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A cerveja SAGRES® é 100% natural, produzida segundo métodos tradicionais exclusivos a partir
de água, malte, cereais não maltados e uma rigorosa seleção de lúpulos. No seu fabrico não são
utilizados quaisquer aditivos ou conservantes. Medianamente encorpada, de carácter seco e um
amargo agradável. Leve, de cor dourada.
1. MALTERIA
A cevada é armazenada em silos com capacidade de 700 ton. Após colheita, a cevada tem de
esperar pelo menos 2 meses para ser maltada.
1.4. Molha
A cevada, depois de limpa e calibrada, é enviada para as tinas de molha onde permanece 6 a
18 horas, conforme a variedade
Vialonga possui 4 tinas de molha com a capacidade de 45 ton de cevada cada. Durante a molha,
a água é arejada para manter a oxigenação da cevada e durante os períodos a seco o ar é
aspirado, de forma a evitar altas concentrações de CO2, que provocariam a asfixia do grão de
cevada. Após atingimento do teor de humidade pretendido, a cevada é enviada para as caixas
de germinação.
Imersa em água, absorve-a, aumentando a humidade de 11-13% do seu peso para aprox. 40%.
1.5. Germinação
Nas caixas de germinação, a cevada permanece durante 5 dias (6 max.). Aí, a temperatura e
humidade controlada, decorre a germinação.
Cada caixa de germinação tem a capacidade para germinar 180 ton de cevada, recebendo a
cevada das 4 tinas. Nas caixas, inicia-se a germinação- a transformação do grão em planta: o
processo de crescimento da radícula (que daria origem à raiz da planta) e da plúmula (que daria
origem ao caule). No interior do grão, dá-se a síntese ou a ativação das enzimas que permitiriam,
no processo de germinação completo, aceder ao endosperma, a reserva do grão constituída
principalmente por amido. São estas enzimas que vamos utilizar na Brassagem, onde, dando
condições de temperatura e pH adequadas, o amido será degradado em açúcares. As caixas de
germinação têm um fundo perfurado o que permite a circulação do ar humidificado através do
leito de cevada. Existe ainda um dispositivo (carro volteador) que revolve a cevada 2 vezes por
dia. Com estes procedimentos, é garantida a homogeneidade da cevada e germinação a
temperatura e humidade controladas.
1.6. Secagem
2. FÁBRICA DE CERVEJA
2.1. Moagem
Para permitir a solubilização e a disponibilização dos seus constituintes, o malte tem de ser
moído antes de ser enviado para as caldeiras do Fabrico.
O malte é moído em moinhos de martelos. A rotação dos martelos parte os grãos e a farinha
assim obtida passa através de um crivo, garantindo-se assim a obtenção da granulometria
especificada. De forma a reduzir a oxidação da farinha, esta é enviada para as caldeiras
misturada com água, entrando pela parte inferior das caldeiras.
Na Sala de Brassagem dá-se a mistura das matérias-primas (malte, cevada, milho e lúpulo) com
a água, obtendo-se o mosto – uma solução rica em açúcares que pode ser fermentado.
Tal é conseguido pela ação das enzimas desenvolvidas na maltagem sobre o amido disponível
nos cereais usados.
Após o empaste, o mosto é filtrado separando-se o mosto das cascas do malte. A dreche
produzida é usada para alimentação animal.
A Sala de Brassagem é o ex-libris de uma fábrica de cerveja. Nas tradicionais caldeiras (outrora
de cobre, pela sua capacidade de transferência térmica) dão-se condições para que as enzimas
desenvolvidas na maltagem atuem, nomeadamente sobre o amido, desdobrando-o em açúcares
fermentescíveis, i.e., que podem ser fermentados. Uma sala de Brassagem é composta por três
caldeiras e um filtro, onde as condições de temperatura, pH e tempos são rigorosamente
controladas. Nas caldeiras de Empastagem e das Caldas, é realizado um diagrama de
tempos/temperaturas específico do tipo de mosto (e depois de cerveja) que se pretende obter.
O empaste saído destas caldeiras é filtrado, sendo fundamental o papel das cascas do malte
nesta operação. Por fim, o mosto é fervido na Caldeira de Fervura, onde é adicionado o lúpulo,
que confere o amargo à cerveja. O produto desta fase do processo é, portanto, o mosto, um
líquido doce e amargo simultaneamente.
2.3. Laboratórios
A SCC tem laboratórios do Controlo de Qualidade divididos por grandes áreas de controlo: Físico-
Químico, Microbiológico, Organoléptico e de Embalagem para controlo dos parâmetros de
qualidade dos seus produtos.
