T zv etan T o d o ro v

C rítica de la crítica

ediciones
PAIDOS
B a rce lo n a
B u e n ú t A ifaa
M éxico
Título origi iul: Critique de la critique. Un román d'appreníisxage
Publicado e \ francés por Editions du Seuil, París
Traducción Je José Sánchez Lccuna
Cubierta de Mario Eskenazi y Pablo Martín

1.a edición en Editorial Paidós, 1091

© 1984 by Editions du Seuil, París

© de todas las ediciones en castellano,
Ediciones Paidós Ibérica, S.A.,
Mariano Cubí, 9‘2 - 08021 Barcelona
y Editorial Paidós, SAICE,
Defensa, 599 - Buenos Aires.
ISBN: 84-7509-736-7
Depósito legal: B-41.416/1991
Impreso en ílurope, S.A.,
Recaredo, 2 - 0B005 Barcelona
Impreso en España - Printcd in Spain
 SUMARIO

E X P L IC A C IO N E S P R E L IM IN A R E S ............................................................ 9

E L LEN G U A JE PO E T IC O .................................................................................. 17
(Los F o r m a lis t a s ru so s)

EL R E T O R N O DE LO E PIC O .............................................. .......................... 35

(D o b lin y B r c c h t )

LOS C R IT IC O S -E S C R IT O R E S ....................................................................... 49
(S a rtr e , B l a n c h o t, B a rth e s)

LO H UM ANO Y LO IN T E R H U M A N O ....................................................... 71
(Mijaíl Bajtin)

C O N O C IM IE N T O Y C O M P R O M I S O ............................................................. 87
( N o r t h r o p Frye)

C rític a I ............................................................................................................. 87
L ite ra tu r a I ...................................................................................................... 92
L i t e r a t u r a II ................................................................................................................. 93
C rítica II .......................................................................................................... 99

LA CRITICA REALISTA ............................................................................ 1.03

( C o r r e s p o n d e n c i a c o n I a n Watt)

LA LITERATURA COM O H E C H O Y VALOR ............................................ 117

( E n tre v is ta c o n P au l B é n i c h o u )

La l itera tu r a
D efin ic ió n ................................................................................................... 118
A rte e id e o lo g ía ........................................................................................ 120
D e t e r m i n i s m o y l i b e r ta d .................................................................... 123
 LA CRÍTICA
¿ M éto d o s crític o s? ................................................................................. 129
¿ N u e v a C rítica? ....................................................................................... 130
¿C ríticas e x t e r n a s ? ................................................................................. 131
La c r ít ic a e s t r u c t u r a l .......................................................................... 132
La c r it ic a d el i n c o n s c i e n te ............................................................... 134
La c r ít ic a s o c io ló g ic a .......................................................................... 135
P rá c ti c a d e la in v e stig a ció n ........................................................... 136
S o m e te r s e a o t r o ................................................................................... 138
A su m irse a sí m is m o ............................................................. ............... 140
A n tin o m ia s ................................................................................................ 142

¿UNA CRITICA DIALOGICA? ........................................................................ 145

R EFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................. 157

 EX PL ICA CIO N E S PRELIM IN A RES

Los f ra n c e s e s n o leen, s e g ú n p a r e c e . Y eso q u e , al e s t a b l e c e r estad ís­

ticas ta n d e s c o r a z o n a d o r a s , a g r u p a m o s c o n f u s a m e n t e a lta lit e r a tu r a y
lit e r a tu r a m e n o r , guías tu r ís tic a s y lib ro s de c o c in a . Los lib ro s a c e r c a de
los libros, d ic h o de o tr o m o d o , los libros de crítica , n o lla m a n la
a t e n c ió n sin o a u n a p e q u e ñ a m in o r í a de u n g r u p o ya d e p o r sí b a s ta n te
r e d u c id o : a lg u n o s e s tu d ia n te s, a lg u n o s ap a sio n a d o s, P e r o la c r itic a de la
c r ít ic a es el c o lm o ; es, sin d u d a , un signo de la futilidad de los tiem pos:
¿ q u ié n p o d r í a in te r e s a r s e p o r ella?
P o d ría d e f e n d e r el te m a d e mi libro ale g a n d o q u e la crític a n o es un
a p é n d ic e superficial d e la lit e r a tu r a sino su d o b le ne c e s a rio (el texto,
n u n c a p u e d e dec ir t o d a su v erda d), o q u e el c o m p o r t a m ie n to i n te r p re ta ti­
vo es in f in ita m e n te m á s c o m ú n q u e la p r o p ia crítica y que, p o r esta razón,
el in te r é s de la c r ític a consiste, d e a lg u n a m a n e r a , e n profe sio n a liza r este
c o m p o r t a m ie n to , e n p o n e r e n e v id en c ia lo q u e no es m á s q u e u n a
p r á c tic a in c o n s c ie n te . P e r o estos a r g u m e n to s , d e p o r sí m u y b u e n o s , no
m e c o n c i e r n e n aquí: mi p r o p ó sito n o es d e f e n d e r o f u n d a r la crítica.
¿Cuál es, e n t o n c e s ?
Mi in te r é s r e c a e s o b r e d o s le m a s e n tr e la z a d o s y, e n c a d a u n o d e ellos,
p e r s ig o u n d o b le objetivo.
E n p r i m e r lugar, q u is ie r a o b s e r v a r c ó m o se h a e n f o c a d o la lite r a tu r a
y la c r itic a e n el siglo x x y, a l m ism o tiem p o , tr a t a r d e s a b e r a q u é se
p u e d e p a r e c e r u n p e n s a m i e n t o c o r r e c t o de la lit e r a tu r a y d e la crítica.
L u eg o q u is i e r a a n a liz a r las g r a n d e s c o r r i e n t e s id e o ló g ic a s d e esta é p o c a,
tal c o m o se m a n if ie s ta n a tra v é s d e la reflexió n s o b r e la lit e r a tu r a y, al
m ism o tiem p o , t r a t a r d e s a b e r q u é p o sic ió n id e o ló g ic a es la m á s d e fe n d i­
b le d e todas. E n la p e r s p e c ti v a d e es te s e g u n d o te m a , la e le c c ió n d e la
reflexión c r ít ic a es c o n t in g e n t e : s u c e d e q u e esta tr a d i c ió n m e es fam i­
liar; d e lo c o n t r a r i o , la h is to ria de la soc iolog ía , p o r e jem p lo , o la de las
ideas p o líticas, h u b i e r a n p o d id o , de igual m o d o , utilizarse p a r a p e r m i tir ­
m e el a c c e s o a estas p r e g u n t a s m á s g e n e ra le s. E sta b ú s q u e d a de u n a
p o s ic ió n id e o ló g ic a q u e s e a p r o p i a llega en el ú lti m o lu g a r d e mi
e n u m e r a c i ó n , pc;ro es la q u e fund a, y quizás h a s ta m otiva, todas las
d e m á s p r e g u n ta s .
P a r a d e c i r las c o s a s c o n a p r e s u r a m i e n t o , e n es te libro tra ta re m o s a la
v e z d e l s e n t i d o d e a l g u n a s o b r a s c r í t i c a s d e l s i g l o XX y d e l a p o s i b i l i d a d
d e o p o n e r n o s al n i h il i s m o s in d e j a r d e s e r a te o s .
¿C ó m o e x p l ic a r la n e c e s id a d d e t r a t a r d o s t e m a s s i m u l t á n e a m e n t e ,
c u a n d o c a d a u n o , p o r a ñ a d id u r a , e x p e r i m e n t a u n d e s d o b l a m i e n t o in te ­
r io r? R e n u n c i a r a la g e n e r a lid a d y al ju ic io m e h u b i e r a p a r e c i d o in g e n u o
y d e s h o n e sto ; h u b i e r a sido i n t e r r u m p i r la i n d a g a c ió n a m e d io c a m in o .
R e n u n c i a r al t e m a p a r t i c u l a r y a su in v e s tig a c ió n d e t a ll a d a m e h u b i e r a
p u e s to del la d o d e los q u e so n d u e ñ o s d e la v e r d a d y c u y a ú n ic a
p r e o c u p a c i ó n es la d e e n c o n t r a r la m a n e r a d e e x p o n e r d ic h a v erd a d
p a r a i m p o n e r l a m e jor. A h o ra b ie n , p o r m i p a r te , m e c o n f o r m o c o n
b u s c a r la (lo c u a l es ya b a s ta n t e a m b ic i o s o ) y h e lle g ad o a c r e e r q u e la
f o rm a m á s a p r o p ia d a p a r a es ta b ú s q u e d a c o n s is te e n u n g é n e r o híbrido:
u n relato, sí, p e r o e je m p la r; e n este ca so , la h is t o r ia de u n a a v e n t u r a del
e n t e n d im ie n t o , la re fle x ió n s o b r e la lit e r a t u r a e n el siglo XX. a trav é s de
la c u a l se tr a n s p a r e n t a u n a b ú s q u e d a d e la v e r d a d . Un r e la to e j e m p l a r
q u e p r o p o n g o , sin im p o n e r lo , p a r a in c ita r a mi i n t e r l o c u t o r a la refle­
xión; es d ec ir, p a r a in ic ia r u n a d isc u sión.
La elección de los au to re s de q u ie n es h ablo d e p e n d e de diversos
criterios objetivos y subjetivos. El p erío d o de la historia p o r el cual m e
intereso es el de m e diad os del siglo XX, a p r o x im a d a m e n te e n tre 1920 y
1980; todos los au to re s analizados (con e x c ep c ió n de uno: Doblin) n a c ie ­
r o n e n tre 1890 y 1920 y p e r te n e c e n a la g e n e r a c ió n de mis padres. Me he
lim itado, adem ás, a textos red a cta d o s en francés, inglés, a le m á n y ruso y he
dejado de lado los otros. H e b u s c a d o ta m b ié n la v ariedad, an alizan do a los
rep rese n tan tes de diversas co rrie n te s críticas y hasta de diferentes familias
de p en sam ien to: historiadores ju n to a autore s sistem áticos y científicos,
p e n s a d o re s religiosos y m ilitantes políticos, ensayistas tanto c o m o escrito­
res. P ero esta clase de c o n sid erac io n e s, e v id en te m e n te, no b asta para
ex plicar la elecció n de u n a d o c e n a de n o m b r e s e n tre c e n te n a r e s posibles.
H e tenido e n cue nta , desde luego, la n o to rie d ad pública, p e ro esto no basta
ta m p o c o paifi exp licar mi elección. La ú n ic a explicación v e rd a d e ra es la
siguiente: he escogido a los autore s q u e h a n tenido m a y o r rep e rc u sió n en
mí. N o hablo de F reud, de Lukács ni de Heidegger, y quizá c o m e to un
e rror; p e r o resulta que la reflexión q u e ellos h ac en , nota b le en sí misma,
n o suscita e n m í r e a ccio n es q u e m e p are zca n interesantes. Y c o m o la
exhaustividad no es mi m e ta en m o d o alguno, sino sólo u n a c ierta repre-
sentatividad, c o n s id ero legítim o este c riterio de c o r r e s p o n d e n c ia secreta,
de diálogo posible. Alguno de los a u to re s de q u ie n e s h ablo están hoy, sin
duda, m á s c e r c a de mí que otros; p ero todos ellos m e h an entu sia sm ad o , en
un o u o tro m o m e n to , y sigo a d m ir á n d o lo s a todos.
D ebo a ñ a d i r f in a l m e n te algo m á s p e r s o n a l. E ste lib r o r e p r e s e n t a la
ú lti m a faceta d e u n a b ú s q u e d a in ic ia d a h a c e a l g u n o s a ñ o s c o n Teorías
del sím b o lo (1977) y S im b o lis m o e inlerpretacicm 1 (1978); su p ro y e c to

1. Publicados por Monte Avila Editores, 1981, en traducción de Enrique

Pezzoni, y 1982, en traducción de Claudine Lemoine y Margara Russotto. [E.]
inicial es c o n t e m p o r á n e o . M ie n tr a s ta n to o tr o te m a , el de la o tr e d a d , lia.
s u r g id o c o m o c e n t r o de m i a t e n c ió n . N o s o la m e n te h a a tra s a d o la
r e a liz a c ió n del a n t ig u o p r o y e c to s in o q u e h a o c a s io n a d o ta m b ié n en éste
m o d if ic a c io n e s in te r io re s . Sin e m b a r g o , el m a r c o p r o p u e s to e n los dos
p r i m e r o s libros q u e d a p r e s e n t e aq u í e n s e g u n d o p la n o ; p o r tal razón
q u is ie r a v o lv e r a m e n c i o n a r a lg u n o s e l e m e n to s esenciales.

II

N o b a s ta c o n e s c o g e r a u t o r e s del siglo XX p a r a a s e g u r a r s e de la
m o d e r n i d a d d e su p e n s a m i e n to . En c a d a in sta n te d el tie m p o co ex isten
m o m e n t o s d el p a s a d o m á s o m e n o s lejanos, del p r e s e n te y hasLa del
fu tu ro . Si d e s e o i n t e r r o g a r el p e n s a m i e n t o c rítico re p re s e n ta tiv o de este
sigio, la o b je tiv id a d c r o n o l ó g i c a re s u lta in suficiente; a d e m á s hay que
c e r c i o r a r s e de q u e estos a u t o r e s n o se c o n f o r m a n c o n r e p e tir ideas
r e c ib id a s y c o n f i r m a r así la tr a d ic ió n , s in o q u e e x p re sa n lo q u e e s -
es p e c ífic o de su é p o c a . P a r a e f e c tu a r tal división es n e c e s a r io tr a z a r un
c u a d r o , a u n q u e re s u lte g e n e r a l y s o m e r o , de esta h e r e n c ia del p asad o
c o n la c u a l e s tá n c o n f r o n ta d o s .
N u e stra s ideas r e s p e c to a la l it e r a tu r a y el c o m e n ta r i o no s ie m p r e
h a n existido. La f o r m a c i ó n m is m a de la n o c ió n «literatura», co n su
c o n t e n id o ac tu a l, es u n h e c h o r e c ie n te (del final del siglo x v m ). Antes,
se c o n o c ía n c a b a l m e n t e los g r a n d e s g é n e r o s (poesía, ep o p e y a, d r a m a )
así c o m o los p e q u e ñ o s , p e r o el c o n j u n t o e n el c u a l se les in c lu ía re su lta
m ás a m p lio q u e n u e s t r a lite ra tu ra . La «literatura» n a c ió de u n a o p o si­
c ió n c o n el le n g u a je utilitario, el cual e n c u e n t r a su ju stific a c ió n fu era de
sí m is m o ; p o r c o n t r a s te , a q u é lla es u n d is c u rs o q u e se b a s ta a sí m ism o .
P o r c o n s ig u ie n te , se d e s v a lo r iz a r á n las r e la c io n e s e n t r e las o b ra s y lo
q u e éstas d e s ig n e n , e x p r e s e n o e n s e ñ e n , es d ecir, e n t r e ellas y to d o lo
q u e les sea e x te rio r; e n c a m b io , se dirig irá u n a c o n s ta n t e a t e n c ió n a la
e s t r u c t u r a de 1a o b r a m is m a , al e n l a c e i n t e r n o de sus episodios, te m a s e
im á g e n e s. D esd e los r o m á n t i c o s h a s ta los s u r re a lis ta s y el N o u vea u
R o m á n , las e s c u d a s literaria s se h a n b a s a d o e n estos p r in c ip io s e s e n c ia ­
les, a u n q u e d i s c r e p a r a n en los d e ta lle s o en la e l e c c ió n del v o ca b u la rio .
C u a n d o el p o e t a A rc h ib a ld M cLeish e s c r ib e en un p o e m a p r o g ra m á tic o :

Un p o em a no deb e significar
Sino ser,

no h a c e s in o e x t r e m a r es a in c lin a c ió n h a c ia la in m a n e n c ia : el se ntido
m is m o es p e r c ib id o c o m o d e m a s i a d o e x terio r.
S an A gustín, a u t o r r e p r e s e n ta t iv o de la m a n e r a «clásica" de pensar,
fo r m u l a b a e n La d o ctrin a cristiana u n a o p o s ic ió n fu n d a m e n ta l: la que
existe e n t r e el u s o y el goce:

Gozar es, en efecto, apegarse a u n a cosa por a m o r a ella misma. Usar,

 p o r el contra rio . es co n v e rtir el objeto del cual se hace uso en objeto
que se am a, en caso de que sea digno de s e r a m a d o (I, IV, 4),2

E sta d istin c ió n tie n e u n a r e p e r c u s i ó n teológica: e n r e s u m i d a s c u e n ­

tas, n i n g u n a co sa, salvo Dios, m e r e c e s e r gozada, m e r e c e s e r a m a d a p o r
ella m is m a . A gustín d e s a r r o l la esta id e a al h a b l a r del a m o r q u e el
h o m b r e s ie n te p o r el h o m b r e :

Se trata de saber si el h o m b re debe a m a r al h o m b r e p o r sí m ism o o

p o r otra razón. Si es p o r sí mismo, lo gozamos; si es p o r o tra razón, lo
usamos. A hora bien, c re o q u e deb e s e r a m ad o p o r o tra razón. Pues la
felicidad se alcanza en el S e r q u e deb e ser am ad o p o r sí mismo.
Aunque no go ce m o s de esa felicidad en u n a realidad, la esperan za de
ser d ueño s de ella nos co nsuela sin em b a rg o en este bajo m u n d o . Pero
maldito sea quien ponga su esperanza en el h o m b re. No obstante, si lo
exam inam os con precisión, nadie deb e llegar hasta el p u n to de gozar
de sí m ismo; ya que el d e b e r de u n o radica en am arse, n o para si
mismo, sino p a r a Aquel del cual debe gozar (I, XXII, 20-21).

E n K arl P h ilipp Morilz, u n o de los p o r ta v o c e s in ic ia le s de la r e v o lu ­

c ió n « ro m án tica » a finales d e l siglo XVIII, la j e r a r q u í a es s u s t itu id a p o r la
d e m o c r a c ia , el s o m e t i m i e n t o p o r la ig u a ld a d ; t o d a c r e a c i ó n p u e d e y
d e b e c o n v e r tir s e e n o b je to d e goce. A la m i s m a p r e g u n t a - ¿ p u e d e el
h o m b r e c o n v e r tir s e e n o b je to d e g o c e ? —, M oritz r e s p o n d e c o n u n elogio
del h o m b r e :

El h o m b re debe a p r e n d e r a e x p e rim e n ta r de nuevo que está ahí p ara sí

mismo; d eb e sentir que, en todo se r pensante, el lodo q u e d a a la vista
de cada particular, de la m ism a m a n e ra q u e cada p a rtic u la r q u ed a a la
visla del lodo. N u n ca se debe co n sid erar al h o m b r e p articu la r com o
un se r m e ra m e n te útil, sino tam bién co m o un s e r noble, que contiene
su p ro pio valor en sí mismo. El espíritu del h o m b r e es u n todo
acabado en sí (Schriften..., págs. 15-16).

Así se i n a u g u r a la n u e v a s o c ie d a d . V arios a ñ o s m á s ta rd e , F rie d ric h

S c h le g e l p o n d r á e n e v id e n c ia la c o n t i n u i d a d de la es té tic a , ya n o c o n lo
te o ló g ic o , sin o c o n lo político.

La poesía es un discurso republicano, u n discurso que es para sí

m ism o su pro pia ley y su propio fin, y del que todas sus partes son
ciudadanos libres, con dere ch o a p r o n u n c ia rs e para con c erta rse
(«Fragmentos# del L yceim i, 65).

2. Todas las referencias que, salvo indicación contraria, remiten a las edicio­
nes originales, aparecerán en el texto a veces resumidas. Al final del libro se
hallará una lista completa de las referencias, con indicación de las traducciones
castellanas disponibles.
 Se trata, p u es, d e u n a c o n c e p c i ó n in m a n e n te d e la literatu ra , q u e
c o i n c id e c o n la id e o lo g ía d o m i n a n t e d e la é p o c a m o d e r n a (m e valgo del
t e r m i n o «ideología» e n el s e n tid o de s is te m a de ideas, de c re e n c ia s , de
v a lo re s c o m u n e s a los m i e m b r o s d e u n a so c ie d a d , sin o p o n e r lo a la
c o n c ie n c ia , a la c i e n c ia o a la v e rd a d , etc.). ¿S erá ta m b ié n de estética de
lo q u e n o s h a b la N ovalis c u a n d o dec la ra : «No vivim os ya e n la é p o c a en
q u e d o m i n a b a n f o r m a s u n i v e r s a l m e n t e adm itidas»? L a s u s titu c ió n de la
b ú s q u e d a d e u n a tr a s c e n d e n c i a p o r la a f ir m a c ió n del d e r e c h o de c a d a
in d iv id u o a ju z g a r s e a p a r t i r de su s p r o p io s cr ite r io s c o n c i e r n e ta n to a lo
é tic o y a lo p o lític o c o m o a lo estético: los tie m p o s m o d e r n o s e s ta r á n
m a r c a d o s p o r el a d v e n im i e n to del in d iv id u a lism o y d el relativism o.
D e c ir q u e la o b r a e s tá r e g id a p o r u n a m e r a c o h e r e n c i a in t e r n a y sin
re f e r ir s e a los a b s o lu to s e x te r io r e s , q u e sus se n tid o s so n infinitos y no
j e r a r q u i z a d o s , es i g u a lm e n te f o r m a r p a r te d e es ta id e o lo g ía m o d e rn a .
N u e s t r a id e a r e s p e c to al c o m e n t a r i o h a su frid o u n a e v o lu c ió n p a r a l e ­
la. N a d a s e ñ a l a m e j o r la r u p t u r a c o n las c o n c e p c i o n e s a n t e r io r e s q u e la
e x ig en c ia, e x p r e s a d a p o r S p in o z a e n el T ratado teo ló g ico -p o lítico , de
r e n u n c i a r a b u s c a r la v e rd a d d e los textos p a r a n o p r e o c u p a r s e m á s q u e
d e su s e n tid o . C on m a y o r e x a c titu d , S p in o za , m u y s e g u ro d e su s e p a r a ­
c ió n e n t r e fe y raz ón, y p o r lo ta n to e n t r e v e r d a d ( a u n q u e fuese religiosa)
y s e n tid o (de lós libros s a n to s, e n este caso), e m p ie z a p o r d e n u n c i a r la
d is t r ib u c ió n e n t r e m e d io s y fin en la e s tra te g ia p a trís tic a a n te rio r:

La mayoría de los intérpretes establecen co m o principio (para apre­

henderlas con claridad y adivinar su verdadero sentido) que las Escri­
turas son verdaderas y divinas en todas sus partes, cuando ésta debería
ser la conclusión de un examen riguroso, que impidiera que subsista
oscuridad alguna en ellas; lo que su estudio nos dem ostraría m ucho
mejor, sin la ayuda de ficción h u m a n a alguna, lo enu ncian de entrada
c o m o forma de interpretación («Prefacio», pág. 24).

La c r itic a d e S p in o z a es u n a c r ític a de e s t r u c t u r a y n o d e c o n te n id o :
no se trata de r e e m p l a z a r u n a v e r d a d p o r o tra, sin o d e c a m b i a r la v erd a d
de lu g a r en el tr a b a jo d e i n te ip r e ta c i ó n : lejos de p o d e r s e rv ir c o m o
p r in c i p io c o n d u c t o r a este ú lti m o , el s e n tid o n u e v o d e b e s e r el re s u lta d o
de éste; y n o se p u e d e b u s c a r u n a co sa c o n la a y u d a de esa m is m a cosa.
L a b ú s q u e d a d e l s e n tid o d e u n te x to d e b e r ea liza rse sin r e f e r e n c ia a su
verdad. La filosofía d el siglo XIX h a r á suyo es te p o s tu la d o de S p in o z a y, á
p e s a r de q u e esta lu c h a h a y a p e r d i d o a c tu a lid a d , a B o e c k h le p a r e c e
n e c e s a r io d ec ir, e n su E n c y c lo p á d ie u n d M eth o d o lo g ie d er philosogis-
c h e n W isse n sc h a fte n (1886):

Es tota lm e n te ahislórico prescribir, en la interpretación de las Santas

Escrituras, que todo se debe explicar según la analogía fidei ct doctri-
nae,\ aquí la m edida que debe guiar la in te ip reta ció n ni siquiera está
firm em e n te establecida, ya q u e la d o ctrin a religiosa, nacida de la
explicación de las Escrituras, ha asum ido formas muy diversas. La
 interpretación histórica debe establece r ú n ic a m e n te lo q u e q uie re n
d ec ir las obras de lenguaje, sin im p o rta rle que sea v erd a d ero o falso
(págs. 120- 121).

S e ve c ó m o se h a p r o d u c i d o u n d e s liz a m ie n to in se n sib le : se e m p ie z a
p o r r e n u n c i a r al u so d e u n c o n o c i m i e n t o p r e v io a c e r c a de la v e r d a d del
texto c o m o m e d io p a r a in t e r p r e t a r l o ; se a c a b a p o r d e c l a r a r n o p e r t i n e n ­
te to d a p r e g u n t a r e f e r e n t e a su v erd a d . P o r «verdad» h ay q u e c o m p r e n ­
d e r aquí n o u n a a d e c u a c i ó n d e h e c h o , d e to d a s m a n e r a s im p o s ib le de
e s t a b l e c e r e n el ca so d e la Biblia, sin o la v e r d a d h u m a n a g e n e r a l, la
ju s t ic i a y la s a b id u ría . D e sp u é s de S p in o za , el c o m e n t a r i o ya n o t e n d r á
q u e p r e g u n ta r s e : « ¿ H a b la rá es te texto c o n ex actitu d ? » , s in o sólo: «¿Qué
d ic e e x a c ta m e n te ? » El c o m e n t a r i o m is m o se h a v u e lto in m a n e n t e : c a d a
te x to s e rá su p r o p i o m a r c o d e r e f e r e n c ia , a falta d e to d a tr a s c e n d e n c i a
c o m ú n , y la ta r e a d el crítico , ajen a a to d o ju ic io d e v alo r, se a g o t a r á e n el
e s c la r e c i m ie n t o de su s e n tid o , en la d e s c r i p c i ó n tic las f o r m a s y d e los
f u n c io n a m ie n to s textuales. P o r esto, u n a r u p t u r a c u a lita tiv a se e s ta b le c e
e n t r e el texto e s tu d ia d o y el texto del e s tu d io . Si el c o m e n t a r i o se
p r e o c u p a r a p o r la v erd a d , se s itu a r ía e n el m i s m o nivel q u e la o b r a
c o m e n t a d a y los d o s tr a t a r ía n del m is m o objeto. P e r o la d if e r e n c ia e n tre
a m b o s es ra d ic a l y el texto e s tu d ia d o se c o n v i e r te e n o b je to (un lenguaje-
objeto), in c o r p o r a n d o el c o m e n t a r i o a la c a te g o r ía del m e ta le n g u a je .
A dem ás d e la diversidad de los v o ca b u la rio s, el h e c h o de q u e se
subraye tal o cual p arte del p r o g r a m a c o n t r i b u y e a e s c o n d e r la u n id a d de
u n a trad ició n q u e d o m in a el c o m e n ta r i o de E u ro p a d e s d e h a c e varios
siglos. Lo q u e viene hoy a la m e n te , c o m o m a teria liz ació n c e n tr a l de ese
p royecto, es la crític a e s tru c tu ra l, ya ten ga p o r o b je to los te m as (exp lora­
c io n e s del im a g in a rio , de las o b se sio n e s c o n s c ie n te s o in c o n sc ie n te s) o el
p ro p io sis tem a expresivo ( p ro c e d im ie n t o s n arrativos, figuras, estilo). P ero
la critic a histó ric a y filológica, tal c o m o se p r a c tic a d e s d e el siglo XIX, es
ig u a lm e n te fiel al p ro y e c to in m a n e n tis ta , p u e s to q u e el s e n tid o de ca d a
texto no p u e d e e s tab lece rse sin o en r e la c ió n a su c o n te x to p a rtic u la r, y la
ta re a del filólogo c o n s iste en e x p lic a r ese s e n tid o sin e m itir ju ic io alguno
al resp ecto . Más c e r c a n a a nosotros, la cr ític a de in sp ira c ió n nihilista (y
n o ya positivista c o m o la filología), q u e d e m u e s t r a q u e todo es in te r p r e ta ­
ció n y q u e el e s c r ito r se e m p e ñ a e n s u b v e rti r su p r o p ia ideología, se
m a n tie n e a ú n e n el á m b ito del m is m o p r o g r a m a , volviendo m á s q u im é r i­
ca q u e n u n c a to d a e s p e ra n z a de a lc a n z a r la verdad.
Q uizás hoy m e j o r q u e a n tes, p e r c ib im o s lo q u e está e n j u e g o c o n esta
d isc u sió n . La reflexión s o b r e la l it e r a tu r a y la c r ít ic a p a r ti c ip a en los
m o v im ie n to s id e o ló g ic o s q u e d o m i n a n la vida in te le c tu a l (y n o sólo
in te le c tu a l) e n E u r o p a d u r a n t e lo q u e se d e n o m i n a é p o c a m o d e r ­
na. A n tig u a m e n te se c r e í a en la e x iste n c ia d e u n a v e r d a d a b s o lu ta y c o ­
m ú n a to dos, de u n p a t r ó n u n iv e rs a l (el c u a l c o i n c id i ó d u r a n t e varios
siglos c o n la d o c t r i n a cristiana}. El d e r r u m b a m i e n t o d e es ta c r e e n c ia ,
el r e c o n o c i m i e n t o de la d iv e rs id a d y de la ig u a ld a d de los h o m b r e s ,
c o n d u c e n al rela tiv ism o, al in d iv id u a lis m o y, fin alm en te , al nihilism o.
Me sie n to a h o r a c a p a z d e e s p e c ific a r la n a t u r a le z a del p e n s a m i e n to
q u e b u s c o e n la reflexión c o n t e m p o r á n e a s o b r e la literatura : mi in te ré s
p r in c i p a l a b a r c a r á to d o lo q u e p e r m i ta s u p e r a r la d ic o to m ía así e sb o za­
da. D icho c o n m a y o r e x a c titu d , b u s c a r é e n los a u t o r e s e s tu d ia d o s e le ­
m e n to s d o c t r i n a r io s q u e c u e s ti o n e n la e s té tic a y la id e ología « r o m á n ti­
cas», sin c o n s titu i r p o r ello u n a v u e lta a los d o g m a s «clásicos».
E ste u s o d e las p a l a b r a s e n t r e co m illa s, y e n p a r t i c u l a r d e « r o m á n ti­
co», la cu a l u tiliza ré f r e c u e n te m e n te , exige a lg u n a s e x p lica cio n es. ExísJ
ten v aria s d if e r e n c ia s e v id e n te s e n t r e el s e n tid o d a d o a q u í a este té rm in o
y el q u e a d q u i e r e c u a n d o d esig n a el m o v im ie n t o a rtístic o del siglo x í x .
P o r u n a p a r te , e n esta p a l a b r a in c lu y o f e n ó m e n o s e ideas q u e n o han
s id o a s o c ia d o s c o n el g r u p o r o m á n t ic o , ta n to de! h is to ric is m o c o m o del
re a lis m o . P o r la o tra, e x c lu y o del se n tid o de este t e r m in o c o n n o t a c io n e s
q u e se le a t rib u y e n c o n f r e c u e n c ia , e s p e c ia lm e n te u n a v alorizac ió n de lo
ir r a c i o n a l y la a s p ira c ió n del a r ti c u lo a e n c a r n a r lo absoluto.
Es s e n c il la la e x p lic a c ió n de la d is c o rd ia e n t r e el se n tid o c o r r i e n t e y
el s e n tid o de « ro m a n tic is m o » a q u í a s u m id o : h a b lo d e lo q u e m e p a r e c e
el id eal típ ico del m o v im ie n t o m á s q u e del f e n ó m e n o h is tó ric o e n sí
m is m o . El r o m a n t i c i s m o h is t ó r ic o y, c o n m a y o r raz ón, el siglo XIX son,
e n el p la n o id e o ló g ic o , c o n j u n to s h e t e r o g é n e o s e n los cu a le s coexisten,
f o r m a n d o je r a r q u í a s div ersas, e l e m e n to s d isp a re s, in c lu so c o n t r a d i c t o ­
rios. Al m is m o tie m p o in sisto e n u tiliz a r es te te r m in o , p u e s fue c i e r ta ­
m e n t e e n u n g r u p o r o m á n t i c o - é l p r i m e r o , el d e J e n a , q u e r e u n ía a I05
h e r m a n o s S ch lc g c l, a N ovalis, S c h e llin g y o tro s m á s - d o n d e las p r in c i­
p ales ideas de la e s té tic a m o d e r n a fu ero n fo rm u la d a s co n o rig in a lid a d y
fuerza.
C ada u n o de los c a p ítu lo s q u e s ig u e n está c o n s tr u i d o a p a r ti r del
m is m o m o d e lo : p r o c u r o lo c a liz a r p r i m e r o lo q u e el a u t o r e s tu d ia d o le
d e b e a la id e o lo g ía r o m á n t ic a ; y lue go m e d e d ic o a los e l e m e n to s d e su
p e n s a m i e n t o q u e , i n t e n c i o n a d a m e n t e o no, p o n e n e n d u d a este m a r c o y
lo r e b a s a n . El ú lti m o c a p ítu l o tie n e u n c a r á c t e r d if e r e n te a p r i m e r a
vista, y a q u e e n él m e a s u m o a m í m is m o c o m o objeto, tr a t a n d o al
m is m o tie m p o d e r e c o g e r los re su lta d o s d e los c a p ítu lo s a n te r io r e s . P e ro
es ta d if e r e n c ia es sólo sup e rfic ial; d esde c ie r to p u n t o d e vista, esos o tro s
c a p ítu lo s n a r r a n ta m b ié n mi p r o p ia historia: h e sido y soy ese « r o m á n ti­
co» q u e tra ta de p e n s a r la s u p e r a c i ó n del r o m a n t ic is m o m e d ia n t e el
análisis d e a u t o r e s c o n los c u a le s m e h e id e n tific a d o e n f o r m a sucesiva.
Así pu es, e n c a d a c a p ítu lo , el m o v im ie n t o r e p e tid o se c o m p a g in a con
o tro , q u e es g r a d u a l, y c u l m i n a al final, sin q u e e s ta c u l m i n a c i ó n sea p o r
ello u n a síntesis. D ich o d e o tr o m o d o , lo q u e sig u e no es m á s q u e u n a
- i n a c a b a d a - n o v e l a de a p re n d iza je.
 EL LENG U A JE.PO ETICO
(L o s F orm alistas rusos)

Mi a c t i t u d f r e n te a ios F o r m a lis t a s r u s o s (u tilizo la m a y ú s c u l a c u a n ­

d o h a b l o d e este g r u p o p a r t i c u l a r ) h a c a m b i a d o e n d iv e rsa s o p o r t u n i d a ­
des, lo c u a l, d e s p u é s d e to d o , n o es n a d a s o r p r e n d e n t e p u e s se c o n v i r :
ti e r o n e n í n t i m o s p a r a m í h a c e m á s d e v e in te añ o s . La p r i m e r a
i m p r e s i ó n c o n s is tía e n es te d e s c u b r i m i e n t o : se p o d ía h a b l a r d e la
l i t e r a t u r a d e f o r m a a le g r e , i r r e v e r e n t e , inv e n tiv a ; al m is m o tie m p o , sus
te x to s t r a t a b a n d e a q u e llo de lo q u e n a d ie p a r e c í a p r e o c u p a r s e y q u e,
sin e m b a r g o , yo h a b í a c r e í d o s i e m p r e e s e n c ia l, d e a q u e llo q u e se
d e s ig n a b a , c o n u n a e x p r e s ió n algo c o n d e s c e n d i e n t e , la « té c n ic a lit e r a ­
ria». F u e e s ta a d m i r a c i ó n lo q u e m e llevó a b u s c a r texto tra s texto (no
s i e m p r e e r a fácil) y, lu e g o , a tr a d u c i r l o s al fra n cé s. E n u n s e g u n d o
m o m e n t o c r e í p e r c i b i r e n su s e s c r ito s la p r e s e n c i a d e u n p r o y e c to
«te órico», el d e la c o n s t i t u c i ó n d e u n a p o é t i c a q u e , sin e m b a r g o , n o e r a
f o r z o s a m e n te c o h e r e n t e (y c o n raz ón: se tr a t a b a de vario s a u t o r e s q u e
h a b í a n e s c r ito d u r a n t e u n la p so de q u i n c e a ñ o s ) ni se h a b ía r e a liz a d o a
fondo; era , p u e s , u n tr a b a jo de s is te m a tiz a c ió n y r a d ic a li z a c ió n el q u e
se im p o n í a . P o r ú l t i m o , e n el c u r s o d e u n t e r c e r p e r ío d o , e m p e c é a
p e r c i b i r a los F o r m a l i s t a s c o m o u n f e n ó m e n o h is tó ric o : lo q u e m e
i n t e r e s a b a n o e r a ta n t o el c o n t e n i d o d e su s ideas, c o m o s u lógica
i n t e r n a y s u l u g a r e n la h is t o r ia d e las id e o lo g ía s. E sta ú lti m a p e r s p e c t i ­
va es la q u e a d o p t o t a m b i é n e n e s ta in v e s tig a c ió n , lim itá n d o la a u n a
p e q u e ñ a p a r t e d e su a c tiv id a d , a s a b e r , la d e f in ic ió n d e la l i t e r a t u r a o,
c o m o ello s m á s b i e n d i c e n , del « le n g u a je p o é tic o » . P e q u e ñ a p e r o
c o m p le ja : c o m o v a m o s a d a r n o s c u e n ta , e n t r e ello s te n ía lu g a r m á s de
u n a d e f in ic ió n d e lo p o é t i c o .
Lo q u e p o d r í a m o s l l a m a r la «teoría e s tán d a r» del le n g u a je p o é tic o en
los F o rm a lis ta s r u s o s a p a r e c e d e f o r m a e x p lícita d e s d e la p r i m e r a p u b li­
c a c i ó n c o le c tiv a del m o v im ie n t o , la p r i m e r a de las C o m p ila cio n e s sobre
la teoría del len g u a je p o é tic o (1916), bajo la p l u m a de L. J a k u b in sk i, cuya
p a r ti c ip a c ió n e n el g r u p o fo rm a lis ta s e r á m a rg in a l, p e r o q u e e n t o n c e s
o f re c ía u n a g a r a n tía d e lin g ü ista a la tesis e x p u e s ta p o r su s am igos; su
c o n t r i b u c i ó n es, p u e s , im p o r ta n te . C on u n v o c a b u la rio e n líneas g e n e r a ­
les lin güístic o y d e s d e la p e r s p e c ti v a de la d e s c r ip c ió n global d e los
d if e r e n te s u so s de! lenguaje, J a k u b in s k i p l a n t e a las b a s e s de s u d efini­
c ió n del le n g u a je p o ético :

D ebem os clasificar los fenóm enos lingüísticos según el objetivo para

el cual el em isor utiliza sus r ep rese n tac io n e s lingüísticas en c a d a caso
particular. Si las utiliza con miras al objetivo m e ra m e n te práctico de
c om u nica ción, se trata del sistem a del lenguaje práctico (del p en s a­
m iento verbal), en el que las r ep rese n tac io n e s lingüísticas (sonidos,
elem entos morfológicos etc.) no tienen valor a u tó n o m o y sólo son un
m edio de c om unica ción. Pero p o d em o s p e n s a r en otros sistemas lin­
güísticos (y existen), en los cuáles el objetivo prác tico retro ce d e al
segun do plano (au n q u e p u e d e n o d e s a p a re c e r del todo) y las r e p r e se n ­
taciones lingüisticas ad q u ie re n u n valor a u tó n o m o (pág. 16).

La p o e s ía es. p r e c is a m e n te , u n e j e m p l o d e e s to s « o tros sis te m a s

lingüísticos». A ún m á s, e lla es s u e je m p lo p riv ile g ia d o , d e m a n e r a q u e se
pviede e s ta b l e c e r u n a e q u i v a le n c i a e n t r e «poético» y «de v a lo r a u t ó n o ­
mo», c o m o d e m u e s t r a este o tr o te x to d e J a k u b in s k i, p u b lic a d o e n la
te r c e r a c o m p ila c ió n fo rm a lista. P o é tic a , d e 1919:

Es necesario distinguir las actividades h u m a n a s que tienen su valor en

sí mismas, de las actividades que p ersig uen objetivos q u e les son
exteriores y que tienen u n valor en tanto q u e m ed ios p a r a o b te n e r
tales objetivos. S¡ llam am os poética la actividad del p r im e r tipo... (pág.
12).

E sto es c la r o y se ncillo: el le n g u a je p r á c t i c o e n c u e n t r a s u ju stific a ­

c ió n fu era de sí m is m o , e n la tr a n s m is ió n d el p e n s a m i e n t o o e n la
c o m u n i c a c i ó n in t e r h u m a n a ; es m e d io y n o fin; es, p a r a e m p l e a r u n a
p a l a b r a cu lta, h etero lélic o . El le n g u a je p o é tic o , al c o n t r a r i o , e n c u e n t r a
s u ju s tific a c ió n (y asi to d o su valor) e n sí m is m o ; es su p r o p io fin y n o ya
u n m edio ; es, pu es, a u t ó n o m o o, m e jo r , a u to té lie o , E sta f o r m u l a c ió n
p a r e c e h a b e r s e d u c id o a los d e m á s m i e m b r o s d e l g r u p o , p u e s e n sus
escrito s, e n la m i s m a é p o c a , se e n c u e n t r a n frases to t a l m e n t e an á lo g a s.
P o r ejem p lo , Chklovski, e n su a r ti c u lo s o b r e P o t e b n i a (1919), r e a f ir m a la
id e a tr a d u c i e n d o el a u t o te l is m o p o é t ic o e n té r m in o s d e p e r c e p c i ó n
(p e r o este m atiz, c o m o v e r e m o s , n o es fortuito):

El lenguaje poético se distingue del lenguaje prosaico p o r el c a rá c te r

sensible de su c on struc ció n. P od em o s se n tir el aspecto acústico, o el
articulatorio, o el sem asiológico. A veces, lo sensible no es la es tru c tu ­
ra de las palabras sino su c o n s tr i c c ió n , su disposición (pág. 4).

Y el m is m o año, en u n lib ro ed ificad o e n t o r n o a K h le b n ik o v , J a k o b ­

s o n p r e s e n t a fó rm u la s d e s tin a d a s a h a c e r s e c é le b r e s , y q u e s ig u e n sie n ­
do p e r f e c t a m e n t e c o n s o n a n t e s c o n la d e f in ic ió n de J a k u b in sk i:
 La poesía no es m á s q u e u n en u n c ia d o que aspira a la expresión. (...) Si
el arte p lástico con siste en la c o nfigurac ión del m aterial de r e p r e se n ­
ta cio n e s visuales del valo r a u tó n o m o , si la m ú sica consiste en la
co n fig u ra c ió n del m aterial so n o r o de valor a u tó n o m o , y la c o r e o g r a ­
fía, del m a teria l geslual d e valor a u tó n o m o , e n to n c e s la poesía c on sis­
te en la c o n fig u ra c ió n de la palab ra de valor a u tó n o m o , de la palabra
a u tó n o m a , c o m o dice K hlebniko v (págs. 10-11).

Este objetivo de la expresión, d e la m asa verbal, q u e califico co m o

m o m e n to ú n ic o y esencial de la poesía... (pág. 4J).

D e c i r q u e la p o e s ía es u n le n g u a je a u t ó n o m o o a u t o té l ic o e q u iv a le a
d a r l e u n a d e f in i c ió n f u n c io n a l: p o r lo q u e h a c e , m á s q u e p o r lo q u e es.
¿ C u á le s s o n las f o r m a s lin g ü is tic a s q u e h a c e n p o s ib l e e s ta f u n c ió n ? ¿En
q u é r e c o n o c e m o s u n le n g u a je q u e e n c u e n t r a su o b je tiv o (y su v alo r) en
sí m i s m o ? E n los tr a b a jo s f o r m a lis ta s se p r o p o n d r á n d o s r e s p u e s ta s a
e s ta s p r e g u n ta s . C o n la p r i m e r a , r e s p u e s t a s u s t a n c i a l e n c i e r t o m o d o , se
a s u m e d e f o r m a lite ra l la a f ir m a c ió n . ¿Q u é es u n le n g u a je q u e n o se
r e f ie r a a n a d a q u e le s e a e x t e r io r ? Es u n le n g u a je r e d u c i d o a su so la
m a t e r ia lid a d , s o n i d o s o le tras, u n l e n g u a je q u e r e c h a z a el se n tid o . Esta
r e s p u e s t a n o es el fru to d e u n a p u r a d e d u c c i ó n lóg ica; lo d o lo c o n t r a r i o ,
es p r o b a b l e m e n t e s u p r e s e n c i a p r e v ia e n el c a m p o id e o ló g ic o d e la
é p o c a la q u e lleva a los F o r m a l i s t a s a b u s c a r l e u n a ju s t if i c a c ió n m á s
a m p l i a y a e r i g i r u n a te o ría- d e la p o e s ía c o m o le n g u a je a u to té lic o .
R e s u lta q u e su s e s p e c u l a c i o n e s te ó r i c a s e s tá n e s t r e c h a m e n t e ligadas a la
p r á c t i c a c o n t e m p o r á n e a d e los f u tu rista s, d e la q u e so n al m i s m o tie m p o
c o n s e c u e n c i a y f u n d a m e n t o ; y q u e la p a r t e m á s e x t r e m a d e e s ta p r á c t i c a
es el za u m , le n g u a je t r a n s m e n t a l , p u r o s ig n ific a n te , p o e s ía d e s o n id o s y
d e le tr a s m á s a c á d e las p a l a b r a s . C o m o s e h a visto c o n J a k o b s o n , n o es
g r a n d e la d i s t a n c ia q u e s e p a r a al sa m o v ilo e slo v o ( d is c u r s o a u t ó n o m o )
d e K h le b n i k o v ( q u ie n só lo p r a c t i c a e x c e p c i o n a l m e n t e el za u m ) del
s a m o c e n n o e slo v o ( d i s c u r s o d e v a l o r a u t ó n o m o ) d e los F o rm a lista s.
C o m e n t a n d o r e t r o s p e c t i v a m e n t e e s te p e r ío d o , E i k h e n b a u m tie n e, p u e s ,
r a z ó n al v e r e n el « le n g u a je t r a n s m e n ta l» la e x p r e s i ó n m á s t r a b a ja d a de
la d o c t r i n a a u to té l ic a :

La te n d e n c ia de los futuristas al «lenguaje transm ental» co m o un

d e s p o jam ien to e x tre m o del «valor autó n o m o » ,,. («Teorija..,», pág. 122)

U n o s d ie z a ñ o s a n t e s , C h k lo v sk i s e p r e g u n t a b a si t o d a p o e s ía no era
e n r e a lid a d t r a n s m e n t a l , al n o v a le r s e los p o e t a s , la m a y o r í a d e las veces,
d e l s e n t i d o s in o p a r a lo g r a r u n a « m o tiv a c ió n » , u n e n m a s c a r a m i e n t o y
u n a exc usa :

El p o c la no se decide a d e c ir la «palabra transm ental»; com u n m en te

lo tr a n sm e n ta l se e s c o n d e bajo la m á s c a ra de un contenid o cualquie­
 ra, m uchas veces engañoso, ilusorio, que obliga a los poetas m ism os a
a d m itir que no e n tien d e n el sentido de sus versos. (...) Los hechos
expuestos nos obligan a p reg u n ta rn o s si, en el discurso n o a b ie r ta m e n ­
te transm ental sino sim p lem en te poético, las palabras tienen sie m p re
un sentido, o si esta opinión es s o la m e n te u n a ilusión y el resultado de
nu estra falta de ate n c ió n («O poézii...», págs. 10-11).

J a k o b s o n n o p e n s a r á de o tr o m o d o :

El lenguaje poético tiende, en últim o caso, hacia la palabra fonética;

con m ayor exactitud, ya que ei objetivo co rre sp o n d ie n te está p resente,
h acia la palabra eufónica, hacia la p a la b ra tra n sm e n ta l (pág. 68).

O tros r e p r e s e n ta n t e s del g r u p o no lle g an h a s ta esto, p e r o e s tá n de

a c u e r d o e n r e c o n o c e r el v a l o r e s e n c ia l y, s o b r e to d o , a u t ó n o m o de los
s o n id o s e n p o es ía. Así Ja k u b in sk i:

En el pensa m ien to lingüístico versificado, los sonidos se con v ierten en

el objeto de la atención, revelan su valor au tó n o m o , em ergen en el
c a m p o claro de la co n c ie n cia («O zvukakh...», págs. 18-19).

O Brik:

Cualquiera que sea la m a n e r a en que se afron ten las inte rre lac iones de
la imagen y el sonido, u n a cosa es incontestable: los sonidos, las
co nson ancias no son sim p lem en te un ap é n d ic e eufónico, sino el resul­
tado de u n a aspiración poética a u ló n o m a (pág, 60),

¿ P ero a ú n s e r á le n g u a je u n le n g u a je q u e r e c h a z a el s e n tid o ? ¿No s e r á

b o r r a r el rasg o e s e n c ia l de! le n g u a je , s o n id o y se n tid o , p r e s e n c i a y
a u s e n c ia a la vez, el r e d u c i r l o al e s ta tu to d e p u r o o b je to físico? ¿Y p o r
q u é o t o r g a r u n a a t e n c i ó n in tr a n sitiv a a lo q u e es s ó lo r u id o ? L le v a d a al
e x tre m o , esta r e s p u e s ta (a la p r e g u n t a q u e se r e fie re a las f o rm a s de!
le n g u a je p o é tic o ) rev e la su c a r á c t e r a b s u rd o : sin d u d a p o r esta raz ó n , a
p e s a r de q u e los F o rm a lis ta s n o lo h ay a n e x p lic a d o , p a s a m o s a u n a
s e g u n d a re sp u e sta , m á s a b s tr a c t a y m e n o s literal, m á s e s t r u c t u r a l y
m e n o s su sta n c ia l, q u e c o n s is te e n d ec ir: el le n g u a je p o é t ic o rea liza su
f u n c ió n a u to té lic a (es d e c ir, la a u s e n c ia de to d a f u n c ió n e x te r n a ) s ie n d o
m á s sis te m á tic o q u e el le ng uaje p r á c tic o o c o lid ia n o , La o b r a p o é t i c a es
u n d is c u rs o s u p e r e s t r u c t u r a d o , d o n d e lo d o se justifica: g r a c ia s a eso lo
p e r c ib im o s e n sí m is m o , m á s q u e r e m i t i e n d o a u n m á s allá. P a r a e x c lu ir
to d o r e c u r s o a u n a e x t e r io r id a d c o n r e la c ió n al texto, E i k h e n b a u m , en
u n c é l e b r e análisis d e E l ca p o le d e G ogol (de 1918), r e c u r r e a las
m e tá f o r a s de la c o n s t r u c c i ó n y del ju e g o , o b je tó o ac tiv id a d c a r a c t e r i z a ­
dos p o r su c o h e r e n c i a in te r n a y p o r la falta d e f in alid ad extern a:

Ni u n a sola frase de la obra literaria p u ed e ser, en si, u n «reflejo»

 sim ple de los se ntim ientos personales del autor, sino que es siem pre
co n s tru c c ió n y ju e go (pág. 162).

En u n e s tu d io p u b lic a d o e n la m i s m a é p o c a («Svjaz' p riem ov...»),

Chklovski r e iv in d ic a ta m b i é n e s la v e r s ió n e s tr u c tu r a l del au to te lism o :
no to d o es f o r z o s a m e n te le n g u aje tr a n s m c n ta l e n p oesía y so b r e to d o en
p rosa; p e r o la p r o s a n a r r a ti v a m is m a o b e d e c e a las leyes d e c o m b in a c ió n
de so n id o s , a las re g la s de c o n s t r u c c i ó n r e s p o n s a b le s d e la « in s t r u m e n ta ­
ción» fónica.

Los m étod os y los p rocedim ientos de com posición del «tema» son
sem ejantes y, en principio, idénticos a, p o r lo menos, los p r o c e d im ie n ­
tos de la in stru m e n ta ció n sonora. La obra verbal es una ca dena de
sonidos, de m ovim ientos articulatorios y de pensam ientos (pág. 50).

La a f ir m a c ió n dei c a r á c t e r s is te m á tic o de la o b r a hace, pu es, su

e n t r a d a e n la V ulgata, bajo las f o r m u l a c io n e s m á s variadas, d e s d e la de
Chklovski:

La obra está e n te ra m e n te construida. Toda su m ateria está organizada

(Tretja gabrika, pág. 99).

H asta la de T ynianov:

Para analizar este p rob lem a fundam ental (de la evolución literaria),
hay que r e c o n o c e r prim e ro que la obra literaria es un sistema y que la
literatura es igualm ente uno. Sólo sobre la base de esta convención se
p uede co n s tru ir un a ciencia literaria («O lilcratumoj...», pág. 33).

D e igual m o d o , J a k o b s o n p a s a d e u n a a o tr a r e sp u e sta . Se h a visto ya

el p a p e l q u e le a t r i b u ía a la p o e s ía t r a n s m e n ta l. P e r o , e n la é p o c a d e su
libro s o b r e K h le b n ik o v , r e c u r r e ta m b ié n a o tr a s e x p lic a c io n e s. Una de
ellas, q u e o c u p a u n a p o s ic ió n en r e s u m i d a s c u e n ta s in te r m e d ia , está
u n i d a e n s u f o r m u l a c i ó n a las le c c io n e s d e K ruszavski. E ste ú lti m o
d e s c r ib e s is t e m á t i c a m e n t e las r e la c io n e s lin g ü ístic as r e c u r r i e n d o a la
o p o s ic ió n e n t r e s e m e j a n z a y c o n t ig ü id a d , c o r r i e n t e p o r e n to n c e s , e n los
trabajos de p s ic o lo g ía g e n e ra l; s ir v ié n d o s e d e los té r m in o s d e « co n s e rv a ­
dor» y «progresista», p a r t i c u l a r m e n t e c a r g a d o s d e s e n tid o p o lític o en
Rusia, a ñ a d e u n c o m i e n z o d e ju ic io d e valor:

Desde cierto p unto de vista, el p ro ce so de evolución de la lengua

aparece com o el antagonism o e te rn o entre la fuerza progresista, d eter­
m inada p o r las relaciones de semejanza, y la fuerza conservadora,
determ in a d a p o r las asociaciones de contigüidad (Ocherk..., págs. 116-
117).

El r a z o n a m ie n to de J a k o b s o n se d e s a r r o l la a p a r tir de ahí de la
s ig u ie n te m a n e r a : el h e t e r o i e l i s m o del le n g u a je c o t id ia n o se a d a p ta b ie n
a las r e la c io n e s d e c o n t ig ü id a d (d e sd e lue g o a r b it r a r ia s ) e n t r e s ig n i f ic a n ­
te y significado; el a u t o t e l i s m o de! le n g u a je p o é t ic o se f a v o r e c e r á p o r las
r e la c io n e s d e s e m e j a n z a ( m o tiv a c ió n d el signo); p o r a ñ a d i d u r a , se ha
p a s a d o de «pro gresista» a « re v o lu c io n a r io » , lo q u e , e n el c o n t e x to d e la
é p o c a , p e r m i t e a c a d a u n o d e los t é r m in o s , «poesía» y « rev o lu c ió n » ,
in f u n d ir en el o tr o u n a lu2 positiva:

En los lenguajes em otivo y poético, las r ep rese n tac io n e s verbales

(tanto fonéticas co m o sem ánticas) c o n c e n t r a n so b re ellas m ism as u n a
m ayor atención, el lazo entre el aspec to so n o ro y la significación se
vuelve más estrecho, m ás íntimo, y, en co n sec u en cia, el lenguaje se
vuelve más revolucionario, ya que las asociaciones habituales de c o n ­
tigüidad r e tro ce d en al se gun do plano (pág, 10),

La asociación m e cá n ica p o r contigüidad e n tre el sonido y el sentido se

da tanto m ás rápidam ente, c u a n to más habitual sea. De ahí el c a r á c te r
co n s erv ad o r del lenguaje cotidiano. La form a de la p alabra m u e re
rápid am ente. En poesía, el papel de la asociación m e c á n ic a está r e d u ­
cido al m ín im o (pág. 41).

Esta s u s titu c ió n d e las a s o c ia c io n e s d e c o n t ig ü id a d p o r las a s o c ia c io ­

nes de se m e ja n z a (lo q u e a b a r c a , a p a r e n t e m e n t e , la r e l a c i ó n « m á s e s t r e ­
cha, m á s íntim a» e n t r e s o n id o s y s e n tid o s) es d e h e c h o u n esTuci^o del
c a r á c t e r s is te m á tic o d el d is c u rs o , ya q u e la c o n t ig ü id a d n o es m á s q u e
o tr a d e n o m i n a c i ó n d e lo a r b it ra rio , o d e la c o n v e n c i ó n no m o tiv ada .
P ero , e n su m is m o texto, J a k o b s o n ta m b ié n c o n s i d e r a o t r a f o r m a de
m o ti v a c ió n , no ya e n t r e s ig n ific a n te y s ig n ific ad o ( m o tiv a c ió n d e a lg u n a
m a n e r a v ertical), s in o e n t r e u n a p a l a b r a y la o tra, e n la c a d e n a del
d is c u rs o ( m o tiv a c ió n «horizontal»); ésta, u n a vez más, va e n el s e n tid o
del a u t o te l is m o q u e d e fin e el e n u n c i a d o p o é tic o : «No se p e r c ib e la
f o rm a d e u n a p a l a b r a a m e n o s q u e se r e p it a e n el sis te m a lingüístico»
(pág. 48). Esta ú ltim a m a n e r a d e v e r las c o s a s es la q u e se c o n v e r t i r á en
el c r e d o d e J a k o b s o n c u a r e n t a a ñ o s m á s larde, y sólo se p e r c ib e n
d if e r e n c ia s te rm in o ló g ic a s e n t r e el e n u n c i a d o de 1919 y a q u e llo s m á s
c é le b r e s q u e d a t a n d e los a ñ o s se sen ta . P o r u n a p a r te , el le n g u aje
p o é t ic o se defin e p o r su a u to te lism o :

El objetivo (Einslellung) del mensaje en c u a n to tal, el ac ento p uesto en

el mensaje p o r su propia cuenta, es lo que ca racteriza la función
poética dei lenguaje («Lingüistica y poética»).

P o r o tr a p a rte , el a u to te lis m o se m a n if ie s ta p o r esa f o r m a p a r t i c u l a r

d e la s u p c r - c s t r u c l u r a q u e es la r e p e tic ió n :

La función poética proyecta el principio de eq uivalencia de| eje de la

selección so b re el eje de la com binación .
 En lodos los niveles del lenguaje, la esencia del artificio poético
consiste en periódicas reiteraciones («Gramatical parallelism...»

Tal es la p r i m e r a c o n c e p c i ó n f o rm a lis ta del le n g u a je p o é tic o , p r i m e ­

ra n o e n el t ie m p o s in o m á s b i e n e n el o r d e n de im p o r ta n c ia . ¿S erá u n a
c o n c e p c i ó n o rig in a l? J a m á s se h a ig n o r a d o la filiación q u e lleva a los
fu tu rista s rusos. P e r o es és ta u n a c o r r e s p o n d e n c i a in m e d ia ta q u e, m á s
q u e re v e la r, e n m a s c a r a el v e r d a d e r o a r r a ig o id e o ló g ic o de las te o ría s
form alistas. Sin e m b a r g o , J i r m u n s k i lo h a b ía in d ic a d o d e s d e los inicios
de los a ñ o s v e in te (en «Z adachi poctiki»): el m a r c o de la d o c t r i n a
f o rm a lis ta del le n g u aje p o é t ic o es el e s te tic is m o k a n tia n o y, te n d r í a m o s
q u e a ñ a d ir , su e l a b o r a c ió n p o s te r i o r en la é p o c a del r o m a n t ic is m o
a l e m á n . La id e a del a u t o te l is m o c o m o d e fin ic ió n de lo bello y del arte
v ie n e e n lin c a r e c t a d e los e s c r ito s es té tic o s d e K arl Ph ilipp M oritz y de
Kanl; la s o li d a r id a d m is m a e n t r e a u t o te l is m o y u n a m a y o r sistem alici-
dad e s tá ah í a b i e r t a m e n t e a r tic u la d a , al igual q u e la q u e existe, p o r lo
d e m á s , e n t r e a u t o te l is m o y v a lo r d e los so n id o s. Ya en su p r i m e r escrito
e s té tic o (de 1785), M oritz d e c l a r a q u e la a u s e n c ia de finalidad e x te r n a
d e b e s e r c o m p e n s a d a , e n arte , p o r u n a in te n s if ic a c ió n d e la finalidad in­
terna:

Si un objeto deb e p r o d u c ir en mf placer, hay que situar en el objeto

mism o la utilidad o el fin ex tern o cua n d o carece de ellos; o entonces:
d ebo encontrar en tas partes aisladas de ese objeto tanta finalidad que
olvido preguntarm e: ¿Pero para qué sirve entonces su totalidad? Para
decirlo en otras palabras: frente a un objeto bello debo sentir placer
ú n ic a m e n te p o r él m ismo; con ese motivo, la ausencia de finalidad
externa tiene que c o m p en sa rse m ediante una finalidad interna; el
objeto tiene que s e r algo acabado en sí mismo (S ch riften..., pág. 6).

Lo m is m o d ic c S c hclling: la p e r d id a de fu n c ió n e x t e r n a se p a g a c o n
el p r e c io d e u n a u m e n t o d e la r e g u la r i d a d in te rn a :

La o b ra poética (...) sólo es posible a través de u n a separación del

discurso con el cual se expresa la obra de arte, de la totalidad del
lenguaje. P ero esta separación, p o r u n a parte, y ese c a rá c te r absoluto,
p o r la otra, n o son posibles si el discurso no co n tien e en sí m ism o su
propio m ovim iento in d e p en d ie n te y, p o r consiguiente, su tiempo,
co m o los cu e rp o s del m undo; así se separa de todo lo demás, al
o b e d e c e r a vina regularidad interna. Desde el punto de vista externo, el
discurso se mueve lib rem ente y de m a n era au tónom a; sólo en sí
m ism o está ord en a d o y so m e tido a la regularidad (Philosophie der
Kunst, págs. 635-636).

De igual m o d o , A u gust W ílh e lm S c h lc g c l ju stifica c o n razón las

re p e tic i o n e s fónica s (las c o a c c io n e s m é tr ic a s dc¡ verso) p o r la n ecesidad
d e a f i r m a r ct c a r á c t e r a u t ó n o m o del d is c u r s o p oético:
 Cuanto m ás pro saico resulla un discurso, m ás pierde su ac entu ac ión
musical y n o hace sino articularse con seq uedad. La ten dencia de la
poesía es ex a ctam e nte inversa y, p o r consiguien te, p a r a a n u n c ia r que
es un discurso que tiene su fin en sí m ism o, q u e no sirve a ningún
asunto exterior y, que p o r lo tanto, in te rv e n d rá e n u n a sucesión
tem poral d e te r m in a d a en o tra parte, deb e f o rm a r su p r o p ia sucesión
tem poral. Sólo así el oyente será extraído de la realidad y devuelto a
u n a serie te m p o ral im aginaria, sólo así percibirá u n a subdivisón re g u ­
la r de las sucesiones, u n a m e d id a en el discurso mismo; de ahí ese
fen ó m e n o m aravilloso cu a n d o , usada co m o p u r o ju ego, en su m anifes­
tación más libre, la lengua se deshace v o lu n ta ria m e n te de su c a r á c te r
arbitrario, que d o m in a p o r otro lado ca te g ó ric am en te , y se som ete a
u n a ley a p a re n te m e n te ajena a su c o n ten id o . Esta ley es la m edida, la
cadencia, el ritm o ( V orlesungen..., págs. 103-104).

N o s p o d r í a m o s p r e g u n t a r si los F o r m a lis t a s e r a n c o n s c i e n t e s de esta

filiación. A u n q u e la r e s p u e s ta f u e ra n eg a tiv a , n o t e n d r í a m a y o r i m p o r ­
ta n cia , ya q u e p o d ía n e s ta r im p r e g n a d o s d e las id e a s r o m á n t i c a s sin
t o m a r la s de su fu e n te , r e c ib ié n d o l a s p o r m e d i o de los s im b o lis ta s f r a n c e ­
ses o ru so s. De esa m a n e r a , p o d e m o s p e r m a n e c e r e s c é p tic o s r e s p e c to a
las d e c l a r a c i o n e s de J a k o b s o n c u a n d o , e n 1933, n ie g a las a s im ila c io n e s
q u e le p a r e c e n abusivas:

P arec e q u e esta escuela (formalista) (...) defiende el arle p o r el arte y

sigue los pasos de la estética kantiana. (...) Ni Tynianov, ni Mukarovski,
ni Chklovski, ni yo, p r ed ic am o s q u e el arte se basta a sí m ism o («¿Qué
es la poesía?»).

P e ro , d e h e c h o , los p r i m e r o s e s c r ito s d e J a k o b s o n , p r e c i s a m e n t e ,
c o n t i e n e n dos n o m b r e s clave: el d e M a lla r m é y el de N ovalis. A h o ra
b ie n , la e s té tic a del p r i m e r o es só lo u n a v e r s ió n ra d ic a l d e la d o c t r i n a
r o m á n t ic a ; m ie n tr a s q u e el s e g u n d o es u n o d e sus p r in c i p a le s au to re s...
E n u n texto p o s te r i o r , J a k o b s o n e v o c a de es ta m a n e r a la in f lu e n c ia de
N ovalis q u e él m is m o h a b ía e x p e r im e n t a d o :

Pero aún m ás te m p ra n o [que 1915, añ o en que lee a Husserl], hacia

1912 [es decir, a la eda d de dieciséis años), c o m o estudiante, c u a n d o
había escogido decid id a m e n te el lenguaje y la poesía c o m o objeto de
investigaciones futuras, me e n c o n tr é con los escritos de Novalis y me
q uedé fascinado para siem pre al d e s c u b rir en él, co m o al m ism o
tiem po en Mallarmé, la unión inseparable del gran p o e ta con el
profundo te órico del lenguaje. (...) La escue la llam ada del F o rm a lism o
i*uso vivía su p eríodo de g erm in ació n antes de la p r im e ra g u e rra
m undial. La discutida n o ción de autorregulación (Selbstgesctzpúissig-
keil) de la fo rm a , p ara h a b la r co m o el poeta, h a e x p e rim e n ta d o en ese
m ovim iento u n a evolución, desde las p rim e ra s tom as de posición
mecanicisias hasta u n a c o n c ep c ió n a u té n tic a m e n te dialéctica. Esta
ú ltim a e n c o n tr a b a ya en Novalis, en su cé le b re «Monólogo», una
 incitación p le n a m e n te sintética que, desde un principio, m e había
em belesado y llenado de a som b ro («Nachwort», págs. 176-177).

F ilia ció n n o significa id e n tid a d , y es c ie rto q u e ni A.W. S ch le g el ni

N ovalis h u b i e r a n p o d id o e s c r i b i r los análisis g r a m a tic a le s q u e Ja k o b s o n
c o n s a g r ó a la p o e s ía , ni t a m p o c o B a u d e la ir e , al c u a l J a k o b s o n hac e
g u s to s a m e n te r e f e r e n c ia e n sus es c rito s m á s tardíos. R e su lta q u e la
o p c i ó n id e o ló g ic a (la d e fin ic ió n del le n g u aje p o é tic o ) q u e los F o r m a lis ­
tas c o m p a r t e n c o n los r o m á n t i c o s n o b a s ta p a r a c a r a c t e r iz a r p l e n a m e n ­
te su trab a jo ; n o es in d if e re n te s a b e r q u e Novalis e s c r ib e f ra g m e n to s
p o é t ic o s y J a k o b s o n a r tí c u lo s en las revistas es p ecializad as. S in e m b a r ­
go, esa c o n c e p c i ó n p a r t i c u l a r m e n t e p o p u l a r d e los F o rm a lista s d e n in ­
g u n a m a n e r a les p e r t e n e c e e n ex c lu siv a y, p o r ella, q u e d a n e n t e r a m e n t e
d e p e n d i e n t e s d e la id e o lo g ía r o m á n t ic a .

11

P e r o esta c o n c e p c i ó n del le nguaje p o é t ic o no es la ú n i c a y ni s iq u ie ra

del to d o la p r i m e r a en la h is to ria del F o r m a lis m o ruso. Si n o s d e t e n e m o s
e n la p r i m e r a p u b lic a c ió n t e ó r i c a de Chklovski, «V osk rcse n ie slova» [La
r e s u r r e c c i ó n d e la p a la b r a ] , c o n fe c h a d e 1914, p o r lo ta n to a n t e r i o r a la
c o n s titu c ió n del g r u p o , n o s e n c o n t r a m o s c o n u n a c u r io s a m e z c la de la
docLrina p r e c e d e n t e m e n t e e x p u e s ta c o n o tra , c u y a d if e r e n c ia Chklovski
no p a r e c e p e r c i b i r p e r o q u e en re a lid a d só lo p u e d e a r m o n i z a r s e c o n la
p r i m e r a c o n la m a y o r dificultad.
P o r u n a p arte , pues, Chklovski escribe:

Si q u e re m o s c r e a r u n a definición de la p erc ep ció n poética y en gene­

ral artística, nos to p a re m o s sin d uda con esta definición: la percepción
artística es aquella en la cual se exp e rim enta la form a (quizá no sólo.la
forma sino n e c e s a ria m e n te la forma) (págs. 2-4).

El to n o g e n e r a l n o s r e s u lta m u y c o n o c id o ; sin e m b a r g o , se p e r c ib e
ta m b ié n u n m atiz q u e es ta b a p r e s e n te ig u a lm e n te e n los textos m e n c i o ­
n ad o s c o n a n t e r i o r i d a d y q u e p a r e c e s e r la c o n t r i b u c i ó n p e r s o n a l de
Chklovski a la d o c t r i n a p ro fe s a d a c o l e c tiv a m e n te : en lu g a r d e d e s c r ib ir
la o b r a de a r le m is m a , o el le n guaje p o é tic o , Chklovski se in te r e sa
s ie m p r e p o r el p r o c e s o ele su p e r c e p c i ó n . No es el le n g u a je el q u e es
a u to té lic o , es su r e c e p c i ó n p o r el l e c t o r o el oyente.
A h o ra b ie n , p o r o tr a p a rte , Chklovski n os e n t r e g a ta m b ié n incidental-
m e n t e o tr a d e f in ic ió n del arLe q u e , c o m o v e r e m o s , está ig u a lm e n te
ligada a la p e r c e p c i ó n ; p e r o q u e r e n u n c ia , e n c a m b io , al autotelism o:
«La sed de lo c o n c r e to , q u e c o n s titu y e el a l m a del a r te (Carlyle), exige el
ca m b io » (pág. 4). Carlyle, ya se sabe, n o es m á s q u e o tr o v u lga rizad or de
las id e as r o m á n t ic a s , y su c o n c e p c i ó n del a rte d e r iv a d e la de Schelling:
es la s íntesis d e lo infinito c o n lo finito, la e n c a r n a c i ó n de la abstracción
e n f o rm a s c o n c r e ta s . Así, pues, n o h e m o s d e j a d o la t r a d i c ió n r o m á n t ic a .
P ero es quizás a o tr o lu g a r c o m ú n d e la é p o c a al q u e se r e f ie r e i m p l íc i ta ­
m e n te Chklovski (so b re to d o si se t o m a e n c o n s i d e r a c i ó n su in siste n c ia
^n la p e r c e p c i ó n ) : el q u e p o p u la r i z a Ja e s té tic a d e l im p r e s io n is m o . El
a r te r e n u n c i a a la r e p r e s e n t a c i ó n d e las e s e n c ia s y se d e d i c a a la d e las
im p r e s io n e s , d e las p e r c e p c i o n e s ; s ó lo e x iste n v isio n e s in d iv id u a le s de
los objetos, n o o b je to s e n sí; la visión c o n s titu y e el o b je to , r e n o v á n d o lo .
E s ta m o s a q u í a ú n m á s c e r c a d e los p r in c i p i o s rela tiv istas e in d iv id u a lis­
tas de esta id eología.
S ea lo q u e sea, Chklovski n o p a r e c e a d v e r t i r e n m o d o a l g u n o q u e esta
f u n c ió n del a r te ( r e n o v a r n u e s t r a p e r c e p c i ó n d e l m u n d o ) n o p u e d e
asim ila rse al a u t o te l is m o o a u s e n c ia d e f u n c ió n e x t e r n a , ig u a lm e n te
c a r a c t e r ís ti c a del arte, y sig u e p l a n t e a n d o a m b a s s i m u l t á n e a m e n t e en
los textos de los a ñ o s siguiente s. La a u s e n c ia d e a r ti c u l a c i ó n es p a r t i c u ­
l a r m e n t e s o r p r e n d e n t e e n «El a rte c o m o p r o c e d i m i e n t o » , d o n d e se
i n t r o d u c i r á el f am o so c o n c e p t o d e o str a n e n ie , o d is t a n c ia m i e n to . P ues
vo lv e m o s a e n c o n t r a r a q u í los e je m p lo s ya m e n c i o n a d o s e n «Voskrese-
nie slova» [La r e s u r r e c c i ó n de la p a la b r a ] d e u n le n g u a je p o é tic o «dis­
tante» o «extraño» (el b ú lg a r o a n tig u o e n R usia, A rn a u t D aniel, la glosei
de A ristóteles, etc.), se g u id o s p o r estas a f ir m a c io n e s :

Así el lenguaje de la poesía es un lenguaje difícil, com plicado, lento.

(...) Así, d esem b o c am o s en la definición de la poesía co m o discurso
dism inuido, oblicuo (págs. 21-22).

La p r i m e r a c o n c e p c i ó n del le n g u aje p o é t ic o está, p u e s , m u y p r e s e n ­

te. P e r o al lado d e ésta, a v ec es h a s ta e n c a j a d a d e n t r o de ella, se
e n c u e n t r a ta m b ié n la se g u n d a , q u e c a r g a d e h e c h o c o n la in s is te n c ia de
su a u t o r . Chklovski escrib e, p u e s , r e s p e c to a la p r i m e r a c o n c e p c ió n , de
u n a m a n e r a p e r f e c t a m e n t e in c o h e r e n te :

Ijx im agen poética es un medio para intensificar la im presión. (...) La

im agen poética es u n a de las m a n e ra s de c r e a r u n a im presión más
fuerte. Como tal (...), es igual a todas las m a n eras que utilizamos para
a u m e n ta r la sensación de la cosa (las palabras o hasta los sonidos de la
o b ra pueden igualm ente s e r cosas) (págs. 9-10).

• S e ve a q u í c ó m o el p a r é n te s i s tra ta d e r e c o n c i l i a r las d o s v e r tie n te s

d e la d o c trin a : se h a lla de n u e v o la d o c t r i n a del a u t o t e l i s m o a r tí s tic o ¡a
c o n d i c i ó n de o lv id a r q u e el a r te es d if e r e n t e d e l re s to d e l m u n d o ! ¿P ero
p u e d e s e r la im a g e n - « m a n e r a » id é n tic a a la im a gen-«cosa», el «m edio» al
«fin»? O ta m b ié n :

La finalidad de la imagen no es la de a p r o x im a r su significado a

nuestro en ten d im ien to , sino la de c r e a r u n a p e rc e p c ió n p a r tic u la r del
objeto, de c r e a r su «visión» y no su «reconocim iento» (pág. 18).
 La o p o s ic ió n le n g u a je p o c l ic o / le n g u a je p r á c tic o q u e d a igualmente,
r e s u e lta y sim p lific a d a ; ya n o o p o n e , sin e m b a r g o , a u lo le lis m o a hetero-
tc lism o , s in o lo c o n c r e t o a lo a b s tra c to , lo se n sib le a lo inteligible, el
m u n d o al p e n s a m i e n t o , lo p a r t i c u l a r a lo g ene ral. A veces, Chklovski
lo g ra a s u m i r las d o s p o s ic io n e s d e n t r o de u n a m is m a frase, c o m o e n este
f r a g m e n t o c e n tr a l d e su ensayo:

Para devolver la sensación de la vida, para sentir el objeto, para que la

p ie d ra sea piedra, existe lo que se llama el arte. La finalidad del arte es
la de d a r una sensación de objeto co m o visión y com o r e c o n o cim ien ­
to; el pro ce d im ie n to del arte es el p rocedim iento de distanciam ienlo y
el p ro c e d im ie n to de la forma difícil, que a u m en ta la dificultad y la
d uración de la percepción, ya que el proceso de percepción en arte
tiene su fin en sí mismo y debe ser prolongado; el arte es una m anera
de e x p e rim e n ta r el devenir del objeto, lo que ya ha alcanzado su fin no
le interesa al arte (pág. 13).

H asta la p a l a b r a « d ista n c ia m ie n lo » , n o s e n c o n t r a m o s e n la s e g u n d a
c o n c e p c i ó n form alista; a p a r ti r de ahí, y h a s ta el p u n to y c o m a , volv em os
a la p r i m e r a , a m e n o s q u e el a rte se c o n c ib a c o m o u n a p a r a to de
p e r c e p c i ó n , q u e no h a de p e r c ib ir s e en sí m ism o. Si el p r o c e s o de
p e r c e p c i ó n se v u elve un fin e n sí (g ra cia s a la d ificultad de la form a), el
obje to n o se p e r c i b e m ás s in o m e n o s; si el d is ta n c ia m ie n lo rev e la la
d e fin ic ió n del a r te , el p r o c e s o de p e r c e p c i ó n es im p e r c e p tib le , es el
obje to lo q u e se ve, c o m o p o r p r i m e r a vez...
Chklovski no n o s d a in d ic io a lg u n o de q u e se a c o n s c ie n te de las
d ific u lta d e s q u e h a p la n te a d o . S ólo e n c o n t r a m o s , a mi e n t e n d e r , u n a
te n ta tiv a d e a r t i c u l a r las d o s c o n c e p c io n e s ; ésta a p a r e c e e n el e s tu d io de
J a k o b s o n , m á s d e q u i n c e a ñ o s d e s p u é s, «¿Qué es la poesía?» H a c ia el fin
d e su cscrilo , J a k o b s o n p r e s e n t a u n a e s p e c ie de r e s u m e n d e la po sic ió n
fo rm a lista y a b o r d a ta m b ié n la d e fin ic ió n del le n g u aje p o é tic o , o de la
p o e licid ad :

¿Pero có m o se manifiesta la pocticidad? En cua nto la palabra es

e x p e rim en tad a co m o palabra y no co m o sim ple rep resentan te del
objeto n o m b r a d o ni co m o explosión de em oción. En cuanto las pala­
bras y su sintaxis, su sentido, su form a externa e interna no son
indicios indiferentes de la realidad, sino que poseen su propio peso y
su propio valor (pág. 124).

H a sta aq uí se tra ta d e u n a v ersió n m u y p u r a de la p r i m e r a c o n c e p ­

c ió n fo rm a lista, la del a u to le lis m o . P e r o la frase sig u ie n te nos hace
c a m b i a r de p e rsp e c tiv a :

¿Por qué es esto necesario? ¿Por qué se tiene que subrayar que el
signo no se c o nfunde con el objeto? P orque al lado de la conciencia
inm ediata de la identidad e n tre el signo y el objeto (A es A,), la
 co n c ie n c ia inm ediata de la au sencia de esta identidad (A n o es A,) es
necesaria; esta antinom ia es inevitable, pues sin co n tra d icc ió n no hay
jue g o de conceptos, n o hay ju e go de signos, la relació n entre el
c o n c ep to y el signo se vuelve au tom ática, el cu rso de los a c o n te ci­
m ientos se in te rru m p e , la c o n c ie n cia de la realidad m u e re . (...) La
poesía nos protege del autom atism o, del e m b o ta m ie n to que am ena za
n u estra fórm ula del a m o r y del odio, de la rebeld ía y de la reconcilia­
ción, de la fe y de la negación (págs. 124-125).

