Está en la página 1de 81

25

Género y feminismo
Desarrollo humano
y democracia

Marcela Lagarde
Género y feminismo
De sarrollo huma no y de mocracia

Marcela Lagarde

<nr:'’
* U UU~>Ul f
Dis e ño de la c ubie rta: Ir e ne Bo r d o y
M a q u e ta c ión : S o n ia M a r tín Do m ín g u e z
C o r r e c c ión : Be a tr iz A lb e r tin i

© 1 9 9 6 , M a r c e la La g a r d e
© 19 96, de e s ta e d ic ión : hora s y H O R A S , S a n C r is tób a l 17, 2 8 0 1 2 M a d r id
© 19 9 7 , s e g und a e d ic ión

“L a pre s e nte obr a h a s id o e dita da m e dia nte a y uda d e l Ins tituto de la M u je r .”

P r o d u c c ió n y r e a liza c ión : J.C . P r o d u c c ión .


Im p r e s o e n: Gr a fis t a ff.
IS B N : 84- 87715- 60- 5
De p ó s it o le gal: M- 44463- 1996

Impreso en España -P r in le d in S p a in
A la s milenarias, con sororidad .
ÍN D IC E

Para comenzar.......................................................................................... 9

E l g é n e r o ............................... , .......................................................... 13

La perspectiva de género.......................................................................... 13
La perspectiva sintetizadora de género................................................... 38
La organización patriarcal del mundo.................................................... 50
Las relaciones de poder intergenéricas e intragenéricas....................... 66

E l p a r a d ig m a d e l d e s a r r o llo h u m a n o y
........................................................................
la p e r s pe c tiv a de g é n e r o 89
El paradigma del desarrollo humano y la perspectiva de género ...... 89
El desarrollo humano, las mujeres y la perspectiva de género............ 113 ’
Ejes metodológicos del desarrollo con perspectiva de género............. 133
Modernidad, género y desarrollo............................................................ 152
La situación de las mujeres contemporáneas......................................... 159

De m o c r a c ia g e n é r ic a ...................................... ................................. 189

Democracia genérica ................................................................................ 189


Equidad, igualdad, justicia y libertad...................................................... 205

B ib lio g r a fía 239


E L G É N E RO

L a pe r s p e c t iv a de g é ne r o

La pe r s pe c tiva de l gé ne r o1 e s tá bas ada e n la te oría de géne r o y


se ins c r ibe e n e l p a r a d ig m a te ór ic o his tór ico- cr ítico2 y e n e l pa r a ­
d ig m a c ult ur a l de l fe m inis m o .

“E l fe m inis m o de l s ig lo X X , nue vo e pis odio de una his to­


r ia y a la r g a , pr e s e nta la e s p e c ific id a d de ha be r p r o d uc id o ,
a de más de e fe ctos p olític o s y s ociale s , e fe ctos e n e l c a mpo
de l c o no c imie nto , e fe ctos que se s e ñalan o inclus o se ins titu­
c io n a liza n ba jo la fór m u la e s tudios fe minis tas (pe r o ta mbié n
e s tudios s obr e las muje r e s , e s tudios fe me ninos , e s tudios de
gé ne r o)”3.

E l a n ális is de gé ne r o es la s ínte s is e ntre la te or ía de géne r o y


la lla m a d a pe r s pe c tiva de gé ne r o de r iva da de la c o nc e p c ión fe m i­
nis ta de l m u n d o y de la vida . Es ta pe r s pe ctiva se e s tructura a pa r tir
de la é tic a y c o nduc e a una filo s o fía p o s th u m an is ta, po r su cr ítica
de la c o nc e p c ión y a ndr oc é ntr ic a de h um a n id a d que de jó fue r a a la
m it a d de l géne r o h um a no : a las muje r e s . Y, a pe s ar de e xis tir e n el
m u n d o p a t r ia r c a l, las m uje r e s ha n s id o r e a lm e nte e x is te nte s . Es
no ta b le que e l h u m a n is m o no las ha y a a dve r tido. La pe r s pe ctiva de
g é ne r o t ie ne c o m o u n o de s us fine s c o n t r ib u ir a la c o n s tr u c c ión
s ubje tiva y s oc ia l de una nue va c o nfig ur a c ión a pa r tir de la r e s ig ni­
fic a c ión de la his tor ia , la s oc ie da d, la c ultur a y la p o lít ic a des de las
muje r e s y c on las muje r e s .
Es ta pe r s pe c tiva re conoce la dive r s ida d de géne ros y la e xis te n­
c ia de las muje r e s y los hombr e s , c o m o un p r inc ipio e s e ncial en la
c o ns tr uc c ión de una h u m a n ida d dive r s a y de moc r átic a . S in e mba r ­
g o , p la n t e a q ue la d o m in a c ión de gé ne r o pr oduc e la opr e s ión de
gé ne r o y a mba s obs ta c uliza n e sa po s ib ilid a d . Una h um a n id a d d ive r ­
s a y d e m o c r átic a r e quie r e que muje r e s y hombr e s s e amos dife re nte s
de quie ne s he mo s s ido, pa r a ser r e c onoc idos e n la dive r s ida d y v iv ir
e n la d e m o c r a c ia ge nér ica.
De s d e u n a n á lis is a n t r o p o ló g ic o de la c u lt u r a es im p o r ta n t e
r e c onoc e r que todas las c ultur a s e la bor a n c o s mo vis io ne s s obre los
géne r os y, e n ese s e ntido, cada s oc ie da d, c a da pue b lo , c a da gr upo y
to da s la s p e r s o n a s , t ie ne n u n a p a r t ic u la r c o n c e p c ió n de g é ne r o ,
b a s a da e n la de su p r o p ia c ultur a . Su fue r za r a dic a e n que es parte
de s u v is ión de l m u n d o , de s u his tor ia y sus tr a dic ione s na c iona le s ,
p o p ula r e s , c o m u n it a r ia s , ge ne r a c iona le s y fa m ilia r e s . F o r m a par te
de c o n c e p c io n e s s obr e la n a c ión y d e l n a c io n a lis m o ; c a d a e tn ia
tie ne s u pa r tic ula r c o s m o v is ión de géne r o y la inc or por a a de más a
la id e n t id a d c ultur a l y a la e tnic ida d, de la m is m a ma ne r a que s uce ­
de e n otras c o nfig ur a c io ne s c ultur ale s . P o r e s o, a de más de conte ne r
ide a s , pr e juic io s , va lor e s , inte ipr e ta c ione s , nor ma s , de be re s y p r o h i­
b ic io ne s s obre la v id a de las muje r e s y los hombr e s , la c o s m o vis ión
de gé ne r o p r o p ia , pa r tic ula r , es ma r c a da me nte e tnoce ntr is ta. Ca d a
q u ie n a pr e nde a ide ntific a r s e c o n la c o s m o v is ión de géne r o de s u
m u n d o y has ta ha y quie ne s cre e n que la s uya es unive r s al. Co m o es
e vide nte , la c o s m o v is ión de gé ne r o es de s de lue go par te e s tr uc tu­
r a nte y c o nt e nid o de la a uto id e ntid a d de c a da uno.
Es fa c t ib le t a m b ié n que e n una pe r s ona c onve r ja n c o s m o v is io ­
ne s de gé ne r o dive r s as y que , por e je mplo , a lguna s de sus c o nc e p­
c ione s , va lor e s y juic io s pr ove nga n de fue nte s tr adic iona le s r e lig io ­
sas de o r ig e n m ile n a r io , otras s e an mode r na s re cie nte s pr o duc ida s
s ólo ha c e d o s c ie n t o s a ño s , y otr as fr a nja s de s u c o s m o v is ión de
g é ne r o pr o ve ng a n de l r a c io na lis m o c ie ntífic o y su or ige n se r e m o n ­
te a s ólo 50 a ños . C o n e s ta m e to do lo g ía es pos ible hace r e l m a pa
h is t ór ic o - t e m p o r a l de la c o s m o v is ión de gé ne r o ha s ta a g ota r sus
r e duc tos , y c o m pr o b a r que la c ultur a c o m o vive nc ia s oc ia l y la s ub­
je t iv id a d de c a da quie n , e s tán or ga niza da s de ma ne r a s incrética: e n
a m b a s c o e x is te n c o n m a y o r o m e no r te ns ión y c o n flic t o as pe ctos
e c lé c tic os de dive r s as c o s movis ione s 4.
Es impo r ta nte id e n t ific a r las dive r s as c os movis ione s de géne ro
que c oe x is te n e n c a da s oc ie da d, c a da c o m u n id a d y c ada pe rs ona. Es
po s ible que una pe r s ona a lo la r go de s u vida m o d ifiq ue s u c o s m o ­
v is ión de gé ne r o s im ple m e nte a l v iv ir , por que c a m b ia la pe r s ona ,
por que c a m b ia la s oc ie da d y c on e lla pue de n trans formars e valore s ,
nor ma s y ma ne r a s de ju zg a r los he chos .
En la a c a de m ia , en los m o v im ie n t o s y or ga niza c ione s fe m in is ­
tas , y a hor a e n los ám b ito s de las polític a s públic a s , se ha desarro-
lia d o una v is ión c r ític a , e x plic a tiva , y a lte r na tiva a lo que aconte ce
e n e l o r de n de gé ne r os , se c o no c e c o m o pe r s pe c tiva de gé ne r o a
e s ta v is ión c ie ntífic a , a na lít ic a y p o lít ic a cre ada de s de e l fe m inis m o .
Ya es a c e pta do que c ua ndo se us a e l c onc e pto p e rs p e c tiv a de g é n e ­
ro se hace r e fe r e ncia a la c o nc e p c ión a c a dé mic a , ilus tr a da y c ie ntí­
fic a , que s inte tiza la te or ía y la filo s o fía libe r a dor a , cre adas po r las
muje r e s y fo r m a par te de la c ultur a fe minis ta .
L a p e rs p e c t iv a de g é n e ro p e r m ite a n a liza r y c o m p r e n d e r las
car a cte r ís tica s que d e fine n a las muje r e s y a los ho mbr e s de m a n e ­
ra e s pe c ífic a , a s í c o m o sus s e me ja nza s y dife r e ncia s . Es ta pe r s pe c ­
t iv a de gé ne r o a n a liza las po s ib ilid a d e s vitale s de las muje r e s y los
hombr e s : e l s e ntido de s us vida s , s us e x pe cta tiva s y o po r tunida de s ,
la s c o m p le ja s y d iv e r s a s r e la c io n e s s o c ia le s q u e s e d a n e ntr e
a m bo s gé ne r os , a s í c o m o los c o nflic to s ins tituc iona le s y c o tidia no s
que d e be n e nfr e nta r y la s ma ne r a s e n que lo ha c e n. C o n t a b iliza r
los re cur s os y la c a p a c id a d de a c c ión c on que c ue nta n muje r e s y
ho mbr e s pa r a e nfr e nta r las d ific ulta d e s de la vida y la r e a liza c ión
de los pr o p ós ito s , es un o de los o bje tivo s de e ste e x a me n.
i La s pr e g un ta s s us ta ntiva s que se p la n t e a n e n e s te c a m p o de l
c o n o c im ie n t o s on: ¿ E n q u é m e d id a la o r g a n iz a c ió n p a t r ia r c a l
d e l m u n d o y s us c o r r e la tiva s c o n d ic io n e s fe m e n in a y m a s c u lin a
fa c ilit a n e im p id e n a las muje r e s y a los hombr e s la s a tis fa c c ión
de las ne c e s idade s vita le s y la r e a liza c ión de s us a s pir a c ione s y de l
s e ntido de la v id a ? E n c ua nto a la c o m pa r a c ión e ntre a mba s c o n d i­
c ione s de géne r o:
¿ C u á l es la d is ta nc ia e ntre las muje r e s y los hombr e s e n c ua nto
a s u de s a r r ollo pe r s ona l y s oc ia l? ¿C u ál es la r e la c ión e ntre e l de s a­
r r ollo y e l a va nc e de los hombr e s re s pe cto de las muje r e s y de las
muje r e s r e s pe c to de los ho m br e s ? ¿Es p o s ib le que las r e la c ione s
e ntre los géne r os ma r ca das po r el d o m in io y la opr e s ión, y las for ­
mas de ser m uje r y ser ho mbr e e n las c ondic ione s patriarcale s fa v o ­
re zcan e l de s a r r ollo s oc ia l, la r e a liza c ión de los de r e chos hum a no s
y e l m e jo r a m ie n to de la c a lida d de v id a ?5
La v is ión de gé ne r o fe m inis ta pe r mite e s table ce r c or r e la c ione s
e ntre las po s ib ilid a d e s de v id a de muje r e s y hombr e s y los tipos de
s oc ie da d, las é poca s his tór ic as , la dive r s idad cultur al y los mo de lo s
de de s a r r o llo e n que vive n. P or s u his to r ic ida d, es ut iliza b le pa r a
a na liza r ta m b ié n s us proce s os or igina r ios e n s ocie dade s de s apar e c i­
das y c onte mpor áne a s de cultur as dife re nte s : es pos ible a na liza r las
c o nd ic io ne s de géne r o de las muje r e s y los hombr e s de e tnias , r e li­
g ione s , c os tumbr e s y tr a dic ione s dive r s as . Es de cir , la pe r s pe ctiva
de gé ne r o fe m inis t a no se lim it a a unive r s os oc cide ntale s y ur banos .
Ba s a d a c o m o e s tá e n u n a te or ía c o m p le ja es ú til e n e l a nális is de
c ua lq uie r s oc ie da d o r g a niza d a e n tor no a géne ros .
E l a n ális is de géne r o fe m inis ta es de tr actor de l or de n pa tr iar c a l,
c o ntie ne de m a ne r a e x plíc ita u n a c r ític a a los as pe ctos no c ivo s , de s ­
tr uc tivos , opr e s ivos y e na je nante s que s e pr oduc e n por la o r g a niza ­
c ió n s o c ia l b a s a d a e n la d e s ig u a ld a d , la in ju s t ic ia y la je r a r qui-
za c ión p o lít ic a de las pe r s onas ba s a da e n e l géne ro.
0 L a c r ític a de gé ne r o y e l e x tr a ña mie nto de las muje r e s e n r e la ­
c ión c o n e l s e ntido y e l or de n d e l m u n d o y los c onte nidos a s ig na ­
do s a s us v id a s , h a n s id o m ó v il fu n d a m e n t a l d e l a va nc e de e s te
e nfo que . Sus aporte s e n e l m u n d o c o nte mpo r áne o s on inc onta ble s y
s or pr e nde nte s ; c a be de s tacar la c r e a c ión de c o no c im ie nto s nue vos
s obr e v ie jo s te ma s , c ir c uns ta nc ia s y p r o b le m a s , a s í c o m o la cr e a­
c ión de a r g ume nto s e ide a s de mos tr a tivos , re curs os de e x plic a c ión y
d e s de lu e g o , de le g it im id a d de la s p a r t ic ula r e s c o nc e p c io n e s de
m illo n e s de muje r e s m o v iliz a d a s e n e l m u n d o c on e l o b je t ivo de
e nfr e nta r e se or de n.
E l e nr ique c im ie nto de la pe r s pe ctiva de géne ro se ha d a do c o m o
u n pr oc e s o a bie r to de c r e a c ión te ór ic o- me todológic a , de c ons tr uc ­
c ión de c o no c im ie nto s e inte rpre tacione s y pr ácticas s ociale s y p o lí­
ticas . Dé c a d a a dé c a da , a ño tras a ño, muje r e s de una gran dive r s ida d
de país e s , c ultur as , ins tituc ione s , or ga niza c ione s y m o vim ie nto s , se
h a n id e n t ific a d o e ntr e s í y ha n c o n t r ib u id o a pla n t e a r p r o b le m a s
ante s in im a g in a d o s . Ha n pr opue s to c once ptos , cate gorías e inte rpre ­
tacione s y las ha n c onve r tido e n una lin g u a f r a n c a e ntre quie ne s hoy
a s ume n la de mo c r a c ia de géne r o c o m o su pr o pia caus a. Es ta lin g u a
f r a n c a no es ce rrada, s igue e n m o v im ie n t o y se ha nutr ido s ignific a ­
tiva me nte de la e x pe r ie nc ia de las muje r e s al a bor dar pr oble mátic a s
pa r ticular e s y c o mpa r tir vive nc ia s , c onoc imie ntos e inte rpre tacione s .
La r e unión de las muje r e s pa r a pe ns ar e l m un d o , e nte nde r lo, c r i­
t ic a r lo e in c id ir e n s u t r a n s fo r m a c ión lle v a y a dos s ig lo s . E n la
a c t u a lid a d pr e va le c e e s e e nc ue ntr o , e n e s pa c ios que a ba r c a n un a
g a m a que va de la a c a de m ia a las O N G , los or ga nis mos inte r na c io ­
na le s , las ins t it uc io ne s gube r na me nta le s , los pe que ño s gr upos , las
c oope r a tiva s , los ce ntros y sus gr upos de ntro de s indic atos , pa r tidos ,
igle s ias . Entr e e llas ha n e s table c ido re des de c o m unic a c ión, a pr e n­
d iza je , in v e s t ig a c ión y, de s de lue go, de p a r tic ip a c ión p ú b lic a y de
a c c ión p o lít ic a .
La d ive r s ida d de las muje r e s y de las pr oble mátic a s que las ha n
inte r e s a do ha e nc ontr a do e n la pe r s pe ctiva de géne ro una vía par a
hace r a va nza r s us pr opue s tas y e llas ha n cr e ado me c a nis mos ins titu­
c iona le s , re des y e nc ue ntr os , e s pacios , for os , congre s os y a s a mble ­
as; han pr o d uc id o inve s tiga c ione s y ha n inve nta do a lte r na tivas y las
lian d ifu n d id o e n libr os , re vis tas , folle tos , víde os y pe líc ula s , c intas ,
dis cos y todo tipo de c r e acione s e s téticas . A través de estos e ncue n-
iros y c o m unic a c io n e s , pe r o s obre todo me dia nte la p r o d uc c ión, se
proce s a y d ifu n d e lo que las muje r e s dis e ña n, e luc ubr a n e inve nta n
de s de la t it ud e s y r e g io ne s dis ta nte s a l e nfr e nta r s us vida s . Se ha
he c ho e vide nte que s us c ir c uns ta nc ia s e n a pa r ie nc ia dis tinta s , s on
de m a s ia do s e me jante s pa r a ser arbitrarias .
La s muje r e s ha n c o m p a r tid o s us de s c ubr imie ntos , c ompa r a do y
s is te ma tiza do s u e x pe r ie nc ia y po c o a po c o ha n te jido cons e ns os a
las a lte r na tivas . E n este ir y ve nir , e n este flu ir c o m unic a t ivo de las
muje r e s , e lla s se ha n g lo b a liza d o , ha n a pr ove c ha do los canale s fo r ­
ma le s e in fo r m a le s c r e a dos pa r a inte r c o m un ic a r a otr os s uje tos e
inte r c a mbia r otros bie ne s , y se han c o lo c a d o e n e s pacios pr im o r dia ­
les pa r a im p u ls a r la c aus a de las muje r e s y hace r la una caus a s oc ia l,
de muje r e s y hombr e s , de o r ga niza c ione s y or ga nis mos , de Es ta dos
y de ins tituc io ne s inte r na c iona le s . Ha n a pr ove c ha do esa c onc ate na ­
c ión de e s pac ios , fue r zas y re curs os pa r a c onvoc a r y abar car a más
y más muje r e s e n la a c c ión libe r a dor a .
L a e x p a n s ión de g é ne r o fe m in is t a e s uno de lo s he c ho s m ás
a le nta dor e s de la g lo b a liz a c ión . A pe s ar de que e s ta ú lt im a la ha
im p lic a d o la e x p a n s ión d e l s e n t id o pa t r ia r c a l y n e o lib e r a l de la
vida , po r los m is m o s c anale s se d ifund e y fortale ce e l fe m inis m o de
muc ha s ma ne r a s , e ntre otras , ha atr ave s ado fronte ras y bur ocr acias
c on e l n o m b r e de pe r s pe ctiva de géne ro. La s te orías que conve r ge n
e n la pe r s pe c tiva de géne r o, las polític a s que se han dis e ña do de s de
e s ta óp t ic a , y las e x pe r ie nc ias , la pa r tic ipa c ión y los logr os e n be ne ­
fic io de las m uje r e s y e n la d e c o n s t r uc c ión 6 de l pa tr ia r c a do , ha n
pe r m it id o una c o ns tr uc c ión de las muje r e s a c ontr a punto in d iv id u a l
y c o le c tiva , inte le c tua l y e mpír ic a , pr a gmátic a y te ór ica, filo s ófic a y
s ie mpr e p o lít ic a . Inva r ia ble me nte abie r ta y cre ativa.
P o c o s c a m in o s de in v e n c ión c ultur a l han te nido e l d ina m is m o y
e l c o n c u r s o d e m o c r át ic o e n la c o n s t r u c c ión t e ór ic o - p o lític a que
c a r a cte r iza a la pe r s pe ctiva de géne ro. Co n las limita c io ne s e vide n­
tes o r ig ina d a s e n las car e ncias y d ific ulta de s de las muje r e s , la falta
de re curs os s ufic ie nte s , la inc o mpr e ns ión y la ho s tilida d s is te mátic a
que ha n d e b ido e nfr e ntar , nunc a ante s e llas ha bía n v ivid o una e x pe ­
r ie nc ia de id e ntid a d y p o lít ic a tan abar cador a que inc luy e a muje r e s
de to do e l m u n d o y de todas las c ondic ione s s ociale s , que contar a
c on re curs os de p r o d uc c ión, d ifus ión y pue s ta e n pr áctica de alte r­
na tiva s concre tas .
E n e fe cto, c o m o nunc a ante s s uc e dió en la his toria de la caus a
de las muje r e s , la pe r s pe ctiva de géne r o se dis e mina por e l m und o
y no se trata, de s de lue g o , de un fantas ma: es una par ce la de la cre ­
a tivida d de las muje r e s y, c o m o tal, es r e al, tóp ic o , e xis te nte . Ho y ,
la pe r s pe c tiva de gé ne r o es uno de los proce s os s ociocultur ale s más
v a lio s o s p o r s u c a p a c id a d de m o v iliz a r y p o r s us fr utos . F o r m a
par te de l ba ga je de la c ultur a fe m inis ta que es de ma ne r a c o n t un ­
de nte la gr a n a po r ta c ión de las muje r e s c o m o géne r o a la cultur a.
La pe r s pe ctiva de géne r o fe m inis ta c ontie ne ta mbié n la m u lt ip li­
c ida d de pr opue s tas , pr ogr a ma s y a cc ione s alte r nativas a los pr o b le ­
ma s s oc ia le s c o nte mpo r áne os de r ivados de las opre s ione s de gé ne ­
r o , la d is p a r id a d e ntr e los gé ne r os y las in e q uid a d e s r e s ulta nte s .
H o y , m illo n e s de pe r s ona s e n e l m u n d o , s obre todo muje r e s , ha n
e nc ontr a do e n la m ir a d a de géne r o c a mino s le g ítimo s par a c ons tr uir
a lte r na tiva s a su e s tre che z y sus car e ncias , a la injus tic ia y la v io ­
le n c ia , a la p o br e za , la ig n o r a n c ia y la ins a lub r id a d . P e r o de s taca
p o r s u c r e a tivida d la inv e n c ión y pue s ta en pr ác tica , con re s ultados
de s igua le s , de opc ione s ide adas par a las mis ma s muje r e s . P o r p r i­
m e r a v e z , e n m e d io de in c o m p r e n s ió n y h o s t ilid a d , in c lu s o de
a c c io n e s a n t i- p e r s p e c t iv a de g é n e r o r e c r ud e c id a s , la s p o lít ic a s
p úb lic a s , los proce s os pa r tic ipa tivo s im p uls a d o s por las muje r e s tie ­
ne n a las muje r e s c o m o pr ota gonis ta s , de s tinatarias y be ne ficia r ía s .
E s é s te e l t r a s tr o c a m ie n t o m á s p r e c is o d e la p e r s p e c t iv a de
géne r o. E n e l s e ntido pa tr ia r c a l de la v id a las muje r e s de be n v iv ir
de e s pa lda s a e llas m is m a s , c o m o s e re s - para- los - otros . La pe r s pe c­
tiva de géne r o e xpre s a las as pir acione s de las muje r e s y sus a c c io ­
nes pa r a s alir de la e na je na c ión par a a ctuar c a da una c o m o un ser-
p ara- s í y, a l ha c e r lo, e nfr e nta r la opr e s ión, me jor a r sus c ondic ione s
de vid a , oc upar s e de s í m is m a y conve rtirs e por e s a vía e n p ro t a g o ­
n is ta de s u vida .
La s muje r e s se pr o po ne n c o nfo r ma r a s u géne r o c o m o un s uje to
s o c ia l y p o lít ic o , y lo e s tán ha c ie ndo a l no mbr a r e ntre e llas y fre nte
a lo s o tro s s us s e m e ja n za s , a l r e c onoc e r s e e id e n t ific a r s e e n s us
dife r e nc ia s , y a l a poyar s e y c oaligar s e para tr ans for mar s us opr e s i­
vas c o nd ic io ne s c ole c tiva s de vida , pe r o ta m b ié n pa r a c o mpa r tir s us
logr os y los be ne fic io s que se de s pr e nde n de su mode r nida d.
A l p r o ta g o niza r s us pr opia s vida s - habitada s pa tr iar c a lme nte por
lo s o tro s - y logr a r c o m o géne r o e l de r e cho a inte r ve nir e n e l s e nti­
d o de l m u n d o y e n la c o nfig ur a c ión de moc r átic a de l or de n s oc ia l,
las muje r e s se c o nvie r te n c ada una y todas en s uje to s h is tóric o s .
As im is m o , las tr ans for mac ione s de las muje r e s inve ntada s a la luz
de la pe r s pe ctiva de géne r o, con todos los obs táculos par a s u pue s ta
e n pr ác tic a , re pr e s e ntan ya avance s s ociale s , e c o nóm ic o s , e duc a ti­
vos , s anitar ios y polític o s e n todas las c o munida de s locale s o na c io ­
nale s donde se ha tr a ba ja do c on é l en e l tr ata mie nto de los grande s
pr o ble m a s de nue s tr o tie mpo.
La p r o b le m átic a de gé ne r o e n que e s tamos inme r s os muje r e s y
hombr e s fo r m a hoy pa ite s us tantiva e n la c ons tr uc c ión de la d e m o ­
c r a c ia y la r e d e fin ic ión de los mode los de de s ar r ollo, as í c o mo de
la r e s ig na c ión de la v id a pe r s ona l y c ole ctiva . La pr opue s ta va de lo
m a c r o a lo m ic r o , de la fo r m a c ión s oc ia l a la pe rs ona, de la cas a al
Es ta do, de l Es ta do a i m u n d o , de l géne ro a c ada quie n, de c ada pe r ­
s o n a a dive r s a s o r g a n iza c io n e s y a la s oc ie da d c iv il, y pa s a po r
s upue s to por c o m ple jo s me c a nis mos de me dia c ione s .
Au n pe r s ona s e ins tituc io ne s que ha n c o ns ide r a do ir r e le vante s
los pr o ble m a s de v id a de las muje r e s , o quie ne s a va la n la opr e s ión
ge né r ic a , ha n d e b id o d is c u tir y d ia lo g a r c o n quie ne s im p u ls a n la
p e r s p e c t iv a de g é ne r o y a s u m ir s u r e c h a zo y s u c o n t r ib u c ió n a
la opr e s ión s oc ia l. Mu c h o s y muc ha s , c o n dis tintos r itmos , se ha n
c o nv e n c id o y a c e pta n pa r c ia lme nte o de fo nd o la pr opue s ta.
N o h a s ido s e n c illo lo g r a r la a c e p t a c ión de la pe r s pe c tiva de
géne r o, ya que ha c e r lo c onduc e a de s monta r c r ític a me nte la e s truc­
tur a de la c o nc e p c ión de l m u n d o y de la pr o pia s ubje tivida d. Y no
es c a s ua l que a s í s uce da. La re pr e s e ntación de l or de n ge né r ic o de l
m u n d o , los e s te r e otipos s oc ia le s y s us nor ma s , s on funda me nta le s
e n la c o n fig u r a c ión de la s ub je tivid a d de c a da quie n y e n la c ultur a.
Se a pr e nde n de s de e l p r in c ip io de la vida y no s on ale ator ios , s on
c o m p o n e n t e s e l p r o p io s er, d im e ns io ne s s ubje tiva s a r c a ic a s y e n
pe r ma ne nte r e no v a c ión , po r e llo s on funda nte s . Es tán e n la bas e de
la ide ntid a d de gé ne r o de c ada quie n y de las ide ntidade s s ociale s
as igna da s y r e c o no c ida s al re s to de las pe rs onas .
La vida c o tid ia n a e s tá e s tr uctur ada s obre las nor ma s de géne r o y
e l d e s e m p e ño de c a d a u n o de pe nd e de s u c o m p o r t a m ie n t o y d e l
m a ne jo de e s a nor ma tivida d.* S i a lg o es indis c utible pa r a las pe r s o­
nas , es e l s ig n ific a d o de ser muje r o ser ho mbr e , los c onte nidos de
las r e la cione s e ntre muje r e s y hombr e s y los de be re s y las p r o h ib i­
c ione s pa r a las muje r e s por ser muje r e s y para los hombr e s po r ser
ho m br e s . Ca d a q u ie n a lo la r g o de s u v id a ha d e b id o s abe r todo
e s to m uy b ie n, no d ud a r y ser le a l a l or de n, a s um ir lo , r e cre arlo y
de fe nde r lo.
P o r e s o, c o m o la p e r s p e c t iv a de g é ne r o e s tá b a s a d a e n o tr a
a p r e c ia c ión de los m is m o s te mas , e n otros valor e s y e n otr o s e nti­
d o é tic o , c ho c a y se c o nfr o nta c on las c o nvic c io ne s más a c e ndr a ­
das de las pe r s ona s , c on sus do g ma s , sus le altade s y s u s e ntido de l
de be r y de lo po s ib le . La cr is is inte le c tua l y a fe c tiva que pr oduc e
e l c o nta c to c o n ide a s , va lor e s y pr opue s tas dis tinta s a las pr opia s
es e nor me .
# La m ir a d a a través de la pe r s pe ctiva de géne r o fe minis ta n o m b r a
de otras ma ne r a s las cos as c onoc ida s , hace e vide nte s he chos oc ultos
y le s o tor ga otros s ignific a do s . Inc luy e e l pr opós ito de r e vo luc io na r
e l or de n de pode r e s entre los géne ros y c on e llo la vida c otidia na ,
las r e la c ione s , los r ole s y los e s tatutos de muje r e s y hombr e s . Ab a r ­
c a , de ma ne r a c o nc o m it a n t e , c a m b ia r la s oc ie da d, las nor ma s , las
c r e e ncia s , a l Es ta do y po r e llo pue de oc as iona r male s tar a las pe r s o­
nas y a las ins tituc ione s más cons e r vador as y r ígida s , más a s im ila ­
das y c ons e ns ua da s po r e l or de n patr iar cal.
E n c a m b io , las pe r s onas y las ins titucione s dis cor dante s c on ese
or de n a unque sea pa r c ia lme nte y las que se han r e be lado, e s tán e n
b ús que d a , o de s a r r olla n otras alte r nativas , e ncue ntr an e n la pe r s pe c ­
t iv a de g é n e r o p a la b r a s p a r a n o m b r a r e x p e r ie nc ia s c o n o c id a s y
c a m ino s le g ítim o s . Inc lu s o de s cubr e n a pr o ba c ión a s u in c o n fo r m i­
d a d y a s us h a lla zg o s , a s us o pc io ne s inve nta da s s in te or ía y s in
id e o lo g ía . Ha y t a m b ié n quie ne s a r r iba n a pla nte a mie nto s ce r canos
de s de otr a s c o n c e p c io n e s c o m o e l h u m a n is m o , e l p o p u lis m o , e l
d e s a r r o llis m o y o tr a s m ás . Au n q u e n o c o nt e ng a n una pr o p ue s t a
e x p líc ita de gé ne r o, al mir a r la a través de la r e a lida d y e nc onlr a r e n
e lla n o s ólo hombr e s , s ino muje r e s y hombr e s , o a l topars e c on las
muje r e s a un c u a n d o n o las bus c ar a n, hace n le cturas a da ptativa s de
s us p r in c ip io s é tic o s c o m o la ig u a ld a d , la e q u id a d , la ju s t ic ia e
in c luy e n a las muje r e s 7.
Lo s te mas que a ba r ca e l géne r o no s on e xte rnos ni indife r e nte s .
So n as pe ctos de la p r o p ia vida , de la c o m unid a d , de l pa ís , y s on de
la c o m pe te nc ia e ntr a ña ble de c a da quie n. P o r e s o e l géne r o no p r o ­
vo c a indife r e nc ia : ir r ita , de s concie r ta o pr oduc e a fir m a c ión, s e gur i­
d a d , y a br e c a m in o s .
L a pe r s pe c tiva de gé ne r o e x ige a de más nue vos c o no c imie nto s .
Ir r ita a quie ne s n o quie r e n apr e nde r , e s tudiar y hace r e s fue rzos inte ­
le c t ua le s , a q uie n e s quie r e n t o d o fa c ilit o , s im p le y e s q ue m át ic o .
C o m o e x ige pe ns a r de otra ma ne r a y de s ar r ollar c ompo r ta m ie nto s
dis tintos y un n ue vo s e ntido de la vida , c hoc a ta mbié n la pe r s pe cti­
va de gé ne r o c on quie ne s cre e n que es una téc nic a o una he r r a mie n­
ta pa r a hace r s u tr abajo, un r e quis ito y nada más . Mole s ta , ind u d a ­
b le m e n te , a q uie ne s pie ns a n que la pe r s pe c tiva de gé ne r o n o les
toca: que de be n mo dific a r s e las muje r e s obje to de los a nális is o de
la s p o lít ic a s . Se e q u iv o c a n . Es t a pe r s pe c tiva e x ige de m uje r e s y
ho m br e s , to da la pue s ta e n m o v im ie n t o y c a m b io s pe r s ona le s , ín ­
t im o s y v it a le s que n o s on a c e pta d o s p o r m u c h a s pe r s o na s que
ho y us a n e l gé ne r o c o m o si fue r a una he r r a mie nta té c nic a , ne utr a
y e dulc or a ble .
L a pe r s pe c tiva de gé ne r o no es una ide o lo g ía más , ni un a nális is
e nd o s a b le a las c o nc e p c io ne s pr e via s . S i s omos pe r s ona s c o ns e r ­
va dor a s , po ne e n c r is is toda nue s tra c o nc e p c ión de l m u n d o , nue s ­
tros va lor e s , nue s tr os m o d o s de v id a , y la le g itim id a d de l m u n d o
p a tr ia r c a l. E n c a m b io , si s omos muje r e s y hombr e s e n tr a ns ic ión,
d e m o c r át ic o s y a lt e r na t iv o s , e nc o ntr a m o s e n e s ta pe r s pe c tiva los
a r g u m e n t o s y los c o n o c im ie n t o s pa r a c o n v a lid a r dis c r e pa nc ia s y
alte r na tiva s , y a de más pa r a apr e nde r . La s accione s y las pr opue s tas
que ho y s inte tiza la pe r s pe ctiva de géne r o ha n he c ho que b io g r a fía s
y e tnogr a fía s n o vue lva n a ser las mis ma s de b id o a s u m e t o do lo g ía
de c o ns tr uc tiva y cr e ativa.

