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M A R A V I L L A S ! | |
DEL MUNDO. . | |
COMPUESTO
EN LENGUA LEMOSINA POR EL I L -
luminado D o c t o r , Maeftro y M a n y r el Beato
Raymundo Lulio Mallorquín ; y traducido ^*^í^
en Efpañol por un Difcipulo; pueftas al- ^ ^
gunas notas para fu mas fácil p
: $
inteligencia. " " ^
TOMO P R I M E R E A & l
CON LICENCIA. '
¡"4
En Mallorca año 1 7 5 0 . En la Oficina de la r¿
¿3 Y% Viuda E R A U Imprefora de la R l Audiencia. .£>
DE LOS CAPÍTULOS,
J"^iloiogo Pag. i.
T R A T A D O . I . De Dios. •.. 3.
CAP. 1 . En que fe manificíta que hay Dios, 3.
2. Que es Dios. 10.
• 3. De la Unidad de Dios. 1 a.
, 4 . De la Trinidad? de Dios. 23.
5. Que explica donde cüá Dios. .36.
6. De la Creación del mundo- ' ' 39.
•7. De la Encarnación del Hijo de Dios en Nueílra Se-
ñora la Virgen-' Mari a. 45.
8. Que trata de la fatua Paffion de Nueílro Señor
Jefu-Ch; isio. <"' 6 1 .
9. Que trata del pecado original. ' 69.
1 0 . Que trata de Maria SSma Nueílra Señora* 73.
1 1 . Que trata de los Profetas.
1 2 . Que trata.de los Apollóles. 84.
T R A T A D O II. de los Angeles. .
9 4
Elementos 122.
3« Que
34-S
CAP. 3. Que íratá del mOvinmento de los Elemen-
tos. " Pag. 125.
4. Que trata del Relámpago. * 127.
5. Que trata" del Trueno. 129.
• 6 . Que trata de las Nubes. 130.
7. Que trata de la Lluvia. • 132.
8. Que trata , de la Nieve, y el Yelo. 134.
9. Que trata d e ' l o s Vientos. 136.
, 1 0 . Que trata del Tiempo* . 13^.
i i . De la. batalla que Te hizo delante de los hijos
del Rey. 142.
T R A T A D O V. Délas Plantas, Arboles y ternillas. 147.
1. Que trata de la generación délas Plantas. 15,1.
2. Que trata de la corrupción de los Arboles. . 154.
, 3,' Oue trata, de la virtud de las Plantas. 159.
T R A T A D O Vi. De los Metales. 168.
1 . De la generación de los Metales*- 169.
2. De la queftion que huvo entre el Yerro y la Pla-
ta. ' 1 7 1 .
. . 3 . Que trata del Imán, y del Yerro* 176.
.7.4. Que trata de la. Alquimia. ' 182.
T R A T A D O VIL De los Animales. 187.
1. De la elección del Rey de los Animales. 189.
2. Que trata del Confejo del Rey. 194*
,5. De la traición que la Zorra • quilo hacer ai
Rey. 19 °-
4. Que trata de como la Zorra fue elegida Portero
del Rey. 203.
5. De los Embaxadores que el León embio al Rey de
los hombres. 217.
. 6 . De la ¡batalla que huvo entre el Leopardo, y
la Onza. 229.
7. De ¡a muerte de la- Zarra* 241,
*(5)*
PARECER BEL M. R. P. Fr. ' MIGUEL
CátymAri de la Regular obfervancia de N.
S. P. S. Francifcoy Lector Jubilado > Guar-
dian que fue del Convento de Je fus de PaU
x wa Ex-Cuftodio de la Provincia de Ma*
y
fo de ArtemiíTa, el a d m i r a b l e ColoíTb d e
A p o l o ' e n R o d a s , el c e l e b r e S i m u l a c r o d e
J u p i t e r O l i m p i c o , los inexpunables m u r o s
de S e m i r a m i s , las q u a t r o celfas p i r á m i -
des de E g i p t o , y el m a g n i f i c o P a l a c i o d e
C y r o R e y de los M c d o s ; y es v e r d a d e r a -
m e n t e fobre las dichas fiete M a r a v i l l a s e s -
t e L i b r o la O c t a v a M a r a v i l l a del O r b e ,
p o r q u e fe a l i e n t a el e n t e n d i m i e n t o de R a y -
m u n d o en la c o m p o f i c i o n de cita o b r a , un
p r o d i g i o f o m i l a g r o ; pues d e tal fuerte v a
b o l a n d o fu g e n c r o f a pluma p o r la d i l a t a -
da esfera de la n a t u r a l e z a , q u e p e n e t r a n -
d o t o d o lo c r i a d o , y declarando quantas
dudas y a d m i r a c i o n e s puede p a d e c e r el h u -
m a n o e n t e n d i m i e n t o , n o para fu b u e l o
ha ft a llegar a l o m a s e n c u m b r a d o d e l o
Divino.
M a r a v i l l a fobre t o d a s las Maravillas
l l a m o el Á n g e l M a e í t r o á la fai ida E u -
cariília Miracalarum ab ipfi fa¿/> I ? . Thorn. A-
ximam t i m b r e que le d a , p o r fe una o - quill.OpulC. Í7.
bra
*(S)*
bra én que el Macítro mas fobc'ránó h i z o
de füdas las Maravillas del Orbe un c o m -
pendio , c o m o prédixo el coronado Pas-
t o r ; Memoriatñ fecit mirabilium' faorum-, ef-
tam dedit ; y c o m o en cite L i b r o ñipo el
iluminado Maeft'ro hacer de todas las ma-
ravillas del Orbe un maravillólo epilogo,"
con razón fe merece el gíoriofo timbre de
maravilla fobre todas las maravillas , u o c -
-
Siguiente
*(9)* '
darla nuevo fer reíucitandola con cfta be-
}
nado de la A u r e o l a , y rayos de fu a c r e -
ditada fatuidad j acompañada de admirable
dulzura , admirable í u a v i d a d , que captan
por ii la benevolencia : Mira dulcedo, mira
:pift. i. CU- fuavitas ( i o n del fegundo Plinio las v o c e s )
J' '
0
, cujus gratiam lumuldt fanctitas feribentis.
En cumplimiento yá de mi e n c a r g o ,
atento , que en toda la Obra nada e n c u -
entro , que fe oponga á las Regalías de
fu Magcftad Carbólica , ni a l a s buenas e o s -
t u m b r e s , ni á nueftra fanta R e l i g i o n : jus-
g o , fer digna á todas luces de que falga
á la luz p u b l i c a , .dandofe a. la eflampa,
paraque desfrute publicas admiraciones en
el Orbe l i t e r a r i o , á mayor gloria de D i -
os : a fin también , de que por effe medio
fe confirme la fama , de que el Grande
Efcritor bebió por infufion de Ciencia c o -
pie) ¡"os lucientes raudales en la fuente del
Divino Efpiritu. Aiíi lo liento , falvo me-
llen , cu nueftro Colegio de M o n t e - S i o n
de la Compañía de J e fus P a l m a , y M a y o ,
ä xi. de 1 7 5 0 .
Imprimatur.
-Arredondo.
LECTOR BENÉVOLO.
P Ara n o perder algunos ratos que me ha dexado l i -
bres la tarea de mis e m p l e o s , he traducido eíle L i -
bro del antiguo L e m o í l n o en nuefto Idioma Castella-
3
no.
Para que tu puedas hacer juicio de las obras del Bea-
t o Autor , íin neceíTidad de íeguir agena opinión ni es-
3
ra-
* (16)*
Pagina 1 5 ? . linca 1 4 . t i e r r a . Ice tierraázia fu centro
140. 1 . no los. lee n o en los
144. 19- c o n t r a , lee que contra
14,4* 2 0 . j e f l o , lee y por efta
170. 2 0 . quo. lee que
208. 2 7 . guirnalda y la. lee guirnalda la
2 1 ó. 6. íceedió. Ice fucedió.
23-. 2 6 . el lcon. lee el R e y
Pag. t
MARAVILLAS
DEL ORBE,
PRODIGIOS DE L A NATURALEZA,
y cofas que el humano entendimiento de-
be admirar , é inveftigar en e l l a , para c o -
nocer j y amar á fu C r e a d o r , en que b a -
x o el eftilo de unas limpies m e t á f o r a s , y
íimilitudes, fe explica l o mas arcano de
la T h e o l o g i a y F i l o f o f í a ; efcrito por el
3
PROLOGO.
I O S en virtud de tu Bondad,
Grandeza, Eternidad , P o -
der , Sabiduría, y V o l u n -
tad comienfa elle L i b r o
de Maravillas.
i . En tnfteza , y c o n - i a . maravilla,
goxa eftaba un h o m b r e en
tierra eílraña, el qual fe maravillaba de
quan p o c o las gentes de eñe mundo c o -
A no- :
z
nocen y aman a D i o s , qne le ha c r i a d o , y
puerto en poder de los h o m b r e s , con tan
magnifica liberalidad , con el fin de fer por
ellos a m a d o , y c o n o c i d o .
Todos los pe- 2 . E ñ e h o m b r e lloraba y fe l a m e n t a -
famientos de ba de quan p o c o s amadores, fervidores, y
n.jeílro Autor Joadores tiene Dios en e l , y para que fea
fueron fieinpre venaderamente a m a d o , c o n o c i d o , y fervi-
dingidus a pro- d 0 j l i b r o , el qual divide en diez
h a z e c ñ c
oTíTeftendies- D e
5 >D
Cielo,
i o S j d c l o s A n c l e s d e l
fe , y que"por d
*
e
e l e m e n t o s , de las Plantas , M e t a -
o s
eoctnna , y Je í .* , . •i j c
A u t o i jaxo , y ^ ^ [f ,.¡
t Q s ¿ i m q i ignoran, y d e -
c a s e o s U e e
TRATADO L
DE DIOS.
•
CAPITVLO I.
ÉN ¿>VE SE MANIFIESTA £UE HAT
Dios.
E S P U E S de haverfe defpe
dido F élix de fu Padre, га. maravilla,
entro en un gran bof Ц Providencia
q u e , y caminando por Divina»
el encontró una Paftor
c i t a , que guardaba ga
nado, á quien dixo: Ami
ga m u c h o me maravillo , de que citéis tan
fola en eíle bofque, en que hay muchas fieras
que podrían deborar vueítra p e r f o n a , y n o
v e o en ella fortaleza para defenderos , ni á
vos, ni á vueílras ovejas. Refpondióle la Paf
tora: S e ñ o r , Dios es efperanza, compañía y
fortaleza de mi c f p i r i t u , y citando yo en
elle bofque baxo fu guardia, y virtud, nc%
tcn
4 T R A T A D O I. D E DIOS.
En efte dif- tengo de que temer, pues él ayuda á todos
curio de la Paf- aquellos, que en él fe fian, y tiene t o d o
t o r c i t a conoce-
P o d e r , Sabiduría, y Bondad , y ella en mi
r a s , que no a y c o m p a ñ í a ; m u c h o agradaron a Félix las
vutuofo , que p ap l a f a d m i r ó , de
b i a s d c I a a f t o r a y c
no lea valeroio ,.
r
- J
r
3
r
r„ .
que en ella cupieíTe tanta efperanza y fa-
muger mas deli. b
; Y proíiguiendo fu v i a g e , a p o c o
l d u n a
c o n f i a n , y cipe- • \ T . ° , . 1 • r , .
ran yperm'ira
y ^ 3 donde havia un fanto h o m b r e ,
r r m t a
que fu candidez c
l T h e o l o g i a , y Filofofía avia eílu-
u c e n
#ie enteiulene n , x
r , , ,•
c cfte mundo es por ocafion de algún bien^
con perfección, * . . . • ;
f i n o fuere muí P q u e fin ocafion de bien n o podría el
o r
Skiendo! 3 d a
h u b i c f f e D i o s ; fin cuyo fer
fino
toda
quanto es, feria al contrario de l o que e s ;
Qneafsi c o - Y P c o n f e q u e n c i a , que el bien fuelle pa-
o r
de
C A P I T U L O I. 7
fíe fer ; y en lo que fe maniflefta que hay pac-a, y la pie.
D i o s : Haviendo confiderado Félix gran ra- d>a, difeurno
t o en las p a l a b r a s , que el buen hombre g ° 5 que a-
l u c
1
• - o ,1 algún hn, y por
H c r m i t a n o eftas palabras. * a l J fa ü n t cf¡
S. A m i g o , d ú o el E r m i t a ñ o : D i o s e s templaffe la her
•Caridad y j u f t i c i a ; y en premio de que la ™°furadel mü-
P a í t o r c i t a le a m a b a , fervia y en él c o n - °J y de íus en-
fiaba, le dio la gloria , v en el mefrao ac- í » conoce-
a u r a s
3
r
0
x r • c• ' luego que fue
r a
. . . , ü > Y poi un
11)1
tentaciones, y vicios. J P » E N D C R e n a e
j- 1 11 ^ clrlcurlo,y raen,
r
/1
v o d i c h o citas p a l a b r a s , t o m o una vara, „ j , ¿ \
1• . . ,• ' te del Autor,
f
1 1
y h i z o un circulo al rededor de F é l i x ; y
r
yP° P
3
r
ria el n o fer en infinita g r a n d e z a , y aque-
, I a
quene? combí- . , .
5
, - .
1
.
^
l l a l o o r a n a grandeza terminada y finita, lo que es
d i
ene c o n la gran- l e
CAP. II.
&U E ES DIOS.
culas citas _ u i g - l a g i
m ¿ U propueílo ; y dixo c f -
c r e a v a
nidaoes •> t i e n e n ? , , í , ; „ , .
,. • , tas palabras: mucho tiempo he e í t a d o f u -
y dine¡en todas i r , / - 1 j 1
el tin d " Ai p e r - S e t
1 "
o
a m o r , y he tenido una t o t a l
a l a 0
CAP. III.
DE LA UNIDAD DE DIOS.
i. acto de ios
1. F 7 M cierto País dixo Félix al E r m i -
íemidos j ; taño avia un R e y , que era muí
h c r m o i o en lo per fon al , y bien acoftum-
brado de virtudes , el qual tenia grah poder
de gentes, y de riquezas; y era robu fio y
de grande efpiritu , lo que contemplando
tino de fu C o r t e defeaba, que en ci mundo
huvieííe muchos R e y e s feme/antes á aquel
para que huvieííe amor , y concordancia
entre e l l o s , y que juntos hiziefíen eílar el
mundo en tal difpo-íicion, que Dios fuef-
fe c o n o c i d o y amado por ios hombres.
i . a c t o de la
ÍMia^iiíacioa
2. Dcfpucs de citas palabras, dixo F é -
sonujerando la lix : Señor y o quinera f a b e r , fi hay un Di-
q n e ios fe tu idos, os tan f o l a m e n t e , 6 fi hay muchos ? por
la i t t b m i n i í l r a n . que
C A F I T V L O III, 19
que fi ay uno deberé amar uno , y fi fon
muchos deberé procurar c o n o c e r y amar
a muchos.
