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CÁLCULO 3: COORDENADAS POLARES E CILÍNDRICAS

Professor: Pedro Gamboa

Nome: Renato Gonçalves Fialho Neto


Turma: EQN
DRE: 116141344

Rio de Janeiro, 29 de Setembro de 2017


COORDENADAS POLARES
Um ponto P com coordenadas retangulares (x,y) tem coordenadas
polares (r,θ), onde r é a distância do ponto P à origem e θ é o ângulo
formado pelo eixo positivo dos x e o segmento de reta que liga a origem P.
As coordenadas retangulares e polares do ponto P estão relacionadas por:

x = r*cosθ (1)
y = r*senθ

sendo r ≥ 0 e θ varia num intervalo da forma [θ0, θ0+2π).

Figura 1. Sistema de coordenadas

As equações (1) definem uma aplicação do conjunto


{(r,θ) ∈ ℝ2 | r ≥ 0, θ0 ≤ θ < θ0+2π}
em ℝ2.
 A curva no plano xy imagem de r = a é uma circunferência de raio a
centrada na origem.
 A curva no plano xy imagem de θ = constante é uma semi-reta que
contém a origem.
O teorema a seguir nos fornece condições sob as quais é possível
mudar as variáveis da integral dupla.

 Teorema :
Considere g uma aplicação definida por:
g(u,v) = (x(u,v), y(u,v))
onde x e y são funções de classe C1 num subconjunto aberto U ⊂ ℝ2. Seja
Q um subconjunto limitado e fechado contido em U tal que
(i) g é injetora em Q
𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝑢 𝜕𝑣
(ii) o determinante Jacobiano da aplicação g, ( também
𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝜕𝑢 𝜕𝑣
𝜕(𝑥,𝑦)
denominado por ), nunca se anula em Q. Se f é integrável
𝜕(𝑢,𝑣)
em g(Q), então:

𝜕(𝑥,𝑦)
∬ g(Q) f(x,y) dxdy = ∬ Q f(x(u,v),y(u,v)) dudv (2)
𝜕(𝑢,𝑣)

Trazendo o determinante Jacobiano para a aplicação das


coordenadas polares:
𝜕(𝑥,𝑦) cos 𝜃 −r sin 𝜃
= =r
𝜕(𝑟,𝜃) sin 𝜃 𝑟 cos 𝜃

Portanto reescrevendo a fórmula (2):

∬𝑔(𝑄) f(x, y) dxdy = ∬𝑄 r f(r cosθ, r senθ) drdθ (3)


Exemplo 1:
∬ R (3x2 + 4y2) dA , onde R é a região lmitada por x2 + y2 = 1 e x2 + y2 = 4,
com y ≥ 0.
1º Passo: Descrever a região
R = {(x,y) ∈ ℝ2 |1 ≤ x2 + y2 ≤ 4; y ≥ 0 }
Graficamente, temos:

Figura 2. Esboço da região R


Como temos duas circunferências limitando a região, pensamos logo em
coordenadas polares.
2º Passo: Precisamos descobrir os intervalos de integração de r e θ.
Substituímos os valores da transformação polar nas equações do
enunciado que limitam a região:
x2 + y2 = 1
(r*cosθ)2 + (r*senθ)2 = 1  r2 (cos2 θ + sen2 θ) = 1  r = 1
x2 + y2 = 4
(r*cosθ)2 + (r*senθ)2 = 4  r2 (cos2 θ + sen2 θ) = 4  r = 2
y ≥ 0  r*senθ ≥ 0  senθ ≥ 0

Podemos reescrever o domínio como:


R’ = {(r,θ) ∈ ℝ2 |1≤ r ≤ 2; 0≤ θ ≤ π }
3º Passo: Vamos montar a integral em coordenadas polares, substituindo
os valores de x e y (não esquecer do Jacobiano):

𝜋 2

∫ ∫[3(𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜃) + 4(𝑟 𝑠𝑒𝑛𝜃)2 ] 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝜃


0 1

15𝜋
Resolvendo a integral achamos .
2

COORDENADAS CILÍNDRICAS
Cada ponto P = (x,y,z) fica determinado pelas suas coordenadas
cilíndricas (r,θ,z), onde ρ é o comprimento do vetor OP = (x,y,0) e θ o
ângulo entre este vetor e o semieixo positivo Ox. As coordenadas
cartesianas (x,y,z) do ponto P e suas coordenadas cilíndricas relacionam-se
do seguinte modo:

x = r cosθ
y = r senθ (4)
z=z

onde r ≥ 0, θ varia num intervalo da forma [θ0 ,θ0+2π) e - ∞ < z < ∞.

Figura 3. Sistema de coordenadas


As equações (4) definem uma aplicação g: U ⊂ ℝ3  ℝ3. Esta
aplicação é injetora quando restrita ao conjunto:
{(r,θ,z) ∈ ℝ3| r > 0, θ0 ≤ θ < θ0+2π e - ∞ < z < ∞} Commented [U1]:

 A superfície no espaço xyz imagem de r = a é um cilindro de raio a


com eixo coincidente com o eixo z.
 A superfície imagem de θ = constante é um semipleno que contém o
eixo z.
 A superfície de imagem z = constante é um plano paralelo ao plano
xy.
O determinante Jacobiano para o caso das coordenadas cilíndricas é:
cos 𝜃 −𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃 0
𝜕(𝑥,𝑦,𝑧)
𝜕(𝑟,𝜃,𝑧)
= 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑟 cos 𝜃 0 =r
0 0 1

Portanto, temos:

∭𝑔(𝑄) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 = ∭𝑄 𝑓(𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜃, 𝑟 𝑠𝑒𝑛𝜃, 𝑧) 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝜃𝑑𝑧 (5)

Esta fórmula ainda é válida se Q está contido num conjunto da forma


{(r,θ,z) ∈ ℝ3| r ≥ 0, θ0 ≤ θ ≤ θ0+2π, - ∞ < z < ∞} Commented [U2]:

Exemplo 2:
Calcule o volume do sólido limitado pelas superfícies z=1, z=2 e
z=√𝑥 2 + 𝑦 2 .

1º Passo: Temos um semicone z=√𝑥 2 + 𝑦 2 cortado por 2 planos (z=1,


z=2).
Figura 4. Esboço da região W

O volume será dado por V= ∭𝑤 𝑑𝑉

2º Passo: Substituindo as coordenadas cilíndricas na equação do cone


temos:

z=√(r cos 𝜃)2 + (𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃)2 = r


Como a região dá a volta em torno do eixo z, podemos dizer que
0 ≤ 𝜃 ≤ 2π.
Como o próprio enunciado diz 1 ≤ z ≤ 2.
Para o intervalo de r, vemos que ele varia desde o eixo z, onde r=0
até a superfície do cone, onde r=z, então 0 ≤ r ≤ z.
Temos então: W = {(r,θ,z) ∈ ℝ3| 0 ≤ θ ≤ 2π; 1 ≤ z ≤ 2; 0 ≤ r ≤ z } Commented [U3]:

3º Passo: Escrevemos a integral com as coordenadas cilíndricas


2𝜋 2 𝑧
V = ∫0 ∫1 ∫0 𝑟 𝑑𝑟𝑑𝑧𝑑𝜃

7𝜋
Resolvendo a integral, achamos: V =
3
Conclui-se que as coordenadas cilíndricas são basicamente a
extensão das polares para três dimensões. Aplicamos a mudança de
variável polar quando estamos tratando de integrais duplas, e a mudança
de variável cilíndrica quando estamos resolvendo integrais triplas.

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