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Introdução
A Tríade Instintiva
Na tríade instintiva, encontramos personalidades que agem, em maior ou menor
grau, seguindo impulsos primários. Eles vivem no presente, enfrentam o mundo
de maneira direta e sabem agarrar as oportunidades no momento.
A Tríade Emocional
Na tríade emocional, as três personalidades compartilham as vantagens e
desvantagens de viver uma vida emocionalmente intensa. Quando estão em
equilíbrio, seus sentimentos são a parte mais positiva e admirável de sua
personalidade. São pessoas sensíveis que veem a vida com base em
relacionamentos com os outros e nas respostas que recebem deles. Quando
apresentam sua parte mais negativa, perdem a harmonia que as caracteriza e
podem se mostrar irritáveis e hostis.
A Tríade Mental
Na tríade mental encontramos pessoas que compartilham uma grande
capacidade de trabalho, gostam de analisar e agem com base em uma
reelaboração pessoal dos dados disponíveis. São pessoas que acumulam
informações que geralmente transformam em ideias.
Tipo Dois
Com a asa seis: sabe comunicar alegria e otimismo com uma certa dose
de realismo.
Com a asa oito: personalidade enérgica e decidida que, sem oprimir os
outros, sabe expor e conseguir o que quer.
Tipo Oito
Com a asa sete: é uma personalidade aventureira e forte, com uma grande
capacidade para tomar iniciativas.
Com a asa nove: controla sua agressividade e sabe conseguir o que quer
sem impor-se pela força.
Tipo Nove
Com a asa oito: pode exercer maior poder pessoal e controlar melhor as
situações.
Com a asa um: seu grande autocontrole, paciência e senso comum são
suas características principais.
AS FLECHAS
Os nove tipos de personalidade do eneagrama não são categorias estáticas, mas
refletem nosso crescimento ou deterioração psicológica. Os números do
eneagrama estão conectados por setas que nos indicam o caminho para esse
crescimento ou deterioração. Quando uma pessoa passa por momentos difíceis,
ela se carrega de tensão negativa, o que pode facilmente levá-la a buscar
maiores compensações para seu "ego" e iniciar assim o caminho em direção às
características mais negativas do número. Por outro lado, quando vivemos
momentos de plenitude, vivemos de forma relaxada, geramos energia positiva
que nos inclina para as qualidades potencializadoras do número complementar.
Características do Tipo Um
Em seus melhores momentos Em seus piores momentos
Críticos
Éticos
Rígidos
Visionários
Dogmáticos
Confiáveis
Impiedosos
Trabalhadores
Ciumentos
Idealistas
Obsessivos
Ordenados
Severos consigo mesmo e com os
Disciplinados
outros
Meticulosos
Cheios de angústias
Sinceros
Intolerante
Veja apenas até onde você consegue enxergar e, quando chegar lá,
perceberá que ainda pode ver mais longe. (Osho)
Não existem fracassos, apenas erros, e um erro é apenas mais uma etapa
em seu processo de aprendizado. (Anônimo)
Observe tudo, tolere muito, corrija pouco. (Mahatma Gandhi)
As correntes que mais nos oprimem são as que menos pesam. (Robert
Browning)
Uma pessoa inteligente se recupera rapidamente de um fracasso, uma
pessoa tola nunca se recupera de um sucesso. (Anônimo)
Não podemos nos destacar no trabalho se não fizermos nada além de
trabalhar. (Anna Quindlen)
Pensa que... Se as pessoas fossem mais sensíveis, o mundo seria muito melhor.
A indecisão diante de uma decisão. É melhor errar por ter agido do que
lamentar o que não foi feito.
Não adiar os projetos por medo do fracasso. O tempo dificilmente
melhora nossas chances de sucesso em um projeto.
O medo de se sentir abandonado. Melhorar nossa autoestima nos
proporciona confiança e segurança.
A aflição de estar sempre alerta com o que possa acontecer. Ocupe-se
das coisas quando elas acontecerem, se preocupar geralmente é um
desperdício inútil de energia.
O desejo de sempre ter um manual de instruções à mão. As melhores
receitas são aquelas que somos capazes de criar.
A autocrítica quando não atinge suas próprias expectativas. Saber
estabelecer metas alcançáveis é uma virtude a ser cultivada.
A busca pela segurança fora de si mesmos. Não esqueça que dentro de
nós temos recursos valiosos.
A espontaneidade em seus relacionamentos. Lembre-se de que as
pessoas mais rígidas são aquelas que estão mortas.
Só se vive uma vez, mas se for bem vivido, uma é suficiente. (Anônimo)
Aquele que conhece a arte de viver consigo mesmo desconhece o tédio.
(Erasmo de Rotterdam)
Mais do que o brilho da vitória, somos comovidos pela integridade diante
da adversidade. (Octavio Paz)
É muito provável que, neste ponto do texto, cada pessoa já tenha feito uma
aproximação bastante precisa de sua personalidade. As informações fornecidas
até agora provavelmente são suficientes não apenas para identificar sua própria
personalidade, mas também a de algumas pessoas conhecidas.
