n las r e l i q u i a s , y e s t á n s i e m p r e p r e s e n t e s sistemas d e n a r r a c i ó n m u y complejos pero q u e e n ; m e s se c o n s i d e r a b a n e q u i v a l e n t e s . P o r esto la unidad del cristianismo occi-
q u e se r e l a c i o n a n c o n u n a r e n o v a d a d e c o r a c i ó n . Esas l á m p a r a s e n c í r c u l o , grandiosos oental n o es . . n a u n i d a d f o r m a l , e s t i l í s t i c a d i r í a n a l g u n o s , e n t r e las iglesias en los cantólos
s i s t e m a s d e l u x c o n c e b i d o s c o m o s i m b ó l i c o s , t o r r e a d a s c i u d a d e s suspendidas sobre los c p e r e g r i n a , i o n - c o n l a i n a c e p t a b l e e x c l u s i ó n d e C l u n y , q u e es, en cambio, un importan-
a l t a r e s , y c o n t r a las c u a l e s a r r e m e t í a B e r n a r d o d e C l a r a v a l , esas estarnas recubiertas de o r o e p u n t o d e l l e g a d a y d e d e s a r r o l l o s p o s t e r i o r e s - , s i n o q u e es u n sistema mucho más
y p i e d r a s p r e c i o s a s , esos c a n d e l a b r o s de b r o n c e d e c o r a d o s c o n piedras preciosas y altos c o m p l e j o q u e f u n c i o n a d e s d e M o n t e c a s s i n o , d e s d e C a m p a n i a , desde Roma, desde Pisa;
c o m o á r b o l e s , esos c a p i t e l e s e s c u l p i d o s q u e a h o r a ya n o v e m o s e n C l u n y s i n o d e n t r o de la m
c uye S a i n t - S e r m n y C o m p o s t e l a , C o n q u e s y m u c h o s edificios en el septentrión italia-
i g l e s i a d e V é z e l a y , o e n A u t u n , o e n t a n t o s o t r o s e d i f i c i o s r e l i g i o s o s , m o n a s t e r i o s e iglesias n o . c o m o las c a t e d r a l e s d e M ó d e n a , C r e m o n a , P a n n a , Piaccnza, Ferrara, y otros mudios
s e c u l a r e s d e B o r g o ñ a , y d e F r a n c i a , y E s p a ñ a y d e l O c c i d e n t e c r i s t i a n o , son una progra- C
'! I C
' o s m e t a ( , e
P ^ r c L r r i n a c i o n e s o c c i d e n t a l e s c o m o San N i c o l á s de Bari. En conclusión,
m a d a e n c i c l o p e d i a d e l A n t i g u o y N u e v o T e s t a m e n t o , y s o n la trasposición de los bestia- * c i c n l e e r l o s m o n u m e n t o s e n la ó p t i c a d e u n c o n t e x t o histórico de sus destinatarios,
rios y d e sus s i m b o l o g í a s e n la p i e d r a , e n l o s m e t a l e s , e n las p á g i n a s m i n i a d a s . Tenía razón 0 0 C n
' a
° " p ° l ó g i c a d e l o s m o d e r n o s e s t u d i o s o s o , a l m e n o s , n o sólo en esa. Se confirma,
P e d r o e l V e n e r a b l e , a b a d d e C l u n y . e n d e f e n d e r esas i m á g e n e s : su función era didascálica. por c o n s i g u i e n t e , l a h i p ó t e s i s d e q u e f u e r a la I g l e s i a , q u e p r o p o m a el modelo basújcal, la
v t a m b i é n e n d e f e n d e r a l g o q u e e n c o n t r a b a p e r f e c t a c o r r e s p o n d e n c i a e n la c u l t u r a cister- que s u g i r i e r a l a r e l a c i ó n c o n l o a n t i g u o p a r a d i f u n d i r u n n u e v o género de figuración, en
c i e n s c d e B e r n a r d o , c o m o la p r o p o r c i ó n , las r e l a c i o n e s p e r f e c t a s , la correspondencia en- n c i o n a n r i h e r e j e , u n a i c o n o g r a f í a t r a n s c r i t a c o n estilos que deben diferenciarse de los
t r e m ú s i c a y n ú m e r o s ; e n s u m a , la idea d e l n ú m e r o c o m o v a l o r s i m b ó l i c o que determina precedentes p o r q u e se p r o p o n e n n u e v o s c o n t e n i d o s .
las r e l a c i o n e s e n t r e las e s t r u c t u r a s c o n s t r u i d a s e n C l u n y p e r o t a m b i é n e n CTicaux. Por
o t r o l a d o , P e d r o e l V e n e r a b l e s ó l o p o d í a d e f e n d e r o t r o m o d e l o p r o m o v i d o e n t o d o Occi- So o a s í se e n t i e n d e n l a s r e f e r e n c i a s a l o a n t i g u o d e V V i l i g e l m o , las del rímpanoolos
d e n t e p o r la I g l e s i a d e R o m a , la e l e c c i ó n d e e s c u l p i r i m á g e n e s evocadoras de lo andguo, espite es d e J a c a , l a s d e C o m p o s t e l a o S a i n t - S c m i n d e T b u l o u s e , y muchísimas más repar-
m e j o r d i c h o , d e la T a r d o a n t i g i i e d a d p a l e o c r i s t i a n a . A f i r m a r , c o m o hacen los pontífices as u n p o c o p o r t o d a s p a r t e s e n l a s i g l e s i a s m a y o r e s , p e r o n o sólo, también en las meno-
q u e p r o p u g n a n la r e f o r m a d e las c o s t u m b r e s de la I g l e s i a y su a u t o n o m í a d e l I m p e r i o ya res, s i n c o n t a r , además, las funcionales r e u t i l i z a c i o n e s de piedras romanas, también
a n t e s de G r e g o r i o \ H ( p e r o c o n este p o n t í f i c e d e m a n e r a m á s o r g á n i c a y estructurada esculpidas; c u a n d o l o s m o d e l o s n o s o n t a r d o a n r i g u o s , entonces interviene la relación con
a c u l t u r a o t o m a n a , c o m o a l g u n a v e z e n l a s c o m p o s i c i o n e s de conjunto de los grandes
tímpanos c n B o r g o ñ a , q u e e n a q u e l e n t o n c e s e s t a b a u n i d a al I m p e r i o . Por consiguiente,
" C h . V. Bomstein. Portáis and Polines in the Eariy lialian City-Siate: the Sailpture of\'iebo¿aus w Cenlert,
T w p o l é m i c a d e B e r n a r d o c o n t r a P e d r o e l V e n e r a b l e c, mcUrectainente, contra Sugerse
Parma, 1988. debe i n s e r t a r e n u n c o n t e x t o h i s t ó r i c o m á s v a s t o . S u g e r , a su vez, desplazaba fuertemen-
* Pienso en esculturas y en la arquitectura misma de Santa María b Mayor en Bergamo, apane de DM te, en s e n t i d o n e o p l a t ó n i c o , l a e l e c c i ó n d e las i m á g e n e s e n Saint-Denis previendo, con
puerta del Museo Nazionale de Rávena y en algunas otras piezas en el Musco de San Ciríaco de Ancona; solve M g r a n d i o s a s v i d r i e r a s , u n a p r o g r a m a d a i d e n t i d a d e n t r e l u z divina y transparencia pin-
el problema véase Qumiavallc, Wiligthno y Matilde, cu.; id., - Ritualità c strutture dell'arredo fra xi e xnt seco- tada de las f i g u r a s r e p r e s e n t a d a s en el v i d r i o 9 0
y c o n s t r u y e n d o , a través de las vidrieras,
lo: novità sull'officina di Niccolò a Fano ed Ancona e su quella antelamica in Puglia», en id. (ed.), Medioevo: i
modelli. Atti del Convegno Internazionale di Studi (Parma, 27 de scptiembrc-1 de octubre de 1999), Milán, 2002.
pp. 108-136. * Véase L . G r o d e c k i , Le Vitrail rornan, F r i burgo-París, 1977; E. Castebuiovo, l'etrwte raediecalt Offiane,
id.. Siccolo architetto, O L
99 teanehe, niaestn, Turín. 1994.
598 A . B T I . H H T O I I » E N L A K D * D M i D M I I I KL VI AJ>| LA IMAGEN. LA IILkf.jfA L A f V A N S I O I WAC I O N . . 599

u n n u e v o g é n e r o d e r e l a t o . T a m b i é n S u g e r , e n las p u e r t a s o c c i d e n t a l e s de Saint-Dcms, narrativa c o n f u n c i ó n m t i c á t a r a , a u n q u e e n la m e m o r i a , c i e r t a m e n t e ririsima entonces,

u n e t o d a v í a sus o p c i o n e s a !a c u l t u r a d e la R e f o r m a , s e g ú n los m o d e l o s s i m b ó l i c o s que \ .\ de la h e r e j í a d e P i e r r c d e B r u y s . E n t r e o t r a s c o s a s , s ó l o c o n u n a función anticátara de bs
h e m o s e x a m i n a d o a lo l a r g o de los c a m i n o s del viaje, Sobn n i d o hacia C l u n y . pero tam- i m á g e n e s s e e x p l i c a la d i f u s i ó n d e l a m i s m a i c o n o g r a b ' ú d e Saint-GÜIes en Beaucaire, en
bién hacia C o m p o s t e l a . Módena. e n fosean:!

E s t e g r a n d e b a t e s o b r e e l u s o d e la i m a g e n e n la Iglesia de R o m a y e n el Occidente C o m p r e n d e r c ó n n i <s q u e , d e r e p e n t e , c a m b i a u n a i c o n o g r a f í a es e l problema histó-

c r i s t i a n o (es d i f e r e n t e e l s i s t e m a b i z a n t i n o f u e r t e m e n t e c e n t l al i z a d o ) plantea a Bernardo rico q u e h a y q u e r e s o l \ c r . 1 I a s t a a h o r a la d i f u s i ó n d e la i m a g e n de la Crurifixión se había
u n p r o b l e m a f r e n t e a la ya n e c e s a r i a , e n o r m e , d i f u s i ó n de las i m á g e n e s : e l de la posible l i m i t a d o , p o r e j e m p l o , a l t í m p a n o d e l P e r d ó n e n S a n I s i d o r o de L e ó n o al de San Zcnón
v e n e r a c i ó n d e las i m á g e n e s m i s m a s c o m o si f u e r a n s u s t i t u í i\ de l o d i v i n o ; asi. si .inte a deVerona. A h o r a la ' uiciríxiónyla c r u z s e c o n v i e n e n e n u n tema dominante; las reen-
la r i q u e z a d e las iglesias e l t n o n i e p i d e u n a v u e l t a a la p o b r e / a de l o s o r í g e n e s , p o r lo que c o n t r a m o s e n S a i n t - < r i f l e s * e n l a l u n e t a m e d i a n a e s c u l p i d a ; de n u e v o las volvemos a en-
c o n c i e r n e a las i m á g e n e s , casi r e t o m a n d o las v i e j a s tesis d . < l U - g n r i u M a g n o contra los c o n t r a r e n la u ñ e t a o e s t e d e l b a p t i s t e r i o d e B e n e d e n o A n t e l a m l e o Parma; con el primer
idoLi p a g a n o s , s u g i e r e u n a t o t a l e x c l u s i ó n , e n p r á c t i c a h a c i e n d o suya la p r i m e r a imposta- monumento stariamos <» i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e l o s a ñ o s cuarenta o en los años
c i ó n d e la fase i n i c i a l d e la R e f o r m a g r e g o r i a n a , al m e n o s p a r a los g r a n d e s sistemas de la cincuenta d ^ i t r i o x n " ; c o n e l s e g u n d o , e s t a m o s e n t r e 1196 y 1216. E n t r e estas dos fe-
e s c u l t u r a m o n u m e n t a l , es d e c i r , i n s e r t a e n las a r q u i t e c t u r a s , [ U T O t a m b i é n para algunos chas se s i t ú a i i l u c h o s o t r o s c o n j u n t o s , p e r o a h o r a d e b e r n o s i n t e n t a r comprender de qué
a s p e c t o s d e las a r t e s s u n t u a r i a s , e n e s p e c i a l , los m a n u s c r i t o s . sistemas se i . can.

Para o f r v i .i | o s rieles u n a i m a g e n i n m e d i a t a e i m p r e s i o n a n t e , se debe transformar

L a Ultima Cena y la cruz: las figuras contra los cataros
P a r e c e q u e el s i s t e m a d e las i m á g e n e s e n O c c i d e n t e se e s t a b i l i z ó a l r e d e d o r de los años
t r e i n t a y c u a r e n t a d e l s i g l o x n . p e r o a l g o c a m b i a t o d a v í a , a l g o q u e . u n a vez más. impone
a la I g l e s i a de R o m a p r o g r a m a r u n a d i d á c t i c a d i f e r e n t e a t r a v é s de las representaciones.
N o h a y d u d a d e q u e se t r a t a d e u n a o p e r a c i ó n p r o g r a m á t i c a d i c t a d a p o r una voluntad
p r e c i s a , t a m b i é n p o r q u e j u s t a m e n t e e n este m o m e n t o a l g u n o s t a l l e r e s que introducen
esta i c o n o g r a f í a d i f e r e n t e se d i f u n d e n r á p i d a m e n t e e n r e g i o n e s e n t e r a s , y luego, y sobre
t o d o , p o r q u e e n e l a r c o d e p o c o s d e c e n i o s g r a n p a r t e d e l o q u e h a b í a sido representado
a n t e s c a m b i a y se i n t r o d u c e n n u e v o s t e m a s , n u e v o s a s u n t o s . P e r o - p o r qué?
I n t e n t e m o s r e f l e x i o n a r s o b r e a q u e l l o q u e p u d o h a b e r d e t e r m i n a d o t a n profunda re-
v o l u c i ó n ; esa q u e , p o r e j e m p l o , l l e v a a r e a l i z a r la f a c h a d a de S a i n t - G i l l e s , o la de Beau-
•j p u e r t a , e n l.i f a c h a d a o a u n l a d o d e la i g l e s i a , e n u n m a n i f i e s t o d i r i g i d o a los fieles; en
n e c t o , la p u , i t a , s e g ú n la s i m b o l o g í a d e l a s e n c i c l o p e d i a s y de los textos medievales
j«ritenipor.iiL-os, es C r i s t o y , a la v e z , l a e n t r a d a a la J e r u s a l é n celestial, es decir, a la
p e n a . E n la p u e r t a l a r e o r g a n i z a c i ó n d e l s i s t e m a d e l r e l a t o es i m p o r t a n t e y comprende,
m
» v p r o n t o , u n a c o m p a r a c i ó n e n t r e e l J u i c i o P i ñ a l , s i g n o d e l final de los tiempos, y M e -
j*> J E s t a c i o n e s , q u e s o n e l t i e m p o h u m a n o ; p e r o a q u í se representan también las cons-
e anones, q u e i n t r o d u c e n e l t i e m p o d i v i n o . M u c h o s o t r o s elementos entran en este
sistema q u e . p o r o t r a p a r t e , s e r e e l a b o r a e n e l S e p t e n t r i ó n , e n e l r e i n o de Francia, en
re ación c o n la e s c u e l a n c o p l a t ó n i c a d e C h a r t r e s , e n t r e S a i n t - D e n i s , C h a m e s misma (los
anales occidentales), N o t r e D a m e e n P a r í s , e n la P o n e S a i n t e - A n n e , antes que en otra
Parte . D e s p u é s s e d e b e t r a n s f o r m a r l a d e c o r a c i ó n i n t e r i o r de la iglesia, que es el otro
« t i n e n t o d e s u s t e n t a c i ó n d e l a c o m u n i c a c i ó n a t r a v é s d e las imágenes. Cambia, pues, el
Pu p i t o ; c a m b i a l a c e r c a p r e s b i t e r i a l , e n c u a l q u i e r caso figurada, modificando la decora-
91

non m u e b l e , l o s o b j e t o s d e a r t e s u n t u a r i o , c o m o l o s r e l i c a r i o s , y también cambian la

caire"- e n t é r m i n o s m u v d i f e r e n t e s a l o q u e hasta e n t o n c e s se h a b í a c o n s i d e r a d o una fa-
chada r o m á n i c a ; la m i s m a r e v o l u c i ó n d e m o d e l o s d e t e r m i n a la difusión e n el norte
i t a l i a n o d e l o s mtigistri c a m p i o n e s e s desde G e n o v a a P a r m a , desde M i l á n a Módena, pero
t a m b i é n desde V e n e c i a a T r a ú ( T r o g i r ) . e n la a c t u a l C r o a c i a .
V o l v a m o s a las r a z o n e s d e l c a m b i o d e m o d e l o s n a r r a t i v o s . A n t e s q u e nada se debe
o b s e r v a r q u e , e n su c o n j u n t o , la h e r e j í a d e P i e r r c de B r u y s p r o p o n e m u c h a s de las nega-
c i o n e s , d e l o s r e c h a z o s q u e s e r á n d e s p u é s d e l o s c a u r o s , e m p e z a n d o p o r la Iglesia de
R o m a c o m o e s t r u c t u r a y p o r sus s a c r a m e n t o s , y la c r u z es r e p u d i a d a t a n t o p o r unos
c o m o p o r o t r o s . P o r esta r a z ó n es p l a u s i b l e f e c h a r la fachada de S a i n t - G i l l e s alrededor o
p o c o a n t e s d e la m i t a d d e l s i g l o , p e r o a c o n d i c i ó n d e i n t e r p r e t a r l a c o m o u n a máquina
pinturas d e l i n t e r i o r y l a s v i d r i e r a s .
Estos n u e v o s c o m p l e j o s s i s t e m a s d e i m á g e n e s s o n la respuesta a una herejía que se va
• f u n d i e n d o r á p i d a m e n t e e n O c c i d e n t e , d e s d e D a l m a c i a a la Italia septentrional y cen-
tra a P r o v e n z a , a A q u i t a n i a y a o t r a s t i e r r a s m á s : la h e r e j í a catara. L o s cataros rechazan
•i a Iglesia e n s u c o n j u n t o p o r e s t a r c o r r u p t a y , p o r t a n t o , e n pecado; así, la Iglesia de
Roma d e b e d e m o s t r a r q u e n o e s s i n a g o g a , q u e n o es l u g a r d e m o n i a c o . La iglesia, pues,
debe d e m o s t r a r q u e e s e l l u g a r d e r e f e r e n c i a d e l o s fieles y, p o r consiguiente, la intérpre-
te en r e l a c i ó n c o n l o d i v i n o , c o n l a s o r a c i o n e s y c o n las obras de los fieles mismos. Los

m W S. S t o d d a r d , The Faénele ofSaint-Gilles-du-Gard. ItsInfluente on Frene!, Scalpitar, Middletown Conn.,

*" S o b r e l a r e l a c i ó n e n t r e las h e r e j í a s y la i n v e n c i ó n d e i m á g e n e s v é a s e , e n g e n e r a l . A - C . Q u i n t a t a l l e , - L e

i m m a g i n i c o n t r o le eresie: i t e m p i delle l i g u r e n e l m e d i o e v o d ' O c c i d e n t e - , e n Medioevo. Il lempo degli antichi. " Véase W . S a u c r l á n d e r , « S c u l p t u r c o n E a r l y G o d i i c C h u r c h e s : T h e S i a t e of Research and O p e o Quts-

Atti del Comegno Internazionale di Studi (Parma. 25-29 de septiembre de 2003). u « n s - , O r n a I X ( 1 9 7 0 ) . p p . 3 2 - 4 8 ; ìel.. « D a l G o t i c o e u r o p e o i n I t a l i a al G o t i c o italiano in E u r o p a - , e n V Pace

**' S e p e n s ó q u e l a f a c h a d a d e B e a u c a i r c m o s t r a b a e n o r i g e n c i f r i s o a h o r a t a p i a d o e n c i l a t e r a l ; o í r o s han > M Bagnoli (eds.), // Gotico europeo m Italia. Ñápales. 1 9 9 4 , p p . 8-21; Quimavalle, Benedetto AnteUtm, M i U n ,
m a n t e n i d o que el friso d e B e a u c a i r e e r a u n c e r c a d o del presbiterio. IWü; id.. Il Battistero di Panna. Il neh r la terra. P a r m a . 1 9 8 9 .
 hMtn r HISTORIA FN u FD*O MFDII I I I I . I * I H A C l N j LA HEREJÍA: 1.A I Z.\ S S r O R M A C I Ó N . . . 601

cataros rechazan los sacramentos, la eucaristía, pero también bautismo, la extreman"

11

de Chanres más q u e I e s q u e m a s p r o venza les . I 97

ierra de Antelami era un sistema
ción, y dividen a sus adeptos en puros y todo el resto, prohibí» rulo también la unión s i -
cnmpleiocon u n J u i c i o I i n a l e n e l c e n t r o , entre ¡o o símbolos es-angélicos; en on-
m a l y sugiriendo vivir de la candad. Iixlo lo que sabemos oV loa cataros viene narui..
mente, en pane, de sus tc\tos' : en pane, de los registros r
,%
interrogatorios tic l'»s pen situada e n la fectl - la d e la c a t e d r a l de Parma. ti |oe se quitará, quizá, hacia 1280.
procesos en los «pie aparecen condenados por herejía, pero • úJtiaMa son. evidenii - cuando otras maestra- /.is e n m p i o n e s e s vuelvan . mizar la fachada de la catedral;
mente, testimonios partidarios. Es cieno que la repennna di ti. i<»n de las imágenes de la además del J u i c i o , esl . m r e p r e s e n t a d o s los Mese ' ..ño, superpuestos en dosfilasen
U l t i m a Cena, de la Crucifixión, del Lavatono. como signo d> humildad de los religuéis detviafe i z q u i e r d o j r u c h o , y t a m b i é n las Estacn. Salomón y Saba, dos Angeles
y, por lo tanto, de la Iglesia, de las imágenes de Mana en el le lio «le muerte, en la asun- Pues bien, C l p u e r t a q u e p r o b a b l e m e n t e queda n ..tada entre I2IO-I2I5 y los años
ción, o presentada al lado del Eterno en el Juicio Final v. p» >i 1 1 nsígUtente, como medu- sesenta y sci n . i , y t l i j os f r a g m e n t o s se incluyen después dentro y fuera del haposte-
dora entre Dios y los hombres, peniute entender que el courio DtC impuso un proyecto no"". sirve d. scuéla • n e l s e p t e n t r i ó n i t a l i a n o y e n Dalmacia. Se copia en Fidcnza;en la
narrativo común, suginendo los nuevos temas en los tallerc- de los escultores, joyeros, catedral de < m o n a . 11< m d e l o s M e s e s están en una larga franja continua todavía conser-
pintores, para combatir la difusión de la herejía. vada, y vueh , m o n t a r e n u n a p u e r t a más grande; en la catedral de Ferrara, donde los
Meses, sin ei «argo, e s t á n d e n t r o " " d e la arquivolta y en los esviajes; en la parroquia de
Santa María \re//<., d o n d e l o s Meses están también en la arquivolta; en San Marcos
eaVenccia. , ...ic s i g u e n e s t a n d o e n la arquivolta y donde trahaja un m ^ " ^ ^ " 0 r c , a o n

do con Rad. . n . q u i e n , a s u vez, esculpe la puena de Trogir (Traú) hacia 1240 . E l

cambio no s, | b e s o l o a la i n c l u s i ó n e n las antiguas iglesias de las grandes puertas del
e

'mal o del p . . c i p i . . . s i n o t a m b i é n al c a m b i o de la decoración interior, completamente

diferente de i q u e b a h í a a p r i n c i p i o s d e l siglo x u . Por lo tanto, parece evidente que,
entre 1160, a p r o x i m a d a m e n t e , y e l i n i c i o del siglo siguiente, una revolución caractcria
J la escultura del s e p t e n t r i ó n i t a l i a n o y , especialmente, la decoración intenor de las igle-
* * • U n tallci .le magistri e s c u l p i ó también, en Genova, la imponente puerta de San
Lorenzo, que a s i m i s m o h a y q u e a t r i b u i r a maestranzas de Antelami. magtstn " <* " n0

Figura 11. ßcaucairc (Languedoc:). iglesia de Notre-Danie-dcs-Pommicrs. kttfe I|lllllllllllll1frisocon

"limados A n t e l a m i ; e n o t r o s lugares, campioneses, un taller que ilustra t
escenas de la Pasión. Chima Cena, piedra, ta 11 SO

Entre muchos podemos poner aquí pocos ejemplos. Kn Saint-Gilíes, quizá poco
antes de 11 50, se elaboró un modelo antiherc|e'"'; de hecho, la L'lorna Cena de un dintel
y la del friso de Beaueaire (fig. 11) son una indicación muy precisa en este senndo; con- r*Aa dcllAnr tl!d¡rZ7j "''\ a
l'l u^' "' d
' P a r m
** CJC; ;./. tul- voce «Anccllfni, EteDcdefto-, en Lr.-l-
firman, en efecto, el sacramento de la Eucaristía; también otras escenas son importan- una eipcncnaa iiuaaJ de Bcncdrno
tes: el lavatorio. Cristo en la columna, Cristo con la cruz a cuestas. En cuanto al Cruci- >bbnraeión en el clausrro ,1
tr
ú&Ltl ^ P r o v C n
' formación en Provenza, e incluso para una
i , : a f a v o r d e

fijo del tímpano medio, más allá de las modificaciones más tardías, hay que subrayar su "'detto dmtUm lane del ' * r " '™ , | , l , i m e d
- mostraba, en cambio. C. de Franrovich en su Be-
c A r l c s s c

presencia porque la cruz es la que niega Pierre de Bruys; es la que Picrre de Bruys
W
W b n d c r . ..Beneden. "A V' M , , a n F
* o r c n c i 3
- ' » « ¡ *>brc cstr problema, rranic. adema*, los teatus de
' * Banarero di />„„„„ T u r i n l^ t ™ M i n c 1 0
Cnüco
"' C TC Fn
*"» N* Benedem Antetan,,
quemaba y la que los cataros aborrecieron, mientras que la sinagoga que se cae en el • niicrao del Un,.,..... miad i i P P
" ° ' 'S
• " ' vedri ogni eame la salvezza di Dio-. le sculture
i ^ on, E

tímpano de la derecha parece simbolizar la anti-Iglesia, contra la que la Iglesia onodoxa '^•199J, ' benedetto Antetami.ctí.pp. 109-144. y Battistero di Parma, ! «ib-, Aliün,
quiere combatir. **I*I con'
luí la iconografía que se va constituyendo, parece importante, para el none de Italia >• "» pane, ahora aOrCftdo«VÉl! " " » ° 'o* Signos xodiaeales. en un tiempo unido» a kn Mese*
d f l r n , a d a s c o

y para Dalmacia, el sistema de las puertas, propuesto de nuevo por Bcncdctto Antelami,
w
" r está «I tímpano de la ° Pernera logia intenor del baptisterio, onodo en et nicho sobre d
p i a d o s b a , , a

«'tunaban la . f^ron tLnT!l

p u t r l < 1 ^ *" Y » cuatro símbolos evangélicos los angeles ave
P t n c r i , o r ! í

de modelos góticos de los talleres de Ile-dc-France, procedente de la puerta occidental '» filudo los Meses <•„ I P ' o * . en cambio, en los cascarono alisidales del baptisienf.; rctierirtmcnte se
a nd

" A C Qumtav.ll" ° ' ^ P 'cubicados .baio.

