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TEORIA DE ARQUITECTURA - I

A arquitectura do ( do grego (arkhe) “primeiro” ou “principal” e


téxvr( tékhton) significando “ construçao” ) refere-se tanto ao processo quanto ao
produto de projectar e edificar o ambiente habitado pelo ser humano. Neste
sentido, a arquitectuara trata destacadamente da organizaçao do espaço e de seus
elementos; em ultima instancia, a arquitectura lidaria com qualquer problema de
agenciamento, organizaçao, estética e ordenamento de componentes em qualquer
situaçao de arranjo espacial. No entanto, normalmente a arquitectura associa-se
directamente da organizaçao do homem no espaço( e principalmente no espaço
urbano) .
A arquitectura como actividade humana existe desde que o homem passou
a se abrigar das intempéries. Uma definiçao mais precisa da área envolve todo o
design ( ou seja, o projecto) , do ambiente construido pelo homem, o que engloba
desde o desenho de mobiliario ( desenho industrial) ate o desenho da paisagem
( paisagismo), da cidade ( planejamento urbano e urbanismo) ate o desenho da
regiao ( planejamento regional ou ordenamento do territorio ). Neste percurso, o
trabalho de arquitectura passa necessariamente pelo desenho de edificaçoes
( considerada a actividade mais comum de arquitectura ), como predios , casas ,
igrejas , palacios, entre outros edificios. Segundo este ponto de vista, o trabalho do
arquitecto envolveria, portanto, toda a escala da vida do homem, desde a manual
até a urbana.
A teoria de Arquitectura ė o acto de pensar, discutir, ou ainda mais
importante escrever sobre a arquitectura. A Teoria da Arquitectura ė ensinada na
maioria das escolas de arquitectura e ė praticada pelos principais arquitectos do
mundo. Algumas formas que a Teoria da arquitectura toma são o discurso ou
dialogo, o tratado ou livro, e o projecto no papel ou ingresso de competição. A
teoria da arquitectura ė geralmente didáctica e tóricos tendem a ficar próximos ou
trabalharem dentro das escolas. Ela existe de alguma forma desde a Antiguidade e
tornou se mais comum ao ser publicada. Livros, revistas e periódicos publicaram
uma quantidade sem precedentes de trabalhos de arquitectos e críticos no século
XX. Como resultado, estilos e movimentos foram formados e dissolvidos muito
mais rapidamente que os modos relativamente duradouros da história antiga.
O papel da teoria da arquitectura deve ser de facto o de exercer a
crítica e reflexão dos fundamentos ideológicos e a amarras tradicionais da
produção arquitectónica.
ALGUNS TEORICOS DA ARQUITECTURA
• Lê Corbusier ;
De nome completo Charles ─Edouard Jeanneret─ Gris, mais conhecido
pelo pseudónimo de Le Corbusier, nascido aos 6 de Outubro de 1887 La haux de Fonds,
Suiça, tendo morrido aos 27 de Agosto de 1965 (77 anos), foi um arquitecto,
Urbanista, escultor e pintor de origem Suíça e naturalizado Francês em 1930.
Aos 29 anos mudou se para Paris. A sua figura era marcada pelos seus
óculos redondos de aros escuros e morreu por afogamento, em 27 de agosto de
1965.
• Walter Gropius
Nascido em Berlim 18 de Maio de 1883 morre em Boston em 5 de Julho de
1969.(86 anos)
Ė Considerado um dos principais nomes da arquitectura do século XX,
tendo sido fundador da Bauhaus, escola que foi um marco no design, arquitectura e
arte moderna e director do curso de arquitectura da Universidade de Harvard.
Gropius iniciou sua carreira na Alemanha, seu Pais natal, tendo emigrado em 1930
para os Estados Unidos onde desenvolveu a maior parte da sua obra.
Prémios: de Ouro da AIA (1959), premio Goethe (1961)
• Lúcio Costa
De nome completo Lúcio Marcial Ribeiro de Lima Costa, nascido em
Toulon (França) aos 27 de Fevereiro de 1962, tendo morrido em 13 de Junho de
1998, (96 anos) no Rio de Janeiro. Foi um arquitecto, urbanista e professor
brasileiro nascido em França. Sendo Pioneiro da arquitectura modernista no Brasil,
ficou reconhecido mundialmente pelo projecto do Plano Piloto de Brasília.
Prémios: Abercrombie (1984), Ordem de Mer ito Cultural (1997)
OS 7 ESTILOS DE ARQUITECTURA RESIDENCIAL
1- Arquitectura Classica
2- Arquitectura Mediterranea
3- Arquitectura Moderna
4- Arquitectura Minimilista
5- Arquitectura de Estilo Americano
6- Arquitectura Tropical
7- Arquitectura Escadinavas

