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a Lenda de Perséfone

Eu transito entre dois mundos


Eu desci nos infernos de mim mesma
Li o inconsciente
Porque conheci as dores mais profundas
E sobrevivi
Eu posso conhecer as dores dos outros Viajei na escuridão e nas sombras
Conheci o fundo do medo
Acendi a luz do amor
E voltei pra aquecer a terra
Eu sou Perséfone.
A LENDA - Na mitologia grega, Perséfone ou Koré, corresponde à deusa romana
Proserpina ou Cora. Filha de Zeus e da deusa Deméter. Os deuses, Hermes, Ares, Apolo
e Hefestos a cortejaram. Deméter escondeu a filha longe da companhia dos deuses.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua
adolescência, chamou a atenção do deus Hades, deus do mundo inferior. Hades, emergiu da
terra e raptou-a enquanto ela colhia flores com as Ninfas, levou-a para seus domínios (o
mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha. Sua mãe, inconsolável,
acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve
escassez de alimentos.
Deméter finalmente descobriu que a jovem deusa havia sido levada para o mundo dos mortos,
e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades.
Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã), cuja simbologia sugeria não ter
rejeitado Hades. Houve um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais,
quando seria Koré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a
sombria Perséfone.
Este mito justifica o ciclo anual das colheitas. Desde então, cada vez que a rainha desce ao
mundo dos mortos para encontrar o seu marido, o inverno chega na terra. Aí a primavera faz o
inverno desaparecer e traz as flores e o verde da natureza e os grãos brotam, saindo da terra.
(fonte: wikipédia)
Fatima Vieira - Psicóloga Clínica

Perfil Psicológico mulher PERSÉFONE


Pintura: Veronese

- Mulheres Reservadas, reclusas. Necessitam da solidão.

- Muita sensibilidade, facilmente vulnerável ao estado


psíquico do ambiente.

- Realizam seus projetos secretos, assim entram em contato


com o mundo invisível, espiritual.

- Criam em torno de si uma aura de mistério. Não falam


seus segredos, mas permite que eles existam.

- Possuem conhecimento de estâncias psíquicas difíceis de


compartilhar e suportar.

- Vulnerabilidade espiritual, que faz parecer que uma


parte dela está em outro lugar.

- Tão Intuitivamente ligada que outros acabam percebendo


sua presença.

- Discreta, possui um rosto e jeito de ser atraentes que


parecem sorrir.
- Como está sempre flertando com a morte de forma
simbólica, acaba tornando-se fisicamente imune ao seus
processos.

- Usa cabelos longos e soltos e roupas floridas e


esvoaçantes.

- Na infância pode ter sofrido alguma tragédia, algo que a


arranca do mundo inocente, a perda precoce da mãe ou do
pai, abuso sexual, alguma doença grave, pai ou mãe
alcoolista ou esquizofrênico, ou ter nascido de um parto
difícil. Isso tudo pode vir acompanhado de depressão ou
retraimento que futuramente a levará ao domínio deste
arquétipo.

- Caso ela não reconheça este profundo primeiro impacto em


sua vida, este tipo de experiência poderá voltar a
acontecer na adolescência ou início da vida adulta. Ela
poderá vir a ser uma iniciada muito relutante nos domínios
da alma.

- Ou, poderá passar por um momento de divórcio, uma


mudança não desejada para um lugar distante, um aborto, a
perda de emprego... Nestes epsódios, há sempre uma morte
psíquica.

- Tragédia forte com ego frágil, associada a uma excessiva


sensibilidade, faz com que a mulher desenvolva uma
constituição de personalidade dupla e dividida.

- Isso significa que se sentirá impotente e aprenderá a


viver em dois mundos: o de sua mãe Deméter, que é o da luz
e da consciência; e de seu marido Hades, que é o das
sombras e o do inconsciente.

- Enxerga o que pode ser revelado e o que pode e deve


permanecer em segredo. Este é seu fardo e sua
responsabilidade.

- Haverá uma sutil dissolução de sua personalidade com a


eventual mistura de seu eu ao dos outros, como em um
transe ou estado quase místico de fusão.
- Possui sensibilidade para captar segredos não revelados
nas constelações familiares, (incesto, prostituição,
loucura, geralmente algo mantido firmemente fechado por
gerações); E como canal, poderá vir a atuar estes segredos
negados.

- Entretanto, sua conduta para com os outros, é de uma


exterioridade encantadora, sutilmente concebida para
ocultar uma intensa interioridade decorrente de sua
vivência nos limites do conhecido.

- Estar ligada psiquicamente a realidades temidas ou


negadas pela maioria das pessoas pode lançá-la a um
inferno vivo.

- Para se proteger expressará uma máscara exterior


inocente e bem adaptada.

- De forma oculta, desenvolverá uma outra vida rica e


intensa, da qual poucos chegam a saber e que será um
tormento caso não queira enfrentar.

