Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
LA SEGUNDA MANO
ANTOINE COMPAGNON
LA SEGUNDA MANO
O EL TRABAJO DE LA CITA
BARCELONA 2020 A C A N T I L A D O
t í t u l o o r ig in a l La seconde main
ou le travail de la citation
Publicado por
ACANTILADO
Quaderns Crema, S.A.
Muntaner, 462 - 08006 Barcelona
Tel. 934 144 906 - Fax. 934 636 956
correo@acantilado.es
www.acantilado.es
isbn: 978-84-17902-41-4
17360-2020
D E P Ó S I T O L E G A L : B.
a ig u a d e v i d r e Gráfica
QUADERNS CREMA Composición
r o m a n y á - v a lls Impresión y encuadernación
Prólogo 13
S E C U E N C I A I. LA C IT A TAL CUAL
1. Tijeras y pegamento 19
2. Ablación 22
3. Subrayado 25
4. Adaptación 27
5. Invitación 3o
6. La lectura en marcha 32
7. El hombre de las tijeras 34
8. Una canonización metonímica 36
9. Injerto 40
10. Reescritura 43
11. El trabajo de la cita 45
12. La fuerza de trabajo 48
13. El sujeto de la cita 49
14. El error de Guillaume 51
15. Embrague por fricción 54
16. Movilización 55
S E C U E N C I A I I I . LA P R E H I S T O R I A D E L A C I T A
S E C U E N C I A IV . U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O
D E L A T E O L O G ÍA
S E C U E N C IA V. LA IN M O V IL IZ A C IÓ N
DEL TEXTO
S E C U E N C IA V I. LA E S C R IT U R A E M B R O L L A D A
1. La cita consumada 44 2
2. Una economía de la escritura 444
3. Teratología 446
4. Festividades 449
5. Relleno 452
6. El trampantojo 453
7. La sinrazón suficiente 456
8. La cacografía 469
9. Estructura y serie 471
10. La cita caprichosa 474
11. La nivelación 476
12. La maculatura 479
13. El síntoma 484
14. El hombrecillo de Ampére o el histriónico
espiritual 488
15. Espacios de escritura 491
M A U R IC E B L A N C H O T ,
El diálogo inconcluso
C É L i N E , Viaje alfin
de la noche
[trad. Carlos Manzano]
GUSTAVE F L A U B E R T ,
Bouvard y Pécuchet
[trad. José Ramón Monreal]
I
i
PR Ó L O G O
i3
PRÓLOGO
14
PRÓLOGO
15
PRÓLOGO
16
PRÓLOGO
1 Una versión anterior de estas páginas fue una tesis doctoral de ter
cer ciclo, escrita durante una estancia en la fundación Thiers, y defendida
en diciembre de 1977 en la universidad de París v i l . Julia Kristeva dirigió
la realización del trabajo j le expreso mi agradecimiento, así como a Jean-
Claude Chevalier y a Gérard Genette, que formaron junto a ella el tribu
nal. D oy las gracias igualmente a los amigos cuyas lecturas me sugirieron
muchas cosas.
17
1
SECUENCIA I
LA CITA TAL CUAL
I. T IJE R A S Y P E G A M E N T O
i9
LA C I T A T AL C U A L
20
TIJERAS Y PEGAMENTO
21
LA C I T A T AL C U A L
2. A B L A C IÓ N
22
ABLACIÓN
23
LA C I T A T A L C U A L
24
S UBRAYADO
3. SUBRAYADO
*5
LA C I T A T A L C U A L
26
ADAPTACIÓN
4. A D A P T A C IÓ N
27
LA CI T A TAL CUAL
28
ADAPTACIÓN
29
5. INVITACIÓN
30
INVITACIÓN
3i
. LA C I T A T AL CUA L
tilla s e x c ita d a s f u e r a u n a f o r m a d e e x h ib ic io n is m o , a d e m á s
d e u n a fo r m a d e c e g u e ra . L a in v ita c ió n , c o m o la e n u n c ia c ió n ,
só lo tie n e v a lo r (d e r e c o n o c im ie n to ) e n e l ti e m p o d e la l e c
tu r a , p e r o ese tie m p o , e sa d u r a c ió n es c a si s ie m p r e d e s c o n o
cid a. L a le c tu r a , ig u a l q u e la e s c r itu r a , d e tie n e e l tie m p o , lo
h a c e c e rra rs e s o b re sí m ism o : ta l es e l ilu s o r io a x io m a q u e
ig n o ra la in v ita c ió n .
6. LA L E C T U R A E N M A R C H A
É s ta s so n las c u a tr o fig u ra s d if e r e n c ia d a s d e la le c tu r a : a b l a
c ió n , s u b ra y a d o , a d a p ta c ió n e in v ita c ió n . ¿ C ó m o se o r g a
n iz a n ? ¿ R e p re s e n ta n fa se s e n la le c tu r a , se s u c e d e n u n a s a
o tra s? N o n e c e s a r ia m e n te : to d a s s o n p o s ib le s y u n a p u e d e
d a rs e sin las o tra s . S in e m b a r g o , e x is te e n t r e e lla s u n a g r a d a
c ió n la te n te , u n o r d e n te ó r ic o , in v e rs o al o r d e n e n q u e la s h e
d e s c rito y q u e , p a r tie n d o d e la m u tila c ió n , p e n e tr a h a s ta lo
irre d u c tib le d e la p a s ió n d e la le c tu r a , e n la q u e se p i e r d e . V a n
d el o b je to to ta l q u e es p a r a e l l e c to r e l te x to q u e lo a r r e b a ta
e n la in v ita c ió n , p a s a n p o r la a d a p ta c ió n e n u n l u g a r c o n s i
d e ra d o fa v o ra b le , p o r el s u b r a y a d o q u e d e lim ita e s e lu g a r, y
lleg an al o b je to p a r c ia l q u e e x tr a ig o d e l te x t o e n la a b la c ió n .
A trav é s d e esto s c u a tr o m o m e n to s se p r o d u c e u n a a p r o x i
m a c ió n c a d a vez m ás s u til, u n a p a r c e la c ió n e s tr a té g ic a . S in
e m b a rg o , e sta d iv isió n n o tie n e n a d a q u e h a c e r c o n e l signi
ficado. E l sig n ific a d o (y q u iz á el s e n tid o ) es la q u i n t a r u e d a
d e l c a rro , la ru e d a d e r e p u e s to q u e ir é a b u s c a r c u a n d o m i
le c tu r a sea u n tra b a jo e n b a ld e . M e r e m ito al s e n t i d o c o m o a
u n ú ltim o re c u rs o , m e a f e rró a él c u a n d o n o l o g r o s a tis f a c e r
la p a s ió n , c o n la ilu s ió n d e s e s p e r a d a d e q u e e l e s f u e r z o e n
h a lla r sig n ificad o m e r e te n d r á e n e l te x to q u e n o h a l o g r a d o
a p o d e ra r s e d e m í m e d ia n te la in v ita c ió n . L a in v ita c ió n f o r
m a p a r te d e l s e n tid o , d e l v a lo r q u e o to r g o al te x to : e s u n o d e
sus c o m p o n e n te s a u té n tic o s , p r o d u c id o p o r e l a c to d e la le c -
32
LA L E C T U R A E N M A R C H A
tu r a . Y e l lib r o al q u e s ó lo m e u n e el s ig n ific a d o es u n to s tó n
q u e se m e c a e d e la s m a n o s .
D e m o d o q u e la in v ita c ió n es, p a r a la le c tu r a , u n a fig u ra
in ic iá tic a : s in e lla ta l v e z se a p o s ib le la le c tu r a , p e r o sin d u d a
n o h a y p la c e r ; s in in v ita c ió n só lo h a y u n a le c tu r a d e l s ig n i
fic a d o , p e r o n o d e la p a s ió n ; s e r á p u e s u n a le c tu r a e n la q u e
o c a s io n a lm e n te se re a liz a rá n las o p e r a c io n e s s ig u ie n te s , p e r o
s ó lo d e f o r m a a c c e s o r ia , p o r q u e les fa lta rá lo m á s f u n d a m e n
ta l: la s a d a p ta c io n e s , lo s s u b ra y a d o s y la s a b la c io n e s s e rá n
a u to m á tic a s y g r a tu ita s .
A la in v e rs a , el p r o c e s o d e le c tu r a p u e d e d e te n e r s e e n el
m o m e n to d e la in v ita c ió n , sin ir m á s allá d e l fle c h a z o . E n c ie r
to m o d o , e l t r a b a jo q u e se h a c e a c o n tin u a c ió n d e b e a n u la r la
y d e s p e d ir s e d e e lla . P e r m a n e c e r e n la in v ita c ió n es n e g a rs e
a la d e s p e d id a , d e s e a r e l é x ta s is y a n u la r su fin. L a p u r a le c
t u r a d e la in v ita c ió n s e ría u n a le c tu r a m ístic a , u n a c o n te m
p la c ió n , u n a g n o s is — ledio y meditatio so n sin ó n im o s e n las
re g la s m o n á s tic a s d e la E d a d M e d ia — , u n a le c tu r a d e la p a
s ió n s in lím ite s , y f in a lm e n te sin o b je to : in fin ita , in d e fin id a
e in s e n s a ta , c u a n d o el s e n tid o d e p e n d e d e la e x c ita c ió n q u e
p e r s is te t r a s e l a r r o b a m ie n to .
D e s p u é s d e la in v ita c ió n , la s s ig u ie n te s fig u ra s, la a d a p ta
c ió n , e l s u b r a y a d o y la a b la c ió n , f o r m a n u n p a q u e te m á s c o m
p a c to : la e x c ita c ió n q u e p r o f u n d iz a (en ) la in v ita c ió n , q u e
h a c e b r o t a r e l s e n tid o . E s, p a r a c o n tin u a r c o n la m e tá f o r a
d e l a m o r, la c r is ta liz a c ió n la q u e p r o d u c e el fle c h a z o , lo q u e
n o q u ie r e d e c ir q u e se a m e n o s im a g in a ria : d e s c o m p o n e la
im a g e n h e c h iz a n te , p e r o p a r a r e c o m p o n e r la a c o n tin u a c ió n ,
e n m a r c a r la , c o n d e n s a r la e n u n c u a d r o o e n u n s im u la c ro ; se
a d a p ta a u n d e ta lle d e la e s c e n a , r o d e a ese d e ta lle y a c o n ti
n u a c ió n se a p o d e r a d e él. U n a v ez se h a a tr a p a d o al v u e lo el
f r a g m e n to , se h a s u s tr a íd o d e te r m in a d o m ie m b r o d e l d is c u r
so , la e x c ita c ió n tie n e el p o d e r d e r e p e tir ad libitum su a p a r i
c ió n , c u a n d o lo d e s e e , y ese f r a g m e n to se c o n s e rv a in ta c to a
p e s a r d e la s m a n ip u la c io n e s . E s te r e to r n o r e p e tib le a p e r p e -
33
LA C I T A T AL C U A L
tu id a d , sin p e r d e r s u p o d e r , c o m o si f u e r a u n ta lis m á n , e s lo
q u e se e n tie n d e h a b itu a lm e n te p o r c ita . P e r o la c ita e s t a b a y a
e s e n c ia lm e n te e n m a r c h a e n la in - v ita c ió n y e n la e x - c ita c ió n :
e s tá e n el p r in c ip io d e to d a le c tu r a , si n o d e a q u e lla q u e , i m
p o te n te , se a f e rra e x c lu s iv a m e n te al s ig n ific a d o . L a c ita t r a t a
d e r e p r o d u c ir e n la e s c r itu r a u n a p a s ió n p o r la l e c t u r a , v o l
v e r a e n c o n tr a r el r e p e n tin o fu lg o r d e la in v ita c ió n , y a q u e es
p r e c is a m e n te la le c tu r a , in v ita d o r a y e x c ita n te , la q u e p r o d u
ce la cita. L a c ita r e p ite , h a c e q u e se r e c u e r d e la l e c t u r a e n la
e s c ritu ra : p o r q u e e n r e a lid a d le c tu r a y e s c r itu r a n o s o n m á s
q u e u n a y la m ism a c o sa , la p r á c tic a d e l te x t o q u e es p r á c
tic a d e l p a p e l. L a c ita es la fo r m a o rig in a l d e to d a s la s p r á c t i
cas d e l p a p e l, e l r e c o r ta r y p e g a r, y e s to es u n ju e g o d e n iñ o s .
7. EL H O M B R E D E LAS T I J E R A S
« T en g o u n a b ib lio te c a ú n ic a m e n te p a r a m i u s o , p e r o n o e s
q u e q u ie ra p o n e r la d e e je m p lo . C o m o d u r a n te e l d ía v o y d e
a q u í p a r a allá, p o r la n o c h e m e g u s ta d e s c a n s a r e n e l r i n c ó n
d e m is lib ro s. É s e es m i re fu g io ; u n a g u a r id a a n te c u y a p u e r t a
h e b o r r a d o c u a lq u ie r r a s tr o d e p a s o s , y a llí d e n t r o m e s ie n to
e n casa. T en g o lib ro s d e to d o tip o ; p e r o , si lo s a b r ie r a n , le s
s o rp re n d e ría n . T o d o s e s tá n in c o m p le to s : a a lg u n o s d e e llo s
ya sólo les q u e d a n d o s o tre s p á g in a s e n t r e la s ta p a s . Y o s o y
d e la o p in ió n d e q u e la s c o sa s q u e h a c e m o s t o d o s lo s d ía s d e
b e m o s h a c e rla s c ó m o d a m e n te , p o r e so le o c o n la s tije r a s , y a
m e d isc u lp a rá n , y c o r to t o d o lo q u e n o m e g u s ta . Y a s í m e
v an q u e d a n d o le c tu ra s q u e n u n c a m e d is g u s ta n . D e Loups h e
c o n se rv a d o d ie z p á g in a s; u n p o c o m e n o s d e l Viaje al fin de
la noche. D e C o m e d le h e c o n s e rv a d o to d o Polyeucte y u n a
p a r te d e l Cid. E n m i R a c in e p r á c tic a m e n te n o h e s u p r i m i d o
n a d a . D e B a u d e la ire h e c o n s e rv a d o d o s c ie n to s v e r s o s y d e
H u g o , u n p o c o m e n o s. D e L a B ru y é re , el c a p ítu lo d e l “ C o r a
z ó n ” ; d e S a in t-É v re m o n d , la c o n v e rs a c ió n d e l p a d r e C a n a y e
34
E L H O M B R E DE LAS T I J E R A S
c o n e l m a r is c a l d e H o c q u in c o u r t. D e m a d a m e d e S é v ig n é , las
c a r ta s s o b r e e l p r o c e s o d e F o u q u e t; d e P r o u s t, la c e n a e n c a sa
d e la d u q u e s a d e G u e r m a n te s , y “L e m a tin d e P a r í s ” e n La
prisionera». A sí r e s p o n d ía u n g u a r d a fo re s ta l a u n a e n c u e s
ta e n tr e lo s le c to r e s d e u n a re v is ta lite ra r ia ." « L e o c o n la s t i
je ra s , y a m e d is c u lp a r á n , y c o r to t o d o lo q u e n o m e g u s ta » .
T r e m e n d a c o n f e s ió n , in to le r a b le : re c o n o c e r a b ie r ta m e n te y
p o n e r p o r e s c r ito lo s te je m a n e je s a lo s q u e c a d a c u a l se e n t r e
g a e n la i n t im id a d d e s u h a b ita c ió n , fa lta r a las fo rm a s h a s ta
e s e p u n t o . ¡ M e n u d o sa lv aje a silv e stra d o !
E l a n a te m a n o se h iz o e s p e ra r, y v in o d e p a r te d e u n e m i
n e n te c r ític o p a r is in o : « P o d e m o s c o m p r e n d e r q u e u n in t e
le c tu a l te n g a d e te r m in a d a s p r e f e r e n c ia s y s e le c c io n e a d e te r
m in a d o s e s c r ito r e s e n t r e o tr o s , q u e re a lic e in c lu s o u n a a n to
lo g ía p a r a s u u s o p a r tic u la r . P e r o c u e s ta c o m p r e n d e r a e ste
h o m b r e q u e se c o n f e c c io n a u n a b ib lio te c a c o n re ta z o s ».1
12Y
C é lin e c o n te s ta , sin d u d a c o n m e n o s p re te n s io n e s : « H e te
a q u í q u e e l t e r r ib l e g u a r d a fo r e s ta l n o s h a d e ja d o a to d o s , lo s
ilu s tr e s m u e r to s y lo s in s ig n ific a n te s v iv o s, e n p e lo ta s . A p e
n a s n o s h a d e ja d o n i n g u n a d e n u e s tr a s m a g n ífic a s p r e n d a s
( ¡ a d q u ir id a s c o n t a n t o e s f u e rz o ! ). ¡A h, só lo h a q u e d a d o lo
p o q u i t o q u e e r a e s e n c ia l, lo v e r d a d e r o ! [ . . . ] E l h o m b r e d e lo s
b o s q u e s n o se a n d a c o n c h iq u ita s [ . . . ] N o es n in g ú n ju e g o ,
e l h o m b r e d e la tije r a v a a c o r ta r m e to d o lo q u e m e s o b r a ».13
¿ D e q u é e r a c u lp a b le el g u a r d a f o r e s ta l p a r a q u e s u c a r ta
h ic ie r a t a n t o r u id o e n la c a p ita l? ¿ Q u é d ife r e n c ia h a y e n tr e
s u b ib lio te c a y u n a a n to lo g ía o u n m a n u a l e s c o la r? S e h a b ía
35
LA C I T A T AL C U A L
d e s e m b a ra z a d o d e las s o b ra s , h a b ía p r o c la m a d o la v e r d a d
d e la le c tu r a c o m o e x c ita c ió n y d ila c e r a c ió n ; p r a c t i c a b a e sa
c r u d a v e r d a d y p a s a b a a la a c c ió n c o n lo s lib r o s . C é lin e h a c e
b ie n e n h a b la r d e <do v e r d a d e r o » . H a y c o s a s q u e n i se d ic e n
n i se h a c e n . L e e r c o n u n lá p iz e n la m a n o , c o p i a r e n n u e s t r o
c u a d e rn o d e n o ta s , eso es b u e n o y e s tá m u y b ie n . P e r o r e c o r
ta r y, m ás a u n , tira r, e c h a r a la b a s u r a lo q u e s o b r a , ¡ m e n u d a
im p e rtin e n c ia ! Y sin e m b a r g o , e n e l f o n d o , e s e n c ia lm e n te ,
es h a c e r lo m ism o . L o e s e n c ia l d e la l e c t u r a e s lo q u e r e c o r
to , lo q u e e x -c ito ; su v e r d a d es lo q u e m e a g r a d a , lo q u e m e
re s u lta te n ta d o r. P e r o ¿ c ó m o h a c e r c o in c id ir a m b a s c o s a s ?
L a cita es la ilu s ió n d e u n a c o in c id e n c ia e n t r e la in v ita c ió n y
la e x c ita c ió n , ilu s ió n lle v a d a a l e x tr e m o p o r e l g u a r d a f o r e s
tal, sín to m a d e la le c tu r a c o m o c ita . H a b r í a q u e h a c e r lo c a
llar, p o r q u e el h o m b r e d e la tije r a es el ú n ic o v e r d a d e r o l e c
to r. V aléry c o n fe s a b a : « L e o c o n u n a r a p id e z s u p e r fic ia l, p r e s
to a c o b r a r m i p ie z a » . A u n q u e es c ie r to q u e a ñ a d ía a c o n t i
n u a c ió n : « T ra to d e e s c r ib ir d e ta l m a n e r a q u e si m e le y e s e
m e r e s u lta r a im p o s ib le le e r c o m o s u e lo ».14 S in d u d a t a m p o
co a V aléry le h a b r ía g u s ta d o q u e h ic ié r a m o s d e h o m b r e d e
la tije ra c o n su s lib ro s .
36
UNA CA N O N IZ A C IÓ N M ETONÍM ICA
m u tila c ió n y e l in je r to , e l m e n o s y el m á s, la e x p o r ta c ió n y la
im p o r ta c ió n , e l c o p ia r y el p e g a r? H a y u n a d ia lé c tic a t o d o
p o d e r o s a d e la c ita , u n a d e la s v ig o ro s a s m e c á n ic a s d e l d e s
p la z a m ie n to , m á s f u e r te to d a v ía q u e la c iru g ía .
P e r o es p r o p i o d e lo s a c to s d e e s c ritu r a , o d e le n g u a je , a u
t o r iz a r la c o n f u s ió n d e lo s c o n tr a r io s o d e lo s té rm in o s c o n
tr a d ic to r io s , d is o lv e r la s f r o n te r a s e n u n a tr a n s a c c ió n m e to -
n ím ic a . D e m a n e r a q u e la o p o s ic ió n m a y o r q u e se d e s v a n e
c e e n e l v o c a b u la r io d e l a r te d e e s c r ib ir es la d e lo v a c ío y lo
lle n o , e l c o n te n id o y el c o n tin e n te , la p o te n c ia y el a c to . S o
b r a n lo s e je m p lo s d e s e m e ja n te d e s p la z a m ie n to q u e a lie n a el
s e n tid o d e la s p r á c tic a s lin g ü ís tic a s.
L a p a la b r a q u e e n la a n tig u a r e tó r ic a d e s ig n a b a u n a casilla
v a c ía , u n lu g a r (c o m ú n ) , se a r ro g a e n la E d a d M e d ia el s e n
tid o d e l c o n te n id o q u e , p a r a lo s g rie g o s y lo s ro m a n o s , só lo
o c u p a b a v ir tu a lm e n te . L a tó p ic a se tr a n s f o r m a e n típ ic a , e n
r e s e r v o r io d e tip o s . S u s fo rm a s v a c ía s,topoikoinoi, se s a tu ra n
d e s e n tid o , se fijan y se c o n v ie r te n e n e s te re o tip o s : la máxi
ma sententia y su s a v a ta re s es lo q u e lla m a m o s tópico, to d o lo
c o n tr a r io d e lo q u e lo s a n tig u o s e n te n d ía n p o r ese té rm in o .
A h o r a b ie n , ¿ q u é s o n lo s e s te r e o tip o s y lo s c lic h é s sin o p r e
c is a m e n te c ita s ?
P o r la m is m a r a z ó n , el p á r r a f o f u e e n p r in c ip io , c o m o
p r u e b a la e tim o lo g ía , u n a s e ñ a l p u e s ta a u n la d o , e n el m a r
g e n , q u e s e rv ía p a r a s e p a r a r lo s b lo q u e s d e te x to (c o m o la
sangría). E n t r e lo s g rie g o s , e r a el ú n ic o sig n o d e p u n tu a c ió n ;
s e ñ a la b a e l fin a l d e u n p a s a je i m p o r ta n te m e d ia n te u n g u ió n
al m a r g e n d e la lín e a e n c u e s tió n . L a p r im e r a m e n c ió n c o n o
c id a se e n c u e n t r a e n la Retórica d e A ris tó te le s , a p r o p ó s ito
d e l r i t m o .15 S in e m b a r g o , el p á r r a f o d e s ig n a a c tu a lm e n te el
p u n t o c u lm in a n te m is m o , c o n te n id o , in te r c a la d o e n tr e d o s
p á r r a f o s , e n e l s e n tid o a n tig u o d e la p a la b r a .
37
LA CI TA TAL C U A L
E l e x e rg o , q u e es u n e s p a c io a c c e s o r io , e l e s p a c i o d o n
d e p u e d e p o n e r s e o n o u n c o n te n id o , u n e p íg r a f e p o r e je m
p lo , d e sig n a h o y e n d ía , m e d ia n te u n b a r b a r i s m o f a ta l , e s e
c o n te n id o m ism o , c o n la c o n s e c u e n c ia p a r a d ó j i c a d e lle g a r
a d e c ir q u e u n te x to « tie n e o n o tie n e u n e x e r g o » , p e s e a
q u e re s u lte d ifíc il im a g in a r c ó m o p o d r í a n o t e n e r n a d a a c
ce so rio . E s to e q u iv a le a p r e te n d e r — c o s a q u e se c o r r e s p o n
d e b ie n c o n el id e a l d e l lib r o c la u s u r a d o , c e r r a d o s o b r e sí
m ism o — q u e n o h a y n a d a f u e r a d e l te x t o . S e p i e r d e c ie r to
g ra d o d e lib e r ta d d e la e s c r itu r a e n la c o n f u s ió n d e l e x e r
go y d el e p íg ra fe , p u e s to q u e s u t e r r it o r io e x t e r i o r m á s c e r
c a n o e stá s ie m p re v ir tu a lm e n te lle n o : e l e x e r g o s e c o n v i e r t e
e n u n a rú b r ic a o b lig a to ria d e l d is c u r s o , c o m o si s u a u s e n c ia
c re a ra u n vacío . A h o ra b ie n , u n e p íg r a f e es u n a c ita — la c ita
p o r a n to n o m a sia — ,'6 u n r e lle n o o u n t e n t e m p i é , c o m o u n
a p e ritiv o , u n a s v e r d u ra s v a r ia d a s , la s varia q u e n o fo rm a n
p a r te d e n in g u n a c a te g o ría ta x o n ó m ic a , p o r e s o la s p o n e m o s
d e e n tra d a , p a r a s a c a rn o s d e e n c im a u n p e s o . L a egressio o
la ekphrasis d e la a n tig u a r e tó r ic a a s u m ía n s u m o v i li d a d , s u
e x tra ñ e z a , su « a to p ía » .
L a e s c ritu ra s ie n te h o r r o r a l v a c ío : e l v a c ío e s e l l u g a r d e l
m u e rto , d e la au se n c ia ; y d o n d e m á s e p íg r a f e s e n c o n tr a m o s
es en los m o n u m e n to s fu n e ra rio s . P e r o la e s c r i t u r a o f r e c e
u n a in m e n sa v e n ta ja s o b re to d a s las d e m á s p r á c t i c a s , i n c l u i
d a la cirugía: p a r a c o n ju ra r el h o r r o r y c o lm a r e l v a c ío , l e b a s
ta c o n m o d ific a r su lé x ic o . L a tr a n s f e r e n c ia m e t o n í m i c a q u e
afe c ta a to d o el v o c a b u la rio d e l a r te d e e s c r i b ir y a l t e r a e l
s e n tid o d e las p a la b ra s q u e d e s ig n a b a n e l v a c ío , se p r e s e n t a
c o m o u n a e v o lu c ió n n a tu ra l. I m a g in e m o s lo q u e s e m e ja n te
e v o lu c ió n p r o d u c ir ía e n o tro s lu g a re s , si se s u p r i m i e r a n d e la
le n g u a to d a s las p a la b r a s q u e r e m ite n a la a u s e n c ia . ¿ Y a n o
h a b r ía sitio p a r a la a u se n c ia ? ¿ L a a n g u s tia n o t e n d r í a lu g a r ?
E v id e n te m e n te , n o : se m e ja n te s p r o h ib ic io n e s n o c a m b i a r í a n 16
38
UNA C A N ONIZ ACIÓ N METONÍM ICA
n a d a ; e l v é r tig o d e la p á g in a e n b la n c o , d e l p á r r a f o o d e l e x e r-
g o v a c ío , s u b s is te a p e s a r d e to d a s las a r tim a ñ a s d e e s c r itu
r a q u e t r a t a n d e e m b o r r o n a r la p á g in a , d e c o lm a r lo s lu g a re s
a priori: e n t r e esa s a r tim a ñ a s , la c ita o c u p a el p r im e r lu g ar.
L a a m a lg a m a , e n la c ita , d e d o s m a n ip u la c io n e s y d e l o b
je to m a n ip u la d o tie n e c o m o e fe c to n a tu r a liz a r u n p r o c e d i
m ie n to c o m p le ta m e n te c u ltu ra l. S u b s u m e las m a n ip u la c io
n e s al o b je to , la s o c u lta tr a s él. E n su u s o h a b itu a l, la c ita n o
es n i e l a c to d e e x tr a c c ió n n i e l d e in je rto , sin o ú n ic a m e n te el
r e s u lta d o , c o m o si la s m a n ip u la c io n e s n o e x istie se n , c o m o si
la c ita n o s u p u s ie r a u n p a s o al a c to . C o n el a c to , es la p e r s o
n a d e l c ita d o r la q u e es ig n o r a d a , e l s u je to d e la c ita q u e i n
te r v ie n e c o m o u n m o z o d e m u d a n z a s , u n c o m e r c ia n te , u n c i
r u ja n o o u n c a r n ic e r o . E l r e s u lta d o c irc u la so lo , v iaja d e t e x
to e n te x t o s in e n s u c ia r la s m a n o s : e n él, el lógos y el érgon se
f u n d e n , o c u lta n la energeia, la p r o d u c c ió n y el a c to . L a c ita
es s ie m p r e p a la b r a d e u n d io s , o u n a d e esas p a la b r a s ala d a s
q u e , m o v id a s p o r u n a e n e rg ía in te r n a d e s d e H o m e r o , v a n y
v ie n e n sin s e r o b je to d e m a n ip u la c ió n e n el u n iv e rs o d e l d is
c u r s o , sin t r a n s p o r te n i tr a n s p o r tis ta , sin tr o q u e la d o n i e n c o
la d o . N a tu r a liz a r la c ita sig n ific a s u p o n e r q u e v a so la, c o m o
u n a u to m ó v il.
L a c ita e s u n ó r g a n o m u tila d o , p e r o se c o n v e rtirá e n u n
c u e r p o , v iv o y a u to s u fic ie n te : e l a n im á c u lo m o n o c e lu la r a
p a r t i r d e l c u a l se e x p lic a t o d a la c re a c ió n . T ie n e u n c o r a z ó n
y m ie m b r o s , u n s u je to y u n p r e d ic a d o . Y e s ta im a g e n q u e a li
m e n ta la c ita e s lo q u e h a c e q u e se a d e u n a m a n e r a e je m p la r
u n a fra s e : la m e n o r u n i d a d d e le n g u a je a u tó n o m a y c e r r a d a
s o b r e sí m is m a . L a fr a s e e s tá viva: se la p u e d e tr a s p la n ta r ; n o
se la m a ta , ú n ic a m e n te se la c a m b ia d e lu g ar. P o r lo d e m á s , y
p a r a s e r m á s e x a c to s , la fr a s e se m u e v e so la , d e a m b u la d e u n
l a d o a o tr o , y y o n o p u e d o d e te n e rla .
A s í s e o c u lta el s e n tid o p r im e r o d e la c ita , e l a c to d e p o n e r
e n m o v im ie n to m e d ia n te e l c o n ta c to : s e n tid o s ie m p r e a c tu a l,
p e r o q u e m á s v a le ig n o r a r o r e d u c ir al s ile n c io c o m o h a c e e l
39
LA CI TA TAL CUA L
g u a rd a fo re sta l. L a c ita es c o n ta c to , ro c e , c u e r p o a c u e r p o ;
es el a c to q u e p o n e m a n o s a la o b r a (o al p a p e l) .
9. INJERTO
L a c ita es u n c u e rp o e x tr a ñ o e n m i te x to , p o r q u e n o m e p e r
te n e c e e n p ro p ie d a d , p o r q u e m e la a p r o p io . D e m a n e r a q u e
su asim ilació n , lo m ism o q u e e l in je r to d e u n ó r g a n o , c o m
p o r ta u n riesg o d e re c h a z o c o n tr a e l q u e m e d e b o p r e v e n i r y
cuya e v itac ió n es m o tiv o d e jú b ilo . E l i n je r to p r e n d e , la o p e
ra c ió n es u n é x ito : c o n o z c o la s a tis fa c c ió n d e l a r te s a n o m e
tic u lo so c u a n d o se s e p a ra d e u n p r o d u c t o a c a b a d o q u e n o
lleva la h u e lla d e su tr a b a jo , d e su s i n t e r v e n c io n e s e m p í r i
cas. E s la m ism a sa tisfa c c ió n , a tr a c tiv a d e o t r o m o d o , d e l c i
ru ja n o c u a n d o in s c rib e s u sa b e r, y s u c o m p e te n c ia , s o b r e el
c u e rp o d el p a c ie n te : el ta le n to d e l c ir u ja n o s e a p r e c i a e n la
lim p iez a d e su tra b a jo , e n la e s té tic a d e la c ic a tr iz c o n la q u e
firm a y a u te n tific a su o b ra . L a c ita es u n a c ir u g ía e s t é t i c a e n
la q u e yo soy a la v ez el e s te ta , e l c ir u ja n o y e l p a c ie n t e : e s
cojo e n tre lo s tro z o s s e le c c io n a d o s q u e se c o n v e r t i r á n e n o r
n a m e n to s, e n el s e n tid o q u e la a n tig u a r e tó r ic a y la a r q u i t e c
tu ra d a n a esta p a la b r a , lo s p r e n d o e n e l c u e r p o d e m i t e x t o
(com o los p a p e lito s d e P r o u s t) . E l h ilv á n d e b e d e s a p a r e c e r
c o n el to q u e final, y la c ic a triz m is m a (las c o m illa s ) s e r á u n
a tra c tiv o s u p le m e n ta rio .
Sin e m b a rg o , el in je rto d e u n a c ita , ¿es u n a o p e r a c i ó n t a n
d ife re n te d e l re s to d e la e s c ritu r a ? « C o n f r o n ta r , a g r u p a r ,
u n ir e n tre sí e le m e n to s d is tin to s , c o m o p o r u n o s c u r o a p e t i
to d e y u x ta p o s ic ió n o d e c o m b in a c ió n »:17é s a e s, p a r a M ic h e l
L e iris, « u n a n e c e s id a d d ifu s a » e n s u e x is te n c ia , y e l p r i n c i p i o
d e su e s c ritu ra a u to b io g rá fic a c o m o « p u z le d e h e c h o s » . M i
c h e l L e iris re la c io n a e x p r e s a m e n te e s te m é t o d o c o n e l ju e -
40
INJERTO
g o d e t r o q u e la r y p e g a r: « C u a n d o m e s e n tía in c a p a z d e e x
t r a e r d e m i p r o p i a s u s ta n c ia c u a lq u ie r c o sa q u e m e re c ie s e
la p e n a a p u n t a r e n e l p a p e l, c o p ia b a g u s to s a m e n te te x to s , o
p e g a b a s o b r e las p á g in a s v írg e n e s d e c u a d e rn o s y lib r e ta s a r
tíc u lo s e ilu s tr a c io n e s r e c o r ta d o s e n lo s p e r ió d ic o s ».18In s is te
a d e m á s e n « e l m e c a n is m o d e e so s g e sto s d e lo s c u a le s es d i
fíc il n o o b t e n e r p la c e r in c lu s o si n o tie n e n n in g u n a o tr a c o n
s e c u e n c ia p r á c tic a : r e c o r ta r c o n la s tije ra s, p u lir lo s b o r d e s
d e l r e c o r te , a lis a r y p e g a r a ju s ta n d o b ie n la s e s q u in a s d e l r e
c o r te al r e c u a d r o d e la p á g in a d e l c u a d e r n o ».19
C u a n d o m e p o n g o a e sc rib ir, d is p o n g o d e u n c ie rto n ú m e
r o d e u n id a d e s d is p e rs a s , m a te ria liz a d a s (en fich as, p o r e je m
p lo ) o n o . N o e s tá c la ro q u e el e s ta tu to d e esas u n id a d e s d ifie
r a e s e n c ia lm e n te , y a se a n c ita s o n o , n i q u e c a m b ie d e m a sia d o
la e s c ritu r a . ¿ E s to y p o r lo d e m á s e n c o n d ic io n e s d e re c o rd a r,
d e f o r m u la r e l o rig e n d e la s u n id a d e s q u e n o so n citas? ¿ N o
es p o s ib le q u e ta m b ié n lo se a n ? E l p ro c e s o d e la e s c ritu r a es
u n a r e e s c r itu r a d e s d e el m o m e n to e n q u e se tr a ta d e c o n v e rtir
e le m e n to s s e p a r a d o s y d is c o n tin u o s e n u n to d o c o n tin u o y c o
h e r e n te , d e re u n ir, d e a b a r c a r e so s e le m e n to s (y d e to m a rlo s
ju n to s ) , es d e c ir d e le e rlo s: ¿ n o se tr a ta s ie m p re d e e so ? R e
e s c rib ir, c o m p o n e r u n te x to a p a r tir d e su s e sb o z o s, sig n ifica
o r d e n a r lo s o a s o c ia rlo s , h a c e r lo s e m p a lm e s o las tra n s ic io n e s
q u e se im p o n e n e n tr e lo s e le m e n to s c o n q u e se c u e n ta : t o d a
e s c r itu r a es c o lla g e y g lo sa , c ita y c o m e n ta rio . P o r s u p u e s to ,
lo s e m p a lm e s s o n m á s d ifíc ile s e n el ca so d e las c itas, p u e s to
q u e n o es p o s ib le a lte r a r n a d a , h a y q u e in s e rta rla s ta l c u a l. S in
e m b a r g o , ¿ a c a s o e s to c o n s titu y e re a lm e n te u n a d ife re n c ia ? Se
t r a t a m á s b ie n d e alg o h a b itu a l e n la e s c ritu ra . A d e m á s , n a d a
in d ic a q u e v ay a a e s ta r m á s d is p u e s to a m o d ific a r u n a d e m is
n o ta s a u n q u e n o se a la c ita d e o tro . A l c o n tra rio , h a r é t o d o lo
p o s ib le , e in c lu s o lle g a ré a s u p r im ir u n a c ita a fin d e c o n s e r
v a r u n a fic h a p e r s o n a l a la q u e m e s ie n to m u c h o m á s a p e g a d o .
4i
LA CI T A TAL CUAL
El Hacedor es el títu lo d e u n re la to b r e v e p r e li m i n a r q u e d a
n o m b re a u n a a n to lo g ía d e B o rg e s, c u y a t r a d u c c i ó n f r a n c e
sa, L'Auteur (‘E l A u to r ’), es im p r e c is a .20R o g e r C a illo is r e f ie
re e n u n a n o ta las o tra s o p c io n e s q u e h a d e s c a r ta d o , a p e s a r
d e ser m ás fieles a la e tim o lo g ía : a rtífic e , f a b r ic a n te , f a b r i c a
d o r, a rte sa n o , o b re ro . El Hacedor, q u e v ie n e d e hacer, r e m ite
alpoietés grieg o . LeBricoleur (‘E l M a n ita s ’) h a b r í a s id o u n a
m e jo r o p c ió n , tr a d u c e m á s fie lm e n te e l e s p ír itu d e la e s c r i
tu r a seg ú n B orges: e l a u to r es m á s u n hricoleur, u n ‘a f ic io n a
d o m a ñ o s o ’, q u e u n in g e n ie r o , d e a c u e r d o c o n la o p o s ic ió n
q u e e sta b le c e C la u d e L é v i- S tra u s s e n El pensamiento salvaje.
P o r su p a r te M a lla rm é d e c ía : « C o m p a r a d o c o n e l in g e n ie r o ,
m e v u elv o in m e d ia ta m e n te s e c u n d a r io ».212H a b ilid o s o , e l a u
to r c re a c o n a q u e llo q u e tie n e a m a n o , r e to c a , a ju s ta ; es u n
m a n ita s. Se d e d ic a , c o m o R o b in s o n p e r d id o e n s u isla , a t o
m a r p o s e s ió n re c o n s tr u y e n d o s o b r e lo s r e s to s d e u n n a u f r a
g io o d e u n a c u ltu ra .
D e u n a m a n e ra m á s ra d ic a l to d a v ía , A ra g ó n p r e te n d e c o m
p o n e r sus lib ro s , n o ya e n t o r n o a u n a r e d d e r e s to s o d e c i
in-
tas, sin o a p a r tir d e u n ú n ic o v e s tig io , d e u n a s o la fr a s e , e l
cipit. Sus n o v e la s, d e c la ra e n Je n’aijamais appris á écrire ou
les Incipit (‘N u n c a h e a p r e n d id o a e s c r ib ir o lo s I n c i p i t ’), j a
m ás las e sc rib ió , sin o q u e la s le y ó ; a n te e l d e s a r r o llo d e l t e x
to , él n o sa b ía m á s q u e c u a lq u ie r a , y s o b r e to d o , e n e s e p r o
ceso d e d e s p lie g u e sin in d ic a c io n e s p r e m e d ita d a s , la p r i m e r a
fra se d e se m p e ñ a b a u n p a p e l d e c isiv o y m o to r. P o r e je m p lo e n
La Mise a mort\ « L a fra s e q u e m e a b r ió lo s o jo s [ . . . ] p o r u n a
v ez re c u e rd o h a b e rla le íd o d u r a n te e so s in s ta n te s e n q u e y a n o
d o rm im o s p e r o ta m p o c o a c a b a m o s d e e s ta r d e s p i e r to s , y e s
to y s e g u ro d e q u e fu e e lla la q u e m e h iz o s a lta r d e la c a m a ».21
42
REESCRITURA
IO . REESCRITURA
43
LA CI TA TAL C U A L
p o r el m ism o m o tiv o , su h o r iz o n te : e l t e x t o id e a l, u t ó p i c o , el
te x to co n el q u e s o ñ a b a F la u b e r t, s e r ía u n a c ita . E s e i d e a l es
el q u e su p le , al d e s fig u ra rlo , el u s o d e l a c ita c o m o e p íg r a f e .
C u a n d o el lib ro n o re a liz a e l id e a l, se h a c e p a s a r p o r l a r e e s
c ritu ra d e u n a c ita in a u g u r a l q u e v a ld r á p a r a e l t o d o .
Y es q u e el m o d e lo d e la c ita , d e l t e x t o q u e e s t o d o r e e s
c ritu ra , p o r m u c h o q u e fa s c in e , e s p a n ta to d a v ía m á s . S e a c e r
ca al lím ite e n q u e la e s c r itu r a se a b is m a e n s í m is m a , e n la
copia. R e e sc rib ir sí. « P e r o c o p ia r — d ic e A r a g ó n — e s tá m a l
visto, a u n q u e , si te fijas, to d o e l m u n d o c o p ia , s ó lo q u e a l
g u n o s so n a stu to s, y c a m b ia n lo s n o m b r e s , p o r e je m p lo , o se
las arre g la n p a r a c o p ia r lib r o s a g o ta d o s ».24Y F r a n g o is e , c o n
m u c h a se n sa te z , p r e v e n ía a l n a r r a d o r d e En busca del tiempo
perdido y le r e p r o c h a b a q u e e x p lic a s e a a lg u n o s c o n o c id o s
el c o n te n id o d e su s a r tíc u lo s a n te s d e e s c r ib ir lo s : « T o d a e s a
g e n te es p a r a d e sc o n fia r, s o n u n o s c o p io n e s ».25
L a o b r a d e B o rg e s r e p r e s e n ta sin d u d a la e x p lo r a c ió n m á s
a fo n d o d e l c a m p o d e la r e e s c ritu ra , su e x te n u a c ió n . P o r q u e ,
p o r m ás q u e la e s c ritu r a se a s ie m p re r e e s c r itu r a , s u tile s m e c a
n ism o s d e re g u la c ió n v a ria b le s s e g ú n la s é p o c a s , a c tú a n p a r a
q u e n o sea s im p le m e n te u n a c o p ia , s in o u n a tr a d u c c i ó n , u n a
cita. S on lo s m e c a n ism o s m e d ia n te lo s q u e B o rg e s o r g a n iz a
la v iolación. « P ie rre M é n a rd , a u to r d e l Q u ijo te » , u n o d e lo s
re la to s re u n id o s e n Ficciones, lle v a a c a b o el id e a l d e l t e x t o y
a sp ira a q u e se d istin g a d e la c o p ia .26P ie r r e M é n a r d n o q u e
ría « c o m p o n e r o tro Q u ijo te — lo c u a l es fá c il— s in o e l Quijote.
I n ú til a g re g a r q u e n o e n c a ró n u n c a u n a tr a s c r ip c ió n m e c á n ic a
d e l o rig in al; n o se p r o p o n ía c o p ia rlo . S u a d m ir a b le a m b ic ió n
e ra p r o d u c ir u n a s p á g in a s q u e c o in c id ie r a n — p a l a b r a p o r p a
la b ra y lín e a p o r lín e a — c o n la s d e M ig u e l d e C e r v a n te s ».27
44
E L T R A B A J O D E LA CI T A
II. EL T R A B A J O D E LA CITA
Si la c ita in te r v ie n e e n e l p r in c ip io d e t o d a p r á c tic a d e l p a p e l,
si se le d e v u e lv e s u p le n o s e n tid o (d e o p e r a c io n e s y d e o b
je to s ), si se to m a n o t a d e to d o lo q u e ella d e s e n c a d e n a e n la
l e c t u r a y e n la e s c r itu r a — p a r a c o n s e rv a r e s ta d is tin c ió n p r á c
tic a , a u n q u e n o p e r tin e n te , d a d o q u e la c ita h a d e m o s tr a d o
p r e c is a m e n te s u im p e r tin e n c ia — , ya n o es p o s ib le h a b la r d e
la c ita p o r sí m is m a , s in o ú n ic a m e n te d e su tr a b a jo , d e l t r a b a
jo d e la c ita . L a n o c ió n d e « tr a b a jo » es rica : es la p o te n c ia e n
45
LA CI TA TAL C U A L
a c to , el p o d e r s im b ó lic o o m á g ic o d e la p a l a b r a , e s e l carmen
o la o ra c ió n (los m o n je s d e la s ó r d e n e s c o n te m p la tiv a s d ic e n
q u e su tra b a jo es la o ra c ió n ); es la « la b o r » , s e g ú n e l t é r m i n o
fa v o rito d e M a lla rm é p a r a d e s ig n a r su s tr a b a jo s lin g ü ís tic o s ,
o el laborintus, la la b o r in te rio r, s e g ú n la e tim o lo g ía q u e p r o
p o n ía E v e r a rd o el A le m á n p a r a e l té r m in o laberinto,29 Y en
el te x to el la b e r in to es u n a r e d d e c ita s h a c ie n d o s u tr a b a j o .
T o d o e sto p a re c e u n e n ig m a : ¿ q u é e s e s a m a te r ia q u e y o t r a
b a jo y m e tra b a ja a la v ez? E l te x to , la c ita .
T ra b ajo la c ita c o m o si f u e r a u n a m a te r ia q u e h a b i t a e n
m í; y, al o c u p a rm e d e e lla , e lla m e tr a b a ja ; n o es q u e e s té a t i
b o rr a d o d e citas n i a to r m e n ta d o p o r e lla s, p e r o m e e s t r e m e
cen y m e p ro v o c a n , d e s p la z a n u n a f u e r z a , a u n q u e s ó lo s e a
la d e m i m u ñ e c a , h a c e n in te r v e n ir u n a e n e r g ía — é s ta s s o n
las d e fin ic io n e s d e l tr a b a jo e n fís ic a o d e l tr a b a j o fís ic o — .
D e la cita , v e n ta a m b u la n te e h ila tu r a , so y la m a n o d e o b r a .
T o d a la a m b iv a le n c ia d e la c ita , e n m a s c a r a d a p o r u n a c a n o
n iz a c ió n m e to n ím ic a , e n r iq u e c e e s ta n o c ió n d e « tr a b a jo » : la
a m b iv a le n c ia d e l g e n itiv o e n q u e la c ita es m a te r ia y s u je to ,
e n q u e yo soy a c tiv o y p a s iv o , p r e s a d e la c ita c o m o u n a m u
je r a p u n to d e d a r a lu z . L o s in g le s e s lla m a n a d e te r m in a d o s
te x to s working papers; la e x p r e s ió n n o tie n e e q u iv a le n te e n
fra n c é s, d e s g r a c ia d a m e n te , p u e s to q u e m u e s tr a e n e l t r a b a
jo — se ría m e jo r d e c ir e l « tra b a je o » — la c o lu s ió n d e l t r a n s i t i
v o y d el in tra n s itiv o . E l working paper es el tra b a jo e n c u rso ,
el te x to m ie n tra s se e s tá h a c ie n d o ( u n a d u r a c ió n q u e e l l i b r o
q u isie ra ig n o ra r). E s el p a p e l tr a b a ja n d o ; y h a y q u e im a g in a r
lo c re c ie n d o c o m o u n a m a sa .
C é lin e in sistía a m e n u d o s o b r e e l tr a b a jo q u e s u s l i b r o s le
e x ig ía n , tra b a jo in m e n s o , p r o d ig io s o , d o lo r o s o , q u e se c i f r a
b a e n h o ra s , d ía s y n o c h e s , m ile s d e p á g in a s , u n t r a b a j o c u y o
d e s tin o es s e r n e g a d o p o r e l lib r o a c a b a d o , s e r r e a b s o r b i d o
46
EL T R A B A J O DE LA CI T A
47
I
LA C I T A T AL C U A L
al final d e la m a n io b r a es p o s ib le r e c o n o c e r u n s e n t i d o , t a n
to m e jo r o ta n to p e o r ; p e r o e so es o t r o a s u n to . « S e s u p o n e
q u e el le c to r n o v e el tra b a jo » : la p a s ió n , e l d e s e o y e l g o c e .
12. LA F U E R Z A D E T R A B A J O
48
EL S U J E T O DE LA CI TA
la ú n ic a q u e h a c e ju s tic ia a la cita: s u p o n e e n e fe c to q u e a lg ú n
o t r o se a d u e ñ a d e la p a la b r a , la a p lic a a alg o d is tin to , p o r q u e
q u ie r e d e c ir a lg o d ife r e n te . E l m ism o o b je to , la m is m a p a la
b r a c a m b ia d e s e n tid o s e g ú n la fu e rz a q u e se la a p r o p ie : h a y
t a n to s s e n tid o s c o m o fu e rz a s s u s c e p tib le s d e a d u e ñ a r s e d e
e llo s. E l s e n tid o d e la c ita , se ría p o r lo ta n to la re la c ió n in s
ta n tá n e a d e la c o s a c o n la f u e rz a a c tu a l q u e la in v iste .
U n a v e z d e s v e la d o el fe n ó m e n o q u e se o c u lta b a b a jo el
s e n tid o , es n e c e s a r io , sin d is o c ia r n i ig n o ra r las fu e rz a s q u e
d e s e n c a d e n a n , b u s c a r el s e n tid o d e l fe n ó m e n o e n la s f u e r
zas q u e lo p r o d u c e n c o m o u n tra b a jo . E s ta d e b e ría s e r la fi
n a lid a d d e u n a lin g ü ís tic a q u e se q u is ie ra « a c tiv a » , y n o e x is
t e n in g ú n e n f o q u e p o s ib le d e la c ita q u e p u d ie r a n o r e s u l
t a r s e n c illa m e n te in s e n s a to sin h a c e r re fe re n c ia a las fu e rz a s
q u e la lle v a n a c a b o , a la s fu e rz a s a rc a ic a s d e l r e c o r ta r y p e
g ar, p o r e je m p lo . E l te x to , f e n ó m e n o o tr a b a jo d e la c ita , es
e l p r o d u c t o d e la f u e r z a p o r el d e s p la z a m ie n to .
13. EL S U J E T O D E LA C ITA
L a f u e r z a q u e in v is te la c o sa , q u e la c ita , re m ite s ie m p re , d e
a lg u n a m a n e r a , a u n m o tiv o . S in e m b a r g o , e s to só lo im p lic a
lle v a r la d if ic u lta d a u n n iv e l s u p e r io r : ¿ c u á l es el s u je to d e
la c ita , a q u e l q u e q u ie r e d e c ir a lg o y q u e q u ie re alg o al c ita r?
¿ S e lo p u e d e id e n tif ic a r c o n a lg u n a in s ta n c ia ya c a ta lo g a d a ,
s u je to d e l e n u n c ia d o , d e la e n u n c ia c ió n , e tc é te ra ?
V é a s e lo q u e e s c r ib ía C o n d illa c e n el a r tíc u lo « R e p e tir» d e
su Diccionario de sinónimos-.
R E P E T I R V.
Reiterar, insistir. Se reitera y se insiste en aquello que ha sido di
cho varias veces. Pero me parece que se repiten las cosas, porque es
necesario repetírselas a los demás, y las decimos varias veces para
evitar olvidarlas, o porque es necesario insistir en ellas, para estar
49
LA CI TA TAL CUAL
E l ju e g o es c o m p lic a d o , p e r o n o se d e s c r ib e to d a v í a la
cita. D e a c u e rd o c o n C o n d illa c , p a r e c e q u e f u e r z a s d i f e r e n
tes tra b a ja n e n la re ite ra c ió n y e n la r e p e tic ió n . S e r á n e c e
sario p o r lo ta n to d istin g u ir, e n la e n u n c ia c ió n , u n s u je to d e
la re ite ra c ió n y u n s u je to d e la r e p e tic ió n . L a e n u n c ia c i ó n es
a m b ig u a; su s e n tid o es in d e c is o , n o c e s a d e g i r a r e n e l c a m
p o d e las fu e rz a s s u s c e p tib le s d e m a n ip u la r lo . E s t o t i e n e q u e
v e r co n la in c e r tid u m b r e e n la q u e se e n c u e n t r a e l l e c t o r o
el o y en te re s p e c to a la p o s ic ió n d e l s u je to d e la e n u n c ia c i ó n
co n re la ció n al e n u n c ia d o . P e r o ¿ a c a s o n o se d e b e t a m b i é n a
q u e la n o c ió n d e su je to d e la e n u n c ia c ió n e s d e m a s ia d o v a s
ta, d e m asia d o vag a? C o n v e n d r ía afin a r, id e n tif ic a r la v a r ie
d a d d e las figuras y d e lo s p e r s o n a je s , o m e jo r a u n la v a r ie d a d
d e p o sic io n e s e n q u e a p a re c e . A l m e n o s h a b r í a q u e d i s t i n
g u ir el su je to d e l p re fa c io (a q u e l q u e r e p ite : « E s to e s lo q u e
h e q u e rid o d e c ir» ), el s u je to d e la p u b lic a c ió n ( q u ie n f irm a
el te x to y a p a re c e e n la c u b ie r ta ) , y e l s u je to d e la c ita , i r r e
d u c tib le , in c alifica b le, al q u e se m e n c io n a , p o r e je m p lo , e n
la rad io : « C ito » y « F in d e la cita » .
C ita n d o , h a c ie n d o in te r v e n ir u n a f u e r a d e l a e s c r i tu r a , i n
tr o d u c ie n d o u n c o m p a ñ e ro s im b ó lic o , t r a t o d e e s c a p a r , t o d o
lo p o sib le , d e l fa n ta s m a y d e lo im a g in a rio . E l s u je to d e la c ita
es u n p e rso n a je e q u ív o c o q u e p a r tic ip a a la v e z d e N a r c i s o y
d e P ila to s. E s u n esp ía , u n t r a id o r — s e ñ a la c o n e l d e d o p ú b l i
c a m e n te o tro s d isc u rso s y o tro s s u je to s — , p e r o s u d e n u n c ia ,
su c o n v o c a to ria so n a la v ez u n lla m a m ie n to y u n a in v ita c ió n :
u n a p e tic ió n d e re c o n o c im ie n to . D e h e c h o , e l s u je to d e la c ita 3
50
E L E R R O R DE G U I L L A U M E
es e l yo d e M o n ta ig n e . N i fe n o m e n o ló g ic o , n i a u to b io g rá fi
co , n i m e ta lin g ü ís tic o , d e s ig n a al r e p e tid o r o al in fo rm a d o r,
al p o r ta v o z q u e n o te m e n i a D io s n i al d ia b lo . D e n a d a sirv e
r e c o r d a r l e q u e « q u ie n d e n u n c ia u n h e c h o su e le s e r su a u to r» ,
p o r q u e e s a a m e n a z a h a d e ja d o d e im p re s io n a rle h a c e tie m p o ;
s a b e q u e t ie n e el p o d e r d e n e g a r lo d ic h o , c o m o si c o n c a d a
c ita r e p itie r a : « L o s a u to r e s se fo r m a n lib re m e n te u n a o p in ió n
q u e s ó lo lo s c o m p r o m e te a ello s» . E n u n s e n tid o , só lo e x is
te s u je to d e la c ita e n e l ré g im e n d e m o c rá tic o d e la e s c ritu ra .
14. EL E R R O R DE GUILLAUM E
E x is te u n s ig n o tip o g r á f ic o d e la c ita , u n in d ic a d o r q u e e q u i
v a le a « C ito » : la s c o m illa s q u e el im p r e s o r G u illa u m e in v e n
ta r ía e n e l sig lo x v n , p a r a e n m a rc a r, a isla r u n d is c u rs o tr a s
l a d a d o a l e s tilo d ir e c to o u n a cita . A n te s , só lo la re p e tic ió n
d e l n o m b r e p r o p i o d e l a u t o r c ita d o , e n fo rm a d e u n in c iso ,
« d ic e U n te l» , c u m p lía e sa fu n c ió n . L o q u e d ic e n las c o m i
lla s e s q u e la p a l a b r a se d e b e a o tr o , q u e el a u to r re n u n c ia
a la e n u n c ia c ió n e n b e n e fic io d e o tro : la s co m illa s d e sig n a n
u n a r e - e n u n c ia c ió n , o u n a r e n u n c ia al d e r e c h o d e a u to r. L as
c o m illa s lle v a n a c a b o u n s u til r e p a r to e n tr e su je to s, y s e ñ a
la n e l l u g a r e n e l q u e la s ilu e ta d e l s u je to d e la c ita se p e rfila
e n e l f o n d o , c o m o u n a s o m b r a c h in e sc a .
L a e x t e n s i ó n c o n te m p o r á n e a d e l u s o d e las c o m illa s p a r
t ic ip a d e la m is m a ló g ic a , c u a n d o c o n fie re n a lo q u e e n c ie
r r a n u n a a c e n tu a c ió n o u n a a te n u a c ió n , e n c u a lq u ie r ca so
p o n e n d e re lie v e la e n u n c ia c ió n , q u e tie n e el p o d e r d e l d is-
ta n c ia m ie n to . C u a n d o la s c o m illa s ya n o r e m ite n a u n s u je
to c o n c r e t o se c o n v ie r te n e n u n a e s p e c ie d e g u iñ o , d e fin
g im ie n to o d e fis u r a d o n d e el a u to r se p r e s e n ta c o m o si n o
se d e ja r a e n g a ñ a r p o r e l e n u n c ia d o q u e r e p r o d u c e , p e r o sin
t e n e r q u e d e c ir d e d ó n d e lo h a to m a d o . L a s c o m illa s s u g ie
r e n a d e m á s : « N o so y y o q u ie n lo d ic e » . P e r o ta m p o c o d ic e n
5i
LA CI TA TAL CUAL
q u ié n lo d ic e o lo h a d ic h o , a lg ú n o tr o , u n « s e d ic e » , la o p i
n ió n , el a u to r m ism o , q u iz á u n le c to r : a q u e llo q u e a lg u ie n
h a b r ía p o d id o decir. S o n p e q u e ñ a s b a r r e r a s c o n t r a la f u t i l i
d a d q u e in s ta u ra n u n a v a c ila c ió n , u n g r a d o d e l i b e r t a d e n el
te x to , p o r d o n d e el a u to r h u y e y e l l e c t o r le s ig u e , e n b u s c a
d e u n a p a te r n id a d .
E l u so p a re c e d is tin g u ir la s c o m illa s d e la c u r s iv a (a lg o
q u e es c o n tra rio a su c o m ú n o rig e n ) r e s p e c t o a la d i f e r e n
cia q u e e s ta b le c e n e n la e n u n c ia c ió n . A la s c o m illa s s e a t r i
b u y e lo re la tiv o a la é n d o x a , a q u e llo a lo q u e e l s u je to r e n u n
cia p o rq u e le p a r e c e u n a to n te r ía . A la c u r s iv a , lo p a r a d ó j i
co, u n a in siste n c ia o u n a e m u la c ió n d e l a u to r , u n a r e iv i n d i
cació n d e la e n u n c ia c ió n . L a c u rs iv a e q u iv a ld r ía a « e l s u b r a
y ad o es m ío » o « so y yo q u ie n lo d ic e » . E s n e c e s a r io t r a d u
cirla; en cu rsiv a se im p rim e n ta m b ié n lo s p r é s ta m o s d e u n a
le n g u a ex tra n je ra . E n e s te c a so , e x tr a ñ a a la l e n g u a m a t e r n a ,
es ta m b ié n m i p r o p ia le n g u a . Y o e s c r ib o e n c u r s iv a m i l é x i
co ín tim o , u n d ic c io n a rio p o líg lo ta o id io le c to , m i e n c ic l o
p e d ia p e rso n a l. D e m a n e r a q u e e n c u r s iv a m e e n c u e n t r o m á s
p re s e n te q u e e n c u a lq u ie r o tr a fo rm a : la c u r s iv a e s n a r c is is ta ;
m e g u sta ría in d u d a b le m e n te q u e e l l e c t o r r e c o r t a r a m i t e x t o
sig u ien d o su tra z a d o . C o m o c o m p e n s a c ió n i n t e n t o u n a f in ta
co n las com illas, p id o al le c to r q u e m e c o n c e d a e l b e n e f ic io
d e la d u d a . L e digo: « P u e d e s to m a r lo q u e q u ie r a s , p e r o c o n
p in z a s, n u n c a es a m í a q u ie n to m a s » , o « N o q u i s i e r a d e c ir
lo, p e r o a p e s a r d e to d o , n o p u e d o d e ja r d e h a c e r lo » . E n la
e n u n c ia c ió n , las d iv e rsa s in s ta n c ia s d e l s u je to se p r o d u c e n y
se d is p o n e n d e m a n e r a c o m p le ja . ¿ Q u é c a m b ia n e n e lla la s
co m illa s y la cu rsiv a ? ¿ A caso e sa s c o n s tr u c c io n e s , e s a s p r e
c a u c io n e s, m e p o n e n a c u b ie r to ?
B a rth e s a b o g a b a p o r el a d v e n im ie n to d e u n a c ie n c ia d e
lo s g ra d o s d e d is c u rs o , q u e b a u tiz ó c o m o « b a t o m o l o g ía »,34
52
E L E R R O R DE G U I L L A U M E
y q u e t e n d r í a p o r o b je to lo s e s c a lo n a m ie n to s d e le n g u a je , lo s
d e s n iv e le s d e s e n tid o d e a c u e r d o c o n lo s zigzags d e la e n u n
c ia c ió n : la s c o m illa s , la s co m illa s d e las co m illa s, ad libitum.
A c a p r ic h o : c o m illa s y c u rsiv a s so n lo s p la c e re s d e l te x to ,
g o lo s in a s o r e c u e r d o s . Si h a y u n a p a s ió n e n la e s c r itu r a y e n
la le c t u r a (la in v ita c ió n ) , e sa p a s ió n s u p rim e lo s g ra d o s d e la
e n u n c ia c ió n , a c e p ta la n e c e d a d , sin re m o r d im ie n to s y sin s e
g u n d a s in te n c io n e s . P o r lo d e m á s , c o m illa s y c u rsiv a s n o p e r
t e n e c e n al p r i m e r im p u ls o . A l re le e rm e , y p a r a n o r e p r o c h a r
m e n a d a n i la s tim a r m e (¿ c ó m o c e n s u ra rm e , es d ec ir, c ó m o
a n u la r m e ? ) , a d o p t o u n a a c titu d in te rm e d ia , s u p e r p o n g o al
te x t o d e la in v ita c ió n u n a n d a m ia je d e r e (d e )n u n c ia c io n e s
p a r c ia le s , t r a t o d e c ir c u n s c r ib ir la e n u n c ia c ió n y su s n iv e le s
e n p o s ta s o e n c a n to n e s s e ñ a liz a d o re s : ésta s so n , c o m o e n
u n a p a r t i t u r a m u s ic a l, la s in d ic a c io n e s d e ritm o , lo s v e c to re s
d e i n t e r p r e t a c i ó n q u e e l c o m p o s ito r p r o p o n e al in té r p r e te .
S in e m b a r g o , la e n u n c ia c ió n e s tá d is e m in a d a p o r to d o el
te x to . C a d a p a la b r a , e n ú ltim a in s ta n c ia , se in s c rib e en u n
g r a d o d if e r e n te , c ita a c o m p a r e c e r a u n su je to in é d ito ; c a d a
p a l a b r a d e b e r ía t e n e r u n s ig n o p r o p io . L a « b a to m o lo g ía » se
ría i n ú t il si se d e d ic a r a ú n ic a m e n te a a lg u n o s in d ic a d o r e s c lá
sic o s. C u a n d o la e n u n c ia c ió n se aleja, c u a n d o lo s g ra d o s se
a tr o p e lla n , c u a n d o la s f u e rz a s q u e in v is te n las p a la b r a s p u g
n a n a b ie r ta m e n te , e n to n c e s se im p o n e u n a in te rp re ta c ió n .
D e te r m in a d o s te x to s r e d u c e n lo s n iv e le s y a s u m e n la in te g r i
d a d d e s u e n u n c ia c ió n ; se d a n a b ie r ta m e n te , sin c o m illa s n i
c u r s iv a s . S u s s u je to s e s tá n in d ife re n c ia d o s ; su p o lim o rfis m o
n o e s tá o r d e n a d o . C u a lq u ie r e s c a lo n a m ie n to d e la e n u n c ia
c ió n e s tá p o r d e s c u b r ir , e n la le c tu r a , e n la in v ita c ió n . A h o r a
b ie n , ¿ n o es é s te s ie m p r e el ca so ? E n el te x to tr a p a c e r o q u e
e s tá lle n o d e c o m illa s , e m p ie z o p o r q u ita rla s to d a s p a r a p o
n e r la s d o n d e y o q u ie r o . T o d a le c tu r a re c u s a o d e s p la z a a q u e
lla o t r a q u e se o c u lta e n la e s c r itu r a , y n o so n las c o m illa s la s
q u e lo im p id e n .
53
15- E M B R A G U E P O R F R I C C I Ó N
C o m o p ró lo g o a la e d ic ió n d e b o ls illo d e l l i b r o Literaturas
germánicas medievales, d e J o r g e L u is B o rg e s (y d e M . E . V á z
q u e z , cuyo a p e llid o n o a p a re c e e n la c u b i e r t a d e l v o lu m e n ,
sin o , p re c e d id o d e las in ic ia le s d e su n o m b r e , e n la p o r t a
d a d e l lib ro ), fig u ra la lis ta d e la s o b r a s d e l m is m o a u t o r (e n
e ste caso B o rg es, c o n e x c lu s ió n d e s u c o a u to r a ) d i s p o n i b le s
e n tra d u c c ió n fr a n c e s a .35 U n a d e s a f o r tu n a d a e r r a t a a l t e r a e l
p r im e r títu lo d e la lista : Fricciones, e n E d ic io n e s G a ll i m a r d .
¿ C ó m o n o a leg rase d e l g o lp e d e s u e r te q u e a t r i b u y e a B o r g e s
u n esc rito a p ó c rifo , u n o m á s e n s u h is to r ia ? Fricciones s e r ía
el lib ro d e los lib ro s , q u e fa lta e n la b ib l io t e c a d e B a b e l ,36 la
te o ría g e n e ra l d e l lib r o c o m o cita .
¿ Q u é so n e n e fe c to esa s f r ic c io n e s t e x tu a le s , s in o lo s f r o
ta m ie n to s e n tre d o s p ie z a s d e u n a m á q u in a d e e s c r i b ir ? U n a
c in ta se d e se n ro lla , a r r a s tr a a o t r a c in ta a la q u e t r a n s m i t e u n
m o v im ien to , p o r u n c o n ta c to sin d e s liz a m ie n to . L a s e g u n
d a c in ta m u e v e a su v ez a o tr a , y a sí s u c e s iv a m e n te , h a s t a p o
n e r en m o v im ie n to todos lo s lib r o s q u e , p o r m e d i o d e la f r ic
ción, re p ite n el p rim e ro . P e r o ¿ c ó m o se p u s o e n m o v i m i e n
to el p rim e r lib ro , c u á l es e sa e n e r g ía q u e c o m u n ic a a t o d o s
los d em ás? T al es el m is te rio d e la s le tr a s , a l q u e la e s c r i tu r a
d e D io s a p o r ta e n o c a s io n e s u n a r e s p u e s ta .
L a fric c ió n es u n a e s p e c ie d e c ita , y la m á q u i n a d e e s c r i
b ir (n o so la m e n te la d e B o rg e s), u n e m b r a g u e p o r f r ic c i ó n
e n p e r p e tu o m o v im ie n to .
54
.
16 M OVILIZACIÓN
P o r lo q u e al te x to re s p e c ta , el s e n tid o y el fe n ó m e n o so n i n
s e p a r a b le s ; y la c ita d e te n ta u n p o lo e s tra té g ic o , u n p u n to d e
c o n f r o n ta c ió n o u n p u n t o d e in te rs e c c ió n e n tr e lo s d o s: es
el l u g a r m is m o e n q u e es im p o s ib le ig n o r a r la e s tre c h a c o
r r e la c ió n e n t r e el s e n tid o y el fe n ó m e n o , sin q u e n o o b s ta n
te se c o n f u n d a n . S o n in s e p a r a b le s , p e r o ta m b ié n ir r e d u c ti
b le s . C o m o fe n ó m e n o , el te x to es u n tra b a jo d e la c ita , u n a
s u p e r v iv e n c ia o , m e jo r a u n , u n a p ro lo n g a c ió n d e l g e s to a r
c a ic o d e c o r ta r y p e g a r (la p lu m a re ú n e las p r o p ie d a d e s d e
la tije r a y e l p e g a m e n to ) ; c o m o s e n tid o , es u n a re d , la d e las
f u e rz a s q u e t r a b a ja n y d e s p la z a n . P o r e so el tra b a jo es la r e
f e r e n c ia c a p ita l: e l tr a b a jo c o m p r e n d e la fu e rz a y el d e s p la
z a m ie n to , e l s e n tid o y e l fe n ó m e n o . L a cita , u n a m a n ip u la
c ió n q u e es e n sí m is m a u n a fu e rz a y u n d e s p la z a m ie n to , es
e l e s p a c io p r iv ile g ia d o d e l tr a b a jo d e l te x to ; a c tiv a y re a c tiv a
la d in á m ic a d e l s e n tid o y d e l fe n ó m e n o .
E s to p u e d e e n te n d e r s e fá c ilm e n te : la c ita es u n o p e r a d o r
triv ia l d e i n te r te x tu a lid a d . A p e la a la c o m p e te n c ia d e l le c to r,
c e b a la m á q u in a d e la le c tu r a q u e d e b e re a liz a r u n tra b a jo
d e s d e e l m o m e n to e n q u e , e n u n a c ita , se c o n f r o n ta n d o s t e x
to s c u y a r e la c ió n n o es n i d e e q u iv a le n c ia n i d e re d u n d a n c ia .
S in e m b a r g o , e s te tr a b a jo d e p e n d e d e u n fe n ó m e n o in m a
n e n t e al te x to : la c ita lo p r o f u n d iz a e s p e c ia lm e n te , lo a b re ,
lo s e p a r a . H a y b ú s q u e d a d e s e n tid o , q u e a c o m p a ñ a a la le c
tu r a , p o r q u e h a y s e p a r a c ió n , p é r d id a d e s e n tid o : u n a g u je ro ,
u n a d if e r e n c ia d e p o te n c ia l, u n c o r to c irc u ito : E l fe n ó m e n o
es la d if e r e n c ia , e l s e n tid o es su re s o lu c ió n .
S in e m b a r g o , to d o e s te ju e g o (el d e p o n e r s e e n m a r c h a y
d e te n e r s e , e l d e e s c a p a r y a ta s c a rs e ), e s te v a iv é n , tie n e p o c o
q u e h a c e r c o n e l s e n tid o (p r o p io ) d e la cita: u n a c ita d e s p r o
v is ta d e s e n tid o , o m á s b ie n d e sig n ific a d o , t e n d r ía a p r o x i
m a d a m e n te e l m is m o e f e c to d e tr a c c ió n o d e m o v iliz a c ió n .
E n e s e a r r a n q u e d e s e n tid o p r o d u c id o e n e l t e x to p o r la c ita ,
55
LA CI T A TAL CUA L
37 Platón, Io n , 533 d.
5<S
S E C U E N C I A II
I. S I T U A C I Ó N D E LA C ITA
« ¿ Q u é es la c ita ? » . P o d r ía m o s e n c o n tr a r u n a re s p u e s ta casi
e n c a d a a u to r. « L a c ita , p a r a m í, e s . ..» : d ic h o d e o tr o m o d o ,
y o c o n c e d o a la c ita ta l v a lo r; c u a n d o c ito , quiero (d e c ir) e sto .
P o r e je m p lo , la. r e s p u e s ta d e A u lo G e lio ,1 p a r a q u ie n c ita r
significat prisca lin-
a a lg u ie n , es h a c e r s u elo g io : « L a u d a r e
gua nominare appellareque. Sic in actionibus civilibus auctor
la u d a r i dicitur, quod est nominan. U la u d a tu s autem est qua-
si illa u d a b ilis , qui ñeque mentione aut memoria ulla dignus,
ñeque unquam nominandus est». E n las a n típ o d a s e stá la d e
C la u d e M a u r ia c :2 « L a c ita es u n a tr a m p a p a r a b o b o s » . P e r o
¿ q u ié n es e l b o b o e n e s ta h is to r ia ? ¿ L a p e r s o n a c ita d a , el d e s
t i n a t a r i o (el o y e n te , e l le c to r ) , o el c ita d o r ? E n tr e u n a re s-
1 Aulo Gelio, Noches áticas, 11, 6, 16. En los primeros tiempos de la len
gua latina, laudare significaba nombrar, llamar. Todavía hoy, en los juicios
civiles, se utiliza, refiriéndose al demandante, la palabra laudatur, para de
cir «se le requiere». En este sentido, illaudatus sería lo mismo que illauda
bilis, y designaría a aquel que es indigno de ocupar un lugar en la memoria
y los discursos de los hombres, cuyo nombre no debe pronunciarse.
2 C. Mauriac, E t comme l’espérance est violente, París, Grasset, 1976,
p. 419.
57
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
2 . LA F O R M A S I M P L E D E LA R E P E T I C I Ó N
I N T E R D I S C U R S I VA
V e am o s u n h e c h o irre fu ta b le : e n el le n g u a je h a y c o s a s q u e se
re p ite n ; co sas, es d e c ir o b je to s d e le n g u a je , n o i m p o r t a q u é
o b je to d e le n g u a je : sig n o , p a la b r a , fr a s e , d is c u r s o , t e x t o , sis-
58
LA R E P E T I C I Ó N I N T E R D I S C U R S I V A
te m a d e t e x to s (o e n c ic lo p e d ia ). E n s e g u id a se d e d u c ir á , s o
b r e la b a s e d e la s m ism a s o b s e rv a c io n e s , q u e to d o s lo s o b je
to s d e le n g u a je s o n s u s c e p tib le s d e in s c rib irs e e n u n a r e p e t i
c ió n . A p a r e n te m e n te , e q u iv a le a d e c ir a p r o x im a d a m e n te lo
m is m o ; sin e m b a r g o , n a d a h a y m ás re fu ta b le q u e la e q u iv a
le n c ia d e la s d o s p r o p o s ic io n e s . L a p rim e ra c o n s ta ta u n h e
c h o : la s c o s a s se r e p ite n . L a s e g u n d a p o s tu la q u e la r e p e ti
c ió n , e n c u a n to re la c ió n e n tr e co sa s re p e tid a s , es ella m is m a
u n a c o s a , u n h e c h o d e le n g u a je : n o s o la m e n te u n a s itu a c ió n
d e h e c h o , u n a c o n d ic ió n , u n e le m e n to d e l le n g u a je (c o m o la
c o n f o r m a c ió n e m p ír ic a d e lo s ó rg a n o s d e fo n a c ió n ), sin o u n
e le m e n to p e r ti n e n te , u n a re la c ió n e n el le n g u a je , q u e lo e s
t r u c t u r a ( c o m o e l s is te m a d e fo n e m a s e n u n a le n g u a ). P e r o
n a d a p e r m i t e d e d u c ir d e la s c o sa s r e p e tid a s la re p e tic ió n d e
las c o s a s , la r e p e tic ió n m is m a c o m o co sa. ¿ Q u é c o n d ic io n e s
s o n n e c e s a r ia s p a r a q u e la r e p e tic ió n e n el le n g u a je sea p e r ti
n e n te ? ¿ A d q u ie r e la re p e tic ió n , e n o c a sio n e s, el v a lo r d e u n
h e c h o lin g ü ís tic o , es d e c ir, d ó n d e d e b e , si es q u e d e b e , se r
a n a liz a d a c o m o ta l?
E n e s ta in v e s tig a c ió n , p a r tir e m o s d e las d istin c io n e s q u e
p r o p o n í a B e n v e n is te e n tr e lo s n iv e le s d e l an álisis lin g ü ís tic o .3
E n e l d o m in io d e la le n g u a — el sis te m a o rg á n ic o q u e la lin
g ü ís tic a h a e s ta b le c id o c o m o s u o b je to al c o n s titu ir s e c o m o
c ie n c ia — , la s c o s a s q u e se r e p ite n so n lo s e le m e n to s d e l sis
te m a o b t e n i d o s m e d ia n te la s o p e r a c io n e s d e s e g m e n ta c ió n y
d e s u b s titu c ió n : lo s fonemas q u e se d is trib u y e n d e a c u e rd o
c o n u n p r i m e r n iv e l d e an á lisis y q u e in te g ra n , e n u n n iv e l
s u p e r io r , o tr a s u n id a d e s , lo s signos p r o p ia m e n te d ic h o s (ú l
tim o s e le m e n to s c a rg a d o s d e v a lo r sig n ific a tiv o )— le x e m a s o
m o r f e m a s s e g ú n f u n c io n e n c o m o c o n s titu y e n te s a u tó n o m o s
e n e l s in ta g m a o d e b a n s e r a ñ a d id o s a o tro s sig n o s (a rtíc u lo s ,
59
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
p re p o s ic io n e s , e tc é te ra )— . A h o r a b ie n , e s to s e l e m e n to s — y
e sto es lo q u e c a ra c te riz a e l sis te m a d e la le n g u a — s e e n c u e n
tr a n e n n ú m e ro fin ito : su c o m b in a to r ia e n u n s in ta g m a p r o
v o c a n e c e s a ria m e n te las re p e tic io n e s . N o o b s t a n t e , la r e p e
tic ió n d e esto s e le m e n to s (d e fo n e m a s e n u n s ig n o , d e s ig
n o s en u n a frase) n o es p e r tin e n te e n la le n g u a , n i e n lo q u e
se re fiere a las re la c io n e s fo rm a le s q u e m a n tie n e n e n u n m is
m o n iv el d e análisis, n i e n lo q u e se re fie re a s u i n t e g r a c i ó n
e n u n a u n id a d d e n iv e l s u p e r io r , y p o r lo t a n t o a s u sentido ,
q u e B e n v en iste d e fin e c o m o « la c a p a c id a d d e i n t e g r a r u n a
u n id a d d e n iv el s u p e r io r ».4 L a r e p e tic ió n e n la l e n g u a n o es
m ás q u e u n a o b lig a c ió n r e s u lta n te d e l c a r á c te r d i s c r e to (e n
el se n tid o m a te m á tic o ) d e l s is te m a d e s ig n o s q u e e s la l e n
gua: la re p e tic ió n n o r e p r e s e n ta u n h e c h o lin g ü ís tic o , n o es
u n a c a te g o ría d e la lin g ü ís tic a , la c u a l, p o r c o n s ig u ie n te , n o
tie n e p o r q u é o c u p a rs e d e ella.
Sin e m b a rg o , el d o m in io d e la lengua n o o c u p a t o d o el
c a m p o d el le n g u a je . B e n v e n is te le a s o c ia e l d o m i n io d e l dis
curso. L a o p o s ic ió n le n g u a /d is c u r s o r e to m a ( h e r e d a y m o d i
fica) la o p o s ic ió n le n g u a /h a b la q u e S a u s s u r e h a b í a d e f in id o ,
e n tre el siste m a y su a c tu a liz a c ió n in d iv id u a l. E l d is c u r s o ,
p a r a B en v en iste, n o se r e d u c e al h a b la s e g ú n S a u s s u r e : e s m á s
b ie n u n a « m a n ife sta c ió n v iv a d e la le n g u a » , la l e n g u a e n u s o
y en m o v im ie n to ; p e r o se d is tin g u e f u n d a m e n t a l m e n t e d e la
le n g u a p o r se r u n a fra s e o u n a s u c e s ió n d e fr a s e s . L a l e n g u a
es el m u n d o d e l sig n o , e l d is c u rs o , e l d e la fr a s e : « E l s ig n o y la
fra se so n d o s m u n d o s d is tin to s y [ . . . ] r e q u ie r e n d e s c r i p c i o
n e s d is tin ta s ».5 L o s n iv e le s d e l a n á lis is lin g ü ís tic o s e d e t i e
n e n e n la frase. C o n la fra se , u n i d a d d e l d is c u r s o , s e a r ti c u la
e n el p r im e r d o m in io d e a n á lisis (la le n g u a ) u n n u e v o d o m i
n io d e an á lisis, tr a n s f r á s tic o o tr a n s lin g ü ís tic o . N o o b s t a n t e ,
4 Ibid., p. 125.
5 É. Benveniste, Problemas de lingüística general, vol. 11, trad. Juan A l
íñela, México d . f ., Siglo x x i , 1977, p. 225.
60
LA R E P E T I C I Ó N I N T E R D I S C U R S I V A
61
ESTRUCTURAS ELEM ENTALES
62
LA R E P E T I C I Ó N I N T E R D I S C U R S I V A
L a c o m p r e n s ió n d e lo s fe n ó m e n o s d e la re p e tic ió n , e n el
d is c u r s o , d e u n id a d e s d e l d is c u rs o n o es p o s ib le m e d ia n
te e l a n á lis is d e l d is c u rs o q u e p ra c tic a la re tó ric a , lo m ism o
q u e n o e s p o s ib le c a p ta r, m e d ia n te el an álisis lin g ü ís tic o , las
r e p e tic io n e s e n la le n g u a d e u n id a d e s d e la le n g u a , p o r q u e
e n e s e l u g a r n o s o n p e r tin e n te s . E s te p a ra le lis m o s u g ie re la
id e a d e u n t e r c e r n iv e l d e a n á lisis d e l le n g u a je , s itu a d o m á s
a llá d e la le n g u a y d e l d is c u rs o , e n el q u e esas re p e tic io n e s
h a s ta e s e m o m e n to d e s c o n o c id a s se re v e la ría n p e r tin e n te s y
c o n s titu ir ía n h e c h o s lin g ü ís tic o s ; e s te te r c e r n iv e l te n d r á q u e
h a b l a r d e l e s tr ib illo , d e la le ta n ía , d e la o ra c ió n . C a lificar e s te
n u e v o d o m in io d e tr a n s d is c u r s iv o — lo m ism o q u e el d is c u r
so se c a lific a b a d e tra n s lin g ü ís tic o — se ría c e n su ra b le : la f r a
se es la u n i d a d d e l d is c u rs o , e l d is c u rs o e stá m ás allá d e la
fra se . P e r o e l d is c u rs o n o tie n e lím ite s, ya q u e la fra se es te ó
r ic a m e n te in fin ita e n c u a n to q u e m a n ife sta c ió n d e la len g u a,
y q u e e l d is c u r s o se e x tie n d e a to d a s las fra s e s :7n o e x iste u n
m á s a llá d e l d is c u r s o , n o e x is te la tra n s d is c u r s iv id a d . U n te r
c e r n iv e l d e l le n g u a je n o se a r tic u la c o n el d is c u rs o c o m o lo
h a c e e l d is c u r s o c o n la le n g u a ; n o tr a n s c ie n d e el d is c u rs o (o
lo s d is c u r s o s ) , n o c o m p r e n d e el d is c u rs o ( o ío s d isc u rso s). Se
e x tie n d e a la p l u r a lid a d d e l d is c u rs o (y d e lo s d isc u rso s): p o r
e s o e s te n iv e l d e a n á lis is es interdiscursivo, p u e s to q u e la r e
la c ió n d e l d is c u r s o c o n lo in te rd is c u r s iv o n o es in te g ra d o ra .
P e s e a q u e la s r e p e tic io n e s lin g ü ís tic a s se re v e le n p e r ti
n e n te s e n u n a n á lis is d e l d is c u rs o d e tip o re tó r ic o , el ca so d e
la s r e p e tic io n e s d is c u rs iv a s n o es id é n tic o : é stas so n s ie m p re
in te r d is c u r s iv a s . L a in te r d is c u r s iv id a d , o p u e s ta a u n a t r a n s
d is c u r s iv id a d , n o c o n s titu y e p r o p ia m e n te h a b la n d o u n n iv e l
d e a n á lis is d e s g a ja d o e n re la c ió n c o n el d is c u rs o ; las r e p e ti
c io n e s d is c u r s iv a s n o se c o n v ie r te n e n p e r tin e n te s e n e l n iv e l
in te r d is c u r s iv o , s in o q u e , p u e s to q u e s o n s ie m p re in te r d is -
63
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
c u rsiv a s, so n p e r tin e n te s e n c u a n to q u e r e p e r c u t e n e n e l d is
c u rso . A d o p ta n d o u n a d e fin ic ió n s im p le d e la i n te r d is c u r s i-
v id a d — las re la c io n e s d e u n d is c u rs o c o n u n o u o t r o s d is c u r
sos— , la re p e tic ió n es u n a d e esas p o s ib le s r e la c io n e s , d e las
q u e p u e d e n c o n c e b irs e d iv e rsa s fo r m a s , m á s o m e n o s c o m
p lejas: la cita, el p ro v e rb io , el d is c u r s o d i r e c t o o in d i r e c to ,
la im ita c ió n , la c o p ia , la ré p lic a , e l p a s tic h e , la f u e n te , la i n
flu en c ia, el c o m e n ta rio , e tc é te ra , e n t r e la s c u a le s s e e n c u e n
tra el e s trib illo , ca so p a r tic u la r d e r e p e tic ió n i n te r d is c u r s iv a
y d e c ita (u n a e sp e c ie d e a u to c ita ) , e n la q u e e l t e x t o m is m o
fo rm a p a r te d e su p r o p io in te r te x to , y e s u n o d e lo s d is c u r s o s
c o n los q u e e n tra e n re la c ió n ; la p r im e r a a p a r i c i ó n d e l e s t r i
b illo lo asim ila a lo in te rd is c u r s iv o , la s s ig u ie n te s lo r e p it e n
en el d isc u rso e n el q u e re s u e n a . D e ja n d o a p a r t e e l e s tr ib illo ,
la cita es d e to d a s e stas fo rm a s la m á s s im p le : e s la r e p e t i c i ó n
d e u n a u n id a d d e d is c u rs o e n o t r o d is c u r s o ; la c ita a p a r e c e
co m o la relación interdiscursiva primitiva.
E stas fo rm a s d e la r e p e tic ió n s o n f e n ó m e n o s lin g ü ís tic o s li
b re s y c o n s tre ñ id o s a la vez; c o n s tr e ñ id o s , p o r q u e lo i n t e r d i s
cursivo es u n e s ta d o d e h e c h o , u n a c o n d ic ió n in d is p e n s a b le
d el d iscu rso , p o r q u e el d is c u rs o , e n l u g a r d e i n t e g r a r s e e n u n a
u n id a d s u p e rio r y tr a n s c e n d e n te q u e lo c o m p r e n d i e r a , se a si
m ila al p lu ra l ex te n siv o d e lo in te r d is c u r s iv o ; p e r o l i b r e s p o r
q u e lo in te rd isc u rsiv o , c o n tr a r ia m e n te a la le n g u a , n o t i e n e u n
c a rá c te r d isc re to : si n o se d is p u s ie s e m á s q u e d e u n stock fin i
to d e u n id a d e s d e d is c u rs o (d e fra s e s ) e n t r e la s c u a le s h a b r ía
q u e eleg ir p a r a c o m p o n e r u n d is c u rs o , la r e p e t i c i ó n n o s e ría
m ás q u e u n c o n s tre ñ im ie n to c o n tin u o . S in e m b a r g o , e s la li
b e r ta d d e la re p e tic ió n lo q u e la h a c e p e r t i n e n t e e n e l d is c u r
so, d o b le lib e r ta d y d o b le p e r tin e n c ia q u e se r e la c io n a n c o n la
p o s ic ió n p a r tic u la r d e la fra se , d e l d is c u r s o e n la le n g u a : p o r
u n a p a r te , el d is c u rs o m a n tie n e c o n la le n g u a u n a d ia lé c tic a
e n tr e lo s in g u la r y lo u n iv e rsa l; p o r o t r a p a r te , m a n t i e n e c o n
lo ín te r d isc u rsiv o u n a re la c ió n n o d ia lé c tic a e n t r e l o s in g u la r
y lo p lu ra l. L a p e r tin e n c ia , el v a lo r s ig n ific a tiv o d e la r e p e ti-
64
U N A R E L A C I Ó N DE I N T E R C A M B I O
3. U NA RELACIÓN DE INTERCAMBIO
L a c ita es u n h e c h o d e le n g u a je : la fo r m a s im p le d e u n a r e
la c ió n in te r d is c u r s iv a d e r e p e tic ió n . S e m e ja n te d e s c rip c ió n ,
o b t e n i d a a l té r m in o d e u n a b r e v e e x p lo ra c ió n d e lo s caso s
d e r e p e tic ió n e n e l le n g u a je , c o n tr a d ic e la d e fin ic ió n h a b i
tu a l d e lo s d ic c io n a rio s : « F r a g m e n to r e p r o d u c id o d e u n a u
t o r o d e u n p e r s o n a je c é le b re » . V em o s a q u í u n e fe c to d e la
c a n o n iz a c ió n m e to n ím ic a ,9 q u e c o n f u n d e e n la c ita la p r o
d u c c ió n y e l p r o d u c to . E l p r o d u c to (u n fr a g m e n to r e p r o d u
c id o , u n e n u n c ia d o r e p e tid o ) se c o n s id e r a in m e d ia ta m e n
t e d a d o y e l a c to d e la p r o d u c c ió n (la r e p r o d u c c ió n ) se p a s a
p o r a lto , c o m o si f u e r a id e a lm e n te tr a n s p a r e n te e id e o ló g i
c a m e n te n e u tr o .
