Está en la página 1de 126

REAL ACADEMIA ESPAÑOLA

VIDA
DE

D O N FRANCISCO DE M E D R A N O

DISCURSO LEÍDO EL DÍA 2 5 DE ENERO


DE 1 9 4 8 , EN SU RECEPCIÓN PÚBLICA,
POR EL

EXCMO. SR. DON DÁMASO ALONSO

Y CONTESTACIÓN DEL

EXCMO. SR. DON EMILIO GARCÍA GÓMEZ

M A D R.J D
1948

áá
EV-

A .Ä'V'I , I»-".'.;'.. . A . . »-. , V . -- ; -rV- -^ i 'ASH'


.. . ... , , . - ... j.
m i

,, V

I-.' - ¡ f ^ / .
-

' .. ' .'-'i • .t

i-

i.'-'•-- V •'':-•-•-—• . ffiSraSS


V I D A
DE

DON FRANCISCO DE MEDRANO


••V - s .•
• r /.••»,
- • ''•i-', r - '
• • M/;: \

• f f-.-'^t.

;
- • •• .-'it.?- . ' •• ' ' M
-•v'i

' - - - ' ' . Cip


- 1
.. , ••.; , V ' " -II«ii •
•v
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA

VIDA
DE

D O N FRANCISCO DE M E D R A N O

DISCURSO LEÍDO EL DÍA 2 5 DE ENERO


DE 1 9 4 8 , EN SU RECEPCIÓN PÚBLICA,
POR EL

EXCMO. SR. DON DÁMASO ALONSO

Y CONTESTACIÓN DEL

EXCMO. SR. DON EMILIO GARCÍA GÓMEZ

MADRID
1948
Blass, S. A. Tipográfica. - NúOez de Balboa, 27. - Madrid.
D I S C U R S O
DEL

EXCMO. SR. DON DÁMASO ALONSO


K M

•i; - . j V . ; '
"• fi'-'.-.

•i • • • • /
feV'i-'" ' ' '' Í < ,• ' •- .

.vjV u^iiV':«-.
H-.

. ^i ' • . -

l'i .• • H',-.'' -
• /.. • •

•• I
f'
- '-v , -
f tl vil» •
IS";;'.-: -

. I r.
•• , -• -A
m - , •y-c'^.

• '

; < . -•'.'i
* • ' , '' '

•• -1'1^ .
> ' ••/•s.
- l'i''."- Vs

• «
•4 • 4

• s •
' ' • •'¡.vi .• •

tvî.i, S A. . .

; ' -'Y

« . l'i- • : • ... ' • •. - •, ••''^•yt \ ' v,'-


- . •'r '•>1 • •• •- •.

• '• f-:
' A,!

•-•i. . k.v r
Señores Académicos:

IOS lo h a ordenado, p a r a que no p u e d a sentir v a n i d a d por esta


D confianza q u e habéis puesto en m í y que p r o f u n d a m e n t e agra-
dezco; p a r a m a t a r t o d o humillo de v a n a g l o r i a , p a r a que no m e olvi-
d a r a de m i insignificancia, h a q u e r i d o que h u b i e r a de ser y o en esta
casa el sucesor d e don Miguel Asín Palacios.
De vez en c u a n d o surge a las l e t r a s un h o m b r e en c u y a vida,
por feliz azar, se j u n t a n lo enorme del c a m p o que le correspondió
y e! genio i n t u i t i v o p a r a a b a r c a r inmensidades con la m i r a d a . De
estos h o m b r e s era Asín.
S e g u r a m e n t e no h a h a b i d o en la E s p a ñ a c o n t e m p o r á n e a otro in-
vestigador cuyo t e m a propio f u e r a de t a l a m p l i t u d . No p u e d e h a b e r
especialización fértil que no suponga poderosa generalización. Visto
d e este m o d o el t e m a de Asín, en su p a v o r o s a p r o f u n d i d a d y en t o d a
su generosa a n c h u r a , ha sido — p o d r í a decirse— la historia del pen-
samiento h u m a n o , c e n t r a d a en su único p u n t o esencial, en el de las
relaciones del h o m b r e con Dios; si, la historia del pensamiento reli-
gioso desde Grecia h a s t a el m u n d o m o d e r n o , con su bifurcación en
dos i n g e n t e s planos: teología m u s u l m a n a y teología cristiana, mís-
tica y ascética del Islam, mística y ascética- del Cristianismo. E n
ios cruces, en las relaciones m u t u a s e n t r e estos dos caudales, es d o n d e
la inteligencia que t r a s v o l a b a se caló u n a y o t r a vez, en busca de
las presas.

D o n Migue! Asín era t o d o lo contrario de un generalizador a v e n -


t u r e r o . De ese árbol, con grosor d e eras y m u n d o s , que se alza en busca
de Dios, su investigación se a h i n c a en la r a m a m u s u l m a n a , y a en la

— 9 —
E l o g i o de D o n M i g u e l A s { n

orientai, como en la o b r a sobre Algacel, y a en la q u i m a española,


q u e i n d a g a desde A b e n Masarra, en el siglo x , h a s t a Aben A b b a d de
R o n d a , en el x i v , p a s a n d o por A b e n A r a b i , e n t r e los siglos x i i
y xiii.
«Yo soy D u e r o , q u e t o d a s las aguas bebo», v a g r i t a n d o la cultura
á r a b e . Y ese carácter esencialmente a c u m u l a t i v o exige q u e en sus
investigadores e s t é n presentes, como en p e r m a n e n t e guardia, cono-
cimientos n u n c a t a n a p r e m i a n t e m e n t e necesarios (o sólo en p a r t e ,
y a sus tiempos, necesarios), en otros terrenos. E s pasmoso el m u n d o
de erudición que Asín t i e n e q u e disponer al alcance de la m a n o , en
cada m o m e n t o : lo cristiano y lo judaico, lo platónico, lo aristotélico,
y lo neoplatónico, y lo zoroástrico, y lo nestoriano, y lo b u d i s t a , etc.
Pero a m í m á s m e a s o m b r a cómo Asín, q u e e n t o d o t u v o señorío,
era señor de esa i n m e n s a riqueza: aquella intuición nerviosamente
ágil y a la p a r serena con la q u e los d a t o s se le o r d e n a n en clara ga-
lería. i'Qué placer, u n libro de Asín! L a m i r a d a del lectpr resbala sin
tropiezo, gozosa de la c o n t e m p l a c i ó n de lo que en el m o m e n t o ve,
segura de aquello p o r lo q u e a c a b a de pasar, a n h e l a n t e de lo q u e
espera. E s que t o d o i n v e s t i g a d o r v e r d a d e r a m e n t e g r a n d e es gran
a r t i s t a . Sólo así la intehgencia del lector goza d e j á n d o s e vencer, con-
vencer: el placer i n t e l e c t u a l es inseparable del estético.

D e ese g r a n sector del pensamiento teológico m u s u l m á n salen — a n t e


nuestros ojos— haces de luz que empiezan a moverse sobre zonas dis-
t i n t a s de la culüira europea; otros, desde el m u n d o cristiano les h a n
precedido: son vínculos, iluminados p o r Asín, que v a n del Cristianis-
mo al Islam, del Islam al Cristianismo: y si las ideas de Algacel y las
teorías y prácticas sufíes tienen u n a ascendencia cristiana, Averroes
h a ejercido u n influjo sobre S a n t o Tomás, y la noche oscura de San
J u a n de la Cruz viene a coincidir con el qabd de Aben A b b a d de R o n -
da. Esos dos tejidos. Cristianismo e Islamismo, que parecen tan
diferentes y a u n opuestos, e s t á n en r e a h d a d vinculados como por
u n a v o l u n t a d superior que los ligara y religara, u n a y o t r a vez, con
invisibles hilos. E n esa concepción, sin d u d a a u t é n t i c a , don Miguel
puso su caridad, encendida por un a m o r a todos los hombres, y un
espíritu de tolerancia, que en el m u n d o y a no se da hoy sino dentro

— II —
E l o g i o de D o n M i g u e l A s { n

del Catolicismo. Quien lee la introducción de El Islam cristianizado


lo c o m p r e n d e y y a no lo olvida.
U n o d e estos vínculos, así iluminados, coronó la f a m a m u n d i a l
d e Asín, a n t e s m u n d i a l y a , pero sólo en la c o m u n i d a d d e los arabi-
zantes. E l e s t u d i o de A b e n A r a b i le h a b í a descubierto e x t r a o r d i n a -
rias relaciones e n t r e los novísimos del h o m b r e segün los representa
el místico m u s u l m á n y según se p i n t a n en la D i v i n a Comedia. Y f u é
a c u m u l a n d o datos: l a b o r i n m e n s a q u e h a a s o m b r a d o a u n a todos
los c o n t r a d i c t o r e s . E l r e s u l t a d o f u é La Escatologia Musulmana en
la Divina Comedia. U n a g r a n p a r t e del v i a j e u l t r a t e r r e n o de D a n t e
r e s u l t a b a b a s a d o en la ascensión d e M a h o m a , t r a d i c i ó n m u s u l m a n a
que llega a t e n e r m u c h o desarrollo y u n g r a n n ú m e r o de versiones
distintas. E n el h b r ó , las p r u e b a s p u l u l a n y llegan h a s t a lo m e n u d o
y particular, nítidas, concretas, a b r u m a d o r a s ; la exposición es i m -
pecable. F u é su discurso de ingreso en esta R e a l Academia, año de 1919.

D o n d e n o se h a i n t e r p u e s t o pasión, las p r u e b a s d e Asín se h a n


a b i e r t o camino. P e r o n o entre algunos d a n t i s t a s de Italia, a los q u e (sin
causa) les dolía. Mas no h a y escape; o e s t a m o s a n t e un milagro, o
e n t r e la Divina Comedia y la escatologia m u s u l m a n a h a existido u n
vínculo directo. R e s u l t a cómico h a b l a r d e paralelismo d e las m e n t e s
h u m a n a s y d e la s e m e j a n z a de los t e m a s , p a r a e x p ü c a r coincidencias
d e complicado p o r m e n o r y su acumulación v e r d a d e r a m e n t e agobia-
dora. Los m á s razonables de los d a n t i s t a s r e c a l c i t r a n t e s piensan en
u n a t r a d i c i ó n común; apelan así a u n a n t e c e d e n t e común, vago, des-
conocido y p u r a m e n t e hipotético, en su obstinación de no querer
a c e p t a r lo palpable, lo n a t u r a l y sencillo: q u e u n t é r m i n o se parece
al otro p o r q u e está en relación directa con él. D a pena: h a y quienes
a n t e el hecho b r u t a l de las extraordinarias y repetidas semejanzas,
quisieran poder raerlas o deglutirlas, y en fin, pierden los estribos
y a c u d e n a explicarlas por una cadena de coincidencias que j a m á s
se engarzan así en este m u n d o .

E i a r g u m e n t o Aquiles es siempre el mismo: ¿Cómo pudo llegar


D a n t e a conocer esas tradiciones m u s u l m a n a s ? Asín se h a b í a pre-
cavido; h a b í a m o s t r a d o las i n n u m e r a b l e s relaciones culturales e n t r e
a m b o s m u n d o s en el siglo x i i i ; había aducido, en particular, viajes

— II —
E l o g i o de D o n M i g u e l A s í n

como el de B r u n e t t o L a t i n i , semimaestro d e D a n t e , a la Corte de


Castilla, 0 el de San P e d r o Pascual, p r o f u n d o conocedor de las t r a -
diciones m u s u l m a n a s , a Italia. Luego, se h a n m e n c i o n a d o las repe-
tidas visitas a ese país de R a i m u n d o Luíio (precisamente conoce-
d o r e i m i t a d o r de Aben Arabi), y la existencia de Ricoldo de Monte
Croce, i m p u g n a d o r del Islam, q u e vive en u n convento florentino con
el que D a n t e t e n í a relación. T o d o m i e n t r a s i n n u m e r a b l e s comer-
ciantes italianos v i a j a b a n p o r la E s p a ñ a cristiana y la m u s u l m a n a ,
p a r a sus mercaderías. Cien y cien canales, unos conocidos en con-
creto, otros en general, hacen p e r f e c t a m e n t e posible la trasmisión.
¡Y cómo olvidar q u e la ascensión d e M a h o m a e s t a b a y a t r a d u c i d a al
castellano en la P r i m e r a Crónica General!
H a c e poco, en 1944, y precisamente en el corazón de R o m a , en
la Ciudad del Vaticano, se ha impreso u n t r a b a j o de Monneret de
Villard, Lo Studio dell'Islam in Europa nel XII e nel X I I I Secolo,
en el cual se e x h u m a u n d a t o precioso, que se le pasó a don Miguel,
y que quiero citar aquí, p o r q u e de haberlo conocido, le h a b r í a llenado
de gozo... El a u t o r de ese t r a b a j o hace n o t a r cómo en el catálogo de
Coxe, d e códices de la B o d l e y a n a , se describe un m a n u s c r i t o de Les-
chiele Mahomet, es decir, de la escala o ascensión de M a h o m a , t r a -
ducida por orden de Alfonso X , en 1264. El libro f u é t r a d u c i d o primero
al español p o r A b r a h a m , médico judío de Alfonso, y luego vertido al
f r a n c é s p o r B o n a v e n t u r a , n o t a r i o sienés. Sabido es el influjo f r a n c é s
en I t a l i a en esta época en que B r u n e t t o L a t i n i escribía su Trésor en
francés. [Un italiano, precisamente un italiano, es t r a d u c t o r d e la
Escala de Mahomal (Sabemos que u n joven e r u d i t o español tiene y a
a p u n t o de impresión el a n t i g u o t e x t o f r a n c é s de la ascensión de
Mahoma). Y a ú n el m i s m o M o n n e r e t de Villard nos da o t r a noticia
preciosa: en la BibUoteca Nacional de P a r í s existe otro m a n u s c r i t o
de la Escala o ascensión de M a h o m a , esta vez t r a d u c i d a al latín.
A la p r e g u n t a , pues, d e cómo p u d o llegar esta tradición m u s u l m a n a
a D a n t e , se p u e d e r e s p o n d e r así: P o r esta razón..., y p o r ésta..., y
p o r ésta... Y después d e t o d o eso, p o r q u e de la escala o ascensión de
M a h o m a había en el siglo x i i i u n a t r a d u c c i ó n en castellano, y otra
en francés, y o t r a en latín. N a d a menos.

-— 12 —
E l o g i o de D o n M i g u e l A s í n

E n n a d a se escatima así la gloria de D a n t e . N i el pensamiento


del p o e m a n i esa f o r m a de luz c e n t r a d a , cenital, b l a n c a y p a r p a d e a n t e ,
en que su a u t o r le envolvió, se a m e n g u a n lo m á s mínimo por esos
c o n t a c t o s con la escatologia m u s u l m a n a . Como la gloria de Cervan-
t e s no se e m p a ñ a p o r q u e — c a s o m u c h o p e o r — en los primeros capí-
tulos del «Quijote» h a y a seguido u n a obrilla de ínfimo m é r i t o litera-
rio. ¿O h a b r á q u e c i t a r el caso de Shakespeare?
H e m o s q u e r i d o a t e n d e r ú n i c a m e n t e al c e n t r o de los afanes de
Asín. Sólo las b i b h o g r a f í a s p u e d e n d a r i d e a de su riqueza y su v a -
riedad. ¡Cuántos p r o b l e m a s y a resueltosi ¡Cuánta semilla fértil! Ahí
q u e d a , p o r ejemplo, el a ú n reciente Glosario de voces romances regis-
tradas por un botánico anónimo hispano-musulmán (siglos XI y X I I J .
Sobre ese t e x t o , que h a dado y a origen a u n i m p o r t a n t e t r a b a j o
de A m a d o Alonso, t e n d r á n que inclinarse en largas horas d e estudio
los lingüistas.

Me unió con d o n Miguel Asín u n a a m i s t a d poco f r e c u e n t a d a .


N u e s t r a adolescencia y n u e s t r a j u v e n t u d nos la a l u m b r a n unos cuan-
t o s héroes c o n t e m p o r á n e o s nuestros: los llevamos en el corazón, alen-
t a d o r e s d e n u e s t r o esfuerzo, p o r q u e r e p r e s e n t a n p a r a nosotros el
modelo ú l t i m o : lo perfecto, lo sin t a c h a . A Asín le llevaba (y le llevo)
en m i corazón, a u n q u e le v e l a pocas veces, y m á s sabía de él p o r sus
libros y por m e d i o d e Emilio García Gómez. Yo, como t o d o s los a l u m -
nos, había v i b r a d o d e s i m p a t i a p o r don Miguel desde la p r i m e r a vez
que le v i sentarse, nervioso, t r a s la mesa de la c á t e d r a . Sé que m e
m i r a b a con afecto, y t u v o conmigo u n a s c u a n t a s delicadezas inolvi-
dables. Y espero que así m e mire ahora q u e v i e r t o m i corazón hacia
él, al comenzar el t e m a de q u e quiero h a b l a r o s .

— 13 —
P OE julio de 1862 había t e r m i n a d o de j u n t a r don Cayetano A l b e r t o
de la B a r r e r a los materiales del p r i m e r t o m o d e su Cancionero
de poetas varios españoles de los siglos XVI y XVII. Allí se encuen-
t r a el primer c o n a t o de biografía de don Francisco d e Medrano. Pero
esos t r a b a j o s d e L a B a r r e r a hubieron de q u e d a r inéditos. Otro i m p o r -
t a n t e depósito de noticias d u e r m e , a u n q u e impreso, poco utilizado,
e n t r e los Nuevos datos para las biografías de cien escritores de los si-
glos XVI y XVII, de m i inolvidable d o n Francisco R o d r í g u e z Marín:
L a B a r r e r a a v a n z a b a a t e n t o n e s , g u i a d o a p e n a s p o r la edición d e los
Remedios de Amor, de Í617, y p o r u n a c a r t a de Medrano: n a d a de ex-
t r a ñ o q u e t r o p e z a r a aquí y allá en lo que quiso e n t r e v e r . Rodríguez
Marín, en cambio, d a b a y a unos d a t o s seguros, a u n q u e pocos, que
L a B a r r e r a ni soñó; noticias curiosas de la familia del poeta, u n a
descripción v i v a , p o r m e n o r i z a d a , de la finca d e Mirarbueno y de sus
productos... y, en fin, lo inesperado: M e d r a n o h a b í a sido jesuíta,
se había salido de la Compañía de Jesús, y había v i v i d o como clérigo
secular en Sevilla, d o n d e había m u e r t o e n t r e los ú l t i m o s días d e 1606
y los primeros meses d e 1607. L a s noticias literarias, d u e r m e n re-
m a n s a d a s m u c h o t i e m p o , h a s t a que se i n c o r p o r a n a la corriente;
pocos se h a n p a r a d o a e n s a r t a r esos datos; se p u e d e decir que a ú n
no circulan con el c a u d a l de la historia literaria española. A las t u r -
bias noticias d e L a B a r r e r a , a las pocas, pero m u y i n t e r e s a n t e s , d e
R o d r í g u e z Marín, v a m o s a agregar a h o r a otras, m u y netas, y tales
q u e el p e r s o n a j e sale de b u l t o , a u n q u e a ú n con u n a s pocas p a r t e s de
s o m b r a . I m p o r t a b a el archivo c e n t r a l de los J e s u í t a s , d e R o m a , y
gracias a la b o n d a d del P . Fehciano Cereceda, ilustre biógrafo del
P . Láinez, h e podido o b t e n e r preciosos datos de los Catalogi Trien-

— 14 -
P r e l i m i n a r

nales de la Compañía, y la seguridad casi absoluta de que no existe


h o y el e x p e d i e n t e de separación de Medrano. T a m b i é n de la misma
procedencia y p o r medio del P , R a f a e l M.® de H o r n e d o , insigne crítico
e historiador, h e obtenido las dimisorias del poeta. D e otro g r a n
auxilio de este m i s m o P a d r e h a b l a r é a su t i e m p o . Los archivos sal-
m a n t i n o s eran u n a posible m i n a . N i n g ú n m e j o r conocedor de ellos
que mi c o m p a ñ e r o d o n R i c a r d o Espinosa Maeso. A él le p e d í q u e m e
buscara en los registros u n i v e r s i t a r i o s los n o m b r e s de Medrano y de
algunos amigos suyos: u n a s c u a n t a s i m p o r t a n t e s noticias h a n enrique-
cido así el acervo. Los archivos de Sevilla deberían d e contener, t o -
davía, la clave de algunos misterios de la biografía d e Medrano: pensé,
en seguida, q u e h a b i e n d o sido el h e r m a n o de! p o e t a canónigo de la
catedral, en el a r c h i v o d e la m i s m a debía de e s t a r el e x p e d i e n t e de
sus p r u e b a s de limpieza. Mis gestiones p a r a encontrarlo resultaron,
primero, inútiles. Mi erudito amigo don Santiago M o n t o t o m e dijo
que él h a b í a visto hacía m u c h o s años ese e x p e d i e n t e , y me comu-
nicó u n a b r e v e n o t a ; y llevó su a m a b i l i d a d h a s t a buscarlo después,
aunque sin é x i t o , p o r el l a m e n t a b l e e s t a d o d e aquel depósito.
P e r o en u n reciente v i a j e a Sevilla p u d e visitar el archivo de la ca-
tedral, en compañía del canónigo Sr. Mañes y del Sr. M o n t o t o , y por
feliz casualidad e n c o n t r é en seguida las p r u e b a s de limpieza t a n bus-
cadas. E n n u e v a visita, al día siguiente, di con las de u n sobrino de
Medrano, t a m b i é n canónigo. D e la existencia d e ese sobrino y d e su
cargo, tenía noticia por el mismo Sr. Montoto, quien h a b í a copiado y
m e había comunicado otros d o c u m e n t o s de la c a t e d r a l referentes a
este canónigo; pero no había v i s t o las p r u e b a s de limpieza. Ambas
informaciones — l a del h e r m a n o y la del sobrino d e n u e s t r o p o e t a —
nos p r o p o r c i o n a n curiosos datos. L a B a r r e r a había t a m b i é n m e n c i o -
n a d o en sus a p u n t e s dos preciosos manuscritos: uno, a u t ó g r a f o t o d o
él, de Medrano; otro, que contenia u n cuadernillo d e m a n o d e nuestro
p o e t a . A m b o s se conservan. Si el e r u d i t o del siglo x i x registró con
escrupulosidad el contenido de este último, del primero no vió, o pasó
t o t a l m e n t e p o r alto, lo m á s notable, que, revelado a h o r a , nos plantea
i n q u i e t a n t e s problemas en t o r n o a la personalidad m o r a l de Medrano.

15
PATRIA. FAMILIA. HACIENDA

NACIMIENTO DEL POETA. SU FAMILIA.

T o s nuevos datos que m a n e j a m o s nos v a n a p e r m i t i r e n t r a r con


resuelta seguridad en b a s t a n t e s sectores de la vida m a t e r i a l de
Medrano, en algunos de la espiritual. P e r o a ú n lo que ha d e q u e d a r
en la sombra será m u c h o , g r a n p a r t e de sus a n d a n z a s y actos físicos;
y no digamos n a d a de los misterios y contradicciones q u e nos opon-
drá la v i d a moral. Quisiera en t o d o caso distinguir — y así lo procu-
r a r é — lo q u e es realidad objetiva, de lo que sea c o n j e t u r a m á s o
menos f u n d a d a ,
P r e c i s a m e n t e el hecho primero de la v i d a de Medrano nos ofrece
un ejemplo d e c u á n peligrosas sean las c o n j e t u r a s , y qué consecuencia
p u e d e n t e n e r . P o r indicios llegó L a B a r r e r a a d e t e r m i n a r que Medrano
había nacido en Sevilla, y es v e r d a d . P e r o b a s a d o en dos considera-
ciones falsas, que alia con la i n t e r p r e t a c i ó n literal d e a l g u n a s poesías
d e Medrano, llega a d e t e r m i n a r que éste nació e n t r e 1550 y 1556.
D o n Cayetano A l b e r t o cometía asi un error d e v e i n t e años, si a t e n -
demos a la p r i m e r a cifra q u e da; de catorce, si a la s e g u n d a . H o y , con
error t o d o lo m á s d e meses, p o d e m o s decir q u e nació en 1570. Medrano
era, pues, n u e v e y ocho años m á s joven q u e Góngora y L o p e , respec-
t i v a m e n t e , y h a b r í a que situarle en u n a generación i n t e r m e d i a entre
la de éstos y la de Quevedo.

Que este error de L a B a r r e r a nos h a g a ser m u y cautos c u a n d o

— i 6 —
I . — P a t r i a . F a m i l i a . H a c i e n d a .

de la m a t e r i a poética de Medrano se nos ofrezca e x t r a e r a n é c d o t a


biográfica, que ocasión y t e n t a c i ó n no h a de f a l t a r .
Si, don Francisco d e Medrano nació en Sevilla en 1570, ó t o d o
lo m á s a fines de 156'9. A esos mismos años h a b í a llegado yo, por otras
consideraciones. Pero ahora t e n e m o s seguridades: los Catalogi Trien-
nales de 1587, 1590, 1593, 1597 y 1600, d a n a Medrano edades que
exigen que 1570 sea el año del nacimiento; el catálogo de 1585 nos
lleva, en cambio, a un año antes. ¿Nacería a fines de 1569? ¿Se t r a t a
de un p e q u e ñ o error del catálogo.de 1585, s u b s a n a d o p o r los siguien-
tes? Creo casi seguro que la fecha de n a c i m i e n t o es 1570, y q u e esa
discordancia de los datos de 1585 se debe a que el catálogo se hiciera
y a a v a n z a d o el año.
E r a el m a y o r de seis h e r m a n o s , y sus p a d r e s se l l a m a b a n Mi-
guel de Medrano y d o ñ a María de Villa. P e r t e n e c í a d o ñ a María a
la familia de los H e r b a r , b a n q u e r o s sevillanos. T a m b i é n el p a d r e
debía de t e n e r posición desahogada: a su m u e r t e (entre 1582 y 1583),
le correspondieron al p o e t a (por lo m e n o s ) casi 6.000 ducados de
herencia, y a c a b a m o s de decir que e r a n seis h e r m a n o s . L a m a d r e ,
en cambio, había de sobrevivir a n u e s t r o escritor. L a familia po-
seía casas en varios sitios d e SevUla: en la calle d e Gallegos (colación
de San Salvador), d o n d e y a en 1572 nace Miguel de Medrano, el her-
m a n o que sigue a Francisco; t a m b i é n en la colación d e S a n t a Maria,
«en la t o n e l e r í a v i e j a q u e agora se dice el compás de la m a n -
sebía». D e b í a n de poseer asimismo algunas fincas rústicas, nin-
g u n a m á s i m p o r t a n t e q u e el pago de M i r a r b u e n o . Pero de éste
t r a t a r e m o s m á s t a r d e . El p r u r i t o m e r c a n t i l , que les venía de los
H e r b e r , acuciaba a v a r i o s m i e m b r o s de a q u e l hogar: comerciaban
con las Indias: un h e r m a n o del p o e t a , Alonso, pasó u n a vez a N u e v a
E s p a ñ a p a r a v e n d e r u n a p a r t i d a de vino; años m á s t a r d e residía
en Méjico y recogía allá las mercaderías q u e su m a d r e le e n v i a b a .
Vino e x p o r t a r o n v a r i a s veces: lo cosechaban en su h e r e d a d de Mirar-
bueno. D o ñ a María de Villa debía de desenvolverse m u y bien en
estos negocios, con h e r e d a d o i n s t i n t o , y años m á s t a r d e , y a vieja,
los hijos la a y u d a b a n : y a h e m o s visto las empresas d e Alonso; otro
h e r m a n o , Diego, que era canónigo d e Sevilla, y q u e f i r m a b a Diego

— 17 — t
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

H e r b e r p o r h a b e r t o m a d o ese apellido de la línea m a t e r n a , i n t e r v e n í a


en n o m b r e de la m a d r e p a r a c o b r a r e n la Casa d e C o n t r a t a c i ó n u n a s
p a r t i d a s de p l a t a de N u e v a E s p a ñ a . Y t o d o se llevaba e n t r e eUos
con seriedad comercial: p a r a n u e s t r o s días, resulta m á s que curioso,
e x t r a ñ o , v e r a la m a d r e c o n t r a t a n d o con sus hijos, n u e s t r o p o e t a
d o n Francisco y Diego H e r b e r , p a r a cederles en arriendo la h e r e d a d
de Mirarbueno, con t a n t a minucia, con condiciones de t a p poca
i m p o r t a n c i a (por ej. la cláusula que veremos r e f e r e n t e a los sarlnten-
t o s y a la ceniza), como si m á s que con hijos t r a t a r a ' con e x t r a ñ o s .
P e r o en aquel t i e m p o era cosa corriente.

ABOLORIO DEL POETA.

E s t a s noticias—las que se refieren a la familia del poeta—salían de


los d o c u m e n t o s que publicó Rodríguez Marín. La buena f o r t u n a que
hemos tenido en el Archivo de la Catedral de Sevilla nos p e r m i t e hoy
conocer la ascendencia de don Francisco de Medrano h a s t a los bis-
abuelos y nos da curiosas noticias de la r a m a p a t e r n a . Son los datos
contenidos en las informaciones de limpieza de sangre de Diego H e r b e r
de Medrano, h e r m a n o d e n u e s t r o escritor, y de Miguel de Medrano,
su sobrino carnal. A m b o s f u e r o n canónigos en Sevilla, y las p r u e b a s
se hicieron en 1602 y 1634, respectivamente. Ei expediente de Diego
H e r b e r es m á s interesante; el del sobrino, m á s gris; el comisario se
limitó, en este caso, casi a cumplir u n a fórmula.

Sabíamos ya, como hemos dicho, que don Francisco era el m a y o r


de seis h e r m a n o s (le seguían Miguel, Diego, J u a n a , Alonso e Isabel) y
que sus p a d r e s se l l a m a b a n Miguel de Medrano y d o ñ a María de Villa.
Se nos revelan ahora los abuelos paternos, Francisco de Medrano e Isa-
bel Flores, y se nos c o m p l e t a el n o m b r e de los m a t e r n o s , Francisco
H e r n á n d e z H e r b e r y d o ñ a Mencia de ios Angeles Alaraz. D e estos
últimos no se nos dice m á s sino que e r a n vecinos de Sevilla e hijos,
r e s p e c t i v a m e n t e , de J u a n Sánchez de Córdoba y de d o ñ a María de
Villa, vecinos t a m b i é n de Sevilla, y de Diego Sánchez Colchero, piloto
m a y o r , y de A n a Sánchez Alaraz. N o t e m o s que el n o m b r e de doña

— l8 —
7. — P a t r i a . F a m i l i a . H a c i e n d a ,

María de Villa se repite en la m a d r e y en la bisabuela de nuestro don


Francisco. P o r desgracia, las informaciones que se debieron d e hacer
en Sevilla (para p r u e b a de la limpieza de esta m u y sevillana r a m a
m a t e r n a ) f a l t a n , y si j u z g á r a m o s p o r signos exteriores, se diría que
n u n c a h a n existido en el expediente de Diego H e r b e r . F r a c a s a d o s ahí,
creímos que el del sobrino nos aclararía el problema. AUí sí que está
el e x a m e n de testigos sevillanos; pero al llegar a la p r e g u n t a relativa
a Franci.sco H e r n á n d e z H e r b e r y su esposa doña Mencia, nadie p u e d e
d a r la m e n o r noticia, salvo un declarante q u e con gran v a g u e d a d
dice haber oído h a b l a r de ellos. ¿Qué misterio h a y aquí? Y a hemos
dicho que por las noticias que allegó Rodríguez Marín sabemos que
estos H e r b e r eran u n a familia de b a n q u e r o s sevillanos, y allá hacia
1590 q u e b r a r o n J e r ó n i m o y J u a n B a u t i s t a Herber, hermanos de doña
María de Villa, tíos carnales, p o r t a n t o , de nuestro biografiado. N a d a
d e j a m á s recuerdos en u n a ciudad n i más duraderos que u n a quiebra.
P u e s bien; en 1634 ningún testigo sabe n a d a de los H e r b e r , y en 1602,
o bien p o r caso excepcional, no se llevaron a cabo informaciones en
Sevilla, o h u b o alguien que las hizo desaparecer.

Las investigaciones de la r a m a p a t e r n a son minuciosas y tienen


lugar en Torrijos, M a q u e d a y S a n t o Domingo, lugares t o d o s próxi-
mos e n t r e sí y de la a c t u a l provincia de Toledo. Reservo p a r a otro
lugar exponerlas en pormenor; doy a q u í sólo un b r e v e resumen.
El p a d r e del poeta, Miguel de Medrano, vivió de niño en Torrijos,
y c u a n d o su m a d r e enviudó pasó con ella a M a q u e d a . No cabe d u d a
de que su m u j e r y su hijo Diego le creían de ese ú l t i m o lugar; pero
los testigos vacilan entre Torrijos y Maqueda: de las declaraciones
sale u n a m a y o r probabilidad a f a v o r de Torrijos. Debió de nacer
hacia 1530 y t a n t o s . H a c i a 1550 y t a n t o s se f u é de esas tierras toleda-
nas a Sevilla, y de allí pasó a Indias (un testigo puntualiza que al
• P e r ú ) , de d o n d e volvió con f a m a de rico unos diez años m á s t a r d e .
Y a en E s p a ñ a , visitó los lugares de su infanciaj y luego se volvió a
Sevilla o t r a vez, donde casó con doña María de Villa, «señora rica».
Son varios los testigos toledanos que declaran h a b e r visitado a este
m a t r i m o n i o en su casa d e Sevilla, donde vieron que t e n í a n varios hijos,
pero n i n g u n o n o m b r a especialmente a nuestro Francisco.

— 19 —
V ,i d a y o b r a d e M e d r a n o

Los abuelos p a t e r n o s eran Francisco de Medrano (cuyo nombre,


pues, se repite en el poeta) e Isabel Flores. E l a b u e l o Francisco era
de M a q u e d a , y la abuela Isabel era h i j a de Alonso Flores de León y
F r a n c i s c a R a m í r e z , vecinos de Torrijos.
El p u n t o m á s oscuro lo ofrece el bisabuelo p a t e r n o de esta r a m a
p a t e r n a . Se l l a m a b a Miguel Sáenz (o Sánchez) de Medrano. Digámoslo
de u n a vez; este bisabuelo de nuestro poeta era u n clérigo, beneficiado
en Maqueda. Malos ratos debió de p a s a r el comisario del cabildo se-
villano encargado de las diligencias; p o r los testigos, a v u e l t a s de muchos
expresivos silencios, se va descubriendo la condición de clérigo del
bisabuelo; algunos le desconocen el apellido Medrano; otros no saben
q u e Francisco f u e r a hijo suyo y sí sólo que vivía en su casa; otros ig-
noran cómo el clérigo podía tener ese hijo; uno llega a decir que Miguel
Sáenz era tío de Isabel Flores, pero no sabe que f u e r a p a d r e de F r a n -
cisco. Las declaraciones de Maqueda, d o n d e dicho clérigo vivió, son,
precisamente, las m á s reticentes y sospechosas. A la s u p u e s t a bis-
a b u e l a de Medrano, Isabel de P a r e j a , nadie la h a conocido ni oído
n o m b r a r . E n t r e los. declarantes figura u n a tía c a r n a l del poeta; se
llama Isabel de Escobar; es v i u d a , n a t u r a l de Maqueda; no f i r m a por
no saber. T a m p o c o nos saca de d u d a s la tía, y es raro que calle que su
abuelo era clérigo, pues le t r a t ó siete u ocho años, y de su abuela, a
la que ella llama Isabel Díaz P a r e j a , t a m p o c o sabe m á s que el n o m b r e .
R a r o todo. Quien lee y coteja esas declaraciones llega a pensar que
Isabel de P a r e j a f u é un pecadillo de j u v e n t u d de Miguel Sáenz de
Medrano, ¿anterior a las órdenes?, ¿posterior a ellas?