1- Arquitetura Clássica
O que é Arquitetura Clássica
A Arquitectura Clássica refere-se à arquitetura da Antiguidade Clássica,
especificamente à arquitetura grega e de algum modo a toda aquela nela inspirada e
baseada, como a arquitetura romana, do Renascimento ou do neoclassicismo. Pode-se
assim dizer que os elementos que compoem esta corrente arquitetónica são aplicados em
diferentes contextos daqueles para os quais foram pensados inicialmente sem, no entanto,
perderem a sua designação. Este gosto pela corrente clássica e consequentemente pela
recriação das suas componentes em edifícios posteriores não tem um período temporal
definido e observa-se ao longo da história da arte nos mais variados revivalismos.
Definição de classicismo
Para definir a essência do classicismo na arquitetura, John Summerson, autor do
livro A Linguagem Clássica da Arquitetura, decide efetuar um recorte de apenas duas
definições da palavra clássico dentro do contexto da arquitectura, pois o grande número
de significados que podem ser atribuídos a ela é visto como um entrave na busca da
resposta à pergunta de qual será a essência do classicismo.
A primeira definição apresentada por Summerson é aquela que ele chama de
mais óbvia: "um edifício clássico é aquele cujos elementos decorativos derivam direta ou
indiretamente do vocabulário arquitetônico do mundo antigo – o mundo
clássico" (Grécia e Roma). Com esta primeira definição o autor busca apenas dar uma
uniformidade numa categoria de edifícios (clássicos, no caso), mas sem ainda apresentar
algo que possa ser tomado como a essência do classicismo na arquitetura.
As tentativas de delimitar essa essência foram, ao longo da história da arquitetura
clássica, levando a defini-la como a busca pela harmonia inteligível entre as partes. Essa
harmonia seria representada através da construção de partes proporcionais entre si, ou
seja, que as proporções dessas partes do edifício sejam funções aritméticas e que estejam
relacionadas entre si.
Entretanto, a proporcionalidade de um edifício não o torna necessariamente um
edifício clássico. Para ratificar essa sentença o autor exemplifica: "os pórticos da catedral
de Chartres são, em proporção e distribuição, tão clássicos quanto se possa imaginar,
porém nunca deixarão de ser considerados góticos".
Após esse recorte de duas possíveis definições para o clássico, Summerson
prossegue no primeiro capítulo de seu livro destacando uma série de características dos
edifícios da Antiguidade (Grécia e Roma) e a reconhecida importância que essas
características tiveram durante a Renascença. Desta forma, ele arquiteta a ideia de que a
essência do classicismo não estaria apenas na harmonia (proporção) das partes do edifício
e nem tão pouco somente nos elementos decorativos que derivaram direta ou
indiretamente da arquitetura greco-romana, mas sim na combinação dessas duas
características.
Outra característica marcante do estilo clássico é o uso de colunas, geralmente
redondas e com detalhes para se criar portais de entrada simétricos e fachadas
imponentes.
Remete aos seus elementos que são aplicados em diferentes contextos, mas
sem que percam sua designação e é derivada dos princípios arquitetônicos gregos e
romanos da antiguidade clássica.
Arquitetura Clássica Romana – Panteon

Embora os estilos clássicos de arquitetura possam variar, estes possuem um vocabulário

em comum de elementos construtivos, por isso sua recriação é ainda bastante

utilizada.