É nos laboratórios que se monitoriza a qualidade dos nossos processos e produtos. Desde as
matérias primas ao produto final, são recolhidas e analisadas diariamente centenas de amostras
para confirmação da conformidade química, microbiológica, organoléptica e de embalagem.
Nos laboratórios é utilizada tecnologia avançada para aferir de forma rápida, o cumprimento de
parâmetros de qualidade previamente estabelecidos. Os nossos laboratórios estão certificados
por um sistema de qualidade, que assegura a fiabilidade dos resultados analíticos. A participação
em ensaios interlaboratoriais, nas diferentes dimensões analíticas, é também uma importante
forma de calibrarmos o nosso desempenho. A Espuma, a cor, o amargo, os compostos
aromáticos, a qualidade da rotulagem, a estanquecidade das embalagens, a viabilidade da
levedura usada nas fermentações, são apenas alguns exemplos de algumas das análises
efetuadas.
2.4. Fermentação
A fermentação é outro passo fundamental do processo. Pela ação da levedura, os açúcares são
transformados em álcool e CO2.
O mosto produzido na Brassagem foi clarificado e arrefecido. É-lhe adicionada a levedura que
vai ter condições para transformar os constituintes do mosto. Para que a levedura se multiplique
na taxa devida precisa de oxigénio, pelo que o mosto tem de ser arejado. Na fermentação
alcoólica, os açúcares do mosto – principalmente maltose, maltotriose e glucose – são
transformados em álcool e CO2. O CO2 é recuperado e purificado, sendo reutilizado no processo
de produção. A fermentação decorre durante 7 a 10 dias, a temperatura controlada. No fim da
fermentação, o fermentador é arrefecido e a levedura flocula, decantando. É recuperada e pode
ser usada em fermentações subsequentes.
2.6. Guarda
Após a fermentação, a cerveja tem de ser submetida a uma fase de Guarda ou maturação com
o objetivo de melhorar as suas características de sabor e de turvação.
Durante a fermentação, para além do álcool e CO2 são formados outros compostos aromáticos.
A maior parte deles contribui positivamente para o aroma da cerveja, mas alguns, da família dos
sulfurosos nomeadamente, não são positivos e têm de ser eliminados. Para tal é realizada a
Maturação ou Guarda. Este processo, realizado a baixa temperatura (1,5º negativos) permite
ainda prevenir a formação de turvação na cerveja com o tempo. Chama-se estabilização coloidal
a esta melhoria.
2.7. Filtração
Para a cerveja ter o aspeto límpido e brilhante típico, tem de ser sujeita a uma filtração. Nesta
operação, ficam retidas no filtro as proteínas precipitadas pelo frio e ainda alguma levedura que
passou ao longo do processo.
No fim da guarda, a cerveja passa por dois filtros que lhe conferem a transparência
característica. A cerveja filtrada é guardada em tanques de onde segue para o enchimento de
garrafas, latas e barris.
1 - Fabricação de Malte
A cevada, após a molha, é enviada para as caixas de germinação onde permanece cerca de 5
dias. As caixas de germinação têm um fundo perfurado o que permite a circulação de ar
humidificado através do leito de cevada. Existe ainda um dispositivo que revolve a cevada em
intervalos de tempo regulares.
A temperatura de secagem varia consoante a qualidade do malte que se pretende obter. Esta
temperatura é rigorosamente controlada de forma a evitar ao máximo a destruição das enzimas.
2 - Fabricação de Cerveja
Ao fim de cerca de 3 horas, a fracção sólida é separada no filtro e o mosto enviado para a caldeira
de fervura. Na caldeira de fervura, o mosto é sujeito a uma ebulição violenta durante,
aproximadamente, hora e meia. Durante a fervura, é adicionado o lúpulo que contém
substâncias que, a altas temperaturas, sofrem transformações químicas e conferem à cerveja o
aroma e amargor característicos.
Para além da lupulagem, a fervura promove a esterilização do mosto; a coagulação das
proteínas; e a remoção de compostos voláteis indesejáveis.
O mosto, após a fervura, é enviado para um tanque “rotapool” ficando em repouso cerca de
uma hora. As proteínas coaguladas durante a fervura depositam-se no fundo do rotapool e são
removidas. O mosto decantado é arrefecido num permutador onde circula em contracorrente
com água fria. A água aquecida é armazenada e utilizada nos fabricos seguintes.
A cerveja é então enviada para os tanques de guarda onde, ao longo de 15 dias, vai apurando as
suas características organolépticas e estabilidade coloidal.
No fim da guarda, a cerveja passa por dois filtros que lhe conferem a transparência
característica.
A cerveja filtrada é guardada em tanques de onde segue para o enchimento de garrafas, latas e
barris.