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Foro de Discusion El Panorama Teórico en Dialogo. Arqueologia Suramericana PDF
Foro de Discusion El Panorama Teórico en Dialogo. Arqueologia Suramericana PDF
¿Qué es lo que hace que la arqueología discusión. Por su parte, Ximena Suárez se
suramericana sea tal cosa, si no la geogra- pregunta por el signo arqueológico más
fía que la contiene? Hemos leído y escrito conspicuo del Uruguay; la interpretación de
tanto acerca de ello que anima a pensar los cerritos es puesta en cuestión dando lu-
que las palabras han agotado ya su reper- gar a un discusión metodológica y teórica
torio. Probablemente porque la arqueolo- acerca de la monumentalidad como cate-
gía suramericana está cambiando en diver- goría interpretativa. Continuando con su pre-
sas direcciones a lo largo de los años esa ocupación acerca del poblamiento inicial del
pregunta y sus posibles respuestas se re- continente Laura Miotti retoma la discusión
nuevan constantemente. Tal vez los recien- que sostiene gran pare del debate teórico
tes textos de Gustavo Politis han tenido la que se presenta en este número de la re-
pretensión más abarcadora: como un pin- vista: ¿en qué medida nuestra relación con
tor que describe el paisaje frente a su cua- el objeto de estudio está mediada por de-
dro Politis lo hace con la arqueología sud- terminaciones contextuales que nos envuel-
americana. Como antes a Velázquez, le ha ven?; ¿hasta qué punto la relación de co-
sucedido aparecer retratado junto con su nocimiento que desarrollamos con los obje-
objeto y éste, que lo mira al ser retratado, tos (como, por ejemplo, las discusiones teó-
mira también su cuadro, se incomoda o rico-metodológicas de Velandia y Suárez)
acuerda, reacciona y se mueve, sale de foco está mediada por las relaciones sociales en
o sucumbe ante la mirada. En este número el curso de nuestras vidas (los contextos
de Arqueología Suramericana recoge- socio-políticos y de política académica a los
mos, en la forma de un debate, algunos de que refieren Miotti, Politis y sus comenta-
los movimientos de quienes hemos sido re- ristas)? Esta parece ser la pregunta de la
tratados en el paisaje de Politis. Interpre- hora en la arqueología suramericana.
tarnos parece ser el desvelo. Del 3 al 7 de julio del 2007 nos encon-
César Velandia nos ofrece su propia pre- traremos en San Fernando del Valle de
ocupación acerca de la interpretación del Catamarca, con esa y otras varias pregun-
arte y, de esta manera, hace su aporte a la tas en mente, en la Cuarta Reunión de Teoría
teoría arqueológica en un texto que prefie- Arqueológica en América del Sur. Dentro
re considerar un prólogo. Así, entre textos y fuera del paisaje interpretados e
que vienen antes y textos que vendrán des- interpretadores nos damos cita al pie del
pués Velandia presenta un cuerpo teórico- Ambato para conversar, cara a cara, acer-
metodológico de interpretación no textual ca de lo que ofrecemos aquí para leer y
de representaciones plásticas y llama a su acerca de lo que aquí invitamos a escribir.
EDITORIAL
O que faz com que a arqueologia sul-ameri- Ximena Suárez Villagrán pergunta-se sobre o
cana seja tal coisa, senão a geografia que a signo arqueológico mais conspícuo do Uruguai.
contém? Temos lido e escrito tanto sobre isto A interpretação dos cerritos é colocada em
que chegamos a pensar que as palavras já questão, dando lugar a uma discussão
tenham esgotado seu repertório. metodológica e teórica sobre a monumentalidade
Provavelmente porque a arqueologia sul- como categoria interpretativa.
americana está mudando em diversas Continuando com suas preocupações so-
direções ao longo dos anos, esta pergunta e bre o povoamento inicial do Continente, Laura
suas possíveis respostas se renovam cons- Miotti retoma a discussão que sustém grande
tantemente. Talvez os textos recentes de parte do debate teórico que se apresenta neste
Gustavo Politis tenham tido uma pretensão número de Arqueologia Sul-Americana: em
mais abrangente: como o pintor que descreve que medida nossa relação com o objeto de
a paisagem frente seu quadro, Politis o faz estudo está mediada pelas determinações
com a arqueologia sul-americana. Como contextuais que nos envolvem? Até que ponto
antes fez Velázquez, decidiu aparecer retra- a relação de conhecimento que desenvolve-
tado junto com seu objeto e este o observa mos com os objetos (como por exemplo, as
enquanto é retratado, observa também seu discussões teórico-metodológicas de Velandia
quadro, incomoda-se ou concorda, reage e e Suárez) está mediada pelas relações sociais
se move, sai de foco ou sucumbe diante do no curso de nossas vidas (os contextos socio-
observador. Neste número de Arqueologia políticos e de políticas acadêmicas aos quais se
Sul-Americana captamos, na forma de um referem Miotti, Politis e seus comentaristas)?
debate, alguns dos movimentos daqueles que Esta parece ser a pergunta do momento em
foram retratados na paisagem de Politis. In- Arqueologia Sul-Americana.
terpretar-nos parece ser o que se revela. De 3 a 7 de julho de 2007, estaremos nos
César Velandia oferece-nos sua própria encontrando em San Fernado Del Valle de
preocupação acerca da interpretação da arte e, Catamarca, com estas e várias outras
desta maneira, faz sua contribuição à teoria ar- perguntas em mente, na Quarta Reunião de
queológica em um texto que ele mesmo prefere Teoria Arqueológica na América do Sul.
considerar um prólogo. Assim, entre texto que Dentro e fora da paisagem, interpretados e
vem antes e textos que virão depois, Velandia interpretadores, nos encontraremos aos pés
apresenta um corpo teórico-metodológico de do Ambato para conversar, frente a frente,
interpretação não-textual de representações plás- sobre o que oferecemos aqui para ler e so-
ticas e chama a sua discussão. Por sua parte, bre o que aqui convidamos a escrever.
ARQUEOLOGÍA SURAMERICANA/ARQUEOLOGIA SUL-AMERICANA 2, 2, julio/julho 2006
FORO DE DISCUSIÓN:
EL PANORAMA TEÓRICO EN DIÁLOGO
Tal vez no exista un intento más ambicioso de dar cuenta del panorama de la arqueología sudame-
ricana que el que, en distintos medios y en diferentes versiones, ha publicado Gustavo Politis en
años recientes. Como todo panorama general éste implica la creación de un cuadro de sistema-
tización, la aplicación de criterios de ordenamiento y la selección de las obras; también supone un
enorme esfuerzo de pesquisa de textos dispersos en cientos de publicaciones, muchas veces de
caprichosa circulación en medios académicos generalmente tabicados por las fronteras naciona-
les de nuestro continente. El panorama teórico resultante es abarcador y extenso pero ni el autor
ni su texto han pretendido exponer una situación desde una supuesta objetividad; por el contrario,
se trata de un cuadro pintado desde un punto de vista que, además, expresa sus cuestionamientos
y sugerencias. En gran medida el texto de Politis es un comentario sobre la tarea de cientos de
colegas sudamericanas/os; a algunas/os de ellas/os recurrimos ahora para que continúen el diálo-
go, comentando el panorama descrito por Politis. En este número de Arqueología Suramericana
incluimos una discusión del «paisaje teórico de Politis», para la cual hemos convocado a distintos
colegas, a quienes hemos solicitado que se refieran a sus textos previamente publicados (Politis
2003, 2004). Los comentarios han sido replicados por Gustavo. Dado que es posible que algunas/
os de nuestras/os lectoras/es no hayan accedido a las publicaciones de referencia publicamos, en
primer término, un resumen de los textos (el resumen en castellano fue preparado por uno de los
editores de AS, Alejandro Haber, y ha sido revisado por Politis). Los comentarios, realizados con
referencia a los textos completos y no exclusivamente a partir del resumen, figuran a continua-
ción, seguidos por la réplica de Gustavo. Este foro se cierra con las referencias bibliográficas
citadas en los comentarios y la réplica.