¿G é n e ro ig u a l a m u je r?
La c r e c ie nte u t iliza c ión de la pe r s pe ctiva de géne r o e n la e la bo ­
r a c ión de inte r pr e ta cione s , d ia g nós t ic o y polític a s púb lic a s , ha pe r ­
m it id o , e n e fe c to, la v is ib iliza c ió n de las muje r e s y de la p r o b le m á­
tic a que las e nvue lve a s í c o m o logr a r avance s e n la e m a n c ip a c ión
fe m e n in a . P e r o ha tr a ído ta m b ié n cie r to de s gas te , d e b id o a una te n­
d e n c ia r e d uc c io nis ta de los alcance s de esta pd*s pe ctiva, y muc ha s
dis tor s ione s . A e llo ha c o nt r ib uid o e l us o unila te r a l de la pe r s pe cti­
v a e n e l a n ális is e x c lus iv o de las muje r e s y e n inte ntos de inc r e ­
m e n t a r s u p a r t ic ip a c ió n , s u e m p o d e r a m ie n t o , la s a t is fa c c ión de
a lg una s ne c e s idade s y e l acce s o a re curs os .
En tr e quie n e s t r a b a ja n y p a r t ic ip a n de m a ne r a p r a g m át ic a c on
las muje r e s se ha e x te ndido la c r e e ncia de q ue e l géne r o es c o nc e p­
to r e la tivo a la muje r . E n e l e x tr e mo se us a e l c onc e pto de géne r o
c o m o pa r te de je r ga s e s pe c ia liza da s pe r o muc ha s ve ce s va c ia da s de
s u c o nte nid o filo s ófic o fe m inis ta y de sus c o nte nido s ’te órico- políti-
c os , a s í e l gé ne r o es us a do c o m o un té r m ino té c nic o ho m o lo g a b le a
m uje r . E n e se us o es no ta b le la m u tila c ión te ór ic a y filo s ófic a de
s us s upue s tos s ubve r s ivos y trans gre s ore s a l c onve r tir e s ta pe r s pe c­
tiv a e n a lg o ne utr o y c a s i c a r ita tivo. La s e par a ción de l p a r a d ig m a
fe m in is t a es cos tos a.
C o m o e s ta p e r s pe c tiva a v a n za y se d ifu n d e p o r c a na le s ante s
ce r r ados y a través de ins tituc ione s na c iona le s e inte r nac ionale s de
d iv e r s o t ip o , n o to da s las pe r s ona s que la a pr e nde n y la a p lic a n
e s tán de a c ue r do, n i s iquie r a e s tán c ompe ne tr a dos con e lla. P or el
c o ntr a r io , la pe r s pe c tiva de gé ne r o es pe r c ibida c o m o una té c nic a
más , e l gé ne r o r e duc ido a las muje r e s es c o nc e ptua liza do c o m o la
va r ia ble gé ne r o o e l c om po ne nte géne ro. Co n esa pe r c e pción y po r
o b lig a c ión in s t it uc io n a l muje r e s y hombr e s c onoc e n la pe r s pe ctiva
de ma ne r a s upe r fic ia l y d is m inuid a .
En los últ im o s tie mpos ha c obr a do impo r ta nc ia la lla m a d a c a pa ­
c ita c ión e n gé ne r o e n las o fic ina s gube r na me ntale s , las o r g a niza c io ­
nes c ivile s , los pa r tidos po lític o s , las unive r s idade s , las igle s ias . Y
la c a pa c ita c ión es ve r dade r ame nte pobr e por que s in hace r una p e d a ­
g o g ía c r ític a se da n e le me ntos de ma ne jo s upe r fic ia l de es ta pe r s ­
pe c tiva y s ólo po r que cas i e n c ada e s pac io ha y muje r e s fe minis ta s
es que h a s ido p o s ib le im p u ls a r y ma nte ne r cie rtos c o nte nido s de
c a lida d .
De ta nto us ar e l té r m ino e n la fo r m ula c ión de po lític a s públic a s
y d e b id o a la s fo r m a s te c noc r átic a s y a utor ita r ia s de po ne r la s e n
p r á c t ic a a tr a vé s de m a n d a t o s in s t it u c io n a le s , la p e r s p e c t iv a de
gé ne r o ha s ido v íc t im a de la bur o c r a tiza c ión po r par te de quie ne s
im p u ls a n a cc ione s que inc ide n e n la r e or ga niza c ión s oc ia l, la r e c o n­
ve r s ión e c o n óm ic a y p o lít ic a y la a c ultur a c ión de las muje r e s . Sus
e s cas os c o no c im ie nto s y sus vis ione s que van de s de e l a n t ife m inis ­
m o c ons c ie nte o ignor a nte s ote rrado, has ta e l e x plíc ito y agr e s ivo,
im p id e n una c o m p r e n s ión c a b a l de la p r o fu n d id a d de los pla n t e a ­
mie ntos .
Quie ne s a s í a ctúa n cas i nunc a c onoc e n de pr ime r a m a no las te o­
rías , las filo s o fía s y los c o mple jo s his tór icos e n que se apoya la pe rs ­
pe c tiva de géne ro. P o r e l c ontr a r io, a ís la n el c onc e pto de su c ue r po
te ór ic o y lo de s poja n de su d im e ns ión filo s ófic a y de s u pa pa c ida d
a na lític a y e x plic a tiva , la fr a gme nta n y, fina lme nte , la c onvie r te n e n
un t é r m ino que hace re fe r e ncia a las muje re s .
De e s ta ma ne r a , pe rs onas e ncar gadas de imple m e nta r esta pe r s ­
pe c tiv a c r e e n que es po s ib le s um a r la a s u c o nc e p c ión de l m u n d o
pa tr ia r c a l y que no de be m o d ific a r sus cre e ncias , sus valore s y sus
p r in c ip io s . E n ge ne r a l, se a s ombr a n s i a l a plic a r la pe r s pe ctiva e n
s us pr o g r a ma s y pr oye ctos , las muje r e s lo ace ptan y lo lle va n a la
p r ác t ic a y, a l ha c e r lo , s uc e de n pr oc e s os no pre vis tos o c o nflic to s .
Ignor a nte s , se s or pr e nde n de e sos c o nflic tos y has ta pla nte a n que es
in a d e c u a d o po r q ue c u a n d o las muje r e s se o r g a n iza n , a pr e nde n o
p o s e e n r e c ur s o s , s ie m p r e q uie r e n a lg o m ás . P r e g un t a n mo le s to s
¿q ué pr e te nde n?
M á s a llá de tale s vic is itude s , el p r o b le m a c ons is te e n que c on
las pé r dida s e n la d ifu s ión y e n la a p lic a c ión de la pe r s pe ctiva de
gé ne r o, la r e fe r e ncia a las muje r e s con e l nue vo nombr e es una tra­
d u c c ión a c r ític a . Se dic e géne r o y se pie ns a m uje r de s de las c o n ­
c e pc ione s patr iar cale s . Aunq ue más y más ins titucione s y pe rs onas
us a n e s ta p e r s p e c t iv a , se e nc ue ntr a n e n for os y c o ng r e s o s s obr e
gé ne r o y se hace n c ar go de l lla m a d o e je , e le me nto o c ompo ne nte de
gé ne r o, n o c o mpa r te n n i las líne as n i la r a dic a lida d en que se fu n ­
d a m e n t a . Se c r e e que c o n d e c ir g é ne r o se a d q u ie r e p o r a r te de
m a g ia u n a v is ió n p a r t ic ula r . Inc lu s o e s tá e n b o g a a p lic a r re ce tas
de gé ne r o a po lític a s ins tituc iona le s , tras ha be r lo a pr e ndido e n c a pa ­
c ita c io ne s m ultit ud ina r ia s de c uatr o horas . E n esta vía ha y ar tífice s
q ue s abe n da r a s us a ctivida de s cie r to toque cito de géne r o y has ta
c onve r tir s e e n e xpe rtos .
P o r e s o , e l t r a b a jo b a jo la p e r s p e c t iva de g é ne r o lle g a a s e r
e x p e r im e n t a d o c o m o u n a c o n c e s ión a las m uje r e s : t o m a r la s e n
c ue nta , nombr a r la s , gas tar re curs os en e llas , dis trae rs e c on e llas que
n o s on s ig n ific a t iva s ni r e a lme nte impo r ta nte s , es e nc o m ia b le . El
s upue s to es que las muje r e s no de be n ser parte de los e s fue rzos ins ­
tituc io na le s e c o nóm ic o s y po lític o s , que e l de s ar r ollo y la de moc r a ­
c ia s on as untos ma s c ulino s .
Entr e las pe r s ona s que s on mile s y mile s que hoy ha ce n tr aba jo
c o n pe r s pe c tiva de gé ne r o, se e nc ue ntr a n quie ne s no se ha n s uma do
a lo s e s fue r zo s p o r e lim in a r la o p r e s ión g e né r ic a a p a r t ir de s u
e x pe r ie nc ia y de su c o nc ie nc ia , s ino que les ha toca do c o m o parte
de s u t r a b a jo , de su a c c ión s o c ia l o p o lít ic a , n o e le g ida . N o ha n
t e n id o n i la c o n v ic c ión , n i la ne c e s ida d v it a l y no se id e ntific a n c on
la c aus a de las muje r e s . Su tr a ba jo es ins tituc io na l y r e pr oduce n un
t r a ta m ie nto m a c h is ta ha c ia las muje r e s y ho s tiliza n a las pe r s onas
r e a lm e nte c o m p r o m e t id a s , bo ic o te a n s us e s fue r zos o dir e c ta me nte
se o po ne n. Ha y ta m b ié n quie ne s c o n o po r tunis m o us an la pe r s pe cti­
va de gé ne r o po r que los fina n c ia m ie nt o s púb lic o s y pr iva dos pa r a e l
de s a r r ollo in c luy e n e l géne r o e n s us pr opós itos , y has ta lo c o ns ide ­
r a n c o m o r e quis ito pa r a a va la r pr oye ctos y pr ogr amas .
E n e s te p u n t o , es p o s ib le e x p lic a r e l im p o r ta n te a va nc e de la
pe r s pe c tiva de gé ne r o a pe s ar de tanto avatar. Es un p r o b le m a de
las re de s inte r na c iona le s de de s a r r ollo, los gobie r nos y las o r g a niza ­
c io ne s pr iva da s : unos y otras fun c io n a n a través de fondos pr o ve ­
nie nte s de zo na s , áre as y país e s e n los que la pe r s pe ctiva de géne r o
h a s id o im p u ls a d a p o r los m o v im ie n t o s de muje r e s , ha im p r e g na do
las p o lít ic a s s oc ia le s y a lc a nza ya e l ám b it o de los de r e chos y de las
p o lít ic a s g ube r na me nta le s y s us a ge ncia s de de s ar r ollo. Es un o de
lo s fu n d a m e n t o s de c or r ie nte s de la c o o p e r a c ión in t e r n a c io n a l y
gr acias a e lla s se ha e x te ndido a s itios in im a g in a b le s . De a h í parte
y lle g a a r e gione s , país e s e ins tituc ione s e n los que a un c ua ndo no
se dé la s ufic ie nte fue r za s oc ia l pa r a im p uls a r la pe r s pe ctiva , és ta se
d ifu n d e c o n la s e s tr a te g ia s p a r a e l d e s a r r o llo fo r m u la d a s e n las
r e de s vis ible s e in v is ib le s de la po lít ic a g lo b a liza d a .
La s m últ ip le s dis tor s ione s de la pe r s pe ctiva de géne r o pr ovie ne n
t a m b ié n de s u us o e x c lus ivo pa r a a na liza r a las muje r e s y de s ar ro­
lla r p r o g r a m a s c o n e lla s , a u n c u a n d o la te or ía de gé ne r o p e r m ite
a na liza r , c o mpr e nde r y de ve lar a los hombr e s . E l c o nte nido re lacio-
na l de la te or ía de gé ne r o es o m itid o , a s í c o m o su d e fin ic ión his tór i­
c a y los c onte nidos de géne r o de la s oc ie da d, e l Es ta do y la cultur a.
Lim it a r la pe r s pe ctiva de géne r o a las muje r e s e x ige una c o m ­
p lic a d a tr a ns a c c ión e ncubie r ta: si n o se parte de l c o nte nid o filos ófi-
c o- a na lític o fe m inis t a y s i po r gé ne r o se e ntie nde muje r , se ne utr a li­
za n e l a nális is y la c o m pr e ns ión de los proce s os , a s í c o m o la cr ítica ,
la d e n un c ia y las pr opue s tas fe minis ta s . Me d ia n te estos me c a nis mos
se a do p ta n m e ng ua da s cie rtas r e ivindic a c io ne s de las muje r e s . Co n
la a s é ptic a pe r s pe c tiva de géne ro se e lim in a la ma nufa c tur a fe m inis ­
ta pa r a e vita r la c o nt a m ina c ión .
P o r e llo , pe r s o na s , g r upo s e in s t it uc io n e s que tie ne n pos tur a s
de h o s t ilid a d y no se ide ntific a n c on e l fe m inis m o , s on capace s de
a do pta r c on c inis m o for ma s c onve nie nte s de la pe r s pe ctiva de gé ne ­
r o. S o n capace s ta m b ié n de no c one cta r las luc ha s e s pe cíficas de las
muje r e s e n ám b it o s a je nos a l s uyo y no s entirs e c onvoc a dos po r r e i­
v in d ic a c io n e s y c a us a s fe m in is t a s . N o se da n c ue nta de que e s a
a c titud es inc ohe r e nte con e l c o b ijo de l géne ro. P or e s o, la e c ua c ión
gé ne r o m u je r d e s liga d a de la filo s o fía po lít ic a , c o nlle va e l a s umir
po s ic io ne s opue s tas dé b ilm e nte a la opr e s ión patr iar cal y m u y lim i­
ta da a fa vo r de las muje r e s mis ma s .
De s de e l e nfo que as é p tic o de g é n e ro , los te mas más s ocorridos
se re fie r e n a la r e la c ión de las muje r e s c on la pr ote c c ión de l m e d io
a m b ie n t e , la in c o r p o r a c ión de las muje r e s a a lg un o s pr oc e s os de
p r o d u c c ión o c o m e r c ia liza c ión pa r a hace r a lgo c on s u po br e za , la
a te n c ión de a s pe ctos inc o ne x os de la s a lud de las muje r e s , el im ­
p uls o a la a te nc ión de las muje r e s víc tima s de la vio le nc ia , la in c lu ­
s ión de las muje r e s e n proce s os pa r tic ipa tivos y de c iud a d a n iza c ión ,
la c a p a c ita c ión de muje r e s e n dive r s as ha bilida de s y ofic io s y otros .
Lo s ig n ific a t iv o s on los te mas , los c uale s s on par te de la lla m a d a
age nda fe m inis ta , y la ma ne r a de tratarlos , cas i s ie mpr e s upe r fic ia l,
fr agme ntados e n c a da m uje r y e n c a da gr upo de muje r e s y lim it a ­
dos e n tie m p o y re curs os . Se r e a liza n accione s te mátic as con pe rs ­
pe c tiva de gé ne r o y se a le ja n de s u pr opue s ta a l hace r pr ogr a ma s
a is lados , inc one x os , te mpor a le s , que s ólo atie nde n de ma ne r a m a g ­
n ific a da un as pe cto de la v id a o de la pr o b le m átic a s oc ia l, e c o n óm i­
ca, p o lít ic a o c ultur a l.
Lo que n o se m ir a es que c a da m uje r es una to ta lida d y r e quie re
ser tratada a s í y que la pr o b le m átic a de las muje r e s es c o m p le ja e
inte gral y r e quie r e , ig ua lm e nte , a cc ione s inte grale s , c o mple ja s , pe r ­
ma ne nte s y de la r g o a lie nto. C u a n d o n o es as í, los r e s ultados no s on
contr a pr oduce nte s . C o n grande s e s fue r zos y e s cas os be ne fic ios , las
muje r e s cre e n que ya pa s a r on po r todo lo que s ign ific a e s ta pe r s ­
pe c tiv a : n i la h a n p r o b a d o e n s u r iq u e za , n i la ha n c o n o c id o a
fo ndo , y es po s ib le que que de n va c una da s contr a a ccione s e s pe c ífi­
cas de muje r e s , c o ntr a la c a us a de las muje r e s y, lo que es pe or ,
c ontr a s u p r o p ia c aus a vita l.
P os ic ione s c o m o las ante r ior e s , s on dife re nte s de las fe minis ta s
p o r q ue , a un c u a n d o lo g r a n v is ib iliz a r a la s m uje r e s y de s c or r e r
a lg ún ve lo de s u o pr e s ión, no ind a g a n las pr o funda s y c o m p le ja s
caus as n i los pr oce s os his tór ic os que las or ig ina n y r e pr oduc e n, ni
p r o p o n e n m o d ific a r de fo n d o e l o r de n g e né r ic o . S o n t e nd e nc ia s
me dia tiza dor a s que bus c a n a m ino r a r ma nife s ta c ione s de la pobr e za ,
la d is c r im ina c ión y la v io le nc ia , y a m p lia r un po c o la pa r tic ipa c ión
de las muje r e s . Ca s i s ie mpr e s in tocar las fue nte s de l d o m in io y s in
p la n t e a r n i p r o m o v e r c a m b io s g e né r ic o s e n los h o m b r e s , e n las
fa m ilia s , e n las c o m unid a de s ni e n las ins titucione s .
Inc lus o c ua n d o hay c onc ie nc ia de que los c a mbio s en las m u je ­
res pue de n oc as iona r le s pr o ble ma s , o que sus fa milia r e s se opone n
a s us e s fue r zos , ha y s orpre s a. Se e s pe ra que las muje r e s no m o d ifi­
que n s us pe ns a mie ntos , sus cre e ncias , sus cos tumbr e s y tr adicione s ,
que c on los pr ogr a ma s de géne r o me jor e n pe ro que no s ean r a dic a ­
les y n o pr o v o q ue n c o nflic to s . E n este as pe cto es e vide nte que la
c o m pr e ns ión de la pe r s pe ctiva de géne r o es dis tor s iona da al s up o ­
ne r que ante s las muje r e s y su e ntor no e s taban bie n o me jor , c o m o
si s u s itua c ión pr e via no fue s e s ufic ie nte me nte c o nflic tiva .
E l r e fo r m is m o de gé ne r o tie ne c o m o límite s la in to c a b ilida d de
los h o m b r e s y de lo s po d e r e s in s t it u c io n a le s . Se a p o y a e n un a
vis ión t r a d ic io na l s e xis ta s obre las muje r e s , c o m o s i s ólo de s ar r olla ­
ran s u c o nc ie nc ia me dia nte a cc ione s ins titucionale s de géne r o, has ta
lle g a a a r gume nta r s e que las muje r e s no tie ne n e sos pr o ble ma s que
le s s on cr e ados de s de a fue r a c on ide as e x óticas y e x tranje ras , c o m o
s i p o r otras vía s e s tuvie s e n pr ote gida s y a c e pta ndo e l or de n.
E l e nc ue ntr o de las accione s de géne r o c on las muje r e s es s ólo
eso: un e nc ue ntr o que pe r mite a poyar a las muje r e s , pe r o s on e llas
m is m a s quie ne s ha c e n los c a m b io s , se ar r ie s gan y a c túa n pa r a e n­
fr e nta r c o n d ic io n e s ins o p o r ta b le s o injus ta s , pa r a s o b r e vivir , pa r a
me jor a r y par a cons tr uir alte rnativas . Lo s motivos de las muje r e s no
e s tán e n la pe r s pe ctiva de géne ro, s ino e n su vive nc ia de l géne ro.
A pe s ar de todos los tr opie zos , la pe r s pe ctiva de géne r o a va nza ,
se d ifu n d e , s e e x pa nde . Es la m a te r ia liza c ión de una parte de la c u l­
tur a fe m inis t a y un a pue r ta de e ntr ada a e lla . Ho y la c ultur a fe m i­
nis ta tras cie nde ám b it o s y se c onvie r te e n la m e d id a de lo po s ible
e n a c c ione s ins tituc io na le s y e n la p o s ib ilid a d de us ar re curs os para
la s muje r e s , a po y a r s us o r g a niza c io ne s y m o v im ie n t o s e impa c ta r
las po lític a s p úb lic a s de s de las ne ce s idade s y las a s pir ac ione s libe r ­
tarias de las muje r e s .

T e o ría de g é n e ro y p e rs p e c tiv a de g é ne ro
E l gé ne r o es m ás que u n a c a te gor ía , es una te or ía a m p lia que
a ba r c a c ate gor ía s , hipóte s is , inte r pr e tacione s y c o no c imie nto s r e la ti­
vos a l c o n ju n t o de fe n óm e n o s his t ór ic o s c o ns tr uid o s e n to r no al
s e xo. E l gé ne r o e s tá pre s e nte e n e l m u n d o , e n las s ocie dade s , e n los
s uje tos s oc ia le s , e n s us re la cione s , e n la p o lít ic a y e n la c ultur a.
E l gé ne r o es la c a te gor ía cor r e s pondie nte a l or de n s oc ioc ultur a l
c o nfig u r a d o s obre la bas e de la s e x ua lida d: la s e x ua lida d a su ve z
d e fin id a y s ig n ific a d a h is t ór ic a m e n t e p o r e l o r d e n g e né r ic o . De
a c ue r do c o n Se y la Be nha bib :

“P or [ géne ro] e nt ie ndo la c ons t r uc c ión d ife r e nc ia l de los


seres huma nos e n tipos fe me ninos y mas culinos . E l géne ro es
una cate gor ía r e la c iona l que bus ca e x plicar una c ons tr ucción
de un tipo de dife r e nc ia entre los seres huma nos . La s teorías
fe minis ta s , y a s e an ps ic oa na lític a s , pos mode r na s , libe r ale s o
críticas c oinc ide n e n e l s upue s to de que la c ons titución de d ife ­
re ncias de géne r o es un proce s o his tór ico y s ocial, y en que e l
géne r o no es un he cho natural. Aún más ... es necesario cue s ­
tionar la o po s ic ión m is m a entre sexo y géne ro. La dife r e ncia
s e xual no es me r ame nte un he cho ana tómic o, pue s la cons tr uc­
c ión e inte r pr e tación de la dife r e ncia a na tómic a es e lla mis ma
un proce s o his tór ico y s ocial. Que e l var ón y la he mbra de la
e s pe cie difie r e n es un he cho, pe ro es un he cho también s ie m­
pre cons truido s ocialme nte . La ide ntida d s e xual es un aspecto
de la ide ntidad de géne ro. E l sexo y e l géne ro no se r e lacionan
e ntre s í c o m o lo hace n la natur ale za y la cultur a pue s la s e xua­
lida d mis ma es una dife r e nc ia c ons tr uida cultur alme nte ”*.

C a d a m uje r y c a da ho m b r e s inte tiza n y c onc r e ta n e n la e x pe ­


r ie n c ia de sus pr opia s vida s e l pr oc e s o s oc ioc ultur a l e his tór ic o que
lo s ha c e s e r pr e c is a me nte e s e h o m br e y esa muje r : s uje tos de s u
p r o p ia s ocie dad, vivie nte s a través de s u c ultur a, c o bija do s p o r tr a­
d ic io n e s r e ligios a s o filo s ófic a s de s u gr upo fa m ilia r y s u ge ne r a ­
c ión , hablante s de s u id io m a , ubic a dos e n la na c ión y e n la clas e e n
que ha n na c ido o e n las que ha n tr ans itado, e nvue ltos e n la c ir c uns ­
ta nc ia y los proce s os his tór ic os de los mo me nto s y de los lugare s e n
que s u v id a se de s ar r olla.
E l m e c a n is m o c ultu r a l de a s ig n a c ión de l g é ne r o s uce de e n e l
r itua l d e l parto: a l nace r la c r iatur a , c on la s ola mir a d a de s us g e ni­
tale s , la parte ra o e l par te r o dic e y n o m b r a a la ve z: “ es n iña ” o “es
n iñ o ". L a pa la b r a , e l le n g u a je es la m a r c a que s ig n ific a e l s e x o
e ina ug ur a el géne r o. Y e l re s to de la v id a de ma ne r a c a s i im p e r ­
c e ptible se re pite e l r itua l: c a d a pe r s ona r e conoce a otr a a través de
la m ir a d a de s u c ue r po, de la e s cucha de s u v o z y cons ta ta que es
u n a m u je r o un h o m br e . Ad e m ás lo c e r tific a e n las a c c ione s , los
c o mpo r ta m ie nto s , las actitude s , las mane r as de actuar y de r e la c io­
nars e , y po r e l c o njunt o de cos as que e sa pe rs ona pue de o no hace r,
d e c ir , pe ns ar . Es de c ir , p o r los lím it e s impue s to s a s u s e r- e n- e l-
m u n d o po r esa c o ns tr uc c ión que es e l géne ro.
A p a r t ir de l m o m e n t o de s er n o m b r a d o , e l c ue r p o r e c ibe una
s ig n ific a c ión s e x ual que lo de fine c o m o r e fe re ncia no r ma tiva in m e ­
d ia ta pa r a la c o ns tr uc c ión e n c a da s uje to de su m a s c ulin id a d o de s u
fe m in id a d , y pe r dur a c o m o no r m a pe r ma ne nte e n e l de s a r r ollo de
s u his tor ia pe r s onal, que es s ie mpr e his tor ia s ocial. E l géne r o es una
c o ns tr uc c ión s im b ó lic a y c ontie ne e l c o njunto de a tr ibutos a s igna ­
dos a las pe rs onas a pa r tir de l s e xo9. Se trata de caracte rís ticas b io ­
lóg ic a s , fís icas , e c o nóm ic a s , s ociale s , ps ic o lógic a s , e r óticas , ju r íd i­
cas , polític a s y c ultur ale s . E l gé ne r o im p lic a :

- La s a c tivida de s y las cre acione s de l s uje to, el hace r de l


s uje to en e l m u n d o .
- La in te le c t u a lid a d y la a fe c t iv id a d , los le n g ua je s , las
c o nc e p c io ne s , los va lor e s , e l im a g in a r io y las fa nta s ía s , e l
de s e o del s uje to, la s ubje tivida d de l s uje to.
- La id e ntid a d de l s uje to o a uto id e nt id a d e n tanto ser de
gé ne r o: pe r c e p c ión de s í, de su c o r p o r a lid a d , de s us a c c io ­
ne s , s e ntido de l Yo , s e ntido de pe r te ne ncia , de s e me ja nza , de
dife r e nc ia , de u n ic id a d , e s tado de la e x is te nc ia e n e l m und o .
- Lo s bie ne s d e l s uje to: mate r iale s y s im b ólic o s , re curs os
vita le s , e s pa c io y lug a r e n e l m un d o .
- E l p o d e r de l s uje to (c a pa c ida d pa r a vivir , r e la c ión c on
o t r o s , p o s ic ió n je r ár q u ic a : p r e s t ig io y e s ta tus ), c o n d ic ió n
p o lít ic a , e s tado de las r e la cione s de po de r de l s uje to, o po r tu­
nida de s .
- E l s e ntido de la v id a y los lím ite s de l s uje to.

E l gé ne r o as e nta do e n e l c ue r po, lo e s tá e n e l c ue r po his tór ic o, y


c a da qu ie n e xis te e n un c u e rp o- v iv ido 10.
La s e x ua lida d es e l re fe re nte de la o r g a niza c ión ge nér ica de la
s oc ie da d y c ons tituy e e l p u n t o de pa r tida de los c a m ino s tr azados
c on a nt e la c ión pa r a la c ons tr uc c ión de c a mino s de v ida tan d e fin i­
dos , que es de s e ntido c o m ún a tr ibuir los a u n s upue s to de s tino. N o
ha y tal, la s e x ua lida d, ma te r ia de l géne r o, es e l c o njunto de e xpe ­
r ie n c ia s h u m a n a s a tr ib u id a s a l s e xo y d e fin id a s p o r la d ife r e n c ia
s e x ua l y la s ig n ific a c ión que de e lla se hace . Co ns tituy e a las pe r s o­
nas y las ads cr ibe a gr upos bio- s ocio- ps ico- culturale s ge néricos y a
c o nd ic io ne s de v id a pr e de te r mina da s que a su ve z c o nd ic io na n sus
p o s ib ilid a d e s y s us po te nc ia lida de s vitale s . La s e x ua lida d, conde n-
s ada e n e l gé ne r o de fine :

- Lo s gr upos ge nér icos .


- Lo s s uje tos par ticular e s : las muje r e s y los hombr e s .
- La s r e la c ione s s oc ia le s d e fin id a s e n tor no a l s e xo por
e da de s ; es de c ir , las r e la c ione s de gé ne r o c o nc e bida s t a m ­
b ié n de pr o p ie da d de bie ne s y re curs os y de la r ique za .
- La s in s t it u c io n e s p r iv a d a s y p ú b lic a s , e c o n óm ic a s y
s oc ia le s , jur íd ic a s y polític a s .
- La c ultur a: los s ímbo los y las re pre s e ntacione s , e l im a ­
g in a r io y la fa nta s ía s , las c o nc e pc io ne s d e l m u n d o y de la
v id a , de c a da aconte ce r; las mane ras de pe ns ar y los pe ns a ­
m ie n to s , a s í c o m o la a fe c tiv id a d ; los le ngua je s c or por a le s ,
ve r ba le s , e s c r itos y s us c o r r e s pondie nte s s us tr atos , la ges-
t ua lid a d , la pa la br a y la vo z, la e s critura, e l arte y todas las
c r e a cione s e fíme r a s de la v id a c o tidia na , as í c o m o las cr e a­
c io ne s ma te r ia le s m ás pe r dur a ble s ; valor e s c ir c uns c r itos e n
un a e tic id a d y , de s de lue g o , dime ns io ne s var iadas de l s e nti­
d o de la v id a . La s id e n t id a d e s pe r s o na le s y g r up a le s , a s í
c o m o las m e nta lida de s in d iv id ua le s y cole ctivas .
- La v id a de p r inc ipio a fin de ca da pe r s ona 11.

E l o r de n fu n d a d o s obre la s e x ua lid a d es de s de lue g o un or de n