T o d o s son oscuridades cuando. Deus ex machina, aparece un tes-


tigo m u y viejo (de Santo Domingo) que da u n a explicación, la cual
sería del todo d i á f a n a si no viniera a chocar con u n sistema orgánico
de interpretación que ha f r a g u a d o y a en el cerebro del lector... Yo
tengo a cada uno por absoluto hijo de sus obras, y en el f o n d o no me
p r e o c u p a cómo o p o r qué vínculo el bisabuelo del poeta engendrara
a su abuelo. Tengo, a d e m á s , que reconocer que esa declaración de
un anciano de. n o v e n t a y c u a t r o años, que sirvió al bisabuelo y al
abuelo dé n u e s t r o escritor, es m u y nítida: Miguel Sáenz de Medrano
h a b r í a casado m u y mozo con Isabel de P a r e j a y de eUa t u v o a F r a n -

— 20 —
/. — P a t r i a . F a m i l i a . H a c i e n d a .

cisco; y sería, viudo ya, c u a n d o se hizo clérigo. H a y que a d v e r t i r


que este viejísimo y fiel criado no conoció a la t a l Isabel de P a r e j a ,
ni sabe de ella n a d a más. Confiesa reproducir la interpretación que
se d a b a en la casa acerca del hecho de que el clérigo tuviera un hijo.
A d m i t a m o s nosotros t a m b i é n esta «verdad oficial» (que bien p u e d e
ser auténtica). A d m i t á m o s l a como la a d m i t i ó el comisario diligen-
ciero: r á p i d a m e n t e después de esta declaración (y o t r a que — b a s a d a
en ésa— no a ñ a d e nada) da r e m a t e al e x a m e n de testigos. P o r otra
p a r t e , ninguno de los interrogados puso t a c h a de judío,, moro, rela-
jado, penitenciado o reconciliado a ninguno del linaje de los Medra-
nos. Todos les tienen por gente limpia. Cierto que sólo algún testigo
que otro habla de hidalguía. El m á s favorable otra vez, el criado
viejo, p a r a quien eran gente principal e hidalga y m u y escrupulosa
en los enlaces matrimoniales p o r lo que toca a limpieza de sangre;
y el testigo último, que casi repite la declaración del criado (basán-
dose en el testimonio de éste), añade, aquí, que Miguel Sáenz de Me-
drano (el bisabuelo) era «onbre noble hijodalgo, y que en sus respetos
y obras m u y bien lo d a b a a entender». Pero, en fin, entre t a n t o testigo,
la palabra «noble» sólo sale u n a vez; la de «hidalguía», un p a r de veces.
Los d e m á s sólo hablan de «cristianos viejosí...

U n a visión m u y distinta del estado de la familia nos da el otro


expediente de limpieza, el de Miguel d e Medrano, sobrino de nuestro
escritor, como hijo de su h e r m a n o Miguel, que murió, de unos veinti-
séis años, en 1598, y había casado con u n a d o ñ a Isabel de Cifontes,
de un linaje asturiano, de Gijón, tenido por noble. Además,, el dinero
había dado y a m u c h o lustre al apellido Medrano, de origen modesto,
como hemos visto. E s interesante que notemos, por lo que nos p u e d e
a l u m b r a r cuál p u d o ser el verdadero estado social de nuestro p o e t a ,
q u e en estas p r u e b a s 3e su sobrino, en 1634, los declarantes son todos
de lo m á s florido de Sevilla. Y muchos de ellos en sus testimonios
consideran al p r e t e n d i e n t e Miguel y a su p a d r e como «gente noble
y principal». D o n Antonio de P i n e d a y P o n c e de León declara respecto
a los p a d r e s del p r e t e n d i e n t e (no olvidemos que se t r a t a del h e r m a n a
y de la c u ñ a d a del poeta) que eran «de la gente m á s principal y m á s
lucida de la ciudad». Y poco m á s a b a j o , insiste aún: «que en t a l opi-

— 21 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

nión y professión les vió e s t a r y tener este testigo, en especial a Miguel


de Medrano, p a d r e del dicho pretendiente, a quien este testigo vió
t r a t a r y frisar COH lo m á s ilustre desta ciudad, estimándolo y tenién-
dolo en mucho». Otro testigo, don P a b l o Espinosa de los Monteros,
dice que n o conoció a Miguel de Medrano y doña María de Villa,
abuelos del p r e t e n d i e n t e (se t r a t a de los padres de nuestro poeta),
«pero que tiene m u c h a noticia de ellos, por haberlo oído a sus mayores
y m á s ancianos, y aslmesmo p o r i n s t r u m e n t o s y papeles que a visto
d e la nobleça deste lugar, p a r a componer la tercera p a r t e de su his-
t o r i a , q u e a c t u a l m e n t e está e s t a m p a n d o , y p o r ellos le consta ser no-
bles los dichos abuelos paternos». Y este diligente historiador, ¿no
sabía n a d a d e los t r ^ o s mercantiles de la familia, ni de la banca y la
quiebra d e los H e r b e r ?

Con esa rapidez se hacen los linajes. (Poderoso caballero es don


dinero.) L a imagen de a b u n d a n c i a que v a m o s a c o n t e m p l a r nos lo
explica. A n t e todo, la finca de Mirarbueno.

E L PAGO D E M I R A R B U E N O .

¡Ah, el pago d e M i r a r b u e n o era espléndido! Cuando — c o m o ve-


remos— el p o e t a , j o v e n a ú n , pero con su espíritu c u a r t e a d o y a por
horribles h u r a c a n e s , v u e l v e a Sevilla, su consuelo m a y o r , su alegría,
su refugio es la h e r e d a d de Mirarbueno. E r a u n a finca d e u n a s «57 a r a n -
zadas, poco m á s o menos», t o d a ella «debajo de un cercado», «de v i ñ a
e olivar», «con sus casas prinsipales e bodegas e lagar e basija».
Miguel d e Medrano, el hijo segundo, va,, en n o m b r e de su m a d r e ,
al A y u n t a m i e n t o sevillano, en 1598, a agraviarse p o r q u e les h a n
cderribado los vallados de su h e r e d a d q u e tiene en el pago d e Mi-
ralbueno».

E s t a b a M i r a r b u e n o «en t é r m i n o de la villa de Salteras, j u n t o a


S a n Ysidro del Campo»; así se dice en el c o n t r a t o d e a r r e n d a m i e n t o
d e q u e luego h a b l a r e m o s . Y t o d a v í a , p a r a q u e no p o d a m o s d u d a r de
la situación, póseemos el epígrafe del soneto X X V I de Medrano:
oA las r u i n a s de Itálica, q u e a h o r a llaman Sevilla la Vieja, j u n t o de
las cuales e s t á su h e r e d a m i e n t o d e Mirarbueno». E l t é r m i n o de Sal-

— 22 —
/ . — P a t r i a . F a m i l i a . H a c i e n d a .

t e r a s l i n d a b a el E . con el d e Santiponce, d o n d e está San Isidoro


del Campo. Cerca de esa linde o r i e n t a i d e Salteras, f r o n t e r o a Itálica
y a San Isidoro, al oeste o sudoeste d e ellos, y a poco m á s de u n a
legua d e Sevilla, e s t a b a , pues, la f i n c a d e Medrano, sobre la ladera
q u e f o r m a el r e b o r d e occidental d e la vega del G u a d a l q u i v i r . Desde
allí, m i r a n d o a Oriente, la v i s t a descubre un p a n o r a m a de m a r a v i -
llosa extensión y p r o f u n d i d a d : ¡bien justificado el n o m b r e de Mirar-
buenol
E l Diccionario de Madoz encarece la fertilidad de Salteras: «el t e -
r r e n o — n o s dice— es de b u e n a calidad de labor en c a m p i ñ a y ve-
gas, con a r b o l a d o de olivos, escelentes viñas...» Y a ú n , al h a b l a r de
las producciones, alaba las uvas, que se cogen «en c a n t i d a d m u y con-
siderable y de calidad m u y superior, así como sus vinos». T a n b u e n o
y f i r m e era el vino, q u e la familia lo e x p o r t a b a a América. E n el
año 1605, la m a d r e , d o ñ a M a r í a ' d e Villa, registra p a r a cargar en la
nao "Santa Ana» «diez pipas d e v i n o de A x a r a f e de su cosecha de la
h e r e d a d de Mirarbueno, t é r m i n o de Salteras»; y a c a b a m o s de decir
q u e antes, Alonso, el hijo p e n ú l t i m o , había y a p a s a d o a N u e v a E s -
p a ñ a p a r a v e n d e r el mismo producto.
T a l fertilidad p u e d e t a m b i é n deducirse de lo que don Francisco
d e Medrano y su h e r m a n o Diego H e r b e r de Medrano se c o m p r o m e t e n
a p a g a r a su m a d r e como adehalas del a r r e n d a m i e n t o que p a c t a n : a
saber, c u a r e n t a a r r o b a s d e vino, y t r e i n t a a r r o b a s de vinagre, y seis
usestos» (así, con sevillano seseo) de a c e i t u n a gordal y «mansaniUa»,
por m i t a d , y seis seras de p a s a r e d o n d a , d e a c u a t r o arrobas c a d a u n a ,
y seis c á n t a r o s de arrope, de a r r o b a cada uno, y v e i n t e cargas de u v a
p a r a colgar y p a r a comer, «todo ello de lo que se cogiere en la dicha
heredad», m!ás t o d o s los s a r m i e n t o s y «seniza» que d o ñ a María pidiere
y h u b i e r e m e n e s t e r p a r a el gasto d e su casa, y la m i t a d d e t o d a la
f r u t a que se cogiere de la h u e r t a y jardín que en ella h a y . Y a d e m á s
d e t o d a esta a b u n d a n c i a d e f r u t o s , q u e se v i e r t e como de barroca
cornucopia, el precio, p o r q u e ésas eran, simplemente, las adehalas.
Y el precio o r e n t a a n u a l estipulado era la b o n i t a c a n t i d a d d e 2.100 du-
cados. «La qual dicha r e n t a y adehalas —agrega d o ñ a María— vos
los dichos mis hijos a v e y s de ser obligados de me pagar... libre e horro

— 23 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

d e diezmo y a c a r r e t o e o t r a cualquier costa..., los 2.100 ducados por


los tercios d e c a d a u n año, y las f r u t a s , a sus sazones».
iQué días otoñales y primaverales, sí, y a u n del a b r a s a d o verano,
c u a n d o a la t a r d e se l e v a n t a la marea, la brisa del oeste que alivia el
agobio y hace que la p a j a empiece a danzar en las parvasl "Se-
ñoril reposo», l l a m a con v e r d a d a aquella v i d a el poeta, que se siente
salvado del "desierto»:

... rindo a l cíelo


gracias veces sin p a r p o r q u e piadoso
a mi n a t i v o suelo,
y del desierto al señoril reposo
h o y m e h a restituido...

El poeta lo dice, i n d u d a b l e m e n t e , p o r Sevilla y por Mirarbueno


a la p a r . P e r o t o d a v í a la ciudad, a u n t a n serena, t a n luminosa, ofrecía
t r á f a g o s . Allí, en M i r a r b u e n o , t o d o lo que ennoblece la v i d a lo tenía
al alcance de la m a n o : p a i s a j e p a r a e x p l a y a r el alma, la emoción d e
las m á s venerables r u i n a s en la i n m e d i a t a cercanía, y con ella, t a n t a
ocasión d e discusiones amistosas (nos imaginamos): p o r q u e t o d a esa
serie de sonetos sevillanos a I t á ü c a , en cuyo centro se sitúan el
m i s m o d e Medrano y , con huella e v i d e n t e d e éste, la Canción de R o -
drigo Caro, ¿ d ó n d e m e j o r p u d i e r o n c u a j a r q u e en amistosas vela-
das, en Mirarbueno? P a r a p e n s a r así, a f l o j a m o s la rienda a la imagi-
nación, pero sólo u n p o q u i t o . E n verso d e Medrano h a quedado
constancia de u n a i n v i t a c i ó n s u y a a u n amigo p a r a q u e se acoja al
reposo de M i r a r b u e n o . ¿Qué d u d a cabe d e que los mejores p o e t a s se-
villanos serian a l g u n a vez sus huéspedes? Sí, allí e s t a b a n las ruinas,
al lado, p a r a m o v e r y f o m e n t a r aficiones arqueológicas y d a r curso a
pensamientos estoicos; dos venas, o s e p a r a d a s , o j u n t a s , ¡tan sevi-
llanas!, de la Epístola Moral a Fabio, a la Canciórt a las Ruinas de
Itálica, con m u c h o s m a t i c e s intermedios: es decir, el m i s m o a m b i e n t e
q u e e n c o n t r a r e m o s en la o b r a d e Medrano.

— 24 —
I . •— P a t r i a . F a m i l i a . H a c i e n d a .

MEDRANO. HORACIO.

Medrano, su Mirarbueno; Horacio, su f i n c a d e la Sabina. U n o y


o t r o , el placer de comer «los f r u t o s no comprados». Y le era dulce al
poeta establecer m e n t a l m e n t e este paralelo, porque, lo v a m o s a
ver u n a y o t r a vez (y m a c b a c o n a m e n t e v a m o s a insistir en ello): lo
m á s y m e j o r del a r t e de Medrano es i m i t a c i ó n del poeta latino, pero
n o es imitación arqueológica, en q u e la poesía del modelo, p a s a n d o
a t r a v é s del i m i t a d o r , p e r m a n e c e e x t e r n a a éste, a l e j a d a de éste. E s
u n a i m i t a c i ó n que a t r a e el a r t e y la v i d a de H o r a c i o a la vida propia
del discípulo. P a r a ello h a y que m o l d e a r a veces la m a t e r i a poética
que se imita, de m o d o que p u e d a e n t r a r en las n u e v a s h o r m a s ; pero,
¡cuánto de la v i d a del p o e t a del siglo x v n se siente a t r a í d o t a m b i é n
hacia la d e su dechadol Y se m e h a de p e r d o n a r q u e insista en este
t e m a c u a n d o se ofrezcan ejemplos: p o r q u e es esencial p a r a la com-
prensión del a r t e y la v i d a de n u e s t r o don Francisco.

Medrano, su Mirarbueno; Horacio, su finca sabina... Y como


Horacio describe (varias veces) su finca, M e d r a n o h a sentido necesi-
d a d de e v o c a m o s , ligeramente, la s u y a (ode X X X l ) . E n esta corre-
lación t é r m i n o a t é r m i n o , parecía forzoso que los versos de t a l evo-
cación f u e r a n i m i t a d o s de los que en Horacio sirven al m i s m o fin.
Pero, por u n a vez, en lugar de r e m e d a r alguno de los p a s a j e s en que
el p o e t a latino habla de su finca sabina, lo i m i t a d o -han sido las p a r -
t e s de la oda V I del libro I I , d o n d e Horacio piensa en T i b u r (Tivoli)
o en la región d e T a r e n t o como gratos retiros p a r a su f u t u r a vejez;
Medrano h a j u n t a d o lo que se dice d e las dos regiones i t a l i a n a s p a r a
componer su poético M i r a r b u e n o . I n v i t a a su amigo Santillán
(Santiso) a q u e v a y a a Mirarbueno; allí le espera el poeta:

¡Oh fuese a mi v e j e z f i r m e reposo


este lugari ¡de m i s navegaciones
y peregrinaciones,
oh, t é r m i n o dichoso
fuese, y d e mis pasionesl

— 25 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n. o

E s t e r i n c ó n , d e t o d o s los del suelo


m e place más, do b r o t a la p r i m e r a
y la r o s a p o s t r e r a ;
do siempre es u n o el cielo,
do siempre es p r i m a v e r a .

E s t e a la mesa espléndida co migo


y al b r i n d i s t e c o n v i d a . ¡Oh cuerdo ecceso!

E l p a i s a j e sigue h o y riente; los c a m p o s r i n d e n , feraces; sigue la-


b r a n d o sus l e n t a s c u r v a s el ancho G u a d a l q u i v i r . P e r o ¿ d ó n d e la amis-
t a d y la alegría y la c u e r d a n e c e d a d (dulce esldesipere in loco), los
b r i n d i s y la espléndida mesa?

P o r t o d a s p a r t e s surgen indicios del acomodo d e la familia: p a r a


g a r a n t i z a r a su m a d r e el c u m p l i m i e n t o del a n t e r i o r c o n t r a t o d e a r r e n -
d a m i e n t o , hipoteca don Francisco «dos m i l o v e j a s y borregos q u e
p a s t a n en la dehesa d e Almuédano». Y a veremos la historia de este
r e b a ñ o . Sin e m b a r g o , no t o d o era prosperidad: primero, los negocios
de J u a n B a u t i s t a H e r b e r , h e r m a n o de la m a d r e , debieron de ir mal;
en concurso de los bienes de este tío suyo, adquirió don Francisco
de M e d r a n o p a r t e de u n a s casas. Y luego, llama la atención que
el p o e t a , pocos días o s e m a n a s a n t e s de su m u e r t e , de consuno con
su m a d r e , t o m a r a a préstamo 7.700 reales d e p l a t a . Y no d e j a
d e p r o d u c i r e x t r a ñ e z a q u e la m a d r e , superviviente, a c e p t e la herencia
del p o e t a sólo con beneficio de inventario.

^ 26
Il

FRANCISCO DE M E D R A N O EN LA COMPAÑIA DE JESUS

" ^ O D O S estos pormenores sobre la finca de Mirarbueno, sobre la


a b u n d a n c i a , sobre la dulzura de la v i d a del poeta, proceden de
la época en que Medrano vivía y a en Sevilla como sacerdote secular.
Pero este don Francisco d e Medrano habla sido d u r a n t e m u c h o t i e m -
p o el P . Francisco de Medrano, de la Compañía de J e s ú s . E l hecho
sólo nos era conocido p o r u n d o c u m e n t o (publicado por Rodríguez
Marín) p o r el cual sabíamos q u e se h a b í a sahdo de la Compañía.
N a d a más. A h o r a , los d a t o s d e los Catalogi Triennales, nos p e r m i t e n
seguir las a n d a n z a s y las ocupaciones, y a u n la salud del p o e t a , paso
a paso.

EN EL NOVICIADO DE MONTILLA. E N EL COLEGIO D E CÓRDOBA.

¿Qué s o m b r a o q u é luz pasó p o r el a h n a de aquel niño de catorce


años, y de m e d i a n a salud, que en 1584, recibido en la Compañía de
J e s ú s en Sevilla, f u é enviado al noviciado d e Montilla? ¿De d ó n d e
le vino la vocación, o aquello que en edad t a n t e m p r a n a , su m a d r e ,
v i u d a desde hacía poco, o sus directores espirituales, i n t e r p r e t a r o n
como vocación? ¿Qué sabía él del m u n d o ?
N o t e m o s q u e en 1585 se le a t r i b u y e n y a al recién v e n i d o H e r m a n o
Francisco Medrano, ocho años de estudios d e latín. O t r a j e r a los
ocho, o h a y a q u e descontar uno cursado quizá y a d e n t r o de la Com-
pañía, resulta que F r a n c i s q u i t o Medrano estaba '—pobrecito— estu-
diando latín desde los seis o los siete años. «Nadie bebe latín a los

27 -
V i d a y o b 'r a d e M e d r a n o

diez años», h a dicho un p o e t a de hoy; y los diez años es esa edad f a t a l


en que e m p e z a m o s a maldecir el musa musae. Francisco de Medrano,
no cabe d u d a , bebió m u c h o latin, y m u y b u e n latín, desde m u c h o
antes. ¿Dónde? H a y q u e c o n j e t u r a r que en el colegio sevillano de
los jesuítas. E s t a r í a , p r o b a b l e m e n t e , e n t r e los 900 alumnos que ya
en 1579 f r e c u e n t a b a n sus aulas, e n t r e los q u e gozosamente el 10 de
setiembre de 1580 se t r a s l a d a r o n al n u e v o edificio del barrio de
Medina Sidonia d o n d e comenzaba v i d a n u e v a el que a h o r a se lla-
m a r í a colegio de San Hermenegildo.
Lo cierto es que en 1585 y a t e n e m o s al niño convertido en el
H e r m a n o Francisco Medrano. Montilla es u n a casa d e noviciado. He-
a q u í el espíritu q u e poco después, en 1587, e n c u e n t r a en ella el P a d r e
Provincial de A n d a l u c í a , Gil González Dávila, en i n f o r m e a su ge-
neral; iiMontílla es casa d e s a n t i d a d y de t o d o b u e n ejemplo, llena de
consuelo y alegría y de v e r d a d e r a institución de la Compañía y t r a t o
en los novicios. R e d u n d a d e ella g r a n d e edificación a t o d a la pro-
vincia y g r a n d e utilidad, p o r q u e los q u e salen de ella se v e que proce-
den con espíritu d e religión, de obediencia y abnegación, señalándose
en esto». E n 1587 i l u m i n a b a de s a n t i d a d la casa de Montilla, con
su nítido ascetismo, el P . Alonso Rodríguez. ¿Le t r a t ó allí el her-
m a n ito Medrano? No lo sabemos. Lo cierto es que no estaba de Dios
que de t a n t a s a n t i d a d como en aquella casa resplandecía se le p e -
g a r a ni m i g a j a . Dios le había d e s t i n a d o p a r a h o m b r e de bien; no p a r a
santo. Allí, en aquella casa, sin d u d a como fin d e su noviciado, hizo
los v o t o s del bienio, los primeros v o t o s de los jesuítas, que se hacen
a los dos años de ingresar, y q u e son p e r p e t u o s por la p a r t e del s u -
j e t o , pero no p o r p a r t e d e la Orden. Sabemos que los hizo en 1586;
t e n í a dieciséis años. E l H e r m a n o Francisco M e d r a n o se h a b í a ligado
p a r a t o d a la vida. Su I n s t i t u t o , no: la Compañía podía prescindir de
él si se p r e s e n t a b a causa. Francisco de Medrano n u n c a h a r í a m á s vo-
t o s que esos del bienio.

Y a h o r a , que debe ser y a H e r m a n o escolar a p r o b a d o , nos lo en-


c o n t r a m o s en 1587 en el colegio de Córdoba. Tiene diecisiete años;
sus f u e r z a s son mediocres, lleva y a t r e s años de Compañía, y uno de
Artes, que i n d u d a b l e m e n t e e s t u d i a en el colegio. L a Compañía debió

— 28 —
7 7 . — Francisco de Medrano en la Compañía de Jesús

d e disponer, en seguida, d e él, haciéndole i n t e r r u m p i r los estudios,


p o r q u e en el Catálogo d e 1590, donde, por cierto no se indica su resi-
dencia ( a u n q u e c o n t i n ú a en Andalucía), sigue f i g u r a n d o con un solo
año «de artes». E n cambio se nos dice que h a sido «dos años maestro
de latinidad». Le h a n i n t e r r u m p i d o los estudios, pues, p a r a ponerle
a enseñar l a t í n en un colegio. Su salud parece h a b e r mejorado:
a h o r a sus vires son buerias.

TRASPLANTADO A CASTII.LA: SALAMANCA, VILIAGARCÍA.

E n el Catálogo d e 1593 nos e n c o n t r a m o s con un hecho que v a a


t e n e r enorme i n f l u j o sobre la poesía de Medrano: h a sido t r a s p l a n -
t a d o de la provincia jesuítica de Andalucía a la de Castilla, y precisa-
m e n t e a Salamanca. E s t e t r a s p l a n t e de u n a provincia a o t r a es s u m a -
m e n t e raro, y n o se hace en la Compañía sin u n a causa m u y espe-
cial. U n i n t e r e s a n t e testimonio c o n t e m p o r á n e o del poeta, del q u e h e -
mos de h a b l a r l a r g a m e n t e después, nos explica p o r qué le desarrai-
gan de Andalucía: «estudió el curso d e artes en Córdova — n o s dice
ese precioso t e x t o — , y por f a l t a r l e salud f u é a Castilla». El e s t u d i a n t e
tiene ahora veintitrés años, v a por n u e v e de Compañía, uno de semi-
nario, t r e s de artes, c u a t r o de Teología. E s evidente q u e en el mismo
año d e 1590 h a debido a b a n d o n a r la enseñanza del l a t í n y r e a n u d a r
los estudios. Sólo así, y a p u r a d a m e n t e , caben t a n t o s estudios reali-
zados en t a n poco t i e m p o . Sus f u e r z a s son calificadas de n u e v o de
medianas.
Los archivos s a l m a n t i n o s vienen p e r f e c t a m e n t e a c o m p r o b a r esta
estancia; f a l t a n los libros de Matriculas de la Universidad correspon-
dientes a los cursos d e 1590 a 1591 y d e 1591 a 1592; pero en el de 1592
a 1593 aparece m a t r i c u l a d o a 15 de diciembre de 1592 el H e r m a n o
Francisco Medrano del «Collegio d e la Compañía d e J e s ú s de esta
ciudad de Salamanca». H a y que suponer, pues, que en esos libros de
Matrículas perdidos, a p a r t i r de 1590, figuraría t a m b i é n su n o m b r e ;
así se podrían c o m p l e t a r los c u a t r o años de Teología que le a t r i b u y e
el Catálogo t r i e n a l de 1593.

— 29 —
V i d a y o b r a de M e d r a n o

P o r u n a escritura del 20 de julio d e 1594 sabemos q u e en esa


f e c h a e s t a b a en S a l a m a n c a , y que e n t r e el año 92 y ese día del 94,
había ocurrido u n hecho i m p o r t a n t í s i m o en su vida: se h a b í a orde-
n a d o de sacerdote. E n efecto, en el libro de m a t r í c u l a s de 1592
f i g u r a b a a u n como H e r m a n o ; en ese d o c u m e n t o de 1594 f i g u r a y a como
P a d r e Francisco de Medrano, y va c i t a d o e n t r e un g r u p o de P a d r e s ,
n e t a m e n t e separado d e los H e r m a n o s , que se m e n c i o n a n a c o n t i n u a -
ción. H a b í a dicho Misa,' había a d q u i r i d o el t r e m e n d o p o d e r de la Con-
sagración; h a b í a alzado el blanco P a n e n t r e sus m a n o s . Sin e m b a r g o
esas dos estancias en S a l a m a n c a , la de 1593 y la de 1594 e s t á n sepa-
r a d a s p o r unos meses p a s a d o s j u n t o a V a l l a d o h d . P o r q u e en el Catá-
logo de 1593, a d e m á s d e la e n t r a d a m e n c i o n a d a a n t e s , d o n d e se le
da como residencia S a l a m a n c a , a p a r e c e a t r i b u i d a t a m b i é n a Francisco
Medrano o t r a d o n d e se le da como domicilio a Viliagarcía; los d e m á s
d a t o s coinciden bien e i n d i c a n q u e se sigue t r a t a n d o de n u e s t r o p o e t a ,
pero se a ñ a d e «tercera p r o b a c i ó n , v o t o s de dos años». Quiere esto
decir que seguía sin m á s v o t o s que los del bienio, pero que h a b i é n -
dose ordenado d e sacerdote y t e r m i n a d o s los estudios, comenzaba su
tercer período de p r u e b a . Ese doble registro en el m i s m o Catálogo
p r o b a b l e m e n t e se corresponde, pues, con la ordenación: p o r eso apa-
rece primero como e s t u d i a n t e ; en seguida, con d i s t i n t a residencia,
como de tercera probación: e n t r e a m b o s estaría la ordenación, que
parece debió d e t e n e r l u g a r en el m i s m o 1593.

E n Viliagarcía de Campos, a seis leguas de Valladolid, t e n í a la


Compañía noviciado, escuela de niños, estudio y casa de tercera
p r o b a c i ó n , t o d o b a s a d o en u n a f u n d a c i ó n de d o ñ a Magdalena de
Ulloa, la v i u d a del f a m o s o don Luis Q u i j a d a . H a y un t e s t i m o n i o
m á s que c o m p r u e b a la residencia de M e d r a n o j u n t o a Valladolid.
E s u n a c a r t a del m i s m o p o e t a , sin fecha, pero e v i d e n t e m e n t e de los
ú l t i m o s años de Sevilla, dirígida a Francisco P a c h e c o , y en la qüe se
habla de los años que leyó «philosophía y theología en las Universi-
dades de S a l a m a n c a y Valladolid». N o h a y el m e n o r r a s t r o de
que en realidad e n s e ñ a r a p r o p i a m e n t e en esas universidades, pero
en los colegios d e la Compafiía t a m b i é n se leía, y p o r e s t a causa en
a m b a s ciudades no dejó de h a b e r p i q u e s , y a u n m á s q u e p i q u e s ,

— 30 —
II . •—• Francisco de Medrano en la Compañía de Jesús

e n t r e los claustros universitarios y los jesuítas y sus alumnos.


H a d e i n t e r p r e t a r s e , pues, que M e d r a n o «leyó» o sea, enseñó, en los
Colegios d e la Compañía d e Valladolid y Salamanca, y p u d o decir,
l a t a m e n t e , sin f a l t a r a la v e r d a d , que había enseñado en a m b a s U n i -
versidades. Y que enseñó lo confirma, p o r lado m u y diverso, el m a n u s -
crito Algunos casos desastrados...: «fué a Castilla d o n d e las leyó [Artes],
después de a u e r oydo Theología y ordenádose de sacerdote». Pero
¿cuándo f u é esa enseñanza? Son varias las e s t a d a s en Salamanca, y
luego t r a t a r e m o s de elegir e n t r e ellas. P o r lo que respecta a Vallado-
lid, los Catalogi Triennales sólo nos descubren este período d e Villa-
garcía de Campos. L a t e r c e r a probación era encierro de pocos meses.
Sin d u d a , t e r m i n a d a ésta, pasaría al vecino Colegio d e Valladolid,
donde dleería» algún tiempo,-desde luego, poco. Y este período parece
indicar el citado m a n u s c r i t o al señalar que «leyó» después de haberse
ordenado.

EN GALICIA. E N SALAMANCA.

E n 1597, el Catálogo d e ese año nos le m u e s t r a en el Colegio de


Monterrey, en Galicia. T i e n e Medrano veintisiete años; sus fuerzas,
se nos dice, son «buenas, a u n q u e enfermas». Se agrega que «oyó su
curso de artes y teologia en la Compañía». Lleva trece años en la
misma, y ahora su oficio es confesar, predicar y leer artes. E l Colegio
de Monterrey, el primero q u e los jesuítas h a b í a n poseído en Galicia,
había sido f u n d a d o en 1566. Y a unos años a n t e s de llegar a él Me-
d r a n o , t e n i a cuatrocientos «alumnos gramáticos, doscientos de leer
y escribir». N o dicen las a n u a s c u á n t o s eran los alumnos de f a -
c u l t a d e s m a y o r e s , que y a e s t a b a n establecidas en este Colegio.
¿ E n qué g r a d o enseñaría n u e s t r o p o e t a ? P r o b a b l e m e n t e en el superior.
P e r o lo v e r d e y tierno de la t i e r r a no le compensaría lo gris del cielo,
los lentos inviernos de lluvia, las nieblas, p o b r e hijo d e la clara Se-
villa, q u e vería con horror, y a u n exageraría, como Góngora vió y
exageró por aquellos años, la r u s t i q u e z y b a r b a r i e de la medieval
Galicia de entonces. E s a estancia en el Colegio de Monterrey, m á s
tiene aire de castigo... Pero, p u d o serlo, p u d o no serlo.

— 31 —
V i d ,a y o b r a de M e d r a n o

E n el Catálogo d e 1600 nos lo e n c o n t r a m o s de nuevo en Sala-


m a n c a . Tiene t r e i n t a años; t r e s de a r t e s y teología; h a leído curso de
artes, y predicado y confesado. Es, p o r t a n t o , a este período al que
h a y q u e a t r i b u i r la afirmación de M e d r a n o de h a b e r leído en la Uni-
versidad d e S a l a m a n c a (entiéndase en el Colegio d e la Compañía,
de dicha ciudad). H a y o t r a razón m á s que p r u e b a las relaciones que
p o r estas fechas t e n í a Medrano con los elementos intelectuales de
Salamanca: c u a n d o en junio de 1600 llegan los reyes don Felipe I I I
y doña M a r g a r i t a a la ciudad, Medrano los saluda con dos sonetos
y u n a larga oda, ésta i n d u d a b l e m e n t e escrita p a r a ser leída en u n a
sesión poética solemne, e n t r e otras poesías. No cabe d u d a de que es-
t a b a en Salamanca y d e que p a r t i c i p a b a en el movimiento, literario.
U n d a t o nos agrega el Catálogo, m u y interesante: gradus in liíteris
n o posee «ninguno». H a t e r m i n a d o , pues, sus estudios; enseña, pero
no se le h a g r a d u a d o . Y a u n m á s interesante, la afirmación final:
«catorce años ha que hizo los v o t o s de escolar». Quiere decir que es-
t a b a en esas especiales circunstancias en que se e n c o n t r a b a n por
aquel entonces m u c h o s sacerdotes de la Compañía: no había hecho
m á s votos q u e los del bienio, a los dos años de novicio; no se le había
a d m i t i d o a la profesión solemne; n o era, por t a n t o , t o d a v í a u n m i e m -
bro completo y perfecto d e la Compañía. Situación molesta, prolon-
g a d a p a r a muchos sin explicación y —según las p r o t e s t a s — sin causa,
que f u é uno d e los principales motivos d e la alteración i n t e r n a d e la
Compañía p o r estos años. Tenía que h a b e r causa en el sentir d e la
Orden: es e v i d e n t e que los superiores de M e d r a n o e n c o n t r a b a n defec-
tos en su c o n d u c t a , o en su carácter, o en su t e m p e r a m e n t o , o en su
f o r m a c i ó n científica, algo, en f i n , ' q u e no h a c í a p r u d e n t e el conce-
derle la profesión solemne.

Y a h o r a , de r e p e n t e , el Catálogo t r i e n a l del año 1602. Y en él


u n a sola p a l a b r a : egressus. M e d r a n o había salido d e la Compañía
de J e s ú s .

— 32 —
ILL

JESUITAS REBELDES O DESASOSEGADOS

ALTERACIONES INTERNAS DE L A COMPAÑÍA.