3. Sabrás, dixo el Ermitaño , que fi hay A c t o del e n -
folo un Dios , puede ha ver en él t o d o t e n d i m i e n t o ha-
cumplimiento de perfección, y íi huvieffe ciendo renecci-
mas de u n o , feria mas cumplido que los o n f o b r e la d u -
otros, fi uno de ellos tubieffe la virtud de da , que la i m a -
todos y la tubieffe en fi niefmo y por fi g i n a c i ó n la pro-
mefmo ; luego conveniente cofa es que pone. _
fea en un D i o s toda la N o b l e z a , la B o n -
dad , la G r a n d e z a , y la V i r t u d , que p o -
dría fer en todos los demás Diofes , y ef-
tos entre todos n o podrían tenei^tanta gran-
deza c o m o u n o , pues un Dios puede fer
Infinito y puede fer foberano en Bondad
y en poder , y fi fueñén muchos iguales,
cada uno convendría fuefíe finito y ter-
m i n a d o por el o t r o , y ninguno feria t o -
talmente poderoíb 5 y fi huviene un D i o s
i n f i n i t o , p o d e r o í b , y foberano mas que
los otros convendría , que ellos le obede-
c i e f í e n , pues n o le podrían c o n t r a l l a r ; de
que fe feguiria que al fin no habría fino
un D i o s ; y añadió el Ermitaño.
4 . S a b r á s , que un R e y I n c i p i e n t e , y
necio defeaba tener y fer feñor de los ef-
tados de o t r o R e y que era mui fabio y
v h ' t u o f o , el qual mantenía fu Rey no en
p a z , y j u í l i c i a ; eñe fabio Rey defeaba fer
R e y del reyno del Rey infipicutc y n e c i o ,
porque le parecía tenia muchos i n c o n v e -
nientes el que rey naife un Rey fin fabidu-
ria v juílicia ; f u c e d t ó , que ambos a dos
Re-
2 o T R A T A D O I. D E B I O S .
Reyes fe combatieron en campaña con to-
das fus tuerzas, donde fue vencido aquel
que era fabio y j u l i o , y el injurio e ig-
norante fe apodes ó de fu r e y n o , lo qual
causó grandes defordenes' en ambos , por
carecer de fabiduria para gobernarlos, por
l o qual y por fus malas coílumbres pade-
cieron los vaífallos muchas g u e r r a s , p o -
breza , y otros defordenes.
5. 'Quando Félix h u v o oido al E r m i -
taño fe le aumentaron fus dudas , y dixo:
S e ñ o r vuefhas palabras parece fignifican,
que haya m a c h o s D i o f c s , porque efte mun-
do es continuamente en t r a b a j o s , y guer-
ras , y hay muchos hombres , que fon ene-
m i g o s de la virtud , y amadores de los
v i c i o s figuiendo unos una fetta , y otros
otra 5 por lo q u a l , y por vueítro difeurfo
parece , que hay muchos D i o f e s , ó que hay
uno , en el qual hay falta de fabiduria, juf-
t i c i a , b o n d a d , poder y v i r t u d ; porque
ñ hubiefle un folo Dios , que fueffe fabio,
bueno , judo y poderofo , tendría á el m u n -
do ó á los que le habitan en via de vir-
tud , paz y caridad.
6. Querido h i j o , dixo el Ermitaño : T o -
d o h o m b r e tiene alguna íimilitnd de D i o s ,
porque t o d o hombre es bueno en quanto
es c r i a t u r a , v e n quanto tiene entendimi-
e n t o , y voluntad , y la bondad del hombre
es femejante á la bondad de D i o s , pues Dios
ha puedo fu íimilitnd en el entendimiento
y voluntad del h o m b r e , y porque el h o m -
bre es fimilitud de D i o s , le es natural al
hom-
, C A P I T U L O ni. / 21
h o m b r e , el conocer y a m a r , á fu feme- Quantos (íi
jante , cito e s , á Dios ; pero porque el hom- m i r a m o s c o n re
bre no quiere ufar fabiamente , de la fi- fleccion ellas pa
labras y m e m o -
niilirud, que de Dios t i e n e , obra contra
r a m o s la S a c r a
li mefmo , y contra la femejanza de D i o s ,
Pagina donde
pues prefume cada uno fer un D i o s , quan- d i c e del p e c a -
do c o n t r a Dios o b r a ; en lo que c o n o c e - d o r , que es fu
r á s , que el n o amar los hombres á un f o - D i o s fu v i e n t r e )
l o Dios , es la caufa de que el mundo ci- fomos Gentiles,
te en continuos t r a b a j o s , defordenes, y que n o n o s l o
errores ; y que Dios los ha dado libertad, p r e í u m i m o s , pu.
paraque le puedan amar y conocer c o n es c a d a u n o h a -
el fin de darlos gran g l o r i a , fi francamen- ce un D i o s de
ius a p e t i t o s , el
te, y libre voluntad quieren a m a r l e , y co-
g l o t ó n del v i -
n o c e r l e ; porque ama Dios tanto fu iimi-
e n t r e , el a v a r o
litud en el h o m b r e , que le ha puedo , en del d i n e r o , e l
eftado , de adquirirla y multiplicarla, m e - Juxuriofo de la
diante las buenas obras •, que puede exe- dama & c . y en
cutar. h n c a d a u n o de
7. Has de faber h i j o , dixo el E r m i t a ñ o : fi m e f m o , pues
Que cazando un Cavallero figuid tanto á fe a m a m a s q u e
á Dios.
un J a v a l i , 'que apartandofe de fus c o m -
pañeros, y perdiendo fe en un bofque, hu-
vo de pafar la noche en él, donde tuvo
g r a n m i e d o ; y maravillándole , por n o fa-
ber la c a u f a , de fu temor , empezó á ima-
ginar , que el Sol era D i o s , fupueíio que
de dia , el n o tenia miedo , y de noche fi,
l o que n o podia dimanar fino de la au-
fencia del S o l ; por la a , quando el
Cavallero fe b o l v i a , encontró á un E f c u -
d e r o , á cuyo Padre avia muerto , y de
verle tubo gran m i e d o , por confideraiie
o f e n d i d o , y armado y él n o tener armas
con
zz T R A T A D O I. D E D I O S ,
con que de tender f e , por lo que fe pufo
á rogar al Sol , que le ayudarte contra a-
cjuel h o m b r e , á quien vciá venir derecho
a. el; mas c o m o todo eíto n o remediaílc fu
m i e d o ,. antes fe le aumentafe quanto mas
el hombre fe le acercaba con la lan-
z a en la mano ; empezó á clamar y á pe- 3
trinado , y dado c o n o c i m i e n t o de D i o s , n o
de via matarle antes ñ perdonarle fobre que
le h i z o tantas infancias , que ambos a dos
le aquietaron, apaciguaron y concordaron
en fervir y amar a D i o s , y amándole fueron,
.verdaderos amigos m u c h o t i e m p o .
8. Defpues que el Ermitaño huvo di- N . B.
c h o t o d o eílo , añadió que el mundo efla N o deven las
defordenado, y en trabajos por caufa de hombres ocu-
que las gentes tienen p o c o amor á la fabi- p a r fu e n t e n d i -
d u r i a , y a l a caridad y fon d i v e r f o s e n o - m i e n t o e n opt<
niones inútiles,
p i n i o n e s ; pero que fi fe concordafTen en
g a r l a n d o el t i -
fervir y amar á Dios ceñaría uno y o t r o ,
e m p o p o r fuv*
y reynaria folo la c a r i d a d , a m o r , y c o n - tentarlas»
formidad c o m o fe vio en el h o m b r e , y el
C a v a l l e r o , que por el c o n o c i m i e n t o de
un folo Dios fe enardecieron en caridad y
depufieron todos fus particulares enojos»
CAP. IV.
DE LA TRINIDAD DE DIOS.
•, , r» , , ^ r
J
1
- ias o b r a s de D i -
c í o al Padre buena o c a f i o n , para c o n o c e r fi r ¡ „ Q s c ( r ü n c 0 o
l a a i c
- _ , _ . „ , mo iupenor á
28. ü i x o r e h x al E r m i t a ñ o : que ya ef- j naturaleza
a
Eilofo-
36 T R A T A D O I. D E D I O S .
Filofofos «entiles haviendo fido tan fabios
ignoraflen, 6 no creyeiTen la Trinidad en
D i o s , fien do c i e r t o , que fin c o n o c i m i e n -
t o de eíle íbberano miñcrio , n o puede
llegar e! hombre jamas á fer totalmente;
científico.
30. H i j o , dixo el Ermitaño : los F i l o f o -
fos Gentiles no fuponian por la fe , lo que
n o alcanzaban con el entendimiento , fino
es que fe dirigian por razones neceíTarias,
y por efto fu e n t e n d i m i e n t o , no podia le-
vantarle, en tan alto grado para c o n t e m -
plar a D i o s , c o m o el de los Filofofos Chrif-
tianos Catholicos , y T h e o l o g o s , que por
la fe comienzan, fuponiendo fer Dios u n o ,
y t r i n o ; y c o m o la fe es luz del entendi-
m i e n t o , fube e ñ e iluminado de ella, á en-
tender lo que los gentiles n o pudieron en-
t e n d e r , por faltarles la luz de efia antor-
cha.
CAP, V.
mos.
CAR VI.
l a - v o l u n t a d y ordirtacdon' D i v i n a : en p r e -
m i o de * la qual le dio Dios un hijo mui
fabio que rey n o muchos años ; defvelan-
dofe¡, paraque' D i o s fucile férvido , c o n o -
c i d o y amado.
1,5. D&fpues d e todas efiᣠpalabras > di-
x o el Ermitaño ; N o íiendo el mundo por
í i , ni para fi c o m o n o l o es ni que h u -
v i e f f e í l d o creado a n t e s , ni defpues, ni que
faefíe m a y o r , ni mas bello n o era del c a -
f e ; y - í i e L h a v e r l e D i o s c r e a d o , quañdo
quifo f e r amado ., c o n o c i d o y férvido que
:
GAP. VIL
i c h o ' á cíta m u g e r
y mn -quien-"fea-"'tie'mrjo
:
legorico üginfa- d e l a { h ) d e q u e t u 5 o u n g t a u p e í a r y c s ,
palabras.
14.. En una Ciudad avia un G o v e r n a -
dor. que e"a hombre luxuriofo , o r g u l l O r
3
dor es Ja" 0 0 - m a
co.ftumbtes; y el Rey de la Provin-
l a s
tcncia feíifúal, c
' 1 a
] - h a en la meüna Ciudad era
n e r c í
taban un Filofofo y un P a f t o r ; y el F i l o -
f o f o decia al Paílor cofas de la Filofofia,
que el Paftor n o e n t e n d í a ; y mientras el
Paftor fe maravillaba de lo que el F i l o f o f o
le d e c i a , vinieron lobos y le devoraron
gran parte de las ovejas ; eíla fimilitud di-
x o el E r m i t a ñ o á Félix , paraque en ade-
lante , n o tubieffe tentaciones de f é ; y aña-
dió la figuiente 3 paraque fe libraffe de las
de luxuria.
2 4 . Un h o m b r e mu i r i c o era habitu-
al m en-
CAPITULO VIL 57
almente en dos pecados : el de avaricia y
el o t r o de ira, y c o m o un día oyeíié en el
Evangelio , que Dios manda á el h o m b r e
amar á fu e n e m i g o , propufo amar aquel á
quien aborrecía y luego que le a m ó , Dios
le dio gracia paraque fe apartaílc del ' p e -
cado de a v a r i c i a , por fer la morrificacion
de un p e c a d o , extinción de o t r o pecado y
affi quien aborrece la iuxuria todos los pe-
cados a b o r r e c e , por fer. un pecado ocaíl-
o a de que el h o m b r e incurra en otros, y una
virtud m o t i v o de que exercite las demás: y
profiguió Blanqueara, diciendo á Félix, d e -
lante de un Gentil difputaban un C h r i í l i -
a n o , un Judio y un faraceno fobre el m i s -
terio de la Encarnación del Hijo de Dios;
y c o m o el Judio y el faraceno le negas-
f e n , el Chriítiano le provb en ellos t é r -
minos, v. •
25. Manifieílo e s , que Dios ha creado
Eíle modo de
el mundo para fer c o n o c i d o y a m a d o ; y damonftracion
c o m o en D i o s haya G r a n d e z a , Bondad E - fe hace en la
t e r n i d a d , P o d e r , Sabiduría y V o l u n t a d ; Dodrina Lu-
por fu bondad , ha querido , que el mundo lliana circulan-
fea b u e n o , paraque por ella fe conofea y do por fus prin-
ame la de D i o s , que es Bondad infinita; cipios, y facan-
por fu Grandeza que fea fu Bondad , Gran- do una propo-
deza, Eternidad , Podet, Sabiduría y V o l u n - fie ion , o con-
tad mui conocidas y a m a d a s ; y por fu dición umver-
E t e r n i d a d , que los h o m b r e s , que le amen fal de muchas
particulares , y
fean durables en gloria -fin fin; por fu P o -
una confeGuen-
der , que todas aquellas cofas fean verda-
cia de muchas
deras , que con mayor perfección manifi- coufcqueiu las :
e í l a n , que Dios puede fer mas c o n o e i d o v. <r. Sentado
H y el
5 8 T R A T A D O I. D E D I O S ,
el principio cíe y a m a d o ; p e r fu fabiduria, que aquellos
que á Dios le h o m b r e s fcau mas fabios , que mas le aman
lia de atribuir y c o n o c e n ; y por fu v o l u n t a d , que a q u e -
íicmprc la ope- llos h o m b r e s fean en via de verdad y hayan
ración mas per- mayor m é r i t o , que tienen mayor fe , e n ,
fecta , y para
que eñe fignificado mas vivamente fer la
el mas perfecto
Bondad y demás dignidades de D i o s en la
fin dirás.
mayor V i r t u d , N o b l e z a , Mifericordia y
Dios para
inanireitar lu u í t í c i a , y que fean en la mefma aquellos,
j
Bondad ha que- que liguen ¡a que les da mas m o t i v o de
rido que el amar á D i o s y a las virtudes, y de a b o r r e -
mundo lea bue- cer los vicios.