S e p o d r ía i n t e r p r e t a r este r a z o n a m i e n t o c o n el e s p íritu d e la s e m á n t i ­
c a g e n e r a l, al e stilo d e K orzybski: la r e l a c i ó n a u t o m á t i c a e n t r e p a la b r a s
y co s a s es ne fa sta p a r a a m b a s , ya q u e las s u s t r a e d e la p e r c e p c i ó n y sólo
f a v o r e c e la in te le c c ió n . Al r o m p e r el a u t o m a t i s m o , se g a n a e n a m b o s
te r r e n o s : se p e r c i b e n las p a l a b r a s c o m o p a l a b r a s p e r o , a c a u s a d e esto,
t a m b ié n los o b je to s e n t a n to q u e objetos, c o m o lo q u e s o n « re a lm e n te » ,
f u e r a d e to d o a c to d e n o m i n a c i ó n ...1
S a b e m o s q u e la p a l a b r a y la id e a d e d is t a n c i a m i e n t o tie n e n m u c h o
éxito; s o b r e eso v o lv e re m o s. N o o b s ta n te , n o es s e g u r o q u e la fu n c ió n
del d is t a n c ia m i e n to sea m u y i m p o r t a n t e e n el i n t e r i o r m i s m o de la
p r o d u c c i ó n fo rm a lista. Es c ie r to q u e C hklovski se r e f ie r e a ella c o n s t a n ­
te m e n te . P e ro , e n las e x p o s ic io n e s s is te m á tic a s ( p o r e je m p lo , «teorija
fo r m a l'n o g o s m e to d a » [T e o r ía del m é t o d o f o rm a l] d e E i k h e n b a u m , o
Teoría de la literatura de T o m a c h e v s k i, q u e d a t a n a m b a s d e 1925), el
p r o c e d i m i e n t o de d is t a n c ia m i e n to es m e n c i o n a d o sin más; n o es en
a b s o lu to la d e fin ic ió n del arte ; T o m a c h e v s k i, p o r e jem p lo , d e s c r ib e el
d i s t a n c ia m i e n to c o m o «un ca so p a r t i c u l a r de la m o ti v a c ió n artística»
(pág. 153). ¿C uál h u b i e r a sid o el p u e s to d e l d i s t a n c ia m i e n to e n el siste­
m a es té tic o d e los F o rm a lista s? P o d r ía m o s im a g in a r , e n p r i m e r lu gar,
c o m o lo d e s e a b a C hklovski, q u e c o n s titu y a la d e fin ic ió n m i s m a del arte.
P ero, a u n q u e el o r ig e n d e esta s e g u n d a c o n c e p c i ó n del le n g u a je p o é t ic o
sea to d a v ía r o m á n t ic o , la f o r m a q u e rev iste e n la é p o c a le h a c e e n t r a r en
c o n t r a d i c c i ó n d ir e c ta c o n la p r i m e r a c o n c e p c ió n : é s ta n ie g a to d a fu n ­
ció n e x te rn a , a q u é lla re iv in d ic a un a. La r e la c ió n c o n el m u n d o e x terio r,
r e c h a z a d a c o m o «im itación» d e la e s té tic a r o m á n t i c a , vuelve a q u í en

1. Encontramos una asimilación muy comparable, diez años más tarde, en

Maurice Blanchot, para quien la percepción del lenguaje com o cosa también
lleva a la percepción de las cosas como tales: «El hombre deja de ser el paso
efímero de la no-existencia para volverse una bola concreta, un macizo de
existencia; el lenguaje, abandonando ese sentido que únicamente quería ser,
busca volverse insensato. Todo lo que es físico desempeña el rol principal: el
ritmo, el peso, la masa, la figura, y luego el papel en el cual se escribe, el trazo de
la tinta, eLlibro. Si, por suerte, el lenguaje es una cosa: es la cosa escrita, un trozo
de corteza, un pedazo de roca, un fragmento de arcilla donde subsiste la realidad
de la tierra. La palabra actúa, no como una fuerza ideal sino como una fuerza
oscura, como un hechizo que consiriñc tas cosas, las hace realmente presentes
fuera de ellas mismas» (Lu parí du /cu. 1949, pág. 330).
u n a r e la c ió n m á s in s t r u m e n ta l: el a r te c o m o r e v e la c ió n (y ya n o im ita ­
ción) de! m u n d o .
E n s e g u n d o lu g a r, se p o d r í a r e t e n e r la in siste n c ia c o n t i n u a de
Chklovski r e s p e c to al p r o c e s o d e p e r c e p c i ó n , y v e r en esta id e a el esbozo
de u n a te o r í a de la le c tu r a . P e r o e n esta f o rm a la id e a es tá ig u a lm e n te en
c o n t r a d i c c i ó n c o n la g r a n c o r r i e n t e de la p r á c tic a form alista. El objeto
de los e s tu d io s lit e r a r io s s e g ú n los F o rm a lis ta s - a l re sp e c to están todos
de a c u e r d o - s o n las o b r a s m is m a s , no las i m p r e s io n e s q u e éstas dejan en
los le c to r e s . P o r lo m e n o s en te oría, los F o rm a lis ta s s e p a r a n el es tu d io
de la o b r a y el d e su p r o d u c c i ó n o su r e c e p c ió n , y r e p r o c h a n c o n s t a n t e ­
m e n t e a s u s p r e d e c e s o r e s el o c u p a r s e de lo q u e sólo Son c i r c u n s ta n c ia s
o, m á s c o n c r e t a m e n t e , im p r e s io n e s . U na te o ría de la le c tu r a n o p u e d e
i n t r o d u c i r s e sino d e c o n t r a b a n d o en la d o c t r i n a form alista.
F in a lm e n te , e n t e r c e r lu gar, el d i s t a n c ia m i e n to p o d r ía s e rv ir de b a s e 1
a u n a te o r í a d e la h isto ria literaria. S e r á el s e n tid o q u e t o m a r á e n los
e s c r ito s d e C hklovski, J a k o b s o n o T o m a c h e v s k i d e s d e los c o m ie n z o s de
los a ñ o s v einte; d a n a c i m i e n t o a la idea del c iclo a u to m a tiz a c ió n -
d e n u d a c i ó n del p r o c e d i m i e n t o , o s e ñ a la la m e tá f o r a de la h e r e n c i a
tr a n s m itid a (c a d a é p o c a c o n v i e r te en c a n ó n ic o s textos ju z g ad o s m a r g i­
nales e n la é p o c a a n te r io r ). P e r o si se to m a la n o c i ó n e n s e n tid o estricto ,
sólo se p u e d e a p l ic a r a u n n ú m e r o b a s ta n t e lim ita d o de caso; p ara
g e n e r a liz a r la h ay q u e m o d if ic a r .s u s e n tid o , y es lo q u e s u c e d e r á c o n los
e s c r ito s d e T y n ia n o v , l l e v á n d o n o s así a u n a t e r c e r a c o n c e p c i ó n del
le n g u aje p o ético ,

III

A ntes d e lle g a r a este p u n to , hay q u e r e c o r d a r e n q u é c o n s is te la

ac tiv id a d c o n c r e t a d e los F o rm a lista s, y p r e g u n t a r s e e n q u é m e d id a
c o r r e s p o n d e é s ta a tal o c u a l p a r t e de su p r o g r a m a . El g ru e so d e sus
p u b l i c a c io n e s n o es tá c o n s a g r a d o a la e l a b o r a c ió n d e u n sis te m a es té ti­
co, o r ig in a l o b a n a l, ni a u n a i n t e r r o g a c ió n s o b r e la e s e n c ia del arte;
la m e n t é m o s l o o no, es p r e c is o c o n s ta ta r lo : los F o rm a lis ta s n o so n «filó­
sofos». P o r el c o n t r a r i o , se m u lt ip lic a n los trab a jo s so b r e d iferen tes
a s p e c to s del v e r s o (Brik, J a k o b s o n , T y nianov ), s o b r e la o rg a n iz a c ió n del
d is c u rs o n a r r a ti v o ( E i k h e n b a u m , T ynianov, V in o g rad o v ), s o b r e las for­
m a s d e c o m p o s i c i ó n d e la h is to ria (Chklovski, T o m a c h e v s k i, R efo rm als-
ki, P ro p p ) y así s u c e s iv a m e n te .
S e p o d r í a d ecir, p u e s , a p r i m e r a vista, q u e existe u n a d ista n c ia e n tre
lo q u e yo lla m a b a la « p r im e r a c o n c e p c ió n » del le n g u a je p o é tic o y el
tra b a jo c o n c r e t o d e los F o rm a lista s, e n la m e d id a e n q u e n o se c o m p r e n ­
d e m u y b ie n p o r q u é es n e c e s a r ia la h ip ó te sis inicial p a r a lo s.trabajos
q u e siguen. S in e m b a r g o , m i r a n d o m á s d e c e r c a , se d e s c u b r e q u e estos
trab a jo s so n p o sib les (sin s e r p r o p i a m e n t e p r o v o c a d o s ) p o r el p ostu lad o
original. La f ó r m u l a un p o c o a b s tr a c t a y h u e c a de los r o m á n tic o s, según
la c u a l la o b r a d e a r te d e b e p e r c ib ir s e e n sí m is m a , y n o s e g ú n o i r á cosa,
se volverá, n o a f ir m a c ió n d o c t r i n a l s in o r a z ó n p r á c t i c a q u e lle v a r á a los
F o rm a lis ta s - a los e r u d ito s , p u e s , m á s q u e a los le c t o r e s — a p e r c i b i r la
o b r a m is m a ; a d e s c u b r i r q u e tie n e u n r i t m o q u e hay q u e a p r e n d e r a
d e s c r ib ir ; n a r r a d o r e s q u e hay q u e s a b e r d if e r e n c ia r; m é t o d o s n a rra tiv o s,
u n iv e rs a le s y sin e m b a r g o v a r ia d o s h a s ta el infinito. E n o tr a s p a la b r a s , su
p u n t o d e p a r t i d a e n la e s té t ic a r o m á n t i c a les p e r m i t e c o m e n z a r a p r a c ti­
car, y e n e s o so n v e r d a d e r o s in v e n to r e s , u n a n u e v a cie n c ia de los
d isc u rso s. N o es q u e, a d if e r e n c ia d e o tr o s c r ít ic o s literario s, d ig a n la
v e r d a d ahí d o n d e éstos só lo e m itía n o p in i o n e s - e l l o se ría u n a i l u s i ó n -
s in o q u e r e a n u d a n el p r o y e c to , p l a n t e a d o p o r la P o ética y la R etó rica de
A ristóteles, d e u n a d isc ip lin a c u y o o b je to so n las f o r m a s del d is c u rs o y
n o las o b r a s p a r ti c u la re s . E n este e n c u e n t r o d e la t r a d i c ió n a r isto té lic a
c o n la id e o lo g ía r o m á n t i c a r e sid e i n c lu s o la o r ig in a lid a d d e l m o v i m i e n ­
to form a lista, e x p lic á n d o s e así su p r e f e r e n c i a p o r los a r tí c u lo s e s p e c ia li­
za d o s s o b r e f r a g m e n t o s p o é tic o s .
E i k h e n b a u m se m o s t r a r á p a r t i c u l a r m e n t e s e n s ib le a este rasg o c a r a c ­
te rístic o d el F o r m a lis m o , y a c u d e a él c o n s t a n t e m e n t e e n s u «Teorija
fo rrn a l'n o g o m e to d a » [ T e o ría del m é t o d o fo rm a l]:

Para los «formalistas», la única cuestión de p rincipio n o c o n c ie rn e a

los m étodos de los estudios literarios sino a la literatura en calidad de
objeto de estudio. (...) Lo que nos caracteriza no es el «formalismo»
com o teoría estética, ni la «metodología» c o m o sistema científico
acabado, sino sólo la aspiración de c r e a r una ciencia literaria a u tó n o ­
m a sobre la base de los rasgos específicos del material literario (págs.
116-117).

Estaba p erfec tam en te claro, hasta para las personas exteriores al Op-
oaz, que la esencia de n uestro trabajo n o consistía en el estab lecim ie n­
to de un «método formal» inm utable, sino en e! estudio de las propie­
dades específicas del arte verbal; que se trata no del m éto d o sino del
objeto de estudio ( pág. 114).

Lo q u e caracteriza al F o rm a lism o es u n objeto, n o u n a teoría. E n u n

sentido, E ik h e n b a u m tiene razón: n o 'd is p o n e de m é to d o p a r tic u la r alguno
y la term in o lo g ía m is m a c a m b ia c o n los años. P e r o lo q u e ca ra c te riz a u n a
escu e la crítica n o es n u n c a u n m é to d o (esto es u n a ficción d e d ic a d a a
a tra e r discípulos), sino la m a n e r a de c o n s tru i r el objeto de estudio: los
historiadores de la g en e ra c ió n a n t e r io r in c luía n las re la c io n e s c o n el texto
ideológico y dejab a n de lado el análisis in te rn o de la obra; los Formalistas
h a c e n todo lo contrario. A hora bien, es ev idente q u e p a r a Eikhenbíium,
quie n ilustra aq uí la actitu d positivista, esta e lec ció n p e r m a n e c e perfecta­
m e n te tran sp a ren te , invisible. P o r esta razón, p o r lo dem ás, n o hay ja m ás
en los F orm alistas u n a respue sta a la p re g u n ta : «¿Qué d e b e h a c e r la
critica?» Contestarían, co n to d a in ocencia: d e s c rib ir la literatura (co m o si
ésta existiera e n estado Tácticamente b m to ) .
 P e r o v o lv a m o s al o b jc lo de los es tu d io s literario s, tal c o m o lo p e r c ib e
E i k h e n b a u m . E ste o b je to es «la lit e r a tu r a c o m o se rie d e rasg os esp ec ífi­
cos», «las p r o p i e d a d e s e sp ec ífica s del a r te verbal». ¿De q u é esp ec ificid a d
se trata? P a r a q u e se ju s tifiq u e !a c r e a c i ó n de u n a n u e v a d isc iplina, esta
e s p e c ific id a d te n d r í a q u e s e r de la m i s m a n a tu ra le z a e n to das las in s ta n ­
cias d e lo q u e se r e c o n o c e c o m o p e r t e n e c i e n t e a la lite ra tu ra . A hora
b ie n , el a t e n to análisis de las « obras en sí m ism as» - l i c c h o p osible p o r la
h ip ó te sis d e la e s p e c ific id a d l i t e r a r i a - va a r e v e la r a los F o rm a lis ta s q u e
d ic h a e s p e c ific id a d n o existe; o, c o n m a y o r e x a ctitu d , q u e n o tien e
e x iste n c ia u n iv e rsa l o e te r n a ; la tie n e ú n i c a m e n t e en la m e d id a e n q u e
eslé c i r c u n s c r i t a ta n to h is tó ric a c o m o c u l tu r a lm e n te ; y qu e, p o r esto, la
d e fin ic ió n m e d i a n t e el a u t o te l is m o es in d e fe n d ib le . P a r a d ó jic a m e n te ,
so n p r e c i s a m e n t e sus p r e s u p u e s to s r o m á n t i c o s los q u e lle v arán a los
F o rm a lis ta s a c o n c l u s i o n e s a n t i r r o m á n t i c a s .
S e h a lla p o r p r i m e r a vez esta c o n s ta t a c i ó n en el e s tu d io d e T ynianov
«L iteraturnyj fakt» [El h e c h o literario ] q u e d ata d e 1924. T y n ia n o v o b s e r ­
va p r im e r o :

Mientras que u n a definición firme de ia literatura se vuelve cada vez

más difícil, cu a lq u ie r c o n te m p o r á n e o nos señalará con el dedo lo que
es un hecho literario. (...) El c o n te m p o rá n e o , que ha presenciado una
o dos o hasta m ás revoluciones literarias, al envejecer notará que, en
su tiempo, sem ejante ac o n te cim ien to no era un h echo literario, m ie n ­
tras q u e ah o ra h a llegado a serlo; e in versam ente (pág. 9).

Y c o n c lu y e :

El h echo literario es hcteróclito, y en ese sentido la literatura es una

serie que evoluciona con solución de c o ntinuida d (pág: 29).

Es e v id e n te la g e n e r a liz a c ió n q u e h a te n id o q u e s u f rir el c o n c e p t o de
d i s t a n c ia m i e n to p a r a llevar a la n u e v a te o r í a lite ra ria d e T yn ia nov (¿será
u n a z a r q u e su e s tu d io esté d e d i c a d o a V. Chklovski?), El d istan c iam ien -
lo n o es m á s q u e u n e je m p lo d e u n f e n ó m e n o m á s am p lio , q u e es la
h is to ric id a d de las c a te g o ría s q u e u s a m o s p a r a d is t in g u ir los h e c h o s de
c u ltu r a : e s to s n o existe n en lo a b s o lu to , a la m a n e r a de las su stan cias
q u ím ic a s, s in o q u e d e p e n d e n d e la p e r c e p c i ó n d e q u ie n e s los utilizan.
V o lv ie n d o al m is m o t e m a e n «S obre la e v o lu c ió n literaria» (1927),
T ynia no v es toda v ía m á s claro:

La existencia dei h ec h o literario dep e n d e de su cualidad diferencial (es

decir, de su c o rrela ció n con la serie, sea literaria, sea extraliteraria),
en otras palabras, de su función. Lo que es h ech o literario en una
é p o c a será en otra un h echo cotidiano de palabra com ún, y a la
inversa, en relación con el sistem a literario e n te ro en que evoluciona
el m ism o hecho. Así, u n a carta am istosa de Derjavine es un hecho de
la vida cotidiana, m ientras que en la época de Karamzine y de Puchkin
 la c a rta am isiosa es un h ec h o literario. Véase la literalidad de las
m e m orias y de los diarios Intimos en u n sistem a literario, y su exlrali-
teralidad en otro (pág. 35).

La « a u to m atiza ció n » y el « d is ta n c ia m ie n to » a p a r e c e n a q u í c o m o
ilu s tra c i o n e s p a r ti c u la r e s del p r o c e s o d e t r a n s f o r m a c i ó n d e la lit e r a tu r a
c o n s i d e r a d a c o m o u n a totalidad.
Las c o n s e c u e n c i a s d e esta tesis s o n e s t r e m e c e d o r a s p a r a la d o c t r i n a
form alista. E n efecto, equivale a a f ir m a r la in e x is te n c ia d e lo q u e Eíkhen-
b a u m c o n s id e r a b a c o m o la g a ra n tía d e la id e n tid a d del F o rm a lism o : el
objeto de sus estudios, es decir, la e s p e c ific id a d (tra n sh istó ric a ) de la
literatura. Dos re a c c io n e s , p o r lo d e m á s c o n tra d ic t o ri a s , p u e d e n registrar*
se en los o tro s m i e m b r o s del g rupo. La p r i m e r a es la de E i k h e n b a u m , e n
M oj v rem en n ik [Mi p erió d ico ], e n 1929; c o n s is te e n u n a a d h e s ió n total,
ta n to e n el nivel d e los e jem p lo s c o m o e n el nivel d e las co n c lu sio n e s:

Así, en algunas épocas el diario y hasta la vida c otidia n a de u n a sala de

red a cció n tienen el significado de un h e c h o literario, m ie n tras que en
otras son las sociedades, los circuios, los sa lones los que adq u ieren el
mismo significado (pág. 55).

El hecho literario y el periodo literario son n ociones com plejas y

cam biantes, en la m edida en que son igu alm ente ca m bia nte s las
relaciones de los ele m e n to s q u e c o n trib u y en a la literatura, así com o
sus funciones (pág. 59).

N a d a se dice, e n c a m b io , s o b r e la m a n e r a e n q u e e s ta id e a se a rtic u la
c o n las a f ir m a c io n e s a n t e r i o r e s d e E ik h e n b a u m .
J a k o b s o n , p o r su p a rle , n o p a r e c e e s t a r i m p r e s i o n a d o p o r estas
n u e v a s d e c la r a c io n e s . E n «¿Qué es la poesía?», se c o n t e n t a c o n aisla r un
n ú c l e o firm e e n el s e n o d e la i n e s ta b ilid a d g e n e r a l; r e s tr in g e así u n p o c o
el c a m p o d e a p lic a c ió n d e su s tesis p e r o n o m o d if ic a s u c o n te n id o .

Ya he dicho que el con ten id o de la n oción de poesía e ra inestable y

variaba con el tiempo, p ero la función poética, la poeticidad, com o
han subrayado los Formalistas, es u n e le m e n to su i generis, un e le m e n ­
to q u e no se p uede r e d u c ir m e c á n ic a m e n te a otros elem e n tos (pág.
123).

Los trab a jo s de J a k o b s o n d e los a ñ o s s e s e n t a a t e s tig u a n s i e m p r e su

c o n v i c c ió n de q u e es p o sib le o b t e n e r u n a d e fin ic ió n lin g ü ístic a (y tr a n s ­
histó ric a), si n o d e la p o e s ía , p o r lo m e n o s d e la f u n c ió n p o é tic a .
La tesis d e T y n ia n o v es r ic a e n im p l ic a c i o n e s rad ic ale s. E n r ea lid ad ,
ya n o deja e s p a c io p a r a u n c o n o c i m i e n t o a u t ó n o m o d e la lite r a tu r a , sino
q u e c o n d u c e h a c ia dos d isc iplinas c o m p l e m e n t a r i a s : u n a c i e n c i a de los
d isc u rs o s, q u e e s tu d ia las fo rm a s lin g ü ístic a s e s ta b le s p e r o q u e n o p u e d e
n o m b r a r la es p ec ificid a d literaria; u n a h isto ria , q u e e x p líc ita el n o m b r a -
 m íe n lo d e la n o c i ó n d e lit e r a tu r a e n c a d a c p o c a d a d a , r e la c io n á n d o s e
co n o tr a s n o c i o n e s del m is m o nivel. E sta t e r c e r a c o n c e p c i ó n del le n g u a ­
j e p o é t ic o es, e n re a lid a d , u n a d e m o lic ió n de la n o c i ó n m ism a: e n su
lu g a r a p a r e c e el « h e c h o literario», c a te g o r ía h i s t ó r i c a y n o ya filosófica.
T y n ia n o v d e s p o ja la lit e r a tu r a d e su p u e s to e x c e p c io n a l, c o n s id e r á n d o l a
n o ya e n o p o s ic ió n s in o e n r e la c ió n de i n t e r c a m b i o y d e tr a n s f o r m a c ió n
c o n los o tr o s g é n e r o s del d isc u rs o . Es la e s t r u c t u r a m is m a del p e n s a ­
m ie n to lo q u e m odifica: e n l u g a r d el gris c o t id ia n o y de la es tre lla
p o ética , se d e s c u b r e la p lu r a l id a d de las m a n e r a s de h a b la r. De golpe, la
r u p t u r a inicial, la q u e h ay e n t r e u n le n g u a je q u e h a b l a d el m u n d o y u n
le n g u a je q u e h a b l a de sf m is m o , q u e d a a bolida, y n o s p o d e m o s fo rm u la r ,
en t é r m i n o s n u e v o s , la p r o b l e m á t i c a d e la v e r d a d e n literatu ra .
E n lo q u e c o n c i e r n e a la d e fin ic ió n m is m a de la lite ra tu ra , n o se
p u e d e s in o c a l c u l a r las c o n s e c u e n c i a s q u e los F o rm a lista s h u b ie r a n
e x tra íd o d e esc e s p e c t a c u l a r v u elco . U na de las vías p o sib les h u b ie r a
sido la d e u n h ís t o r ic is m o ra d ic a l - t a n ra d ic a l c o m o lo e r a h a s ta e n t o n ­
ces su f o r m a l i s m o - , q u e h u b i e r a llev ado a e l i m i n a r c o m p l e t a m e n t e el
p r o b le m a ; n o se h u b i e r a a b a n d o n a d o , pues, el m a r c o c o n c e p t u a l r o m á n ­
tico. O tr a h u b i e r a p e r m i t i d o b u s c a r u n a n u e v a d e fin ic ió n , ju stific á n d o se
n o p o r el p a r e n t e s c o real de to d o s los f e n ó m e n o s c o n s id e r a d o s lite r a ­
rios, sin o p o r s u p r o p io v a l o r explicativo. P e r o n a d a d e to d o esto se
lle v a rá a cab o : la r e p r e s i ó n p o lític a h o s tig a al g r u p o a finales d e los a ñ o s
v e in te , y to d a s las p r e g u n ta s d e b a tid a s p o r éste se v u e lv e n tabú, e n la
URSS, d u r a n t e v a rio s d e c e n io s . L a ú n i c a le c c ió n positiv a de este fin
v io le nto d e la reflexión f o rm a lis ta es q u e la lit e r a tu r a y la c r itic a no
e n c u e n t r a n , c o n to d a e v id e n c ia , su fin e n sí m ism as: de o tr o m o d o , el
E stado no se h u b i e r a m o le s ta d o en r e g la m e n ta r la s .
 EL R ET O R N O DE LO EPICO
(D oblin y B rcchl)

Al c a m b i a r de país, p a s a n d o de R usia a A lem an ia , c a m b i o ta m b ié n de

g e n e r o : ya n o s o n c rític o s los q u e q u is ie r a e s tu d ia r aquí, sin o dos
e s c r ito r e s : Alfred D o b lin y B e rto lt B r e c h t. La d if e r e n c ia es e n o r m e : mis
d o s a u t o r e s no se p r e o c u p a n en a b s o lu to p o r la c r ít ic a literaria, ni p o r lo
q u e es, ni p o r lo q u e d e b e se r; ta m p o c o se p r o p o n e n d e s c rib ir, de
m a n e r a im p a r c ia l, y h a s ta c ien tífic a, lo q u e la lit e r a tu r a es. Lo q u e les
in te r e s a es c ó m o la lit e r a tu r a p u e d e o in c lu s o deb e ser: e s c r ib e n justifi­
c a c i o n e s te ó ric a s , al m a r g e n d e su p r á c t i c a literaria , p a r a d e f e n d e r la o
p r o m o v e r la ; so n p r o g r a m a s de a c c i ó n (lite ra ria) c u y a efic ac ia es su
ú n ic a m e d id a , y n o d is e r t a c io n e s q u e a s p ire n a la v erdad. A h o ra b ie n , sin
d u d a soy inju sto c o n los p r o fe s io n a le s c o n t e m p o r á n e o s d e la te o ría
l i r e r a r i a e n A lem ania , p e r o e n c u e n t r o e n esto s e s c r ito s p o lé m ic o s , en
esto s m a n ifiesto s, u n e l e m e n t o d e reflexión q u e m e in te r e s a m á s q u e lo
d e m á s ; éstos so n , p o r c o n s ig u ie n te , los q u e m e p r o p o n g o l e e r aquí.
S oy inju sto c o n la c r itic a p ro fe s io n a l y c o r r o p e lig ro d e s e rlo ig u a l­
m e n t e c o n estos d o s a u to re s , p u e s r e n u n c i o a to d a c o n s id e r a c ió n global
de s u o b r a ( q u e e s ta r ía f u e r a de lu g a r e n el p r e s e n te c o n te x to ) p a r a
p r e o c u p a r m e ú n i c a m e n t e p o r u n solo p u n t o de d o c trin a , el e v o c a d o p o r
el t é r m i n o «épico», q u e ellos utilizan p a r a d e s ig n a r su p r o p ia p r o d u c ­
ció n. Lo q u e m e in te r e s a a q u í n o es la v e r d a d de esta p r o c la m a c ió n
(¿ e ra n r e a l m e n t e é p ic a s estas o b ras? ) ni, d e s d e o tr o p u n to d e vista, su
le g itim id a d ( ¿ h u b ie ra u sa d o , u n b u e n h is t o r ia d o r d e la lite r a tu r a , d ic h o
t é r m i n o c o n ese se n tid o ? ), sin o ú n i c a m e n t e s u s e n tid o . ¿Q ué se p r e t e n ­
día d e c ir, e n rigor, al r e iv i n d ic a r el calificativo d e «épico» p a r a d e t e r m i ­
n a d o d r a m a o d e t e r m i n a d a n o vela?

A lfred D o b lin u s a la p a l a b r a «épico» e n u n s e n tid o m u y p a r tic u la r

d e s d e 1928, e n u n a c o n f e r e n c i a titu la d a « S chriftstellerei u n d D ichtung»,
p a l a b r a s q u e s e p o d r í a n t r a d u c i r p o r « E sc rib im ie n to y Poesía».* La

* La palabra «Ecrivance», utilizada por Todorov para traducir «Schriflstcllc-

reí», no licnc equivalente en español. Como traduce no un resultado sino el
o p o s ic ió n q u e d e s ig n a n a m b o s t é r m in o s es d e las m á s fam iliares p a r a e!
q u e la lea e n el c o n t e x to d e la d o c t r i n a e s té t ic a d e l r o m a n t ic is m o , a
p e s a r de q u e D o b lin la p r e s e n t e c o m o u n a in n o v a c ió n . E n efecto, se
tr a ta de o p o n e r la a c tiv id a d u tilita ria del e s c r ito r , s u b o r d i n a d a a fines
e x te rio re s, a la a c titu d in tr a n sitiv a d el p o e ta , q u e sólo se p r e o c u p a p o r
los in te r e s e s p r o p io s del a r te m is m o . V e a m o s d e e n t r a d a los lib ro s de la
p r i m e r a ca te g o ría :
P or regla general, tienen u n cierto fin práctico; d istraer y además
alca nza r algo ético, según lo que el a u to r se im agine se r lo ético; o
bien quieren servir de prop ag a n d a política, o q u ie re n ac tu a r de m a n e ­
ra critica sobre la sociedad e instruir; o s im p le m e n te quie re n ser el
lugar d o n d e el p o b re a u to r p u ed a vaciar su corazón, convirtiéndose de
esa m a n e ra en el excusado Iqerario para exhibicionistas, el WC litera­
rio (pág. 93).
S e o b se rv a q u e D oblin es tig m a tiz a t a n to la f u n c ió n «im presiva» o
d id á c ti c a c o m o la fu n c ió n e x p r e s iv a del arte. V e a m o s a h o r a el o tr o t é r ­
m in o :
La poesía está en oposición tajante con el escribimiento racional, subor­
dinado a tiñes exteriores. (...) La obra poética tiene también sus fines, que
actúan sobre la vida y sobre los hombres, pero que son los fines específi­
cos, muy complejos y m uy actuales, de la poesía (pág. 94).
La o p o s ic ió n es p e r f e c t a m e n t e tr a d i c io n a l, p e s e a lo q u e pie n se
D oblin. Lo q u e r e s u lta se rlo m e n o s es q u e la e m p l e a e n a l t e r n a n c i a co n
o tr a p a re ja de t é r m in o s , d e s ig n a n d o es ta vez g é n e r o s literario s, a s a b e r
«novela» y «epopeya». S e m e ja n t e u s o tie n d e a c o n f u n d ir . P o r u n a p a rte ,
p o r q u e «épico» se vuelve s i n ó n i m o d e «poético» y p o r q u e H o m e r o ,
D a n te y C e rv a n te s s e r á n s e ñ a la d o s c o m o los m á s g r a n d e s r e p r e s e n t a n t e s
del a rte épico : es d e c ir, u n a u t o r de e p o p e y as , u n p o e t a y... u n novelista.
P o r o tr a p a r te la novela, c u l m i n a c i ó n p a r a los r o m á n t i c o s d e Su n u e v a
es tética, se c o n v i e r te p a r a D o b lin e n la e n c a r n a c i ó n d e su o p u e s to : p a r a
él, la n o v ela se sitú a d e l la d o del e s c r ib im ie n to , no d e la p o es ía. P o r
c o n s ig u ie n te es la o b r a é p i c a la q u e e s ta r á d o ta d a , a los ojos d e D o b lin ,
d e las c a r a c t e r ís ti c a s a t r i b u id a s p o r F r ie d r i c h S c h le g e l o N ovalis a la
nov ela, y e n p a r ti c u la r , d e la in tra n sitiv id ad . Y c u a lq u ie r a q u e s e a el
p u n t o d e vista e s c o g id o p o r el in v e stig a d o r, es ta ú ltim a s i e m p r e a c a b a
a p a recien d o .) D e n tr o de la fábula, c a d a e l e m e n to g u a r d a s u a u t o n o m í a ,
e n vez d e s o m e t e r s e a u n p u n t o c u l m i n a n t e ú n ic o , c o m o e n la n o v e la
(D o b lin r e p r o d u c e a q u í la i n t e r p r e t a c i ó n d e la o p o s i c i ó n é p i c o /
d r a m á tic o , tal c o m o la p r a c t i c a Schiller):

movimiento mismo de! hecho escrito, hemos escogido el neologismo «Escribi­

miento», con un sufijo apropiado para reproducir el sentido y el matiz de dicha
palabra. [T.]
 En la o b ra épica, la acción avanza fragm ento a fragmento, p o r agluti­
nación. Tal es la oposición épica. Se o p o n e al desarrollo del dram a, al
desarro llo a p a rtir de u n punto. (...) En u n a b u e n a obra épica, los
personajes aislados o los episodios individuales extraídos del conjunto
se m a n tie n en con vida; m ientras que la novela del escribim ienlo
d e s a p a re c e co n su tensión aguda (págs. 96-97).

La a u t o n o m í a se v u elv e a e n c o n t r a r si se e x a m in a , a n t e s q u e sus
p a rte s, los niveles de o r g a n iz a c ió n d e la obra:

Indico aquí dos rasgos distintivos esenciales de la obra épica: sobera­

nía de la im aginación y sob eranía del arte verbal (pág. 94),

Lo m á s c u r io s o d e estas p á g in a s d e D óblin es el u s o d el t é r m in o
«épico», q u e su r g e e n u n lu g a r d o n d e n o se e s p e r a b a y q u e p a r e c e
c a r g a d o d e u n s e n tid o trivial d e s d e el p u n t o d e vista es tético, a u n q u e
le x ic o l ó g ic a m e n t e o rigin al. S in e m b a r g o , el s e n tid o tra d ic io n a l del té r ­
m in o no p u e d e b o r r a r s e e n t e r a m e n t e ; algo p e r m a n e c e n e c e s a r i a m e n t e
p r e s e n te ta n to e n la m e m o r i a d e D o b lin c o m o en la de su le ctor, y esta
te n s ió n e n t r e el u s o c o m ú n del t é r m i n o y su n u e v o u so r e q u ie r e u n a
e x p lic a c ió n . A e s ta ta rc a s e d e d i c a r á D o b lin e n u n e s tu d io m u c h o m á s
ex te n so , a p a r e c i d o el a ñ o s ig u ie n te (1929) y titu la d o «D cr B a u des
e p i s c h e n W crks» [La e s t r u c t u r a de la o b r a cp ica ]. Aquí se e n c u e n t r a lo
e s e n c ia l d e las in tu i c io n e s o r ig in a le s d e D oblin.
N o p o r eso e l im in a to d o c o n t a c t o c o n la e s té tic a r o m á n t ic a . E n
p e r f e c to a c u e r d o c o n e s ta d o c t r i n a , c r it ic a la im i ta c ió n servil d e la
re a lid a d , a la b a la in tr a n s itiv id a d de las p a r te s y de la to ta lid a d de la o b r a
ép ica , y la c o m p a r a , p o r su a u t o n o m í a y p o r la c o h e r e n c i a in t e r n a q u e la
rige, c o n la o b r a m u sic a l. O tras c a r a c t e r ís ti c a s d e la o b r a é p ic a p o d r ía n
p r o c e d e r d e la p l u m a d e F r ie d r i c h S ch le g el, a u n q u e éste h u b i e r a h a b l a ­
do d e novela. P o r e j e m p l o , el g é n e r o é p ic o a b s o r b e to d o s los d e m á s
g é n e r o s : «U stedes s e lle v a r á n las m a n o s a la c a b e z a si a c o n s e jo a los
a u t o r e s q u e s e a n d e c i d i d a m e n t e líricos, d r a m á tic o s , h a s ta reflexivos en
el tra b a jo ép ico . P e r o n o desisto d e esta idea» (pág. 113). A d if e r e n c ia de
los d e m á s g é n e r o s , el é p i c o es ta m b i é n u n g é n e r o e n c o n s ta n t e tr a n s f o r ­
m a c ió n : «La o b r a é p i c a no es u n a f o r m a fija; h a de ser, c o m o el d r a m a ,
c o n s t a n t e m e n t e d e s a r r o l l a d a o p o n ié n d o s e o b s t i n a d a m e n t e a la tra d i­
c ió n y a sus r e p r e s e n ta n t e s » (pág. 1 13). Es u n g é n e r o q u e está del lado
del p r o c e s o d e p r o d u c c i ó n , a n te s q u e del d e los p r o d u c t o s acab a d o s: «El
le cto r p a rticip a , p u e s , c o n el a u to r en el p ro c eso de p r o d u c c ió n . T odas las
o b r a s ép ic a s so n a s u n to d e d e v e n ir y d e ac ció n » (pág. 123). P e ro a
c o n t i n u a c i ó n d e estos lu g a re s c o m u n e s del r o m a n t ic is m o , a p a r e c e n
t a m b ié n a lg u n a s a f ir m a c io n e s m á s s o r p r e n d e n t e s .
A u n q u e c r it iq u e la im i ta c ió n servil d e la r e a lid a d , D oblin r e c o n o c e
q u e re la to s q u e sin e m b a r g o e v o c a n a c o n t e c i m i e n t o s situ ados en el
m u n d o e x t e r io r ( s ie m p r e los d e H o m e r o , d e D a n te y de Cervantes)
c o n s i g u e n t o t a l m e n t e t a n to la a d h e s ió n d e l l e c t o r c o m o la suya propia.
¿C ó m o -.s po sible? P o r q u e a la vez existe u n a d if e r e n c ia e n la n a t u r a le z a
de la n a te r ía r e p r e s e n t a d a aq u í y allá y e n la m a n e r a en q u e se la
r e p r e s e ;ia. M ie n tras Ja n o v e la (« b u rg u e sa» , pág. 107) d e s c r ib e s it u a c io ­
n e s y p e r s o n a je s p a rticu la re s, la o b r a é p i c a b u s c a la ejem p la rid a d , ta n to
e n la m a t e r i a c o m o e n la m a n e r a . El a u t o r é p i c o n o se c o n t e n t a c o n
o b s e r v a i-y t r a n s c r i b i r l a r e a lid a d ; d e b e t a m b i é n « trasp asarla» (pág. 107),
ir m á s :..llá d e ésta p a r a e n c o n t r a r s it u a c io n e s e s e n c ia le s y e le m e n ta le s ,
c a r a c te r ís tic a s de la h u m a n i d a d m á s q u e de los individ uos:

E-.tas, formuladas, son situaciones fu ndam entales y elem entales de la

existencia hum a na, son actitudes e lem e n ta les del ser h u m a n o que
hacen su aparición en esta esfera. (...) Estas situaciones originales del
h o m b re su p e ra n incluso, en p roxim idad al origen, en verdad y en
fuerza de p rocreación, a las verdades cotidianas analizadas (págs. 106-
107).

La n o v e la e u r o p e a , tal c o m o se d e s a r r o l l ó a p a r t i r del siglo XVII, está

sin d u d a a lg u n a v i n c u la d a c o n la v a l o r a c ió n d e lo p a r t i c u l a r y c o n el
in te r é s p o r lo individual; el r e c h a z o de esas o p c i o n e s , c a r a c t e r ís ti c o de
u n a é p o c a a n t e r i o r p e r o q u iz á ta m b i é n del p r e s e n t e , justifica, p u es, la
r e i n t r o d u c c i ó n d e este t é r m i n o anLiguo, lo é p ic o .
P a ra c o m p r e n d e r el s e g u n d o ra sg o d e la e p o p e y a m o d e r n a , hay q u e
s e g u ir p o r u n m o m e n t o el p r o c e s o d e t r a n s f o r m a c i ó n h is tó ric a d e la
lit e r a tu r a q u e D o b lin d ib u ja a g r a n d e s rasgos. El a n t ig u o p o e t a é p i c o n o
es el ú n ic o r e s p o n s a b le de s u o b ra : su p ú b lic o lo es ig u a lm e n te , e n la
m e d id a e n q u e el p o e ta es tá e n c o n t a c t o d ir e c to c o n él y su r e m u n e r a ­
c ió n m is m a d e p e n d e d e la a p r o b a c i ó n d e ese p ú b lic o ; la o b r a está, pues,
in f lu e n c ia d a p o r el p a r e c e r d e los o y e n te s y el p o e t a n o es sin o el
p o r ta v o z in d iv id u a l de lo q u e es a n t e s q u e n a d a u n a voz c o lec tiv a . P e r o
la e s c r itu r a y lu e g o la i m p r e s ió n i n t e r p o n e n u n a c o r t i n a e n t r e el p r o d u c ­
to r y los c o n s u m i d o r e s del libro, q u i e n e s d e g o lp e tie n e n q u e id e n tif ic a r ­
se y s e p a r a r s e c o m o tales. P u e s n o só lo los p e r s o n a je s s in o ta m b ié n el
a u t o r su fre la e s te r ilid a d del in d iv id u a lism o . ¿ P e r o c ó m o s a lir de la
a p o ria ? El p o e t a m o d e r n o n o va a p o n e r s e a c a n t a r su s re la to s en los
cafés p id ie n d o lim o sn a . ¡Vamos!
La r e s p u e s ta de D o b lin es in te r e s a n te . C o n s iste e n d e c ir lo siguiente :
e n la é p o c a del lib ro im p re so , el ú n i c o m e d io de e n c o n t r a r la a c titu d
é p ic a es la d e in te r io r i z a r la voz de los o y e n te s p o te n c ia le s y p e r m i tir le
e x p r e sa r se . S in q u e p o r ello d e s a p a r e z c a —y esto es e s e n c i a l - la voz
ind iv id u al del p o e ta . El p o e t a é p i c o c lá s ic o n o h a c ía e s c u c h a r sin o la voz
d e la c o lec tiv id a d , e n la c u a l la su y a se p e r d ía . I g u a lm e n te , el p o e t a
in d iv id u alista m o d e r n o n o d eja q u e se e x p r e s e s in o u n a so la voz, c o n la
d if e r e n c ia de q u e p e r t e n e c e a u n ind iv id u o . E sta n u e v a e p o p e y a es la
•p r i m e r a e n h a c e r e s c u c h a r d os v o ce s s im u l t á n e a m e n t e : la d e l p o e t a y la
d e Jos d e m á s , in te rio riz a d a ; es u n d iá lo g o in te r io r.
D oblin escribe:
 Para decirlo c la r a m e n te y de entrada: en este instante, el autor no está
ya solo en su habitación (...). A partir de este m om ento, el au to r lleva
d en tro de sí al pueblo. Ese yo observador asum e en nuestra época el
papel y la función del pueblo en los antiguos bardos. Ese yo se vuelve
público, y hasta com ienza a colaborar. (...) A p artir de este instante se
instau ra u n a co o p e ració n , una colaboración entre el yo y la instancia
p oetizante (pág. 120).

A p a r t i r d e es to D o b lin im a g in a las d if e r e n te s r e la c io n e s q u e se
e s ta b l e c e n e n t r e estas d o s e m a n a c i o n e s d e la p erso n a ; el yo-oyente
in te r io riz a d o q u e p u e d e c o n t r o l a r l o lodo, o b ie n c o m e n z a r a s o m e t e r s e
a la o b r a , in c lu s o a v a c ila r f re n te a ella.
Existe fin alm en te u n te r c e r lu g a r dondcTsc^manifiesta la especificidad
de la nueva epopeya; es e n la actitud q u e a d o p ta el a u t o r an te el lenguaje.
Los e n u n c ia d o s ya no se co n s id eran ex clusivam ente co n respecto a las
realidades q u e designan, sino tam b ié n c o m o p o r ta d o r e s de voces. E n la
p r o d u c c ió n de su obra, el poeta p artirá a m e n u d o de u n a o rac ió n en la cual
rete n d rá , n o el se ntido sino los ecos d e e n u n c ia c io n e s anteriores. No
p erc ib irá la voz individual de u n a p e rs o n a p a r tic u la r ni la voz u n id a de la
colectividad entera; el lenguaje se rá p a r a él el lu g a r de in te racc ió n d e las
m ú ltip les voces ca racterísticas de u n a sociedad: e s c u c h a r á y h a r á vivir las
p e r te n e n c ia s territoriales y sociales, el g rado de ed u c a c ió n y la profesión, la
p r e f e r e n c ia p o r el a r c a ís m o o p o r el vulgarismo, tal o cual su b tradició n
literaria; lo esencial se g u irá s ie n d o el m a n te n im ie n to m is m o d e esta m u lti­
plicidad. «El e n te n d id o sa b e q u e existe u n gran n ú m e r o de niveles de
le ngu a so b re los cuales todo d e b e m overse» (pág. 131), y el m a y o r servicio
q u e se p u e d e o fre c e r al es c rito r se ria facilitarle el a c ce so a ese reino. «Si los
filólogos quisieran p u b lic a r u n dic cio n a rio de los estilos y de los niveles de
la le n g u a alem a n a, seria éste u n trabajo beneficioso p ara los auto res y para
los lectores» (pág. 130). La cosa resultaría esencial ya q u e «en cada estilo de
lenguaje residen una ¡uerza productiva y un carácter apremiante» (págs. 130-
131). Si se saben e s c u c h a r esas voces, ellas se e n c arg arán de p r o d u c ir el
texto en lu g a r del autor. «Uno c r e e h a b la r y es hablado, u n o cree escribir, es
escrito. (...) La victoria c o r r e s p o n d e sie m p re - e n el b u e n a u t o r - al "lengua­
je"» (págs. 131-132). Es, pues, u n a victoria sin vencido alguno, do nde el ser
está m á s p re se n te en c u a n to c e d e m e jo r su lugar a los otros.
La n o v e la , tal c o m o h a existido a lo larg o d e los tres ú ltim o s siglos,
c o n c u e r d a c o n la id e o lo g ía indiv id u alista, la c u a l a su vez ev o lu c io n a
p a r a l e l a m e n t e a la s o c ie d a d b u r g u e s a m o d e r n a . P e r o D o b lin p erc ib e, en
la vida q u e lo r o d e a , los sig nos de u n a m u ta c i ó n radical, a p a r ti r de la
cu al in s t a n c ia s c o le c tiv a s c o m i e n z a n a d e s e m p e ñ a r u n p a p e l c a d a vez
m a y o r r e s p e c to a las in d iv id u a lid a d e s. Tal s e r ia el d e n o m i n a d o r c o m ú n
d e u n a gran c a n tid a d d e tr a n s f o r m a c io n e s d e la s o c ie d a d q u e él observa,
c e r c a n a s o lejanas. La n u e v a id e o lo g ía ( q u e h a b r í a q u e ev itar lla m a r
«colectivista») se a r m o n i z a r í a m e j o r c o n u n a n u ev a literatura: p ara esta
D oblin reseiA'a la a p e la c ió n d e «épica». D o b lin c u e s ti o n a la esletica
individualista e n u n p u n to m uy preciso: la c o n c e p c ió n del h o m b r e se
e n c u e n t r a ahí subyacente. D oblin d esea q u e la literatura r e p re se n te situ a­
cio n es y p ersonajes ejem p lares m ás q u e singulares, p o r q u e n o c r e e e n la
sing ularidad del individuo, en la d iferen c ia irre d u ctib le q u e lo se p araría de
todos los d e m á s individuos; esta e le c c ió n r e p o s a e n la co n v icc ió n de la
socialidad constitutiva del h o m b r e . S e vuelve a e n c o n tr a r la m is m a idea
c u a n d o se pasa de! h o m b r e r e p r e se n ta d o al h o m b r e rep rese ntante; ta m p o ­
co el p rop io a u t o r d e b e s e r p e n s a d o c o m o ind ividuo aislado sino m á s bien
c o m o aquel q u e trasm ite varias v o ces sim u ltá n e a m e n te , la suya y la de los
dem ás, o m á s e x a c ta m e n te la de su público, es decir, u n a especie de
co n s e n so de su época. El nuevo g é n e ro épico d e b e s e r el diálogo co n scie n ­
te e n tre el a u t o r individual y ese c o n s e n so colectivo. Hay qu e evitar las
tram p as ig u a lm e n te peligrosas del colectivism o p u r o y del individualism o
puro. Es ilusorio, hoy en día, q u e r e r c o n fu n d irse c o m p le t a m e n te c o n la voz
de s u sociedad, a la m a n e r a del b a r d o e n las so c ied a d es tradicionales; p e ro
es tanto m á s nefasto el im a g in a rse v iviendo e n rad ic al soledad; hay que
m a n te n e r la in te racc ió n de am b a s opciones.

II

La e s té tic a de B r e c h t p r e s e n ta vario s p u n t o s d e r u p t u r a e v id e n te s c o n
r e s p e c to a la e s té tic a r o m á n t ic a . Su « te a tro d id á c tic o » es in c o m p a t i b l e
c o n la in tr a n sitiv id a d d el arte, c e l e b r a d a p o r los r o m á n t ic o s , y u n o n o se
s o r p r e n d e r á al v e r q u e la n o c i ó n m i s m a d e arte , c o n s u s ta n c ia l a la
e s té tic a r o m á n t ic a , se v u elv e m a rg in a l e n la ó p tic a d e B r e c h t: p o c o le
im p o r ta la r e u n if ic a c ió n e n u n s o lo c o n c e p t o d e to d o lo q u e e n c u e n t r a
su fin e n sí m is m o . C u a n d o te n g a q u e e x p l ic a r (e n «La c o m p r a del
c o b re » ) e n q u é c o n s is te el te a tr o é p ic o , n o r e c u r r i r á a c a te g o ría s es té ti­
cas s in o al análisis de u n a p r á c t i c a c o tid ia n a .

P ro p o n e r un m od elo fu ndam e ntal del teatro épico es relativam ente

cóm odo. D urante los ejercicios prácticos, ac o stu m b ra b a a escoger
co m o ejem plo de uno de los teatros épicos m ás sencillos, de alguna
m a n e r a «natural», u n proceso susceptible de desarro llarse en cual­
q u ie r esquina: el testigo o c u la r de u n ac cid en te de c irc u lac ió n explica
a un grupo de curiosos có m o o cu rrió la desgracia.

D esd e luego, hay ta m b ié n d if e r e n c ia s e n t r e estas « fo rm a s sencillas»

del te a tro y las «form as sabias» ( p a r a u s a r los t é r m i n o s q u e utiliza b a, en
la m is m a é p o c a , A n d ré Jo lles e n sus F orm a s se n c illa s ) p e r o s o n d if e r e n ­
cias fu n c io n a le s y n o e s tru c tu r a le s : el «arte» (la lit e r a tu r a ) n a c e de la
« naturaleza» (del d isc urso).

E ntre el teatro épico y el teatro épico artificial, no hay diferencia de

naturaleza en el nivel de sus e lem e n to s constitutivos. N uestro teatro
de la esquina es rudim entario; el pretexto, el fin y los m edios del
 e spectácu lo no «valen mucho». Pero se trata, no se puede negar, de un
p ro ce so significativo cuya función social es clara y determ ina cada
u n o de sus elem e n tos (págs. 557-558).

El a r te no se o p o n e a la n a t u r a le z a ni la lit e r a tu r a al d isc u rs o c o tid ia ­

no: el u n o se tra n sfo rm a e n el o tro . La e s c r itu r a a r tístic a se e n c u e n t r a
p r e s a e n la re d d e r e la c io n e s e n t r e d isc u rs o s, y el lenguaje, c o m o
ta m b i é n d e c ía D oblin, d e b e c o m p r e n d e r s e e n su totalidad. A ese r e s p e c ­
to, el p u n t o de lle g a d a del m o v im ie n t o fo rm a lis ta c o i n c id e c o n el p u n to
d e p a r ti d a d e B r e c h t.
P e r o el c e n t r o d e in te r é s d e B r e c h t se e n c u e n t r a e n o t r a p a r te , y el
a c e r c a m i e n t o a D o b lin es m á s significativo aún: se tr a ta del «teatro
cpico» , e x a c t a m e n te c o n t e m p o r á n e o d e la «novela épica» de Doblin.
B r e c h t se c o m p l a c e e n r e c o n o c e r e n D o b lin a u n o d e su s «padres
ilegítimos» y, e n u n a c a r ta dirig id a a D oblin, e x p lic a de la m a n e r a
s ig u ie n te su p r o p i o p r o y e c to c o m o d r a m a tu r g o : «Sólo se trata, e n re a li­
dad, de e n c o n t r a r u n a f o rm a q u e p e r m i t a t r a s p o n e r a la e s c e n a lo que
s e ñ a la la d if e r e n c ia e n t r e sus n o v e la s y las d e M ann» (Ge.s. W erke, VIII,
S c h rifte n ¡I, Z u r L iteratur..., 1967, pág. 64). A u n q u e B r e c h t n o se a s ie m ­
p r e ta n elogioso, p a r e c e q u e la filiación, e n s u m e n te , c o n c i e r n e p r e c i s a ­
m e n te a la idea de lo ép ico , ya q u e la p a l a b r a a p a r e c e c a d a vez q u e
B r e c h t se refiere a D oblin: «En u n a d isc u sió n , el gran a u t o r ép ic o Alfred
D o b lin htz o al d r a m a el r e p r o c h e m o r ta l de s e r u n g é n e r o artístico
a b s o lu ta m e n te in c a p a z de o f r e c e r u n a r e p r e s e n t a c i ó n v e r d a d e r a d e la
vida» (S c h rifte n I, pág. 1 18). «I-a n u e v a d r a m a tu r g ia a c c e d ía a la form a
é p ic a ( a p o y á n d o s e u n a vez m á s e n los tr a b a jo s de u n novelista, a saber,
Alfred D oblin)» (pág. 221). P e r o el s e n tid o q u e B r e c h t va a d a r al
té r m in o «épico» n o es s i m p l e m e n t e el de D oblin.
H ay q u e p a r ti r aq u í de u n o d e los a s p e c to s m á s c o n o c id o s d e la
d o c t r i n a d e B re c h t: su c r itic a d e la id e n tif ic a c ió n (E in fü h lu n g , em patia).
B rec h t, c o m o s a b e m o s , r e p r o c h a al te a tro an tig u o , n o ép ico , «aristotéli­
co», el h e c h o d e q u e inv ita al e s p e c t a d o r a id e n tific a rse c o n el p erso n a je,
lo q u e se ve facilitado p o r la id e n tif ic a c ió n p r e v ia d e l a c t o r c o n ese
m is m o p e rso n a je : los tre s se fu n d e n e n u n o . El p e n s a m i e n to clásico
s o b r e el te a tro , a f ir m a B r e c h t - q u i z á s e q u i v o c a d a m e n t e — , n o im a g in a
o tr a f o r m a de r e c e p c i ó n p o r p a r te del e s p e c ta d o r ; es lo q u e ex p lica la
p e r e n n i d a d de la te o ría d e la catarsis. P a r a a l c a n z a r ese efecto, se b u s c a
m a n t e n e r al e s p e c t a d o r e n la ilu s ió n d e q u e tie n e fre n te a los ojos u n
s e g m e n t o de vida, y n o u n e s p e c tá c u lo ; d e ahí la im a g e n del e s c e n a rio
c o m o u n a h a b i ta c ió n d o n d e faltaría ú n i c a m e n t e la c u a r t a p a r e d ; y la
a d m i r a c i ó n p r o fe s a d a p o r los e s p e c ia lista s c o n t e m p o r á n e o s (la escu e la
de Stanislavski) p o r los efe c to s de ilusión, el « h a c e r cre er» , del qu e los
m e jo r e s a c to r e s s e r ía n c a p a c e s . A es e g é n e r o d e r e c o m e n d a c io n e s ,
B r e c h t r e p li c a ir ó n i c a m e n t e : «Sin r e c u r r i r al a r te del a c to r, sólo co n u n a
dosis s u f ic ie n te d e a lc o h o l, se p u e d e i n d u c i r a casi to d o el m u n d o a ver
e n to d a s p a r t e s si n o ratas, p o r lo m e n o s r a to n e s bla n co s» (pág. 351).
 La n u e v a e s té tic a d e l te a tr o é p ic o se d e d u c e , n e g a tiv a m e n te , a p a r tir
d e es ta crítica . El e s p e c t a d o r d e b e p e r m a n e c e r lúc id o , d u e ñ o de su
f a c u lta d crítica , y p o r esta ra z ó n n o h a de c e d e r a la te n ta c ió n de la
id e n tific a c ió n . El d e b e r d el d r a m a t u r g o y del d i r e c t o r c o m p r o m e t i d o s
c o n la e x p e r ie n c ia d el te a tr o é p ic o c o n s is te e n a y u d a r lo e n su esfuerzo.
E n lo q u e se r e fie re al a u t o r d el texto, p r a c t i c a u n a f o r m a de r e p r e s e n ta ­
ció n del m u n d o q u e c o n s iste , en vez d e r e p r o d u c i r las co s a s tal c o m o
e s ta m o s a c o s t u m b r a d o s a p e r c ib ir la s , e n v olve rlas, p o r el co n tra rio ,
e x tra ñ a s , n o fam iliares, en d e s o r ie n ta r n o s . B r e c h t se refiere p r i m e r o a
ese p r o c e d i m i e n t o c o n la p a l a b r a E n tjre m d im g , a le ja m ie n to , p e ro t a m ­
b ié n a lie n a c ió n ; p e r o c a m b i a de t é r m i n o p o c o d e s p u é s, bajo la in flu e n ­
cia, al p a r e c e r , d e los F o rm a lis ta s ru so s y de la n o c i ó n d e o stra n en ei, la
a c c i ó n d e v o lv e r e x tra ñ o , in t r o d u c i d a p o r C hklov ski u n o s diez a ñ o s
a n tes. B r e c h t p u d o e n t e r a r s e de es e d e s a r r o l l o p a r a le lo (y lig e r a m e n te
a n t e r io r ) e n su s p r o p io s viajes a M osc ú, d o n d e f r e c u e n t a e s p e c ia lm e n te
a O. Brik; o, a p a r t i r de 1931, p o r m e d i o d e S.M. T re tia k o v , q u e va a
B e rlín ese a ñ o y c o n o c e a B r e c h t. T re tia k o v , a m ig o de E ise n s te in y de
M e y erh o ld , p e r o ta m b ié n d e C hklovski y de B rik , es t a m b ié n a u t o r de
o b r a s de «vanguardia»; al final d e los a ñ o s tr e in ta , s u frirá la s u e r t e de
a q u e llo s c u y a r e s e ñ a b iográfic a, e n la B re v e E n c ic lo p e d ia literaria (sovié­
tica), te r m in a c o n estas e x p r e s io n e s la c ó n ic a s : « I le g a lm e n te re p r im id o .
P ó s t u m a m e n t e r e h a b i l i t a d o ».1 La a d m i r a c i ó n e n t r e e s to s h o m b r e s p a r e ­
ce q u e fue r e c íp ro c a : B r e c h t a d a p t a u n a d e su s o b r a s al a l e m á n y lo
lla m a s ie m p r e «su m a e s tro » 1; m i e n t r a s q u e T re tia k o v se c o n v i e r te e n el
t r a d u c t o r al r u so de B re c h t. B ajo el efe c to de e s to s e n c u e n t r o s B r e c h t
m o d ific a su t é r m in o , p a r a h a c e r d e éste u n a t r a d u c c i ó n e x a c ta d e la
p a l a b r a rusa: es el fa m o so V erfrem d u n g , d is t a n c ia m i e n to , o el V -E ffekt.
C o m o C hklovski, B r e c h t p ie n s a q u e es te p r o c e d i m i e n t o es c o m ú n a
to d a s las artes, y se c o m p l a c e e n s e ñ a l a r l o ta n to e n los p in t o r e s an tig u o s
(Q ruegh e l) c o m o e n los m o d e r n o s : «La p i n t u r a d is t a n c ia (C éz anne )
c u a n d o a c e n t ú a e x a g e r a d a m e n t e la f o r m a h o n d a d e u n re c ip ie n te » (pág.
364). P e r o es d e s d e lu e g o al te a tr o al q u e se r e fie re m á s a m e n u d o , y n o
se c a n s a d e r e p e t i r q u e el a u t o r d e b e a n t e s q u e n a d a lo g r a r t r a n s m itir
este efecto de e x tra ñ e z a . «El efe cto d e d i s t a n c ia m i e n to c o n s iste en
t r a n s f o r m a r la c o s a q u e q u ie r e h a c e r s e c o m p r e n d e r , s o b r e la c u a l se
d e s e a a t r a e r la a t e n c ió n , d e c o s a o r d in a r ia , c o n o c id a , i n m e d i a t a m e n t e
dada, e n u n a c o s a p a r tic u la r, insólita, in e s p e r a d a » (pág. 355). Antes de
p r a c t i c a r ese p r o c e d i m i e n t o , el a u t o r c o m p a r t e c o n s u e s p e c t a d o r u n a
ac titu d c o n v e n c i o n a l r e s p e c to a las. cosas, q u e c o n s is te e n r e c o n o c e r l a s
sin v e r d a d e r a m e n t e p e r c ib ir la s . C o n s c ie n te de u n a r u t i n a de la p e r c e p ­

I, Para Tretiakov,. se puede consultar Frict Mierau, Erfindung unil Kurreklitr:

Treijakows Aeslhelik dar Operaiivitat, Berlín. Akadeinie-Verlag, 1976 (haciendo abs­
tracción del ángulo de enfoque); y S. Tretiakov. Dans le fronI gauche de l'arl, París.
Maspero, 1977. Brecht consagrará un poema a la desaparición trágica de Tretiakov y
jamás creerá en su culpabilidad.
c ió n , el a u t o r i n t r o d u c e en su texto m is m o un p r o g r a m a de p e r c e p c i ó n
d ife re n te ; o b r a s o b r e su te x to p a r a a c t u a r s o b r é el e s p e c ta d o r . Y, gracias
al e fe c to d e d is t a n c ia m i e n to , es c e s p e c t a d o r ya no se id e ntifica co n el
p e rs o n a je , y d o s p e r s o n a s a p a r e c e n allí d o n d e sólo h a b ía una.
¿C uáles so n los m e d io s d e a c c i ó n s o b r e el texto q u e p r o v o c a n el
efecto d e d is t a n c ia m i e n to ? U na o b r a d e le n guaje p o se e niveles y a s p e c ­
tos m ú ltip le s; p e r o , e n el t r a n s c u r s o de c a d a é p o c a , la c o n v e n c i ó n
lite ra ria h a c e q u e a s o c ie m o s los u n o s y los o tro s de m a n e r a estable y fija.
Al r o m p e r esas a s o c ia c io n e s , al r e t e n e r a l g u n o s e l e m e n t o s del tó p ic o y
al c a m b i a r otros, se im p id e la p e r c e p c i ó n a u to m a tiz a d a . P o r ejem p lo , si
u n t e m a p r o s a ic o es e v o c a d o c o n la a y u d a d e fo rm a s lingü ísticas r e b u s ­
cadas, s e r á d ista n c ia d o ; y lo m is m o s u c e d e r á c o n u n te m a «de altu ra» si
está tr a ta d o e n d ia le c to , a n te s q u e c o n un id io m a literario pulido. A
veces se o b t e n d r á el m is m o efe c to p a s a n d o del p r e s e n te al p a s a d o , o a la
inversa; d e la p r i m e r a a la t e r c e r a p e r s o n a , etc. Al lado d e estas i n te r v e n ­
c io n e s r e la c io n a d a s c o n la e s t r u c t u r a m is m a d e l texto, se p u e d e ta m b ié n
h a c e r q u e a p a r e z c a el m etatex to : q u e se lean, p o r e jem p lo , las in d ic a c io ­
nes e s c é n ic a s del a u to r, d e s tin a d a s en p r in c i p io al a c t o r y n o al e s p e c ta ­
dor; e n ese caso, se h a c e n e s c u c h a r s i m u l t á n e a m e n t e d o s voces, desfasa­
das la u n a r e s p e c to a la o tra. T o d o s esto s p r o c e d i m i e n t o s r e c u e r d a n los
■íle la p a r o d ia , q u e ta m b ié n c o n s e r v a a lg u n o s e l e m e n t o s del o rigina l
m o d if ic a n d o otros, y q u e in t r o d u c e la d u a lid a d en la voz m is m a del
au to r. E n el te a tr o , al la d o de estos m e d io s te x tu a le s p a r a p r o d u c i r el
efe c to de d is t a n c ia m i e n to existen ig u a lm e n te o tro s, q u e c o m p e t e n m ás
b ie n a la p u e s ta e n e s ce n a. D ad o q u e el a c t o r se id e n tifica p r e v ia m e n te
co n el p e r s o n a je el e s p e c t a d o r ta m b ié n lo hace; p a r a d e s tr u i r la s e g u n d a
id e n tific a c ió n , se a ta c a r á , p u e s , la p r i m e r a , y la p lu r a lid a d de las p e r s o ­
nas se r e s ta b le c e r á e n lu g a r de la u n id a d . B r e c h t e s c rib e , en «La c o m p r a
del co b re » :

El efecto de distanciam iento no se p ro duce cua n d o el actor, que se

forja un rostro ajeno, b o rra ente ra m e n te ei suyo propio. Lo que debe
h a c e r es m o stra r la superposición de am bos rostros (pág. 610).

El a c t o r m u e s t r a la n o - c o in c id e n c ia e n t r e él y el p e rso n a je , h a c e
e s c u c h a r d o s v o c e s s i m u l t á n e a m e n t e , lo q u e a su vez im p id e al e s p e c ta ­
d o r la id e n tif ic a c ió n c o n el p erso n a je.

El a c to r d eb e p e r m a n e c e r d em ostrador; debe reflejar al personaje que

m uestra c o m o u n a p e rso n a ajena y no h a c e r d esap arecer en su rep re­
sentación toda hu ella del hizo esto, él dice aquello». No debe llegar
a niclam or¡oscarsc integralm ente en ese personaje mostrado. (...) Ja­
más olvida y n u n c a hace que se olvide que él no es el personaje
reflejado sino el d e m o stra d o r (pág. 553).

O, s e g ú n la f ó r m u l a c o n t u n d e n t e d e u n texto a n te rio r: «Cada u no

te n d ría q u e ale ja rs e d e sí m is m o » (pág. 189).
 Al la d o de esta m o d if ic a c ió n e n su r e la c ió n c o n el p e rso n a je , el a c t o r
p u e d e ta m b ié n referirse d e m a n e r a d if e r e n te al e s p e c ta d o r , al dirig irse
d i r e c t a m e n t e a él, gesto p a r a le lo a la le c tu r a d e las in d ic a c io n e s e s c é n i­
ca s y q u e r e c u e r d a q u e el d iá lo g o d e los p e r s o n a je s es tá e n c a ja d o e n el
d iá lo g o e n t r e a u t o r y e s p e c ta d o r . F in a lm e n te , p u e d e ta m b ié n m o d if ic a r
s u r e la c ió n c o n s ig o m is m o , y m o s t r a r s e o b s e rv á n d o s e : «Es así c o m o el
a c t o r c h in o o b tie n e el efe c to de d is t a n c ia m i e n to : se le ve o b s e rv a n d o sus
p r o p io s movimientos>* (pág. 346), El r e s u lt a d o de to d o s estos p r o c e d i ­
m ie n to s c o n s is te e n q u e, e n vez de a c tu a r las p a l a b r a s d e l p e rso n a je , el
a c t o r las cita: «Si h a r e n u n c i a d o a la m e ta m o r f o s is in te g ral, el a c t o r no
d e c l a m a s u texto c o m o u n a im p r o v is a c i ó n s in o c o m o u n a cita» (pág.
344). A h o ra b ie n , ¿q u é es la cita sin o u n e n u n c i a d o c o n d o b le sujeto de
e n u n c i a c i ó n , u n a s it u a c ió n e n la q u e d o s v o c e s so n t r a n s m itid a s a través
de u n a p a l a b r a únic a?
El d i r e c t o r p u e d e ta m b ié n in t e r v e n i r u tiliz a n d o o tr o s m e d i o s q u e no
s e a n el texto. S u objetivo n o s e r á h a c e r q u e c o n t r i b u y a n to d o s a u n
efe cto ú n ic o , llevarlo s a la fu sió n total, sin o u tiliz a r c a d a u n o de ellos
p a r a d is t a n c ia r al otro: el gesto s e r á d i s o n a n t e c o n el texto, lo q u e t e n d r á
c o m o efecto el h a c e r t o m a r c o n c i e n c i a al e s p e c t a d o r del u n o y del otro;
s u c e d e igual c o n la i n t r o d u c c i ó n e n el te a tr o d e la m ú s ic a , d e l cine, de
las m á s c a ra s , h a s ta de los d e c o r a d o s :

Que todas las artes h erm a n as del arte teatral sean, pues, invitadas aquí,
no para fabricar una «obra de arle total» en la cual se ab a n d o n aría n y
se p erde ría n todas, sino p ara que ju nto c o n el arle teatral hagan
avanzar la tarea c o m ú n , cada u n a a su m anera, y sus relaciones
recíprocas consistan en distanciarse m u tu a m e n te («Kleines O rganon
für das Theaier», § 74, págs. 698- 699).

El ideal de B r e c h t n o es u n te a tr o total s in o u n te a tr o de lo h e t e r o g é ­
neo, d o n d e la p lu r a l id a d r e in e e n lu g a r de la u n id a d .
El efecto de d is t a n c ia m i e n to n o es la ú n i c a c a r a c t e r ís ti c a d el te a tr o
ép ico; p e r o sí s u q u in ta e s e n c i a ; to d o s su s o tr o s rasg o s p u e d e n e n la z a rse
c o n él. B r e c h t insiste ta m b ié n e n la p r e s e n c i a del n a r r a d o r e n esce n a;
és te e n c a m a d e esa m a n e r a u n a d e las f u n c io n e s q u e i n c u m b í a n al
a c to r, y m a te r ia liz a la e x i s te n c ia d el i n t e r c a m b i o a u t o r - e s p e c t a d o r . El
p a s a d o d e la o b r a y el p r e s e n te d e la r e p r e s e n t a c i ó n n o d e b e n e s c o n d e r ­
se m u t u a m e n l e , sin o c o e x is tir a b i e r t a m e n t e , Al r e f e r ir s e d e n u e v o a
D oblin, B r e c h t v u elve a t o m a r la id e a s c h ille r i a n a d e la a u t o n o m í a d e las
e s c e n a s e n la ep o p e y a: los e p iso d io s n o c o n t r i b u y e n a u n a a c c i ó n ú n ic a ,
n o llevan to d o s a u n so lo p u n t o c u l m i n a n t e ; s u y u x ta p o s ic ió n (el efe cto
de «m ontaje») s u b r a y a su h e t e r o g e n e id a d . «C om o h e m o s a p r e n d id o , el
a u t o r divide u n a o b r a e n p e q u e ñ o s tro zo s a u t ó n o m o s , de m a n e r a q u e la
a c c i ó n a v a n c e a saltos. R e c h a z a el in s e n s ib le d e s liz a m ie n to d e u n a s
e s c e n a s e n otras» (pág. 605) El te a tro é p i c o m is m o se defin e p u e s p o r el
m a n t e n i m i e n t o de lo h e t e r o g é n e o y d e lo p lu r a l.
 La r e s p u e s ta q u e B r e c h t d a m á s a m e n u d o al p o r q u é del te a tro épico
es de tipo a b s o lu to y a h is tó r ic o . P o s tu la d e h e c h o q u e to d a c o m p r e n s ió n ,
to d o c o n o c i m i e n t o exige u n a s e p a r a c ió n e n t r e su je to y o bjeto, u n distan-
c ia m i e n to ; p o r c o n s ig u ie n te , el te a tro é p ic o n o es s i m p l e m e n t e u n a
f o r m a h i s t ó r i c a m e n t e a p r o p ia d a sin o el m e jo r m e d io p a r a a c c e d e r a la
v erd a d . «El a le ja m ie n to (E n lfrem d u n g ) e r a in d is p e n s a b le p a r a p o d e r
c o m p r e n d e r . A d m itir q u e u n a c o s a "se e n t ie n d e s o l a ”, ¿no es s e n c il la ­
m e n t e r e n u n c i a r a la c o m p r e n s ió n ? » (pág. 265). De g o lp e B r e c h t ab raza,
sin s a b e r lo quizá, la p o sic ió n d e A ristóteles, p a r a q u ie n el a s o m b r o es la
m a d r e del c o n o c im i e n to . ¿P ero es el c o n o c i m i e n t o el objetivo ú ltim o
del arte? Es ahí d o n d e B r e c h t in t r o d u c e u n a c o n s id e r a c ió n h istó ric a,
a f ir m a n d o q u e vivim os e n u n a «era científica» d o n d e el c a m in o del a rle
se r e ú n e c o n el de la cie n c ia . «Para q u e lo d a s estas co sas d ad a s p u e d a n
a p a r e c e r s e al h o m b r e c o m o o tr a s ta n ta s c o s a s d u d o sa s, d e b e r ía d e s a r r o ­
lla r esa m ir a d a ajen a c o n la q u e el g ran Galileo o b s e rv ó u n a lá m p a r a de
te c h o q u e se h a b í a p u e s to a oscilar» («K leines O rg a n o n » , § 44, pág, 681).
A h ora bíen, no c a b e d u d a d e q u e p a r a B r e c h t la c ie n c ia , la raz ón y la
v e r d a d s o n v alo re s su p e rio r e s .
P u e d e v erse e n esta c o n s t r u c c i ó n u n in t e n t o de h a c e r a c e p t a r c o m o
valore s u n iv e rs a le s lo q u e n o es, d e s p u é s d e to do, m á s q u e los v alo re s de
u n a é p o c a , o h a s la los d e u n indiv id u o : el p r o p io B e rlto lt B re c h i. Se
tr a ta r ía e n t o n c e s , c i e r t a m e n t e , de u n a a c tit u d h istó ric a, p e r o d e la p e o r
e s p ec ie: i n c o n s c i e n t e y e g o c é n t r ic a . Ya q u e p a r e c e c l a r o q u e la e x p lic a ­
c ió n d e B r e c h t n o p u e d e a c e p t a r s e al pie de la letra: a u n q u e se a d m ita
q u e la d im e n s i ó n d e v e r d a d no es a je n a a la lite ra tu ra , n o se p u e d e
a s i m i l a r su «verdad» a la d e la cien c ia; los e n u n c i a d o s cien tífic o s son,
t o m a d o s u n o p o r u n o , v e r d a d e r o s o falsos, m ie n tr a s q u e la cu e stió n
p ie r d e su s e n tid o r e s p e c to a las frases de u n a novela. ¿Q ué n o s p ru e b a ,
p u e s , q u e los p r o c e d i m i e n t o s d e d e s c u b r i m i e n t o de la v e r d a d d e b a n s e r
los m is m o s e n a m b o s casos?
P e r o , al la d o d e e s ta p r i m e r a e x p lic a c ió n , B r e c h t p r o p o r c i o n a t a m ­
b ié n o tra, c uyo c a r á c t e r h is t ó r ic o a s u m e y q u e es tá m á s de a c u e r d o c o n
Sus d e m á s ideas, p u e s to q u e e s ta b le c e u n a r e la c ió n e n t r e la s-tra n sfo rm a ­
c io n e s d e la l it e r a tu r a y las d e la s o c ie d a d . S a b e m o s q u e éste s e r á el
se n tid o d e su d e b a te c o n L ukács e n los a ñ o s treinta: m ie n tr a s q u e, p a r a
este ú ltim o , existe u n a e s e n c ia del r e a lism o , a lc a n z a d a p o r los clásicos
del siglo XIX (Balzac y T olstoi), y a la cual se d e b e s ie m p r e asp irar, p ara
B r e c h t el r e a lis m o es u n a n o c i ó n de c o n t e n i d o varia b le, q u e se define
p o r su eficacia p u n t u a l y p o r su a d e c u a c i ó n a las e x ig e n c ia s del m o m e n ­
to: si, e n el siglo XX, se im i ta r a a los «realistas» del siglo XIX, u n o se ría u n
«formalista», Y, e n s u s es c rito s s o b r e el te a tr o ép ic o , B r e c h t de b u e n a
gan a p o n e e n e v id e n c ia la d e p e n d e n c i a q u e existe e n t r e las fo rm as del
a r te y las r e a lid a d e s d e las c u a le s éstas se h a c e n cargo:

Sólo para p o d e r a b a r c a r los nuevos cam po s temáticos, ya debe haber

u n a Forma d ra m a tú rg ic a y teatral nueva. ¿Se p odrá hablar de dinero
 con versos yámbicos? «La cotización del m arco, an tea yer a cincuenta,
a cien dólares hoy, m a ñ a n a p o r encim a, etc.», ¿Es esto posible? El
petró leo se rebela an te los cinco actos (pág. 197).
H e a q u í la e x p lic a c ió n h is t ó r ic a de B r e c h t: la e s té tic a d e la id e n tifica­
c i ó n e s ta b a de a c u e r d o c o n la id e o lo g ía in d iv id u a lista triu n fa n te ; e n la
é p o c a c o n t e m p o r á n e a , el in d iv id u o es tá p e r d i e n d o su p a p e l d o m in a n te .
«El p u n t o d e vista in d iv id u a l ya n o p e r m i t e c o m p r e n d e r los p r o c e d i ­
m ie n to s decisivos de n u e s t r o tie m p o , s o b r e los c u a le s los ind iv id u o s no
p u e d e n influir» (pág. 245). E n lu g a r del in d iv id u o , so n los e l e m e n to s del
e n t o r n o , las s itu a c io n e s, los in te r e s e s c o le c tiv o s los q u e d e s e m p e ñ a n el
pa p e l p rin c ip a l; p o r es ta raz ó n e n el te a tr o é p i c o los p e r s o n a je s indivi­
d u a le s d e b e n tr a n s f o r m a r s e en s e re s e j e m p l a r e s , lo q u e n o deja de
r e c o r d a r a los h é r o e s de Doblin:
No es el gran individuo apasionado el in ic ia d o r y el interpo lador del
leatro épico. En él, las preguntas las planLean siem pre las situaciones,
y los individuos responden m e diante el c o m p o rta m ie n to típico que
adoptan (pág. 139).

C o m o D oblin, pu es, B r e c h t se r e m o n t a a la d if e r e n c ia e n t r e el pap e l

d e s e m p e ñ a d o p o r el i n d iv id u o e n la é p o c a d e las r e v o lu c io n e s b u r g u e s a s
y hoy en día, y llega a u n e logio d e la p l u r a l i d a d e n d e t r i m e n t o de la
u n id a d . Se s a b e q u e la id e a de d i s t a n c i a m i e n t o n o es n u e v a , ya q u e se
p u e d e o b s e r v a r su p r á c tic a d e s d e la A n tig ü e d a d h a s ta las C artas p ersa s
de M o n te sq u ie u , y q u e se e n c u e n t r a n f o r m u l a c i o n e s te ó ri c a s q u e le
c o n c i e r n e n d e s d e la é p o c a del r o m a n t ic is m o , e n N ovalis, S helle y o
Hegel. P e r o p a r a los r o m á n t i c o s , lo m is m o q u e p a r a C hklovski, se trata
s im p le m e n te d e r e n o v a r la visión del objeto; m i e n t r a s q u e B r e c h t a c e n ­
túa el d e s d o b la m ie n to q u e a fe c ta al su je to d e l d isc u rs o .
B r e c h t h a r o to c o n el in d iv id u a lis m o ; p e r o n o c o n el rela tivism o .
C o m o D oblin, v alo ra la p r e s e n c i a d e m á s d e u n a voz e n u n a so la y
m is m a p e r so n a ; p e ro , a d if e r e n c ia de D oblin, n o es p ec ifica la n a t u r a le z a
de esa o tr a voz: ya n o es la del c o n s e n s o social, el d i s t a n c ia m i e n to o p e r a
en todos los án g u lo s; p a r a B r e c h t, d os v o ce s valen s i e m p r e m á s q u e u n a,
c u a lq u ie r a q u e se a su n a tu ra le z a . «Cada u n o te n d r í a q u e a le ja rs e d e sí
m ism o»: la d i r e c c i ó n del m o v i m i e n t o p a r e c e s e r in d if e re n te .
El resto de la o b r a d e B r e c h t in v a lid a sin e m b a r g o es e p r o g r a m a , y
p o r esto in s p ira u n a d u d a s o b r e la p o s ib ilid a d m i s m a d e su rea liza ció n .
Lejos de r e g o c ija rse l ú d i c a m e n t e e n la m u lt ip lic a c ió n de las voces,
Brecht hace escuchar, en u n a o b ra a m e n u d o p erfec tam en te m onocor-
de, el so n id o d e u n a id e o lo g ía a c e p t a d a c o m o v e r d a d e r a e in d iscutib le:
la del p a r ti d o c o m u n is ta . T o d o s u c e d e c o m o si B r e c h t n o p u d ie ra
c o n c e b i r o tr a a lte r n a t iv a a la p lu r a l i d a d n o je r a r q u i z a d a q u e la a d h e sió n
a u n d og m a . A n alizar la o b r a de B r e c h t n o es mi p r o p ó s ito aqu í, p e r o m e
re su lta difícil n o p e r c i b i r c o m o so lid a r io s estos d o s gestos a p a r e n t e m e n ­
te c o n tra d ic to rio s : el e lo g io de la m u ltip lic id a d , la p r á c t i c a rígida d e la
 unidad; cada u n o de ellos h a c e p osib le el o tr o y al m is m o tie m p o lo
disculpa. El d i s t a n c ia m i e n to n o in c lu y e r e f e r e n c ia a la v erda d; p e ro
Brecht po se ía la su y a de a n t e m a n o . R e c í p r o c a m e n t e , la v e r d a d d o g m á ti­
ca que tie n e q u e tr a n s m itir , c o n v e r tid a e n «ajena» o «distante», se h a c e
más atractiva. A fo r tu n a d a m e n te , el «teatro épico» d e B r e c h t se salva, m e
p are ce, d e esto s r e p r o c h e s y deja atrá s c a d a u n o de los dos d o g m a s
p ro p io s de su a u t o r , el e s té tic o y el político: ahí, B r e c h t logra s u p e r a r el
d o b le e s c o llo del d o g m a t i s m o y del e s c e p tic ism o .
 LOS CRIT ICO S-E SCRIT O RE S
(Sartre, B la n c h o l, B artlies)

Los «crítico s-escrito res» , y no los «escritores-críticos»: m e in t e r r o g a ­

ré, es ta vez, n o s o b r e la crític a p r a c tic a d a p o r e s c r ito r e s s in o s o b r e
a q u e lla q u e se c o n v i e r te e n u n a f o r m a de lit e r a tu r a o, c o m o se d ice hoy
e n día c o n u n a p a l a b r a q u e n o tie n e s e n tid o de ta n to h a b e r sido usada,
d e e s c r itu r a ; o e n la cu a l, en to d o caso, el a s p e c to literario a d q u i e r e u n a
n u e v a p e r ti n e n c i a . De esta f o r m a d e crítica , esco jo a fres r e p r e s e n ta n t e s
q u e h a n d e ja d o su s h u e lla s e n las le tras f ra n ce sas p o s te rio re s a la
s e g u n d a g u e r r a ( p o c o im p o r ta , pu es, si a d e m á s h a n e s c r ito o no o b r a s de
ficción): J e a n - P a u l S a r tre , M a u r ic e B l a n c h o l y R o la n d Barthes.

S a r t r e es u n polígrafo; a h o r a b ie n , n o hay f ro n te r a s h e r m é t i c a s e n tre

su filosofía, su c r ític a e in c lu s o su ficción. P a ra m a n t e n e r el eq u ilib r io
e n t r e m is d if e r e n te s a u to re s , m e lim ila rc a q u í a los p r in c i p a le s textos
d e d i c a d o s e s e n c i a l m e n t e a la lit e r a tu r a . A d e c i r v e rd a d , S a r tr e n o h a b la
d e la lit e r a tu r a s in o d e sus d o s g r a n d e s es p ec ies, p o e s ía y pro sa; y hay
q u e e x a m i n a r s e p a r a d a m e n t e su s o p in io n e s a c e r c a d e la u n a y de la
otra.
La p o e s ía es lo q u e, e n lite r a tu r a , se a s im ila a las d e m á s artes:
p in tu r a , e s c u ltu ra , m úsica ... ¿Cuál es su defin ició n ?

Los poetas son h o m b res que rehúsan utilizar el lenguaje. (...) El poeta
se ha apartado de u n a vez del lenguaje-instrumento; ha escogido de
un a vez p o r todas la actitud poética que considera las palabras com o
cosas y no co m o signos (Qu'cst-cc que la liltcralure?, 1948, reedición
1969, págs. 17-18).

E sta tr a n s f o r m a c i ó n e n la fu n c ió n del le n g u aje g e n e r a o tr a en su

e s tr u c tu r a : las p a l a b r a s del p o e t a se p a r e c e n a las co s a s q u e e v o c a, la
re la c ió n d el s ig n ific a n te c o n el sig n ific ad o está justificada.

La significación (...) se vuelve natural (...). El poeta (...) escoge la

im agen verbal (...) p o r su semejanza con el sa u ce o el fresno (,..). El
lenguaje e n te ro es p ara él el Espejo del m undo. (...) De esa m a n e ra se
 establece e n tre la p a la b r a y lo significado u n a doble re la c ió n r e c íp r o ­
ca de sem ejanza m á g ica y de significación [ibíd., págs. 19-20).

S a in t G en e t (1952) e n r i q u e c e el m a r c o d e a n o t a c i o n e s d iv e rs a s p e r o
n o c a m b i a e n n a d a el e s q u e m a d e b a s e ; y la o p o s i c i ó n s ig n ific a c ió n /
se n tid o , q u e e m p l e a S a r t r e p a r a d e f in i r la p o e s ía , e s tá c a l c a d a s o b r e la
p a r e j a r o m á n t i c a a l e g o r í a / s í m b o l o . L a d o c t r i n a r o m á n t i c a a p a r e c e aq u í
s i n n i n g ú n disfraz, tal c o m o se p o d í a l e e r e n M oritz, N o v alis o A.W.
S c h le g e l ( a u n q u e S a r t r e la d e s c u b r e m á s b ie n a tr a v é s d e V aléry, B lan-
c h o t o M a lla rm é ): la p o e s ía se d e f in e p o r el c » r á c t e r in tr a n s itiv o del
le n g u a je y p o r la r e l a c i ó n j u s t if i c a d a e n t r e s ig n i fic a n t e s y sig n ific ad o s ,
u n a f o r m a d e c o h e r e n c i a i n te r n a .
S a r t r e n o o c u l t a esta filia ción; la r e f e r e n c i a a los e s c r ito s d e B l a n c h o t
a c e r c a d e M a lla r m é , p o r e j e m p l o , s o n m u y f r e c u e n t e s e n S a in t G enet.
P e r o c o n e s ta d if e r e n c ia : al c i ta r lo , S a r t r e a n o ta :

B lanchot añade: «Quizás esta s u p e r c h e r ía sea la v erdad de toda cosa

escrita». Es ahí d o n d e ya no lo sigo. T e n d r ía q u e distinguir desde ese
p u n to de vista la poesía y la p r o s a (pág. 288).