Atualmente, a Arquitetura Clássica utiliza de referências como um modo de Arquitetura

que evolui para um estado refinado e de estética clássica, onde suas construções por sua

presença e relevância histórica , fez com que se tornassem grandes Patrimônios.

Por isso, através deste artigo, vamos explorar suas origens e elementos e compreender

como podemos aplicar um estilo tão nobre e valorizado em nossos projetos atuais.

Origens da Arquitetura Clássica


A origem da Arquitetura Clássica descende da antiga Grécia e Roma.
O conceito de Classicismo é definido por John Summerson, em seu livro “A linguagem

Clássica da Arquitetura”, cujo autor aponta definições para a palavra clássico quando

atribuída à Arquitetura.

Refere-se ao mundo antigo, a Grécia e Roma, quando os elementos as remetem direta

ou indiretamente, levando a tentativas de delimitação dessa essência durante o

desenvolvimento histórico, como uma busca pela harmonia entre as partes do

edifício, que seria identificada pela proporção delas.

Porém, somente ser proporcional, não torna um edifício clássico, fazendo com que a

essência do classicismo não esteja presente apenas em sua harmonia e em

seus elementos decorativos, mas sim na combinação destes.

Arquitetura Clássica

A partir do colapso com a parte ocidental do Império Romano, rompeu-se também as

tradições arquitetônicas da Europa Ocidental.

Novos estilos Arquitetônicos foram surgindo ao longo dos anos, como por exemplo a

Arquitetura Bizantina, Românica, Gótica, estes incorporavam elementos e detalhes

clássicos, porém não refletiam um esforço consciente de recorrer às tradições da

antiguidade e não poderiam ser considerados estilos arquitetônicos clássicos em sentido

estrito.
O que se compreende como Arquitetura Clássica é o que se refere a edifícios

desenvolvidos entre os séculos VII a.C. e IV a.C. Cujo exemplares são de grandes

dimensões, construídos em pedra, por princípios de ordem, simetria, geometria e criação

de perspectiva.

Uma característica marcante de sua expressividade são as colunas, estas estabeleceram o

que ficou conhecido como as ordens arquitetônicas.

Quais as principais características da arquitetura


clássica?
Entender de onde veio o estilo clássico é apenas uma parte para usá-lo na prática. Outro
requisito é compreender quais as suas principais características e para poder obter esse
entendimento, precisamos dividir o classicismo entre seu período grego e romano.
Confira!

ARQUITETURA GREGA
Ruínas do Templo de Parthenon, na Grécia

A arquitetura grega se baseava, principalmente, pelo uso de cálculos e perspectiva

para alcançar a simetria e harmonia perfeita nas obras, além de expressar grandeza e

racionalidade.

Conceitualmente, os principais elementos eram:

o equilíbrio perfeito entre as formas de uma construção;

simetria e proporções rigorosas;

valorização da estética perfeita (belo);

exatidão milimétrica em cada elemento arquitetônico.


Já fisicamente, a arquitetura grega se caracterizou pelo uso de colunas e pórticos, além

das formas geométricas básicas (como o retângulo, triângulo ou círculo) nas suas

construções.

A arquitetura grega se baseava, principalmente, pela utilização de cálculos e perspectiva

para alcançar a simetria e harmonia perfeita nas obras, além de expressar grandeza e

racionalidade.

Em termos de materiais, os gregos costumavam usar o mármore como base de todas as

suas criações, com utilização ocasional de tijolos, pedras e madeiras em determinados

lugares.

ARQUITETURA ROMANA

Linda vista do pôr do sol no Coliseu na cidade de Roma, Itália

Já os romanos, por sua vez, pegaram os principais conceitos da arquitetura grega e

misturaram com o que foi ensinado pelos etruscos (povo que vivia na região que hoje é

reconhecida como a Toscana) para criar um estilo próprio.