UIEN, sin saber m á s , lea esas noticias de los Catálogos trienales,


Q se q u e d a r á a s o m b r a d o d e v e r que u n a v i d a religiosa que al p a -
recer se desliza m o n ó t o n a (en fin, el retraso de la profesión solemne
era lo normal, entonces, p a r a u n gran n ú m e r o de jesuítas), u n a v i d a
reflejada c a d a t r e s años en los Catalogi con los reflejos que se podrían
esperar, se quiebre como u n a r a m a que desgaja el h u r a c á n , súbita-
m e n t e . P e r o ¿dónde el huracán?
Tenemos ahora que volver los ojos a t o d a la v i d a regular de Me-
drano, desde otro p u n t o de vista. Observemos las fechas: el niño
Francisco Medrano e n t r a en el Noviciado en 1584. Hacia y a m u c h o
que latía un f e r m e n t o d e desazón en lá Compañía de Jesús. Lo que y a
había bullido b u s c a n d o cauces legales en el seno de u n a Congrega-
ción, buscaba a h o r a salida violenta p o r m e d i o de la p r o t e s t a . Cabe-
cillas de los rebeldes son p r o n t o h o m b r e s como los P P . Dionisio Váz-
quez, Francisco Abreo, E n r i q u e E n r i q u e z y Gonzalo González, pero
h u b o muchos otros que se distinguieron t a m b i é n , y no cabe d u d a d e
que estas l l a m a r a d a s e s t a b a n a l i m e n t a d a s p o r u n a c o m b u s t i ó n in-
t e r n a , u n a opinión, un m o d o de pensar sobre el estado de la Compa-
ñía y sobre sus directores, q u e era e v i d e n t e m e n t e común a u n b u e n
sector d e los jesuítas de E s p a ñ a . Esos c u a t r o P a d r e s q u e hemos
m e n c i o n a d o r e d a c t a n t o d o s ellos varios memoriales; pero h a y m u -
chos m á s memorialistas. T o d o s vienen a pedir lo mismo: visita o ins-

33 -
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

pección de la Compañía española p o r inquisidor o e x t r a n j e r o ; pro-


fesión a plazo fijo; comisario p a r a E s p a ñ a ; regulación y menos faci-
lidad p a r a las expulsiones de la Compañía, etc.
Todo esto, p o r 1586, c u a n d o el H e r m a n i t o Francisco Medrano
p r o n u n c i a b a con voz d e adolescente los v o t o s del bienio. Si en. su
imaginación i n f a n t i l pensó e n t r a r en u n reino de paz, bien p r o n t o
debió de v e r que ba'bía p e n e t r a d o en u n torbellino. No h a y que pen-
sar que, como niño, no se e n t e r a b a . [Ah! ¿Qué p o d e r maligno fijó fa-
t a l m e n t e la h o r a de la e n t r a d a d e Medrano en la Compañía? ¿Tenía
vocación? ¿No la tenía? Si la t e n í a , a u n q u e aián no fortalecida, i m a -
ginad qué h a c h a z o sobre el arbolito reciente. ¿ P o d e m o s e x t r a ñ a r n o s
d e que a la p o s t r e se secara?
Y asi se llega a fines de 1593 y a la reunión de la Q u i n t a Con-
gregación, contra t o d a la v o l u n t a d del General, P a d r e A c q u a v i v a . Pero,
¡oh milagro!: las aguas se a m a n s a n alh; alh se salva la Compañía.
Medrano, en estos fines d e 1593, debía d e e s t a r en Villagarcía.
H a b í a c a n t a d o Misa, t e n í a v e i n t i t r é s años, se hallaba en tercera pro-
bación.
Se p u e d e decir que un enorme azar hizo que, precisamente los
nueve años de f o r m a c i ó n religiosa de Medrano, f u e r a n los de estos
espantosos t u m u l t o s i n t e r n o s d e la Compañía, trastornos de una
g r a v e d a d t a l como n u n c a los había t e n i d o la insigne Orden de San
Ignacio y nunca los volvería a tener; t r a s t o r n o s que estuvieron a p u n t o
de provocar u n v e r d a d e r o cisma. ¿Qué milagro q u e la vocación de
Medrano se helara? E s t o , a u n a n t e s de p l a n t e a r n o s el p r o b l e m a de
escudriñar hacía qué lado caían sus simpatías. A h o r a bien: h a y v e -
h e m e n t e s indicios de que e s t a b a n del lado de los rebeldes. ¿Qué pen-
saría Medrano, quien en 159;^, y a sacerdote, p r o b a b l e m e n t e esperaba
su profesión p a r a m u y p r o n t o , al v e r p a s a r los años sin que ésta lle-
gara?; ¿por quién podría e s t a r su corazón al recordar que uno de los
principales anhelos de los sediciosos era abolir la que ellos conside-
r a b a n i n i q u i d a d , de que t o d o s los cargos y dirección d e la Orden es-
tuviesen en m a n o s de unos pocos profesos, m i e n t r a s que el resto de los
sacerdotes jesuítas veía dilatarse sin t é r m i n o la llegada de la solemne
profesión?

— 34 —
I 11.— J e s u í t a s rebeldes o desasosegados

H a y e n t r e las composiciones de Medrano dos odas (la I I y la X I X )


que nos ponen en u n a p i s t a interesante. L a X I X está escrita en 1600,
con m o t i v o de la m u e r t e del P . J o s é de Acosta, es decir, del más famoso
de los jesuítas rebeldes del siglo xvi, y , por un instante, casi cabecilla
de ellos. Respira esa composición la m a y o r tristeza, la m a y o r a d m i r a -
ción por el m u e r t o . L a otra oda, de hacia 1604, consuela a u n perso-
n a j e m u c h o m á s oscuro: a F r a y P e d r o Maldonado, agustino. Pero
este agustino había sido jesuíta antes, y, a t r a v é s de m u c h a s t o r m e n t a s ,
había salido de la Compañía y buscado refugio en esa otra congrega-
ción religiosa.
R e s u l t a , pues, que Medrano, que dos años a n t e s de salir de su
Orden llora la m u e r t e del jesuíta rebelde| unos dos años después de
desgajarse de la Compañía consuela a otro religioso que se h a desga-
r r a d o t a m b i é n , v i o l e n t a m e n t e , del mismo I n s t i t u t o . V a m o s c o m p r e n -
diendo.

L.VS P O E S Í A S A SANTILLÁN.

E n t r e las poesías de Medrano resalta en seguida un grupo d e


ellas dirigidas a su amigo don Alonso d e Santillán. Son c u a t r o
odas (1, X , X X V i n y X X X I ) y u n soneto ( X X I I l ) . T o d a s estas odas
son imitación cercana de Horacio, y n u e v o y evidente ejemplo de esa
ovitalización» del modelo, de que h a b l a b a antes; los t e m a s d e Ho-
racio se aplican a casos reales en el a m b i e n t e de Medrano. E n t o d a s
estas poesías se t r a t a de viajes m a r í t i m o s de don Alonso, que era
«alférez real de los galeones»; p o r dos de ellas (I y X ) se v e bien q u e
se t r a t a de viajes al N u e v o Mundo, y p a r a t r a e r riquezas (plata);
en el soneto se nos dice q u e se e m b a r c a b a en los galeones de la A r m a d a
de Indias; en dos odas resalta t a m b i é n el aspecto guerrero: en la I,
se habla de luchar contra el f l a m e n c o e inglés p i r a t a ; o t r a ( X X V I I I ) ,
es t o d a u n a excitación al c o m b a t e contra las escuadras holandesas.
E n fin, en u n a ( X X X I ) , se considera que don Alonso h a llegado feliz-
m e n t e a su p a t r i a : su amigo — M e d r a n o — le invita a f e s t e j a r la vuelta
en la finca de Mirarbueno. E n seguida veremos cómo don Alonso h a -
b í a de m o r i r a h o g a d o en el m a r . P o r t a n t o , si la m e n c i o n a d a poesia del

— 35 —
V i d a y d e M d r a n 0

feliz arribo correspondiera a la realidad, habria que suponer dos viajes:


uno, del q u e don Alonso volvió, con regocijo de M e d r a n o ; otro, que f u é
v i a j e definitivo, sin t o r n a . Difícil sería d e t e r m i n a r ahora (con excep-
ción de la ode X X X I ) cuáles de estas poesías corresponderían a u n
v i a j e y cuáles al otro.
P e r o prefiero, por u n a vez, oponer u n a hipótesis mía. Creo m á s
p r o b a b l e que Santillán no hiciera m á s que un viaje: a q u e l del que n o
volvió. E s m u y posible que esa oda X X X I la t u v i e r a el p o e t a escrita
de a n t e m a n o , p r e p a r a d a y a p a r a c u a n d o volviera el amigo (que no
había de volver...). L a narración del P . F i g u e r o a (de q u e h a b l a r e m o s
luego) no señala m á s que u n viaje.
Lo que si resulta de dichas odas es q u e don Alonso de Santillán
se había dedicado primero a los estudios, t r o c a n d o luego las letras
por .las a r m a s y las empresas mercantiles:

... aquellas con razón divinas


letras del Aristótil, que estimaste
ya, y , sédulo, a q u i s t a s t e ,
¡en cuáles discipünas,
m a l c o n s t a n t e , trocaste!:

la ciencia noble en mercantil cuidado,


y la que sobra t o d a s alabanzas
t o g a modesta, en lanzas,
habiendo de t i d a d o
t a n o t r a s esperanzas.

L u e g o veremos cómo estas alusiones se hacen nítidas. P o r o t r a


poesía sabemos q u e d o n Alonso y Medrano h a b í a n corrido j u n t o s
g r a n d e s peligros. E s en la oda ( X X X I ) en la que el p o e t a celebra la
feliz llegada de su amigo:

¡Oh mil veces comigo reducido


al postrer p u n t o de la vida odiosol
¿Cuál astro poderoso
h o y t e h a restituido
a t u suelo dichoso,

36 -
7 I !.•—J e s u i í a s rebeldes o desasosegados

Santiso, la m i t a d del a l m a mía?


Contigo alegremente los ardores
de los soles mayores,
contigo no sentía
del cierzo los rigores.

A m b o s del m a r huímos proceloso


la saña: a mí, p o r medio del cerrado
peligro, mi b u e n hado,
alegre y victorioso,
a p u e r t o m e h a sacado.

A t i segunda vez, m a l a d v e r t i d o ,
la resaca sorbió del m a r h a m b r i e n t o ,
y al arbitrio del v i e n t o
y al caso, p e r m i t i d o
t e viste y sin aliento.

G r a n camaradería... peligros en común... los dos h u y e r o n la saña


del m a r . . . Medrano, con b u e n a f o r t u n a había salido a puerto... a San-
tillán le habia sorbido de n u e v o el m a r . Pero, t o d o esto, ¿dónde?,
¿cuándo? L a B a r r e r a , entre nieblas, no hacía sino lo m á s razonable,
al deducir que e v i d e n t e m e n t e Medrano había' a c o m p a ñ a d o a su amigo
SahtiUán en algunas de sus navegaciones, y j u n t o s h a b l a n corrido
los riesgos del m a r . Otros a v a n z a r o n m á s por este camino, y así Mén-
dez B e j a r a n o a f i r m a y a que t a l vez a v e n t u r a s militares o juveniles
ansias, lo encaminaron a las n u e v a s regiones de Améríca. Ahora bien;
n a d a de esto es v e r d a d . Los p o e t a s tienen u n a f a c u l t a d : la de u n i r
lo real y lo irreal f u n d i d o s en m e t á f o r a : y en esa poesía la p a l a b r a
m a r tiene dos valores: c u a n d o se refiere a los t r a b a j o s comunes de
Santillán y Medrano n o es m á s que u n a m e t á f o r a ; c u a n d o habla
d e que el m a r h a v u e l t o a sorber a Santillán es v e r d a d (y había de ser
más verdad todavía).

— 37 — .
d a o b r a M e d r a n o

SANTILI-AN, JESUÍTA.

Y, sin embargo, Santillán y Medrano h a b í a n sido compañeros en


u n a milicia, en u n a milicia espiritual: en la Compañía de Jesús; E n
Salamanca, en el libro II de Recibidos de la Compañía de Jesús, •
h a y constancia de h a b e r sido a d m i t i d o en el Colegio de dicha Compa-
ñía, a 10 de abril de 1593, don Alonso F e r n á n d e z d e Santillán, n a t u r a l
de Sevilla, el cual satisfizo a las p r e g u n t a s del e x a m e n y se ofreció a
vivir conforme a las instituciones y reglas de la Compañía, las cuales
se le explicaron, como lo firmó de su p u ñ o y letra el 19 de dicho mes.
El año 1593, estaba Medrano en Salamanca; es el año en que iba a
pasar a Villagarcía de Campos. E n Salamanca e n c o n t r a m o s de nuevo,
años m á s a d e l a n t e , al H e r m a n o Alonso de Santillán m a t r i c u l a d o en
primero de Teología en el curso 1598-1599 y en segundo en el 1599-
1600. ( F a l t a n los libros de matrículas de los años siguientes hasta
el curso 1603-1604). Y , de repente, h e t e a q u í al H e r m a n o Alonso de,
Santillán convertido en don Alonso de Santillán, alférez real de los
galeones que v a n la carrera de la plata...

Y ahora sí q u e c o m p r e n d e m o s los versos de Medrano:

... t r o c a s t e
la ciencia noble en m e r c a n t i l cuidado,
y la q u e sobra t o d a s alabanzas
t o g a m o d e s t a , en lanzas,
¡habiendo de t i d a d o
t a n otras esperanzas!

H a b í a llegado y o aquí, y comprendía q u e si el sitio de c a m a r a -


dería h a b í a sido la Compañía de Jesús, allí h a b í a n debido de ser los
peligros, s e g u r a m e n t e espirituales, y allí el metafórico m a r de que
h a b í a n huido. Llegué, pues, a c o m p r e n d e r q u e se simbolizaban así las
luchas, la indecisión entre la vocación y la no vocación, el torcedor
y el deseo de escapar, y la vergüenza de la salida. Cuando u n a g r a n
c a s u a ü d a d y la generosidad del P . R a f a e l Maria de H o r n e d o descorrie-
ron de un golpe la cortina: lo c o n j e t u r a d o adquiría bulto y realidad
portentosos.

- 38 -
I I I . — J e s u í t a s rebeldes o desasosegados

LA AMISTAD DE S A N T I L L Á N Y MEDBANO,

Con intención de a y u d a r m e —Dios se lo pague— b u s c a b a el P . H o r -


nedo en la biblioteca d e su Orden, en C h a m a r t í n , algunos datos en his-
toriadores d e la provincia de Andalucía. No e n c o n t r a b a n a d a , y creía
ya perdida la t a r d e , c u a n d o cayó en sus m a n o s u n cuadernillo m a n u s -
crito del siglo XVII, cuyo t í t u l o era "Algunos casos desastrados sucedi-
dos a personas que an salido de la Compañía en esta provincia de
Andalucía». E n él se I n d i c a que su a u t o r f u é el P . Rodrigo de Figueroa,
y en el primer p á r r a f o se a f i r m a que los d a t o s proceden de otro cua-
derno del P . Francisco de P e r a l t a . E l P . Rodrigo de Figueroa vivía
p o r 1627, y en c u a n t o al P . Francisco de P e r a l t a f u é n o m b r a d o rector
del Colegio de los Ingleses, de Sevilla, a fines del siglo x v i , y t o d a v í a
seguía en esa ciudad después de 1610. Ahora bien; los sucesos que se
c u e n t a n en el cuadernillo caen c o m p l e t a m e n t e dentro de" esta época;
son cosas desde luego conocidas y habladas en t o d a Sevilla; en algu-
nos casos, vivían a ú n las personas al r e d a c t a r el P . Figueroa, y éste '
ha tenido q u e omitir los nombres. E n u n a palabra, el testimonio de
este cuadernillo es fehaciente en u n grado t a l como dificümente se
e n c u e n t r a en historia literaria. Y ocurre que este cuadernillo nos da
noticias d e a p a s i o n a n t e interés sobre Santillán y Medrano. Entre
estas noticias se contienen t a m b i é n datos que nos son conocidos por
otras procedencias y que vienen a a j u s t a r y casar a h o r a con estas
n u e v a s revelaciones con m a t e m á t i c a limpidez. Adelantemos que lo
mismo Santillán que Medrano sirven a los benditos P P . P e r a l t a y Fi-
gueroa como ejemplo de los males que sobrevienen a los que a b a n -
donan la Compañía d e Jesús. Digamos ahora las noticias q u e en es-
pecial se refieren a Santillán y a las relaciones de éste con Medrano.
Helas aquí:

D o n Alonso de Santillán e s t u d i a b a Derechos en Salamanca, y eft


esa ciudad f u é recibido en la Compañía (concuerda con nuestro docu-
m e n t o salmantino). Después de su noviciado oyó el curso de las Artes
del P . Francisco de Medrano. H e a q u í p e r f e c t a m e n t e c o m p r o b a d a la
declaración de la c a r t a d e Medrano a Pacheco; había "leído»... por lo
m e n o s en Salamanca. H e m o s visto que Santillán está m a t r i c u l a d o

— 39 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

de 1598 a 1600. Pero el Catálogo trienal de 1600 nos dice que Me-
drano está entonces en Salamanca y que «ha leído curso de Artes»:
son i n d u d a b l e m e n t e estos años de 1600 y los (quizá dos) i n m e d i a t a -
m e n t e anteriores, aquellos en los que Medrano es el m a e s t r o de San-
tillán. Y sigue el cuadernillo del P . Figueroa: «... y luego [Santillán]
salió de la Compañía con gusto suyo, p o r q u e n o le t e n í a y a en la dis-
ciplina religiosa, como t a m p o c o su maestro, y asi los dos a u n t i e m p o
[nótese bien; a un t i e m p o ] la d e j a r o n y se vinieron a Sevilla. D o n
Alonso, faltándole las f u e r z a s o el gusto p " seguir el camino de las le-
t r a s que avía c o m e n t a d o en la religión, entró por el de las arnias
hecho soldado en el tercio de don Luis d e Cordova, y se envarcó en
uno de los siete galeones que fueron a q u e l año por plata...» Y h e a q u í
cómo maravillosamente casan los versos de Medrano a Santiso, nom-
bre poético de Santillán (ode I):

Santiso, a h o r a a h o r a la riqueza
de los Ingas envidias, y guerrero
ya oprimes con acero
la frente...

... y a m e n a z a t u e s t a n d a r t e
aquella oculta p a r t e
do, sediento de plata,
osó p e n e t r a r Marte.

... Ardes por oro; bebe, bebe...

... t r o c a s t e

la ciencia noble en mercantil cuidado,


y la que sobra t o d a s alabanzas
t o g a modesta, en lanzas,
¡habiendo de t i d a d o
t a n o t r a s esperanzas!

E n fin, ¿qué más? A la v u e l t a de la A r m a d a , le avisaron que no


se fuese, que la estación era contraria; otros le dijeron que c a m b i a r a
de galeón. Pero a n a d a hizo caso. U n a t o r m e n t a «la m á s furiosa, re-

— 40 —
111.-—J 6s u i t a s rebeldes o desasosegados

p e n t i n a y breve» que se h a visto (contaron los que lograron escapar),


dió al t r a s t e con c u a t r o de los siete navios, entre ellos el de don Alonso.
Acordándose, como siempre, de Horacio, Medrano había expresado
así su v o t o por el v i a j e de Santillán:

¡Oh nave a quien Santiso v a fiado


que lo vuelvas t e ruego

c u a n t o lo espera salvo su llorosa


patria y de bien cumplido,
y mi media a l m a guardes, cuidadosa,
del m a r enfurecidol

Y la n a v e estaba en el fondo del m a r , del frío y oscuro cemente-


rio de las naves desmanteladas... Pero el amigo, acaso, n o supo nunca
la m u e r t e de Santillán, porque a u n q u e ésta ocurrió en el año 1605,
c u a n d o la noticia llegó a Sevilla, Medrano era y a t a m b i é n , probablemen-
t e , sólo u n a sombra pálida de la oscura región de los m u e r t o s .
E s lástima que el cuadernillo no se m u e s t r e m á s explícito sobre
las causas de h a b e r a b a n d o n a d o la Compañía a m b o s amigos. Dice y re-
pite' que f u e r o n asociados en la salida: «gran amigo suyo [de Santillán]
y (a lo que pareció) compañero en la salida» llama a Medrano, y m á s
adelante «y así los dos a un t i e m p o la dejaron [la Compañía] y se vi-
nieron a Sevilla». T o d a v í a más adelante habla de la separación de
Medrano en estos términos: «cansóse de la v i d a religiosa y despidié-
ronle de eUa con gusto suyo». A h o r a bien; si contrastamos estas v a -
gas indicaciones con las que nos da la o de X X X I ,

A m b o s del m a r h u í m o s proceloso
la saña,

parece que v a b a s t a n t e diferencia de la v u l g a r salida por cansancio


que nos comunica el cuadernillo del P . Figueroa, a, esta escapada fre-
nética h u y e n d o de espantosos peligros, que señala la oda. Concédase
t o d o lo que se quiera a la fantasía poética; piénsese t a m b i é n , si se
desea, que la t o r m e n t a y la m a r e j a d a más bien pudieron ser espiri-
tuales que físicas: angustias, sobresaltos, esperanzas, remordimien-
tos. Piénsese en el estado de quien, ligado por votos, se e n c u e n t r a

— 41 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

s u j e t o a la obediencia, a !a disciplina, a la renuncia de todo... y no


tiene vocación; no, no h a y condenación m a y o r en este m u n d o . ¡Ahí,
las t o r m e n t a s interiores son las m á s horribles; los precipicios de los
paisajes del a l m a son los m á s vertiginosos. Y h a y q u e recordar los
versos terribles de otro gran jesuíta, Gerard Manley Hopkins:

O, t h e m i n d , m i n d , has m o u n t a i n s ; cliffs of fall


f r i g h t f u l , sheer, n o - m a n - f a t h o m e d . Hold t h e m cheap
m a y w h o n e ' e r h u n g there...

[Oh, la m e n t e , si, la m e n t e tiene montes, precipicios


a pico, de horror, p o r nadie sondadosi ¡Créalos fáciles
quien nunca colgó en su cresta!...

Pero así y t o d o , t e n e m o s que pensar que h u b o algo más. No: la


t o r m e n t a m e r a m e n t e interior ruge en la soledad del h o m b r e con su
conciencia. Observemos cómo insiste el P . F i g u e r o a en que Santillán
y Medrano o b r a r o n de común acuerdo, f u e r o n compañeros en la sa-
lida, se f u e r o n j u n t o s a Sevilla. H u b o , pues, u n a especie de confabu-
lación, con actos exteriores, y t u v o que existir t a m b i é n u n a explo-
sión exterior. T u v o que pasar algo, callado, h a s t a cierto' p u n t o , por
el P . Figueroa.
Qué fué, no lo sabemos en concreto. Conviene volver ahora los
ojos a t r á s : Medrano, dos años a n t e s de su salida de la Compañía,
m u e s t r a su entusiasmo p o r un g r a n rebelde, el P . Acosta; unos dos
años después de ella, c a n t a a otro perseguido de la Compañía, esta
vez u n vulgar i n t r i g a n t e (o u n a v i c t i m a de horribles intrigas), el
P . Maldonado. E n su salida m i s m a no a c t ú a solo; t e n e m o s que pen-
sar que siendo él el m a y o r , el m a e s t r o , el de m á s p e r s o n a h d a d , arras-
t r a a Santillán, y los dos c o n j u n t a m e n t e (en cierto m o d o , pues, con-
f a b u l a d o s ) se desgajan con gusto del seno d e su Orden. Y esta a d -
miración y a m i s t a d por rebeldes d e la Compañía, Acosta, Maldo-
nado, Santillán, no es exterior; le llega al alma, pues en lo m e j o r de
su a l m a , en su poesía, ha d e q u e d a r g r a b a d a . U n a oda c a n t a a Acosta,
o t r a a Maldonado; n a d a m e n o s que c u a t r o y un soneto a la «mitad
de su alma», a Santillán.

— 42 —
I I I . —J e s u í t a s r e b e l d e s o d e s a s o s e g a d o s

CONCLUSIÓN.

Acosta, Maldonado, Santillán f o r m a n u n sistema t r i a n g u l a r cuyo


centro es p a r a nosotros el m i s m o Medrano. Los d a t o s que tenemos
de él se r e f u e r z a n por los que nos proporciona su relación con estos
hombres. Y creo q u e e n t r e t o d o s estos elementos nos p e r m i t e n son-
dear algo del proceso psicológico operado en Medrano y de su acti-
t u d con relación a la Compañía. F u é f a t a l la fecha d e su e n t r a d a : 1584;
f u é f a t a l que los años de su formación como religioso f u e r a n los de
las terribles convulsiones de su I n s t i t u t o . P a r a u n a vocación religiosa
segura h u b i e r a n sido martillazos al hierro sobre el y u n q u e . P e r o la
s u y a era quizá inexistente, quizá espejismo, quizá superficial sólo
y se q u e b r a n t ó y d e s b a r a t ó en el h u r a c á n . T a l vez un m o m e n t o de ilu-
sión pareció restablecerla allá p o r 1593, al decir Misa. ( E n este ins-
t a n t e e n t r a Santillán en la Compañía). P e r o había oído Medrano de-
masiadas p r o t e s t a s de todos los rebeldes d e estos años contra la de-
mora de la profesión, para q u e no le a m a r g a r a la dilación de la suya
propia. No, no digo que p a r t i c i p a r a en los actos d e los rebeldes: n a d a
lo p r u e b a . Además, los m á s genuinos rebeldes lo fueron quizá por
g r a n vocación, p o r i n t e r p r e t a r a su m o d o su vocación. Medrano no
era de ese tipo. Las discordias exteriores se aplacaron con la Congre-
gación General de 1593. Pero las almas no pudieron aquietarse de re-
pente; lo h a dicho el m i s m o Medrano en u n soneto:


Así por dicha viste, enfurecidos
los m a r e s y a del ábrego violento,
estremecer la t i e r r a con bramidos;

y en las olas, después que cahnó el viento,


batiendo u n a s con otras, los quejidos
luengo espacio d u r a r y el movimiento.

F u é quizá-un a g i t a d o t a r d í o , y a disipada la g r a n t e m p e s t a d . ¡Ah,


si hubiera tenido vocación!

~ 43 —
IV

DE LA ORDEN A LA LIBERTAD

L A S LETRAS DIMISORIAS.

^ o, no sabemos, en concreto, q u é d e t e r m i n ó su salida (y la de


^ Santillán), a u n q u e muchos motivos adivinamos, y no lo sabre-
mos nunca si algún n u e v o d o c u m e n t o no lo revela en los archivos
d e la Compañía. L a s investigaciones realizadas por dos veces en el
Archivo Central de los J e s u í t a s en R o m a , las dos por personas distin-
t a s , c o m p e t e n t e s y conocedoras de ese depósito, no h a n revelado ex-
pediente alguno de separación: lo m á s p r o b a b l e es que no existiera
n u n c a . P e r o en el t o m o de Dimissi (1573-1640), en el que se a n o t a -
b a n los nombres de los despedidos (y si las letras dimisorias conte-
nían alguna cláusula especial, t a m b i é n .dicha cláusula), f i g u r a un
e x t r a c t o de las dimisorias d e Medrano, copiado, e v i d e n t e m e n t e , d e
las q u e se enviaron a éste. De él resulta q u e se le concedía la salida a
petición del propio Medrano (traducimos) «para que en el espacio
de c u a t r o meses a c o n t a r de la fecha de las presentes p u e d a e n t r a r en
la religión de San B e r n a r d o o de San B e n i t o o en cualquier o t r a Orden
religiosa de las, mendicantes, en que esté en vigor la observancia, y
p a r a que, hecha profesión, p u e d a p e r m a n e c e r en ella». L a fecha, de
R o m a , 5 de enero d e 1602. E n u n d o c u m e n t o n o t a r i a l del q u e h a -
blaremos en seguida, Medrano dice que el convenio de su salida lo
«tenía tratado» «con el P a d r e general de la dicha Compañía». T r a -
t a d o , ¿cómo? ¿Por c a r t a ? ¿De p a l a b r a ? Y a veremos que Medrano

44 -
I V . — De la Orden a la l i b e r t a d

hizo u n v i a j e — e n fecha no bien d e t e r m i n a d a — a R o m a . Y aun-


que n o h a y a g a r a n t í a n i n g u n a , es posible que ese viaje tuviera
lugar en 1601, i n m e d i a t a m e n t e a n t e s de la salida, y que en él
expusiera de p a l a b r a sus razones al P . A c q u a v i v a , y éste las acep-
t a r a . Muchas otras veces el P . General llamó a R o m a a otros súb-
ditos m á s o m e n o s rebeldes o indisciplinados; y n o era i n f r e c u e n t e
que d e esas entrevistas resultase la sahda de la Orden del m i e m b r o
descontento.
L a s letras dimisorias t a r d a r í a n b a s t a n t e en llegar a poder del
p o e t a . Si hemos de creerle, como veremos (y es, además, del todo
natural), el 5 de febrero de 1602 n o las conocía aún. Pero semanas
m á s t a r d e las debió y a de recibir...
Y pasan los meses de I602 y a u n comienza 1603. ¿ E n q u é Orden
e n t r a r á Medrano? ¿Se h a r á B e r n a r d o ? ¿Benedictino? ¿Franciscano
quizá...? P a s a n los meses... ¡Dios mío, Medrano no e n t r a en nin-
g u n a Orden 1
¿Qué p e n s a b a n los Jesuítas? ¿Qué pensaría el P . General? Sin d u d a
(nos imaginamos) llegaban avisos a R o m a : «¡Que Medrano se está en
Sevilla, que no se le v e n b a r r u n t o s de frailar...!» Lo cierto es que en
el m i s m o t o m o de Dimissi, d o n d e está el e x t r a c t o de las dimisorias
de Medrano, unos cuantos folios después aparecen copiadas u n a s
p a l a b r a s que el P . General m a n d a se r e m i t a n como respuesta al Pro-
vincial de la Bética. Dicen así: "Sobre el a s u n t o del P . Medrano no
deben preocuparse; el t i e m p o se encargará de decir lo que m á s con-
venga». E l P . A q u a v i v a , m u y sabiamente, lo a b a n d o n a b a — p a r e c e — en
las m a n o s de Dios...

E l - A R H E G L O ECONÓMICO Y SU REVOCACIÓN.

L a salida de la Compañía no d e j a b a t a m p o c o d e ofrecer ciertos


problemas desde el p u n t o de v i s t a económico. E n t r e las q u e j a s de
los rebeldes se encuentra, a veces, la de la carencia d e bienes en que
q u e d a b a n algunos de los expulsados. Tenemos u n precioso documento
publicado por Rodríguez Marín, que nos p r u e b a que no f u é así

— 45 —
V i d a -y o b r a d e M e d r a n o

en el caso de Medrano. Y era lo único que se conocía sobre la v i d a


jesuítica del poeta, a n t e s de las noticias que ahora estamos a p o r t a n d o .
E n este documento, otorgado en Sevilla, a 27 de enero de 1603, de-
I
clara Medrano los pormenores siguientes:
Que desde el año 1588 poseía el Colegio de la Compañía de J e s ú s
de Córdoba la c a n t i d a d de cinco rail seiscientos ducados q u e le h a -
bían pertenecido al poeta p o r herencia de su p a d r e . (Recordemos que
Medrano había ingresado en la Orden en 1584 y que en 1587 estaba
precisamente en el Colegio de Córdoba; fué, sin duda, por seguir allí
en 1588 p o r lo que a esta Casa, y no a otra, correspondía ese capital),
Pero que m á s tarde, el 5 de febrero de 1602, siendo él religioso de la
Compañía d e Jesús... Al llegar aquí, h a y u n pormenor mínimo, pero
p a r a nosotros, después de lo que h e m o s hablado, m u y significativo:
el a m a n u e n s e ha escrito «Religioso profeso», pero la palabra profeso
ha sido t a c h a d a , y la t a c h a d u r a salvada, según norma, al fin del do-
cumento, a n t e s de las firmas. Nos i m a g i n a m o s la escena. A n t e s de
firmar, el escribano procede a la lectura del documento, Al llegar a
la p a l a b r a profeso, Medrano ha pegado un bote: "No, profeso no;
nunca llegué a profesar». «Bueno, lo t a c h a r e m o s , y salvaremos al final»,
dice el otro, y sigue la lectura...
E n esa fecha, pues, d e 5 d e febrero de 1602, Medrano, religioso de
la Compañía de J e s ú s (no sabía que y a no lo era), había renunciado a
f a v o r de dicha Compañía los 5.600 ducados, m á s los intereses, a condi-
ción d e que la Orden le e n t r e g a r a d u r a n t e cierto t i e m p o u n a r e n t a
a n u a l de 300 ducados, según lo t e n í a t r a t a d o con el P . General de la
Compañía. Todo es p e r f e c t a m e n t e claro; en febrero de 1602 ignoraba,
p o r q u e no le h a b í a n llegado aún, que las dimisorias se le h a b í a n con-
cedido hacia u n mes; pero Medrano sabía y a que la Compañía iba,
p o r fin, a darle la libertad. ¿Qué se v a a hacer con los 5,600 ducados
de la herencia de su p a d r e que desde 1588 posee el Colegio de Córdoba?
P r o b a b l e m e n t e lo único que le p r e o c u p a b a entonces a Medrano era
a c a b a r p r o n t o aquella agonía, ¡acabari E n t r e A c q u a v i v a y el s ú b d i t o
se había llegado a u n a c u e r d o (quizá verbal): Medrano cedería a la
C o m p a ñ í a , p a r a siempre, los 5.600 ducados y los intereses que se
pudieran h a b e r a c u m u l a d o ; p e r o la Compañía, p a r a que pudiera

- 46 -
I V .—D la Orden la l i b e r t a d

subsistir, le entregaría, sólo d u r a n t e cierto número de años, 300 du-


cados cada año. E s t e acuerdo anterior es el que ese 5 de febrero de 1602
había consignado Medrano en u n a cédula, dejando p a r a m á s adelante
•el f i j a r otros pormenores.
Todo esto sale de lo que el poeta declara en el d o c u m e n t o de
enero de 1603: existía, pues, u n concierto anterior. Ahora lo v a .
a revocar. P o r q u e ahora ya no estamos en febrero de 1602, sino en
enero de 1603. Recordemos que las dimisorias se h a b í a n firmado, y a
en enero de 1602, que el Catálogo Trienal de 1602 no dice de Medrano
m á s que u n a palabra: egressus. Medrano y a sabe que está libre. (¡Si
no f u e r a por la a m e n a z a de las Ordenes mendicantes!) Y ahora con-
sidera las cosas desde otro p u n t o de vista. H a debido aconsejarse
de sabidores en Derecho: la renuncia que hizo en 1602 es jurídica-
m e n t e nula: 1.°) P o r q u e nadie la aceptó de p a r t e de la Compañía. 2.°)
P o r q u e c u a n d o la hizo no era libre, no tenía la disposición de sus
bienes; no podia, por t a n t o , renunciarlos; «no era señor de la dicha
hacienda p o r q u e entonces n o tenia absolución de los botos de reli-
gión q u e auía hecho e a esta causa n o a u í a buelto a p a s a r en el derecho
e señorío della h a s t a que algunos meses después f u é absuelto de los
dichos votos por el dicho P a d r e general, y estonces, q u e d a n d o libre
como quedó del todo, volvió al dominio della, y ansí por a v e r donado
e r j e n u n c i a d o lo que estonces no era suyo como por no auerse acetado,
la dicha rrenunciación e donación f u é y es imbálida...» ¡Oh, sutilí-
sima v i r t u d de la ciencia del Derecho!

H o y podemos saber que la Compañía le devolvió los 5.600 duca-


dos. El cuadernillo del P . Rodrigo Figueroa lo a f i r m a , y en los por-
menores que da viene a casar de u n m o d o perfecto con las noticias
de ese d o c u m e n t o notarial que hemos descrito. E l P . Figueroa habla,
en su cuadernillo, de "algún g a n a d o de ovejas que [Medrano] compró
con el dinero de su legítima que le volvió el Colegio de Córdova, en quien
él la avía renunciado c u a n d o e n t r ó en la Compañía». D e este h a t o de
ovejas t e n d r e m o s a ú n que h a b l a r .

— 47 —
V d a o b r a M e d r a n o

LA LIBERTAD, EN SEVILLA.

Y a está o t r a vez libre, en Sevilla, Medrano. ¿Quién se hace fraile


benito, con este sol? Con razóh p u e d e creerse llegado a b u e n puerto;' •

...a mi, por medio del cerrado


peligro, mi buen h a d o ,
alegre y victorioso,
a puerto me ha sacado.

A u n su salud debe de ser m e j o r . Si antes le h a b í a n t e n i d o q u e


p a s a r d e la provincia jesuítica de Andalucía a la d e Castilla en busca
d e un clima m á s tónico, a h o r a t o d o le place en su p a t r i a . ¡Cómo goza
d e todol ¡Cuán duros e invernales son, en el recuerdo, Salamanca y
'Valladolid: la celda fría, el m u r o de granito, el cielo gris, la calle ya
con m a n c h o n e s de nieve, a h o r a u n fangal, ahora polvo que gira hacia
tolvanerasl Y aspira el dulce aire con mil olores... Macetas, cientos
d e m a c e t a s en las v e n t a n a s ; pasan m u j e r e s m o r e n a s de ojos de noche,
t a m b i é n con flores en el pelo; en las callejuelas, blancas irradiaciones
de cal hacen p a l p i t a r la s o m b r a . Sale Medrano de f i r m a r su revoca-
ción. (¿Va a pasar de ser el P . Francisco de Medrano a ser F r a y F r a n -
cisco de Medrano? ]Ni pensarlol) E s invierno, pero alza los ojos. Qué
fiesta en el cielo; q u é p r o f u n d i d a d de azull

A u n es v e r a n o en el aire,

dirá, siglos después, otro p o e t a de Sevilla. L a casa de su m a d r e , d o n d e


vive, es — s u p o n e m o s — t r a n q u i l a , a m p h a , cómoda. iQué deücia el
agual Medrano a m a el agua; no h a y placer como u n búcaro. Cuando
se cansa de la ciudad se v a a la finca de M i r a r b u e n o —¡aquello es
u n a bendición, u n rincón del Paraisol— Otras veces se llega a la de-
hesa de A l m u é d a n o ; 2.000 ovejas y borregos le p a s t a n allí: los com-
pró con lo que le devolvió la Compañía de Jesús. Del n u b a r r ó n de la
frailía no sabemos cómo llegó a h b r a r s e . De aquella cláusula de las
dimisorias no se v u e l v e a t e n e r noticia... Medrano goza del color, de
la luz, del agua, del aire.