P r e t e n d e r q u e la c ita n o es m á s q u e u n e n u n c ia d o re p e -
65
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
E l d e s p la z a m ie n to d e t de u n te x to a o tro , d e s d e T h a s ta
T , e s ta b le c e u n p u e n te e n tr e a m b o s, u n a u n ió n . D e a c u e r d o
c o n B a jtín , p o d r ía m o s lla m a r a e s te p u e n te diálogo.11O p ta r é
p o r u n té r m in o to m a d o d e u n a r e d d e c o n n o ta c io n e s m e n o s
n u m e r o s a s o m á s triv ia le s , c o m o el d e relación-, la c ita i n s ta u
ra u n a relación e n t r e d o s te x to s . P e ro , p u e s to q u e es la e n u n
c ia c ió n , o m e jo r a u n su r e p e tic ió n , la q u e a n u d a la re la c ió n ,
é s ta c o m p r o m e te al s u je to d é l a e n u n c ia c ió n , a lo s d o s s u je to s
c o n c e r n id o s , A t y A z. D e m o d o q u e n o p u e d e tr a ta r s e ja m á s
d e u n a s im p le re la c ió n e n tr e d o s te x to s , T y T , q u e la c ita
im p o n e , s in o d e u n a re la c ió n e n tr e d o s siste m as, c a d a u n o
c o m p u e s to d e u n te x to y d e u n s u je to , S¡ (Ai} T ) y Si (A^, T ),
r e la c ió n (c o m p le ja ) m u ltip o la r d e la q u e la re la c ió n T - T n o
es m á s q u e u n a m o d a lid a d p a r tic u la r.
C a d a u n o d e lo s d o s s iste m a s 5 y Sz c o n s titu y e u n a e n tid a d
s e m ió tic a o rig in a l: u n s is te m a s e m ió tic o , es d e c ir u n siste m a
d e s ig n o s q u e d e f in e é l m is m o su m o d o d e fu n c io n a m ie n to
e n r e la c ió n c o n la le n g u a y c o n lo in te rd is c u r s iv o , q u e g o za
d e u n a r e la tiv a a u to n o m ía y q u e o rg a n iz a su s in g u la rid a d re s
p e c to a e s o s d o s c o m p o n e n te s , u n o u n iv e rs a l y el o tr o p lu ra l,
d e s u re a liz a c ió n c o m o le c tu r a o c o m o e s c ritu ra . L a a u to n o
m ía r e la tiv a y la s in g u la r id a d d e l sis te m a se m ió tic o q u e c o n s
titu y e e l t e x t o c o n d u c e n , c o m o s u b ra y a b a B e n v e n is te ,13 a u n
principio de no-redundancia e n tr e siste m a s, d e in c o n v e r tib i
lid a d e n t r e d o s te x to s . E s to e q u iv a le a d e c ir q u e la re la c ió n
e s ta b le c id a p o r u n a c ita e n t r e te x to s es p a rc ia l, p u n tu a l, y n o
to ta l, a m e n o s q u e se t r a t e d e c a so s a n ó m a lo s. Si T y T2f u e
s e n ú n ic a m e n te d o s e n u n c ia d o s ta l v ez s e ría n m u tu a m e n te 123
67
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
in te rc a m b ia b le s ; p o d r ía e x is tir e n tr e e llo s r e d u n d a n c i a y t a u
to lo g ía . S in e m b a rg o , la r e d u n d a n c ia o la t a u t o l o g ía s o n n o
cio n es (lógicas) re la tiv a s al e n u n c ia d o y n o a la e n u n c ia c ió n :
p o r lo q u e re s p e c ta a la e n u n c ia c ió n , e l a c o n te c i m ie n t o s in
g u lar, n o p o d r ía e n tr a ñ a r r e d u n d a n c ia . E n la m e d i d a e n q u e
n o e x iste e n u n c ia d o sin e n u n c ia c ió n (sa lv o , ta l v e z , e n e l d is
c u rs o d e la ló g ica), y e n q u e el s is te m a d e l t e x t o c o m p r e n
d e el e n u n c ia d o y la e n u n c ia c ió n — lo q u e a q u í r e p r e s e n t a S
{A, T)— , d o s te x to s , in c lu s o e n el c a so d e q u e s u s e n u n c ia d o s
sea n id é n tic o s , n o p o r e llo d e ja r á n d e s e r i r r e d u c t i b l e m e n t e
d is tin to s d e s d e el e s tric to p u n t o d e v is ta d e la e n u n c ia c ió n .
D e h e c h o , la c ita ilu s tr a d e m a ra v illa e s ta s itu a c ió n : si t — s u
p o n ie n d o u n a vez m á s q u e se t r a t a d e l m is m o e n u n c i a d o —
fig u ra a la vez e n T y T , y si, e n e l c a s o e x t r e m o q u e B o rg e s
im ag in ó en « P ie rre M é n a r d , a u t o r d e l Q u i j o t e » , T e s r i g u
ro sa m e n te id é n tic o a T , la s d o s o b r a s , 5 y Sz, n o s o n e q u iv a
len tes. C o m o e s c rib e B o rg e s: « E l t e x to d e C e r v a n te s y e l d e
M é n a rd so n v e r b a lm e n te id é n tic o s , p e r o e l s e g u n d o e s ca si
in fin ita m e n te m á s r ic o » . 14 P u e s to q u e p o n e e n r e la c i ó n d o s
sistem as sem ióticos in c o n v e rtib le s , la c ita es e lla m is m a u n a r e
la c ió n se m ió tic a , q u e c o n v ie n e a n a liz a r c o m o ta l.
4 . LA C I T A H E C H A S I G N O
¿ C u á l es la u n id a d d e l le n g u a je q u e c o m p a r t e n d o s t e x t o s e n
u n a cita? U n signo, e s ta ría m o s te n t a d o s d e d e c ir , p u e s t o q u e
el te x to es c o n s id e r a d o u n s is te m a d e s ig n o s . P e r o s e m e ja n
te re s p u e s ta tr o p e z a r ía c o n u n a o b je c ió n m a y o r, d e b i d o a la
p a r tic u la r s itu a c ió n d e la f r a s e e n e l le n g u a je . U n a c ita e s u n
e n u n c ia d o re p e tid o , es d e c ir u n a f r a s e o u n a s e r ie d e fr a s e s .
A h o ra b ie n , a u n q u e la fra s e se a sin d u d a u n a u n i d a d d e l le n -
14 J.L. Borges, «Pierre Ménard, autor del Quijote», Ficciones, op. cit.,
p. 52. .
6 8
LA CI T A H E C H A S I G N O
g u a je , la u n i d a d d e l d is c u rs o n o es u n sig n o : « L a fra s e c o n
tie n e s ig n o s , p e r o ella m ism a n o es u n sig n o » : 15 p o r q u e n o se
in te g r a e n u n a u n id a d d e le n g u a je d e n iv e l s u p e r io r ,' 6 p o r q u e
es u n a c o n te c im ie n to , u n a u n ic id a d e m p íric a ir re m p la z a b le
e ir r e v e r s ib le ,'7 y le fa lta la id e n tid a d fo rm a l n e c e s a ria q u e
p e r m ite r e c o n o c e r y r e e d ita r el sig n o . U n e n u n c ia d o — u n a
d e c la r a c ió n , statement e n in g lés— n o es u n sig n o . P e r o e s ta
o b je c ió n , ¿ s ig u e s ie n d o v á lid a p a r a u n a cita, p a r a u n e n u n
c ia d o r e p e tid o ? ¿ A c a so u n a fra se — sentence e'n in g lés— n o
p u e d e s e r ta m b ié n , e n o c a s io n e s , u n sig n o ?
L a e s tr a te g ia d e B e n v e n is te c o n sistía e n n e g a r q u e la f r a
se f u e r a s ig n o c o n el fin d e e x tr a e r u n n u e v o d o m in io d e
e s t u d i o , 18 e l d e la s e m á n tic a d e la e n u n c ia c ió n , d is p u ta n d o
e l m o n o p o lio d e la lin g ü ís tic a e s tr u c tu r a l s o b re lo s h e c h o s
d e le n g u a je , y su r e d u c c ió n al e n u n c ia d o ú n ic o , p o r m e d io
d e l c o n c e p to d e sig n o . A sí, le in te r e s a b a re c h a z a r la in flu e n
c ia d e l s ig n o s o b r e el c o n ju n to d e l a n á lisis d e lo s h e c h o s
d e le n g u a je , p o r el d e s c o n o c im ie n to al q u e in d u c ía , a u n q u e
é s te s ó lo f u e r a e l d e l d is c u rs o y el d e la e n u n c ia c ió n . L a fr a
se, s e g ú n B e n v e n is te , n o es sig n o , e n re fe re n c ia a (y e n r u p
t u r a c o n ) u n n iv e l d e a n á lisis in fe rio r, q u e es el d e la lin g ü ís
tic a . S in e m b a r g o a q u í, e n re fe re n c ia a u n n iv el d e an álisis
s u p e r io r — e l d e lo s f e n ó m e n o s in te rd is c u r s iv o s — , ¿ n o p o
d e m o s a d o p t a r o t r a e s tra te g ia y c o n c e d e r q u e d e te rm in a d a s
fra s e s s e a n lla m a d a s s ig n o s, e n lo in te rd is c u r s iv o , p re c is a
m e n te p o r q u e a u n q u e s u e n u n c ia c ió n sea s ie m p re ú n ic a , su
e n u n c ia d o , al s e r r e p e tid o , f o r m a u n sig n o ?
Si e l o r ig e n d e l sig n o , y d e l s e n tid o , c o m o se lo s itú a e n el
69
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
19 S. Freud, Más allá del principio del placer, trad. Luis López-Balles-
teros y de Torres, en: Obras Completas, vol. 1, Madrid, Biblioteca Nueva,
1967, pp. 1097-1125.
10 Cf. J. Derrida, La voz y el fenómeno, op. cit.\ y E. H usserl, Inves
tigaciones lógicas, trad. José Gaos, Madrid, Revista de O ccidente, 1976,
3.“ ed.
21 Benveniste por lo demás reconocía: «Voluntariamente dejé de lado
(debí decirlo expresamente) toda noción de frase disponible, existente ya
fuera del empleo instantáneo, espontáneo, personal, que puedo hacer en
cuanto que emisor. Es decir, prácticamente, un material de enunciados fi
jados por escrito, de forma permanente, no personal», a saber, exactam en
te los enunciados que nos ocupan (Problemas de lingüística general, vol. 11,
op. cit., pp. 233-234).
22 San Agustín, De doctrina christiana, libro 11, capítulo 1, 1 (Migne,
70
LA CI TA H E C H A S I G N O
e s ta s d e f in ic io n e s d e sig n o so n d e m a s ia d o g e n e ra le s, e n a d e
la n te m e a t e n d r é a la q u e p r o p o n e P e irc e e n su « á lg e b ra u n i
v e r s a l d e la s re la c io n e s » e n tr e signos.
T e n g o al m e n o s d o s m o tiv o s p a r a ju s tific a r e s ta e le c c ió n :
- P e ir c e re c h a z a o d e s p la z a la c o n c e p c ió n b in a r ia d e l sig
n o , tr a d ic io n a l d e s d e sa n A g u stín : s u b s titu y e la o p o s ic ió n e n
t r e el s ig n ific a n te y el sig n ific a d o (q u e v ie n e a r e p e tir la q u e
se d a e n t r e e l s ig n o y el re fe re n te ) p o r u n a e s tr u c tu r a d ir e c
ta m e n te te r n a r ia , q u e c o m p r e n d e el s e n tid o o la in te r p r e ta
c ió n . A h o r a b ie n , la d ic o to m ía d e l sig n o , s u p o n ie n d o q u e
se a le g ítim a e n lo r e f e r e n te al sig n o lin g ü ís tic o — co sa q u e es
d u d o s a , y a q u e es n e c e s a r io r e p e tir la p a r a fo r m a r (el) s e n
t i d o — , e s u n a n o c ió n p o c o m a n e ja b le e n el e s tu d io d e los
o tr o s s is te m a s d e sig n o s, p o r e je m p lo el in te rd is c u rsiv o , e x
c e p to si se la d is u e lv e ta n p r o n to c o m o se la p o s tu la , es d e
cir, si u n o se d e s e m b a r a z a d e s u m a rc o re s tric tiv o , m e d ia n te
u n r e c u r s o c o n tin u o al p r in c ip io d e la c o n n o ta c ió n , él m ism o
d e v a lu a d o p o r e s ta in fla c ió n . E l sig n o n o lin g ü ís tic o f u n c io
n a r ía m á s b i e n c o n n o ta n d o : la c o n n o ta c ió n p e r m itiría s o s te
n e r q u e ta l e le m e n to d e u n siste m a n o lin g ü ís tic o sea sig n o
a u n c u a n d o n o se lo tr a ta r a c o m o ta l. E n c a m b io , la fo rm a -
liz a c ió n d e P e ir c e , q u e se la s a rre g la sin la c o n n o ta c ió n , d a
c u e n ta , c o n rig o r, d e s u f u n c io n a m ie n to .
- L a c o n c e p c ió n d e l sig n o e n P e irc e c o n c u e rd a c o n la d e la
a n tig u a r e tó r ic a , c a so ú n ic o d e u n sig n o q u e se d e fin e d e e n
t r a d a a l n iv e l d e l d is c u r s o y n o d e la le n g u a . S e g ú n A ris
tó te le s , e l semeion es u n a u n id a d ló g ic a , d ia lé c tic a , r e tó r i
ca , e s d e c ir d is c u rs iv a , q u e se o p o n e al symbolon, el sig n o
lin g ü ís tic o , 13 y e s tá d e f in id o p o r s u fu n c ió n , la d e p re m is a d e l
e n tim e m a , e l s ilo g is m o r e tó r ic o .14 S e g ú n Q u in tilia n o , q u é se
jR L., 34, col. 3 5). El signo es una cosa que, además de la impresión que pro
duce en los sentidos, nos da a conocer algo más.
23 Aristóteles, De la interpretación, 1 ,16a 3.
24 Aristóteles, Retórica, 1 ,2 ,1537a 31. El semeion es una premisa nece-
71
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
In•
Q u in tilia n o p o n ía e s te e je m p lo p a r a e l s ig n o : « L a s a n g r e
p e r m ite s u p o n e r u n c rim e n . P e r o c o m o e s a s a n g r e p u e d e
p ro v e n ir d e u n sac rificio o d e u n a h e m o r r a g ia n a s a l, u n v e s-
72
LA CI T A H E C H A S I G N O
tid o e n s a n g r e n ta d o n o p r u e b a s ie m p re u n h o m ic id io » . 17 L o
q u e se r e p r e s e n ta r ía así:
Hemorragia......
nasal
L a s a n g r e — r e p r e s e n ta c ió n o sig n o i n d u c to r — e stá e n u n a
d o b le a r tic u la c ió n : p o r u n a p a r te re m ite al o b je to , p o r o tra
p a r te , a la s e rie in a s e q u ib le d e lo s in te r p r e ta n te s , q u e P e irc e
lla m a t a m b ié n lo s sig n o s vividos. E l s ig n o (la re la c ió n d e l sig
n o c o n e l o b je to ) es in a s ib le e n sí; p a r a c a p ta rlo es n e c e s a rio
p a s a r p o r lo s i n te r p r e ta n te s (las re la c io n e s d e lo s in te r p r e
ta n te s c o n e l o b je to ) q u e d e s c r ib e n la o rg a n iz a c ió n d e l o b je
to , su s v ir tu a lid a d e s . L a p r o lif e r a c ió n d e lo s in te r p r e ta n te s
n o tie n e fin , p e r o s o n e llo s lo s q u e f o r m a n el se n tid o : el s e n
tid o es, p a r a P e ir c e , u n i n te r p r e ta n te d e l sig n o , co sa q u e n o
e s tá t a n a le ja d a d e u n a c o n c e p c ió n n ie tz s c h e a n a d e l sig n o ,
d e l s e n tid o c o m o r e la c ió n d e fu e rz a s.
¿ C u á l s e r ía e l f u n c io n a m ie n to te r n a r io p a r a u n a c ita? L a
c ita u n e d o s s is te m a s ,St y 5 2, q u e , e n u n a p rim e ra a p r o x im a
c ió n , s o n lo s relata d e l sig n o : t (S) s e ría el o b je to , y t (SJ el
s ig n o o r e p r e s e n ta m e n . S in e m b a r g o , el p o d e r d e r e p r e s e n
t a r e l o b je to se lo a tr ib u y e al s ig n o u n in te r p r e ta n te , es d ec ir,
a lg u ie n : u n a u to r , u n le c to r, e tc é te ra . E l o b je to m ism o jam ás
e s c a p ta d o sin la in te r v e n c ió n d e l e le m e n to te r c e r o q u e es el
i n t e r p r e t a n t e . A h o r a b ie n , e l i n te r p r e ta n te n o es n u n c a s in
g u la r, es s e ria l: el sentido d e u n a c ita es in fin ito , e s tá a b ie r to
a la s u c e s ió n d e lo s in te r p r e ta n te s .'
L a e s t r u c tu r a tr iá d ic a d e l sig n o es, s e g ú n P e irc e , el p r in c i
p i o d e la semiosis e n to d a s su s v a rie d a d e s . S u d e fin ic ió n m á s
73
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
«A sign, or represen-
g e n e ra l d e l sig n o es e fe c tiv a m e n te é sta :
tamen, is something which stands to somebody for something
in some respect or capacity» (‘U n s ig n o , o r e p r e s e n t a m e n , es
alg o q u e , p a r a a lg u ie n , h a c e las v e c e s d e o t r a c o s a s e g ú n d e
te rm in a d a re la c ió n o c u a lid a d ’). E l t e r c e r o e n e s t a f ó r m u la
es somebody, alg u ien : n o h a y s ig n o sin a lg u ie n a l q u e h a c e r
u n signo. N o h a y sig n o m á s q u e p a r a a lg u ie n . L a d if e r e n c ia
e se n cial e n tre S a u ssu re y P e irc e , q u e es u n o d e lo s r e p r e s e n
ta n te s m a y o re s d e l p ra g m a tis m o f u n d a d o p o r J a m e s , e s la
a te n c ió n d e d ic a d a a lo s p ro c e s o s c o g n itiv o s .
P e irc e e la b o ró , s o b re la b a s e d e s u d e f in ic ió n d e l sig n o ,
u n a clasificación d e lo s sig n o s e n s e s e n ta y se is c a te g o r í a s .28
Y o n o u tiliz a ré m ás q u e lo s p r im e r o s p r i n c i p i o s t a x o n ó m i
cos, q u e so n las ú n ic a s n o c io n e s n e c e s a r ia s a q u í.
- H a y tre s c a te g o ría s d e sig n o s, s e g ú n e l ground, q u e h e m o s
in te n ta d o tr a d u c ir p o r « e l p o te n c ia l p r e li m i n a r a la i n s c r i p
ción», y q u e sería u n a v irtu a lid a d o u n a id e a lid a d ( u n a i d e a e n
el se n tid o p la tó n ic o ), es d e c ir el m o d e lo q u e f u n d a e l sig n o .
E stas tre s c a te g o ría s (x, 2 y 3 ) se o r d e n a n d e a c u e r d o c o n u n a
c o m p le jid a d c re c ie n te d e l p r o c e s o c o g n itiv o .
- H a y tre s n iv eles in d is o c ia b le s d e l s ig n o , o in c l u s o tr e s
p e rsp e c tiv a s, tre s p u n to s d e v is ta s o b r e e l s ig n o :
A. The sign in itself, e l s ig n o e n sí m is m o .
b. The sign as related to its object, e l s ig n o e n u n a r e la c ió n
d u a l co n el o b je to cu y o lu g a r o c u p a .
c. The sign as interpreted to represent an object, e l s ig n o ta l
co m o es in te r p r e ta d o p a r a r e p r e s e n t a r u n o b j e t o e n la r e la
c ió n triá d ic a , el p e r c e p to d e l s ig n o (c o m o s u c o n c e p t o ) s ie n
d o él m ism o u n sig n o , su i n t e r p r e t a n t e ( m ie n tr a s q u e e l c o n
c e p to es el ground).
L a c o m b in a c ió n d e las tr e s c a te g o r ía s ( 1 , 2 , 3 ) y d e lo s tr e s
n iv e le s (a , b , c ) d a u n a p r im e r a t a b l a c o n n u e v e té r m in o s :
74
A B C
1 cualisigno icono rema
2 sinsigno índice proposición
3 legisigno símbolo argumento
75
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
a u tó n o m a . Si a esta tric o to m ía se le h a d a d o t a n t a i m p o r t a n
cia, es p o r q u e c o n c ie rn e a la re la c ió n e n t r e e l r e p r e s e n t a m e n
y el o b je to , y p o rq u e , p o r e s te m o tiv o , p a r e c e s a tis f a c e r el
id e a l b in a rio d e l sig n o . A h o ra b ie n , la t r í a d a b á s i c a d e l s ig n o
(o-R-i) n o p u e d e e x c lu irse d e la d iv is ió n e n t r e i c o n o , í n d i
ce y sím b o lo sin a n u la rla . L a d e f in ic ió n d e l s ím b o lo lo p o n e
e n ev id e n c ia ya q u e , sin el te r c e r o , n o t ie n e s e n tid o : p a r a el
sím b o lo , el re p re s e n ta m e n só lo e s tá e n r e la c ió n c o n e l o b j e
to m e d ia n te u n a ley, u n a c o n v e n c ió n q u e lo a s o c ia a u n t e r
ce ro , el in te rp re ta n te .
,c. S egún la re la c ió n d e l s ig n o c o n s u i n t e r p r e t a n t e , e s d e
c ir d e a c u e rd o c o n la m a n e r a s e g ú n la c u a l e l s ig n o p r o d u c e
o tro signo, su in te r p r e ta n te , el s ig n o p u e d e se r:
- rema\ si el in te r p r e ta n te r e p r e s e n ta e l s ig n o c o m o u n s ig
n o d e lo posible; rema, e n lo s d iá lo g o s p la t ó n i c o s y e n A r i s
tó teles, tie n e el s e n tid o d e ‘p a l a b r a ’, ‘h a b l a ’, ‘f ó r m u l a ’, p e r o
ex p re sa ta m b ié n el a c to d e c a lific a r a u n s u je to o la c a lif ic a
ció n q u e se le d a , t o d o lo q u e p o d e m o s e n u n c i a r d e u n s u
jeto: sería, p o r c o n s ig u ie n te , u n a t r i b u t o p o s i b l e d e l s ig n o ,
u n a cu a lid a d ;
-proposición: si el i n t e r p r e t a n t e r e p r e s e n t a e l s ig n o c o m o
u n signo d e hecho-, e n u n a p a la b r a , si la r e la c ió n e n t r e e l s ig
n o y el in te r p r e ta n te es a c tu a l e n l u g a r d e s e r p o s ib le ;
- argumento: si el in te r p r e t a n t e r e p r e s e n t a e l s ig n o c o m o
u n sig n o d e razón.
L a re la c ió n e n tr e el s ig n o y e l i n t e r p r e t a n t e c o m p e t e a
una retórica pura, q u e e x p r e s a a q u e llo q u e d e b e s e r v e r d a d
d e e sta re la c ió n p a r a q u e el i n t e r p r e t a n t e t e n g a c o n e l o b
je to la m ism a re la c ió n q u e el s ig n o c o n e l o b je to . D i c h o d e
o tr o m o d o , la r e tó r ic a p u r a e s ta b le c e la s re g la s d e t r á n s i t o
d e l sig n o al in te r p r e ta n te , o d e la p r o d u c c i ó n d e u n s ig n o a
p a r tir d e u n sig n o ya d a d o , d e la p r o lif e r a c ió n s e r ia l d e lo s i n
te r p r e ta n te s .
E n el tr iá n g u lo q u e d e s e n c a d e n a la s e r ie , la r e la c i ó n d e l
r e p r e s e n ta m e n c o n el o b je to es la in s c r ip c ió n d e l o p o s i b l e
76
LA CI TA H E C H A S I GN O
q u e es e l s ig n o e n sí m ism o , o e n su re la c ió n c o n el ground. E s
e s ta r e la c ió n d e l s ig n o c o n el ground o c o n el o b je to la q u e el
i n t e r p r e t a n t e r e p ite , y, si la re la c ió n e n tre el sig n o y el o b je
to e s tá f u n d a d a s o b r e u n ground, e sta re p e tic ió n d e b e ría t e
n e r u n fin , o u n lím ite , ya q u e el in te r p r e ta n te tie n d e , al m e
n o s a s in tó tic a m e n te , h a c ia el ground. A h o ra b ie n , p a r a P e ir-
ce , la s e r ie d e lo s in te r p r e ta n te s n o d e b e ría d e te n e r lím ite :
p o r e s o t e r m in ó p o r e lim in a r p o c o a p o c o la id e a d e ground,
c o n s i d e r a n d o q u e la re la c ió n d e l sig n o c o n el o b je to es i n d e
t e r m in a b le o sin f o n d o . E l v a c ío d e esta re la c ió n es lo q u e se
r e p it e a tra v é s d e la s e rie d e lo s in te rp re ta n te s . E s ta se rie es
in t e r m i n a b l e p o r q u e s u ra z ó n (el p rin c ip io d e su r e c u r r e n
cia) es i n d e t e r m i n a d a e n sí m ism a . E l in te r p r e ta n te n o p u e d e
t e n e r u n a r e la c ió n d u a l c o n el o b je to : es la re la c ió n in flex ib le
e n t r e e l s ig n o y e l o b je to lo q u e se rá el p r o p io o b je to d e l in
t e r p r e t a n t e c o m o s ig n o .29
E s ta e s, b r e v e m e n te re s u m id a , la m ás sim p le d e las m a
tr ic e s d e s ig n o s q u e p r o p o n e P e irc e , en n u e v e casos. D e sd e
el m o m e n to e n q u e , c o m o P e irc e , a b a n d o n a m o s la id e a d e
ground o d e s ig n o e n sí, q u e es u n v estig io d e la m etafísica,
la p r i m e r a c o lu m n a d e e s ta m a triz es p o c o ú til. Q u e d a n las
o tr a s d o s , la tr ic o to m ía d e lo s sig n o s se g ú n la re la c ió n c o n
e l o b je to ( ic o n o , ín d ic e , s ím b o lo ), y se g ú n la re la c ió n c o n el
i n t e r p r e t a n t e (re m a , p ro p o s ic ió n , a rg u m e n to ). E s te d is p o s i
tiv o es e l q u e s e r á e x p lo ta d o e n el análisis d e l sig n o q u e es
la c ita , p o r u n a p a r te su re la c ió n c o n su o b je to (su p rim e ra
a p a r ic ió n ) , y p o r o t r a p a r te su re la c ió n c o n la se rie d e lo s i n
t e r p r e t a n t e s (las le c tu r a s , la s e s c ritu ra s , las c itas su c e siv a s),
q u e t r a t a n d e c a p ta r o d e d is o lv e r la re la c ió n o rig in a l e in d e
f in id a c o n e l o b je to .
¿ N o h a b r í a b a s t a d o la ú n ic a p r o p ie d a d d e l sig n o q u e t o
d a s la s d e f in ic io n e s le re c o n o c e n p a r a s o s te n e r q u e la c ita es
77
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L E S
u n sig n o , e v ita n d o la re fe re n c ia a P e ir c e ? E s t a p r o p i e d a d es
só lo u n a n o c ió n in tu itiv a , la d e remisión, q u e d e s ig n a e l c a
rá c te r re la c io n a l d e l sig n o . E l té r m in o relación e s e l d e n o m i
n a d o r c o m ú n d e lo s té rm in o s d is p e r s o s d e substitución, re
presentación, evocación, e tc é te ra . U n a vez m ás h a y q u e lib e
r a r la n o c ió n d e re la c ió n d e su m o d e lo b in a r io .
S eg ú n la fó rm u la e s c o lá stic a , s ie m p r e d e a c tu a l id a d , o d e
a c tu a lid a d re n o v a d a d e s p u é s d e la la r g a « v io le n c ia b á r b a r a
c o n tra el p e n s a m ie n to m e d ie v a l» q u e d e n u n c ia P e i r c e , «ali-
quid statpro aliquo», el sig n o h a c e la s v e c e s d e a lg o y r e m ite
a ese algo. L a e sc o lá stic a , lo m is m o q u e la s te o r ía s c o n t e m
p o rá n e a s d e l sig n o , c o n c ib e la r e m is ió n c o m o r i g u r o s a m e n t e
dual, el ordro ad alterum, e n el q u e alter e s e l ú n i c o o t r o e n la
d u a lid a d , e n la p a re ja , e n la r e la c ió n b in a r ia . S ó lo la a n tig u a
re tó ric a y el á lg e b ra u n iv e rs a l d e P e ir c e d e n u n c ia n la d u a l i
d a d d el signo, y p o n e n el s ig n o s ie m p r e e n lo p l u r a l , e n lo s e
rial, en la in d e fin ic ió n d e l s e n tid o . A r is tó te le s d e f in ía la m e
tá fo ra co m o tra s la c ió n q u e in d u c ía a u n a p l u r a l i d a d d e s e n t i
d o s, y n o c o m o u n a s u b s titu c ió n d e s e n tid o , u n a a l t e r n a t iv a o
u n a d u a lid a d , d e l m o d o r e d u c c io n is ta e n q u e se c o n c ib i ó e n
la é p o c a clásica. A l ordro ad alterum d e la e s c o lá s tic a s e o p o
n e e je m p la rm e n te la d e fin ic ió n d e l signum q u e d a Q u i n t i li a -
n o , «per quod alia res intelligitur» ,3° u n a c o s a q u e d a a e n t e n
d e r o tra , d o n d e alius es o tr a c o s a e n p lu r a l, algo distinto, n o
el otro (la d is tin c ió n e n tr e alter y alius, e n t r e e l d u a l y e l p l u
ra l n o e x iste e n fra n c é s). E n r e s u m id a s c u e n ta s , e l s ig n o d e
P e irc e y el d e la a n tig u a r e tó r ic a , c o n lo s q u e la c ita s e c o n
fu n d iría , so n p o r s u p u e s to relaciones, p e r o n o b in a r i a s : p l u
ra le s (h a b la re m o s d e lo s relata d e l s ig n o o d e la c ita , q u e s o n
m á s d e d o s). E s ta s so n , o p o n ie n d o e l c o n c e p t o m a t e m á t i c o
de correspondencia al d e relación, c o s a s q u e r e m i t e n a v a r ia s
m á s, a d iv e rsa s o tra s co sa s y q u e t r a n s p o r t a n s e n t i d o y s e n t i
d o s, d e l m ism o m o d o q u e p u e d e c ir c u la r s e a tr a v é s d e t o d o 30
78
LA I N C I T A C I Ó N
5. LA I N C I T A C I Ó N
L a r e p e tic ió n es u n fe n ó m e n o p e r tin e n te e n el d is c u rs o , p o r
q u e g o z a d e u n a m e z c la d e lib e r ta d y d e c o a c c ió n e n su re la
c ió n ta n t o c o n la le n g u a c o m o c o n lo Ín te r d isc u rsiv o . L a li
b e r ta d v ig ila d a d e l d is c u rs o d a s e n tid o a la re p e tic ió n y a la
c ita c o m o f o r m a s im p le d e la re p e tic ió n in te rd isc u rsiv a : e x is
te e n el d is c u r s o , d e s d e u n p u n to d e v ista ló g ic o , si n o é tic o o
p o lític o , el d e r e c h o a citar, n o el d e b e r. L a re la c ió n in te r d is
c u r s iv a d e la q u e la c ita es u n sig n o c o n stitu y e p o r lo ta n to
u n a r e la c ió n c o n tin g e n te , q u e p u e d e se r o n o ser.
¿ D e q u é b u e n a v o lu n ta d d e p e n d e q u e sea? L a lib e r ta d en
la m a te r ia es la d e l c ita d o r. L a p r im e r a tesis d e l C írc u lo lin
g ü ís tic o d e P r a g a d e c ía : « C u a n d o se a n a liz a el le n g u a je co m o
e x p r e s ió n y c o m o c o m u n ic a c ió n , la in te n c ió n d e l su je to h a
b l a n t e e s la e x p lic a c ió n q u e se p r e s e n ta c o n m a y o r n a tu r a
lid a d » . P e r o c o n v ie n e ir m á s allá d e e s te p r im e r p la n te a
m ie n to . C o m o o b s e r v a b a B e n v e n iste : « S e d is p o n e a m e n u d o
d e u n a v a r ie d a d b a s ta n te g r a n d e d e e x p re s io n e s p a r a e n u n
ciar, c o m o se s u e le d e c ir, “la m ism a i d e a ” » . 31 E n e sta v a r ie
d a d d i s p o n ib le fig u ra n , ju n to a e x p re s io n e s in só lita s, fra se s
hechas, ready made q u e , si se las r e p r o d u c e , s e rá n citas. P o r
e s o la c ita n o es o b lig a d a o n e c e s a ria , sin o m á s b ie n , d e b id o
a la l i b e r t a d q u e rig e la r e p e tic ió n , motivada. A d e m á s, com o
s ig n o (r e la c ió n e n tr e relata), la c ita se d is tin g u e s u s ta n c ia l
m e n te d e l s ig n o lin g ü ís tic o : é ste , s e g ú n S a u ssu re , es arbitra
rio, y B e n v e n is te h a p r e c is a d o c ó m o h a y q u e e n te n d e r e s ta
a r b it r a r i e d a d d e l s ig n o .32 E l v ín c u lo q u e u n e e l sig n ific a n te
79
ESTRUCTURAS E LE M ENTALES
8o
LA I N C I T A C I Ó N
8l
ESTRUCTURAS ELE M E NT AL ES
la in c ita c ió n . P e r o ¿ e n q u é s e n tid o ? S in d u d a p e s e a l s e n t i
d o c o m ú n , s u p o n ie n d o q u e la c ita , c o m o e n u n c ia d o , p u e d a
te n e r s e n tid o c o m ú n .
82
S I G N I F I C A C I Ó N Y VALORES DE LA CI TA
(e n e n u n c ia d o ) y r e c ib ir a u n autor, es d ec ir, q u e u n s u je to
d e la e n u n c ia c ió n e x p r e s e e n ellas su p o s ic ió n » . 36
D is tin g u ir , s e p a r a r lo s d iv e rso s re g istro s d e l s e n tid o d e la
c ita o d e la p a la b r a b iv o c a l e q u iv a le a sim p lifica r m u c h o su
m a n e r a d e d a r s e n tid o . L as re la c io n e s ló g icas y d ia ló g ic a s
q u e la c ita c o n d e n s a s o n e n e fe c to c o n c u rre n te s e n el a c to
d e r e - e n u n c ia c ió n q u e la p r o d u c e . A l o p e r a r u n re p a r to o p e
ra tiv o e n t r e e s to s re g is tro s , h a y q u e te n e r e n c u e n ta q u e n o
f o r m a n u n a d iv is ió n , s in o u n a p a r tic ió n q u e , co m o ta l, a d
m ite p e r c e p c io n e s .
El sentido d e la c ita se c o m p o n e , e sq u e m á tic a m e n te , d e
d o s v a r ia b le s q u e él m is m o ac e le ra :
- su valor de significación, el s e n tid o d e l e n u n c ia d o t en T,
q u e , e n p r in c ip io , s u p o n d r ía m o s q u e es el m ism o q u e el s e n
tid o d e t en T , si / n o f u e r a u n a c ita s in o u n e n u n c ia d o re g u
lar, d e p r i m e r a m a n o , d e e n u n c ia c ió n o rig in al;
- el conjunto de sus valores de repetición, el c o n ju n to d e los
v a lo re s d ia ló g ic o s a d q u ir id o s p o r la c ita e n el p ro c e s o d e r e
p e tic ió n q u e h a c e d e e lla u n sig n o . L o s v a lo re s d e re p e tic ió n
d e la c ita s o n s u f r a g a d o s p o r la c o r r e s p o n d e n c ia q u e e s ta b le
ce e n tr e lo s d o s s is te m a s Si (A ¡} T) y S2 (A 2, T ); a m b o s so n
a r b itr a r io s , es d e c ir m o tiv a d o s y c o n tin g e n te s , se g ú n el p r in
c ip io d e la invitación y d e la incitación.
L a o p o s ic ió n d e e s to s d o s c o m p o n e n te s d e l s e n tid o d e la
c ita e s s im ila r a la o p o s ic ió n f r e c u e n te m e n te in v o c a d a p o r
la s e m io lo g ía e n t r e la d e n o ta c ió n y la c o n n o ta c ió n d e u n sig
n o , a u n q u e n o se c o r r e s p o n d e c o n ella e x a c ta m e n te . S u p o
n ie n d o q u e s e a p o s ib le id e n tific a r e l v a lo r d e sig n ificac ió n
c o n u n a d e n o ta c ió n d e la c ita c o m o sig n o , la c o n n o ta c ió n ,
p o r s u p a r te , c o m p r e n d e r á m u c h o s o tro s v a lo re s a d e m á s d e
lo s d e la e s t r i c t a r e p e tic ió n . L o s d o s re g is tro s d e l s e n tid o
d e u n a c ita se o p o n e n m á s b ie n c o m o el s e n tid o p r o p io y el
s e n tid o f ig u r a d o d e u n tr o p o , a u n q u e el t r o p o es u n e le m e n -
36 Ibid., p. 241.
83
ESTRUCTURAS ELEM E N T A L ES
84
RE C O N O C IM IE N T O , COMPRENSIÓN, INTERPRETACIÓN
y n o c a d a u n o d e e so s d o s c o m p o n e n te s e n sí m ism o . P o r eso
p o d e m o s h a b l a r d e u n v a lo r d e sig n ificac ió n d e la cita , m e
d ia n te u n e n o r m e r o d e o q u e c o n siste e n d e c ir q u e la c ita es
el s e n tid o d e t en S , y el s e n tid o d e t e n Sz, si t a p a re c e a q u í,
n o c o m o c ita , s in o c o m o e n u n c ia d o o rig in al. E s te ro d e o só lo
tie n e u n a le g itim id a d h e u rís tic a : o p o n e , en Sx, a t c o m o si d e
p e n d ie r a d e d o s re g is tro s lin g ü ístic o s d ife re n te s: la e n u n c ia
c ió n y la r e p e tic ió n , d a n d o p o r s u p u e s to q u e la re p e tic ió n es
ta m b ié n u n a e n u n c ia c ió n .
E n e l tr iá n g u lo d e P e irc e , la re la c ió n re p re s e n ta m e n -o b -
je to p e r te n e c e al o r d e n d e la denotación, y la re la c ió n in te r
p r e ta n te - o b je to , al o r d e n d e l sentido, p e r o u n a y o tra só lo so n
a c c e s ib le s m e d ia n te la re la c ió n re p re s e n ta m e n -in te rp re ta n -
te: el s e n tid o se p r o y e c ta s o b r e lo s o tro s d o s la d o s d e l tr iá n
g u lo . E n e l c a s o d e la c ita , c u y o c a rá c te r b iv o c a l, la d o b le p e r
tin e n c ia , ló g ic a y d ia ló g ic a (ta m b ié n p o d ría m o s d ecir: lin
g ü ís tic a y r e tó r ic a ) , r e s u lta d e s u d o b le o rie n ta c ió n , el sentido
se c o m p o n e d e u n valor de significación— el ú n ic o q u e te n d rá
e n a u s e n c ia d e s e ñ a le s d e la re p e tic ió n , y en c ie rta fo rm a u n a
d e n o ta c ió n d e la c ita c o m o s ig n o — , y d e u n c o n ju n to d e va
lores de repetición, es d e c ir d e lo s v a lo re s d is tin to s d e la sig n i
fic a c ió n , d e lo s q u e le in v is te el p r o c e s o d e re p e tic ió n , co m o
r e la c ió n e n t r e lo s d o s siste m a s, St y St, es d ec ir, d e lo s v alo res
lig a d o s a l i n t e r p r e t a n t e , a la s e rie d e lo s in te rp re ta n te s . P r e
g u n ta r s e p o r la e s p e c ific id a d s ig n ific a n te d e la c ita en el d is
c u r s o , c o n s is te e v id e n te m e n te e n e x p lo r a r el s e g u n d o d e lo s
c o m p o n e n te s d e s u s e n tid o , e l q u e le es p ro p io : el c o n ju n to
d e su s v a lo r e s d e re p e tic ió n .
7. R EC O N O C IM IE N T O , COM PRENSIÓN,
INTERPRETACIÓN
85
1
ESTRUCTURAS ELEMENTALES
86
R E C O N O C IM IE N T O , COMPRENSIÓN, INTERPRETACIÓN
87
ESTRUCTURAS ELEM E N T A L ES
to d a c ita es e n p r in c ip io u n ín d ic e , u n shifter ( u n s ig n o q u e
c o n tie n e u n e le m e n to d e la s itu a c ió n d e e n u n c ia c i ó n ) , y e s el
ín d ic e lo q u e y o re c o n o z c o . ¿ Q u é se e s p e r a d e m í? ¿ Q u é se
q u ie r e q u e h a g a ?
L a interpretación-, lo q u e h a y q u e i n t e r p r e t a r , e l quid inter-
pretandum, es e v id e n te m e n te la r e p e tic ió n , la r e la c i ó n p l u
ra l q u e la c ita e s ta b le c e e n tr e lo s d o s s is te m a s S¡y Sz, lo s la z o s
q u e c o n s e rv a t c o n su e s p a c io o r ig in a l. I n t e r p r e t a r la r e p e t i
c ió n es i n te r p r e ta r la h u e lla d e la i n c ita c ió n , e s d e c ir , la c ita
m is m a c o m o a c to cu y o s e n tid o n o e s tá d a d o .
L a in te r p r e ta c ió n es u n tr a b a jo m e d i a n t e e l c u a l, c o m o le c
to r, in te r m e d io en la r e la c ió n e n t r e 5 y Sz p a r a lle v a r la a c a b o .
I n te r p r e ta r e q u iv a le a lle v a r a c a b o u n n e g o c io p o n i e n d o e n
re la c ió n a d o s n e g o c ia n te s , y h a c e r u n o s u n e g o c io : é s te es
el s e n tid o m ás a n tig u o d e l i n t é r p r e t e , e n e l l e n g u a j e j u r í d i
co , el d e in te rm e d ia r io , d e c o r r e d o r .
E l le c to r es in té r p r e te d e la c ita (a sí c o m o d e o t r a s f o r
m as in te rd is c u rsiv a s m á s c o m p le ja s ): t e r c e r o d e u n a r e la c ió n
d u a l, n e g o c ia d o r y n o h e r m e n e u ta , e n c a r g a d o d e h a c e r n e
g o cio s y n o d e d a r e x p lic a c io n e s . A n te s d e q u e e l n e g o c ia
d o r in te rv e n g a , lo s d o s i n te r lo c u to r e s d e l m e r c a d o , la o f e r ta
y la d e m a n d a , se ig n o ra n : e l n e g o c ia d o r lo s p o n e e n r e la c ió n ,
ev a lú a el p re c io ju s to s o b r e e l q u e p u e d e n l l e g a r a u n e n t e n
d im ie n to . P o r lo ta n to n o h a y n a d a q u e i n t e r p r e t a r a n te s d e
q u e se a n u n c ie el in té r p r e te : la i n t e r p r e t a c i ó n m is m a , c o m o
e v a lu a c ió n , in s titu y e la r e la c ió n e n t r e lo s i n t e r l o c u t o r e s , u n a
re la c ió n q u e , p o r c o n s ig u ie n te , n o e s n u n c a r e a l m e n t e d u a l,
ya q u e e s tá f u n d a d a p o r u n t e r c e r o al q u e n o e s p o s i b l e e x
clu ir. E l te r c e r o firm a rá e l c o n tr a to j u n t o a lo s d o s c o n t r a
ta n te s ; su r ú b r ic a g a r a n tiz a la v a lid e z d e l c o n t r a t o , d a e x is
te n c ia a la re la c ió n .
L o m is m o s u c e d e c o n la le c tu r a , a c to d e i n t e r p r e t a c i ó n
d e la c ita: u n a re la c ió n in te r d is c u r s iv a e s s i e m p r e t r i a n g u
la r; só lo tie n e s e n tid o para u n te r c e r o , y por e s e t e r c e r o , q u e
in te r v ie n e p a r a e v a lu a r la s p a r te s , la s f u e r z a s e n f r e n t a d a s .
R E C O N O C IM IE N T O , COMPRENSIÓN, INTERPRETACION
C u a n d o u n a b o g a d o c ita a u n te stig o a c o m p a re c e r, lo h a c e
p r e s e n ta r s e a n te e l ju e z o el tr ib u n a l, y só lo p o r el p o d e r d e
é s to s el p r o c e d im ie n to d e la c ita c ió n tie n e s e n tid o : el te r c e
r o d e t e n t a la v e r d a d d e la c ita c ió n , q u e es el ju icio . T a m p o
co c u a n d o u n g e n e ra l c ita a u n s o ld a d o a p o n e rs e a las ó r d e
n e s d e la n a c ió n se t r a ta d e u n a re la c ió n d u al: la n a c ió n e stá
p r e s e n te , el g e n e ra l y el s o ld a d o só lo e x iste n p o r los p o d e r e s
q u e le s h a n s id o c o n f e rid o s . S ó lo h ay c ita e n n o m b re d e u n a
te r c e r a p o te n c ia q u e q u ie r e c o n c e d e rla a los in te rlo c u to re s ,
y s ó lo e lla tie n e la f a c u lta d d e p o n e r e n re la ció n : só lo el tore
ro40 « c ita » e n s u n o m b r e al to r o , c o n el riesg o q u e eso c o m
p o r ta . L a r e la c ió n S-Sz e x ig e el tres q u e la realice: la re a liz a
c ió n se e n tie n d e , n o só lo c o m o u n a re e s c ritu ra , sin o co m o
a q u e llo q u e d a r e a lid a d al te x to .
E l p r o d u c t o d e la in te r p r e ta c ió n es u n interpretante, es d e
cir, s e g ú n P e ir c e , u n tercero q u e tie n e la m ism a re la c ió n c o n el
objeto ( t e n 5 ) q u e la d e l r e p r e s e n ta m e n {t en S J c o n el m is
m o objeto. L o s i n t e r p r e ta n te s s o n in n u m e ra b le s , fo rm a n u n a
se rie , u n a c a d e n a q u e n o r e a b s o r b e jam ás el p u n to d e p a r
tid a , e l a c c id e n te d e s e n tid o p r o v o c a d o p o r la re p e tic ió n : la
i n t e r p r e t a c i ó n d e ja s ie m p r e u n re s to , u n a fu g a , algo q u e se le
e s c a p a , lo q u e e l in t é r p r e t e , p o r e je m p lo , se m e te en el b o ls i
llo al h a b e r c o n ta d o c o n é l p a r a re a liz a r u n a tra n sa c c ió n (d e
tr a n s - a c c ió n ) , u n a in te r p o la c ió n . Y es fin a lm e n te este re sto
p e r p e t u o , c u a lq u ie r a q u e se a e l n ú m e r o d e los in te r p r e ta n
te s s u c e s iv o s q u e se e n r o s c a n s o b re sí m ism o s p a r a fo rm a r
u n b u c le e n t o r n o al p u n t o d e fu g a , lo q u e d ife re n c ia la c o m
p r e n s ió n d e la in te r p r e ta c ió n . C o m p r e n d e r es u n g e sto t o t a
liz a d o r , q u e e n g lo b a , r e ú n e , ro d e a , c ie rn e y ciñ e el s e n tid o ,
que da consistencia al d is c u rs o ; m ie n tra s q u e in te r p r e ta r es
p o n e r s e e n t r e d o s , d a r p á b u lo , e n la z a r y fa lla r s ie m p re , p u e s
s ie m p r e h a y a lg o q u e se re s is te — « e x -siste » , se g ú n la o r t o
g ra fía i n t r o d u c i d a p o r H e id e g g e r — a la in te r p r e ta c ió n , alg o
89
1
ESTRUCTURAS E LE M E N T A L ES
q u e é s ta só lo r e c u p e r a p a r a d e ja r a su s e s p a ld a s o t r a co sa,
sin p o d e r a b a r c a r lo to d o ja m á s , y r e n u n c i a n d o a e s t a ilu s ió n .
L a im a g e n lo c a tiv a d e lo s p re fijo s cum e Ínter, e n c o m p re n
d e r e in te r p r e ta r , h a y q u e e n t e n d e r l a l i te r a l m e n t e . L a c o m
p r e n s ió n lle v a a c a b o la s ín te s is e n t r e 5 y que consisten. L a
in te r p r e ta c ió n p o n e a S y Sz e n u n a r e la c ió n d e ex-sistencia,
u n o s ie m p re p r e s e n te - a u s e n te r e s p e c to a l o t r o , r e c o r ta d o -
p e g a d o , d e s u n id o - u n id o : la i n t e r p r e t a c i ó n e s la ex-sistencia
m ism a , el g u ió n d e u n ió n , q u e r e c ib e e s te n o m b r e p o r q u e d e
sig n a u n a s e p a ra c ió n , la m á s ir r e m e d ia b le , la d e la s p a la b r a s ,
y p o r q u e es u n a rtific io e n tr e la p r e s e n c ia y la a u s e n c ia , e n tr e
r e c o r ta r y p e g a r. E s el a c c id e n te : e l n iñ o q u e a c a b a d e r o m p e r
u n a p e s ta ñ a d e su r e c o r ta b le llo r a y v a a b u s c a r a s u m a d re .
Q u e sea p o s ib le i n t e r p r e t a r e n la c ita , l u g a r d o n d e in te r
p o n e r s e e n tr e lo s d o s s is te m a s c o n c e r n i d o s a fin d e v a l o r a r el
in te rc a m b io al q u e se d is p o n e n , y r e a liz a r lo m e d i a n t e e s a in
je re n c ia , es algo q u e tie n e q u e v e r c o n la r e p e t i c i ó n . S o n los
valores de repetición lo s q u e s o n o b je to s d e i n t e r p r e t a c i ó n ,
es d e c ir in te r p r e ta n te s . E s o s v a lo r e s m a n t i e n e n c o n e l o b je to
d e la re p e tic ió n (el e n u n c ia d o y la e n u n c ia c i ó n o r ig in a le s ) la
m ism a re la c ió n q u e la c ita m a n tie n e c o n e s e o b je to .
Si el p ro c e s o d e r e p e tic ió n o p e r a s e s o b r e e l e n u n c ia d o y
n o s o b re la e n u n c ia c ió n se lle v a r ía a c a b o s in s o b r e c a r g a n i
d e sc a rg a d e s e n tid o , p r in c ip io y fu g a , y n o n e c e s i t a r í a n in g ú n
tra b a jo d e in te r p r e ta c ió n , s in o ú n i c a m e n te d e c o m p r e n s ió n :
la re p e tic ió n n o t e n d r ía e n to n c e s n in g ú n v a l o r p r o p i o o e s p e
cial. E n las p rá c tic a s d e l le n g u a je m e d i a n t e la s c u a le s e n u n
c ia d o y e n u n c ia c ió n c o in c id ir ía n , e l f e n ó m e n o d e la c ita n o
e x istiría , n o te n d r ía n in g u n a e s p e c if ic id a d . P e r o ¿ h a y o tra s
p rá c tic a s d e l le n g u a je d is tin ta s a la m a t e m á t i c a o a la ló g ic a
q u e c u m p la n ta le s c o n d ic io n e s ?
E n c u a lq u ie r o tr o c a so , la r e p e tic ió n , e s d e c ir e l a c c id e n
te , el b o r r ó n , la d is c o rd a n c ia , s u s c ita u n t r a b a j o q u e la e v a
lú a y p r o d u c e v a lo re s c o r r e s p o n d ie n te s a d iv e r s a s r e la c io n e s
e n tr e lo s d o s siste m a s. E s ta es la r a z ó n p o r la q u e lo s v a lo re s
90
R E C O N O C IM IE N T O , COMPRENSIÓN, INTERPRETACIÓN
d e r e p e tic ió n s o n in te r p r e ta n te s d e la cita. F u e r a d e la in te r
p r e ta c ió n , o sin in te r p r e ta c ió n , n o h ay v alo re s d e re p e tic ió n ,
sin o p u r a y s im p le m e n te re p e tic ió n , a u to m a tism o o c o m p u l
sió n . D a d o q u e e so s v a lo re s n o p re e x is te n a la in te rp re ta c ió n
q u e lo s p r o d u c e c u a n d o é s ta ev a lú a las fu e rz a s c o m p ro m e ti
d a s e n la r e p e tic ió n , n o se c o n f u n d e n co n u n a « n u e v a o r ie n
ta c ió n in te r p r e ta tiv a » d e la q u e , se g ú n B ajtín , el a u to r d o ta ría
a la p a la b r a d e o tr o u tiliz á n d o la p a r a fines p e rso n a le s. C o m o
e s c rib e B a jtín : « L a s p a la b r a s d e o tro in tro d u c id a s en n u e s
tr o d is c u r s o se a c o m p a ñ a n in e v ita b le m e n te d e n u e s tra a c ti
t u d p r o p i a y d e n u e s tr o ju ic io d e v a lo re s, d ic h o d e o tro m o d o ,
se c o n v ie r te n e n b iv o c a le s » . 41 A sí es, p e r o lo s v alo res d e r e
p e tic ió n d ifie re n d e e s te a c o m p a ñ a m ie n to : p o c o im p o rta q u e
c o in c id a n o n o c o n la « a c titu d p r o p ia » o el « ju icio d e v alo r»
d e l c ita d o r , q u e n o s e ría , d e s p u é s d e to d o , m ás q u e u n o d e
e so s v a lo re s , y q u iz á lo ir r e d u c tib le d e la re la c ió n (in v itació n e
in c ita c ió n ) , y a q u e d e s e n c a d e n a la se rie d e lo s in te rp re ta n te s .
E l s e n tid o d e la c ita se e x tie n d e a su v a lo r d e sig n ificació n
(q u e se c o m p r e n d e ) y al c o n ju n to d e sus v a lo re s d e r e p e ti
c ió n ( q u e se i n t e r p r e t a n ) . P e r o m ie n tra s q u e el p rim e ro es
in m e d ia to , lite r a l, u n ív o c o , c e r r a d o , lo s s e g u n d o s so n in m e
d ia ta m e n te p lu r a le s , c o e x te n s iv o s , in te ra c tiv o s . A d e m á s, es
n e c e s a r io c o n s e r v a r e l p lu r a l y h a b la r d e ellos c o m o d e u n a
c o n s te la c ió n h u id iz a q u e c o b r a s ie m p re s e n tid o p o r d e fe c to ,
o p o r e x c e s o : s o n la d if e r e n c ia e n tr e lo s d o s te x to s d e sfa sa
d o s , d e s e n g a n c h a d o s , u n a d ife r e n c ia ir r e d u c tib le p e r o in te r
p r e ta b l e m e d i a n t e u n a c to q u e re p ite , re la ta , es d ec ir, d e n u n
cia y d e s b a r a t a lo a r b itr a r io d e la e s c ritu r a c o m o a c to u n ila
te r a l, q u e se in s ta la e n u n a p a r te y c o n f ro n ta lo s te x to s c o n
el fin d e q u e se d e s m o n te n , se e n s a ñ e n y d e s c u b r a n la m a q u i
n a r ia d e s u s e n tid o . I n t e r p r e t a r la c ita sig n ifica r e p e tir la , c i
t a r la s p a r te s im p lic a d a s e n el p ro c e s o d e p r o d u c c ió n y d e r e
p r o d u c c i ó n d e l d is c u r s o , c o n v o c a rla s y d e s c o n v o c a rla s ; c o n -
91
ESTRUCTURAS ELEM ENTALES
fr o n ta r la s e n tr e sí d e s p u é s d e h a b e r m u t il a d o a a m b a s e l ó r
g a n o e n litig io , m e d ia n te lo s p o d e r e s q u e n o s s o n c o n f e r id o s .
I n te r p r e ta r , s ig u e s ie n d o c ita r, s o b r e - c ita r , s o b r e - e s c r ib ir , en
u n a se rie in d e fin id a d e d is c u rs o s q u e a fin d e c u e n ta s n o h a
c e n m á s q u e v e rific a r la p r o p ie d a d q u e d i s t in g u e e l l e n g u a
je d e c u a lq u ie r o tr o sis te m a s e m ió tic o y q u e B e n v e n is te lla
m aba relación de interpretando. « L a le n g u a p u e d e , e n p rin
c ip io , c a te g o riz a r e in te r p r e ta r to d o , in c lu s o e lla m is m a » . 42
8. LA C O N S T E L A C I Ó N D E LO S V A L O R E S
DE REPETICIÓN
U n v a lo r d e r e p e tic ió n , a d e m á s d e s e r u n a c ita , e s ta m b ié n
u n signo; él h e r e d a d e y a c tu a liz a la c o r r e s p o n d e n c i a e n tre
lo s d o s siste m as q u e p o n e e n r e la c ió n . U n v a l o r d e r e p e t i
ció n , u n in te r p r e ta n te , es u n a r e la c ió n e n t r e d o s relata p o r y
p a r a u n in te rm e d ia r io . E l e n ig m a d e la i d e n t i d a d d e lo s rela
ta y d e l v a lo r d e la re la c ió n p e r m a n e c e i n a l t e r a b le . P e r o estas
d o s c u e stio n e s so n in d is o c ia b le s : lo s relata y la r e la c ió n so n
u n a y la m ism a co sa. L a c u e s tió n d e l v a lo r d e la r e la c i ó n e q u i
v ale a la d e la i d e n tid a d d e lo s relata.
L a re p e tic ió n p o n e e n r e la c ió n , e n c o r r e l a c ió n , lo s d o s
siste m as s e m ió tic o s, Si (.A¡f T) y S2 (Az, TJ; t o d a s la s r e la c io
n e s so n p o s ib le s d e m a n e r a c o n c u r r e n te e n t r e u n e le m e n to
d e u n siste m a (A o T) y u n e le m e n to d e l o t r o ; se d is tin g u e n
s e g ú n la id e n tid a d d e lo s e le m e n to s q u e p o n e n e n re la c ió n .
U n a re la c ió n o v a ria s p u e d e n a c tu a liz a r s e ; u n a r e la c i ó n p u e
d e s e r p re d o m in a n te . A h o r a b ie n , p a r a c o m p l i c a r to d a v ía
m á s el s e n tid o , actualización y predominancia d e u n a re la c ió n
n o p u e d e n e n te n d e r s e m á s q u e e n la a m b i v a l e n c ia q u e im
p lic a la re p e tic ió n c o m o interpretancia, e s d e c i r c o m o in te r
p r e ta n te e in te r p r e ta b le . U n v a lo r d e r e p e t i c i ó n n o es a d q u i- 41
92
LA C O N S T E L A C I Ó N DE LOS VALORES DE R E P E T I C I Ó N
r id o p o r n a d ie , s u p o n ie n d o q u e se q u ie ra a d m itir q u e el v a
l o r d e s ig n ific a c ió n lo es, y m e n o s to d a v ía p o r el c ita d o r q u e
p o r a q u e l q u e es c ita d o o p o r el te rc e ro e n te n d e d o r. P o r eso
s e ría u n e r r o r r e d u c ir el s e n tid o d e u n a c ita a su sig n ificad o ;
p o r e s o ta m b ié n , s o b r e el s e n tid o n o h a y m ás q u e c o n je tu ra s:
el s e n tid o d e u n a c ita es la c o n s te la c ió n d e sus in te r p r e ta n te s .
L a c o n s te la c ió n d e lo s v a lo re s d e re p e tic ió n d e u n a c ita
es u n c a m p o d e fu e rz a s, u n a r e d d e re so n a n c ia s, y sus v a lo
re s u n e c o d e la r e p e tic ió n q u e lo s in a u g u ra , a u n q u e la se rie
d e lo s e c o s n o a g o te el s o n id o q u e lo s p ro v o c a . S ie m p re q u e
d a u n r e s to , u n a re m is ió n p o r v e n ir q u e s u p le (s u p le m e n ta
ria y s u p le tiv a ) la a u s e n c ia p r im e r a d e se n tid o .
S in e m b a r g o , d ic h o e s to — q u e n o tie n e lím ite la re p e tic ió n
y s u e v a lu a c ió n , q u e la e v a lu a c ió n , p ro d u c ie n d o u n in te r p r e
ta n te , r e p ite y se d is p o n e a u n a n u e v a ev a lu a ció n — , es p o sib le
d a r a lg u n a s in d ic a c io n e s . L a s re la c io n e s e n tre d o s elem en to s,
c a d a u n o to m a d o d e u n siste m a , a p a r tir d e las cu ales la c o n s
te la c ió n d e lo s v a lo re s d e re p e tic ió n se o b tie n e m e d ia n te u n a
c o m b in a to r ia , s o n sim p le s. U n a c o n s te la c ió n es u n a c o m b in a
c ió n p o n d e r a d a d e e sta s re la c io n e s sim p le s, cuyo b a ric e n tro
e s ta r ía e n e l lu g a r (g e o m é tric o ) d e l s e n tid o d e la cita.
¿ C u á le s s o n e s ta s re la c io n e s sim p le s e n tr e lo s d o s siste
m a s CS y 5 2) q u e u n in te r p r e t a n t e es s u s c e p tib le d e lle v a r a
c a b o , s o b r e e l f o n d o d e la c o r r e s p o n d e n c ia in d e c isa q u e la
c ita e s ta b le c e ? A l c o m p o n e r s e c a d a u n o d e lo s d o s siste m as
d e d o s e le m e n to s (u n te x to y u n s u je to ), e stas re la c io n e s sim
p le s s o n e n t o t a l c u a tr o :
r
T - T , A -A , T -A , A -A
I z 7 I 2' I 27 1 2
. C ada u na
d e e lla s, e n c u a n to q u e i n t e r p r e tr a n te d e la cita, c o r r e s p o n d e
a u n s ig n o q u e e s u n v a lo r p r o p io d e re p e tic ió n . D a n d o p o r
s u p u e s to q u e , p a r a t o d a c ita , e sta s c u a tr o re la c io n e s sim p le s
s o n c o n c u r r e n te s , s im u ltá n e a s y d iv e rs a m e n te p o n d e r a d a s ,
c o n v ie n e t r a t a r d e e v a lu a r c a d a u n a d e ellas a is la d a m e n te ,
in c lu s o si s e m e ja n te s e p a r a c ió n es te ó ric a o só lo se p r o d u c e
e n la s a n o m a lía s d e l d is c u rs o . N o o b s ta n te , la e v a lu a c ió n d e
u n a r e la c ió n a is la d a s u g e r ir á c u á l s e ría el s e n tid o d e la c ita ,
93
ESTRUCTURAS ELEM ENTALES
si e s ta re la c ió n f u e r a d o m in a n te e n la c o n s te la c ió n . O in c lu
so , al o b te n e r s e s ie m p r e e l s e n tid o d e u n a c ita m e d i a n t e u n a
c o m b in a c ió n d e lo s v a lo re s p r o p io s q u e d e f in e n la s c u a tr o
re la c io n e s s im p le s , se im p o n e t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n e s
ta s re la c io n e s sim p le s.
D esp u és d e u n a fenomenología y de una semiología, que
h a n c o n s id e r a d o la c ita c o m o u n a c to y c o m o u n s ig n o c u y o
s e n tid o h a b ía q u e b u s c a r e n la s f u e rz a s q u e lo s p r o d u c ía n ,
v ie n e u n a fa se d e tipología, e n la q u e la s f u e r z a s m is m a s se in
te r p r e ta r á n se g ú n su c u a lid a d , s e g ú n s u p o d e r d e s u s c ita r u n
in te r p r e ta n te , d e s o p o r ta r u n a e v a lu a c ió n . L a b r e v e c la s ific a
c ió n q u e sigue, d e lo s v a lo re s a s ig n a d o s a la s c u a tr o re la c io n e s
sim p le s, se rv irá d e tó p ic a , d e p a r r illa d e c a s illa s d is p o n ib le s .
D e m o m e n to e s tá n casi v a c ía s. N o te n e m o s m á s q u e u n a lev e
id e a d e lo q u e p o d r á o c u p a rla s . S e ir á n ll e n a d o p o c o a p o c o .
94
LA C O N S T E L A C I Ó N DE LOS VALORES DE R E P E T I C I Ó N
A - T : el índice
I 2
95
ESTRUCTURAS E LE M E N T A L ES
d is c u rs o u n iv e r s ita r io c u a n d o p e r s ig u e u n t í tu l o : s ím b o lo e
ín d ic e f o r m a n la c ita d e l p o s tu la n te .
S (A , T)-A : el icono
i ' y r 2
C u a n d o lo s relata d e la c ita s o n 5 y A%
— e l s is te m a c ita d o
al c o m p le to (a u to r y te x to ) y e l a u t o r c i t a n t e — la r e p e tic ió n
s e rá e v a lu a d a c o m o icono, u n a r e la c ió n d e semejanza factual
e n tr e lo s d o s siste m a s. E l ic o n o es u n s ig n o d e t e r m i n a d o p o r
s u o b je to e n v ir tu d d e s u n a tu r a le z a i n t e r n a ; e s u n s ig n o q u e
tie n e las c a ra c te rís tic a s físic a s d e l o b je to ; e x h i b e a lg u n a c u a
lid a d o c o n fig u ra c ió n q u e c o m p a r te c o n e l o b je to .
E l ic o n o es u n a c ita q u e c a lific a a l c i t a d o r m is m o , c u a n
d o a su m e u n a e n u n c ia c ió n p r o p i a a p e s a r d e l a r e p e t i c i ó n ; el
p a s tic h e , la c ita im p líc ita , la r e m in is c e n c ia s o n d e o r d e n icó-
n ico : p a la b r a s s e c u n d a r ia s q u e r e c la m a n s u i d e n t i d a d , s u es
p e c ia lid a d e n la s e m e ja n z a , m e d i a n t e la a p r o p i a c i ó n , e l d o
m in io , la v io le n c ia .
P e ro h a y d o s e s p e c ie s d e ic o n o , e l d i a g r a m a y la im a g e n ,
y la re la c ió n e n tr e e l s is te m a c ita d o a l c o m p l e t o y e l a u t o r c i
ta n te se d iv id e e lla m is m a e n d o s : T 1-A 2 Jy A -A .
I 2
T-A 2: el diagrama
C u a n d o lo s relata d e la c ita s o n e x c lu s iv a m e n te T y A%
— el
te x to c ita d o y el a u to r c ita n te — la r e p e t i c i ó n s e r á e v a lu a d a
com o diagrama, u n ic o n o m e d ia n te e l c u a l l a s e m e ja n z a e n
t r e el s ig n o y el o b je to c o n c ie r n e s ó lo a la s r e la c i o n e s e n tr e
lo s e le m e n to s q u e lo s c o m p o n e n r e s p e c t i v a m e n t e .
U n d ia g ra m a es u n a c ita q u e p r e s e n t a l a e s t r u c t u r a d e l s u
je to , c o m o u n m a p a p r e s e n ta la e s t r u c t u r a d e l t e r r e n o m e
d ia n te u n a p ro y e c c ió n q u e n o e s i d e n t i f i c a t o r i a s in o id e a l.
96
A -A 2: la imagen
SI- S2: ?
L a c la s ific a c ió n d e la s r e la c io n e s e n tr e sig n o y o b je to q u e
p r o p u s o P e ir c e e s tá b a s a d a e n tr e s tip o s fu n d a m e n ta le s: u n a
c o n tig ü id a d a s ig n a d a (el s ím b o lo ), u n a c o n tig ü id a d e fe ctiv a
(el ín d ic e ) , y u n a s e m e ja n z a e fe c tiv a (el ic o n o ). S in e m b a r
g o , la s d o s o p o s ic io n e s q u e lo s e n g e n d r a n (c o n tig ü id a d /s e -
m e ja n z a y a s ig n a c ió n /e f e c tiv id a d ) p r o p o r c io n a n to d a v ía u n a
c u a r ta re la c ió n , d e semejanza asignada.jskobson s u g ie re q u e
e s ta v a r ie d a d d e l s ig n o e s tá p r e s e n te e n la m ú sic a , la p in tu r a
n o f ig u r a tiv a o la p o e s ía g lo so lá lic a :44 e n u n le n g u a je q u e se
id e n tific a a sí m is m o c o n u n c o m p o n e n te re fe re n c ia l re d u c id o
97
ESTRUCTURAS E LE M E N T A L ES
L as c u a tr o re la c io n e s s im p le s q u e e s ta b le c e la c ita e n t r e e le
m e n to s d e ó y 5 2, o , m á s e x a c ta m e n te , la s c u a t r o re la c io n e s
m e d ia n te las c u a le s u n a c ita e s s u s c e p ti b l e d e s e r e v a lu a
d a , se s e p a ra n n e ta m e n te e n f u n c ió n d e s u s i t u a c i ó n r e s p e c
to al su je to d é l a e n u n c ia c ió n , y, m á s c o n c r e ta m e n te , re s p e c to
al s u je to s e c u n d a rio , A 2, e l d e la r e p e tic ió n .
E l s ím b o lo es la re la c ió n id e a l e n t r e d o s d i s c u r s o s s in e n u n
c ia c ió n , s e p a ra d o s ta n to d e l n iv e l d e la l e n g u a c o m o d e l d e lo
in te r d is c u r s iv o . L o s d o s te x to s , T y T 2, se e n c u e n t r a n e n u n
p la n o d e ig u a ld a d r e s p e c to a la le n g u a — la g r a m á t ic a — o res-
98
LA C O N S T E L A C I Ó N DE LOS VALORES DE R E P E T I C I Ó N
p e c to a lo in te r d is c u r s iv o — la m a te m á tic a , el c ó d ig o civil— .
E l ín d ic e in t r o d u c e u n su je to , A , sin q u e se tr a te p r o p i a
m e n te h a b l a n d o d e u n s u je to d e la e n u n c ia c ió n . A q u ie n i n
d ic a u n a c ita es al autor d e T , el p a tro n ím ic o , a q u e l q u e f u n
d a , g a r a n tiz a , p a tr o c in a .
E l ic o n o , p o r s u p a r te , c o m p ro m e te n e c e s a ria m e n te — e n
e s to c o n s is te s u e s p e c ia lid a d — al su je to , A z, d e la cita , b ie n
e n s u r e la c ió n c o n T , o b ie n c o n A \ A z es p le n a m e n te u n s u
je to d e la e n u n c ia c ió n .
P u e d e p a r e c e r p a r a d ó jic o q u e , m ie n tra s q u e to d a c ita es
u n a e n u n c ia c ió n ( r e p itie n te ) , su v a lo r d e re p e tic ió n p u e d a
r e d u c ir s e a l s ím b o lo o al ín d ic e . P e r o , p o r u n a p a r te , todos
los valores son concurrentes— n o s o n c u a tr o tip o s s e p a ra d o s
q u e se e x c lu ir ía n e n tr e sí, sin o je ra rq u ía s d ife re n c ia le s a tr i
b u id a s a la s c u a tr o re la c io n e s sim p le s, in te n s id a d e s — , y p o r
o tr a p a r te , estos valores son interpretantes d e la cita, lo q u e les
c o n f ie re u n a re la tiv a a u to n o m ía c o n re la c ió n a la p ro d u c c ió n
m is m a . E s p o r lo t a n to p r o b a b le q u e el in te r p r e ta n te p riv i
le g ia d o o p r e v a le n te te n g a e n o c a s io n e s u n v a lo r sim b ó lico
o in d ic a tiv o , c u a n d o la e n u n c ia c ió n es c o n s id e r a d a u n a m a
n if e s ta c ió n s e c u n d a r ia , p o r e je m p lo , c u a n d o u n a re lig ió n la
d e n u n c ia c o m o v e le id a d .
N o es m e n o s c ie r to q u e e s ta tip o lo g ía d e lo s v alo re s d e r e
p e tic ió n i n t e r p r e t a la s fu e rz a s q u e p r o d u c e la cita, las fuerzas
de enunciación', la f u e r z a q u e p r o d u c e la c ita es sie m p re u n a
e n u n c ia c ió n , lo q u e p o d r ía r e p r e s e n ta r s e así: t = f ( A z, TJ.
L a c ita e s e n e l d is c u r s o u n a f u n c ió n d e e n u n c ia c ió n e s p e
cial, q u e s e ñ a la n , p o r e je m p lo , las c o m illa s, y s ie m p re es e s ta
f u n c ió n (la r e s is te n c ia a la e n u n c ia c ió n p o r p a r te d e l sím b o lo
y d e l ín d ic e , e l c o n s e n tim ie n to p o r p a r te d e l ic o n o , la c o m
p la c e n c ia e n e l ú ltim o ca so al q u e a ú n n o h e m o s d a d o n o m
b r e ) lo q u e s e i n te r p r e ta . E l o b je to d e i n te r p r e ta c ió n es s ie m
p r e e l l u g a r d e l s u je to e n el d is c u rs o . A q u í, c u a n d o se t r a t a
d e u n d is c u r s o d e r e p e tic ió n , la e n u n c ia c ió n se p r o y e c ta s o
b r e la r e p e tic ió n ; lo q u e h a y q u e in t e r p r e t a r es la re la c ió n d e
99
ESTRUCTURAS E LE M E N T A L ES
las « d o s v e c e s» e n tr e ellas. Si X d e s ig n a la r e la c i ó n d e e n u n
c ia c ió n , X = A 2-T2, e 7 1 a d e la c ita , Y = S-S2, Y e s u n a p r o
y e c c ió n d e X s o b r e el h ip e r p la n o ( p a r a e l e s p a c i o t e x t u a l ^ 2 )
d e lo in te rd is c u r s iv o . P o r e so 7 es s ie m p r e u n o b j e t o s e c u n
d a r io , u n in te r p r e ta n te , y p o r e s o lo s v a lo r e s d e r e p e tic ió n
so n in te r p r e ta n te s s e c u n d a rio s d e la e n u n c ia c i ó n . C u a n d o la
le c tu r a se c o n v ie r te e n m e d ia c ió n , p r e s t a (e l o íd o ) a l e n u n
c ia d o , q u e r e v e r b e r a e n la cita .
C o n s id e re m o s la ta b la d e lo s v a lo r e s d e la c ita , s in o m itir
la re la c ió n p le n a (in d iv isa ) y a n ó n im a , S-S 2 = ? :
AI TI
A2 imagen diagrama
T2 índice símbolo
M ás a d e la n te te n d r e m o s q u e r e ll e n a r la s c a s illa s , p r e s e n
ta r d iv ersa s je ra rq u ía s d e e s to s v a lo r e s e le m e n ta le s y c o n c u
rre n te s , o las a n o m a lía s q u e , q u iz á , se p r e s e n t a r í a n p o r s e p a
ra d o . E s ta la b o r s e r á e l o b je to n o y a d e u n a s e m io lo g ía d e la
cita, n i d e u n a tip o lo g ía , s in o d e u n a genealogía.
9. VALOR D E US O Y VA L O R D E C A M B I O
T o d a s las c o n fu s io n e s s e m á n tic a s , q u e p e r t u r b a n la o r g a n i
z a c ió n h a b itu a l d e la s p a la b r a s c u a n d o s e r e c u r r e a l a c ita , se
d e d u c e n d e a lg u n a s o p o s ic io n e s ló g ic a s p r i m o r d i a l e s : e n tre
la mención y el uso, e n tr e e l sentido y la denotación. L a cita
e n tr a ñ a n e c e s a r ia m e n te la d if e r e n c ia c ió n d e d o s n iv e le s de
le n g u a je : u n lenguaje-objeto, L , d e l q u e s e h a b l a , y u n me-
talenguaje, L% , e n el q u e se h a b l a d e l p r i m e r o . C o n s t r u i r u n
e n u n c ia d o h a b la n d o d e o tr o e n u n c ia d o , t o m a r l o c o m o obje
to , a u n q u e só lo sea m e d ia n te u n g e s to — e n c o g e r s e d e h o m
b r o s o f r u n c ir el c e ñ o — n o s t r a s la d a a l m e ta l e n g u a je . E n u n a
VALOR DE USO Y VALOR DE CAMBI O
c o n v e r s a c ió n o u n d iá lo g o , c a d a ré p lic a d is p o n e d e u n m e-
ta le n g u a je p a r a la p r e c e d e n te . E n m is n o ta c io n e s , el s iste m a
5 2 (Ax, TJ, p u e s to q u e c ita al siste m a 5 (At, TJ, es u n m e ta -
le n g u a je d e e s te p r im e r siste m a. P ro d u c ir, o r e p r o d u c ir u n a
f r a s e e n t r e c o m illa s h a c e d e esa fra se u n signo y, en el s e n
tid o q u e le d a n lo s ló g ic o s, u n nombre. A ñ a d ie n d o co m illa s
a u n a e x p r e s ió n t, d e St, se o b tie n e u n nombre, «t», d e e sta
e x p r e s ió n e n Sz, m e ta le n g u a je d e 5 . T o d o d isc u rso q u e u sa
c o m illa s, y p o r ta n to to d o d is c u rs o q u e cita, se p re s e n ta c o n
e s ta d e s n iv e la c ió n d e l le n g u a je . « t» tie n e la e s tru c tu r a ló g i
ca y g r a m a tic a l d e u n n o m b r e p r o p io , d e sig n a u n o b je to p a r
tic u la r, t: «i» d e s ig n a t. «t» es la mención, t es el uso, co m o
o c u r r e e n la c lá s ic a o p o s ic ió n e sc o lá stic a: «mus est syllaba»
(m e n c ió n ) y « mus rodit» (u so ).
L a ló g ic a r e p r u e b a la c o e x is te n c ia e n u n m ism o d isc u rso
d e e x p r e s io n e s d e u n le n g u a je -o b je to y d e u n m eta le n g u a je ,
ya q u e e s o p r o v o c a u n e q u ív o c o , q u e e stá e n el o rig e n d e n u
m e ro s o s ju e g o s d e p a la b r a s , e n tr e d o s v a lo re s d e la m ism a
p a la b r a o d e la m is m a e x p r e s ió n , u n v a lo r d e u so y el o tro de
m e n c ió n (las d o s v o c e s d e la s q u e h a b la b a B ajtín ). C u a n d o
le o o e s c u c h o u n a c ita ¿ c u á l d e lo s d o s v a lo re s, el d e u so o
el d e m e n c ió n , d e b o e n te n d e r ? ¿T al vez lo s d o s? D e m a n e ra
q u e e l v a lo r ló g ic o d e u n a c ita n o e s tá jam ás p e rfe c ta m e n te
d e te r m in a d o n i es e x o té r ic o , sin o s ie m p re in d e c iso y a m b i
g u o . P o r e s o la ló g ic a n o h a c e citas.
L a d if e r e n c ia e n t r e u s o y m e n c ió n es la m ism a q u e h e m o s
p r o p u e s to e n t r e e l v a lo r d e sig n ific a c ió n y el c o n ju n to d e
lo s v a lo re s d e r e p e tic ió n d e la cita. E l v a lo r d e sig n ificac ió n
d e u n a c ita es u n valor de uso,7 e n SI o S2 c o n s id e ra d o com o
u n le n g u a je - o b je to ; lo s v a lo re s d e r e p e tic ió n so n v a lo re s d e
m e n c ió n , d e n o m b r e p r o p io , d e e le m e n to m e ta lin g ü ís tic o o
in te r d is c u r s iv o , valores de cambio e n tr e S y Sz, a q u e llo s v a lo
re s q u e p r o d u c e u n a in te r p r e ta c ió n d e la re p e tic ió n .
IO I
I
IO. S E N T I D O Y D E N O T A C I Ó N
L a ló g ic a s ie m p re h a c o n d e n a d o la c ita : lo s c a b a lle r o s de
P o rt-R o y a l c e n s u r a b a n s e v e r a m e n te a M o n t a i g n e p o r h a b e r
la u s a d o ;4S p e r o n o p o d e m o s e s ta r s e g u r o s d e q u e s u s c r íti
cas n o se h a y a n d ir ig id o m á s q u e a l o i d e o l ó g i c o (la re tó r ic a )
y n o a la ló g ic a d e l d is c u rs o . ¿ Q u é e s e x a c t a m e n t e , e n la cita,
lo q u e es r e p r o c h a b le e n b u e n a ló g ic a ? ¿ C u á le s s o n la s c o n
s e c u e n c ia s d e l d e s n iv e l d e l le n g u a je p r o d u c i d o e n e l d is c u r
so p o r la c ita , s o b r e lo s o b je to s p r o p i o s d e l a l ó g ic a , y e n p r i
m e r lu g a r s o b r e lo verdadero?
L a c ita e v id e n c ia u n a to lla d e r o d e la ló g ic a f o r m a l, la d is
tin c ió n e n tr e el sentido y la denotación d e u n s ig n o o d e u n a
p r o p o s ic ió n , y la s u b v ie r te . E n e s te a p a r t a d o m e o c u p a r é
p u e s d e l s e n tid o y d e la d e n o t a c i ó n d e u n a c ita , c o s a q u e es
ra z ó n su fic ie n te p a r a d a r le e l t í tu l o q u e lle v a . A h o r a b ie n ,
e ste títu lo es u n a cita : p a r ti e n d o d e é l, c o n s i d e r a d o c o m o p a
ra d ig m a , p o d r á a n a liz a rs e lo q u e p a s a c o n e l s e n t i d o y lo q u e
p a s a c o n la d e n o ta c ió n d e u n a c ita . D e h e c h o , ÜberSinn und
Bedeutung es e l títu lo d e u n a r tí c u lo d e G o t t l i e b F r e g e q u e
se h a tr a d u c id o al f r a n c é s c o m o Sens et Dénotation (‘s e n ti
d o y d e n o ta c ió n ’).46
C o n s id e re m o s la s n o ta c io n e s s ig u ie n te s : Sentido y denota
ción, t , el e n u n c ia d o o r ig in a l d e F r e g e , y « S e n t i d o y D e n o -
102
S E N T ID O Y DENOTACIÓN
103
ESTRUCTURAS E LE M E N T A L ES
se e n c ie r r a n , e n e s te c a so , e n tr e c o m illa s . P o r c o n s ig u ie n te ,
u n a p a la b r a q u e v a e n tr e c o m illa s n o d e b e t o m a r s e c o m o si
tu v ie r a su r e f e r e n c ia [ d e n o ta c ió n ] h a b i t u a l » . 47
S in e m b a r g o , m ie n tr a s p e n s a b a p o n e r m e e s t e a p a r ta d o
b a jo e l s ig n o d e Sentido y denotación, n o e s t á c la r o q u e lo
q u e q u is ie s e f u e r a q u e m i p r o p i o t í tu l o d e n o t a s e Sentido y
denotación, el títu lo d e l a r tíc u lo d e F r e g e . ¿ N o h a b r á sid o
m á s b ie n el sentido d e Sentido y denotación, e l s e n t i d o d e l tí
tu lo d e F re g e , sig n o d e n o ta n d o s u a r tí c u lo , lo q u e m e h a b r ía
g u s ta d o q u e m i títu lo d e n o ta s e ? E n t o n c e s d e b e r í a d e h a b e r
s id o alg o así c o m o el sentido de « S e n tid o y d e n o t a c i ó n » o lo
que Frege dice en su artículo titulado «Sentido y denotación».
H a b r ía te n id o q u e r e c u r r i r a l e s tilo i n d i r e c t o y n o a l e s tilo d i
re c to . E n e fe c to , si e n é s te la s p a l a b r a s p r o n u n c i a d a s d e n o
ta n las p a la b r a s d e o tr o c o n la d e n o t a c i ó n h a b i t u a l , e n a q u é l
las p a la b ra s p r o n u n c ia d a s n o ti e n e n y a la d e n o t a c i ó n h a b i
tu a l, sin o q u e d e n o ta n lo q u e h a b i t u a l m e n t e e s s u s e n tid o .
L a p e rífra s is e n e s tilo in d i r e c to d e n o t a e l s e n t i d o d e la s p a
la b ra s q u e ella m is m a re fie re . C o m o d ic e F r e g e : « E n e l e s ti
lo in d ir e c to se h a b la , p o r e je m p lo , d e l s e n t i d o d e l o q u e h a
d ic h o o tr a p e r s o n a » .48
P a r a h a b la r e n m i p r o p i o t í tu l o d e l s e n t i d o d e Sentido y
denotación h u b ie r a n e c e s ita d o i n s e r t a r l o e n m i d i s c u r s o en
e stilo in d ire c to , es d e c ir lis a y l l a n a m e n t e y s in r e - m a r c a r lo
d e n in g u n a m a n e r a , sin d is tin g u ir lo m e d i a n t e n i n g u n a t i p o
g ra fía , s u b ra y a rlo n i p o n e r lo e n t r e c o m illa s : s e n t i d o y d e n o
ta c ió n . E s o es p r e c is a m e n te lo q u e h e h e c h o , p e r o p a r a c o m
p r e n d e r lo e n p r o f u n d id a d e s p r e c is a u n a l a b o r i o s a e x p lic a
c ió n y c o n v ie n e r e c o r d a r q u e :
- l a d e n o ta c ió n h a b itu a l d e u n a p a la b r a es el o b je to q u e
e lla d e s ig n a ;
- la d e n o ta c ió n d e u n a p a la b r a re fe rid a e n e stilo d ire c to es
la p a la b r a m is m a q u e , a su vez, tie n e su d e n o ta c ió n h a b itu a l;
- la d e n o ta c ió n d e u n a p a la b r a re fe rid a en e stilo in d ire c to
es el s e n tid o h a b itu a l d e esa p a la b ra .
S in e m b a r g o u n sig n o , u n a p a la b r a , tie n e , se g ú n los ló g i
co s, u n a d e n o ta c ió n y u n s e n tid o . A u n q u e la m o d ific a c ió n
a p o r ta d a a s u d e n o ta c ió n p o r lo s e stilo s d ire c to (la cita) e i n
d ir e c to (la p e r íf ra s is ) e s té a h o r a c lara, lo q u e su c e d e c o n el
s e n tid o s ig u e r e s u lta n d o o s c u ro . ¿ C u á l es el se n tid o d e la p a
la b r a e n e s tilo d ir e c to ? ¿ C u á l es el s e n tid o d e la p a la b ra en
e s tilo in d ir e c to ?
P o n g a m o s q u e se a t la p a la b r a , «t» la c ita y t' la p erífra sis
d e esa p a la b r a , «t» d e n o ta t: el s e n tid o de «t» c o rre s p o n d e a
su m o d o d e d e n o ta c ió n ; es p o r lo ta n to e n c ie rto m o d o la r e
la c ió n d e «t» y 1. 1’ d e n o ta el s e n tid o d e t: el s e n tid o de t' c o
r r e s p o n d e a s u m o d o d e d e n o ta c ió n ; es p o r lo ta n to en cier
to m o d o la r e la c ió n d e / ’ c o n el s e n tid o d e t.
E n re s u m e n , el s e n tid o d e u n a p a la b r a e n estilo d ire c to (o
in d ir e c to ) n o es o t r a c o s a q u e el s e n tid o d e l e stilo d ire c to
(o in d ir e c to ) ta l y c o m o m o d ific a la d e n o ta c ió n . O ta m b ié n ,
el s e n tid o d e u n a c ita (o d e u n a p e rífra s is ), c o m o p r o d u c to
y e n u n c ia d o , n o es o t r a c o sa q u e el s e n tid o d e la c ita (o d e
la p e r íf r a s is ) , c o m o p r o d u c c ió n y e n u n c ia c ió n , co m o ac to .
E s ta s c o n c lu s io n e s se r e s u m e n e n u n a tab la :
t «t» í
denotación denotación t sentido de t
de t
sentido sentido de t sentido de la sentido de la
cita como acto perífrasis como acto
105
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L ES
Si la c o n s e c u e n c ia ló g ic a d e la c ita d e u n a p a l a b r a e s m a n te
n e r a d is ta n c ia el s e n tid o d e e s a p a l a b r a , y s u b s t i t u i r l o p o r el
s e n tid o d e la re p e tic ió n , p o d e m o s d e f e n d e r l a a r g u m e n t a n
d o q u e el s e n tid o d e la p a la b r a c ita d a n o e s tá r a d ic a lm e n te
e lim in a d o . S o b re v iv e a la c ita : e s tá a h í, d o r m i d o o e n re s e r
v a , e v o c a d o d e m a n e r a in d ir e c ta , p o r m e d i o d e la d e n o ta c ió n
d e la c ita . E l s e n tid o d e la p a l a b r a c ita d a e s t á a d o s g r a d o s d e
d is ta n c ia d e la c ita , p e r o la c a d e n a q u e u n e u n o a o t r o n o está
r o ta , p u e d e s e r r e c o r r id a a fin d e q u e la r e c e p c i ó n d e la c ita
lle v e a c a b o s im u ltá n e a m e n te e l s e n t i d o d e «t» y e l s e n tid o
106
VE RDAD Y A U T E N T I C I D A D
de t. E n o tr o s té rm in o s , la c o n d e n a d e la c ita e n el te r r e n o
d e l s e n tid o n o es in a p e la b le .
H a s ta a q u í só lo h e h a b la d o d e l ca so s im p le e n el q u e la c ita
n o es m á s q u e u n sig n o , u n a p a la b r a , u n títu lo : se ría ex c e siv o
a b r u m a r la , p o r q u e la c ita n o d is ip a to d o el s e n tid o , s in o q u e
lo c o n s e rv a s o la p a d a m e n te . N o o b s ta n te , u n a c ita e n g e n e
ra l n o es m á s q u e u n d ic h o , u n a fra se , u n a proposición. C o m o
ta l, ¿ p o d e m o s s e g u ir d e f e n d ié n d o la ?
U n a p r o p o s ic ió n , s e g ú n F re g e , tie n e u n sentido— q u e es
s u c o n te n id o (u n p e n s a m ie n to ) — y u n a denotación— q u e
es su v a lo r d e v e r d a d (v e rd a d e ro o falso )— . D e m o d o q u e p a
s a r d e l s e n tid o a la d e n o ta c ió n d e u n a p ro p o s ic ió n significa
p a s a r d e u n p e n s a m ie n to a su v a lo r d e v e rd a d . E n esto c o n
s is te la o p e r a c ió n q u e F r e g e lla m a juicio.