A arquitetura romana mantém a obsessão matemática e simétrica com as construções que

veio dos gregos, mas também se preocupa com a funcionalidade de cada edifício, além da

sua resistência e amplitude.

Uma das principais características da arquitetura de Roma é o uso de abóbadas e arcos,

que permitiram que eles usassem menos colunas do que os gregos e, portanto,

ganhassem espaços internos mais amplos.

Já uma das inovações dos romanos foi o uso do concreto em suas construções,

aumentando a solidez e durabilidade delas (tanto é que, até hoje, muitas ainda estão em

bom estado de conservação). Ainda sobre os materiais, os romanos voltaram a usar

o mármore, depois que caiu em desuso.

Fisicamente, as construções romanas se destacam por paredes largas com janelas

estreitas, amplitude interna e a combinação de colunas e arcos para maior resistência

estrutural.
As cinco ordens da Arquitetura Clássica

As 5 Ordens da Arquitetura Clásica

No contexto de Arquitetura Clássica, temos cinco ordens clássicas arquitetônicas, sendo

de caráter grego:

 Dórica

 Jônica

 Coríntia

E as ordens romanas:

 Toscana

 Compósita

O que as difere são suas composições e ornamentações em seus capiteis, que são as

extremidades da coluna, responsáveis por transferir os esforços do entablamento ao fuste

e descarregá-los sobre a base.

Além do Capitel, outros elementos constituem as ordens com suas especificidades, entre

eles estão a Cornija, Estilobata, Arquitrave ou Epistílio, Friso, Frontão, Fuste e Base.
Elementos das Ordens Clássicas

Ordens da Arquitetura Clássica Grega


Ordem Dórica

A Dórica é a mais antiga das ordens clássicas gregas, esta surgiu em torno do século VII

a.C. É considerada a mais simples entre elas.

É caracterizada por linhas rudimentares, sua estética faz analogia ao corpo masculino,

utilizada como forma de homenagear divindades masculinas.


Or

dem Dórica

Seus edifícios possuem cerca de oito módulos de altura, com capitel de duas partes,

equino e ábaco.

De acordo com Vitrúvio, a ordem dórica remete a proporção, força e graça do corpo

masculino, denotando um equilíbrio.

Ordem Jônica

A Ordem Jônica ao contrário da Dórica, valoriza a beleza feminina e

sua esbeltes, através de colunas com linhas fluídas, orgânicas e leves, fazendo alusão ao

corpo feminino
Or

dem Jônica

Também possui influências orientais em sua composição, pelos capiteis, entalhes de

folhas, papiros e vegetais, que provavelmente foram inspirados pelos egípcios.

Com relação a estrutura, esta possui uma base maior, possibilitando um maior

recebimento de carga, suas colunas podem chegar até nove módulos de altura.
Ordem Coríntia

A Ordem Coríntia é considerada a mais requintada, nela são criados detalhes que

imitam a “figura delgada de uma menina” por meio de elementos da natureza como

brotos e folhas.

rdem Coríntia

Sua altura atinge a dez módulos, é a mais alta de todas.


Ordens da Arquitetura Clássica Romana
Ordem Toscana

A Ordem Toscana é considerada uma reinterpretação da Ordem Dórica.

Possui sete módulos de altura e uma simplificação formal e estrutural, como é mostrada

em seu fuste liso.

Ordem Toscana

Esta ordem foi bastante utilizada para fortificações e prisões.

Ordem Compósita

A Ordem Compósita é considerada a união entre as ordens coríntia e jônica através da

junção das volutas jônicas e elementos da natureza coríntios.


Ordem Compósita

É a mais requintada entre todas as cinco ordens e sua altura chega a dez módulos.

Arquitetura Clássica Grega


A Arquitetura Clássica Grega possui a ideologia de alcançar a perfeição e proporção

harmônica por meio de proporção áurea, métricas, cálculos, geometria e escala humana

pois, os gregos, eram reconhecidos por buscarem perfeição em tudo que faziam.