de p o d e r . E n c o n ju n t o es un c o m p le jo m o s a ic o de g e n e r a c ión y
r e pa r to de pode r e s que se c oncr e tan e n ma ne r a s de v iv ir y e n o po r ­
tunida de s y r e s tr iccione s dife r e ncia le s .
L a s oc ie da d y e l Es ta do tie ne n u n c o njunt o de o bje tivos liga dos
a l c o ntr o l y a l or d e na m ie nto y s a nc ión de la s e x ua lida d. S o n fun c io ­
ne s e s tatale s lig a d a s a l s e ntido de s u a c c ión s ocial y de l de s ar r ollo
v ig ila r q u e se c u m p la la o r g a n iza c ión s oc ia l ge né r ic a: la d iv is ión
de l tr a ba jo y de la v id a , c ontr ola r la s ubje tivida d y los cue r pos de
las y los ha bita nte s y de las c iuda da na s y los c iuda da nos , a s í c o m o
lo gr a r e l c ons e ns o pa r a ese or de n s oc ia l y par a el m o d o de v id a que
pr o duc e . L a n o r m a t iv id a d de la s e x ua lida d tie ne a de más m últ ip le s
m e c a nis m o s p e d a g óg ic o s , c oe r c itivos , cor r e ctivos , que a su ve z s on
m e c a nis m o s de po de r de d o m in io que as e gur an ma yor e s p o s ib ilid a ­
de s de de s a r r ollo a a lg uno s s uje tos de géne r o fre nte a otros que , por
s u gé ne r o y s u s itua c ión vita l, tie ne n r e duc idas opor tunida de s .
La s nor ma s , las cre e ncias , las c os tumbr e s y las accione s as í c o m o
la s r e la c ion e s ba s a da s e n la s e x u a lid a d s on a s u ve z e s pa c ios de
c ons tr uc c ión de pode r e s de de s ar r ollo, de cr e ación de opor tunida de s
y de a lte r na tiva s a l or de n impe r a nte e n c a da c ír c ulo pa r tic ula r . E l
h ab itu s es un e s pac io de e ncue ntr o c o m ple jo de dive rs as normativi-
dade s , a s igna c ione s y po s ibilida de s ge néricas par a c ada pe rs ona. De
a c ue r do c on la r e la c ión e ntro lo opr e s ivo y lo e ma nc ipa tor io, las pe r­
s onas tie ne n m a y o r o me nor p o s ib ilid a d de inte r ve nir activame nte .
L a c a te gor ía de géne r o es a de c ua da pa r a a na liza r y c ompr e nde r
la c o n d ic ió n f e m e n in a y la s itu ac ión de las m uje re s , y lo es ta mbié n
p a r a a n a liz a r la c o n d ic ió n m a s c u lin a y la s it u a c ió n v it a l de lo s
h o m b re s . Es de c ir , e l géne r o pe r mite c ompr e nde r a c ua lq uie r s uje to
s o c ia l c u y a c o ns tr uc c ión se a poye e n la s ig n ific a c ión s oc ia l de s u
c ue r po s e x ua do c o n la c a r ga de de be re s y pr o hibic io ne s a s ignada s
p a r a v iv ir , y e n la e s p e c ia liza c ión v it a l a través de la s e x ua lida d.
La s muje r e s y los hombr e s no c o nfo r m a n clas e s s ociale s o cas tas ;
p o r s us c a r a c te r ís tic a s pe r te ne ce n a la c a te gor ía s oc ia l de gé ne r o,
s on s uje to s de g é n e ro .
Ad e m ás de a plic a r s e a l a nális is de los s uje tos g e n é ric o s , la te o­
r ía de gé ne r o a ba r ca las d ime ns io ne s más a mplia s de l m u n d o e n sus
c o nte nido s ge nér icos . As í es pos ible r e conoce r las c omple ja s o rg a ­
n iz ac io n e s s o c iale s g e n é ric as que for ma n parte de las for ma c ione s
s oc ia le s , o de unive r s os c ultur ale s , r e ligios os , ling üís tic o s , ge opolí-
tic os , e tc. La s o rg an iz ac io n e s s o c iale s g e n é ric as , e xpre s an la or ga ­
n iz a c ió n s o c ia l de la s e x ua lid a d y e s tán c o ns tit uid a s po r s uje tos ,
r e la c ione s , ins tituc ione s y accione s s ociale s .
De e s ta ma ne r a es po s ible ide ntific a r e n dis tintas dime ns ione s de
m u n d o , e s pe c ífic as o rg an iz ac io n e s g e n é ric as : la o rg an iz ac ión g e n é ­
ric a de l m u n d o Is lám ic o , de l m u n d o Oc c ide nta l, de l m un d o Me d it e ­
r r áne o, de l m u n d o La tino a m e r ic a no , e l m un d o Ma s ón, el m u n d o de
las fa be la s , e l m u n d o c r is tia no, e l m u n d o his pa noha bla nte , e l m u n d o
ju v e n il, y de m uc ho s más .
Ot r o n iv e l de a n ális is h is t ór ic o c onc r e to de m u n d o s , es e l de
fo r m a c io ne s e c onómic o- s oc ia le s de limita da s e n un te r ritorio n a c io ­
n a l c o n s u o r g a n iz a c ió n s o c ia l y e n un d e t e r m in a d o p e r ío d o de
t ie m p o . T a l e s e l c a s o de la o r g a n iz a c ió n s o c ia l g e n é ric a e n e l
m u n d o m e s o a m e r ic a n o d e l p e r ío d o pa tr ia r c a l, c on s u m ilit a r is m o
t e o c r át ic o , s us c la s e s s o c ia le s y s u fo r m a e s p e c ífic a de d o m in io
pa tr ia r c a l de los hombr e s s obre las muje r e s que s inte tiza la falocra-
c ia s oc ia l y e s tatal a lo la r go de l hor izonte his tór ic o c or r e s pondie n­
te, c uy o fin e s tá ma r c a do po r la c onquis ta .
Ot r a o r g a n iz a c ió n g e n é ric a e n un a d im e n s ión de m u n d o m ás
lim it a d a e s , po r e je m p lo , la me x ic a e n e l pr oce s o de la c onquis ta , y
una m ás a ba r c a dor a s e ría la o rg an iz ac ión s o c ial g e n é ric a novohis -
pa n a de los s iglos X V I a l X IX e n sus dife re nte s pe r íodos , te rritorios
y d e m a r c a c io n e s . C o n e s ta m e t o d o lo g ía es p o s ib le d e lim it a r la
o r g a n iz a c ió n s o c ia l g e n é ric a p a t r ia r c a l m e x ic an a c o n te m p o rán e a
que a ba r c a po r lo me nos de s de e l libe r a lis m o d e c im o n ón ic o has ta e l
ne o lib e r a lis m o de nue s tr os días .
E l a nális is g e né r ic o in c luy e , a de m ás de la o r g a niza c ión s oc ia l,
p o r s u p u e s t o a lo s s u je to s de g é n e r o , q u ie n e s p r o t a g o n iz a n las
a c c ione s , las a c tivida de s , las r e la cione s , las cr e acione s e n e s os m u n ­
dos : las muje r e s y los hombr e s . Aba r c a las c o ndic io ne s de géne ro
de los s uje tos , c o nd ic io ne s a s ignada s y de s ar r olladas e n las pe r s o­
nas y po r e lla s m is m a s a pa r tir de las p o s ibilida de s s ociale s re ale s y
de los e s te r e otipos c ultur ale s : s on la c o nd ic ión fe m e nina y la c o n d i­
c ión m a s c u lin a e n toda s s us pa r tic ula r ida de s , y otras d e fin ic io n e s
de gé ne r o p o r mino r ita r ia s que s e an. De s ta ca n e n las c o ndic ione s de
gé ne r o la c o r po r a lida d, e l p s iq uis m o y la s ubje tivida d, a s í c o m o las
id e n tid ad e s de g é n e ro de c a da s uje to y de gr upos que c ompa r te n
caracte r ís ticas s e me jante s .
La pe r s pe c tiva de géne r o in c luy e e l a nális is de las re lac io n e s
s o c ia le s in t e rg e n é ric a s (e ntr e pe r s ona s de gé ne r os d ife r e nte s ) e
in trag e n é ric as (e ntre pe rs onas d e l m is m o géne r o) pr ivadas y p ú b li­
cas , pe r s ona le s , gr upa le s y c ole c tiva s , íntim a s , s agradas , po lític a s .
De s de e s ta pe r s p e c t iv a se a n a liza n de s de lue g o las in s t it u c io n e s
c ivile s y e s tatale s , tr a dic iona le s , info r m a le s y for ma le s , e duc ativa s ,
de c o m u n ic a c ión , s anitar ias , r e ligios as , de gobie r no, jud ic ia le s , a s í
c o m o los tr ibuna le s , y todos los me c a nis mo s p e d ag óg ic o s de e ns e ­
ña n za ge né r ic a. La s m is m a s u otras ins tituc ione s s on e ncar gadas de
lo gr a r e l c o ns e ns o a l or de n de géne r os , es de cir , la id e n t ific a c ión
c o n s u s e ntido y la le a lta d e n su de fe ns a. Son de la ma y or im p o r ­
ta n c ia los m e c a n is m o s que e n todas las ins tanc ias me nc io na d a s o
e n otr as in s t it uc io n e s e je r c e n la c o e rc ión s oc ia l pa r a s a nc io na r a
q u ie n e s in c u m p le n c o n la s n o r m a s , los de be r e s y los lím it e s de
géne r o.
E l a nális is de gé ne r o se a p lic a a la c o mpr e ns ión de la norm ati-
v id a d d e l c o n t e n id o de gé ne r o y de la c a pa c ida d de r e pr o duc ir e l
or de n de gé ne r o que tie ne n c ód ig o s , le ye s , ma nda tos y m a n d a m ie n ­
tos e s c r itos , m e m o r iza d o s y tr a ns mitido s or a l, e je m p la r , g r áfic a o
im a g ina r ia m e nt e . Par a e l func io n a m ie n to a de c ua do de la nor mativi-
d a d es fund a m e nt a l la v ive nc ia pe r s ona l y c ole c tiva , la o be die nc ia
y e l c u m p lim ie n t o a s í c o m o la r e s is te ncia y la s ubve r s ión. T odos
lo s c ue r p o s n o r m a t iv o s la ic o s y r e lig io s o s , c ie n t ífic o s , ju r íd ic o s ,
a c a d é m ic o s , e ntre otr os , se o c up a n de r e glar e l or de n de géne r os ,
de e s table ce r de be re s , o b lig a c io n e s y pr o hibic io ne s a s igna da s a los
géne r os y ma r c a n las for ma s de r e la c ión e ntre és tos , sus límite s y
s u s e ntido.
F un c io n e s s e me jante s , tie ne n las c os tumbr e s y las tr adic ione s y
c ue nta n a de más , c on e l pe s o c o m p u ls iv o de los m and ato s de g é ne ro
le g itim a d o s e n e l pa s a do y e n las ge ne a logías . L a te oría de géne r o
c o n lle v a e l a nális is de la e fic a c ia re al y s im b ólic a de las c a pa c ida ­
de s de c o ns e r va c ión, in n o v a c ión y c a m b io que pre s e ntan las dive r ­
s as d im e ns io ne s de m u n d o e n c ua nto a s us c onte nidos de géne r o,
a s í c o m o la m a le a b ilid a d de la e c o no m ía , la s ocie dad, la p o lít ic a y
la c ult ur a e n e s os m un d o s e n r e la c ión c on los géne ros y c o n la pr o ­
b le m át ic a s oc ia l que s ig n ific a s u r e pr oduc c ión his tór ica.
Es ta pe r s pe ctiva e s tá ba s a da e n la te oría de gé ne r o que pe r mite
a na liza r a las muje r e s y a los hombr e s no c o m o seres dados , e te rnos
e in m ut a b le s , s ino c o m o s uje tos his tór ic os , c ons tr uidos s oc ia lme nte ,
pr o d uc to s de l t ipo de o r g a niza c ión s oc ia l de gé ne r o pr e va le c ie nte
e n s u s o c ie d a d 12. L a te o r ía de gé ne r o ub ic a a las muje r e s y a los
ho m br e s en s u c ir c uns ta nc ia his tór ic a y po r e llo da c ue nta ta mbié n
d e la s r e la c io n e s de p r o d u c c ió n y de r e p r o d u c c ió n s o c ia l c o m o
e s pa c ios de c o ns tr uc c ión de géne ro.
As í, la d iv is ió n d e l m u n d o e n p r iv a d o y p ú b lic o c or r e s ponde
c o n e s a o r g a niza c ión : la d iv is ión de l tr aba jo y las dife r e nc ia s e n la
p a r t ic ip a c ión de las muje r e s y de los hombr e s e n los e s pacios y e n
la s a c tivid a d e s s oc ia le s , la s e gr e ga c ión s e x ual de muje r e s y h o m ­
b r e s t a n t o c o m o lo s de be r e s de in te r c a m b io y c o n v iv e n c ia e ntr e
a m bo s . La s r e la c ione s íntim a s , las r e la cione s de c ontr a to y de a lia n ­
za cor r e s ponde n c o n la ma r c a de gé ne r o de la s oc ie da d. La p s ic o lo ­
g ía , los c o m p o r t a m ie n t o s y la ide ntida de s fe me nina s y ma s c ulina s
s on ta m b ié n c a mbia nte s y cor r e s ponde n a l m u n d o e n que vive n las
muje r e s y los hombr e s .
E n s u d im e n s ión po lít ic a , la te or ía de gé ne r o p o lít ic a pr o p o r c io ­
n a re curs os pa r a r e c onoc e r y a na liza r la dife r e nte c o nfo r m a c ión de
pode r e s que cor r e s ponde n a c a da géne r o, y las r e la cione s de pode r
e ntr e lo s g é ne r o s . De s d e lu e g o , c o m o t e o r ía h is t ó r ic a c o n t ie n e
e x plic a c io ne s s obre e l im p a c to de los pode re s de gé ne r o e n e l c o n ­
ju n t o de la s oc ie da d, e n e l Es ta do y e n la cultur a.
As í, la pe r s pe c tiva de gé ne r o pe r mite c o mpr e nde r la c o m p le ji­
d a d s oc ia l, c ultur a l y p o lít ic a que e xis te e ntre muje r e s y hombr e s ,
ig n o r a d a p o r otr o s e n fo q u e s , o b s t in a d o s e n pr e s e nta r un m u n d o
na tur a lme nte a ndr oc é ntr ic o. E n ese s e ntido, otras vis ione s d o m in a n ­
tes e n nue s tra c ultur a cons ide r a n que las dife r e ncia s e ntre muje r e s y
h o m br e s s on n a t u ra le s 13 y que lo que oc ur r e a las muje r e s c o m o
muje r e s y e n las r e la c ione s e ntre muje r e s y ho m br e s , n o tie ne la
s ufic ie nte im p o r ta n c ia c o m o pa r a impa c ta r a l de s ar r ollo.
S o n e nfo que s que m in im iz a n n o s ólo las dife r e ncia s de vid a y
de s er e ntre muje r e s y hombr e s , a de más no r e conoce n las r e lacione s
de d e s ig ua ld a d y la in e q uid a d vita l e ntre a mbo s géne ros c o m o p r o ­
duc t o d e l or de n s oc ia l. Atr ib uy e n a los dios e s , a la natur a le za o a
dive r s a s fue r za s in ta n g ib le s la in fe r io r iza c ión de las muje r e s y la
s up r e m a c ía de lo s ho m br e s . Co n un a v is ión c atas tr ofis ta da n po r
s e ntado que a s í e s , a s í ha s ido y as í s erá, que es ir r e me dia ble y, e n
e l c o lm o , a s oc ia n e s os he chos con un s e ntido de l bie n, de la ve r dad
y de la r a zón.
F in a lm e n t e , a l in v is ib iliza r e l or ige n his tór ic o de la de s ig ua lda d
e ntre muje r e s y hombr e s , otros e nfoque s c ontr ibuye n a r e pr oduc ir
las c o nd ic io ne s que o m ite n y c o a dy uva n a la opr e s ión de las m uje
res a l n o c o nt a b iliza r su e x is te ncia y a l no cons ide r ar las c o m o parte
de la s oc ie da d, de l de s a r r ollo y de la de mocr a cia . De a h í la impor-
taiic ia de la pe r s pe ctiva de géne r o. Su a por ta c ión cons is te e n d e ve ­
lar p o r lo me nos otra m it a d de la r e a lida d y con e llo m o d ific a la ya
c o no c id a , cre a u n a n ue va r e a lida d, a l hace r lo, pla nte a nue vos p r o ­
ble ma s y nue va s alte r nativas .
La pe r s pe c tiva de gé ne r o c ontie ne re curs os pa r a de mos tr ar las
c one x ione s e ntre e l atras o e n e l de s ar r ollo, la mis e r ia y las in ju s t i­
c ia s , de a c ue r do c on e l or de n s oc ia l do mina nte . A l m is m o tie m po
pe r mite c o mpr e nde r p o r qué e n s ocie dade s de avance s de moc r átic os
e n las r e la c ione s e ntre muje r e s y hombr e s , se dan for ma s de de s a­
r r o llo s o c ia l m e n o s in e q u it a t iv a s . Es te t ip o de a n á lis is p o s ib ilit a
de ja r de pe ns a r que ha y s oc ie da de s na tur a lme nte más e quita tiva s
que otras o que ha y s ocie dade s más a vanzada s e n la pr o b le m átic a
de la m uje r que otras por que a s í s on.
De h e c h o la r e la c ió n e ntr e id io s in c r a s ia n a c io n a l, é t n ic a , de
clas e o de e da d, c on las ide ntidade s de géne ro de ja de ser ace ptada
c o m o na tur a l y pue de ser obs e r va da ta mbié n e n su a r duo c a m in o de
c o n s tr u c c ión h is t ór ic a . Ya no es p o s ib le e x plic a r que los s uce s os
s ociale s , c o m unit a r io s y pe r s onale s se de be n por e je m p lo a l carácte r
o te m pe r a m e nto na c io na l: e l m a c h is m o de los me x ic a nos , la a bne ­
g a c ión de las muje r e s la tino a me r ic a na s , e l a tr e vimie nto de las n o r ­
te a me r ic a na s , la v io le n c ia de ...
C o n la pe r s pe c tiva de géne r o es po s ible s abe r c óm o se c ons tr u­
ye n d ía a día , ins tituc io na l e info r m a lme nte , e l m a c h is m o , la v io le n ­
c ia o la inc r e íble c a pa c ida d de tole r a nc ia y re s pue s ta de las muje r e s
a la mis e r ia . T a m p o c o es po s ible ins is tir e n a nális is s upue s tame nte
ne utr os s obre los m o de lo s s ociale s c o m o si éstos fue r an indife r e nte s
a las c o nd ic io n e s de gé ne r o de muje r e s y hombr e s . Es t á fue r a de
lu g a r a r g u m e n t a r q ue n o se ne c e s it a n p o lít ic a s e s p e c ífic a s pa r a
e nfr e nta r la mis e r ia de las muje r e s por que ya e s tán inc luida s e n las
p o lít ic a s g e ne r a le s , o q ue n o se r e quie r e n r e cur s os e c o n ó m ic o s
e s pe c ífic os pa r a cre ar e mple os fe me ninos por que esos e mple os s on
ig ua le s a los ge ne r a le s y ya e s tán c o nte m pla d o s e n los pr oye ctos
r e s pe ctivos .
A pe s ar de la c o ntunde nc ia de los c o noc imie ntos pr oduc idos en
la ma te r ia , lle g a n a confr ontar s e las propue s tas de de s ple gar p o lít i­
cas e s pe c ífic as ha c ia las muje r e s con e l a r gume nto de que es c o n ­
tr a dic tor io c on la s upue s ta igua lda d: si las muje r e s quie r e n ser ig u a ­
les no de be n te ne r de r e chos , pr ogr a ma s o polític a s e s pe cíficas , p o r ­
que se c o lig e que e s o cre aría una dife r e nc ia (tr a duc ida e n c ar e ncia
e n los hombr e s ) y e s table ce ría un p r iv ile g io de de s igua lda d fre nte a
los hombr e s .
L a p e rs p e c tiv a de g é n e ro y lo s m ito s f u n d a n t e s
L a pe r s pe c tiva de géne r o de r r umba la c o nc e p c ión libe r a l e id e a ­
lis ta que a va la la c r e e ncia e n que la ig u a ld a d e ntre los s exos e s ta­
b le c id a e n la le y y pr o c la m a d a e n dive r s os m ito s cultur ale s , corre s ­
p o n d e c on lo que s uce de s oc ia lme nte día a día . De s de la pe r s pe cti­
va de gé ne r o es po s ib le c ompr e nde r que las le ye s , las nor mas y los
m ito s c ultur a le s e x pr e s a n de dive r s as fo r m a s he c hos pa r c ia lme nte
e xis te nte s , he c hos de e ras pas adas o he c hos utópic os , que pla s m a n
ne c e s ida de s y de s e os de ig u a ld a d , r e p r im ido s o s ubo r dina do s . La
d ia lé c t ic a c ons is te e n que al e xpre s arlos ima g ina r ia m e nte , c o m o s i
o c ur r ie r a n e n e l m u n d o , s in que s e an e x p e r ie n c ia ni p r ác t ic a de
v id a , s on tr as la dados a l r e ino de lo ine x is te nte .
P o r e s o, hace r e vide nte la r e al d e s ig ua ld a d e ntre las muje r e s y
los h o m b r e s , a l pla n t e a r la v ig e nc ia y v it a lid a d de la d o m in a c ión
y la o p r e s ión , y a d e m ás la e v ide n c ia de m últ ip le s ma ne r a s de su
de s e s tr uc tur a c ión e n la vid a de las muje r e s y e n e l m u n d o , c onduc e
a de s c ubr ir lo ne ga do o a c hoc a r c on quie ne s e s tán de a cue r do e n la
d o m in a c ión . Lle v a ta m b ié n a de s monta r las bas e s de la c o nc e p c ión
de l m u n d o m ág ic a y m ític a y a l a b a nd o n o de cr e e ncias ace ndr adas ,
a ntig ua s y s ólida s de las pe r s onas de los gr upos s ociale s . Co nd uc e
ig ua lm e n te a in v a lid a r la c onc e p c ión b ina r ia de l m u n d o y la lóg ic a
fo r m a l, no s ólo pa r a a bor da r e s ta pr o b le m átic a . Al tr ans itar de su
s is te ma de pe ns a m ie nto a l otr o, ya no es po s ible vo lve r a pe ns ar de
e s a ma ne r a .
A s u m ir la pe r s p e c t iv a de gé ne r o r e quie r e un gr a n e s fue r zo y
c o n d u c e a una r e v o lu c ión in te le c tua l inte r na de t ipo pe r s ona l y a
una r e v o luc ión c ultur a l de las me nta lida de s . La c o nc e pc ión b ina r ia
n o pe r mite pe ns a r la o r g a niza c ión ge né r ic a de l m u n d o por que , a un
c u a n d o c u lt u r a lm e n t e s e a r e p r e s e n t a d a c o m o u n o r d e n b in a r io ,
s o c ia lm e n t e e s e p r in c ip io no se r e a liza : las ma ne r a s m ú lt ip le s y
dive r s as e n que las muje r e s y los hombr e s r e a liza n s u c o nd ic ión de
g é n e r o , d e s c a r t a la c o n c e p c ió n m o n o lít ic a y c e r r a da a c e r c a de l
h o m b r e y la m uje r , c o m o polos r íg ido s a utoc onte nidos y e xcluye n-
tes, y c o m o si fue s e n r e alidade s s ociale s , c o m o s i cada m uje r fue s e
la m uje r y c a da ho m br e fue s e e l hombr e , r e s pe c tivame nte 14.
E n c ua nto a la lóg ic a fo r m a l, la c o nfr o nta c ión es r a dic a l por que
este t ipo de pe ns a mie nto lóg ic o im p id e pe ns ar de ma ne r a c o m pr e n­
s iva y d ia lé c t ic a la c o m p le jid a d de géne ro. La lóg ic a fo r m a l, a de ­
m ás de ser b ina r ia , e s table ce pr inc ipio s unívoc os de r e la c ión causa-
e fe c to en los fe nóme no s y a de más parte de que una caus a e s tá e n e l
o r ig e n de fe nóme no s c o mple jo s .
La te or ía de gé ne r o e s tá c o ns tr uida dia lé c tic a me nte y e l a nális is
de gé ne r o se c or r e s ponde c on e s a lóg ic a . Los fe nóme no s de géne r o
s on m ultid e t e r m ina d o s , po r e llo c ua lquie r d e t e r n in is m o un ilin e a l y
c a us a l c ho c a c on s u pr o p ia d in ám ic a . E l pe ns a mie nto fo r m a l reco-
loc a los fe nóm e no s de gé ne r o e n la r e la c ión b ina r ia , c o m o fe n óm e ­
nos e x c luy e nte s , c o m p le m e n t a r io s y a de más opue s tos . Es ta lóg ic a
im p id e c o m p r e n d e r ta nto e l c o n t e n id o de los pr oc e s os de gé ne r o
c o m o la c o m p le ja o r g a n iza c ión de géne ros . Y, fin a lm e n t e la c o n ­
c e p c ión his tór ic a de la te oría de géne r o es p unto de c o nfr o nta c ión
par a quie ne s n o tie ne n una c o nc e p c ión his tór ic a de los fe nóme no s
s ociale s .
L a cr is is m ás a g ud a e n la me nta lida de s que se pr oduc e a l u t ili­
zar la te or ía de géne r o cons is te e n que e n és ta se tras lada la e x plic a ­
c ión de lo que s uce de a muje r e s y a hombr e s de la na tur a le za a la
his tor ia y, a de más pla nte a que muje r e s y hombr e s no ha n s ido cre a­
dos p o r seres s obr e natur ale s ni po r d ivinida de s , s ino que s on c ons ­
t r uid o s s o c ia l y c u lt u r a lm e n t e s obr e u n a ba s e b io ló g ic a que se
m o d ific a dia lé c tic a m e nte po r la inte r a c c ión s oc ioc ultur a l.
P o r e llo , a s u m ir e l c o nte nid o te ór ic o c ons tr uc tivis ta de la pe rs ­
pe c tiva de gé ne r o, c on s u c o m p le ja d ia lé c tic a e ntre la na tur a le za y
la his tor ia , im p lic a de ja r c r ític a me nte la pe r s pe ctiva c r e a c ionis ta de
las ide o lo g ía s , m ito lo g ía s y r e ligione s que he g e mo niza n las e x plic a ­
c ione s de gé ne r o e n la c ultur a d o m ina nte y s on e s tr uctur ador as de
la s ub je t ivida d de las pe r s onas . So n par te de la e s tr uctur a me nta l,
los m ito s vige nte s ace rca de la c r e a c ión s on los de la c r e a c ión de l
h o m b r e y la s e c u n d a r ia , s ub s id ia r ia , c r e a c ión m in o r iz a d a de las
muje r e s . Se trata de mito s pa tr iar c a le s y la ma y o r ía de las pe r s onas
los to m a c o m o ve r dade s e n una c o nfus ión e ntre m ito e his to r ia que
se r e s ue lve o to r g a nd o a los pr ime r os un ma y or va lor de ve r dad.
Es tos m ito s mágic o- r e ligios os coe xis te n c on otros a d q uir ido s en
e l á m b it o de la c ie n t ific id a d . E l m it o c ie ntífic o que a fir m a la c o n d i­
c ión na tur a l de los seres hum a n o s se a poy a e n los c o no c im ie nt o s
c ie n t ífic o s ge ne r a dos e n tor no a la e v o luc ión hum a n a c o m o parte
de los pr oce s os de e v o luc ión de la vida . Los c ie ntífic os d e c im o n ó ­
nicos c o nc ulc a r o n la inte r pr e ta c ión s obre los oríge ne s a las d iv in i­
dade s y las ub ic a r o n la ic a me nte en la natur a le za. Los s e re s h u m a ­
nos n o e ran m ás una c r e a c ión d iv in a , por e l c o ntr a r io , lo s dios e s
a p a r e c ía n c o m o e vide nte s r e pr e s e nta c ione s c r e a das p o r lo s s eres
hum a no s .
S in e m b a r g o , c on e l t ie m p o e s ta e x p lic a c ión , r e c h a za d a e n un
p r in c ipio , fue fo r m a nd o parte de la c onc e pc ión c ie ntífic a d ifu n d id a
p o r la e s cue la. Ad o s a d a a las me nta lida de s r e ligios a s , se tr a ns figur ó
s u fu n d a m e n t o la ic o y la na tur a le za q ue d ó c onve r tida e n un p r in c i­
p io c r e a dor d iv in o y e n e l s itio, e l lo c us filo s ófic o de pe r te ne nc ia
p r im a r ia de la h u m a n ida d . As í, e l de s c ubr imie nto de l e x tr a or dina r io
p r in c ip io e v o lut iv o se c o nv ir t ió a s u ve z, en e l s e ntido c o m ún , e n e l
a r g um e nto que p e r m it ió he r ma na r a las e s pe cie s , e n pa r tic ula r a los
a nim a le s c on la hum a na .
Es ta a r g um e nta c ión d io luga r a otros mitos y c o n e llos se a r tic u­
la. U n o es e l de la natur a le za a n im a l de la s e x ua lida d h u m a n a y otro
es e l de la d e te r m ina c ión ge nética de todo lo que la pe r s ona pue da
ser e n e l tr ans cur r ir de s u e x is te ncia. A estos mito s se s uma e l de la
d e t e r m ina c ión in s t in tiv a de la c onduc ta y de las for ma s de c o m p o r ­
t a mie nto de las muje r e s y de los hombr e s . L a c onc a te na c ión d o g m á­
tica de e s tos m ito s c o nfo r m a una ve r dade r a m ito lo g ía s obre los o r í­
ge ne s y las caus as hum a na s y es al m is m o tie mpo una s ólida e s truc­
tura m e nta l pe r c ibida po r las pe rs onas c o m o un c o njunt o de ce rte ­
zas , tal ve z, las ce rte zas ce ntrale s fre nte a las pre guntas e s e nciale s .
La c o nc e p c ión híb r ida r e ligios a c r e acionis ta y c ie ntífic a na tur a ­
lis ta es parte ta mbié n de la ide ntida d de géne ro de c a da quie n. As í
e n e l te rre no de la c o nc e pc ión de m un d o oc upa do por e l c r e a cionis ­
m o , e s pr e c is o dar e l pa s o a una c onc e pc ión de lo h um a n o c o m o his ­
tór ic o fre nte a lo na tur a l, y de lo ge né r ic o c o m o una c ons tr uc c ión
que a s ig na a las pe rs onas y cons tr uye s oc ia lme nte e n e llas s obre la
bas e de la e s pe c ific ida d s e xual y de la dife r e ncia s e xual, los c o m po r ­
ta mie ntos de géne r o. Lo s ins tintos de be n a ba ndona r las e x plic a c io ­
ne s s obre las mo tiva c io ne s hum a na s y dar pas o a la c o nfo r m a c ión
bio- s ocio- ps ico- cultur al de los seres hum a no s y las seres hum a na s
par a e ncontr ar e n la c ons tr uc c ión de la s ubje tivida d e n cada pe rs ona
y e n e l p ac to s ocial y la n o rm a , e x plica cione s más ade cuadas .
So n e x plic a c io ne s dis tinta s de las que c ompa r te la m a y o r ía de
las pe r s onas le tradas e ile tr adas , de las pe rs onas inve s tigadas a tra­
vés de la te or ía c o m o de quie ne s se in ic ia n c o m o inve s tiga dor e s .
Suc e de lo m is m o e ntre quie ne s hace n pr ogr a ma s , proye ctos y dis e ­
ña n p o lít ic a s c o n p e r s p e c t iv a de gé ne r o, c o m o c on las pe r s ona s
b e n e fic ia r la s de e s as po lít ic a s . Es de c ir , la pe r s pe c tiva de gé ne r o
c or r e s ponde c on una c ultur a e me r ge nte pe r o m ino r ita r ia y c on un
p a r a d ig m a c r ít ic o y a lte r na tivo a los p a r a dig m a s h e g e m ónic o s e n
nue s tr a cultur a.
E l c hoque c o n la pe r s pe ctiva de géne r o se e xpre s a más , a l pa r e ­
ce r, e n la d ific u lta d de c ompr e nde r las a lte r nativas a la opr e s ión y
la dis pa r ida d ge néricas . Si se pie ns a n las propue s tas de s de la c o n ­
c e pc ión t r a d ic io n a l pa tr ia r c a l, s obre los géne ros , se las e s cucha con
o íd o b in a r io , c o m o s i c u a n d o las m uje r e s q uie r e n s ub s a n a r una
fa lta , s atis face r una c a r e nc ia o una ne c e s idad pla nte a r a n que r e r lo
que e n e se r ubr o pos e e n los ho mbr e s o s atis face r sus ne ce s idade s
vitale s a la us a nza de los hombr e s . N o se c ompr e nde que los c a m i­
nos de las muje r e s se de s pr e nde n de s u pr opia c o nd ic ión y de s us
s itua c ione s pa r ticular e s y e llas no pr opone n conve rtirs e en hombr e s .
As im is m o c ua n d o los pla nte a mie nto s de gé ne r o toca n as pe ctos
de l po de r , la e s c uc ha b ina r ia c onvie r te las pr opue s tas en a ctos de
s ubve r s ión, c o m o s i las muje r e s se pr opus ie s e n volte ar e l m u n d o al
re vés y c o n s tr u ir un m u n d o de d o m in io de las muje r e s s obr e los
hombr e s . Se e ntie nde a s í po r que no se e s cuchan las propue s tas de
las muje r e s e nma r c a da s e n s u dis c ur s o de géne ro. E n una ope r a c ión
q u ir úr g ic a se a ís la n las c r ítica s , las r e ivindic a c ione s y las pr o pue s ­
tas, y se las ins c r ibe e n e l vie jo or de n s im b ólic o , de l c ua l se a fa na n
las muje r e s po r s alir.
A l no c o mpr e nde r que la pe r s pe ctiva de géne r o c or r e s ponde c on
un n u e v o p a r a d ig m a h is t ór ic o y e n c o n s e c u e n c ia c o n un n u e v o
p a r a d ig m a c ultur a l, se la fr a gme nta y traduce a le ngua je patr iar cal.
Y, c o m o n o se c o mpr e nde que c ontie ne un e s que ma de pe ns a mie n­
to d ia lé c t ic o , se la pie ns a de s de la lóg ic a for ma l. F ina lme nte , ta m ­
p o c o se e ntie nde n los c onte nidos de las a lte r nativas e n r e la c ión c on
las muje r e s , n i la pr opue s ta fe m inis ta abar ca ta mbié n a los hombr e s .
Fr a nc ois e C o llin s e ñala a l re s pe cto que

“ La c o n s t ituc ión de un e s pa c io ve r da de r ame nte c o m ún a


hombr e s y muje r e s que fue , y s igue s ie ndo, el o bje tivo p r i­
m o r d ia l de l fe m inis m o , re curre ine vita ble me nte a las teorías
de la ig u a ld a d . P e r o e s ta ig u a ld a d de be e nte nde r s e c o m o
ig ua lda d de de r e chos , no c omo ig ua lac ión de ide ntidade s , que
por lo de más , se hará en pr ove cho de la ide ntida d ma s c ulina
ya e xis te nte . De be de jar lugar al jue g o de las dife r e ncias in d i­
vidua le s o cole c tiva s s in por e llo pr e de finir las . El s iglo X X
vie ne as í a m o d ific a r e l c once pto de igua lda d de l s iglo XV III,
c uy o fu nd a m e n to es la no c ión de c iuda da nos abs tractos . La
p r o b le m átic a de los s exos , c o mo de las razas , las c ultur as e
inc lus o de las r e ligione s , o blig a a una r e de finic ión de d e m o ­
c r acia y de c iud a da n ía ” 15.

La pr opue s ta de géne r o fe minis ta im p lic a una r e dis tr ibuc ión de


los pode r e s s oc ia le s , la tr a ns for ma c ión de los me c a nis mos de cre a­
c ión y r e pr o duc c ión de e sos pode r e s , para de cons tr uir la opr e s ión y
la e na je na c ión de gé ne r o y cre ar pode re s de moc r átic os , la c ons tr uc ­
c ión de pr oce s os pa r a me jor a r la c a lid a d de v id a de muje r e s y h o m ­
bre s y pa r a de s a r r olla r opc ione s s ociale s dig na s y una c ultur a que
se c o r r e s po nda c o n e l n ue vo p a r a d ig m a que po ne e n e l c e ntr o lo
h u m a n o c o m pue s to po r las muje r e s y los hombr e s , la ig ua ld a d y la
e q uid a d c o m o los p r in c ip io s de las r e la cione s de géne ro y la c o ns ­
t r uc c ión de c a lid a d de v id a y libe r tad.
Es e vide nte q u e la te or ía de gé ne r o c im e n t a la pe r s pe c tiva de
g é ne r o fe m inis t a y que s i se la de s poja de s u c o nte nido y su contex-
t ua lid a d filo s ófic a y é tic a fe m inis ta no c or r e s ponde c on la in te n c io ­
n a lid a d y la v o lun t a d que la im p uls a n . E n c a m b io , si se u t iliz a c on
ese s e ntido la te or ía de géne r o pe r mite dar cue nta de lo que c a m b ia
y lo que se c ons e r va , de las ma ne r a s e n que fluy e y las te nde ncias
que se pr e fig ur a n e n nue s tr o m u n d o , s ignific a tiva s par a la v id a de
las muje r e s y de los hombr e s , pa r a la c o nfig ur a c ión s oc ia l, la dis tr i­
b u c ión de pode r e s pa r a v iv ir y pre s e rvar e l m un d o y pa r a e nr ique ­
c e r la c ultur a c on e l de r e cho a la ig ua ld a d e n la dive r s idad.
La pe r s pe c tiva de géne r o im p lic a una mir a da é tic a de l de s ar r ollo
y la d e m o c r a c ia c o m o c onte nidos de vid a pa r a e nfre ntar la ine qui-
d a d , la d e s ig u a ld a d y los o p r o b io s de g é ne r o pr e va le c ie nte s . Es
d e c ir , la p e r s p e c t iva de g é ne r o e s u n a t o m a de p o s ic ió n p o lít ic a
fre nte a la o pr e s ión de géne ro: es una d e nunc ia de sus da ños y su
d e s t r uc c ión y e s , a la ve z, un c o n jun t o de a c c ione s y a lte r na tiva s
pa r a e r radicarlas .
La pe r s pe ctiva de géne r o es una de las concr e cione s de la c ultur a
fe m inis ta y, c o m o tal, inc luy e e l c o njunto de accione s pr ácticas que
se r e a liza n e n todo e l m u n d o par a e nfre ntar la opr e s ión de géne ro.
De ig u a l m a ne r a c o nt ie ne e l c o n ju n t o de a lte r na tiva s c ons tr uida s
pa r a lo gr a r un or de n ig u a lit a r io e quit a t iv o y jus t o de géne r os que
po s ib ilite , de ma ne r a s imultáne a y c oncor dante , el de s ar r ollo pe rs o­
n a l y c o le c t iv o : de c a d a pe r s o na y de c a da c o m u n id a d , p u e b lo ,
n a c ión y, de s de lue g o , de c a da gé ne r o. La pe r s pe c tiva de gé ne r o
e x ige de esta fo r ma una vo lunta d alte r nativa y la m e to do lo g ía par a
c ons tr uir la a través de accione s concre tas .

L a p e r s p e c t iv a s in t e t iza d o r a de g é ne r o

La te or ía de gé ne r o po r s í s ola tie ne c o m o mate r ia a na liza r las


c ons tr uc c ione s his tór ic a s e n t o m o al s e xo de las pe rs onas y las a tr i­
buc io ne s s im b ólic a s de las cos as , los e s pacios , los te r ritorios , e tcé­
tera. P e r mite t a m b ié n a na liza r la o r g a niza c ión s ocial c ons tr uida con
e s as bas e s , a s í c o m o las car a cte r ís tica s de l Es t a d o o de c ua lq uie r
c o n fo r m a c ió n de p o d e r s o c ia l p r e v ia o d is t in t a a l E s t a d o , c o m o
parte de l or de n de géne ros y los me c a nis mos e s tatale s que se u t ili­
za n e n la r e pr o d uc c ión de ese or de n.
S in e mba r g o , las muje r e s y los hombr e s no e s tán e n este m u n d o
s ólo d e fin id o s po r s u géne r o y no s ólo pa r tic ipa n e n la o r g a niza c ión
s oc ia l ge né r ic a. Son s ie mpr e , a l m is m o tie mpo, pa r tíc ipe s de otros
ór de ne s s oc ia le s y pos e e n c ua lida de s as ignada s por otras c o n d ic io ­
ne s s oc ia le s . P o r e s o e l a nális is de géne r o r e quie r e la a r tic ula c ión
de la te or ía de gé ne r o c on las te orías que e x plic a n, no mbr a n e inte r ­
pr e tan otras c o nd ic io ne s s ociale s y otros órde ne s que se c o mpo ne n
e n a r tic ula d a s upe r po s ic ión a la s ocie dad.
De e s ta ma ne r a la pe r s pe ctiva de géne r o te ór ica es un a cons tr uc ­
c ión de a r tic ula c ione s te ór icas , cate gor iale s , hipoté tica s e inte rpre ta­
tivas que e ns a m bla da s pe r mite n da r c ue nta de la c o m p le jid a d de las
d e t e r m in a c io n e s de lo s s uje tos s oc ia le s , m uje r e s y h o m b r e s , a s í
c o m o de toda s las d im e ns io ne s de la o r g a niza c ión s oc ia l y de las
e s fe ras e n que c a da una se r e pr oduce .
La o r g a n iza c ión s oc ia l de l m u n d o es m últ ip le y e s tá c o nfo r m a da
po r e l c o n jun t o a r tic ula do de or ga niza c ione s s ociale s de c ada c ír c u­
lo pa r tic ula r . Ca d a una pue de ser c o nc e ptua liza da c o m o un m un d o
e n s í m is m o por que c ontie ne una un ida d dia lé c tic a e ntre los mo do s
de vid a que d e line a y la c ultur a que le corre s ponde . La c ultur a pa r ­
tic ula r e s tá c o ns tituid a po r conc e pcione s de l m u n d o de s de las cos ­
m o g o n ía s , las m it o lo g ía s y las filo s o fía s has ta las id e o lo g ía s , los
c o no c im ie nt o s , los le ngua je s y, de s de lue go, las me nta lida de s . Ca d a
c ír c u lo p a r t ic u la r , c a da m u n d o c ir c uns c r ito , va d e s a r r o lla nd o s us
pr o p ia s m e nta lida de s , e l s e ntido c o m ún , las cre e ncias , e l im a g in a ­
r io , las fa nta s ía s y las e x pe ctativas que cor r e s ponde n con s u núc le o
d e fin it o r io . Y c a da c ír c u lo c ult ur a l c ontie ne s us r ituale s de r e pr o­
d uc c ión s im b ólic a y ma te r ia l de ese orde n. As í, cada s oc ie da d e s tá
c o nfo r m a d a por:

a ) U n a o r g a n iz a c ió n u o r d e n s o c ia l g e né r ic o (s uje to s ,
r e la c io n e s , in s t it uc io n e s ) y un a c u lt u r a g e né r ic a que hace
v iv ib le ese or de n, y las s ubcultur as por géne ro y por id e n t i­
dade s pa r tic ula r e s de ntr o de los géne ros .
b) U n a o r g a niza c ión s oc ia l por e dad y s u c or r e s pondie nte
c ultur a por e dad y las s ubc ultur a s por gr upos y cate gor ías de
e da d y p o r ge ne r acione s .
c ) U n a o r g a n iza c ión s oc ia l de clas e y las c ultur as y sub-
cultur a s que c or r e s ponda n a esas clases.
d) U n a o r g a niza c ión s ocial étnica y sus corre s pondie nte s
c ultur a s de a c ue r do con los pue blos coe xis te nte s .
e ) U n a o r g a n iz a c ió n s o c ia l r a c ia l y s us c o ns tr uc c io ne s
c ultur a le s .
f) U n a o r g a n iza c ión s oc ia l de cas ta y sus c or r e s pondie n­
tes c u lt u r a s , a s í c o m o las s ub c ultur a s de c a da c a s ta . Es t a
o r g a n iza c ión inc luy e a de más de órde ne s de cas tas tr a d ic io na ­
le s , t a m b ié n las or g a niza c io ne s s ociale s de gr upos ce rrados ,
de cas tas , c o m o la cas ta m ilit a r , la cas ta r e ligios a y cuantas
se de n e n la s s oc ie da de s concr e tas . E n a lg una s s oc ie da de s
e x is te la cas ta p o lít ic a (é lite ). A c ada cas ta c or r e s ponde s u
p r o p ia c u lt u r a y de ntr o de e lla las s ubc ultur a s de c a da uno
de s us e s tame ntos .
g) U n a o r g a niza c ión s oc ia l de las pe rs onas e nfe r ma s y de
las pe r s onas dis c a pa c ita da s c o m o tales, c on s u c ultur a y sus
s ubc ultur a s de a c ue r do c on la e nfe r me dad o la dis c a pa c ida d
e s pe c ífic as .
h) U n a o r g a n iza c ión s oc ia l e s tética y sus c o nfig ur a c io ne s
c ult ur a le s c o r r e s po ndie nte s a los ám b it o s a r tís tic os e s p e c í­
fic os .
i) Es p o s ib le ide ntific a r una o r g a niza c ión s oc ia l de por tiva
y s u c ultur a c o mpue s ta a de más por las s ubc ultur a s de c ada
de por te .