No entanto, para ratificar ou retificar as intuições, é necessário ter um
instrumento que, embora não seja infalível, possa trazer uma maior certeza a
tudo o que foi dito.
O instrumento apresentado a seguir é composto por 180 itens, 20 para cada
eneatipo. Ao avaliar suas respostas, conheceremos vários aspectos:
EXEMPLO INTRODUTÓRIO
APRESENTANDO A PATRÍCIA
Patrícia já está há cinco anos no centro educacional, ela viu três pessoas
diferentes na direção e também testemunhou que cinquenta por cento do corpo
docente mudou em relação ao momento em que chegou. Professores que
chegam, professores que saem, professores que se aposentam, professores que
tiram licença... Às vezes, ela pensa que este é um mundo muito volátil.
Também reflete sobre a quantidade de pessoas com quem trabalhou lado a
lado... mas apenas duas a entenderam de verdade; às vezes, ela até pensa que é
um espécime especial e raro, muito raro.
"Como pode ser que eu não me dê bem com as pessoas? O que devem pensar
de mim? E se estiver vivendo em uma bolha e não perceber o mundo real...?"
A primeira pessoa que vem à mente é Inês, que foi sua colega de trabalho durante
o primeiro e segundo ano. Ela era extraordinária em termos pedagógicos,
brilhante com os alunos e fantástica com as famílias. Ensinou tantas coisas...
Nos únicos dois anos em que trabalharam juntas, elas se entenderam
perfeitamente, pois compartilharam ideias, dividiram tarefas e alcançaram uma
harmonia de trabalho incomum. Ela poderia ter ido para a escola mais distante
do mundo ao lado dela, pois era uma garantia de sinergia grupal.
Em contraste, os valores pessoais de Inês eram bastante diferentes dos de
Patrícia: Inês era uma mulher que gostava de sair, ir a festas, viajar, comprar,
gastar e estar sempre na moda... completamente oposto a Patrícia: um pouco
reservada, agradável em pequenos grupos, mas se sentindo perdida em qualquer
festa, amante de estar em casa e economizar... por precaução, onde ela se sente
feliz em seu ninho.
Às vezes, Patrícia pensa que é um pouco antissocial, que deveria conviver mais
com as pessoas ao seu redor, se envolver mais com as pessoas que conhece,
se esforçar para frequentar outros ambientes... No trabalho, é mais ou menos a
mesma coisa. Depois do almoço, algumas pessoas se encontram na sala do
quarto ano e passam a meia hora restante antes das aulas da tarde conversando
sobre diversos assuntos: desde política até moda, de comentários sobre a
diretora até o próximo feriado no calendário, do curso que farão à tarde até os
móveis que uma das pessoas do grupo deve trocar, de uma piada sobre o novo
aluno a um comentário negativo sobre o político responsável pela educação...
Patrícia geralmente fica em sua sala, preparando materiais ou corrigindo os
exercícios que seus alunos fizeram naquela manhã. Patrícia acha que é um
pouco estranha, embora acredite que não é necessário que as pessoas a
entendam, que todos são como são. No entanto, também é verdade que ela
apreciaria muito ser convidada para a conversa após o almoço... bem, nem
sempre, às vezes ela acha as conversas um pouco superficiais e entediantes...
REFLEXÃO
REFLEXÃO
No seu grupo de colegas, você tem algum Sérgio? É fácil trabalhar com
ele? Você acha, assim como a Patrícia, que ele é uma pessoa adequada
para liderar o tema da qualidade?
Que tipo de relação Sérgio costuma estabelecer com os colegas do corpo
docente? E com os alunos e famílias?
O ALUNO TIPO UM
Eles têm a imagem de um mundo ideal que tentam colocar em prática, sendo
trabalhadores e se esforçando para serem bons e corresponder às expectativas
que os adultos têm deles. A ordem é uma obsessão para essas crianças, e elas
desenvolvem rapidamente a seriedade e a responsabilidade dos adultos.
Na escola, eles têm dificuldade em trabalhar em equipe e se integrar ao grupo
classe, pois têm a impressão de que os outros não se preocupam tanto quanto
eles em realizar as tarefas escolares, o que pode levá-los a ficarem ansiosos,
irritáveis e estressados.
As críticas a essas crianças devem ser moderadas, pois elas já são muito duras
consigo mesmas. É importante estimular sua criatividade e participação em
atividades que não dependam apenas de conhecimentos, como teatro ou
música. Além disso, é importante desenvolver neles uma atitude empática e o
gosto por trabalhar com os outros para alcançar um objetivo comum.
Os alunos aprendem principalmente observando de perto, fazendo anotações e
criando listas de verificação reais ou mentais.
Eles precisam saber quais são as regras para então poder adotá-las, tendo
grande dificuldade com a improvisação e espontaneidade. Seu principal objetivo
é obter as melhores notas possíveis e serem os melhores da turma.
O PROFESSOR TIPO UM
Os tipos um, no papel de professor ou educador, acreditam que sua missão é
incutir sabedoria e ensinar aos alunos a fazer algo produtivo com suas vidas,
duvidando que eles se esforcem ao máximo em seus aprendizados.
