Está en la página 1de 150

Amor,

miedo,
optimismo,
ira, gratitud,
tristeza,
felicidad,
frustración, alegría...
SENTIMIENTOS ARGENTINA PA $280.00
Recargo Interior PA $10.00

FLORECEN
CHILE PC 4,500
REG. I,II,XI,XII Y XV PC 5,000

QUE
COLOMBIA COL. $13,000
COSTA RICA C 2,520
GUATEMALA 32.00 Q
PANAMÁ B 3.50
PERÚ S/ 22.00
PUERTO RICO US $5.95
REPÚBLICA
DOMINICANA $275.00

¡Vivamos nuestras emociones!


USA US $3.50

Patricia del Valle (En portada)


JULIO-AGOSTO 2020
NUEVOS
COMIENZOS
Obra de Pia Camil
JULIO-AGOSTO

NOVEDADES, GENTE Y ACTUALIDAD


08, Carta de la directora - 12, Objeto de deseo
144, Lo último de Domenico Dolce y Stefano Gabbana
EN VOGUE
14, Vámonos de picnic, Tomemos un canasto, vertamos frutos en él y disfrutemos de la naturaleza en su máximo
esplendor. Porque en estos momentos, nada como la reconciliación mental y espiritual que un día de campo en familia nos ofrece.
16, De carácter único, Momentos de expresión histórica y lúdica se hacen presentes a través de discursos innovadores y
expresivos, presentes esta temporada en piezas con identidad propia, de inspiración artesanal, casual y sofisticada.

2
ESTILO VOGUE
22, 31 Rue cambon, El universo privado de
Gabrielle Chanel está en las alegorías de una colección
excepcional, en la que se demuestra que la moda es arte.
32, Tu cómplice favorito, El bolso es el esencial
para la mujer. Estos son los favoritos de una temporada que
abraza el valor de lo retro, la calidad y la belleza atemporal.

AGENDA VOGUE
44, Voces de cambio, En la ciudad de Montevideo,
dos cantos femeninos se hacen sentir, con sus poesías y
banderas, ante la idea de vivir en una realidad diversa.
48, Diosa del Quechua, La peruana Renata
Flores reivindica este idioma ancestral cargado de estigmas
fusionando ritmos folclóricos con el trap y el pop.
54, Reinvención y colaboración, Con museos y
galerías cerradas, cuatro iniciativas colaborativas en el mercado
del arte son ejemplos perfectos de grandes alianzas.

BELLEZA
60, El mundo exterior, La pandemia que se vive
alrededor del mundo lo modificó todo. Momentos donde
también nace un nuevo pensamiento, espíritu y conciencia.
68, Fortalece tu organismo, El aislamiento, la
PUNTO DE VISTA
falta de rutina, el sedentarismo y el exceso de comida en casa son 74, El siguiente paso, Pronto emprenderemos una
un peligroso combo. Descubre qué alimentos debes consumir. nueva realidad que, anticipándonos, la imaginamos desde el lente
de la moda en esta historia que nos ubica en un mundo exterior.
84, Miramos hacia delante, Grandes artistas
compartieron una obra con Vogue que hace eco a la idea de los
nuevos comienzos que están por llegar.
104, Raíces que flotan, Esta es la historia de Liz y su
retorno obligado a Colombia a causa de la crisis que la hizo cruzar
el gran río en busca de su otra orilla, en Puerto Carreño, Vichada.
110, Sol vital, En algunas regiones de Latinoamérica
la llegada del verano es inminente. El poder solar es un símbolo
MILDER FLORES GUTIÉRREZ; cortesía Agustina de Tezanos.

de esperanza, precisamente, el objetivo de estas imágenes...

MUNDO VOGUE
130, Talento femenino, Conoce a cinco diseñadoras
latinoamericanas de productos y de interiores que debes seguir
muy de cerca. ¡No te lo pierdas!
134, Vivir en la Montarina, Justina Bustos
reflexiona sobre el momento que vivimos desde la casa donde
creció y nos comparte los proyectos que surgieron ahí.

EN PORTADA: En primera portada: Patricia del Valle. Fotógrafo, Edgar Berg; estilismo, Ángela Kusen; peinado y maquillaje, Sergio Corovacho;
asistente de moda, Fernando Argüello; asistente de fotógrafo, Anthea Lovich; modelo, Patricia Del Valle/ Viva Paris. En segunda portada: Nuevos
comienzos, 2020, de Pia Camil. Acuarela líquida, tinta acrílica y barra de aceite sobre papel. 114 x 85 cm. Fotografía por Isaac Contreras.

3
KARL A MARTINEZ DE SAL AS
Directora
Subdirectora — B Á R B A R A T E R Á N
Director de Arte — F E R N A N D O RU B A L C A V A
Editor Senior — J O S É F O R T E Z A
MODA
Editora de Moda — V A L E N T I N A C O L L A D O
Coordinadora de Moda — I S A B E L A V I L A
BELLEZA
Editora de Belleza — C L A U D I A VA L D E Z
AGENDA Y MUNDO
Editora de Agenda y Mundo — R E G I N A M O N T E M A Y O R
REDACCIÓN
Jefe de Redacción y Edición — E N R I Q U E T O R R E S
Coordinadora Editorial — AT E N E A M O R A L E S
ARTE
Jefa de Diseño Gráfico — G A B R I E L A O L M O S
Diseñadora Gráfica Senior — K A R L A A C O S TA
V O G U E D I G I TA L
Editora Vogue Digital — C R I S T I N A C H A M O R R O
Coordinadoras — K A R I N A G O N Z Á L E Z , A M I R A S A I M Y M I L A G R O U R Q U I E TA
Diseñador Digital — B RU N O P R A D O
COL ABORADORES
E U R O PA : E U G E N I A G O N Z A L E Z D E H E N N Y L O R E N A V E R G A N I
CASTING: DAVID CHEN

A G U S T I N A F E R R E Y R A , A L E SS A N D R A P I N A S C O, A L E SS I A L A U D I N I , A LE X F RA N C O, A L E X A N D E R S A L A D R I G A S , A N A M A R Í A B E D O YA , A N D R É S O Y U E L A ,
A N I TA C A L E R O, B E N H A SS E T T, B J O R N I O O SS , B J Ö R N WA LL A N D E R , B RU N O B . RO E L S , C A M I L A G A LF I O N E , C A SS B I R D, C E C I LI A M A A F S , C É S A R
D U R I O N E , D O R I A N U L I S E S L Ó P E Z M A C Í A S , E D G A R B E R G, E LE O N O R A M O R A L E S , E M M A S U M M E RT O N , FÁT I M A G O N Z Á LE Z , G L O R I A C A L Z A D A , H U G O
L I M A B , JAV I E R FA L C Ó N , J U LI O O S O R I O, J UA N I TA E S C O B A R , J U ST I N A B U ST O S , KA R E N S A L A M A N C A , KA R L A C A STA Ñ E D A , KA R I N E M O N I É , M A R I O
M U G U E R Z A L E S C A N O, M I C H A E L F I L O N O W, M Ó N I C A T O R R E S A N , R I C A R D O RA M O S , P E D R O RU E D A , P I A C A M I L , S E B A ST I A N S A B A L-B RU C E , W I LL
WAT E RW O R T H

C O N T E N I D O S E I M A G E N C O R P O R AT I VA
Directora — V I R G I N I A N Ú Ñ E Z
Coordinador Senior de Contenidos — R I C A R D O O S O R I O
Coordinador de Contenidos — S E R G I O R A M Í R E Z
Coordinadora de Imagen Corporativa — E R É N D I R A P I TA
Jefa de Diseño de Imagen Corporativa — TA N I A V A L A D E Z
DIREC TORA DE FINANZAS
PIL AR L ASSARD
C O N D É N A S T D I G I TA L
Directora de Condé Nast Digital — FA R A H S L I M
Directora de Marketing Estratégico — K I R E Y T E L L O
Gerente de Data y Operación — M A R I O G O N Z Á L E Z
Gerente de Producto Digital — J O S É LU I S A N T I L L Ó N
Jefe de Análisis Publicitario — I V A N P É R E Z
COMERCIAL
Directora Comercial México — E R I K A F O N S E C A
Director Comercial Cuentas Clave — F R A N C I S C O V A R G A S
Director Comercial Digital — G E R M Á N PA L O M A R E S
Directora Comercial Cuentas de Lujo Miami — M A R Í A PA R E T S
Gerente Comercial Senior Miami — PA M E L A V E L I L L A
Coordinadora de Ventas Miami — M A R Y P U E N T E S
Gerente Administrativo de Ventas en México y Latinoamérica — M Y R I A M G A R C Í A
Gerente de Soluciones Comerciales — M A R Y C A R M E N PA L A C I O S
OPERACIONES
Director de Operaciones — J A V I E R C A N E D O
Gerente de Circulación y Suscripciones — A L F O N S O S A L G A D O
Jefe de Circulación — E N R I Q U E G A R C Í A
Gerente de Producción — I V Á N C H A PA R R O
Coordinador de Producción — D A N T E VA L D É S
Gerente de Recursos Humanos — C I N T YA T RU J I L L O
Directora Legal y de Compliance — M Ó N I C A O L I V O
REL ACIONES PÚBLICAS, COMUNICACIÓN Y PROYEC TOS ESPECIALES
Director — E N R I Q U E S Á N C H E Z-A R M A S
Gerente — S E R G I O G A R C Í A
Coordinadora — B E AT R I Z C ATÁ N
V O G U E L AT I N O A M É R I C A
800 Douglas Road, Suite 835, Coral Gables, Florida, 33134, EE.UU. Tel. (305) 371-9393
Montes Urales N° 415, Piso 4, Col. Lomas de Chapultepec, Delegación Miguel Hidalgo. México, C.P. 11000, Ciudad de México. Tel. (52-55) 50-62-37-10
V E N TA S D E P U B L I C I D A D E U R O PA :
ELENA MARSEGLIA
Condé Nast, Piazza Cardona 5. 20121 Milán, Italia Tel/Fax. (00) 39 02 85614217 Email: emarseglia@condenast.it
C O N D É N A S T M É X I C O Y L AT I N O A M É R I C A
Director General — J A V I E R E S T E B A N
Presidentes del Consejo — J A V I E R PA S C U A L D E L O L M O Y G I A M PA O L O G R A N D I
Chairman of the Board of Directors — J O N AT H A N N E W H O U S E

VOLUMEN 20 NO. 7 Y NO.8 VOGUE LATINOAMÉRICA (ISSN 2448-6353)


VOGUE ES UNA MARCA REGISTRADA DE ADVANCE MAGAZINE PUBLISHERS INC., QUE SE PUBLICA A TRAVÉS DE SU DIVISIÓN, THE CONDÉ NAST PUBLICATIONS INC. COPYRIGHT © 1999 DE THE CONDÉ NAST PUBLICATIONS INC. TODOS LOS
DERECHOS RESERVADOS. VOGUE LATINOAMÉRICA (ISSN 2448-6353) ES PUBLICADA MENSUALMENTE POR CONDÉ NAST AMERICAS, L.C., 800 SOUTH DOUGLAS ROAD, SUITE 835, CORAL GABLES, FLORIDA, 33134, BAJO LICENCIA DE THE CONDÉ NAST
PUBLICATIONS INC., 6300 WILSHIRE BOULEVARD, LOS ÁNGELES CA 90048. OFICINA PRINCIPAL: CONDÉ NAST BLDG., 4 TIMES SQUARE, NEW YORK, NY, 10036. PRESIDENTE & CEO, STEVEN T. FLORIO; TESORERO, DAVID B.CHEMIDLIN; VICEPRESIDENTE
SENIOR DE RECURSOS HUMANOS, JILL HENDERSON BRIGHT. OFICINA PRINCIPAL DE CONDÉ NAST AMERICAS, L.C., 800 SOUTH DOUGLAS ROAD, SUITE 835, CORAL GABLES, FLORIDA, 33134. PRESIDENTES, JAVIER PASCUAL DEL OLMO Y GIAMPAOLO
GRANDI; SUSCRIPCIONES EN EE.UU., US$18.00. POR UN AÑO, PAGOS POR ADELANTADO. PARA SUSCRIBIRSE LLAME AL 1-877-371-8077, O ESCRÍBANOS A CONDÉ NAST AMERICAS, L.C, P.O.BOX 37737 BOONE, IOWA 50037-0737. PARA CAMBIOS DE DIRECCIÓN SE
REQUIERE UNA NOTIFICACIÓN CON OCHO SEMANAS DE ANTICIPACIÓN. AL HACERLO, PROPORCIONE AMBAS DIRECCIONES: LA QUE APARECE IMPRESA EN LA ETIQUETA Y LA NUEVA. EL PRIMER EJEMPLAR DE UNA SUSCRIPCIÓN NUEVA SERÁ
ENVIADO EN UN PLAZO DE OCHO SEMANAS DESPUÉS DE QUE HAYAMOS RECIBIDO SU PEDIDO DE SUSCRIPCIÓN. MANUSCRITOS, DIBUJOS Y OTROS MATERIALES QUE REQUIERAN DEVOLUCIÓN, DEBERÁN IR ACOMPAÑADOS DE UN SOBRE CON
SU DIRECCIÓN Y FRANQUEO PAGADO. VOGUE LATINOAMÉRICA NO SE RESPONSABILIZA POR LA PÉRDIDA, DAÑO O CUALQUIER INCONVENIENCIA A TRABAJOS DE ARTE O MANUSCRITOS NO SOLICITADOS (INCLUYENDO, PERO SIN LIMITARSE A
BOCETOS, FOTOGRAFÍAS O TRANSPARENCIAS) O CUALQUIER OTRO MATERIAL NO SOLICITADO. IMPRESO POR SERVICIOS PROFESIONALES DE IMPRESIÓN S.A. DE C.V. (SPI) MIMOSAS 31, COL. SANTA MARÍA INSURGENTES, CDMX, C.P.
06430 TEL. 51170100. VOGUE LATINOAMÉRICA (ISSN: 2448-6353) IS PUBLISHED MONTHLY, FOR US$ 30.00 PER YEAR. VOL.20 ISSUE 7 AND 8 BY CONDÉ NAST AMERICAS, L.C. PERIODICAL POSTAGE IS PAID AT MIAMI, FLORIDA 33152, USPS # 022-042, AND AT THE
NATIONAL MAILING OFFICES. POSTMASTER: SEND ADDRESS CHANGES TO CONDÉ NAST AMERICAS, L.C., P.O. BOX 37737. BOONE, IOWA 50037-0737.

STATEMENT OF OWNERSHIP, MANAGEMENT AND CIRCULATION REQUIRED BY 39 USC 3685: 1. PUBLICATION TITLE: VOGUE LATINOAMÉRICA; 2. PUBLICATION NUMBER: YEAR 20/NO.7 AND NO.8; 3. FILLING DATE: DECEMBER 2006; 4. ISSUE FREQUENCY:
MONTHLY; 5. NUMBER OF ISSUES PUBLISHER ANNUALLY: 12; 6. ANNUAL SUBSCRIPTION PRICE: US$18.00; 7. COMPLETE MAILING ADDRESS OF KNOWN OFFICE OF PUBLICATION: 800 SOUTH DOUGLAS ROAD, SUITE 835, CORAL GABLES, FLORIDA,
33134 CONTACT PERSON: MANUEL VAZQUEZ TELEPHONE (305) 371-9393; 8. COMPLETE MAILING ADDRESS OF HEADQUARTERS OF GENERAL BUSINESS OFFICE OF PUBLISHER: SAME AS ABOVE; 9. FULL NAMES AND COMPLETE MAILING ADDRESS OF
HEADQUARTERS OF GENERAL BUSINESS OFFICE OF PUBLISHER: PUBLISHER: CONDÉ NAST AMERICAS (SAME ADDRESS) EDITOR IN CHIEF: KARLA.MARTINEZ@CONDENAST.COM.MX; 10.OWNER: CONDÉ NAST EN ESPAÑOL LL.C 4 TIME SQUARE 23 RD
FLOOR NEW YORK NY 10036; 11. KNOWN BONDHOLDERS, MORTGAGEES AND OTHER SECURITY HOLDERS SWING OR HOLDING 1 PERCENT OR MORE OF TOTAL: NONE; 12. TAX STATUS: N/A; 13. PUBLICATION TITLE: VOGUE LATINOAMÉRICA; 14. ISSUE
DATE FOR CIRCULATION DATA BELOW: DECEMBER 06; 15. EXTENT AND NATURE OF CIRCULATION: A. TOTAL NUMBER OF COPIES (NET PRESS RUN): AVERAGE N° COPIES EACH ISSUE DURING PRECEDING
12 MONTHS: 23,950 ACTUAL N° COPIES OF SINGLE ISSUE PUBLISHED NEAREST TO FILING: 22,000; B. PAID AND REQUESTED CIRCULATION: 1. PAID/ REQUESTED OUTSIDE COUNTRY MAIL SUBSCRIPTIONS
STATED FORM 3541 (INCLUDE ADVERTISERS PROF. AND EXCHANGE COPIES): AVERAGE N° COPIES EACH ISSUE DURING PRECEDING 12 MONTHS: 12,025; ACTUAL N° COPIES OF SINGLE ISSUE PUBLISHER
NEAREST TO FILING: 10,055; 2. PAID IN-COUNTRY SUBSCRIPTIONS STATED ON FORM 3451 (INCLUDE ADVERTISERS PROOF AND EXCHANGE COPIES): 0/0 3. SALES THROUGH DEALERS AND CARRIERS, STREET
VENDORS COUNTER SALES AND OTHER NON-USPS PAID DISTRIBUTION: 0/0 4. OTHER CLASSES MAILED TROUGH THE USPS: 0/0 C. TOTAL PAID AND/OR REQUESTED CIRCULATION [SUM OF 15B (1), (2), (3)
AND (4)]: 12,025/10,055 D. FREE DISTRIBUTION BY MAIL (SAMPLES, COMPLIMENTARY AND OTHER FREE) 1. OUTSIDE-COUNTRY AS STATED ON FORM 3541: 700/200 2. IN-COUNTRY AS STATED ON FORM 3541: 0/0 3.
OTHER CLASSES MAILED TROUGH THE USPS; 0/0 E. FREE DISTRIBUTION OUTSIDE THE MAIL (CARRIERS OR OTHER MEANS): 1,000/550 F. TOTAL FREE DISTRIBUTION (SUM OF 15D. AND 15E): 1,700/750 G. TOTAL
DISTRIBUTION (SUM OF 15C AND 15F): 13,725/10,805 H. COPIES NOT DISTRIBUTED: 10,225/11,195 I. TOTAL (SUM OF 15G AND H): 23,950/22,000 J. PERCENT PAID AND/OR REQUESTED CIRCULATION (15C DIVIDED BY 15G
TIMES 100): 88%/93%; 16. PUBLICATION OF STATEMENT OF OWNERSHIP PUBLICATION REQUIRED. WILL BE PRINTED IN THE ISSUE ON THIS PUBLICATION. PUBLICATION NOT REQUIRED; 17. SIGNATURE AND
TITLE OF EDITOR, PUBLISHER, BUSINESS MANAGER, OR OWNER: FERNANDO ANTILLÓN, CHIEF FINANCIAL OFFICER DATE: DECEMBER 06. I CERTIFY THAT ALL INFORMATION FURNISHED ON THIS
FORM IS TRUE AND COMPLETE. I UNDERSTAND THAT ANYONE WHO FURNISHES FALSE OR MISLEADING INFORMATION ON THE OR WHO OMITS MATERIAL OR INFORMATION REQUESTED ON THIS FORM
4 MAY BE SUBJECT TO CRIMINAL SANCTIONS (INCLUDING FINES AND IMPRISONMENT) AND /OR CIVIL SANCTIONS (INCLUDING CIVIL PENALTIES).
MÉXICO PUBLISHED BY CONDÉ NAST
C O N D É N A S T D E M É X I C O S . A . D E C .V.
Directora Comercial — E R I K A F O N S E C A Chief Executive Officer Roger Lynch
Montes Urales N° 415, Piso 4, Col. Lomas de Chapultepec, Miguel
Hidalgo México,
Chief Operating Officer & President, International Wolfgang Blau
C.P. 11000, Ciudad de México. Global Chief Revenue Officer & President, U.S. Revenue Pamela Drucker Mann
Tel. (52-55) 50-62-37-10 U.S. Artistic Director and Global Content Advisor Anna Wintour
mail: adverstising@condenast.com.mx
Chief Financial Officer Mike Goss
MIAMI Chief Marketing Officer Deirdre Findlay
C O N D É N A S T M É X I C O Y L AT I N O A M É R I C A
Directora Comercial Cuentas de Lujo — M A R Í A PA R E T S
Chief People Officer Stan Duncan
Gerente Comercial Senior — PA M E L A V E L I L L A Chief of Staff Samantha Morgan
Coordinadora de Ventas — M A R Y P U E N T E S Chief Data Officer Karthic Bala
800 South Douglas Road, Suite 835, Coral Gables, Florida,
Chief Client Officer Jamie Jouning
33134 EE.UU. Tel. (305) 371-9393
mail: mary.puentes@condenastamericas.com
CONDÉ NAST ENTERTAINMENT
President Oren Katzeff
ARGENTINA
Directora Comercial — M A R Í A PA R E T S
mail: maria.parets@condenastamericas.com
Executive Vice President–Alternative Programming Joe LaBracio
Distribución de revistas: Brihet e Hijos S.A. Agustín Magaldi 1448 Executive Vice President–CNÉ Studios Al Edgington
Buenos Aires, Argentina. Tel. (541)1 43013-601 / Ciudad Capital: Executive Vice President–General Manager of Operations Kathryn Friedrich
Huesca Distribuidora Aristóbulo del valle 1556 Buenos Aires, Argentina
Tel. (+541) 143 025453 CHAIRMAN OF THE BOARD
Interior del país: DGP – Alvarado 2118 Buenos Aires, Argentina Jonathan Newhouse
Tel. (+541) 143 019970
WORLDWIDE EDITIONS
CHILE FRANCE: AD, AD Collector, Glamour, GQ, Vanity Fair, Vogue, Vogue Collections, Vogue Hommes
Directora Comercial — M A R Í A PA R E T S GERMANY: AD, Glamour, GQ, GQ Style, Vogue
mail: maria.parets@condenastamericas.com INDIA: AD, Condé Nast Traveller, GQ, Vogue
Av. Apoquindo 5950, piso 16, oficina 118, Las Condes, Santiago, Chile.
Distribuidora Meta, Williams Rebolledo N° 1717 Ñuñoa, Santiago, Chile. ITALY: AD, Condé Nast Traveller, Experience Is, GQ, La Cucina Italiana, L’Uomo Vogue, Vanity Fair, Vogue, Wired
Mesa central. (+56) 2 6201700 JAPAN: GQ, Rumor Me, Vogue, Vogue Girl, Vogue Wedding, Wired
MEXICO AND LATIN AMERICA: AD Mexico and Latin America, Glamour Mexico, GQ Mexico and Latin America,
Vogue Mexico and Latin America
COLOMBIA
C O N D É N A S T M É X I C O Y L AT I N O A M É R I C A SPAIN: AD, Condé Nast College Spain, Condé Nast Traveler, Glamour, GQ, Vanity Fair, Vogue, Vogue Niños, Vogue Novias
Gerente Comercial — I N É S E LV I R A L I N C E TAIWAN: GQ, Interculture, Vogue
Car 15 No. 88-64, Of. 607, Bogotá - Distrito Capital de Bogotá (110221) UNITED KINGDOM: London: HQ, Condé Nast College of Fashion and Design, Vogue Business; Britain: Condé Nast Johansens,
Tel. + (57 1) 739 3560 mail: ines.lince@condenastamericas.com Condé Nast Traveller, Glamour, GQ, GQ Style, House & Garden, LOVE, Tatler, The World of Interiors, Vanity Fair, Vogue, Wired
Distribución de revistas: Comunican S. A. Calle 103 No. 69B - 43
UNITED STATES: Allure, Architectural Digest, Ars Technica, basically, Bon Appétit, Clever, Condé Nast Traveler, epicurious,
Bogotá, Colombia Tel. (571) 423-2300
Glamour, GQ, GQ Style, healthyish, HIVE, La Cucina Italiana, Pitchfork, Self, Teen Vogue, them., The New Yorker, The Scene,
Vanity Fair, Vogue, Wired
PA N A M Á / C E N T R O A M É R I C A
Representante Comercial — I S M E N I A A R T E A G A
Tel. +507 65376310 mail: comercial.panama@condenastamericas.com Published under joint venture
Distribución de revistas en Panamá: Distribuidora Lewis S.A. de C.V. BRAZIL: Casa Vogue, Glamour, GQ, Vogue
Calle 2, Parque industrial, Costa del Este, Panamá. Tel: (507) 200 1888 RUSSIA: AD, Glamour, Glamour Style Book, GQ, GQ Style, Tatler, Vogue