C a d a fo r m a c ió n s o c ia l o c a d a m un d o e s tá c o m p u e s t o p o r las
o r g a n iza c io n e s s oc ia le s p r o d uc to de su p r o p ia his to r ia . E l lis ta d o
de o r g a n iza c io n e s s oc ia le s que c o nfo r m a n a las s oc ie da de s n o es
e x h a u s t iv o , ha y s oc ie da de s que tie ne n m ás ór de ne s y s oc ie da de s
que no tie ne n todas las citadas . Sin e mbar go, e l mé to do hace p o s i­
ble de te ctar e sas c ons tr uc c ione s his tóricas . E n la vid a s oc ia l, estas
o r g a niza c io ne s n o e s tán a is la da s , ni son e x c lus iva s , s ie mpr e e s tán
a r t ic u la d a s y s on inte r a c tiva s . C a d a s uje to s o c ia l fo r m a pa r te de
dive r s os órde ne s de ma ne r a s imultáne a . De s de lue go, unos ór de ne s
tie ne n un m a y o r pe s o e n la de te r mina c ión s ocial. T al es el cas o de l
or de n de gé ne r os que n o s ólo es unive r s a l s ino funda nte c o n sus
pe c ulia r ida de s his tór ic a s 16.
E n c a da s oc ie da d hay una o r ga niza c ión s ocial de géne r o hege-
m ó n ic a y a de más c a da clas e , cas ta, cada e s tame nto de s ar r olla una
ve r s ión de l or de n d o m ina nte o, en su cas o, la s uya tr a dic iona l, ar­
tic ula da s a todos los ór de ne s . P or e llo la pe r s pe ctiva s inte tiza dor a
de g é ne r o ha c e n e c e s a r io r e c ur r ir e ntr e otr a s , a te or ía s s obr e la
n a c ión y la n a c io n a lid a d , y ta m b ié n a te orías s obre lo é tnic o y la
c tn ic id a d , a s í c o m o s obre la o r g a n iza c ión s oc ia l de clas e s , cas tas ,
r azas y e s tame ntos de dive r s o tipo , que pe r mita n a na liza r la d in á m i­
ca de e s tas c a te gor ía s s oc ia le s y e l s ig n ific a d o que tie ne pa r a los
s uje tos de gé ne r o s u pe r te ne ncia a unas y a otras .
La s c o nd ic io n e s é tnic a , de clas e y de cas ta, a s í c o m o la c o n d i­
c ión r a c ia l, m o d ific a n al gé ne r o y a la inve r s a s uce de lo m is m o . Es
d ife r e nte la pe r te ne nc ia a un a c la s e u otr a c a te gor ía s oc ia l si se es
h o m b r e o s i es m u je r y es d ife r e n te s er m u je r o s e r h o m b r e de
a c ue r do c o n la c la s e , la cas ta o la r aza.
T a nto e l gé ne r o c o m o las otras c o ndic ione s s ociale s e s tructuran
mo do s de v id a pa r tic ula r e s y de s ar r ollan sus pr opia s c o nfo r m a c io ­
nes c ultur a le s . P o r e s o se re quie re a na liza r la ma ne r a e n que d ia lé c ­
tic a me nte se e m p a lm a n y da n lug a r a modos de vida s oc ia l y ma ne ­
ras de ser que s on re s ultante s de l c o njunt o de de te r mina c ione s y no
s ólo de a lg u n a de e lla s 17.
N o o bs ta nte , e s tas c a te gor ía s n o s on e s táticas , e s tán e n m o v i­
mie nto y c o m o parte de ór de ne s s ociale s e n los que c oe x is te n var ias
de e llas r e la c iona da s e ntre s í, es ne ce s ar io c ontar c on una pe r s pe cti­
va te ór ic a s obre las r e la cione s e ntre las clas e s s ociale s , las cas tas ,
la s r a za s y lo s e s t a m e n t o s , s us m ú lt ip le s in t e r c o n e x io n e s y s u
im p a c to e n e l Es t a d o , y s obr e la a r t ic u la c ión de los pr oc e s os de
gé ne r o y la r e pr o duc c ión de los ór de ne s de clas e s o e s tame ntale s .
De s d e lue g o , todos los s uje tos s ociale s de s ar r ollan ide ntida de s
r e la tivas a s us c o nd ic io ne s s oc ia le s y c ultur ale s par a a na liza r c u ál
es s u s e ntido de l Yo , s u a ds c r ipc ión e id e ntific a c ión c on gr upos y
cate gor ía s , s u d is ta nc ia de otras , a s í c o m o sus logr os , pr o ble m átic a s
y c o n flic t o s de v id a , e l c a m p o te ór ic o de las ide ntida de s y de la s
s u b je t iv id a d e s c o nt ie ne m e to d o lo g ía s y a n á lis is c o m p le jo s s obr e
e sas dim e ns io ne s de l s uje to y su r e la c ión con e l or de n s ocial y c o n
la c ultur a .
Ca d a m u je r y c a da hombr e tie ne a s igna da una ide ntida d n a c io ­
na l y es d e finida / o por e lla y a de más la ha pr oce s ado, y si a de más
por s u pe r te ne nc ia a un p u e b lo e s pe c ífic o vive de s de su c o n d ic ión
é tnic a r e la tiva a s u e tnic ida d, e ntonce s ya no e s tamos ante la m u je r
o e l h o m br e , s ino ante una m uje r o un hombr e pa r tic ula r 18. Si g r u ­
po s de m uje r e s y de h o m br e s pe r te ne c e n a una p a r t ic u la r id a d y
c o m pa r te n tr a dic ione s , c os tumbr e s y modos de vida , e s tamos a nte
gr upos s oc ia le s par ticular e s .
P o r s u c o n d ic ión na c io na l las muje r e s y los hombr e s pue de n ser
c o nna c io na le s de un c o ng lo m e r a d o c on e l c ua l se ide ntific a n por que
c o m p a r t e n la s p o s ib ilid a d e s y la s r e s t r ic c io n e s s o c ia le s q u e la
n a c ión r e pre s e nta pa r a sus s e me jante s y por que ha n s ido e ns e ña dos
a inte gr a r a s u id e n t id a d la ide ntid a d pe r s ona l na c iona l. S in e m b a r ­
g o , c o m o e l g é ne r o m o d ific a los p o t e nc ia le s n a c io n a le s de c a d a
q u ie n , y c a da n a c ión tie ne un pe r fil p r o p io po r e l tipo y la c a lid a d
de la s c o n d ic io n e s de g é ne r o y de la s r e la c io n e s g e né r ic a s q ue
a lbe r g a , la pe r te ne nc ia a la c o n d ic ión na c io na l a dquie r e s ignific a do s
e s pe c ífic os pa r a las muje r e s y pa r a los hombr e s .
De s de la pe r s pe c tiva n a c io na l, las pe rs onas pue de n ser ta m b ié n
c ote r r áne a s po r que c ompa r te n pe r te ne ncia , vínc ulo s y a r r a igo c o n la
tie rra e n que ha n na c id o , la tie rra e n que vive n o e n la que yace n.
La id e n t ific a c ión p o s it iva po r e tn oc e ntris m o e s tá or ie nta da ha c ia las
pe r s ona s s e me jante s y la de s id e ntific a c ión ne ga tiva c on las pe rs onas
que n o s on cote r r áne as . Otr a s cate gor ías de r ivadas de la c o n d ic ión
n a c io n a l s on t a m b ié n la s de m ig r a n te s , e x tr a nje r a s / os trans te rra-
das /os , e x ilia da s / os , a s iladas / os , r e fugia das /os , tras ladadas /os , reubi-
c adas /os , re tor nadas /os , de s te rradas /os , d e bido a s u pe c ulia r r e la c ión
s oc ia l y p o lít ic a c o n la s oc ie da d y e l Es ta do de or ige n y los de a r r i­
b o , p o r la m e d ia c ión de la tie rra pr o p ia y la a dopta da.
Co n todo, po r lo que s abe mos has ta ahora, cada na c ión da un tra­
ta mie nto dife r e ncia do a las muje re s y a los hombre s y tie ne una c on­
nota c ión de bida a l or de n s ocial de géne ros que la cons tituye 19. La s e vi­
de ncias hace n pos ible e ncontrar las mane ras compartidas y dis tintas de
vivir e l tráns ito, la m ig r a c ión, e l e x ilio, e l as ilo, e l r e fugio y e l tras la­
do, e ntre muje r e s y hombr e s de los mis mos grupos y cate gorías n a ­
cionale s , ide ológic a s , re ligios as , políticas , laborale s y aun familiare s .
H o y p o d e m o s d is t in g u ir c uán d ife r e nte s s on las e x pe r ie nc ia s
migr a nte s , nóma da s , s e de ntarias y de los e x ilios fe me ninos y ma s c u­
linos . La s ma yor e s o me nore s dific ulta de s que vive n muje r e s y h o m ­
bre s s on s ólo e n par te s e me jante s , pe ro las caus as y motiva c ione s ,
a s í c o m o los m o d o s de v id a que va n c o n fig u r a n d o una s y otr os ,
d ifie r e n, s u vulne r a b ilid a d y sus opor tunida de s de a da pta c ión, s obre ­
viv e nc ia y de s ar r ollo s on dis tintas , inc lus o su núme r o es dife re nte .
As im is m o c a da na c ión y c ada e tnia e s tructuran una o r g a niza c ión
s oc ia l ge né r ic a y una c ultur a ge né r ic a cor r e lativa c on sus p e c ulia r i­
da de s de id e n t id a d , c on no r ma s , de be re s y p r o h ib ic io n e s pa r a las
muje r e s y los hombr e s , y de s de lue g o con un orde n de pode re s de
gé ne r o y un c o njunt o de c onc e pc ione s s obre ese m un d o articulado-
ras y c ons e ns úa le s .
De s de lue g o es imp r e s c ind ib le un e nfoque te ór ic o s obre la c o n ­
d ic ión de e da d, e l cur s o de v id a 20 y los he chos de r ivados de la e da d
de los s uje tos de gé ne r o, a s í c o m o s obre e l or de n de e da d s ocial.
A u n q u e e n e l s e n t id o c o m ú n se a po y e la c r e e n c ia e n que la
e da d tie ne c o nte nido s unive r s a le s , no es as í. Ca d a s oc ie da d c ons tr u­
ye un or de n de e da d s oc ia l que se c or r e s ponde c on s u de s ar r ollo y
c on las p o t e nc ia lid a d e s de v id a de las pe r s onas . Alg u n a s c ultur a s
c ontie ne n un a c ue nta de los a ños de v id a e n una pr ogr e s ión a r itm é ­
tic a , pe r o n o e n toda s se c ue nta n los a ños , la pr e g unta ace r ca de
qué e da d se tie ne no r e cibe una r e s pue s ta unive r s a l. Alg un a s c ue n­
tas s on n um é r ic a s , pe r o ha y quie ne s no s abe n c uántos a ños tie ne n
y no po r q ue n o se a cue r de n s ino por que e n su tr a dic ión n o hay e s a
ma ne r a de lle va r la c ue nta de la vida . E n otros cas os , se re s ponde
de a c ue r do c on e l pe r ío do de la v id a , si se es jo v e n , v ie jo o vie ja , y
e stas cate gor ía s no tie ne n e n todas las c ultur as los mis mo s c o nte ni­
do s . H a y ór d e n e s de e d a d e n los que no e x is te la a d o le s c e n c ia ,
c o m o e n los que n o ha y te rce ra e da d, po r e je mplo .
S in e m b a r g o , lo m ás impo r ta nte es r e conoce r que e n todas las
s oc ie da de s se c o ns tr uy e n m o d o s de v id a pa r a las pe r s onas m ás o
me no s e s tr ic tos de a c ue r do c on s u e dad y su pe r ío do de v id a . Se
d e fine n a c tivida de s , r e la c ione s , e x pe ctativas , de be re s y p r o h ib ic io ­
ne s que c onc r e ta n e l s e ntido de la vid a e n ese m un d o . La s pe rs onas
tr ans itan y se a jus ta n, c um p le n o se dis ta nc ia n de sus a s ignac ione s
de e da d. Y, fina lm e nt e , lo que se c ons ide r a n he chos ine ludible s en
unos ór de ne s e n otros no e xis te n, a s í c o m o lo que par a unos ór de ­
ne s es pr e c oz, pa r a otros pue de ser e l m o m e nto e xacto.
E n un a m is m a s oc ie da d na c io na l coe xis te n dive r s os ór de ne s de
e da d p o r e tnia s , cla s e s y r e g io ne s , po r e je m p lo , ur ba na s , r ur a le s ,
e tcéte ra. De s de lue g o e l or de n de géne ros se e m p a lm a al or de n de
e da d y a de más lo atr avie s a c on su pr opia d ivis ión po r géne ros . La
v iv e nc ia de la e da d pue de tan s ólo ser s e me jante de ma ne r a for ma l
pa r a la s m uje r e s y los ho m br e s , s in e m b a r g o s u gé ne r o la s ha ce
ir r e me dia ble me nte pa r ticular e s .
Es e vide nte que en todo e l m u n d o las cate gor ías más e ntr e ve r a­
das s on e l gé ne r o y la e da d, a tal punto que c ons tituye n un orde n
s o c ia l g e n é ric o de e d a d , y los s uje tos s on de ma ne r a e s p e c ífic a
d e fin id o s e n s us mo d o s de vid a y en su ide ntida d por la pe r mane nte
c o m b in a c ión géne ro- e dad e n m o v im ie n t o .
E n c ons e c ue nc ia , las cate gor ías de géne ro no s on s ólo m uje r u
h o m b r e , s in o n iñ a y n iñ o , a d u lt a , a d u lt o , v ie ja , v ie jo , a n c ia n a ,
a nc ia n o , y los pe r íodos de l c ur s o de vida de c ada m uje r y de cada
h o m br e e s tán ma r c a dos po r la e da d, sus ne ce s idade s , s us e x pe c ta ti­
vas y s us o por tunida de s .
Ca d a e da d e n c a da s oc ie da d y e n c a da c ír c ulo pa r tic ula r se r ige
p o r n o r m a s e s pe c ífic a s pa r a las muje r e s y pa r a los ho m br e s y s u
de s a r r o llo pe r s o na l y c o le c tivo e s tá pr o g r a m a d o de e da d e n e da d,
p o r pe r ío d o s de la v id a e n los c ua le s la e da d es un m a r c a d o r de
c a m b io s s ociale s y de id e ntid a d e s pe rados , a s igna dos y o bliga tor ios .
La v id a de vie ne , trans curre , po r la e dad y las dife r e nc ia s y s e me ja n­
zas e ntre hombr e s y muje r e s e s tán e s pe c ifica da s a unque c ompa r ta n
e dade s .
La e da d es r e la tiva al fe c ha mie nto s ocial y las pe r s onas , por la
fe c ha de s u n a c im ie nt o y po r otras fe chas ma r ca dor as , pe rte ne ce n a
é po c a s y a ge ne r a c io ne s que las d e fine n a tal p un t o , que pue d e n
r e conoce r s e e ntre s í y c o mpa r tir le nguaje s , vis ione s e s pe c ífic as de l
m u n d o , fo r m a s de c o m p o r t a m ie n t o e inte re s e s , po r que c o mpa r te n
he c hos s ig nific a tivo s y una é poc a , un m un d o , una r e la c ión espacio-
t e m p o r a l de c o inc id e n c ia . Es a s pe r s onas y gr upos pue d e n e x pe r i­
m e nta r u n a ide ntid a d ge ne r a c iona l o de época.
S in e m b a r g o , la é p o c a tr ata de ma ne r a s d is tinta s a muje r e s y
hombr e s : a unq ue c o mpa r ta n s uce s os , proce s os y he chos , los tocan
de ma ne r a s dife r e nte s . A s u ve z las muje r e s y los hombr e s se posi-
c io na n de ma ne r a s pa r ticular e s re s pe cto a su é poca y la a pr ove c ha n
o s uc um b e n a e lla po r las po s ibilida de s de géne r o que ésta contie ne .
Co m p r e nd e r los proce s os de pe ns a mie nto que im p lic a la te oría
de g é ne r o s ig n ific a ade ntr a r s e e n va r ios m e c a n is m o s de r e la c ión
que pe r mite n a gr upa r a las pe rs onas y a los gr upos s ociale s . Se trata
de la s e m e jan z a , la d ife re n c ia y la e s p e c if ic id ad . La s muje r e s y los
ho mbr e s pue de n ser s e me jante s e ntre s í - s e m e janz a in te rg e n é ric a-
p o r s u a ds c r ip c ión c o m o s uje tos s ociale s a otros ór de ne s s ociale s , y
s on dife r e nte s s im u lt án e a m e n t e - d if e re n c ia in te rg e n é ric a - p o r s u
géne r o.
La s muje r e s s on s e me jante s e ntre s í - s e m e janz a in trag e n é ric a-
p o r q ue c o mpa r te n as pe ctos funda me nta le s de s u d e fin ic ión s oc ia l,
es de c ir de s u c o n d ic ión y de su ide ntida d, y s on dife re nte s entre s í
po r que no c ompa r te n otras c ondic ione s s ociale s - d if e re n c ia intrage -
n é r i c a y los ho mbr e s s on s e me jante s o dife re nte s entre s í po r los
m is m o s me c a nis mo s . Es pr e cis o pe ns ar la s e me janza y la dife r e nc ia
c o m o fe n óm e n o s s im u ltá n e o s e n la c o n fig u r a c ió n de los s uje tos
s ociale s .
E l c o n jun t o de pr inc ipio s a na lític o s me nc iona dos c or r e s ponde n
a los de p e rte n e n c ia s o c ial e id e n tif ic ac ión c u ltu ral, se s inte tiza n e n
un te rce r p r in c ip io , la e s p e c if ic id ad . Ca d a s uje to s oc ia l pe r s ona l o
c o le c tivo es e s p e c ífic o , ú n ic o , de be ser ponde r a do e n s u u n ic id a d y
no s ólo po r s u s e me ja nza o su dife r e nc ia con lo s o tro s . Su ma ne r a
de e nfr e nta r e l c o njunt o de de te r mina c ione s s obre s u ser de fine su
e x is te nc ia , s u b io g r a f ía , ú n ic a e ir r e pe tible . Si e s a c o n fig u r a c ió n
s oc ia l se c o nvie r te e n v id a m is m a , e n curs o de vida de c ada quie n,
e ntonce s las s e me ja nza s y las dife r e nc ia s s on s e ns ible me nte d in á m i­
cas . Y s i a de más es v id a s oc ia l, c o njunto de pr ác tica s y e x pe r ie n­
cias de v id a de los m ie m b r o s de una s oc ie da d o de una c o m u n id a d ,
y s u d ia lé c t ic a es pe r ma ne nte , e s tamos ante un a e tn o g rafía ig u a l­
me nte ún ic a e n la his tor ia.
L a te o r ía de gé ne r o r e quie r e una t e o r iza c ión s obr e la c ult ur a
par a a na liza r la c o n d ic ión c ultur a l de los s uje tos de géne r o, cor r e la­
tiva a s u pe r te ne nc ia a todas las cate gor ías ante riore s y a s u géne ro.
T odos los proce s os de v id a s on proce s os cultur ale s y todas las pe r­
s onas s on c ulta s , s on seres de c ultur a , apr e nde n c ultur a y ge ne ran
c u lt u r a , v iv e n a tr a vé s de s u c u lt ur a . P o r e s o es im p r e s c in d ib le
c onoc e r y a na liza r las c onc e pc ione s de l m und o filo s ófic a s , id e o lóg i­
cas , r e ligios a s , c ie ntífic a s y éticas e n la s ocie dad e n que se ubic a n
dic hos s uje tos , a s í c o m o las mane ras e n que a s ume n su c ultur a , es
de c ir , la c o nc r e c ión de esas c onc e pc ione s de l m u n d o e n esos s uje ­
tos , su id e n t ific a c ión c on ese m u n d o o su e x tr a ñamie nto y a c tua c ión
fre nte a él.
De s de lue g o la c ultur a es la ma te r ia que c ons tituye a cada s uje to
pe r s ona l y c o le c tivo y c ada c ua l a su ve z de s ar rolla s u e x pe r ie ncia
y s u c r e a c ión. P ar a c ompr e nde r los proce s os inte r activos e ntre los
s uje tos s oc ia le s y la c ultur a es imp r e s c ind ib le una te oría s obre la
s ub je t iv id a d h um a n a , s u c o ns tituc ión y la dia lé c tic a entre el m un d o
intr a ps íq uic o y e l m u n d o e xte rno.
La te or ía s obre la c ultur a c onduc e a c ompr e nde r c óm o a pe s ar
de las c r e e ncia s , la s ubje tivida d h um a na no es unive r s al. Es ta mbié n
una c o n s t r u c c ión inte r a c tiva e inte r s ubje tiva e ntre el s uje to y lo s
o tro s , e ntre e l s uje to y e l m un d o . Y e s o s ig nific a que a un c ua ndo
m u je r e s y h o m b r e s c o m p a r t a n d im e n s io n e s c u lt ur a le s lo ha c e n
de s de s u s ubc ultur a ge né r ic a y po r e nde su pe r c e pción de l m u n d o
y s us e x p e r ie n c ia s v ita le s tie ne n una p a r t ic u la r s ig n ific a c ió n de
géne r o.
Es ta pe r s pe ctiva es e s e ncia l par a a na liza r la s ubje tivida d de m u ­
je r e s y ho m br e s , tanto en s u d im e n s ión inte le c tual c o m o a fe c tiva ,
c o nfo r m a d a po r la c o nc e p tua liza c ión y los conce ptos , las for ma s de
pe ns ar , las e s tructuras de l pe ns a mie nto y los pe ns a mie ntos mis mo s .
a s í c o m o la s c a p a c id a d e s a n a lít ic a s , a s o c ia t iv a s , c o m p r e n s iv a s ,
inte r pr e tativas : ¿ C ó m o pie ns a e l s uje to? ¿En qué y pa r a qu é pie ns a ?
¿Cu ále s s on s us pe ns a mie ntos , s us pr e oc upa c ione s , s us a nhe los ?
P e r o ta m b ié n es pr e c is o inte gr a r la d im e ns ión a fe c tiva de la s ub­
je t iv id a d : ¿Cuále s s on las e moc ione s y e l us o que se le s d a y c uále s
s on los a fe ctos que de s ar r ollan las muje r e s y los hombr e s ? ¿ Cu á l es
su a fe c tivid a d, e n q u é e s tá ce ntr ada , ha c ia d ónd e se dir ig e , e n qué
se c o ns um e n las e ne r gía s a fe c tiva s y q ué pa pe l jue g a n e n la vid a
de l s uje to: le a y uda n o le im p id e n e nfre ntar su e x pe r ie nc ia? Es fu n ­
d a m e n t a l a de más c ompr e nde r las re lacione s puntua le s e ntre la a fe c ­
t iv ida d y la in te le c tua lida d e n c ada quie n.
E n e l c e ntr o de la s ub je t iv id a d e s tá e l de s e o, la c a pa c ida d d e ­
s e ante de l s uje to hace po s ib le la e x is te nc ia a ún e n las c o ndic ione s
m ás pr e car ias . E n e fe c to, e l c o nte nido de l de s e o de fine las accione s
de la s muje r e s y los ho m br e s y es e vide nte que los de s e os e s tán
g e né r ic a me nte c o nfo r ma do s . Inte re s a s abe r las m últ ip le s c one x ione s
e nt r e e l d e s e o , la s n e c e s id a d e s , la a fe c t iv id a d , la v o lu n t a d , la s
a c c ione s y los inte re s e s de las muje r e s y de los hombr e s , y e x plic a r
p o r q ué e n la m a y o r ía de los cas os no s ólo n o c or r e s ponde n s ino
que n o s on s imila r e s .
P o r s upue s to, la s ubje tivida d se c oncr e ta e n lo que hace e l s uje ­
to: ¿qué hace n las muje r e s y los hombr e s c o m o s e re s - e n- e l- m undo?
Es tal ve z la pr e g unta ce ntr al que or ie nta la c ur io s id a d te ór ic a de
gé ne r o y s u r e s pue s ta se c o m po ne po r todas las pre guntas y las re s ­
pue s tas que s ea po s ib le hace r. ¿Qu é a ctividade s r e a liza n, qué a c c io ­
ne s lo s c a r a c t e r iza n y h a c ia q u é fine s e s tán d ir ig id a s ? y ¿ c óm o
im p a c ta n esas a cc ione s e n e l s e ntido de la vid a de c a da uno?
La s fo r m a s de c o m p o r t a m ie n t o , las a c titude s y las c o nd uc ta s
t a m b ié n s on c ons tr uc c ione s his tór ic as as ignadas a lguna s de ma ne r a
a ba r c a dor a pa r a todos , y otras e s pe cíficas par a las muje r e s y d ife ­
re nte s de las a s igna da s a los hombr e s . La s ubje tivida d e s tá p o b la d a
de le ngua je s , de im a g in a r io , fantas ías y s ue ños : es me mo r ia y o lv i­
d o , no s ta lg ia y utopía .
Es pr e c is o c o m pr e nde r que la s ub je t iv id a d v is ible es s ólo una
p e que ña par te c ons cie nte y que e l re s to, lo inte r na liza do , s uce de de
m a ne r a inc o ns c ie nte . De s de la te or ía de géne r o la s ubje tivida d no
es id é n t ic a e ntre las pe rs onas , e ntre los pue blos , e ntre los gr upos y
o b v io es s e ña la r lo, e ntre muje r e s y hombr e s . P or e l c ontr a r io, po r la
p a r t ic u la r c o n s tr u c c ión de g é ne r o de las muje r e s y los ho m br e s ,
e lla s y e llo s d e s a r r o lla n s ub je t iv id a d e s e s p e c ífic a s p o r gé ne r o y
e s pe c ífic a s p o r pe r s ona.
La s ubje tivida d cor r e s ponde a l crite rio de unic ida d. Más a ún, la
c ons tr uc c ión s oc ia l de l géne ro im p lic a que ha ya as ignacione s de gé ­
ne ro. Ca d a pe r s ona es e ns e ña da a ser muje r o a ser hombr e de d i­
ve rs as ma ne r a s y p o r dife r e nte s pe r s onas , ins tituc ione s y me dio s y
cada quie n apre nde o no apre nde s e gún sus pos ibilidade s , cada quie n
inte rnaliza: hace s uyo e n grados dife re nte s e l c onjunto de mandatos de
géne ro, y c ada ma nda to. Cum p le o de s obedece. Y el proce s o pe dagó­
g ic o de gé ne r o le s s uce de a las pe r s onas cas i s in dars e c ue nta , de
mane r a incons cie nte , a pe s ar de lo aparatos o que re s ulta y de que dura
toda la vida.
La e x pe r ie nc ia inte r na liza da va c o nfig ur a nd o la s ubje tivida d, e l
p s iquis m o . P o r e s o e l géne r o es c o ns titutivo de la s ubje tivida d y e n
ese as pe cto la id e nt id a d de géne r o y la s ubje tivida d e s tán pr o fun d a ­
me nte e ntr e ve r ados . P o r e s o los c a mbio s de géne r o s on, a de más de
c a m b io s de ide nt id a d , c a m b io s e n la s ubje tivida d. ¿ Có m o vive c a da
q uie n s u v id a c o m o m uje r y c o m o hombr e , c óm o se s ie nte c o ns ig o
y c on e l m u n d o ?, ¿q ué e s pe ra de s í, de lo s o tro s , de la s oc ie da d, de
las ins tituc io ne s ?, ¿a q ué le te me ?, ¿c uále s s on s us impe d im e nto s y
c uále s s us ha b ilid a de s pa r a v iv ir ?
La s pr e gunta s ante riore s c ontie ne n he chos de la s ubje tivida d que
m a r c a n de ma ne r a p a r tic ula r a las muje r e s y a los hombr e s y s on
ma te r ia fund a m e nt a l de l e nfo que de géne r o y de las pr e oc upa cione s
que m o t iv a n las a cc ione s a poya da s e n e s ta pe rs pe ctiva.
A s im is m o , s i se p ie n s a e n e l s uje to c o le c t iv o de g é ne r o , las
muje r e s y los ho mbr e s , la c ultur a de géne r o, las c onc e pc ione s de l
m u n d o y e l s ig n ific a d o de la v ida c ompa r tidos , es pos ible apr e ciar
c óm o , ig ua lme nte , e s tán e nlaza das con las ide ntidade s de géne ro. La
r e la c ión e ntre c o n d ic ión de géne ro, ide ntida d y c ultur a es e vide nte .
L a ce r te za s oc ia l pr o vie ne de la c r e e ncia de que cada d im e ns ión
se c or r e s ponda po s itiva me nte c on las otras , po r e s o, s oc ia lme nte se
da una e no r m e s us c e ptibilida d a los c a mbio s de géne ro. T odas las
pe r s onas s on, e n dife r e nte me d ida , cons e rvadoras e n r e la c ión c on e l
gé ne r o y toda s , a unq ue no lo ace pte n, c a mbia n.
C a d a quie n vive c o m ple ja s c ontr a dic cione s ante sus pr opios pr o ­
ce s os y ante los que pe r c ibe e n su e ntor no, y e x pe r ime nta la o po s i­
c ión c ons c ie nte a m o d ific a c io n e s de géne r o y a s us c onc e pc ione s .
T a m b ié n las pe rs onas r e cibe n c on be ne plác ito c a mbios par ciale s de
gé ne r o e n e lla s mis m a s o e n otras pe rs onas y hay quie ne s a de más
los im p u ls a n c on una v o lun t a d c ons cie nte . De s de lue go en e l últim o
c a s o e s n o t a b le la d ife r e n c ia : s on m a y o r ita r ia m e n t e las muje r e s
quie ne s p r o p ug na n po r c a m b io s de géne ro e n sus pr opia s vida s , en
la c o tid ia n id a d , e n la c o m unid a d , e n las ins tanc ias c ivile s , g ub e r na ­
me nta le s y otras . Es p a lp a b le la d ific ulta d de géne ro de la m a y o r ía
de los hombr e s pa r a a s um ir po s itiva me nte dic hos c a mbios .
La s oc ie da d re s ie nte los c a mbios ge néricos c o m o pé r d id a de s u
p r o p ia m a te r ia , a unq ue s e an b e né fic o s pa r a los s uje tos s oc ia le s y
pa r a la m is m a s ocie dad. Y es nota ble e ncontrar áre as s ociale s y e s ta­
tale s más pr o c live s a a poya r y a ge ne rar c a mbio s de géne r o y otras
ár e a s de s ta c a n p o r s u p a s iv id a d o po r s u o p o s ic ión c o ns e r va do r a
ante los c a m b io s que s uce de n y a nte las pr opue s tas que r e quie r e n
cons e ns o s oc ia l y a ccione s c onjunta s . La s propue s tas tr a ns for ma do­
ras de géne r o e nfr e nta n esta d ia lé c tic a s ociocultur al.
La c o ns tr uc c ión de la pe r s pe c tiva te ór ic a de gé ne r o im p lic a la
a r t ic u la c ión de te o r ía s e s p e c ífic a s s obr e la e v o lu c ió n , e l c ue r p o ,
la s e x ua lida d, e l p s iq u is m o , e l le ngua je , la ide ntida d y, de s de lue ­
g o , se r e quie r e n te orías s oc io lóg ic a s s obre la s oc ie da d y s u c o m p le ­
jid a d , s us pr oc e s os y s u c o n fo r m a c ión . P o r tratars e de s uje tos de
gé ne r o, c ons tr e ñidos po r un or de na mie nto de pode re s , es fun d a m e n ­
ta l in c lu ir e n la e d ific a c ión de l a nális is te orías de la c ie nc ia po lít ic a
s obre e l pode r , e l Es ta do, la de moc r a c ia y e l de s ar r ollo.
L a filo s o fía no pue de ser e x c luid a de la c o m p le jid a d s e ñalada y
t a m p o c o pue de ser s uma da c o m o un c ompone nte más de la p r o b le ­
m á tic a de gé ne r o y de la pe r s pe ctiva que la c ompr e nde . T a nto te ór i­
ca c o m o pr ác tic a me nte los he c hos de géne r o tie ne n s e ntido y éste
se e nc ue ntr a e x plíc ito o im p líc it o , y s ie mpr e tie ne n s e ntido oc ulto,
que pue de s e r d e s ve la do . Y los c a m b io s o a lte r ac ione s de géne r o
que se p r o p o ne n c or r e s ponde n c on un s e ntido de la v id a , c on un
pa r a qué .
Es te s e ntido filo s ófic o es la s us tancia de la pe r s pe ctiva de gé ne ­
r o; s i se le s e par a de s u s e ntido , se c o nvie r te e n un in s t r um e n to
h ue c o , d e s a c tiva d o . La pe r s pe c tiva de gé ne r o se c o n fig u r a p o r el
e nc ue ntr o e n a cto te ór ic o, filo s ófic o y po lític o . La r ique za de este
e nfo que r a dic a e n ese e ncue ntr o.
L a filo s o fía e n que se ins c r ibe la pe r s pe c tiva de gé ne r o no es
otr a que la filo s o fía fe m inis t a . Se pa r a r e l s e ntido de la inve s tig a ­
c ión , la pr opue s ta y las a cc ione s de géne r o de la filo s o fía y de los
m o v im ie n t o s fe minis ta s que ha n de s ar r ollado e l e nfoque de géne r o
es u n a de la s t e n d e n c ia s c o n t e m p o r án e a s . Ot r o m ás , es m o s tr a r
s ie mpr e , e n todo m o m e nto , la e tio lo g ía fe minis ta de la pe r s pe ctiva
de gé ne r o y c o n t in ua r de ma ne r a c r e a tiva e n e l p la n t e a m ie n to de
t e m a s , p r o b le m á t ic a y a lt e r n a t iva s pe ns a da s y s e ntida s de s de e l
fe m inis m o .
P o r la de ns ida d de la p r o b le m átic a que de be e nfr e ntar , es e vi­
de nte que la te or ía de gé ne r o tie ne limita c ione s . Es info r tuna d o ut i­
liza r la a is la d a , o s obr e pue s ta a vie jas conc e pcione s que n o in c luy a n
la d ia lé c t ic a , la m u ltid e t e r m ina c ión de los fe nóm e no s , s u car ácte r
his tór ic o y s u c o m p le ja inte r c o ne x ión e n e l m un d o .
C u a n d o se pr e te nde us ar la te oría de géne ro c o m o si se tratara
de un a s pe c to m ás de la r e a lida d que de be ser agr e ga do a lo que ya
se c o no c ía , s uce de n cos as c o m o us ar e l c onc e pto de géne ro y hace r
a nális is de clas e , o a nális is po pulis ta s c on pre te ns ione s de géne r o,
unos y otr os ma r c a dos po r la u n idir e c c io na lid a d , e l d e te r minis m o ,
la lóg ic a b ina r ia y cos as po r e l e s tilo.
La pe r s pe c tiva de gé ne r o im p lic a una m e to do lo g ía a na lític a que
e ns a m bla dive r s as te orías a fine s y cre a una a p r o x im a c ión te ór ica, y
c o n jug a a de más dive r s as d is c iplina s c ie ntífic as : de s de lue g o la his ­
tor ia , la a nt r o p o lo g ía , la s e m iótic a , la p s ic o lo g ía , la s o c io lo g ía , la
e c o n o m ía , la c ie nc ia p o lít ic a , la e s tética y la filo s o fía par a cons tr uir
e l a nális is his tór ic o c r ític o de los s uje tos s ociale s y de las fo r m a c io ­
ne s s oc ia le s . Es o b v io que n o se in v is ib iliza n ing un a c o nfig ur a c ión
de l m u n d o , la s oc ie da d, los s uje tos o la cultur a. P or e l c ontr a r io, lo
ún ic o que s í se hace es mir a r esas c o mple jida de s de s de el géne r o e
inte g r a ndo e n e l pr oc e s o a na lític o las mane r as e n que se a r tic ula el
c o njunt o de c o ndic io ne s y c ir cuns ta nc ias .
De a h í que la d is c u s ión te ór ic a que pla nte a n a lg uno s a na lis tas
e ntr e e le g ir e l e n fo q u e de g é ne r o o e l de c la s e , o e l é tn ic o , p o r
e je m p lo , no es tal. Es una dis c us ión ide o lógic a y po lític a e ntre c o n ­
ce pc ione s m o no te m átic a s y una c o nc e pc ión inte gr a dor a , his tór ic a y
holís tic a .
La d is c us ión es t a m b ié n a x io lóg ic a . Se c ons ide r a que la pr o ble ­
m át ic a o la d e te r m ina c ión de clas e de los s uje tos y de las s oc ie da ­
de s es pr io r ita r ia fre nte a la de géne ro, que c o m o es a s oc ia da a las
muje r e s , es c o lo c a d a c o m o s ubor dina da a otras pr oble mátic a s . En el
e x tr e mo, se la cons ide r a una pr o b le m átic a irre le vante par a las d is ­
c us ione s a c a dé mic a s o pa r a la a c c ión polític a .
C u a n d o se pla n t e a el c a m in o a e le g ir e ntre un e nfo que u otr o
no se h a e nte nd id o , o se ha e nte ndido de ma s ia do bie n y se a s ume
un a p o s ic ió n s e c ta r ia y s e x is ta que r e dunda e n una c e gue r a pa r a
in c ur s io na r e n un o de los c a m p o s de l c o no c im ie nto c o nte mpo r áne o
m ás r ic os y m ás tras trocadore s de s de e l punto de vis ta e p is te m o ló­
g ic o.
Mir a r e l m u n d o c o m o si n o fue r a re le vante ser muje r o ser h o m ­
bre , o c o m o si las pr o ble m átic a s s ociale s , cultur ale s o polític a s no
tuvie r a n que ve r c o n la or g a niza c ión s oc ia l ge né r ic a no s ólo s ig n ifi­
c a e mpobr e c e r s e a nte e l de s a r r o llo a c tua l de l c o n o c im ie n t o y s er
a n a lf a b e t a de g é n e ro pa r a q uie n a s í lo de c ida . Lo s r e s ultados s on
la me nta ble s po r u n a d e fin ic ión po lític o- ide ológic a , se ge ne r an a n á­
lis is m ut ila d o s y se fals e a la r e a lida d. De s de lue g o , a un s in c o nc ie n ­
c ia , se d is e ña n po lític a s patr iar cale s . S ig n ific a de s de lue g o no ve r ni
o ír a las muje r e s , s us m o v im ie n t o s , sus cre acione s y s us propue s tas .
S ig n ific a de h e c ho o pone r s e a e lla s y s er c óm p lic e pa tr ia r c a l de l
pode r .
L a pe r s pe c tiva de géne r o no es u n id im e n s ion a l y, e n c a m b io , e l
a n t ig u o e nfo que e x c lus ivo de clas e o é tnic o s í lo s on. La pr opue s ta
e p is te m o lóg ic a que a lie nta e s ta pe r s pe ctiva es c ons tr uir e n todos los
c a s os e n fo q u e s inte g r a d o r e s y m u lt id is c ip lin a r io s . N o s ólo pa r a
los e s tudios de gé ne r o, s ino pa r a los a nális is de clas e , é tnic os , o e n
otr a d im e n s ión pa r a los a nális is his tór ic os , e c o nóm ic o s , p s ic o ló g i­
c os . La te or ía de l c o no c im ie nt o de la pe r s pe ctiva de géne r o se c o lo ­
c a e n un n ue v o p a r a d ig m a e l c ua l no es e x c lus ivo de este c a m p o
de l c o no c im ie nto : es la c o nc e p tua liza c ión his tórico- crítica.

