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La enseñanza de las ciencias en
el actual contexto educativo
O ensino das ciencias no
actual contexto educativo
Educación Editora
Edita Educación Editora
Roma 55, Barbadás 32930 Ourense
email: educacion.editora@gmail.com
Imprime: Tórculo Comunicación Gráfica, S.A.
ISBN: 978-84-15524-34-2
D.L.: OU 17-2017
Índice
1. Représentations des enseignants débutants de chimie
sur l'argumentation: les relations avec le développe-
ment des travaux pratiques
Pablo Antonio Archila ................................................................ 17
3
9. Estudio descriptivo de las creencias sobre la evalua-
ción del aprendizaje de las ciencias en la formación
inicial del profesorado de secundaria
Alfonso Pontes, Francisco J. Poyato y José Mª. Oliva ................ 65
4
18. Aportes de los ítems PISA al desarrollo de la compe-
tencia científica en el aula
Javier Muñoz y Elena Charro ..................................................... 115
5
27. Níveis de Proficiência do PISA e a Taxonomia de
Bloom Revisada
Maria Inês Martins e Nilza Maria de Carvalho ........................... 169
6
36. Um olhar sobre investigações de Modelagem Mate-
mática
Zulma Elizabete de Freitas Madruga, Morgana Scheller
e Jose Maria Chamoso ................................................................ 223
7
44. ¿Qué emociones despiertan en los alumnos de edu-
cación secundaria aspectos de la metodología, la eva-
luación y la actitud del profesor en el aprendizaje de
física y química?
Mª Antonia Dávila Acedo, Ana Belén Borrachero Cor-
tés, Florentina Cañada Cañada y Jesús Sánchez Martín ............. 271
8
52. Tratamiento de los fenómenos de oxidación desde
una perspectiva integradora. Una propuesta didácti-
ca para desarrollar competencias con estudiantes de
14-16 años
Rafael López, Teresa Lupión, Ángel Blanco y Pedro
Rocha dos Reis ........................................................................... 319
9
61. Vocación y compromiso: rasgos de la identidad pro-
fesional de un grupo de docentes innovadores
Gabriela Meroni, María Inés Copello y Joaquín Paredes ............ 373
10
70. Aprendizagem de estudantes com baixa visão e de
cegos, um estudo de caso
Paulo José Menegasso, André Luís dos Santos Menezes
e Ana Paula Rebello .................................................................... 427
11
11
79. Estudio sobre las ideas y creencias de alumnado de
secundaria sobre las bebidas gaseosas, como punto
de partida del abordaje de las disoluciones de gas en
líquido
Joaquín Cañero Arias, Ángel Blanco López y José Ma-
ría Oliva Martínez ....................................................................... 481
12
88. Seminário Integrado: possibilidade de inserção da
Pesquisa no Ensino Médio Politécnico
Ana Paula Rebello, Paulo Menegasso e João Bernardes
da Rocha Filho ............................................................................ 533
13
97. Influencia de las Pruebas de Acceso de la Universi-
dad en la motivación y estilos de aprendizaje del
alumnado en Química
Rosario Franco Mariscal, José María Oliva Martínez y
Mª Luisa Almoraima Gil Montero .............................................. 587
14
106. Desenvolvimento da Física qualitativa, com 3Ds
MAX
Marcos Rogério dos Reis e Renato Pires dos Santos .................. 639
15
70. Aprendizagem de estudantes com baixa
visão e de cegos, um estudo de caso
Paulo José Menegasso1, André Luís dos Santos Menezes2 e
Ana Paula Rebello3
Doutorandos em Educação em Ciências e Matemática – PUCRS
1
pjmenegasso@yahoo.com.br, 2alsmeduc@gmail.com, 3prof.anapaula@ibest.com.br
Resumo
Esse trabalho é um estudo de caso e resulta de um processo de investigação
ainda parcial sobre a inserção de estudantes, um cego e outro com baixa visão
nas turmas regulares em aulas experimentais. Objetivou-se compreender como
ocorre a aprendizagem e a construção de conhecimentos. Utilizou-se alguns
conceitos como volume, noção de espaço, com a utilização de alguns experimen-
tos. Alguns resultados indicam que ausência da visão não impediu que os alunos
vivenciassem os experimentos para a aprendizagem no campo das Ciências.
Palavras chave
Aprendizagem, Ensino, Conceitos, Ciências.
Introdução
As políticas públicas no Brasil enfatizam direitos igualitários a todos os cida-
dãos, res- saltando a questão da igualdade de oportunidades. Nesse sentido a
inclusão de pessoas com necessidades especiais na escola regular, foi pensada
primeira no campo da lei, em “se fazer exercer o direito de”, antes mesmo, de
uma análise mais profunda do que esse fato ocasionaria na educação, no processo
de ensino onde essas pessoas seriam inseridas e das necessidades que surgiriam
para que realmente a inclusão pudesse resultar efetivamente em uma integração.
