Volpi, La Superacion de La Metafisica

SUPERACIÓN" D E
METAFÍSICA
Franco Volpi
L a "superación" d e l a metafísica
Entre lafilosofíaanalítica y lafilosofíacontinental
Traducción, edición y prólogo d e

Sergio Sánchez
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T h e o r i a
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BIBLIOTECA CENTRAL
CLASIF.eQiU
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T h e o r i a
NUM. A D Q - ? ? t ?
Volpi, Franco
La superación de la metafísica : entre la filosofía analítica y la filosofía continental
/ Franco Volpi; con prólogo de Sergio Sánchez. - la ed, - C ó r d o b a : Brujas, 2011.
90 p. ; 19x12 cm. - (Theoria/ Sergio Sánchez)
I S B N 978-987-591-279-3
1. Filosofía Moderna. 1. Sánchez, Sergio, prolog. 11. Título.

C D D 190
© Editorial Brujas
r Edición.
Impreso en Argentina
ISBN: 978-987-591-279-3
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721743
Contenido
Prólogo 9
1. E l p r o b l e m a 13
2 . L a superación d e l a metafísica e n e l
pensamiento continental 23
3 . L a superación d e l a metafísica e n l a
filosofía analítica 41
4. W i t t g e n s t e i n , H e i d e g g e r , C a r n a p y l a
metafísica 47
5. " L a m a r a v i l l a d e l a s m a r a v i l l a s " 65
6 . Conclusión: a propósito d e l p r o g r e s o d e l a
metafísica y n u e s t r a relación c o n e l l a 83
7
Prólogo
E n m a y o d e 2 0 0 5 , l a E s c u e l a d e Filosofía
d e l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l d e Córdoba invitó a
Franco Volpi a participar como panelista principal
e n l a s / / Jornadas de Filosofia Teórica. E n l a o c a -
sión, leyó, e n versión r e d u c i d a , e l t e x t o q u e p r e -
s e n t a m o s aquí, e l c u a l formó p a r t e más t a r d e d e l
v o l u m e n ( h o y a g o t a d o ) Interpretación, objetividad e
historia: perspectivas filosóficas, selección d e t r a b a j o s
presentados e n las mencionadas Jornadas, edita-
do por los profesores Carolina Scotto y E d u a r d o
Mattio.
F r a n c o m e había e n v i a d o c o n a n t e r i o r i -
d a d e l t e x t o o r i g i n a l francés d e s u relación, q u e
traduje y q u e revisamos j u n t o s antes de s u inter-
vención. R e c u e r d o s u c o m e n t a r i o s o b r e e l t e m a : s e
trataría d e m o s t r a r cómo e s ficticia l a oposición y
separación t a j a n t e s q u e f r e c u e n t e m e n t e s e s u p o n e
e n t r e l a s t r a d i c i o n e s analítica y c o n t i n e n t a l ; cómo
históricamente n o p a r e c e s o s t e n i b l e . P o r e j e m p l o ,
decía, ahí e s t a b a l a común crítica d e l a metafísica
y, e n l a a c t i t u d h a c i a e l l a , l a n o t a b l e p r o x i m i d a d
9
FRANCO VOLPI
de W i t t g e n s t e i n , p r i m e r inspirador c o n F r e g e d e
l a filosofía analítica, a H e i d e g g e r , antípoda d e ésta.
E n t a l s e n t i d o , quería s u b r a y a r e n p a r t i c u a r a l g u -
n o s m o t i v o s d e l p e n s a m i e n t o d e l a u t o r d e ¿Qué es
metafisica? q u e f u e r o n f a m o s a m e n t e o b j e t o d e l a
b u r l a d e C a r n a p y d e t a n t o s después d e él, p e r o q u e
encontraron u n a atenta acogida e n e l W i t t g e n s -
t e i n d e l a Conferencia sobre ética. L e i n t e r e s a b a , p o r
sobre todo, identificar e l terreno propicio para u n
j u i c i o histórico y filosófico ecuánime s o b r e u n g r a n
t e m a d e l a filosofía contemporánea, c o m o e s e l d e l a
"superación d e l a metafísica", u n j u i c i o l i b r e d e s i m -
p l i f i c a c i o n e s ideológicas o i n c o m p r e n s i b l e s p a r t i -
d i s m o s , c o m o l o s q u e , según r e c u e r d a , l l e v a r o n a l o s
editores d e dicha conferencia a s u p r i m i r los pasajes
en los q u e W i t t g e n s t e i n confesaba c o m p r e n d e r e l
s e n t i d o d e l o s c o n c e p t o s d e "ser" y d e " a n g u s t i a "
empleados p o r H e i d e g g e r y sus reverberaciones e n
e l ámbito d e l a ontología y l a ética.
E s fácil a d v e r t i r aquí e l c l a r o r i g o r crítico
que caracterizaba e l trabajo de Franco, e n e l q u e
s e atenía a l o s d i c t a d o s d e s u formación c o m o h i s -
t o r i a d o r d e l a filosofía, b u s c a n d o c o m p r e n d e r l o
q u e e n c a d a c a s o s e ofrecía a s u atención c o m o u n
fenómeno c o m p l e j o , r e f r a c t a r i o a l a s fórmulas y
los juicios sumarios n o infrecuentes e n l a litera-
t u r a filosófica. P e r o e n i g u a l m e d i d a , s e d e s t a c a s u
a g u d e z a e s p e c u l a t i v a , e l r e f i n a m i e n t o y precisión
q u e l o g r a e n s u t r a t o c o n l o s c o n c e p t o s filosóficos
10
LA "SUPERACIÓN" DE LA METAFÍSICA
más a r d u o s , c o m o c u a n d o a b o r d a e l fenómeno d e
l a "superación" d e l a metafísica e n l a c o n f r o n t a -
ción d e d o s ópticas a l a v e z c o i n c i d e n t e s y d i v e r -
g e n t e s e n t r e sí, c o m o s o n l a s d e W i t t g e n s t e i n y
H e i d e g g e r : l e j o s d e c u a l q u i e r "liquidación" fácil y
p r e c i p i t a d a , l a i m p o s i b l e a v e n t u r a metafísica, c o n -
d e n a d a d e s d e u n p r i n c i p i o a l f r a c a s o teórico s e -
g ú n l a común apreciación d e a m b a s t r a d i c i o n e s ,
ofrecería, p a r a q u i e n e s h a n s i d o c a p a c e s d e u n a
aproximación n o l i m i t a d a , l a ocasión i n v a l o r a b l e
de identificar e n ella - e n e l c e n t r o m i s m o d e s u
f r a c a s o - l o s s i g n o s inequívocos d e l a v e r t i e n t e c o -
m ú n d e l a filosofía teórica y l a filosofía práctica, l a
raíz única y problemática, e n c u a l q u i e r c a s o "éti-
ca", d e d o n d e m a n a e l i m p u l s o a f i l o s o f a r .
A l g u n o s m e s e s después d e s u v i s i t a , p r o -
p u s e a F r a n c o p u b l i c a r u n pequeño v o l u m e n s u y o
c o n t e x t o s s o b r e "metafísica" y temáticas a f i n e s .
Acogió l a i d e a c o n e n t u s i a s m o : s e trataría d e i n -
c l u i r e l p r e s e n t e t e x t o j u n t o a o t r o s q u e , o debía
reelaborar -pues eran trabajos suyos escritos para
d i v e r s a s o c a s i o n e s y requerían d e a g r e g a d o s o
supresiones q u e l o s actualizaran y adecuaran a l
f o r m a t o de u n l i b r o - , o directamente escribir, o r -
denando apuntes dispersos utilizados e n cursos y
c o n f e r e n c i a s . L a última v e z q u e h a b l a m o s s o b r e e l
p r o y e c t o , F r a n c o había d e c i d i d o y a qué o t r o s t e x -
t o s integrarían e l v o l u m e n . N o s encontraríamos
e n P a d o v a , s u c i u d a d , y ultimaríamos l o s d e t a l l e s
11
FRANCO VOLPI
p e r t i n e n t e s . P o c o s días después d e l i n t e r c a m b i o
d e c o r r e o s e n q u e a c o r d a m o s q u e así haríamos,
s o b r e v i n o e l a c c i d e n t e q u e acabó c o n s u v i d a .
Recuerdo q u e e n u n a de sus charlas e n
n u e s t r a f a c u l t a d , F r a n c o habló, a p a r t i r d e t e x t o s
d e l j o v e n H e i d e g g e r s o b r e Aristóteles ( e s p e c i a l -
m e n t e e l Natorp-Bericht y l o s s e m i n a r i o s d e p r i n -
c i p i o d e l o s años v e i n t e ) d e l carácter autotélico q u e
puede asumir nuestra vida: n o ser una constante
tensión h a c i a u n fe/oí i n s c r i p t o e n u n d i s t a n t e , i n a l -
canzable cielo f u t u r o , s i n o ser t a l q u e se s u s t r a j e s e
d e esa l i n e a l i d a d teleológica d e s e s t r u c t u r a n t e , e n -
c o n t r a n d o e n cada i n s t a n t e y s o s t e n i d a m e n t e s u
telos e n s u p r o p i o nunc et stans. E l e j e m p l o q u e d i o
fue e l d e l n a d a d o r que n o t i e n e c o m o m e t a a l c a n -
z a r l a o r i l l a o p u e s t a d e l río, s i n o q u e h a e n t r a d o e n
él s i n más propósito q u e e l d e n a d a r , s i n dirección
p r e f i j a d a : n a d a r , sólo n a d a r , c o m o e n u n j u e g o .
Q u i s i e r a creer que, e n u n sentido similar,
e s t e pequeño l i b r o h e c h o c o n sólo u n o d e l o s t e x -
t o s q u e queríamos q u e l o i n t e g r a r a n , n o está i n -
c o m p l e t o ; q u e l o s t e x t o s q u e a h o r a n o están, h a -
brían acompañado a éste añadiéndosele e n círculos
concéntricos e n t o r n o a u n c e n t r o c u j a c l a v e está
j a c o n t e n i d a completa e n l a s páginas q u e s i g u e n .
Sergio Sánchez
Córdoba, m a y o d e 2 0 1 0 .
12
1
El problema
13
1
El problema
L a metafísica e s u n escándalo: e l escándalo