O que destacou a Arquitetura Clássica Grega foram os grandes templos construídos para

proteger esculturas de deuses contra as ações do tempo.

Como resultado, temos grandiosas construções como o Parthenon, um dos símbolos mais

influentes da Arquitetura Clássica.


Parthenon

Dedicado a Palas Atenas, padroeira da cidade representa o seu auge e imponência.

Além disso, os usos dos materiais utilizados na construção destes edifícios eram

predominantemente de mármore e calcário, com a presença de formas geométricas muito

evidentes.

Para compreendermos seus conceitos na prática, separamos dois grandes exemplos de

Arquitetura Clássica Grega com o objetivo de organizar suas formas e identificar suas

características específicas como a utilização de frontões, capitéis, colunas, entre outros.

Partenon
Parthenon

Considerada uma grande obra de expressão e representatividade Clássica e um dos

monumentos de maior importância da antiga civilização grega, o Partenon foi construído

entre os anos de 447 e 438 a.C. na Acrópole de Atenas.

Consagrado à deusa Atena Parthenos é um dos principais templos de construção

dórica e o maior dos monumentos criados durante a época de Péricles.


Planta Baixa Parthenon

Com as características mais marcantes do estilo, apresentando um volume construído

sobre um embasamento que sustenta as colunas em sequência e capitéis que apoiam um

frontão, o edifício foi construído em mármore branco do Monte Pentélico, abrigou a

imagem de doze metros de altura em ouro e marfim da deusa Atena elaborada por Fidias.

O edifício mede aproximadamente setenta metros de comprimento e trinta de largura,

possui oito colunas em suas fachadas principais e dezessete em cada lateral. Em seu friso,

representava a procissão das Panteneias, um festival religioso de extrema importância


para a cidade e ao longo de suas faces eram representadas mais de trezentas figuras,

incluindo humanos, deuses e bestas.

Perspectiva com Elementos do Parthenon

Apesar de ter sofrido danos e alterações que incluem a inserção de uma igreja, uma

mesquita e um arsenal, o Partenon está passando por processos de restauração, mantendo

sempre sua imponência e majestade como um forte e poderoso símbolo grego.


P

arthenon – Atualidade

Teatro de Epidauro
Construído na primeira metade do século IV a.C. em um vilarejo grego pelo escultor e

arquiteto Policleto, o Teatro de Epidauro é um grande marco na história da acústica.

Teatro de Epidauro
Para a época, a construção de um teatro era um importante entreposto comercial e

religioso.

Construído em mármore, sua forma semicircular é atribuída a sua acústica, que permite

que um pequeno suspiro ou estalar seja escutado até a última de suas vinte fileiras ainda

que todos os seus treze mil espectadores estejam presentes.  

Teatro de Epidauro – Vista Aérea

O Teatro é divido em partes, sendo a orquestra, composta por uma área circular e plana,

circundada por uma faixa estreita de mármore. Ali eram realizadas danças e o coro. Atrás

dela, situa-se o palco, onde, atualmente, só restam as fundações.

Seu solo é de terra batida e em seu centro há a presença de um altar. Em sua plateia,

possui um declive acentuado entre as fileiras de assentos que fez com que a distância

entre o palco e o público fosse mínima.


Tea

tro de Epidauro – Programa de Necessidades

Como parte das celebrações ali realizadas, estão festivais de fertilidade, comemoração de

colheitas, orgias e histórias de tragédia, comédia e sátira, as quais possuíam forte apoio

governamental local e fortificação política.

Com o decorrer do tempo, este foi coberto pela vegetação local que o conservou até que

no século XIX, onde Panagis Kavadias, um arquiteto grego, o redescobriu por anos de

escavações e trabalho árduo até que o fez ressurgir com toda sua imponência e com

quase nenhum dano.