- 48 -
VICTIMA NIL MISERANTIS ORCI

AMISTADES Y LITERATURA.

Y, luego, h a y el placer d e la a m i s t a d , la

... a m i s t a d sabrosa
sazón d e todo.

Sí, la a m i s t a d es la sazón de t o d o , p o r q u e es como la sal de todos


los gustos de la v i d a y , en otro sentido, como la m a d u r e z de sus f r u -
tos. P a r a Medrano, es u n culto la a m i s t a d . Quizá sus amistades son
d e origen literario, pero exceden lo literario, p e n e t r a n p r o f u n d a m e n t e
t o d a la m a t e r i a de la vida. AUí tiene a H e r n a n d o de Soria Galvarro;
es su confidente en poesía, de ningún otro se fía t a n t o ; si Medrano
colecciona sus versos y los p r e p a r a como p a r a f u t u r a edición, es por-
que Sorino, es decir, H e r n a n d o de Soria, lo a p r u e b a . Ser útil y a la
par gustoso a u n público, ése es el i n t e n t o :

Yo, Sorino, lo intento, codicioso


del pro común; t ú a p r u e b a s que lo i n t e n t e .
Suceso den los cielos venturoso.

Pero a n a d i e con m á s t e r n u r a a m a q u e a Santillán: Medrano h a


sido su m a e s t r o ; quizá f u é culpable de su falsa vocación; culpable
o, por lo menos, cómplice de su salida de la Orden. .

^ 49 — • 4
V d a y o b r a d M d r a n o

Se v e a c e p t a d o en los mejores a m b i e n t e s de la ciudad. J u a n An-


tonio del Alcázar, el opulento sobrino del a u t o r de la Cena Jocosa,
le i n v i t a a veces a su finca j u n t o al río; las horas son allí inolvidables.
D o n J u a n de Arguijo, v e i n t i c u a t r o de Sevilla, diez años m á s viejo
que Medrano, t a n g r a n poeta, p o e t a de m u s a heroica, le distingue
con su amistad: esta esquela que nuestro don Francisco tiene
entre las m a n o s es, precisamente, de d o n J u a n . Medrano lee com-
• placido:

Deseamos v e r algo del libro n u e v o en el colegio,


d o n d e oy e sido h u e s p e d . Sup[li]co á V. m . nos lo f r a n -
quee de a q u í a las t r e s q[ue] entonces se bolverá p u n -
tualm[en]te.
G[uard]e D[ios] a V . ra.

Don J u a n de Arguijo

¿ E n q u é colegio? ¿Y qué libro es el q u e don J u a n pide prestado a


su amigo? ¿Quizá a q u é l en el que Medrano iba copiando con garbosa
letra sus mismos versos? P o r otra p a r t e , nuestro poeta h a d e j a d o
consignada su a m i s t a d hacia Arguijo en la dedicatoria de varias
composiciones.
Con otras familias sevillanas —'tenemos motivos p a r a suponer-
lo— m a n t i e n e relaciones de a m i s t a d : Quiñones, Aguilares, Esquí-
veles, los Maldonados, estos ú l t i m o s religiosos casi todos. U n desde-
ñoso poeta, t r e c e años m á s joven, fastidioso en sus gustos, elegante
en todo, poco a b i e r t o a amistades, Francisco de R i o j a (en poesía,
Leucido), se b l a n d e a con él en confidencias literarias... y no litera-
rias. Pero R i o j a no p u e d e r e p r i m i r su n a t u r a l y le h a r á o b s e r v a r que
ha escrito m a l una p a l a b r a grecolatina. Otros hombres famosos
en los círculos intelectuales de Sevilla, el saladísimo don J u a n d e la
Sal, Obispo de B o n a , el famoso canónigo y arcediano Luciano d e
Negrón, el p i n t o r y p o e t a Francisco d e Pacheco, e n t r a n en la esfera-
de su cariño. Al primero le dedica un soneto y u n a oda; p a r a el re-
t r a t o de Negrón, que Pacheco p i n t ó , escribe un dístico latino y u n
soneto. Pacheco y Medrano se comunican poesías: «Con éste van

50 — -
V . — V i c i t m a n i l m i s e r a n t i s Orci

las poesías d e B a l t a s a r del Alcázar», escribe Medrano a su amigo el


pintor, y agrega das d e V. m . no, q u e se las llevaré yo, y a fee q u e es-
t o y e n a m o r a d o y envidioso de aquellas r i m a s de la Virgen, q u e no
m e h a r t o de leellas». T o d o el contenido de esta única y preciosa c a r t a
de Medrano á Pacheco m u e s t r a preocupaciones de puro üterato y
nos indica la índole d e la a m i s t a d . Mucho se fía Pacheco d e M e d r a n o ;
le consulta acerca d e los pormenores de sus c u a d r o s religiosos y le
pide noticias sobre la Circuncisión y el B a u t i s m o del Señor, y si existió
v e r d a d e r a m e n t e desmayo de la Virgen en la Pasión; t a m b i é n tiene
presentes u n a s anotaciones d e Medrano sobre el m a r t i r i o de San P a -
blo, al p i n t a r u n c u a d r o sobre este a s u n t o .

E s t o s años, después d e la salida de la Compañía son, pues, de


g r a n a c t i v i d a d literaria. E s seguro el i n t e r c a m b i o de criticas y t a r e a s
literarias con Pacheco y R i o j a . E n T a c a r t a al primero dice Medrano:
"La oda q u e quedó a m i cargo t r a s l a d a r , v a con ésta; pase V. m d .
los ojos por ella y q u i t e y ponga a su gusto lo que pareciere q u e estará
m e j o r , q u e eso m e parecerá a mí». A este encargo, dado en u n a t e r t u -
h a o a c a d e m i a , deberemos p r o b a b l e m e n t e alguna de las odas con-
servadas. E s evidente que m u c h a s de éstas son de la época sevillana,
después de 1602: desde luego, las y a citadas a Santillán y Maldonado,
casi de f i j o las dedicadas a Rioja; o t r a s m u c h a s , a u n q u e no p u e d e
h a b e r seguridad, parecen, como h e m o s de ver, de esta época.

T a m b i é n le enseñaba en Sevilla sus sextinas de los Remedios de Amor


d o n P e d r o Venegas de Saavedra, según declara desde al A j a r a f e a
30 de o c t u b r e d e 1604. J u n t o s h a b í a n de salir al m u n d o , y a m u e r -
tos, a m b o s p o e t a s en la edición de P a l e r m o de 1617..(Don P e d r o Ve-
negas sería l i t e r a r i a m e n t e m á s a f o r t u n a d o y m á s desgraciado que
Medrano: m á s a f o r t u n a d o , por h a b e r e n c o n t r a d o y a en 1914 u n eru-
dito y meticuloso biógrafo en Santiago Montoto; m á s desgraciado,
p o r q u e su poema, que tiene p a s a j e s belhsimos y delicadísimos, no h a
e n c o n t r a d o editor moderno.) T a m b i é n n o m b r a don Pedro en esa
ocasión como e s t a n t e s a la sazón (1604) en Sevilla, y consultados
p o r él, a H e r n a n d o de Soria y a don J u a n de Vera. L a a m i s t a d de
Soria con Medrano ya nos es conocida. L a de Vera es m á s que p r o b a -
ble. Amigo suyo debía ser t a m b i é n don Francisco d e C a l a t a y u d .

— 51 —
V d a r a M d r a n o

Poseía C a l a t a y u d un originai de poesías de M e d r a n o q u e años m á s


t a r d e (1617) está haciendo copiar p a r a m a n d á r s e l a s a don J u a n de
Fonseca, quien preparaba, quizá, u n a antología. ¿Sería también
amigo de don Alvaro de G u z m á n y Esquivel, el joven caballero sevi-
llano a quien Venegas dedica sus Remedios? Si lo era, f u e r o n dos los
amigos d e Medrano que se le a n e g a r o n en los galeones d e don L u i s
d e Córdoba: SantiUán y este don Alvaro de G u z m á n , que en la misma
flota volvía, p a r a casarse, a E s p a ñ a . Amigo suyo, a u n q u e no re-
sida en Sevilla, es t a m b i é n Cristóbal d e Mesa, quien en la Restauración
de España (1607) habla d e Medrano al t r a t a r de los poetas sevillanos:

De Guzmán, don H e r n a n d o , insigne gloria


del B e t i s y su v á n d a l o horizonte;
dale H e r n a n d o el célebre de Soria
m á s f a m a que al E r í d a n o Faetonte;
y por t u ingenio lleva la viteria
al Tibre y A r n o y de P a r n a s o al Monte,
b u e n don Francisco d e Medrano, y t i e n e
F e b o nuevo laurel, n u e v a Hipocrene.

Medrano le correspondió con dos sonetos, uno dirigido a la Res-


laaración de España y. otro a El Patrón de España.
Sí, creo que estos años de Sevilla después de 1602 son de enorme
i m p o r t a n c i a p a r a el a r t e del poeta; es c u a n d o entra, de v e r d a d (con
más libertad, t i e m p o y gusto que en Salamanca), en un a m b i e n t e
literario; a esos años debemos, probablemente, u n a g r a n p a r t e d e su
obra.

FAMILIA Y HACIENDA.

M o d e r a d a m e n t e ( a d i v i n a m o s que sin avaricia, pero sin dejadez),


debía de gobernar la hacienda: le vemos d a r poder (en 1605) a
Alonso de la R ú a p a r a pleitos, cobros, etc., vender (1606) a P e d r o
Sánchez, albañil, y a su m u j e r , la m i t a d de las casas del ucompás

— 52 —
V . — V i c t i m a n i I m i s e r a n t i s Orci

de la mansebía», que él había comprado en el concurso d e bienes de


su tío J u a n B a u t i s t a H e r b e r ; a y u d a r í a y aconsejaría en las empre-
sas d e su m a d r e , q u e en 1605 r e g i s t r a b a p a r a cargar en la nao «Santa
Ana» «diez pipas de vino de A x a r a f e de su cosecha d e la h e r e d a d de
Mirarbueno, t é r m i n o de Salteras». U n o de los negocios, sin duda
el más i m p o r t a n t e , no lo entiendo bien; por abril de 1605 t o m a r o n
—como vimos— en arriendo entre Francisco, el poeta, y su h e r m a n o
Diego H e r b e r de Medrano, la finca de Mirarbueno; es el c o n t r a t o que
nos da t a n t o s pormenores acerca d e la situación y f o r m a de la h e r e d a d
y de sus cosechas. ¿Por q u é a r r e n d a r , y de su m a d r e , esta finca, que
n u e s t r o p o e t a usaba como s u y a y d i s f r u t a b a como suya? E s n a t u r a l
que se f i j a r a n asi f o r m a l m e n t e las condiciones, p a r a salvaguardar
derechos de otros m i e m b r o s de la familia: Miguel, el h e r m a n o se-
g u n d o , h a b í a m u e r t o y d e j a d o un hijo, por n o m b r e t a m b i é n Miguel;
Alonso, que era el h e r m a n o penúltimo, había estado antes, junio
d e 1603, en Indias, en la N u e v a E s p a ñ a , p a r a v e n d e r u n c a r g a m e n t o
de vinos, y da u n a c a r t a de pago a su m a d r e por valor de 14.965 r e a -
les; J u a n a , la h e r m a n a c u a r t a , que había casado con Luis Santillán,
había q u e d a d o v i u d a con hijos menores; no debía de a n d a r m u y bo-
y a n t e : en 4 de m a r z o de 1606, d o ñ a María de Villa, su m a d r e , de-
clara que hace s u y a la deuda d e cierta cantidad que había sido
t o m a d a a p r é s t a m o p o r d o ñ a J u a n a , con d o ñ a Maria de Villa como
fiadora. E n fin, Diego H e r b e r , el h e r m a n o tercero, y a sabemos que,
a u n q u e canónigo de Sevilla, n o se desdeñaba de cobrar u n a s p a r t i -
das de p l a t a de la N u e v a E s p a ñ a en la casa d e c o n t r a t a c i ó n . (La
h e r m a n a ú l t i m a , Isabel, quizá había m u e r t o niña; por lo m e n o s no
se la vuelve a n o m b r a r . )

T a n t o derecho particular justifica u n arriendo f o r m a l y porme-


norizado a u n e n t r e m a d r e e hijos. P e r o lo curioso es que, f i r m a d o
este c o n t r a t o t a n solemne en abril de 1605, por setiembre del m i s m o
año don Francisco de Medrano, presbítero (colación de San Andrés),
en n u e v a escritura, h a g a dejación, por lo q u e a él toca, del arriendo
de la h e r e d a d d e M i r a r b u e n o y d e los f r u t o s que e s t á n pendientes,
y d o ñ a María d e Villa acepte la rescisión y se obligue a pagarle cier-
t o s gastos q u e había hecho. F i r m a n en la m o r a d a de los otorgantes.

~ 53 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

CIELO AZUL. PRESAGIOS.

U n a f o r t u n a suficiente, m a d r e , hermanos, sobrinos, si no hijos,


y , sobre t o d o , amigos, casa, fincas, h a t o d e ovejas, u n a posición res-
petable, libertad, versos, versos... y el cielo de Sevilla... y el e n c a n t o
de Mirarbueno. ¿Qué le f a l t a b a ? Y a la s o m b r a de su modelo latino,
c a n t a b a g r a v e m e n t e Medrano:

¿Qué pide a l cielo el bien diciplinado


filósofo? D e Creso no el tesoro,
ni de Midas el oro,
ni d e A u g u s t o el estado,

n i el trigo q u e Sicilia fértil siega,


ni las v a c a d a s de Calabria gnlesas,
n i las a n c h a s dehesas
q u e Guadalquivir riega.

P o d e n aquellos a quien dió f o r t u n a ,


viña, y la p l a t a con p r i m o r l a b r a d a
sirva al q u e estima en n a d a
el golfo y lo i m p o r t u n a

y sulca t r e s y m á s veces sin pena,


caro a los cielos mismos; yo, c o n t e n t o
con poco, el m a r violento
veré desde la arena;

y al cielo pediré sólo u n a honesta


y m e d i a n a f o r t u n a , con b u e n seso,
u n a v e j e z d e peso
ni a mí ni a otro molesta.

Y no envidiaba a nadie. R e c o r d a n d o de n u e v o a Horacio, podía


decir al cardenal N i ñ o de Guevara:

— 54 —
V .— V i c t i m a n i l m i s e r a n t i s O r c i

D e apriscos a t i u n ciento en t o r n o ciñen,


mil vacas p a r a t i las ubres crecen,
y p a r a t i el relincho ensoberbecen
mil yeguas, y se t i ñ e n

t u s p a ñ o s u n a y otra vez en grana;


a mí," u n a g r e y dió el cielo de vil precio,
u n g r a t o ingenio, u n señoril desprecio
de la chusma p r o f a n a .

Sí, su arte, su a p a r t a m i e n t o ; honesta y m e d i a n a f o r t u n a ; salud;


y u n a vejez sentada, n o gravosa a nadie, y a d e m á s —claro—larga.
E r a lo que, desde luego, se preveía.
L a narración del P . Rodrigo de Figueroa, que empezamos antes
y que continuamos a h o r a , c o m p r u e b a p e r f e c t a m e n t e el c u a d r o desde
otro p u n t o de vista:
«Vino [Medrano] a Sevilla y vivió en la casa d e su m a d r e t r e s o
q u a t r o años, con b u e n n o m b r e d e virtuoso, ocupado en g o b e r n a r
u n a hazienda de c a m p o d e su m a d r e , y algún g a n a d o de ovejas que
compró con el dinero de su legítima que le volvió el collegio de Cór-
dova, en quien él la avía renunciado q u a n d o entró en la Compañía.
Hallávase contento a su parecer y con b u e n a salud...»
E r a m u y joven a ú n . Tenía e n t r e t r e i n t a y seis y t r e i n t a y siete
años. Quizá había envejecido algo, quizá encalvecia.

Del v e n u s t o s e m b l a n t e
la y a florida t e z h u y ó m a r c h i t a ,
y el pelo, que en la f r e n t e alzó a r r o g a n t e
cresta, desnudo otoño lo ejercita.

E s t o s d a t o s son, sin d u d a , a u t é n t i c a m e n t e autobiográficos: por-


q u e notemos q u e en ese m o m e n t o está i m i t a n d o , pero los p o r m e n o -
res acerca del pelo no e s t á n en Horacio: los h a a ñ a d i d o . A u n sin
saber este pormenor, p o r el mero t e x t o de ésta y otras odas, resbala-
ron los biógrafos; ahí se basaron p a r a considerarle viejo. P e r o quien
así escribe era casi u n m u c h a c h o , De m o d o semejante, quizá, en p a r t e

— 55 —
â a 0 b f a d e M d r a n 0

p o r la carrilada de su modelo, Horacio, en p a r t e por cierta coquete-


ría de sentirse y a envejecido, i m i t a b a el Eheu fugaces Póstame, Pós-
tame y lo dirigía a su amigo H e r n a n d o d e Soria. E s t a poesía, que es
precisamente la ú l t i m a en el orden, de sus odas, hiela la sangre.
Lo que m á s nos impresiona (ese verso «¡Tanta priesa a volvernos en
ceniza!»), f a l t a precisamente en el modelo. Es, pues, corazonada del
poeta. H a y en esa oda como un partirse de espejbs, como un oscure-
cerse s ú b i t a m e n t e el día claro:

Ay, Sorino, Sorino, cómo el día


h u y e n d o se desliza,
y unos atropellando y otros años,
a la m u e r t e corremos a porfía.
¡ T a n t a priesa a volvernos en ceniza!
¿Y a tales desengaños,
malciegos, con afanes, ay, t a m a ñ o s ,
t r a s u n a s o m b r a de ambición m e n t i d a
f a t i g a m o s la v i d a ?

E n v a n o , temerosos, desviamos
de nos a M a r t e airado,
y al m a r con E u r o y N o t o enfurecido;
en v a n o , los malsanos excusamos
ábregos del otoño destemplado;
tal vez u n a el t e m i d o
y no excusado golfo del olvido
navegaremos: rústicos sayales
y p ú r p u r a s reales.

V I C T I M A , NII- M I S E R A N T I S ORCI.

Con la f r i a l d a d d e los d o c u m e n t o s notariales, la terrible n o t i -


cia surge e n t r e uno d e 1 de diciembre de 1606 y otro de 6 de
abril de 1607. E n el primero, don Francisco de Medrano, con su

- 56
V . — V i c í í tn a n i I m i s e r a n t i s Orci

m a d r e como fiadora, t o m a prestados 7.700 reales a J u a n R a m í r e z


de B u s t a m a n t e , vecino de Sevilla, reconociendo q u e éste se los
presta por hacerle b u e n a obra. (¿Y este préstamo? ¿No es algo
raro?)
E n el otro documento,,, E n el otro documento, la m a d r e , doña
María de Villa, comparece y a «como heredera universal con beneficio
de inventario de don Francisco de Medrano, clérigo presbítero, m i
hijo, d i f u n t o , que Dios tieneo... ¿Qué h a sido esto horrible, qué ha p a -
sado en cuatro meses, de primeros de diciembre de 1606 a primeros de
abril de 1607? ¡Dios mío! |Si Sevilla estaría llena de p e r f u m e s y de
luz, si iba a llegar p r o n t o la primavera!

¡ T a n t a priesa a volvernos en cenizal

El P . Rodrigo d e F i g u e r o a nos c u e n t a con t o d o p o r m e n o r lo ocu-


rrido, t a l como él lo t o m ó d e los a p u n t e s del P . P e r a l t a , que por esos
años vivía en la ciudad, p a r a proporcionar así dos ejemplos al ramillete
de cinco, todos ocurridos por los mismos años, de los males y desastres
que afligen a los que d e j a n la Compañía. Oigamos al P . Figueroa:
«... hallávase [Medrano] c o n t e n t o a su parecer y con b u e n a salud,
q u a n d o le dió un a c h a q u e , t a n ligero que le d e t e r m i n ó pasarlo a pie,
a u n q u e después, a instancia d e los suyos, se acostó. E l día siguiente
se h a l l a v a n en su aposento algunos amigos, y él con ellos en b u e n a
conversación, t a n alegre que cantó u n r o m a n c e s e n t a d o en la cama
y luego pidió u n j a r r o d e a g u a p a r a beber, diziendo que se sentía
b u e n o . Trugéronselo, bebió, y luego dixo que le parecía perder la
vista de los ojos: acostó la cave^a sobre la a l m o h a d a , y con un ron-
quido, sin o t r a p a l a b r a ni obra, despidió el alma».

Que m e p e r d o n e n los P P . P e r a l t a y Figueroa. Como y o estoy .


seguro de q u e Medrano era p r o f u n d a m e n t e h o n r a d o , no santo, h o m -
bre, sí, pero p r o f u n d a m e n t e b u e n o en su hombría, a m í esta m u e r t e
no m e parece un ejemplo de caso desastrado, sino d e caso envidiable.
Muere en su c a m a , sin sufrimiento, sin suciedad, sin miseria, y h a s t a
la h o r a m i s m a de la m u e r t e le a c o m p a ñ a lo que m á s a m a b a ; los a m i -
gos, la poesía,, el placer del a g u a en búcaro. Si, el agua, el elemento

— 57 —
V i d a y o b r a d 6 M e d r a n o

m á s puro, sella su vida. Y la a m i s t a d , la a m i s t a d , con el a d j e t i v o


m á s feliz que él había sabido darle;

a m i s t a d sabrosa,
sazón de todo.

Sazón ú l t i m a de su vida, a h o r a , p o r q u e los amigos no están allí


tristes ni llorosos; e s t á n todos regocijados, h a b l a n d o en b u e n a con-
versación: sabrosa a m i s t a d en sabrosa conversación, con sales y bro-
mas; y le a c o m p a ñ a , h a s t a el final mismo, la poesía, el verso, y lo
c a n t a él; pues a h o r a , al b o r d e del sepulcro, sabemos que t e n í a t a m b i é n
este g r a n placer de almas claras, este e n t r e d u l c e regalo de Dios: el
c a n t a r . ¡Buen Medrano, amigo nuestro, b u e n español del siglo xviil:
p a r a m o r i r , ¿qué h a b í a s de c a n t a r ? ¿Qué habías de c a n t a r sino u n
romance?
Y a e s t a b a n j u n t o s o t r a vez, y n a v e g a n d o , no por m a r e s t e m p e s -
tuosos, sino p o r u n rio i n m u t a b l e y d e color ceniza, los dos amigos,
Santillán y Medrano. Y m i e n t r a s d o b l a b a n las c a m p a n a s por el pres-
bítero Medrano, la noticia de la m u e r t e de Santillán a t r a v e s a b a m a -
res, nieblas, noches, flecha veloz h a c i a Sevilla.

DESPUÉS DE LA MUERTE.

L a s m u e r t e s d e M e d r a n o y Santillán, ios dos ex jesuítas, se comen-


t a r o n i n d u d a b l e m e n t e e n t r e los m á s beatos. El cuadernillo del P . F i -
gueroa es un precioso r a s t r o d e esas conversaciones. Y la pobre
d o ñ a Maria de Villa... Y a , t r a s el m a r i d o , le h a b í a n desaparecido
los dos hijos mayores, Miguel y Francisco... ¡Cuánto h a b r í a sufrido
ella c u a n d o Francisco d e j ó la Ordenl Y aquellas h a b l a d u r í a s que a n -
d a b a n p o r la ciudad, q u e estas m u e r t e s , la d e Santillán y la de su
hijo, h a b í a n sido castigo de Dios... ¿no le e n t r a r o n t a m b i é n en el a l m a
a la p o b r e señora? Creo que sí. E s lo cierto que, a p e n a s m u e r t o Medra-
no, vuelve a a p a r e c e r en su r a s t r o algo q u e parecía d e f i n i t i v a m e n t e
alejado: la Compañía de Jesús...; la Compañía, que se había b o r r a d o
del a m b i e n t e vital del poeta desde 1603. E n ese documento, en q u e

- 58 -
V .— V i c t i m a n i l m i s e r a n t i s O r c i

d o ñ a María f i g u r a como heredera, a beneficio de inventario, de los


bienes d e su hijo, da ella m i s m a poder al P . J u a n B a u t i s t a Berro,
de la Compañía de J e s ú s «de esta ciudad», y a P e d r o de Figueroa,
p a r a v e n d e r «toda la l a n a del g a n a d o obejuno, l a n a m a y o r y añinos,
del que quedó por f i n e m u e r t e del dicho don Francisco de Medrano,
mi hijos. ¿Por qué precisamente u n P a d r e d e la Compañía p a r a ven-
der la l a n a del h a t o de la dehesa de A l m u é d a n o ? Recordemos; a q u e l
h a t o se compró con el dinero devuelto p o r la Compañía, exigido por
Medrano al t i e m p o de a b a n d o n a r l a . Y si leemos u n d o c u m e n t o poco
posterior, de 26 de junio de 1607, t a m b i é n publicado p o r Rodríguez
Marín, v e m o s que la m a d r e h a v e n d i d o a la Compañía dicho «hato
de ovejas q u e q u e d ó p o r bienes de don Francisco de Medrano, m i
hijo, difunto».

E l h a t o se ha t a s a d o en 24.939 reales de plata, de los cuales declara


d o ñ a María h a b e r recibido 7.700 por c u e n t a de los demás. ¿Por qué
7.700? E s e x a c t a m e n t e la c a n t i d a d que Medrano h a b i a pedido pres-
t a d a m u y poco t i e m p o antes de morir. N o t e n g o pruebas; pero m i i m -
presión es ésta; doña María h a d o n a d o g r a t u i t a m e n t e - a la Compa-
ñía el h a t o de ovejas de su hijo; h a p e d i d o sólo que paguen aquella
c a n t i d a d de 7.700 reales d e p l a t a que a d e u d a b a . Y h a hecho esto por-
q u e u n alacrán le está h i n c a n d o la u ñ a en su corazón d e madre; su
hijo h a m u e r t o sin confesión; por t o d a la ciudad m u r m u r a n y dicen;
las gentes se espantan.,.; las dos m u e r t e s j u n t a s , su Francisco y San-
tillán... ¿y n o h a h a b i d o algún predicador que lo h a y a dicho o rozado
y a desde el púlpito? No, a q u e l h a t o no lo quiere ver, no quiere
saber de él n a d a , p o r q u e aquellas ovejas son los dineros malditos, los
que t e n í a el colegio de Córdoba-, los q u e su hijo reclamó en u n a hora
m a l h a d a d a . . . Y devuelve el h a t o a la Compañía como u n a restitución,
como u n a expiación por el hijo m u e r t o .

Otros, en otras esferas, con o t r a cultura, s e g u r a m e n t e no lo vie-


ron así. L l o r a r o n al poeta desaparecido, a l g r a n poeta que e s t a b a en
las p r i m e r a s vislumbres de su m a d u r e z . Se repartieron c u i d a d o s a m e n t e
sus reliquias literarias que, protegidas con p r i m o r a t r a v é s de los si-
glos—como veremos en seguida—, h a n llegado h a s t a nosotros. Algunos
no m e cabe d u d a , lloraron al amigo. P e r o d e este dolor no nos h a lie-

— 59 —
V i d a y h r a d e M e d r a n o

gado a p e n a s huella. U n poeta de Sevillá, m á s joven a ú n , sintió el


, caso l a m e n t a b l e y lo cantó en un dolorido soneto, m á s con elegancia
que con borboteo de llanto. F u é R i o j a . Los errores biográficos de L a
B a r r e r a respecto a Medrano hicieron que ni él ni nadie pudiera
i m a g i n a r q u e este Medrano l a m e n t a d o por R i o j a f u e r a nuestro poeta.
H o y lo p o d e m o s a f i r m a r casi con absoluta seguridad. E l t o n o del
soneto se corresponde bien con lo súbito e inesperado d e la m u e r t e ,
y el que R i o j a tuviera sólo v e i n t i c u a t r o años no impide que consi-
derara a ú n joven a Medrano, que tenia t r e i n t a y seis o t r e i n t a y siete;
a ñ á d a s e que — c o m o ya sabemos— h a y , a p a r t e otros datos, un par
de poesías de Medrano a R i o j a , que p r u e b a n la g r a n a m i s t a d . P u e s
¿a qué Medrano m u e r t o podría llorar R i o j a a n t e s y m e j o r q u e a su
amigo, t a n r á p i d a m e n t e a r r e b a t a d o ? H e aquí el soneto:

P a s a , Tirsis, cual sombra incierta y v a n a


este nuestro vivir, y , como nieve
al b r e v e rayo, desvanece en breve
todo apacible bien y gloria h u m a n a .

Mira c u á n t o en color, c u á n t o en lozana


j u v e n t u d confiar el h o m b r e debe,
si así acabó Medrano: ¡oh, en vuelo leve,
subido h a y a a la estanza soberanal

Siento su fin veloz ( a u n q u e no incierto,


triste imagino aquel que nos a g u a r d a )
sólo por no avenirle en pena, en lloro.

Tirsis, d e j a este m a r , vuelve y a al p u e r t o


la n a v e , y busca el celestial t e s o r o ,
que a nos quizá t a n triste fin no t a r d a .

6o
VI

LA EDICION DE PALERMO Y LOS AUTOGRAFOS

LA EDICIÓN D E P A L E R M O , 1617.

QARECE que nos alejamos d e la v i d a de Medrano... P e r o al acer»


* carnos a su obra, a las reliquias de su obra, nos v a m o s a e n -
c o n t r a r con problemas de t a l i m p o r t a n c i a , que nos obligarán a su-
mergirnos de nuevo en u n g r a n misterio d e su vida.
Lo m á s bailadero, esquivado el detestable t e x t o publicado por
don Adolfo de Castro en el t o m o X X X I I de la Biblioteca de A u t o -
res Españoles, es la edición d e los Remedios de Amor, de d o n P e d r o
Venegas de S a a v e d r a , i m p r e s a en P a l e r m o en 1617. Es, sin e m b a r g o ,
u n librito de u n a rareza e x t r a o r d i n a r i a . H a c e u n cuarto de siglo se
cotizaba y a un e j e m p l a r en 500 pesetas. A f o r t u n a d a m e n t e , la B i -
blioteca Nacional posee uno, y m u y lindo, d e esta j o y a : perteneció
a B o h l de F a b e r , y es tradición y a de los m e d r a n i s t a s : con él t r a b a j ó
L a Barrera; con él y o t a m b i é n .
El impresor p a n o r m i t a n o Angelo Orlandi era u n h o m b r e inteli-
gente, de gusto y q u e e n t e n d í a su negocio. Cayó en sus m a n o s un
m a n u s c r i t o en el que a n d a b a n j u n t o s los Remedios de Amor, d e Ve-
negas Saavedra, y las poesías de don Francisco de Medrano. Consultó
con u n a persona e n t e n d i d a en cosas de n u e s t r a habla española, quien
le aseguró q u e el libro sería «muy aceto a t o d o s los estudiosos de
aquella lengua», p o r q u e en esos versos se r e n o v a b a n y u s a b a n voces
genuinas del español y p o r q u e en ellos se allegaban «frases i voces...
principalmente del griego i latino». Sí; Orlandi era un editor de gusto

6i ~
d a o b r a d M e d r a n o

literario. E n particular, de las r i m a s de M e d r a n o dice que no se pue-


den p o n d e r a r bien en ellas «los afectos i el n ú m e r o i f r a s i en que
parece que suena i se siente la lira propia de Oracio». ¡Buena crí-
tica, a p e n a s mejorablel No se v a a m e j o r a r , en realidad, h a s t a Me-
néndez Pelayo. Orlando h a visto, el primero, uno de los rasgos que ele-
v a n p o r encima de otros i m i t a d o r e s a Medrano, el secreto único de
su horacíanismo formal. Muchas otras cosas son de encomiar en
Orlandi — y siempre m e será g r a t o a l a b a r a u n impresor que sabe su
oficio y gusta d e él—. Oigamos su escrupulosidad en p u n t o a or-
tografía: «En c u a n t o a la ortografía i ra^ón de cscrebir i p u n t u a r
g u a r d é osservantísimamente la m e s m a q u e en estos papeles hallé,
conociendo que e s t a v a n escritos con nuevo i p a r t i c u l a r cuidado, Y
assi g u a r d é a c a d a u n o destos dos a u t o r e s su propria f o r m a i escritura,
a u n q u e en algo diferenciassen entre sí... si bien en lo sustancial discre-
p a n en poco, siguiendo arabos, corao siguen, a q u e l seguro i f i r m e
a x i o m a de «Escrebir como se h a b l a i h a b l a r corao se escrive». Lo
cual es de Quintiliano i lo an c o m e n t a d o a seguir otros m o d e r n o s
en Sevilla i otras p a r t e s d e E s p a ñ a , con exemplo t a m b i é n de Antonio
de L e b r i j a , q u e tuvo la mesraa opinión.»

No sabemos qué m a n u s c r i t o de las poesías de Medrano utilizaría


Orlandi. Si no era a u t ó g r a f o , se t r a t a de irradiación de u n uso sevi-
llano; si era a u t ó g r a f o — y quizá lo era—, en esas p a l a b r a s m i s m a s
se podría ver r e f l e j a d a la índole especial de la ortografía del poeta.
No m e v o y a detener en ella, p o r q u e exigiría un estudio c o m p a r a t i v o
con otros escritores de la época, p r i n c i p a l m e n t e sevillanos, estudio
que, p o r el especia! apremio con q u e ahora escribo, no h e p o d i d o
hacer. P e r o puedo, sí, decir que la ortografía de Medrano nos es per-
f e c t a m e n t e conocida por los a u t ó g r a f o s de que luego hablaremos.
E n realidad, su criterio, c u a n d o escribe con cuidado, se parece m u c h o
a la descripción de Orlandi: no usa, p o r ejemplo, haches, salvo c u a n d o
corresponden a / inicial latina; en otro caso, suele sustituir la h p o r
u n a especie de espíritu suave. Pero c o m e t e m u c h a s contradicciones.
E s u n a ortografía, en general, sevillana, que creo d i f u n d i d a e n t r e
los p o e t a s de fines del siglo x v i y principios del x v i i , por el e j e m p l o
de H e r r e r a . A h o r a sólo nos interesa v e r cómo Orlandi n o t a lo es-

— 62 —
V I . — La edición de Palermo y los autógrafos

pecial de aquel modo de escribir, que a d e m á s casa con sus propias


ideas, y se propone conservarlo... H o m b r e meticuloso..., a u n q u e al
fin del libro confiesa que por no h a b e r tenido tipos especiales, que
eran necesarios, no ha podido cumplir su propósito completamente.
Alguna e r r a t a , por lo que toca a poesías de Medrano, tiene esta i m -
presión; a veces, sustitución por descuido de u n a p a l a b r a p o r otra,
como en el soneto I «con lo dulce templó lo verdadero», en lugar
de «con lo dulce t e m p l ó lo provechoso», pero en general es correcta
y fiel, y p u e d o a d e l a n t a r que p a r a mí representa la ú l t i m a lima del
poeta.

A U T Ó G R A F O S DE M E D R A N O : MANUSCRITO 3888.