A sí, la p r o p o s ic ió n d e L e ib n iz «eadem sunt qui substituí
possunt salva veritate», tie n e u n s e n tid o — ‘d o s e x p resio n es
tie n e n la m is m a d e n o ta c ió n si, e n u n a p ro p o s ic ió n , p u e d e n ser
s u b s titu id a s u n a p o r o tr a sin m o d ific a r el v a lo r d e la p ro p o s i
c ió n , salva veritate4’— , y tie n e u n a d e n o ta c ió n , es v e rd a d e ra .
J u z g a r la c o n s is te e n d e c ir q u e es u n p e n s a m ie n to v e rd a d e ro .
P e r o c u a n d o u n a p r o p o s ic ió n ( t e n
S) es c ita d a («t» en
SJ — c o s a q u e h a c e F r e g e e n Sentido y denotación al re fe rir
la p r o p o s ic ió n d e L e ib n iz — , «t» es u n a nueva p ro p o s ic ió n .
P u e s to q u e se t r a t a d e u n a c ita , su d e n o ta c ió n es ella m ism a
u n a p r o p o s i c i ó n (« /» d e n o ta t), m ie n tra s q u e su s e n tid o n o
es e l s e n tid o d e t (su c o n te n id o , u n p e n s a m ie n to ) , sin o el s e n
tid o d e la c ita c o m o a c to , q u e n o es e n ú ltim a in s ta n c ia m ás
q u e e l c a p r ic h o d e l c ita d o r , ya se a F re g e c ita n d o a L e ib n iz , o
y o c ita n d o a L e ib n iz c ita d o p o r F re g e .
R e s u m ie n d o , la d e n o ta c ió n d e u n a p ro p o s ic ió n n o es s ie m
p r e s u v a lo r d e v e r d a d ; e n el ca so d e u n a p ro p o s ic ió n q u e es
la c ita d e o t r a p r o p o s ic ió n , la d e n o ta c ió n es la p r o p o s ic ió n
c ita d a m is m a . P o r e s ta ra z ó n , c o m o p o d e m o s , salva veritate,
s u b s t it u i r u n a p o r o t r a d o s e x p r e s io n e s d e d e n o ta c ió n id é n
tic a sin m o d if ic a r e l v a lo r d e v e r d a d d e l c o n ju n to , u n a c ita
107
ESTRUCTURAS E L E M E N T A L ES
p u e d e s u b s titu ir s e p o r su s r e fe re n c ia s : la c ita y s u s r e f e r e n
cias s o n , d e s d e u n p u n t o d e v is ta ló g ic o , r i g u r o s a m e n t e e q u i
v a le n te s p u e s to q u e tie n e n la m is m a d e n o t a c i ó n , l a e x p r e s ió n
c ita d a . Si n o s a te n e m o s a e s te p u n t o d e v is ta — v e r e m o s q u e
e s te c o r o la r io es in s o s te n ib le — s e r á p o r p u r a c o m o d i d a d p o r
lo q u e c ita r e m o s e n v e z d e lim ita r n o s a d a r la r e f e r e n c ia —
F re g e , Sentido y denotación, p á g in a x, lín e a y, p a l a b r a z— , ya
q u e la s d o s c o sa s r e m ite n a lo m is m o .
L a p r o p o s ic ió n t tie n e c o m o s e n t i d o u n p e n s a m i e n to y
c o m o d e n o ta c ió n u n v a lo r d e v e r d a d ; la p r o p o s i c i ó n «t» tie
n e c o m o s e n tid o e l s e n tid o d e la c ita , y c o m o d e n o t a c i ó n la
p r o p o s ic ió n t, q u e tie n e a s u v e z u n s e n t i d o y u n a d e n o t a
c ió n p ro p ia s . P a s a r d e l s e n tid o a la d e n o t a c i ó n d e «t», y a n o
es p a s a r d e u n p e n s a m ie n to a s u v a lo r d e v e r d a d , s in o p a s a r
d e la c ita a la p r o p o s ic ió n c ita d a . A u n q u e s ig a t r a t á n d o s e d e
u n a o p e r a c ió n d e ju ic io , y a n o e s u n j u ic io s o b r e laverdad,
sin o , b ie n m ira d o , d e u n ju ic io s o b r e la conformidad d e la cita
c o n la p r o p o s ic ió n c ita d a , o , d ic h o d e o t r o m o d o , d e u n ju i
cio s o b re s u aceptabilidad, s o b r e su autenticidad. E l re cu rso
a la c ita c a m b ia u n a p r u e b a d e v e r d a d p o r u n a p r u e b a d e a u
te n tic id a d , p o r u n a v e r if ic a c ió n . R e e m p la z a l a v e r d a d p o r la
a c e p ta b ilid a d , si b ie n la p r o p o s i c i ó n a c e p t a b l e p u e d e d e n o
ta r ta n to lo v e r d a d e r o c o m o lo fa ls o .
Se d iría q u e la c ita se a p o y a e n u n d o g m a d e in f a lib ilid a d :
el e n u n c ia d o c ita d o se s u p o n e d e a n t e m a n o v e r d a d e r o — al
m e n o s la p r u e b a d e s u v e r d a d e s a p la z a d a , n o e s n e c e s a r ia — ,
c o m o el te s tim o n io e n u n ju ic io d e s d e e l m o m e n t o e n q u e se
h a ju r a d o s o b r e la B ib lia d e c ir t o d a la v e r d a d y n a d a m á s q u e
la v e r d a d , a u n q u e lo q u e se lla m a u n a « c i t a f a ls a » n o e s u n a
c ita q u e d e n u n c ia lo fa ls o , s in o u n a c ita q u e d e n o t a d e so s
la y o , q u e e q u iv o c a la c o r r e c ta d e n o t a c i ó n , e n u n a p a la b r a ,
q u e d e n o ta el v a c ío . U n a c ita f a ls a e s u n a c i t a i n a u t é n t i c a , n o
c o n f o r m e al o rig in a l, q u e n o p u e d e s u b s t i t u i r s e p o r s u re fe
r e n c ia salva veritate, p o r q u e n o t i e n e r e f e r e n c i a : e s u n a fa l
s ific a c ió n , n o u n e r ro r.
108
LA I N H E R E N C I A BI VA L E NT E DE LA CI TA
N o es n e c e s a r io in te r r o g a r a u n a c ita s o b re su v e rd a d . L a
a lte r n a tiv a e n tr e lo v e r d a d e r o y lo falso n o le c o n c ie rn e y al ci-
t a d o r le s e ría fá c il re s p o n d e r: está esc rito . E sto n o q u ie re d e
c ir q u e c o m o e s tá e s c rito sea v e rd a d e ro , sin o ta n sólo q u e e stá
e s c rito . Y e s o b a s ta p a r a d e sv ia r la cu e stió n d e la v e rd a d . D e
a h í p r o c e d e el p o d e r e x tra o rd in a rio d e la cita. E l ú n ic o p u n to
s o b r e e l q u e tie n e q u e re s p o n d e r — n e g a rse a h a c e rlo la in v a li
d a r ía — es s o b r e s u d e n o ta c ió n : ¿ d e n o ta a lg u n a cosa o n o d e
n o ta n a d a ? ¿ S u a u te n tic id a d e stá c o m p ro b a d a ? L o cu al p la n
te a u n a p a r a d o ja : m ie n tra s q u e la c ita p a re c e d iso ciar al e m i
s o r d e s u e n u n c ia c ió n , a m p a r a rlo d e trá s d e alg ú n o tro al q u e
c e d e la p a la b r a , la ú n ic a c u e s tió n q u e p u e d e justificarse tie
n e q u e v e r c o n e s ta e n u n c ia c ió n : la a u te n tic id a d d e u n a cita,
c u y a p r u e b a es e x ig ib le , es la v e r d a d d e su e n u n c ia c ió n . D a r
u n a c ita in v e n ta d a es p o n e r e n e n tr e d ic h o su e n u n c ia c ió n .
12. L A I N H E R E N C I A B I V A L E N T E D E LA C I T A
L a le n g u a , y t o d o s is te m a s e m ió tic o e n g e n e ra l, se d istin g u e
p o r o r d e n a r s e e n d o s d ire c c io n e s o d o s ejes: el sin ta g m a y el
p a r a d ig m a . E l s ig n o , u n i d a d e le m e n ta l d e u n siste m a sem ió
tic o , r e s p o n d e s im u ltá n e a m e n te a e sta s d o s cate g o rías: seg ú n
P e ir c e , la p a l a b r a a p a r e c e b ie n c o m olegisigno, tip o g e n e ra l
( u n iv e r s a l d e le n g u a ) , b ie n c o m o sinsigno, a c o n te c im ie n to
s in g u la r. E s t a d is tin c ió n tie n e la m ism a fo rm a q u e o tra q u e
P e ir c e r e c u e r d a m á s a m e n u d o , e n tr e el sig n o -type y el sig-
n o -token ( c ir c u n s ta n c ia ) , o in c lu s o q u e la d e lo s ló g ic o s e n
t r e la mención y el uso.
N o es n e c e s a r io ir m á s allá e n el c o n fu so d e b a te s o b r e la
a m b iv a le n c ia in m a n e n te d e l s ig n o — a la vez type y token—
p a r a a p r e c i a r su s e f e c to s s o b r e la c ita e n c u a n to sig n o . E n el
te x to e n q u e fig u ra , e n u n c ia d o r e p e tid o y e n u n c ia c ió n re p i-
tie n te , la c ita es u n a c o n te c im ie n to — u n a e n u n c ia c ió n es sie m
p r e u n a c o n te c im ie n to s in g u la r— , u n s e g m e n to d is c u rs iv o
109
ESTRUCTURAS ELE M E NT AL ES
in d iv is ib le ( r e ) to m a d o e n e l s in ta g m a i n é d ito : y p u e s t o q u e
es s ig n o -token q u e tie n e u n a s ig n ific a c ió n y d i f e r e n t e s v a lo
re s d e r e p e tic ió n d iv e r s a m e n te « in c ita d o s » ( m o tiv a d o s ) , el
to d o d e te r m in a e l s e n tid o c o n c r e to (s ig n if ic a c ió n e i n t e r p r e
ta c ió n ) d e s u p r e s ta c ió n .
N o o b s ta n te la c ita a ú n a u n a e x tr a c c ió n , u n o b j e t o , y u n
t r a s p la n te . A n te s d e e s ta ú ltim a o p e r a c i ó n , q u e p r o d u c e
( d e s c u b r e ) u n s ig n o -token, h a y o u n o b j e t o , o u n a i n s c r i p
c ió n : el g e s to b á s ic o d e r e p e tic ió n q u e e s la a p r o p ia c i ó n , la
e x tr a c c ió n d e u n f r a g m e n to d e te x t o q u e s e c o n v e r t i r á e v e n
tu a lm e n te e n c ita , p r o d u c e u n s ig n o -type ( t r a n s f o r m a u n se g
m e n to d e d is c u rs o , fija u n s in ta g m a ) . Y, d e h e c h o , e x is te u n a
p r e s e n ta c ió n d e la c ita q u e c o r r e s p o n d e a e s t a c a te g o r ía , en
la q u e se e n c u e n tr a d e s p r o v is ta d e s e n t i d o p o r q u e n o tie n e
c o n te x to n i a tr ib u c ió n : la a n to lo g ía , e l d i c c i o n a r i o d e citas.
E s c o n v e n ie n te v e r a q u í u n a p r u e b a m á s d e q u e la c ita es en
re a lid a d u n sig n o : la c ita e s type y token.
E n e s te p u n t o p o d r í a in c lu ir s e u n e s t u d i o d e la c ita c o m o
tip o , u n e x a m e n d e c u a lq u ie r c la s e d e a n t o l o g í a , flo rile g io ,
esp ic ile g io y c r e s to m a tía , q u e n o s o n , p r o p i a m e n t e h a b l a n
d o , d ic c io n a rio s , p u e s to q u e s u c o n s u l t a e x ig e u n a t a b l a d e
d o b le e n tra d a : n o m b r e s e id e a s . S o n lo s l i b r o s d e c u e n ta s , los
te s a u ro s , las m e m o ria s , lo s q u e r e in y e c ta n e l h a b l a e n la l e n
g u a. Y o to m a r é o tr a d ir e c c ió n : la d e la c ita e n s e r ie . 13
P a r a la s u n id a d e s lin g ü ís tic a s e le m e n ta le s s e d i s p o n e d e r e
p e r to r io s d e s ig n o s -type: lo s lé x ic o s y la s r e g la s d e s u c o m
b in a to r ia s in tá c tic a . L a a c tu a liz a c ió n d e lo s s i g n o s - / y p « (su
s e le c c ió n y s u c o m b in a c ió n ) p r o d u c e e n u n c i a d o s y fra ses:
e l d ic c io n a rio y la g r a m á tic a t i e n e n u n p o d e r g e n e r a d o r d e
e n u n c ia d o s . E n lo q u e c o n c ie r n e a la p r o d u c c i ó n tr a n s f r á s ti-
c a o d is c u rs iv a , ¿ h a y o tr a s t ip o lo g ía s q u e t o m e n e l r e le v o d e
110
«AMPLIFICATIO»
III
ESTRUCTURAS ELEMENTALES
y, e n c o n s e c u e n c ia , p r o d u c e u n a im p r e s i ó n m á g ic a . M á g ic a
p o r q u e el e n c a n ta m ie n to q u e e l h o m b r e d e s e a s i e m p r e c o n
s is te p r e c is a m e n te e n o b t e n e r r e s u lta d o s m ila g r o s o s a c o sta
d e e s f u e rz o s m ín im o s , y p u r a m e n t e s i m b ó lic o s » .52
E n la m a q u in a r ia d e l t e x to , e l f u n c io n a m ie n to d e la c ita se
a s e m e ja a l d e lo s tip o s (los tip o s m e d ie v a le s e r a n e n p a r t e ci
ta s ); tie n e u n a f u n c ió n d e e n g e n d r a m i e n t o (es u n a f u e n te d e
e n e r g ía p a r a el a m p lific a d o r ), y u n a f u n c ió n d e m e m o r a b ili-
d a d . C o m o d e c ía V a le ry L a r b a u d : « E l h e c h o m is m o d e q u e
e s to , e s te v e rs o , e s ta fra s e e n t r e c o m illa s , p r o v e n g a n d e o tra
p a r te , a m p lía el h o r iz o n te i n te le c tu a l q u e y o t r a z o e n to r n o
al le c to r. E s u n a lla m a d a o u n a e v o c a c ió n , u n a c o m u n ic a
c ió n e s ta b le c id a : t o d a la P o e s ía , t o d o e l t e s o r o d e l a l i te r a t u
r a e v o c a d o s b r e v e m e n te , p u e s to s e n r e la c i ó n c o n m i o b r a en
el p e n s a m ie n to d e a q u e l q u e la l e e » .53 C o m o e n u n c ia d o , la
c ita es u n tip o ; c o m o e n u n c ia c ió n e s u n a amplificado-, e n las
c o n d ic io n e s a c tu a le s d e la e s c r itu r a , i n c l u s o s i p a r e c e n p o c o
n o rm a tiv a s e n a u s e n c ia d e t o d a r e tó r ic a , la c i t a s ig u e s ie n d o ,
a n iv e l tr a n s lin g ü ís tic o o i n t e r d i s c u r s i v o — y a u n q u e e n u n a
fo rm a c a ric a tu re s c a — , la ú n ic a t ó p i c a o t i p o lo g í a d is p o n i
b le . M ás q u e d e l p o d e r g e n e r a tiv o d e l d i s c u r s o , c a r a c te r ís ti
co d e lo s e le m e n to s lin g ü ís tic o s , s e r ía p r e f e r i b l e h a b l a r a su
re s p e c to d e u n poder reproductivo del discurso-, la amplifica
do es u n a r e p r o d u c c ió n a m p lif ic a d a . D e e s t a r e p r o d u c c ió n
es d e lo q u e v a m o s a o c u p a r n o s e n a d e la n t e .
L A P R E H I S T O R I A D E L A C IT A
ABBA T H É O D O R E DE PHERM É,
(en Jean-Claude Guy, Paroles des anciens)I.
I. ¿ U N H E C H O D E L E N G U A U N I V E R S A L ?
¿ P o d e m o s im a g in a r u n a p r á c tic a d e l le n g u a je q u e sea m ás
a r c a ic a q u e c ita r ? E s e l b a lb u c e o d e l b á r b a r o c u a n d o in te n
ta a p r e n d e r g rie g o , es el « m a m á » d el infans c u a n d o p id e c a ri
ñ o . U n a c to d e l h a b la e le m e n ta l y p rim itiv o q u e e n g e n d ra
ría t o d a s la s e s p e c ie s c u ltu ra le s , id e o ló g ic a s y re tó ric a s d e la
r e p e tic ió n , s e r ía u n a c to a n te r io r al d is c u rs o p e r o a r ra ig a
d o y a e n e l d is c u r s o , e l d e l n iñ o q u e tr a ta d e r e p r o d u c ir lo s
s o n id o s q u e p r o f ie r e a n te él a lg ú n o tr o q u e n o es to d a v ía su
in t e r l o c u t o r ; s e r ía ta m b ié n el g e s to e se n c ia l d e to d o a p r e n
d iz a je , n o s o la m e n te d e l le n g u a je . C o m o d e c ía A ris tó te le s :
« Y a d e s d e n iñ o s es c o n n a tu r a l a lo s h o m b re s el r e p r o d u
c ir im ita tiv a m e n te , y e n e s to se d ife r e n c ia d e lo s d e m á s a n i
m a le s : e n q u e es m u c h o m á s im ita d o r el h o m b r e q u e to d o s
e llo s , y h a c e su s p r im e r o s p a s o s e n el a p r e n d iz a je m e d ia n te
113
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
im ita c ió n » .1 I m i t a r a f ia n z a r á e l d o m in io d e la l e n g u a , y c i
ta r, el d e l d is c u rs o : ¿ a c a s o n o d e c ía P r o u s t q u e t o d o e s c r ito r
c o m ie n z a p o r e l p a s tic h e ? T al v e z la c ita h a b r í a e x i s t i d o d e s
d e la a d q u is ic ió n d e l le n g u a je h a s ta e l ú l t im o a l i e n t o , d e s d e
el n a c im ie n to d e l le n g u a je h a s t a la s o c i e d a d d e l b ie n e s ta r .
¿ Q u ié n d is c u tir á su u n iv e r s a lid a d ?
S in e m b a r g o , é s ta es d u d o s a si c r e e m o s e n e l t e s t i m o n i o d e
B o tz a r r o c ita d o e n el e p íg ra fe d e l p r e s e n t e c a p í t u l o . 12P e r o n o
h a y n e c e s id a d d e ir a b u s c a r e n e l r e la t o d e u n v ia je a l p a ís d e
la s m a ra v illa s m o tiv o s p a r a t u r b a r n u e s t r a t r a n q u i l a s e g u r i
d a d e n la p e r e n n id a d d e lo s h e c h o s d e l d is c u r s o .
N o e x iste , n i e n g rie g o n i e n la tín , n i n g u n a p a l a b r a q u e r e s
titu y a e x a c ta m e n te e l s e n tid o d e la c ita ( c o m o p r á c t i c a d is
c u rsiv a esp e c ífic a ) ta l c o m o lo e n t e n d e m o s e n f r a n c é s y t r a
d u c im o s sin r o d e o s e n in g lé s o e n a le m á n . S in i n f e r i r d e la
a u se n c ia d e la p a la b r a la d e la p r á c t i c a , e n t o d o c a s o lo q u e
fa lta b a e n la A n tig ü e d a d e r a u n a c a te g o r í a q u e p e r m itie r a
p e n sa r, e n u n c ia r s e m e ja n te p r á c t i c a d e m a n e r a u n if ic a d a , de
m a n e ra in s titu c io n a l. L a c ita , e n t i d a d d is c u r s iv a , n o c i ó n b a jo
la q u e c ie rta s p r á c tic a s d e l d is c u r s o s e s u b s u m e n , a p a r e c ió
ta r d ía m e n te e n la h is to r ia d e la le n g u a , a l m e n o s e n la d e O c
c id e n te , m a rc a d a p o r e l p e n s a m ie n to g r ie g o .
E s ta c o n s ta ta c ió n p la n te a u n a s e r ie d e p r e g u n ta s ^ —¿ p o r
q u é , c u á n d o , c ó m o la c ita se c o n v ir tió e n u n a p r á c t i c a in s
titu c io n a l? — , p e r o la s p la n t e a t r a n s v e r s a l m e n t e . E n e fe c to ,
¿ c ó m o p la n te a r el e s tu d io d e u n h e c h o d e l e n g u a je , q u iz á
u n iv e rs a l, p e r o q u e m a n tie n e o m a n t i e n e n p r á c t i c a s so c ia le s
fra g m e n ta d a s , v a r ia b le s y p a r ti c u la r e s ?
D e h e c h o , h a b la r d e la c ita a tr a v é s d e la s é p o c a s (d e la
115
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
116
F O R MA Y F U N C I Ó N
d is c u rs iv o c a r a c te r iz a d o p o r la u n ió n e n tre u n a e s tr u c tu r a
m e n ta l y u n h e c h o d e le n g u a je , ta l vez u n iv ersales, y u n a p r á c
tic a in s titu c io n a l, s e g u r a m e n te c o n d ic io n a d a en sus d iv e rsa s
m o d a lid a d e s ?
2. FORMA Y FUN C IÓ N
II7
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
S in e m b a rg o , la p r e c a u c ió n m e tó d ic a es i n d i s p e n s a b l e : sin
ella, la s p e q u e ñ a s d ife r e n c ia s — la c ita n o e s m á s q u e u n a p e
q u e ñ a d ife r e n c ia — se o c u lta r ía n b a jo e l e s p e jis m o d e u n e te r
n o r e to r n o d e lo id é n tic o e n q u e la c ita s u p u e s t a m e n t e se h a
b r ía s o b re v iv id o a sí m is m a d e s d e lo s o r íg e n e s d e l d is c u rs o .
H a s ta a h o r a h e e v ita d o h a b la r d e la s f u n c io n e s d e la c ita en
el d isc u rso : las d iv e rsa s te n ta tiv a s d e d e f in ic ió n d e la c ita y la
p e q u e ñ a tip o lo g ía p r o p u e s ta p a r a su s v a lo r e s d e r e p e tic ió n
d e s c a n s a n e n c rite rio s fo rm a le s , n o f u n c io n a le s . T in iá n o v lla
m aba «función c o n s tru c tiv a d e u n e le m e n to d e la o b r a lite ra
ria (en ta n to siste m a) a s u p o s ib ilid a d d e e n t r a r e n c o r re la c ió n
c o n lo s o tro s e le m e n to s d e l m is m o s is te m a y, e n c o n s e c u e n
cia, c o n el siste m a e n te r o » .6 L a f u n c ió n d e u n a c ita r e s p o n d e
a u n a re la c ió n d e é sta ,' t e n S2r
, c o n o t r o e l e m e n to d e S2 o con
S2 en su c o n ju n to , m ie n tra s q u e la f o r m a d e u n a c ita se c o m
p r e n d e c o m o u n a re la c ió n e n t r e lo s d o s s is te m a s e n q u e a p a
re c e t, S¡ y S2. P u e d e n d e s c r ib ir s e t o d a s la s f o r m a s p o sib le s,
h a c e r u n c a tá lo g o d e e llas, e l a b o r a r u n m o d e l o q u e la s p r o
d u z c a to d a s: é s te es e l o b je to d e u n e n f o q u e f o r m a l; sin em
b a rg o , las fu n c io n e s s o n e s e n c ia lm e n te v a r ia b le s d e p e n d ie n
d o d e lo s siste m as, se e s ta b le c e n e n u n r é g im e n d e d isc u rso
al q u e e s tá lig a d a su s u e r te : s o n p r á c t i c a s e f ím e r a s y e m p íri
cas d e las q u e n o es p o s ib le r e a liz a r u n c a tá lo g o e x h a u s tiv o .
C o n s id e re m o s el a r tíc u lo « c ita » d e l Petit Robert: «P asa
je c ita d o d e u n a u to r, d e u n p e r s o n a je c é le b r e ( g e n e r a lm e n te
p a r a ilu s tr a r o a p o y a r lo q u e se d ic e ) » . E s t a d e f in ic ió n su g ie
re , in m e d ia ta m e n te d e s p u é s d e la d e f in ic ió n f o r m a l y e n tre
p a r é n te s is , c o m o p a r a r e c o n o c e r q u e é s a n o e s e n a b s o lu to
su fu n c ió n , u n a e v a lu a c ió n f u n c io n a l q u e , a u n q u e n o p r e te n
d e s e r e x h a u s tiv a — se p r e s e n ta c o m o g e n e r a l, n o c o m o u n i
v e rs a l— , p riv ile g ia d o s f u n c io n e s , s in d u d a a q u e lla s q u e son
d o m in a n te s h o y e n d ía : el o r n a m e n to y la a u t o r i d a d , e n d e tr i
m e n to d e to d a s la s d e m á s . N o o b s t a n t e , e s a p r e o c u p a c i ó n p o r
118
F ORMA Y F U N C I Ó N
119
LA P R E H I S T O R I A DE LA C I T A
al m ism o tiem p o . L a fu n c ió n es u n v a lo r e n e l q u e u n a é p o c a
in v ierte u n a in te n s id a d o u n a c o m b in a c ió n p a r t i c u l a r d e v a
lo res p ro p io s h is tó ric a m e n te d e te r m in a d a , u n r é g im e n , c o n
la co n secu en cia d e q u e to d a cita, e n u n d e t e r m in a d o u n iv e r
so d e d iscu rso en el q u e su fu n c ió n es in m u ta b le , v e s u s u p le
m en to , su p rin c ip io d e s e n tid o lim ita d o , q u iz á a b o l i d o c o m o
si ella n o p u d ie se te n e r a la vez m á s q u e u n a ú n ic a f u n c ió n .
L a fu n c ió n es aq u e llo q u e e sta b iliz a la d in á m ic a d e la c ita y
le devuelve el e q u ilib rio .
3. ANÁLISIS DE U N CAMPO S E M Á N T I C O
4- L A S C O M I L L A S Y L A « M I M E S I S »
E n el l ib r o 111 d e la República,8 P la tó n p ro p o n e u n a c la
s ific a c ió n d e lo s g é n e r o s lite r a r io s c o n el fin d e d e te r m in a r
a q u e llo s q u e u tiliz a n la im ita c ió n , la mimesis, y e x c lu irlo s de
la c ita e je m p la r . T re s in flu e n c ia s so n n e fa sta s p a r a la sim p li
c id a d d e c a r á c te r d e la q u e d e s e a d o ta r a los g u a rd ia n e s: la
121
LA P R E H I S T O R I A DE LA CI T A
d e la p o esía, la d e l d in e ro y la d e lo s a fe c to s p r iv a d o s . Mime
sis, p ro p ie d a d y fam ilia re p re s e n ta n p e lig ro s a n á lo g o s p a r a
el alm a. (R eten g am o s esta e q u iv a le n c ia , p o r lo q u e r e s p e c ta
a sus m alo s efecto s, e n tre la mimesis, la p r o p i e d a d y la fa m i
lia: ta l vez la re la c ió n d e p ro p ie d a d re ú n e e so s t r e s té r m in o s
y sea el fo n d o d el a su n to ). A fin d e e x c lu ir a la mimesis, se
p la n te a u n a cu e stió n p re lim in a r: ¿ c ó m o r e c o n o c e r la ? ¿ C u á l
es la m a rc a d e la mimesis? P la tó n p r e te n d e m o s t r a r la e q u i
v alen c ia e n tre el d isc u rso d ire c to y la mimesis o , m á s e x a c
ta m e n te , d e m o stra r q u e el d is c u rs o d ir e c to , oratio recta, es
u n a p ru e b a su ficien te d e mimesis. P o r c o n s ig u ie n te , d e b ía
ce n su ra rse p o r su n a tu ra le z a m im é tic a to d o d is c u r s o q u e se
p re s e n ta ra en estilo d ire c to , es d e c ir, to d o d is c u r s o e n t r e c o
m illado, si ese signo tip o g rá fic o (el d e n o m in a d o r c o m ú n d e l
d iscu rso d ire c to y d e la cita, el e le m e n to f o r m a l d e la r e p e t i
ción) h u b ie ra ex istid o e n tie m p o s d e P la tó n .
P la tó n co m ien za p o r a n a liz a r lo s d o s m o d o s ( lexis) d e la
rep etició n d e las p a la b ra s d e o tr o e n el d is c u r s o , e l e s tilo d i
re cto y el estilo in d ire c to , es d ec ir, esas fo r m a s m is m a s q u e la
lógica d e stie rra d e su e sc ritu ra . N o o b s ta n te , P la t ó n sa lv a rá
el d iscu rso in d ire c to , lib re d e mimesis s e g ú n él.
U n re la to (diégesis) e stá o b ie n e n m o d o s im p le , c u a n d o
el p o e ta h a b la en su n o m b re y re fie re las p a la b r a s d e o t r o en
estilo in d ire c to , o b ie n e n m o d o im ita tiv o {mimesis), c u a n d o
el p o e ta se e x p re sa co m o si fu e ra o tr o el q u e h a b la y r e p ite
en estilo d ire c to , o b ie n e n m o d o m ix to , c u a n d o lo s d o s a n
te rio re s se e n c u e n tra n m e z c la d o s, c o m o e n la p r i m e r a p á g in a
d e la Ilíada, d o n d e H o m e r o re c u r r e s u c e s iv a m e n te a lo s d o s
estilos. H a b la en p rim e r lu g a r e n s u n o m b r e , y lu e g o c e d e la
p a la b r a a C rises. H o m e r o se sirv e d e la mimesis, p u e s n o se
n ieg a a h a b la r en n o m b re d e o tro , es d e c ir, a h a c e r t o d o lo
p o sib le p a ra q u e su a lo c u c ió n se p a r e z c a a la d e o t r o y, así,
a im ita r a a q u e l cuyas p a la b ra s cita. S o m e tie n d o e l c o m ie n
zo d e la litada a u n a tra n s f o rm a c ió n e n la q u e p a s a a e s tilo
in d ire c to , S ó cra te s e x p o n e u n ca so a rtific ia l d e r e la to sim -
122
LAS C O M I L L A S Y LA « M I M E S I S »
123
LA P R E H I S T O R I A DE LA CI TA
m e n te m im é tic a , c o r re s p o n d e a lo s g é n e ro s d r a m á tic o s y
c o m p re n d e la tra g e d ia y la co m e d ia ;
- la se g u n d a , e x c lu siv a m e n te e n e stilo in d ir e c to , li b r e d e
to d a mimesis, c o r re s p o n d e al ca so a rtific ia l p r o d u c i d o p o r
S ó cra te s, o a lo q u e fu e el d itir a m b o e n s u o r ig e n m ític o ; n o
c o m p re n d e n in g ú n g é n e ro a c tu a l y es p o r a sí d e c ir lo u n a
id e a d e g én ero ;
- y la te rc e ra , la m ás e x te n sa , c o m b in a e l e s tilo d ir e c to y el
in d ire c to ; es la q u e se u sa h a b itu a lm e n te e n la e p o p e y a y en
m u c h o s o tro s g én ero s.
E s ta tip o lo g ía d e los g é n e ro s lite r a r io s tie n e u n ín fim o v a
lo r p rá ctico : la tric o to m ía e n la q u e se re s u m e c o n tie n e u n a
casilla vacía (el re la to sim p le sin im ita c ió n ), u n a c a s illa o c u
p a d a p o r los g én e ro s d ra m á tic o s (el r e la to p o r c o m p le to im i
tativo) q u e p la n te a p ro b le m a s d e o tr o o r d e n (o d e l m ism o )
— a saber, los p ro b le m a s d e la re a liz a c ió n te a tr a l— y, fin a l
m en te, u n a te rc e ra casilla q u e e n r e a lid a d es u n c a jó n d e s a s tre
d o n d e a m o n to n a r sin o rd e n to d o s lo s d e m á s g é n e r o s lite r a
rios. L a clasificación sólo tie n e u n fin, el q u e p e r s ig u e P la tó n :
la b ú sq u e d a d e u n c rite rio q u e p e r m ita re c o n o c e r lo s g é n e ro s
q u e se sirven d e la mimesis y d e s te r ra r lo s d e la c ita . P r e c is a
m e n te d esd e esta p e rsp e c tiv a , n o tie n e g ra n u tilid a d , p u e s to
q u e la ú n ica casilla q u e salva n o tie n e e x is te n c ia e fe c tiv a . P o r
lo dem ás, la re p re sió n d e la p o e s ía ta n só lo se lo g r a r á d e f in i
tiv am en te en el lib ro x d e ha República, d o n d e y a n o se t r a
ta rá d e ju zg ar la mimesis d e s d e u n p u n to d e v is ta p s ic o ló g ic o
(su m ala in flu en cia s o b re lo s g u a rd ia n e s ), s in o d e s d e u n p u n
to d e vista o n to ló g ic o (su escasa re la c ió n c o n lo v e r d a d e r o ) .
A ristó teles p ro p o n e , al p r in c ip io d e la Poética y com o
p re á m b u lo al análisis d e la tra g e d ia , u n a tip o lo g ía d e lo s g é
n e ro s lite ra rio s q u e d ifiere s e n s ib le m e n te d e la d e P la t ó n .9
La mimesis ya n o es u n a d e las d o s fo rm a s p o s ib le s d e l re la -
124
LAS C O M I L L A S Y LA « MI ME S I S»
to , s in o la c a te g o r ía g e n é ric a b a jo la q u e se su b su m e n to d a s
las e s p e c ie s lite r a r ia s . É s ta s n o se d istin g u e n ya p o r lo ta n to
se g ú n s u r e c u r s o a la mimesis e n te n d id a com o estilo d ire c
to , s in o s e g ú n v a r io s c rite rio s: o b ie n im itan con d ife re n te s
medios (la d a n z a , la m ú s ic a ; p a r a el lenguaje, e se n cialm en te
el v e rs o o la p r o s a ) , o b ie n im ita n d ife re n te s objetos— im itan
lo s a c to s d e h o m b r e s d e m é r ito o d e p e rso n a s m ed io cres, su
p e r io r e s o in f e r io r e s , n o b le s o in n o b le s — , o b ie n im itan d e
d ife r e n te s modos (el e s tilo d ire c to o in d ire c to , el d ra m á tic o
o el n a r r a tiv o ) : la o p o s ic ió n e n tr e d isc u rso d ire c to e in d ire c
to n o es m á s q u e u n o d e e so s c rite rio s d e especificación de
lo s g é n e r o s lite r a r io s , e l d e l m o d o (lexis), y la mimesis ab a r
ca ta m b ié n lo s d o s m o d o s : « S e p u e d e im ita r [ ...] en form a
n a r ra tiv a , o tr a s a lte r a n d o e l c a rá c te r— co m o lo h ace H o m e
ro — , o c o n s e r v a n d o e l m is m o sin c a m b ia rlo , o re p re se n ta n
d o a lo s im ita d o s c u a l a c to r e s y g e re n te s d e to d o » .101
P a r a A r is tó te le s , p o r lo ta n to , tra g e d ia y ep o p e y a— q u e se
v alen d e lo s m is m o s m e d io s (el v e rso , a p e s a r d e las d iferen
cias d e m e tr o s ) y tie n e n lo s m ism o s o b jeto s, logoi (los actos
d e lo s h o m b r e s m á s d e s ta c a d o s )— se d istin g u e n p o r el m o d o
(d r a m á tic o o n a r r a tiv o ) , p e r o a m b a s d e p e n d e n , d e m an era
a n á lo g a , d e la mimesis, ig u a l, p o r lo d em ás, q u e los diálogos
so c rá tic o s , q u e ta m b ié n im ita n m e d ia n te el lenguaje, a u n q u e 1
m e d ia n te la p r o s a e n lu g a r d e l v e rso ." E llo c o n tra d ic e la ar- ¡I
g u m e n ta c ió n d e P la tó n : e l d is c u rs o d ire c to n o se id en tifica ¡
ya c o n la mimesis, e l d is c u r s o in d ire c to es asim ism o m im é-
tic o , al m e n o s t a n t o c o m o el d is c u rs o d ire c to . H a y q u e d e
c ir q u e A r is tó te le s p e r s ig u e u n fin d istin to a P la tó n : m ie n tra s
q u e é s te b u s c a b a d e lim ita r a la mimesis en su estilo, A ris tó te
les se a tie n e a e lla y la c o n s id e r a co m o la m ás alta a m b ic ió n d e
la p o é tic a . A llí d o n d e P la tó n in fra v a lo ra la tra g e d ia y, e n m e
n o r m e d id a , la e p o p e y a , q u e n o es ín te g ra m e n te u n g é n e ro d e
125
LA P R E H I S T O R I A DE LA CI TA
im itac ió n , A ristó te le s v a lo ra e n g ra d o s u m o la tr a g e d ia , y, d e
la e p o p e y a, aq u e lla q u e h a c e el m a y o r u s o d e l d is c u r s o d ir e c
to y e n la q u e el p o e ta in te rv ie n e lo m e n o s p o s ib le e n n o m b r e
p ro p io : la litada.11L as ta b la s d e v alo re s p la tó n ic o s y a r is to té
licos so n inversas: A ristó teles, r e to m a n d o d e P la tó n e l té r m i
no de mimesis, p e r o d á n d o le u n a a c e p c ió n d if e r e n te , a ta c a el
u so q u e éste h ac e d e él. L a tip o lo g ía a r is to té lic a e s c a p a a las
críticas lógicas en las q u e in c u rría la d e P la tó n , a p e s a r d e q u e
en am b o s casos la te n ta tiv a clasific a to ria te n g a c o m o e fe c to ,
si n o co m o finalidad, e n m a sc a ra r la v a g u e d a d d e l c o n c e p to : a
fa lta d e u n a d efinición p re c isa d e la mimesis A ris tó te le s , des
p u é s d e P la tó n , e m p re n d e rá la d iv isió n d e lo s g é n e r o s lite r a
rios. P o r lo dem ás, A ristó te le s lo re c o n o c ía : « E m p e r o al a rte
q u e em plea ta n sólo p a la b ra s, o d e s n u d a s o e n m é tr ic a — m e z
clan d o m étricas d ife re n te s o d e u n so lo tip o — le s u c e d e n o h a
b e r o b te n id o h a sta el d ía d e h o y n o m b r e p e c u lia r » .13
P la tó n , fu n d a n d o la e s té tic a c o m o mimesis g e n e ra liz a d a ,
está en el o rig en d e u n a la rg a tr a d ic ió n d e la o b r a d e a r te c o n
ceb id a com o re p re se n ta c ió n : la o b r a d e a r te a s o c ia e s tr e c h a
m en te, id en tifica in c lu so , la r e p e tic ió n c o n la mimesis. E n la
República, esta asim ilació n te n ía al m e n o s u n m o tiv o c o n c r e
to: p o n e r a p u n to u n c rite rio d e r e c o n o c im ie n to d e la mime
sis a fin d e a c o rra la rla . E l d is c u rs o p la tó n ic o t r a t a d e la mi
mesis d e u n m o d o n e g a tiv o , re p re s iv o , j u r íd ic o y m o ra l: la
censura. C u a n d o A ristó te le s h e r e d a el té r m in o , a l p r in c ip io
d e la Poética, e incluye en él to d o s lo s g é n e ro s e x is te n te s — sin
d e m o stra rlo , p u e s se tra ta d e u n a x io m a : t o d o es mimesis o es
p ro d u c id o p o r ella— ,14 lo p ro y e c ta e n u n a d ir e c c ió n d is tin
ta. L a Poética es u n m é to d o d e la mimesis-, c o m o ta l, u n d is-
11 Ibid., 1460a 5.
13 Ibid., 1447b, p. 104.
14 Ibid., 1447a, p. 103: «La epopeya, y aun esa otra obra poética que es
la tragedia, la comedia lo mismo que la poesía ditirámbica y las más de las
obras para flauta y cítara, da la suerte de que todas ellas son, en conjunto,
reproducciones por imitación» [trad. Juan García Bacca, op. cit.\. 12
12 6
E L P O D E R DE LA R E P E T I C I Ó N . . .
5. EL P O D E R D E LA R E P E T I C I O N ...
127
LA P R E H I S T O R I A DE LA CI TA
b re s b a jo la d e p e n d e n c ia d e la m u sa : el p o e ta , e l r a p s o d a , el
o y en te. « E l e s p e c ta d o r es el ú ltim o d e e so s a n illo s [ . . . ] q u e
p o r m e d io d e la p ie d ra d e H e ra c le a to m a n la f u e r z a u n o s d e
o tro s, y q u e tú , ra p s o d a y a e d o , ere s el a n illo i n te r m e d io y q u e
el m ism o p o e ta es el p rim e ro . L a d iv in id a d , p o r m e d io d e t o
d os éstos, a rra s tra el alm a d e lo s h o m b r e s a d o n d e q u ie r e , e n
g an c h á n d o lo s en esta fu e rz a a u n o s c o n o t r o s » .16
L a clasificación d e los g é n e ro s p o é tic o s p r o p u e s ta p o r P la
tó n se o rd e n a seg ú n la d is m in u c ió n d e su p o d e r : d e s d e la t o
d o p o d e ro s a tra g e d ia , p a s a n d o p o r la e p o p e y a , h a s ta e l re la
to p u ro , id e a lm e n te im p o te n te , c a r e n te d e l m e n o r e n c a n to .
E sto es lo q u e p o d e m o s v e rific a r s o b r e la tr a n s f o r m a c ió n q u e
S ócrates realiza en la sú p lic a d e C rise s a lo s a te n ie n te s e n el
com ienzo d e la litada p a r a p r o d u c ir u n r e la to s im p le s in im i
tació n y m o stra r la p la u s ib ilid a d d e s e m e ja n te g é n e r o . N o se
co n te n ta con s u b s titu ir el e stilo d ir e c to p o r e l e s tilo i n d ir e c
to, sino q u e ad em ás elim in a to d o s lo s e le m e n to s s u s c e p tib le s
de re su lta r p o d e ro so s, d e e je rc e r s e d u c c ió n , p a r ti c u la r m e n
te las figuras re tó ric as.
L a sig u ien te ta b la re su m e e s ta c o n v e rs ió n :
T E X T O DE C RI S ES Y / O DE TEXTO PROPUESTO
HOMERO POR PLATÓN
128
... el de argénteo arco, que proteges
Crisa y la muy divina Cila, y sobre Té- Los nombres
nedos imperas con tu fuerza, oh, Es- del dios Apolo
minteo!
L a tr a n s f o r m a c ió n es d o b le y c o m p re n d e :
- L a s u b s titu c ió n d e l d is c u rs o d ire c to p o r el d iscu rso in
d ire c to ;
- L a s u b s titu c ió n d e las p e rífra sis d e n o ta n te s (u n a figura
d e r e tó r ic a es u n a p e r íf r a s is d e n o ta n te ) p o r las d en o tacio n es.
Si r e c o r d a m o s q u e , p a r a F re g e , el d isc u rso d ire c to d e n o ta .
las p a la b r a s m is m a s q u e so n re p e tid a s , m ie n tra s q u e el d is
c u rs o i n d ir e c to d e n o ta e l s e n tid o d e l d isc u rso tra sla d a d o , las
d o s tr a n s f o r m a c io n e s n o s o n ló g ic a m e n te del m ism o ord en :
la s e g u n d a n o d e b e n e c e s a r ia m e n te a c o m p a ñ a r a la p rim e
ra, n o e s tá i m p u e s ta p o r la p r im e r a e n c u a n to ésta se lleva a
ca b o . P o r lo ta n t o , p o d r í a h a b e r u n a v e rsió n in te rm e d ia , e n
tr e la d e H o m e r o y la d e P la tó n , q u e se lim ita ra a la p rim e
ra tr a n s f o r m a c ió n y c o n s e rv a ra las fig u ras re tó ricas: la mi
mesis n o e s ta r ía a u s e n te d e ella y se g u iría sie n d o u n a fo rm a
m ix ta , n o y a la e p o p e y a h o m é ric a . E s ta v e rsió n in te rm e d ia
e s ta ría , p r e c is a m e n te , e n e s tilo in d ir e c to lib re.
S in e m b a r g o , n o es in d if e r e n te q u e P la tó n c o m b in e las dos
tr a n s f o r m a c io n e s sin s e ñ a la rlo , c o m o si se s o b re e n te n d ie ra .
A l h a c e r lo p a r e c e a d m itir q u e el d isc u rso d ire c to y la p e r í
frasis d e n o t a n t e t ie n e n e fe c to s o p o d e re s análogos: se a p a r
ta n d e f o r m a p a r e c id a d e la v e r d a d , q u e es la ú ltim a d e n o
ta c ió n d e t o d o d is c u r s o . T o d a p e rífra sis d e n o ta n te c o n tie n e
la p o s ib ilid a d y e l rie s g o d e q u e n o d e n o te n a d a e n a b s o lu
to , el v a c ío .'717
129
LA P R E H I S T O R I A DE LA C I T A
L a a m b ig ü e d a d d e la p e rífra sis d e n o ta n te y e l e r r o r q u e
p u e d e p ro v o c a r (la ilu sió n y el e n g a ñ o ), s o n p r e c is a m e n te
lo s p ro b le m a s q u e p la n te a P la tó n e n El sofista, p r e g u n ta n d o
si el e r ro r es p o sib le e n el le n g u a je , o si el d is c u r s o y e l ju ic io
(lógos y dóxa) so n sie m p re c o m p le ta m e n te v e r d a d e r o s , n u n
ca falso s.'8 P la tó n re s p o n d ía , p o r m e d ia c ió n d e l e x tr a n je r o a
T eeteto : « P e ro c u a n d o se d ic e n , r e s p e c to a ti, c o s a s d is tin ta s ,
co m o si fu e sen las m ism as, o co sa s q u e n o s o n , c o m o si f u e
sen, ¿no está claro q u e u n a c o m b in a c ió n d e v e r b o s y d e n o m
b re s fo rm a d a d e esta m a n e ra tie n e q u e ser, re a l y v e r d a d e r a
m en te, u n d iscu rso fa lso ? » .'9 O b ie n lo fa lso e n e l d is c u r s o es
u n a ex p resió n q u e n o d e n o ta n a d a e n a b s o lu to , o es el n o -
ser, que, d esd e este p u n to d e v ista, e q u iv a le a la c la s e n u la d e
Frege. E s lo p ro p io d el sofista h a c e r v e r d a d e r o lo q u e es fa l
so, atrib u ir ex isten cia a lo q u e n o e x iste , m e d ia n te s u p a la b r a
artificiosa; o b ie n p ro d u c ir u n d is c u rs o sin d e n o ta c ió n , h a c e r
q u e se to m e u n a d e n o ta c ió n v a c ía p o r u n a d e n o ta c ió n e f e c ti
va y actual. Y P la tó n lo c o n d e n a e x p r e s a m e n te p o r e s a ra z ó n .
A l re e m p laza r en la a re n g a d e C ris e s to d a s la s p e r íf ra s is
d e n o tan te s p o r su d e n o ta c ió n , P la tó n se p r e v ie n e c o n tr a el
peligro d e q u e su rja n c o n tra d ic c io n e s d e b id a s a la a u s e n c ia
d e d en o tacio n es. ¿Y n o es ac a so la p o s ib ilid a d d e s e m e ja n
te p a ra d o ja lo q u e tr a ta d e e v ita r al d e s e m b a r a z a r s e d e l d is
curso d irec to ? É ste d e n o ta el d is c u rs o r e p e t i d o , p e r o n o e stá
Francia está calvo», ¿cómo tratarla perífrasis «el actual rey de Francia», que
no denota nada (mientras que la perífrasis «el actual rey de Inglaterra» de
notaba a un hombre determinado, Eduardo V II el Calvo, en 1905, fecha
en la que Russell plantea la cuestión)? Frege, en semejante caso conflicti
vo, proponía una denotación puramente convencional: «el rey de Francia»
denota la clase nula. Sin embargo Russell considera esta precaución insu
ficiente, puesto que es artificial. Véase Russell, «On denoting», M ind, 14,
Londres, 1905, pp. 479-493.
18 Platón,Sofista, 26ic, trad. Patricio de Azcárate, Centaur, edición di
gital, 2013.
19 /¿id., 263d.
130
J
EL P O D E R DE LA R E P E T I C I Ó N . . .
d e s c a r ta d o q u e e s te ú ltim o a su vez n o d e n o te n a d a en a b s o
lu to : « ¿ D e n o ta a lg o C rise s? » . N o o b sta n te , a P la tó n jam ás le
h a b r ía s a tis f e c h o la r e s p u e s ta q u e p ro p o n d r á L eibniz: « C ri
ses es p o s ib le p o r q u e n o es c o n tra d ic to rio » . ¿ Q u é q u e d a ría
e n to n c e s d e la in s p ir a c ió n d iv in a d e los p o etas? L a co p ia d e
la c o p ia (el d is c u r s o d ire c to ) d e n o ta la co p ia (las p ala b ra s r e
p e tid a s ) d e la id e a o d e la in sp ira c ió n ; p e ro en este d o b le a le
ja m ie n to d e la v e r d a d , la c a d e n a se p u e d e ro m p e r y la co p ia
d e la c o p ia n o t e n e r n in g u n a re la c ió n ya con el m odelo . E n
este s e n tid o la metis (lo s c o lo re s d e l p o e ta , las figuras y tr o
p o s, las p e r íf r a s is d e n o ta n te s ) y la mimesis p u e d e n m eterse
p e r f e c ta m e n te e n e l m is m o saco , clasificarse con la m ism a
e tiq u e ta (la metis, e l o fic io , las h a b ilid a d e s, es, en p in tu ra , el
p r in c ip io d e lamimesis). A m b a s tie n e n el p o d e r d e p ro d u c ir
u n d is c u r s o q u e n o d e n o te n a d a , n o so lam en te contin g en te,
sin o fa lso , c o n e l a g r a v a n te d e q u e p a sa p o r v erd ad ero . P o r
q u e t o d o se r e d u c e f in a lm e n te a esto : p u e s to q u e el d iscu rso
m im é tic o n o tie n e c o m o d e n o ta c ió n u n v a lo r d e v e rd a d (ver
d a d e ro o fa ls o ) , s in o o t r o d is c u rs o , es d e lic a d o , si n o im p o si
b le, e m itir u n ju ic io s o b r e él.
E l p o d e r d e la mimesis c o n s is te en q u e su p ro d u c to escapa
al ju ic io : p a r a P la t ó n , e l ju ic io es la afirm ació n o la negació n
q u e p o n e té r m i n o al p e n s a m ie n to c o m o d iálo g o in te rio r del
alm a c o n s ig o m is m a , y p a r a F re g e , el p a s o d el sen tid o d e u n a
e x p r e s ió n a s u v a lo r d e v e r d a d , es decir, m ás o m enos lo m is
m o . P o r e l c o n t r a r i o , e l re la to q u e o b tie n e P la tó n al c a b o d e
sus tr a n s f o r m a c io n e s ( q u e d a c la ro a p a r tir d e a h o ra q u e v an
d e la m a n o ) se p r e s ta al ju ic io p o r q u e n o tie n e n in g ú n p o d e r:
« P o r lo d e m á s , y a s a b e s , p o r o tr a p a r te , el p a p e l q u e h a c e n
las p a la b r a s d e lo s p o e ta s c u a n d o se les q u ita el c o lo rid o m u
sical; n o p u e d e s m e n o s d e h a b e r lo o b s e rv a d o » .10 T riste p a
p el. N o s ie m p r e a g r a d a e s c u c h a r la v e rd a d , y jam ás es b e lla . 20
131
6. ... Y EL ABUSO DEL D IÁ LO G O
P la tó n , q u e re c o m e n d a b a d e s c o n fia r d e la r e p e tic ió n y d el
d isc u rso d ire c to , los u tiliz ó e n sus te x to s ; A r is tó te le s , q u e
ju z g a b a fa v o ra b le m e n te el p o d e r d e a m b o s r e c u r s o s se a b s
tu v o d e u tilizarlo s. E l te x to a r is to té lic o se p r e s e n t a e n fo rm a
d e u n m o n ó lo g o o d e u n c u rs o d ic ta d o , m ie n tr a s q u e P la tó n ,
e n las m ism as p ág in as en q u e c o n d e n a la mimesis, h a b la en
n o m b re d e o tro , p o n e e n e s c e n a p e r s o n a je s t r a s lo s c u a le s se
esco n d e: los d iálogos p la tó n ic o s h a n s id o r e p r e s e n ta d o s en
el te a tro . ¿S erán m e re c e d o re s d e las c r ític a s q u e S ó c ra te s d i
rig e a los im ita d o re s? ¿ N o es p r e c is a m e n te s u f o r m a d e d iá
lo go la q u e h a c e q u e a d m ita m o s m u c h o s a b u s o s , p a r tic u la r
m e n te la id e n tificac ió n d e la mimesis c o n e l d is c u r s o d ir e c to
y las com illas? L a c o n d e n a d e la mimesis d e p e n d e r á e lla m is
m a d e u n efecto d e mimesis.
D os arg u m e n to s a risto té lic o s se o p o n d r í a n a P la tó n :
- S ócrates tra ta ú n ic a m e n te d e la im ita c ió n p o é tic a , lo q u e
im plica tá c ita m e n te el v e rso . A ris tó te le s , c o m o h e m o s v isto ,
d iscu tirá la e x a c titu d d e e s ta d is tin c ió n : e l té r m i n o d e p o é ti
ca n o se lim ita al v erso y c o m p r e n d e t o d a mimesis p o r el le n
guaje, es d e c ir to d a p r o d u c c ió n y /o r e p r e s e n ta c ió n d e co sas
p ro d u c id a s o d isp u e sta s p o r el p o e t a .11
- S ócrates p o n e c u id a d o , d e s d e el p r in c ip io , e n lim ita r sus
p a lab ras al re la to , diégesis, d e l c u a l n o f o r m a p a r t e e l d iá lo
go p lató n ico . Sin e m b a rg o , u n a v ez m á s , n a d a h a c e n e c e s a
ria esta p ro p o sició n : S ó c ra te s la p o s tu la , y A r is tó te le s d is c u
tirá este axiom a. L o s d iálo g o s so n u n a im ita c ió n e n p r o s a , sin
q u e ex ista u n a d ife re n c ia e s e n c ia l c o n la diégesis o la mime
sis. A dem ás, las reglas q u e P la tó n q u e r r ía i m p o n e r a la p o é
tica, e n tre ellas la ex c lu sió n d e l d is c u rs o d ir e c to , d e b e r ía n , si
creem o s a A ristó teles, a p lic a rse ig u a lm e n te a s u p r o p i o te x to .
P e r o sería p o c o serio e n f r e n ta r a A r is tó te le s c o n t r a P la tó n
132
. . . Y EL ABUSO DEL DIÁLOGO
p a r a r e p r o c h a r a é s te su re c u rs o al diálogo. V eam os el fo n d o
d el a s u n to : si, e n e l p r o c e s o q u e P la tó n a b re c o n tra la mime
sis, lo q u e le im p u ta es su p o d e r, h ay q u e re co n o ce r q u e m e
d ia n te el d iá lo g o P la tó n sac a p a r tid o d e ese p o d er: en g a ñ a a
su in te r lo c u to r , a s u le c to r.
E n la m is m a p á g in a e n q u e P la tó n p re te n d e justificar la e x
clu sió n d e lo s p o e ta s , n o d e s c u id a n in g u n o de los in stru m e n
to s d e l p o d e r d e la r e p e tic ió n en el discurso. C ita a H o m e ro ,
d e d u c e d e la Ilíada las d o s p ro p o sic io n e s capitales de su ar
g u m e n ta c ió n q u e , m e d ia n te u n ro d e o re tro sp ectiv am en te d i
v e rtid o q u e n o h a c e m á s q u e ilu s tr a r la fu e rza de la cita, sirven
p a r a c o n d e n a r la e p o p e y a . E n el fo n d o , lo q u e dice Sócrates
es: e s to es lo q u e es la litada, e sto es lo q u e n o es (el relato p u ro
sin mimesis) y lo q u e d e b e r ía s e r p a r a q u e n o la excluyéram os.
L a e p o p e y a h o m é r ic a es el m o d e lo d el te x to p o ético . P o r
eso es in e v ita b le c ita r a H o m e r o , a u n q u e sólo sea p ara ser
c o m p r e n d id o . P e r o c ita r lo , c o n in d e p e n d e n c ia d e las co n d i
c io n es e n q u e se lo c ite , es re c o n o c e r u n a vez m ás su em in en
cia. L a r e iv in d ic a c ió n d e u n p o d e r e sta b le c id o su p o n e q u e se
lo h a y a r e c o n o c id o a n te s , y la c ita es el m ás e x te n d id o de los
c o n tr a - p o d e r e s , a q u e l q u e in te r p r e ta sin tran sfo rm ar: P la
tó n se lim ita a p r o p o n e r la s u b s titu c ió n d e H o m e ro p o r un
g é n e ro m u e r t o h a c ía tie m p o , el re la to m ític o p u ro y sim ple.
N o o b s t a n t e , c o m p a r a d o c o n el p o d e r d e la cita h o m é ri
ca, el d e l d iá lo g o , e l d e l d is c u rs o d ire c to , es tem ib le d e o tro
m o d o : h a c e a c e p ta b le u n ra z o n a m ie n to n o e x e n to d e fallos,
a u n q u e e l ju e g o d e p r e g u n ta s y re sp u e sta s los o cu lten .
C a d a p r o p o s i c i ó n d e P la tó n se e n u n c ia en dos p a rte s, d o s
v o ce s, la d e S ó c r a te s y la d e s u in te rlo c u to r, q u e re sp o n d e :
S ó c ra te s f o r m u la u n a p r e g u n ta , q u e es la p ro p o sic ió n q u e se
q u ie re d e m o s tr a r , e n f o r m a in te rro g a tiv a , n o asertiv a; y su
in te r lo c u to r a d m ite , c o n c e d e a S ó c ra te s su p ro p o sic ió n : ésta
se c o n s id e r a d e m o s t r a d a g ra c ia s a la c o n c e sió n d el in te r lo c u
tor. D e a h í q u e e n e l te x to p r o life r e n las cláu su las d e a c u e r
d o q u e p u n t u a l i z a n c a d a in te rv e n c ió n d e S ó cra te s. M ás allá
133
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
d e su a p a rie n c ia b a n a l, esta s c lá u su la s s o n e s e n c ia le s p a r a la
a rg u m e n ta c ió n cuya p ro g r e s ió n a p o y a n d e u n a m a n e r a q u e
es to d o lo c o n tra rio d e in o c e n te . Si la p r e g u n ta d e S ó c ra
te s es « ¿ N o es c ie rto q u e P ? » , y la r e s p u e s ta d e s u in te r lo c u
to r es «Sí, es cie rto » — o c u a lq u ie r o tr a v a r ia c ió n s o b r e e ste
te m a — , la re la ció n e n tre las d o s e x p r e s io n e s n o e s d e ta u t o
logía, y su y u x tap o sició n n o e q u iv a le a u n a s im p le a s e rc ió n d e
P , n o equivale ló g icam en te a P . E l ra z o n a m ie n to s o c r á tic o p o r
la adhominatio tien e, ad e m á s d e su b ie n c o n o c id a v i r t u d d ia
léctica o psicagógica, el in m e n so p o d e r d e s u b v e r tir la ló g ica.
¿C óm o? Se tra ta u n a vez m á s d e u n p r o b l e m a d e d e n o
tació n . ¿ Q u é d e n o ta e n re a lid a d la in te r r o g a c ió n s o c rá tic a ?
D e n o ta la p ro p o sic ió n m ism a , e n su f o r m a a firm a tiv a :
« ¿N o es c ierto q u e P ? » d e n o ta «P».
« ¿N o es cierto q u e to d o lo q u e d ic e n lo s p o e ta s n o es o tra
cosa q u e u n a n a rra c ió n d e la s c o sa s p a s a d a s , p r e s e n te s o
fu tu ra s? » 11 d e n o ta « T o d o lo q u e d ic e n lo s p o e ta s e s e l re la to
d e ac o n te cim ie n to s p a s a d o s , p r e s e n te s o f u tu r o s » .
Y la ré p lic a d e A d im a n to se re fie re a la d e n o ta c ió n y es u n
juicio so b re la d e n o ta c ió n d e la p r e g u n ta , s o b r e s u v a lid e z o
so b re su a d m isib ilid a d : el « sí» q u e A d im a n to c o n te s ta a S ó
crates n o re c o n o c e o tra co sa m á s q u e la e x is te n c ia d e u n a d e
n o tació n , eq u iv ale a « E so d e n o ta » o d e « E s v e r d a d q u e “ ¿ N o
es cierto q u e P ? ” d e n o ta “P ”». E llo s ig n ific a q u e la c o n c e
sión n o tie n e n a d a q u e v e r c o n la v e r d a d d e P , s in o e x c lu s i
v am en te co n la d e n o ta c ió n d e « ¿ N o es c ie r to q u e P ? » , q u e
n o es u n v alo r d e v e rd a d .
Ju z g a r P sería p a s a r d e P a su p r o p i a d e n o ta c ió n , a s u v a
lo r d e v e rd a d , m ie n tra s q u e ju z g a r la p r e g u n ta d e S ó c ra te s es
se n c illam en te a d m itir q u e e s ta p e r íf r a s is d e n o t a n t e d e n o ta
efe c tiv a m e n te algo, y n o el v ac ío ; es ju z g a r s u a c e p ta b ilid a d .
A la p re g u n ta d e S ó cra te s: « P a r a e llo , ¿ n o e m p le a n o u n a
n a rra c ió n sim p le, o u n a im ita tiv a , o u n a c o m p u e s t a d e u n a y12
134
. . . Y EL ABUSO DEL DI ÁLOGO
23 Ibid., p. 146.
24 Véase V. Goldschmidt, Le Paradigme dans la dialectique platoni-
cienne, París, p u f , 1974.
25 Aristóteles, Segundos Analíticos, 11, 5, y Primeros Analíticos, 1, 31,
46a 30.
135
LA P R E H I S T O R I A DE LA C I T A
p r e g u n ta -re s p u e s ta n o es v e r d a d e r a p o r e l s im p le h e c h o d e
q u e u n s ig n ific a n te d e v e r d a d («sí», « d e a c u e r d o » , « e s c ie r
to » , e tc é te ra ) fig u re e n la r e s p u e s ta d e l i n t e r lo c u to r . E l e s
q u e m a d e p r e g u n ta -re s p u e s ta n o e q u iv a le a n a d a m á s q u e
a la sim p le a se rc ió n d e la p r o p o s ic ió n , n o le a ñ a d e n a d a . E l
d iá lo g o e q u iv ale fo rm a lm e n te a u n a s e r ie d e te s is a s e rtiv a s .
N o o b s ta n te , la p re s e n c ia d e u n s ig n if ic a n te d e v e r d a d , si
g u ie n d o in m e d ia ta m e n te a la p r o p o s ic ió n e n m o d o i n t e r r o
g ativo, p ro d u c e u n a falsa im p re s ió n , c o m o si lo v e r d a d e r o
c o n c e rn ie ra a la p ro p o s ic ió n m is m a , c o m o si la p r e g u n ta -
re sp u e sta im p lic a ra , o tu v ie ra el m is m o v a lo r q u e «P e s v e r
d a d e ro » . N i «P es v e r d a d e r o » , n i s iq u ie r a «P», h a n sid o
e n u n c ia d o s o a firm a d o s, y sin e m b a r g o p a r e c e c o m o si lo
h u b ie ra n sido.
E l m ism o fe n ó m e n o se p r o d u c e c o n c a d a c ita : u n a c ita d e
n o ta las p a la b ra s re p e tid a s , y u n ju ic io s o b r e u n a c ita tie n e
q u e ver con esta d e n o ta c ió n , se p r o n u n c ia s o b r e la a u t e n t i
cid ad d e la re p e tic ió n , n o s o b r e la v e r d a d d e la s p a la b r a s r e
p etid as . P o r eso es ta n d ifíc il n e g a r o r e f u t a r u n a c ita ; f o r m a l
m e n te es im p o sib le. L a c ita o c u lta la c u e s tió n d e la v e r d a d
d el en u n c ia d o b a jo la d e la a u te n tic id a d d e la e n u n c ia c ió n ,
con la co n se c u e n c ia d e q u e el e n u n c ia d o m is m o e s c o n s id e
ra d o com o v e rd a d e ro : «t» d e n o ta e l e n u n c ia d o t, p e r o se e n
tie n d e com o «t es v e r d a d e r o » . I n c lu s o si r e p e tim o s u n enun
ciado p a ra c o n tra d e c irlo o a c u s a rlo d e f a ls e d a d , e n e l m o
m e n to d e la re p e tic ió n , el e n u n c ia d o es i r r e m e d ia b le m e n
te v e rd a d e ro . C u a n d o la r e p e tic ió n s u b s titu y e la p r e g u n ta
so b re la v e rd a d d e lo q u e es r e p e tid o p o r u n a p r e g u n t a s o
b r e la v e rd a d d el a c to q u e r e p ite , i m p o n e — e n e s o c o n s is te
su p o d e r y el a b u so — y d a p o r s o b r e e n t e n d i d a la v e r d a d d e l
e n u n c ia d o , al m e n o s p a r a q u ie n se s ie n te i m p lic a d o e n l u
g a r d e p re o c u p a rse p o r el s in g u la r p r o b l e m a q u e p r o d u c e
la re p e tic ió n , q u e es ta l vez el v e r d a d e r o p r o b l e m a , e l p r o
b le m a d e la a u te n tic id a d d e la e n u n c ia c ió n . L a mimesis— y
la cita, y to d a re p e tic ió n — p r e s e n ta e s te v e r d a d e r o p r o b le -
136
. . . Y EL ABUSO DEL DI ÁLOGO
i37
7- E L S I M U L A C R O
E l p ro d u c to o b te n id o p o r la mimesis se e n c u e n tr a d o s g ra d o s
p o r d e b a jo d e lo real, es decir, d e la v e r d a d ,26 a firm a P la tó n ,
e n el x lib ro d e la República, d o n d e a n a liz a n o y a e l v a lo r p s i
co ló g ico d e la mimesis sin o su v a lo r o n to ló g ic o , y r e f u e r z a la
c o n d e n a m o ra l m e d ia n te u n a a p r e c ia c ió n m e ta f ís ic a . E n el
p rim e r g ra d o , el d e la v e r d a d o la r e a lid a d , se e n c u e n tr a la
fo rm a ú n ic a o la id e a d e c a d a co sa (la id e a d e c a m a o d e m esa,
la m esa o la cam a e n sí), d e la q u e u n d io s es e l c r e a d o r ; en
el seg u n d o , está el o b je to d e u s o q u e e l o b r e r o o e l a r te s a n o
p ro d u c e im ita n d o el m o d e lo ú n ic o , o b je to q u e e s u n a c o p ia
d e la re alid ad ; y p o r ú ltim o , e n el t e r c e r g r a d o se e n c u e n tr a
la im agen o b te n id a p o r el p i n t o r o p o r e l p o e ta , q u e es c o p ia
d e u n a copia, p o r q u e es im ita c ió n d e l o b je to d e l a r te s a n o ,
n o d e la idea: « H a y tre s clase s d e c a m a s: u n a , q u e e s tá e n la
n a tu ra leza y cuyo a u to r p o d e m o s , a m i p a r e c e r , d e c ir q u e es
D ios [ ...] L a se g u n d a es la q u e h a c e e l c a r p i n t e r o [ . . . ] Y la
terc era , la q u e es o b ra d e l p i n to r » .27
E n la ca d en a q u e va d e la id e a (eidos) a la c o p ia ( eídolon)
y a la co p ia d e la c o p ia (phántasma), a m e d id a q u e n o s v a m o s
a p a rta n d o d e la v e r d a d la s e m e ja n z a o la f id e lid a d a l m o d e
lo se p erv ierte: la c o p ia d e la c o p ia es u n a c o p ia d e g r a d a d a .
D ic h o d e o tro m o d o , e n tr e la c o p ia y la c o p ia d e la c o p ia n o
h ay u n a d iferen cia d e naturaleza s in o ú n ic a m e n te d e grado:
u n a d iferen cia q u e p u e d e m e d irs e p o r e l g r a d o d e a le ja m ie n
to d e la v erd ad .
En El sofista, P la tó n d a r á u n a d e s c r ip c ió n d i f e r e n t e d el
fu n c io n a m ie n to d e la mimesis. L a mimesis a p a r e c e r e p r e s e n
ta d a co m o el a rte d e p r o d u c ir — e n p a r ti c u la r e n e l d is c u rs o ,
c o m o o c u rre co n el sofista— « to d a s la s c o s a s » , y p o r lo ta n to
im ág en e s {eídolon): « ¿ N o e s tim a m o s q u e e l h o m b r e q u e se
u fa n a d e se r cap az d e h a c e r to d a s la s c o sa s m e d i a n t e u n so lo
138
i
EL SI MULACRO
a rte es lo m is m o q u e el q u e , p o r m ed io de la p in tu ra , im ita
s e r e s ... ? » .28E s ta té c n ic a es la q u e se e n c u e n tra en la p in tu ra y
en el le n g u a je . S in e m b a r g o , P la tó n d istin g u e a co n tin u a c ió n
d o s c la se s d e imágenes y d iv id e la m im ética en dos: p o r u n a
p a r te , el a r te d e p r o d u c ir copias (eikón), las « b u en as» im ág e
n es q u e r e s p e t a n la s p r o p o r c io n e s , q u e tien en alguna sem e
ja n z a c o n la id e a ; y, p o r o tr a p a r te , el arte d e p ro d u c ir simu
lacros (phántasma), la s m a la s im ág en e s q u e sim ulan la co p ia,
q u e p r o v o c a n u n a ilu s ió n y q u e n o tie n e n n in g u n a sem ejanza
c o n la id e a p o r q u e h a n s id o p ro d u c id a s sin p asa r p o r la idea.
E s ta d iv is ió n d e l a r te q u e fa b ric a im ágenes en dos clases, el
a rte d e la c o p ia y e l a r te d e l sim u la c ro , n o ap arecía en la Repú
blica. T al c o m o se e n u n c ia e n El sofista, p o d ría pensarse que
se t r a ta d e u n a m a n e r a d e d is tin g u ir la cam a del ca rp in tero
d e la d e l p in t o r : la d e l p r im e r o se ría u n a b u e n a im agen, u n a
c o p ia -ic o n o , y la d e l s e g u n d o u n a m a la im agen, u n sim ulacro-
fa n ta s m a . P e r o é s ta s e ría u n a c o n c lu sió n equivocad a. Al fi
nal d e El sofista, P a l t ó n re to m a la clasificación d e las artes de
c re a c ió n y la s d iv id e p r im e r o e n d o s ram as, la creació n divina
y la c r e a c ió n h u m a n a , y a c o n tin u a c ió n d iv id e cad a u n a de es
tas d o s r a m a s e n o tr a s d o s , la c re a c ió n d e re alid ad es y la crea
ció n d e im á g e n e s . P o r e l la d o d iv in o , las re alid ad es creadas
c o r r e s p o n d e n a la c r e a c ió n , y las im ág en es son las som bras,
los re fle jo s, lo s s u e ñ o s . P o r el o tro la d o , el h o m b re « c o n s
tru y e u n a c a s a v e r d a d e r a p o r m e d io d e la a rq u ite c tu ra y, p o r
m e d io d e la p i n t u r a , o tr a q u e es, p a r a las g entes d esp ierta s,
c o m o u n s u e ñ o d e c r e a c ió n h u m a n a » .29 L a creació n h u m a
n a se c o m p o n e , p o r lo ta n to , d e re a lid a d e s y de im ág en es, y
estas ú ltim a s se d iv id e n a su vez en co p ias y sim ulacro s. D e
lo c u a l h a y q u e e x t r a e r d o s c o n c lu sio n e s. P o r u n a p a rte , q u e
lo s o b je to s m a n u f a c tu r a d o s ya n o so n p re se n ta d o s co m o c o
p ia s s in o c o m o r e a lid a d e s , c o sa q u e c o n c u e rd a c o n el h e c h o ,
r e f e r id o p o r A r is tó te le s , d e q u e P la tó n , al final d e su v id a, ya
n o p e n s a b a q u e h u b ie s e id e a s a las q u e lo s o b je to s m a n u f a c
tu ra d o s h u b ie s e n c o r re s p o n d id o . P o r o tr a p a r te , c o s a q u e
se d e s p r e n d e d e la p re c e d e n te , q u e lo s o b je to s p in ta d o s ya
n o se p re s e n ta n co m o c o p ias d e c o p ia s , s in o c o m o im á g e n e s
o p u e sta s a las re a lid a d e s. E s ta c o n c e p c ió n d a c u e n ta d e la
c re a c ió n d e im ág en es d e u n m o d o m á s p r e c is o y s a tis f a c to
rio q u e en la República. ¿ P o r q u é se d e c ía q u e e l c u a d r o era
u n a co p ia d e u n a co p ia y q u e el p i n t o r im ita b a la c a m a d e l
a rte sa n o y n o la id ea d e cam a? L a r e s p u e s ta e r a la s ig u ie n te :.
el p in to r im ita el o b je to d e l o b r e r o y n o la f o r m a ú n ic a , p o r
q u e él re p re s e n ta la a p a rie n c ia y n o la r e a lid a d , p o r e je m p lo
al re c u rrir a la p e rsp e c tiv a . N o h a y m á s q u e u n p u n t o d e v is
ta so b re la fo rm a o s o b re la id e a ; a h o r a b ie n e l p i n t o r r e p r e
sen ta según u n a v a rie d a d d e p u n to s d e v ista : p o r lo ta n to , n o
es la id ea m ism a lo q u e im ita , só lo p u e d e im ita r la c o p ia . L a
cadena d e p ro d u c c ió n , id e a - c o p ia -c o p ia d e c o p ia , es s u b s ti
tu id a en El sofista p o r u n a arborescencia: h a y u n a d ife r e n c ia
d e n a tu ra le z a e n tre el o b je to m a n u f a c tu r a d o (la r e a lid a d ) y
el o b jeto p in ta d o (la im a g e n ), y, a s u v ez , e n la s im á g e n e s es
p o sib le esta b le c e r o tra d ife re n c ia e n tr e la s c o p ia s y lo s s im u
lacros. C om o su b ra y a G ilíes D e le u z e , n o es e l a le ja m ie n to d e
la v e rd a d lo q u e p e rv ie rte la s e m e ja n z a d e l s im u la c r o c o n la
id ea y su fid elid ad al m o d e lo , es s u n a tu r a le z a , su e s e n c ia p o r
d ecirlo así, d e m o d o q u e el s im u la c ro n o es c o p ia d e n a d a en
ab so lu to , es n o -ser: «Si d e c im o s d e l s im u la c ro q u e e s u n a c o
p ia d e u n a co p ia, ic o n o in fin ita m e n te d e g r a d a d o , u n a s e m e
jan za in fin ita m en te d is m in u id a , d e ja m o s d e l a d o lo e se n c ia l:
la d iferen cia d e n a tu ra le z a e n tr e s im u la c ro y c o p ia , e l a s p e c
to p o r el cual ellos fo rm a n las d o s m ita d e s d e u n a d iv is ió n » .30
D e p r o n to , p a re c e q u e te n g a m o s m o tiv o s p a r a c o m p r e n -
141
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
q u e e n la República n o te n ía p r á c tic a m e n te n a d a q u e p o n e r
e n la casilla re se rv a d a al re la to p u r o y s im p le : e n lo s d o s c a
sos, só lo le in te re sa el té rm in o n e g a tiv o d o n d e a c o r r a la r al
p o e ta o al sofista. « E n c u a n to a la o tr a p a r te , p a r a m a y o r c o
m o d id a d , la d e jarem o s a u n la d o , y d e ja m o s a o t r o e l c u id a
d o d e fo rm ar, c o n sus v a rie d a d e s , u n to d o , y d a r le u n n o m
b r e q u e le c o n v e n g a» .32 S o m o s n o s o tr o s , p o r c o n s ig u ie n te ,
los q u e llen am o s la casilla d e la b u e n a im a g e n , d e la c o p ia ,
c o n el d isc u rso in d ire c to .
E n re su m id as c u e n ta s, la r e p e tic ió n (el d is c u r s o d ir e c to o
la cita) sería c o n d e n a b le m e n o s p o r q u e c o m p e te a la mime
sis q u e p o rq u e es sim u la c ro , m a la im a g e n : la r e p e tic ió n está
c o n ta m in a d a d e m a lig n id a d , es g e n e r a d o r a d e n o - s e r e in-
d u c to ra d e fa lse d a d , se p a r e c e a lo s p r o c e d im ie n to s s o fís ti
cos q u e u san y a b u sa n d e l p o d e r m á g ic o d e l lógos p a r a p r o
d u c ir la ilu sió n y el e n g a ñ o , e l d is c u rs o s in d e n o ta c ió n .
P e ro esto su p o n e q u e h a y a a lg u ie n s o b r e q u ie n e je r c e r ese
p o d er, alguien en q u ie n p r o v o c a r la ilu s ió n d e q u e lo q u e v e o
escucha ex iste (es v e rd a d e ro ): n o h a y s im u la c r o e n sí m ism o ,
sin el o tro , sin el in te rlo c u to r, ya q u e el s im u la c r o e s tá d e d ic a
do a él, se h ac e e n su h o n o r, c o m o d e c ía X a v ie r A u d o u a r d .33
E l S ócrates d e P la tó n es u n s im u la c ro p a r a s u c o n te n d ie n te ,
com o el d iálogo o la c ita lo es p a r a e l le c to r . E s n e c e s a r io in
sistir en ello: es el o tro , el q u e lo u tiliz a y e l e n g a ñ a d o , q u ie n
h a c e el sim u la cro y q u ie n es r e s p o n s a b le d e él. N o h a y s im u
la c ro m ás q u e c o n s e n tid o , lo q u e n o lim ita s u p o d e r , p e r o d e
c re ta las vías d e su a p lic a c ió n .
143
LA P R E H I S T O R I A DE LA C I T A
144
H A C E R VER
145
9 . ¿UNA « B U E N A » CITA?
Si la re p e tic ió n d e las p a la b ra s d e o tr o es u n a r te d e p r o d u
cir el sim u la c ro , algo cu y a d e n o ta c ió n es in c ie r ta , ¿ d e b e r e
m o s co n c lu ir, c o n P la tó n , q u e la c ita es n e c e s a r ia m e n te u n a
m a la im a g e n (del p e n s a m ie n to ) ? ¿ O sig u e s ie n d o c o n c e b ib le
q u e en o c a sio n e s e x ista u n a b u e n a c ita , u n a c o p ia p e r fe c ta ,
u n a c ita q u e p u e d a te n e r v a lo r d e a r g u m e n to e n u n d is c u rs o
y cu y a fu e rz a n o re sid a e n la ilu s ió n , e n la in tim id a c ió n , en
u n a e sp e cie d e c o m p la c e n c ia d e l o y e n te s im ila r a la e n u n c ia
ció n q u e, p a ra P la tó n , n o es m á s q u e u n a f o r m a d e c o m p la
cen cia d el h a b la n te c o n re s p e c to a l e n u n c ia d o ? C o n la e n u n
ciació n in te rv ie n e la se n sa c ió n , la c u a l, m e z c lá n d o s e c o n el
ra z o n a m ie n to , la d esv ía d e l ju ic io s o b r e la v e r d a d (la c o n f o r
m id a d co n lo real, c o n lo q u e es) y la d e c a n ta h a c ia la im a g i
n ac ió n . E l ra z o n a m ie n to es u n ju ic io s o b r e e l p e n s a m ie n to ,
u n a afirm ación o u n a n e g a c ió n q u e p o n e t é r m in o a l p e n s a
m ie n to com o d iálo g o in te r io r d e l a lm a c o n s ig o m is m a , y p o r
lo ta n to u n a ev a lu a c ió n d e l e n u n c ia d o ; m ie n tr a s q u e la im a
g in ación, q u e m ezc la el p e n s a m ie n to c o n la s e n s a c ió n , es u n a
a p reciac ió n ta n to d e la e n u n c ia c ió n c o m o d e l e n u n c ia d o .41
U n a b u e n a cita, se ría u n a c ita e n la q u e e l d is c u r s o , la t r a n s
m isión oral, n o in te rfe riría y se lim ita r ía a l p e n s a m ie n to . E so
sería u n a cita de pensamiento.
P e ro ¿ p u e d e h a b e r u n a b u e n a c ita , q u e s e a r e p e tic ió n
d e p e n sa m ie n to y n o d e d is c u rs o ? U n a c ita a s í m a n te n d r ía
u n a re la ció n d e se m e ja n z a c o n la id e a , c o n e l s e n tid o , se
ría u n a co p ia y su p re te n s ió n d e v e r d a d s e r ía le g ítim a .
D iría q u e n o es p o s ib le a c e p ta r la h ip ó te s is d e s e m e ja n te
cita: to d a cita es sim u la c ro , to d o s im u la c r o es e n g a ñ o . L a c ita
sie m p re tie n e q u e v e r c o n el d is c u rs o , c o n la e n u n c ia c ió n ; n o
h a y c ita re fe rid a só lo al e n u n c ia d o , q u e se l i b e r e d e lo s s u je
to s d e la e n u n c ia c ió n y q u e n o te n g a i n te n c ió n d e p e r s u a d ir .
41 Ibid., 2 6 }e-z 6 4 b.
14 6
LA R E M I N I S C E N C I A C O N T R A LA LOGOGRAFÍ A
E s to lo c o r r o b o r a la m a n e r a e n q u e P la tó n , en el Gorgias, r e
fu ta el v a lo r d ia lé c tic o d e la cita en su fo rm a típ ica, el te s ti
m o n io ju r íd ic o : « A llí e s tim a n q u e los u nos re fu ta n a los o tro s
c u a n d o p r e s e n ta n , e n a p o y o d e sus afirm aciones, n u m e ro so s
te s tig o s d ig n o s d e c r é d ito , m ie n tra s q u e el q u e m a n tie n e lo
c o n tr a r io n o p r e s e n t a m á s q u e u n o solo o n ing u n o . P e ro esta
clase d e c o m p r o b a c ió n n o tie n e v alo r alguno p ara av erig u ar
la v e r d a d , p u e s , e n o c a s io n e s , p u e d e alguien ser c o n d e n a d o
p o r lo s te s tim o n io s fa lso s d e m u c h o s y, al parecer, p re stig io
sos te s tig o s » .43 S ó c ra te s o p o n e a la c a n tid a d d e los te stim o
n io s, la s o la o p in ió n d e su in te rlo c u to r, su c o n fo rm id a d , q u e
b u s c a m e d i a n t e la c o n v e rs a c ió n , co n la tesis qu e p ro p o n e :
« A sí p u e s , e x is te e s ta cla se d e p r u e b a en la q u e creéis tú y
o tro s m u c h o s , p e r o h a y ta m b ié n o tra q u e es la m ía».44 N in
g u n a c ita t ie n e v a lo r d e p r u e b a , sin o ú n ic a m e n te el juicio de
u n o so lo a l té r m in o d e u n d iá lo g o , u n ju icio in te rio r so b re
la v e r d a d d e u n a p r o p o s ic ió n . P e r o sab e m o s m e d ia n te qué
a b u s o s se o b t i e n e e s ta c o m p lic id a d , y P la tó n n o d u d a en ci
ta r a H o m e r o y d e m á s d e u n a m a n e ra q u e p a re c e b a sta n te si
m ila r a la n u e s tr a , a sí q u e d e b e r á e s ta r justificado.
IO . LA R E M I N I S C E N C I A C O N T R A LA L O G OG R AFÍA
E n el d is c u r s o , e l p r o t o t i p o d e la m a la im ag en del p e n sa m ie n
to , e l s im u la c r o p o r a n to n o m a s ia , es la logografía, té rm in o
cu y o s e n tid o h a b i t u a l a m p lía P la tó n e n el Fedro. E l lo g ó g ra-
fo r e d a c ta r ía e n t r e b a s tid o r e s lo s d isc u rso s q u e los trib u n o s
re c ita ría n ; n o o b s ta n te , P la tó n e n tie n d e p o r lo g ó g rafo a c u a l
q u ie r a q u e e s c r ib a d is c u rs o s , e n p a r tic u la r los re tó ric o s a los
q u e a c u s a e n e s e d iá lo g o .
C o n r e la c ió n al p e n s a m ie n to , d isc u rso silen cio so , h ay d o s
147
LA P R E H I S T O R I A DE LA CI TA
148
LA R E M I N I S C E N C I A C O N T R A LA LOGOGRAFÍ A
46 Ibid., 27 6 d.
149
LA P R E H I S T O R I A D E LA CI TA
d iá lo g o s p la tó n ic o s n o es n i la r e c ita c ió n n i la r e p r e s e n ta c ió n ,
sin o m ás b ie n la reminiscencia, d e la q u e S ó c ra te s e la b o r a la
te o ría p a r a r e s p o n d e r al so fista M e n ó n c u a n d o é s te p r e te n d e
q u e n o es p o sib le a p r e n d e r n a d a , n i s iq u ie r a lo q u e se sa b e ,
p u e s to q u e ya se sab e, n i lo q u e n o se s a b e , p u e s t o q u e e n to n
ces se ig n o ra lo q u e h ay q u e a p r e n d e r . S ó c ra te s le o p o n e el
m ito d e la in m o rta lid a d d e l alm a: c o m o e l a lm a es in m o r ta l,
n o h ay n a d a q u e n o h ay a a p r e n d id o ya y « n a d a i m p id e q u e
q u ie n re c u e rd e u n a sola co sa— eso q u e lo s h o m b r e s lla m a n
a p re n d e r— , e n c u e n tre él m ism o t o d o lo d e m á s » .47 E l c o n o
cim ien to está sie m p re ah í, la te n te , y e l a p r e n d iz a je e s s ie m
p r e u n a re m e m o ra c ió n , u n r e to r n o d e lo q u e e l h o m b r e sa b e
sin sa b e r q u e lo sabe. L o s d iá lo g o s e s c r ito s p o r P la t ó n so n ,
en este se n tid o , vías d e a c c e so al c o n o c im ie n to , o b je to s p a r a
el a p re n d izaje en c a lid a d d e r e m in is c e n c ia d e a q u e llo q u e ya
está allí. E so los h a c e b u e n a s im á g e n e s , n o s im u la c ro s .
L o m ism o o c u r re c o n la cita: la ú n ic a m a n e r a d e sa lv a rla
co nsiste en h a c e rla d e p e n d e r d e la b u e n a m e m o r ia , e n p r e
se n tarla co m o re m in isc e n c ia . Y, d e h e c h o , la s c ita s q u e se
p e rm ite P la tó n casi s ie m p re a p a r e c e n in t r o d u c i d a s p o r u n a
ap elació n al c o n o c im ie n to d e l in te r lo c u to r : « “ R e s p ó n d e m e .
¿C onoces los p rim e ro s v e rso s d e la litada? [ . . . ] ” . “ L o s c o
n o z c o ” . “S abes ta m b ié n q u e h a s ta e n e s to s v e r s o s [ . . . ] e lp o e -
ta h a b la en su n o m b re [ . . . ] ” . “ E s c i e r t o ”» .48 O , d e u n a m a
n e ra m ás clara to d a v ía , e n el Ion: « “ ¿ N o t r a t a H o m e r o la r
g a m e n te y en m u c h o s lu g a re s s o b r e té c n ic a s ? P o r e je m p lo ,
so b re la té c n ic a d e c o n d u c ir u n c a r r o , si m e a c u e r d o d e la
cita te lo d ir é ” . “D e ja q u e lo d ig a y o , q u e lo t e n g o a h o r a en
la m e m o ria ” . “D im e, p u e s . . . ”» .49 D ic h o d e o t r o m o d o , es el
in te rlo c u to r d e S ó cra te s q u ie n c ita , y p o r e s o la c ita e n lo s
d iálo g o s p la tó n ic o s es u n a r e m in is c e n c ia , m ie n tr a s q u e u n a
c ita d e sc o n o c id a d e l o tr o s e ría e f e c tiv a m e n te u n s im u la c ro .
150
LA R E M I N I S C E N C I A CO N T R A LA LOGOGRAFÍ A
E l e le m e n to fo rm a l d e la cita, lib r e d e su s f u n c io n e s e v e n
tu a le s, es la re p e tic ió n d e las p a la b r a s d e o tr o . C o m o ta l, d e
a c u e rd o c o n las ca te g o ría s p la tó n ic a s , d e p e n d e d e la mime
sis, y ta n sólo p u e d e e q u ip a r a rs e c o n el s im u la c r o . N o o b s
ta n te , co m o la o b ra d e P la tó n r e c u r r e a la r e p e tic ió n q u e r e
p ru e b a , n o s in v ita a b u s c a r u n a s e g u n d a e s p e c ie d e r e p e ti
ció n q u e e sc a p a ría a la c rític a .
E n u n a p rim e ra a p ro x im a c ió n , s ig u ie n d o e l h ilo s e m á n
tic o d e la mimesis d e s d e la República h a s ta El sofista, se h a n
c o n fro n ta d o d o s fo rm a s d e la r e p e tic ió n o d e la mimesis (d o s
fo rm as e q u id ista n te s d e la v e r d a d , q u e se d is tin g u e n p o r la
relació n q u e m a n tie n e n c o n ella: p u r a o i m p u r a ) , e l a r te d e
la co p ia-ico n o y el a rte d e l s im u la c r o - f a n ta s m a , y se h a c o n
sid e ra d o la p rim e ra c o m o b u e n a , c o n f o r m e o fie l a la v e r
dad: el d iálo g o so c rá tic o , al c o n tr a r io d e l d is c u r s o s o fístic o
im b u id o d e m alas in te n c io n e s , s e ría e s a b u e n a im a g e n , ju s
ta, d e la v e rd a d .