L a o r g a n iza c ió n p a t r ia r c a l d e l m u n d o

L a o rg a n iz a c ió n s o c ia l g e n é ric a
La o r g a n iza c ión s oc ia l ge né r ic a es e l or de n re s ultante de e s ta­
ble c e r e l s e xo c o m o m a r c a pa r a a s igna r a c a da q uie n a c tivida de s ,
fu n c io n e s , r e la c io ne s y pode r e s e s pe c ífic os , es de c ir , géne r os . La
o r g a n iz a c ió n s o c ia l g e né r ic a es la d im e n s ión s oc ia l ba s a d a e n la
s e x ua lida d. E n c a da fo r m a c ión s oc ia l, c ada s oc ie da d de s ar r olla una
o r g a n iza c ión ge né r ic a e s pe c ífic a . Y e n c a da é poc a , las s ocie dade s
h e g e m ó n ic a s im p o n e n y t r a s la d a n s us m o d e lo s de o r g a n iz a c ió n
g e né r ic a a las s ocie dade s b a jo s u in flue nc ia a través de proce s os de
c o nquis ta , c o lo n iza c ión e im p e r ia liza c ión .
E n e l m u n d o c o nte mpo r áne o, c o m o nunc a ante s , la o r g a niza c ión
y la c ultur a pa tr iar c a le s se e x pa nde n c o m o parte de los proce s os de
g lo b a liza c ión . As im is m o , los proce s os inde pe nde ntis tas , re for mis tas
y r e vo luc io na r io s se ha n c ar a cte r izado po r c a mbio s impor ta nte s e n
la o r g a n iza c ión ge né r ic a . Mu c h a s s ocie dade s ha n e s tado s uje tas a
proce s os de s ub o r d ina c ión y va s a lla je dur ante varios s iglos y otras
ha n s ido inc o r po r a da s e n este s iglo a e s tos proce s os . P o r e s o, las
ú lt im a s s o c ie da d e s c o m p le ja s n o p a tr ia r c a le s s uc u m b ie r o n e n e l
pe r ío do que a ba r c ó la Se g unda Gue r r a Mu n d ia l.
H o y e s p o s ib le a fir m a r q u e e l m u n d o n o p a t r ia r c a l h a s id o
pr ác tic a m e nte e x ting uido . S in e mba r g o , la s upe r pos ic ión y las m ú l­
tiple s fo r ma s de a c ultur a c ión ha n d a d o lug a r a ór de ne s de géne r o
s inc r é tic os de h e g e m o n ía pa tr ia r c a l: las dife r e nc ia s , las s e me ja nza s
y la e s p e c ific id a d se de be n a las me zc la s pa r ticular e s de r e la cione s
s oc ia le s y e c o n óm ic a s , de cos tumbr e s y tr a dic ione s y de pode re s ,
pr o c e de nte s de h o r izo n t e s c ult ur a le s y núc le o s de gé ne r o d is t in ­
tos . H o y m is m o todas las s oc ie da de s c onte mpor áne a s e x pe r ime nta n
d ía a d ía y c o n r it m o s dis tinto s unas de otras , e nor me s tr a ns fo r ma ­
c io n e s de g é n e r o r e s ult a n te s de te ns io ne s e ntr e c o n s e r v a c ión y
c a m b io .

L a a ld e a p a t r ia r c a l
A s í la c o ns tr uc c ión de un s olo m u n d o po r m e d io de la gue rra,
la e c o n o m ía , la c ultur a y la p o lít ic a ha fa vor e c ido y fo m e nta do la
e x pa ns ión de e s que ma s s ociale s , e c o nóm ic o s , po lític o s y cultur ale s
patr iar cale s . La a lde a g lo b a l e n que v iv im o s ha a m p lia d o a todo el
m u n d o e l d o m in io pa tr iar c a l bas ado e n la d o m in a c ión m a s c ulina y
e n la opr e s ión de las muje r e s . La e s pe c ific ida d var ía de a cue r do c on
los pr oce s os his tór ic os loca le s , pe r o los pr inc ipio s s on fund a m e nt a l­
me nte los mis mo s .
L a a lde a g lo b a l a bar ca la r e la c ión e ntre e l or de n ins tituc io na l y
los ám b it o s r e giona le s y loca le s . E n e lla e l m u n d o e s tá c one c ta do
po r e l me r c a do y po r las c o m unic a c io ne s a tal punto que fo r m a una
u n id a d c o m p le ja y dive r s a. Ca d a quie n compa r te s us tratos c ultur a ­
les c on e l re s to y c onoc e m ás a través de l im a g ina r io p r o d uc ido por
las s oc ie da de s más pode r os as que po r s u pr opia e x pe r ie ncia. C o m ­
par te ta m b ié n los e s fue r zos s ociale s , cultur ale s y po lític o s por s upe ­
r ar los de s ig nio s he g e mónic o s .
E l me r c a do , las p o lític a s ne olibe r a le s pr iva tiza dor a s y dive r s as
fo r m a s de o p r e s ió n , s o ju z g a m ie n t o y e x t e r m in io , e x t in g u e n los
m u n d o s c o m unit a r io s , de s apar e ce n vas tas zonas de re de s s ociale s y
de s a g r e g a n a los s uje tos . S a lva d o r Gin e r a n a liz a los pr oc e s os de
m u n d ia liza c ión , d e s ig ua ld a d y pobr e za:

“Los teóricos del sistema mundial capitalista solían exage­


rar el grado en que existía una integración general en un único
sistema capitalista, ya que a menudo incluían países con
‘socialismo’ de estado, en los que los criterios para la crea­
ción, consumo y distribución de riquezas no eran los del mer­
cado. Ello, no obstante, era ya cierto, cuando lanzaron sus
doctrinas, que las pautas de la desigualdad social eran en gran
m e d ida tr ans nacionale s y que e l s is te ma e c o nómic o e n e l que
e s taban imbr ic a da s ta m bié n lo era. Ha b ía oc ur r ido a lgo más
que un me r o de s pla za mie nto de la pobr e za ha cia la ve r dade r a
m u n d ia liz a c ió n de la d e s ig u a ld a d, y e llo a un d o b le nive l;
e ntre país e s (r icos /pobr e s ; pode r os os / s ubor dinados ) a s í c o mo
de ntr o de e llos (c r e ac ión de pautas inte riore s de d o m ina c ión
de pe ndie nte s de las trans nacionale s ). Aun q ue estos fe nóme nos
tie ne n vie jos ante ce de nte s his tór icos (las bur gue s ías c o m p r a ­
dor as de los país e s c oloniale s y las clases domina nte s / do mina ­
das no s on na da nue vo e n la his toria), es su c o ns o lida c ión a
e s cala m u n d ia l lo que cons tituye u n ras go s in pre ce de nte s ’*1.

La c ultur a que a va la e stos proce s os d ifund e y le g it im a la s upr e ­


m a c ía de va lor e s y pr inc ipio s oc cide ntale s c a pita lis tas , racis tas , c la ­
s is tas y s e x is tas c o n s e ntido pa tr ia r c a l. E n o c a s ione s se fus io n a n
m un d o s pr e via me nte s e xis tas , racis tas o e s tr atificados . Pe r o e n los
s is te mas c ultur a le s de la a lde a g lo b a l, s imultáne a me nte se cre an y
d ifu n d e n ide a s nove dos a s cr ítica s de ese or de n, y s urge n m o v im ie n ­
tos s o c ia le s a lt e r n a t iv o s y o p c io n e s d is t in ta s . La s muje r e s y los
hombr e s c o nte mpo r áne os as í c one cta dos e s tán ma r c a dos por e l s in ­
c r e t is m o e ntr e e l p a t r ia r c a lis m o t r a d ic io n a l y la d e c o n s t r u c c ió n
m o de r na de e s a c o nfig ur a c ión.
Má s de s iglo y m e d io e n occide nte y hoy e n todo e l m un d o c o n ­
fo r m a y a un a tr a d ic ión a ntipa tr ia r c a l y e nor me s c a m b io s s ociale s ,
no r ma tivo s y c ultur ale s se ha n pr o duc ido e n ese lar go pe r íodo a la
luz de la c o nfr o nta c ión e ntre la he ge monía patriarcal y los gérme ne s
de lo que pr o po ne c onde ns ar e n un nue vo orde n s ocial de géne ros .

L o p a t r ia r c a l
E l pa tr ia r c a do es un or de n s oc ia l ge né r ic o de pode r , ba s a do e n
un m o d o de d o m in a c ión c uy o pa r a dig m a es e l hombr e . Es te or de n
as e gur a la s upr e ma c ía de los hombr e s y de lo m a s c ulino s obre la
in te r io r iza c ión pr e via de las muje r e s y de lo fe me nino. Es a s im is m o
un or de n de d o m in io de unos hombr e s s obre otros y de e na je na c ión
e ntre las muje r e s .
Nue s tr o m u n d o es d o m ina d o por los hombr e s . En é l, las m u je ­
re s, e n dis tintos gr ados , s on e x pr opia das y s ome tidas a opr e s ión de
ma ne r a pr e d e te r m in a d a . E n e ste or de n se a punta la a los hombr e s
c o m o d u e ñ o s y d ir ig e n t e s d e l m u n d o e n to da s la s fo r m a c io n e s
s ociale s . Se pr e s e r van par a e llos pode re s de d o m in io s e ñor ial s obre
las muje r e s y los hijo s e hija s de las muje r e s , quie ne s de be n corres-
ponde r le s con s e r vidumbr e .
De s de lue g o e l p r in c ip io b ás ic o de a c u m u la c ión de p o d e r de
d o m in io es e l de r e c ho de los hombr e s a e x pr opia r a las muje r e s sus
c r e acione s , s us bie ne s ma te r ia le s y s im bólic o s y, e n d e finitiva , sus
pe r s ona s . L a p r o p ie d a d de g é ne r o e s e x c lus iv a de los h o m b r e s ,
c o s ific a a las muje r e s y las ma ntie ne de pe ndie nte s de quie ne s las
d o m in a n . E l m u n d o r e s ultante es de a s ime tr ía vita l e ntre muje r e s y
hombr e s , d e s ig ua l, inju s to y e na je na do , de carácte r a ndr oc é ntr ic o,
m is óg in o y h o m ófo b o . E n ese m u n d o , e l s uje to no s oto es e l h o m ­
bre, s ino e l pa tr iar c a ; los s uje tos s on los hombr e s patriarcale s . Par a
Ce lia Am o r ós :

“E l pa tr ia r c a do ... le jos de te ne r unid a d o n to lóg ic a e s table


es u n c o n ju n t o p r ác t ic o - e s de c ir , que se c o n s t ituy e e n y
me dia nte un s is te ma de pr ácticas re ales y s imbólic a s y toma
toda s u cons is te ncia de estas prácticas - . U n c onjunto pr áctico
tal no pue de ser s ino me tae s table . Por lo que podr ía mos de cir
que pa tr iar ca do es e l c onjunto me tae s table de pactos - a s imis ­
m o me tae s table s - e ntre los var one s , por el c ua l se cons tituye
e l c o le c tivo de és tos c o m o género- s exo y, cor r e lativame nte ,
el de las m uje r e s (p o r e s ta r a zón e s t im a m o s q ue no tie ne
m uc h o s e ntido e s table ce r una t ipo log ía abs tracta de s is te mas
de géne r o- s e xo d is ting uie nd o a na lític a me nte la c ons tr uc c ión
c ultur a l dife r e nc ia l de los géne ros de l he cho de que la he ge ­
m o n ía pue da te ne rla e n p r inc ipio c ua lquie r a de a mbos , r e s ul­
tando a s í s is te mas de género- sexo c on domina nte ma s c ulina o
c on d o m ina nt e fe me nina o bie n ig ua lita r ios ”22.

C au s as d e l p o d e río de g é ne ro
La o r g a n iza c ión ge né r ic a es e n s í m is m a una re d e s tructurada de
pode re s , je r a r quía s y va lor e s 23 La re glas bás icas de este tipo de c o n ­
fig ur a c ión c ons is te n e n que un pode r a ume nta e n r e la c ión dir e cta a
la re s ta de otr o po de r , una je r a r quía s upe r ior se cons tr uye a pa r tir
de la s u b o r d in a c ión je r ár q u ic a y los va lor e s se c o n fo r m a n c o m o
unive r s a le s a pa r tir de la d e s va lo r iza c ión. As im is m o , e l s uje to que
a c u m u la pode r e s , je r a r quía s y valore s ta mbié n los tie ne as e gurados
por s u s ola e x is te nc ia y po r la s obr e va lor a c ión de sus accione s e n e l
m u n d o , de s us pr oduc tos y s us bie ne s mate r iale s y s im bólic o s . Es te
c o n ju n t o de m e c a n is m o s as e gur a la d e s ig ua ld a d de pode r e s e n e l
or de n de géne ros y su r e cr e a ción pe r ma ne nte .
La s m uje r e s y los ho m br e s , a s í c o ns tit uid o s , s on c o m pa r a d o s
e ntre s í por su in c id e nc ia e n el m un d o , c o m o si tuvie r an las mis ma s
c o nd ic io ne s obje tiva s y s ubje tiva s y c o m o si fue ran iguale s , des de
un a v a lo r a c ión dis tor s iona da , a l m a g n ific a r los he chos ma s c ulino s y
de s me r e ce r los fe me nino s . E n e l ám b ito s im b ólic o la p o s ic ión je r ár ­
q u ic a s ub o r d ina d a de las muje r e s y su c o lo c a c ión e n e l ám b it o de
la na tur a le za fre nte a los hombr e s s upr a or dina dos y c oloc a dos e n la
s oc ie da d y e n la his tor ia , hace que las muje r e s te ngan c o m o ma r c a
s o c ia l, c u lt u r a l y de id e n t id a d un a na tur a le za s ub h um a n a fr e nte a
los ho m br e s , que a par e ce n a s í m a g nific a d o s c o m o los hum a no s .
Se r m uje r o ser ho m br e es c o m p le jo y c o m plic a d o : s ig n ific a ser
e s pe c ia lis ta de géne r o c on e l c o nte nido p o lít ic o a s igna do. La d ife ­
r e n c ia s e x ua l p o r s í m is m a n o c o nt ie ne n i c r e a u n a d is t r ib u c ió n
de s ig ua l de pode r e s . Se r e quie r e la va lo r a c ión de los s uje tos e n r a n­
gos de s upe r ior , m a y o r , infe r ior , me nor , par a logr ar la d e s ig ua lda d
va lo r a tiva . La dife r e nc ia c o m b ina d a con su va lor y su s ig nific a d o ,
la c o n c e n t r a c ió n y e l c o n t r o l de r e c ur s os v ita le s p o r u n o de los
géne r os , y la e x pr o pia c ión a otros , s oportan e l gr ado, e l c onte nido y
e l tipo de pode r e s de los géne ros . La s muje r e s y los hombr e s e s tán
po lít ic a m e n t e de te r mina do s inde pe ndie nte me nte de s u v o lunta d , s u
c o nc ie n c ia y s u ne c e s idad.
U n o de los re curs os e x pr opia dos a través de los me c a nis mo s de l
or de n de géne r os es e l pode r de l c ontr ol s oc ia l, e l c ua l, c onc e ntr a ­
d o , se tr a ns for ma e n po de r de d o m in io . Es te pode r se e je rce s obre
e l g r u p o a l que se h a e x tr a ído s u p o d e r ío y a l q ue se m a n t ie n e
s ome tido. L a d o m in a c ión , a su ve z, pe r mite e xtrae r bie ne s , a c u m u ­
la r lo s , ut iliza r lo s e n e l p r o p io b e n e fic io y, de nue vo, acr e ce ntar y
re cre ar pode r e s . T o da e x pr o pia c ión de s ata me c a nis mos que a m p lía n
e l po d e r ío pe r s ona l y gr upa l, gr upa l y pe r s ona l pa r a quie n m o n o p o ­
liza y pa r a s u géne ro.
P o r el s olo he c ho de ser hombr e o de ser muje r se oc upa n p o s i­
c ione s s ociale s y po lític a s pr e via me nte as ignadas . Ig ua lme nte c ada
q uie n de be de s ar r ollar a c tivida de s , r e a liza r func ione s , te ne r c o m p o r ­
ta mie ntos y v iv ir de acue r do c o n las e s pe c ifica cione s de s u géne ro.
E n las s ocie dade s patr iar cale s la or de na c ión po lít ic a b ina r ia abarca
va r ia s d im e n s io n e s . La filo s ófic a : c ons is te e n la c o m p le t u d o la
in c o m p le t u d , la lim it a c ión y la ¿limita c ión de los s uje tos . La va lo r a ­
tiva: de fine a los s uje tos por e l bie n, la ve r dad y la r a zón o po r el
m a l y la s inr a zón . L a je r ár q uic a : los s uje tos o c up a n po s ic io ne s y
e s p a c io s de s up e r io r id a d o de in fe r io r id a d . La de lid e r a zg o : los
s uje tos c on r a ng o de s upe r ior ida d dir ig e n a quie ne s , inte r ior iza dos ,
s ubo r dina n.
E l o r de n p o lít ic o de d o m in a c ión pa tr ia r c a l cons tr uye g e né r ic a ­
me nte a los hombr e s c o m o seres c omple tos , limita do s , s upe riore s a
las muje r e s , c o m o seres que concr e tan e l bie n, la r a zón y la ve r dad,
c onduc tor e s de s í m is m o s , de las muje r e s y de l m un d o . Y cons tr uye
a las muje r e s c o m o seres ma r c a da s por la inc o m p le tud, la ilimita-
c ión y la infe r io r id a d, s ubor dina da s y de pe ndie nte s de los hombr e s ,
c o nd uc id a s p o r e llos , a s e gur adas e n s us quie ne s da n s e ntido a s us
v id a s y c o m o h a b it a n t e s tuto r e a d a s e n un m u n d o q u e y a tie n e
d u e ño . C a d a h o m b r e y c a d a m u je r a pr e nde , c on e fic a c ia dive r s a ,
esas a s ig na c io ne s de géne r o y las r e a liza e n m a y o r o m e no r m e d id a
a l v ivir . Lo s ho mbr e s c o m o géne r o tie ne n as e gur ado e l d o m in io e n
e l m u n d o y las muje r e s c o m o géne ro tie ne n a s igna do e l c a utive r io.

L a o rg a n iz a c ió n de la s e x u alid ad y los p o d e re s p at riarc a le s


L a o r g a n iz a c ió n g e n é r ic a es u n a c o n s tr u c c ión s o c ia l b a s a d a
e n ma r c a s c or por a le s . Se a s e me ja a los ór de ne s r aciale s y de e da d
que c la s ific a n y o r g a niza n a las pe rs onas y de fine n sus m o d o s de
vida a l oto r g a r s e ntido, va lo r y pode r a caracte rís ticas corporale s .
L o e s p e c ífic o de la o r g a niza c ión ge nér ica es que s u c im ie nt o es
e l s e x o24 y se c onc r e ta e n la c ons tr uc c ión de la s e x ua lida d, es de c ir ,
de l c o n ju n t o de he chos his tór ic os que los s uje tos pr oduc e n y e x pe ­
r im e n ta n - ma r c a do s - s e x ua lme nte . Par a tal e fe cto, se da s ig nific a d o
al d im o r fis m o s e xual y se s ig n ific a c o m o de te r minante s oc ia l y se
pr oye c ta e n la s oc ie da d, e n ór de ne s de géne ro bina r ios . Se r e c ono­
ce n do s tipo s de c ue r pos d ife r e n c ia d o s , m a s c u lin o y fe m e n in o , y
s obre e llo s se c ons tr uye n dos modos de vid a , dos tipos de s uje tos
de gé ne r o - la m u je r y e l hombr e - , y dos modos de ser y de e xis tir,
uno p a r a las muje r e s , otr o pa r a los hombr e s 25.
E n la h is t o r ia ha n e x is t id o va r io s tipos de o r g a n iza c io n e s de
gé ne r o. Aun q u e la m a y o r ía de las s ocie dade s r e conoce n dos gé ne ­
ros , n o s on idé ntic a s e n s us a tr ibuc ione s a c ada géne r o, e n sus no r ­
m a s , s us m it o s y c r e e nc ia s , s us c o s tumbr e s y s us t r a d ic io ne s de
gé ne r o concr e tas . Muc h a s de e llas , a un bina r ia s , cre an unos c uantos
seres e x tr a or dina r ios c on c ua lida de s de a mbos géne ros 26 c o no c ido s
c o m o b ard ac h e s .
As í, la s e x ua lida d abar ca nor mas y re curs os pa r a su r e a liza c ión
y s u c o ntr o l, y se pla s m a e n he chos que c onduc e n a la r e a liza c ión de
o b je tivo s vitale s pe rs onale s y cole ctivos . Cultur a lme nte , la e s pe c ifi­
c id a d s e x ua l es fu n d a m e n t o de c o m ple jo s mo do s de vida par a los
s eres s e x ua dos . C o m o si fue r a n caracte rís ticas s e xuale s , pr e via s y
natur a le s , se les a s igna n c onjuntos de atributos e róticos , e c onómic os ,
s o c ia le s , c ultur a le s , p s ic o lóg ic o s , de id e ntid a d y p o lít ic o s . De e s a
m a n e r a , de s de id e o lo g ía s na tur a lis ta s o r e ligios a s se inte r pr e ta la
r e la c ión s e x o- géne r o c o m o c a us a l de los c o nte nid o s de v id a y se
c o nc luy e que e l gé ne r o e s tá pr e de te r mina do, es he re ditario, inmodi-
fic a ble e ir r e nunc ia ble 27.

C u e rp o y p o d e r
E n e l c e ntr o de la o r g a niza c ión ge nér ica de l m un d o , c o m o s is te ­
m a de po de r ba s a do e n e l s e xo, se e ncue ntr a e l c ue ip o s ubje tiva do.
Lo s c ue r pos n o s on s ólo pr oduc tos b io lóg ic o s : las s ocie dade s po ne n
e n e llo s g r a nd e s e s fue r zo s pa r a c o nv e r t ir lo s e n c ue r pos e fic a c e s
pa r a s us o bje tivo s , pa r a pr ogr a ma r los y de s pr ogr amar los .
Ca d a or de n de géne r os de s ar r olla su pa r tic ula r p o lít ic a c or por a l
de s tina da a cre ar los c ue r pos que re quie re : s on c ue r pos his tór ic os ,
c ue r pos c o ns tr uidos , s e me jante s s ólo en a pa r ie nc ia a los c ue r pos de
otras la titude s , de otros s is te mas , de otras épocas . E n e s os cue rpos
s e x ua dos se de s a r r olla n c a pa c ida de s que a bar can de s de ha bilida de s
fís ic a s y s ubje tiva s - mane r as de hace r las cos as , de s tre zas , h a b ilid a ­
de s - , ha s ta de s e os , fo r m a s de r e a liza r los de be re s y de aca ta r las
p r o h ib ic io n e s , ma ne r a s de pe ns ar , de s e ntir, es de cir , mane r as de ser
a s oc iadas s ie mpr e a pos ic ione s po lític a s . Ca d a c ue r po im p lic a o p o r ­
tunida de s y lim it a c io ne s de vida 28.
C o m o e l s e ntido de la v ida e s tá concr e tado e n é l, e l c ue r po es e l
m ás pr e c ia do o bje to de po de r e n e l or de n de géne ros . La s ins titu­
c io n e s d is c ip lin a n , c o n t r o la n y r e c r e a n lo s c ue r p o s a tr a vé s de
va r ia dos proce s os pe da g óg ic o s que pe r mite n a las muje r e s y a los
hombr e s e ns e ñar , apre nde r, inte r na liza r , actuar o re hus ar, las m a ne ­
ras de l c ue r po. Ca d a quie n c um p le o inc um p le sus de be re s c or por a ­
le s g e né r ic o s . E s a p a r t ic u la r c o ns tr uc c ión his tór ic a de la r e la c ión
in d is o lu b le c ue r po- s ubje tivida d fue de ve la da por S im o ne de Be au-
voir : “ no se nace muje r , lle g a una a s e r lo”29. Y c on e lla es po s ible
a fir m a r que no se nace hombr e ; quie ne s s on hombr e s , ha n lle g a do a
s e rlo.
Ca d a c ue r po de be ser d is c iplina d o par a fine s s ociale s que la pe r ­
s ona de be r á ha ce r s uyos ; s i no p ue d o logr a r lo, v iv ir á c o nflic to s y
pr o ble m a s de ide ntida d, pe r o si los a s im ila v ivir á las dific ulta de s de
lle v a r lo s a la e x pe r ie nc ia . Du r a n t e la v id a de las pe r s ona s pue de
cambial* la o r g a niza c ión s ocial de géne ros y, e n ese s e ntido pue de n
c a m b ia r s us de be re s y pr o hibic io ne s de géne r o, y c ada quie n de be r á
m o d ific a r cos as tan pr opia s c o m o sus ne ce s idade s c or por a le s , sus
de s e os y s us ma ne r a s . As im is m o , los c ue r pos tie ne n un c ic lo de
vida de te r mina do his tór ic a me nte y ma r c a do por proce s os de cons e r ­
va c ión y c a m b io s .
A l m is m o t ie m p o q ue la s o c ie d a d e x ig e e l c u m p lim ie n t o de
de be re s de géne r o, pue de n o cre ar las c o ndic ione s pa r a s u r e a liza ­
c ión . C a d a pe r s o na e nto nc e s , de be a de c ua r s e y e nfr e nta r s us c ir ­
c uns ta ncia s pa r a c u m p lir los ma nda to s de géne r o a unque e l m e d io
le s e a a dve r s o o b us c a r la fo r m a de re be lar s e y s o b r e vivir e n un
m un d o s oc ia l intole r a nte a nte c ua lquie r pe que ño de s liz de la no r ma .

C u lt u ra de g é n e ro y p o lít ic a
La s s o c ie da d e s c r e a n m e c a n is m o s y fo r m a s de c o ns e ns o que
pe r mite n a las pe r s onas a s um ir y ace ptar c o m o válido s los c o nte ni­
dos de ser m u je r y de ser ho m br e , y cre an ta mbié n for ma s de coe r­
c ión s oc ia l, las ins tituc ione s y los me c a nis mos par a v ig ila r e l c u m ­
p lim ie n to de lo s ma nda to s . Cr e a n s is te mas c ultur a le s e x plic a tivo s
s obre la na t ur a lid a d de l m u n d o y las pe rs onas se a fa na n po r c u m p lir
no s ólo c o n s us de be re s de gé ne r o s ino a de más por que és tos s ean
a fine s a los de su r a za , s u clas e , s u e dad. Ca d a quie n invie r te e ne r­
gías po r s er y v iv ir de ma ne r a a de c ua da , por cor r e s ponde r c on los
e s te re otipos de id e nt id a d 30.
La s m ito lo g ía s c o s m o g ónic a s y las ide ología s re ligios as , e s otér i­
cas , e s téticas y c ie ntífic a s , e ntre otras , funda me nta n las cre e ncias en
q ue lo s d e be r e s de g é n e r o n o s on s o c ia lm e n t e p r o d u c id o s s in o
impo nde r a ble s natur ale s . Y, c o m o una de las vías de a pr e ndiza je de
los c o n t e n id o s de g é ne r o , s e r e a liza e n las r e la c ione s p r óx im a s ,
dir e ctas e ínt im a s c on las pe r s onas más s ignific a tiva s de l e ntor no,
las e ns e ña nza s de gé ne r o a dquie r e n e l r a ngo de ma nda tos : s on ór de ­
nes todopode r os as , inobje ta ble s e ir r e nunc iable s dada s por quie ne s
pos e e n la ve r da d y e l pode r .
N o c u m p lir c o n los de be r e s , lo s m a nd a to s y los e s te r e otipos
c o lo c a a c a da quie n e n e l te rre no de la p r o h ib ic ión s agrada, de la
infr a c c ión, de l tabú. Co n e sta pe da g o g ía de ide ntida d se c ons ide r a
o b v io que e s tá e n la na tur a le za de las muje r e s ser muje r e s , de los
a nc ia no s ser a nc ia nos , de los ne gros ser ne gros , y as í s uc e s iva me n­
te. E l d o g m a c ons is te e n que c a da q uie n de be ser c o n fo r m e a la
ma ne r a inhe r e nte a c a da s uje to.
La s cr e e ncias a fir m a n la d e te r mina c ión de la natur ale za. As í se
cre e e n la le y na t ur a l y e n las na tur a le za s hum a n a s : fe m e n in a y
m a s c ulina , c o m o e nte le quia s e te rnas , ahis tór icas . En la ma y o r ía de
las c u lt ur a s la s d iv in id a d e s fu n d a n e l o r de n s obr e la n a d a , o la
o s c ur id a d , o el caos pr e vios , s on s u e x p lic a c ión y s u or ige n. La s
de ida de s c r e a n la d e t e r m in a c ión na tur a l y e l or de n de géne r os es
u t iliza d o c o m o su más fe hacie nte e vide nc ia . La raza y e l géne ro, el
s uje to m u je r u h o m b r e , b la n c a / o , m o r e n a / o , a m a r illa / o , se us a n
c o m o pr ue ba s natur a le s de la v o lun t a d d ivina .
La s m ito lo g ía s s acras y natur a lis ta s y las ide o lo g ía s , a punta la n
la fue r za c o m p u ls iv a s obre e l or de n s oc ia l y s obre la v id a de c a da
quie n c o m o s i e s tuvie r an más a llá de l pa c to s oc ia l y de la nor ma ,
c o m o s i s us c o nte nido s y s u s e ntido fue s e n pr e vios a la his tor ia.
L o que de be s er p r o d uc ido , r e cre ado y c o ntr ola do s on los s uje ­
tos s oc ia le s e s tr ic ta me nte lim it a d o s y c onc e ntr ados e n s us cue r pos
s e x ua do s . C a d a p e r s o na de be e s tar c o n v e n c id a de que la m a y o r
pa r te de s u v id a e s tá p r e d e te r m ina da na tur a l o s obr e na tur a lme nte
p o r s u s e xo, y que , a c aus a de s u s e xo de be ser de tal o c ua l m a ne ­
ra, y no de otra. Lo g r a r ese c o nv e n c im ie n to n o es s e ncillo. Es pr e ­
c is o d iv u lg a r c ons ta nte me nte e vide nc ia s c ontunde nte s de que s ólo
es p o s ib le s er y v iv ir de a c ue r do c o n los e s te r e otipos de gé ne r o,
pa r a d is m in u ir las m últ iple s pr ue bas e n c ontr a r io.
A l pr e s e nta r la c o n d ic ió n fe m e n in a y la c o n d ic ió n m a s c u lin a
c o m o unive r s a le s , se lo gr a c r e d ib ilid a d. Y, a l a tr ibuir a la na tur a le ­
za e l o r ig e n de la d ife r e n c ia e ntre muje r e s y hombr e s , se e lim in a
de l c a m p o h is tór ic o los e nor me s e s fue rzos ins tituc iona le s y s ociale s
y lo s que hace c a da ho m br e pa r a ser ho m br e y c a da m uje r par a ser
muje r . A s í se cre a la fa ls a ilu s ión de que la s oc ie da d y las ins titu­
c ione s n o inte r vie ne n e n los he chos fe me ninos y ma s c ulinos .
C o n los d o g m a s de gé ne r o - lo inm uta b le , e te rno, s obr e ma nda do
o lo e s pontáne o- , se logr a cre ar un e x tr a ña mie nto de c ada quie n e n
tor no a s u c o n d ic ión , y de la s oc ie da d e n tor no a la pr o ble m átic a de
gé ne r o, a l c onve r tir la e n lo me nos h u m a n o de lo hum a n o . *
E n este e s que ma , la s e x ua lida d de las muje r e s e s tá e n la bas e de
la c a te go r ía s oc ia l de géne ro: muje r . Se cree que la s e x ua lida d es
c a us a de la s upue s ta in m a n e n c ia fe m e nina , de la c o n d ic ión s oc ia l
de las muje r e s , s us c ar e ncia s , sus c o nflic to s , a s í c o m o de las p o s i­
c ione s que las muje r e s o c up a n e n la s ocie dad e n los ám b ito s la b o ­
r a l, e duc a tivo , e cle s iás tic o, p o lít ic o , c iv il, fa m ilia r , de pa r e ja y pe r ­
s ona l. La s lim it a c io ne s pa r a v iv ir y la de s igua lda d c on los hombr e s
a s í c o m o s u s uje c ión a e llos s on e x plic a dos c o m o he chos naturale s .
Se c ons ide r a que las muje r e s s on s ólo s e x ua lida d y que su s e x ua li­
dad es na tur a l y, por ese c a m in o a s oc iativo, se e x plic a la a n im a li­
da d de las muje r e s , s us trato de la natur a le za fe m e nina 31. Ub ic a d a la
s e x u a lid a d fue r a de la his t o r ia , se la c o nvie r te e n fu n d a m e n t o y
e x p lic a c ión de la o pr e s ión de las muje r e s .
La s e x ua lida d de los hombr e s es punto de pa r tida , pe r o s ólo de
pa r tida , e n la c o nfig ur a c ión de l s uje to hombr e , c onc e ptua liza do pre-
c ¡s áme nte c o m o e l que tr a s c ie nde la s e x ua lid a d , y a l ha c e r lo , se
c ons tituye e n s uje to32. La s e x ua lida d ma s c ulina es m e d io de r e a liza ­
cione s po s itiva s pa r a los hombr e s , es s igno de s u pode r ío y re curs o
para obte ne r , e ntre otros bie ne s , a las muje r e s .
L a s e x ua lida d es un te rre no e n e l que se re crea y e je rce la opr e ­
s ión ge né r ic a; n o s ólo la q ue im p lic a n la vio le nc ia , la br uta lida d, la
im p u n id a d y la c o a c c ión ma s c ulina s s obre las muje r e s , s ino ta mbié n
la r e pr e s ión de l de s e o fe m e n in o que pr ovie ne de la ig no r a nc ia , la
in v is ib ilid a d y e l m ie d o 33. La s e x ua lida d es una de las e xpe r ie ncias
a través de las c uale s los ho mbr e s se a pr opia n de ma ne r a pe r s ona l y
dir e c ta de las m uje r e s y e n que g e né r ic a me nte se c o ns tit uy e n e n
pr opie ta r ios de la s e x ua lida d de las muje r e s y de las muje r e s m is ­
mas ; es un e s pa c io de r e la c ión ínt im a y dir e cta que ins tala la de pe n­
d e nc ia y la d o m ina c ión .
L a s e x ua lida d m a s c ulin a pe r mite a de más a cada ho mbr e va lo r i­
zars e a tr avés de s us e x pe r ie nc ia s s e xuale s , no imp o r ta que és tas
s e an d a ñ in a s pa r a las muje r e s : la a uto e s t im a m a s c u lin a a um e n t a
m e d ia n t e los é x itos s e x ua le s . Lo s hombr e s se e m po d e r a n s exual-
me nte fre nte a las muje r e s pr e via me nte c os ific a da s , se e mpode r a n
me dia nte la a p r o pia c ión s e x ua l de las muje r e s y se e mpode r a n t a m ­
bié n a través de s us e x pe r ie nc ias s e xuale s : tr iple c o nfig ur a c ión de l
po d e r ío s e x ua l de los h o m br e s e n e l or de n ge né r ic o pa tr ia r c a l. A
e sta tr iple d e fin ic ión se a ña de la de r iva da de la c o mpe te nc ia s e xual
e ntre los ho mbr e s c o m o par e s que r e dunda ta m b ié n e n e mpode ra-
m ie nto pe r s ona l y c o le c tivo pa r a e llos .
E n los m ito s y las c r e e ncia s do m ina nte s los hombr e s no e s tán
s ólo d e fin id o s po r la s e x ua lida d y por tanto no que dan r e duc idos a
e lla ; s on d e fin id o s c o m o s uje tos , pr e cis ame nte por otros he chos de
s u e x p e r ie nc ia que lo s u b ic a n e n la his tor ia : s us a c tivid a d e s , s us
a cc ione s , s us obras , s us cre acione s , sus pe ns a mie ntos , s u im a g ina r io
y s us fantas ía s .
E l h o m b r e g e né r ic o se e r ige c o m o e l s uje to de la his to r ia p a ­
tr iar cal y de s de e lla trata de e ns e ñore ar s e aun e n la his tor ia que no
ha e s tado d e fin id a po r e l pa tr iar c a do.
E s pr e c is o ins is tir e n que las caracte rís ticas ge néricas de muje r e s
y ho mbr e s n o s on caus adas p ór e l s e xo o de r ivados b iológ ic o s de l
s e xo. T a m p o c o s on un da to unive r s a l y pr e vio al or de n, al pa cto y
a la no r m a s ociale s . P or e l c ontr a r io, las s ocie dade s se e s tructuran a
pa r tir de lo que a s ig na n a las muje r e s y a los hombr e s , de lo que
pr o d uc e n e inte r c a m bia n uno s y otros , de las r e lacione s que e s table ­
c e n e ntr e e llo s , de los e s p a c io s e n que r e a liza n sus a tr ib uc io ne s
ge né r ic as , de las ins tituc ione s y las c os movis ione s que re cre an c o t i­
d ia na me nte ese or de n.

