Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
D E MAISTEE
RAS COMPLETAS
J. D E MAISTEE
VEESION ESPAÑOLA.
DE fío
fe
H, GINEI\ DE LOS 1(10S 13
La joven Siberiana
Los prisioneros del Cáuoaso
E l Leproso de A o s t a
Viaje a l r e d e d o r de m i c u a r t o
E x p e d i c i ó n n o c t u r n a a l r e d e d o r de m i c u a r t o
MADEID
I m p r e n t a de Sanz y R a m í r e z , Clnvmica, 17
1S8G
LA JOVEN SIBERIANA
l i m o s n a , p r e s e n t á n d o l a u n p a p e l que. s a c ó d e su
seno.
— M i padreestáparalítico,—la dijo,—y n o tiene
o t r o s r e c u r s o s q u e la l i m o s n a q u e y o r e c i b o ; y o
también estoy enferma y dentro de p o c o n o po-
dré ayudarle.
P r a s c o v i a t o m ó el p a p e l c o n m a n o t r é m u l a :
era un certificado de pobreza y de b u e n a c o n d u c -
ta, l i b r a d o p o r el c u r a d e la p a r r o q u i a . A c o r d ó s e
en s e g u i d a d e l t i e m p o d e s g r a c i a d o en q u e s e n t a -
d a en la e s c a l e r a del S e n a d o , s o l i c i t a b a v a n a m e n -
te l a p i e d a d del p ú b l i c o . E l p a r e c i d o q u e v e i a
e n t r e la s u e r t e d e a q u e l l a p o b r e m u c h a c h a y l a
q u e ella m i s m a h a b i a e x p e r i m e n t a d o , la e m o c i o -
n ó p r o f u n d a m e n t e : d i ó l e el p o c o d i n e r o q u e te-
n i a y la p r o m e t i ó o t r o s a u x i l i o s . L a s p e r s o n a s d e
q u e i b a á d e s p e d i r s e se a p r e s u r a r o n , p o r su r e c o -
m e n d a c i ó n , á favorecer á aquella desdichada y
f u e r o n d e s d e esta é p o c a l o s p r o t e c t o r e s d e su
padre.
A n t e s d e salir d e S a n P e t e r s b u r g o p i d i ó la
•dispensa d e ley q u e i m p i d e á las n o v i c i a s su p r o -
fesión definitiva a n t e s d e l a e d a d d e c u a r e n t a
años:, n a d a d e s c u i d ó p o r o b t e n e r esta gracia, q u e
l a fué r e c h a z a d a .
Al v o l v e r á Nijeni, la a b a d e s a se d e t u v o a l g u -
n o s dias e n N o v o g o r o d , en u n c o n v e n t o d e reli-
g i o s a s , c u y a r e g l a m e n o s a u s t e r a y su s i t u a c i ó n
h u b i e r a c o n v e n i d o á la s a l u d de la p o b r e n o v i c i a .
E s t a h a b i a t r a b a d o í n t i m a a m i s t a d , en el c o n v e n -
t o d e Nijeni, c o n u n a j o v e n c o m p a ñ e r a q u e t e n i a
u n a h e r m a n a en el c o n v e n t o d e N o v o g o r o d , d o n -
d e se e n c o n t r a b a á la s a z ó n . D u r a n t e su p e r m a -
n e n c i a en él, esta ú l t i m a se esforzó p o r g a n a r l a
a m i s t a d d e P r a s c o v i a ; díjola q u e su h e r m a n a ha-
b i a o b t e n i d o c a m b i a r d e m o n a s t e r i o é ir á N o v o -
g o r o d , a c o n s e j á n d o l a q u e la a c o m p a ñ a r a . L a a b a -
74 LA JOVEN SIBERIANA
(1) Asistente.