Irritam-se com a perda de tempo e desejam controlá-lo, pois consideram que é
um dom que deve ser valorizado e não desperdiçado inutilmente. Seu dia é
marcado por prazos e horários aos quais devem se ajustar. Essa vontade de
cumprir tudo perfeitamente pode ser estressante para aqueles ao seu redor.
Em suas aulas, o professor tipo um repete as informações tantas vezes quanto
necessário para garantir que os alunos tenham entendido. Isso é instrutivo e
pedagógico. Ele valoriza mais a qualidade do que a quantidade e não hesita em
repetir ou fazer os alunos repetirem um trabalho se considerar que não está
perfeito. Ele pode até manipular os alunos insistindo para que compartilhem
seus critérios e valores.
É difícil para ele relaxar na sala de aula e ela deve refletir uma imagem de ordem
e perfeição. Ele concentra sua atenção mais nos comportamentos do que nos
motivos que podem gerá-los. Ele tende a moralizar em suas conversas e seu tom
de voz costuma ser assertivo.
É difícil para ele tomar decisões em grupo e a delegação de tarefas parece
arriscada. Com frequência, ele sente a necessidade de refazer o trabalho dos
outros.
Ele é um planejador e organizador. É preciso cumprir prazos e horários. Essa
vontade de cumprir tudo perfeitamente pode ser estressante.
Ele lidera com o regulamento em mãos, seguindo as diretrizes oficiais da
autoridade superior com a qual se identifica. Ele não gosta de fazer julgamentos
pessoais e não é atraído pelo poder ou por cargos de liderança, mas pode ser
um excelente colaborador, embora critique facilmente a autoridade se esta
infringir as normas que ele cumpre de maneira estrita. Ele é meticuloso nos
mínimos detalhes e se relaciona bem com os tipos cinco devido à sua
capacidade de análise e com os tipos seis devido à obediência às normas.
A firmeza e a ordem podem ajudar alguns alunos a se sentirem mais seguros,
mas é importante que os professores tipo um desenvolvam valores de
flexibilidade e tolerância. No entanto, os professores tipo um podem se tornar
excelentes educadores se aprenderem a exigir o máximo dos alunos de maneira
controlada.
Patrícia conhecia muito bem a Carla porque havia sido delegada da associação
de pais na turma em que ela era tutora. Ela ainda se lembra do dia da primeira
entrevista, logo no início do ano letivo. Ela a lembrava como uma pessoa
amigável, simples e, sua melhor virtude, sempre disposta a ajudar no que fosse
necessário. Em determinado momento da entrevista, Patrícia mencionou seu
interesse em levar seus alunos para visitar a redação de um jornal. Carla
prontamente se ofereceu para facilitar a visita e mobilizou todas as famílias até
encontrar uma que tinha um parente trabalhando em um jornal. Ela foi incansável
em sua busca pela solução para ajudar Patrícia. Ter Carla por perto era como ter
um caixa eletrônico de ajuda disponível 24 horas por dia. Patrícia ainda
recordava que, em uma entrevista em que falaram sobre o bom relacionamento
de seu filho com o restante do grupo, Carla a surpreendeu perguntando: "Tem
algo acontecendo? Você tem algum problema? Estou percebendo que você está
preocupada com algo." Essa mulher tinha um sexto sentido especial para
detectar quando alguém precisava dela. Certamente, Patrícia tinha um problema
ao qual Carla se ofereceu para ajudar.
Na reunião de corpo docente desta quarta-feira, foi informada a troca na
presidência da associação de pais, e quando mencionaram Carla, houve uma
satisfação geral, embora alguns colegas tenham afirmado que é necessário
colocá-la no seu lugar, pois ela é intrometida demais e "se mete em assuntos que
não são de sua competência" e, às vezes, seu desejo de ajudar não tem limites
nem fim.
REFLEXÃO
Você conhece alguém como Carla? Quais são suas virtudes? Você
encontra algum defeito em seu comportamento?
Nas instituições educacionais, pessoas como Carla costumam ser
colegas ideais, concorda?
Alunos com essas características costumam ser bem avaliados por seus
tutores, concorda?
REFLEXÃO
Conhece alguém como o Paco? Também sofre de estresse! Acha que
essas pessoas são necessárias no mundo educacional?
A capacidade de trabalho é uma das virtudes do Paco, mas como
reconhecer o limite? Como encontrar o momento de dizer 'basta'?
Pessoas como o Paco costumam ocupar cargos de responsabilidade nas
instituições educacionais. Isso também acontece na sua?
Judith não pode deixar ninguém indiferente e, em suas aulas, transmite esse
sentimento e essa paixão aos alunos. Patricia ainda se lembra quando um dia
compartilhou uma aula com ela e a ouviu apresentando e assistindo ao filme
"Billy Elliot, Quero Dançar". Judith já estava emocionada explicando a história do
garoto que queria dançar balé clássico e seu pai não concordava, algumas
lágrimas tímidas surgiram em seus olhos, lágrimas que ela teve que reprimir.