E l c u e rp o , la s e x u alid ad y la c o n d ic ión fe m e n in a
Un r e s ulta d o de la o r g a niza c ión g e né r ic a es e l c o ntr o l de los
c ue r p o s de la s m u je r e s y de lo s h o m b r e s y, e s p e c ífic a m e n t e , e l
d o m in io de las muje r e s a través de l c o ntr o l e x pr o pia to r io de s us
c ue r pos y s us cre acione s .
Fr a nc a Ba s a glia 34 ha s e ñalado que el me ca nis mo polític o es total.
Plante a que el s is te ma func iona a partir de la e x pr opiación de l cue rpo
fe me nino , y que c a da muje r se e rige s obre esa e x pr opiación. La s ubje ­
tivida d de cada m uje r marcada por dicha e x pr opiación produce en e lla
la ne ce s idad, e l inconcie nte e impe r a tivo des e o de s er- para- los - otros .
La a uto ide ntida d fe m e nina tie ne una ma r ca c o m ún cons tr uida en e l
c ue r po que s inte tiza que los haceres, e l s e ntido y e l fin de la e xis te n­
c ia no se e ncue ntran conte nidos en cada muje r s ino en los otros .
La v id a de las muje r e s adquie r e s e ntido s ie mpr e y c ua ndo ha ya
v ínc ulo s c on otro s y c a da m uje r pue de trabajar, s e ntir, pe ns ar par a
los o tro s . La r e a liza c ión vita l, o n to lóg ic a , im p lic a la pr e s e ncia inte r ­
na y e x te r na de lo s o tro s , im p lic a que c a da muje r s ea ha bita da po r
los otros y de s de lue g o de s pla za da de s í m is m a por e llas y e llos . E n
e l c e ntr o de la v id a de cada m uje r no se e ncue ntr a s u Yo , a h í e s tán
a s e nta dos los o tro s . La s e ne r gías vitale s de cada muje r de be n de s ti­
nars e a s atis face r las ne ce s idade s vitale s y los des e os de los otros ,
s u tr a ba jo, s us pe ns a mie ntos y su a fe c tivida d c um ple n c on esa d is ­
po s ic ión . Es e es e l núc le o fir me de l c au tiv e rio 35 y fund a m e nto de la
a us e nc ia de libe r ta d ge né r ic a de las muje r e s .
E l pode r de d o m in io de los hombr e s y de las ins tituc ione s s obre
las muje r e s se le g it im a e n las me nta lida de s , a l ubic a r el c ue r po his ­
tór ic o fe m e n in o e n la n a t ur a le za y lue g o r e d ic ir la s a ese c ue r po
m a n iq u e o . L a m u je r es c ue rp o - n aturale z a 36. Y la v id a de las m u je ­
re s t ie n e c o n t e n id o s o b lig a t o r io s : c a d a m u je r de be s e r c u e rp o -
v iv ie nte - para- otr os , de be r e a liza r una ve r s ión de los e s te re otipos y
po ne r lo e n e l ce ntr o de s u unive r s o pe r s ona l37.
L a m u je r es r e d uc id a a s er s ólo c u e rp o - n aturale z a- p ara- o tro s
ha ga lo que ha ga , a tr a pa da e n su c ue r po de l que pare ce e ma na r y
de s pre nde rs e to do lo que le ocur re y s obre lo que n o tie ne c ontr ol.
La m u je r es, a l ser pos e ída po r otros a quie ne s que da vinc ula da , de
quie ne s de pe nde , y quie ne s e je rce n d o m in io s obre e lla.
De s de la d im e n s ión de la pr o pie da d, la muje r no se pe rte ne ce ,
otros de c ide n po r e lla: los hombr e s , c a da hombr e impor ta nte en su
vid a , la ma dr e , el padre , los par ie nte s , los hijos y las hija s , las ins ti­
tuc io n e s (p o lít ic a s , c iv ile s , e c le s ia le s , m ilita r e s ), la s oc ie da d, los
dios e s , la na tur a le za . La pr o pie da d se c iñe s obre la muje r y, en ese
s e ntido, es s e r- de - otros .
E l or de n pa tr iar c a l es un or de n de pr opie da d s ocial y pr iva da de
las muje r e s a través de la a pr o pia c ión, pos e s ión, us ufr uc to y de s e ­
c h o de s us c ue r pos vivid o s , s u s ubje tivida d y sus re curs os , bie ne s y
obr as . La s nor ma s r e gula n el c ontr ol de su s e x ua lida d, sus c a pa c i­
dade s r e pr oduc tiva s , su e r otis mo, su ma te r nida d, su c a pa c ida d a m a ­
tor ia, s u tr a ba jo, inc lus o s u s alud. Los controle s pe r mite n que otros
se a pr o p ie n de la a te nc ión y de las c apa c ida de s de las muje r e s , y
a s e g ur a n que las muje r e s s ie nta n que no tie ne n c o ntr o l s obre sus
cue r pos y sus vida s , ple na me nte e naje nados .
B a jo e s a pa ut a p o lít ic a e l que ha c e r s ocial de las muje r e s e n e l
m u n d o y s u id e n t id a d de g é ne r o se c o ns ide r a n p r o lo n g a c io n e s y
e x pr e s ione s de s u s e x ua lida d. Oc u p a r un luga r s oc ia l de pe nde de
c óm o r e a lic e n las muje r e s s u c o n d ic ión fe me nina , de c óm o se v in ­
c ula n c o n los otr os y de su r e c onoc imie nto. S in e mba r go, c u m p lir
c o n los m a nd a to s s ólo b r in d a a quie ne s a s í lo hace n, la p o s ib ilid a d
de ser ace ptada s s ólo c o m o seres infe r ior e s , c o m o s ombr as de l s uje ­
to. P a r a la s m uje r e s q u e no c u m p le n c o n s us de be r e s de gé ne r o
e s tán la e x c lus ión , e l r e chazo, la de s va lor iza c ión, e l da ño y e l cas ti­
g o in s t it u c io n a le s y pe r s ona le s . P or e s o, las tr ans gr e s ione s de las
muje r e s se e x pr e s an e n e l c ue r po, e n s us func ione s y e n las r e la c io­
ne s , e n s u s e x ua lid a d y, de s de lue g o , e n e l pode r .

E l c ue rp o y la c o n d ic ión m as c u lin a
E l or de n g e né r ic o se c o m ple ta e n e l otro géne r o c o n la c r e a c ión
d e l c ue r po m a s c u lin o que c ontie ne la s ubje tivida d de un ser po de r o ­
s o y no a nc la d o , lim it a d o s ólo a no ser lo que es la m uje r , c on un
a m p lio e s pe c tr o de ha ce r e s , d u e ñ o de s us c r e a c ione s y , de s de la
filo s o fía y la é tic a pa tr iar c a le s , libr e .
E l ho m br e ge né r ic o s inte tiza un c onjunto de atributos : ser par a­
d ig m a de lo h u m a n o y r e pre s e ntación unive r s al s im bólic a de muje r e s
y hombr e s , ser d ue ño de l m u n d o , de los bie ne s reales y s imbólic o s ,
de las muje r e s y s u pr ole . Se r hombr e im p lic a ser el que hace , cre a y
de s truye e n e l m u n d o c on le g itimida d; es ser quie n pie ns a, s ignific a
y n o m b r a e l m u n d o , e l que s abe , e l pos e e dor de la r a zón, de la ve r­
d a d y de la vo lunta d . Se r hombr e es ser pode r os o para v iv ir e n bus ca
de la s a tis fa c c ión de sus ne ce s idade s , la r e a liza c ión de sus des e os y
e n e x pa ns ión.
E l s e ntido de la vida de los hombr e s e stá e nc a m ina do a a pr ove ­
c ha r lo s r e cur s os que los a po y a n y d ir ig ir sus vida s par a obte ne r
b e n e fic io pe r s ona l, inm e dia to y dir e cto. Ide ntific a dos c on e l m un d o ,
s us a c c ione s , sus he chos y su s ubje tivida d, se or ie nta n a r e a liza r de
ma ne r a s im ultáne a la g a na nc ia , la g r a tific a c ión y e l é x ito pe r s onal y
s oc ia l.
Lo s hombr e s s on c o nfo r ma do s c o m o seres c uyo de be r es actuar ,
a c c io n a r , ha c e r e n e l m u n d o , tr a n s fo r m a r lo y s ólo e x is tir de e sa
ma ne r a . Su po de r ío de géne r o es su a va l his tór ic o de le g itim id a d y
de a uto a fir m a c ión para pos e e r bie ne s y seres y actuar.
En s ínte s is , o t o ló g ic a m e n t e , ser hombr e cons is te e n s e r- para-
s í- e n- e l- m undo. P o r e s o, los hombr e s se tie ne n c o m o o b je t iv o de
s us e ne r gías vitale s , de sus m o vim ie nto s y de su s ubje tivida d, c o m o
s u c e ntr o, y c a da h o m b r e a l cre ar o a l de s tr uir , a l tr a ns for ma r e l
m u n d o , de be bus c ar inde fe c tible me nte su g r a tific a c ión y su goce . E l
p a r a d ig m a de l m u n d o pa tr ia r c a l es e l ho m br e , y e l p a r a d ig m a de >
c ada ho m br e es él m is m o .
Lo e na je na nte de la c o n d ic ión m a s c ulin a e s tá e n que c o m o e l
d o m in io c ons tituye la m a s c ulin id a d , su r e a liza c ión im p lic a ne ce s a­
r ia m e n t e la o p r e s ió n s obr e p e r s o na s , g r u p o s y otr as c a t e g o r ía s
s oc ia le s y c ultur ale s . T odas las r e lacione s íntima s o públic a s de los
ho mbr e s e s tán ma r c a da s p o r la opr e s ión y de s de lue go po r la r e la ­
c ión ganancia- goce - éxito, tr as ce nde ncia ma s c ulina , c omple me nta da s
c on e l d a ño , la e x pr o pia c ión y e l s ufr imie nto de las muje r e s y los
hombr e s im p lic a d o s .
La c o n d ic ión m a s c ulin a ta mbié n es e na je nante po r la pé r dida de
lím ite s que se pr o duc e e ntre c a da hombr e , s u Yo , su ide ntida d y e l
m u n d o . Lo s hombr e s concr e tos c o nfunde n sus a tr ibutos s im bólic o s
c on s us po s ib ilid a d e s re ale s y se c o nfunde n c on las ne ce s idade s y
las e x ige nc ia s de l m u n d o , y lo hace n obs e s iona dos por la r e a lida d
y p o r la a lu c in a c ión de ser due ños mate r iale s de l mund o , de ser e l
m u n d o . La s cris is de l m u n d o s on sus cris is , s us pér didas s on p é r d i­
das s ociale s , e l de s a r r ollo s oc ia l es su de s ar r ollo. Los hombr e s c o n ­
cre tos se pr o y e c ta n y c o n t in úa n e n el m u n d o y e n s u ¿lim it a c ión ,
s on e l Es ta do, la n a c ión , la clas e , e l pue blo , la s ocie dad, las ins t it u­
c ione s , la his tor ia: e l ser.

L as f o rm a c io n e s de g é n e ro s on f o rm ac io n e s p o lít ic as
C a d a fo r m a c ión s o c ia l de gé ne r o e s tá e s tr uc tur a da a pa r tir de
cargas y te ns ione s de pode r e s que as e guran y o b lig a n a los s uje tos
s oc ia le s e l c u m p lir s us de be re s c o m o muje r e s y c o m o hombr e s , y
les im p id e n r e a liza r las pr o hibic io ne s . Los obje tivos s ociale s de las
or g a niza c io ne s de géne r o s on:

a) e s pe c ia liza r a los s uje tos de finido s a pa r tir de su s exo;


b ) c onve r tir le s e n e xpe rtas /os para r e aliza r a c tivida de s y
func io ne s , c u m p lir role s y o c upa r pos ic ione s e s pe cíficas , que
los hace n ser muje r e s y hombr e s , es de cir, v iv ir de a cue r do a
s u c o n d ic ión de géne ro;
c ) lo g r a r la r e c r e a c ión y c o n t in uid a d de l m u n d o a s í e s ­
tr uctur a do.

A tr avés de va r ia dos me c a nis m o s s ociale s , e c o nóm ic o s , p o lít i­


cos y c ultur a le s , los s uje tos que da n inc luid o s o e x c luidos de á m b i­
tos y r e la c ione s , y o c up a n po s ic io ne s je r ár quic a s . Ca d a a c t iv id a d ,
fun c ión y r ol tie ne valore s pr e fija dos y dan pode r ío o quita n po d e ­
re s a las muje r e s y a los hombr e s , a s í c o mo a sus gr upos de r e fe r e n­
c ia y a la s oc ie da d.
As í, la o r g a n iza c ión ge né r ic a as e gur a de te r mina da d is t r ibuc ión
de a c tivid a d e s vita le s , pode r e s , bie ne s y re curs os que fo r ma parte
d e l m o d e lo de d e s a r r o llo s oc ia l y pe r m ite c ons e r va r e l or de n de l
m u n d o . Es p o s ib le obs e r var los proce s os de c r e a c ión, a m p lia c ión e
in te r c a m b io de pode r e s y de su a c um ula c ión tanto c o m o de e x pr o­
p ia c ió n de b ie n e s y pode r e s y s u c ons e c ue nte c o nc e n t r a c ión. La
e x p lo ta c ión y la c o nc e ntr a c ión, s on obje tivos de l or de n de géne ro.

L a c o n d ic ión p o lít ic a p a t r ia r c a l de las m uje re s


L a e x plo ta c ión e c o n óm ic a de las muje r e s es bas e de su e x plota ­
c ión e r ótic a , r e pr oduc tiva , a fe c tiva , inte le ctual y cultur al. Es fue nte ,
e n c ons e c ue nc ia , de pode r ío par a los hombr e s y todas las pe rs onas
(a u n m u je r e s ), y la s in s t it u c io n e s q ue se b e n e fic ia n y o b t ie n e n
g a na nc ia s de la e x tr a c c ión de tr aba jo, va lor , s e r vicios y bie ne s de
las muje r e s . L a s oc ie da d se b e ne fic ia ta mbié n por que , a través de su
tr a ba jo y de otras a c tivida de s , las muje r e s contr ibuye n a l incr e me nto
y de s a r r ollo de as pe ctos y áre as bás icas de la e c o no mía , la s ocie dad,
la c ultur a y de l s is te ma po lític o .
La s muje r e s pr o duc e n r ique za e c o nóm ic a y s oc ia l, pr e s e r van e l
m e d io , e l te r r ito r io , la cas a y e l hoga r , la fa m ilia , la pa r e ja y las
re de s de pa r e nte s c o, c o m unita r ia s , contr actuale s y po lític a s . A tr a­
vé s de s u c ue r p o y de s u s ub je tivid a d las muje r e s ge s tan y da n vida
a lo la r g o de s us vida s a las pe rs onas . Y, c on sus c uida dos vitale s ,
c o nt r ib uy e n a ma nte ne r s u e x is te nc ia día a día .
P o r m e d io de una pe d a g o g ía ínt im a , las muje r e s tr ans mite n la
c ultur a do mé s tic a , fa m ilia r y c o munita r ia - de s de la le ngua, e l id io ­
ma y las c onc e pc ione s de l m u n d o , has ta las ide ntidade s de los s uje ­
tos , a s í c o m o las r e la cione s s ociale s pr ivadas con su r itua lida d, su
m it o lo g ía , s us id e o lo g ía s y s us c r e e nc ia s - , y s on e nc a r g a da s de
v ig ila r , a un a c os ta s uya , la o b e d ie nc ia y e l c u m p lim ie n t o de las
nor ma s c otidia na s .
N o obs tante , no se c ons ide r a que las a c tivida de s que r e a liza n las
muje r e s s e an his tór ic a s o tras ce nde nte s : se las ide o lo g iza c o m o ins ­
tinto , a m o r , e ntr e ga , c uid a d o s natur a le s , ilu m in a c ió n , labor e s p r o ­
pia s de s u s e xo, no hace r na da , e tcéte ra. Ho y s abe mos que s on tra­
b a jo o c ulto o in v is ib le 38, obje to va lios o y ne ga do de las r e lacione s
e c o n óm ic a s e ntre los géne ros y as e gur ado po r la lla m a d a d ivis ión
de l tr a b a jo que es e n r e a lid a d una d iv is ión de la vid a toda y, de
he c ho, una o r g a niza c ión s oc ia l ge nérica.

L a c o n d ic ión p o lít ic a p a t r ia r c a l de los hom bre s


Lo s ho m br e s c o m o gé ne r o s on r e s pons a ble s de la p r o d u c c ión
de lo s b ie n e s y de la r iq u e z a e c o n óm ic a , s o c ia l y c u lt u r a l. P o r
e llo s on r e tr ibuidos y o btie ne n por c ione s de la r ique za que ge ne ran.
Se de s tina n a los ho m br e s las a c tivida de s y los tr abajos p úb lic o s
de t r a n s fo r m a c ión , in c r e m e n t o o d e s t r uc c ión de vid a s h u m a n a s ,
d e l m e d io , los te r r itor ios y los bie ne s . T ie ne n a su c ar go, a s im is ­
m o , la c r e a c ió n y e l m a n t e n im ie n t o de la s c o n c e p c io n e s d e l
m u n d o , c r e a da s p o r lo s h o m b r e s , es d e c ir , de las c r e e nc ia s , lo s
c o n o c im ie n t o s , los va lo r e s , las s a b id ur ía s y las obr as c ult ur a le s .
M o n o p o liz a n la fu n c ió n in t e le c t ua l v is ible : los ho m br e s s on los
inte le c tua le s .
La s ins tituc io ne s que r e gula n e l or de n de l m u n d o , cre adas por
los hombr e s s on m o n o p o liza d a s y c ontr ola das po r e llos . Lo s h o m ­
bre s a dultos de todas las na c ione s , clas e s , cas tas , e tnias , r e ligione s y
e s ta m e nto s p o lít ic o s , se o c u p a n de d ir im ir c o n otr os ho m br e s e l
s e ntido de la s oc ie da d, de la his tor ia, de la v id a y, al e ncar gars e de l
m u n d o , o btie ne n p o d e r e x ce de nte .
P o r su c o nte nid o e c o n óm ic o y s oc ia l y po r la c onc e ntr a c ión de
va lo r , bie ne s y po de r e s , e l p a tr ia r c a do ha p r o b a d o s u e fic a c ia e n
dive r s a s fo r m a c io ne s e c onómic o- s oc ia le s y e n dive r s os hor izonte s
c ultur a le s , c o m o or de n ge ne r ador de s e rvicios vitale s pre s tados po r
las muje r e s a l c o n jun t o de la s ocie dad. La r e pr oduc c ión de la vida
c o tid ia na es e l ám b it o e s e nc ia l de la s e r vidumbr e y la s ubo r dina c ión
e n la de pe nde nc ia .
La r e pr o duc c ión pa tr ia r c a l39 de s ocie dade s tan dive r s as , re s guar­
da pa r a los hombr e s las e s fe ras de c ontr ol de los modos de vida y
d e l s e ntido de la v ida , y los c o lo c a e n una po s ic ión p r iv ile g ia d a :
pue de n d o m in a r s in la c ompe te nc ia y bus can hace r lo s in luc ha con
las muje r e s .

L a d im e n s ión p o lít ic a de la o rg an iz ac ión g e n é ric a


Lo s gé ne r os y las r e la c io ne s s e x ua le s , e c o n óm ic a s y s oc ia le s
que de be n e s table ce r e ntre e llos , c o nfo r ma n un or de n p o lít ic o que
d e fin e la v id a c o t id ia n a de las pe r s ona s . Es un or de n s oc ia l que
je r a r q u iza a las muje r e s y a los hombr e s , los va lo r iza y de s va lor iza ,
y le s otor ga o le s e x pr opia pode re s 40. Sin e mba r go, de pe nde de e s fe ­
ras e s p e c ífic a m e n t e p o lít ic a s que pr o c ur a n las c o n d ic io n e s de su
r e c r e a c ión. E n las e s fe ras r e ligios a , mo r a l y jur ídic o - po lític a e s tán
las ins tituc ione s que r e pr oduce n, e ns e ña n, d ifund e n, v ig ila n y c o n ­
tr ola n e l c u m p lim ie n t o de las nor ma s y cas tigan s u inobs e r va nc ia .
Ca d a ins tituc ión de la s oc ie da d c iv il y de l Es ta do y sus fo r m a c io ­
ne s c ultur a le s - le ng ua je s , r e pr e s e ntacione s , mito s , filo s o fía s , id e o ­
lo g ía s , valor e s , cre e ncias y nor mas - , inc ide n con polític a s de géne ro
e n muje r e s y hombr e s , e n la .s ocie dad y en la cultur a.

L a s in g u la r id a d p o lít ic a m arc ad a p o r e l gé ne ro
C a d a m u je r y c a d a h o m b r e e s tá e s tr uc tur a do po r s u p o s ic ión
s oc ia l y e c o n óm ic a de géne r o, por s us func ione s s ociale s y por su
pe r te ne nc ia a ins tituc io ne s que aba r ca n de s de la par e ja y la fa m ilia
ha s ta las igle s ia s y las ins tanc ias de l m u n d o p úb lic o c iv il y e s tatal.
As im is m o , c a da ins t it uc ión c iv il o e s tatal tie ne func ione s e s pe cí­
fic a s e n la o r g a n iza c ión de géne ros y ma y or o me nor pe s o y pode r
e n la fo r m a c ió n g e n é r ic a de la s m uje r e s y lo s h o m b r e s y de la
s oc ie da d. Lo s r e s ultados s on var iados : hay muje r e s y hombr e s más
d e t e r m in a d o s , c o n m e no s o pc io ne s y ma yor e s de be re s irre nuncia-
ble s c o n vida s e nce r r adas y e s trictas , e n c ons e c ue nc ia c on me nor e s
po de r e s , a s í c o m o ha y quie ne s tie ne n me nos de be re s e in c lus o se
le s pr e s e ntan a lte r na tiva s de a c c ión, po s ibilida de s de c a mbia r , y una
v id a c o tid ia na c o n ma yor e s opor tunida de s y re curs os , c on pode re s y
c a p a c id a d de d e c id ir c on libe r tad.
C a s i a l m a r g e n de s us c u a lid a d e s pe r s ona le s y de s us o br a s ,
c a da m uje r y c a d a ho m br e , s ólo po r s e rlo, tie ne un a carga po lític a
e s p e c ífic a , e je r c e pode r e s , e s tá s ome tida / o a pode r e s , o c up a e s pa ­
c ios s oc ia le s y po s ic io ne s e n nive le s y je r a r quías filo s ófic a s , s im b ó ­
lic a s y de c o ntr o l s oc ia l. Es de cir , c ada quie n pos e e estas caracte-
rís tcias y las vive pe r s ona lme nte las m á s de las ve ce s , s in s abe r que
se de be n a de te r mina c ione s his tór ic as c o mpa r tida s y a s ignada s a los
gé ne r os , c o nfo r m a d o s po r m illo n e s d e pe r s onas . De a h í las m ú lt i­
ple s s e me ja nza s y las c ua lida de s d e r iva d a s de la c o nd ic ión ge né r ic a
que las m uje r e s c o m p a r te n e ntre s í, dis tinta s de a q ué lla s que los
ho mbr e s c o mpa r te n po r s u c o nd ic ión m a s c u lin a .

La s r e la c ione s de p o d e r in te r g e n é r ic a s e in t r a g e né r ic a s

T odas las pe rs onas vive n inme rs as e n r e lacione s de pode r mar ca­


das por s u géne ro. Las re lacione s inte r ge nér icas se dan entre pe rs o­
nas de géne ros dife re nte s . Más a llá de s u vo lunta d y de su c onc ie nc ia
las muje r e s y los hombr e s e s table ce n re lacione s de pode r e n todos
los ámbito s . E l or de n de pode r pa tr iar c a l no se a gota e n las r e la cio­
nes e ntre muje r e s y hombr e s . Ha y un c o njunto de pode re s intragené-
r icos e je r cidos e ntre los hombr e s y otr o e je r cido e ntre las muje r e s .
La s r e la c ione s intr a ge né r ic as s on a que lla s que se dan e ntre pe r ­
s ona s de l m is m o g é ne r o , e ntr e m uje r e s po r s er m uje r e s , y e ntr e
hombr e s po r ser hombr e s . La s e m e ja nza de géne r o e n este or de n no
s ig n ific a pa r ida d. P o r e l c ontr a r io, e n c a da cate gor ía hay je r a r quía s
que e nfr e nta n, a nta g o niza n y ubic a n e l d o m in io a las muje r e s s obre
otr as muje r e s y a los ho mbr e s s obre otros hombr e s . S in e m ba r g o
ha y m e c a nis mo s que le s pe r mite n ide ntific a r s e , aliars e y de s ar r ollar
p o d e r ío de g é n e r o . E n e l c a s o de la s m uje r e s la s r e la c io n e s de
po d e r se bas an e n e l e x tr a ña mie nto; e n c a m b io , e n los hombr e s se
s upe r pone n a una bás ic a id e n t ific a c ión po lític a .
Lo s pode r e s , inte r g e né r ic o s e intr a g e né r ic o s , e s tán a r tic ula do s
e ntre s í y fo r m a n e l c o m p le jo or de n p o lít ic o e n e l m u n d o patr iar cal.

L as c o n d ic io n e s de id e n t id a d y la s itu ac ión v it al:


s ín te s is de la d iv e rs id ad
E n las r e la c ione s de po d e r c onve r ge n las dive r s as c o n d ic io n e s
de id e n t id a d que c o nfo r m a n a las pe rs onas y c ada una s uma o re sta
pode r e s a c a da c ua l. E l géne r o, la e da d, la na c ión, la n a c io na lida d ,
la clas e s oc ia l o la cas ta, la r a za, la c o m unid a d , la r e lig ión , la s alud,
la id e o lo g ía y la p o lít ic a , los s aberes y otras más , s on las c o n d ic io ­
ne s y e s tados que se c o njug a n en c ada muje r y e n c ada ho m br e , e n
ta nto tale s , y de fine n s u ma ne r a de v iv ir y opor tunida de s e im p e d i­
me ntos pa r a s u de s a r r ollo pe r s ona l y gr upal.
As í, c a d a pe r s ona e s tá d e finid a po r una c o nd ic ión ge nér ica, una
c o n d ic ión n a c io na l, é tnic a , tr iba l, c iánic a , una c o n d ic ión r a c ia l, una
c o n d ic ión lin g üís t ic a (un id io m a ma te r no, un id io m a c o tid ia no , e l
m o n o lin g ü is m o o el b ilin g üis m o , as í c o m o po r la c o nd ic ión po lít ic a
de su le ngua : si es na c io na l he g e mónic a , m ino r iza da ), por una c o n ­
d ic ión de e da d (una e da d, una ge ne r a ción y un gr upo de e da d), una
c o n d ic ió n c o m u n it a r ia , una c ián ic a , una fa m ilia r ; una c o n d ic ió n
r e lig io s a , una c o n d ic ión id e o lóg ic a , una c o nd ic ión po lític a , una c o n ­
d ic ió n de s a lud, una c o n d ic ión de s a bidur ía , una c o nd ic ión e s tética,
y a s í s uc e s iva me nte ha s tá a gota r las c ondic ione s s ignific a tiva s e n el
m a p a y e n e l itine r a r io pe r s ona l.
De ma ne r a dife r e nte , las c ondic ione s pr ove e n a las muje r e s y a
los ho mbr e s de pr e s tigio, e s tatus , po s ic ión, je r a r quía y va lo r s upe ­
r io r e s , y t a m b ié n los d o ta n de bie ne s , o p o r t un id a d e s , r e cur s os y
p o d e r ío , a l m is m o tie m po que otras im p lic a n su infe r ior ida d, la de s ­
p o s e s ión, la o pr e s ión. Ad e m ás , las c o ndic io ne s que de te r mina n lo
que c a da q uie n e s , se m o d ific a n e n e l curs o de la vid a de acue r do
c o n s us dife r e nte s gr ados de r ig id e z y c ons e r va dur is mo y s us r itmos
de c a m b io no c o nc ue r da n e ntre sí, pe r o la r e gla es que hay c o nte ni­
dos ir r e nunc ia ble s par a toda la vida , mie ntr as otros c onte nidos s on
ma le a ble s y e fíme r os .
A s í, a tr ib u t o s de id e n t id a d a s o c ia d o s a e s tas c o n d ic io n e s se
m o d ific a n , c ons e r va n o se pie r de n dur ante la vida pe r s ona l y gr u­
pa l. S in e m b a r g o , la u n id a d d e l s uje to hace que todas e llas se a r ti­
c ule n c o m p le ja y c o nflic t iv a m e n t e y que lo m o v ilic e n o lo p a r a li­
c e n, le p e r m it a n de s a r r olla r s e o lim it e n s us o pc io ne s de v id a . La
v iv e n c ia de l c o n jun t o de c o ndic io ne s pr oduc e la e x is te nc ia o s itu a ­
c ión v it a l de las muje r e s y los hombr e s .
C a d a pe r s o na es e n s í m is m a una s ínte s is de dive r s id a d e s e n
m o v im ie n t o . P o r e s o, a de más de r e conoce r, po r e je m p lo , la c o n d i­
c ión de la m u je r e n c a da m u je r o la c o nd ic ión m a s c ulina en c a da
h o m b r e , es p r e c is o d e fin ir s u s it u a c ió n v it a l pa r a c o m pr e nde r s u
e x is te nc ia ún ic a y e n pe r ma ne nte proce s o.
La s c o n d ic io n e s de id e n t id a d no c a lific a n la c ir c uns ta nc ia de l
s uje to, n o s on a dje tivos pr e s c indible s . P or e l c ontr a r io, s on m und o s
- e s pa c ios , m o d o s de v id a y c onc e pc ione s de l m u n d o y pode re s pa r a
v ivir - , e n los que se de s ar r olla la v id a c o tid ia na de las muje r e s y
los hombr e s . Lo s c o nte nido s funda me nta le s de c ua lquie r c o nd ic ión
h is t ór ic a c o nc e p tua liza d a de e s ta ma ne r a s on los s iguie nte s :

a) La s a c tivida de s de l s uje to: sus hace re s y sus que ha c e ­


re s , s us de be re s y s us pr o hibic io ne s ;
b) las r e la cione s e n las que e l s uje to e stá inme r s o o que
e s table ce al r e a liza r s us hace re s ;
c) las no r ma s que de te r mina n al s uje to y los pode re s que
pos e e y de s ar r olla.

La s a c tivida de s , las r e la cione s , las nor mas y los pode re s de c a da


c o n d ic ión h is tór ic a se cor r e s ponde n c on le ngua je s y c onc e pc ione s
e s p e c ífic o s , c r e e nc ia s , t r a d ic io n e s , c o n o c im ie n t o s , h a b ilid a d e s y
de s tre zas . T o do e llo c o nd ic io n a for ma s de actuar e n e l m u n d o , fo r ­
ma s de c o m p o r t a m ie n t o y de trato, ma ne r a s de vivir , a s í c o m o la
s ub je t iv id a d p a r t ic u la r - e l p s iq u is m o y la p e r s o na lid a d - de c a da
m uje r y de c a da hombr e .
L o q ue c a d a q u ie n es de pe nde de lo que r e a liza y no r e a liza
c o m o s uje to pa r tic ula r de las cate gor ías a las que pe rte ne ce , en unos
c a s os s on d e t e r m in a c io n e s y e n otr os s on p o t e n c ia lid a d e s . Ca d a
quie n pa r tic ipa de ma ne r a a c tiva y dia lé c tic a e n y de su m u n d o y
cons tr uye , a pa r tir de sus re curs os , su vida pe r s onal, s u his tor ia y la
h is t o r ia c o le c t iv a . Y , a un q u e e l s uje to p u e d a pe r de r la m a y o r ía
de sus c o nd ic io ne s , la c o nd ic ión de géne ro, a unque c a mbia nte , de ­
fin e s u id e n t id a d e n s us d im e n s io n e s fu n d a n t e , a r c a ic a y b ás ic a .
De fin e t a m b ié n los pode re s que le corr e s ponde n, tanto los pe r s ona ­
les y gr upa le s , c o m o los pode re s que los otros e je rce n s obre la pe r ­
s ona, e l g r upo o la c ate gor ía s oc ia l. La r e la c ión e ntre a mbos p o d e ­
res pr o duc e e l p o d e río de c a da c ual.

E l c au tiv e rio y e l d o m in io
As í, e n e l m u n d o pa tr iar c a l ser hombr e im p lic a v iv ir de s de una
c o n d ic ió n de g é ne r o p r iv ile g ia d a , je r ár q u ic a m e n te s upe r io r y v a ­
lo r a d a p o s itiva m e nte . Y ser m uje r im p lic a v iv ir a c ontr a cor r ie nte ,
de s de una c o n d ic ión infe r io r iza da a pa r tir de la c ua l los he chos de
la s m u je r e s s o n d e s v a lo r iz a d o s o in v is ib iliz a d o s , y la s c o lo c a n
de a n t e m a n o e n u n a p o s ic ió n je r á r q u ic a m e n o r , s u b o r d in a d a , y
s o m e tid a s a d o m in a c ió n . E n s ínte s is , la c o n d ic ión p o lít ic a de las
muje r e s e n e l m u n d o patr iar cal es e l c a utive r io y la de los hombr e s
es e l d o m in io 41.
A pe s ar de es ta caracte rís tica p o lít ic a fund a m e nta l de los gé ne ­
ros los pode r e s n o s on totale s n i unilate r ale s . Lo que se da e n r e a li­
d a d es la c o nfr o n ta c ión de pode re s dive r s os e ntre s uje tos , ám b ito s e
ins tituc ione s . La s r e la c ione s a s imé tr ic a s de pode r im p lic a n la c o n ­
c o r d a n c ia d o m in a c ión - o p r e s ión y c o n flic t o . Y, e n e fe c to, nue s tr o
or de n de gé ne r o a s e gur a la d o m in a c ión y se re pr oduce po r e lla.
C o n t o d o , n o to da s las r e la c io ne s de p o d e r s on n e g a t iv a s ni
todas s on de d o m in io . Ex is te n pode re s de a fir m a c ión de los s uje tos
y m e d io s pa r a la c r e a c ión de pode r e s s oc ia le s p o s it iv o s pa r a los
s uje tos y pa r a e l m und o .
E l or de n p o lít ic o de géne ros c o m b in a los pode re s de d o m in io y
los pode r e s pos itivos . C o m o or de n de d o m in io pre vale ce n en é l los
pode r e s que se e je rce n s obre pe rs onas , grupos y cate gor ías s ociale s ,
ne g a tivo s pa r a q uie n es su o bje to , pe r o ide a lme nte po s itivo s par a
q uie n los e je rce . Ide o lóg ic a m e nte , quie n e s tá b a jo d o m in io , es pre s a
de la e s pe r a nza de s atis face r s us ne ce s idade s vitale s y de obte ne r
bie ne s vita le s de los que care ce .
Par a q uie n d o m in a , sus pode re s s ie mpre s on pos itivos por que se
b e n e fic ia c on s ólo pos e e r los y, de s de lue go, a l e je rce rlos . A través
de l us o de e s os pode re s , quie n d o m ina obtie ne bie ne s y s e r vicios y
lo g r a a de más va lo r pa r a s í y su gr upo. La r e la c ión de d o m in io o b li­
ga a l inte r c a m b io po r de s igua l o r a quític o que éste sea. P o te nc ia l­
me nte , quie ne s de te ntan los pode re s de d o m in io r e úne n mayor e s de
a fir m a c ión s oc ia l, a uto a fir m a c ión y se e m p o d e ran , es de cir , se c a r ­
ga n de pode r e s que a s u ve z se pote nc ia n y pe r mite n actuar y v ivir
c o n p o d e r ío s oc ia l.
Y quie ne s e s tán b a jo d o m in io e x pe r ime nta n e l pe s o de pode re s
que le s c o n c u lc a n y le s n ie g a n bie ne s , r e cur s os , o po r t un id a d e s y
p o s ib ilid a d e s de v id a . E n e s a c ir c uns ta nc ia , s obr e vivir im p lic a la
r e la c ión c o n q u ie n d o m in a po r q ue pos e e m e d ia n t e e x p r o p ia c ión ,
c r e a c ión y m o n o p o liz a c ió n , a q u e llo que es v it a l pa r a q u ie n e s tá
b a jo d o m in io . La c a r e nc ia o b lig a a l v ínc ulo de pe ndie nte c on quie n
d o m in a . A ú n a s í, los s uje tos c are n c iad o s pue de n pos e e r, ge ne rar y
e je r ce r pode r e s de a fir m a c ión .
E l or de n se r e pr oduc e po r que a de más e s os pode r e s de a fir m a ­
c ió n se d e s a r r o lla n c a s i s ie mpr e a l r e s ponde r po s it iv a m e n te a las
p r o h ib ic io n e s y los de be re s a s igna dos en e l or de n de d o m in io . La
c o nt r a d ic c ión cons is te e n que par a obte ne r pode r se re quie re c u m ­
p lir c o n e l c au t iv e rio , y q uie n d o m ina re quie re e m pod e rars e a tra­
vés de pr oce s os po r d o m in a c ión pa r a c u m p lir c o n sus a s igna c ione s
s oc ia le s y de ide nt id a d , pa r a a fir mar s e .