Es, p u e s , d e l l a d o d e la p r o s a d o n d e h a y q u e b u s c a r la c o n t r i b u c i ó n
o r ig in a l de S a r tr e , m i e n t r a s q u e , p a r a la p o e s ía , se c o n t e n t a c o n r e c o r ­
d a r lo q u e le p a r e c e n v e r d a d e s u n ta n t o o lv id a d a s , p e r o c o m u n e s .
La p r o p i a p r o s a n o es u n a a c tiv i d a d q u e e n c u e n t r e s u fin e n sí m is m a .
El e s c r ito r -p r o s is ta , d ic e S a r t r e e n Q u ‘est-ce q u e la littérature?, «ha
e s c o g id o r e v e l a r el m u n d o y s i n g u l a r m e n t e el h o m b r e a los d e m á s
h o m b r e s , p a r a q u e é s to s a s u m a n f r e n te al o b je to así d e s v e la d o , su e n t e r a
r e s p o n s a b ili d a d » (pág. 31). Es la f o r m a m i s m a d e la p r o s a l it e r a r ia la q u e
le h a c e d e s e m p e ñ a r ese p a p e l d e m a e s t r o de la r e s p o n s a b i l i d a d y, p o r lo
ta n to , d e la lib e r ta d ; r e s u l t a q u e «el u n i v e r s o d el e s c r i t o r n o se d e s c u b r i ­
r á e n to d a s u p r o f u n d i d a d s i n o m e d i a n t e el e x a m e n , la a d m i r a c i ó n , la
in d i g n a c i ó n d e l le c to r» (pág. 79). A h o r a b ie n , si es el l e c t o r f i n a l m e n t e
q u i e n d e c i d e a c e r c a d el s e n t i d o d e mi o b r a , lo in c ito c o n s t a n t e m e n t e a
e j e r c e r s u lib e r ta d ; r e c í p r o c a m e n t e , yo c o m o le c to r , p o r mi a c t o m i s m o
d e le c t u r a , r e c o n o z c o la l i b e r ta d d e l e s c r ito r . P o r e s o «el a r t e d e la p r o s a
es s o li d a r io c o n el ú n i c o r é g i m e n e n q u e la p r o s a m a n t i e n e u n se n tid o :
la d e m o c r a c i a » , y « es crib ir, es u n a c i e r t a m a n e r a d e d e s e a r la libe rtad »
(pág. 82). El c o m p r o m is o s a r t r i a n o n o es n a d a m á s q u e u n a l o m a d e
c o n c i e n c i a d e e s ta f u n c i ó n i n h e r e n t e a la p r o s a lite r a r ia , a u n q u e g u a r d e
u n d o b l e se n tid o : el e s c r i t o r e s tá a la vez « c o m p r o m e t i d o » p o r q u e
p a r t i c i p a f o r z o s a m e n t e e n s u tie m p o , e s tá e n «situ ac ió n » , y a s u m e su
p a p e l d e g u ía h a c i a la lib e r ta d , y p o r lo ta n t o h a c i a la s u p e r a c i ó n d e esta
s it u a c ió n : «Con c a d a p a l a b r a q u e p r o n u n c i o m e c o m p r o m e t o u n p o c o
m á s e n el m u n d o , y al m i s m o t i e m p o e m e r j o d e él u n p o c o m á s, ya q u e
lo s o b r e p a s o h a c i a el p o r v e n ir » (pág. 29). E l a r l e c o m p r o m e t i d o n o es u n
a r te s o m e t i d o a o b je tiv o s p o lít ic o s s in o u n a r t e c o n s c i e n t e d e s u id e n ti­
dad; se sitúa a igual d i s t a n c ia d e la « p u r a p r o p a g a n d a » (a la c u a l a veces
se tie n d e a a s im ila rlo ) y de la « p u r a diversión» (pág. 356), lím ite to c a d o
p o r la poesía. S e a lo q u e fuere, la p r o s a (la lite ra tu ra ) se defin e p o r u n a
fu n c ió n social tr a n s h i s tó r ic a , q u e n o se deja d e d u c i r d e la ideología
in d iv id u alista y rela tiv ista d e los r o m á n t ic o s , ya q u e se r e fie re a valo res
a b s o lu to s: «A u n q u e la lit e r a tu r a sea u n a c o s a y la m o r a l o t r a to ta lm e n te
d if e r e n te , e n el fo n d o d e l im p e r a tiv o e s té tic o d is c e r n im o s el im p e ra tiv o
m o ra l» (pág. 79).
S a in t G e n e t es m e n o s e x p líc ito al r e s p e c to . P e r o aq u í el pro sista , a
d if e r e n c ia del p o e ta , svgue s ie n d o aq u e l p a r a q u ie n «el le ngu aje se a n u l a
en b e n e f ic io de las id e as q u e h a tra n s m itid o » (pág. 509); es tá del lado de
la t r a n s p a r e n c i a f re n te a la o p a c id a d p o ética . En esta o b r a S a r tr e se
decfica a o tr a .im p lic a c ió n d e la o p o s ic ió n : re s u lta q u e e n p o e s ía el ju e g o
se d a e n t r e el p o e t a y el le n g u aje , s ie n d o p u r a m e n t e p asiv o el p a p e l del
le cto r; m i e n t r a s q u e , e n la p ro sa, es el le n g u aje el q u e es pasivo y está
s o m e t i d o a lo e s e n c ia l, q u e es la c o m u n i c a c i ó n e n t r e a u t o r y lector: «La
p r o s a se f u n d a m e n t a s o b r e esta r e c i p r o c i d a d de r e c o n o c im i e n to » (ibíd.).
A h o r a b ie n , la c o m u n i c a c i ó n es u n a c to social y la p r o s a tiene, p u e s , u n a
f u n c ió n d i f e r e n t e a la d e s e r ella m ism a: e s ta m o s todavía fu era del
e s q u e m a r o m á n t ic o .
Sin e m b a r g o , u n p r o b l e m a va a surgir. Y S a r tr e rep ite q u e el le c to r es
c o n s titu t iv o de la literatu ra :

El literato es u n extra ñ o tro m p o que sólo existe en movim iento. Para

hacerlo surgir, se necesita un acto c o n c re to que se llam a la lectu ra y
sólo d u ra tanto co m o esta lectu ra p ueda d u r a r (Qu'est-ce que la
liltératurc?, pág. 52).

Toda obra literaria es u n a llamada. Escribir es r e c u r r ir al lector para

que haga p a s a r a la existencia objetiva la revelación que yo he e m p re n ­
dido m e diante el uso del lenguaje (ibíd., pág. 59).

T o d a la e s t r u c t u r a d e este lib r o d e S a r tr e tie n d e a c o n f i r m a r la

i m p o r t a n c i a d e la le c tu r a y del lector: la p r e g u n t a q u e sirve d e título a!
p r i m e r c a p ítu lo , «¿Qué es escribir?», só lo e n c u e n t r a su r e s p u e s ta c u a n ­
d o u n o s a b e «¿Por q u é escrib ir?» (título y t e m a del s e g u n d o capítulo);
a h o r a b ie n , s ó lo se e n t i e n d e el « p o r qué» m e d i a n t e u n a te r c e r a p r e g u n ta
(y u n t e r c e r c a p ítu lo ): «¿Para q u ié n se escribe?», p ie d r a a n g u l a r d e la
to ta lid a d d e la o b ra.
A h o ra b ie n , ese le cto r, p ie n s a S a r tre , es fo rz o s a m e n te u n lector,
s it u a d o e n el t ie m p o y e n el es p a c io . La id e n tid a d del a c to literario está,
pu es, h i s t ó r i c a m e n t e d e t e r m in a d a . «Aun c u a n d o c o d ic ie la u re le s e te r ­
nos, el e s c r ito r h a b l a a sus c o n t e m p o r á n e o s , a sus c o m p a tr io ta s , a sus
h e r m a n o s d e raza o d e clase» (pág. 88). Esto n o te n d r í a im p o r ta n c ia si el
p a p e l del l e c t o r f u e ra lim itado ; c o m o , p o r el c o n t r a r i o , es decisivo, toda
la lit e r a tu r a se e n c u e n t r a a m p u t a d a d e s u d im e n s ió n universal. El lector
(y ta m b ié n , p u e s , el a u t o r y el s e n tid o m is m o de la obra) se caracterizan
p o r su h isto ricid a d (pág. 90); y S a r tr e c o n c lu y e c o n esta c o m p a r a c ió n
c é le b r e : « P a r e c e q u e las b a n a n a s ti e n e n m e j o r s a b o r c u a n d o se a c a b a n
de c o s e c h a r ; las o b r a s de la m e n t e , d e la m i s m a m a n e r a , d e b e n c o n s u ­
m i r s e in s itii» (pág, 96). Lo q u e p a r a las b a n a n a s só lo es u n p r o b l e m a de
m á s o m e n o s , se c o n v i e r t e e n u n im p e r a t i v o p a r a los lib ros: el m e j o r
s e n t i d o lo d a n los l e c to r e s a q u i e n e s f u e r o n o r i g i n a l m e n t e d e s tin a d o s . El
e s b o z o d e h i s t o r i a d e la l i t e r a t u r a f r a n c e s a , q u e o c u p a la m i t a d d e este
t e r c e r c a p itu l o , ilu s tra el p r o g r a m a , ya q u e S a r t r e d is t in g u e a l g u n o s
g r a n d e s p e r i o d o s del p a s a d o , c a r a c t e r i z a d o c a d a u n o p o r u n a r e la c ió n
p a r t i c u l a r e n t r e a u t o r e s y le c to r e s : E d a d M e d ia, c l a s i c i s m o ,'s i g l o x v m ,
etc,; y p o n e e n e v i d e n c i a t o d o lo q u e la l i t e r a t u r a d e e s te p e r í o d o d e b e a
tal r e la c ió n .
S e m e j a n t e r e s u l t a d o tie n e alg o d e d e c e p c i o n a n t e . Y n o se d e b e a q u e
los an á lisis d e S a r t r e s e a n - f o r z o s a m e n t e - p a r c i a l e s y a p r e s u r a d o s : no
p o d í a s e r de o t r a f o r m a e n u n e s c r ito p r o g r a m á t i c o . Ni a q u e los h e c h o s
q u e r e v e la n (la d e t e r m i n a c i ó n d e las o b r a s p o r las e x p e c t a ti v a s del,
p ú b lic o ) n o exista n ; to d o lo c o n t r a r i o ; s e s a b e q u e e s ta s u g e r e n c i a d e
S a r t r e h a s id o a b u n d a n t e m e n t e e x p l o t a d a e n la « e s té tic a d e la r e c e p ­
ció n » , q u e f lo r e c e d e s d e h a c e u n o s v e in te a ñ o s e n A le m a n ia . S e d e b e , e n
c a m b io , a q u e e n e s ta ó p t i c a d e d e t e r m i n i s m o h is t ó r ic o , to d o s los gatos
s o n p a r d o s (o m á s g rav e a ú n : n o se c o n s i g u e n m á s q u e gatos): to d o s los
e s c r i t o r e s s u f r e n de igual f o r m a la p r e s i ó n d e la h i s t o r i a ya q u e e s c r i b e n
p a r a el m i s m o p ú b lic o . La e x p e r i e n c i a i n m e d i a t a d e la l i t e r a t u r a n o s
h ac e se n tir u n a e n o r m e d iferen cia e n tre dos escrito res c o n te m p o rá n e o s;
a h o r a b ie n , el m a r c o c o n c e p t u a l p r o p u e s t o p o r S a r t r e n o p e r m i t e d is tin ­
g u ir e n t r e F l a u b e r t y los G o n c o u r t . S a r t r e p l a n t e a b a c o m o p u n t o de
p a r t i d a q u e la lit e r a t u r a e r a u n l u g a r d e i n t e r a c c i ó n : d e la s it u a c ió n
p a r t i c u l a r y d e la lib e r ta d u n iv e rs a l. Al lle g a r al fina), sin e m b a r g o , la
i m a g e n se h a e m p o b r e c i d o : la d i m e n s i ó n u n i v e r s a l s e h a p e r d i d o e n el
c a m i n o . U na c o n c e p c i ó n h is t o r ic is t a d e la l i t e r a t u r a se vine al r e la tiv is ­
m o r o m á n t i c o y t o d a la d i f e r e n c i a q u e d e b í a s e p a r a r la p r o s a d e la
p o e s ía se r e d u c e f i n a l m e n t e a p o c a c o s a , ya q u e t a n t o a q u í c o m o allí
r e i n a la i n m a n e n c i a ; só lo v a r ía su n a t u r a le z a : e s t é t i c a d e u n la d o , h is t ó r i ­
c a del o tr o .
El p r o p i o S a r t r e s ie n te el p e l ig r o y se d e f i e n d e d e él e n las p á g i n a s
q u e s ig u e n a s u b r e v e h is t o r i a d e la l i t e r a t u r a . «Si t u v i é r a m o s q u e v e r ( e n
este tra b a jo ) u n a te n ta tiv a , i n c l u s o s u p e r f ic ia l, d e e x p l i c a c i ó n s o c io ló g i­
ca, p e r d e r í a to d a sig n ific a c ió n » (págs. 183-184). V u e lv e a la e x i g e n c ia
d i a l é c t i c a inicial: su m e t a e r a , n o s d ic e, « d e s c u b r i r al final, a u n q u e f u e r a
c o m o ideal, la e s e n c ia p u r a d e la o b r a l it e r a r ia y, c o n j u n t a m e n t e , el tip o
d e p ú b lic o - e s d e c ir , d e s o c i e d a d - q u e exige» (pág. 186). E s c r ib e ,
a d e m á s , que: «Es u n c a r á c t e r e s e n c ia l y n e c e s a r i o d e la l i b e r t a d el esta r
situ a d a . D e s c r i b ir la s i t u a c i ó n n o p o d r í a c a u s a r p e r ju i c io a la lib e rtad »
(pág. 184). Sin e m b a r g o , e s to es c i e r t a m e n t e lo q u e s u c e d e , y las frases
d e SarLre n o so n m á$ q u e u n a p e t i c i ó n d e p r i n c i p i o . L a l i b e r t a d y la
e s e n c i a se h a n e x t r a v ia d o e n el c a m i n o ; s ó lo n o s q u e d a n la s it u a c ió n y la
s o c ie d a d , y es to es p o c o . O, m á s b ie n , S a r t r e h a d is i m u l a d o c o n h a b i li­
d a d esas i n s t a n c ia s u n i v e r s a l e s p a r a v o lv e r a s a c a rla s, c o m o u n ilu s io n is­
ta, y c o n v e r t i r l a s e n el p r e m i o d e u n a c a r r e r a c u y o final n o e s ta m o s
c e r c a d e e n t r e v e r ; «La l i t e r a t u r a e n a c to n o p u e d e ig u a la r s e a s u e s e n c ia
p l e n a s in o e n u n a s o c i e d a d sin clases» (pág. 191). M ie n tr a s ta n to , y en
este bajo m u n d o , « a u n q u e r e iv i n d iq u e el B i e n y la p e r f e c c i ó n div in a , lo
B e llo o ¡o V e r d a d e r o , u n c l é r ig o ( p o r e n d e u n e s c r ito r , u n in te le c tu a l)
e s tá s i e m p r e d el la d o d e los o p r e s o r e s . P e r o g u a r d i á n o b u f ó n ; le lo c a
e s c o g e r» (pág. 193). L a m e n t a b l e o p c i ó n ; p e r o t a m b ié n ; p o b r e re s u lta d o .
Si la l i t e r a t u r a s ó lo r e a liz a su e s e n p ia e n la s o c i e d a d sin clases,
m i e n t r a s q u e e n el m u n d o re a l e s lá e n t e r a m e n t e e n s it u a c ió n , se h a b r á
a c e p t a d o u n triste r e g a lo p o r q u e v e n ía a c o m p a ñ a d o d e u n a b e l la p r o m e 1-
sa; se r e c o n o c e a q u í u n a e s t r u c t u r a id e o ló g ic a c a r a c t e r í s t i c a d e los
países del « so c ia lism o real». A h o r a b ie n , u n o s ie n te in tu i tiv a m e n t e q u é
la l i t e r a t u r a n o s h a c e vivir e n to d o m o m e n t o su p e r t e n e n c i a h is tó ric a
p a r t i c u l a r y su a s p i r a c i ó n u n iv e r s a l; es lib e r ta d a l m is m o tie m p o que
d e t e r m i n i s m o ; y e s ta i n tu i c ió n es la q u e q u i s i é r a m o s p o d e r e x p l ic i ta r y
e x p lic a r, m á s q u e e n t r e t e n e m o s c o n u to p ía s p a r a m a r x is ta s .
¿C óm o p u e d e s e r que, p artien d o de u n a observ ació n c o rre c ta - l a
p e r t i n e n c i a d e l l e c t o r - , S a r t r e h a y a lle g a d o a u n a c o n c l u s i ó n ta n d e c e p ­
c i o n a n t e ? C o m p a r a n d o las id e a s d e S a r t r e y las d e B ajtin, el c u a l, c o m o
v e r e m o s , se le a p r o x i m a e n m u c h o s a s p e c to s , se l o g r a r á q u iz á s u n a
r e s p u e s ta . T a m b i é n 'B a j t i n q u i e r e s u b r a y a r s i e m p r e el p a p e l d el le c to r ,
q u i e n d e c id e , ta n l o c o m o el a u t o r , el s e n tid o d e u n texto: n o p o r q u e
p u e d a p r o y e c t a r e n éste c u a l q u i e r s e n tid o - h a r í a m o s m a l e n in s titu ir
s e m e j a n t e d e s c a r o c o m o r e g l a - s in o p o r q u e el a u t o r e s c r ib e e n f u n c ió n
d e u n le c to r , a n t i c i p a n d o su r e a c c i ó n , y p o r q u e t a m b i é n él es u n le c to r
d e s u s p r e d e c e s o r e s . P e r o , al la d o d e e s to s d e s t i n a t a r i o s p a r t i c u l a r e s e
h is t ó r ic o s , d ic e B a jtin , el a u t o r im a g i n a o tr o , u n « s u p e r-d e stin a ta rio »
c u y a c o m p r e n s i ó n s e r í a a b s o l u t a m e n t e c o r r e c t a y q u e n o p a d e c e r í a de
n i n g u n a lim ita c ió n .

El a u t o r n o p u e d e ja m á s e n tre g a rse e n te r a m e n te , a sí m ism o y a toda

su o b r a verbal, a la volu n ta d c o m p le ta y definitiva de los destinatarios
p r e se n te s o c e r c a n o s (los d e s c e n d ie n te s c e r c a n o s p u e d e n equivocarse
ig u a lm e n te) e im a g in a sie m p r e (siendo más o m e n o s c o n c ie n te de
ello) u n a e s p ec ie de in sta n c ia s u p e r io r de c o m p re n s ió n Rabie. (...)
Esto resulta d e la na tu ra le z a del discu rso, qu e qu ie re sie m p re ser
escu ch a d o , q u e b u s c a s ie m p r e u n a c o m p r e n s ió n fiable y no se detiene
en la m ás inm ed ia ta c o m p re n s ió n , sino q u e se ab re u n c a m in o cada
vez m ás am p lio (sin lim ites) (E ste tik a ..., pág. 306).

¿N o s e r á e s te o lv id o d e l « s u p e r d e s tin a ta r io » el q u e llevó a S a r t r e a las

c o n c l u s i o n e s h is t o r ic is t a s del Q u 'e st-c e q u e la littéra tu re? s a r tr ia n o ?
S a r t r e q u iz á s e x p e r i m e n t a r a u n a c i e r t a in s a tis f a c c ió n f re n te a su
p r o g r a m a , y a q u e su s o b r a s d e d i c a d a s a la l i t e r a t u r a n o s o n dóciles
i l u s t r a c i o n e s d e a q u é l. Se tr a t a d e c u a t r o lib r o s (y de c i e r to n ú m e r o de
a r tí c u lo s ) : B a u d e la ir e (1947), S a in t G e n e t c o m e d ie n et m a rtyr (1956), L es
m o ts ( c o n c l u i d o e n 1954, p u b l i c a d o e n 1963) y L 'id io t d e la fa m ille (tre s
lo m o s , 1971 y 1972). Los t e m a s m i s m o s d e e s to s lib r o s lo s u g ie r e n : s o n
c u a t r o e s c r i t o r e s ( B a u d e la ir e , G e n e t, el p r o p i o S a r t r e y F la u b e r t ) y n o
c u a t r o p ú b lic o s ; el l e c t o r p e r m a n e c e p r e s e n t e e n los an á lis is d e S a r t r e ,
p e r o ya n o c o m o u n l e c t o r real e h is t ó r i c o , e x i s tie n d o f u e r a d e l libro; no,
se tr a t a m á s b i e n d e l l e c t o r i m a g i n a d o y c o n s t r u i d o p o r c a d a u n o d e
es to s a u t o r e s , i n t e r i o r p u e s a su o b r a . E n ta les lib ro s, se e s tá d e c i d i d a ­
m e n t e d el la d o del e s c r ito r .
E sto es ta n c i e r t o q u e se p o d r í a v a c i l a r e n i n c l u i r d ic h a s o b r a s e n el
g é n e r o «crítica»: se tr a ta d e b io g r a f ía s « ex isle n c ia le s » q u e , e n d o s c a s o s
( S a r tr e y F l a u b e r t ) , se d e t i e n e n a n t e la v e r d a d e r a c r e a c i ó n lite r a r ia . Es,
p o r lo d e m á s , el p r o y e c t o e x p l íc i to d e S a r tr e . H e a q u í las p r i m e r a s b a s e s
d e L 'id io t de la fa m ille:

Su lema: ¿qué se p u e d e s a b e r de u n h o m b r e hoy en día? Me p are ció

qu e no se podía c o n t e s t a r a esta p r e g u n ta sin o m e d ía n le el estudio de
un caso c o n c re to : ¿qué sa b e m o s - p o r e j e m p l o - d e Gustave Flaubert?
( lo m o I, pág. 7).

C i e r t a m e n t e h a y u n a p r o v o c a c i ó n e n es e « p o r ejem p lo » : p e r o es
r e a l m e n t e el h o m b r e el q u e in t e r e s a a S a r tr e , n o el e s c r ito r . Tal e r a ya el
p r o y e c to d e l S a in t G e n e t « d a r c u e n t a d e u n a p e r s o n a e n s u to ta lida d»
(pág. 536); y la ú l t i m a fra se d e l B a u d e la ire afirm a :

Las c irc u n sta n c ia s casi abstractas de la ex p e rie n c ia le h an p e rm itid o

te stim o n iar con un brillo inigualable esta verdad: la o p ció n libre que
el h o m b r e hace de sí m is m o se identifica a b s o lu ta m e n te co n lo que
un o llam a su destino (reed. 1963, pág. 245).

B a u d e l a i r e n o es, p u e s , m á s q u e el testigo —p a r t i c u l a r m e n t e e l o c u e n -
te, es c i e r t o - d e u n a v e r d a d h u m a n a g e n e r a l; la l i t e r a t u r a p o c o lie n e q u e
v e r c o n esto.
S in e m b a r g o , se tr a ta c i e r t a m e n t e , e n los c u a t r o ca so s, d e e s c r ito r e s ;
la s e l e c c i ó n n o p u e d e s e r t o t a l m e n t e fo rtu ita. La tesis d e f e n d i d a p o r
S a r t r e e n su s b io g r a f ía s r e a n u d a u n a p a r l e d e la p r o b l e m á t i c a d e Q u 'e st-
ce q u e la litté r a tu re ?: la r e la c ió n e n t r e l i b e r ta d y d e t e r m i n i s m o ; y si e n la
o b r a p r o g r a m á t i c a S a r tr e se in c lin a b a , casi c o n t r a su v o lu n ta d , d el la d o
d e l d e t e r m i n i s m o , a q u í, c o m o p a r a d e m o s t r a r m e j o r q u e n o es así,
r e iv i n d ic a el p r i n c i p i o . d e lib e r ta d . P o r e s o ya n o se h a b l a d e l p ú b lic o , y
p o r es o el « d e s tin o d e l h o m b r e » s e id e n tific a c o n la lib r e o p c i ó n q u e
h a c e . Tal s e r í a t a m b i é n la i n t e n c i ó n d e l S a in t G e n e t: « m o s t r a r los lím ite s
d e la i n t e r p r e t a c i ó n p s i c o a n a l í t i c a y de la e x p l ic a c i ó n m a rx ista » , es
d e c ir , d e los a n á lis is c a u s a le s ; « volver a e n c o n t r a r la o p c i ó n q u e u n
e s c r i t o r h a c e p o r sí m is m o » , « d e s c r ib ir d e t a l l a d a m e n t e la h is t o r ia d e u n a
l ib e r a c i ó n » (pág. 536). .
La v ida es, p u e s , l i b e r ta d m á s q u e fatalidad. P e r o , ¿q u é h ay d e las
o b ra s? S a r t r e n o a b o r d a la p r e g u n t a d e fre n te , p e r o lo d a su p r á c t i c a la
a te stig u a . E n f r e n t á n d o s e a las o b r a s (¿a q u é m á s p o d e m o s e n f r e n t a r n o s
c o n B a u d e l a i r e o c o n F la u b e rt ; q u é o t r a r a z ó n t e n d r í a m o s p a r a e s c o g e r
e so s «ejem p lo s» , esos «testigos»?), a n a liz a las vidas, e s c r ib e b iografía s: es
difícil n o p e n s a r q u e s o l a m e n t e u n a r e la c ió n ca u s a l de las u n a s c o n las
o tr a s ju s t if i c a s e m e j a n t e o p c i ó n . Y h e a q u í q u e el d e t e r m i n i s m o , r e p u ­
d ia d o allí, v u elv e c o n fu e r z a y, c o n él, la e x p l ic a c i ó n h is to r ic is t a d e la
l i t e r a t u r a y el r e la tiv is m o d e los m o d e r n o s . El r e c h a z o a o c u p a r s e d e los
« m e n s a je s i n t e m p o r a l e s » , q u e p r o c l a m a b a el p r i m e r c a p ítu l o d e Q u 'est-
ce q u e la littéra tu rc? , n o te n í a n a d a d e fingido.
U n a e x t e n s a n o ta d el S a in t G enet, a c o m p a ñ a d a d e d o s n o ta s m á s,
e s p e c if i c a las id e a s d e S a r t r e a c e r c a d e la c rítica : la c r í t i c a es ob je tiv a
m á s q u e su b je tiv a . P o r eso h ay q u e e n t e n d e r q u e , a u n q u e el c r ític o
p r o y e c t e su p e r s o n a l i d a d s o b r e la o b r a e s tu d ia d a (y p o r e n d e ta m b ié n
s o b r e s u é p o c a , s u m e d io , etc.), se s o m e t e f i n a l m e n t e a u n o b je to que.
e xiste f u e r a d e él:

Si la objetividad, en c ierta m edida, está deform ada, resulta tam bién

revelada (pág. 517).

Sin d u d a el crítico p u e d e «forzar» a M allarm é, arrastrarlo hacia él; tal

es ju s ta m e n te la p r u e b a de q u e puede tam bién a c la ra rlo en su realidad
objetiva. (...) En una buen a o b ra critica se h allarán m u c h a s in f o rm a ­
cio n es so b re el a u to r analizado y algunas so b re el crítico. (...) En
opo sición a las trivialidades subjetivas que in te n ta n en todas partes
«ahogar el pescado», hay q u e r e s ta u r a r el valor de la objetividad (pág.
518).

O b jetiv id a d : p o r lo ta n to , i n d e p e n d e n c i a del c o n t e x t o (el d e l crítico ),

en a n t i h i s t o r i c i s m o . ¿ P e r o d e q u é o b je tiv id a d Se trata? Las d o s n o ta s a la
n o ta d a n d e e lla d o s e j e m p l o s m u y d if e r e n te s . La p r i m e r a c ita c o m o ;
in s t a n c i a d e « v e r d a d tr a n s h i s tó r ic a » : « D e s c a r te s e s c r ib ió el D isc u rso d el
m é to d o ». Es u n a v e r d a d ob jetiva, p e r o n o tie n e n a d a de a b s o lu to (de
«etern o » , d ic e S a r tre ) : u n a v e r d a d d e h e c h o , q u e n o es m á s q u e un
p r e l i m i n a r al tr a b a jo c r ític o , el c u a l no c o m i e n z a p r o p i a m e n t e sin o con
la i n t e r p r e t a c i ó n . La s e g u n d a n o ta d a u n e j e m p l o m u c h o m á s i n t e r e s a n ­
te d e r e c h a z o al su b je tiv is m o : «Me o p o n g o a la. p e n a d e m u e rte » , d ec ía
C l e m e n c e a u . Y B a r r e s , al q u e le g u s ta b a m u c h o la g uillo tin a : «El s e ñ o r
C l e m e n c e a u n o p u e d e s o p o r t a r la visión d e la sa n g re » . La c o n d e n a d e la
p e n a d e m u e r t e tie n e u n a o b je tiv id a d d e u n a n a t u r a l e z a to ta lm e n te
d if e r e n te : n o p u e d e s e r v e r d a d e r a r e s p e c t o a los h e c h o s , p e r o a s p ira a la
j u s t ic i a u n iv e rs a l; y es e v i d e n t e m e n t e falaz r e d u c i r l a a la e x p r e s ió n de
u n a in c l i n a c i ó n p e r s o n a l.
P e r o e s ta o b je tiv id a d es r a r a e n la o b r a d e S a r tr e . E n su reflexión
c rític a , e s tá del la d o d e B a r r e s m á s q u e de C l e m e n c e a u . Si n o, ¿cuál
s e r ía el in te r é s d e s a b e r q u e el a r ti s ta e s tá « s ie m p r e del lado de los
o p r e s o r e s » ? ¿ P o r q u é d e c i r n o s , d e s p u é s d e h a b e r c o n s ta t a d o q u e a los
c r ít ic o s les i m p o r t a n los « m e n sajes» , q u e el « c rític o vive mal, su m u je r
n o lo a p r e c i a c o m o d e b e r ía , s u s h ijo s s o n in g r a t o s , los fin a le s d e m e s
difíciles»» (Q u 'e st-c e q u e la littéruture?, pág. 36)? ¿ P o r q u é , p a r a c o m p r e n ­
d e r a F l a u b e r t y B a u d e l a ir e , G e n e t y S a r tr e , h a y q u e e s c r i b i r su s b i o g r a ­
fías, sin o p o r q u e el s e n t i d o d e su s o b r a s , lejos d e s e r o b je tiv o y u n iv e rs a l,
al ig u a l q u e la r e p r o b a c i ó n d e la p e n a d e m u e r t e d e p e n d e , c o m o las
o p i n i o n e s d e C l e m e n c e a u s e g ú n B a rr e s , d e su s i n c l i n a c i o n e s in d iv i d u a ­
les?
N o c o n f u n d a m o s d o s s e n t i d o s d e la o p o s i c i ó n s u b je tiv o /o b je tiv o .
A q u el e n el q u e p i e n s a S a r t r e e n la a n é c d o t a s o b r e B a r r e s r e s u lta
p r ó x i m o a la o p o s i c i ó n q u e existe e n t r e lo p a r t i c u l a r y lo univ ersa!:
r e d u c i b l e a las c i r c u n s t a n c i a s o e n r e l a c i ó n c o n lo a b s o lu to . P e r o e n
o t r o f r a g m e n t o a s im il a s u je to y v o l u n t a d (y lib e r ta d ) , o b je to y s u m i s ió n
(y d e t e r m i n i s m o ) ; el su je to , so y yo, el o b je to , es el o tr o , h a s ta q u e n o le
h a y a r e c o n o c i d o u n a d i g n id a d igual a la m ía , h a s ta q u e n o le c e d a la p a ­
labra.

Soy sujeto p a r a mí en la m e d id a en q u e m i p r ó jim o es objeto a mis ojos

(...). Un jefe no es ja m á s u n objeto p a r a sus s u b o r d in a d o s o de lo
c o n tra rio está perdido; es p o c a s veces sujeto p a r a sus superio res
(S a in t G enet, pág. 542).

A h o r a b i e n , al h a b l a r d e la c r ític a , S a r t r e s e d e s liz a i n s e n s i b l e m e n t e
d e l p r i m e r s e n t i d o al s e g u n d o : «El h o m b r e es o b je to p a r a el h o m b r e » ,
e s c r i b e p a r a l u c h a r c o n t r a la s u b je tiv id a d c r í t i c a (pág. 518).
Y, d e s d e es e p u n t o de vista, la c r í t i c a d e S a r t r e es c i e r t a m e n t e
o b je tiv a ( m i e n t r a s q u e se m a n t e n í a s u b je tiv a e n el p r i m e r s e n tid o de la
p a l a b r a , ya q u e s e aju sta al a r g u m e n t o d e B a rr e s ). De S a r t r e a G en e t, de
S a r t r e a B a u d e l a ir e , a F la u b e r t , n o h ay d iá lo g o ; n o hay p o r u n la d o
S a r t r e q u e h a b la , q u e se c o n f u n d e c o n la v e r d a d u n iv e r s a l ( p u e s t o q u e
c a d a c a s o lo ilu stra: t a n to B a u d e l a i r e c o m o G e n e t e s c o g e n s u vida), q u e
d a la v u e lta e n t o r n o a s u a u t o r , q u e lo e n g l o b a p o r c o m p l e t o , q u e lo
t r a n s f o r m a , l i t e r a lm e n te , e n o b je to . A lg u ie n le h a c e o b s e r v a r q u e , p a r a
G e n e t, es u n a m a n e r a d e a s i m i l a r el vivo al m u e r t o . S a r t r e p r o te s ta :
«¿P or q u é q u is ie r a , yo , e n t e r r a r l o ? N o m e m o le s ta » (pág. 528). G e n e t,
a u n q u e se s in tió h e r id o , se r e p u s o . ¿ P e r o la t o l e r a n c i a (« n o m e m o l e s ­
ta») b a s ta ? P o r o t r a p a r te , e n efe c to , e x i s te n a u t o r e s p r iv a d o s d e voz,
c u y a s o b r a s e s tá n r e d u c i d a s a la s u b je tiv i d a d h is t ó r i c a al m i s m o t ie m p o
q u e a la o b je tiv id a d d e la co sa. Los o t r o s e s tá n p r i v a d o s d e s u c a p a c i d a d
d e s u p e r a r la s i n g u l a r id a d d e s u s it u a c ió n ; él m i s m o n o i n t e r v i e n e sin o
c o m o el p o s e e d o r d e la v e r d a d im p e r s o n a l . Si la r e l a c i ó n s u je to - o b je t o es
j e r á r q u i c a , ¿e n n o m b r e d e q u é el c r ít ic o , g e n e r a l d e u n e j é r c i t o m u e r t o ,
e s t a r í a e n p o s e s ió n d e la s u p e r i o r i d a d ?
P e r o p a r a q u e h a y a d iá lo g o , h a b r í a q u e c r e e r q u e la b ú s q u e d a c o m ú n
de la v e r d a d es le g itim a. A h o ra b ie n , p a r a S a r tr e , y m i e n t r a s e s p e r a m o s
la s o c i e d a d s in clases, o la v e r d a d es u n d o g m a in d i s c u t i b l e (es la
filo sofía e x is te n c ia l, e n u n c i a d a s i e m p r e e n t o n o p e r e n t o r i o , a u n q u e el
c o n t e n i d o d e las a f i r m a c i o n e s c a m b i e de u n iíb r o a o tr o ), o es s in g u la r ,
re la tiv a a u n c o n t e x t o , a u n a vida, a u n m e d io . S a r t r e p a s a sin tr a n s i c ió n
del d o g m a t i s m o al e s c e p t i c i s m o , sin d e t e n e r s e e n el c a m i n o , e n c e r r a d o
siem p re en su m o n ó lo g o .
S in e m b a r g o , h a y q u e a ñ a d i r a q u í q u e los lib ro s d e S a r t r e n o se
r e d u c e n a las i d e a s q u e v e h i c u la n . U n a p r i m e r a m a n e r a d e d e s c r i b i r es e
e x c e d e n t e d e s e n t i d o r e s i d e y a e n la s ig u i e n te o b s e r v a c ió n : esos lib ro s
c o n v i e r t e n e n n e c e s a r i a la d is t in c i ó n e n t r e la id e a y la o b r a , al tr a t a r s e
d e o b r a s c r ít ic a s . N o es s i m p l e m e n t e q u e e s té n , c o m o se d ic e, «bien
es c r ita s » . Lo e s tá n ; es la e v i d e n c i a m is m a ; n o s ó lo a c a u s a d e s u facilidad
d e p a l a b r a s in o t a m b i é n p o r el a c i e r t o d e la m e t á f o r a («Su fra se c e r c a el
o b je to , lo a t r a p a , lo in m o v iliz a y lo g o lp e a , lo e n v u e lv e , se tr a n s f o r m a en
p i e d r a y lo p e t r i f ic a c o n ella», Q u 'c sl-ce q u e la litterature?, pág . 162) y
p o r la v iv a c id a d d e l ra s g o p o l é m i c o («H ay algo c o m ú n , q u e n o es en
m o d o a l g u n o el ta le n t o , e n t r e J o s e p h d e M a istre y el s e ñ o r G a r a u d y (...).
El s e ñ o r G a r a u d y m e a c u s a d e s e r u n s e p u l t u r e r o (.,.). P r e f ie r o s e r
s e p u l t u r e r o q u e lacayo», ibíd., págs. 308, 317). P e r o estos fu lg o re s d e
estilo n o h u b i e r a n b a s t a d o p a r a c a m b i a r el e s ta t u to d e las ideas; y,
c i e r t a m e n t e , es es to lo q u e o c u r r e . S e h a r e p r o c h a d o a las n o v e la s de
S a r t r e el s e r d e m a s i a d o filosóficas; p o r s u e r te , s u s e s c r ito s e s tá n c e r c a ­
n o s a la n o v e la . N o p o r q u e la e s c r i t u r a n o v e l e s c a s e a i n t r í n s e c a m e n t e
s u p e r i o r a c u a l q u i e r o tra; s in o q u e , s in d a r s e c u e n t a quizá, S a r t r e m o d i ­
fica n u e s t r a p e r c e p c i ó n d e l g é n e r o c r ít ic o (y, p o r e n d e , d e to d o c o n o c i ­
m i e n t o del h o m b r e ) . S u p r o p i a d e s c r i p c i ó n d e es e g é n e r o c o m o u n a
o b je tiv id a d s e p a r a d a d e c u a l q u i e r s u b je tiv id a d es v is i b l e m e n t e u n p o c o
p o b r e ; si n o , ¿ p o r q u e e s c r i b e S a r t r e e s o s lib r o s c o n f o r m a s in é d ita s?
P a se a ú n c o n el B a u d e la ir e , u n e n s a y o d e s p u é s d e to d o , o c o n L e s m o ts,
casi u n a a u to b io g r a f ía ; ¡pero S a in t G cnetí S e le p id e a S a r t r e u n p refac io ,
y se p r e s e n t a c o n u n e n o r m e v o l u m e n , d o n d e c u e n t a u n a n o v ela, p r o d u ­
c e a n á lis is estilístic o s, r e f le x i o n a s o b r e la o t r e d a d . H a y ahí u n riesgo
(fo r m a l) e v i d e n te , q u e s e r ia i n c o m p r e n s i b l e si e s ta f o r m a , o m á s b i e n la
i m p o s ib ili d a d d e p r e s c i n d i r d e ella, n o q u i s i e r a d e c i r algo. O c u r r e lo
m i s m o c o n L 'id io t de la fa m ille , e x c e p t o q u e a q u í se h a p e r d i d o la
ap u e s ta : al p r o y e c t o lo asfixia s u p r o p i a h ip e r t r o f ia , y el lib ro , sin s e r
ile g ib le , n o s e r á le íd o . P e r o s ó lo p i e r d e el q u e h a a p o s ta d o .
N o q u i e r o d e c i r d e n i n g u n a m a n e r a ' q u e h a y q u e s a b o r e a r las frases
d e S a r t r e « p o r e lla s m is m a s » , c o m o él p e n s a b a q u e se d e b í a a p r e c i a r la
p o e s í a (lo q u e s e r i a u n a v isió n « r o m á n tic a » d e la c r ític a ). Más bie n
S a r t r e h a d e s c u b i e r t o , e n su p r á c t i c a m á s q u e e n su te o ría , q u e e n el
c o n o c i m i e n t o d e l h o m b r e y d e s u s o b r a s , la «fo rm a» a d o p t a d a p o r
n u e s t r a in v e s tig a c ió n es in d is o c ia b le d e la in v e s tig a c ió n m is m a. El p r o ­
p io estilo m e t a f ó r i c o d e S a r t r e es u n a n e c e s id a d , n o u n a d o r n o . S a in t
G e n e t n o es m á s q u e u n lib r o d e c r ític a , y sin e m b a r g o su le c tu r a es una
a v e n tu r a : h e a h í el m is te r io . ¿ P o r q u é es así, q u é significa ese p u e n te
te n d id o e n t r e la «prosa» y la «crítica»? N o lo s a b e m o s aú n ; p e r o es un
h e c h o q u e , p o r la in f lu e n c ia , a m e n u d o s u b t e r r á n e a , q u e han ejercido
los lib r o s d e S a r t r e (y ya n o su s id e a s), t o d a n u e s t r a im a g e n d e la c r í t i c a
d e h a visto p r o f u n d a m e n t e m o d if ic a d a .

II

La o b r a c r í t i c a d e B l a n c h o t es ta n b r i l l a n t e q u e t e r m i n a p l a n t e a n d o
u n p r o b l e m a . S u s frases, lím p id a s y m i s t e r i o s a s a la vez, e j e r c e n u n a
a t r a c c i ó n in d is c u ti b le ; sin e m b a r g o , el e f e c to fin a l e s p a r a liz a n te : to d o
i n t e n t o d e i n t e r p r e t a r a B l a n c h o t c o n u n le n g u a je d i f e r e n t e al su y o se
v u elv e u n a ta r e a im p o s ib le y la a l t e r n a t i v a a la c u a l u n o se ve lle vad o
p a r e c e s e r la sig u ie n te : a d m i r a c i ó n s i l e n c i o s a ( e s tu p o r ) o im ita c ió n
(p a rá fra sis, p la g io ). Un n ú m e r o de la r e v is ta C ritiq u e d e 1966, d e d i c a d o a
la o b r a d e B l a n c h o t, i lu s tr a b i e n la s e g u n d a v a r i a n t e ( c o n d o s e x c e p c io ­
nes, P o u l e t y D e M an). Es el m i s m o B l a n c h o t q u i e n p a r e c e e s c r ib ir tras
la p l u m a d e M ic h e l F o u c a u l t: «la in v e n c i b l e a u s e n c ia » , «el v a c ío q u e le
sir v e d e lugar», «ley sin ley d el m u n d o » , «la p r e s e n c i a re a l, a b s o l u t a m e n ­
te lejan a, c e n t e l l e a n t e , invisible» (págs. 526-527); d e F r a n ^ o i s e Collin:
«el s il e n c io es p a la b r a , la m e m o r i a , olv id o , la v e r d a d , e r r o r» (pág. 562); o
de J e a n Pfeiffer: « n in g u n a p a r l e es c i e r t a m e n t e d e a l g u n a m a n e r a el
f o n d o d e e s te e s p a c i o sin fo n d o » (pág. 577). A lg u n o s lo d e c l a r a n a b i e r ta ­
m e n te : «Este c o m e n t a r i o , m e t e m o , n o es m á s q u e u n a e s p e c ie de
pa rá fra sis. (...) Es difícil h a b l a r d e B l a n c h o t sin e x p e r i m e n t a r u n a e x t r a ­
ñ a f a s c in a c ió n , sin s e r c a u tiv a d o p o r la voz m i s m a del e s c rito r» (J,
S ta r o b in s k i, pág. 513). «T o d o d e b e d e c i r s e a q u í b a jo la m o d a lid a d del
"qu izá", c o m u h a c e el p r o p i o B l a n c h o t» (E. Lóvinas, pág. 514). P aráfrasis
o s ile n c io : tal p a r e c e s e r la s u e r t e d e to d o s los q u e tr a t a n d e c o m p r e n d e r
a B l a n c h o t; u n a h e r m o s a fra se d e R o g e r L a p o r t e r e c o m i e n d a la s e g u n d a
a c t i t u d m i e n t r a s se p r a c t i c a la p r i m e r a :

Al c e r r a r todos su libros, si u n o se p re g u n ta : «¿Pero al'fin de qué nos

hab la la o b ra de Blanchot?», se siente q u e es im posible co ntestar, que
n o hay respue sta a esa p reg u n ta . Una voz habla, p ero no dice nada, no
hace sino hablar; voz vacia p ero de n in g u n a m a n e r a voz del vacío; no
m u e stra , sin o q u e designa, y así p o r esa voz m ism a lo d e s c o n o c id o se
p o n e al d e s c u b ie rto y p e r m a n e c e d escon ocido» (págs. 589-590).

D e s p u é s d e e s ta s e x h o r t a c i o n e s , e x p líc ita s o im p líc ita s, u n o se s ie n te

p o r a n t i c i p a d o e q u i v o c a d o si tr a ta d e r o m p e r la « e x t r a ñ a f a s c in a c ió n » y
p r o c u r a s a b e r lo q u e d ic e e x a c t a m e n t e B l a n c h o t d e la l i t e r a t u r a y d e la
c rític a . S in e m b a r g o , el le n g u a je es u n b i e n c o m ú n ; las p a l a b r a s , las
c o n s t r u c c i o n e s s in t á c tic a s , p o s e e n u n s e n t i d o q u e n o tie n e n a d a de
in d iv id u a l. S e d ic e q u e la p o e s ía es i n t r a d u c i b i e ; p e r o el p e n s a m i e n t o no
lo es; a h o r a b i e n , d e b e h a b e r c i e r t a m e n t e , e n los m ile s d e p á g i n a s de
c r it ic a p u b l i c a d a s b a jo e s e n o m b r e , u n p e n s a m i e n t o d e B l a n c h o t. Voy,
p u e s , a a c e p t a r el p a p e l in g r a t o d e g r a n u j a e i n t e n t a r t r a d u c i r c o n mis
'r . inov ' . . r e?, p 'if ;-bra q u e n o d ic e n a d a .
 La r e fle x ió n d e B l a n c h o t s o b r e la li t e r a t u r a n a c e d e l c o m e n t a r i o de
a l g u n a s fra ses d e M a lla r m é , c i ta d a s a lo la rg o d e su o b ra .
M a lla r m é e s c r ib ió : «D o b le e s ta d o d e la p a l a b r a , b r u t o o i n m e d ia to
a q u í, e s e n c ia l allá»; y B l a n c h o t c o m e n t a :

De un lado, la p a la b ra útil, in s tru m e n to y m edio, lenguaje de la acción,

del trabajo, d e la lógica y del saber, lenguaje q u e tran sm ite inm e d ia ta­
m e n te y que, c o m o c u a lq u ie r b u e n a h e r r a m ie n ta , d es ap a re ce en la
r eg u la rid ad del uso. Del otro, la p a la b ra del p o e m a y d e la literatura,
d o n d e h a b la r no es ya un m e d io transitorio, su b o r d in a d o y usual, sino
q u e p r o c u r a realizarse en u n a ex p e rie n c ia p r o p ia (Le livre á vertir,
1959, pág. 247).

La p a l a b r a del h a b l a c o t i d i a n a «es d e u so , u su a l, útil; p o r ella, e s t a ­

m o s e n el m u n d o , se n o s r e m i t e a la vida d e l m u n d o , allí d o n d e h a b l a n
los fin es y s e i m p o n e el d e s e o d e a c a b a r d e u n a vez. (...) La p a l a b r a
e s e n c ia l es, e n eso, o p u e s ta . Es, p o r ella m i s m a , im p o n e n t e , se im p o n e ,
p e r o n o i m p o n e n ad a » (L ’e s p a c e littcra ire, 1955, pág. 32). E n p o e s ía , las
p a l a b r a s «no d e b e n s e r v i r p a r a d e s i g n a r a lg o n i d a r voz a n a d ie , s in o q u e
t i e n e n s u s fines e n ellas m is m a s» (ibíd., pág. 34).
La p a l a b r a p o é t i c a es u n a p a l a b r a in tr a n s itiv a , q u e n o sirve; no
significa, es. La e s e n c i a d e la p o e s ía e s tá e n la b ú s q u e d a q u e lleva a c a b o
d e su o r ig e n . T a le s s o n los l u g a r e s c o m u n e s r o m á n t i c o s q u e B l a n c h o t
lee e n M a lla rm é , y q u e d o m i n a r á n la d o c t r i n a e x p u e s ta e n L ’e sp a ce
littéraire y e n L e livre á ven ir.
El p e n s a m i e n t o d e B l a n c h o t se m o l d e a a q u í s o b r e u n e s q u e m a h i s t ó ­
ric o , d e in s p i r a c i ó n h e g e lia n a . D e s d e h a c e d o s siglos, el a r te s u f re u n a
d o b le t r a n s f o r m a c i ó n : h a p e r d i d o su c a p a c i d a d d e s e r p o r t a d o r d e lo
a b s o lu to , d e s e r s o b e r a n o ; p e r o la p é r d i d a d e es ta f u n c i ó n e x t e r n a q u e d a
c o m o c o m p e n s a d a p o r u n a n u e v a f u n c ió n , in te r n a : el a r te se a c e r c a
cada, vez m á s a s u e s e n c ia . A h o ra b ie n , la e s e n c i a del a r t e es, ta u t o l ó g i c a ­
m e n te , el a r t e m is m o ; o m á s b i e n , la p o s ib i lid a d m i s m a d e la c r e a c i ó n
a r tís tic a , la i n t e r r o g a c i ó n s o b r e el lu g a r d e d o n d e s u r g e el a r te ( p o r aquí,
e s ta id e a se e m p a r e n t a a ú n c o n la d o c t r i n a r o m á n t i c a q u e v a lo ra , e n el
a r te , s u p r o d u c c i ó n y s u d e v e n ir ). Las p a l a b r a s clav e d e B l a n c h o t s e rá n ,
pues: o r ig e n , c o m ie n z o , b ú s q u e d a . S ó lo ho y , d e s p u é s d e h a b e r sid o
d iv in o y h u m a n o , y n o p u d i e n d o y a s e rlo , el a r t e se v u elv e h a c i a esa
b ú s q u e d a o b s t i n a d a d e s u o r ig e n . H o y e n día:

lo q u e el arte q u ie re a firm a r es el arte. Lo que busca, lo q u e trata de

llevar a ca bo es la esencia del arte. (...) T e n d e n c ia que se pued e
in te r p r e ta r de m u c h a s y diferentes m a n eras, p e r o q u e revela con
fuerza un m o v im ie n to que, según niveles y e s q u e m a s propios, atrae
todas las arte s h a c ia sí m ism as, las c o n c e n t r a en el deseo de su pro p ia
esencia, las vuelve p r e se n te s y esenciales (L 'espace littéraire. págs.
228-229).
 T o d o s ios e s c r i t o r e s a u t é n t i c a m e n t e m o d e r n o s , to d o s a q u e l l o s q u e
in t e g r a n el p a n t e ó n d e B l a n c h o t, s e c a r a c t e r i z a n p r e c i s a m e n t e p o r ese
rasg o . H o ld e r li n , J o u b e r t , V aléry, I-Io fm a n n sth a l, R ilke, P r o u s t , J o y c e ,
M a n n , B r o c h , K afka, B e c k e tt, s ú b i t a m e n t e r e u n i d o s , c o m o los c o n t e m ­
p o r á n e o s e n S a r t r e , a f ir m a n u n a s o la y m i s m a c o s a ; t r i s t e m e n t e s e m e ­
j a n t e s los u n o s a los o tr o s , r e p i t e n q u e el a r l e es u n a b ú s q u e d a d el o r ig e n
d e l arte .
Lo q u e ll a m a la a t e n c i ó n e n e s te e s q u e m a n o es só lo s u e x t r e m a
fra g ilid a d e m p í r i c a , m a y o r a ú n q u e la d e la h i s t o r i a lit e r a r ia p r o p u e s t a
p o r S a r tre , s in o t a m b i é n es e o t r o ra s g o ta n h e g e lia n o , el e x o r b i t a n t e
priv ile g io c o n c e d i d o al tie m p o p r e s e n t e . P riv ile g io q u e B l a n c h o t d e f ie n ­
d e a b i e r t a m e n t e sin j a m á s p o n e r l o e n d u d a : h o y e n día, e s c r ib e , «el a r te
a p a r e c e p o r p r i m e r a vez c o m o u n a b ú s q u e d a d o n d e algo e s e n c ia l es tá
e n ju e g o » (pág. 229), y e n o t r a p a rte :

Hoy e n día se trata e v id e n te m e n te d e u n c a m b io m u c h o m ás im p o r­

tante (que d u r a n te la R ev olució n francesa), en el q u e vienen a ju n ta rse
todas las c o n m o c io n e s an terio res, aque lla s q u e tuviefon lu g a r en el
tie m p o de la historia, p a r a p r o v o c a r la r u p t u r a de la historia {L'entre­
nen in fin i, 1969, págs. 394-395).

El m o m e n t o p r e s e n t e es a q u e l d o n d e c u l m i n a , y p o r eso m i s m o se
a n u l a , to d a la h istoria ...
La in tr a n s itiv i d a d d e la p a l a b r a , la o b r a v u e l ta h a c i a su p r o p i o o r ig e n ,
so n q u iz á las c a r a c t e r í s t i c a s de u n a c i e r t a p r o d u c c i ó n lite r a r ia , d u r a n t e
c i e r t o p e r ío d o , e n E u r o p a o c c id e n ta l ; las c a r a c t e r í s t i c a s de u n a c u l t u r a a
la c u a l p e r t e n e c e D la n c h o t. ¿ P e r o p o r q u é B l a n c h o t - q u i e n g u s ta p r o ­
c l a m a r , p o r o tr o lado, la n e c e s i d a d d e r e c o n o c e r al o t r o - n o tie n e
m i r a d a m á s q u e p a r a los q u e se le p a r e c e n ? L os e j e m p l o s q u e c o n t r a d i ­
c e n e s ta d e s c r i p c i ó n d e la l it e r a tu r a s o n d e m a s i a d o a b u n d a n t e s y v ie n e n
c o n d e m a s i a d a fa c ilid a d a la m e n t e c o m o p a r a q u e s e a n e c e s a r i o c i t a r ­
los. ¿ P o r q u é n o s e d a c u e n t a d e q u e , m i e n t r a s d e c l a r a b a la n o v e l a « un
a r t e sin p o r v e n ir » , b a jo o t r o s c ie lo s , i n c l u s o b a jo lo s m is m o s , la n o v e l a
ib a a c o n o c e r t r a n s f o r m a c i o n e s n u e v a s y s o r p r e n d e n t e s , lle v á n d o l a lejos
t a n t o d e la p a l a b r a i n tr a n s itiv a c o m o d e la p u r a b ú s q u e d a d e s u p r o p i o
o r ig e n ? T o d o lo q u e s e p u e d e .d ecir es q u e la o b r a d e B l a n c h o t a t e s tig u a ,
i m p l íc i ta m e n te , la a c e p t a c i ó n d e a q u e l id e a l y d e n i n g ú n o tr o , ya q u e
e lla m i s m a se v u e lv e p a l a b r a in tr a n s itiv a , p r e g u n t a i n c a n s a b l e m e n t e
d e b a tid a p e r o j a m á s re s u e lta ; e x p l í c i t a m e n t e , d e c l a r a q u e n o s o t r o s
( ¿ p e ro q u i é n e s sorao'S « n o so tr o s» ? ¿Los o c c i d e n t a l e s ? ¿Los e u r o p e o s ?
¿Los p arisin o s?) s o m o s el m o m e n t o ú ltim o , i n s u p e r a b l e d e la h isto ria .
S u p o n i e n d o i n c lu s o q u e la d e s c r i p c i ó n d e n u e s t r o t i e m p o h e c h a p o r
B l a n c h o t s e a fiel, ¿ p o r q u é el p r e s e n t e s e r ía el t i e m p o s u p r e m o ? ¿No
h a b r í a a h í a l g u n a h u e l la d e lo q u e los p s ic ó l o g o s d e la i n f a n c i a l l a m a n la
« ilusión e g o c é n t r ic a » ?
B l a n c h o t n o se h a c o n t e n t a d o c o n p r a c t i c a r la c r í t i c a o c o n referirse
a ella d e paso ; le h a c o n s a g r a d o ta m b i é n u n te x to b r e v e , tit u la d o «¿En
q u é a n d a la crítica ?» , p u b l i c a d o c o m o e n c a b e z a m i e n t o d e s u L a u tréa -
m o n i el S a d c (1963, r e e d i c i ó n 1967). P a r te e n él d e ¡o q u e c o n s i d e r a u n a
e v id e n c ia : q u e el id e a l d e l c o m e n t a r i o r e s id e e n v o lv e rs e invisible, en
s a c r if ic a r s e e n el a l t a r d e la c o m p r e n s i ó n d e la o b r a . Tal e x p e r i e n c i a
im p l ic a , se p o d r í a c r e e r , u n a d i s c o n t i n u i d a d ra d ic a l e n t r e la lit e r a t u r a y
la c r í t i c a - u n a a f ir m a , la o t r a se b o r r a - y p r o h í b e al c r it ic o a s u m i r u n a
voz q u e le se a p r o p ia . E sto s e r ía c o m ú n a B l a n c h o t y a la c r ít ic a h is t ó r ic a
d e p r i n c i p i o s d e siglo (L a n so n : « D e s e a m o s s e r o lv id a d o s , y q u e só lo se
vea a M o n t a i g n e y a R o u s s e a u » ), así c o m o a las d e s c r i p c i o n e s « científi­
cas» e f e c t u a d a s a c t u a l m e n t e , d o n d e se c r e e e l i m i n a r to d a s u b je tiv id a d al
r e e m p l a z a r las p a l a b r a s p o r f ó r m u l a s . Si ex iste u n a d if e r e n c ia e n el id eal
del u n o y d e los o tr o s , só lo se e n c u e n t r a e n la e l e g a n c ia c o n la q u e se
e x p r e s a B l a n c h o t: d ic e, p o r e j e m p lo , q u e la c r ít ic a es c o m o la n ie v e q u e,
al c a e r , h a c e v i b r a r u n a c a m p a n a ; q u e d e b e b o r r a r s e , d e s a p a r e c e r ,
d e s v a n e c e r s e . El c r it ic o «no h a c e n a d a , n a d a m á s q u e d e j a r h a b l a r a la
p r o f u n d i d a d d e la o b r a » (pág. 10). «La p a l a b r a c rític a , sin d u r a c i ó n , sin
r e a lid a d , q u i s i e r a d is i p a r s e f r e n te a la a f i r m a c i ó n c r e a d o r a : n o es ella
n u n c a la q u e h a b la , c u a n d o h a b la » (pág. 111).
P e r o , a u n q u e s u s c rib a el m is m o ideal (« in m a n e n te » y «ro m án tico » )
q u e el h is t o r ia d o r o el «científico», B l a n c h o t n o ve la crític a c o m o
r a d i c a l m e n t e d istin ta d e la lite r a tu r a , to d o lo c o n t r a r i o . N o se c o n te n ta ,
c o m o S a r tr e , c o n e s c r ib ir lib ro s d e c r ític a tan b e llo s c o m o novelas; de
esta c o n t in u id a d , c o n s tr u y e ta m b ié n la te o ría. Si el p u n t o de p a r ti d a es el
m i s m o q u e e n los o tr o s « in m a n e n tista s» , m ie n tr a s q u e el r e s u lta d o es
to t a l m e n t e d if e r e n te , es q u e la idea q u e se h a c e de la lit e r a tu r a es, ella,
ta m b ié n , r a d i c a l m e n t e d iferen te. P a r a a q u é llo s no existe n in g ú n p r o b l e ­
ma: R o u s s e a u « q u ie re decir» algo, y es esto lo q u e se tr a ta de p o n e r en
e v id e n c ia ; o, e n to d o ca so , L a n o u v e lle H eloisa tie n e u n a e s t r u c t u r a q u e es
licito d e s c r ib ir . A h o ra b ie n , p a r a B l a n c h o l, c o m o h e m o s visto, la o b r a n o
es m á s q u e b ú s q u e d a d e la o b ra . N o es alg o q u e re v e la r ía u n a p le n itu d de
sen tid o , p o r p o c o q u e el c r ític o se d e s v an e zca ; s in o q u e es ella m is m a
d e s v a n e c im i e n to , « m o v im ie n t o de d e s a p a ric ió n » (pág. 12). Las a f ir m a c io ­
nes de la o b r a s o n u n a ilusión; su v e r d a d es la a u s e n c ia d e to d o d e s e o de
verd a d , r e e m p la z a d o p o r u n a b ú s q u e d a d e su p r o p io origen. L ite ra tu r a y
c r ít ic a se j u n t a n e n es e m o v im ie n t o : c o m o la o b ra , «la c r ític a e s tá v in c u la ­
d a c o n la b ú s q u e d a d e la p o s ib ilid a d d e la e x p e r ie n c ia literaria» y, p o r lo
tanto , «a fu erza d e d e s a p a r e c e r f r e n te a la o b r a , se r a h a c e en ella, c o m o
u n o d e su s m o m e n t o s e s en c iale s» (págs. 13-14)."
Si n o se c o m p a r t e la c o n c e p c i ó n d e la l i t e r a t u r a d e B l a n c h o t, n o se
p u e d e e s c r ib ir , c o m o él, «la c r í t i c a - l a l i t e r a t u r a - m e p a r e c e ...» (pág.
15). P e r o , a u n q u e n o se h a g a , se p u e d e m a n t e n e r s u d e s c r i p c i ó n d el a c to
c r í t i c o c o m o e n t e r a m e n t e i n m a n e n t e a la o b r a a n a liz a d a , y f u n d a r s o b r e
es to o t r a e x i g e n c ia d ir ig id a a la c r ít ic a lite r a r ia , q u e es: r e n u n c i a r a to d a
t r a s c e n d e n c i a , y, así, a t o d a r e f e r e n c i a a los v a l o re s ( e x ig e n c ia q u e
B l a n c h o t tie n e d e n u e v o e n c o m ú n c o n el p r o y e c t o del h i s t o r ic is m o y el
d e l e s t r u c t u r a l i s m o ) . E n B l a n c h o t , n o o b s ta n te , a m b a s s o n so lid a ria s :
d a d o q u e la n o v e l a o el p o e m a « b u s c a a f ir m a r s e al m a r g e n d e to d o
valor», «dado q u e e s c a p a a to d o s is te m a d e v alo re s» (pág. 14), y d a d o q u e
la c r i t i c a d e b e s e r c o m o la l it e r a tu r a , él le a s ig n a ese p r o g r a m a : d e b e
e s t a r « a s o c ia d a a u n a d e las ta r e a s m á s difíciles, p e r o m á s i m p o r t a n t e s
d e n u e s t r o t i e m p o (...): la ta r e a d e p r e s e r v a r y d e l i b e r a r el p e n s a m i e n t o
d e la n o c i ó n d e valor» (pág. 15).
E sta frase m e d e j a p e n s a t i v o ( s u p o n i e n d o , d e s d e lue g o , q u e las fra ses
d e B l a n c h o t d ig a n a lg o a n t e s q u e n a d a ; p e r o n o v eo p o r q u é d e b e r í a
d u d a r d e eso, e n e s te ca so ). Q u e «los» v a l o r e s s e t a m b a l e e n e n n u e s tr o s
días, es u n h e c h o . Se p u e d e c o n s i d e r a r tal e s t a d o d e c o s a s c o m o ir r e v e r ­
sib le, y r e s ig n a r s e i m p o t e n t e s ; o t r a t a r d e ir a c o n t r a c o r r i e n t e y b u s c a r
v a l o re s n u e v o s e n los q u e s e p o d r í a c r e e r . La d e s t r u c c i ó n d e los v a lo re s
n o ti e n e n a d a d e difícil: a c o n t e c e to d o s los d ía s a n t e n u e s t r o s ojos. P e r o
c o n c e b i r los v a l o r e s c o m o u n t i r a n o d e l c u a l h a y q u e l i b e r a r al p e n s a ­
m ie n to , y h a c e r d e e s ta l i b e r a c i ó n la t a r e a m á s i m p o r t a n t e d e la c r ít ic a y
d e la lite r a tu r a , re v e la u n ideal m u y s i n g u l a r .
La e s c r i t u r a m i s m a d e B l a n c h o t c o n f i r m a e n to d o m o m e n t o ese
d e s e o d e l i b e r a r el « p e n s a m i e n to » d e to d a r e f e r e n c i a a los v a lo re s y a la
v e rd a d ; d e to d o p e n s a m i e n t o , se p o d r í a a f i r m a r . Se h a d i c h o a m e n u d o
d e él: su «yo h ab lo » es u n a m a n e r a d e r e c h a z a r c u a l q u i e r «yo pie n so » . La
fig u ra d e e s tilo fa v o rita d e B l a n c h o t es el o x ím o r o n , la a f ir m a c ió n s i m u l ­
t á n e a d e es to y d e lo c o n t r a r i o . «La l i t e r a t u r a p u e d e d a r s e m a n t e n i é n d o ­
se p e i p e t u a m e n t e e n falta», es «la p r o f u n d i d a d y t a m b i é n la a u s e n c i a de
p r o f u n d id a d » , e s c r i b e a q u í (págs. 13, 14) y e n o t r a p a r t e (Le livre a
venir): « p le n itu d vacía» (pág. 16), « s ie m p r e to d a v ía p o r v en ir, s i e m p r e ya
p a s a d o » (pág. 17), «el v a c ío c o m o p le n itu d » (pág. 30), «un e s p a c io sin
lug a r» (pág. 100), «un i n m e n s o r o s t r o q u e se ve y q u e no. se ve» (pág.
105), «la r e a liz a c i ó n ir r e a l iz a d a » (pág. 176), y así s u c e s iv a e in d e f i n i d a ­
m e n t e (se h a visto q u e d e e s ta m a n e r a r e s u l t a b a m á s fácil « r e d a c t a r al
estilo de B la n c h o t» ). P e r o a f i r m a r s i m u l t á n e a m e n t e A y no-A, es p o n e r
e n te la de j u i c i o la d i m e n s i ó n a s e r tiv a d e l le n g u a je y, e f e c t i v a m e n t e ,
m a n t e n e r u n d i s c u r s o m á s a llá d e lo v e r d a d e r o y de lo falso, d el b ie n y
del m al.
P u e s r e s u lt a c l a r o q u e los «valores» a t a c a d o s p o r B l a n c h o t n o so n
ú n i c a m e n t e los e s té tic o s ; n o p id e s i m p l e m e n t e a lá c r í t i c a q u e r e n u n c i e
a e s t a b l e c e r h is to ria le s , e n c u y o c a s o n o s e r ía é s ta u n a d e las t a r e a s «m ás
i m p o r t a n t e s d e n u e s t r o tie m p o » . E ste n ih il is m o r e v e la a ú n u n p o c o m á s
c l a r a m e n t e s u p e r t e n e n c i a id e o ló g ic a c u a n d o B l a n c h o t p r o p o n e p o n e r
e n lu g a r d e la r e f e r e n c i a a la v e r d a d y a los v a l o re s « c u a l q u i e r o t r a clase
(...) d e a f ir m a c ió n » (pág. 15). N o hay n a d a p a r t i c u l a r m e n t e in é d i t o en
e s ta e x ig e n c ia : c o m p e t e a la tr a d i c i ó n n ie t z s c h i a n a y, m á s allá, s a d ia n a ,
q u e v a l o r a la f u e r z a e n d e t r i m e n t o d e l d e r e c h o ( S a d e y N ie tz s c h e , dos
a u t o r e s fav o rito s d e B l a n c h o t) .
Se p u e d e d e c i r de to d o a c e r c a d e la l i t e r a t u r a , lo q u e no a s o m b r a
j a m á s a nadie: los p o e t a s s o n f u e g o s fa tu o s a q u i e n e s to d o e s tá perm ití-
do. P e r o es as frases d e B l a n c h o t r e b a s a n el m a r c o lite r a r io , y es sin d u d a
la ra z ó n p o r la c u a l esto y e s c a n d a liz a d o . E n n u e s t r a é p o c a , d e s p u é s d e la
s e g u n d a g u e r r a m u n d ia l, d e s p u é s d e las r e v e la c io n e s s o b r e el n a z is m o y
el gulag, se d e s c u b r e c o n h o r r o r h a s ta d ó n d e p u e d e lle g a r la h u m a n i d a d
c u a n d o r e n u n c i a a los v a l o r e s u n iv e r s a le s y p o n e en su lu g a r la a f ir m a ­
c ió n d e la fu erza . E n e s e m o m e n t o d e la h is to ria B l a n c h o t d e c l a r a q u e
n o s ó lo n o h ay q u e l a m e n t a r la d e s t r u c c i ó n d e los v a l o re s s in o q u e hay
q u e r e c l u t a r a la l i t e r a t u r a y a la c r ític a p a r a ta n n o b le ta re a: p is o t e a r lo s
a ú n u n p o c o m ás.
Me d i r á n q u e i n t r o d u z c o i n j u s t a m e n t e c o n s i d e r a c i o n e s p o lític a s ahí
d o n d e s ó lo se tr a t a d e c o s a s in o fen siv as, c o m o la lite r a tu r a . P e r o el p a s o
se o p e r a ya e n el te x to d e B l a n c h o t. S e s a b e q u e , a n t e s de la g u e r r a ,
B l a n c h o t s e h a b í a c o n v e r t i d o e n el p o r t a v o z d e u n c i e r to a n tis e m itis m o .
R e n u n c i ó a es o m á s ta rd e , p o r lo q u e n o se ír a ta d e r e p r o c h á r s e l o aquí.
P e r o es d e s p u é s d e la g u e r r a c u a n d o n o s p r o p o n e c o m p r o m e t e r n o s e n la
l u c h a c o n t r a los v alo re s. La r e v e la c ió n de los h o r r o r e s nazis n o h a
q u e b r a n t a d o tal c o n v i c c i ó n , a u n q u e , p o r o t r a p a r te , B l a n c h o t h a b l a c o n
fu erza y n o b l e z a d e los c a m p o s ele e x t e r m in io : su s r e a c c i o n e s a fe ctiv a s y
p u n t u a l e s n o irlcidcn s o b r e su s p r in c i p io s . O tr o s te x to s d e B l a n c h o t lo
m u e s t r a n s i n g u l a r m e n t e t o l e r a n t e r e s p e c t o al t o ta lit a r is m o soviético:
c o n s c i e n t e d e la c o n t i n u i d a d e n t r e la « m u e r t e d e la filosofía» q u e le es
g ra ta , y la r e v o l u c i ó n d e O c t u b r e , p r e f i e r e a c e p t a r é s ta m á s q u e r e n u n ­
c i a r a a q u é lla .

La revo lu c ió n de O c tu b re no es s o la m e n te la epifanía del logos filosó­

fico, su apoteosis o su apocalipsis. Es su realización q u e lo destruye.
(...) Desde h a c e u n siglo y m edio, lanío bajo su n o m b r e c o m o bajo el
n o m b r e de Hcgel, de Niclzschc, de H eidcggcr, es la filosofía m ism a la
q u e afirm a o realiza su p ro p io fin.3 (L 'am ilic, 1971, págs. 102-103).

Y s i e m p r e c o n u n e s p íritu d e r e n u n c i a a los v a lo re s u n iv e r s a le s le
r e p r o c h a a J a s p c r s q u e s it ú e e n el m i s m o nivel el p e l ig r o n u c l e a r y el
peligro to ta litario .

Allí d o n d e el filósofo liberal habla, sin e x a m e n ni crítica, d e totalitaris­

mo, y con él b u e n a p a r te de los h o m b r e s , otros, y co n ellos gran p arte
de los h o m b res, h ablan de libe ración y de realización de la co m u n id a d
h u m a n a en su c o n ju n to (págs. 121-122).

H a b i e n d o r e p u d i a d o los «viejos v alo re s» (pág. 122), B l a n c h o t m e te

e n el m i s m o s a c o a los d e f e n s o r e s y los a d v e r s a r i o s del to ta lita r is m o ; en
a u s e n c i a d e to d a m e d i d a u n iv e r s a l, es to se c o n v i e r t e e n u n p u r o p r o b l e ­

3. Me permito remitir (por una vez), sobre esc problema de la «muerte de la

filosofía» y sobre algunos otros que se relacionan con él, a un articulo reciente:
L. Ferry y A. Renaul, «Philosophcr apres la fin de la philosophie?», Le Dcbat, 28,
1984, págs. 137-154.
m a de p u n t o d e vista: los u n o s h a b l a n así, los o tr o s d e o t r a f o r m a
(¡d e jem o s d e la d o el h e c h o d e q u e , p a r a B l a n c h o t , los h a b i t a n t e s del
m u n d o s o v ié tic o p i e n s e n t o d o s s e g ú n la i d e o lo g ía oficial, m i e n t r a s q u e
J a s p e r s n o h a b r í a p r o c l a m a d o su s d e n u n c i a s s in o p o r n o h a b e r e f e c t u a ­
do u n e x a m e n v e r d a d e r a m e n t e critico!).
Tal es, p u e s , el a s p e c to p o lít ic o d e la te o r í a l it e r a r ia d e B l a n c h o t; si s e
a c e p t a ésta, h a y q u e a s u m i r t a m b i é n a q u é l. La i d e o lo g ía r e la tiv is ta y
n ih ilis ta e n c u e n t r a n e n él u n a e s p e c ie d e c u l m i n a c i ó n y su s textos, lejos
d e n o d e c i r n a d a , d i c e n a b i e r t a m e n t e lo q u e p o d í a p e r m a n e c e r s o b r e e n ­
t e n d i d o e n o t r a p a r te ; n o s o n o s c u r o s , s o n o s c u r a n tis t a s . B l a n c h o t es
r e a l m e n t e u n c r ít ic o - e s c r ito r , p e r o d e u n tipo q u e , p a r a mí, p e r t e n e c e ya
al p a s a d o .

III

U n a r e l a c i ó n a f e c tiv a m e u n ía a R o l a n d B a r t h e s c u a n d o e s ta b a vivo y
n o h a d i s m i n u i d o d e s d e su m u e r t e . Si d e b o h a b l a r de él n o p u e d o ni
s i q u i e r a h a c e r m e la ilu s ió n d e la im p a r c i a l i d a d . N o s ó lo e s t a r í a i r r e s is t i­
b l e m e n t e t e n t a d o a s u p r i m i r e n él to d o lo q u e n o m e c o n v i e n e y a
v a l o r a r lo q u e m e r e s u lt a m á s p r ó x im o , s in o q u e n o p u e d o e n c o n t r a r e n
m í las f u e rz a s n e c e s a r i a s p a r a v e r lo c o m o u n a to ta lid a d c e r r a d a a la q u e
es p o s ib l e c i r c u n s c r i b i r , u n o b je to , c o m o se h a b í a c o n v e r t i d o G e n e t p a r a
S a r tr e . No es, p u e s , a R o l a n d B a r t h e s a q u i e n m e re f ie r o e n las p á g in a s
sig u ie n te s , s in o a «mi B a rth e s» .
C r e o q u e e s ta p a r c i a l i d a d n o m e i m p i d e ver, e n su s e s c r ito s , to d o lo
q u e p e r t e n e c e al s í n d r o m e « r o m á n t ic o » y q u e p o r lo ta n to , n o o f r e c e
m a t e r i a a la p r e s e n t e in v e s tig a c ió n . Lo m e n c i o n o e n p o c a s p a l a b r a s só lo
a títu lo d e i n f o r m a c i ó n . S u d e f in ic ió n d e la l i t e r a t u r a c o n s e r v a s o b r e
to d o d o s d e las c a r a c t e r ís ti c a s q u e le a t r i b u í a n los r o m á n t i c o s , el c a r á c ­
t e r i n tr a n s itiv o y la p lu r a l i d a d d e los s e n tid o s . El c a r á c t e r i n tr a n s itiv o le
v ie n e q u iz á d e S a r tre ; p e r o se e x t i e n d e n o y a s ó lo a la p o e s í a s in o a t o d a
la lite r a tu r a : «El a c to lit e r a r io (...) es u n a c to a b s o l u t a m e n t e i n t r a n s i t i ­
vo»; « p a ra el e s c r ito r , ascribir es u n v e r b o in tr a n s itiv o » (E s s a is critiq u e s,
1964, págs. 140, 149); es la i n tr a n s itiv i d a d la q u e f u n d a la o p o s i c i ó n
e s c r i t o r e s / e s c r i b i e n t e s ( p o e s í a / p r o s a e n S a r tr e , y y a p o e s í a / e s c r i b i m i e n -
to e n D o b lin ). La a m b i g ü e d a d , la p l u r a l i d a d d e los s e n tid o s , lo in f in ito d e
las i n t e r p r e t a c i o n e s es u n lu g a r c o m ú n m o d e r n o , c u y o r e c o r r i d o e x a c t o
es difícil d e se g u ir; es e ra sg o d e la l i t e r a t u r a f u n d a e n B a r t h e s las
o p o s ic io n e s e n t r e le g ib le y e s c r ib ib le , e n t r e o b r a s y te x to ( s i e m p r e es el
s e g u n d o t é r m i n o el q u e r e s u lt a v a lo ra d o ).

El Texto es plural. Eso no q u ie re d e c ir s o la m e n te q u e tiene varios

sentidos, sino q u e c u m p le el p lu ra lism o del sentido: u n plural irreduc­
tible («De 1‘o euvre a u texte», R ev u e d 'esth étiq u e, 3, 1971, págs. 227-
228; re to m a d o en Le bruissenient de la langue).
 S u c o n c e p c i ó n d e la c r ític a , tal c o m o se e n c u e n t r a p o r e j e m p l o e n u n
b r e v e te x to t i t u la d o «¿Q ué es la crítica?» ( in c l u id o e n C ssa is critiq u es), es
t a m b i é n y p u r a m e n t e « r o m á n t ic a » . S p in o z a q u e r í a q u e se r e n u n c i a r a al
p r o b l e m a d e la v e r d a d p a r a p r e o c u p a r s e s o l a m e n t e d el s e n tid o . Bar-
th e s d a u n p a s o m á s e n la m i s m a d ir e c c ió n : la ta r c a d e la c r ít ic a resid e
«no e n d e s c i f r a r el s e n t i d o d e la o b r a e s tu d ia d a sin o e n r e c o n s t r u i r las
reg la s y c o a c c i o n e s d e la. e l a b o r a c i ó n d e es e se n tid o » (pág. 256); «el
c r í t i c o n o tie n e q u e r e c o n s t r u i r el m e n s a j e d e la o b r a sin o su sistem a »
(pág. 257); la « la b o r c r ític a » es « p u r a m e n t e form al» (págs. 255-256):
e x t r a ñ o v o to d e p o b r e z a . E n c u a n t o a la v e r d a d , se r e c h a z a en to d a s las
a c e p c i o n e s d e l t é r m i n o . P o r u n a p a r te , b a s á n d o s e e n u n a a s im il a c i ó n
falaz e n t r e c r í t i c a y ló g ic a (falaz ya q u e u n a tie n e u n o b je to e m p í r i c o , la
o t r a n o ), B a r t h e s a f ir m a q u e la c r ít ic a d e b e c o n t e n t a r s e ú n i c a m e n t e c o n
la «validez», c o n la c o h e r e n c i a i n t e r n a sin r e f e r e n c i a al s e n tid o . El
m o d e l o e x p l íc i to de la c r ític a , p a r a B a rth e s , es el le n g u aje ; p e r o si el
le n g u a je , - t o m a d o c o m o u n tod o, n o es ni v e r d a d e r o ni falso, c a d a
e n u n c i a d o p u e d e s e rlo ; y d e ig u a l m o d o r e s p e c l o a la c r ític a ; el m o d e l o
i n n o m i n a d o es, d e h e c h o , el j u e g o , n o el le n g u aje : u n s is te m a d e reg la s
d e s p r o v is to d e se n tid o . P o r o t r a p a r te , al i m a g i n a r q u e la ú n ic a v e r d a d
c o n la c u a l la l i t e r a t u r a m i s m a t e n d r í a q u e v e r es u n a v e r d a d d e a d e c u a ­
c i ó n ( C h a r lu s es el c o n d e de M o n te s q u io u ) , la r e c h a z a , y p ie n s a q u e la
c r í t i c a n o tie n e q u e o c u p a r s e d e eso; c i e r t a m e n t e ; p e r o la lit e r a tu r a
ja m á s h a a s p i r a d o a es e tipo de v e r d a d , y la n o v e l a d e P r o u s t es « v e r d a d e ­
ra» e n u n s e n tid o t o t a l m e n t e d i f e r e n t e d e la p a l a b r a ( q u e n o i g n o r a b a
S p in o z a c u a n d o se p r e g u n t a b a s o b r e la v e r d a d d e la B iblia). La c o e x is ­
te n c i a a c t u a l d e v aria s id e o lo g ía s, d e v a r io s p u n t o s d e vista, le p a r e c e a
B a r t h e s u n a r a z ó n s u f ic i e n te p a r a q u e la c r í t i c a r e n u n c i e p a r a s i e m p r e a
« h a b la r j u s t a m e n t e e n n o m b r e d e p r i n c i p i o s v e r d a d e r o s » (pág. 254).
B a r t h e s c o m b i n a , p u e s , u n h i s t o r i c i s m o r a d ic a l ( n i n g u n a v e r d a d g e n e ­
ral, s in o s ó lo id e o lo g ía s p u n t u a l e s ) c o n un d e s in te r é s p o r la h istoria ;
s a b e q u e , e n él, el d iá lo g o c r ít ic o «está en su to ta lid a d e g o i s ta m e n lc
d e s p la z a d o h a c í a el p r e s e n te » (pág. 257).
E n fin, B a r t h e s r a r a vez se p r e o c u p a d e los p r in c i p io s m á s g e n e r a le s y
n o n o s s o r p r e n d e m o s al e n c o n L ra r, j u n t o al r e la tiv is m o , u n a r e iv i n d ic a ­
c i ó n e x p líc ita , a u n q u e d is c u tib l e e n el p l a n o h is t ó r ic o , d el in d iv id u a lis­
mo:

Desde h a c e d o sc ien to s años, estam o s ac o stu m b ra d o s, por. la cultura

filosófica y política, a v a lo ra r m u c h ísim o , digamos, el colectivism o en
general. Todas las filosofías son filosofías de la colectividad, de la
sociedad, y el individu alism o está m uy mal visto. (...) Quizá no haya
que (...) d ejarse in tim id a r p o r esta m oral, difundid a en nuestra socie­
dad, q u e es la del super-yo colectivo, con sus valores de responsabili­
dad y de c o m p r o m is o político. Quizás haya q u e a c e p ta r el escándalo
de p osicion es individualistas (Le grain de la voix, libro de entrevistas,
1981, pág. 289).
 P e r o , d e s d e h a c e tie m p o , el in d iv i d u a li s m o n o e s c a n d a liz a ya a n a d ie ,
¡es h a s ta n u e s t r a « id e o lo g ía d o m in a n te » ! Así c o m o n o e s c a n d a l i z a n S a d e
y N ie tz sc h e , a u t o r e s q u e r i d o s p o r B a r t h e s igual q u e lo f u e r o n p a r a Blan-
cliot.
T o d o e s te c o n j u n t o d e id e a s s e e n c u e n t r a m u y p r e s e n t e e n los
e s c r i t o s d e B a r t h e s , d e a c u e r d o , P e r o n o es s ó lo la s i m p a t í a q u e s i e n t o
h a c i a el i n d i v i d u o lo q u e m e h a c e p e n s a r q u e n o h a y q u e c o n c e d e r l e s
u n a i m p o r t a n c i a d e s m e s u r a d a . S e t r a t a i g u a l m e n t e d el e s t a t u t o q u e
t i e n e n las id e a s e n el d i s c u r s o d e B a r t h e s . Si e n el i n t e r i o r d e c a d a te x to
se p o d í a n t o m a r e s a s frases- p o r la e x p r e s i ó n d e s u p e n s a m i e n t o , el
c o n j u n t o d e los te x to s r e v e l a q u e n o es así, ya q u e se p e r c i b e q u e
B a r t h e s c a m b i a c o n s t a n t e m e n t e d e p o s i c i ó n , q u e le b a s t a f o r m u l a r u n a
i d e a p a r a d e s i n t e r e s a r s e d e ella; y q u e e s e c a m b i o c o n s t a n t e n o se
e x p l i c a p o r lig e r e z a a l g u n a , s i n o p o r u n a a c t i t u d d i f e r e n t e r e s p e c t o a
las id e as. C o m o c u a l q u i e r e s c r i t o r p ú b l i c o , B a r t h e s s e p r e o c u p a p o r
e n c o n t r a r , p a r a c a d a id e a , la m e j o r f o r m u l a c i ó n , p e r o e s to n o lo lleva a
a s u m i r l a . P o r lo d e m á s , se h a descriLo f i e l m e n t e e n s u R o lcin d B a rth e s
(1975): s u e s c r i t u r a es u n « r o b o d e le n g u a je » (p ág s. 96, 142); «en
r e l a c i ó n a los s i s t e m a s q u e lo r o d e a n , ¿ q u é es? M ás b i e n u n a c á m a r a de
r e s o n a n c i a : r e p r o d u c e m a l los p e n s a m i e n t o s , s i g u e las p a l a b r a s » (pág.
78). Y a ñ a d e e s ta f ra s e , q u e f ig u r a t a m b i é n e n la p o r t a d a d e s u libro:
«T o d a e s to d e b e c o n s i d e r a r s e c o m o si lo d i j e r a u n p e r s o n a j e d e n o v e la ,
o m á s b ie n vario s» (p ág . 123).
La p a l a b r a «novela» n o se e n c u e n t r a allí p o r azar. Es, e n e fe c to , e n el
e s ta t u to d e la f ic c ió n e n lo q u e h a c e n p e n s a r esas id e as n o a s u m id a s : el
a u t o r h a c e h a b l a r a su s p e r s o n a je s sin id e n tif ic a r s e c o n lo q u e ellos
d ic e n . L a d if e r e n c ia c o n la n o v e l a es d o b le : r e s u l t a q u e , e n el m o m e n t o
d e la e n u n c i a c i ó n d e las frases, eso s p e r s o n a j e s e r a n in v is ib le s (se tuvo
q u e e s p e r a r a 1975, y al R o la n d B a rth e s, p a r a s a b e r , p o r p a r t e d e l p r o p i o
B a r t h e s , q u e n o c r e í a e n ello; n a d a , e n «¿Q ué es la crítica?», in d ic a q u e
n o se id e n tif iq u e c o n lo q u e a firm a , q u e n o se tr a t a m á s q u e d e « ro b o de
le ng uaje » ); y q u e, en vez d e p r o n u n c i a r f ra se s c o t id ia n a s , e n u n c i a n
d is c u r s o s te ó r i c o s , u n a voz m a g is tr a l, p a r a la c u a l la d i m e n s i ó n de
v e r d a d es lo q u e m á s im p o r ta . B a rth e s , p u e s , p u e d e d e c i r d e si m is m o :
« P o r m i p a r te , n o m e c o n s i d e r o u n c r it ic o , s in o m á s b ie n u n n o v elista ,
e s c r i b a n o n o d e la n o v e la , es c i e r to , sin o d e lo " n o v e le s c o " » (« R é p o n s e » ,
T el Q u el, 47, 1971, pág. 102); y e s p e c if i c a e n R o la n d B a rth es: «El e n s a y o
se c o n s i d e r a c a s i c o m o u n a novela: u n a n o v e l a sin n o m b r e s p r o p io s »
(pág. 124). E n c a lid a d d e e n u n c i a d o s , el e n s a y o y la n o v e l a d iv e r g e n : u n o
se r e f ie r e al m u n d o d e los in d iv id u o s, el o t r o no ; p e r o se p a r e c e n e n el
m o d o d e s u e n u n c i a c i ó n : se t r a t a e n a m b o s d e u n d i s c u r s o n o a s u m id o ,
u n a ficción.
B a r t h e s se a s im ila, e n t o n c e s , a los d e m á s c r ít i c o s - e s c r i t o r e s , y e s to n o
s ó lo p o r las c u a l i d a d e s d e s u estilo, s in o p o r q u e p o n e e n t r e p a r é n t e s i s la
d i m e n s i ó n d e v e r d a d de la c r itic a , y p o r q u e in siste, e n c a m b i o , e n su
a s p e c t o f ic c io n a l o p o é t i c o ( d o n d e el le n g u a je d e ja d e s e r u n i n s t r u m e n ­
to p a r a v o lv e rs e p r o b l e m a ) . Es allí m is m o , a su s ojos, d o n d e r e s id e el
ra s g o c a r a c l c r í s ü c o d e la c r í t i c a d e lioy:

Si la crítica nueva tiene alguna realidad, es ésta: (...) en la soledad del

acto crítico, d es d e a h o ra asegurad o, lejos de las co a rtad a s de la c ien ­
c ia o de las instituciones, c o m o un acto de p le n a es c ritu ra (Critique el
vérité, 1966, págs. 46-47.)