Para Mills (1999, p. 25) o princípio que rege a educação inclusiva é que “to-
dos devem aprender juntos, sempre que possível, levando-se em consideração
suas dificuldades e diferenças”.
O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de:
[...]; III- Atendimento educacional especializado às pessoas com necessidades
especiais, preferencialmente na rede regular de ensino (Brasil, 1988).
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La enseñanza de las ciencias en el actual contexto educativo
Materiais e métodos
Como sujeitos da pesquisa foram dois alunos, um cego e outro de baixa visão.
Para a pesquisa, utilizou-se um “memorial” descritivo falado pelos alunos e
transcritos pelos docentes. O instrumento utilizado foi questionário qualitativo
com perguntas abertas.
Os encontros para aplicar a metodologia eram em aulas semanais de 1 hora e
30 minutos e duraram pelo período de trinta semanas.
Primeiramente foi apresentado algumas questões e a análise ocorreu a partir
de memoriais dos estudantes que foram transcritos na integra. Dessas questões,
emergiu a nossa questão central de investigação abaixo:
Quais as compreensões que os portadores cegueira e baixa visão estabelecem
através de modelos mentais nas aulas experimentais?
O presente trabalho analisa o resultado de proposições para compreender qual
a aprendizagem realizada - Formação de Conceitos e Modelos Mentais, numa
perspectiva qualitativa, onde se utilizaram do conceito de volume em Matemáti-
ca e Química associado diretamente a noção de espaço e forma.
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Menegasso, Menezes e Rebello
Para coleta de dados foi aplicado um questionário sobre os conceitos dos es-
tudantes, com duas questões a priori, visando para compreender os significados
ambos foram transcritos pelos autores. Duas questões básicas nortearam os ques-
tionários:
I- Como ocorre a aprendizagem de estudantes cegos e de baixa visão em di-
ferentes disciplinas?
II- Que referencias vivenciadas os estudantes utilizam para construir o conhe-
cimento?
Optou-se pela ATD porque segundo Moraes e Galiazzi, (2011, p. 104), que
acredita que “os textos não são escritos apenas para comunicar algo já perfeita-
mente conhecido. Também são elaborados para aprender, para constituir novos
modos de compreender a realidade”. Aplicação de questionário aos alunos, foi
realizada através de entrevistas orais e transcritas, análise dos dados, categoriza-
ção e classificação dos dados.
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La enseñanza de las ciencias en el actual contexto educativo
Considerações finais
Nas atividades realizadas com os estudantes foi necessário buscar alternati-
vas que despertassem nos alunos métodos variados para a aprendizagem dife-
renciados em relação aos demais discentes da classe. A forma de noção tátil
parece ser a melhor alternativa facilitando o toque dos objetos.
Como a estudante cega possuía conhecimento da escrita em braile, conse-
guia - através da audição- reproduzir uma parte teórica da aula exposta, a tradu-
zindo a fala do professor para sua maneira. Salienta-se que nessa passagem
de informações, havia a mútua ajuda do professor-aluno, uma vez que a repe-
tição era de fundamental importância para seu aprendizado. Nas aulas experi-
mentais os alunos com deficiência visual realizaram todas as atividades, utili-
zando conceitos mentais de volume que possuía em suas experiências anteriores.
Observou-se que o ato do aluno tocar objetivos ou identificar volumes realiza
comparações baseados em experiências anteriores facilitando a aprendizagem.
A ausência da visão não impediu que os alunos vivenciassem os experimen-
tos e não impediu a formação do conceito de volume e nem a noção de espaço
ocupado por um corpo.
O ambiente de aulas experimentais apoiado com o incentivo de que o aluno
expressasse a sua forma de compreender os assuntos diante de uma situação
vivida, contribuíram significativamente na construção de conhecimentos e na
relação ensino e aprendizagem.
O espaço escolar necessita de uma atenção maior por parte dos professores,
no momento em que utilizarem em sala de aula ou o laboratório de pesquisa ou a
fala para apresentação de algum novo conceito. Torna-se necessário compreen-
der que a construção de um determinado conceito pelo estudante deficiente
visual terá maior relevância a partir do que ouviu sobre determinado assunto.
As reflexões e conclusões precisam ser mais aprofundadas, mas é possível
diante dos dados obtidos afirmar que a escola e os docentes promoveram a
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Menegasso, Menezes e Rebello
Referências bibliográficas
Brasil (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasil (1994). Declaração de Salamanca e Linha Ação sobre Necessidades
Educativas Especiais. Brasília: Corde.
Brasil, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial (2001). Dire-
trizes nacionais para educação especial na educação básica. Brasília, DF.
Mills, N. D. (1999). A educação da criança com Síndrome de Down. São
Paulo: Ed. Memnon.
Moraes, R. e Galiazzi, M. C. (2011). Análise textual discursiva (2ª ed. rev.).
Ijuí: Editora Unijuí.
Vygotsky, L. S. (1997). Fundamentos de defectología. Em L. S. Vygotsky,
Obras completas. Tomo 5. Madrid: Visor.
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