d e l a filosofía. P u e s , p o r u n a p a r t e r e p r e s e n t a l a r a -
zón p o r l a c u a l l a filosofía e x i s t e : s i s e a c e p t a s u d e f i -
nición t r a d i c i o n a l , l a metafísica c o n d u c e a l a s c o s a s
últimas, p o r l a s q u e l o s h o m b r e s h a n c o m e n z a d o a
h a c e r filosofía. P o r o t r a p a r t e , r e s u l t a difícil, n o sólo
establecer s u objeto — a l g o siempre buscado y que
c o n s t a n t e m e n t e d a l u g a r a l a s aporías— s i n o d e c i r
l o q u e l a metafísica e s e n c u a n t o t a l .
E s t o e s así, y a p o r r a z o n e s d e p r i n c i p i o y a
p o r r a z o n e s históricas. E n n u e s t r o s días, l a m e t a -
física y a n o e s más a l g o i n m e d i a t a m e n t e e v i d e n t e .
P u e s h o y e l e s p a c i o d e l s a b e r está o c u p a d o p o r l a
i d e a d e q u e e l único c o n o c i m i e n t o d i g n o d e e s e
n o m b r e e s e l d e l a c i e n c i a . E s t a convicción s e h a
a r r a i g a d o n o sólo e n l a s c i e n c i a s y e n s u c o m p r e n -
sión epistemológica, s i n o también e n l a filosofía
m i s m a , q u e habría d e b i d o más b i e n p o n e r l a e n
cuestión. N o e s p r e c i s o s e r n i e t z s c h e a n o s p a r a
15
FRANCO VOLPI
c r e e r q u e e l m u n d o d e l q u e s e o c u p a l a metafí-
sica es —^para d e c i r l o c o n u n n e o l o g i s m o c r e a d o
p o r N i e t z s c h e — u n Hinterwelt [ ^ t r a s m u n d o ] , u n
m u n d o detrás d e l m u n d o r e a l ; e n c o n s e c u e n c i a , u n
m u n d o lejano, nebuloso, indefinido e indetermina-
d o . P a r a e v i t a r e s t a convicción, s e h a i n v e n t a d o
e l c o n c e p t o d e "metafísica i n d u c t i v a " ( O . Külpe).
É s t a — a d i f e r e n c i a d e l a "metafísica e s p e c u l a t i v a " ,
e s d e c i r , a b s t r a c t a — s e fundaría e n h e c h o s empí-
r i c o s : u n c o n c e p t o p o r demás c u r i o s o , p u e s i n d i c a
q u e s e i n t e n t a s a l v a r l a metafísica a través d e l o s
h e c h o s , e s d e c i r , p r e c i s a m e n t e a través d e a q u e l l o
q u e e n g e n d r a s u crisis. C o m o q u i e r a q u e sea, es-
t a s i d e a s n e g a t i v a s h a n c o n d i c i o n a d o l a evaluación
c o n t e m p o r á n e a d e l a metafísica. E l p e n s a m i e n t o
filosófico a c t u a l p a r e c e h a b e r a l c a n z a d o e n e s t e
sentido los m i s m o s resultados a los que h a llegado
después d e l a r g o t i e m p o e l s e n t i d o común. ¿Qué
es, e n e f e c t o , l a metafísica según l a sabiduría p o -
pular? Varias expresiones bien conocidas t e s t i m o -
nian l adesconfianza general d e la gente hacia esta
disciplina, considerada en o t r o t i e m p o c o m o la rei-
n a d e l a s c i e n c i a s : l a metafísica e s " u n menú d e m i l
páginas s i n n a d a p a r a c o m e r " ; o b i e n <da t e n t a t i v a
de c a p t u r a r u n gato n e g r o e n u nc u a r t o o s c u r o sin
l o g r a r l o jamás, p e r o e x c l a m a n d o c a d a t a n t o : "¡lo
h e m o s a t r a p a d o , l o h e m o s atrapado!"». U n a b u e n a
p a r t e d e l a filosofía contemporánea c o m p a r t e — a l
p a r e c e r — e s t a opinión d e l a sabiduría p o p u l a r .
16
L A "SUPERACIÓN" DE LA METAFÍSICA
E n u n a n o v e l a i n a c a b a d a , u n g r a n filósofo
d e l s i g l o X I X n o s h a d e s c r i p t o l a situación p a r a -
dójica d e l metafísico q u e v i v e e n e l m u n d o d e s u
p e n s a m i e n t o , p e r m a n e c i e n d o extraño a l m u n d o
r e a l y a l v e r d a d e r o s a b e r d e éste. Había u n a v e z u n
j o v e n — n o s c u e n t a — q u e parecía e s t a r e n f e r m o
d e a m o r . P e r o t o d o s l o s q u e creían q u e e s t a b a e n a -
m o r a d o d e u n a m u j e r , s e engañaban. E n v e r d a d , s e
había e n a m o r a d o d e a l g o p o r c o m p l e t o d i f e r e n t e :
a m a b a l a filosofía, s o b r e t o d o , l a metafísica, c o n c e -
bida, n o c o m o u n ocio o c o m o u n a disciplina e n t r e
o t r a s , s i n o c o m o u n a p r o f u n d a pasión, c o m o u n a
f o r m a de v i d a que quisiera elegir y abrazar.
S i s u f r e n t e p e n s a t i v a se i n c l i n a b a c o m o
u n a espiga m a d u r a , n o e r a p o r q u e escu-
c h a r a l a v o z d e s u a m a d a , s i n o p o r q u e es-
c u c h a b a e l m u r m u l l o secreto d e sus p e n -
s a m i e n t o s ; s i s u m i r a d a se volvía soñado-
ra, n o e r a p o r q u e codiciara l a i m a g e n d e
su dama, sino porque el m o v i m i e n t o del
p e n s a m i e n t o se l e hacía v i s i b l e .
E s t o l e p r o c u r a b a casi u n o r g a s m o espe-
culativo:
Le gustaba partir de u n pensamiento par-

t i c u l a r , s u b i r a p a r t i r d e éste p o r l a e s c a l a
17
FRANCO VOLPI
d e l a implicación lógica, escalón t r a s e s c a -

lón h a s t a l o más a l t o . U n a v e z a l c a n z a d o
e l p e n s a m i e n t o más a l t o , e x p e r i m e n t a b a
u n a alegría i n d e s c r i p t i b l e , u n p l a c e r a p a -
s i o n a d o e n p r e c i p i t a r s e e n caída l i b r e e n
l a s m i s m a s i m p l i c a c i o n e s lógicas h a s t a
v o l v e r a e n c o n t r a r e l p u n t o d e l q u e había
partido.
Johannes C l i m a c u s — t a l s u n o m b r e — se
había e n a m o r a d o d e l a metafísica d e s d e s u i n f a n -
c i a : l a metafísica q u e l o s o t r o s niños e n c o n t r a b a n
en los encantamientos de los cuentos o de l a poe-
sía, él l a encontró e n e l a h o g o d e s u fantasía, e n l a
persecución r i g u r o s a d e l m o v i m i e n t o i n c a n s a b l e
de s u s pensamientos. D e esta m a n e r a , d e m o v i -
m i e n t o e n m o v i m i e n t o , d e abstracción e n a b s t r a c -
ción t e r m i n ó p o r p e r d e r c o n t a c t o c o n l a r e a l i d a d
y v o l v e r s e e x t r a ñ o a l m u n d o . U n día f a t a l f u e a
d a r e n e s t a proposición: de ómnibus dubitandum
est. E s t e p r i n c i p i o habría d e m a r c a r l o p a r a t o d a l a
v i d a . S i s e q u i e r e l l e g a r a s e r filósofo y metafísico
— s e decía a sí m i s m o — e s p r e c i s o c o m e n z a r p o r
aquí. E s t a máxima s e convirtió p a r a él e n u n a t a -
r e a . C o n e l a r m a a g u d a d e l a dialéctica e n l a m a n o ,
comenzó a a p l i c a r l a d u d a a t o d a teoría, a t o d o
t e m a o a r g u m e n t o q u e encontraba: atacaba toda
proposición, c a d a a c c i d e n t e y c a d a p r e d i c a d o , a t a -
18
caba incluso l a realidad y e l m u n d o e n t e r o — i n -

c l u i d o él m i s m o .
F r e n t e a l a destrucción d e t o d a c e r t e z a ,
e x p e r i m e n t ó l a p e l i g r o s i d a d d e l a metafísica. P e r o
n o e r ay a capaz de desembarazarse d e ella, c o m o
si u n m i s t e r i o s o p o d e r l o encadenara. E r a u n a es-
p e c i e d e vértigo: c u a n t o más i n t e n t a b a a p a r t a r l a
d e sí, t a n t o más e r a atraído p o r e l l a y e n e l l a s e
precipitaba. S i nembargo, Johannes Climacus n o
e s t a b a s e g u r o d e d u d a r a f o n d o . ¿Qué debía h a c e r
p a r a d u d a r v e r d a d e r a m e n t e ? ¿Bastaba p a r a e l l o
u n s i m p l e a c t o d e l p e n s a m i e n t o ? ¿O a c a s o s e debía
c o m p r o m e t e r e n e l l o t o d a n u e s t r a v o l u n t a d ? ¿Y
cómo? A continuación, descubrió e s t a d i f i c u l t a d
ulterior: "Que alguien pudiera proponerse dudar,
l o comprendía. P e r o n o l l e g a b a a c o m p r e n d e r cómo
éste p u d i e r a decírselo a o t r o . P u e s s i e l o t r o n o t e -
nía e l espíritu d e m a s i a d o l e n t o , podía r e s p o n d e r l e :
' M u c h a s gracias, pero disculpa si d u d o i g u a l m e n -
t e d e l a v e r d a d d e e s t a afirmación q u e h a c e s ' " . L a
f a r s a n o t e r m i n a b a ahí: " S i e l p r i m e r o l e h u b i e r a
narrado a u n tercero q u e ellos dos acordaban a l
r e s p e c t o , q u e debían d u d a r d e t o d o , e n r e a l i d a d s e
habrían b u r l a d o d e e s e t e r c e r o , p u e s s u a p a r e n t e
a c u e r d o n o habría s i d o más q u e l a expresión d e l
t o d o a b s t r a c t a d e s u d e s a c u e r d o " . E s t a máxima
e r a c o m o u n g u s a n o q u e l o carcomía t o d o ; n o s e
d e j a b a n i enseñar n i a p r e n d e r v e r d a d e r a m e n t e :
19
FRANCO VOLPI
pues quien pretende tener por verdadera la duda y