Quando Patrícia a viu pela primeira vez, percebeu imediatamente sua aparência
pouco convencional: sua forma de se vestir, afastada de qualquer
convencionalismo, aquele colar de mil cores e os brincos de argola de tamanho
superlativo. Seu suéter atraente e despojado, igualmente, e sua saia longa, longa,
até os pés. Tudo nela era diferente, e, acima de tudo, as cores das roupas, o preto
e o lilás que ela tanto adorava.
Patrícia percebeu, poucos dias depois, que o indicador mais confiável do estado
de ânimo de Judith eram seus olhos: brilhantes ou radiantes em determinados
momentos, e tristes ou apagados em outras situações. Quando Judith entrava
na sala dos professores, era suficiente olhar em seus olhos para saber como
estava seu mundo interior.
REFLEXÃO
O aluno do tipo quatro não quer ser apenas mais um na sala de aula, e a
aprendizagem por meio de trabalhos colaborativos geralmente não é a melhor
opção para eles, pois têm dificuldade em encontrar seu papel dentro do grupo.
Eles preferem o contato pessoal com o professor e apreciam a valorização da
qualidade estética de seus trabalhos.
Sua aparência é descuidada: com seus óculos, os mesmos há mais de dez anos,
com suas camisas lisas, muito distantes da moda atual, com suas calças
marrons, nem muito grossas nem muito finas, e, finalmente, com seus sapatos
com sola de borracha, os mesmos dos últimos três anos. Óscar é assinante de
duas revistas científicas, uma alemã, e procura estar atualizado sobre as últimas
descobertas no mundo da ciência. Diz-se que ele troca correspondências com
algumas eminências europeias, embora isso ninguém possa afirmar com
certeza absoluta.
O professor de biologia e disciplinas afins prepara seus alunos de forma
excelente, com dedicação e, acima de tudo, com um rigor reconhecido por todos.
Ele é professor universitário no período da tarde e, por isso, está conectado e
informado sobre todos os aspectos do mundo da ciência que só são acessíveis
para alguns privilegiados.
Há dois anos, devido às necessidades da escola, ele teve que lecionar para o 2º
ano do Ensino Fundamental, e isso o desestabilizou. Acostumado a alunos mais
velhos e geralmente motivados, ele teve muita dificuldade com os pré-
adolescentes pouco acostumados a tomar notas e se dedicar aos estudos
aprofundados. Embora tenha controlado seus sentimentos, como sempre faz,
ficou visivelmente queixoso e desmotivado em relação a esse grupo. Ele limitou-
se a cumprir o currículo e deixar esse ano letivo passar, resignado com esse
papel, admitindo que estava apenas "cumprindo tabela", como ele mesmo
reconheceu.
Embora Patrícia tenha perguntado aos colegas mais antigos, ela não conseguiu
descobrir nada sobre a vida pessoal de Óscar, pois ele é reservado e preserva
sua intimidade, envolvendo-a em uma casca dura. Por exemplo, a equipe diretiva
teve que descobrir, através de uma ligação telefônica, que ele havia comparecido
ao funeral de seu tio em Albacete, pois havia solicitado um dia de folga "por
motivos pessoais".
Sim, embora seja professor de ciências naturais, você pode fazer a ele uma
pergunta sobre qualquer disciplina e ele sempre terá uma resposta precisa.
Óscar é uma pessoa com uma vasta cultura, embora nunca se vanglorie disso.
REFLEXÃO
Você conhece o Óscar? Você também tem alguém como ele em seu corpo
docente? Qual é a sua relação com ele?
Pessoas como o Óscar são indispensáveis na comunidade educacional.
Cite três vantagens de ter o Óscar.
Óscar tem alguns problemas com as famílias dos alunos. Você poderia
indicar de que tipo de problemas se trata?
As crianças do tipo cinco são curiosas, mas não são criativas nem fantasiosas.
Com mentes muito ativas, são muito trabalhadoras e não têm nenhum problema
em se entreter ou ficar sozinhas. O grupo e as relações sociais costumam
assustá-las, e elas se sentem extremamente desconfortáveis quando são o
centro das atenções, preferindo sempre ficar em segundo ou terceiro plano.
Os professores do tipo cinco são os cientistas por excelência. A relação que eles
têm com os outros geralmente não é fluída e, em geral, mostram uma atitude
distante com seus alunos, ajudando-os mais com a razão do que com o coração.
Eles devem controlar sua irritabilidade ou excesso de autoridade.
Eles gostam de lugares sóbrios e austeros. Eles precisam ter um espaço pessoal
que lhes garanta privacidade.
Quando atua como tutora em uma turma desconhecida, ela passa por momentos
difíceis, sente-se avaliada e é tomada pela desconfiança e pelo medo. Quando o
período de Natal chega, seu estado de espírito muda e a segurança se torna uma
espessa couraça que a protege dos altos e baixos do dia a dia. Marisa chegou à
instituição educacional há nove anos letivos e, até agora, ela mudou muito nos
últimos anos. E mudou para melhor, participando de comissões, oferecendo-se
para ajudar quando sente que pode contribuir com sua experiência, trazendo o
melhor de si mesma quando lhe é dada confiança.