Y es c i e r l o q u e los lib ro s e s c r ito s p o r B a r t h e s s o n , e n s u f o r m a

m is m a , d e s a f ío s d ir ig id o s a la t r a d i c ió n del g e n e r o : ¿ q u i é n h u b i e r a
p o d i d o p r e v e r S /Z , R o la n d B a rth e s, F ragnicnts d 'u n d isc o u rs a m o u r e u x ?
E s c á n d a l o p a r a u n o s , e n c a n t o p a r a o tr o s , los te x to s d e B a r t h e s e r a n los
d e u n e s c r i t o r a q u ie n las v ic is it u d e s d e l d e s tin o h a b í a n lle v a d o a h a c e r
c a r r e r a e n el m u n d o d e las id e a s y de! c o n o c i m i e n t o .
Si h u b i e r a e s c r ito d e v e r d a d n o v elas, to d a la o r ig in a lid a d del gesto
e v i d e n t e m e n t e h a b r ía d e s a p a r e c id o . H a c ia el lina! d e su vida, B a rth e s
te n ía e n m e n t e e s c r i b i r u n a «v erd a d era» novela, c o n d e s c r ip c i ó n y n o m ­
b r e s p r o p io s . P e r o n o es s e g u r o q u e el p r o y e c to h u b i e r a p o d id o lle v arse a
ca b o : B a r t h e s h a e x p lic a d o q u e e x p e r i m e n t a b a u n «deseo te n a z d e d e s c r i ­
b i r a los q u e am o » (P retexte: R o la n d B arthes, C o llo q u e d e Cerisy, 1978,
pág. 368), y q u e c o n t a b a p a r a eso c o n la e s c r itu r a novelesca; p e r o el
ú ltim o te x to q u e t e r m i n ó lleva este título m e la n c ó lic o : «Uno fracasa
s i e m p r e al h a b l a r d e lo q u e am a» ( Tcl Q uel, 85, 1980 y Le b ru is se m e n t de
la la n gue). S e a lo q u e fuere, si h u b ie r a e s c r ito novelas, B a rth e s n o h u b i e r a
sid o m á s q u e u n n o v e lista e n t r e tantos, así c o m o , c u a n d o c u e n t a v e r d a d e ­
r a m e n t e su vida, e n La c h a m b re claire (1980), se vuelve u n a u to b ió g r a f o o
un m e m o r ia li s ta e n t r e ta n to s ( a u n q u e se a u n o de los m ejores): ya n o hay
m á s in v e n c ió n form a l. La o r ig in a lid a d d e B a rth e s d e p e n d e d e u n casi,
r e sid e p o r c o m p l e t o e n la tr a n s ic ió n e n t r e am b as.
N o c o m p a r t o la a c t i t u d d e B a r t h e s r e s p e c t o a la v e r d a d ; la lite r a tu r a ,
d e p o r si, tie n e u n a r e l a c i ó n c o n la v e r d a d , y la c r it ic a ti e n e m á s d e una.
S in e m b a r g o , m e a d h i e r o a la id e a d e q u e el r e s u l t a d o d e la a c tiv id a d
c r ít ic a es u n libro, y q u e es e h e c h o es e s e n c ia l. P o r q u e el tr a b a jo de
i n t e r p r e t a c i ó n , a u n q u e c o m p e t e al c o n o c i m i e n t o , n o s e r e d u c e , c o m o
h a c e n la o b s e r v a c i ó n o la f o r m u l a c i ó n d e leyes g e n e r a le s , a! p u r o
e n u n c i a d o d e u n e s ta d o d e h e c h o . La i n t e r p r e t a c i ó n es la (re) c o n s t r u c ­
c i ó n d e u n a t o ta lid a d s in g u l a r ; ya se tr a t e d e u n lib r o d e h isto ria , de
e t n o lo g ía o d e c r í t i c a l i t e r a r i a (sin h a b l a r d e to d o s ios g é n e r o s m ixtos),
tal c o n s t r u c c i ó n f o r m a p a r t e d e la a f ir m a c ió n m i s m a q u e u n o h a c e
a c e r c a del o b je to a n a liz a d o . N o se e q u i v o c a n a q u e llo s l e c to r e s q u e , e n el
c a m p o d e las « c i e n c ia s h u m a n a s » , o lv id a n las id e a s p e r o r e t i e n e n los
lib r o s ( a u n q u e s e a u n p o c o in ju sto ).
La p u e s t a e n m o v i m i e n t o d e l d i s c u r s o m a g is tr a l e j e c u ta d o p o r B a r ­
th e s tu v o u n e f e c to r e f r e s c a n t e e n la a t m ó s f e r a d e a r r o g a n c i a y d e m a g o ­
gia q u e c a r a c t e r i z a la c o m u n i d a d in te le c tu a l. P e r o , p a s a d o esc efecto
p r o f il á c tic o y, e n r e s u m i d a s c u e n t a s , n eg a tiv o , se p u e d e f o r m u l a r la
p r e g u n t a : ¿ q u é sig n ific a la r e n u n c i a al d is c u r s o q u e tie n e la v e r d a d
c o m o h o r iz o n t e ? ¿S erá alg o m á s q u e u n a a d h e s i ó n al re la tiv is m o g e n e r a ­
lizado? El p r o p i o B a r t h e s q u is o s o b r e to d o v e r e n ello u n reflejo d e la
d is p e r s ió n i n t e r n a d e la p e r s o n a ; es u n a v a r i a n t e m o d e r n a d e l a d a g io d e
M o n ta ig n e : «El h o m b r e , e n to d o y p o r to d o , n o es m á s q u e r e m i e n d o y
a b i g a r r a m i e n t o » . H e m o s vito a B r e c h t v a l o r a n d o la p r e s e n c i a d e d o s
v o c e s e n u n s o lo su je to , c u a l q u i e r a q u e s e a la n a t u r a l e z a de esas voces;
B a r t h e s , q u e s i e m p r e a d m i r ó m u c h o a B r e c h t , n o d eja d e r e f e r ir s e a eso
c u a n d o tr a t a d e e x p l ic a r e s ta p l u r a l i d a d d e s u p r o p i a p e r s o n a :

C uán feliz se ria si p u d ie r a a p lic a rm e esta n o c ió n de Brecht:

«Pensaba p o r otras m entes; y en la suya, otros que no era n él pensaban,
Es esto el v erd a d ero p en sam iento » (Le grain de la voix, pág. 185).

R e c o n o c e r a los d e m á s c o m o s i e n d o u n o m i s m o , a los d e m á s e n u n o
m i s m o , es c i e r t a m e n t e u n b u e n p u n t o d e p a r t i d a p a r a el p e n s a m i e n t o ;
¿ p e r o s e r á es to su to ta lid a d ? ¿ Q u e d a el o t r o s u f i c i e n t e m e n t e d e f in i d o p o r
e l c r it e r io , e m i n e n t e m e n t e re la tiv o , d e q u e es o tr o ? ¿N o p u e d o t a m b i é n
d i s t i n g u i r e n t r e los o tr o s q u e a p r u e b o y los q u e "d e sa p r u e b o ? Si v u elv o a
p e n s a r e n lo q u e m e g u s t a b a d e B a r t h e s , n o lo e n c u e n t r o e n esta
d e s c r ip c i ó n : q u e se e s c u c h a b a n , a tr a v é s d e su voz, o t r a s v o ce s. E sta ría
t e n t a d o d e d e c i r casi lo c o n t r a r i o : lo m e j o r q u e h a b í a e n el c o n j u n t o
B a r t h e s (vida y o b r a s ) e r a el p r o p i o B a r t h e s . M e d o y c u e n t a d e q u e él
tuvo u n p e n s a m i e n t o p a r a le lo :

Alcanzado este m o m e n to de m i vida, al c o n c lu ir un c o lo q u io del cual

he sido el pretexto, diré que tengo la im p re sió n , la sensación y casi la
certeza de h a b e r triunfado m ás en mis am igos q u e en m i o b r a (Pretex­
te, pág. 439).

P e r o , m e d ir á n , es to n o tie n e n a d a q u e v e r c o n la c r í t i c a lite r a r ia . P o r
s u p u e s to , ya q u e B a r t h e s e s c r i b í a a c e r c a d e la li t e r a t u r a , c o n s t a n t e m e n ­
te; d iré; p u e s , q u e los te x to s q u e m e p a r e c e n m á s e s tim a b le s , h o y e n día,
s o n a q u e llo s e n q u e e s tá m á s p r e s e n t e , s in q u e p a s e m o s a ú n al g é n e r o
p e r s o n a l: es el R o la n d B a rth e s, lib r o a la vez í n t i m o y p ú b l i c o , s u b je tiv o y
o b je tiv o (d e c r i t i c a ) / l i b r o d e u n a tr a n s i c i ó n , u n a v ez m á s.
P u e s to q u e h a y q u e d is t i n g u i r lo p r i v a d o y lo p ú b lic o , a ñ a d i r é lo
sig u ie n te : h a s ta la p u b l i c a c i ó n d e l R o la n d B a rth e s, e n 1975, v eo a B a r ­
th e s a d h e r ir s e p l e n a m e n t e , e n sus e s c r ito s , a la i d e a d e la d i s p e r s i ó n del
sujeto, d e la i n a u t e n t i c i d a d del ser. El h e c h o d e h a b e r t e n i d o q u e t o m a r
a ese su je to d is p e r s o c o m o o b je to d e u n lib ro , lo h a b í a lle v a d o a c a m ­
b ia r , a u n q u e el c a m b i o n o tu v ie r a n a d a d e e s p e c t a c u l a r : «Me a s u m o en
m a y o r m e d i d a c o m o sujeto», d e c ía (Le grain da la vo ix, p ág . 3 13). E n u n o
d e su s c u r s o s , B a r t h e s d e c ía t a m b ié n : h ay q u e e s c o g e r e n t r e s e r t e r r o r i s ­
ta y s e r ego ísta ; e s ta o p c i ó n es la q u e e x p l ic a la d i f e r e n c i a e n t r e a n t e s y
d e s p u é s d e 1975. Lo q u e h a s ta e n t o n c e s B a r t h e s h a b í a s id o e n su v id a y
p a r a su s a m ig o s ( u n n o - te r r o r is ta ) , h a b í a lle g a d o a s e r l o t a m b i é n e n s u s
libros: y p o d í a es c r ib ir :

Ju e g o del conflicto, de la lucha: lo detesto. Los franceses p a re c e n

am arlo: rugby, d e b a te «cara a cara», mesas redondas, apuestas, sie m ­
p re estúpidos, etc. (P retexte, pág. 299).

P e r o este e g o í s m o ya n o tie n e n a d a m á s q u e v e r c o n a q u e l q u e
m a n i f e s t a b a m á s o m e n o s v o l u n t a r i a m e n t e s u c r í t i c a a n t e r io r : e n vez de
o f r e c e r e n s u s lib r o s u n p u r o d is c u r s o (el c u a l s ig u e s i e n d o u n a e x h o r t a ­
c i ó n ) , p r o p o n í a a h o r a u n se r, el suyo. M ás q u e s u g e r i r c ó m o es el
h o m b r e , d e ja b a , c o n éx ito c i e r t a m e n t e v a r ia b le , a c a d a u n o la lib e r ta d
d e e s c o g e r s u l u g a r e n r e l a c i ó n c o n el d is c u r s o o f re c id o . El riesg o es
m u c h o m a y o r (y, c o r r e l a t i v a m e n t e , la r e c o m p e n s a ) c u a n d o se d ice: «Soy
así», q u e c u a n d o se a f ir m a : «Los o tr o s p i e n s a n d e n t r o d e mí».
P o r es to los o t r o s - a q u e l l o s q u e e x iste n m a t e r i a l m e n t e , f u e r a d e la
c o n c i e n c i a d e B a r t h e s - q u iz á s a le n g a n a n d o m á s q u e c u a n d o e s t a b a n
o b lig a d o s a a c e p t a r u n a c o m p l i c i d a d q u e se les im p o n í a . Es lo q u e
e x p r e s a el m i s m o B a r t h e s c u a n d o tr a ta d e c o m p r e n d e r su s u f r i m ie n to
f r e n te a la m u e r t e d e su m a d r e : «Lo q u e b e p e r d id o , n o es u n a F ig u r a (la
M a d re ) s in o u n ser» (La c h a m b re c/aire, pág. 118). Un s e r n o es el O tro,
ni los o tro s; es s ó lo él m is m o . R e c o n o c e r l e su o t r e d a d (y n o m á s q u e yo
es o tr o , o q u e los o t r o s e s tá n e n m í) es r e c o n o c e r l e a se ca s, es r e n u n c i a r
u n p o c o m á s a la ilu s ió n e g o c é n t r i c a . M ie n tr a s m e c o n s i d e r o u n a m e r a
c á m a r a d e r e s o n a n c i a , el o t r o só lo ex iste p a r a mí, in d if e r e n c ia d o ; si «me
a s u m o c o m o su jeto», le p e r m i t o al o t r o h a c e r lo m is m o , d e m o d o q u e lo
r e s p e to . Es lo q u e e n c u e n t r o t a m b i é n e n es tas frases e n las q u e B a r t h e s
d e s c r i b e su e v o l u c ió n :

P o co a poco, en mi, se a firm a u n deseo c r e c ie n te de legibilidad. Tengo

ganas de que los textos q u e recib o m e sean «legibles», te ngo ganas de
q u e los textos q u e e scrib o sean ellos m ism os «legibles». (...) Se m e
o c u r r e u n a idea d e s ca b ella d a (d escabellada de ta n to hum anism o):
«Jamás se r e p e tir á d e m a sia d o c u á n to a m o r (p o r el otro, p o r el lector)
existe en el trabajo de la frase» (Pretexte, pág. 301).

Este h u m a n i s m o d e s c a b e lla d o es algo n u e v o e n la es c ritu ra de B a r­

thes ( c u a n d o s ie m p r e h a b ía e s ta d o p r e s e n te e n su c o n v e rsa c ió n ) y m e
resu lta p a r ti c u la r m e n te valioso. V eo b u sc a rse , p o r e n c i m a de los clichés
nihilistas q u e B a rth e s c o m p a r t í a c o n su é p o c a, u n a tr a s c e n d e n c ia nueva,
f u n d a d a n o e n lo div ino sino en la so c ialidad del h o m b r e y e n la pluralidad
d e los h o m b r e s . Y m e h e e m o c i o n a d o al v e r q u e de eso tratan las frases
finales de la ú ltim a e n tre v ista q u e ofreció, varios días an tes de su m u e rte
ac c id e n ta l, a u n q u e s e a n frases m á s b ie n torpes: «Pero, a p e s a r de todo,
c u a n d o u n o escribe, u n o e n t re g a g é r m e n e s , se p u e d e d e c ir que u no
e n t r e g a a lg ú n tipo de se m illa y que, p o r c o n s ig u ie n te , está r ein c o rp o rad o
en el tráfico g e n e ra l d e las semillas» (Le grain de la voix, pág. 339).
 LO H U M AN O Y LO IN T E R H U M A N O
(M ijaíl B a jtin )

Mijaíl B ajlin es u n a d e las figu ras m á s f a s c in a n t e s y m á s e n i g m á t ic a s

d e la c u l t u r a e u r o p e a d e m e d i a d o s del sig lo x x . La f a s c in a c ió n se
e n t i e n d e f á c ilm e n te : su o b r a es r ic a y o r ig in a l, y n o p u e d e c o m p a r a r s e
c o n n i n g u n a p r o d u c c i ó n s o v ié tic a e n m a t e r i a d e c i e n c ia s h u m a n a s . P e r o
a e s ta a d m i r a c i ó n se a ñ a d e u n e l e m e n t o d e p e r p le jid a d , ya q u e u n o es tá
i n e v i t a b l e m e n t e llev ad o a f o r m u l a r s e la p r e g u n ta : ¿ q u ié n es B ajlin y
c u á l e s s o n los r a s g o s d istin tiv o s d e su p e n s a m i e n t o ? En efe cto , éste tie n e
fac eta s tan m ú lt ip le s q u e u n o d u d a a v e c e s de si h u b o s i e m p r e e n su
o r i g e n u n a s o la y m i s m a p e r s o n a .
La o b r a d e B ajlin a tra jo la a t e n c i ó n del p ú b lic o e n 1963, a ñ o e n q u e
se r e e d i t ó (en u n a f o r m a s e n s i b l e m e n t e m o d if ic a d a ) su o b r a s o b r e
D o stoievsky, p u b l i c a d a o r i g i n a l m e n t e en 1929 (y q u e ya se h a b í a d e s t a c a ­
d o e n la é p o c a ) . P e r o e s te a p a s i o n a n t e libro, P ro b lem a s d e la p o é tic a de
D o sto ie v sk y , n o d e j a b a d e p r e s e n t a r d if ic u lta d e s si u n o se p r e g u n t a b a
r e s p e c t o a su u n id a d . E n lín e a s g e n e r a le s , lo c o m p o n e n tr e s p a r te s
b a s t a n t e a u t ó n o m a s : el p r i m e r te rc io es lá c o n s t i t u i d o p o r la e x p o s ic i ó n e
ilu s tra c i ó n de u n a tesis s o b r e el u n iv e r s o n o v e l e s c o d e D ostoievsky,
e x p r e s a d a e n t é r m i n o s filosóficos y lite r a r io s; el s e g u n d o , p o r u n a e x p l o ­
r a c i ó n d e a l g u n o s g é n e r o s lite r a r io s m e n o r e s , los d iá lo g o s s o c r á tic o s , la
m e n i p e a a n t i g u a y las p r o d u c c i o n e s c a r n a v a l e s c a s m e d ie v a le s, q u e c o n s ­
titu y e n s e g ú n B ajtin la t r a d i c ió n g e n é r i c a d e la c u a l h a b r í a s u r g i d o
D o sto ie vski; f in a l m e n te , c¡ t e r c e r te r c io c o m p r e n d e u n p r o g r a m a de
e s tu d io s e s tilístic o s c o n e j e m p l o s d e an á lisis d e las n o v e la s d e D o s­
toievsky.
L u eg o , e n 196S, a p a r e c i ó u n lib r o s o b r e R a b e la is. q u e p o d ía p a s a r
p o r la a m p l i a c i ó n d e ia s e g u n d a p a r t e del lib ro s o b r e D o sto ie v sk y (o a la
in v e r s a - y es la v e r d a d - , é s ta p o d í a t o m a r s e d e s d e e n t o n c e s c o m o u n
r e s u m e n del lib r o s o b r e R a b e la is), p e r o q u e te n ía p o c a r e la c ió n c o n las
o tr a s d o s p a r te s : a n á lis is te m á t i c o , y n o só lo e s tilístic o, p o r u n lado; o b r a
h is t ó r ic a y d e s c r ip tiv a , p o r el o tr o , q u e n o d e j a b a l u g a r a las i n tu i c io n e s
filosóficas d el D o sto ie v sk y . F u e e s ta o b r a la q u e a tra jo la a t e n c i ó n d e los
e s p e c ia li s ta s h a c ia f e n ó m e n o s c o m o la c u l t u r a p o p u l a r o el c a r n a v a l.
E n 1973, g o lp e d e efe cto : v aria s f u e n te s a u t o r i z a d a s (soviéticas) r e v e ­
lan q u e B atjin es el a u t o r , o e n lo d o c a s o el c o a u t o r p r in c i p a l, d e tres
lib ro s y d e v a r io s a r t í c u l o s p u b l i c a d o s c o n o t r o s n o m b r e s en la URSS a
finales d e los a ñ o s v ein te, c o n t e m a s c o m o el m a r x i s m o , la filosofía del
le n g u a je y el f r e u d ia n i s m o . P e r o tal e n r i q u e c i m i e n t o d e la b ib lio g ra fía
b a j tin ia n a n o p o d i a s in o a c r e c e n t a r la p e r p l e j i d a d d e los le c to r e s , q u e ya
t e n í a n d if ic u lta d e s p a r a e n t e n d e r la r e l a c i ó n e n t r e su D o sto ie v sk y y su
R a b e la is, al h a c e r n o s p e r c i b i r u n t o n o d e voz t a m b i é n d i f e r e n t e e n los
te x to s d e los a ñ o s vein te: el d e u n a c r í t i c a v io le n ta (de i n s p i r a c i ó n
s o c io ló g ic a y m a rx is ta ) d e l p s ic o a n á lis i s , d e la lin g ü ístic a ( e s t r u c t u r a l o
n o ) y d e la p o é t i c a tal c o m o la p r a c t i c a n los F o r m a lis t a s ru so s.
E n 1975, a ñ o d e su m u e r t e , B a jtin p u b l i c a u n n u e v o v o lu m e n , P ro b le­
m a s de litera tu ra y de e sté tic a , c o m p u e s t o p o r e s tu d io s q u e d a t a n e n su
m a y o r í a d e los a ñ o s tr e in ta . E sos tr a b a jo s p r o l o n g a n de h e c h o las b ú s ­
q u e d a s es tilístic as d el D o sto ie v sk y y p r e p a r a n el e s tu d io te m á t i c o del
R a b e la is ( e n r e a lid a d , es te ú l t i m o h a b í a s id o c o n c l u i d o e n 1940); p e r m i ­
te n , p u e s , c o m e n z a r a o r i e n t a r n o s e n la o b r a d e Bajtin, p o n i e n d o e n
e v i d e n c i a el p a s o d e u n a m o n o g r a f í a a la o tr a .
F i n a l m e n t e , e n 1979, ú l t i m a r e v e l a c i ó n ( p o r el m o m e n t o ) : u n n u e v o
v o l u m e n d e te x to s i n é d i t a s sa le a la luz, p r e p a r a d o p o r su s e d ito r e s y
t i t u la d o E sté tic a de la c r e a c ió n verbal. C o m p r e n d e , e n lo e s e n c ia l, los
p rim e ro s y los ú ltim o s e s c r ito s de Bajtin: u n a g r a n o b r a a n t e r i o r al
p e r í o d o s o c io ló g ic o ; y n o ta s y f r a g m e n t o s r e d a c t a d o s d u r a n t e los ú lti­
m o s v e in te a ñ o s d e s u vida. M u c h a s c o s a s se e x p l ic a n g r a c ia s a la
p u b l i c a c i ó n d e e s te n u e v o lib ro , p e r o o tr a s , p o r el c o n t r a r i o , se o s c u r e ­
c e n , ya q u e a los d if e r e n t e s B atjin q u e u n o c o n o c í a se a ñ a d e u n o más,
f e n o m e n ó l o g o y, quizas, «existencialista»..,
Es c i e r t o q u e el p e n s a m i e n t o d e B ajtin p l a n t e a u n p r o b l e m a . N o se
tr a t a d e i m p o n e r l e a r ti f i c i a l m e n t e u n a u n i d a d q u e n o tu v ie r a , sin o de
h a c e r l o in te lig ib le , lo q u e es m u y d if e r e n t e . P a r a a v a n z a r u n p o c o e n esa
d i r e c c i ó n , se a c u d i r á a la h is t o r ia y se i n t e n t a r á c o n t e s t a r a e s ta p r e g u n ­
ta: ¿ C ó m o s i t u a r a B atjin e n r e l a c i ó n c o n la e v o l u c i ó n d e las id e o lo g ía s
e n este siglo XX?
B a jtin se p r e s e n t a , a p r i m e r a vista, c o m o u n te ó r i c o e h i s t o r i a d o r de
la l it e r a tu r a . A h o r a b ie n , e n la é p o c a e n q u e in g r e s a e n la v id a i n t e l e c ­
tual rusa, el p riv ile g io del p r i m e r p la n o , e n m a t e r i a d e in v e s tig a c ió n
lite ra ria , lo p o s e e ese g r u p o d e c r ític o s , d e lin g ü is ta s y d e e s c r ito r e s , d e l
c u a l ya h e m o s h a b l a d o , al q u e se d e n o m i n a los F o r m a l i s t a s ( p a r a n o s o ­
tros, los « F o rm a lis ta s rusos»). Los F o r m a l i s t a s t i e n e n r e l a c i o n e s in s e g u ­
ras c o n el m a r x i s m o y n o d o m i n a n las i n s t itu c io n e s ; p e r o c u e n t a n c o n la
v e n ta ja d el ta l e n t o y su p r e s tig io es in d is c u ti b le . P a r a o b t e n e r u n l u g a r
e n el d e b a te lit e r a r io y e s té tic o d e s u tie m p o , B a jtin d e b e , p u e s , s itu a r s e
r e s p e c t o a los F o rm a lis ta s . Lo h a r á e n d o s o p o r t u n i d a d e s : p r i m e r o e n u n
e x t e n s o a r tí c u lo d e 1924 ( p u b l i c a d o p o r p r i m e r a vez e n V o p ro sy en
1975); lu e g o c o n el lib r o E l m é to d o fo r m a l en lo s e s tu d io s litera rio s
(192 8), cu y o a u t o r oficial es P. M e d v ed e v .
Lo p r i m e r o q u e B a jtin r e p r o c h a a los F o r m a l i s t a s es n o s a b e r lo q u e
h a c e n , n o r e f le x i o n a r a c e r c a d e los f u n d a m e n t o s te ó r i c o s y filosó ficos de
su p r o p i a d o c t r i n a . N o se tr a ta d e u n fallo fortu ito : los F o r m a lis t a s , c o m o
s e h a visto, c o m p a r t e n es e r a s g o c o n to d o s los p ositivistas, q u e c r e e n
p r a c t i c a r la c i e n c i a y b u s c a r la v e r d a d , o lv id a n d o q u e s e a p o y a n e n
p r e s u p u e s t o s a r b it r a r io s . B ajtin se va a e n c a r g a r d e e s c l a r e c e r este
a s p e c to , p a r a p e r m i t i r e l e v a r el d e b a te . La d o c t r i n a f o rm a lis ta , n o s dice,
es u n a e s t é t i c a d el m a te r ia l, ya q u e r e d u c e los p r o b l e m a s d e la c r e a c i ó n
p o é t i c a a p r o b l e m a s d e le n g u aje : d e ahí la c o d i f i c a c ió n d e la n o c i ó n de
« le n g u a je p o é tic o » , d e ahí el i n t e r é s e n los « p r o c e d im ie n to s » d e to d a
c lase. Al h a c e r l o , los F o r m a lis t a s d e s c u i d a n los o t r o s e l e m e n t o s del a c to
d e c r e a c i ó n , q u e s o n el c o n t e n i d o , o r e l a c i ó n c o n el m u n d o , y la f o rm a ,
e n t e n d i d a a q u í c o m o i n t e r v e n c i ó n del a u t o r , c o m o la o p c i ó n q u e h a c e
u n in d iv i d u o s i n g u l a r e n t r e los e l e m e n t o s i m p e r s o n a l e s y g e n e r a l e s del
le n g u a je . L a v e r d a d e r a n o c i ó n c e n t r a l d e la b ú s q u e d a e s t é t i c a no d e b e
s e r el m a te r ia l, s in o lo a r q u i t e c t ó n i c o , o la c o n s t r u c c i ó n , o la e s t r u c t u r a
d e la o b r a , c o m p r e n d i d a c o m o u n lu g a r d e c n c u c n t r o y d e i n t e r a c c i ó n
e n t r e m a te r ia l, f o r m a y c o n t e n i d o .
B a tji n n o c r i t i c a , p u e s , la o p o s i c i ó n m i s m a e n t r e arLe y n o- a r te ,
e n t r e p o e s í a y d i s c u r s o c o t i d i a n o , s in o el l u g a r d o n d e los F o r m a l i s t a s
b u s c a n s i t u a r l a . «Los r a s g o s c a r a c t e r í s t i c o s d e lo p o é t i c o n o p e r t e n e ­
c e n al le n g u a j e y a s u s e l e m e n t o s , s i n o s ó lo a las c o n s t r u c c i o n e s
p o é t ic a s » , e s c r i b e M e d v c d e v (pág, 119), y a ñ a d e : «El o b je to d e la
p o é t i c a d e b e s e r la c o n s t r u c c i ó n d e la o b r a lite r a r ia » (pág. 141). P e r o lo
p o é t i c o y lo l i t e r a r i o n o e s t á n d e f i n i d o s d e o t r a m a n e r a p o r los F o r m a ­
listas: «En la c r e a c i ó n p o é t i c a , el e n u n c i a d o h a r o to s u s lazos c o n el
o b je to , tal c o m o é s te e x is te f u e r a d el e n u n c i a d o , así c o m o c o n la
a c c i ó n . (...) La r e a l i d a d del e n u n c i a d o m i s m o n o sirv e a q u í a n i n g u n a
o t r a r e a lid a d » (p ág . 172).
L a c r í t i c a d e B ajtin s e r e fie re , p u e s , a los F o r m a lis t a s , p e r o n o al
m a r c o d e la e s t é t i c a r o m á n t i c a d e la c u a l h a n s u r g id o . Lo q u e les
r e p r o c h a n o es s u « f o rm a lis m o » s in o su « m a te r ia lis m o » ; se p o d r í a h a s ta
d e c i r q u e él es m a s f o r m a lis ta q u e ellos, si se v u e lv e a o t o r g a r a «forma»
su s e n t i d o p l e n o d e i n t e r a c c i ó n y u n i d a d d e los d if e r e n t e s e l e m e n t o s de
la o b r a ; e s te o t r o s e n t i d o es el q u e B ajtin i n t e n t a a l c a n z a r d e n u e v o ,
i n t r o d u c i e n d o e s o s s i n ó n i m o s v a l o r i z a d o s q u e s o n « a r q u it e c t ó n ic a » o
« c o n s tr u c c i ó n » . Lo q u e c r i t i c a es j u s t a m e n t e la v e r t i e n t e n o r o m á n t i c a
de los F o r m a lis t a s : la e x p r e s i ó n « e s té tic a d e l m a te r ia l» se a p lic a de
m a r a v illa a u n p r o g r a m a c o m o el q u e d e s a r r o l l a L cssin g e n el L a o c o o n -
Ic, d o n d e las p r o p i e d a d e s d e la p i n t u r a y d e la p o e s ía se d e d u c e n d e s u s
m a te r ia le s r e s p e c tiv o s . M ás a llá d e Lessing, lo q u e se e n c u e n t r a e v o c a d o
a q u í es la t r a d i c i ó n a r is t o té l ic a , c o n su d e s c r i p c i ó n d e « p r o c e d im ie n to s »
d e s e n c a r n a d o s c o m o las f ig u ra s y los tr o p o s , la p e r i p e c i a y el r e c o n o c i ­
m ie n to , las p a r t e s y los e l e m e n t o s d e la tra g e d ia .
La p a r a d o j a d e los F o r m a lis t a s , y su o r ig in a lid a d , ya se h a d ic h o , fue
la d e p r a c t i c a r d e s c r i p c i o n e s «clásicas» (a ris to té lic a s ) a p a r t i r d e p r e m i ­
sas i d e o ló g ic a s r o m á n t i c a s ; B ajtin r e s t a b l e c e la d o c t r i n a r o m á n t i c a e n su
p u r e z a . C u a n d o G o e th e e s t u d i a b a el m i s m o g r u p o e s c u l t ó r i c o del Lao-
c o o n te , y a e s t a b l e c í a las n o c i o n e s d e o b r a , d e u n id a d , d e c o h e r e n c i a , e n
vez d e las leyes g e n e r a l e s d e la p i n t u r a y de la p o e s ía a p r e c i a d a s p o r
Lessing. P e r m a n e c e r e m o s e n el p e n s a m i e n t o d e S c h e l lin g y d e sus
a m ig o s al v e r la o b r a d e a r t e c o m o la f u sió n d e lo s u b je tiv o y d e lo
o b je tivo , de lo s i n g u l a r y d e lo u n iv e r s a l, de la v o l u n t a d y d e la c o a c c i ó n ,
d e la f o r m a y d e l c o n t e n i d o . La e s té t ic a r o m á n t i c a v a lo ra la in m a n e n c i a ,
n o la t r a s c e n d e n c i a ; o to r g a , p u e s , p o c o i n t e r é s a e l e m e n t o s tr a n s te x tu a -
les c o m o la m e t á f o r a , o las r i m a s d a c tilic a s , o los p r o c e d i m i e n t o s de
r e c o n o c i m i e n t o . B a jtin ti e n e r a z ó n al r e p r o c h a r a los F o r m a lis t a s el
i g n o r a r su p r o p i a filosofía; p e r o s u filosofía tie n e u n c o l o r b i e n p r e c iso :
es el d e los r o m á n t i c o s . Lo q u e n o es e n sí u n a ta ra , a u n q u e lim ita la
o r ig in a lid a d d e s u p o s ic ió n .
S in e m b a r g o , n o n o s a p r e s u r e m o s a c o n c lu ir . Se tra ta de dos textos de
los añ o s veinte y, a u n q u e B ajtin no r o m p a ja m á s c o n la estética ro m á n tic a
(p rin c ip a lm e n te e n su te o ría d e la novela), su p e n s a m i e n t o n o se lim ita a
ello, ni m u c h o m e n o s . P o r lo d e m á s , es ta p r o b le m á tic a m is m a de los
prin cip io s estéticos g e n e r a le s a p a r e c e m á s b ie n m a rg in a l e n su obra, en
to d o ca so c o m o u n a tran sició n . D e s c u b rim o s h oy q u e h a b í a o tro te m a en el
c e n tr o de su a te n c ió n d e s d e el c o m ie n z o de los a ñ o s veinte, y al cual no
ce s a d e v olver h a s ta el final d e su vida; u n te m a a la vez m á s p articular, al
referii-se a u n solo p r o b l e m a estético, p e r o ta m b ié n m á s general, ya qu e
d e s b o rd a , y de lejos, lo estético c o m o tal: es el d e la r e la c ió n e n tre el
c r e a d o r y los s e re s c r e a d o s p o r éste, o, c o m o d ic e Bajtin, la r ela ció n en tre
a u t o r y h éro e . O b s e r v a r esa re la c ió n s e rá ta n to m á s in struc tiv o c u a n to q u e
m o s t r a r á - y el a s u n to es ra r o e n su larga c a r r e r a i n t e l e c t u a l - u n vuelco
e s p e c ta c u la r en las ideas de Bajtin al resp e cto.
La p o s ic ió n in ic ia l se e n c u e n t r a e n su p r i m e r a o b r a , n u e v a m e n t e
d e s c u b i e r t a y d e d i c a d a p r e c i s a m e n t e a e s te p r o b l e m a . E n lín e a s g e n e r a ­
les, c o n s is te e n d e c i r q u e u n a v id a lo g r a u n s e n tid o , y se v u e lv e p o r ello
u n in g r e d i e n t e p o sib le d e la c o n s t r u c c i ó n e s té tic a , s ó lo si es v ista-d esd e
el e x te r io r , c o m o u n to d o ; h a d e e s t a r t o t a l m e n t e e n g l o b a d a , e n el
h o r i z o n t e d e a l g ú n o tr o ; y, p a r a el p e r s o n a j e , es e o t r o es, d e s d e lu e g o , el
a u to r: es lo q u e B ajtin ll a m a la «ex o to p ía» d e e s te ú lti m o . L a c r e a c i ó n
e s té t ic a es, e n t o n c e s , u n e j e m p l o p a r t i c u l a r m e n t e r e a liz a d o de u n a c la se
d e r e l a c i ó n h u m a n a : a q u e l l a e n la q u e u n a d e las d o s p e r s o n a s e n v u e lv e
c o m p l e t a m e n t e a la o tr a , y p o r es o m i s m o la c u l m i n a y la d o t a de
se n tid o . R e la c ió n a s i m é t r i c a d e e x t e r i o r i d a d y d e s u p e r i o r i d a d , q u e es
u n a c o n d i c i ó n in d i s p e n s a b l e p a r a la c r e a c i ó n a r tís tic a : é s ta ex ige la
p r e s e n c i a d e . e l e m e n t o s « tr a n s g r e d ie n te s » , c o m o e s c r i b e B a jtin , es d e c ir ,
e x t e r i o r e s a la c o n c i e n c i a tal c o m o se p i e n s a d e s d e el in te r io r,' p e r o
n e c e s a r i o s p a r a su c o n s t i t u c i ó n c o m o u n to d o . A s im e tr ía a p r o p ó s i t o de
la c u a l B ajtin n o v a c ila e n r e c u r r i r a u n a c o m p a r a c i ó n e l o c u e n t e : «La
d iv in id a d d e l a r ti s ta r e s id e e n s u a s i m i l a c i ó n a la e x o t o p í a s u p e r io r »
(.E s i e l i k a pág. 166; el s u b r a y a d o es m ío ).
B a jtin n o i g n o r a q u e d e s c r i b e u n a n o r m a y n o u n a r e a lid a d . A lg u n o s
a u t o r e s - c o m o D ostoievsky, p o r e j e m p l o - o lv id a n e s ta ley e s té tic a , es ta
s u p e r i o r i d a d n e c e s a r i a d e l a u t o r s o b r e el p e r s o n a je , y le d a n a é s te ta n to
p e s o c o m o al a u t o r o, in v e r s a m e n t e , s a c u d e n la p o s i c i ó n del a u t o r h a s ta
v o lv e rla s e m e j a n t e a la d e u n p e r s o n a je ; d e u n a m a n e r a o de o tr a , esos
a u t o r e s d e s c a r r i a d o s p o n e n a a m b o s en el m i s m o p la n o , gesto q u e tie n e
c o n s e c u e n c i a s c a ta s tr ó f ic a s , p u e s n o existe, p o r u n lado, la v e r d a d
a b s o l u t a (del a u t o r ) y, p o r el o tr o , la s i n g u l a r id a d d el p e r s o n a je ; s ó lo
q u e d a n p o s i c i o n e s s in g u l a r e s , y n i n g ú n l u g a r p a r a lo a b s o lu to . E n u n
te x to d e 1929 f i r m a d o p o r V o lo c h in o v , l e e m o s q u e esta c l a s e d e r e n u n ­
c i a a lo a b s o l u t o es u n a c a r a c t e r í s t i c a ( d e p lo r a b l e ) d e la s o c i e d a d m o d e r ­
na: u n o y a n o se a t r e v e a a f i r m a r n a d a c o n c o n v i c c i ó n y, p a r a d i s i m u l a r
su i n c e r t i d u m b r e , se re fu g ia e n los d iv e rs o s n iv e le s d e la cita: n o h a b l a ­
m o s m á s q u e e n t r e c o m illa s .
S e m e j a n t e e x i g e n c ia d e la e x o t o p ía s u p e r i o r es p e r f e c t a m e n t e «clási­
ca»: Dios c i e r t a m e n t e e x iste y p e r m a n e c e e n su lugar, n o se c o n f u n d e al
c r e a d o r c o n su c r i a t u r a , la j e r a r q u í a d e la c o n c i e n c i a es in q u e b r a n t a b l e ,
la t r a s c e n d e n c i a d e l a u t o r n o s p e r m i t e e v a l u a r c o n s e g u r i d a d a sus
p e r s o n a je s . P e r o n o se m a n t e n d r á . E n el c a m i n o , B ajtin se d eja in f lu ir
p o r su c o n t r n c j e m p l o , D o sto ie v sk y (o p o r la im a g e n q u e tie n e d e 61); su
p r i m e r lib ro , p u b l i c a d o e n 1929, le e s tá d e d i c a d o , y es u n e lo g io del
n i m b o a n t e r i o r m e n t e c o n d e n a d o . La c o n c e p c i ó n p r e c e d e n t e , e n vez de
c o n s e r v a r el r a n g o d e u n a ley e s té t ic a g e n e r a l , se c o n v i e r t e e n la c a r a c ­
te r í s tic a d e u n e s ta d o d e e s p ír i tu q u e Bajtin e s tig m a tiz a b a jo el n o m b r e
d e « m o n o lo g u i s m o s » ; la p e r v e r s i ó n d o s to i e v s k ia n a , p o r el c o n t r a r i o , se
e l e v a a e n c a r n a c i ó n d e l « d ia lo g u ism o » , a la vez c o n c e p c i ó n del m u n d o y
e stilo d e e s c r i t u r a , p a r a los c u a le s , d e a h o r a e n a d e la n te , B ajtin n o
o c u lta su preferencia.
M ie n tr a s q u e a n t e s ex ig ía la a s i m e t r í a del p e r s o n a j e y del a u t o r , y la
s u p e r i o r i d a d d e éste, B ajtin n o se c a n s a a h o r a d e re p e tir : «En su s o b r a s
(las d e D o sto ie v sk y ) a p a r e c e u n h é r o e c u y a voz e s tá c o n s t r u i d a d e la
m i s m a m a n e r a e n q u e se c o n s t r u y e la voz d e l a u t o r e n u n a n o v e l a de
tipo h a b itu a l» (ed. d e 1963, págs. 7-8). «Lo q u e lle v a b a a c a b o el a u t o r , es
a h o r a el h é r o e q u i e n lo lleva a c a b o » (pág. 65). El a u t o r no p o s e e v en taja
a l g u n a s o b r e el h é r o e , n o hay n i n g ú n e x c e d e n t e s e m á n t i c o q u e lo
distin g a, y las d o s c o n c i e n c i a s tie n e n d e r e c h o s p e r f e c t a m e n t e iguales.
«Las ideas del D o s to ie v s k y - p e n s a d o r, e n t r a n d o e n su n o v e l a p o lif ó n ic a
(...), e s t a b l e c e n u n g r a n d iá lo g o c o n las o tr a s i m á g e n e s d e ideas, s o b r e
u n p ie de p e r fe c ta iguald a d » (pág. 122). P a r a h a b l a r c o m o B u b e r (B ajtin
ya lo h a c e ) D o sto ie v s k y s e r í a el p r i m e r o e n a s i m i l a r las r e l a c i o n e s e n t r e
a u t o r y p e r s o n a j e a las r e l a c i o n e s d e l tipo «yo-tú» e n l u g a r d e «yo-eso».
La r e f e r e n c i a a lo a b s o lu to , y p o r c o n s i g u i e n t e a ia v e r d a d , q u e
s o s t e n ía la c o n c e p c i ó n a n t e r i o r , se e n c u e n t r a a h o r a r e c h a z a d a . Bajtin
llega a e s c r ib ir : «La r e p r e s e n t a c i ó n a r tí s tic a d e la id e a sólo, es p o s ib l e allí
d o n d e s e la s it ú a m á s a llá d e la a f i r m a c i ó n o d e la n e g a c i ó n , sin q u e p o r
es to s e la r e d u z c a ai r a n g o d e u n a m e r a e x p e r i e n c i a p s íq u ic a » (pág. 106).
La n o v e l a « m o n o ló g i c a » n o c o n o c e s in o d o s casos: o las id e a s s e tie n e n
e n c u e n t a p o r su c o n t e n i d o , y e n t o n c e s s o n v e r d a d e r a s o falsas; o se las
c o n s i d e r a in d ic io s d e la p s ic o lo g ía d e los p e r s o n a je s . El a r te «dialógico»
ti e n e a c c e s o a u n t e r c e r e s ta d o , m á s a llá d e lo v e r d a d e r o y lo falso, d el
b i e n y d e l m a l, al ig ual q u e el s e g u n d o , sin q u e le se a e q u i v a le n te : c a d a
id e a es la i d e a d e a l g u ie n , se s itú a e n r e l a c i ó n a u n a voz q u e es su
p o r t a d o r a y a u n h o r i z o n t e h a c ia el c u a l a p u n t a . E n l u g a r d e lo a b s o lu to ,
se h a l la u n a m u l t ip lic id a d d e p u n t o s d e vista: los d e los p e r s o n a j e s y el
del a u t o r q u e les e s tá a s im ila d o ; y n o c o n o c e n n i p riv ile g io s ni j e r a r q u í a .
La r e v o l u c i ó n d e D o sto ie v sk y , e n el p l a n o e s té t ic o (y é tic o ) , es c o m p a r a ­
b le c o n la d e C o p é r n i c o , o a u n c o n la d e E in s te in , e n el p l a n o del
c o n o c i m i e n t o d e l m u n d o físico ( i m á g e n e s fa v o r ita s d e Bajtin): ya n o h a y
c e n t r o y v iv im o s e n la r e la tiv id a d g e n e r a liz a d a .
B a jtin m a n t i e n e su o b s e r v a c i ó n s e g ú n la c u a l, e n n u e s t r o m u n d o
c o n t e m p o r á n e o , es im p o s ib le a s u m i r u n a v e r d a d a b s o lu ta , y u n o d e b e
c o n t e n t a r s e c o n c i t a r m á s q u e c o n h a b l a r e n n o m b r e p r o p io ; p e r o ya n o
a ñ a d e d e s a p r o b a c i ó n ni d is g u s to a l g u n o a e s a c o n s i d e r a c i ó n : la ir o n ía
(es así c o m o l l a m a a h o r a a es e m o d o d e e n u n c i a c i ó n ) es n u e s t r a s a b i d u ­
ría, y ¿ q u i é n se a t r e v e r í a h o y e n d ía a p r o c l a m a r v e r d a d e s ? R e c h a z a r la
i r o n í a es e s c o g e r d e l i b e r a d a m e n t e la « e s tu p id e z» , lim ita r s e a u n o m is­
m o , e s t r e c h a r el h o r i z o n t e ( v é a se E s te iik a ..., pág. 352): d e es a m a n e r a
p r o c e d e D o sto ie v sk y e n su s e s c r i t o s p e r io d í s tic o s . L a o t r a a l te r n a tiv a
- p e r o q u e n o p o r e llo n o s p e r m i t e e n c o n t r a r lo a b s o l u t o — s e r ia p o n e r s e
a la e s c u c h a d e l ser, c o m o r e c o m i e n d a H e i d e g g e r (pág. 354).
E s s o r p r e n d e n t e v e r h a s ta q u é p u n t o la a r g u m e n t a c i ó n d e s a r r o l l a d a
p o r B ajtin es pai-alela a la q u e f o r m u l a b a , m á s o m e n o s e n la m i s m a
é p o c a , J e a n - P a u l S a r tr e . En u n a r t i c u l o d e 1939, « F ra n ^ o is M a u r ia c y la
lib e rtad » (S iíu a lio ris I, 1947), S a r t r e r e c h a z a to d a p r á c t i c a n o v e l e s c a
d o n d e el a u t o r o c u p e u n a p o s ic ió n p r iv ile g ia d a r e s p e c t o a su s p e r s o n a ­
jes; n o u sa el t é r m i n o « m o n o ló g ic o » , p e r o n o está lejos de id e n tif ic a r
«novela» y « d ia lo g u ism o » : «El n o v e lis ta n o tie n e el d e r e c h o d e a b a n d o ­
n a r el c a m p o d e b a ta lla y d e (...) ju z g a r» (pág. 41), d e b e c o n t e n t a r s e c o n
p r e s e n t a r a s u s p e r s o n a je s ; si e m i t i e r a u n ju i c i o , se a s i m i l a r í a a Dios;
‘a h o r a b ie n , D ios y la n o v e l a se e x c l u y e n m u t u a m e n t e (es lo q u e no
h a b r í a e n t e n d i d o M a u ria c ) : «Una n o v e l a e s c r i t a p o r u n h o m b r e p a r a
h o m b r e s . R e s p e c t o a D ios, q u e a tr a v ie s a las a p a r i e n c i a s sin d e t e n e r s e , la
n o v e l a n o existe» (pág. 57). C o m o B ajtin , S a r t r e a s im il a es ta r e v o l u c i ó n
n o v e l e s c a al n o m b r e d e D o sto ie v s k y y, c o m o él, la c o m p a r a c o n la de
E in s te in : «E n u n a v e r d a d e r a n o v e la , al ig u a l q u e e n el m u n d o d e E in s ­
tein, n o h a y c a b i d a p a r a u n o b s e r v a d o r p riv ile g ia d o » (p ág s. 56-57). Y
c o m o él llega a la c o n c l u s i ó n d e la d e s a p a r i c i ó n d e lo a b s o lu to : «La
i n t r o d u c c i ó n d e la v e r d a d a b s o lu ta » e n u n a n o v e l a n o p u e d e p r o v e n i r
m á s q u e d e u n « e r r o r té c n ic o » (pág. 47), ya q u e el n o v e l is ta «no tie n e el
d e r e c h o d e e m i t i r j u ic io s a b s o lu to s » 1 (pág. 46).

1. Es bastante gracioso ver que, cuando treinta años más larde Sartre descubre
el libro de Bajtin, no reconoce su propio pensamiento, preocupado com o está en
refutar e! «formalismo»: «Acabo, por ejemplo, de leer a Bajiín sobre Dostoievsky,
pero no veo lo que el nuevo formalismo - l a semiótica- añade al anliguo.
 B ajtin n o q u e r r í a , s in e m b a r g o , q u e s e l o m a r a su p o s ic ió n p o r la d e
u n rela tiv ista, p e r o n o lo g r a e x p l i c a r b ie n e n q u é c o n s i s t e la d ife r e n c ia .
G u sta d e c o m p a r a r el p l u r a l i s m o d e D ostoievsk y, tai c o m o lo e s ta b l e c e ,
al d e D a n te , ya q u e é s te h a c e e s c u c h a r , e n la s i m u l t a n e i d a d ideal d e la
e t e r n i d a d , las v o c e s d e los o c u p a n t e s d e to d a s las es fe ra s t e r r e s t r e s y
c e le s tia le s (D o sto ie v sk y .... p ág s. 36 y 42); p e r o B ajtin se c o n t e n t a c o n
s e ñ a l a r c o m o u n h e c h o s e c u n d a r i o el c a r á c t e r «vertical», es d e c ir,
j e r a r q u i z a d o , del u n i v e r s o d e D a n te , e n c o n t r a s t e c o n el m u n d o « h o r i­
z o n tal» d e D ostoie vsky, m u n d o d e la « c o e x is te n c ia p u r a » {V o p ro sy...,
pág. 308). A h o r a b ie n , ¡la d i f e r e n c i a e s e n o r m e y, si f u e r a v e r d a d e r a , no
se v e r ía c ó m o D o sto ie v sk y y Bajtin, q u e se p r e s e n t a c o m o su p o rtav o z ,
e s c a p a r í a n al re la tiv is m o ! Si tal f u e r a la ú l t i m a p a l a b r a d e B ajtin, h a b r ía
q u e v e r c i e r t a m e n t e e n él al r e p r e s e n t a n t e , si n o d e la e s t é t i c a r o m á n t i c a
e n su c o r r i e n t e p r in c i p a l, p o r lo m e n o s d e la id e o lo g ía in d iv id u a lis ta y
relativ ista, q u e d o m i n a la é p o c a m o d e r n a .
P e r o las c o s a s s o n u n p o c o m á s c o m p le j a s . Al m is m o t i e m p o q u e
ilu s tra es ta id e o lo g ía , B ajtin h a c e e s c u c h a r u n a voz c o m p l e t a m e n t e
d istin ta . S ó lo q u e a q u í, a d i f e r e n c i a d e lo q u e s u c e d í a a n t e r i o r m e n t e ,
e n t r e el lib r o d e j u v e n t u d a c e r c a del a u t o r y del h é r o e y la o b r a s o b r e
D ostoiev sky, el c o n f li c to ya n o es p a t e n t e , n o c o r r e s p o n d e a u n a s u c e ­
s ió n e n el tie m p o , y se p u e d e d u d a r d e q u e B ajtin tu v ie r a c o n c i e n c i a del
a s u n to . S e t r a t a m á s b i e n d e i n c o n s i s t e n c i a s r e v e l a d o r a s e n lo q u e B ajtin
p i e n s a q u e es u n a a f i r m a c i ó n h o m o g é n e a ; p e r o es d e a h í q u iz á d e d o n d e
p r o v i e n e su a p o r t a c i ó n m á s n o v e d o s a .
P a r a e n c o n t r a r a e s e o t r o - ¡ t e r c e r ! - Bajlin, h ay q u e v o lv e r a p a r t i r de
la i n t e r p r e t a c i ó n q u e re a liz a d el p e n s a m i e n t o y d e la p o s i c i ó n d e D o s­
toievsky, y a q u e é s to s s o n d e t e r m i n a n t e s e n las id e a s d e l p r o p i o Bajtin.
C on m o li v o d e s u c é l e b r e d i s c u r s o s o b r e P u s h k in , e n 1880, D o stoievsk y
se ve i n t e r p e l a d o p o r u n e s c r i t o r de la é p o c a , K av e lin , q u e le o p o n e su
id e a d e la m o r a l id a d : a c t ú a m o r a l m e n t e a q u e l q u e a c t ú a e n p e r f e c to
a c u e r d o c o n s u s c o n v i c c i o n e s . Es, p u e s , o l r a v e r s ió n d e l c r e d o r e la tiv is­
ta e in d iv i d u a li s ta ( c a d a u n o es su p r o p i o ju e z ), n o m u y d if e r e n t e e n el
f o n d o d e la q u e B ajtin c r e e e n c o n t r a r e n D osto ievsky. A h o ra b i e n , este
ú lt i m o e s c r i b e , e n s u p r o y e c t o d e r e s p u e s t a a K avelin:
No b asta co n definir la m o ra lid a d p o r la fidelidad a las co nvicciones
propias. T a m b ié n hay q u e su sc ita r c o n t in u a m e n te en u n o la pregunta:
¿son v erd a d eras mis convicciones? Ahora bien, e! ú n ic o m e d io de

»En conjunto, lo que reprocho a estas investigaciones es que no llevan a nada:

no contienen su objeto, son conocimientos que se disipan» (Contal y Rybalka,
«Una entrevista con Jean-Paul Sartre», Le Monde del 14-5-1971). El contrasentido
es total; es inevilable preguntarse si, ya en esa época, Sartre no estaba sufriendo
de la ceguera que más tarde le aquejaría.
Pero existen también cegueras ideológicas que pueden muy bien equivaler a
la otra.
 verificarlas, es Cristo (...)• No p u e d o c o n s id e r a r u n h o m b r e m o r a l a
aq u e l q u e q u e m a a los herejes, ya q u e no re c o n o z c o su tesis, se g ú n la
cual la m o ra lid a d es el a c u e r d o c o n las c o n v ic c io n e s ín tim as. Esto es
sólo la hon estid a d (...), no la m o ralid ad . T en g o u n m o d e lo y u n ideal
moral: es Cristo. P regunto: ¿h u b ie ra q u e m a d o a los h erejes? No. E n ­
ton c es esto significa q u e q u e m a r a los he re je s es u n a c to in m o r a l (...).
Cristo co m e tía e r r o re s - ¡ e s tá c o m p r o b a d o ! - . El m is m o s e n tim ie n to
ard ie n te dice: prefiero q u e d a r m e c o n el e r ro r, c o n Cristo, antes q u e
con u ste d (L iteratarnoe nasledstvo, t. LXXXIII, págs. 674 y sig.).

D o sto ie v sk y exige c i e r t a m e n t e la e x i s te n c ia d e u n a t r a s c e n d e n c i a y
d is tin g u e e n t r e h o n e s t i d a d (fid e lid a d a las c o n v i c c i o n e s ) y v e r d a d . A esto
a ñ a d e q u e la v e r d a d h u m a n a d e b e e n c a r n a r s e m á s q u e p e r m a n e c e r
a b s tra c ta : tal es el s e n tid o de la f ig u ra d e Cristo; e s ta v e r d a d h u m a n iz a d a ,
e n c a r n a d a , v ale a ú n m á s q u e la o tr a , y d e b e p r e f e r i r s e si las d o s se
c o n t r a d i c e n (los « e r r o re s » d e C risto): é s ta es la e s p e c ific id a d d e la
v e r d a d m o r a l.
B a jtin c o n o c e y c ita e s te texto (D o s to ie v s k y , pág s. 130-131). P e r o el
c o m e n t a r i o q u e h a c e es a b s o l u t a m e n t e r e v e l a d o r d e s u i n t e r p r e t a c i ó n
d e D ostoievsky. « P re fie re q u e d a r s e c o n el e r r o r y n o c o n Cristo» e s c r ib e
(pág. 131), o, p o s t e r i o r m e n t e : «La o p o s i c i ó n d e la v e r d a d y d e C risto e n
D ostoievsky» (E s te tik a ..., pág. 355). La p a r c i a l i d a d d e e s ta i n t e r p r e t a c i ó n
s e a c e r c a al c o n t r a s e n t i d o : D o sto ie v sk y n o o p o n e la v e r d a d a C risto s in o
q u e los id e n tific a p a r a o p o n e r l o s a la filosofía d e los « p u n to s d e vista» o
d e las « c o n v ic c io n e s» ; y s ó lo de f o r m a s e c u n d a r i a o p o n e , e n el m u n d o
m o r a l , v e r d a d e n c a r n a d a y v e r b a l i m p e r s o n a l , p a r a p r e f e r i r la p r i m e r a a
la s e g u n d a . P e r o r e c o n o c e r l o h u b i e r a d e s t r u i d o la p o s ic ió n d e B ajtin
q u ie n , e n u n s e n tid o m u y c e r c a n o a K av e lin , a f ir m a q u e « todo s los
h é r o e s p r i n c i p a l e s d e D o sto ie v sk y s o n , e n c u a n t o h o m b r e s d e la idea,
a b s o l u t a m e n t e d e s i n t e r e s a d o s , e n la m e d i d a e n q u e la id e a h a t o m a d o
r e a l m e n t e p o s e s ió n d el n ú c l e o p r o f u n d o d e s u p e r s o n a lid a d » (D o s ­
to ie v s k y , pág. 115): ¿ n o es e s to f u n d a r el j u i c i o m o r a l s o b r e la f id e lid a d a
las c o n v i c c i o n e s q u e c o m p a r t e n el a s e s in o R a s k o ln ik o v , la p r o s t i t u t a
S o n ia , I v á n el c ó m p l i c e d e l p a r r i c i d i o y el « a d o le s c e n te » q u e s u e ñ a c o n
c o n v e r t i r s e e n R o ts c h ild ?
E n el p r o y e c t o d e u n a n o v e l a a b a n d o n a d a , L a vid a de u n gran
p e c a d o r, D osto ie v sk y e s c r ib e :

P ero que la idea reinante de la vida sea visible es decir, a u n q u e sin

explicar con palabras toda la idea reinante y pese a d e ja r q u e siga
sie ndo enigm ática, lo g rar que el le cto r vea sie m p re q u e esta idea es
u n a idea piadosa.

B ajtin c i ta e s te texto i g u a l m e n t e (D o s to ie v s k y , p á g . 132) e n a p o y o de

s u a f ir m a c ió n . P e r o D o sto ie v sk y n o d ic e a h i q u e r e n u n c i a a la d is t in c i ó n
e n t r e id e a im p í a e ¡dea p ia d o s a : s ó lo d e c id e n o p r o c l a m a r l a c l a r a m e n t e
sin o s u g e r i r l a d e m a n e r a in d ir e c ta . B ajtin a n o t a e n o tr a p arte : «La
v e r d a d n o p r o f e r i d a e n D o sto ie v sk y (el b e s o d e Cristo)» (E s t e t i k a pág.
353): p e r o el s il e n c io d e C r is to f r e n te al G ra n I n q u i s i d o r n o sig n ific a
r e n u n c i a a la v e r d a d ; s ó lo q u e é s ta n o se t r a n s m i t e y a c o n p a l a b r a s . La
v e r d a d d e b e e n c a m a r s e , la v e r d a d d e b e s e r in d ir e c ta : p e r o u n a c o s a
q u e d a c l a r a e n to d o es to , y c o n s is te e n q u e p a r a D osto ie v sk y la v e r d a d
existe.
A ñ a d a m o s a e s to s te s t i m o n i o s d e D osto ie v sk y c i ta d o s p o r B ajlin este
o tr o , q u e s e e n c u e n t r a e n el D iario de u n e sc rito r p a r a el a ñ o d e L873.
C o m e n t a n d o la o b r a d e te a tr o d e u n a u t o r p o p u lis ta , D o sto ie v sk y e s c r i­
be:

El a u t o r se lia e n tu sia sm a d o s o b r e m a n e r a con su personaje, y ni una

vez d ec id e d o m in a r lo c o n la m irada. Nos pare ce que no b asta en
ab so lu to co n e x p o n e r de m a n e r a v e rd a d era todos los rasgos del p e r s o ­
naje; hay q u e a c la ra rlo d e c id id a m e n le c o n el p ro p io p u n to de visla
artístico. A n ingún p r e c io el v e r d a d e r o artista debe m a n te n e rs e en
situac ión de igualdad co n el perso naje rep rese n tad o , c o n te n tá n d o se
con la sola v erdad real de esle últim o: no se alcanzará de esa m a n e ra
u n a verdad en la im p re sió n (Polnoc sobranie so cliin en ij, t. XXI, 1980,
pág. 97).

P e r o es c i e r t o q u e esas frases se e n c u e n t r a n e n u n e s c r i t o p e r i o d í s t i ­
c o y « estú p id o » d e D ostoievsky.
La ig u a ld a d d e l h é r o e y d el a u t o r q u e B ajtin a t r i b u y e a D osto ievsky
n o e s tá s o l a m e n t e e n c o n t r a d i c c i ó n c o n las i n t e n c i o n e s d e éste; es, a
d e c i r v e r d a d , i m p o s i b l e e n s u p r in c i p i o m is m o . El p r o p i o B ajtin casi lo
d ic e: la f u n c i ó n d e la «¡dea r e in a n te » d e q u e tr a t a la frase a n t e s c i ta d a d e
D o sto ie v sk y q u e d a r e d u c i d a p o r él a casi nad a : «No d e b e d ir ig ir sin o la
s e l e c c i ó n y la d i s p o s ic ió n d e la m a te ria » (D o sto ie v sk y , pág, 132); p e r o
e s e ca si es e n o r m e . E n D ostoie vsky, d ic e o tr o texto, «el a u t o r n o es m á s
q u e u n p a r t i c i p a n t e e n el d iá lo g o (y su o r g a n iz a d o r )» (E stetika ..., pág,
322): p e r o el p a r é n t e s i s a b ó l e lo d o ci c a r á c t e r ra d ic a l d e la frase q u e lo
p r e c e d e . Si u n o es el o r g a n i z a d o r del d iá lo g o , u n o n o es s ó lo u n s im p le
p a r ti c ip a n te .
B ajtin p a r e c e c o n f u n d i r d o s co sas. La p r i m e r a es q u e las id e a s del
a u t o r s e a n p r e s e n t a d a s p o r él m is m o , d e n t r o d e u n a n o v e la , c o n un
c a r á c t e r ta n d i s c u tib l e c o m o las d e o t r o s p e n s a d o r e s . La o t r a es q u e el
a u t o r se e n c u e n t r e e n el m i s m o p l a n o q u e su s p e r s o n a je s . A h o r a bien ,
n a d a a u t o r i z a e s ta c o n f u s ió n , ya q u e es el p r o p i o a u t o r el q u e p r e s e n t a
t a n to s u s p r o p i a s id e a s c o m o ¡as d e los o tr o s p e r s o n a je s . La a f ir m a c ió n
d e B ajtin n o s ó lo p o d r í a s e r j u s t a si D o sto ie v sk y s e c o n f u n d i e r a , d ig a­
m o s, c o n A lio c h a K a r a m a z o v ; c a b r i a d e c i r e n esc m o m e n t o q u e la voz
d e A lio c h a es tá e n el m i s m o p l a n o q u e la d e Iv án . P e r o es sólo Dos-
toie v sky q u i e n e s c r i b e L o s h e r m a n o s K a r a m a zo v y r e p r e s e n t a ta n to a
A lio c h a c o m o a Iv án . D o sto ie v sk y n o es u n a voz e n t r e o tr a s e n el s e n o de
s u s n o v e la s, es el c r e a d o r ú n i c o , p r iv ile g ia d o y r a d i c a l m e n t e d ife re n te de
to d o s su s p e r s o n a je s , ya q u e c a d a u n o d e ellos, p r e c i s a m e n t e , n o es m á s
q u e u n a voz, m i e n t r a s q u e D osto ie v sk y es el c r e a d o r d e e s ta p l u r a l i d a d
m is m a .
D ic h a c o n f u s i ó n es ta n t o m á s s o r p r e n d e n t e c u a n t o q u e , e n s u s ú l t i ­
m o s e s c rito s, el p r o p i o B ajtin la c o m b a t e e n v a ria s o p o r t u n i d a d e s ,
e s p e c i a l m e n t e a p r o p ó s i t o d e la n o c i ó n , q u e él ju z g a e n g a ñ o s a , d e la
« im a g e n d el a u to r» (v éa se V o sp ro sy ..., pág. 405 y E ste tik a ..., págs. 288 y
353). E xiste s i e m p r e , d ic e Bajtin, u n a d i f e r e n c i a r a d ic a l e n t r e el a u t o r ,
p o r u n lado, y su s p e r s o n a je s , p o r el o tr o , i n c l u s o ese p e r s o n a je p a r t i c u ­
la r q u e es «la i m a g e n d el a u to r» (o el « a u t o r im p lícito » ):

El a u to r no p u e d e ja m á s c o n v e rtirse en u n a de las p arte s constitutivas

de su obra, c o n v e n ir s e e n u n a im agen, f o r m a r p a r te del objeto. No es
ni u n a natura créala, ni u n a natura natu ra ta el creans, sino u n a p u ra
natura creans et non creata (E ste tik a ..., pág. 288).

Es s o r p r e n d e n t e v e r q u e la d e f i n i c i ó n e s c o l á s t i c a c o n la q u e B a jtin
id e n tif ic a al a u t o r se ap lica , e n su c o n t e x t o d e o r i g e n ( p o r e j e m p lo , en
J u a n E s c o t o E r íg e n a ), a Dios, y a él s o l a m e n t e .
Bajtin h a c a p t a d o , p u e s , u n a p a r t i c u l a r i d a d d e la o b r a d e D ostoievsky,
p e r o se h a e q u i v o c a d o e n la m a n e r a d e d e s ig n a r la . D osto ie v sk y es
e x c e p c io n a l p o r q u e r e p r e s e n t a s i m u l t á n e a m e n t e y e n el m i s m o p la n o
v a r ia s c o n c ie n c ia s , u n a s ta n c o n v i n c e n t e s c o m o o tr a s; p e r o n o p o r eso,
c o m o n o v elista , tie n e m e n o s fe e n la v e r d a d c o m o h o r i z o n t e ú ltim o . Lo
a b s o lu to p u e d e n o e n c a r n a r s e e n u n p e r s o n a j e (los h o m b r e s n o so n
C risto) y, sin e m b a r g o , s e r v i r d e id e a r e g u l a d o r a e n la b ú s q u e d a c o m ú n
a to d o s. Es lo q u e B ajtin p a r e c e r e c o n o c e r , d e m a n e r a b a s t a n t e d es v iad a ,
c u a n d o a d m i t e q u e la p l u r a l i d a d d e las c o n c i e n c i a s y la p l u r a l i d a d de las
v e r d a d e s n o s o n f o r z o s a m e n t e so lid a ria s :

Es de n o ta r q u e del c o n c e p t o m isino de v erd a d ú n ic a n o d eriv a en

ab so lu to la nec esid ad de u n a sola y ú n ic a co n c ie n c ia . Se p u e d e p e rfe c ­
ta m e n te a d m itir y p e n s a r que u n a v e rd a d ú n ic a exige u n a m u ltiplic i­
dad de las co n c ie n c ia s (D o sto ievsky, pág. 107).

■Pero, e n t o n c e s , ¿n o se p u e d e a d m i t i r t a m b i é n q u e la p l u r a l i d a d d e las
c o n c i e n c i a s n o exige la r e n u n c i a a la v e r d a d ú n ic a ?
B ajtin c i ta y c o m e n t a l a r g a m e n t e u n a frase d e D osto ie v sk y , e n la c u a l
és te se d e f in e n o c o m o «psic ó lo g o » s in o c o m o « re a lista e n s e n tid o
s u p e rio r » . E s to . q u ie r e d e p r q u e D o sto ie v s k y /n o se, c o n t e n t a c o n e x p r e ­
s a r u n a v e r d a d i n t e r i o r s in o q u e d e s c r i b e a h o m b r e s q u e e x is te n f u e r a de
él, y q u e eso s h o m b r e s n o se r e d u c e n a u n a c o n c i e n c i a ú n i c a (la suya):
los h o m b r e s so n d if e r e n te s , lo q u e i m p l i c a q u e n e c e s a r i a m e n t e so n
m u c h o s ; la m u l t ip lic id a d d e lo s h o m b r e s es la v e r d a d d el s e r m i s m o d e l
h o m b r e . T al es la ra z ó n p r o f u n d a q u e a t r a e a B a jtin h a c i a D ostoie vsky. Si
u n o t r a t a a h o r a , e n efe c to , d e c a p t a r c o n u n a s o la o je a d a la to ta lid a d de
su r e c o r r i d o in te le c tu a l, p e r c i b e q u e su u n i d a d se e n c u e n t r a e n esta
c o n v i c c i ó n , p r e s e n t e e n él d e s d e a n t e s d e l lib r o s o b r e D osto ie v sk y y
h a s ta su s ú l t i m o s f r a g m e n t o s , s e g ú n la c u a l lo in te r h u m a n o es c o n s titu ti­
vo de lo h u m a n o . E s ta se ría , d e h e c h o , la e x p r e s ió n m á s g e n e r a l d e u n
p e n s a m i e n t o q u e n o se r e d u c e e n a b s o l u t o a la id e o lo g ía in d iv id u a lista , y
p o r el c u a l B ajtin n o h a c e s a d o d e b u s c a r lo q u e n o s p u e d e p a r e c e r
a h o r a d i f e r e n t e s le n g u a je s d e s t i n a d o s a a f i r m a r u n s o lo y m i s m o p e n s a ­
m ie n to . S e p o d r ía , d e s d e es e p u n t o d e vista, d is t in g u ir c u a t r o g r a n d e s
p e r í o d o s ( c u a t r o le n g u a je s ) , s e g ú n la n a t u r a l e z a de! c a m p o e n el q u e
o b s e r v a la a c c i ó n d e este p e n s a m i e n t o : f e n o m e n o l ó g i c o ; s o c io ló g ic o ;
lin g ü ístic o ; h is tó r ic o - lite r a r í o . E n el c u r s o d e u n q u i n t o p e r í o d o (los
ú lt i m o s a ñ o s ), B a jtin i n t e n t a la s ín te sis d e esto s c u a t r o le n g u a je s d i f e r e n ­
tes.
El p e r í o d o f e n o m e n o l ó g i c o lo ilu s tra el p r i m e r libro d e Bajtin, c o n s a ­
g r a d o a la r e l a c i ó n e n t r e el a u t o r y el h é r o e . La c o n s i d e r a c o m o u n ca so
p a r t i c u l a r d e la r e l a c i ó n e n t r e d o s s e r e s h u m a n o s , y se vuelve, pu es,
h a c ia el a n á lis is d e ésta. P e r o se d a c u e n t a e n t o n c e s d e q u e tal r e la c ió n
n o p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o c o n t i n g e n t e ( p u d i e n d o n o existir); p o r el
c o n t r a r i o , es in d i s p e n s a b l e p a r a q u e el s e r h u m a n o se c o n s titu y a c o m o
u n to d o , ya q u e la r e a liz a c i ó n n o p u e d e v e n i r s in o del e x te r io r , g r a c ia s a
la m i r a d a d e l o t r o (es o t r o t e m a f a m ilia r a los l e c to r e s d e S a r tr e ) . La
d e m o s t r a c i ó n d e B a jtin se v in c u la a d o s a s p e c to s de la pci-sona h u m a n a .
El p r i m e r o , e s p a c ia l, es el d e l c u e r p o : a h o r a b ie n , m i c u e r p o s ó lo se
c o n v i e r t e e n u n to d o c u a n d o es tá visto d e s d e fu e r a , o e n u n esp ejo
( m i e n t r a s q u e v eo , sin el m e n o r p r o b l e m a , el c u e r p o d e los d e m á s c o m o
u n to d o a c a b a d o ) . El s e g u n d o es t e m p o r a l y se r e f ie r e al «alma»: s ó lo m i
n a c i m i e n t o y mi m u e r t e m e c o n s t i t u y e n c o m o u n to d o , p e r o , p o r d efin i­
c ió n , mi c o n c i e n c i a n o p u e d e c o n o c e r l o s d e s d e el in te r io r . El o t r o es,
p u e s , a la vez c o n s titu t iv o del s e r , y f u n d a m e n t a l m e n t e a s i m é t r i c o r e s ­
p e c t o a el: la p l u r a l i d a d d e los h o m b r e s e n c u e n t r a su s e n tid o n o e n u n a
m u lt ip lic a c ió n c u a n t i t a t i v a d e los «yo», s in o e n c u a n t o c a d a u n o es el
c o m p l e m e n t o n e c e s a r i o del o tro .
El p e r i o d o s o c i o l ó g i c o y m a r x i s ta e n c u e n t r a s u c u l m i n a c i ó n e n los
tre s lib ro s f ir m a d o s p o r los a m ig o s y c o l a b o r a d o r e s d e Bajtin. C o n t r a la
p s ic o lo g ía o la lin g ü í s tic a subje tiva s, q u e a c t ú a n c o m o si el h o m b r e
e s tu v ie ra so lo e n el m u n d o , p e r o ta m b i é n c o n t r a las t e o r í a s e m p ir is ta s ,
q u e se lim ita n al c o n o c i m i e n t o d e los p r o d u c t o s o b s e r v a b le s de la
i n t e r a c c i ó n h u m a n a , B ajtin y su s a m ig o s a f ir m a n el c a r á c t e r p r i m o r d i a l
d e lo social: el le n g u a je y el p e n s a m i e n t o , c o n s titu t iv o s d el h o m b r e , so n
n e c e s a r i a m e n t e in te r s u b je t iv o s .
P o r e s a m i s m a é p o c a B a jtin se e s f u e r z a e n s e n t a r las b a s e s d e u n a
n u e v a lin g ü í s tic a o, c o m o d i r á m á s ta r d e , « tr a n slin g ü ístic a » (el t é r m i n o
a c t u a l m e n t e e n u s o s e ría m á s b i e n « p r a g m á tic a » ), c u y o o b je to ya n o es
el e n u n c i a d o s in o la e n u n c i a c i ó n , es d e c ir , la i n t e r a c c i ó n v e rb a l. D e s­
p u é s d e h a b e r c r i t i c a d o la lin g ü ís tic a e s t r u c t u r a l y la p o é t i c a f o rm a lis ta ,
q u e r e d u c e n el le n g u a je a u n c ó d ig o y o lv id a n q u e el d i s c u r s o es an tes
q u e n a d a u n p u e n t e te n d id o e n l r e d o s p e r s o n a s , a s u vez d e t e r m i n a d a s
s o c i a l m e n t c , B ajtin f o r m u l a p r o p o s i c i o n e s p o sitiv a s p a r a e s e e s tu d io de
la i n t e r a c c i ó n v e r b a l e n la ú lti m a p a r t e d e s u D o sto ie v sk y y e n el la rg o
e n s a y o s o b r e «El d is c u r s o e n la novela». A naliza, s o b r e to d o , la m a n e r a
e n q u e las v o c e s se mc7,clan c o n la d e l su je to e x p líc ito d e la e n u n c i a c i ó n .
El p e r í o d o h is t ó r ic o - lite r a r i o c o m i e n z a a m ita d d e los a ñ o s trein ta;
c o m p r e n d e d o s g r a n d e s libros, u n o d e G o e th e y o l r o s o b r e R a bclais, de
los q u e s ó lo n o s h a lle g a d o el s e g u n d o (del p r i m e r o n o s u b s i s te n m á s
q u e a l g u n o s f r a g m e n t o s ) , así c o m o u n la rg o e n s a y o g e n e r a l, d o n d e se
i n t r o d u c e la n o c i ó n d e c r o n ó t o p o . B ajtin c o n s t a t a q u e la l i t e r a t u r a h a
a c t u a d o s i e m p r e m e d i a n t e la p l u r a l i d a d d e v o ce s, p r e s e n t e e n la c o n ­
c i e n c i a d e los lo c u to r e s , p e r o d e d o s m a n e r a s d if e r e n te s : o el d is c u r s o do
la o b r a es e n sí m i s m o h o m o g é n e o , p e r o s e o p o n e e n b l o q u e a las
n o r m a s lin g ü ís tic a s g e n e r a le s ; o la d iv e r s i d a d d e d is c u r s o s (la «h etero lo -
gía») se ve r e p r e s e n t a d a e n el i n t e r i o r m i s m o del te x to E sta s e g u n d a
tr a d i c i ó n a t r a e p a r t i c u l a r m e n t e su a t e n c ió n , t a n to e n la lit e r a tu r a c o m o
f u e r a de ella; d e ahí el e s tu d io d e las fiestas p o p u l a r e s , d el c a r n a v a l , de la
h is t o r ia d e ta risa.
C a d a u n a de es tas a m p lia s e x p l o r a c i o n e s p u e d e ju z g a r s e d e n t r o fiel
c a m p o q u e le es p r o p io ; p e r o e s tá c l a r o t a m b i é n q u e p a r t i c i p a n to d a s en
u n p r o y e c t o c o m ú n . E s te p r o y e c t o ya n o p u e d e r e c o n c i l i a r s e c o n la
id e o lo g ía in d iv id u a lista , r e s p o n s a b l e d e ta n ta s o tr a s a f ir m a c io n e s de
n a jlin , y su a u t o r h a c e b ie n e n r e c o r d a r q u e D osto ie v sk y está e n los
a n t íp o d a s d e la « c u l tu r a d e la s o l e d a d d e p r i n c i p i o y sin salida» (Rsteti-
k a ..., pág. 312), d e la id e a d e l s e r a u t o s u f i c ie n te . P a r a d is t in g u ir a m b a s
d o c t r i n a s , B ajtin o p o n e a v e c e s el « p e r s o n a lis m o » al «subjetivismo»-, éste
se lim ita al «yo» y «el o tr o » (v éa se pág. 370). Y la c o m p a r a c i ó n q u e le
p a r e c e e v o c a r m e j o r la c o n c e p c i ó n d el m u n d o d e D osto ie v sk y n o c o n ­
c u e r d a c o n s u s d e m á s tesis, p e r o p o s tu l a la ir r e d u c t i b i l i d a d d e la e n t i d a d
tra n s in d iv id u a l.
Si hay q u e b u s c a r p a r a él u n a im a g en h ac ia la cual te n d e r ía lodo esc
m u n d o , u n a im a g e n a c o r d e c o n el u n iv e rso in telectual del propio
Dostoievsky, se ria la Iglesia, c o m o c o m u n ió n de alm as no c o n fu n d i­
das, r e u n ie n d o a p e c a d o r e s y ju stos (D ostoievsky, pág. 36),
P e r o la I g le s ia n o es u n a s i m p l e c o n f r o n t a c i ó n d e v o c e s c o n d e r e c h o s
iguales, es u n lu g a r c u a l i t a t i v a m e n t e d i f e r e n t e de los in d iv id u o s q u e la
o c u p a n , y n o p u e d e ex istir s in o g r a c ia s a u n a fe c o m ú n .
El « s u p e r h o m b r e » existe - p e r o n o e n el s e n t i d o n i e t z s c h e a n o d e s e r
s u p e r io r ; soy el s u p e r h o m b r e d e l o tr o , c o m o él lo es d e mí: mi p o sic ió n
e x t e r i o r ( m i «exotopía») m e d a ese p riv ile g io d e v e rlo c o m o u n lod o. Al
m i s m o t i e m p o , n o p u e d o a c t u a r c o m o si lo s o t r o s n o e x istie ra n : s a b e r
q u e el o t r o p u e d e v e r m e d e t e r m i n a r a d i c a l m e n t e m i c o n d i c i ó n . El
c a r á c t e r s o c ia l del h o m b r e f u n d a su m o r a l n o e n la p ie d a d , ni e n la
a b s t r a c c i ó n de la u n i v e r s a lid a d s in o e n el r e c o n o c i m i e n t o del c a r á c t e r
c o n s titu t iv o d e lo i n t e r h u m a n o . N o s ó lo el in d iv i d u o n o e s r e d u c t i b l e al
c o n c e p t o s in o q u e ta m b i é n lo so c ia l e s i r r e d u c t i b l e a los in d iv id u o s,
a u n q u e s e a n n u m e r o s o s . Y se p u e d e i m a g i n a r u n tipo d e tr a n s g r e s ió n
q u e n o se c o n f u n d a c o n la s u p e r i o r i d a d p u r a y sim p le , q u e n o m e lleve a
t r a n s f o r m a r al o t r o e n o b je to : es la q u e u n o vive e n los a c to s d e a m o r , de
c o n f e s ió n , d e p e r d ó n , d e e s c u c h a a c tiv a (v éa se E ste tik a .,., pág. 325).
Se p o d r á r e c o n o c e r e n ese le n g u a je a l g u n a s r e m i n i s c e n c i a s c r is t ia ­
nas. Se s a b e t a m b i é n q u e B ajtin era , e n s u vida p e r s o n a l, u n c r e y e n te
( c r is tia n o o r to d o x o ) . Las p o c a s r e f e r e n c ia s e x p líc ita s a la relig ió n , e n su s
e s c r ito s p u b lic a d o s , p e r m i t e n r e c o n s t r u i r s u p o sic ió n . El c r is t ia n i s m o es
u n a r e lig ió n e n r u p t u r a r a d ic a l c o n las d o c t r i n a s a n t e r io r e s , y p a r tic u la r- ,
m e n t e el j u d a i s m o , e n c u a n t o ya n o ve a Dios c o m o u n a e n c a r n a c i ó n de
la voz d e m i c o n c i e n c i a , sin o c o m o u n s e r f u e r a d e mí, q u e m e p r o p o r - ,
c i o n a el tip o d e t r a n s g r e s i ó n q u e n e c e s ito . D e b o a m a r al o tr o y n o d e b o
a m a r m e a m í m is m o , p e r o él p u e d e y d e b e a m a r m e . C risto es el o tr o
s u b l i m a d o , u n o t r o p u r o y u n iv e rsa l; «Lo q u e d e b o s e r p a r a el o tr o , D ios
lo es p a r a m í» (E ste tik a ..,, pág. 52). L a i m a g e n d e Cristo, p u e s , o f r e c e a la
v ez el m o d e l o d e la r e l a c i ó n h u m a n a (la a s im e tr í a d el «yo» y d el «tú», y
la n e c e s a r i a c o m p l e m e n t a r i e d a d d el «tú») y e n c a r n a s u lím ite e x t r e m o ,
p u e s t o q u e é l es sólo otro. Tal i n t e r p r e t a c i ó n del c r is t ia n i s m o se v in c u la
a la c o r r i e n t e c r is t o ló g ic a , viva e n la t r a d i c ió n r e lig io sa r u s a y m u y
fa m i lia r a D ostoievsky. A h o ra b ie n , a f ir m a Bajtin, lo q u e e s C risto p a r a
los h o m b r e s , D ostoievsky lo es p a r a s u s p e r s o n a je s (lo q u e , c o m o vem o s,
no e q u iv a le e n a b s o lu to a s it u a r lo e n el m i s m o p l a n o q u e a ellos).