P E RÚ Published under license or copyright cooperation


Representante Comercial — L O R E N A B O D E R O AUSTRALIA: GQ, Vogue, Vogue Living
Lorena Bodero SAC Alcanfores 1227-102 Miraflores, Lima, Perú
BULGARIA: Glamour
Tel. (+51) 982 333 668 mail: comercial.peru@condenastamericas.com
Distribución de revistas: Cía. Distribuidora Nacional de Revistas SAC. CHINA: AD, Condé Nast Center of Fashion & Design, Condé Nast Traveler, GQ, GQ Lab, GQ Style, Vogue, Vogue Business in
Jirón Huallaga 122, Lima, Perú. Tel. (511) 428-9490 China, Vogue Film, Vogue Me
CZECH REPUBLIC AND SLOVAKIA: La Cucina Italiana, Vogue
GERMANY: GQ Bar Berlin
C O S TA R I C A
GREECE: Vogue
Distribución de revistas: Ciamesa S. A. Coyol Alajuela, San José, Costa
Rica, Parque Empresarial NovaPark Tel. (506) 2436 7000 HONG KONG: Vogue
HUNGARY: Glamour
G U AT E M A L A ICELAND: Glamour
Distribución de revistas: Círculo de Inversiones S. A.
KOREA: Allure, GQ, Vogue, Wired
15 Ave. final colonia Oakland, zona 10 ciudad de Guatemala, Guatemala
Tel. (502) 5632 0985 MALAYSIA: Vogue Lounge Kuala Lumpur
MIDDLE EAST: AD, Condé Nast Traveller, GQ, Vogue, Vogue Café Riyadh, Wired
POLAND: Glamour, Vogue
PUERTO RICO
Distribución de revistas: Distribuidora de Publicaciones Aponte Inc.
PORTUGAL: GQ, Vogue, Vogue Café Porto
Carretera 797 km 1.0, Barrio Jagueyes Abajo Bldg. 1, Aguas Buenas PR. ROMANIA: Glamour
Tel. (787) 602 6413 RUSSIA: Tatler Club, Vogue Café Moscow
SERBIA: La Cucina Italiana
REPÚBLICA DOMINICANA SOUTH AFRICA: Glamour, GQ, GQ Style, House & Garden,
Distribución de revistas: MC Marketing de Publicaciones Srl. THAILAND: GQ, Vogue
Calle Venus Esq. Luna No. 20 Urb. Sol de Luz THE NETHERLANDS: Glamour, Vogue, Vogue Living, Vogue Man, Vogue The Book
Villa Mella, Santo Domingo Norte, República Dominicana.
TURKEY: GQ, Vogue, Vogue Restaurant Istanbul
Tel. (809) 332 9214
UKRAINE: Vogue, Vogue Café Kiev

SUSCRIPCIONES Condé Nast is a global media company producing premium content with a footprint of more than 1 billion consumers in 31 markets.
suscripciones@condenast.com.mx condenast.com

6
CARTA DE LA DIRECTORA

Espíritu por
Todo lo alto
Hemos vivido más Estamos a principios de junio cuando escribo esta carta. Hemos estado en confi-
de NOVENTA días namiento por más de tres meses en México y Latinoamérica. Tal vez es el clima en
de confinamiento, la capital mexicana, pero nunca imaginé que estos más de 90 días pasarían ante
mis ojos tan rápido. Es difícil creer que mi vida se ha acelerado después del inicio
experimentando una de la crisis del Covid-19. Imagino que, de otra manera, hubiera acumulado unos
serie de emociones 50,000 kilómetros en vuelos si la pandemia no hubiera detenido todo. Sin embar-
que transitan del
CASS BIRD; JUANITA ESCOBAR; obra de Isauro Huizar.

go, lo que sí he experimentado, como todos, son explosiones de emociones como


miedo al optimismo. ansiedad, miedo o ira, al mismo tiempo que felicidad, paz u optimismo.
Les proponemos Con esta idea en mente, le pedimos a fotógrafos y artistas que nos compartieran
liberarnos a través una imagen que generara optimismo en estos tiempos turbulentos. El resultado ha
de las siguientes sido un hermoso portafolio curado por Regina Montemayor, editora de Agenda
páginas y buscar y Mundo Vogue, que reunió a una parte de los artistas latinos más talentosos de
oportunidades que nuestra generación, con una variedad de obras que nos invitan a reflexionar con la
nos pongan en un mira en tiempos mejores. En la última página de este portafolio presentamos un
NUEVO camino trabajo de Vicente Muñóz, la escultura de una escalera con el certero enunciado:
“podemos descender y ponernos muy afligidos, o elevarnos y buscar oportunidades
y tratar de mantener el espíritu en alto”. Cuando leí esas palabras no solo pensé en la
crisis del Covid-19 en todo el mundo que ahora azota más a Latinoamérica, también
en la turbulencia política en Estados Unidos. La injusticia que ha visto el mundo en

8
Nuevos comienzos
EN PORTADA

La imagen representa una figura sin rostro con guante


blanco de látex. ¿Usa su mano como espejo, consuelo o protección?
Después de meses de confinamiento, ¿es posible que lo veamos como
un guante de limpieza recordándonos cómo se replantean los roles de nuestra
domesticidad? ¿O como un guante de látex médico, con miedo de tocar y
ser tocados? El hecho de que la figura no tenga rostro es perturbado pero,
¿y si pensamos que se está tapando como signo de su vulnerabilidad? ¿Se
tapa la cara sin rostro con un gesto del dolor que sentimos y compartimos todos por las
numerosas pérdidas y sufrimiento causado por el Covid-19?
¿Quizá se tapa por el dolor que sentimos y compartimos cuando vemos
videos como el de Geor e Floyd? ¿O diversas muertes a manos de policías? ¿Es todo a la vez?
La imagen es incierta y perturbadora porque estamos en tiempos inciertos
y perturbadores. Reconocerlo es el primer paso al cambio.
PIA CAMIL

el video del asesinato de George Floyd ha sido indignante. Esto generó una ola de
protestas en todas partes a medida que se hacían evidentes las prácticas injustas de la
policía y las políticas racistas en Estados Unidos. Pero a medida que meditaba sobre
qué quería poner en mis posts respecto a los cambios que necesitamos hacer dentro de
nosotros mismos, me concentré en las divisiones raciales que existen en nuestra cultura.
Afortunadamente, tenemos la oportunidad de mostrar la diversidad de nuestro con-
tinente en estas páginas y asumimos el compromiso de hacerlo poniéndoles rostros a
las comunidades afrolatinas de nuestra región, desde Honduras hasta la República
Dominicana, Colombia, Venezuela y Perú.
No basta decir que estamos escuchando y aprendiendo, sino que tenemos realmente
que trabajar para ser más inclusivos y apoyar a la gente de América Latina. Original-
mente, habíamos pensado en otra portada para esta edición que fue fotografiada en
marzo, hasta que vi las imágenes de la peruana Patricia del Valle, tomadas en París por
Edgar Berg, con el estilismo de Angela Kusen. Patricia es una modelo
que me llamó la atención en el show de Loewe. Siempre me enorgu-
llezco cuando veo a jóvenes latinoamericanas desfilando en las pasare-
las. Patricia creció en Lima y empezó su carrera como modelo en 2012.
Ella es madre soltera y vive con su hija, de un año y medio, y su madre.
A sus 15 años fue descubierta como modelo en Lima, pero hasta los 22
años empezó a modelar formalmente cuando una diseñadora peruana
estaba buscando modelos para su pasarela. Estudió corte y confección
en el Instituto Interford y, durante un tiempo, tuvo una marca de pija-
mas de mujer. Huérfana de padre desde muy pequeña, Patricia es una
persona humilde que ha trabajado desde que tiene 17 años y ha salido
adelante por sí misma. Muchas veces pensamos que las modelos tienen
vidas llenas de glamour y olvidamos que muchas de ellas tuvieron que
pasar por tiempos difíciles para llegar a donde están. Así como Patricia,
nos inspiramos a ascender, salir adelante y encontrar nuestro camino.
D. R. (2).

9
EN VOGUE

Todo FLORECE
Como haciéndose eco
de la Naturaleza, los 1
motivos FLORALES se
imponen con el aliento
de optimismo y un
impacto cromático que
no nos deja DUDAS
sobre la nueva etapa de 2

creatividad y esperanza
que emprendemos •

7 3

La primavera y la cercanía del verano en


una latitud, y los cambios en las tonalidades
de la naturaleza en los sitios en que las
temperaturas comienzan a llenarnos de
frescor... Siempre el mes de julio nos
transporta al florecimiento y a la esperanza
en una etapa francamente renovadora. Este
año, mucho más que siempre, celebramos la
vida con motivos florales y notas retro, desde
el aroma inconfundible de una fragancia
FENDI.

hasta en el colorido de prendas y accesorios.


1. Fragancia Amber Musk, de Aerin; 2.
Collar con piedras
multicolores, de Irene
Neuwirth; 3. Diadema
con estampado
Jungle Barocco, de
Versace; 4. Diario
Les Saisons B5, de
Christian Lacroix; 5.
Zapato destalonado,
de Dolce & Gabbana;
6. Pendientes de Louis
Vuitton; 7. Vestido
bordado en organza
6 de la colección cápsula
ALESSANDRO LUCIONI/Gorunway.com.

0 Moncler Genius
Richard Quinn, de
Moncler Genius.

5
4

10
DIPLOMA

Experto en
Marketing Digital
EN EL SECTOR DE MODA, LUJO Y BELLEZA

100%
DIGITAL

¡APRENDE CON
LOS PROFESIONALES
DE LA INDUSTRIA!

EN COLABORACIÓN ACADÉMICA CON

Para más información:


condenastcollege@condenast.com.mx
Ana María López Baldín
ana.lopez@anahuac.mx
EN VOGUE OBJETO DEL DESEO

Energía para
LLEVAR siguiente
¿Qué sentimientos debe despertar ese
Asistente de fotografía: Luz María Almazo.

bolso en mi armario? Primero,


una rotunda felicidad de que este aliado
Fotógrafo PEDRO RUEDA
Realización ISABEL AVILA de nuestras nuevas jornadas sea un grato
RECUERDO de una era que renovó tus deseos.
Segundo, que destelle optimismo, como el intenso verde

12
·
del bolso Kaia de Saint Laurent, para que con esta energía
en mente: recibas lo mejor de este nuevo amanecer
EN VOGUE IR A

¡Vámonos de Tomemos un CANASTO,


vertamos frutos en él y
disfrutemos de la naturaleza en
PICNIC! su máximo esplendor. Porque
en estos momentos, nada como
la reconciliación mental y
ESPIRITUAL que un día de
campo en familia nos ofrece

En sentido horario,
desde de la izquierda:
campaña Pre-Fall
2020 inspirada en la
infancia, de Gucci;
delantal a cuadros, de
Dorine + Apron; bucket
bag en fibras naturales
D. R. (3).

con detalles en cuero, de


Mark & Graham.

14
En sentido horario desde
la izda.: campaña Pre-Fall
2020, de Gucci; frazada
multicolor, de Amara; uno
de los spots predilectos
para ir de picnic.

En sentido horario, desde la izquierda:


manta con ilustraciones y anagramas,
de Loewe; sandalia de cuero bicolor,
de Hermès; camisa Vongole! Cabana,
de Tombolo Company.

Dicen que el aroma del campo y la tierra es único. No hace mucho, los
picnics eran una forma simple de reconciliarnos, de alejarnos de la ciudad, del
ruido y de la cotidianidad. Hoy, incluso desde casa –ya sea en nuestros jardines
o terrazas– podemos volver a conectar con la naturaleza. El truco es bastante
simple: un poco de comida –frutas y queso de manera casi obligatoria– y la
fiel intención de relajarnos, despejarnos y pasarla bien. Los días de campo,
una práctica muy frecuentada hace algunos años, han regresado debido a los
acontecimientos de los últimos meses. Este tiempo, que en familia se vuelve
invaluable, es la oportunidad perfecta de desconectarse para reconectar.
Nuestros abuelos nos lo enseñaron: nada como dejarse caer sobre el
pasto o pastizal, inhalar el aroma tan particular de la hierba, cerrar los ojos
para escuchar los pájaros y sacudirse la tierra que pudiera llegar a entrar en
WILLIAM WATERWORTH; D. R. (5).

los zapatos. Tomar un poco de agua o un buen vino mientras se juega a la


pelota o con lo que se tenga a la mano. Aprovechemos para comer, descansar
y disfrutar que el tiempo en el campo es valioso y como en todo, a veces
tardamos en darnos cuenta de eso. En estas últimas semanas nos hemos
visto en la necesidad de retomar aquellos viejos hábitos –algunos que quizá
nunca debieron irse– y que nos abren los ojos sobre una nueva realidad

·
y la importancia de disfrutar aquellos momentos que parecieran simples.
Abracemos las oportunidades de frente y con optimismo, que si algo hemos
aprendido es a revalorar nuestro tiempo y a nuestras familias.

15
ESTILO VOGUE MOOD

De carácter
ÚNICO
Momentos de expresión
histórica y lúdica se
hacen presentes a través
de DISCURSOS
innovadores y expresivos,
presentes en PIEZAS
con identidad propia,
de inspiración artesanal,
casual y sofisticada

ARTESANÍA GEOMÉTRICA
CON UN DISEÑO QUE EVOCA AL MEDIO ORIENTE,
REGIÓN DONDE FUERON CREADOS LOS
AZULEJOS, ESTE BOLSO DE ESTÉTICA ARTESANAL
Y GEOMÉTRICA NOS TRANSPORTA A ESPAÑA
Y PORTUGAL. ARRIBA: BOLSO DE MANO RUBI
D.R.

ULTRAMARINO AZULEJO, DE MARIO HERNÁNDEZ.

16
CLARIDAD
INNATA
La nueva pieza de alta
relojería de la maison
perpetúa la magia de la
Alta Costura y aprovecha
la luz del color gracias
a su composición
mayoritariamente en
zafiro, que expresa el
deseo de simplicidad
sofisticada e
irreprochable,
constante en
la filosofía
de Gabrielle
Chanel. Izda.:
reloj J12 X-Ray,
de Chanel.

¡REGLAS A JUEGO!
EL CONFINAMIENTO SE REINVENTA EN EL
MUNDO DE LOS NIÑOS, EPK NOS PROPONE
NUEVAS HISTORIAS DE MODA A TRAVÉS
DE ESTAMPADOS QUE COMBINAN CON LAS
NECESARIAS MASCARILLAS. ARRIBA: LOS
EXCLUSIVOS ESTAMPADOS DE MODA EN
LA ÚLTIMA COLECCIÓN DE EPK.

NOSTALGIA ATEMPORAL
NOMBRADA EN HOMENAJE AL NOMBRE
DEL PERRO DE CHRISTIAN DIOR, LA NUEVA
CREACIÓN DE MARIA GRAZIA CHIURI DE
ESTILO HOBO, TRANSMITE UNA DELIBERADA
ELEGANCIA A TRAVÉS DE UNA SILUETA
DEPURADA. ABAJO: BOBBY BAG, DE DIOR.
D.R. (3); FILIPPO FIOR (3) / Gorunway.com.

FRENAR EL RITMO
Un cambio radical en la estructura de los desfiles de
la firma italiana. Gucci ha dado a conocer su nuevo
modelo de producción y exhibición afirmando que
la nueva tendencia son las prendas atemporales
que tengan una vida más larga. Arriba: looks de la
colección Primavera Verano 2020, de Gucci.

17
ESTILO VOGUE COMPRAS

2.

1.

NATALIA MONTERO
“Hace un par de años, cuando
estaba en la secundaria, me
hablaron de que existía una
manera de canalizar todos tus
sentimientos a través del arte”

3.

5.

Desde casa
Las modelos alrededor
del mundo nos comparten 4.
sus piezas FAVORITAS
y actividades predilectas
durante la cuarentena. 1. Hace un par de años, cuando estaba en la secundaria, me
Desde su libro favorito, hablaron de que existía una manera de canalizar y/o expresar todos
tus sentimientos a través del arte, la escritura, el baile, la escultura. Y
un hobbie, su receta, un fue en ese momento cuando me apasione por la pintura y las artes.
recuerdo o su accesorio 2. No se trata de ser mejor o peor que otra persona, se trata de ser
predilecto. Aquí un diario lo que eres.
fotografiado desde sus casas 3. Mi accesorio predilecto es un buen bolso para complementar mis
en exclusiva con Vogue outfits. Yo no soy mucho de colores, así que me inclino más hacia
los bolsos negros o colores nude.
4. Mi mundo gira en torno a la fotografía, es por eso que he
restaurado esta vieja cámara del año 2003 y desde entonces he
recorrido varios lugares con ella capturando los mejores recuerdos.
5. En mi clóset no pueden faltan un par de Converse.
D. R. (6).

18
2.

1.

4.
KRINI HERNÁNDEZ
“Me encontré con muchos recuerdos, uno de
ellos fueron mis múltiples fotos de pequeña
que tenía mi mamá guardadas junto con los
álbumes de familiares”
3. 1. En estos momentos, estoy leyendo la novela escrita por Aldous
Huxley, Un mundo feliz.
2. Me encontré con muchos recuerdos, uno de ellos fueron mis
6. fotos de pequeña que tenía mi mamá guardadas.
3.Me encanta cocinar, he tratado todo tipo de recetas para
disfrutar con toda mi familia, hoy cociné un pay de limón que va
horneado y un budín de limón que va congelado.
4. He pasado varias tardes jugando ajedrez con mi hermano,
5. nos apasiona desde muy chicos y se ha convertido en mi nuevo
hobbie durante la cuarentena.
5. Me encanta este bolso de J.W Anderson, lo uso casi siempre.
6.Mi prenda favorita de mi guardarropa es este vestido a rayas
de Proenza Schouler, es perfecto para el verano.
D. R. (7).

19
ESTILO VOGUE COMPRAS

KEROLYN SOARES
“Gracias a Dios mi país es
pequeño y acogedor, estoy
cerca de la gente que amo y me
hace mucho bien”

2.

3.

1.

1. Me encontré con esta fotografía de pequeña que me trae puros


recuerdos lindos de mi infancia.
2. Me encanta estar en contacto con la naturaleza, me trae paz y
tranquilidad en tiempos de estrés.
3. Me encanta colorear, me relaja y me ayuda a concentrarme. Se ha
convertido en mi nuevo pasatiempo.
4. Este es mi vestido favorito, es un estilo de caftán con botones en
la parte posterior, lo uso siempre en distintas formas tanto de noche
como de día durante el verano. Lo acompaño con mi accesorio 4.
favorito: un paliacate.
5. Estoy leyendo Tell me Your Dreams, de Sidney Sheldon, lo estoy
disfrutando mucho. 5.
6. Mi cosmético favorito es el lipstick Living Doll de Nars.

6.
D. R. (7).

20
2.

3.
1.