Arquitetura Clássica Romana


A Arquitetura Clássica Romana surge como uma releitura da Grega, mas com

a influência do cotidiano dos romanos, que são consideradas pessoas guerreiras e

trabalhadoras.

Isso refletiu na sua Arquitetura, pois foram eles que iniciaram construções de grandes

estradas em linhas retas, que foram criadas para facilitar o deslocamento de suas legiões
de guerreiros, também a criação de transporte público e de aquedutos, produzidos para

levar água as cidades, permitindo o acesso a banhos e a criação de lavatórios públicos.

Arquitetura Clássica Romana

Também desenvolveram novos sistemas de construção, com o uso de arcos e

abóbodas. Isso permitia que os espaços internos fossem mais amplos sem a necessidade

do uso de múltiplas colunas.

O uso de fileiras de arcos sobrepostos é uma das características de sua Arquitetura e é

muito encontrado em igrejas e templos e, suas casas possuíam diversos aposentos

amplos, com pátios e átrios.


Arena de Pula – Croácia

O material mais utilizado, foi o concreto, inovador para a época, fez com que suas

construções tivessem maior durabilidade e solidez.

Assim como na Arquitetura Clássica Grega, veremos a seguir exemplos de sua

aplicabilidade.

Coliseu
O Coliseu de Roma é considerado um grande monumento da História da Arquitetura.
Coliseu – Roma

Construído em 70 d.C. no início do governo do imperador Vespasiano, com seu formato

cilíndrico, o patrimônio revela a habilidade de diversas técnicas utilizadas por

construtores da época.

Como um dos maiores símbolos da Itália, é o maior anfiteatro do mundo. Em sua

composição constam-se inicialmente três andares, com a adição de mais um

posteriormente, quarenta e cinco metros de altura, seus materiais foram madeira,

concreto, areia, pedra, mármore e ladrilho.


Planta Baixa Coliseu

Medindo 87,5 m por 55 m, sua capacidade é de cinquenta a oitenta mil pessoas, com

acessos por oitenta escadas.

As arquibancadas eram divididas segundo as classes sociais, sendo o pódio para as

classes altas, a maeniana para a classe média e os pórticos para a classe baixa.
Coliseu Atualmente

Sua intenção principal era de entretenimento, como palco de espetáculos públicos e luta

de gladiadores romanos.

Em sua inauguração, foram realizados cem dias de jogos nas arenas, incluindo execuções,

batalhas navais, combates, lutas e caças de animais. Ali morreram cerca de nove mil

animais e dois mil gladiadores.

Séculos depois, foi utilizado como base militar e, durante a Renascença, a partir do

século XV, o local foi saqueado diversas vezes e perdeu muitos de seus materiais

valiosos.
Foi incluído pela UNESCO na lista dos Patrimônios da Humanidade. E, no ano de 2007

foi eleito uma das Sete Maravilhas do Mundo.

Panteão
O Panteão foi um edifício que passou por reconstruções, sendo o primeiro construído

por Marco Vipsanio Agrippa, general do imperador César Augusto em 27.a.C. destruído

por um incêndio no ano 80 d.C. No ano de 118 d.C., Adriano recebeu  ordem

de construir um novo templo em nome de Agripa, no local em que o primeiro foi

destruído pelo fogo, agora realizado pelo arquiteto Apolodoro de Damasco. 


Panteão

Com uma forma circular, o templo recebe o nome “Pantheon” derivada do grego, com

significado “todos os deuses” em homenagem aos deuses romanos. Através de sua

construção, os romanos alcançaram perfeição técnica e soluções para problemas

estruturais como peso e empuxo.

Foi concebido para unir o homem com a divindade, mas acima de tudo por

seu imperador, que era proclamado como Deus aos olhos da

população. As proporções e a estrutura são representativas dessa concepção religiosa

romana, como uma arquitetura de síntese entre o solo e o céu, “como acima está abaixo

– como abaixo está acima”.


Estrutura do Panteão

A adição de um grande salão redondo anexado ao pórtico de um templo clássico foi

inovador para a época. O espaço interno da rotunda é construído de um cilindro coberto

por uma semiesfera. 