E l d o m in io p a t r ia r c a l
Lo s pode r e s de d o m in io s on s ociale s , grupale s y pe rs onale s , pe r ­
m it e n e x plo ta r y o p r im ir a pe r s onas y gr upos y todo tipo de c ole c ti­
vida de s . Se c onc r e ta n e n pr oce s os concate nados de for ma s de inte r ­
ve nir e n la v id a de o tras lo s de s de un r ango y una po s ic ión de s upe ­
r io r id a d (va lor , je r a r quía , pode r ío). Los pode re s de d o m in io s on el
c o njunt o de c a pa c ida de s que pe r mite n nor ma r y c ontr ola r la vida de
o t r a / o , de e x p r o p ia r le bie ne s y re cur s os ma te r ia le s y s im b ólic o s ,
s ubor dina r le y d ir ig ir su e xis te ncia. La d o m in a c ión im p lic a ta mbié n
arrogars e las c apa c ida de s de ju ic io , ve r dad y r a zón, a s í c o m o las de
a c us a r , c a s tig a r y , fin a lm e n te , c onc e d e r le e l pe r d ón a q uie n e s tá
b a jo d o m in io 42.
Qu ie n d o m in a lo hace c on la c a ig a de pode r ío y de s u pos e s ión
e x c lus iva de bie ne s vitale s para quie n e stá ba jo su d o m in io , por e so
s on las ne c e s ida de s y la d e p e n d e nc ia car acte r ís ticas de e s ta r e la ­
c ión . La ne c e s ida d de obte ne r e s os bie ne s ge ne ra de pe nde nc ia e n
q u ie n e s tá b a jo s u je c ión , pe r o es un a d e p e n d e n c ia v it a l , po r q ue
im p lic a la ne c e s ida d de la pr e s e nc ia de quie n d o m in a , de sus bie ne s
y de la r e la c ión.
La d e pe nde nc ia a s oc ia da a la s uje c ión o r g a niza la p o s ib ilid a d de
todos los d o m in io s . P o r o c up a r po s ic io ne s je r ár quic a s y de r a ngo
s upe r ior e s , q u ie n tie ne pode r e s de d o m in a c ión se c o nvie r te , a su
ve z, e n quie n dic ta la no r ma y pos e e la ve r dad, la r a zón y la fue r za
y es le g ítim o su de r e c ho de us ar esos re curs os pa r a ma nte ne r ese
or de n que lo c ons agr a . E l d o m in io c onvie r te a quie n lo de te nta e n
into c a ble e invulne r a b le y por e s o no pue de ser s ubor dina do, c o n ­
t r o la d o , e x p r o p ia d o . A s í, q u ie n d o m in a s u m a pode r e s : lo s que
obtie ne de la je r a r q u iza c ión , los que se cre an por la pos e s ión y el
us o de lo c o nfis c a d o y los que obtie ne a l e je rce r e l s ome timie nto.

E l d o m in io in te rg e n é ric o
Ca d a o r g a niza c ión s oc ia l de géne r o pue de ser c o m pr e ndid a por
s us fo r ma s de c r e a c ión y d is tr ib uc ión de pode re s . E n las o r g a niza ­
c ione s pa tr iar c a le s se e s table ce n re lacione s a s imétr icas e ntre m u je ­
res y hombr e s y se as e gur a e l m o n o p o lio de pode re s de d o m in io y
de a uto a fir m a c ión a l géne r o m a s c ulin o y a los hombr e s , fun d a m e n ­
ta lme nte a pa r tir de la d o m in a c ión de las muje r e s . E l géne ro fe m e ­
n in o y las muje r e s que da n e n s uje c ión.
P o r e s o , a u n q u e id e o ló g ic a m e n t e se a fir m e la ig u a ld a d e ntr e
m u je r e s y h o m b r e s , lo s h o m b r e s t ie n e n e l d e r e c h o y e l d e b e r
inc ue s tiona ble s de nor ma r , dir igir , c ontr ola r y s ancionar a las m u je ­
re s . Lo s ho mbr e s c ons tr uy e n las nor ma s y e llas de be n c um plir la s .
Co n s tit u id o s e n jue c e s , pue de n e va lua r sus he chos , s us c onducta s ,
s us pe ns a mie ntos y s us obr as , e s tán e n p o s ib ilid a d de dis c r imina r la s ,
c o ns ide r a r la s c u lp a b le s , c a s tiga r la s y ha s ta pe r dona r la s . E llo s las
e nju ic ia n a través de la c r ític a s oc ia l y pe r s onal, p úb lic a y pr iva da , y
pue de n c o a c c io n a r la s de dive r s a s ma ne r a s que a ba r ca n de s de las
le ye s has ta e l e r o tis m o y e l a mo r , la s upr e s ión de los bie ne s o la
vio le nc ia .
E n e l m u n d o patr iar c a l las muje r e s tie ne n m ie d o de los hombr e s
e n todos los ám b it o s y e n c ua lquie r a de las r e lacione s s ociale s e n
que e s tén invo luc r a da s c o n e llos : e n las públic a s y e n las pr iva da s ,
e n la in t im id a d o in c lu s o c u a n d o n o m e d ia n r e la c io n e s d ir e c ta s
e ntr e a m b o s . E n e fe c to, la s muje r e s tie ne n m ie d o de los pode r e s
d a ñin o s de los ho m br e s y de s u c a pa c ida d opr e s iva , pe r o s ie nte n
m ie d o t a m b ié n de los ho m br e s e n abs tr acto y de c a da hombr e e n s í
m is m o . E n e l pr im e r cas o, por que a través de todos los me dios c u l­
tur ale s le s es in c u lc a d o pe r ma ne nte me nte e l te mor c o m o pa uta de
c o m p o r t a m ie n t o , c o m o c o n t e n id o p r o fun d o de la r e la c ión , c o m o
d is p o s ic ión ha c ia los hombr e s todos , y ta mbié n por que ha n pr e s e n­
c ia d o e l d a ño a otras muje r e s o por que e llas se los han c o me nta do y
tr a ns m itid o c o m o c ar ga ir r e me dia ble .
S in im p o r ta r c o n d ic ión s oc ia l o ide o lo g ía s , la m e m o r ia de gé ne ­
ro de todas las muje r e s e s tá s atur ada de imáge ne s , re latos y e x pe ­
r ie n c ia s de us o de pode r e s le s ivo s s obre s us c ongé ne r e s y s obr e
e lla s m is m a s y de mie d o . E n e l s e gundo cas o, e l mie d o pa r tic ula r a
c a d a h o m b r e se ge s ta e n la e x pe r ie nc ia : es unive r s a l e l c o n flic t o
d e s ig u a l e ntr e c a d a m u je r y c a d a h o m b r e c o n e l que h a tr a ta do
de s de la in fa n c ia y a lo la r g o de s u vida , y s on unive r s ale s la de s i­
g u a ld a d y las a cc ione s omnipo te nte s y d a ñina s e n grados dive r s os
q u e c a d a q u ie n h a e x p e r im e nt a d o . In c lu s o las r e la c ione s c o n los
ho m br e s m e no s d o m in a n te s se c a r a c te r iza n p o r la a m b iv a le n c ia y
un a ca r ga s ólo me no r de e x pe r ie nc ias pe rs onale s de d a ño y mie do .
C a d a m u je r c o nte m po r áne a ha de cre ce r y v ivir y ha de te mpla r ­
se fr e nte a los pode r e s m a s c u lin o s in c id ie n d o e n s u v id a y e n s u
pe r s ona y e n s u m u n d o s ie mpr e . Y c a da a vance de c ada muje r par a
s upe r ar la o pr e s ión inc luy e e l ve nc imie nto de l m ie d o y la c onquis ta
pa s o a pa s o, d is p uta nd o a los hombr e s y a las ins tituc ione s , opo r tu­
nida de s , me jor e s c o nd ic io ne s , pode re s , de re chos y libe rtade s .

E l d o m in io de lo s h om bre s s obre las m uje re s *


Lo s hombr e s tie ne n e l po de r de in c luir a las muje r e s e n los lím i­
tes s oc ia le s de l m u n d o y e n s us pr opia s vidas . Lo s hombr e s pue de n
to m a r y de ja r a las muje r e s cas i c ua ndo les plac e , pue de n inc luir la s
o e x c luir la s e n s u cas a, de la pa r e ja , de la fa m ilia , de s us vida s y
de s de lu e g o de las ins t it u c io n e s de l Es ta do , c o to de m a n e jo cas i
e x c lus iv o de los hombr e s . S i inc luy e n a las muje r e s e n los e s pacios
s oc ia le s de l pode r lo hace n a c o nd ic ión de una obe die nc ia p úb lic a
que , c on sus pr opia s re glas y mane r as , se corre s ponde con la o b e ­
die nc ia pr iva da e x ig ida de mane r a domé s tic a , c o ny ug a l y fa m ilia r a
c a da muje r .
E n las dim e ns io ne s s ociale s y pe rs onale s , e l pode r ío de los h o m ­
bre s se c oncr e ta e n s u c a pa c ida d de dar y quita r a las muje r e s b ie ­
ne s , pe r te ne ncia , e s tatuto, pr e s tigio, valor , e s pacio s ocial, r e fe re ncia
de ide n t ida d y s e ntido a s us vidas . T ie ne n ta mbié n e l pode r pe r s o­
na l y c o le c t iv o de p r e s c in d ir de las muje r e s e s tr uc tur a da s e n la
de pe nde nc ia . E l us o de esos pode re s , la a me na za y e l c ha nta je s on
re curs os cons tante s par a ma nte ne r ba jo c ontr ol y e n la obe die nc ia a
las muje r e s . Es a s í c o m o los vínc ulos de pe ndie nte s c on los hombr e s
y s u pode r ío hace n que e l te mor a la pé r dida o a l da ño s ean c o n t u n ­
de nte s re curs os po lít ic o s de d o m in io s obre las muje r e s .
Da d a s u in fe r io r id a d pa tr ia r c a l, s igna da p o r la in c a p a c id a d , la
m in o r id a d y la inc o m p le t ud , se e s pe ra que las muje r e s c u m p la n c on
e l de be r de obe de c e r y hace r c u m p lir las nor mas y los ma nda tos de
los ho m br e s , y de be n obe de ce r pe r s ona lme nte a hombr e s y muje r e s
b a jo c uy a tutor ía las c o lo c a la s ocie dad. U n o de los me c a nis mos de
d o m in io c ons is te e n el im p e d im e n t o de que las muje r e s se r e pr e ­
s e nte n c a da una a s í m is m a y de que las muje r e s c o m o géne r o te n­
ga n r e pr e s e nta c ión pr o pia . Ella s tie ne n p r o h ibido im p líc it a y e x p lí­
c ita m e nte re pre s e ntars e . En c a m b io tie ne n c o m o de be r s oc ia l a ctuar
a n o m b r e de s us o t ro s p r ó x im o s , r e iv in d ic a r s us ne c e s id a d e s y
r e pr e s e nta r s us inte r e s e s . La s muje r e s tie ne n la im p o s ib ilid a d de
a c tua r a no mbr e p r o p io , por que es m a l vis to, o se c ons ide r a inne c e ­
s a r io o r e d un d a n t e , y de be n a c e pta r s er r e pr e s e ntadas s im b ólic a ,
ju r íd ic a y p o lít ic a m e n t e po r los hombr e s .
As í se c o nfig ur a la m in o r id a d po lític a de l gé ne r o fe m e nino y de
c a da m uje r . E n c o nc o r da nc ia pa tr iar c a l, las muje r e s de be n ace ptar
ser re pre s e ntadas c as i s in m e n c ión, inv is ib iliza d a s e n sus ne c e s ida ­
des y e n s u c o n d ic ión de s uje tos s ociale s , y de be n v ivir la s ubs un-
c ión de s u e x is te nc ia e n la e x is te nc ia ma s c ulina .
Lo s hombr e s , y c ua lquie r hombr e pa r tic ula r , en c a m b io , po r su
c o n d ic ión ge né r ic a tie ne e l de r e c ho y el pode r de re pre s e ntars e , de
a c t u a r y h a b la r a n o m b r e p r o p io . A d e m á s , c a d a h o m b r e p ue d e
re pre s e ntar a todos los hombr e s y r e ivindic a r s us ne ce s idade s , sus
inte r e s e s y s u s e ntido de la vid a , y ha c e r lo c o n la c o n fia n za y la
s e g ur ida d que d a la le g it im id a d . A e s os pode re s de re pr e s e ntación
se a ña de un po de r e x tr a or dina r io: todos los hombr e s re pre s e ntan a
las m uje r e s , a c t úa n , h a b la n y de c ide n a n o m b r e de e lla s , a un e n
a s untos conc e r nie nte s a e llas mis m a s , por que s on sus due ños , p o r ­
que ha y una r e la c ión de p r o p ie da d de l géne r o m a s c ulino s obre e l
g é ne r o fe m e n in o y de c a d a h o m b r e s obr e c a d a m u je r . De e s ta
ma ne r a se c o nfig ur a uno de los mayor e s pode re s polític o s pa tr iar c a ­
le s : la s o b re rre p re s e n tac ión .
Lo s ho mbr e s s on re pre s e ntante s unive r s ale s de a mbos géne ros y,
p o r a na lo g ía , le g ítim o s por ta voc e s de la c iud a d a n ía , e l pue b lo , la
n a c ió n , la p a t r ia , e l m u n d o y de la h u m a n id a d to da . Ca t e g o r ía s
toda s que ide a l e id e o lóg ic a m e nt e inc luy e n a muje r e s y hombr e s
pa r ita r ia me nte , pe r o que s im b ólic a y pr ác tica me nte cor r e s ponde n a
la c o ns te la c ión bás ic a c o nfo r m a d a po r los ho m bre s - p atriarc as que
p r o ta g o niza n la vida , s u tr ibu y los r e baños que los a c o m p a ña n, a s í
c o m o la na tur a le za , e s c e na r io me nor a l que los hombr e s s ome te n,
e x plo ta n, d o m a n , y e n e l c ua l r e a liza n ha zaña s , vive n, s ue ñan, tra­
b a ja n , dir ig e n y mue r e n.
E n ese or de n, las muje r e s de be n v iv ir de s de su cas a e n e l ám b it o
d o m é s tic o b a jo e l pode r patr iar cal, e inc lus o ba jo gobie r nos y r e gí­
me ne s p o lít ic o s m a s c ulino s c o m o les s uce de e n todos los ám b ito s
s ociale s . Lo s hombr e s de be n dir ig ir los de s tinos e n la par e ja, en la
fa m ilia , e n todas las e sferas s ociale s - ámbitos , or ga niza cione s e ins ­
tituc ione s - , pa r tidis tas , c ivile s , militar e s , s ociale s , re ligios as , e duc a ­
t iv a s , c ie n t ífic a s y de c o m u n ic a c ió n , e ntr e otr as . Y la s m uje r e s
de be n r e pr oduc ir c on s u tr abajo, sus actividade s y sus accione s pr ác ­
ticas todos e sos ám b it o s y re cre ar las c ondic ione s mate riale s , mo r a ­
le s y c ultur ale s que as e gure n s u func io na m ie nto y su c o ntinuida d.
La s muje r e s re pre s e ntan c o m o inte r me diar ias fre nte a los je r a r ­
cas , las ne ce s idade s y los inte re s e s de pre s e r vación de la pa r e ja y la
fa m ilia , y ha s ta de la c o m u n id a d loc a l, pe r o no los de cate gor ía s
te r ritoriale s , jur íd ic a s , c ultur ale s o polític a s más a mplia s ; re pre s e ntan
t a m b ié n a s u pr ole , hija s e hijo s , fre nte a su pa dr e y en e l m u n d o
inm e d ia t o ; no obs tante , lo hace n s ie mpr e ba jo la tute la p o lít ic a de
los hombr e s , m ino r iza da s 43.
Es tan s is te mátic a la a tr ib uc ión de d o m in io a la c o nd ic ión ma s ­
c u lin a e n tanto d ir e c c ión , r e pr e s e nta c ión y c ontr ol s oc ia l, que los
hombr e s o c up a n po s ic io ne s e n c or r e s ponde nc ia con esas re glas de l
p o d e r p a t r ia r c a l e n s us e s pa c io s s e gr e gados y ha s ta e n pr oc e s os ,
e s pa c ios , o r g a niza c io ne s e ins tituc ione s c ons tr uidos por las muje r e s .
A u n e n o r g a n iz a c io n e s fe m e n in a s s e e n c ue nt r a n h o m b r e s e n la
c úp u la o c up a n d o po s ic io ne s de je fe s , dir ige nte s y líde re s .
E n ge ne r al, los hombr e s o c upa n todos los e s tratos y las e s fe ras
dir ige nte s e n la s oc ie da d y e n e l Es ta do. Co n e llo, e l s is te ma c o n ­
ce ntra los pode r e s de d o m in a c ión para el géne r o m a s c ulino al grado
de vo lve r na tur a l e l pode r ío m a s c ulino c uya c o nfig ur a c ión, c o m o se
ha obs e r va do, es c o m p le ja e im p lic a e l gas to de e nor me s re curs os y
e s fue r zos s oc ia le s e ins tituc iona le s . Sin e mba r g o , c ultur a lme nte se
cre e que e l po d e r ío y e l pode r de d o m in io s on atr ibutos naturale s y
po s itivo s de la c o n d ic ión ma s c ulina y de los hombr e s de bidos a su
m a y o r c a pa c ida d , a la ve z que s on ne ga tivos e n la c o nd ic ión fe m e ­
n in a y e n las muje r e s . Se cre e t a m b ié n que es tas últ im a s no s on
po de r os a s p o r in c a p a c id a d na tur a l y p o r de s ig nio s s agr ados . Co n
e s tos s upue s tos bas ados en la id e o lo g ía n at u ralis ta se a poy a , c a pa ­
c it a y fa vo r e c e a los h o m b r e s pa r a que g r u p a l y p e r s o na lm e n t e
s e pa n us a r los pode r e s que s on s us a tr ib uto s , pa r a a c a pa r a r lo s y
e je r ce r los , y pa r a que dis fr ute n y r e alice n s u ide ntida d ma s c ulina al
logr a r lo.
La e x p r o p ia c ión p o lít ic a pe r ma ne nte a las muje r e s p e r m it e a
los ho m br e s no c onfr onta r s e c on e lla s pa r a acce de r a l pode r y par a
us ar los pode r e s . Y, e n e l cas o de que lo ha g a n, de a nte m a no e s tán
d is m in u id a s , d e s e m p o d e rad as . As í, se e lim in a a las muje r e s de la
c o m p e te n c ia vit a l po r los pode r e s y se las ma ntie ne c o m o e l o b je to
d e l p o d e r , c o m o e l o b je to d e l d o m in io . E l ám b it o p o lít ic o se c o ns ­
t ituy e a s í e n un e s pa c io de e nc ue ntr o, e nfr e nta mie nto y pa c to e ntre
h o m br e s , quie ne s d ir im e n e ntre e llos e l s e ntido de la v id a pe r s ona l
y c o le c t iv a . E l o r d e n de d o m in a c ió n es un e nt r a m a d o de pa c tos
e ntre hombr e s . E n é l, e ntre otros o b je to s , las muje r e s s on las p a c ­
tadas 44.

E l e m p o d e ram ie n to de lo s hom bre s


Lo s hombr e s obtie ne n de s u r e la c ión c o n las muje r e s la p o s ic ión
de s up e r io r ida d fr e nte a e lla s , cas i a l ma r ge n de s us a tr ibutos , de
s us a c c ione s y de s u é x ito. P or e l s olo he c ho de ser hombr e s s on
s upe r ior e s y po de r o s o s . T ie ne n e n las muje r e s s eres c on quie ne s
contras tars e y obte ne r va lor e xtra a l hace r lo, s obre quie ne s e je rce r
s us pode r e s , de quie ne s pos e s ionar s e y a quie ne s tute lar , c us todia r ,
c ontr ola r , m a nd a r , da ña r , vig ila r , e njuic ia r . Y, todo e llo , de ma ne r a
le g ítim a , n o r m a l y a ce ptable .
Lo s h o m br e s tie ne n de m a ne r a in d is c ut ib le la s upe r io r ida d, la
ve r da d, la r a zón , la v o lunt a d , la fue r za y muc hos pode re s e s pe c ífi­
cos pa r a e je rce r s obre las muje r e s , pe ro ta mbié n e ntre los hombr e s
s in la p a r t ic ip a c ión de las muje r e s . Lo s hombr e s se be ne fic ia n de
las nor ma s po lític a s de l s is te ma, de las tr adicione s , las c os tumbr e s ,
las cr e e ncias y la c ultur a patr iar cale s , pe r o c a da uno de be a pr e nde r
a a lc a nza r s us pr opios pode r e s y las mane r as de incr e me nta r los y
e je rce rlos . Mu c h o s hombr e s lo hace n a ple nitud, otros s ólo pa r c ia l­
me nte ; a lg uno s de s plie ga n mayor e s pode re s s obre a lguna s muje r e s
a u n q ue se e nc ue ntr e n s ome tido s a otras pe r s onas y a unque pe r te ­
ne zc a n a gr upos y cate gor ías s ociale s bajo d o m in io .
E n ese s e ntido e l or de n pa tr ia r c a l as e gura par a todos los h o m ­
br e s , e s d e c ir , in c lu s o pa r a los m ás o p r im id o s , c u a n d o me nos la
p o s ib ilid a d de e je rce r pode re s de d o m in io s obre muje r e s . De for ma
c or r e s pondie nte , las muje r e s s on s ome tidas de in fin id a d de mane r as
a los pode r e s de las ins tituc ione s y de los hombr e s . Ca d a hombr e es
pa r de l re s to de los hombr e s por su c a pa c ida d de s ojuzga r de c ua l­
quie r m a ne r a a las muje r e s . Su ide ntida d de géne ro se acr e cie nta e
im p a c ta s u a uto e s tim a y e llos se va lo r iza n al gr ado de de s ar r ollar
o r g u llo y po de r de géne r o c a da ve z que e je rce n d o m inio s obre las
muje r e s y e s to s uce de c a da ve z que inte r actúan c on e llas . E l c ú m u ­
lo de c ir c uns t a nc ia s r e fe r ida s y no s ólo una de e llas los hace ser
p a t ria rc a s .

M ú lt ip le s o p re s io ne s
La s dife r e nc ia s de po d e r ío se de be n a que los pode re s a ume nta n,
de cr e ce n o de s apar e ce n e n cie rtas c ondic ione s de e dad, de clas e , de
s a b id u r ía , de s a lud , y toda s la s otr as c o n d ic io n e s de te r m ina nte s .
Es to hace que d e b ido a s u clas e s oc ia l las muje r e s de clas e s e x p lo ­
tadas viva n de ma ne r a c o njug a d a d o m in io s de géne ro y de clas e . Si
a d e m ás pe r te ne c e n a una e tnia m in o r iza d a , c onve r ge e n e llas un a
tr iple o pr e s ión: de géne r o, de clas e y de e tnia, estas últim a s im b r i­
c a d a s c o n c o n t e n id o s de r a c is m o . S i a l m is m o t ie m p o jóv e n e s ,
ma dur a s o a nc ia na s , a um e nta n for ma s de opr e s ión e s pe c ífic as por
s u c o n d ic ión de e da d. S i se trata de muje r e s de mino r ía s r e ligios as
s e r án t a m b ié n o p r im id a s p o r s u c o nd ic ión r e ligios a. Pe r o si s uma n a
s us c o nd ic io ne s las de ser muje r e s e nfe r mas , pobre s , s olas y a na lfa ­
be tas , p o r e je m p lo , e s tamos ante seres que s inte tizan la s upe r pos i­
c ió n de m ú lt ip le s s obr e c a r ga s de d o m in io . Y n o ha y que o lv id a r
que e s tán e x pue s tas a la opr e s ión de muje r e s y hombr e s de s us pr o ­
p io s g r upos , de s us c o m unid a de s y de sus fa m ilia s .
L a v u ln e r a b ilid a d de las muje r e s es p r o d uc to de s u opr e s ión;
fr e nte a l d o m in io es e nor me , d e bido a que éste fo r ma parte de todas
la s r e la c ione s y ám b ito s s oc ia le s . Es tá pre s e nte s obre to do e n las
r e la c ione s c o n las pe r s onas m ás pr óx ima s , ne ce s arias y vitale s , de
q u ie n e s a d e m á s la s m u je r e s n o h a n a p r e n d id o a d e fe n d e r s e , n i
s iquie r a ha n s ido a le r tadas pa r a prote ge rs e ; e l ma nda to es e l opue s ­
to: c o nfia r , e s pe rar re s pue s tas pos itiva s , bus car pr ote c c ión y a poyo
e n esas pe r s onas . La c o ntr a dic c ión y la de s ve ntaja que s ignific a esta
de s va lía fre nte a los o tros para cada muje r , s on e vide nte s .
Ca d a m uje r e s tá liga da a través de vínc ulo s c o mpuls ivo s a h o m ­
br e s tute la r e s y d o m in a n te s ; pa dr e s , h e r m a n o s , c ón y u g e s , h ijo s ,
je fe s , pa t r o ne s , d ir ig e nt e s , g o be r na nte s . La a m b iv a le n t e r e la c ión
e ntre los c o mpo ne nte s po lític o s de la r e la c ión: c are nc ia- d e pe nde n­
c ia v ital- s u je c ión , pe r mite la in c o n d ic io n a lid a d de cada m uje r pr e c i­
s ame nte ha c ia quie ne s la s ome te n de mane r a dire cta y pe r s onal. Se r
c a r e n c ia d a , d e p e n d ie n t e , e s tar s uje ta , s er in fe r io r y pe r te ne c e r a
a lg uie n, pue de ser gr a tific ante por que s ignific a c um p lir con los c o n ­
te nid o s de la id e n t id a d de gé ne r o a s ig na d a , ser m u je r de ma ne r a
a de c ua da y, de a c ue r do c o n la c o nc e pc ión de la vida , pue de c o n d u ­
c ir a la fe lic ida d .
Sin d ud a , la fe lic id a d y La opr e s ión no se e x cluye n. Lo que s í es
e x c luye nte e n ese c o nte nid o ge né r ic o es la libe r tad, es su opue s to.
La c o nd ic ión fe m e n in a patr iar cal está bas ada no s ólo e n la falta de
lib e r t a d de la s m uje r e s , es r e q uis ito in s a lv a b le par a e l fu n c io n a ­
m ie nto de l m u n d o patr iar c a l y, de s de lue go, es uno de sus fine s .

Po d e re s de las m uje re s s obre los hom bre s


La c o m p o s ic ión p o lít ic a de las muje r e s es tan c o m p le ja que a ún
ma r ca das por e l c au t iv e rio , s uje tas a opr e s ión pa tr iar c a l, e llas ta m ­
b ié n e je rce n pode r e s de d o m in io s obre hombr e s . Lo hace n infe riori-
za da s p o r s u g é ne r o , pe r o e m p o d e r a d a s po r s u n a c io n a lid a d , s u
clas e , s u e da d, s u r a ngo, s u r e la c ión de pare nte s co, c o ny ug a l, e r óti­
c a, inte le c tua l, e tcéte ra. De esta ma ne r a hay muje r e s ma yor e s que
d o m in a n a ho m br e s de m e no r e dad, madr e s a hijo s , je fa s a e mple a ­
dos , mae s tras a e duc a ndos , po r e je mplo . Co n todo, su pode r e ma na
de una p o s ic ión je r ár q uic a me nor .
E n la s r e la c io n e s m ás p r óx im a s , e n la v ida c o t id ia n a , á m b it o
p r iv ile g ia d o de s u a c c ión, las muje r e s d o m ina n a a lg uno s hombr e s
p r óx im o s p o r e l tipo de r e la cione s que tie ne n con e llos y las p o s i­
c ione s de po d e r y de e s tatus que c o nlle va n. As í, las muje r e s e je rce n
p o d e r e s de d o m in io e n la s r e la c io n e s de c o n y u g a lid a d c o m o
m ad re s p o s as y c o m o a ma nte s 45, e n las de pa r e nte s c o a través de l
m a y o r a z g o d e la s h e r m a n a s m a y o r e s y d e l m a t e r n a z g o de las
madr e s .
Sin e mba r g o , las r e lacione s y e l e je r c ic io de pode re s es un inte r ­
c a m b io d e s ig u a l, m u t u o . A u n c o n po d e r e s m a y o r e s , de m a ne r a
s im u lt án e a , la s m uje r e s e n e s as m is m a s r e la c ione s s on o b je t o de
d o m in io po r parte de los hombr e s re ce ptore s de su d o m inio . De s de
lue go, en a lg una s r e lacione s y proce s os el d o m in io a que s on s ome ­
tidas es m e no r en pr o po r c ión al me nor pode r que tie ne n los h o m ­
bres e n e sa c ir c uns ta nc ia .
S ó lo e n lo s á m b it o s e n q ue las m uje r e s s on s a tis fa c to r a s de
ne c e s idade s y de s e os vitale s de las pe rs onas y e n la vid a c otidia na ,
pue d e n c o nt r o la r , d ir ig ir , e n juic ia r , c a s tiga r e in c lus o m a ltr a ta r e
in flig ir da ño s a otros . En n ing un a otra e s fe ra, ni en las ins tituc ione s
y e s p a c io s p ú b lic o s , la s m uje r e s o c u p a n p o s ic io n e s de r a n g o y
je r a r q u ía s upe r ior a los hombr e s y c ua ndo de ma ne r a e x c e pc iona l
a s í s uc e d e , t ie ne n m e n o r po d e r q ue los h o m br e s a u n q ue t e ng a n
m a y o r r a ngo. P o r e s o c o m o gé ne r o a ún c on vas tos pode re s d o m é s t i­
c os , las muje r e s e s tán s ie mpr e s uje tas a l d o m in io pr iva do domé s tic o
y al d o m in io p úb lic o , de los hombr e s .