LUNA BIJIL
“Me gusta llevar sombras en
tonos nude, corrector ligero y
usar mucha crema para mantener
mi piel hidratada”
4.
1. Mi accesorio favorito es este brazalete de Chanel, lo llevo a
todas partes y le da fuerza a mi look.
2. Estoy leyendo You Are a Badass, How to Stop Doubting
Your Greatness and Start Living an Awesome Life de Jen
Sincero. Este es el libro ideal para las personas que quieren
mejorar sus vidas.
3. Amo mi vestido de seda con estampado multicolor, es perfecto
para usar en las tardes calurosas del verano.
4. Me encanta montar a caballo, últimamente he tenido más
tiempo para practicar y perfeccionar mi estilo.
5. Los productos de belleza que uso casi todos los díasapuntan a
un estilo muy natural, me gusta solamente llevar sombras en tonos
nude, corrector muy ligero y usar mucha crema para mantener mi 5.
piel muy hidratada a todo momento.
6. Me encanta ver mis fotos de pequeña, siempre fui muy divertida
y simpática, creo que esta foto que les comparta lo refleja.

6.
D. R. (7).

21
ESTILO VOGUE PERFIL

D. R./CHANEL.

22
31 Rue CAMBON
El universo privado de No importa si has estado o no en
GABRIELLE Chanel París, si amas la moda la mención
está en las alegorías de la 31 rue Cambon te conecta de
de una colección inmediato con el espacio cubista
conformado por una escalinata
excepcional, en la que escoltada por espejos, salones de
se demuestra que la Haute Couture y el estudio creati-
moda es ARTE y lo será vo de un genio en la historia de la
siempre, aunque soplen moda: Gabrielle “Coco” Chanel.
vientos adversos La maison que fundó y convirtió en Abajo: imágenes del
departamento ubicado
leyenda a una mujer transcendental en la 31 Rue Cambon;
nos ha dejado llegar ahora al apartamento en el que se cimentó su vida. El mini bolso con terciopelo
y cadena, de la colección
espacio privado de Mlle. Chanel es el motivo de inspiración de la colección Cambon, de Chanel. En
Paris - 31 Rue Cambon Métiers d’Art, que celebra los íconos de la casa. página opuesta: modelos
en el backstage.
También está implícito en esta excepcional propuesta un tributo tácito al
enlace entre el universo de Chanel y la iniciativa Métiers d’Art. En la narra-
tiva que sigue cada una de las piezas que componen la colección están esos
símbolos inequívocos que evocan a la creadora y la casa, como los leones
dorados del signo astrológico de mademoiselle; los florales compuestos
por camelias, una flor que simboliza el allure de las socialites que mar-
caron una época; una falda hecha de plumas o un vestido de encaje negro
con el cuello también de plumas que les conecta con Lemarié, el icónico
taller especializado en ese ornamento desde 1880, y que forma parte de los
Métiers d’Art de la firma Chanel desde 1996.
En un momento en que se habla mucho del futuro de la industria, esta colec-

·
ción deja en claro la necesidad de que perduren los códigos creativos únicos,
la inspiración histórica, la artesanía perfecta y la contemporaneidad de algo
indudable: la evocación a la belleza que hace de la moda un arte mayor.
D. R. /CHANEL (3).

23
ESTILO VOGUE COLABORACIÓN

Hecho en COLOMBIA
Un proyecto por y para colombianos...
ESTEBAN CORTÁZAR, diseñador
colombiano, vuelve a reunirse con la gran
superficie de Almacenes Éxito, a través
de su colección cápsula EC + Taeq,
una unión de identidad y sostenibilidad
LATINOAMERICANA

“Hecho en Colombia, un proyecto por y para colombianos”, esa


fue la premisa de Esteban Cortázar, diseñador nacido en Bo-
gotá hace 36 años, al volver a reunirse diez años después de su
primera colección con la gran superficie de Almacenes Éxito,
con su marca orgánica EC+Taeq. También garantizaba con su
mensaje que su ropa, accesorios y alimentos orgánicos fueran
100% colombianos, representando la gran diversidad y belleza
de todas las culturas de las diferentes regiones de nuestro país.
Se crea así un diálogo de intercambio de ideas, generando un
solo tejido que fluye libre, para todos, con su colorida colección.
El mensaje: ¡Celebrar la vida! Festejarla conscientes de incluir
lo necesario para llegar a un público con prendas que lleven

Fotografía y dirección de arte, JAIME RUBIANO; estilismo, Stephania Yepes.


sostenibilidad, diversidad, inclusión, tolerancia, aceptación,
bienestar, conciencia, meditación y paz. Para Esteban, la moda
debe darte paz a través de diseños cómodos y amables, con pren-
das que te lleven a la danza, la música y a disfrutar la naturaleza.
Para la campaña de esta colección para El Éxito, el casting fue más
que incluyente y diverso, desde Lina, de la Escuela del Colegio
del Cuerpo de Cartagena, hasta indígenas transgénero de la Co-
munidad Embera. Pero, además, Esteban logró realizar el sueño
de Lina Fernanda, una niña que le escribió anhelando algún día
poder trabajar con él como modelo, a pesar de llevar una prótesis
en su pierna, que perdió en Buenaventura a los cuatro años.
Esteban Cortázar ha vivido montañas rusas en su vida, y
siempre ha tomado los cambios como una oportunidad para

·
evolucionar. Esta pandemia ha permitido que su brillo interior
salga a flote con una moda incluyente, dejando atrás la moda
excluyente y el consumir por consumir. PILAR CASTAÑO
Esteban Cortazar
posando junto a
las modelos que
lucen la colección
cápsula EC+Taeq,
una propuesta
con mucho color y
estampados; arriba:
imagen de la nueva
campaña con un
casting incluyente y
diverso.

24
Comprometidos con el
MEDIO AMBIENTE

PAPEL BIODEGRADABLE EMBOLSADO EN


NOVAPRESS con certificación PLÁSTICO OXO
EU Ecolabel y certificación PEFC™ biodegradable en 5 años.
en la cadena de custodia.
ESTILO VOGUE HISTORIAS DE MODA

Momento de
Esteban
Cortázar en
su estudio en
París.

REFLEXIÓN
Como para todos, los
meses de pandemia
han significado
redefinir, reflexionar
y reinventarse. Estos
diseñadores de
Latinoamérica son
el TESTIMONIO
de lo que logran el
talento y la fuerza para
salir adelante y seguir
creando arte en la moda

ESTEBAN
CORTÁZAR
“La cuarentena fue una época de
mucha reflexión y reinvención
interna. Decidí dejar los temas
de moda y diseño a un lado
durante ese tiempo y enfocarme
en reconectarme con mis valores
y cómo continuar reflejándolos
en mi vida diaria, en mi trabajo y
proceso creativo. Fue
un momento de pausa y vivir
mucho el presente”.

Reinventarse, confiar en sus capacidades, empatizar con las ne-


cesidades de las comunidades más diversas en todo el mundo y
no dejarse abatir por una crisis… Esos enunciados pueden sin-
tetizar lo que ha matizado la actitud de muchos diseñadores y para todo el mundo, en nuestro caso ya hace un par de meses mi
marcas de la industria de la moda. Desde producir uniformes equipo en Nicaragua, el cual manejo a distancia desde Miami,
para el personal médico, hasta ponerse en función de proveer de comenzó a manufacturar algunos de nuestros productos desde
mascarillas a la población, la solidaridad y la adaptabilidad a las sus hogares, con el fin asegurar el bienestar y la seguridad de
circunstancias han primado en todas las esferas de la industria. todo el personal. Actualmente, trabajamos en la producción
Los testimonios abundan. Para Shantall Lacayo, la más rele- de mascarillas reusables con retazos de prints de colecciones
vante diseñadora nicaragüense del panorama actual de la moda, pasadas, y con la venta de estas mascarillas estamos realizando
la fórmula ha sido “crecer es adaptarse, reinventarse y conti- además la donación de dos mascarillas por persona a hogares
nuar”, dice a Vogue. “Sin dudas, el Covid-19 trajo enormes retos de ancianos en Managua. Son tiempos de cambio y todo nues-
tro esfuerzo creativo esta próxima temporada estará dirigido a
realizar prendas prácticas, únicas y de mayor accesibilidad, sin
D.R.

dejar de lado la esencia de la marca”.

26
Izquierda: la
diseñadora
nacida en
Uruguay,
Margo
Baridon.

MARGO
BARIDON
“Decidimos extender a nuestra
comunidad artículos, webinars y
cursos de los cuales estábamos
participando. Aprovechamos la
pausa para repensar un poco las
líneas de producto que ofrecía
la marca e introdujimos una
nueva línea comfy diseñada
y realizado el fitting por
videollamada y Zoom, lo cual
fue una nueva experiencia. La
línea se lanzó al mercado para
acompañar al consumidor en Abajo: el diseñador
el momento que lo precisaba. originario de Panamá,
Ahora estamos por realizar las Jean Decort luciendo
fotografías de nuestra próxima algunas de sus piezas.
colección de verano”.

SANDRA WEIL
“Mi proceso creativo se ha adaptado a
las circunstancias. Estoy tomando como
punto de partida materiales e insumos que
ya tengo en stock, dándoles la vuelta para
que se integren con las ideas que tengo en
mente. Además, estoy volviendo al lugar
donde empecé a hacer moda, cautivada
por el trabajo artesanal que conlleva:
además de seguir desarrollando bordados
excepcionales en colaboración con
artesanos, he empezado a usar mis manos
para pintar telas de origen local, dejando
finalmente de lado el tiempo para dar
espacio a nuevos medios de expresión”.

La diseñadora
latinoamericana nacida
en Perú, Sandra Weil
en su taller en México.

JEAN DECORT
“Mi proceso creativo en esta cuarentena lo puedo
definir en una sola palabra: adaptación. Crear
una propuesta más cómoda y personalizada
para cada cliente, para que puedan vivir una
experiencia y un sentido de pertenencia con
la marca. Mi proceso creativo comienza con
sugerencias de clientes, de ahí extraemos las
ideas que van con la marca y empezamos a crear
la propuesta, resaltando elementos culturales de
cada región en una paleta de colores neutra para
estar en armonía con todos los gustos”.
D.R. (3)

27
ESTILO VOGUE HISTORIAS DE MODA

La diseñadora
oriunda de
Nicaragua,
Shantall
Lacayo en
su estudio.

SHANTALL LACAYO
“Actualmente, trabajamos en la producción
de mascarillas reusables con retazos de prints
de colecciones pasadas y con la venta de estas
mascarillas estamos realizando además la
donación de dos mascarillas por persona a
hogares de ancianos en Managua. Son tiempos
de cambio y todo nuestro esfuerzo creativo
esta próxima temporada estará dirigido a
realizar prendas prácticas, únicas, y de mayor
accesibilidad, sin dejar de lado la esencia de la
marca que es su colorido y la alegría de
sus estampados de diseño exclusivo”.

HUNTING SEASON
“Durante esta cuarentena he sido muy
afortunada en poder pasar una mayoría del
tiempo en la finca de mis padres rodeada por
la naturaleza. Aprovecho para dar paseos sin
destino, en los cuales me dedico a contemplar
lo que representa Hunting Season y lo que
podría ser la marca en términos de creatividad,
estética, sostenibilidad e inclusión social. Vivir
la vida de campo me da paz y me permite
mayor claridad y apreciación por las cosas más
sencillas y al mismo tiempo más importantes”.

D.R. (3)
La diseñadora
colombiana
con raíces en
África, Lia
La diseñadora Samantha.
detrás de la
marca, Danielle
Corona, en
su espacio
favorito, la
naturaleza.

LIA SAMANTHA
“Actualmente, justo en días de pandemia, estoy trabajando en lo que
será mi nueva colección Río-Oro-Selva para la quinta versión de la
Bogota Fashion Week, y en una nueva campaña para la empresa de
licores de Cundinamarca, que incluye una colección de ropa y la nueva
imagen para una de las marcas de tradición más grandes del país”.

28
Como Shantall, Silvia Tcherassi, un nombre destacadísimo
en la región, ha sentido un impacto desde el punto de vista de
sus operaciones habituales con la pandemia. Para su vasta expe-
riencia, esta no ha sido la única vez que ha puesto su talento en
función de sortear tiempos difíciles. “Mi proceso creativo cam-
bió totalmente porque estamos viviendo una nueva realidad y
tratando al mismo tiempo de imaginarnos un nuevo futuro, que
no sabemos todavía exactamente cómo será. Trabajando desde
la casa, en una nueva dinámica virtual y sin los recursos de in-
vestigación que uso regularmente, aproveché
este tiempo para revisar los archivos que cu-
bren 30 años de mi carrera (...) Es evidente que
mi estilo siempre estuvo ahí, pero se ha ido
adaptando a los tiempos, entonces el proceso
creativo durante la pandemia fue una nueva
oportunidad de revisitar esos momentos y las
colecciones que se dieron en esos contextos”.
Para otros, como Esteban Cortázar, el Co-
vid-19 fue un vehículo a la introspección. “La
cuarentena fue una época de reflexión y rein-
vención interna. Decidí dejar los temas de
moda y diseño a un lado durante ese tiempo
y enfocarme en reconectarme con mis valores
y cómo continuar reflejándolos en mi vida,
en mi trabajo y proceso creativo. Ha sido un
momento de pausa y vivir mucho el presente”.
Su colega Martin Luttecke narra que “al co-
menzar, el encierro se sintió como las vacacio-
nes que necesitaba, recién lanzaba mi nueva
colección Enemigos Mentales y parecía el mo-
mento perfecto para poder descansar y volver
a inspirarme... Esta industria nunca para,
especialmente para los diseñadores emergen-
tes, por lo que la idea de poder estar en casa La diseñadora
colombiana,
conmigo mismo parecía ideal. Después de Silvia Tcherassi
en su estudio
de trabajo.

SILVIA
TCHERASSI
“Estoy proyectando mis
próximas colecciones,
explorando mi fase
minimalista de los 90, para
incorporar un concepto de
tranquilidad y confianza,
explorando los layers que
identificaron mis diseños de
los primeros años del milenio
para reflejar un sentido de
protección, explorando esas
nuevas expresiones que son
evidentes en mis más recientes
colecciones, y así ratificar mi
compromiso con la innovación
D.R.

y la sostenibilidad”.

29
ESTILO VOGUE HISTORIAS DE MODA

JOHANNA ORTIZ
“¡Amo los mood boards! Suelo empezar con
una historia de color, creando una paleta
y estampados. De ahí, tengo una visión de
la mujer y los lugares para los que usará un
vestido una vez que esté hecho. Los bocetos
y las siluetas vienen después, y sigue una fase
experimental en el
atelier para mangas,
vuelos, bordados
La diseñadora y los terminados.
de joyas A eso le sigue el
colombiana, drapeado y los
Paula Mendoza. patrones. En las
pruebas todo puede
cambiar porque
los diferentes tipos
de cuerpo son
determinantes para
mí cuando se trata
de crear belleza en
una pieza. Nada
de ese proceso es
diferente en este La diseñadora
momento”. latinoamericana
originaria de Cali,
Colombia, Johanna
Ortiz en su estudio.

Autorretrato de
Andrea García,
directora de
arte y stylist
basada en
Perú, luciendo
el vestido
Maska, hecho
en telar, de
la colección
Primavera-

D.R. (3)
Verano 2020.

PAULA
MENDOZA
“Mi proceso creativo ha cambiado
en la medida en que el tiempo
ya no es dueño de mí, por el
contrario, yo soy dueña de mi
tiempo. La observación ha sido
mi palabra preferida durante este
tiempo de confinamiento”.

MOZH MOZH
“Para nosotros, el proceso creativo durante la cuarentena ha sido
más de investigación y búsqueda, dar más lugar
a la experimentación y el trabajo práctico en el estudio”.

30
MARTÍN El diseñador basado
en Santiago de Chile,
LÜTTECKE Martín Lüttecke.
“Después de un mes
comencé a extrañar mi
estudio, ya había leído
todos los libros y revistas
que tenía, tanto mirar
la pantalla me provocó La diseñadora
jaquecas, los límites venezolana basada en
entre trabajo y vida Colombia, Francris
personal se borraron. Arata en su estudio.
Estar encerrado me ha
hecho cuestionarlo todo,
muy especialmente me
ha hecho valorar las
relaciones humanas.
Sí, puedo vender online,
pero también hago este
trabajo para ver
las sonrisas de las
personas al probarse una
de mis prendas”.

FEDERICO DE ALZAGA
“Mi proceso creativo ha incrementado durante
este tiempo, ya que lo que más me apasiona
es crear, y tengo todo el tiempo del mundo
para dedicarlo a esto. Al haber cerrado
temporalmente nuestro taller, donde me dedico
a hacer diseños originales y trabajar junto a
mis artesanos, tengo todo el tiempo que quiero
para dedicar al diseño de nuevos objetos. He ARATA
hecho viajes que me conectan fuertemente con “¡Mi proceso creativo en
nuestra historia indígena y la memoria me trae cuarentena ha cambiado
D.R. (3)

espontáneamente ideas fabulosas”. mucho! Al estar con mi


familia todo el día, mi
atención se ha tenido
que dividir un poco
entre ser mamá, esposa,
chef, profesora, etc. pero
encuentro momentos donde logro escaparme para
abrir libros, revistas, escuchar música y me ayuda a
mantenerme creativa. Casi siempre trabajo en las
noches cuando ya todos en mi casa están durmiendo”.

un mes comencé a extrañar mi estudio, ya había leído todos los


libros y revistas que tenía, tanto mirar la pantalla me provocó
jaquecas, los límites entre trabajo y vida personal se borraron.
Estar encerrado me ha hecho cuestionar todo, especialmente
me ha hecho valorar las relaciones humanas”.
Aquí les mostramos solo algunos ejemplos de la capacidad de
nuestros diseñadores y marcas para nunca detenerse y seguir
adelante. Hay muchos más que, como estos pocos que nos per-
El diseñador
mitió incluir el espacio, son testimonio de calidad y devoción a

·
latinoamericano su comunidad. Ojalá sirvan estos testimonios para que quienes
Federico de no entienden aún el valor de consumir con orgullo la moda lati-
Alzaga, oriundo de
Argentina. noamericana, finalmente apoyen lo nuestro. JOSÉ FORTEZA

31
32
ESTILO VOGUE ACCESORIOS

Fotógrafa EMMA SUMMERTON


Estilismo DENA GIANNINI
TU CÓMPLICE
Favorito
REGLAS DE DISTANCIAMIENTO SOCIAL FUERON MANTENIDAS A LO LARGO DE ESTA SESIÓN DE FOTOS; todas las fotos son autoretratos.
No es un accesorio más. El bolso es el esencial para la mujer que lleva dentro
a sus aliados más cercanos e íntimos, además de completar con su exterior el
mensaje de estilo PERSONAL de su dueña. Estos son los favoritos de una
temporada que abraza el valor de lo retro, la calidad y la belleza atemporal

Vestido de tweed,
zapatos en cuero y
bolso en cuero y tweed,
todo de Dolce &
Gabbana; en el dedo
meñique: anillo en oro,
de Lucy Folk; anillo
vintage de Claude
Morady Estate Jewelry;
anillo en oro rosa,
de Cartier; anillos
restantes y brazalete,
propiedad de la
fotógrafa. En página
opuesta: bolso con
broche, vestido en lana
con seda y zapatos de
cuero con brazalete,
todo de Dior.

33
34
ESTILO VOGUE ACCESORIOS

Botas de gamuza,
bolso de cuero y
sombrero de fieltro,
todo de Gucci. En
página opuesta:
abrigo de algodón,
bolso y anillo con
cortes esféricos, todo
de Fendi; brazalete
en oro, de Pomellato;
brazalete y anillos,
todos propiedad de
la fotógrafa.

35
ESTILO VOGUE ACCESORIOS

Vestido de encaje,
bolso y zapatos de
gamuza con lazo,
todo de Valentino;
joyería propiedad
de la fotógrafa. En
página opuesta:
saco con flecos,
de Michael Kors
Collection; bolsos
de Michael Michael
Kors; sombrero
vintage. En este
reportaje: modelo,
Emma Summerton;
digitalización,
Lumiere Studios;
agradecimiento a
Flowerbx.

36
37
ESTILO VOGUE ACCESORIOS

La nueva
NORMALIDAD
De México y Latinoamérica para el
mundo, las mascarillas son reinterpretadas
por los diseñadores de nuestra REGIÓN
FERNANDA ROEL.

como el nuevo accesorio de moda,


para CONVERTIRSE en una pieza
indispensable en el armario que se
identifica por su CARÁCTER creativo
38
En sentido
horario, desde arriba:
mascarilla de Cihuah;
con bordados, de Vita
Kin; monocromática,
de Les Filles Du Nord;
con lazo, de Sandra
Weil; con estampado
bicolor, de Cihuah.

2.

3.
1.

1. De inspiración
4.
lúdica, cubrebocas con
estampado floral, de
Collina Strada; 2. en
tonos lisos, mascarillas
de Benito Santos;
3. cubrebocas con
estampado floral de
Jeune Otte; 4. tapabocas
a cuadros, de Silvia
Tcherassi; 5. cubrebocas
ALESSANDRO LUCIONI/DANIELE OBERRAUCH/Gorunway.com.

Tie Dye, de Sophia


Lerner; 6. pasarela
Primavera-Verano 2020,
de Marine Serre.

5.
6.
39
Figuración
Natural

Hoy, más que nunca,


se nos ha revelado que
la Naturaleza es
sinónimo del lujo
perdurable y valioso,
por eso el ARTE
de la alta joyería la
mimetiza y enaltece
aún más a través de la
tradición creativa en
una colección de
la casa Cartier, que
transita de lo real
a lo FIGURATIVO
D.R.

40
ESTILO VOGUE JOYAS

En esta página y en
página opuesta: collar
con dos berilos de
forma ovalada creando
luces y transparencias
inspirado en la planta
Tillandsia de la nueva
colección de alta
joyería [Sur]Naturel,
de Cartier.