Há três anos, Marisa esteve prestes a desistir da tutoria no meio do ano letivo
devido a um caso de bullying que foi identificado em sua turma. Embora ela
tenha identificado facilmente o agressor, não conseguiu fazê-lo entrar em razão
ou neutralizá-lo... dizem que ela teve medo de perder o controle da situação e o
pior dela apareceu. Ela confrontou a chefe de estudos, mostrou hostilidade ao
corpo docente, enfrentou as famílias tanto do agressor quanto da vítima e... ficou
fora de si por um mês e meio. A pausa da Semana Santa redirecionou o assunto
e a transferência da vítima para outra escola encerrou o caso.
Marisa é a companheira ideal, não diz não para ninguém, colabora mesmo sem
ser solicitada e é ideal para o trabalho em grupo. Marisa não tem preço.
REFLEXÃO
Eles aprendem melhor quando têm a certeza de que podem confiar no professor
e têm clareza de que ele é a autoridade no sentido mais amplo da palavra.
Não são nem muito espontâneos nem muito rígidos, sempre tentam projetar
uma imagem digna e adequada ao momento: Amigáveis, em uma conversa são
cautelosos e prudentes com suas palavras. Sua maneira de se expressar reflete
suas dúvidas e angústias.
Eles vivem controlados pelo relógio, pois o tempo é uma autoridade à qual devem
obedecer. Seu senso de responsabilidade é medido pela fidelidade aos
programas que estabeleceram.
É impossível ficar de mau humor quando Eduardo está presente. Sempre com
um sorriso nos lábios, engraçado como ninguém, ele sabe encontrar o lado
positivo em qualquer situação, por mais pessimista que seja.
Desde o início do ano letivo, na primeira reunião com as famílias de seus alunos,
ele sabe como conquistá-las. Suas respostas engraçadas diante de uma
pergunta, seu estilo agradável, suas habilidades oratórias, sua habilidade de
fazer com que algo negativo tenha uma interpretação positiva... É impossível que
as famílias que participem de suas reuniões saiam de lá de mau humor ou
desanimadas, Eduardo sempre as deixa exultantes.
Com seus alunos acontece algo semelhante: ele os faz rir, os faz ver
possibilidades, os faz sonhar com um futuro esperançoso, os faz focar em suas
capacidades e esquecer suas fraquezas e, enfim, os faz serem felizes na sala de
aula. A verdade é que Eduardo é adorado pela maioria das pessoas que o
conhecem: pela presidente da Associação de Pais e Mestres (AMPA), pela
diretora do Centro de Recursos, pela inspetora, pela grande maioria das famílias,
pelos alunos, pela equipe diretiva...
Elas não suportam limitações e podem ver a escola como um lugar chato e
pouco motivador; seu professor ideal é aquele que sabe tornar as atividades
escolares interessantes e envolventes, destacando-as entre todos os outros.
Rápido em suas reações, ele não encara os riscos como um problema, mas
como um desafio a ser superado. Ele ironiza bem todas as situações
conflituosas que possam surgir e geralmente as resolve sem muita dificuldade.
O tempo é um recurso ilimitado para ele e ele o consome vorazmente. Ele não se
sente sobrecarregado por ele e, geralmente, é incapaz de seguir um horário.
Ele tem dificuldade em trabalhar em grupo e aceitar decisões coletivas, pois não
gosta de se comprometer nem de sentir que estão limitando sua liberdade de
ação.
Aqueles que a conhecem dizem que com Sonia você só pode estar a favor ou
contra, que não há meio-termo. Que você a adora ou a odeia, que ela é uma
pessoa que sempre vai direto ao ponto, que nunca decepciona ou que é a mais
corajosa do corpo docente.
Anos depois, ela tornou-se líder sindical, o que fez com que fosse vista com
pouca frequência na escola. Ela cumpriu seu papel com a mesma energia que
demonstrou como diretora, mas também enfrentou os mesmos problemas de
falta de tato, contundência excessiva e com o lema "os fins justificam os meios".
Sempre estabeleceu com seus alunos uma mistura de respeito reverencial e
medo de suas reações contundentes. Com eles, exerce uma liderança
inquestionável. Ela tentou lidar com os alunos mais jovens durante um ano letivo,
mas nem ela estava preparada para lidar com esses alunos, nem os alunos mais
sensíveis encontraram nela um traço de ternura.
REFLEXÃO
Você concorda que o mundo está onde está graças a pessoas como
Sonia?"
Sonia é uma líder no sentido mais puro do termo, e esse tipo de pessoa é
necessário em todos os grupos. Mesmo reconhecendo esse fato, quais
aspectos ela deveria melhorar para exercer a liderança com maior
eficácia?
Entre a coragem e a temeridade há uma fina linha que é difícil de controlar.
Explique alguns casos da vida de uma escola em que essa afirmação se
demonstre.