enseñarla, p r o c u r a , e n r e a l i d a d , e l d o g m a . L a m e -
tafísica a r r o j a a J o h a n n e s C l i m a c u s — ^ y a n o s o t r o s
c o n él— e n u n a p a r a d o j a i n e x t r i c a b l e .
A p a r t i r d e e s t a divagación k i e r k e g a a r d i a -
n a se c o m p r e n d e n bien las razones d e l a c o n t i n u a
ftiga d e l a metafísica q u e c o n s t a t a m o s después d e l
f i n d e l i d e a l i s m o alemán y d e l a undécima Tesis
sobre Feuerbach h a s t a n u e s t r o s días, y q u e c a r a c -
t e r i z a a l a filosofía m o d e r n a y contemporánea.
"¡La g r a n metafísica h a m u e r t o ! " : t a l l a d i v i s a q u e
v a l e p a r a l a m a y o r p a r t e d e l o s filósofos c o n t e m -
poráneos, s e a n c o n t i n e n t a l e s o analíticos. T o d o s
p o r i g u a l t r a t a n a l a metafísica c o m o a u n p e r r o
muerto. Considerada la manera de pensar de los
filósofos a n t i g u o s , e s t o e s , c o m o o b s o l e t a , h a s i d o
b a r r i d a rápidamente p o r l a m a n e r a m o d e r n a d e
p e n s a r , q u e s e q u i e r e anti-metafísica y f i n a l m e n t e
post-metafísica. D e allí, l a v o l u n t a d d e " s u p e r a r "
l a metafísica q u e e n c o n t r a m o s t a n t o e n l a filosofía
c o n t i n e n t a l c o m o e n l a filosofía analítica, c l a r a -
m e n t e a p a r t i r d e d o s filósofos canónicos: H e i d e -
gger y Carnap.
E n 1 9 3 1 / 3 2 , retomando u n a conferencia
ofrecida e n n o v i e m b r e de 1 9 3 0 e n l a Universidad
d e V a r s o v i a , R u d o l f C a r n a p publicó e n l a r e v i s t a
Erkemitnis, ó r g a n o o f i c i a l d e l Círculo de Viena q u e
dirigía j u n t o c o n H a n s R e i c h e n b a c h , e l célebre
20
artículo t i t u l a d o " Ü b e r w i n d u n g d e r M e t a p h y s i k
d u r c h logische A n a l y s e d e rSprache" [|"La supe-
ración d e l a metafísica m e d i a n t e e l análisis lógico
del lenguaje''^', e n e lque mostraba, desde l a pers-
p e c t i v a d e l p o s i t i v i s m o lógico, l a n e c e s i d a d d e u n a
"superación d e l a metafísica p o r e l análisis lógico
del lenguaje". E s t e fuee l acto de ba utis m o de l a
aversión p o r l a metafísica e n l a filosofía analítica
contemporánea.
H e i d e g g e r , c u y a lección i n a u g u r a l d e 1 9 2 9
¿Qiié es metafísica? f u e r a e l b l a n c o i n m e d i a t o d e
l a crítica d e C a r n a p , a l r e s p o n d e r i n d i r e c t a m e n -
t e a éste e n s u Introducción a la metafísica ( 1 9 3 5 ) ,
s e embarcó a s u v e z e n u n e s f u e r z o r a d i c a l p o r
s u p e r a r l a metafísica, a l q u e d e n o m i n a Überwin-
dung der Metaphysik y más t a r d e Verwindung der
Metaphysik — i n d i c a n d o c o n e s t e t é r m i n o l a más
p r o f u n d a radicalidad d e s u gesto, q u e renuncia a
t o d o e l e m e n t o metafísico, i n c l u s o a e s e r e s i d u o d e
v o l u n t a d q u e está c o n t e n i d o todavía e n e l t é r m i n o
Überwindung. E l p e n s a m i e n t o h e i d e g g e r i a n o r e -
p r e s e n t a l a oposición más r a d i c a l a l a metafísica
en l a filosofía c o n t i n e n t a l .
E n efecto, s i n i g n o r a r l o s destacables e s -
f u e r z o s d e c i e r t o s p e n s a d o r e s contemporáneos p o r
l l a m a r l a atención s o b r e e l carácter i n e v i t a b l e d e
l a problemática metafísica, h a y q u e c o n s t a t a r q u e
' E r k e m m i s , II, 1931 [mayo de 1932], pp. 219-241.
21
FRANCO VOLPI
l a filosofía d e n u e s t r o s i g l o h a t e n i d o l a t e n d e n c i a
a c o n s i d e r a r l a metafísica c o m o u n p s e u d o - s a b e r
o p o r l o menos, c o m o algo sospechoso. E incluso
c u a n d o l a filosofía h a l l e g a d o a t r a t a r p r o b l e m a s
t e n d e n c i a l m e n t e metafísicos, s e h a c u i d a d o d e p r e -
s e n t a r l o s c o m o t a l e s . S e h a r e c l a m a d o más b i e n l a
e x i g e n c i a d e " s u p e r a r " l a metafísica, s e a e n e l p l a n o
histórico o e n e l p l a n o empírico y lógico-analítico.
C o n s i d e r e m o s e n t o n c e s más d e c e r c a e l
p r o b l e m a d e l a "superación" d e l a metafísica, p r i -
m e r o e n l a filosofía c o n t i n e n t a l y después e n l a
filosofía analítica^.
^ Adopto esta distinción por comodidad, no obstante reconocer su

carácter asimétrico. Véase, entre los primeros testimonios sobre
el empleo de esta partición, el artículo "Filosofía analítica" de
James O. Urmson, escrito para la Enciclopedia del Novecento
(7 vol., Istituto dell'Enciclopedia Italiana, Roma 1975-1984, vol.
11 [1977], 1005-1015), en donde la filosofía analítica es opuesta,
no a la filosofía continental, sino a la "filosofía sintética". De la
bibliografía más reciente, cfr. el artículo de Kevin Mulligan en
el Times L i t e r a r y Supplement del 26-6-1998, que recuerda entre
otras cosas la ocurrente broma de Bernard Williams: dividir la
filosofía en filosofía analítica y filosofía continental —dice Wi-
lliams— equivaldría a dividir a los autos en autos japoneses y
autos de tracción trasera. Sobre la cuestión de la superación de
la metafísica véase en general: W. Schweidler, D i e Überwindung
der Metaphysik. Zu einem E n d e der neuzeitlichen Philosophie,
Klett-Cotta, Stuttgart 1987.
22
2
La superación de la metafísica en el
pensamiento continental
23
2
La superación de la metafísica en el
pensamiento continental
E n l a filosofía c o n t i n e n t a l , l a superación
d e l a metafísica h a s i d o d e c l a r a d a s o b r e t o d o p o r
r a z o n e s e s e n c i a l m e n t e históricas. M a r x , N i e t z s -
che, D i l t h e y , H u s s e r l , H e i d e g g e r y l a E s c u e l a d e
F r a n c k f i i r t de H o r k h e i m e r y A d o r n o : estos n o son
más q u e l o s n o m b r e s p r i n c i p a l e s d e u n catálogo
q u e d o c u m e n t a l a convicción d e q u e l a metafísica
pertenece y a a l pasado.
E n t r e l o s pensadores continentales de
n u e s t r o s i g l o , e l q u e h a t e n i d o , más q u e n i n g ú n
otro, u n am u y v i v a conciencia d e este p r o b l e m a ,
es s i n d u d a H e i d e g g e r , q u i e n h a d e c l a r a d o y s o s -
t e n i d o e n s u l a b o r filosófica l a n e c e s i d a d d e s u p e -
rar l a tradición d e l a metafísica, y p r e c i s a m e n t e d e
diversas formas:
l ) E n l a época d e Sein und Zeit a través d e
la i d e a d e u n a destrucción fenomenológica d e l a
ontología t r a d i c i o n a l , t e n i e n d o e n v i s t a , e n r e a l i -
25
FRANCO VOLPI
d a d , u n a fundación más r a d i c a l d e l a filosofía e n

u n proyecto q u e e n 1 9 1 9 llamaba "ciencia p r e -
teórica o r i g i n a r i a " , e n 1 9 2 3 "hermenéutica d e l a l
f a c t i c i d a d " , más t a r d e "analítica d e l a e x i s t e n c i a " y ,
"ontología f u n d a m e n t a l " y e n 1 9 2 9 i n c l u s o " m e t a - i
física d e l Dasein"; ]
2 ) E n l a época d e l a " v u e l t a " , H e i d e g g e r '
r a d i c a l i z a e s t e p r o y e c t o explícitamente e n d i r e c -
ción d e l a "superación d e l a metafísica" [Überwin-
dung der Metaphysik^, p r o c u r a n d o d e f i n i r l o s r a s -
gos esenciales q u e caracterizan l a e s t r u c t u r a e s -
p e c u l a t i v a e histórica d e l a metafísica, a s a b e r , l a
"onto-teología", d e t e r m i n a d a p r o f u n d a m e n t e p o r
e l a r i s t o t e l i s m o , y l a " s u b j e t i v i d a d " , reconducíble
al platonismo;
3 ) E n s u último p e n s a m i e n t o l l e g a a l a t e -
s i s d e l fin d e l a metafísica, l a q u e s e habría m e t a -
m o r f o s e a d o y a e n l a e s e n c i a d e l a técnica m o d e r n a :
ésta sería, p u e s , l a consumación d e l a metafísica, y
a s u v e z , l a metafísica sería l a p r e h i s t o r i a d e l a téc-
n i c a . F r e n t e a l a m e t a m o r f o s i s d e l a metafísica e n
l a técnica m o d e r n a , H e i d e g g e r r e c o m i e n d a l a a c t i -
t u d d e l a Verwindung: u n a variación d e l a Überwin-
dung que q u i e r e i n d i c a r q u e l a metafísica está e f e c -
t i v a y d e f i n i t i v a m e n t e s u p e r a d a sólo c u a n d o s e l a
a b a n d o n a a sí m i s m a s i n p r e t e n d e r c a m b i a r n a d a
e n ella, c u a n d o se sale d e ella c o m o se sale d e u n a
e n f e r m e d a d o c o m o s e s u p e r a u n a c r i s i s , asumién-
d o l a y abandonándola a sí m i s m a .
26
L o q u e es p r e c i s o subrayar, s i n e n t r a r e n
l o s d e t a l l e s d e l a cuestión, e s l a ambigüedad d e l
diagnóstico h e i d e g g e r i a n o : l a reivindicación d e l a
e x i g e n c i a d e u n a "superación" o d e u n " s o b r e p o -
n e r s e " a l a metafísica, l l e g a d a a s u f i n y m e t a m o r -
f o s e a d a e n l a e s e n c i a d e l a técnica, p u e d e s e r leída,
al m i s m o t i e m p o , c o m o u n a t o m a d e c o n c i e n c i a d e
la i m p o r t a n c i a d e l a metafísica: e s p r e c i s a m e n t e
c o n e l l a q u e a d v i e n e l a decisión f u n d a m e n t a l d e
O c c i d e n t e q u e l l e v a a l a técnica m o d e r n a , c o m o s i
la metafísica d e b i e r a s e r p e n s a d a c o m o f u n d a m e n -
to epocal de n u e s t r o m u n d o . E n apoyo d e esto, r e -
s u l t a fácil s u b r a y a r q u e l a superación h e i d e g g e r i a -
n a d e l a metafísica a d o p t a l a f o r m a d e u n a travesía
r a d i c a l a través d e l o s m o m e n t o s f u n d a d o r e s d e
la metafísica, u n a confrontación y u n a explicación
reconciliada c o n l oq u e es esencial e n ella. N o h a y
d u d a , p u e s , d e q u e l a o b r a d e H e i d e g g e r llamó
p r i n c i p a l m e n t e l a atención s o b r e e l p r o b l e m a d e l a
metafísica. Y n o e s c a s u a l q u e h a y a s i d o d e m a n e r a
más o m e n o s d i r e c t a e l i n s p i r a d o r d e a l g u n o s d e
l o s e s t u d i o s más i m p o r t a n t e s c o n s a g r a d o s a l e x a -
m e n d e l a e s t r u c t u r a d e l a metafísica o a l análisis
de s u s principales m o m e n t o s ^ Sucede c o n H e i d e -
' Entre los estudios de discípulos directos de Heidegger hay que

mencionar a G. Siewerth, Das Schicksal der Metaphysik von
Thomas zu Heidegger, ahora en Gesammelte Werke, vol. 4, Pal-
mos, Dusseldorf 1987; H. Rombach, Substanz, System, Struktur,
2 voll., Alber, Freiburg/München 1965-1966, quien a partir de
27
FRANC:O VOLPI
g g e r más o m e n o s l o q u e c o n K a n t : s e a d v i e r t e e n
g e n e r a l s u r e c h a z o d e l a metafísica, s i n t e n e r e n
cuenta que esconde e nverdad u n a " r e f o r m a d e l a
metafísica".
Más r e c i e n t e m e n t e , h e m o s a s i s t i d o a o t r o
a t a q u e c o n t r a l a metafísica e m p r e n d i d o p o r e l p e n -
s a m i e n t o c o n t i n e n t a l , a s a b e r , e l a t a q u e d e Jürgen
H a b e r m a s e n s u Pensamiento postjnetqfhko [Nach-
nietaphysisches Denkeny. S i g u i e n d o l a oposición a
l a metafísica t r a d i c i o n a l q u e c a r a c t e r i z a a l a t e o -
ría crítica d e l a E s c u e l a d e F r a n c k f u r f * , H a b e r m a s
q u i e r e e n t e r r a r l a metafísica c o m o u n a f o r m a d e
p e n s a m i e n t o a n t i c u a d o q u e n o está y a a l a a l t u r a
d e l o s p r o b l e m a s d e n u e s t r o t i e m p o . L a metafísica
llevaría i n s c r i p t a e n s u f r e n t e , p o r así d e c i r , s u i m -
p r a c t i c a b i l i d a d p a r a e l p e n s a m i e n t o contemporá-
n e o . E s l o q u e evidenciarían d e m a n e r a m u y c l a r a
Heidegger desarrolló el proyecto de una "historia fundamental"