Es, p o r así decirlo, la acción de Dios c o n respe cto al h o m b re, p e r m i­

tiéndole revelarse a sí m ism o h asta el final (en u n d esarrollo in m a n e n ­
te), c o n d e n a rse a sí m ism o, refutarse (pág. 310).

S e m e d i r á la o r ig in a lid a d d e e s ta i n t e i p r e t a c i ó n del o t r o a b s o lu to ,
d e b i d a a Uajtin (o q u iz á s a D ostoievsky), c o m p a r á n d o l a c o n o tr a f o r m u ­
la ció n c é le b re : la q u e d a R o u s s e a u h a b l a n d o d e sí m is m o , e n el p re f a c io
a b a n d o n a d o d e las C o n tu sio n e s, d o n d e se ve c o m o p u r o o tro . R o u s s e a u
se sitúa e n la ó p tic a d e l c o n o c i m i e n t o de sí m is m o , ta r e a q u e a f r o n ta n
to d o s los h o m b r e s ; y p r o p o n e s u p r o p i a v id a c o m o p u n t o d e c o m p a r a ­
ción:

Q uiero p r o c u r a r que, p a r a a p r e n d e r a apre cia rse , se p u e d a te n er al

m e n o s un p u nto de c o m p a r a c ió n ; q u e c a d a u n o p u e d a c o n o c e r s e a si
m ism o y a otro, y ese o tro se ré yo (Obras com pletas, I, pág. 1149).

La d if e r e n c ia i m p o r t a n t e n o e s tá e n la n a t u r a l e z a h u m a n a o div in a de
e s te m e d i a d o r u n iv e rsa l: el C risto d e B a jtin es u n a fig u ra s u f i c i e n t e m e n ­
te h u m a n a ; ni e n q u e R o u s s e a u se d e s ig n a a sí m i s m o p a r a ese p a p e l,
m i e n t r a s B ajtin c o l o c a allí a o tr o y n o a sí m is m o , Lo e s e n c ia l es q u e el
o t r o n o i n te r v ie n e , s e g ú n la frase d e R o u s s e a u , s in o c o m o o b je to de
c o m p a r a c i ó n c o n u n sí m i s m o ya e n t e r a m e n t e c o n s titu id o ; m i e n t r a s
q u e , p a r a B ajtin, el o t r o p a r t i c i p a e n esta m is m a c o n s titu c ió n . R o u s s e a u
n o ve la n e c e s i d a d s in o e n el p r o c e s o d e c o n o c i m i e n t o d e u n o b je to
p r e e x is te n te ; el C risto d e B a jtin a g o t a s u p a p e l e n u n a i n t e r a c c i ó n
f u n d a d o r a d e lo h u m a n o . El m u n d o d e R o u s s e a u e s tá h e c h o de á t o m o s
a u t o s u f i c e n te s , d o n d e la r e l a c i ó n e n t r e h o m b r e s se r e d u c e a la c o m p a r a ­
c ió n ; el m u n d o d e B ajtin (y d e D osto ie v sk y ) c o n o c e - y e x i g e - la t r a s c e n ­
d e n c i a la teral, d o n d e lo i n t e r h u m a n o n o es s i m p l e m e n t e el v a c ío q u e
s e p a r a a d o s se re s. A h o ra b ie n , u n a d e e stas c o n c e p c i o n e s n o s ó lo es m á s
g e n e r o s a q u e la o tr a ; es t a m b i é n m á s v e r d a d e r a . S a r t r e lo d e c ía e n S a in t
G enet:

P or m u c h o tiem p o c r e im o s e n el a to m is m o social q u e el siglo XV1H

n o s legó y n o s p a r e c í a q u e el h o m b r e e r a u n a e n t i d a d s o li ta r ia de
n a c i m i e n t o , q u e s e r e l a c i o n a b a lu e g o c o n su s s e m e j a n te s . (...) H o y
s a b e m o s q u e to d o es to s o n c u e n t o s . L a v e r d a d es q u e la « rea lid ad
h u m a n a » « está-en-so c ieda d» así c o m o « c s tá -c n -e l-m u n d o » (pág.
541).

Lo a b s o lu to sí e n c u e n t r a , p u e s , u n l u g a r e n el s is te m a d e p e n s a m i e n ­
to de Bajtin, a u n c u a n d o n o esté s i e m p r e d is p u e s t o a r e c o n o c e r l o , y au n
c u a n d o se tr a t a d e u n a t r a s c e n d e n c i a d e tip o o rig in a l: n o ya « v e r tic a l”
s in o « h o rizo n tal» o «lateral»; n o y a d e e s e n c i a s in o d e p o s ic ió n . Los
h o m b r e s a c c e d e n só lo a v a lo re s y s e n tid o s re la tiv o s e i n c o m p l e t o s , p e r o
lo h a c e n t e n i e n d o c o m o h o r i z o n t e la p l e n i t u d d e l s e n tid o , el c a r á c t e r
a b s o l u t o d e l v alo r, a s p ir a n a u n a « c o m u n i ó n c o n el v a lo r s u p e rio r ( e ñ el
f o ndo, a b s o lu ta )» (E s l e t i k a pág. 369).
P o d e m o s v o lv e r a h o r a al p u n t o de p a r t i d a y e x a m i n a r d e n u e v o la
p o s ic ió n d e B a jtin r e s p e c t o a la h is to ria d e la es té tic a , n o ya c o m o él
m is m o la f o r m u l a e n tal o c u a l lugar, s in o c o m o r e s u lt a d o d e su s
e l e c c i o n e s filosóficas m á s o rig in a le s. ¿Q ué pasa c o n la lite r a tu r a ? ¿Q ué
p a s a c o n la c ritic a ?
En lo c o n c e r n i e n t e a la p r i m e r a p r e g u n t a , hay q u e c o n s t a t a r p r i m e r o
lo sig u ien te : e n su p r á c tic a , B ajtin n o s e h a l im ita d o a la c r ít ic a d e la
d e f in i c ió n f o rm a lis ta d e la li t e r a t u r a ( p a r a r e e m p l a z a r p o r o tra), sin o
q u e h a r e n u n c i a d o s e n c i l l a m e n t e a b u s c a r la e s p e c ific id a d literaria . N o
p o r q u e e s ta ta r e a p i e r d a to d o s e n t i d o a s u s ojos; s in o p o r q u e ese s e n tid o
n o existe m á s q u e e n r e l a c i ó n a u n a h is t o r i a p a r t i c u l a r (d e la lit e r a t u r a o
d e la c r itic a ); y n o m e r e c e el l u g a r c e n t r a l q u e se le h a a t r ib u id o . Lo q u e
le p a r e c e a h o r a m u c h o m á s i m p o r t a n t e s o n to d o s los lazos q u e se tejen
e n t r e la li t e r a t u r a y la c u l t u r a , e n c a lid a d d e « u n id a d d if e r e n c ia d a » de
los d is c u r s o s d e u n a é p o c a (v é a se E ste tik a ..., págs. 329-330), De ahí su
i n te r é s p o r los « g é n e r o s p r im a r io s » ( e x a c t a m e n t e c o m o e n B r e c h t) , es
d e c ir , las f o rm a s d e c o n v e r s a c i ó n , d e d i s c u r s o p ú b lic o , d e i n t e r c a m b i o s
m á s o m e n o s r e g l a m e n t a d o s . M ás q u e « c o n s tr u c c i ó n » o « a r q u i t e c t ó n i ­
ca» la o b r a es a n te s q u e n a d a h e t e r o lo g ía , p l u r a l i s m o d e v o ce s, r e m i n i s ­
c e n c i a y a n t i c i p a c i ó n d e los d i s c u r s o s p a s a d o s y f u tu ro s ; e n c r u c i j a d a y
l u g a r d e e n c u e n t r o s ; p ie r d e , p o r lo ta n to , s u l u g a r p riv ile g ia d o . D e s o b e ­
d e c i e n d o a su p r i m e r p r o g r a m a , B a jtin n u n c a e s tu d ia o b r a s e n t e r a s , ni
se e n c i e r r a e n el i n t e r i o r d e u n a so la o b r a ; e n rig o r, ya ni s i q u i e r a se
p l a n t e a el p r o b l e m a d e lo a r q u i t e c t ó n i c o . El o b je to d e sus an álisis
lit e r a r io s es o tr o : el e s t a t u t o d e los d is c u r s o s e n r e l a c i ó n c o n los i n te r lo ­
c u t o r e s p r e s e n t e s o a u s e n t e s ( m o n ó l o g o y d iá lo g o , c ita y p a r o d ia , estili­
z a c i ó n y p o l é m i c a ) , p o r u n a p a r te ; la o r g a n iz a c ió n d e l m u n d o r e p r e s e n ­
tad o, p a r t i c u l a r m e n t e la c o n s t r u c c i ó n d e l t i e m p o y d e l e s p a c io (el
« c r o n ó to p o » ) , p o r o tr a . E sta s c a r a c t e r í s t i c a s te x tu a le s e s tá n d i r e c t a m e n ­
te lig a d a s c o n u n a c o n c e p c i ó n , d e l m u n d o c o n t e m p o r á n e o , p e r o n o se
a g o t a n e n ella, y a q u e los h o m b r e s d e é p o c a s p o s te r i o r e s se las a p r o p ia n
y d e s c u b r e n e n e lla s n u e v o s s e n tid o s . El o b je to d e i n t e r é s d e B ajtin es
c i e r t a m e n t e la t r a n s t e x tu a lid a d , n o ya b a jo la f o r m a d e los « p r o c e d i­
m ie n to s » f o r m a lis ta s , s in o c o m o p r o p i e d a d d e la h is t o r ia d e la c u l tu r a .
E n c u a n t o a la c r it ic a , B ajtin a n u n c i a ( a n te s q u e p r a c tic a r ) u n a n u e v a
f o r m a , q u e m e r e c e r í a r e c i b i r el n o m b r e d e crítica dia ló g ica . R e c o r d e ­
m o s la r u p t u r a i n t r o d u c i d a p o r el T ra ta d o te o ló g ico -p o lítico d e S p in o z a y
s u s c o n s e c u e n c i a s : la t r a n s f o r m a c i ó n d e l texto e s tu d ia d o e n objeto. P a r a
B ajtin , s e m e j a n t e t r a t a m i e n t o d e l p r o b l e m a d e f o r m a p e l i g r o s a m e n t e la
n a t u r a l e z a d e l d is c u r s o h u m a n o . R e d u c i r al o tr o ( a q u í el a u t o r e s t u d i a ­
d o ) a u n o b je to , es i g n o r a r s u c a r a c t e r í s t i c a p r in c i p a l, a s a b e r , q u e es u n
su je to , p r e c i s a m e n t e , es d e c ir , a lg u ie n q u e h a b la , e x a c t a m e n t e c o m o lo
h a g o yo al d i s e r t a r a c e r c a de él. ¿ P ero c ó m o v o lv e r a d a r l e la p a la b r a ?
R e c o n o c i e n d o el p a r e n t e s c o d e n u e s tr o s d is c u rs o s , v i e n d o e n su y u x ta ­
p o s ic ió n , n o la d el m e ta le n g u a je - o b je t o , s in o el e j e m p l o d e u n a f o r m a
d is c u r s iv a m u c h o m á s fam iliar: el d iá lo g o . A h o r a b ie n , si a c e p t o q u e
n u e s t r o s d o s d is c u r s o s e s tá n e n r e l a c i ó n d ia ló g ic a , a c e p t o t a m b i é n v o l­
v e r a h a c e r m e la p r e g u n t a a c e r c a d e la v e r d a d . E sto n o sig n ific a v o lv e r a
la s it u a c i ó n a n t e r i o r a S p in o za , c u a n d o los P a d r e s d e la Ig le sia a c e p t a ­
b a n s it u a r s e e n el t e r r e n o d e la v e r d a d p o r q u e c r e í a n s e r s u s d u e ñ o s . Se
a s p ira a q u í a b u s c a r la v e r d a d , m á s q u e c o n s i d e r a r l a d a d a d e a n t e m a n o :
es u n h o r i z o n t e ú lti m o y u n a id e a r e g u la d o r a . C o m o e s c r i b e Bajtin:

Hay q u e d e c ir q u e tanto el relativismo c o m o el d og m a tism o excluyen

ig u a lm e n te toda discusión, to d o diálogo au té n tic o , volviéndolos ora
in útiles (el relativismo), o ra im posibles (el d ogm a tism o) (D ostoievsky,
pág. 93).

P a r a la c r í t i c a d ia ló g ic a , la v e r d a d existe p e r o n o se la p o se e. P o r
c o n s i g u i e n t e , e n c o n t r a m o s d e n u e v o e n B a jtin u n a c e r c a m i e n t o e n t r e la
c r it ic a y s u o b je to (i^ lit e r a tu r a ) , p e r o n q tie n e el m i s m o s e n t i d o q u e en
los c r ít i e e s - é s c r i t ó r é s frajnceses. P a r a B l a n c h o t y B a r t h e s , a m b a s se
p a r e c e n p o r la a u s e n c i a d e to d a r e l a c i ó n c o n la v e r d a d ; p a r a Bajtin,
p o r q u e a m b a s e s tá n c o m p r o m e t i d a s e n s u b ú s q u e d a , sin q u e u n a resu lte
p r iv ile g ia d a r e s p e c to a la o tra.
S e m e ja n t e c o n c e p c i ó n d e la c r í t i c a tie n e r e p e r c u s i o n e s im p o r ta n te s
s o b r e la m e t o d o l o g í a d e to d a s las c i e n c ia s h u m a n a s . La es p ec ificid a d del
m u n d o h u m a n o , c o m o h a b í a ya n o t a d o M o n te s q u ie u , c o n s is te en que
los h o m b r e s o b e d e c e n a leyes y, a l m is m o tie m p o , a c t ú a n lib r e m e n te . La
c o n f o r m i d a d a la ley los v u elve s u s c e p ti b le s del m i s m o an á lisis q u e los
f e n ó m e n o s d e la n a t u ra le z a . De ahí la t e n t a c i ó n d e a p l i c a r al c o n o c i ­
m i e n t o d e los h o m b r e s los m é t o d o s d e las c i e n c i a s n a t u r a le s . P e r o
c o n t e n t a r s e c o n es to s e r ía o lv id a r el c a r á c t e r d u a l d e l c o m p o r t a m i e n t o
h u m a n o . Al la d o d e la e x p lic a c ió n p o r leyes ( p a r a h a b l a r c o n el le n g u a je
d e la filosofía a l e m a n a d e p r in c i p io s d e l siglo x x , q u e a d o p t a Bajtin), hay
q u e p r a c t i c a r ia c o m p r e n s ió n d e la lib e r ta d h u m a n a . E sta o p o s ic ió n no
c o i n c i d e e x a c t a m e n t e c o n la o p o s i c i ó n e n t r e c i e n c i a s n a t u r a l e s y c i e n ­
cias h u m a n a s : n o s ó lo p o r q u e és tas c o n o c e n , a su vez, la e x p lic a c ió n ,
s in o t a m b i é n p o r q u e a q u é lla s , c o m o s a b e m o s h o y e n día, h a c e n u s o de
la c o m p r e n s i ó n : n o o b s ta n te , es c i e r t o q u e u n a p r e d o m i n a a q u í y la o t r a
allá.
El tr a b a jo del c r ít ic o c o n s t a d e tr e s p a r te s . E n su p r i m e r nivel, se
tr a t a del s i m p l e e s t a b l e c i m i e n t o d e los h e c h o s c u y o id eal, d ic e Bajtin, es
la p r e c is ió n : r e c o g e r los d a t o s m a te r ia le s , r e c o n s t r u i r el c o n t e x t o h is t ó ­
rico. En el o t r o e x t r e m o d el e s p e c t r o ' s e s i t ú a la e x p l ic a c i ó n m e d ia n t e
leyes: s o c io ló g ic a s , p s ic o ló g ic a s , h a s ta b io ló g i c a s ( v éa se E ste tik a ..,, pág.
343). A m b o s so n le g ítim o s y n e c e s a r io s , p e r o es e n t r e ellos, e n c i e r ta
m a n e r a , d o n d e se s it ú a la a c tiv i d a d m á s e s p e c íf i c a y m á s i m p o r t a n t e del
c r ít ic o y d e l i n v e s tig a d o r e n c i e n c i a s h u m a n a s : es só lo la i n t e i p r e t a c i ó n
c o m o d iá lo g o la q u e p e r m i t e r e c u p e r a r la l i b e r ta d h u m a n a .
El s e n tid o es, e n efe c to , es le « e l e m e n to d e lib e r ta d q u e tr a s p a s a la
n e c e s id a d » (ibíd., pág. 410). E stoy d e t e r m i n a d o e n c u a n t o s e r (o b jeto ) y
soy libre é n c u a n t o s e n t i d o (sujeto). C a lc a r las c i e n c i a s h u m a n a s s o b r e
las c i e n c ia s n a t u r a le s , es r e d u c i r a los h o m b r e s a o b je to s q u e no c o n o ­
c e n la lib e rta d . E n el o r d e n del se r, la lib e r ta d h u m a n a n o es m á s q u e
r ela tiv a y e n g a ñ o s a . P e r o e n r e la c ió n al s e n tid o es, p o r p r in c i p io , a b s o l u ­
ta, ya q u e el s e n tid o n a c e del e n c u e n t r o d e d o s s u je to s y es te e n c u e n t r o
se r e p ite e t e r n a m e n t e (ibíd., pág. 342): u n a vez m á s el p e n s a m i e n t o de
B a jtin se e n c u e n t r a c o n el p r o y e c to d e S a r tre . El s e n tid o es lib e r ta d y la
i n t e r p r e t a c i ó n es el e j e r c ic io d e ésta: tal p a r e c e s e r c i e r t a m e n t e el
ú l t i m o p r e c e p t o de Bajtin.
 C O N O C IM IE N T O Y C O M P R O M ISO
(N orthrop Frye)

La im a g e n m á s fiel, f a m i lia r a to d o s los é m u l o s d e V ico —y F ry e es

u n o d e e l l o s - , p a r a r e p r e s e n t a r la la rg a c a r r e r a in t e l e c t u a l d e N o r t h r o p
Frye, s e r í a la d e u n m o v im ie n t o g ir a t o r io q u e se va e n s a n c h a n d o , la de
u n a e s p ira l q u e, c o n s e r v a n d o s i e m p r e el m i s m o eje, a tr a v ie s a a m e n u d o
z o n a s n u e v a s . F rye es u n a u t o r p r o líf ic o q u e h a p r a c t i c a d o al m e n o s
c u a t r o g é n e r o s c r ít ic o s d ife re n te s: la m o n o g r a f í a (h a p u b l i c a d o o c h o ,
u n a d e ellas s o b r e B lake, tre s s o b r e S h a k e s p e a r e , u n a s o b r e M ilton); el
e n s a y o (seis lib r o s h a s ta el p r e s e n te ; r e c o r d e m o s p a r t i c u l a r m e n t e Fables
o f ld e n tity , 1963; The S tu b b o rn S tru c tu re , 1970; S p irilu s M urtdi, 1976); la
s e r ie b r e v e d e c o n f e r e n c i a s c o n s a g r a d a s a u n t e m a te ó r i c o p a r t i c u l a r
( c in c o v o l ú m e n e s , d e los c u a le s h a b r í a q u e d e s t a c a r dos: The e d u c a te d
iiñ a g in a tio n , 1963 y The m o d e rn c e n tu ry , 1967); f in a l m e n te , la g r a n o b r a
d e síntesis: A n a to m ía de la crítica , e n 1957 y, e n 1982, The g rea t co d e . E n
es tas o b r a s , q u e so n m á s d e v einte, se e x p r e s a u n m i s m o p e n s a m i e n t o ;
no h ay n i n g u n a r u p t u r a q u e se p u e d a 'S i t u a r e n el tie m p o . P e r o , si el
p e n s a m i e n t o d e Frye es, a g r a n d e s rasgo s, s i e m p r e el m is m o , es to n o
q u i e r e d e c i r q u e s e a u n p e n s a m i e n t o ú n ic o , p e r f e c t a m e n t e c o h e r e n t e ; o,
si se p r e f ie r e : n o hay q u iz á c o n t r a d i c c i ó n d e u n lib ro a o tr o , p e r o es to no
lib e r a a c a d a lib r o d e to d a c o n t r a d i c c i ó n . S e g ú n u n e s q u e m a al q u e m i
l e c t o r ya e s t a r á a c o s t u m b r a d o , voy a o c u p a r m e a h o r a d e d is tin g u ir e n t r e
lo q u e , e n el p e n s a m i e n t o d e Frye, c o m p e t e a la h e r e n c i a r o m á n t i c a y lo
q u e d e s b o r d a e s e m a r c o c o n c e p t u a l tr a d ic io n a l; tr a i c i o n a n d o la le tr a
p a r a v e r m e j o r el e s p ír i tu d e u n a o b r a , voy, p u e s , a i n t r o d u c i r la r u p t u r a
allí d o n d e n o hay, p a r a s u a u t o r , m á s q u e u n a la rg a s e r ie d e d e s p la z a ­
m ie n to s a p e n a s p e r c e p t i b l e s e n el c e n t r o d e in te r é s , e n el g r a d o de
a d h e s ió n a u n a tesis, e n la f u e r z a d e in s i s te n c ia s o b r e tal o c u a l p u n ­
to.

Crítica I

La p r i m e r a r e s p u e s t a q u é d a F ry e a la p r e g u n t a «¿Q ué d e b e h a c e r la
crítica?», p u e d e r e s u m i r s e e n p o c a s p a la b r a s : d e b e c o n v e r t i r s e e n u n a
c ie n c ia . E s tá e x ig e n c ia n o e s tá f o r m u l a d a c o n u n a i n t e n c i ó n t e r r o r is ta ;
es m á s b i e n u n e n u n c i a d o s e n s a to ( p e r o e s to es r a r o e n el m a r c o d e los
e s tu d io s lite r a r io s , p o r lo q u e el e n u n c i a d o c h o c a ) . P u e s to q u e n o s
p o n e m o s f á c ilm e n te d e a c u e r d o e n d e c i r q u e el o b je tiv o d e los e s tu d io s
lite r a r io s es el m e j o r c o n o c i m i e n t o d e las o b r a s , r e s u lt a q u e n o h ay q u e
e s c r i b i r u n a o b r a c r ít ic a c o m o si se e s c r i b i e r a u n p o e m a , q u e se d e b e
i n t e n t a r h a c e r su s c o n c e p t o s u n ív o c o s y su s p r e m i s a s exp lícitas, q u e es
p r e c is o p r a c t i c a r la h ip ó te s is y la v e r if ic a c ió n . E s to s e r í a i n c l u s o u n a
e v i d e n c ia a ju z g a r p o r la f u e n te h a b i tu a l d e i n g r e s o s d e lo s c r ít ic o s
( e n s e ñ a n e n la u n iv e r s i d a d ) o p o r la a r id e z d e s u estilo, q u e h a c e su s
o b r a s in a c c e s ib l e s a Iqs n o in ic ia d o s.
P e ro , si se a c e p t a es ta p r i m e r a e v id e n c ia , h ay q u e s a c a r , a ñ a d e Frye,
al m e n o s d o s c o n c lu s i o n e s : la c i e n c i a l i t e r a r i a d e b e s e r a la vez s i s t e m á ­
tic a e i n te r n a . C o m o e s c r i b e al p r i n c i p i o d e A n a to m ía :

C u alquiera q u e sea el c a m p o e x a m in a d o , la in tr o d u c c ió n de la
cien c ia hace q u e el o r d e n a p a re z c a en lu g a r del caos, el sistem a ailt
d ond e no habla sino azar e intuición; p ro teg e al m ism o tiem po la
integrid ad de esc c a m p o frente a las invasiones ex ternas (pág. 7).

Frye, e n t o n c e s , ti e n e q u e l u c h a r e n d o s f re n te s , c a m b i a n d o c a d a vez
d e a d v e r s a r io y d e alia d o . P o r u n a p a r t e , se o p o n e a la t e n d e n c i a
e n t o n c e s p r e d o m i n a n t e e n los e s tu d io s lit e r a r io s e n N o r t e a m é r i c a (Frye
es c a n a d i e n s e ) , el N e w C r itic ism : é s te es, c i e r t a m e n t e , i n te r n o , p e r o
e s tu d ia o b r a tra s o b r a , sin n i n g ú n s e n tid o d e los c o n j u n t o s m á s a m p lio s
a los q u e p e r t e n e c e n d i c h a s ob ras: los g é n e r o s , e i n c lu s o la lite r a tu r a ; ni
d e los p r in c i p i o s e s t r u c t u r a l e s q u e a c t ú a n e n m á s d e u n a novela. La
p o s i c i ó n d e F rye se a s im il a a q u í a la de c u a l q u i e r p r o f e s io n a l d e las.
c i e n c ia s h u m a n a s , a n t r o p ó l o g o , p s ic ó lo g o o lin g ü ista , q u e n o es tu d ia , de
m a n e r a a t o m is ta , f e n ó m e n o tr a s f e n ó m e n o , s in o q u e b u s c a r e g u l a r i d a ­
d e s e s tr u c tu r a le s .
Es el o t r o f re n te , sin e m b a r g o , el q u e r e s u l t a m á s a g itad o ; e n él Frye
lu c h a , e v e n t u a l m e n t e e n c o m p a ñ í a d e los N e w C ritics, c o n t r a los a d e p ­
to s d e es tas m i s m a s c i e n c i a s h u m a n a s ; tal c o m b a t e y a n o c o n c i e r n e al
m é t o d o s in o al o b je to . Lo q u e F ry e r e p r o c h a a s u s c o l e g a s e n f e u d a d o s e n
tal o c u a l r a m a d e la filosofía, d e la p s ic o lo g ía o d e la a n t r o p o l o g ía , es
q u e s u e n f o q u e se a e x t e r n o y q u e d e s c u i d e la e s p e c if i c id a d d e la literalu -
, ra. La c i e n c i a l it e r a r ia d e b e s a c a r s u s p r i n c i p i o s d e la l i t e r a t u r a m i s m a y
a c c e d e r a la in d e p e n d e n c i a , e n vez d e c o n t e n t a r s e c o n el p a p e l de
c o l o n ia o d e p r o t e c t o r a d o , s o m e t i d o a u n a m e t r ó p o l i s p o d e r o s a . Al
e v o c a r s u s in ic io s c o m o c r itic o , F rye e s c r ib e :

Cuando, h a c e de eso u n a g en e ració n , m e a c e r q u é a este ca m p o , m e

p are ció que lo p r im e ro q u e se p r e c isa b a era la fu ndac ió n de los
principios críticos en el in te r io r m is m o de la critica, in te n ta n d o evitar
ese d e te rm in is m o externo, en q u e la crític a deb e «fundarse» en o tra
cosa y a rra stra rse e n u n a especie de sillón de ru eda s religioso o
m arxista o freudian o (Spirilus M undi, pág. 5).
 T o d o a c e r c a m i e n t o e x t e r n o d e s c o n o c e n e c e s a r i a m e n t e la e s p e c ific i­
d a d t a n to d e la f o r m a l i t e r a r i a c o m o d e l s e n tid o p o é t ic o , y se q u e d a e n la
i n c a p a c i d a d d e e n t e n d e r la r e l a c i ó n c o m p le j a , a m e n u d o c o n t r a d i c t o r i a ,
d e la o b r a lit e r a r ia c o n s u m e d io .
El a c e r c a m i e n t o in t e r n o , e n c a m b i o , s it ú a la o b r a e n el c o n t e x t o q u e
le es p r o p io , el d e la t r a d i c i ó n lit e r a r ia ( p a r a n o s o tr o s , la d e O c c id e n t e ) ,
c o n su s m ú lt ip le s c o n v e n c i o n e s ; su s f o r m a s g e n é r ic a s , su s e s q u e m a s
n a r r a ti v o s , sus m a n e r a s d e s ig n ific a r y su s c o n j u n t o s d e im á g e n e s e s te ­
r e o ti p a d a s , q u e p a s a n ca si i n ta c t o s d e u n a o b r a " a o tra ; c o n j u n t o s a los
c u a le s F ry e d a el n o m b r e d e « arq u e tip o s» , to m a n d o , p u e s , e s a p a l a b r a e n
u n s e n t i d o a la vez a m p l i o y p u r a m e n t e lit e r a r io ( e q u iv a le n t e m á s o
m e n o s a lo s lo p o i d e C urtiu s ). E l a t o m i s m o c r í t i c o se e q u i v o c a , ya q u e ,
c u a n d o l e e m o s u n a o b r a , l e e m o s s i e m p r e m u c h o m á s q u e u n a o b ra :
e n t r a m o s e n c o m u n i c a c i ó n c o n la m e m o r i a lite r a r ia , la n u e s t r a p r o p ia ,
la d e l a u t o r , la d e la o b r a m is m a ; las o b r a s q u e ya h e m o s leído, y h a s ta
las o tras, e s tá n p r e s e n t e s e n n u e s t r a le c tu r a , y t o d o te x to es u n p a l i m p ­
sesto.
La c o n t r i b u c i ó n e s p e c ífic a d e Frye, e n este p u n t o d e n u e s t r o análisis,
n o es, p u e s , ni la d e ex ig ir u n a c e r c a m i e n t o i n t e r n o a la lite r a tu r a , y a q u e
é s t a es t a m b i é n la id e o lo g ía c r ít ic a d o m i n a n t e (la d e los N e w C rilics), ni
la d e o p t a r p o r u n a a c tit u d sis te m á tic a , lo q u e c o m p e t e a la se nsate z,
sin o la d e h a b e r s a b id o c o m b i n a r las dos, lo q u e p a r e c í a r e s u l t a r tan
e v i d e n te . Al h a c e r l o , r e a n u d a (y lo sa b e ) la tr a d i c i ó n d e la p o é tic a , tal
c o m o e x iste d e s d e A ristóte les, p e r o t a m b i é n tal c o m o h a p o d i d o s e r
p e n s a d a d e n u e v o e n n u e s t r o s días. S e i m p o n e a q u í u n a c e r c a m i e n t o a la
e v o l u c i ó n d e los e s tu d io s lit e r a r io s e n F ra n c ia , a u n c u a n d o e s ta e v o l u ­
c i ó n s e a p o s t e r i o r e n u n a d e c e n a d e a ñ o s a los p r i m e r o s e s c r ito s i m p o r ­
ta n te s d e F ry e y a q u e , p o r u n a f r e c u e n t e p a r a d o ja , los f r a n c e s e s só lo
c o n o c i e r a n e n t o n c e s los e s c r ito s d e los F o r m a lis t a s ru s o s , p e r o n o los d e
Frye. La r e n o v a c i ó n d e la p o é t i c a e n F r a n c ia , a p a r t i r d e m e d ia d o s d e los
se s e n ta , se h a c e e n n o m b r e d e es tas d o s m is m a s e x ig en c ias, la i n t e r n a y
la s is te m á tic a . S e p u e d e , p u e s , si u n o se i n te r e s a p o r ese g é n e r o de
c la s ific a c ió n , ll a m a r a F ry e « e s tru c tu r a lista » , a u n q u e p o r s u la d o él n o s
d ic e h a b e r i g n o r a d o la p a l a b r a e n l a é p o c a d e A n a to m ía de la crítica .
U na vez r e c o n o c i d o es e m a r c o c o m ú n , c a b e o b s e r v a r u n a se rie de
d if e r e n c ia s significativ as. C u a n d o se i n t e r e s a r o n p o r la m e t á f o r a y las
figuras r e t ó r i c a s e n F r a n c ia , fu e p a r a d e s c r i b i r u n m e c a n i s m o lingiiisti-
co; c u a n d o F ry e lo h a c e , es p a r a c a t a l o g a r las m e t á f o r a s m á s p e r s is te n t e s
d e la t r a d i c i ó n o c c i d e n t a l . C u a n d o e s t u d i a r o n el r e la to e n F r a n c ia , fue
p a r a c o n o c e r la m a n e r a e n q u e u n a in tr ig a se f o r m a o p r e s e n t a a sú
le c to r ; Frye, p o r s u p a r te , r e g is t r a y c la sific a las in trig a s favoritas d e d o s
m il a ñ o s d e h is t o r ia e u r o p e a . D e sd e lu e g o , e x a g e r o u n p o c o la o p o s i­
ció n ; p e r o se p u e d e d e c ir , sin d i s t o r s i o n a r los h e c h o s , q u e F rye se
in te r e s a m á s b ie n p o r las s u s ta n c ia s , m i e n t r a s q u e los « e s tru c tu ra lista s»
f ra n c e s e s d ir ig e n su s m ir a d a s h a c ia las fo rm a s ; a q u é l e s c r i b e u n a e n c i ­
c l o p e d ia , é sto s, u n d ic c io n a r i o , e n el q u e las d e f in i c io n e s r e m i t e n las
u n a s a las o t r a s a n te s q u e a u n o b je to q u e les s e ría e x t e r i o r (la l it e r a tu ­
ra); F ry e es p a n c r ó n i c o , e n t a n to q u e p e r c i b e , fiel e n esto al p r e c e p t o de
E liot, u n a p r e s e n c i a s i m u l t á n e a d e to d a la lite r a tu r a , m i e n t r a s q u e los
o tr o s so n a n a c r ó n i c o s , ya q u e e s tu d ia n , f in a l m e n te , las fa c u lta d e s del
e s p ír i tu h u m a n o (la c a p a c i d a d d e s im b o liz a r o d e n a r r a r ) . E n ú ltim o
té r m i n o , el o b je to d e c o n o c i m i e n t o , p a r a F rye, s o n los h o m b r e s , y n o es
el h o m b r e , c o m o fue el c a s o e n F r a n c ia . D if e r e n c ia s d e s d e lu e g o c o n s i­
d e r a b le s , p e r o q u e n o n i e g a n m e n o s l a c o h a b i t a c i ó n e n u n m a r c o
c o n c e p t u a l ú n ic o , y q u e es p o s ib l e r e p r e s e n t a r s e e n la c o m p l e m e n t a -
c i ó n m á s q u e e n la c o n t r a d i c c i ó n . 2
U n a c o n s e c u e n c i a lla m a tiv a d e las o p c i o n e s g e n e r a l e s d e F rye es su
re c h a z o d e d e j a r u n sitio a los j u ic io s d e v a l o r e n el á m b i t o d e los
e s tu d io s lite ra rio s. E ste r e c h a z o f o r m a el n e r v io d e la « I n t r o d u c c i ó n
p o lé m ic a » a su A n a to m ía de la crític a . I n s c r i b i r el j u ic io d e v a l o r («Este
p o e m a es bello», «Esta n o v e la es e x e c r a b l e » ) e n el p r o g r a m a d e los
e s tu d io s lit e r a r io s es, d ic e Frye, c o m o h a c e r f ig u r a r e n la p r o p i a C o n s ti­
tu c ió n , e n c a lid a d d e o b je tiv o d e la s o c ie d a d , la f elicid a d d e los c i u d a d a ­
nos: la fe lic id a d es d e s e a b le , p e r o és e n o es s u sitio. De lo q u e Frye
q u i e r e p r e v e n i r n o s es de la ilu s ió n d e u n a d e d u c c i ó n de los j u ic io s a
p a r t i r del c o n o c i m i e n t o (la c o n f u s ió n e n t r e h e c lio y valor, e s tig m a tiz a d a
d e s d e W e b e r e n las c i e n c ia s so c iales). El j u ic io d e v a l o r p r e e x is te al
tra b a jo del c o n o c i m i e n t o , y le so b rev iv e ; p e r o n o se c o n f u n d e c o n él y
h a y e n t r e a m b o s s o l u c i ó n d e c o n t i n u i d a d : el c o n o c i m i e n t o es tá o r i e n t a ­
d o h a c i a el o b je to del e s tu d io ; el ju ic io , s i e m p r e y s ó lo h a c ia su te­
ma.

E n el trabajo de c o n o c im ie n to , el c o n te x to de la o b ra literaria es la
literatura; en el ju ic io de valor, ese co n tex to es la experiencia del
le cto r (...). C uando un crítico in te rp re ta, habla de su poeta; c u a n d o
evalúa, hab la de si m is m o o, a lo su m o , de si m ism o c o m o r e p r e s e n ­
tan te de su tie m p o (The Stubborn S tn ic tu re , págs. 66, 68).

E sto n o q u i e r e d e c i r q u e h a y a q u e r e n u n c i a r al ju ic io : el p r o p i o Frye
n o se p r iv a d e h a c e r l o , p e r o n o h a y e n e llo n i n g u n a c o n t r a d i c c i ó n ;
s i m p l e m e n t e , n o h a y q u e p r e t e n d e r q u e el d e b e r - s e r se f u n d a m e n t a e n el
ser. A d if e r e n c ia d e las a r te s p o é t ic a s d e l R e n a c i m i e n t o , la p o é t i c a a c tu a l
d ic e c ó m o s o n las o b r a s , n o c ó m o d e b e n ser,
P e r o h a y q u iz ás alg o e n g a ñ o s o e n la s e n c il le z c o n la c u a l F rye

2. En 1970, Había consagrado el prim er capítulo de mi Introducción a la

literatura fantástica a una crítica «estructuralista» de Frye.
Además de ser apresurado, mi estudio de entonces afirma su fidelidad a los
principios mismos de los cuales se reclama Frye, com o no dejo de reconocer,
pero da una interpretación más extrema: en suma, reprocho a Frye no ser
bastanLe interno ni bastante sistemático.
La discusión me parece ahora situada entre dos variantes del «estructuralis-
mo».
s o l u c i o n a el p r o b l e m a d e las r e l a c i o n e s e n t r e h e c h o y valor, e n t r e
c o n o c i m i e n t o y ju ic io . N o p a r e c e o p o r t u n o s o m e t e r a q u í e s ta e p i s t e m o ;
logia a u n e x a m e n c r ít ic o ; n o t e m o s , n o o b s ta n te , q u e , c o n «juicio» y
«valor», F ry e se r e f ie r e e x c l u s i v a m e n t e a a p r e c i a c i o n e s d e tip o es té tic o ,
to c a n t e s ú n i c a m e n t e a la b e l le z a d e la o b ra. A h o ra b ie n , s e m e j a n te
a c tit u d e s té t ic a es e n si m i s m a m u y r e s tr ic tiv a y a n u n c i a la f u tu r a
r e n u n c i a a to d o ju ic io : la o b r a d e a r t e ya está lo s u f i c i e n t e m e n t e s e p a r a ­
d a d e los o tr o s tipos d e d is c u r s o , y s u a p r e h e n s i ó n , d e los o tr o s tip o s d e
j u ic io , c o m o p a r a e s t a r r e s e r v a d a ú n i c a m e n t e a la c o n t e m p l a c i ó n d e s i n ­
te re s a d a , q u e n o p u e d e ir m á s a llá d e la o b r a . Los te x to s lite r a r io s e s tá n ,
sin e m b a r g o , i m p r e g n a d o s d e a m b i c i o n e s c o g n o s c it iv a s y éticas; n o
e x iste n s ó lo p a r a p r o d u c i r u n p o c o m á s d e b e l le z a e n el m u n d o , sin o
ta m b ié n p a r a d e c i r n o s c u á l es la v e r d a d d e e s te m u n d o y p a r a h a b l a m o s
d e lo q u e es ju s t o e in ju s to . T a m b i é n el c r ític o , p o r s u p a r t e , p u e d e
f o r m u l a r j u ic io s n o s ó lo e s té t ic o s (los m e n o s c o m p r o m e t i d o s q u e ex is­
tan y que, p o r c o n s ig u ie n te , se p u e d e n d e j a r a la p r e n s a d ia r i a y a los
j u r a d o s lite r a r io s ) , s in o t a m b i é n j u ic io s s o b r e la v e r d a d y la e x a c t i t u d de
las o b ras.
D e sd e lu e g o , el p r o p i o F ry e n o ig n o r a es tas o tr a s d i m e n s i o n e s d e la
lite r a tu r a . H a s ta p o s tu la , e n A n a to m ía de la crític a , u n niv e l d e s e n tid o
c o m ú n a to d a s las o b r a s q u e lla m a , c o n u n t é r m i n o to m a d o d e la
uxégcsis tr a d i c i o n a l d e la Biblia, el s e n tid o m o r a l (o tr o p ó ló g ic o ); se le en
las o b r a s e n u n c o n t e x t o d e c o m u n i c a c i ó n social, c o m o p r e c e p t o s p a r a
n u e s tr a s a c c i o n e s c o t id ia n a s ; y, e n The W ell-T em p ered C ritic, es c rib e :
«No es f o r z o s a m e n t e in g e n u o e s c r i b i r "icie rlo !" e n los m á r g e n e s del
libro q u e le e m o s ; o, e n to d o ca so , n o t e n e m o s q u e li m i t a r n u e s t r o
c o n t a c to c o n la li t e r a t u r a a u n a r e a c c i ó n p u r a m e n t e d e s i n t e r e s a d a y
estética» (pág. 142). P e r o , c u a n d o p r o c u r a a p l i c a r e s ta o b s e r v a c i ó n a la
f o r m a m i s m a d e los e s tu d io s lit e r a r io s , el r e s u l t a d o es d e c e p c i o n a n t e : se
c o n t e n t a c o n t r a s p o n e r e s ta d is t in c i ó n e n t r e d o s a s p e c to s d e la l i t e r a t u r a
a d o s fases de la le c tu r a : c u a n d o é s ta es i n m e d i a t a (o « ing e nua», o
«invisible»), se b u s c a la bellez a; c u a n d o es m e d ia t iz a d a (o « se n tim e n tal»
o «visible»), tie n e c o m o o b je tiv o la v e r d a d , y es a lo q u e se d e d i c a el
c ritic o . P e r o e s ta «verdad» n o es m á s q u e el e s t a b l e c i m i e n t o d e los
h e c h o s ; e n el c a m i n o , se h a p e r d i d o la d i m e n s i ó n é t ic a y c o g n o s c it iv a d e
la lite ra tu ra .
V o lv ie n d o a e n c o n t r a r la d is t in c i ó n f u n d a d o r a d e la filosofía (el
p r e c e p t o d e S pin o za : b u s c a r el s e n tid o , n o la v e r d a d ) , F ry e d e c la ra :
« P ara el u n iv e r s i ta r io , la m e t a n o es la d e a c e p t a r o r e c h a z a r el tem a,'
s in o v e r lo q u e significa» (The G reat C o d e, p ág . x x ), y se n ie g a a a lia r s e
c o n los c r ít ic o s q u e e f e c t ú a n lu c h a s m o r a l e s u s a n d o s o ld a d ito s d e pío-'
m o a los q u e l la m a n «Milton» o «Shelley». E n m a t e r i a d e m o r a l , el ú n i c o
ju ic io p e r m i t i d o al c r ít ic o es el q u e a r t i c u l a u n e n u n c i a d o p a r t i c u l a r del
a u t o r c o n su s is te m a g e n e r a l d e valores: «El ú n i c o c r it e r io m o r a l q u e se
les p u e d e a p l i c a r es el d e la c o n v e n i e n c i a (d e c o r u m )» (A n a to m ía .... pág.
114); se e n c i e r r a , d i c h o d e o t r a m a n e r a , e n u n re la tiv is m o r a d ic a l. Se
p u e d e s e g u i r a F iy e e n su e m p e ñ o d e m o s t r a r q u e n o h a y c o n t i n u i d a d
e n t r e el e s t a b l e c i m i e n t o d e los h e c h o s y lo s j u i c i o s d e v a l o r (lo u n o no
llevará j a m á s a lo o tr o ); se p u e d e r e c h a z a r c o n él la s u s t i t u c i ó n del u n o
p o r el o tr o , y sin e m b a r g o c o n s i d e r a r la c r i t i c a ( c o m o , p o r lo d e m á s , las
o tr a s c i e n c i a s h u m a n a s ) u n a a c tiv id a d c o n d o s v e r ti e n te s , c o n o c i m i e n t o
y ju ic io ; d e s d e e n t o n c e s , su a r t i c u l a c i ó n se v u e lv e n e c e s a r ia .
P e r o , p o r el m o m e n t o , d e j e m o s e n s u s p e n s o e s te p r o b l e m a .

L itera tu ra I

Si la in f lu e n c ia d e la id e o lo g ía r o m á n t i c a e n el « p r im e r» p r o y e c to
c r it ic o de F ry e p u e d e q u e n o s a l t a r a a la vista, s u « p r im e ra » r e s p u e s t a a
la p r e g u n t a «¿Q ué es la lite ra tu ra ? » , r e v e la i n m e d i a t a m e n t e s u s lazos: e n
A n a to m ía ele la crític a , lo a t e s t ig u a n las r e f e r e n c i a s a M a lla r m c o a sus
é m u l o s V a lé r y y T. S. Iiliot. La l i t e r a t u r a se d e f in e p o r la a u t o n o m í a de sil
d is c u r s o , lo q u e la o p o n e al le n g u a je u tilitario:

Cada vez q u e e n c o n tr a m o s u n a e s tru c tu r a verbal a u tó n o m a de esta

especie, te n e m o s q u e ver co n la literatura. C ada vez que esta e s tru c tu ­
r a a u t ó n o m a es tá ausente , te n e m o s q u e v e r c o n el lenguaje, con las
p alabras utilizadas de m a n e r a in stru m e n ta l p a r a ay u d a r a la c o n c ie n ­
cia h u m a n a 'o p a r a e n t e n d e r o tra co sa [Anatom ía..., pág. 74).

La a c tiv id a d p o é t i c a es u n a a c tiv id a d in tra n s itiv a . «El p o e t a e n c u a n t o

p o e t a s ó lo tie n e c o m o i n t e n c i ó n la d e e s c r i b i r u n p o e m a » ( ib íd ., pág.
113). El s í m b o l o p o é t i c o n o r e m i t e a n a d a q u e le s e a e x te r io r ; s u s e n tid o
es s u sitio e n la e s t r u c t u r a (en e s to la p o e s ía es c o m o las m a te m á ti c a s ) ; el
d e b i l i t a m i e n t o o la d e s a p a r i c i ó n d e las r e l a c i o n e s e x t e r n a s ( « c e n tr í f u ­
gas») es tá c o m p e n s a d o p o r el f o r t a l e c i m i e n t o d e las r e l a c i o n e s i n t e r n a s
(« c e n tríp e ta s» ): las p a l a b r a s n o s o n ya s ig n o s s in o «tem as».
Al h a b l a r d e a u t o n o m í a , F ry e s o b r e e n t i e n d e s i e m p r e : «en r e l a c i ó n a
u n a s e r ie h e t e r o g é n e a » . El e l e m e n t o c o n s titu t iv o d e u n a o b r a n o es
a u t ó n o m o ; está, p o r el c o n t r a r i o , f u e r t e m e n t e lig a d o a to d o s los d e m á s
e l e m e n to s . Y, si la o b r a m is m a es a u t ó n o m a e n r e la c ió n a la n o li t e r a t u ­
ra, d e p e n d e , e n c a m b i o , p o r c o m p l e t o d e la t r a d i c ió n literaria : s ó lo la
e x p e r i e n c i a d e la l i t e r a t u r a p u e d e d a r a a l g u ie n la i d e a de e s c r i b i r u n a
o b r a literaria ; los p o e t a s i m i ta n a H o m e r o , n o a la n a t u r a le z a . «El n u e v o
p o e m a , c o m o el n i ñ o r e c i é n n a c id o , s e c o l o c a e n u n o r d e n v e r b a l y ya
e x is te n te . (...) N o se p u e d e h a c e r p o e s ía s in o a p a r t i r d e o tr o s p o e m a s ;
n o v e la s, s in o a p a r t i r de n ov elas» (ibíd., pág. 97). T o d a te x tu a l id a d es
in te r te x tu a lid a d , y la p r e g u n t a s o b r e la « o rig in a lid a d » o las «influencias»
e s tá la m a y o r í a d e las v e c e s m a l p la n t e a d a : «La v e r d a d e r a d if e r e n c ia
e n t r e el p o e t a o r ig in a l y el p o e t a q u e im i ta r e s id e s i m p l e m e n t e e n q u e el
p r i m e r o es m á s p r o f u n d a m e n t e im i ta d o r » (ibíd.).
E stas g r a n d e s o p c i o n e s d e F ry e , r á p i d a m e n t e p r e s e n t a d a s a q u í (u n
a c e r c a m i e n t o i n t e r n o p e r o s is te m á tic o , só lo la l i t e r a t u r a p e r o to d a la
lit e r a tu r a ) , d e t e r m i n a n la f o r m a d e lo q u e es p r o b a b l e m e n t e su lib r o
m á s p o p u l a r . A n a to m ía de la crítica: lib r o e n c i c l o p é d i c o y s in ó p t ic o , u n a
e s p e c i e d e s u p e r c l a s i f i c a c i ó n q u e r e s e r v a u n l u g a r a to d o s los a s p e c to s
d e la o b r a , p e r o q u e , e v i d e n t e m e n t e , se n ie g a a i n t e r p r e t a r las o b r a s o a
s it u a r la s e n r e l a c i ó n a la h is t o r i a d e la s o c ie d a d ; u n in v e n ta r io d e las
f o r m a s lite r a r ia s , e n e l s e n tid o a m p l i o d e la p a l a b r a «form a», q u e in c lu y e
las c o n f i g u r a c i o n e s te m á t ic a s , los n iv e le s d e se n tid o , las c la se s d e i m á g e ­
n es, las c o n v e n c i o n e s g e n é r ic a s , s u b d iv i d ie n d o c a d a u n a de es tas m i s ­
m a s c a t e g o r í a s e n d o s, c u a t r o o c i n c o s u b c a t e g o r í a s q u e v ie n e n a ilu s ­
t r a r e j e m p l o s s a c a d o s , t a m b i é n , d e u n a c u l t u r a e n c ic lo p é d i c a . E sta
ta x in o m ía p o d r ía , d e s d e lu e g o , m e j o r a r s e e n tal o c u a l p u n t o (y el p r o p i o
F iy e n o se h a p r i v a d o d e h a c e r lo ) , p e r o n o s e r á j a m á s o t r a c o s a q u e lo
q u e es: u n a ta x in o m ía , es d e c ir , u n a h e r r a m i e n t a d e l p e n s a m i e n t o m á s
q u e el p e n s a m i e n t o m is m o .

L ite ra tu ra II

S e h a visto q u e los F o r m a lis t a s r u s o s se v ie r o n c o n d u c i d o s a r e n e g a r

d e su p u n t o d e p a r t i d a (la a f ir m a c ió n d e la a u t o n o m í a d e la lite r a tu r a )
p r e c i s a m e n t e p o r q u e la h a b í a n u tiliz a d o c o m o h ip ó te s is d e tra b a jo . Algo
s e m e j a n t e s u c e d e c o n Frye, a u n c u a n d o la r u p t u r a , a q u í, es m e n o s
n ítid a. A f u e r z a d e e s c u d r i ñ a r la l i t e r a t u r a c o m o e x ig ían su s p o s tu l a d o s
in ic ia le s, F ry e se d io c u e n t a d e q u e... la l i t e r a t u r a n o existía. D ic h o c o n
m á s e x a c titu d , h a c e (y e s to d e s d e A n a to m ía de la crítica ) d o s c o n s t a t a c i o ­
n e s r e l a c io n a d a s . La p r i m e r a es q u e la lit e r a t u r a se d e f in e d e m o d o
d i f e r e n t e s e g ú n los c o n t e x t o s h i s t ó r ic o s y so c iales; q u e n o existe, p u e s ,
u n a d e f in i c ió n e s t r u c t u r a l p o s ib l e d el o b je to lit e r a r io (v éa se A n a to m ía ...,
pág, 345), y q u e la l i t e r a t u r a es u n o b je to p r o f u n d a m e n t e h e t e r o g é n e o .
La s e g u n d a , q u e n o es m á s q u e u n a e x t e n s i ó n d e la p r i m e r a , c o n s is te e n '
q u e n o se p u e d e s e p a r a r la l i t e r a t u r a d e los d e m á s d is c u r s o s d e u n a
s o c i e d a d (ibíd., pág. 3 50 y ya pág. 104): lo «literario» se e n c u e n t r a
t a m b i é n f u e r a d e la l it e r a tu r a , c o m o lo «no -lite ra rio » e n su in te r io r.
La p r i m e r a d e es tas d o s o b s e r v a c i o n e s d e t e r m i n a el i n te r é s d e d i c a d o
p o r F ry e a u n g é n e r o lit e r a r io p a r t i c u l a r m e n t e h e t e r o g é n e o , la «meni-
pea » o « a n a to m ía » ( c o m p a r t e e s te in te r é s , p o r r a z o n e s q u e n o c a r e c e n
de p e r t i n e n c i a , c o n B ajtin). P e r o s o b r e la s e g u n d a v o lv e rá a ú n m á s
f r e c u e n t e m e n t e . M ie n tr a s q u e e n A n a to m ía de la crític a p o d í a ta m b ié n
d e c i r q u e el e s tu d io d e la l i t e r a t u r a d e s e g u n d o o r d e n n o p o d í a lle v ar
m u y lejos (v éase pág. 17), e s c r i b e e n The S tu b b o m S tru c tu re :

Q uisiera q u e lodos los p rofesores de inglés, c u a lq u ie ra que sea su

nivel, p u d ie ra n s e n tir que su m a te ria es la totalidad de la ex p eriencia
verbal, o hasta im aginaria, del estudiante, y n o sólo la p e q u e ñ a p arle
lla m a d a p o r co n v e n c ió n literatura. El b o m b a r d e o verbal inc esa nte
q u e el e studia n te rec ib e en f o rm a d e co nversaciones, publicidad,
mass-media, o hasta de juego s verbales c o m o el S crab ble o los cruci-
c lá s ic a es la q u e s o m e t e el c o n o c i m i e n t o a la c r e e n c i a y la n a t u r a l e z a a
la c u l tu r a . E n los u m b r a l e s d e la h u m a n i d a d , los m it o s se c o n s i d e r a n ,
q u iz á n o s ó lo u n a e x p r e s i ó n d e lo ideal, s in o t a m b i é n u n a d e s c r i p c i ó n
d el m u n d o . S e t o m a n c o n g u s to los p r o p i o s d e s e o s p o r la r e a lid a d , y se
p r e f ie r e c r e e r e n el m u n d o a r m o n i o s o e in te lig ib le p r e s e n t a d o p o r los
m itos, a n t e s q u e b u s c a r la v e r d a d e m p ír ic a . E sta a c tit u d , c o n s i d e r a d a
p rim itiv a , se m a n t i e n e p o r s u p u e s t o e n n u e s t r o s d ía s, y h a p o d i d o to m a r ,
e n el c u r s o d e la h isto ria , la f o r m a d e g r a n d e s s is te m a s id e o ló g ic o s , q u e
s o m e t e n la lib e r ta d d el c o n o c i m i e n t o al c o m p r o m i s o d e las c o n v i c c i o ­
nes; así e n el c r i s t i a n i s m o o, m á s r e c i e n t e m e n t e , e n el m a r x i s m o (estos
d o s e je m p l o s v a n s i e m p r e a la p a r e n Frye), d o n d e la c i e n c i a se d e d u c e
d e u n a visió n filosófica. L a v o l u n t a d d e f u n d a r u n a c i e n c i a b io ló g ic a
m a rx i s ta es u n a in s t a n c i a d e e s ta ú l t i m a a c titu d .

C ua ndo c o n s id e ra m o s q u e es más im p o r ta n te c a m b ia r el m u n d o
que c o n o c e r lo , sa b e m o s q u e se trata, n u e v a m e n te , de un m ov im iento
social q u e b u s c a s u b o r d in a r tod o s los m itos filosóficos de libertad a un
nuevo m ito de c o m p r o m is o (The C ritical Path, pág. 53).

P e r o existe t a m b i é n u n a r e a c c i ó n e s p e c í f i c a m e n t e m o d e r n a a la
d u a l id a d d e la c o n d i c i ó n h u m a n a : es la q u e c o n s is te e n q u e r e r e l i m i n a r
el c o m p r o m i s o e n p r o v e c h o d e la l ib e r ta d y la m it o lo g ía e n n o m b r e d e la
c ie n c ia . La c i e n c ia es o r i g i n a l m e n t e u n a a c tit u d r e s p e c t o a la n a tu ra le z a ;
p e r o , ya q u e es, al m i s m o tie m p o , u n h e c h o d e s o c ie d a d , se v u e lv e a su
vez el n ú c l e o d e u n a n u e v a m ito lo g ía , u n a m it o lo g ía i n t e r i o r m e n t e
c o n t r a d i c t o r i a , p u e s t o q u e a firm a , e n o p o s ic ió n al c r i s t i a n i s m o y al
m a r x i s m o , u n m it o d e lib e r ta d . E ste m i t o n o s h a c e c r e e r q u e to d o
c o m p r o m i s o , t o d a id e o lo g ía , e s tá n c o n d e n a d o s a u n a e x t i n c i ó n p r ó x im a ,
a s e g u r a d a p o r la a n e x i ó n d e n u e v o s c a m p o s a la c ie n c ia . U n a d e las
c o n s e c u e n c i a s d e e s ta c o n v i c c i ó n es p r e c i s a m e n t e la a f i r m a c i ó n d e q u e
los m ito s n o s o n s in o c i e n c i a b a l b u c e a n t e :

A los p rim e ro s especialistas de la m itología (...) les gustaba c o n s id e ­

rarla u n a cie n c ia primitiva, p o r q u e re su lta b a de esto u n c o n tra ste
ha la g a d o r e n tre las visiones prim itivas d e la na tu ra le z a y la suya (...)
Esta ac titu d e ra e s e n c ia lm e n te u n p r o d u c to a c c e so rio de la ideología
eu ro p e a , q u e b u s c a b a r a c io n aliza r la m a n e r a en q u e se trataba en el
siglo XIX a los pu eb lo s no e u ro p e o s (C realion a n d R ecrea tio n . 1980,
pág- 7).

A h o r a b ie n , s e m e j a n t e a s im il a c i ó n n o es m e n o s ilu s o r ia y p e lig r o s a
q u e la a n t e r io r ; se b a s a e n u n a c o n f u s i ó n e n t r e h e c h o y v alo r, e n t r e
n a t u r a l e z a y c u l tu r a , y n o p e r m i t e t e n e r e n c u e n t a las p r o p i e d a d e s
específicam en te h u m a n a s de n u estro m u n d o . No d e b e m o s te n e r que
e s c o g e r e n t r e el m u n d o sin lib e r ta d , p i n t a d o p o r O rw e ll e n J9 8 4 , y el
m u n d o sin c o m p r o m i s o , r e p r e s e n t a d o p o r H u x le y e n Un m u n d o fe liz
( v é a se T he C ritica l P ath, pág. 55).
 F i^ e n o se c a n s a , p u e s , d e a f i r m a r la s i m u l t á n e a n e c e s i d a d d e a m b o s :
m it o lo g ía y c i e n c ia , c o m p r o m i s o y lib e r ta d . El c o m p r o m i s o sin lib e r ta d
d e g e n e r a e n a n g u s tia ; la l i b e r ta d sin c o m p r o m i s o e n g e n d r a la i n d i f e r e n ­
cia. N o h ay t a m p o c o q u e s o ñ a r c o n a lg ú n tip o d e s ín te sis d e a m b o s:

P u ed e se r re v e la d o r q u e los esfuerzos v e r d a d e r a m e n te p ro fu n d o s
p a r a rec o n c ilia r las dos clases de realidad r esu lten s e r actos de c a n ib a ­
lismo: en Hegel el s a b e r se traga fin alm en te la fe, así c o m o en la
S u m m a contra G entiles la fe se traga el sa b e r (The Critical P ath, pág.
58).

A m b a s a c tit u d e s n o se e n c u e n t r a n s i e m p r e e n c o n t r a d i c c i ó n : a v e c e s
t i e n e n a l g u n a s a n a lo g ía s, o t i e n d e n al a c e r c a m i e n t o y h a s t a se c r u z a n
i n c i d e n t a l m e n t e ; p e r o , al s e r su s n a t u r a l e z a s d istin ta s, n o p u e d e n c o i n c i ­
d i r j a m á s ; la a n títe s is y la t e n s i ó n s o n , p u e s , m á s s a lu d a b l e s q u e la
sín tesis: n o e n v i d ie m o s al C íc lo p e su o jo ú n ic o . El s e r h u m a n o tie n e
n e c e s i d a d d e a m b o s d is c u rs o s , y a q u e vive e f e c t i v a m e n t e e n a m b o s
m u n d o s s i m u l t á n e a m e n t e : la m it o lo g ía n o le sirv e e n su r e l a c i ó n c o n las
c o s a s i m p e r s o n a l e s , así c o m o la c i e n c i a es d e p o c a u til id a d e n el d iá lo g o
e n t r e el yo y el tú.

M ientras el h o m b r e viva en el m u n d o , n e c e s ita rá de la p erspectiva

y de la actitu d del sabio; p ero , en la m e d id a en q u e ha c re a d o el
m u n d o q u e habita, en q u e e x p e rim e n ta u n a resp onsabilidad hacia ¿1 y
se siente c o m p ro m e tid o con su destino, que es ta m b ié n su p ro p io
destino, n ec es itará la persp ectiva y la actitu d del especialista de las
disciplinas h u m a n ita ria s (The Stitbborn S tructure, pág. 55).

La d e m o c r a c i a , q u e es la f o r m a s o c ia l e n la c u a l v ivim os, se s it ú a
c l a r a m e n t e d e l la d o d e la lib e rta d , d e la t o le r a n c i a y d e l in d iv id u a lis m o .
¿Es d e c i r q u e to d o c o m p r o m i s o h a d e s a p a r e c i d o o d e b e d e s a p a r e c e r ? De
n i n g u n a m a n e r a ; p e r o el p a p e l q u e d e s e m p e ñ a la c i e n c i a m o d if ic a el
l u g a r d e l c o m p r o m i s o . U n a m it o lo g ía q u e s ó lo tie n e e n c u e n t a la c r e e n ­
cia o, lo q u e v ie n e a s e r lo m is m o , q u e r e iv i n d ic a p a r a e lla m i s m a t a n to
la v e r d a d d e a u t o r i d a d c o m o la v e r d a d d e c o r r e s p o n d e n c i a , es n e c e s a r i a ­
m e n t e u n a m it o l o g í a ce rra d a , P e r o u n a s o c i e d a d q u e r e c o n o c e la c o p re -
s e n c i a n e c e s a r i a d e l i b e r ta d y d e c o m p r o m i s o , d e c i e n c i a y de m ito lo g ía ,
p u e d e d i s p o n e r d e u n a m it o lo g ía abierta, y es la ú n i c a a la q u e d e b e
a s p i r a r la s o c i e d a d d e m o c r á t i c a . E s ta m it o lo g ía n o es m á s q u e « u n a
p l u r a l i d a d d e m it o s d e c o m p r o m i s o , d o n d e el E s ta d o a s u m e la ta r e a de
m a n t e n e r la p a z e n t r e ellos» (The C ritica l P ath, pág. 106). E sto n o q u ie r e
d e c i r d e n i n g u n a m a n e r a , c o m o a v e c e s se c r e e a p r e s u r a d a m e n t e , q u e
e n u n a s o c i e d a d s e m e j a n t e to d o s los v a l o re s s o n r e la tiv o s (al n o d e p e n ­
d e r sin o d e los p u n t o s d e vista) ni q u e se r e n u n c i a a to d a v e r d a d de
a u t o r i d a d ; lo q u e se m o d if ic a es la f u n c i ó n d e e s ta v e r d a d : m á s q u e
o b lig a c i ó n p re v ia , se c o n v i e r t e e n el h o r i z o n t e c o m ú n d e u n d iá log o
d o n d e se e n f r e n t a n o p i n i o n e s d if e r e n te s ; es lo q u e h a c e p osible este
d iá lo g o . Y F ry e p r o p o n e i n c lu s o a l g u n o s p u n t o s d e r e f e r e n c i a q u e p e r ­
m it e n e v a l u a r los d if e r e n t e s m ito s d e c o m p r o m i s o q u e c i r c u l a n en
n u e s t r a s o c ie d a d : su c o m p a t i b i l i d a d t a n to c o n la c a r id a d , o r e s p e to p o r
la v id a ajena, c o m o c o n la h o n e s t i d a d i n te le c tu a l, y, asi, f in a l m e n te , co n
los r e s u lt a d o s de la c ie n c ia .
¿C ó m o se m a n if ie sta , c o n c r e t a m e n t e , u n a m it o lo g ía ? E n las s o c i e d a ­
d e s tr a d i c io n a le s , e n c u e n t r a su e x p r e s i ó n e n los m ito s y e n las d iv e rsa s
f o rm a s d e p r á c t i c a religiosa. E n las s o c i e d a d e s m o d e r n a s , es te p a p e l es
a s u m i d o p o r lo q u e l l a m a m o s la c u l t u r a , c o n , e n s u c e n t r o , las a r te s y
m á s p a r t i c u l a r m e n t e la l it e r a tu r a , la l i t e r a t u r a n a r r a t i v a m á s q u e to d o lo
d e m á s . De a h í la a f in id a d e n t r e r e lig ió n y lite r a tu r a : n o p o r q u e ésla
p r o v e n g a d e a q u e lla , o d e b a r e e m p la z a r la , s in o p o r q u e a m b a s so n v a r i e ­
d a d e s d e la m ito lo g ía , a d a p ta d a s a s o c i e d a d e s d if e r e n t e s . La l i t e r a t u r a - a
la c u a l v o lv e m o s tras u n la rg o d e s v í o - n o es u n a f o r m a d e g r a d a d a de
c ie n c ia , n o es u n a d e s c r i p c i ó n del m u n d o , s in o u n a e x p r e s ió n d e los
v a l o re s d e u n a s o c ie d a d , u n m u n d o i m a g in a d o . L a f u n c i ó n d e la l it e r a tu ­
ra es la d e « d o ta r a la s o c ie d a d d e u n a v isió n im a g i n a r i a d e la c o n d i c i ó n
h u m a n a » , e s c r i b e F ry e ( « L i te r a t u r a y m ito», P o étiq u c, 8, 1979, pág. 497);
y t a m b ié n : «La L i t e r a t u r a es e l " g r a n c ó d i g o ” d el c o m p r o m i s o » ( The
C ritica l P ath, pág. 128); s e ve q u e , a u n c u a n d o el p e n s a m i e n t o d e F ry e no
h a y a ja m á s c o n o c i d o v e r d a d e r a s r u p t u r a s , u n a c i c r la d is t a n c ia s e p a r a
t \s la ¡illi l i t a c i ó n d e la r u u i ' C ' p i ' i ó n i l r In lit e r a tu r a r \ | > u r s l a aitlr i ¡ot m i'n
te, d o n d e la l it e r a tu r a e n c u e n t r a su fin e n sí m is m a . T o d a r e d u c c i ó n (li­
las a r te s a u n a f u n c ió n m e r a m e n t e e s té t ic a d e c o n t e m p l a c i ó n es e r r ó ­
n ea , ya q u e ig n o r a es la d i m e n s i ó n so c ial e s e n c ia l. El p a p e l r e s e r v a d o a
las a r te s e n las s o c i e d a d e s d e m o c r á t i c a s es, a d e m á s , c u a l i t a t i v a m e n t e
n u ev o : es el d e u n l a b o r a t o r i o d o n d e se p r e p a r a n , e n lib e r ta d , n u e v o s
m ito s d e c o m p r o m i s o . N o es c a s u a lid a d q u e las a r te s s e a n r e p r i m i d a s e n
las s o c i e d a d e s q u e viven bajo la r e g la d e u n c o m p r o m i s o ú n i c o , c o m o
las s o c ie d a d e s to ta lita ria s . N o s ó lo la l i t e r a t u r a es so c ial, s in o q u e t a m ­
b ié n la s o c i e d a d ( d e m o c r á t i c a ) n e c e s i t a d e la l it e r a tu r a . « P o r sí m is m a ,
la l it e r a tu r a n o p u e d e e v i ta r la d e s t r u c c i ó n total, q u e es u n o d e los
n u m e r o s o s d e s tin o s p o s ib l e s d e la r az a h u m a n a ; p e r o p ie n s o q u e ese
d e s tin o s e r ía in e v ita b le sin la lit e r a tu r a » , c o n c l u y e F ry e (e n u n a . c o n f e ­
r e n c i a in é d ita , « L ite ra tu r e as a C r itiq u e o f P u r é R e a s o n » , 1982), c o m o
e c o , qu iz á, de las fra ses e s e n c ia le s c o n las q u e S a r t r e t e r m i n a b a Q u 'e s t—
ce q u e la litté r a tu re ?: «El m u n d o p u e d e m u y b ie n p r e s c i n d i r d e la
l it e r a tu r a . P e r o p u e d e p r e s c i n d i r a ú n m á s f á c ilm e n te d el h o m b r e » (pág.
357).
D u r a n t e casi d o s m il a ñ o s , p ie n s a F rye, E u r o p a o c c i d e n t a l h a e x p r e ­
sa d o su s c o m p r o m i s o s a tra v é s d e u n v asto c o n j u n t o de m itos; e s o s m ito s
p e r m a n e c e n vivos h o y e n día, a u n c u a n d o R o u s s e a u y los r o m á n t i c o s ,
M arx y F r e u d h a y a n a p o r t a d o n u e v o s e l e m e n t o s m it o ló g ic o s . E ste c o n ­
j u n t o e n c u e n t r a su o r ig e n e n la B iblia, e n la tr a d i c i ó n j u d e o c r i s t i a n a
q u e , d e s d e los t i e m p o s d e su c r e a c i ó n , h a l o g r a d o a b s o r b e r los d e m á s
m ito s p r e s e n t e s e n la m e m o r i a c o le c tiv a : ta n t o los d e la m ito lo g ía
c l á s i c a c o m o los del a m o r c o r té s , ta n t o las le y e n d a s d e los N ib e l u n g o s
c o m o las d e l re y A rtu ro . La Biblia, c o m o h a d i c h o B lake , es «el G ra n
C ó d ig o d e l Arte», p r o p o n i e n d o t a n t o u n m o d e l o d e l e s p a c io , d e l c ielo al
in f ie r n o , c o m o d el tie m p o , d e s d e el g é n e s is h a s ta el a p o c a lip s is ; to d o s
los p o e t a s e u r o p e o s h a n h e c h o u s o d e ella, s a b i é n d o l o o no. S e ve a h o r a
m e j o r e n q u é r a d i c a la u n i d a d d e la o b r a c r ít ic a d e Frye, c u y o p r i m e r
libro, F ea r/u l S y m m a trie (1947), es u n a m o n o g r a f í a s o b r e B la k e y el
ú l ti m o , The G reat C ode, u n a e x p l o r a c i ó n d e la m it o lo g ía b íb lic a . E n
c r í t i c a literaria , s e g ú n p a r e c e , a m e n u d o el o b je to e s tu d ia d o se a p o d e r a
d e la v o l u n t a d d e l s u je to q u e lo e s tu d ia ; así c o m o B a jtin fue t o d a s u vida
c o m o u n a e s p e c ie d e p o r ta v o z d e D o stoievsky, F rye n o h a h e c h o s in o
a m p l i f i c a r y e x p l ic i ta r e s ta i n t u i c i ó n d e Blake.

C rítica II

E n A n a to m ía de la crític a , F ry e d e f in e s u p r o y e c t o c o m o u n « estu d io
s i s te m á tic o d e las c a u s a s f o r m a le s d e l arte» (pág. 29). Si se t i e n e n en
c u e n t a s u s d e m á s textos, se d e b e r í a a ñ a d ir : «y u n a lib re r e f le x ió n a c e r c a
d e los e f e c to s s o c ia l e s del arte». P e r o él m i s m o está d is p u e s to a c o r r e g i r ­
se, e n la p r o p i a A n a to m ía ..., así c o m o e n o tr a s p a rte s:

La crítica te n d rá s ie m p r e d o s aspectos, u n o vuelto h a c ia la estruc-

lura de la literatura y el o tro hacia los d e m á s fen ó m e n o s cultu rales
q u e fo rm a n el e n to rn o social de la literatura. Ju ntos, se e q uilibran el
u n o al otro: c u a n d o se trabaja sobre un o excluyendo el otro, la
p ersp e ctiv a crítica necesita se r puesta a p u n to (The Critical Path, pág.
25).