P e ro esto n o b a sta : a u n q u e se le r e c o n o z c a n c u a lid a d e s , la
re p e tic ió n c a ra c te rístic a d e l d iá lo g o p e r m a n e c e r í a e n el g é
n e ro d e la mimesis, cuyo p o te n c ia l m a lé fic o e s c o n s u b s ta n
cial. P a ra lib ra rla d e fin itiv a m e n te d e e s ta p r e s u n c i ó n d e ilu-
sionism o, co n v e n ía q u e g o z a ra d e u n n o - lu g a r , y e s o es lo q u e
p e rm ite la re m in isc e n c ia . E n tr e la mimesis y la anamnesis la
d ife re n c ia n o es ú n ic a m e n te d e c la se , n i s iq u ie r a d e n a t u r a
leza, com o e n tre la c o p ia y el s im u la c ro , s in o p r o p i a m e n te d e
esencia: a u n q u e la b u e n a im a g e n y la r e m e m o r a c ió n h a b la n
am b as por la v e rd a d — la p r im e r a p a r ti e n d o d e e lla (se c o n s
tru y e so b re la v e rd a d , q u e es s u f u n d a m e n to ) , y la s e g u n d a
v o lv ie n d o a ella (rev ela el f u n d a m e n to ) — , la im ita c ió n es li
m ita d a o rela tiv a , m ie n tra s q u e la r e m in is c e n c ia e s t o t a l o a b
so lu ta. Mimesis y anamnesis s o n lo s d o s p o lo s d e u n a o p o s i
ció n irre d u c ib le : se e x c lu y e p r e c íp r o c a m e n te , n o se m e z c la n
jam ás. L o p r o p io d e la anamnesis, e s a p a r ti c ip a c i ó n a c tiv a
152
L O V E R D A D E R O Y LO VEROSÍ MI L
en la re v e la c ió n d e la v e r d a d esc o n d id a — a la q u e a sp ira el
d iá lo g o p la tó n ic o — , n o tie n e n a d a q u e v er con la mimesis.
N o o b s ta n te , e n lo s d o s casos re su lta q u e la re fere n cia d e
su a p r e c ia c ió n es la m ism a . P la tó n juzga la im itació n y la r e
m in is c e n c ia , a sí c o m o to d o s lo s h e c h o s d e lenguaje, a p a r tir
d e su r e la c ió n c o n la v e r d a d : la mimesis es u n a im agen d e ella,
b u e n a o m a la , y la anamnesis, u n a revelación. ¿Q u é significa
esta u n if o r m id a d d e l c r ite rio p la tó n ic o en la evaluación del
d is c u rs o ? M a lo c u a n d o se a p a r ta d e la v e rd a d o la p erv ierte,
b u e n o c u a n d o se a c e rc a a ella o la d e sc u b re . F u n d a m e n ta l
m e n te , P la t ó n r e c o n o c e al le n g u a je la fa c u lta d d e co n d u c ir
a la v e r d a d y d e a lc a n z a rla . A h í re s id e to d o el sentido , to d a
la v ir tu d e s p e c ífic a d e l d iá lo g o o d e la d ialéctica. Si hay una
te o ría p la tó n ic a d e l le n g u a je , se re su m e en esto: la p alab ra,
el d is c u rs o , p u e d e s e r s u p e r a d a c u a n d o a p u n ta a la esencia,
n o a la c o sa . T o d o lo q u e p o d e m o s d e s c u b rir en P la tó n , de
la mimesis o d e la anamnesis, y d e u n a é tica o d e u n a m etafí
sica d e la r e p e tic ió n , d e p e n d e d e este ax io m a y d e la fu n ció n
d el le n g u a je q u e se d e d u c e d e él: la re v e la c ió n d e la v erd ad .
A r is tó te le s lo r e f u ta r á : p a r a él, la d ista n c ia e n tre las p a la
b ra s y la s c o s a s , e n t r e el le n g u a je y la v e rd a d , es abso lu ta; el
d is c u rs o es im p o te n te p a r a a lc a n z a r la v e rd a d . D e re p e n te se
v ie n e n a b a jo t o d a s la s te o ría s p la tó n ic a s q u e se b a sa b a n en
su s u p u e s ta c o n v e r g e n c ia e n el d iá lo g o o la d ialéctica. L a r e
m in is c e n c ia e s t a n s ó lo u n a b s u r d o , ya q u e se d e d u c e d e ella
q u e , p e s e a t e n e r c o n o c im ie n to s m ás e x a cto s q u e los q u e se
o b tie n e n d e la d e m o s tr a c ió n , p o d e m o s ig n o ra rlo s.52 E l d iá
lo g o : es u n a t r a m p a , u n a f u e n te d e ilu sio n e s, ya q u e p r o g r e
sa m e d ia n te o b je c io n e s y n a d a p r u e b a q u e, u n a vez s u p e r a
d as to d a s , se a lc a n c e la v e r d a d . E n to n c e s, si el le n g u aje p ie r
d e la f u n c ió n s u b lim e d e re v e la c ió n d e la v e rd a d q u e te n ía e n
P la tó n , ¿ q u é h a c e r, q u é h a c e r c o n el len g u aje ? A ristó te le s n o
n ie g a t o d a la e fic a c ia al d is c u rs o , p e r o su b stitu y e la n o c ió n
153
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
d e v e rd a d p o r la d e v e ro s im ilitu d , p r e s u n c ió n d e v e r d a d : el
o rd e n d el d isc u rso es lo v e ro sím il; p e s e a q u e se d is m in u y a
su p o d e r, es re h a b ilita d o : « E l le n g u a je a b r e u n c a m in o , u n a
d ire c c ió n d e in v estig ació n : in d ic a p o r q u é la d o d e b e n b u s
ca rse las cosas; p e ro n u n c a lle g a h a s ta e lla s [ . . . ] A s í p u e s , el
d isc u rso n o es ta n to el ó rg a n o d e l d e s v e la m ie n to c o m o el sus-
titu tiv o d e éste, n e c e s a ria m e n te im p e r f e c to » .53
E l p rim a d o d e lo v e ro sím il s o b r e lo v e r d a d e r o im p lic a u n
c o n c e p to d istin to d e la r e p e tic ió n q u e e l d e P la t ó n , y u n a d i
re c c ió n d istin ta. M ie n tra s q u e P la tó n , e n f r e n t a d o a la mime
sis— p e rv e rsió n d el d is c u rs o — , t r a t a b a d e s a lv a r u n a p a r te
p u ra del len g u aje— la d ia lé c tic a — , A r is tó te le s sa lv a la mime
sis al co m p leto , a u n q u e e s ta b le c e su s u s o s . A sí, e la b o r a u n
co n ju n to d e p ro c e d im ie n to s m e tó d ic o s c o n c e r n ie n te s al u so
d e la re p e tic ió n co m o v e ro sím il, e n lu g a r d e e x c lu ir la , co m o
h acía P la tó n , c u a n d o n o la s u b s u m ía b a jo la f o r m a id e a l d e
rem iniscencia.
1 2 . LA « G N O M E » O LA C IT A R E T Ó R I C A
155
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
b io : “ N u n c a te p o rte s b ie n c o n u n v ie jo ”» .56 E l r e f r á n se p r e
s e n ta p o r lo ta n to co m o el ú n ic o te s tim o n io s in te s tig o , o d el
q u e c u a lq u ie ra p u e d e d a r te s tim o n io .
- Metáfora: la m e tá fo ra se in s c rib e e n la te r c e r a p a r te c a n ó
n ic a d e la re tó ric a , la elocutio o lexis, q u e s u c e d e a la inventio
y a la dispositio. S eg ú n su d e fin ic ió n e n la Poética, es « tr a n s
fe re n c ia d el n o m b re d e u n a c o sa a o tr a ; d e l g é n e r o a la e s p e
cie, d e la esp e cie al g é n e ro o se g ú n a n a lo g ía » .’7 L o s re fra n e s
p u e d e n a d q u irir e ste valo r: « T a m b ié n lo s r e f r a n e s s o n m e tá
fo ra s d e u n a e sp e cie a o tra . P o r e je m p lo , si u n o se h a c e c o n
algo co n v e n c id o d e q u e es b u e n o y lu e g o le c a u s a a lg ú n d a ñ o ,
se le dice: “Te h a p a s a d o c o m o al d e lo s C á r p a to s c o n la lie
b r e ” , p u e s a los d o s les o c u r rió lo q u e a c a b o d e d e c ir » .58 E l
re frá n es m e tá fo ra d e e sp e c ie a e s p e c ie , es d e c ir, d e a c u e r d o
c o n las c u a tro clases d e m e tá fo ra s q u e c o n s id e r a b a la Poéti
ca, según u n a re la c ió n d e a n a lo g ía .
- Gnome\ la g n o m e es u n a fó r m u la , q u e e x p r e s a lo g e n e
ral, q u e sirve d e p re m is a a u n silo g is m o r e tó r ic o , u n e n tim e -
m a q u e c o n stitu iría en sí m is m o u n a p r u e b a té c n ic a , p r o d u
cid a p o r el m é to d o d e l d is c u rs o . Y « a lg u n o s r e f r a n e s so n
ta m b ié n se n ten c ias [gnomes], c o m o e l d e “v e c in o á tic o , v e
cino in c a n s a b le ”» .59601
P o r lo q u e re sp e c ta al a p o te g m a , p u e d e a d q u i r i r v a lo r t a n
to d e la gnome60c o m o d e la m e tá f o r a .6' A d e m á s , p a r e c e q u e
el re frán y el ap o te g m a re p r e s e n ta n u n p a p e l e n la s d o s p a r te s
c re ad o ras d e la re tó ric a : e n la inventio, c o m o p r u e b a fu e r a d e
la té c n ic a (testim o n io ) o co m o c o n tr ib u c ió n a u n a p r u e b a té c
n ic a {gnome)-, y en la elocutio, c o m o m e tá f o r a . P e r o p a r a d o s
d e esto s valo res p o sib le s d e l re f r á n o d e l a p o te g m a — q u e so n
156
j
LA « G N O M E » O LA CITA RETÓRI CA
i57
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
p a re ja d e las d o s ú n ic a s p r u e b a s té c n ic a s c o m u n e s a to d o s los
g é n e ro s. A ristó te le s d e d ic a a la gnome u n c a p ítu lo d e l lib r o n
d e la Retórica q u e se e n c u e n tra e n tr e el q u e t r a t a d e l p a r a d ig
m a y el q u e tr a ta d e l e n tim e m a , y p a r e c e s u tr a n s ic ió n : la gno
me es u n e n u n c ia d o . « E fe c tiv a m e n te , la s e n te n c ia [gnome] es
u n e n u n c ia d o , p e r o n o re fe rid o a lo e s p e c ífic o [ . . . ] s in o a lo
g e n e ra l, y n o a p ro p ó s ito d e c u a lq u ie r c o s a [ . . . ] s in o a p r o
p ó s ito d e aq u e lla s e n las q u e in te r v ie n e n c o n d u c ta s y p u e d e n
eleg irse o e v itarse en la p rá c tic a . E n c o n s e c u e n c ia , c o m o los
e n tim em as so n u n a e sp e c ie d e r a z o n a m ie n to s o b r e e s te tip o
d e asu n to s, las c o n c lu sio n e s y lo s p r in c ip io s d e lo s e n tim e
m as, c o n sid e ra d o s a p a r te d e l p r o p io r a z o n a m ie n to , s o n s e n
ten cias» . P o r ejem p lo , la f ó r m u la « N o h a y e n t r e lo s v a ro n e s
u n o q u e sea lib re » es u n a gnome, p e r o o b t e n d r í a m o s u n e n
tim e m a si se le a ñ a d ie ra « p u e s es e s c la v o d e l d in e r o y d e la
su erte » , q u e A ristó te le s lla m a epílogo d e la gnome.6'1
Se sigue d e ello q u e e x is te n d o s e s p e c ie s d e la gnome, la
q u e exige u n a d e m o s tra c ió n o u n e p ílo g o , p o r q u e e s p a r a d ó
jica o d isc u tib le , y la q u e n o tie n e n e c e s id a d d e e p ílo g o , p o r
q u e n o tie n e n a d a d e p a r a d ó jic o . N o o b s t a n t e c a d a e s p e c ie se
d ivide a su vez e n dos: la gnome n o tie n e e p ílo g o o b i e n p o r
q u e es m u y c o n o c id a , « e n d o x a l» , o b ie n p o r q u e e s u n tr u is
m o y su se n tid o está s o b r e e n te n d id o e n e l e n u n c ia d o m ism o ;
p o r o tra p a r te la gnome c o n e p ílo g o , o b i e n f o r m a p a r t e d e u n
en tim em a, o b ie n es e lla m is m a u n e n tim e m a , c o m o e n este
ejem plo, « M o rta l, n o a lb e rg u e s u n o d io in m o r t a l » , c u y o e p í
lo g o se re d u c e a la p a la b r a mortal. E s ta ú ltim a c a te g o r ía es,
seg ú n A ristó te le s, la m ás r e p u ta d a , y a q u e a u n q u e la gnome
n o se s o b re e n tie n d e se b a s ta a sí m is m a .
¿C u áles so n e n to n c e s lo s ra s g o s d e la gnome?
- E s u n a fó rm u la q u e e x p r e s a lo g e n e r a l s o b r e la a c c ió n .
- E s u n a e x p re s ió n q u e tie n e u n a r e la c ió n c o n e l s e n tid o d e
a c u e rd o co n u n a ley o u n a c o n v e n c ió n q u e im p lic a q u e se a in- 61
158
LA « G N O M E » O LA CITA RETÓRI CA
159
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
so s, m e n o s a n iv el d e eso s d is c u rs o s e n s u m a te r ia lid a d q u e
e n el d e l s e n tid o , d el p e n s a m ie n to q u e lo s s o s tie n e . L a gno
me llev a a c a b o d e m a n e ra e s p e c ia l e l s ím b o lo c o m o v a lo r d e
re p e tic ió n , es d ecir, n o lig a— o lig a m u y p o c o — lo s d o s su je
to s d e la e n u n c ia c ió n {Ai y A ), sin o lo s d o s e n u n c ia d o s (T y
T ), c o n sus ra zo n es.
E s te m o d e lo d e la gnome c o m o s ím b o lo p u r o , c a r e n te d e
v a lo re s in d ic a tiv o s o ic ó n ic o s, se p o s tu la e n e l h o r i z o n t e o en
el fu n d a m e n to d e to d a cita; a p a r ti r d e é l, la e v o lu c ió n d e la
c ita p o d ría c o n ta rse c o m o la h is to r ia d e u n a le ja m ie n to , d e
u n e n te rra m ie n to d e l o rig e n ra c io n a l.
La gnome, q u e se c o n v e rtirá e n la maxima sententia m e
dieval, la afirm a ció n d iv in a o d e m iú r g ic a i n c u e s tio n a b le e in
c u e stio n a d a — y q u e se e s c in d irá m á s ta r d e , e n e l fr a n c é s c lá
sico, en dos s u c e d á n e o s la ic o s e h íb r id o s , la m á x im a y la s e n
ten cia— , es u n id e a l, c o n la a m b ig ü e d a d q u e e s o re p re s e n ta :
es el id eal d e la c ita q u e n o se a c tu a liz a ja m á s , p e r o c u y a p o
sib ilid ad , sin e m b a rg o , h a y q u e s u p o n e r p a r a a r r o g a r s e el
d e re c h o a citar. E l s ím b o lo p u r o r e p it e la id e a m is m a c o m o
si e stu v iera m ás acá d e c u a lq u ie r re a liz a c ió n m a te r ia l, s o n o
ra o gráfica, ta n to e n d e s h e re n c ia c o m o e n a t r i b u c ió n d e p a
te rn id a d ; co m o ta l, es u n a f o r m a u tó p ic a . A h o r a b ie n , u n a
cita n o p o d ría se r m ás q u e tó p ic a : p o r e s ta r a z ó n e l s ím b o lo
p u ro , m o d e lo ra c io n a l y v e r íd ic o d e la c ita , e s u n m ito q u e
tie n e u n a fu n c ió n e se n c ia l, la d e u n p r i n c i p i o d e c o n tr o l: es
el p a tró n co n el q u e se m id e t o d a c ita e f e c tiv a (e n s u d is ta n
cia co n re la c ió n al sím b o lo p u r o ) .
P e ro ¿d e d ó n d e v ie n e la gnome p a r a q u e se le r e c o n o z c a u n
lugar, u n p o d e r — y u n g ra n p o d e r — e n e l d is c u r s o ? L a gno
me o b tie n e su le g itim id a d d e la d is tin c ió n e n t r e lo v e r d a d e
ro p la tó n ic o y lo v e ro sím il a r is to té lic o . E f e c tiv a m e n te , c o m o
p re m is a d el e n tim e m a — a h í e s tá s u lu g a r, s u f u n c ió n e x is te n
cia!— , n o es u n a p ro p o s ic ió n n e c e s a r ia , e l s ilo g is m o r e tó r ic o
o d ia lé c tic o se o p o n e e n e s te p u n t o al s ilo g is m o d e m o s tr a ti
v o cuyas p re m isa s so n n e c e s a ria s . L a gnome f o r m a p a r te de
160
i
LA « G N O M E » O LA CITA RETÓRI CA
161
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
13. ESTRATEGIA E N U N C IA T IV A D E LA « G N O M E »
E n la Retórica, d e sp u é s d e h a b e r d e f in id o la gnome, A r is tó te
les an a líz a lo s d e ta lle s d e s u u so : ¿ c u á n d o , c ó m o , c o n q u é fin?
Y e n e s ta s e g u n d a p a r te d e l en fo q u e , q u e re in tro d u c e la tá c
tic a o la e s tr a te g ia d e l d is c u rs o , la e n u n c ia ció n re to rn a , co m o
algo q u e se h u b ie s e d e ja d o a c u e n ta a n te rio rm e n te , en la d efi
n ic ió n d e la gnome, e n u n c ia d o d e lo g en e ral so b re la acción.
L a e n u n c ia c ió n d e la gnome d e b e en efecto e n c o m e n d a r
se a u n a e x p e r ie n c ia , sin lo c u a l esta ría d esp ro v ista d e v alo r
d ia lé c tic o . D e a h í esa s d o s c o n d ic io n e s q u e se p o n e n a su e m
p le o : la e d a d — s e ría in o p o r tu n o q u e u n joven p re su m iera de
e n u n c ia r gnomes— y el c o n o c im ie n to d el tem a. Sólo los to n
to s o la s p e r s o n a s c a re n te s d e e d u c a c ió n (los cam pesinos) se
e x p r e s a n e n g e n e r a l sin p re c a u c io n e s . E s necesaria, en defi
n itiv a , c ie r ta c u ltu r a p a r a r e p e tir las p a la b ra s d e los sabios.
P e r o ta m b ié n c o n v ie n e q u e las gnomes las re p ita to d o el
m u n d o : « C o n v ie n e r e c u r r ir a las sen ten c ias m ás trilladas y
c o rrie n te s si s o n a d e c u a d a s , p u e s p o r ser co rrien tes, com o
to d o s e s tá n d e a c u e r d o c o n ellas, d a n la im p resió n de ser
v e r d a d e r a s » / 9 H a y a q u í, c o m o ac a b a m o s d e ver, u n a su b sti
tu c ió n d e l c o n s e n s o p o p u la r o la a u to rid a d p o r la v e rd ad o
in c lu so p o r la v e r o s im ilitu d , si n o u n a id en tificació n , com o en
el fo n d o h a c e A ris tó te le s , e n tr e c o n se n so y p ro b a b ilid a d . L a
gnome r e m ite a u n a e n u n c ia c ió n co lectiv a q u e h ac e las veces
d e la le y s e g ú n la c u a l e x p r e s a lo g en eral. D e m o d o q u e lo ge
n e ra l n o s e e n c u e n tr a ya e n la p ro p o s ic ió n m ism a— ya n o es, o
n o es ú n ic a m e n te , s u c o n te n id o lo q u e es g en e ral— , sino en la
c o m u n id a d q u e la s o s tie n e y e n la q u e se reconoce: la dóxa. L o
g e n e ra l d e la e n u n c ia c ió n y lo g e n e ra l del e n u n c ia d o se c o n
firm a n o se le g itim a n m u tu a m e n te . D e sd e el m o m e n to en q u e
a c tú a el r e c o n o c im ie n to e n la gnome, ésta se d e sp re n d e d e su
p a p e l p r iv ile g ia d o d e s ím b o lo p u ro , su p u re z a se m ezcla. E l
re c o n o c im ie n to la h a c e d e sv ia rse h a c ia lo im ag in ario q u e, se
g ú n P la tó n , p e r v e r tía la o p in ió n y la id e a q u e se p o d ía te n e r
d e ella: la gnome m e z c la lo s e n sib le co n lo in telig ib le. O p in a r
s o b re u n a gnome e s h a c e r p r o p io c ie rto v a lo r d e s im u la c ro .
¡6 3
LA P R E H I S T O R I A DE LA CI TA
164
i
E S T R A T E G I A E N U N C I AT I VA DE LA « G N O M E »
70 11,21,1395a32,p. 203.
165
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
c isa m e n te s o b re lo q u e ello s h a n o p in a d o s o b r e u n a s u n to
p a r tic u la r » . 71 « E n c o n s e c u e n c ia h a y q u e a c e r ta r c o n la s e x p e
rie n c ia s d e l a u d ito rio p a r a g e n e ra liz a r s o b r e e lla s » , 72 a fin de
sa tisfa c e r u n a e x p e c ta tiv a , c o m o si to d o o y e n te d e b ie s e e s
ta r e n c o n d ic io n e s d e re p lic a r: « Y o h a b r ía d ic h o lo m ism o » .
N o s e n c o n tra m o s a q u í c o n u n a d is tin c ió n tr a d ic io n a l,
p la n te a d a al p rin c ip io d e la re tó r ic a , e n t r e d o s f u n c io n e s d el
d isc u rso : c o n m o v e r y c o n v e n c e r, ánimos impeliere y rem do-
cere. N o o b s ta n te , e n A ris tó te le s la d is tin c ió n e r a m á s ric a y
c o m p re n d ía tre s té rm in o s; la s p r u e b a s té c n ic a s , a d m in is tr a
d as p o r los m e d io s d e l d is c u rs o , e r a n d e tr e s cla se s: la s d el
d isc u rso m ism o , p o r lo q u e d e m u e s tr a o p a r e c e d e m o s tr a r
(ésta es la gnome c o m o p re m is a d e l e n tim e m a y s ím b o lo ) ; las
seg u n d a s, q u e so n p r o d u c id a s p o r la d is p o s ic ió n d e lo s o y e n
tes, c u a n d o el d is c u rs o les lle v a a e x p e r i m e n t a r u n a p a s ió n
(el p la c e r o el o d io , u n páthos), y é s te es e l v a lo r d e la gnome
q u e a c ab a d e se r r e c o r d a d o , e l d e r e c o n o c im ie n to d e l o y e n
te d e su lu g a r e n el d is c u rs o , c o m o c o m p la c e n c ia im a g in a ria
en la gnome q u e , c o m o ín d ic e , d e s ig n a la dóxa p a r a s u a u to r,
es decir, señ a la c o n el d e d o a c a d a o y e n te p a r tic u la r , q u e es
u n á to m o d el c o n se n so u n á n im e y u n p o s ib le r e p e t i d o r d e
la o p in ió n co m ú n ; y, p o r ú ltim o , a q u e lla s — la s p r u e b a s d e la
te rc e ra clase, d e sp u é s d e la s d e l d is c u r s o m is m o , d e l lógos,
y las del páthos— q u e c o n s is te n e n e l c a r á c te r d e l o r a d o r (el
ethos), c u a n d o el d is c u rs o h a c e al o r a d o r d ig n o d e fe sin q u e
la confianza d el a u d ito rio p r o v e n g a d e a lg o p r e v io , d e u n c o
n o c im ie n to e x tra d isc u rs iv o s o b r e el o r a d o r .
L a c o n trib u c ió n d e la gnome a la p r o d u c c i ó n , a la p u e s ta
en escen a d el ethos, se re la c io n a m á s c o n c r e ta m e n te c o n su
v a lo r d e ic o n o , d e re la c ió n e n tr e el o r a d o r y la dóxa c o n re s
p e c to a la cu a l, c o m o te ló n d e f o n d o , lo s i c o n o s v a n a d i
b u ja r e n c o n tra s te su r e tr a to m o ra l. E s te e s e l s e g u n d o g ra n
serv ic io d e la gnome, d e s p u é s d e s u c o n t r i b u c ió n dípáthos, y
166
E S T R A T E G I A E N U N C I AT I VA DE LA « G N O M E »
167
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
d e l h e c h o d e q u e u n a gnome n o es ja m á s s ím b o lo p u r o ( lógos
p u r o ) , sin o q u e es s ie m p re ín d ic e y /o ic o n o ( p a té tic o o é tic o
e n sus e fe c to s im a g in a rio s q u e p e r v ie r te n e l ju ic io y e l o rd e n
d e l sím b o lo ), el sím b o lo sig u e s ie n d o e l m o d e lo d e la gnome
y d e to d a cita, el m o d e lo d e u n a r e p e tic ió n q u e , in c lu s o si es
e n g ra n m e d id a sim u la c ro , si n o es c o n o c im ie n to — n o es el
s a b io q u ie n re p ite lo q u e se h a d ic h o — , s in o q u e se b a s a en
u n d e sc o n o c im ie n to , tie n e sin e m b a r g o u n a v i r t u d d e m o s tr a
tiv a, p o sitiv a , e n el d isc u rso , c o n la c o n d ic ió n d e q u e s u e m
p le o esté b ie n re g u la d o . E s to es al m e n o s lo q u e se a firm a en
la Retórica d e A ristó te le s, a u n q u e d e ja r á p r o n t o d e a firm a r
se, c u a n d o el sím b o lo se d is ip e e n tr e lo s d e m á s v a lo re s d e la
re p e tic ió n d el d isc u rso .
14. EL E S P Í R I T U Y EL C U E R P O
169
LA P R E H I S T O R I A D E LA CI TA
d e v e r d a d ) q u e c la u s u ra el ra z o n a m ie n to c o m o d is c u r s o in
te r io r d e l alm a; p e r o si la se n s a c ió n se m e z c la e n e s te d e b a te ,
la o p in ió n se c o n v ie rte e n im a g in a c ió n , c o m b in a c ió n d e s e n
sa c ió n y d e p e n s a m ie n to ; d e a h í v ie n e n la s o p in io n e s fa ls a s .75
L a dóxa es u n p e n s a m ie n to , p e r o ta m b ié n u n a c r e e n c ia , u n a
o p in ió n co lec tiv a , u n a r e p u ta c ió n : es, s e g ú n A r is tó te le s , lo
p r o b a b le o lo v ero sím il. D ic h o d e o t r o m o d o , gnome y dóxa
so n d o s e sp e cies d e la o p in ió n q u e se o p o n e n p o r q u e c o m p e
te n a d o s ó rd e n e s d is tin to s , el s im b ó lic o y e l im a g in a r io . E n la
b a s e d e la gnome e stá el s ím b o lo , la b u e n a im a g e n d e l p e n s a
m ie n to , es d e c ir d e lo re al, m ie n tra s q u e la dóxa e s tá s ie m p re
p re s a e n lo im a g in a rio d e l r e c o n o c im ie n to , d e la id e o lo g ía ,
d e l c u e rp o : es in d e fe c tib le m e n te ín d ic e o ic o n o .
M ie n tra s q u e la gnome in s c rib ía la f a c u lta d d e la m e n te en
u n a o p o sic ió n c o n el c u e rp o , la sententia la tin a , q u e m e z c la
gnome y dóxa, d e p e n d e a la v ez d e lo s im b ó lic o y d e lo im a
g in ario , d el le n g u a je y d e l c u e r p o : s u e tim o lo g ía n o s lo re
c u e rd a , p u e s to q u e sentio sig n ific a e n p r i m e r l u g a r ‘p e r c ib ir
en el p ro p io c u e r p o ’. «Omne animal sentit» , d e c ía C ic e ró n :
la dóxa m e d esig n a a m í, m ie n tr a s q u e y o d e s ig n o a la gnome
c o n la sen satez. C o n la sententia se d is u e lv e e l s ím b o lo ta l y
com o, en la Retórica, A ris tó te le s lo p l a n t e a b a al p r in c i p i o d e
to d a cita; y los em p le o s q u e se h a c e n d e e lla , ta l c o m o lo s e n u
m e ra Q u in tilia n o , c o n firm a n e s te d e s liz a m ie n to . S in e m b a r
go, in clu so si e lim in a la p o s ib ilid a d d e u n a gnome p a r a d ó ji
ca, aq u e lla en q u e la silu e ta d e l o r a d o r se d e s ta c a d e la dóxa,
n o está claro q u e a q u e llo d e lo q u e e s te d e s p la z a m ie n to d a
c u e n ta (la co lu sió n e n tr e la gnome y la dóxa) n o s e a la re a li
d a d d e lo q u e a p a re c e e n A ris tó te le s d o n d e , e n d e f in itiv a , la
gnome n o te n ía m ás r e fe re n te q u e la dóxa, n i l a c ita m á s re fe
re n te q u e el c u e rp o , el c u e r p o so c ia l o e l c u e r p o d e l o ra d o r.
¿ C u á le s s o n la s f u n c io n e s q u e re c o n o c e Q u in tilia n o a la sen-
tentia, te n ie n d o e n c u e n ta q u e p a ra él es la fo rm a esp ecífica
d e la r e p e tic ió n d e las p a la b ra s d e o tro en el discu rso ? R e
to m a n d o la cla sific a c ió n d e A ristó teles, p ara quien la re p e ti
ció n , la c ita , te n ía v a lo r o d e p ru e b a inartificial (testim onio), o
d e p r u e b a — m á s b ie n d e e le m e n to d e p ru e b a — artificial {gno
me) e n la inventio, o in c lu s o d e m etá fo ra en la elocutio, Q u in
tilia n o in tr o d u c e v a ria s m o d ificacio n es.
A u n q u e la c ita sig a s ie n d o u n te stim o n io — ése es incluso
su ú n ic o s e n tid o e n la tín , e n q u e la citado es u n a citación an te
u n t r ib u n a l— , n o se v u e lv e a h a c e r m e n c ió n d e ella en el ca
p ítu lo d e la s Instituciones oratorias q u e tra ta d e la p ru e b a ar
tificial p o r d e d u c c ió n (v , io ) , el argumentum latin o q u e tra
d u c e el e n tim e m a g rie g o . C u a n d o e x a m in a to d o s los lugares
en lo s q u e es p o s ib le d e s c u b r ir u n a rg u m e n to , Q u in tilia n o n o
h a b la d e la gnome, e s ta fó r m u la q u e e x p re sa lo universal so
b r e la a c c ió n y q u e , p a r a A ristó te le s, servía d e p re m isa al e n
tim e m a . N i la gnome n i la sententia a p a re c e n en Q u in tilian o
c o m o e le m e n to s p o s ib le s d e la d e d u c c ió n re tó rica.
N o o b s ta n te e s te v a lo r d e re p e tic ió n , a b a n d o n a d o en este
p u n to p o r Q u in tilia n o sin d e c ir u n a p a la b ra , re ap arece c u
r io s a m e n te a lg u n a s p á g in a s m ás a d e la n te , al final del cap ítu lo
(v , n ) d o n d e se e s tu d ia la o tr a p ru e b a artificial d e la re tó r i
ca (la ú n ic a p a r a A ris tó te le s , la te rc e ra d e sp u é s del signo y el
a r g u m e n to e n Q u in tilia n o ) : la in d u c c ió n , el p a ra d ig m a g rie
go o elexemplum la tin o . «Adhibetur extrinsecus in causam et
auctoritas»?6A u n q u e se a u n a p ru e b a ex terio r, sigue c o n se r
v a n d o la a u to r id a d . L a p r u e b a e x trín se c a a la causa— es d e
cir, a rtific ia l— 77
67 la auctoritas, está c o lo c a d a en la sec ció n d e l
171
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
exemplum— a q u e llo q u e se b a s a e n la c o m p a r a c ió n d e se m e
ja n te s — , p e r o sin e m b a rg o se la p o n e a p a r te : n o e s u n e je m
p lo c o m o lo s d em ás.
causa y que el orador no tiene más que emplear, y las que necesita encon
trar, producir mediante la técnica o el arte de la retórica: a te c h n o i y ente-
chnoi en Aristóteles, inartificiales y artificiales en Quintiliano, pruebas ex
trínsecas e intrínsecas para los retóricos franceses del siglo X v 111 . Pero en
ocasiones, como en la frase citada, Quintiliano califica de e x trin se cu s el ar
gumento o el ejemplo, es decir, es una prueba artificial. Ocurre que la re
tórica antigua adopta el punto de vista de la causa, mientras que la retóri
ca clásica adopta el del m éto d o : para Quintiliano y para Cicerón (sobre las
dos clases de pruebas: «Q u a e sin e a rte pu tan tu r, ea re m o ta a p p e llo , u t tes
tim onia, insita quae inh aerent in ipsa re». D iv is io n e s d e l a r te ora to ria , I I ,
6. Cf. también D e l orador, I I , 27,116), una prueba artificial es extrínseca,
porque es externa a la causa; para Bernard Lamy, por el contrario {La R hé-
to riq u e ou l ’A r t de parler, París, A. Pralard, 1675), una prueba artificial es
intrínseca, porque es interna al método.
78 Quintiliano, In stitu cion es oratorias, V, 11,3 6-3 9-41, trad. Ignacio Ro
dríguez y Pedro Sandier, México D .F ., Conaculta, 1999, pp. 261-262.
« S E N T E N T I A » Y SENSI BI LI DAD
173
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
b a s a rtific ia le s n o p u e d e n n a d a p o r e lla s m is m a s » . 81 C ic e
ró n , c o m o e je m p lo y n o d e lo s m e n o r e s , l la m a b a te s tim o
n io , y p o r lo ta n to p r u e b a in a rtific ia l, a t o d o lo q u e se to m a
p r e s ta d o d e u n a c irc u n s ta n c ia e x te r io r p a r a f u n d a m e n ta r la
c o n v ic c ió n ,82 y e n te n d ía p o r auctoritas lo q u e r e s u lta d e la n a
tu ra le z a (e se n c ia lm e n te la v irtu d ) o d e la s c ir c u n s ta n c ia s (el
ta le n to , la e d a d , la riq u e z a , la s u e r te , la b e lle z a , e l a r te , la e x
p e rie n c ia ), y tie n e u n v a lo r e q u iv a le n te al te s tim o n io . D ic h o
d e o tr o m o d o , la auctoritas e r a p a r a é l u n a c u a lid a d d e l te s
tim o n io . E n las Instituciones oratorias p o r e l c o n tr a r io , te s ti
m o n io y a u to rid a d se e n c u e n tr a n d is o c ia d a s : la a u to r id a d se
sitú a e n el lím ite e n tre lo in a rtific ia l y lo a rtific ia l, n o es a b ie r
ta m e n te n i lo u n o n i lo o tr o y e so e s q u iz á lo q u e le o to r g a su
fu e rz a , q u e Q u in tilia n o , al c o n tr a r io q u e A r is tó te le s , c o n s i
d e ra s u p e rio r a la d e l a r g u m e n to . ¿ P o r q u é ? U n a re s p u e s ta
esta ría e n la d is tin c ió n e n tr e s ím b o lo e í n d ic e y a q u e , d e m a
n e ra g en eral, p a re c e p o s ib le a f ir m a r q u e , e n Q u in tilia n o , la
d iferen cia e n tre lo artific ia l y lo in a rtific ia l e q u iv a le a la d ife
re n c ia é n tr e lo s im b ó lic o y lo in d ic a tiv o . E l a r g u m e n to , ú n ic a
p ru e b a p u ra m e n te artific ia l e n la s Instituciones oratorias— ya
q u e a las o tra s d o s, sig n o y e je m p lo , se la s c o n s id e r a a m e n u
d o co m o in trín se c a s a la c a u s a — , e s u n s ím b o lo , y, p o r lo d e
m ás, ta m b ié n P e irc e lla m a b a argumento a l s ím b o lo e n c u a n
to q u e el in te r p r e ta n te lo r e p r e s e n ta c o m o u n s ig n o d e ra z ó n .
E l te stim o n io y el ju ra m e n to s o n p l e n a m e n te ín d ic e s , y a q u e
m a n tie n e n co n su o b je to u n a r e la c ió n r e a l, d e c o n t i g ü i d a d .
fá ctica, y p e r te n e c e n a la c a u sa q u e es e l o b je to d e l d is c u rs o .
N o o b s ta n te , el sig n o y la a u to r id a d s o n a la v e z s ím b o lo e ín
d ice; e stá n a q u e ja d o s d e u n a i n d e c id ib ilid a d p o r lo q u e re s
p e c ta a su v a lo r a c tu a l, y s u fu e r z a p r o c e d e d e e s ta s itu a c ió n .
D e m a n e ra q u e la fo r m a d e la r e p e tic ió n e n la inventio se
e n c u e n tra , en la c la sific a c ió n d e Q u in tilia n o , d iv id id a e n tr e
d o s v alo re s, el d e l sím b o lo y e l d e l ín d ic e : la c ita n o es n i u n o
174
A
« S E N T E N T I A » Y SENSI BI LI DAD
175
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
176
EL MA R A V I LL O S O CUE RP O DEL DI SCURSO
1 6. E L M A R A V I L L O S O C U E R P O D E L D I S C U R S O
177
LA P R E H I S T O R I A D E LA C IT A
c o n c is ió n a n te s q u e a la a fe c ta c ió n v e r b a l; es n e c e s a r io q u e
las p a la b r a s se p e g u e n a las co sa s c o m o u n a p i e l .87
S o b re ese c u e rp o d e l d is c u rs o m a n te n id o p o r la elocutio
(su e x p r e s ió n e n p a la b ra s ), ¿ q u é c la se d e e le g a n c ia r e p r e s e n
ta lasententia? Q u in tilia n o r e s p o n d e : «Ego vero haec lumina
orationis, velut oculos quosdam esse eloquentiae credo».™ L as
sententiae, esos rayos lu m in o s o s d e l d is c u r s o , s o n lo s ojo s
m ism o s d e la e lo c u e n c ia . ¿ Q u é es e s to s in o u n a im a g e n b a n a l
d e la cita,' p ie d ra p re c io s a e n g a s ta d a e n e l d is c u r s o q u e b r i
lla in te n s a m e n te ? ¿ C ó m o u n a lu z p u e d e s e r t a m b ié n u n o jo ?
Lumen, el ra y o lu m in o s o , es, e n la le n g u a d e la re tó r ic a ,
to d o o rn a m e n to , to d a fig u ra . P e r o n o t o d a f ig u ra es u n ojo:
só lo la sententia, ya q u e e lla n o s o la m e n te ilu m in a , s in o q u e
su b ra y a el d isc u rso , ca la e n e l o r a d o r . Lumen y oculus, p o r
q u e simulacrum y acies: só lo u n o jo p u e d e e n g a ñ a r a l o jo , só lo
u n b rillo , u n d e ste llo , u n a p u p ila , u n a m ir a d a p e n e tr a n t e . L a
im p o rta n c ia d e la c ita se ju e g a e n la m ir a d a . E s u n d e s g a r r a
m ie n to , u n tra g a lu z p o r d o n d e o b s e r v a r, d o n d e e n c o n tr a r,
so ste n e r la m ira d a d e a q u e l q u e h a b la y, q u iz á , h a c e r le b a ja r
los ojos. Lumen, el b rillo d e l o jo , e l r e s p la n d o r d e la m ira d a ,
es a la vez la fu e rz a y la d e b ilid a d d e l d is c u r s o , s u c o m p o n e n
te histérico: aq u e llo cuyo re flejo d e p e n d e d e l p u n t o d e vista.
B asta co n m o v e rse u n p o c o , u n á n g u lo ín fim o , p a r a q u e la se
d u c c ió n sea le tra m u e rta , p a r a q u e e l b r illo se e m p a ñ e . B asta
co n m irar, c o n e s c u c h a r a c o n tr a lu z .
Y esto p la n te a u n n u e v o p r o b le m a , e n o r m e : ¿ la s senten
tiae, d e c e n te lle o ta n fu g a z , r e s is te n a la l e c t u r a ? ¿ H a b r ía
q u e elim in a rlas d e la p a la b r a q u e n o f u e r a d e v iv a v o z , es d e
c ir d e la e s c ritu ra ? Q u in tilia n o r e s p o n d e a la o b je c ió n : «Y o
soy d el p a r e c e r q u e el h a b la r b ie n y e s c r ib ir b i e n e s t o d o u n a
m ism a cosa, y q u e u n a o ra c ió n e s c r ita n o e s m á s q u e u n a m e
m o ria d e u n a o ra c ió n r e c ita d a » . 89 E s to e q u iv a le a d e s a c o n -
87 Ib id ., V I I I , «Proemium», 18-22.
88 Ib id ., v iii, 5, 34. 89 Ib id ., x ii , 10, 51, p . 6 16.
« v o x » : LA POSESI ÓN
se ja r lo s c o h e te s y lo s fu e g o s artificiales q u e se c o n su m e n en
su f u lg u r a c ió n .
M u ltip lic a r la s sententiae, lle n a r el p ro p io d iscu rso d e
o jo s, d e p e r s p e c tiv a s d iv ersa s y d iv erg en tes, significa d e fe n
d e rs e c o n tr a la m ir a d a d e l o tro , p e ro tam b ién e x p o n e rse a
ella: h a c e r d e l p r o p io d is c u rs o u n m o n stru o , u n A rgos q u e
v ig ila t o d a s la s sa lid a s. «Sed ñeque oculos esse toto corpore ve-
lim, ne caetera membra officium suumperdant» (‘p e ro n o q u i
sie ra q u e to d o f u e r a n o jo s e n el c u e rp o , p a ra q u e los dem ás
m ie m b ro s h a g a n ta m b ié n su p a p e l ’):’0 el c u e rp o m arav illo
so d e l d is c u r s o d e b e s e r c o n fo rm e a los cánones de la an a to
m ía h u m a n a , fiel a la s p ro p o r c io n e s del c u e rp o del orador.
17. « V O X » : LA P O S E S I Ó N
c o m o u n a fo r m a d e la re p e tic ió n d e p e n s a m ie n to . A p a r tir
d e C ic e ró n , el o b je to d e la r e tó r ic a se in c lin a m á s d e l la d o d e
las p a la b r a s q u e d e l d e las co sa s, d e la s verba q u e d e la s res,
p e r o e s te a c e n to p u e s to s o b re la elocutio e n d e tr im e n to d e
la inventio, c u a n d o p o r e je m p lo é s ta r e c u p e r a la gnome c o n
e l n o m b r e d e sententia, se a c o m p a ñ a , s o b r e t o d o e n Q u in ti-
lia n o , d e u n a c o n tin u a d e v a lu a c ió n d e la s verba, e n p a r ti c u
la r e n la o p o s ic ió n q u e d e sc alifica la s figurae verborum f r e n
te a las figurae rerum.
E s d ifíc il c o m p re n d e r e l a lc a n c e d e e s ta a s t u t a d is tin c ió n
e n tr e c ita d e p e n s a m ie n to y c ita d e d is c u r s o q u e h a b r ía f u n
c io n a d o e n tre lo s a n tig u o s — e q u iv a le n te , p o r e je m p lo , a la
o p o s ic ió n e n tre anamnesis y mimesis e n P la t ó n — , p o r q u e
e sc a p a a n u e s tra s c a te g o ría s. S in e m b a r g o , p a r e c e q u e la
m ism a d istin c ió n se e n c u e n tr a e n lo q u e lo s g rie g o s lla m a
b a n la tó p ic a : ¿ c u á l es r e a lm e n te s u lu g a r c o m ú n ? E l té r m i
n o , q u e h o y e n d ía n o s r e s u lta a m b ig u o , t ie n e u n a la r g a h is
to r ia .92 N o lo e ra p a r a A ris tó te le s . E l lu g a r c o m ú n n o e r a u n
e s te re o tip o , u n fr a g m e n to s e le c c io n a d o , u n a lo g o g r a f ía , u n a
c ita— co m o lle g ó a s e rlo e n la E d a d M e d ia e n la s c o le c c io
n es d e exempla d e s tin a d a s a la h o m ilía — , s in o u n a c a te g o
ría q u e re u n ía lo s m e d io s d e a r g u m e n ta c ió n c o m u n e s a t o
d o s los g é n e ro s. E n la Retórica d e A r is tó te le s , e s to s lu g a re s
so n tre s, n i m ás n i m e n o s: t r a t a n « s o b r e lo p o s i b l e y lo im
p o sib le , s o b re lo q u e o c u r r ió o n o o c u r r ió , s o b r e lo q u e será
o n o será, así c o m o lo d ic h o a c e rc a d e la g r a n d e z a o p e q u e -
ñ e z d e lo s a s u n to s » . 93 A sí, c e rc a n o s a la c ita e n la q u e se c o n
v e r tirá n m ás a d e la n te , lo s lu g a re s n o s o n c ita s d e d is c u rs o s
sin o citas d e p e n s a m ie n to s , c o m p a r tim e n to s ló g ic o s a n te los
q u e h a c e r d e sfila r a la c a u s a c o n e l fin d e p o n e r d e m a n ifie s
to a q u e llo q u e le es p r o p io .
181
LA P R E H I S T O R I A D E L A C I T A
p o s ic io n e s m a tiz a n d o el e n to r n o d e lo s o b je to s » , d ic e C i
c e r ó n .96
A l p r o n u n c ia r el d is c u rs o , e l o r a d o r r e c o r r e lo s lu g a re s y
r e c u p e r a su s im á g e n e s. A h o ra b ie n , é s ta s s o n d e d o s clases,
p a r a las co sa s y p a r a las p a la b r a s . C ic e r ó n c o n tin ú a : « E l r e
c o r d a r las co sas es lo p r o p io d e l o r a d o r [ . . . ] , p e r o e l r e c o r d a r
las p a la b r a s (cosa q u e n o s re s u lta m e n o s n e c e s a r ia ) se c o n s i
g u e c o n u n a m a y o r v a r ie d a d d e im á g e n e s » . 9798E s d e c ir, es m e
n o s c o sto so re te n e r las p a la b r a s q u e la s id e a s d e u n d is c u rs o ,
y a q u e e sto ex ig e m u c h o s m á s lu g a re s e im á g e n e s . A sí se e x
p lic a la re se rv a d e C ic e ró n r e s p e c to a la memoria verborum:
Q u in tilia n o n o v e rá e n ella.m ás q u e u n e je r c ic io p e d a g ó g ic o
d e s tin a d o a re fo rz a r la o tr a m e m o ria , la d e la s c o sa s. Memo
ria verborum y figurae verborum s o n ju e g o s d e n iñ o s . S u v a lo r
es m e n o r q u e el d e la memoria rerum y e l d e la s figurae rerum
o sententiarum. P o r lo q u e r e s p e c ta a la repetitio, s u c a lid a d
d e p e n d e d e los a rg u m e n to s.
L a cita d e p e n s a m ie n to , la repetitio sententiarum, es ev i
d e n te m e n te la b u e n a sententia: p e r m a n e c e c e r c a d e la s c o
sas, a ta ñ e al s e n tid o y a lo s s e n tid o s , s o b r e v iv e a s u e n u n c ia
ción, ya q u e es e n p r in c ip io c o n c e p tu a l. F r e n t e a e lla , h a y u n a
fig u ra d e m al a g ü e ro , d e la r e p e tic ió n q u e f r a c a s a , la d e las
p a la b ra s: se lla m a vox, y só lo e lla se a ju s ta a n u e s t r o e m p le o
a c tu a l d e la cita, d o n d e so n la s p a la b r a s la s q u e e x p r e s a n la
co sa q u e c o n v ie n e re p e tir, y n o el p e n s a m ie n to q u e se q u ie
re re p ro d u c ir. L a sententia, e n d e f in itiv a , r e s titu y e e l sig n i
fica d o , m ie n tra s q u e la vox h a c e r e s o n a r e l s ig n ific a n te . N o
es in d ife re n te q u e la repetitio verborum se lla m e vox'f' es el
s o n id o (m u sical), el h a b la , la le n g u a , e l r e f r á n . E n n in g u n o
d e esos e m p le o s, la p a la b r a i n te r f ie r e c o n e l n iv e l d e l p e n
s a m ie n to . C ic e ró n d e s ig n a e n o c a s io n e s , c o n e s te té rm in o ,
182
k
« v o x » : LA POSE SI ÓN
183
LA P R E H I S T O R I A D E LA C I T A
185
LA P R E H I S T O R I A D E L A C I T A
186
U N A R E G U L A C I Ó N I N T E R N A DEL DI SCURSO
103 Véase A.-M. Guillemin, L 'Im itation dans les littératu res antiques,
París, Champion, 1924; L e P u b lic e t la Vie littéraire d R o m e , París, Les
Belles Lettres, 1931.
187
LA P R E H I S T O R I A D E L A C I T A
p o d e r , si n o te d e m o ra s e n c irc u n lo c u c io n e s d e p o c a c a lid a d
y a s e q u ib le s a to d o s , n i fiel i n té r p r e te t e p r e o c u p a s d e t r a d u
c ir p a la b r a p o r p a la b r a , n i im ita n d o te m e te s e n u n a to lla d e
ro d e d o n d e el p u d o r o la ley d e la o b r a te im p e d ir á s a lir » . 104
E s te p ro g r a m a es fiel, c o m o a p lic a c ió n a la p o é tic a , a las es
tra te g ia s q u e la re tó r ic a a c o n se ja p a r a la r e p e tic ió n , p a r a la
e n u n c ia c ió n d e la gnome o d e la sententia.
E n se m e ja n te c o n ju n to d e c o n d ic io n e s y d e p r á c tic a s so
ciales d e l d isc u rso (la e sc asa d if u s ió n d e la o b r a , e l p r e d o
m in io d e lo o ra l s o b re lo e s c rito , la a u s e n c ia d e p r o p ie d a d
lite ra ria , e tc é te ra ), la r e p e tic ió n se s itú a , c o m o p a r á m e tr o y
c o m o o b lig a c ió n , en u n lu g a r n o d a l. E n lo q u e d ic e n A ris tó
teles y Q u in tilia n o , d e s d e u n p u n t o d e v is ta ló g ic o o é tico ,
c u a n d o tra ta n d e o rg a n iz a r su f u n c io n a m ie n to , h a y q u e v er
e n re a lid a d m u c h o m ás q u e la r e g la m e n ta c ió n d e u n a s p e c
to d iscu rsiv o p e rifé ric o , m a rg in a l e n e l s is te m a r e tó r ic o . L a
re p e tic ió n e ra p a r a P la tó n la p e o r c o s a q u e h a b ía e n el le n
g uaje (la mimesis, el s im u la c ro ), la f u e n te d e t o d o s lo s m ales,
ilu sió n , fa lse d a d , e rro r. D e s d e q u e , m e d ia n te u n a c ie r ta in
v e rsió n d el p la to n is m o , la r e tó r ic a n o r e c h a z a la re p e tic ió n ,
sin o q u e la so m e te a sus fin es, se c o n v ie r te , n o e n lo m e jo r d el
d isc u rso , p e r o sí e n u n d is p o s itiv o c e n tr a l, e n la c o n d ic ió n
m ism a d e su p o s ib ilid a d . L a gnome y la sententia a tra v ie s a n
inventio a la actio y
to d a la v asta c o n s tru c c ió n r e tó r ic a , d e la
a la memoria. S in d u d a , n in g u n a o t r a c a te g o r ía o c u p a u n lu
g a r ta n in d e c iso , n i in te rv ie n e d e u n a m a n e r a t a n a m p lia . P o r
eso fren ar, c o n tro la r y m o d e r a r la r e p e tic ió n r e p r e s e n ta tal
d esafío: p o r q u e c o n c ie rn e al d is c u r s o e n p le n o . Si la r e p e ti
ció n es « b u e n a » (p e rtin e n te , a d m is ib le ) t a m b i é n e l d is c u rs o
lo es. A u n d isc u rso , e n d e fin itiv a , se lo ju z g a p o r la p r u e b a
d e c o n tro l d e las r e p e tic io n e s q u e p o n e e n p r á c tic a . L a vali-
104 Horacio, Arte poética, 131-134, trad. Aníbal González, en: Artes
poéticas, Madrid, Visor, 2003, p. 161. Véase M.-C. Dock, Études sur le droit
d’auteur, París, Librairie générale de droit et de jurisprudence, 1963.
U N A R E G U L A C I Ó N I N T E R N A DEL DISCURSO
189
S E C U E N C I A IV
I. U N A M O N O G R A F ÍA
190
UNA MONOGRAFÍA
191
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
E s c ie rto q u e el te x to m e d ie v a l n o se r e d u c e a e s to , salvo si
ig n o ra m o s el o tr o la d o , e l d e la g e sta , la c a n c ió n , lo v e r n á c u
lo , la n o v e la , es decir, la lite r a tu r a p o p u la r ; p e r o ta m b ié n esta
e s c ritu r a d e la le n g u a v u lg a r— d e s d e e l m o m e n to e n q u e h u b o
r o to c o n la auctoritas d e l lib r o la tin o , a p a r t i r d e l sig lo x — se
in sta ló e n la re p e tic ió n , en la r e c u r r e n c ia d e lo s tipos, q u e P a u l
Z u m th o r d efin ió así: « T o d o e le m e n to d e e s c r itu r a a la vez es
tr u c tu r a d o y p o liv a le n te , es d e c ir, q u e im p lic a re la c io n e s fu n
cio n ale s e n tre sus p a rte s , y es r e u tiliz a b le in d e f in id a m e n te en
c o n te x to s d ife re n te s» .' L a r e p e tic ió n n o s ó lo s e ría p r o p ia de
u n a e s c ritu ra q u e , e n la E d a d M e d ia , e n c u e n tr a s u m o tiv o en
las E sc ritu ra s, sin o ta l v ez s e ría c o m ú n a to d o el te x to m e
dieval, p o rq u e d e sc a n sa e n su t o t a lid a d e n u n m o d e lo id eal,
p o r q u e es u n a m o n o g ra fía o u n a m o n o t r o p í a ( u n a id e a fija).
P e ro lo q u e tr a ta r é d e d e m o s tr a r a q u í n o s e r á e s ta h ip ó te
sis ta n g en e ral. S e ré m á s c o n c r e to : t r a t a r é d e u n a m o d a lid a d
p a r tic u la r d e la r e p e tic ió n e n e l f u n c io n a m ie n to d e u n g é n e
ro d iscu rsiv o q u e la llev a a s u m á x im a e x p r e s ió n ; d e u n d is
c u rso q u e estu v o p r e s e n te d e s d e lo s sig lo s I h a s ta e l x i l d e
n u e s tra era, e n tr e el n a c im ie n to d e l c r is tia n is m o y la e x p a n
sió n d e la e sc o lá stic a , el d is c u r s o te o lo g a l ta l c o m o se fu n d e
y c o n fu n d e d u r a n te e s te p e r ío d o c o n la l e c t u r a d e la B ib lia
(,lectio divina, meditatio o , m á s s u g e s tiv a m e n te , ruminatio),
y tal co m o su s d iv e rsa s a p a ric io n e s h a n s id o p o s te r io r m e n te
re u n id a s en la p a trís tic a o la p a tr o lo g ía . E n a d e la n te d e n o m i
n a r é este c u e rp o d e d is c u rs o , h is tó r ic a m e n te d a ta d o , discur
so teologal, y só lo a p r o p ó s ito d e é l d e s a r r o lla r é la s d o s tesis
c o m p le m e n ta ria s sig u ie n te s:
- e l d is c u rs o te o lo g a l tie n e c o m o p r i n c i p i o la r e p e tic ió n ;
- p o r él, co n él y e n él, se in s titu y e u n a p r á c t i c a d e e s c r itu
ra q u e n o c o n c lu y ó c o n la e s c o lá s tic a .
193
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
n e s q u e se d e d u c e n d e su e s tr u c tu r a y d e la s in g u la r id a d de
s u o su s a u to re s , y el siste m a d e c u a lq u ie r d is c u r s o te o lo g a l
q u e to m e la B ib lia c o m o p r e te x to ;
- las q u e in te r r o g a n s o b r e la r e la c ió n , e n e l corpus p a trís-
tic o , e n tr e d ife re n te s d is c u rs o s , d o s o v a r io s , q u e d e p e n d a n
d e ella: tr á n s ito d e u n o a o tr o , c a d e n a , s u c e s ió n , tra d ic ió n ,
e tc é te ra .
E s ta s d o s se c c io n e s c o r r e s p o n d e r ía n , p o r lo q u e r e s p e c ta a
la p rim e ra , a u n e s tu d io s in c r ó n ic o d e l d is c u r s o te o lo g a l, en
s u e n u n c ia c ió n e x te m p o r á n e a , y, p o r lo q u e r e s p e c ta a la se
g u n d a , a u n e s tu d io d ia c r ó n ic o d e l s is te m a p a tr ís tic o , e n su
d e v e n ir h is tó ric o . L o s d o s e s tu d io s s o n in d is o c ia b le s p o r la
se n c illa ra z ó n d e q u e n o p o d r ía h a b e r d is c u r s o c o n p r e te n
sió n te o lo g a l fu e ra d e la tr a d ic ió n p a t r í s t i c a o s in re fe re n c ia
a ella, in c lu so si se d e s m a r c a d e e lla c o m o u n a h e te r o d o x ia ,
ya q u e é sta só lo se d is tin g u e a posteriori. A d e m á s , la s dos va
ria b le s d e l d is c u rs o te o lo g a l q u e e s ta s s e c c io n e s id e n tific a n
y q u e d e te rm in a n su d o b le a r tic u la c ió n , p o r u n a p a r te co n
la B ib lia y, p o r la o tra , c o n lo s d is c u r s o s te o lo g a le s y a e x is
te n te s y o rg a n iz a d o s e n u n s is te m a , d e b e n s e r e s tu d ia d a s d e
c o m ú n a c u e rd o , e n la p e r s p e c tiv a d e u n a g e n e a lo g ía d e este
d isc u rso c o m o g é n e ro d e l q u e la c ita , p o r e s t r u c tu r a d a q u e
esté, n o es m ás q u e u n a d e su s e s p e c ie s .
3 . LA M Á Q U I N A D E E S C R I B I R T E O L O G A L
E l p r in c ip io d e l d is c u rs o te o lo g a l es la r e p e tic ió n , c o m o la
m á q u in a d e v a p o r f u n c io n a s e g ú n e l p r i n c i p i o d e C a rn o t.
P a r a q u e p r o d u z c a e n e rg ía n e c e s ita d o s f u e n te s d e ca lo r, la
u n a c a lie n te y la o tr a fría . D e l m is m o m o d o , e l s e g u n d o p r i n
c ip io d e la te r m o d in á m ic a p a r e c e e x ig ir u n a a p lic a c ió n m ás
c o m p le ja q u e el p r in c ip io d e r e p e tic ió n , q u e p a r e c e b a s ta r s e
c o n u n a ú n ic a fu e n te d e d o n d e e x t r a e r la e n e r g ía y la m a te
r ia p rim a , e n e s te c a so el te x to b íb lic o . T o d o d is c u r s o te o lo -
194
LA M Á Q U I N A DE ESCRIBIR TEOL OGA L
195
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
p o r lo ta n to , s e rá s o m e tid o al c r ite r io d e la o r to d o x ia . A d e
m á s, p u e s to q u e p a r a q u e u n d is c u r s o se a te o lo g a l n o es s u
fic ie n te c o n q u e se p r o d u z c a a p a r ti r d e la B ib lia , c o n v ie n e
a ñ a d ir a e s ta p r im e r a c o n d ic ió n , d e f u e n te , u n a s e g u n d a c o n
d ic ió n q u e , p o r o p o s ic ió n , lla m a re m o s d e f o r m a y q u e , ju n
to c o n la o tra , c o n s titu y e la e s p e c ific id a d d e l d is c u r s o te o lo
gal. L a p rim e ra c o n c ie rn e a ese d is c u r s o c o m o d is c u r s o so
b r e .. . (sobre-escribir), m ie n tra s q u e la s e g u n d a lo c o n c re ta
c o m o sus-cribir, v asa lla je d e b id o a a lg o , s in d u d a a la B ib lia
m ism a . S in e m b a rg o , la s u s c rip c ió n n o e s u n a s u m is ió n e n la
m e d id a e n q u e n o es u n o r d e n tr a s c e n d e n t e a la B ib lia o al
d is c u rs o te o lo g a l lo q u e d e te r m in a a e s te ú ltim o c o m o ta l (ni
a la B ib lia c o m o tr a s c e n d e n te a lo s d is c u r s o s q u e e s tá n re la
c io n a d o s c o n ella): ella n o es m á s q u e u n p u n t o d e p a r tid a .
É s ta es al m e n o s la h ip ó te s is q u e v a m o s a e x a m in a r : lo s d o s
c rite rio s q u e c o n fo rm a n la e s p e c if ic id a d d e l d is c u r s o te o lo
gal (la s o b re -in s c rip c ió n y la s u s c r ip c ió n ) s o n in h e r e n te s a la
re la c ió n d e to d o d is c u rs o te o lo g a l c o n la B ib lia e in d u c id o s
p o r esta re la c ió n . E n o tr o s té r m in o s , e l p r i n c i p i o d e r e p e ti
ció n p ro p io d e l d is c u rs o te o lo g a l c o m p r e n d e t a n t o s u c o n te
n id o co m o su fo rm a , su c u a lid a d d e m e ta le n g u a je y la g ra m á
tic a d e este m e ta le n g u a je ; la B ib lia n o s o la m e n te es a r q u e tip o
d e este d isc u rso (fu e n te d e s u m a te r ia ) , s in o ta m b ié n p r o t o
tip o (m o d e lo d e su fo rm a ), y a m b a s c o s a s s o n in d is o c ia b le s .
A sí q u e d a re p r e s e n ta d a la c o m p le jid a d d e la a r tic u la c ió n
d e l d isc u rso te o lo g a l s o b r e la B ib lia , y a l m is m o t ie m p o p la n
te a d a la ú ltim a h ip ó te s is s o b r e e s te d is c u r s o . L a m á q u in a d e
e s c rib ir d e la te o lo g ía es m á s in g e n io s a d e lo q u e p a r e c e a p r i
m e ra v ista, m ás s u til q u e la m á q u in a té r m ic a : f u n c io n a , p a ra
e m p e z a r, c o n u n a so la fu e n te , p e r o e s ta f u e n te le p r o p o r c i o
n a ta m b ié n , c o m o v e re m o s , s u m o d o d e e m p le o , u n m é to d o .
L as p á g in a s q u e sig u e n p r e te n d e n s e r t a m b i é n fic h a s d e s
c rip tiv a s d e las d ife r e n te s p ie z a s d e la m á q u i n a d e p r o d u c
c ió n d e l lla m a d o d is c u rs o te o lo g a l.
196
4. C O M E N T A R
U n a p a la b r a h a b r ía p o d id o fig u ra r h a sta ah o ra en el lu g a r d el
d is c u rs o te o lo g a l, la p a la b r a comentario. ¿Son sin ó n im o s?
C ita y c o m e n ta r io so n las d o s caras d e u n m ism o fe n ó m e n o :
el c o m e n ta r io , al ig u a l q u e el d isc u rso teologal, es la g e n e ra
liz a c ió n d e l a c to d e citar.
Se im p o n e u n a p r im e r a p u n tu a liz a c ió n . E n el v o c a b u la
rio tr a d ic io n a l d e la h e r m e n é u tic a católica, el co m en ta rio es
u n a fo r m a p a r tic u la r d e l te x to e s c ritu ra rio — térm in o q u e se
ría el m e jo r e q u iv a le n te d e l d isc u rso teo lo g al— en su e x te n
sió n . E l te x to e s c r itu r a r io se p re s e n ta efectiv am en te en alg u
n a d e e s ta s v a rie d a d e s :
- el escolio-, es u n a n o ta c o rta , m a rg in a l o in terlin eal p re fe
r e n te m e n te , s o b r e u n p a s a je c o n c re to y difícil del te x to (una
o b s e r v a c ió n filo ló g ic a o h is tó ric a , u n a ficha d e trab a jo , u n
f r a g m e n to , u n a g lo sa ); es la fo rm a ele m e n ta l d e la exégesis
o d e la ledio divina, u n p u r o re c o n o c im ie n to , u n a p u n tu a li
z a c ió n , el g e s to q u e e x tr a e u n fra g m e n to d e tex to : u n a cita;
- la homilía-, es u n d is c u rs o , u n se rm ó n (oratio) q u e reto m a
c o n ju n ta m e n te u n a s e rie d e esc o lio s y q u e , en u n m o m en to
d e la litu r g ia , e x p lic a fra g m e n to s esc o g id o s d e la B iblia con
la f in a lid a d d e e d ific a r a lo s sim p le s fieles;
- el tomo o comentario-, es u n a o b r a m ás am plia, m ás am
b ic io s a , u n v o lu m e n e n re a lid a d ; es la le c tu ra seguida, c o n ti
n u a d a , d e u n lib r o d e la B ib lia; v a m ás allá d e en tre sa c a r p a
la b ra s o r e la c io n a r p a sa je s, a c o m p a ñ a al te x to p aso a p aso y
p e r s ig u e la e x h a u s tiv id a d ; n o es ya u n a n o ta p e rso n a l o u n a
p r e d ic a c ió n d iv u lg a d o r a , sin o u n tra b a jo e ru d ito d e stin a d o
a la in s tr u c c ió n d e lo s fieles m ás sabios.
D e m a n e r a q u e e l c o m e n ta rio , en el se n tid o c o n c re to d e
la p a la b r a e n te o lo g ía , n o es m ás q u e u n a d e las fo rm a s, la
m ás e la b o r a d a , d e l te x to e s c ritu ra rio . E sta ac e p c ió n lim i
ta d a n o c o r r e s p o n d e , sin e m b a rg o , al em p le o c o n te m p o r á
n e o y s e c u la r iz a d o d e la p a la b r a , q u e la e n tie n d e m ás co m o
197
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
u n a e s tra te g ia d e e n u n c ia c ió n q u e p r e s id ir ía d e h e c h o estas
d iv e rsa s v a r ie d a d e s d e l d is c u rs o te o lo g a l. M ic h e l F o u c a u lt,
p o r e je m p lo , d e fin e e n e sto s té r m in o s e l p r o y e c to d e c o m e n
ta r io e n g e n e ra l: « I n te r r o g a el d is c u r s o s o b r e lo q u e éste
d ic e y h a q u e r id o d ec ir, tr a ta d e h a c e r s u r g ir e s e d o b le fo n
d o d e la p a la b r a , d o n d e e lla se e n c u e n tr a e n u n a id e n tid a d
c o n sig o m ism a , q u e se s u p o n e m á s p r ó x im a a s u v e r d a d ; se
tr a ta , al e n u n c ia r lo q u e h a s id o d ic h o , d e v o lv e r a d e c ir lo
q u e jam ás h a sid o p r o n u n c ia d o » .1 E s ta f o r m u la c ió n v a m u
c h o m ás allá d e l s e n tid o e s tr ic to , y fiel a la e tim o lo g ía , del
c o m e n ta rio c o m o lectio c o n tin u a o c o m o r e e s c r itu r a d e u n
te x to : d e sig n a u n a a c titu d in te le c tu a l, u n a p o lític a g e n e ra l
d e l comentar, n o ya p r e c is a m e n te a c to d e le c t u r a o d e e sc ri
tu r a , sin o a c to d e in te r p r e ta c ió n , y se a p lic a c o n m a y o r r a
z ó n al d isc u rso te o lo g a l p o r q u e es p r e c is a m e n te é s te el q u e
d e sc rib e , y s o b re el q u e se a p o y a : « [ E l c o m e n ta r io ] se a p o
ya e n u n a in te r p r e ta c ió n d e l le n g u a je q u e s e ñ a la e l e stig m a
d e su o rig e n h is tó ric o : la E x é g e s is , q u e e s c u c h a , a tra v é s de
lo s in te rd ic to s , d e lo s s ím b o lo s , d e la s im á g e n e s s e n s ib le s , a
trav és d e to d o el a p a r a to d e la R e v e la c ió n , e l V e r b o d e D io s,
sie m p re se c re to , s ie m p re m á s a llá d e sí m is m o » .23 E s v e r d a d
q u e u n c o m e n ta rio c o n lle v a n e c e s a r ia m e n te la e x p lic a c ió n
y la in te rp re ta c ió n , la e x é g e sis y la h e r m e n é u tic a . E l p e n s a
m ie n to c ristia n o es p o r a n to n o m a s ia in t e r p r e t a t iv o . N o se
p r o p o n e d is c u tir la P a la b r a d e D io s , s u o b je to s ó lo c o n siste
en in te rp re ta rla . P o r e so lo s e s c r ito s p a tr ís tic o s , a u n q u e n o
to d o s ellos sea n c o m e n ta rio s , d e p e n d e n s ie m p r e d e u n ré g i
m e n d e l h a b la q u e es el d e l c o m e n ta r.
A u n q u e , e n s e n tid o e s tric to , e l c o m e n ta r io n o e n g lo b e
to d o el d is c u rs o te o lo g a l, sin o q u e d e s ig n a ú n ic a m e n te u n a
d e su s e sp e c ie s— e n s e n tid o a m p lio , la d e c o m e n ta r — , lo
198
J
COMENTAR
199
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
q u e el m o d e lo te o lo g a l, re lig io so , s u b s is tir á d e u n a m a n e ra
m u c h o m á s a p r e m ia n te e n to d o c o m e n ta r io la ic o , d o b le m e n
te a r tic u la d o — e n s u m a te r ia y e n s u f o r m a — a s u p r e te x to .
E n tr e la d e fin ic ió n lim ita d a d e l c o m e n ta r io c o m o v a rie
d a d d e l te x to e s c ritu r a rio , y s u d e f in ic ió n la x a c o m o g é n e ro
d is c u rs iv o a u tó n o m o , h a y lu g a r p a r a u n e m p le o d e e s te té r
m in o q u e lo h a r ía d e h e c h o s in ó n im o d e l d is c u r s o te o lo g a l,
p u e s to q u e e sc o lio , h o m ilía y to m o c o m p a r te n u n a m is m a v o
l u n ta d d e c o m p r e n d e r el t e x to d e la B ib lia . E n e s ta s p á g in a s,
y salvo in d ic a c ió n c o n tra ria , e l c o m e n ta r io d e s ig n a r á e x c lu
s iv a m e n te u n c o m e n ta r q u e tie n e p o r o b je to la B ib lia , p la n
te a n d o al m ism o tie m p o e s ta p r e g u n ta cla v e : ¿ e s c o n c e b ib le
u n c o m e n ta rio q u e n o se a e l la s E s c r itu r a s ?
5. SO BRE EL O R I G E N
N o se tr a ta d e u n a p r e g u n ta m e ta f ís ic a s o b r e la e s e n c ia d el
len g u aje , d e l d is c u rs o o d e l c o m e n ta r io ; n o se t r a t a m á s q u e
d e l m o n ta je d e la m á q u in a d e e s c r ib ir d e la te o lo g ía . A p r o
p ó s ito d e ella, se a n u n c ia sin g r a n r ie s g o d e e r r o r u n termi-
nus a quo q u e es su c o n d ic ió n h is tó r ic a d e p o s ib ilid a d : el
p rin c ip io d el c ris tia n is m o . E l c o m e n ta r io , o e l d is c u r s o te o
lo g a l d e l q u e h a b r á q u e v e r e n q u é s e n t i d o es m o d e lo , es a b
s o lu ta m e n te d e p e n d ie n te d e C r is to : s in C r is to , n o h a y n i n
g ú n c o m e n ta rio .
E v id e n te m e n te , s ie m p re h a y u n te x t o s u s c e p tib le d e ser
c o lo c a d o en p r im e r p la n o , c o m o e n t o d a s la s r e lig io n e s d el
L ib ro ; y, a p a r tir d e ese te x to , h a y u n d is c u r s o q u e se le e y
q u e e stá ya c o n te n id o e n él. S in e m b a r g o , a e s e d is c u r s o se le
lla m a c o m e n ta rio só lo p o r a p r o x im a c ió n , y a q u e n o tie n e la
e s tr u c tu r a p r o p ia d e l d is c u rs o te o lo g a l. E n r e s u m e n , lo q u e
el títu lo d e e ste a p a r ta d o s e ñ a la c o m o o r ig e n d e l c o m e n ta
rio , es s im p le m e n te el n a c im ie n to , o m e jo r a u n la m u e r t e d e
C ris to , la e n c a rn a c ió n d e l V e rb o q u e h a c e d e u n d is c u r s o el
¿ U N MIDRASH CRISTIANO?
6. ¿U N M ID R A SH CRISTIANO?
201
UN « S U M M U M » , EL DIS C U R S O D E LA T E O L O G IA
a a p o r ta r d e n u e v o y a le fu e d ic h o a M o is é s e n e l m o n te Si-
n a í» . N o o b s ta n te , el M id ra s h , u n a e n s e ñ a n z a o r a l, c o m p r e n
d ía d o s p a r te s d is tin ta s , la halakha, q u e se a te n ía a la le tr a de
la B ib lia p a r a ju s tific a r la ley, y la haggada, q u e e la b o r a b a , a
p a r tir d e lo s re la to s b íb lic o s , n a r r a c io n e s y m á x im a s d e s ti
n a d a s a a lim e n ta r la fe y d o n d e se r e p e t í a n u n o s p o c o s sím
b o lo s o sig n ifican tes: la Ley, M o is é s , e l T e m p lo , la A lian za.
¿L a ex é g esis c ris tia n a n o h iz o m á s q u e p r o l o n g a r el M i
d ra s h ? O , m ás e x a c ta m e n te , si la d im e n s ió n ju r íd ic a fu e m e
n o r e n el c ristia n ism o p rim itiv o , ¿ r e to m ó la haggada a ñ a d ié n
d o le u n sig n ific a n te n u e v o , C ris to , p a r a c o m b i n a r c o n lo s a n
te rio re s ? L a re s p u e s ta es q u e n o f u e é s te e l c a s o . E n re la c ió n
c o n to d o s los sig n ifican tes a n te r io r e s , J e s ú s s u p o n e u n a r u p
tu ra . In m e d ia ta m e n te , c o n s u p a la b r a , h a c e g a la d e u n a g ra n
lib e r ta d fre n te a la ex é g e sis ju d a ic a : la s u b s titu y e p o r s u e n
se ñ a n z a p e rs o n a l, s u p e r s o n a , s u c u e r p o y s u s a n g r e . N o c o n
te n to c o n se r u n sig n ific a n te , J e s ú s se im p o n e a sí m ism o
co m o u n re fe re n te d e la ex é g e sis.
E n los tre s E v a n g e lio s s in ó p tic o s , la s c ita s b íb lic a s so n n u
m ero sa s y re la tiv a m e n te fieles al te x to . S in e m b a r g o , c o n m u
ch a fre c u e n c ia , su e n u n c ia c ió n se a tr ib u y e a J e s ú s . L o s e v a n
gelistas c ita n p o c o p o r c u e n ta p r o p ia , o d e m a n e r a im p líc ita ,
co m o p o r re m in isc e n c ia o p o r a u to m a tis m o , y s in fó rm u la s
d e in tro d u c c ió n . S ó lo M a te o , q u e se d ir ig e a lo s ju d ío s , c o n
c e d e a la c ita la c a te g o ría d e u n a r g u m e n to f o r m a l: fiel a la
tra d ic ió n ju d a ic a , d e s c u b r e r e c u r r e n c ia s o p r o f e c ía s .
S o la m e n te e n las E p ís to la s d e P a b lo a p a r e c e u n u s o d e la
c ita b íb lic a q u e d ifie re d e l d e lo s r a b in o s , y la c ita n o es p u e s ta
e n b o c a d e Je sú s. T o d o c o m e n ta rio , c o m o v e r e m o s , b u s c a r á
su le g itim id a d e n P a b lo . L a in n o v a c ió n se d if e r e n c ia in c lu s o
fo rm a lm e n te : P a b lo tie n e p o r c o s tu m b r e r e a g r u p a r su s citas,
y a se a e n u n a se rie d e fó rm u la s s e p a r a d a s , y a s e a e n u n to d o
h e te r o g é n e o .5L a p r im e r a m a n e r a e r a h a b i t u a l e n t r e lo s ra b i-
202
ESTADO DEL TEXTO FUNDACIONAL
P a r a b a s a r s e e n u n te x to fu n d a c io n a l el co m e n ta rio re q u ie re
u n a d e te r m in a d a d is p o s ic ió n , p lu ra l, d e ese te x to , q u e sólo
el L ib r o d e lo s c r is tia n o s satisfac e. P o r ello to d a exégesis an
te r io r n o e r a c o m e n ta rio .
L o s r a b in o s te n ía n ta m b ié n u n te x to p ro p io , p e ro ese te x
to n o e r a ú n ic o : se c o m p o n ía d e u n a serie d e lib ro s re p a rti
d o s e n tr e s clase s: la Ley, lo s P ro fe ta s y los H a g ió g rafo s. N o
o b s ta n te , e s to s lib r o s e r a n c o n s id e ra d o s com o u n to d o : la in
t e r p r e ta c ió n p a s a b a sin d ific u lta d d e su ex p a n sió n a su com -
203
UN « S U M M U M » , EL D IS C U R S O DE LA T E O L O G Í A
204
E ST A D O DE L T E X T O FUNDACIONAL
205
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
20 6
ESTADO DEL TEXTO FUNDACIONAL
207
8. L A S D O S E S C R I T U R A S
U n d is c u rs o se d e fin e p o r s u o b je to . E n la A n t i g ü e d a d g rieg a,
la te o lo g ía e r a el lógos s o b re D io s , t o d o d is c u r s o s o b r e D io s,
e n tr e e llo s el p a g a n o . ¿ C u á l es e l o b je to d e l d is c u r s o te o lo
g al? Y a n o es D io s, sin o s u p a la b r a , la s E s c r itu r a s . D e ah í
la d e n o m in a c ió n d e d is c u rs o te o lo g a l, d is c u r s o d e l d is c u r
so d e D io s. N o o b s ta n te , las E s c r itu r a s c r is tia n a s , a d if e r e n
cia d e las ju d ía s o las g n ó s tic a s , se d iv id e n e n d o s . D e m o d o
q u e el o b je to d e l d is c u rs o te o lo g a l, m e d ia n te e l c u a l ro m p e
c o n to d a ex é g esis a n te r io r e in s titu y e e l c o m e n ta r io , sería,
m á s q u e las E s c ritu ra s , su d iv is ió n o la r e s o lu c ió n d e e s ta d i
v isió n . I n d is tin ta m e n te se d ic e el L ib r o , la B ib lia , la E s c r itu r a
o las E s c ritu ra s . P e r o to d o s e s to s n o m b r e s s o n im p e rfe c to s ,
y el q u e c o n v e n d ría m á s n o s e r ía n i s in g u la r n i p lu r a l, se ría
d u al: las d o s E s c r itu ra s , la A n tig u a y la N u e v a .
E n los c o m ie n z o s d e l p r o y e c to d e O r íg e n e s , se e n c u e n tr a
e sta d iv isió n d e la E s c r itu r a s o b r e la q u e t r a b a j a r á y q u e , a n
tes, le tra b a ja rá ; a p r o p ó s ito d e e lla d i s p u t a c o n lo s g n ó s ti
cos. L a E s c r itu ra es y a u n te x to a m b iv a le n te : se c o m p o n e d e
d o s c o n ju n to s s e p a ra d o s e n tr e lo s c u a le s h a y u n a so lu c ió n
d e c o n tin u id a d . E n r e a lid a d el p r o y e c to d e O r íg e n e s c o n siste
en in sta la rse e n esa d ife re n c ia , y to d o e l d is c u r s o te o lo g a l q u e
le s u c e d e rá se in s c rib irá e n la in te r f a z d e lo s d o s T e s ta m e n to s .
L a d iv isió n d e l te ó lo g o c o m o s u je to d e l d is c u r s o p a s a p o r la
d e su o b je to : lo m ism o q u e é ste , a q u é lla le e s c o n s u b s ta n c ia l.
E l d is c u rs o te o lo g a l, y sin d u d a t o d o c o m e n ta r io , es, m ás
q u e s e c u n d a rio re s p e c to a u n te x to p r in c ip a l, s ie m p r e y e s e n
c ia lm e n te te rc ia rio ( in te r p r e ta n te ) e n r e la c ió n c o n u n a se rie
q u e c o m p r e n d e ya d o s e le m e n to s :
- el A n tig u o T e s ta m e n to ,
- el N u e v o T e s ta m e n to ,
- e l d is c u rs o te o lo g a l.
L o s d o s p rim e ro s e le m e n to s s o n in tr ín s e c a m e n te c o n tr a
d ic to r io s . P e r o , e n lu g a r d e r e c h a z a r u n o u o t r o , se tr a ta
208
LAS D O S E S C R I T U R A S
209
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
q u e u n o e n u n a u n ió n c o n tr a d ic to r ia , y q u e é l m is m o es, g ra
cias a e s ta u n ió n , s e g u n d o , c o m o el N u e v o T e s ta m e n to lo era
r e s p e c to al A n tig u o . D e e s te m o d o , e l c o m e n ta r io e n c u e n tra
e n s u te x to ta n to el m o d e lo c o m o la m a te r ia d e s u e s c ritu ra .
9. EL P L U R A L D E LOS S E N T I D O S
A fin d e a b r ir el L ib ro , d e p e n e tr a r e n e l m is te r io d e la B iblia,
O ríg e n e s n e c e sita u n m é to d o . E la b o r a e n to n c e s u n a d o c tr i
n a d e lo s s e n tid o s d e la E s c r itu r a , q u e se a b r ir á c a m in o e n el
á m b ito d e la te o lo g ía m e d ie v a l. D ic h a d o c tr in a d e s c a n s a en
la o p o s ic ió n en tre, la le tr a y e l e s p ír itu , q u e p r o v ie n e d e san
P a b lo : « L a le tr a m a ta , p e r o e l e s p í r i t u d a v i d a » .11 O : « M as
a h o ra , d e slig a d o s d e la Ley, e s ta m o s m u e r to s a lo q u e n o s su
je ta b a , d e m a n e ra q u e sirv a m o s e n e s p ír itu n u e v o , n o e n la
le tra v ieja» .12 E s ta s e g u n d a c ita a c la ra lo q u e la p r im e r a te n ía
to d a v ía d e sibilino: lo q u e m a ta es to m a r la E s c r itu r a al p ie d e
la le tra , c o m o lo h a c e la ex é g e sis r a b ín ic a p a r a ju s tif ic a r la ley
ju d aica , lo q u e m a ta es el s ile n c io , la s u je c ió n ; lo q u e vivifica,
p o r el c o n tra rio , es el m e n s a je d e C r is to q u e se d e s p r e n d e d e
la ley, q u e e n s e ñ a la lib e r ta d d e la s a lv a c ió n , q u e h a c e h a b la r .13
11 II Corintios 3, 6.
12 Romanos 7, 6.
13 Desde el siglo m , los rabinos desalentaron toda interpretación ale
górica de la Biblia: al espiritualizar las Escrituras, hacía el juego a los cristia
nos. Aparecieron dos tendencias: la de los judíos de la Diáspora (el judais
mo alejandrino o helenístico, que hizo uso de una alegoría física o moral en
la línea de Filón), y la de los judíos de Palestina (el judaismo rabínico anti
alegórico que formulaba sobre todo prescripciones jurídicas ateniéndose a
la letra de los textos). Pero ¿hubo realmente un alegorismo judío anterior al
comentario cristiano que habría constituido para éste su especialidad? Sin
duda, pero de una manera limitada y local. La literatura pesher del Qumrán
leía los textos sagrados como predicciones crípticas de los acontecimientos
presentes. Sin embargo, se trata de una interpretación menos alegórica que
tipológica de la repetición y de la profecía, según la fórmula canónica «del
210
E L P L U R A L D E LOS S E N T I D O S
211
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
18 I Tesalonicenses 5, 23.
19 Orígenes, Deprincipiis, libro iv , capítulo x i (Migne, P. G., 11, col.
366).
212
E L P L U R A L D E LOS S E N T I D O S
213
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
m u y p o d e r o s o s » .2' E l s e n tid o h is tó r ic o e s tá s o b r e e n te n d id o ,
se tr a ta d e la m u ltip lic a c ió n d e lo s fieles d e s p u é s d e la m u e r
te d e J o s é . P e r o O ríg e n e s a ñ a d e : « P a r a m í, q u e c r e o e n la p a
la b r a d e m i S e ñ o r J e s u c ris to , p ie n s o q u e n o h a y e n la L e y ni
e n lo s P ro fe ta s “u n a io ta n i u n a c e n to ” q u e n o c o n te n g a u n
m is te rio » .2122 E l v e r d a d e r o J o s é , d e l q u e e l d e la h is to r ia n o e ra
m ás q u e u n a n u n c io , es p o r s u p u e s to C r is to , q u e m u r ió p a ra
q u e la Ig le sia se e x te n d ie ra p o r t o d a la tie r r a . « E s to e n c u a n
to al p u n to d e v ista m ístic o . P e r o n o o m ita m o s e l p u n t o d e
v ista m o ra l; ya q u e é ste ed ific a la s a lm a s d e lo s o y e n te s » . E n
el s e n tid o m o ra l, la m u e rte d e C r is to se r e p r o d u c e e n el alm a
d e c a d a c ristia n o , d o n d e h a c e p r o lif e r a r la fe.
D u r a n te to d a la E d a d M e d ia y h a s ta s a n to T o m á s , d o s se
ries d e s e n tid o s e rá n e x p lo ta d a s e n la le c t u r a d e la B ib lia,
series d e c u a tro té rm in o s q u e , a lo s tr e s d e O r íg e n e s , a ñ a d e n
la analogía, el s e n tid o ú ltim o o e s c a to ló g ic o d e l c ris tia n is m o .
E sta s dos series so n b a u tiz a d a s p o r la t r a d ic ió n c o m o : le tra -
tro p o lo g ía (se n tid o m o ra l)-a le g o ría ( s e n tid o m ís tic o )-a n a g o -
gía, y le tra -a le g o ría -tro p o lo g ía -a n a g o g ía . D e la s d o s , la se
g u n d a tu v o m e jo r s u e r te y se e x te n d ió p o r la s e s c u e la s e n la
fo rm a d el fa m o so d ístic o d e A g u s tín d e D a c ia : «Littera ges
ta docet, quid credas allegaría | Moralis quid agas, quo tendas
anagogia» (‘L a le tra n o s e n s e ñ a lo s h e c h o s , la a le g o r ía lo q u e
h ay q u e creer, el s e n tid o m o ra l lo q u e h a y q u e h a c e r, la a n a
g o gía el fin al q u e a s p ir a r ’). L a a p lic a c ió n s is te m á tic a d e esta
g u ía d e le c tu ra p r o p o r c io n a u n c ie r to n ú m e r o d e topoi c o d i
fica d o s, d e exetnpla trilla d o s q u e se r e p e tir ía n l ite r a lm e n te en
las h o m ilía s m e d iev a le s, c o m o é s te , c a si p e r f e c to p o r la m a
n e r a e n q u e sus in te rp re ta c io n e s c o in c id e n e n e s e n c ia c o n los
c u a tr o se n tid o s: J e r u s a lé n es, e n s e n tid o h is tó r ic o , la c iu d a d
d e lo s ju d ío s (el te m a ju d ío p o r a n to n o m a s ia ) , e n s e n tid o ale-
21 Exodo i, 6-7.
22 Orígenes, Homélies sur l’Exode, I, 4 (París, Cerf, 1947). [Homilías
sobre el Éxodo, Madrid, Ciudad Nueva, 1992].
214
E L P L U R A L D E LOS S E N T I D O S
215
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
te r c e r s e n tid o , u n c u a r to s e n tid o , y a sí s u c e s iv a m e n te . C o n
tra r ia m e n te a lo q u e se p ie n s a , n o es la d u a lid a d ( e n tr e lo m a
n ifiesto y lo la te n te ) lo q u e c a ra c te riz a e l g é n e r o d e l c o m e n
ta rio , sin o la p lu r a lid a d , la se rie (la in d e f in ic ió n d e lo la te n
te ). E l c o n tin u o e n c a b a lg a m ie n to , a p a r t i r d e O r íg e n e s , es
c o n s u b s ta n c ia l al c o m e n ta rio . L o c o n f ir m a e l h e c h o d e q u e
c u a n d o la e sc o lá stic a y s a n to T o m á s, a p a r t i r d e l sig lo x m ,
p o n g a n u n fr e n o al d e s a rro llo se ria l d e lo s s e n tid o s d e las E s
c ritu ra s , re a c c io n a n d o c o n tr a el a le g o r is m o d e lo s P a d r e s d e
la Ig lesia, re p rim ir á n el c o m e n ta rio .
S e g ú n T o m ás, n o h a y m ás q u e d o s s e n tid o s e n la E s c r itu ra ,
q u e e x ig e n d o s le c tu ra s d is tin ta s . P o r u n a p a r te , el s e n tid o
d e lo s te x to s q u e él re v a lo riz a c o n tr a la tr a d i c ió n p a tr ís tic a , y
q u e es o b je to d e u n a ex é g esis. P o r o tr a p a r te , e l s e n tid o d e las
co sas d e las q u e h a b la n lo s te x to s ; é s te c o n s titu y e e l o b je to d e
la teo lo g ía, es decir, n o ya d e u n d is c u r s o te o lo g a l o d e u n c o
m e n ta rio , sin o , d e s p u é s d e A b e la r d o , d e u n d is c u r s o q u e tie
n e la am b ic ió n d e c o n s titu ir u n s a b e r s is te m á tic o , u n a cie n c ia
d e la fe. S egún la fó r m u la d e s a n to T o m á s: « L a d iv e r s id a d d e
se n tid o s n o e n g e n d ra n in g ú n e q u ív o c o o c u a lq u ie r o tr o tip o
d e a m b ig ü e d a d [ ...] e sto s s e n tid o s n o se m u ltip lic a n p o r q u e
u n m ism o té rm in o te n g a m u c h o s s ig n ific a d o s , s in o p o r q u e el
c o n te n id o d e los sig n ific a d o s p o r lo s té r m in o s p u e d e sig n ifi
ca r o tra co sa » .23E s el s e g u n d o s e n tid o , e l s e n tid o e s p ir itu a l o
el se n tid o d e las cosas, lo q u e a su v e z se d is tr ib u y e e n tr e d i
v e rso s valores: «A sí, p u e s , el p r im e r s ig n ific a d o d e u n té r m i
n o c o rre s p o n d e al p r im e r s e n tid o c ita d o , e l h is tó r ic o o lite
ral. Y el c o n te n id o d e lo e x p r e s a d o p o r u n t é r m in o , a su vez,
sig nifica algo. E s te ú ltim o s ig n ific a d o c o r r e s p o n d e a l s e n ti
d o e s p iritu a l, q u e s u p o n e el lite r a l y e n é l se f u n d a m e n ta » .24
E s ta ú ltim a o b se rv a c ió n r e p r u e b a la n e g lig e n c ia d e a lg u n o s
216
E L P L U R A L D E LOS S E N T I D O S
P a d r e s c o n r e s p e c to al s e n tid o m anifiesto. E l fu tu ro c o n tr a
d ijo d ir e c ta m e n te a O ríg e n e s y a las series d e se n tid o d e las
q u e fu e p r o m o to r : « E s te s e n tid o e sp iritu a l se div id e en tres.