2io , la Rondad 26. T a m b i é n es manifieíto , que la m a -
de Dios en na- y o r Bondad , que D i o s puede h a c e r en el
da fe manifies- h o m b r e , es hacerle Dios en la perfona del
ta mas que es
H i j o de D i o s , y la mayor grandeza que pue-
en haver hecho
de aver en el h o m b r e es , que fea una per-
un hombre tan
fona c o n D i o s , que es infinita grandeza,y
bueno , que fea
Dios y H o m - la mayor d u r a c i ó n , que la criatura puede
bre ; luego con- tener es que dure fin fin en fer D i o s ; y el
vino, que para m'a-
manifeítacion de fu Bondad formaffe Dios un hombre D i -
os, en quien depoíltafe mas bondad que en todos los hombres,
y por quien fuelle mas conocido , iervido y amado , que por
todos los demás con lo que te he provado cite mifteiio.
Advierte r que en la demoftracion , que contiene efte parágra-
fo, y el fubicqucute 2 6 . íe incluicn innumerables de eftos argumen-
tos, íüiplicÍEC ó explicite, pues fon infinitos los atributos de Dios,
y correfponden uno a cada uno por la relación que cada uno tiene
con la mejor criatura Chrifto bien nueftro en quanto hombre.
Si tu proíigues haciendo argumentos como el de cita nota; por
la grandeza por la Eternidad, por el Poder & c . y afsi por ios demás
atributos del Altilsimo extraerás lo particular de lo univerfa] por
analili; pero quando hayas hecho innumerables no habrás dicho
mas de lo que dice euel iniplieite, por fer el Tupremo modo de de-
monftrar.
CAPITULO' VIL 59
mayor poder es , que pueda fer una per-
fona con el Hijo D i o s ; y la mayor fabi-
duria , que fepa fer el mefmo una pcrfona
con él y que t o d o quanro es creado , es
creado paraque fea h o m b r e D i o s y el m a -
yor a m o r que la criatura puede tener á
Dios y á fi m c f m o es que ame fer una pcr-
fona c o n D i o s y cito m e f m o fe figuc de
la v i r t u d , verdad, perfección y n o b l e z a ; y
profiguió el Chriitiano diciendo, que nigun
h o m b r e podia tener mas m o t i v o de c o n o -
cer y amar á D i o s , que el h o m b r e que
fea D i o s y que m u e r a , paraque Dios fea
c o n o c i d o y amado y fu Pueblo redimido,
y que nigun Pueblo puede fer mas o b l i g a -
do , á c o n o c e r y amar á Dios , que el que
crehe fer redimido y falvado por la Encar-
nación y paíTion del hombre Dios.
2 7 . Defpues de cita dcmoílracion , que
el Chriitiano h i z o del miflerio de la e n -
c a r n a c i ó n , dixo ai Gentil eñas palabras.
28. Un R e y e m b i ó á la C o r t e R o m a n a En cita n-¡e-
por un Embaxador á un Cavallero que mu- tafora el C a v a -
c h o amaba el qual fe defempeñó mui bien >
1 ! c r c
fig'ufica
de las dependencias, que fe le encargaron Chriílobienmi-
y quando fe bolvia ; fué afakado de una ^ > l ^ ,,r' f^
ro ÍU
/, a ,11 • 1 •• l u j o s a ios h e l e s
taron : eíte Cavallero tema muger y lujos ^ ¡a^ \ ncs y c
CAP. VIII.
1
F Elix dixo a. Blanquerna : Señor es-
toi fatisfecho de la prueba que
me haveis dado de la fanta Encarnación del
Hijo de D i o s , la qual he e n t e n d i d o , pol-
los exempios que la fignifícan , pero m e
maravilla m u c h o de que la naturaleza di-
vina dexaife crucificar, atormentar y morir
á la naturaleza h u m a n a , c o n la qual es
una Pcifona m e f m a ; fiendo aíTi que la D i -
vina ama mas aquella naturaleza humana,
que á todas las criaturas; y que es p r o -
prio de el amor no permitir que padefca
n i muera el objeto a m a d o : Blanquerna res-
pondió.
2. En la Santa Humanidad de Jefu-Chris-
t o , pufo la naturaleza divina mas bondad,
que en todas las demás criaturas, y la gran-
deza de la mefma naturaleza humana de
C h r i í l o es mayor en virtud de d u r a r , de
poder de entender y de a m a r , que no lo
fon
62- T R A T A D O I. "DE D I O S ,
fon todas las otras naturalezas que Dios a
c r e a d o , por l o que c o n v i n o , que affi c o -
m o la bondad de D i o s exalto la bondad
de la humana naturaleza de J e f u - C h r i í l o í o -
bre toda bondad c r e a d a ; affi la bondad de
la humana naturaleza de J e f u - C h r i í l o , fe
ofrecieffe a. fobftencr grandes p e n a s , tra-
bajos y muerte para honrar la Bondad
Divina cuya pena y trabajo c o n v i n o fues-
fe mayor que ningún trabajo ni p e n a , que
fe pueda padecer.
3. Hijo m i ó , dixo Blanquerna : affi c o -
m o Dios Hijo exaltó la Humanidad de
J e f u - C h r i í l o en la m a y o r grandeza que pu-
d o , haciéndola fer una Perfona configo
m e f m a , afti la Humanidad de J e f u - C h r i s -
t o fe quifo h u m i l l a r , para honrar la gran-
deza del Hijo de D i o s , y eíla mayor h u -
mildad fe manífeíló , en que J e f u - C h r i í l o
quifo fer encarnado en una Muger p o b r e ,
y pobremente nació y fe c r i ó , y quifo fer
acompañada de pocos y p o b r e s ; a. p o c o s
quifo p r e d i c a r , por pocos quifo fer h o n -
rado , pocos milagros h i z o ( fcgun los m u -
c h o s que podia hacer ) pobre quifo fer, y p o -
c o quifo v i v i r , y fegun el h o n o r , que le
pertenecía fué honrado m e n o s , que nin-
gún h o m b r e en el m u n d o , y en fin fe
quifo humillar a. la muerte , la qual c o n -
vine con el n o fer ó p r i v a c i ó n , y todas
citas cofas hizo para honrar la grandeza
de Dios Hijo ; y porque Dios quifo fer
h o m b r e , quifo también que todos quan-
tos hombres fon fueron y f e r á n , fean per-
}
dura-
c h o fervir á D i o s , y no q u e r í a , que en
fu corazón cntrafc o t r o amor que el del
m e f m o Dios,, pero por la m u g e r , los h i -
j o , las honras y las riquezas , que te-
nia no podia cumplir fus d e f e o s , hafta que
configuió con fu muger la feparacion ; y la
entrego á ella y á fus hijos t o d o quanto te-?
nia á excepción de una Cafa , y una V i ñ a ,
que fe refervó para vivir, con cuia difpofi-
cion pudo contemplar a. Dios m u c h o me-
jor que a n t e s ; pero todavía la C a f a , y l a
V i ñ a fe lo embarazaban en p a r t e ; por l o
que dio la Cafa y la Viña por amor de D i -
o s , y entonces pudo contemplar á D i o s
m u c h o mejor y con mas frequencia: mas
todavía fus hijos y fus parientes fe l o ef-
torvaban algunas v e c e s ; por lo que no h a -
llando el Ciudadano del t o d o la fatisfacci-
on y quietud de efpiritu que b u f e a b a , fe
fue á tierra eñraña donde fue tan pobre,;
que no tubo nada proprio , y entonces t u -
bo á Dios en toda fu v o l u n t a d , y no tu-
b o cofa que. le ettorvafc fu contempla-^
cion.
15,, Quando Blanqucma huvo explica-:
do á Félix por medio de eftas fimiíitudes,
la razón porque la Deidad quifo que la hu-
manidad de Jcfu-Chrifto fuelle en eñe mun-
do en pobreza , paffion , defprecios y mu-
erte , Félix por ellas lo entendió y bendi-;
x o , y hizo propoüto interiormeíate de.fer
po-
C A P I T U L O IX. «9
pobre toda fu vida , y defeó m o r i r , para
dar c o n o c i m i e n t o y amor a. ias gentes del
Hijo de D i o s , que por fu fanta h u m a n i -
dad quifo fer tan c o n o c i d o y amado.
CAP. IX.
CAP. X.
ra con íu Ma- d c b i. a n ip i
o r l o q u e t e n e n c 0 e l R c y m u
dre , ni que la
huviera dado
hija mui hermofa y bien acoilumbrada la
todos los dones d i x o . Amada hija gran defeo tengo de
y perfecciones perdonar á m u c h o s , pero mis vaflallos n o
que podía > que faben el m o d o de pedirme perdón y affi
c o m o Hijo no tendrás entendido que dcfde oy te m a n i -
Jo hicieífe , pa- feftaré t o d o lo que te q u i e r o , paraque los
rece impofsible, que contra mi cometen algún delito fe val-
pues qualquier gan de t i , pidiendo te interpongas c o n -
lujo apetece te-
m i g o para alcanzarles el perdón que n e c e -
ner la mejor
fitan, y y o por tu m e d i o perdonaré á m u -
madre 5 que c o -
m o Padre no lo chos , y tendré el güilo de ufar de mi m i -
Iiícieífe parece fericordia complaciéndote á t i ; y afsi hija
ímpofsíbte, pu- m i a , à ti te toca hacer que las gentes fe
es qualquier Pa- enamoren de t i , paraque atendiendo á tus
dre apetece te bue-
ner la mejor hija : que como Efpiritu Santo no lo quiíielTe, parece
impofsiblc, pues qualquier efpofo, apetece tener la' mejor efpofa ; y
en fin parece impefsiblc qne Dios no quifielTe que la creatura
en quien íe avia de encarnar , tubieiTe la mejor perfección y
dotes efpirituales y , corporales , y que cuellos excediefTe á t o -
das las creaturas que lia havido , hay y habrá¡ excepta la N a -
turaleza humana de Jcfu-Chriílo.
CAPITULO Xí. 79
buenas coítumbres y v i r t u d e s , yo no pue-
da dexar de o í r t e , y afsi todos por tu b e -
llo t r a t o y por la cfperanza, que en ti
t e n d r á n , recurrirán á ti en fus aflicciones,
trabajos y defectos que cometan y tu los
oirás y manifefiarás c o m o el mejor m o d o
de pedirme perdón y mifericordia es tu me-
dio y tu interceñon.
CAP. XI.
con üe fe e n ' ?
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7I O
° l a $ h Í Z u a n d o
C O m
t e°ndc?áa uno y ^
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u e f u h i j o f u e í í b h o n r a d o
CAP. XII.
bí ya»
0» TRATADO L D E DIOS.
ya» fiimifido f ipetmitan h Blauqueraaorcf^-
pondió, i
1 3 . Siendo el Soldán principe farace-
n o feñor de aquella tierra y -cítriv'ib al fu-
m o Pon ti fice, y a los demás Reyes Chris-
tiaiaos dicicndotes, fe maravillaba de que
los Principes Chriftianos penfafen folo en
eonquiftar aquella tierra por fuerza de ar-
mas corporales, fin cuidar fe de las efpiri-
míales .predicando , con las quales folas
fobíteniendo el martyfio y la muerte, los
Aportóles convirtieron todo aquel pais
que dcfpues perdieron los Chriftianos por
la fuerza de las armas c o r p o r a l e s , quan-
do M a o m c t o y fus fucceífores le conquis-
taron el .que con las mefmas mantienen,
y ;p6fieen con deshonor de las de los
C h r i f t i a n o s , y en defdoro del h o n o r de
Jefu-Chtifto y del de fus Vicarios los fu-
ñios Pontificcs.
1 4 . S e ñ o r , dixo F c l i x : m u c h o me ma-
ravillo de que los hombres apetefean tan-
t o el que los honren y veneren, quando
es cierto que folo Dios debe fer el h o n r a -
do y venerado? y que fi algunos otros
hombress lo fon , lo fon folo por el honor
que en ellos fe arribuic a Dios , y por lo
que de Dios ¡eprefentan , honrándoles pa-
raque Dios fea honrado en e l l o s : Blanquer-
na rcipondió , que
1 5 . Un Rey mui noble y p o d e r o f o , te-
nia gran corte y riquezras , y • hizo j u B t a r f
~ *
*** MA-
94
MARAVILLAS
DEL ORBE,
PRODIGIOS DE L A NATURALEZA,
f cofas que ci humano entendimiento debe
admirar y obfervar en ella, para cono-
cer y amar 1 fu Creador.
TRATADO II.
DE LOS ANGELES
E N Q U E SE D I S C U R R Í E T O D O ' L O
maravillofó que hay que obfervar en
la Naturaleza Angelica.
CAPITULÓ I.
DE SI HAY , ó N0 ANGELES.
I. E S P U E S que Félix f e d e £
E s el Ángel pidió de Blanquerna, íc ¡
vicíVe Anides
t a n
^ c j a n t e a Dios como e l Ángel, por-
m
perfección» c o . - . • • • j .
„ „ _, ? ñora tendríais mayor virtud y orden en a-
rao v.g. ci hoin- r • f * i •• \
bre y n o ma- vueftra femejanza (en vueftro h i j o ) ,
i n a r n
y o r c o m o v . v. < l Dios u c
a a r la fuya en e l Ángel lo c n an
e j Ángel fe d a - « impoffible.
ría vacuo enes- 5- Señor dixo Félix al Ermitaño: mu-
ta efcala, cho me ha agradado el cxemplo que me
haveis dado para demoiirarme que hay A n -
geles , pero me admiro de que la Reyna
no conoékíle en el Rey la naturaleza por-
que amaba mas fu femejante que fu defe-
mejante , pues que la Reyna lo conocía en
íi mcfma por la que tenia con el hijo m e -
nor!
6. Hijo dixo e l Etmitaño: tan grande
Caufadeque C S
P rticipacion, ( y unión) entre la;
i a a
CAP. II.
CAP. III...
CAP. IV.
1. O E ñ o r , dixo Félix al E r m i t a ñ o :
yo hos ruego me digáis fi el Á n -
gel habla , porque fi un Ángel habla c o n
o t r o , es gran m a r a v i l l a , pues la palabra
n o conviene con ningún ente que n o ren-
ga boca y lengua para m o v e r el arte en
que fe f o r m a ! El E r m i t a ñ o r e f p ó n d i ó .
2. Leefe en el Evangelio de San Juan,
que en el principio era la palabra , la qual
palabra es la perfona del Hijo de D i o s , y
D i o s Padre entendiendofe á fi mefnro en-
gendra la P a l a b r a , que es el Hijo fin t e -
ner boca ni l e n g u a , por fer puro efpiri-
tu : y affi paraque el Ángel le fea mas fc-
mejante le ha dado Dios virtud natural de
tener palabra fin boca ni lengua ni m o v i m i -
ento de a i r e ; de f o r m a , que affi c o m o
Dios Padre entendiendofe á íl mefmo e n -
gendre
CAPITULO IV.- 105
gcndra la Palabra; aíii el Ángel amando y en-
tendiendo á Dios y a (Ti mefmo, habla á D i o s ,
y alaba á D i o s , y habla con o t r o Ángel iin
b o c a , lengua ni movimiento de aire.