En días en que reevaluamos lo perdurable como medida del


lujo, la naturaleza es –como nunca antes– la inspiración más
recurrente y poderosa para el arte. Pero cada medio de ex-
presión tiene la ventaja de no atarse a los límites de lo real
cuando lo recrea. La colección de alta joyería (Sur) Naturel,
de Cartier, hace uso de ese privilegio y genera una secuencia
de piezas que son capaces de llevar a una dimensión sobre-
natural la fauna, la flora y la magia del agua. De lo figurativo
a la abstracción, cada prenda de esta propuesta reinventa la
realidad y la enriquece con la riqueza más pura del lenguaje
orfebre como medio expresivo.
El poder de los diamantes, las esmeraldas y los zafiros se
combinan con aguamarinas, cuarzo y corales, aportando
transparencia y profundidad a un universo imaginario, que
nos habla también en los patrones cromáticos de cada elemen-
to. Los collares llegan aquí matizados por el verde más puro e
intenso o el azul más profundo. En cada uno de ellos destacan
los cortes más cuidados y creativos que podamos imaginar,
siempre en función de las líneas de una obra de arte. En otra
pieza, descubrimos la alusión al mar en las ondulaciones de los

·
brillantes. Y como colofón, una pulsera que vibra el rojo corali-
no convertido en una joya para medir el tiempo, que asume la
D.R. (3)

función de cómplice de la belleza.

41
ENCUÉNTRANOS EN
SNAPCHAT DISCOVER

Escanee el código Snap aquí


AGENDA VOGUE
Mirando al Mundo, 2020, de Gabriel Sanchez. Courtesy of the artist and Luis De Jesus Los Angeles.

MÚSICA, Voces de cambio, 44


PERFIL, Marisé Álvarez al natural, 50
ARTE, Reinvención y colaboración, 54
EXHIBICIÓN, Revalorización de lo alternativo, 56
43
AGENDA VOGUE MÚSICA

Voces de cambio
En la ciudad de
Montevideo, dos cantos
FEMENINOS se
hacen sentir, con sus
poesías y banderas, ante
la idea de vivir en una
realidad DIVERSA
44
Izquierda: Alfonsina en el escenario fotografiada por Raisa
Torterola; abajo y en página opuesta: la cantante uruguaya
tras el lente de Delfu Piaggio.

ALFONSINA
Melómana, curiosa y de voz libre. Así se define Alfonsina, un
talento montevideano en ascenso que, con su música expe-
rimental, suena cada día más alto a nivel regional. Sus letras
predijeron la llegada de un cambio y sus melodías introducen
un nuevo mundo.
Las poéticas cartas que le enviaba su abuelo cuando era niña,
y virtuosos como Miles Davis y Erykah Badu despertaron su
vocación. El canto solía ser un don que se escondía entre las
paredes de su dormitorio hasta que, una década atrás, la vida
le propuso trascender esas barreras que llamaba timidez. Así,
con su Telecaster en mano, Alfonsina se entregó al vértigo del
escenario. Luego del lanzamiento de sus dos discos, fue recono-
cida junto a su banda con tres Premios Graffiti, entre ellos el de
Artista del año por voto popular.
La fotografía y la poesía son otras disciplinas en las que mani-
fiesta su esencia. Sin embargo, no se considera música ni fotó-
grafa, sino más bien poeta. “A veces son colores, a veces armo-
nías entre baterías y bajos, y otras veces palabras con el peso de
sus significados, los que crean un poema”, expresa.
Pocos meses antes de la pandemia, Alfonsina se dedicaba a
escribir versos casi premonitorios para su próximo álbum, como
si conociera lo que estaba por venir. El encuentro con uno y con
el prójimo, la desaceleración del ritmo cotidiano y la valentía de
perder algo de tiempo, son algunos de los temas frecuentados
por las canciones escritas en aquel entonces, que actualmente
se lanzan como singles bajo el disco titulado Mundo Nuevo.
Después de un período de festivales digitales y vivos en Ins-
tagram, Alfonsina se prepara con nuevos hits en su repertorio
para aquello que más le apasiona: el cambio. La artista desco-
noce lo que depara la próxima “normalidad”, pero sabe lo que
desea encontrar en ella: inspiración.

45
AGENDA VOGUE MÚSICA

VICKY RIPA ES CANTANTE,


MADRE, MODELO Y ACTIVISTA. SU
PROFUNDA VOZ HACE VIBRAR EL
RÍO DE LA PLATA Y SE PROYECTA
ANTE LA INDUSTRIA DE LA MODA
CON UN MENSAJE CONTUNDENTE

46
Arriba y abajo: Vicky
VICKY RIPA embarazada de Bruno
La música es su manera de expresarse y el funk, lo que la hace tras el lente de Ceci
Gervaso para Victoria,
bailar. Vicky Ripa es cantante, madre, modelo y activista. Su la línea de Srta. Peel
profunda voz hace vibrar el Río de la Plata y se proyecta ante la bautizada en honor a
la artista. En página
industria de la moda con un mensaje contundente. opuesta: la vocalista
Creció entre armoniosas melodías en un hogar reinado por junto a Croupier Funk
fotografiada por Juani
el jazz y con un padre guitarrista. Cantar siempre fue su cable Labandera.
a Tierra y una virtud que por años mantuvo a bajos decibeles.
En 2013, atravesando un proceso de empoderamiento y concilia-
ción con su imagen personal, Vicky decidió presentarle su voz al
mundo. En cuestión de meses, devino parte de Croupier Funk,
un grupo que suena al compás del latido uruguayo. En paralelo,
la artista comenzó su carrera de modelaje con el fin de resignifi-
car el concepto de belleza.
Sus tonos graves son el alma de la banda, un conjunto que
logra transformar un concierto en una verdadera fiesta. Durante
la cuarentena, el grupo se dio un descanso y para Vicky, el canto
resultó la mejor terapia. “Decidimos respetar lo que propuso el
2020 y le dimos respiro a nuestros vínculos. Es importante en-
tender que no hay necesidad de estar siempre haciendo algo.
En períodos de incertidumbre, cantar es mi salvación”. Para el
segundo semestre del año, Croupier Funk anticipa un apasio-
nante reencuentro para grabar su tercer álbum.
En simultáneo, la vocalista protagoniza las campañas de
lencería de la firma Srta. Peel con el objetivo de promover la
diversidad de modelos y talles en la moda. Actualmente está
comprometida con un proyecto de ley para extender la varie-
dad de tallas que ofrece el rubro. “Me mueve mi experiencia.
Encontrar talle es siempre un problema al igual que no poder
vestirme como me gustaría. Esto afecta la percepción que mu-

·
chas mujeres tienen sobre sí mismas”. Vicky Ripa inspira a alzar
la voz. En versos o en palabras, incentiva a cantar, a bailar y a
luchar por un cambio. CAMILA GALFIONE

47
AGENDA VOGUE MÚSICA

A través de la lengua
ancestral de los
INCAS, la peruana
Diosa del QUECHUA
Renata Flores
reivindica un idioma Sunqullay significa gracias en quechua, y es la palabra que Renata Flores tatuaría en los
labios de todo el mundo para conseguir un cambio positivo en la sociedad. “Sunqullay es
cargado de estigmas como ‘desde lo más profundo de mi corazón’, es más sentimental y así es el quechua”, sostiene
fusionando RITMOS la cantante de 19 años desde su casa en Ayacucho. En esas cuatro paredes improvisa un set
folclóricos con el trap de grabación en el que versiona canciones al quechua en un intento de hacer que los jóvenes
y el pop. Con su arte se interesen por una lengua que se resiste a morir. Es así como hits musicales de Billie Eilish
reflexiona sobre el
CELIA D. LUNA.

cobran vida en una danza de palabras que muy pocos entienden, pero que hacen que una
cuidado del medio nueva generación se deslumbre por ella.
ambiente y empodera “Estoy en un proyecto que se llama Pitaq Kani que significa ‘¿Quién soy?’. Íbamos a los
a la MUJER colegios y hacíamos conciertos para que los niños y jóvenes puedan cantar música de Ariana

48
Grande, Cher o Cardi B. Muchos se olvidaban de los prejuicios que tiene el idioma”, confiesa En 1940, dos de cada
tres peruanos hablaban
Renata quien debido a la pandemia llevó el proyecto al terreno digital. quechua. Actualmente,
Por estos días, Flores transforma el invierno en primavera y se reinventa. Pese a que se estima que el 13%
de la población es
el lanzamiento de su primer disco Isqun quedó en stand by, perfecciona el trabajo que quechuahablante, una cifra
presentará este año y que posiciona a la mujer como una fuente inagotable de fortaleza que en la última década
sumó casi medio millón de
a través de la historia. “Me voy a enfocar en la mujer indígena, el mestizaje, e incluso en personas. Los especialistas
mujeres guerreras que han sido muy importantes en la independencia como María Parado señalan que esto se debe a
la revalorización del idioma.
de Bellido”, sostuvo “la diosa del quechua”.
El sello personal de Renata es la fusión de la música andina con ritmos como el pop y el trap,
un camino casi inexplorado y en el que fue pionera. “Empecé con el pop, después con el elec-
tro, pero siempre quería que haya un charango o esa esencia de la música tradicional. Ya había
escuchado el trap gracias a Bad Bunny y otros artistas latinos y sentí que era lo que quería”.
Además de la peculiar amalgama de melodías, el trabajo de Renata pone en vitrina su natal
Ayacucho, aquella provincia golpeada por el terrorismo en la década de los 80, pero que sirve
de locación para sus videoclips. “En Mirando la misma Luna estamos en Wari, un lugar
arqueológico que lamentablemente todavía no está completamente descubierto. Queríamos
mostrar que es tan impresionante como Machu Picchu”.
Renata Flores rescata de las cenizas el idioma de nuestros antepasados y aviva la llama para

·
que la lengua ancestral de los incas renazca en una generación joven. “Me gustaría que reivin-
diquemos nuestro pasado. Es hora de darnos cuenta que venimos de un imperio grande, de
una cultura milenaria y que eso no debe perderse”. MARIO MUGUERZA LESCANO
MILDER FLORES.

49
AGENDA VOGUE PERFIL

Marisé Álvarez
al natural Me siento a escribir en el mismo lugar de siempre; café en mano,
compu, lentes, vista al patio, pájaros afuera. Todo parece estar en su
Para la serie Têt-a-Teta, Agustina lugar y al mismo tiempo nada lo está. El mundo ha cambiado por
Ferreyra habla con la ACTRIZ completo en cuatro meses y nosotros con él. Pocas cosas volverán a
puertorriqueña acerca de las pérdidas, ser lo mismo y sin embargo todo seguirá siendo.
la incertidumbre, los nuevos Pareciera que sin planearlo nos hemos mudado indefinidamen-
COMIENZOS y la actuación como te a un país extraño llamado incertidumbre. Meses antes de esta
una grandiosa forma de escape migración involuntaria, cuando todavía podíamos viajar sin tantas
restricciones, Marisé -Tata- Álvarez migraba de su natal Puerto
Rico a la ciudad de Los Ángeles, tras haber firmado representación
con ICM Partners, y después de haber sido elegida como parte del
cast de Hombre, una serie de Showtime escrita y dirigida por Jonás
Cuarón, co-protagonizada por Marisé y Gael García Bernal.
Hoy, tras la llegada de la pandemia, Hollywood al igual que tan-
tas otras industrias, se encuentra completamente detenido y con
D. R.

esto la temporada de audiciones, conocida como “Pilot Season”– y

50
Izquierda: escena de En el corredor de la muerte,
en donde comparte créditos con Miguel Ángel
Silvestre; abajo: escena de The Vessel; más abajo:
escena de Maldeamores.

una de las principales razones de su migración– también.


Sin embargo, los cambios repentinos y la incertidumbre no
son algo desconocido para Marisé.
De pequeña y antes de ser actriz, le encantaba meterse
al clóset de su abuela y su madre para disfrazarse y maqui-
llarse, o entretenía a amigos y familiares imitando voces y
personajes. Ahí descubrió algo sobre sí misma, pero no se
lo tomó tan en serio. No fue sino hasta el cuarto año de
universidad, y tras perder a su madre a causa de un cáncer
repentino y agresivo, que Marisé decidió iniciar una segun-
da carrera y se inscribió en el Departamento de Drama de
la Universidad de Puerto Rico. “Las pérdidas y duelos nos
ponen la vida en perspectiva, tenemos que hacer aquello
que nos mueve”, y fue ahí que siguiendo la invitación de su
amigo Mikephillippe Oliveros, decidió ‘moverse’ hacia la
actuación, a un café teatro de Río Piedras la ciudad univer-
sitaria, para sumarse a Teatro Breve, una de las compañías tres personas en 1994. “Lo más importante de mi trabajo es que me
más prolíficas e interesantes de la Isla. “Los domingos no permite escapar de la realidad por un rato, conocer otras historias
había mucho que hacer, así que Mike me invitó junto a un y convertirme en otras personas. De todos los personajes me llevo
grupo de amigos a montar piezas cortas de comedia. Co- algo”. Como cada vez que hablamos, el tiempo pasa rápido. Si no
brábamos $3 dólares la entrada y la primera vez fueron 20 es su fiesta de cumpleaños por Zoom, son las amistades en común,
personas. Me acuerdo que el flyer tenía la foto de un bebé las anécdotas de cuarentena, la discusión con su padre que quiere
llorando y decía ‘pare de sufrir’. Han pasado 14 años de eso volver a trabajar, aunque no deba. Hablamos horas, vamos de mi
y hoy tenemos un teatro de 350 butacas que llenamos todos hija o su vecina, a su roommate y colega del alma, Mara. De las
los domingos, con presentaciones que cambian durante el peripecias del sexo por FaceTime, a su próximo show de stand-up
año”. A partir de eso surgieron otras cosas; comerciales, pe- y la idea para un piloto que está escribiendo, o el nuevo video de
queños y grandes roles en películas, Maldeamores (2007), Davidcito, uno de sus personajes. Hablamos de la incertidumbre
Che (2008), The Condemned (2012), The Vessel (2016), más de lo nuevo, de lo que vendrá, de cómo eso en realidad la emociona,
teatro, más stand-up. Recientemente interpretó a Tanya tanto como bailar o un croissant con mantequilla y mermelada. “Vi-
Quiñones –un personaje de la vida real– para la serie es- vir constantemente con mariposas en el estómago”, vivir. Al final de
pañola En el corredor de la muerte (2019), la historia de nuestra conversación nos despedimos sin saber cuándo nos vamos

·
Pablo Ibar (interpretado por Miguel Ángel Silvestre), un a ver, pero quedamos para volver a hablar y ponernos al día. Nos
D. R. (3).

preso hispano-estadounidense quien estuvo condenado a despedimos con incertidumbre, pero agradecidas de estar aquí, allí,
muerte durante dieciséis años por el presunto asesinato de donde sea que estemos, vivas.

51
AGENDA VOGUE PERFIL

Derecha: exhibición
Cabezas Parlantes,
2020, de Joan
Bennassar en
colaboración con
Julicore; arriba:
Chiques I y II, 2020,
de Joan Bennassar
y Julicore; arriba,
derecha: detalle de
Epicarpio, 2019;
arriba, izquierda:
Mensaje encriptado
II, 2019; izquierda:
Poema enterrado VII,
2020, todas de Joan
Bennassar.

Democratizar
EL ARTE
En el barrio San Liz Caballero es la ciudadana del mundo detrás de Galería Sketch. Una mujer que se
Felipe –el sector ha dedicado a recorrer más de 25 países en búsqueda del arte y la fotografía, ha vivido
emergente del arte, el en cinco países diferentes y habla seis idiomas, entre ellos portugués y griego. Liz es
diseño y la cultura en la una mujer sensible a todo lo que pueda comunicar un sentimiento o una emoción solo
ciudad de BOGOTÁ– con mirarlo y eso la ha llevado a investigar a profundidad su campo como galerista.
Después de haber vivido una niñez rodeada de cultura, Liz estudió fotografía en Pa-
se encuentra un rís, para luego irse a Londres, en donde trabajó en casas de subastas como Bonhams
espacio creado por una y Sotheby’s. Después, vivió en Atenas, en donde trabajó como corredora privada de
ciudadana del mundo: arte. Y finalmente, a raíz de una conversación con su hermano, quien le propuso volver
Galería Sketch. Un a Colombia y abrir su propia galería, Liz empezó a ver esta opción como una realidad.
lugar en donde prevalece En el 2011 decidió volver a Bogotá y terminó trabajando en la galería Valenzuela
el arte contemporáneo y Klenner. Esto la llevó, un año después, a abrir su propia galería: Galería Sketch. Un
el DIBUJO espacio dedicado al arte contemporáneo con un enfoque de dibujo. Un lugar para ver
trabajo sobre papel, arte conceptual y arte emergente. Sketch propone no solo proyec-
D. R. (5),

tos comerciales, sino también conceptuales y cuenta con un programa internacional,


en donde buscan traer dos o tres artistas de otros países al año.

52
Izda.: portada del
libro Dior Hats;
abajo: máscara
Daddy longlegs en
crinolina y metal,
diseño Poliphileuse,
Primavera–Verano
2017 Colección Haute
Couture. Christian
Dior by Maria Grazia
Chiuri. Colección
Además, Liz es parte de la Asociación Dior Héritage, París.
Fotografía de Sølve
de Galerías de Arte Colombianas y es Sundsbø, 2019.
fundadora y codirectora de Noche San
Felipe, un proyecto en donde cada dos
meses abren todas las galerías de la zona
OBJETOS En las manos de Christian Dior, el
sombrero se volvió un símbolo de la
de 6 p.m. a 10 p.m. para hacer un recorri- DESEADOS Alta Costura y la elegancia. Desde las
do nocturno abierto al público. Dior Hats rinde homenaje al creaciones de Monsieur Dior, Yves
Liz es fiel creyente de que el arte es savoir-faire y elegancia de los Saint Laurent y Marc Bohan, hasta las
para todos. Por eso se ha enfocado en sombreros de la maison de Gianfranco Ferré, John Galliano,
abrir estos espacios en donde todos Raf Simons y Maria Grazia Chiuri,
pueden disfrutar de la cultura. Además, Dior Hats hace un recuento por estos momentos. El libro publicado por
ahora en tiempos de colaboración, en la Rizzoli desentierra tesoros de archivo, llevando al lector en una odisea de
Asociación de Galerías crearon un nue- descubrimiento a través de una mezcla de palabras e imágenes dedicadas
vo proyecto: Archipiélago, una iniciativa a estos fascinantes objetos de deseo. La compilación se hizo bajo el ojo de
que nace de los diálogos entre actores Stephen Jones, sombrerero de la maison Dior desde 1996.
del sector de las artes como una fuente
de ingresos colectiva. Es una apuesta
incluyente que promueve las actividades
de más de 20 galerías. Esto a partir de
darle acceso a las personas a descuentos
para comprar obras, tours virtuales de
©Dior Hats, Rizzoli New York, 2020; © Sølve Sundsbø, 2019.

las galerías y acceso a charlas específi-


cas, entre otros. Además, los miembros
tendrán la posibilidad de escoger obras
a manera de préstamo durante un año.
Una manera maravillosa de darle al arte
un espacio real en los hogares de los co-
lombianos. Algunas de las galerías parte
de este proyecto son Beta, Sextante y La
cometa, entre otras. Galería Sketch es
una propuesta innovadora que busca Izda.: bonnet de cashmere decorado con flores

·
contribuir con la democratización de la blancas y velo a juego, Primavera–Verano 2013
educación y el acceso a la información Colección Haute Couture. Christian Dior by
Raf Simons. Colección Dior Héritage, París.
del arte. ELEONORA MORALES Fotografía de Sølve Sundsbø, 2019.

53
Reinvención y
COLABORACIÓN
La contingencia ha llegado a desbaratar el mundo como
lo conocemos. No es necesario ahondar en esto, porque
la vida de todos se ha visto afectada de alguna manera
desde marzo pasado. También, sobra decir que muchas
de las industrias dejarán de existir como las conocíamos.
Los esfuerzos y la creatividad para reactivar y dar con-
tinuidad a aquellas que han sido afectadas por el CO-
VID-19 han sido admirables y el arte no se ha quedado
atrás. Ahora es cuando lo necesitamos más que nunca.
El arte no solo nos consuela y nos arropa en momentos
difíciles como este, también cuestiona nuestra realidad,
nos sensibiliza a ella. El arte seguirá siendo un agente de
cambio.

DAVID ZWIRNER – PLATFORM


David Zwirner, uno de los jugadores más importantes
del arte contemporáneo, con seis espacios alrededor del
mundo fue uno de los primeros galeristas que percibió la
importancia de crear comunidad dentro del circuito de
galerías al inicio de la pandemia. Zwirner ha sido precur-
sor en el uso de medios digitales para la expansión de su
negocio a nuevas zonas geográficas y clientelas fuera de
sedes o de las ferias en las que participa. Buscando aliviar
el reto económico al que se enfrentarían las galerías jóve-
nes de Nueva York, Zwirner creó Platform, New York a
la que invitó a 12 galerías a ocupar sus espacios digitales
con un artista diferente en cada cuarto virtual y así ofrecer
una propuesta distinta a su gran mercado digital. Plat-
form es un espacio para “amigos, vecinos y compañeros”.
La iniciativa ahora también está activa en París / Bruse-
las, L.A. y Londres y es un trabajo realizado de manera
pro-bono por sus empleados. Platform ha generado ven-
tas que aligeran la carga económica de estas galerías más
pequeñas para cubrir costos como renta, sueldos y, sobre
todo, apoyar a artistas quienes se ven afectados por el COVID-19.

GALLERYPLATFORM.LA
En la Costa Oeste, el galerista Jeffrey Deitch se unió con más de 60
galerías como Gagosian y Blum & Poe, para crear una estrategia con
Courtesy of the artist and Luis De Jesus Los Angeles.

el fin de mantener el mercado activo en tiempos de incertidumbre.