P o r e s ta r a z ó n F rye se n ie g a a r e c o n o c e r s e e n u n a e s c u e l a a la q u e
p e r t e n e c e r í a ( a u n c u a n d o f u e r a p a r a s e r su jefe), y a d e m á s r e c h a z a c o m o
i lu s o ria la p l u r a l i d a d d e « m é to d o s» q u e c a r a c t e r i z a r í a a la c r ític a c o n ­
t e m p o r á n e a : la ú n i c a d i f e r e n c i a r e s id e e n la p a r t e d e l o b je to a la cual
u n o se d e d ic a . C o m p r e n d e r u n te x to lite r a r io , e s c r i b e e n o t r a p a r t e (The
S tu b b o rn S tr u c tu r e , pág, 88), n o es m á s q u e p o n e r l o e n r e l a c i ó n c o n
c o n t e x to s d if e r e n t e s : el d e las o t r a s o b r a s d e l a u t o r y el r e s to d e su vida;
el de su tie m p o ; el d e la l i t e r a t u r a a s u m i d a c o m o u n to do. La p r e f e r e n c i a
p e r s o n a l q u e se e x p e r i m e n t e p o r el e s tu d io d e u n c o n t e x t o d e t e r m i n a d o
m á s q u e d e o tr o , n o sig n ific a q u e ex ista u n a p e r t i n e n c i a exclusiva; las
d iv e rsa s c r ít ic a s d e u n a o b r a p u e d e n , u n a vez m á s, c o m p l e t a r s e e n vez
de contradecirse.
P e ro , ¿ c ó m o s i t u a r la c r í t i c a e n r e l a c i ó n c o n la o p o s i c i ó n e n t r e
c o m p r o m i s o y lib e r ta d , e n t r e m it o lo g ía y c i e n c ia ? F ry e tit u b e a al r e s p e c ­
to. P o r u n a p a r te , s a b e q u e la c r ític a , c o m o to d a s las c i e n c ia s h u m a n a s ,
c o m o la t e o r í a p o lític a o la filosofía, es p a r t e in t e g r a n t e d e la e s t r u c t u r a
m it o ló g ic a p r o p i a d e la s o c ie d a d , i n c lu s o si, c o m o las o t r a s d isc ip lin as
h u m a n i t a r i a s , t a m b i é n o b e d e c e a re g la s d e v e r if ic a c ió n e m p í r i c a y de
r a z o n a m i e n t o lógico: p a r ti c ip a , e n efe c to , e n el e s t a b l e c i m i e n t o d e l
m u n d o d e los v a l o re s d e u n a s o c ie d a d . P e r o , p o r o t r a p a r te , fiel a su
i n t e r p r e t a c i ó n d e la c i e n c i a c o m o p r o d u c t o d e la a c t i t u d d e lib e r ta d y
n o - c o m p r o m i s o , r e c h a z a a t r i b u i r al sa b io u n a r e s p o n s a b i l i d a d d if e r e n te
d e la d e s c r i p c i ó n e x a c t a d e s u o bje to . S e p o d r ía , quizá, s u p e r a r esta
c o n t r a d i c c i ó n a p a r e n t e d e los e n u n c i a d o s , si n o s r e m o n t á r a m o s a lo q u e
es su c a u s a , a sa b e r , la c o m p l e j i d a d d e l o b je to d e s c r ito . E s c i e r t o q u e
es tas d isc ip lin a s , y s i n g u l a r m e n t e la c r ític a , f o r m a n p a r t e a la vez d e las
c i e n c ia s y d e las arte s; n o p o r q u e , lo v im o s c o n B ajtin, se r e q u i e r a u n a
e s c r i t u r a «artista», s in o p o r q u e , al m i s m o t i e m p o q u e o b e d e c e a las
o b lig a c i o n e s cien tífic as, el c r i t i c o t o m a p o s i c i ó n r e s p e c t o a los v alo re s
q u e s o n la m a t e r i a d e los p r o p i o s te x to s lite r a r io s ; o, e n to d o caso,
d e b e r í a h a c e r l o . C o m o r e c u e r d a e n tal o c a s i ó n el p r o p i o Frye, «el ú n i c o
s a b e r d ig n o d e es e n o m b r e es el q u e c o n d u c e a la s a b id u r í a , ya q u e u n
s a b e r sin s a b i d u r í a es u n c u e r p o sin vida» (T h e S tu b b o rn S lr u c íu r e , pág.
15). P e ro , ¿ p o d e m o s a s p i r a r a la s a b i d u r í a si n o s c o n t e n t a m o s c o n s i t u a r
a c a d a a u t o r r e s p e c to al ideal q u e le es p r o p io , c o m o n o s a c o n s e j a b a el
a u t o r d e A n a to m ía de la c r itic a l Si d e esa m a n e r a n o s v e m o s lle v a d o s a la
a p o r ía , és p o r q u e la d i c o t o m í a in ic ia l d e F rye e r a d e m a s i a d o ra d ic a l (lo
q u e n o q u i e r e d e c i r q u e hay a q u e e l i m i n a r l a c o m p l e t a m e n t e ) . Es u n
h e c h o q u e los v a l o r e s n o c o m p e t e n a la v e r if ic a c ió n e m p ír ic a ; p e r o
¿ r e s u lta p o r t a n to in e v ita b le v e r lo s f u n d a m e n t a d o s p o r la m e r a a u t o r i ­
dad ? S e p u e d e d is c u tir a c e r c a d e los v a l o re s y d e los g u sto s, c o n t r a r i a ­
m e n t e a lo q u e d ic e el a d a g io a n tig u o ; p e r o e s ta m i s m a p o sib ilid a d
im p l ic a u n a r e f e r e n c i a a lo u n iv e r s a l y a la v e r d a d , q u e ya no es
i n c o m p a t i b l e c o n el e s p ír i tu d e la c ie n c ia .
P ie n s o q u e e n r e a lid a d F ry e h a e s c o g id o c o n c i l i a r s a b e r y s a b id u r í a ,
co n o c im ie n to y co m p ro m iso , m ás q u e d ejarse e n c e r r a r en u n a c o n c e p ­
c i ó n m o n i s t a de s u p r o fe s ió n ; fu e i n c lu s o m u y lejos e n la d i r e c c i ó n del
artista, y p o r c o n s i g u i e n t e d el m o r a l is ta , a j u z g a r p o r la f o r m a y el es tilo
d e su s trab a jo s. N o s e tr a ta d e q u e lo d o lo q u e e s c r ib ió s e a i r r e p r o c h a ­
ble. S u te x to d a a m e n u d o la i m p r e s i ó n d e p r e s e n t a r e n t é r m i n o s m á s
se n c illo s , d e «vulgarizar», u n p e n s a m i e n t o d el q u e n o t e n d r e m o s n u n c a
la v e r s ió n rig u ro s a . S u s o b r a s , a d e m á s , s o n r i g u r o s a m e n t e rep etitivas:
v e r ía la e x p l i c a c i ó n n o t a n to e n su e v i d e n te f a c ilid a d d e e s c r i t u r a c o m o
e n la c o n v i c c i ó n u n p o c o i n g e n u a d e q u e s u s l e c to r e s , c o m o su s a u d i t o ­
res, s o n s i e m p r e d if e r e n t e s , y q u e hay, p o r c o n s i g u i e n t e , q u e e x p l ic a rl e s
to d o d e s d e el c o m ie n z o ; p e r o lo c i e r t o es q u e e n c a d a n u e v o lib r o
d e s c u b r i m o s q u e el a n t e r i o r n o e r a m á s q u e s u b o r r a d o r . P o d e m o s
l a m e n t a r tal e s ta d o d e c o s a s p e r o n o p o d e m o s d e j a r d e v e r q u e p r o c e d e
d e u n a c o n v i c c i ó n p e r f e c t a m e n t e ju stific a d a : a s a b e r , q u e la p e d a n t e r í a
d el estilo p u e d e m a t a r la l i b e r ta d del p e n s a m i e n t o . P o r e s ta r a z ó n , el
e s tu d io s is te m á tic o h a sid o c o m p l e t a d o , c o m o dije, p o r la lib r e reflex ió n :
la je r g a e s p e c ia liz a d a q u e d a r e d u c i d a al m í n i m o , las n o t a s h a n d e s a p a r e ­
cid o , los an á lisis d e o t r a s o b r a s r e l a c i o n a d a s c o n los m i s m o s t e m a s s o n
e x c e p c io n a le s . El c o n t e x t o q u e r e c r e a n los lib ro s d e F rye es el del
d iá lo g o , n o el d e l e s tu d io i m p e r s o n a l . H a b la a u n i n t e r l o c u t o r b e n é v o l o
p e r o n o e s p e c ia lis ta . Y, c u a n d o se d e ja d e la d o u n lib r o d e Frye, no
s i e m p r e se tie n e , qu iz á, la i m p r e s i ó n d e h a b e r a p r e n d i d o m u c h o , p e r o se
s i e n t e q u e u n o h a e s ta d o e n c o n t a c t o , d u r a n t e u n m o m e n t o , c o n u n
e s p ír i tu q u e p o s e e u n a r a r a c u a lid a d : la n o b le z a .
 LA CRITICA REALISTA
(C o rre sp o n d e n c ia c o n Ia n W att)

La o b r a d e I a n W a tt n o h a s id o o b je to d e d e m a s i a d a s tr a d u c c i o n e s ,
c o n e x c e p c i ó n d e d o s p u b l i c a c i o n e s e n la re v is ta P o étiq u e. E s to se
e x p lic a , sin p o r e llo d is c u lp a r lo , p o r el h e c h o d e q u e , h a s ta a h o r a , su
o b r a se h a r e f e r id o e s e n c i a l m e n t e a la lit e r a t u r a in g le sa , a u n c u a n d o
W a tt i n c u r s i o n ó i g u a l m e n t e e n el c a m p o d e la t e o r í a an tro pológica^
g e n e r a l , c o l a b o r a n d o e n u n lla m a tiv o e n s a y o a c e r c a d el p a p e l de la
e s c r i t u r a e n la h is t o r ia («The C o n s e q u e n c e s o f L iteracy», c o n J a c k
G o o d y , 1960, r e p r o d u c i d o , p o r e j e m p l o , e n J. G ood y, c o m p ., L itera cy in
T ra d itio n a l S o c ie tie s , 1968). S u o b r a n o es, p o r lo d e m á s , a b u n d a n t e : se
l im ita a d o s libros: T he R ise o f the N o v e l (1957), e s tu d io a c e r c a del
« n a c i m i e n t o d e la n o vela» e n I n g l a t e r r a a tra v é s d e la o b r a d e D efoe,
R i c h a r d s o n y F ield in g , y C o n ra d in the N in e te e n th C e n tu ry (1979), pri~'
m e r t o m o d e u n a m o n o g r a f í a s o b r e C o n r a d , q u e i n c l u i r á d o s to m o s m ás;
se a ñ a d e a e s to u n a d o c e n a d e a r t í c u l o s su sta n c ia le s . L a ra z ó n d e q u e su
o b r a n o s e a e x t e n s a es i n h e r e n t e al tr a b a jo m i s m o d e Watt: n o es u n
t e ó r i c o s in o u n e m p ír io o ; a h o r a b i e n , éste, a d if e r e n c ia d e a q u é l, e s tá
o b lig a d o a l e e r m u c h o y a e s c r i b i r p o c o .
P ero a m b o s libros son d o s obras m aestras d e la crítica literaria. P o r tal
razón escojo la o b r a d e W a tt c o m o ejem p lo — p a rtic u la rm e n te logrado, hay
q u e d e c ir lo — d e un tipo d e trabajo crítico q u e c o rre peligro de p a s a r
desap e rc ib id o si sólo se tie n e n e n c u e n ta los e n u n c ia d o s p ro g ra m á tic o s y las
reflexiones teóricas, c u a n d o e n rea lid ad ab s o rb e los esfuerzos de la m ayoría
d e las p e rso n a s dedicada^ a e s ta profesión. Trabajo de c o m e n ta rio paciente,
de restitución del se n tid o ^Je las p alab ras y d e las c o n s tru c c io n e s sintácticas,
b ú s q u e d a d e in fo rm a c io n e s de todo tipo, s o m e tid o a u n a sola meta: h a c e r
c o m p r e n d e r m e jo r el te^to q u e se tiene a n te los ojos. Esta critica n o divulga
a lo i c u a tro vientos su p r o g ra m a , p e ro éste d e b e c i e rta m e n te existir en
alguna parte, a u n q u e haya q u e afan arse e n buscarlo. C o m o da la casualidad
de q u e c onoz co p e r s o n a lm e n te a Ian Watt, h e decidido rem itirle mi descrip:
ció n de su trabajo, p ara darle la o p o r tu n id a d d e expresarse al respecto; he
aquí el in te rc a m b io q u 0 .se produjo:

Q u e r i d o Ian:
T e m a n d o a l g u n a s re f le x io n e s q u e h a s u s c ita d o e n m í la le c t u r a d e
t u s te x to s c rític o s.
 L la m e m o s c o m e n ta rio al texto q u e se p r o d u c e a p a r ti r de o tro texto, a
fin d e fac ilita r s u c o m p r e n s i ó n . La o p e r a c ió n f u n d a m e n ta l del c o m e n t a ­
d o r es, e n el fondo, s i e m p r e la m is m a : c o n s is te e n r e l a c i o n a r el texto qu e
an a liz a c o n o tro s e l e m e n t o s d e i n f o r m a c ió n , q u e p o r c o n s ig u ie n te for­
m a n su c o n te x to . ¿C uáles so n los c o n t e x to s e s e n c ia le s a los q u e u n o se
refiere al le e r u n a p ág in a? S c h l e i e r m a c h e r , f u n d a d o r d e la h e r m e n é u t i c a
en la e d a d m o d e r n a , id e n tific a d o s d e éstos. P o r u n a p a r te , s e r á n e c e s a ­
rio el c o n o c i m i e n t o d e la le n g u a de la é p o c a , q u e se p o d r ía sim b o liz a r
p o r u n d ic c io n a r i o y u n a g r a m á tic a ; es lo q u e él lla m a b a la i n t e r p r e t a ­
c ió n «gram atical». P o r o tr a p a r te , hay q u e i n c l u i r la p á g in a a n a liz a d a en
el c o r p u s al cual p e r te n e c e : la o b r a d e la cu a l se ex tra e, las o tr a s o b ra s
del m is m o es c r ito r , y h asta su b io g ra fía c o m p le ta ; lla m a b a a ésta i n t e r ­
p r e ta c ió n «técnica».
Los té r m in o s d e S c h l e i e r m a c h e r n o se u s a n h oy e n día; p o r eso los
r e e m p la z a r é p o r o tro s, al h a b l a r d e an á lis is filo ló g ico e n el p r i m e r ca so
( re s titu c ió n del i d io m a d e la é p o c a ) y de análisis es tu c tu ra l, e n el s e n tid o
am p lio , en el s e g u n d o (la p u e s ta e n e v id e n c ia d e las r e la c io n e s intratex-
tuales). P e r o a m b o s c o n te x to s n o h a n sido c o n s id e r a d o s c o m o s u fic ie n ­
tes y se h a n c o m p l e t a d o c o n otros, d e los c u a le s r e t e n d r é d o s aq uí, q u e
c a b r ía e n t e n d e r , e n c i e r to s asp e c to s, c o m o p r o lo n g a c io n e s d e los dos
p r im e ro s . Hay, p o r u n a p a rle , lo q u e lla m a ré el c o n t e x to ideológico,
c o n s titu id o p o r los o tr o s d is c u r s o s e n u n c ia d o s e n la m is m a é p o c a,
filosófico, p o lítico, cien tífic o , religioso, es tético , o p o r las r e p r e s e n t a c i o ­
nes d e las re a lid a d e s s o c io e c o n ó m ic a s ; es, p o r c o n s ig u ie n te , u n c o n te x to
a la vez sin c ró n ic o y h etero g é n eo , c o n t e m p o r á n e o y n o literario . Se le
lla m a a v ec es el c o n t e x to «histórico», e m p l e a n d o la p a l a b r a d e m o d o
p a ra d ó jic o , ya q u e se e n c u e n t r a p r e c i s a m e n t e e lim in a d a to d a d im e n s ió n
te m p o r a l; de h e c h o , la d e n o m i n a c i ó n c o n v e n d r í a m e jo r a o tr o gran
c o n t e x to q u e , p a r a n o c o m p l i c a r las co sas, lla m a r é s i m p l e m e n t e el
c o n t e x to literario. S e tr a ta d e la t r a d i c ió n lite ra ria , d e la m e m o r i a d e los
e s c r ito r e s y de los le c to re s , q u e se cristaliza e n c o n v e n c i o n e s g e n é ric a s,
e s te r e o t ip o s n a r r a ti v o s y estilísticos, im á g e n e s m á s o m e n o s in m u ta b le s ;
es, p u es, u n c o n t e x to a la vez d ia c ró n ic o y h o m o g én e o .
¿Q ué r e la c io n e s m a n t i e n e n estos dos d if e r e n te s c o n te x to s ? H ay q u e
d istin g u ir aq u í el d e r e c h o y el h e c h o . E n la p r á c tic a , la e s p e c ia liz a c ió n
m o d e r n a exige q u e se e s c o ja u n o e n d e t r i m e n t o del o tro , p a r a a d q u i r i r
u n a m a y o r c o m p e te n c i a . P ero , e n p r in c ip io , no se ve e n n o m b r e de q u é
esas p u e s ta s e n r e la c ió n su c e siv a s d e b e r í a n c o n s i d e r a r s e e x c lu y e n te s la
u n a d e la otra. La o b r a lite ra ria (igual q u e las d e m á s ) d e p e n d e c o n
a b s o lu ta e v id e n c ia d e su c o n t e x to id e o ló g ic o y d e s u c o n t e x to literario,
sin h a b l a r del h e c h o de q u e el análisis filológico y el análisis e s tr u c tu r a l
d e b e r ía n a c o m p a ñ a r to d o in te n to d e u n a m e j o r c o m p r e n s i ó n del s e n t i ­
do. P o r c o n s ig u ie n te , es a la vez v a n o y n o c iv o o p o n e r estas d if e r e n te s
p e rsp e c tiv a s, al r e iv i n d ic a r p a r a c a d a u n a d e ellas u n d e r e c h o de m o n o ­
polio; si h e m o s p o d id o e x t r a v i a m o s e n es a vía, es p o r h a b e r c o n v e r tid o
el m e d io e n fin: e n vez de q u e el tra b a jo rea liz a d o e n c a d a u n a d e esas
p e r s p e c ti v a s c o n t r i b u y a a la c o m p r e n s i ó n d e las o b r a s , se h a n c o s ifica d o
e s o s p u n t o s d e vista e n id e o lo g ía s c o m p e ti tiv a s , c o n p r e t e n s i ó n to ta liz a ­
d o r a . S in e m b a r g o , es b u e n o d e s c u b r i r q u e d ic h a s p e r s p e c ti v a s c rític a s
s o n c o m p a t i b l e s , n o s ó lo d e d e r e c h o , s in o t a m b i é n d e h e c h o ; tal es,
p r e c i s a m e n t e , la d e m o s t r a c i ó n q u e a p o r t a tu o b r a crítica .
El p r i m e r c a p í t u l o d e T h e R ise o f th e N o v e l s e a b r e c o n u n a p r e g u n t a
d o b le , a la c u a l r e s p o n d e t o d o el r e s to d e l lib ro ; «¿En q u é d ifie re la
n o v e la d e las o b r a s d e f ic c ió n e n p r o s a e x i s te n te s e n el p a s a d o , p o r
e j e m p l o e n G re cia, o e n la E d a d M e d ia, o e n el siglo XVII e n F r a n c ia ? ¿Y
h a b r á a l g u n a r a z ó n p a r a q u e es tas d if e r e n c ia s h a y a n a p a r e c i d o e n tal
l u g a r y e n tal m o m e n t o ? » (pág. 9). Ya se ve q u e es tas p r e g u n t a s r e c u r r e n
a v a r io s d e los c o n t e x t o s m e n c i o n a d o s a n t e r i o r m e n t e . La c o m p e t e n c i a
filológica, q u e es o bvia , n o s e m e n c i o n a ; p e r o la p r i m e r a p r e g u n t a
r e c u e r d a t a n to la p e r s p e c ti v a e s t r u c t u r a l (la i d e n tif ic a c i ó n d e l g é n e r o
n o v e l e s c o y su d e s c r i p c i ó n f o r m a l) c o m o la p e r s p e c ti v a l it e r a r ia ( u n a
c o n f r o n t a c i ó n d e e s ta f o r m a c o n la t r a d i c i ó n literaria ); m i e n t r a s q u e la
s e g u n d a e s tá o r i e n t a d a h a c i a el c o n t e x t o id e o ló g ic o , ya q u e r e l a c i o n a el
g é n e r o c o n o tr o s a c o n t e c i m i e n t o s c o n t e m p o r á n e o s .
Y to d o el lib r o p r o s i g u e s i m u l t á n e a m e n t e es tas d iv e rsa s in v e s tig a c io ­
nes. D e s c rib e , p o r u n a p a r te , los r a s g o s f o r m a le s d el g é n e r o n o v e le s c o ,
e n c o n t r a s t e c o n la p r o s a a n t e r i o r : la e l e c c i ó n d e u n a in tr ig a o r ig in a l
m á s q u e tr a d ic io n a l; la r e p r e s e n t a c i ó n d e f e n ó m e n o s c a m b i a n t e s m á s
q u e d e e s e n c ia s in m u t a b le s ; el i n te r é s p o r la v id a de los in d iv id u o s, q u e
se t r a d u c e e n u n a n u e v a c l a s e d e n o m b r e s d e los p e r s o n a je s ; la p a r tic u -
l a r iz a c ió n d e l tie m p o , q u e d e s e m b o c a e n el siglo XX e n el m o n ó lo g o
in te r io r ; la p a r t i c u l a r i z a c i ó n d e l e s p a c io ; el u s o d e l le n g u a je « c o m o
s im p le m e d i o d e d o ta c ió n » (pág. 28), etc. P o r o t r a p a r te , a n a liz a las
g r a n d e s id e a s a p o r t a d a s p o r D e s c a r te s y L o c k e , o p o r la r e v o l u c i ó n
r e lig io sa d e los p u r i t a n o s , asi c o m o las t r a n s f o r m a c i o n e s d e las r e a l i d a ­
d e s s o c ia le s y e c o n ó m i c a s m is m a s , ya q u e éstas, e n f o r m a d e d i s c u r s o o
d e i m á g e n e s , e s tá n i g u a l m e n t e p r e s e n t e s e n la c o n c i e n c i a d e los a u t o r e s
y d e los le c t o r e s d e la é p o c a ( le e m o s , p o r e j e m p l o , e n q u é co n s iste ,
e s t a d í s t i c a m e n t e h a b l a n d o , la e v o l u c i ó n d e l m a t r i m o n i o e n I n g l a t e r r a
e n el siglo x v u i) .
S u c e d e lo m i s m o c o n tu s d e m á s textos. C a d a o b r a d e C o n r a d (aq u í
t e n e m o s q u e v e r c o n u n e s c r i t o r i n d iv i d u a l y n o ya c o n u n g é n e r o ) se
a n a liz a c o n to d o d e t a ll e e n sí m is m a ; p e r o a e s to s a n á lis is los p r e c e d e
u n a e v o c a c ió n d e las g r a n d e s d i s c u s i o n e s i d e o ló g ic a s d e la é p o c a ( e n tr e
é t ic a v i c t o r i a n a y n ih il is m o n a c i e n t e , e n t r e n o s ta lg ia re lig io sa e i d e o lo ­
gía c ie n tista ), y d e su s e c o s e n la r e f le x ió n p r o p i a m e n t e e s té tic a (los
m o v i m i e n t o s im p r e s i o n i s t a y sim b o lista ) ; e s ta s o b r a s , a d e m á s , se c o n ­
f r o n t a n c o n s t a n t e m e n t e c o n te x to s lite r a r io s , c o n t e m p o r á n e o s y a n t e r i o ­
res. Un a n á lis is m á s b r e v e d e H e n r y J a m e s i d e n tif ic a p r i m e r o las c a r a c ­
te r í s tic a s d e s u estilo: « P r e f e r e n c i a p o r los v e r b o s in tr a n sitiv o s ;
a b u n d a n c i a d e n o m b r e s a b s tra c t o s ; u s o a b u n d a n t e de ih a t; u n c ie r to
r e c u r s o a v a r ia n te s e l e g a n te s c u y o o b je tivo es el d e e v ita r la a c u m u l a ­
c ió n de p r o n o m b r e s p e r s o n a le s y d e a djetivos pose siv o s tales c o m o "él",
"su, suyo", "a él, le"; fin a lm e n te , el e m p l e o m u y f r e c u e n te de n e g a c io n e s
o d e casi n e g a cio n es» («The First P a r a g r a p h o f The A m b a ssa d o rs», 1960);
y se p r o lo n g a lue go e n f o r m a d e re fle x ió n s o b r e el e m p ir is m o y el
in d iv id u a lism o d e J a m e s , o s o b r e el re la tiv is m o e s c é p tic o q u e d o m in a ,
no sólo el p e n s a m i e n to d e J a m e s , s in o ta m b i é n el de la s e g u n d a m itad
del siglo xix!
P o d r ía m o s c r e e r , s e g ú n m i d e s c r ip c i ó n , q u e se tr a t a d e u n a y u x ta p o ­
sic ió n m e c á n ic a . P e r o n o es así, y la e x p lic a c ió n es la sig u ien te : en c a d a
libro, forjas u n a e s p e c ie d e lingua fra n c a , d e e s p e r a n to , c o n la c u a l
tr a d u c e s los d if e r e n te s d isc u rs o s q u e analizas. E s ta le n g u a in t e r m e d i a r i a
es la de la ideología, e n t e n d id a a q u í c o m o la t r a d u c c i ó n e n le n g u aje
c o m ú n ta n to d e las ideas filosóficas, relig io sas o p o lítica s, c o m o de las
fo rm a s literarias. Es u n p o c o lo q u e M o n te s q u ie u lla m a b a el «espíritu de
las n ac io n e s» , u n s u s tra to id e o ló g ic o p r o d u c i d o b a jo el efe cto de to das
las in stitu c io n e s s o c ia le s y q u e las i m p r e g n a a su vez. Hay q u e d e c i r que,
si el p r i m e r tipo de c o n v e r s ió n , el de los o tr o s d is c u r s o s e n d is c u rs o
ideo ló g ic o , p r e s e n t a s ó lo p r o b le m a s d e o p c i ó n e n el nivel de a b s t r a c ­
ción., el s e g u n d o , el d e las fo rm a s literaria s e n id e ología , re v e la e n ti u n
d o n de in t é r p r e t e p o c o c o m ú n . Sin n in g ú n e s fu e rz o visible e s crib es
frases c o m o : «La total s u m is ió n del te m a al m o d e l o d e las m e m o r ia s
a u to b io g r á f ic a s ( re a liz a d a p o r Defoe) es u n a a f ir m a c ió n d e la p r im a c ía
d e la e x p e r ie n c ia in d iv id u al ta n p r o v o c a d o r a c o m o lo e r a el cogito de
D e sc a r te s p a r a la filosofía» (The R ise o f the N o vel, pág. 15), o: «La n o v ela
exige u n a c o n c e p c i ó n del m u n d o c e n t r a d a e n las r e la c io n e s so ciales
e n t r e p e r s o n a s individuales» (ibíd ,, pág. 84), o ta m b ié n : «Los rasg o s m á s
im p a c t a n te s e id e n tific a b le s del estilo d e J a m e s , su v o c a b u la r io y su
sintaxis, reflejan d i r e c t a m e n t e s u a c titu d r e s p e c t o a la vida y su c o n c e p ­
ció n d e la novela» («The first p a ra g ra p h ...» , págs. 188-189).
La h ip ó te sis s u b y a c e n te a esta c lase de análisis es q u e la lit e r a tu r a es
u n a f o r m a d e id e o lo g ía e n t r e m u c h a s o tras. E sta h ip ó te sis - m í n i m a — n o
d e b e c o n f u n d ir s e c o n a f ir m a c io n e s m á s a m b ic io s a s . R e s u lta abusivo,
p o r e je m p lo , a f i r m a r u n a r e la c ió n d e c a u s a efe c to e n t r e u n a id e o lo g ía
social ya c o n s titu i d a y la lite ra tu ra . «Las in n o v a c i o n e s ta n to filosóficas
c o m o lite ra ria s (en el siglo Xv i t l ) d e b e n s e r c o n s id e r a d a s c o m o las
m a n if e s ta c io n e s p a r a le la s d e u n c a m b i o m a y o r, esa a m p lia tr a n s f o r m a ­
c i ó n d e la civ ilización o c c id e n ta l d e s d e el R e n a c im ie n to , q u e r e e m p la z ó
la im a g e n d e u n m u n d o m e d ie v a l u n if ic a d o p o r o tra, m u y diferente»
(The R ise o f the N o v el, pág. 31). Es in c lu so i m p r u d e n t e c r e e r q u e la
id e o lo g ía e n el lib ro es u n a r e p r e s e n t a c i ó n fiel d e la id e o lo g ía del m u n d o
c i r c u n d a n t e . «De to d a s m a n e r a s , los m á s g r a n d e s a u t o r e s s o n p o ca s
ve c e s r e p r e s e n ta t iv o s d e la id e o lo g ía d e s u tie m p o ; tie n d e n m á s b ie n a
e x p o n e r sus c o n t r a d i c c i o n e s in te r n a s o a m o s t r a r q u e su c a p a c id a d
de d a r c u e n t a de los h e c h o s de la e x p e r i e n c i a es m u y parcial» (Con-
rad..., pág, 147), P ero , si el a u t o r n o se c o n t e n t a c o n s e g u ir las voces
d o m i n a n t e s de su tie m p o , a v e c e s e n t r a e n d is c u s ió n co n ellas; su
c o n o c i m i e n t o es, p u e s , n e c e s a r i o p a r a la c o m p r e n s i ó n d e e s te a u t o r .
T u p r o y e c t o c o n s is te e n r e s t i t u i r el s e n tid o de la o b r a tal c u a l es e n sí
m is m o , ni m á s ni m e n o s , a y u d á n d o t e p a r a e s to d e u n an á lisis d e ta lla d o
del te x to y d e u n a a m p l i a in v e s tig a c ió n d e los c o n te x to s ; c o m o d ic e s tú
m is m o , «el p r i n c i p a l c o m p r o m i s o d e b e d ir ig ir s e a lo q u e se p u e d e
l l a m a r la im a g i n a c i ó n literal: el c o m e n t a r i o a n a lít ic o se lim ita a lo q u e la
im a g i n a c i ó n p u e d e d e s c u b r i r c o n u n a l e c t u r a literal de la o b ra» (Con-
rad ..., pág. X). S e m e j a n t e p r o y e c t o p u e d e p a r e c e r d e s fa s a d o hoy e n día,
e n u n a é p o c a e n q u e el « r e la tiv is m o e s c é p tic o » n u e v a m e n t e h a d a d o
g r a n d e s p a s o s h a c i a a d e la n te . P o r m i p a r te , m á s q u e d i s c u t i r s u p o sib ili­
d a d te ó r i c a , m e c o n t e n t o c o n o b s e r v a r su e x i s te n c ia d e h e c h o ; q u i e n n o
c r e a e n él, q u e le a las c i e n t o t r e i n t a p á g i n a s q u e h as c o n s a g r a d o a E l
co ra zó n de la s tin ieb la s d e C o n r a d .
P e r o o t r o h e c h o m e ll a m a la a t e n c i ó n al m is m o tie m p o . El ideal
c r it ic o es, p u e s , ú n i c a m e n t e la ñ d e l id a d , la r e p r e s e n t a c i ó n e x a c t a d e u n a
pai te d el m u n d o ( c o n s ti tu id a p o r las p r o d u c c i o n e s d e la m e n te ) . A h o ra
b i e n , tú h a b l a s d e este p r o y e c to e n tus lib ro s, n o a p r o p ó s i t o de tu
e n f o q u e - e r e s , al c o n t r a r i o , m u y a v a r o e n d e c l a r a c i o n e s p r o g r a m á t i ­
c a s - , s in o a p r o p ó s i t o d e los e s c r i t o r e s q u e c o n s titu y e n su m a t e r i a
p r iv ile g ia d a : los rea lista s. B u e n n ú m e r o d e é s to s r e c h a z a n q u e s u s o b r a s
s e a n p e r c i b i d a s e n sí m is m a s : só lo ex iste n , t r a n s p a r e n c i a p u r a , p a r a
t r a n s c r i b i r u n s e g m e n t o d e lo real, «Su p r o s a tie n e p o r m e ta e x c lu siv a lo
q u e L o c k e d e f in e c o m o el fin v e r d a d e r o d el le n g u a je , " t r a n s m i t i r el
c o n o c i m i e n t o d e las c o s a s" , y s u s n o v e la s e n su to ta lid a d n o p r e t e n d e n
s e r s in o u n a t r a n s c r i p c i ó n d e la v id a real; p a r a h a b l a r c o m o F la u b e r t , "lo
re a l e s crito " » (T he R ise o f the N o v e l, pág. 30). E sos a u t o r e s i n t e n t a n
b o r r a r t o d a h u e l l a d e u n p r o p ó s i t o q u e les p e r t e n e c i e r a : los h e c h o s
re f e r id o s n o e s tá n ahí p a r a i l u s t r a r u n a e v e n tu a l d e c l a r a c i ó n d el a u t o r ,
s in o s i m p l e m e n t e p o r q u e h a n t e n i d o lu gar. «H e a q u í el g é n e r o de
p a r t i c i p a c i ó n q u e p r o d u c e t í p i c a m e n t e la n ovela: n o s h a c e s e n t i r q u e
e s ta m o s e n c o n t a c t o , n o c o n la l it e r a tu r a , s in o c o n la m a t e r i a c r u d a d e la
v id a m i s m a , q u e se r e fle ja m o m e n t á n e a m e n t e e n la m e n t e d e los p r o t a ­
g onistas» (ib íd ., pág. 193).
T ú m i s m o n o e s tá s lejos d e r e c o n o c e r e s te p a r a le li s m o . Al a n a liz a r u n
r e la to d e C o n r a d , L a lin e a de so m b ra , t r a t a s d e p o n e r d e r e lie v e la
p o s tu r a filo só fic a d e C o n r a d y e s c rib e s : « C o n r a d n o se p r e o c u p a p o r
d e c i r n o s si los d if e r e n t e s rasg o s g e n e r a l e s id e n tif ic a d o s p o r él e n la
e x p e r i e n c i a del n a r r a d o r s o n e n sí m i s m o s b u e n o s o m a lo s , s in o s ó lo
q u e e s tá n ahí» («Story a n d I d e a in C o n r a d 's T he S h a d o w -L in e , e n M.
S lio r c r , c o m p ., M o d ern D ritish F ictio n , 1961, pág. 134). H e a q u í la a c tit u d
re a lis ta e n lite r a tu r a : se m u e s t r a sin e n ju ic ia r . P e r o e n la p á g i n a i n m e ­
d i a t a m e n t e a n t e r io r , e s c r ib e s , a p r o p ó s i t o d e tu p r o p i o análisis: «En
c u a n t o a s a b e r si las id e a s q u e h e a t r i b u i d o a L a lín ea de so m b ra s o n
v e r d a d e r a s o in te r e s a n te s , y si y c ó m o C o n r a d las h a c e p a r e c e r ta les, la
c o s a está f u e r a d e los lím ite s d e m i p r e s e n t e in v e stig a c ió n » (ibíd., pág.
133): es in ú til d e c i r q u e la p r e g u n t a n o s e r á tr a t a d a e n n i n g u n a o tr a
p arte . E sta m o s, pu es, esta vez, fre n te a la p o s tu r a realista en la crítica:
a q u í ta m b ié n te c o n t e n ta s c o n m o s t r a r sin enju iciar. ¿S erá p o r eso que,
c u a n d o evocas, v ein te a ñ o s d e s p u é s d e s u p u b lic a c ió n , tu libro The R ise
o f the N ovel, lo calificas d e « o b ra d e c r ít ic a realista* («The Realities oF
Realism », 1978, in é d ito , pág. 27) y a firm a s «la n e c e s id a d del re a lism o en
la c r it ic a literaria» (ibíd., pág. 2): n o c r ít ic a d e las o b r a s literarias sino
m á s b ie n c r ític a rea lista d e Tas o b ras?
D e c id id a m e n te , los c rític o s se d e ja n in flu ir m u c h o p o r el su je to de
s u s in v e stig a c io n e s ( ju s ta m e n te sujeto , y n o objeto): Bajtin p o r Dos-
toievsky, F rye p o r B lake, tú p o r los rea lista s t a n to c o m o B l a n c h o t p o r
S a d e o J a k o b s o n p o r K h leb n ik o v , M a lla rm é y B a u d e la ire ... Las e s c u e la s
c rític a s e s tá n c a lc a d a s s o b r e las c o r r i e n t e s literaria s; es p o r q u e la a c tiv i­
d a d c r ític a re su lta ( p o r lo m e n o s ) d o b le : d e s c r ip c i ó n del m u n d o , p o r
u n a p a r te ( c o m o la c ie n c ia , p ues), ac tiv id a d id e o ló g ic a p o r la o t r a ( c o m o
la lite ra tu ra ). N o h a y n a d a q u e o b je ta r al r e s p e c to .
P e ro el p r o g r a m a , e xplícito o im p líc ito , d e la «Crítica realista» p la n ­
tea o tr o p r o b le m a . C u a n d o la c r ít ic a e s t r u c t u r a l p r e s e n t a su trab a jo
c o m o p e r f e c t a m e n t e objetivo ( d e p e n d i e n t e s ó lo d e su objeto) y t r a n s p a ­
r e n te , q u e d a e n c o n c o r d a n c i a c o n su c o n c e p c i ó n d e la o b r a literaria:
p u e s to q u e la c o n s i d e r a a s u vez u n a r te fa c to q u e se a g o ta e n su
in m a n e n c ia , u n o b je to q u e só lo se e x p lica p o r sí m is m o . A la i n m a n e n c i a
de la l i t e r a tu r a c o r r e s p o n d e la i n m a n e n c i a d e la o b r a crítica. Sin e m b a r ­
go, n o o c u r r e lo m is m o c o n u n a c r ít ic a se n sib le al c o n t e x to id eoló gico.
De h e c h o , ésta se r e b e la c o n t r a el p r o g r a m a realista. El e s c r i t o r rca lisla
p r e t e n d e q u e su o b r a n o se ju stifica sin o p o r la ex iste n c ia d e las co sas
q u e r e p r e s e n ta ; n o se r e c o n o c e n in g ú n p r o p ó s ito , ni n i n g u n a ideología:
n o enjuicia, h a c e ver. La c r ít ic a id e o ló g ic a d e r r i b a esta p r e te n s ió n : lejos
d e s e r u n s im p le reflejo fiel d e lo real, la o b r a realista, n o s lo m u e s tr a su
c rítica , es ta m b ié n el p r o d u c t o d e u n a id e o lo g ía (la del a u to r) ; d e ahí la
p e r t i n e n c i a d e l e s tu d io d e ese c o n te x to . P e r o , tra s h a c e r esta d e m o s t r a ­
c ió n , la c r ít ic a rea lista ( s u b e s p e c ie d e la c r itic a id e ológica), sin q uiz á
d a r s e c u e n t a de ello, a s u m e la c r e e n c i a r e c ié n d e r r i b a d a y af ir m a a su
vez: la o b r a q u e h e p r o d u c id o n o tie n e c o m o ju s tific a c ió n m á s q u e la
v e r d a d q u e c o n t ie n e ; es u n «trozo d e vida», lo «real escrito», n o tie n e ni
p r o p ó s i t o ni ide olo gía , se c o n t e n t a c o n r e p r e s e n t a r sin e m itir juicios.
P ero , ¿ p o r q u é lo q u e e r a c i e r to de la lit e r a tu r a n o lo se ría de la crítica ?
¿C ó m o es p o s ib le q u e la in f lu e n c ia d e la id e o lo g ía , ta n f u e r te allí, se
d e t e n g a aq u í e n el u m b r a l d el p r o y e c to ?
A d e c i r v e rd a d , el e n c i e r r o e n la i n m a n e n c i a n o p u e d e s e r s in o u n
p r o g r a m a : el c r ít ic o n o p u e d e a b s t e n e r s e d e e n ju ic i a r , p e r o h ay u n a
d i f e r e n c i a e n t r e los j u i c i o s a s u m i d o s p o r s u a u t o r y a q u e l l o s q u e p a s a n
d e c o n t r a b a n d o . T ra s h a b e r p r e s e n t a d o el e lo g io d e la s o le d a d h e c h o
p o r Defoe, a ñ a d e s : «En s u r e l a t o (...), D efo e d e s c u i d a dos h e c h o s
im p o r ta n te s : la n a t u r a le z a social de to d o c o m p o r t a m i e n t o e c o n ó m i c o y
los efe c to s p sic o ló g ic o s rea les de la soled ad» {The R ise o f the N ovel, pág.
87); v e m o s así q u e e m ite s s o b r e ese t e m a ju ic io s q u e d ifie re n de los de
D efoe. C i ta n d o las id e a s d e C o n r a d a c e r c a d e la f u n c i ó n d e la l it e r a tu r a ,
n o p u e d e s d e j a r d e c o m e n t a r : «La h is t o r i a n o s h a p r o p o r c i o n a d o d e s p ia ­
d a d a m e n t e las o b j e c i o n e s a ta n altas p r e t e n s i o n e s : a s a b e r , q u e la litera-
tu r a n o h a c e v e r d a d e r a m e n t e es as co sas; (...) y q u e la « s o c ie d a d h u m a ­
na» n o e s tá e n e f e c to « u nificada» ni p o r la l it e r a tu r a , ni p o r n ada»
(C o n ra d ..., p ág . 80). C u a n d o C o n r a d f u n d a m e n t a s u p e s i m i s m o h u m a n o
s o b r e u n a fa ta lid a d g e o ló g ic a , tú le c o n t e s t a s : «Se p u e d e o b j e t a r ló g ic a ­
m e n t e a es a m a n e r a d e a r g u m e n t a r , d e m a s i a d o g e n e r a l y s o m e r a , q u e lá
v id a del p l a n e t a es, d e s p u é s d e to d o , m u c h o m á s la rg a q u e la d e u n
h o m b r e y q u e C o n r a d c o n f u n d e d e h e c h o d o s ó r d e n e s d e d im e n s i ó n
t e m p o r a l c o m p l e t a m e n t e d if e r e n te s » (ib íd ., pág. 154). H e a q u í q u e la
c r í t i c a d e ja d e s e r u n a m e r a r e p r e s e n t a c i ó n y se vu elve, m e d i a n t e el
d iá lo g o , b ú s q u e d a c o m ú n d e la v e r d a d ; p e r o q u i s i é r a m o s p o d e r a p r o v e ­
c h a r m á s d i r e c t a m e n t e tu s a b id u r í a . I
«La s a b i d u r í a y la v e rd a d » f o r m a n p a r t e , e n efe c to , d e tu « p r e o c u p a ­
c i ó n p a t e n te » e n tus e s c r ito s («The R e a litie s o f R e alism » , pág. 18), c o m o
t a m b i é n d e m u c h í s i m o s te x to s d e la l i t e r a t u r a r e a lis ta m is m a . H a y u n a
te n s i ó n p r o p i a del r e a lis m o , e n t r e s u p r o g r a m a d e p u r a p r e s e n t a c i ó n y
su p r o p e n s i ó n n a t u r a l al ju ic io , d e m a n e r a q u e te ves o b lig a d o a d is t in ­
g u ir, e n T he R ise o f N o v e l y e n o tr o s tra b a jo s , e n t r e d o s c la s e s de
r e a lis m o : p r e c i s a m e n t e , r e a lis m o d e p r e s e n t a c i ó n y r e a l i s m o d e ju ic io
(a s e s s m e n l). N o se tr a t a b a h a s ta a h o r a s in o d e la p r i m e r a clase. P e r o es
la s e g u n d a la q u e se c a r a c t e r i z a p o r u n a « p u e s ta e n c o n t a c t o c o n t o d a la
tr a d i c i ó n d e los v a lo re s d e la civilización», p o r u n a « a p r e h e n s ió n v e r d a ­
d e r a d e la r e a l i d a d h u m a n a » y p o r u n «sabio j u ic io a c e r c a d e la vida»
(T h e R ise o f the N o v el, pág. 228). De h e c h o , to d o a u t o r r e a lis ta p r a c t i c a
a m b o s s i m u l t á n e a m e n t e : «H ay s i e m p r e u n a f o r m a de e v a lu a c ió n i n e x tr i­
c a b l e m e n t e lig a d a a la p r e s e n t a c i ó n r e a liz a d a p o r u n a u to r» . La d i f e r e n ­
cia r e s id e s o l a m e n t e e n la i n t e n c i ó n , p e r o es e « so la m e n te » es e n o r m e :
p a r a F ie ld in g , a d i f e r e n c i a d e D efoe, «las p a l a b r a s y las e x p r e s io n e s
e v o c a n i n t e n c i o n a l m e n t e n o s ó lo el a c o n t e c i m i e n t o n a r r a ti v o m is m o ,
s in o t a m b i é n t o d a la p e r s p e c t i v a lite r a r ia , h is t ó r ic a y filosófica e n la c u a l
el l e c t o r d e b e s i t u a r al p e r s o n a j e o la a c c i ó n » (« S e rio u s r e f le c tio n s o n
T he R ise o f th e N o vel» , 1968, pág . 214).
Así, tu o b r a —y c o n e lla to d a la m e j o r p a r t e d e lo q u e l l a m a m o s la
c r i t i c a h i s t ó r i c a - o s c ila e n t r e el r e a l i s m o d e p r e s e n t a c i ó n y el r e a lis m o
d e ju ic io , e n t r e el p r o g r a m a « in m a n e n tis ta » y la p r á c t i c a d el d iá lo g o
e n t r e el d e s e o d e v e r d a d y el d e s e o d e s a b id u ría . M e h u b i e r a g u s ta d o q u e
se i n s c r i b i e r a m á s f i r m e m e n t e e n la s e g u n d a vía; p e r o c o n f ie s o q u e soy
ig u a l m e n t e s e n s ib le a es e e s p ír i tu q u e p r e f i e r e m a n t e n e r s e e n s e g u n d o
p la n o y q u e te lleva a e s c r i b i r ( T he R e a litie s o f R e a lis m , pág. 27): «No
p u e d o c r e e r q u e d e b a m o s e n n u e s t r o s te x to s p l a s m a r c o n p e l o s y s e ñ a le s
to d o s n u e s t r o s p o stu la d o s» .

M uy a t e n t a m e n t e ,
T zv e tan
 Q u erid o Tzvetan:
N o h a y n a d a q u e m e p ro d u zc a ta n to p la cer, y m e im a g in o q ue así les
su c e d e a los d e m á s a u to res, c o m o q u e m e ten g a n en c u e n ta los críticos
salvo, quizás, te n e r la o p o rtu n id a d de d ec ir c u á n to h a n d eja d o estos
críticos de h a c e r ju stic ia a m is m érito s. D esd e luego, tú lo haces, y h a ces
m ás: tu p re se n ta c ió n de m i trabajo m e p a re c e n o só lo ju sta en cu a n to al
fo n d o ; es, ta m b ié n , u n a sín te sis c o n c e p tu a l m u y p e rsp ic a z q ue arm o n iza
los d ife re n tes a sp e cto s de lo q u e he in te n ta n d o rea liza r c o m o crítico. S in
em bargo, q u ed a n a lg u n a s otras p e q u e ñ a s co sa s qu e p o d ría m o s añadir.
Tu título ha sid o para m í ca si u n a c o n m o c ió n : ¿ Seré yo u n «crítico
realista» a secas? A d ec ir verdad, ya m e h a n c a lific a d o de «realista
sociológico» en la prensa, y m i re a cc ió n , c o m o d ecía en la charla que
m e n c io n a s, se re su m ía en u n bostezo se g u id o p o r u n lla m a m ie n to a l n olo
c o n t e n d c r e . E ntre p a ré n tesis, esta cha rla p e r m a n e c e in é d ita p o rq u e las
c irc u n sta n c ia s m e fo rza ro n a a su m ir en ella u n a p o sic ió n crítica general,
y que yo n o d esea b a re a lm en te . E n to d o ca so , s u títu lo co m p le to era,
tra d u c id o litera lm en te: «Pies p la n o s y cu b ierto d e h u e v o s de m osca: las
realidades del re a lism o »; las dos e x p re sio n es c o n las c u a le s em pieza
debían in d ic a r iró n ic a m e n te q u e yo era c o n s c ie n te d el ca rá cte r p ed e stre y
a n tic u a d o de m i p o sic ió n crítica.
¿En q u é se n tid o m i «posición c r ític a » es «realista»?
Para m í, el e stu d io de la rela ció n entre el m u n d o real y la obra literaria
no es la ú n ic a tarea apropiada de la crítica literaria; de m a n era qu e no
m e hubiera g u sta d o que m e in clu yera n bajo la rúbrica «crítica m im ética » ,
c o m o en a lg u n o s ca so s h a n h e c h o co n A u erb a ch . N o q u iero decir, desde
luego, que el estu d io de los m o d o s de rep rese n ta c ió n literaria n o es una
cosa útil; el m ism o ejem p lo de A u erb a ch d e m u e stra lo co n tra rio de
m a n era esp lén d id a (sin que se agote en ello). Y, n a tu ra lm e n te , n o acepto
ta m p o co la p o sic ió n a b so lu ta m e n te inversa: el p o stu la d o seg ú n el c u a l la
relación entre la obra literaria y el m u n d o no tendría in terés a lguno, co n
la ju stific a c ió n teórica de que el m u n d o es u n a en tid a d e n tera m e n te
h etero g én ea , m ie n tra s q u e la literatura n o lo es. E sto y de a c u e rd o en d ecir
que la rela ció n entre el m u n d o , p o r u n a p a rle y, p o r la otra, la obra
literaria o su lenguaje, no p u e d e se r a n a liza d a o d escrita de m a n era
e x h a u stiva . L a m e n tá n d o lo en p a rte, h a sta a c e p to la idea de que, si se
d esea e n c o n tra r u n siste m a crítico c ien tífic o , p u e d e se r p referible, p o r
razones de m éto d o , ignorar la relación en tre la obra y el m u n d o . Pero no
p u e d o a c e p ta r la a firm a c ió n de q u e no h a y n in g u n a re la ció n en tre la obra
y el m u n d o , o en tre la obra y las pala b ra s q ue u sa m o s p a ra describirla; al
contrario, creo que gran parte de la m e jo r crítica literaria ex a m in a
p re c isa m e n te esa m ism a relación.
E v id e n te m e n te , re c o n o zc o que esta p o sic ió n crea a lg u n a s d ific u lta d e s
m eto d o ló g ica s, que son p ro b a b le m e n te in fra n q u e a b le s en a lg u n o s c a m ­
po s de estu d io s literarios. Pero de to d a s m a n e ra s m e atengo, p e rso n a l­
m en te , a los otros ca m p o s; y n o m e sie n to d e n in g u n a m a n e ra sa cu d id o ,
al m e n o s en lo q u e c o n c ie rn e a esto s ú ltim o s, p o r la larga tra d ició n de
filo so fía o c c id e n ta l, q u e c o n tra d ic e la im a g en q u e el s e n tid o c o m ú n se
h a c e de la re a lid a d . ¿ C u á les so n la s razones? S im p le m e n te , p o rq u e la
c rític a literaria es, en el fo n d o , u n a a c tiv id a d so c ia l m á s q u e filo só fic a , y
en ese c a m p o el e s c e p tic ism o ep iste m o ló g ic o n o tie n e q u e se r a ce p ta d o ,
n i siq u ie ra te n id o en c u e n ta . L o q u e trato de h a c e r es, en u n a a m p lia
m e d id a , y p a ra u s a r la exp re sió n de LA. R ic h a rd s, «critica p rá ctica » .
N o p u e d o , e n to n c e s, r e fu n fu ñ a r m u y a lto co n tra e l té rm in o d e «realis­
ta»; p ero q u isiera su g e rir q u e se a ñ a d a n los a d je tiv o s «h istó ric o » y « socio­
lógico». R e c o n o c e s la te n d e n c ia h istó rica de m i trabajo c u a n d o d escrib e s
la m a n e r a en q u e la critic a h istó rica oscila sie m p re en tre d o s p ro p ó sito s:
e l d e la v e r d a d de «p r e s e n ta c ió n » y e l de la sa b id u ría de ju ic io . D ices, y
su p o n g o q u e c o n ra zó n , q u e h u b ie ra s d e s e a d o ve rm e m á s a m e n u d o d el
la d o d e la «sabiduría» en esta d ic o to m ía , lo q u e he lla m a d o , en T h e R ise
o f th e N ovel, u n « realism o de ju ic io » (pág. 12). P ero h a b ía u n a d ific u lta d
real. La te sis p r in c ip a l d e l libro se fu n d a m e n ta b a en la gra n se rie d a d - p o r
n o d e c ir la gran in g e n u id a d — c o n la c u a l ta n to D efo e c o m o R ic h a rd so n
tra ta n lo q u e he lla m a d o e l «realism o de p re se n ta c ió n » : eso exp lica lo q u e
es h is tó r ic a m e n te n u e v o (en el s e n tid o d e «sin p r e c e d e n te cron o ló g ico » )
en el « n a c im ie n to de la n o ve la » . D e sd e ese p u n to de vista, el «re a lism o de
ju ic io » , era, d e s p u é s de todo, u n rasgo del relato qu e la n o ve la , en la
m e d id a en q u e lo p o se ía , c o m p a rtía c o n re ía lo s a n terio res y c o n otros
g é n e ro s litera rio s. E v id e n te m e n te , he d eb id o in tro d u c ir el m is m o c o n c e p ­
to c ita n d o trato d e F ielding; p e r o el a n á lisis q u e y o o frecía era, o d ebía ser,
m a n ifie s ta m e n te in c o m p le to . S in em bargo, n o ten ía n in g u n a in te n c ió n de
su b e s tim a r la im p o rta n c ia d e l « rea lism o de ju icio » ; c o m o p ru e b a , d o s de
los diez c a p ítu lo s d e l libro, a q u e llo s a c e rc a de M olí F la n d e r s y Clarissa.
M ás q u e h istó ric o s y so c io ló g ic o s, s o n crítico s, y creo q u e el estilo in d ic a
c la ra m e n te q u e y o en treg a b a en e llo s m i «juicio» p e r so n a l sobre a m b a s
obras; o, en to d o ca so , yo era v isib le m e n te libre de p ra c tic a r a n á lisis y
fo r m u la r ju ic io s a ce rc a d el v a lo r m o r a l de las a c c io n e s , de los p e r so n a je s
o d e lo s c o m e n ta r io s d e l a u to r. E n tre p a ré tite sis, s o s p e c h o q u e u n a de las
ra zo n e s p o r la s c u a le s gran c a n tid a d de le cto res n o se h a d a d o c u e n ta de
h a sta q u é p u n to m e e n fre n to co n ju ic io s é tic o s y so c ia le s es lo q u e lla m a s,
d e m a n e ra o rig in a l y creo q u e a ce rta d a , m i l in g u a f r a n c a p e rso n a l, qu e
sirve de m e d ia d o r a en tre el le n g u a je «ideológico» y el le n g u a je «litera rio ».
He a b o rd a d o d ir e c ta m e n te las p re g u n ta s q u e te in te re sa n en d o s texto s
b re ve s q u e n o h a s u tiliza d o , «L iterature a n d S o c ie ty » y «On N o t A ttem p -
ting to B e a Piano»; y m e p e r m ito r e to m a r a lg u n a s id e a s a llí exp resa d a s.
S i se p ie n sa en los v a lo re s so c ia le s y m o ra le s de ¡a litera tu ra , d e las
g ra n d e s o bras en p a rtic u la r, se c o n s ta ta lo sig u ien te : las o bras de S ó fo c le s.
y S h a k e sp e a re , G o eth e y T o lsto i s o n fu n d a m e n ta lm e n te d id á c tic a s, p ero
só lo en el s e n tid o de q u e n u e stra c o n c ie n c ia s o c ia l y m o r a l se ha h ech o
m á s fu e rte p o r h a b e r p a rtic ip a d o im a g in a ria m e n te en las obras de los
a u to re s q u e h a n sid o , en s u m o grado, se n sib le s a las rea lid a d es de la
e x p e r ie n c ia h u m a n a . A h o ra bien, e sa s re a lid a d e s h a n te n id o siem p re u n
c o m p o n e n te so c ia l m u y fu e rte .
 D esde ese p u n to de vista, ¡a o p o sició n literaria en tre la in sisten c ia de
los realistas y de los n a tu ra lista s sobre la d es crip ció n litera l d e l m u n d o
so c ia l real, p o r u n lado y, p o r el otro, ta a firm a c ió n de tos p a rn a sia n o s y
los sim b o lista s a ce rc a de la a u to n o m ía artística de las crea c io n es de la
m en te , esta o p o sic ió n n o resu lta tan absoluta. Ya qu e, a u n q u e haya una
d ivergencia se c u la r entre los que ve n al hom b re c o m o u n ser esen cia l­
m e n te socia l, y los que in sisten en su sin g u la rid a d in d ivid u a l, la fuerza de
la co n tra d ic c ió n tiende a borrarse a p a rtir d e l m o m e n to en que el escritor
a proxim a su p lu m a al p apel: c o m o ha d ic h o W .B . Y eats, «el arte es el acto
so c ia l de u n h om bre solitario».
H ay u n e le m e n to de la crítica que no es realista y n i siq u iera social, y
que es no ob sta n te, a su m a n era , m oral. L a litera tu ra es u n a cto so c ia l de
u n a clase m u y p a rticu la r, que nos recu e rd a qu e la exp resió n «literatura y
s o c ie d a d » p u e d e s e r d e s c o n c e rta n te en c u a n to su g iere u n a d istin c ió n m á s
a bsoluta que la q u e existe en realidad. A u n q u e só lo fu e ra p o r la sig u ien te
razón: en u n se n tid o p e rfe c ta m e n te vá lid o , la litera tu ra es su p ro p ia
sociedad; es el m e d io m á s s u til y m á s d u ra d e ro q u e el h o m b re h aya
e n c o n tra d o para c o m u n ic a rse c o n su s se m e ja n te s; u n a de s u s fu n c io n e s ,
y no la m en o r, es la de d a r a a q u ello s q u e h a n a p re n d id o su lengua algo
que n in g u n a otra so c ie d a d ha p o d id o o frecerles ja m á s. E n u n n iv e l de
a b stra cció n m á s eleva d o , p o r co n sig u ie n te, a d m ito qu e ¡a literatura debe
ser co n sid era d a , p o r lo m e n o s en parte, c o m o u n a a c tiv id a d a u tó n o m a ,
m á s que red u cirse a categorías m im ética s, re fere n cia les, h istó rica s o
sociales; pero in c lu so en ese ca so sigue sie n d o estética y m oral.
De h ec h o , la tradición m o ra l en g e n e ra l está esta b lecid a d esd e h a ce
tiem p o en ta crítica inglesa, de M a tth e w A m o ld a F.R. L ea vis. R e c u e rd o
haber ten id o que tratar el tem a «Los m o ra lista s in g le se s», d u ra n te m i
e x a m e n fin a l de lic en c ia tu ra en C am bridge. E sto h u e le a en c erra d o y
p ro v in cia n o , pero de h e c h o la bibliografía em p eza b a c o n P latón y A ristó te­
les y term in a b a co n u n a rica se le c c ió n de filó so fo s, n o ve lista s y p o e ta s
m o d ern o s, ta n to ingleses c o m o eu ro p eo s. E s ca ra cte rístico d e m u c h o s
crítico s ingleses, y o in c lu siv e, el c o n sid e ra r las obras literarias d esd e un
p u n to de vista re su e lta m e n e - a u n q u e no e x c lu s iv a m e n te - ético; u n o de
m is a m igos n o rte a m e ric a n o s p re te n d ía q u e m i C o n r a d n o era m á s qu e
«de n u e v o u n W att a cerca de la vida». N o p ro te sto p a rtic u la rm e n te contra
esta a p re cia c ió n irónica: se aplica, de h e c h o , m u y bien a n u estra p ro fe ­
sión de profesores. L o que n o s p id e u n b u e n n ú m e r o de n u estro s m ejo res
e s tu d ia n te s es v e rd a d e ra m e n te u n siste m a a b so lu to de verdad; y la m a y o ­
ría de las va ria n te s m á s in flu y e n te s de nuestra crítica, d esd e el fo rm a lis­
m o h asta el estru c tu ra lism o y la se m ió tic a , tie n en en c o m ú n el p o stu la d o
de que es n u estro d eber extraer, a pa rtir de las ca ra cte rística s c o n tin g e n ­
tes y sing u la res de la obra literaria, u n a esp ecie de e sq u em a u n iv e rsa l
in m u ta b le . Pero n o n e c e s ita m o s c ie rta m e n te a B la ke o a A m o ld pa ra que
no s e n s e ñ e n q u e la literatura sa c a s u fu e rza esp ec ífic a de su ca rá cter
co n c re to . Q ue la m e n te , los se n tid o s, los s e n tim ie n to s d e l in d iv id u o
afro n ten , no el m o d e lo u n iv e rsa l traído p o r el p ro fe so r o e l e stu d ia n te sin o
la re siste n c ia o b stin a d a de las p a rtic u la rid a d e s d e l otro - o , p a ra u sa r la
e x p re sió n de M a tth e w A rn o ld , de lo s «n o -n o s o tr o s » -, esto ejercita la
im a g in a c ió n ; y a ello se debe, p r in c ip a lm e n te , el q u e la le c tu r a de las
o b ra s litera ria s tenga u n v a lo r e d u c a tiv o . C o m o ha d ic h o C oleridge en su
u n d é c im a c o n fe r e n c ia sobre S h a k e sp e a re , «la im a g in a c ió n es el rasgo
d is tin tiv o d e l h o m b re c o m o se r progresivo».
A p ro p ó sito , m i in te ré s p o r los va lo res so c ia le s y m o ra le s no ten ía
re la c ió n c o n la p r e se n c ia o la a u s e n c ia de u n p ro y e c to d id á c tic o en el
a u to r. L a c la se de im a g in a c ió n en la q u e deb ía p e n s a r C oleridge era
a q u e lla q u e, c o m o é l m is m o escribía, te n ía c o m o e fe c to e l de « sa ca r al
e sp íritu fu e ra d e l ser». T a l era, se g ú n C oleridge, la p r in c ip a l fu n c ió n
e d u c a tiv a de la literatura; y n o p u e d o sin o d e c la ra rm e d e a c u e rd o c o n él.
L o s c u r so s en la s fa c u lta d e s de L e tra s d e b e ría n esta r c o n sa g ra d o s a la
le ctu ra - a la ve rd a d e ra le c tu r a - d e la litera tu ra q u e sea v e rd a d e ra m e n te
litera tu ra ; y a la e scritu ra sobre la litera tu ra , u n a escritu ra q u e, a su
m o d e s ta m a n e ra , trate de se r literatura, o en to d o ca so , de n o d e s h o n ra r­
la. D ich o p ro g ra m a , se n c illo , p o c o a m b ic io so y h a sta p a sa d o d e m o d a , m e
p a re c e s e r e l re su lta d o n a tu ra l de los im p e ra tiv o s de n u e s tr o te m a y d e las
ra zo n e s p o r la s c u a le s n o s c o n s a g ra m o s a él. Una de las ra zo n e s d e esa
d e v o c ió n la su g irió h a c e c ie n a ñ o s T u rg u e n ie v , en u n breve p o e m a en
p ro sa d o n d e ex p re sa s u s s e n tim ie n to s p e r so n a le s re sp e c to a s u p ro p io
id io m a ; lo s n iñ o s ru so s a ú n h o y en d ía , creo, a p re n d e n ese p o e m a de
m e m o ria . T u r g u e n ie v e v o c a la g ra n d eza , el p o d er, la v e rd a d y la lib erta d
d e su id io m a , y a ñ a d e: «S in ti, ¿ c ó m o n o h u n d irs e en la d e se sp e ra c ió n ,
v ie n d o to d o lo q u e o c u rre en to rn o a n o so tr o s? P ero es im p o sib le creer
q u e s e m e ja n te id io m a n o h a y a sid o d a d o a u n gran p u eb lo » .
D os c o sa s m á s. C itas esta fra se: «No p u e d o c ree r q u e d e b a m o s en
n u e s tr o s te x to s p la s m a r c o n p e lo s y se ñ a le s to d o s n u e s tro s p o stu la d o s» .
E sta re tic e n c ia a e x p re sa r m is p r e m is a s m e v ie n e en p a rte de m i e m p ir is­
m o o d e m i e s c e p tic is m o g e n e ra l fr e n te a lo s m é to d o s filo só fic o s; y en
p a rte d e la idea q u e te n g o de la fu n c ió n de la crítica. E sta d eb e p e r m a n e ­
c e r re la tiv a m e n te h u m ild e : S a rtre d e c ía q u e El e x t r a n j e r o era u n a tr a d u c ­
c ió n a p a r tir d e l sile n c io original; m e a tre ve ría a a ñ a d ir q u e la b u en a
cr ític a n o e s m á s q u e u n a p a rá fra sis de lo q u e o tro s h a n tra d u c id o ya ,
p ero u n a p a rá fra sis q u e es a la vez u n e s c la re c im ie n to , u n a re sp u e sta y,
sin ju g a r c o n las p a la b ra s, u n a r e s p o n sa b ilid a d m o ra l a su m id a . D ebe
p e r m a n e c e r h u m ild e ta m b ié n re sp e c to a la e le c c ió n de lo s te m a s q u e se
p e rm ita a bo rd a r. E sta r e tic e n c ia c r ític a n o es q uizá m á s q u e e l reflejo de
la idea q u e se h a c e n los in g le se s a ce rc a de la s b u e n a s m a n e r a s en el
c a m p o d e la p a la b ra p ú b lic a ; p e r o h a y v e n ta ja s in n e g a b les, p o r ejem p lo ,
en no h a b la r d ir e c ta m e n te de la v e r d a d o d el v a lo r de u n a obra literaria;
u n a de ella s es q u e deja m á s p o sib ilid a d e s al le cto r p a ra qu e él m ism o
c o n c lu y a . C reo que no p u e d o e x p re sa rm e sobre lo s v a lo re s literarios
c o m o ta les si n o p o s tu lo u n a c o m u n id a d de c r e e n c ia c o n m i lector.
N o digo esto p a ra n eg a r tu c o m p ro b a c ió n se g ú n la c u a l m i id ea d e la
cr ític a sería d e m a sia d o «a u to s u fic ie n te »; ten g o c ie rta m e n te te n d e n c ia a
circu n sc rib ir el lugar de e n c u e n tro c o n m i le cto r de m a n era m á s estrecha
q u e m u c h o s otros críticos. E s. en p a rte , el efec to de m i d eseo de red u cir la
m a teria teórica al m ín im o , y, si p u e d o p e rm itirm e u n a n o ta p erso n a l, el
re su lta d o p a ra d ó jico de esta o p ció n es q u e, m ie n tra s q u e so y bastante
c o n o c id o p o r m u c h o s lecto res de crítica, n i siq u iera m e co n sid era n u n
c rític o to d o s m is colegas. Un especia lista d e C o nrad, A n d rze j B u scza , se
asom braba al resp ecto y m e p re g u n tó u n a vez a cerca de la a n tip a tía que
su sc ita b a m i «m étodo» en a lg u n o s crítico s. L e c o n testé: «La se n sa tez
ja m á s ha h e c h o escuela».
Podría a cla ra r m i p o sic ió n co n u n ejem p lo . H a ce u n o s a ñ o s, tu v e que
s u frir o b je cio n e s serias de m i ed ito r n o rte a m eric a n o : no q u ería p u b lic a r
m i m a n u sc rito sobre C onrad. Le escribí u n a carta, q u e c o n trib u y ó a
m o d ific a r su d ec isió n , en la que le decía: «El c o m ité d e le ctu ra m e p id e
ju stific a r e n te ra m e n te m i trabajo crítico sobre C o nrad. P odría, sin m u ­
ch a s d ificu lta d es, a ñ a d ir u n a p é n d ic e a m i p re fa c io (se e n c u e n tra n e je m ­
p lo s en la m ayoría de las tesis universitaria s)» . Pero habría sid o n e c e s a ­
ria m en te a bstracto y sim p lista y habría su g e rid o qu e m e tengo a m í m ism o
en m u y alta estim a ; p o r ello, habría a p a rta d o a l libro de la esfera literaria
p a rtic u la r a la c u a l lo d estin o . S i h u b iera em p e za d o el libro co n se m e ja n te
d ec la ra c ió n , in m e d ia ta m e n te habría fa stid ia d o , o fe n d id o o d e s a n im a d o a
m u c h o s de m is lectores, ya que p a re ce ría esta rles d icien d o : «He a q u í m i
p o sic ió n a cerca de los d iv erso s p rin c ip io s so b re los c u a le s n o so tro s los
críticos d e b a tim o s d esd e h a ce siglos. T en g a n m u c h o c u id a d o , ya qu e es el
p re c io que deben p a g a r para ser a d m itid o s en este libro». Pero, de hech o ,
n o p ie n so que sea el ca so y no creo qu e n a d ie tenga el d erec h o de
e n u n c ia r u n p rin c ip io g en e ra l se g ú n el c u a l to d o libro de crítica deba
c o n te n e r (c o m o m e p ed ia la caria de m i editor) « u n a fra n c a d ec la ra c ió n o
u n a ex p lic a ció n de las razo n es de se r de su m é to d o c r ític o ». E sto y m á s
bien d el lado de S a m u e l Jo h n so n , q u e rech a za b a «la h ip o c resía de a q u e ­
llos que en ju ic ia n se g ú n p rin c ip io s m á s qu e p o r p erce p ció n » .
S ie m p re he se n tid o que m i a c titu d c o n resp ecto a la literatura y al
co n te x to in stitu c io n a l co n el c u a l co e xiste, era m u c h o m á s se n cilla ,
m u c h o m á s in tu itiv a y m u c h o m e n o s su sc ep tib le d e d isc u sió n o de fo r m u ­
la ció n teórica q u e la a c titu d de la m ayoría de m is colegas. S i b u sc o u n a
im a g en q u e m e p erm ita su p e ra r la se p a ra ció n de lo p riv a d o y lo p ú b lico ,
tengo q u e retro ced er m á s de tres d e c e n io s, a la rive g a u c h e d el S e n a ,
d o n d e m e en c o n tra b a en 1946 d e s p u é s d e u n a a u se n c ia de siete a ñ o s
p a sa d o s en el ejército. E n ¡as c o n v e r sa c io n e s que e s c u c h é en to n ce s,
cu a tro n u e v a s p a la b ra s m e lla m a ro n la a te n ció n . Me c a n sé rá p id a m e n te
de las tres prim eras: c o m p r o m e t i d o ; a u t é n tic o ; a b s u rd o ; pero la cu a rta ,
las cosas, p a recía u n p o c o m e n o s cubierta de h u e v o s de m o sc a . Me p u s e a
leer los p o e m a s en p ro sa de F rancis P onge en De p a r te de las cosas, que
eran ju s ta m e n te sobre «las cosas», co n en o rm e interés. R e c u e rd o m á s
p a rtic u la rm e n te u n a rtícu lo de p e rió d ic o a cerca de u n a ch a rla de Ponge,
titu la d a «T entativa oral» (1974). E sta «te n ta tiv a » evo ca b a e leg a n te m en te
su d esa p ro b a ció n de las hip érb o les co rrien tes a p ro p ó sito de la literatura,
su h a stío ¡rente a las p r o p u e sta s te ó ric a s g en e ra /e s, d ecía ta m b ié n c ó m o
en s u s p r o p io s escrito s, e n c o n tr á n d o s e en la im p o sib ilid a d de tra d u c ir en
p a la b ra s los g ra n d e s te m a s literarios, h a b ía d e c id id o , en ca m b io , c o m o u n
h o m b re a l b o rd e d e l p re c ip ic io , a ta r su m ira d a a l ob jeto in m e d ia to , el
árbol, la b a ra n d illa , e l p a so sig u ie n te , y tra ta r de p o n e r lo en p a la b ra s. E ra
u n a m a ra v illo sa a n tic o n fe re n c ia , so b re to d o su fin a l. «¿Y n o tu v im o s
co n fere n cia ? » , soltó . «E s m u y p ro b a b le. Pero, ¿por q u é h a b érsela p e d id o a
lo q u e c o m ú n m e n te lla m a m o s u n poeta?». C o n c lu y e e n to n c e s: «¡Q uerida
m e s a , adiós!». A l d ec irlo , P onge se in c lin ó sobre s u m e s a y la besó; luego
exp licó : «V e a n u s te d e s c u á n to la q u iero , es q u e n a d a en ella p e r m ite c re e r
q u e p u e d a to m a rse p o r u n p ia n o » .
M e h u b iera g u sta d o q u e m i a c tiv id a d c o m o c rític o y c o m o p ro fe so r
fu e ra ta n sim p le y al m is m o tie m p o ta n c o m p le ta c o m o el g esto d e P onge.
D ebería in c lu ir lo s m is m o s c u a tro c o m p o n e n te s n ec esa rio s: u n r e c o n o c i­
m ie n to in te le c tu a l de lo q u e e s c u d riñ o , m o d e sta p e r o in d ir e c ta m e n te ; u n a
a p re c ia c ió n e sté tic a d e l o b je to de m i a te n c ió n p o r lo q u e es re a lm e n te ; u n
c o m p r o m is o d ire cto de m is s e n tim ie n to s re sp ec to a ese objeto; y fin a lm e n ­
te, q u izá c o m o de p a so , u n a te n ta tiv a p a ra e x p re sa r en p a la b ra s esta s tres
p rim e ra s c o sa s. E l p r o y e c to c o le c tiv o de los e s tu d ia n te s y de los p r o fe s o ­
res en u n D e p a r ta m e n to de L ite ra tu ra debería, p ie n so , in c lu ir u n a c o n s i­
d e r a c ió n a c e rc a de e s to s c u a tro c o m p o n e n te s . S u ra zó n de se r sería
s im p le m e n te q u e, c o m o d ic e P onge en «N o ta s p a ra u n cara co l» , la p a la ­
bra y los m o n u m e n to s c r e a d o s m e d ia n te ella so n las c o sa s m e jo r a d a p ta ­
d a s al m o lu s c o h u m a n o , y le p e r m ite n se n tir y e x p re sa r su fra te r n id a d co n
los o b jeto s de su m u n d o .
A lo q u e só lo p u e d o a ñ a d ir q u e ja m á s h e in te n ta d o se r u n p ia n o .

T uyo, Jan
 LA LITERATURA COM O H E C H O Y VALOR
(E n trev ista c o n P a u l B é n ic h o u )

Me «topé» c o n la o b r a d e P a u l B é n i c h o u t r a b a j a n d o s o b r e la h is t o r ia
d e las id e o lo g ía s e n F ra n c ia : los c o m e n t a r i o s q u e h a d e d i c a d o a los
a u t o r e s q u e yo leía, La R o c h e f o u c a u l d , R o s s e a u , C o n s ta n t, m e p a r e c i e ­
r o n c a d a vez m á s a c e r ta d o s . T u v e c o n o c i m i e n t o e n t o n c e s d e s u s g r a n d e s
o b r a s , M o ra les d u g ra n d sié c le , L e S a c re de l'é c r iv a in , L e T e m p s d es
p ro p h é te s, y a d v e r tí q u e la v id a l i t e r a r i a e in t e l e c t u a l f r a n c e s a e n t r e el
x v ii y el x i x t e n í a e n su p e r s o n a a u n h i s t o r i a d o r d e c a lid a d p o c o c o m ú n ,
c u y o s tr a b a jo s m e r e c í a n s e r c o n o c i d o s n o só lo c o m o i n t r o d u c c i ó n i n ­
s u s t itu ib le a es a m a te r ia , s in o t a m b i é n c o m o an á lisis h is t ó r ic o s e j e m p l a ­
res. Lo q u e m á s m e a t r a í a e r a q u e t o d a p r e o c u p a c i ó n d e «pureza» le e r a
a j e n a ( n i n g u n a t e n t a c i ó n d e r e d u c i r la l i t e r a t u r a a la « po esía p ura» ): en
e s ta o b r a crítica , la li t e r a t u r a n o e r a m á s q u e el c e n t r o d e u n c a m p o m á s
a m p l i o f o r m a d o p o r la voz p ú b lic a .
¿A q u é se d e b í a a t r i b u i r es te a c i e r t o e n la in t e r p r e t a c i ó n ? E v id e n te ­
m e n t e , s u in f o r m a c i ó n es a b u n d a n t e y se g u ra : n o se h a c o n f o r m a d o c o n
las g r a n d e s o b r a s , h a le íd o t a m b i é n las d e m á s e i n c lu s o la p r e n s a d e la
é p o c a ; p e r o e so , e v i d e n t e m e n t e , n o b a s ta ; s e r í a h a s ta s u p e r f lu o e v o c a r
es ta c o n d i c i ó n p r e l i m i n a r , si n o se t e n d i e r a a o lv id a r la c o n f re c u e n c ia .
M e p a r e c i ó q u e el « se c re to » d e B é n i c h o u se s it u a b a e n o t r a p a r te : e n u n
d e s e o d e v e r d a d q u e a n i m a s u s análisis. La v e r d a d , n o s o l a m e n t e e n el
s e n tid o d e i n f o r m a c i ó n e x a c ta , s in o c o m o h o r i z o n t e d e u n a b ú s q u e d a
c o m ú n al e s c r i t o r y al c r ít ic o . La m e j o r m a n e r a d e d e s c u b r i r la « in te n ­
ció n » d e l e s c r i t o r es a c e p t a r es e p a p e l d e i n t e r l o c u t o r (y n o lim ita r s e a la
c o n s t i t u c i ó n fiel, q u e p o r eso m i s m o d e ja d e s e r fiel), p r o n u n c i a r s e ,
pu e s , s o b r e la e v e n t u a l p r e c i s i ó n d e los a r g u m e n t o s s o s t e n id o s p o r el
es c r ito r ; y p o r e s o i n v it a r al l e c t o r a c o m p r o m e t e r s e a su vez e n la
b ú s q u e d a d e la v e r d a d , m á s q u e p r e s e n t a r l e u n o b je to b i e n o r d e n a d o ,
d e s tin a d o a p r o v o c a r el s ile n c io a d m ir a tiv o .
D eb o e s p e c ific a r, p a r a s e r j u s t o , q u e , si la o b r a d e B é n i c h o u m e
p a r e c e e j e m p l a r e n m u c h o s a s p e c to s , s u s c ita t a m b i é n e n m í a l g u n a s
rese rv a s; la m á s i m p o r t a n t e , y la ú n i c a q u e p l a n t e a u n a c u e s t i ó n de
p r in c i p io , s u r g e f r e n te a la p o c a a t e n c i ó n q u e c o n c e d e a la e s t r u c t u r a de
las o b r a s m is m a s , a su s m o d a lid a d e s r e tó r ic a s , n a r r a tiv a s , g e n é r ic a s
( p e r o m e h a r e s p o n d i d o , e n n u e s t r a e n tre v is ta , c o m o m e e s p e r a b a , q u e
n o se tr a t a b a r e a l m e n t e d e u n a c u e s t i ó n d e p r in c i p io , s in o d e u n a
in c lin a c ió n y d e u n a o p c i ó n p e r so n a le s , s o b r e las cu a le s n o h a lu g a r a
c o n c lu s io n e s ) .
Las id eas g e n e r a le s d e B é n i c h o u a c e r c a d e la lit e r a tu r a y la critica
o c u p a n s o l a m e n t e u n lu g a r m í n i m o e n u n a o b r a r ic a e n m e d ia d o c e n a
de títulos. P o r esta ra z ó n he c r e íd o útil a n a liz a r su trab ajo, a través ta n to
de sus d e c la r a c io n e s de p r in c i p io c o m o d e su s e s tu d io s c o n c r e to s . P ero
u n a d u d a h a n a c id o e n m í e n c u a n t o a la f o r m a d e este análisis. Al h a b la r
de la c rítica , y de su p r o p ia critica , B é n i c h o u dice: «Si m e a t re v o a veces
a d e s c u b r i r e n las o b r a s lo q u e los a u t o r e s quiz á n o h a n p u e s to a
p ro p ó s ito , lo h a g o c o n la e s p e r a n z a de q u e a c e p t a r í a n d e s c u b r ir lo en
ellas, si e s tu v ie ra n d elan te » (L 'E c riv a in et ses tra va u x, pág. Xiv). H e
d e c id id o s e g u ir su p r e c e p t o y s o m e t e r l e m i in te r p r e t a c i ó n d e su p e n s a ­
m ie n to , p a r a q u e él p u e d a e x p r e s a r su a c u e r d o o su d e s a c u e r d o , a d e m á s
d e c o n t e s t a r a las p r e g u n t a s q u e esta l e c tu r a ha s u s c ila d o e n mi. La
m a y o ría d e las veces, el a u t o r s o b r e el c u a l tra b a ja el c r ít ic o es, d es d e
h a c e tie m p o , in a c c e s ib le a ese tipo d e p e tic ió n ; yo te n ía la s u e r t e d e vivir
al m is m o tie m p o y e n el m is m o lu g a r q u e m i au to r.
N os c o n o c im o s e n u n a fría m a ñ a n a d e in v ie r n o , e n el B a r r io Latino.
P aul B é n ic h o u a c e p t ó la id e a d e la en tre v ista ; e l a b o r a m o s ju n to s , y sin
q u e r e r a t e n u a r n u e s tr a s d iv e rg e n cia s, el texto q u e v ie n e a c o n t in u a c ió n .
T rata, pu es, s o la m e n te d e u n a c i e r ta idea de la crítica , ilu s trá n d o la a d e ­
más.

La l it e r a t u r a

D efin ició n

T z v e t a n TODOROV: P a ra d e f in ir el o b je to d e su trab a jo , u s te d h a
r e c h a z a d o las d o s d e fin ic io n e s m á s in flu y e n tes d e la lite ra tu ra : la «clási­
ca», m á s e x a c t a m e n te la de A ristóteles, s e g ú n la c u a l la p o e s ía es u n a
r e p r e s e n ta c ió n m e d i a n t e la im a g e n , etc.; y la « r o m á n tic a » , s e g ú n la cu al
la p o e s ía es u n u so in tra n sitiv o del len guaje, u n a r te del le n g u aje . Usted
p a r ti ó d e o tr a c o n c e p c i ó n de la lite r a tu r a , m u c h o m á s a m p lia , d o n d e
n a d a la s e p a r a b a b r u t a l m e n t e d e « lodo lo q u e se e s c r ib e p a r a el p úblico»
(L 'E criva in ..., pág. X). Lo q u e lla m a p r i m e r a m e n t e la a t e n c ió n e n su
e n f o q u e es q u e p a r t e n o de la n a t u r a le z a d el p r o d u c t o , sin o de s u uso (un
diario in tim o , d e c ía T ynia nov, c o m p e t e a la lit e r a tu r a e n c ie rta s é p o c a s y
n o e n otras). (Pero, ¿no existe n i n g u n a a fin id a d ele c tiv a e n t r e su fu n c ió n
y e s tru c tu r a ? ) Y el r e s u lt a d o e s tá ahí: e n s u s lib ro s h a tr a t a d o ta n to de
M a lla rm é c o m o d e p o e s ía p o p u la r , d e C o r n e ille c o m o d e Pascal.
Lo q u e r e p r o c h a a las d e fin ic io n e s a n t e r i o r e s d e la lit e r a tu r a es q u e la
r e d u c e n a u n arte , es d ec ir, a u n o b je to d e p u r a c o n t e m p l a c i ó n estética.
«La lite r a tu r a (...) n o p o d r í a r e so lv e rse e n s im p le s " m a n e r a s d e h a b l a r " »
(M orales dti g ra n d siecle, 1948, ree d . 1980, pág. 273), «las ficciones
literarias (están) lejos de s e r sim p le s d iv e r t im e n t o s de la vida civilizada»
(L 'E c riv a in ..., pág. X. (P e ro , ¿es v e r d a d e r a m e n t e d el a r te d e lo q u e a q u í
se tr a ta , o s ó lo d e la c o n c e p c i ó n r o m á n t i c a d el a rte ? ¿La p i n t u r a n o es
m á s q u e a r te , e n e s e s e n t i d o e s tr i c to d e la p a l a b r a ? ) La l i t e r a t u r a es arte ,
p e r o es t a m b i é n o t r a c o s a , p o r lo q u e s e e m p a r e n t a , n o c o n la m ú s i c a y
la d a n z a , s in o c o n el d i s c u r s o d e la h isto ria , d e la p o lít ic a o d e la
filosofía. La l i t e r a t u r a « c o m p r o m e t e (...) el s e n t i m i e n t o y la r e p r e s e n t a ­
c ión» (M o ra les..., pág. 273), es u n a m a n e r a «de p r o n u n c i a r s e a c e r c a del
m u n d o y la c o n d i c i ó n h u m a n a » (L 'E c riv a in ..., pág. X ); «un e s c r i t o r
g e n e r a l m e n t e a c r e d i t a v alore s» (ibíd., pág. x v ). La l i t e r a t u r a es u n m e d io
d e t o m a r p o s ic ió n f r e n te a los v a lo re s d e la s o c ie d a d ; d ig a m o s d e u n a vez
q u e es ideología. T o d a l i t e r a t u r a h a sid o s i e m p r e a m b o s , a r t e e id e o lo g ía ,
y e n v a n o se b u s c a r í a n s u s t a n c i a s p u ra s: tal es, p o r e j e m p l o , la le c c ió n
d el r o m a n t i c i s m o . «Los a u t o r e s d e s is te m a s s o n (...) los h e r m a n o s d e los
p o e ta s . N o s e p u e d e i g n o r a r e s ta f r a te r n id a d , m e n o s a ú n l a m e n t a r la , al
i m a g i n a r u n p u r o r o m a n t i c i s m o q u e h u b i e r a a h o r r a d o al a r te u n a m e z ­
c l a a d ú l t e r a d e id e o lo g ía : ya n o s e r í a el r o m a n t i c i s m o sin o o t r a c o s a , q u e
n o se ve e n n i n g u n a p a r te » (Le T e m p s d es p ro p h e te s, 1977, pág. 566).
S u p o n i e n d o q u e las c o s a s f u e r a n así, ¿n o se p o d r í a d e f in i r la l i t e r a t u ­
ra c o m o la i n t e r s e c c i ó n d e l d i s c u r s o p ú b l i c o (y p o r c o n s i g u i e n t e i d e o l ó ­
gico) y el a r te ? A u n q u e h a y a q u e p o n e r s e d e a c u e r d o s o b r e el s e n tid o
m i s m o de la p a l a b r a «arte».

PAUL BÉNICHOU: Q u isie ra h a c e r só lo a lg u n a s o b se rv a c io n e s a cerca de

ese p ro b le m a de d e fin ic ió n . N o soy, en g en e ra l, n i en n u e s tro s e s tu d io s en
p a rticu la r, m u y p a rtid a rio de la s d e fin ic io n e s . S o b re to d o , d e fin ir la
litera tu ra m is m a m e p a r e c e el c o lm o de la d ific u lta d . T o d a d e fin ic ió n , en
ta l ca so , corre p elig ro de e sta r m á s a c á o m á s allá de su o bjeto. L a q u e
u s te d cita al p rin c ip io , y q u e lla m a litera tu ra a «to d o lo q u e se escribe
p a ra e l p ú b lic o », es d e s m e d id a ; s ó lo tie n e u n m érito , el a tra e r la a te n c ió n
sobre la im p o sib ilid a d de u n a d e fin ic ió n c o n lím ite s p re c iso s. L a q u e
se ñ a la luego, y q u e h a c e de la litera tu ra u n «arte d e l le n g u a je» , no ev o c a
m á s q u e u n a sp e c to m u y restrin g id o de la co sa d e fin id a . S e p u e d e h a c e r
el m is m o re p ro c h e , en m e n o r grado, a la q u e u s te d p r o p o n e fin a lm e n te :
e n c u e n tr o d e l d isc u rso id e o ló g ic o y d e l arte; a l n o d a r la m e n o r id ea , p o r
e je m p lo , de lo q u e p u e d e se r u n a obra de tea tro o u n p o e m a , resu lta , p o r
a sí d ecir, u n a d e fin ic ió n fa n ta s m a l. T ien e la v e n ta ja , sin em b a rg o , de
p la n te a r d o s de la s re a lid a d e s q u e m á s o m e n o s n e c e s a r ia m e n te está n
p re se n te s en to d a obra literaria, sie m p re q u e se d esp o je la n o c ió n de
id e o lo g ía d e lo d o m a tiz p e y o ra tiv o . E s im p o rta n te su b ra ya rlo , p o rq u e
d ic h o m a tiz h a sid o v in c u la d o a la p a la b ra id e o lo g ía e n su origen:
«p e n s a m ie n to h u e c o y n o c iv o » en el le n g u a je de la co n tra rre vo lu c ió n ;
luego, en el le n g u a je m a rx ista , « p e n s a m ie n to al se rv ic io de los in tereses
m a te ria le s ba jo u n a fa ls a a p a rie n cia de a u to n o m ía ». P o r el co n tra rio , la
«id e o lo g ía », c o m o a c tiv id a d d e l esp íritu q u e p la n te a va lo res, d eb e ser
c o n s id e ra d a en la p le n itu d de su p a p e l, c o m o u n a d e las fa c u lta d e s
fu n d a m e n ta le s de la h u m a n id a d .
Arte e ideología

T. T.: Si se a c e p t a ( a u n q u e s e a c o m o p r i m e r a c e r c a m i e n t o ) se m e ja n te
d e fin ic ió n de la lite ra tu ra , se p o d r í a c o n t a r c o n q u e los a s p e c to s « ide oló­
gico» y «artístico» de la o b r a s e r á n tr a ta d o s de m a n e r a e q u ilib r a d a . Sin
e m b a r g o , éste n o es el caso, ya q u e , e n su s lib ro s (¿en r e a c c i ó n a u n a
d ista n c ia an te r io r ? ) , «la l it e r a tu r a e s tá c o n s i d e r a d a p r i n c i p a l m e n t e
c o m o p o r t a d o r a d e ideas» (Le S a c re de l'é c riv a in , 1973, pág. 18), y
d e c l a r a i n te r e s a r s e ú n i c a m e n t e p o r las «ideas q u e la lit e r a tu r a t r a n s m i ­
te» (ibíd., pág. 466). De h e c h o , c u a n d o analiza, p o r e je m p lo e n M orales
du gra n d sié cle, la id e o lo g ía d e u n C o m e il le , la ex tra e t o ta lm e n te d e la
in tr ig a de su s o b ra s, d e los p e r s o n a je s y de su s d e c la r a c io n e s , sin h a c e r
j a m á s la m e n o r o b s e rv a c ió n a c e r c a del g é n e r o , la c o m p o s ic ió n , el estilo,
la m é tr ic a , etc... E stos e l e m e n t o s d e la o b ra , ¿son a c c i d e n ta le s o a r b i t r a ­
rios? ¿O, m á s b ie n , e s c a p a n d e la in f lu e n c ia id e o ló g ic a, al o b e d e c e r a
u n a o r g a n iz a c ió n q u e les es p r o p ia ? T a m p o c o an a liz a ja m á s u n a o b r a
lite ra ria e n su totalidad: ¿significa es to q u e ese nivel d e e s t r u c t u r a c i ó n , a
m e d io c a m in o e n t r e el e l e m e n t o a isla d o ( u n a r é p lic a , u n ep isodio, u n
te m a ) y el u n iv e rs o g lo ba l de u n es c r ito r , c a r e c e d e p e r t i n e n c i a p a r a la
id e n tific a c ió n de su p e n s a m i e n to ?
Es c ie rto q u e u s te d d a a lg u n a s p r e c is io n e s a c e r c a de la n a tu ra le z a de
las «ideas», q u e las c o n v i e r te n e n algo m á s q u e p u r a s ideas. Lo q u e le
in te r e s a de h e c h o , n o es la id e a tal c o m o se la p u e d e h a l la r e n a lg u n a
o b r a te órica, sino la m is m a id e a c o m p r o m e t i d a , si se p u e d e d ec ir, en
u n a ex iste n c ia in d ividual, e n c ie r ta s fo rm a s p a r ti c u la re s , en la a d h e sió n
a d e t e r m i n a d o s valores. E sta ya e r a la p o s ic ió n e x p r e s a d a e ilu s tra d a en
M orales du g ra n d s ié c le : «El v e r d a d e r o sig n ific ad o d e u n p e n s a m i e n t o
r esid e e n la i n te n c i ó n h u m a n a q u e lo insp ira, e n la c o n d u c t a e n q u e
d e s e m b o c a , e n la n a t u r a le z a d e los v alo re s q u e p r e c o n iz a o q u e c o n d e ­
na, m u c h o m á s q u e e n su e n u n c i a d o e s p e c u la tiv o . (...) Lo q u e h a y q u e
b u s c a r p a r a d a r s e n tid o al d e b a te y a l g u n a c a p a c id a d h u m a n a a los
p e n s a m i e n to s q u e se h a n e n f r e n ta d o e n él, es el in te r é s p r o f u n d o y la
p a sió n que re a lm en te lo ha d o m in a d o « (págs. 1 2 4 - 1 2 5 ).
Sin e m b a r g o , c u a n d o analiza a u n a u t o r c o m o M a lla rm é , u ste d p a r e ­
c e a d o p t a r u n a ac titu d d iferen te. E s ta b le c e a q u í la s o li d a r id a d e n tre
té c n ic a p o é t ic a y p e n s a m i e n to , e n t r e «forma» y «fondo»: «No hay s o l u ­
c ió n de c o n t in u id a d e n t r e el "d e b a te d e g r a m á t i c o ” q u e s u s c ita la s i n t a ­
xis de M a lla rm é s e g ú n su p r o p i a e x p r e s ió n y la m e d ita c ió n a la cual
invita, c a d a vez m ás lejos y s e c r e t a m e n t e , la " r e v e r b e r a c i ó n s u b y a c e n te " ,
q u e M a lla rm é confie sa " p o c o s e p a r a b le d e la su p e rf ic ie c o n c e d i d a a la
r u t i n a ”» (L 'E c riv a in ..., pág. 76). A d o p ta r á la m i s m a p o s t u r a e n u n e s tu ­
dio m ás r e c ie n te («P o é tiq u e e t m é ta p h y s iq u e d a n s trois s o n n e ts de
M a lla rm é » , e n La P assion de la raison, 1983) d o n d e b u s c a r á «las m o ti v a ­
c i o n e s p r o f u n d a s d e la o s c u rid a d m a l la r m e a n a » (pág. 415) y d o n d e ,
d e s p u é s d e h a b e r an a liz ad o el d etalle m is m o d e la c o n s t r u c c i ó n d e u n
p o e m a , u s te d c o n c lu y e : «La e x tra ñ a e s t r u c t u r a d e l s o n e t o c o n f ir m a , de
c i e r t a m a n e r a , la m e ta f ís i c a q u e e n él se p r o f e s a b a . (...) E n r e s u m e n , la
t é c n i c a m i s m a d e M a lla r m é c o n f i g u r a a q u í s u n e g a c i ó n d e l alm a» (pág.
414).
¿ S e r á v o l u n t a r i a e s ta d i f e r e n c i a d e t r a t a m i e n t o ?