Os alunos do tipo oito são adeptos da experiência prática como base de sua
aprendizagem. Eles têm dificuldade em trabalhar em grupo, pois instintivamente
desejam controlar tudo. Eles podem ter grandes dificuldades em desenvolver
bons hábitos de trabalho, portanto é importante que aprendam desde pequenos
a assumir as rotinas que o estudo e a aprendizagem exigem.
Pode manipular os alunos, dominando-os pela força e pelo medo, exigindo que
façam sua vontade.
Os do tipo oito se comunicam com os outros por meio da confrontação. Eles não
são nada diplomáticos e suas palavras costumam ser vistas como agressivas.
Partem de suas próprias ideias para saber em que posição os outros estão em
relação a elas. Falam quase aos gritos, com um tom de voz enérgico e
geralmente alto.
Eles precisam exercer controle sobre seu espaço pessoal e reagem com energia
se se sentem invadidos. Eles não se sentem condicionados pelo tempo, mas
tentam controlá-lo. O tempo é ação e eles lutam contra ele.
Eles se relacionam bem com o tipo dois quando este se mostra frágil e com o
tipo nove quando pede ajuda.
2. Descubra que sua sensibilidade é sua grande força, não sua fraqueza.
3. Tente expressar espontaneamente afeto que sente pelos alunos.
10. Confie nos outros da mesma maneira que gosta que confiem em você.
Dizem que Ricardo é a pessoa imperturbável que está sempre conectada com a
paz e a tranquilidade. De caráter afável e um pouco tímido, apenas com sua
presença o limiar do mau humor já é desativado.
Ele tem uma reputação bem estabelecida de que sua presença em um conflito,
mesmo sem intervir nele, é suficiente para que as hostilidades deem lugar a uma
calma real. Um bom mediador em conflitos, ele sabe ganhar a confiança das
pessoas rapidamente e é capaz de aproximar as posições dos contendores.
Ele aprecia ser levado em consideração, ser consultado antes de uma decisão, e
é quando não há pressão que se obtém o melhor desempenho de Ricardo. Ter
quatro empregos simultâneos causa ansiedade nele, e sua tranquilidade requer
aceitar os trabalhos um após o outro.
Seus maiores críticos opinam que ele é adepto da lei do mínimo esforço, de
cumprir sem se comprometer e de evitar qualquer responsabilidade, limitando-
se a "se virar". Dizem que seus alunos têm uma preparação deficiente e que,
quando submetidos a uma pressão maior, apresentam um percentual alarmante
de desmotivação.
Seus amigos, por outro lado, acreditam que quando ele não está sobrecarregado,
ele é uma pessoa que rende bem e trabalha notavelmente em equipe. Eles
valorizam sua naturalidade e a tranquilidade que ele transmite ao seu redor.
REFLEXÃO
As crianças do tipo nove tentam viver em harmonia com tudo e com todos.
Costumam ser prudentes, de bom coração e compreensivas. Muito moldáveis
pelo ambiente, eles adotam facilmente as maneiras e gostos dos outros como
estratégia de relacionamento. Embora gostem que reconheçam seus méritos,
costumam ficar muito envergonhados quando expostos em público.
O tom de voz é pausado e sereno, livre das emoções que podem ferir os outros
ou criar susceptibilidades. Seus gestos são calculados e controlados, cordiais e
delicados em suas manifestações de afeto. Seu ambiente costuma ser limpo e
organizado.
2. Peça aos outros que compartilhem seus interesses, mas não desapareça.
RESUMO
Muito trabalhador.
Incansável. Seu objetivo é a
Trabalhador e eficiente.
produtividade. Mostra-se
Rápido e incansável.
muito adaptável às
Completa o trabalho com
TRÊS mudanças educacionais,
rapidez. Sempre quer mais.
sempre trazendo ideias. O
Gosta de ser o primeiro.
mais importante é a
Costuma trabalhar bem.
quantidade, o que pode
acabar exaurindo os alunos.
Busca a originalidade e a
estética ao preparar qualquer
material para os alunos. Não
gosta da rotina. Estima os Sensível, emotivo. Manifesta
alunos de maneira especial e, grandes habilidades
portanto, estabelece uma artísticas e possui aptidões
QUATRO
conexão especial com eles. criativas. Gosta e se sente
Educa na sensibilidade e no motivado em se destacar
conhecimento e diante dos outros.
aprofundamento das próprias
qualidades, bem como na
autonomia de ideias.
Trabalhador e muito
Muito bem documentado.
estudioso. Mostra um forte
Rigoroso. Sabe de tudo.
senso de dever. É inteligente
Muito reflexivo e objetivo,
e observador. Obtém notas
portanto, é um bom
CINCO muito boas. Demonstram
conselheiro e ajuda a
habilidade e capacidade para
enfrentar as dificuldades.
reunir muitos dados e
Ajuda os alunos com a razão
gerenciá-los. Por outro lado,
mais do que com o coração.
Mesmo que possa parecer não é criativo ou fantasioso.
frio, faz com que sua
presença seja sentida.