T e n e m o s que b u s c a r a h o r a p o r caminos m u y distintos.


¡Cuánta poesía de los siglos x v i y x v t i , sobre t o d o del ú l t i m o ,
en esos e s t a n t e s d e la sección de m a n u s c r i t o s de la Biblioteca N a -
cional!
No es que se encuentren a c a d a paso maravillas, p o r q u e lo b u e n o
suele estar publicado casi siempre; pero es ese gusto de p e n e t r a r en
u n a i n t i m i d a d y a b o r r a d a , de hacer que a r d a n t i b i a m e n t e por unos
i n s t a n t e s soles q u e encendieron otros días. ¡Oh, quién pudiera r e f u -
giarse p a r a siempre, refugiarse contra t a n t o odio y t a n t a estupidez,
en esa sección de manuscritos de la Biblioteca Nacional! Imaginaos
mi gozo al abrir u n día los dos códices d e que v o y a h a b l a r . Y no se
t r a t a b a , en rigor, de u n descubrimiento. L a erudición en t o r n o a
R i o j a y en t o m o a la «Canción a las m i n a s de Itálica» conocía m u y
bien uno d e los manuscritos, el 3888 (antiguo M-82), y la p e q u e ñ a
p a r t e de Medrano que h a y en él había sido m i n u c i o s a m e n t e descrita
p o r L a B a r r e r a (en esos a p u n t e s suyos que permanecen inéditos).
E n c u a n t o al otro, el 3783, n o sé d e nadie q u e lo h a y a citado, salvo
el m i s m o L a B a r r e r a . Pero la noticia de este códice le llegó a última
hora, c u a n d o estaba t e r m i n a n d o sus apuntes; quizá a esto se debe
que, a pesar de hacer u n a descripción del mismo, cierto que somera,

no se diera cuenta de un p o r m e n o r , d e u n a i m p o r t a n c i a t a n g r a n d e ,

— —
V i d a y o b r a d e M e d r a n a

que nos h a r á volver a la biografía de Medrano p l a n t e á n d o n o s i n q u i e -


tadoras preguntas. '
E l primer interés q u e ofrecen estos m a n u s c r i t o s es q u e son, el 3783
(salvo en dos poesías), y el 3888, en el cuadernillo que corresponde a
Medrano, indiscutiblemente autógrafos.
E s a s h o j a s del m a n u s c r i t o 3888, son i n d u d a b l e m e n t e el comienzo
de u n a e s m e r a d a copia de las poesías del propio Medrano, copia q u e
no pasó de esos principios. L a letra es elegante, gallarda, suelta,
cursiva y a la p a r clara. El a u t o r ha escrito a lo alto de la hoja cSo-
neto 1.° A E r n a n d o d e Soria Galbarro». P e r o no debe e s t a r a ú n se-
guro del texto...; tal vez d u d a e n t r e dos v a r i a n t e s , allá p o r el segun-
do c u a r t e t o . L o cierto es q u e d e j a el blanco suficiente p a r a q u e lo
ocupe el soneto. Y se pone ansiosamente a copiar el soneto 2.°:

<Amarilí, essos ojos soberanos,..»

¡Qué bien c o r t a d a está la plumal | D a g u s t o escribiri D a gusto,


por ejemplo, escribir la f i r m a propia con u n a p l u m a así:

«D. Franco»
«D. F r a n c o de
Medrano».

Y u n magnifico rasgueo que sale del a s t a de la /, prolongándola,


hace u n a elegante lazada hacia la izquierda y corre luego hacia la
derecha, paralela al apeUido Medrano y por d e b a j o de él. T a m b i é n
la o de Medrano se prolonga en u n rasgueo hacia la derecha, q u e es
como un hacecillo de lazadas. Sí, da gusto escribir con u n a p l u m a
que ha salido b u e n a . Escribir cosas flüidas, flúidas por ellas mismas,
como f ó r m u l a s notariales:

«En la m u y noble y muy...»


«En la m u y noble y m u y leal ciudad d e Sevilla...»
«En la ciudad d e Cor='.»>

... Continuar como u n notario:

«Yo Rodrigo de Meneses...».

- 64 -
V I . — La edición de Pal ermo y los autógrafos

Escribir por el puro placer del rasgueo, m e c á n i c a m e n t e , sin ope-


ración intelectual, f ó r m u l a s y a c u a j a d a s . P o r ejemplo:

«Bobalías el infante.»

(Y ahora es el r o m a n c e r o morisco el que h a venido a los p u n t o s


de la p l u m a de Medrano:

Los siete reyes d e moros


no lo osaban acordare.
Recordólo Bobalías,
Bobalías el infante:
— S i dormides, el mi tío,
si dormides, recordade...

Y es la segunda vez q u e nos e n c o n t r a m o s el romancero en la vida


d e este español de los siglos x v i y x v n . . , : sí, el romancero, lo m i s m o
en la h o r a de la skbrosa a m i s t a d , que en Medrano, de m a n e r a e x t r a ñ a
va a coincidir con la m u e r t e , q u e en la del ensueño y la divagación
con u n a p l u m a en la mano...)
Estos folios contienen u n a serie de poesías de Medrano... P e r o
en algunos de ellos son breves f r a g m e n t o s lo copiado, y el resto de
la h o j a está lleno d e rasgueos como los anteriores. Siempre fórmulas y a
f r a g u a d a s : p o r ejemplo, comienzo de versos del propio poeta o tópicos:

«La ' u m a n a Grandeza»


«el h u m o vano».

E s curioso: d e b a j o d e estas dos fórmulas, digamos, de «estilo


noble» (que proceden t a m b i é n de un verso suyo: soneto X X ) , ¿qué es lo
que h a escrito Medrano? U n a v e t a del hombre, que h a s t a a q u í no h a b í a -
m o s e n c o n t r a d o , sale a luz ahora: la del h u m o r , quizá en p r o t e s t a
inconsciente contra los dos lugares comunes idiomáticos q u e aca-
b a b a de r a s g u e a r . Y d e b a j o e x a c t a m e n t e de ellos, lo m i s m o que ellos,
escribe otra f ó r m u l a en neto contraste con t o d o estilo elevado:

«la sarna perruna».

- 6 5
m

V i d a y. o b r a de M e d r a n a

A la vuelta, t o d a v í a dos líneas b a j o u n a cruz, que Indican bien


qué es lo q u e a n d a b a y a p o r los vientos de la m u r m u r a c i ó n sevillana:

t
«Don Rodrigo Calderón
sin don y con don.»

Y comienzos d e versos d e Medrano, y f i r m a s suyas, y m á s firmas,


y a paralelas al renglón, ya perpendiculares. (Aun nos podía caber
d u d a ; hicimos que nos m a n d a r a n de Sevilla f o t o g r a f í a s de las f i r m a s
d e Medrano que f i g u r a n al pie de algunos de los d o c u m e n t o s n o t a -
riales q u e publicó Rodríguez Marín; coinciden con las del m a n u s c r i t o
3888 h a s t a en el ú l t i m o pormenor.)
lOh, sí, q u é p l u m a t a n bien cortadal V i d a larga por delante. El
poeta tiene m e n o s de t r e i n t a y seis años... S a l t a la imaginación
de u n t e m a a otro, de un a m b i e n t e a otro... y vuela con gallardía
la p l u m a . E l p o e t a se h a encargado hace poco (suponemos q u e hace
poco) un sello en relieve. E s b u e n día p a r a ver qué efecto hace. H a
pegado c u i d a d o s a m e n t e u n a oblea p o r d e b a j o del papel. A h o r a , p o r
encima, sobre el mullido que f o r m a el p a p e l con su oblea, descarga
con el sello u n golpe seco. H a c e precioso.
E s u n sello ovalado, con u n a orla q u e dice: «Antes sin él que
sin ellas» (hoy a p e n a s se lee). D e n t r o de la orla v a u n corazón. N o
cabe d u d a d e que «él» es el corazón. Pero ¿ellas? ¿Quiénes son ellas?
E l corazón está dividido en dos p a r t e s p o r u n a r a y a vertical; la p a r t e
de la izquierda v a o c u p a d a p o r u n a gran F m a y ú s c u l a ; la de la dere-
cha por u n a M. Sobre a m b a s siglas, sendas coronas d e ocho t o r r e s
(o p u n t a s , no sé). Y en o t r a hoja del cuadernillo, un d i b u j o ( m u y
torpe), a p l u m a , quiere r e p r e s e n t a r el mismo sello, o u n a variación
de él.
T o d a v í a t r o p e z a m o s en este cuadernillo de M e d r a n o con o t r a ú t i -
lísima curiosidad. E n t r e los folios 317 y 318 v a u n a h o j a estrecha
como u n a tira d e papel, en d o n d e con letra t u m u l t u o s a e s t á n repeti-
das unas c u a n t a s estrofas de u n a poesía, llenas de correcciones y t a -

— 66 —'
V I . — La edición de P alermo y los autógrafos

chaduras. Quien lo m i r e a la ligera p e n s a r á que esta m a n o no p u e d e


ser la m i s m a que rasguea sobre los próximos folios. Sin embargo,
es la m i s m a . E s l e t r a de Medrano t a m b i é n : letra a p r e s u r a d a , borbo-
t e a n t e , la letra del creador al que la intuición poética acaba de he-
rir. Y la oda, que primero era sólo u n a m a n c h a de luz allá en su
m e n t e , v a c u a j a n d o , a h o r m á n d o s e b a j o nuestros ojos. U n a casua-
lidad h a hecho que en ese b o r r ó n t e n g a m o s la historia viva, desde
su primer h o n t a n a r , de la — p r e c i s a m e n t e — m á s bella oda de Me-
drano.
P e r o no podemos d e j a r d e a n o t a r el ú l t i m o pormenor, p o r q u e es
curioso: e n c u a d e r n a d o en correspondencia con esa tira, sirviéndole
de ceja o p e s t a ñ a , como dicen los encuadernadores, h a y u n trocito
de papel y está escrito t a m b i é n por los dos lados. P o r uno dice:
«Luys Ferri», y es u n a f i r m a , quizá sólo u n a imitación d e la f i r m a
de Ferri. P e r o por el otro lado las p a l a b r a s «Luys Ferri» están repe-
t i d a s c u a t r o veces; el n o m b r e «Luys», otras tres; y el principio del
mismo, «Lu», u n a más. Tenemos alguna noticia de este «Ferri»; sabe-
mos p o r lo m e n o s que estaba ligado con Medrano con la a m i s t a d
i n t i m a necesaria p a r a q u e éste le dedique u n a oda, la V, y ya hemos
visto antes q u e p r i m i t i v a m e n t e le estuvo dedicada t a m b i é n la I L
A h o r a bien; esta repetición del n o m b r e del amigo es t a m b i é n , in-
d u d a b l e m e n t e , de letra d e Medrano. Y a ú n , en esta cara del t r o -
cito de papel, v a n unos renglones que son t a n diarios, t a n d e u n día
corriente de la vida, que p o r eso m i s m o despiertan en nosotros m á s
intensa emoción. Dicen:

«—traer el c á ñ a m o a casa
— r e g a r la a t a r a c a n a
—si f u e r o n p o r el horcón
—los bueyes».

E s t á n escritos con la letra m á s descuidada d e Medrano, idéntica


a la del b o r r a d o r de la oda, t a n m a l escritos, que al leerlos, dió dos
b u e n o s tropezones L a B a r r e r a . Cada renglón lleva u n r a y i t a de-
lante; son, pues, c u a t r o cosas distintas las que h a y que recordar.

- 67 -
V d a y o b r a d e M d a n o

T o d o s liemos hecho listas parecidas p a r a el p r o g r a m a de un día de


quehaceres. L a siguiente c o n j e t u r a m e parece m u y probable. El p o e t a ,
va ese día a Mirarbueno, o m a n d a u n m e n s a j e r o allá: h a y que m e t e r
el c á ñ a m o , regar la a t a r a z a n a ( t o d a v í a l l a m a n en Sevilla a t a r a z a n a s
a u n a especie de bodegas: el p o e t a , con la prisa, escribió alaracana);
en fin, p r e g u n t a r si h a n ido por el horcón (horcones se u s a n en
agricultura p a r a muchos fines distintos); y r e c o r d a r algo que t o c a b a
a los bueyes.
El otro m a n u s c r i t o , 3783, es t o d o d e m a n o del poeta: la letra
coincide h a s t a en los ú l t i m o s p o r m e n o r e s con la de Medrano de la
copia e s m e r a d a y de los rasgueos del m a n u s c r i t o 3888. E s t e otro
m a n u s c r i t o contiene casi t o d a la obra poética que nos conserva la edi-
ción de P a l e r m o , m á s el dístico latino a L u c i a n o de Negrón. P a r a la
fijación e historia del t e x t o de Medrano, estos m a n u s c r i t o s son ines-
timables: a u n d e j a d o a p a r t e el b o r r a d o r de la oda de que h a b l á b a m o s
a n t e s (que es i n d u d a b l e m e n t e el n a c i m i e n t o m i s m o de dicha oda), las
escasas poesías del m a n u s c r i t o 3888 m u e s t r a n u n a redacción m á s t e m -
p r a n a ; las v a r i a n t e s que con respecto a ese m a n u s c r i t o ofrece la copia
c o m p l e t a del m a n u s c r i t o 3783, se revelan y a como posteriores. P e r o
u n estudio de las v a r i a n t e s del m a n u s c r i t o 3783, con relación a la
edición de Palermo, 1617, p r u e b a que el t e x t o impreso responde a
u n a lima posterior que p r o b a b l e m e n t e h a y que a t r i b u i r t a m b i é n al
poeta; en u n m a n u s c r i t o , pues, posterior a los dos de la Biblioteca N a -
cional, basó su impresión Orlandi. P a r a u n a edición m o d e r n a de Me-
d r a n o h a b r á q u e atenerse, p a r a las v a r i a n t e s literarias, al t e x t o de
Palermo.

Pero, ¿y p a r a las lingüísticas? N o sabemos si el m a n u s c r i t o de


Orlandi era a u t ó g r a f o o no; en cambio, t e n e m o s al alcance d e la m a n o
autógrafos indiscutibles. ¿Cómo seguir a P a l e r m o , t e x t o loista, c u a n d o
la m a n o de M e d r a n o escribe u n a y o t r a vez verle, le envanece, etc.?
¿Por qué copiar a P a l e r m o con f o r m a s como dende, mes'mo, si Medrano
decía desde, mismo? ¿Por qué i m i t a r l e en g r a f í a s etimológicas como
invidia, si el p o e t a usa siempre embidia?

— 68 —
VI. — La edición de P alermo y los autógrafos

AUTÓGRAFOS DE MEDRANO: EL MANUSCRITO 3783.

E l m a n u s c r i t o 3783, como decimos, contiene la obra completa,


pero en u n orden d i s t i n t o que la edición d e P a l e r m o , y además, en
c u a t r o divisiones con epígrafes de Primer libro, Segundo libro, etc.
P o r cierto que t o d a s las poesías q u e conocemos v a n en los t r e s libros
primeros. E l c u a r t o es sólo u n epígrafe... U n a m a n o que no es la de
don Francisco copió aquí dos composiciones en m e t r o octosílabo
que en n a d a se parecen a las d e Medrano; faltos d e o t r a p r u e b a , no
podemos atribuirlas a él, si bien es preciso n o olvidar que u n mismo
poeta clásico español p e n e t r a b a en dos m u n d o s diferentes según eli-
giera ahora el m e t r o tradicional, ahora el italiano.

Lo que L a B a r r e r a n o vió en este m a n u s c r i t o 3783 es el hecho


de q u e v a m o s a h a b l a r después. Más son necesarias algunas a d v e r -
t e n c i a s previas.
Medrano tiene u n n ú m e r o considerable de poesías amorosas. Al-
g u n a s veces el t o n o amoroso estaba p r e d e t e r m i n a d o p o r el modelo,
Horacio, y no nos e x t r a ñ a , pues, en el sacerdote español. Pero h a y
t a m b i é n t o d a u n a serie de sonetos eróticos; d e algunos de ellos se ha
descubierto el cercanísimo modelo; de otros, t o d a v í a no. Digo todavía,
p o r q u e t a l descubrimiento es siempre esperable t r a t á n d o s e de u n
poeta como Medrano, cuyo arte, cuyo valor —luego veremos h a s t a
qué p u n t o e x t r a o r d i n a r i o — consiste precisamente en la imitación.
Pero, en fin, es preciso que no olvidemos que t o d a s las imitaciones,
a u n las horacianas, están h e c h a s seleccionando del modelo aquella
composición o a q u e l p a s a j e que corresponden al estado espiritual de
M e d r a n o o de sus amigos; y a hemos visto cómo la cercana imitación
de Horacio sirve lo m i s m o p a r a el elogio f ú n e b r e del P . Acosta, que
p a r a consuelo del decaído P e d r o Maldonado, que p a r a expresar las
m á s v i v a s y reales llamas de a m i s t a d en el caso de Alonso d e S a n t i -
llán, sí, p a r a expresar, casi con clave, las incidencias d e esa a m i s t a d
m i s m a . E s necesario r e c o r d a r esto y no olvidarlo, p o r q u e después
de estas p r u e b a s y d e las a b r u m a d o r a s que h e m o s de e n c o n t r a r a ú n ,
cometeríamos u n grueso error si en t r a n c e de i n t e r p r e t a r q u é h a y
d e v e r d a d e r o , d e vivido, t r a s u n a poesía d e Medrano, nos a b r o q u e l á -

- 69 -
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

r a m o s con decir: ¡Bah, simple i m i t a c i ó n o a d a p t a c i ó n d e Horacio:


no h a y q u e hacer caso aigunol No, quien dice en castellano madre,
casa, etc., emplea p a r a su expresión un signo del c o m ú n . P a r a Me-
drano, sus signos, sus medios expresivos, son las f o r m a s de p e n s a m i e n t o
y de a r t e t r o q u e l a d a s h a c í a dieciséis siglos por el poeta l a t i n o . Pero
c u a n d o M e d r a n o las t o m a b a en su boca, y con delicadísimos y nuevos
m a t i c e s las u s a b a , lo hacía p o r q u e p a r a él eran u n a necesidad ex-
presiva, expresión literaria de realísimas sensaciones y casos. P e r o
guardémonos también de sacar conclusiones absolutas, p o r q u e cae-
ríamos en el error en q u e h e m o s visto a L a B a r r e r a y otros, c u a n d o
consideran m u c h o m á s viejo a M e d r a n o p o r a l g u n a s afirmaciones de
sus poesías: u n poeta de unos t r e i n t a y cinco años — d i j i m o s — p u e d e
sentirse viejo u n día, si se n o t a envejecer, o si se c o m p a r a con su a d o -
lescencia. No h a y que olvidar que p u e d e n o t a r m e j o r los primeros
signos de su decadencia si el t e m a del envejecimiento es f a v o r i t o de
u n poeta querido, como ocurre con Horacio. Sus sensaciones y a u n
sus casos vividos eran, pues, reales; pero pudiera ser que se real-
z a r a n o, en algún caso, a u n se crearan, p o r el i n f l u j o o el a m b i e n t e
artístico de su modelo. Conocida es la proyección del a r t e sobre la
vida, que se -ejerce sobre t o d o en algunas épocas (siempre que en el
a r t e alienta m á s c l a r a m e n t e u n a filosofía o un concepto t o t a l d e la
vida), p o r ejemplo, lo m i s m o en el n e o p l a t o n i s m o q u e en el R o m a n t i -
cismo. Pero ¿no es acaso p r o t o t i p o de t a l i n f l u j o del a r t e sobre la v i d a
lo que llamamos p e t r a r q u i s m o ? T o d o s estos m a t i c e s h a y que t e n e r
en c u e n t a si queremos juzgar con acierto la poesía erótica de Me-
drano.

N o olvidemos, t a m p o c o , q u e el a n t i g u o jesuíta conserva en Se-


villa su estado sacerdotal, y no se da allí a v i d a licenciosa ni algo li-
bre siquiera; que vivió esos años de Sevilla «con b u e n n o m b r e de
virtuoso», nos dice el P . Figueroa, a quien de fijo, de h a b e r po-
dido, le h u b era g u s t a d o entenebrecer las tintas de su ejemplo
moral.

70
VII

A M O R Y POESIA: DOÑA INES DE QUIÑONES

^ o nos e x t r a ñ a (pues se p u e d e n citar muchos casos semejantes


' en p o e t a s del m i s m o ministerio) el e n c o n t r a r e n t r e las 'poesías
de Medrano u n a serie de ellas en que c a n t a a u n a bella Flora, y o t r a
serie, a u n m á s larga, en que la m u j e r c a n t a d a se encubre b a j o el
n o m b r e de Amarilis. U n poco empieza a e x t r a ñ a r n o s el n o t a r q u e
estas dos series, a u n q u e con g r a n d e s intervalos de sombra, con m u -
chas vacilaciones y con m u c h o s p a s a j e s f u e r t e m e n t e señalados por
interrogantes, t e r m i n a n ordenándose como sendos desarrollos de b r e v e
y sencilla novela. H e a q u í las dos series, o r d e n a d a s según la sucesión
cronológica q u e se entreadivina:
Serie de Flora:
Soneto II; Soneto V I I ; Soneto X I (el a u t ó g r a f o descubre que per-
t e n e c e a esta serie); Soneto X I I ; Soneto X I I I ; Soneto X I V ; Ode X I .
Serie de Amarilis:
Ode X I I ; Soneto X X I I ; Soneto X X I I I (probable); Soneto X X V I
Ode X V I (probable); Soneto X X V I I I ; Ode X V I I ; Soneto X X X I V
Soneto X X X I X (probable); Ode X X V ; Soneto X L I ; Soneto X L I I
Soneto X L I I I ; Soneto X L I V ; Soneto L l ; Soneto L U I .
Pero la serie de Amarilis ofrece algunas especiales dificultades.
E n fin, h a y algunas otras poesias amorosas, sueltas, que desde
luego no pertenecen a n i n g u n a d e las dos series. Y a las estu-
diaremos.
E s t a s series y esas o t r a s poesías sueltas, ¿ c a n t a n amores p u r a -

— 71 —
V i d a y. o b r a d e M e d r a n a

m e n t e imaginarios? P o d e m o s a p o r t a r a q u i u n a n o v e d a d . F u é lo
q u e se le escapó a L a B a r r e r a , a pesar d e h a b e r t e n i d o el m a n u s c r i -
t o 3783 en las m a n o s . Los títulos d e las poesías de Medrano, según
la edición de P a l e r m o , es decir, t a l como a t r a v é s de la Biblioteca
de A u t o r e s Españoles son conocidos hoy, no tienen m á s n o m b r e
de m u j e r que los poéticos Flora, A m a r i h s , que son los m á s repe-
tidos, y luego, en esas que llamo poesías amorosas sueltas, t a m b i é n
los de A m a r a n t a y Galatina. Sólo en u n a oda ( X V I ) y en u n sone-
t o ( X X X I X ) , un nombre, María, que parece debía ser el a u t é n t i c o
de la d a m a .

Imagínese cuál seria mi sorpresa y m i emoción, a l e n c o n t r a r en


el m a n u s c r i t o 3783 e s t a m p a d o s , por la m i s m a m a n o del poeta, los
n o m b r e s y los apellidos de las d a m a s c a n t a d a s , D e u n f o n d o de siglos,
d e allá d e la e s q u i n a d a del x v i y el x v i r , subían a h o r a h a s t a mí, de
u n t r a s m u n d o de desvaídos perfumes, suspiros, flores secas; llegaban
h a s t a mí estos n o m b r e s de d a m a s sevillanas, d o r a d a carne, ojos r e n -
didos al a m a n t e , y a sonrientes, o y a esquivos. Bellas m u j e r e s b a j o
otro sol, h o y frío, m u e r t o .
Amarilis n o se descifraba; Amarilis, la d a m a m á s c a n t a d a , con
m á s pasión, con m á s d r a m á t i c o s contrastes, con m á s lágrimas y des-
esperación, no se nos revelaba, quizá p o r m á s p r o f u n d a , m á s m e t i d a
en el corazón y con m á s peligro: y en el m a n u s c r i t o 3783, sigue siendo
Amarilis, y n a d a m á s que Amarilis. P e r o Flora conserva este nombre,
en el m a n u s c r i t o a u t ó g r a f o , sólo en los versos; en los títulos de las
poesías, Flora tiene un n o m b r e con un apellido ilustre y sevillano:
se llama d o ñ a Inés de Quiñones.

POESÍAS A DOÑA INÉS DE QUIÑONES. E L VIAJE A ROMA.

«Tus ojos, bella Flora, soberanos...» E s el p r i m e r verso del sone-


to II; pero en el m a n u s c r i t o , la rúbrica dice: «A la señora d o ñ a Inés
d e Quiñones». E s a m o r , sí; u n a m o r , sin embargo, que se eleva p o r
encima de lo m a t e r i a l . No h a n sido t u s ojos, ni t u nítido cuello, ni el
oro de t u cabellera, ni el m a r f i l de t u s manos, lo que m e ha rendido:

— 72 —'
V I I . — Amor y -poesía: Doña Inés de Quiñones

h a sido t u a h n a , t u a h n a a t r a v é s de t u cuerpo. El poeta lo dice con


belleza y precisión:

T u a l m a f u é la que venció la mía,


que, espirando con f u e r z a a v e n t a j a d a
por ese corporal a p t o i n s t r u m e n t o ,

se lanzó d e n t r o en mí, donde n o había


quien resistiese al vencedor la e n t r a d a ,
p o r q u e t u v e p o r gloria el vencimiento.

E l m i s m o titulo, con el m i s m o n o m b r e y apellido de m u j e r , tienen


en el m a n u s c r i t o los sonetos V I I y X I : el V I I , de t e m o r e s del a m a n t e ;
el X I , de su a m o r q u e persistirá c u a n d o la belleza se h a y a m a r c h i -
t a d o . Más interés ofrecen los sonetos X I I I y X I V y la ode XI:
t o d a s estas poesías se refieren a u n v i a j e (podemos suponer que se
t r a t a d e uno solo). E n el autógrafo, el t í t u l o del soneto X I I I es diá-
fano: «partiéndose de la señora doña Inés de Quiñones»; la rúbrica
del X I V , dice: «en ausencia de la m i s m a señora»; y la de la ode X I ,
es ésta: «al licenciado P e d r o Sotillo, de la señora d o ñ a Inés de Qui-
ñones»; quiere decir, h a b l á n d o l e de esa señora. Y observemos q u e
estas poesías en que Medrano t r a t a de un a m o r suyo, con u n amigo,
a c a b a n d e convencernos de la realidad de dichos amores. Sería ri-
dículo q u e Medrano h a b l a r a a Sotillo de su amor por d o ñ a Inés de
Quiñones, si Sotillo supiera que todo era p u r a imaginación y t r a m -
p a n t o j o . E l primero de estos sonetos de v i a j e habla d i á f a n a m e n t e .
E s el m o m e n t o d e la p a r t i d a :

Yo sentí de la m u e r t e el postrer yelo


correr a largo paso p o r mis venas,
y dos nubes, de a n g u s t i a y r a b i a llenas,
un m a r desde mis ojos d a r al suelo,

c u a n d o así ardiendo en compasivo celo


a Flora v i t u r b a r sus dos serenas
luces, q u e no aliviar sólo mis penas,
m a s p u d o en el abismo a b r i r m e u n cielo.

~ 73 —
V i d a y. o b r a d e M e d r a n a

«Vete» (me dijo, triste) «y si el camino


así t e es grave, pide a t u deseo
alas p a r a volver; y a mi, esperanza».

¡Dichoso mal, q u e alcanza t a n divino


remediol A m a b l e infierno, d o n d e veo,
n o y a por fe, m i b i e n a v e n t u r a n z a .

B i e n claro está: lloroso el poeta p o r la p a r t i d a , v e cómo a d o ñ a


Inés se le e m p a ñ a n los ojos, y q u e ella le dice; «Ten t ú deseo de la
p r o n t a vuelta; q u e yo t e daré la esperanza y el ánimo». Y el p o e t a ,
sólo p o r h a b e r visto las lágrimas aquellas, p o r h a b e r oído estas p a -
labras, da y a por bien empleada su p a r t i d a . Digamos en seguida,
que este soneto, como h a m o s t r a d o Beali, es casi t r a d u c c i ó n lite-
ral de uno d e T o r q u a t o Tasso. No i m p o r t a n a d a ; lo hemos visto
v a r í a s veces ya, lo v a m o s a v e r a h o r a mismo, y luego m á s t a r d e , y
siempre: p a r a Medrano, escribir poesía es a t r a e r al círculo a u t é n t i c o
de su v i d a y de sus afectos, con mil matices dehcados, con u n a sabia
técnica de la a d a p t a c i ó n , los e x p e r i m e n t o s poéticos de los g r a n d e s
maestros, ya Tasso, y a Horacio.
L a ode X I nos da, precisamente, u n claro ejemplo; es u n a imita-
ción m u y p r ó x i m a de la de Horacio, que empieza Integer vitae scele-
risque pwus (I, 22). Del m i s m o m o d o que F l o r a d o habla de Lálage
a su amigo Fusco, Medrano habla de d o ñ a Inés de Quiñones (Flora)
a su amigo P e d r o Sotillo (por n o m b r e poético Sabino). Lo m i s m o que
el poeta latino refiere que y e n d o c a n t a n d o a su Lálage h u y ó de él
un m o n s t r u o s o lobo, el p o e t a sevillano refiere que le ocurrió encuen-
t r o s e m e j a n t e , pero y e n d o c a n t a n d o a Flora. T o d o s r e c o r d a m o s la
deliciosa gracia del final de la oda latina:

P o n e m e pigris ubi nulla c a m p i s


a r b o r aestiua r e c r e a t u r aura,
quod l a t u s m u n d i nebulae m a l u s q u e
l u p p i t e r urget;

p o n e sub c u r r u n i m i u m propinqui
soils in t e r r a domibus n e g a t a :

— 74 —'
V I I . — Amor y poesía: Doña Inés de Quiñones

dulce ridentem Lalagen a m a b o ,


dulce l o q u e n t c m .

Y la gracia se h a conservado en castellano así:

Véame, pues, en la región ardiente,


negra y estéril con eterno estío,
v é a m e en la q u e siempre abrasa el frío,
y el sol no v e luciente,

que en c u a n t o el cielo v u e l t a s multiplica,


p a r a que el sol al m u n d o luz envíe,
a m a r é a Flora la que dulce ríe,
la que dulce platica.

L a diferencia m a y o r consiste en el sitio en el que ocurre la ex-


t r a ñ a a v e n t u r a : a Horacio le ocurrió habiéndose m e t i d o m á s de lo
conveniente, descuidado, por las espesuras de la selva sabina (no le-
jos, h a y q u e suponer, de la finca q u e debía a l a generosidad de Mecenas);
al leer los versos correspondientes en Medrano, comprenderemos m e -
jor que n u n c a cuál es la característica de este tipo dp imitación,
cómo en ella la realidad, la v e r d a d vital que f u é base de la inspira-
ción d e Horacio, v u e l v e a ser, mutatis mutandis, realidad, v e r d a d , de
la v i d a de Medrano. E n t i é n d a s e que lo que, en dicha oda, se ha c a m -
b i a d o es lo que' en el t e x t o no se a j u s t a b a a la n u e v a r e a h d a d :

Tal vez pasé, con religioso a n t o j o


de v e r al g r a n p a s t o r que el V a t i c a n o
m o r a , los m o n t e s d o n d e el africano
caudillo perdió un ojo,

y de Flora c a n t a n d o la belleza, '


sin a r m a s con que de él m e defendiera,
h u y ó u n lobo de mí, que m a y o r fiera
n o vió N a t u r a l e z a .

L a p r i m e r a de estas dos estrofas se a d a p t a p e r f e c t a m e n t e — c o m o


v e r e m o s — a las condiciones de Medrano; pero está en t o t a l des-

- 75 -
V i d a y o b r a d e M e d r a n a

a c u e r d o con las de Horacio. H e ahi un ejemplo neto de esa e x t r a ñ a


a m a l g a m a que es siempre la imitación en Medrano: no cabe d u d a d e
cómo e n t r a en la imitación su a u t e n t i c i d a d , su realidad personal.
E n estos versos, Medrano nos dice que f u é a R o m a p a r a v e r al
P a p a ; que f u é por t i e r r a y atravesó los Alpes; y sí, a u n q u e f u e r a , como
se solía hacer y a u n hoy se hace, p o r el c a m i n o de la Riviera, m u -
chas veces las estribaciones de los m o n t e s caen h a s t a cerca del m a r .
Nos dice más; que en ese v i a j e iba i m p r e g n a d o del a m o r de doña Inés
d e Quiñones, la de la dulce sonrisa, la de la dulce h a b l a . Lo del lobo...
podemos lo m i s m o no creerlo. I m a g i n e m o s el penoso v i a j e en la épo-
ca: m u c h a s a l i m a ñ a s se le podían c r u z a r al viajero; u n g r a n lobo
t a m b i é n , ¿por q u é no? P e r o n o es indispensable: lo que es necesario
p a r a q u e se p r o d u z c a esta oda es el v i a j e y el a m o r de doña Inés;
con estos elementos b a s t a b a p a r a q u e Medrano sintiera deseos de en-
v i a r h a s t a doña Inés, p o r medio de P e d r o Sotillo, noticia de la cons-
tancia de su a m o r . Viaje, a m a d a , amigo. Y a la situación se a s e m e j a
a la de la oda X X I I del libro primero de Horacio: Flora = Lálage,
Sabino (es decir, Sotillo) = Fusco, E l otro elemento en Horacio es
u n lobo; pues bien: p o n g a m o s u n lobo.

Pero la realidad biográfica del v i a j e es incuestionable. P o r q u e en


las mismas poesías de M e d r a n o t e n e m o s constancia, en otros sitios,
de esa visita a R o m a . Véase el t i t u l o del soneto I I I , lo m i s m o en los
m a n u s c r i t o s que en la edición de P a l e r m o : «A San P e d r o , en u n a bo-
rrasca, viniendo de Roma». Y el del soneto IV: «En la p l a y a de B a r -
celona, volviendo de Roma». N o h a y , por t a n t o , n a d a m á s evidente
q u e este v i a j e a R o m a : el p o e t a f u é p o r tierra, y volvió p o r m a r ,
d e s e m b a r c a n d o en Barcelona.
Se p r e s e n t a a q u í ahora u n n u e v o p r o b l e m a q u e tiene la m a y o r
i m p o r t a n c i a . E s t e v i a j e a R o m a , ¿a qué época de la v i d a de Me-
d r a n o p o d r á corresponder? E s cuestión delicada; p o r q u e el v i a j e y el
a m o r p o r d o ñ a Inés d e Quiñones e s t á n indisolublemente ligados en
el t e x t o de la oda. Digamos, de u n a vez p a r a siempre, q u e n a d a de
lo q u e conocemos d e la v i d a o de la obra de Medrano nos a u t o r i z a
a pensar q u e incurriera en hecho deshonesto n i que v e r d a d e r a m e n t e
rozara el sexto m a n d a t o de la ley divina. E s t o s a m o r e s se nos i m a -

- 76 -
V I I . — Amor y poesia: Doña Inés de Quiñones

ginan f u e r t e m e n t e cerebrales y sentimentales, m u y especiados de li-


t e r a t u r a . No p o r ello m e n o s sinceros ni m e n o s a t o r m e n t a d o r e s p a r a
el poeta. Mas a pesar de imaginarlos limpios, no quisiera proceder de
ligero al fechar el v i a j e a R o m a : p o r q u e en ello v a implicado el j u z g a r
si el e n a m o r a m i e n t o por d o ñ a Inés f u é u n a ligereza (que ni p r o d u j o
siquiera escándalo) contra el estado sacerdotal, o u n a f a l t a contra
los votos (entendidos rígidamente) y la disciplina del reUgioso d e la
Compañía de Jesús.

