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Universidade Estadual de Montes Claros

Departamento de Ciências Exatas


Disciplina: Espaços Métricos
Docente: Daniel Silva
Discente: Abel Ferreira Santos

Lista I

Livro Espaços Métricos Hygino, pág. 71 a 75


Resolva os exercı́cios: 01, 05, 06, 10, 13, 15, 18, 22, 23, 25, 28, 29, 30, 33, 37, 39.

EXERCÍCIOS

1. Seja (M, d) um espaço métrico. Mostre que também são métricas sobre M as funções
definidas do seguinte modo:

a) α(x, y) = min{1, d(x, y)}


p
b) β(x, y) = d(x, y)
d(x, y)
c) γ(x, y) =
1 + d(x, y)

R:
a)
(M1) α(x, y) = 0 ⇐⇒ x = y
α(x, y) = min{1, d(x, y)} = 0 = d(x, y) ⇐⇒ x = y

(M2) α(x, y) = α(y, x)


α(x, y) = min{1, d(x, y)} = min{1, d(y, x)} = α(y, x)

(M3) α(x, y) ≤ α(x, z) + α(z, y)

Perceba que:
max(α(x, y)) = max(min{1, d(x, y)}) = 1, ∀x, y ∈ M
Então basta provar para d(x, z) < 1 e d(z, y) < 1, pois α(x, y) ≤ 1, logo o caso maior
ou igual a 1 é trivial.

Se d(x, y) < 1
α(x, y) = min{1, d(x, y)} = d(x, y)
≤ d(x, z) + d(z, y) = min{1, d(x, z)} + min{1, d(z, y)} (1)
= α(x, z) + α(z, y)

Se d(x, y) ≥ 1
α(x, y) = min{1, d(x, y)} = 1
≤ d(x, y) ≤ d(x, z) + d(z, y)
(2)
= min{1, d(x, z)} + min{1, d(z, y)}
= α(x, z) + α(z, y)

1
b)
(M1) β(x,py) = 0 ⇐⇒ x = y
β(x, y) = d(x, y) = 0 =⇒ d(x, y) = 0 ⇐⇒ x = y

(M2) β(x,py) = β(y, x)


p
β(x, y) = d(x, y) = d(y, x) = β(y, x)

(M3) β(x, y) ≤ β(x, z) + β(z, y)


p p
β 2 (x, y) = d(x, y) ≤ [d(x, z) + d(z, y)] + 2 d(x, z) d(z, y)

[β(x, z) + β(z, y)]2 = β 2 (x, z) + β 2 (z, y) + 2 · β(x, z)β(z, y)


p p
= d(x, z) + d(z, y) + 2 d(x, z) d(z, y)
(3)
≥ d(x, z) + d(z, y)
≥ d(x, y) = β 2 (x, y)

=⇒ [β(x, z) + β(z, y)]2 ≥ β 2 (x, y) ⇐⇒ β(x, z) + β(z, y) ≥ β(x, y)

c)
(M1) γ(x, y) = 0 ⇐⇒ x = y
d(x, y)
γ(x, y) = = 0 ⇐⇒ d(x, y) = 0 ⇐⇒ x = y
1 + d(x, y)
(M2) γ(x, y) = γ(y, x)
d(x, y) d(y, x)
γ(x, y) = = = γ(y, x)
1 + d(x, y) 1 + d(y, x)
(M3) γ(x, y) ≤ γ(x, z) + γ(z, y)

Note que:
x 1
f (x) = =⇒ f ′ (x) = =⇒ f ′ (x) > 0, ∀x
1+x (1 + x)2 (4)
=⇒ f é estritamente crescente (1)

d(x, y) (1) d(x, z) + d(z, y)


γ(x, y) = ≤
1 + d(x, y) 1 + [d(x, z) + d(z, y)]
d(x, z) d(z, y)
= +
1 + [d(x, z) + d(z, y)] 1 + [d(x, z) + d(z, y)] (5)
d(x, z) d(z, y)
≤ +
1 + d(x, z) 1 + d(z, y)
= γ(x, z) + γ(z, y)

5. Mostre que não é uma métrica sobre B([0, 1]; R) a relação definida por
Z 1
d(f, g) = |f (x) − g(x)|y dx
0

2
R:
Z 1
d(f, g) = 0 ⇐⇒ |f (x) − g(x)| dx = 0 ⇐⇒ |f (x) − g(x)| = 0 ⇐⇒ f (x) = g(x) (6)
0

Obtemos que f (x) = g(x), porém, isso não implica que f = g. Contra-exemplo:
Tome f (x) = x e g(x) = 2x, f (0) = 0 = g(0) mas f ̸= g.
Como d(f, g) = 0 não implica que f = g (propriedade M1), portanto, d não é uma
métrica.