J g i a o d r í a n

tím.ddrAjmunc.ay.ione 7 T p ' " « C™><* ¿Arte a. s., XV (1068-1996), 61-78, ¿í,-II tnonfi-
n m c d l c v a | ,
p p

** Sobre los diverso* rituale» calants veasc R Za m bon (ed.). La cena segieta. Trattali e rinati talari. Mila». "onnoa, 1969. . | " 4 5 . ,p p » « "^1 D a e m d. Panna-, en id. Rom***,poda**, endudtladente.
P a m o c r a I

1997; R. Nelli, iùntura eatharet. nuora edizione, ed. A. Bremm. Munteli, 1994; C Volpe, Movimenti rehgum i
lette tremali nella loeietà medievale italiana. rlorcnua, 1926; R. Minsclli. L'ereaa del male. Nipoles. 1963. Para •tOO (ed.), Stori* ^ / S T ^ T ! . " ' ' ' A C Q u i m i l v a l i c
- " I ' ponale della "Pnrousia" e la lona anúcatara-, en R. Po-
una sintesi* sobre eì tema de b hcrriu), véase también Hérésies et sociétés dans l'Europe pre-industrielle Comrnuni-
tatiom et débats do CoJUfue de Royaumont (27-30 de ouyo de 1962). Paris, 1968.
ll-M de octubre «le 1994, "Cuele"'' A l u d r l
Convegno htemainmalt di Studi fVcneria.

**Quintaval|c. Le immagini contro le erene, cu. "m^^^F* 1 m i n t C r V c n c , o n e ,

Posteriore, que „0 cambian, en cualquier caso, d «nodo dc i .
 AíTF t H l t l O I I I I N I t El»»D M l l < l < H I
•¿mí
•igura 12. Saint-Cui
-Ic-Dèscn iLangucdocl. abadu de Saint-Cìuilhctn. ábside derecha, aliar om
Maicstas Uomini \ Crucitivion. n u n n o l . ni. 1180.
ponti/e d e m á r m o l d e la c a t e d r a l . L a c r o n o l o g í a d e l m o n u m e n t o - es, de cualquier ma-
1 0
n e r a , s i g n i f i c a t i v a , p o r q u e se sitúa e n u n m o m e n t o de g r a v e crisis de la Iglesia. También
e l p a r a p e t o d e m á r m o l de M ó d e n a r e p r e s e n t a , c o m o e n la fachada d e S a i n t - G i l l c s y en
e l friso d e B e a u c a i r e . la P a s i ó n : d e s d e la U l n m a C e n a a l l a v a t o r i o , a C r i s t o ante Pilatns.
a C r i s t o c o n la c r u z a cuestas, a la q u e d e b í a de s e g u i r , a u n q u e p r o b a b l e m e n t e se perdió,
t a m b i é n u n a i m a g e n d e la C r u c i f i x i ó n . E n P a n n a , el p u l p i t o de B e n e d e t t o Antelami en
la c a i e d r a ! , d e l q u e q u e d a e l r e l i e v e c o n la C r u c i f í \ i ó n y e l m u y d a ñ a d o j u i c i o F i n a l , debía
d e i n c l u i r t a m b i é n la U l t i m a C e n a ; e n c u a l q u i e r caso, la i m p o r t a n c i a que A n t e l a m i da a
la c r u z , t a n t o e n e l b a p t i s t e r i o —en e l tímpano o e s t e , c o n la r e s u r r e c c i ó n de los muertos-
c o m o e n la c a t e d r a l - c o n e l D e s c e n d i m i e n t o - , hace d e ella el t e m a que sustenta una
i c o n o g r a f í a n o u s u a l . E n S a i n t - G u i l h e m - l e - D é s c r t , u n a l t a r de m á r m o l ( f i g . 12)'
figuras s e ñ a l a d a s c o n c o n t o r n o s n e g r o s p a r e c e i n d i c a r , c o n la i m a g e n de la Crucifixión y
la d e l P a i i t o c r á t o r . u n d i s c u r s o c o n s e n t i d o m u y p r e c i s o de C r i s t o y d e l J u i c i o Final; ad-
v i é r t a s e , a d e m á s , q u e s e g u r a m e n t e e l a l t a r n o se r e a l i z ó e n e l á m b i t o local, sino que es
p r o b a b l e q u e p r o v e n g a , p r e c i s a m e n t e , de los t a l l e r e s de A n t e l a m i y se fecha hacia el
noveno decenio del siglo x u .
Se pudría c o n t i n u a r analizando la iconografía de muchas piezas campionesas en el Sep-
tentrión, desde G e n o v a a .Milán, que han sobrevivido a las destrucciones y violaciones so-
bre t o d o de C o n trarre f o n n a. Si la geografía de la difusión de estos temas anücitaros coin-
""'Feeluida lucia 1100 por Francovich. Benedetto Ante/a mi, a l . ; para una daiacìón postenor a Il80.vcanse:
Peroni. Il candicrr. cu., y Castebiuovo, //candiere, u t -
w
A G QuuiUWalle, «Riforma gregoriana, scultura e arredi liturgici fra xi e xu secolo", en E. Casiclnuo-
vo y G- Sergi ledi.). Arti e storni nel Medioevo, voi. I l : Del (ostruire: tecniche, artisti, artigiani, committenti, Turili,
200Ì, pp. 2ì5-266 |cd- cast,: Arte e binaria en la Edad Media II. Del consrruir: tècnicas, artistat, artesanos, coriiilen-
tes. Madrid. Aitai, 201 Jj; id., - G l i altari dell'Emilia e della Lombardia-, en Laute/ de Saint-Cuilbem le darri.
Arti del Contegno (Saim-Gudhcrn-Ic-dcscrt. agosto de 2002); id, -L'antico, b tradizione paleocristiana e
l'arredo nelle chiese del xn secolo», cn Medioevo: d tempo degli antichi Atti del VI convegno internazionale di studi
(Panna. 24-28 de sepiicmbrc de 200J).
F i L A I M A G L N, LA M i n i l i ; LA I R A S O O A II A C I Ó N . . . 603
ride c o n la d e la e x t e n s i ó n d e la h e r e j í a , e n t o n c e s debemos encontrar lambién en Toscana
ejemplos y motl¡ t . a n á l o g o s . E n "Joscana se d i f u n d e , en pleno siglo xn, un sistema de
i m á g e n e s q u e s» u p e r p o n e a l e s t r a t o a n i c ò n i c o d e l última tercio del siglo xi, introducien-
do d i n t e l e s e s c u l p i ó o s , p u l p i t o s y o t r a s d e c o r a c i - . f i . . . caracterizados a veces por temas es-
pecíficos l i g a d o s i las r e l i q u i a s d e l s a n t o al q u e . i m b u y e la iglesia, cn ajjlquiercaso.de
una i c o n o g r a f í a q u e se e x p l i c a s ó l o c n u n c o n t e x t o donde Ja Iglesia delie rarificar sus pro-
pios d o g m a s a n t e las t e s i s d e l o s h e r e j e s . Esta renovación, con la introducción de figuracio-
nes n a r r a t i v a s e n i I e x t e r i o r y d e d e c o r a c i ó n n a r r a t i v a en el interior, se ¡moa alrededor de
1100. a p r o x i m a d a m e n t e , c u a n d o pesa m á s la herejía catara, y continua durante otro siglo
más; n o s o t r o s s e g u i r e m o s s ó l o l o s p r i m e r o s decenios de esta transfomianon.
En c o n e e x t i i t o s c a n o se p o n e n e n e v i d e n c i a dos motivos p o n i n a parte, Ja elección de
temas m i n i e n t e a n t i h e r e j e s ; p o r o t r a , la recuperación, igualmente programática, de la
fradici. paleocristiana; c n e f e c t o , l o s m o d e l o s para Jas cseulniras son sobre todo los fren-
tes de s a r c ó f a g o s e s c u l p i d o s . Se t r a t a d e u n m o d e l o fácilmente localizablc; si se nene cn
consid i c i ó n q u e u n g r a n d i o s o c o n j u n t o d e sepulturas rodeaba a b catedral de Pisa, otros
sarco!., . , s e s t a b a n a l r e d e d o r d e l b a p t i s t e r i o y e n la Sama Reparara cn Florencia; algunos
otros r«. p a r t i d o s a l r e d e d o r d e las i g l e s i a s d e L u c c a y Pistoia, y en otras ciudades roscanas.
I n t é n t e n l o s s e g u i r b r e v e m e n t e e s t o s e j e m p l o s p o n i e n d o de relieve Ja función antica ara de
las i m á g e n e s y, a Ja v e z , l a s e v o c a c i o n e s de l o a n t i g u o ; la investigación se limitara al periodo
e n t r e los i ñ o s s e s e n t a y e l f i n a l d e l s i g l o x n , e n t r e Lucca, Pistoia o Pisa' . 01
Si e n P i s t o i a e x a m i n a m o s e n S a n A n d r é s e l d i n t e l de Gniamonte y Adeodato, fechado
en I 166. v e m o s la e s c e n a d e la A d o r a c i ó n de los M a g o s : primero, [os caballeros a la izquier-
da d e l a n t e d e I l e r o d e s ; d e s p u é s , l o s tres soberanos que dan los ofrendas a b Virgen; a b
derecha, s a n J o s é t i e n e e l a s p e c t o d e l p e r e g r i n o con bastón, pero lleva una toga, como por
l o d e m á s l o s M a g o s s a c a d o s d e figuras a c a b a l l o o apeados de sarcófagos ta r doari tiguos. En
Pistoia, e n S a n B a r t o l o m e o e n P a n t a n o , e l d i n t e l de la fachada, atribuido a Gruaniontc y
con A d e o d a t o , e n la m i s m a é p o c a d e l d e San A n d r e a , atestigua la divinidad de Cristo; su encuen-
t r o c o n T o m á s e n r r e l o s a p ó s t o l e s ( f i g . 13). t a m b i é n ellos togados, también ellos invocado-
"igura 13. Gruamontc- y A d e o d a t o (?), Pistoia, iglesia de San Bartolomeo cn Pantano, fachada, ilinicl de b
p u e r t a e e n t r . i l . Inricdtilitlitd de santo Tomás, piedra, ra. 1160-1170
""Sobre el tema de la a r q u i t e c t u r a y escultura e n L u c c i , entre los siglos * i y xn, C Taddei ha cbborado
« leus doctoral. U n i v e r s i d a d d e P a r m a , 2 0 0 4 , a la que r e m i t o para un análisis articulado y original también de
L
A problemas heréticos e n I - u c c a .
 ARTE F H I S T O R I A E N LA E D A D MIDIA III El •\JF, I A I M A li E N , LA II t R EJ f A : L A T R A N S F O R M A C I Ó N . . . 605

ncs de l o antiguo. Siempre en Pistola, en San Juan F..vtniimin-s. hacia los años sesenta,
aparece una U l t i m a Cena que parece evocar el m o d e l o de Beam ure o el de Saint-Gilíes, v
que aparece paralelamente a la U l t i m a Cena campionesa de b * átedral de A-lódcna; slrede
dor, el s a n n i c n t o sintetiza el sarmiento r o m a n o , pero, en el centro de los giran, pone
rosetones, siempre romanos, con evidente desplazamiento y condensación de los modelt»'-

E n Lucc3, en San Salvaiore, hacia 1180, B i d u i n o propone, en el d i n t e l de la puerta del

l a d o sur, una compleja escena de san Nicolás niño, que représenla a Cristo elevándose ilfi
una f u e n t e bautismal en cáliz entre dos piadosas nui|cres; a los lados, dos construcciones en
cúpula y e n planta central aluden a modelos de iglesias bizantinas pero con referencias
evidentes a l o a n t i g u o , p o r ejemplo, en las columnas pulidas Por lo que concierne al dintel
de la fachada, siempre de San Salvatore, parece r e t o m a r el caso de Adcodato, hijo de Ce-
rrón, devoto de san í s i c o l á s : p o r una parte, c o m o sirviente de la mesa; por otra, en la mesa
de los padres, la composición de la Última Cena c o m o aparece representada entre Proven-
za y C a m p i o n e y también en tierra toscana. También e n Lucca. en Santa Reparata, el dintel FígUrn | ucea, |«le«te t i c San F r e d i a n o . fuente bautismal, los soldados del faraón atraviesan
de la puerta muestra a la V i r g e n enere dos ángeles y los apóstoles, mientras en Barga, en la e l m a r R o j o , m a r m o l , ca. 1180
puerta n o r t e , siempre en los años ochenta del siglo, Hiduino. o un artífice de su estrecho
COmp v i o c a s o , i n c l u i d a la r e s t a u r a c i ó n y las indicaciones de modelos culturalcs.no convie-
c i r c u l o , p r o p o n e la misma escena de Adeodato. con las mismas referencias que hemos in-
Una m !
' M
- i m o s
^ r e d e d o r d e 1180 y e l c o n j u n t o parece realmente querer proponer
d i c a d o antes en la cultura campionesa y provenzal.
mar R ' «i ********* < , u e S t í
f e l i n a a c o n s o l i d a r la fe contra (a herejía: apóstoles, paso del
P e r o es tal vez en Calci (Pisa), en la fuente bautismal inacabada, que se fecha en 1 ISO.
vo |. 1 4 I j C > d a d a 3 , X l o i s é s
' t o d o e
' « l a t o subraya el nexo entre ViejwyNue-
a p r o x i m a d a m e n t e , en d o n d e encontramos la demostración más explícita del traslado de
^ ' . u n e n t o . la f u n c i ó n d e fa I g l e s . a , !a palabra de Dios mediada por la Iglesia misma.
una estructura narraüva retomada de los sarcófagos paleocrisnanos con figuras bajo arcada
E n el único lado esculpido, los demás nunca fueron terminados; venios a Cristo en el cen-
iTteJ ?* 1 0 p o d
. c m o s r e
f l e x i o n a r s o b r e e l r e c o r r i d o h e c h o hasta ahora. La primera
t r o y. a los lados, cuatro figuras, parte de las cuales están incompletas, como lo está una de
«Píteles e n ' K
7 ' n a C ,
° n g r e g
° r i í l n a i m
P Ú c a u n r e c h a z o de las imágenes, al menos en los
las arcadas: las demás arcadas están destacadas por u n rosetón, que se atribuye a la cultura
d a
' l de respe i " d i
C X t e r , o r d e , a
'g , e s
» a . h a s t a q u e e l c o n f l i c t o d e las invesoduras, la necesi-
p r o v e n z a l , o mejor, a aquella, refinadísima, de A n t e l a m i , del Descendimiento de Panna.
eapíteles'" a
™ c u I a d a m e n t e c o n
u n a Biblia pauperum esculpida en las fachadas y en
T a m b i é n en Caseína, en 1180. B i d u i n o . en el d i n t e l central de la fachada, en 1180, esculpe
Iglesia groe V C n 6 m t e r i o r
» c o n
e l m o b i l i a r i o r e n o v a d o , i m p o n e una resolución que la
algunos milagros de C r i s t o hasta la Resurrección de Lázaro; en t o d o el ámbito las referen-
& haber ste^T °* * g n Í Z a e n
° e ¡ d e n t c . E n e s t a s e g u n d a fase, la Iglesia de Roma debe
c

cias a lo a n t i g u o parecen m u y evidentes, c o m o p o r lo demás en los otros dinteles de al lado

Meocrístían " C
" S C r e t o m a r a n
m o d e l o s a n t i g u o s e n escultura, los modelos locales,
c o m o , p o r ejemplo, las cabras, tomadas directamente de modelos palcocristianos, a la vez
M esto d •t° S P C r
° W m b i é n
P ^ n o s , c o n t a l d e q u e n o f u e r a n imágenes de la d i v i n i -
que se rehacen, e n esquemas romanos, los leones angulares, el sarmiento y muchos otros
«ependen d^A^Z. ^ d i f c r o n c i a r a n
d e l o s e s t i l o s plásticos de las esculturas que
detalles.
""¿genes t a m b i é n ( , S U S C r a t o s
« " ó r n a n o s . E n s e g u n d o l u g a r , la programación de las
P o r lo que se refiere a la decoración interior, también podemos recordar el pulpito de
* Imperio |< r i n C c r
l ) r
etarse t e n i e n d o c n c u e n t a el e n f r e n t a m i e n t o entre Iglesia
San Jorge en B r a n c o l i , ya a finales del siglo, que muestra una construcción arquitectónica
Pero t a m h ' i c C
* V I C a e I d o m i n i o
d e la i c o n o g r a f í a c o n e l J u i c i o F i n a l en las puertas,
en arcadas sobre columnas con capiteles c o r i n t i o s y los símbolos evangélicos; abajo, un
de los tiemno C n
" " e s c o s y cn e l a r t e s u n t u a r i o ; e l t e m a n o alude simplemente al final
friso con sarmientos, y hojarascas y racimos de uvas claramente retomados de lo antiguo '. 10

& coronas'' *' 0 S

" 1 0
. q
" c i n d i c
= > e l p o d e r d e la I g l e s i a y su f u n c i ó n c o m o dispensadora de
P o r último, es m u y i m p o r t a n t e la Fuente bautismal de San Frediano en Lucca, sobre cuyo
Perc rmaci'''
K
7 /
TTf ' l m
P c r i s t l L a s
« ' " á g e n o s d e l o s g r a n d e s ciclos de los caminosde
lombard e n c ¡ a n
notablemente d e la i c o n o g r a f í a de la cultura denominada
, 0 1
C. Baracchini, A Caleea y A l . T . Filieri. -Problemi di architettura e scultura medievale in Lucdicsia», cíe r e n o ™ C
° T ° A ? e s p c c i a , m
e n t e e v i d e n t e e n las e s c u l t u r a s externas de las iglesias del
Actum Luce V i i , 1-2 (1978), pp. 7-30. co concreto, p. 14; G dalli Regoli, Dai maestri terna nome all'impresa àti
Remanía imperial,
Guidi, Lucca, 1986. pp. 73-77; A. Alilone y G- '1 iglcr, -Caulogo dei pulpin romanici toscani-, en D- Lainbe-
aquellos" u I e s t a
b i Ü 7 . ó e s t a i c o n o g r a f í a , se e n c u e n t r a a n t e una nueva revolución:
rini ( e d ) . Pulpiti medicali toscani- storta e restauri di micro-arehiterture. Arti della Giornata di studio (FJorcnàa, 21
de junio de 1996). Floreneia, 1999, n . 37, pp. 172-173; G . 'ilgjcr, -Cariàgnana Bonum ubi papa scito patro- Bruvs- r l J * i° a n n o s o n , o s
p a t a r i n o s s i n o o t r o s herejes: p r i m e r o , Pierre de
num». Committenza poliuca nella Lucchesia del Duecento, en M . Seidel y R. Silva (cds.), Lucca àtri d'arte e i ción P, ' , c a l a r o s
- L o s c a t a r o s r e c h a z a n e l b a u t i s m o , la eucaristía, la extremaun-
suoi archivi. Opere d'arte e testimonianze documentane dal Medioevo al Novecento, Vcnccia, 2001, pp. 109-140, en
, c o n s i d e r a n l a c r u z , c n t a n t o q u e i n s t r u m e n t o d e t o r t u r a d e C r i s t o , una vergüenza
concreco, p. 117.
líente, no representaba; r e c h a z a n las o b r a s de misericordia y a la Iglesia
 ARTE E HISTORIA E N L A E D A I» \ U n i \ I I I E l V I A J E , L A I M 1 C Í N , I.A H l - K K J Í A ; l. A T R A N S F OH M A C I O N . 607

misma que las propone; no creen en el Juicio Final; se refieren a ellos, los katharoi, los
puros, que viven de limosna y que no practican sexo; es decir, una anti-lglesia que parece
peligrosísima, con sus obispos, con sus estructuras. M u c h o antes de la cruzada contra los
albigenses, la Iglesia debe luchar contra estas nuevas herejías y lo hace, a juzgar por la
aquello q u e la I g l e s i a c o n s i d e r a l o v e r d a d e r o , la ortodoxia; por tanto, perdidas para siem-
pre las i m á g e n e s - s i había—, d e l a s sectas h e r é t i c a s , perdida gran parte de sus textos salvo
los cataros, q u e d a n di • s ó l o l o s p r o c e s o s eclesiásticos para reconstruir todo lo que aconre-
c t ó ' , c o n v e n d r á r c í l e x i o n n r s o b r e la o p o r t u n i d a d de unir los dos sistemas de testimo-
l0 ,

fecha de estos complejos ciclos de esculturas aquí analizado-., desde la mitad del siglo Jai
aproximadamente.
E n un sistema articulado y vasto como el examinado, el tema del viaje y el de la ima-
gen aparecen estrechamente ligados, también e n relación con les conocimientos de los
peregrinos, sean religiosos, nobles, mercaderes o pobres viandantes; pero lo que se mues-
nios, a trav é s de* la i m a g e n y a t r a v é s de la palabra. /Vi final, sólo leyendo a contraluz la
historia de la I g l e s i a e n e s t e p e r i o d o tan difícil, será posible entender las razones de este
misterioso p a s o e n t r e e l a n i c o n i s m o d e Jos a ñ o s de los papas hasta Gregorio W y poco
más allá, la i n v e n c n m d e n u e v a s i m á g e n e s a caballo entre los dos siglos, la completa
transfonn.u n»n d e h . s p r o g r a m a s n a r r a t i v o s a partir de mediados del siglo xn. También
Jos viajeros | O c c i d e n t e , c o m o l o s d e O r i e n t e , debían conocer la herejía, las herejías, y
s e

tra todavía más evidente es el diálogo entre modelos narrativos diferentes; el primero, en saherlas c o m b a t i r . E n e l m u n d o d e l i s l a m , naturalmente, Jas imágenes son sólo las de las
orden de tiempo funcional en la lucha contra el bnperio y por la reivindicación de auto- palabras, I . , s u r n s , b i s d i c h o s d e l C o r á n inscritos en los monumentos, luego colgados,
nomía de la Iglesia; el segundo, determinado por la agresión a la Iglesia por parte de lus como p a m . p l m d e la f e , p o r e j e m p l o , e n el interior de una Santa Sofía convertida en
disidentes, de los diferentes herejes hasta los cataros. Mientras que la primera fase de la mezquita >. ( h o r a , m u s e o .
lucha durará desde los años sesenta al final del siglo xn. otra sene de intervenciones con
función antiherética se prolongará hasta bien pasado el final del siglo xn, en el siglo xm.
Así, mientras la cbanson de geste era sistemáticamente usada en los grandes caminos de
peregrinación como modelo, en la fase intermedia, a principios del siglo xn, después, su
presencia se hará menos significativa cuando el problema se convierte en luchar contra
los heréticos.

E s t a compleja narración con imágenes, que acompaña a la peregrinación por tierra,

parece la clave de la lectura de toda la iconografía religiosa y sirve también para damos
una idea precisa de c ó m o funcionaba el magisterio de la voz unido al de la imagen. Si
consideramos los conjuntos esculpidos —a falta de aquellos pintados, en gran parte per-
didos—, entendemos que los religiosos debían de referirse en la predicación, en la ilustra-
ción del Antiguo y el Nuevo Testamento, a imágenes que estaban representadas en las
paredes o esculpidas en los capiteles; lo que nos podría parecer un conjunto casual de te-
mas se convierte, por el contrario, en un mundo ordenado; constante es la presencia de las
imágenes de los santos junto a sus reliquias dentro de las iglesias de peregnnación; constan-
te la presencia de la comparación entre Antiguo y Nuevo Testamento; constante la contra-
posición entre mundo demoniaco y mundo de salvación; constante se hace, así, la represen-
tación de los sacramentos.

Parece por tanto significativo que las iglesias en el eje hacía Roma o hacia Compos-
tela, pero también hacia Bari y Apulia, y los puertos desde los que se parte para las cru-
zadas, tuvieran en los capiteles esculpidos, en las puertas, en las orfebrerías, en los mo-
saicos, en las pinturas, un sistema de santos que representaba la geografía de las
peregrinaciones desde mía punta de Occidente hasta la otra y, a veces, también con refe-
rencias al Santo Sepulcro y, por consiguiente, a T i e r r a Santa. Podrá parecer singular,
pero es fácilmente verificable, que en los grandes santuarios de Occidente existen imáge-
nes de santos titulares de otros lugares importantes de culto, por lo que también debían
de existir rebquias menores de estos santos de gran relieve; claro que pequeños restos,
pero igualmente significativos de un culto y de una concepción global del viaje.