T o d a v í a se menciona el v i a j e a R o m a en los títulos de algunas


otras poesías. L a oda X X X lleva en el a u t ó g r a f o la dedicatoria si-
guiente: «A E r n a n d o de Soria Galbarro, vuelto de R o m a y de la
Corte y r e t i r a d o de todo». Observemos el m a t i z de desengaño y
desgana del manuscrito; «y r e t i r a d o de todo». E n t r e maravillosas
claridades y concordancias, q u e hacen nítidos muchos aspectos d e la
v i d a d e Medrano, éste d e la época del v i a j e a I t a h a es uno de los
q u e q u e d a n señalados con f u e r t e interrogación.

T e r m i n e m o s ahora con la serie de poesías amorosas dedicadas a


Flora, es decir, a d o ñ a Inés de Quiñones. N o nos f a l t a sino t r a t a r d e
una: el soneto X I I de la edición de Palermo, único t e x t o en que
figura. El no existir en el a u t ó g r a f o nos indica q u e el l a m e n t a b l e su-
ceso a que se refiere es posterior a la copia de ese m a n u s c r i t o . Sí,
t a m b i é n t r a t a de d o ñ a Inés de Quiñones, d e F l o r a , ese soneto X I I ,
a u n q u e está dedicado a Soria Galvarro: es u n soneto desgarrador.
El poeta se dirige a las l u m b r e r a s celestiales, en la noche, y les dice
(desde el segundo cuarteto):

Ya, ya, soberbios astros, v u e s t r o cielo


Flora pisa i n m o r t a l con firmes huellas,
ya, e t e r n a m e n t e hermosa, pisa estrellas,
(¿y cuál sin ella yo?...) Mas cese el duelo.

Tú, fuiste, Flora, y vos, q u e la robastes,


divinas luces, p a r a mí i n h u m a n a s ,
pues solo, y vida y seso m e dejastes.

77
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

Mas, p o r q u e t ú n o t o d a mueras, Flora,


ni en las miserias vivas, t o d a , h u m a n a s ,
v i v a y o y pene, y t ú los cielos m o r a .

D o ñ a Inés de Quiñones h a m u e r t o ; F l o r a , que se h a ido, y los cie-


los qué la h a n robado, h a n hecho crueldad al poeta en dejarle solo,
habiéndole d e j a d o a la p a r con seso y con vida. P e r o el p o e t a y su
a m a d a son u n a sola v i d a , de la cual h a y u n a p a r t e q u e m o r a en el
cielo, y o t r a que p e n a y vive en la tierra. Y así esta d a m a , que nos
i m a g i n a m o s sevillana, de hacia 1600, y a e t e r n a m e n t e hermosa, pisa
estrellas por el cielo de la poesía. Y d o ñ a Inés de Quiñones h a en-
t r a d o en ese recinto d o n d e e s t á n j u n t a s las m u j e r e s cuya mortal
bplleza h a q u e d a d o detenida, i n t a c t a , p o r la magia del a r t e y del
amor.
¿Quién era d o ñ a Inés de Quiñones? N o lo sabemos: y o la h e su-
puesto d e Sevilla, y creo que mi c o n j e t u r a es razonable: entre los ola-
ros linajes de esa ciudad, está el de los Quiñones (véase Sevilla en el
Imperio, de Santiago M o n t o t o , pág. 195). Y da la casualidad de q u e
t o d a s las otras d a m a s c a n t a d a s por Medrano llevan t a m b i é n n o m -
bres sevillanos ilustres. T o d a s las poesías de Medrano coinciden en
señalar el a m o r a d o ñ a Inés como u n a pasión a l u m b r a d a por luces
del espíritu, t i e r n a e inocente.
¡Ah, qué bello, si n o t u v i é r a m o s que continuarl Pero, fieles histo-
riadores, a la v e r d a d nos debemos. Volvamos a situarnos en la esqui-
n a d a de ese v i a j e (Valladolid, Sevilla, R o m a ) , sin t r a t a r i n ú t i l m e n t e
de averiguarle la fecha. T e n e m o s que confesar que, o los sentimien-
t o s de n u e s t r o poeta no eran m u y p r o f u n d o s , o su corazón demasiado
fogoso, porque, con ese solo v i a j e , son t r e s los amores que debemos
relacionar. H e m o s visto y a el d e d o ñ a Inés de Quiñones. E l que v a -
mos a descubrir n o d e j a de ser e x t r a ñ o por m u c h o s motivos.

78 -
VIH

AMOR Y POESIA. OTRAS DAMAS. AMARILIS

E L SONETO A DOÑA ISABEL.,.

El a m o r de d o ñ a Inés lo v e m o s desarrollarse, a t r a v é s del tiempo,


en u n a serie de sonetos. E s t e otro es lo que se llama u n «flechazo»:
el p o e t a se e n a m o r ó de p r o n t o y , posiblemente, de p r o n t o se le pasó
la calentura; p o r lo menos, el a m o r no ha d e j a d o huella sino en u n so-
neto. E s el V. E n la edición de P a l e r m o no lleva título ninguno;
pero sí en el a u t ó g r a f o , y bien e x t r a o r d i n a r i o . P o r q u e allí el soneto
está dirigido a u n a señora. P e r o después de h a b e r escrito el poeta el
n o m b r e y el apellido de la d a m a , h a n ocurrido dos cosas: primero,
u n a m a n o ha t a c h a d o con t i n t a (hoy m á s pálida que la que solía usar
Medrano) ese nombre; y como si esto f u e r a t o d a v í a poco, después,
con u n a s t i j e r a s o u n a cuchilla, h a sido c o r t a d a u n a t i r a de papel,
p a r a que n a d i e p u e d a descifrar el n o m b r e a t r a v é s de la t a c h a d u r a .
P u e d e , sin e m b a r g o , leerse a ú n p a r t e d e u n a I, de u n a s, de u n a a
y u n a b, que b a s t a n p a r a asegurarnos que la d a m a se l l a m a b a Isabel.
E n su apellido había u n a g, cuyo caracterí.stíco trazo inferior no se
llevó la cuchilla. Y (menos el apellido) p u e d e reconstruirse todo el
epígrafe, que decía así: «A la Sra. D.® Isab[el]... g... [avie]ndo llegado
de Vall[adoli]d a Sev[ill]a y partiéndose luego a R[om]a». ¿Qué mis-
terio se encierra aquí? El soneto n o es de lo m e j o r de Medrano; d e sen-
t i d o claro, sí es. Medrano, e n t r e Valladolid y R o m a , llegó a Sevilla,
y , de repente, se e n a m o r ó de esta bellísima Isabel;

Vine y vi, y s u j e t ó m e la h e r m o s u r a
de u n serafín,..

— 79 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

Pero, dichoso en ser vencido, no p u e d e gozarse d e serlo, p o r q u e


se lo p r i v a la ausencia:

Vencióme, y t a n dichoso f u i vencido


c u a n t o sin t i e m p o d e g o z a r m e en sello,
p o r q u e m e p r i v a ausencia de gozallo;

que de m u y sin v e n t u r a siempre lia sido


llegar al bien, y vello y a y tocallo,
y p a r a m á s dolor luego perdello.

Isabel, a j u z g a r por el t o n o alentado del soneto (salvo el dolor


de la partida), parece h a b e r l e correspondido, ¿hasta qué p u n t o ? Sí:
¿qué misterio h a y en estos versos, en este epígrafe? ¿Tachó, y cortó
m á s t a r d e el n o m b r e el m i s m o poeta? ¿Por r a b i a de un desengaño,
como sí quisiera raerse del a l m a aquellas letras? ¿O qué celos susci-
t a d o s en alguien, q u é molestias de la d a m a o de familiares de ella
hicieron t a n ofensivo el n o m b r e que no b a s t ó ni tacharlo? ¿ Y quién
hizo esto?
T o d a v í a con el v i a j e d e R o m a se relaciona u n tercer a m o r : el d e
Amarilis. H e m o s visto que en un soneto a ella (el X X X I V ) el poeta
dice que su a m o r crece c u a n t o m á s d i s t a n t e , y a su h a d o le destierre
a Castilla, y a a Italia; si r e c o r d a m o s los lugares del epígrafe del soneto
a Isabel (Valladolid, R o m a ) , v e m o s que son las m i s m a s circunstancias,
y h e m o s d e a d m i t i r que o se t r a t a de viajes distintos, o este corazón
volcánico ardía al m i s m o t i e m p o p o r Inés, por Isabel y por A m a r i -
lis. P e r o h a y o t r a d a m a , A m a r a n t a , de la q u e debemos h a b l a r a n t e s .

ODA A DOÑA M A R Í A DE ESQUIVEL.

Sólo en u n a ocasión c a n t a M e d r a n o a esa A m a r a n t a (en la ode I X ) .


L a edición de 1617 no da t í t u l o a esa composición. P e r o sí el a u t ó g r a f o ,
y es éste: «A d o ñ a María de Esquivel». Corrido el velo del misterio,

— 8o —
vili.—A m 0 r y poesia. O t f a s damas. Amarilis

v e m o s a q u í a p a r e c e r de n u e v o u n n o m b r e de m u j e r de carne, y de
m u j e r q u e lleva (lo m i s m o q u e d o ñ a I n é s de Quiñones) u n ilustre a p e -
llido sevillano. Y este de doña M a r í a de E s q u i v e l , o sea A m a r a n t a ,
sólo aparece e n la ode I X . P e r o ¡en qué condiciones! P o r q u e esa
ode I X es u n a i m i t a c i ó n m u y p r ó x i m a de la de H o r a c i o Exíremum
Tanüin si biberis, Lijce ( I I I , 10), en la cual el p o e t a requiere de a m o -
res a u n a m u j e r c a s a d a con u n m a r i d o que le es infiel. Y este sentido
se conserva p r i m o r o s a m e n t e en la i m i t a c i ó n de M e d r a n o : la m u j e r
c a s a d a r e q u e r i d a de a m o r e s es a q u í A m a r a n t a , c u y o m a r i d o a r d e por
F i l e n a . P e r o , con m á s discreción, el p o e t a no nos dice cómo se llama,
en r e a l i d a d , e s t a F i l e n a N o h a y q u e p e n s a r q u e l a d e d i c a t o r i a <iA d o ñ a
M a r í a de Esquivel», sea u n a p u r a cortesía q u e no t e n g a n a d a q u e
v e r con el t e m a , p o r q u e en A M A R - a n t a v e m o s t r e s letras caracterís-
ticas de María. Que n o se p e n s a b a así t a m p o c o en a q u e l l a época, lo
p r u e b a el hecho de q u e el n o m b r e de la d a m a h a y a sido s u p r i m i d o
e n la edición i m p r e s a . Si nos a t r e v e m o s a t r a s p l a n t a r , pues, esta si-
t u a c i ó n p o é t i c a a la v i d a de M e d r a n o , h e m o s de suponerle e n a m o r a d o
de é s t a doña M a r í a d e E s q u i v e l , d a m a principal a j u z g a r por su a p e -
llido, c a s a d a con u n esposo e n t r e t e n i d o en o t r o s a m o r e s . T o d o esto
nos r e s u l t a d e m a s i a d o f u e r t e . P e r o ¿es i m a g i n a b l e u n g a l a n t e o sola-
m e n t e literario, u n g a l a n t e o q u e n o p u d i e r a n i i n q u i e t a r al m a r i d o
de doña María? E n el a m b i e n t e sevillano, h a b í a sido posible el d u d o s o
m a r t e l o de la c o n d e s a de Gelves, y la t r a d i c i ó n de H e r r e r a p e s a b a
s i e m p r e alh, y n o poco sobre el m i s m o M e d r a n o . T o d o r e s u l t a ex-
•traño, P o r q u e si la pasión era v e r d a d e r a , r e s u l t a b a criminal y t e r r i -
b l e m e n t e v i n d i c a b l e en las c o s t u m b r e s de la época, y p a r e c e i n a u d i t a
ligereza escribir el n o m b r e y apellido de la d a m a , por m u y r e c ó n d i t o
q u e se m a n t u v i e r a el escrito. P e r o es el caso q u e si la pasión no e r a
sino fingida, t a m p o c o les podía caer en gracia, n i a d o ñ a M a r í a de E s -
quivel, ni al m a r i d o , ni a los f a m i l i a r e s de la d a m a t a l p u b l i c i d a d ,
q u e p o d í a hacer se t u v i e r a p o r real lo i m a g i n a r i o . N i t a m p o c o el
m a r i d o , a c u s a d o de a d u l t e r i o (o de c o n a t o d e adulterio), quedaba
e n m u y lucida situación. A h í q u e d a ese e x t r a o r d i n a r i o problema:
p o r q u e se llega al a b s u r d o lo m i s m o si se c o n t e s t a «sí» q u e si se con-
t e s t a «no».

— 8i —
V i d a y. o b r a d e M e d r a n a

POESÍAS A AMARILIS.

Ese n o m b r e d e A m a r a n t a es —lo a c a b a m o s de v e r — u n a n a -
g r a m a imperfecto de María. H e m o s de suponer que Amarilis designa
el m i s m o n o m b r e cristiano. P e r o h a y m u c h a s razones p a r a pensar
que esta Amarilis ( = María) es distinta d e la A m a r a n t a ( = d o ñ a Ma-
ría d e Esquivel). Y en efecto, h a y u n a s c u a n t a s poesías (ode X I l , sone-
t o X X X I X ) , en q u e se c a n t a a u n a Maria de la q u e n o se dice ape-
llido. E n el soneto X X I I I , el lector del a u t ó g r a f o se e n t e r a de que el
m a r de que allí se h a b l a es metafórico, con m u y especial m e t á f o r a ,
p o r q u e la m a n o del poeta lo ha escrito con m a y ú s c u l a s :

Mas si u n M A R b r a m a d e n t r o en l ' a l m a mía.

E s t e M A R , AMARilis y M A R í a podrían ser una sola persona. Si


n o lo f u e r a n , el error sería m í n i m o , p o r q u e la serie que c a n t a a
Amarilis es sobrado l a r g a p a r a q u e p o d a m o s prescindir de esas t r e s
composiciones. .
L a serie a Amarilis se p r e s e n t a en c o n t r a s t e neto con la serie a
Flora; la d e F l o r a , lo mismo en la ordenación de P a l e r m o que en la
del a u t ó g r a f o , va t o d a e n t r e las primeras poesías d e la obra; la d e
Amarilis comienza hacia la m i t a d , y se e x t i e n d e h a s t a el final; las dos
seríes q u e d a n así bien deslindadas. L a pasión p o r Amarilis se m a -
nifiesta como m u c h o m á s sensual, y c a d a vez se v a haciendo m á s
d r a m á t i c a , m á s peligrosa, m á s s o m b r í a . E n la serie de F l o r a , el a u t ó -
grafo nos revela el n o m b r e de la d a m a ; en la de Amarilis, callan el
n o m b r e v e r d a d e r o , lo m i s m o la edición impresa que el a u t ó g r a f o ;
sin d u d a era caso m á s h o n d o y de m a y o r g r a v e d a d y peligro. Pero
Medrano, p a r a c a n t a r a Amarilis, se dirige f r e c u e n t e m e n t e a varios
amigos, a Alonso Santillán (si el soneto X X I I I pertenece en realidad
a esta serie), a Soria Galvarro, a R i o j a (en dos poesías: u n soneto y
u n a estrofa suelta), y a don P e d r o d e la Cerda. E n estas cinco com-
posiciones figura el n o m b r e del amigo en el epígrafe, y a t o d o s ellos
debemos considerarlos confidentes de los amores de Amarilis. R e p i t o
el a r g u m e n t o empleado en la serie d e F l o r a : si esos a m o r e s f u e r a n so-

— 82 —'
VIII.—A mor y poesía. Otras damas. Amarilis

n a d o s y esa m u j e r no existiera, era a b s u r d o pensar que Medrano


les h a b l a r a a todos de su a m o r por ella, con p o r m e n o r e s que, a u n q u e
velados p a r a nosotros, c o m p r e n d e m o s que p a r a ellos e r a n bien sig-
nificativos; si, no sabemos e x a c t a m e n t e q u é realidad se vela en esas
m e t á f o r a s , pero a d i v i n a m o s al fondo u n dolorido p a l p i t a r de realidad.
Si prescindimos de la m e n c i o n a d a ode X V I , que, caso de a d m i -
tirla como de Amarilis debería ser p u n t o de p a r t i d a , la serie co-
mienza en el soneto X X I I y la ode X I I . E s el X X I I u n soneto de ren-
dimiento, c o m p a r a b l e en este sentido al primero de la serie a F l o r a .
P e r o entonces v i m o s la alta espiritualidad de aquella composición.
A q u í no h a y n a d a q u e se eleve por encima de la carne: el poeta alaba
boca, píe, manos, cabello y ojos de Amarilis. F u e r t e m e n t e sensual es
la imagen que resulla de la ode X I I . E s obra de n e t a imitación ho-
r a c i a n a . P e r o - M e d r a n o ha ligado p a s a j e s de varias odas del modelo.
E s t a selección de elementos procedentes de lugares distintos está y a
indicando el h a b i t u a l proceso de a d a p t a c i ó n del modelo a sus a u t é n -
ticas condiciones vitales. Medrano tiene t r e i n t a y t a n t o s años; su pelo
tal vez clarea a p r e s u r a d a m e n t e , y (a la s o m b r a de su Horacio) le p a -
rece i n t e r e s a n t e — a u n q u e m o z o — sentirse envejecido. Y se ha ena-
m o r a d o de AmarUis. H e a q u í el final de la oda en que la imitación
v a algunas veces m u y cerca del modelo, pero que es de u n a g r a n be-
lleza de expresión, con b u l t o de carne, con hervor de deseo:

A r d e n m e aquellos ojos
negros de la Amarili, que, serenos,
r o b a n el sol; aquellos sus enojos
á r d e n m e , de sal — m á s q u e de i r a — llenos;
su d u l c e m e n t e acerba rebeldía,
y de su negro pelo
el oro, el fuego. A r a b i a y Mongibelo,
¿tal fuego, oro t a l cría?

¿Quién t r o c a r á p r u d e n t e
por c u a n t o el Inga atesoró, el cabello
de Amarili y por t o d o el rico Oriente?

- 83 -
V i d a y. o b r a d e M e d r a n a

... c u a n d o ella t u e r c e —¡oh, cómo h e r m o s a l — el cuello


a mis ardientes besos, y , rogada,
con s a ñ a fácil niega
lo q u e ella, m á s que el m i s m o q u e la ruega,
d a r quisiera r o b a d a .

I m i t a , sí. Pero, n o t e m o s algún pormenor: «aquellos ojos negros»;


«su negro pelo». Ni el color de los ojos ni el del pelo e s t á n en el p a -
s a j e latino i m i t a d o . I m i t a n d o , i n t r o d u c e , pues, u n a curiosa p a r t i -
cularidad. P o r q u e bien sabido es: p a r a la poesía del siglo x v i y la
del XVII a p e n a s si existe otro color del cabello femenino que el rubio.
Y esto indica h a s t a qué p u n t o esos negros ojos, ese pelo negro h a n
salido de u n a bella realidad concreta. H a s t a t a l e x t r e m o , q u e Medrano
se halla e m b a r a z a d o p o r esa n e g r u r a que se le i m p o n í a desde el co-
razón, pero q u e chocaba con la i m a g e n tradicional, con el cabello
poético, oro d e Arabia, etc. Y t a n t o h a pesado la tradición, que el
poeta no se h a podido escapar de t a l i m a g e n . H e a q u í el resultado:

Y d e su negro pelo
el oro, el fuego. Arabia, Mongibelo,
¿tal fuego, oro t a l cría?

¡El oro de su negro pelo! <(E1 oro» viene d e la tradición literaria


(con su mención d e A r a b i a y todo); pero lo «negro» viene de u n a
m o r e n a r e a h d a d d e m u j e r . Y no dice n i n g ú n a b s u r d o poético M e d r a -
no, p o r q u e esos elementos anquilosados, «oro», «fuego», y a sólo e x -
presan, y con m u c h o garbo, el brillo, la gloriosa y rebelde gallardía
de aquella cabellera. Si, no nos cabe d u d a : A m a r i h s era u n a m o -
r e n a y sensual belleza del Mediodía.
Los sonetos X X I I I , X X V I y X X X I V indican dificultades en el
amor: en el X X I I I , que y a h e m o s considerado a n t e s , al poeta le
b r a m a un m a r d e n t r o del pecho. E l X X V I , p o r su p a r t e , es el soneto
a las ruinas d e Itálica, famoso p o r q u e influyó de cerca sobre la f o r m a
definitiva de la Canción de Rodrigo Caro. Pero a q u í las p i e d r a s q u e
a ú n se alzan en las r u i n a s son u n ejemplo de los a m a n t e s c o n t r a -
riados.

— 84 —'
VIH.—A mor y poesía. Otras damas. Amarilis

Mas si vencen la e d a d y los extremos


del mal, piedras calladas y sufridas,
s u f r a m o s . Amarilis, y callemos.

Del X X X I V h e m o s h a b l a d o ya; es un soneto de ausencia o de te-


mores de ausencia y con su alusión a Castilla y a Italia parece refe-
rirse a ú n al v i a j e c u y a fecha t a n t a preocupación crítica nos produce.
B a s t a n t e p r ó x i m o s e n t r e sí, en el orden de la edición d e Paler-
mo, y j u n t o s en el del a u t ó g r a f o , e s t á n la ode X V I I y el soneto X X V I I I ;
son dos composiciones de celos: el p o e t a nos dice en el soneto que
Amarilis h a dado oídos a u n lisonjero:

ese que, p o r q u e de él t u pecho fíes,


colora con lisonja sus m e n t i r a s .

Y t e r m i n a l a m e n t a n d o la i n u t i h d a d del t i e m p o que lleva rendido


a este amor;

Mas, |oh, cómo eres ciego, Amor! Al v i e n t o


das y a la i n g r a t i t u d un bien t a m a ñ o ,
debiéndolo a los años que he servido.

L a ode X V I I n o m b r a al rival, Julio. L a oda es, corao de costum-


bre, u n a imitación de Horacio. ¿Se deben sólo a imitación los porme-
nores t a n vivos, los signos a p a r e n t e s d e los juegos de a m o r q u e h a -
cen q u e el a m a n t e celoso se reconcoma?

Q u é m a m e v e r señales
de burlas en t u s brazos de alabastro,
q u é m a m e en los corales
d e t u s labios ver de otro fuego el rastro.

Algo se ha m o d e r a d o la expresión del original;

Vror, seu tibí candidos


t u r p a r u n t umeros inmodicae mero
rixae, sine puer f u r e n s
inpressit mera or em d e n t e 1 abrís n o t a r a .

(I, 13, V'. 9-12)

85 -
V i d a y. o b r a d e M e d r a n a

Pero aún es d e m a s i a d o p a r a i n t e r p r e t a d o no como reflejo litera-


rio, sino de r e a l i d a d . E n este ú l t i m o caso, t e n d r í a m o s que c a m b i a r
t o d a n u e s t r a idea d e estos amores.
Si a t r a e m o s t o d a v í a hacia estas zonas d e los a m o r e s de Amarilis
el soneto L I , que es u n a composición a base de la f ó r m u l a de con-
trarios (hielo-fuego, etc.), q u e f i j ó P e t r a r c a (soneto que en la orde-
nación del a u t ó g r a f o corresponde aquí), t e n d r e m o s q u e t o d a s las
composiciones a Amarilis consideradas h a s t a ahora son o de r e n d i -
m i e n t o y encarecimiento d e belleza, o de t e m o r e s de a m a n t e , o de
celos que m á s parecen l i t e r a t u r a que realidad. T o d a s estas compo-
siciones, en el m a n u s c r i t o a u t ó g r a f o , f o r m a n el segundo libro o p a r t e de
las poesías de Medrano. Son como u n a estación p r i m a v e r a l de esos
amores: juegos, gozos y t e m o r e s del a m a n t e , las p o d r í a m o s deno-
minar.
T a m b i é n son poesías a A m a r i h s las que constituyen la hilaza
c o n t i n u a del libro I I I según el a u t ó g r a f o ; pero jcuán d i f e r e n t e su
carácterl T o d o a m b i e n t e p r i m a v e r a l h a desaparecido: el cielo se ha
cubierto d e n u b e s plomizas, u n hielo corre p o r la sangre y gimen los
árboles b a j o la r á f a g a . Si se c o m p a r a n las ordenaciones de P a l e r m o
y la autogràfica, se v e que el soneto Robóme, oh Julio, una cobarde
fiera ocupa u n a posición privilegiada: en el orden de P a l e r m o es el
ú l t i m o soneto ( L U I ) a Amarihs; en el del a u t ó g r a f o es precisamente
el primero d e esta a b o r r a s c a d a p a r t e tercera. T a n i m p o r t a n t e es
como difícil de i n t e r p r e t a r , no en el sentido general, evidente, sino
en el p o r m e n o r vivido de la r e a h d a d a que corresponde. E s el soneto
v e h e m e n t e de los cinco vocativos, porque, a u n q u e está dirigido a
d o n P e d r o de la Cerda (por n o m b r e poético, J u h o ) , el poeta p a s a
d e s o r d e n a d a m e n t e d e h a b l a r con Julio a h a b l a r consigo mismo, y
luego con la misteriosa c a u s a n t e de su d e s v e n t u r a , y después con
Amarilis, p a r a t e r m i n a r dirigiéndose de n u e v o a J u h o . Se p r o d u c e
asi un efecto de e n t r e c o r t a m i e n t o , de desorden, ocasionado por el
dolor y la ira. ¿Quién robó al poeta la m i t a d de su a l m a ? El c a u s a n t e
del m a l es un ser femenino, pero n o se le n o m b r a . P o r u n m o m e n t o
se piensa en la m u e r t e . P e r o el p r i m e r t e r c e t o p a r e c e h a b l a r clara-
m e n t e en contra de esta interpretación:

— 86 —'
VIII.—A mor y poesía. Otras damas. Amarilis

¿Qué se puede? "Vivamos divididos,


dulce Amarilis mía, en esperanza
de vencer con paciencia y v i d a al hado.

Parece no un mal irreparable, sino vencible dentro de los tér-


minos mismos de la vida. Y al final el p o e t a habla de venganza. Pero,
¿qué v e n g a n z a h a b r í a contra la Muerte? P u e s ¿quién será, entonces,
la q u e hace t a n t o mal? ¿ L a «ausencia»? ¿La «codicia»? L a «codician
p u e d e s e p a r a r a m a n t e s p o r muchos modos. Que h a y u n a separación
entre Amarilis y el poeta es evidente. Pero ¿separación geográfica,
o sólo obligada interrupción de los amores? E s t e es el soneto:

R o b ó m e , oh Julio, u n a cobarde fiera


(¿fiera y cobarde, Julio?: cruel seria),
la m i t a d me robó del a l m a mía.
¿Y t ú a u n vives, m i t a d ? ¿Quién lo creyera?

Ira al fin m u j e r i l , que no cupiera


en varón s e m e j a n t e villanía.
Necia, los que el a m o r y el cielo unía,
¿quién, sino t ú , a p a r t a r l o s pretendiera?

¿Qué se puede? V i v a m o s divididos,


dulce Amarilis mía, en esperanza
de vencer con paciencia y v i d a al h a d o .

Julio, ¿quién desordena mis sentidos?


Iba a h a b l a r t e , y h a n m e a r r e b a t a d o ,
y a el amor, y a el dolor, y a la v e n g a n z a .

Si a d m i t i m o s q u e María es Amarilis, llega aquí, p a r a a y u d a r a la


comprensión del anterior, otro bello soneto (el X X X I X ) , c i e r t a m e n t e
de los mejores del p o e t a , a pesar de alguna caída. Soneto espiri-
t u a l i s t a y consolatorio, éste p o r lo menos, a m á s de la «desigualdad
de f o r t u n a » n o m b r a la causa d e la separación d e los a m a n t e s : la «vio-
lencia». P e r o ¿ q u é clase de violencia? iQué bello movimiento, q u é

- 87 -
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

garbo p u e d e d a r a un soneto el artificio de la correlación, cuando


ésta fluye l i m a d a y e n m a s c a r a d a , de m o d o que el lector no la notel

L a s a l m a s son eternas, son iguales,


son libres, son espíritus, María;
si en ellas h a y a m o r , con la porfía
de los estorbos crece, y d e los males.

Nacimos en f o r t u n a desiguales,
no en gustos; la violencia nos desvia;
el t i e m p o corre lento, y deja el día
de sí h a s t a en los m á r m o l e s señales.

Mas t ú ni a t i e m p o alguno ni a violencia


ni a aquello desigual de la f o r t u n a
n i t e m a s a la m á s prolija ausencia;

q u e si n u e s t r a s dos a l m a s son a u n a ,
¿en quién, si y a no en Dios, h a b r á potencia,
q u e las gaste, o las fuerce, o las desuna?

Otras veces surge el t e m a de ausencia, como en el soneto X L I ,


pero t r a t a d o como ejercicio retórico; otras, el de la persistencia del
a m o r c u a n d o t e r m i n e la belleza, soneto X L I I (que p u e d e c o m p a -
rarse con el X I , dirigido a Flora). E s t o s sonetos, y a m e r a s t r a d u c c i o -
nes, y a simples «academias», no cabe d u d a de que, sin embargo, están
unidos a un t e m a vital: los desgraciados amores con Amarihs. Otras
veces, lo p a r t i c u l a r , lo v e h e m e n t e m e n t e personal q u e h e m o s visto y a
en u n p a r de sonetos de esta serie, a s o m a a q u í y allá; asi en el so-
neto X L I V dirigido a R i o j a (Leucido), vuelve a aparecer la violen-
cia p e r t u r b a d o r a de los a m a n t e s :

L a violencia, Leucido, de los h a d o s


(¿en qué los ofendí?), lleva mi vida,
llévate, oh Amarilis, ofrecida
a malseguros golfos y a p a r t a d o s .
VIII.—A mor y poesía. Otras damas. Amarilis

«Malseguros golfos y apartados»: ¿ H e m o s de i n t e r p r e t a r l o en sen-


tido literal? ¿ E n sentido metafórico? ¿Separación, pues, p o r ausen-
cia geográfica d e Amarilis? ¿Mera separación por imposibilidad del
a m o r ? P e r o la violencia, la fuerza, siguen presentes, como culpables,
en el espíritu del poeta, quien exclama:

«Cedo a la f u e r z a cuerdo y cedo al día,


la esperanza alargando.»

P o r algún soneto, como el X L I I I , se pensaría q u e los peligros


p a r a los a m a n t e s h u b i e r a n sido varios, con alguna zona bonancible
en medio. E n este bello soneto, los a m a n t e s están juntos; pero el
cielo se p e r t u r b a con u n a n u e v a t e m p e s t a d : *

O t r a vez, Amarili, el proceloso


invierno ensaña el m a r y ciega el día;
o t r a vez, flaca y r o t a n a v e mía,
el cielo e x p e r i m e n t a s envidioso.

E l se o s t e n t a en t u daño poderoso,
¿y u n cielo s a n t o iras t a m a ñ a s cria?
¡Oh, cómo n o t e b a s t a la osadíal:
piloto has m e n e s t e r sabio y n o ocioso.

¿Tememos? No, Amarili, a u n q u e v e a m o s


o e m b e s t i r el b a j e l en los m á s y e r t o s
escoUos o sorberlo y a el abismo.

¿Qué t e m e r é ? Si j u n t o s así estamos,


que u n a ola m i s m a nos sepulte, m u e r t o s ,
o salvos nos d é al t e m p l o u n voto mismo.

Sí, u n a terrible, i n j u s t a f u e r z a , u n a violencia enorme t e n d í a a


separar a los a m a n t e s , y a veces lo lograba. Pero, si se r e p a s a n estas
a b o r r a s c a d a s poesías a A m a r i h s , en las que se ocultan incidencias
cuyo s e n t i d o concreto no podemos descubrir, se v e que en t o d a s late

- 89 -
V t d a y o b r a d e M e d r a n o

u n a esperanza, a u n q u e no sea m á s que la posición filosófica de la


esperanza. E s el sentido de la única e s t r o f a de la ode X X V , dirigida
a Rioja:

Vímosla y a , Leucido, y a la vimos


ser de G u a d a l q u i v i r m a d r e arenosa
esta q u e p u e b l a n hoy, vega hermosa,
ricas p l a n t a s d e fértiles racimos.
Y si (la e d a d , pues, t a n t o es poderosa)
estos pagos de viñas
y estas d e mieses h o y ricas c a m p i ñ a s
a ser volverán río,
¿ q u é no esperar p o d r é en el dolor mio?
T r a i r á m e u n sol, t r a i r á a mi compañía
a Amarilis gozosa,
si y a llorosa m e la robó u n día.

A m o r , violencia, separación, esperanza... P e r o ¿qué sangre, q u é


c a r n e d e deseos llenaba estas f o r m a s generales h u m a n a s ? Precisa-
m e n t e el placer de estas indagaciones consiste en e n t r e v e r u n a m e t a ,
a t r a v é s de la b r u m a , adivinarla, con t i t u b e o , en perfiles c a m b i a n t e s ,
y n o poder tocarla n u n c a .

RESUMEN.

Dudoso y e x t r a ñ o el caso de d o ñ a María de E s q u i v e l ( = A m a -


r a n t a ) , c u y a relación con el poeta no nos a t r e v e r í a m o s a definir;
pasión r e p e n t i n a , y quizá breve, la d e d o ñ a Isabel... g... (cuyo apeUido
alguien nos veló), q u e d a n los dos amores: el de d o ñ a Inés de Quiñones
parece m á s juvenil, m á s espiritual (quizá c u a n d o t a r d í a m e n t e m u r i ó
d o ñ a Inés, aquella pasión era sólo u n recuerdo); algo m á s de los sen-
tidos, pasión m a d u r a , poderosa y t e r r i b l e m e n t e c o n t r a s t a d a , la de
Amarilis, cuyo v e r d a d e r o n o m b r e , quizá p o r i m p o r t a r l e t a n t o , n o
e s t a m p ó Medrano ni a u n en el a u t ó g r a f o . H e m o s procedido a t e n t o s
a los d a t o s que se nos ofrecían. L a proporción de error de n u e s t r a s

— 90 —
vili.'—A mor y -poesía. Otras damas. Amarilis

c o n j e t u r a s p u e d e ser e n o r m e . ¿ Q u i é n e n d e f i n i t i v a , diría en q u é re-


lación o p a r t i c i p a c i ó n e n t r a b a n en estos a m o r e s , inteligencia, senti-
miento, literatura, petrarquismo y neoplatonismo, tradición herre-
r i a n a , s e n s u a l i d a d general y , e n fin, s e x u a l i d a d específica? A m o r
p u e d e ser t o d o eso, y e s t a r f o r m a d o d e t o d o eso. Cada u n o , c a d a lec-
t o r , p u e d e m o d e l a r s e la i m a g e n q u e guste. Y o creo q u e M e d r a n o ,
n a t u r a l e z a f u e r t e m e n t e sensual, p a r t í a del sentido, pero se elevaba
o t e n d í a a elevarse a la m á s l i m p i a e s p i r i t u a l i d a d . E s el significado
de este e x t r a o r d i n a r i o s o n e t o X X I X (que, sin m e n t a r a Amarilis, v a
colocado e n t r e los d e s t i n a d o s a ella): es u n a u n i ó n a m o r o s a , p e r o se
eleva t a n t o q u e h a s t a u s a a l g u n a e x p r e s i ó n m á s p r o p i a de la u n i ó n
mística:

N o sé cómo, ni cuándo," n i q u é cosa


sentí, q u e m e l l e n a b a de d u l z u r a :
sé q u e llegó a m i s b r a z o s la h e r m o s u r a ,
de gozarse conmigo codiciosa.

Sé q u e llegó, si bien con t e m e r o s a


v i s t a , resistí a p e n a s su f i g u r a :
luego p a s m é , como el q u e en noche oscura
p e r d i d o el t i n o , el pie m o v e r no osa.