80 LOS P R I S I O N E R O S D E L C Á U C A S O
le q u e les a c o m p a ñ a r a á u n a e x p e d i c i ó n q u e
i b a n á e m p r e n d e r . Su p r o y e c t o e r a p a s a r el T e -
reck, p a r a r o b a r á a l g u n o s c o m e r c i a n t e s q u e d e -
b í a n p a s a r en d i r e c c i ó n á M o s d o k ; I v á n a c e p t ó su
p r o p o s i c i ó n sin vacilar. H a c i a m u c h o t i e m p o q u e
deseaba procurarse armas: prometiéronle una par-
te del b o t i n . P e n s ó q u e v i é n d o l e v o l v e r j u n t o , á
su a m o , las p e r s o n a s q u e s u p o n í a n q u e d e s e a b a
d e s e r t a r , n o t e n d r í a n y a las m i s m a s r a z o n e s p a r a
d e s c o n f i a r d e él. Sin e m b a r g o , h a b i é n d o s e el c o -
m a n d a n t e o p u e s t o c o n t o d a s sus fuerzas á e s t e
p r o y e c t o , p a r e c i ó n o p r e o c u p a r l e ya, c u a n d o u n a
m a ñ a n a vio K a s k a m b o , al d e s p e r t a r s e , la e s t e r a
s o b r e la q u e d o r m í a I v á n a r r o l l a d a c o n t r a l a pa-
red: se h a b i a m a r c h a d o d u r a n t e la n o c h e . Sus
c o m p a ñ e r o s d e b í a n p a s a r el T e r e c k l a n o c h e si-
guiente y atacar á los comerciantes, cuyo camino-
c o n o c i a n p o r sus e s p í a s .
L a confianza de los T c h e t c h e n g e s debia haber
h e c h o n a c e r a l g u n a s o s p e c h a en el espíritu, d e
I v á n : n o era n a t u r a l q u e h o m b r e s t a n d e s c o n f í a -
d o s a d m i t i e s e n á u n r u s o , su p r i s i o n e r o , en u n a
e x p e d i c i ó n d i r i g i d a c o n t r a sus c o m p a t r i o t a s . S ú -
p o s e , e n e f e c t o , d e s p u é s , q u e n o le h a b í a n p r o -
p u e s t o q u e les a c o m p a ñ a r a s i n o c o n la i n t e n c i ó n
d e a s e s i n a r l e . C o m o su c u a l i d a d d e r e c i e n c o n -
v e r t i d o les oblie/aba á c i e r t o s m i r a m i e n t o s , se h a -
b i a n p r o p u e s t o t e n e r l e á la v i s t a d u r a n t e el c a m i -
n o y d e s h a c e r s e e n s e g u i d a d e él en el m o m e n t o
del ataque, dejando creer que habia sido m u e r t o
e n el c o m b a t e .
S o l a m e n t e a l g u n o s h o m b r e s d e la e x p e d i c i ó n
e s t a b a n en el s e c r e t o ; p e r o l o s s u c e s o s h i c i e r o n
v a r i a r sus d i s p o s i c i o n e s . E n el m o m e n t o en q u e
la b a n d a se h a b i a e m b o s c a d o p a r a a t a c a r á l o s
c o m e r c i a n t e s , u n r e g i m i e n t o d e c o s a c o s les s o r -
p r e n d i ó , c a r g á n d o l e s c o n t a n t a viveza, q u e les
90 LOS P R I S I O N E R O S D E L C Á U C A S O
IVÁN.
KASKAMBO.
IVÁN.
KASKAMBO.
IVÁN.
¡Ahí Si me ha de abandonar
si es verdad lo que recelo,
el pueblo tiene que arder
y yo también con el pueblo.
¡Ay lulí!
¡No quiero vivir sin tí!
KASKAMBO.
d u r a n t e la n o c h e y u n a p a r t e d e la m a ñ a n a ; pero"
á m e d i o dia, c u a n d o r e c i b i ó el c a l o r del sol se
h u n d í a n á c a d a p a s o , l o q u e h a c i a su m a r c h a
muy lenta.
Así l l e g a r o n p e n o s a m e n t e al l a d o d e un profun-
d o valle q u e d e b í a n a t r a v e s a r y en el f o n d o d e l
cual h a b i a d e s a p a r e c i d o la nieve; u n a s e n d a se-
guía las s i n u o s i d a d e s - d e l r i a c h u e l o y a n u n c i a b a
que el sitio e r a f r e c u e n t a d o . E s t a c o n s i d e r a c i ó n ,
j u n t o á la fatiga q u e p e s a b a s o b r e el c o m a n d a n t e ,
d e c i d i ó á l o s viajeros á p e r m a n e c e r en a q u e l si-
tio p a r a e s p e r a r l a n o c h e : se e s t a b l e c i e r o n en al-
g u n a s r o c a s a i s l a d a s q u e salían d e e n t r e la n i e v e .