Alegre e condescendente no
É um bom companheiro de
trato com os alunos. Tem
jogo. Com ele, ninguém fica
uma habilidade para ironizar
entediado. Tem habilidades
os conflitos, o que permite
de liderança. É muito
SETE resolvê-los sem angústia.
animado, sempre tem algo a
Sempre tenta tornar as aulas
dizer. É capaz de organizar
divertidas. Pode se tornar um
qualquer coisa para se
companheiro do grupo,
divertir.
brincalhão e divertido.
Não se envolve em
Costuma minimizar a problemas. Pelo contrário,
importância dos conflitos e, passa despercebido. O mais
portanto, tem grande importante para ele são os
habilidade em resolvê-los. relacionamentos com os
Nunca fica zangado. É muito colegas. É muito sincero.
NOVE
tolerante e compreensivo Precisa que o trabalho seja
com a maneira de ser de organizado e que o
cada aluno. Às vezes, deixa incentivem constantemente.
de agir por falta de confiança Tem baixa autoestima e pode
em si mesmo. se tornar um aluno passivo e
preguiçoso.
ATIVIDADE 3 – Eneatipos e tutoria.
Gostaria de explicar o caso de Rubén, um aluno do qual sou tutor desde
setembro. Não tenho queixas em relação ao seu comportamento: ele é
obediente, colaborativo e amigável. O que me preocupa em relação ao Rubén é
o seu desempenho escolar, pois ele reprovou em três disciplinas nesta avaliação.
Quando ele sair da sala de aula, ele virá ao meu escritório e já tenho em mente o
que direi a ele.
O que cada uma das diferentes personalidades diria, em seu papel de tutor, em
um caso como o que foi apresentado?
Olhando agora o mesmo caso de outra perspectiva, como você abordaria o tema
das reprovações com um aluno de cada uma das personalidades, a fim de
motivá-lo a melhorar seus aprendizados?
ENEATIPO LHE DIRIA...
O Estilo Elusivo
Entendemos por estilo elusivo aquele que ignora os problemas. Isso pode fazer
com que o problema se agrave e cause maiores inconvenientes do que uma
análise prudente, porém corajosa, do que está acontecendo, sempre com a firme
vontade de resolvê-lo.
Os eneatipos nove, quatro e cinco entram neste grupo, pois têm a tendência de
negar a existência do conflito e, portanto, de manter distância entre o conflito e
sua pessoa. O eneatipo cinco literalmente desaparece quando se depara com
um problema e, se possível, sempre os vê de forma exclusivamente intelectual,
sublimando seus sentimentos. O eneatipo quatro, após explosões emocionais
intensas, tende a se recluir em si mesmo e a se culpar por tudo o que aconteceu.
As emoções costumam sobrecarregá-lo, e ele tende a se refugiar em seu rico
mundo interior, frequentemente chegando à conclusão de que ninguém o
compreende. Quanto ao eneatipo nove, ele busca tranquilidade em passeios,
atividades domésticas e em estratégias externas como yoga, reiki, etc., adiando
qualquer decisão e ação em relação ao conflito.
Esses eneatipos costumam ser de pessoas que inibiram sua espontaneidade e
capacidade de agir, são introvertidas, autoprotetoras e ancoradas no passado.
Eles têm tendência a desconfiar das pessoas e de suas intenções.
Algumas frases que costumam usar são: "Não vale a pena discutir isso." "Não
existe nenhum conflito." "Se essa é a opinião dele, também não vou mudar. É
melhor deixar assim."
O Estilo Agressivo
O estilo agressivo é o das pessoas que vivem permanentemente atacando. Os
eneatipos três, sete e oito se enquadram nesse grupo. Essas personalidades têm
tendência a enfrentar os conflitos de forma agressiva ou competitiva, buscando
a derrota de seus adversários. Pouco adeptas de acordos, tentam obter uma
vitória esmagadora.
Os três eneatipos têm uma grande energia, embora seu sucesso repouse
preferencialmente na força (eneatipo oito), na força de seus argumentos
(eneatipos sete e três), na venda das vantagens de sua proposta (eneatipo sete)
ou em sua grande capacidade de trabalho (eneatipo três).
Sua relação com o ambiente tem como objetivo encontrar maneiras de fazer
suas ideias triunfarem, travando batalhas quando acreditam que não podem
alcançar isso com nenhuma outra estratégia. São pessoas ativas, cheias de
energia e voltadas para o futuro. Têm o objetivo de mudar o mundo por meio de
suas contribuições. Tendem a não perdoar ofensas. Subestimam os
sentimentos e a intimidade pessoal.
Algumas frases que costumam usar são: "Isso não vai ficar assim, minha
oportunidade vai chegar." "Quem me faz, me paga." "Não se brinca comigo."