A cúpula é considerada ainda hoje como a maior cúpula de concreto reforçado do

mundo. Sua altura até o óculo e o diâmetro da circunferência interior são idênticos, de

43,3 m.
Cúpula do Panteão

Desenvolvimento da Arquitetura Clássica


Durante o período do Renascimento Italiano e pelo desaparecimento do estilo Gótico,

arquitetos como Leon Battista Alberti, Giacomo Barozzi da Vignola e Sebastiano

Serlio realizaram esforços para reviver a linguagem arquitetônica mais antiga de Roma

com base no estudo do antigo tratado arquitetônico romano de Vitrúvio e através

do estudo dos restos reais dos edifícios que ali compunham a imagem da cidade.

Apesar disso, a Renascença representa uma interpretação Clássica, durante esse

período o estudo arquitetônico evoluiu e os elementos da antiga Arquitetura

Clássica foram aplicados em contextos radicalmente distintos dos quais foram

desenvolvidos.
Elementos Atuais da Arquitetura Clássica

Assim, surgiu novos estilos como o Barroco e o Rococó, com raiz clássica, mas com

uma linguagem própria.

Em cerca de 1750, surge o Neoclassicismo, em reação a estes estilos para emular a

antiguidade de forma consciente, baseada em regras claras e racionais.

Embora a arquitetura clássica continuasse a desempenhar um papel importante sua forma

mais rigorosa nunca recuperou seu antigo domínio.

Com o surgimento do Modernismo no início do século XX, a Arquitetura

Clássica praticamente deixou de ser executada.

Principais Arquitetos da Arquitetura Clássica


 Marcos Vitrúvio (arquiteto e escritor romano que deixou um legado de

Arquitetura Clássica) ;

 Calícrates e Ictinos (arquitetos responsáveis por projetar o Partenon em

Atenas, Grécia);

 Mnesicles (projetou o Erecteion e o pórtico das cariátides, em Atena);


 Teodoro de Samos (arquiteto, escultor e inventor grego, entre suas invenções

estão: fundição de estátuas em bronze, o nível de água, esquadro de

carpinteiro, cadeado);

 Policleto, o Jovem (um dos principais nomes da ordem Coríntia, contribuiu

para obras públicas urbanas como a construção do Teatro de Epidauro e o

Templo da Cidade).

Arquitetura Clássica no Brasil


No Brasil, é possível ver edifícios coloniais em traços de vários estilos europeus, como o

Barroco e Clássico aparece através do Neoclássico.

Com uma persistência em formas básicas arcaizantes, ao longo dos séculos XVII e XVII

o Barroco teve seu auge em tornar os edifícios volumosos e dinâmicos, que foram

adaptados de acordo com os recursos locais e habilidades de seus artesãos.

Arquitetura clássica chegando ao Brasil colonial


Neste período, aparecem frontões adornados com volutas e pináculos e outros

elementos como o pórtico. Para ilustrar a fusão de referências clássicas, maneiristas e

barrocas temos a Catedral de Salvador.

Em 1816 a Missão Francesa chega ao país, com um grupo de artistas europeus de

renome com a missão de estabelecer um ensino oficial de artes plásticas no Brasil. Temos

importantes nomes como: Nicolas-Antoine Taunay (pintor de paisagem), Jean Baptiste

Debret (pintor e desenhista francês) e, Grandjean de Montigny, o arquiteto responsável

pela implantação do movimento.

Restrita a Corte, sua produção tinha um custo elevado pois dependia de elementos

importados, assim reportava à época clássica, com seus poucos ornamentos, colunas

lisas e linhas retas, marcando diversas construções do período como o Teatro de Santa

Isabel e o Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro.

Palácio do Itamaraty

Rigorosamente simétrico e de nobres proporções, desenvolvido por José Maria Jacinto

Rebelo, discípulo de Grandjean de Montigny e um dos principais arquitetos do período.