I v á n c o r t ó r a m a s d e p i n o , p a r a h a c e r e n t r e la n i e -
ve un l e c h o e s p e s o en q u e se a c o s t ó el m a y o r . ,
M i e n t r a s r e p o s a b a , I v á n p r o c u r ó o r i e n t a r s e : el va-
ríe, en la c ú s p i d e del c u a l se e n c o n t r a b a , estaba-'
r o d e a d o d e altas m o n t a ñ a s , e n t r e los cuales n o s,fej
d e s c u b r í a s a l i d a alguna; v i o q u e e r a i m p o s i b l e evi-5.
tar el c a m i n o p r a c t i c a d o y q u e e r a p r e c i s o nece-V
s a n a m e n t e seguir el c u r s o d e l t o r r e n t e p a r a salir
de a q u e l l a b e r i n t o .
E r a n c e r c a d e las o n c e d e la n o c h e y la n i e v e
e m p e z a b a á e n d u r e c e r s e c u a n d o b a j a r o n al valle.
P e r o a n t e s d e m a r c h a r , p r e n d i e r o n fuego á su es-
tablecimiento, tanto para calentarse c o m o para
p r e p a r a r u n a c o m i d a d e chislik, d e q u e t e n í a n
g r a n n e c e s i d a d . U n p u ñ a d o d e n i e v e fué su b e b i -
da y un t r a g o d e a g u a r d i e n t e a c a b ó el festín.
A t r a v e s a r o n a f o r t u n a d a m e n t e el valle sin ver"
á n a d i e y e n t r a r o n en el d e s f i l a d e r o , d o n d e el ca-
m i n o y el t o r r e n t e e s t a b a n o p r i m i d o s e n t r e altas
montañas cortadas á pico. Marchaban con toda
la c e l e r i d a d q u e les e r a p o s i b l e , s i n t i e n d o el peli-
g r o q u e c o r r í a n al ser e n c o n t r a d o s en a q u e l l a gar-
g a n t a d e la q u e n o s a l i e r o n h a s t a las n u e v e d e la
mañana.
7
102 LOS P I Í I S I O N E U O S D E L CÁUCASO
* *
La persona que ha recogido esta anécdota, pa-
sando algunos meses después por Yegorievski,
durante la noche, ante una casa de buena aparien-
cia y muy iluminada, bajó de su Kibick (i) y se
aproximó á una ventana para gozar del espectácu-
lo de un baile muy animado que se daba en el pi-
so bajo.
Un joven sargento miraba también atentamente
lo que pasaba en el interior del cuarto.
—¿Quien dá el baile?—preguntó el viajero.
—Es el señor Comandante que se casa.
—¿Y cómo se llama el comandante?
—Se llama Kaskambo.
El viajero que conocía la historia singular de
este oficial, se felicitó de haber cedido á su curio-
sidad, é hizo que le enseñara al recien casado
que radiante de placer olvidaba en estos momen-
tos á los Tchetchenges y su crueldad.
—Haced el favor de indicarme,—añadió,—cuál
es el bravo denchik que le salvó.
El sargento, después de vacilar un momento,
contestó:
—Yo soy.
Doblemente sorprendido del encuentro y mas
todavía de hallarle tan joven, el viajero le pre-
guntó su edad. Todavía no tenía veiíjte años y
acababa de recibir una gratificación con el grado
de sargento, en recompensa de su valor y de su
fidelidad.
Este valiente joven, después de haber compar-
tido voluntariamente los infortunios de su jefe y
haberle devuelto la vida y la libertad, gozaba
ahora de su dicha, mirando la boda á través de la
vidriera.
Pero como el extranjero le demostrara su estra-
ñeza de que no estuviera en la fiesta, tachando de
ingrato á su antiguo amo, con este motivo Iván
le dirigió una mirada por encima del hombre y
entró en la casa silbando el aire ¡Ay lulí! ¡Ay lulí!
Poco después apareció en la sala'del baile, y el
curioso volvió á subir en el Kibick, admirándose
entonces de no haber recibido un hachazo en la
cabeza.