(Fundamentalgeschichte) en la que "substancia", "sistema" y
"estructura" representan las tres estructuras fundamentales co-
rrespondientes a la metafísica medieval, moderna y contempo-
ránea y a H. Boeder, Topologie der Metaphysik, Alber, Freiburg-
München 1980. Véanse igualmente K.-H. Volkmann-Schluck,
Die Metaphysik des Aristóteles, Klostermann, Frankfurt a
1979, y el curso universitario de F. Wiplinger, editado postuma-
mente por P. Kampits, Metaphysik. Gnmdfragen ihrés Ursprungs
und ¡hrerVollendung, AVoer, Freiburg-München 1976.
.J. Habermas, Nachmetaphysisches Denken. Philosophische Au-
fsdtze, Suhrkamp, Frankfurt a. M. 1988.
' . Cfr. el curso universitario de T.W. Adorno recientemente publica-
do, Metaphysik. Begrijf und Probleme (1965), Rolf Tiedemann
(ed.), Suhrkamp, Frankfurt a. M. 1998.
28
a l g u n o s d e s u s r a s g o s característicos:
1) s u i n t e n t o d e u n a captación c o m p r e h e n -
s i v a d e l t o d o , d e allí s u e s f u e r z o p o r a l c a n z a r l a
identidad d eser y pensar;
2) s u n o s t a l g i a d e l a b s o l u t o y s u aspiración
a o c u p a r e l l u g a r t r a d i c i o n a l d e l a filosofía p r i m e -
ra, y esto, sobre el f u n d a m e n t o d eu n sujeto deter-
m i n a d o c o m o c o n c i e n c i a q u e e n l a época m o d e r n a
d e b e a s e g u r a r l a fundación i n c o n m o v i b l e ;
3) e n fin, l a determinación f u e r t e , d e a l t o
p e r f i l , d e l a filosofía q u e e l l a c o n c i b e c o m o t.heorié\
E s t a caracterización e s s e g u r a m e n t e s u -
maria, pero suficiente a ojos d e H a b e r m a s para
c o n c l u i r q u e l a metafísica está d e s t i n a d a y a a p e r -
t e n e c e r a l a galería d e l o s e r r o r e s d e l p a s a d o . Hoy
—replica:
1) l a ilusión d e p o d e r c o m p r e n d e r l a t o t a l i -
d a d h as i d o a b a n d o n a d a , y s e h a r e s i g n a d o a p r a c -
ticar u n a racionalidad d eperfil bajo, d ecorte p r o -
cedimental y n o substancial, falibilista y n o funda-
cionista; se h ar e n u n c i a d o , a d o p t a n d o u n a actitud
acorde con nuestra finitud, a creer que e l saber
filosófico p u e d a e l e v a r s e a ln i v e l d el o a b s o l u t o ;
2) se h a pasado igualmente d e l primado
de l aperspectiva del sujeto c o m o conciencia, que
g a r a n t i z a r í a u n s a b e r epistémico u n i v e r s a l , a l a
perspectiva d el aintersubjetividaddel lenguaje y
' . J. Habermas, Nachmetaphysisches Denken 36-40.
29
FKANCO VOLPI
l a comunicación;
3) e n f i n , l a dicotomía t r a d i c i o n a l e n t r e
teoría y práctica y l a asignación d e l p r i m a d o a l a
actividad contemplativa n o tiene y a sentido, pues
en e l m u n d o m o d e r n o h a n cedido s u lugar a u n
n u e v o fenómeno, e l fenómeno d e l t r a b a j o ' .
E s preciso subrayar q u e Haber mas pare-
ce i d e n t i f i c a r implícitamente l a metafísica c o n s u s
expresiones modernas, sean racionalistas ( D e s -
c a r t e s , S p i n o z a , L e i b n i z , Wolñ) o s e a n i d e a l i s t a s
( F i c h t e , S c h e l l i n g , H e g e l ) . T o m a —según p a r e -
c e — laparspro toto. E s t o e s p o r q u e e l b l a n c o i d e n -
t i f i c a d o p o r s u crítica n o es t a n t o e l p e n s a m i e n t o
metafísico a n t i g u o o m e d i e v a l ; h o y éste es, p o r así
d e c i r l o , i n o p e r a n t e y sería u n e x c e s o d e c e l o e l
q u e r e r d e r r o t a r l o . S u b l a n c o polémico está c o n s -
t i t u i d o , más b i e n , p o r l a s t e n t a t i v a s contemporá-
n e a s d e r e h a b i l i t a r l a metafísica c o n t r a e l "espíritu
d e l a época", c o n t r a e l Zeitgeist. P a r a H a b e r m a s , se
t r a t a de tentativas vanas, incluso si reaparecen pe-
riódicamente, e n p a r t i c u l a r e n l a filosofía a l e m a -
n a d e e s t e s i g l o : él m i s m o r e c u e r d a l a s e m p r e s a s
d e C a r i S t u m p f {Die Wiedergeburt der Philosophie,
1907), d e P e t e r W u s t [Die Auferstehung der Meta-
physik, 1925), y d e N i c o l a i H a r t m a n n {Grundle-
gung der Ontologie, 1935). E n l a m i s m a dirección,
es d e c i r , a c o n t r a c o r r i e n t e d e l espíritu d e l a época,
' J . H a b e r m a s , Nachmetaphysisches Denken 41 -42.
30
721743
y resolviéndose e n u n m i s m o i n e v i t a b l e f r a c a s o , s e
e n c a m i n a n según H a b e r m a s l a s t e n t a t i v a s a c t u a -
les d e R o b e r t S p a e m a n n y, s o b r e t o d o , d eD i e t r i c h
Henrich**.
Al decir esto, H a b e r m a s hace referencia,
e n r e a l i d a d , a u n a constatación g e n e r a l q u e c a s i
t o d o s c o m p a r t e n , a s a b e r , q u e l a metafísica s e h a
convertido h o y e nu n camino imposible y q u e es
preciso, p o r tanto, pasar a u n p e n s a m i e n t o post-
metafísico. P e r o i n c l u s o s i t o d o s a c u e r d a n sobre
e s t e p u n t o , e l d i a g n ó s t i c o d e H a b e r m a s suscitó e n
A l e m a n i a u n a v i v a reacción t e n d i e n t e a s o c o r r e r
l a metafísica. E n p a r t i c u l a r , D i e t e r H e n r i c h , a l r e -
f e r i r s e a l status d e l a metafísica m o d e r n a , criticó
en doce tesis l a apresurada despedida anunciada
por Habermas".
Cfr. J. Habermas, "Rückkehr zur Metaphysik? Eine Tendenz in

der deutschen Philosophie?", Merkur, 39, 1985, 898-905. Haber-
mas hace alusión a R. Spaemann - R. Low, Die Frage Wozu?
Geschichte und Wiederentdeckung rfe.? teleologischen Denkens,
Piper, Miinchen 1981, y a D. Henrich, Fluchtiinien, Suhrkamp,
Frankfurt a. M. 1982; fbid., Selhstverhaltnisse, Reclam, Stuttgart
1982.
Cfr. D. Henrich, "Was ist Metaphysik - was Moderne? Zwólf
Thesen gegen Jürgen Habermas", en ibid., Konzepte. Essays zur
Philo.iophie in derZeit, Suhrkamp, Frankfurt a. M., 1987,11-43.
Véase igualmente la líltima sección de la compilación Theorie
der Subjektivitat, editada por C. Cramer, H.-F. Fulda, R.-P
Horstmann y U. Pothast, Suhrkamp, Frankfurt a. M. 1987. Cfr
asimismo el volumen Metaphysik heiite?, W. Oelmüller (ed.),
Schóningh, Paderborn 1987, con las contribuciones de H.-M.
Baumgartner, R. Dólle-Oelmüller, C.-F Geyer, R Koslowski, W.
BIBLIOTECA CENTRAL
FRANCO VOLPI
N o se t r a t a d e e x a m i n a r aquí l o s méritos
de t a l c o n t r o v e r s i a . B a s t e n o t a r q u e e l debate, u n a
v e z d e s a t a d o , s i b i e n s e desarrolló p o r u n b r e v e
e s p a c i o d e t i e m p o , llamó l a atención s o b r e l a m e -
tafísica, y e s t a atención s e extendió a continuación
a fenómenos c o n c o m i t a n t e s .
E n p r i m e r lugar, p o r l a f o r t u n a q u e c o n o -
ció e n A l e m a n i a e l g i r o metafísico i n i c i a d o e n e l
m a r c o d e l a filosofía analítica, y q u e encontró e n
t e s t e p a i s s u expresión avant la lettreen l a atención
d i s p e n s a d a a l a problemática ontológica, vía H e i -
degger, p o r E r n s t Tugendhat'".
L u e g o , p o r u n a feliz coincidencia: casi e n
el m i s m o m o m e n t o e n q u e se d e s a r r o l l a b a e l d e -
K r a u s , H . K r i n g s , H . Lübbe, O . M a r q u a r d , R . M a u r e r , R . P i e p -
meier, H . Poser, T h . Rentsch, M . Sonitner, A , S c h w a n , R . Specht,
H . S t a u d i n g e r , F . J . W e t z , W . C h . Z i m m e r l i y R . S . Z o n s . L a crí-
t i c a más s e v e r a h a s i d o p r o n u n c i a d a p o r M . R i e d e l , " G r e n z l a -
g e n . Z u r O r t s b e s t i m m u n g d e r d e u t s c l i e n P h i l o s o p h i e " , e n Neue
Deutsche Hefie, 1 9 8 8 , H e f t 1 . Cfr. también V . G e r h a r d t , " M e t a -
physilí u n d i h r e K r i t i k . Z u r M e t a p h y s i k d e b a t t e z w i s c h e n J i i r g e n
Habermas und Dieter Henrich", en Zeitschriftfürphilosophische
Forschung, X L I I , 1 9 8 8 , 4 5 - 7 0 , y R . L a n g t h a l e r , Nachmetaphysis-
ches Denken? Kritische Anfragen an Jiirgen Habermas, D u n k e r
& H u m b l o t , B e r l i n 1997.
E . T u g e n d h a t , Vorlesungen zur Einführung in die spracha-
nalytischen Philosophie, S u h r k a m p , F r a n k f u r t a . M . 1 9 7 6 . Cfr.
i g u a l m e n t e W . Künne, Abstrakte Gegenstande. Ontologie und
Semantik, S u h r k a m p , F r a n k f u r t a . M . 1 9 8 3 ; U . W o l f ( e d . ) , Eign-
namen, S u h r k m p , F r a n k f u r t a. M . 1 9 8 5 . También: H . - H . C a s t a -
ñeda, Sprache und Eifahrung. Texte zu einer neuen Ontologie,
S u h r k a m p , F r a n k f u r t a. M . 1 9 8 2 .
32
LA "SUPERACIÓN" DE IA METAFÍSICA
b a t e recién m e n c i o n a d o , u n a s e r i e d e e s t u d i o s s e
e n c a r g ó d e i r a l f o n d o histórico d e l p r o b l e m a , e n
o t r o s términos, d e a n a l i z a r d e s d e u n p u n t o d e v i s -
t a histórico l o s p a s a j e s - c l a v e d e l a metafísica. M e
r e f i e r o — d e j a n d o d e l a d o o t r o s e s t u d i o s más a n t i -
guos"— a las investigaciones d e R o l f Schonber-
g e r y d e L u d g e r H o n n e f e l d e r s o b r e l a ontología
medieval'^, a las d e T h e o K o b u s c h sobre l a r e l a -
ción e n t r e o n t o l o g í a y l e n g u a j e ' " o a l a s d e P a n a -
j o t i s K o n d y l i s s o b r e l a crítica d e l a metafísica e n
l a época m o d e r n a " .
E n este p u n t o , es casi obligado a b r i r u n pa-
réntesis e n l o q u e c o n c i e r n e a l a p r e s e n c i a d e l a
cuestión metafísica e n l a c u l t u r a filosófica f r a n c e -
" Cfr. los trabajos de J. Stenzel, Metaphysik des Altertums, y de A.