6. Seja d : M ×M −→ R+ uma aplicação com as seguintes propriedades:

(a) d(x, y) = 0 ⇐⇒ x = y
(b) Para quaisquer x, y, z ∈ M, d(x, y) ≤ d(x, z) + d(y, z)
Prove que d é uma métrica sobre M .
R:
d(y, x) ≤ d(y, z) + d(x, z) d(x, y) ≤ d(x, z) + d(y, z)
d(x, y) ≤ d(x, z) + d(y, z) d(y, x) ≤ d(y, z) + d(x, z)
=⇒ d(y, x) − d(x, y) ≤ 0 =⇒ d(x, y) − d(y, x) ≤ 0
=⇒ d(y, x) ≤ d(x, y) =⇒ d(x, y) ≤ d(y, x)
=⇒ d(x, y) = d(y, x) (2)

Como a condição M1 e M3 foram dadas e com a igualdade (2) obtemos a condição


M2, portanto, d é uma métrica.
10. Prove que uma métrica sobre um espaço vetorial normado E provém de uma norma
se, e somente se, para quaisquer u, v, a ∈ E e qualquer α ∈ R:
(a) d(u+a, v+a) = d(u,v);
(b) d(αu, αv) = |α| d(u,v).
R:

13. Seja A um subconjunto não vazio de um espaço métrico. Mostre que:

d(A) = 0 ⇐⇒ A é unitário.

R:
d(A) = sup{d(x, y) | x, y ∈ A} = 0 ⇐⇒ sup{d(x, y) | x, y ∈ A}≥ d(x, y) = 0
⇐⇒ x = y ∀x, y ∈ A ⇐⇒A é unitário

|x − y|
15. Considere sobre R a métrica definida por γ(x, y) = (ver Exercı́cio 1).
1 + |x − y|
Mostre que em relação a essa métrica o diâmetro de R é igual a 1.
R:

Se 1 é supremo então:
i. γ(x, y) ≤ 1 ∀ (x, y) ∈ M ×M
ii. ∀ε > 0, ∃(x, y) ∈ M ×M ; γ(x, y) > 1 − ε

3
i. Da questão 1, obtemos em (1) que a expressão γ(x, y) é estritamente crescente,
então: (considere z = |x − y|)
|x − y| |x − y| z
γ(x, y) = ≤ lim = lim =1
1 + |x − y| |x−y|→∞ 1 + |x − y| z→∞ 1+z

1
ii. Queremos mostrar que para qualquer ε > 0, γ(x, y) > (1 − ε). Considere < ε.
p
De (i) nós obtemos que o limite é da expressão é igual a 1, ou seja, existem (x0 , y0 ),
tal que,
 
1
γ(x0 , y0 ) = 1 − > (1 − ε).
p
Como atende as condições (i) e (ii), portanto, sup(γ) = 1.

18. Seja M um espaço métrico e considere M ×M uma qualquer das métricas usuais. Se
p é um ponto de M ×M tal que p ∈ / △ = {(x, x)| x ∈ M }, prove que d(p, △) > 0.

R: Suponha que d(p, A) = 0, então existe x ∈ A tal que d(p, x) = 0, mas por (M1) isso
implica que p = x, logo, p ∈ △. Chegamos a um absurdo, portanto, d(p, △) > 0.