Foi sede do governo republicano entre os anos 1889 a 1898 e também sede do Ministério

das Relações Exteriores (MRE) de 1899 a 1970.

Em 1938 foi tombado, sendo o oitavo prédio tombado no país.

Características da Arquitetura Clássica


Como um estilo onde a Arquitetura era sinônimo de beleza e riqueza de detalhes, a

Arquitetura Clássica é utilizada hoje em edificações e também em elementos de

decoração.

Suas características são específicas e fáceis de identificar, é composta por uma

combinação de diversos elementos rebuscados, entre elas estão:

Imponência
Através de construções grandiosas e com ambientes amplos, permitindo a ideia de

amplitude, nobreza e suntuosidade.

Sobriedade
O uso das cores é de tons sóbrios e neutros, principalmente para cobrir suas grandes

superfícies. Estas dão a ideia de leveza e sofisticação aos ambientes. Entre elas estão o

branco, creme, bege e castanho.

Também podem ser utilizadas o preto, vinho, azul-marinho, verde-escuro, dourado,

prateado e rosa claro.

Elementos Decorativos

A arquitetura do espaço imprime as marcas do estilo, a decoração clássica pede

ambientes amplos e altos, com tetos, paredes e rodapés trabalhados em ornamentação e

objetos em tecidos, estofados, peças raras e caras. Neles estão presentes curvas e volumes

que refletem a grandeza da construção.

Seu mobiliário se destaca pelo excesso de detalhes trabalhados, como a presença das

colunas ornamentais em pés de mesas e cadeiras, as camas enfeitadas com dossel ou

mosqueteiros e a presença de poltronas, cadeiras e sofás estofados e ornamentados.


Objetos dão destaque a decoração como cristais, porcelanas, prataria, espelhos, molduras

ornamentadas, latão, candelabros, bustos, livros, arranjos florais, entre outros.

Materiais Nobres

Utilização de materiais nobres na construção e na decoração, como o mármore, madeiras

maciças, pedras preciosas e qualquer outro material que denote riqueza.

Verticalização
Uma característica forte desse estilo, com suas colunas e pés-direitos altos e linhas que

apontam para o céu, valorizando sua noção de grandeza e amplitude.

Iluminação
A iluminação deve ser mais branda, com preferência por lâmpadas amarelas. Esta aparece

também em grandes lustres e luminárias. Já que essa iluminação, quando aplicada em

grandes espaços, deixa o ambiente mais acolhedor.

Paredes

As paredes são revestidas com papel de parede ou coberta por quadros e obras de arte

como retratos, natureza e natureza morta.

É comum encontrar tapeçarias adornando as paredes com muita sofisticação e beleza e o

uso de tecidos como seda, brocado ou veludo em padrões lisos, florais e listrados estão

presentes em cortinas, e outros elementos que sempre são espessos e convidativos,

tornando o ambiente acolhedor.


Conclusão
Nesse artigo você aprendeu como foi a Arquitetura Clássica e como ela ainda é

interpretada e aplicada hoje. No entanto, é necessário se atentar para não cometer

excessos, pois utilizar somente de elementos clássicos pode não

trazer funcionalidade para a rotina atual.

O uso de muitas curvas, relevos e ornamentos pedem espaços amplos, para espaços

pequenos recomendam o uso apenas de pequenos objetos no estilo.

Utilizar de elementos clássicos mesclados a outros estilos pode trazer bons resultados.

Para você aprender a fazer isso com maestria, preparamos o curso de Design de Interiores

e Decoração Residencial com tópicos especiais de cada estilo arquitetônico.

Carolina Bichinho
Arquiteta e Urbanista graduada pela Universidade São Francisco de Itatiba. Também Bacharel
em Educação Física, realizo pesquisas acadêmicas na área de Arquitetura Esportiva. Atuo
profissionalmente de forma autônoma em Projetos de Arquitetura e sou redatora do blog da
Projetou.
Arquitetura Medieval Românica e Gótica: guia
completo

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