C o m o d ic e el A p ó s to l15la A n tig u a L ey es figura d e la N u ev a;
y e s ta m is m a N u e v a L e y es figura d e la fu tu ra gloria, co m o
d ic e D io n is io .16 T a m b ié n e n la N u e v a L ey to d o lo q u e h a te
n id o lu g a r e n la c a b e z a es sig n o d e lo q u e n o so tro s d eb e m o s
h a c e r» . E n c o n tr a m o s lo s d iv erso s valores q u e la p a trística r e
c o n o c ía a la E s c r itu r a , p e r o o rd e n a d o s d e u n m o d o d iferen te
y t o d o s a la m is m a d is ta n c ia d e l s e n tid o literal: «A sí pu es, lo
q u e e n la A n tig u a L e y fig u ra la N u ev a, c o rre sp o n d e al senti
do alegórico; lo q u e h a te n id o lu g a r en C risto o va re ferid o a
C ris to , y es s ig n o d e lo q u e n o s o tro s d e b e m o s hacer, co rres
p o n d e al sentido moral-, lo q u e es figura d e la ete rn a gloria,
c o r r e s p o n d e al s e n tid o anagógico».17
E s ta p r e s e n ta c ió n in te r r u m p e la p ro g re sió n serial y la p r o
life ra c ió n d e lo s s e n tid o s . E l s e g u n d o se n tid o en efecto, el
d e las c o sa s, n o p u e d e s u s c ita r u n te rc e ro y así sucesivam en
te, d e l m is m o m o d o q u e él e s ta b a fu n d a d o en el p rim ero ; es
él m is m o el q u e se d e s c o m p o n e e n varias especies, en varios
s u b -s e n tid o s . T o m á s s u b s titu y e la e s tru c tu ra en cad en a de
los s e n tid o s p a tr ís tic o s p o r u n a e s tru c tu ra ram ificada, a rb o
re s c e n te ( h o r iz o n ta l e n lu g a r d e v e rtic a l), p a ra la q u e los sen
tid o s , e n v e z d e s u c e d e rs e y d e e n g e n d ra rse , vienen a situ ar
se lo s u n o s al la d o d e lo s o tro s y p ie rd e n su p o d e r creador:
fo r m a n u n a h e r m a n d a d , n o u n lin a je .1825678
25 Hechos 10,1.
26 Dionisio el Areopagita, La jerarquía celeste, v , 1.
27 Santo Tomás, S u m m a theologica, I, qu. 1, art. 10 [op. cit., p. 99].
28 VéaseJ. Daniélou, L es D iversS en s de l'Écríture dans la tradition chré-
tie n n e p r im itiv e , Lovaina, Desclée de Brouwer, 1948, que se opone en va
rios puntos a la presentación, según H. de Lubac, de la doctrina de los sen
tidos de la Escritura en Orígenes.
217
La sucesión de Orígenes La de santo Tomás
letra letra
l
alegoría espíritu
1 ✓ I \
anagogía
IO. LA A S T U C I A D E O R Í G E N E S
218
LA A S T U C I A D E O R Í G E N E S
219
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
220
E L R O L L O D U L C E C O M O LA M I E L
XI. E L R O L L O D U L C E C O M O L A M I E L
221
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
1 2 . LA D U P L I C I D A D D E C R I S T O
35 Ezequiel 2, 9-10.
36 Apocalipsis 3, 7.
37 Véase J. Pépin, «L’herméneutique ancienne», P o é tiq u e , 23, París,
1975 , P- 298.
222
LA D U P L I C I D A D DE C R I S T O
223
UN « S U M M U M » , EL D IS C U R S O DE LA T E O L O G ÍA
d e n a las b u e n a s n u e v a s y la s a n u n c ia n : « L a s p r im ic ia s y los
p rim e ro s fr u to s n o s o n la m is m a co sa : la s p r im ic ia s se o fre c e n
d e s p u é s d e la c o se c h a , lo s p r im e r o s f r u to s a n te s » .41
L a in v e rs ió n d e l s e n tid o d e la le c tu r a q u e lle v a a c a b o el
d is c u rs o te o lo g a l d e s c a n s a s o b r e u n a h ip ó te s is e se n c ia l, la
d e la c o n v e rg e n c ia d e l te x to h a c ia s u té r m in o , h a c ia su lím i
te , y la d e la u n ic id a d — in c lu s o si e l te x t o es p o lis é m ic o — de
e ste lím ite . E n el fo n d o d e t o d o c o m e n ta r io h a y u n ax io m a
q u e p o s tu la la e x is te n c ia y la u n ic id a d d e u n C r is to e n el lí
m ite d e l te x to q u e lee. C a d a e le m e n to d e l l ib r o es p o r ta d o r
d e e ste lím ite y el an á lisis lo e n c o n tr a r á e n él, e n c o n tr a r á lo
q u e e n él tie n d e h a c ia e l lím ite . L a id e a d e l s e n tid o , se g ú n el
d isc u rso te o lo g a l, p a r e c ía m e n o s f o r z a d a q u e la d e la ló g i
ca g rieg a, q u e n o le r e c o n o c ía n i p l u r a l i d a d n i e q u iv o c id a d .
P e ro re s u lta q u e a u n q u e e l d is c u r s o te o lo g a l a d m ite in ic ia l
m e n te c ie rta p o lise m ia , e n s e g u id a r e d u c e s u a lc a n c e , ya q u e
le p re s u p o n e u n o r d e n , le im p o n e c o n v e r g e r h a c ia u n p u n to
en el q u e to d a s las v a r ie d a d e s y la s c o n tr a d ic c io n e s se tr a s
c ie n d e n , u n p u n to q u e a d q u ie r e e l v a lo r r e tr o s p e c tiv o d e u n
re fe re n te u n iv e rsa l p a r a to d o s lo s s ig n ific a n te s a c u m u la d o s
en la le c tu ra . Si, a lo la rg o d e la s p á g in a s y d e l a n á lisis, ca d a
p a la b ra b íb lic a e stá p r o v is ta d e v a r io s s e n tid o s , a l re v é s, en
la sín tesis, esto s s e n tid o s se s u b s u m e n e n u n ú n ic o re f e r e n
te — C risto — , q u e f u n d a la c o n v e r g e n c ia d e la s E s c r itu ra s
y d e sus se n tid o s e n el u n o . C o m o e s c r ib ía O r íg e n e s : « E n
u n o solo se h a n c o n v e rtid o M o isé s, la L ey, y E lia s , la P r o f e
cía: u n o solo c o n J e s ú s q u e es el E v a n g e lio . Y y a n o es c o m o
an tes: ya n o sig u en s ie n d o tre s , s in o q u e lo s tr e s se h a n c o n
v e r tid o en u n so lo S e r» .41 É s te es e l p r i n c i p i o d e c o n v e r g e n
cia q u e a u to riz a u n a le c tu r a re c u rs iv a : c o n v e r g e n c ia y re-
c u rs ió n so n lo s d o s e le m e n to s d e la p o t e n t e m á q u in a te o
lo g a l q u e d ic ta m in a q u e la s E s c r itu r a s s o n u n to d o . S o n u n
to d o en la d iv e rs id a d p o r q u e só lo tie n e u n r e f e r e n te , y O ríg e -
225
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
se g u n d a , h a b e r in tr o d u c id o u n a s u b o r d in a c ió n d e l H ijo al
P a d r e , q u e m á s a d e la n te s e ría c a lific a d a d e h e r e jía e n re la
c ió n c o n el d o g m a d e la T r in id a d d e f in id o e n e l c o n c ilio d e
N ic e a , e n el a ñ o 325.
P o r lo q u e r e s p e c ta a la p r im e r a a c u s a c ió n , C r is to es en
e fe c to el e s p ír itu d e l A n tig u o T e s ta m e n to , y e n la m e d id a
e n q u e O ríg e n e s só lo se o c u p a d e él, e s c ie r to q u e la le tra , el
s e n tid o h is tó ric o , es, si n o d e s c u id a d o (es la v ía d e a c c e so al
m is te rio ), al m e n o s c o n s id e r a d o m e n o r u n a v e z q u e el m is
te rio se h a d e sv e la d o . P o r e so , c u a n d o la te o lo g ía c o n d e n e ,
c o n s a n to T o m ás, lo s e x c e s o s d e l a le g o r is m o p a tr ís tic o , será
a n te to d o a O ríg e n e s a q u ie n a ta c a r á , c o m o a lg u ie n q u e h a
b r ía p ro v o c a d o e sa d e s v ia c ió n e n la e x é g e s is c r is tia n a . Sin
e m b a rg o , O ríg e n e s to m ó la E s c r itu r a al p ie d e la l e tr a al m e
n o s u n a vez, y s a b e m o s lo q u e le c o s tó ; ta l v e z d e a h í p r o v e n
g a su d e sc o n fia n z a p o s te rio r. O r íg e n e s s a b ía a lg o d e la le tra ,
a p e s a r d e lo q u e a firm a ro n su s d e tr a c to r e s . E n s u ju v e n tu d ,
d e sp u é s d e h a b e r le íd o e s ta f r a s e d e J e s ú s q u e M a te o re fiere
e n su E v an g elio : « P o r q u e h a y e u n u c o s q u e n a c ie r o n así d el
v ie n tre d e su m a d re , y h a y e u n u c o s q u e f u e r o n h e c h o s p o r
los h o m b re s, y h a y e u n u c o s q u e a sí m is m o s se h a n h e c h o ta
les p o r a m o r d e l r e in o d e lo s c ie lo s » ,47 O r íg e n e s se m u tiló .
E l ex c eso d e celo fu e c o n d e n a d o , le v a lió a O r íg e n e s n o ser
c a n o n iz a d o jam ás, y al fin a l d e s u v id a , c u a n d o O r íg e n e s c o
m e n tó a M a te o , se e n tre g ó a u n a la r g a d ig r e s ió n s o b r e s u m é
to d o a p ro p ó s ito d e esa fr a s e .48 P r e v ie n e c o n t r a la l e tr a y r e
c u e rd a el p rin c ip io d e su le c tu r a a le g ó r ic a . C ita u n a v ez m ás
la fra se e m b le m á tic a d e sa n P a b lo : « L a l e t r a m a ta , e l e s p íritu
d a v id a» . D e m a n e ra q u e n o se t r a t a b a d e a p lic a r la p a la b r a
d e J e s ú s , sin o d e to m a rla c o m o u n a r e c o m e n d a c ió n d e c a s
tid a d y d e c o n tin e n c ia . Se t r a t a d e la d if e r e n c ia e n t r e e l p a so
al a c to y la a c e p ta c ió n s im b ó lic a d e u n a re g la , e n t r e la le c tu r a
c o m o re a liz a c ió n y la le c tu r a c o m o c o m e n ta r io . S in e m b a rg o ,
227
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
to . L o s m e jo re s c o n o c e n , m á s a llá d e l V e r b o e n c a r n a d o q u e
n o es el to d o d e l V e rb o , la e x p e rie n c ia g n ó s tic a d e D io s m is
m o y d e l V e rb o ta l y c o m o e ra al c o m ie n z o , ju n to a D io s. E n
re su m id a s c u e n ta s , lo s m á s p e r f e c to s d e lo s c r is tia n o s , e n tre
ello s e v id e n te m e n te a q u e llo s q u e s o s tie n e n e l d is c u r s o te o
lo g al, e v ita n al H ijo d e s p u é s d e h a b e r p e r m i t i d o q u e lo s c o n
d u z c a d e c a m in o h a c ia el P a d r e ; la s u b o r d in a c ió n d e l H ijo al
P a d r e está c o n te n id a ló g ic a m e n te e n la f u n c ió n d e i n té r p r e
te , d e m e n sa je ro e n tr e D io s y lo s H o m b r e s , d e in te r m e d ia r io
e n tre el A n tig u o y el N u e v o T e s ta m e n to .
O ríg e n e s, q u e a firm ó c o n tin u a m e n te la c o e te r n id a d d el
P a d r e y d el H ijo in c re a d o , n u n c a e x p r e s ó e s ta s id e a s c o n ta n
ta cla rid a d c o m o las h e e x p u e s to , p e r o e s ta c o n s e c u e n c ia im
p líc ita d e su d o c trin a s e rá r e to m a d a p o r e l o rig e n is m o , q u e
fo rm a u n a a ris to c ra c ia d e la fe y q u e , fiel a O r íg e n e s , d irig i
rá d ire c ta m e n te su s o ra c io n e s a D io s , sin t e n e r y a e n c u e n
ta al H ijo .
Sin e m b a rg o , ¿ p o r q u é e l c o m e n ta r io r e q u ie r e la elim i
n a c ió n d e C risto ? ¿ P o r q u é O r íg e n e s n o p u e d e d e ja rlo en
la c u m b re , d o n d e c o n v e rg e n la s E s c r itu r a s y a d o n d e lo h a
b ía elev a d o e n p rin c ip io ? E n lu g a r d e v e r e n e llo u n a sim p le
d esv iac ió n h e te r o d o x a , la d e l o r ig e n is m o , ¿ n o h a b r ía q u e
v e r m ás b ie n u n a n e c e s id a d in h e r e n t e al d is c u r s o te o lo g a l?
E n re a lid a d , O ríg e n e s n o se a p o y a e n sí m is m o p a r a c o
m e n ta r las E s c ritu ra s , sin o q u e d e s c u b r e e n la s E s c r itu r a s la
le g itim id a d d e l c o m e n ta rio : to d o d is c u r s o s e g u n d o d e b e e s
ta r ya (c o n te n id o ) e n el te x to p r im e r o , c o m p r e n d i d o s u m é
to d o , n o s o la m e n te lo q u e d ic e , s in o t a m b i é n s u a u to r id a d
p a r a d e c irlo , se g ú n el p r in c ip io d e la r e g u la c ió n d e l d is c u r
so te o lo g a l p o r su o b je to m is m o , la s E s c r itu r a s o s u d e fe c to .
D o s e p iso d io s d e lo s E v a n g e lio s , q u e O r íg e n e s r e c u e r d a a
m e n u d o , le sirv e n d e c r e d e n c ia le s y le p e r m i t e n re fu g ia rs e
d e trá s d e C ris to y d e c lin a r c u a lq u ie r r e s p o n s a b i li d a d p r o
p ia e n la le c tu r a q u e p ra c tic a . L a p r i m e r a r e f e r e n c ia es u n
p a s a je d e l E v a n g e lio d e J u a n e n e l q u e C r is to se d ir ig e a los
228
LA D U P L I C I D A D DE C R I S T O
229
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
v a m e n te p o r to m a r la p a la b r a d e C ris to . P o r lo t a n to , n o es
in d ife re n te q u e J e s ú s , e n e s ta o c a s ió n , h a b l a r a d e in c ó g n ito ,
c o m o si fu e ra u n v ia n d a n te c u a lq u ie r a , y a q u e es e s te d e ta
lle el q u e p e r m itirá al te ó lo g o p o n e r s e e n s u lu g a r — o al m e
n o s a lim e n ta r esta p r e te n s ió n e x o r b it a n te d e t o m a r la p a la
b r a e n su lu g a r— p a r a d e c ir y r e p e t i r e s o s agrapha c a íd o s en
el o lv id o p e r o d e lo s q u e se s a b e , y e s to e s lo ú n ic o q u e im
p o rta , q u e tu v ie ro n lu g ar.
T o d o te ó lo g o c o m e n ta la s E s c r itu r a s c o m o lo h iz o C risto
p a ra los p e re g rin o s d e E m a ú s : to m a e l l u g a r d e C r is to y tr a
ta d e s u b s titu irle . P o r eso to d o c o m e n ta r io es f u n d a m e n ta l
m e n te u n a imitatio Christi. A sí s e e x p lic a la n e c e s a r ia s u b o r
d in a c ió n d el H ijo al P a d r e , c o n d ic ió n im p líc ita y te n d e n c ia
in e v ita b le d el d is c u rs o te o lo g a l. E l te ó lo g o s ó lo p u e d e re i
v in d ic a r el lu g a r d e C ris to si e s te ú ltim o es t a n s ó lo el m e n
sajero, el in te rm e d ia r io d e l P a d r e , m ie n tr a s q u e m a n te n e rlo
en la cim a p ro h ib iría t o d a im ita c ió n e n p r in c ip io , salv o fla
g ra n te h erejía, y al te ó lo g o n o le h a b r ía q u e d a d o m á s re m e
d io q u e callarse o, c o m o O r íg e n e s e n su s p r in c ip io s , p a sa r
al acto. E n el siste m a d e O ríg e n e s , C r is to y e l p e r f e c to e n tre
los fieles so n e q u ip a r a b le s ; tie n e n la m is m a r e la c ió n m ís ti
ca, g n ó stic a c o n el P a d r e ; y es e s ta e x p e r ie n c ia c o m ú n la q u e
tra n s m ite n a m b o s a lo s h o m b r e s . E l d is c u r s o te o lo g a l s u p o
n e u n a cie rta id e n tid a d e n tr e C r is to y e l te ó lo g o , u n a id e n ti
d a d tó p ic a , d e p o s tu r a f r e n te a la s E s c r itu r a s , q u e h a b ilita rá
al te ó lo g o a h a c e r las v ec es, e n p a r te , d e C r is to , a r e p e tir su
d isc u rso y h a s ta a r e p r o d u c ir s u e n c a r n a c ió n .
P o r lo ta n to , m ás q u e d e u n a s u b o r d i n a c ió n d e l H ijo al
P a d re , en la d o c trin a d e O r íg e n e s s e r á p r e f e r i b l e h a b la r de
u n a p r o f u n d a a m b ig ü e d a d d e C r is to i n h e r e n t e al c o m e n ta
rio , q u e c o n stitu y e su p e c a d o o r ig in a l, la g n o s is h e r é tic a h a
cia la q u e tie n d e a v o lv e r c o m o si e l in ic io n o h u b i e r a te n id o
lu g a r re a lm e n te . E s ta a m b ig ü e d a d s e r ía la m is m a q u e la de
to d o « c o r te » q u e s u p o n e n e c e s a r ia m e n te t o d o c o m e n ta rio ,
a u n q u e n o fu e ra d e la B ib lia . C r is to (el c o r te ) d e s e m p e ñ a a
230
LA D U P L I C I D A D DE C R I S T O
la v ez tre s p a p e le s . S o lu c ió n d e c o n tin u id a d en el te x to , es
al m is m o tie m p o el a u to r d e su u n id a d re tro sp e c tiv a m e n te
d e s c u b ie r ta e n la c o n v e rg e n c ia consigo m ism o. P e ro , en lu
g a r d e q u e C ris to c o n se rv e el v alo r de u n lím ite asin tó tica-
m e n te a p r o x im a d o , la co n v erg en cia, u n a vez establecid a, es
a su v ez p ro y e c ta d a s o b re el co rte, q u e su tu ra ap ro x im a n d o ,
g ra c ia s su m e d ia c ió n , lo s d o s co n ju n to s separados. Y en esta
s e g u n d a p ro y e c c ió n , q u e tra n sfo rm a la convergencia asintó-
tic a e n u n a c o n flu e n c ia d isc re ta , c u a lq u ie r in té rp re te p u e d e
s u b s titu ir a C ris to , p u e s to d o s los in té rp re te s son eq u iv alen
tes. É s ta es la m o d ific a c ió n d el s e n tid o d e la convergencia: en
p r im e r lu g a r el A n tig u o T e sta m e n to (to d o s los significantes
b íb lic o s ) c o n v e rg e h a c ia C risto ; a c o n tin u ac ió n , el A ntiguo y
el N u e v o T e s ta m e n to , c a d a u n o c o m p re n d id o com o u n to d o ,
c o n v e rg e n u n o h a c ia el o tro , se e n c u e n tra n en C risto, p ero
ta m b ié n , y d e m a n e r a e q u iv a le n te , en el d iscu rso de to d o in
t é r p r e te q u e s a b e n e g o c ia r su d ife re n c ia en u n a rep etició n .
C o n v ie n e d a r s e c u e n ta d e c u á l es el re sto , el d esech o de la
n e g o c ia c ió n : es el p a s o al a c to m ism o , la en c arn a ció n com o
alg o re a l, n o c o m o p r in c ip io d e le c tu ra o m atriz del co m en
ta rio . E fe c tiv a m e n te , J e s u c ris to fu e el p rim e ro en com entar.
A n te lo s p e r e g r in o s d e E m a ú s se c o n v irtió en el exegeta de la
B ib lia. P e r o n o es ta n to e n e sta o casió n , con p alab ras, com o
p r o p o n e u n m é to d o , sin o p o r su e n c a rn a c ió n y p o r to d a su
h is to ria , c u a n d o se o fre c e c o m o m o d e lo del com entario , m e
d ia n te a c to s . P o r lo d e m á s, O ríg e n e s lo re c u e rd a a m en u d o :
el id e a l d e l c o m e n ta r io o el c o m e n ta rio ideal es el m ilagro de
las b o d a s d e C a n á .
Si e n o c a s io n e s C ris to h a c e la exégesis del te x to , en p r in
c ip io es é l m is m o la exégesis: su c o m en ta rio , m ás q u e p a la
b ra , es c u m p lim ie n to . E l se n tid o cab al d e las E sc ritu ra s n o
lo in d ic a , n o lo d e m u e s tr a , n i siq u ie ra lo re p re se n ta : lo d a, lo
m u e s tr a , lo h a c e . P o r e so , h a b la n d o con p ro p ie d a d , n o p o
d e m o s d e c ir q u e a n te s d e él h a b ía u n e sp íritu b ajo la le tra ,
p o r q u e e l e s p ír itu es él y él lo crea: él tra n sfo rm a la le tra en
231
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
13. EL « L Ó G O S » T E O L O G A L
Sin d u d a n o h ay u n p a s a je d e la s E s c r itu r a s m á s f r e c u e n te
m e n te g lo sa d o q u e el p r ó lo g o al E v a n g e lio d e J u a n : « A l p r in
cip io e ra el V e rb o » . É s ta es la d e m o s tr a c ió n c lá s ic a d e l c o
m e n ta rio q u e , p a r a a s p ira r a la c a lid a d te o lo g a l, tie n e q u e h a
b e r s u p e r a d o la p r u e b a d e d a r c u e n ta d e e lla . A h o r a b ie n , el
p ro b le m a es la re p e tic ió n e n d iv e rs o s m o m e n to s d e las E s
c ritu ra s d e u n a p a la b r a cu y o s e n tid o se h a m o d if ic a d o c o n la
h is to ria , el té rm in o d e V e rb o , o d e Lógos, in v e s tid o d e u n v a
lo r d ife r e n te se g ú n la é p o c a . Si su s e n tid o es la s u m a , el c o n
ju n to d e su s u so s— p a r a r e to m a r la ú n ic a d e f in ic ió n d e s e n
tid o p e r tin e n te e n e s te ca so , la d e W ittg e n s te in , q u e d ecía:
« C o m p a r a el sig n ific a d o d e u n a p a la b r a c o n la “ f u n c ió n ” d e
232
EL « L Ó G O S » TEOLOGAL
233
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
to s in te r m e d ia r io s e l lógos, p r im o g é n ito q u e se c o n v ie r te en
el m o n o g é n ito , el h ijo ú n ic o d e l c r is tia n is m o . P o c o im p o r
ta el p e s o e x a c to d e e s ta h e r e n c ia a le ja n d r in a , p u e s n o fu e
ella, a u n q u e sin d u d a p u e d a e n c o n tr a r s e e n e lla la f u e n te de
m u c h a s h e re jía s q u e el c r is tia n is m o c o n o c e r ía m á s ta r d e , la
q u e tu v o m a y o r in flu e n c ia e n e l d e s a r r o llo d e l c o m e n ta rio ;
a m e n o s q u e c o n s id e re m o s q u e e s a in f lu e n c ia tr a n s m itía la
n o c ió n d e l lógos d e la filo so fía g rie g a , la c u a l, e s e n c ia lm e n
te c o n tra ria al p e n s a m ie n to m ític o o m á g ic o - r e lig io s o , se e n
c o n tr a r ía e n el o rig e n d e la d if ic u lta d q u e t e n d r á e l d isc u rso
te o lo g a l p a r a a sim ila rla s, p a r a a f ir m a r e l U n o , e l M ism o en
la d iv e rs id a d d e lo s a s p e c to s .
A m e n u d o se h a d ic h o q u e c o n e l lógos J u a n se h a b ía a p r o
p ia d o d e u n a n o c ió n d e o r ig e n e s to ic o ,” p e r o q u e e s te p r i
m e r y c a p ita l p r é s ta m o d e l c r is tia n is m o al h e le n is m o n o h a
b ía tr a n s f o rm a d o la re lig ió n c r is tia n a e n u n a filo s o fía d el
lógos— q u e , c o m o la d e F iló n o la d e lo s g n ó s tic o s , e x p li
c a ría la c re a c ió n d e l m u n d o p o r la a c c ió n d e l lógos— , y
q u e , p e s e al p r é s ta m o , e l c r is tia n is m o n o f u e a b s o r b id o p o r
el h e le n ism o . P o r el c o n tr a r io , J u a n h a b r í a d a d o la r é p li
ca al h e le n ism o a firm a n d o , y a e n e l p r ó lo g o d e s u E v a n g e lio ,
q u e C ris to es el Lógos, c o m o si le s d ije r a a lo s p a g a n o s , a fin
d e co n v e rtirlo s: « R e c o n o c e o s e n n o s o tr o s : n u e s t r o C ris to es
lo q u e v o s o tro s lla m á is Lógos». D e m o d o q u e se t r a ta r ía , a u n
a d m itie n d o la in tr u s ió n d e e le m e n to s g r ie g o s e n lo s o ríg e n e s
d e l c ristia n ism o , d e r e f u ta r q u e e s o s e le m e n to s f u e s e n p a r te
a c tiv a d e la fe e in c lu s o d e s u i n t e r p r e t a c i ó n f ilo s ó f ic a o r a
c io n a l, es d e c ir d e l d is c u rs o te o lo g a l. N o o b s t a n t e , al m a r
g e n d e c u á l h ay a sid o la in s p ir a c ió n d e l Lógos d e J u a n , d a lu
g a r a u n a c o n f ro n ta c ió n c o n e l lógos g r ie g o q u e e l d is c u rs o
te o lo g a l n o d e ja d e lle v a r a c a b o , c o n t a n t o m á s c e lo c u a n
to q u e ese o tr o lógos g rie g o n o e r a e v id e n te m e n te d e l to d o
234
EL «LÓGOS» TEOLOGAL
2-35
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
las E s c r itu ra s , d e l d is c u rs o te o lo g a l: se t r a t a d e c o m p r e n d e r
d e q u é m a n e r a le es e sp e c ífic a y, p a r a e llo , d e v o lv e r al te x
to d e O ríg e n e s , m ás c o n c r e ta m e n te al Comentario a Juan,57
u n o d e lo s m á s la rg o s q u e O ríg e n e s h a y a e m p r e n d id o y q u e
sin d u d a jam ás te rm in ó , p u e s to q u e su ú ltim o l ib r o c o n o c i
d o , el v e in tid ó s , se re fie re al c a p ítu lo tr e c e d e lo s v e in tiu n o
d e l E v a n g e lio . R e c o rd e m o s q u e el p r in c i p i o d e e s te c o m e n
ta r io fu e e s c rito e n to r n o al a ñ o 2 3 0 , e n h o n o r d e u n ta l A m
b ro s io al q u e O ríg e n e s a c a b a b a d e h a c e r a b j u r a r d e la h erejía
v a le n tin ia n a , y p a r a r e f u ta r las te s is g n ó s tic a s , e n p a r tic u la r
las d e l p r im e r c o m e n ta rio e x p u e s to e n la f o r m a q u e a d q u i
r irá el d is c u rs o te o lo g a l, el c o m e n ta r io d e l m is m o E v a n g e lio
re a liz a d o p o r H e ra c le ó n .
E n u n a in tr o d u c c ió n m u y d e ta lla d a , O r íg e n e s e n u n c ia y
d e s c u b re lo s p rin c ip io s d e s u m é to d o : la a r m o n ía d e lo s dos
T e sta m e n to s (ré p lic a a H e r a c le ó n ) , y C r is to , c u y a h u e lla hay
q u e b u s c a r en to d a s p a r te s , c lav e d e la le c t u r a d e la B iblia.
A q u í es d o n d e d e fin e a lo s E v a n g e lio s c o m o la s p rim ic ia s de
to d a s las E s c ritu ra s , y a d e m á s el d e J u a n c o m o e l p r im e r o e n
tre ellos, a q u é l p o r el c u a l c o n v ie n e c o m e n z a r la lectio divina,
y d el q u e h a y q u e e x tr a e r el s is te m a q u e s e r v ir á e n to d a in
te rp re ta c ió n . L a ra z ó n d e e s ta p r im a c ía es la s ig u ie n te : m ie n
tra s q u e M a te o c o m ie n z a s u E v a n g e lio c o n u n a g e n e a lo g ía
d e Je sú s, y M a rc o s c o n e sta s p a la b r a s , « P r in c ip io d e la B u e
n a N u e v a » , J u a n , p o r su p a r te , c o m ie n z a p o r lo q u e n o tie n e
p rin c ip io n i g e n e alo g ía: al p r in c ip io e r a e l Lógos. A e s ta ú n i
ca p ro p o s ic ió n in a u g u ra l d e l E v a n g e lio d e J u a n , y ta l v ez d e
to d o el d is c u rs o te o lo g a l, O ríg e n e s c o n s a g r a e l p r im e r lib ro
d e su c o m e n ta rio .
P a r a e x p lic a r el arché, p a s a re v is ta a lo s s e n tid o s p o s ib le s
d e la p a la b r a y se d e tie n e e n el d e ‘s a b i d u r í a ’, y a q u e e n los
P r o v e r b io s a la s a b id u ría se la lla m a p r in c ip io : « Y a v é m e p o -
236
EL « L Ó G O S » TEOLOGAL
58 Proverbios 8, 22.
237
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
H ijo d e D io s , m o s tr a n d o c ó m o le es a t r i b u i d o e s e n o m b r e » .59
Y a c o n tin u a c ió n e n u m e r a r á la s a c e p c io n e s s e m á n tic a s de
la p a la b r a lógos y la s c o n tr a s ta r á c o n la a f ir m a c ió n d e J u a n .
E l p r im e r s e n tid o d e lógos es el d e u n a o p e r a c ió n d e le n
g uaje: el H ijo d e D io s es u n a p a la b r a , u n a e n u n c ia c ió n — pro-
phora e n g rie g o , prolatio e n la t r a d u c c ió n la tin a d e R u fin o — ,
u n a e x p r e s ió n d e l P a d re , q u e c o n s is te e n c ie r to m o d o e n sí
la b a s .60 Se tr a ta d e la in te r p r e ta c ió n q u e h a b ía n a d o p ta d o los
p rim e ro s a p o lo g ista s g rie g o s, J u s tin o , I r e n e o y C le m e n te , al
c o n s id e r a r al H ijo c o m o m e n s a je ro , p a la b r a y v o z d e l P a d re ,
d e m o d o q u e é ste e ra e n d e fin itiv a el p e n s a m ie n to y a q u é l su
e x p re s ió n o su re v e la c ió n .6' P e r o a O r íg e n e s n o le satisfacía
e sta re s p u e s ta q u e lo s g n ó s tic o s v a le n tin ia n o s p e r v ir tie ro n
b a s á n d o s e en u n a c ita d é lo s S alm o s: « B u lle n d o e s tá e n m i c o
ra z ó n u n b e llo c a n to » .62 S e g ú n e llo s, e s te d is c u r s o d e l p a d re
n o es m ás q u e u n a fra se (f o rm a d a p o r s íla b a s ), u n e n u n c ia d o ,
c o n la c o n se c u e n c ia h e te r o d o x a d e q u e e l H ijo n o tie n e ex is
te n c ia p ro p ia q u e lo d is tin g a d e l P a d r e . E s ta p r im e r a so lu
ció n es d o b le m e n te in s a tis fa c to ria : p o r u n a p a r te , c o m o d ice
O ríg e n e s, «es d ifíc il p a r a c u a lq u ie r a c o m p r e n d e r q u e u n a
p a la b ra p r o n u n c ia d a se a u n h ijo » ,63 p o r o t r a p a r te c o n tie n e
u n riesg o d e c o n tra d ic c ió n c o n e l s ím b o lo , e l r e s u m e n d e los
artíc u lo s d e la fe d e lo s p rim e ro s c r is tia n o s . P e r o p e r m ite d e s
c u b r ir u n o d e lo s o b s tá c u lo s c o n lo s q u e t r o p ie z a la re fe re n c ia
al lógos co m o c a te g o ría lin g ü ís tic a , p a r a i n t e r p r e t a r e l incipit
d e J u a n , o b s tá c u lo q u e el lógos te o lo g a l t e n d r á c o m o m isió n
su p e ra r. E s ta d ific u lta d m a y o r es la r e la c ió n e n t r e e l P a d r e y
el Lógos, p u e s to q u e C ris to n o p u e d e s e r u n a s im p le p ro fe ri-
c ió n , so p e n a d e c o n d u c ir a h e re jía s. P o r lo ta n to , ¿s n e c e s a rio
c o m p le ta r la in te r p r e ta c ió n d e lo s p r im e r o s P a d r e s .
L a s e g u n d a e x p lic a c ió n q u e n o s d a O r íg e n e s e s la sig u ien -
238
EL « L Ó G O S » TEO LOGAL
239
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
Z40
EL «LÓGOS» TEOLOGAL
241
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
242
EL «LÓGOS» TEOLOGAL
243
S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
e n u n c ia tiv a , d e p e n d e , e n g r a n m e d id a , d e la cate-
ític a y p o s itiv a d e l lógos. L o c o n tr a r io , s e r á la m o-
c io n a l d e l d is c u rs o te o lo g a l.
iRBO ABR EV IA D O
i a d e l V e rb o a b r e v ia d o d e O r íg e n e s , d e d u c id a in
e n te d e su id e a d e l lógos, h iz o f o r t u n a d u r a n te to d a
le d ia . E s ta d o c tr in a id e n tif ic a a C r is to c o n la s Es-
'a q u e el u n o y la s o tr a s m a n tie n e n la m is m a rela-
d Lógos.
cip io , la id e n tific a c ió n s o r p r e n d e . P a r e c e in c o m p a -
a p re m is a d e l d is c u rs o te o lo g a l s e g ú n la c u a l C risto ,
0 T e s ta m e n to q u e c u e n ta s u h is to r ia , es e l e s p íritu
10. P e r o la c o n tr a d ic c ió n q u e s u p o n d r í a id e n tific a r
e n te a C ris to c o n el e s p ír itu d e l A n tig u o T e stam e n -
>c o n to d a s la s E s c r itu r a s , s e r ía d e m a s ia d o flagran-
ara q u e O ríg e n e s n o se v ie ra o b lig a d o a e x p lic a rse .
id e n tific a c io n e s , e n e f e c to , n o s o n d e l m is m o or-
rim era, q u e es u n a e c u a c ió n : C r is to = e s p ír itu del
e s ta m e n to , c o n c ie rn e a la e x é g e s is , e n u n c ia el p rin -
le n é u tic o q u e s ig u e O r íg e n e s e n s u le c t u r a d e la Bi-
isca d e las fig u ra s q u e a n u n c ia n a C r is to y q u e p o r
sstra n su d iv in id a d , s u p a r tic ip a c ió n e n D io s . L a
le n tific a c ió n , q u e es u n a e q u iv a le n c ia m á s q u e u n a
C ris to ~ E s c r itu ra s ) c o m p e te a lo q u e c o n v e n d r á en
1 p a r tir d e A b e la r d o y d e s a n to T o m á s , la te o lo g ía ,
. e s ta b le c im ie n to d e u n s a b e r s is te m á tic o d e la fe;
le C ris to y las E s c r itu r a s s o n d o s r e a liz a c io n e s o d os
es e q u iv a le n te s d e l Lógos. L a d iv in id a d d e C risto ,
a p o r la e c u a c ió n a n te r io r o , m á s e x a c ta m e n te , p o r
q u e la v erific a, tie n e c o m o r e c íp r o c a la d iv in id a d
10 T e s ta m e n to q u e la a n u n c ia , y c o m o c o ro la rio
d d e l N u e v o q u e la re fie re . T o d a s la s E s c r itu ra s ,
244
EL VE RBO ABREVIADO
c o m o C ris to o a su im ag en , p a rtic ip a n p o r lo ta n to d e D io s.
E l Lógos se e n c a rn a en la p e rso n a d e C risto del m ism o
m o d o q u e in s p ir a la e sc ritu ra , y es en calid ad d e do s d e le
g a c io n e s o d e d o s em a n a c io n e s (la en c arn a ció n y la in s p ira
c ió n ) d e l Lógos c o m o C risto , en la carn e, y las E scritu ra s, en
la le tra , s o n e q u iv a le n te s. E sto n o significa q u e sean id én tico s
— la p r im e r a e c u a c ió n lo c o n tra d e c iría — , sino q u e en ellos se
d if u n d e d e m a n e r a an á lo g a el Lógos, H ijo d e D ios. Las E sc ri
tu ra s , r e p ite c o n tin u a m e n te O ríg e n e s, son com o C risto, « u n
so lo c u e r p o p e r f e c to d e Lógos».
S e g ú n O ríg e n e s , e s ta re la c ió n e n tre el Lógos y las E sc ritu
ra s— d e a lg u n a m a n e r a su e n c a rn a c ió n — es co m p arab le a la
q u e se d a e n tr e el Lógos q u e e ra en el p rin c ip io y el Lógos e n
c a rn a d o , p e r o a d e m á s y p o r co n sig u ie n te , a o tra relación de
la q u e ya h e m o s h a b la d o , e n tre la gnosis y la fe, o e n tre los
c ris tia n o s p e r f e c to s y lo s sim ples. E l Lógos se h a h ech o car
n e p a r a to d o s , a fin d e salv arlo s a to d o s. P e ro m ien tras que
lo s s im p le s n o c o n o c e n m ás q u e la fe, el c u e rp o del Lógos y
la le tr a d e la s E s c r itu ra s , lo s sab io s re c o n o c e n en la gnosis
las E s c r itu r a s m á s allá d e su le tra , el H ijo m ás allá d e su e n
c a rn a c ió n , es d e c ir el Lógos m ism o: «El Logos p ie rd e p oco
a p o c o su g r a v e d a d h a s ta c o n v e rtirse d e n u ev o en lo qu e era
al p r in c ip io , e l Lógos D io s ju n to al P a d re » . P o r la gnosis, es
p e c ie d e c o n v e rs ió n p lo tin ia n a , los p e rfe c to s llevan a cabo
u n tr a y e c to in v e rs o a a q u e l q u e h a c e p a rtic ip a r del Lógos a
C ris to y a la s E s c r itu r a s , e n c u e n tra n al Lógos en su u n id a d ,
p r e ñ a d o d e u n a m u ltip lic id a d v irtu al.
E n t o r n o al Lógos O ríg e n e s co n sig u e c e rra r el d iscu rso
te o lo g a l. E n u n p r im e r tie m p o , C risto , el Lógos e n c arn a d o ,
d e s h a c e la c o n tr a d ic c ió n e n tre los dos T estam entos, y to d o s
lo s s e n tid o s se ria le s d e las E sc ritu ra s convergen en él. E n u n
s e g u n d o tie m p o , ta n to C risto co m o el L ib ro son su p e ra d o s
y r e le g a d o s , p a r a a lc a n z a r in m e d ia ta m e n te el Lógos d el que
p a r tic ip a n e n ig u a l m e d id a . L a d o c trin a del V erbo ab rev iad o ,
«Verbum abbrevians et consummans», e n u n c ia esa su p e ra c ió n
245
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
d e l L ib ro . S in a ñ a d ir n a d a , sin s u p r im ir n a d a d e la s E s c r itu
ra s, d e fin e u n a c o r re s p o n d e n c ia (el e f e c to m e to n ím ic o d e la
p a r tic ip a c ió n ) e n tr e la m u ltip lic id a d d e la s p a la b r a s , las ver
ba multa d e la B ib lia, y el ú n ic o Lógos q u e la s in c lu y e to d a s,
e l « Verbum unum» d e l p r in c ip io . E n e s te s e n tid o e l c ris tia n is
m o es, m ás q u e u n a re lig ió n d e l L ib r o , u n a re lig ió n d e l Lógos.
15. EL F E T I C H E
P e r o v e a m o s c u á l es, s o b r e la le c tu r a d e l L i b r o y s o b r e la es
c r itu r a a p a r tir d e l L ib ro , el e f e c to q u e tie n e la id e a d e las
E s c r itu ra s c o m o e m a n a c ió n d e l Lógos. S e t r a t a u n a v ez m ás
d e u n ra z o n a m ie n to p o r a n a lo g ía o p o r c o r r e s p o n d e n c ia , el
in s tru m e n to to d o p o d e r o s o d e l d is c u r s o te o lo g a l. L o m ism o
q u e to d a s las logikoí, la s c r ia tu r a s e s p ir itu a le s , p r o c e d e n d el
Lógos, é ste h a b ita to d a s la s lógoi, to d a s la s p a la b r a s , to d a s
las frases d e las E s c r itu ra s . E l L ib r o , c o m o t o d o , r e m ite a u n
re fe re n te ú n ic o , el Lógos, d e l q u e es u n a v a ta r; y to d o s los
ele m e n to s q u e lo c o m p o n e n , to m a d o s p o r s e p a r a d o , tie n e n
el m ism o re fe re n te q u e el c o n ju n to . C a d a p a l a b r a d e la s E s
c ritu ra s significa to d a s la s E s c r itu r a s y d e s ig n a e l Lógos; p o r
q u e u n lógos, al p a r tic ip a r d e l Lógos, es u n s ig n o d e él, re v e
la el Lógos. O ríg e n e s e sc rib e : « E l Lógos d e D io s , q u e e sta b a
e n el p rin c ip io ju n to a D io s , n o es u n a m u ltip lic id a d d e p a
la b ra s (polylogia); n o es, e n p lu r a l, lógoi. E s u n a P a la b r a fo r
m a d a p o r m ú ltip le s s e n te n c ia s , c a d a u n a d e la s c u a le s es u n a
p a r te d e l m ism o to d o , d e l m is m o Lógos».74 T o d a s la s frases
d e la B ib lia so n e q u iv a le n te s , p u e s to d a s c o m p r e n d e n el Ló
gos. L a E s c r itu r a es u n a s u c e s ió n d e p e q u e ñ a s lógoi in d e p e n
d ie n te s q u e se s e p a ra n d e l t o d o sin p e r d e r s u c u a lid a d : son
las voces paginum o lo s vestigia Dei. M e jo r a u n , c a d a tr o c ito
s e p a ra d o , d ic e O ríg e n e s , c o n tie n e e n p o t e n c i a t o d o el L ib ro :
246
EL F E T I C H E
247
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
248
EL F E T I C H E
249
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
o algunas de ellas d e p e n d e n ú n ic a m e n te d e l a u to r h u m a n o ?
L a p re g u n ta n o es in d ife re n te . Si en e fe c to h a y e n las E s c r i
tu ras frases cuya re sp o n sa b ilid a d n o d e p e n d e d e la in s p ir a
ción, en to n ce s escap an al Lógos, y e n to n c e s su p o d e r es lim i
tad o . E n ese caso, su re p e tic ió n n o in c lu irá ya la re fe re n c ia
to d o p o d e ro sa al Lógos. '
O rígenes no se a n d a con rem ilgos. P a ra él, to d o fra g m e n
to de las E scritu ras es Lógos. Sin e m b a rg o , sus su tile s s u c e
sores, a fin de lim itar los ab u so s d e p o d e r d e l V e rb o a b rev ia- (
do y de la in erran cia d e la B iblia, p o n d r á n e n d u d a la a u to r i
d ad de d eterm in ad o s frag m en to s d e las E s c ritu ra s , e n p a r ti
cular de aquellos cuya a u te n tic id a d n o está c o m p ro b a d a : las
citas, las fuentes de los au to re s in sp ira d o s, lo s p a sa je s q u e re- i
p ro d u c en d o cu m en to s p ro fan o s. L a d is tin c ió n es a c e rta d a :
despoja de p o d e r a la cita d e la cita, a la c ita al c u a d ra d o . C i
ta r un a cita, com o to d o el m u n d o sa b e p o r e x p e rie n c ia , n e u
traliza el valor d e la cita. L a cita p ro fa n a , in c lu so d e s e g u n d a !
m ano, conserva siem pre m ás o m en o s v alo r; p e r o el v a lo r d e la ¡
cita escrituraria sólo p u e d e ser e x tre m o : in fin ito si p a r tic ip a
del Lógos, n ulo si la p a rte d el Lógos p u e d e se r p u e s ta e n d u d a .
Sin em bargo, la te o ría teo lo g al q u e p re te n d ía n o te n e r en
cuenta las citas en la B iblia, c o n d u jo ta m b ié n a e x c eso s: se '
decía q u e algo era u n a cita im p líc ita p a r a re so lv e r c u a lq u ie r
tran ce.79 E sta teo ría su p o n e q u e e x iste n e n la B ib lia c itas im
plícitas que, sin em b arg o , n o e sta ría n a p r o b a d a s o g a ra n tí- i
zadas p o r los au to res in sp ira d o s. P e ro , p o r s u p u e s to , to d a
frase de la B iblia es su sc e p tib le d e e n c o n tr a rs e e n e s te ca so
y, si incom oda, p u e d e ser c o n sid e ra d a n u la y sin v alo r. L o s
ejem plos de este recu rso son n u m e ro so s en el d is c u rs o te o
logal. Je ró n im o , cuya co n sid e ra c ió n p o r las E s c r itu ra s n o lo
h ac e p re c isa m e n te so sp e c h o so d e la x ism o — él f u e u n o d e
los p rin c ip a le s ac u sa d o re s d e O ríg e n e s — , fu e el p r im e r o
250
L O S S I G N I F I C A N T E S M A Y O R E S Y SU C O M B I N A T O R I A
1 6. LOS S I G N I F I C A N T E S MAYORES
Y SU C O M B IN A T O R IA
251
í
UN « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
252
L O S S I G N I F I C A N T E S M A Y O R E S Y SU C O M B I N A T O R I A
81 Exodo 3,14.
253
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G I A
z 54
L O S S I G N I F I C A N T E S M A Y O R E S Y SU C O M B I N A T O R I A
255
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
256
L O S S I G N I F I C A N T E S M A Y O R E S Y SU C O M B I N A T O R I A
2-57
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
H a llegado el m o m en to d e re c a p itu la r, d e r e p a s a r el c a m in o
reco rrid o . Al p rin c ip io h a b ía u n te x to — las E s c r itu ra s — d el
q u e h ab ía q u e e x tra e r el s e n tid o , el s e n tid o p le n a r io , c o m o
d icen los teólogos c o n te m p o rá n e o s. P e r o a d ife re n c ia d e lo s
ju d ío s o los gnósticos, q u e d a b a n p o r s u p u e s ta la u n id a d d e l
te x to , los cristiano s re c o n o c ía n su d u p lic id a d . L o d e c isiv o
n o es si esa elecció n fu e v o lu n ta ria o im p u e s ta , s in o q u e r e
p re se n tó la c o n d ició n e s tru c tu ra l q u e h iz o p o s ib le u n n u e v o
g é n e ro discursivo, el co m e n ta rio o el d is c u rs o te o lo g a l, b ú s
q u e d a fo rm a l d e u n m ás allá d e la d iv isió n e n d o s. P o r e so el
84 Ibid.,p. 697 .
258
S E G U N D A I N S P I R A C I Ó N DEL DISCURSO TEOLO GAL
259
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
l8. ¿ U N DISCURSO I N T E R M IN A B L E ?
D e sd e en to n ces ya n o h ay ra z ó n p a r a q u e el d is c u rs o te o lo g a l
se vuelva a in terru m p ir. Si to d o a q u e llo q u e d e b e s u c e d e r en
el fu tu ro está c o n te n id o en las E sc ritu ra s (la Ig le sia e n to d o s
sus estados), siem p re h a b rá algo d e q u e h a b la r. E s to tie n e al
m en o s dos consecuencias:
- A dem ás d e ser la le c tu ra re tro sp e c tiv a d e l A n tig u o T e sta
m e n to en fu n c ió n del N u ev o , el d isc u rso te o lo g a l se c o n v ie r
te en u n a le c tu ra « re tro -p ro sp e c tiv a » , d e l p r e s e n te e n f u n
ció n del N u ev o T estam en to . A p a r tir d el c o r te ra d ic a l q u e el
d iscu rso teo lo g al im p u ta a C risto , se d e sp lie g a e n d o s d ir e c
cio n es o p u estas, h ac ia el p a sa d o y h a c ia el fu tu ro . E s ta in v er-
260
LA M Á Q U I N A T E O L O G A L
19. LA R E G U L A C I Ó N A S IN C R O N IC A DE
LA M Á Q U I N A T E O L O G A L
261
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
262
LA M Á Q U I N A T E O L O G A L
263
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
264
E L E N C A D E N A M I E N T O DE LOS D I S C U R S O S
265
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
266
LA « A U C T O R I T A S »
2 1 . LA « A U C T O R I T A S »
2 67
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G I A
2.68
LA « A U C T O R I T A S »
269
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
270
FIN DE SERIE
2 2 . F IN DE SERIE
L a m á q u in a d e e s c r ib ir te o lo g a l p a re c e a rra stra d a p o r u n
p e r p e tu o m o v im ie n to . P o r q u é ib a a d ete n e rse , p o r q u é ib a
a s u s p e n d e r su p r o g r e s ió n serial, si siem p re es necesario a c
tu a liz a r, i n t e r p r e t a r d e n u e v o el te x to p rim e ro , cuyas v irtu a
lid a d e s se e n r iq u e c e n c u a n d o se realiza aq u ello q u e en él p e r
m a n e c ía to d a v ía m is te rio s o , si sie m p re es n ec esario re e sc ri
b ir, r e to m a r e l ú ltim o d is c u rs o h a sta la fecha, ya q u e n in g u n o
272
F I N DE S E R I E
273
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
274
F IN DE SERIE
275
Discurso teologal
Sólo p u e d e su sp e n d e r la lo ca c a rre ra , p o n e r té r m in o a la
fuga d é lo s in te rp re ta n te s, el re c h a z o d e l m o d e lo te r n a r io q u e
la inicia y la dislocación d el c o n ju n to . E s o es lo q u e h iz o la
escolástica p a ra fre n a r el d isc u rso te o lo g a l. L a e sc o lá stic a es
el ultim o eslabó n d e la c a d e n a o, m ás e x a c ta m e n te , el an illo
ro to q u e la cierra so b re ella m ism a, q u e la d o m in a e n lu g a r d e
som eterse a ella. L a p a trístic a y la esc o lá stic a , el c o m e n ta rio y
la sum a, se o p o n en com o los e stu d io s d e caso s y las sín tesis,
com o las m onografías y el sistem a, co m o las m a q u e ta s a esc ala
y u n gran esp ectácu lo te a tra l, en re su m e n , c o m o la interpre
tación y la construcción, co m o la fa n ta sía y la c ie n c ia , c o m o la
contem plación o la gnosis y el p o d e r o el sa b e r, c o m o la p r é
dica y la enseñanza. L a p a trístic a re n u n c ia b a al p o d e r c u a n d o
se dejaba arra stra r p o r su su eñ o d e l Lógos p e r d id o , c u a n d o se
sum ía en el delirio d e u n a b ú s q u e d a d e sí. P e r o a p a r tir d e la
escolástica, p a ra la teología to d o d e p e n d e rá d e la E s c r itu r a y
la Iglesia, del p o d e r y del saber: d e la U n iv e rs id a d . E s ta in s ti
tu ció n d esp reciará el d iscu rso te o lo g al, ta n v a c ío c o m o p o m
poso: «L a E sc ritu ra se b a sta a sí m ism a, p o r q u e d ic e to d o lo
q u e los P a d re s d irá n m ás ta rd e » , e sc rib irá T o m ás. 23
2 3 . EL S U J E T O D E S M E N T I D O
¿ H ay q u e p e n sa r q u e to d o d isc u rso s u p o n e u n s u je to q u e
lo d e te n ta ? ¿U n d iscu rso es sie m p re el d is c u rs o d e a lg u ie n ?
276
EL SUJETO DESMENTIDO
277
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
24. LA I M P O S T U R A
¿ P o r q u é to m a r la p a la b ra , p o r q u é e s c rib ir d e n u e v o , p o r
q u é co m en ta r las E sc ritu ra s c u a n d o e n ellas ya e s tá to d o d i
cho? ¿D e q u é sirve arriesg arse a la h e re jía p o r u n a in te r p r e
tació n y p o r u n a re p e tic ió n d e la q u e n a d a p u e d e o b te n e r s e ?
O ríg en es p la n te a esta p re g u n ta e se n c ia l a t o d a e s c r itu r a
— ¿para qué?— , u n a p re g u n ta q u e la p rá c tic a d e l c o m e n ta rio
hace m ás crucial todavía: « P o d ría e v ita r e ste tra b a jo , y el p e
ligro que co rren , p o r v o lu n ta d d e D io s, q u ie n e s se e n tre g a n a
la com posición d e o b ra s d e teo lo g ía: d iré e n m i d e fe n s a q u e ,
de acu erd o con el consejo d e las E s c ritu ra s , re n u n c io a m u lti
plicar los libros. S a lo m ó n d ic e e n e lE c le s ia s té s : “N o b u s q u e s ,
hijo m ío, m ás d e esto, q u e el c o m p o n e r lib ro s es c o sa sin fin
y el dem asiado e stu d io fatig a al h o m b r e ”» .98 O ríg e n e s a d u
ce to d as las b u en a s razones p a ra callarse, p u e s to q u e n o h ay
m u ch o q u e g an ar al hab lar, y sí h ay m u c h o q u e p e r d e r, c o m o
d ice u n a vez m ás S alom ón en los P ro v e rb io s : « E n el m u c h o
ch a rla r n o falta el p ec a d o , el q u e re fre n a su s la b io s es s a b io » .99
E n el silencio, se está m uy ce rca d el Lógos, p r in c ip io d e to d o
d iscurso: n i M oisés, n i P a b lo , n i P e d r o e s c rib ie ro n m u c h o , y
97 Citado por E. Gilson, La Philosophie au moyen age, op. cit., vol. 11,
p. 691.
98 Orígenes, Comentario a Juan, v, 1 (Migne, P. G., 14, col. 185 d ).
99 Proverbios 10,19.
278
LA I M P O S T U R A
279
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
280
« A B R E T U B O C A , Y YO LA S A C I A R É »
25. « A B R E T U B O C A , Y Y O LA S A C I A R É »
A l te ó lo g o n o le q u e d a m ás re m e d io — p u e sto q u e lo suyo
es la im p o s tu r a — q u e to m a r a su cargo el discurrir, afirm ar
u n d e r e c h o a la p a la b r a n e c e sa ria m e n te inefable, im itar el
d o n d e la p ro fe c ía , a u n q u e sin c re e r en ella, arriesg án d o
se y la n z á n d o s e al v ac ío c u a n d o sabe, m e jo r q u e cualquiera,
q u e n o h a y n a d a m ás. A sí es co m o O ríg e n e s lu ch a co n tra la
te n ta c ió n d e l sile n c io . H a b la p a se lo q u e pase. ¿A caso M o i
sés n o e r a ta r ta m u d o ? D io s le a b rió la b o c a y le in stru y ó so
b r e lo q u e te n ía q u e d ecir. T am b ién S an P a b lo se arriesgó:
« P a ra q u e , al a b r ir m i b o c a , se m e c o n c e d a la p a la b ra » .'04
« ¡B ie n a v e n tu ra d o s a q u e llo s a lo s q u e D io s a b re la b o c a para
q u e h a b le n ! » , c o n c lu y e O ríg e n e s .105 Y u n p o c o m ás ad elan
te p re g u n ta : « ¿ Q u ié n es el h o m b re a q u ie n D ios llen ará de
a q u e l e s p ír itu c o n q u e lle n ó a M oisés y a A aró n ? [ ...] ¿A ca
so el a p ó s to l P a b lo n o n o s dice: « Q u e el e sp íritu d e los p r o
feta s se s o m e ta a lo s p ro fe ta s ? » . P o r lo ta n to n o le es d a d o a
c u a lq u ie ra e x p lic a r las p a la b ra s d e los p ro fe ta s, sino q u e ellas
m ism a s e s tá n s o m e tid a s a lo s p ro fe ta s. Sin em b arg o , p u e sto
q u e el m is m o b ie n a v e n tu r a d o a p ó sto l n o s p id e q u e nos h a
g am o s im ita d o r e s d e e sta g ra cia— es decir, del d o n d e p r o
fe cía— c o m o si f u e r a algo q u e e stu v iera a n u e stro alcan ce
c u a n d o d ic e : « A s p ira d a lo s b ie n e s m ejo res, p e ro so b re to d o
al d e la p r o f e c ía » , tra te m o s ta m b ié n n o so tro s d e c o m p a rtir
281
U N « S U M M U M » , E L D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
282
CONTINUARÁ...
26. C O N T IN U A R Á ...
109 El término persona tiene aquí, además del sentido actual, el senti
do etimológico de ‘máscara’. (N. d e l T.).
283
U N « S U M M U M » , EL D I S C U R S O D E LA T E O L O G Í A
284
SECUENCIA V
LA IN M O V IL IZ A C IÓ N DEL TEX TO
I. L A E S C R I T U R A E N T O D O S S U S E S T A D O S
285
LA I NM O V I L I ZA C I ÓN DE L T E X T O
286
2. «C O M M E N T A T IO , COMMENTITIA»
287
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
288
«CO M M E N T A TIO , COMMENTITIA»
289
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
290
LA C R I S I S DE A U T O R I D A D
3- LA C R I S I S D E A U T O R I D A D
291
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
292
LA C R I S I S DE A U T O R I D A D
293
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
sonas q u e p re te n d ie s e n q u e en m o d o a lg u n o e s tá p e r m itid o
te stim o n ia r el d e sa c u e rd o co n A ristó te le s, fá cil s e ría h a c e rle s
v er q u e n o es ra z o n a b le m a n te n e r e sta c o n s id e r a c ió n h a c ia
A ristó teles» .11 E n u n m o m e n to e n q u e u n v a lo r n u e v o d e la
re p e tic ió n d e las p ala b ra s d e o tro , q u e n o es e x c lu s iv a m e n te
in d icativ o , se re co n o ce o está a p u n to d e h a c e rs e re c o n o c e r,
p a rtic u la rm e n te en la o b ra d e A rn a u ld y N ic o le , s ig u e s ie n d o
n ecesario te n e r en cu e n ta su v a lo r a n tig u o , in s titu id o , y p e
d irle disculpas. P e ro n o es seg u ro q u e la e x c u s a a d u c id a sea
la m ejo r (razón); en to d o caso n o c o n v ie n e id e n tific a rla p r e
cip ita d a m e n te con el fu n d a m e n to ló g ic o d e la gnome. D e s
cartes com pleta en efecto su c rític a d e a q u e llo q u e es « fácil
d e creer», la tesis p ro b a b le o el lu g a r c o m ú n , e n e sto s té r m i
nos: « p rá cticam en te c o n sid e ro falso to d o lo q u e ta n só lo es
verosím il».'3N o o b sta n te , la v e ro s im ilitu d e r a lo c a ra c te rís ti
co de la gnome, q u e p o r lo ta n to n o v ale m á s q u e la auctoritas.
4 . LA L E N G U A M U E R T A
12 Ibid., p . 43.
13 Descartes, «Lettre au pére Mersenne» (respuesta a Fermat), 5 de oc
tubre de 1 6 3 7 , en: (Euvresphilosophiques, op. cit., 1 9 6 3 , vol. I, p. 815.
294
LA L E N G U A M U E R T A
295
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
J. M A R C H A A T R Á S
C o n tra la auctoritas, R am us se p r o n u n c ia a fa v o r d e u n r e
to rn o al te x to d e A ristó teles y d e u n a le c tu r a sin p re ju ic io s ,
in o cen te y q u e ig n o re los c o m e n ta rio s c o n s a g ra d o s , es d ec ir,
la trad ició n . T odo re to rn o al te x to se in a u g u ra c o n u n a d e
n u n cia d e la tra d ic ió n , leg ítim a d e te n ta d o r a d e l s e n tid o q u e
n o o b sta n te lo h a b rá p e rv e rtid o .
L a o b ra de R am us es c o n te m p o rá n e a d e la R e fo rm a y R a
m u s m ism o cam bió de re lig ió n h a c ia el fin al d e su v id a , e n
1561. M ás ta rd e , d e i j 6 8 a i 5 7 o , tu v o q u e e x ilia rs e a S u iz a y
a A lem ania, d o n d e se h izo p ro p a g a d o r d e la c u ltu r a fra n c e sa .
E sto ex p lica q u e el ra m ism o se e x te n d ie se , m á s q u e e n F r a n
cia, en esos países g an ad o s p o r el p ro te s ta n tis m o , así c o m o
en In g la te rra . R am us te rm in ó su v id a a s e s in a d o e n 1572, d u
ra n te la m asac re d e la n o c h e d e S an B a rto lo m é .
L a p ro te s ta c o n tra la a u to rid a d d e A ris tó te le s c o m p a r te
el m ism o p rin c ip io q u e la d e la R e fo rm a c o n tr a la tr a d ic ió n
LA P Á G I N A I M P R E S A
6 . LA P Á G I N A I M P R E S A
297
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
298
C O M I L L A S Y C URS I VA
E l e fe c to in ic ia l d e la im p re n ta n o es el de u n a difu sió n
m a y o r d e e je m p la re s id é n tic o s d e u n m ism o te x to q u e p u e
d e lle g a r d e e s te m o d o a m u ch as m anos, si n o a todas, con
la e v e n tu a l r u p tu r a c u a lita tiv a q u e p o d ría p ro v o c ar esta r e
p e n tin a e x p a n s ió n ; lo q u e im p u so la sim ple existencia de u n
n u e v o s o p o r te y d e u n a n u e v a técn ic a fue en p rim e r lu g ar y
s o b re to d o la tra n s fo rm a c ió n m ism a d e la ética de la le ctu ra
y d e la e s c ritu r a , q u e tu v o co n secu en cias incluso en la teo ría
d el le n g u a je . E l m o d e lo d e l lib ro im p reso o de la escritu ra
artificial— la im p r e n ta fu e lla m a d a en sus inicios ars artificia-
liter scribendi— , s u b s titu y e el m o d e lo del m an u scrito y de la
co p ia e n la p r á c tic a d e l te x to , an tes d e q u e la eno rm e d ifu
sión d e la im p r e n ta te n g a co n se cu en c ia s. E sto se com p ru eb a
fá c ilm e n te o b s e r v a n d o la rá p id a ev o lu ció n d e la página im
p re s a e n su d is p o s ic ió n , d u ra n te el tra n sc u rso de la segunda
m ita d d e l sig lo x v , a p a r tir d e u n a tip o g ra fía q u e al prin cip io
tr a ta d e im ita r t o d o lo p o s ib le al m a n u sc rito .16
7. COMILLAS Y CURSIVA
299
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
en el p a p e l cre c ie n te q u e d e se m p e ñ a n to d a u n a s e rie d e m o
d alid ad es y d e m arcas tip o g ráfic as in tr o d u c id a s p o c o a p o c o
cuyo m ay o r efecto es d ife re n c ia r c o m p le ta m e n te la p á g in a
im p resa d e su an tig u o m a n u sc rito .
A sí, en las Dialecticaepartitiones d e 1543, a p a re c e u n a ú n i
ca tip o g rafía , la ro m an a , e x c e p to en el p ró lo g o , q u e e s tá en
cursiva. L as com illas n o se u tiliza n , n o e x iste n . P o r el c o n tr a
rio , a p a r tir d e la p rim e ra e d ic ió n fra n c e sa d e la Dialéctica,
ap a re c id a en 1555 en la im p re n ta d e A n d r é W e c h e l d e P a rís,
to d as las citas in clu id as en el te x to se d is tin g u e n p o r la tip o
grafía: cu an d o están en verso, se im p rim e n e n c u rsiv a , m ie n
tras qu e el co n ju n to d el te x to e stá e n ro m a n a , y e l n o m b r e
d el tra d u c to r (casi siem p re R o n sa rd ) fig u ra a p ie d e p á g in a ;
cu a n d o están en p ro sa , e x c lu siv a m e n te u n a d e C ic e ró n , u n a
com a in v ertid a figura al m a rg e n , a la a ltu ra d e la s lín e a s d o n
d e em pieza y te rm in a la cita, y d o s c o m as in v e rtid a s al m a r
gen de las líneas in te rm e d ia s. E sta s m a rc a s, q u e a n u n c ia n la
form a que to m ará n las fu tu ra s co m illas e n el sig lo sig u ie n te ,
su p o n en u n a in n o v ació n ca p ita l. Q u e yo se p a , n o h a y a n te
cedentes d e tal p re c isió n e n la cita: p rin c ip io y fin s e ñ a la d o s
inequívocam ente, a u to r y tr a d u c to r n o m b r a d o s . E n u n a r
tículo titu la d o « T h e O rig in a n d D e v e lo p m e n t o f th e M a rk s
o f Q u o ta tio n » ,17D o u g las C. M c M u rtr ie s itu a b a el o rig e n d e
las com illas en F ra n c ia a lre d e d o r d e lo s a ñ o s 1580-1 5 9 0 , «two
comas or two turned comas in the margins heing used to in
dícate cited passages». Sin e m b a rg o , la Dialéctica d e R a m u s,
en la q u e figura p re c isa m e n te ese sig n o , fu e p u b lic a d a u n o s
tre in ta años antes: sería te n ta d o r c o n s id e r a r q u e e s te lib ro
fu e a la vez la p rim e ra o b ra filosófica e n le n g u a fr a n c e s a y la
p rim e ra en re c u rrir a las com illas, d e m o d o q u e lo s d o s fe
n ó m en o s están rela cio n ad o s, p u e s to q u e so n lo s fra g m e n to s
tra d u c id o s d e u n a len g u a e x tra n je ra lo s q u e se s e ñ a la n . A n
tes d e in d ic a r la cita, el d e sp la z a m ie n to d e u n d is c u rs o a o tro ,
17 TheLibrary, Fouth series, Londres, 1922, vol. 11, n.° 2, pp. 133-134.
300
LA R A Z Ó N D E L E J E M P L O
8. LA R A Z Ó N D E L E J E M P L O
301
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
302
LA R A Z Ó N D E L E J E M P L O
303
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
304
U N M O D E L O E S P A C I A L DE LA E S C R I T U R A
9. U N M O D E L O E S P A C I A L D E LA E S C R I T U R A
305
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
306
U N M O D E L O E S P A C I A L DE LA E S C R I T U R A
307
IO. LOS T I P O S M Ó V IL E S
308
L OS T I P O S MÓ V I L E S
25 Ibid., p . 6. 26 Ibid., p . 9.
309
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
310
LOS T I P O S M Ó V I L E S
311
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
m e n tó d e s e n tid o c o n re la c ió n al s o n id o , la h u e lla d e la h is
to ria d e la len g u a. A rn a u ld y L a n c e lo t c o n s a g ra n e l d iv o rc io
e n tre el h a b la y la e sc ritu ra , q u e d a ta d e l sig lo x v i . H a s ta ese
m o m e n to se h a b ía n c o n ju g a d o e n la c o p ia y el d ic ta d o , e n la
co p ia al d ic ta d o . R am us, y los d e m á s m a n ia c o s d e las re fo r
m as o rto g ráficas, q u isie ro n re c o n c ilia r la v is ta c o n el o íd o ,
la le tra co n el so n id o , lu c h a ro n c o n tra su s e p a r a c ió n b a jo el
re in a d o d e la tip o g ra fía e in te n ta ro n u n ú ltim o e s fu e rz o p a r a
reco n ciliarlo s en el tip o .
C u a n d o el m o d elo d el sig n o so n lo s tip o s m ó v ile s, el le n
guaje se c o n c ib e com o u n a c o m b in a to ria re g u la d a d e o b je
tos m aterializad o s, lib re d e c u a lq u ie r o tr a d e te r m in a c ió n . L a
Grammaire d e R am us fu e e se n c ia lm e n te u n m a n u a l p a r a u so
d e tip ó g rafo s.31
A rn a u ld y L a n c e lo t lo c o m p re n d ie ro n e n s e g u id a , y e n el
m ism o cap ítu lo en el q u e c ita n a R am u s lim ita n la s p ro e z a s
d e la im p resió n a la a lte rn a n c ia d e la tip o g ra fía ro m a n a y la
cursiva, la m ayúscula y la m in ú sc u la : d ife re n c ia s q u e s o n ú t i
les p o r lo q u e se refiere al s e n tid o , p e r o q u e n o c a m b ia n n a d a
en lo q u e se refiere a la p ro n u n c ia c ió n , es d e c ir, al fo n d o .
A u n q u e ad m itam o s el p rin c ip io d e u n a re la c ió n e s tr e c h a e n
tre la teo ría ra m ista d el len g u aje , la m ás in flu y e n te e n lo s si
glos x v i y x v n , y la in v e n c ió n d e lo s tip o s m ó v ile s (re la c ió n
q u e n o hay q u e e n te n d e r co m o u n a c o m p le ta d e p e n d e n c ia ) ,
co nviene m atizar el c u a d ro q u e M ic h e l F o u c a u lt, e n Las pa
labras y las cosas, d ib u ja b a d e la episteme d e l sig lo x v i , d o n
d e n o se aclara la in flu en c ia d e l d e s a rro llo d e la im p r e n ta so
b re la c o n c ep ció n del len g u aje. S in lle g a r a c o n s id e r a r q u e
h u b o , an tes d e finales d el siglo x v i , u n a r u p t u r a o u n c o r
te, téc n ic o o ep istem o ló g ico — la h ip ó te s is n o es e n a b s o lu to
3 12
L OS T I P O S M Ó V I L E S
n e c e sa ria — , h a y q u e re c o n o c e r q u e la em p re sa d e R am us n o
c o n c u e rd a c o n la d e sc rip c ió n q u e F o u c a u lt d a d e esta ép o ca,
im b u id a d e la fe en u n a sem ejanza d e las p alab ras con las c o
sas, e n u n a m iste rio sa analogía e n tre el lenguaje y el m u n d o .
A lo la rg o d e l siglo x v i , hay u n a co rrie n te d e tran sició n ,
c o n fu sa y h e te ro g é n e a , q u e n o p refig u ra realm ente, o sólo
en n e g a tiv o , la fu tu r a é p o c a d e las rep resen ta cio n es— la de
P o r t R oyal— , p e r o q u e , al h a b e r d ejad o de creer en u n a se
m e jan z a n a tu r a l y e n ig m ática e n tre el signo y el referen te, o
c o n s id e ra rla ilu so ria , tra ta p o r to d o s los m edios, en ocasio
n es d e lira n te s , d e s u b s titu irla y m a n te n e r u n a conjunción ar
tificial, n o e n tr e la p a la b ra y la cosa, sino, p a ra to d o signo,
e n tre el v a lo r y la m a rc a , la p o te n c ia y el carácter, el sonido
y la fo rm a . Se tr a ta d e u n a m ezcla in estab le y efím era de in
n o v a c ió n y d e re a c c ió n , p r o n to d isip a d a y caída en el olvido,
e n tre d o s p a n o r a m a s o p u e sto s.
R am u s es u n r e p re s e n ta n te ejem p lar d e este régim en tra n
sito rio , lo q u e e x p lic a ta m b ié n la p o c a aten ció n que se le ha
p re s ta d o . P e r te n e c e sin d u d a al siglo x v i , p e ro en u n im p o r
ta n te n ú m e r o d e p u n to s ro m p e co n su episteme, al m enos tal
y c o m o M ic h e l F o u c a u lt analiza su co n trib u c ió n . E n lo que
c o n c ie rn e a R a m u s, es im p re c iso d e c ir q u e el lenguaje reside
«al la d o d e l m u n d o , e n tre las p la n ta s, las hierbas, las piedras
y los a n im a le s» , o q u e « d e b e ser estu d ia d o com o u n a cosa
n a tu ra l» .31 C u a n d o R am u s d iv id e su Grammaire en dos p a r
tes, la e tim o lo g ía , « q u e e stu d ia las p ro p ie d a d e s de las letras,
sílab as y p a la b r a s » ,3233 y la sin tax is, q u e « enseña la relación d e
las p a la b r a s e n tr e sí p o r su p ro p ie d a d , y casi ú n icam en te en
c o n c o rd a n c ia y m u tu a c o m u n ió n d e las p ro p ie d a d e s» ,34 las
p r o p ie d a d e s a las q u e a lu d e n o son n i n atu rales ni intrín se-
32 M. Foucault, Las palabras y las cosas, trad. Elsa Cecilia Frost, Méxi
co D . F., Siglo x x i , 1 9 6 8 , p . 43.
33 Ramus, Grammaire, op. cit., p. 3.
34 Ramus, Gramere, op. cit., p. 77.
313
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
cas; so n m ás b ie n m o d a lid a d e s d e la e x is te n c ia d e lo s e le m e n
tos, ellas m ism as su sc e p tib le s d e m o d ific a rse . R a m u s p r o p o
n e p o r lo d em ás su re o rg a n iz a c ió n a r b itra ria y artific ia l. L as
p ro p ie d a d e s ¿ e stá n « d e p o sita d a s» e n las le tra s , s o n « v irtu d e s
q u e las a c e rc a n o se p a ra n , ju sto c o m o e n el m u n d o la s m a r
cas se o p o n e n o se a tra e n u n as a o tra s » ? 35 N o , la a n a lo g ía n o
es ésta. L as letra s se a g ru p a n en sílab as y las síla b a s e n p a la
b ra s, d el m ism o m o d o q u e el im p re s o r d is p o n e e n el e sp a c io
lo s tip o s m óviles. E n efecto , sig u e s ie n d o a n a lo g ía , y e n e fe c to
R am us d a u n a p rio rid a d a b so lu ta a la e s c ritu r a e n el le n g u a je .
P e ro la esc ritu ra n o se e n c u e n tra e n tre las c o sa s, n o es u n a d e
las cosas m a n u fa c tu ra d a s c o m o so n lo s tip o s . L a m e tá f o r a e s
p ac ia l d e la e sc ritu ra sigue s ie n d o v á lid a , p e r o ya n o re m ite
al m u n d o , a la p ro sa d el m u n d o : re m ite al v o lu m e n im p re s o .
U n a n u eva p rá c tic a d e l le n g u a je h a te n id o lu g a r, u n a p r o
d u cc ió n d e se n tid o d e a c u e rd o c o n u n p r o c e s o q u e ya n o tie
n e com o m o d elo la p a la b ra o la e s c ritu r a d iv in a , h u m a n a o
n atu ral. Im p rim ir es p r o d u c ir s o b re u n s o p o r te u n a impre
sión. Y c u a n d o el m o d e lo d el sig n o es é ste , n i d ir e c ta n i n e
cesariam ente lin g ü ístico , se tr a ta ya d e u n a te o r ía d e la r e p r e
sen tación a la q u e sólo fa lta , p a r a p ro c la m a rs e , d e s e m b a r a
zarse de u n a id e a del sig n ificad o p o r a n a lo g ía . T o d o el ré g i
m en tra n sito rio d e la e s c ritu ra d e l siglo x v i e s tá c o n te n id o
en esta v ariación, en la p ro g re s ió n d e la c a te g o ría d e l sig n o
y el re tro c e so d e la d e sig n ificació n . E l sig n o sirv e p a r a r e
p resen tar. ¿ P ero re p re s e n ta r q u é ? É s e es t o d o el p ro b le m a ,
q u e R am us evita p la n te a r b u s c a n d o la m e jo r r e p r e s e n ta c ió n
p o sib le, la a d e cu ac ió n , la c o n ju n c ió n d e l c a r á c te r c o n el s o
n id o , sin p re g u n ta rse n u n c a p o r la re fe re n c ia o p o r e l s ig n i
ficado. E n au sen cia d e tal re flex ió n , el sig n o , m e d ia n te u n a
an alogía q u e n o tie n e ya n in g ú n f u n d a m e n to e s e n c ia l n i n a
tu ra l, q u ie re d e c ir to d o y c u a lq u ie r co sa. E n el sig lo x v i la
ca ra c te rístic a p rin c ip a l d el sig n o es el artific io .
314
II. EL E M B L EM A
3U
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
E n re su m e n , el e m b le m a d ifiere a n te to d o d e la a le g o ría
p o r la in m e d ia te z y p o r la a c tu a lid a d d e s u p ro d u c c ió n : es u n
signo sin h isto ria ; en c a d a o ca sió n h a y q u e p r o d u c ir su ra z ó n
y su significado co m o si viniese d e la n a d a . M ie n tra s q u e el
sig n o lin g ü ístic o d esig n a lo p a r tic u la r m e d ia n te lo g e n e ra l,
m ie n tra s q u e la aleg o ría d esig n a lo g e n e ra l m e d ia n te lo p a r
ticu lar, el em b lem a re la c io n a lo p a r tic u la r c o n lo p a rtic u la r,
sin d ife re n c ia d e ex te n sió n e n tre su s relata-, u n o es c o e x te n
sivo al o tro , es lo m ism o q u e el o tro . P o r e so e l e m b le m a se
re la cio n a co n la im agen d e m e m o ria , c o n la impresa q u e Ba-
c o n llam ará ta m b ié n e m b le m a y q u e re la c io n a ig u a lm e n te
d o s p a rtic u la res, u n c o n c e p to in te le c tu a l y u n a im a g e n s e n
sible. E l em blem a, com o la im a g e n d e m e m o ria , es u n sig n o
tra n sito rio , siem p re re v isa b le e n fu n c ió n d e su a d e c u a c ió n a
lo p articular. A dem ás, el e m b le m a n o s ie m p re se s e p a ra t a n
to de la m em oria y d e los se n tid o s c o m o p r e te n d ía h a c e rlo el
ejem plo d e R am us. Sin e m b a rg o , m ie n tra s q u e la im a g e n d e
m em oria se in teg ra , en el siglo x v i , e n u n a tr a d ic ió n m ístic a
y h erm ética, y se co n v ie rte e n ta lism á n , clav e m á g ic a d e u n
co n o cim ien to u n iv ersal, clavis universalis, y p o r lo ta n to ya
n o c o rre sp o n d e a u n a re la ció n d e lo p a r tic u la r c o n lo p a r ti
cu lar (com o, p o r ejem p lo , e n B ru n o , q u e lla m a b a a R a m u s,
«el arc h i-p e d a n te d e F ra n c ia » ), el e m b le m a , p o r su p a r te , n o
tien e n in g u n a in clin ació n h a c ia el o c u ltis m o o la efic a c ia m á
gica. A l co n tra rio d el sello d e B ru n o , tie n d e h a c ia la tr a n s
p a re n c ia y la in m ed iatez. E l e m b le m a es u n sig n o q u e v u e l
ve a re p re se n ta r, q u e re p ite sie m p re , q u e p a r o d ia in c lu s o , la
escen a original; su o rig en está ahí, ta n g ib le , e x p líc ito , m ie n
tra s q u e la alegoría era el signo cuyo o rig e n , m ític o , a u s e n te
y d e sc o n o cid o , h a b ía q u e d e s c u b rir e n el fo n d o . P o r m u c h o
q u e el em b lem a p e rm a n e z c a a tra p a d o e n la c u e s tió n d e l o r i
g en , n o se se p a ra d e la aleg o ría re a l n i a b ie r ta m e n te . S e o p o
n e a ella co m o el rev erso al a n v e rso y c o n s e rv a el m is m o r e
fe re n te . In sa tisfe c h o c o n los signos d is p o n ib le s , f o r ja sig n o s
n u ev o s. E n la b a se d e la aleg o ría, ta l vez p e r f e c ta p e r o cu y a
316
EL EMBLEMA
3 17
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
h a b ía p la n te a d o d e sd e los co m ien zo s d e l R e n a c im ie n to , y su
p rim e ra a p a ric ió n h a b ía sid o ese n u e v o sig n o , el e m b le m a ,
q u e fu n c io n a b a co m o u n a re la c ió n e n tr e el o b je to y la p r e
s u n ta id e a d el jeroglífico, fig u rativ o o id e o g ra m á tic o , es d e
cir, gráfico, jam ás fo n é tic o .36 Sin d u d a , h a b r ía q u e d is tin g u ir
en el p ro y e c to ra m ista d e u n a e s c ritu ra g ra m a tic a l u n a in
flu encia d e los jeroglíficos y d e la id e a e m b le m á tic a d e l sig n o .
E l em blem a, signo n u e v o y a la m o d a , s u s c ita su fo rm a
p ro p ia d e circulación: las co lec cio n es d e e m b le m a s q u e , g ra
cias a la im p re n ta , tu v ie ro n u n g ra n é x ito e n lo s sig lo s x v i y
x v i i . 37 Tales colecciones se c o n ta r o n e n tr e lo s lib ro s c o n t i
ra d as m ás largas. E l p rim e ro d el g é n e ro , lo s Emblemata d e
A n d re a A lciato (véase p . 321), p u b lic a d o e n A u g s b u rg o en
1531, y luego en P arís en 1534, tra d u c id o e im p re s o e n v aria s
ocasiones, co n ten ía cien g ra b a d o s , c a d a u n o d e e llo s a c o m
p añ a d o de u n ep ig ra m a.38 E l g é n e ro , s ig u ie n d o su m o d e lo ,
se estableció en el n ú m e ro cien: « C ie n e m b le m a s a d o r n a d o s
con cien figuras», com o a n u n c ia el s u b títu lo r e d u n d a n te d e
la Hecatomgraphie: «E s decir, las d e s c rip c io n e s d e c ie n fig u
ras e historias, c o n te n ie n d o v ario s A p o te g m a s , P ro v e r b io s ,
S entencias y d ich o s ta n to d e lo s A n tig u o s c o m o d e lo s m o
d ernos». H a y qu e señ a la r la p re s e n c ia , q u e se c o n v e rtirá e n
o b ligatoria, d e to d a s las fo rm a s d e la c ita — la lis ta es e x h a u s
tiva— en el lib ro d e em blem as.
L as dos coleccio n es m ás fa m o sa s e n F r a n c ia f u e r o n el
Theatre des bons engins, cuyo títu lo m ism o c o n tie n e to d a s las .
36 V é a se F. C o lo n n a , Hypnerotomachia Poliphili> V e n e c ia , A . M a n u c io ,
1499) e l p rim er lib ro im p r eso q u e a so c ia e l je r o g lífic o c o n e l n u e v o m o d e lo
d e sig n o .
37 V é a s e E .P . G o ld sc h m id t, ThePrintedBookoftheRenaissance, C a m
b r id g e , C a m b rid g e U n iv ersity P r e ss, 1 9 5 0 .
38 E l p r e fa c io d el Emblematum líber d ic e así: « L a s p a la b r a s sig n ific a n ,
las c o sa s so n sig n ifica d a s. Sin e m b a r g o , h a y c a s o s e n q u e la s c o s a s s ig n i
fican , c o m o e s e l ca so d e lo s jer o g lífic o s» . É s e será t a m b ié n e l c a s o d e lo s
em b le m a s.
318
EL EMBLEMA
C h a s c u n e h y s to ir e e s t d ’y m a g e illu stré e
A f f in q u e s o i t p lu s c la ire m e n t m o n strée
L 'in v e n tio n , e t la re n d r e a u te n tic q u e
Q u ’o n p e u l t n o m m e r le ttr e h iero g lip h ic q u e
C o m m e j a d i s f a i s o i e n t le s a n cien s
E t e n t r e to u s le s v ie u x É g y p tie n s
Q u i d e n o t o ie n t v ic e o u v e r tu h o n n e ste
P a r u n g o ise a u , u n g p o isso n , u n e b este,
A i n s i a y f a ic t, affin q u e l ’ceil ch o isisse
V e rtu t a n t b e lle e t d e la is s e le v ic e .40
319
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
d e los elem e n to s p u e d e se r s e p a ra d o d e lo s d e m á s, n in g u
n o tie n e u n a d efin ic ió n fu e ra d el c o n ju n to . E l e m b le m a es el
to d o , la co n fe c c ió n d e la p á g in a m ism a, la c o n fig u ra c ió n o la
d isp o sic ió n , la re u n ió n d e d iv ersas p ieza s: el e m b le m a n o r e
sid e jam ás en u n ú n ic o signo, es la a rtic u la c ió n d e d o s o v a
rio s grafism os, el c o n ju n to d e v ario s g ra fism o s.41
1 2 . LA M A R C A D E I M P R E N T A
320
BMBLBMATVM LIBELLVS*
321
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
Su fu n c ió n ec o n ó m ic a es vital: al a p a re c e r r e p e tid a e n t o
d o s los lib ro s salid o s d e u n taller, a se g u ra al im p r e s o r u n a
v en taja co m e rc ia l o p u b lic ita ria en el m e rc a d o . Es. u n sig n o
d istin tiv o , u n a firm a, ta n to m ás c u a n to q u e a p a re c e e n la p á
g in a d e l títu lo , re p ro d u c id a ta m b ié n s ig u ie n d o el m is m o m o
d elo en to d a s las o b ra s d el im p reso r. R e s u m ie n d o , s u e s ta tu
to es típ ic a m e n te el d e u n a m a rc a d e fá b ric a y s u fu n c ió n en
el co m e rc io está, to d a v ía h o y en d ía, g a r a n tiz a d a p o r la c u
b ie rta d el lib ro , d ife re n te p a ra c a d a e d ito ria l y r e p r e s e n ta ti
va d e d e te rm in a d o p r o d u c to d e cuya c a lid a d se h a c e fia d o ra .
D o s clases d e signos e sta b a n a d is p o s ic ió n in ic ia lm e n te d e
los im p reso re s, e n tre los q u e eleg ir p a r a e s ta b le c e r su m a rc a ,
d o s signos m edievales p o r lo q u e re s p e c ta a su o rig e n , y h a
b itu a lm e n te d e stin a d o s a esos usos.
E l p rim e ro es la m a rc a d e c o m e rc io q u e el c o m e r c ia n
te e stam p a b a so b re el m a te ria l n e c e s a rio p a r a s u tra b a jo , y
q u e d eb ía serle d ev u e lto p o r el c lie n te d e s p u é s d e su u so
(lo q u e se llam a h o y en d ía la co n sig n a ). E s u n a g ra fía , le tra ,
inicial, cifra o m a tríc u la , u n a m a rc a d e r e c o n o c im ie n to , sin
vocación p u b lic ita ria . F ig u ra b a p r in c ip a lm e n te s o b r e lo s r e
cipientes: el lib ro , co m o o b je to q u e d is p o n e d e la e tiq u e ta
d e u n títu lo y el in v e n ta rio d e u n ín d ic e , p u e d e s e r c o n s id e
ra d o com o tal. P e ro co m o a lo s p rim e ro s im p re s o re s le s p a
recía q u e el m o d elo d el sello e ra d e m a s ia d o v u lg a r p a r a el li
b ro , lo d ese ch aro n . P re firie ro n u n sig n o m á s n o b le q u e ta m
b ié n existía: el e sc u d o o el b la só n . U n b la s ó n sirv ió d e m a rc a
a los p rim e ro s lib ro s.
P e ro m uy p ro n to , a n tes d e te rm in a r el siglo x v , lo s im p r e
so res, q u e a sp ira b a n a p a r tic ip a r d el R e n a c im ie n to , a b a n d o
n a ro n el b lasó n , p u e s re c o rd a b a d e m a s ia d o a la E d a d M e
dia. L o s u b stitu y e ro n p o r o tro signo, u n sig n o in ta c h a b le y
sin p a s a d o q u e satisfacía las ex ig en c ias d e l n u e v o e s p ír itu , ya
q u e carecía d e aso ciacio n es in d ig n a s c o n la m a rc a d e c o m e r
cio o el b la só n g ó tico . E n el siglo x v i , la m a rc a d e im p r e n ta
se p re s e n ta d e m a n e ra siste m á tic a en fo rm a d e e m b le m a . E n
322
Gilíes Corrozet, H ecatom grapbie, París, Denys Janot, 1540 (b .n . Rés.
Z. 2598). Ilustración grabada en madera. Folio di verso: La imagen de
la temeridad.
323
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
la p rim e ra p á g in a d e l lib ro , el e m b le m a y el c a r á c te r se u n e n
en u n c o n ju n to in é d ito .