Dempf, Metaphysik des Mittelalters, aparecidos en el Handbuch
der Philosophie, Oldenburg, München-Berlin 1934; de este últi-
mo véase el volumen postumo Metaphysik. Versuch einer pmhle-
mgeschichtlichen Synthese, K6nigshausen & Neumann-Rodopi,
Würzburg-Amsterdam 1986. También: E. Topitsch, Voin Ursprung
und Ende der Metaphysik. Eine Studie zur Weltanschauungskritik,
Springer, Wien 1958 y G. Jánoska, F. Kauz (ed.), Metaphysik, Wis-
senschaftliche Buchgesellschaft, Darmdstadt 1977.
R. Schonberger, Die Transfonnation des klassischen Seinsverstand-
nisses. Studien zur Vorgeschichte des neuzeitlichen Seinsbegriffs im
Mittelalter, de Gruyter, Berlin 1986; L. Honnefelder, Scientia trans-
cendens. Die fórmale Bestimmung der Seiendheit und Realitat in der
Metaphysik des Mittelalters und der Neuzeit (Dims Scotus - Suárez
- Wolff- Kant - Peirce), Meiner, Hamburg 1990.
T. Kobusch, Sein und Sprache. Historische Grundlegung einer
Ontologie der Sprache, Brill, Leiden 1987.
P. Kondylis, Die neüzeitliche Metaphysikkritik, Klett-Cotta,
Stuttgart 1990.
33
FRANCO VOLPI
sa, a fin de subrayar la importancia de los estudios

de Fierre Aubenque y de sus discípulos, que abrie-
ron la investigación en una dirección histórico-es-
peculativa'^ Desde principios de los años sesenta,
en su conocido trabajo sobre la cuestión del ser en
Aristóteles, Aubenque llamó la atención sobre el
carácter problemático de la metafísica, poniendo
en evidencia las aporías de la que Aristóteles lla-
ma la ciencia del ser en cuanto ser, e intentando
comprender qué han sido la ontología, la teolo-
gía y la metafísica para el pensamiento occidental
en su demarcación y en su relación recíproca'". Se
puede reconocer fácilmente el interés especulati-
vo que inspira este trabajo sobre la tradición del
aristotelismo: es la exigencia de comprender lo
que Aubenque definió, con un término tomado de
Heidegger, la constitución "onto-teológica" de la
metafísica.
Como se sabe, Heidegger ha interpreta-
do la génesis del término "metafísica" declarando
que tiene su origen en una "indecisiónfilosóficade
fondo", a saber, la indecisiónfilosóficaen la que se
vio Andrónico de Rodas cuando no supo encontrar
ningún lugar donde situar la ciencia aristotélica
" Para una primera orientación cfr. R. Brague, J.-F. Courtine (eds.),
Herméneutique et ontologie. Mélanges en hommage á
benque, P.U.F., París 1990.
Cfr. P. Aubenque, Leprohléme de Vétre chezAristote, PU.F
rís 1962.
34
d e l s e re n c u a n t o ser, e n e l c o n t e x t o d e l s i s t e m a
d e l s a b e r helenístico q u e p r e v é u n a tripartición d e
l a filosofía e n lógica, física y ética. D e s d e f i n a l e s d e
l o s años v e i n t e , H e i d e g g e r s o s t u v o l a t e s i s d e q u e
l a metafísica s e c o n s t i t u y e e s e n c i a l m e n t e como
"onto-teología": l a investigación s o b r e e l e n t e e n
cuanto tal que ella h allevado a cabo se configu-
r a o b i e n c o m o investigación d e l o q u e e s c o m ú n
a t o d o e n t e , e s d e c i r , c o m o ontología, q u e e s u n a
c i e n c i a f o r m a l {on katholou = koinon), o b i e n c o m o
investigación d e l e n t e más e l e v a d o , e s d e c i r , c o m o
teología, q u e e s u n a c i e n c i a c a u s a l {on katholou -
akrotaton on).
Como ontología, declarando l a polisemia
d e l s e r , l a metafísica aristotélica r e c o n o c e l a m u l -
tiplicidad d e l arealidad, acepta pues c o m o factor
p o s i t i v o l a i r r e d u c t i b i l i d a d d e l o múltiple a u n úni-
co principio y se p r o p o n e c o m o u n p e n s a m i e n t o d e
las diferencias, d e l a sdiversidades, d e l a p l u r a l i -
d a d . E n e l m a r c o d e l a o n t o l o g í a aristotélica, e l s e r
n o e s p e n s a d o c o m o unívoco, s i n o s i e m p r e s e g ú n
l a articulación d e s u s múltiples s i g n i f i c a c i o n e s y
de sus diversas regiones. E n consecuencia, teoriza
la necesidad d etipos d e saber diferentes que ana-
l i c e n l a r e a l i d a d e n s u s múltiples a s p e c t o s , s e g ú n
las diferentes perspectivas y e n v i s t a d e finalida-
des diversas.
C o m o teología, c o n s i d e r a p o s i b l e e l e s t u d i o
científico d e l a s r e a l i d a d e s s u p r e m a s , d i v i n a s . P o r
35
FRANCO VOLPI
ella, Dios hace su entrada en lafilosofía,aunque

ya no es más "narrado" en el mito o "revelado" en
la religión, sino considerado y estudiado como ser
supremo susceptible de una investigación racional.
La metafísica, en tanto que teología, se ocupa de
divino por derecho propio, obteniendo por vía de
la argumentación racional un concepto propio de
Dios, sin tomar las representaciones de la mitolo-
gía o de la religión. Engendra la teología especu-
lativa, es decir,filosófica,conceptual. Ciertamente,
se puede objetar que de esta manera Dios entra
en lafilosofíacomo summum ens, pero en tanto tal
deja de hablar en primera persona: lo que tiene
que decir se traduce en el lenguaje de la metafísica
y de lafilosofía.En el horizonte de la metafísica
hace efectivamente su entrada en lafilosofía,pero
para salir de allí inmediatamente.
En tanto lógica, la metafísica no es un tipo
de saber intuitivo o inspirado, sino que se desplie-
ga según las modalidades de la argumentación
racional, específicamente, siguiendo la forma por
excelencia de ésta, es decir, la dialéctica en el sen-
tido aristotélico del ars bene disserendi (y no en el
sentido moderno, hegeliano, de lógica o sistema
de la contradicción).
La escuela de Aubenque ha producido im-
portantes estudios que profundizan los momentos
cruciales de la "onto-teología"' en particular, sus
orígenes en Aristóteles y el giro representado a
36
i n i c i o s d e l a época m o d e r n a p o r l a metafísica d e
Suárez: s e t r a t a d e l a m o n o g r a f í a s o b r e A r i s t ó t e -
l e s d e R é m i B r a g u e ' ' ' y l a d e Jean-Fran90Ís C o u r t i -
n e s o b r e Suárez'**. H a y q u e m e n c i o n a r i g u a l m e n t e
e n e s t e c o n t e x t o l o s e s t u d i o s d e J e a n - L u c Marión
q u e d e f i n e n cómo actúa l a cuestión d e l a o n t o - t e o -
logía e n e l p e n s a m i e n t o d e D e s c a r t e s ' " .
L a cuestión q u e s e p l a n t e a e n e s t e punto
e s l a d e s a b e r s i l a constitución onto-teológica d e
l a metafísica, t o m a d a d e l a c i e n c i a aristotélica d e l
s e r e n c u a n t o t a l , e s u n a determinación o r i g i n a -
r i a o s i n o e s más q u e u n a derivación d e l a q u e
H a n s K r á m e r h a l l a m a d o l a "metafísica d e l espí-
r i t u " y d e l a q u e l a d o c t r i n a n o e s c r i t a d e Platón
— r e h a b i l i t a d a p o r l aescuela d eT u b i n g a , esto es,
p o r e l p r o p i o Krámer, K o n r a d G a i s e r y Thomas
A . S z l e z á k — proveería l a formulación sistemática
c a p i t a l . M á s allá d e l a separación e n t r e e l p l a n o
del ser y el p l a n o del devenir, e n t r e lo inteligible y
l o s e n s i b l e , e n t r e e l espíritu y l a n a t u r a l e z a , e l n ú -
c l e o d e e s t a enseñanza esotérica, q u e conocemos
g r a c i a s a l o s t e s t i m o n i o s d e discípulos d i r e c t o s d e
" R. Brague, Aristote et la question du monde, R U. F., Paris 1988.

