Está en la página 1de 60

AMEBAS DE VIDA LIVRE

Protozoários em transição para a vida parasitária


Coleções de água doce – águas termais – piscinas
esgotos de fábricas
terra úmida
poeira etc..
Elevada resistência no meio ambiente – 8 meses
pH = 3,9
Elevadas concentrações de cloro (40 mg/l),
cloro é bactericida (1,5mg/l)
Ação de raios ultra violeta
Dessecação – liofilização
AMEBAS DE VIDA LIVRE
Potencialmente patogênicas
Ocasionalmente infectam o homem
Importância recente para o homem :
primeiro caso descrito em 1965
Pacientes imunossuprimidos
Encefalite granulomatosa crônica
Lesões em pele , pulmão,rins

Pacientes imunocompetentes
Meningoencefalite aguda
Meningoencefalite crônica
Ceratites
GÊNEROS E ESPÉCIES DE AMEBAS DE VIDA LIVRE
Família Vahlkampfiidae
Gênero Naegleria
Naegleria fowleri (179 casos descritos)
Naegleria gruberi

Família Acanthamoebidae
Gênero Acanthamoeba
Acanthamoeba polyphaga (103 casos descritos)
Acanthamoeba culbertsoni
Acanthamoeba castellanii
Acanthamoeba astronyxis

Família Leptomyxidae
Gênero Balamuthia
Balamuthia mandrillaris (associação HIV/AIDS)

Família Thecamoebidae
Gênero Sappinea
Sappinea diploidea/ Sappinea pedata
HISTÓRICO
 1958: Acanthamoeba spp. poderia causar lesões no SNC
humano
 1965: 1º caso de meningoencefalite aguda, Austrália
 1966: 2º caso de meningoencefalite aguda, USA
 1973: 1º caso de ceratite por Acanthamoeba spp., USA
 1977/78: 1º caso de meningoencefalite no Brasil

CANTOS et al, 1999; ALVARENGA et al, 2004; VISVESVARA et al, 2007


HABITAT
• Acanthamoeba spp.
águas de lagos e rios (trofozoítos)
solo seco ou poeira (cistos)
• Naegleria fowleri:
lagos, piscinas e brejos
• Balamuthia e Sappinia
solo contaminado
CANTOS et al, 1999; MARCIANO-CABRAL & CABRAL, 2003; VISVESVARA et al, 2007
Amebas de vida
livre

Transmissão
CISTOS
poeira – terra – ar

TROFOZOÍTOS
água
Naegleria fowleri
Naegleria
fowleri

Meningoencefalite amebiana primária


(MAP)
 Meningoencefalite aguda
 Indivíduos jovens e saudáveis
 Contato prévio (1semana) lagos/piscinas
Ciclo de vida da Naegleria sp.
Mecanismo de infecção

Trofozoíto ameboflagelado
Naegleria fowleri

 Termofílica, suporta temperaturas de 45ºC


 Infecções em crianças e adultos jovens e saudáveis
 Antecedentes de contato com águas (termais, fontes
naturais, industriais)
 Apresenta formas de trofozoíto ameboíde e flagelado
Porta de entrada para o cérebro por meio da mucosa
nasal
Nervo olfatório
Lâmina crivosa do etmoíde
Bulbo olfatório - Cérebro

INVASÃO DA MUCOSA NASAL

Poucas amebas
Intensa multiplicação dos
trofozoítos
Tropismo bainha de mielina
Inflamação - Rinite
SINTOMAS
• Início súbito
• Dor de cabeça e febre baixa, rinite

Após três dias sintomas intensificam

• Cefaléia intensa ,febre alta, vômito


• Rigidez de nuca, desorientação

± 7 dias
• COMA E MORTE
Suspeitar de meningoencefalite
amebiana primária (MAP)

 Paciente com meningoencefalite purulenta


 Semelhante à infecção bacteriana
 Indivíduos jovens com antecedente de natação
 Exame bacteriológico do líquor negativo
 Evolução rápida e não alterada pelo uso de
antibióticos
Diagnóstico
• Difícil
• Confunde com infecção bacteriana
• Evolução rápida para morte
• não refrigerado
• Exame a fresco de líquor não
refrigerado
• Presença de trofozoítos móveis
• Cultura em meio ágar-soja
Características do líquor
Turvo
Polimorfonucleares
Glicose baixa / normal Características de
meningite bacteriana
Proteínas elevadas

Cultura negativa para bactérias


Presença de trofozoítos móveis em líquor fresco
Resistência à antibióticos
Sensível à anfotericina B
Naegleria fowleri
 Líquor fresco
Trofozoítos ativos
 Pseudópode único - lobópode -
N. gruberi: trofozoito
(contraste de fase)
Retrátil
- Nucléolo grande