A ld o M a n u c io , im p re s o r v e n e c ia n o , u n o d e lo s q u e m ás
p a r tic ip a ro n e n los círc u lo s h u m a n is ta s y q u e , e n 1501, h a
b ía in tro d u c id o la cu rsiv a (im ita ció n d e u n a e s c r itu r a m a
n u s c rita d e la can cillería ro m a n a ), fu e u n o d e lo s p rim e ro s
q u e tu v o su p ro p io em b le m a (p. 331). A p a r tir d e 1502, sus
lib ro s a p a re c ie ro n co n el signo, q u e p r o n to se h iz o fa m o so ,
d el d elfín e n ro sc á n d o se e n to r n o a la c a ñ a d e u n an c la ; este
em b lem a, co m o era h a b itu a l, h a b ía sid o to m a d o d e l re v e r
so d e u n a m ed alla ro m a n a d e la é p o c a d e V e sp a sia n o . P e ro
¿q u é significado ten ía, q u é id e a e v o c a b a e s ta im a g e n ? D e h e
ch o, ser u n elem e n to ajen o n o es la ú n ic a c u a lid a d d e l e m b le
m a— a u n q u e ésa sea su etim o lo g ía — , ta m b ié n tie n e q u e se r
la re p re se n ta c ió n a p ro p ia d a d e u n a id e a , d e u n s e n tid o . Y
éste es p re c isa m e n te el caso d e l a n c la y el d e lfín d e A ld o M a
nucio: co n stitu y en u n e m b le m a p o r q u e se les p u e d e a so c ia r
u n lem a q u e sea su e q u iv a le n te , y p u e d a s u b s titu ir lo . E ra s-
m o a p o rta rá el lem a.43
O tra m arca d e im p re s o r q u e ilu s tra p e r f e c ta m e n te el d e
sarrollo em b lem ático es la d e G ilíes C o rro z e t, a u to r d e la
Hecatomgraphie y d e o tra co le c c ió n d e e m b le m a s d e la q u e
trata rem o s, los Simuladores et Historiées Faces de la Morí.
E ste eligió com o m arc a, h a c ie n d o u n ju e g o d e p a la b r a s c o n
su p ro p io n o m b re — cor-rozé— , u n a m a n o e x te n d id a c o n u n
co razó n y u n a ro sa a b ie rta en el m e d io , y la s u b ra y ó c o n e ste
lem a: In corde prudentis revivescit sapientia,44 E s ta d is p o s i
ció n artificial m u e stra p e rfe c ta m e n te la c o n fig u ra c ió n e s p e
cífica d el em b lem a, la eq u iv a le n c ia d e la im a g e n c o m o sig n o
d e to d a u n a p ro p o sic ió n , d e u n a id e a .
324
EL ADAGI O
13. E L A D A G I O
325
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
326
EL ADAGI O
327
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
328
EL ADAGIO
d ó n a le s , o m e jo r a u n , p o rq u e lo son p u e d e n an u d a rse m ás
e s tre c h a m e n te to d a v ía : el adagio es su scep tib le de h a c e r las
veces d e d iv isa, d e id e n tificarse con u n a divisa. P o r lo dem ás,
éste es el ca so m ás fre c u e n te , q u e la divisa sea u n adagio, y
dictum es s u n o m b r e h a b itu a l. L as dos parejas se fusionan,
to d o s lo s té rm in o s se e n c a d e n a n , y fo rm an u n a serie de p r o
d u c c ió n d e signos:
Emblema / Divisa
<
Adagio / Cita
329
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
d el ad ag io . E ra sm o n o se e n tre g a a u n a le c tu r a o u n a in te r
p re ta c ió n d e la m a rc a d e su im p re so r, n o d ic e q u e e sa m a r
ca significa festina lente, o m ás b ie n q u e sig n ifica ( r e p r e s e n
ta) la m ism a id e a q u e significa (re p re s e n ta ) a s u n iv e l (el d el
ad a g io y n o el d el em b lem a) festina lente. L o q u e d ic e es q u e
el e m b le m a a p ro p ia d o al ad a g io festina lente es el d e l a n c la
y el delfín: y al h a c erlo , lo in v e n ta , se lo e n c u e n tr a c o m o se
e n c u e n tra u n o b je to p e r d id o , ya q u e el e m b le m a es e n c a d a
o c a sió n o rig in al y n o re cae s o b re él n in g u n a p r o h ib ic ió n . E l
e m b lem a q u e conviene a u n a id e a s ie m p re es in v e n ta d o : es
u n a figura q u e se c o n stitu y e d e fo rm a in m e d ia ta , la ú ltim a
te n ta tiv a p a ra c rear u n siste m a d e sig n o s b ie n f u n d a d o . Y la
le c tu ra es tam b ién u n a in v e n c ió n d e e m b le m a s , to d o lo c o n
tra rio d e la lectio divina.*7
14. ERASM O Y H O L B E IN
330
ERASMIROTERO
D A M 1 A D A C I C S . V M C H I L I A D E S Q_V A
T V O R., C E N T V R . I A E Q . V E TOTE
DEM. Q.VIBVS E T IA M Q.VIN
T A A D D 1 T V R . t M-
P E R F E C T A .
331
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
332
E RAS MO Y H O L B E I N
333
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
334
ERAS MO Y H O L B E I N
335
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
336
ERASMO Y HOLBE IN
hacerle los honores. Sin duda todas estas expresiones son va
gas y casi sinónimas: denotan una gran confusión entre el tex
to y la imagen, como si fueran realmente inseparables, como
si no tuvieran existencia propia fuera de la configuración
emblemática. El «historiado rostro», en todo caso, contiene
las mismas connotaciones que el simulacro, no es más texto
de lo que es imagen. El rostro en realidad, en la lengua del
siglo xvi, es el ángulo, el lado que se ve de una cosa; por lo
tanto, en un sentido muy próximo al del simulacro, es una de
terminada perspectiva sobre la cosa, la muerte en este caso,
que no abarca ni agota la cosa, no la clausura: es una idea
general sobre la cosa. En la Lógica de Port-Royal, Arnauld
y Nicole darán como primer ejemplo y prototipo del signo,
el cuadro o la carta geográfica, que son los simulacros o las
perspectivas por antonomasia: el signo concebido como re
presentación es una ojeada, una proyección, una mirada, un
ángulo entre otros sobre la cosa, elegido para representarla.
La representación supone al observador ya que el signo no
es consubstancial a la cosa: sólo da una idea de ella. Por eso
el rostro es menos una calavera, aunque lo sea también, que
un punto de vista sobre la muerte, la idea de muerte invisi
ble, pero de la que «pueden extraerse algunos simulacros».
A costa de un anacronismo, el rostro evocaría el reverso de
la medalla o de la moneda, que tiene dos lados opuestos que
no pueden verse simultáneamente. Y la cara, el anverso de
la moneda, es precisamente el lado porta-emblema, aunque
en el siglo xvi ése todavía no sea su nombre.
¿Y el «rostro historiado»? En la Edad Media la «histo
ria» es una escena extraída de las Escrituras, de modo que es
un texto, pero un texto figurable: la cita bíblica sería la his
toria. «Historiar» un monumento, una iglesia, es decorarlo
con esas escenas, particularmente bajorrelieves. Así pues, no
es este sentido tradicional el que nos ayuda a comprender lo
que son los rostros historiados. Hay realmente una historia,
el versículo bíblico, o el epigrama. ¿Pero podemos decir que
337
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
15 . LA A N A M O R F O S I S
338
Melior efl mors qua'm
vita,
E C C L E. XXX
En peine ay ueículonguement
Tant que nay plus de uiure ehuie,
M ais bien ie croy certaínement,
Meílleure la Mort que la uie;
Hans Holbein, L es Sim uladores e historiées Faces de la M ort, Lyon, Mel-
chior et Gaspar Trechsel, 1538 ( b .N. Rés. Z. 1990). Figura grabada en ma
dera. Folio E 4 verso con figura: M elior est mors quam vita.
339
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
340
A L E G A C I Ó N Y CI TA
1 6 . A L E G A C IÓ N Y CITA
34i
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
e id eal, n a tu ra l y d iv in a, los d e sp la z a , lo s p r o y e c ta u n o s s o b re
o tro s, los h a c e a c tu a r y d esfilar a n te lo s o jo s h a s ta q u e la m i
ra d a se d e tie n e e n a lg u n a sem eja n za a c c id e n ta l, o q u e al m e
n o s n o se c o n sid e ra casual. E l e m b le m a (e n s e n tid o e stric to :
la m a rc a d e im p re n ta ) y la divisa, el a d a g io y la c ita (e n las c o
lecc io n es d e E ra sm o ), p ro d u c e n , c u a n d o la d iv isa es u n a d a
gio, u n d isp o sitiv o te rn a rio , e m b le m a -d iv isa = a d a g io -c ita ,
q u e e n c o n tra m o s en las co le c c io n e s d e e m b le m a s . P e r o la
c a d e n a n o se in te rru m p e aq u í. A su vez, u n a c ita p u e d e d a r
lu g a r a u n n u ev o re p a rto y ac tu a r, p a r a u n n u e v o e le m e n to ,
co m o u n em b lem a, es decir, d e s e m p e ñ a r el p a p e l d e e s te ú l
tim o co n rela ció n a la divisa, o d e l a d a g io c o n re la c ió n a la
cita. E ste n u ev o e lem e n to p o r el q u e la c ita se c o n v ie r te en
u n em b lem a es el te x to m ism o : u n a c ita tie n e u n v a lo r e m
b lem ático en u n te x to , el v a lo r d e o b je to e x tr a ñ o , d ife r e n te
en el espacio y en el tie m p o , y p u e s to e n p e r s p e c tiv a c o m o el
memento mori d e H o lb e in e n Los embajadores.
U n esquem a n o lo re flejaría m ejo r:
342
A L E G A C I Ó N Y CI TA
343
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
344
A L E G A C I Ó N Y CI TA
345
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
1 7 . LA T O R R E D E M O N T A I G N E
346
EL MEDALLÓN
18. EL M E D A L L Ó N
347
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
348
k
EL M E D A L L Ó N
349
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
350
NOMINALISMO
351
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
in d iv id u o (el su je to y su d e s e o ). P e r o e s te id e a l es in a c c e s ib le .
E n el c a p ítu lo « L a g lo ria» , M o n ta ig n e lo d e m u e s tr a a p a r tir
d e u n a te o ría d e l le n g u aje en la q u e a d o p ta u n a d e fin ic ió n
e s tric ta m e n te n o m in a lista d e la p a la b ra : « E x is te n el n o m b r e
y la cosa. E l n o m b re es u n so n id o q u e r e p r e s e n ta y sig n ifica
la cosa; el n o m b re n o es u n a p a r te d e la c o sa n i d e la s u s ta n
cia, es u n e le m e n to e x tra ñ o u n id o a la c o sa y e x te r io r a ella»
(11,16, p. 933). P o r c o n sig u ie n te , la p a la b r a es a r b itr a r ia , c o n
v en c io n a l, n o n ec esaria . N o e x iste n in g u n a se m e ja n z a , n in
g u n a analogía, e n tre el n o m b re y la co sa. L a p a la b r a m ism a
se c o n sid e ra u n a cosa m ás q u e u n sig n o d e p e n s a m ie n to , ta l
co m o se la c o n sid e ra rá e n la ló g ic a d e P o rt-R o y a l. E s ta es la
c o n c e p c ió n n o m in a lista h a b itu a l d e l le n g u a je , y M o n ta ig n e
la defien d e c o n tra el h u m a n is m o c o n te m p o r á n e o , d e a c u e r
d o , sin em b arg o , c o n R am u s, q u e ta m b ié n r e c o n o c ía el sig
n o y el significado. P o r o tra p a r te , A r n a u ld y L a n c e lo t le a ta
ca rán so b re este p u n to .
P e ro M o n taig n e va m ás lejos. S e g ú n él, el n o m in a lis m o n o
sólo afecta a la len g u a, sin o a to d o el d is c u rs o , n o só lo a la p a
lab ra , sino a to d o el e n u n c ia d o q u e la tip o g ra fía c o n trib u y e
a cosificar. L a m ism a re la c ió n in e s e n c ia l q u e u n e , o m á s b ie n
sep ara ra d ic alm en te, la p a la b r a y la co sa , se e n c u e n tr a e n tr e
el n o m b re y el in d iv id u o , e n tre el d is c u rs o (la r e p u ta c ió n , la
fam a, la gloria) y el sujeto: « N o p o s e o u n n o m b r e q u e se a lo
b a sta n te m ío. D e los q u e te n g o , u n o es c o m ú n a t o d a m i e s tir
p e , in clu so ta m b ié n a o tro s [ ...] E n c u a n to a m i o tr o n o m b r e ,
p e rte n e c e a c u a lq u ie ra q u e te n g a g a n a s d e to m a rlo . A sí, q u i
zá h o n ra ré a u n m ozo d e c u e rd a e n m í lu g a r. Y, a d e m á s , a u n
q u e d isp u sie ra d e u n a m a rc a p a r tic u la r p a r a m í, ¿ q u é p u e d e
m a rc a r c u a n d o yo ya n o esté? ¿ P u e d e d e s ig n a r y f a v o r e c e r la
in a n id a d ? » (11,16, p. 9 4 6 ).
P o r eso m ism o n o e x iste n o m b r e re a lm e n te p r o p i o y v e r í
d ico , y p o r eso ta m p o c o p o d r á h a b e r d is c u rs o v e r d a d e r o s o
b r e u n in d iv id u o . A h o ra b ie n , só lo el in d iv id u o c u e n ta , só lo
él ex iste, a p a r tir d el m o m e n to e n q u e d e ja d e s e r c o n s id e r a d o
352
NOMINALISMO
353
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
2 0 . EL VALOR F I D U C I A R I O D E L S I G N O
354
E L VALOR F I D UCI ARI O DEL SIGNO
355
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
21. CITAR A D IE S T R A Y S IN I E S T R A
60 H. Friedrich,Montaigne, op. cit., pp. 392 y ss.; J.-Y. Pouillon, Lire les
«Essais» de Montaigne, París, Maspero, 1970, pp. 19-25; M. Metschies, Zi-
tat und Zitierkunst in Montaignes «Essais», Ginebra-París, Droz-Minard,
1966.
356
CIT AR A DIESTRA Y SINIESTRA
357
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
n o se p riv a d e re c u r r ir a ella a d is c re c ió n . N o o b s ta n te , en
lu g a r d e se r lite ra l, la aleg a ció n se p r e s e n ta e n Los ensayos
co m o u n a p a rá fra sis en fra n c é s d e l te x to g rie g o o la tin o . P e r o
a p e s a r d e este d o b le d e s p la z a m ie n to es sin d u d a u n a a le g a
ció n, ya q u e v a a c o m p a ñ a d a s ie m p re d e l n o m b r e p r o p io d el
a u to r c itad o : « E s el e n te n d im ie n to , d e c ía E p ic a r m o , e l q u e
ve y el q u e oye» (i, 25, p . 193). P e r te n e c e ca si s ie m p r e al p r i
m e r e s tra to d el te x to . Sin e m b a rg o , M o n ta ig n e n ie g a q u e éste
te n g a u n p a p e l g en e rad o r. L o ú n ic o q u e h a c e , d ic e , « e s ro z a r
y pellizcar, p o r la cab eza o p o r lo s p ie s, a v e c e s a u n a u to r, a
veces a o tro [ . .. ] — en a b so lu to p a r a fo r m a r m is o p in io n e s ; sí
p a ra auxiliarlas, h a c e ya m u c h o fo rm a d a s , p a r a s e c u n d a rla s
y servirlas» (11,18, p . 1 0 0 4 ). D ic h o d e o tr o m o d o , su s a le g a
ciones n o tie n e n n a d a d e esen cial; n o e s tá n s u je ta s a la s c rí
ticas q u e él p ro fie re p o r o tro la d o : « ¿ Q u é d e c ir si p r e s to el
o íd o co n u n p o c o m ás d e a te n c ió n a lo s lib ro s d e s d e q u e a c e
ch o si p o d ré ra p iñ a r en ellos a lg u n a c o sa c o n la q u e a d o r n a r
o a p u n ta la r el m ío ?» (11,18, p . 1 0 0 4 ).
E n u n a sola o ca sió n , M o n ta ig n e a s u m e el v a lo r t r a d ic io
n al d e la alegación: «T en g o q u e e m b o z a r m i d e b ilid a d b a jo
estas g ran d es a u to rid a d e s » (11,10, p . 586). ¿ P e r o n o s e rá u n a
b u rla , ya q u e esta frase sigue in m e d ia ta m e n te a u n a c o n f e
sió n q u e p e rv ie rte su se n tid o ? M o n ta ig n e a c a b a d e r e c o n o
ce r q u e n o d a siem p re el n o m b re d e lo s a u to re s q u e c ita , c o n
el fin d e e n g a ñ a r a sus lecto re s: «S i tr a s p la n to a lg u n a ra z ó n ,
c o m p a ra c ió n y a rg u m e n to a m i so la r y lo s c o n f u n d o c o n lo s
m ío s, o c u lto e x p re sa m e n te el a u to r [ . .. ] Q u ie r o q u e le d e n
u n g o lp e a P lu ta rc o e n m i n a riz , y q u e e s c a r m ie n te n in ju
ria n d o a S éneca en m í» (11,10, p . 586). E l a r g u m e n to d e a u
to r id a d está p o r lo ta n to c o m p le ta m e n te in v e r tid o c u a n d o
M o n ta ig n e llega a u tiliza rlo ; sirve p a r a b u r la r s e d e lo s g r a n
d e s au to re s. Tal es, c o n d e n s a d a en u n a p o c a s fra s e s , la a m b i
g ü e d a d n e c e sa ria d e la aleg ació n en Los ensayos. P e r m ite u n
d o b le ju eg o , ya q u e es a la vez tra d ic io n a l (M o n ta ig n e s u p o
n e q u e sus le c to re s se a tie n e n a la tra d ic ió n ) y a n tia u to r ita -
358
C I T A R A D I ES TRA Y SINIESTRA
359 •
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
alegación, n o es u n a fo rm a p u ra . L a a le g a c ió n n o es e x c lu s i
v a m en te in d ic a tiv a , n i el p ré s ta m o e x c lu s iv a m e n te s im b ó li
co. S u v a lo r in d ic a tiv o es, p o r e je m p lo , c o m o u n s u p le m e n
to , el d el la tín e n la le n g u a vulgar. L o q u e s e ñ a la c o n el d e d o
es el m o n u m e n to d e u n a le n g u a q u e m u e r e y q u e , p o r sí sola,
im p lic a a u to rid a d , a u n q u e ése n i s iq u ie ra sea el c a so d e to d o
a u to r c o n c re to d e la A n tig ü e d a d .
P e ro eso n o es to d o . E l p ré s ta m o , a d e m á s o e n el fo n d o d e
sus fu n c io n e s sim b ó lica e in d ic a tiv a , es u n o d e e so s sig n o s
p asa je ro s d el siglo x v i . L a re la c ió n q u e m a n tie n e c o n el te x
to es la m ism a q u e tie n e la m a rc a d e im p r e n ta c o n la d iv isa, o
el adag io co n la cita. E s e m b le m a , sin q u e p a r a a firm a rlo sea
n e c e sa rio h a c e r v aler q u e en o c a sio n e s las p a la b r a s « e m b le
m a su p e rn u m e ra rio » lo d e sig n a n e n M o n ta ig n e . N o es ú til
n i legítim o su p o n e r q u e ad e m á s califica c u a lq u ie r o tr a co sa,
p o r ejem plo los Emblemata, q u e , d e a c u e rd o c o n s u p r im e r a
acepción, se refieren al tro z o a d ic io n a l d e u n m o s a ic o o d e
u n a m a rq u e tería. B aste c o n esto.
E n cu an to q u e em b lem ática , la ra z ó n d e l p r é s ta m o (ra z ó n
de ser, de figurar ju n to a Los ensayos) n o es n i n e c e s a ria n i i n
trínseca (el p ré sta m o n o c o n te n d ría p o r lo ta n to su p r o p ia ra-
tió). D e p e n d e d e u n e n c u e n tro f o r tu ito , d e u n a o c u r re n c ia
p erso n al (su ratio es lo p ro p io d e u n in d iv id u o , m á s q u e el p a
tro ním ico). E sta es la ra zó n p o r la q u e el p r é s ta m o c o m p r o
m e te a u n sujeto, el p ro p io M o n ta ig n e , A x, ya se a e n re la c ió n
co n A ¡ o con T . E ste p a re c e se r el caso d e to d a s las cita s d e
M o n taig n e, y d e su p ro p ia co n fesió n , c o m o re c o n o c e a m e n u
do: «M e g u sta m u c h o m ás to rc e r u n a h e rm o s a s e n te n c ia p a r a
u n irla a m í q u e rectificar m i ca m in o p a r a ir a b u s c a rla » (1,25,
p p . 223-224). Mí d esig n aría a q u í el su je to d e la e n u n c ia c ió n ,
lo m ism o q u e en esta o tra p e tic ió n d e p rin c ip io : « A lg u ie n p o
d ría d e c ir lo m ism o d e m í: q u e m e h e lim ita d o a q u í a c o m
p o n e r u n am asijo d e flores ajenas, sin a p o r ta r d e m i c o se c h a
o tra co sa q u e el h ilo p a ra atarlas. C ie rta m e n te , h e c o n c e d id o
a la o p in ió n p ú b lic a q u e esto s a d e re z o s p r e s ta d o s m e a c o m p a -
360
k
CITAR A DIESTRA Y SINIESTRA
361
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
q u e p u d ie ra n o s e r e v id e n te al le e rlo . Se tr a ta r ía , p o r d e c ir
lo así, d e re m o rd im ie n to s , c o m o este o tro : « N o h e e s ta b le c i
d o tra to c o n n in g ú n lib ro só lid o salvo P lu ta r c o y S é n e c a , d e
d o n d e saco ag u a co m o las D a n a id e s, lle n a n d o y d e r r a m a n d o
sin tre g u a . A ñ a d o a lg u n a co sa suya a e s te p a p e l; a m í m ism o ,
casi n a d a » (i, 25, p . 183). E n re su m e n , e n las cita s m á s q u e e n
n in g u n a o tra p a rte , M o n ta ig n e y su lib r o n o s e r ía n ta n in s e
p a ra b le s y es n e c e sa rio q u e el le c to r— é s te es el s e n tid o d e lo s
a ñ a d id o s p o stu m o s— esté c o n v e n c id o d e ello .
M o n ta ig n e d ese a q u e se le c o n f u n d a c o n su lib r o . P e r o , a
p e s a r d e las in sc rip c io n e s q u e te n ía e n s u to r r e , a p e s a r d e la
m e d a lla a c u ñ a d a c o n su d istin tiv o , a p e s a r d e l e v id e n te v a lo r
em b le m á tic o d e sus a p o stilla s, n ie g a q u e la c ita , e n Los ensa
yos, le im p liq u e, n ie g a q u e sea u n a re la c ió n e n tr e é l m ism o ,
su jeto d e la e n u n c ia c ió n , y el siste m a a je n o q u e in c o r p o r a a
su te x to , d ic h o d e o tro m o d o : q u e te n g a v a lo r d e icono, se
g ú n n u e s tra tip o lo g ía. C o m o su b ra y a a m e n u d o , la s c ita s, las
referen cias, so n p re c is a m e n te a q u e llo q u e d e s u lib r o s ie n te
m en o s p eg a d o a la p iel, a q u e llo d e lo q u e e s tá a u s e n te . S ería
e rró n e o id e n tificarle co n ellas, p u e s to q u e n o la s h a c e suyas.
N o están u n id a s a él, n o d e s c u b re n n a d a d e s u c o n c ie n c ia n i
d e su juicio; n o so n e m b le m a s, in sig n ia s o ic o n o s d e l s u je to ,
sino ú n ic a m e n te a d o rn o s d e l lib ro . S e rá n lo s ú n ic o s e le m e n
to s q u e n o re p re s e n ta rá n a M o n ta ig n e .
E n el n ú c le o d e Los ensayos e n c o n tr a m o s e s ta c o n tr a d ic
ció n e n tre la em e rg e n c ia d e l su je to , m a n ifie sta , to ta l, y r e c o
n o c id a p o r M o n ta ig n e co m o a q u e llo q u e s in g u la riz a su o b ra ,
y el d e sm e n tid o d e la p a rtic ip a c ió n , d e la p r e s e n c ia d e e se s u
je to e n a q u e llo q u e p o d ría p a s a r p o r u n a c a r a c te r ís tic a m e
n o r d e la e sc ritu ra , la cita. C u rio s a m e n te , M o n ta ig n e se n ie
g a a re c o n o c e r la p a te r n id a d d e sus citas. D e n u n c ia s u v a lo r
in d ic a tiv o y p ra c tic a o tro , e m b le m á tic o o ic ó n ic o , p e r o n o se
d e c id e jam ás a a d m itir la cita, n i a tr a ta r la c o m o ta l. Y e n e s ta
d is ta n c ia e n tre la p rá c tic a d e M o n ta ig n e y su d is c u r s o s o b r e
ella, se d e sp lie g a el e sp a c io d e u n ju e g o q u e d e s a p r u e b a la
362
CITAR A DIESTRA Y SINIESTRA
363
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
d o s c o m p le ta m e n te a u tó n o m o s , lib re s d e t o d a te n s ió n d ia-
cró n ic a , p r o d u c to d e la c a s u a lid a d o d e la s im p le su c e sió n .
E n to n c e s, esos a ñ a d id o s, esas « a d ic io n e s q u e n o c o n d e
n a n la p rim e ra fo rm a » ( m , 9 ,p p . 1436-1437), es d e c ir el ju i
cio, ¿ p o r q u é n o o m itirlo s si n o re p r e s e n ta n al s u je to n i tie
n e n n in g ú n o tro v alo r? ¿ P o r q u é s e g u ir c ita n d o si n o tie n e
se n tid o h a c e rlo ? C ito — ésta se ría la le c c ió n d e la s d e c la r a
cio n es c o n tra d ic to ria s d e M o n ta ig n e — p o r q u e n o p u e d o d e
ja r d e h a c e rlo , p o rq u e h ay e n m í u n a c o m p u ls ió n in q u e b r a n
ta b le d e cita d e la q u e n a d a , n in g ú n ra z o n a m ie n to , n in g u n a
ló g ica, m e h a c e desistir. L as a p o stilla s s e ría n r e m o r d im ie n
to s o e n tu siasm o s, an a m n e sis, h u e lla s p r o f u n d a s (ta l v ez in
co n sc ie n tes) q u e e stá n o b lig a d a s a r e to r n a r al d is c u rs o a p e
sa r d el su jeto , p o rq u e so n lo s v e stig io s d e su h is to r ia , d e su
b io g ra fía y d e su b ib lio g ra fía . R asg o s to d o s e llo s q u e d e fin i
ría n el e m b lem a en su re s u rg im ie n to in s u r r e c c io n a l, ese sig
n o d e las ép o c as re v u e lta s, e s p o n tá n e o , sin f u n d a m e n to n i
ju stificación te ó ric a o m e ta físic a . D e n u n c ia el in d ic io p e r o
sin volver al sím b o lo q u e ta l vez n o h a e x is tid o n u n c a , a u n
q u e n o asum e to d a v ía el e s ta tu to d e ic o n o q u e p r o n t o le se rá
im p u esto . L a cita e m b le m á tic a p o n e e n c o m u n ic a c ió n d o s
sistem as, 5 y Sz, P lu ta rc o y M o n ta ig n e , S é n e c a y M o n ta ig n e ,
com o si fu esen vasos c o m u n ic a n te s , sin q u e lo s relata (su je to
o te x to , en u n c ia c ió n o e n u n c ia d o ) se a n a s ig n a b le s a u n la d o
u o tro : la re la ció n sig u e sie n d o h e te r o g é n e a , fu g a z , in flu i
d a co m o está p o r la m o v ilid a d d e l te x to , esa fu g a d e l s u je to
q u e d e te n d rá la lla m a d a é p o c a c lásic a e n F ra n c ia . L a c ita d e
M o n ta ig n e llen a la casilla q u e p e r m a n e c ía v irg e n , sin n o m b r e
en la tip o lo g ía p ro p u e s ta , la d e la re la c ió n in d iv is ib le S-Sz.
Z 2. T R A S T O R N O S D E LA M E M O R I A
M o n ta ig n e se q u e ja a m e n u d o d e s u m a la m e m o ria : « C a r e z
co d e la m e n o r re te n tiv a » (11,10, p . 585). É s ta es la ra z ó n p o r
364
T R A S T O R N O S D E LA M E M O R I A
la q u e in v o c a , a m a n e r a d e e x c u sa , su p a to lo g ía , p a r a e x p li
ca r q u e su s p r é s ta m o s n o le a fe c ta n . R e sb a la n s o b re él sin d e
ja r h u e lla , p a s a n a s u te x to sin q u e él lo s re c u e rd e ; so n n o ta s
d e le c tu r a e s c rita s e n e l m o m e n to al m a rg e n d e Los ensayos:
« P e ro te n g o u n a m e m o ria q u e es in c a p a z d e c o n s e rv a r d u
ra n te tr e s d ía s la m u n ic ió n q u e h e p u e s to b a jo su c u s to d ia »
( n , i o , p . 585, n . 2), a ñ a d e M o n ta ig n e .
L a q u e ja , n o o b s ta n te , es e q u ív o c a , c o m o u n a excusatio
vulpina. A u lo G e lio , q u e c o n fe s a b a p a d e c e r la m ism a d e fi
cien cia, la r e m e d ia b a r e u n ie n d o c o n tin u a m e n te sus re c u e r
d o s d e le c tu r a s y c o n v e rs a c io n e s a m o d o d e ap o y o s (subsi-
des) q u e « g u a r d a b a p a r a re f o r z a r m i m e m o ria co m o si d e ali
m e n to lite r a r io se tr a t a r a \litterarum penus], d e m a n e ra q u e,
lle g a d o e l m o m e n to d e h a c e r u s o d e u n h e c h o o d e u n d ic h o
q u e d e r e p e n t e se m e h u b ie r a o lv id a d o y m e fa lta ra n lo s li
b ro s d e d o n d e Ib h a b ía to m a d o , fá c ilm e n te p u d ie ra e n c o n
tra rlo y e c h a r m a n o d e é l» .62 P e r o a M o n ta ig n e n o le in te re
sa e sto . P u e s t o q u e él r e c la m a la lib e r ta d e n su e s c ritu ra en
re la c ió n c o n e l c o n ju n to d e lo s te x to s q u e ya e x iste n , su fa lta
d e m e m o r ia e s b e n e fic io s a . S u p o s ic ió n p a r e c e m ás b ie n u n a
d e fe n sa , u n r e p lie g u e , es d e c ir, u n a p o s ic ió n d e a ta q u e c o n tra
el ars memorandi, la p ie z a cla v e d e la e n s e ñ a n z a m ed iev a l a
q u e h a b ía q u e d a d o r e d u c id o lo q u e h a b ía sid o el ars bene di-
cendi d e la A n tig ü e d a d . L a a u s e n c ia d e m e m o ria tie n e co m o
c o ro la rio la s a lv a c ió n d e M o n ta ig n e , su d e n u n c ia d e la e sc o
lástica: « S a b e r d e m e m o r ia n o es sa b e r; es p o s e e r lo q u e se
h a g u a r d a d o e n e s ta fa c u lta d . C u a n d o sa b e m o s algo c a b a l
m e n te , d is p o n e m o s d e e llo sin m ira r el m o d e lo , sin v o lv er la
v ista h a c ia e l lib r o . ¡ Q u é e n o jo s a c a p a c id a d la q u e es m e ra
m e n te lib r e s c a ! » (1, 25, p . 193).
La falta de memoria en Montaigne y su condena por par
te de Ramus son del todo afines. Ramus atacaba, protestaba
365
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
366
23. ATARDECERES PER IG O RD IN O S
367
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
368
ATARDECERES PERIGORDINOS
369
2 4 - ¡YA N O J U E G O !
69 Véase M. Foucault, Las palabras y las cosas, op. cit., pp. 83-86.
370
¡YA N O J U E G O !
371
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
cía sólo en im a g e n , n i e r a su je to , n i e s ta b a s u je to a l le n g u a je .
P e ro éste ya n o es el caso— ¿ a caso lo f u e a lg u n a v e z ? — y
la p o sic ió n d e M o n ta ig n e es e m in e n te m e n te a m b ig u a , c o m o
si él n o s u p ie ra lo q u e q u e ría , o n o q u isie se s a b e rlo , p e r o s o
b r e to d o co m o si n o q u isie ra q u e n a d ie e s tu v ie r a e n c o n d i
cio n es d e e c h a rle e n c a ra lo q u e d e c ía y le p id ie r a q u e r in
d ie ra cu e n ta s: «L as h isto ria s q u e to m o p r e s ta d a s la s tr a n s
m ito seg ú n la c o n c ie n c ia d e a q u e llo s d e q u ie n e s las to m o »
(i, 20, p . 123). A sí a c a b a b a , e n la e d ic ió n d e 1580, e l c a p ítu
lo « L a fu e rz a d e la im a g in a c ió n » . P e r o e n la s e g u n d a v e r
sión, M o n ta ig n e a ñ a d e esta p re c is ió n : « L o s r a z o n a m ie n to s
so n m íos [ ...] C a d a cu a l p u e d e a ñ a d ir su s e je m p lo s » {id.).
Y el e jem p lar d e B u rd e o s in c lu y e e n e s te p a s a je u n a e x te n
sa ap o stilla d e m ás d e u n a p á g in a . S u rg e d e la c o n tr a d ic c ió n
e n tre los dos e stra to s p re c e d e n te s y ro m p e su e q u ilib rio : «Si
n o soy b u e n o c o m p a ra n d o ca so s, q u e lo h a g a o tr o p o r m í»
{id.). L os ejem plos n o so n m ío s, a d v e rtía el p r im e r te x to ; el
d iscu rso , el « h ilo » es m ío , c a d a c u a l es lib r e d e in s e r ta r sus
p ro p io s ejem plos, a d m itía el s e g u n d o te x to . P e r o el ú ltim o
a ñ a d id o re to m a to d o eso: «S i n o soy b u e n o c o m p a r a n d o c a
s o s ...» (si m i c o m e n ta rio n o es s a tis fa c to rio , q u e e l le c to r lo
su b stitu y a p o r el suyo) « ... q u e lo h a g a o tr o p o r m í» . ¿ Q u é
q u e d a en este caso q u e sea v e r d a d e r a m e n te d e M o n ta ig n e
y q u e se so sten g a, si lo s eje m p lo s y el d is c u rs o s o n ta n c o n tin
g en tes y m o d ificab les? E v id e n te m e n te , n a d a , « p u e s e l e s c ri
to r sólo h a d e r e n d ir c u e n ta s d e u n a v e r d a d to m a d a e n p r é s
ta m o » {ibid., p. 124).
Sin embargo, Montaigne sólo es tan sensible al préstamo y
al robo, y tan desconfiado con respecto a los hacedores de li
bros, porque teme en todo momento que lo influyan y tomar
las ideas de otro precisamente cuando cree estar hablando
por sí mismo. Apartarse délos pensamientos ajenos, estigma
tizar todas las creencias, eso permitiría escapar a cualquier
transmisión de pensamiento: «¿Cómo pueden [los teólogos
y los filósofos que escriben la historia] empeñar su palabra
372
¡YA N O J U E G O !
b ajo u n a p a la b r a p o p u la r ? ¿ C ó m o av a la r lo s p e n s a m ie n to s
d e p e r s o n a s d e s c o n o c id a s , y a d m itir c o m o d in e ro c o n ta n
te sus c o n je tu r a s ? R e h u s a ría n a te stig u a r, ju ra m e n ta d o s p o r
el ju ez, s o b r e a c c io n e s c o m p le ja s o c u r rid a s e n su p re s e n c ia .
Y n o tie n e n a n a d ie ta n ín tim o q u e o se n r e s p o n d e r p le n a
m e n te d e su s in te n c io n e s » {id,.). U n a vez m ás a p a re c e la m e
tá fo ra d e l d in e r o , d e la fe; u n a vez m ás, la n o sta lg ia d e u n a
g a ra n tía d e l v a lo r d e lo s sig n o s. P e r o yo, q u e m e to m o p o r
la m a te r ia d e m i lib r o , q u e a c e p to e s ta r d iv id id o — «Y o a h o
ra y yo h a c e u n m o m e n to so m o s d o s» ( i i i , 9, p. 1437)— , n o
d e b e ré n a d a a n a d ie , n o e s ta r é b a jo la in flu e n c ia d e n i n g ú n
d is c u rs o p r e v io y e v ita r é a d e m á s la lo c u ra .
Se t r a t a d e u n a te n ta tiv a a n g u s tio s a y casi d e se sp e ra d a d e
te n e rlo t o d o e n c u e n ta : e s to es m ío , e sto es tu y o ; re c o n o z c o
lo tu y o , p e r o lo m ío es m ío . S in e m b a rg o , M o n ta ig n e n o se lo
cre e r e a lm e n te , c o m o n o se c r e e ta n ta s o tra s cosas. T o d o se
m ezcla, to d o e s tá b o r r o s o . N o h a y n i re p e tic ió n p ro p ia n i o ri
g in a lid a d p u r a ; n o h a y u n a d ife r e n c ia e se n c ia l e n tre la ale
g ac ió n , el p r é s ta m o y e l re s to . T o d o d is c u rs o es « e sta im p li
ca c ió n y e s te le n g u a je e n tr e la z a d o » (111,8, p . 13 8 4), y « N o h a
cem o s s in o g lo s a r n o s lo s u n o s a lo s o tro s » (111,13, p . 1596).
P e ro e n la in te r lo c u c ió n , e n el in te r c a m b io c o n sus efecto s d e
re b o te , le v a n ta r e l d e d o e n m ita d d e l ju e g o significa ta m b ié n
d e s d r a m a tiz a r e l a s u n to y c o n s e rv a r la so n risa.
A h o r a b ie n e l ju e g o só lo es p o s ib le p o r q u e el a u to r n o in
te rv ie n e , y M o n ta ig n e n o se c o n s id e r a a sí m ism o , n i m ás n i
m e n o s q u e lo s d e m á s a p e s a r d e su s d u d a s y su s o b se sio n e s,
c o m o e l r e s p o n s a b le , el g a r a n te , el m o d e lo , c o m o su je to u n i
fic a d o , d e la a c e p ta b ilid a d d e s u te x to . E n Los ensayos, el yo
n o r e m ite a u n s u je to c o n s ta n te y fijo, el a u to r. E s d iv e rso ,
h e te r o g é n e o , p lu r a l, h a y ta n to s p e rs o n a je s d ife re n te s c o m o
frases e n e l li b r o , o m á s a u n , si el s u je to d e la e n u n c ia c ió n
v a ría e n e l t r a n s c u r s o d e u n a fra se , d e sp la z a la p e rs p e c tiv a ,
p o r e je m p lo al t o m a r p r e s ta d a la p a la b r a e in s e rta r u n e m b le
m a. Y e s te s u je to m ú ltip le , e s te p o líg ra fo c a d a u n a d e cuyas
373
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
en u n c ia c io n e s r e s p o n d e a u n p a p e l d ife r e n te , h u y e , im p e n e
tra b le , in c o m p re n sib le , p o r lo s d e s fila d e ro s d e la e s c ritu r a .
H a b ría b a s ta d o u n a ley q u e re z a ra q u e : « T o d o a u t o r es re s
p o n s a b le d e c u a lq u ie r e n u n c ia c ió n su y a, y a se a o rig in a l o d e
se g u n d a m a n o » p a r a q u e Los ensayos n o h u b ie r a n s id o p o
sibles. L a lla m a d a é p o c a clásica e n F r a n c ia p r o m u lg a r á esta
ley q u e h a c e in im ita b le la o b r a d e M o n ta ig n e . D e s d e e n to n
ces to d a c ita n o p u e d e e v ita r a c tu a liz a r al m e n o s u n o d e sus
v alo re s d e re p e tic ió n , u n a re la c ió n d e la q u e u n o d e su s rela
ta es el citad o r, A z, el su je to d e la r e p e tic ió n .
T an co m p leja es la a c titu d d e M o n ta ig n e r e s p e c to a su s c i
tas, p o r n o h a b la r d e su f u n c io n a m ie n to e fe c tiv o e n Los ensa
yos, q u e el le c to r c o n te m p o rá n e o sig u e sin s a b e r c ó m o to m á r
selas. E va M a rc u , en su Répertoire des idées de Montaigne,7°
u n d ic c io n a rio d e citas de Los ensayos c la sific a d a s p o r te m a s,
escrib e, en lo q u e h a c e las v eces d e in tr o d u c c ió n m e to d o ló g i
ca a la o b ra : «L os v erso s y lo s e je m p lo s lib re s c o s se h a n o m iti
d o en p rin c ip io , c o n s id e ra n d o q u e n o fo r m a n p a r te , p r o p i a
m e n te h a b la n d o , d el p e n s a m ie n to d e M o n ta ig n e . S in e m b a r
go, h em o s te n id o q u e in c lu irlo s c a d a v ez q u e f o r m a b a n p a r te
d e sus frases, o c u a n d o el a u to r se re fie re a e llo s e x p r e s a m e n
te». L o q u e eq u iv ale a re c o n o c e r u n a a u s e n c ia to ta l d e m é to
d o y la co n sta ta c ió n d e u n fra c a so , y a q u e to d o el p r o b le m a
d e M o n taig n e y d e sus le c to re s es p r e c is a m e n te s a b e r si su s
id eas y su p e n sa m ie n to le p e r te n e c e n . E s im p o s ib le s e g u irle
las h u ellas a M o n ta ig n e a tra v é s d e su e s c ritu r a , d e s c u b r ir lo
q u e es p ro p io d e M o n ta ig n e . Los ensayos, o b te n id o s p o r u n
p ro c e s o d e u rd im b re , d e s a lie n ta n y v u e lv e n ilu s o rio e l i n t e n
to d e ra s tre a r p a r a a tra p a r a su a u to r.
C o n la in a u g u ra c ió n , e n el siglo s ig u ie n te , d e u n a m o d a
lid a d d e la e s c ritu ra d e la q u e el a u to r, s u je to s in g u la r y a u
tó n o m o , ya n o av a ta r d e u n lin a je o u n a tr a d ic ió n , f o r m a r á
p a r te d e p le n o d e re c h o , la cita a c tu a liz a rá n e c e s a r ia m e n te to - 70
374
M O N T A I G N E EN EL BANQUILLO
25. M O N T A IG N E E N EL BANQUILLO
71 Pascal, 'P en sam ien tos, ed. Brunschvicg, 62, 63, 64, 65; A. Arnauld y
P. Nicole, L a lógica o e l a rte d e pensar, op. cit., tercera parte, cap. XX, «Sobre
los razonamientos incorrectos que se realizan en la vida civil y en los discur
sos ordinarios», p. 359; Malebranche, A cerca d e la investigación d e la ver
dad, op. c it., libro 11,3.“ parte, capítulo V, «Del libro de Montaigne», p. 267.
375
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
b ien so b re to d o , c o m o d e b e ser, fu e e n p r in c ip io y p o r p r in
cip io u n a a c u sa c ió n d e fa lse d a d . P e r o lo s té r m in o s d e l p r o
ceso n o so n los m ism o s d e P a sc a l a M a le b r a n c h e . Se a rg u
m e n ta y se in stru y e p o c o a p o c o , y se ra d ic a liz a .
P a sc a l c o n d e n a la c o n fu sió n d e Los ensayos y, p o r e n c im a
d e to d o , q u e M o n ta ig n e h a b le e n ello s d e m a s ia d o d e sí m is
m o: « ¡E s tú p id o su p ro y e c to d e p in ta r s e a sí m is m o ! , y ello
n o d e p a sa d a y c o n tra sus m á x im a s, d e s f a lle c im ie n to s q u e
p u e d e n a c o n te c e r a c u a lq u ie ra , sin o p o r su s p r o p ia s m á x i
m as y en v irtu d d e u n in te n to p r im e r o y p r in c ip a l» .7* S e n te n
cias y cu lto del yo v an ya a la par. P e r o P a s c a l tie n e o tr o s r e
p ro c h e s, m ás esenciales, q u e h a c e r a M o n ta ig n e , e n c o n c re
to c o n tra «sus sen tim ie n to s c o m p le ta m e n te p a g a n o s s o b re la
m u e rte » .71*73 N o c o n d e n a , sin e m b a rg o , a M o n ta ig n e , n o llam a
vicio a su « e stú p id o p ro y e c to » y a d m ite q u e h u b ie r a p o d id o
e n m en d a rse fá cilm en te: « L o q u e M o n ta ig n e tie n e d e b u e n o
n o p u e d e ser a d q u irid o sin o c o n d ific u lta d . L o q u e tie n e d e
m alo, al m arg e n d e las c o s tu m b re s , p u e d e s e r c o r r e g id o en
u n m o m en to , si se le h u b ie r a a d v e rtid o q u e c o m p o n ía d e m a
siadas h isto rias y q u e h a b la b a d e m a s ia d o d e sí m is m o » .74P a s
cal sien te b a s ta n te a d m ira c ió n p o r la m a n e r a d e e s c r ib ir d e
M o n taig n e, p o r M o n ta ig n e « al m a rg e n d e la s c o s tu m b re s » ,
p o r el escritor, es decir, p o r el su je to o n to ló g ic o .7576L e rin d e
h o m en aje y c o m p a ra su p r o p io e stilo c o n e l d e M o n ta ig n e :
« L a m a n e ra d e e sc rib ir d e E p íc te to , d e M o n ta ig n e y d e S a
lo m ó n d e T ultie es la m ás u sa d a , la q u e m e jo r se in s in ú a , la
q u e p e rm a n e c e m ás en la m e m o ria y la q u e m á s se c ita » .715S a
lo m ó n d e T ultie es el a n a g ra m a d e u n p s e u d ó n im o d e P a s-
376
I
i
M O N T A I G N E EN EL BAN QUILLO
377
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
378
M O N T A I G N E E N EL B A N Q U IL L O
379
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
380
M O N T A I G N E E N EL B A N Q U IL L O
89 «Sólo a las personas de una virtud eminente les está permitido ha
blar de sí mismas; únicamente a aquellas que testimonian por el modo en
que lo hacen, que si dan publicidad a sus buenas acciones es con el único
fin de inducir a los otros a alabar a Dios o con el de instruirles en el bien.
Si hacen públicas sus faltas, sólo es para humillarse ante los otros hombres
y para que éstos las eviten», La lógica o el arte de pensar, op. cit., p. 377.
90 Malebranche, Acerca de la investigación de la verdad, op. cit.,
pp. 269-270.
381
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
p a r a su v a n id a d d e c ir q u e n o h a e s c rito m á s q u e p a r a su s p a
rie n te s y am igos. P u e s si h u b ie r a s id o así, ¿ p o r q u é h a b r ía
h e c h o tre s im p re sio n e s d e l lib ro ? ¿ N o e r a s u f ic ie n te u n a so la
p a r a sus p a rie n te s y a m ig o s? » .91 M a le b r a n c h e n o le p a s a n i
u n a: to d a s las p re c a u c io n e s d e M o n ta ig n e s o n c o n s id e r a
d as n u la s y sin valor, in a c e p ta b le s . ¿ P o r q u é ? P o r q u e e l r e
fe re n te (d el su je to , d e la e s c ritu ra ) n o es ya e l m is m o . P o c o
im p o rta q u e M o n ta ig n e h ay a o n o c r e íd o s in c e r a m e n te q u e
p o d ía h a b la r d e sí m ism o d e s p u é s d e a lg u n a s p u n tu a liz a c io -
nes: p o rq u e él n o se to m a b a c o m o u n p a tr ó n , u n m o d e lo , u n
exemplum o u n a auctoritas, p o r q u e él se d e s p r e c ia b a e n el
fo n d o . «L os d em ás h a n o s a d o h a b la r d e sí m is m o s p o r q u e
les h a p a re c id o u n a s u n to d ig n o y ric o ; y o , e n c a m b io , p o r
q u e lo h e e n c o n tra d o ta n e s té r il y ta n p o b r e q u e n o p u e d e
su rg ir so sp ec h a a lg u n a d e o s te n ta c ió n » (i i , 18, p . 1 0 0 2 ). E s ta
h u m ild a d , fin g id a o re a l (ésa n o es la c u e s tió n ) , n o e n g a ñ a
a M a le b ra n c h e , p u e s n o la tie n e e n c u e n ta . E s tá c o m p le ta
m e n te p a sa d a d e m o d a y, p o r lo q u e c o n c ie r n e a su s d e t r a c t o
res del siglo x v n , M o n ta ig n e h a b r ía p o d i d o e v ita r la . E l r e
fe re n te to d a v ía vivo al q u e M o n ta ig n e in t e n t a b a e s c a p a r e ra
el g ra n h o m b re , la auctoritas q u e le o to r g a b a u n a id e n tid a d .
P a ra M a le b ra n c h e é ste ya n o e x is te y e l r e f e r e n te es c o m p le
ta m e n te d istin to : es el s u je to m ism o , n o im p o r ta q u é s u je to ,
su p ro p io re fe re n te . M o n ta ig n e d is c u tía la a u te n tif ic a c ió n
d el in d iv id u o b a s a d a en la tr a d ic ió n , e n lo q u e lo v in c u la b a
a lo u n iv ersa l d e la fa m ilia y d e la Ig le sia , o a la l e a lta d al p o
der. A h o ra b ie n , p a r a M a le b ra n c h e , lo m is m o q u e p a r a A r-
n a u ld y N ico le, n o h ay n in g u n a d u d a d e q u e s ó lo la f a c u lta d
d e m a n te n e r u n d isc u rso v e r d a d e r o s o b r e sí m is m o a u t e n t i
fica e n lo su cesiv o al su je to . M o n ta ig n e r e c h a z a b a la p r u e b a
y la g a ra n tía d e la tra d ic ió n p e r o n o c o n o c ía n in g u n a n u e v a .
P o r eso n o p o d ía h a c e r o tr a c o sa q u e h a b l a r s ie m p r e d e sí
m ism o , sin fre n o y sin d e sc a n so , sin q u e u n a s a n c ió n p u s ie s e
91 Ibid.yp. 270.
382
M O N T A I G N E E N EL B A N Q U IL L O
383
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
M ás allá d e M o n ta ig n e , d e P a s c a l a M a le b r a n c h e , se lu c h a
c o n tra el e m b le m a , ic o n o q u e n o o b e d e c e a re g la s, in su m iso ,
e x p re sió n e n el e n u n c ia d o d e l s u je to d e la e n u n c ia c ió n , le n
g u aje p riv a d o , id io tism o q u e d e p e n d e d e l e x c lu s iv o c a p ric h o
d e su in v e n to r, a p ro p ia c ió n sim p le y lib r e d e c u a lq u ie r re g la
y d e c u a lq u ie r có d ig o , a ta q u e a la ra z ó n y a la v e r d a d . D o m i
n a r el e m b le m a , significa e x ig ir al su je to q u e sa lg a fia d o r, q u e
a su m a su re sp o n sa b ilid a d , sig n ifica im p o n e r q u e to d a c ita o
fig ura, to d a im ag en c o n fu sa d e l su je to e n e l te x to se a c la rifi
c a d a co m o ic o n o y a su m id a c o m o tal. S e t r a t a d e u n a c o n d i
ció n n e c e sa ria p a ra q u e s o p o rte o tro s s e n tid o s , p o r e je m p lo
sim b ó lico s o in d icativ o s.
E l te m a so b re p a sa c o n m u c h o a M o n ta ig n e . M a le b ra n c h e ,
a p e sa r d e su rigor, su p o a p re c ia rlo y le re c o n o c ía a lg u n a s
cu alid ad es: «S us id eas so n falsas, p e r o b e lla s . S u s e x p r e s io
n es son irre g u la res o a tre v id a s, p e r o a g r a d a b le s . S u s d is c u r
sos están m al ra z o n a d o s, p e r o b ie n im a g in a d o s . E n t o d o su
lib ro se p e rc ib e u n c a rá c te r o rig in a l q u e c o m p la c e in fin ita
m en te; a u n q u e c o p ie m u c h o , n o s ie n te q u e se a u n p la g ia rio ,
y su im ag in ació n fu e rte y a u d a z d a s ie m p re e l t o n o d e o r i
ginales a las cosas q u e c o p ia » .9394P e r o h a b ía q u e s e n ta r e n el
b a n q u illo a M o n ta ig n e p o r q u e a lo q u e se a p u n ta a tra v é s d e
él es a la m o d a d e la c ita q u e se h a b ía e x te n d id o a p r in c ip io s
d el siglo x v n y q u e p e rv e rtía to d o s lo s d is c u rs o s , d e s d e el
p ú lp ito a los trib u n a le s. P ie r r e N ic o le se s u b le v a c o n tr a ella
en sus Instructions théologiques et morales sur l’oraison do
minicales y C la u d e F le u ry le d e d ic a to d o u n t r a ta d o , Si on
384
RESTABLECIMIENTO RETÓRICO
2 6 . R E S T A B L E C IM IE N T O RETÓRICO
385
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
c u rso se d e s a c re d ita b a ). P o r o tr a p a r te , se r e la c io n a b a n c o n
figuras d e p e n s a m ie n to m ás q u e c o n fig u ra s d e d ic c ió n , p o r
q u e n o e s ta b a n e s te re o tip a d a s o fe tic h iz a d a s , y n o se in te g r a
b a n e n u n m a n u a l c o m p a ra b le a u n d ic c io n a rio d e la le n g u a .
¿D e c u á n d o d a ta la e n tra d a d e la c ita e n e l ré g im e n r e tó r i
co? V o ltaire sitú a el té rm in o e n tre lo s n e o lo g is m o s d e s a g ra
d a b les d e su ép o c a. B ajo L u is X IV , d ic e , « se c ita b a a lo s a n
tig u o s, n o se hacían citas».97P e r o e n o tr a p a r te e v o c a la m e-
te d u ra d e p a ta d e u n o d e sus c o n te m p o r á n e o s , q u e se g u ía
c o n fu n d ie n d o el se n tid o e x a c to d e l v e r b o citar, y ju z g a ú til
p re cisar: « E x iste u n a d ife re n c ia n o ta b le e n t r e m e n c io n a r a
u n a u to r y c ita r a u n au to r. H a b la r d e u n a u to r, m e n c io n a r
lo , es d e c ir q u e vivió y e sc rib ió e n ta l é p o c a . C ita r lo es r e
p ro d u c ir u n o d e sus p asa je s» .98 ¿ D e s d e c u á n d o la c ita a p a r e
ce en los m an u ale s d e re tó ric a , c o n ese n o m b r e q u e d e sig n a
u n p ro c e so d iscu rsiv o c o n c re to , el d e fin id o p o r V o lta ire o,
según el su eñ o etim o ló g ic o d e C o n d illa c , « a tr a e r h a c ia u n o
lo q u e está fu e ra d e u n o » , y sin q u e sea n e c e s a r io a d iv in a rla
d etrá s d e tal o cu al c a te g o ría q u e d a c u e n ta d e u n o d e su s a s
p ec to s o d e u n o d e sus v alo re s? R a m u s y E r a s m o a b r ie r o n el
cam ino a esta p ro m o c ió n d e la cita.
R am us re d istrib u y ó las p a r te s tra d ic io n a le s d e la r e tó r ic a
se p a ra n d o la inventio y la dispositio, d e la elocutio y d e la pro-
mulgatio: las p rim e ra s tie n e n q u e v e r c o n la ratio y s o n o b je
to d e la lógica o d e la d ia lé c tic a , m ie n tra s q u e la s s e g u n d a s
tie n e n q u e v e r co n la oratio y fo r m a n la r e tó r ic a p r o p ia m e n
te d ic h a .99 R am us n o e sc rib ió él m is m o d e r e tó r ic a , se c o n -
386
RESTABLECIM IENTO RETÓRICO
387
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
dam). L a p re o c u p a c ió n m a y o r d e De copia es e n s e ñ a r có m o
a c u m u la r m a teria le s. E ra s m o re c o m ie n d a a lo s e s tu d ia n te s
en h u m a n id a d e s e s c rib ir c u a d e rn o s e n lo s q u e , c u a n d o le a n
co n la p lu m a e n la m a n o , d e b e rá n tr a n s c r ib ir y c la sific a r p o r
o rd e n alfa b é tic o p a la b ra s y citas, q u e r e c o r d a r á n y p o d r á n de
este m o d o re p r o d u c ir sin d ific u lta d . L o s Adages s o n el m o
d elo d e tales c o m p ilacio n es.
E ra sm o to m a p re s ta d a d e Q u in tilia n o la e x p r e s ió n copia
verborum ac rerum, p e ro im p rim ié n d o le u n f u e r te d e s p la z a
m ie n to d e v alo r o d e a c e n to . L a e x p r e s ió n fig u ra b a e n el li
b ro x d e las Instituciones oratorias, d e s p u é s d e l a n á lisis d e las
c u a tro g ra n d es p a rte s d e la r e tó r ic a (inventio, dispositio, elo-
cutio y compositio) y a n te s d e l e s tu d io d e la memoria y d e la
pronuntiatio. E n Q u in tilia n o , p u e s , la copia n o d e p e n d ía d e
n in g u n a d e las p a rte s d e la re tó ric a : la s c u a tr o p r im e r a s c o n
ciern en a la te o ría o al m é to d o , la s d o s ú ltim a s a la p rá c tic a
o a la acción. P e ro a u n q u e el m é to d o se a n e c e s a r io , es in s u
ficiente en la p rá c tic a , y p a r a p a s a r d e l u n o a la o tr a , Q u in ti
liano p la n te a u n d e te rm in a d o n ú m e r o d e c o n d ic io n e s s u b s i
diarias p e ro n ec esaria s d e l ars bene dicendi: « A l o r a d o r q u e
ya su p iere d is c u rrir y d is p o n e r las c o sa s y h u b i e r e e n te n d id o
tam b ién el m o d o d e e sc o g e r y c o lo c a r la s p a la b r a s [res inve-
nire et disponere sciet, verba quoque et eligendi et collocan-
di rationem perceperit\, le in s tru im o s d e q u é m a n e r a p o d r á
m ejo r y con m ay o r fa c ilid a d p o n e r e n e je c u c ió n lo q u e h a
a p re n d id o » ,,oz es d e c ir le e n s e ñ a rá c ó m o le e r, e s c rib ir , c o r r e
gir, m ed itar, im p ro v isar, p e r o s o b re to d o , y a n te to d o c ó m o
a d q u irir la copia. E l o ra d o r « d e b e p r o v e e r s e d e c ie r to c a u
d al, d el cu al p u e d a e c h a r m a n o s ie m p re y c u a n d o q u e lo h u
b ie re m en ester. E s te c a u d a l se c o m p o n e d e la a f lu e n c ia d e
c o n c e p to s y d e p a la b ra s [copia rerum ac verborum]».103 P e r o
a c to se g u id o Q u in tilia n o p re c isa q u e la s id e a s o lo s c o n c e p
to s {res) « so n p ro p io s d e c a d a a s u n to , o c o m u n e s a p o c o s » , 102
102 Quintiliano, In stitu ciones oratorias, X, op. cit., p. 444. 103 Id.
388
RESTABLECIMIENTO RETÓRICO
389
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
390
RESTABLECIMIENTO RETÓRICO
m o y M o n ta ig n e , al ra n g o d e c a te g o ría d e l d is c u rs o d e p le
n o d e r e c h o , s e rá e n tr o n iz a d a o fic ia lm e n te p o r lo s re tó ric o s
d el sig lo x v n . E n la Rhétorique ou l’Art de parler d e B er-
n a r d L am y, p e r te n e c e d e p le n o d e re c h o a los a d o rn o s e n tre
los q u e se la s itú a sin v ac ila r: « L o s a d o rn o s artificiales c o n
siste n e n lo s tr o p o s , e n las fig u ra s, en u n a d isp o sic ió n a r m o
n io sa d e la s p a la b r a s q u e c o m p o n e n el d iscu rso , en p e n s a
m ie n to s e s p ir itu a le s c o n c e b id o s e n té rm in o s ra ro s, e n a lu
sio n es y a p lic a c io n e s in g e n io sa s d e pasajes d e alg ú n a u to r
c é le b re » .107 L a s d o s ú ltim a s p a r te s d e la frase d a n p ru e b a d el
d e s liz a m ie n to d e s e n tid o d e la sententia d e sd e Q u in tilia n o
h a sta E ra s m o : d e p e n s a m ie n to e s p iritu a l q u e e ra en las Insti
tuciones oratorias se h a c o n v e rtid o en cita. Y la in te g ra ció n d e
ésta e n la r e tó r ic a v ie n e a c o m p a ñ a d a d e u n a d efin ició n d e su
fu n c ió n , p r e c is a m e n te la d e icono d e l a u to r: sus citas so n las
« h u e lla s d e s u e s p ír itu q u e b r illa e n su o b ra » ,108 d o n d e a p a re
ce u n a v e z m á s la im a g e n d e Q u in tilia n o q u e veía en las sen-
tentiae lo s o jo s d e la e lo c u e n c ia . P e r o n o h ay q u e a b u sa r d e
m a sia d o d e ellas; in m e d ia ta m e n te v u elv e a a p a re c e r la u rg e n
cia d e u n a c o d ific a c ió n d e su u so : « E n tr e lo s sab io s se estim a a
aq u e llo s q u e h a n le íd o m á s [ . .. ] L a a m b ic ió n q u e se tien e de
p a r e c e r s a b io , y d e h a c e r n o ta r la p r o p ia e ru d ic ió n , h ac e q u e
al h a b la r o al e s c r ib ir se c ite c o n tin u a m e n te a o tro s au to res,
a u n q u e s u a u t o r i d a d s ó lo v e n g a al caso p a r a h a c e r sa b e r q u e
se lo s h a le íd o y p a s a r p o r d o c to » .109M a le b ra n c h e re to m a rá el
r a z o n a m ie n to , p e r o sin ta n ta c o n s id e ra c ió n p o r los lecto res.
D e t o d a s e s ta s d e c la ra c io n e s c o in c id e n te s, las d e L am y y
las d e M a le b r a n c h e e n tr e o tra s , se d e s p r e n d e c o n c la rid a d
q u e , e n a d e la n te , e l v a lo r d o m in a n te d e la c ita será el d e ic o
n o , h a s ta e l p u n t o d e q u e su s o tro s v alo re s se p a sa n p o r alto .
L as c ita s s o n n e c e s a r ia s p a r a calific ar al su jeto (su « e sp íritu »
391
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
y n o in m e d ia ta m e n te su d is c u rs o ), p a r a m o s tr a r q u e h a le íd o ,
q u e sab e, es d ec ir, q u e tie n e d e r e c h o a to m a r la p a la b r a . P o r
eso B e rn a rd L a m y c o n c lu y e e ste c a p ítu lo d ic ie n d o : « N o c e n
su ro to d a s las citas [ ...] S ólo su e x c e so es c e n s u r a b le » .110 C i
ta r d e m a sia d o es c a e r e n la v a n id a d , m o s tr a r s e c o m o u n fa l
so sab io . L a c ita es u n a c u e stió n d e m e d id a : c o m o a r g u m e n
to p a r a h a b la r, d e s a c re d ita a q u ie n e s g rim e c o n tin u a m e n te
ese d e re c h o , co m o si e n re a lid a d n o lo tu v ie ra .
2 7 . EL E S C A R M IE N T O DE N A R C I S O
110Ibid., p . 2 9 6 .
392
EL E SC A R M IE N T O DE NARCISO
393
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
b re . L ejos d e se r re fu g io s o re tiro s , c o m o e n e l d is c u rs o t e o
lo g al, las citas so n esc en as e n las q u e e l s u je to se r e p r e s e n ta y
se e x h ib e . N o h a y n a d a m ás ín tim o e n e l lib r o q u e su s citas.
S egún M a le b ra n c h e , M o n ta ig n e fu e p o c o ra z o n a b le y d e s c o r
tés, y sus m ás sutile s n e g a c io n e s o a m b ig ü e d a d e s n o re m e d ia n
n a d a . T o d as sus citas so n ic o n o s c o n lo s q u e se e n g a la n a y se
p e ra lta , d e stin a d a s a re a lz a r la id e a q u e tie n e d e sí m ism o . E s
in c o n c e b ib le q u e e n tre n e n su te x to sin d e ja r h u e lla e n él al
m ism o tie m p o . M a le b ra n c h e e s c rib e ta m b ié n a p r o p ó s ito d e
a q u e llo s q u e él llam a los « c o m e n ta d o re s » , q u e n o s o n lo s a u
to re s d el d isc u rso te o lo g a l p a trís tic o , s in o su s c o n te m p o r á
n e o s q u e c o n sid e ra n la e ru d ic ió n y la c ita c o m o M o n ta ig n e lo
h a b ía h ec h o : « N o h a b la n ta n to p a r a h a c e rs e e n te n d e r y q u e
se e n tie n d a a su a u to r c u a n to p a r a q u e se le a d m ire y se les a d
m ire a ellos m ism os co n él [ ... ] A l te n e r e n to n c e s u n c o m e n ta
d o r alg u n a re la ció n y c o n e x ió n c o n el a u to r q u e c o m e n ta , su
a m o r p ro p io n o d eja d e d e s c u b rirle e n él g ra n d e s m o tiv o s d e
alab a n za co n el fin d e q u e le a p ro v e c h e n a él m is m o » .111 É s ta
es p re c isa m e n te la d efin ic ió n d e u n a clase d e ic o n o , la « re la
ción» o el «vín cu lo » e n tre u n a u to r y su c o m e n ta d o r q u e lo
cita, e n tre A i y A z, u n v ín c u lo m u y tu r b io y a q u e p u e d e lle g a r
h asta la id en tificac ió n en q u e el c o m e n ta ris ta se to m e p o r el
au to r: « [L o s c o m e n ta d o re s] Se v e n a sí m is m o s c o m o si f u e
ra n u n a m ism a p e rs o n a c o n lo s a u to re s » .112S e t r a t a re a lm e n te
d e u n a e n fe rm e d a d d e la q u e L a B ru y é re c o m p le ta e l d ia g n ó s
tico: «Y a h ab le, p ro n u n c ie u n d is c u rs o o e s c rib a , H é r ille q u ie
re a to d a co sta cita r [ ...] c o n ello n o p r e te n d e d a r m á s a u to
rid a d a lo q u e dice, n i q u iz á ta m p o c o a la r d e a r d e su s c o n o c i
m ien to s: sim p le m e n te, q u ie re c ita r» .113E s alg o q u e n o v ie n e a
394
EL E SC A R M IE N T O DE NARCISO
114 Arnauld y Nicole, La lógica o el arte de pensar, op. cit., p. 106. Cf.
L. Marín, La Critique du discours, op. cit., p. 218 y ss.
1,5 Montaigne, Los ensayos, op. cit., n , 17, p. 953.
395
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
396
L A R E G U L A C I Ó N D E LA E S C R I T U R A
28 . LA R E G U L A C I Ó N D E LA E S C R IT U R A
O EL T E X T O C O M O H O M E O S T A T O E N EL SIG LO XVII
397
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
p re m a tu ra d e u n a s in g u la rid a d in d iv id u a l q u e im p u g n a la
c o n c e p c ió n m e d ie v a l d e l h o m b re , d e l e s c r ito r c o m o sim p le
e le m e n to d e u n a se rie o d e u n lin a je , y a n u n c ia e l s u je to d el
siglo x v i i . A b e la rd o se q u e ja b a m á s d e la c e n s u r a e je rc id a
s o b re sus e sc rito s q u e d e su m u tila c ió n , d e la diminutio d e su
c u e rp o ; n o d u d a b a e n c o m p a r a r lo s d o s s u p lic io s : « L a tr a i
ció n d e q u e h a b ía sid o o b je to la c o n s id e r a b a in s ig n ific a n te
c o m p a ra d a c o n esta in ju ria [q u e su s lib ro s s e a n c o n d e n a d o s
y q u e m a d o s ], y llo ra b a m u c h o m á s el d e tr im e n to d e l h o n o r
q u e el d e l c u e rp o [ ...] M e a to r m e n ta b a m á s el d e tr im e n to
d e la fam a, q u e la m ism a m u tila c ió n d e l c u e r p o » .”8 N o se le
p e r d o n ó ta l p re te n s ió n , ta l fa lta d e h u m ild a d .
E ste p rim e r tie m p o d e la tra n s ic ió n , la a m p lia c ió n d e l cor-
pus, re p re s e n ta so b re to d o u n c a m b io c u a n tita tiv o , a u n c u a n
d o las p ro p o rc io n e s fu e ro n c o n s id e r a b le s y p r o v o c ó a lg u n a s
m o d ificac io n e s s u b sid ia ria s (al m e n o s se p r o d u j e r o n al m is
m o tiem p o ): la s u b s titu c ió n d e l c o m e n ta rio p r o p ia m e n te d i
ch o, el d iscu rso te o lo g a l d e tip o p a tr ís tic o , p o r la quaestio y
la disputatio. N o su p u so n in g u n a c o n tr a d ic c ió n in s u p e r a b le
en lo q u e re sp e c ta a la re g u la c ió n d e l d is c u r s o s e c u n d a rio
q u e, lectio o quaestio, se g u ía a c tu a n d o s o b r e e l te x to p r in c i
p al y b ajo el c o n tro l d e la tra d ic ió n , d e te n ta d o p o r la Ig lesia
y, d esd e h ac ía p o c o , p o r la U n iv e rs id a d .
E l se g u n d o m o m e n to a fe c ta a la e s c r itu r a m is m a y n o ya
ú n ic a m e n te , d e m a n e ra c u a n tita tiv a , a su m a te r ia o a su s o
p o rte ; a ta ñ e a su siste m a d e c o n tr o l y n o in te r v ie n e a n te s d e
p rin c ip io s d el siglo x v n , e n el p r o c e s o e n t a b l a d o c o n tr a
Los ensayos así c o m o c o n tr a o tra s « p a r r e s ia s » o a b u s o s d el
d isc u rso an á lo g o s, c o n tra la m o d a d e la c ita . E n t r e A b e la r
d o y P asca l, e n tre T om ás d e A q u in o y P o r t- R o y a l, e n t r e los
g é n e ro s d el c o m e n ta rio y d e la c r ític a e n s e n tid o e s tric to ,
h u b o lu g a r p a r a m u c h a s o tra s fo rm a s tr a n s ito r ia s d e e s c ritu - 18
119 Montaigne, Los ensayos, op. cit., 11,17, p. 959: «Pero nada es más
confiado que un mal poeta», Marcial, x i l , LXIII, 13.
399
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
ex c lu sió n d e la h e te r o d o x ia — , p o r u n a r e g u la c ió n in te g r a
d a q u e se p a re c e a u n a a u to c e n s u r a , o m e jo r a u n , y sin m ás
c o n n o ta c io n e s, a u n a a u to g e s tió n p o r p a r te d e l s u je to . A él
le c o r re s p o n d e d o m in a rs e a fin d e d o m in a r su d is c u r s o , sa
b e r ca lla rse a fin d e p o d e r h a b la r. P o r q u e e l o b je to q u e d e b e
ser c o n tro la d o es p re c is a m e n te la d e f in ic ió n y e l r e s p e to a u n
c rite rio s o b re la a d m is ib ilid a d d e l te x to , m e d ia n te e l q u e p o
d e r a p re c ia rlo y ju z g a r si c o n v ie n e o n o a ñ a d ir lo al c o n ju n to
e x iste n te . E n la E d a d M e d ia , e l c r ite r io e r a e l d e s u c o n f o r
m id a d c o n el te x to p rim ig e n io d e t e n ta d o p o r la tr a d ic ió n ,
el d e su in c lu sió n e n el te x to p r im ig e n io q u e lo im p lic a ría
co m o u n a c o n se c u e n c ia ló g ica. C u a n d o e s te c r ite r io , a c o n
se c u e n c ia d e l re la ja m ie n to d e la s n o c io n e s d e te x to p r im ig e
n io y d e tra d ic ió n , e n tr a e n b a n c a r r o ta , n o h a y m á s re m e d io
q u e c o d ific a r m ás e s tric ta m e n te to d a v ía ( p r o h ib i r o s o m e
te r) la e sc ritu ra y la u tiliz a c ió n d e lo ya d ic h o , e l p u n t o cieg o
en el q u e h a d e s c a n s a d o s ie m p re y d e s c a n s a to d a v ía el a r b i
traje, o in s titu ir u n n u e v o m o d e lo d e r e la c ió n e n tr e el su je to
y el o b je to , e n tre el a u to r y el lib r o q u e , i n t e g r a n d o e n c ie rto
m o d o las c o n d ic io n e s d e la a d m is ib ilid a d d e l te x to , p r o p o r
cio n ase p o r sí m ism o el p r in c ip io d e su r e g u la c ió n , c o m o u n
h o m e o sta to . M a le b ra n c h e n o c r e e d e m a s ia d o e n la p r im e r a
solución: « H a y c rím e n e s q u e lo s h o m b r e s n o c a s tig a n [ ...]
A sí, n o p a re c e q u e lo s h o m b r e s v a y a n a e r ig ir ja m á s u n t r i
b u n a l q u e se e n c a rg u e d e e x a m in a r y c o n d e n a r t o d o s a q u e
llos lib ro s q u e n o h a c e n m ás q u e c o r r o m p e r la r a z ó n » . P o r
lo d em ás n o sería d e se a b le . M ie n tr a s q u e e l r é g im e n p o líti
co sigue p e rte n e c ie n d o al p o d e r m o n á r q u ic o c e n tr a liz a d o y
re p resiv o , c o n v ien e q u e las le tra s s e a n u n a r e p ú b lic a lib r e
e n la q u e ca d a cu a l in te rio ric e la s c o n d ic io n e s d e f u n c io n a
m ie n to : « In c lu so es m u y a p r o p ia d o , p a r a p o d e r n o s lib r a r
d el e rro r, q u e hay a m ás lib e r ta d e n la r e p ú b lic a d e la s le tra s
q u e en las o tra s, d o n d e la n o v e d a d r e s u lta s ie m p r e m u y p e
lig ro sa . P u e s sig n ificaría c o n f ir m a rn o s e n lo s e r r o r e s e n q u e
e sta m o s el q u e r e r q u ita r la lib e r ta d a lo s h o m b r e s q u e e stu -
400
L A R E G U L A C I Ó N D E LA E S C R I T U R A
401
f
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
c o n stitu y e el m o to r, es u n a d in á m ic a q u e a r r a s tr a a l te x to .
M ie n tra s q u e la e s c ritu r a m e d ie v a l, y a f u e r a lectio o quaes-
tio, re m itía las d ista n c ia s, las d ife r e n c ia s , la s c o n tr a d ic c io
n es, al te x to p rim ig e n io — t r a ta b a d e r e d u c ir la s i n t e r p r e t á n
d o la s— y se p le g a b a a u n m o d e lo d e la r e p e tic ió n y d e la
id e n tid a d e n su re la c ió n c o n ese te x to , e l a u t o r d e l sig lo x v n
s o p o rta él m ism o el c o n tro l d e la s d if e r e n c ia s . E n la e s c ri
tu ra , co m o d e c ía S p in o z a a p r o p ó s ito d e la re lig ió n , c a d a
cu a l se p e rte n e c e p o r c o m p le to y n o d e p e n d e m á s q u e d e sí
m ism o. C o m o se ñ a la M ic h e l F o u c a u lt: « S e p i d e q u e e l a u
to r rin d a c u e n ta d e la u n id a d d e l te x to q u e a n t e p o n e a su
n o m b re » .121E l a u to r s u b s titu y e a la auctoritas c o m o g a r a n tía
d e la e sc ritu ra ; está e n c o lu s ió n c o n el te x to , c o in c id e c o n
él y d e b e re s p o n d e r d e él, c o m o d e to d o s su s a c to s , n o so
la m e n te a n te D io s. S u n o m b r e e n la c u b ie r ta c o r r e s p o n d e
al co m p ro m iso d e su p e r s o n a , ú n ic o f a c t o r c o m ú n y ú n ic o
re fe re n te , en ú ltim a in s ta n c ia , d e la v a r ie d a d d e la s e n u n
ciaciones so b re las q u e re c o n o c e su r e s p o n s a b ilid a d . L o t o
m as o lo dejas. T o m a rlo s ig n ific a a s u m ir la p o s t u r a d e l s u je
to , co n to d o s lo s rie sg o s q u e e so c o m p o r ta , s ig n ific a a u to
rizarse u n o m ism o a e sc rib ir, y n o s o m e te r s e a d e te r m in a d o
ideal d e te x to . C o m o se ñ a la u n a v ez m á s F o u c a u lt: « E l in
d iv id u o q u e se p o n e a e s c r ib ir u n te x to , e n c u y o h o r iz o n te
m e ro d e a u n a p o s ib le o b ra , v u e lv e a a s u m ir la f u n c ió n d e l
a u to r» .122 A b a n d o n a r la e s c r itu r a s ig n ific a c a lla rs e d e f in iti
v am ente. L a e s c ritu ra es p o s ib le d e s d e el m o m e n to e n q u e
u n su jeto , lib re , la s o p o rta , a e lla y su s c o n s e c u e n c ia s . U n li
b r o sólo tie n e c o n se c u e n c ia s p o r q u e e s tá r e f e r id o a u n s u je
to q u e lo h a p e r p e tra d o .
Si re p resen ta m o s e n u n a ta b la lo s ra sg o s d is tin tiv o s d e lo s
tre s m o d elo s d e esc ritu ra — m e d ie v a l (el c o m e n ta rio ), d e tra n -
402
L A R E G U L A C I Ó N D E LA E S C R I T U R A
Modelo
de la escritura Comentario Los ensayos Crítica
Valor de índice: Emblema: Icono:
la cita Auctoritas *- Alegación
V a y/o
préstamo -* «cita»
V a V a
Lugar Ausencia Presencia/ Presencia
del sujeto codificada ausencia codificada
Juego del
escondite
Principio de Externo Nulo Interno
regulación
C o m o se v e u n a v e z m á s, Los ensayos e sc a p a n a cu a lq u ie r
siste m a y é sa s e r ía la r a z ó n p o r la q u e , se g ú n P asca l, son tan
c ita d o s. L o ú n ic o q u e h a y q u e h a c e r c o n ellos es re p etirlo s.
M o n ta ig n e n o a s u m e la p o s tu r a d e a u to r, d e a q u e l q u e c o n
cluye e l te x to , lo d a p o r fin a liz a d o y lo define; Los ensayos
n o se s u b s u m e n b a jo su n o m b r e n i b a jo la u n id a d su p u e sta
d e su p e r s o n a , e s tá n c o n tin u a m e n te a c re d ita n d o su d is p a ri
d ad ; s o n a c o n te c im ie n to s fo r tu ito s y d isp e rso s, sin re c o n s
tru c c ió n n i e la b o r a c ió n s e c u n d a ria , a p e n a s h ilv an ad o s: p r i
m e ro s b o r r a d o r e s o a ñ a d id o s q u e p o n e n al su je to fu e ra d e
sí y al te x to f u e r a d e su s casillas. C irc u n s c rib irlo , in m o v ili
z a rlo , s e r á lo q u e t r a t a r á d e h a c e rs e d e in m e d ia to , y d u r a n
te m u c h o tie m p o .
403
2 9 . LA P E R I G R A F Í A
L a p r o p ie d a d m ás im p o r ta n te d e l te x to h o m e o s tá tic o o co n
re g u la c ió n in te rn a , y el c a rá c te r m a n ifie s to e n q u e se r e c o
n o c e a p rim e ra v ista, es su compacidad, c o r o la r io d e la u n i
d a d y d e la c o h e sió n q u e se le e x ig e n b a jo el im p e r io d e u n
a u to r. E l im p u lso , la g ra n m o v ilid a d d e la e s c r itu r a d u r a n te
el siglo x v i , eje m p la re s e n M o n ta ig n e , e s ta r á n s ie m p r e p r e
se n te s e n a d e la n te . E l te x to fo r m a u n c u e r p o , se e n c o g e , se
re p lie g a s o b re sí m ism o , c o m o u n a c iu d a d e la d e V a u b a n , sin
e x tra rra d io n i s u b u rb io s . E s u n v o lu m e n c e r r a d o , c ir c u n s c r i
to p o r u n o s lím ites e sta b le s q u e im p id e n lo s d e s b o r d a m ie n
to s, es u n esp a cio e n e q u ilib rio , c e r r a d o p o r f r o n te r a s ríg id a s
e in sta n c ia s d e e n u n c ia c ió n b ie n d e lim ita d a s .
S u p e rife ria , a q u e llo q u e n o e s tá n i d e n tr o n i f u e r a , c o m
p re n d e to d a u n a se rie d e e le m e n to s q u e lo e n v u e lv e n , c o m o
el m a rc o e n c ie rra el títu lo , la firm a , u n a d e d ic a to r ia . E sta s
so n o tra s ta n ta s e n tra d a s e n el c u e r p o d e l lib r o : d ib u ja n u n a
perigrafía, q u e el a u to r d e b e v ig ila r y e n la q u e é l d e b e v ig i
larse , ya q u e e n p rin c ip io es e n lo s m á rg e n e s d o n d e s e ju e g a
la a c e p ta b ilid a d d e l te x to . A l te x to se lo c a lific a p o r s u c o m
p a c id a d , p o r s u fo r m a d e e n c e r r a r s e e n s í m is m o , es d e c ir,
p o r s u a u to n o m ía . S u a p a rie n c ia es e se n c ia l. S e m e ja n te s a v i
trin a s d e e x p o sic ió n , a p r u e b a s o a m u e s tr a s , s u s a c o m p a ñ a
m ie n to s lo re alzan : n o ta s . ín d ic e s , b ib lio g r a f ía , p e r o ta m b ié n
p re ta c io . p ró lo g o , in tr o d u c c ió n , c o n c lu s ió n , a p é n d ic e s , a n e
x o s. T o c o e c o co n stitu y e las s e c c io n e s d e u n a disposiiio n u e
v a q u e p e rm ite n ju z g a r el v o lu m e n s in n e c e s id a d d e le e r lo n i
d e p e n e tr a r e n él. Si e s tá n p r e s e n te s , si r e s p e ta n la s c o n v e n
cio n e s, n o es n e c e sa rio p r o lo n g a r el e x a m e n , s e g u r a m e n te el
te x to es a c e p ta b le .
L a p erig ra fía es u n a z o n a in te rm e d ia e n tr e e l f u e r a d e te x
t o y e l te x to . E s n e c e s a rio p a s a r p o r e lla p a r a a c c e d e r al
te x to . L a p e rig ra fía e sc a p a , p o r p o c o q u e se a , a la in m a n e n
cia d e l te x to , n o p o r q u e le sea tr a s c e n d e n te (n o e s u n a e p i-
LO T I T U L A D O Y LO D E S I G N A D O
3 0. L O T I T U L A D O Y L O D E S I G N A D O
L a p u e r ta d e e n t r a d a al lib r o es su títu lo , re m a ta d o p o r el
n o m b re d e l a u t o r c o m o si fu e ra u n tro fe o . E sta d isp o sició n
tie n e u n a s p e c to ta n n a tu r a l q u e n o im ag in am o s u n lib ro de
o tro m o d o . S in e m b a r g o , es u n in v e n to re c ie n te . E l títu lo p r o
p ia m e n te d ic h o , e s p e c ífic o y n o g e n é ric o , d a ta d el siglo x v i .
E n la G r e c ia a n tig u a , n o e r a n e c e s a rio q u e u n a o b ra lleva
ra u n títu lo . A l t í tu lo só lo se le re c o n o c ía el v a lo r flu ctu an -
te d e u n a c c e s o r io d e s tin a d o a la id e n tific a c ió n , p a ra la cu al
el incipit s e r v ía ta m b ié n , y c o n m a y o r fre c u e n c ia . L a p rim e
ra fu n c ió n d e l t í tu l o es u n a fu n c ió n d e re fe re n c ia . E v o ca to d o
u n te x to m e d ia n te u n s ig n o c o m p re n d id o e n él, sin q u e éste
te n g a n i n g u n a o t r a p r o p ie d a d . E l e n u n c ia d o d e l títu lo , a n tes
d e q u e d e s ig n e y m ie n tr a s s o la m e n te titu la , c o rre s p o n d e e x
c lu s iv a m e n te a la c ita d e l te x to e n su ex te n sió n ; p o r eso el in
cipit, s e g u id o d e p u n t o s su sp e n siv o s, es m ás a p ro p ia d o fo r
m a lm e n te , p u e s t o q u e n o e s tá d e n in g ú n m o d o d e sfa sa d o
co n r e s p e c to a l c o n ju n to , n o es d e n in g ú n m o d o p e rifé ric o ,
405
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
ya q u e to m a el te x to e n m o v im ie n to , lo to m a d e la c o rrie n te .
F u e e n R o m a d o n d e el títu lo se a c o p ló d e f o r m a p e r d u
ra b le a la o b ra , p e r o sin q u e eso p r e s u p u s ie r a u n a o rig in a li
d a d , n i d el títu lo n i d e la o b ra . E l títu lo r o m a n o sin g u la riz a
la o b ra sin in d iv id u a liz a r al a u to r, es u n e le m e n to d e clasifi
cació n . C o n él se re la c io n a n d o s p ro b le m a s : e l d e s u p r o d u c
ció n , u n a firm a, y el d e su r e p r o d u c c ió n , u n a c ita . H is tó r ic a
m e n te , el se g u n d o p ro b le m a se p la n te a p r im e r o : a e s te p r o
b le m a es al q u e re s p o n d e el títu lo r o m a n o c u y o p a p e l se li
m ita a la d e n o ta c ió n d el te x to . U n m o d o d e f o r m a c ió n m ás
siste m átic o q u e el incipit se im p u s o , d e a c u e r d o c o n d o s m o
d a lid a d e s fu n c io n a les, d e d ic a to ria o a n a lític a : Cato o De se-
nectute. E s d e c ir q u e el títu lo n o e s tá p e n s a d o e n s u u n ic id a d
y se m u ltip lica en ta n ta s p e rífra s is d e n o ta tiv a s c o m o f u n c io
nes tie n e q u e satisfacer.
L os diálogos d e P la tó n , ta l y c o m o h a n s id o b a u tiz a d o s p o r
la trad ic ió n , se e n c u e n tra n c o n d o s títu lo s , o u n títu lo y u n
su b títu lo : Gorgias o Sobre la retórica, refutativo. A m b o s d e n o
tan el te x to , p e ro c o n se n tid o s d ife re n te s , y e l s e g u n d o sig n i
fica su o bjeto. U n títu lo , c u a n d o v a so lo , im p lic a e s to s d o s as
pectos, d e n o tac ió n y se n tid o , Bedeutung undSinrr. es u n n o m
b re p ro p io p u ro , a q u e llo d e lo q u e la d e n o ta c ió n es u n o b je to
d e te rm in a d o , el te x to o el lib ro .
L a am b iv alen c ia d e l títu lo — el títu lo d e n o t a y tie n e u n
s e n tid o — c o rre s p o n d e a las d o s c lase s d e c u e s tio n e s q u e
p la n te a , u n a q u e c o n c ie rn e a la té c n ic a d e s u r e p r o d u c c ió n ,
y la o tra a la ló g ica d e su p r o d u c c ió n , a m b a s lig a d a s , i n c o n
c e b ib le s la u n a sin la o tra , c o m o el s e n tid o y la d e n o ta c ió n .
E l n o h a b e rla s re s u e lto e x p lic a q u e lo s c á n o n e s m e d ie v a
les e s té n lle n o s d e e rro re s . S u c e d e a m e n u d o q u e u n m is
m o te x to a p a re c e m e n c io n a d o v a ria s v e c e s e n la b ib l io g r a
fía d e u n a u to r c o n títu lo s d ife re n te s : Gorgias y Sobre la re
tórica, refutativo.
E l ra sg o d ife re n c ia l e stá r e fe rid o a la in s e r c ió n d e l t í t u
lo e n el te x to q u e lo cita , p e r o re v e la ta m b ié n u n a o p c ió n
406
L O T I T U L A D O Y LO D E S I G N A D O
407
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
408
L O T I T U L A D O Y LO D E S I G N A D O
S c o tt e r a e s e h o m b r e . 3P e ro lo q u e esta e n ju e g o a q u í es m e
n o s s a b e r si « S c o tt» y « el a u to r d e Waverley» tie n e n el m ism o
denotatum c o n s e n tid o s d ife re n te s (o A ristó te le s y lo s lib ro s
a tr ib u id o s a é l), q u e a d m itir (ló g ica m e n te ) y a c e p ta r (m o ra l
m e n te )— se le h a r e p r o c h a d o a M o n ta ig n e n o h a b e rlo h e
c h o — q u e Waverley d e n o ta e n lo su cesiv o S co tt, y Los ensa
yos, M o n ta ig n e . S ó lo e n la m e d id a en q u e se re c o n o c e q u e el
títu lo d e n o t a al a u to r, R a m u s y J o rg e IV p u e d e n p la n te a r sus
e n ig m a s, y P r o u s t b u r la r s e d e la p e rífra sis d e n o ta n te d e u n a
m a n e r a ta n n a t u r a l y triv ia l: « E l a u to r d e Le Détour y d e Le
Marche'— e l s e ñ o r H e n r i B e rn s te ín — a c ab a d e e stre n a r co n
lo s a c to r e s d e l G y m n a s e u n d ra m a o, m e jo r au n , u n a m e z
cla d e t r a g e d ia y d e v o d e v il, q u e n o es ta l vez su Athalie o su
Andromaque, s u L'Amour veille o su Les Sentiers de la ver-
tu, p e r o q u e a p e s a r d e t o d o es algo c o m o su Nicoméde».123124
P o r lo t a n t o , e l títu lo q u e titu la y el títu lo q u e d esig n a se
d is tin g u e n p o r s u re fe re n te : e n el p rim e r caso es el te x to , en
el s e g u n d o , e l a u to r , a p a r ti r d e l siglo x v n . P o r eso p ie rd e
im p o r ta n c ia la c o n g r u e n c ia e n tr e el títu lo y la m ateria , q u e
ta n to p r e o c u p a b a a M o n ta ig n e . E l n o m b r e d e l a u to r y el tí
tu lo , e n la c u b i e r t a d e l lib r o , tr a ta n m ás b ie n d e s itu a r a éste
en el e s p a c io s o c ia l d e la le c tu r a , d e s itu a rlo c o rre c ta m e n
te e n u n a tip o lo g ía d e le c to r e s , ya q u e m i p rim e r c o n ta c to con
u n l ib r o p a s a p o r e s o s d o s sig n o s, q u e so n ta m b ié n , p o r esta
ra z ó n , e l l u g a r p r iv ile g ia d o d e u n a p ro y e c c ió n fantasm ática:
s o ñ a r c o n e s c r ib ir lib r o s (o lib ro s p o r esc rib ir) significa en
p r im e r lu g a r s o ñ a r c o n títu lo s . ¿M e a c e p ta ré , m e g u sta ré , m e
v e ré c o m o « e l a u t o r d e . .. » , e n e s te ic o n o q u e c irc u la rá con
m i im a g e n ? D e a h í ta m b ié n , si p a sa m o s a la acció n — a u n q u e
n o es n e c e s a r io — , la p r o lif e r a c ió n d e rú b ric a s q u e satisfacen
p e q u e ñ o s p la c e r e s n a r c is is ta s . V aléry h a b la b a d e a u to re s sin
lib ro s , lo s d e t o d a s la s o b r a s m a e stra s d esc o n o c id a s: serían
409
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
31. LA B l( B L l)O G R A F Í A
410
LA B l ( B L l ) O G R A F Í A
a v e n tu r a rm e e n térra incógnita. M ás q u e c u a lq u ie r e x o r d io
o captatio benevolentiae, la b ib lio g ra fía m e e n g a n c h a c u a n
d o m e e n c u e n tr o a g u s to ju n to al a u to r: te n e m o s las m ism as
le c tu r a s , p e r te n e c e m o s al m ism o m u n d o .