P.B.: N o c re o h a b e r p e n s a d o ja m á s q u e en litera tu ra la ideología

m e re c ie ra m á s a te n c ió n q u e el arte. E n el fra g m e n to m is m o q u e cita , digo:
«(la p e r sp e c tiv a ) e n q u e m e h e s it u a d o p a re c e a te n d e r sobre to d o a las
id e a s q u e la litera tu ra tr a n s m ite ». L a s p a la b ra s q u e su b ra y o d a b a n a
e n te n d e r q u e n o d e fin ía u n a crític a ideal, sin o u n a o p c ió n p e rso n a l. Y
d esa rro lla b a lueg o e x te n s a m e n te la idea de u n a c o n ju n c ió n n ec esa ria , en
litera tu ra, de las id e a s y de las fo r m a s se n sib le s. E l h e c h o de q u e m e h aya
c o n s a g ra d o p r in c ip a lm e n te a lo q u e lla m a n la «historia de las ideas»
re sp o n d e a m i d isp o s ic ió n m e n ta l y a las p r e fe r e n c ia s d e m i c u rio sid a d ,
eso es to do. P or lo d e m á s, m e p a re c e q u e la d e n o m in a c ió n «h isto ria de las
id e a s “ exp resa m a l lo q u e he in te n ta d o hacer: ya q u e las ideas, q u e son
a b stra cta s p o r d e fin ic ió n , d eja n de serlo c u a n d o se e n c a m a n en u n a
litera tu ra y se p r e s e n ta n co n u n c u e rp o .
E s cierto q u e, en g en era l, tie n d o a c ree r en u n a p rim a c ía rela tiva d el
p e n s a m ie n to p o r e n c im a de la s fo rm a s, en la m e d id a en qu e es u n a
in te n c ió n ideo ló g ica m á s o m e n o s cla ra la que, c o n m a y o r fre c u e n c ia , m e
p a re c e p o n e r en a c c ió n a los m a te r ia le s se n sib le s d e la obra, P ero no
e x c lu y o de n in g u n a m a n e ra q u e lo c o n tra rio p u e d a p ro d u c irse . E ste
d eb a te n o es fu n d a m e n ta l, al referirse s o la m e n te a u n a p ro p o rc ió n , qu e
tie n e p o c a s p ro b a b ilid a d e s de s e r fija , en tre d o s c o m p o n e n te s ig u a lm e n te
n ec esa rio s.
D ice u s te d q u e ja m á s a n a lizo la o rg a n iza ció n de u n a obra c o n sid e ra d a
en sí m ism a . S in em b a rg o lo h e h e c h o , p o r ejem p lo , co n la F e d r a de
R a c in e (en m i libro L 'E c ri v a in et se s travaux). C onsid era b a , es verd a d , a
lo s p e r so n a je s de esta tragedia en el c o n te x to g en e ra l, fo lc ló ric o y litera ­
rio, de la s v e rsio n e s a n te rio re s de la fá b u la q u e es su te m a . P ero esta
b ú sq u e d a p re v ia m e h a b ía p a re c id o in d is p e n sa b le p a ra a c la ra r la c o n s ­
tru c c ió n y la c o n s titu c ió n de la F e d r a ra c in ia n a , en la c u a l quería
m o stra r la e s tre c h a s o lid a rid a d en tre u n a v isió n d e l m u n d o y la d isp o s i­
c ió n d e los m a te r ia le s fo rm a le s. H e ido m á s te jo s en otro caso: e l R o d o g u -
n e de C orneille. H e in te n ta d o m o stra r c ó m o u n p ro y e c to de a rg u m en to ,
a d o p ta d o p o r el a u to r de esta tragedia c o n u n e sp íritu de ele g a n c ia fo r m a l
y d e p a ra d o ja , h a b ía o rie n ta d o e n u n se n tid o o rig in a l la c o n c e p c ió n de los
p e r s o n a je s y el s ig n ific a d o m is m o d e l d ra m a . E ste e s tu d io , q u e ha sid o
o b je to en 1967 de u n a c o n fe re n c ia en la E c o le N ó rm a le, ha p e r m a n e c id o
in é d ito h a sta el d ía de hoy, y u s te d n o p o d ía te n erlo en c u e n ta . N o he
ten id o , d e s g ra c ia d a m e n te , la o p o rtu n id a d de co n sa g ra rm e m á s a m e n u d o
a e s tu d io s de esta clase.
E n lo q u e c o n c ie r n e a los p o eta s, la p re g u n ta n o se m e p la n te a de u n a
m a n e ra d ife re n te. C on re sp ec to a los ro m á n tic o s, c o n fr e c u e n c ia he
a te n d id o a l p e n s a m ie n to q u e se d e d u c e d e l c o n ju n to d e su obra a n te s qu e
a la c o n s titu c ió n de ta l o c u a l de s u s p o em a s; y p rep a ro , a ú n hoy, u n
c o n ju n to de e s tu d io s de este tipo. P ero n o h a y p e n s a m ie n to p o ético , tan
g en e ra lm e n te c o m o se co n sid ere , q u e n o esté v in c u la d o a rea lid a d es
fo rm a les. S i se trata del estu d io de u n p o e m a p a rticu la r, no se p u e d e
evita r a fro n ta r s u org a n iza ció n verbal. E s v e r d a d pa ra c u a lq u ie r p o eta , y
M allarm é no es un a ex ce p ció n ; pero, al h a b er h ec h o de su té cn ic a tina
p a n ta lla que erige en tre los se n tid o s de s u s p o e m a s y el lector, obliga m á s
im p e rio sa m e n te que otro a p e n e tra r esta té c n ic a , vo c a b u la rio , sin ta xis,
m etá fo ra s, elaborados de m a n era v o lu n ta ria m e n te a tip ica y q u e re q u ie­
ren u n e x a m e n . H e h e c h o toda m i vida, a q u í y allá en a rtícu lo s y c o n m is
e s tu d ia n te s, e s tu d io s de p o e m a s, de tragedias, de n o vela s. P ero h e esco g i­
do m á s bien escribir libros sobre escritores, in c lu s o g ru p o s de escritores,
c o n sid e ra d o s en el c o n ju n to de su s obras. S e m e ja n te o p ció n no p erm ite,
en el p la n o de los p ro c e d im ie n to s té c n ic o s y d e las fo rm a s, m á s que
o b se rva c io n es g enerales, q u e no creo h a b er d eja d o de h a c e r c u a n d o no
m e p a re cía n ev id e n tes.
Una ú ltim a a c la ra c ió n . H e co n sa g ra d o m u c h o tie m p o a e s tu d io s d r
p o esía o ra l (tra d ic io n a l o «fo lc ló rica « ) fra n c e s a y e sp a ñ o la , y en ese
c a m p o p ro fe so - c o n o sin r a z ó n - q u e la id eo lo g ía es d e p o c o in terés.
E sta p o e sía (ro m a n c e r o h isp á n ic o , c a n c ió n fra n c e sa de tra d ic ió n oral)
tra n sm ite, d esd e la E d a d M edia h a sta n u e s tro s d ías, n o c io n e s y tip o s q u e
h a n d isfru ta d o de u n créd ito in in te rru m p id o ; las v a r ia c io n e s q u e le h a c e
e x p e rim e n ta r, a lo largo de lo s siglos, la e v o lu c ió n h is tó ric o —so c ia l so n
d e m a sia d o e v id e n te s y no so rp re n d e n ; so n p o c a c o s a re sp ec to a la
p e r m a n e n c ia de los le m a s tra ta d o s, de los e s q u e m a s de ta b u la c ió n y de
los ju ic io s q u e a c o m p a ñ a n m á s o m e n o s e x p líc ita m e n te las d iv ersa s
situ a c io n e s de am o r, de tra ició n , de a d u lte rio , de c rim e n , de guerra. E n
ca m b io , esta p o esía es d e l m á s a lto in te ré s p o r los p r o c e d im ie n to s de
c r e a c ió n fo r m a l a los c u a le s n o s h a c e a sistir: b a jo e l e fe c to d e l ju e g o
in fin ito y re n o v a d o de las v a ria n te s, se ve el o rd e n d e l relato, la o rg a n i­
za c ió n de los in c id e n te s, el d eta lle de los rasgos y de las e x p re sio n e s a l
m o d ific a rse y d iv ersific a rse, y a a lte ra n d o o a r r u in a n d o el p o e m a , ya
in tr o d u c ie n d o en él b elleza s y h o riz o n te s p o é tic o s n u e v o s. H e a p re n d id o
en este e s tu d io toda la im p o rta n c ia literaria d e l m a teria l, de su e x is te n ­
cia re la tiv a m e n te in d e p e n d ie n te y su d isp o s ic ió n . Y es v e r d a d q u e esta
d isp o sic ió n , en gran parte, se organiza y se reo rg a n iza sola, so b re to d o
en p o esía oral, p o r el ju e g o a u to m á tic o d e las a so c ia c io n e s . S in e m b a r­
go, h a y q u e re c o n o c e r c ie rta m e n te q u e la c o n c ie n c ia de los tra n sm iso re s
m a n tie n e e l c o n tro l de lo q u e o cu rre fu e r a d e ella, q u e 5e d e s c o m p o n ­
dría sin s u s in te rv e n c io n e s. N o se trata a q u í d e u n p r o y e c to id e o ló g ico
original, sin o de esa c o n c ie n c ia a rte sa n a l q u e a spira en toda p o es ía a la
p e r tin e n c ia y a la belleza, y q u e se re q u iere ig u a lm e n te en tos p o e ta s
p e n s a d o re s de la alta literatura.
D e te rm in ism o y libertad

T.T.: U sted h a h e c h o u n a l a b o r d e h is t o r ia d o r , lo q u e i m p l ic a q u e
c r e e e n la e x i s te n c ia d e u n a f u e r te r e l a c i ó n e n t r e u n a c r e a c i ó n lit e r a r ia y
su tie m p o ; s i e m p r e se h a i n t e r e s a d o p o r la r e l a c i ó n e n t r e la l i t e r a t u r a y
la s o c ie d a d . P e r o s u p o s ic ió n al r e s p e c t o m e p a r e c e b a s t a n t e c o m p l e j a y
req u ie re se r p re se n ta d a co n cuidado.
E m p e z a r é a i s la n d o d e e n t r a d a u n a p o s i c i ó n q u e ll a m a r é « p rim e ra » ,
n o ta n t o p o r q u e se e n c u e n t r a a t e s t i g u a d a p a r t i c u l a r m e n t e e n su p r i m e r
lib r o c o m o p o r q u e , g r a c ia s a s u se n c ille z , e s t a b l e c e u n p u n t o d e p a r ti d a
c ó m o d o . E sta p o s i c i ó n c o n s i s t e e n u n a a d h e s i ó n sin r e s e rv a s a la id e a de
u n d e t e r m i n i s m o so c ial c o n c e r n i e n t e a las o b r a s lite ra ria s. U sted e s c r i ­
b e , e n M o ra les d u g ra n d s ié c le 1. «El p e n s a m i e n t o m o r a l , c o n s c i e n t e o
c o n f u s o , s o b r e to d o el q u e se m a n if ie s t a e n o b r a s d e ta n g r a n d ifu sión
c o m o las o b r a s lite r a r ia s, tie n e su s r a íc e s n a t u r a l e s y su t e r r e n o de,
a c t u a c i ó n e n la v id a d e los h o m b r e s y e n su s r e la c io n e s » ; y d e f in e d e e s ta
m a n e r a su p r o y e c to : « P e r c ib i r q u é f o r m a s d iv e rs a s r e v e stía esta c o n e ­
xión» (pág. 7). Las m e tá f o r a s m is m a s q u e utiliza s o n r e v e la d o r a s : la vida
d e los h o m b r e s f o r m a las r a íc e s, su s o b r a s s o n la c o n s e c u e n c i a ; la
l i t e r a t u r a es c o m o el v e s tid o d e u n c u e r p o , q u e lo e s c o n d e y r e v e la a la
vez.
S u s a n á lis is e n e s te lib r o o b e d e c e n a m e n u d o a es e p r in c i p io . Por!
e j e m p l o , M o n t e s q u i e u es tá d e s c r i t o c o m o u n « in té r p r e te d e las t r a d i c io ­
n e s a r is t o c r á tic a s » , y u s t e d a ñ a d e e n n o ta : «Lo q u e r e s a lta e n t o d a su
o b r a , casi se p o d r í a d e c i r e n c a d a lín e a d e su o b r a » (pág. 82); se d ir ía q u e
el «casi» vie n e a a l c a n z a r in e x tre m is el c a r á c t e r c a t e g ó r i c o d e «toda» y
d e «cada». Lo m i s m o c o n R a c in e : «No p o d í a s e r d e o t r a m a n e r a e n la
é p o c a e n q u e (sus tr a g e d ia s ) a p a r e c i e r o n » (pág. 247). P o r lo d e m á s , to d o
el v o c a b u la r io d e l lib r o a t e s t ig u a e s ta a d h e s i ó n a la id e a d e u n d e te rm i-'
n is m o r ig u r o s o y, p o r c o n s ig u ie n te , e n la su p e rf ic ie ; d e u n p a r a le li s m o
e n t r e l i t e r a t u r a y s o c ie d a d : la l i t e r a t u r a «está in m e r s a » e n la id e o lo g ía
so c ial, q u e la «llena» a su vez (pág. 17), la u n a « r e p r o d u c e » a la o tr a (pág.
20), o la « e n c a r n a » (pág. 42); u n a «evoca» a la o t r a (pág. 43), es «a
im a g e n » d e la o t r a (pág. 44), e s la « h uella» d e la o t r a (págs. 8 1 - 8 2 ) ,
« trad u c e» a la o t r a (pág. 84), la « expre sa» (pág. 94), etc.
E sta « p r im e ra » p o s i c i ó n se rá , sin e m b a r g o , m o d if ic a d a p o r vario s
« te m p e r a m e n t o s » q u e a c a b a n p o r h a c e r l e a s u m i r u n a p o s t u r a c u a lit a ti­
v a m e n t e d if e r e n t e , y q u e a p a r e c e n ya to d o s e n s u p r i m e r a o b ra .
E n p r i m e r lu g a r, d e s d e M o ra les d u g ra n d sié c le u s te d se d a c u e n t a ,
d e s p u é s d e h a b e r a f i r m a d o la e x i s te n c ia d e u n a r e la c ió n , d e q u e «los
e j e m p l o s c o n t r a r i o s n o fallan» (pág. 89). E s tr a t e g ia s c o n s c i e n t e s v ie n e n
a d e s m e n t i r n u e s t r a s e x p e c ta tiv a s f u n d a d a s e n el d e t e r m i n i s m o social:
C o m e i l l e s a b e p r a c t i c a r «la p r e c a u c i ó n d e la d e d i c a to r i a » (pág. 101), y el
s e r h u m a n o m i s m o n o es c o h e r e n t e y h o m o g é n e o , ya q u e o b e d e c e a
d e l e r m i n i s m o s m ú ltip le s , lo q u e , e n r e s u m i d a s c u e n t a s , v u e lv e in c ie r to
el r e s u lt a d o d e c a d a d e t e r m i n i s m o p a r ti c u la r : « C o m e ille , a d u l a d o r p o r
e n t r e n a m i e n t o y p o r p ro fe s ió n , se e n c u e n t r a s i e m p r e c e r c a d e C o m e ille ,
e n e m ig o de la tira n ía p o r i n c lin a c ió n y p o r e l o c u e n c ia » (pág. 116). Usted
o b se rv a ta m b ié n q u e el d e t e r m i n i s m o se e j e r c e m á s f u e r t e m e n t e en
c ie rta s o b r a s q u e e n otras: «La tra g e d ia d e R á e m e es m e n o s r e p r e s e n t a t i ­
va quizá q u e la d e C o rn e ille , e n el s e n tid o d e q u e es m e n o s e s p o n t á n e a y
d i r e c t a m e n t e la e x p r e s ió n d e u n m e d i o so c ial y d e u n a t e n d e n c i a m oral»
(pág. 254). Da c u e n t a d e esas e x c e p c io n e s y d e eso s g r a d o s d e «rep rese n -
tatividad», s u s titu y e n d o la id e a d e c a u s a p o r la c o n d i c i ó n (favorable).
«La a c tu a lid a d n o a c t ú a s o b r e las o b r a s lite ra ria s m e d i a n t e el d e ta lle
p r e c is o d e los a c o n te c im ie n to s , s in o p o r las c o n d i c io n e s g e n e r a le s y la
atm ó sfera» (pág. 104); C o rn e ille « tra b a ja b a e n los lím ites q u e su tie m p o
le trazaba» (pág. 245), «las c o n d i c io n e s q u e la h a b í a n h e c h o posible...»
(pág. 273).

P. B.: U sted tiene razón, en c u a n to ja m á s he sid o d eterm in ista en el

se n tid o estricto de la palabra, q u e im p lica u n e n c a d e n a m ie n to n e c e s a rio
de c a u sa s y efectos, su p o n ie n d o la e x isten cia de leyes. N o veo , p o r lo
d em á s, que n in g u n a de las d isc ip lin a s q u e lla m a m o s «cien cia s h u m a n a s»
sea ca p a z de esta b le cer se m e ja n te s leyes. S i, d e s p u é s de m u c h o s otros, he
creíd o co n sta ta r u n a a c c ió n de la s o c ie d a d sobre la literatura, es en
fo rm a de rela cio n es c a u s a le s m á s o m e n o s vero sím iles, c u y o n iv e l de
ev id e n cia , en los ca so s p a rtic u la re s de tas obras y los a u to re s, d esafía la
estricta d em o stra ció n y la m e d id a exacta. E l d e te rm in ism o , q u e es u n o de
los p o stu la d o s de la b ú sq u e d a h u m a n a en el m u n d o n a tu ra l, in d is c u tib le ­
m e n te fe c u n d o en ese ca m p o , es a p a re n te m e n te in a p lica b le, en sti rigor,
en la in d agación que realiza e l h o m b re a cerca d e s u s obras.
M i p rim e r libro, que u s te d cita sobre to d o c o m o a p o yo a m i « determ i­
nism o», fu e escrito en los a ñ o s q u e p re c e d ie ro n a la ú ltim a guerra, y estoy
d isp u e sto a a d m itir q u e tenía en to n c e s, sobre la rela ció n so cied a d -
literatura, u n a idea m á s in g en u a que h o y en día; d ig a m o s qu e era en
a q u ella ép o ca m á s «m arxista» q u e ahora, a u n q u e h aya in stin tiv a m e n te
evita d o h a c e r en m i libro u n a ,p ro fe s ió n de fe exp lícita en ese sen tid o .

T. T.: Al lado d e es ta d e t e r m i n a c i ó n d e la l it e r a tu r a p o r su c o n t e x to
social, c o n t e x to s i n c r ó n i c o y a la vez h e t e r o g é n e o , u s te d se h a a p lic a d o a
d e s c rib ir, e n a lg u n a s o b ras, u n a d e t e r m i n a c i ó n d e tipo d i a c r ó n i c o y
h o m o g é n e o . Pienso , e n p r i m e r lu g a r, e n su s e s tu d io s a c e r c a d e las
r e la c io n e s e n t r e u n a c a n c i ó n p o p u l a r y su s v e rs io n e s a n t e r i o r e s (que
u s te d a c a b a de r e c o r d a r ) . P e r o n o se h a lim ita d o a ese t e r r e n o tr a d i c io ­
n a l m e n t e c i rc u n s c r ito ; h a q u e r i d o e l e v a r los m é t o d o s d e l f o lc lo ris ta a la
«gran» lite ra tu ra , «al c o n j u n to d e te m as , m o tiv o s, e s q u e m a s lite ra rio s
u sa d o s e n la tr a d ic ió n c u ltu r a l a la c u a l p e r t e n e c e el a u to r» (L 'E c ri-
v a in ..., pág. 167), y h a ilu s tra d o ese p r o g r a m a c o n el e s tu d io d e a lg u n o s
te m a s tra d ic io n a le s de la tragedia. F in a lm e n te , en su tr a b a jo de h is to ria
de las ideas, p o r eje m p lo e n Le T em p s d es p ro p h é tes, u ste d p a r e c e
a d o p t a r u n a ó p tic a c o m p a r a b le : c a d a i d e a a p a r e c e c o m o la tr a n s f o r m a ­
c i ó n d e o tr a , f o r m u l a d a c o n a n t e r i o r i d a d ; d e n u e v o , la p r e s i ó n e j e r c id a
p o r la t r a d i c i ó n v ie n e a c o m p e t i r c o n la q u e p r o d u c e el c o n t e x t o s o c ia l
inm ediato .

P. B.: N a tu ra lm e n te , la c a u s a lid a d s o c ia l n o es la ú n ic a q u e a c tú a
sobre las c r e a c io n e s literarias, in c itá n d o le s a re sp o n d e r a las n e c e s id a d e s
y a los p ro b le m a s de u n a ép o c a da d a ; la litera tu ra n o existe sin o a tra vés
de fo r m a s q u e tie n e n su tra d ic ió n y su lógica de desarro llo , re la tiv a m e n te
a u tó n o m o . E ste p u n to m e p a re c e ta m b ié n e v id e n te . Y la s ideas, a su
m a n e ra , s o n ig u a lm e n te fo rm a s.

T. T.: Si e s to s d o s p r i m e r o s « te m p e r a m e n t o s » p u e d e n s e r p e r c i b i d o s
c o m o p r e c i s i o n e s d e la h ip ó te s is in ic ia l, q u e la v u e lv e n m á s flexible y
m á s c o m p l e j a sin p o r e llo n e g a r la , n o o c u r r e lo s is m o c o n o tr o s , q u e
m o d if ic a n la p r o p i a s u s t a n c i a d e a q u é lla . Y a e n M ora les d u g ra n d si'ecle,
u s t e d c o n s t a t a la im p o s ib ili d a d d e r e d u c i r los v a lo re s a los h e c h o s , y p o r
c o n s ig u ie n te , d e d e d u c i r el id e a l d e u n a s o c i e d a d a p a r t i r d e s u r ea lid ad ;
a h o r a b ie n , es e s te id e a l el q u e se v u e lv e a e n c o n t r a r e n l i t e r a t u r a m á s
q u e la s o c i e d a d m i s m a . «La s o c i e d a d es el h e c h o d el h o m b r e real, y la
l i t e r a t u r a el r e i n o d e l h o m b r e id e al, y (...) el u n o n o a b a r c a ja m á s , n o
p u e d e j a m á s a b a r c a r al o tro » (pág. 52). Ñ o s e q u i v o c a m o s d e c a m i n o , e n
los e s tu d io s lite ra rio s, al i n t e r e s a r n o s p o r lo q u e lla m a n «la v id a d e los
h o m b r e s y su s r e la c io n e s » , si e n t e n d e m o s p o r e s to u n a r e a lid a d e c o n ó ­
m ic a y social. «La c r it ic a s o c io ló g ic a (...) p i e r d e su t ie m p o c a l c u l a n d o la
in f lu e n c ia d e las r e a lid a d e s e c o n ó m i c a s s o b r e la lit e r a tu r a . (...) S o n las
p a s io n e s d e los h o m b r e s v iv ie n d o e n s o c i e d a d y d e los g r u p o s q u e ellos
f o r m a n las q u e p r o p o r c i o n a n a la l i t e r a t u r a s u s ta r e a s y su s alim entos.!
(...) lis es ta p s ic o lo g ía , al m i s m o t i e m p o e i r r e s i s t i b l e m e n t e id e o lo g ía , es
d e c ir , c o n s t i t u c i ó n d e v a l o re s y c o m p l e j o d e ju ic io s , lo q u e in c ita a los
e s c r ito r e s » (L e S a c r e ..., p ág . 46 5 ). L a r e l a c i ó n p e r t i n e n t e n o se da, p u e s ,
e n t r e s o c i e d a d y li t e r a t u r a , s in o e n t r e id e o lo g ía so c ial y lit e r a tu r a .

P. B.: S e trata a q u í de u n a e v id e n c ia fo r m u la d a m e n o s fr e c u e n te m e n ­
te, p ero n o p o r ello m e n o s im p o rta n te . S i u n a s o c ie d a d a c tú a so b re la
litera tu ra , lo h a c e a tra v és de la in flu e n c ia q u e e je rc e n so b re lo s a u to re s
la p sic o lo g ía c o le c tiv a y la id e o lo g ía d ifu s a de s u s c o n te m p o r á n e o s , las
« m en ta lid a d es» , c o m o se d ic e h o y en día; y n o d ire c ta m e n te p o r las
fo r m a s d e la p r o d u c c ió n y de la v id a e c o n ó m ic a . L a litera tu ra se crea
sobre tr a d ic io n e s m o ra le s, a n tig u a s y n u e v a s p a sio n e s, n e c e s id a d e s e
id ea les. L a e c o n o m ía y la té c n ic a , s i a c tú a n sobre la s letras, n o p u e d e n
h a ce rlo sin o de m a n e ra m e d ia ta y m á s o m e n o s a le ja d a , a l a c tu a r sobre la
m e n ta lid a d p ú b lic a . Para los e s tu d io s literarios, e sto s e n c a d e n a m ie n to s se
e n c u e n tr a n en s e g u n d o p la n o , In te n ta m o s n o ig n o ra r ¡o q u e la h istoria
d e sc u b re a l re sp ec to , y a p ro v e c h a rlo . Pero n u e s tro c a m p o está, p o r así
d ecirlo , río abajo: es el de las ideas, los valores, las fo rm a s y las
obras.
 T. T.: P e r o , ¿ c ó m o lle g a m o s a c o n o c e r e s ta id e ología? L ey e n d o los
trabajos filosóficos, políticos, científicos y (¿ p o r q u é no?) lite ra rio s de
u n a époc a. Más aú n : s o n p r e c i s a m e n t e las o b r a s literaria s las q u e p r e ­
s e n ta n , a m e n u d o , el c u a d r o m á s r ic o y m a tiz a d o d e la id e ología ; de
m a n e r a q u e la le c c ió n r e c ib id a d e las o tr a s fu en te s es f in a l m e n te de
m e n o r i m p o r t a n c i a q u e la q u e se e n c u e n t r a e n la lit e r a tu r a m ism a.
«E stam o s p o r c o n s ig u ie n te o b lig a d o s (...) a a t e n e r n o s a lo q u e h a sido
es c rito y p u b lic a d o e n este o r d e n d e cosas, es d e c ir , a t o m a r la l i t e r a tu r a
m is m a c o m o testigo p r in c i p a l d e las s u g e r e n c ia s q u e h a r e c ib id o d e la
m e n ta lid a d p ú b lic a , y a f o r m a r n u e s t r a s -in tuic iones s e g ú n el m a y o r
n ú m e r o p o sib le d e eso s te stim o n io s. (...) E sto s m e d io s p o n e n a la c r itic a
lite ra ria e n c o n d i c io n e s de e n s e ñ a r a los h is t o r ia d o r e s d e la s o c ie d a d p o l­
lo m e n o s ta n to , si n o m á s, d e lo q u e p u e d a r e c i b i r d e ellos» (ibíd., págs.
465-466). El c a m b io es i n m e n s o , p u e s ya n o se tr a ta de p o n e r e n r ela ció n
de d e t e r m in a c ió n , a u n q u e f u e ra m a tiz ad a , a d o s e n tid a d e s: «ideolo gía
social» (o « m e n ta lid a d p ú blica») y «literatura», s in o de a n a liz a r u n a sola
de las dos, la id e o logfa-de-la-litcratura; c a m b io p r o f u n d o , quizá c o m p a ­
r a b le c o n el q u e se p r o d u jo e n la o b r a d e D u m éz il, q u ie n , si e n tie n d o
bie n , h a d ejad o de b u s c a r las r a íc e s o las p r o y e c c io n e s de la ideología
c o m o tal. Lo q u e n o q u ie re d e c ir , d e s d e luego, q u e se r e n u n c i e a
r e c o n o c e r el a s p e c to id e o ló g ic o de la lite ra tu ra .

P, B,: H abría ahí, en efecto , u n v e rd a d e ro círcu lo vicio so , si y o m e

im aginara que los escritores so n los crea d o res e x c lu siv o s y a b so lu to s de
los p e n s a m ie n to s que expresan. D e h ec h o , v e m o s a través de m il pru eb a s,
a u n q u e n o fu e ra m á s q u e p o r el éxito de las o bras y los te stim o n io s d e la
crítica, que los p e n s a m ie n to s de los escrito res y de s u s p e rso n a je s re sp o n ­
d e n a m a n era s de ver y de se n tir c o n te m p o rá n e a s. A l lado de las obras,
leem o s tratados de m o ra l y u rb a n id a d , c u a d e r n o s de n otas, m em o ria s,
co rresp o n d e n cia s, d isc u rso s p o lítico s, c ró n ica s, en u n a pa la b ra , obras
m á s o m e n o s c e rc a n a s a la literatura o a je n a s a ella, q u e, en ca n tid a d
co nsiderab le, n o s in fo rm a n sobre la m a n e ra en q u e se vivía y p e n sa b a en
u n a época. C ierta m en te, q u isiéra m o s esta r in fo r m a d o s de m a n era m á s
a m plia y co m p leta a cerca d el esta d o a n ím ic o , en u n m o m e n to d ado, de
cada u n a de las re g io n e s de la so c ied a d . P ero no lo h e m o s logrado. S ó lo
he q u erid o d e c ir q u e la d o c u m e n ta c ió n q u e s u m in is tra n al re sp ec to las
m ism a s obras literarias es, h a sta n u e v o aviso, la m á s rica y la m á s
sig nificativa. ¿A cerca de q u é n o s inform a ? N o só lo sobre los a u to res. S in
d u d a alguna ta m b ié n a cerca de s u s lecto res h a b itu a les, y de su p ú b lico .
¿ C uál era la m a g n itu d de ese p ú b lic o en rela ció n co n el c o n ju n to de la
po b la ció n ? N os resulta d ifícil decirlo. S u p o n e m o s q u e todo a q u e l q u e m á s
o m e n o s p ensaba, y tenía los m ed io s de h a cerlo , p o r ed u c a c ió n , c o n d i­
ció n , carácter, es decir, u n a p o rc ió n aprecia b le d e la so c ied a d , se in te re ­
saba p o r las letras y les p ro p o rc io n a b a o su g ería s u s tem a s, a n tig u a m e n te
c o m o h o y en día. Tal p a n o ra m a es b a sta n te in su ficien te : está en p ro p o r­
ció n al esta d o de n u estra in fo rm a c ió n . ¿ Q uien ca lifica rá s o c ia lm e n te al
p ú b lic o d e l teatro? ¿ Q u ién m ed irá , m á s allá de lo s lím ite s de la literatura
letra d a , la d ifu s ió n de la litera tu ra de co rd el, de la litera tu ra oral, los
c u e n to s tra d ic io n a le s, las c a n c io n e s? L o s h isto ria d o re s se in te re sa n c a d a
vez m á s p o r to d o ese a sp e c to d e l p a sa d o ; e m p re n d e n in v e stig a c io n e s
e x a cta s, se g ú n s u s m é to d o s y s u s m e d io s p ro p io s, a ce rc a d e lo q u e se
p e n s a b a y s e n tía en o tro s tie m p o s , y u n o n o p u e d e sin o c o n g ra tu la rse p o r
ello y a c o g e r co n in te ré s s u s re su lta d o s.

T. T.: La c r í t i c a m á s r a d ic a l d e l d e t e r m i n i s m o so c ial es tá a ú n p o r
venir. P a r te , y a n o d e u n a c a r e n c i a d e h e c h o (las d if ic u lta d e s e m p í r i c a s
p a r a e s t a b l e c e r la r e la c ió n ) s in o d e u n d e s a c u e r d o d e p r in c ip io ; u s te d
e n c u e n t r a a h o r a o b j e c i o n e s q u e p o d e m o s o p o n e r «a to d o s is te m a o
e s c u e l a q u e p r e t e n d a r e d u c i r el p e n s a m i e n t o a e x i g e n c ia s vitales» (L'E-
c r ív a in ..., págs. 50-51). L o q u e s e e n c u e n t r a a f i r m a d o d e s d e M o ra les du
g ra n d s ié c le : «El h o m b r e s o c ia l n e c e s i t a a c t u a r p o r m o tiv o s m á s a m p lio s
q u e sus in te r e s e s p a r t i c u l a r e s . (...) El h o m b r e p e n s a n t e es c a p a z de
c o n c e b i r m á s ju s tic ia , felicida d , v e r d a d , g r a n d e z a q u e la q u e tie n e f re n te
a s u s ojos» (pág. 364). E n es te p u n t o p u e d e a m p l i a r s e el h o r i z o n t e del
d e b a te : lo id e al es i r r e d u c t i b l e a lo rea l, los v a lo re s n o se d e d u c e n de los
h e c h o s ; h a b l a r d e d e t e r m i n i s m o i g n o r a n d o la lib e r ta d es i n c i t a r a r e n u n ­
c i a r a la lib e r ta d : el e n u n c i a d o es falso, la e n u n c i a c i ó n es p e l ig r o s a (p o n
p o c o q u e e s té r e s p a l d a d a p o r u n a p a r a t o d e E sta d o s u f i c i e n t e m e n t e
i u e n e ) . «La e x i s te n c ia objetiva, c o n s i d e r a d a e n si m i s m a y c o m o la única*
real, ju s t ifi c a ría p l e n a m e n t e —¿ c ó m o n o e s t a r a l e r ta al r e s p e c t o ? — el
d e s p r e c i o d e lo d o d e r e c h o , la o p r e s i ó n y la c r u e ld a d ; m á s e x a c t a m e n te ,
n o h a b r í a e n e lla n a d a e n c u y o n o m b r e c o n d e n a r l o s . Los tir a n o s lo
s a b e n , d e s d e el m o m e n t o e n q u e f in g e n n o c o n o c e r al h o m b r e s in o
d e s d e es te á n g u lo , c o m o u n a m á q u i n a m a n i p u l a b l e , sin r e a l i d a d p e r s o ­
nal y sin d e r e c h o s » («A p r o p o s d 'o r d i n a t e u r s . N o te s u r l'e x i s te n c e sub-
jectiv e», e n C o m m e n ta ire , 19, 1982, pág. 456). Es lo q u e s e p u e d e
o b s e r v a r e n u n c a s o p a r t i c u l a r , los a t a q u e s d ir ig id o s c o n t r a la id e o lo g ía
lib e ral y la d o c t r i n a d e los d e r e c h o s h u m a n o s : « P u e d e d e c i r s e q u e al
l im ita r la d is c u s ió n al o r d e n e c o n ó m i c o , al d a r a e n t e n d e r q u e la
lib e r ta d n o h a s id o s i e m p r e s in o el d e r e c h o a e n r i q u e c e r s e a e x p e n s a s
d el p r ó j i m o , al l a n z a r p o r e s a vía el a n a t e m a s o b r e el in d iv id u o , se
a c r e d i t a i m p l í c i t a m e n t e u n a filoso fía d ic ta to ria l» (Le T e m p s d es p ro p h é -
tes, pág. 16). P e r o tal es, t a m b i é n , la v e r d a d g e n e r a l d e la c o n d i c i ó n
h u m a n a : « P o r s u n a t u r a le z a , el e s p ír i tu del h o m b r e e n to d o s los siglos va
m á s allá d e la s o c i e d a d y d e la h isto ria : se u n e c o n la h u m a n i d a d d e las
é p o c a s p r e c e d e n t e s y d e las s ig u i e n te s y se c o m u n i c a e f e c tiv a m e n te c o n
ellas» («R efié x io n s s u r la c r it iq u e litté ra ire » , e n L e S ta tu t de la littératu-
re, 1982, pág, 5).
A h o ra b i e n , existe, e n c a d a s o c ie d a d , u n g r u p o d e h o m b r e s q u e s o n ,
d e a l g u n a m a n e r a , los p r o f e s io n a le s del e s p íritu ; c u y a p r o d u c c i ó n , p o r
c o n s i g u i e n t e , n o se r e d u c e a u n a e s p e c ie d e d e t e r m i n i s m o social: es lo
q u e l l a m a m o s los in te le c tu a le s . «El h o m b r e e s tá h e c h o d e tal f o r m a q u e
se d ista n c ia de si m is m o p a r a c o n c e b i r s u c o n d u c t a e n fu n c ió n de
valo re s a b s o lu to s: n o h a b r í a in te le c tu a le s si f u e r a d e o tr o m o d o . (...) Las
g e n te s d e p e n s a m i e n t o , e s c r ito r e s y artistas, r e s u lt a n ser, e n cierto
g rad o , p o r su fu n ció n , los j u e c e s d e la s o c ie d a d al m is m o t ie m p o q u e sus
so p o rtes » (Le S a cre..., págs. 19-20). P o r c o n s ig u ie n te , si M o n te s q u ic u es
u n v e r d a d e r o e s c r ito r y R a c in e u n v e r d a d e r o artista, n o s o n r ig u r o s a ­
m e n t e r e d u c ib le s e n su o b r a al m e d io del c u a l p r o c e d e n . H e a q u í no
s ó lo u n e s ta d o de h e c h o o c a s io n a l, sin o u n c a r á c t e r p e r m a n e n t e del
h o m b r e d e p e n s a m i e n to . «Así e s p e r a m o s d e los in te le c tu a le s f ó rm u la s
u n iv e rsa le s, distin ta s de los in te r e s e s y d e las c i r c u n s ta n c ia s , v álid as p a r a
lo d o s y p a r a sie m p re » (ib íd ., pág. 19).
Al final de es te r e c o r r id o , d ir ía q u e s u «nueva» p o s t u r a co n s iste , n o
sólo e n e s c o g e r e n t r e d e t e r m i n i s m o y lib e r ta d (en favor d e l d e te r m in is -
m o), sino e n p e n s a r s i m u l t á n e a m e n t e e n los dos. H a b ie n d o s ie m p r e
c u m p lid o c o n u n trab a jo d e h is t o r ia d o r , n o v a c ila rá e n e s c rib ir: «Confe­
s a ré q u e te n g o p o r e v id e n te la e x iste n c ia d e u n a n a t u r a le z a h u m a n a
b a s ta n t e c o n s ta n t e , p a r a q u e —c o n m e m o r i a d e l e c t o r - d e la B iblia a
M o n ta ig n e y de la lita d a a B a u d e la ir e , s e a p o sib le la a m p lia c o m u n i c a ­
c ió n q u e n o s lieva y n o s in c lu y e a todos» (L 'E c riv a in ..., pág. XV), y e n
e x p r e s a r su fe e n «la p e rf e c tib ilid a d p r o p i a d e la e s p e c ie h u m a n a »
(M orales.... pág. 367), a l c a n z a n d o d e esa m a n e r a las e s p e r a n z a s de un
R o u s s e a u al m is m o tie m p o q u e las d e C o n d o r c c t y d e C onslant. La
lit e r a tu r a m i s m a es tá re g id a p o r esta a n tin o m ia : é s ta «es a la vez c i r c u n s ­
ta ncial y e je m p la r, es d e c i r d e p e n d i e n t e y s o b e r a n a , c o m o el m is m o
e sp íritu h u m a n o » («Réflexions...», pág, 5).

P. B.: E ste ú ltim o p u n to es el ú n ic o q u e re a lm en te p la n te a u n p ro b le ­

m a, ya que tropieza co n u n cierto c ien tifism o . S í, el o b jeto de n u estro s
estu d io s es algo m á s que u n o b je to o rdinario; su p e ra el ord en de los
h ec h o s, p o n e en ju e g o c o n c ie n c ia s c rea tiva s y va lo res q u e so n la tra m a de
las obras; su c o n o c im ie n to requiere otras fa c u lta d e s qu e las qu e n o s
g u ía n en el c o n o c im ie n to de la n a tu ra leza . ¿ P ueden los m ism o s h isto ria ­
dores lim itarse a dar c u e n ta de u n o rd e n d e co sa s y de su ev o lu c ió n , y,
a llí d o n d e v e n n a c e r n u e v o s valores, d escrib ir el a c o n te c im ie n to c o m o
biólogos o n a turalistas? N ada es seguro, n i m á s d ifícil de im aginar:
n a rrando al h om bre, en todo m o m e n to se e n c u e n tra fre n te a lo qu e, en el
hom bre, rebasa la n a tu ra leza bruta, atestig u a la lib erta d d e esco g er fin e s y
solicita el ju ic io su b je tiv o d el narrador. S in em bargo, tie n e n q u e ver sobre
todo co n la m a sa de los a co n te c im ie n to s, c o n las n e c e s id a d e s y los azares
de la vida de las n a cio n es; las re sp o n sa b ilid a d es d e l esp íritu h u m a n o no
so n en a bsoluto a su n to suyo. N osotros, a l co n tra río , n o s o c u p a m o s ca si
ú n ic a m e n te de las ideas de los h o m b res a ce rc a d e l b ien , la ju sticia , la
belleza, y la historia, pese a todo lo h isto ria d o re s q u e q u isiéra m o s ser, n o
n os o c u p a m á s que de m a n era relativa. U sted tie n e razón a l p e n s a r qu e
to m a r c o n c ie n c ia de se m e ja n te situ a c ió n , c o n las c o n s e c u e n c ia s qu e
im plica en c u a n to a n u estro propio trabajo, n o es só lo a p o rta r u n correcti-
vo a u n a d o c trin a d e c a u s a lid a d , s in o ta m b ié n r e c o n o c e r q u e n in g u n a
p u e s ta en p e r sp e c tiv a c a u s a l agota e l se n tid o de u n a obra literaria, y es
ig u a lm e n te a sig n a r al e s tu d io de la litera tu ra u n a p o s ic ió n d ife re n te d esd e
el c o tn ie n z o a la de las c ie n c ia s de la n a tu ra le za . E v id e n te m e n te , de ello
n o se d e s p re n d e el q u e n o exista, en este e stu d io , crite rio a lg u n o de
ve rd a d : ya q u e hay, en la b a se de n u e s tra s in te rp re ta c io n e s, m u c h o s
h e c h o s q u e re co g e r e in fo r m a c io n e s q u e ve rifica r, y , en n u e s tr a s m ism a s
in te rp re ta c io n e s, m u c h o de in tu ic ió n y de ju ic io q u e p o n e r en ju e g o pa ra
a lc a n za r el n iv e l su fic ie n te de p la u sib ilid a d q u e , en m a te ria h u m a n a ,
sirve d e ce rtid u m b re .

La CRITICA

¿M éto d o s críticos?

T. T.: C o n r e s p e c t o a la c r í t i c a c o n t e m p o r á n e a , u s te d h a a s u m i d o u n a
p o s ic ió n a s u vez c r ític a . Y es p o r a h í p o r d o n d e yo q u i s i e r a a b o r d a r s u
r e f le x ió n a c e r c a d e e s e te m a . El p r i m e r r e p r o c h e g e n e r a l q u e u s t e d h a c e
al d e b a t e c r i t i c o c o n t e m p o r á n e o es s u c r e e n c i a e n u n a e s p e c ie de
fic c ió n v e r b a l ll a m a d a « m é to d o » . Los c r ít ic o s « c r e e n d i s c u t i r a c e r c a del
m é to d o » , t ie n e n u n a t e n d e n c i a a « b a u tiz a r to d o d e s c u b r i m i e n t o c o m o
" m é t o d o " n u e v o » (L ' E c r i v a i n págs. XJI-XIII), m i e n t r a s q u e se tr a t a en
r e a lid a d d e a lg o m u y d if e r e n t e . Si d e c i d o p r a c t i c a r u n an á lis is so c io ló g i­
c o o a d o p t a r u n e n f o q u e p s ic o a n a líti c o , n o d is p o n g o d e n i n g ú n m é t o d o
p a r ti c u la r : o p t o m á s b i e n p o r i n t e r e s a r m e s ó lo p o r u n a p a r t e d el o b je to
(la lit e r a tu r a ) y, a veces, a d o p t o u n c o n j u n t o d e h ip ó te s is c o n c e r n i e n t e s
a e s a p a r te . N a d a d e e s o c o r r e s p o n d e a lo q u e d e b e r í a s e r u n m é t o d o , a
s a b e r , u n « m e d io d e a c e r c a m i e n t o a u n a v e r d a d , d o n d e n o se p r e s u p o n ­
ga la n a t u r a l e z a d e e s a v e r d a d » («Réflexions...», págs. 4-5).
Si s ó lo se t r a t a r a d e u n a b u s o v e rb a l, el m a l n o te n d r í a m a y o r
im p o r t a n c i a . Lo q u e es m á s g r a v e , s in e m b a r g o , es q u e c a d a u n o d e eso s >
« m é to d o s» tie n e u n a a m b i c i ó n to ta liz a d o r a . Los c r ít ic o s i n s i s te n d e b u e n
g r a d o e n lo q u e la o b r a tie n e d e « o rg á n ic o » , d e «ligado», a b o r r e c e n las ■
s e p a r a c i o n e s , q u i s i e r a n n o b a s a r s e m á s q u e e n « u n a s o la m ira d a » y n o
v e r m á s q u e « u n s o lo e n c a d e n a m i e n t o » , v a l o r a n el « c a r á c t e r global» de
la o b r a , la « u n id a d » y la « s o lid arid ad » d e su s e l e m e n t o s , a s p ir a n a u n a
« i lu m in a c ió n total» (L 'E c riv a in ..., págs. XIi-XIll). A h o r a b ie n , s e m e j a n te s
g e n e r a l i z a c i o n e s s o n f o r z o s a m e n t e falsas, y a q u e la o b r a , c o m o to d a
r e a l i d a d e m p í r i c a , n o se d eja a p r e h e n d e r e x h a u s t i v a m e n t e d e s d e n in g ú n
p u n t o d e vista, i n e v i t a b l e m e n t e p a r c ia l: «Al i n t e n t a r a s u m i r u n a visión
tota l, n o s e n g a ñ a r e m o s n e c e s a r i a m e n t e » (ibíd., pág. X). P o r c o n s ig u ie n ­
te, el f e r v o r m e t o d o l ó g i c o n o d e b e i m p e d i m o s a d m i t i r c o n h u m il d a d
q u e la c r ít ic a es, o b li g a t o r i a m e n t e , « s ie m p r e i n c o m p le ta » , s in o a y u d a r ­
n o s a b u s c a r u n m e j o r e q u i lib r io e n t r e ¡a fid e lid a d a los h e c h o s y la
c o h e r e n c i a del sis tem a , e n t r e «la se n sib ilid a d a las o b r a s y la c a p ac id a d
d e p en s arlas » (ibícl., pág. XIII).

P. B.: Sí, creo que se abusa h o y en d ía d e la pala b ra m éto d o , p o rq u e

sugiere la ¡dea de u n p ro y e c to cien tífic o ; de h ec h o , se u sa para d esig n a r
siste m a s p re c o n c e b id o s de in te rp re ta ció n y e n fo q u e s arbitrarios q ue se
e n c u e n tra n a veces, creo yo, en los a n típ o d a s d el esp íritu cien tífico .

¿ N ueva Crítica?

T. T.: N u e s tro a c u e r d o n o es tan c o m p l e t o e n lo q u e r e s p e c t a a un

s e g u n d o r e p r o c h e f o r m u l a d o p o r u sted. P ie n sa q u e la «nueva» c r ític a no
h a a p o r ta d o n a d a n u e v o , q u e las ¡deas y las h ip ó te sis so n las m is m a s de
h a c e d o s c ie n t o s a ñ o s , y quizá m á s (L 'E criva in ..., págs. x-xi). Sin e n t r a r
s iq u i e r a e n el fo n d o de la d isc u sió n , u n o p u e d e a s o m b r a r s e ; ¿la c r ític a
e s c a p a r ía to ta lm e n te d e la d e t e r m i n a c i ó n h istó ric a e id e ológ ica, q u e
e je r c e u n a in f lu e n c ia tan fu erte s o b r e la lit e r a tu r a m is m a? H asta s u p o ­
n i e n d o q u e los e l e m e n t o s d e c a d a d o c t r i n a hayan p e r m a n e c i d o id é n ti­
cos, ¿serán p o r es o in d if e r e n te s su a r ti c u la c ió n in te r n a , la je r a r q u í a q u e
fo rm a n ? ¿N o p o d e m o s , p o r e je m p lo , o b s e r v a r en la cr itic a ltleraria u n a
ev o lu c ió n , p a r a le la a la de las o tr a s c i e n c ia s h u m a n a s , p a s a n d o del
in te r é s p o r la in s c r i p c ió n h is tó ric a de u n a o b r a al in te r é s p o r su o r g a n i­
za ción in te r n a , e v o l u c ió n q u e s ó lo c o n s is te en u n d e s p la z a m ie n to de
ac e n to , p e r o q u e n o d eja d e p r o d u c ir s e , m á s o m e n o s s im u llá n c a m c n le ,
en casi todos los p aíses e u r o p e o s , y q u e p o r lo m i s m o n o e s ta ría d e s p r o ­
vista de se n tid o ?

P. B.: N o creo h a b er d ich o re a lm en te q u e la «n u e v a c r ític a » no tenga

nada de n u e v o a su favo r. A d e c ir verd a d , la d isc u sió n de ese p u n to es
difícil, d a d o lo im p re ciso de la n o c ió n m ism a de n u e v a crítica. E n efecto,
se otorga esa a p ela ció n a te n d e n c ia s m u y diversas: te m á tica , m a rxista ,
p sic o a n a lítica , estru ctu ra lista , se m ió tic a , etc. y es in d iscu tib le q ue la
m ayoría de esas etiquetas, o bien ya las u tiliza b a n g en e ra c io n e s a n te rio ­
res, o bien p o se en , bajo otros n om bres, a lg ú n g erm en p re c u rso r en la
crítica tradicional, la q u e no ignoraba d e l to d o n i las re fere n cia s p s ic o ló ­
gicas o so ciales, ni la co n sid e ra c ió n de los tem a s, n i la de las fo rm a s y las
figuras. E s cierto que, e n ca d a u n a de esa s d ire c c io n e s, n u estra ép o ca ha
in a u g u ra d o n u e v o s e n fo q u e s c u y a fe c u n d id a d habría qu e d e fin ir en cada
caso, pero que, de u n a esc u e la a otra, está n lejos de co in cid ir.
¿D ónde reside, p o r co n sig u ie n te , la u n id a d de la n u e v a crítica? La
in c lin a c ió n , q u e a m e n u d o se observa, h a cia el sis te m a y la to ta liza ció n ,
no podría esta b le cer n in g u n a u n id a d en tre las d iv ersa s escu ela s, p ero sí,
al contrarío, la d iferen cia y ta guerra. S in em bargo, v e m o s la n tteva
crítica p ro p e n sa , c o m o la antigua, a u n ir y a c o m b in a r a m e n u d o varios
a c e rc a m ie n to s teóricos, se g ú n d o sis d iversa s. Lo q u e llam a la a te n ció n
a ú n m á s, y e sta b le c e u n aire de p a r e n te s c o en tre to d a s las v a r ie d a d e s de
la n u e v a crític a , es p o r u n a parte lo p o c o q u e p a r e c e n im p o rta rle, en
a lg u n a s de s u s in te rp re ta c io n e s, el se n tid o m a n ifie s to de los textos, y p o r
otra p a rte , su p re d ile c c ió n p o r u n le n g u a je de e s p e c ia lid a d im p en e tra b le
p a ra e l le c to r o rd in a rio . ¿Se q u ie re im ita r c o n esto lo q u e p a sa co n las
c ie n c ia s e x a cta s, c u y o s re su lta d o s m o d e r n o s se sitú a n , en e fec to , a u n a
d is ta n c ia c a d a vez m a y o r de la e v id e n c ia se n sib le , y se fo r m u la n en u n
le n g u a je p a rtic u la r? Pera esa s c ie n c ia s b a sa n s u s r e su lta d o s en u n e n c a ­
d e n a m ie n to de e x p e r ie n c ia s d ifíciles y de d e d u c c io n e s a b stra cta s qu e las
a le ja n d el c o n o c im ie n to y le n g u a je c o m u n e s , y le s p e r m ite p r e s c in d ir de
lo s p ro fa n o s. La litera tu ra , p o r e l co n tra rio , se basa en e x p e r ie n c ia s
su b je tiv a s a m p lia m e n te co m p a rtid a s; fo rm a p a rte de las re la c io n e s o rd i­
n a ria s de la h u m a n id a d , im p lic a u n a c o m u n ic a c ió n a m p lia . A l a s u m ir u n
e s ta tu to a n á lo g o a l de la s c ie n c ia s, la crítica literaria co rre p elig ro de
a rru in a r su p ro p ia v e r d a d y de p e r d e r el c o n ta c to co n su o b jeto . D escribo,
e v id e n te m e n te , d e fe c to s y c o n s e c u e n c ia s e x tre m a s, m á s a cá de los c u a le s
h a n sa b id o n a tu r a lm e n te m a n te n e r s e los m e jo re s de los «n u e v o s c r ític o s».
N o p o d e m o s a fir m a r lo m is m o de la m a sa de d isc íp u lo s e im ita d o res.
D ich o to d o esto, es p o sib le , c o m o p ie n sa u ste d , q u e la te n d e n c ia
g e n e ra l q u e se m a n ifie s ta e n n u e s tra é p o c a , se a la de h a c e r h in c a p ié en la
« o rg a n iza ció n in te rn a de las o b ra s» a n te s q u e en su « in sc rip c ió n h istó ri­
c a », y q u e en esto resida el c a r á c te r g e n e ra l de la n u e v a crítica . Pero
h a b ría q u e a d v e rtir q u e la a n tig u a critic a n o era e s e n c ia lm e n te h istó rica .
D u ra n te sig lo s ignoró p r á c tic a m e n te la historia; y, a u n c u a n d o se d e n o m i­
n ó h isto ria literaria, n o p u d o d e s c u id a r ¡a c o n fig u ra c ió n de u n a obra o de
u n a p á g in a , to m a d a s en s í m ism a s: fu e e l fu n d a d o r de la h isto ria literaria
q u ie n creó e n F ra n cia la religión de la « ex p lic a ció n d el texto».

¿C ríticas exte rn a s?

T. T.: E x iste t a m b i é n u n t e r c e r r e p r o c h e g e n e r a l q u e se h a lla a

m e n u d o e n d iv e rs o s c r ít ic o s d e la c r ític a , p e r o q u e n o s s o r p r e n d e
e n c o n t r a r e n usted: es la c o n d e n a a la c r í t i c a r e c i e n t e p o r q u e i n t r o d u c e
c o n c e p t o s e x t e r io r e s al c a m p o d e la l it e r a tu r a . Así, u s te d m e n c i o n a «la
in tr u s ió n , a m e n u d o b r u t a l , d e d is c ip li n a s y t e r m i n o l o g í a a je n a s, e n u n
c a m p o de e s tu d io s ta n d e l i c a d o c o m o el n u e s t r o , q u e se d e r r u m b a bajo
su peso» (L 'E c riv a in ..., págs. Xll-Xlll); u s t e d d e s c o n f ía d e los s i s t e m a s '
« in sp ira d o s (...) e n d is c ip lin a s e h ip ó te s is a j e n a s a la lite r a tu r a » («Réfle-
xions...», pág. 4). Si s e m e j a n te a t a q u e s o r p r e n d e e n u ste d , es p o r q u e
a n t e r i o r m e n t e h a b í a a f ir m a d o q u e n o h a y f r o n t e r a s h e r m é t i c a s e n t r e la
l it e r a t u r a y «todo lo q u e se e s c r ib e p a r a el p ú b lic o » , y q u e p o r ello se ve
d if íc ilm e n te q u é p o d r ía s e r «ajeno» a la l it e r a tu r a . P o r o t r a p a rte , c u a n d o
u s te d m i s m o p r a c tic a el análisis lite r a r io , su c o n c e p t u a l i z a c i ó n n o m e
p a r e c e ni m á s ni m e n o s «ajena» a la l i t e r a t u r a q u e la d e o tr o s críticos; en
u n a p á g i n a d e M orales du grand siecle (la 37), r e te n g o , p o r ejem plo, estos
té rm in o s : lib e rta d , s e r v id u m b r e , ju ic io , lib re a lb e d r ío , v o lu n ta d , raz ó n ,
yo. Una de dos: o se c o n s i d e r a la lit e r a tu r a e n u n s e n tid o e s tr e c h o , y
e n t o n c e s n o se p u e d e r e a l m e n t e d e c i r q u e esas n o c i o n e s p erlenez.can a
u n c a m p o ta n d e lic a d o ; o se c o n s i d e r a la li t e r a t u r a e n s u s e n tid o a m p lio
(el suyo), y p o r c o n s ig u ie n te las n o c i o n e s d e B é n i c h o u c a b e n e n ella,
p e r o t a m b ié n las de o tr o s críticos.
P. B.: C reo h a b er c o n te sta d o ya en p a rte a esta o b je ció n . C o n sien to en
que, de a lg u n a m a n era , u n tra ta d o de so cio lo g ía , de a n tro p o lo g ía , de
lingüística fo rm e parte de la literatura en su se n tid o m á s am p lio . D e a h í
no se d esp ren d e q u e los e n fo q u e s que h a n p o d id o te n e r u n re su lta d o
sa tisfa cto rio en esas d isc ip lin a s p u e d a n m a n eja rse co n éxito en crítica
literaria. La crítica utiliza siem p re, es verd a d , c o n c e p to s qu e aplica a los
textos, y tal u so no es p ro p io de la crítica m o d ern a ; toda crítica califica
las obras que c o m e n ta seg ú n n o c io n e s im p o rta n tes para el c o m e n ta d o r.
Pero ¿qué n o cio n es? U sted retiene en m i las de libertad, se rvid u m b re,
vo lu n ta d , razón, yo, etc., y podría in d ic a r m u c h a s m á s. O bserve, sin
em bargo, q u e esas n o c io n e s re su lta n fa m ilia res a los m ism o s a u to re s;
s o n , de a lguna m a n era , la m a teria p rim a d e la literatura, c o m o d el
se n tid o c o m ú n . ¿Puede decirse lo m ism o de los c o n c e p to s q u e la lin g ü ísti­
ca o el p sic o a n á lisis tu v iero n q u e in tr o d u c ir en s u s in vestig a cio n e s? La
literatura los ignora n a tu ra lm e n te y el u so literario los aco g e c o n p a r s im o ­
nia; su in tru sió n m a siv a en crítica tien e algo de tra u m á tic o .
N o es que yo haga a lguna o b je ció n de p rin c ip io a los in te rc a m b io s
p o sib les de la crítica literaria co n d isc ip lin a s c e rc a n a s. P or el contrario,
toda n u e v a in sp ira ció n en la le ctu ra de textos m ere ce , p ie n so yo, u n
p re ju ic io favorable. Pero h a y que ju zg a r fin a lm e n te to d o p ro y e c to p o r su s
resu lta d o s. A hora bien, los re su lta d o s fu e ro n sin g u la rm e n te desiguales:
b rillantes y c o n v in c e n te s a v e c e s y en a lg u n o s a u to res, pero, en u n a
p ro p o rc ió n in q u ie ta n te , fa n tá s tic o s o to ta lm e n te negativos. S i u n o lo
co n sid era así, ¿por qué no decirlo?

La crítica e stru ctu ra l

T. T.: A - c o n t i n u a c i ó n d e esto s r e p r o c h e s g e n e r a le s , u s te d d irig e

ta m b ié n a lg u n a s c rític a s a t e n d e n c ia s p a r t i c u l a r e s d e los e s tu d io s lit e r a ­
rios c o n t e m p o r á n e o s , d e t e n ié n d o s e e n la c r ít ic a e s tr u c tu r a l, la c r ític a
p s ic o a n a lític a y la c r ític a so c io ló g ic a. La p r i m e r a o b s e r v a c ió n q u e u ste d
fo rm u l a a c e r c a del « m é to d o e s tru c tu r a lis ta » m e p a r e c e u n c o n t r a s e n t i ­
do, ya q u e lo a c u s a d e ser, a se m e ja n z a d e las o tr a s v a r ie d a d e s , u n a
c r ít ic a e x tern a, « sacada de u n a fu e n te ajena», m i e n t r a s q u e e n la m is m a
frase u s te d lo id e ntifica c o n u n a d e fin ic ió n d e la lit e r a tu r a c o m o p u r a
« o rg a n iz a c ió n d e fo rm a s o d e sig n o s verb a les» («Réflexions...», pág. 4);
d e fin ic ió n de la c u a l se p u e d e h a b l a r m u y m a l, p e r o q u e d e n i n g u n a
m a n e r a r e d u c e la lite r a tu r a a algo q u e le s e a e x te r n o .
P e r o su c u e s li o n a m ic n to va m á s allá. La c r ít ic a e s tr u c tu r a l, p r e c i s a ­
m e n t e p o r q u e es « in te rn a » , q u i e r e e x c l u i r d e su o b je to to d a c o n s i d e r a ­
c i ó n a c e r c a d e la i n t e n c i ó n d e la o b r a y t o d a r e la c ió n e n t r e é s ta y los
v a l o re s so c ia le s; d i c h o d e o t r o m o d o , c o n s i d e r a a la o b r a c o m o u n
o b je to , o t a m b i é n « c o m o u n a c o s a , (y) s ó lo q u i e r e e n f o c a r la o r g a n iz a ­
c i ó n y la d i s p o s i c i ó n d e los m a t e r i a l e s q u e la c o m p o n e n » (ibíd. pág. 9).
A h o r a b ie n , si s e m e j a n t e e x c lu s i ó n le c o n v i e n e al c r ític o , al e n t r e g a r l e
u n a m a t e r i a h o m o g é n e a y f á c ilm e n te o b s e rv a b le , p r o d u c e u n g ra v e
p e r ju i c io al o b je to e m p í r i c o e n si, es d e c i r a la o b r a , al i m p u t a r l o de
a l g u n a s d e s u s p r o p i e d a d e s e s e n c ia le s . « D e s e n g a ñ a d a o fe rv ie n te , u n a
o b r a lit e r a r ia es s i e m p r e el m e n s a j e q u e u n su je to e m i t e p a r a o tr o s
sujetos; vive d e u n a r e l a c i ó n d e i n f lu e n c ia y d e fin a lid a d d e la q u e la
c i e n c ia o b je tiv a , tal c o m o se d e f in e a sí m i s m a , n o tie n e la m a n e r a de
a p r o p ia r s e » (ibíd., pág. 20). P u e s t a a e s c a la d el c o n o c i m i e n t o global del
s e r h u m a n o , «esta r e d u c c i ó n e q u i v a ld r ía , p a r a o f r e c e r el h o m b r e a la
m i r a d a d e l sa b io , a e x c l u i r de él, al m i s m o t i e m p o q u e t o d a su b je tiv id ad ,
la c o n c i e n c i a y la v o l u n t a d tal c o m o n u e s t r a i n t u i c i ó n n o s h a c e c o n o c e r ­
las» (ibíd,, pág. 9): u n p r e c i o e v i d e n t e m e n t e d e m a s i a d o alto, q u e u n o
p u e d e p e r f e c t a m e n t e n e g a r s e a p a g a r . P e r o , si es así - y v o lv e m o s a
e n c o n t r a r a q u í la c r í t i c a d ir ig id a p o r B a jtin a los F o r m a lis t a s o a ' l o s
e s t r u c i u i a l i s t a s - , « to d a te n ta t iv a d e s u p r i m i r o i g n o r a r el c a r á c t e r i n t e r ­
su b je tiv o d e l m e n s a j e lit e r a r i o c o r r e p e l ig r o d e se r, e n s u p r in c i p io
m is m o , u n s in s e n tid o » (ib íd ., p ág . 20).
Lo q u e u s te d c o n d e n a d e e s a m a n e r a , es la filosofía s u b y a c e n t e a la
c r ít ic a e s t r u c t u r a l , la i d e a d e l te x to a u t o s u f i c ie n te . P e r o e s ta c o n d e n a
m e p a r e c e a p l ic a r s e m e n o s , o n o d e la m i s m a m a n e r a , a la p r á c t i c a d e la
c r í t i c a e s t r u c t u r a l . Q u e r e r e s t u d i a r la o b r a c o m o u n a c o m b i n a c i ó n de
m a t e r i a l e s n o tie n e e n si n a d a d e r e p r e n s i b l e , si e s to q u i e r e d e c i r q u e
to d o e l e m e n t o d e la o b r a ( to d o « m a teria l» ) d e b e a n t e s q u e n a d a r e l a c i o ­
n a r s e c o n su s d e m á s e l e m e n t o s , ya q u e es s ó lo e n su c o n t e x t o d o n d e
lo g ra u n s e n tid o . La e x i g e n c ia se v u e lv e e x o r b i t a n t e só lo c u a n d o se
c o n j u g a c o n la a m b i c i ó n to ta liz a d o r a d e la c u a l t r a t a m o s a n tes. U na c o s a
es q u e las r e l a c i o n e s e s t r u c t u r a l e s s e a n p e r t i n e n t e s ; o tr a , q u e s e a n las
ú n i c a s e n s e r lo , ya q u e sp e x c lu ir ía to d a r e l a c i ó n c o n el c o n t e x t o s i n c r ó ­
n i c o y, m á s allá, to d a r e l a c i ó n c o n los v a l o r e s h u m a n o s u n iv e rsa le s. En
vez d e e x c l u i r t o d a in v e s tig a c ió n a c e r c a d e la o r g a n iz a c ió n d e las o b ra s,
¿no h a b r á m a n e r a d e c o n v e r t i r l a e n u n m o m e n t o n e c e s a r i o p e r o n o
s u f ic ie n te {le la c r í t i c a lite r a r ia ?

P. B.: E l c o n tr a s e n tid o q u e m e re p ro ch a a ce rc a d e m i a p re cia c ió n de la

crítica e s tru c tu ra l q u izá n o lo se a . Y a q u e es u n h e c h o qu e n o se ha creído
p o d e r tra ta r la obra literaria c o m o u n a «pura o rg a n iza ció n de fo rm a s o de
signos», sin o p o r u n m é to d o e fe c tiv a m e n te «s a c a d o de u n a fu e n te ajena»:
de la h isto ria n a tu ra l, de la lin g ü ístic a , de la a n tropo lo g ía ; este en fo q u e no
tie n e n a d a de c o n d e n a b le e n sí, p ero im p lic a u n riesgo evid en te de
fra c a so . P or lo d e m á s, só lo d e se o re p etir lo q u e he d ich o , a l co m ien zo de
este in te rc a m b io de o p in io n e s , re sp ec to a l in te ré s d e estu d ia r la organiza■
ció n de las obras, p ero en re la ció n c o n su se n tid o y ¡a in te n c ió n de los a u ­
tores.

La crítica d el in c o n sc ie n te

T. T.: S u s re se rv a s a n t e u n a c r ít ic a q u e priv ile g ia el i n c o n s c i e n t e en

d e t r i m e n to de la c o n c i e n c i a se ex p lic a n e n p a r t e p o r el uso te n d e n c io s o
q u e a m e n u d o se h a c e d e este p r e t e n d i d o d e t e r m in is m o . El c a so m á s
se n c illo es a q u e l e n el c u a l el c r ític o trata, c o m o u s te d d ic e a c e r c a de
R o u s se a u , de s o n d e a r los c o r a z o n e s p a r a d e s v a lo r iz a r las d o c t r i n a s
(L 'E criva in ..., pág. 50): el p sic o an á lisis lite r a r io n o es, e n t o n c e s , m á s q u e
u n a v a ria n te r e ju v e n e c id a d e la c r itic a biog ráfica, c u y o e r r o r n o c o n s iste
e n e s ta b l e c e r c ie r to s h e c h o s , sin o e n a t r ib u irle s u n p a p e l d e s m e d i d o , en
r e d u c i r el v a lo r del p e n s a m i e n t o a las c a u s a s q u e lo o r ig in a r o n .
P e ro existe n o tr a s ra z o n e s q u e lo d is ta n c ia n d e c ie r ta s fo rm a s de
c r ít ic a f u n d a d a s e n el in c o n s c i e n te , te m á tic a s o p s ic o a n a líiic a s, q u e se
p r o p o n e n s a c a r a la luz y p riv ile g ia r lo « im p e n sa d o » del texto m á s q u e el
de su a u to r. Usted se explaya, e n p a r ti c u la r , a c e r c a de M ichelet. Id entifi­
c a r alg u n a s o b se sio n e s , c o n s t a t a r las p r e f e r e n c ia s p o r lal o cual s u s t a n ­
cia n o es e n sí u n a c to ilegítim o; sin e m b a r g o , se v u elve ilegítim o c u a n d o
c o n lle v a la e lim in a c i ó n s is te m á tic a d e to d a r e f e r e n c ia a las d o c t r i n a s
p ro fe sa d a s p o r el a u to r, o c u a n d o se a c o m p a ñ a h asta d e su desvaloriza-
c ió n m anifiesta. Una e x c lu sió n d e c u a l q u i e r p a r t e de la o b r a del a u t o r es
ya a r b itra ria ; p e r o la d e n i g r a c ió n del p e n s a m i e n t o im p lic a q u e se c o n s i­
d e r a d e s p r e c ia b le la lib e rta d y la v o lu n ta d de la p e r s o n a . «El u n iv e rs o
e l e m e n ta l de las s e n s a c io n e s y d e las lla m a d a s instintivas» (Le T em p s d es
p rophétes, pág. 498) e s tá p r e s e n t e e n el au to r; p e r o ¿n o h a b r á u n a c i e r ta
p r e s u n c i ó n en q u e r e r b o r r a r de u n m a n o ta z o to d o el e s fu e rz o del
es c rito r, q u e c o n s iste e n c o n v e r t i r e s a s s e n s a c i o n e s e n le n g u a je y, p o r lo
ta n to , e n lla m a d a d irig id a al p r ó jim o ? P e n s a r e n lo i m p e n s a d o d e a u t o ­
res c o m o R o u s s e a u o M ichelet, ¿no e q u iv a le a m a n if e sta r, a p e s a r de lo
q u e se diga, a lg u n a c o n d e s c e n d e n c i a r e s p e c to a ellos?
La je r a r q u í a p o s tu l a d a p o r u ste d e n t r e c o n c i e n c i a e i n c o n s c i e n te
c o n t r a d ic e u n lu g a r c o m ú n de n u e s t r a é p o c a. «Las im á g e n e s n o valen,
e n literatu ra , m ás q u e p o r las p a s io n e s y los d e s e o s q u e el yo t e n d e n c i o ­
s o d e l a u t o r les p resta , y q u e no s o n sin o o tr o n o m b r e d e s u ide o logía . El
u n iv e rs o im a g in a r io es tá o r i e n t a d o p o r p e n s a m i e n t o s y s e g u n d a s in t e n ­
ciones. (...) Las n á u s e a s d e M ic h e le t n a c e n d e sus c o n d e n a s d e p r in c i­
pio» (ib íd ., págs. 489-499). H oy e n d ia s e t ie n d e m u c h o m á s a d e c ir q u e
¡a id e o lo g ía n o vale m á s q u e p o r las im á g e n e s , q u e el p e n s a m i e n t o está
o r ie n t a d o p o r el u n iv e rs o im a g in a rio , y q u e los p r in c i p io s n a c e n d e las
n áu sea s. ¿Se tra ta d e in v e r t ir p u r a y lla n a m e n te la j e r a r q u í a c o r r ie n t e , o
m á s b ie n hay q u e b u s c a r o tr a m a n e r a d e p e n s a r la a n t i n o m i a q u e
f o rm a n c o n c i e n c i a c in c o n s c ie n te ?
 P. B.: E n lo q u e re sp ec ta al p sic o a n á lisis, ta m p o c o ten g o n in g u n a
o b je c ió n d e p rin c ip io . L a p sic o lo g ía de los e s crito res tie n e g e n e ra lm e n te
a lgo q u e v e r c o n su v isió n d e l m u n d o , in c lu s o c o n su s o p in io n e s y
p r e d ile c c io n e s fo rm a le s, y n o se la p u e d e e x c lu ir d e l c a m p o de la critica.
L a p sic o lo g ía d e l in c o n s c ie n te , e le m e n to tra d ic io n a l de n u e s tra c u ltu ra a l
ig u a l q u e la p sic o lo g ía a se c a s, tien e p le n o d e re c h o d esd e h a c e tie m p o en
la c ritic a literaria. S e e q u iv o c a c u a n d o su stitu y e e l d isc u rs o d e l a u to r p o r
o tro d isc u rso q u e é l n o h u b ie ra re c o n o c id o , y c u y a p r e se n c ia en su obra
la c o n je tu r a u n a a u to r id a d ex te rn a . A hora bien, los títu lo s d e esta a u to ri­
d a d c o n re sp e c to a u n c o n o c im ie n to v e rd a d e ro d e l c a m p o literario so n
n e c e s a r ia m e n te p ro b le m á tic o s. Y a u n q u e se c o n firm a ra n , la re o rg a n iza ­
c ió n q u e la crítica p sic o a n a lític a im p o n e al c o n te n id o d e la obra se
m a n te n d r ía a je n a a la litera tu ra , c u y o c a m p o es a n te s q u e n a d a el de los
in te rc a m b io s c o n s c ie n te s en tre p e r so n a s. E s v e rd a d q u e la crítica p u e d e
verse c o n d u c id a a rebasar, en s u co m e n ta rio , e l se n tid o m a n ifie sto d e la
obra; lo tu v o q u e h a c e r en to d o m o m e n to , ya q u e el te xto n o só lo exp resa ,
s in o q u e su g ie re sin exp resa r, vela lo q u e n o q u iere revelar. P ero el crítico ,
en este o rd e n de ideas, n o p u e d e a c tu a r sin o c o n m e s u r a d a a u d a c ia , y en
u n p la u sib le s u p u e s to a c u e rd o c o n e l a u to r y c o n el le c to r q u e é l esp era
ilu m in a r . M á s allá, ex iste el p eligro de q u e lo arbitrario p ro sp e re. ■
Para r e s p o n d e r a s u ú ltim a o b se rv a c ió n a ce rc a d e este te m a , n o sé
c u á l es la je ra rq u ía real d el c o n s c ie n te y d e l in c o n sc ie n te , n i lo q u e v a le n
las o p in io n e s a c tu a lm e n te m á s d ifu n d id a s sobre el s e n tid o d e esta je ra r­
q u ía . P ero sé q u e la litera tu ra v iv e p r in c ip a lm e n te a la lu z d e la c o n c ie n ­
cia, y m u e re sin ella. N in g ú n h o m b re , a u n q u e fu e s e p sic o a n a lista , so p o r ­
taría v iv ir - e x c e p tu a n d o e l m o m e n to de su p ro p io tr a ta m ie n to - co n u n
in te rlo c u to r q u e, tras to d a s s u s d e c la ra c io n e s , viera otra co sa y creyera
o p o r tu n o in fo rm á rse lo . L o c u a l h a ría la v id a im p o sib le y m a ta ría p o r
ig u a l a la litera tu ra .

L a crítica so c io ló g ic a

T. T.: E sta f o r m a d e c r í t i c a le es m á s f a m ilia r q u e las d e m á s , e n la

m e d i d a e n q u e se e n c u e n t r a te m a t i z a d a la r e l a c i ó n e n t r e l it e r a tu r a y
so c ie d a d , q u e i g u a l m e n t e s i e m p r e le h a in t e r e s a d o . U ste d c u e n t a q u e en
su s c o m i e n z o s se s e n t í a a t r a í d o p o r el « m a te r ia lis m o h istó ric o » («Réfle-
xions..., pág. 3); la « v a r ia n te m a r x i s t a d e e s te p ro y e c to » le p a r e c í a «más
v e r d a d e r a y m á s a g u d a e n su p r i n c i p i o q u e las d e m á s » (L 'E criva in ...,
pág. xi), y p ie n s a q u e « todo an á lis is s o c i o l ó g i c o d e las o b r a s del p e n s a ­
m i e n t o se ve lle v a d o a e m p l e a r la n o c i ó n d e clase» (Le S a cre..., pág. 18).
S in e m b a r g o , c o m o ya se h a visto, u s te d t a m b i é n t o m a d is ta n c ia r e s p e c ­
to a e s ta c r ític a . ¿ P u e d e e s p e c i f i c a r su p o s ic ió n ?

P. B.: La crítica so c io ló g ic a ta m b ié n corre e l peligro d e situ a r la

a u to r id a d exterio r d e l so ció lo g o , o d e l c o m e n ta d o r q u e se su p o n e in v estí■
do co n ese derecho, p o r e n c im a de la d e l autor, fa ls e a n d o p o r c o n s ig u ie n ­
te el se n tid o de las obras. Ya h e m o s h a b la d o de esta m a n e ra de a b o rd a r la
literatura, de su le g itim id a d y de s u s peligros. E n lo q u e resp ecta a l u so de
la n o c ió n de cla se en este tipo de critica, su o p o rtu n id a d p u e d e variar
se g ú n las ép o c a s e stu d ia d a s. D ebo d e c ir que, co n tra ria m e n te a lo qu e se
pud iera esperar, este u so p a re c e m á s in d ic a d o c u a n d o se trata d el siglo
XV! que d el siglo xtx. L o que he creído p o d e r h a c e r en m is M o rale s du
g r a n d siécle no ha sido factib le en m is estu d io s sobre la e d a d ro m á n tic a , y
he ten id o q u e re fle xio n a r sobre esta d ife re n cia . E n el A n tig u o R é g im e n , la
nobleza, la corte, la toga p o d ía n te n e r ca d a u n a u n a visió n d ife re n te d el
m u n d o . N a d a se m e ja n te o curría en el siglo x tx en tre la alta b u rg u esía , la
clase m edia, el pu eb lo ; nada tan ta ja n te, p o r lo m en o s. L os c o m p o rta ­
m ie n to s p o lítico s diferían, claro está, p ero la filo so fía g e n e ra l era en gran
p arte c o m ú n , sobre todo en la prim era m ita d d el sig lo : u n e sp lritu a lism o
laico m á s o m e n o s a c e n tu a d o , de te n d e n c ia g e n e ra lm e n te liberal, pro g re­
sista y h u m a n ita ria ; va lo res an á lo g o s re c o n o c id o s a lo largo d e la escala
social; los m ism o s tip o s ideales, m a sc u lin o s y fe m e n in o s, lle n a n d o las
im a g in a cio n es. Algo se m e ja n te había ex istid o ta m b ié n en el siglo XVttt, en
la m e d id a en que las cree n cia s, la p ie d a d y los id e a les cristia n o s reinaban
sobre el c o n ju n to de la so c ied a d . S in em bargo, en esa so c ie d a d sep a ra d a
p o r c o m p a rtim ie n to s esta n co s, c a d a m e d io so c ia l p o d ía d esa rro lla r u n a
ética propia, en relación co n su c o n d ic ió n p a rticu la r. E sto h u b iera sido
difícil en la s o c ie d a d m á s u n ific a d a p o r la R e v o lu c ió n d o n d e, a l no estar
se p a ra d a s las cla ses p o r n in g ú n tipo de barrera, el a sc e n so a lo largo de
u n a escala ú n ic a era, en principio, siem p re po sib le. Por lo tanto, u n í
v e m o s llevados a con sid era r, en las obras, m e n o s las ra íces qu e p u e d a n
te n e r en u n a clase so c ia l que el p ro y e c to q u e su g ieren , y la situ a c ió n de
ese p ro y ec to en el c o n ju n to d el d e v e n ir socia l. Por otra p a rte, la c o n s tr u c ­
c ió n de u n cierto c o n s e n so ideológico en el se n o de la s o c ie d a d (c o n se n so
c ristia n o d u ra n te largos siglos, luego c o n s e n so progresista y h u m a n ita rio )
aclara la existen cia de u n p o d e r espiritual; p erm ite c o m p re n d e r el p a p e l
de inspira d o res y de g u ía s que se a tribuyero n los p o e ta s d el siglo XIX,
escritores y p en sa d o res, q u ie n e s fo rm u la n y so n d u e ñ o s de las diversa s
v e rsio n e s de la ideología c o m ú n .

P ráctica de la investigación

T. T.: A c a b a m o s d e h a b l a r d e d if e r e n t e s o r ie n t a c i o n e s crítica s; a h o r a
b ie n , hay u n a s p e c to d e la c r ít ic a q u e , sin s e r e n sí m is m o u n a « o rie n ta ­
ción», se e n c u e n t r a (o d e b e r í a e n c o n t r a r s e ) e n la b a s e de to d o s los
d em ás: la a c u m u l a c i ó n d e in f o rm a c ió n , la e r u d ic ió n . Sus o b ras, en
p a r t i c u l a r las p o s te rio re s a M orales du g ra n d sié cle, im p r e s io n a n p o r lo
e x te n so y lo s e g u r o d e sus c o n o c im i e n to s . ¿ C ó m o p r o c e d i ó u ste d , c o n ­
cretam en te?
 P. B.: L e c o n te sta ré c o n g u sto . L e hab la ré so la m e n te ele m i trabajo
a c e rc a d el ro m a n tic is m o fra n c é s, q u e es el q u e m e ha to m a d o in á s
tie m p o , y d ejaré de la d o los libros y a r tíc u lo s so b re o tro s te m a s q u e
p r e c e d ie ro n a este tra b a jo o m e lle v a ro n a v e c e s a in te rru m p irlo . A n te s de
d e c ir c ó m o h e trabajado, te n d ría q u e d ecirle c o n q u é p ro y e c to e m p e c é y
c ó m o e v o lu c io n ó . E n s u s c o m ie n z o s p e n s é en u n e s tu d io a c e rc a d el
p e s im is m o p o é tic o en la g e n e ra c ió n p o s r o m á n tic a (B a u d e la ir e , B a n ville,
L e c o n te de L isie, F la u b ert y su e n to rn o literario). P ero, d esd e m is p rim e ra s
le c tu ra s, c o m p r e n d í q u e ese p e s im is m o era la in v e rsió n d e lo s e n tu s ia s ­
m o s y d e la fe de la g e n e ra c ió n anterio r, y q u e h a b ía q u e b u s c a r e n ésta lo
q u e su c e d ió p o ste rio rm e n te . D e h e c h o , ten ía in c lu s o q u e re m o n ta r m e a
m u c h o a n te s, p u e s e l p ro b le m a ten ía su origen en el p a p e l q u e los
filó s o fo s de la s L u c e s se a trib u ye ro n re sp e c to a los d e s tin o s d e la h u m a n i­
d a d . L a a m p litu d de la tarea m e p re o c u p a b a ta n to c o m o m e a p a sio n a b a ,
p ero n o veía la m a n e ra de ab revia rla si a te n d ía a las ex ig e n c ia s de la v e r­
da d .
M i tra b a jo c o n s istió en la p re p a ra c ió n , in ic ia d a h a c ia 1950, de u n
fic h e r o de te xto s y de re fere n cia s, d e d ic a d o in ic ia lm e n te a la c o n d ic ió n
d el p o e ta y d e l e sc rito r y las id e a s en cu rso en re la c ió n c o n esta c o n d i­
c ió n , d u ra n te u n p e r ío d o q u e iba d e s d e 1 7 6 0 a 1860 a p ro x im a d a m e n te .
M e d i c u e n ta , a lo largo de ese trabajo, de q u e el p ro b le m a d e la m is ió n o
d el sa c e r d o c io de lo s litera to s n o h abía a p a re c id o n i se p la n te a b a s in o en
re la c ió n c o n c o n d ic io n e s h istó ric o -so c ia le s y m o d o s d e p e n s a m ie n to y de
c r e e n c ia q u e d e sb o rd a b a n a m p lia m e n te este p ro b le m a p a rtic u la r. M i
d o c u m e n ta c ió n a u m e n ta b a otro ta n to . T u ve q u e leer m u c h o , a n o ta r
m u c h o , c la sific a r m u c h o . E sp e c ia lm e n te , p a s é m u c h o tie m p o e x a m in a n ­
d o n u m e r o s a s c o le c c io n e s d e re v ista s, literarias o g en era les: este a sp e c to
de la in fo r m a c ió n se h a d e s c u id a d o a m e n u d o , d a d a su aridez; p e r o en
esa s re v isio n e s d e s c u b r í y e n te n d í m u c h a s co sa s. Ig u a lm e n te re co g í p o c o
a p o c o , d u ra n te m u c h o s a ñ o s, lo q u e m e p a re c ía q u e p ro p o rc io n a b a la
su sta n c ia de m i trabajo. C la sific a b a esta m a teria se g ú n criterio s so m ero s,
p o r a u to re s y g e n e r a c io n e s de a u to re s, títu lo s y fa m ilia s de p u b lic a c io n e s,
p e r te n e n c ia s a e s c u e la s, etc., s in q u e d ic h a c la sific a c ió n d e te rm in a ra en
m i m e n te lo q u e sería el o rd e n q u e se g u iría en m is libros. N o p ro c u ra b a
d o m in a r esta m a te ria a m e d id a q u e la re u n ía : h u b ie ra sid o u n esfu erzo
in ú til, ya q u e lo v a s to d e l c a m p o y lo im p re v isib le de la fu tu r a re c o le c c ió n
v o lv ía n v a n a s las sín te s is p r e m a tu r a s , S ó lo d eja b a fo rm a r se en m i m en te ,
a cerca de m i te m a o de a lg u n o s de s u s a sp e c to s, e s q u e m a s p a rc ia le s o
p ro v isio n a le s, q u e a n o ta b a , so b re los c u a le s re fle x io n a b a y q u e, c u a n d o
n a d a lo s d e s m e n tía , m e p o d ía n lle v a r a re to m a r o a c o m p le ta r las in v esti­
g a c io n e s ya h e c h a s, e in flu ía n en la c o n tin u a c ió n d e m i trabajo.
C u a n d o c r e í e sta r s u fic ie n te m e n te in fo r m a d o p a ra c o m e n za r a escri­
bir, esta b a p o r lo m e n o s c o n v e n c id o de la ile g itim id a d de u n cu a d ro
cro n o ló g ic o p o r p erío d o s; a d e m á s, h abía a d q u irid o , a cerca de lo que
tenía q u e decir, a lg u n a s id e a s r e la tiv a m e n te p re cisa s. E m p e c é en el
ve ra n o de 1968 a escrib ir u n v o lu m e n so b re el p erío d o 1760-1830, que
apa reció en 1973 bajo el título de Le S a c r e de l'éc riv ain . No p u d e
escribirlo sino m e d ia n te u n a p u e sta a l día, u n a revisió n , u n a severa
s e le c c ió n y u n a n u e v a c la sifica ció n , va ria s v e c e s re in ic ia d a s, d e l m a teria l
re u n id o para este p erío d o , o p e r a c io n e s d u ra n te las c u a te s a p re n d í m u ­
ch a s co sa s da m is p ro p ia s n o ta s, a l e n c o n tra r p o r p rim era vez reu n id a s,
sobre tal o c u a l p u n to , in fo rm a c io n e s reco g id a s a ve ce s co n va rio s a ñ o s
de intervalo. Ig u a lm en te , p u d e ver d ibujarse e n to n c e s el e s q u e m a d e fin iti­
vo de m i ex p o sic ió n , a si c o m o e l o rd e n de los c a p ítu lo s y los e n c a d e n a ­
m ie n to s in tern o s de ca d a u n o de ellos. E n su m a , d em o stré u n a larga
p a c ie n c ia de in vestig a d o r y organizador, a n te s de a b a n d o n a rm e a la
insp ira ció n d el escritor, q u e da a la obra su fo rm a final. P ienso que
m u c h o s in vestig a d o res re c o n o c e rá n en la m ía su p ro p ia m a n e ra de tra b a ­
jar. N o veo, p o r m i parte, c ó m o un a labor de sín te sis a m p lia , en historia
de las «ideas», p u e d a h a ce rse de otra m a n era . Pero, cla ro está, no m e
o frezco c o m o ejem plo: to d o d e p e n d e de los te m p e r a m e n to s y de las
c o stu m b re s de ca d a un o . P ro ced í de ig u a l m o d o , a p a rtir de la d o c u m e n ­
ta ció n ya recogida, para el p erío d o de 1830 a 1848, qu e d io lugar a dos
libros: el prim ero, Le T e m p s des p r o p h é t e s - y a p u b lic a d o - , sobre los
auto res de d o ctrin a s generales; el otro, en v ía s de c o n c lu s ió n , sobre los
p o eta s. P a ra d ó jica m en te, m i in fo rm a c ió n a cerca de la g e n e ra c ió n p o s te ­
rior a 1848 - la que m e había in te re sa d o p r im e r a m e n te - ha q u e d a d o sin
utilizar; de lo c u a l se d e d u c e que el h o m b re p ro p o n e y el tie m p o d isp o n e.
E sta d o c u m e n ta c ió n m e su m in istra rá , espero, la m a teria p a ra u n a n u ev a
obra.