Talvez não exista uma intenção mais ambiciosa de dar conta do panorama da arqueologia sul-
americana do que a que, em distintos meios e em diferentes versões, tem publicado Gustavo
Politis nos anos recentes. Como todo panorama geral, este implica na criação de um quadro de
sistematização, na aplicação de critérios de ordenamento e na seleção das obras. Supõe também
um enorme esforço de pesquisa de textos dispersos em centenas de publicações, muitas vezes de
caprichosa circulação em meios acadêmicos geralmente isolados pelas fronteiras nacionais de
nosso Continente. O panorama teórico resultante é abrangente e extenso, porém, nem o autor,
nem seu texto, pretenderam expor uma situação a partir de uma suposta objetividade; pelo contrário,
trata-se de um quadro pintado a partir de um ponto de vista que, ademais, expressa seus
questionamentos e sugestões. Em grande medida, o texto de Politis é, em definitivo, um comentário
sobre a tarefa de centenas de colegas sul-americanos(as); a alguns deles(as) recorremos agora
para que continuem o diálogo, comentando o panorama descrito por Politis. Neste número de
Arqueologia Sul-Americana incluímos uma discussão da «paisagem teórica de Politis», para a
qual convocamos a distintos colegas a quem solicitamos que se refiram a seus textos previamente
publicados (Politis, 2003, 2004). Os comentários foram respondidos por Gustavo. Considerando
que é possível que alguns de nossos(as) leitores(as) não tenham tido acesso às publicações de
referência, publicamos, em primeiro lugar, um resumo dos textos (o resumo em espanhol foi
preparado por um dos editores de AS, Alejandro Haber e foi revisado por Politis). Os comentários,
realizados com referência aos textos completos e não exclusivamente a partir do resumo, são
apresentados na continuação, seguidos pela réplica de Gustavo. Este fórum encerra-se com as
referências bibliográficas citadas nos comentários e na réplica.
Palabras clave: método, teoría / Palavras chave: método, teoria.
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PROLEGÓMENOS A LA CONSTRUCCIÓN
DE UNA SEMASIOLOGÍA PREHISPÁNICA
César Velandia
Museo Antropológico, Universidad del Tolima
El tema central de este trabajo es una discusión sobre la posibilidad de interpretar las iconografías
prehispánicas y, en particular, el «arte» rupestre. Luego de una crítica a las pretensiones de leer
el «arte» rupestre como si fuera una escritura alfabética, lineal y occidental, se propone una
alternativa para construir un campo disciplinario, subordinado a la arqueología, la semasiolo-
gía prehispánica, que tendrá por objeto de estudio los sistemas semasiográficos prehispánicos.
O tema central deste trabalho é uma discussão sobre a possibilidade de interpretar as iconografias
pré-hispânicas e, em particular, a «arte» rupestre. A partir de uma crítica as pretensões de ler a
«arte» rupestre como se fosse uma escrita alfabética, linear e ocidental, propõe-se uma alternati-
va para construir um campo disciplinar, subordinado à arqueologia, a semasiologia pré-hispânica,
que terá por objetivo o estudo dos sistemas semasiográficos pré-hispânicos.
This paper discusses the possibility of interpreting prehispanic iconography, specially rock «art».
After a critical examination of the claim for reading rock «art» as if it were an alphabetical, lineal
and occidental writing it proposes the construction of a disciplinary field subordinated to
archaeology, prehispanic semasiology, which studies semasiographic prehispanic systems.
Palabras clave: arte rupestre y escritura, lenguajes planarios, semiótica planaria, sistemas
semasiográficos, semasiología prehispánica / Palavras chave: arte rupestre e escritura,
linguagens planarios, semiótica planaria, sistemas semasiográficos, semasiologia prehispánica.
rupestre invirtió por completo la posición «Los diseños han sido dispuestos sobre
de todos ellos ¡colocándolos cabeza aba- el paramento rocoso con una admirable
jo! ¿Cuál fue el origen de tan extraña dis- percepción del espacio disponible, utili-
torsión?» (González 1977:60-63). zándose [sic] con verdadero acierto las
Aparte de algunas conjeturas sobre la «in- grietas, irregularidades, planos y volúme-
genuidad», el «esquematismo» o «distorsión» nes del soporte en la organización de la
obra. Para dar la ilusión de perspectiva a
de las representaciones, sintomáticas de un
veces se han superpuesto diseños con
punto de vista elaborado desde el canon es- figuras de diferente tamaño».
tético occidental, es una descripción clara
La solución para resolver esta «ilusión de
del hecho de que la estructura es
perspectiva» se ha planteado de diferentes
bidimensional o, como estoy proponiendo,
maneras; es posible considerar la deducción
planaria. En este mismo sentido Berenguer
de Berenguer-Martínez, mediante la super-
y Martínez (1986:84, 86) describieron así una
posición de las figuras o mediante el recurso
escena de camélidos situada en una pared
de jugar con su tamaño o de colocarlas aba-
rocosa de la localidad de Taira, en el valle
jo o arriba del soporte físico. La «perspecti-
medio del río Loa, en Chile (Figura 2):
va» es una invención para representar gráfi-
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Este artículo indaga por las relaciones asimétricas existentes entre las academias centrales y
periféricas con relación a la producción teórica sobre el poblamiento de América. El argumento del
artículo es que si la academia suramericana sigue contribuyendo a reproducir la dicotomía centro-
periferia sus posibilidades de una interlocución horizontal con la comunidad internacional y de
interpretación del registro arqueológico de los primeros pobladores se verán seriamente limitadas.
This paper inquires about the asymmetrical relationships existing between central and peripheral
academic milieus in relation to the theoretical production about the early peopling of the Americas.
The argument set forth in the paper is that if South American academia keeps feeding the center-
periphery dichotomy its possibilities of a horizontal dialogue with the international community
and of interpreting the archaeological record of the first settlers will be seriously limited.
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Este trabalho pretende propor uma abordagem teórico-metodológica suscetível de ser aplicada
no estudo arqueológico das construções em terra entre os grupos caçadores coletores e busca
avançar sobre a caracterização dos grupos caçadores coletores do leste uruguaio como possuidores
de uma organização social complexa a partir da revisão da utilização do termo
«monumentalidade», usado na designação das estruturas monticulares que caracterizam a
arqueologia das Terras Baixas orientais. O texto analisa as dificuldades e os reveses que implica
a adoção do termo monumentalidade para designar estruturas arqueológicas deste tipo e
desenvolve uma metodologia de estudo que se baseia em um modelo específico, porém incorpora
teoria e método provenientes de outros modelos de análise para estudar a monumentalidade a
partir de outra sistemática.
Campos de visibilidad
Los campos de visibilidad son la superficie
topográfica que se alcanza a ver desde un
punto determinado a un alcance visual de 5
kms de radio. Este valor arbitrario es el pro-
medio de la distancia que el ojo humano puede
alcanzar a ver; se supone que éste alcanza a
Figura 7. Campo de visibilidad definido para
ver a unas decenas o centenas de kms de
un cerrito en la Sierra de San Miguel.
distancia durante el día si las condiciones son
buenas (Gibson, citado por Hall 1990). Para
calcular los campos de visibilidad me sitúo
sobre el sitio de interés y defino, sobre la
carta geográfica de escala 1:50.000, el área
posible de ser visualizada desde ese punto,
teniendo en cuenta la ubicación topográfica
de las estructuras y el relieve circundante. A
partir del mapa de base construyo el mapa
que relevará las curvas de nivel, la red dre-
naje, el emplazamiento de los sitios y los cam-
pos de visibilidad.
Las áreas elegidas para realizar este pro-
cedimiento fueron la Sierra de San Miguel Figura 8. Campo de visibilidad para cuatro
(Figura 7 y 9) y el Bañado de la India Muerta montículos agrupados en el Bañado de la
(Figura 8 y 10) porque en los trabajos de India Muerta.
Bracco y Ures (1999:28) y Cabrera y Marozzi
Figura 9. Campos de visibilidad para el área de la Sierra de San Miguel. La ubicación de los sitios se
realizó sobre la carta geográfica 1: 50.000 en base al mapa de Cabrera y Marozzi (2001: 64).
Tabla 1.
Tabla 2.