Siguió u n g r a n gozo a a q u e s t e p a s m o o sueño,


' — n o sé c u á n d o , ni cómo, ni q u é h a sido—
q u e lo sensible t o d o p u s o en c a l m a .

Ignorallo es saber: q u e es b i e n p e q u e ñ o
el q u e p u e d e a b a r c a r solo el sentido,
y éste p u d o c a b e r e n sola el a l m a .

— 91 -
IX

NO HABIA NACIDO PARA JESUITA

Dos MUÑOOS.

T TACE m u c h o t i e m p o que h e m o s olvidado n u e s t r o p u n t o de par-


^ * t i d a . ¿ E s t a m o s h a b l a n d o de un galán de la Corte? ¿De u n des-
ocupado caballero de la m á s fina y sensual Sevilla? H e m o s olvidado
m u c h a s cosas: el niño que pasó la p r i m e r a probación en Sevilla en 1584,
el noviciado d e Montilla, los estudios de Córdoba, el t r a s p l a n t e a Cas-
tilla, los m u r o s graníticos d e la d u r a S a l a m a n c a , el cielo b a j o y gris
sobre el h ú m e d o v e r d o r de M o n t e r r e y , la c h a t a aridez d e la t i e r r a de
Campos... la estricta obediencia, los ejercicios espirituales, la compo-
sición de lugar con sus lagos de azufre, sus altos m u r o s , sus sangrien-
t o s Crucificados... las disciphnas, el a y u n o . El P . Francisco de Me-
drano v a por u n largo corredor, p o r u n largo t r á n s i t o , como él dice,
como ellos dicen: los e s t u d i a n t e s , ¿no v a n en filas corao en los cole-
gios jesuíticos d e hoy? Recelo del placer, vigilancia sierapre alerta,
horror a la sensualidad, a u n a las f o r m a s m á s inocentes de sensuali-
dad, horror a las a m i s t a d e s particulares, p o r las q u e se pierden t a n t a s
almas. Cae un día gris plomizo, de invierno, El P . Francisco de Me-
d r a n o v a p o r u n t r á n s i t o larguísimo. V e n t a n a s altas y rasgadas. L a
v i d a es u n t r á n s i t o larguísimo. L a t a r d e cae. Frío en el cuerpo y en
el alma...

Sí, t o d o lo h a b í a m o s olvidado. V e n í a m o s de otro a m b i e n t e : sol,


luz, paredes encaladas, bellas m u j e r e s , los ojos negros, la negra m e -
lena de A m a r i h s ; placer... Quizá sólo la f o r m a m á s espiritual y la m á s

— 92 —
JX. — No había nacido para j e s u í t a

limpia del placer, pero placer al fin; la luz, el agua, que es u n a delicia
en los m e a n d r o s d e los ríos, si la l a n c h a v a al gusto d e la corriente,
q u e es u n a delicia, f r í a , fría, en el poroso búcaro, y la mesa sencilla,
p a n blanco y f r u t a s , f r u t a s , d e m u c h a s f o r m a s y colores: m á s gozan
los ojos q u e el p a l a d a r . T a m b i é n sabrosa la a m i s t a d , amigos y gui-
tarrillas, se c a n t a n romances, este soneto, aquella o d a de Horacio,
y luego d o ñ a Inés de Quiñones y d o ñ a María d e Esquivel, y d o ñ a
Catalina de Aguilar, y d o ñ a Isabel (con el apellido rasgado) y Amarilis.

A r d e n m e aquellos ojos
negros de la Amarilis...
... y de su negro pelo,
el oro, el fuego...

H a y discreteos, requiebros, algún suspiro. L a s d a m a s son hones-


t a s (yo creo que sí, que son honestas); pero el juego, y u n poquito,
u n p o q u i t o d e peligro, les a g r a d a . ¿ E s t a m o s e n a m o r a d o s ? L a s d a m a s
existen, y el a m o r p u e d e ser q u e si, t a m b i é n q u e sí. O por lo menos
en sonetos y en odas... U n a ausencia del poeta o de la d a m a , o su
m a t r i m o n i o — v a y a usted a s a b e r — con u n indiano, o su sonreír
aquella tarde..., ¿a quién? ¡Ah, qué desgraciados somos, Amarilisl
Y a u m e n t a n los sonetos.
¿ Y no p u d o ser de otro m o d o ? ¿No p u d o ser Amarilis u n g r a n a m o r ,
y horrible la violencia que separa a los a m a n t e s ? ¿Qué sabemos?

ASCÉTICA Y SENTIDOS.

No; e r a n dos mundos: u n m u n d o pálido y ascético; un m u n d o co-


loreado y sensual. Y v a Medrano p o r el t r á n s i t o larguísimo, con frío
en el cuerpo y en el alma; t a m b i é n en el alma. P o r q u e hemos visto,
conocemos, la santa, la s a n a alegría del jesuíta, siempre activo en su
t a j o , a la m a y o r gloria d e Dios, obrero anónimo d e u n a inmensa y
perfecta colmena. P e r o Medrano no pertenecía a eSe m u n d o . No
podía ser.

— 93 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

H a s t a ahora h a b í a m o s considerado, p o r u n a serie de indicios, que,


de los movimientos y alteraciones de la Compañía, en la época de sus
estudios, debía h a b e r q u e d a d o u n f e r m e n t o de i n t r a n q u i h d a d y re-
beldía en el a l m a d e Medrano. P e r o h a b í a m u c h o m á s q u e eso: había
u n t e m p e r a m e n t o opuesto en absoluto a l ascetismo glacial y desamo-
r a d o p r e d o m i n a n t e en la Compañía. No nos i m p o r t a p a r a esto la
f e c h a de los amores, y a f u e r a n con realidad t o t a l en la carne y en el
alma, o sólo medio reales en la v i d a y con completa realidad ú n i c a -
m e n t e en el a r t e . L a fecha es indiferente: p a r a el t e m p e r a m e n t o de
Medrano, n a d a m á s contrario que el espíritu d e la Compañía. No po-
día ser; la equivocación la cometió en 1584 un niño d e catorce años,
quizá e m p u j a d o p o r su m a d r e , o p o r el celo pernicioso de malos di-
rectores espirituales. Lo que ocurrió en 1602 era la única solución
posible. Luego... M e d r a n o p r o b a b l e m e n t e t a m p o c o t e n í a vocación
sacerdotal: pero n a d a nos autoriza a echar sombras sobre su m e m o -
ria. L a v i d a s e n t i m e n t a l , ¿quién la p o d r á reprimir? Vivió con n o m b r e
de virtuoso los años d e sacerdote secular, no lo olvidemos. Lo dice
el P . Figueroa...

Y este pobre Medrano, ¿no t r a t a r í a d e defenderse? ¿No se e n t a b l a -


rían en su interior espantosos c o m b a t e s e n t r e voces que le inclinaran
a la perfección, y tirones q u e le llevaban a lo m u n d a n o ? H a y , e n t r e
su obra impresa, tres sonetos que no d e j a n de ofrecer interés a este
respecto ( X X X I , X X X I I y X X X I I I ) : el primero es uno de los po-
cos de Soria Galvarro q u e se publicaron j u n t o con los d e n u e s t r o
poeta. Soria Galvarro se dirige en él a su amigo M e d r a n o y le pre-
g u n t a cómo p o d r á deshacerse de un a f e c t o de a m o r que le t i r a n i z a .
E n v a n o se h a querido a p a r t a r d e él.

M e d r a n o ¿qué h a r é ? R o m p e r los lazos


n o p u e d e f u e r z a flaca ya y rendida,
ni vencer t a n t o m o n t e de embarazos.

M o s t r a d m e vos, d e a f u e r a , la s a h d a ,
sin r e m i t i r l a a m i vigor ni brazos,
que, si es así, n o la hallaré en mi vida.

— 94
IX. •— No había nacido para j e s u í t a

Medrano le da dos soluciones en dos sonetos: la primera, digamos,


a lo divino; la segunda a lo h u m a n o . P a r a salir d e ese m o n t e de obs-
táculos —dice en el primer soneto—, no h a y m á s sino acudir a Dios:

E n el Dios m u e r t o p a r a darnos v i d a
hallaréis fuego vos, hallaréis brazos
que a b r a s e el m o n t e y libre os den salida.

E n el segundo le aconseja — y es ingenioso consejo— salir a h o m -


bros de su propio desengaño:

E n sus h o m b r o s el n u e v o desengaño,
p o r do estuviere el fuego m á s t e n d i d o
sacaros sin lesión p o d r á y sin daño.

Esto... eran consejos p a r a el amigo. U n a era la solución religiosa;


la o t r a , de filosofía h u m a n a y base estoica. E n Medrano se mezclan,
como no podía por m e n o s en un español del siglo x v i i , t r e s corrientes
de pensamiento y sentimiento; en esa especie de vivificación del a m -
b i e n t e de Horacio, donde vive, en v i d a y obra, Medrano, quizá lo
que a n t e s resalte sea el epicureismo; pero y a en el m i s m o Horacio se
f u n d e n algunos elementos estoicos, y otros le vienen a M e d r a n o p o r
vía de Séneca, Plinio y Boecio, y otros, próximos, le llegan directa-
m e n t e del libro de J o b , de t a l modo, q u e el p e n s a m i e n t o estoico re-
sulta el p r e d o m i n a n t e , con el m a t i z t a n e n t r a ñ a d o en n u e s t r a s letras.

AGONÍA DEL CRISTIANO.

Pero Medrano, b u e n español del siglo x v n , era p r o f u n d a m e n t e


cristiano. Su poesía nos da de eUo pocas m u e s t r a s , pero éstas, se-
guras. E s de n o t a r que lo mismo en la ordenación de P a l e r m o que
en la del m a n u s c r i t o a u t ó g r a f o , el ú l t i m o lugar h a sido reservado a
u n emocionante soneto A Dios nuestro Señor. Aquí, aquí está
quizá la última clave, a q u í r e f l e j a d a su lucha, a q u í p u e s t o en prác-

— 95 —
V i d a y ' o h r a d e M e d r a n o

tica el consejo que él d a b a a su amigo. A Dios clama, y reconoce c u á n


distintos son la v o l u n t a d e x p r e s a d a en la voz que pide, y el tirón b r u -
tal del sentido. Sabe que sin la a y u d a s o b r e n a t u r a l no tiene salva-
ción de su daño, pide gracia p a r a salir de su sima, de su propia obsti-
nación. Nos emociona p r o f u n d a m e n t e esta voz que p o r primera y
única vez nos revela el t o r c e d o r en que se d e b a t e :

¿Cómo esperaré y o que d e m i p e n a


tibias las q u e j a s t o q u e n en t u oído,
si con la lengua libertad t e pido,
y el corazón se goza en la c a d e n a ?

T ú , Señor uno, ves c u á n t o esté a j e n a


la voz q u e t e i m p o r t u n a , del sentido;
y así en b a n d o s i n j u s t o s dividido,
¿ver p l a c a d a t u faz podré, y serena?

T a l es, H a b e r piedad de u n q u e b r a n t a d o
corazón, a u n es o b r a q u e en u n crudo
pecho m o r t a l halló t a l vez cabida.

Mas, t i r a r del infierno a u n obstinado,


m a l g r a d o suyo, en t i , uno, caber p u d o ,
à r b i t r o de la m u e r t e y d e la v i d a .

Sí; Dios le daría su gracia.

- 96 -
EL A G U A Y LA M U E R T E

l ^ u c H O cúmulo, y a de felices coincidencias, y a de amistosas a y u d a s ,


• m e h a puesto eo las m a n o s t a n t o s datos desconocidos, que p u e d o
decir que la vida de Medrano sale hoy a luz p o r primera vez: repásense
los manuales de h t e r a t u r a . Las mismas noticias de Rodríguez Marín,
que empezaron a l e v a n t a r u n a p u n t i t a del velo, casi no se h a b í a n in-
corporado a ú n al t o r r e n t e circulatorio de nuestra historia literaria. Sé
m u y bien que t o d a v í a le q u e d a t a r e a a la investigación. E s t o y seguro
de que los archivos sevillanos, y quizá los jesuíticos y otros, g u a r d a n
a ú n sorpresas. Pero Medrano antes era un vacío o u n a sombra, y h o y
empieza a ser carne y alma, de a m o r y de dolor. E s decir; hombre, un
hombre.
Azares, pues, h a n sido los causantes de que el aprendiz de crítico
se h a y a c o n v e r t i d o en aprendiz de historiador.
Pero el aprendiz de crítico no está satisfecho: yo debería h a b e r
m o s t r a d o cómo ese corazón dehcado y dohente, p a r a expresar su a n -
helo, se refugió en la imitación, y por qué f u é en ella genial; cómo entre
la b a l u m b a de imitadores de Horacio la obra de Medrano se alza
señera, virginalmente nervada, a p a r t e , exquisita; cómo es h u m a n a y
tierna, cómo el poeta remoza y vivifica los t e m a s , metiéndolos en el
p a l p i t a r d e su e n t r a ñ a ; cómo se apoderó de ese misterio f o r m a l - q u e
e t e r n a m e n t e nos satisface y a q u i e t a , esa perenne j u v e n t u d serenadora
a la que llamamos clasicismo. Así en sus odas. Y debería h a b e r m o s t r a d o
cómo en el m u n d o de los sonetos — d o n d e tenemos que hablar provi-
sionalmente p o r q u e el estudio de f u e n t e s puede a v a n z a r a ú n — se nos
revela con u n a voz m á s desgarrada, m á s de carne de dolores y m á s

— 97 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n a

t r a s p a s a d a por las ansias espirituales del pensamiento renacentista;


cómo unos c u a n t o s de sus sonetos t e n d r á n par, pero no superior, en
nuestro Siglo de Oro. Cierto q u e a l g u n a s m u e s t r a s de esos mejores
sonetos se nos h a n ido ligando a los problemas de la vida.
A estas a l t u r a s , oteo el camino recorrido y el que nos f a l t a y com-
p r e n d o que no h a y t i e m p o p a r a t a n t a empresa, Quede p a r a otro lugar,
E n s e ñ a r é , sólo como p o r b r ú j u l a y p a r a r e m a t e , u n a muestrecita
de ese campo. Elijo, ejemplo único, u n a sola oda, u n a oda que me
emociona p r o f u n d a m e n t e . L a elijo p o r q u e en ella, a ú n con la raíz en
Horacio, ya se separa de Horacio, p o r q u e nos m u e s t r a un aspecto
de la sensibilidad del poeta (las delicias del agua), que creo sevilla-
nisimo; y , en fin, p o r q u e de ella —ligándonos otra vez a n u e s t r o t e m a ,
a la v i d a — surge u n escalofrío, como un ala de sombra, como u n a
imagen invertida, t r á g i c a m e n t e i n v e r t i d a y a n t i c i p a d a , del m o m e n t o
c u l m i n a n t e de la cuesta t e r r e n a de Medrano (y de todo hombre): el
de la m u e r t e .

EL BORRADOR D E LA ODE X X X I I L

E n t r e dos folios del m a n u s c r i t o 3888 de la Biblioteca Nacional


ha q u e d a d o e n c u a d e r n a d a u n a t i r a de papel escrita por los dos lados.
iQuién diría que la m a n o a p r e s u r a d a , desordenada, veloz, q u e t r a z ó
estos borrones es la m i s m a que con t a n t o primor, con letra elegante
y clara, copia las propias poesíasl E s t a m o s delante del b o r r a d o r de
u n a oda de Medrano; la casualidad ha hecho que se nos h a y a conser-
v a d o m a n a n t e , casi al ojo de la f u e n t e , la oda m á s bella de n u e s t r o
poeta. Medrano escribe; escribe llevado por el t r a n c e de la inspira-
ción, cruza con enérgicos tachones lo desechado, a d e l a n t a versos,
p o r q u e los v e venir volando allá p o r el fin de la estrofa, y los a n o t a ,
en t r a n c e de f u r o r creativo, de p u r o miedo q u e se le olviden; escribe
al fin de u n verso otras r i m a s posibles; se arrepiente, y t a c h a ; pero,
y a se v u e l v e a arrepentir, y escribe de nuevo la p a l a b r a a n t e s supri-
mida.

iQué emocionante p a r a nosotros, h o m b r e s del siglo X X , este t r o -

- 98 -
X . — E l a g u a y l a m u e r t e

cito de papeíl A n t e s de esa t i r a de e m b o r r o n a d u r a s , había u n p u n t o


hueco negro, en el cielo de la poesía española, con negrura de antes de
la creación, de estólida n a d a . Pero el amor, creador único, se movió
en el corazón de Medrano; u n desasosiego, u n a necesidad de expresión,
se apoderó de él. E l desasosiego crecía a f u r o r genésico. Y cogió la
p l u m a , y el hueco negro se f u é llenando poco a poco de luz. Y v e m o s
bullir la m a t e r i a , a ú n a m o r f a , que t r a t a de ordenar sus átomos. No,
el poeta no sabe t o d a v í a la f o r m a d e aquello que d e n t r o de él entrevé.
Luces se ciernen y se f i j a n en r i t m o . Y comienza con el giro de u n a
canción:

No inquieras cuidadoso
lo que m a q u i n a el t u r c o ni el b r i t a n o
p o r el m a r , belhcoso,
o A l c a f a r , ni t e a f h j a el miedo v a n o
de m á s o m e n o s r e n t a
p a r a pasar a q u e s t a breve vida,
pide t a n poco p a r a estar c o n t e n t a .

P a r e c e que este verso ú l t i m o está, sencillamente, a d e l a n t a d o , su-


gerido p a r a después. Y es claro que la pobreza del p e n ú l t i m o h a des-
placido al p o e t a , que lo ha t a c h a d o i n m e d i a t a m e n t e . Y ahora nos d a -
mos cuenta de que la inspiración está c u a j a n d o o t r a vez según un
lugar conocido de Horacio (II, 11);

Quid belhcosus C a n t a b e r e t Scythes


H i r p i n e Quincti, cogitet H a d r i a
diuisus obiecto, r e m i t t a s
quaerere nec trepides in u s u m

poscentis aeui p a u c a .

Medrano siente necesidad de seguir. No se p r e o c u p a ahora de lo


i n f o r m e que h a q u e d a d o la p r i m e r a estrofa. Y sigue por la q u e luego
será estrofa c u a r t a :

99
V t d a y o b f a d e M e d r a n a

dejemos b i e n p r u d e n t e s
o mi dulce mecenas, o mi amparo...

y p o r la q u e será q u i n t a :

t u assí como rogando


lo m a n d a s mas, 6, fuerza oculta tienen.

Ahora que y a h a d e j a d o f i j a s las c o y u n t u r a s esenciales de su oda,


v a a corregir. L a estrofa, i n f o r m e a ú n antes, v a adquiriendo y a sus
perfiles, y u n juego de endecasílabos y heptasílabos igual al que t e n d r á
en su f o r m a definitiva: llega, p o r decirlo así, a su molde exacto en
la tercera copia; pero en este c a m i n o ¡cuántos borrones, c u á n t a vaci-
lación, c u á n t o s a r r e p e n t i m i e n t o s ! P o c a s veces tenemos la f o r t u n a de
poseer u n testimonio t a n e m o c i o n a n t e d e lo que es la lucha de la ins-
piración contra la virginidad rebelde d e la p a l a b r a .

LA ODE X X X I I I .

Así nació la que en la ordenación de P a l e r m o es la ode X X X I I I ,


«Respuesta a otra... en que se le convidaba a u n a casa de recreación
sobre el río». Sus t r e s primeras estrofas son, de nuevo, imitación de
Horacio: el p o e t a se m u e v e con libertad; i m i t a con m e n o s vinculación
al modelo; h a y como u n a m a d u r e z , como u n a seguridad que y a no
le exige seguir los giros del dechado, y, sin embargo, permanece fi-
delísimo al sentido. N i ha e x p e r i m e n t a d o t a m p o c o la necesidad de
reproducir en lo posible las dimensiones d e la estrofa latina: la que
ahora emplea Medrano es amplia, de diez versos; pero n o t e m o s que
le refrena t o d a p o m p a , t o d o estruendo final el hecho de que el úl-
timo verso t e n g a su p a r e j a , su r i m a , n a d a menos que cinco líneas antes:

No inquieras cuidadoso
lo q u e m a q u i n a el t u r c o y el b r i t a n o ,
dueño de n u e s t r o s m a r e s afrentoso,
o h Flavio, n i t e alcance el miedo v a n o

— 100 —
X . — E l a g u a y l a m u e r t e

de si podrá cualquiera larga r e n t a


servir al uso b r e v e de la vida;
que del p r o f a n o ecceso
a g r a n d e z a m o d e s t a reducida
con t u p r o f u n d o seso,
pequeño censo hacer podrá c o n t e n t a .

A t r á s h u y e ligera
la alegre j u v e n t u d (iquién la alcanzara!
¡mas, oh, a n t e s de irse, asirla quién pudiera!)
y la tez n u e v a y fresca de la cara.
L a vejez llega, siempre intempestiva,
y aquellos pierde, aquellos orgullosos
amores, con el ceño
grave; y de los sentidos deseosos
desvía el fácil sueño
sabroso, ¡oh c u á n t o ya!, a la edad lasciva.

Si los ojos al suelo


próvidos, inclinamos, ¡cómo h e r m o s a
c u a n d o se ríe con la luz del cielo
sus h o j a s a b r e al n u e v o sol la rosa!
(¿Y t ú , ingrato, de envidia la marchitas?)
Al cielo si volvemos, en la l u n a
no un semblante hallamos. ,
¿Por qué, pues, con prudencia así i m p o r t u n a
el ánimo cansamos
m e n o r que p a r a t r a z a s infinitas?

• E n la oda l a t i n a a Quinctio Hirpino, Horacio excita a su amigo


a reposar con él en u n a s o m b r a amena, bebiendo m i e n t r a s alguien
v a a buscar a Lide, deuium scorium, p a r a que acuda con su ü r a . De
t o d o esto h a n quedado huellas en la continuación de Medrano. Sí,
h a n q u e d a d o huellas, pero, por u n a vez, lo q u e v a a a ñ a d i r el p o e t a ,
lo que v a a sacar de su f a n t a s í a , v a a exceder a lo reproducido.

— lOI —
V i d a y. o b r a d e M e d r a n a

H e m o s m o s t r a d o siempre, d e paso, cómo la imitación, y a u n la m á s


próxima, no excluye en Medrano la inspiración y la emoción; y esto,
el ser u n p o e t a auténtico y emocionado a u n a t r a v é s de la imitación,
es uno de los dos rasgos q u e m á s n e t a m e n t e le s e p a r a n y le colocan
p o r encima de t o d a la t u r b a de i m i t a d o r e s de Horacio. Pero a ú n así,
la f o r m a del dechado no se r o m p e . A d a p t a , a d a p t a el modelo a su
v i d a y su v i d a al modelo, pero en esta a d a p t a c i ó n , algo de la ú l t i m a
individualización se pierde. E s c a s a s veces le sentimos m á s próximo,
m á s p a l p i t a n t e a ú n , m á s don Francisco d e Medrano, sevillano de los
mismos principios del siglo X V I I , con sus gustos selectos, su Mirar-
bueno, sus amigos. A l g u n a vez se trasluce su gusto del paisaje. H e m o s
leído con escalofrío estos versos:

Ver cómo f l u y e e t e r n a m e n t e u n río,


cómo el c a m p o se t i e n d e en las l l a n u r a s
y en los m o n t e s se a ñ u d a y se reduce,

g r a n d e z a es siempre n u e v a y g r a t a , Arglo....

E n la ladera de Mirarbueno, m i r a n d o hacia el E s t e , se vería la ancha


vega del Guadalquivir y el m a j e s t u o s o rio indiferente que fluye hacia
la eternidad... Y h e m o s visto al p o e t a , en el v e r a n o agobiante d e
Sevilla, en la delicia de la sombra, con la delicia de la a m i s t a d , quizá
ligeramente picado p o r el a m o r :

Nosotros si a y e r algo conferimos


con amigos, si el t i e m p o nos provoca
con calores terribles,
h o n e s t a m e n t e ociosos, escrebimos
fáciles mesas, s o m b r a s apacibles,
y t a l vez si nos t o c a
h u m a n o ardor, n o t o r p e s ni insensibles.

— 102 —'
X . •— E l a g u a y l a m u e r t e

D E L I C I A D E L A G U A , EN DON F R A N C I S C O DE C A L A T A Y U D .

¡Ali! Dios es i n f i n i t a m e n t e sabio, y nos da el gozo por vías indirec-


t a s . E l calor es u n a delicia, por el calor existe el placer de las som-
b r a s frescas, de los ríos lentísimos, d e la nieve, del agua, d e la marea,
ese viento que se l e v a n t a de t a r d e , en tierras de Sevilla... Los poetas
de Sevilla h a n c a n t a d o esos goces. D o n Francisco d e C a l a t a y u d (pro-
b a b l e m e n t e t r a s el ejemplo de Medrano) h a escrito u n a Silva al Estío,
deliciosa (salvo alguna caída), dedicada precisamente a Leucido; es
decir, a don Francisco de R i o j a . E s la a u t é n t i c a bacanal andaluza: la
b a c a n a l del agua. ¡Quién lo diría, en la tierra de la manzaniUal:

Sed la estación ardiente


a todos los vivientes h a traído:
b e b a m o s , pues, Leucido, alegremente;
b e b a m o s y olvidemos
congojosos cuidados;
y en t a n t o , recostados
en el cuero que el m o r o a E s p a ñ a envía,
el dulce aligeremos
con que sepa m e j o r el a g u a fría;
y a aquella a p e n a s luz que nos visita,
temerosa y m a r c h i t a ,
impídele la e n t r a d a :
no h a y a del enemigo en casa n a d a .
[Qué bien el m e t a l suenal
No el impedido plomo v o m i t a n d o
del fuego artificioso sacudido,
sino con m a n s o ruido
la nieve regalando,
y el licor p u r o que en su seno encierra
en nieve convirtiendo.
¡Oh a g r a d a b l e elementol
¡Oh m á s dulce instrumento!...
B e b a m o s , pues, bebamos:
venga el luciente vidrio cristalino

— 103 —
V i d a y. o b r a d e M e d r a n a

que la p u r a y b r u ñ i d a p l a t a a f r e n t a ,
no el oloroso vino,
sino el licor que en faz serena y leda
llega a nacer copioso al a l a m e d a ;
o en yelo convertido
llene el vaso de p ú r p u r a b a ñ a d o ,
de donde b l a n d a m e n t e derribado
recree n u e s t r o espíritu encendido...

DELICIAS DEL AGUA, EN J O R G E GUILLÉN.

H a n p a s a d o m á s de trescientos años, y u n p o e t a de Valladolid


está en Sevilla. T r a e a ú n en los ojos las m a s a s d e v e r d o r de Saint Cloud,
rasgadas c u r v a m e n t e por el Sena. Tiene u n a h u m a n a inclinación a la
maravilla y a la dehcia. Y p a r a él, c a n t a r , es c a n t a r lo que es: la de-
hcia. Su gusto es el a g u a , el a g u a d e los ríos. B a j á i s por u n a ladera,
entre árboles, con un ansia, con un estremecimiento, p o r q u e sabéis,
adivináis, que al final de ella está u n río:

P a s a cerca, le adivino.
Con él c a n t a n , y en follajes
a u n m á s sonoros—¡no b a j e s
de prisal— pero sin trino,
los p á j a r o s . E s más fino
su gorjeo infuso en m a s a
vegetal...'¿Quién a c o m p a s a
la dicha?... Desciende el m o n t e
m u y despacio. Ven. D i s p o n t e
ya a lo m e j o r . |Cerca pasa!.

O t r a s veces, la delicia del río v a seguida, a t r a v é s de las f r o n d a s


de u n a p r i m a v e r a delgada, b o g a n d o con él:

Cuando el espacio sin perfil r e s u m e


con u n a n u b e
su v a s t a indecisión a la deriva...
¿ d ó n d e la orilla?

— 104 —'
X . — E l a g u a y l a m u e r t e

Mientras el río con el r u m b o en curva


se p e r p e t ú a
b u s c a n d o sesgo a sesgo, d i b u j a n t e ,
su desenlace,
m i e n t r a s el a g u a d u r a m e n t e v e r d e
niega sus peces
b a j o el p r o f u n d o equívoco reflejo
de un aire trémulo...
Cuando conduce la m a ñ a n a , lentas,
sus a l a m e d a s
gracias a las estelas v i b r a d o r a s
e n t r e las f r o n d a s ,
a f a v o r del a v a n c e sinuoso
que p o n e en coro
la ondulación suavísima del cielo
sobre su v i e n t o
con el curso t a n ágil de las p o m p a s ,
q u e a g u d a s bogan...
[Primavera delgada e n t r e los remos
de los barquerosl.

E s t e poeta, que siente u n placer casi a n i m a l p o r los ríos demorados,


cursados de f r o n d a s , v i v e algún t i e m p o en Sevilla. E s catedrático,
enseña l i t e r a t u r a en la Universidad (siembra f e c u n d a que la historia
literaria recogerá en su día). ¿Y cuál es la delicia que surge en Se-
villa?: j u n t o al calor, el agua;

¡Desamparo tórridol
L a acera d e s o m b r a
p a l p i t a con toros
ocultos. Y t o p a n .
»
U n sol sin aleros,
m a s a d e la t a r d e ,
convierte en silencio
de u n f u r o r el aire.

— 105 —
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

[De prisa, que e n f r e n t e


la v e r j a f r a n q u e a
su reserva! Huele,
huele a madreselva.

P e n u m b r a de olvido
g u a r d a n las persianas.
Sueño con un frío
que es a m o r , que es a g u a .

|Ah! R e v e l a d o r a ,
el a g u a de u n éxtasis
a mi sed arroja
la eternidad. —¡Bebe!.

EL CALOR Y EL A G U A , EN MEDRANO.

H a y , pues, u n a coincidencia en poesía sevillana—Medrano, F r a n -


cisco de C a l a t a y u d , J o r g e Guillén—: delicia de las frías sombras, de
los ríos en sesgo, del agua. No h a sido n u e s t r a v u e l t a inútil, p o r q u e
v a m o s a e n t e n d e r m e j o r las estrofas siguientes d e la oda de Medrano
a J u a n Antonio del Alcázar, que son, precisamente, la cima de t o d a
la poesía de n u e s t r o p o e t a , lo m á s delicado, personal, lo que p a r a
n u e s t r a sensibihdad resulta m á s moderno, de todo lo que escribió,
Su amigo, el a c a u d a l a d o J u a n Antonio del Alcázar, le ha invitado a
su q u i n t a j u n t o al río. Quizá Medrano —como J o r g e Guillén— ha
soñado en «perseguir azules» en la q u i n t a de unos amigos, que será
como s u y a propia:

... p a r a perseguir
a m u c h o s azules
posibles a veces • '
dentro de una quinta
de amigos, m u y cerca
— ( t a m b i é n será mía!—.

— lo6 •—
X . — E l a g u a y l a m u e r t e

Sí, Medrano se decide a ir a la finca de su amigo. Y he a q u í las tres


estrofas, que se pueden leer seguidas, pues no h a y n a d a en ellas que
p u e d a producir e x t r a ñ e z a , salvo el bosar, que es u n a f o r m a con el
mismo sentido que rebosar. (¡ Bose el búcaro! — «¡rebose el búcaro 1»).

Dejemos, bienprudentes,
oh mi dulce Mecenas, oh m i a m p a r o ,
penas que nos oprimen insolentes;
y allí, a la oriUa, ahí, del Betis claro
(casas a ti, g r a n dueño suyo, estrechas;
a la pequeñez n u e s t r a g r a n palacio)
v i v a m o s desceñidos,
descuidados v i v a m o s y de espacio,
del río entretenidos,
pocas fáciles horas y derechas.

T ú asi como rogando


lo m a n d a s ; m a s oculta fuerza t i e n e
f u e r z a de ley, aquel t u imperio blando.
¿Podrélo resistir? ¿ B a r q u e r o viene,
t o l d a d o el b a r c o y fresco? Mueve, m u e v e
los remos a compás, y apriesa, lenta-
m e n t e , v a m o s do, a r m a d a -
de paz, y a espera, fácil, y a , c o n t e n t a ,
la mesa, coronada
de flores, y de f r u t a s , y d e nieve,

y de a m i s t a d sabrosa,
sazón de todo. ¿ Y J u h o t u v o en precio
de un b r e v e cetro la ambición medrosa?
¿Y era v a r ó n ? [Oh deslumbradol ¡Oh neciol
Suena la lira, Anfriso; y t ú , Nerea,
d a m e agua, bose el búcaro, bebamos,
por los pechos se vierta:
t o d o es salud. ¡Oh, así vivir podamosi
L a v e n t a n a esté a b i e r t a ,
p o r si bullere u n soplo de m a r e a .

•— 107 •—
V i d a y o b r a d e M e d r a n o

Esos versos de la navegación, en sesgos, por el río, son al siglo X V I I


lo que la Primavera delgada de J o r g e Guillén ál X X . Nótese cómo
el poeta (usando lo que y a a n t e s F r a y Luis y otros) ha dividido el
adverbio en mente. P e r o F r a y Luis lo hacía p o r q u e la p a l a b r a no le
cabla en el verso: en M e d r a n o es e x t r a o r d i n a r í a m e n t e expresivo de
la sinuosidad y la l e n t i t u d de la navegación:

... ¿ B a r q u e r o viene
t o l d a d o el barco y fresco? Mueve, m u e v e
y
los remos a compás, y apriesa, lenta-
m e n t e , v a m o s do, a r m a d a
d e paz, y a espera fácil, ya c o n t e n t a
la mesa, c o r o n a d a
d e flores, y de f r u t a s , y de nieve,

y de a m i s t a d sabrosa,
sazón de todo...

El t e m a se enlaza p e r f e c t a m e n t e con el d e la oda a Arguijo:

escribimos
fáciles sombras, mesas apacibles...

Y notemos que siempre (Arguijo, Alcázar) está p o r medio la a m i s t a d :

... y de a m i s t a d sabrosa,
sazón de todo...

Y luego la b a c a n a l del a g u a , en la que h a y u n a huella de la oda a


Quinctio Hirpino, de Horacio: pero allí se t r a t a de vino, de vino,
todo lo m á s m o d e r a d o con el a g u a del cercano arroyo (praetereunte
lympha) :

Suena la lira, Anfriso; y t ú , N e r e a ,


d a m e agua, bose el búcaro, bebamos,
por los pechos se vierta:
todo es salud, ¡Oh, así vivir podamosi

— io8 —
X . — E l a g u a y l a m u e r t e

Los dos versos finales, son uno de los mayores aciertos (acierto
q u e v a hacia n u e s t r a sensibilidad, que resulta «de hoy») d e la poesía
española del siglo X V I I :

L a v e n t a n a esté abierta
por si bullere u n soplo de m a r e a .

(Interior, i n t i m i d a d diaria, delicia, delicadeza.)

EL AGUA Y LA MUERTE.

E s m u y probable que esta, oda fuera de lo ú l t i m o que escribió


Medrano; la m i s m a coincidencia de que se conserve (entre papeles
salvados p o r u n amigo del círculo de R i o j a ) el primer borrador, y
que luego las otras copias — de las que n o h e h a b l a d o a q u í — presenten
t o d a v í a m u c h a s variantes, sugieren q u e la oda estaba a ú n , o a c a b a b a
de estar m u y b a j o la lima, c u a n d o ocurrió la m u e r t e del p o e t a . No
tengo p r u e b a ninguna; pero no sé por qué se m e imagina q u e estos
calores de que en ella se habla, son ios de 1606; es decir, del último
v e r a n o que había de p a s a r sobre la tierra. Dios mío, si es así, si estaba
en este crecimiento prodigioso, en la m a d u r e z que esta i m p r e g n a n t e
oda revela, h a y que p r o c l a m a r que quizá aquel mozo q u e perdimos
hubiera sido, de vivir, uno de los mayores poetas de todo el siglo X V I I .