3. Sabrás dixo el Ermitaño : que un
R c ü g i o í b cftaba en oración, en laque el De-
m o n i o le tentó del pecado de luxuria h a -
ciéndole acordar de una hermola m u g e r ,
que c o n él fe avia confcíTado del mefmo
p e c a d o ; y c o m o fe fintieíTc con movimi-
entos carnales acordandofe de lo que la
muger le avia dicho , fu voluntad t u b o
placer de lo que la memoria m e m o r a b a ,
afta que el entendimiento efcrupuiizó de
eftc acto de la memoria , y del placer de
la v o l u n t a d , y por la gran conciencia del
entendimiento , la voluntad fe inclinó a
a b o r r e c e r ; y la memoria á olvidar los pla-
ceres de la luxuria ; por lo que el fanto
h o m b r e c o n o c i ó el m o d o con que habla
cfpiritualmente el entendimiento a la m e -
m o r i a y á la v o l u n t a d , aunque el enten-
dimiento , memoria ni voluntad no tengan
b o c a ni lengua, ni muevan el ayre.
4. Ademas has de faber : que un paftor
dormía al S o i , y por la gran calor de S o ! , lá
humedad padecía en el eítomago del paftor,
porque la fequedad del calor del mefmo Sol
la iba c o n f u m i e n d o ; por cuya razón el pas¿
tor foñaba que veía una belia fuente de la
que defeaba beber, y n o fe atrevía por miedo
de un león , que bebía en ella; de forma que
imaginaba ia belleza de la fuente , y fe irri-
taba contra el k o n ' , porque no fe iba de ella:
O y
i o 6 T R A T A D O II. DE LOS ANGELES,
y affi en fueñosci alma del paiten- hablaba en
fi mentalmente.
••' $. Señor , dixo Félix : el Ángel que m o -
do tiene de hablar al h o m b r e : A que el
E r m i t a ñ o rcfpondió. Un Cavallero era Bai-
le de una mui noble , Ciudad y fu R e y
era mui julio y mui f a b i o ; en el principio
que el Cavallero empezó á exercer fu em-
pleo de Baile era también juño y l e a l , pe-
r o dcfpues fe hizo mui injuílo y avaro;
por l o que conñderando un dia en el mal
citado en que fe hallaba , fe maravilló mu-
c h o de haverfe apartado del recio camino
que folia feguir ; y eftando en cite penfa-
m i c n t o fmtió trifieza y contrición en fu
alma de que tubo gran pailion , por h a -
vcúc durado mucho tiempo eñe penfami-
c n t o y fe atrepcnt'ió de los defectos qtíe
avia cometido contra fu o f i c i o , abítenien-
dofe de cometer mas todo el tiempo que
por eñe m o t i v o le duró la c o n t r i c i ó n : pe-
r o c o m o un dia un Mercader le regalaflc
una bella copa de plata llena de d i n e r o ,
porque no fcnteneiaiTe á muerte á un hijo
fuyo , qué* la marecia ; el fintió que fu al-
ma fe boi'via á alegrar con la reprefenta-
cion de la copa y hizo propofito de n o
hacer jufticia por el eñimulo del regalo y
affi la tomó : pero luego que la tubo en
fu poder bol vio k cntiiítcccrfc por remor-
derle la conciencia el d e f e c t o , que c o m e -
tía ; en que c o n o c i ó el Baile el modo c o -
m o el Ángel bueno y el Ángel malo
: hablaban á fu alma.
MA-
107
MARAVILLAS
DEL ORBE,
P R O D I G I O S DE L A N A T U R A L E Z A ,
y cofas que el humano entendimiento debe
admirar y inveftigar en ella , pata cono-
cer y amar á fu Creador.
TRATADO III.
DE LOS CIELOS.
E S P U E S que Eelíx huvo
hablado largamente con
el Ermitaño de los A n -
geles, fe partió en buf-
ca de fus maravillas pa-
ra por ellas exaltar fus
p o t e n c i a s , y amar y c o -
nocer á Dios ; y c o m o á p o c o de haver
emprcendido fu camino por un gran bof-
q u e , empezafe una gran tempeítad de truc-
nos , relámpagos y agua; fe fue á recoger
a una Cabana que defeubrió , donde avia
un P a f t o r , que guai daba ganado ; y havien-
dole faludado , eñe le r e c i b i ó "agradable-
mente , mas haviendofe femado Félix jun-
t o a. él , obfervó que eílaba mui penfati-
v o y que n o le hablaba palabra; por lo
?
que
io.¿ T R A T A D O III. DE LOS CIELOS,
que le pregunte» , que tenia , y ele que pro-
cedía fu fufpencion-
2. Señor , refpondió el Paftor , yo foi
hijo de un rico Labrador de quien es eñe
g a n a d o ; el qual me quifo cafar y dar gran
r i q u e z a , pero yo no acerando n a d a , ' m e
he venido á cíle bofquc , con el animo de
eftar defembarazado para amar y c o n o c e r
á Dios : por el que he dexado las vanidades
del mundo , y abrazado la virginidad de
mi cfpiritu : Félix fe maravilló de la alta
compreeníion del Paftor a quien dixo.
3. En un Monafterio avia un fanto R e -
l i g i o f o , que eílaba ílempre mui alegre, fi-
endo la caufa el que amaba a Dios , y n o
tenia pecado m o r t a l ; por lo que acordán-
dole de la gracia que Dios le hacia , y la
efpcranza que tenia de confeguir la gloria
eílaba ílempre con el mayor güilo y r e -
g ó i ¡jo ; el que vos amigo deviais también
t e n e r , pues haveis dexado las riquezas y
vanidades temporales por amar y c o n o c e r
á Dios á quien deveis eftar mui agradeci-
d o por la gracia que hos ha h e c h o y ins-
piración que hos ha dado.
CAP. I.
1. f p E ñ o r , dixo el Paftor: m u c h o me
maravillo a el conílderar lo que
es el C i e l o I m p i r e o , y de que m o d o es-
tan en él los A n g e l e s , y las almas de los
San-
C A P I T U L O I. 109
Santos delante de J c f u - C h r i u o y de M a n a
Sántiífima ; por lo que pareciendomc, que
cite Cielo criará muí bien diípueíto para
la bienaventuranza de tantos , imagino fij
difpoficion fegun explicare en las figuientes
palabras.
2 . Dios y Señor ( dixo el P a f i o r ) : V o s
fois luz y fuente de v i d a ; por lo que m e
p a r e c e , que aquel lugar donde V o s h o s r e -
prefentais á los Santos en la g l o r i a , eftá
iluminado de luces ( y reíplandores ) los
que fe nos manifíeftan en las Eftrcllas que
eftán en el Firmamento y en los Planetas;
y en aquella luz eftaran los cuerpos g l o r i -
ficados , que ferán iluminados de la luz
del Cielo impireo, y aquellos cuerpos ilu-
minarán aquel Cielo que es luz.
3. A m i g o , dixo F é l i x : por luz es fig-
nificada fabiduria , y fabiduria fignifica luz,
y por luz es fignificada gloria , y por tinie-
b l a s , pena y i g n o r a n c i a : en las palabras,
que Félix dixo de la l u z ; c o n o c i ó el pas-
t o r que era f a b i o , por lo que le d i x o ,
que:
4. Un n o b l e R e y era mu i iluminado
de fabiduria , y tenia en fu Confejo h o m -
bres mui fabios , juftos y honrados en qui-
en fe encerraba m u c h o b i e n : cite R e y ha-
bitaba en un grande y hermofo palacio
donde avia muchas ventanas por las qua-
les entraba la luz del S o l , que iluminaba
t o d o el palacio, en el qual avia perfonas mui
h o n r a d a s , que eftaban delante del R e y ; el
que las iluminaba de buenas c o l u m b r e s ,
no T R A T A D O III. DE LOS CIELOS,
y aquellos h o m b r e s , que tenían mayor fa-
bíduria , juílicia , caridad y humildad es-
taban mas immediatos al R e y , quien h a -
blaba á fu pueblo de la nobleza y alteza
de Dios , y de la operación que tiene en
íl meíYno y en fus creatinas; y hablaba de
de la caridad , j n í t i c i a , fabiduria, corres-
pondicncia y gratitud que debe haver e n -
tre el Rey y fu p u e b l o , ficndo tan gran-
de el rcfplandor de la luz del Sol que en-
traba en el palacio , que t o d o el refplan-
decia de luces y buenas coítumbres, y t o -
dos los que le habitaban eílaban c o n gran-
d i film a alegría.
5. M u c h o fe maravillo Félix de la b e -
lla íimilitud que el paílor avia dado del
C i e l o impireo , y de Jefu-Chriíto y los
Santos ; por lo que dixo al paílor.
CAP. II.
MARAVILLAS
DEL ORBE,
PRODIGIOS DE L A NATURALEZA,
y cofas que el humano entendimiento debe
admirar y invefligar en ella, pata c o n o -
cer y amar á fu Creador.
T R A T A D O IV.
ÜE LOS ELEMENTOS.
E S P U E S que Félix huyo
hablado largo tiempo
con el paltor de los.cu-
erpos celeftes , y recibi-
do por fu doctrina c o -
n o c i m i e n t o de ellos 5 fe
partió acompañado de
é l , y caminaron por una fio re fia ana que
llegaron á un camino por el qual iba una
doncella á cavallo en un palafrén ; y Félix
preguntó al paflor , ñ fabía donde iba a-
qucl -camino; el que le rcfpondió que iba
á una villa que eftaba cerca de a l l í , en la
qual avia dos hijos de un Rey mui noble
y t n u i f a b i o , los quales apreendian por o r -
den de fu padre diíUnus c i e n c i a s , pues al
ma-
1 1 s T R A T . I V . DE LOS ELEMENTOS.
niayor le hacia enfeñar la naturaleza de las
cofas , y al menor exercitar en las armas;
y la donzclla que vos aveis vifro ( le dixo
á F é l i x ) viene de ver de orden de la R e y -
na fu madre al hijo menor á quien ama
3
c o n o c i é n d o l o el Peregrino le d i x o : Señor
fepa V . M . que dos peregrinos falian de
Jcrufalen el me fin o dia que yo entré en a-
quella ciudad , y a m b o s á dos lloraban , y fe
lamentaban p o r el deshonor que el Chriftia-
niíimo padece de que aquella ciudad elle;
en poder de los Tarácenos , los qpales en
ella honran á M a h o m e t o fu .profeta^ que n e -
gó que Jefu-Ghriíto fucile Dios y en• ram-
io., que los peregrinos lloraban, dixo uno de
ellos ; que feis hombres Chrirtianos avia en
el mundo que eran. R e y e s , ios quales p o -
drían entregar aquella fanra tierra' a l o§
chriftianos; pero que no-querían h a c e r l o ,
por caufa de que n o fe cuidaban tanto dfei
honor de J e f u - C h r i u o , c o m o det de li m e a -
m o s ; por lo que no .eran dignos de nin-
gún h o n o r , y vos dixo el peregrino, fois
vino de aquellos R e y e s , y ;por confequen-
cia no digno de que fe nos haga reveren-
cia , y añadió Félix , que el R e y por ñ y
co-
izo T R A T . IV. DE LOS ELEMENTOS.
c o m o R e y es digno de h o n o r pues Dios'
}
le ha honrado , y es honrado , en el h o -
nor que fe hace al R e y ; y afíl por eíto
c o m o porque V . M . enfeña a fus hijos ha
honrar a Dios es digno d e q u o loS'hgm-*
bres le h o n r e m o s . .« •/*>'..
6. Defpues de cuya converfarcion Félix
fe dcfpidió del R e y , y del p a í t o r , y fe fue.
al lugar donde eftaban los hijos del R e y ;
y entrando en el palacio vio al hijo mayor
que oia lección de Filofpfia, la que á él»
y á otros hijos de nobles enfeñaba un F i -
l o fofo , diciendo.
CAP. I.
; C A P . II.
i. T P ^ I x o el F i l o f o f o ' , que la g e n e -
- ración del\ eieirjento ¡ fe hace ;
db D i o s virtud à i e * c i e r n e n ! os de ^ué; p o r
la virtud de Dios tenga cada urto apetito
à engendrar fus femejantes; los qualès ñc- :
nen
124 T R A T . I V , F>E L O S E L E M E N T O S .
*>€DíCri los c'ucrpos compueftos fcgüfi la dif-
(
CAP. III.
p. T ^ L í F i l o i b f o leía•>y d e c í a , que D i -
,-. f ! * os ha c-reado guarro effencias;
efto es-, %neh\as•:, Aereitas , Aqueitas y
y
l|t;U>d d>e f-lq, que. dudaba .,;, pot, lo. que efie
leídixpj, qu^,;, • ; \,
f •,-, . r -¡
$. En Ta, effencia de D i o s fon tres P e r -
fonas fegun fe dice en el L i b r o del Gentil
y, en el de las Articulas. Ellas tres P e i f o -
nas
1 1 6 T R A T . IV. D E L Ö S E L E M E N T O S ,
rus fon fin ningún m o v i m i e n t o , engendran-
do el Padre de fi mefmo al H i j o , y p r o -
cediendo del Padre y del Hijo el Santo Ef-
piritu ; y porque Dios Padre de t o d o íi
m e f m o , y en todo fi mefmo engendra al
H i j o , y da procedimiento al Santo Efpi-
ritu infinita y e t e r n a m e n t e , n o puede h a -
ver m o v i m i e n t o , y afii para fignificar que
en la O b r a que Dios tiene dentrf» dc íi ;
CAP. IV.
CAP. V.
CAP. VI.
CAP.
132 T R A T . IV. DE LOS ELEMENTOS.
CAP. VIL
CAP. VIII.
t. "fV * 1 0
» F i l o f o f o , que la nieve
c
1 3 fe engendra en cl aire q u a n -
<to la lluvia baxa por e l ; en el qual por
la gran abundancia de frialdad fe llena cl
agua de aire reílriñiendole en fi m e f m a ; y
por fer eíle de complexión húmeda , j
contener en fi lucidez blanca , fe vitle el
agua la c o l o r del a i r e , por l o qual fe ve
de blanca color en la nieve.
z. Félix bolvió a preguntar : porque
natu-
CAPITULO VIII. 1-3-5
naturaleza fe engendraba el yelo en el agua?
Y el Filo fofo dixo al hijo del R e y , que le
rcfpondieffe por lo que eñe d i x o , que.
3.. En el agua eftán el fuego y el aire,
que tienen apetito de fubir á l o alto y affí
quando el fuego fe quiere fubir con fu c a -
lor y c o n la fequedad que tiene por la t i -
erra , el aire y el agua fe l o contradicen
reftriñiendo en fi el agua tan fuertemente
la h u m e d a d , que fe engendra el yelo, que
es cuerpo f o l i d o , y que priva la fubida de
los vapores del a g u a , en los que tienen
apetito el fuego y la tierra de fubirfe á lo
alto.