Si consideramos que los límites identifica- altura que presentan las estructuras y las dife-
dos para cada capa corresponden a interfaces rentes camadas que las componen y duplican
de construcción los valores de altura y crono- la inconsistencia al comparar estos valores con
logía indicarían episodios constructivos sepa- configuraciones ambientales pasadas9. Ade-
rados en el tiempo y compuestos por terrones más, se basan en la reconstrucción sincrónica
de tierra de alrededor de medio metro de altu- del paisaje prehistórico que define la configu-
ra hasta un metro; este hecho dificultaría su ración del paisaje que existía en y alrededor de
visibilidad en las etapas iniciales de acumula- un sitio en el momento que fue ocupado (Waters
ción sedimentaria. Asimismo, si tenemos en 1992: 92) y la comparan con la situación actual
cuenta que la información paleoecológica para de la estructura. Aunque el paisaje cambió, con-
la región indica que las gramíneas que cubrían siderablemente, desde la ocupación del sitio y
las tierras bajas uruguayas llegaron a alcanzar no corresponde con la configuración actual tam-
una altura de alrededor de un metro (Bracco bién los sitios se modificaron en el contexto del
et al. 2003) y que la vegetación que acompa- paisaje prehistórico. Así, un elemento resulta
ñaba a los palmares era significativamente más fundamental a la hora de analizar las dimensio-
frondosa que la que se observa actualmente nes de las estructuras monticulares: las cons-
(Bracco y Del Puerto, comunicación perso- trucciones en tierra, así como cualquier otra
nal) podemos suponer que la visibilidad de es- forma natural compuesta de materiales de gra-
tas estructuras en sus etapas iniciales de cons- no fino, tienden a ensancharse y achatarse con
trucción habría estado lejos de tener un valor el paso del tiempo debido al transporte de sedi-
monumental. Estas consideraciones cuestionan mentos vertiente abajo por reptación y por la
la visibilidad de las estructuras a lo largo de su acción del flujo superficial. Estos procesos de
desarrollo y su posible naturaleza de proyecto suavización del paisaje corren con la desven-
monumental; esto es así porque resulta difícil
hablar de monumentos que llevaron miles de
años en ser construidos a través de episodios 9 Hasta el momento no se ha reportado la exis-
constructivos de alturas menores. Sin embar- tencia de cerritos acompañando palmares ni
se han publicado estudios paleoecológicos
go, este esquema evolutivo y sus interpretacio-
que confirmen la existencia de una vegeta-
nes subsecuentes cometen el error de basar- ción cuyas dimensiones habría interceptado
se, exclusivamente, en los valores actuales de la visibilidad de la estructuras.
Tabla 3.
La observación actual del paisaje del este metro y su contraste en el paisaje habrían
demuestra que estas estructuras mantuvie- favorecido su visibilidad, tal vez justificando
ron su permanencia física hasta nuestros días el hecho de que fueran revisitadas por las
y de la visualización de la cronología se con- comunidades humanas, probablemente con
firma su proyección temporal ya que los da- diferentes finalidades, por períodos de hasta
tos muestran una reutilización de estos es- 3500 años.
pacios por períodos máximos de hasta 3500
años. El hecho de que las estructuras hayan Conclusiones
sido visitadas durante miles de años y que
El análisis realizado me permite concluir que
hayan permanecido dentro del contexto
el cerrito es susceptible de ser considerado
sistémico del o de los grupos que habitaban
un artefacto inmerso en un sistema de pro-
la región no es un elemento menor. La
ducción específico y que tuvo una compleja
recurrencia en la participación de las estruc-
evolución, conjugada con una importante
turas dentro del sistema organizacional de
permanencia a lo largo de la reproducción
los grupos probablemente determinó el in-
social de las comunidades que habitaron la
cremento volumétrico paulatino que resultó
región de su emplazamiento. Las condicio-
en las estructuras que observamos hoy en
nes de visibilidad espacial son el único ele-
día; sin embargo, aunque la altura haya sido
mento, dentro de los cuatro puntos mayores
un elemento poco destacable en el comien-
de mi análisis, que presentan determinacio-
zo de la vida de estas construcciones su diá-
nes a veces claras y a veces difusas.
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Reseñas/Resenhas 293
Desde 1975 Luis Orquera y Ernesto Piana radiocarbónicos y la composición de las uni-
han focalizado su investigación arqueológica dades estratigráficas.
sobre el estudio de las sociedades que habita- El capítulo III se dedica enteramente a
ron la costa sur de Tierra del Fuego. Su objeti- los restos más antiguos recuperados en el
vo fundamental fue indagar desde un punto de canal Beagle fechados alrededor del sépti-
vista diacrónico y sincrónico, las causas y me- mo milenio antes del presente. La singulari-
canismos de la adaptación humana en la dad de este conjunto con respecto a las ocu-
región. Como corolario de esas investigacio- paciones posteriores en la región lleva a los
nes la imagen de sus primeros habitantes se autores a su consideración en forma sepa-
revirtió significativamente y los resultados más rada. De acuerdo a la evidencia disponible,
sobresalientes se plasman en el volumen Ar- sugieren que se trataría de una ocupación
queología de la región del canal Beagle breve de cazadores-recolectores que no ha-
(Tierra del Fuego, Argentina). brían desarrollado un aprovechamiento in-
El libro constituye una síntesis de más de tensivo a los recursos litorales.
dos décadas de trabajo sistemático y conti- En el cuarto capítulo se especifican los
nuo, en la que se brinda información detallada rasgos que caracterizan al sistema adaptativo
sobre el registro arqueológico fueguino. La de la región orientado hacia la explotación
obra presenta una estructura clara y organi- especializada de recursos litorales. Se des-
zada que ofrece al lector datos pormenorizados cribe el instrumental lítico, óseo y
sobre los sitios y los conjuntos arqueológicos malacológico, los adornos y las pautas de
recuperados y proporciona al mismo tiempo asentamiento registradas en cada sitio. Es
un recorrido histórico por el proceso de ocu- sumamente interesante la frecuencia que
pación humana sobre la costa norte del canal alcanza la tecnología ósea, en la que se des-
Beagle. La exhaustiva labor de campo y la- tacan las puntas de arpón, cuñas, punzones
boratorio se reflejan en la cantidad y la cali- y cinceles. La reocupación de los
dad de la información proporcionada en di- asentamientos aparece como otro elemento
versos cuadros e ilustraciones. característico de la región.
El libro consta de ocho capítulos. En el En el capítulo V se realiza un recorrido
capítulo I se reúne la información actual e diacrónico por los conjuntos recuperados los
histórica del medioambiente fueguino y se distintos yacimientos. Se hace énfasis en las
presenta una curva de temperatura media persistencias y los cambios en la composi-
en el canal Beagle para los últimos seis mil ción del conjunto artefactual y en la dieta de
años obtenidas mediante análisis isotópico de los cazadores marítimos desde el sexto milenio
conchillas arqueológicas de Mytilus. Los antes del presente hasta el momento de con-
autores postulan, en esta instancia, los tacto con los europeos. Lo más llamativo es
condicionamientos ambientales que influye- la disminución en la frecuencia del instrumen-
ron sobre el desarrollo de los grupos huma- tal óseo y el aumento de las puntas de arma
nos que poblaron la región. líticas en los momentos tardíos.
El capítulo II contiene una breve reseña La secuencia de ocupación humana en
sobre la historia de las investigaciones, los la región es la temática central del sexto ca-
objetivos generales y las hipótesis del «Pro- pítulo en el cual se examinan las eviden-
yecto Arqueológico canal Beagle». Poste- cias a escala temporal y regional. Los auto-
riormente, se presentan los sitios arqueoló- res plantean la flexibilidad de la adaptación
gicos excavados en el marco del proyecto, litoral y sostienen que los grupos cazadores
cuya forma más característica es el conchal. marítimos habrían desarrollado una estrate-
Se dan a conocer sus fechados gia forrajeadora.