- Esta rica vida interior não é revelada facilmente.


Quando só, que é o que mais quer, começa a fazer diários
secretos, pintar, escrever ou dedicar-se a visões e
meditação.

- A medida que cresce encontra o caminho do ocultismo ou


espiritualismo.

- Seus estudos serão segredos bem guardados. Assim, talvez


terá algum continente no sentido de não se achar esquisita
e anormal, apenas diferente num sentido mais positivo.

- Reconhecer e focalizar seu dom em trabalho é um bom


caminho. Em culturas anteriores sua função era de vidente,
curandeira ou xamã. Atualmente, atuam com práticas
alternativas de cura, terapeutas, ou atividades
artísticas.

- Pode então perceber que possui sensitividade, mas para


conseguir conviver com o mundo, é importante também
desenvolver outros tipos de arquétipos em sua
personalidade.
- Como o seu mundo é o dos espíritos sentirá falta de
ardor, afeição, substância, ou o que a maioria chamaria de
realidade.

- E a forma como ela lida com isso é com suas ameaças de


dissociação psíquica, loucura e desespero. Não obstante,
será necessário o reconhecimento de suas dores mais
profundas, que geralmente ficam intactas e camufladas.

- Renunciar ou abandonar, no sentido de perder algo e


tornar sacro, é como ela pode realizar este trabalho
interior.

- “A fonte de sua transformação vem de baixo, da


profundeza da alma, não dos confins elevados do espírito”.

- Partirá em busca do salvamento de tudo e de todos e como


seu ego carece de fronteiras, aparecerão em seu trabalho
clientes que invadem a sua vida pessoal, provocando caos
com uma insaciável carência de amor e atenção.

- Pode tornar-se mãe espiritual de toda a alma machucada


da vizinhança e isso a torna invadida psiquicamente.

- Existe neste tipo de mulher uma profunda alienação do


corpo e da sexualidade. Ao isolar as partes inferiores do
corpo, ela também aliena a energia telúrica que a envolve.

- A sexualidade é fundamental na sua iniciação e no seu


despertar, com a união de energias masculinas e femininas
no seu interior e nas profundezas do corpo.

- Desenvolvendo Afrodite poderá conseguir mais brilho e


entrar mais em contato com o mundo. Deméter pode dar o
calor do qual ela sente falta, além de dar-lhe um senso de
corpo e trazê-la ao chão. Hera lhe dará um terreno mais
firme e um pouco da realidade comum necessária. Com
Ártemis ela aprende a ter um pouco mais de solidez de
propósito, ego forte, espírito prático e nada sentimental.

- Ela é ao mesmo tempo jovem e velha, virgem e mãe, aquela


que cuida da vida e da morte. Esta relação mostra a
dinâmica existente entre o mundo de luz e o mundo das
trevas.
- As mulheres Perséfones maduras que cumpriram a sua
jornada, vivem além do mundo comum, ainda que permaneçam
em íntimo contato com ele. Confessam que seu maior desejo
é se livrar de toda a conformidade para com a sociedade.

- Como a lua possui infinitas variedades de luminosidade,


sombra e escuridão. Sua luz é refletida, habitará a
escuridão, mas também vai compartilhar da luz do sol. Suas
sombras são discretas e possui uma ligação com o tempo e
com a periodicidade. Esta é a natureza feminina e honrá-la
é reconhecer e reverenciá-la em todas as sua fases, pois
ela é sagrada.

- Muitas mulheres sentem-se atraídas por Perséfone, por


esse papel, são os "semi-apaixonadas por uma morte que
traga alívio" (Keats). Elas flertam com uma morte em
diversos períodos de suas vidas.

- O que Perséfone não compreendeu é que a vítima dentro


dela precisa ser sacrificada e contrair núpcias com os
poderes escuros.

- A palavra sacrifício significa o "tornar sacro". Toda


dor, raiva e mágoa precisam ser oferecidas às forças que
estão além de si. Como em toda iniciação, é preciso haver
uma morte do mundo profano da vida cotidiana, mas isso não
é motivo de orgulho espiritual nem motivo para sentir-se
miserável.

- Como é que Perséfone, enquanto terapeuta ou curandeira


pode confortar os desesperados se nunca esteve lá?

- Na verdadeira vida do espírito existem luz e trevas,


júbilo e desespero, assim o inconsciente com seus aspectos
superior e inferior. O desafio maior de Perséfone é unir o
lado escuro e o lado luminoso da Deusa em si mesma.

- E Perséfone terá que aprender a conviver com a sombra


dentro dela. Quando projeta o seu lado sombra nos outros,
deixa de completar o movimento descendente até Hades, seu
noivo verdadeiro, e corre o risco de ficar doente ou de
atrair pessoas destrutivas e até mesmo perversas.

(Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

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