4. Félix b o l v i o a. preguntar, por que na-
«Uarsalezá las bambollas del agua fu be n ázia
arriba en el agua de la fuente ? Y el hijo del
R e y refpondió y dixo que.
5. Aquellas bambollas eftán dentro lle-
nas de a i r e , y que las veniduras, que tie- Nota Caufa de
nen por defuera es agua , que reftriñe el que afcienda el
aire , de f o r m a , que n o puede f a l i r ; y affí agua en los bu-
por lo leve de ellos, el a g u a , que viche fadors ó fuen-
tes que fe vé la
de debaxo de la tierra puede fubir , lo que
arroxan ázia ar-
n o podría hacer por fi fola , fi la ligere-
riba y de que
z a i del a i r e 1 1 0 la aytidafe, cuya ligereza fe hallen tantas
adquiere por contenerle y rertringirle en fuentes ea las
fi mcfma virtiéndole con aquellas bañá- montaüas y en
balas ( porque n o fe huya , y lo nías alte de
quede ella impoffíbilitada de ellas.
afeender ) ,
;
CAP.
j ¡6 T R A T . I V . D E L O S E L E M E N T O S .
CAP. IX.
E
ente. '
N •. la lección que el Filofofo k i á
fe c o n t e n í a del tiempo lo ílgui*.
'.'[•. ¡,
i . L o s quatro tiempos del año f o n , el
ErliQ, el I n v i e r n o , la Primavera y el O -
tofio : el eftio. es por la qualidad calida y
í c e a , el invierno por la fría y húmeda: la
primavera por. la húmeda y calida: y el
o t o ñ o poi* la fría y fecá j y aíTi en e t : e s -
tío hay concordancia entre el fuego y la
tierra y el fuego que es calido y feco Tu-.
S be
U * T R A T . I V . DE L O S E L E M E N T O S .
be arriba fobre la tierra en las plantas y
conmine la frialdad de citas con fu calor
y con la lucidez del S o l ; por la qual el
fuego multiplica el calor y fequedad en la
t i e r r a , mortificando la humedad del aire
en las p l a n t a s , por la c o n c o r d a n c i a , q u e
tiene c o n la tierra contra el agua y el
a i r e ; y por cito en eílio fe hace la diges-
tión d é l a s plantas, y fe maduran los f r u -
t o s , y fe fazonan las fcmillas y los h u m o -
res de los animales, y recoge cl hombre los
trigos.
2. En el O t o ñ o reílriñe cl agua á la t i -
erra ; por l o que fe quedan los vapores d e -
-baxo de ella fin poder fubir á lo alto , y
entonces fe fiembra y fe comienza la g e *
Heracion de las fcmillas.
3. E n el Invierno comienzan á falir
éftas fobre la tierra por la humedad del
aire , que fe mefcla con la frialdad del agua
por la qual paffa el vapor de la tierra d i -
fecada y efcalfada en el O t o ñ o , de que d i -
mana el nacimiento de las plantas, que por
calida , feca y húmeda complexión íuben y
crecen fobre la tierra;
4. En la Primavera brotan , florecen,
polulan y ponen ojas y ramos los a r -
boles , y producen fus f r u t o s , á caufa de
que la calor y la humedad fuben , y la fri-
aldad y fequedad detienen aquella h u m e -
dad y calor en los lugares baxos , en los
quales maduran los frutos en Eílio por ca-
lor y fequedad.
y Por citas y por otras muchas r a z o -
nes,
CAPITULO X. 139
lies , q u e dixo el Filofofo de los tiempos
del año , compreendió Félix la caula de
fu variación; y añadió el F i l o f o f o , que los
quatro tiempos arriba dichos fe c o m p o -
nen de doze mefes , en cinquenta y dos fe-
marías y e a trecientos fecenta y cinco dias
y fcis h o r a s , las quales feis horas c o m p o -
nen el bifiefto en el quarto año , el qual tie-
ne trecientos fefenta y feis dias compues-
t o de veinte y quatro h o r a s cada dia na-
tural.
6. S e ñ o r , dixo F é l i x , porque naturale-
za hace mayor frió á el alva , que a. la
media n o c h e í A que refpondió el hijo del
R e y que.
7 . Porque el S o l es calido en el f u e -
g o , y comienza á falir en el a l v a , huien
los vapores que fon frios y húmedos del S o l ,
que por accidente es calido y f c e o ; y e s -
tos vapores defeendiendo á nofotros nos
caufan mayor frialdad en aquella h o r a , que
n o en la media n o c h e , pues en eíra c o m o
el S o l eftaba mas diftante ellos avian fúbi-
d o y cfparcidofe por toda la región ethe-
rea ( othomósfera que dicen los moder-
nos ) .
8. E l F i l o f o f o preguntó al hijo del
R e y j p o r q u e razón hace mayor frió en
los lugares a l t o s , que en los b a x ó s ; fíen-
d o affí que el Sol eñá mas immcdiato al
fuego en los p r i m e r o s , que en los fegun-
dps.
9. S e ñ o r , dixo el difcipulo en los lu-
gares altos fe depuran mas fuertemente el
fue-*
¿4p T R A T , I Y . B£< D O S E L E M E N T O S .
f u e g o y el aire , q u e ¡no los baxos m o v i »
Nota Aquí co- cndofe ázia ai r i b a , y apartandofe del agua
:
a at"a a
&
1 1 ) 1 1
; r ¿ depurarfe ) 4©mo en los ¡lugares a l t o s ,
la nieve que es , , r J
r , t '"' •« - •
la deque el fue- "^" ' q ü a n t o mas fe depuían y eftranan
o n e
c o m o le mueve y p ^ f
Q r f j influencia del m o -
C Q e c a u a a
do en un tiempo 3
. r
,. . r
. . ^ 9
*en otio
} a
n t ' _otra.
n ' por
*\ el movimiento ,. , , , mefcla
. y' turbación
, de
vientos y de calidades fe engendra c a l o r y
fequedad de que dimana , que el agua de
el mar ( a u n q u e naturalmente es de c o m -
plexión fria y h ú m e d a ) accidentalmente fe
c o n v i e r t e en complexión calida y feca; poc
l a qual fe buelvc falada.
CAP. XL
TRATADO V.
DE LAS PLANTAS,
ARBOLES Y SEMILLAS.
E L I X fe partió de la Cor-
te alabando y bendicien-
do á D i o s , porque avia
dado tanta fabiduria á
aquel R e y , y a fus h i -
jos 5 y caminando por un
gran bofque en bu fea de
fus maravillas , encontró á un Efcudcro á
cava!lo que lloraba y fe lamentaba ; y h a -
viendole preguntado la caufi de tan gran
fentimicnto efle le refpondió diciendo.
2. Un fabio macflro en T i l o f o f i a lo
h a fido m i ó m u c h o t i e m p o , y ahora fe ha
apar-
i s T i l A T A D O V. DE L A S P L A N T A S ,
4
CAP. I.
Amigo.
6. Un R e y citaba en un palacio d o n - ,
de comia con muchos Cavalleros ; y en-
t r e tanto andaba por allí oin h o m b r e que
fe avia h e c h o procurador de los infieles
para Solicitar-naedios de que vinieffen á
vía de Salvación; y aífi decía al R e y y á los
Ca-
CAP. IL
L Argarnentc hablaron el F i l o f o f o
. y Felix de la generación de las
plantas, y del m o d o fegun el qual fignifi-
ca haver en Dios generación ^ •engendran-
d o Dios Padre á Dios H i j o fin corrupción»
cuya incorrupción eftá fignifícada en la-mcs-
111a corrupción, de los arboles : y c o n c l u i -
da cita converfacion , fe fueron á pafear
por el prado, y la florcita en la qual avia
arbo-
C A P I T U L O II. i
5 S
CAP. III.
iluminada y dado c o n o c i m i e n t o de fu d c -
f e d o , y fe fintiò luego bueno , 'fanó y'àlc-r.
g r e ; por lo que bendixo à Dios y-a: fu vu-v-
t u d . q u c le Avia finado de ral ti-iùcza.
3. Señor, dixo Felix , porque virtud vi-
ve el h o m b r e de las plantas y de las fru-
tas que c o r n e i A que ci t'ilò'fofo refpon-
d i ò , que.
4 . En la convcrílon que hace la na-
turaleza de las plantas en fang-rc , y de la.,
fangre en c a r n e , dcfpues de hecha la d i -
geflion , en el e í t o m á g o , fe renuévala vir-
tud de v i v i r , efto es vivir vida v e g e -
t a t i v a , y porque mejor Felix pudieíTe en-
tender la virtud que tienen las plantas y
h i e r b a s , y c o m o el h o m b r e vive de ellas,
dixo eíte exemplo.
5 . En una Ciudad fu cedió , que à un
Mercader le quitaron mil d o b l o n e s , de que
t u b o tan gran trifteza, y pensó tanto eri
el daño que fe le avia f e g u i d o , que fe bol -
vio l o c o , v de conformidad aue fué n c -
eeííario atarle f u e r t e m e n t e , paraque no fe
matarle ü ofendiefíe à otros ; y c o m o un
íabio Medico le'vinicfíe à v e r , dixo à fus
a m i g o s , que le curaria fi ¡e tenían bien
a t a d o , lo que eftos executaron , y el M e -
dico tomando mil doblones , dixo al l o c o ,
«Vie aquellos eran los mil doblones que à
èi le avian quitado , y haciéndole defatar
le h e c h o los doblones fobie la c a b e z a , y
X fe
16 z T i l A T A D O V . D E L A S P L A N T A S ,
fe ios h i z o manejar m u c h o tiempo c l o q u e
havícndo exceutado el Mercader , la v i r -
tud de la imaginativa le c o m e n z ó a b o l -
v e r , y por la viña , y el tacto la i m a g i -
nación fe multiplicaba en él en v i r t u d ; y
e/lo por tanto t i e m p o , que el Mercader
imaginó y creió que aquellos doblones c-
ran los mc'fmos que él avia p e r d i d o , y
quando fu imaginación h u v o c o b r a d o fu
v i r t u d ; fu voluntad fe c o m e n z ó <t alegrar
por lo que la primera imaginativa; y el en-
tendimiento fe movieron a e n t e n d e r , y la
memoria á m e m o r a r ; y affi p o c o á p o c o
fe multiplicó la virtud en el poder del a l -
ma del Mercader de forma > que r e c o b r o
fu fano iuizio.
6. Señor , dixo Fcltx , porque virtud
el ruibarbo que es calido y feco , es bue-
n o para la calor y Sequedad del igador A
l o que refpondió el F i l o f o f o , que.
7 . E i Mercader que enloqueció por los
doblones que avia perdido , c o b r é el iui-
z i o por los doblones que tocaba y vcia,
porque el c o i a z o n embió fu Sangre por
rodos los miembros del cuerpo , a cauía
de la alegría que cubo en el tacto y villa
de e l l o s ; cuya alegría avivó en fu c o r a z ó n
el efpiritu , y la Sangre del m e f m o c o r a -
zón a r i o s o , de lí la caufa de fu triíleza; y
afli quando el ligado tiene m u c h o calor y
Sequedad , y líente el ruibarbo que es. de
fu complexión fe alegra con la participación * 1
MA-
168
06 % ü XVXrXr.^;^ :*^JbdW&Otf&
MARAVILLAS
DEL ORBE,
PRODIGIOS DE L A NATURALEZA,
y colas que el humano entendimiento debe
admirar y inverligar en ella, pata c o n o -
cer, y amar á fu Creador.
T R A T A D O VI.
DE LOS • METALES..
E S P U E S que el Filofofo
huvo hablado largamen-
te c o n Félix de las plan-
tas , y por ellas en di-
verías maneras figniííca-
d a la grandeza y nobleza
de D i ° , mudo el afliili-
s
GAP. I. •
.,' cap. n. \ • *
DE LA CUESTIÓN güE HUFO ENTRE
. el yerre y ta f lata.
al c o n t r a r i o de la-fea'dad dé la o t r a m u -
ger- , que por fu bondad la tenia b u e n a ) :
y.entonces- Conoció -fur d e f e c ò y el* pc-c-a*-- J
nb la p i m i e n t a , el o r o y las piedras p r e -
ciofas.
6. S e ñ o r , dtxo F é l i x , pues ef yerro es
mas p r o v e c h o f ó y necefiatto , que n o el
o r o y l a : plata y porque las ¡ gcátes aman
m i s al o r o y á la piáta que al yerro t A
que refpondió el Filofofo.
7 . L a cofa mas noble y necefiaria, que •
el ho-mWe puede, entender''yamar-es Dips>;
y-nb-obftante'-fort mas amados en el mundo
ef o í o y T a "plata , que D i o s : A que a ñ a - .
d¿ó el F i i o f ó f o eííe exemplo.
: 8 / Uft- Msicadcr avia trabajada m u c h o ;
en
*7* T R A T . MI. D ; E ! L - O S M E T A L E S .
r
CAP. I I I . \:>
3
. n i - i t t Dios en quan-
y juntamente efiaba guarnecida de m u c h o
o r o y p l a t a , y embutida de piedras p r e -
ciofas ; fucedió un dia que dos hombres
t
r a¡
hombre feo
o
delanatu
o
del hom- c z a
l
citaban., arrodillados delante de ella , y bré) raaaifes-
cl uno tenia dolor de la paffion de nu- tara mayor c5-
efiro R e d e m p t o í , que memoraba con la traiiedad á las
prefencia de la cruz , y el o t r o embidia- operaciones
ha el o r o , la plata y las piedras preciofas qtie el liombre
de. que- efiaba guarnecida ; el que t e - haga contra fu
nia dolor de la paífion de J c f u - C h r i f t o t e - j ^ ^ m a n a t u r
CAP. IV.
1.
\_J to al F i l o f o t b , íi la alquimia
es arte , por el qual el hombre puede h^i—
c e r traafrnutacion de un metal en otro? A
q u e el Filofofo refpondib , que.
2. En la tranfmutacion de un metal en
o t r o , conviene haver tranfmutacion fubs-
tancial y accidental ; efto es , que ,1a f o r -
;
naturaleza.
7. Defpues el Alquimiíla rogó al fue-
go que de plata, le hiciclTe oro , y el fue-
go respondió: . .'• '--'i
S, En un País fucedió:,. que. un león
combatió mucho tiempo con un javalí y-
el león fe esforfaha quanto podia para des- \
pe- -
CAPITULO IV. • 185
pedazarle , por el apetito que tenia de c o -
m e r f c l e ; pero el javali fe defendía, porque
no quería perder fu f e r , ni que fu carne
fe tranfinudafie en la carne de l e ó n , por-
que amaba mas el fer en efpccic de puer-
c o , que en cfpecie de león.