" J.-F. Courtine, Suaiez et le systéme de la métaphysiqiie, P.U.F.,
Paris 1990.
" J.-L. Marión, Stir le prisme métaphysique de Descartes. Consti-
tution et limites de l'onto-theo-logie dans la pensée cartésienne,
P.U.F., Paris 1986; Sur l 'ontologie grise de Descartes, Vrin, Paris
1975; Sur la théologie blanche de Descartes. Analogie, création
des vérités éternelles etfondement, P.U.F., Paris 1981.
37
FRANCO VOLPI
Platón — a s a b e r , E s p e u s i p o , Jenócrates y A r i s t ó -
teles— consiste e n u n adoctrina de l a trascenden-
c i a , específicamente e n l a teoría d e p r i n c i p i o s q u e
s e sitúan más allá d e l s e r \^epekeina tes ousias} y
q u e l o c o n s t i t u y e n , a saber, l o U n o y l a D i a d a , d e
donde deriva l aunidad y l amultiplicidad. A l a luz
d e l a metafísica platónica, e s t r u c t u r a d a según l a
d o c t r i n a d e l o s principios, se a d v i e r t e e n efecto,
e n q u é s e n t i d o l a h i s t o r i a d e l a filosofía o c c i d e n t a l
p u e d e s e r r e ( c o n ) d u c i d a —según e l e n u n c i a d o d e
W h i t e h e a d — a u n a " s e r i e d e n o t a s a p i e d e pági-
n a d e l a s o b r a s d e Platón". E l p r i m e r filósofo q u e
p o r ello fue puesto e n u n a nueva perspectiva es
Aristóteles, q u e n o s e p r e s e n t a y a c o m o filósofo
d e l a i n m a n e n c i a o p u e s t o a Platón c o m o p e n s a d o r
d e l a t r a s c e n d e n c i a — t a l e r a l a oposición clásica
f i g u r a d a p o r R a f a e l e n l a Escuela de Atenas, e n l a
q u e Platón señala c o n s u d e d o e l c i e l o m i e n t r a s
s o s t i e n e e n s u m a n o e l Timeo, e n t a n t o q u e A r i s t ó -
t e l e s , c o n l a Etica a Nicómaco b a j o e l b r a z o , d i r i g e
su m a n o hacia l a tierra. E n l anueva perspectiva,
e l s i s t e m a d e Aristóteles a p a r e c e c o m o u n o d e l o s
s i s t e m a s d e r i v a d o s d e l a d o c t r i n a d e Platón, e n l a
que se i n t e n t a pensar l a unidad de trascendencia
e i n m a n e n c i a , i n t e l i g e n c i a y s e n s i b i l i d a d , espíritu
y n a t u r a l e z a . E l e s t u d i o d e l Platón esotérico s u -
giere igualmente u nescenario nuevo para l o q u e
c o n c i e r n e a l a c o n g r u e n c i a e n t r e l a metafísica
38
g r i e g a , l a p o s i b i l i d a d d e u n a "filosofía c r i s t i a n a " y
f i n a l m e n t e o t r a s tradiciones — a las q u e cabe h a -
c e r alusión r e m i t i e n d o a l a i d e a d e l a metafísica
m e d i a d a p o r R e n e Guénon.
39
3
L a superación de l a metafísica en l a
filosofía analítica
41
3
L a superación de l a metafísica en l a
filosofía analítica
E n c u a n t o a l a filosofía analítica, s e s a b e
c o n qué h o s t i l i d a d h a c o n s i d e r a d o , almenos e n
el principio, t o d o c u a n t o se presentara c o m o me-
tafísica. E l artículo d e R u d o l f C a r n a p s o b r e La
superación de la metafísica mediante el análisis lógico
del lenguaje h a i n s p i r a d o l a r g a m e n t e l a a c t i t u d d e l
n e o - p o s i t i v i s m o y d e l a filosofía analítica h a c i a l a
metafísica, c o n s i d e r a d a c o m o u n p s e u d o - s a b e r que
se s i r v e y a sea d e c o n c e p t o s vacíos, a l o s q u e n o
c o r r e s p o n d e ningún s i g n i f i c a d o v e r i f i c a b l e , y a s e a
de p r o p o s i c i o n e s i n c o n s i s t e n t e s d e s d e e lp u n t o d e
v i s t a sintáctico. S e s a b e q u e e n l a s d i s c u s i o n e s del
C í r c u l o d e V i e n a , c u a n d o a l g u i e n proponía u n r a -
zonamiento inconsistente, selo rechazaba dicien-
d o s i m p l e m e n t e : "¡eso e s metafísica!"
Pasado u n cierto tiempo, constatamos que
l a filosofía analítica v o l v i ó s o b r e s u s p a s o s e n e s t e
p u n t o , d e p o n i e n d o s u a c t i t u d anti-metafísica o r i -
43
FRANCO VOLPI
g i n a r i a y p r o c u r a n d o e l a b o r a r u n a comprensión
p o s i t i v a d e l s a b e r metafísico. S e p u e d e c i t a r e l c a s o
d e u n filósofo d e l a c i e n c i a r e p r e s e n t a t i v o c o m o
P o p p e r , f o r m a d o e n l a atmósfera d e l n e o - p o s i t i v i s -
m o d e l Círculo d e V i e n a , q u e h a a s i g n a d o explíci-
t a m e n t e a l a metafísica u n a función p r o d u c t i v a e n
l a g é n e s i s d e n u e v o s p a r a d i g m a s científicos: c i e r -
t a s metafísicas anticiparían, s i b i e n d e m a n e r a i n -
t u i t i v a y n o f a l s a b l e , l a s t e s i s y l a s teorías a l a s q u e
l a c i e n c i a daría a continuación u n a formulación
rigurosa, fundada en argumentaciones racionales.
I m p r e s i o n a d o s i n d u d a p o r l a posición d e P o p p e r ,
C a r n a p m i s m o , " g r a c i a s a s u c e s i v o s análisis más
p r u d e n t e s " , atenuó s u crítica d e l a metafísica p r e -
cisando que l atesis sobre l ainconsistencia d e las
p r o p o s i c i o n e s metafísicas n o s e a p l i c a :
1) a l o s metafísicos q u e m a n t u v i e r o n u n
c o n t a c t o e s t r e c h o c o n l a c i e n c i a d e s u época, c o m o
Aristóteles o K a n t ;
2) a l a s e x p l i c a c i o n e s metafísicas n a c i d a s a
p a r t i r d e l a e x p e r i e n c i a a través d e a b s t r a c c i o n e s y
de generalizaciones demasiado audaces, p e r o que
r e p r e s e n t a n s i n e m b a r g o u n a anticipación d e e x -
p l i c a c i o n e s científicas;
3) a l a s metafísicas " i n d u c t i v a s " , q u e s e b a -
s a n e n l o s c o n o c i m i e n t o s empíricos y c o n c l u y e n
d e e l l o s s i s t e m a s cosmológicos-".
Cfr. las réplicas de Carnap a sus críticos, en particular a Paul
44
E n e l c o r a z ó n m i s m o d e l a filosofía analítica
en sentido estricto, u n pensador como Strawson,
i n t r o d u j o e n Individuáis (1959) u n a distinción d e
p r i n c i p i o e n t r e d o s t i p o s d e metafísicas, l a s meta-
físicas r e v i s i o n i s t a s y l a s metafísicas descriptivas,
asignando a e s t a s últimas u n a función p o s i t i v a .
Se advierte, con todo, que e l concepto d e
metafísica e s t o m a d o e n t o d o s e s t o s c a s o s e n u n
s e n t i d o mínimo, y p o r t a n t o , n o c o m o discurso
sobre las realidades supremas deotro tiempo —
Dios, el a l m a i n m o r t a l , el m u n d o — sino c o m o des-
cripción filosóñca d e l a r e a l i d a d , c o m o ontología
de los objetos o d elos eventos. E s e v i d e n t e m e n t e
e l c a s o d e l a metafísica d e s c r i p t i v a d e S t r a w s o n o ,
más r e c i e n t e m e n t e , d e l a o n t o l o g í a reista q u e s e
inspira e ne lpensamiento de Brentano y que h a
sido desarrollada por Roderick Chisholm, Kevin
Mulligan, B a r r y S m i t h y Peter Simons^'.
Se c o m p r e n d e n entonces lasrazones q u e
han conducido a Hilary P u t n a m , en RenewingPhi-
losophy (1992), a d e c l a r a r q u e l a filosofía analítica
s e h a v u e l t o e l más i m p o r t a n t e m o v i m i e n t o a f a v o r
d e l a metafísica e n l a e s c e n a filosófica m u n d i a l .
Henle y a Karl Popper, en The Philosophy of Rudolf Carnap,

RA. Schilpp (ed.), Open Court, La Salle (III.) 1963, 875. Cfr.
igualmente las precisiones de Carnap en Remarks by the Author
(1957), en A. J. Ayer (ed.), Logical Positivism, Free Press, Glen-
coe(lII.) 1959, 80-81.
^' Cfr. H. Burckhardt - B. Smith (eds.), Handbook of Metaphysics
and Ontology, 2 vol., Philosophia, Miinchen 1991.
45
4
Wittgenstein, Heidegger, Carnap y la
metafísica
47
4
Wittgenstein, Heidegger, Carnap y la
metafísica
Pero para explicar verdaderamente el pro-

b l e m a d e l a metafísica y d e s u superación e n l a
filosofía analítica h a y u n e p i s o d i o i n e v i t a b l e q u e
está e n e l o r i g e n d e e s t a n u e v a a c t i t u d d e p e n s a -
miento: elepisodio que representa Wittgenstein.
Lamentablemente, l aactitud deW i t t g e n s -
t e i n f r e n t e a l a metafísica n o e s n i s i m p l e n i unívo-
c a , s i n o más b i e n problemática y a t o r m e n t a d a : e n
u n a p a l a b r a , difícil d e c a p t a r . E s t á s i g n a d a p o r u n
d i l e m a d e f o n d o q u e se puede p o n e r e n evidencia
c o n l a a y u d a d e u n a observación d e W i t t g e n s t e i n
concerniente a Heidegger, q u emerece ser mejor
considerada de l o q u el oh a sido hasta el presen-
te. L o s especialistas e n W i t t g e n s t e i n l a conocen'^^
^ Cfr. a título de ejemplo, A. J a n i k - S . Toulmin, Wittgenstein's

V i e n n a , S i m ó n & Schuster, London 1973; T h . Rentsch, Witt-
genstein und Heidegger. Existential- und Sprachanalysen zu den
G r u n d i a g e n philosophischer Anthropologie, Klett-Cotta, Stutt-
gart 1985, 211 y ss., que discute críticamete la observación; R.
49
FRANCO VOLPI
pero n o le h a n dado demasiada importancia n i

h a n c u e s t i o n a d o l a interpolación q u e h a s u f r i d o
d e p a r t e d e q u i e n e s habrían d e b i d o c u s t o d i a r s u
integridad.
S e t r a t a d e u n a b r e v e observación h e c h a
p o r W i t t g e n s t e i n e l 30 d e d i c i e m b r e d e 1929 e n
casa d e M o r i t z S c h l i c k e n V i e n a , y que fue r e g i s -
trada por P>iedrich W a i s m a n n y publicada tras l a
m u e r t e d e a q u e l . H e aquí e l t e x t o :
A propósito de Heidegger
L u n e s 30 d e d i c i e m b r e d e 1929 ( e n l o d e
Schlick)
M e puedo imaginar m u y bien l o que

Heidegger entiende p o r ser y angustia.
El h o m b r e tiene elimpulso de arremeter
c o n t r a l o s límites d e l l e n g u a j e . P i e n s e ,
por ejemplo, e n el a s o m b r o de q u e algo
exista. E l a s o m b r o n o p u e d e expresarse
en forma de pregunta, n i tampoco h a y
r e s p u e s t a p a r a él. C u a l q u i e r c o s a q u e p o -
Monk, L u d w i g Wittgenstein. T h e Duty o f Genius, Jonathan Cape,