A h o r a b ie n , q u é es u n a b ib lio g ra fía sin o el m o d e lo d e u n a
a u to b io g ra fía , u n scrap-book, u n a c o lec ció n d e re c u e rd o s,
b ille te s d e tr e n , e n tr a d a s d e m u seo s, p ro g ra m a s d e e s p e c
tá c u lo s , ta r je ta s d e in v ita c ió n , flores secas: la lista d e los ic o
n o s d e l a u to r. Y o n o p id o m ás: sus glosas so b re sí m ism o y el
m u n d o m e a b u rre n .
P e r o ¿ c ó m o se c o n fe c c io n a u n a b ib lio g ra fía ? U n a b ib lio
g ra fía es e l c a tá lo g o d e lo s te x to s q u e h a le íd o el a u to r m ie n
tra s se a p lic a a s u p r o y e c to d e e s c ritu r a a c tu a l, n e c e sa ria m e n
te es lim ita d a e in c o m p le ta . ¿ H a s ta d ó n d e hay q u e lleg ar en
la r e c e n s ió n d e la s le c tu r a s ? ¿ H a y q u e in c lu ir los p erió d ic o s,
las n o v e la s p o lic ía c a s ? ¿ C ó m o d is tin g u ir lo q u e h a serv id o de
lo q u e h a a p a r e c id o d e p r o n to , a m i p e sa r? ¿Y p o r q u é n o las
p e líc u la s ? ¿ Y la s c o n v e rs a c io n e s ? ¿Y las le c tu ra s an tig u as,
las d e la in f a n c ia q u e to d a v ía m e h a c e n so ñ a r? U n a b ib lio
g ra fía v e r íd ic a , s in c e r a y e x h a u s tiv a , es ta n im p o sib le com o
u n a c o n f e s ió n v e r d a d e r a . H a y u n p ro b le m a p a te n te d e la b i
b lio g ra fía q u e p o d e m o s o b s e r v a r e n to d a s las p re c a u c io n e s
q u e el a u t o r to m a al r e s p e c to , c u a n d o la califica p o r ejem p lo
d e « a b r e v ia d a » , c o m o si eso e x c u s a ra alg u n a falta. Sería n e
c e sa rio p o d e r s u s p e n d e r la , c o m o la co n fesió n d e los p eca-
i d o s, m e d ia n te la in v o c a c ió n d e u n a c irc u n sta n c ia a te n u a n te
1 p o r o lv id o , p e r o u n o o lv id a lo q u e q u ie re . P o r eso, p a ra salir
d e l p a s o y p r o p o r c i o n a r a d e m á s u n re p e rto rio al le c to r p o
te n c ia l, lo m á s s e n c illo s ig u e s ie n d o se d u c irle co n u n a « lis
ta d e o b r a s c ita d a s » ; p o r lo d e m á s, eso es casi sie m p re la b i
b lio g ra fía , lo d e c la r e o n o . T o d o se sim plifica: citas y b ib lio
g ra fía r e m ite n la s u n a s a la o tra , las citas a p o rta n la p r u e b a
d e q u e la b ib lio g r a f ía h a s id o e fe c tiv a m e n te h o je a d a , y la b i
b lio g ra fía se e la b o r a al fin al c o m o u n in v e n ta rio d e las citas.
411
32. DIAGRAM A O IM A G E N
412
DIAGRAMA O IMAGEN
4i3
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
signo (u n a s e g u n d a n a tu ra le z a ), c o m o h a c ía el e m b le m a . P o r
el c o n tra rio , lo s relata d e l d ia g ra m a so n h o m ó lo g o s , es d ec ir,
sim ilares, h o m o té tic o s ; la h o m o lo g ía n o f u n d a u n a filia c ió n
o u n a le g itim id a d in n a ta , sin o el re c o n o c im ie n to c o n tr a c tu a l
d e u n a se m e ja n z a fa c tu a l y a d q u irid a .
33. E N PORTADA
U n a fo to g ra fía es u n e je m p lo , el e je m p lo m is m o d e la im a g e n ;
es u n ic o n o , p o rq u e m a n tie n e u n a re la c ió n d e s e m e ja n z a fa c
tu a l c o n su o b je to , y u n a im a g e n , p o r q u e c o m p a r te c o n e ste
o b je to c u a lid a d es e sp e c ífic a m e n te su y as. L a f o to g r a f ía q u e
a p a re c e en o casio n es en la s o b r e c u b ie r ta d e l l ib r o tie n e su
o rig en en los re tra to s e n m in ia tu r a d e l a u to r, p la n c h a s o g r a
b a d o s, q u e, d e sd e los c o m ie n z o s d e la im p r e n ta , a p a r e c ie r o n
en el fro n tisp ic io d e l v o lu m e n , a n te s d e la p o r t a d a d o n d e se
in cluye el títu lo , c o m o si fu e ra la f a c h a d a d e u n e d ific io o el
e sc a p a ra te d e u n a tie n d a . E l fr o n tis p ic io (n o m b r e , títu lo , r e
tra to , e tcé tera ) su b s titu y ó e n el sig lo x v i al c o lo f ó n (excipit
y suscriptio c o n el n o m b r e d e l c o p is ta ), e n c a lid a d d e fic h a
d e id e n tific a c ió n d el lib ro .
P o r q u é aso c ia r y ju n ta r u n a im a g e n d e l a u t o r y e l te x to ,
sin o p a ra su b ra y a r su re la c ió n , n o ya d e c o in c id e n c ia id e a l,
co m o e n tre M o n ta ig n e y Los ensayos, s in o d e d e p e n d e n c ia
y d e s u b o rd in a c ió n . E l h o m b re , d e c a rn e y h u e s o o m e jo r a u n
d e p a p e l, so stie n e el lib ro , lo a su m e y se s o m e te a él: « E s to so y
yo, e sto es m ío » , d ic e e n c ie rto m o d o e l f r o n tis p ic io .
T o d a cita, d e m a n e ra a n á lo g a , es ta m b ié n u n a im a g e n : u n a
in s ta n tá n e a , u n p u n to d e v ista s o b re el s u je to d e la e n u n c ia
ció n , u n a c o p ia to m a d a d e l n a tu ra l. E s u n a id e a g e n e r a l s o
b r e el a u to r y u n d e ta lle d e su b io g ra fía . L a c o n s te la c ió n d e
las citas c o m p o n e u n c u a d ro q u e e q u iv a le al f r o n tis p ic io .
L a im a g e n , co m o in d ic a su n o m b r e , es m á s im a g in a ria
(m ás c o m p la c ie n te , m ás n a rc isista , m á s e n a je n a d a ) , y e l d ia -
414
LA A V A N Z A D I L L A
g ra m a , m á s s im b ó lic o (m ás c o n s titu id o , m ás s e d u c to r, m ás
s o lic ita n te ). Si q u is ié ra m o s o r d e n a r los c u a tro g ra n d e s v a lo
res d e r e p e tic ió n d e la c ita d e l m ás im a g in a rio al m ás sim b ó li
co, su o r d e n s e ría el sig u ie n te : la im ag en , el d iag ra m a, el in d i
cio y, p a r a te r m in a r , e l s ím b o lo (d e ja n d o a p a rte el em b lem a,
q u e es im a g in a r io ) . E n e s te ca so la im ag en , la fo to g ra fía, p e ro
ta m b ié n el e p íg ra fe o el títu lo , to d o el fro n tisp ic io , sería, d u
ra n te la le c tu r a , in a m o v ib le . L a im a g e n está c o m p leta, d e u n a
p ie z a , la to m a s o la d e ja s— h a y q u e a c e p ta rla ta l cual o re c h a
z a rla e n b lo q u e — , m ie n tra s q u e el d ia g ra m a , la b ib lio g rafía
o el ín d ic e d e m a te r ia s , d e ja ría m ás lib e r ta d d e ju eg o y d aría
m ás a u to n o m ía . N o es n e c e s a rio q u e sea o b je to d e u n a fe o
d e u n a m o r lo c o y a q u e t r a ta m á s d e g u s ta r q u e d e gu starse.
34 . LA A V A N Z A D IL L A
E l e p íg ra fe es la c ita p o r a n to n o m a s ia , la q u in ta e se n c ia d e la
cita, a q u e llo q u e e s tá g r a b a d o e n la p ie d r a p a r a to d a la e te r
n id a d , e n e l f r o n tó n d e lo s a rc o s d e tr iu n f o o so b re el p e d e s
ta l d e la s e s ta tu a s . (F u e im ita n d o lo s e p íg ra fe s la tin o s com o
los im p r e s o r e s c r e a r o n la s tip o g ra fía s ro m a n a s). E n los m á r
g en e s d e l li b r o , e l e p íg ra fe es u n sig n o d e u n v alo r c o m p le
jo. E s u n s ím b o lo (r e la c ió n d e l te x to c o n o tro te x to , relació n
ló g ica, h o m o ló g ic a ) , y u n in d ic io (re la c ió n d e l te x to c o n u n
a u to r a n tig u o q u e p o n e e n el lu g a r d e l p a tró n , es la fig u ra d el
d o n a n te e n u n a e s q u in a d e l c u a d ro ). P e r o es s o b re to d o u n
ic o n o , e n e l s e n tid o d e u n a e n tr a d a p riv ile g ia d a e n la e n u n
c ia c ió n . E s u n d ia g r a m a , p o r su s im e tría c o n la b ib lio g ra fía
d e la q u e e s u n s ig n o p r e c u r s o r (u n in d ic io y u n a im ag en ).
P e r o s o b r e t o d o es u n a im a g e n , u n a in sig n ia o u n a d e c o ra
ció n o s te n to s a s o b r e el p e c h o d e l a u to r. S in d u d a , n u n c a h a
e s ta d o m á s a l d e s c u b ie r to q u e e n esta av a n zad illa d el lib ro ,
d o n d e n o h a y n a d a a lr e d e d o r q u e lo p ro te ja . E s u n c o n d e n -
sa d o d e l p r e f a c io , c u y a fó rm u la e sta b le c ió D e sc a rte s p a r a
4i 5
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
4l6
Se convendrá en que tod a idea pública, toda convención aceptada,
es una tontería, p u esto que goza del acuerdo de la mayoría.
C H A M f o r t , M áxim as '25
417
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
35. LA FO SA S E P T I Z A N T E
C o m o u n a c iu d a d (m ás u r b a n a q u e ce le ste : u n a p e r s o n a m o
ra l), el te x to a p a re c e ro d e a d o p o r to d a s p a r te s . A l p ie d e la
m u ra lla , u n a fosa re d o b la y s u b ra y a la f r o n te r a ; e s tá ja lo
n a d a d e m o jo n es y d e p o ste s, d e g a rita s d e p o lic ía p a r a v i
g ilar los accesos: so n las re fe re n c ia s , la s n o ta s a p ie d e p á
g in a— foot-notes en in g lés— . E n t o d o m o m e n to , h a c e n r e
fe re n c ia a aq u ello s o b re lo q u e el te x to se a p o y a , s o n c o m o
m u letas o p u n ta le s, dovelas: el te x to es u n p u e n t e s u s p e n d i
d o p o r en c im a d el v acío q u e le h o r r o r iz a ; te m e la c a íd a . E n
tre sus p ilares q u e so n el e p íg ra fe y la b ib lio g r a f ía , se s o s tie
n e co n to d a s sus fu e rz a s (M o n ta ig n e d e c ía q u e el le n g u a je
era u n a esp ecie d e b o ta v a ra , es d e c ir, a p e n a s e s ta b a s u je to a
n ad a ), gracias a u n a se rie d e re le v o s c o n tin u o s , u n a r e d d e
n u d o s o d e ju n ta s q u e lo v u e lv e n e s ta n c o ; sin n o ta s , h a r ía
agua: su su stan cia, su p ro p ie d a d , se d e r r a m a r ía .
P e ro esto n o es to d o . A u n q u e la s n o ta s s o n e s e n c ia lm e n
te fo rtificacio n es (a c tu a liz a c io n e s e r u d ita s , a ju s te s d e c u e n
tas, d e m a rcac io n es su tile s, n e g a c io n e s a c c e s o r ia s , r e tir a d a s
táctica s), tie n e n ta m b ié n u n p a p e l e s té tic o : a lig e r a n el te x to
d e su so b re carg a . E n c u e rp o d e le tr a p e q u e ñ o , a p ie d e p á
g in a, m a n d a n a la fo sa c o m ú n a lo s a u to r e s m u e r to s y a lo s
vivos q u e e je c u ta n al citarlo s. E l te x to e c h a ra íc e s e n u n o s a
rio , q u e d e sin fe c ta c o n ep itafio s.
L a lla m a d a d e n o ta y la n o ta a p ie d e p á g in a b a s ta n p a r a e s
ta b le c e r v ario s niv eles d e le n g u a je , o m e jo r a u n , d e ja n c o n s
ta n c ia d e la n e c e sa ria je ra rq u ía d e lo s s u je to s d e la e n u n c ia
c ió n , la h a c e n m an ifiesta, ta n g ib le , m a te ria l: e l te x t o r e b a s a
LA F O S A S E P T I Z A N T E
419
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
c o n siste e n re c o n o c e r la p r o p ia c o n tr ib u c ió n e n la e s c ritu r a ,
e n re c o n o c e r u n o m ism o su d e u d a .
P o r lo ta n to , la n o ta p le o n á s tic a se im p o n e , n o p o r r a z o
n e s ló g icas, sin o éticas e id eo ló g ic a s. E l ju ic io s o b r e u n a cita,
c o n tra ria m e n te al ju icio s o b re u n a p r o p o s ic ió n in é d ita , n o
re c a e s o b re su se n tid o y su v a lo r d e v e r d a d , s in o s o b r e su au
tenticidad. E s authenticus a q u e llo c u y a p r o c e d e n c ia es in
c u e stio n a b le , p e ro ta m b ié n a q u e llo q u e a c tú a p o r sí m ism o ,
a q u e llo q u e se inflige la m u e rte . E l denotatum d e u n a c ita n o
es u n v a lo r d e v e rd a d (la c u a lid a d d e u n e n u n c ia d o , d e ser
v e rd a d e ro o falso), sin o u n a p r u e b a d e fid e lid a d , d e v e r a c i
d a d , d e e x a c titu d , d e s in c e rid a d (la c u a lid a d d e u n a e n u n c ia
ció n, d e u n a re p e tic ió n , d e s e r a u té n tic a o in v e n ta d a , c o m
p ro b a d a o ap ó crifa): v alo re s to d o s c o n lo s q u e la ló g ic a n o
tie n e n a d a q u e h a c e r y q u e so n m á s b ie n la s v ir tu d e s d e u n
sujeto. L a cita, p r u e b a d e su re fe re n c ia , a u te n tif ic a a u n in d i
v id u o m e d ia n te su e n u n c ia c ió n , lo c o n s a g ra c o m o a u to r. E l
a u to r n o es tal, n o es a u té n tic o , m á s q u e si la s c ita s q u e h a c e
lo son, y eso ex p lic a p o r q u é la n o ta es u n a p ie z a ta n c a p ita l
en el rég im en d e e sc ritu ra .
M o n taig n e o m itía la n o ta , n o in d ic a b a la s re f e r e n c ia s d e
sus citas, alegatos o p ré s ta m o s . Y h a y q u e p r e g u n ta r s e si eso
n o era m u c h o m ás rig u ro s o p o r lo q u e a l s e n tid o re s p e c ta .
Sin n o ta , el ju icio n o se d esv ía d e la v e r d a d (d e l e n u n c ia d o )
a la a u te n tic id a d (d e la e n u n c ia c ió n ). P e r m a n e c e p r e s a d e l
se n tid o y d e la v e rd a d , ta n to d e l e n u n c ia d o c o m o d e la e n u n
ciación. D e ah í el elogio q u e h a c e M o n ta ig n e d e l m a q u illa je .
L a n o ta p e rte n e c e p o r p a r tid a d o b le a la p e r ig r a f ía : la p r o
cesió n d e las n o ta s u n e el e p íg ra fe a la b ib lio g r a f ía , c a d a
n o ta p a rtic u la r c o n c ie rn e al a u to r p o r e n te r o , e n s u i n te g r i
d a d . L a p e rig ra fía m ism a, e n la q u e c a d a c ita v a a c o m p a ñ a
d a d e su re fe re n c ia , a p o r ta la p r u e b a d e u n c o n t r o l d e la e s
c ritu ra : la n o ta , la p e rig ra fía d e s ig n a n al a u t o r e n su a u t e n t i
c id a d , es a q u e llo q u e h a c e d e l a u to r, a g e n te d e la re g u la c ió n ,
r e g u la d o r d e la e sc ritu ra . E l a u to r m is m o es, e n ú ltim a in s-
420
E L P R I N C I P I O D E L L I B R O Y E L F I N A L D E LA E S C R I T U R A
3 6 . E L P R I N C I P I O D E L L I B R O Y EL F I N AL
DE LA E S C R I T U R A
421
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
tatio benevolentiae, q u e al m e n o s r e c o n o c ía s u in te n c ió n :
p re d is p o n e r fa v o ra b le m e n te al o tro , b u s c a r s u b e n e v o le n c ia
(Q u in tilia n o a ñ a d ía su a te n c ió n y su d o c ilid a d ) . L a captatio
benevolentiae te n ía lu g a r e n tre d o s a g e n te s (d o s lu g a re s e s
tru c tu ra le s e n re la c ió n co n el d is c u rs o ); d is tr ib u ía lo s p a p e
les a n tes d e q u e los su jeto s d e s a p a re c ie s e n . L a s d e d ic a to r ia s
d e la E d a d M e d ia y d e lo s p rin c ip io s d e la im p r e n ta a su m ía n
u n a fu n c ió n análoga: d e fin ía n u n a s itu a c ió n (a fe c tiv a , in s ti
tu c io n a l) d e e sc ritu ra y d e le c tu ra .
N a d a d e ello q u e d a en n u e s tro s d ía s, lo c u a l n o q u ie r e d e
cir q u e n o n o s q u e p a e s p e ra r n in g u n a b e n e v o le n c ia , s in o ta n
só lo q u e los m ed io s d e so lic ita rla h a n c a m b ia d o . D e s c a rte s
esta b le c ió la fo rm a y el v a lo r (c lásico s, p e r d u r a b le s ) d e l p r e
facio q u e H e g e l re fu ta ría d e s p u é s d e V o lta ire , q u ie n ya h a
b ía escrito: «E s v u e s tro lib ro el q u e tie n e q u e h a b l a r p o r sí
m ism o, s u p o n ie n d o q u e lle g u e a s e r le íd o p o r e l p u e b lo » .129
A d iferen cia d e la captatio benevolentiae o d e la d e d ic a to r ia ,
q u e g a ra n tiz a b a n u n a re la c ió n in m e d ia ta e n tr e d o s a g e n te s,
sin p re ju z g a r el d isc u rso q u e v e n ía a c o n tin u a c ió n , e l p r e f a
cio ca rtesian o su p o n e la e x is te n c ia d e l te x to . E l te x to se e n
tro m e te a priori en las re la c io n e s d e la s q u e v a a s e r el e sc e
n ario , y las a n ticip a. E n u n a c a rta al a b a d P ic o t, t r a d u c t o r d e
los Principios de la filosofía al fra n c é s , D e s c a r te s c o n s id e r a
q u e «sería co n v e n ie n te in c o r p o r a r u n P r e f a c io q u e le s d ie ra
a c o n o c e r cu ál es el te m a d e l tr a ta d o , q u é p r o p ó s i t o h a g u ia
d o su re d a c c ió n y q u é u tilid a d p u e d e r e p o r t a r s u le c tu r a » ,130
p o rq u e el títu lo d e la o b ra le p a r e c e s u s c e p tib le d e d e s a n im a r
a los le cto res. C o rre s p o n d e al a b a d P ic o t, el tr a d u c t o r , el in
té rp re te , a p o r ta r esas in fo rm a c io n e s , a u n q u e , s e g ú n D e s c a r
tes, « p a re c e q u e d e b e ría a su m ir la c o m p o s ic ió n d e e s te P r e
fa cio p u e s to q u e d e b o c o n o c e r el c o n te n id o d e l t r a t a d o m e-
jo r q u e n a d ie » .13' S in e m b a rg o , sólo p re te n d e in d ic a r en su
c a rta a lg u n o s p u n to s q u e sería ra z o n a b le q u e tra ta ra el p r e
facio. « D e jo a v u e s tr a d isc re c ió n el d a r a c o n o c e r lo q u e ju z
g u éis a d e c u a d o » .131 P e r o se rá esa c a rta m ism a, c o m p leta, la
q u e se p u b lic a r á c o m o in tro d u c c ió n a los Principios de la fi
losofía-. « C a r ta d e l a u to r al tra d u c to r. P u e d e ser estim a d a
c o m o P re f a c io » .
P o r u n a s e r ie d e ra z o n e s , e sta c a rta es el m o d elo del g é n e
ro in tr o d u c to r io , al m is m o tie m p o q u e el acta d e n a c im ie n to
d el p r e f a c io m o d e r n o :'33
- E n tr e e l títu lo y el te x to , la c a rta se defin e p o r la relació n
q u e e s ta b le c e e n t r e ellos: e n tr e el títu lo « d e sa le n ta d o r» y el
« te m a d e l tr a ta d o » , s u p u e s ta m e n te m ás atractiv o . N o es s u b
s id ia ria m e n te m á s q u e u n a re la c ió n e n tre el a u to r y el te x to
(el « p r o p ó s ito » ) , o e n tr e el le c to r y el te x to (la « u tilid ad » );
n u n c a e n tr e e l le c to r y el a u to r, q u e se p a ra al lib ro q u e su
p u e s ta m e n te ya está ahí. E s c o m o si el p re fa c io a te n u a ra ese
d iv o rc io ir r e m e d ia b le , c o n firm a n d o la ex c lu sió n d e los su
jeto s q u e e x ig e e l v o lu m e n im p re s o . Q u e la p rim e ra fu n ció n
d el p r e f a c io s e a u n i r d o s o b je to s (el títu lo y el te x to ) y n o dos
su je to s (d o s p o s tu r a s f r e n te a u n o b je to v irtu a l), se d e b e evi
d e n te m e n te a la o b je tiv a c ió n d e l v o lu m e n y d el títu lo q u e se
d e s a rro lló c o n la im p r e n ta , a la re p re s e n ta c ió n d e los su je
to s e n la p e r ig r a f ía . C u a n d o el títu lo d e la o b ra n o es sim p le
m e n te Commentatio, Quaestio, Summa o Dialéctica, e n tre él
y el t e x to e s n e c e s a r io u n p u e n te , q u e el le c to r ag rad ecerá.
- L a c a r ta n o e s tá d irig id a a c u a lq u ie r le c to r (al le c to r « in o
ce n te » ) ; o m e jo r d ic h o , si la c a rta cae en sus m an o s, es n e g á n
d o lo — la c a r ta n o in v ita al le c to r, n o lo so licita— , m e d ia n te el
423
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
ro d e o p o r el q u e se d a a c o n o c e r al p ú b lic o u n a c a r ta d e s ti
n a d a a u n ú n ic o le c to r, sin g u la r y p r e v e n id o , q u e h a le íd o ya
el lib ro (in c lu so lo h a tra d u c id o , es to d o m e n o s in o c e n te ) . Su
le c tu ra fu e u n p r o d u c to o u n a re a liz a c ió n , es d e c ir u n a le c tu
ra m o d e lo . T o d o p re fa c io s u p o n e p o r e s o m is m o a u n le c to r
m o d e lo o a u n tr a d u c to r ficticio ; é s ta es u n a c a r a c te rís tic a
p r o p ia d e la e sc en a im a g in a ria d e l p re fa c io : lo e s c r ib o p a r a
a lg u ie n q u e ya m e h a le íd o a te n ta m e n te (y c o m p r e n d id o ) .
- P r o p o n e u n m é to d o d e le c tu r a (e n lu g a r d e g a n a r s e al le c
to r): « H a b ría d e d ic a d o u n a s lín e a s c o n la fin a lid a d d e a d v e r
tir a c erc a d e la fo rm a e n q u e e s te lib r o d e b e le e r s e » ,134 p r o
p o n e re c o rre rlo u n a vez, al p r in c ip io c o m o u n a n o v e la , sin
d e te n e rse en las d ific u lta d e s, c o n el fin d e e n te r a r s e e n lín eas
g en e rales d e cuáles so n las m a te ria s , y r e le e r lo u n a s e g u n d a ,
u n a te rc e ra vez, p a ra re so lv e r lo s p a s a je s d ifíc ile s , p a r a c o m
p re n d e r el e n c a d e n a m ie n to d e la s ra z o n e s . L a f in a lid a d d e la
p rim e ra le c tu ra es reconocer, la d e la s s ig u ie n te s , comprender.
- Se esc rib e en c o n d ic io n a l: e s to es lo q u e m e h u b i e r a g u s
ta d o decir, an u n c ia D e sc a rte s, si h u b ie r a lle g a d o a r e d a c ta r
u n p re fac io ; p e r o « n o m e c a b e o tr a ta r e a q u e la d e e x p o n e r
su c in ta m e n te los p rin c ip a le s p u n to s q u e , e n m i c r ite r io , d e
b e ría n ser tra ta d o s » .135Y es ese re s u m e n , e se b o r r a d o r , e se e s
b o zo o ese a p a re n te p re fa c io , e se p r e f a c io q u e n o es u n p r e
facio, lo q u e h a rá las v eces d e p re fa c io . D e s c a r te s n o d a las
razo n es d e su fracaso : él es la ley d e e s te g é n e r o . « A m o d o d e
c o n c lu sió n ...» : así co n c lu y e n m u c h o s te x to s s e g ú n u n a fó r
m u la trilla d a. E s d ecir: a p e s a r d e las a p a r ie n c ia s e s to n o es
u n a c o n c lu sió n , n o es p o s ib le p o n e r u n té r m in o , u n p u n to
final: c o n tin u a rá . «A m o d o d e p re fa c io » : e s o p r o p o n e D e s
cartes, « q u e p u e d e h a c e r las v ec es» , e n lu g a r d e — c o m o c u a l
q u ie r o tro p ro b a b le m e n te . P e r o t o d o e so n o es p r e c is o e x p li-
citarlo . E l c o n d ic io n a l es c o n s u b s ta n c ia l al g é n e r o y a q u e el
424
E L P R I N C I P I O D E L L I B R O Y E L F I N A L D E LA E S C R I T U R A
425
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
P o r to d a s e sta s ra z o n e s, el p re fa c io r e p r e s e n ta u n m o m e n
to n e c e s a rio e in e v ita b le d e la e s c ritu r a (u n a c o n te c im ie n to
h istó ric o : só lo el p re fa c io d e l lib r o p u e d e s e r d a ta d o y lo c a li
z a d o : la m u e rte ). L a m u e rte « fijad a c o n a n te la c ió n » es el g e s
to g ra v e p o r el q u e c o n s ie n to e n m o rir. M e d o y m u e r te e n la
p r im e r a p á g in a , te rm in o el te m a e n q u e m e c o n v e r tí m ie n tr a s
e s c rib o lo q u e v o so tro s v eréis a c o n tin u a c ió n . E l b e n e fic io es
in m e n so . E je c u tá n d o m e , a n u lo el tie m p o d e la e s c r itu r a ; lo
in m o v iliz o o lo in v ie rto e n c e rr a n d o el lib r o s o b r e sí m is m o
al h a c e r q u e co m ien c e p o r su final. N o p u e d e n o h a b e r p r e
fa cio , a u n q u e sólo sea su c rític a (el d e H e g e l) o s u p a r o d ia ,
a u n q u e sólo sea u n p re fa c io p a r a u so p r iv a d o (el d e D e s c a r
te s), u n p re fa c io p a r a m í. E s n e c e s a rio u n p r e f a c io p o r q u e es
n e c e sa rio p o n e r u n té rm in o a la e s c ritu r a , u n fin a l a c c id e n ta l
o c o y u n tu ra l, n o ese n c ia l o e s tru c tu r a l. E s e fin a l sin t r a s c e n
d e n c ia y sie m p re sim u la d o , esa re tr o a c tiv id a d , es e l p re fa c io .
L a ú ltim a p a la b r a q u e p o n g o al p r in c ip io es ta m b ié n u n a
co n so lació n o u n a re v a n c h a (lo m e jo r m e lo re s e rv o p a r a el
final): se re sa rc e d e la p rim e ra p a la b r a , q u e f u e ta n d ifícil.
L a p rim e ra p a la b ra se m e e s c a p ó , p e r o d ir é la ú ltim a ; o c u p a
el p rim e r lu g a r p o rq u e d e c id e el d e s tin o . P o r e so , a p e s a r d e l
d u e lo q u e conlleva, h a y u n jú b ilo d e l p r e f a c io c o m o si fu e r a
u n a p iru e ta q u e m e h ic ie ra c a e r d e p ie : h a g o u n a b u e n a sa li
d a m ie n tra s sa lu d o c o n m i s o m b re ro . Se t r a t a u n a v e z m á s d e l
p ro c e so re c u rre n te d e l te x to : la p r im e r a p a la b r a s ó lo e s u n a
an g u stia (u n v értig o ) ex ante. Expost, m e g u s ta r ía p o n e r alg o
al p rin c ip io , p a r a n o a c a b a r n u n c a , c o m o si c a d a p a l a b r a e s
tu v ie ra m e jo r situ a d a al p rin c ip io , c o m o si, id e a lm e n te , t o d o
el te x to se c ristaliza ra, se p r e c ip ita r a h a c ia a trá s . D e a h í la n e
c e s id a d d e la fe c h a d e l p re fa c io p a r a p o n e r fin , s o b r e to d o ,
a esa h u id a h a c ia atrá s. D e o tr o m o d o n o s a r r ie s g a m o s a La
obra maestra desconocida.
H e g e l c o n d e n a b a el p re fa c io c o m o u n a ra c io n a liz a c ió n su -
p e rflu a y e n g a ñ o sa d e la v e r d a d e x p r e s a d a e n e l te x to . P o r el
c o n tra rio ¿ n o es el lib ro lo q u e a p u n ta la la r a c io n a liz a c ió n d e
426
E L P R I N C I P I O D E L L I B R O Y E L F I N A L DE LA E S C R I T U R A
427
3 7 - LA V O C A C I Ó N D E E S C R I T U R A
T o d a e n u n c ia c ió n p r o d u c e s im u ltá n e a m e n te u n e n u n c ia d o
y u n s u je to . N o h a y u n su je to p re v io a la e n u n c ia c ió n o a
la e s c r itu r a , y a c o n tin u a c ió n u n a e n u n c ia c ió n , a la m a n e r a
d e u n a tr ib u to o d e u n a m o d a lid a d e x is te n c ia l d e e se s u je
to ; sin o q u e la e n u n c ia c ió n es p a r te d e l s u je to , e l s u je to tie
n e lu g a r e n la e n u n c ia c ió n . A d m itid o e s to (la r e f u ta c ió n d e
u n a id e a m e ta físic a d e l su je to , cogito c a r te s ia n o o Ego tras-
cendental h u s s e rlia n o ), n o es ó b ic e p a r a q u e e n la r e tr o a c ti-
v id a d d e la e n u n c ia c ió n la re la c ió n d e l s u je to c o n e l e n u n c ia
d o in c u m b a n e c e s a ria m e n te a u n a s im b o lo g ía — la r e tó r ic a
a n tig u a fu e u n a , y ta m b ié n la tr a d ic ió n — q u e la s o b r e d e te r
m in e y le o to rg u e u n c a rá c te r in s titu c io n a l. L a f o r m a p a t e n
te d e esta re la c ió n im p u e s ta es la id e n tific a c ió n e n t r e el s u je
to d el e n u n c ia d o y el su je to d e la e n u n c ia c ió n e n la p e r s o n a
d el au to r, in té r p r e te o in te r m e d ia r io d e su s d if e r e n c ia s ; y lo s
ico n o s son o tra s ta n ta s p ru e b a s d e q u e e s ta c o n v e rs ió n se h a
realizad o . H a y q u e te n e r e n c u e n ta la s c o n s e c u e n c ia s — e n la
e n u n c ia c ió n m ism a y p o r u n e fe c to b u m e r á n — d e la e x ig e n
cia e sta b le c id a d e u n a id e n tific a c ió n e n tr e e l a u t o r y e l s u je to
d e la e sc ritu ra . Q u e e sta id e n tific a c ió n se a u n a ilu s ió n y u n
señ u e lo , q u e d e p e n d a d e u n r e c o n o c im ie n to im a g in a r io ,'37
n o es ó b ic e p a r a q u e f u n c io n e c o m o p r in c ip io d e re g u la c ió n
d e to d a e sc ritu ra , in te g ra n d o lo s c rite rio s d e s u p r o c e d e n c ia .
L a fu e rz a y la e s p e c ific id a d d e la re g u la c ió n h o m e o s tá tic a d e
la e s c ritu ra re s id e n p re c is a m e n te e n q u e in te g r a la ilu s ió n .
E l p rin c ip io m ism o d e c o n tro l q u e s u m in is tr a la e n e r g ía d e
la e s c ritu r a p ro v o c a la ilu sió n . T o d a e s c r itu r a es p u e s re a liz a
c ió n d e la fa n ta sía s u s c ita d a p o r la s im b o lo g ía d e s u c irc u la - 137
137 Por lo demás no está claro que sea así: el hecho de que un autor
asuma o abarque la variedad de los sujetos de la enunciación disemina
dos en el libro tal vez sea lo que convendría llamar propiamente sublima
ción.
428
LA V O C A C I Ó N DE ESC RITURA
ció n e c o n ó m ic a . S e m e ja n te in te rv e n c ió n d e lo im ag in ario n o
d e b e e x tr a ñ a r , y a q u e , a fin d e cu e n ta s, so b re esta in sta n c ia
se b o s q u e ja n to d o s lo s p ro y e c to s d e re c o n o c im ie n to , y eso
q u e a c o s tu m b r a m o s lla m a r u n a vocación es el m ejo r ejem
p lo d e e llo : es u n a ilu s ió n , d el m ism o m o d o q u e to d o p r o
y e c to d e e s c r itu r a se a n u d a e n to rn o a u n a fa n tasía q u e es a
su v ez u n p r o y e c to , la a n tic ip a c ió n del te x to te rm in a d o (es
d e c ir im p r e s o y c irc u la n d o ), d o ta d o d e u n le c to r y u n a u to r
q u e s o n p e r s o n a je s c o n tin g e n te s e in te rc a m b ia b le s, com o en
to d a f a n ta s ía d o n d e só lo c u e n ta el v e rb o , en pasado: h a b e r
sid o g o lp e a d o , h a b e r s e c o n v e rtid o en b o m b e ro , a stro n a u ta
o m é d ic o , h a b e r e s c rito y h a b e r sid o leíd o .
F r e u d , e n u n a o c a s ió n , su b ra y a c la ra m e n te cuál es la fu n
ció n d e l f a n ta s m a c o m o p rin c ip io d e re g u la ció n d e la e n u n
c ia c ió n , c o m o g a r a n tía p re v ia d e su validez: «A sí, pu es, si en
la s e rie d e tr a b a jo s q u e sig u e n m e tra s p o n g o d e n uevo a las
au las y a n te u n a u d ito r io , ello es ta n sólo u n a ficción im agi
n ativ a; fic c ió n q u e e n to d o ca so m e a y u d a rá a n o olvidarm e
d e f a c ilita r la c o m p r e n s ió n d e l le c to r al p ro fu n d iz a r en los
te m a s p r o p u e s to s » .138 E l fa n ta s m a d e e sc ritu ra p o n e en esce
n a a u n le c to r , a l m e n o s a u n o q u e es m i cria tu ra . A dem ás, in
c lu so c u a n d o e l p r o c e s o d e e s c ritu ra , ac tu alizació n del p ro
y ec to , r e e s c r i t u r a d e l fa n ta s m a , p ro d u je r a c o n ju n tam en te el
te x to y e l s u je to d e s u e n u n c ia c ió n , c o rre s p o n d e a la criatu ra
im a g in a ria (le c to r, a u to r, id e a l d e l yo) sa n c io n a r la creación,
e s ta m p a n d o s u r ú b r ic a c o m o u n nihil obstat qu e, m ás tard e ,
lib e ra a la e s c r i tu r a d e s u p re s a im ag in aria. É ste es el p a p e l
d el p r e f a c io c a r te s ia n o .
É s ta s s o n a lg u n a s d e las ra z o n e s p o r las q u e n o h a b ría q u e
c o n f u n d ir a l a u t o r c o n el s u je to d e la en u n c ia ció n . E n el fa n
ta s m a p r e t e x t o q u e p r o y e c ta el lib ro com o p ro d u c to acab a-
429
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
d o , el a u to r (le c to r im a g in a rio ) es e l s u je to , e l y o id e a l e n el
q u e se c o m p la c e o el id e a l d e l yo c o n el q u e d e s e a c o m p la
ce r; m ie n tra s q u e e n la re tr o a c tiv id a d r e ú n e a la m u ltip lic i
d a d d e lo s su je to s d e la e n u n c ia c ió n , v a r ia n d o ta l v e z a c a d a
fra se o m ás a m e n u d o in c lu so , g a r a n tiz a la u n i d a d d e e so s s u
je to s fra g m e n ta rio s . E se a u to r es e n to n c e s, e l p e r s o n a je cu y o
n o m b r e fig u ra e n la c u b ie r ta d e l lib ro .
C u a n d o la c ita c o m p ro m e te al a u to r e n la r e la c ió n q u e e s
ta b le c e , é ste se rá p r o b a b le m e n te la c o n s o lid a c ió n re c u rs iv a
d e u n im a g in a rio d e e s c ritu ra ; lo v a lid a , lo a u to r iz a , le c o n
fiere la c u a lid a d d e a u to r id a d q u e s e rá s o la m e n te a posterio-
ri su p ro p ie d a d .
L a p e rig ra fía d e l lib ro , p u e s to q u e lo e n v u e lv e c o m o si f u e
ra u n c u a d ro vivo, es n a tu r a lm e n te el o b je to p r iv ile g ia d o d el
fa n ta sm a . E l lib ro im a g in a rio tie n e u n a s ilu e ta , u n c o n to r
n o: u n n o m b re d e a u to r, u n títu lo , u n e p íg ra fe , e tc é te r a . N o
es m ás q u e u n a silu eta: su c u e r p o (la m a s a d e su s c a ra c te re s )
p e rm a n e c e vag o , g ris, in d is tin to . L a e s c r itu r a , p a r ti e n d o d e
la fan ta sía , o c u p a la p e rig ra fía , d ife r e n c ia el c u e r p o d e l te x to .
E s d ig n o d e a te n c ió n q u e la p e r ig r a fía s e a a la v e z e l n ú c le o
d el fa n ta sm a d e e s c ritu ra y el c r ite r io d e u n a c a lific a c ió n s im
b ó lica, g racias a u n b u c le , c a ra c te rís tic o d e l h o m e o s ta to , d e l
sistem a d e p ro d u c c ió n y d e l d is p o s itiv o d e c o n tr o l. L a p e r i
grafía, d e sig n a c ió n p o sitiv a , in c ita al fa n ta s m a , y a la e s c r itu
ra q u e será ta n to m ás a c e p ta b le c u a n to m á s p e r m a n e z c a fiel
al fa n ta sm a . N o h ay n e c e s id a d d e d e s e m b a r a z a r s e d e é l p a r a
esc rib ir, n i d e d o m a rlo . E s él, p o r el c o n tr a r io , e l q u e fu e rz a
a la e s c ritu ra y d o m a al su je to . E l h o m e o s ta to p r e s e n t a e sta
s u p e r io r id a d s o b re to d o s lo s d e m á s p r in c ip io s d e c o n tr o l d e l
d isc u rso : lo g o b ie rn a m e d ia n te e l im a g in a rio y lo s ic o n o s ,
h a c e h a b la r y esc rib ir. E n re s u m e n , lo q u e h a b r ía d e u n iv e r
sal e n el lib r o se ría p re c is a m e n te su p e r ig r a f ía , a la v e z s u fi
ja c ió n im a g in a ria y su c a lib re sim b ó lic o .
K a n t v eía e n el ju ic io e s té tic o el p r in c ip io d e la c o m u
n ic a c ió n ín te r s u b je tiv a y d e to d a s la s re la c io n e s so c ia le s,
430
P O S E S I Ó N , A P ROPIACIÓN, PROPIEDAD
p u e s to q u e e l g u s to e s ta b le c ía el m o d e lo d e la u n iv e rsa lid a d
h u m a n a . E s d ifíc il c o m p r e n d e r p o r q u é al a rte y al g u sto , m ás
q u e al le n g u a je o al tra b a jo , p o r ejem p lo , se le im p u ta esta
fu n c ió n p r im o r d ia l e n la o rg a n iz a c ió n social. Sin em b a rg o ,
la re f e r e n c ia al h o m e o s ta to p e r m ite ta l vez ilu stra rlo , p u e s to
q u e h a c e c o in c id ir p e r fe c ta m e n te lo im ag in ario co n lo sim
b ó lic o d e la e s c r itu r a , p u e s to q u e el fa n ta sm a d e e sc ritu ra es
p o r sí m is m o u n iv e rs a l, p u e s to q u e , re alizad o el fan tasm a, la
e s c ritu r a n o h a c e o t r a c o sa q u e re p ro d u c ir el c rite rio m ism o
d e su a c e p ta b ilid a d . N o h a b r ía lib ro s fallidos (ilegibles o in a
c e p ta b le s ), p o r q u e el c o n c e p to es c o n tra d ic to rio en sí m is
m o — c o m o e l c o n c e p to d e m a l g u sto p a ra K a n t (igual q u e
el d e b u e n g u s to , p o r lo d e m á s)— , sin o ú n ic a m e n te lib ro s
in a c a b a d o s , p r o y e c to s a b o r ta d o s , cu y o fa n ta sm a fu e insufi
c ie n te , d e s a r tic u la d o , m a l a c o ta d o p o r la perig rafía: éste es
el c a so d e Los ensayos, e n o p in ió n d e M a le b ra n c h e .
38. P O S E S I Ó N , A P R O P I A C I Ó N , P R O P I E D A D
L a p e r ig r a f ía , n o r m a o m e jo r a u n m o d e lo p o sitiv o de u n a
p rá c tic a d e la e s c r itu r a q u e se im p o n e a p a r tir d el siglo x v n ,
h a s ta el p u n t o d e q u e c u a lq u ie r lib e rta d re sp e c to a ella d es
califica u n l i b r o y a s u a u to r, in m o v iliza el te x to , lo aco ta y
se d e f ie n d e d e l d is c u r s o d e a c u e rd o c o n su se n tid o p rim e ro
d e m e r o d e o y v a g a b u n d e o . C o m o e sc rib ía M o ntaign e: «M i
estilo y m i e s p í r i t u v a g a b u n d e a n d e la m ism a m an era» ( m ,
9 ,p . 1 4 8 4 ).
S e g ú n R o u s s e a u , e l o rig e n d e la p ro p ie d a d se e n c u e n tra en
el « p r im e r o q u e , h a b ie n d o a c o ta d o u n te rre n o , se le o c u rrió
d e c ir: Esto es mto».m E fe c tiv a m e n te , en la p e rig rafía se tra-
431
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
ta d e l e s ta b le c im ie n to d e la p r o p ie d a d , in te le c tu a l, lite ra r ia ,
a rtístic a , e sté tic a . L a p e r ig r a fía h a c e d e l p a is a je te x tu a l u n
c u ltiv o silv e stre ; p o n e té rm in o al d e b a te , a la s d iv a g a c io n e s
p o r lo q u e re s p e c ta a la u tiliz a c ió n d e lo y a d ic h o , re su e lv e
d e u n a vez p o r to d a s lo s litig io s u s u f r u c tu a r io s p o r q u e re g u
la riz a , e n el d o b le s e n tid o d e ‘p o n e r e n r e g la ’ y d e ‘n o r m a li
z a r ’, e l fu n c io n a m ie n to d e la m á q u in a d e e s c r ib ir o d e h a b la r.
T o d o s e sto s a s p e c to s p o lé m ic o s o b s e s io n a b a n a M o n
ta ig n e , fu e ro n , p o r así d e c irlo , su s ín to m a . D e s d e e l m o m e n
to e n q u e d eja d e c o n s id e ra rs e q u e la e s c r itu r a p r o c e d e d e
u n lin a je o d e u n a tra d ic ió n y se a tr ib u y e a u n s u je to s in g u
lar, ¿ q u é es lo q u e tie n e el lib r o d e propio, d e sí m is m o y d e
su a u to r? C o m o p la n te a M o n ta ig n e , « c a d a h o m b r e c o m p o r
ta la fo rm a e n te ra d e la c o n d ic ió n h u m a n a » ( m , 2, p . 1 2 0 2 ),
p e r o esto n o q u ie re d e c ir q u e n o se a m á s q u e u n a v a ta r o u n
caso p a rtic u la r; m u y al c o n tra rio , c o m o p r e c is a a c o n tin u a
ción M o n ta ig n e , es e n sí u n « s e r g e n e ra l, c o m o M ic h e l d e
M o n ta ig n e , n o c o m o g ra m á tic o , p o e ta o ju r is ta » {id.). Y es
co m o tal y en su ú n ic o n o m b r e c o m o d e b e to m a r la p a la b r a .
P e ro si se re tira n d e l lib r o las a le g a c io n e s , lo s p ré s ta m o s ,
las citas, las p a rá fra sis, las a lu s io n e s , ¿ q u é e s lo q u e q u e d a
p ro p ia m e n te h a b la n d o ? « E l filó so fo C ris ip o m e z c la b a e n su s
lib ro s n o ya p asajes sin o o b ra s e n te r a s d e o tr o s a u to r e s , y, en
u n o d e ellos, la Medea d e E u ríp id e s ; y A p o lo d o r o d e c ía q u e ,
si se elim in a ra d e él lo q u e le e r a a je n o , el p a p e l q u e d a r ía en
b la n c o . E p ic u ro , e n c a m b io , e n tr e s c ie n to s v o lú m e n e s q u e
leg ó , n o in clu y ó n i u n a so la c ita » (1, 25, p p . 184-185). L a p r e
g u n ta señ a la el re s id u o q u e id e n tific a , q u e in d iv id u a liz a c a d a
te x to e n su u n i(c i)d a d , es d ec ir, el n o m b r e p r o p i o , c a te g o ría
ló g ic a (a q u e llo q u e d e n o ta u n o b je to d e te r m in a d o ) a d e m á s
d e d e n o m in a tiv o so c ie ta rio o a p e la c ió n c o n tr o la d a . L a p r o
p ie d a d es f u n d a m e n ta lm e n te u n a s u n to d e d is c u r s o , d e r e
c o n o c im ie n to ; se o p o n e al e m b a rg o o a la p o s e s ió n : « L a p o
se sió n (Besitz) se c o n v ie rte e n p r o p i e d a d (Eigentum ) y a d
q u ie re u n c a rá c te r d e d e r e c h o e n la m e d id a e n q u e t o d o s lo s
432
P O S E S I Ó N , A PROPIACIÓN, PROPIEDAD
d e m á s r e c o n o c e n q u e la c o sa q u e h e h e c h o m ía es m ía » .'40
L o s a r tíc u lo s q u e d e d ic a C o n d illa c a la p ro p ie d a d , e n el
m o m e n to e n q u e se e stá e la b o ra n d o u n a reflexión filosófi
ca, ju r íd ic a , e c o n ó m ic a s o b re su e s ta tu to , son significativos
a e s te r e s p e c to :
propiedad, s. f.
da. p r o p i o . Cualidad propia de una cosa, y que la distingue. Esta pa
labra se refería inicialmente a los cuerpos, de donde se ha extendi
do a todas las cosas, v. M o d ific a c ió n .
Se dice que un escritor tiene la p r o p ie d a d de los términos, cuan
do emplea los más propios para expresar sus ideas, que las distin
guen y caracterizan mejor.
P r o p i e d a d , p o s e s i ó n , véase este último.1
40141142
P e r o q u e la p r o p i e d a d te n g a su o rig e n y su especificid ad
en el d is c u r s o , n o im p id e q u e e n n in g ú n o tro d o m in io m ás
q u e e n é s te sig a s ie n d o u n a c u e s tió n e te rn a , u n a causa irre
d u c tib le .
S é n e c a s e h a b ía o c u p a d o d e la p ro p ie d a d en la carta
x x x iii a L u c ilio , q u e r e c o r r e s o la p a d a m e n te el c a p ítu lo de
Los ensayos t i tu l a d o « L a fo rm a c ió n d e los h ijos» (x , 25), en
el q u e M o n ta ig n e r e to m a la c u e s tió n . A p e s a r d e los deseos
d e s u c o r r e s p o n s a l, S é n e c a se n e g a b a a se m b ra r sus m isi
vas d e c ita s , voces nostrorum procerum.'^ L a vox es la p o se
sió n d e m o n ía c a ,143p é r d id a d e la p r o p ia id e n tid a d y d esp o se i
m ie n to d e u n o m is m o , manía o furor, lo c u ra o extravío , d e s
d e el m o m e n to e n q u e n o d e p e n d e ya d e u n en tu siasm o sa
«Non
g ra d o n i d e u n a i n s p ir a c ió n d iv in a. S én eca la co n d e n a:
est ergo exigas excerpta et repetita [...] turpe est enim [...] ex
433
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
434
P O S E S I Ó N , APROPIACIÓN, PROPIEDAD
435
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
436
PO SESIÓ N , APROPIACIÓN, PROPIEDAD
p r o d u c to s e m e ja n te p o s e e el p le n o u so y el v a lo r d e ese e je m
p la r individual, y es p o r lo ta n to p ro p ie ta rio lib re y to ta l d e
él e n c u a n to in d iv id u a lid a d . E l a u to r d el e sc rito o el in v e n to r
d e l d is p o s itiv o té c n ic o sig u en sie n d o sin e m b a rg o p r o p ie ta
rio s d e l m o d o universal d e re p ro d u c c ió n d e tales p ro d u c to s
y c o sa s, p u e s é s te n o es e n a je n a d o sin o co n se rv a d o co m o ex-
te rio riz a c ió n p r o p ia » .150 P e ro e sto n o se d a en ab so lu to p o r
s o b r e e n te n d id o y H e g e l se sie n te o b lig a d o a a ñ a d ir a c o n ti
n u a c ió n : « E n p r im e r lu g a r h ay q u e p re g u n ta rse si u n a s e p a
ra c ió n ta l e n t r e la p r o p ie d a d d e la cosa y la p o sib ilid a d q u e
se m e d a , j u n t o c o n ella, d e p r o d u c ir la a m i vez, es ad m isib le
p o r el c o n c e p to y n o e lim in a la p ro p ie d a d lib re y plen a» . P o r
c o n s ig u ie n te , n a d a se h a re s u e lto p o r la ap licació n a la escri
tu r a d e la n o c ió n d e p r o p ie d a d . U n a d e dos: o el co m p ra d o r
d is p o n e d e l d is f r u te c o m p le to d e l lib ro (y p o r lo ta n to del
d e r e c h o a r e p r o d u c ir lo , a p la g ia rlo , a co p ia rlo ), o este d isfru
te tie n e lím ite s . Y e n lo s d o s casos es to d a la p ro p ie d a d , su
e se n c ia , la q u e se c u e s tio n a . A n tic ip á n d o s e al d esa rro llo ló
g ico d e la o b r a , H e g e l tie n e q u e in tr o d u c ir el té rm in o de ca
pital p a r a s a lir d e l p a s o m o m e n tá n e a m e n te : el lib ro n o sólo
es u n a p o s e s ió n , s in o q u e ta m b ié n es u n capital.
E n el p r im e r c a p ítu lo d e los Principios de lafilosofía del de
recho, q u e t r a t a d e la p r o p ie d a d y h a c e d e ella la p rim era form a
q u e la li b e r t a d se o to r g a e n la ex isten c ia , b ie n la existencia que
la p e r s o n a , e n c u a n to q u e v o lu n ta d lib re , o to rg a a su lib er
ta d — b ie n a q u e llo q u e g a ra n tiz a la ex isten c ia efectiva y o b je
tiv a d e la p e r s o n a , sin lo c u a l ella y su v o lu n ta d seguirían sien
d o s im p le s c o n c e p to s — , H e g e l se ve o b lig ad o co n sta n te m e n
te a c o r r e g ir e s ta s d e fin ic io n e s y estas p ro p o sicio n es p a ra d a r
c u e n ta d e la p r o p ie d a d in te le c tu a l. E n resu m id as cuen tas, es
to s addenda ta l v e z d e s m o n ta n to d a la arg u m en tació n .
E l l ib r o e s, p o r lo ta n to , ta m b ié n u n ca p ital. P e ro el p ro -
437
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
b le m a p e rs is te . L a e n s e ñ a n z a y la p r o p a g a c ió n d e la s c ie n c ia s
n o es m ás q u e « la repetición d e p e n s a m ie n to s e s ta b le c id o s ,
ya e x p r e s a d o s y to m a d o s e x te r io r m e n te » .151 ¿ H a s ta q u é p u n
to e sta re p e tic ió n c o n fie re u n d e r e c h o d e p r o p i e d a d a q u ie n
la p ra c tic a ? « ¿ E n q u é m e d id a u n a r e p e tic ió n ta l e n u n a o b ra
lite ra r ia d e v ie n e u n plagio?», p r e g u n ta H e g e l.152 E s ta c u e s
tió n p o n e e n ja q u e el d e r e c h o , p o s itiv o o a b s tr a c to , y a la fi
lo so fía: « N o p u e d e d e te r m in a rs e c o n e x a c titu d y e s ta b le c e r
se p o r lo ta n to leg al y ju ríd ic a m e n te . E l p la g io d e b ía ser, p o r
lo ta n to , u n a c u e s tió n d e honor y s e r r e f r e n d a d o p o r é s te » .153
E l h o n o r es el ú n ic o fia d o r d e la v a lid e z d e la e s c r itu r a , té r
m in o e x tra ñ o y a b s o lu ta m e n te in s ó lito e n la p e r s p e c tiv a d el
d e re c h o n a tu r a l q u e H e g e l tr a ta d e e la b o r a r, o , a l m e n o s , té r
m in o cuya p re s e n c ia a q u í, e n e s te p u n t o d e p a r ti d a d e la e m
p re s a , es ra d ic a lm e n te p r e m a tu r o y p o n e d e m a n ifie s to q u e
es im p o sib le e x te n d e r a la e s c r itu r a la n o c ió n d e p r o p ie d a d ,
co m o si só lo fu e ra p o s ib le h a c e r u n a e v o c a c ió n m e ta f ó ric a
d e la p ro p ie d a d e n e sta m a te ria . P r o u s t e s c r ib ía a u n o d e sus
am igos, A lb e rt F la m e n t, a ra íz d e la a p a r ic ió n d e u n lib r o d e
éste: « L leva u s te d c a d a d e ta lle h a s ta d o n d e o t r o n o h a b r ía
p o d id o llev arlo y se lo a p r o p ia u s te d d e u n a f o r m a i n d is c u ti
b le , co m o u n d e r e c h o d e p r o p ie ta r io » .154 P r o u s t n o se e q u i
v o ca b a, es e x a c ta m e n te la m e tá f o r a o la f a n ta s ía d e u n a p r o
p ie d a d lo q u e e n v u e lv e a la p e rig ra fía .
R e to m a n d o u n a vez m á s, p a r a p r e c is a r el a s u n to , la s n o
cio n es d e « p o se sió n » , « a p r o p ia c ió n » o « p r o p i e d a d te x tu a l»
d e sd e o tra p e rs p e c tiv a , c o m o tre s m o d e lo s , n o s o la m e n te
h is tó ric o s o g en e a ló g ic o s, d e la re la c ió n e n tr e u n s u je to y u n
o b je to , e n tre el su je to d e la e n u n c ia c ió n y e l e n u n c ia d o , se
d is tin g u iría n d e e ste m o d o :
- L a re la c ió n d e p o s e s ió n , e s e n c ia lm e n te a m b iv a le n te , se
p la n te a e n lo im a g in a rio , e n el n iv e l d e u n a f a n ta s ía fu s io n a l,
438
P O S E S I Ó N , APROPIACIÓN, PROPIEDAD
sin q u e e l s u je to r e p r e s e n te la p a r te d e d e n tro o d e fu e ra , d e
lo q u e le e s p r o p i o (su c u e rp o , su len g u a) o d e lo q u e es d el
o tr o (el c u e r p o a je n o , el d iscu rso ).
- L a r e la c ió n d e a p ro p ia c ió n , q u e h ac e suya sin d istin c ió n ,
es p o r sí m is m a u n a e ta p a in te rm e d ia , en la q u e el su jeto p a r
te e n b u s c a d e sí m ism o c o m o si fu e ra o tro , en b u sc a d e su
i d e n tid a d e n t r e lo s o b je to s q u e le ro d e an . « Q u ie n to c a u n a
to c a al o t r o » , '” d e c ía M o n ta ig n e d e su o b ra y d e sí m ism o.
N o se t r a t a t a n t o d e q u e n o h ay a d iferen cia e n tre d e n tro y
fu e ra , s in o d e c o n f u s ió n e n tre yo y lo q u e es m ío. E sto s u p o
n e el e s b o z o d e u n s u je to y, a p e s a r d e la ausencia d e u n a b a
rr e r a , u n m a r g e n e n tr e yo y el te x to . S éneca re co m en d ab a a
L u c ilio : «Aliquid ínter te intersit et librum» .'s6 D eja espacio
e n tr e t ú y e l lib r o , p u e s p re c is a m e n te ese esp acio te p e rm i
te h a c e r lo tu y o .
- P o r lo q u e r e s p e c ta a la p r o p ie d a d , resu elv e to d o esto al
fa c ilita r e l a c c e s o d e l a u to r a la m a d u re z , asu m ien d o la se
p a r a c ió n e n t r e e l a u to r (in sta n c ia o p e rs o n a m o ral, co n so
lid a c ió n r e c u r s iv a d e la v a r ie d a d d e los sujetos) y el lib ro
(ta m b ié n é l in s ta n c ia y p e r s o n a m o ra l, m erc an cía , u n id a d de
e n u n c ia d o s d e o ríg e n e s d iv e rso s p e r o re to m a d o s, co m p re n
d id o s e n la p e r ig r a f ía a la q u e se e n c o m ie n d a y q u e lo re p re
s e n ta ). E s u n a r e la c ió n c o m p le ta m e n te sim bólica, qu e p u e
d e lle g a r h a s t a la fic c ió n d e l p s e u d ó n im o , del m an u scrito e n
c o n tr a d o , o d e l e s p e jo tra s la d a d o a lo larg o del cam ino, p ro
te g id a p o r la le y « c o n u n a lc a n c e d e te rm in a d o , p e ro m uy li
m ita d o » , d ic e H e g e l.'57
P o r lo t a n t o , ¿ c u á l es el o b je to d e la p ro p ie d a d literaria?
M ie n tr a s q u e la p o s e s ió n y la a p ro p ia c ió n son seg u ram en te
s e ñ u e lo s , a l m e n o s su s o b je to s n o ca rec en d e realid ad . E ste 1567
439
LA I N M O V I L I Z A C I Ó N D E L T E X T O
n o es el caso d e la p r o p ie d a d cu y o o b je to , p o r el c o n tr a r io ,
es im a g in a rio , p r o b le m á tic o . R e la c ió n e n t r e u n s u je to y u n
o b je to , la p r o p ie d a d es ta n s o s p e c h o s a c o m o la p o s e s ió n , y
ta n ilu s o ria c o m o ella. E n la p o s e s ió n , e l s e ñ u e lo tie n e q u e
v e r c o n la re la c ió n y c o n el s u je to — la vox h a b la p o r e l s u je
to — , p e r o e n la p r o p ie d a d el o b je to m is m o es u n a ilu s ió n . L a
p r o p ie d a d p r e te n d e co n se rv a r, r e la c io n a r a lg o , a q u e llo d é l o
q u e se h a b r á a p o d e ra d o , a q u e llo a lo q u e h a b r á d a d o fo rm a ,
a q u e llo q u e h a b r á m a rc a d o ; la ley le r e c o n o c e su s d e re c h o s .
P e r o si la p e rig ra fía e n re a lid a d n o c o m p r e n d ía n a d a o e l v a
cío, co sa q u e H e g e l n o lle g ó a d e lim ita r ...
P o s e s ió n y p r o p ie d a d d e s c o n o c e n d e m o d o s im ila r la c a
re n c ia : la p rim e ra es u n s e ñ u e lo d e l e m b a r g o im a g in a rio
d e u n o b je to p e r fe c ta m e n te re a l (m i a lm a h a b i t a d a p o r el d e
m o n io ), y la se g u n d a es u n a ilu s ió n d e la d e te n ta c ió n s im b ó
lica (en la p erig ra fía ) d e u n o b je to im a g in a rio , la e s c ritu r a .
P e rsiste , u n id a a la v e r d a d d e la e s c r itu r a , la a p r o p ia c ió n :
lo q u e p e rm ite e x tra e r u n a fra se , lo q u e d e s e n m a s c a r a a u n
su jeto , lo q u e se b u rla ta n to d e l s u je to c o m o d e l o b je to . E s to
n o es m ío, n o soy yo, y n o h a b lo e n n o m b r e d e n a d ie ; es ta n
sólo m i sín to m a , y el s ín to m a es s ie m p re e l d is c u r s o d e l o tro ,
lo real. N o h ay n a d a m ás re a l q u e el r o b o , a u s e n te d e la s c o n
sid era cio n es h e g e lia n a s s o b re la p r o p ie d a d , s a lv o b a jo la fo r
m a d el p lag io , el ro b o d e la e s c ritu r a q u e q u e b r a n t a t o d a p r o
p ie d a d en sus c im ien to s.
U n a frase la tin a , la le n g u a m u e r ta q u e c o n m á s s e g u r i
d a d n o s c o n c ie rn e , p o d r ía se rv ir d e e m b le m a a Los ensayos,
u n a fra se to m a d a d e u n a ñ a d id o al e je m p la r d e B u r d e o s al
c a p ítu lo « L a fo rm a c ió n d e lo s h ijo s» : « Q u ie n s ig u e a o tr o ,
n a d a sigue. N a d a e n c u e n tra ; m á s a u n , n a d a b u s c a . Non su-
mus sub rege; sibi quisque se vindicet [ N o e s ta m o s s o m e tid o s
a u n rey, c a d a c u a l d e b e v in d ic a rs e a sí m is m o ] . Q u e a l m e
n o s s e p a q u e sa b e » .158 L a p rim e ra fra s e p la g ia a S é n e c a : «qui
440
P O S E S IÓ N , A PRO PIA CIÓ N , PROPIEDAD
441
S E C U E N C I A VI
LA ESCRITURA E M B R O L L A D A
I. LA C I T A C O N S U M A D A
R e c o rd e m o s la h ip ó te s is q u e h a s e rv id o d e p u n t o d e p a r tid a
a e ste tra b a jo : u n a c ita p o n e e n re la c ió n d o s s is te m a s sem ió -
tic o s, S c ita d o y Sz c ita n te , c a d a u n o c o m p u e s to d e d o s e le
m e n to s, u n su je to (A ] o A 2) y u n te x to ( T o TJ. C u a tr o r e
lacio n e s p o r lo ta n to e n tr e e le m e n to s to m a d o s c a d a u n o d e
u n o d e los d o s sistem as: TI- TZ>, A I -TZ*,T 1 -A Z yJ A -AI 2
. T o d a c ita
g e n e ra estas c u a tro p a re ja s sim p le s y v irtu a le s ; c o r r e s p o n d e
a la le c tu ra — a la in te r p r e ta c ió n c o m o n e g o c ia c ió n d e las d i
fe ren c ia s— h a c e rla s ex istir, lle v a rla s a c a b o , o to r g a n d o o n o
a cad a re la ció n p o te n c ia l u n v a lo r e fe c tiv o : e l d e s ím b o lo , i n
d icio , d ia g ra m a o im a g e n , q u e d e s ig n a n lo s c u a tr o v a lo re s c o
rre s p o n d ie n te s a las c u a tr o re la c io n e s s im p le s , q u e c o m p o
n e n a su vez u n a tip o lo g ía fo rm a l d e la c ita , c o n c u a tr o c a s i
llas, d e a c u e rd o c o n la re la c ió n a la q u e la le c tu r a re c o n o z c a
u n p re d o m in o s o b re las o tra s.
V erificar esta tip o lo g ía c o n d ic io n a l s ig n ific a b a c o n f r o n
ta rla c o n div ersa s p rá c tic a s d e la c ita . T re s s o n d e o s s u c e s i
v o s n o s h a n d e s c u b ie rto d iv e rso s v a lo re s p r iv ile g ia d o s e n la
c ro n o lo g ía : el d e s ím b o lo e n la r e tó r ic a a n tig u a , el d e in d ic io
p a r a el c o m e n ta rio m e d ie v a l y, e n el te x to d e la é p o c a c lá s i
ca, el d e ic o n o , v a lo r b a jo el c u a l se s u b s u m e n la s e s p e c ie s
d e l d ia g ra m a y d e la im a g e n , d o s fig u ra s c o n v e r g e n te s d e l s u
je to c a rte sia n o .
442
LA CITA C O N S U M A D A
443
2. U N A E C O N O M Í A D E LA E S C R I T U R A
444
UNA E C O N O M Í A D E LA E S C R IT U R A
3 Id.
445
3- T E R A T O L O G Í A
446
TERATOLOGÍA
447
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
448
FESTIVIDADES
4. FESTIVIDADES
4 49
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
450
FESTIVIDADES
451
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
5. RELLENO
452
EL T R a M P A N T o j o
6. E L T R A M P A N T O J O
453
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
siglo xvi era habitual que la cita tuviera un lugar en los ma
nuales de retórica. Según Gracián, es un concepto, lo que se
traduce aproximadamente por un rasgo del espíritu y que
Gracián define así: «un acto del entendimiento que exprime
la correspondencia que se halla entre los objetos»:16 combi
na lo inteligible y lo sensible. Por lo que respecta a la agude
za, esa sutileza que la elocuencia persigue, es aquello que sus
pende el juicio, «suspende la inteligencia»,*7 cosa que sensi
biliza o sensualiza el discurso. Concepto, la cita es por lo tan
to un compendio o un contacto entre los sentidos y la inteli
gencia; es tanto más sutil cuanto más apropiada a las condi
ciones de su enunciación. «Cuantas más son las correlacio
nes del texto, acomodado con las circunstancias del sujeto, es
mayor el concepto, y más fundamental».*8 No existe, según
Gracián, una diferencia apreciable entre esta cita y la de la
retórica clásica, en Lamy por ejemplo: ambas son correspon
dencias—Gracián emplea, de manera significativa, el térmi
no correlación—entre dos textos, tanto mejores cuanto más
próximas sean las circunstancias y los contextos. Sin embar
go Gracián introduce una distorsión, una licencia que la éti
ca clásica condena: «Puédesele ayudar a la autoridad aco
modada, añadiéndole alguna otra palabra, para ajustar del
todo la correspondencia».'9 De modo que, para mejorar la
adecuación de la cita con el texto que la repite, puede aña
dírsele una palabra, o cambiar otra. Y cuando más adelante
explica: «No sola una palabra, sino parte de una autoridad,
se puede alterar», advertimos que es legítima prácticamente
cualquier alteración de la cita para adaptarla a la circunstan
cia actual. Y de esta transformación Gracián pone el ejem
plo de Carlos V, quien al regresar de una campaña victoriosa
en Alemania, modificó la famosa frase de César, «Veni, vidi,
vici» diciendo: «Veni, vidi, vicit Deus».
454
EL TRAMPANTOJO
455
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
7. LA S I N R A Z Ó N S U F I C I E N T E
456
L A S I N R A Z Ó N SIIBrr-
UPiCIENTE
457
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
458
LA SI N R A Z Ó N SU FIC IEN TE
459
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
4 60
LA S I N R A Z Ó N S U F IC IE N T E
461
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
sí. N o o b s ta n te , B o rg e s p r e s e n ta la s e g u n d a , la d e P ie r r e M e-
n a r d , c o m o u n a su tile z a o u n a d ific u lta d d e u n g r a d o s u p e
rio r: P ie r r e M e n a r d d e s c a rta la id e n tific a c ió n t o ta l c o n C e r
v a n te s a c a u sa d e su fa c ilid a d . L a d ife r e n c ia e n t r e lo s a u to re s
y lo s siste m a s, a p e s a r d e la id e n tid a d d e lo s te x to s o d e los
e n u n c ia d o s , es m ás c o m p le ja y m á s ric a q u e la id e n tific a c ió n
e n tr e lo s a u to re s y lo s siste m a s p o r la id e n t i d a d d e lo s te x to s .
O in c lu so , la h e re jía d e lo s h is trió n ic o s , c o n t o d o lo q u e to m a
d e la im a g e n d e l e sp e jo — la m á s c a ra a B o rg e s — , e s m á s r e
fin a d a q u e la d e lo s m o n ó to n o s . L a r e f e r e n c ia a L e ib n iz n o s
p e r m ite e s ta b le c e r e sta je ra rq u ía .
V eam os lo s c u a tr o g ra n d e s p r in c ip io s le ib n iz ia n o s : c o n
tra d ic c ió n , ra z ó n su fic ie n te , c o n tin u id a d e in d is c e r n ib le s . E l
p rim e ro , q u e e n u n c ia q u e d e d o s p r o p o s ic io n e s c o n t r a d i c t o
rias u n a es v e r d a d e r a y la o tr a fa lsa , d e te r m in a la s v e r d a d e s
n ec esaria s y las e x iste n c ia s p o s ib le s ( e n tr e la s c u a le s la c o n
tra d ic to ria es im p o sib le ). E l s e g u n d o d e te r m in a la s v e r d a d e s
d e h e c h o o c o n tin g e n te s y las e x is te n c ia s a c tu a le s e n t r e las
p o sib les, lo q u e sig n ifica q u e lo c o n tin g e n te n o e s tá s o m e ti
d o al a z ar sin o q u e su re a liz a c ió n r e s p o n d e a u n a r a z ó n i n
d isp e n sa b le . P e r o ¿ d e q u é ra z ó n se tr a ta ? E s a es la p r e g u n ta
q u e se p la n te a b a H e id e g g e r e n 19 2 9 , e n Von Wesen des Gran
des [« D e la ese n c ia d e l f u n d a m e n to » ] ,37 y c u y o e c o e n c o n
tra m o s en a lg u n o s re la to s d e B o rg e s. L o s d o s ú ltim o s p r i n c i
p io s le ib n iz ia n o s so n m ás b ie n e x p r e s io n e s p a r tic u la r e s d e l
p rin c ip io d e ra z ó n su fic ie n te , es d e c ir c o n d ic io n e s d e lo r e a
lizab le. E l d e c o n tin u id a d e n u n c ia q u e n o h a y s a lto d e u n a
co sa a o tra , y el d e lo s in d is c e rn ib le s , q u e d o s c o s a s in d iv i
d u a le s n o p o d r á n s e r e x a c ta m e n te s e m e ja n te s , q u e t ie n e n al
m e n o s u n a d ife re n c ia c u a lita tiv a i n te r n a a b s o lu ta . E s to s c u a
tr o p rin c ip io s e stá n o rd e n a d o s , d e s d e lo p o s ib le h a s ta lo a c
tu a l, y d e b e m o s a L e ib n iz el h a b e r i n t r o d u c i d o e l s e g u n d o d e
462
LA S IN RA Z ÓN SUFIC IENT E
463
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
464
la sinrazón suficiente
D o b le m e n te a b e r r a n te , ta n to p a r a la e c o n o m ía c lá sic a d e
la e s c r itu r a c o m o p a r a el s iste m a le ib n iz ia n o d e l c o n o c im ie n
to , la c ita d e B o rg e s p o n e e n e v id e n c ia u n p a r a le lis m o e n tre
esas d o s c o n s tru c c io n e s e n tr e las q u e tie n e lu g a r. A m b a s g a
r a n tiz a n , e n el d is c u rs o , lo a c tu a l y lo e x is te n te , e l se r-a h í,
p o d r ía m o s d e c ir e n té rm in o s h e id e g g e ria n o s ; y e s la p r e g u n
ta p o r el s e r d e l se r-a h í la q u e p la n te a B o rg e s: e n c u a n to q u e
e s ta c u e s tió n n o e stá re s u e lta , e n c u a n to q u e la e s e n c ia d e la
ra z ó n (su fic ie n te) n o e s tá d e fin id a , la r e e s c r itu r a d e l Quijote,
el m ism o y sin e m b a rg o o tro , s ig u e s ie n d o p o s ib le . L a c ita es
la ra z ó n su fic ie n te e n la e s c r itu r a y d e la e s c r itu r a , u n a ra z ó n
cu y o fu n d a m e n to sig u e s ie n d o o s c u r o . S in c ita — s e ria , m e
s u r a d a y fiel, es d e c ir r a z o n a b le y d is c e r n ib le — , m i e s c r itu r a
c a re c e d e ra z ó n , d e d e r e c h o a la e x is te n c ia ; es p o s ib le , p e r o
n o tie n e n in g u n a ra z ó n d e ser: p o d r í a p e r f e c ta m e n te n o ser.
E n el fo n d o , to d a la a p o r ía d e la e s c r itu r a , ta l y c o m o B o rg e s
la revela, es q u e n o se a n e c e s a ria , q u e n o le b a s te c o n n o se r
c o n tra d ic to ria c o n sig o m is m a p a r a e x istir. E n d e fin itiv a , la
c u e stió n q u e se p la n te a c o n tin u a m e n te es la d e s u r a z ó n d e
se r en c u a n to q u e es c o n tin g e n te . L a e c o n o m ía p e r ig r á fic a
re s p o n d e d e v o lv ie n d o la p r e g u n ta : la p a l a b r a es a c tu a l, e x is
te , n o h ay m ás q u e re p e tirla , q u e c ita rla ; B o rg e s d ic e ú n ic a
m e n te q u e esa p a la b r a es p o s ib le , q u e d e p e n d e d e la a b s o lu
ta s u b je tiv id a d d e c a d a c u a l el a c tu a liz a rla . Y e n e s to re m ite
al B a rro c o q u e d e fin e c o m o « to d a c r e a c ió n q u e t r a t a d e a g o
ta r sus p o sib le s» . D e e s te m o d o la c ita a c tiv a , a q u e lla q u e en
lo a c tu a l só lo c o n s id e ra lo v irtu a l, a q u e lla q u e n o r e p it e lo
a c tu a l p e r o q u e p r o d u c e , p ro v o c a , la e x is te n c ia d e lo p o s i
b le te s tific a d o c o m o ta l p o r u n a a c tu a liz a c ió n a n te r io r , n o es
c ita m á s q u e p o r a ñ a d id u r a . E l te x to d e M e n a r d n o e s n i u n
p la g io n i u n a c o p ia , o, c o m o d ic e B o rg e s , h a y q u e e s ta r t o t a l
m e n te d e s p ro v is to d e p e r s p ic a c ia p a r a n o v e r e n é l m á s q u e
u n a tra s c rip c ió n d e l Quijote. E l te x to c o m p u e s to p o r P ie r r e
M e n a r d es u n a c ita c o n tin u a d e C e r v a n te s y c o in c id e c o n el
Quijote p o r a ñ a d id u r a , p e r o n o p o r c a s u a lid a d , s in o a l c o n -
466
LA S I N R A Z Ó N S U F i C i E N T E
467
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
lo p o s ib le c o m o re a l), s e g u ir e s c r ib ie n d o ( r e e s c r ib ir lo re a l
c o m o p o s ib le ), es la s in ra z ó n s u fic ie n te . P e r o ta l v e z to d a
e s c ritu r a s u p o n g a , a u n q u e só lo se a u n p o c o , e s ta s in ra z ó n .
S in d u d a , p o d ría m o s p r o s e g u ir y a f in a r e l a n á lis is d e la
o b r a d e B o rg es, e n p a r tic u la r d e Ficciones, a p a r tir d el m o
d e lo le ib n iz ia n o , c o m o si e x p lo ra s e to d o s lo s g r a d o s d e li
b e r ta d o b te n id o s al re la ja r u n o u o tr o d e lo s p r in c ip io s . U n o
d e ello s, sin e m b a rg o , n o e s tá a f e c ta d o n u n c a p o r la s f a n ta
sías d e B o rg es, q u e o b s e rv a e s c r u p u lo s a m e n te u n a ló g ic a d e
la id e n tid a d o d e la c o n tra d ic c ió n e n la d e te r m in a c ió n d e lo s
p o sib le s. B o rg es a m p lía in c lu s o el c a m p o d e a c c ió n d e l p r i n
c ip io d e c o n tra d ic c ió n . « L a s c o sa s, es u n a c o s a q u e n o p u e
d e n s u c e d e r p o r c a s u a lid a d . Y . .. si n o h a y o r d e n , p o r la v e n
ta n a e n tra v o la n d o u n a v a c a » .42 H a y q u e in s is tir e n e l h e c h o
d e q u e esto e n n in g ú n ca so se p r o d u c ir ía e n B o rg e s : n o h a c e
caso d e la re a liz a c ió n d e to d o s lo s p o s ib le s , p e r o é s to s le e s
tá n d a d o s, n o so n ja m á s e n sí m is m o s c o n tr a d ic to r io s , es d e
cir, im p o sib les; so n lo s e le m e n to s d e la le n g u a y d e l d is c u r
so, del d ic c io n a rio y d e la b ib lio te c a . L a c ita r e a c tiv a r e s p e ta
lo a c tu a l y se o b lig a a la r a z ó n s u fic ie n te ; la c ita a c tiv a d e s
p la z a lo a c tu a l y la ra z ó n s u fic ie n te , lo s s o b r e p a s a a lo s d o s
en b u s c a d e lo p o s ib le , lle v a a c a b o lo s p o s ib le s , lo s m a n i p u
la, los tra n s fo rm a , lo s c o m b in a . S in e m b a r g o , e s to s p o s ib le s
jam ás d e ja n d e sa tisfa c e r el p r in c ip io d e c o n tr a d ic c ió n , q u e
p a r e c e in to c a b le y h a y q u e t r a t a r d e m a n t e n e r a t o d a c o sta .
E s te lím ite q u e im p o n e B o rg e s a la d e g r a d a c ió n d e l d is c u r s o
es ta m b ié n el lím ite d e l d e sa fío y d e la p e r v e r s ió n , c u a n d o se
z a ra n d e a el m o d e lo sin lle g a r a r o m p e r lo r e a lm e n te , c u a n d o
se p a r o d ia su ra c io n a lid a d e n n o m b r e d e la r a z ó n , in v o c a n d o
o tr a ra z ó n m ejo r, c o n la q u e se ju s tific a p a r a e v ita r la c o n t r a
d ic c ió n , p a r a n o m e n o s c a b a r la v e r d a d n e c e s a r ia . L a s i n r a
z ó n su fic ie n te e rig e lo c o n tin g e n te e n n e c e s a r io , lle v a a c a b o
468
LA C A C O G R A F Í A
8 . LA C A C O G R A F Í A
469
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
470
E ST R U C TU R A Y SERIE
b ie n s ig n ific a d e n u n c ia r e s a a s o c ia c ió n . L a e s c r itu r a d e l e n l o
q u e c im ie n to n o c o n d e n a la c o n tr a d ic c ió n , p e r o se c o n f u n d e
co n e l le n g u a je q u e la ig n o ra : to d o e s tá d ic h o , es e l le n g u a je
lo q u e v u e lv e lo c o . E l e n lo q u e c im ie n to es u n a v a r ie d a d d e la
e s c r itu r a c o n c e b i d a ( p r e m e d ita d a , d ir ía B o rg e s) c o m o d e
g r a d a c ió n d e l t e x to ; es ta l v e z la m á s a b s o lu ta d e la s d e g r a
d a c io n e s . S in p r i n c i p i o y s in re g u la c ió n , sin c o n tr o l p r e v io
n i s u c e s iv o , e s la c a c o g r a f ía o la g lo so la lia . Y es v e r d a d q u e
la d if e r e n c ia e n t r e u n a g lo s o la lia p o é tic a y u n a g lo s o la lia p a
to ló g ic a e s in d is tin g u ib le : s ie m p r e n o s h a f a lta d o u n m é to d o
p a r a d if e r e n c ia r lo s e m e ja n te .
9. ESTRUCTURA Y SERIE
P u e d e p a r e c e r s im p lis ta o p o n e r d o s a b e r r a c io n e s d e e s c r itu
ra, u n a q u e s e r ía p e r v e r s a y la o t r a e n lo q u e c e d o r a , u n a q u e
d e s m e n tir ía e l p r i n c i p i o d e r a z ó n s u fic ie n te , y la o tr a el p r i n
c ip io d e c o n t r a d i c c i ó n . N o o b s ta n te , la r e f e r e n c ia a B o rg e s
d e lim ita e l p r i m e r té r m i n o d e la o p o s ic ió n , m ie n tr a s q u e el
s e g u n d o d e s ig n a s in n i n g u n a d u d a u n a c a r a c te r ís tic a c o n s
ta n te d e la o b r a d e a r te m o d e r n o , o al m e n o s e l id e a l q u e p o s
tu la c u a n d o se p r o p o n e e s c a p a r a t o d o s e n tid o q u e s e ría s u s
c e p tib le d e e x i s t i r a n te s d e s u e n u n c ia c ió n , c u a n d o se p r o p o
n e lib e r a r s e d e t o d o c ó d ig o o s is te m a p r e c o n c e b id o .
C la u d e L é v i- S tr a u s s , e n Lo crudo y lo cocido, f o r m u la una
o p o s ic ió n b a s t a n t e p a r e c i d a e n t r e d o s te n d e n c ia s d e l a r te
c o n te m p o r á n e o . S u m e jo r r e p r e s e n ta c ió n es el c o n tr a s te e n
tr e la p i n t u r a f ig u r a tiv a y la p i n t u r a a b s tr a c ta . L a p r im e r a s u
p o n e d o s n iv e le s d e a r tic u la c ió n , d u r a n te la e je c u c ió n y d u
r a n te la c o n t e m p l a c ió n , o d o s s is te m a s d e r e f e r e n c ia q u e a c
tú a n s i m u lt á n e a m e n t e , « e l d e la s s ig n ific a c io n e s i n t e l e c t u a
les, h e r e d a d o d e la e x p e r ie n c ia c o m ú n , r e s u lta n te d e la f r a g
m e n ta c ió n y la o r g a n iz a c ió n d e la e x p e r ie n c ia s e n s ib le e n o b
je to s , y e l d e lo s v a lo r e s p lá s tic o s , q u e s ó lo se v u e lv e sig n ifi-
47i
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
c a tiv o a c o n d ic ió n d e m o d u la r e l o tr o in te g r á n d o s e a é l» .44
L a p in tu r a n o fig u ra tiv a , p o r el c o n tr a r io , s u p r im e e l p r im e r
n iv e l d e a rtic u la c ió n , el d e la s ig n ific a c ió n in te le c tu a l; lo s
e le m e n to s q u e a so c ia s o b re la te la n o s o n y a id e n tific a b le s
c o m o fo rm a s o u n id a d e s s is te m á tic a s, es d e c ir sig n o s: « S e
tr a ta a n te s b ie n d e c ria tu ra s d e l c a p ric h o , g ra c ia s a la s c u a le s
se ca e e n u n a p a r o d ia d e c o m b in a to ria c o n u n id a d e s q u e n o
lo so n » , e s c rib e L é v i-S tra u ss.45
S e g ú n el a n tro p ó lo g o , u n a m ism a o p o s ic ió n a c tú a e n tr e la
m ú s ic a m o d a l o to n a l, y la m ú s ic a c o n c re ta : la e s c a la , e s tr u c
tu r a je rá rq u ic a d e lo s so n id o s , e la b o r a c ió n c u ltu r a l, es e l p r i
m e r n iv e l d e a rtic u la c ió n q u e d e n u n c ia la m ú s ic a c o n c r e ta
u tiliz a n d o co m o m a te ria l s o n o r o r u id o s n a tu r a le s q u e a d e
m ás ella d e s n a tu ra liz a y a lte ra c o n el fin d e h a c e r ir r e c o n o c i
b les: «S e a p lic a a n te to d o a d e s in te g r a r e l s is te m a d e sig n ifi
c a cio n es a c tu a les o v irtu a le s e n d o n d e e sa s e n tid a d e s d a d a s
fig u ra n co m o e le m e n to s» .46
A u n q u e la m ú sic a seria l, d ic e L é v i-S tra u ss , p a r e z c a a d o p
ta r u n p u n to d e v ista c o m p le ta m e n te d if e r e n te (e n lu g a r d e
s u b s titu ir el s o n id o p o r el r u id o , t r a ta d e d e f in ir e l c ó d ig o
m e n o s o rg a n iz a d o , el m ás r u d im e n ta r io p o s ib le q u e m a n t e n
ga la e s tru c tu r a d e lo s s o n id o s e n el p r i m e r n iv e l d e a r ti c u
la c ió n ), n o o b e d e c e m e n o s a la m is m a u to p ía d e l sig lo p a s a
d o , « q u e es c o n s tru ir u n siste m a d e sig n o s e n u n s o lo n iv e l
d e a rtic u la c ió n » .47
S e m e ja n te u to p ía c a u tiv a al te x to c o n te m p o r á n e o , m á s
c e rc a sin d u d a d e la m ú sic a se ria l q u e d e la m ú s ic a c o n c r e
ta. E n e fe c to , to d a e s c ritu ra , a d ife r e n c ia d e la p i n t u r a o d e
la m ú sic a , s u p o n e u n a o rg a n iz a c ió n o u n a e s t r u c tu r a m ín im a
q u e la h a g a a c c e sib le a u n a le c tu r a . E v id e n te m e n te p o d e m o s
im a g in a r te x to s — p u e s lo s h a y — m á s c o n c r e to s q u e se ria le s :
472
E ST R U C T U R A Y SERIE
473
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
10. LA C IT A C A P R I C H O S A
474
LA CITA C A P R IC H O S A
475
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
II. LA N I V E L A C IÓ N
476
LA N I V E L A C I Ó N
477
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
478
LA M A C U L A T U R A
12. LA M A C U L A T U R A
479
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
480
LA M A C U L A T U R A
g in a c o n u n e m p la z a m ie n to g r a d u a d o , n o m a n te n d r á al l e c
t o r s in r e s p ir a c ió n , d u r a n te to d o el lib r o , si a p e la a s u p o d e r
d e e n tu s ia s m o : a lr e d e d o r , g r u p o s e n c u e r p o s m e n u d o s , a c c e
s o r ia m e n te s e g ú n s u im p o r ta n c ia , e x p lic a tiv o s o d e r iv a d o s ...
u n s e m ille r o d e f io r itu r a s » .59 E n e f e c to , M a lla rm é r e c u r r e al
p e r ió d ic o , a s u d is p o s ic ió n , e l « s e m ille ro d e fio r itu r a s » — n o
la m o n o t o n ía d e la c o lu m n a — p a r a d e s p r e n d e r s e d e l lib r o
q u e e s p r e c is o d e s f lo r a r, p a r a a p r o x im a r s e a la m ú s ic a . R e f u
t a n d o e l l i b r o , p e r o r e s is tié n d o s e al p e r ió d ic o , M a lla rm é lo s
tr a n s c ie n d e a a m b o s e n u n a p a r t i t u r a e sp e c ia l.
E n c a m b io , J o y c e e x p lo ta r á , sin d e m a s ia d a s re tic e n c ia s , la
c o m p a g in a c ió n d e l p e r ió d ic o e n e l s é p tim o e p is o d io d e l Uli-
ses, c o n o c id o c o m o « E o lo » .6° E s e v id e n te la h o m o lo g ía e n
tr e e l c o n t e n i d o d e l r e la to (la c o n f e c c ió n d e u n p e r ió d ic o ) y
su f o r m a (la d is p o s ic ió n m is m a d e la p á g in a , e n c o r to s fr a g
m e n to s s e p a r a d o s p o r titu la r e s ) , h o m o lo g ía q u e es u n ca so
m ás d e semiosis in tr o v e r s iv a , lo q u e M a lla rm é lla m a , la « r e c í
p r o c a c o n t a m i n a c ió n e n t r e la o b r a y lo s m e d io s » .6126S in d u d a
las n o v e c ie n ta s f ig u ra s d e la r e tó r ic a c la sific a d a s p o r Q u in -
tilia n o se e n c u e n t r a n e n e s e e p is o d io d e Ulises, p e r o f u n d i
d a s e n la m a t e r ia d e la p á g in a , in s ig n if ic a n te s fu e ra d e ella.