L a peregrinación, el viaje, entre el siglo xi y xn, no puede dividirse en peregrinación

A- F r u g o n i , Arnaldo da Brescia nelle fonti del secolo XII, T u r i n , \ ^Umd^, Vcrtsiadtlmdt.au il Jl
laica y reÜgiosa: los dos viajes coinciden. Peregrinar quiere decir conocer, pero conocer wh.xii: religione popolare ed eresia, R o m a , 1083; O . Capitani (ed.), Medioevo ereticale, Bolonìa, 1^7.
 I N D I C E D E ILUSTRACIONES

J E A N W i w n i . E l c u l t o d e las i m á g e n e s
1- Ci.tot.tantmopla (?), i c o n o de san Pedro, encáustica sobre rabia, siglo vi. dcialle. Sinai.
inonasterto de Santa C a t a l i n a - — - •.„....-..-..— 15
2. C k r m o n t ( A u v c r n i a ) , Visio rnonachi Rotberti, representación de la perdida estatua-relicano de
la V i r g e n e o n el N i ñ o de C l c r m o n t , dibujo a pluma sobre pergamino, siglos x-xi.
21
C l c r m o n t - F e r r a n d , l i i b l i o t h c q u c M u u i c i p a l c , ms 145.1"- MOv— - —- "' '
3. Halherstadt ( S a j o n i a - A n h a l t ) , Liebfraucnkírche, cancel del coro. Virgen con el Niño, esiuco
27
p o l i c r o m a d o , ca. 1200 « - -...-»- — ".-T- r
"T"
4 . M a t t h e w P a r í s (Saint A l b a n , Inglaterra meridíonalj, Cbromca maiora, Verónica, miniatura sobre 28
pergamino, ca. 1245-1253. Cambridgc.Corpus Chrisb Collegc, ms 16, f. 53v (49i»> •—
5- Rui m e d i o . Vicrge ouvrante llamada «Virgen del M u r ó * madera policromada, ca. 1390, 32
M o r l a i x , iglesia de S a i n t - M a t b i e u — — ¡?
6- E n r i q u e de Constanza ( a t r i b u i d o a). Cristo y san Juan, madera policromada, ca. 1330. Berlm, 33
Staadiche A l u s c c n ™..— "****"' ' 33
7. A m b r o g g i o L o r e n z c m , Virgen de ¡a ¡cebe, pintura sobre tabla, ca. 1330,S¡cna, Palacio Arzobispal
8. Malinas (Bélgica), N i ñ o J e s ú s , madera policromada, mediados del siglo x m Schwerin, Staadiches
Miiseum ~ —
9 . Robert C a m p i n , Virgen de la pantalla de mimbre, pintura sobre tabla, ca. 1425-1430, Londres,
T h e Nacional Gallery — ~
10. Fra Angélico, F l o r e n c i a , c o n v e n t o de San Marcos, celda 3, Anunciación,fresco,ca. 1440 ~. 44
11. Simón Franck, San Martin y santa Úrsula, tablas de polfptico, pintura sobre tabla, 1524 (?).
AcliafFenburg, S o f t r n u s c u r n der Stadt - » — ^ S

CONRAD RUDOLPJI, L a r e s i s t e n c i a al a r t e e n Occidente

1. Roma, C i u d a d del Vaticano, necrópolis de San Pedro, tumba de losjulios. Costo como Apóstol/
Helios, mosaico p a r i e t a l , siglos m - i v (oí. 300) 57
2. C e r m i g n y - í I c s - P r c s (Francia central), oratorio dcTcodulfb, bóveda ábsida!, $área de la Alianza,
mosaico, ca. 806 - - - —•• f*
3. Aubasrinc (Francia central), abadía de Notre-Dame de la Nadvitc, vidriera con motivos
geométricos y entrelazas, v i d r i o pintado a grisaillc, ca. 1175 ~ — 75
4. Fra Angélico, R o m a , C i u d a d del Vaticano, capilla de Nicolás V, San Lorenzo dando limosna a las
polves, fresco, e n t r e 1447 y ! 4 4 8 77
6 1 0
Tirilo DIi limo
Í N
met or i u s i H . i ' i n s r s 611

JOAQUÍN YARTA L O A O S , Los grandes programas iconográficos

8. Bernardo D . i . l . h familia en acción de encomendarse a k Virgen de Bagnolo, pmiun sobre obla,
1 RI.IIÜ. iglesia de Santa Pudcnuani. hosedi ah>idal. Cristo en Ma(estad rodead* • pm los
apostóles, mosaico. 402-4IT ^. „.....—..—.•.. «i 13*4 Morcnt, Museo dell'Opera del duomo ,••„..,.-•. „,.,-•—,- _.. 209
2- Roma, basílica de Santa Mana Migporc, are», tnunfal con escena* de la intaiu 11 de Cristo, 9. <,i,.M... Vsis. b , . itica ile San Francisco, iglesia inferior, .-ap.lla.le la Abgdjleiu. historias de
mnsaicn panctal. 4*2-440 S9 LA* mi y ile la Magdalena. I coba Ido Pon uno a los p . , , ,K | Magdalena,fresen,pnmer decenio 3

del oigln \i\ . jf/i

3, Moissac(LanguedneV iglesia inicial de * v t n Pedro, portada meridional, timp.n
10. H a - .s l . u l . ^ |l .recia). Katholikos nártex. C n i c . n u w . . mosaico.ra. I0$0 219
\hiesU, Domim. ea. II ] S - | | 2 J „ °5
t i . l o - . IU, ( V e n , , ,|, catedral de Santa Alaria Assuma, con ira fachada. Jumo I W n o i . mou.ro,
4. Maestro Mateo. Sanoapo de t omp"«lrb •» ».w.i>. catedral de Santiago. I ' . m i . . ilc b
'

Glona.1188 „. _ 100 W 221

5. Vctelay (Burgoña), iglesia di L M ,da central occidental, umpan.. 1125-1130 .... IOS GLirx., vm.i. | olcoras para el imaginario religioso
6. Bourgc* (Francia central), catedral dr n fachada occidental, pon -ui.il.
J»aoFinal,^ 12:5-123$„ I » de Ao-ia i nicifi|o. madera pobernmada. I32O-I330. <:hallant-Sjmt-\mrMf.parTO-uia._ 24J
R. «odi E n r . . . . ( a t n b u i d o a ) . I b n t o s o b r c C n s t o m u e n o . p t e d r a . í # . IJ10. Capnoo \ Vronese.
7. Fjuxashurgo. catedral o» NMn>Dm b fachada meridional, nmpjno, Coronación
M co Cívico „ «™_™«™™™ 248
de la Virgen, ta 1230 „.-.-...„. 1M
8. París, catedral de Norrc-OaiiH . pon 1
parteluz con la Virgen COTI el Nifto, 'lise o C.n.ilufta. busto mutilado de homlire barbudo (Jmc de Anmatea n Nicodemo?X
" 'IMII, ta. I ioli. s ¡ i i catedral de San Giusto
ta 1240 „ _ 116
249
9. Giuno. Padua. capdb ácgli SrToscgni I ¡ E n n c o Seros egni ofrece una maqueta de 4
- V . . . , de Aosta. C n s t o mueno. madera policromada. « 1120-1330, Tunn, AlmcnCjYicodc Arte
b iglesia a b \"ircen. froto. I >0>-UO '- 1
AHORMO ................ , 251
10. Andrea di Bonn UTO. iglesia de Sani- Ni ,1L. capilla de los Fspañnlcs. . Ifot rom de santo - ' K m . retablo de I . Virgen de b I-osa. Virgen dolorosa \ escenas de I. Pasión, miden
5
253
Tuntas dr Aqumo. fresco. I W.o-1 Ir.h 1 2 4

I' '>• rotn.ida y pintura sobre tabla. 1420-1430. Gravere. capilla de b Virgen .Ir la taita
6
- S u i M , P u d u l . madera policromada, inioosdcl siglo xv. Ona. iglesia de San Nicolao . — . « » •
ClAtTrt ( u•.<>//!. De bjcrusalcn celestial - b lv.-i.MJ: textos, imágenes, símbolos
PATRU i . j C . I A R S . ot,,clos litúrgicos y tesoros de b Iglesia
1. Francia septeninonal. Aywaltpsv dt Irr. rrv. d an^cl muestra a Juan la Jcrusalcn cclcsnal. >- » nmt ia. tron<» de Dagol>cno. bronce dorado, siglos sm-ix (con a.ìadidos de la Krunda sutad del siglo
miniatura sobre pergamino, inicius del siglo i.v. Ircvens. Stadtbibliothek. ms I I , f. 69r IM > de la primera mitad del xu). París. Bibliolhèque Naiiunaledc France, ( jlnnet des Medidlo
2. Francia septentnunal.. \pocjhpsu di Irr.fr. los r e y e s de la Tierra se dingcn hacia lajerusalén 2fA
celesual. n unía tura sobre pergamino, míaos del siglo i \ Trcvcns. SudtbiblioüicL. ms 31. í. 7 I r 115 2- I- ranca, ciborio del rey Arnolfo (altar portátil con escenas del Nucso testamento). Um.ni de ora sobre
3. Francia septentrional. Apaalipsis de Trr.mi. Ur. elegidos se din gen hacia b j c r u s a l c n celestial, -Ima de madera, filigrana y piedras p r c aosas, hacia 870. .Munich. Reváer.t. Sch.o^rmner - - -
miniatura sottre pergamino, inicio» del siglo ix. Trcvens. Sladtbibhothck, ms 3 I, f. 72r. ——
3- Pans. X'.rgen de Juana de Evrvux (Alrgcn con el Niño), pbta dorada, esmaltes opjcos r translúcidos.
4. Saint-Scvcr (Gascuña). Beato de Saint-Sncr, la Jcrusalcn celesual. miniatura sobre pergamino,
I Í 2 4 - I 339. París. M u s e c d u laiuvtx „ - _ — '
mediados del siglo xi París. Bibliodicque NaUonale de France. ms bt- 8878. fob. 207i»-208r 137
5. Trcvem. incensanu de Cuibcrtu que representa b Jcrusalcn celesual. bronce dorado, ea. 1100
4
- C'.nstantmopla. Pala d'Oro, registro superior, placa con la Ascensión, esmalte tkisiaèe, segunda m.rad
Trcvcris, P l t a a M i -- "" del s.glo Venecia. basílica de San Marcos
K t u "
6. \ábenu (Alemania occidental), lampara símbolo de lajerusalén cclcsnal. orfebrería, 1152-116$. A.VTUONV C u n . F R , L a vida social de los objetos
Aqiiisgran, Capilla Pahuna
1- Oenda (Macedonia), iglesia de Santa Sofia, ábside. Virgen con el Nino, la Comunión de los
7. Civate. abadía de San Piciro al Monte, bóveda del vcsübulo de entrada, la Jcrusalcn celesual, apósiolcs y santos, fresco, 10 3 7 1 056 — 2 7 2

puuura mural,finalesdel siglo X I •- —— L 4

' 2 . Staro N j o n c i n o (Macedonia), iglesia de San Jorge, ábside, la Comunión de los apostóles y
g

8. Saint-Chcf en Dauplunc (Uclfinado). aludía de Saint-Chcf. capilla de los Ángeles, bóveda, figuras de sanios, ta 1 3 1 7 , detalle • 111
lajerusalén celesual. pintura mural, pnmer cuanu del siglo xn - 1 4
° 3. Constantinopb, los santos Teodoro y Jorge, entolpum en esmalic.finalesdel siglo xi-pnnapios
dc| . Cleveland, T h e C l c v c b n d Musenm o í Art-
X I I - 2 7 4

MaOflOJ BACCI. La efigie sagrada y su espectador • Constaiiunopla, icono de los sanios Icodoro y Jorge, talla en marfil, principio* del siglo n.
1. Maestro de San Cmtoforu de Barga doscana). san Cnstóbal. madera policromada, úlumo Vcnccia, M u s c o Arqueológico 275
cuanu del siglo xin. Barga (Lucca). catedral de San Cnstóbal ——•• " 8 5 - Coimantinopb (?). o o de san Nicolás, pintura sobre tabla, principa» del siglo un. Sinai
l t n

2. Báfnivin (Cíandhara. Afganistán) estatua colosal de Buda (antes de la destrucción), roca tallada, mon »,, a Catalina
c r i o d c S a n t a - 278
„*!..; >" 6 . Consta nnnopl a (?), Menologio, escena de b sida de san Simeón el Estilita, mimi tura Sobre
J. Roma, catacumba d« los sanios Marcelino y Pedro, cnpta de los Santos. O i s t o entre los apóstoles pergamino, siglo xi. Monte Athos, monasterio rjphigmenou. cod. 14, f. 2P. 280
Pedio y Pablo, fresco, finales del siglo iv —•———** - Consta nunopla. Salterio de París, coronación de David, minia idra sobre pergamino, segunda
4. Cunuanunopb. salterio, monic lio a do a visitar el Infierno, miniatura sobre pergamino, ea. 1300, mitad del siglo x. París, Bihliothèque Nationalc de Franee. ras gr. 139, t 6r . 281
Monte Adiós, monastenu de Díunysiou. ms 65. f. 11c _ - HI 8- Hosios Loukás (Grecia), katholikon, nánex. l^avatono. mosaico, primer* rutad del orlo xi 283
5. Ilieodoms Apsefdis. Palos (alrededores), eremiuirio de San Neófito, tema, san Neófito el ' ^ " " a n ( i n o p i a . Salterio de Teodoro, invcsndun» de un abad, miniatura sobre pergamino, 1077.
Recluso escoludo al ciclo por ángeles, pintura mural. I 1 83 - —— W Londres. T h e Bniish Library, mi AtW. 19352. f. I92K - 285
1 0 . Chipre, icono dc snn Juan Bautista con el donante Juan MOUIOUIIM. pinmm sobre ulib,
6. Pisa, crur pintada, pintura voWe u b b . 1250-1260. Clcvcbnd, A n M u s c u m . . . . M M—~— 204
finales del siglo xiii. Moutoulbs. iglesia de la Panagli 287
7. Kakopcaii (Chipre), iglesia de San Nicolás del lecho (Ayios N i kobos ús Steyís), naos,
Grecia p ) , | | incredulidad de santo Tomás, pintura sohre tabla, 1380 Meteora.
tos Cuarenta Mirurcsde Sebaste, pintura mural, siglo xu i*n PI
I c o n o ( c a

monasterio dc 1, Mcl..morpho«s „.„ „ 287

12 ~i ( T I ' L U D i t U B R Ü

ÌNDICI, DI iLUSTRaciONis
12. Annnoc (Egipto), medallón c o n la A n u n c i a c i ó n , o r o , principios del siglo v n . Berlín,

Staadichc M u s c e n 288
4. I leiligenkreu/ i \ustna), a b a d í a d e S a n t a M a r i a . I i r u n n c n l ; a p e l l e , v i d r i e n de la dinastía
13. Biancto. icono de san D e m e t r i o , talla e n n u r ñ l . s e g u n d a m i t a d del siglo \. N u e v a York,
Babenberg, niareravc L e o p o l d o I I I . vidrio pintado « gnuillr, ta. 1 2 9 0
T h e Mcnopolitan M u s c u m ot\\rt 291
5. I vinel Fcinmgcr, MarktLirche m Halle, o l e o sobre t e l a . 1 9 3 0 Munich, Bayerische
14. C o n s t a n t i n o p b . i c o n o de la V i r g e n Xicopcia. pintura sobre rabia c o n l á m i n a de tiro repujada,
SumtNgem.ild. n o i i i l i i n g c n (<D B n d g c m a i i / A r d u v A l i ñ a n , F l o r e n c i a )
siglo s i V c n c d a , Rasflica de S a n A t a r e o s 291
6. P a i l e r l N i n . p.»l u m de C a r l o m a g n o . f r a g m e n t o de v i d r i o de ventana con r e « o s oe^riwitó dará,
15. D u r a Europos, " C a s a cristiana*-, baptisterio, c u r a c i ó n d e l p i r - i l m o i . p i n t u i .» m u r a ) , principios
lindes del sieh i i n - p r i n c i p i o s d e l i.x Padcrbon. U , i l . : l - J i e - M u s e u m for A r c h a c o l o g i e ,
del siglo i n . Vale, L'mvcrsitv \rt C i a l l e r y 294
M u s e u m ni d. r K.iiscrplalz m , m

16. E s t a m b u l , iglesia del S a l v a d o r d e C h o r a ( K a r t s c C . i m n ) , e n d u n a n c x , CIfisti • c u r a n d o a la

7. Abadía de Sninr- D e n i s « el profeta Jeremias, vidrio pir.nd.i agmai/lr, ca. 1145. Glasgow,
mulntud. mosaico. 1300-1320. detalle 294
A n M u s e u m I he Burrcl Collection .....
17. Ana (Grecia), monasteno de B l . i q u c r n . i v n a r r e s , procesión del i c o n o de la V i r g e n Hodighiina. 8. V-iv basib... san F r a n c i s c o , i g l e s i a s u p e r i o r , v í d n e n d t las á n g e l e s , s a n Francisco en
dihujo del fresco ( 1 9 7 6 ) . oí. 1 2 5 0 - 295 MU" Christi. ,.' I2H5 _.. „ 1
18. Chipre (?),salterio, escena de la verter.'. |< <<. !• la \"irgen Hodigbitria, i m n i m i r a sobre pergamino, 9. A n . , rre (Bul .na>. c a t e d r a l d e S n i n t - E l í e n n e , l a V i r g e n e n 11 t r o n o y e l r e t r a t o d e l d o n a n t e
ai. 1300. Berlín. Staadichc M u s c e n , K u p f c i ^ u r h L a b i n c i i ,m s " 7 8 A ° , f. «o. 296 II..i-e, I.-III pi, -hiter. vidrio pintado a gritadle, ca. 1220-1250 1
19. C h i p r e (?). S a l t e n o . e s c e n a d e v e n e r a n • ir icono de l.i V i r g e n , m i m - t i m a s o b r e pergamino, 10. i irires, c o n ilral d e N o t r c - D a m c , vidriera d e san l.iilun, i i d r m pintado a gmad/e, ta. 1210,
ca 1200 Atenas, M u s c o B e n a k i , cod. *4 •. i '.'Mr. 296 <b illc 1
20. C o n s i a n t i n o p l a f">. i c o n o d e l a n j u a n Ra n escenas de su vida, pintura sobre tabla, ..................... i,,...........,..,....,,...,.,...., , ....... i

siglo xiii. S i n a i . m o n a s t e n o d e S a n t a i artal - 11. ) rliard in der B r e i t e n a u ( F . s t i r i a ) . p a r r o q u i a l . COTO, e l d u q u e A l b e r t o I I I ile E s r i r i a c o n s i n

21. C o n s t a n n n o p b , r e h e a n o d e la V e r a > Estauroteca de l . i m l u i r g » . interior y cubiena. d. m u i e r e v . v i d r í o p i n t a d o a gnsaille. f i n a l e s d e l s i g l o x i v . 1
plata d u r a d a , e s m a l t e y p i e d r a s p r e c i o . . . . . •64-96.5. L i m b u r g an d e i l.abn. Domschaiv. 300 12. I i l l g e n k r e i o c I A u s t r i a ) , a b a d í a d e S a n t a M a n a , c l a u s t r o , s e g u n d i a r q u e n ! d e l l a d o sur, v i d n e r a
sarmientas vegetales, v i d r i o pintado** gritadle — - - *
22. Consnanónopb. Sagrada O i r o n a de I ! . . . < -na d e san E s t e b a n ) , p i n a dorada y esmalte
300 13. idía d e S . i i m - D e m s . c a p i l l a d e S a n L u i s , v i d r i e r a c o n persunaje tonsurado, primera mhad
1074-1077 Budapest,Mapyar S e r m e B M —
^ i g l o \ i \. L o n d r e s . M c t o n a and Alhcrt Aluscum — í (

23. B i u n c i o . icono de la V i r g e n H a g i o > r a sobre tabla, primer., m i t a d del siglo x m .

105 14. I |-1 ulon \ au/elle ( g r a b a d o d e ) . « S a l a del siglo x e n e l A l u s c é n a u o n a l des M o n u m e n t s
Freisinn, D i ö z c s a n m u s e u i n ' " I ' meáis, linales del siglo xvin. París, Afuséc du Louvrc - M
24. E s t a m b u l , iglesia de S a n t a S o f ì a , m u r o < n t a i d e Ifl g a l e n a sur. C r i s t o entre el emperador
m Gl\s.i v. »N( i » p A s t i U A U , L o s m u n d o s del aislamiento: campesinos y señara rurales
Constantino I X v b emperaenz Zoe. 102s-1 "42 - ~
I« Inglaterra o N o r m a n d i a , Tapiz de Bayettx, e s c e n a s d e b c o n q u i s t a de I n g b i c m p o r G u i l l e r m o ,
25. E a a m t i u L i g l e s i a d e S a n S a l a d o r d e C h o r a . K , : .• e C a m . . ) , e n d o n á r t e x . D e e s » c o n Isaac C o m n c n o
307 duque de N o r m a n d i a (1066); G u y . conde d e P o n t h i c u , es i n v n a d u por dos mensa/eros del duque
S c l i a s t o c r à i u r v b m o n | a M e l a m a . i n o s a i c « j . 1 l r . s - 1 19$ - *" ' .inllcnno a enrregarles a l d u q u e H a r o l d , b o r d a d o d e l a n a d e c o l o r e s s o b r e l i n o , ú l t i m o tercio

del sigla \ l Baycux. Aluseé de la R e i n e .Mathilde 401

G i L U A O R o n N O . - L e e r - las m i n i a t u r a s m e d i e v a l e s
2. Sil/hurgo, antología de t e x t o s a s t r o n ó m i c o s y d e c u e n t a s , l o s m e s e s , m i n i a t u r a sobre pergamino.
1. Rabel. Retrato de L e ó n X c o n los c a r d e n a l e s J u b O d e Medicas y Ltitgt de'Rosst. ó l e o s o b r e tabla. ^
B0B-8I8, detalle. V i e n a . Ö s t e r r e i c h i s c h e N a n o n a l b i b l i o d í e l e , C o d . 3 8 7 , (. 90v 407
ca. 1518. Florencia. Gallería degh Uffili -

2 Ingbterra, U Estone de Semt Acdvcard le Re, d, A U t t b r t t Pans. c .s,>dio

P S de la s i d a d e E d u a r d o el XfeMA M t H A T O V A . M i r a r la naturaleza
Confesor, miniatura sobre p e r g a n u n o . mediados del siglo xni- C a m b r i d g e . Uruvcrs.ty L.bray. 1. París, catedral de N o t r c - D a m c . f a c h a d a o c c i d e n t a l , p o r t a d a d e I i V i r g e n , pilastra c o n d e c o r a c i ó n
314
ms E c - 3-59, f. 4 t . . . — — ................... s c - g e t a l . p i e d r a , ea. 1210-1220 . „ „ 414
3. Uunbaruia. Guirvn le Courtw. señores a caballo, m . m a t u r a v i b r e pergamino. I m a l e s d e l s i g l o XV. 2. \l»mt S a m i - M i c h c l ( N o r m a n d i a ) . Expoeiciones sobre los Salmos d e san A g u s t í n , inicial E , miniatura
315
París. B i b b o ü i e q u c N a t i u n a l e d e F r a n c e . m s N u u v . A c q . I r 5 2 4 3 . f. 34*- . ••- sobre pergamino, IOrtO-1070. A v r a n c h c s , B i b l i o d i e q u e A l u n i c i p a l e , m s 7 7 , f. I r . 416
4. liaba meridional. Liber ad bonorem August, de Pedro de Éboli, la e n t r a d a de T a n c r e d o en Palcnno 3. Inglaterra, candelabro d e G l o u c c s t c r . b r o n c e d o r a d o , ca \ 120 ( © L o n d r e s , V k t o n a and A l b e n
y b coronación de E n r i q u e r v , m i n i a t u r a s o b r e pergamino, finales del siglo x n . Berna, Aluscum F o t o Bridgcman/Alinari) - 417
316
Burgcrbibhuthek. m s 120. M s 102r. 105r. 4. 11enríanos Liinbourg, 7rw ñchrs Hctires, e l m e s d e j u l i o y b c o n c s u o n d i e n t c hoja del calendario,
S- Saint Albaii ( I n g b t e r r a ) . Salterio de Saint Alban, inicial del Beatas Vtr ( S a l m o s 1.1). miniatura miniatura sobre pergamino, e n t r e 1 4 1 3 - 1 4 1 6 . C h a m i l l y . M u s e é C o n d e , ros 6 5 , fols. 7 t - 8 r . 418
322
sobre p e r g a n u n o . primera mitad del siglo x n . I Ü l d e s h c i m . S t . C i o d c r h a r d , f. 36z>. — 5. Vcnccia. basílica de S a n . M a r c o s , a t r i o , c ú p u l a d e b C r e a c i ó n , el c u a r t o día de la C r e a c i ó n ,
6. Roma. Evangeliario de tan Agustín, escenas de la P a s i ó n , m i n i a t u r a sobre p e r g a m i n o , finales del m o s a i c o , ca. 1215-1225 ( © F o t o S c a l a , F l o r e n c i a 1990) „ 419
s i g l o v i (OJ. 6 0 0 ) . Cambndgc. Corpus C h n s ü C o l l c g c , cod. 286, f. 125 r. 325 6- Souvigny, pilastra incompleta con representaciones d e l o s m e s e s , p i e d r a , ea. 1 1 6 0 ( 0 S o u v i g n y ,

7. Bari. Exultet I . las a u i o n d a d e s teni|>oralc?. y e s p i r i t u a l e s , m i n i a t u r a sobre pergamino, primera Muséc lapidan-e S a i n t - M a r c . F o t o Lauros/Giraudon/Bndgcman/Alinari). - - 422

mitad del siglo x i . B a r i . M u s c o D i o c e s a n o . Exultet 1. s e c c i ó n 7

3)J 7. Monrealc (Palermo), catedral d e S a n t a M a r i a b N u o v a , n a v e c e n t r a l , e l quinto día d e la C r e a c i ó n ,

8. Quciiun Mvuys, Vi cambista y su mujer, óleo sobre tabla, 1514. París, M u s é c d u L o u v r c 333 m o s a i c o , ra. 1180-1 100 „ 424
8. Winchester, Salterie de IVtntbcstcr. el á r b o l d é j e s e , m i n i a n i r a « a i r e pergamino, ea. 1150-1560.
FRANCISCA DÍXL'AÍJQCA, Fronte a las vidrieras Londres. Itnüsh Librar>', m s C o t t o n N e r o C . I V F. 9 r 428

9. R a v c n a , b a s í l i c a <le S a n A p o l i n a r i n C b s s e , d e c o r a c i ó n á b s i d a ! , a p o t e o s i s d e san A p o b n a r y
1. E s t a m b u l , S a n t a S o b a , s-jsta d e l i n t e r i o r , s i g l o v i 319
T r a n s f i g u r a c i ó n , s i g l o v i , m o s a i c o , d e t a l l e . ( © F o t o S c a l a , F l o r e n c i a 1090. C o n c e s i ó n de!
2. L y o n , catedral d e S a n J u a n , n a v e c e n t r a l , s e g u n d o tercio del siglo x m 341
M i n i s t e r i o p a r a l o s B i e n e s y las A c t i v i d a d e s Culturales) - „ 429
3. G e r b c h u s . vidriera de b a b a d í a d e Sanca M a r í a y S a n N i c o l á s e n A r n s t e i n an der L a b n (Renania-
Pabunado), el árbol d é j e s e , v i d r i o p i n t a d o gnsaille, ca. 1150 ca.. detalle. M ü n s t e r , Westfälisches
10. Inglaterra, Bestiario Asintióle, e l Á r b o l P e r i d c x i o n , m i m a n i r a sobre pergamino, principios d d
siglo x m . O x f o r d , B o d l c i a n L i b r a r y , m s A s h m o l c 1511, f. 7 7 y . „ „ 430
Landesmuseum für K u n s t u n d K u l t u r g e s c h i c h t e , 341
614 T ITI 1
IO D E L LIBRO
INDICE ni n.USIPACII.sis 615