London 1990. Véase también para una idea general y una biblio-
grafía sobre la cuestión L . Perissinotto, Heidegger e Wittgenstein.
Q u a r a n t ' a n n i di studi, BoUettino della S ociet á Filosófica Italiana,
nueva serie n. 151, enero-abril 1994,3-20. También D . A . Cooper,
"Wittgenstein, Heidegger and Humility", Philosophy. The Jour-
n a l ofthe Royal I n s t i t u t e ofPhilsophy, L X X I I , 1977, 105-125.
50
d a m o s d e c i r d e b e , a priori, c o n s i d e r a r s e
s o l a m e n t e c o m o sin-sentido. A pesar d e
t o d o , a r r e m e t e m o s c o n t r a l o s límites d e l
l e n g u a j e ^ ^ . E s t e h e c h o l o v i o también
K i e r k e g a a r d y l o describió e n f o r m a s i -
m i l a r ( e n términos d e a r r e m e t e r c o n t r a
la paradoja)^'^. E s t e a r r e m e t e r c o n t r a l o s
límites d e l l e n g u a j e , es l a ética. C o n s i d e r o
esto d e l a m a y o r i m p o r t a n c i a para p o n e r
fin a t o d a l a palabrería s o b r e l a ética — s i
h a y c o n o c i m i e n t o e n l a ética, s i e x i s t e n
l o s v a l o r e s , s i se p u e d e d e f i n i r e l B i e n , e t c .
E n ética, c o n s t a n t e m e n t e s e t r a t a d e d e -
cir algo q u e n o concierne n i p u e d e n u n c a
c o n c e r n i r a l a e s e n c i a d e l a s u n t o . A priori,
es c i e r t o q u e c u a l q u i e r a q u e s e a l a d e f i n i -
ción q u e d e m o s d e l B i e n , es u n m a l e n t e n -
d i d o s u p o n e r q u e l a formulación c o r r e s -
p o n d e a l o q u e realmente queremos decir
(Moore). Pero la tendencia, el arremeter.
" L o m í s t i c o es el sentimiento del mundo como totalidad limita-

da", Cfr. Tractatus logico-philosophicus 6, 45. "Tengo la con-
ciencia tranquila, pase lo que pase, nada puede dañarme". Cfr.
"Lecture on Ethics", Philosophical Review, 34, 1965, 8.
" Cfr. S. Kierkegaard, Philosophische Brochen, cap. 3, en W e r k e ,
vol. V I , Diederichs, Jena 1925, 36, 4 1 : "¿Qué es ese dominio no
conocido contra el que en su paradójica pasión se da el intelecto
y que confunde al hombre en su conocimiento de sí? E s lo des-
conocido. [...] E s el límite al que se llega siempre".
51
FRANCO VOLPI
apunta hacia algo. E s esto l o q u e sabía S a n

Agustín c u a n d o d i j o : " P e r o ¿cómo, c a n a -
l l a , n o q u i e r e s d e c i r ningún s i n - s e n t i d o ?
¡Dilo, n o h a c e n a d a ! " ^ ' .
E s t a observación d e W i t t g e n s t e i n f u e c o n -
s e r v a d a p o r F r i e d r i c h W a i s m a n n , q u e l a había
anotado e nlos cuadernos e nlos que registraba las
d i s c u s i o n e s q u e tenían l u g a r d u r a n t e l o s e n c u e n -
tros de W i t t g e n s t e i n c o nalgunos m i e m b r o s d e l
Círculo d e V i e n a . L a s n o t a s h a n s i d o a u t o r i z a d a s
hasta u ncierto m o m e n t o por e lpropio W i t t g e n s -
t e i n , p e r o h a n s i d o p u b l i c a d a s sólo después d e l a
m u e r t e d e W a i s m a n n ( O x f o r d , 1.959). L a o b s e r v a -
ción a propósito d e H e i d e g g e r h a s i d o p u b l i c a d a
p o r p r i m e r a v e z e n e n e r o d e 1965 e n l a P h i l o s o -
phical R e v i e w ( L X X i y pp. 3-27) e n e l o r i g i n a l
alemán y e n traducción i n g l e s a d e M a x B l a c k , c o n
l a aprobación d e l o s a l b a c e a s E l i s a b e t h A n s c o m b e ,
Rush Rhees y G e o r g von Wright. Aparece como
apéndice a l a Lecture on Ethics, l a l e g e n d a r i a c o n f e -
r e n c i a d a d a p o r W i t t g e n s t e i n e n l a asociación The
Cfr. Confessiones 1, 4: "et vae tacentibus de te, quoniam loquaces

muti sunt". Se trata de una proposición que Wittgenstein gusta-
ba citar y que traducía libremente en sus conversaciones con su
discípulo Maurice Drury, del siguiente modo: "¡Ay de los que
nada dicen de ti, sólo porque los charlatanes dicen muchos sin-
sentidos!", Cfr. Rush Rhees (ed.), Recollections of Wittgenstein,
Blackwell, Oxford 1984, 90.
52
Heretics de Cambridge, y e s c r i t a e n t r e s e p t i e m b r e
d e 1929 y d i c i e m b r e d e 1930. T a n t o l a c o n f e r e n -
c i a c o m o l a observación s o b r e H e i d e g g e r h a n s i d o
r e c o g i d a s e n 1966 e n e l v o l u m e n Lectures and Con-
versations on Ethics, Aesthetics, Psychology and Reli-
gious Belief ( B l a c k w e l l , O x f o r d ) .
L o que r e s u l t a s o r p r e n d e n t e es que, t a n t o e n
l a r e v i s t a c o m o e n e l v o l u m e n , l a observación n o h a
s i d o p u b l i c a d a íntegramente, s i n o q u e h a s i d o c e n -
surada l a referencia a Heidegger. D eeste m o d o , se
h a b o r r a d o e l título Zu Heidegger [Sobre HeideggerJ
y l a declaración i n t r o d u c t o r i a q u e d i c e : " M e p u e d o
imaginar m u y bien l oque Heidegger entiende por
s e r y a n g u s t i a " . N o t a b e n e : e s t a declaración d e t e r -
m i n a e l s e n t i d o g e n e r a l d e l a observación c o m p l e t a ,
y a q u e indica q u el o q u e W i t t g e n s t e i n dice a p r o -
pósito d e a r r e m e t e r c o n t r a l o s límites d e l l e n g u a j e
y del a s o m b r o f r e n t e a l a e x i s t e n c i a d e las cosas se
refiere a la doctrina heideggeriana.
L a censura fue descubierta u n a vez que las
n o t a s d e W a i s m a n n f u e r o n p u b l i c a d a s íntegra-
mente, tras sumuerte, con e lcomentario de Brian
M c G u i n n e s s , q u e l a s editó e n e l v o l u m e n I I I d e l a s
o b r a s c o m p l e t a s , b a j o e l título: Wittgenstein undder
Wiener Kreis. Gesprdche, aufgezeichnet von Friedrich
Waismann-'^. C o m o q u i e r a q u e s e a , e s t a c e n s u r a s e
^ Suhrkamp, Frankfurt a. M . 1967. Simultáneamente en e d i c i ó n

inglesa: Blackwell, Oxford 1967. L a observación Z u Heidegger
se encuentra en las pp. 68-69, precedida por la observación A n t i -
53
FRANCO VOLPI
e x p o n e a t o d a s u e r t e d e críticas y d e s u p o s i c i o n e s ,
y es p r e c i s o decir q u e se h u b i e r a e s p e r a d o u n c o m -
p o r t a m i e n t o filológico m e n o s d e s c u i d a d o d e p a r t e
d e l o s trustees.
E n cuanto alcontenido, claramente el o b -
j e t o d e l a metafísica, s e i m p o n e n a l m e n o s t r e s
consideraciones:
l) E n principio resulta interesante q u e
Wittgenstein — c o n Frege, elprincipal inspirador
d e l a filosofía analítica— s e p r o n u n c i a a propósito
de Heidegger, e lpensador c o n t i n e n t a l s i n dudas
más a l e j a d o y antitético e n relación a l a a c t i t u d
analítica, q u e e r a c o n s i d e r a d o p o r l o s n e o - p o s i t i -
vistas c o m o el paradigma negativo de l o que abso-
l u t a m e n t e s e d e b e e v i t a r h a c e r e n filosofía.
L a observación d e W i t t g e n s t e i n , q u e d a t a
d e 1929, s e c u e n t a e n t r e l a s p r i m e r a s r e a c c i o n e s a l
éxito d e H e i d e g g e r t r a s l a aparición d e Ser y tiem-
po. N o f u e l a única: h u b o i n m e d i a t a m e n t e e n l o s
círculos analíticos y n e o - p o s i t i v i s t a s d o s r e a c c i o -
n e s u l t e r i o r e s : l a d e G i l b e r t R y l e , e n u n a reseña d e
Ser y t i e m p o escrita para l a revista M i n d ( X X X -
V I I I , 1929, 355-31QÍf \e a l t e r n a l o s j u i c i o s p o -
Husserl y seguida por una sobre Dedekind. V é a s e igualmente la

edición estadounidense con comentarios de Michael Murray en
I b i d . , Heidegger and M o d e r n Pliilosophy. C r i t i c c d Essays, Yale
University Press, New Haven-London 1978, 80-83.
" G . Ryle, Collected Papers, vol. 1, Hutchinson, London 1971,
202-214.
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s i t i v o s c o n u n a a c t i t u d e s e n c i a l m e n t e crítica'-*; y l a
y a c i t a d a d e R u d o l f C a r n a p , q u e atacó l a lección
i n a u g u r a l d e H e i d e g g e r "¿Qué es metafísica?" en e l
artículo s o b r e " L a superación d e l a metafísica m e -
d i a n t e e l análisis lógico d e l l e n g u a j e " - • ^
2) A u n q u e m u y b r e v e , l a observación d e
W i t t g e n s t e i n es f u n d a m e n t a l p o r q u e a p o r t a des-
d e e l p u n t o d e v i s t a analítico, u n s e n t i d o p o s i t i -
v o a d o s c o n c e p t o s c a r d i n a l e s d e Ser y tiempo y
d e "¿Qiié e s metafísica?", a s a b e r , " s e r " (Sein) y
" a n g u s t i a " {Angst). A l e s t a b l e c e r i g u a l m e n t e u n a
Posteriormente, Ryle superará esta vacilación al profundizar en

el estudio de Ser y tiempo y desarrollar en T h e Concept of Mind
(1949) una crítica del dualismo cartesiano entre mente y cuerpo,
que presenta ciertas analogías con la crítica de Heidegger.
En un postscriptum a su artículo, Carnap menciona dos ulterio-
res reacciones a la l e c c i ó n inaugural de Heidegger: la de Oskar
Kraus, un discípulo de Franz Brentano, y de Antón Marty en
una conferencia en la radio el 1 de mayo de 1930, Üher Alies
und Nichts, publicada luego en Philosophische H e f t e , I I , 1931,
146, y la del matemático D a v i d Hilbert en la conferencia D i e
G r u n d l e g u n g der elementaren Z a h l e n l e h r e , dictada en el mes de
diciembre de 1930 en la Sociedad Filosófica de Hamburgo y pu-
blicada en Mathematische A n n a l e n , C I V , 1931, 493 ("Encuentro
en una conferencia filosófica reciente esta proposición: " L a Nada
es la negación absoluta de la totalidad del ente". Esta proposición
es instructiva porque, a pesar de su brevedad, ejemplifica todas
las principales violaciones que cabe hacer de los principios esta-
blecidos por mi teoría axiomática"). - A ñ o s m á s tarde se tendrá
igualmente la reacción de A . J . Ayer, L a n g u a g e , T r u t h , and Logic,
Gollancz, London 1936, 43-44, pero su conocimiento de Heide-
gger depende de Carnap. Ayer ha profundizado luego su análisis
de Heidegger en sus "Reflections on Existentialism" en Metaphy-
sics and Common Sense, Macmillan, London 1969, 203-218.
55
FRANCO VOLPI
relación c o n K i e r k e g a a r d y S a n Agustín, filósofos