EL LEPEOSO DE AOSTA
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
s
EL LEPROSO DÉ AOSTA
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
¿Por qué?
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
v
Perdí en la infancia á mis padres, á quienes no
conocí: una hermana que me quedaba murió hace
dos años. Jamás he tenido amigos.
EL MILITAR
¡Desgraciadol
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
el LEPROSO
el MILITAR
el leproso
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
ÉL LEPROSO
EL MILITAR
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
EL MILITAR
EL LEPROSO
Capítulo primero
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo YII
Capítulo Tin
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI.
Capítulo XII.
la colina
Capítulo XIII.
Capitulo XIV.
Capítulo XY
Capítulo XVI
Capítulo XVH
Capítulo XYII1
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII.
Capítulo XXIII.
Capítulo XXIV.
Capitulo XXV
Capítulo XVI.
Capítulo xxyn.
Capítulo XXVIII.
Capítulo XXIX
Antes de pasar adelante quiero destruir una
duda que pudiera asaltar á mis lectores.
No quiero, por todo lo del mundo, que se crea
que he emprendido este viaje únicamente por
matar el tiempo y forzado de algún modo por las
circunstancias: aseguro aquí y juro por lo que
más quiero, que deseaba emprenderlo mucho
tiempo antes de los sucesos que me han tenido
encerrado por espacio de cuarentay dos dias. Este
forzado retiro no fué otra cosa que la ocasión
propicia para ponerme en camino más pronto.
Yo sé que la protesta sincera que hago pare-
cerá sospechosa á ciertas personas; pero sé tam-
bién que las personas recelosas no leerán este
libro. ¡Están demasiado ocupados en su casa y en
la de sus amigosl ¡Tienen tantos asuntos! Las
buenas personas me creerán.
Convengo, sin embargo, en que hubiera prefe-
rido ocuparme de este viaje en otro tiempo, y que
hubiera escogido para llevarle á cabo la Cuares-
ma mejor que el Carnaval. Sin embargo, las re-
flexiones filosóficas que el cielo me ha inspirado,
me han servido de mucho para soportar la priva-
ción de los placeres que Turin les proporciona á
las masas en estos momentos de ruido y de agita-
tacion.—Ciertamente, decía, que las paredes de
mi cuarto no están tan magníficamente decoradas
como las de un salón de baile; el silencio de mi
gabinete no .vale tanto como el ruido de la mú-
sica y del baile; pero entre los brillantes perso-
najes que se encuentran en estas fiestas, hay mu-
chos más aburridos que yo.
12
182 TJN VIAJE ALREDEDOR DE MI CUARTO
Capítulo X X X
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capitulo XXXVI
Capitulo XXXVII
Capitulo XXXYHI
Capítulo XXXIX.
ba p o d e r o s a m e n t e sobre m i a l m a . — H a b i a entra-
d o en u n p e r í o d o difícil d e d e s c r i b i r , c u a n d o el
alma, s e a i n t e n c i o n a l m e n t e , s e a p o r c a s u a l i d a d ,
e n c o n t r ó la m a n e r a d e l i b r a r s e d e l a s g a s a s q u e
la s o f o c a b a n . N o sé si h a l l ó u n a a b e r t u r a ó si
n o h i z o o t r a c o s a q u e a p a r t a r l a s , q u e es l o q u e
m e p a r e c e m á s n a t u r a l ; la v e r d a d d e l c a s o es q u e
d e s c u b r i ó la clave d e l l a b e r i n t o . L a s t r e n z a s d e
c a b e l l o s d e s o r d e n a d o s e s t a b a n allí t o d a v í a ; p e r o
ya n o e r a n u n obstáculo, s i n o u n medio; m i a l m a
se asió á él c o m o el h o m b r e q u e se a h o g a s e
agarra á las h i e r b a s d e l a ribera; p e r o el c o l l a r d e
perlas se r o m p i ó en la a c c i ó n , y las p e r l a s se d e s -
g r a n a r o n r o d a n d o p o r el sofá, y d e allí s o b r e la
alfombra d e Mad. d e Haucastel. P o r que m i
alma, p o r u n a r a r e z a d e q u e seria difícil d a r r a -
zón, se i m a g i n a b a e s t a r e n c a s a d e esta s e ñ o r a :
un c o l o s a l r a m o d e v i o l e t a s c a y ó al s u e l o , y m i
alma, d e s p e r t á n d o s e e n t o n c e s , e n t r ó e n su c a s a
l l e v a n d o c o n s i g o la r a z ó n y la r e a l i d a d . C o m o es
fácil i m a g i n a r , d e s a p r o b ó f u e r t e m e n t e t o d o l o
que h a b i a p a s a d o e n su a u s e n c i a , y a q u í e m p i e z a
el d i á l o g o q u e es o b j e t o d e este c a p í t u l o .