L a p á g i n a d e l p e r ió d i c o tie n e , e n e l sig lo x x , u n a f u n c ió n
d e m o d e l o d e la e s c r i tu r a a n á lo g a a la d e l lib r o im p r e s o e n
su s c o m ie n z o s , e n R a m u s , E r a s m o o M o n ta ig n e .61 F u e c o n tr a
la g r a n m o v i li d a d t e x t u a l d e l sig lo x v i c o n tr a lo q u e se in s ti
tu y ó l a p e r ig r a f ía ; y e s la p e r ig r a f ía la q u e , s ig u ie n d o el e je m
p lo d e l p e r i ó d i c o , M a lla r m é y J o y c e q u ita n d e e n m e d io , a fin
d e r e s t i t u i r a la e s c r i tu r a u n a e n e r g ía o u n p o d e r d e m o v iliz a
c ió n . C o m o e s c r i b e M a lla rm é : « E l lib r o , e x p a n s ió n to ta l d e
59 Id.
60 Véase A. Topia, «La cassure et le flux», Poétique, 26, París, 1976,
pp. 13 2-151.
61 Mallarmé, Quant au livre, op. cit., p. 371.
62 H . M. McLuhan, «Joyce, Mallarmé and the Press», TheSewaneeRe-
view, Tennessee, invierno de 1954, pp. 38-55.
481
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
h o m b r e p e r s ig u e n e g r o s o b r e b la n c o » .Ss A q u í, e l p o e ta lle v a
al e x tr e m o la u t o p í a q u e c re y ó r e a liz a r e n Un coup de dés, d e
la q u e s u r g ir á p o r fin la e s c r itu r a : e l s e ñ u e lo ú ltim o d e la « s u
p e r fic ie v a c a n t e y s u p e r io r » , d e la p á g in a e n b la n c o .
Y a n o h a y e s c r i tu r a n e g r o s o b r e b la n c o , p o r q u e y a n o h a y
p á g in a e n b l a n c o . ( ¡ P e r o q u é v é r tig o p r o d u c e la p á g in a s u
cia, e m b o r r o n a d a y t a c h a d a . .. ! ) . L a s u p e r fic ie e n la q u e se
in s c r ib e e l t e x t o s e r ia l es e lla m is m a tu p i d a y s u c ia , tie n e esa
c o n s is te n c ia q u e M a lla r m é e c h a b a d e m e n o s e n el p e r ió d ic o ,
q u e le p a r e c í a e x c lu s iv a d e lo s p lie g o s d e l lib r o . P e r o e s ta a l
te r n a tiv a h a s id o s u p e r a d a , n o e n la ta b la ra s a y a s é p tic a d e
Un coup de dés, s in o m á s b i e n e n la o m n ip r e s e n c ia e in e v i
ta b le s u c i e d a d d e la m a c u la tu r a . S ie m p re e s c rib o s o b r e u n a
m a c u la tu r a . ¿ C u á le s s o n su s m a n c h a s , su s h u e lla s o su s v e s
tig io s ? E s e l i n t e r t e x t o m is m o e l q u e r e h a c e la s u p e rfic ie , el
q u e se a b r e p a s o a tr a v é s d e la e s c r itu r a n u e v a c o m o el m o
tiv o o s c u r o d e u n p a p e l p i n t a d o b a jo la s su c e siv a s c a p a s d e
p i n t u r a b l a n c a . L a m a c u l a tu r a o la s u p e r fic ie s u c ia c o n la q u e
c o m p o n g o e s e l i n t e r t e x t o q u e r e e s c r ib o .
L a c ita c a p r ic h o s a o s e r ia l n o es, c o m o e n la p e rig ra fía ,
a q u e llo q u e e s c o n v o c a d o , a q u e llo q u e v ie n e al te x to d e s d e
u n e x te r io r , e l i n t e r t e x t o , u n a r e f e r e n c ia y u n a b ib lio te c a , n o
es p r o p i a m e n te u n in je r to , la flor, e l re s a lte o la in c r u s ta c ió n ,
sin o la f lo r a ja d a c u y o m o tiv o o s c u r o m a n c h a la p in tu r a , q u e
ja m á s lo g r a c u b r ir lo . L a c ita e s ta b a y a a h í s o b r e la h o ja a n te s
d e q u e y o e s c r ib ie r a , u n a m a n c h a , u n b o r r ó n o u n a m á c u la . E l
i n t e r t e x t o , c u a n d o e s tá r e c u b ie r to p o r el te x to , es u n s e c a n te
c u b ie r to p o r lo s v e s tig io s d e to d o e l e s c r ito c u y a t in ta h a a b
s o r b id o . O , m á s e x a c ta m e n te , es u n a s u p e r fic ie s u r c a d a d e
a r r u g a s , d e s g a r r a d a , d e s g a s ta d a , a r a ñ a d a , a lte r a d a p o r ta n to s
ro c e s d e p lu m a s , e s la r e d p r o f u n d a m e n te g r a v a d a e n t o d a s u
s u p e r f ic ie d e in s c r ip c ió n . M e p o n g o a e s c rib ir , a t r a z a r s ig
n o s s o b r e e s ta s u p e r f ic ie y t r o p ie z o c o n u n a r a n u r a , m i p lu - 65
65 Ibid., p. 370.
483
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
m a re s b a la , se d e sliz a p o r u n s u rc o p re v io , n o p u e d e e s c a p a r
d e él, lo sig u e h a s ta el fin al, a g o ta el filón: m a d a m e B o v a ry r e
s u c ita b a jo m i p lu m a , o c u a lq u ie r o tr o f a n ta s m a d e s te r r a d o .
D e s p u é s d e l te x to m ó v il d e lo s p r in c ip io s d e la im p r e n t a y
d e l te x to c e rc a d o d e lo s siglos x v n y x v i n , le lle g a e l t u r n o
al te x to re v u e lto . L a c ita es u n a m a n c h a s o b r e la p á g in a ja m á s
b la n c a , m á c u la q u e la e s c ritu r a d e s c u b r e , c o m o e n e se ju e g o
in fa n til e n q u e u n a im a g e n in v is ib le e n el e s p e s o r d e la h o ja
a p a re c e d e p r o n to , p r o d u c id a p o r u n g a r a b a te o q u e la r e c u
b r e d e c u a lq u ie r m o d o . A u n q u e la m a te r ia d e l te x t o s e ria l
se a u n a su p e rfic ie d e s p r e n d id a d e la r e f e r e n c ia c a r te s ia n a e n
la q u e e v o lu c io n a b a la e s c ritu r a p e rig rá fic a , es s in e m b a r g o
u n a s u p e rfic ie d e n sa , g ru e s a , u n h ip e r p la n o c u y o e s p e s o r es
la h is to ria . Y la c ita se im p o n e , se im p r im e e n p a lim p s e s to
c o m o la h u e lla o el a flo ra m ie n to d e e s ta h is to r ia : es i n d e le
b le y sim p á tic a .
1 3 . EL S Í N T O M A
484
EL SÍN TO M A
Ya n o e s r e la c ió n d e l te x to c o n o t r o te x to , ya n o es, e n e s te
s e n tid o , i n t e r t e x t u a l . Y a n o e s p r e s e n ta c ió n , v is u a liz a c ió n o
m o v iliz a c ió n d e u n a a lte r id a d ; n i m o v im ie n to d e l t e x to h a c ia
el e x t e r i o r — c o m o la c ita m e d ie v a l p r e d o m in a n te m e n te i n
d ic a tiv a — , n i m o v im ie n to d e l e x te r io r h a c ia el te x to — c o m o
la c ita d e lo s s ig lo s x v n y x v m , p r e d o m in a n te m e n te ic ó n i-
ca— : n o t i e n e n i n g ú n f u n d a m e n to fa c tu a l. P e r o ta m p o c o es
u n a v a ta r d e l s ím b o lo d e la r e tó r ic a a n tig u a , a p e s a r d e te n e r
en c o m ú n c o n é s te e l s e r u n a re la c ió n a s ig n a d a — su tip o d e
a r b it r a r i e d a d , c o m o h e m o s v is to , n o es e l m is m o — . R a d ic a l
m e n te d i f e r e n t e d e l s ím b o lo , d e l in d ic io y d e l ic o n o d e s d e
el m o m e n to e n q u e n o r e m ite a n in g ú n o tr o d is c u rs o , ¿ q u é
es e n to n c e s ? D is o lv ie n d o la f r o n te r a e n tr e el te x to y el f u e
ra d e t e x t o , c o n f u n d ie n d o e l e x t e r i o r c o n e l in te rio r, es aflo
r a m ie n to e n e l t e x t o d e la s u p e r f ic ie s u c ia , d e la m a c u la tu r a
s o b r e la q u e é s te s e in s c r ib e ; y e l in t e r t e x t o — p a r a s e g u ir d e
s ig n a n d o c o n e s ta p a l a b r a la r e d d e la q u e d e p e n d e la c ita —
es la m a c u l a t u r a m is m a , la c a p a s e d im e n ta r ia e n q u e se d e
p o s ita e l te x t o .
L a s e m e ja n z a a s ig n a d a es lo p r o p i o d e e s ta c ita , u n r e s u r
g im ie n to d e la h i s t o r i a , d e l le n g u a je e n la e s c ritu r a : la s e m e
ja n z a , c o m o e n e l c a s o d e l ic o n o , p e r o a s ig n a d a , c o m o e n el
ca so d e l s ím b o lo . L a c ita s e r ia l es u n a fig u ra in te r m e d ia e n
tr e e l i c o n o (e l s ig n o n a tu r a l) y e l s ím b o lo (el sig n o c o n v e n
c io n a l); y é s te e s t a m b i é n e l c a so d e l in d ic io . P e r o e n e l c u a -
d r ip o lo q u e f o r m a n e s to s s ig n o s , e l in d ic io y e l s ig n o s e ria l
so n c o n t r a r i o s , n o c o m p a r t e n n in g ú n ra sg o ; el s ig n o s e r ia l es
e n c ie r to m o d o e l a n ti- in d ic io : n o m u e s tr a n a d a , d e m u e s tr a .
M ie n tr a s q u e la c ita in d ic a tiv a , la auctoritas, p r o d u c ía u n a
e n u n c ia c ió n d i s t in t a , o rig in a l, la c ita s e ria l r e f u ta la p r o b l e
m á tic a d e l o r i g e n y d e la c o p ia , y a firm a el s im u la c r o e n el
r e to r n o d e la h u e lla . P o r e s o a p e n a s es u n s ig n o : su s e n tid o
e v e n tu a l, s u v a lo r, n o d e p e n d e d e u n s is te m a d if e r e n c ia l, n o
s ig n ific a n a d a , n o t ie n e d o s c a ra s (el s ig n ific a n te y e l s ig n ifi
c a d o ). I n m e d i a t a y re fle x iv a , in te n s iv a , la c ita y a n o e s sig n i-
485
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
fic a n te d e n a d a m á s q u e d e sí m ism a , es la c o s a m is m a q u e
diría el s ig n o p u r o (el s ím b o lo d e P e irc e ).
E n lo s té r m in o s d e la se m io lo g ía d e tr a d ic ió n e s tr u c tu r a l,
la c ita s e ria l es u n síntoma, u n a re la c ió n in m e d ia ta e n tr e el
sig n o y el r e fe re n te . E l s ín to m a es a q u e llo m is m o q u e e s c a p a
a la e s tr u c tu r a , a la d e la cita , e n tr e o tra s : u n r e s to , u n d e s h e
c h o , u n a m á c u la q u e r e to r n a (s e ria lm e n te ) a lo r e a l d e l te x to
o d e l d is c u rs o . E l s ín to m a se p r o d u c e e n el c a m p o d e lo re a l,
p o r u n e fe c to d e lo s im b ó lic o . N i s ím b o lo , n i in d ic io , n i ic o
n o , n o se s o m e te a n in g ú n c ó d ig o , e x c e d e e l á lg e b r a u n iv e rs a l
d e lo s sig n o s se g ú n P e irc e , lo m is m o q u e t o d a r e tó r ic a c u a n
d o se b a s a e n u n a re g u la c ió n s im b ó lic a d e l d is c u r s o . R eal,
f u e r a d e l s e n tid o , el s ín to m a es a q u e llo c o n tr a lo q u e tr o p ie z a
t o d a sim b o lo g ía , n o p u e d e s e r o b je to n i d e u n r e c o n o c im ie n
to n i d e u n a c o m p re n s ió n , s in o d e u n a r e p e tic ió n fo r z a d a .
L o q u e le fa lta al s ín to m a y es c a r a c te r ís tic o d e l s ig n o es
la sig n ificac ió n , el p e n s a m ie n to d e la s e p a r a c ió n in e lu c ta b le
e n tr e el le n g u a je y el ser, e n tr e la p a la b r a y la c o sa . I g n o r a n
d o la sig n ificació n , el s ín to m a s u p o n e la c o in c id e n c ia r ig u
ro sa e n tre el h a b la y lo q u e d e s ig n a . E n e s te s e n tid o d e p e n d e
d e u n a te o ría d e l le n g u a je a n á lo g a a la s o fís tic a , d e C r á tilo
o d e H e rm ó g e n e s , in d is tin ta s si, c o m o s e ñ a la P. A u b e n q u e ,
« la ca lificació n d e “n o m in a lis ta ” (c o m o la d e “ r e a lis ta ” ) c a
re c e a q u í d e s e n tid o , p u e s n o e x is te a ú n u n a d o c t r i n a d e la
significación q u e n o a p a re c e rá h a s ta A r i s t ó t e l e s » / 6 M á s a llá
d e la o p o s ic ió n e n tr e el n o m in a lis m o y e l re a lis m o , e l s í n t o
m a c o r r e s p o n d e a la elisió n d e l sig n o y d e la s ig n ific a c ió n , a la
c o lu s ió n d e l le n g u a je y el ser: es él m is m o o b je to re a l, e s d e c ir,
ser. E n c o n tra m o s h u e lla s d e l s ín to m a e n e s a fa s e d e a p r e n d i
za je d e l le n g u a je e n lo s n iñ o s , c u a n d o se m e z c la n s ig n o s d e la
le n g u a m a te r n a y re s id u o s d e u n a n tig u o ré g im e n , u n l e n g u a
je p r iv a d o q u e p r o d u jo la h ip ó te s is d e u n a n a t u r a l i d a d d e l
sig n o o , m á s e x a c ta m e n te , d e la a s o c ia c ió n e n t r e la p a l a b r a y 6
486
EL SÍN TOM A
487
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
14. EL H O M B R E C IL L O D E A M P E R E
O EL H IS T R IÓ N I C O E S P IR IT U A L
E l s ín to m a es m ío , m i c o sa in a lie n a b le . ¿ Y y o ? ¿ Q u ié n so y yo
p a r a el sín to m a ? Ya n o el a u to r q u e se d is u e lv e e n la s u p e r f i
cie d e la m a c u la tu ra , s ig u ie n d o la c o r r ie n te d e l te x t o se ria l.
M a lla rm é , co m o p re lim in a r a s u b ú s q u e d a d e l L i b r o , e x c lu ía
ya al a u to r: « a d m itie n d o q u e e l v o lu m e n n o c o m p o r t a n in -
488
EL H O M B R E C I L L O DE A M PE R E
489
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
c ita se ria l es a la v ez el ú n ic o s ig n o n e c e s a r ia m e n te v e r d a d e
ro y a u té n tic o (el s ín to m a cu y a n e c e s id a d es t a n i n q u e b r a n
ta b le q u e h a c e s u p e rflu a , e in c lu s o im p r o c e d e n t e , la c u e s
tió n d e su v e r d a d y d e su a u te n tic id a d ) , y u n s ig n o q u e n o lo
es, ya q u e n o se in te g ra e n n in g ú n s is te m a d e l q u e d e p e n d e
ría su sig n ific a c ió n , d e l m ism o m o d o e l s u je to d e la m a c u la
tu r a , sin a u to r titu la r n i le c to r s u p u e s to , es a la v e z u n s u je to
ra d ic a lm e n te su je to , y u n s u je to q u e n o lo es. E s r a d ic a lm e n
te su je to , el ú n ic o s u je to n e c e s a r io d e la e s c r itu r a , y p o r lo
ta n to v e r d a d e r o y a u té n tic o , p o r q u e la c ita s e r ia l n o r e m ite
a n a d a m ás q u e a sí m ism a , al s ín to m a y a l s u je to m is m o : e n
e ste s e n tid o , es p u r a m e n te s u b je tiv a , n o h a c e n in g u n a c o n
c e sió n a n a d ie , es in d e f e c tib le m e n te a -s o c ia l y a -s im b ó lic a .
S in e m b a rg o , el s u je to d e l s ín to m a n o es u n s u je to , n o es v e r
d a d e ra m e n te su je to , p o r q u e n o es uno, s in o q u e e s tá d is p e r
so, ro to , d e s p a rra m a d o : es e f e c to d e l d is c u r s o , es d e c ir, s u
je to de sín to m a . E n el s ín to m a , e n la m a c u la tu r a , e l s u je to y
las h u ellas re m a n e n te s d e la h is to r ia (el i n t e r t e x t o ) se c o n
fu n d e n , sin q u e u n o tra n s c ie n d a a la s o tra s : p a r ti c ip a d e ellas
sin g u a r d a r la m e n o r d is ta n c ia . P o r e s o la p r o b l e m á ti c a d e la
v e rd a d q u e d a o c u lta d a p o r la d e la n e c e s id a d d e l d is c u rs o .
M ie n tra s q u e , e n la p e rig ra fía , la s c ita s ic ó n ic a s se r e u n ía n ,
se a g re g a b a n p a r a c o n s titu ir u n s u je to ú n ic o a s u im a g e n , lo s
sín to m a s e s p a rc e n la m a c u la tu r a sin r e u n ir s e , s in a g re g a rs e .
L as re la cio n es q u e m a n tie n e n c o n el s u je to , e l ic o n o p o r u n a
p a r te , y p o r la o tra el s ín to m a , s o n c o n tr a r ia s . E r a e l c o n ju n to
d e lo s ic o n o s, su c o m p re n s ió n , su a d ic ió n , lo q u e c o m p o n ía
u n a im a g e n d e l su je to , y c a d a c ita , u n ic o n o , d is tin g u ié n d o s e
d e lo s d e m á s p o r q u e in te g r a b a la im a g e n g lo b a l, e l r e t r a t o d e l
a u to r. E l sín to m a , p o r el c o n tra rio , v a le p o r e l t o d o , pars pro
toto, e q u iv a le al p a n o r a m a , a la e x te n s ió n d e lo s s ín to m a s . E n
lu g a r d e s u b s u m irs e , c o m o u n ic o n o , b a jo u n a f ig u r a ú n ic a ,
c a d a s ín to m a se id e n tific a c o n el to d o e n s u in m a n e n c ia . E l
s u je to es al s ín to m a lo q u e el c o r o d is o n a n te d e lo s s ín to m a s
es a la m a c u la tu ra : c o n s u b s ta n c ia l al te x to . E l a u to r , a d m i-
490
ESPACIOS DE ESCRITURA
n i s t r a d o r d e la p e r ig r a f ía , te n ía a lg o d e d ir e c to r d e o r q u e s ta
o d e a g e n te d e p o lic ía : r e g u la b a la c irc u la c ió n d e lo s ic o n o s
e n e l te x t o . E l s u je to s u s c e p tib le d e s ín to m a , c o m o a g e n te d e
la c ir c u la c ió n , e s e s e n c ia lm e n te p a s iv o . E s u n i n d ic a d o r a t r a
v e s a d o p o r la c o r r i e n t e , e l r e p e t i d o r d e l s ín to m a y d e l te x to
s e ria l— e l r e p e t i d o r y n o la ra z ó n d e la s e rie (el fin q u e t r a n s
c e n d e r ía t o d a f in a lid a d ) , c o m o e so s r e p e tid o r e s q u e , e n las
lín e a s te le f ó n ic a s , a m p lific a n d e tr a m o e n tr a m o la in f o r m a
c ió n — . N o s a b r ía n q u é h a c e r c o n u n m e n sa je ; p e r o sin e llo s
n o h a b r í a m á s q u e s ile n c io , la s u s p e n s ió n d e l le n g u a je .
« E l e s c r ito r , c o n su s m a le s , d r a g o n e s q u e h a m im a d o , o
c o n a le g r ía , d e b e in s t it u i r s e e n e l te x to c o m o el h is trió n ic o
e s p ir itu a l» , s u g e r ía M a lla r m é .71 E l s u je to s u s c e p tib le d e s ín
to m a , e l h i s t r i ó n e s p ir itu a l d e l te x to : c o m o si, d e su s q u im e
ra s in s o m n e s , s e d e d u j e r a q u e e l s u je to q u e la s e s c rib e se h i
c ie ra p a s a r — s e t r a t a r í a u n a v e z m á s d e u n a fo r m a d e in s ti
tu c ió n — p o r b u f ó n o p o r v e le ta , i n s p ir a d o o c o n p o d e r e s d e
m é d iu m . E s e l h o m b r e c i ll o d e A m p é r e d e la físic a d e lo s in s
titu to s , e s e p e l e l e q u e , a c o s ta d o s o b r e e l h ilo , n i s iq u ie ra so
b r e é l c o m o u n e q u ilib r is ta , a tr a v e s a d o p o r la c o r r ie n te d e
lo s p ie s a l a c a b e z a , s e ñ a la c o n e l d e d o e l s e n tid o d e l c a m p o
m a g n é tic o . E x c l u i d o d e la p r o p i e d a d y d e la a p r o p ia c ió n , n i
s iq u ie r a c o n o c e la p o s e s ió n : e l h is tr ió n ic o e s p iritu a l, e l h o m
b r e c illo d e A m p é r e n o e s n in g ú n e n tu s ia s ta , p o r q u e n in g ú n
d e m o n io m e ta f ís ic o lo p o s e e , s in o s ó lo la c o r r ie n te , la p r o
sa ic a h a d a e l e c t r i c i d a d .
¿ A c a b a r e m o s a lg u n a v e z , a p e s a r d e l s ín to m a , c o n la a n a
lo g ía e n t r e e l l i b r o y e l u n iv e r s o , c o n u n m o d e lo , u n a m e tá
f o r a e s p a c ia l d e la e s c r i tu r a y d e l c o n o c im ie n to ? L a p e r v e r-
491
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
sió n la e x a g e ra m á s b ie n : « E l u n iv e r s o (q u e o tr o s lla m a n la
B ib lio te c a ) se c o m p o n e d e u n n ú m e r o in d e f in id o , y ta l v ez
in fin ito , d e g a le ría s h e x a g o n a le s » .71 E s la b ib lio te c a d e B a
b e l e n la q u e B o rg e s se re c re a : « L o s m is m o s v o lú m e n e s se r e
p ite n e n el m ism o d e s o r d e n (q u e , r e p e tid o , s e r ía u n o r d e n :
el O r d e n ) » .7273 Y el o r d e n es f u n d a m e n ta lm e n te g e o m é tr ic o .
P o r lo q u e re s p e c ta a la e s c r itu r a s e ria l, ta m p o c o e lim in a la
re fe re n c ia a u n u n iv e rs o , sin o q u e la re la tiv iz a . C o m o d ic e
P ie r r e B o u le z a p r o p ó s ito d e la m ú s ic a s e ria l: « E l u n iv e r s o
d e la m ú sic a , h o y e n d ía , es u n u n iv e rs o relativo; q u ie r o de
c ir q u e es u n m u n d o e n el q u e la s r e la c io n e s e s tr u c tu r a le s
n o e s tá n d e fin id a s d e u n a v ez p o r to d a s d e a c u e r d o c o n c r i
te rio s fijos; y q u e se o rg a n iz a n , p o r el c o n tr a r io , d e a c u e r d o
c o n esq u e m a s v a ria b le s » .74 Q u e el e s p a c io d e la e s c r itu r a se a
re la tiv o , v a ria b le o e n e x p a n s ió n , sig n ific a q u e s u s r e f e r e n
cias o sus d e fin ic io n e s e s tá n e n m o v im ie n to — y n o s o la m e n
te las v a ria c io n e s q u e , c o m o u n a tr a y e c to r ia , se m o d u la n e n
to rn o a esas d e fin ic io n e s— , d e u n a o b r a a o tr a , p e r o in c lu s o
d e n tro d e la m ism a o b ra . S in e m b a r g o , se c o n s e r v a e l c o n
c e p to d e esp a cio .
E l lib ro es u n v o lu m e n — M a lla rm é , d e m a n e r a s ig n ific a ti
va, p re fe ría esta p a la b r a p a r a d e s ig n a r el m o n tó n d e p lie g o s — ,
es, ese n cialm en te, y c u a lq u ie ra q u e se a s u d im e n s ió n , u n e s
p ac io . T o d a la e s c ritu ra es la o c u p a c ió n d e u n e s p a c io q u e n o
se re d u c e a u n s o p o rte — flumen, codex, p á g in a — lin e a l, p la
n o o espacial. (E l te x to serial, a d ife r e n c ia d e l o tr o , n o p r o d u
ce, p a r a em p ezar, este e sp a c io v irtu a l, e s te t e r r e n o d e ju e g o ).
E l esp a cio d e e s c ritu ra es a n te to d o u n a s itu a c ió n q u e a d o p
tar, u n p u e s to d e tra b a jo d is p o n ib le : la b ib lio te c a , e l o r d e n
d e l d isc u rso , la le tra . L a le tr a es e l e s p a c io m ín im o , in e v ita
b le , d e to d a e sc ritu ra ; es ta m b ié n el s ín to m a e n s u m o v ilid a d .
492
ESPACIOS DE ESCRITURA
P a r a M a U a rm é , e s u n m ila g ro , « e n e l s e n tid o e le v a d o e n q u e
las p a la b r a s , o r ig in a lm e n te , se r e d u c e n al u so , d o ta d o d e in fi
n itu d h a s ta e l p u n t o d e c o n s a g r a r u n a le n g u a , d e u n a s v e in te
le tra s — s u d e v e n ir , to d o e n tr a e n ellas p a r a s u rg ir d e p r o n to ,
p r in c ip io — a s e m e ja n d o la c o m p o s ic ió n tip o g rá fic a al r ito » .75
D e l m is m o m o d o , la b ib lio te c a d e B a b e l, to ta l, in m e n s a p e r o
n u m e r a b le , se c o m p o n e d e to d a s la s c o m b in a c io n e s p o s ib le s
d e e s o s v e in tita n to s c a ra c te re s . ¿ S e rá p o r q u e la e s c ritu ra , e x
p a n s ió n d e la le tr a , e s e l d o m in io d e lo n u m e ra b le , p o r lo q u e
ja m á s e s c a p a d e l t o d o a u n m o d e lo e sp a c ia l?
L a o c u p a c i ó n d e e s te e s p a c io , la h a b ita c ió n d e la le tr a
to m a , h i s t ó r i c a m e n t e , f o r m a s d iv e rs a s . E n la r e tó r ic a a n tig u a
o e n s u v e r s ió n m e d ie v a l, e l t é r m in o q u e sirv e p a r a p e n s a r la
r e la c ió n d e la e s c r i tu r a c o n e l e s p a c io es el d e tópica: el te x
to se p r a c t i c a a p a r t i r d e u n a tó p ic a , d e u n lu g a r c o m ú n d e l
q u e n a d i e e s p r o p i e t a r i o e x c lu s iv o y q u e se p ro y e c ta , c o m o
u n a c u a d r íc u la , s o b r e e l d is c u r s o , o b ie n se p e rfila tra s él. L a
tó p ic a e s u n d o m in io p ú b l i c o in d iv is o , u n a e s tr u c tu r a m ó v il
y h a b i t a b l e p a r a q u ie n lo d e s e e , o r a d o r u o y e n te , e s c r ito r o
le c to r : t o d o s lo s a g e n te s , t o d o s lo s d e p o s ita r io s d e la le tra , la
c o m p a r te n . L a c ita tó p ic a , s ím b o lo o in d ic io , gnome o aucto-
ritas, r e m i t e al t e x t o c o m o o b je to , al o tr o , t e x to o a u to r, c o m o
p u n t o c o n tig u o e n e l e s p a c io . E l te x to c ita n te y el sis te m a c i
ta d o T 2y T , o Tzy A t, e s tá n s e p a r a d o s , p e r o c a d a u n o tie n e s u
lu g a r e n la c u a d r íc u la ; u n p u e n t e , tó p ic o o típ ic o , lo s e n la z a .
E n lo s s ig lo s x v ii y x v iii , p a r a d e te n e r la g ra n m o v ilid a d
tip o g r á f ic a d e la l e t r a — m e c á n ic a o d in á m ic a , c o m o e l e m b le
m a , y n o r e la tiv is ta o e n é r g ic a , c o m o e l s ín to m a — , p a r a r e
f r e n a r lo s d e s p la z a m ie n to s c u a n d o p r o lif e r a b a n , se p r o d u j o
u n a r u p t u r a q u e h iz o p a s a r la c ita d e u n v a lo r d o m in a n te d e
c o n t i g ü i d a d a u n v a lo r d o m in a n te d e s e m e ja n z a , e l d e l ic o n o .
L a n o c i ó n e s p a c ia l d e re f e r e n c ia es e n to n c e s la d e topografía:
el te x t o , e n v u e lt o p o r u n a p e r ig r a f ía , ja lo n a d o d e ic o n o s , e s la
493
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
c u a d ríc u la , el r e c o r te , la r e p r e s e n ta c ió n e x a c ta y d e ta lla d a d e
u n lu g a r o d e u n t e r r e n o e s c o g id o . L o s ló g ic o s d e P o r t- R o y a l
p o n ía n c o m o e je m p lo y p r o to tip o d e l s ig n o la c a r ta g e o g r á
fica, el ic o n o m á s s e g u ro y m á s m a n ifie s to . E l a u t o r e s u n r o
tu r a d o r , u n c o n q u is ta d o r — R o b in s o n , q u e lo g r a d o m in a r la
térra incógnita d e su isla— , alza u n p la n o , se a p r o p ia d e u n
te r r e n o . E l c a ta s tr o es lo q u e m e jo r r e p r e s e n ta la p r o p i e d a d
in d iv id u a l, y la s c ita s ic ó n ic a s so n , e n el te x t o d e la t o p o g r a
fía, o tra s ta n ta s m a rc a s d e p r o p ie d a d o — c o m o p a r a R o b in
s o n la s p o c a s h e r ra m ie n ta s d e q u e d is p o n e al p r in c i p i o p a r a
r e p r o d u c ir e l m a c ro c o s m o s — lo s i n s tr u m e n to s d e la a p r o
p ia c ió n : p o r eso re m ite n m e n o s al lib r o c o m o o b je to q u e a
a q u e l q u e lo so m e te , q u e se im p o n e al e s p a c io p o te n c ia l. E l
a u to r c ita n te es a q u e l q u e p o n e o r d e n e n lo s s is te m a s c ita
d o s, q u e im a g in a su c a ta s tro ; y, r e tr o s p e c tiv a m e n te , se i d e n
tific a c o n la im a g e n d e ese o r d e n .
E l sín to m a , la c ita d e l te x to s e ria l e s b o z a e l m o d e lo e s p a
cial d e la e s c ritu ra , tó p ic o o to p o g rá f ic o , p e r o sin a b o lir lo
c o m p le ta m e n te . L a m a c u la tu r a o la s u p e r fic ie m a n c h a d a d e
in s c rip c ió n n o es u n p la n o , u n a c a ra d e l v o lu m e n , s in o u n a
d isp o sic ió n d e e sp a c io s, d e e s tra to s , d e p la n o s , u n a g e o lo g ía
co m p leja. Ya n o es u n a to p o g ra f ía — la p r o p i a r e e s c r itu r a s o
b r e u n a h o ja e n b la n c o d e lo s d e sn iv e le s d e l t e r r e n o — lo q u e
la e s c ritu ra p o n e e n p rá c tic a , sin o u n a topología, u n a v a r ie d a d
d e fo rm a s p a r a la q u e ya n o h a y s u je to , p o r e je m p lo u n t o p ó
g ra fo , n i o b je to s, p o r e je m p lo lo s topoi. C o m o e s c r ib ía M a -
lla rm é : « E l lib ro , e x p a n s ió n to ta l d e la le tr a , d e b e e x t r a e r d e
ella, d ire c ta m e n te , u n a m o v ilid a d y a m p litu d , p o r c o r r e s p o n
d e n c ia s, e s ta b le c e r u n ju e g o , n o s a b e m o s c u á l, q u e c o n f ir m e
la fic c ió n » .76 S e m e ja n te p ro g r a m a , q u e lle v a a c a b o Un coup de
dés, c o n d e n s a to d o s lo s ra sg o s d e la e s c r itu r a q u e se p r e t e n
d e to p o ló g ic a : la le tra , ú n ic a u n id a d in ic ia l, r u i d o , a p e n a s s o
n id o ; ta n to lo s c a ra c te re s c o m o lo s b la n c o s , s o n t o d o lo m is-
76 Id.
494
ESPACIOS DE ESCRITURA
m o ; e l lib r o , e n m o v im ie n to e n e l e s p a c io , u n iv e rs o e n e x p a n
sió n . Y d e la l e t r a a l lib r o , n i o b je to s , n i su je to . P o r lo d e m á s ,
y, p o r a sí d e c ir , c o m o s u p le m e n to al p r o g r a m a , lo m is m o q u e
el l ib r o « d e b e e s ta b le c e r » u n ju e g o c o n la le tra , su e x p a n s ió n
to ta l ( u n a to p o lo g ía ) , el e s c r ito r « d e b e e sta b le c e rs e » , a p a r ti r
d e l lib r o , c o m o e l h is tr ió n ic o e s p iritu a l. É s te es el s u je to d e
la to p o lo g ía . Q u i e n e s tá e n c o n d ic io n e s d e e s c rib ir lo se m u e
v e c o n s t a n t e m e n te e n re la c ió n c o n u n u n iv e rs o e n c o n s ta n
te c a m b io . E n o c a s io n e s lo e n c u e n tr a . C u a n d o c o n e c ta c o n
el s ín to m a , c u a n d o m u e s tr a el s e n tid o m a g n é tic o , e n to n c e s
es, m o m e n tá n e a m e n te , u n p u n t o d e a p o y o d e la to p o lo g ía .
L a e s c r i tu r a d e la t ó p ic a y la d e la to p o g r a f ía e r a n p e n s a
m ie n to s d e l tie m p o : e l tie m p o e r a la ú n ic a v a r ia b le m e d ia n
te la q u e s e d e s p la z a b a la r e f e r e n c ia d e l d is c u rs o . U n p r in c i
p io d e c o n t r o l d e la e s c r itu r a , c u a lq u ie r a q u e sea, tie n e p o r
e f e c to r e t e n e r e l t ie m p o , d e te n e r lo , es d e c ir, re p re s e n ta rlo ,
p o r e je m p lo t r a d ic io n a lm e n te , e n f o r m a d e u n a su c e sió n d e
e s ta d o s e s ta b le s y e s tá tic o s , e n s e n tid o ú n ic o . L a h o ja s o b re
la q u e e s c r ib o la s u p o n g o in m ó v il e l tie m p o q u e d u r a la e s
c r itu r a , e , i n c lu s o si e s u n a h o ja s u e lta , p r e s u m o m i in m o v i
lid a d c o n r e la c ió n a ella . E l tie m p o d e la e s c ritu r a , el tie m p o
d e la le c t u r a , e s o s p e r ío d o s in c a lc u la b le s y s ie m p re d e s c o n o
c id o s , s o n n o - lu g a r e s p a r a e l lib r o , n o - p e r ío d o s p a r a el tie m
p o , c o m o si e l ti e m p o y e l tr a b a jo , la d in á m ic a d e la e s c ritu r a ,
f u e r a n , p a r a e l l i b r o , h e te r o g é n e o s o h u b ie r a n p r e s c r ito . E l
lib r o p r e t e n d e e s t a r f u e r a d e l tie m p o , lo q u e n o q u ie r e d e c ir
q u e s e a i n t e m p o r a l , s in o q u e p r e te n d e a b o lir la d u r a c ió n d e
s u e s c r i tu r a o d e s u le c tu r a , o m e jo r d ic h o , q u e s u tie m p o es
r e v e r s ib le , c ir c u la r . E n e s te s e n tid o , la e s c r itu r a , tó p ic a o t o
p o g r á f ic a , r e p r e s e n t a u n a v e r d a d e r a h e re jía , la d e lo s monó
tonos o anulares a q u ie n e s , e n e l r e la to d e B o rg e s « L o s te ó l o
g o s» , J u a n d e P a n o n i a r e f u ta g lo rio s a m e n te . A n u la p r o p i a
m e n te s u d u r a c i ó n y se e n c ie r r a e n sí m is m a , h a s ta n o s e r m á s
q u e u n p u n t o e n e l e s p a c io , u n p u n t o g e o m é tr ic o .
D i s t i n ta e s la h e r e jía d e lo s histriónicos, a q u e llo s a lo s q u e
495
LA E S C R I T U R A E M B R O L L A D A
Para André.
E r a s e u n a v e z u n n iñ o q u e s o ñ a b a c o n s e r m ay o r. E l n iñ o
se lla m a b a T h é o p h i l e y r e p e tía a la m e n o r o c a sió n : « C u a n
d o se a m a y o r, h a r é e s to y a q u e llo , h a r é lo q u e q u ie ra sin p e
d ir p e r m is o , b e b e r é m ie n tr a s c o m o la s o p a , p o n d r é lo s c o d o s
s o b r e la m e s a , m e m e te r é e n lo s c h a rc o s , le e ré to d a la n o c h e
y n a d ie m e a p a g a r á la l u z . ..» . P e r o ¿ q u é q u e r ía d e c ir e x a c ta
m e n te s e r m a y o r ? T e n e r lo to d o y s a b e rlo to d o , n o d e p e n d e r
d e n a d ie . E n e l p u e b l o al q u e T h é o p h ile v e ra n e a b a , vivía u n
n iñ o p r o d i g i o , e l h ijo d e l v e n d e d o r d e z a p a to s . V arias p a re d e s
d e l a lm a c é n y d e la tr a s t i e n d a e s ta b a n o c u p a d a s p o r e s ta n te
rías d e m a d e r a q u e lle g a b a n h a s ta e l te c h o . U n a e sc a le ra c o n
r u e d a s s e d e s liz a b a t o d o a lo la r g o d e las e s ta n te ría s . M o n to
n es, c e n te n a r e s , m ile s d e ca ja s d e c a r tó n se a lin e a b a n e n los
e s ta n te s , t o d a s a b s o lu ta m e n te id é n tic a s , y c o n u n c o n te n id o
p a r e c id o . E l n i ñ o h a b í a s a b id o s ie m p r e lo q u e c o n te n ía c a d a
caja: e l m o d e lo , la ta lla , e l p r e c io . T o d a v ía n o h a b ía a p r e n d id o
a leer. D e lo s a l r e d e d o r e s a c u d ía n a c o n o c e r al fe n ó m e n o ; su
p a d r e e s t a b a o r g u llo s o d e é l (y a d e m á s a q u e llo le h a c ía p u b li
c id a d ) . « M o c a s in e s tr e n z a d o s d e c o lo r m a r r ó n , n ú m e r o 39,
¡trá e lo s !» . S in v a c ila r, e l n iñ o ib a d e r e c h o al o b je tiv o ; jam ás
se e q u iv o c a b a . L a g e n te a p la u d ía , h a b la b a d e c ie n c ia in fu sa .
T h é o p h ile e n v id ia b a a l h ijo d e l v e n d e d o r d e z a p a to s : n o s a
b ía lo q u e e r a la c ie n c ia in fu s a , p e r o c re ía e n ella; le h u b ie r a
g u s ta d o m u c h o t e n e r la . L o in te n ta b a , se e m p e ñ a b a , e n v a n o .
P e r o lo q u e d e b í a o c u r r i r o c u r r ió . C u a n d o te n ía n u e v e
a ñ o s , e l h ijo d e l v e n d e d o r d e z a p a to s m u r ió d e m e n in g itis .
A q u e llo f u e u n g o lp e t e r r ib l e p a r a T h é o p h ile , q u e s o ñ a b a
c o n s e r m a y o r p e r o n o c o n m o rir. Q u e r ía s a b e rlo to d o , u n
p o c o , e n r e a l i d a d m u c h o , p e r o n o a m u e r te . A sí q u e p e r d ió
497
« Q U E S TA CODA N O N É DI Q U E S T O G A T T O »
las g a n a s. T h é o p h ile c o m p r e n d ió q u e e l n iñ o p r o d ig io h a b ía
m u e r to p o r q u e h a b ía p e r d id o la fe e n s u p o d e r , o p o r q u e h a
b ía c o m p r e n d id o q u e é s te e s ta b a lim ita d o a lo s z a p a to s . U n
d ía d e b ía d e h a b e r c o g id o u n a c a ja e q u iv o c a d a , u n 38 V2 e n
lu g a r d e u n 39, y n o se h a b ía r e c u p e r a d o .
¡D io s m ío ! A la p o r r a la c ie n c ia in fu s a ; T h é o p h ile lle v ó
lu to p o r la in s p ir a c ió n y el e n tu s ia s m o . S e p u s o a t r a b a ja r
d u r o , a p a re c ió su n o m b r e e n la lis ta d e lo s m e jo r e s a lu m n o s
y o b tu v o el títu lo d e l p r im e r o d e s u c la se . L le v a b a u n a c r u z
s o b r e e l p e c h o , c o lg a d a d e u n a c in ta a z u l. A c u m u la b a b u e
n a s ca lific a c io n e s. « T h é o p h ile es u n a lu m n o e x c e le n te , s e
rio y a te n to » , e s c rib ía la m a e s tra e n s u c a r tilla d e n o ta s . S u
m a d r e lo r e c o m p e n s a b a c o n p e q u e ñ a s s u m a s d e d in e r o : 1 0 0
fra n c o s (a n tig u o s) p o r el p r im e r p u e s to , 50 p o r e l s e g u n d o y
2 0 p o r el te rc e ro . T h é o p h ile se p r e s ta b a a l ju e g o , fin g ía , p e r o
ya n o cre ía e n él. A te s o r a b a su s b u e n a s c a lif ic a c io n e s , el d i
n e ro . ¡A h! M ás h u b ie r a v a lid o g a s ta r, d e r r o c h a r la h e r e n c ia .
A p e s a r d e to d o , la r e c ita c ió n le s e g u ía g u s ta n d o : lo m á s
o p u e s to a la in s p ira c ió n , lo q u e se a p r e n d í a d e c a rre rilla ,
d e m e m o ria , re te n e r. ¡ P o b r e a m b ic ió n ! T h é o p h i l e g a n ó u n
c o n c u rs o ra d io fó n ic o o r g a n iz a d o p o r la p a r r o q u ia : « F e lic e s
aq u e llo s q u e d ie ro n su v id a p o r la p a t r i a . . . » . E n to n c e s el
c u ra fu e a to m a r el té a c a sa d e s u a b u e la , u n a g r a n d a m a b e -
n e fa c to ra , y le e x p lic ó , c o n to d a n a t u r a l id a d , q u e la c a ja e s ta
b a v acía, q u e el d in e r o d e l c u lto n o a lc a n z a b a y q u e e n c u a l
q u ie r caso n o ib a n a e c h a r m a n o d e lo s f o n d o s d e r e s e r v a p a r a
p r e m ia r al r e to ñ o d e u n a d e las fa m ilia s m á s p ia d o s a s d e l b a
rrio , s o b re to d o te n ie n d o e n c u e n ta q u e e l r e to ñ o n o d e m o s
tr a b a te n e r u n a fe d e s b o r d a n te . A p r e n d e r , sí, s in d u d a ; p e r o
c re e r, eso e r a h a r in a d e o tr o c o s ta l. L a a b u e la d e s p a c h ó al
c u r a c o n u n c h e q u e p a r a lo s p o b r e s , y T h é o p h i l e p e r d ió la
a fic ió n p o r lo s e je rc ic io s d e m e m o ria . Y a n o le q u e d a b a n a d a .
H a c e r tr a m p a , c o p ia r, ro b a r, m e n tir : n a d i e se d a b a c u e n
ta d e n a d a . T h é o p h ile , p o r su p a r te , s u p o e n a d e la n t e a lo
q u e a te n e rs e . E n tr ó e n u n in s titu to al o t r o la d o d e l A tlá n ti-
498
« Q U E S T A CODA N O N É DI Q U E S T O G A T T O »
co . A llí se h a c ía n b ie n la s co sa s: u n a p e q u e ñ a re v is ta a p a re c ía
tr e s v e c e s a l a ñ o , e n N a v id a d , e n P a s c u a y e n ju n io . E n e lla se
p u b l i c a b a n la s m e jo re s r e d a c c io n e s , e s c o g id a s p o r lo s a lu m
n o s m a y o r e s . T h é o p h ile p r o b ó a e s c rib ir : n o es fá c il c u a n d o
se h a a b j u r a d o d e la in s p ir a c ió n y d e la re c ita c ió n . T h é o p h i
le q u e r ía r e la t a r p r e c is a m e n te e sa re n u n c ia : el h é r o e d e su
n o v e la se r e ti r a r í a a u n a isla d e s ie r ta d e l P a c ífic o , u n a to ló n
CAmadelego Cap, u n r e c u e r d o d e la e s c u e la ), y se e n c o n tr a r ía
ta n b i e n e n e lla q u e n o q u e r r ía a b a n d o n a r la ya. N o , e so r e
s u lta b a d e m a s ia d o in v e ro s ím il. A T h é o p h ile le fa lta b a im a g i
n a c ió n p a r a c o n v e r t i r la id e a e n re a lista . ¿ Q u é p o d ía h a c e r?
A c a b a b a d e l e e r u n r e la to d e C h é jo v e n u n a a n to lo g ía : Una
apuesta. E s o c o la r ía : e l h é r o e d e T h é o p h ile a p o s ta r ía m u c h o
d in e r o a q u e r e s is tir ía la s o le d a d d e u n a isla, y, al té rm in o d e
la a p u e s ta , y a n o q u e r r í a v o lv e r a la c iv iliz a c ió n . T h é o p h ile
e n v ió s u c o p ia . ¡ Q u é a n g u s tia ! T e m ía la d e n u n c ia , la a c u s a
c ió n p ú b l i c a d e p la g io y d e r o b o , la h u m illa c ió n . Q u e r ía q u e
lo t r a g a r a la t i e r r a , n o d o r m ía . V e in te v e c e s p e n s ó e n re tir a r
su c u e n to . E l j u r a d o lo e lig ió . P e r o e s o n o a te n u ó la in q u ie tu d
e s e n c ia l d e T h é o p h i l e . R e c h a z a r la p u b lic a c ió n h u b ie r a sid o
in e x p lic a b le . L le g ó e l d ía d e la a p a r ic ió n . T h é o p h ile a p a r e
cía e n la p á g i n a 4 6 , s u n o m b r e , «Self-government for ever».
¡ I n d ig n a c ió n ! ¡V e rg ü e n z a al im p o s to r !
E n la p r i m e r a p á g in a d e l n ú m e r o se e x p o n ía n lo s r e s u l
t a d o s d e u n g r a n c o n c u r s o d e p o e s ía e n e l q u e T h é o p h ile se
h a b ía a b s t e n i d o d e p a r tic ip a r :
LITERARY CONTEST
Awards
The magazine is proud to announce the winners of the annual liter-
ary contest, which is sponsored by the Parents Club ofthe School.
First prize
Do You Know Where the Past Goes? Philaléthe Torrijos
499
The judge o fthe literary contest this year was Mr. Robert A. Letter-
man, author and former professor at Smith College. We are grateful
to Mr. Lettermanfor his interest and for the tim e that he has devot-
ed to our literary efforts.
The ñames o f the winners w ill be engraved on the plaque donat-
ed by the Parents Club.
¡P h ila lé th e ! ¡E l m u y c a n a lla , la d r ó n , tr a p a c e r o !
Oh..., my God,
Ifthis is truth, then...
¡Q u é c a ra d u ra ! D e s d e lo s p r im e r o s v e r s o s , T h é o p h ile r e
c o n o c ió u n p o e m a d e G u s ta v o A d o lfo B é c q u e r, la Rima l u í .
L a tr a d u c c ió n e ra b u e n a , fiel.
N u e v o caso d e c o n c ie n c ia p a r a T h é o p h ile : ¿ d e b ía d e n u n
c ia r la fe c h o ría ? ¿ S e ría a q u e llo u n a d e la c ió n ? N a d ie se h a
b ía d a d o c u e n ta , n a d ie s a b ía e s p a ñ o l a p a r te d e él, T h é o p h ile ,
su p ro fe s o ra , la s e ñ o ra C a m ila B u s ta m a n te , r e f u g ia d a c u b a
n a d e s d e la lle g a d a d e C a s tro al p o d e r , y a q u e l in n o b l e P h i
la lé th e , ta m b ié n e x ilia d o , h ijo d e u n a n tig u o d i c t a d o r d e la
R e p ú b lic a b a n a n e r a d e E l D o r a d o , J a im e T o r r ijo s ( ousted,
c o m o se d ic e e n in g lés ta n fin a m e n te : ¡la rg o d e a q u í! ) . D o ñ a
C am ila B u s ta m a n te y P h ila lé th e e r a n c ó m p lic e s , d e e s o n o
c a b ía n in g u n a d u d a . A d e m á s T h é o p h ile s a b ía d e b u e n a tin ta
q u e c o n s p ira b a n ju n to s . D e f in itiv a m e n te n o h a b í a m á s q u e
h ijo s e n e sta h is to ria , el h ijo d e l v e n d e d o r d e z a p a to s , e l h ijo
d e l e x d ic ta d o r d e E l D o r a d o , y T h é o p h ile . C ó m o le h a b r ía
g u s ta d o s e r el h ijo p ró d ig o , o e l h ijo d e l ju e z p r e v a r i c a d o r
d e B ru ja s, a q u e l q u e a siste a la d e s o lla d u r a d e s u p a d r e a n
te s d e im p a r tir ju stic ia , s e n ta d o e n u n a silla h e c h a c o n s u p ie l.
P e r o e r a él, T h é o p h ile , el p r e v a r ic a d o r . C ó m o i b a a t e n e r el
d e s c a ro d e tr a ic io n a r a P h ila lé th e c u a n d o é l m is m o e r a c u lp a
b le d e u n d e lito a n á lo g o , a u n q u e m e n o s g ra v e : é l n o h a b í a t r a
d u c id o el re la to d e C h éjo v , n i s iq u ie r a lo h a b ía a d a p ta d o , só lo
500
« Q U E S T A CODA N O N E DI Q U E S T O G A T T O »
h a b ía t o m a d o e l p r in c ip io . P e r o e l p r in c ip io , ¿ n o lo es to d o ?
¡ Q u é p e s a d illa ! P h ila lé th e p a s e a b a su o rg u llo p o r lo s p a s i
llo s, h e n c h id o , in fla d o y a ú n m á s e n g o r d a d o g ra c ia s a lo s i n
te r e s e s d e s u c u e n ta su iz a . D o ñ a C a m ila B u s ta m a n te c o m
p a r tí a s u g lo r ia . ¡A h , sí! T h é o p h ile lo s o d ia b a , te n ía la fo r
m a d e a n iq u ila r lo s p e r o n o p o d ía h a c e rlo , p ris io n e ro él m is
m o d e s u p r o p i a f e lo n ía , u n a fa lta m e n o r, casi n a d a , u n p r é s
ta m o n a d a m á s , n i s iq u ie r a u n r o b o . L o c o n fe s a ría g u s to s o
p a r a a r r u i n a r a P h ila lé th e . P e r o , e n fin , n o se tr a ta b a d e u n a
c u e s tió n d e g r a d o e n e l c r im e n , s in o d e u n a c u e s tió n d e p r i n
c ip io : P h il a lé th e y T h é o p h ile se e x p o n ía n a la m ism a s a n c ió n ,
su s u e r te e s t a b a lig a d a . P h ila lé th e se lib r a r ía p o r q u e T h é o
p h ile se c a lla r ía . S i al m e n o s T h é o p h ile h u b ie r a sid o in o c e n
te , ¡ q u é p la c e r , la d e la c ió n ! ¡V e rg ü e n z a al p la g ia rio ! ¡A b a
jo P h ila lé th e ! ¡ D e s p e d a z a d lo ! L a m u ltitu d se v o lv e ría c o n
tr a él. L a p a ja y la v ig a . L a p a ja y la v ig a. D o ñ a C a m ila B u s ta
m a n te l le v a b a c o lg a d o d e l c u e llo u n c ru c ifijo d e b rilla n te s y
ta m b ié n , d e s d e q u e se h a b ía a d a p ta d o a la m o d a e s ta d o u n i
d e n s e , u n a s g a fa s . ¡B la sfe m ia !
P o b r e T h é o p h i l e , s ie m p r e s e r ía el m is m o . A h o ra q u e h a
b ía f a lla d o u n a v e z , u n a v e z s o la m e n te , ja m á s v o lv e ría a se r
p u r o , ja m á s s e r ía a b s u e lto d e s u p e c a d o o rig in a l d e p la g io .
E r a b o n i t a s u h i s t o r i a d e la isla d e s ie r ta , «the insulated way
of life»\ t o d o s lo s p u e n t e s c o r ta d o s c o n el m u n d o , la a u to n o
m ía , la s o b e r a n í a , la a u s e n c ia d e d e u d a s . E n r e a lid a d e r a casi
u n r e t o r n o a la c ie n c ia in fu s a : u n d o n , p e r o n a tu r a l, a te o , c o n
q u is ta d o c o n t r a lo s o tr o s . H a b l a r e n su n o m b r e . P e r o ¡p lu f!
F r a n c a m e n t e e r a u n a e s ta f a , u n a im p o s tu r a , u n fr a u d e .
P a r a t r a t a r d e e x p ia r , p a r a o lv id a r a P h ila lé th e , ta l v e z c o n
f ia n d o e n v o lv e r a e n c o n tr a r u n a ra z ó n p a r a a p la s ta r a lo s d e
m á s t r a m p o s o s q u e e n c o n tr a s e e n su c a m in o , T h é o p h ile d e c i
d ió c o n s a g r a r s u e x is te n c ia al e s tu d io d e la r e p e tic ió n e n la
e s c r itu r a e n c u a lq u ie r a d e su s fo rm a s: la copia. S in em b arg o ,
p o d r í a r e s u l t a r s o s p e c h o s o , e r a casi u n a c o n fe s ió n . T h é o p h ile
d e c id ió h a b l a r s o b r e to d o d e la c ita c o m o el ú n ic o a s p e c to
501
«Q U E S TA CODA N O N É DI Q U E S T O G A T T O »
c la ro , le g ítim o , d e u n a s u n to tu r b io : s u d e p ó s ito le g a l e n c ie r
to m o d o . P o d r ía p e n s a r s e q u e e n el fo n d o t r a t a b a d e e s ta b le
c e r u n a d ife r e n c ia e n tr e la fa lta d e P h ila lé th e y la su y a , ju s
tific a r la suya: p o r e je m p lo , él n o h a b r ía r e c o n o c id o s u d e u
d a c o n C h éjo v , h a b r ía o m itid o se ñ a la rla , p o r q u e , d e s p u é s d e
to d o , esa h is to r ia d e la a p u e s ta h a b r ía p o d i d o in v e n ta r la él
m is m o , h a b r ía p o d id o le e rla m u c h o s a ñ o s a n te s y h a b e r la o l
v id a d o c o m p le ta m e n te , e tc é te ra . P o r lo d e m á s , s e g u r a m e n
te C h é jo v se la h a b r ía p r e s ta d o . L a in f r a c c ió n d e P h ila lé th e ,
e n c a m b io , e r a in n e g a b le . T h é o p h ile in v e n tó a sí c a n tid a d d e
te o ría s to d a s las c u a le s le d is c u lp a b a n y c o n d e n a b a n a P h il a
lé th e : a p e ló a A ris tó te le s y a la r e tó r ic a , a O r íg e n e s y a la p a
trís tic a , a M o n ta ig n e y a P a sc a l, a L a u tr é a m o n t y a B o rg e s . E n
re a lid a d , se ib a p o r las ra m a s m ie n tra s e l a b is m o s e g u ía allí: la
a n g u stia , el p e c a d o o rig in a l, la p r e g u n ta f u n d a m e n ta l. N u n
ca lo g ra ría d e c ir la ú ltim a p a la b r a . E n v a ria s o c a s io n e s , sin
e m b a rg o , p e n s ó q u e lo h a b ía c o n s e g u id o . C u a n d o le y ó q u e ,
se g ú n E v e r a rd o el A le m á n , la e tim o lo g ía d e l a b e r i n to e s la
bor intus, la la b o r in te rio r, p e n s ó q u e el d é d a lo d e e s c r itu r a s
en q u e se h a b ía p e r d id o tr a b a ja b a d e s d e s u in te r io r , c o m o si
e stu v iese en u n a isla. Si r e a lm e n te e r a así, a q u e llo a te n u a b a
su re s p o n s a b ilid a d . P e r o él s a b ía p e r f e c ta m e n te q u e a q u e
llo n o s u c e d ía así d e s d e el m o m e n to e n q u e h a b ía t o m a d o su
incipit d e C héjov. L u e g o tu v o la id e a d e p r e s e n t a r e l a s u n to
c o m o u n sín to m a , u n a e n f e r m e d a d , y h a b ía n s id o lo s o tr o s ,
lo s o tro s lib ro s , lo s q u e le h a b ía n h e c h o e n f e r m a r . L o m a lo
e r a q u e se g u ía a te n a z a d o p o r la a n g u s tia . ¡ P e o r a ú n ! C r e c ía
fo r z o s a m e n te a m e d id a q u e c re c ía su tr a b a j o y a q u e , c o m o
e sc rito r, m u ltip lic a b a lo s f r a u d e s . N o h a b ía s a lid a : p a r a e llo
h a b r ía s id o n e c e s a rio n o h a b e r le íd o n u n c a n a d a . P e r o e n
to n c e s , ¿ q u é e sc rib ir, sin la in s p ir a c ió n ? N i s iq u ie r a lo s t e ó
lo g o s c re ía n d e m a s ia d o e n ella, y se a r r ie s g a b a n . ¿ C a u s a p r i n
c ip a l? ¿ C a u sa in s tr u m e n ta l? ¡B ah! C o p ia b a n y v o lv ía n a c o
p ia r. ¿ P o r q u é n o ib a a h a c e rlo T h é o p h ile ?
L le n ó p á g in a s y p á g in a s , v o lú m e n e s y v o lú m e n e s . S e c o n -
502
« Q U E S T A CODA N O N É DI Q U E S T O G A T T O »
503
\
P O S T F A C IO
H a c e u n o s v e in te a ñ o s , c u a n d o m e n o m b r a r o n p r o f e s o r e n
la S o r b o n a , f u i in m e d ia ta m e n te a in s c rib irm e e n la b ib lio te
ca. R e c u e r d o q u e u n c o n s e r v a d o r m e re c ib ió c o n esta s p a la
b r a s : « A s í q u e e s u s te d el a u to r d e La segunda mano. T o d o s
lo s a ñ o s a lg u ie n r o b a s u l i b r o .. .» . E l to n o e n q u e lo d ijo e ra
m á s b i e n r e p r o b a t o r i o . E n la s b ib lio te c a s n o les g u s ta n d e
m a s ia d o lo s a u to r e s d e o b r a s q u e h a y q u e v o lv e r a c o m p ra r
a m e n u d o . Y e l t í tu l o d e a q u e l lib r o , La segunda mano, t í tu
lo m e t a f ó r i c o a ñ a d id o a l fin a l, p a r e c ía p r e d e s tin a r lo a a q u e
lla s u e r te . L a m a n o es la m a n o q u e e s c rib e , la q u e so s tie n e la
p lu m a o te c le a , p o r a q u e l e n to n c e s e n u n a m á q u in a d e e s c ri
b ir, h o y e n e l te c la d o d e u n o r d e n a d o r , y la s e g u n d a m a n o ,
es e l o b j e t o d e o c a s ió n , la m e r c a n c ía d e re v e n ta , a v eces d e s
p u é s d e h a b e r s id o p r e s ta d a , r o b a d a o s u s tra íd a . E n re a lid a d ,
al p r i n c i p i o e s te l i b r o se lla m a b a La entreglosa, p o r alu sió n
a la f r a s e d e M o n ta ig n e q u e es e l n ú c le o d e su p e n s a m ie n to
y r e s u m e s u te s is , « N o h a c e m o s s in o g lo s a rn o s lo s u n o s a lo s
o tr o s » , p e r o F r a n g o is W a h l, m i e d ito r e n S eu il, e n c o n tr a b a
la p a l a b r a im p r o n u n c i a b l e , fe a , p e d a n te . U n d ía e s ta b a d a n
d o u n p a s e o p o r P a r ís , c a m in o d e la r u é J a c o b , c u a n d o , m i
r a n d o d i s t r a í d a m e n t e lo s c o c h e s a p a r c a d o s a lo la rg o d e la
a c e ra , v i e n u n o d e e llo s u n p e q u e ñ o a n u n c io q u e p o n ía q u e
a q u e l c o c h e e s t a b a e n v e n ta d e s e g u n d a m a n o . E n c u a n to lle
g u é a la e d i t o r i a l S e u il, p r o p u s e in m e d ia ta m e n te el n u e v o t í
tu lo a F r a n g o is W a h l, y lo a c e p tó .
A m e n u d o la s c o s a s s u c e d e n así: el títu lo se te o c u r r e d e
r e p e n t e , c o m o si f u e r a u n f a v o r d iv in o , y o lv id a s e n s e g u id a
to d o e l t r a b a j o q u e h a s t e n id o q u e lle v a r a c a b o p a r a h a c e r u n
lib r o : o lv id é e l t r a b a j o {el trabajo de la cita e ra ya el s u b títu lo
d e la o b r a q u e ib a a lla m a r s e La entreglosa) u n a v e z te r m in é
5°5
POSTFACIO
el lib ro . L a c o n c is ió n , el im p a c to m á s o m e n o s l o g r a d o , d e l
lib r o d e s m ie n te el tr a b a jo . S in e m b a r g o , e l p u n t o d e p a r t i
d a d e e s te lib r o c o n s is tía e n p r e g u n ta r s e c ó m o e s tá h e c h o u n
lib r o , q u é es lo q u e u n lib r o e s c o n d e e n s u in te r io r , d e l m is
m o m o d o e n q u e se d e s m o n ta el m o to r d e u n c o c h e p a r a v e r
c ó m o f u n c io n a a q u e llo , o e n q u e u n n iñ o d e s tr ip a s u s ju g u e
te s. M ie n tr a s n o h e m o s d e s m o n ta d o y v u e lto a m o n t a r u n a
c o sa , n o la c o n o c e m o s r e a lm e n te . C o n o c e m o s , si n o t e n e
m o s m á s r e m e d io , la te o ría , el m o d o d e e m p le o , p e r o n o lle
g a a s e rn o s fa m iliar, n o lle g a m o s a h a c e r la n u e s tr a , a s a b e r lo
to d o d e ella. La segunda mano lo e s c r ib í e n p le n o a p o g e o d e
la te o r ía lite ra r ia , a m e d ia d o s d e lo s a ñ o s s e te n ta , p e r o e s te
lib r o tr a ta b a ta m b ié n d e la f a c tu r a d e lo s lib r o s e n s u s e n tid o
lite ra l, es d ec ir, d e s u m a n u f a c tu r a . E r a e l l ib r o d e u n a p r e n
d iz q u e e s ta b a in ic iá n d o s e e n el o fic io , q u e q u e r ía d e s c u b r i r
el se c re to d e la f a b ric a c ió n d e lo s lib r o s , e n t e n d e r s u s v í n c u
lo s c o n lo s o tro s lib ro s , c o n la s b ib lio te c a s , c o n la lite r a tu r a .
E n a q u e l e n to n c e s yo e r a to d a v ía in g e n ie r o , p e r o m e s e n
tía a tra íd o p o r la lite r a tu r a . H a b ía p r e s e n t a d o ( h a n t r a n s c u
r r id o ya c u a re n ta a ñ o s) u n te m a d e te s is d e t e r c e r c ic lo t i t u
la d o : Los mecanismos de la repetición en el texto literario. I n i
c ia lm e n te n o p e n s a b a lim ita r m e a la c ita , s in o t r a t a r ta m b ié n
las d iv ersa s fo rm a s d e la r e p e tic ió n q u e tie n e n q u e v e r c o n el
s o n id o y el s e n tid o . P e n s a b a (y lo sig o p e n s a n d o ) q u e la r e
p e tic ió n es el m e c a n is m o lite r a r io f u n d a m e n ta l, c o n s titu tiv o
ta n to d e la p r o s o d ia c o m o d e la h e r m e n é u tic a , p a s a n d o p o r
to d o s lo s n iv e le s d e la o rg a n iz a c ió n d e l s e n tid o y d e la c r e a
c ió n d e v alo r. P e n s a b a s o b r e to d o e n la s r e p e tic io n e s d e t e
m a s o d e in trig a s , c o m o e n Viernes o los limbos del Pacífico,
Ro-
la e s tu p e n d a n o v e la d e M ic h e l T o u r n ie r q u e r e e s c r i b e
binson Crusoe (al q u e h a b ía d e d ic a d o u n a m e m o r ia d e l i c e n
c ia tu r a ), o a la c o n tin u a y o p re s iv a tr a n s p o s ic ió n d e lo s m is
m o s h e c h o s h is tó ric o s q u e p r a c tic a M a r g u e r ite D u r a s e n su s
n o v e la s , s u t e a tr o y su s p e líc u la s (e ra la é p o c a d e India Song).
E n m is p r im e r o s ta n te o s s o b r e a q u e l p r o y e c to d e te s is m e
50 6
POSTFACIO
d i c u e n ta e n s e g u id a d e q u e la c ita e r a u n te m a id e a l p a r a in i
c ia r u n a r e f le x ió n s o b r e la s r e la c io n e s q u e lo s te x to s m a n
ti e n e n e n t r e e llo s , y u n te m a c u r io s a m e n te d e ja d o d e la d o
(n o e x is tía e n to n c e s n in g u n a o b r a q u e lo tr a ta r a ) . Y p o r lo
q u e se r e f ie r e a la te o r ía lite r a r ia , se h a b ía p u e s to d e m o d a
la n o c i ó n d e « i n te r te x tu a lid a d » , i n tr o d u c id a p o r J u lia K ris-
te v a p a r a t r a d u c i r e l « d ia lo g is m o » d e M ija íl B a jtín , a n te s d e
s e r u t i li z a d a p o r R o la n d B a rth e s , M ic h a e l R iffa te rre et alii.
T o d o t e x t o e s u n « m o s a ic o d e c ita s» , a firm a b a B a rth e s , p e r o
n a d ie se i n t e r e s ó s e r ia m e n te e n el a c to d e citar. L o s lite r a to s
in s is te n g e n e r a lm e n te e n la s re m in is c e n c ia s d e u n te x to a n
tig u o e n u n o n u e v o , y e n la s re la c io n e s q u e se e s ta b le c e n e n
t r e la s o b r a s (lo q u e la h is to r ia lite r a r ia e s tu d ia b a d e s d e G u s -
ta v e L a n s o n c o n el n o m b r e d e f u e n te s e in flu e n c ia s ). U n e s tu
d io c e n t r a d o e n la c ita d e b e r ía p e r m itir c o n f r o n ta r ta m b ié n
a lo s a n tig u o s c o n lo s m o d e r n o s , y la te o r ía c o n la h is to ria .
M i p r o y e c t o s o b r e lo s m e c a n is m o s d e la re p e tic ió n lite ra ria
se in s c r i b í a p o r lo t a n t o e n la c o r r ie n te d e la s id e a s, e s ta b a
e n e l a m b i e n t e , p o r d e c ir lo así, p e r o d e u n a fo r m a u n ta n to
in g e n u a , y a q u e y o p la n t e a b a u n a p r e g u n ta c o m p le ta m e n te
id io ta : ¿ q u é r e la c ió n tie n e u n lib r o c o n lo s d e m á s lib ro s , c o n
la l i t e r a t u r a q u e le p r e c e d e ?
E l l i b r o p r o d u c t o d e a q u e lla te s is a c a b ó s ie n d o fin a lm e n
te s ó lo u n a p e q u e ñ a p a r te d e l p r o y e c to in ic ia l, c la ra m e n te
d e m a s ia d o a m b ic io s o , La segunda mano t r a ta d e u n a ú n ic a
f o r m a d e r e p e t i c i ó n e n e l te x to lite ra r io : la cita. L a p r im e r a
p a r t e p r e s e n t a u n a e s p e c ie d e fe n o m e n o lo g ía d e l a c to d e e s
c r ib ir e n la m e d i d a e n q u e e s tá b a s a d o e n el a c to d e c ita r y
se f u n d a e n la r e p e tic ió n d e o tr o s lib ro s , re p e tic ió n q u e p o r
s u p u e s to im p lic a n e c e s a r ia m e n te la d ife r e n c ia (los lib ro s d e
G ilíe s D e le u z e , Diferencia y repetición y Lógica del sentido,
c o n su a p é n d ic e s o b re el Viernes d e T o u rn ie r, e s ta b a n e n
t o n c e s e n t r e m is l ib r o s d e c a b e c e r a ) . L a titu lé « L a c ita ta l
c u a l» . T o d o e m p ie z a p o r la le c tu r a : le e m o s u n a fra s e q u e m a r
c a , q u e e n g a n c h a , q u e d e s p u n ta , y la s u b ra y a m o s . E l le c to r
507
POSTFACIO
e x p e r im e n ta u n a e s p e c ie d e p e q u e ñ o fle c h a z o p o r u n a fra s e .
S o n lo s p r e lim in a r e s d e la c ita , e l p r in c ip io d e a p r o p ia c ió n
d e l te x to a je n o q u e n o s lla m a la a te n c ió n y q u e i n c o r p o r a m o s
a c o n tin u a c ió n a n u e s tr o p r o p io te x to . E n e sa p a r t e t r a t é d e
las o p e r a c io n e s d e a b la c ió n , y lu e g o d e l in je r to .
L a d im e n s ió n te ó r ic a e r a c a p ita l e n el a n á lis is , y a q u e el
te m a e n c u e s tió n , la c ita , n o p o d ía lim ita r s e a u n g é n e r o o a
u n p e r ío d o d e te r m in a d o . Si n o h a b ía tr a b a jo s , o m u y p o c o s ,
s o b r e e s te a s u n to , se d e b ía sin d u d a a q u e e r a t a n a je n o a la
d is c ip lin a h is tó r ic a c o m o al m é to d o te ó r ic o ; d e lo q u e se t r a
ta b a e n to n c e s e r a d e c o n c ilia rio s . P o r a q u e l e n to n c e s e s ta b a
ta m b ié n e n s u a p o g e o la lin g ü ís tic a , e n su s v a r ia n te s e s t r u c
tu r a l y s a u s s u re a n a , y g e n e ra tiv a y c h o m s k ia n a , p e r o ta m b ié n
d a b a q u e h a b la r la lin g ü ís tic a d e la e n u n c ia c ió n , p r o p u e s ta
p o r É m ile B e n v e n iste e n su s m a g n ífic o s Problemas de lin
güística general. P o r lo d e m á s yo m e h a b ía f o r m a d o e n ló g i
ca y e n filo so fía d e l le n g u a je . T o d a s e s ta s in flu e n c ia s se d e ja n
n o ta r en la s e g u n d a p a r te d e La segunda mano, t i tu l a d a « E s
tr u c tu r a s e le m e n ta le s » y c o n s a g r a d a al e x a m e n ló g ic o y l i n
g ü ístic o d e la cita. E n esa p a r te p r o p o n í a u n a e s p e c ie d e s e
m io lo g ía. E l h e c h o d e c itar, s im p le m e n te e l h e c h o d e p o n e r
co m illas, e s p e c u la s o b r e el « u s o » y la « m e n c ió n » , té r m in o s
u tiliz a d o s e n la ló g ic a , y h a c e d e la c ita u n s ig n o c o n u n sig
n ific a d o d is tin to al q u e tie n e e n el te x t o d e l q u e f o r m a p a r te .
Y e ste s e n tid o p r o p io d e la c ita es e l q u e q u e r ía d i s t in g u i r y
clasificar. U n a c ita tie n e d o s v a lo re s : e n p r i m e r lu g a r u n « v a
lo r d e sig n ific a d o » , o d e u s o , es d e c ir e l s e n tid o d e la f r a s e c i
ta d a , p e r o ta m b ié n u n « v a lo r d e r e p e tic ió n » , o d e m e n c ió n ,
v in c u la d o al h e c h o d e c itar, p o r e je m p lo e n e l c a s o d e u n a r
g u m e n to d e a u to r id a d . L a c ita e s tá m á s c a r g a d a d e s e n tid o
q u e el te x to e n el q u e se e n c u e n tr a in m e r s a ; e s ta s o b r e c a r g a
d e s e n tid o tie n e m e n o s q u e v e r c o n la c ita e n sí m is m a q u e
c o n el h e c h o d e citar. L a c ita es p o r lo t a n t o u n t e m a l i n g ü ís
tic o c u rio s o , ya q u e e n s u e n u n c ia d o i n te r v ie n e n d o s v o c e s:
la v o z d e s u p r im e r a u to r, y la v o z d e a q u e l q u e se la a p r o p ia .
508
POSTFACIO
E n t é r m i n o s lin g ü ís tic o s , im p o r ta m e n o s el e n u n c ia d o q u e
la e n u n c ia c i ó n , e s d e c ir el a c to m e d ia n te el c u a l u n e n u n c ia
d o s e d ir ig e a u n d e s tin a ta r io . L a d is tin c ió n e n tr e le n g u a je y
m e ta le n g u a je , f r e c u e n te e n a q u e lla é p o c a , p e r m itía p r e c is a r
m á s la s c o s a s : e l te x to c ita d o p e r te n e c e al le n g u a je -o b je to ,
m ie n tr a s q u e la u tiliz a c ió n d e la s c o m illa s tie n e q u e v e r c o n
u n m e ta le n g u a je , c o n u n a d e s c r ip c ió n d e l le n g u a je . L a s n o
c io n e s u tiliz a d a s p e r te n e c ía n p o r lo ta n to a la ló g ic a , a la fi
lo s o f ía d e l le n g u a je y a la lin g ü ís tic a d e la e n u n c ia c ió n . E n
e s to la p e r s p e c t i v a e r a m á s te ó r ic a q u e h is tó ric a , y d e te r m i
n a d a s c o n s id e r a c io n e s p o d r á n p a r e c e r o b s o le ta s ; sin d u d a
a lg u n a s p r o p o s i c i o n e s h o y la s fo r m u la r ía d e fo rm a d ife re n te .
D e s p u é s d e la s p a r te s f e n o m e n o ló g ic a , ló g ic a y lin g ü ís ti
ca , a lg u n a s in v e s tig a c io n e s h is tó r ic a s a d ic io n a le s tr a ta b a n
d e l l u g a r d e la c ita e n la r e tó r ic a a n tig u a , d e A ris tó te le s a
Q u i n t i li a n o , d e s u v a lo r d e auctoritas e n el c o m e n ta rio p a -
tr ís tic o , o d e s u f u n c ió n d e e m b le m a e n tr e lo s h u m a n is ta s ,
c o m o E r a s m o o M o n ta ig n e . E s ta s s e c c io n e s d e l lib r o a p u n
t a b a n y a u n a in f le x ió n h a c ia u n e n f o q u e m á s h is tó ric o . N o
m e l i m i t a b a a p r o p o n e r u n a te o r ía d e la c ita c o m o fo r m a e le
m e n ta l d e la i n t e r t e x t u a l i d a d ; q u e r ía ta m b ié n e s b o z a r la h is
to r i a d e s u s f u n c io n e s , o a l m e n o s r e c o r r e r a lg u n a s g ra n d e s
e ta p a s d e la p r á c t i c a d e la c ita e n d if e r e n te s m o m e n to s d e la
h i s t o r i a o c c id e n t a l ( u n o d e lo s lib r o s q u e m á s m e im p r e s io
n a ro n e n to n c e s fu e Literatura europea y Edad Media latina
d e E r n s t R o b e r t C u r tiu s , q u e m e h u b ie r a g u s ta d o re e s c r ib ir
si h u b i e s e s id o m á s in te lig e n te ) .
D e b o c o n f e s a r q u e m e la n z a b a a in v e s tig a r c o n u n a g ra n
ig n o r a n c i a ( c o m o s in d u d a m e sig u e p a s a n d o h o y ) d e to d o s
lo s te m a s q u e a b o r d a b a . D e s c u b r í la p a tr ís tic a y la e s c o lá s
tic a z a m b u l l é n d o m e i n o c e n te m e n te e n la p a tr o lo g ía d e M i-
g n e e n la B ib lio te c a N a c io n a l; m e a p a s io n é p o r el n o m in a
lis m o y e l r e a lis m o le y e n d o a s a n to T o m á s y a G u ille r m o d e
O c k h a m ( d e b a t e d e l q u e t r a t a r á u n lib r o p o s te r io r , Nous, Mi-
chel de Montaigne, e n 1 9 8 0 , s o b r e e l e s ta tu to d e l n o m b r e e n
509
I
POSTFACIO
510
POSTFACIO
q u e i b a a j u g a r u n p a p e l d e c isiv o . N o s a b ía c ó m o o rg a n iz a r
m i m a te r ia l (c la s ific a r m is fic h a s, d ic h o d e o tr o m o d o ). E s te
s e g u n d o m o m e n t o c r ític o te n ía q u e v e r c o n la f o r m a q u e ib a
a a d o p t a r e l lib r o . S e im p o n ía u n a c la sific a c ió n d e las m a n e
ra s d e c i t a r q u e h a b ía e n c o n tr a d o , ¿ p e ro c u á l d e ellas? I n o
p i n a d a m e n te , la t r í a d a d e lo s sig n o s p r o p u e s ta p o r el filó so fo
a m e r ic a n o C h a r le s S a n d e r s P e ir c e se im p u s o . P e ir c e d is tin
g u e e n e f e c to v a r ia s c la se s d e sig n o s, s e g ú n la n a tu r a le z a d e
s u r e la c ió n c o n s u o b je to : es icono c u a n d o m u e s tra el o b je
to , indicio c u a n d o lo d e s ig n a , y símbolo si lo significa. C o m o
t o d a s la s c la s ific a c io n e s , é s ta es s e g u r a m e n te u n p o c o a rtifi
c ia l y s im p lis ta , p e r o m e p e r m itió r e c o r r e r el g ra n ciclo h is
t ó r ic o d e la c ita : icono c u a n d o tr a n s m ite u n a d e te r m in a d a
p r o p i e d a d c a s i m á g ic a d e l t e x to c ita d o ; indicio c u a n d o se le
c o n f ie r e la a u t o r i d a d d e q u ie n la h a p r o f e r id o ; y fin a lm e n te
símbolo m is a r b it r a r i o e in d iv id u a l e n la é p o c a m o d e rn a . E s
to s t r e s v a lo r e s d e la c ita a p a r e c ía n e n Los ensayos d e M on
ta ig n e . L a i d e a d e la t r í a d a d e P e ir c e se m e o c u r rió en la sala
d e u n c in e m i e n t r a s e s p e r a b a a q u e d ie r a c o m ie n z o u n a p e lí
c u la d e c in e n e g r o a m e r ic a n o . A m ita d d e la p e líc u la e s ta b a
t a n d i s t r a í d o q u e tu v e q u e a b a n d o n a r la sala p a r a p o n e r e n
p r á c t i c a m i id e a . C a d a v e z q u e p a s o h o y p o r d e la n te d e a q u e l
c in e , t r a n s f o r m a d o e n s u p e r m e r c a d o c o m o ta n tís im a s o tra s
sa la s d e c in e p a r is in a s , m e d ig o a m í m is m o q u e si n o h u b ie
r a e n t r a d o a q u e l d ía , ja m á s h a b r ía te r m in a d o m i tesis. E l a z a r
ju e g a s e g u r a m e n t e u n p a p e l e n la in v e s tig a c ió n , o m á s b ie n
la g r a c ia , p u e s , c o m o d ic e P a s c a l: « N o m e b u s c a ría s si n o m e
h u b ie s e s e n c o n tr a d o » .
T o d a in v e s tig a c ió n , y e l h e c h o d e q u e n o se a ya la p r im e r a
n o c a m b ia n a d a , s u p o n e m o m e n to s d e d e s á n im o . U n o tie n e
la i m p r e s i ó n d e q u e n o a v a n z a , d e e s ta r e s ta n c a d o , d e h a b e r
c a íd o e n u n a tr a m p a , y t e e n tr a n g a n a s d e re n u n c ia r. U n a t e
sis, u n l i b r o , e s u n tr a b a jo , y to d o tr a b a jo , n o s r e c u e r d a la
e tim o lo g ía , c o n lle v a s u f r im ie n to , u n s u frim ie n to q u e es sin
d u d a m o d e r a d o c o m p a r a d o c o n o tr o s s u f r im ie n to s , p e r o
5i i
P O S T F A C IO
512
PO S T F A C IO
i
ESTA E D IC IÓ N ,
P R IM E R A , DE «LA S E G U N D A M A N O » , DE
A N T O I N E C O M P A G N O N , SE T E R M I N Ó
DE IM PRIM IR E N CAPELLADES EN
EL M E S D E S E P T I E M B R E
DEL AÑO
2020
I
Otras obras del autor
publicadas en esta editorial
LOS A N T IM O D E R N O S
E l A c a n tila d o , 141
P A R A Q U É S I R V E LA L I T E R A T U R A ?
Cuadernos del Acantilado, 31
GATO ENCERRADO
M O N T A IG N E Y LA ALEGORÍA
E l A c a n tila d o , 2 3 8
E L D E M O N I O D E LA T E O R Í A
L IT ER A TU R A Y S E N T ID O COMÚN
E l A c a n tila d o , 3 0 6
i
Colección El Acantilado
Últimos títulos
1
299- cha rles rosen Schoenberg
300. ju a n An t o n io m a s o l iv e r r o d e n a s E l ciego en la ventana.
M onotonías
301. k a r l s c h l ó g e l Terror y utopía. Moscú en 1957 (3 e d ic io n e s )
302. jo s e p h roth & s t e f a n z w e ig Ser amigo mío es funesto.
Correspondencia (1927-1938) (3 e d ic io n e s )
303. m a r in a t s v ie t á ie v a Diarios de la Revolución de 1917
(3 e d ic io n e s )
304. c a r o l in e a l e x a n d e r La guerra que mató a Aquiles.
La verdadera historia de la «Ilíada» (2 e d ic io n e s )
305. jo s e p m a r ia e s q u ir o l La resistencia íntima. Ensayo de una
filosofía de la proxim idad (11 e d ic io n e s )
306. a n t o in e com pagnon E l demonio de la teoría.
Literatura y sentido común
307. Ed uardo g il b e r a Esta canalla de literatura. Quince ensayos
biográficos sobre Joseph Roth
308. jo r d i pon s E l camino hacia la forma. Goethe, Webern,
Balthasar
309. m a r ía belm onte Peregrinos de la belleza.
Viajeros p o r Italia y Grecia (7 e d ic io n e s )
310. pedro Olalla Grecia en el aire. Herencias y desafíos de la
antigua democracia ateniense vistos desde la Atenas actual
(4 ediciones)
311. aurora luque A q u el vivir d el mar. E l mar en la poesía griega.
A ntología
312. jo h n e l io t g a r d in e r La música en el castillo del cielo.
Un retrato de Johann Sebastian Bach (6 e d ic io n e s )
313- is a b e l s o le r E l sueño d el rey. Viajes y mesianismo en
e l Renacim iento peninsular
314. rene grousset E l Conquistador del Mundo.
Vida de G engis Kan
315. marc fum aroli Cuando Europa hablaba francés.
E xtranjeros francófilos en el Siglo de las Luces
316. g . k. c h e s te rto n Alarm as y digresiones
317. y uri bo r íso v Por el camino de Richter
318. jo s é m a r ía m ic ó Para entender a Góngora
319. marta llor en te L a ciu dad: h u e lla s en e l esp a cio h a b ita d o
320. ramón andrés S e m p er do len s. H is to r ia d e l su ic id io en O c c id e n te
321. yannis ritsos O r e s te s
322. Mau ric io w i e se n t h a l R a in e r M a ría R ilk e . ( E l v id e n te y lo
o c u lto ) (2 ediciones)
323. francesc seres L a p i e l d e la fr o n te r a
324. svetlana ale k siév ich E l fin d e l « H o m o s o v ie tic u s »
(9 ediciones)
325. C o n v e rsa c io n e s con A r t b u r S ch open h au er. T e s tim o n io s s o b r e
la v id a y la o b ra d e l filó s o fo p e s im is ta (2 ediciones)
326. Alberto savinio C o n ta d , h o m b res, v u e stra h isto r ia
327. im re kertész L a ú ltim a p o sa d a (2 ediciones)
328. I sabel soler M ig u e l d e C e rv a n tes: lo s a ñ o s d e A r g e l
329. jo sep solanes E n tie rra ajen a. E x ilio y lite ra tu ra d e s d e la
« O d ise a » h a sta « M o llo y »
330. L a e te r n id a d d e un día. C lá sico s d e l p e r io d is m o lite r a r io a le m á n
( 1823- 1934)
331. florence delay A m í, se ñ o ra s m ías, m e p a rece. T re in ta y un
re la to s d e l p a la cio d e E o n ta in e b le a u
332. nikolaus h a r n o n co u r t D iá lo g o s s o b r e M o z a r t. R e fle x io n e s
so b re la a c tu a lid a d d e la m ú sica
333. simón leys B re v ia rio d e sa b e re s in ú tile s. E n s a y o s s o b r e
sa b id u ría en C h in a y lite ra tu ra o c c id e n ta l (2 ediciones)
334. sainte - beuve R e tr a to s d e m u je r e s
335. lisa randall L a m a te ria oscu ra y lo s d in o sa u rio s.
L a so r p re n d e n te in te r c o n e c tiv id a d d e l u n iv e r s o
336 . ramón andrés P en sa r y n o caer (2 ediciones)
337. peter brown P o r e l o jo d e u n a aguja. L a riq u e za , la ca íd a d e
R o m a y la co n stru cció n d e l c ristia n is m o en O c c id e n te
( 330-330 d. C .) (4 ediciones)
338. alfred brende l S o b re la m ú sica. E n s a y o s c o m p le to s y
co n feren cia s
339. r e in e r stach K a fk a . L o s p r im e r o s añ os; L o s a ñ o s d e la s
d ecisio n es; L o s a ñ o s d e l c o n o c im ie n to (2 ediciones)
340. j e a n - yves jo ua nnais E l uso d e la s ru in as. R e tr a to s
o b s id io n a le s
34i- karl jaspe rs O r ig e n y m e ta d e la h isto ria
342. YAKOV MALKIEL & MARÍA ROSA LIDA A m o r J f ilo lo g ía .
Correspondencias (1943-1948)
343. G le n n G o u ld . N o , n o so y en a b so lu to un e x cén trico (2 ediciones)
344. h e l e n a a ttl ee E l p a ís d o n d e flo re c e e l lim o n ero . L a h isto ria d e
I ta lia y su s c ítric o s (6 ediciones)
345. fra n k d i k ó t t e r L a gran h a m b ru n a en la C hin a d e M ao.
H is to r ia d e la c a tá s tr o fe m á s d e va sta d o ra d e C hin a
(1938-1962)
346. María b e l m o n t e L o s se n d e ro s d e l mar. U n v ia je a p ie
(3 ediciones)
347. c h r i s t i a n in g ra o C re e r y destru ir. L o s in tele ctu a le s en la
máquina de guerra de las SS (2 ediciones)
348. a n d r é sa l m ó n L a a p a sio n a d a v id a d e M o d ig lia n i
349. d a n i Lo kis H o m o p o e tic u s . E n sa yo s y e n tre v ista s
350. vasili r ó z a n o v E l a p o c a lip sis d e n u e stro tie m p o
351. n i c o l e lor au x L o s h ijo s d e A te n e a . Id e a s a ten ie n ses so b re la
c iu d a d a n ía y la d iv is ió n d e se x o s
352. ju a n An t o n i o masoliv er rodena s L a n egación d e la lu z
353. a da m z ag ajew ski A s im e tr ía
354. g. k. chesterton E n s a y o s escogidos. S eleccio n a d o s p o r
W .H .A u d e n
355. g i u s e p p e t o m a s i d i lampedu sa V iaje p o r E uropa.
Correspondencia (1923-1930)
356 . n u c c io o r d in e C lá sico s p a ra la vid a . U n a p e q u e ñ a b ib lio tec a
id e a l (5 ediciones)
337. ja n sw a f fo rd B e e th o v e n . T o rm e n to y triu n fo (4 ediciones)
358. laura j. sn y d e r E l o jo d e l ob serva d o r. J o b a n n es Verm eer,
A n t o n i v a n L e e u w e n h o e k y la re in v en ció n d e la m irada
359. c h a r l e s r o s e n L a s f r o n te r a s d e l sign ificado. Tres charlas so b re
m ú s ic a
360. Rafael moneo L a v id a d e lo s edificios. L a m e z q u ita d e
C ó r d o b a , la lo n ja d e S e v illa y u n carm en en G ran ada
(3 ediciones)
361. f r a n c i s c o d e h o l a n d a D iá lo g o s d e R o m a
362. y a n n is r it s o s A g a m e n ó n
363- JOSEP m a r ia e s q u i r o l L a p e n ú ltim a b o n d a d . E n s a y o s o b r e la
v id a h u m a n a (3 ediciones)
364. bernard séve E l in s tr u m e n to m u sical. U n e s tu d io filo s ó fic o
363. marcus du sautoy L o q u e n o p o d e m o s saber. E x p lo r a c io n e s en
la fr o n te r a d e l c o n o c im ie n to (2 ediciones)
36 6 . f r i e d r ic h sch il l e r C a rta s so b r e la e d u ca ció n e s té tic a d e la
h u m a n id a d (2 ediciones)
367. mario praz E l p a c to con la se rp ie n te . P a r a lip ó m e n o s d e « la
carne, la m u e r te y e l d ia b lo en la lite r a tu r a r o m á n tic a »
368. DANIEL BARENBOIM & PATRICE CHEREAU D iá lo g O S S o b r e