Con miles de museos y galerías cerradas Galleryplatform.LA, operada por la Gallery Association de Los Án-
geles, tiene como objetivo presentar el trabajo de diez galerías cada
por todo el mundo, han surgido semana de manera virtual, al igual que un cuarto digital con una se-
ALIANZAS importantes para mantener lección creada por un curador de la región. La plataforma también
el sistema saludable. El ARTE siempre presenta material editorial sobre la historia de la escena artística
se ha tratado de esto: de reinventarse, en L.A. y ofrece visitas con artistas, coleccionistas y galerías. La
de crear comunidad e ingeniarse plataforma no solo tiene la intención de reactivar el mercado, sino
ante la adversidad. Cuatro iniciativas también generar un archivo sobre la historia del arte en L.A., por lo
colaborativas en el mercado del arte son que en algunos meses servirá como un increíble recurso de consulta
perfectos EJEMPLOS de estas alianzas para estudiantes, curadores o apasionados del arte.

54
AGENDA VOGUE ARTE

GALERIE THADDAEUS ROPAC


Si bien las iniciativas anteriores se han con-
centrado en activar el mercado a través de
herramientas digitales, Thaddaeus Ropac,
otra de las galerías más reconocidas a nivel
mundial, hospedará la obra de más de 60 ar-
tistas emergentes en una exhibición que abrirá
en septiembre en su espacio de Paris Pantin
de 2,000 metros cuadrados. La exhibición se
realizará en colaboración con Jeune Création,
una comunidad de artistas que desde 1950 se
ha dedicado a promover el trabajo de artistas
jóvenes. Como en el caso de Zwirner, todas las
ganancias irán directamente a las galerías y los
artistas.

NADA: FAIR
También están las ferias, un modelo con-
troversial. Aunque pareciera imposible no
estar en ellas para sobresalir entre la inmensa
competencia de galerías que existen hoy en día, las ferias represen- Arriba: Untitled 128, 2019,
de Akira Ikenzoe; derecha:
tan un compromiso económico inmenso para los participantes. iPhone Painting (Dennis
NADA (New Art Dealers Alliance) es una iniciativa sin fines de 2), 2018, de Radamés Juni
Figueroa; abajo: Screenshot
lucro, que entre otras actividades realiza ferias presentando tra- 2015-08-14 19.28.36,
bajo menos convencional que Basel Miami o The Armory Show. 2017, de Basel Abbas &
Ruanne Abou-Rahme, todos
Desde que comenzó la contingencia, ferias como Art Basel Hong en Proyectos Ultravioleta
Kong y Frieze N.Y. fueron canceladas y llevadas al espacio online. para NADA. En página
opuesta: Laura, 2020, de
Y ahora Art Basel Suiza, que se había cambiado a septiembre, Gabriel Sanchez, en Luis
también ha sido cancelada. NADA a diferencia de estas, llevó a De Jesus Los Angeles para
Galleryplatform.LA.
cabo una feria virtual, pero surgió con un modelo económico ho-
rizontal que apoya a todas las galerías participantes. El modelo
obedece la siguiente distribución: el 10% de las ganancias se asig-
narán para apoyar la organización NADA, 20% se distribuirá de
manera equitativa entre todas las galerías participantes, 20% será
asignado directamente a los artistas participando en la feria, y el
resto irá directamente a las galerías, para ser dividido como es co-
mún entre galería y artista. El éxito de este modelo dependerá de
las ventas como las de cualquier otra feria, pero es valioso ver una
Cortesía de Proyectos Ultravioleta, Ciudad de Guatemala.

propuesta que proteja y fomente la colaboración entre las galerías


para mantener la vitalidad de su negocio.
Me emociona imaginar el arte que resultará de este momento.
La gran mayoría de los artistas como todos nosotros se encuen-
tran en aislamiento, probablemente trabajando en sus estudios sin
el ruido de un sistema sobresaturado de viajes, inauguraciones,
bienales y ferias. ¿Me pregunto si podremos dejar este ritmo atrás
una vez que superemos la pandemia? ¿Podremos instituir estas
iniciativas colaborativas como nuevas prácticas comunes para

·
crear un mercado más equitativo e incluyente? El mensaje en este
tiempo de crisis es claro: juntos somos más fuertes, juntos pode-
mos más. FÁTIMA GONZÁLEZ

55
AGENDA VOGUE EXHIBICIÓN

Revalorización de
lo alternativo

La casa Gucci pone la mirada en la


poderosa escena del arte alternativo de la ciudad de Seúl
y crea para esta una iniciativa de exposición única con la muestra NO
SPACE, JUST A PLACE, en la que convergen criterios estéticos y
éticos, y se genera un discurso que revaloriza el FUTURO

Una vez que visites Seúl vas a querer regresar. Las razones son muchas:
Myeong-Dong, el palacio Gyeongbokgung, la arquitectura tradicional de
Bukchon, la contemporaneidad de la N Seoul Tower, su gente, la infinidad
de museos… Y su escena cultural. La casa Gucci está en sintonía con todo eso
y –con el Museo Daelim de Seúl como sede– ha generado un proyecto para
apoyar el arte contemporáneo de la ciudad asiática: No Space, Just A Place.
Los componentes de la iniciativa son, por una parte, la historia de los espa-
cios de arte alternativos en Seúl y, por otra, los planteamientos de Alessandro
Michele sobre la heterotopía. Esto se ha unido para la narrativa de una expo-
sición que nos trae Gucci, motivada por la búsqueda de espacios que mime-
ticen lo alternativo, y en los que se asuma y entienda de manera inclusiva la
esencia de minorías y de la política queer. “Investigando sobre Seúl se me hizo
evidente que hay aquí una fuerte escena de espacios de arte independientes,
que se posicionaban como alternativa al mundo movido por lo institucional
o por el mercado. Tuve el placer de conocer al artista y curador InYoung Yeo,
quien fue una clave para percatarme de la importancia de estas estructuras
en el ecosistema local del arte”, dice la curadora de la muestra, Myriam Ben
Arriba: Daelim Museum en Seúl, Salah, sobre cómo se inició el proyecto. Con la visión estética de la comisaria
donde se lleva a cabo la exhibición y el discurso de pensamiento de Michele, la iniciativa aborda el valor ético y
No Space, Just A Place; más arriba: estético de las relaciones entre géneros y género, los paisajes de aprendizaje y
Covers (QueerArch), 2019/2020;
Untitled (Diary), 2020, ambos la autoexpresión. “Conocí a Alessandro Michele en París y aprendí más sobre
de Lee Kang Seung. Vista de la su aproximación a la creatividad”, dice Ben Salah. “Él es un poeta punk y su
exhibición No Space, Just A Place,
Daelim Museum, Seúl (2020). pensamiento es tan libre como el de un artista, algo refrescante en la industria
D. R. (2).

de la moda. Fue interesante confrontar su visión con mis ideas sobre el poten-
cial del arte en términos del progreso ético y social”.

56
Arriba: detalle de Ida, Ida, “El proyecto une en un espacio común diferentes ambientes creativos usual-
Ida!, 2020, Olivia Erlanger.
Vista de la exhibición No mente separados por grandes distancias, diseminados por la ciudad y rara-
Space, Just A Place, Daelim mente interconectados”, explica la curadora. “Decidimos crear una exhibición
Museum, Seúl (2020); abajo:
Notes on Gesture, 2015, de colectiva. El proyecto tenía que responder a la aceptación metafórica de un
Martine Syms. Vista de la ‘espacio alternativo’, lo cual produjo muchas definiciones inspiradoras. Algu-
exhibición No Space, Just
A Place, Daelim Museum, nas se relacionaron con el ‘espacio exterior’ como herramienta especulativa.
Seúl (2020). La iniciativa Otras, fueron a un lugar utópico para establecer narrativas empoderadoras,
No Space, Just A Place de
Gucci, tiene como objetivo profundizando en la comprensión de la ‘otredad’, la exploración de las identi-
dar visibilidad a esos dades y las políticas queer. Invitamos a cinco artistas que exploran los márge-
lugares radicales y explorar
su “alternativa” como una nes de nuestras sociedades o las posibilidades de nuestro futuro inmediato”.
herramienta conceptual a La pandemia del COVID-19 también tuvo una influencia inesperada.
través de la cual pensar sobre
la autonomía, desafiar la “Debo decir que la pandemia colocó a la exposición en una nueva luz, en tanto
autoridad y prever nuevas que muchos de sus temas se imbricaron en la reflexión alrededor de la mues-
narrativas, tan necesarias
para el futuro. tra. El museo en sí es una suerte de heterotopía. La museología toma objetos
del mundo y los sacramenta, los separa de la sociedad para
que existan en un sitio que funciona bajo reglas diferentes
(por ejemplo, no puedes tocar las obras de arte en un mu-
seo). Con la crisis actual, nos hemos movido de una hete-
rotopía a otra: el espacio digital. De una manera similar, ese
espacio digital funciona bajo sus propias reglas, pero tam-
bién propicia la yuxtaposición de diferentes lugares y dife-
rentes momentos en el tiempo: puedes estar en Los Ángeles
mirando una exposición que tiene lugar en Seúl, donde ya
es el día siguiente”. Además de todos esos planteamientos,
cada una de las propuestas abordan la visión contemporá-
nea, ecléctica y singular de la casa Gucci. En ese entorno se
alude al desplazamiento, la biotecnología, el queering y la
hibridación. El mundo está en una etapa de revalorización,
reflexión e, indudablemente, de incertidumbre en todas sus
esferas. Nunca ha sido más oportuno entonces abrir la men-

·
te y considerar si ha valido la pena vivir hasta ahora una bre-
cha entre lo “alternativo” y lo que hemos considerado lugar
común. Vale la pena estar aquí para verlo. J. F.
D. R. (4).

57
TODOS HABLAN
DE MODA...
PERO NADIE LO
HACE COMO

¡SÍGUENOS!
BELLEZA
YULIA GORBACHENKO.

BIENESTAR, El mundo exterior, 60


SALUD, Más que intuición, 66
NUTRICIÓN, Fortalece tu organismo, 68
PSICOLOGÍA, La risa que cura, 72
59
Ilustración por VIBES BY CLAUDIA.
BELLEZA BIENESTAR

El mundo
EXTERIOR Una vez que el
confinamiento termine o
se reanuden la mayoría
de las actividades,
Pese a las ganas iniciales de salir de casa, muchos se ven supe- notaremos que la vida
rados por la sensación de ansiedad o angustia. Salir de casa. CAMBIÓ radicalmente.
¿Cómo algo tan sencillo ha podido convertirse en algo tan com- La pandemia que se vive
plejo? Sentíamos que nunca llegaría el día para, simplemente, alrededor del mundo y
dar una vuelta a la redonda sin el carrito de la compra o las bol- en específico en México
sas de la basura, pero por fin podemos salir a la calle a pasear o y Latinoamérica lo
correr. Sin más. Y aunque estos días en casa has clamado mil modificó todo. Darks
veces por un rato al sol, ahora que por fin se puede hacer poco days … Momentos
a poco, no entiendes muy bien la causa por la que te paralizas. donde también nace un
El miedo a salir de tu propia casa se ha apoderado de ti. Los NUEVO pensamiento,
días oscuros habrán pasado, pero nuevos miedos vendrán y es espíritu y conciencia
ahí donde todo nace, se renueva o muere. En exclusiva habla-
mos con el Dr. Víctor Hugo Córdova Pluma, Miembro Ho-
norario del Movimiento Nacional de Ciencia en Obesidad y
Director General de Neurometrics México, quien nos habla de
estos cambios y cómo afrontarlos. ¿Cómo podemos enfrentar el miedo y toda inseguridad ante
¿Cómo describiría al miedo y cuáles son sus consecuencias? el nuevo comienzo? Lo más importante es replantear nues-
El miedo es un sentimiento universal, una emoción clara en to- tro lugar en la autodefinición de la existencia. Imperativo que
dos los animales, incluidos los humanos, que es provocado por al igual que la felicidad, son conceptos personales. No todo
algún estimulo que se cataloga como inminente, no importa si volverá a lo habitual, ni todo quedara atrapado en lo perdi-
este es real o imaginario, individual o colectivo. do, sin embargo, seremos responsables de encontrar cuál fue
En nuestro cerebro, la parte denominada “la amígdala” es la el resultado positivo del sacrifico o de la desgracia que en-
que procesa la integración bioquímica para organizar a esta re- frentamos. En especial ante la pérdida de gente que amamos
acción básica. El miedo nos coloca en la situación de respuesta o de situaciones materiales y económicas, pero esta pequeña
que nos provoca asegurar nuestra sobrevivencia, es una barrera célula de integración será elemental para la convivencia gene-
natural que nos evita situaciones temerarias o fuera de un rango ral y generacional, la degradación en menor o mayor medida
que provocaría acercarnos irracionalmente al peligro. Existen del “tejido social”. Por esto deberemos abrazar a la tolerancia
muchos elementos subjetivos que son altisonantes disparadores y a la flexibilidad que nos lleven en línea directa a la adaptabi-
del miedo, uno de ellos es la incertidumbre y justo este cuadro es lidad. Así, cuando todo esto termine, volveremos a empezar.
el que aparece en medio de tragedias naturales como: las inun- Hay que trabajar mucho en estos elementos de compensación,
daciones, terremotos, huracanes o pandemias. pues es claro que el mundo no enfrentaba algo como lo que
ahora ocurre, desde la Segunda Guerra Mundial.

¿El miedo pudo haberse sembrado y cosechado durante es-


tos meses de confinamiento? ¿Qué sucedió en nuestro cerebro
durante esos días? Sí, el confinamiento es un factor desesta-
bilizador que además enfrenta a la persona con una situación
real al no poder vivir como lo hace, que lo limita al espacio y
que lo arrebata de distractores sociales. Durante estos días,
nuestro cerebro debe procesar más estímulos en contra de su
bienestar que a favor, y luchar poco a poco contra un cambio
súbito en los hábitos de sueño, vigilia, apetito, erotismo y, so-
bre todo, ideas obsesivas que generan mucha tensión. Un dato
elemental es: el insomnio.

61
BELLEZA BIENESTAR

¿Qué nuevos miedos se pueden tener? Todo dependerá de


tres ejes: el estado de salud mental previo, la personalidad en
cada individuo y algo muy significativo: la interpretación que
se le otorgue a la vivencia durante esta pandemia. En ello, un
punto de anclaje será la cultura y los mecanismos de adapta-
ción como persona, como familia o como núcleo social. En al-
gunos la libertad les dará seguridad, en otros, la limpieza será
una obsesión, esto será tan diverso como lo es la presencia de
cada persona en su entorno mental.

Y con todos estos miedos, ¿Qué está pasándole a nuestro


cerebro? ¿Reduce su funcionamiento y, por ende, enferma-
mos física y mentalmente? No, los miedos no “paralizan” el
cerebro, esto nunca ocurre. Las afecciones mentales se darán
justo por lo señalado: personalidad, recursos de adaptación y
estado de la salud mental previa. Algunos elementos pueden
jugar en contra, pero no son por disfunción cerebral, esto son:
el no hacer actividad física, el aumentar de peso, el abusar del
consumo de alcohol o tabaco, juegos electrónicos, marihuana,
cocaína, medicamentos en general.

Una vez afuera. ¿qué aspectos debo considerar para po-


der enfrentar los miedos y no romper con mi estabilidad
mental? Los miedos deben enfrentarse desde el confinamiento
y para ello lo mejor es realizar rutinas que permitan perder lo
menos posible la relación con la vida anterior. El retorno será
paulatino, pero si mantuvimos un esquema similar durante el
confinamiento, será mucho más sencillo. La clave será moderar-
se. No desbordar nuestra carencia previa en lograr demasiados
satisfactores en un tiempo corto.

¿Considera que esta etapa de nueva vida puede ayudar a


mejorar hábitos y pensamientos positivos? ¿Por qué? Sí,
con la condición de ser capaces de enfrentar aquello que nos
atormenta y aceptemos ayuda. No, ante el riesgo de encontrar
fobias, obsesiones o traumas no resueltos.
Esta dicotomía es vertical, recordemos que nos enfrentamos
a algo verdaderamente no conocido, que ha cambiado en se-
manas, que es un fenómeno biológico que todos los días es-

·
cribe un diario de sorpresas y tragedias. Por mucho tiempo
permanecerá en el imaginario colectivo y provocará un cambio
en la episteme universal. CLAUDIA VALDEZ

62
Ilustracióon por VIBES BY CLAUDIA.

DURANTE ESTOS DÍAS, NUESTRO CEREBRO PROCESA MÁS ESTÍMULOS EN


CONTRA DE SU BIENESTAR QUE A FAVOR, Y LUCHA POCO A POCO CONTRA UN
CAMBIO SÚBITO EN LOS HÁBITOS DE SUEÑO, VIGILIA, APETITO, EROTISMO Y,
SOBRE TODO, IDEAS OBSESIVAS QUE GENERAN MUCHA TENSIÓN

63
BELLEZA PRODUCTO DEL MES

Efecto
MARIPOSA
La mascara Wonder Perfect Black 4D
Waterproof, de Clarins, aporta volumen, longitud
y curvatura a las PESTAÑAS para una mirada
perfecta en cuatro dimensione mejorando por completo,
·
y visiblemente, el impacto que causa su fórmula
D. R. (1).

64
ÚNETE
A VOGUE
VOICES Y
COMPARTE
TU OPINIÓN
CON TU
REVISTA
FAVORITA
TU CONVERSACIÓN CON
VOGUE EMPIEZA AQUÍ
vogue.mx/voguevoices
BELLEZA PERFIL

Hablamos en exclusiva
con Lucia Pica,
diseñadora creativa
Global de Maquillaje
y Color para Chanel,
acerca de la nueva
belleza que rige estos
días y su pasión por
alcanzar con sus
CREACIONES y
pigmentos sensaciones
extraordinarias

Más que
INTUICIÓN Lucia ha revolucionado el mundo de la belleza y se ha converti-
do en un referente para la generación milénica, entre otras cosas,
por sus revolucionarias texturas y su pasión por alcanzar paletas
que hablan de sentimientos y sensaciones. En 2018, tuve la opor-
tunidad de entrevistar por primera vez a Lucia en su natal Ná-
poles, en donde hablamos de un amarillo canario brillante ins-
pirado en los pigmentos utilizados por los pintores locales en la
década de 1700, que canalizó hacia un tono de esmalte de uñas
de la colección Primavera-Verano 2018 bautizada como Neapo-
lis, que se convirtió en el objeto de deseo y de colección para
D. R. (1).

muchas mujeres. En esta segunda ocasión que tengo el placer


de volver a entrevistarla, nuevamente, me queda muy claro que

66
tiene una habilidad extraordinaria para hacer que incluso los sobre todo, prestando más atención a las bondades de la natura-
colores más salvajes parezcan una extensión natural de la cara. leza, la cual siempre ha sido su más grande inspiración.
Pica tiene una forma de aprovechar el estado de ánimo del mo- En el aspecto del maquillaje uno de los puntos focales que
mento. Cuando hablas con ella te das cuenta de que su visión recomienda enfatizar es la mirada, mezclando tonalidades o,
del maquillaje tiene un rigor filosófico y la ternura de un poeta. simplemente, empoderándola con un eyeliner y máscara de pes-
Lucia se ha ganado con creces la reputación de ser una de las tañas para aquellas que se decantan por looks más naturales, se
creadoras de imágenes más importantes de nuestro tiempo. De trata de tomar la esencia de tonos tan primarios como vitales
la forma en que ella lo ve, “El maquillaje es tu propio uniforme y convertirlos en un referente exquisito, poderoso y sublime.
personal. Una forma de presentar quién eres al mundo. Al igual “El hecho de que por ahora debemos de llevar el cubrebocas la
que puedes usar una prenda de vestir o un accesorio para de- mayor parte del tiempo, no debe de suponer descuidar nuestra

·
cir algo sobre ti, el maquillaje es una herramienta para crear tu esencia”, afirma. Al final me queda muy claro que Lucia lleva en
propia expresión”. Y es que pintar el rostro es como pintar un las venas la esencia de la fuerza de la maison Chanel, la misma
lienzo: no se trata de cargarlo con falsedades. Sus interpretacio- que comparte con las mujeres del mundo. CLAUDIA VALDEZ
nes son tan seductoras como combativas: es una armadura con
la que enfrentamos las adversidades del día a día. En este punto
hablamos acerca de los momentos que estamos viviendo a nivel
mundial, por ello para Lucia ahora más que nunca es importan-
te reinventarnos en todos los aspectos de una manera positiva,
pero siempre siendo fiel a nuestras emociones más personales y,

1.
2.

Los favoritos de Lucia


Pica: 1. Les Beiges
Poudre Belle Mine
Naturelle; 2. Rouge
Allure Ink Fusion en:
Mauvy Nude, True
Red & Deep Pink; 3.
Ultra Le Teint base
de larga duración de
acabado perfecto; 4. 3.
4.
D. R. (7).

Le Volume Strecht
Mascara Volume, todo
de Chanel.

67
68
BELLEZA NUTRICIÓN

MARTIN POOLE/GettyImages (1).


Fortalece tu
ORGANISMO
El aislamiento, la falta de rutina, el aves o pescados de preferencia pues tiene menos grasa, para las
sedentarismo y el exceso de COMIDA en carnes rojas recomiendo sean máximo de dos a tres veces por
casa son un peligroso combo que podría semana, al igual que los huevos completos.
hacer que todos ganemos entre tres y cinco Sobre las de origen vegetal: Los garbanzos, las habas,
KILOS durante el periodo de confinamiento las lentejas y el frijol son buenas fuentes de proteínas y otros
y tiempo después, ya que lo que comemos nutrimentos, además de que son fáciles de almacenar y preparar,
y ya cocinados se pueden congelar.
ahora puede perjudicarnos a largo plazo Sobre los cereales: Mi recomendación es que evitemos los
blancos y busquemos integrales o de grano entero.