— ¡ C ó m o ! — d i j o m i a l m a — ¿ A s í es c o m o d u r a n -
te m i a u s e n c i a , e n vez d e r e p a r a r v u e s t r a s fuerzas
por un sueño tranquilo y poneros en situación de
ejecutar m i s ó r d e n e s , o s e n t r e g á i s insolentemente
(el t é r m i n o e r a u n p o c o d u r o ) á t r a n s p o r t e s q u e
mi v o l u m t a d n o h a s a n c i o n a d o ?
P o c o a c o s t u m b r a d o á este t o n o d e a l t a n e r í a ,
lo otro le r e p l i c ó c o n c ó l e r a :
— ¡ B i e n o s s i e n t a SEÑORA, ( p a r a alejar d e la dis-
cusión, t o d a idea d e familiaridad); bien os sienta
d a r o s e s o s aires d e d e c e n c i a y d e v i r t u d ¡Eh! ¿No
debo á los estravios de vuestra imaginación y á
vuestras e x t r a v a g a n t e s i d e a s , l o q u e t a n t o e n m í o s
disgusta? ¿ P o r q u é n o e s t a b a i s aquí? ¿ P o r q u é t e -
13
198 UN V I A J E ALREDEDOR D E MI CUARTO
Capítulo LX.
Capitulo XLI
Capítulo XIII
Capítulo I
Capítulo II
M i e n t r a s h a c i a estas r e f l e x i o n e s g l o r i f i c á n d o m e
d e u n p l a n d e viaje b i e n c o m b i n a d o , el t i e m p o
pasaba y mi criado n o volvia. E r a u n h o m b r e q u e
la n e c e s i d a d m e h a b i a h e c h o t o m a r á m i s e r v i c i o
lá
214 EXPEDICIÓN NOCTURNA
Capítulo III
Capitulo 1Y
Capítulo Y
Capítulo VI
Capitulo VII
Capítulo VIII
Capítulo ÍX
Capítulo X
Capítulo XI.
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
SISTEMA DEL MUNDO.
Capítulo XVII
Debo añadir á lo que llevo dicho, que no com-
prendo mucho mejor mi sistema que cualquiera
de los otros que han salido de la imaginación de
ALREDEDOR D E MI CUARTO 235
Capítulo XVIII
Ya me parece que estoy oyendo á Mad. Haut-
castel, que nada me perdona, pedirme cuenta de
la balada de que os he hablado en el capítulo an-
ALREDEDOR DE MI CUARTO 237
t e r i o r . P o r la p r i m e r a vez d e m i v i d a , m e n i e g o á
darle explicaciones. Continuaré, pues, la relación
d e esta a v e n t u r a , c u y a i n e s p e r a d a c a t á s t r o f e , así
c o m o la d e l i c a d e z a c o n q u e s u p e l l e v a r l a a d e l a n -
te, s o n m o t i v o s s o b r a d o p o d e r o s o s p a r a i n t e r e s a r
á t o d o s l o s l e c t o r e s . A n t e s d e s a b e r l o q u e ella m e
c o n t e s t ó y c ó m o fué r e c i b i d o el i n g e n i o s o r e q u i e -
b r o q u e le dirigí, d e b o c o n t e s t a r á c i e r t a s p e r s o -
n a s q u e se c r e e n m á s e l o c u e n t e s q u e y o , y q u e se
m e b u r l a r á n sin p i e d a d p o r h a b e r e m p e z a d o l a
c o n v e r s a c i ó n d e u n a m a n e r a q u e c o n s i d e r a r á n tri-
vial. V o y á p r o b a r l e s q u e , si en u n a o c a s i ó n t a n
i m p o r t a n t e hubiese querido dar muestras de inge-
n i o , h a b r í a f a l t a d o a b i e r t a m e n t e á las r e g l a s d e l a
p r u d e n c i a y del buen gusto. T o d o aquél que en-
t r a en c o n v e r s a c i ó n c o n u n a h e r m o s a d i c i e n d o
una palabra bonita ó gastando cumplimientos,
p o r l i s o n j e r o s q u e s e a n , deja e n t r e v e r u n a s p r e -