E l d o m in io y la a lia n z a p a t r ia r c a l e ntre los hom bre s


T odos los hombr e s e je rce n for ma s de d o m in io s obre otros h o m ­
bre s d e b id o a la c o mpe te nc ia que , c o m o me c a nis mo de je rarquiza-
c ión , e s ta ble c e n e ntre e llo s pa r a ser s upe riore s , me jor e s , e x itos os ,
m á s h o m b r e s q u e lo s o t r o s , y p o r q u e c a d a u n o p a r a s o b r e v iv ir
pa tr ia r c a lme nte de be a capar ar pode re s e incr e me nta r su pode r .
E l p o d e r p e r s o na l de gé ne r o pe r mite a los ho m br e s c onc r e ta r
pode r e s de c la s e , de e da d, c iv ile s , milita r e s , id e o lóg ic o s , de p o s i­
c ión p o lít ic a , de s a bidur ía , e tcéte ra. Es o b v io que e l or de n de p o d e ­
re s fun c io n a e n bas e a la a lia n za e ntre los hombr e s , pe r o ese he cho
es s im u lt án e o a l c o n flic t o c o nfr o nta nte e ntre e llos . La ma ne r a de
c onfr onta r s e unos hombr e s c ontr a otros , cor r e s ponde c on su s itua ­
c ió n v ita l d e r iv a d a de s us dive r s a s c o nd ic io n e s de ide nt id a d . As í
e llo s lu c h a n p o r c o n c u lc a r pode r e s a otr os o po r po s ic io na r s e e n
je r a r q u ía s n a c io n a le s , de c la s e , é tnic a s , po lít ic a s , r e lig io s a s y las
q u e s on e x c lus iv a m e n t e de g é ne r o , s obr e to do e n s us r e la c ione s
fa m ilia r e s , de a mis ta d y de c ofr a día s ma s c ulina s .
La s r e la c io n e s de g é ne r o e ntr e los h o m br e s se a r tic u la n c on
otr as r e la c ione s y c o n fo r m a n e ntre s í c o m ple jo s s is te mas de id e n ­
t ific a c ión , c o he s ión s oc ia l, c o nfr o nta c ión y c o nflic to . De la ma ne r a
e n que c a d a h o m br e m a ne ja pa r a s í s us pos ic ione s e n las dife r e n­
te s je r a r q u ía s s o c ia le s , d e p e n d e n s u m o v ilid a d s o c ia l y p o lít ic a ,
s us o po r tunida d e s de de s a r r ollo pe r s ona l y s u e m p o d e ram ie n to pe r ­
s ona l.
E l or de n pa tr ia r c a l fu n c io n a a través de mutuo s r e c onoc imie ntos
y avale s . Ca d a ho m br e de be ser r e c onoc ido e n sus mé r itos pa tr ia r ­
cale s po r otros hombr e s para oc upa r e s pacios , e je rce r pode re s y fo r ­
m a r parte de s us ins titucione s .
Se r p a t r ia r c a r e quie r e s a nc ión s o c ia l, a p r o b a c ión e in c lu s ión ,
po r e s o, par a ser patr iar cas , los hombr e s de be n me dir s e e ntre e llos
y, a l ha c e r lo, je r a r quiza r s e . Par a e llos oc upa r e l e s pac io o te ne r una
p o s ic ión c ons is te dir e c ta me nte en e s tar je r a r quiza d o , es su ma ne r a
de pe r te ne nc ia y de a ds c r ipc ión e n e l m u n d o m a s c ulino y por e nde
e n el m u n d o y a que no ne ce s itan me dir s e c on las muje r e s , de a nte ­
m a n o o c up a n la p o s ic ión ce ntr al y s upe r ior .
A p a r tir de e s tas n o r m a s de r e la c ión los h o m br e s e je r c e n s u
d o m in io g e né r ic o s obre hombr e s más jóve ne s o más vie jos , s obre
hombr e s de clas e s s ociale s , cas tas , razas y e tnias s uje tas a d o m in a ­
c ión , a s í c o m o s obre hombr e s de otras na c iona lida de s , pe rte ne cie nte s
a c o m unid a de s dife re nte s o que s on de cultur as dis tintas , de oríge ne s
o de tie r r a s a je n a s , y s obr e ho m b r e s que c r e e n e n otr os d io s e s ,
ha bla n otras le ngua s o tie ne n otras ide as .
De s de lue go, los hombr e s e je rce n for ma s de d o m in io le gítima s
s obre los ve nc idos . E n c ua lquie r c o nflic to es v álid o que ha ya ga na ­
dor e s y pe r de dor e s je r a r quiza do s , y la le y e s crita o im p líc it a c o n fie ­
re a l ve nc e dor e l de r e c ho a e x pr o pia r a l ve nc id o su te r r itor io, sus
bie ne s y su his tor ia.
Ad e m á s , e s t a m b ié n le g ít im o in ic ia r c o n flic t o s p e r s o na le s y
s oc ia le s p o r la a m e n a za que r e pr e s e ntan a q u é llo s que n o s on los
s e me jante s . Y pue de n ha ce r lo a mpa r ados ide ológic a me nte e n la d ife ­
r e nc ia , e n la alte rid ac l: bas ados e n e l e tnoce ntr is mo que hace de su
p r o p io m u n d o e l m un d o , c on una c ons tr uc c ión s imb ólic a je r ár quic a ,
c e ntr al y s upe r ior , de s í m is mo s y de l m un d o , r e accionan c on te mor,
de s c o nfia nza y r e c ha zo ante a que llo que no les es pr o p io o c o m pr e n­
s ible y se s ie nte n acos ados y a gr e didos por s u s ola e xis te ncia.
E l a ndr o c e ntr is mo pa tr ia r c a l r e fue r za al e tnoc e ntr is mo, a l p e r m i­
t ir a u n o s h o m b r e s e x p r o p ia r a lo s o t ro s p o r q u e e n la p o lít ic a
pa tr ia r c a l es le g ítim o e l us o de la v io le nc ia e n la de fe ns a pe r s ona l,
s oc ia l y d e l pr o p io m u n d o . Es v álid o s u us o pa r a a m p lia r los límite s
de l m u n d o p r o p io y se e xpre s a de ma ne r a p o s itiva c o m o c onquis ta ;
e n e s a c o nc e p c ión se c ons ide r a ne ce s ar ia la ve ng a nza y us ar e n e lla
la vio le nc ia .
Es tan unive r s a l la a c e pta c ión de la v io le n c ia que inc lus o h o m ­
bre s que de s a r r olla n pr oc e s os r e ivindic a tivo s o e ma nc ipa to r io s , no
bus c a n a lte r na tivas c ons tr uc tiva s , s ino que a s ume n e l us o de la v io ­
le n c ia c o m o m e d io pa r a e nfr e nta r las opre s ione s , de s de lue g o o r i­
lla d o s po r la pe r ma ne nte v io le n c ia de la d o m in a c ión . E n e l dis c ur s o
a lt e r n a t iv o a la in t e n c ió n s ub v e r s iva y tr a ns gr e s o r a se le lla m a
luc h a , po r que e xpre s a una ve r dade r a luc ha e n la pr áctica.
La e x p r o p ia c ión , c uy a s is te mátic a a pa r ic ión e n las bas e s pa tr ia r ­
cale s de los proce s os his tór ic os hace e vide nte s u pe s o e n la p o s ib ili­
d a d m is m a de los he chos patr iar cale s , es pr e s e ntada e n las dive r s as
id e o lo g ía s c o m o de fe ns a ju s t ific a d a ante la e x is te nc ia a me na za nte
de los dife r e nte s , de los o tro s , y c o m o c a s tigo r e par ador y p e d a g ó­
g ic o po r la tr a ns gr e s ión de e x is tir fue r a de l or de n y de la c ultur a
s upr e mos .
De a h í q u e a n d r o c e n t r is m o y e tn o c e n t r is m o se e n t r e la za n y
e nc ue ntr a n e n todas las for ma s de la vio le nc ia y de gue rra, las c ua ­
le s n o s on a c c ide n t a le s o p r e s c in d ib le s , no s on d e s v ia c io n e s de
a lg un o s intole r ante s ; po r e l c ontr a r io, s on e x pe r ie ncias ne ce s arias e
im p r e s c ind ib le s pa r a la c r e a c ión de pode re s de r ivados de la e x pr o­
p ia c ión , la d e pr e da c ión y e l s ome timie nto , a s í c o m o par a la pre s e r­
v a c ión de l or de n pa tr iar c a l.
P o r e s o e n las mitología s , e n la épica, en la his tor ia y e n las ide o ­
lo g ía s , a ún e n las más a le ja da s e ntre s í, e s tá pre s e nte la ma r c a de
g é ne r o e n la ju s t ific a c ió n de los he chos : la s up o s ic ión de que los
hombr e s s on natur a lme nte agre s ivos y viole ntos y, por lo mis mo , lo
s e rán e te rname nte .
L a v io le n c ia es pr e s e ntada c o m o parte e s e ncial de la c o n d ic ión
m a s c u lin a c o m o ins t in t o a r c a ic o y p r im it iv o y se la c o nvie r te e n
c a r a c te r ís tic a h u m a n a de hombr e s y muje r e s . T r a s lado s e nc illo y a
que los c o nte nido s s im b ólic o s de la c o nd ic ión hum a n a s on m a s c u li­
nos . L a r e s p o ns a b ilida d s obre la c ons tr uc c ión s oc ia l de la v io le nc ia
y p o r lo ta nto de s u e lim in a c ió n que da e lim ina d a y se c a r ga a la
na tur a le za y a las d iv inid a d e s c on la a utor ía de su c r e a ción.
Lo s hombr e s dis puta n e ntre s í la he ge monía filo s ófic a , c ultur a l,
s e x ua l, e c o n óm ic a , s oc ia l, m ilit a r y polític a . Es a dis puta ge né r ic a le
d a s e ntido a sus vida s , es c o nte nido de s u ide ntida d de géne r o y en
c ons e c ue nc ia es de be r mo r a l e n todas las de finic ione s de ide ntidad.
C o n e l a v a l s oc ia l e je rce n d o m in io de géne ro dir e cto s obre s us hijos ,
s us pa r ie nte s , s us c ompa ñe r os , s us e mple ados , s us re pre s e ntados , s us
d ir ig id o s y s us s ubor dina dos , lo hace n c o m o s us pr opie tar ios , a m p a ­
r a dos e n la je r a r quía que les as e gura e l r ol corre s pondie nte e n c a da
r e la c ión , pa r a va lo r iza r s e e n c ua lquie r c o m u n id a d , o r g a n iza c ión o
in s t it uc ión. P e r o los hombr e s pos e e n c o m o me c a nis mo pote ncializa-
d o r de l po de r de gé ne r o la le g it im ida d pa r a d o m ina r a sus e ne migos .
Es t a n o r m a de po de r c o nfig ur a d a s oc ia lme nte y m is tific a d a pe r ­
m it e la c o h e s ión d e l m u n d o pa tr ia r c a l: o p r im id o s y opr e s or e s se
m ue v e n c o n fr o n ta d o s pe r o s im ult án e a m e nt e a lia do s po r logr a r e l
ide a l de l d o m in io , c o nc e bido c o m o un de r e cho natur al y una r e a li­
za c ión ma s c ulina . P o r e s o los hombr e s pe le an con indis c utible de r e ­
c ho pa tr iar c a l po r e l te r ritorio, los pr oduc tos , los bie ne s , las m u je ­
re s , e l s e ntido y e l or de n de l m un d o . E l me c a nis m o que v a lid a la
d o m in a c ión e ntre los hombr e s as e gura al un ís o no la e x pr o pia c ión,
su c onc e ntr a c ión y la s uje c ión e ntre e llos .
E n un or de n que as e gura bie ne s y po de r ío a los hombr e s fre nte
a las muje r e s , se da n a bis ma le s dife r e nc ia s de pode r e s de unos a
otros , no s ólo po r los otros órde ne s de pode r (nac iona le s , de clas e ,
é tnic o s , e tc é te r a ), s ino e s pe c ífic a m e nte de gé ne r o. Uno s hombr e s
d is c r im in a n , de me r ita n y c as tiga n a otros hombr e s y pue de n abus ar
de e llos por que no c u m p la n con la c o nd ic ión de géne ro d o m ina nte
e n s u m un d o .
Lo s hombr e s que no c um ple n c on los ma nda tos y los e s te re oti­
pos de la m a s c ulin id a d s on obje to de d o m in io y vive n e n su pe r s o­
na o e n s us c o le c tivo s la o pr e s ión de gé ne r o por n o s er hombr e s
c o m o se de be . As í es c o m ún la opr e s ión s e xual ha c ia hombr e s que
no c u m p le n c o n la s e x ua lid a d pa tr ia r c a l (ho mo s e x ua le s , ho mbr e s
s olos s in c óny ug e , o que no s on padr e s , o que pade ce n e nfe r me da ­
de s de tr a ns mis ión s e x ual c o m o e l S ID A , o s on m o n óg a m o s e n un
or de n c o ny ug a l p o líg a m o , e tcéte ra).
La opr e s ión de géne r o es ta mbié n opr e s ión po lític a a los h o m ­
bre s que no han a d q u ir id o pe r s ona lme nte los bie ne s y re curs os , las
c a pa c ida de s , las de s tre zas y las ha bilida de s (s e xuale s , e c o nómic a s ,
c ult ur a le s , p o lít ic a s ) que de b e r ía n pos e e r c o m o hombr e s . Suc e de
ta m b ié n que no se pe r do na a quie ne s no us an sus pode re s im p líc it o s
de gé ne r o (hombr e s n o viole ntos , o afine s a las muje r e s , e quita tivos
o pa r ita r ios , pa c ifis ta s , hone s tos o s olidar ios ).
E n ge ne ral la opr e s ión de géne r o se acre cie nta ante los hombr e s
fa llid o s e n s u c o n d ic ión de gé ne r o, pe ro ta mbié n se da n me c a nis ­
m o s opr e s ivos pa r a de mos tr ar e l m a c h is m o , a l a bus ar o viole nta r a
otros hombr e s , pa r a hace r e vide nte c uán pode r os o es e l s uje to c a pa z
de d is m in u ir a otr o que es s uje to ta m b ié n. Y es re curre nte la opr e ­
s ión de g é ne r o e ntr e los ho m br e s r e a liza d a e n las muje r e s . P a r a
da ña r s e uno s ho m br e s a otr os , v io le n t a n s e x ua lme nte , la s tim a n o
d a ña n a s us muje r e s . Se trata de una r e la c ión e ntre e llos que pa s a
p o r las muje r e s e n tanto s us o b je to s .
E n c ua lquie r cas o, c ua ndo se da la d o m in a c ión de géne r o e ntre
los h o m b r e s o c u a n d o se e ntr e ve r a c o n otr a s , la m a y o r ía de los
ho m br e s s ub o r d ina d o s a c e pta e l d o m in io de gé ne r o y los de otr a
índ o le , p o r fa nta s ía de gé ne r o, e n e s pe ra de o c upa r pos ic ione s de
po de r ío acce s ible s a c ada uno, e n la me dida corre s pondie nte a sus
m últ iple s c o nd ic io ne s s ociale s de ide ntida d.
La c ultur a pa tr ia r c a l pr ome te pode r a los hombr e s y c ada h o m ­
bre cre e d o g m át ic a y e mpír ic a me nte e n e sa pr ome s a s im bólic a . La
m a y o r parte de la c ultur a a fir m a y re cre a pe r ma ne nte me nte esa c o n ­
v ic c ión , pe r o d o nde se c ons tata es e n la pr ác tic a s oc ia l, a través de
la e x pe r ie nc ia : la m a y o r parte de los he chos s ociale s que s uce de n
d ía a día y a lo la r go de la v id a s on de pr e cis o c onte nido patr iar cal.
L a ce r te za de lo po s ible de fine los des e os ma s c ulino s de los h o m ­
br e s ; d e b id o a e lla d is p o ne n s us e s fue r zos y s us e ne r gía s vita le s
pa r a logr a r s us obje tivo s y, al hace r lo, pre s e rvar ese orde n que los
e xpre s a, p o s ic io n a y e m p o d e ra. A l de fe nde rs e y al atacar, los h o m ­
br e s d e fie n d e n lo s m o d o s pa tr ia r c a le s de v id a y a l d e fe n d e r los
ór de ne s s oc ia le s y po lític o s , los hombr e s se de fie nde n y pre s e r van a
e llos m is m o s y a s u m und o .
L a d e pe nde nc ia v in c u la e n e l d o m in io y la s ub o r d ina c ión t a m ­
b ié n a los hombr e s . Ello s de pe nde n de sus r e lacione s de filia c ión y
de je r a r q uía , de sus la zos c o n o tro s más pode r os os o me nos po de r o ­
s os , por que c a da ho m br e va le m ás , mie ntr a s más a mplia s s e an s us
re de s c or por a tiva s de a poy o, s e r vicios y le altade s po r pe rte ne ce r a
las re de s ma s c ulina s de v a lo r a c ión y pode r que se cre an e n e l á m b i­
to de e s a o pr e s ión. Y e s to s uce de a los hombr e s e n los dos s e ntidos
de la je r a r quía : ha c ia a ba jo por que se nutr e n de los bie ne s y r e cur ­
sos de s us s ubo r dina do s , de s u a po y o y r e c onoc imie nto; ha c ia a r r i­
ba , po r que se a c oge n a l pode r prote ctor de los hombr e s s upe riore s
c o n quie ne s se r e la c iona n de s de la s ubo r dina c ión, y h o r izo n t a lm e n ­
te, p o r q ue la s um a de los pare s e mpode r a a todos .
E l p o d e r ío de c a da ho m br e es un re curs o patr iar cal c o mpa r tido ,
a lc a n za pa r a e m p o d e rar a m uc ho s más y s ie mpr e inc r e me nta e l de l
gé ne r o. La s de uda s ma te r ia le s y s im bólic a s y las a dhe s ione s ba s a ­
das e n la le a lta d s on, c o inc ide nte me nte , re curs os de s uje c ión y de
pe r te ne nc ia que e m p o d e ran a los hombr e s .
E l m u n d o m a s c u lin o es e s tr icto e n s us gr a da cione s . E n é l, los
ho mbr e s v iv e n e n pos de r e a liza r s u de r e cho de género, a ser po d e ­
ros os y a d o m ina r . E n ese c a m ino e l d o m in io que da pr e e s table cido,
in d is c ut ible , in a m o v ib le , y lo s uje tos pactan. E l p ac to es uno de los
de r e chos bás ic o s de la c o n d ic ión ma s c ulina y c ompone nte impr e s ­
c in d ib le d e l r e c o n o c im ie n t o s o c ia l de la id e n t id a d m a s c u lin a de
c a da ho m b r e y de todos los hombr e s y de su c a lida d de s uje to p o lí­
tico.
La le a lta d m a s c u lin a es pr o d uc to de la c a p a c ida d de pa c ta r y
c o nt e nid o de los pactos , y pe r mite la c ohe s ión de géne r o e ntre los
hombr e s y fre nte a las muje r e s . E n todo cas o, c o m o lo ha c o nc e b i­
d o C e lia Am o r ós 46, e l pa c to p o lít ic o pa tr ia r c a l funda nte e ntre los
ho mbr e s , es s obre las muje r e s . As í ha s uc e dido en los proce s os his ­
tór ic os que ha n o r ig ina d o a las s ocie dade s patr iar cale s , c o m o en los
de s u r e p r o d uc c ión c o tid ia na . As í s uce de a cada hombr e que vive
e n d ic h a s s oc ie da de s : c a da d ía de be a pr e nde r a pa c ta r c on otros
hombr e s s u s upr e ma c ía c or r e la tiva a la infe r ior ida d de las muje r e s ,
lle va r la a la pr ác tic a y a de más hace r lo bie n.
E n la his tor ia , e n c ada s oc ie da d y e n las vidas de los hombr e s ,
los hombr e s e n pe r s ona y de ma ne r a dire cta o ins tituc io na l, pa cta n
s ome te r a d o m in io a las muje r e s y r e pr oduc ir la opr e s ión de géne ro;
pa c ta n las no r ma s par a or g a niza r s u r e la c ión con e llas y par a e vitar
o ar r e gla r los c o nflic to s po r las muje r e s y sus bie ne s ; y pactan t a m ­
b ié n e l c o nte nid o y e l s e ntido de la vid a a s igna do a las muje r e s .
Co n las muje r e s , e n c a m b io , la o r g a niza c ión patr iar c a l no p e r m i­
te ni pa c tos ni le a lta de s . P o r e l c ontr a r io, pa tr ia r c a lme nte ha y un
im p e d im e n t o pa r a e l pa c to e ntre hombr e s y muje r e s . Al c ons ide r a r
a las muje r e s c o m o seres infe r ior e s y c o m o o b je to s (seres naturale s ,
r e curs os o bie ne s ) e l or de n c o lo c a y cons tr uye a las muje r e s e n c o n ­
dic io ne s de ser p a c t a d a s , no de ser pac tante s ?1.

E l p o d e río y la e n e m is tad p a t riarc a le s e ntre las m uje re s


E l po d e r ío e ntre las muje r e s se e je rce po r e s tatuto, po r e da d, po r
c ua lqu ie r p o s ic io n a m ie n t o de s upe r ior ida d de unas s obre otras : de
c la s e , c as ta y r a za , de a nt ig üe d a d , de r a ng o , de e tnia , de c ultur a ,
de s a lud y otros más . P e r o a de más las muje r e s c o mpite n y e je rce n
fo r ma s fr a gme nta r ia s de d o m in io e ntre e llas po r la ma ne r a e n que
s on muje r e s .
Es de c ir , las muje r e s de be n c ompe tir po r obte ne r r e c onoc imie nto
s oc ia l po r s u c a lid a d de gé ne r o, por a lc a nza r de ma ne r a fid e d ig n a
los e s te r e otipos de s er m u je r de l m u n d o e n que vive n. Co m p it e n
g e né r ic a me nte po r q ue c ua lq u ie r m u je r es a me na za nte de q uita r e l
s itio a la otra: c o m pite n por los e s pacios s ociale s y por los vínc ulos
c o n los ho m br e s y las ins tituc io ne s a pa r tir de los c ua le s pue de n
e xis tir. Co m p ite n ta mbié n, de s de la c ar e ncia de géne ro, po r acce de r
a bie ne s , re curs os y opor tunida de s y por pos e e r más que las otras .
La s muje r e s se m ide n e ntre s í pa tr iar c a lme nte po r la c a lid a d de
los seres c o n quie ne s se r e la c iona n, por sus pos e s ione s , ha bilida de s
y pode re s . E n este s e ntido la c ompe te nc ia s ie mpr e e s tá m e d ia d a po r
los o tro s . Co ns e g uir , a la us anza patr iar cal, un luga r en el m und o es
un he c ho c o m p le jo par a las muje r e s , a quie ne s se les c onfigur a tan
s e me jante s , capace s e incapace s de las mis ma s cos as , tan id é n tic as 48,
que s on inte r c a mbia ble s . T e ór ic a me nte , c ua lquie r a pue de r e e mplaza r
a la o tra. De a h í que se e je r za pode r de mayore s a me nore s de e dad,
de las a dulta s a las niña s , las adole s ce nte s y las vie ja s , de ma dr e s
a hija s , de s ue gras a nue ras , de je fa s a s ubor dinadas , de mae s tras a
a lum n a s , de patr onas a e mple a da s , pe r o ta mbié n se eje rce d o m in io
e ntre pare s : he r ma nas , c ompa ñe r a s , cole gas , amigas .
L a e n e m is tad y la opr e s ión e ntre muje r e s es tan inte ns a que a un
e ntr e s e m e ja nte s se p r o d u c e una d e s id e n t ific a c ión y un e x tr a ña ­
m ie n to que ha c e de las muje r e s seres inc a pa c e s de r e conoce r s e :
e ntr e c a s a da s , e ntr e e nfe r m a s , e ntre a ma nte s , e ntr e inte le c tua le s ,
e ntr e o b r e r a s , y a s í, e ntr e muje r e s que c o m p a r te n una s itu a c ión
s e me jante . Es te e x tr a ña mie nto se de be a la e na je na c ión funda me nta l
im p líc it a e n la c o n d ic ión pa tr ia r c a l de géne ro, que hace opue s tas a
las muje r e s e ntre sí.
S in e m b a r g o , c o m o la o r g a niza c ión ge nér ica y s u or de n p o lític o
s on a s im é tr ic o s , c on las muje r e s no ocur r e lo m is m o que c on los
hombr e s . La s muje r e s se e nfr e nta n e ntre s í infe r ior iza da s y, e n e fe c ­
to, se d o m in a n una s a otras de dis tinta s mane r as , pe r o todas e n r a n­
gos e s pe c ífic os e s tán s ome tidas a la opr e s ión pa tr iar c a l, todas vive n
e n c au tiv e rio de géne r o. La c a pa c ida d re al de d o m in a r a otras m u je ­
re s pe r mite una v á lv u la fa nta s ios a de a c e pta c ión de l pr o p io d o m i­
n io , lo c ua l d ie zm a s u po te nc ia l de re be ldía. En luga r de e nfr e ntar
los d o m in io s c onc a te na dos que se ce ntran en e llas , las muje r e s tr a­
d ic io n a le s a c e pta n la s uje c ión a c a m b io de e je rce r d o m in io s obre
otras y po de r c ons e r va r los vínc ulo s con los hombr e s y las ins titu­
c ione s .
E l p a t r ia r c a d o o btie ne de la c o nfr o n ta c ión e na je na d a e ntre las
muje r e s uno de s us ma yor e s re curs os de s obr e vive ncia: las muje r e s
se m a ntie ne n a is la da s , d iv id id a s , a nta goniza nte s y e n e m is tad as p o lí­
tic a me nte c o m o muje r e s , c o m o s e me jante s . As í, la m a y o r trans gr e ­
s ión p o lít ic a de las muje r e s e n este s e ntido es su a lia nza , s u c o a li­
c ión : la s o ro rid a c t9.
NOTAS

1Perspectiva de género es s in ón im o de enfoque de género, visión


de género, m irada de género y c o nt ie ne t a m b ié n e l análisis de
género. En cie r tos le ngua je s te cnocr áticos se lle ga a ha bla r de la
variante género (c o m o si e l géne r o fue r a una var ia nte y c o mo si
p u d ie s e n c o m p a t ib iliza r s e dos p e r s pe c t iva s e p is t e m o lóg ic a s ta n
dife re nte s : una pos itivis ta y la otra his tor icis ta). Se le lla m a ta mbié n
e l com ponente gén ero y se le h o m o lo g a a l c o m p o n e n t e m e d io
a mbie nte , al c o mpone nte s alud, etcétera.
2 La filo lo g ía que r e c onoc ió Ga y le Ru b in , una de las cre adoras de
la te or ía de géne r o es e xe gética, c o m o e lla la lla ma . Se trata de una
c o ns tr uc c ión te ór ica e labor ada a par tir de la c r ítica al pe ns a mie nto
de Ma r x y Eng e ls , Le vi- Str aus s , Fr e ud y La c a n. En sus palabr as :
“E l m o v im ie n t o e ntre e l ma r x is mo , e l e s tr uctur a lis mo y e l p s ic o ­
a nális is , pr oduc e a lgunos choque s de e pis te mo lo gía s ” (1 975:159).
3 Co llin , 1993:318.
4 En la a c t ua lida d es e vide nte la coe x is te ncia por lo me nos de la
pr o pia pe r s pe ctiva y la pe r s pe ctiva de géne r o entre quie ne s se a fa ­
nan e n conoce r lo, us ar lo y pone r lo e n pr ác tica a través de la m o d i­
fic a c ión de las p o lític a s púb lic a s . Muje r e s y s obre todo hombr e s
que m a ne ja n r udim e nt os de la te or ía y la s upe r pone n a s u pr o p ia
v is ión lo ha c e n s in dars e c ue nta de que se trata de c onc e pc ione s
a nta gónic a s . H a y quie ne s us an esta v is ión y, por ig nor a nc ia o por
pr e juic io , no as oc ia n que la pe r s pe ctiva de géne r o fo r ma parte de la
his tor ia fe minis ta , de los m o vim ie nt os y or ga niza c ione s fe minis tas
y t a m bié n de sus luc ha s p o lític a s , sus logr os , sus avance s y c o n ­
quis tas . Es p o s ible ta m bié n que quie ne s tr abajan con la perspectiva
de género e s c indan su c onc ie nc ia y us e n una pe r s pe ctiva par a p la ­
nific a r , pre s e ntar pr oye ctos o re dactar infor me s , y no lo utilic e n e n
la d im e n s ión pr ác tic a de la o r g a niza c ión s ocial, de la c ultur a y de la
p o lític a c o n las or ga niza c ione s , las c omunida de s y las muje r e s para
las que tr a baja n, o e n sus vida s pe rs onale s .
5 E l o bje to de e stos inte r r ogante s se e ncuadr a e n la r e fle x ión de
Bo ur die u: “E l obje to de la c ie nc ia s oc ia l no es ni e l in d iv id u o, este
ens realissimum ing e nua m e nt e c e le br a do c o m o la r e a lida d de las
r e alida de s por todos los individua lis t a s me to do lóg ic o s , n i los gr u­
pos e n ta nto c o n jun t o s c onc r e tos de in d iv id u o s , s ino la r e la c ión
e ntre dos r e a liza c ione s de la a c c ión his tór ica; dic ho de otro modo,
la dob le y o s c u r a r e la c ió n entre el habitas , s is te mas pe rdur able s y
t r a ns p o nib le s de e s q u e n a s de p e r c e p c ión, a p r e c ia c ión y a c c ión
r e s ulta nte s de la in s tituc ión de lo s oc ia l e n los cue r pos (o e n ios
ind ivid u o s bio lóg ic o s ), y los c ampos , s is te mas de r e lacione s obje ti­
vas que s on el pr oduc to de la ins tituc ión de lo s ocial e n las cosas o
e n me c a nis mos que pos e e n la cas i- re alidad de los obje tos fís icos . Y
de s de lue go, todo a que llo que s urge de esta r e la c ión, a saber, las
pr ác tic a s y las r e pr e s e ntacione s s ociale s o los c a mpos , c ua ndo se
p r e s e nta n b a jo la fo r m a de r e a lida de s p e r c ib id a s y a p r e c ia da s ”
(1 9 9 5 :8 7 ).
6 La de c ons tr uc c ión es un proce s o de tr a ns for ma c ión e n e l c ua l a
pa r tir de la p r o pia c o nfig ur a c ión de un he cho o un pa r a digma , y por
sus pr opia s contr a dic c ione s , se de s monta n conte nidos y se re s ignifi-
can, se r e coloca n y se r e c ompone n en otro or de n. E n la me to do lo ­
gía de c ons tr uc tiva no es pos ible e l c a m bio c o mo agr e gación; por el
c ontr a r io, la c r e a c ión e xige de cons tr ucción.
7 Los e nfoque s de de s ar r ollo hum a no (Ha q, 1995; P N U D, 1965) y
e l de s ar r ollo a e s cala hum a na (Max- Ne e f, 1994) s on e je mplos c la ­
ros de l e nc ue ntr o e ntre pr e s upue s tos te ór ico- políticos que por sus
p la n te a m ie n t o s in c luy e n a las muje r e s , a unque esos e nfoque s no
ha n s ido e la bor a dos de s de e l c o mie nzo con ese pr inc ipio e pis te mo­
ló g ic o y p o lít ic o . Es p r e c is o c a da ve z e s p e c ific a r lo y d e c ir as í:
de s a r r ollo h um a no c on pe r s pe ctiva de géne r o, de s ar r ollo a e s cala
h um a n a c o n pe r s pe c tiva de géne r o. Si no se hace e l e s fue r zo, se
r e pite la in c lus ión de las muje r e s s in que se cor r e s ponda c on esta
c o nc e pc ión.
8 Be n h a b ib , 1992:52.
9 “E l s e xo es e l c onjunto de caracte rís ticas ge notípicas y fe notípi-
cas pre s e nte s e n los s is te mas , func ione s y proce s os de los cue rpos
h um a no s ; c o n bas e e n él, se c la s ific a a las pe r s onas por s u pa pe l
po t e nc ia l en la r e pr oduc c ión s e xual. No ha y ho mo ge ne ida d cultur al
e n la d e finic ión de los compone nte s se xuale s n i ge nér icos . Par a la
a n t r o p o lo g ía es c la r o q ue las car acte r ís ticas s e xuale s no im p lic a n
car acte r ís ticas g e né r ic a s ” (La g a r de , 1990:182). Y es e vide nte que
ha y dive r s as c om b ina c io ne s de los compone nte s s e xuale s e n c ada
pe r s ona; a lo lar go de la v ida e l sexo, o c onjunto de caracte rís ticas
s e x uale s , e x p e r ime nt a n c a m b io s p a ula tin o s y r ápid o s , fo r ma le s y
pr o fundo s . A pe s ar de la cr e e ncia de que e l sexo está da do al nace r
y a s í se m a nt ie ne e l re s to de la vida , la e vide nc ia mue s tr a que e l
s exo es d in ám ic o , ma le a ble y c ambia nte .
10 E l c ue r po v iv id o es la c ate gor ía que c o nfir m a la his tor ic ida d de
los c ue r pos h um a no s y la he c hur a e n c ada cas o de la u n id a d de l
s uje to e n s u cue r po (Be a uvoir , 1985; Ais e ns on, 1988).
11 La g a r de , 1990:194.
12 Ga y le Ru b in lla m ó a esa parte de la v id a s oc ia l que es la
s ede de la opr e s ión de las muje r e s , las minor ía s s e xuale s y algunos
as pe ctos de la p e r s o na lida d h um a na e n los individuo s ... e l s is te ma
de sexo!género, por fa lta de un té r mino más e le gante . Co m o d e fini­
c ión p r e lim ina r , un s is te ma de sexo/gén ero es e l c onjunto de dis po ­
s ic ione s por e l que una s oc ie dad tr ans for ma la s e x ua lidad b io lóg ic a
e n pr oduc tos de la a c tivida d huma na , y en el cua l se s atis face n esas
ne ce s idade s huma na s tr ans for madas ” (1 975 :159 ).
13 “La v ida s e x ual hum a na s ie mpr e e s tará s uje ta a la c onve nc ión y
a la inte r ve nc ión huma na s . Nunc a será comple tame nte natur al, a un­
que s olo sea por que nue s tra e s pe cie es s ocial, cultur al y ar ticulada...
La e v o luc ión c ultur a l nos da la o por tunida d de toma r el contr ol de
los me dios de s e x ua lida d, r e pr oduc c ión y s o c ia liza c ión, y de tomar
de c is ione s c ons cie nte s para libe r ar la vida huma na de las r e lacione s
arcaicas que la d e for m a n ...”, Ru b ín , 1975:199- 200.
14 P ar a F r a n^ois e Co llin , 1994:317: “La dife r e nc ia de los sexos es
a lg o in s o s la y a b le , y es im p o s ib le r e d uc ir la p o r c o m p le t o a una
[ cons tr ucción] . Pe r o d e finir a los dife r e nte s opo nie nd o de ma ne r a
dua l [ lo uno] de los hombr e s a lo [ no uno] de las muje re s es lis a y
lla na me nte re cae r, se quie r a o no, e n una cie rta me ta fís ic a de los
sexos . P or otr a parte tr abajar c on las únicas cate gorías de lo fe me ­
nino y lo m a s c ulin o e n su ind e c ibilida d, es de s conoce r la r e alida d
s o c io po lític a de hombr e s y muje r e s ”.
15 Co llin , 1994:317- 318.
lb E n c a m b io h a y s o c ie da d e s e n las c ua le s la o r g a n iza c ió n e n
tor no al de por te tie ne un pe s o m ín im o y abarca numé r ic a me nte a
pocas pe rs onas y tie ne poco pe s o e n la r e pr oduc ción s ocial. Otr as ,
e n c a m b io , tie ne n en dic ha o r ga niza c ión s ocial uno de sus c ír culos
par ticular e s más impor tante s , abarca a cas i todos , fo r ma parte de la
v ida c ole c tiva , e s tá pre s e nte e n la cultur a de mane r a pr ior itar ia. En
c ada cas o e l a nális is de be ser e s pe c ífico tanto par a de te r mina r los
ór de ne s s ociale s c om o par a d e finir sus conte nidos concre tos y sus
e s pe c ific ida de s .
17 Sobr e la a r t ic ula c ión de cate gorías y de las opre s ione s que c o n ­
lle va Lo la Lu n a c ons ide r a que “Gé ne r o, clas e y r aza se e ntr e me z­
c la n pa r a u na m a y o r s ub o r dina c ión de un gr upo h um a no , que e n
ba s e a un a d ife r e n c ia c ió n s e x ua l h a s id o s it ua do h is t ór ic a m e nt e
e n una r e la c ión de de s igua lda d re s pe cto al otr o” (1 991 :22).
18 Lo s p a rtic u la r e s s on par a Ag ne s He lle r , los s uje tos de finido s
por su a ds c r ipc ión a gr upos y cate gorías e s pe cíficas que de fine n su
e x is te nc ia y los c ar ac te r iza n. Na die es h um a no e n abs tracto, e s tá
lim it a d o po r sus a ds c r ipc ione s s ociale s . He lle r , Agne s , S ocio log ía
d e la vid a co tid ian a . Edic io ne s P e níns ula , Bar c e lona .
19 Ac e r c a de l tr a ta mie nto dife re nte , de s igua l e ine quita tivo a m u je ­
res y hombr e s , véas e e l c a pítulo sobre De s a r r ollo...
20 E l cur s o de v id a e s tá c onfor ma do p o r e l c onjunto de e ve ntos de l
s uje to e n e l tie mpo. Es tá d e finid o p o r e l c ic lo de vida , es de cir , e l
e s te r e otipo n o r m a t iv o de v id a q ue e n s us c o nd ic io n e s h is tór ic a s
de be r á re corre r e l s uje to. Ca d a pe r s ona e s tá de te r mina da por var ios
c ic los de v id a de acue r do con su géne r o, su na c iona lida d, s u ge ne ­
r a c ión, s u clas e s oc ia l y otras cate gorías más . A l v ivir va c o n jug án ­
dola s , se apar ta o c um p le los ma nda tos y las a s ignacione s de m a ne ­
ra de v ivir y de ide ntida d y cre a c omo r e s ultado su curs o de vida .
Es te es únic o e ir r e pe tible c om o ir r e pe tible es la c o m b ina c ión de
sus m últ ip le s d e t e r m ina c io ne s y su p a r tic ular c a pa c ida d cr e ador a
dis pue s ta toda su vida .
21 Gine r , 1994:122. E l autor pr e vie ne a no hace r v inc ula c ión dir e c ­
ta e ntre la po br e za de los país e s pe r ifé r ic os y la e x plota c ión que
s ufr e n de los pa ís e s r ico s y a va nza do s . Y s e ña la la im po r t a n c ia
d e finit iv a de las clas e s dom ina nte s de esos país e s en los proce s os
inte r nos y e n s u c one x ión c on los exte rnos .
22 Am o r ós , 1990:48.
23 Ce lia Am o r ós (1 9 9 0 :4 9 ) te or iza así: “la c ons tr uc ción s ociocultu-
r a l de los géne r os tal c om o nos es c onoc ida no es s ino la cons tr uc­
c ión m is m a de la je r a r q uiza c ión patriar cal; a unque se a fir me que es
p e ns a b le «e n te o r ía » otr as p o s ib ilid a de s , r e s ulta d ifíc il e nc ontr a r
una r a zón s ufic ie nte po r la que un s is te ma ig ua lita r io trataría e s pe ­
c ia lm e n t e de p r o d uc ir las mar cas de l s e xo- géne ro, y no d ig a m o s
re pr e s e ntarnos lo que s ería un s is te ma de d o m ina c ión fe me nina e n
que las muje r e s fué r a mos autode s ignante s , más a llá de la va gue da d
de los m ito s de l ma tr ia r c a do o de l «m u n d o al r e vés ». P r e fe r imos
po r e llo ha bla r de patr iar cado a unque e llo im p liqu e te ne r que hace r
una serie de pr e c is ione s ” .
24 Por cie rto, el sexo es también una conve nción cultural. No todas
las c ultur a s pe r mite n r e conoce r y no mbr a r c o mo sexo los mis mos
fe nóme nos . Ha y culturas que m odific a n sus c onocimie ntos y s ignifica­
cione s de lo s exual, de l sexo y de los sexos. Otras, en cambio, mantie ­
ne n conce pcione s cerradas y no de s arrollan conocimie ntos nue vos . E l
sexo y lo s e xual parecen re ve lacione s y se convie rte n en dogmas .
25 Gr e e r , 1985.
26 Ma r t in y Voo r hie s , 1975; De ve r e ux , 1985.
27 Ba dinte r , 1993.
28 Ais e ns o n, 1981; F ouc a ult, 1980.
29 Be a uvo ir , S im o ne : E l segundo sexo. Obr a s Co mple ta s , tomo III:
24 7, Ma d r id , Ag u ila r , 1981.
30 He lle r , 1977.
31 Fe r r o, 1991.
32 S im o ne de Be a uvo ir a fir ma : “É l es e l Suje to, é l es lo Abs oluto ;
e lla es e l Otr o ” , p. 19.
33 Va ne e , 1989.
34 Ba s a g lia , Fr a nc a , 1983.
35 Ca u tiv e r io es la cate gor ía a ntr o po lóg ic a que s inte tiza e l he cho
s o c io c u lt u r a l q ue d e fin e e l estado de las m u je r e s e n e l m u n d o
pa tr iar ca l: se c oncr e ta p o lític a me nte e n la e s pe cífica r e la c ión de las
muje r e s c o n e l pode r y se c ar acte r iza por su pr iva c ión de la libe r ta d
y s u d é b il pode r ío. Las muje r e s e s tán cautivas por que ha n s ido p r i­
vada s de a ut ono m ía , inde pe nde nc ia par a v ivir , de l gobie r no sobre s í
m is m a s , de la p o s ib ilid a d de e le gir y la c a pa c ida d de de c idir . E l
c a ut ive r io car ac te r iza a las muje r e s e n cua nto a l pode r que e je rce
s obr e e lla s s u de pe nde nc ia v ita l, e l gobie r no de sus vida s por las
ins tituc io ne s y los par ticular e s (los otros ), la o blig a c ión de c um p lir
c o n e l de be r ser fe m e nino de s u pr opio gr upo, que las c onduc e a
v ida s e s te r e otipadas , s in opc ione s . T odo lo ante r ior es v iv id o por
las muje r e s de s de la p o s ic ión de s ubor dina c ión a que las s ome te e l
d o m in io de sus vida s que , e n todos los as pe ctos y nive le s , e je rce n
la s oc ie da d y la c ultur a opr e s ivas y patriar cale s .
36 Ide m .
37 La ga r de , 1990.
38 La r g uía , 1970.
39 Ha r r is , 1992, y Go d e lie r (1 9 8 6 ) a na liza n los proce s os de p r o ­
d uc c ión de pode re s e n la c o nfor m a c ión ge nér ica entre los baruya de
Nue va Guine a .
40 Le r ne r (1 9 9 0 ) de mue s tr a c óm o e n la c r e a c ión de l pa tr iar ca do
los me c a nis mos a q uí de nomina dos de e x pr opiac ión s o n fund a m e n­
tales pa r a c ons tr uir e l or de n s ocial y s im bólic o .
41 La ga r de , 1990.
42 Ide m , 1991.
43 Ide m , 1992.
44 Am o r ós , 1989.
45 La ga r de , 1990.
46 Am o r ós , 1989.
47 Ide m, 1989.
48 Ide m, 1989.
49 La ga r de , 1995, Ha c ia una nue va c ultur a fe minis ta: Ene mis ta d y
s or or idad e ntre muje r e s .

También podría gustarte