Naegleria sp.: trofozoito Trofozoíto fagocitando


corante vital em campo escuro
Naegleria fowleri

Trofozoítos no tecido do
cérebro núcleo com nucléolo
grande
Naegleria fowleri
Trofozoítos em cultura de líquor ( meio AGAR- SOJA
Núcleo com grande nucléolo

 Apenas trofozoítos no cérebro


 Não forma cistos nos tecidos
 Não apresenta disseminação
hematogênica
 Sem localização extra cerebral –
destruição dos trofozoítos pelo
complemento no sangue
TRATAMENTO

• Anfotericina B
– Elevadas doses
– Via endovenosa e intratecal
– Tratamento precoce garante sucesso
terapêutico
Acanthamoeba sp.
Espécies de Acanthamoeba
A. culberstoni
A. castellanii
A. polyphaga
A. astronyxis
A. rhysodes
A. hatchetti
A.palestinensis.
Identificação de espécies pela morfologia dificil
morfologia dos cistos ( gênero)
PCR – espécie e genótipos patogênicos (T4 e T5)
Trofozoítos de Acanthamoeba

A.castellanii A.polyphaga A.astronyxis

Trofozoíto (15-45 µm) e cisto (8-15 µm)


Pseudópodes em geral acantapódios, micropseudópodes
Núcleo com nucléolo grande
Vários vacúolos
Não apresenta forma flagelada
CISTOS DE ACANTHAMOEBA sp

Nucléolo evidente
Dupla membrana

Interna rugosa
Poros

Resistência no
meio ambiente
Ciclo de vida da Acanthamoeba sp
sp.
Trofozoítos de Acanthamoeba sp.
em contato com tecidos
1. PACIENTE IMUNODEPRIMIDO Encefalite crônica
granulomatosa
Infecção nasal
Meio ambiente

Poeira
Ar Dermatites
Solo

Pneumonia

Lentes
contaminadas
Lesão na córnea
Ceratites
Soluções
contaminadas

2. PACIENTE IMUNOCOMPETENTE
Diversas localizações

Cistos /trofozoítos

Mucosa nasal
Sistema respiratório
Mucosa ocular
Disseminação
hematogênica
Oportunista
Acanthamoeba sp

• Disseminação hematogênica
. Localização extra cerebral

pulmão, pele. rins. ouvido


Acanthamoeba sp CÓRNEA CÉREBRO

RIF na córnea
Ceratite amebiana crônica
Encefalite amebiana
granulomatosa
Lesões de pele/orgãos A.polyphaga A.castellanii

Cistos e trofozoítos nas lesões


Encefalite Amebiana Granulomatosa

Acanthamoeba sp

Lesões focais
Infiltrado mononuclear

OPORTUNISTA
Acanthamoeba

Invasão do SNC

Lesões focais
Encefalite amebiana granulomatosa
(IFI no cérebro)

Ao redor de vasos Focos teciduais


Encefalite amebiana granulomatosa
• Oportunista - Imunossupressão
• Evolução crônica - lenta e variável
• Focal
• Infiltrado inflamatório mononuclear, células gigantes,
granuloma, necrose moderada

Tratamento Associação de medicamentos


Pentamidina, antimicóticos e
sulfadiazina
Prolongado – cistos teciduais
Resistente à Anfotericina B
Encefalite amebiana granulomatosa

Características do líquor

Não purulento
Presença de células mononucleares
Raros parasitos devido lesões focais
Detecção do parasito pela cultura –agar soja
Glicose baixa ou normal
Proteínas elevadas
Acanthamoeba sp.

CERATITES

PACIENTES
IMUNOCOMPETENTES
Usuários de lente de contato
gelatinosa
Características das ceratites

CLÍNICAS
Usuários de lentes de contato
Lesões prévias e/ou contaminação das lentes
Sintomas e sinais precoces ou tardios
Fotofobia- lacrimejamento- intolerância à lente
Dor desproporcional à lesão interna
Quadro crônico – recidivo – prolongado
Períodos alternados de melhora e piora
Semelhante à infecção por Herpes
Suspeita clínica de ceratite
por amebas de vida livre

•Biópsia corneal precoce


•Confirmação diagnóstica
•Tratamento específico

•Bom prognóstico
Diagnóstico clínico
e laboratorial

Luz em fenda – Lesão em anel no estroma

Fluoresceína – extensão da lesão epitelial

Biópsia ou raspado da córnea


HE – Cultura AMEBAS

Tratamento precoce
Evita comprometimento profundo
Tratamento das ceratites
Associações medicamentosas
Isotiocianato de propamidina 0,1% (Brolene)
+
Neomicina + Polymixina B + Gramicidina