1 1 . Palermo. Palacio de los Normandos, sala llamada de Roger I I . escena de » a/a ilei c i e r v o ,
ARMANDO Pi I R l « « i . E s p a c i o s y f o r m a s c n la m e m o n a f j " eraría medieval
mosaico, mediados del siglo xii (© Foio \rehivt M i n a n . F l o r e n c i a ) . . 434
12. Villani de Honnccourt. Quaderno de dibu/a*. Icón, puercoespin y l i g i ira d« h >nibre sentado, 1. Roma, p a r n i q u i i de S a n n G a l l a en la circunvabe- ••nci.se, altar romo de Gregorio \H.
dibujo a piuma sobre pergamino, ,v. 1230 P a n s . B i l d i o i h c q u e N a i i o n . i l . i l i t r a n c e , inscripción e n I • lachada a n t e r i o r , mármol. 1071 i ——
nu ir. 1Q093. fols. 24r-25> - 437 2. Roma, basili».» I . San L o r e n z o Extramuros, monu. - • ••.*- ijncranodclcartknalGiiillcrrno
Ficsehi, i n a n i . ' >a 1256 — "5

GHERARDO ORTALJJ, Comunicar con las figuras 3. Verona, m o m i i - i n o f u n e r a r i o de Cangrandc d c l h Scafa, marmol,«. 1329 Verona,-Muscodi
Í aMcIvccchio „„_ - .. . . „ „ . . _ . . — .—•— — — 513
1. Bamberg, caiedral de San Pedro v Son j o r g e . / I < aballen de Ramberg (su; . sto retrato del 4. Pasta, e p u a l i . . m p u e s i o p o r Francesco Petrarca -t. m t n . Francescuolo da Brossaao.
emperador Fedenco n de Suahia). piedra." J. 12 Sé 442 marmol. I 16* I ' . I V I J . M u s e i C I U C I del Castello Visconteo ; ~™ 515
2. Samugo de Compostela, catedral de Santi timpano de la portada d e l n j n f e M O sur. Santiago 5. Donatello > M i - h l l l l i n i l l . baposterio de San Juan, monumento funerario del anopapa Juan XXIII.
a caballo en la batalla de Cb\i|o. piedra... 44? m a i o i o l , 142 ) 1428 —... - " •• "'— 516
3. Aiumebaorgoña». catedral de S a i n t - I i K . ta C r i n o caballón » en el < e n t r o de la cruz
rodeado de ángeles a caballo, pintura mur ) 448 F\nRi/t « K I V I n o . L a i m a g e n r e p e t i d a : f i l i a c i ó n ) creación e n e i arte d e b Edad Media
4. AnseuTioyGirardu<Milin). relieve* di. i . - anft. l a v u e l t a de los mil.m-M.-s a la ciudad
1. N o n m i . i l a . / l I J i e t t l I I de S'onaniola. las Marias cn el Sepulcro, miniatura sobre pcrpminn.
después de b reconstrucción, m á r m o l . . ' . o n . C i n i c h e Raccolte d \ne Antica del
ni • - c u a n . • i. I s i g l o x i . N o n a m o b . Musco Benedettino Nonantolinn e Diocesano d'Arte
Castello Sforzesco 452 523
*a. E v a n g e l i a r i o , f o l . 45 v —.———• •—•
5. Mibn, relieves de Porta Tosa, presunta infamantes del emperador Fedenco B a r b a r m i
v de la consone Beatnr de Borgofu. mar.: -ida mitad del s i g l o M I M i l a n . C i v i c h e 2. K henau. li dipn* de Hamberg las Marias en el Sepulcro, miniatura sobre pergamino.
Raccolte d'Arie Anoca del Castelli» Sfciv , 452 al l e d e r d i 1010 (?) M u n i c h . Staatsbibliothek, ms Msc. B.bl 140. fol. 69»- —
6. Lìppo Mcmini, San Gimignano. Pala* . S.da del C o n s c i o . M a j c t u d , ci podestà Nello
3. Pi Evangeliario, el evangelista Marcos y la página inicial de su Evangelio, muujtun * " U f

p m u ñ o , m i l . i d i l e i siglo x i l . Florencia. Biblioteca Medicea Faurenaanj. ms Acá c Doni 91.

deiTolomei. fresco. 1317 455 525
7. Bresaa. Broletto, salón, escena de pini infamante (la expulsión de los milites de la
4. \.,., isgrán. Evangeliario de ta Coronación, el evangelista Marcos, miniatura sobre pergamino.
ciudad), fresco, ea. 1270-1280 _ _ 460 526
. i n d o c u a n o d e l s i g l o i x . Vicna, Weltliche Schatzkammer der Hofburg, s. n , fol. 76»
8. Inglaterra. Ricardo LI de Inglaterra cn d ir. D O p mura sobre tabla. 1377-1399. Londres, abadía
5. l í , .ms. Evangehario de Blois. e l evangelista Marcos, miniatura sobre pergamino, segundo cuarto
de Wcstminstcr _ 467 526
d. I .iglò i x . Paris. B i b l i o t h e q u e Nauonalc ile France, ms lai. 265, fol. 7lr
6. rrèverft, Evangeliario de Coldenza. ci evangelista Lucas, miniatura sobre pergamino.^ 1000
LINA BOLZONI. Educar b mirada, controlar b i n t e r i o r i d a d : usos d e las i m á g e n e s e n la predicación en t . . I d e n / j . Lamlesbauptarchiv. ms 701/81. fol. 84v — — ' " J T T *
lengua vernácula de los siglos YJv v X V
7. S.oi.nia (-). Evangeliario de Ilfeld, el csangclisia Marcos, miniatura sobre pergamino, mediidos
1. Bonamico Buffalmacco. Pisa. Camposanto, m u r o p e r i m c t r a l m e n d i o n a ) . T r i u n f o de b .Muerte del siglo x i i ( i o n i n gen, Universitätsbibliothek, ms. 2" ihcol. 38. fol 88r „_ ^
(antes del bombardeo de 1944). fresco. 1330-1340 „ „.... 479 8. Vnalc . b B o l o g n a , procedente del presbitcno de la catedral de Santa María de la Aiunaón de
2. Bonanueu Buffalni3ceo. Pisa. Camposanto, muro penmetral m e n d i o n a l . vida eremítica, U d i n e , historias del N u e v o testamento, la Flagelación, fresco anancado. Ice 1348 Udine,
Museo d e l l ' O p e r a d e l D u o m o — — — - —— —"— "**' 532
1330-1340, frescfi, detalle 479
3. Bunanuco Buffalmacco, Pisa. Camposanto, muro penmetral m e r i d i o n a l , el I n f i e r n o , fresco, 9. P i n t o r d e l c í r c u l o d e V i t a l e da Bologna. Spihmbergo. catedral de Santa Maria b Mayor,
1330-1340, detalle 481 cabecera, historias del N u e v o Testamento, l-a Flagelación, fresco. 1358 — 532
4. Piero di l'uccio. Pisa. Camposanto, galerín noroeste. Cosmografia, fresco, I 391 482 10. Aosta, colegiata de los Santos Pedro y Orso, historia de los apóstoles, Egea condena a san Andrés,
pintura m u r a l , ca. 1015-1020. detalle - . — "
5. Inglaterra. Summa vitiomm et vtrtutum. caballero que combate c o n t r a los s'icios, miniatura sobre
pergamiao. mediados del siglo xiu. Londres. T h e B r i u s h Library, ins H a r l c y 3244. fols. 27v-2Sr. 491 11. Aosta, catedral de Santa M a r i a , histonas de Moisés, La plaga de ¡ai mostos, pintura mural,
ea 1030-1040. detalle . ~ 5 1 4

6. íbehit de mentía mtagmum me vanorum opera, círculos que representan las correspondencias
12. Toscana o c c i d e n t a l . V i r g e n con el Niño llamada -Aladre de los Niños-, talla policromada,
septenanas (sacramentos, dones del Espíritu Santo, obras de rniscncordia. virtudes, vicios,
principios d e l s i g l o x i v . C i g o l i (Pisa), san ruano de la Madonna dei Bimbi " • •— **•
cualidades del cuerpo y del alma), dibuio sobre pergamino, último c u a r t o del siglo x i v .
13. N i n o Pisano ( a t r i b u i d a a). Virgen con el Niño llamada Virgen de los Vetturini, olla, sexto
Florencia, Biblioteca Medicea Laurenraana. ms Pluteo 30.24, f o l . 5v. 493
decenio d e l siglo x i v . Pisa. Museo Nazionale di San Maneo —————— - ™
7. Tbebtt de saentia imaginum ÚtXt vanorum opera, tabla con representación de la " T o r r e de b
14. Pisa, cruz p i n t a d a de San Pietro i n Vincoli, temple sobre tabla, mediados del siglo am. Pisa,
Sabiduría-, dibujo sobre pergamino, úluum enano del siglo x i v . F l o r e n c i a . Biblioteca Medicea
iglesia de San P i e t r o i n V i n c o l i - ——• - - 537
Laurcnziana. ms Pluteo 30 24, fol. I r 494
15. Ranshona. Sacramentano de Ennque II, retrato del emperador Enrique H miniatura sobre
8. Taddeo Gaddi. el Arbol de la Vida, fresco, séptimo decenio del siglo X I V , Florencia, Santa
p e r g a m i n o , p o c o después de 1002. Munich, Bayerische Staaobibüothck. Clm 4456. fol. I Ir..-.. 518
Croce. M O S C O dell'Opera 494
16. L t u t h a r d o y Berengario (escuela de la corte de Carlos el Calvo), Codex aumu de Sin Emmeram,
9. Tbebtt desaenüa imagmum sne vanorum opera, interpretación simbólica del serafín, d i b u j o sobre retrato de Carlos el C o i v o , minianira sobre pergamino, 870. Bayrntche Staatsbibliothek
pergamino, úlumo cuano del sigloXl V. Florencia. Biblioteca Medicea Laurcn/.iana, C l i n 14000, f o l . 5v - —- -~ —
ms Pluteo 30.24, fol. 3r. 496 17. b r e a , Evangeliario, C r i s t o en Majestad, miniatura sobre pergamino, principios del siglo m
10. Simone Martini y Lippo SÍcmim, Anunciación, temple sobre tabla, 1333. Florencia, Galleria Ivrea, Biblioteca C a p i t o l a r e de Ivrea, ms 40/LX1, fol. 7r -
degb Uffizi „ „ „ 501 18. Ivrea, Sacramentario de Wanitondo, símbolos de los evangelistas, miniatura sobre pergamino,
1000-1001. Ivrea. Biblioteca Capitolare de Ivrea, i m LXXXVl/31, fol. H I r SW
616 T I T U L O D U LIBRO

ARTfRO CsRUJ QLTNTAVAIIX, El viaje, la imagen, la herejía: la transformadón del sistema simbólico
de la Iglesia entre la Reforma gregoriana y la herejía càtara

1. Bolonia, complejo de San Esteban, iglesia del Santo Sepulcro, interior, siglo x i i <<D Foto Arturo
Carlo Quinavalle) 545 I N D I C E D E NOMBRES
2. Fomovo di Taro (Parma), iglesia de Santa María de la Asunción, lachada, figura di! peregrino,
piedra, principios del siglo \in. ( © Foto \miro Carlo Quinavalle) 557
3. Nichnbus, Verona, basilici de San Xenón, tachada, historias del Nuevo Testamento Unida a
Egipto, piedra, ta 1135. (?> Foto Arruru Carlo Quinavalle) 558
4. Bonanno Pisano, Pisa, catedral de Santa Maria de la Asunción, transepto derecho. Puerta de
san Ranieri". Huida a Egipto, bronce, ta. 11 SO. (© Foto Armro Carlo Quinta* alle) 558
5. Modena, catedral de San Gemini ilio lana septentrional. «Puerta de la Pesquena • . .irquivolta
con historia-dol nclu arr. te ) dmtel con faHiaiix. piedra, 109"-1106. ( © Foto \rrnro
Carlo Quim.rr.ilk) 569
6. Wlhcclmi'. Me'ni.r.' iti r: .> n <• n intano, fachada, historias del Génesis, Atta de Sor.
picara. 10««- l ì Or. | , ;\.n-. Qumtavalle) 592
7. Jara (Aragón; cxii ! i ripario de la puena occidental, cnsnión entre dos leones,
piedra, I0S^-H"> Ó ; ...
:
. •.• • jTntavalle) ~ 592
8. Lcr-n fCa-ttlLi | León i n * kl ra Lulo meridional, timpano de la Ponada del
Cordero. Agr,.,- D ••.•<• 1101). ( © Foto Arruro Cario Qmntavalle).... 593
9. Conque- (Franaa * Ü ootoFoy, umpano de la puerta occidental. Abdón. ii 104, 562 Alcukis, Alexandcr 183
Juicio Final, santa¡Fi ti i i Iglesia, piedra. ¿a. 1110-1115, detalle. Abelardo, Pedro 25. 74 Alexandcr.JonathanJ. G. 466, 520
(©FnioAmiroCarl'i OtírntaVaJl ~ 594 Abgar. i de Kdcsa 293 Alfonso VIL rey de Castilla y de León, llamado d
AceurM . uinsconsulto 513 Bueno 446
10. Nichnlaus, Ycrrm.i. r.itctir.1' le Ss • • de la Asunción, pórtico, figura de Roldan, piedra,
Aceto. I rincesco 561 Alfonso X, rey de Castilla y de León, llamado d Sabio
ca 1135-1140. CfJ l o t o Arturo f lado '.ijmr.n alle) ™ - - - - 595
Adele. i - iidesa de Illois 43 3 117, 193, 197.205,274,211-232
11. Bciimaire (Langiicdoej. iglcv.' .:• !'ame-do-Pommiers. lado septentrional, friso con
Ailelrin» alad de Mahiicsbury. obispo de Sherborne 432 al-Haram, Abül-Hasan 'Ah i b. Abi Balr 188
CSLCIUS de b Pasmn, L'¡t/r:j CfíUt, piedra, a 11 50 - **00 Alhazcn de Basora (Ibn al-lbiiam) 363
Adeodafo, escultor 603-604
12. Saiiu-Guílheiii-le-Uesert (Langueduci. abadía de Saint-Guilhem. ábside derecha, altar con Adeodai.». h i j o de Gorrón 604 Alí, califa 216
Maicsta.; Domini y Crucifixión, niannol. ta. I ISt). ( © Foto Arturo Cario Quintavalle).... 602 Adriano I . papa IS. 6 6 , 68. 183 Alighicn. Dante 160-166, 173-174,415,458.459,
13. Gruauionie y Adeodato í->, Pistoia, iglesia de San Banolomeo en Pantano, fachada, dintel de Elredode Rieval. san 74. 157 488,510
la puerta central. ¡ncndu/idid dt samo Tamas, piedra, o*. 1160-1170. ( © Foto Arturo Cario Aertscn, Jan A. 149 al-Mustansir bi'lláhi, Ahii TamimAbaddben 21S
Quiniav-allc) - _ °Ü3 Agnello. Andrea, llamado Ravunnatc 183 Aloy de Monriirai 248-249
1 4 . Lucca, iglesia de San Frediano, fuente bauusmal. los soldados del faraón atraviesan el mar Rojo, Agubardodc L y o n , san 2 0 , 6 9 Alleaume, escultor 21
mármol, ca. 11K0. { O Foto Arturo Curio Quintavalle) 605 Agosüni. G r a u a 247 A l l o . E B . 129,508
Agustín, Aurelio, san 19, 28, 30, 54. 57, 60-64. 67. Ambrosio, obispo de Alilan, san 57,61-62, 71,74,
70. 08, 123. 129, 1 3 1 . 150-152, 155-159.213, 77-78, 138. 145, 183,260,410.412,431,451,453,
324-326. 41 5-416. 420, 429, 482-483, 500 561,563
Agustín de Canterbury, obispo, santo 213 Ambrosio Aurperto, abad de San Vtnccnzo al
Aimon de Faversham 1 88 Vulturno 138, 145
Ainaud de Lasarte, J u a n 245 Amprino, Gcmma 2-19
Alain de L i l l e 2 3 , 3 1 1 , 415, 423. 497, 584 Ana, santa 111,113, 117,121,301,546
Albenco, sacerdote de Fougcrcs 72 Ana Comncna, historiadora y noble bizantina 301
AMicro. L e o n Bacusra 4 3 , 341 Anacleto U (Pietro l'ierleow), anúpapa 360
Alberto de Aqinsgrán 2 1 6 Anastasio I , emperador de Oriente 306,280
Alberto de B r a n d c m b u r g o , cardenal 45 Ancona, Alejandro de 247, 596
Alberto I I I de Futiría 359 Andaloro, María 85. 88.91,119,186, 534
Alberto Alagno, san 29, 30, 157, 4 2 4 Andenna, Giancarlo 460
Albizi, Bartolorneo 195, 200 Andcrgasscn, Leo 255
Aleuino de York 132, 142-14,318,340,345,353 André,.btques 197,336,350
Aldobramlesea (Alda) de S i e n a , santa 202 Andrea del Cistagno 365. 463
Alejandro 1, papa 562 Andrea del Sano 463,473
Alejandró U (Anselmo da Baggio), papa 561, 587 Andrea di Bonaiuto 123-124
Alejandro I I I (Rolando BandíncJÜ), papa 472 AndrcoMi, Bruno 389,391,405
Alejandro de Hales 37 Andrés, apóstol, san 101.181,184.5,281,376,534,
603
Alejo I C o m n e n o , emperador de Oriente 292
Alemann-Schwartr, Moníka v o n 243 Andrés de Creta, san 184
Alessandretn. Gianfranco 495 Andrés de FIcury, aliad 101
618 ARTI I H I S T O R I A EN LA E D A D M F D I A 1 1 1 ÍNDICE D I .VOMhuís 619

Andres Salos. san 2 8 1 Bacon. Roger 424 Benno lliscop. san Ì6J B o d i I. J e a n 23
Andronico 11 Paleóloeo. emperador de Oriente 3 0 7 Bagnoli. M a n i n a 599 Benno de A m a n o , san 69, 553
R i i i ilileaaaaiia. W. 340
Anccla d a Foligno 2 0 3 , 5 5 6 Baldinucci. Filippo 470
B e n n o d e N u r s i a . - in 101. 124. 171.321,329,551. BocrMrr.AII.cn 80
Anpelidi, Christa 1 9 6 B a l d m u i j o h n F. 293
5*2-553. 560. 561 -5Ä2, 566
Balestrato. Duccio 385 R o e r , v\ t e c a d e 354
Angencndt. A r n o l d 5 0 8 Beniamiri, patriarci 186
Balimsains.Jiirgis 93 B r - ; : c i i G i r a n o , Sofia 166
Anplhcnode Saint-Riquicr 3 2 4 Benjamin. Walter 276
Rango, 1 sidro 126 Boi tpfloij, F r a n c o i s I I , 133,180
Anònimi» de R o i h c l i n 218-210
Bennett. Henry Sranb \ 400 BOD-Jr. 110
Anonimo d e York 1 8 . Bansch. Birgit 533
Benoii. IUII I X m u ! 4H Bo 'iieru. Giampiero 389
Anonimo R o m a n o 4 6 2 . 4 7 0 Bano.Onasio 4S0. 488 h

BciiN.i. Mban 16? B-i'inirr. Heinrich 187

fluaaiiii i a n 1 2 a * 0 i Baracchini. C b r a 244. 24fi-24~. 4 7 « . s J 7 . 604 Bensì. Mano 54« ItoiLnd" G i o v a n n i 351
Anselmo. c*eultor l4**. 4 3 « . 4 5 2 . 5 8 7 Baragli. Sandra 335, 354 Berengario, m i n i a l o . i%ia 5I H
An*clm->dr.\**u.s-n 438 Bologna. Ferdinando 2 4 6 . 3 8 7 , 4 5 8 . 4 6 9 , 514,
Barben. Sandra 246. 534 Ber e n g de'litur . 28-20
Anieiam, B e a t j r n o 24A. $ 9 ° - 6 Q J , 604 Barbien. Giuseppe 460 531-532.544
Balilla Marco 33*. M 7
Ancelarn» mayftri *•"] Barocchi. Paola 483 Herg. K n u i 525
Bolvig, A « l 467

AnuKiin». l A l ' i e ' u r a l . a r ^ h u ^ ' d t F b / r u n d a 37 B o l z o n i , U n a 356. 358,477-478,488,490.497

Baromo, Giacomo 318 Bergli i .. P e t e r 5 i S
Amonui. *UvK i o t i M9.ÌU WQ-22l 2«.41S 47i.
t (
Barrai i Altec. Xavier 09,446. 45h. 4*7 Bergli. h.han *44 B o n a do P i s a , s a n t a 201

Rarxoiti. R i c c a r d o 19$, 4 8 0 Bnnaiiu, Francesco 480

A i * t e u m , i r Pa4u& Berlin] ri. Bonaventura 122 B o n c o m p a p n i n i a Signa S I I
Banhes. Roland 275.323
A n U M t r * d - P u ' r r o i u , '\u''t~ t C 4 u a V 473 Birn.it *an 299. 11 x Bonligli, Niccolò Aunfico 38
Ranoh Langeh. \mlio 457
\p:lt* 5^ Bernal* Massini,i K l
Ha n o l i . m e . a p o s t o l . s a n 185 Bonifacio, san 124,326,370
App Im, H u f * - ' Berna. •••de S i e n a , s a n 40. 495-496. 498-499. B o n i f a c i o V O I (Bcnedccro CactaniJ. papa 468
Banolomco AlUza 193
Apu-'c»T» l a a c R >• 501 »3.620
1
R a n o m e u de R o b i n 126 Ronne.Jcan Claude 124.128
Ari^^rr/ori Rudot* .:»•.• Beni i pnniado de Croati a 446
Haschet.Jerome 104. 108. 157. I K 0 .320. 3 2 4 . 4 7 1 . Boor.Carlde 277.289,304
Aict, Agufl.i. ; r* Remar d'Angers 22.23.65.70,200-201
478 Bordone, Renato 402, 557
A r d o l E s n i a r a g O ' . - i d t AUIJHII •' Benin i rie C l a r a v a ) , s a n 6, 2 5 , 4 0 . 64. 67, 72-78,
Basilio I . e m p c r a d o r de O r i e n t a (lift-307 Borenius, Tancrcil 466
A n L e n o i l e I n t i m i . u:>. ir.-i -e o . , - . a 4 5 l 109. _'+s. 2 6 6 . 3 6 0 . 4 3 1 , 5 7 8 . 5 8 2 . 584-587. Bomstcìn. Christine Ver/ir 596
Basilio de C e s a r e a , e l G r a n d e , s a n 1 " , 1 8 1 . 4 1 2
Arnn i . I SSV " s 598. 6 1 1 . 6 1 7 . 620 Borras Gualís. G o n z a l o AI. 105,107
Basilio el Bastardo 299. 305
flllllfilllM 1 1 1 . 1 5 2 . 3 * 7 , . . 4 2 . 4ZHL 4 1 1 Benin.!.. Sdsestro 4 1 5 , 4 2 3. 424 B o r r o m e o , C a r l o s , san 47
l- < •• n H u b e n 20
Ark.nni. W i t u m m e d Btnur.los (ieldumus 592
Batschmann. Oskar 43 Borsook. È v e 119.138
Armi. C E d » 5 t * Rimliai«li, Karl Heina 51
Bnskovns. Millo* 200
Banapha R i c o . Lucia 469. 484
Amohio 5 4 Bcrold.. do Milari 196 B o s ó n I , r e y d e la Ba/a B o r g o ñ a 21
Battaglia. S a h a t o r e 486
Arnaldo d e Boncval 7 4 Bendi. ( affa 1 0 2 . 21 I . 4 4 3 . 4 5 1 . 527 Borran, Giovanni Gaetano 484.487
Bactistoru. A n d r e a 487
Amolduv Kni m e r a n i n i c n s i s 264
Bauch. Kurt 511 Benohtn. Ci.Lodovico 187. 483 Hot l a z z i , G i a n l u c a 187
A r n o l f o d e Milan 4 S I Benolotto, Claudio 249
Baudelaire, C h a r l e s 347 Boiucelli, Sandro 463.471
AnuiHo de Camma 2 6 4
B a u d n de B o u r g u c d 433 Bcrtrada, roina d e los francos 263 Bourdieu, Pierre 270
Arnioni. E n r i c o 4 7 3
Baum,Julius 255 Rediin.inn. L u d w i g C . 451 B o u t c m y , A n d r e * 533
Anuro (Anliur) 5 6 8 . 5 6 °
Baumstark. Rcinhold 305 Renarmi. Rosanna 483 Bo> le, J o h n A n d r e w 177
Anus d e lire tana. : cj>r Arturo
Bauuer, R o b c n - H c n n 101 Bcmni. Sergio 120. 525 Brancoli Busdraghi, Pieiro 400
Ashwunh. H c n n 143
Baxandall. Michael 6. 42-»3.477 Bcutier. C h n s n a n 20 Branchi. Manapia 522
Asot Rosa. Alberto 4 7 8
Beato de f i l l i 1 1 92. 137,427 Besan. F d w y n R o b e n 50 Brandi. Cesare 120
Astolfo, areobispo d e Alaguncu. san 1 3 9
Brain/ de Borgona, empcratnz 452 Biagio, s a n 104-105 Brandt, Samuel 137
Astrapas. Nbgucl 2 ° 8
Beck. H e r b e n 40 Bialostoeki. J a n 212 Braun. Joseph 194
Atanasio d e Alejandria. san 1 4 . 2 9 3
Becksmann. Rudiger 32, 359 Biduino, csculcor 510,604 Brcdrkamp, Horst 16-17
AteiiuKo, abad d e MonteeaKono 3 3 0
Auben. Marcel 1 1 6 . 5 8 4 BccWith. lohn 85.87 Bierbrauer, Katharina 538 Bregno, Andrea 517
Aubnui. Michel 3 9 5 Beda ei V c n c r a b l c 19. I 58, 3 19. 363, 5 7 4 Bicrman, Irene A - 330 Brcmond, Claude 486
Auerbach. Ench 1 6 4 . 4 8 8 BCdier. J o s e p h 568, 570 Bilhngton. Rachel 320 B r e n k , Beat 89, 102. 359-360. 519
Auflaauser.Johanncs B . 2 7 8 R a g l a n , abad de S a i n t e - F o y de C o n q u e s 588, 594 Binding, CJunilicr 346 Brcnon, Anne 600
Auienrieth. Beate 1 0 6 . 5 3 4 BekaercGecn 344 Binskj. Paul 466
Brentegani. Gerardo 190
Aulenrieth. Haus Pcicr 5 1 4 Bekker. Immanuel 289 Biondo. Flavio 472 Bressec, Edouard 253
\- M a n i Elisa 4 4 3 Bcleihjuan I9| Bischoff. B e r n h a r d 262. 299. 527 Brevegiicri, Bruno 514
Belisario 288.450 Blair. .1..lui 390,391,395
A i e n i i e s (Muhammad lbn Rushd) 1 2 3 B r i g i d a de S u c c i a , sania 126.521
Bchaev. L c o m d A . 177 Blakc M e i l a m , S a r a h 517
Avril. Francois 5 2 9 Brogiolo, G i a n Pietro 390
Ayres,LanyM- 3 1 8 Bclöng, 1lans 1 5 , 6 . 2 7 . 4 2 , 4 8 , 180, 246-247. 308, Bianca de F r a n c i a , hija d e L u i s D C 510 Branca, Vittore 199
Bliefcle, P e t e r 43
AzcarJtf Ristori. J o s e M a r i a 126 3 5 2 . 3 6 8 , 4 5 0 , 4 5 3 , 4 5 5 , 4 6 8 . 5 2 4 , 5 3 6 , 541 B r o o b . E r n e s i Walter 289
Auo d e Frignano 4 6 1 Beltrami, L u c a 451 Blocklcy. R o g e r C . 303
Brow-n, Peter R o b e n Lamont 455,551
Bcllmau, Claudio 525 Bloch, Herbert 33 1
Brown.SlurkyAmi 455.551
Bellosi. L u c i a n o 459 Bloch. Marc 404, 554, 568 Brueloier, A l b e n 508
Babic. (Joidana 536
Baco. Michele 1 7 7 , 1 8 2 - 1 8 3 . 2 0 8 . 2 1 0 . 2 1 4 . Bencdicio I I I . papa 340 Bloch. Peter S20, 522, 527, 530 Brùcfcncr, Wolfgang 464
2 2 2 - 2 2 3 . 3 6 5 . 4 5 3 . 5 2 4 . 531. 5 3 6 . 6 1 1 . 6 1 8 Bencdicto X I ( N i c c o l o Boccalini), papa 123 Blume, Dieter 368, 468 Bruderer fcjchbcrr, Barbara 119
Blumenkranz, Bernhard 446 Brugnolo. Furio 500
 A R I E E H I S T O R I A I N L » E D A D M r DIA I I I INI»ICE DI Nosinitrs 621

