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O Príncipe (Máquiavel)

- Um estrangeiro poderoso, apenas ao entrar numa província, recebe a adesão de


todos os chefes desta menos influentes (impelidos pela inveja contra quem sobre
eles exercia a preponderancia). Ao estrangeiro poderá facilmente (através de suas
forças e do apoio desses chefes, após atraidos a uma espécie de conjunto ou
aliança) abater os mais influentes e se tornar árbitro absoluto, cuidando apenas
para que eles não alcançem forças ou autoridade excessiva.

-A introdução de um novo príncipe (no lugar do governante antigo) em reinados como


a França (naquela época), se baseava na captação das simpatias de certos barões
descontentes, pois estes nunca faltavam.

-Aqueles que por meios semelhantes aos referidos se tornam príncipes tem mais
dificuldade em adquirir o principado porem mais facilidade ao manter. Esta
dificuldade se origina em parte das novas instituições e normas que os
conquistadores são forçados a introduzir. "Não há nada mais difícil, perigoso e
incerto do que começar a introduzir novas leis. O introdutor tem como inimigos
todos aqueles a quem aproveitam as antigas e como frouxos defensores quantos viriam
a lucrar com as novas. (Notas de Napoleão : É mister frustrar as atividades dos
antigos aproveitadores e se arranjar defensores entusiásticos para as novas, os
quais façam o outro lado desistir).

-Quem, portanto, se tornar príncipe com o favor do povo deve conservá-lo seu amigo
e isto não será difícil já que o povo só deseja estar livre da opressão. No
entanto, quem chegar a essa altura com o bafejo dos poderosos, e contra a vontade
do povo, busque, antes de mais nada, captar as simpatias deste, o que lhe será
fácil quando o puser sob a sua proteção. Os homens, quando recebem o bem de quem
julgavam receber o mal, mais agradecidos se mostram ao benfeitor.

-Todo príncipe deve desejar que o achem clemente e não cruel. Porém, cumpre-lhe
evitar o mau emprego dessa clemência. A dureza, força, disciplina são qualidades
que facilitam deixar algo nos eixos, porém é válido demonstrar clemência e
animosidade em certos momentos (Michael X Vito Corleone) O príncipe novo é, entre
todos os outros, o que menos pode evitar a fama de cruel.

-É melhor ser amado ou temido? De certeza a segunda opção. O amor se mantem por
meio do vínculo de dever, e este vínculo os homens o rompem, levados pela sua
índole perversa (ingratidão, voluvez, simulações, covardia, avidez por lucro). Já o
temor é mantido por meio do medo ao castigo, e este medo jamais abandona os
indivíduos. Ainda assim, se o príncipe se faz temido que evite ser odiado, visto
que ser temido e não odiado podem muito bem associar-se. Lembre-se também de não se
apoderar do que é dos súditos, os homens mais facilmente esquecem a morte do pai do
que a perda dos haveres.

-Um príncipe sábeio deve, quando houver ocasião oportuna, instigar com astúcia
alguma inimizade contra si, a fim de que, destruindo-a, aumente a sua própria
glória. Nada faz estimar tanto um príncipe quanto as grandes empresas (grandes
empreitadas e conquistas) e as ações raras e esplêndidas. Conceber e realizar
sempre grandes coisas, que traziam constantemente presa a atenção dos súditos e os
mantinham suspensos e admirados.

-A primeira opinião que formamos de um príncipe e da sua inteligência estriba-se na


qualidade dos homens que o circundam (diga-me com quem andas). O príncipe para
fortalecer o sentimento de lealdade do seu servidor, deve honrá-lo, enriquece-lo,
dar-lhe honorários e cargos.
-Um príncipe precisa de aduladores (do incenso deles) mas não deve deixar-se
desvanecer, isso é difícil.

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