Reseñas/Resenhas 295
Pioneiro na arqueologia urbana desta cidade, que tiveram como enfoque a cultura mate-
com mais de 200 trabalhos em revistas espe- rial. Autores de longa tradição no estudo da
cializadas e mais de 20 livros publicados, o cultura material e da alimentação como Lévi-
professor titular da Universidade de Buenos Strauss (1968), Mary Douglas e Baron
Aires e investigador do CONICET, Daniel Isherwood (1979), Daniel Miller (1987) e
Schávelzon procura abordar, no livro, uma série Richard Wilk (1991) no campo da
de transformações na cultura material e nas antropologia (ainda que o Journal of Mate-
práticas alimentares de vários grupos sociais rial Culture tenha sido mencionado), Michael
de Buenos Aires a partir da análise de mais de Shanks e Christopher Tilley (1992), Hodder
500.000 fragmentos cerâmicos e dezenas de (1992) na arqueologia e o socioantropólogo
milhares de vidro, e da inter-relação dos dados Jean-Pierre Poulain (1988) estão ausentes e
desta análise com informações obtidas em fazem falta nesta relação.
inventários post mortem, relatos de viajantes, Ao longo de um texto dividido em dois
fotografias, anúncios publicitários, obras de arte, capítulos, o primeiro que dá um maior enfo-
entre outros. Abordagem esta influenciada em que para as práticas alimentares e o segundo
grande parte por uma série de estudos da para a vasilha de mesa, Schávelzon demonstra
arqueologia histórica norte-americana (Glassie que a análise deste tipo de registro material e
1975, Deetz 1977, Leone 1987), principalmen- das práticas sociais a ele associadas nos per-
te pelos trabalhos de Deetz (1977) que com- mite questionar e construir interpretações que
para mudanças nas cerâmicas, construções de não seriam obtidas somente por meio das
casas, design de sepulturas, formas de talheres fontes documentais. Por meio de uma
e padrões de alimentação da sociedade colo- presença significativa nos sítios de ossos de
nial durante os séculos XVII e XVIII. animais de pequeno porte (pássaros selvagens,
A cultura material e as práticas relativas à animais domésticos, veados e jacarés), de
alimentação podem parecer, à primeira vista, ossos que não foram expostos ao fogo, de
temas banais ou superficiais. Esta ênfase vestígios de corte nos ossos, o autor consegue
incomum sobre a cultura material e determi- desvelar alguns mitos vinculados às práticas
nadas práticas da vida cotidiana procura jus- alimentares, muitas vezes reforçados pelos
tamente suplantar qualquer suposição de que relatos de viajantes, como a dieta de vários
este tópico é menos profundo que qualquer grupos sociais monopolizada pela carne bovi-
outro. Como o próprio autor ressalta, o mun- na, a predominância do assado em vez do
do material vinculado aos atos de comer e de cozido no final do século XVII e início do XIX
beber não está de nenhuma forma separado e o consumo de caracu originário da tradição
das práticas sociais e ambos estão integrados de imigrantes italianos ao invés de um antigo
a um processo social de autocriação complexo, costume colonial.
correspondendo a uma representação con- Como fundamento para construção de uma
creta dos valores essenciais de grupos sociais. imagem dual e simplificada sobre a história do
No prefácio do livro, Shávelzon denomi- comer em Buenos Aires, o autor vê na dicoto-
na, como precursores no estudo de aspectos mia entre povos nômades (rudes, dinâmicos,
relativos à alimentação em Buenos Aires, nas selvagens e carnívoros) e sedentários (pacífi-
últimas décadas, a história econômica e a cos, civilizados, intelectuais e vegetarianos),
arqueologia histórica na sua vertente formulada pelo racionalismo de Rousseau, a
arqueozoológica. Em outras partes do mundo base para estabelecer os limites e os matizes
cita pesquisadores de vários campos das das práticas alimentares entre gaúchos e habi-
chamadas ciências sociais (sociologia, tantes urbanos, entre a cidade e o campo. Em
antropologia, arqueologia, história, filosofia) contraposição, Shávelzon procurou ressaltar as
Reseñas/Resenhas 297
Lévi-Strauss, Claude pecialmente, pode propiciar uma nova
1968 The origin of table manners : maneira de apreciar o sentimento coletivo
Mythologiques, Volume 3. University dos que viveram há milhares de anos, além
Of Chicago Press, Chicago. de revelarem suas crenças metafísicas re-
Miller, Daniel
lativas à vida e à morte, bem como aspectos
1987 Material culture and mass
consumption. Blackwell, Londres.
da sua vida diária.
Poulain, Jean-Pierre No capítulo I – La Cultura Chinchorro
1988 Histoire de la cuisine et des - Arriaza faz um apanhado geral sobre as
cuisiniers. Jacques Lanore, París. descobertas de múmias Chinchorro, desde
Shanks, Michael e Christopher Tilley o trabalho pioneiro de Max Uhle em 1917
1992 Re-constructing archaeology: theory até as últimas descobertas na década de 90,
and practice. Routledge, Londres. perfazendo um total de 285 corpos
Wilk, Richard R. mumificados natural e artificialmente.
1991 Household ecology: economic Também propõe uma definição para a cul-
change and domestic life among the
tura Chinchorro, esclarecendo aspectos que
kekchi maya in Belize. University of
Arizona Press, Tucson.
permaneceram ambíguos durante décadas,
tais como as diferentes terminologias utiliza-
das pelos estudiosos.
Cultura Chinchorro: las momias artificia-
O capítulo II – La teoria sobre los ritos
les más antiguas del mundo de Bernardo
mortuorios - apresenta uma discussão so-
Arriaza T. Editorial Universitaria, Santiago,
bre as diferentes teorias antropológicas re-
2003. Resenhado por Andrea Lessa (Escola
lativas aos ritos funerários entre grupos
Nacional de Saúde Pública / Fiocruz).
tradicionais, buscando respostas para a
Entre todos os povos ameríndios que habitaram pergunta: Para quem são os ritos funerários?
a América do Sul, os Chinchorros sem dúvida A que necessidades espirituais pretendem
estão entre os que mais despertaram a satisfazer?
curiosidade e o fascínio de especialistas e do No entendimento do autor, os ritos podem
público em geral. A mumificação artificial ser considerados como um fenômeno
praticada por este grupo de pescadores- adaptativo que muda de acordo com as
coletores, com uma complexidade de técnicas necessidades sociais e ideológicas do grupo.
e de simbologia inigualáveis, e com uma Para compreender o significado dos ritos
antiguidade que remonta há 7.000 anos a.C., funerários entre os Chinchorros
conduz o leitor a uma série de reflexões e especificamente, é proposto um modelo
questionamentos muitas vezes ignorados no baseado na trilogia os vivos -o cadáver - o
discurso arqueológico. Com esta publicação, sobrenatural, e incorpora o conceito de morte
B. Arriaza não enfoca apenas uma análise das como regeneração da vida. As múmias Chin-
técnicas de mumificação, mas busca resgatar chorro preparadas artificialmente seriam,
a alma do povo Chinchorro através da sua portanto, vistas como entidades vivas que
relação com um fenômeno que sempre usavam o mesmo espaço e recurso que o
inquietou a humanidade: a morte e o desejo da resto da população.
vida eterna. No capítulo III – El hábitat de la gente
No capítulo introdutório, o autor re- Chinchorro - o leitor se familiariza com o
vela as premissas subjacentes ao espírito da tipo de habitat ocupado pelos grupos Chin-
obra, nas quais o estudo da morte pode pro- chorro, um ambiente hostil na costa do deser-
porcionar chaves para entender as culturas to de Atacama, responsável pela excelente
antigas. O estudo das múmias humanas, es- preservação das múmias naturais e artificiais.
Reseñas/Resenhas 299
desde 1919, quando Max Uhle as classificou solutas para culturas estudadas durante dé-
pela primeira vez. Arriaza pormenorizou os cadas por distintos pesquisadores, é um dos
três tipos classificados por Uhle (múmias méritos do texto de Arriaza. A organização
naturais, múmias de preparação complica- coerente e a integração dos dados produzidos
da, e múmias cobertas com pátina de ba- de forma dispersa e independente, bem como
rro), elaborando um novo método tipológico a elaboração de um quadro esquemático com
que inclui todos os estilos de mumificação as 85 datações disponíveis, fazem deste livro
descobertos até o momento. uma importante referência para os estudio-
Além de um notável conhecimento de sos sobre a cultura Chinchorro e sobre a pré-
anatomia, chama a atenção o extremo cui- história andina em geral.
dado com que eram tratados os corpos. A Finalmente, no capítulo X – Los muertos
elaboração de técnicas sofisticadas, além da entre los vivos -, é discutida a importância
grande quantidade de tempo e energia gas- social da preservação dos mortos nos ritos
tos na preparação das múmias são indícios andinos, inicialmente através do conceito de
seguros da importância dada ao ritual e a huaca, o qual se constitui o ponto central da
todos os aspectos relacionados à morte. A cosmologia andina. São mencionados alguns
premissa colocada por Arriaza no capítulo possíveis significados para a mumificação
introdutório, de que o estudo das múmias artificial praticada pelos Chinchorros, como a
humanas pode propiciar uma nova maneira existência de uma hierarquia social, a
de apreciar o sentimento coletivo dos que existência de diferentes grupos étnicos e o
viveram há milhares de ano, parece desejo de preservar o morto à sua imagem e
enquadrar-se perfeitamente entre os semelhança, entre outros.