¿Qué pecado venial alimenticio se puede cometer? En lo


personal funciona muy bien la proporción de 80-20, en la que
Estamos viviendo un momento complicado que nos ha el 80% de tu alimentación o de tu día es súper saludable, haces
obligado a cambiar nuestro estilo de vida de manera radical. La actividad física y tomas suficiente agua. Y el 20% restante es ese

·
cuarentena continúa afectando nuestra manera de trabajar, de pecadillo que te das; tal vez es un chocolate o una copa de vino
pensar y también de comer. Darse paseos hasta el refrigerador por la tarde. El punto es encontrar el equilibrio para disfrutar
puede ser uno de los pasatiempos que tenemos más a mano y de todo en la vida. CLAUDIA VALDEZ
esto puede pasar factura de manera negativa a nuestra salud.
La ansiedad y el aburrimiento puede llevarnos a comer más de
lo que toca y elegir alimentos malsanos. Por lo que es importante
hacer una buena planificación y lista de la compra no solo para
COMPLEMENTOS
no aumentar de peso durante este periodo de cuarentena, sino ¿Cómo se consigue
que también será importante para nuestra salud, ya que una
el equilibrio exitoso?
buena alimentación nos va a ayudar a mejorar nuestro sistema
inmunitario. Si bien la alimentación no puede por sí misma evitar
Es importante saber
o curar infecciones, sí juega un papel vital en el fortalecimiento el “valor” de lo que
del sistema inmunológico para responder de mejor manera a los estamos comiendo
síntomas y acelerar el proceso de recuperación.
Hablé en exclusiva con la Licenciada en Nutrición Karen
Pereda Garay (@ufit_karenpereda) quien me compartió que
esta combinación de alto consumo calórico y sedentarismo va a
repercutir de forma negativa y sumará otros problemas de salud
a la situación. Por ejemplo, se verá reflejado en “aumento de peso
(ganancia de grasa y perdida de masa muscular), descontrol
en personas con enfermedades crónicas (aumento en glucosa,
triglicéridos, colesterol, presión arterial)”, afirma la experta.

¿Qué tipo de alimentos son los que debemos de consumir


y para qué nos funciona cada uno de estos? Para reforzar el
sistema inmunológico es necesario consumir alimentos ricos en
vitaminas A, B, C, D y E, así como abundantes en minerales
como el zinc. Las vitaminas y los minerales las encontramos en
todos los vegetales y las frutas, los diversos colores de estas nos
hablan de un aporte de vitaminas, minerales o fitonutrientes
distinto. Por lo que a un mayor número de colores en nuestro
plato seguro estaremos recibiendo una mayor variedad de Arriba: Suplemento
B. Well, de
vitaminas y minerales. En cuanto a las opciones de proteínas Briogeo; Arriba,
Derecha: Colágeno
D. R. (3),

tenemos de dos tipos, origen animal y vegetal. Hidrolizado, de la


Sobre las de origen animal: Siempre recomiendo que sean marca Sesén.

69
BELLEZA BIENESTAR

VOLVER a dormir
Varios meses han pasado desde el inicio De acuerdo con la Dra. Guadalupe Terán Pérez, especialista en
del confinamiento, en el cual hemos medicina del sueño, se estima que tres de cada diez personas
experimentado diversos cambios internos, sufren un trastorno de sueño, aunque estos números siempre se
emocionales, alimenticios e, inclusive, en incrementan en situaciones especiales como los períodos largos
nuestros HÁBITOS del buen dormir, ese de estrés –como los que se viven en este momento de reestruc-
terrible insomnio que recorre con sutiles turación social– o debido a los momentos de ansiedad y estrés
guantes negros las pupilas hasta el primer que venimos arrastrando por el confinamiento.
rayo de sol, todo en una continua repetición La restricción voluntaria del sueño se ha convertido en un mo-
dus operandi en el que nos obligamos a dormir menos horas
del tiempo necesario para tener un sueño reparador. “Dormir
seis horas y media o menos, ya se considera restricción del sue-
ño, y lamentablemente, el 28% de la población duerme este nú-
mero de horas”, añade Terán. Los trastornos del sueño afectan
de diferente forma a hombres y mujeres debido a los cambios
hormonales de cada uno. Existen alrededor de 80 enfermeda-

KAREN RADKAI/GettyImages (1).


des del sueño que dependen de factores tanto internos como
ambientales para manifestarse. De hecho, hay un tipo de insom-
nio que se ha asociado a otros trastornos como la depresión. Al
ser la depresión más común en mujeres, también las afecta más
con respecto al sueño. En los hombres, lo que más se presenta
son problemas respiratorios, principalmente ronquidos y apnea
del sueño, lo que afecta su descanso y el de su acompañante.

70
1.

La Dra. Terán indica que siempre que las mujeres tienen un


cambio hormonal acentuado como el período menstrual, el em- 2.
barazo y la menopausia, su sueño va a ser diferente, ya que las
hormonas sexuales influyen mucho en el sueño.
Es importante tener hábitos adecuados de sueño para evitar
que se desarrollen trastornos, sobre todo, en este período en el
que el confinamiento poco a poco se guardará como una pieza
de la temporada pasada. “Cuando estamos en una situación de
aislamiento no tenemos la misma exposición a la luz solar, que
es el principal sincronizador de nuestros estados de estar des-
pierto y dormido”, menciona Terán, pues al oscurecer, el cerebro 1: Sleeping Mask, de
Fresh; 2: Velvet Sleeping
comienza a secretar melatonina, la primera hormona que avisa Mask, de Sisley; 3: CBD
al cerebro para indicar que es momento de dormir. Sleep Drops, de Radial;
4: Overnight Cream &
Algunas recomendaciones de la Dra. Guadalupe Terán para 3. Mask, de Shiseido; 5:
mantener y/o restaurar la calidad del sueño son: mantener ho- Antifaz de Slip.
rarios regulares para ayudar a nuestro reloj biológico. Utilizar
dispositivos electrónicos con vibraciones y sonidos relajantes al
despertar, te ayudará a mejorar tus horarios y disfrutarlos.
Si de plano no logras dormir considera tomar melatonina de

·
liberación prolongada para ayudar a regular el ciclo del sueño, una
D. R. (5).

sustancia que no genera adicción y secundarios siempre y cuando


vaya de la mano de una supervisión médica. CLAUDIA VALDEZ

4.

5.

LOS CAMBIOS DE HÁBITOS


PARA DORMIR AFECTAN
EL EQUILIBRIO DE
LA MELATONINA EN
NUESTRO ORGANISMO,
LA CUAL ES LA
ENCARGADA DE REGULAR
NATURALMENTE LOS
CICLOS DEL SUEÑO
71
BELLEZA PSICOLOGÍA

La risa que cura


El HUMOR es un antídoto La risa permite comunicarnos y constituye una poderosa
natural contra la depresión herramienta para mejorar nuestras relaciones personales. A
y el estrés. Un minuto de través de ella, irradiamos alegría y eso genera un efecto positivo
carcajadas equivale a 45 de en quienes nos rodean y en nosotros mismos. También tiene
relajación. Y mientras los aplicaciones terapéuticas, incluso preventivas, para nuestro
niños sonríen al día más de organismo. La risa es una excelente forma de aliviar el estrés,
y esto no es ninguna broma y ha sido así desde la antigüedad.
300 veces, un adulto, unas 80. Para conocer los orígenes del sentido del humor y de la risa,
¡Recuperemos las sonrisas! hay que remontarse a la antigua Grecia, donde los filósofos ya
empezaron a discutir sobre estos conceptos. Platón y Aristóteles
desarrollaron las primeras teorías sobre estos términos.
JACQUES MALIGNON/GettyImages (1).

Aristóteles, por ejemplo, llegó a la conclusión de que los únicos


seres vivos que podían reírse eran los seres humanos, y pensaba
que la risa era un elemento negativo para las personas. También
fueron muy importantes Hipócrates y Galeno, quienes, al
contrario que Aristóteles, pensaban que la risa era capaz de
mejorar la salud de la persona por medio de cuatro fluidos o
“humores” que debían estar en equilibrio para ser beneficiosos.
Mademoiselle
Cooling Balm, Un buen sentido del humor no puede curar todos los males,
de Lancome. pero existen datos que respaldan los efectos positivos de la risa.

72
Una buena carcajada tiene excelentes efectos a corto plazo. LA RISA SE RELACIONA,
Cuando se empieza a reír, no solo alivia la carga mental, sino ADEMÁS, CON UN ESTADO
que realmente provoca cambios físicos en el cuerpo. Estos son EMOCIONAL POSITIVO
algunos efectos de la risa: estimula muchos órganos, ya que CONOCIDO COMO
la risa mejora la toma de aire con alto contenido de oxígeno, HILARIDAD.
estimula el corazón, los pulmones y los músculos, y aumenta LA HILARIDAD ES, ASÍ,
las endorfinas que se liberan en el cerebro y activa y reduce la
LA EMOCIÓN QUE SE
PROVOCA POR EL HUMOR,
respuesta al estrés. La risa desenfrenada enardece los ánimos VINCULÁNDOSE
y luego reduce la respuesta al estrés, y puede aumentar y luego TAMBIÉN A LA ALEGRÍA
disminuir la frecuencia cardíaca y la presión arterial. Y LA DIVERSIÓN, Y A LA
¿El resultado? Una sensación agradable y relajada. La risa MEJORA DEL ORGANISMO
también puede estimular la circulación y ayudar a relajar los EN GENERAL
músculos, lo cual puede ayudar a reducir algunos de los síntomas
físicos del estrés. Los pensamientos negativos se manifiestan en
reacciones químicas que pueden afectar el cuerpo al generar
más estrés en el sistema y disminuir su inmunidad. o videos divertidos para cuando necesites un toque de humor
En cambio, los pensamientos positivos pueden liberar adicional. Si ríes, el mundo se reirá contigo. Encontrar una
neuropéptidos que ayudan a combatir el estrés y las manera de reírte de tus propias situaciones es esencial, de esa
enfermedades potencialmente más graves. La risa puede aliviar forma podrás observar cómo su estrés comienza a desaparecer.
el dolor al hacer que el cuerpo produzca sus propios analgésicos Sigmund Freud relacionó las carcajadas como una forma de
naturales y también puede facilitar el afrontamiento de las liberar la energía negativa, y los taoístas tenían la creencia que
situaciones difíciles. Además, ayuda a conectarse con otras la salud de una persona era proporcional a las veces que se ríe.
personas mejorando el humor. Muchas personas sufren de Por eso, en la actualidad, la risoterapia se ha convertido en una
depresión, a veces debido a enfermedades crónicas. herramienta con fines médicos y terapéuticos. Incluso cuando
¿Tienes miedo de tener un sentido del humor no desarrollado no se tienen ganas, conviene intentarlo, porque vale la pena
o inexistente? No hay problema. El humor se puede aprender. Por ello, es hora de intentarlo. Después de haberte reído,

·
De hecho, desarrollar o perfeccionar el sentido del humor analiza cómo te sientes. ¿Tus músculos están un poco menos
puede ser más fácil de lo que se piensa. Para ello es importante tensos? ¿Te sientes más relajada o alegre? Esa es la maravilla
encontrar algunos elementos simples: películas, libros, revistas natural que logra la risa. CLAUDIA VALDEZ

S.O.SDELABIOS
Olvídate de los típicos cacaos de toda la vida, las
fórmulas han evolucionado muchísimos y proporcionan
todos los ingredientes reparadores que tus labios
necesitan. Además, si eres una fanática de los envases
y tonos divertidos, amarás las siguientes opciones...

Desde la izquierda: Eye & Lip


Care, de La Prairie;
Instant Light Lip Comfort
Oil, de Clarins.
D. R. (4).

73
PUNTO DE VISTA

Sombrero de Ruslan Baginskiy.

74
El siguiente
PASO
Fotografía
EDGAR BERG
Realización
ÁNGELA KUSEN
Y, ¿qué nos espera en
el exterior después del
confinamiento? Pronto
emprenderemos una
nueva realidad que,
anticipándonos, la
imaginamos desde el
lente de la MODA en
esta historia que nos
ubica a solas en un
mundo exterior que
continuó su andar, y en el
que el diseño LATINO
parece ser el abrigo
que nos cobije ante los
momentos inciertos

75
76
Vestido de Napoleón; botas de Isabel Marant. En página opuesta: vestido de Nina Ricci; abrigo de Maison Alma.

77
78
Abrigo de Napoleón; suéter con cuello alto, de Oysho. En página opuesta: vestido de A/Raise; brazalete de Chloé.

79
80
Abrigo de Arata; top de Escudo; collar de Monica Sordo; falda y botines, de Chloé.
En página opuesta: top y pantalón de Isabel Marant; pendientes de Monica Sordo.

81
82
Camisa de No Pise La Grama; pendientes de Monica Sordo En página opuesta: sombrero de Ruslan Baginskiy; pendientes de Barocca
Bijoux; vestido de Nour Hammour; botines de Louis Vuitton; bolso de Isabel Marant. En este reportaje: peinado y maquillaje, Sergio
Corvacho; asistente de fotografía, Anthea Lovich; asistente de estilismo, Fernando Argüello; modelo, Patricia Del Valle/ Viva Paris.

83
Realización REGINA MONTEMAYOR

Miramos
HACIA
adelante
GRANDES ARTISTAS DE MÉXICO,
ECUADOR, EL SALVADOR,
ARGENTINA, ESPAÑA Y FRANCIA
COMPARTIERON UNA OBRA CON
VOGUE QUE HACE ECO A LA IDEA DE
NUEVOS COMIENZOS, A LA REFLEXIÓN
DE CÓMO SALDREMOS ADELANTE Y
CÓMO SEREMOS MEJORES SERES HUMANOS.
EL ARTE TIENE LA CAPACIDAD
DE UBICARNOS EN LA VIDA, MARCAR
PAUTAS EN LA HISTORIA Y EN MOMENTOS
DIFÍCILES, DARNOS ESPERANZA, ÁNIMOS E
INSPIRACIÓN. ES UNA PARTE ESENCIAL PARA CUESTIONAR
NUESTRA EXISTENCIA Y NUESTRA REALIDAD.
LAS SIGUIENTES PÁGINAS SON UN ALIENTO EN TIEMPOS
INCIERTOS, UN MENSAJE DE OPTIMISMO
VIENDO HACIA UN NUEVO DÍA

84
Cortesía de la artista y kurimanzutto, Ciudad de México / Nueva York.

Somos Históricas
2020.
Ser artista ha representado una condición muy específica de estar en el mundo, de responder socialmente y también entender ese mundo desarrollando proyectos
que finalmente tienen una incidencia en la esfera cultural y social. Ha representado también una capacidad de intuición de carácter muy personal que va de mano
con lo histórico y la conciencia política. Esos elementos son inseparables en mi vida y en mi obra. Siempre he buscado los espacios dónde ejercer la libertad en
todos los sentidos, desarticular construcciones culturales en torno al género ha sido parte de mi obra.
El cartel Somos Históricas fue diseñado para la manifestación del 8 de marzo 2020 en la Ciudad de México.
“Para mí, los motivos de la esperanza son simplemente que no sabemos lo que va a suceder a continuación, y que lo improbable y lo inimaginable suceden con
bastante regularidad. Y que la historia no oficial del mundo muestra que individuos dedicados y movimientos populares pueden dar forma a la historia y lo han
hecho, aunque no es predecible cómo y cuándo podríamos ganar y cuánto tiempo lleva”. –Rebecca Solnit, Men Explain Things to Me.
MINERVA CUEVAS

85
Cortesía de los artistas y de Commonwealth and Council en Los Ángeles. Fotografía: Gyna Cline/Craft Contemporary Museum, Los Angeles.

Nomad 13
2017. Adobes, acero, plástico, papel, tierra y plantas indígenas de las Américas: maíz, frijol, amaranto,
quinoa, huisquil, chile, yerba buena, yerba santa, salvia y ceiba.
Nomad 13 es una cápsula espacial jardín construida con adobes y acero que alberga plantas indígenas de las Américas: maíz, frijoles, amaranto, quinoa,
chayote o huisquil, y chiles, evocando así una historia de plantas migratorias, pero invitándonos también a imaginar estos recursos como parte del
alimento y de la sobrevivencia de los humanos del futuro. Este jardín viajero incluye también plantas medicinales y plantas con poderes espirituales como
la yerba buena, la yerba santa, la sábila, y la ceiba. Las plantas dentro de Nomad 13 son protegidas en sus viajes por Xolotl, quien toma la forma de un
perro. A la vez amado y temido, esta deidad cuida a los viajeros que se mueven a través de territorios desconocidas, a través del tiempo y del espacio.
BEATRIZ CORTEZ Y RAFA ESPARZA

86
;
2017. Mármol.
Cortesía del artista.

Esta escultura en mármol es la intersección del punto y la coma. Indica una pausa mayor que la marcada por la coma y menor que la
señalada por el punto. El punto y coma es de todos los signos de puntuación, el que presenta un mayor grado de subjetividad en su
empleo; esto se debe a que en varios casos es posible optar por otro signo de puntuación, como puede ser el punto y seguido, los dos
puntos o la coma. Sin embargo, esto no significa que el punto y coma sea un signo prescindible.
PEDRO REYES

87
Cortesía de la artista y joségarcía ,mx.

An Unexpected Initiation
2020. Pintura digital sobre un panel de aluminio Dibond y enmarcada.
Veo el panorama actual como un rito iniciático involuntario, más largo y complejo de lo que podemos percibir. En este
momento siento que es muy importante el mantenerse conectado al sentimiento de humildad que viene de la mano con las
situaciones de incertidumbre… No dar por hecho nada y estar abiertos a los cambios, desde la empatía y el sentido común.
ANA MONTIEL

88
Cortesía de la artista y Machete.

Dirección de conciencia
2020. Acrílico sobre tela.
Solía odiar la incertidumbre, me deprimía y me estresaba porque quería tener todo bajo mi control, pero de repente cambié (o toqué un fondo) y me
empezaron a emocionar las sorpresas de todos los días, lo espontáneo y cambiante que es todo. El reto que es estar verdaderamente presente.
ANDREA VILLALÓN

89
Imagen cortesía de la artista y LLANO.

El cuerpo de la mujer es la pizarra donde el poder escribe


2019. Instalación con pintura al óleo, xilografías sobre papel de algodón y madera estofada con hoja de oro 22k.
Para mí esta pieza es el final y el inicio, el final de ocultarme y el inicio de ir en búsqueda, en construcción, de mi verdadera esencia, de mi yo libre.
Esta pieza es una denuncia hacia la historia que nos volvió herramientas, que nos volvió bienes, que nos subordinó. Yo busco un nuevo
comienzo donde las mujeres no seamos un recurso, un objeto, un demonio; donde nuestros cuerpos sean un manifiesto de protección y de
cuidado; donde nuestra energía vital la reconozcamos en y con la Tierra.
MARÍA SOSA

90
Imagen cortesía de la artista y LLANO.

Humo y Serpiente
2020. Cerámica de baja temperatura estucada, látex y pigmentos.
El origen de un glifo, humo en el aire que busca materializar su forma en la tierra, la piedra, en la danza, movimiento que sella el pensamiento. Cuando
los signos se borran surgen nuevas figuraciones que moldearán otros espacios, nuevas formas y ritmos. Pensé en la cueva como espacio ritual para la
creación; espacio oscuro que guarda asociaciones sensuales y permisivas relacionadas a la fertilidad, la sensualidad y el movimiento.
LORENA ANCONA

91
Cortesía de la artista y kurimanzutto, Ciudad de México / Nueva York.

Mural Códice Humboldt Fragmento 1 / Códice Azoyú Reverso 2


2020. Baldosas de tierra cruda.
Una colaboración entre la artista y Cooperación Comunitaria AC para dos
edificios comunitarios en Malinaltepec, Guerrero.
Hay documentos que tienen historias increíbles: han sido fragmentados, repartidos entre varias manos, cruzado mares y recorrido grandes distancias.
Es el caso del códice Humboldt Fragmento 1 / Códice Azoyú Reverso 2, un documento que traza los tributos otorgados por el reino de Tlachinollan,
provincia de Tlapa, Guerrero, a los mexicas entre 1486–1522, que terminó dividido entre México y Alemania. Por un lado, el códice Humboldt
Fragmento I, fue llevado de México a Europa por Alexander von Humboldt alrededor de 1803-1804. Por otro lado, el códice Azoyú Reverso 2 fue
llevado de Azoyú, Guerrero a la biblioteca del Museo Nacional de Antropología en 1940. A partir de este códice fragmentado, realicé un mural de
cerámica para una de las salas de Mesoamérica del museo Humboldt Forum en Berlín que inaugurará en 2021.
En 2017 me puse en contacto con Cooperación Comunitaria, para adaptar la pieza de Berlín a la región de la montaña de Guerrero –donde la
asociación trabaja en la reconstrucción desde 2013–. Allí se utiliza el adobe para construir y el proyecto planteó cubrir los edificios con baldosas de tierra
cruda. En 2019 se llegó a la mezcla indicada de tierras para cubrir las fachadas de los edificios con baldosas de relieve diseñadas a partir del códice.
Realizar el proyecto en colaboración con cooperación comunitaria en la montaña de Guerrero permitió compartir el origen, y significado del códice
con las comunidades de Guerrero. A través del proyecto, busco regresar esta historia a la comunidad y hacerla parte de su arquitectura.
MARIANA CASTILLO DEBALL

92
Cortesía del artista y joségarcía ,mx.

Sin título
s/f. Tinta sobre papel.
Un nuevo comienzo es cuestionar nuestra relación con el tiempo y posicionarnos una vez más ante el desarrollo de nuestras
vidas. Repensar y darnos cuenta que tenemos bagaje previo, pero también entusiasmo e ideas futuras. Lo más importante de
mi colaboración no es lo que el dibujo representa, sino el hecho de que es un boceto; la idea de una obra futura, producida
sobre un papel viejo, que ha estado aquí, por un largo tiempo. Es algo que se forma sobre su pasado, al cual hace renacer.
MARIO GARCÍA TORRES

93
Imagen cortesía del artista y LLANO.

La patria de las imágenes / El sudor vegetal


2020. Tela de lana con impresión botánica de tabaco, ruda, cempaxochiltl, muicle y eucalipto.
Pienso en un nuevo comienzo como una continuidad de los esfuerzos empezados, como una curación de las tragedias heredadas y el reconocimiento de que
nuestros ancestros habitan en los huesos, en los músculos y las articulaciones.
Hablamos, soñamos y sudamos con las memorias y también el trueno, el huracán y las plantas sueñan, hablan y sudan, son presencias dormidas, no muertas.
Esta tela es una conversación con las presencias con las que soñaron y se curaron mis ancestros.
La presencia del tabaco, del muicle y la ruda me ubican en mi tiempo.
El mundo de mis ancestros se acabó y se ha vuelto a formar varias veces. Nunca hay fin, en su lugar están del ciclo del sol, del mar y de las personas.
NOE MARTÍNEZ

94
Cortesía del artista y kurimanzutto, Ciudad de México / Nueva York. Fotografía de Gerardo Landa Rojano, 2019.

Aparición amarilla
2019. Acuarela en papel.
Durante el tiempo que antecedió la apertura de mi exposición más reciente, trabajé en la edición de un video casi continuamente.
En los pocos ratos libres que encontraba comencé a hacer una serie de acuarelas con unos colores que les había regalado a
mis hijas unos meses antes. Estas acuarelas me permitieron revalorar una actividad introspectiva a la que me dedicaba en la
adolescencia y pude recuperar varias cosas que aprendí durante mi formación como pintor antes de estudiar cine.
MIGUEL CALDERÓN

95
El visitante sin nombre
Cortesía de la artista.

2019 – en curso. Pintura al fresco sobre fibras naturales y piedras de tezontle.