S o m e te rse a otro

T. T.: Su p r o g r a m a po sitivo p a r a la c r í t i c a in c lu y e d o s p a r te s a
p r i m e r a vista in c o m p a tib le s : s o m e te r s e a o tr o y a s u m ir s e a sí m ism o.
S o m e te r s e a o tro , es d e c i r al a u t o r e s tu d ia d o : tal es el p r i m e r gesto del
c rítico, q u e d e b e e s m e r a r s e e n e s t a b l e c e r el s e n tid o d el te x to q u e e s tu ­
dia; tal es ta m b i é n su « m étodo» . «No se d e b e r ía ll a m a r m é t o d o e n c r ític a
literaria, e n el s e n tid o e s tric to d e la p a l a b r a (...), s in o al q u e c o n s is te en
in f o rm a r s e s u f ic i e n te m e n te , en m a n e j a r c o r r e c t a m e n t e la in f o r m a c ió n y
en in te r p r e t a r l a de m a n e r a p la usible , es d e c ir, e v ita n d o la r e g ió n m e n ta l
d o n d e lo i n d e m o s tr a b l e y lo ir re f u ta b le no f o r m a n m á s q u e uno> («Ré-
fiexions...», págs. 4-5). El c r ític o , c o m o el e s c r ito r , p a r te d e textos p r e e ­
xistentes; p e r o , m ie n tr a s éste e n c u e n t r a su m é r i t o e n la tr a n s f o r m a c ió n
q u e les h a c e e x p e r im e n t a r , aq u é l, p o r el c o n t r a r i o , n o lo h a c e sino
r e d u c i e n d o e s ta tr a n s f o r m a c ió n al m ín im o : los id e a le s d e la in te r te x tu a -
lidad p r a c tic a d a p o r el u n o o p o r el o tr o se e n c u e n t r a n en los a n típ o d as .
«Conv iene (...) q u e el t e m o r de i n v e n t a r sea la m á s alta de sus virtudes»
(del c rítico; ibíd., pág. 20). El ideal d e l c r ít ic o es el e s ta b l e c i m ie n to de la
v e rd a d , e n u n p r i m e r s e n tid o del t é r m i n o (v e r d a d d e c o r r e s p o n d e n c i a , o
de a d e c u a c i ó n ). Lo q u e la o b r a c r ít ic a lleva a c a b o c o n c r e t a m e n t e , n o es
la v e r d a d s in o la p la u s ib ilid a d (o, c o m o d e c í a m o s a n te s, la v e ro sim ili­
tu d). P e r o si el ideal n o p u e d e s e r a lc a n z a d o , n o p o r ello d e b e d e ja r de
a c t u a r c o m o 'p r i n c i p i o r e g u l a d o r d e la in v e stig a ció n , c o m o el h o r iz o n t e
q u e p e r m i t e d e c i d i r su o r ie n t a c i ó n .
Esta fe e n la v e r d a d c o m o p r in c i p i o r e g u l a d o r h a sid o m u y d isc u tid a
e n n u e s t r a é p o c a , q u e p r e f ie r e c r e e r q u e «todo es in te r p re ta c ió n » . Usted
no n ie g a el c a r á c t e r in te r p r e ta t iv o del tr a b a jo c r ític o , p e r o n o q u ie re
ta m p o c o q u e d a r s e e n e s a c o n s ta t a c i ó n : «N adie se a tre v e a d e c i r q u e
c u a l q u i e r i n t e r p r e t a c i ó n es legítim a» (L 'E c riv a in ..., pág. xiv). La raz ón
d e este o p t i m i s m o h e r m e n é u t i c o c o n s iste e n q u e el le n g u a je y la l it e r a tu ­
r a no so n ju e g o s in d iv id u a le s y a r b itra rio s , sin o c o n v e n c i o n e s soc iales
q u e sirv e n a la c o m u n i c a c i ó n y p e r m i t e n el a c u e r d o e n t r e u n h o m b r e y
o tr o h o m b r e . «El le n g u a je (...) es, a p e s a r de to d o , el v ín c u lo de los
h o m b r e s y, c o n la a y u d a p r e c io s a y s e v e r a de la filología, el d e los siglos.
(...) El d iá lo g o i n i n t e r r u m p i d o , a trav é s d e las g e n e r a c i o n e s , e n t r e los
a u t o r e s y el p ú b lic o , es el p o s tu l a d o m is m o d e la lite r a tu r a , q u e se
f u n d a m e n t a e n la c o m p r e n s ió n » (ibíd., págs. xiv-xv). P o r esta raz ó n , es
p o sib le e s t a b l e c e r reg la s d e la in te r p r e ta c ió n : « M a lla rm é exige s e r leído
p r i m e r o s e g ú n la g r a m á tic a , e in t e r p r e t a d o lo m á s c e r c a p o sib le del
texto. (...) Los p e n s a m i e n t o s de M a lla r m é e s tá n a la vez d isim u la d o s y
sig n ific ad o s p o r su texto; s o b r e todo, n o les a ñ a d a m o s los n uestro s»
(«M allarm é», pág, 414),
U sted escrib e: «El q u e q u ie r e d e f in ir a u n a u t o r es tá te n ta d o a
in te g r a r lo a b u s iv a m e n te a su o r d e n p e r s o n a l, a c o n v e r tir lo e n p r e c u r s o r
a d m i r a b l e y sin e m b a r g o in c o m p le to , d e su s p r o p io s p e n s a m ie n to s »
(L 'E c riv a in ..., pág. Xiv), M e p r e g u n t o a vec es si es p o sib le lib ra rse
t o t a l m e n t e d e es ta te n ta c ió n . N o p ie n s o e n la a s im ila c ió n i n g e n u a en
q u e , p o r u n m o v im ie n t o de v aivén q u e se a s e m e ja m u c h o a la in m o v ili­
d ad , u n o le p r e s ta p r i m e r o al e s c r i t o r los p e n s a m i e n to s p ro p io s, p a r a
a l e g r a r s e lu e g o ai verlo tan c e r c a n o a u n o m is m o . P ie n so m á s b ie n e n el
h e c h o d e q u e las c a te g o ría s m is m a s del análisis n o c o i n c id a n n u n c a
p e r f e c t a m e n t e c o n las d e l te x to a n a liz a d o , y e n q u e to d a in te r p r e ta c ió n
es ta m b i é n u n a in c lu s ió n (el d o b le sd n lid o de la p a l a b r a « c o m p re n d e r »
ilu s tra m u y b ie n esta a m b i g ü e d a d ) , u n a in te g r a c i ó n e n u n m a r c o de
in te ligibilida d q u e n o es d el e s c r ito r m is m o . U no p u e d e ev itar im p o n e r ­
se sus p r o p ia s a s e r c io n e s ; p e r o , ¿ p u e d e a b s te n e r s e d e a t r ib u irle sus pala:
bras?

P. B.: E sto y m u y de a c u e rd o c o n todo lo q u e dice u ste d acerca de m i

«o p tim ism o h erm e n éu tico » . E n c u a n to a la te n ta c ió n d el crítico de in te­
grar a u n a u to r en su ord en p erso n a l, a u n q u e só lo fu e ra a p licá n d o le sus
p ro p ia s categorías de p e n s a m ie n to , p ie n s o c o m o u s te d que, dada la
n a tu ra leza de las cosas, es d ifícil y quizá n o deseable, librarse de ella del
todo. Pero h a y que m a n ten e rla bajo control. A u n q u e , prim ero, ha y que
d esea r hacerlo, y no entregarnos d elib era d a m e n te al m a len ten d id o .
A su m irse a s í m ism o

T. T.: El m o v im ie n t o de e m p a ti a y d e s u m i s ió n al a u t o r a n a liz a d o sólo

c o n s titu y e el p r i m e r a s p e c to d e la ac tiv id a d critica ; el o tr o as p ec to ,
c o m p l e m e n t a r i o , exige, p o r el c o n t r a r i o {¿por el c o n t ra ri o ? ) , q u e u n o
a s u m a su p r o p ia voz, ya que, al ig n o r a r la , u n o se e n c i e r r a en o tr a
v a ria n te d e l objetivism o. El a u t o r p e r t e n e c e a s u é p o c a ; ¿ c ó m o p o d r í a el
c rític o e s c a p a r a la suya? U sted c o n s ta t a e n M o ra les dit g ra n d siécle: «El
in te r é s q u e se tie n e p o r el p a s a d o del p e n s a m i e n t o n a c e casi s i e m p r e del
d e s e o d e h a c e r d e él u n n u e v o uso» (pág. 367) y, e n Le T em p s des
p ro p h c tes, u ste d p r e s e n t a esta l o m a de p o s ic ió n c o m o u n a p r e s c r i p c ió n ,
y n o só lo c o r n o u n a d e s c r ip c ió n . «La o b je tiv id a d fre n te a p r o b l e m a s q u e
h a n p e r m a n e c i d o a c tu a le s d eja de s e r in c lu s o c o n c e b i b le , p o r la sim p le
razó n de q u e el h o m b r e y su p r e s e n t e c o n d i c i ó n n o so n o b je to s p a r a
n o so tro s. A p re c ia r c o m o ajenos, sin r e f e r e n c ia a v a l o r a lg u n o , u n a
situ a c ió n o u n d e b a te h u m a n o s n o r e s u e lto s h o y e n día, es e v i d e n t e m e n ­
te im posible » (págs. 566-567). El id e al del h i s t o r i a d o r n o p u e d e s e r la
objetividad, s in o s o l a m e n t e la h o n e s tid a d o la p r o b id a d .
A p a r t i r del m o m e n t o e n q u e la su b je tiv id a d del c r it ic o se lo m a en
c u e n ta , és le ya no p u e d e p r e t e n d e r lim ita rse ú n i c a m e n t e a la d e s c r i p ­
ció n ; d e b e al m is m o tie m p o a s u m i r sus o p in io n e s . «Uno n o se priv a de
ju z g a r las ideas, p o r q u e p r e t e n d e d e s c r ib ir su s e n tid o y su origen»
(M orales..., pág. 7). Usted r e b a s a d e esa m a n e r a el p r o y e c to filológico
f u n d a d o en, la s e p a r a c i ó n sp in o z ia n a del s e n tid o y de la v e rd a d , y e n la
ex c lu sió n c o n s e c u tiv a d e to d a in v e stig a c ió n a c e r c a de la v e rd a d . Con
usted, el c r ític o tie n e q u e v e r de n u e v o c o n la v e rd a d , p e r o en o tr a
a c e p c ió n de la palab ra: u n a v e r d a d é tic a m á s q u e descrip tiv a . E sta n u e v a
p r e o c u p a c i ó n p o r la v e r d a d in te r v ie n e e n d o s niveles. P r im e r o , es in d is ­
p e n s a b le e n el análisis m is m o d et p e n s a m i e n t o d e u n a u to r, p a r a d e s c u ­
b r i r su s fallos, su i n c o h e r e n c ia s , sus d ificultad es. P o r eso u s te d n o vacila
en h a b l a r d e l «defecto f u n d a m e n t a l d e to d a la lit e r a tu r a a risto crática »
(M orales...^ pág. 78) o d e las. in c a p a c id a d e s d e la n o b le z a f ra n c e s a ( ibíd.,
pág. 120); y al a n a liz a r a R o u s s e a u , u ste d se p r e g u n t a a c e r c a del fond o
m is m o d e la d isc u sió n q u e él o rig in ó : «¿H a b rá q u e c r e e r q u e la im a g in a ­
c ió n d e la felicidad hay a p o d id o r e e m p l a z a r j a m á s a (...) la felicidad
m ism a?» (L 'E c riv a in ..., pág. 42); y su le c tu r a d e Jouffroy se tr a n s f o r m a
e n u n v e r d a d e r o diálogo: «Una d o c t r i n a del p r o g r e s o s o b r e e n tie n d e ...
A d m itá m o slo ; p e r o se nos dice que... S u p o n g a m o s que... P e r o la idea... Y
el filósofo liberal se ve r e d u c id o a a r g u m e n t a r , d e s p u é s d e la n ío s otros,
s o b r e la n o c i ó n de u n a n e c e s id a d libre» (L e T em p s d es p ro p h e tes, pág.
32).
La p r e o c u p a c i ó n p o r la v e r d a d in te r v ie n e ta m b ié n e n u n nivel m ás
elevado, ya n o p a r a a n a liz a r el p e n s a m i e n t o del a u to r, sin o p a r a s it u a r el
d iá lo g o e n el c u a l se e n c u e n t r a c o m p r o m e t i d o el c rítico ; no c o m o
m e d io , s in o c o m o fin: lit e r a tu r a y c r itic a se r e ú n e n a q u í d e s p u é s de
h a b e r e s lad o ta n to tie m p o se p a r a d a s . C u a n d o u ste d e s c rib e , p o r ejem-
pío: «En to d a s las s o c ie d a d e s c o n o c i d a s h a s ta hoy, la n a t u r a le z a d e las
c o s a s q u i e r e m á s b i e n q u e se r e ti r e de la v ir tu d lo q u e se d a al am o r»
(M orales..., pág. 61), o m á s b ien: «No h a y f ó r m u l a o bje tiv a d e los fines
s o c ia le s q u e n o se a i n c o n s i d e r a d a o f ra u d u le n ta » (Le T em p s d es prophé-
tes, pág. 567), ex p re sa , e n v e rd a d , u n a p o s t u r a q u e lo c a r a c t e r iz a c o m o
su je to h is tó ric o ; p e r o la p r o p o n e ta m b ié n c o m o v e r d a d tr a n s h is tó r ic a ,
c o m o u n t e r r e n o d e c o m p r e n s i ó n p osib le e n t r e u ste d y o tr o s h o m b r e s :
su e n u n c i a d o a s p ira a la u n iv e rsa lid a d .

P. B.: A u n q u e esté co n fo rm e c o n s u s o b se rva c io n es, q u isiera a ñ a d ir

a lg u n a s p re c isio n e s a cerca de las n o c io n e s de diálogo y de verd a d . E l
crítico tien e, c o m o d ic e u ste d , el d erec h o de in te rv en ir su b je tiv a m e n te
para im p u ta r a l p ro y ec to d el autor, tal c o m o a p a re ce en la obra, u n a falta
de co h e re n c ia o u n a falla de p la u sib ilid a d . H ay m u c h o qu e d ecir al
resp ecto. L a falta de c o h e re n c ia - in c l u s o la co n tra d ic c ió n in tern a detec-
lable en u n a o b r a - p u e d e no ser, en rigor, u n a im p erfec ció n , sin o m á s
bien u n signo, rico en se n tid o : to d o s los n iv ele s so n p o sib les entre la
in c o n se c u e n c ia p u ra (o lo q u e p a re c e serlo) y la a m b ig ü e d a d reveladora
de la n a tu ra leza p ro fu n d a de u n p ro b le m a , o de u n ser. E n c u a n to a la
fa lla d e p la u sib ilid a d , se e n tie n d e en re la ció n a u n a ex p erien c ia h u m a n a
c o n firm a d a m á s g e n e ra lm e n te que el d isc u rso d el autor; p ero a q u í ta m ­
b ién la o b je ció n p la n te a d a p o r el crític o p u e d e no serlo ve rd a d e ra m e n te ,
p u e d e se rv ir m á s bien para su b ra y a r cierta origina lid a d d el escrito r y
lleva r a su ju stific a c ió n en u n p la n o m á s p ro fu n d o . S e ve h a sta qué
p u n ió , en su s abord a jes críticos, la b ú sq u e d a del se n tid o d el a u to r y la
e v a lu a c ió n de s u d erec h o p u e d e n m ezc la rse . E l p a p e l d e l critico es e l de
a p ro x im a rse lo m á s q u e p u e d a a esa s sa lid a s reco n cilia d o ra s; lo m á s que
p u e d a y, si n o lo p u e d e d e l todo, d e c ir p o r qué.
E n c u a n to a p ro n u n c ia rse fre n te a u n a obra en el p la n o ético , esto es
otra cosa d istin ta . S e trata e n to n c e s de lo s va lo res q u e la obra a cred ita , y
q u e p u e d e n crea r u n p ro b le m a en c u a n to a su leg itim id a d . Es, p u es,
d esea b le, sin d u d a , que el critico tenga u n a visió n a m p lia y que se
d ed iq u e en ese c a m p a a fo r m u la r las p re g u n ta s m á s 'q u e a resolverlas.
N ada lo obliga a p ro n u n c ia rse en tre C o m e ille y L a R o c h e fo u c a u ld , Vol-
taire y R o u sse a u , H ugo y B a u d ela ire. D ep e n d e de él h a c e r se n tir su s
p referen cia s. S i cree q u e a y u d a rá n a que su crítica sea m á s explícita. La
c o m u n ic a c ió n in te rh u m a n a en la q u e se co m p ro m e tió le p ro h íb e darle a
su yo ex cesiva im p o rta n cia : es, fu n c io n a lm e n te , to d o para todos. Pero
sien d o in fo rm a d o r e intérprete, n o es m e n o s p erso n a , y ju zg a acerca d el
bien y del m a l ta n to c o m o el a u to r y el p ú b lic o . ¿Lo separaría de la
h u m a n id a d la p ro fe sió n q u e lo v in c u la a la literatura? S ería a b so lu ta m e n ­
te absurdo. E s n a tu ra l que abra u n a d isc u sió n c u a n d o se p la n te e n p re­
g u n ta s que c o m p ro m e ta n su propia c o n c ie n c ia o c u a n d o sien ta que, en
caso contrario, s u s c o m e n ta rio s p u e d a n c a rec er de verd a d y de virtud.
A n tin o m ia s

T. T.. S e p o d r ía quizá r e s u m i r su p o s ic ió n c r ític a (a m e n o s q u e,

r e n u n c i a n d o p o r mi c u e n t a a la fidelidad, n o p rivile g iase d e m a s i a d o el
sistem a ) c o m o u n a ten tativ a, p r i m e r o d e p o n e r e n e v id e n c ia , lu e g o de
a r t i c u l a r u n c ie rto n ú m e r o d e a n tin o m ia s : e n t r e d e t e r m i n í s m o y lib e r ­
tad, u n iv e rsa l y p a r ti c u la r , fidelid ad c o n t e x tu a l y e s p íritu d e sistem a ,
c o n c i e n c i a e in c o n s c ie n c ia , h e c h o y valor, c o n o c i m i e n t o y ju ic io , yo y
los d em ás... Sin e m b a r g o , n o es a u n a sín tesis a lo q u e u s te d a sp ira , sino
m á s b ie n al r e c o n o c i m i e n t o de u n a validez lim ita d a a c a d a u n a d e las
o p c i o n e s r e p r e s e n ta d a s p o r estos c o n c e p t o s , d e p e n d i e n d o del p u n t o de
vista e n el c u a l u n o se sitúe. E sta a c tit u d suya p a r e c e a p o y a rse en
a lg u n as o p c io n e s filosóficas. ¿ C ó m o las d e f in iría u ste d y q u é p a p e l
o to r g a a la filosofía en el ejercic io de n u e s t r a p ro fe sió n ?

P. B.: U sted tiene razón en d ec ir q u e a rticu lo a n tin o m ia s , pero es

d esp u és de haberlas c o n sta ta d o o, para decirlo m ejor, exp erim en ta d o :
sobre todo la que m u estra al espíritu a la vez d ep e n d ie n te y so b era n o , o la
que o p o n e la luz de la co n c ie n c ia a la o sc u rid a d de los m ó viles, o
ta m b ié n , e l orden de los va lo res a l de ¡os h e c h o s y de las ca u sa s. E stas
'a n tin o m ia s, en verdad, se re d u ce n a la o p o sic ió n entre la existen cia
objetiva y la de la p erso n a h u m a n a , o p o sic ió n qu e no se p u e d e reso lver ni
co n la su p re sió n q u im érica de u n o de los d o s té rm in o s integrado a la
n a tu ra leza del otro, ni co n la p ro d u c c ió n de u n tercero, d el c u a l nada
p ro p o rcio n a la idea. N o es éste u n a sp e cto n i u n ep iso d io de la vitla de
nuestra m en te , sin o su p rin c ip a l d efin ic ió n . A co ja m o s, p u e s, los c o n tra ­
rios en n u estro s estu d io s y tra tem o s de a c o m o d a rlo s ju n to s ta n to en
n u estra crítica c o m o en nosotros m ism o s.
Usted m e p regunta c u á le s so n m is o p c io n e s filo só fic a s. A l n o ser
filó so fo de profesión, le co n testa ré en la m ed id a en q u e la reflexión
acerca de la c o n d ic ió n h u m a n a resulta n a tu ra l en ca d a u n o de nosotros.
La idea de u n a tra scen d e n cia p o r e n c im a d el m u n d o y d el h o m b re m e
p a rece de las m á s p ro b le m á tic a s. E s la su b je tiv id a d h u m a n a la que
in clu ye, a m i parecer, u n a tra scen d e n cia , en c u a n to se co n sid era a sí
m ism a in v e n c ib le m e n te c o m o ta l y - a p e s a r de toda p ro c la m a c ió n d o ctri­
n a l c o n tr a r ia - se v ive c o m o tal. E s u n h e c h o qu e todo lo qu e c o n s titu y e y
d istingue al su je to h u m a n o , n o ta b le m en te el ejercicio d el c o n o c im ie n to y
la c o n v ic c ió n de tin a v o lu n ta d libre, y todo lo qu e lo liga a o tro s su jeto s, la
c u ltu ra , el d erecho, la m oral, tra scien d e el ord en d el h e c h o y no p u ed e
c o n c eb irse en el p la n o m e ra m e n te o b jetivo sin o p o r el re ch a zo verbal de
u n a e v id e n c ia . La idea de u n a tra scen d e n cia en cerra d a en el se n tid o
ín tim o d el h o m b re p u e d e p a re c e r p a ra d ó jica ; es, quizás, h a sta un c o n tra ­
s e n tid o filo só fico , p ero este co n tra sen tid o , s i es u n o , en c ierra todo lo qu e
sa b e m o s de nosotros, sin quitarle n i su m a rle n ada.
Usted m e p regunta ta m b ién q u é p a p e l p u e d e d e s e m p e ñ a r u n a filo so fía
en el ejercicio de nuestra p ro fe sió n . La crítica literaria, estric ta m en te
h a b la n d o , n o n ec esita filo so fa r sin o sobre si m ism a ; e in c lu so m u c h o s
crític o s h an /jo d id o p e r m a n e c e r ca lla d o s al respecto, sin d esca lifica rse en
la p rá c tic a de su p ro fe sió n . N o es tan fá c il callarse h o y en día; d e m a s ia ­
d a s p re g u n ta s h a n sid o fo rm u la d a s, q u e lle v a n a to m a r p o sic ió n . Me
p a rece que las re fle xio n e s q u e a ca b o dk h a c e r c o m o re sp u esta a su ú ltim a
p reg u n ta , s i n o so n e v id e n te m e n te in d isp en sa b le s pa ra el ejercicio de la
crítica, p u e d e n q u izá s a y u d a r a co n c e b ir su vo c a c ió n y su a lc a n ce.
M u estran en la literatura u n in te rc a m b io a m p lio y c o n tin u o , in te rsu b je ti­
vo en su n a tu ra leza , h u m a n a m e n te tra sc e n d e n te en su c o n te n id o y u n i­
versa l en su a lc a n ce , p o r e l h e c h o de que, en p rin c ip io , c o n c ie rn e a la
u n iv e rsa lid a d de lo s tem a s. E n el fo n d o , n o es d ec ir otra co sa s in o lo qu e
se ha c o n sid era d o p o r m u c h o tie m p o ev id e n te, al lla m a r «h u m a n id a d e s »
a los e s tu d io s literarios.
 Ya sa b e u s te d q u é difícil es e s c u c h a r u n r e p r o c h e q u e le h a g a n los
d e m á s . P u e d e n h a c e r l e d a ñ o p o r q u e n o lo c o n o c e n y n o tr a t a n de
c o m p r e n d e r l o : se ir rita n p o r q u e u s te d es d if e r e n t e a lo q u e ellos q u isie ­
ra n e n c o n t r a r ; lo n ie g a n tan p r o f u n d a m e n t e q u e u s te d ya n o se s ie n te
alu d id o . P u e d e q u e le s e a n (o le h ay a n sido) c e r c a n o s ; p e r o e n t o n c e s se
p r o d u c e la r u p t u r a afe ctiv a y s u d o l o r p u e d e m á s q u e to d a c o n s i d e r a ­
c ió n objetiva: lo im p o r t a n t e es q u e ya n o hay a m o r , n o el q u e u n o s e a de
(al o c u a l m a n e r a . O p u e d e q u e sig a n q u e r ié n d o lo , y d e p r o n t o n o le
d ic e n n a d a q u e u ste d p u e d a s e n t i r c o m o u n a o p o s ic ió n de fondo: lo h a n
a c e p t a d o p o r lo q u e u s te d es, a u n c u a n d o n o d e ja n d e p e n s a r. Es
c o n v e n i e n t e p r e g u n t a r s e c ó m o se h a c e p a r a a p r e n d e r algo a c e r c a de
u n o m is m o a p a r ti r d e lo q u e d ic e n los d e m á s. I’ero , ¿es, quizá, só lo de
m í d e q u ie n estoy h a b la n d o ? S in e m b a r g o , si m e esfu e rz o e n r e f le x io n a r
s o b r e m i tr a y e c to r ia in te le c tu a l, el r e c u e r d o d e dos e n c u e n t r o s vie n e a
mi m e n te ; e n c u e n t r o s q u e , m e di c u e n t a m u c h o d e s p u é s, c o n t r i b u y e r o n
a c a m b ia r m e .
S ó lo tie n e n , a p r i m e r a vista, sim ilitu d e s sup e rfic iale s. Los viví, el u n o
y el o tro , c o n m o tiv o d e u n a de e sas p r e s ta c i o n e s q u e c o n s titu y e n u n a de
las fac eta s in d is p e n s a b le s d e m i p ro fe sió n , las c o n f e r e n c ia s e n el e x t r a n ­
je ro: m it a d tu r is m o , m it a d e s p e c tá c u lo ( u n o visita y se deja v isitar a la
vez); p u e d e n n a c e r sim p a tía s, ta m b i é n se p u e d e n e s c u c h a r c rític a s acer^
bas; p e r o , e n c o n j u n to , n a d a q u e lo a l c a n c e a u n o p r o f u n d a m e n t e . Las
d o s c o n f e r e n c i a s t u v ie r o n lu g a r e n I n g la t e r r a , país al q u e voy m u y p o c a s
veces. Y e n a m b o s c a s o s m e a c u e r d o , l a m e n t a b l e m e n t e , m u c h o m e jo r
del efe c to q u e las p a l a b r a s p r o n u n c i a d a s tu v ie r o n s o b r e m í q u e d e las
p r o p ia s p alab ras.
El p r i m e r o d e e s to s e n c u e n t r o s se p r o d u jo e n L o n d re s, h a c e m á s de
diez a ñ o s . H a b ía h a b l a d o Dios s a b e d e q u é e n el In s titu to F r a n c é s y, e n el
c ó c te l q u e se d io lu e g o , m e p r e s e n t a r o n a u n h o m b r e m a y o r q u e yo, c o n
los ojos d e u n azul in te n s o y c o n u n vaso d e w hisky e n la m a n o q u e , cre o ,
e s ta b a v a c ia n d o b a s t a n t e r á p id o : A r t h u r K o e stle r . Y o h a b í a le íd o E l cero
y el in fin ito c u a n d o a ú n e s ta b a e n B u lg a ria , y su le c tu r a m e habla
i m p r e s io n a d o . C o m o d e b e se r, la c o n v e r s a c ió n n o g iró d e n in g u n a
m a n e r a a l r e d e d o r d e m i c o n f e r e n c ia , sin o m á s b ie n a c e r c a del h e c h o de
q u e y o venía, ju s t a m e n te , d e u n país d e E u r o p a o rie n ta l, b a jo r é g i m e n
c o m u n is ta . P ro fe sa b a e n a q u e l e n t o n c e s , r e s p e c to a la po lítica , u n a
ac titu d q u e h a b ía a d o p t a d o allá e n mi a d o l e s c e n c ia , y q u e c r e o era
c o m ú n a m u c h o s de mi g e n e r a c i ó n : e s ta b a h e c h a de fata lism o y de
in d ife re n c ia . Las cosas n o p o d ía n s e r d if e r e n t e s d e lo q u e e r a n y lo m e jo r
e r a d e s p r e o c u p a r s e t o ta lm e n te d e ellas. P o r c o n s ig u ie n te , e x p r e s a b a
es ta in d if e r e n c ia f r e n te a K o e slle r, p r e s e n t á n d o l a c o m o u n a p o s tu r a
p le n a de lu c id e z y d e sa b id u ría. N o lo g r o r e c o r d a r las p a l a b r a s q u e m e
dijo, p e r o sé q u e su r e a c c i ó n e s ta b a h e c h a d e c o rte sía , d e firm eza, de
s o r p r e s a y de r e c h a z o . Y, al verlo , se n tí d e r e p e n t e q u e su e x iste n c ia e r a
la p r u e b a d e la false d ad d e lo q u e yo decía: él e r a a q u e l q u e n o h a b ía
a s u m id o u n a a c titu d fatalista. N o d is c u tía c o n m i g o e n la c o n v e r s a c ió n ,
n o m e r e p r o c h a b a nad a ; p e r o p o s e ía u n a e s p e c ie d e c o n f ia n z a tr a n q u i la
d e e s ta r en lo c i e r to p o r q u e él e r a lo q u e era.
El s e g u n d o ep iso d io se d e s a r r o l la e n O xford. E sta vez, lo se, mi
c o n f e r e n c ia tr a ta b a de H c n r y J a m e s y «el análisis e s t r u c t u r a l del relato»
(en a q u e lla é p o c a s a b ía lo q u e esto q u e r í a decir). M e h a b ía in v ita d o un
c o le g io c u y o p r e s id e n te e r a Isaiah B e rlin . N o h a b í a leído a ú n n a d a de
ese mai'avilioso filósofo e h isto ria d o r; p e r o e r a c á lid o y e l o c u e n te , y m e
s e dujo d e in m e d ia to . Me o f re c ió su h o s p ita lid a d ( c o m o lo h a r í a c o n
o tr o s c o n f e r e n c ia n te s ) y no o lv id a ré la n o c h e q u e p a s a m o s e n su casa,
u n v e r d a d e r o m u se o ; esta vez e r a yo q u ie n te n ía e n la m a n o u n a c o p a de
v o d k a c u e él lle n ab a , m ie n tr a s m e c o n t a b a sus r e c u e r d o s a c e r c a de
P a s te r n a k y A jm atova (los p u b lic ó luego). H a b ía asistido, sile n c io so , a mi
c o n f e r e n c ia y m á s ta rd e , e n u n m o m e n t o d e la velada, m e dijo algo así
c o m o : «C iertam en te , H e n r y J a m e s , sí, sí, las e s t r u c t u r a s del relato. Pero,
¿ p o r q u é n o se d e d ic a a c o s a s tales c o m o el n ih ilism o y el lib e r a lis m o en
el siglo XI X? Es m u y i n te r e s a n te , ¿sabe usted?»
Me d o y p e r f e c t a m e n t e c u e n t a d e q u e e sas r e m i n is c e n c i a s so n e l o ­
c u e n te s s o b r e to d o p a r a mí, p u e s su s a n é c d o t a s so n m u y ín tim a s y no
c o b r a n s e n tid o m á s q u e en r e la c ió n c o n o tr a s e x p e r ie n c ia s q u e m e son
p ro p ias. E n el m o m e n t o m is m o , p o r lo d e m á s , n o les p r e s té m a y o r
a t e n c ió n . S ólo r e tr o s p e c tiv a m e n te , y p o r q u e m i m e m o r i a h a r e te n id o
esos in c id e n te s e n t r e m iles d e o tro s, m e d o y c u e n t a de lo im p o r ta n te s
q u e h a n sid o p a r a mí; y m e p o n g o a b u s c a r le s o tr o s rasg o s c o m u n e s , a
p r e g u n t a r m e a c e r c a d e lo q u e los d istin g u e de los d e m á s . E n las dos
ré p lic a s q u e m e h i c ie r o n , e s c u c h é alg o así c o m o u n a d e s a p r o b a c ió n y
u n a r e c o m e n d a c i ó n . P e r o n o las d e s c a rté , c o m o de c o s t u m b r e , clasifi­
c á n d o la s bajo las r ú b r ic a s de la in c o m p e t e n c i a , d e la m a la v o lu n ta d o de
la p asión. S in d u d a , esto o b e d e c í a a la id e n tid a d d e m is i n te r lo c u to r e s :
p e r s o n a je s c o n o c id o s y r esp e tab les; p e r o ta m b ié n a su a m a b il id a d y
b e n e v o le n c ia , o q u iz á s e n c i l l a m e n t e c o r te s ía (inglesa), p e r o q u e yo
c o n f u n d ía c o n o tra cosa. Me digo a h o r a ta m b ié n q u e a m b o s h a b ía n
vivido, c o m o yo, el d e s a r ra ig o y la o tr e d a d c u ltu r a l, y q u e p o r esto sab ían
vivir m e jo r la o tr e d a d p e r s o n a l, d o n d e u n o r e c o n o c e al o tr o p e r o g u a r d a
s u s distancias.
El h e c h o es q u e estas d o s c o n v e r s a c io n e s , tan insign ifica ntes, tu v ie ­
ro n u n a g ran in flu e n c ia e n mí. Si tr a d u j e r a u n p o c o b r u t a l m e n t e lo q u e
c o m p r e n d í d e a m b a s , d ir ía q u e fue, c a d a vez, u n a t o m a de c o n c i e n c i a
del c a r á c t e r in n e c e s a r io , o a r b it ra rio , d e mi p o sic ió n . Lo q u e e s c u c h é e n
las p a l a b r a s d e B e rlín fue q u e la lit e r a tu r a n o e s ta b a ú n i c a m e n t e h e c h a
d e e s t r u c t u r a s in o ta m b i é n d e id e a s y d e h istoria ; y d e K o e stie r , q u e n o
h a b í a r a z o n e s «objetivas» p a r a e s c o g e r r e n u n c i a r al eje rc ic io d e la lib e r ­
ta d. E v id e n cia s, c l a r o está, p e r o q u e u n o n e c e s ita r e c ib ir d e u n a c i e r ta
m a n e r a p a r a tr a n s f o r m a r la s e n e v id e n c ia s p ro p ia s.
Esas p a la b r a s , q u e , e n t r e o tr a s r a z o n e s d e s c o n o c id a s p a r a mí, m e
lle v a r o n a re v is a r mis n o c i o n e s a c e r c a de lo q u e es la lit e r a tu r a y d e lo
q u e d e b e s e r la crítica , c a ía n de h e c h o e n t e r r e n o p ro p ic io . D u r a n te esos
m is m o s añ o s, la c u r io s i d a d m e h a b ía llev ad o a la l e c tu r a de o b ra s
a n tig u a s s o b r e el o b je to q u e m e p r e o c u p a b a e n t o n c e s : el sim b o lis m o , la
in te i p r e t a c i ó n . E ra n o b r a s d e r e tó r ic a o d e h e r m e n é u t i c a , de e s té tic a o
d e filosofía del le n g u aje , q u e h a b í a le íd o sin n i n g ú n p r o y e c to histórico:'
m á s b ie n b u s c a b a e n ellas visiones s i e m p r e «válidas», lu c e s s o b r e la
m e tá fo ra , la a l e g o r ía o la s u g e stió n . P e r o m e di c u e n t a al le erlas de q u e
s e p a r a r el p r o y e c to h istó ric o d e l p r o y e c to s is te m á tic o n o e r a ta n fácil
c o m o p e n s a b a . Lo q u e h a b í a c r e íd o h a s ta e n t o n c e s in s t r u m e n t o s n e u ­
tros, c o n c e p t o s m e r a m e n t e d e s c r ip tiv o s (los míos), se m e p r e s e n ta b a n
a h o r a c o m o las c o n s e c u e n c i a s d e a l g u n a s o p c i o n e s h is tó ric a s p re c is a s
- q u e h u b i e r a n p o d id o s e r o t r a s - ; ta les o p c i o n e s te n ía n a d e m á s c o r o l a ­
rios - « i d e o l ó g i c o s » - q u e y o n o e s ta b a s i e m p r e d isp u e sto a a s u m ir. Ya he
h a b l a d o d e esas a r t i c u la c io n e s e n la i n t r o d u c c i ó n del p r e s e n te libro.
Me di c u e n ta , e n t o n c e s , d e t a n to l e e r eso s viejos libros, p r i m e r o de
q u e mi m a r c o de r e f e r e n c ia n o e r a la v erd a d al fin rev e lad a , el i n s t r u ­
m e n t o q u e p e r m i tía m e d i r el g r a d o d e e r r o r e n c a d a u n a d e las c o n c e p ­
c i o n e s a n t e r i o r e s de la l it e r a tu r a y del c o m e n ta r i o , s in o el r e s u lta d o de
c ie r ta s o p c i o n e s ide ológic as; y, lu e g o , d e q u e n o m e e n t u s ia s m a b a la
id e a d e c o m p a r t i r to d a s las im p l ic a c i o n e s d e esta id e o lo g ía c uyo in divi­
d u a l is m o y re la tiv is m o s o n las d o s c a r a s m á s fam iliares.
P e ro , ¿ q u é m á s se p o d ía h a c e r ? R e c h a z a r estas p r e m i s a s , ¿no e r a
v o lv e r a la p o s ic ió n a ú n m á s in s o s te n ib l e d e la c r ít ic a a n t e r i o r (a u n
c u a n d o n o se lla m a b a así), q u e h a b r í a q u e lla m a r, p a r a d istin g u ir la d e la
in m a n e n c ia r e iv i n d ic a d a p o r los m o d e r n o s , d o gm ática : d o n d e la lit e r a tu ­
ra, no e s ta n d o ya o p u e s ta a las d e m á s p r o d u c c i o n e s v e rb a le s d e los
h o m b r e s , te n ía q u e « e n r o la rs e al s e rv ic io d e la verdad», c o m o d e c ía sa n
Agustín a p r o p ó s ito d e la e l o c u e n c ia ? ¿T enía el c o m e n t a r i o q u e a c e p ta r ,
a su vez, s e r el s e r v id o r d e u n d o g m a , s a b ie n d o d e a n t e m a n o q u é s e n tid o
hab ía q u e e n c o n t r a r a q u í o allá o, e n c u a l q u i e r caso, j u z g a n d o el v a lo r
de ese se n tid o e n f u n c ió n d e u n p r in c i p io p r e e s ta b le c id o ?
C o n o c ía b ie n , de h e c h o , e s ta critica , p o r h a b e r s id o e d u c a d o en
Uulgaria, a u n c u a n d o n o la h u b i e r a p r a c t i c a d o m á s allá d e las d is e r t a c io ­
n e s a c a d é m ic a s . A d if e r e n c ia d e lo q u e e s ta b a s u c e d ie n d o e n F r a n c ia en
1963, c u a n d o lleg ué, la «te o ría d e la literatu ra » fig u ra b a e n t r e las d isci­
plinas q u e te n ía q u e a s im ila r el e s tu d ia n te d e filología e n Sofía ( m e
a c u e r d o toda v ía del r o s tr o r e p e n t i n a m e n t e h e l a d o d el d e c a n o d e la
F a c u lta d d e L e tra s d e la S o r b o n a , c u a n d o le p r e g u n t é , e n 1963, c o n u n
f r a n c é s b a l b u c i e n t e , q u i é n e n s e ñ a b a allí la te o r í a literaria ). P e r o esta
te o ría , q u e i m p r e g n a b a d e s d e lu e g o los c u r s o s d e h is t o r i a d e la l i t e r a t u ­
ra, se r e d u c í a e s e n c i a l m e n t e a d o s n o c i o n e s : «el e s p ír i tu d e l p u e b lo » y
«el e s p ír i tu d e l p a r ti d o » ( n a ro d n o s t y p a rtijn o st); m u c h o s e s c r i t o r e s
p o s e ía n la p r i m e r a c u a lid a d , p e r o s ó lo e n los m e jo r e s s e h a l l a b a la
s e g u n d a . Se s a b ía d e a n t e m a n o lo q u e los e s c r i t o r e s d e b í a n d e c ir ; lo q u e
fa lta b a e r a v e r e n q u é m e d i d a lo lo g r a b a n . P i e n s o q u e fue e s ta e d u c a c i ó n
la q u e d e s p e r tó , p o r c o n t r a s t e , m i i n t e r é s in ic ia l p o r los F o rm a lis ta s .
A m i p a r e c e r , t a n to los p a r t i d a r i o s d e la p o s i c i ó n « in m a n e n t e » c o m o
los d e la p o s ic ió n « d o g m á tic a » , s i e m p r e h a n p r o c u r a d o p r e s e n t a r la
p o s ic ió n del a d v e r s a r io c o m o la ú n i c a a l t e r n a t i v a p o s ib l e a la q u e ellos
m i s m o s a s u m í a n . Los c o n s e r v a d o r e s d o g m á t i c o s p r e t e n d e n q u e to d a
r e n u n c i a a su s v a lo re s e q u i v a le al a b a n d o n o d e t o d o v a lo r; los lib e r a le s
« in m a n e n t e s » , q u e t o d a a s p i r a c i ó n a los v a l o r e s lle v a al o s c u r a n t i s m o y n
la r e p r e s i ó n . P e r o , ¿hay q u e c r e e r le s ?
La r e s p u e s t a a esta p r e g u n t a m e llegó, c o m o c a b e e s p e r a r , p o r u n a
vía in e s p e r a d a . D esd e q u e o b tu v e la c i u d a d a n í a f ra n c e s a , e m p e c é a
s e n t i r c o n m á s a g u d e z a el h e c h o d e q u e j a m á s s e r ía u n f r a n c é s c o m o los
d e m á s , d e b i d o a q u e p e r t e n e z c o s i m u l t á n e a m e n t e a d o s c u l tu r a s . D o b le
p e r t e n e n c i a , i n te r io r i d a d - e x te r i o r id a d , q u e p u e d e s e r vivida c o m o u n a
c a r e n c i a o c o m o u n p r iv ile g io ( m e i n c l i n a b a y m e in c lin o m á s b ie n a la
v isió n o p tim is ta ), p e r o q u e d e to d a s m a n e r a s lo v u e l v e a u n o s e n s ib le a
los p r o b l e m a s d e la o t r e d a d c u l t u r a l y d e la p e r c e p c i ó n d e l «otro».
A c a b a b a d e c o n c e b i r u n a m p lio p r o y e c t o a c e r c a d e eso, c u a n d o d e s c u ­
b r í, c o n m o tiv o d e o t r a s e r ie d e c o n f e r e n c i a s , e n M é x ic o es ta vez, los
te x to s d e los p r i m e r o s c o n q u i s t a d o r e s s o b r e la c o n q u i s t a d e A m é ric a ;
este e j e m p lo r e s p l a n d e c i e n t e d e d e s c u b r i m i e n t o (y d e i g n o r a n c ia ) del
o t r o m e h a a c o m p a ñ a d o d u r a n t e tre s a ñ o s . A h o ra b ie n , al r e f le x i o n a r
a c e r c a d e e s to s te m a s , m e h e d a d o c u e n t a de q u e volvía a e n c o n t r a r mi
p r o b l e m a literario , e x p u e s to a ú n e n m a y o r e s c a la , ya q u e se tr a t a b a d e la
o p o s ic ió n d e lo u n iv e rs a l y lo r e la tiv o e n el o r d e n ético. ¿ H a b ía q u e
r e n u n c i a r a to d o ju ic io s o b r e s o c i e d a d e s d if e r e n t e s d e la n u e s t r a , o b e d e ­
c i e n d o al e s p ír i tu d e t o l e r a n c i a q u e d o m i n a n u e s tr a s m e n t e s a u n q u e
deje in ta c t o s n u e s t r o s c o m p o r t a m i e n t o s ? Y si, p o r el c o n t r a r i o , yo m a n ­
te n ía c i e r to s v a lo re s c o m o u n iv e rs a le s , ¿ p o d í a d e j a r d e a p l a s t a r al o tr o
e n u n m o l d e p r e e s t a b l e c i d o (el m ío ) ? A lte rn a tiv a q u e r e c u e r d a c o n
e v i d e n c ia el c o n f li c to d e los « in m a n e n tis ta s » y los «do g m á tic o s» .
P ie n s o q u e lo q u e m e h a lle v a d o a c r e e r ilu s o rio e s te c a lle jó n sin
s a lid a e r a m i e x p e r i e n c i a m á s b i e n feliz c o m o ex iliado. L a e l e c c ió n e n t r e
p o s e e r la v e r d a d y r e n u n c i a r a b u s c a r l a n o a g o t a to d a s las p o s ib ilid a d e s
q u e se a b r e n f r e n te a n o s o tr o s . S in d a r d e f in i tiv a m e n te la e s p a ld a a los
v a lo re s u n iv e rs a le s , se p u e d e n p l a n t e a r c o m o u n t e r r e n o d e a c u e r d o
p o s ib le c o n el o tr o , m á s q u e c o m o u n a p o s e s ió n p re v ia . S e p u e d e s e r
c o n s c i e n t e d e q u e n o se p o s e e la v e r d a d y sin e m b a r g o n o r e n u n c i a r a
b u s c a r la . P u e d e s e r u n h o r i z o n t e c o m ú n , u n p u n t o d e lle g a d a d e s e a d o
(m á s q u e u n p u n t o d e p a r tid a ) . N o se a b a n d o n a la id e a d e v e r d a d , p e r o
se c a m b i a s u e s t a t u t o o su f u n c ió n , al c o n v e r t i r l a e n u n p r in c i p io
r e g u l a d o r d e l i n t e r c a m b i o c o n el o tr o , m á s q u e e n el c o n t e n i d o del
p r o g r a m a . A fin d e c u e n t a s , es p o s ib l e el a c u e r d o e n t r e r e p r e s e n t a n t e s
d e c u l t u r a s d i f e r e n t e s (o e n t r e las p a r t e s d e m i s e r q u e p e r t e n e c e n a u n a
y o t r a c u l t u r a ) , si ex iste v o l u n t a d d e e n t e n d i m i e n t o : n o h a y s o l a m e n t e
« p u n to s d e vista», y lo p r o p i o d el h o m b r e s e r c a p a z d e s u p e r a r su
p a r c i a l i d a d y s u d e t e r m i n a c i ó n local.
P a r a v o lv e r a la c r í t i c a y a la l it e r a tu r a , e s ta c o n v i c c i ó n m e llevó a
a f r o n t a r l a s d e m a n e r a d if e r e n t e . R e n u n c i a n d o a la b ú s q u e d a d e la v e r ­
d a d ( s i e m p r e e n el s e n tid o d e s a b i d u r í a y n o d e a d e c u a c i ó n a los
h e c h o s ) , el c r ít ic o « in m a n e n t e » s e n ie g a a sí m i s m o to d a p o s ib ilid a d de
ju ic io ; e x p líc ita el s e n t i d o d e las o b r a s p e r o , d e a l g u n a m a n e r a , n o lo
t o m a e n s e rio : n o r e s p o n d e al s e n tid o , h a c e c o m o si n o se t r a t a r a de
id e a s q u e se r e f i e r e n al d e s tin o d e los h o m b r e s ; es p o r q u e h a t r a n s f o r m a ­
d o el texto e n u n o b je to q u e b a s ta c o n d e s c r i b i r tan f ie lm e n te c o m o s e a
p osible; el c r í t i c o « in m a n e n t e » c o n s i d e r a c o n la m is m a b e n e v o l e n c i a a
B o s s u e t y a S a d e . 1 El c r i t i c o « d o g m á tic o » , p o r s u p a r te , n o d eja r e a l m e n ­
te q u e el o t r o s e e x p re se : lo e n g l o b a p o r to d o s la d o s, y a q u e él m i s m o
e n c a r n a la P r o v id e n c i a , o las leyes d e la h isto ria , u o t r a v e r d a d rev e lad a ;
al o tr o lo c o n v i e r t e m e r a m e n t e e n la i l u s tr a c i ó n (o la c o n t r a i l u s t r a c i ó n )
d e u n d o g m a i n q u e b r a n t a b l e , q u e s u p o n e q u e el l e c t o r c o m p a r t e c o n
él.
A h o ra b ie n , la c r ít ic a es d iá lo g o y tie n e t o d o el i n t e r é s e n a d m itir lo
a b i e r t a m e n t e ; e n c u e n t r o d e d o s v o ce s, la del a u t o r y la d e l c rític o , e n el
c u a l n i n g u n a tie n e u n p r iv ile g io s o b r e la o tra . S in e m b a r g o , los c r ític o s
d e d iv e rs a s t e n d e n c i a s se r e ú n e n e n el r e c h a z o a r e c o n o c e r es e diálo go.
S e a c o n s c i e n t e d e e llo o n o , el c r ít ic o d o g m á tic o , s e g u id o e n esto p o r el
e n s a y ista « im p r e s io n is ta » y el p a r t i d a r i o d el su b je tiv ism o , deja q u e se
e s c u c h e u n a so la voz: la suya. P o r o t r a p a r te , el id e al d e la c r ític a
« histórica» ( a p e l a c i ó n a lg o d e s c o n c e r t a n t e , lo v im o s a p r o p ó s i t o de
W a tt) e r a el d e h a c e r e s c u c h a r la voz d e l e s c r i t o r tal c o m o es e n sí
m is m a , sin n i n g u n a a ñ a d i d u r a p r o c e d e n t e del c o m e n t a r i s t a ; el d e la
c r í t i c a d e id e n tif ic a c i ó n , o t r a v a r i a n t e d e la c r i t i c a « in m a n e n te » , e r a el
de p r o y e c t a r s e e n el o t r o h a s t a el p u n t o de s e r c a p a z d e h a b l a r e n su
n o m b r e ; el d e la c r í t i c a e s t r u c t u r a l , el d e d e s c r i b i r la o b r a h a c i e n d o
a b s o lu ta a b s t r a c c i ó n d e sí. P e r o , al p r o h i b i r s e así d i a lo g a r c o n las o b r a s
y, p o r c o n s ig u ie n te , j u z g a r a c e r c a d e s u v e r d a d , se les a m p u t a u n a d e sus
d i m e n s i o n e s e s e n c ia le s , q u e es j u s t a m e n t e : d e c i r la v e r d a d . Me a c u e r d o
d e q u e d ic ta b a u n a c o n f e r e n c i a e n B r u s e l a s a c e r c a d e la e s té t ic a de

1. M e d o y c u e n t a d e q u e S a r tr e d ijo lo m is m o , p e r o c o n la i n te n c ió n de
re c h a z a r to d a p e r s p e c tiv a u n iv e rs a lis ta . «A m bos, R o u s s e a u , p a d r e d e la R e v o lu ­
c ió n fra n c e s a , y G o b in e a u , p a d r e d e l ra c is m o , n o s h a n le g a d o u n o s m e n s a je s . "Y
el c r ític o los c o n s id e r a c o n ig u al sim p a tía » (Q u 'esl-ce que la liltéralure?, p á g
40).
D id e r o t (estas o c a s io n e s p a r e c e n h a b e r m e m a r c a d o r e a l m e n t e m á s de lo
q u e yo p e n s a b a ), e n la cual,, d e s p u é s de h a b e r e x p u e s to m a l q u e b ie n las
ideas de D idero t, las c a lific ab a de «falsas», h a b l a n d o d e su «fracaso».
Uno de mis o y en tes, e s p ec ialista e n D id ero t, in te rv in o : «Acepto su d e s ­
c r ip c ió n , p e r o estoy s o r p r e n d i d o p o r sus calificativos. ¿T iene la p r e t e n ­
s ió n d e d a r le c c io n e s a D id erot? ¿No c o m e t e u s te d u n a n a c r o n is m o ? » .
C re o que, a su p a r e c e r , le e s ta b a f altan d o al r e s p e to a u n a u t o r an tig u o .
P ero , p e n s á n d o l o b ie n d e s p u é s ( o p in ió n d e a s c e n s o r ) , m e p a r e c e q u e
e r a él f in a lm e n te q u ie n Ié faltaba al r e s p e to a D id ero t, ya q u e se n e g a b a a
d is c u tir sus ideas, c o n t e n t á n d o s e c o n r e c o n s titu irla s , c o m o si se h u b ie r a
tr a t a d o de u n r o m p e c a b e z a s . D id e r o t e s c r ib ía p a r a h a l la r la v erd a d ; ¿era
o f e n d e rlo el h e c h o de r e c o n o c e r l o , al s e g u ir b u s c á n d o la , c o n y en
c o n t r a d e él?
La c r it ic a d ia ló g ic a hab la, n o a c e r c a d e las o b ra s, sino a las o b r a s o,
m á s b ie n , c o n las ob ras; se niega a e l i m i n a r c u a lq u ie r a d e las d o s v oces
e n p r e s e n c ia . El texto c r it ic a d o n o es u n o b je to q u e d e b a a s u m i r un
« m e talengua je», sin o u n d is c u rs o q u e se e n c u e n t r a c o n el crítico; el
a u t o r es u n «tú» y no u n «él», u n i n t e r l o c u t o r c o n el c u a l se d isc u te
a c e r c a de los v alo re s h u m a n o s . P e r o el d iá lo g o es a s im é tr i c o , ya q u e el
texto del e s c r ito r es tá c e r r a d o m i e n t r a s q u e el del c r itic o p u e d e s e g u ir
in d e fin id a m e n te . P a ra n o h a c e r t r a m p a s e n el ju e g o , el c ritico tlelic
h a c e r e s c u c h a r l e a l m e n t e la voz d e su in te r lo c u to r . Las d if e r e n te s for­
m a s de c r ític a i n m a n e n t e r e c u p e r a n a q u í su d e r e c h o ( p e r o e n u n r e c o ­
r r id o d iferente); ¿ c ó m o se p o d r ía c o n t r i b u i r a c o m p r e n d e r m e jo r el
s e n tid o de u n pasaje sin in te g r a r lo e n c o n te x to s c a d a vez m á s am plios?:
el d e la o b r a p r i m e r o , el d e l e s c r ito r luego, el de la é p o c a , el de la
tra d ic ió n literaria; a h o r a b ie n , es c i e r t a m e n t e lo q u e c u m p l e tal o cual
«especialista». Estas d if e r e n te s in te g r a c i o n e s no se e x c lu y e n m u t u a m e n ­
te, sin o q u e e n c a ja n la u n a e n la o tra , o c o i n c id e n , o se c o m p l e m e n t a n ,
c o m o sa b ía m u y b ie n S pinoza, q u e las c o n v e r tía e n las su b d iv isio n e s de
su n u e v o m é to d o d e i n te r p r e ta c ió n . S ie n d o yo c rítico, estoy e n la o b lig a ­
c ió n d e e s c o g e r e n t r e u n a o r ie n t a c i ó n y o tra ( a u n q u e hay a ex c ep c io n e s):
la r a z ó n n o c o n s iste e n su in c o m p a tib ilid a d de p r in c ip io , sin o e n la
b r e v e d a d de la v ida y la c a n tid a d d e ta re as a d m in is tra tiv a s .c o n las cu a le s
n o s ag o b ian . P ero , c o m o le ctor, n o te n g o o b lig a c ió n a lg u n a de h a c e r
u n a e l e c c ió n exclusiva; ¿ p o r q u é d e b e r ía yo p r iv a r m e , o b ie n de la
c o m p e t e n c i a de u n N o r t h r o p Frye, q u e m e e n s e ñ a a q u é tr a d ic ió n
lite ra ria p e r t e n e c e la im a g e n q u e o b s e rv o (su c o n te x to d ia c r ó n ic o ) , o
b ie n de la d e u n P aul B é n ic h o u , q u e m e rev e la el a m b ie n t e id eo lógico
e n el c u a l esta m is m a im a g e n h a sido f o r m u l a d a (su c o n te x to s i n c r ó n i ­
co)?
P o r c o n s ig u ie n te , e n ese nivel, las c a r e n c i a s del « estruc tu ralista *
p u e d e n s e r c o m p e n s a d a s p o r las e x p e r ie n c ia s del esp e c ia lista e n id e o lo ­
gías, e in v e r s a m e n te . P e r o a m b o s (n o h a b l o m á s a h o r a de B é n i c h o u o de
Frye) tie n e n t a m b ié n u n a c a r e n c i a c o m ú n q u e es quizá m á s im p o r ta n te :
n o so n m á s h e c h o s lo q u e n e c e s ita m o s , sin o m á s p e n s a m i e n t o . Lo q u e
p o d e m o s d e p l o r a r es la negativ a del c r ític o a p la n te a r s e a sí m is m o
c o m o sujeto p e n s a n t e (m á s q u e b o r r a r s e d e t r á s de la a c u m u l a c i ó n de
h e c h o s objetivos) y a e m i t i r ju ic io s. Al c o n t r a r i o d e S pinoza, o p o r lo
m e n o s d e su s in te n c i o n e s d e c la ra d a s , u n o n o se d e t e n d r á , p u e s , e n es a ¡
b ú s q u e d a d el s e n tid o y la p r o s e g u ir á c o n u n a d is c u s ió n a c e r c a d e la
verd a d ; n o sólo: «¿Qué dijo?», sin o ta m b ié n : «¿Tiene razón?» (lo q u e,
e s p e r a m o s , n o q u ie r e s i m p l e m e n t e d ecir: «T engo razón»). D e a c u e r d o
c o n S pinoza, p a r a n o s o m e t e r la in v e stig a c ió n del s e n tid o a u n a v e rd a d
q u e p o s e y é r a m o s de a n t e m a n o , n o te n e m o s r a z ó n a l g u n a p a r a r e n u n c i a r
a la b ú s q u e d a , al m is m o tie m p o , de la v erd a d , y a su c o n f r o n ta c ió n co n
el se n tid o del texto.
P o r eso lla m o a es ta c r ític a «dialógica». La clase d e v e r d a d a q u e
as p iro n o p u e d e a b o r d a r s e sino m e d i a n t e el diálogo; r e c í p r o c a m e n t e ,
c o m o h e m o s visto c o n Bajtin, p a r a q u e h a y a d iá lo g o se n e c e s ita q u e la
v e r d a d se a c o n s i d e r a d a c o m o h o r i z o n t e y c o m o p r in c i p io r e g u la d o r. El
d o g m a tis m o c o n d u c e al m o n ó l o g o del c rítico ; el i n m a n e n t i s m o (y p o r
c o n s ig u ie n te el re la tiv is m o ) al d el a u t o r e s tu d ia d o ; el p u r o p lu ra lism o ,
q u e n o es m á s q u e la s u m a a r i t m é t i c a d e varios in m a n e n t e s , a u n a
c o p r e s e n c i a d e v o ce s q u e es ta m b i é n a u s e n c ia d e a te n c ió n : v arios suje-
los se e x p r e s a n , p e r o n i n g u n o tie n e e n c u e n t a sus d iv e rg e n c ia s c o n los
d e m á s. Si se a c e p t a el p r in c i p io d e la b ú s q u e d a c o m ú n de la verdad,
e n t o n c e s se p r a c tic a ya la c r ít ic a d ia lógic a.
M a rc B lo ch , u n o d e los p a d r e s de la «n u ev a historia», afirm aba:
«¡Cuánto m á s fácil es e s c r ib ir a fav o r o e n c o n t r a d e L u te ro q u e e s c u d r i­
ñ a r su alma!». H e llegado a p e n s a r casi lo c o n t r a r i o , salvo q u e n o veo
p o r q u é a m b a s co s a s t e n d r í a n q u e s e r in c o m p a tib le s . Si se h a « e s c u d r i­
ñado» b ie n , n o d e b e u n o d e j a r d e p r o n u n c i a r s e , salvo si el o b je to de
e s tu d io n o s es ta n aje n o q u e n o hay n a d a q u e d ec ir, y sólo q u e d a dejarlo
ahí. Si L u te ro sigu e h a b l á n d o n o s , d e b e m o s s e g u ir h a b lá n d o le , y p o r
c o n s ig u ie n te , e s ta r d e a c u e r d o o e n d e s a c u e r d o c o n él. N o n o s e n g a ñ e ­
mos, n u e s tr o ju ic io n o se d e r iv a r á de n u e s t r o sa b er: éste n o s se rv irá p a r a
re s ti tu ir la voz del otro, m i e n t r a s q u e la n u e s t r a h a lla r á su fu e n te en
n o s o tr o s m is m o s , e n u n a r e s p o n s a b ili d a d é tic a a s u m id a . N o m e p a r e c e
q u e esto se a fácil. H e e s c r ito e n d o s o p o r t u n i d a d e s a c e r c a d e B e n ja m ín
C o n s tan t, e n 1968 p a r a ' C ritique y e n 1983 p a r a P oétique. L a d if e r e n c ia
e n t r e a m b o s e s tu d io s y m i p r e f e r e n c i a p o r el s e g u n d o , n o p r o c e d e sólo
de q u e he leíd o m á s d e s d e h a c e q u i n c e añ o s, o d e q u e e n t o n c e s g e n e r a li­
za b a fác ilm e n te; p ie n s o t a m b i é n q u e e n m í p r i m e r texto n o te n g o u n a
voz se p a ra d a : p r e t e n d o e x p o n e r el p e n s a m i e n t o d e C o n stan t, p e r o , n a t u ­
r a lm e n te , q u ie r o ta m b ié n d e c i r algo, así q u e a trib u y o m is id e as a C ons­
tant. El r e s u lt a d o es u n a vóz h íb r id a p e r o ú n ic a , d o n d e n u e s tr a s c o n t r i ­
b u c i o n e s r esp e ctiv as n o e s tá n c l a r a m e n t e d if e r e n c ia d a s. En m i estudio
m á s r e c ie n te , m e es fo rc é a" la vez e n s e r le m á s fiel y en c o n t r a d e c ir lo . Es
u n p o c o c o m o s u c e d e e n las r e la c io n e s p e r s o n a le s : la ilusió n de la
fusión es d u lc e , p e r o es u n a ilu sió n y su fin es a m a r g o ; r e c o n o c e r al o tro ■
c o m o d if e r e n te p e r m ite a m a r lo m ejor.
 Así, s ó lo es p o sib le c a m b i a r n u e s t r a im a g e n d e la c r ít ic a si a! m is m o
tie m p o t r a n s f o r m a m o s n u e s tr a id e a d e la lite ra tu ra . D esde h a c e d o s c ie n ­
tos años, los r o m á n t ic o s y sus i n n u m e r a b l e s h e r e d e r o s n o s h a n re p e tid o
a po rfía q u e la lit e r a tu r a e r a u n le n g u a je q u e e n c u e n t r a su fin e n sí
m ism o. Ya es tie m p o d e v o lv e r (d e r e g r e s a r) a las e v id e n c ia s q u e n o h a n
d e b id o olvidarse: la lit e r a tu r a tr a t a d e la ex iste n c ia h u m a n a , es u n
d isc u rso , y ta n to p e o r p a r a los q u e tie n e n m ie d o a las g r a n d e s palabras,
o r ie n t a d o h a c ia la v e r d a d y la m o ra l. La lit e r a tu r a es u n d e s c u b r i m i e n t o
del h o m b r e y d e su m u n d o , d e c ía S a r tre ; y te n ia razón . N o s e r ía n a d a si
n o nos p e r m i t i e r a c o m p r e n d e r m e j o r la vida.
Si se h a p o d id o p e r d e r así d e vista es ta d i m e n s i ó n e s e n c ia l de la
lite ra tu ra , es p o r q u e se h a r e d u c id o p r e v i a m e n t e la v e r d a d a la v erifica­
c ió n y la m o r a l al m o r a lis m o . Las frases d e la n o v e la n o a s p ira n a la
v e r d a d factual, c o m o lo h a c e n a ú n las de la histo ria ; es inútil in sistir en
es ta o bvie d ad . La n o v e la n o e s tá e n la o b lig a c ió n , a u n q u e se a p e r f e c ta ­
m e n t e posible, d e d e s c r i b i r las fo rm a s es p ec ífica s d e u n a so c ie d a d ; n o es
ta m p o c o en este t e r r e n o d o n d e se sitú a su v e r d a d . Así c o m o n o se trata
de a f irm a r, d e s d e lu ego, q u e las id e as d e l a u t o r son n e c e s a r ia m e n te
justas. P e r o la lit e r a tu r a es s i e m p r e u n in te n to d e r e v e la r n o s «un lado
d e s c o n o c id o d e la e x iste n c ia h u m a n a » , c o m o d ice e n a lg u n a p a r te
K u n d e r a , y p o r lo ta n to , a u n q u e n o te n g a p riv ile gio a lg u n o q u e le
a s e g u r e el a c c e so a la v erd a d , no deja j a m á s de ir e n p o s de ella.
L ite ra tu r a y m o ra l: «¡Qué h o rror!», p r o t e s t a r á m i c o n t e m p o r á n e o . Yo
m is m o , al d e s c u b r i r a m i a l r e d e d o r u n a lit e r a tu r a s u b o r d i n a d a a la
po lítica, c re ía q u e h a b í a q u e r o m p e r todos los lazos y p r e s e r v a r a la
lit e r a tu r a de c u a l q u i e r c o n t a c to c o n lo q u e n o era. P e r o la r e la c ió n c o n
los valore s le es in h e r e n te : n o s ó lo p o r q u e es im p o s ib le h a b l a r d e la
ex iste n c ia sin re f e r ir se a ellos, s in o ta m b ié n p o r q u e el a c to d e e s c r ib ir es
un a c to de c o m u n i c a c i ó n , lo q u e im p l ic a la p o sib ilid a d de a c u e r d o , en
n o m b r e de v alo re s c o m u n e s . El ideal del e s c r i t o r p u e d e s e r la i n t e r r o g a ­
ció n, la d u d a o el r ec h azo ; p e r o n o in c ita m e n o s a su l e c t o r a c o m p a r t i r ­
lo y no deja d e s e r «moral» p o r lo m is m o . La lit e r a tu r a d e p r o p a g a n d a o
la n o v e la de tesis e s tá n lejos de a g o t a r las r e la c io n e s p o sib les d e las
o b r a s c o n los valores; n o r e p r e s e n t a n m á s q u e u n tipo a b e r r a n te : el de la
v e r d a d d o g m á tic a , p o s e íd a de a n t e m a n o , q u e u n o tr a t a r ía s im p le m e n te
d e ilu s tra r. A h o ra b ie n , la lit e r a tu r a n o es u n s e rm ó n : la d if e r e n c ia e n tre
a m b o s c o n s is te e n q u e lo q u e es e n éste u n a e x p e r ie n c ia prev ia , sólo
p u e d e s e r e n a q u é lla u n h o riz o n te .
O tro m e arg ü irá: a ese p r e c io la lit e r a tu r a n o es m á s q u e la e x p re sió n
d e ideas q u e es lícito a p r o b a r o c o n t r a d e c ir . P e r o s e m e j a n te r e a c c i ó n
p r e s u p o n e q u e la lit e r a tu r a es u n a u n i d a d global. A h o ra b ie n , j u s t a m e n ­
te, no lo es: es u n ju e g o fo rm a l d e sus e l e m e n t o s y al m is m o tie m p o u n a
in s ta n c ia id e o ló g ic a (así c o m o m u c h a s o tr a s cosas); n o es s o la m e n te
b ú s q u e d a d e la v e rd a d , p e r o es eso ta m b ié n . S e d istin g u e así d e las
d e m á s arte s, c o m o n o s r e c u e r d a n S a r tre y B é n ic h o u ; y la ra z ó n d e ello
es q u e «pasa» p o r el le ng uaje , e n vez de s e r u n a c o n f ig u r a c ió n forma! de
u n a s im p le m a teria : los so n id o s , los c o l o r e s o los m o v im ie n to s; n o
p u e d e h a b e r « lite r a tu r a a b stra cta» . D is p o n e m o s hoy e n d ía d e u n a p a r a to
c o n c e p t u a l s u f ic ie n te ( a u n c u a n d o se a e v i d e n t e m e n t e im p e r fe c to ) p a r a
d e s c r i b i r las p r o p ie d a d e s e s t r u c t u r a l e s d e la lit e r a tu r a y p a r a a n a liz a r su
in s c r i p c i ó n h istó ric a ; p e r o n o s a b e m o s h a b l a r d e sus d e m á s dim ensio-'
n es, y es a e s ta c a r e n c i a a la q u e h ay q u e p o n e r l e r e m e d io . El e r r o r de
u n a c r it ic a d e m a s i a d o e s tr i c ta m e n te d e t e r m i n i s t a es el d e p o s t u l a r q u e
las o b r a s s o n la e x p r e sió n , o el reflejo, d e la id e o lo g ía (« d o m in a n te » , p o r
a ñ a d id u r a ) ; es fácil, e n t o n c e s , c i t a r e je m p lo s q u e p r u e b e n lo c o n tra rio .
P e r o el h e c h o d e q u e la lit e r a tu r a n o se a el reflejo d e u n a ideolo gía
e x te rio r, n o p r u e b a q u e n o te n g a n i n g ú n v ín c u lo c o n la ideología: no
refleja la id e o lo g ía , es u n a ideolog ía. H ay q u e s a b e r lo q u e a f ir m a n las
o b ra s, n o p a ra d e s c u b r i r el e s p íritu d el t ie m p o o p o rq u e se c o n o c e este
e s p íritu d e a n t e m a n o y se b u s c a n n u e v a s ilu s tra c io n e s; s in o p o r q u e esta
a f ir m a c ió n es e s e n c ia l p a r a las o b r a s m ism as.
Y e n c u e n t r o de n u e v o la c e r c a n í a e n t r e lit e r a tu r a y critica. S e d ic e a
veces: la p r i m e r a h a b l a a c e r c a d e l m u n d o , la s e g u n d a a c e r c a d e los
libros. P e r o esto n o es c ie rto . E n p r i m e r lugar, las o b r a s m is m a s h a b l a n
s i e m p r e de o b r a s a n t e r i o r e s o, e n to d o ca so , las s o b r e e n tie n d e n : el d e s e o
de e s c r ib ir n o se o r ig in a e n la vida s in o e n o tr o s libros. E n s e g u n d o
lugar, la c r ític a no d e b e y n i s iq u i e r a p u e d e lim ita rse a h a b l a r d e libros; a
su vez se p r o n u n c i a s ie m p r e a c e r c a d e la vida. S ólo q u e , c u a n d o se
lim ita a la d e s c r ip c i ó n e s t r u c t u r a l y a la r e c o n s t r u c c i ó n h isló ric a , a s p ira
a c o n v e r t i r su voz e n ta n in a u d ib le c o m o se a p o sib le ( a u n c u a n d o no lo
lo g r a j a m á s p e r f e c ta m e n te ) . A h o ra b ie n , la c r ít ic a p u e d e y d e b e a c o r d a r ­
se d e q u e es t a m b ié n b ú s q u e d a d e v e r d a d y de valores. El tipo de v e r d a d
al q u e a c c e d e n la c r ít ic a y la lit e r a tu r a es d e la m is m a índ o le : la v e rd a d
d e las c o s a s m á s q u e la d e los h e c h o s , la v e r d a d d e d e s c u b r i m i e n t o y no
la v e r d a d d e a d e c u a c i ó n (q u e la c r ít ic a c o n o c e ta m b ié n p e r o q u e sólo
c o n s titu y e u n a c o n d i c i ó n previa). N os h u b i é r a m o s e v itad o m u c h a s diva­
g ac io n e s, t a n to e n c r ít ic a c o m o e n h isto ria , o h a s ta e n e tn o lo g ía , si n o s
h u b i é r a m o s d a d o c u e n t a d e q u e , así c o m o D ostoievsky tra ta de d e c i r la
v e r d a d d el h o m b r e sin q u e se p u e d a p o r lo m is m o a f ir m a r q u e la p ose e,
el c r ític o a s p ira a d e c i r la v e r d a d d e D ostoievsky c o n , p o r lo m e n o s en
te oría, las m is m a s o p o r t u n i d a d e s d e éxito; al m i s m o t ie m p o , e in e v ita b le ­
m e n te , el c r ític o h a b l a ta m b i é n d e l h o m b r e . S a r tr e decía: «La p r o s a es
c o m u n i c a c i ó n , b ú s q u e d a en c o m ú n d e la v erda d, r e c o n o c i m i e n t o y
re c ip ro c id a d » (S a in t Ge.net, pág. 407), p e r o esta d e fin ic ió n se aplica,
p a l a b r a p o r p a la b ra , a la crítica. D esd e luego, c r ít ic a y lit e r a tu r a tie n e n
ta m b ié n d iferen c ia s; p e r o , e n el c o n t e x to a c tu a l, m e p a r e c e m á s u r g e n te
v e r lo q u e tie n e n e n c o m ú n .
La c r ít ic a d ia ló g ic a es c o r r i e n t e e n filosofía, d o n d e u n o se in te r e sa
p o r los a u t o r e s a c a u s a d e su s ideas, p e r o p o c o c o r r i e n t e e n lite ra tu ra ,
d o n d e se p ie n s a q u e b a s ta c o n c o n t e m p l a r y a d m ir a r . A h o ra bien, las
fo rm a s m is m a s so n p o r t a d o r a s de ide olog ía , y existen c rític o s literario s
- a u n q u e se an r a r o s - q u e n o se c o n t e n t a n c o n analizar, sino q u e d i s c u ­
te n c o n su s a u to re s , d e m o s t r a n d o c o n e s to q u e la c r ít ic a d ia ló g ic a es
ig u a lm e n te p o sib le e n el c a m p o literario : p o r e s o R e n é G irard es tá en
d e s a c u e r d o c o n los r o m á n t ic o s , o L eo B e rs a n i p o le m iz a c o n los r e a lis­
tas. El le n g u a je de las fo rm a s exige, p a r a s e r e n t e n d i d o , u n a c ie r ta
a t e n c ió n (se h a visto ilu s tra d a d e m a ra v illa s c o n W att); a falta d e ello, se
la nza u n o s o b r e los e n u n c i a d o s d ir e c to s del a u t o r , o p e o r , s o b r e los de
su s p e r so n a je s . P e r o n o p o r q u e c i e r to s c r ític o s e s té n s o r d o s la lit e r a tu r a
deja de h a b la r . H asta las o b r a s m e n o s «m ortales» t o m a n p o s ic ió n fre n te
a los v alo re s h u m a n o s y, p o r c o n s ig u ie n te , p e r m i t e n la c o n f r o n ta c ió n
c o n la p o s ic ió n del crítico . La c r ític a d ia ló g ic a s o to es im p o s ib le c u a n d o
el c rític o se e n c u e n t r a e n total a c u e r d o c o n su a u to r: n i n g u n a d is c u s ió n
p u e d e darse. El d iá lo g o se ve r e e m p la z a d o p o r la a pología. Nos p o d e m o s
p r e g u n t a r si esta c o i n c i d e n c i a p e r f e c ta es r e a l m e n t e posible, p e r o es
c ie rto q u e in c lu s o las d if e r e n c ia s d e nivel so n se nsible s: m e es m á s fácil
d ia lo g a r ( c u a n d o m e lo p e r m ito ) c o n R o u s s e a u , cuya s id e a s c e n s u r o ,
q u e c o n S ten d h a l. D ebo d e c i r ta m b ié n , sin e m b a r g o , q u e p e r s o n a l m e n t e
m e sie n to a ú n m á s in c ó m o d o c u a n d o la o p o s ic ió n es rad ic al: la g u e r r a
n o es u n a b ú s q u e d a de e n t e n d im ie n t o .
H a b r ía q u e a ñ a d i r q u e , si el c r it ic o está d e s e o s o d e d ia lo g a r c o n su
a u to r, n o d e b e r ía o lv id a r q u e , al p u b lic a r s e s u libro, se c o n v i e r te a su vez
en a u t o r y q u e u n le c to r fu tu ro tr a t a r á d e e s t a b l e c e r u n d iá lo g o c o n él.
El ideal de la c r ít ic a d ia ló g ic a n o es la f ó r m u l a o r a c u l a r q u e s u m e r g e al
le c to r e n la e s tu p e f a c c ió n , se g u id a d e u n a a m a r g a m e z c la d e a d m ir a c ió n
p o r el a u t o r y d e p ie d a d p o r sí m is m o . Al v o lve rse c o n s c ie n te del diálogo
e n el q u e está c o m p r o m e t i d o , el c r ític o n o p u e d e i g n o r a r q u e este
d iá lo g o p a r t i c u l a r n o es m á s q u e u n a p a r t e d e u n to d o in in t e r r u m p id o ,
ya q u e el a u t o r e s c r ib ía e n r e s p u e s ta a o tr o s a u t o r e s y p o r q u e , a d e m á s ,
u n o m is m o se vuelve a u t o r a p a r t i r d e es e m o m e n t o . La f o rm a m is m a de
s u texto n o es p u e s in d if e re n te , ya q u e tie n e q u e a u t o r i z a r la re sp u e sta , y
n o s o la m e n te la idolatría.
¿La c r ít ic a d ia ló g ic a es m á s a c o r d e c o n « n u e s tro tie m p o » q u e la
c r ític a i n m a n e n t e y la c r ít ic a d o g m á tic a ? H e d a d o quiz ás la im p r e s ió n de
c r e e r lo , al d e s c r ib ir su r e la c ió n c o m o u n a s u c e sió n : p r i m e r o la exégesis
pa trístic a , lu e g o la filología. P e r o las co s a s s o n c i e r t a m e n t e m e n o s
se ncillas, a la vez p o r q u e las s o c ie d a d e s n o s o n sis te m a s ideo ló g ic o s
p e r f e c t a m e n t e h o m o g é n e o s y p o r q u e la h isto ria n o se d e s a r r o l la se g ú n
u n e s q u e m a linea). S e o b s e r v a u n a a c titu d « in m a n e n te » r e s p e c to al arte
e n Q u in tilia n o , y el c o m e n t a r i o «do g m á tic o » n o m u r i ó c o n los P ad res de
la Iglesia. El m u n d o c o n t e m p o r á n e o , en p a r ti c u la r , a d m ite la p lu r a lid a d
de las o p c io n e s, y las c o n c e p c i o n e s c r is tia n a o m a rx is ta («do gm áticas»)
c o l in d a n hoy en d ía c o n las c rític a s d e o b e d i e n c i a h is t ó r ic a o e s tr u c tu r a l
(« in m a n e n te s» ). El s e r h u m a n o n o está j a m á s t o ta lm e n te d e t e r m i n a d o
p o r su m e d io , su lib e rta d es su d e fin ic ió n p r o p ia ; y yo soy u n a ilu s tra c ió n
viviente d e los fallos d e ese d e t e r m i n i s m o , y a q u e m e h e visto e n el
e s p a c io d e a lg u n o s a ñ o s r e la c io n a d o , de c e r c a o de lejos, c o n c a d a u n a
de estas tres fo rm a s de crític a q u e in te n to d istin g u ir aquí.
 Sin e m b a r g o , la m b ié n está c l a r o q u e , a u n q u e el in d iv id u a lism o p u e ­
d e s e r d e t e c t a d o e n los textos de los e s to ic o s, t o m a vuelo n u e v a m e n t e en
el R e n a c i m i e n t o y se v u elve d o m i n a n t e c o n el R o m a n ti c is m o . Las id e o ­
logías d e u n a s o c ie d a d se a r ti c u la n j e r á r q u i c a m e n t e y e s ta a r ti c u la c ió n
es significativa; n o c r e o q u e se a p u r a c a s u a lid a d (u n a c to p u r o de
lib e r ta d p o r p a r t e d e a lg u n o s in d iv id u o s) el q u e la id e a d e la cr ític a
d ia lógic a, bajo este n o m b r e o bajo o tr o , n o s lle g u e aq u í y a h o r a ; n o c r e o
t a m p o c o q u e su a d v e n i m i e n t o se e x p liq u e p o r q u e s e a m o s m á s in te lig e n ­
tes q u e n u e s tr o s p r e d e c e s o r e s . Los a c o n t e c i m i e n t o s d e l m u n d o q u e n o s
r o d e a son « c o n d i c io n e s favorables» p a r a esta c r ít ic a a n te s q u e sus « c a u ­
sas»; p e r o c r e o d is t in g u ir e n ella su eco. C itaré, m e z c la n d o d e l ib e r a d a ­
m e n t e lo c e r c a n o y lo lejano , lo f u n d a m e n ta l y lo d erivado: la a u s e n c ia
a c tu a l de u n d o g m a u n á n i m e m e n t e a c e p ta d o ; n u e s t r a fa m ilia rid a d a c r e ­
c e n t a d a c o n c u l tu r a s ajena s a la n u e s tr a , d e b i d o a los m ed ia y los
chariers', la a c e p t a c ió n de la d e s c o lo n i z a c ió n , p o r lo m e n o s e n el p la n o
id e oló gico; u n d e s a r r o l lo sin p r e c e d e n t e s de la tecn o lo g ía; las m a s a c r e s
d e u n n u e v o tip o q u e h a c o n o c i d o la m ita d del siglo xx; el r e n a c i m i e n t o
(¿el n a c im ie n to ? ) de la lu c h a p o r los d e r e c h o s h u m a n o s ,
O tro in d ic io d e esta e v o l u c ió n lo e n c u e n t r o e n las tr a n s f o r m a c io n e s
a c tu a le s d e la lit e r a tu r a m i s m a ( p e r o m e e n t r e g o aquí, e v i d e n te m e n te , a
u n a e l e c c i ó n q u e d e r iv a d e lo q u e d e s e o h allar). Lo q u e m e p a r e c e
c a r a c t e r ís ti c o d e esta li t e r a t u r a n o es el in a g o ta b le g é n e r o a u to b io g rá fi­
c o bajo el c u a l se d e s p lo m a , sin o el h e c h o d e q u e a s u m e a b i e r t a m e n t e su
h e t e r o g e n e id a d , q u e es a la vez ficc ió n y p a n fle to , h is to ria y filosofía,
p o es ía y c ien c ia. Los textos d e S o lze n itjin y d e K u n d e r a , d e G iin te r Grass
y de Ü.M. T ilo m a s no se d e ja n e n c a s illa r en las c o n c e p c i o n e s a n t e r io r e s
de la lite ra tu ra ; n o so n ni «arte p o r el arte» ni « literatu ra c o m p r o m e tid a »
(en el s e n tid o c o m ú n y n o s a rtr ia n o ); sin o o b r a s q u e se s a b e n a la vez
c o n s t r u c c i ó n lit e r a r ia y b ú s q u e d a d e la v erdad.
La c r ít ic a d ia ló g ic a existió, c i e r t a m e n t e , d e s d e s ie m p r e (así c o m o las
d e m á s ) , y e n r ig o r se p o d r í a p r e s c i n d i r d e l adjetivo, si se a d m ite q u e el
se n tid o de la crítica r e s id e s i e m p r e e n i r m á s allá d e la o p o s ic ió n e n t r e
d o g m a tis m o y e s c e p tic is m o . P e r o n u e s t r a é p o c a - ¿ p o r c u a n to tie m p o
a ú n ? - p a r e c e o f r e c e r u n a o p o r t u n i d a d a esta f o rm a de p e n s a m i e n to ; hay
q u e d a rse p r is a p a r a a p r o v e c h a r la .
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