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GEOTECNIA – TIPOS DE MURO DE ARRIMO E SUAS CARACTERÍSTICAS

CONSTRUTIVAS

Definição: estrutura volumétrica formada por blocos, pedras, concreto e outros


materiais destinados a estabilizar massas de terra em áreas urbanas ou rurais.
São aplicadas na construção de edificações, obras de saneamento, rodovias,
aeroportos e demais situações que exijam a inserção deste elemento
construtivo. São apoiados em fundações rasas ou profundas.

Função: Conter o empuxo gerado pela massa de solo e transmitir os esforços


gerados para a fundação. São executados em obras onde seja necessária a
realização de cortes e aterros e haja a necessidade da contenção de uma
massa de terra para não haver a ruptura do maciço. Logo o empuxo gerado
pelo deslocamento desse solo é contido por esse tipo de estrutura e transmitido
para as fundações.
Tipos: São basicamente 3:
1. Muros de gravidade ou de peso: estruturas corridas que se opõem aos
empuxos horizontais pelo seu peso próprio. São estruturas robustas e
de grande base. São indicados para a contenção de desníveis pequenos e
médios, de até aproximadamente 6m. Podem ser executados com pedras
ou concreto (simples ou armado), gabiões e pneus. Podem ser de:
o Muro de Alvenaria de Pedra : São os mais antigos e numerosos. São
utilizadas pedras de mão argamassadas e bem organizadas. Nesse
caso a resistência da estrutura resulta exclusivamente do
embicamento das pedras. VANTAGENS: simplicidade construtiva/
custo reduzido/ dispensa de dispositivos de drenagem (visto a
capacidade drenante do material empregado). DESVANTEGENS:
necessidade de pedras com homogeneidade dimensional causando
uma redução no atrito entre as mesmas o que por sua vez reflete na
estabilidade interna do elemento e consequentemente em sua
rigidez. São recomendados única e exclusivamente para
taludes/terrapleno com alturas de até 2m. Para taludes superiores a
3m deve ser empregada argamassa de cimento e areia para
promover o preenchimento dos vazios entre os blocos/pedras, o que
permite a utilização de pedras com maior variação dimensional. O
objetivo da utilização da argamassa é aumentar a rigidez da
estrutura. Porém ao se empregar a utilização de argamassa elimina-
se a capacidade drenante sendo necessária a implantação de
dispositivos usuais de drenagem como dreno de areia ou
geossintético no tardoz e tubos barbacãs para alívio de
poropressões.

o Muro de concreto ciclópico: São também conhecidos como “Muros


de concreto gravidade”. Este tipo de muro é executado mediante o
preenchimento de uma fôrma com concreto e blocos de pedra de
dimensões variadas. Apresentam sessão transversal trapezoidal com
a largura da base da ordem de 50% da altura do muro. Podem
apresentar face frontal plana inclinada ou vertical. São estruturas
bem robustas, portanto são economicamente viáveis quando a altura
do talude/terrapleno for inferior a 4m. Devido sua característica de
impermeabilidade faz-se necessária a utilização de dispositivos de
drenagem adequados.

o Muro de Gabião: São construídos por gaiolas metálicas preenchidas


pedras dispostas manualmente construídas com fios de aço
galvanizado em malha hexagonal com torção dupla. Essa tela
galvanizada recebe o material pétreo com uma faixa granulométrica
pré-determinada formando grandes blocos com a geômetra
desejada. Podem atingir em torno de 6m ou mais. A característica
principal deste tipo de muro são a FLEXIBILIDADE e a
PERMEABILIDADE. Podem ser do tipo SACO, CAIXA e COLCHÃO.
São estruturas de grande versatilidade, apresentando-se como uma
solução eficaz de engenharia nas áreas de contenção de canais,
sistematização fluvial, proteção e controle de erosão.
Tipos de Gabiões

o Muros de sacos solo-cimento: Também conhecidos como “Muro de


solo ensacado”. Basicamente são sacos preenchidos com solo e
empilhados conforme a geometria que se busca alcançar. O material
contido nesses sacos podem ser apenas solos de empréstimo local
ou solo misturado com aditivos (solo-cimento, solo-cal) aumentando
a resistência global da estrutura. No local de construção, os sacos de
solo-cimento são arrumados em camadas posicionadas
horizontalmente e, a seguir, cada camada do material é compactada
de modo a reduzir o volume de vazios. O posicionamento dos sacos
de uma camada é propositalmente desencontrado em relação à
camada imediatamente inferior, de modo a garantir um maior
intertravamento e, em consequência, uma maior densidade do muro.
A compactação é em geral realizada manualmente com soquetes.
Esse tipo de muro de gravidade apresenta como VANTAGENS baixo
custo, mão-de-obra e equipamentos não especializados, adaptação
geométrica em relação a topografia local.
o Muro de solos e pneus: Os muros de pneus são construídos a partir
do lançamento de camadas horizontais de pneus, amarrados entre si
com corda ou arame e preenchidos com solo compactado.
Funcionam como muros de gravidade e apresentam com vantagens
o reuso de pneus (viés ambiental) descartados e a flexibilidade. São
comuns em obras de pequeno porte em especial em cidades
menores. São muros de pequenas alturas (até 5m). A utilização de
pneus usados em obras geotécnicas apresenta-se como uma
solução que combina a elevada resistência mecânica do material
com o baixo custo, comparativamente aos materiais convencionais.
Deve-se ressaltar que se trata de uma estrutura flexível, logo as
deformações, verticais e horizontais, podem ser superiores às que
são verificadas em muros de peso de alvenaria ou concreto. Diante
disso, esse tipo de muro não deve ser utilizado para contenção de
maciços que sirvam ou servirão como suporte de obras civis pouco
deformáveis como ferrovias ou estruturas de fundações. A face
externa do muro de pneus deve ser revestida, para evitar não só o
carreamento ou erosão do solo de enchimento dos pneus, como
também o vandalismo ou a possibilidade de incêndios. O
revestimento da face do muro deverá ser suficientemente resistente
e flexível, ter boa aparência e ser de fácil construção. As principais
opções de revestimento do muro são alvenaria em blocos de
concreto, concreto projetado sobre tela metálica, placas pré-
moldadas ou vegetação.