Chinchorros. A peculiaridade de suas práticas Como comentário final sobre o texto de
de mumificação confere uma identidade úni- Arriaza, gostaria de mencionar que
ca a este povo, transcendendo quaisquer provavelmente ainda passará muito tempo até
padronizações associadas ao ambiente, ao que os especialistas consigam avançar nas
tipo de subsistência, ou ao nível tecnológico. discussões sobre todo o simbolismo que
No capítulo IX – Cronologia Chincho- envolve as práticas funerárias e, mais
rro - é proposta uma cronologia para a cul- especificamente, a mumificação artificial en-
tura Chinchorro com base na associação tre os Chinchorros. Diante da prática arqueo-
entre os diferentes estilos de mumificação e lógica atual, no entanto, este fato não parece
as datações radiocarbônicas disponíveis. A ter tanta importância. A principal contribuição
partir da seqüência cultural elaborada, o au- dos estudos sobre a cultura Chinchorro está
tor tentou compreender as mudanças no reconhecimento de que grupos pescado-
ocorridas dentro da sociedade. Mais uma vez, res-coletores com tecnologia simples não
fica em evidência a enorme extensão dirigiam necessariamente o centro da vida
cronológica e geográfica (desde Ilo, no Peru, social exclusivamente para as atividades de
até Antofagasta, no Chile, em um total de subsistência, mas revestiam de extrema
900 km) da tradição funerária deste grupo, a importância aspectos ideológicos, como a
qual aparentemente passou por várias preservação dos corpos e tudo o que isto
transformações ideológicas, embora a pudesse significar.
necessidade de preservação daqueles que A elaboração de hipóteses e a busca por
se foram tenha permanecido. interpretações que integrem aspectos sócio-
Sem dúvida, a elaboração de uma culturais até então pouco valorizados talvez
seqüência cronológica baseada em aspec- amplie a perspectiva de se trazer à luz povos
tos culturais diagnósticos e em datações ab- há muito desaparecidos, e não apenas os seus
Reseñas/Resenhas 301
acompanhamentos, indicando um maior sta- vial para a colocação dos corpos e ocupação
tus social destes indivíduos no grupo. Dentre marcada por moradias, fogueiras e outros
as crianças foi observada uma maior traços de passagem, deixam claro a existência
simplicidade no acompanhamento funerário, de padrões, que mesmo não percebidos nas
que a autora interpreta como um menor estruturas funerárias, transparece na sua
investimento no preparo do sepultamento. macro-organização e nas suas relações
Ao confrontar os dados dos três estratigráficas. Neste sítio, a permanência de
cemitérios a autora observa algumas ocupação no terraço do Justino está
diferenças no mobiliário funerário de cada admiravelmente preservada dentro de metros
grupo. No cemitério mais antigo, por de sedimentação suave, e pode ser recupera-
exemplo, ela refere menos indícios de da graças a um trabalho habilidoso, paciente
hierarquização, o que também é remetido a e extremamente técnico de escavação, cujos
paradigmas defendidos por Binford. Um resultados começam agora a aparecer nesta
dado curioso, valorizado pela autora foi a não e outras publicações sobre o tema.
sobreposição de covas sugerindo um Um dos problemas da arqueologia
conhecimento prévio dos espaços utilizados brasileira no tocante aos sepultamentos é a
previamente, a existência de demarcações falta de padronização na coleta das
funerárias, ou uma forte tradição oral. informações. Nem todos os sítios arqueoló-
Também foram observados que a posição gicos apresentam a riqueza de informações
dos corpos e o posicionamento de crânio e como a encontrada no sítio Justino, onde foi
face eram pouco padronizados. possível observar quatro momentos ao longo
Apesar de não haver sido o foco de seus de quase 9000 anos de ocupações. Regis-
estudos, estudos feitos para outra tese tros sistemáticos e detalhados como os
descreveram a biologia dos esqueletos e obtidos para o Justino seriam bem vindo para
algumas patologias, e parte destes dados outros sítios funerários do Brasil onde infe-
foram utilizados pela autora em seu trabalho. lizmente a qualidade e a quantidade de
Indícios de fraturas, treponematose, informação disponível ainda é baixa.
hipoplasias dentárias, má-formação, perdas No caso deste livro, fica patente o cuida-
dentárias em vida, sinais de infecção óssea do com os procedimentos de campo,
são referidos a tais ocupações, mas não foi potencializando a retirada de informações de
observada nenhuma relação destes dados maneira responsável, uma vez que a área seria
com a disposição dos sepultamentos. inevitavelmente tomada pelas águas. A auto-
A disposição espacial dos sepultamentos ra reconhece, em alguns casos, as limitações
e sua distribuição vertical e horizontal, bem impostas pelos dados arqueológicos. Nem tudo
como sua relação com a distribuição dos é possível se resgatar. Não se resgata o mo-
artefatos e camadas estratigráficas, permite mento dos sepultamentos, o viés subjetivo, mas
evidenciar o uso de áreas delimitadas e ca- com os dados aqui apresentados podemos nos
racterizadas por contornos peculiares a cada aproximar da idéia da representatividade do
uma das quatro ocupações. A mais antiga morto, ao observarmos os acompanhamentos
delas, onde os enterros são escassos e dis- funerários, onde percebemos toda uma
persos, não parece haver constituído um mobilização dos grupos em preparar aquele
cemitério, mas um local de sepultamento, determinado indivíduo.
talvez por grupos que transitassem o vale do É um trabalho interessante e completo
São Francisco. Nas ocupações subseqüentes, mediante seus objetivos, contribuindo para os
muito mais recentes, a escolha de áreas bem estudos de ritos funerários de maneira singu-
delimitadas na ampla superfície do terraço flu- lar. O livro de Cleonice Vergne preenche mais
Reseñas/Resenhas 303
Um aspecto pontual dos enterramentos em conflitos e mudanças culturais, com uma
alguns dos sítios de la Laguna Merín pode ser desarticulação crescente da cultura indígena
apreciado trabalho de Sebastián Pintos Blanco original e a presença de elementos europeus
e Roberto Bracco Boksar. Os autores no universo simbólico indígena (por exemplo,
investigaram a variabilidade dos modos de alterações no padrão de sepultamentos; e 4°)
enterramento e a presença de marcas antrópicas desmembramento final e extinção do mundo
nos ossos humanos, com especial destaque para indígena, com um registro arqueológico onde o
marcas sugestivas de antropofagia e de violência, predomina o elemento europeu.
demonstrando a necessidade de um olhar A contribuição seguinte, de Mercedes
sensível a estas questões em estudos futuros. Pérez Meroni e María Clara Paleo, discute o
A estes trabalhos, soma-se o necessário uso do espaço por grupos ceramistas pesca-
estudo das condições de saúde, efetuado por dores-caçadores-coletores fluviais da província
Mônica Sans, onde diferentes indicadores como de Buenos Aires, Argentina. As análises se
idade à época da morte, estatura, dimorfismo debruçaram sobre a distribuição espacial, o
sexual, freqüência de cáries, traumas e reconhecimento dos recursos disponíveis, a
osteorartroses, são utilizados para reconstruir as tecnologia e os dados etnohistóricos e históri-
condições de vida dos grupos do leste uruguaio. cos desses grupos, que ocuparam a região por
Partindo do pressuposto teórico de que é cerca de 1500 anos, e chegaram até o período
possível avaliar o grau de adaptação de uma da conquista. Os resultados sugerem uma baixa
população através de sua condição de saúde, mobilidade, talvez reflexo da grande diversidade
Lívia Kozameh e Juan Eduardo Barbosa voltam- de ambientes disponíveis na área, garantindo
se para a análise de condições de saúde bucal recursos variados ao longo de todo o ano. O
em duas regiões diferentes daArgentina: no delta trabalho de María Carlota Sempé apresenta
do Rio Paraná e na Terra do Fogo. Seus resul- as evidências arqueológicas encontradas no
tados, embora com certa variação, sugerem que sítio Puerto Sara, em Misiones, noroeste Ar-
estas populações eram bem adaptadas ao meio. gentino. Este sítio era o remanescente de uma
O impacto da chegada dos europeus e sua estrutura habitacional de um grupo ceramista
visibilidade no registro arqueológico são o mote – agricultor associado à Tradição Tupiguarani,
do artigo de Alicia H. Tapia, que busca fase Comandaí inferior.