TROFOZOÍTO CISTO

Ceratoplastia – em infecções severas


Balamuthia mandrillaris
Balamuthia mandrillaris
• 1986 – Encefalite - produção de cistos no cérebro
• 1993 - reconhecida como espécie
• Maioria dos casos em imunocomprometidos HIV/SIDA
• Indivíduos imunocompetentes: crianças e idosos

INTALAPAPORN et al, 2004; DUNNEBACKE et al, 2004; VISVESVARA et al, 2007


Qualquer época do ano Encefalite crônica
granulomatosa
Infecção nasal ???

Meio ambiente
Dermatites

Pneumonia

Primatas
Cavalo Paciente imunossuprimido
Ovelhas
Balamuthia mandrillaris

Encefalite Granulomatosa

HIV/SIDA

OPORTUNISTA
Cérebro - trofozoítos ao redor de vaso sanguíneo
Balamuthia mandrillaris
Sistema nervoso central

Trofozoítos/cistos
no cérebro
AMEBAS DE VIDA LIVRE x AIDS
• Acanthamoeba
• Balamuthia mandrilaris ( + frequente)

CD4+ menor que 200 cels/ mm3

Invasão do Sistema Nervoso Central


Lesões cutâneas
Localização em diferentes orgãos
AMEBAS DE VIDA LIVRE X AIDS
Invasão do sistema nervoso central

Balamuthia mandrilaris
Acanthamoeba

 Encefalite amebiana granulomatosa

 Disseminação hematogênica a partir de focos primários:


lesões respiratórias
sinusite
lesões cutâneas

Evolução rápida - morte 3 - 40 dias após o diagnóstico


Semelhante à encefalite toxoplasmótica
AMEBAS DE VIDA LIVRE X AIDS

Balamuthia mandrillaris
Acanthamoeba

Lesões cutâneas Polimórficas

Disseminadas

Lesões pleomórficas ► nodulares


ulceradas
pústulas etc...
Acanthamoeba sp.
Balamuthia mandrilaris

HIV/SIDA

Lesões cutâneas

Disseminação hematogênica
Contato direto com a pele ???
• Lesões cutâneas precedem invasão do SNC
• Ulcerações crônicas na pele
• Abscessos e nódulos eritematosos
• Pode simular uma micose sistêmica
• Semelhantes à infecções bacterianas e fúngicas

CANTOS et al, 1999; VISVESVARA et al, 2007


DIAGNÓSTICO

Dificuldade – semelhança com Acanthamoeba spp.


Biópsias de cérebro e pele
TAC e RM
Diagnóstico errôneo
SNC: toxoplasmose -cisticercose - tuberculose
Pele: leishmaniose, esporotricose

VISVESVARA et al, 2007


Cistos Teciduais
Acanthamoeba e Balamuthia
Diferenciação
Diferenciação

Acanthamoeba e Balamuthia
não são diferenciadas pela morfologia

Acanthamoeba
pode ser isolada por cultura em agar soja

Balamuthia
só cresce em meios de cultivos celulares

Diferenciação: imunohistoquímica e PCR


Sappinea diploidea

• GELMAN et al, 2001


• Encefalite em pacientes imunocompetentes
• Semelhante à Acanthamoeba
• Evolução crônica – meses
• Tratamento ideal ??????
Sappinia diploidea

• Encefalite - homem saudável


• Sintomatologia
– Perda de consciência
– Náuseas e vômitos – dores de cabeça
– Fotofobia
– Visão borrada
– RM: massa única, inflamação hemorrágica necrosante,
presença do parasito

VISVESVARA et al, 2007


• Sappinia diploidea

Sappinia diploidea, trofozoíto e cisto

CANTOS et al, 1999; VISVESVARA et al, 2007


Prevenção
Naegleria
 Tratar piscinas
sensível ao cloro(1mg/ml)
limpar o fundo piscinas
controlar número de usuários
diminuir matéria orgânica
Não mergulhar principalmente em locais de
risco
Prevenção
Acanthamoeba e Balamuthia

• Prevenção difícil – imunodeprimidos


• Inspeções periódicas:
reservatórios de água quente
filtros de purificação e tubulações
resistente ao cloro 40mg/ml
Prevenção das Ceratites
 Cuidados com lentes de contato
 Uso de soluções estéreis
 Lavar lentes após cada uso em soluções
adequadas nunca em água de torneira
 Lavar as mãos ao manipular lentes
 Não usar lentes durante esportes aquáticos

También podría gustarte