22. Consideresobre R a métrica definida por α(x, y) = min{1, |x − y|}. Achepas bolas
1
abertas B 0, e B(0, 3). Faça o mesmo considerando a métrica β(x, y) = |x − y|.
2
 
1
R: Para B 0, , temos:
2
  n o n o
1 1 1
Bα 0, = x ∈ R α(x, 0) <
= x ∈ R min{1, |x − 0|} <

2 2 2
n o n o
1 1 1
= x ∈ R |x| < = x ∈ R − < x <
2 2 2

  n o n o (7)
1 1 p 1
Bβ 0, = x ∈ R β(x, 0) <
= x∈R |x − 0| <
2 2 2
n 1 o
1
= x ∈ R − < x <
4 4

Para B(0, 3), com α(x, y):


Se |x| ≥ 1,
n o n o
Bα (0, 3) = x ∈ R | α(x, 0) < 3 = x ∈ R | min{1, |x − 0|} < 3
n o (8)
= x ∈ R | min{1, |x|} < 3 = {−1; 1}

Se |x| < 1,
n o n o
Bα (0, 3) = x ∈ R | α(x, 0) < 3 = x ∈ R | min{1, |x − 0|} < 3
n o n o
= x ∈ R | |x| < 1 = x ∈ R | − 1 < x < 1 = ] − 1; 1[
(9)
n o n p o
Bβ (0, 3) = x ∈ R | β(x, 0) < 3 = x ∈ R | |x − 0| < 3
n o
= x ∈ R − 9 < x < 9 = ] − 9; 9[

4
|x − y|
23. Considere sobre R a métrica definida por γ(x, y) = . Prove que: (a) se
 |x − y|
1+ 
ε ε
ε ≥ 1, então B(p, ε) = R; (b) se ε < 1, então B(p, ε) = p − , p+
1−ε 1−ε

R:
a) Da questão 15, obtemos que sup(γ) = 1, ou seja, quaisquer x, y em R, γ(x, y) ≤ 1.
Logo, B(p, 1) = {x ∈ R | γ(x, p) < 1} = R. Como ε ≥ 1, então, B(p, 1) ⊂ B(p, ε).
Portanto, B(p, ε) = R.

b) Como a bola é restrita a reta dos números reais e ε é menor que 1, então, o raio
t
pode ser dado pela expressão: ε > > 0.
t+1

t ε
ε> ⇐⇒ ε(t + 1) > t ⇐⇒ εt + ε − t > 0 ⇐⇒ t(ε − 1) > −ε ⇐⇒ t <
t+1 1−ε

Como queremos um intervalo em torno de p, então:



ε ε ε ε ε
t< ⇐⇒ − <t< ⇐⇒ p − <p+t<p+
1−ε 1−ε 1−ε 1−ε 1−ε
 
ε ε
Portanto, B(p, ε) = p − , p+ .
1−ε 1−ε
∞  
T 1
25. Seja p um ponto de um espaço métrico M. Prove que B p, = {p}.
n=1 n
 
1
R: Para simplificar a notação, considere: B p, = Bn .
n
Podemos verificar pelo Princı́pio da Indução Finita que:

n−1
\
Bm ∩ Bn = Bn−1 ∩ Bn = Bn
m=1

Para k = 2,
2−1
T
Bm ∩ B2 = B2 ∩ B1
m=1
1
< 1 =⇒ B2 ⊂ B1 =⇒ B2 ∩ B1 = B2
2
2−1
T
Logo, Bm ∩ B2 = B2 ∩ B1 = B2 .
m=1

Suponhamos que seja válido para algum k, verifiquemos que vale para k + 1,
1 1
< =⇒ Bk+1 ⊂ Bk =⇒ Bk+1 ∩ Bk = Bk+1
k+1 k
k
T  k−1
T 
Bm ∩ Bk+1 = Bm ∩ Bk ∩ Bk+1 = Bk ∩ Bk+1 = Bk+1
m=1 m=1

Então,
n−1
T
Bm ∩ Bn = Bn−1 ∩ Bn = Bn , ∀n ≥ 2.
m=1

5
Perceba que podemos escrever os conjuntos e as interseções através de limite:
  n o
1 1
lim Bn = lim B p, = x ∈ R d(x, p) ≤ lim
= {x ∈ R | d(x, p) ≤ 0} = {p}
n→∞ n→∞ n n→∞ n

\ n
\ n−1
\
Bm = lim Bm = lim Bm ∩ Bn = lim Bn = {p}
n→∞ n→∞ n→∞
m=1 m=1 m=1

28. Seja (M, d) um espaço métrico. Dado p ∈ M e ε > 0 a bola fechada de centro p e raio
ε é definida por B[p, ε] = {x ∈ M | d(x, p) ≤ ε}. Sendo F = (B[p, ε])C , mostre que
para todo x ∈ F existe δ > 0 tal que B(x, δ) ⊂ F.