reinterpretar os dados disponíveis para cinco O último capítulo do livro é uma reflexão
sítios na bacia Paraná - Prata. Dados como teórica, realizada por Sheila M. Ferraz
localização e função dos assentamentos, adoção Mendonça de Souza sobre o potencial infor-
de novas matérias-primas e artefatos, mativo da paleopatologia e disciplinas afins, para
mudanças no padrão funerário, variações no a reconstrução do passado. Especial destaque
padrão de cáries e hipoplasias, entre outros ele- merece a discussão sobre os diferentes fatores
mentos e associados às informações históri- que limitam as séries arqueológicas e,
cas, levam a autora a propor quatro períodos conseqüentemente, reduzem as informações
para o estudo do impacto da colonização que podem ser obtidas a partir de seu estudo.
européia. A cada um desses períodos estaria Considerando desde as possíveis seleções dos
associado um registro arqueológico particular: indivíduos a serem sepultados em um cemitério,
1°) o momento imediatamente anterior, sem passando pelos problemas de conservação dos
sinais da presença européia; 2°) os primeiros esqueletos, do que pode ser descoberto pelo
contatos, com a manutenção dos padrões arqueólogo e do que pode ser de fato recupe-
culturais anteriores, porém com a agregação rado e pesquisado, a autora discorre sobre os
de algumas matérias-primas e objetos europeus, principais fatores extrínsecos que afetam as
utilizados fora de seu contexto original; 3°) séries osteológicas. Em seguida, passa a enu-
Reseñas/Resenhas 305
mantiene en una superficialidad descriptiva que arqueológica que realizaron para una super-
se diluye rápidamente. ficie total aproximada de 20 km². El trabajo
La primera parte comienza con el artículo tiene el formato de una nota larga o un resu-
La prehistoria de las tierras bajas de la men expandido. En la misma línea de este
cuenca de la Laguna Merín, en el que Ro- artículo Maribel Girelli y André Osorio pre-
berto Bracco, Leonel Cabrera y José María sentan en Prospecções arqueológicas em
López hacen una síntesis descriptiva de las Santa Vitoria do Palmar, RS una síntesis
investigaciones arqueológicas realizadas para lacónica de las investigaciones en el sur de
el período 1986-1996 relacionados con esta Río Grande del Sur, Brasil. Un eco que a
problemática en Uruguay. Al trabajo le hace modo de repetición parece ser perpetuo sue-
falta una autocrítica sincera que explique por na luego de más de 30 años en las interpre-
qué en una etapa inicial de la investigación se taciones llenas de ingenuidad, que repiten los
armó un modelo arqueológico ecológico- autores en lo referente a la funcionalidad de
sistémico reduccionista con tres sitios los sitios. Estas interpretaciones vienen sien-
excavados (López y Bracco 1992) que luego do realizadas por autores desde finales de
demostró poseer incompatibilidades estructu- 1960 (Schmitz 1967) y se impusieron en la
rales evidenciadas por los mismos datos ar- arqueología de Río Grande del Sur a media-
queológicos. El artículo comparado con otros dos de la década de 1970 con el extenso
(Bracco 1992; López y Bracco 1994) no con- trabajo de Schmitz (1976). Sin embargo, los
tiene mayores avances y termina dejando un autores se apropian de estas interpretacio-
aire de «más de lo mismo». nes y no citan las fuentes originales.
El segundo artículo se titula Relaciones Excavando las hojas del libro este articulo
entre el litoral Atlántico y las tierras bajas; puede dar una pista: parecería que los artí-
allí José María López y José Iriarte tratan la culos no fueron evaluados o arbitrados. El
problemática entre dos zonas geográficas del cuerpo del texto de Girelli y Rosa no presen-
este de Uruguay próximas entre sí (la costa ta citas bibliográficas. Además, formal y
Atlántica y los bañados) y plantean su ocupa- estructuralmente es desordenado; por ejem-
ción sincrónica por los mismos grupos cultura- plo, en las consideraciones finales se pre-
les. La justificación argumental gira en torno a sentan datos descriptivos del material arqueo-
la funcionalidad de los sitios, aspectos lógico que se analiza. Los autores indican a
organizativos en la tecnología lítica y la poten- quién corresponde lo escrito por cada uno.
cialidad económica de ambos ambientes. Al El trabajo no aporta elementos nuevos a la
final los autores plantean una exégesis ingenua discusión.
y fácil generada desde la luz del determinismo Aterros no Pantanal do Mato Grosso do
ambiental. En este sentido para López e Iriarte Sul, Brasil, escrito por Pedro Schmitz y Marcus
«los cambios ambientales» acompañaron (de- Beber, presenta las investigaciones de un área
terminaron) la intensificación de la ocupación; aproximada de 5000 km² que vienen realizan-
por este camino explican el mayor sedentarismo, do en el sector brasileño –frente al boliviano-
complejidad social y arquitectura ceremonial del pantanal presente en el curso superior del
que, según los autores, caracterizan las socie- río Paraguay. Se presentan datos para una zona
dades «formativas» de la región. deAmérica del Sur que permaneció inexplorada
En Distribución espacial de estructu- hasta la década de 1990 desde el punto de vis-
ras monticulares en la cuenca de la La- ta arqueológico. Los datos cronológicos inclu-
guna Negra José María López y Sebastián yen seis dataciones calibrados para la ocupa-
Pintos describen, someramente en una pá- ción precerámica de los aterros que indican
gina y media, aspectos de una prospección edades entre 4500 y 2700 años cal. AP. El pa-
Reseñas/Resenhas 307
expone una síntesis histórica de las interpre- perficie fue excavada para definir esta «tra-
taciones de diferentes autores relacionadas dición cultural». No quiero sugerir que para
con la funcionalidad de estructuras definir una tradición cultural hay que basarse
monticulares que se ubican en la isla de en aspectos cuantitativos. Prospectando,
Marajó, desembocadura del río Amazonas. excavando y analizando en el libro debí recu-
Los niveles de desarrollo socio-cultural rrir al trabajo de Schmitz y Beber (pagina 66
alcanzados por los grupos constructores del volumen), donde se puden obtener los da-
del este uruguayo, de Leonel Cabrera, es tos que el autor omite. Allí se indica que en el
una aproximación desde las fuentes históri- marco del proyecto Corumbá se hicieron 21
cas que intenta desconstruir el silencio cortes estratigráficos (sondeos de 2x2 me-
etnohistórico referente a los grupos humanos tros cada uno), es decir, una superficie de son-
que habitaban el este del Uruguay en el tiem- deos de 84 m², demasiado poco si lo contras-
po de la conquista temprana. Investigacio- tamos con los 5000 km² que ocupa esta pri-
nes arqueológicas en el sitio CG14E01 mer zona piloto del proyecto. No se indica el
(«Isla Larga»), Sierra de San Miguel. número de sitios sondeados. Rogge hace una
Dpto Rocha, Uruguay, de Leonel Cabrera, breve referencia a que el componente
Alicia Durán, Jorge Femenías y Oscar «precerámico» fue fechado por 14C en el in-
Marozzi, es un trabajo descriptivo que pre- tervalo entre 4460-2750 años AP. La falta de
senta datos generales y específicos de traba- información (número y tipo de sitios
jos de campo sobre una estructura monticular excavados) y de referencias a contextos
y su área circundante. El artículo tiene un li- estratigráficos ampliamente datados y el én-
mitado aporte sobre una microproblemática fasis en sondeos limitados de 2x2 metros su-
arqueológica especifica y se parece a un su- giere que el trabajo no pasó de la etapa de
cinto informe de actividades realizadas en una prospección, pero se sobredimensiona la im-
campaña arqueológica. portancia de datos de recolecciones superfi-
A Tradição Pantanal: uma nova ciales que dejan ver algunas carencias
tradição cerámica nas terras baixas Sul- metodológicas, más aún cuando pretende de-
Americanas, de Jairo Rogge, presenta, al finir «una tradición cultural». Al trabajo le hace
estilo de la arqueología brasileña de las déca- falta una serie bastante más profunda y am-
das de 1960-1980, una nueva tradición cerá- plia de datos para poder sostener lo que se
mica y sus subsecuentes «fases», definida a pretende justificar. La definición de una tradi-
partir de «elementos diagnósticos». La técni- ción cultural es un aspecto arqueológico im-
ca de manufactura, forma de hornear, color, portante; no pude hacerse a la ligera con apre-
tamaño, tipo-forma del borde y técnica de suramientos y sin el respaldo de una base de
decoración son los elementos principales para datos sólida.