Bruna. Denis 167 Chavanncs-Ala/cl. < . l a u d i n e A . 535 Cor.suntino IX Monómaco. emperador 220
Carlos I I . emperador. Ilaniado ci Calvo 28. 263. 347.
BmncUöchi. Fiüppu 44. 517 367. 369. 372. 538 ChercBe.CtiUmM. 8 7 . 3 2 0 Constammo Acrripoliia 286
Brunello. Franco 531 Carlos Pi*, emperador. I conio rey de Itolitmia 41 Cherubini, G i o v a n o , <Ks. 3K6. 4 0 2 . 4 0 5 , 4 0 7 SulbcS 214, 304
Bruni. Leonardo 51T Carlos W de Lmcmburgo. empCTadoi 46H Chcvalitr. t i e s s e l i i? Con,!ari*a. abadesa 33,41. 102, 181.259.316,525
Buccio di Ranalln 199 Cirlos M I , re\ de Francia 34 Chiappa M a u r i , K m . - 4 0 5 OiOstanaa de Altavilla, empcratriz 316
Bucero, Marami 46 Carlos Mane! 17. 369 Chielhni N a r i . M a n i e r i 203 (.omini. Gianfranco 316
Buckmn. D.iv>d 2*6 303 Camioly. Eliakun 217 d i m o i m i . < i i o r g i o 1119 Cononiiador de Tudcbodo 216
Buddensice. Filmano s2" Canies, Gerard 3 40 Chnsie. VVCM 9 4 , W . 9. 102, 129, 132. 3, 136. Ciopc.T-Rougier, EJuabclh 150
Carocci. Sandro 3K5 141 5. 1(11 1 opo'» di Alarcovaldn 454
Bucnaormuni di Ragmcca (B. da Basmoregio), san
3 0 . i : : . 157 Carr. Ephrem 290.293 C h n s t m . i Hivier 47 CorOO\ VirgilioC. 544
Carraio 569 Chnstoo. l'.uiagion-. I K 9 C o r m K k , Robin 18«'. 303
Bunahnaccc fBunanuc» di Caisndorn. Uarnado) 478.
C i a n u m i ' i . | uiva 247 Cornelio, papa, san 563
479. 4S. 4fc" Carruther». M a n J 317. 123.477
Come, Keliccca W, 454
Burcardr. <ic \V<irris CasaJio. Paolo 531 Ciardi 1 1
i p r t i l a l 1% . i n e t t o . M a r i a G r u j a 312
Cononcsi, Alfio 385, 405
Burgham. Susanna I P Casaglia. Mano 317 Ciccuii. Ni ircelo 4s%
Cosinas Iiidienpleustes 81,421
Burle. Pe:i' J • Casaerande, Carla 47S Cicerón i L i r CO I n b . . S4. 1 1 0 , 2 8 4
Cosine, san 86, 292
Burmahu 5tW Cascali*. Jaume 115.249 Ciggoi i.i N e Ih 211.214 Coulmg, Dand 335, 354,358
ßurrcv, Manscn.j. ' ! . Cassanclli. Rohcno 196 Cimaln. i unni ,|, i - , l l a m a d o ) 458
p ( l >
Gracco, Giorgio 539
Dwebtui i Bui i : • : • • i Cassano. Raffaella 443 Giman i o i g i 192 Cramp, RosemaryJ. 363
Botar. \hàu* 4*4 Cassan.Jran 1)3 Goool. ' l.nidio t o s . 4 6 1 , 46H. 9. 480.484.495,5711 Cranach. familia de pintore* 47
Bylmt Sui-*- . •
1
( j « i a n o . tiiovanni Al Cipnar han 105. s o * Crescendo, san 120
Cj>Md>. Brendan 456 Cipnar l . i s . i o c.t-t i l i o , o b i s p o de Cartago 65 Crisanto. san 562
Clamai. \T i n i ; .H '• 1 Cassma. Ciaeran 255 Cariaco ' i i c o n o , s a n 562, 596
Calate. Rnuttfl . • • CastaCTietn AndnM 3H9. 391. 2. 394. 5. 402 O r i l o di I m i s a l t - i i . flan 62 Crispm, Gilbert, abadde U'cstminsrer 23
Cabml. Fcrr-md I " . •,:,< Casteìnuovo. Ennco 3.9. |I6. 124, 187.242.245, Ciane h-. Michael T 319,321,326,333 Cnstiani, Marta 28
Cadei. Antonu> 441.M1 255. 256. 315, 338. 343. 344. 347. 352, 354. 358. Clark. W i lleno IL 323 Christina de Alarkyaie, santa 320-321
Cagiano Aüvidn. Aluluhnee'i'» .»4* 359. 362. 386.4111. 368.443,450. 47H. 500. 507. Claudel Paul 175 Cristubaf, san 178-179, 466. 611
Caiani, .-urna ."4K 519.534, 568. 597.602 Claudi... i r t l i i d i n . i n o 87 Cnvello. Fabrizio 2, 367, 519. 539
Cali... Alda »C Casr ci nuovo. Guido 173 Claudio nlMftpode T i i r i n 2 0 , 6 8 - 6 9 Crou e, Joseph Archer 112
Calciibo 42u Castjncirj- < • ni • Manuel Ani omo 99. SH8 Clansstn. I'eicr C o r n e l i a s 4 4 3 , 4 6 8 Ctcnas. cucnco 271
Calcca. Antonino 245,4*7.537,604 Castracani. Cascruccto 488 C l c m c m . de Al e |.ind ria 53-54 Curschmann. Alienaci 320, J22
Caliope. santa 298 Casm. Serenella 244.256 Clementi V I { P i e r r e R o g e r ) , papa 312 Cusano, Nicola (Nicolas de Cusa) 159
Calmo 1. paju, san 53. 5". 112 Castronoso. Simoncna 315. 539 Clodoveo I , rey ile los francos I 12 Cuibcrto.arzobupodeOncerbury 6,66
Cabxto 11 (Guido, condì de Borcrina), papa 5H~ Cauldi. Milita 521 C l O d W o I I . rey de N c u s t n a . de líorgoña y de Cutler. Anthony 17,211. 270.276. 289, 298,302,
Calbclc, Nicolas »01 Catalina, cundesa de Chartres 111 Austrasia 337 306. 308. 309
Calò Mariani, Maria Sitila 443 Catalina de Ale andria. santa 31. 208. 221. 240
( Cockcrell. Sydney C . 124
Calvuiujuan 46, 48. 184 Catalina de Siena, santa 31.251.489 Cohen. K a i h l c c n SI 5
d'Aiuto, Francesco 330
Calliope Alcleduoc 2 8U Catòn. Marco Porno 61 C>ihn. N o r m a n 24
d'Amelio, Anronia 525
Camlidlom. Duilio 366 Causa. Raffaello 246 Cola di Rienzo 4 6 1 , 4 6 2 . 4 7 0
Cavalca. Donacnico 480. 482. 484. 487 Coletti, V i t t o r i o 478 d'Onofrio. Cesare 543
Cornine. Michael 589
Cavalcascllc. Giovanni Ballista 312 Colgrave, Bc.rtr.nn 319 d'Onofrio. Mario 547. 557
Caiiunarosano. Paolo 368.455.459.473
Ca* allo. Guglielmo 12. 317. 8. 324. 5. 329. 331 Colonna, Iacopo, cardenal 1 19 d'Onofrio. Salvatore 167
Campm. Rolitn. ; M i r Maestro de FlcmaUe
Caviness. Madeline H . 320 Collareta, M a r c o 247 d'Ona. Filippo 317
Camporcale. Elisa 247
Cecaumeno. Giovanni 279 Collins, Roger 535 Dachs.Karl 527,530
Candea, Virgil 215
Candidus Bruun ile Fulda 69 Cecebclli, Carlo 83.86.88 Collodo, Silvana 409 Daria, santa 562
Ceeiha. virgcn, santa 186, 562 Comba, R i n a l d o 408 Daddi, Bernardo 208-209
Cangrande I della Scila 513
Cangrande II della Scala 470 Cedreno.Jorge 289 Conant, K e n n e t h J o h n 588-589 Dagobcno I . rey de los frana» 262, 263,324
Cannaroza. Giio 496 Cenmni, Cennino 531.540 Concioni. G r a z i a n o 531 Dalasscno.Juan 288
Canova Mariani. Giordana 312. 524 Cenala no, Miguel 214 Cornicilo. E m m a 192 Dalla Palude, familia reggiana 461
Capitani. O i d i o 408, 607 Cesar. Cayojulio 288. 330.466 Congar, Y v e s - M a r i e 143 Dalla Risa. Fausta 488
Grandini. Andrea 387 Ccsareto. Paolo 551 Conrad v o n FCrosigk, o b i s p o de Halberstodt 299 Dalli Regoli. Gigetta 604
Caravaggio (Michelangelo Mensi. Uamado) 273 Cesario, diàcono, san 203.563 Conrado t i , emperador, llamado el Sálico 451 Dimaso 1, papa, san 261
Carbone». Eduard 249 Cesario, ohispci de Arles. san 203.563 Conrado I V 231 Danuan.san 24,71.86. 185, 186,292
Cardini. Franco 544 Cesano de Htisierbach 203 Conrado de E b c r n a c h 7 4 Daniel. Walter 74
Cariato, Carlo 505 Cliaboi.Jcan-liapus-ie 285 Constable, G i l e s 170 Daniele da Volterra (Daniele Ricciarelli) 47
Carli. Enzo 246. 501 Chamoux. Francois 520 Constanrina, hija de C o n s t a n t i n o 1, emperador 84 Darrouzèsjejn 214.215,304
Cailomagno 16, 18. 66. 68-69. 263. 265, 267. 340. Chariand. Thomas Marie 478 Constantino I , emperador, llamado el Grande 37-38, Dassinanii. Ernst 86
352-353. 441. 450. 47|, 527-528. 542. 556. Charaer. Roger 312.319 345 Dai trini», Lorenzo 15
567-568.570. 594. 614 Chastcl. André 36. 110. 520 Constantino V, emperador, llamado C o p r e m m o 17 David, rej-de Israel 100,107.110. I l i , 118, 280,
Cariootin. rey de \ - • ri - 263 Chastcllain. Georges 335 Constantino V I I P o r f i r o g e n e t a . emperador 271, 281,321,358.466,594
290. 303 Davidson, Bernicc F. 312
 I N D I C I DI N OSI B R I S 623
622 AlTÍ. E H I S T O R I t IN L A K.D.\n MllUA III

Ennujuc I I Plantag« n e l 2 2 7 Faustino, san 4 5 1

Dawil. \nvclme 212 DoJtschurr. 1 nisi t o n I M Favreau, Itoliert 5 0 5 . 5 0 7 , 5 1 4
Fonone I I I . r e y d e I n p l a t c m 4 6 6
¿e Banholonucii, Vincenzo IW Dodttcll i harles Reeinald 1 1 6 , » 2 0 . 3 2 2 . 3 1 6 . 1 6 1 . Fé de Agen, «ama 2 1 , 2 5 , J l . 2 0 1 , 3 7 7 , 5 6 1 , 5 9 4
Enrique f V , cnrperatHir 3 1 6
Je Bcnedicm. Cnmna ' 4 * 43* F i b t r e . Lucicn 4 8 0
F.nrnjuc \, f i i i p t t . i ' :
de ßb«i. Nfcah 4 M Dohmcn. t jSnstoph 50 f ciicmnu. Laura 1 4 3 . 4 5 2 . 561
Fnn,pic V I . e i i i | i t i ' ' " i 3 1 7
de Biasio. Bernardino 255 DiMnenKo da Pectudi 4sn I tm ne» I, cinpcradnr. llamado BxMrrnu 450, 4$2
Enrique i l e Ccmstan/ J 55
de Francos ich. G C J J 243,246.601 Ikonungodt ( i u / n u n . santo I . ' 1 -*"i>, 4 7 2
1)• .inini:ii ,U Sora, santo l"> Entupo nV < ifinfjc t K

de Gramínea. Francesca 2*2 i ' . f e n c o I I . emperador 1 9 7 , 1 1 6 , 4 1 1 . 4 4 1 - 4 4 4 . 4SQ

I >•-mingue/ Rodneue/, Ana 11" F.nnipu L'I ' -also 5
dcllame'.Chruiiiphcr 12*.368.511
Donaiello 165,461. 516. 5 1 " Enntpi«' Sus,) 2 * * 4M
de Malfa, Fernanda 346,511,544 I l'.nuigcf, Lyoncl 3 4 9 , 3 5 0 , 6 1 4
Epifanio «le (Chipre i 1
de Marchi. Andrea 244.252 Dnnaio. Mana Momea 244 • 459,461.474.500, I . Idj. Ilartmui 4 0 . 4 7
Fpilani.. de Salami i ' 59-60, 6 2 . 6 4 . 6 7
de Ro*«. C.Kn inni Bamvia 1U.505.614 524 I ilroano. san 5 6 1
Fpilam- «li.ul »Ic *s i ' i V i n c e n z o a l V o l t u r n o 3 9 5
de Ruhet» Finia 50" • .talos j . R u ' . i u l « s I chpc. aposlol. tan 1 8 5 , 5 6 2
Frlan.l. ..unitili-' Main 2 4 9
de Sananti. Sabino } M .l-niled. Herben m I * Jipe I ! Augusto, rey de Francia 2 2 7
F.rmaiiM • Ja Sssaol' 1 i t o 4 5 7
1

de Seta. Ccsirc MJ) •otet. Martha W 514 I thpc 111. <lu,|ur ile FWgoiia y conde de liando,
Fnnol.i. -teello '
Debonenic. Pierre |7f vd«i. Gcsifgc» 185,368,554 -»4 llamado el Bueno 254, 335
Ernst, i 'rieh 3 5 7 . 4*>0. * I 6
Dclrernen, Charle* 210 ' . . . - i . . .Ii IhioniiiNfinia 120. 1-4.45« Felipe V I de Valois, rey de Francia 2 6 7
Ersen. >lu*<|>oilt (
ipua 5 8 7
¡ 11- - 1 Icrmjnn 80 ' -he»rw. 1-iHlls 261.14». 54* Felipe Augusto, rey 267. 158. 546
Eschen h, W ' o l l i . i n i v o n 1 4 7
d;?l'lnni«ccnn. sjui-rvclia »52 . ..m. Lawrence G 12" Felipe el Canciller 2 9 , 3 0 , 1 8
Ksmcii- urna C: -i 408
Dcgraio. Donata 40" I Kdccio 245 I l i . obispo de Nota, san 14. 54
Fiop,»
ildTicppn. Mann l*-"2.402 »ummlef. F r m i 14s. 1*3. 450 Fernando I I I . san. rey de Castilla y de Leon 197
EnjMftol -aiiccsea I I 5 . 1 2 6 . 1 2 7 . 2 4 9
D=Uni\.Bradlri.lo*eph 120 >.Hin). I rancotsc ts. 180. |«6 Feroun. Alanus 5 4 4
Esptnd n u f s p u c k I n m i m n i c . san 1 8 1
Delaplacc. Chmnnc 1 " " Dungal de Samt-Denis 68.60 Fcrran, .Michele Camilo 2 7 , 192
Esicb.li> 111 4 4 . A 4 . ° 6 , 9 8 , 1 0 2 . 1 1 2 . 1 1 4 , 1 1 5 , 1 2 5 . Ferrara Vettore, Paola 3 1 2
Debil»«. Isat-dlc 520 I »ptu\. Cccile 14. 17.45.46 •'
I
2«K. Ferrer. Vicente, tan 1 7 5
Ddcnrmi. Carlo 4-8.480.4SI. JKh.4W,.4'"'. 1 >uran • i • r, Agusun 24s FsteluT s o r e r o t l c Li IgU-sia G r a n d e de
Dtlumcau. lean 4M I liar and lannit 2~0 Ferrerò. Giovanni Stefano, obupo de Vrrrrfli 241
Con*.i ••••! i 2''**
deUAtOjua. I . 55?. 110. 145.152. MO, 163 Durando. (.ilknrMi.ohtspo de Mcndc Fern. Claudio 5 ) 1
»6. 7 3 . 2 1 2 F.stebai' papa, san 2 6 1 ) , 5 6 3
della Chiesa. G-oroedo 250.402. 51«. 5*1.556 Durando de San Porciano 37-18 Femia. Antonio 8 4 . 5 0 5
Ksicli.ni I íes- de H u n g r í a , l l a m a d o c i Santo 4 5 0
Dcmctn». dt letal«-ruca, van 212. 2«! Durbat. Marcel 588. 59?. ?<M Ferry. Marcel 2 5 5
Esteban ' i o b i s p o i l e ( J c r i i i o n t 2 1
Demut. Ott« 26. «2. «I. HM. 107, 1 IS Duval. >tctte 50« Fcrzoco. George 4 5 7
Esteban IV, papa 4 5 ( 1
Demut. Gcucce F 2«0 Fidia. 5 1
Dcnn>. Dun 447 Esicb.ni ite N o w g o r o d 1 »H
l a d ! . - , «anta 126 Ftais. R a t m o n t i I 39 Ficsctü. Guglielmo, cardenal 512
Dcichamps. Paul (S* 1 hbon. ar • de Reims 5 2 6 F'dibeno dejumiégo 137
Ftclhcrtii. rey d e K c n l 3 2 5
DeudeiHi. rei dt < ' >• luaiLurdo* I9| 1 ••:»• • Margania 13-34 Filien, Mana Teresa 6 0 4
Etienne ile \'eni?y 1 5 6
LVsidcno de Autcrrc. <>Uspo. san 262 Eco. I m b e r t o 111.328.443 Filipico. refe militar Uuntino 2 8 9
Desnlmu Je Bene» enio. ;u>r Drsidtno de Ftpurch 2 6 2
Edgcnon. Samuel V . J r 150. 4 6 2 Eudneia. n o b l e bi-fajntiiia 2 I 3 Filón de Alc-andria 5 4 , 4 2 1
Munictaranu Edmundo, s.m 411 Eufemia, santa 2 5 5 . 2 9 9 , 5 9 5 Fillitz. Hennann 2 0 . 168
Desidtnodv Muiitecassino 101. 186. 367. 561-56), 1-duardn I . re\ de Inglaterra 466 Fina d i Patato Bu/^accanm 1 2 0
Eufrasio. bi|o d e l a r c h i i h à c o n o 8 7
566.575. 587 Eduardo I I . tvy dt* Inglaterra 466 Finbcrg. Herbert Patrick Regina M. 186
Fufrnsio. obispo d e Paren/.o 8 7
Dctpuni Philippe 25 I duardo I I I . ic» de Inclaterra. llamado el 466
Kufrosine A l a r i n a . m o n i a 3 0 2 Finncy. Paul Corby 5 0
Dem. ruer. M É 527 Erren, san 4 2 « Eufrosine. e m p e r a t r i z d e O r i e n t e 2 8 3 . 3 0 2 Fioravanti. Gianfranco 4 8 0
Dcubntr. UdMie 292 FiUniuiidit. Strphanos 2 7 9
Eusebio de Cesarea 1 6 . 6 0 - 6 2 . 1 8 1 Firpo, .Massima 1 9 2
Dtuchler. Flurcut 120.250 Egberto. arrobis|io de Trctcns 1 6 7
Eustacio de I c s a l o n i c a . o b i s p o 2 1 5 , 2 9 2 I-ìta, Fidel 2 0 5
Devot. Paul 544 Egt-a. procónsul de Acava 5 1 4
di Matten. Colette IÜ4 Eustauuio, san 1 0 6 Flajthaus. WcnrcI 3 8
Egidw. abad, san 2 5 4 . 3 6 9 . 5 6 1 . 5 6 4 - 5 6 6 Flasch,Kurt 1 J 9
di Teodoro, Francesco P 112 Fuciquio. n i a r n r r o m a n o 5 6 3
Egidtu de \\'it-ner Neustadt 2 5 4 FlavioJosefo 5 1 . 1 0 7 , 4 2 1
Didmn. Adolplit-Sapnleon 151. J52 Euüquio, p i n t o r 2 ° s
Fgidio Roí i • 1 0 Fiorenslai. Pavcl 1 4 2
Diebuld.\ViUiamJ UM. 321 Eutiquio, san 2 9 8
EginardolEmhar: 2 0 . 3 4 0 Focas, obtspo de Swiopc, san 5 6 1
DicLamp \Vdhetm 153 Eutropia, s-irgcn d e R e i m s , santa 1 1 2
Dildirr. Gerhard 196. Ivy, 4 0 0 Fagil , abad dt- Fulda 6 9 Evans.Jnnn 5 8 8 Fnallon. Henri 9 3
Finhorii, Jürgen Werinhard 1 2 2 Fono, parrinrra de Cnsianimopla 214, »82
Dinnvr. Maiic-Anselme 58J Evans. M i c h e l 4 9 0 , 4 9 1 , 4 9 2
Elbern. \íkior I leinnch 2 0
DiniotL.Jainei F. 327,521 I'jcuperío. o b i s p o de l ò l o s a 6 2 , 6 9 , 7 1 Folda.Jarodav 2 1 8 . 2 2 0
E l u a , Flavil < .niha Augusta, santa 2 2 0 , 5 5 °
Dusdorf. Ludsviy IVI. 281 Fonseca, Onùno Dannano 3 9 5
Eligió, san. obispo de Nuyun-Tournai 2 6 2
Diotlctiaoo. Cat-o Auicbo Yalcno. emperador 260 Fabre. Paul 5 4 3 Fontainejacques 131
I linan•!• • .1. I roidmonr 7 4
Dióg enes Laeroo 420 Fagiolo, A l a r c c l l o 5 4 3 Fontana, AUna Vittoria 2 1 6 , 3 8 1 . 4 5 7 . 4 6 0
Eiliger. Walter 5 0
DioiuvHi. uUspu de ii Ii • san 561 Fahd.Toufic 3 8 9 Fon.CW 188.308
lJncne-1) • -a.rt-Ii. ' i ' 345
Dionisio. uUspu de .Atenas 147 Fanfam. A. 2 4 6 Fossier, Robert 172
Dionisio. obispo dv Paris, san 21. 267. 347 Fainquc. monie 5 8 6
Farr, C a r n i A n n 3 2 6 , 3 2 7 Foucnrt, Bruno 5 2 0
Dionisio Allopatia (Pscudu-Dionisio) 76. 90, 150. Enrique I , re) de Alemania, el Pajarero 4 5 0
Fasi no. .Ester 3 3 5 Fouquel.Jean 3 5
147.412.415.414 F'nnquc I I . emperador, llamado el Santo 3 2 8 - J 2 9 ,
l'aure, P h i l i p p e 1 5 2 Foumier, Gabriel 1 7 1 . 1 7 2
130. 373. 411 527. 5 2 9 . 530, 538.9
 ÍNDICE D E NOMBRES 625
A R T E F. H I S T O R I A L N LA E D A D . M E D I A I I I