Pequeñas pinturas al fresco se apoderan del taller, son como piedras que aparecen para no desorientarse.
Entrar en un proceso distendido, una cadena de actos simples para construir un organismo, donde cada cosa requiere la presencia
física de la otra, no tan lejos entre sí.
ELSA-LOUISE MANCEAUX

96
Prototipo
Cortesía del artista.

2019. Acrílico e inyección de tinta sobre papel.


Las palabras convencen, el ejemplo arrastra.
ISAURO HUIZAR

97
Cortesía de la artista y Machete.

N° 20 de la serie La fuerza del río


2019. Talla en piedra de río.
Como una piedra de río, estamos siendo arrastrados por una corriente desconocida sin saber a dónde nos
llevará. Sólo nos queda fluir y aprender del trayecto que estamos recorriendo.
PAULA CORTAZAR

98
Cortesía de la artista y kurimanzutto, Ciudad de México / Nueva York.

Detalle de Deslizamientos Cromáticos


2020. Óleo sobre tela.
En esta serie la mano explora y el ojo investiga. Cada pintura tiene una paleta de color única, las mezclas y
los contrastes así como los acentos de color buscan construir un cuerpo cromático complejo y ácido.
SOFÍA TÁBOAS

99
Hasta que se cierren todas las ventanas
2020. Acuarela líquida, tinta acrílica y barra de aceite sobre papel.
Cortesía de la artista y de OMR.

Hasta que se cierren todas las ventanas lo hice en enero de este año como homenaje a la vida de mi papá. Una especie de celebración del
presente. Nunca imaginé que unos meses después estuviéramos en una pandemia y en la situación que estamos. En el contexto actual el dibujo
cobró una nueva dimensión para mí y representa la posibilidad de que aunque estemos encerrados en nuestras casas aún siguen las ventanas
abiertas. Es momento para volver a imaginar nuevos modelos de vida, menos egoístas, que contemplen sistemas empáticos de colaboración. Para
imaginar un futuro hay que dejar atrás comportamientos neuróticos y sintomáticos de un capitalismo exacerbado y reemplazarlos por modelos
incluyentes, no patriarcales, que tomen en cuenta el resto de la población y planteen nuevos sistemas de salud y plataformas innovadoras de
educación a distancia (o en casa). Es tiempo para poder hacer cosas que les brinden valor a nuestras vidas, la de nuestros hijos y a nuestro planeta.
PIA CAMIL

100
Cortesía del artista y joségarcía ,mx.

Future Daze
2020. Óleo sobre lino.
Mi proceso de pintura es muy personal. Justo en este momento me parece muy importante entregarme a ella y a
partir de eso a una visión nueva del futuro. Me gustaría expandir mi práctica pictórica; creo que es momento de usar
nuestra imaginación colectiva para crear un futuro, ahora cuando la realidad nos parece un enigma.
EDUARDO SARABIA

101
Cortesía de la artista y Machete.

Pewma en forma de luna en forma de sol


2019. Lino celeste con calado transparente, algodón, cochinilla, hilo y alambre de bronce.
Silencio, miremos sobre el silencio: hicimos un agujero en el tiempo/espacio para volver al silencio: ¿qué vemos? Un cuerpo refleja
la luz del otro, aún en la distancia y nuestros pasos ahora más lentos, van haciendo un dibujo en silencio, cada paso que damos es un
beso a la tierra, como caen las semillas de los árboles que siembran el futuro.
SOL PIPKIN

102
Escalera
2020. Acrílico en madera de cerezo.
Trabajar durante la pandemia ha resultado tanto desafiante como fructífero. En particular por estar lejos de casa y de mi taller (he pasado lo que va de la
cuarentena en el campo en Connecticut donde amigos). El ser recursivo a la hora de encontrar materiales para poder plasmar una idea ha resultado indispensable
Cortesía del artista.

y el contexto tanto físico como psicológico han estimulado y llevado a cuestionar muchas ideas sobre mi trabajo. También me ha conectado más con la naturaleza
trabajando con materiales nobles como la madera (encontrada) pero continuando con mi exploración sobre fragmentos de arquitectura y la emotividad de
los objetos. Esta pieza, llamada Escalera la comencé hace unas semanas y para mí simboliza un poco la actitud con la que podemos llevar este desafío como
humanidad. Podemos descender y ponernos muy afligidos o elevarnos y buscar oportunidades y tratar de mantener el espíritu en alto.
VICENTE MUÑÓZ

103
104
Fotógrafa JUANITA ESCOBAR
Texto ANAMARÍA BEDOYA

Liz no había nacido cuando sus padres abandonaron el


Chocó (un territorio de cultura afrocolombiana que fue el
refugio de la población negra que huía del control y del agobio
colonial) en la Costa Pacífica. Los padres de Liz huyeron lo
más lejos posible. Peregrinaron hacia el suroriente del país por
paisajes desconocidos, cruzaron los Andes, anduvieron por el
Llano, navegaron por el impetuoso río Orinoco y llegaron a
Puerto Ayacucho, en el Estado de Amazonas, Venezuela. Allí
nació ella. Hace tres años regresó a Colombia, o más bien a la
otra orilla del Orinoco, porque el río tiene dos orillas aunque
los gobiernos solo reconozcan una. Llegó a Puerto Carreño
con lo que tenía puesto, en cada mano un hijo y empezó a
recorrer las rojizas calles polvorientas vendiendo productos
para el pelo con la intención de convertir los pesos en fajos de
bolívares y alimentar a sus hijos. Pero fue en el puerto donde
finalmente encontró su ancla: un militar que parecía compartir
sus gustos. Ella le llamó amor a primera vista.
De Colombia quedaba un papel con una lista de apellidos,
algunas fotos y documentos de identificación personal.
Los exiliados que migraron a Venezuela fueron miles, pero

RAÍCES
que flotan
Una travesía de vida, de urgencia:
desde sus raíces ancladas en la selva del
Chocó, a las impetuosas aguas del Orinoco
en el estado de Amazonas, Venezuela.
Esta es la historia de Liz y su retorno obligado a
Colombia a causa de la crisis que, como a tantos, la
hizo cruzar el gran río en busca de su otra
orilla, en Puerto Carreño, Vichada

Liz sobre unas rocas gigantes y su manta roja a orillas del río Orinoco en Puerto Carreño.

105
El suyo no ha sido un retorno, ha sido el desexilio. El desexilio
de los que empezaron a regresar porque en la nación hermana las
cosas ya no eran como antes. Lo que consiguieron durante años,
se hizo pedazos que quedaron en el camino: puertas, barandas
de camas, cuadernos, muñecos plásticos, platos, ollas, zapatos...
El vestigio de otra huida. Huir del Estado venezolano, de la crisis
fronteriza, de la depresión económica, de la represión política.
Fueron más de 20 mil los colombianos que se largaron.
Ella habla sobre su madre que levantó a los hijos vendiendo
empanadas en el Amazonas venezolano, el
ningún registro oficial alcanzó a contarlos. Desplazados padre muerto antes de tiempo, los diplomas
por la indiferencia del Estado, empujados por el desempleo, inútiles y desvaídos, los amores siempre idos,
desarraigados de la exuberante tierra disputada por grupos los máwaris (encantos del río) que quisieron
enemigos, escupidos por el miedo a la muerte y al hambre. llevarse a sus hijos, las promesas perdidas
Empezar de cero. Hacer del pasado derruido el abono para en el vocerío del puerto, las ofertas laborales
afrontar el presente, rebuscarse el sustento, aprender nuevos como espejismos y la casa temporal para
oficios, juntar la cuota del diario en otra moneda. Ser un
desconocido. Ampararse bajo otras leyes. Comer pescados
de otros ríos. Aprender nuevos mitos y leyendas. Moverse al
compás de otros acentos.
Liz dice chama, cónchale, pana y, sin embargo,
aunque a sus 32 años no ha ido ni una sola vez al
Chocó, en su hablar hay un residuo del implosivo
y vibrante dialecto del pacífico. Está adherida a
ese lugar a más de mil kilómetros de distancia.
Quiere ir con sus dos niños. Desea saber lo que
se siente decir primo, tío, abuelo. Le gustaría
vivir un aguacero en el lugar del mundo donde
más llueve y bailar feroz y desenvuelta, porque si
hay música a ella nada la detiene. Ha escuchado
de esas parrandas que se arman en el mismísimo
Chocó, donde los bafles son más grandes que las
casas. Imagina sus caderas moviéndose al ritmo
de una chirimía, un currulao, un bullerengue. Le
gusta reír duro, alzando los pómulos suaves y
oscilando el cuerpo en regocijo; pero en sus ojos
angulosos se vislumbra, rodeando el iris ébano,
una indudable tristeza.

MI SUEÑO ES IR AL CHOCÓ
Y SIEMPRE LE HE DICHO
A MI ESPOSO: ‘CÓNCHALE,
QUE YO QUIERO TENER
ESA DICHA DE PISAR
EL CHOCÓ. DE PODER
DECIR ESA PALABRA DE
TÍO O PRIMO, PORQUE
NOSOTROS ÚNICAMENTE
CONOCEMOS PAPÁS Y
HERMANOS’. MI SEGUNDO
SUEÑO, SI VENEZUELA
SE COMPONE, NI LO
PENSARÍA DOS VECES
PARA REGRESAR
106
Arriba: Liz en las aguas del río Orinoco en Puerto Carreño; más arriba: cola de un bagre rayado del río Orinoco, cortado
y listo para la venta en Puerto Carreño; abajo: árbol en el río Orinoco. En página opuesta: Liz en un breve sueño.

guarecerse de la incertidumbre, para cobijar un collage de


familia y procurar que no se desbarate, para servir la comida
sazonada con esmero; para orar en soledad y espantar los
miedos al desarraigo, al abandono.

Testimonio de Liz
Hoy entré a Messenger y le escribí al presidente Duque, le estoy
pidiendo ayuda, trabajo o una casa. Le estoy pidiendo mucho
a Dios, si me sale esa casa sería la mujer más feliz... Yo hace
rato ya me hubiera abierto de aquí (la casa junto a su marido
policía en Puerto Carreño, Colombia). Es que yo no me salgo
de aquí, porque no tengo a dónde ir, cómo voy a llevar mis hijos
para Venezuela si los saqué de allá para que tuvieran una mejor
educación, un mejor futuro. ¿Qué hay en Venezuela? Desgracias,

107
Liz sobre la playa del río Bita, un río de sabana en donde abundan las toninas (delfines de agua dulce) y muchas otras especies. Muchas de las
historias que aparecen en la conversación de Liz viajan sobre los ríos, sus sueños y los encantos que habitan en las profundidades de las aguas.

108
LIZ DICE CHAMA,
CÓNCHALE, PANA Y, SIN
EMBARGO, AUNQUE A
SUS 32 AÑOS NO HA IDO NI
UNA SOLA VEZ AL CHOCÓ,
EN SU HABLAR HAY UN
RESIDUO DEL IMPLOSIVO
Y VIBRANTE DIALECTO
DEL PACÍFICO. ESTÁ
ADHERIDA A ESE LUGAR A
MÁS DE MIL KILÓMETROS
DE DISTANCIA

muertes, niños muriéndose de hambre, inseguridad.


Yo le mandé este mensaje al presidente: ‘Buenas noches, mi
querido presidente Duque. Lo saludo desde Puerto Carreño,
Vichada, espero verlo pronto por acá. Mi Dios lo bendiga
a usted y a su familia’. Me respondió: ‘Muchas gracias por
escribirnos, Liz, es un gusto saludarte, valoramos mucho cada
una de tus palabras. Nos alegra saber que contamos con tu
apoyo. Mensajes como el tuyo nos motivan a seguir dando lo
mejor de nosotros para construir el país que todos soñamos.
Amamos a Colombia y por eso trabajaremos incansablemente
para hacer realidad cada compromiso que hemos hecho con los
colombianos. Un fuerte abrazo’. Entonces, yo le escribí otras
cosas esta mañana, vamos a ver si me responde más tarde.
Me gradué de Licenciada en Educación inicial pero como
todo lo estudiamos en Ayacucho... Aquí quería meter mis
papeles para trabajar, pero me dijeron que no me los valían por
ser de Venezuela, que tenía que mandarlos a notariar, no sé qué
poco de requisitos, y eso es plata, entonces lo dejé ahí.
Mi sueño es ir al Chocó y siempre le he dicho a mi esposo:
‘Cónchale, que yo quiero tener esa dicha de pisar el Chocó.
De poder decir esa palabra de tío o primo, porque nosotros
únicamente conocemos papás y hermanos’. Mi segundo sueño,
si Venezuela se compone, ni lo pensaría dos veces para regresar.
Pero si sigue como está, yo por allá no regreso. Y mi sueño aquí
es conseguir algo: una casa, un trabajo, que yo pueda tener para
darle a mis hijos, para sus estudios, para su futuro, para que el día
de mañana no estén pasando ninguna necesidad. Que mis hijos
no le estén mendigando un pan a nadie, sino que yo se los dé.
Eso debe ser una alegría muy grande, ir al Chocó, imagínese la
música, la alegría. Yo bailo de todo, menos joropo. El joropo no
me gusta, eso no es música que me trasnoche. Eso es como que
uno estuviera matando hormigas, no me gusta.
Mi sueño, era conocer a mi abuela, ese era mi mayor sueño,
pero ya mi abuela murió... Quisiera conocer a mis tías, tíos,
primas, saber qué se siente decir tío, decir tía, qué se siente
decir primo, porque yo no sé nada de eso, únicamente hermano,
mamá, papá e hijo. Porque ni en fotos conocimos a mi abuela.
Yo a ese Orinoco le tengo mucho miedo, desde la última vez

·
que mi hijo casi se me ahoga ahí quedé curada. Casi pierdo a mi
hijito en el Orinoco. Dicen que en ese río hay muchos encantos,
y hay gente que no cree en eso y es verdad: hay encantos.

109
SOL
VITAL Realización
VALENTINA COLLADO

En algunas regiones
de Latinoamérica la
llegada del verano es
inminente; mientras
que en otras, el
astro REY cede su
protagonismo para
dar la bienvenida
a las temperaturas
invernales. En
ambos supuestos,
el poder SOLAR
es un símbolo
de esperanza,
precisamente, el
objetivo de estas
imágenes...

110
“La creencia y la esperanza de que aterricemos”
CASS BIRD

111
“Sabes que mi madre se llama Esperanza y por eso tengo tatuada esta palabra, aparte de ser una de mis favoritas”
RICARDO RAMOS

112
“Cuando en el momento somos eternos”
ALEX FRANCO

113
La esperanza
SEBASTIAN SABAL-BRUCE

114
Nue Au Soleil, 2020. Mi ahijada Marie nació durante la epidemia del coronavirus. Una nueva vida inocente llegó en un momento de malas
noticias, en la que el mundo se enfrenta con asombrosos números de muerte. Ella en sí es el símbolo de la esperanza. Esta imagen será mi regalo
para ella: un radiante sol sobre un paisaje áspero: siempre hay luz, siempre hay vida, incluso en los tiempos más oscuros.
BRUNO V. ROELS

115
“Manos. Históricamente, las manos han sido una de las grandes obsesiones de la fotografía. Las manos tocan, comunican, esconden
y, por supuesto, relatan belleza. En los últimos días, he pensado en su poder y en esa maravillosa y angustiante relevancia que las
manos tienen en esta crisis que vivimos. Esta es una foto de mi mano, la mano que uso para retratar, la mano que me alimenta, me da
un techo y me llena de esperanza... Una mano que aprendí a querer y que, les prometo, me lavé antes de tomar esta foto”.
ANDRES OYUELA

116
“Tengo esperanza en la Naturaleza. En sus instantes de intensa belleza, en su poesía de color. En el bailar de su aliento y la filosofía de
sus olas. Aprendamos, respetemos, celebremos y seamos uno con la naturaleza”.
KARLA CASTAÑEDA

117
“Él es Miguel, uno de mis angelitos de la guarda. No es específicamente que vea esta foto y sienta esperanza, es más bien
en un sentido a la inversa: sé que debo de ser yo para él esa esperanza de que toda estará bien”.
DORIAN ULISES LÓPEZ MACÍAS

118
“Para mí, la idea de la esperanza se reduce a experiencias de la vida, especialmente, las compartidas con amigos y seres queridos que es lo que
más extraño durante este encierro. Tomé esta foto de mi esposa, Hedwig, mientras estaba en Ibiza el verano pasado, que fue, sin duda, mi viaje
favorito en 2019. Esta pandemia ha demostrado que, aunque estamos aislados, todavía estamos increíblemente entrelazados, y eso es algo
hermoso. Espero tener más recuerdos como este una vez que el mundo se abra de nuevo”.
BJORN IOOSS

119
Botanical 22
MICHAEL FILONOW

120
“Mr President, How long must women wait for liberty? ” –by Alice Paul.
ALEXANDER SALADRIGAS

121
“Sigamos creciendo”.
ANITA CALERO

122
Still life
BEN HASSETT

123
Cuando la CRISIS pandémica
se convirtió en una alarmante
realidad pareció que la vida se
detenía y que nada tenía sentido.
Justo entonces, muchas personas
cotidianas se transformaron
en inusitados HÉROES que,
sin saberlo, asumieron un rol
histórico que nunca imaginaron
y que merece toda la gratitud

Rostros del JAVIER FALCÓN; en página opuesta: KAREN SALAMANCA.

Covid-19
La crisis de salud que causó el Covid-19 ha sido trágica,
pero sacó a la superficie lo mejor de la raza humana en
términos de solidaridad, iniciativa y entrega. Ariel Guanche,
un estudiante de Medicina de 22 años en La Habana, no
pudo quedarse en casa. “Ayudamos en la pesquisa de casos
Fotógrafos JAVIER FALCÓN Y probables y a hacer un registro de personas mayores de 60
KAREN SALAMANCA años que viven solos para darles ayuda”. En su restaurante de
Lima, Ocilia Nóbrega cocinó para los más necesitados y sus
hijos “se convirtieron en voluntarios repartiendo comida”...

·
Como ellos, muchos héroes anónimos son los rostros de
la esperanza, y el testimonio de que no importa el espanto,
siempre prevalecerá la lucha por salvar el futuro.

124
DE LA HABANA A LIMA,
BUENOS AIRES, LA
PAZ O MÉXICO, TODA
LATINOAMÉRICA HA SIDO
TESTIGO DE MIL GESTOS
SOLIDARIOS Y TRIBUTOS
DE GRATITUD, QUE HAN
ESTADO ESCRIBIENDO UNA
HISTORIA HASTA AHORA
INÉDITA PARA HACERNOS
MEJORES A TODOS...

El Doctor Néstor
Sandoval, Cirujano
Cardiovascular, en
Bogotá, Colombia; en
página opuesta: Janise
Buraschi y Juan Manuel
Umbert, propietarios
del restaurante peruano
Pasta; arriba; compañía
de bomberos de
Miraflores, todos en
Lima, Perú.

125
DESDE LA LABOR DE
LOS TRABAJADORES
DE LA SALUD, HASTA
LOS VOLUNTARIOS
QUE TENDIERON
SU MANO A LOS
MÁS NECESITADOS,
LA PANDEMIA HA
DEMOSTRADO QUE
EL MEJOR LADO
SIEMPRE PREVALECE
CUANDO LOS
TIEMPOS DUROS
LO DEMANDAN. EN
ESOS MOMENTOS
ENTENDEMOS QUE
SOMOS UNA SOLA
RAZA: ¡LA HUMANA!

KAREN SALAMANCA.

126
En sentido del
horario desde arriba,
izquierda: Lina
María Garzón,
enfermera y Lorena
Acevedo, Médico
Pediatra en Bogotá,
Colombia; Rafael
Villarán, Médico
Veterinario; el
Doctor Bruno
Salmon; ambos
retratados en
Lima, Perú; Ariel
Guanche, estudiante
de Medicina en La
KAREN SALAMANCA ; JAVIER FALCÓN (2); D. R.

Habana, Cuba. En
página opuesta:
El Chef Juan
Camilo Rico y el
Médico Juan Pablo
Umaña, Cirujano
Cardiovascular ,
ambos en Bogotá,
Colombia.