O Estilo Complacente
O estilo complacente é o das pessoas que têm uma atitude de seguir pela vida
sem beligerância. Os eneatipos um, dois e seis se enquadram nesse estilo. São
personalidades que valorizam o custo do conflito e, antes de travar uma batalha,
tendem a avaliar os danos que poderiam sofrer em um confronto. Buscam
sempre o acordo, frequentemente cedem em suas reivindicações e muitas vezes
adotam uma atitude servil (o dois), ficam zangados consigo mesmos (o um) ou
passam a colaborar com seu adversário (o seis). Tudo isso depois de minimizar
o conflito, priorizando o serviço aos outros (o dois), a solução ótima (o um) e a
lealdade às pessoas (o seis). No quadro 32 (consulte a página 153), vemos os
padrões de situação das pessoas de acordo com o estilo de abordagem de um
conflito.
São sociáveis, acomodatícias e focadas no presente. São inseguras,
subestimam a si mesmas e dependem dos outros para sua afirmação e
aceitação. Precisam saber as intenções das outras pessoas para decidirem.
Têm dificuldade em perdoar quando percebem que foram magoadas. Falta-lhes
objetividade e capacidade para perceber a realidade com precisão. Algumas
frases que costumam usar são: "Mesmo que não tenha conseguido levar adiante
minha alternativa, pelo menos chegamos a algum acordo." "Há pessoas mais
capazes de tomar a decisão." "Se ele disse assim, deve ser por algo."
Você sabe que os grupos de classe também podem ter seu eneatipo?
Assim, falamos de uma classe um, metódica e organizada; de uma classe
dois, sempre disposta a ajudar seus membros e com relações afetivas
muito fortes; de uma classe três, preocupada em concluir as tarefas e com
um grande espírito de trabalho; etc. Tente identificar o eneatipo de
algumas de suas turmas.
Como os conflitos são gerenciados no corpo docente de sua instituição
educacional? Como os líderes institucionais lidam com isso? A forma
como os conflitos são abordados em um grupo nos dá pistas sobre os
eneatipos dominantes.
Você já pensou em relacionar as informações sobre o eneagrama com
aquelas fornecidas pelo sociograma de um grupo de alunos? Certamente
você reconhece a importância dessa relação. Um aluno do eneatipo oito
que está em uma turma sem nenhum outro oito terá comportamentos
diferentes se esse aluno estiver em uma turma com outros três oitos.
Afastar-se da dor: diante de uma situação que nos causa uma grande dor
ou insatisfação, decidimos realizar alguma ação, qualquer que seja,
apenas para fugir dela. É a parte intermediária do nosso cérebro, o
sistema límbico, que governa nosso estado de insatisfação. O sistema
límbico é o responsável por orientar nossas emoções e, portanto, nos
permite reagir com mais energia diante de situações desagradáveis.
Eneatipos: dois, quatro, cinco, seis e nove.
Aproximar-se do prazer: diante de um objetivo que nos atrai de forma
poderosa, sentimos um impulso para a ação, mas para alcançá-lo,
precisaremos planejar cuidadosamente o plano de ação mais adequado
para ver nosso esforço coroado com o sucesso. Para isso, devemos ativar
a área do neocórtex do nosso cérebro, ou seja, devemos deixar de lado
nossas emoções e nos deixar levar pela reflexão mais pura. Eneatipos:
um, três, sete e oito.
Assim, podemos pensar em um corpo docente em que haja um grupo de seus
membros que se motivam pelo processo de "afastar-se de", enquanto outro
grupo o faz pelo processo de "aproximar-se de". Diante da sugestão, por parte
dos últimos, de passar um dia no campo com os alunos, é provável que os
primeiros reajam com uma intervenção do tipo "e se chover?". E embora algumas
pessoas possam se sentir frustradas com uma intervenção como essa, é
importante ter flexibilidade para compreender a importância das pessoas que
gerenciam dessa forma a previsão de problemas para antecipar soluções,
evitando rotular como "professores bons e maus". Ter pessoas que gerenciam
por problemas pode ser extremamente útil para um grupo que pode cair na
armadilha de viver nas nuvens e, por isso, não ter os pés no chão.
ENEATIPO
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ENEATIPO
PARA TERMINAR
É possível que o leitor tenha passado por uma primeira etapa de incompetência
inconsciente (não conhecia nada sobre o eneagrama e não tinha interesse nele),
para uma etapa de incompetência consciente (percebo a importância do
conhecimento dos eneatipos, embora não saiba distingui-los), em direção a uma
terceira etapa de competência consciente (sou capaz de identificar o eneagrama
na maioria das pessoas, embora tenha que me esforçar e prestar muita atenção
aos detalhes), para finalmente alcançar a maestria e identificar em poucos
instantes o eneagrama de alguém, compreender como essa pessoa interpreta o
mundo ao seu redor e adaptar-me à sua maneira de ser para enriquecer nosso
relacionamento.
Uma terceira etapa consiste em levar essa reflexão para um ambiente pessoal,
muito mais amplo do que o ambiente de trabalho. Isso exigirá, como sempre,
doses equilibradas de observação, tato, elegância e paciência.
GLOSÁRIO DE CONCEITOS
Asas: Nome que se dá à relação de proximidade que existe entre o eneatipo
principal e os eneatipos de cada um de seus lados.
Fixação: Padrão de pensamento fixo que cada pessoa mantém enquanto está
em estado egóico.