Giusti, A n n a M a r i a 2 4 4 . 533 Guillermo 1, rey de Inglaterra, llamado el

Fra Angelico (Guido di Pietro, llamado) +4, 77 Garfagnini. Gian Carlo 423 Giusti. Paola 2 4 4 . 5 * 3 Conquistador 400, 401,433,455
Francesco, hìjo de Accursio 513 Ganbaldo, obispo de Licia 264 Giusto d e ' M e n a b i i o i I 2 0 , 5 2 4 Guillermo de Auvernia, obispo de París 28,36,156
Franccscuolc. da Brossano 514,515 Garrison, Edward B. 537 Glaser. C u r t 179 Guillermo de Conches 110,423-424
Franceschini, Fabrizio 488 Gaspam, Francoisc 266 Godinan. Peter 53 5 Guxlíermo de Alalmcsbury 72,78
Francisco I de Carrara, llamado ci Yic-o 120 (.atta, Francesco Saveno 403 Godofrcdo de l ì n u i l l 19 '. .....¡ermode Rubnik 177-180
Francisco du A a . san 24,119. 132-123.197. 355.
S
Gato Perer, Mana Luisa 133, 196. 583 G o f r c d o . abad «lu S a i n i - .Albans 3 2 0 C u 'í'-nno de Saim-Thierry 6, 24,74
578.431.497. 501. Gatto, Ludovico 509 Goethe.Johann Wolír:tiijj 342-344 ( t- '.' rmrule Sens 363
Francisco de I-Iolanda S4 Gauduer. Mane-Madelcinc 520. 546
G o e t i . I Eins.-Werner -if JO G adJcrmo de T i r o 219,234
Franck, Simon 45 Gauuer, Paul 284
Goffeil, K o n a 5 1 7 Ouiílenno Durando 36,75
Franco da Bologna -158 Gauncr de Cluny 205
Golay, L a u r e n t 2 4 8 . lt. 251 C a b e r l o , abad de Nogent 23, 71, 72, 187.205
Franco Mara, Marta Angela 114 Gauner de Coincy 117. 201. 227-22S. J 1S. 239
Franco Tiziana 252 Goldschinuli. A d o l p h 275 ' . ijberto el Ciego 22
Gauzlin, abati de Saint-Denis 101, 264
G o l i n e l l i . P a o l o 3 1 6 . 55 I G u d c l l i , Chiara 337
Francovich. Riccardo 243. 244, 246. 387, 389 Gauzlino (Go*Iin|, abati de I-'Ieury 101
Gavazznli Tonica. Mana Eaura 461 G o l u b o v n l i . C o r t d a n » ' ' 188 Guido, hijo de Rinaldo da Piazzolla 241,454,456,
FranIKnhe'cer, Rudolf 530
Gcary. Patrick J. 24.257.284.551 GombncJi I - n u t H a r r . 3 5 7 , 5 1 6 , 5 1 7 514
Franwui, OouJ.n V-2.364
Gcilcrvon Kaiscrsbcrg, Johann 46 Gómez A l . >-ciio, A l a m u d 5 8 8 Guillo da Siena 454
FriÄr.r»no(d^ 5:7
Gelasio I I , papa 587 Goscchn. >onje 213 Guido Tarlati, obispo y señor de Arezzo 456
Fmt'. I.ojfA-ten 4îf.,478
Gelichi. Sauro 401 Gass, V l a d i m i r P. 4 4 o . 4 4 7 Guigon de Chárel 72
F edc'icn :*3.il 41
r

Frsedb-c. i ! . . - * 2 lo -V-* Geminiano, obispo de Modena, san 454. 561. 591 Gougaud • ouÍS 1 7 5 , 4HO GuiJIou, Andr<5 270.286
< ìeiLstnco. rey de los vándalos 261 GoulJet. nique 2 I Gules, véase Egidio, abad
Freetwu-, ftlffi *S. 19
Fri.wa*i '_*e.ìu. I'*.« M9 Gcnstni, Sergio 173 Gousset. ' . n c - T h é r e ; » c 1 3 3 , 1 3 4 , 143 Gurevich, Aron 554
x'ttedli?^, .tni: AJVrt 24; 4*5
ff Cenale. Guido 241, 242. 247, 250. 251. 253 Goya y 1 i cutes. F r a n c i s c o de 168 Gussonc, Nikolaus 538
Fnt.*jnaTi,.lr-iir. Ì',',*3L 4V0 Gerardo, arzobispo de Smonto 285 Gozbert. -uor del incensano de Treveris 144 Gutmann, Joseph, Son 50.80,82,83
FruvJiiin'.ltr, Paul - 1* Gerardo de Cambiai, obispo 22 Grabar. A. . I r é 8 2 . 8 5 , 2 7 7 . 3 3 7 , 3 5 0 , 3 5 1 Guy, conde de Pondiieu 401,615
Froilàn.-.U di-Lrufc.-au H î Geranio de \"alenu. beato 195. 200 Graham, i;».se 124
Frol-sw. Anioni* 282 Gerhob de Rcichcrsberg 75 Gramactn .Norberto 338 Haacbe, Rhaban 202, 325
Fronion. i-l'Upo l'i PengueuA USA 565 Germano, patriarca de (Zonscanonopla, san 184 Grandi. K- i z o 3 9 2 , 4 5 1 , 5 4 6 Haasc, Wolfgang 83
Frugoni, Arsenio 60" Genoa, Jean (Jean Chartier) 37.159 Gray. N i c k t e 507 llabcrmann, Alejandra 514
Frugoni. Chiaia 200.202.401,471.486.487.497, Gcrstel.SharonE.J. 273.298 Graciano 445 Hadennann-Alisguich, Lydic 91
500. 601.607 Gervasio de Tìlbun 432 Greci. R o b e r t o 2 1 4 , 4 0 2 , 4 0 7 , 5 4 6 Haendler. Gert 19
Fuhrmann. Morsi 538 Géza 1. rey de Hungría 301 Green, W i l l i a m W . 3 17 Flahrdoscr, Hans R. 227, 268
Fussbroich. Helmut 533 Gheroldi. Vincenzo 252 Grecnhalgli. A l i c h n e l 363 H a l d o n j o h n F. 273
Fumagalli, Vini 385. 389,401 Ghibcrn. Lorenzo 365. 517 Grccnhill, Frank A l l e n 516 Hallam, Herbert Enoch 386
Furlan. Caterina 532 Ghilarducct.Giuseppe 531 Grégoire. R e g i n a l d 5 5 1 Hamburger, Jeffrey F. 24,35,39,370
Furlam. Giuseppe 83 Ghirardim, Nazano 451 Ilamel, Christopher de 327,517, 594
G r e g o n o I , papa, l l a m a d o M a g n o 16, 19, 35, 4 2 . 62,
Funcrer. Use - 5 5 Giardina, .Andrea 387 Hamcsse,Jacqueline 368
65-66, 6 7 . 6 8 . 7 3 . 7 6 . 8 7 - 8 8 . 9 4 , 9 6 , I 5 8 , 319-322,
Gibbs. Roben 123 HampcFCarl 20
367. 3 9 1 , 4 4 4 , 5 0 8 . 5 7 0 , 598
Gigli. Ottavio 1°8 Hardouin.Jean 66
Gabont. Jean-René 245 Gregono V I I ( I l d e b r a n d o A J d o b r a n d e s c h i d i Soana).
Gil de Zamora. Juan 205 Hangar, obispo de Lieja 347
Gaburii-Chopin, Danielle 263 papa, san 5 0 8 , 5 0 9 , 5 8 7 . 5 8 8 . 5 9 6 , 6 0 7
Gilda, abad 351-352. 354 Hartzheim, Joseph 194
Gabrieli. Francesco 548 Gregorio de N'isa, san 14
Gdmor. Roben. Jr. 34V Haskell, Francis 356.366
Caddi, Taddeo 460.4VÎ-W4. 502 G r e g o n o de T o u r s 6 5 , 2 6 2
Giona, obispo de Orléans 20, 68-69 I lasse, Max 46
Gaehdcjoacmm IL 92,533 Grierson, P h i l i p 3 0 7
Giordano de Pisa, beato 211 Hauser. Arnold 594
Gage,John 342 Gnifoni, Matteo 456 Haussherr, Reiner 32
Gaillard. George;. 588 Giorgetti, Giorgio 40S
Gnvot, D e n i s 97 Hcfele, Karl 502
Cala Placida 84,421 Giotto di Bondone 7, 101. 120, 121. 165,210,247.
Grodccki, L o u i s 1 1 6 , 3 4 0 , 3 4 6 , 3 4 7 , 358. 359, 360, Heilmeyer, Wolf-Dieter 337
Gaietti. Paola 392 378.458, 461, 469. 473. 497. 540
520, 597 M M ; i . . . . . . Adelheid 111
Galvagin 569 Giovaiuieiu, Matteo 124
Gros, Pierre 117, 3 3 6
Gal va ri uni 569 Giovanni d'Andrea, canónigo 513
Grossatesia, R o b e r t o 4 2 5 Fleitz, Carol 143
Gallardo. Paulinu 96 Giovanni da Firenze, llamado Malizia Baranone 469
Grossato, L u c i o S24 Hempel, H . Ludwig 450
Gamberclb, Bernardo, llamado Rosscllino 517 Giovanni da Milano 254
Gruaniontc, e s c u l t o r 6 0 3 Henderson, George 104, 118,325.
Gaincson, Richard 318 Giovanni di Pagino 248
Grube, E r i i s t J . 365 Heiischen, Godefroy 202,214
Gamurrim. Gian Francesco 544 Giraldo Camhrcnse 520-521
Gmbmuller, Klaus 320 Heraclio 1, emperador de Oriente 291,306
Gandillac. Maunce de 150 Giraldo de Aurillac. san 200
Grume), V é n a n c e 4 9 , 195 FIcrbig, Reinhard 337
Cirardo, c&cultor 452
Ganz. David 318 Gualaz7.ini, U . 461 Ilergcnrothcr,Joseph 214
Girano, juez 510
Ganz. Peter 324 Guerreau, A l a i n 149, 1 5 1 , 167 Héxitier, Francoisc 150
Garcia de Corutear, José Angel 168 Gisela, emperatriz., mujer de Conrado I I 435 Guerreau-Jnlabcrt, A n i t a 1 5 0 , 175 HerkloLz, Ingo 337,495
Garcia Guatas, Manuel 105.107 Gislcbcno, escultor 97 Guerrero L o v i l l o , J o s é 1 9 3 , 2 0 5
Garcia Mars'dla, Juan Meente 45Ì Giudici, Corinna 247 Guerric de S a i n t - Q t i c n r i n 156 Herman de Colonia (Giuda ben David ha-Levi) 217
Gardnerjulian 119. 121 Giulüu, Giorgio 452 Guillermo, o b i s p o de B o u r g e s , san 114, 569 Hero, Angela Coiistantinides 284,288,305
Herodes Antipas 107, 561,587

626
Herodes et Grande 113
Herodias 113
Herold. Johann 3°
Herrada de Hohenburg 412, 423,432
Herrmann. Wolfgang 344
Herrmann-Mascard, Nicole 551
Hcnel. Gustav 36
Heo-rUm 350
Hei*. LiUicF. 350
'rL-.-^n, Rin 527
HihharJ Ile-vara $17 1
-Fhe*7.;.-u.-Evul 353
Uiwri", [.apa.san 8 0
HurrÌo»cbi<p^ de Pcittar «in 30.550.565
tfòa&tstr. '• fah$0. a? Tom, 75.212
'••
•• .
i Isaac Comneno Sebastocrátor 305. 3(19,310
-
. . .
! :&iw7i, K w i v r i 2 * 1
FH-T.'..TÌO dr 'xrun 7 4 . 1 5 2 . « $ 4 .
Hooiieu-eTi''. v»V»d'_meu".J M I
Horwrit- (.milito 3 6 . 3 3 -
Ho-ffu. NirhoU. 2 8 «
Howlctt, luciiard 451
Hulibard. Eduard Ai. 348
Huherirus, presbitero 358
HuecL, Irene 524
Hugo de Havigny 201
Hugo de Foglieto 74
Hugo de Fouilloy 322
Hugo de San Victor 76. 212, 319. 395. 562-564
Hugo, niome de Aunin, san 201
HuguesdeSaint-Chcr 154,156
HuiÌlard-BrchoU«JeajJ«-Louis-AJphonse 442. «443
Huizinpa.Johan 354,438
Huuibaud, obispo de Aua,errc 431
Humpthcr, WÙifri'ed 203
Hunger. Herbert 302. 306
Hurgronje, Christian Snuuck 547
Husjan 38,41
Huskmson.J.M 345
Huygens. Robert Burcliard Constanójn 218. 219
Huysmaus, Juris-Karl 147
lacobini, Antonio 85.102
lacotaetu. Fabio «464
Iacopo da Camerino 86
Iacoponc da Todi (Iacopo di lacobellu dei Benedetti,
desto) 470,483
Ihn Battuta 215
lldcfoDso, «ronde de San Egidio 586
Í N D I C E D E NOMBRES
A B T E E H I S T O R I A EN* LA E D A D M E D I A III
Juan 11 C o i n n c n o . e t n p r t a d o r 2 8 4 Kirnieier,Josef 538
Idungde Prufcrung 74 Juan I I , rey de F r a n c i a . I l . i m a d o c i H u c n o 4 6 6 - 4 6 7 Kirzinger, Emst 49, 106, 521
Ignacio de Smnlcnsk 340 Juan V I I , papa 91 Kl.ipiseh-Zuber, Christiane 34
Ignacio el Diácono 281 Juan X X I I « J a c m e Ò I I C M ) , p a p a I 5 7 K b - i n . Pcrcr 92, 9», 118,133, 523
Ihm. Clirista 86 Juan X X I I I ( B a l d a s s a r r e C-ossa), a n t i p a p a 5 1 6 Klingner, Friedrich 335
Inés de Montepulciano, santa 202 Juan A r b u i i t e n o s 3(11 Ktumper, Bemardino 37
In«cs. santa 120 Juan B u u i i M d , san 1 7 . " ; « . 1 0 2 , 1 0 8 , 120, 124. 190, ist- Alexander «443
Lnocencio I I (Gregorio Papareschi). papi 562,454 287, 2 9 7 , 547 ll.'OiTcI, Plfsmane 364
Inocencio III (Giovanni Lotario dei comi di Segni). Juan C r i s o s t o m o , san . 6 1 . 6 2 , 6 3 , 6 4 . 6 9 , 7 0 , 123. I . - Ii. Flugo 50
papa 27.85. 109,326.430,473 306 ' ' k r , Wilhelm 521,526,527,528,530,533,535,
Imo, hi|ode F.ipurch 262
Juan Da ni.i-.ee n o . san 1 4, I 7, 8 . 2 9 , 3 1 , 3 7 , 303 5166, 53R
logna-Prat. Dominique 21
Juan de C a p i s t r . i n o , san 40 F. oh Lehern, Franz 191
lotsaldo 71
Juan de F e r i » . u h 2 5 6 Ki-tninkova, Alane 38
Irene, abadesa de Chrysobalaion. santa 279
Juan de Frati- i . i , l u p i d f I iris L X 5 1 0 Konzal, VJclav 198
Irene, emperatriz., muger de León IV I 8, '»6
Juan de Cini lancila 197 K o r n . Ulf-Dietrich 32
Irene. ìnujerdcjuan 11
2S6 Juan de la t . iy ( J u a n Yepes y A J v n r e z ) . san I 75 Korieu-cg, Anna S. 522, 523
,: Irene. mu*cr de Juan Aloutoullas 2 0 9 Juan de W t . I . n r g 2 IN . 1 9 Koslofsky, Craig 40
babel de Inglaterra 427 Juan D u o . |,w| Kotier. Bouifauus 303
Juan Evang. . v i a . san 3 2 . 3 3 . 8 6 , 1 0 1 , 118, 119, 125. K o t t ' c . Raymund 530
Isaac de la Estrella 169. 170 136, 181 >»«, 2 0 4 , 2 4 5 . 2 9 9 . 3 7 1 , 4 2 7 . 5 3 7 . 544. Krause, Ingnd 350
Isarno. abad de San Victor 494 562 Kraudieimer, Richard 7,345, 524,544
Isdernus 553 Juan Sin T i a. r e y «le I n g l a t e r r a 3 5 8 Krcsicn, O n o 302,306
Isidoro, san 95. 158. 405-407, 415. 558. 564 Juana II, c o i ¡esa -de Evreuat, r e i n a de isînvarra FCrötzl, Christian 168
236.
Ivo de Chartres 71,72 267 K r o n i g , Wolfgang 254.255
Jubano, l-l.i- < J . i u d i o , l l a m a d o c l A p ò s t a t a 181 Kroos, Renate 533
Jaccard. Paul-André 232 Jungmann. .1 •eph A n d r e a s 166
Krusch, Bruno 337
Jacopo de Voragine 23 Juraschek. I uz v o n I 3 3 Kuban. Y. Dogan 274, 308
Jaime I , llamado el Conquistador 127 Jusj.cn. B e m
42? «423 irci 4 0 Kuder, Ulnch 527, 530
Jalabe_rt,D. 401 Ju^uniano I
H6. 123. 2 7 1 , 3 0 6 , 3 3 8 , 4 0 5 - 4 0 6 , 450, K u r m a n n , Pcrer 113
Jcflrevs. FJizabclh 288 556
Kurz, Orro 529
jcnbns.RomillyJ.H. 271
Kynaladis, Stilpon 215
Jenni. Ulrike 133 Radas. S o u n s I S O
lerendas, obispo de Sens 20 Kahn. J e a n - C i a u d e 1 7 1 Labande-ALailferr, Ivonne 104
Jerónimo, san 57.60-62.69-71.92. 131.221.431 Kahsnitz. R a i n e r 5 3 5 Labory, GHIcne 101
Jcudv. Golene 139 Kantorowicz, E r n s t H a r t w i g 330 Lactancio 61, 337
Jezler. Peter 14, 17,45.46 Kappel, Kan +43 Ladis, Andrew 493
Joaquín de Fiore 118 Kapries-, G c o r g i 149 Ladner, Gerhart B. 450,471
Joaquín, san 79,113,121 Karlstadl, A n d r e a s 4 6 Lafond.Jcan 116
Johannes de Caulibus 247 Karpozclos, A p o s t ó l o s 3 0 1 I..ihn7_, AI. Lucia 126
Johannes Pagus 156 Kartsonis, A n n a 2 9 9 L a i o u , Angehki E. 276, 308
Jones. LarsR. 209 Laniberini, Daniela 604
K a t z c n c l l c n b o g c n , A d o l f E d m u n d M a x 9 8 , 109, I I I
Jones, Philip James 389 I-ampros, SpyridonP. 288.292
-146
Jones, William R_ 50 Lancondli, Angela 405
Jordan. Heinrich 541 Kaufrtnann, C l a u s A l i c h a e l 127
Lanc. Edward William 292,451
Koenig. V e r n o n F r e d e r i c 2 0 1
Jordaous de Sajorna 203 Laue, Frederic C. 292,451
Kecks. R o n a l d G . 4 9 7
Jorge, aristócrata bizantino 292 Lanfraneo de Pavia 28
Keller, H ä g e n 3 2 0 , 3 3 0 , 4 0 2
Jorge, san 127, 190,274.275,276.278,282,286, Lan&aiico 561.568,591
Kelly, T h o m a s F o r r e s i 329
289,431,47, 569, 570, 596 Lanza, Antonio 222
Kemp, W o l f g a n g 3 5 6
Jorge de Pisidia 290 Lanzillorra, Accame 543
Kcmpe. A l a r g e r y 1 7 5
Jorge el Monje 184 Lassus.Jcan 80
Kemper, D o r o t h c e «443
Jorioz,D. 255 Latouche, Roben 212
Kendrick, L a u r a 3 2 4 , 3 2 6
Jose.reydejuda 82,89,104,119 Laufner, Richard 133
Kcppler, P a u l W i l h e l m 5 0 2
José, san 37,503,557,558,603 Laugier, Alarc-Antoine 344
Kcrschcr, G o r t f r i e d 2 2 0
Jose de Aritmica 246-250 Laurent, Vitalicn 304
Kcrsten, W o l f g a n g 7S
Josué, abad de San Vincenzo al Volturno 100, Lausberg, Heüirich 479
394 Kessler, H e r b e r t L . 17, 5 0 , 8 0 , 8 1 , 83, 8 8 , 9 2 , 1 8 1 , Lauwers, Michel 160
Joubeit, Fabienne 340 289, 320, 3 2 6 , 3 4 5 . 5 2 0 Lavarini, Roberto 546
Josna, sania 451 Lavickn.Jan 38
Kidson, P e t e r 3 4 7
Juan 1 ZimÍ5ce. emperador de Oriente 290 Lavin, Irving 320, 330
Kiefer, ICatherinc 5 3 5
Kirakos de G a n i a k 1 7 7
 Ì N D I C I DE NOMBII 629
628 A « l E E H I S T O H A I N LA E D A U M I » I A I I I

Alagistrctti. Alarci» 1 9 6 M a t i l d e de Canossa 561,596

Lázaro. monte y pintor de Constanrinopla 303. 561. Lorenzo, diácono, san 44. 62, 69. 71. 74. 77. 104. Maguirc. I I c n r y 2 5 .Maasse, H e n r i 271
604 121. 124-6. 257. 261. 365, 512. 517. 601 A l j h a n t . c o n d e s a t i c A r t o i s -466. 4 6 7 .Mateo tic Albano 75
Lorenzoni. Giovanni 365 .Maire A ì g u c i i r . J e a n - C J » o t i c 4 0 9
IJzaro de Bennu. u n , 210 A lateo, apóstol, evangelista 107, 154. 185, 299,426,
Lorrcn. Claude 170 Alaitam. L o r e n z o I 2 I
U Gortjacquc* 152. I8S. 245. 1S6. 389. 591.407. 427. 530. 582
Losenh, Johann 38
486. 554. 556. 568 A Entreva 1 7K M a t t e o da Coneggio 457
Lossly. Nicolas 133
U Mahn. Jacques 265 Majcako, G e o r a e I * . 3 * n .Matthew Pan* 28. 314
Leclcreq. Hcnn 3". 260. 50$ Lotario I . res de Italia y emperador 523
Maiala.Juan I K I , 2K(I. 2K|, 104 Matthew, F r c d r r i c D . 38
Lcchrcq.Jcan 25. »60 Lutano I I de Suplunburgu. emperador 47Q
Abile. E m i l c 9 8 , 4 7 7 . 5 6 8 , 5 9 3 A : j r r h i a e . Guglielmo 86
Lcgncr, Anton 167,265,520,Sí3 Louis de Chames, conde 111
boxati. LovaW M4 Malie. L I M I T I 2 5 1 .Matías de Succia 499
Lehmann. Karl 84
Lowdenjohn 81. 325 M a n e i i i c l l i . L a u r a 34~ Viaria N'azzarci di Mattile*, beata I9fi
Leirurir. Rila 96
Lubac, Henri de 132 Mancini. F r u i t i » 4xr, .Mauricio, san 21
1 emarijniitr.Jean-Francni» 395
Lubin.san Mane. P o r r i ne - K M . 5 2 1 . M . i ' . T o p o u l u u - T s i o u m i , Chryssamhi 189
Lemerle. Paul 2*6
Lubke. Wilhelm »52 Mango. C À T I ! 2 7 6 , 2 8 2 * * H Maycur, Jean-Mane 289
•• Vctind/c 364
L-nt--* Thnma* 4*1 Lucas de Tuy. obispo 25.37 Mango. A L , , . M u n d e l l 276.282.338 Mayólo, abad ile Cluny 71
Un:.*. \ L n h i v -64 Lucrecio Caro. Tito 337 M a n i a c i . A l : i i l c n a 3 I H . ^25 A l a y r - H a n i n g . Henry 93.328,329
W . r n t i í c h *9. M5.577 Luchvnni. \ìnni *6| Alanselb. R a o u l 3 1 6 . / . i n i . 6 0 7 A l c C a s h . June Hall 320
• Ludovico 1. rey de los francos > cmpcrj.íor. llamado Mansi.CÌK» . m D o m i n o » » /.4 AtccormicL, Abchael 271
•
el Pío 68-69. »2. 277. 340. 347. 4>". s 15 Alantcpna. (rea 4 / i H . ^ 1 7 . 5 2 4 AlcFónencE, Rosamond 318,319.325
Luis, ahad de Saini-Dcnis 264 Manuel I C m e n o , e m p e r a d o r d e O r i e n t e 292 Alcdica. . M a s s i m o 332
Luis Pi" emperador, llamado el Bávat -*H8 Manuel I I I ¿ l o g o , e m p e r a d o r de O r i e n t e 305 Aledicis, Jubo de, cardenal 113
1 uisIX. res de Francia, san 117. 17". 236. 267. 268. Manuel D i o.s 304
•
A l c i s c n . Karl 23
»49. 570 Map. W a l u -*2 Alciss. Alillard 123,254
Luis XI. rei de Francia 464
i. Alaras a l . I V : c 544 .Mcister, Afoys 203
Lullo. Raimundo 415
i •, . Lunghi. Elvio 244
Mara/j-.i. F«< n e . » 3 9 1 , 59*,, 5 0 9 Alelania. rnonja 307, 108
C¡ I.usuanti Siena. Silvia 345
M a r b o d o .) i ones 43 3 Alelanchton, Philipp 47
l«Mie •.'M.arfri' ••rfl'iip 53*• Lutero, Martin 46,47 Marcadell.i t . » . , s . , n n i 443 Alelioranskij, Bons A l 188
Lcuxie M " . . ; - > • ( L e a n t - Sí y n u e ^ - i m n . l l i a r a u o l Lutgarda, santa 24 M a r c e l i n o , m á r t i r r o m a n o . >nn 1 8 6 M e l i m i , Gian Lorenzo 245, 248
«Al,562. 5«6 578 Lutiohann. Chmuan 345 Marciano, i/,3 A l e m l i n g , Hans 294
Leone "lu-ei. >|4 Luzcan. Michele 392. 394 Marcdlat. G u i l l a u m e d e 3 6 5 , 3 6 6 A I c m m i , l a p p o 454,455, 459. 501
Leotioi ü- I ' i t ' i L ' j . t J , rr.u.. d'.' Ingl-ierra 118. !5 Marcos, e v a n g e l i s t a , s a n 9 6 . 1 1 8 , 4 2 7 . 4 5 1 . 4 5 3 .
Luzzanu. Gino 402
l