127
¡SUSCRÍBETE
CON UN 40% DE
DESCUENTO!

Colombia: (527) 621-2550 Chile: Perú: (511) 311-3822


ventas@grupoeditorial87.com suscripciones@condenast.com.mx suscrip@caretas.com.pe

Consulta costos y restricciones. Promoción válida del 1 de julio al 31 de agosto del 2020
MUNDO VOGUE

DISEÑO, Talento femenino, 130


Cortesía Agostina Branchi.

DIARIO, Vivir en la Montarina, 134


DESTINO, ¡Volver a viajar!, 140
GASTRONOMÍA, Cocinar el presente, 142
129
MUNDO VOGUE DISEÑO

Talento
FEMENINO
La argentina Agostina
Branchi, la guatemalteca
Agustina de Tezanos, las
colombianas Catherine
Jessurum y Silvana
Vergara de Gres y la
chilena Ignacia Murtagh
son las diseñadoras
latinoamericanas
de productos y de
INTERIORES que hay
que seguir de cerca
Con sus paisajes sublimes (océano, mon-
tañas y campo), la riqueza de su historia
y una cultura ancestral, América Latina
es un continente que inevitablemente
inspira. Estas creadoras lo saben y día
tras día reinventan antiguas técnicas gra-
cias a colaboraciones con artesanos.
Además, su visión contemporánea
y sus experiencias internacionales les
permiten dar vida a proyectos como
ningún otro. Cada material, textura y
color se selecciona con mucho cuidado
y con un propósito en mente. Que se
trate de una silla, una hamaca, un cojín,

Retrato: Federico Romero; Hamaca: Cortesía Agostina Branchi; Obra textil: Fotografia Lorenzo Jaar.
·
una manta, un florero o un espacio en-
tero, el objetivo es contar una historia a
través del diseño. KARINE MONIÉ

AGOSTINA BRANCHI
Arquitecta y diseñadora nacida en
Argentina en 1983, Agostina Branchi dirige
su estudio desde 2014. Sus productos,
creados en colaboración con artesanos
latinoamericanos apasionados, reflejan
un gran cuidado por el trabajo manual,
la noción de identidad y el respeto por
el material. A través de su despacho
epónimo, la meta principal de Agostina
consiste en concebir piezas que fusionan
lo industrial con técnicas ancestrales,
utilizando materiales nobles y autóctonos.
Sus productos ya fueron expuestos en ferias
internacionales como el Salone del Mobile
en Milán y Wanted Design en Nueva York,
entre otras. Después de haber pasado un
año en Italia, la creadora decidió instalarse
en Santiago de Chile en 2020, donde se va
a enfocar en desarrollar piezas artísticas de
edición limitada en textiles e hilados.

130
AGUSTINA DE
TEZANOS
“El arte y la creación siempre han
estado presentes en mi vida. Desde muy
joven, empecé interviniendo espacios”,
comenta Agustina de Tezanos. Basada en
Guatemala, la interiorista estudió diseño
de moda y empezó a trabajar en el mundo
de la decoración desde su casa antes de
lanzar REV Studio. Su estilo ecléctico se
caracteriza por la combinación de colores,
textiles y estampados. “Para mí, el diseño
interior es materializar el alma”, destaca.
Ella busca mucha inspiración a través de
las telas que le ayudan a dar personalidad
y vida a un espacio. “Todo el día estamos
experimentando sentimientos y emociones,
y al verlas, quedan plasmadas dentro de un
área como si fuera un lienzo. Sabemos que
es una revolución interior cuando uno entra
a un proyecto nuevo y se van llenando esos
espacios donde faltaba algo”, confiesa.
Cortesía Agustina de Tezanos.

131
MUNDO VOGUE DISEÑO

GRES
Catherine Jessurum y Silvana
Vergara lanzaron GRES después
de estar en contacto con artesanos
locales y darse cuenta que en las
comunidades rurales de Colombia,
el interés por aprender técnicas
tradicionales estaba desapareciendo
en las nuevas generaciones que
miran más bien hacia la tecnología.
“Adicionalmente notamos que
la falta de recursos impide que
muchos artesanos adquieran la

Retrato: El Buen Ojo; Fotografía Cortesía GRES; Fotografía Mónica Barreneche.


materia prima que necesitan para
fabricar sus productos”, destacan
las dos diseñadoras. Así es como
nació GRES, cuyo nombre evoca la
arcilla con la que se crean ladrillos
y materiales de construcción, lo
que hace referencia a las raíces
de Catherine y Silvana como
arquitectas, así como al espíritu de
la marca que consiste en transformar
materiales y técnicas que vienen
de la tierra y las costumbres de
Colombia, mano a mano con
pequeños talleres del país.

132
IGNACIA
MURTAGH
La chilena –que vivió en
Dinamarca, Londres y Nueva
York en el marco de intercambios y
residencias de artista– se inspira en
la belleza de la naturaleza de su país
y en el proceso de transformación
de los materiales para crear objetos
poéticos que van desde piezas
de mobiliario y cerámicas, hasta
vajillas pasando por textiles.
Todas sus piezas seducen por sus
líneas simples y orgánicas, como la
colección Nuna que fue inspirada
en el desierto de Atacama en
flor –un fenómeno que tiene lugar
una vez cada cuatro año– y la
serie de floreros Botanica, cuyas
formas mimetizan el movimiento
de las plantas que crecen. Con
sus productos, Murtagh explora
varias técnicas y quiere honrar
la naturaleza (de Chile en
particular), impulsar una reflexión
y crear un vínculo con objetos de
la vida cotidiana.
Cortesía Ignacia Murtagh.

133
MUNDO VOGUE DIARIO

Vivir en la
MONTARINA
Fotografiada por su
MADRE, Mónica
Torresan, en la CASA
en Córdoba donde
creció, Justina Bustos
reflexiona sobre el
momento que vivimos
en su lugar de INICIO
y comparte los
proyectos que surgieron
en el confinamiento

Hace dos meses me llegaba


una foto al celular con un mate
en primer plano, la casa de mis
padres en segundo y, por últi-
mo, el cielo color damasco de
los atardeceres de Unquillo.
Faltaban dos horas para ter-
minar mi repentina vuelta de
África, donde estaba actuando
en una película española, para
llegar a “La Montarina”, lugar
donde fui criada.
Este momento inédito que
estamos viviendo me ha obli-
gado a pensar, pensar y repen-
sar en mis actos, en mí. No
me replanteé mi nombre y mi
apellido porque estoy segura
de que es el correcto. ¿Cómo ayudar en este momento? ¿Qué
información quiero dejar entrar en mi cuerpo? ¿Qué deseos
quiero atender? Volver al lugar de mi inicio me ha conectado
con mi infancia y la naturaleza. Como brote de este encuentro
surgieron dos proyectos.
“Unquillo Amor”. Así se llama el pueblo donde viven mis pa-
dres. Consiste en promocionar diferentes pymes mediante mi
cuenta de Instagram a través de un video editado por Olivia,
mi hermana. El productor auspicia brevemente su producto/

134
servicio y su nueva metodología de venta. Asimismo, el espec-
tador puede captar el espíritu de la región, elegida por artis-
tas y amantes de la naturaleza, convocando al turismo una vez
que pase la pandemia.
Algo pendiente eran mis ganas de trabajar con niños. “Expe-
rimento” es un espacio para que el adolescente o niño, según la
edad, esté en contacto con su propia forma creativa mediante
ejercicios del teatro y baile, interactuando con chicas y chicos
de diferentes ciudades, brindándoles la posibilidad de generar
nuevos vínculos utilizando la plataforma de Zoom.
Después de 14 años nunca había estado tanto tiempo en fa-
milia. A los 17 me mudé a Buenos Aires, siempre volví de vi-
sita. Ya llevo dos meses y medio viviendo entre montañas. Es
como si me hubiera reencarnado en una vida parecida a la del
pasado, mismos vínculos, otros aprendizajes.

·
En estos momentos me viene a la mente el poema de Alejan-
dra Pizarnik: “Ahora en esta hora inocente yo y la que fui nos
sentamos en el umbral de mi mirada”. JUSTINA BUSTOS

Izquierda: Justina
con su madre
Mónica y su
hermana Olivia;
arriba y más
arriba: la actriz
argentina en la
casa de sus padres
en Córdoba
donde creció.

135
MUNDO VOGUE DIARIO

Reflexiones desde CASA


Le pedimos a actrices colombianas y argentinas que se tomaran
una SELFIE o foto en casa y nos compartieran un pequeño
testimonio de este momento de confinamiento. El resultado fue
una íntima reflexión sobre la VUELTA a lo esencial

“Volver a lo básico, a lo esencial, reordenar nuestras prioridades: la


salud, la familia, el campo, los recursos naturales son lo primero. Eso
ha sido la cuarentena para mí, entender que el mundo está en crisis
porque estamos consumiendo solo lo necesario, no necesitamos
tanto, todos debemos salir más conscientes de que somos uno y
solo podemos salir adelante pensando en colectivo e intentando que
NATALIA REYES;

haya mejores condiciones de vida (educación y salud) para todos.


Consumir menos, valorar mucho más a nuestros campesinos y tener
una vida más sostenible y coherente con el planeta”.
NATALIA REYES, actriz.
136
“Esto es una montaña rusa de
emociones. Lo primero que hice
fue descansar, luego descargar mi
hiperactividad en casa dedicándole amor
y, al final, llegaron el vacío y la reflexión.
Quizás esta sea la chance para que, de
alguna manera, podamos repensarnos y
construir formas de vincularnos con el
mundo más saludables”.
THELMA FARDIN, actriz.

“Y caí en la cuenta de que tenía que cambiar


mis patrones de pensamiento interno ... Que
tendría que comenzar a creer en posibilidades
que no hubiera permitido antes, que había
estado cerrando mi creatividad a una escala
estrecha y controlable. ... Que las cosas se habían
vuelto demasiado familiares y podría tener que
desorientarme”.
CAROLINA GÓMEZ, actriz.
CAROLINA KOPELIOFF; THELMA FARDIN; CAROLINA GÓMEZ.

“Si pensamos desde nuestra posición, como una


cuestión de privilegio de estar en casa, este es
un momento de introspección que está bueno,
vivimos muy a mil la vida. Creo que empezamos
a escucharnos más y a valorar todo más. Estoy
en mi hogar, intentando hacer esas cosas que me
gustan, tomando clases y profundizando más en los
proyectos que se aplazaron”.
CAROLINA KOPELIOFF, actriz.

137
MUNDO VOGUE DIARIO

“En cuarentena sola: en conversaciones


conmigo misma me di cuenta que muchas
veces no estaba presente y eso me generaba
ansiedad. Aprendí a respirar en medio
de todo y dejar que todo fluya sintiendo
lo que tenga que sentir (alegría, tristeza,
agradecimiento). Entendí que la vida es
un proceso donde todas las emociones
son pasajeras y hacen parte de tu propia
evolución. Siempre desde el amor (no
desde el miedo)”.
VALERIE DOMÍNGUEZ, actriz.

“En medio de tanto caos exterior, no hay lugar más


seguro que tu silencioso jardín interior”.
CRISTINA UMAÑA, actriz.

CRISTINA UMAÑA; ALEJANDRA AZCÁRATE; CAMILO LEAL.

“Cada vez quiero más a menos personas”


ALEJANDRA AZCÁRATE, actriz.
“Se puede respirar sin arte, pero no se
puede vivir sin él”.
MARCELA MAR, actriz.

“Estoy conectando conmigo y con mi espacio. Con


mi trabajo de actriz y con mi marca de accesorios,
Helicia, no tengo mucho tiempo. Creo que esta
es una invitación a la introspección y a buscar las
cosas que nos hacen bien. Es un gran momento
para redescubrirnos y reinventarnos”.
FLOR TORRENTE, actriz y fundadora de
Helicia Buenos Aires.
DIEGO ROLDÁN; NATALIE PÉREZ; MARCELA MAR.

“Después del lanzamiento de Te


quiero, mi último tema, necesitaba
descansar así que me vino bien estar
en casa. Más allá de lo complejo
y angustiante de esto, siento que
voy a salir reforzada porque estoy
reflexionando y ensayando mucho las
canciones que se vienen y tocando el
piano y la guitarra”.
NATALIE PÉREZ, actriz y
cantautora.
Soñamos con planes DE
VIAJES luego de una etapa ¡Volver
A VIAJAR!
de introspección y quietud.
Vale la pena entonces poner
la mirada en esos destinos
PENDIENTES, Dubai
y Bali, y los hoteles de Hace apenas unas semanas, cuando preguntabas a alguien qué
Bulgari con la esencia de deseaba más, las respuestas eran muchas. Ahora, una vez que
cada LUGAR hemos sabido de qué se trata el confinamiento y el ostracismo
geográfico, entre los primeros lugares de las agendas post pan-
démicas está un plan común: volver a viajar. Nos pasa a todos
y, por esa razón, buscamos dos destinos atractivos que ofrecen
experiencias inolvidables y en los que se encuentran alternativas
de disfrute de alta gama y servicio distintivo para el alojamien-
to. Lo que ofrecen estos lugares no se trata de un lujo frívolo y
excluyente, sino de vivencias especiales que generan memorias
exclusivas cuando, pasado el tiempo, hagamos un balance de los
mejores momentos de nuestras vidas.
El primer punto al que dirigimos la atención es Bali. La má-
gica isla indonesia tiene en su perfil cultural el aporte de sus ha-
bitantes autóctonos, la importante adición de la cultura hindú
y los elementos que dejaron allí los holandeses. También a su
favor está el privilegio de una naturaleza exuberante, playas in-
creíbles y una indudable cultura de hospitalidad con la que se
recibe al visitante. Allí, la Casa Bulgari inauguró en el otoño de
D. R. (2).

2006 un complejo de 59 villas, que es perfecto para disfrutar de


un destino paradisíaco: el Bulgari Resort Bali.

140
MUNDO VOGUE DESTINO

Además de su ubicación, este resort tiene el aval de su inte-


riorismo –una combinación de las tradiciones locales con la
sofisticación del diseño italiano contemporáneo–, el sentido
práctico y el confort que garantiza a sus huéspedes, y el estándar
de servicio excepcional que ofrecen. También está a su favor la
vecindad del impresionante Templo Pura Luhur y el estar cons-
truido entre un acantilado y el océano a más de 150 metros del
mar, con espectaculares vistas del Océano Índico. El acceso a la
playa está garantizado por un funicular inclinado, exclusivo del
complejo. Todas las alternativas de alojamiento tienen un patio
tropical privado con piscina. Las áreas de uso común incluyen
un restaurante indonesio y uno italiano, un lounge bar, un spa
y una impresionante infinity pool que se ha convertido en un
ícono del Bulgari Resort Bali. El spa es otro atractivo especial,
con su menú de tratamientos naturales.
El segundo destino es Dubai, uno de los emporios turísticos
más codiciados por su riqueza multicultural, su incomparable
paisaje urbano y el azul desafiante de la Bahía de Jumeirah. Y
precisamente ahí está el Bulgari Resort Dubai, diseñado como
si se tratara de una joya de la firma, aderezada por jardines y
albercas que se inspiran en los pueblos costeros italianos a las
orillas del Golfo Pérsico. El abarcador complejo suma al resort
seis edificios residenciales, 15 mansiones privadas y la primera
marina y club de yates de Bulgari. Las 101 habitaciones y suites
del Bulgari Resort Dubai, y las 20 villas Bulgari, cuentan con
vistas del perfil urbano de Dubai o del Golfo Pérsico. En el caso
de las villas, todas incluyen el servicio de su mayordomo perso-
nal, así como una piscina y un gazebo privados. El Bulgari Spa
de este complejo es perfecto, desde el lujo de su diseño hasta sus
ocho salas de tratamiento y su piscina interior de 25 metros con Arriba y más
vistas al mar. Los tratamientos y terapias son efectivos e innova- arriba: Bulgari
dores, en la misma medida que el exclusivo método de entrena- Resort Bali;
arriba, izquierda:
miento Workshop Gymnasium, que se ofrece en su gimnasio. mascada y mochila
La gastronomía está premiada aquí con las estrellas Michelin de la temporada
de Primavera-

·
del chef Niko Romito, quien ha creado un exclusivo menú para Verano 2020, de
D. R. (4).

Il Ristorante. Además, hay otras propuestas, como Il Café y el Bulgari. En página


opuesta: Bulgari
Lobby Lounge, con un concepto más relajado. Resort Dubai.

141
Cocinar el presente
En estos tiempos tremendos, la cocina ha sido para
muchos al mismo tiempo una NECESIDAD y un
refugio. Los restaurantes cerrados, la responsabilidad
de quedarnos en casa y el imperativo de volvernos
EFICIENTES con nuestros recursos han hecho
que quien menos lo pensara se encontrara horneando

LAURA MURRAY.

142
MUNDO VOGUE GASTRONOMÍA

Era domingo, pero me levanté temprano y bajé a la coci-


na. Puse a hervir una gran olla con agua, corté cruces en
la cúspide de dos kilos de tomates y cuando el agua llegó
a ebullición los sumergí unos minutos, para que se les
soltara la piel. Los pasé a un tazón de agua fría y los pelé
con los dedos; ahora tenía una torre de tomates pelados y
tibios, tiernos frutos de un rosa oscuro. Todo estaba listo
para preparar la salsa, que para la hora de almuerzo ten-
dría tiempo de reducirse hasta llegar al punto preciso de
dulzor. Mientras tanto, activé la levadura, añadí harina,
sal, agua y aceite de oliva, encendí la batidora y así se des-
encadenó el proceso mágico de la masa de pan. Era un
domingo de mayo, sin restaurantes abiertos ni delivery
en mi ciudad, y almorzaríamos pizza.
En casa cocinamos todo el tiempo, pero incluso en mí
es sorprendente esta disposición a dedicar la mañana
del día de descanso a preparaciones simples y lentas. Un doble de todo lo que hemos perdido y de tantas vidas
domingo, pizza y pomarola; el siguiente, mermelada de apagadas, requería centrarnos; volver a nuestro cuer-
naranja. Es algo que solo puedo atribuir al cambio de po, a nuestras sensaciones. Y hay pocas sensaciones
ritmo interior que ha ocurrido en el mundo entero. Los más hermosas y satisfactorias que preparar pan. Hay
inicios de la cuarentena generaban en distintos países la quienes antes no sabían ni freír un huevo y se han aven-
misma noticia: la harina y la levadura desaparecían de los turado incluso a hacer pan de masa madre, porque si
supermercados con la velocidad de cada nuevo modelo estamos en casa todo el tiempo (quienes tenemos la
de Birkin en una boutique Hermès en los tiempos antes suerte y el privilegio de poder quedarnos en casa) po-
de la pandemia. Un pedazo microscópico de proteína – demos alimentar el fermento, dividirlo al día siguiente,
un enemigo invisible del que ni siquiera se puede decir alimentarlo otra vez. Como a nuestro corazón.
que tiene vida– puso a nuestra especie de rodillas, y los Este ha sido un tiempo en el que hemos aprendido
humanos reaccionamos haciendo pan. a reconfortarnos a toda costa, y para muchos esto ha
Aunque parezca peculiar, esto tiene todo el sentido significado aprender a cocinar, acostumbrarnos al rit-
del mundo. Toparnos colectivamente con una incer- mo y a la atención que demanda la cocina, descubrir
tidumbre de esta magnitud, con el dolor por partida lo empoderador y laborioso que es transformar los ali-
mentos. A apreciar a quienes, en otra vida, cocinaban
para nosotros. Ha sido un tiempo de elegir lo simple y
poderoso, lo que realmente deseamos, por sobre lo que
antes habríamos elegido para impresionar.
Cuando todo esto pase (conjuro mágico y potente),
espero que esto permanezca. Que el músculo que es el
corazón se haya adaptado al pulso de la vida interior y
que sea ese el motor de nuestros días. Que salgamos a la
calle, sí; que sea seguro encontrarnos con colegas, fami-
liares y amigos, pero que luego volvamos a casa conten-
tos, porque en ella está esperando, tierna y gloriosa, la

·
masa de pan. Asomándose henchida sobre el borde del
contenedor, debajo de su paño limpio, como el sol de un
nuevo día. ALESSANDRA PINASCO

APROVECHAR EL CONFINAMIENTO PARA ESCRIBIR LA


NOVELA POSTERGADA NO ES REALISTA EN TIEMPOS
DE TAL INCERTIDUMBRE. LA PRIORIDAD ES ESTAR
BIEN: ALIMENTARNOS Y ENFOCARNOS EN TAREAS
CONCRETAS, EN LOS AROMAS Y SONIDOS Y RITMOS DE LA
COCINA, QUE NOS ANCLAN Y RECONFORTAN. EN CASA
HEMOS DESCUBIERTO TODA UNA NUEVA DIMENSIÓN

143
LO ÚLTIMO

FUERZA Italiana
Una mirada positiva
al futuro llena de
ENTUSIASMO,
es así como define
esta casa de moda
a este nuevo
comienzo, en el que
el mundo cambia
constantemente y
con él las nuevas
NARRATIVAS La tecnología y el
trabajo a mano han sido
componentes cruciales
en el incansable trabajo
de creatividad de las
piezas. Arriba: bolso
hecho a mano de Dolce
& Gabbana; izda.:
estampado e imagen de la
más reciente colección de
la firma italiana.

El carácter apasionado y
curioso de los diseñadores de la
firma italiana, les ha permitido
sobrellevar esta situación a
través del valor del trabajo duro,
la creatividad y la apreciación de
los pequeños detalles. Arriba:
los diseñadores Domenico
Dolce y Stefano Gabbana.

Los valores de la
casa italiana siguen
vigentes al cambiar las
condiciones de trabajo;
la familia, la tradición
y la labor artesanal
son constantes en los
equipos de trabajo de
Dolce & Gabbana.
Izda. y arriba: imágenes
del taller y de la atención
al detalle de la firma.
D.R. (6)

144
BANGKOK DUBAI KIEV MOSCOW

También podría gustarte