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La Inserción de Las Travestis en Los Trabajos Desvalorizados Quiénes Son Esas Trabajadoras en La Realidad Brasileña
La Inserción de Las Travestis en Los Trabajos Desvalorizados Quiénes Son Esas Trabajadoras en La Realidad Brasileña
RESUMEN:
El presente artículo tiene por objetivo analizar la inserción de las travestis en los
espacios de trabajos considerados "desvalorizados" de la realidad brasileña,
específicamente, en la ciudad de Natal/RN. Se buscó como problemática
aprehender quiénes son esas trabajadoras? ¿Cuáles son los puestos de trabajo que
se insertan? Y por fin las violaciones de derechos que enfrentan en esos espacios.
Metodológicamente: se hicieron entrevistas semiestructuradas con ocho travestis
trabajadoras insertas en el mercado de trabajo formal/informal. Como resultado de
los relatos obtenidos, se tiene que en la división sexual/género de trabajo las
travestis se insertan en los espacios de trabajos considerados "desvalorizados"
(FALQUET, 2008, FEDERICI, 2017) aquellos cuyos no tienen valorización social,
además, vivencian cotidianamente diversas precarizaciones para insertarse en el
mercado de trabajo, sufren violaciones de derechos, acoso moral y sexual, además
de la transfobia institucionalizada. Discusión: la formación social, económica y
cultural brasileña fundada en una estructura basada en el clasismo, el machismo, el
sexismo y el racismo son fundantes de la realidad transfóbica que las travestis
enfrentan en el mundo del trabajo. Se concluyó que ante tantos desafíos que las
travestis sufren en el mundo del trabajo, sólo a través de la organización colectiva
que articule la lucha anti-patriarcal, anti-capitalista, antirracista y anti-cissexistas que
esas trabajadoras pueden transformar esa realidad de múltiples desigualdades
sociales.
Palavras- clave: Mercado de trabajo. Trabajo desvalorizado. Identidad de género.
Travestis. Transfobia.
INTRODUÇÃO:
1. Camille Cabral – Nasceu em Natal, vive no bairro Lagoa Seca, tem 33 anos,
é cabelereira trabalhadora informal. Conforme relato, sua visibilidade da
identidade de gênero teve início na adolescência, mas somente veio afirmar-
se como travesti depois dos 25 anos de idade. Ganha aproximadamente um
salário mínimo.
3. Marsha Johson – Residente do bairro das Rocas – local onde vive até hoje.
Tem 58 anos e possui duas graduações universitárias (nos cursos de
Contabilidade e Letras). Atualmente é professora da Rede Estadual de Ensino
no Rio Grande do Norte.
4. Jovanna Cardoso – Outra história de vida é a desta técnica em enfermagem
da Rede Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte, que trabalha
em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica na cidade do Natal,
considera-se parda e tinha 25 anos de idade.
Considerações finais:
ii
Militante do Trans, atualmente é discente do curso de nível superior em Serviço Social, pela
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
ii
O termo “bico”, utilizado nesse trabalho, é uma expressão coloquial utilizada para representar o
trabalho informal.
iii
Tradução: Em um estudo realizado em 2005, durante a qual foi consultada 302 companheiras
travestis residentes na cidade de Buenos Aires, os subúrbios de Buenos Aires e na cidade de Mar del
Plata, descobriu que "o exercício da prostituição de rua é a mais importante fonte de renda para 79,1
% das parceiras pesquisadas. As colegas que também relatam encontrados outros empregos no
mercado informal, sem qualquer reconhecimento dos direitos dos trabalhadores em ocupações de
baixa qualificação e remuneração "(BERKINS, 2012, p. 224)
iv
Nacionalmente a população Trans*(travestis, mulheres trans, homens trans) tem como uma das
pautas de luta a defesa pela aprovação da Lei de Identidade de Gênero, que tramita no Congresso
Federal, o PL é de autoria do Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL/RJ) e da Deputada Federal Érika
Kokay (PT/DF) “que estabelece o direito à identidade de gênero definida como a vivência interna e
individual do gênero tal como cada pessoa o sente, que pode corresponder ou não com o sexo
atribuído após o nascimento”. Disponível em: <http://ambito-
juridico.jusbrasil.com.br/noticias/100495477/projeto-de-lei-estabelece-direito-a-identidade-de-genero>.
Acesso em 1 de julho 2016.
v
Antunes (2010) apresenta as características dos trabalhadores informais tradicionais como sendo
trabalhadores “ocasionais” ou “temporários” – realizam trabalhos informais quando estão
desempregados os típicos “bicos”, mas tem por objetivo retornar ao trabalho assalariado – alguns são
digitadores, faxineiras, salgadeiras, cabeleireiras, principalmente pelas dificuldades encontradas em
tempos de crise. De modo que a sociedade impõe diversas barreiras para a inserção das travestis
nos trabalhos formais.
Referências:
Antunes, Ricardo (2010). Os modos de ser da informalidade: rumo a uma nova era
da precarização estrutural do trabalho? In. Revista Praia Vermelha, Rio de Janeiro,
v. 20, nº 1, p. 11 – 20.
Araújo, Angela Maria Carneiro. Lombardi, Maria Rosa (2013). Trabalho Informal,
Gênero e Raça no Brasil no início do Século XXI. Cadernos de Pesquisa v.43 n.149
p.452-477 maio/ago.
Benedetti, Marcos Renato (2005). Toda Feita: o corpo e o Gênero das Travestis. Rio
de Janeiro: Garamond.
Berkins. Lohana (2012). Travestis: una identidad política. In. Pensando los
feminismo em Bolívia. La Paz, Bolivia, Ed. Conexión Fondo de Emancipación.
Guillaumin, Colette. Práctica del poder e ideia de Naturaleza. In: Falquet, Jules e
curiel, Ochy (orgs.) El patriarcado al desnudo: tres feministas materialistas: Colette
Guillaumin - Paola Tabet - Nicole Claude Mathieu. Buenos Aires: Brecha Lésbica,
2005.
Oliveira, Tibério Lima (2016). “Meu corpo, um campo de batalha”: a inserção precária das
Travestis no mundo do trabalho em tempos de crise capital. Dissertação (Mestrado em
Serviço Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.