A l c n a n t , Frangois 402
L c o i i c i u . obbpn de NJ¡M>'-" *iH 525-528. 5K2
Lvman. Thomas \V. 588 Alencndez Pidal. Gonzalo 117
Leopoldo Ul. uurgriu- de Autrna. llamadt» el PÍO Marcai d e S : i \ 127 Alencstù, Enrico 317
MB. 614 Mardach. I - . b e r h a r d 3 9
L c r c a r i . Perm alie M I
Mabillonjcan 183.212 A l e n o z z i , Damele 14, 17,47
Alardoc 569
1(1.-1': Sll-MHIC 51 1
Macano ci Grande, san 486. 552 M e r c u r i o , san 181
.MacLay. Angus 175 Margarita d e C o r t o n a , s a n t a 197
Levjsu.Ampo 247 A l c m c n , Nathalie 167
AlacLcn. Kavmond 37 Mana M a g d a l e n a , s a n t a 3 1 . 2 I O . 2 4 2 , 2 4 S . 2 4 7 , 2 4 9 . A l c r s m a n n , Wlltrud 252
Lome. NbllonJ. 517 561
Levitón. Wdhdm 337 MacLenscn. Ludolf von 342 Alesqui, Jean 174
.Macrobio 63.420 Maria la de S a n t i a g o 2 4 9
Lauern i. |upa 88 A le iodio, san 18
Madec.tKHihcn 131 Maria S a l o m é , s a n t a 249
Liciniu. Valcnu Utiniano, emperador 207 Aletsys. Queniin 333,134
Licvaua-bíKcaóorJacquehne 253 Madonna. Alana Luisa 312 Manani C a n o v a . G i o r d a n a 208
Aletrmann, Walter 193
Lilla. Salvaiorc 150 MacLavsa. Kumiko 315.318 .Manchal. R o b e r t 508
M e t z , W i l h e l m 149
Ullich. Meredith Parsons 348. 359. 361 .Maestro Banomcu 115 Mannus. n o b l e b i z a n t i n o 3 0 4
Alcyer, Andreas 192
Ündberp. David C 154 Maestra de Flémallc (Roben Campin) 41-43 Mammón, Aune G e o r g e s 166
Aleyer, Johannes 39
Lindsay. Wallace Martin 336. 423. 574 Maestro <lc Maria de Borgoña 384 M a n i n de T o u r * , s a n 1 4 . 4 5 . 6 3 , 1 1 2 . 5 S O - 5 5 1 , 5 6 1 .
Alézoughi. N'oureddine 95
Lmguiu. Alcssandru 337 .Maestro de Oflida 240 563. 565, 5 6 9 . 5 7 0
Alichautl.Jean 507
Lmni. Alcssandro 333.464 Maestro de Saint Gilles 369 Manin, E d w a r d Ja Ines 49
MacsiTO de San Cristoforo de Barga 178 Aliguel Confesor, san 298
-.i-.il».. 283 Manin, F r a n k 3 56
Maestro del Biadaiolo 380 M a n i n . H e n r i - J e a n 3 12 M i g u e l , san 97, 103.112,178,220
Usncr. Margrit 40, 244
Maestro del Kcgnmiin Grcgorii 527, 530 M i g u e l I I , emperador, llamado Balbo 18,277
Liiavnn, Gennadij (j. 279 Martini. S i m o n e 6 3 . 7 1 , 120, 4 5 4 , 4 5 9 , 4 6 8 , 473.
Maestro Giovanni 102 M i g u e l V I I Ducas, emperador de Onentc 301, 306
Liudgerio, obispo de Münster, san 3 53 501, 509
LiulhardO. mimarumta 538 Maestro Mateo 99, 100 A l i g u e l Angel Buonarroti 47.48
•Marciai, A l a r e n X ' n l e r i o
Luto, Tm» 61 Maestro Nicola 102 A l i g u e l Confesor, san 298
Mirale, Iris 455
LoeiLc. \\ ilbam C. 83 Maestro Teodonco 41 Alichelozzi, Alichclozzo dì Banolome 516
Masaccio 43
Lungere.Jean 478 Magagnato. Lteisto 531 M i g l i o , Luisa 192
Mascanzoni. L e a r d o 4 0 2
López, Roberto Sabatino 476 Alaggi. Berardo, obispo y señor de Brescia 460 A l i g l i o . Alassimo 316
Maspero, F r a n c e s c o 5 5 1
Uireozcni. Ambropo 33.127.410,459.468. Alaggiam, Silvano, padre 340 Magne. Jacques-Paul 14. 19,87. 181,281,311.318,
Alammo, san 5 6 3
500 Mapstrak, Francesco 331 354, 363.489
Máximo de T i r o 6 4
MOlaer, Joseph 302
Masiino I d e l l a S c a l a 4 6 9 - 4 7 0
M i k l o s i c h . Franz 302
 I N Ü I C E DF. NOMDAES 631
630 ARTE E Il I S T O R I A E N LA E l ) * ! » A I E D I A I H

Ulschka, L e o n a r d o 3 3 7 . 5 6 8 Paskalcva, Kostadinka 533

Milanesi, Gaetano 312 Nello dei Tólomet, podestà de San Gmuetiaiio 454. Orígenes 5 3 - 5 4 Pasquali, Gianfranco 185, 389, 392,394,403,406
MflOjcic, Madimir 193 455 Orínnna, C r i s t o f o r o 3 1 2 Passoni, Riccardo 315
Milonc, Amonio 604 Neófito ci Recluso, san 190 Orkhan. s u l t á n o t o m a n o 2 8 6 Pastoureau, Michel 319
Miller. Edward 386 Neri Lusanna. Enrica 206 Orlandi. G i o v a n n i 3 4 1 Paasòs, Manuel R. 122
Mimicio Félix. Marco 54 Ncsbitrjohn 295 Oriandoiu. K r u n i s 2 4 1 . 2 4 2 , 2 5 4 P i - r e i . Giovanni, obispo de Grosseto 517
Mohrmann. ChnsUflC 548, 549, 550, s51 Netter. Thomas (AYaldcnsis) 38 Orofino, G i u l i a 3 1 1 . 3 1 31 8 . 3 2 ° , 3 3 2 , 5 2 5 P i . barn. John 154
MOÑO, Francesco 342 Ncuber. Wolfgang 490 Orselh. A l b a A l a r i a 4 5 3 Pedró, san 15,31.85,86,95, 102. 103,106. I N .
M o n c i a m . Alessio 450 Newton, Isaac 343 Orsi. O r i a n a 2 4 7 119. 120, 124, 125, 132, 142,147, 184-187,192,
M o n c u u n . M a s s i m o 385,38«, 301,403 Nicandro, san 563 Orsino, o b i s p o ele B o t i r f r i .. s a n I 14 230. 250, 290, 299, 326, 345. 448,450,451,543,
M c m i n M a r t í n e z . Jesús I I " Nicasio. obispo de Rcnm. san 112 Onalli. G h e r a r d o 4 4 I . ' I . 4 5 5 . 4 6 0 , 4 6 1 , 4 6 2 . 4 6 4 . 1 4 6 , 5 5 7 . 560, 561,563, 593
Morelli. Giovanni dì Paolo 100 Niccoli, Niccolò 517 471.472. ) - t Fedro I , zar de Rusia, llamado ci Grande 270
*W2jucf. Pene 115 Niccolò da Poggibonsi 222 Ossola. C a r i . . 2 SO. 4 7 2 I v d r o I I , patriarca de Annoquia 214
MeYbté» Abare,-- Stnn'n 520 Nicolas I L I (Giovanni Gaetano Orsini*, papa 435 Oslen. C í e n > i >n d e r 2 5 1 , 2 I v d r o Cantor 74
>!-rr.ci.t.'~v¿la 2 l Nicolas IV (Girolamo Alasci), papa 1 1 9
Otón de Fri? i n g a 4 5 0 . 4 7 I
r
F e d r o Damian, san 71,185-186
hin-v','.- Albrr.n di •GI.-.VWIBÌ 159. Nicolas V (Pietro Rainalduccil, antipapa -188
Otón r V de I i n v u i c k . e m p e r a d o r 358 P c d r o d e B l o i s 169,400
Ah.- I r -l&w IÉC.54fj Nicolas \' [Tommaso Paremucellt). papa 44, 77
Ousterhoui R d i e r t G. lí>7, 5 4 4 Pcdro de Éhnli 316
^S&^fBi ' > J T C l « o 4 $ J Nicolásde Mira o de Ban. san 23, 112.278.176,
Ovidio N a s o I'ublir» 6 1 Pedro c i Vcncrable, abad de Cluny 582, 584,589,
• : • 563. 604
Nicolas de Tolennno. san 124 596, 597
Pablo, apost san 1 6 . 5 2 . 8 5 . 9 5 . 1 0 2 , 1 0 3 . 106. I I I
Nicolás de \ "crdiin 414 . Pcdro Lombardo 29,156
•
- •- 119. 12(»
Nicolas de Verdun, obispo 561 5. 1 4 7 . 1 8 1 . 1 8 3 . 1 8 4 , 1 8 6 . 1 8 7 , 192, Pcdro Ala'rrir, san 123. 124
230. 25(1. I í 4 5 . 347. 4 9 2 , 542, 543, 546. 557, Pelavo, m a r t i r d e Cordoba, san 95
Nicéfon» G regonas 286
Niccforo 1. patriarca de Coiistanunoplj, llamado ci 561. 563 Pclckanidis, StylianòsM- 189
Confesur.san 18. I8S. 281. 285, 29* Pablo, moiifi '03-204 Penco. Gregorio 551
.'ìv"«*jnv, j ; T ; i o : « t t , T^'ÌT t*cj •aihirt i5*
Nicodemo. san 27.246-250 Pablo Silciu. io 3 3 8 - 3 3 9 Pcnlccth, Sandra 334
C^.astaiAi:iapb 2 ° 2
Nicomcdes, discípulo de san Juan 181 Pace. V a l e n t i n o S 5 . I 0 2 . 3 3 1 , 5 9 9 Pcraldo, Guglielmo 491
Monjorj-n > p l - m t - m . -*Ì-T-4W»
Nicholaus, arthuecto 558. 569, 595. >96 Pácht. O r t o I o
Murarti tóSiaaSf ' . 133, 2 5 3 . 316, 320, 3 2 1 . 4 1 5 . 4 1 8 , Perez Simon, Luis 122
Mosco, TfO'-'imr.! Niebultr. Barthold Georg 292 520. 540 Pen, Illuminaro 405
Moss, Clui'-T'j;tl.i'r 2 v , - W Nietzsche, Fnedrich Wilhelm 269 Pagclla. E n r i t 242. 246. 249, 2 5 1 P c n n , Patrick 170
Mostrrt, Marco * 1l> Nikulas de Alunkadivera 546 Paimcr. K e n n c t h 2 7 8 , 3 6 3 P e r o n i . Adrian 193,350,568,602
MoouwlIasJiwn 2 8 f t . 3 8 ? i 2 5 » 7 , 1 0 2 , 6 1 3 Nilo ci Smalta 181 Palaiologina. A l a r í a A n g e l i n a 2 8 6 Pcrriecioh Saggese, Alessandra 312
Muelki. Runhnld C. 3 8 5 , 4 0 8 . 4 5 1 Nuniiio. Mara 534
Palazxo. É r i e 2 I Pernia, Agostino 290
Aluessig, Carolai 478. Nora. Pierre 309
Pahoni, N'an/a 4 5 5 Peter, Hans 106, 345
Aliihibèrg. Fncd 24^" Norbcrg. Dag 16
Palladlo, A n d r e a 6 3 Petit, Lucien 303
Mùlkr. Cari Theodor 244, 2 5 1 . 2 5 5 . 3 0 2 Nordenfrlk. Cari 466. 525. 527, 535
Panazza, < ¡ a c i a n o 4 6 0 Petralia, Giuseppe 385
Alullcr. Frani: 4 6 Nordhoff. Joseph Bernhard 352
Pancracio, san 1 8 4 , 5 6 3 Petrarca, Francesco 7,433,514,515
Mumford. L e w i s 39? Norman. Diana 120.498
Paneracio. o b i s p o d e T a o r n i i n a , s a n 2 9 0 Petronila de Aragón. condesa de Barcelona 100
M U I K L Helene 5 2 0 Novatj, Francesco 484
Pandulfo A , p r í n c i p e d e G a p u a 3 3 0
7 Perrucci, Armando 286, 325,468,505,507, 509, 510.
Allindi, Barbara 2 4 9 Nové. Giuslauie 38", 389
Noet, Marta 124 Panclla, E m i l i o 4 8 0 . 4 8 8 511, 514, 515,517
AlonùUe-Samaraii. Golene 3 6 8
Nundmaro. diacono de Cinta 260 Panero, F r a n c e s c o 4 0 4 , 4 0 5 Peyer. Hans Conrad 546, 551
Muratori. Ludovico Antonio 3 4 0
Nunca Rodríguez. Manuel 588. 594 Panofsky, E r w ü l 2 5 2 . 2 5 4 , 3 4 7 , 3 6 0 , 4 3 8 , 5 2 9 , 5 6 8 , PhUlips, Derek 339
Muraiova. Xenia 4 1 1 . 4 3 0 . 6 1 5 . 6 1 9
585 Piazza, Andrea 436,471,484,539
Mumer, Thomas 4 5 . 4 6 Piazzoni, Ambrogio AL 330
O Carragáin, Eainonn 328 Panofsky-Soergcl. G e r d a 5 8 5
Murphy. Thomas Patricl 4 4 7 Picasso, Pablo 269
O'AIahonv. Felicitv 328 Paulitio de B u r d e o s , o b i s p o d e M o l a , s a n 14, 6 2 , 6 5 , 88
Murray. Alan' Charles 5 0 Piccini, Giulio 194
Oakcshon, Walter Frascr 107.327 Paulino de M o l a , véase P a u l i n o d e B u r d e o s , o b i s p o de
AÌOmcndi, Fiorentine 9 2 . 2 6 2 , 3 6 8 . 5 2 1 . 5 2 3 . 526, Piccinini, Chiara 335
OchsL-iibein, Peter 173 Ñola
527. 5ÌO. 5 3 3 . 5 3 5 , 5 3 8 Piccinni, Gabriella 385. 408
Minor?.. Roger Aubrey Baskerville 3 1 9 Odemi d3 Gubbio 458 Paolo U c c e l l o ( P a o l o d i D o n o , l l a m a d o ) 3 6 5
Pico della Mirandola, Giovanni 38,39
Odilon, abad de Cluny 71 Papamastorakis, T i t o s 1 9 6
Pierattini, Camillo 246
Nanulde, rema de k»s f r i i n c o s 2 6 3 Odofredo, jurista de Bolonia 513 Papini, R o b e r t o 3 6 6
Piero di Puccio 481
Napoleóni Bonapane. empcrador 2 6 8 . 3 4 9 . 364, Odón, monje de Saint-Martin en Aunan 201 Paraviefnl B a g l i a n i , A g o s t i n o 8 5 , 1 5 0 . 1 5 4 , 1 5 6 , 157, Pierre de Bruys 72,589,598-600,605
Nardclia, Cristina 4 0 2 Odón de Cluny, san 6S.71 159 P i e t r i , Charles 131
Narducci. Ennco 2 1 1 Odón de 'lòurnai 71 Park, D a v i d 8 1 , 8 4 , 3 1 8 . 3 2 0 , 3 4 9 , 4 6 6 , 5 8 8 P i n i , Antonio Ivan 405,407
Nantes, Belazel 8 2 Offa, rey de Mcrcia 391 Parker, E l í z a b e t h O 347 F i n t o , Giuliano 408, 409
Nasrallah. Joseph 2 1 5 Oidtmann, Heinrich 344, 352 Parkcs, M a l e o l m R c c k w i ü i 3 1 7 , 3 2 2 Pipino, rey de Italia 471
Neckain, Alejandro 7 4 , 4 3 1 Oikonomidcs, Nicolas 286 Parthcy, G u s t a v F ' r i c d r i c h C o n s t a n t i n 5 4 3 Pipino I I I , llamado ci Breve 263,347
Nees. 1-awrence 3 1 8 Oldrado da Tresseno. podestà de Alilán 451,461 Panridgc, L o t e o 4 6 0 Pippn!. Alartina 523
Nelson, Robert S. 2 8 2 Olivato, Loredana 460 Pascasia, santa 1 8 7 P i r i l l o , Paolo 409
Nelli. René 6 0 0 Olivetti, Clara 534 Pascual I , p a p a , s a n 9 1 P i r o n e , Emmanucllc 128. 520
Pascua) n ( R a n i c r o d i B i e c l a ) , p a p a 5 8 7 , 5 8 9
 Í N D I C E D E NOMPKIS 633
632 ARTE C H I S T O R I A E S LA E D A D M E D I A I I I

Rodmsori. A i t i N i m c 3 8 9 Salvini. Roberto 246. 568

Pirn. Picn-o 198 RabanoMauro 159-141, 143.422. 563, 574-576, Rodolfo da V a r a n o , s e f i o r d e C a m e r i n o 4 6 4 , 4 7 0 , Snhistio Cnspo, Gaio 61,62
Pisancllo (Antonio Pisano, llamado) 43 578,583 471 Sandberg-Vavaià, Evelyn 193,537
Pisano, Andrea 124 Rabel. Claudia 529 Roger I , l l a n i a t l o C i r a n C ' i n d e d e C a l a b r i a y de S i c i l i a Sandro», Dany 340
Pisano. Bonanno 558 Radler. Gudrun 32 442 Sanger, E r m i 491
Pisano, Giovanni 121,206,381.457 Radovan. wagisrcr 601 Roger I I , rc>- i l e S i c i l i a 1 < >r.. 4 3 4 , 4 4 2 Sangujnctfj, Beniamino Raffaello 216
Pisano. Nicola 381.457 Raepsact, Georges 91 RobauIt de F l e u r y , C i l i a r i . - 66 S. . . à r r e J e a n - A l a r i c 91, 183,192, 198,200-2,214,
Pisano, Nino 536.537 Raff.Thomas 338 Rohncbt. R c i n b o l d 2 2 1 i'.'H, 520
Pitarakis, Brigitte 276 Raitaello Sanzio 311
Rolando da P i a / z o l l a 5 1 4 S.n».*jgita, Alarco 488
Ragozzino, Mana 462
Ptaon 420 Rnldan 7 6 , 4 4 " . 5 4 5 , 5 6 7 5 6 9 , 5 7 2 , 5 9 5 , 5 9 6 Si r riago c i Alayor, apóstol, santo 86,99,111, 127,
Rahcvino de Ensinga 471
Plessi. Giuseppe 403 Romanini. A i i L ' i i i l a A l a n . i 1 0 2 , 4 5 1 . 5 4 1 , 5 8 4 . 595 1 85, 204. 447, 542-543, 561, 562, 566, 593,594
Raimundo de Capua 202
PimioelViein 01.422 Romano. Còd\ .nini 2 4 2 . 2 16. 2 4 9 . 2 5 0 . 3 8 7 . 4 1 0 . 5 3 9
Raimundo de Puñalón, san 123 Santiago ci Alenor, apóstol, santo 185,299
Plinio ti.\-tvsn 61, }>6 Romano. R n b - - n o 3 ( ) l
Ramachandran, Vilayanur S. 340. i4s .Santiago de Knkkinohaphos 101
Plotino 63-64. "¿7.350-351 Romano. Rugj ì c r o 4 0 5 , 4 H
Ramón Bercnguer IV. conde de Barcelona 100 Saiil. re> de Israel I I »
Pfotfcd 54, t.: Romano, san ì67
Rampuhl- Reinhard 250 S.ivarrcs. Francesco 249
r W h - i . Rr*fc 252
Rasmo, Nicolii 244 Romano, Serena 9|, r i o . 1 2 3 . 1 2 5 . 1 8 7 Savonarola, .Michele 524
i't.inrrti. D^r.T-l 43$
Raigar. abad de Fulda 69 Romano I I . t n . j . o r a d o r d e < > n e n t c 305 Saxcr, Victor 88, 89, 505
PiàrttatSewno 6M Raynaud, Dominiquc 1 59 Romero-Pos» 1 3 7 . 138 Sax), F r i t z 490
PcifJrjn SS Rcboldi. .Antorao 220, 221 Roncetti. Alar i 3 12 Sbriccob, Mario 474
- Recht-Roland 173. 250 Romg, Frana i Scalia. Giuseppe 451
I . - R^-dingcr. Ursula 45 Ronfani. M a t i r ,
i 484 Scaligeri (Della Scala), familia 513
RecmodcPniin 71.258 Róscner, W c i i . .
... r. 3 8 5 . 4 0 4 , 4 0 7 , 4 0 8 Scaraffia, Lucetta 168
Reinen.. Heribcn 251.255.528 Rosenqvist.J..
Schannat, Johann Fricdnch 194
X'CJ3-.'I, ftjU" '3v Rciskc.JohannJakob 303 Rosselbno. It<_ 11 H o f 2 7 7
i
Ft.-ns'- IUVÌ(W flft I V K M*. -t?i.4<:., 456.462, Schapiro, Aleyer 6, 212. 338. 347. 360ss„ 368,484,
Rcmcnsnydcr. Amy G. 200 Rossclbno d i ' • l a r d o 5 1 7
:

46". 4 6 7 . 3 " 525

Remigio, obispo de Reims, san 112. 262, 563 Rossetti. G a b r i - u n o d a P i s t o i a 5 1 1
Ptirtrt KinpU, S68 Remigio de AuAerrc 139 Rosscm Rn-//., Ila 4 0 2 Schcfer, Christian 188
Portoph.: i • • I .41 Rcmcrde Huy 414 Rossi. L u i g i de E l e n a 2 4 2 . 2 4 6 . 2 5 1 Schellcr. Robcrr W. 529
Possidio. '-»'. S3 " Renouard, Michcl 167 cardenal 313 Schcmrncl, Bernhard 523
Post. Regneru* íút uidut ñ2. 554, 543
!
Revel-Ncher. Ehsabcth 81 Rovugnam. A l i r i j Pia 3 4 5 Schiller, Gertrud 133,136
Poymcll, William Ì49 ReveyTon, Nicolás 340 Rotolo. F i l i p p o 1 9 5 . 2 0 0 Scbleusener-Eichholz, Gudrun 151
Pozzi. Giuvajuu 490 Rev-Dclqué, .Monique 168 Rotondi. G i u s e p p e I S 6 Schlink, Wilhelm 187
Piache. Anne 142,340 Rhie. Manlm Martín 178 Roullet. FJfrida 2 4 1
Schlosser, Hans 346,360,368,464
Prashkov, Liubcn 533 RianU'aulde 190 RousSel, R o m a n i 5 4 6
Schlosser, Jubusvon 346.360.368,464
Prcger, Theodor 282 Rnusselle. A l i n e 1 4
Schnudt. Victor AL 208
Piehubovic, Tomás, déspou dejoannina 286 Ricardo, abad de Sami-Vanncs, san 201 Roux, Juhe 5 4 6
Ricardo I. rey de Inglaterra, llamado Corazón de Rovctta. A l e s s a n d r o I 3 3 Schmitt.Jean-Claude 35. 152,167, 180.200-202,
Presiejuau IMI,432
León 466.467 Roy, Bruno 2 5 4 . 4 9 0 217, 320, 324, 328, 471, 486,490,520
Pnce, Ricliard AL 280
Ricardo II 468 Rover, Fugane 1 6 7 S c h m u k i . Karl 173
Pneuco. Salvalorc 552
Prigent, Pierre 129 Ricardo de I Icxham 451 Schnapper, Antoinc 520
Ricardo de Alediavílla 30 Rubingh-Bosscher.Josepha M a r i e A n n a i s 25 Schneede. Uwe A I . 191
Primasm, obispo de Adrumcto 145
Ricardo de San Víctor 157 Rudolph. C o n t a d 4 4 . 4 9 , 7 2 , 7 6 . 3 6 0 , 6 1 0 , 6 1 7 Scoto Eriugena, Juan 347
Pomo, sau 563 Rugo, P i e t r o 5 0 7
Prini. Wolfram 455,497 Ricardo Spadacracta, capitán al semcio de Todi 463 Sevcenko, Nancy P, 278,286, 290, 297,299
Rico, Francisco 99 Ruperto de D c u t z 2 3 . 7 5 , 2 0 2 . 3 2 3 Sereno, obispo de Alarsella, san 16,65,67,319,321,
['lisciano de Cesarea 110
Ruppen. W a l t e r 2 4 8 , 2 5 5 367,444
Pmchard, James Bcnncn 110 Richard de Founuval 313,323
Rusconi. R o b e r t o 4 7 8
Proust. Marcel 342.347-349 Richard de CJerberoy 190 Sergi, Giuseppe 3,9,338.362,402,450,507,519,
Ruschi, P i e t r o 2 0 6
Provero. Luigi 397 Riedl. Pctcr Ansclm 527 546, 602
Russo, D a n i e l 4 5 8
Prudencio. Aurelio Clemente 88,342,344 Riemeiischneider, Tílman 40 Sergio I I . papa 340
Rydcn, L e n n a r t 551
Pscllo, Miguel 301 Riess.Jonatfian B. 460 Settia, Aldo Angelo 395
Pseudo-Ambrosio 183 Righcio Tósú-Croec, Marina 584 Settis, Salvatore 387,474.486,490
Rigino di Enrico 244, 248. 612 Sabclio 123
Pscudo-Beda 245 Shepard, Mary B. 347
Pseudo-Buenaventura 247 Rigoni, Ence 254 Sabino, san 105
Slireve Simpson, Marianna 181
Pseudu-Kodiuos, autor bizantino del siglo xiv 273 Ringbom. Sixtcn 453 Sabino, o b i s p o d e A s í s , s a n 1 2 0 Sicardo, obispo de Cremona 191,580, 582,583
Pseudo-Maico 88 Ripoll Tarascó 245 Sacchetti, F r a n c o ì 9 8 , 4 6 9 Sidonio Apnlinar, san 345
Pueelle.Jean 41.117,227,236.239 RiUtJosef Alaria 35 Sacngcr, Paul 3 1 2 , 3 1 4 , 3 3 3 Siede, Inngard 522.523.52S
Robcrt de Thorpe 466 Sacu-ulf, p e l l e g r i n o 2 1 8 Sieger, Joannc Deanc 89
Quastrn, Johannes 79 Roberu.-r.Jean 335 Saladino 466 Sigal, Pierre-André 551
Quatta, Ada 315, 539 Robertim", Luca 22,200 Sali ni bene de A d a m 4 5 1 Sigcberto I , rey de Austrasia 262
Quintavalle, Arluru Carlo 312, 541, 544, 546, 547, Roberto I de AJUOU, rey de Sicilia 469 Salmi, M a r i o 8 3 , 4 1 6 Sigerico, arzobispo de Canterbury 546
568.583.595, 596.598.599,600,601.602 Rocháis, Henn-Marie 360 Salomon, r e y de I s r a e l 2 6 , 5 1 , 1 0 0 . 1 0 7 , 1 1 0 , 112, Signori, Gabriela 23, 385, 389,402,405,407,443
115, 123, 140, 2 1 7 , 4 2 1 , 5 7 5 , 6 0 1 S i g n o r i n i , Aiaddalcna 192
 I N D I C E P E N O M B R E S 635
634 A R T I t H I S T O R I A EN LA E D A D A I C D I A I I I
Terés i I b i n à s . M a r i a R o s o 2 4 ° Valenzano. Giovanna 595
Tertuliano. Q u i n t o S e p t i n m » F i o r e n t e 5 3 - 5 4 , 56' Vafenziano. Crispino 352
Silva. R o m a n o 250.160,604 Strobcl, August 129
Tetel, M a r c e l 5] 7 V a n Acl.cr, Licven 20
SuVagni. Angelo 505, 507 S r n i b . Maree) 250
Thihodeau. T i i i m i l i y A I . 2 1 2 V a n de \ è n .Paul I B I
S i l v a n o , o b i s p o do C i n a 260 Srubblebinejamesll. 120.205
Stussi. Alfredo 488.511
Thirsk.Joan 586, 391.404 Van deii i*.'. njiacrt. Anastaas 178
S i l v e s t r e I. p a p a , s a n 1 9 2 , 2 3 0
Súdale, Roben 40.19| Thomas, J o h n P. 282, ÌQ I
Simeón el Esubra. san 279-280 V a n Oicten, fa»Louis 188,283,304