9. S e ñ o r , dixo Félix al F i l o f o f o , fe-
gun vuefttas palabras , parece queréis de-
c i r que es impoílibic, hacer la tranünuta-
c i o n de un elemento en o t r o , ni de un
metal en o t r o , fegun c\ arte de la alqui-
mia ; pues d e c i i s , que ningún metal tiene
apetito de mudar fu fer en o t r o f e r , p o r -
que íi le mudaba n o feria aquel m c f m o fer
q u e t e n i a ; y affí he entendido' todas vuef-
tras razones y fimilitudes : mas m e mara-
villo de que el hombre pueda tener tal
afición á la alquimia fi n o es arte verda-
dero . A que el Filofofo refpondió.
1 0 . En un Pais f u c e d i ó , que un h o m -
bre imagino c o m o podia juntar un gran
teforo , y para ello vendió quant© tenia
y fe fué á un R c y n o mu i d i f i a n t e , y d i -
x o al R e y , que el era Alquimifta; de que
el R e y tubo gran p l a c e r , y le h i z o alojar
y dar qaanto avia meneíter ; fucedió def-
pues que aquel hombre metió m u c h o o r o
en tres bullías, ó cañones en las quaies avia
d e c o c c i ó n de hiervas, que componían á
m o d o de un l e t t u a r i o ; y c o m o delante del
R e y mctieíTc aquel hombres una dé aque-
llas * büftiás en una caldera e t i q u e avia * ¿ f s i dice el
gran porción de d o b l o n e s , que el R e y le Lcmo'íiu.
avia, d a d o , paraque ñvultiplicañe el oro que
Aa avia
3 86 T R A T . V I . D E L O S M E T A L E S .
avia en "tila ; el que cuaba dentro del, c a -
ñón fe derritió , y aumentó al que el R e y
avia puerto en la caldera , de forma que
al fin fe e n c o n t r ó , q u e la-mafia del oro-pe*
faba: dos mil doblones , n o haviendo pu-
:
***
M * *„ * * v* * * *„ * * „* *
MARAVILLAS
DEL ORBE,
PRODIGIOS DE L A NATURALEZA,
y cofas que el humano entendimiento debe
admirar y inveftigar en ella, para c o n o - :
cer y amar á fu Creador.
T R A T A D O VIL
DE LOS ANIMALES.
E S P U E S que Félix d i o mu-
chas gracias, al Fil o fofo En cfle tra-
fe defpidió de é l , y fe fué tado los ani-
por un valle lleno de a r b o - males que co-
les , y fuentes, a la falida men carne, fig-
delqual encontró dos hom- nifican á los
f f l f f ^ . bres con crecidas-barbas y Nobles, y los
cabellos., y pobremente veítidos-, á los que que comea hi-
f a l u d ó , y le faludaron, y defpues les dixo; erva a los ple-
beio5. El león
Señores de: donde v e n u s , y que orden es
al Rey el leo-
la yueftra ,, pues parece la profeffais fegun
?
pardo ai hon-
vueftras vefliduras ywtrage. ,
¡
• rado , la onza
• Señor , dixeron e¡los=, t i o f o t r o s - v e - al lifongcro, la
nimos de tierras mui diñantes y hemos pas- zorra al aftuto,
fado por una ¿tan l l a n u r a , en la qual hay la íierpe al piu-
sran
18 8 TRATADO VII.
dente y afsí de gran junta de animales falvages , que quic
ios demás & c r en elegir Rey : y en quanto á lo que nos
NB. Ademas preguntáis de quien fomos ; nofotros f e
de lo antece m o¡lamados del orden de los Apoftoles,
s
, . tratado,to
cite г /• •.
lignítica 1 que los
la 1 „ Apoftoles
л 'л 1 V
tubieron,
„ ., ¡
r i r m r i l y proteflaron mientras vivieron en elle
ca , fuñiéndole mundo.
dar el fentido 3--. M u c h o fe maravillo F élix de que a»
que le conef quelios dos hombres huvieíTen abrazado tan
ponde. alta orden c o m o la de los Apollóles; pox
lo que les dixo : la orden de los A p o r t ó
les es fuperior á todas las demás y quien la
prefería no debe temer la muerte por mof
trat é l ' c a m i n o de la íálvacion á los I n f i e
l e s , que eítan en e r r o r , y también deben
doctrinar y catequizar á los Chriítianos
que citan en pecado, dándoles cxemplo c o n
fus coftumbres y fanta vida para que fal
gan de e l , y predicándolos y amoneítan
dolos íin cefar de efecluar uno y o t r o y
de hacer buenas obras c o n rodo fu .poder.
4. S e ñ o r , dixeron los dos hombres, n o
fotros n o fomos dignos de obfervar vida
tan perfecta c o m o ta que obfervaron los
¡•Apoftoles, • pero fomos en parte fu figu
ra , la que fe reprefenta en nueftros verti
dos y en nueftra pobreza y en que anda
mos p o r el mundo.de unas partes á otras;
por l o q u e tenemos efperanza de que Dios
embiara algún dia hombres d efama d
vi a
Ш' qmíes ferín y fe llamaran d e la ord en
de Jos. Apofloles •, y fabran lenguas y cienci.
. asраыpod er pre
d icar )< difpatar por el mun-
. . d o
DE LOS ANIMALES. 189
doy convertir por efe medio los Infieles coa
el ayuda de D'iosl
5 . Mucho agradó á Félix lo que los dos
hombres le dixeron , y con ellos lloró mu,
c h a , y dixo á Dios eítas palabras.
6. Señor y Dios mió Tefu-Chrifto, don-
de eítá la fantidad , fervor y devoción, que
folia fer en vueítros Apollóles , que por
amaros y conoceros no dudaban ni temían
trabajos , peligros, ni muerte ? Ruegoos
Señor, que en breve venga el tiempo en
que fe cumpla la fanta vida, que eáa. fig-
niñeada y figurada en la vida de ellos
.hombres.
7. Defpues de dicho cito , Félix enco-
mendó á Dios los fantos hombres , y def-
pidiendofe de ellos, fe fue al parage á don-
de le dixeron que los animales querían
elegir Rey.
CAP. I.
cos y l o reítante de la n o c h e y el d i a , le
tenia a t a d o ; por l o que defeaba m u c h o
falír de la fugecion en que e í l a b a , y que
de buena gana fe bolveria á fer vasallo del
l e ó n , ii n o comiefie carne y fi n o huvíefc
fe tenido algunos v o t o s para fer elegido
R e y ; l o que le hacia temer b ó l v e r á la t i -
erra en que el león reinaba , y que al fin
fe mantendría con el h o m b r e , pues eñe
n o comía carne de c a v a l l o , y el león fi.
1 2 . Defpues que el cavallo huvo dicho
el efiado de fus c o f a s , el buei d i x o : que
el tenia el gran trabajo de todos los dias
arar , y que del trigo que lá rierra que el
araba p r o d u c í a , n o le dexaba fu a m o c o -
m e r , y fi folo quando le defuncia del ara-
do le dexaba pacer las hiervas , que antcf-
Bb avian
194 T R A T . VII. DE LOS ANIMALES.
avian pacido las ovejas y las c a b r a s ; de
que fe laltimaba m u c h o , por l o que el c a -
va lio le confolaba lo que podia.
1 3 . Eítando en eíta converfacion vino
un Carnicero á mirar fí e l buei eitaba gorJ
d o , porque fu a m o le quería v e n d e r ; por
l o que el buei dixo al "cavallo: amigo m i
a m o me quiere vender paraque me maten,
y coman los h o m b r e s ; á que el cavallo
le dixo , que le daba mala recompenfa del
t i e m p o que le avia f é r v i d o , por l o que
juntos lloraron; y defpues el cavallo a c o n -
fejó al b u e i , que h u i d l e , y fe bolvieífé a
fu t i e r r a , pues m e j o r era citar en peligro
de muerte con d e f e a n f o , y entre fus pari-
entes , que en peligro de muerte con tra-
bajo y en poder de a m o defagradecido.
CAP. II.
r
^VE TRATA DEL CONSEJO DEL RET.
CAP.
¡i98 T R A T . VII. B E LOS ANIMALES,
CAP. I I I .
1. X T U c h o denigrado á la zorra y a
JLVjL ñis compañeros , el que el R e y
iio los huvieíTe e c h o de fu C o n f e j o , y def-
d e entonces concibió en fu efpiritu la trai-
c i ó n , y áefeo de lá muerte del R e y , por lo-
que dixo al elefante.
2. Dcfdc oy habrá gran cnemiftad e n -
tre los animales , que comen carne y los
que comen hierva ; pues el R e y y fus C o n -
feieros comen c a r n e , y vofotros n o tenéis
en fu Confc;'o ningún a n i m a l , que fea de
vueítra naturaleza , ni que mantenga vues-
t r o derecho ; á que refpondió el elefante*
que en la íierpe , y en el gallo tenían la
efperanza de que mirarían por e l l o s , pues
eran de la C o r t e del R e y , y n o comían
c a r n e ; á lo que replico la zorra dicien-
d o , que.
3. En una Tierra fucedió, que un Chris-
tiano tenia un efelavo T a r a c e n o , en quien
confiaba mucho , y á el qual hacia gran-
des beneficios; pero el faraceno c o m o era
c o n t r a r i o en religión no le podia querer
bien , antes confideraba todos los dias el
m o d o de matarle : y afsi feñor , - d í x o lá
zorra á el e l e f a n t e , fiendo el gallo? y la
íierpe de eftraño l i n a g e , que vos y vues-
tros compañeros aunque n o comen carne
no
CAPITULO III. 190
n o debéis confiaros de e l l o s , antes fi errar
aflègurados que os harán t o d o el mal que
podrán íiempre que fe los prefente la o c a -
fion.
4. M u c h o confiderò el elefante en las
palabras de la z o r r a , y en el daño que à èl
y à fus compañeros podía refultar por la
elección del R e y que avian e c h o ; y por los
Confejeros q u e - l e avian dado ; y viéndole
penfativo la zorra le dixo , que no tubief-
fe miedo del R e y , ni de fus compañeros,
pues fi el quería fer R e y ella bufearia m e -
dio d e q u e lo configuiefíe ; mas el elefante
t e m i ó que la zorra n o le hic ielle traición,
pues por fu naturaleza debia amar mas à
los animales que viven de carne , que à
los que viven de hierva ; por l o que la
refpondiò citas palabras.
5 E n un País f u c e d i ó , q u e un milano
fe llevaba una r a t a , y un Ermitaño que
l o miraba rogó à D i o s que aquella rata
cayeíle en fu f a l d a , lo que Dios le c o n -
cedió ; y el b o l v i ó à rogar á Dios que la
bolvieíTe en una hermofa d o n c e l l a , l o q u e
D i o s también le c o n c e d i ó ; y viéndola el
E r m i t a ñ o la dixo h e r m o f a h i j a queréis à
el S o l por m a r i d o , no Señor rcfpondió ella,
porque al Sol le privan muchas vezes las
nubes la claridad; el Ermitaño la bolvió à
preguntar fi quería por marido à la Luna;,
y ella d i x o , que la luna n o tenia claridad
propria, fino es apropriada por el Sol; h e r -
mofa hija d i x o el E r m i t a ñ o : queréis p e r
marido à las nubes, y ella refpondió que
noj
-so© T R A T . V I I . D E LOS ANIMALES
n o , porque el viento las lleva donde quie-
re; ni quiíb por marido al viento, porque
las montañas le embarañaban fu movimi-
ento; ni quifo á las montañas, porque los
ratones las oradaban , ni quifo á el hom-
bre por marido , porque aborrecía a. las.
ratas; de forma que al fin la doncella ro-
gó al Ermitaño pidiefie á Dios la bolvi-
effe rata como lo era antes , y que la di-
efíc por marido á un hermofo y grande
ratón.
6. Quando la zorra huvo oido elle,
exemplo, conoció que el elefante fofpe-
chaba de ella, y temió no la defcubriefte,
por loque quería decir al javali, que fuef-
ib Rey en los mefmos términos , que fe lo
avia dicho al elefante; pero porque mu-
chos no fupicflén fu intención quifo es-
forzar quanto pudo, el que lo fuefle el
elefante diciendole cftas palabras.
7 . Un Cavallero tenia de fu muger. un
hermofo hijo 4 y como la muger del Cava-
llero muricffc, y cfte fe tornaffe á cafar , a-
borreció la nueva muger al hijo que el Ca-
vallero tanto amaba; y quando efte fué de
edad de veinte años, la muger defeubrió
medio para hacer que fu marido echarte
al mozo de cafa; y dixo al marido, que
fu hijo la avia folicitado ilícitamente; de
que el padre fe irritó tanto , -por lo mu-
cho que amaba á fu muger, que luego echó-
ai mozo de fu cafa, mandándole que en
ningún tiempo fe le pufíefie delante, lo
que el mozo fintió m u c h o , y tubo gran
ira
CAPITULO I I I . 201
írá contra fn padre por la .íinrázon , que
con el' exccutaba.
8. Por ene exemplo que la zorra dixo,
fe alentó en parte el elefante , y concibió
efperanza de fcr R e y ; por lo que la dixo
que medio podia hallar paraque el Rey
murieflc, y que el fueíTe elegido , quando
el Rey era tan fuerte y robuflo , y tenia
tan fabios Confejeros, íiendo ella tan poca
cofa y de tan poco poder ? A que la zorra
refpondió con eíie exemplo.
9. En una Tierra fucedió , que todas
las beílias concordaron, en darle una dia-
riamente al león, paraque no las períigui-,
efle cazando ; de forma que todos los
}
CAP. IV.
« gUE
T
TRATA BE COMO LA ZORRA FUÉ
elegida Portero del Rey.
1
EN la Corte del Rey fe ordenó,
, que el gato fuefle fu Camarero
por fer en algo fu femejante, y apto pa-
ra cazar y comerfe los ratones, que des-
truíen las ropas ; y que el perro fuerte fu
Portero , porque fíente de lexos , ladra y
da avifo de l o s que v i e n e n : Eftando el
gato y el perro exerciendo fus Oficios , la
zorra fe fué a bufear a el buei y al cava-
lio que faltaban de la C o r t e , y encon-
tró a. el buei en un hermofo prado; y ha-
viendolc faludado agradablemente, y con-
tadola el buei fu citado , y c o m o volun-
tariamente fe avia ido a. entregar a l h o m -
bre , quien l o avia tenido en efelavitud, y
al
zo 4 T R A T . VÍl. DE LOS ANIMALES.
al fin le avia querido vender á un Carni-
cero , paraque le matarte : la zorra tam-
bic«n contó al buei el eítado en que fe ha-
llaba la Corte del R e y , y le pregunto que
era fu intención ; á que el buei refpondió,
que el queria vivir en la Corte del Rey,
y huir del hombre que le avia querido ha-
cer matar; á lo que la zorra refpondió.