o Muro em Fogueira (Crib Wall): “Crib Walls” são estruturas formadas


por elementos pré-moldados de concreto armado, madeira ou aço,
que são montados no local, em forma de “fogueiras” justapostas e
interligadas longitudinalmente, cujo espaço interno é preenchido com
material granular graúdo. São estruturas capazes de se acomodarem
a recalques das fundações e funcionam como muros de gravidade.
2. Muros de Flexão: Muros de Flexão são estruturas mais esbeltas com
seção transversal em forma de “L” ou “T” que resistem aos empuxos por
flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço, que se apoia sobre a
base do “L”, para manter-se em equilíbrio. Em geral, são construídos em
concreto armado, tornando-se antieconômicos para alturas acima de 5 a
7m. Porém podem também ser pré-moldados ou moldados in loco. A laje de
base em geral apresenta largura entre 50 e 70% da altura do muro. A face
trabalha à flexão e se necessário pode empregar vigas de enrijecimento, no
caso alturas maiores. Os muros de flexão suportam os empuxos de terra
com grandes esforços de flexão sendo gerados na base.

Tipologias dos Muros de Flexão:


o Muro em Contraforte: Para muros com alturas superiores a cerca de
5 m, é conveniente a utilização de contrafortes (ou nervuras), para
aumentar a estabilidade contra o tombamento. Os contrafortes
funcionam como um apoio aumentando a rigidez da estrutura.
Tratando-se de laje de base interna, ou seja, sob o retroaterro, os
contrafortes devem ser adequadamente armados para resistir a
esforços de tração. No caso de laje externa ao retroaterro, os
contrafortes trabalham à compressão. Esta configuração é menos
usual, pois acarreta perda de espaço útil a jusante da estrutura de
contenção. Os contrafortes são em geral espaçados de cerca de
70% da altura do muro levando-se em consideração o grau de rigidez
que se pretende atingir. A face desse tipo de muro trabalhará a
flexão e se necessário poderá conter enrijecedores, no caso de
alturas maiores.

Esse tipo de estrutura também pode ser ancorado na base com


tirantes ou chumbadores para melhorar a estabilidade.

3. Muros de solo reforçado: Estruturas de contenção cuja técnica é bastante


antiga (INCAS) permitindo atingir alturas consideráveis (até 20m). A técnica
consiste em me misturar fibras de solo, elementos enrijecedores dentro do
solo. Pode ser chamado também de SOLO ARMADO, onde o solo
suportará os esforços de compressão e os geossintéticos sofrerá as
solicitações de tração. Existem 3 tipologias para esse tipo de contenção:
o Muro de solo reforçado com face envelopada: Basicamente são
camadas de solo envelopadas com geossintéticos (geotêxtil tecido ou
não tecido” Bidim”). As faces podem receber outros elementos, como
painéis, por exemplo, porém não há a necessidade de quaisquer
reforços nas faces já que a estrutura se sustenta por si. Os painéis
funcionam mais como uma camada protetora (estética e segurança
contra vandalismos).

o Muro de terra armada ou Terre Armée: Estrutura composta por


painéis pré-moldados onde são presas fitas metálicas que
funcionarão como as ferragens do concreto armado suportando os
esforços de flexão.

o Muro Terrae: apresentam em sua estrutura uma face rígida com


elementos horizontais que ajudarão na flexão. Porém ao contrário
dos muros de terra armada onde se usa fitas metálicas, nessa
tipologia são usados GEOGRELHAS que serão tracionadas dentro
do maciço de terra e conseguirão suportar os esforços gerados. A
face desse muro é preenchida com brita (permeabilidade).
Proporcionam grandes alturas, assim como os muros de terra
armada.
GEORGRELHA

o Muro Terramesh: Espécie de muro gabião cuja diferença está no


material de combate aos esforços solicitantes. No lugar da geogrelha
utiliza-se as telas usadas no processo executivo dos gabiões. Os
elementos terramesh são formados pela associação de um reforço
metálico em malha hexagonal e permite a construção de estruturas
escalonadas levemente inclinadas ou totalmente verticais. A
aparência final assemelha-se bastante com os muros gabiões.

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