Simone da C a s o n a -ISO. 4 S 8 4 9 0 . 4 9 2 , 4 9 3 , 5 0 0 . 5 0 2
Suckale-Redleísen. G u d e 538 Thiiinson,John fi 270
Van Kycl , -.-i.'iilia d e p i n t o r c s 42
Sueronio Tranquilo. G a y o 61, 270 Thoss. Dagiviar I 33
S i m o n . apósTol. s a n 122.185 Van J f a n 192
Thunnan, Robert A . F. 171
S n m o n , Bernhard t o n 450 Suger de Saint-Dcius 75. 266, 360. 5So V a n O . i enk J
33
Tiberio, c n i p c r . u l o r 270
Simsnn. Orto W » 108.142.340 Suiuier. Franco 463 V a n F.ip* r.brnccfc. Daniel 202,214
Tigler, G u i d o 6114
S i m i o n . Samuel bar 217 Suleiman, Susan 485 Varanmi . ' u n.Viaria 453
Tikknncn.J.J. HI
S i n f l i : . g - Í . i w e n , Sraale 193 Summcnhart, Konrad 40 Varanuu, Giorgio 474
Tissot, F r a n o n i 170
Stepidii Stlrcure 304 Supino M j i r i m , Paula 509 Varrón. Marco Tcrencio 54
Tiis-Dicu.iulc. M . m c - I c a n n . 19']
S J T Ì - . 5 r e h i d . . c c T i i i 2'J(! Sureda.Joan 249 Vasari, Giorgio 312, 365, 366,483,488
•iurmann, L H n k c 530 lèesca, Fictro ; r s
S « t v l l p d n . i . s i r i ~-7 Vasina, Augusto 385. 392, 394
-".« É flfjjpajff. s r l 8>" Susini. Giancarlo 387 lomas.apostol -...ito 136, 185, 286,287.460,466.603
Vassilakt, Maria 196
Suso. E n n c o 255 Tornasi!], mar.|uis ile S a l u t a 250
J i r l i ' T \ " i r r 5 n r i i f r : " í * ¡ ! : k i l l e r * |, r e n a 517
• . - Su a n e m i a . Hanns 254. 359, 520 Tomàsde A q u i n o santo 2'> 30. 3 7 , 3 8 , 4 7 , 1 2 3 - 1 2 4 . Vauchc/, Andre 180.197,551
Vauzclle,Jean-Lubin 365
149.150, l< 153", 1 5 5 - 1 5 7 . 163-165.415.445, V e c c h i o . Silvana 460. 461,469, 478
Tibacco, Giovanm 402,409
482-483 Végh.Janos 346
Taddei. Carlotca 603
Tòmasde C a n n ipre" 24 Velmans. Tania 520
Taddeodt Bañólo 120
Tomas de Fr.>iii ,, m 74 Vcnancio Fortunato 345
T a d e o . apóstol, s a n 185
Tomasde M ò d i i <l ò m m a s o Barsini) 4. 123 Vera, Domenico 371
Táfcl Gottlieb Lucas Fnedrich 292
Tornasi. A l i e h e l .'44 Vcrdon, Thimothy 312
Talboi, Abcc-AEuT Maffry 293
iole» *Y&juliC- W.
Ialboi. Charles Piugh 321 Tornei. Alessaio b .. I | O V c r g a n i , G r a z i a n o Alfredo 451
T a n c r e d o , rey d e Sicilia 316,317 T o m o l o , F e d e i ri \ 524 Verhulst. Adriaan 385, 391
>allcrr •.-irlei l i *
Tarasio. patnarca de Consianiinopla 279 Torre».Jean-Fi, irti 156 A'crkerk, D o r o t h y Floogland 325
R w w w v , P h i l i p p e -*>.. 1

T a r l a n . íamilta de A r c z i o 456 fomn. Iacopo 1 \t) Vermeer.Jan 270

S w i ^ A & à » 456
Tarzi. Zeinaryalai 179 Toscano. Bruno .'46 Verpcaux, Jean 273
aoreJ. A e n « 33
Tauben. Gesine 250.252 Tom. G i o v a n B a iosta 488 Verrier,Jean I l o
S w , Macho! 318
Taubcn,Johaiuies 250 Toubcrt. I l é l é m I K6. 448. 587
Suiomenu 62 Vezin.Jean 325
S p a d j Pinrarelli. Silvia 252
TavIor.JancHAl 333 Poubcrt,Pierre t'M. %<jt% 3 V 7 t Vtaìe, A'ìttono 251
T a v l o r . . M i c h a e l D . 121 Tranfagba. N'KOIJ 392
Spaniel. M u c r 45 V i b c r t o , a u t o r d e l l a m p a d a r i o d e la CapiJta Palatina
T e c l a , santa 279
Speciale. E u c i i i w 328,329,330 Traube. L u d u i g 3Ǥ6 de Aquisgran 1 4 3 , 144
Tedesehi. C a r i o 192.244.508
Speer. Andreas 1 4 ° . 346 Travaini. L u c i a 442 V ì c c n t e , s a n 104, 105
Tellcnliach. G c r d 187
Speri, Dina 337 Trcilcr. R i c h a r d C . 35,196 Victor, san 120
Temponni. lhldcgard 83
Spicaam. Amleto 396.390 Tnpps. J o h a n n e s 197,250,252 V i c t o r I I I ( D e s i d e r i o d a iMontccassino), papa 587
Teobaldn, abad de M o m e c a s s i n o 329-330
Spicscr. J e a n - M i c h e l 17. 3 5 . 1 9 6 . 2 8 9 . 306 Tristram, E r n e s t V V i l b a m 466 VIellcfond. Jean-René 290
Teobaldo P o n u n o , obLspo de Asís 210-211
Spinello Areuno 124.531 Trocschcr, G e o r g 254
T e o d o b n d a , r e m a d e los l o m b a r d o s 508 Viclliard,Jeanne 543,564,594
Spruigcr, Pcicr 520.533 Troncarci!!. A l a r r e l l i n a 222
Teodora, emperatnz 271,277,279,450 V i g o Trasancos, Alfredo 99
Stabile, G i o r g i o 154 Teodora, cmperauiz. mujer de Teófilo 18 Troncnn, R e n a t o 342 \ igo,
r
Pietro 99, 194
Stalhngs-Taney, Alan- 2 4 7 T c o d o r c i o de O r o 2 7 9 . 8 0 Tronzo. W i l l i a m 84, 283 Vikan. G a r y 294, 520
Siallman-Pacitti, C y n u i i a J . 290 Teodonco. peregnno 218, 219. 2 2 0 Trotuaann, C h n s u a n 1 57 A'illard d e H o n n e c o u r t 437, 461
Stanxiani. Aiuta 247 T c o d o n c o . rey d e los o s t r o g o d o s 3 8 7 . 3 8 9 lucci. G i u s e p p e 178, 443. 45 1 Vincent. Cadierine 175
Slam. Randolph 460 Teodonco de Chartrcs 423. 424 ludehodo, Pietro 2 16 Violante, C i n u o 395, 396, 399,400,488
Staubacli, Nikolaus 320 Teodonco de Verana 569. 596 Fulchin, J a c o b 188 Viollct-lc-Duc, Kugcne Emmanuel 364, 365
Sieimjosias 343 Teodoro, san 14.274-275 furpin, a r z o b i s p o d e R c i m s 542 Virgilio M a r ó n , Publio 162,174
Stella. C l a r a 197,390 T e o d o r o E s r u d i t a . san 18
Sierligov, A n d r e i 527 Teodoro Lector 182 Visconti, Bernabò 317
Jguccionc della F a g g i u o l a 488 Visconti, Gian Galeazzo 305
S o m . Henri 84 Teodoro Metoquiu 307-308
J r b a n o I, p a p a , s a n 57. 62
Sterabcrg, T h o m a s 50 T e o d o s i o I, c i n ] > e r a d o r . l l a m a d o e l G r a n d e 59, Vitale Brovarone, Alessandro 23, 252
Suchel, Rainer 80 Jrbano I I ( O t ó n d e L a g c r y ) , p a p a 571, 600 Vitale Brovarone, Lucetta 23
345
S a c n n o n . Jacques 96 Jrbano I V ( J a c q u e s Fantnleon), p a p a 259
Vitale da Bologna 531, 532
Socrlc. Karlheinz 485 Teodulfo, obispo d e O r l c a n s 19,20.67-69, 610 Jrbano V ( G u i l l a u m e «le G r i m o n r d ) , p a p a . 197
Vitolo, Giovanni 402
Sioddard, W h i m e y S . 599 Teófanes. hisroriador 188 Ursula, s a n t a 45
Vìcruvio 336
Siopani. Renaio 546 Teófanes el Confesor, san 304
A'ictorino d e Pettau 58
Strange. Joseph 242 Teolilacto Simocaiés 277,289 .'acant, A l f r e d 49 Vivand, Corrado 405, 478
Suarford.Neìl 99,588 Teófilo, monje 75, 116. 336, 3 6 2 , 4 3 8 4 3 9 •aJemin, s a n 563
Vocotopoulos, Panayiotis L . 286
Scriker. C e r i ] L - 274. 308 Teofridode Ecliiernaeh 71
'alcntincr, W i l h e l m R e i n h o l d 443 Vogel, Cyrille 139
•alenimi, R o b e r t o 183 Volpe, Gioacchino 600
636 AtTi r i i i N i o B i * i N LA E D A D M V D I A I M

Vollmer. Ernst 451 \\'itelo, p s e u d o n i m o d e E r a z m Ciotole 363

Voronova. Paulara 527 W i n . Ronald 517
Wittgenstein. L u d w i g 342
Wain, G e o r g 4511
Wala, abad de B u b b i o 394
Wolf Gerhard
Wnltcrs, Wollgiing 255
1 8 2 . 1 8 3 . 1 8 4 . 1 9 6 , MS, 3 5 4
ÍNDICE
W a l a l r i d o S u a b o . abad de R e i c h e n a u 20 Wollescn.JcnsT 331
Walode Arnims I S « W.JIheim. Richard 35"
Walter d e C n ä o t l o n 74 W o n i u l d . Francis 3 1 6 . 3 2 0 . 321. 122, 325
Waller. C h n u o p h c r 18S Wornncer. Wilhelm 528
Wahcniv ocultar Wnghl.D.»..UI 318.535
Wallace. Kathn-n Ya:nc 315 W n g h i . R o K m a n Aluir 318. 5t ì
W a r m n n d n . o b i s p o da I v r e a 5J9-54C W u n s c h e . Peter 191
W a r n t e , \ h n i n JAS Wusrhilhurgk. Johannes 36
W a n b u í t . W J I Ü W eon H Wychli'c.John 38
Watten».icti.\V>Hvlr,
Wcbh.Rmh 1 « ìana Luaccs.Joaquin S7. " 2 . 102, 114,11
\\einer, A n d r e . >2 II"
Weitinun.-. E r - .. - ! * ;
2t«,
«20.S!' Zacanas. papa, san 392
Wetrh. U M . Zacanas el Rcinr 2 S 9
Wentfd. Han- Zanardi Bruno 534
Wialanci^cr. Zanichelli. G i u s e p p a Z . 522
Wcfcuake.Naürj.TLiI- Zannicr. Italo 5 3 2 E S E N A C I Ó N ( K n r i c o C a s t e l n u o v o y G i u s e p p e Sergi)
White. John 12 J . 121 Zan/u, Giovanni 244
Wiellum. Clins 3*5.402 Z i r l i m i . » , I Ialina 173 I . E L C U L T O DF. L A I M A O E N E S
Wida. Wolai 2" Zamecki. George 97
l e a n W i r t h
Wiiu.Jan 2"5 Zeitlcr.Barl.ara 220
W i l l r c d o . s»n 4 M Z c t i d c r . M a n h i a s 167 I n t r o d u c c i ó n , 1 3 — O r i e n t e / O c c i d e n t e : u n a e v o l u c i ó n divergente ( s i g l o s i v - i x ) , 14
W i l i g d m o 5 6 * . «*.«. 5 « ! c o 2 . Zcnon de C i n o 420 D e s a r r o l l o d e l c u l t o d e l a si m á g e n e s e n Occidente (siglos x - x m ) , 2 0 - Triunfo
\ V i l L i i s o n J o h n 544
Z e r b i . Pieno 5 4 3
W i l n u r t . A n d r e 14*5 v d e r r o t a d e l a s i m á g e n e s (siglos x i v - x v i ) , 3 1 —C o n c l u s i ó n , 4 8
Z e n . Federico *68
Wilson. David A I . 197.400
Zcuox 53
2. L A R E S I S T E N C I A A LA R T E E N O C C I D E N T E
W i l s o n . E r d e n Fave 1 9 7 . 41)1* Zink. Michel 478
Willcmscn. Carl Arnold 443 Zoe. empcramz de Oriente 306 C o n r a d R u d o l p h

Williams.Jolm 02.95, 1 3 7 . 3 1 8 . 3 2 5 Zolla. Elemire 342 I n t r o d u c c i ó n . 4 9 - L a p r i m e r a é p o c a cristiana, 50 - L a é p o c a d e los apóstoles, 52

WiU.ami.on. Paul 125 Zonata,Juan 292
- L a é p o c a p o s t a p o s t ó l i c a y preconstantiniana, 5 2 - fc'l p e r i o d o c o n s t a n t m i a n o y
WilUmeH. Dietmar 40V. 464 Zsuppjn. Margaret 335
Z u c c h c i u . G i u s e p p e 183 p o s c o n s t a n t i n i a n o , 5 8 — L a A l t a E d a d M e d i a , 6 4 - K l periodo carolingio. 66 - L a
Wirth.Jean 13. 14. 1 7 . 2 0 . 2 1 . 3 5 . 4 5 . 4 6 . 4 7 . 4 6 .
Zuliani. l ' u h i o 532 é p o c a r o m á n i c a y l a p r i m e r a é p o c a gótica, 7 0 - E l p e n o d o previo a Bernardo de
172.1KU. 180. l 6 . 2 0 0 . 541
u

W . r t h . Peter 277. 2KV Zumthor. Paul 4 9 0

C l a r a v a l y a l o scistercienses, 7 0 - Bernardo d e C l a n i v a l , la r e g l a m e n t a c i ó n
WIK I < R a c h e l B3 Zwingho. Huldrych 46.184
c i s t e r c í c n s c e n e l á m b i t o artístico y la Apología, 72 - D e s p u é s d e la reglamentación

cisterciense y la Apología, 7 4 - C o n c l u s i o n e s , 7 6

3. L O S G R A N D E S P R O G R A M A S ICONOGRAFICOS

J o a q u í n Y a r z a L u a c e s

I n t r o d u c c i ó n , 7 9 — L o s inicios y e l c ó d i c e miniado, 79 - L a transición al arte

m o n u m e n t a l , 8 3 - L a A l t a E d a d M e d i a , 9 0 - L a é p o c a r o m á n i c a . L o s programas

e s c u l t ó r i c o s m o n u m e n t a l e s , 9 3 - É p o c a r o m á n i c a : l a p i n t u r a y l a miniatura, 101 -

L a p r i m e r a é p o c a g ó t i c a , 1 0 7 - E J g ó t i c o . D i f u s i ó n g l o b a l e i n t r o d u c c i ó n del

m o d e l o italiano, 1 1 8

4. D E L AJ E R U S A L É N C E L E S T I A L A L A IGLESIA: T E X T O , IMÁGENES, SÍMBOLOS

C l a u d e C a r o z z i

E l t e x t o , 1 2 8 - L a sm i n i a r u r o s , 1 3 3 - D e l a J e r u s a l é n c e l e s t i a l a la I g l e s i a terrenal,

1 3 9 - P i e d r a s vivas, 1 4 2 - C o n c l u s i o n e s , 146
 A R T E E H I S T O R I A E N LA E D A D M E D I A I I I ÍNDICE 639

5 . E S T A B I L I D A D , C A M I N O , V I S I Ó N : LAS CRIATURAS Y E L C R E A D O R E N E L ESPACIO m i n i a t u r a , 3 1 8 - E x h i b i r y e s c o n d e r - L a s estrategias d e la fruición, 3 2 4 - L a

r e c e p e u i n p r o g r a m a d a - M e n s a j e s para pocos y para muchos, 328
MEDIEVAL

A l a i n Guerre3U 1 1. F R E N T I A L A S V I D R I E R A S
Introducción, 14° - Intervalos y distancias pero sin espacio, 1 4 9 - «Oculu- i:..rnis» F r a i l o -ta dcJTAcqua ?35
- - o c u l u s cordis». 150 - L a namralcza puramente espiritual de la luz, 152 Ln l i u r o d u i r i ó n , 3 3 5 — V i d r i e r a s y d i s e ñ o a r q u i n - i LÓMCÍ , ! J f i - El color de las
visto como esfuerzo y como conocimiento, 153 - «Videre deum», 155 - Vei a v i d n e r i * . , s u f o r t u n a l i t e r a r i a , 3 4 2 — L a vidriera • l G >:pic*ión de lo sobrenatural,
Dios ír.á< de cerca, «vtcinus et clarius-*: las relaciones sociales. 158 - La mirada de
3 5 0 - I ¡ e s r i l o d e l a s v i d r i e r a s , 3 5 9 - L a « l u z <¡. I 1
>hc Media», 364
Dante. 160 - La sonrisa de Bearn2, 162 - El sentido de la «dulce risa**. \ir - La
ja*:. i dutinción entre orden m o r a l j Orden espacial en el sistema medic\.d. 166 P Ú B L I C O S

En . >:i ps al • exterior"! 167 - Los primeros siglos de la Edad Media, i " 0 — Fabri/io Crivello 367

•a- i onsecuencias, 172 - Dame, 173 - L a ' 2. L-OSM i "siDOS D E L A I S L A M I E N T O : CAMPESINOS Y SJvÑORES R U R A L E S
-T.o--1»** " yfztífafitc, *'^rínsxiv-xrn, 174 G i a n franco Pasquali 385

¿. I J V 17.• J*-~*« ¡f * i 5S7e'T\O0R A i s l a m i e n t o e i n t e r c a m b i o s c u l t u r a l e s e n el c a m p o . 385 - Crisis del mundo

„ a n t i g t m v b ú s q u e d a d e n u e v o s e q u i l i b r i o s , 387 - Recomposición y crecimiento,

_!!_n.o*o, 177 - La iconografía como 3 9 1 — S e ñ o r í a s r u r a l e s y comu/ti c i u d a d a n o s , 396 - D i versificaciones y conflictos

;,.e utal de la iconografía, 190 - Imágenes e n t r e c a m p o y c i u d a d e n la Baja E d a d M e d i a , 4 0 2

. -n J I can ta imagen sagrada. 199 - t •. M I R A R L A N A T U R A L E Z A

Hprne > . i - ......... >• ii«-se*i MÍ salvación, 203 - La imagen v los confines de la Xenia Muratova 411
• - •
, , _ nos. 211 - Imágenes y lugares santos: el L a a p r o p i a c i ó n s i m b ó l i c a d e la n a t u r a l e z a , 4 1 1 — Variedades de los conceptos de
arií. D¡H_atí eUiiiciuo i k i i tupo¿tafia -¿grada. 217 la n a t u r a l e z a e n e l p e n s a m i e n t o m e d i e v a l . Natura genetrix y la expresión
a r t í s t i c a , 4 1 5 — L a C r e a c i ó n d e l m u n d o , 4 1 9 - Cosmologías medievales y su
DEVOCIÓN
r e p r e s e n t a c i ó n a r t í s t i c a . O b r a s c i e n t í f i c a s y enciclopedias ilustradas.
Michcic Baca
A l o d i f i c a c i o n e s d e l a v i s i ó n a r t í s t i c a d e la naturaleza, 420 -Personificaciones
7 . ESCI'LTT RAS P A R A E L I M A G I N A R I O R E L I G I O S O a l e g ó r i c a s d e l a n a t u r a l e z a . S u l e n g u a j e m e t a f ó r i c o , 425 - La naturaleza vista a
Guido Gcntile t r a v é s d e l p r i s m a d e l a s S a g r a d a s E s c r i t u r a s y reflejada en la iconografía
8. O B J E T O S L I T Ú R G I C O S Y T E S O R O S D E L A I G L E S I A arquitectónica y figurativa, 4 2 6 — I m a g e n d e l Paraíso, 428 -Ambivalencia de las

P a t r i c k J . Geary i m á g e n e s d e l a n a t u r a l e z a . L a n a t u r a l e z a c o m o escuela de comportamiento

Introducción. 257 - Objetos litúrgicos. 258 - Objetos no litúrgicos, 259 - L o s
objetos de la Iglesia en la Antigüedad tardía, 260 - Tesoros de la Alta Edad
Media. 262 - Inventarios. 264 - Las salas del tesoro en las iglesias de la Alta
Edad Media. 266 - Disolución, disgregación, desmembración de los tesoros
medievales, 268
h u m a n o , 4 2 9 - M a r a v i l l a s d e la n a t u r a l e z a . Lo docto y lo popular: la naturaleza en
la t r a d i c i ó n e s c r i t a y e n l a t r a d i c i ó n o r a l , 432 - La instrume nía liza ción ideológica
d e las i m á g e n e s d e l a n a t u r a l e z a , 4 3 3 — Imitatio naturae: el problema de la
r e p r e s e n t a c i ó n n a t u r a l i s t a y d e la o b s e r v a c i ó n de la naturaleza. Modelos y
m e m o r i a , 4 3 4 — Conclusiones, 439

9. L A V I D A S O C I A L D E L O S O B J E T O S 14. C O M U N I C A R C O NL A S F I G U R A S

A n t h o n y Cutler Gherardo Ortalli 441

Introducción. 269 - Condiciones de producción, 273 - Vida de los objetos en las
fuentes manuscritas, 277 - Vida de los iconos, 284 - Iconos como emblemas de
victoria v sanadores, 2 8 9 - Ofrendas a santos, conciudadanos y forasteros, 295 -
Transición de los objetos: reparaciones y rcurilizacioncs. 302
10. « L E E R » L A S M I N I A T U R A S M E D I E V A L E S
Giulia O r o f i n o
La miniatura vista «desde el lado del espectador», 311 - Tiempos, lugares y
prácticas de lectura de las imágenes, 311 - El público y las funciones de la
síntesis, 472
F e d e r i c o I I , e l a u g u s t a ! y l a s a r m a s d e la p r o p a g a n d a , 441 - L a propaganda de
la I g l e s i a , 4 4 4 - L a i m a g e n « l a i c a » e n la Baja E d a d M e d i a y las novedades de
la I t a l i a d e l o s comuni, 4 4 8 - L a i c o y c l e r i c a l : las sintonías de los dos circuitos
d e i m á g e n e s , 4 5 3 - L o s l u g a r e s p a r a hacerse entender mejor, 4 5 6 - L a s
o b l i g a c i o n e s d e l a p o l í t i c a , 4 5 8 — C u a n d o la comunicación se hace ley: la
p i n t u r a i n f a m a n t e , 4 6 2 - T i e m p o s y r e c o r r i d o s diferentes: las peculiaridades
d e l a s d i f e r e n t e s á r e a s , 4 6 5 — I m á g e n e s hablantes y lenguajes modulados de
m a n e r a d i f e r e n t e , 4 6 8 — D i f u s i ó n , r e c e p c i ó n y eficacia del mensaje, 470 - En
640 \« i i * HISTORIA I N u E D « O M I D I » III

15. EDUCAS LA M I R A D A , C O N T R O L A R LA IN-I CRIORIDAD: t sos ut LAS IMAGI N I s

EN LA PREDICA* I O N E N L E N G V A VFRNÀCl'L*. D i l o s M ' . K I S XIV V W

Lina Bolzoni 4"
I n t r o d u c c i ó n . 4 7 ? - L o s frescos p i n n a s d e l « I h u n f i i M u e r t e » y la
predicación d o m i n i c a . 4 S - R I <Vo/«w/«/n ,<piv¡tu,il «1« S ine da Cascina v los
e s q u e m a s visuales, p a r a ta m e d i t a i i o n \ la m e m o r i a 4í m B e r n a r d i n o ile
Siena > la i c o n o g r a f i a c i u d a d a n a . 4 ° 5

16. ESPACIOS V FORMAS E N LA M E M O R I A ' i N E RARI \ MI

Armando Petrucci

17. L A I M A G E N REPE1 I D A : FILLACIÓN y CREACIÓN I N I i \ FDAD MEDIA

Fabrizio C n v c l l o l'i
lntroduccion. L a t r a d i c i o n . >22 - F c A O m e n u l o g .ninnai. 526-
F v n o m e n o l o L ' i . i de la r c p e n c i ó n , 5 2 h - R è p l i c a * , 531 - 540

1 K. El V I V E . L A 1 S 1 A G F N . L A H E R F . . I Ì . A : L A 1 R A N S I O R M v< sls| FM A SIMBOLI'

DF LA ILLESI A ENTRI. RIFORMA, GREGORIANA^ LA M E R I I (TARA

Arturo C a r l o O u i n u v a l l e 541
EJ v i a l e c o r n o c M r u c i u r a n a r r a m a e n < > n c n i e \ ( t c c t d c i i l 41 L I c a m i n o de I"»
e r e i n n a s > c i de los m o n a s t e n n s . 54K - I l c u l t o de las reliquia» > el viaic, 55«;
- J c r u s a l é n celesnal la l u l c s i a t o m o c o s m o s . 5 " 1 - B e r n a r d - . , l ' e d r o e l Vcncralilc.
S u g e n o h c r e u a s e i m i g e n e s c n t r e los siglo*. \ i \ \ u . 5b4 L a l I t i m a Cena y la
CTUZ las figu ras c o n t r a los (.at.ir«is. 5''S

ÍNDICE D I I L ISTRACIONLS 609

I N D I C E D E N O M B R E S 617