tensiones que n o deben aparecer hasta que tengan
a l g ú n f u n d a m e n t o . P o r o t r a p a r t e , si r e b u s c a l a s
frases, p r u e b a q u e d e s e a a d q u i r i r c i e r t o r e a l c e y
q u e se a c u e r d a m e n o s d e su d a m a q u e d e él m i s -
m o . L a s m u j e r e s q u i e r e n q u e se o c u p e n d e ellas,
y a ú n q u e n o h a g a n s i e m p r e las m i s m a s reflexio-
n e s q u e y o h e h e c h o ; p o s e e n , sin e m b a r g o , u n
s e n t i d o e x q u i s i t o y n a t u r a l q u e les e n s e ñ a c ó m o
u n a frase trivial, d i c h a c o n el s o l o o b j e t o d e u n i r
la c o n v e r s a c i ó n , vale m i l v e c e s m á s q u e u n r a s g o
d e i n g e n i o i n s p i r a d o p o r la v a n i d a d , y m u c h o m á s
también (por extraño que parezca), que una dedi-
c a t o r i a en v e r s o . A d e m á s cíe e s t o , s o s t e n g o , ( a u n -
q u e se t o m e m i p e n s a m i e n t o c o m o u n a p a r a d o j a ) ,
q u e ese t a l e n t o l i g e r o y b r i l l a n t e d e la c o n v e r s a -
c i ó n n o se n e c e s i t a t a m p o c o en u n a s l a r g a s rela-
c i o n e s , si es el c o r a z ó n q u i e n las h a p r o d u c i d o ; y
á p e s a r d e t o d o c u a n t o d i c e n las p e r s o n a q u e s o -
lo han a m a d o á medias, de que los sentimientos
238 EXPEDICIÓN NOCTURNA
Capítulo XIX
Capítulo X X
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
f!oTtítnl« XXVI
Capítulo XXV11
Capítulo XXVIII.
Capítulo XXIX.
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
17
262 EXPEDICIÓN NOCTURNA
C a p í t u l o XXXin
Capítulo "XXXIT
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI.
Capítulo XXXVII
Capitulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Cuando levantaba el pié derecho para bajar,
sentí un fuerte golpe en la espalda! Decir que no
me asustó tal accidente seria faltar á la verdad,
y esta es la ocasión propicia para hacerle com-
prender al lector y probarle sin ninguna vanidad,
que le seria muy difícil á cualquiera otro realizar
un viaje parecido al mió. Aun suponiendo al
nuevo viajero con muchísimos más medios y ta-
lento que yo para la observación, ¿podría enor-
gullecerse de haber corrido aventuras tan singu-
lares y tan numerosas como las que me han su-
cedido en cuatro horas? ¡Si alguno lo duda, que
pruebe á adivinar quién me habia dado el golpe!
En el primer momento de mi turbación no
me acordé de la posición que ocupaba, de mane-
ra que creí que el caballo habia resbalado ó me
habia arrojado contra un árbol. Solo Dios sabe
cuántas y cuan funestas fueron las ideas que me
asaltaron á la imaginación en el corto tiempo
que hube de necesitar para volver la cabeza y mi-
rar al cuarto.
Entonces comprendí, como sucede en muchas
cosas que nos parecen extraordinarias, que la
causa de mi sorpresa era muy natural. El mismo,
soplo del aire que al empezar el viaje habia
abierto la ventana y cerrado la puerta, y una par-
ALREDEDOR D E MI CUARTO 271
FIN.
ÍNDICE
Páginas.
La joven Siberiana 5
Los prisioneros del Cáucaso 77
El leproso de Aosta 115
Viaje alrededor de mi cuarto 143
Expedición nocturna alrededor de mi
cuarto 211