2. En un Reynó avia un Rey mal acof-
tumbrado, que tenia mui malos Confeje-
r o s , y por la malicia de ellos y del Rey
padecia el reyno continuos trabajos , y a-
flicciones, pues Dios eílaba con el airado,
y duro tanto, y fueron tantos los defor-
denes del Rey , y de fu Confejo , que no
pudiendo fufrirlo el pueblo , defearon fu
muerte.
3. Luego que el buei oió las palabras de
la zorra, conoció que el Rey y fu Confejo
eran malos, y dudó en ir á vivir baxo un ini-
quo govierno , por lo que dixo a la zor-
ra las figuientes.
4. En una Ciudad avia un Obifpo, que
era muí contrario de fu oficio; y por fu
malicia, defoncílidad y el mal exemplo que
daba á fu Capitulo y feligrefíes, fe ocafio~
naba mucho mal, y fe dexaba de hacer
mucho bien : fucedió un dia que el Obis-
po hizo una gran injuria, y defpues fe fue
á decir miña ; lo que virio por un Canó-
nigo lo abominó tanto, que fe falió de la.
Ciudad, y fe fue á los bofques á vivir en-
tre los pafiores, diciendo , que mas que-
da vivir con los panores que guardaban
CAPITULO IV. 205
fus ovejas de los lobos , que no con Paf-
tor que entregaba á los lobos fus ovejas.
5. Haviendo oído el buci cftc'excrrv-
plo , dixo , que fe quería falir de toda a-
quella tierra antes que fujetarfe á mal Rey
y á mal Confejo.
6. Señor , dixo la zorra , haveís oído
la pregunta que hizo un Ermitaño á un
Rey ? Y que pregunta fué effa , dixo el buei?
A que refpondió la zorra.
7 . En una alta montaña eñaba un fan-
to Ermitaño , que ota quexarfe á las gen-'
tes de aquella Provincia muchas veces del
R e y , y de fu mala vida, coftumbres y re-
gimen; de que fe defpechó tanto,-que fe
fué á la C o r t e , y en fu mefmo palacio
hablo al R e y , y le dixo.
8. Señor, que vida os parece que es
mas agradable á Dios, la de un Ermita-
ñ o , 6 la de un Rey que tenga buenas
coílumbres, y con ellas rija á fu pueblo?
El Rey haviendo difeurrido fobre la pre-
gunta le refpondió ; que la vida del Rey
que hace buenas obras es caufa de mayor
bien, que n o la vida del Ermitaño : Se-
ñor , dixo el E r m i t a ñ o , m u c h o m e a g r a -
da vueftra refpuefla, en la qual fe fignifica,
que el mal Rey caufa mas mal en fu Rey-
n o , que no bien el Ermitaño en fu er-
mita ; y por efto he venido á verme con
Vueftra Mageftad para eftarme en fu com-
pañía tanto tiempo , quanto fea meneíter
paraque Vueftra Mageftad y fus Reynos fean
buenos 3 exortando y amoneftando fiem-
' pre
2 o6 T R A T . VIL D E LOS ANIMALES.
pre á Vueftra Magerlad, con el cxemplo y
la palabra de Dios , paraque le tenga a m o r ,
reverencia y t e m o r ; lo que el R e y acceptó,
y el Ermitaño cumplió
9. Concluido eñe exemplo añadió la"
x ... ,. zorra , y dixo al Buci ; Señor vos ibis ani-
' i„ mal femeíante al E r m i t a ñ o , y am 11 q u e -
r o apetece la . ' ... ^ ,. J
. , x
f o l e d a d y fe re- r c i s
3T ° "
o s
facilitare medio por el qual po-
lira á ruine- dais inducir al R e y mi Señor a buen ef-
s r l o que c o - tado , de que fe feguirá mucho bien ; lo que
.me , c o m o el el buei acceptó y ofreció hacer por el b c -
E-nniíaño lo neficio c o m ú n ; entonces la zorra aconfe-
e ve y coni-
pq urefrende jb al buei , que fe eftubieile en un h e r m o -
fo p r a d o , que avia cerca de donde eítaba el
R e y , y fus V a r o n e s , y que defeanfaffe y
comicíle paraque parecicffe h e r m o f o , y tu-
• bieíTe fuerte bramido ; y que ella fe iría á
la C o r t e , y fe introduciría con el R e y , y
1c contaría lo que le avia f u c e d i d o , y que
el buei en dicho prado bramarle tres v e -
ces cada dia quanto mas fuerte pudieííe, y
i n c o n t i n e n t e la zorra fe partió a. la C o r t e
del R e y , y citando en fu p r e f e n c i a , ya
que el buei avia defeanfado y c o m i d o b i c n ,
c o m e n z ó á bramar fuertemente , de que,
e l . R e y tubo tanto miedo , que n o podía
diííimularlo, por lo que fe avergonzó mu-
c h o , temiendo que fus varones le tubies-
fen por covarde.
1 0 . Eftando el león aíli m e d r o f o , aun-
que ninguno de los que citaban prefentes
avia percibido fu t e m o r , la zorra fe acercó
á e l ; y encontinente que la vieron el ga-
llo c a n t ó , y el perro l a d r ó , mas j i o obf-
tante
CAPITULO IV. 2 07
tánte el Rey fe alegró dello: y la pregun-
tó íi fabia de que animal era aquella voz que
avia o í d o , pues le parecía que fue fie de
beftia mui grande y fuerte fegun demons-
traba.
1 1 . . Señor, dixo la zorra, en un valle
colgó de un árbol un hombre un tímpano, el
qual movido del viento pegaba contra las
ramas y tronco del árbol moviendo tan
gran ruido, que rezonaba en todo el va-
lle, lo que olcndo., y viendo una mona,
que en el avia , creió que affi como el rui-
do que el tímpano ó tambor hacia cía muí
grande, era confequente que cftubicfie lle-
no de alguna gran cofa buena para c o -
mer ; y haviendole echo pedazos le halló
vacio ; y affi puede Vucftra M age fiad dis-
currir que efta voz que oie es de beíliá,
que también lo ella, y que no tiene la
fuerza, niel valor que en la voz manifies-
ta , y á quien es tan noble fuerte y efpi-
rituofo como lo es V . M. y como lo debe
fer un R e y , río le ella bien moltrar mie-
do de nada, y mas de cofa que ignora
lo que es.
1 2 . En tanto que la zorra decía eftas
palabras , el bueí bolvió á bramar tan fu-
ertemente , que hizo refonar todos aque-
llos valles, y eílremccer a el león y a to-
dos fus compañeros , fin que el león pu-
diefle dexar de manifeílar fu temor , dici-
endo, que fi la fuerza de aquel animal cor-
refpondia a fu bramido, el no eílaba feguro
en aquel lugar; y entonces el buei bolvió
268 T R A T . VIL DE LOS ANIMALES.
á bramar otra vez de que todos ( m e n o s
la z o r r a ) fe eítremecieron por lo que m a -
ravillado el l e ó n , la p r e g u n t ó , c o m o n o
la caufaba miedo aquella voz tan grande y
h o r r i b l e , quando a él que era tan p o d e r o -
fo y fuerte fe le avia c a u f a d o , y también
a el o f o , á el leopardo y á todos los mas
fuertes animales ? A que la zorra refpon-
dió.
13. Un cuervo tenia fu nido en una,
r o c a , y todos ios años una gran fierpe fe le
c o m i a ios hijuelos de que eftaba defcfpera-
do ; pero n o ofaba combatir cuerpo a c u -
erpo cou la f i e r p e , por n o fer tan pode-
r o f o , ni tan fuerte c o m o e l l a ; por l o que
ideó ayudarfe con la induílria para vengar-
fe ; y affi haviendo un dia la hija del R e y
de aquella Provincia, que jugaba con algu-
nas doncellas en un v e r g e l , quitadofe de
la-cabeza una guirnalda guarnecida de pie-
dras p r e c i o f a s , y pueítola fobre las flores,
" el cuervo fe abatió y fe la l l e v ó ; y c o m o
la fuefleu figuiendo muchos criados para
v e r íi la dexaba c a e r , el cuervo f u é , y la
pufo en el lugar donde eílaba la fierpe, y
llegando los que le feguian á cojer la guir-
nalda y la vieron y m a c a r o n , quedando por
cite medio vencida la f u e r z a , por la in-
duílria ; y aíTI Señor ( añadió la zorra ) y o
tengo t a n t a , que fi n o puedo vencer por
fuerza de armas á el animal que tiene cita
v o z tan fuerte y tan t e r r i b l e , me valdré
de e l l a , de f o r m a , que le haré morir ma-
lamente.
1 4 . Quan-
CAPITULO TV, 209
14. Qüando la zorra huvo contado e s -
te c x e m p l o , la fierpe, que también era del
Confeso del R e y , dixo el figuicntc
1 5 . E n un citano avía un agaron a c o s - yjgarou
tumbrado á c o m e r m u c h o y c o m o enve- EÍPECÍE DE A11«
jecíefle y por la vejez n o pudieíTc cazar, FAR. OCA, Ó P Í »
diícurrío arte c o m o ayudarfe x o n la indus- TO GRANDE que
tria, y por el tal arte fe acarreo la muer- HABITA EN LOS
t e ; y haviendola d i c h o el león le contaffe CILANCOS Ó LA-
el c a f o , ella profiguió diciendo. •• GUNAS, Y FE
ME LOS PECES.
16. Señor el agaron fe cítubo un dia
e n t e r o fin querer peícar á la orilla del es-
taño muí triíle y un cangrejo admirandofé
de ello le pregunto , que de que eftaba
tan penfativo ? A l o que el r e f p o n d i ó , q u e
tenia gran laflima de los peces de aquel
c i t a n o , en cuya compañía avia vivido tan-
tos años pues avia o í d o decir á unos
pefeadores , que pefeaban en o t r o eítaño
cerca de a l l í , que en haviendo acabado de
pefear en e l , avian de venir á executario
en aquel m e f m o , y que fiendo ellos muí
ahiles y dicftros en fu oficio , n o fe les e s -
caparía pez alguno y^ acabarían con todos
los que allí avia, haviendo el cangrejo o í -
d o eftas palabras t u b o gran miedo, y fe l o
d i x o á los demás p e c e s ; por l o que todos
concurrieron delante del agaron , y 1c p i -
dieron les aconfejaíTe , lo que avian de exc*
c u t a r ; el agaron les d i x o , que no avia o-
t r o c o n f e j o , ni,remedio mas que;el de que
el los conduxeíTe d¿ uno á u n o , a o t r o
eftaño que avia una legua áz allí , en: d
que avia muchas canas Y b o b a s , por *la$
qua-
> i o T R A T . VII. D E LOS ANMTALES.
quales los pcfcadores no los podrían coger,
ni ofender; á cuyo parecer afintieron to-
dos los peces y el agaron, todos los dias
tomaba los que le parecía y fingiendo que
los llevaba á un otro efiaño fe ponía-cer-
ca de un pozo y fe los comía, bolviendo
defpues por otros, durando efio mucho ti-
empo y viviendo fin el trabajo de pefear:
fucedió al fin que el cangrejo rogó al aga-
ron , que le llevarte á el, y eítendiendo es-
te fu cuello, fe agarró de el el cangrejo con
ambas manos, y volando con él fe admira-
ba el cangrejo como nanea vela el efia-
ño ; y quando el agaron llegó a aquel lu-
gar donde fe folia comer los peces : el
cangrejo vio las efeamas y cfpinas de los
que fe avia comido y conoció el engaño;
por lo que dixo entre fi : en tanto que tie-
nes tiempo y vida es menefter que te ven-
gues del traidor, que te quiere comer ; y
entonces cítrechó tan fuertemente el cue-
llo del agaron , que fe le tronchó y cayó
muerto en tierra ; y bolviendofe el cangre-
jo á el efiaño con fus compañeros, les
contó la traición, que el agaron les avia
echo y como la mefma traición le avia
ocafionado fu muerte.
1 7 . Señor, dixo la zorra al Rey, quan.
do Dios echó á Adán del paraifo maldi-
Xo a la ferpiente, que avia aconfejado á
Eva que comierte del frutó que el mefmo
Dios avia prohibido á Adán ; y defde en-
tonces fon todas las ferpientes horribles- a
la Yifta y Yencnofas y por la ferpiente han
3
ve<*
tenido todos los males al . m u n d o ; . p o r
l o qual un fabio h i z o echar una gran
fierpe del Confejo de un R e y j aunque el
R e y la eítimaba , y diciendola el león que
contafie aquel e x e m p l o , lo h i z o en cílos
términos.
i S . Un R e y avia o í d o hablar de un
h o m b r e mui fanto y mui fabio , y e m b i -
andole á b u f c a r , l e rogo que cítuvieíTe c o n
é l , y que le aconfejafle el m o d o de g o -
vernar fu R e y n o y que le reprehendicíTe
de algunos vicios que tenia : el fanto h o m -
bre fe eítuvo con el Rey con i n t e n c i ó n
de aconfejarle el obrar bien y el apartar^
fe del m a l ; y c o m o un dia el R e y tubies-
fe Goufejo fobre un negocio de grande i m -
portancia, y eítubicíTe cerca de el una gran
íierpe con quien fe aconfejaba, y á quien
creía mas que á todos los d e m á s ; pregun-
t ó al R e y , que tígnirlcaba el R e y en efte
m u n d o r y el Rey refpondió , que el R e y
5
los
i¿ té T R AT.T3I. m LOS ANIMALES.
los preiíntes; que le embiaís ,;y. con cftd as
bortecWtó/ariior ¡en- fu e f p i r i t u , á vos y a.
vuéílro p u e b l o ; lo que pareció mui bien
al l e ó n , y á fu C o r n e j o ; pero el gallo c o n -
tralto efta opinión diciendo.
±6. En un País f e c e d i ó , que la fuerza
y la índuílria difputaban delante-del R e y ;
y la fuerza decia, que ella tenia por natu-
raleza feñorto fobre la índuílria , y la Í n -
duílria alegaba l o c o n t r a r i o ; por lo que
queriendo el R e y fáber qual tenia r a z ó n ,
las hizo c o m b a t i r , y la induftria fuperó á
la fuerza: y por eíío Señor , dixo el ga-
llo , fi vos tenéis amiilad con el R e y de
los hombres , y le embiais vuetlros E m b a -
j a d o r e s , y el os embia los f u y o s , e l l o s c o -
rtiocerán que ni en v o s , ni en vueítros va-
rones hay ingenio , ni arte para poderos
defender del que c o m b a t e con arte y con
ingenio , y fupéra con é l á todos aquéllos
•que d e el carecer)., - . \ < • - • - ,
«27, p e otra p a r t e , dixo la zorra, que
- D i o s quanto h a c e , l o hace con poder fin
•arte y fin induílria; por lo que parece p i e -
^ í f i b , -que, fegun • naturaleza- fean mas p o -
derofos en la .-batalla aquellos q u e c o m b a -
r e n c o n ; armas femejantes las de D i o s ,
-que n o aquellos que combaten c o n armas
-d-efemejanres-á las de el mifmo -Dios.