Y volvemos a releer sus versos:

Suene la lira, Anfriso; y t ú , Nerea,


d a m e agua, bose el búcaro, bebamos,
por los pechos se vierta;
t o d o es salud. ¡Oh, así vivir podamosl

Y se nos hiela la sangre. ¿ H e m o s olvidado quizá la historia? «El día


siguiente se h a l l a v a n en su aposento algunos amigos y él con ellos
en b u e n a conversación, t a n alegre, que cantó u n r o m a n c e s e n t a d o en
la cama, y luego pidió u n jarro de a g u a p a r a beber, diziendo que se
sentía bueno. Trugéronselo, bebió y luego dixo q u e le parecía perder

— 109 —
V i d a y o. h f a d e M e d r a n o

la v i s t a de los ojos, acostó la cabera sobre la a l m o h a d a y con u n ron-


quido, sin otra p a l a b r a ni obra, despidió su alma.» ¿ E s quizá ese
conocido fenómeno de súbita reiteración vital? L a a m i s t a d , el búcaro,
la música... El final de la ode X X X I I I y la narración de la m u e r t e de
Medrano p o r el P . P e r a l t a se superponen de u n a m a n e r a escalofriante.,.
E s como si p o r descuido h u b i é r a m o s obtenido dos i n s t a n t á n e a s en
m o m e n t o s m u y diferentes sobre u n a sola placa, y al ir a revelarla,
viéramos, con asombro, que las dos coincidían, h a s t a confundirse,
que coincidían en sentido y en pormenor. L a a m i s t a d , la música, la
delicia del a g u a t e r m i n a n lo m i s m o la m e j o r oda del p o e t a q u e la
vida m i s m a de Medrano. El poeta exclama:

D a m e agua, bose el búcaro, bebamos,


por los pechos se vierta:
todo es salud. ¡Oh, así vivir podamosi

Y el P . P e r a l t a nos dice: «... luego pidió un jarro de a g u a p a r a


beber, diziendo q u e se sentía bueno; trugéronselo, bebió, luego dixo
que le parecía perder la vista...»
«... Diziendo que se sentía bueno...», a f i r m a el P . P e r a l t a . «¡Todo
es .saludl», p r o r r u m p e el poeta.
P e r o no, no era eso. E r a la m u e r t e .

No soy supersticioso. Pero creo que h a y t o d a v í a muchos efluvios


vitales que la ciencia ignora, ( P a r a no salir de n u e s t r a experiencia
diaria; de este género son la simpatía y la a n t i p a t í a . ) Y h a y seres
especiales q u e los emiten con m a y o r intensidad. Al poeta viejo, el
vivir le h a roto su fanal, Pero el a u t é n t i c o poeta joven v a p o r la vida
como dormido, entresoñando, en t r a n c e , y emite u n a a t m ó s f e r a car-
g a d a de esencias misteriosas a su alrededor. E s Garcilaso quien c a n t a :

Muerte
será mi postrimero beneficio,
y ésa no permitió mi d u r a suerte
que m e sobreviniese peleando,
d e hierro t r a s p a s a d o a g u d o y f u e r t e . . .

•— l i o —
X . — E l a g u a y l a m u e r t e

Y en F r e j u s u n a vil piedra le derriba de la escala... ¿Qué e m a n a -


ciones salen de la sensibilidad del p o e t a , que adivinan o a d e l a n t a n
situaciones? ¿O es que nosotros, movidos por su arte, cargamos de
sentido lo que, si no, no lo t e n d r í a ? Sólo sé que siempre me recorre
un estremecimiento al recordar las p a l a b r a s de u n g r a n poeta a n -
daluz, t a n querido,

m i corazón reposa j u n t o a la f u e n t e fría,

y pensar que sí, que h o y su corazón reposa, anónimo, j u n t o a u n a


F u e n t e Grande... ¡Pero si t o d o s los días lo estamos viendol E l año
p a s a d o m u e r e B a r t o l o m é Lloréns, la j u v e n t u d quizá m á s t r a s p a s a d a
de v i d a y espíritu, que h e t e n i d o estos t i e m p o s a mi lado. El p o e t a
m u e r e en su C a t a r r o j a en la p r i m a v e r a ú l t i m a . V a n a cerrar la caja,
c u a n d o llega el correo; un libro. E l libro está dedicado al pobre Lio-:
réns, en lo impreso. ¿Cómo se llama? Primavera de la muerte. Pero
¿no nos h a sacudido a t o d o s los amigos de la poesía, con sacudimiento
particular, la m u e r t e recientísima de J o s é Luis Hidalgo? B a s t a b a su
h o m b r í a de bien, b a s t a b a su juvenil genialidad, m á s y a que promesa
de poeta grande. Todos lo sabéis: se veía morir al poeta por m o m e n t o s .
Los amigos a c u d í a n a la i m p r e n t a : ¡que salga el libro antesl L a carrera
se pierde p o r horas: c u a n d o el libro a p a r e c e el poeta h a m u e r t o y a .
El libro se llama Los Muertos, y es u n a p r o f u n d a , u n a alucinante
exploración en el misterio. José Luis Hidalgo palpita m á s que nunca
en su h b r o ; entiéndase bien; palpita m u e r t o . A estos poetas los he
querido y conocido a todos. Pero t a m p o c o p u e d o leer sin h o n d a emo-
ción los versos de este otro poeta del siglo X V I I , a quien los t i e m -
pos m e impidieron conocer, pero a quien t a n t o quiero:

Bebamos:
por los pechos se vierta.

Sí, bebía la m u e r t e . L a m u e r t e , como u n a s u p r e m a inocencia, ilu-


m i n a d a de frío, encendida de frío..-. ¿Y no será. Dios mío, la m u e r t e ,
tu afíua?

III
fV/. .'v ^ -

y, '.
-

¡»HLli-îii'A'iï'-- , V ••

. • . . .

* , V .
" ' l

•• -

" 1 • i; V*
M i

"K^l i
%
A
[J '.y- . • '/ , '
• ' «i y'
ï>f • "T M',
. -f ••

• '.1 - .• ' •
g.-;. • f, '

fV.-.r.

- • -

• /

•.y---/
. -H'-,'"-.

V •'
t.'.V.»-

>

l i B g W ' - - i l -
D I S C U R S O
DEL

EXCMO. SR. DON EMILIO GARClA GÓMEZ


^^^ ff yffi •"ífíf;

' v."! •* .

'Ai'-

I
J
•si't
-i
.SS'

üSí-
'-''•i'.

; A'/v •
. . . • ¡-' .-tv

- • .y, ' i'^ -

CSy (. ^

j'

"»•-.•i..

'I

• L . V . 'l-l A /. I
Señores Académicos:

Q UISIERA a d e l a n t a r m e a v u e s t r a explicable e x t r a ñ e z a de que, por


designación del señor Director, sea yo, el postrero de todos
vosotros en edad y en m é r i t o s y uno d e los últimos en a n t i g ü e d a d ,
quien lleve la voz de la Academia en esta J u n t a . Alguna razón h a b r á
p a r a ello.
S u s t i t u y e el nuevo académico a mi inolvidable m a e s t r o Asín, cuya
enorme figura científica y h u m a n a ha evocado con calor al comien-
zo de su discurso. Yo, q u e inmerecidamente h e tenido q u e reempla-
zarle en t a n t o s otros puestos, m e regocijo p ú b h c a m e n t e de q u e en el
sillón académico sea D á m a s o Alonso legítimo sucesor suyo, y veré
con emoción el vuelo simbólico de la misma medaUa, la p r i m e r a que
t u v e en las manos, del uno al otro noble pecho. Además, D á m a s o
Alonso ha sucedido en la Universidad a don R a m ó n Menéndez Pidal,
también maestro común y Director de esta Casa, que, p o r for-
t u n a , vive en cabal actividad, y sea por muchísimos años. ¡Quién
nos lo iba a decir, Dámaso! Pero la v i d a a v a n z a inexorable y
con nosotros u n a nueva generación universitaria irrumpe en la
Academia, e t e r n a e impasible. N u e s t r a t r e m e n d a situación de he-
rederos nos obliga a mucho. Intentemos, al menos, prolongar el
e s f u e r z o — a u n q u e y o sé que flojeará m u c h o por mi lado—, y , sobre
todo, procuremos, que esto sí será fácil, proseguir la a m i s t a d de
nuestros maestros.

— 115 —
D i s c u r s o del S r . G a r c i a Gómez

Y toco asi la m á s p r o f u n d a raíz de que sea yo el llamado p a r a


h a b l a r en estos instantes. D á m a s o Alonso es t a n huidizo, t a n ene-
migo de la p o m p a externa, que seguramente la Academia, que con
t a n t o empeño h a procurado atraerlo y q u e con cariñosos tirones de
impaciencia algo h a colaborado en su discurso d e recepción, n o h a
querido espantarlo en el m o m e n t o supremo, y h a decidido q u e a la
voz de la m a g i s t r a l a u t o r i d a d , que h u b i e r a sido la de cualquiera otro
d e sus m i e m b r o s , s u s t i t u y a — h u m i l d e , pero t a l vez eficaz—la mía,
que es simplemente la voz de la a m i s t a d e n t r a ñ a b l e .

El convencionahsmo del protocolo académico, que, n a t u r a l m e n t e


tiene razones m u y p r o f u n d a s y que yo respeto en absoluto, m e obliga
a h a b l a r de D á m a s o Alonso, d e l a n t e de él, que debe conocerse a fondo,
y delante de vosotros, que le conocéis m e j or q u e yo, como si ni vosotros
ni él supierais que tal persona habia existido en el m u n d o . R e s p e t a d
t a m b i é n vosotros esa convención protocolaria y fingid p o r unos m o -
m e n t o s u n a ignorancia virginal, p a r a no a z o r a r m e m á s t o d a v í a . Yo
os diré entonces, lo m á s b r e v e m e n t e que p u e d a , cómo veo a nuestro
n u e v o compañero.
D á m a s o Alonso, nacido en Madrid el año 1898, d e u n a f a m ü i a
v i n c u l a d a p o r la r a m a p a t e r n a y p o r el abuelo m a t e r n o a la región
del E o (entre Gahfcia y Asturias), estudió el bachillerato con los jesuí-
t a s de C h a m a r t í n de la Rosa, y se dedicó luego a las M a t e m á t i c a s ,
estudios q u e t u v o que i n t e r r u m p i r p o r e n f e r m e d a d , y c a m b i a r luego
por los de Derecho y L e t r a s . No sé qué sedimento h a y a d e j a d o en
él la Licenciatura en Leyes, que hizo en dos años. E n c u a n t o a sus
conocimientos m a t e m á t i c o s se aliaron bien, como siempre, con los
literarios, al servicio de la vocación f u n d a m e n t a l del m u c h a c h o , que
era la de p o e t a .

Tres son, h a s t a ahora, los Ubros en verso de D á m a s o Alonso. E l


primero, que p u b h c ó en 1921, a los veintitrés años, se t i t u l a Poemas
puros.. Poemillas de la ciudad. Los otros dos, aparecidos en 1944,
son Oscura noticia e Hijos de la Ira. Si el primero y el último fueron
compuestos en poco t i e m p o y con a b s o l u t a u n i d a d t e m á t i c a . Oscura
noticia es el eslabón q u e los u n e y el resumen y la selección de u n a

— Il6 —
D i s c u r s o del. S r . G a r c í a Gómez

a c t i v i d a d creadora n u n c a i n t e r r u m p i d a y que se a s o m a b a con frecuen-


cia a las revistas poéticas m á s caracterizadas. E n ellas aparecían asi-
mismo de c u a n d o en c u a n d o finísimas narraciones en prosa, que, j u n t o
con t r a d u c c i o n e s t a n perfectas como la d e El artista adolescente, de
J a m e s J o y c e , eran p a r a el f u t u r o g r a n filólogo experimentos de labo-
ratorio sobre t o d a s las m á s e s t u p e n d a s novedades y los m á s audaces
fenómenos literarios de n u e s t r o t u r b a d o tiempo.
L a poesia d e D á m a s o Alonso es un compacto y hondísimo canto
en el que se t r e n z a n las sencilla t e r n u r a , la pasión por la n a t u r a l e z a
y la a m a r g u r a radical del vivir h u m a n o . Primero son aquellas canción-
cillas, p u r a s , claras, tersas, en que el p o e t a — v e n g o u s a n d o sus mis-
m a s palabras—^vierte su t e r n u r a «igual que en u n a copa de cristal diá-
fano». Luego, t r a s de dormir en lo oscuro m u c h a s horas, c a n t a el
viento y el verso, «los dos seres m á s puros del m u n d o d e la m a t e r i a
y del m u n d o del espíritu». Y u n b u e n día le llega la <Jóbrega noticia»
de la belleza y del amor divinos: huida de ciervas y corzos en el boque,
el terror p o r los que v a n a nacer, el llanto p o r los que y a se fueron, el
a m o r como principio de la m u e r t e , la oración p o r la belleza efímera,
la destrucción u n a s veces <dnminente» y otras «aplazada». Y a ese
Dios que se le h a revelado se dirige luego en Hijos de la ira, con el
fervor de u n salmista moderno, en p a l a b r a s libres de la s e r v i d u m b r e
d e la rima, pero f u n d i d a s en u n a t u r q u e s a purísima y límpidas como
el d i a m a n t e , p a r a e n t o n a r cantos de desesperada esperanza o p a r a
t e j e r f a n t a s í a s de inimaginable dulzura.

L a labor que en este t e r r e n o h a hecho D á m a s o Alonso—varia y


u n a , escrita con la m á x i m a libertad creadora y al m i s m o t i e m p o con
el f r e n o de un e x p e r t o filólogo—ocupa u n señalado lugar en la m a r a -
villosa generación poética del 1920 y — c o m o h a dicho J o r g e Guillén—
c o n s t i t u y e uno de los m a y o r e s enriquecimientos de la poesía española
d u r a n t e estos últimos años d e postguerra civil. Nos deja, por ahora—en
esperanza de n u e v o s aciertos—, u n pequeño universo t r a n s i d o de
sentir auténticOi unos c u a n t o s sonetos difícilmente mejorables y u n a s
narraciones poéticas—citemos sólo e x p r e s a m e n t e la t i t u l a d a Mujer
con alcuza—de u n a intensidad expresiva y emocional m u y pocas veces
alcanzada en n u e s t r a s letras m o d e r n a s .

— 117 —
D i s c u r s o del Sr. G a r c i a Gómez

Quien no conociera d e D á m a s o Alonso o t r a cosa que sus versos


podría, tal vez, pensar q u e el p o e t a n o se h a movido de su casita d e
Chamartín; «este C h a m a r t í n — d i c e él—, no de la Rosa, sí del cardo
corredor, de la l a t a v i e j a y del perro muerto». Allí, en efecto, ha
podido sentir la caricia del árbol, y t r a t a r al can «Pizca», y sentirse
asistido d e su m u j e r y de su m a d r e , y sufrir en la noche de agosto
— a b i e r t a la v e n t a n a y encendida la l á m p a r a de t r a b a j o en el d e s p a c h o
lleno de libros—la t u r b a d o r a invasión d e «los insectos^ L a alusión a
los bosques o a otros paisajes no madrileños podría venirle de su san-
gre gallega o de algunos viajes de vacaciones. P e r o m u c h o erraría
quien así p e n s a r a .

A u n q u e sólo en el p o e m a «La Isla» e n c o n t r a m o s alusión a u n a e x -


t r a ñ a travesía t r a n s a t l á n t i c a , D á m a s o Alonso es u n o de n u e s t r o s h o m -
bres de letras que m á s h a n v i a j a d o . H a s t a 1933 no ganó u n a c á t e d r a
española d e L i t e r a t u r a , que f u é la d e Valencia, de la q u e en 1940,
a p a r t e un curso explicado en Barcelona, pasó a la de Filología R o m á -
nica de Madrid. ¿Por qué t a n r e l a t i v a m e n t e tardía colocación, en
u n país, como el nuestro, de profesores precoces, y en persona de t a n -
t o s méritos? Pues, sencillamente, p o r q u e desde 1921 h a s t a 1933 nues-
t r o n u e v o compañero a p e n a s había p o s a d o en E s p a ñ a . H a sido lec-
t o r o profesor de español en las Universidades de Berlín, Cambridge,
Stanford, Oxford, Leipzig y en la de Columbia de N u e v a Y o r k . E n
esta m i s m a ciudad h a sido Visiting Professor d e la Universidad F e m e -
nina H i m t e r College. H a recorrido, además, b u e n a p a r t e del E s t e d e
los E s t a d o s Unidos, como Official Lecturer del Institute of Interna-
tional Education. H a dado otras conferencias en M a r b u r g o , Berlín,
la Sorbona, Bruselas, Lisboa y Coimbra. H a v i a j a d o por Suiza e Italia
del Norte. Y su t r a t o con e x t r a n j e r o s no se i n t e r r u m p í a d u r a n t e las
cortas vacaciones españolas. Desde 1921, salvo u n año que no se
movió de América, h a s t a el m i s m o de 1936 h a p a r t i c i p a d o , primero
como colaborador y luego como director, en t o d o s los Cursos de v e r a n o
p a r a e x t r a n j e r o s del Centro de E s t u d i o s Históricos, y a veces en los
de otoño y p r i m a v e r a .

D á m a s o Alonso—que, por lo m e n o s en poesía, es m u y aficionado a


denostarse a sí mismo—se ha caricaturizado con i n j u s t a gracia como

— ii8 —
D i s c u r s o . , del S r . G a r c í a Gómez

... ese tristísimo pedagogo, más o menos ilustre...


subido en ana tarima en la mañana de primavera,
con los dedos manchados de la más bella tiza...
dedicado a atornillar purulentos fonemas
en las augustas frentes imperforables
de adolescentes poetas, posados ante él, como estorninos en los alambres
del telégrafo,
y en las mejillas en flor
de dulces muchachitos con fragancia de narciso...

No le hagamos caso. Los fonemas, m á s o m e n o s purulentos, h a n


q u e d a d o , a uno y a otro lado del Atlántico, p e r f e c t a m e n t e atornilla-
dos en m u c h a s f r e n t e s juveniles, y el profesor d e los dedos m a n -
chados d e tiza no ha perdido t a m p o c o su larga experiencia pedagógica.
Su conocimiento í n t i m o de las m á s f a m o s a s Universidades del m u n d o ,
su frecuentación de los mejores especialistas en Filología R o m á n i c a ,
sus esfuerzos p o r perforar las f r e n t e s de millares de alumnos ex-
t r a n j e r o s y espaííoles, su dominio de las m á s i m p o r t a n t e s lenguas
m o d e r n a s y , en fin, su precisión de m a t e m á t i c o f r u s t r a d o y su h u m a -
nidad de poeta m ü i t a n t e , h a n c u a j a d o en él u n a perfección fonética,
u n a claridad de dicción y u n desembarazo expositivo tales, que le
convierten en uno de n u e s t r o s mejores profesores y conferenciantes,
y , como habéis acabado de tener ocasión de observar, en u n lector de
primerisimo orden.

E s t a s m i s m a s c u a h d a d e s llevadas, no a la labor v o l a n d e r a , a u n -
que precisa, de la cátedra, sino a la perenne del libro—escrito pri-
m e r o p a r a uno m i s m o y luego p a r a u n público difuso, en el que t a m -
bién e n t r a la p o s t e r i d a d — , h a n a n o t a d o en el haber de D á m a s o Alonso
u n a s lecciones escritas de historia y crítica literarias, que son las
más conocidas de sus obras, con evidente justicia, siempre que no
oscurezcan a los r e s t a n t e s aspectos de su actividad.
No f a l t a n , e n t r e ellas, los estudios de fuentes, ediciones o recen-
siones sobre obras en prosa, que sería prolijo referir por lo m e n u d o .
El m á s voluminoso de estos t r a b a j o s es la edición del Enquiridion

— 119 —
D i s c u r s o . , del S r . G a r c í a Gómez

y de la Paráclesis d e E r a s m o (con prólogo de B a t a i l l o n al p r i m e :


ro, 1932). Sin embargo, D á m a s o Alonso, movido t a l vez por el cansan-
cio, n o t a r d ó en retorcer el cuello a sus estudios erasmianos, y lo justi-
ficó con sin igual donosura en uno de sus m á s famosos artículos,
que, b a j o el tíiulo «El crepúsculo de Erasmo», publicó en o c t u b r e d e
aquel m i s m o año la Revista de Occidente.
Casi t o d a s sus d e m á s obras se refieren a la poesía. Citemos primero
b r e v e m e n t e su antología Poesía de la Edad Media y poesía de tipo
tradicional (Madrid, 1935; 2.^ ed., B u e n o s Aires, 1942), que p r e s e n t a
como n o v e d a d la utilización d e t e x t o s que no incluyó en la s u y a
Menéndez y P e l a y o y la incorporación a u n a obra general de la poe-
sía p o p u l a r de tipo tradicional, con un criterio que ha hecho a T r e n d ,
confesándolo, modificar en este sentido el Oxford Book of Spanish
Verse. H a b l e m o s a continuación de sus Ensayos sobre poesía española
(Madrid, 1944; 2.^ ed., B u e n o s Aires, 1946). Comienza este libro
p o r u n f a m o s o estudio—Escila y Caribdis de la literatura española—,
que se e n f r e n t a con la evolución de n u e s t r a s letras desde el p u n t o d e
vista d e la poesía, y no el de la novela o el t e a t r o , como se venía h a -
ciendo t r a dici onalm ente, al que siguen m o n o g r a f í a s de v a r i a extensión
que, a r r a n c a n d o de la poesía a r á b i g o a n d a l u z a , r e v e l a d a p o r mí, y
p a s a n d o luego p o r cimeras figuras de la lírica medieval, r e n a c e n t i s t a
y r o m á n t i c a , llegan, por fin, a ocuparse de a r t i s t a s contemporáneos,
como Miró, Gerardo Diego, García Lorca y Vicente Aleixandre. No
cabían en este archipiélago d e crítica poética las g r a n d e s islas, a veces
continentes, que h a colonizado D á m a s o Alonso. D e eUas h a b r e m o s de
ocuparnos por separado.

L a más famosa de t o d a s es el a r t e de Góngora. ¿Qué se sabía antes


de Dámaso Alonso sobre los grandes poemas del inmortal cordobés?
L a más breve y c o n t u n d e n t e respuesta seria la imposibilidad de afir-
m a r que el grande don Marcelino Menéndez y Pelayo los hubiera leído
nunca con un m í n i m u m de atención, El Góngora «gongorino», el Gón-
gora «ángel de tinieblas», era en nuestra literatura no rnás que un ape-
llido de combate, u n a piedra de escándalo, u n a b a n d e r a que dividía
f u l m i n a n t e m e n t e a los hombres de letras en dos grupos irreconcilia-
bles, y ninguno, por supuesto, bien enterado de lo que denostaba o

— 120 —
D i s c u r s o . , del S r . G a r c í a Gómez

ponía por las nubes. Y de pronto, en 1927, con ocasión del centena-
rio de la m u e r t e del poeta y coincidiendo con la ebullición de uno de
los mejores momentos de la poesía española, Dámaso Alonso publica
sencillamente una edición del m a y o r poema gongorino, con notas y ver-
sión en prosa, precedida de u n ensayo que llevaba por titulo Claridad
y belleza de las Soledades. ¿Qué representan estas páginas admirables
en la historia de la literatura española? Yo podría amontonar aquí
textos y m á s t e x t o s laudatorios de los mejores romanistas del mundo:
de Vossler, de Hatzfeld, de Entwistie, de Spitzer, qué sé yo; podría,
incluso, en las esferas de la filosofía acumular elogios de figuras como
Benedetto Croce o de Ortega y Gasset. Pero prefiero no hacerlo, y habla-
ros sólo de lo que representó p a r a nosotros, los entonces jóvenes. Dámaso
Alonso, a quien y o no t r a t a b a m u c h o a la sazón, porque me lleva unos
años, que entonces se n o t a b a n más, me envió un ejemplar. Aquella
noche—gracias a Dios, la puedo señalar con piedra blanca—no dormí:
la (clarídad» de las Soledades me deslumhró por completo. P r e p a r a b a y o
entonces la primera salida de mis Poemas arábigoandaluces, que a poco
consulté con Dámaso. E r a n temas, en cierto modo, análogos, como des-
pués ha demostrado el propio< Alonso, y estoy seguro de que le debo
mucho, seguramente mucho más de todo lo que me doy cuenta.

A la edición de las Soledades (mejorada luego en 1936) siguieron nue-


vos estudios: Temas gongorinos. La lengua poética de Góngora (que o b t u v o
el Premio Nacional de L i t e r a t u r a en 1927), uno sobre las relaciones
entre Góngora y Carrillo (cuyas poesias completas h a editado también),
otro sobre Góngora y la literatura contemporánea, recensiones, ensayos,
etcétera. Incluso mucho después nos h a dado dos valiosos t r a b a j o s :
Versos plarimembres y poemas correlativos (1944) y Versos correlativos y
retórica tradicional (1945). ¿Quiere decirse que Dámaso Alonso iba a
estancarse ahí? De ningún modo. H a b í a resuelto, con cuatro operaciones,
como un niño prodigio, el problema planteado; había pinchado el globo
de la incomprensión erudita; habia hecho la luz con la misma sencillez
con q u e se da media vuelta al i n t e r r u p t o r eléctrico; no había y a enemi-
go; Góngora quedaba ardiendo, deslumbrante de luz, en su cielo barroco.
Y Dámaso Alonso, dejándonos, por cierto, a deber la edición crítica del
Polifemo, comenzó a volverle la espalda.

— 121 —
D i s c u r - s o del S r . G a r c í a Gómez

Se la volvió p a r a dedicarse a otros t e m a s m u y distintos, uno de


los cuales fué su t a m b i é n famoso estudio La poesía de San Juan de la
Cruz (Madrid, 1942; 2.®' ed., Madrid, 1946), que asimismo originaron
las fiestas del centenario del Santo, en 1942. Sólo de modo m u y ceñido
aludiré a esta preciosa obrita, por estar más reciente, por ser bien co-
nocida de esta Real Academia (que le adjudicó en 1942 el premio Fas-
tenrath), y por habérsele dedicado en E s p a ñ a críticas m u y elogiosas,
como las del p a d r e jesuíta Hornedo. F u é escrita en la sangrienta prima-
vera de ese año. Dámaso Alonso, el gongorista de 1927, se enfrenta
aquí con u n a poesía m u y distinta, «con u n librito m u y pequeño, en el
que se condensa uno de los mayores torrentes de luz y de calor que
h a y a producido el espíritu del hombre: las poesías de San J u a n de la
Cruz». No se atreve a aventurarse hacia la cima mística; se queda en
«esta ladera», que es la p u r a m e n t e literaria. Pero en ella no puede supe-
rarse el acierto y la despierta finura con que analiza, de un lado, la
relación de la poesía sanjuanista con la tradición literaria de aquel
tiempo, y, de otro, las razones «de su prodigiosa virtualidad estética
que a u n hondamente, exquisitamente, nos perturba».

H e dejado de intento t r a s p a p e l a d a , - f u e r a de su lugar cronológico,


la labor de Dámaso Alonso en torno al gran poeta portugués Gil Vi-
cente: la edición de sus Poesías (1934) y la de la Tragicomedia de don
Duardos (1942), m á s algunos artículos sueltos. Si alguien dudara que
nuestro autor es capaz de captar otros colores que el encendido púr-
p u r a de Góngora, y no le b a s t a r a verlo entender el celeste azul de San
J u a n , véalo ahora profundizar en el agraz amarillo vicentino, ¡Si pre-
cisamente el amarillo es el color predilecto de nuestro colegal:

Primero fué lo amarillo,


antes que la rosa y el lirio.

Y Gil Vicente es un amarillo mundo, «todo de trémula y melancóhca


luz, de amor, de ensueño y de nostalgia; u n a «esquiva virginidad», un
«agridulce sabor de f r u t a t e m p r a n a , de primicia primaveral». Cómo
h a b r u ñ i d o D á m a s o Alonso este gozne entre E d a d Media y Renacimiento,
es cosa que maravilla. W a r t b u r g , en la Zeitschjilt für romanische Phílo-

•— 122 —
D i s c u r s o del S r . G a r c í a Gómez

logie ( L X I I I , 435-6), se ha hecho lenguas de la u t i h d a d de la edición


t a n t o para el simple lector como p a r a el romanista.
H a s t a aquí, m u y brevemente, la labor históricocrítica de Dámaso
Alonso, a la que y a podemos añadir el estudio sobre Medrano, cuya
lectura acabáis de escuchar. Sorprende en él, como en todos sus her-
manos, la dosificación perfecta de pormenor y síntesis, de sensibüidad
y ciencia, de penetración psicológica y agudeza del anáhsis hterario.
Admirable jardinero es Dámaso Alonso, que sabe ordenar geométricos
arriates de papeletas, pero también canalizar hacia ellos las acequias
de la poesía. Si entre nuestro m u n d o y los campos ehseos de las letras
h a y la relación que imaginaron, sin contar otros ingenios, Saavedra
F a j a r d o y Moratín, el horaciano ex jesuíta de Sevilla estará a estas
horas recibiendo plácemes, y no pocos de sus colegas sentirán la noble
emulación de que el nuevo académico—que tiene t a n t o tiempo por
delante—los incorpore en el porvenir a esta soleada galería dé poetas
redivivos.

jPalabras, palabrasi Palabras de poeta; palabras de profesor y de


conferenciante; palabras de historiador y de crítico; palabras en los libros;
p a l a b r a s en los encerados...
Pero a ú n quedan otras palabras apasionantes: las que viven entre
el pueblo, las que murieron en los documentos, las que se esconden
en los campos, las que h a n olvidado su parentesco, las que h a y que
descortezar como exquisitas almendras de historia, las que h a n perdido
sus aristas como cantos rodados en el río del lenguaje. E s t a s p a l a b r a s
no pueden ser sólo estudiadas con poesía ni con erudición, por más que
a m b a s cosas sean menester, así como amor y paciencia. E s t a s palabras
requieren u n a rigorosa técnica, que Dámaso Alonso posee en un nivel
soberano. Su primera vocación de m a t e m á t i c o ha encontrado así un de-
rivativo, a u n q u e de las ciencias «exactas» por antonomasia h a y a pasado
a éste de u n a inexactitud t a n t u r b a d o r a .

L a competencia lingüística de nuestro nuevo compañero ha que-


dado bien de manifiesto, lo mismo en estudios monográficos, como
varios artículos referentes a Etimologías hispánicas. Representantes no
sincopados de «rotulare», íjunio y Juliot entre Galicia y Asturias, El

— 123 —
D i s c u r s o . , del S r . G a r c í a Gómez

itSauco^ entre Galicia y Aslarias, etc., que en t r a b a j o s de metodología,


como el t i t u l a d o Sobre la enseñanza de los Filología española (que resume
unas conferencias en la Universidad Internacional de Santander) o en
su traducción de la obra de W a r t b u r g , Problemas y métodos de la ciencia
del lenguaje, llevada a cabo en colaboración con Emilio Lorenzo y a p u n t o
de aparecer. Todo esto, por supuesto, sin contar la p r o f u n d a labor filo-
lógica, y a aludida, que se encierra en los estudios sobre la lengua de
Góngora o la de Gü Vicente.
E s t e recuento crecerá de modo prodigioso, no sólo por nuevas inves-
tigaciones, sino sencillamente en cuanto Dámaso Alonso se decida a p u -
blicar las infinitas anotaciones con lápiz que h a ido haciendo d u r a n t e
t o d a su vida en pulquérrimos cuademitos de hule. De la pasión que pone
en esta labor puedo d a r testimonio personal. A veces, de v i a j e con nues-
t r a s mujeres y con fraternales amigos por tierras desconocidas para los
dos, h a sacrificado sin reparo deliciosas comidas o conversaciones, visi-
t a s de ruinas o coloreados t r a m o n t e s , p a r a perderse en u n a cocina luga-
reña a interrogar a unos rústicos recelosos. Y raro es el verano en que no
recibo, dentro de la molicie de los bosques de la Alhambra, u n a s líneas
suyas, escritas al levantarse, sobre las rodillas, en un p a j a r o establo
de alguna aldeíta de la r a y a gallegoastur, sobre cuya habla tiene hechas
profundas investigaciones. Y no sólo doy testimonio de su actividad,
sino de la noble envidia que me produce. No hace m u c h o le recomendé
a u n a m u c h a c h a granadina, que quería t r a b a j a r b a j o su dirección. A
los pocos días, al preguntarle por ella, me. contestó entusiasmado: en
su pronunciación habia descubierto con oído finísimo ciertos fenómenos
fonológicos del andaluz, de u n a importancia realmente extraordinaria.
Aunque, desde luego, y o me dedico a cosas m u y distintas, la realidad
es que tengo la misma carrera que Dámaso Alonso y que he vivido
varios años en Granada, ciudad a la que sigo yendo con frecuencia. Y,
sin embargo, t u v e que concluir con cierta decepción que ni siquiera
había advertido aquello de que m e hablaba.

P r o n t o en esta Casa, que es el m a y o r almacén de palabras españolas


y la más antigua de las oficinas filológicas de nuestra lengua, vosotros,
artífices los m á s hábiles en lexicografía, podréis ponerlo a prueba. Vol-
cad ante él, como esas blancas mariposas del campo que tienen las alas

— 124 —
D i s c u r s o del S r . G a r c i a Gómez

estriadas de negro, u n fichero colmado de difíciles papeletás. Acaso el


alma del poeta se complazca por algún tiempo en seguir las curvas capri-
chosas de su liviano peregrinar. Pero dejadlo y volved a poco. Apostaría
que ninguna había escapado a su red y que todas estaban clavadas en
brillantes alfileres, cada u n a con su etiqueta.

Cualquiera de las cuatro formas de actividad que he distinguido


arbitrariamente en Dámaso Alonso hubiese bastado p a r a justificar su
elección académica; cuánto m á s estando, como están, indisolublemente
t r a b a d a s en u n mismo sujeto que es, además, u n amigo encantador.
Pero debo terminar, no sólo por el escandaloso abuso que h e hecho
de vuestra paciencia, sino t a m b i é n porque h a s t a t e m o que el motivo
h u m a n o de mi disertación—persona que, claro es, tiene su pequeña
vanidad, pero que no es la académica, y que, h a s t a ahora sólo había
consentido en ser, de lejos, miembro de la Hispanic Society of Ame-
rica—haya desaparecido, a h u y e n t a d o por mis elogios.
Como m e tranquilizo al ver que, por f o r t u n a , no es así, le digo que
su calidad efectiva de académico v a a ser, desde ahora mismo, un
hecho consumado, y al darle la m á s cordial bienvenida en nombre de
esta Real Corporación, le aseguro que u n a fiesta t a n memorable y so-
lemne como ésta de hoy es un suceso singular en la carrera de sus indi-
viduos y que, t r a s ella, como a él le g u s t a , no h a y m á s que u n a monó-
t o n a sucesión de jueves, dedicados al t r a b a j o f e c u n d o y en silencio.

125 — .
......

*' • f i ' ; / . ;V ^ '


• V pä •y
« 1'
•rvt-r'i
N -^''«.y'v
V, •.
" V ; .;•:•»
''i • çj- /;
^í.k • •^ r •. •' ; ; ; ' • / •
» •\
l •
r• '

4:- •: •• .

- J . l.ft:- -v-.•a^V'v
uíír--.;^' '

in--.

í-p-i'-.'tL- - « Í firiX
HR'V- ". •••«.-/f'-.i'/-
.•s - i .
^ •. ' • ..Í - ••
.• • . . ' .'S
k

'.-.•f » •. ..

; T
I .'ji^t i^i-v.rr «
. '-V

.V - Ä ' - i ^ x : ?
> 1
,, ..-• • .A

- ' M ..V
1' I . s' •

^"'V: - J - '
.. •
• 't.. • ts.- '
U

- V

r^^ : • ;

R •-..•••'s
.V* .ri'
yL^U-^MX-^^tí^ET > mìirJffSft • .ìTyVyiOT.'f ätt^Bti^Jlr' i í ü i í ' s a t f . ÏÏ. -í

También podría gustarte