R:
x ∈ F =⇒ x ∈
/ B[p, ε] =⇒ d(x, p) > ε
λ
=⇒ ∃λ; d(x, p) = ε + λ =⇒ ∃λ; d(x, p) > ε +
2
Uma bola de centro x ∈ F e raio λ tem interseção com a fronteira de B[p, ε]. Tome
λ
δ = e finalizamos aqui.
2

|x − y|
29. Mostre que a métrica γ sobre R definida por γ(x, y) = é equivalente a
1 + |x − y|
métrica usual.

R:

30. Sendo d a métrica usual em R mostre que não existem constantes r, s > 0 de maneira
que

r d(x, y) ≤ γ(x, y) ≤ s d(x, y)

∀x, y ∈ R. Obs.: γ é a métrica do exercı́cio anterior.

R: Conseguimos definir um s > 0, porém, não é possı́vel achar um r > 0 de modo que
a desigualdade ocorra. Suponhamos então que exista um r > 0 tal que:

r d(x, y) ≤ γ(x, y), ∀x, y ∈ R


|x − y|
γ(x, y) 1 + |x − y| 1
r d(x, y) ≤ γ(x, y) =⇒ r ≤ =⇒ r ≤ =⇒ r ≤ (10)
d(x, y) |x − y| 1 + |x − y|
=⇒ r(1 + |x − y|) ≤ 1 =⇒ r + r|x − y| ≤ 1
2
Como x e y assumem quaisquer valores reais, tome x = e y = 0, então:
r

2
r(1 + |x − y|) = r + r − 0 = r + 2 > 1

r

Contradição, pois supomos que r(1 + |x − y|) ≤ 1.

∴ ∄ r > 0 ; r d(x, y) ≤ γ(x, y), ∀x, y ∈ R

33. Sejam d1 e d2 métricas equivalentes sobre um conjunto M. Mostre que d(x, y) =


d1 (x, y) + d2 (x, y) define uma métrica sobre M e que esta é equivalente a d1 e a d2 .

6
R:
M1) d(x, y) = 0 ⇐⇒ x = y
Suponhamos que d1 (x, y) ≥ d2 (x, y).
d(x, y) = d1 (x, y) + d2 (x, y) ≤ 2 · max{d1 (x, y), d2 (x, y)} = 2 · d1 (x, y) = 0
⇐⇒ d1 (x, y) = 0 ⇐⇒ x = y
De maneira análoga se d2 (x, y) ≥ d1 (x, y).

M2) d(x, y) = d(y, x)


d(x, y) = d1 (x, y) + d2 (x, y) = d1 (y, x) + d2 (y, x) = d(y, x)

M3) d(x, y) ≤ d(x, z) + d(z, y)

d(x, y) = d1 (x, y) + d2 (x, y) ≤ [d1 (x, z) + d1 (z, y)] + [d2 (x, z) + d2 (z, y)]
= [d1 (x, z) + d2 (x, z)] + [d1 (z, y) + d2 (z, y)] (11)
= d(x, z) + d(z, y)

37. Seja (xn ) uma sequência em M. Se (x2n ), (x3n+1 ) e (x2n+1 ) são subsequências conver-
gentes em M, mostre que (xn ) também converge em M.

R: Por hipótese obtemos:


Perceba que:

(x2n ) = (x2 , x4 , x6 , ...)


(x2n+2 ) = (x4 , x6 , x8 , ...)

Como (x2n+2 ) não tem o termo (x2 ), logo, (x2n+2 ) é subsequência de (x2n ). Por hipótese
(x2n ) converge, então, (x2n+2 ) também converge para o mesmo valor da sequência (x2n ).


(x2n ) converge para p1 ⇐⇒ ∃ r1 ∈ N ; n ≥ r1 =⇒ d(x2n , p1 ) < ε 
(x2n+2 ) converge para p2 ⇐⇒ ∃ r2 ∈ N∗ ; n ≥ r2 =⇒ d(x2n+2 , p2 ) < ε
Como as sequências acima convergem considere r = max{r1 , r2 , r3 }, pois a partir de
um certo r todas convergem.
(xn ) converge para p ⇐⇒ ∃ r ∈ N∗ ; n ≥ r =⇒ d(xn , p) < ε


d1 (xn , p) = ε

39. Se lim xn = p e lim yn = q num espaço métrico M, mostre que em R vale a igualdade.

lim d(xn , yn ) = d(p, q)

R:

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