- a s . M u c h o agradó- a el león, el exent-
- p l ó de la zorra , y quifo.de qualquíer m o -
'do embíar prefentes y menfageros;al R e y de
"lo^'hohibres; para lo qsue preguntó que mea?-
ífageros le acqnfe/aban eímbiafié, y.,qnc jo«-
yas
2:17
yes debían llevar:;' y' la ¿zorra acónftjo que
:
CAP. V.
pes
CAnTULO V. 219
pes que fe daban, des caía. - mucha- fangre de
la f í e n t e , la que caía en la h i e r v a , y una
zorra la lamia", hafta que encontrandofe
los dos m a c h o s con gran furor , e n c o n -
traron e n . medio a l a z o r r a , y la. hiri-,
eron por ios c o ñ a d o s de f o r m a , que del
golpe m u r i ó diciendo , que ella* era la oca-i
fion de fu muerte. ¡
/• 4 j , mlitad con el
«4.. me mi o fin , - y c o a - e l de que- los- Varo- l o t $ m 3 S }
CAP. VL
1.
E L leopardo fe b o l v i b a. la Cor»
., t e del R e y y la zorra viéndole
venir d¡xo al Rey con t o d o fecreto : Señor
por vucitros amores con la leoparda h e
caído en deígracia de fu m a r i d o , y íí vos
n o me honráis y me tenéis cerca de vues-
tra per fon a, es cierto que el m e quitara la
vida 5 por cuyas, razones el león luego h i -
z o a la zorra de fu Confejo y la dio lu-
gar immediato á fu per fon a y h i z o ( por
C o n f e j o de la m e f m a ) fu Portero al p a -
vón , p o r q u e frente mucho aunque c o n
difguíto de todos, los varones y nobles ; y
fobre todo' del l e o p a r d o , por haver t e ñ i -
do noticia de que la z o n a avia fido oca--
flQft
•2 jo T R A T . V I L DE LOS ANIMALES,
ílon de fu defgracia; por lo que en pre-
ferida dei Rey y de toda fu Corte reto al
Rey de traición, pues iniquamente le avia
quitado a fu muger y que íi en la Corte
avia algún varón que quiíieíTe tomar la de-
manda por el Rey , que el fe combatiría
con éi cuerpo a cuerpo; y aplazando la
batalla dio al Rey una prenda luya, de que
el león tubo gran ira y dixo á fus varones
que quien de ellos quería defender fu pun-
to y cítimacion contra el leopardo ? Y c o -
mo ninguno quiííeíie tomar el partido la
o n z a , acordandofe, que el Rey de los
hombres avia honrado mas al leopardo,
que á ella, le tomo, aunque le remordía
la conciencia, como fabia , que el Rey
avia obrado mal: en fin vinieron ai cam-
po de batalla con gran concurfo de pue-
blo , que quería verlos combatir ; y ha-
viendo preguntado el gallo á la ferpiente,
que qual le parecía que vencería; cita le
refpondió.
2. La batalla fe permite, porque la
verdad confunda y deftruya á la falfedad;
y íiendo Dios verdad, todo el que defien-
de la falfedad combate contra Dios y con-
tra la verdad : cuyas palabras oidas por el
leopardo fe confoló mucho, y al contrario
la onza concibió gran rezclo y triílcza,
temiendo que los pecados del Rey avian
de fer caufa de fu deshonor , y de fu mu-
erte; la batalla duró todo aquel dia harta
la hora de completas, porque la onza fe
defendía ferozmente, y huvicra vencido y
muer-
C A P I T U L O VI. 251
m u e r t o al l e o p a r d o , fi la falta de razón n o
la definaiaffe, y fi la que el leopardo tenia
ayudado de la verdad y de la ira c o n c e -
bida c o n t r a el R e y n ó le dieíTe a l i e n t o s ; de
forma , que le p a r e c i a , que por ningún mo-
t i v o podia fer v e n c i d o , y le dio tanto va-
lor eíla confíderacion , que ai fin venció
á la o n z a , y le h i z o confefiar delante de
toda la C o r t e , que el R e y fu Señor era
fálfo y traidor , de que t o d o el pueblo tu-
b o gran vergüenza y el R e y mucha mas;
y en t a n t o grado que fe arrojo y defpeda-
z o al l e o p a r d o , fin que eíte fe pudiefíe de-
fender c o n t r a fu S e ñ o r ; de que todos Ios-
de la plaza tuvieron g,ran delpecho y c a -
da u n o de por fi defeó eftar ixixo el d o -
minio, de o t r o P r i n c i p e , por fer c o f a p e -
ligróla el vivir b a x o del que es infuriofo,
iracundo y traidor..
3. Ha viendo citado el león toda aque-
lla n o c h e con* gran trifteza y dcfpecho, por
la mañana juntó fu Convejo , y les dixo>
l e dicffen fu parecer robre l o que el R e y
de íos- h o m b r e s te avia embiado a decir*
d e q u e le embiafte un ofo y un lobo*.
4 . Señor , dixo la ferpiente, ( que era
el Confejero mas fabio ) muchos ofós , y-
1n.uch.0s lobos, hay- en. vucñro< P a í s , de los.
quales podéis efeoger e l q u e os parefea m e -
j o r para e m b i a r ; pero- la zorra d i x o , S e -
ñor , el R e y de los. hombres es el- mas fa<~
bio. y mas p o d e r o f o que hay entre todos
los Reyes del mundo ; por lo que es n e -
c e s a r i o , que vos Señor le embieis. el mas:
fuer-
%** T R A T . V I L DE L O S A N I M A L E S ,
fuerte y mas fabio ofo y l o b o que tengáis;
y haviendole preguntado el R e y , que qua-
lcs eran eftos d o s , le refpondio , que pues
tenia un o f o y un lobo en fu Cornejo era
c o n f e q u e n t c , que fue fien eftos dos los mas
fuertes y fabios entre todos ios demás de
fu efpccie , lo que al R e y pareció bien,
y los embió facandolos de fu C o n f c j o ,
fin que ellos fe ofaiTen efeufar porque ama-
ban la honra , y temían fe les notaffc de
covardes.
5. Entonces la z o r r a dixo al R e y , que
allí c o m o cmbiaba los mas nobles de fu
tierra por p r e f e n t e , affi era necefiario que
los UevaíTe el mas fabio Embaxador de fu
C o r t e , lo que al R e y pareció bien , y e m -
b i ó c o m o á tal á la ferpicnte ; pero antes
que la ferpicnte falicíié de la C o r t e , dixo
cílas palabras.
6. Una vez f u c e d i ó , que una zorra e n -
c o n t r ó en un prado una afadura , en ja qual
avía o c u l t o un anzuelo , que un cazador
avia puerto para c o g e r l a ; y la zorra vien-
d o la afadura n o la quifo tocar dicien-
d o n o eílá cita carne puefta en cite prado
fin intención y peligro ; mas c o m o el león
dcfpues que cítubo en pecado, por la m u -
erte d e l i e o p a r d o , no tubicffe tanta futileza
c o m o a n t e s , n o entendió la fignifícacion.
de las palabras de la ferpiente; por l o que
la mandó que fe las expafieííe y ella d i x o ,
aquel Confejo que la zorra le avia dado, n o
fe le daba fin intención y falfedad y que
dcfpues, que el buei y la zorjyi avian en-
trado
tacan iu pro- ¡- , • A . ,.
j r
la zorra y el cuervo quanto guftaron. - • •-
12. Dcfpucs de muerto el b u é i , el león
preguntó á; el gallo y á la •zorra, que á
quien haría f¿i- "Camarero í Y queriendo el
g a l l o hablar primero ', la zorraAc miró c o n
Temblante a i r a d o , por l o que n o fé a t r e -
v i ó , háfla que ella hablaiTe, y l a zorra di-
x o , que el c o n e j o tenia ' agraciada prefen-
1
u?en va a
ciendo , no quifletTe aconfejar , ni cio&ri- aconfejar á un
nar á aquel, que no recibe confejo ni cor- necio , a reñir
rección: mas el papagaio profiguió ilem- vá.
prc
2 + 0 T R A T . VII. D I L O S A N I M A L E S ,
¿•re; diciendo a. lá mona, que no era fue*
g b ' 1 9 que et''tedia"por cal; f el' caerv»
profígüio, otras tantas en reprehenderle
porque intentaba poner'derecho lo que na-
turalmente es torcido; harta, que al fia ;
• •'" •• - 1 - •
-;<• CAP.
CAPITULO VIL
CAP. VIL
DE LA MUERTE DE LA ZORRA.
N
I. 'O haviendofc olvidado la zorra
de diíponer lá muerte del R e y ,
y havicndofe olvidado de los honores e x -
ccíivos , que de él avia r e c i b i d o , dixo a.
el elefanre , que ya era hora de que el R e y
xnuriefle , pues n o avia en la C o r t e o t r o
Confcjero que e l l a ; íbbre cuyas palabras,
ha viendo reflexionado el elefante, le pa-
r e c i ó no debia confentir en la muerte del
R e y : pero de otra parte temia-, que fino
executaba lo que la zorra d e c í a , ella le
defeubriria y difpondria fu m u e r t e , y t a m -
bién temia que fi el llegaba á.fer R e y , la
zorra le haría las mifmas t r a i c i o n e s , que
a. fu S e ñ o r ; por lo que eligió el n o c o n -
fentir en la muerte de eñe , aunque peli-
grante fu vida ; y aífi le pareció mejor t r a -
tar y difponer con maña y induftria la mu-
erte de la z o r r a , pues fila traición c a b í a ,
y fe hallaba en un cuerpo tan p e q u e ñ o
c o m o el de ella , quanto mas debia caber
la indufttia y la lealtad en un cuerpo tan
grande c o m o el fuyo.
.2. Eftando el elefante en efta confide*
ración , le dixo la zorra en que penfaba,
»y que porque no aprefuraba y difponia el
fer. R e y , antes que bolvicfíe la ferpíente
de fu embaxada, que con fu fabiduria y des-
treza fa lo impediría; l o q u e o i d o por el
Hh ele-
24* T R A T . V I I . D E LOS ANIMALES,
elefante , hizo el animo de efperar á lá
fci'pienre antes de tratar ninguna cofa c o n -
tra la z o r r a ; y viendo ella, que el elefan-
te era negligente en fu proprio n e g o c i o ,
tubo miedo de que n o la defcKbrieíTe,
p o r lo que le d i x o , que fe diefle priefa,
porque fino trataría el e c h o de un m o d o
que le pefaíTe ; de cuyas razones tubo el
elefante gran miedo , y quifo faber, c o m o
q u e r í a l a z o n a que la trat&íié, quando él
fucile R e y ; y ella le dixo , que del m i f m ó
m o d o que la trataba el R e y a c t u a l , fien-
d o fu único Confcjero ella , fu Camare-
r o el c o n e j o , y fu Portero el pabon.
Defpues la pregunto el elefante, de
que m o d o quería difponer la muerte del
R e y , y ella le d i x o : has de f a b e r , que
el javali es fuerte y o r g u l l o f o , y prefume
fer igual en perfona y fuerzas con el R e y ;
por lo que yo le diré , que el R e y le q u i e -
re matar , y que aííi fe guarde de él , y
defpues diré al R e y , que fe guarde del j a -
vali , porque tiene defeo de r e i n a r ; con
c u y o medio difpondré que el R e y mate al
j a v a l i ; y quando efiará canfado y fatigado
de la batalla en que ie habrá muerto , tu
c o n p o c o trabajo le puedes fuperar y o c u -
par el t r o n o ; cuyo penfamiento o í d o por
e l e l e f a n t e , pensó el medio de engañarla
c o n el m e f m o , y para ello la dixo.
4 . T o d a promefa en que n o hay tes»
tigos es nula ; por lo que y o quiero que
los haya de lo que yo te p r o m e t o , pues
jferá factible que quando y o fea R e y , me
plvi-
IN-
247
- Í N D I C E
DE LOS CAPÍTULOS,
J"^iloiogo Pag. i.
T R A T A D O . I . De Dios. •.. 3.
CAP. 1 . En que fe manificíta que hay Dios, 3.
2. Que es Dios. 10.
• 3. De la Unidad de Dios. 1 a.
, 4 . De la Trinidad? de Dios. 23.
5. Que explica donde cüá Dios. .36.
6. De la Creación del mundo- ' ' 39.
•7. De la Encarnación del Hijo de Dios en Nueílra Se-
ñora la Virgen-' Mari a. 45.
8. Que trata de la fatua Paffion de Nueílro Señor
Jefu-Ch; isio. <"' 6 1 .
9. Que trata del pecado original. ' 69.
1 0 . Que trata de Maria SSma Nueílra Señora* 73.
1 1 . Que trata de los Profetas.
1 2 . Que trata.de los Apollóles. 84.
T R A T A D O II. de los Angeles. .
9 4
Elementos 122.
3« Que
34-S
CAP. 3. Que íratá del mOvinmento de los Elemen-
tos. " Pag. 125.
4. Que trata del Relámpago. * 127.
5. Que trata" del Trueno. 129.
• 6 . Que trata de las Nubes. 130.
7. Que trata de la Lluvia. • 132.
8. Que trata , de la Nieve, y el Yelo. 134.
9. Que trata d e ' l o s Vientos. 136.
, 1 0 . Que trata del Tiempo* . 13^.
i i . De la. batalla que Te hizo delante de los hijos
del Rey. 142.
T R A T A D O V. Délas Plantas, Arboles y ternillas. 147.
1. Que trata de la generación délas Plantas. 15,1.
2. Que trata de la corrupción de los Arboles. . 154.
, 3,' Oue trata, de la virtud de las Plantas. 159.
T R A T A D O Vi. De los Metales. 168.
1 . De la generación de los Metales*- 169.
2. De la queftion que huvo entre el Yerro y la Pla-
ta. ' 1 7 1 .
. . 3 . Que trata del Imán, y del Yerro* 176.
.7.4. Que trata de la. Alquimia. ' 182.
T R A T A D O VIL De los Animales. 187.
1. De la elección del Rey de los Animales. 189.
2. Que trata del Confejo del Rey. 194*
,5. De la traición que la Zorra • quilo hacer ai
Rey. 19 °-
4. Que trata de como la Zorra fue elegida Portero
del Rey. 203.
5. De los Embaxadores que el León embio al Rey de
los hombres. 217.
. 6 . De la ¡batalla que huvo entre el Leopardo, y
la Onza. 229.
7. De ¡a muerte de la- Zarra* 241,
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