distinguir los conjuntos cerámicos. Este artí- En Lomas de ocupación en los Llanos
culo ilustra la inmovilización en que se encuen- de Moxos Clark L. Erickson presenta aspec-
tra cierta parte de la arqueología brasileña al tos de una parte importante de la arqueología
finalizar el siglo XX: el énfasis pasa por as- boliviana. Realiza una síntesis de los principa-
pectos descriptivos y no se logra romper las les antecedentes, describe la distribución, ta-
cadenas de influencias teóricas obsoletas. El maño, forma y funcionalidad de las «lomas»,
autor indica que el «Proyecto Corumbá» ocu- indicando que la construcción de estas estruc-
pa una superficie de 20.000 km² pero en este turas se inicia hacia el 2700 AP. Es un trabajo
texto se presentan datos de las prospeccio- que resume y reúne información generada
nes realizadas en 5000 km². El articulo no desde principios de 1900 hasta las investiga-
aclara cuántos sitios arqueológicos y qué su- ciones recientes realizadas por el autor y sus
Reseñas/Resenhas 309
serie de estructuras arquitectónicas vincula- centraciones de restos faunísiticos, próximos
das a la cría de animales (Haber 2000) y un a las viviendas. El sambaqui es interpretado
conjunto de diferencias realmente significati- como un sitio-habitación.
vas que sería muy largo enumerar aquí. Por En la misma línea Aspectos da formação
último hay que marcar, la inmadurez en que de um sambaqui. Analise de sedimentos,
se encuentra la arqueología del Uruguay al de Levy Figuti y Daniela Magalhães, estudia
comenzar el año 2000, ésta se ve reflejada en los «sedimentos» de un sambaqui y compara
la falta de generar perspectivas con identidad los datos obtenidos con otros sitios. Los auto-
propia que expliquen las realidades arqueoló- res entienden e incluyen dentro de la catego-
gicas del Este del Uruguay. El ejemplo de la ría sedimento dos clases de vestigios: restos
monumentalidad ilustra este aspecto, luego de orgánicos como macrorestos botánicos (fibras,
14 años de investigaciones arqueológicas en restos vegetales y carbón), concreciones, ma-
el Este del Uruguay al finalizar el año 2000, terial óseo y bivalvos; y restos inorgánicos (pie-
se utilizan «modelos importados» desde cen- dras, arcilla y concreciones); postulan que 85%
tros hegemónicos del conocimiento arqueoló- del material presente en la matriz de los
gico para explicar e interpretar la sambaquis está compuesto por bivalvos (con-
monumentalidad del territorio uruguayo. chas de moluscos) y cerca de 6% son huesos
Técnicas de construcción y estructu- de peces. Los autores realizan una conver-
ras monticulares, termiteros y cerritos: de sión para obtener el volumen de carne apor-
lo analógico a lo estructural, de Roberto tado por el material presente en los sitios y los
Bracco, Juan Montaña, Octavio Nadal y Fer- resultados se invierten: 80% de la carne pro-
nando Gancio, avanzan desde una perspecti- vino de peces y 15% de moluscos.
va funcional en la técnica de construcción de Construcción de «sambaquis» y ocu-
los «cerritos». Se argumenta que los materia- pación del territorio brasileño por pes-
les para la construcción de las estructuras cadores, recolectores y cazadores, de
monticulares fueron adecuadamente seleccio- Maria Dulce Gaspar, repasa, sintéticamente,
nados, luego se los mezcló, donde los elemen- las investigaciones de este tipo de sitio en
tos más gruesos (fracción superior a 2mm) Brasil e intenta sugerir que su nuevo enfo-
fueron utilizados como «el esqueleto» para que es renovador con respecto a los estu-
darle estabilidad, resistencia y perdurabilidad dios anteriores que pusieron énfasis en as-
a la estructura. pectos económicos. La autora parte de la
Luego el libro presenta una serie de casos premisa de que el sitio es un artefacto, ca-
de investigadores brasileños que tratan el yendo en un reduccionismo oscuro. Luego
tema de los «sambaquis» (concheros) ubica- manifiesta que en el centro del sitio se evi-
dos en la costa Atlántica. La serie comienza dencian lugares de habitación-ocupación-
con El proceso de formación del sepulturas en los que los estratos tienden a
«sambaqui» Isla de Boa Vista I, Río de ser horizontales; en la periferia se registran
Janeiro. Análisis comportamental de la vestigios de alimentación, vestigios líticos y
cadena de actividades, de Marcia Barbosa huesos humanos desarticulados. Al orientar
y María Dulce Gaspar, donde a través del e interpretar el espacio interno del sitio con
análisis de la estratigrafía, los elementos pre- la oposición centro-periferia bosqueja una
sentes en los «sambaquis», dataciones, pa- imagen cándida, imprecisa y subjetiva del
trones demográficos y análisis relacionales se fenómeno arqueológico que estudia.
describen las investigaciones realizadas. Se Indicadores de complexidades nos
distinguen lugares de habitación-viviendas y grandes sambaquis do litoral sul do Bra-
una zona de descarte donde se observan con- sil: o caso de Espinheiros II, Joinville, de
Reseñas/Resenhas 311
El paisaje cultural y público: el Referencias
monumentalismo holístico, circunscripto Binford, Lewis
de las comunidades Aracuanas, de Tom 1979 Organization and formation processes:
Dillehay, analiza la relación entre el signifi- looking at curated technologies.
cado almacenado en los monumentos y la Journal of Anthropological Research
acción político-religiosa y examina el rol po- 35(3):255-273.
lítico y religioso de un paisaje cultural defini- Bracco, Roberto
do por las montañas sagradas y los cerros, 1992 Desarrollo cultural y evolución ambien-
los montículos de tierra, los campos y cami- tal en la región este del Uruguay. En
nos ceremoniales de comunidades Ediciones del Quinto Centenario: es-
tudios antropológicos, editado por Car-
Mapuches-Araucanas para el período 1700
los Zubillaga, Renzo Pi, Mónica Sans,
AD hasta el siglo XVIII en el valle de los Roberto Bracco, José María López,
ríos Puren-Lumaco en Chile. Para el autor Leonel Cabrera, Carmen Curbelo,
el monumentalismo es más que un grupo de Elianne Martínez, Susana Mazzolini,
edificios arquitectónicos; es memorias y lu- Sonia Romero, Susana Rostagnol y
gares históricos diseñados para comunicar Antonio Lezama, pp 43-73. Universidad
significados duraderos dotados de espíritus de la República, Montevideo.
de ancestros con significados para las gene- Haber, Alejandro
raciones pasadas, presentes y futuras. Los 2000 Una arqueología de los oasis
paisajes culturales organizan sistemas de con- puneños. Domesticidad, interacción
e identidad en Antofalla. I y II milenios
ceptos religiosos utilizados, actualmente, por
d. C. Disertación doctoral, Facultad de
las comunidades Araucanas-Mapuches que Filosofía y Letras, Universidad de
están redimensionando el uso del paisaje Buenos Aires, Buenos Aires.
cultural. Iriarte, José
En Análisis estadístico textural para 2003 Mid-Holocene emergent complexity
el estudio de las columnas estratigráficas and landscape transformation: the
de las excavaciones I y II del Bañado de social construction of early formative
los Indios Carola Castiñeira y Gustavo communities in Uruguay, La Plata
Piñeiro intentan aportar datos sobre el pro- Basin. Disertación doctoral, Departa-
ceso de formación de sitios con estructuras mento de Antropología, University of
Kentucky, Lexington.
monticulares y establecer el origen de los
López, José María y Roberto Bracco
materiales usados en su construcción. El li- 1992 Relación hombre medio ambiente en
bro finaliza con el trabajo Puntas de pro- las poblaciones prehistóricas de la
yectil del río Negro medio: primer paso zona este del Uruguay. En Archeology
en la construcción de una cronología and environment in Latin America,
cultural, de Jorge Femenías y José Iriarte, editado por Omar R. Ortiz-Troncoso y
quienes realizan una clasificación con base Thomas Van der Hammen, pp 259-282.
en el pedúnculo de puntas de proyectil líticas, BAR Archaeological Series, Oxford.
enfatizando aspectos morfológicos de estas 1994 Cazadores-recolectores de la cuenca
armas. El objetivo del trabajo es aislar tipos de la laguna Merín: aproximaciones
teóricas y modelos arqueológicos. En
para testearlos en el futuro como tipos tem-
Arqueología de cazadores-
porales; así distinguen cuatro tipos fundamen- recolectores. Limites, casos y aper-
tales. Los autores reconocen que están a turas, editado por José Luis Lanata y
«medio camino entre una clasificación so- Luis Alberto Borrero, pp 51-64. Ar-
bre una base intuitiva y objetiva». queología Contemporánea 5, Edición
Especial, Buenos Aires.
Reseñas/Resenhas 313
los valles que van a la costa. Este estudio no sopesar los datos disponibles en el análisis e
busca construir secuencias uniformes de interpretación de la subsistencia y la
complejidad social a través de procesos evo- paleoecología del Formativo. Sus tablas son
lutivos sino que enfatiza la documentación producto del análisis de nuevos sitios arqueo-
de ciertos procesos del Formativo en áreas lógicos y listan fauna, taxon, nombre común,
menos conocidas que fueron truncados o sitio arqueológico, hábitat y contexto Forma-
interrumpidos por efectos de erupciones vol- tivo; son de mucha ayuda para los interesa-
cánicas (como la del volcán Pululahua) que dos en el tema de la subsistencia. Siguiendo
cayeron sobre extensas áreas de los Andes la misma línea de los estudios sobre subsis-
y tierras bajas del oeste ecuatoriano durante tencia Deborah Pearsall dedica su artículo
este período (contingencia histórica). Durante al análisis de las plantas alimenticias del For-
el Formativo en ciertos valles (Jama, Tulipe) mativo ecuatoriano y compara datos y cro-
se observan abandonos periódicos y nologías con los Andes Centrales y la costa
reasentamiento, como también migración peruana. Pearsall advierte que no es fácil
interregional. El trabajo se basa en análisis discernir si durante el Formativo hubo una
composicionales de tefras y cenizas toma- base agrícola de subsistencia y, si la hubo,
das de distintos contextos estratigráficos de qué plantas se usaron; la dificultad más no-
sitios arqueológicos de la costa; las dataciones toria aparece en la disparidad de la eviden-
de erupciones volcánicas son herramientas cia obtenida (macrorestos, fitolitos) en los
que ayudan al momento de realizar compa- diferentes sitios costeros; el período que
raciones regionales mayores. El artículo de mejor reporta datos paleobotánicos es Cho-
Karen Olsen Bruhns busca relacionar los rrera. La autora afirma que el maíz jugó un
desarrollos sociales y culturales del Forma- papel importante en la subsistencia del For-
tivo entre las tierras altas andinas y las bajas mativo; su trabajo destaca diferentes espe-
ecuatorianas. En las tierras serranas la au- cies encontradas como algunas legumbres,
tora estima dos esferas culturales, una entre frutos y palmas hallados en sitios del Forma-
Loja y Riobamba y la otra hacia el norte, tivo en la costa y en la sierra.
que se extiende hasta Colombia. Para ella El trabajo de Douglas Ubelaker comple-
esto no significa que sean separadas total- menta los anteriores y está dedicado a ana-
mente ya que existieron relaciones entre lizar restos humanos óseos para observar
ambas a través del intercambio; sin embar- cambios en patrones biológicos. Para él los
go, las tradiciones alfareras son diferentes y factores de subsistencia y asentamiento son
sugieren un origen diverso para cada una de decisivos como variables en la evolución de
ellas. El trabajo se complementa con análi- las enfermedades. La dieta afecta la nutri-
sis de patrones de asentamiento, arquitectu- ción y ésta influye en el crecimiento óseo. El
ra, subsistencia, objetos manufacturados y, sedentarismo y la densidad poblacional son
por supuesto, las conexiones en ambas di- factores importantes a la hora de analizar
recciones entre sierra y costa. enfermedades infecciosas. Su trabajo se
Cambiando de temática Peter Stahl es- enfoca, sobre todo, en el análisis de una
cribe, de manera sintética, sobre el registro muestra considerable (100 esqueletos) pro-
zooarqueológico del Formativo ecuatoriano venientes de Real Alto, y destaca datos de-
en la costa, aludiendo también a algunos si- mográficos, lesiones, hipoplasia dental, ca-
tios serranos como Nueva Era y Cotocallao. ries y algunas patologías; estos factores pa-
Llama la atención sobre el cuidado que debe recen incrementarse durante el Formativo
realizarse al momento de analizar la eviden- Temprano pero sus valores no se elevan en
cia cuantitativa y cualitativa que servirá para períodos posteriores. Los altos niveles de
Reseñas/Resenhas 315
ARQUEOLOGÍA SURAMERICANA/ARQUEOLOGIA SUL-AMERICANA 2, 2, julio/julho 2006
NOTICIAS/NOTÍCIAS
DOCTORADO EN ANTROPOLOGÍA
Resolución Resolución 5291 de 2005 del Ministerio de Educación Nacional
Informes:
Noticias/Notícias 317
DOCTORADO EN ARQUEOLOGÍA
UNIVERSIDAD NACIONAL DEL CENTRO
DE LA PROVINCIA DE BUENOS AIRES, OLAVARRÍA
El Doctorado en Arqueología en la Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos
Aires, Argentina, amplía el horizonte de formación académica de los graduados en arqueología
y disciplinas afines y genera una oferta diferente y de calidad para los graduados de Argentina
y de América del Sur. Aborda temas que no son regularmente ofrecidos en otros programas
pero que son de crucial importancia para alcanzar una completa formación arqueológica con-
temporánea (e.g. temas de teoría arqueológica actual, etnoarqueología, geoarqueología, proce-
sos de formación de sitios, tafonomía, protección del patrimonio, etc.). Aunque el Doctorado
pretende que el graduado tenga una formación universal está enfocado a tratar temas de
relevancia para la arqueología latinoamericana. El objetivo del Doctorado es formar doctores
con una sólida formación teórico-práctica, capacidad crítica y reflexiva y aptitud para desarro-
llar un trabajo científico original de alta calidad. Se espera, además, que los alumnos del Docto-
rado desarrollen criterios éticos en relación a la práctica profesional y al respeto de los pueblos
originarios de América y adopten una actitud consciente y reflexiva sobre las implicaciones
sociales y políticas de sus investigaciones. El Doctorado en Arqueología tiene una planta
estable de 20 profesores que dictan, al menos, un curso cada dos años. Este plantel se amplía
anualmente con profesores invitados nacionales y extranjeros que imparten cursos en sus
respectivas especialidades. El director del Doctorado es el Dr. Gustavo G. Politis. La inscripción
está abierta de marzo a noviembre de cada año. Informes: Facultad de Ciencias Sociales de la
Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires, Avda. Del Valle 5737 - B 7400
JWI Olavarría,Argentina. Tel.+54(0)2284 450331/450115 int.315/392/306. Fax: +54(0)2284 451197
int. 301. Correo electrónico: doctorado@soc.unicen.edu.ar; sitio web: www.soc.unicen.edu.ar/
posgrado