ambos determinantes para Wittgenstein, l a o b -
servación s e d i r i g e a l c e n t r o d e u n p r o b l e m a i n -
e v i t a b l e e n n u e s t r o c o n t e x t o , a saber, e l p r o b l e m a
d e l a motivación ética q u e está e n e l f u n d a m e n t o
d e l a i m p o s i b l e t e n d e n c i a metafísica a e x p r e s a r l o
i n e x p r e s a b l e . D i c h o d e o t r a m a n e r a , l a cuestión
d e l a relación e n t r e l a ética y l a metafísica, e n t r e l a
filosofía práctica y l a filosofía teórica.
3) E s t a t o m a d e posición f a v o r a b l e e s aún
más e v i d e n t e s i s e l a c o m p a r a c o n e l m e n o s p r e -
c i o d e l p e n s a m i e n t o d e H e i d e g g e r q u e prevalecía
e n e l Círculo d e V i e n a , e n d o n d e s u l e n g u a j e e r a
considerado como el paradigma d e lempleo i n -
c o r r e c t o d e l a semántica y d e l a s i n t a x i s . P e r o e s
p r e c i s a m e n t e l a trasgresión lingüística h e i d e g g e -
r i a n a , b l a n c o d e l a polémica n e o - p o s i t i v i s t a c a r n a -
piana, l o q u eW i t t g e n s t e i n parece apreciar c o m o
u n " a r r e m e t e r c o n t r a l o s límites d e l l e n g u a j e " , y
q u e e n s u opinión equivalía a l a ética c o m o m o t i -
vación o r i g i n a r i a d e l a t e n d e n c i a metafísica i n h e -
r e n t e a l h o m b r e . L a observación d e W i t t g e n s t e i n
o b l i g a , p u e s , a p e n s a r d e n u e v o l a relación e n t r e l a
comprensión lógica d e l m u n d o y l a comprensión
ético-metafísica.
P e r o , ¿cuáles s o n l a s d o c t r i n a s h e i d e g g e -
r i a n a s a l a s t p i e W i t t g e n s t e i n h a c e alusión c u a n d o
d e c l a r a c o m p r e n d e r b i e n e l s e n t i d o d e l o s térmi-
n o s h e i d e g g e r i a n o s " s e r " y " a n g u s t i a " ? ¿Qué e s l o
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q u e l l a m a s u atención e n s e n t i d o p o s i t i v o y n e g a -
tivo?
E v i d e n t e m e n t e , W i t t g e n s t e i n hace alu-
sión a l a d o c t r i n a h e i d e g g e r i a n a según l a c u a l l a
a n g u s t i a {jingsf}, d i s t i n g u i d a d e l m i e d o [Furchf]
q u e es s i e m p r e causado p o r u n factor d e t e r m i n a -
do, debe ser c o m p r e n d i d a c o m o u n estado del es-
píritu, u n a disposición o u n t e m p l e f u n d a m e n t a l
\^Grundstimmung}, e n e l c u a l e l Dasein p i e r d e e l
sentido cotidiano y familiar del ente e n su totali-
dad y se e n c u e n t r a p o r ello a r r o j a d o y cara a cara
con l a nada. E n este sentido, l a angustia tiene una
función ontológica r e v e l a d o r a e n l a m e d i d a e n q u e
a b r e e l Dasein, más q u e t o d a teoría filosófica, a l a
e x p e r i e n c i a d e l e n t e e n s u t o t a l i d a d , y también e n
e l s e n t i d o n e g a t i v o d e u n a pérdida d e significación
que l o conduce a l a experiencia de l a verdadera
nada ( yn o a l a nada obtenida por l a simple nega-
ción lógica d e l a t o t a l i d a d d e l e n t e ) . E s u n a t e s i s
q u e H e i d e g g e r p r e s e n t a e n Ser y tiempo, §§ 40 y 68
b , y q u e p r o f u n d i z a e n "¿Qué e s metafísica?"
E n c u a n t o a l o q u e l l a m a l a atención d e
W i t t g e n s t e i n , se p u e d e n plantear d o s conjeturas.
L o q u e l o atrae es p r o b a b l e m e n t e l a n u e v a m a n e r a
h e i d e g g e r i a n a d e c o n c e b i r l a motivación o r i g i n a l
d e l a q u e s u r g e l a interrogación filosófica y , d e allí,
l a a c t i t u d metafísica q u e v a más allá d e l e n t e e n
el sentido c o t i d i a n o para i n t e r r o g a r s u ser; es l a
relación q u e d e e s t a m a n e r a H e i d e g g e r e s t a b l e c e
57
FRANCO VOLPI
entre l a "angustia" y l aposibilidad d e experimen-

t a r e l "ser". E f e c t i v a m e n t e , l a n o v e d a d i n t r o d u c i d a
p o r H e i d e g g e r consiste e n esto: que n oi n t e n t a de-
f i n i r l a metafísica e n t é r m i n o s historiográficos, e n
las f o r m a s y f i g u r a s bajo las q u e se h a p r e s e n t a d o ,
sino que i n t e n t a d e t e r m i n a r l a e n s u esencia. A h o -
r a b i e n , e s p r o p i o d e l a metafísica p r e c i s a m e n t e
e l i n t e r r o g a r p o r e l ente en cuanto ente, p o r c o n s i -
g u i e n t e , n o e n t a n t o que se p r e s e n t a bajo t a l o c u a l
a s p e c t o p a r t i c u l a r , s i n o en relación a su ser. L a m e -
tafísica s u p e r a l a consideración n a t u r a l d e l e n t e e n
su i n m e d i a t o darse cotidiano y "salta" hacia u n a
a c t i t u d filosófica. L a cuestión q u e s e p l a n t e a e s l a
d e s a b e r q u é e s l o c|ue p r o v o c a e s t e s a l t o d e u n a
actitud a otra.
E s t e paso se h a i n t e r p r e t a d o d e diferentes
m a n e r a s e n l a tradición. Según l a fenomenología
husserliana, p o r ejemplo, a l a q u e Heidegger se
r e m i t e y a l a v e z se opone, se pasa d e l a a c t i t u d n a -
t u r a l i n m e d i a t a a l a a c t i t u d filosófica (fenómeno-
lógica) a través d e l a epojé, e s t o es, p o r u n e j e r c i c i o
técnico, p o r u n a s u e r t e d e "ficción" o e x p e r i m e n t o
m e n t a l q u e e l filósofo p r o f e s i o n a l efectúa y p o r l a
q u e p o n e e n t r e paréntesis l a visión c o t i d i a n a d e l
m u n d o y captura, e n s u fundamento, las opera-
ciones secretas necesarias para constituir nuestra
experiencia del mundo, pero que e n l a actitud na-
t u r a l n o resultan visibles.
58
E n Heidegger, p o r el contrario, l a m o t i -
vación a f i l o s o f a r n o s u r g e d e u n a c t o i n t e l e c t u a l
s u p e r i o r t a n s o f i s t i c a d o c o m o l a epojé fenómeno-
lógica, s i n o q u e e s p r o v o c a d a p o r u n a e s p e c i e d e
conversión q u e s e p r o d u c e e n l o p r o f u n d o d e l s e r
h u m a n o , e n l a s c a p a s más p r o f u n d a s d e l a r e a l i -
dad y q u el oimpulsa a interrogarse y a poner e n
cuestión l a s c o s a s y s u s e n t i d o . L a e x p e r i e n c i a d e l
ente e n s utotalidad, de l aq u esurge l a pregunta
c o n c e r n i e n t e a s u quidesty a s u m o d o d e s e r , n o s e
f o r m a según H e i d e g g e r e n u n h o r i z o n t e s i m p l e -
m e n t e teórico, e s d e c i r , c u a n d o l a cuestión s o b r e
e l e n t e e n s u t o t a l i d a d e s p l a n t e a d a e n términos
neutros, constatativos y veritativos. E s verdadera-
m e n t e r a d i c a l sólo allí d o n d e e l c u e s t i o n a m i e n t o
r e s u l t a d e u n a problematización q u e c o m p r o m e t e
a l Dasein e n t e r o , c u a n d o e s e n g e n d r a d o , n o p o r
u n acto de l a v o l u n t a d particular, sino p o r algo
q u e s u r g e d e s u Stimmung f u n d a m e n t a l : e n t o n c e s ,
"en e l m o m e n t o e n q u em e n o s se l oespera", t o d o
aparece a u n al u z diferente y e l sentido familiar
d e l e n t e s e d e s v a n e c e , c a m b i a o s e i n v i e r t e . L a Sti-
mmmung q u e p r o c u r a e s t e i n v o l u c r a m i e n t o y e s t a
e x p e r i e n c i a e s p a r a H e i d e g g e r l a a n g u s t i a , q u e él
e x p l o t a e n t o n c e s e n s u función ontológicamente
r e v e l a d o r a . S i l a interrogación metafísica d e l e n t e
tiene s uo r i g e n e neste nivel profundo, concierne
entonces a l arealidad h u m a n a e n s u totalidad y
puede alcanzarnos e n principio a cada u n od e n o -
59
FRANCO VOLPI
s o t r o s . L a n e c e s i d a d metafísica q u e está a r r a i g a d a
e n l o más p r o f u n d o d e l a e x i s t e n c i a s e sitúa a n t e s
q u e l a descripción lógico-científica d e l e n t e . E n e s a
p e r s p e c t i v a , l a filosofía n o a p a r e c e más c o m o u n a
profesión, s i n o c o m o u n a conversión q u e p u e d e a l -
c a n z a r a c u a l q u i e r a , u n fenómeno práctico-moral
que puede alcanzar a cada existencia individual y
q u e c o n c i e r n e a t o d o s : e s una periagoge holes tes ps-
yches, u n a conversión g l o b a l a l a q u e c o r r e s p o n d e
u n a ética o r i g i n a r i a q u e s u p e r a t o d a dimensión teó-
rico-descriptiva, pues repercute e n e l m o v i m i e n t o
d e l a v i d a orientándola h a c i a s u f o r m a l o g r a d a .
E s s i n d u d a e s t a motivación práctico-moral
del filosofar, q u e se puede reconocer a l a base d e
los conceptos heideggerianos del ser y la a n g u s t i a
y d e s u vinculación e s t r u c t u r a l , l o q u e W i t t g e n s -
tein dice q u e c o m p r e n d e m u y bien. E s l o q u e l o
h a c e s e n t i r s e más p r ó x i m o d e l a m o r a l h e i d e g g e -
r i a n a d e l a a u t e n t i c i d a d , q u e d e l a ética d e M o o r e ,
a l a q u e c r i t i c a a l d e c i r , e n l a c i t a d a observación,
q u e c o n s i d e r a " d e l a m a y o r i m p o r t a n c i a p o n e r fin
a t o d a l a palabrería s o b r e l a ética — s i h a y c o n o c i -
m i e n t o e n l a ética, s i e x i s t e n l o s v a l o r e s , s i s e p u e -
de d e f i n i r e l B i e n , etc." E v i d e n t e m e n t e , c o m p a r t e
l a e x i g e n c i a ética o r i g i n a r i a d e H e i d e g g e r , s i b i e n
e n u n a p e r s p e c t i v a d i f e r e n t e , dándose c u e n t a , a l
m i s m o t i e m p o , d e l a aporía y d e l a p a r a d o j a c o n t r a
las q u e a r r e m e t e q u i e n q u i e r e e x p r e s a r esta e x i -
g e n c i a p o r l a vía d e l l e n g u a j e teórico-descriptivo.
60
C o m o s e v e b i e n e n l a célebre Lecture on Ethics, l o

que W i t t g e n s t e i n indica como "arremeter contra
l o s límites d e l l e n g u a j e " e s u n fenómeno e s t r u c t u -
r a l m e n t e análogo a l a tensión ética implícita e n l a
vinculación h e i d e g g e r i a n a d e s e r y a n g u s t i a . M á s
d e c u a n t o C a r n a p podía i m a g i n a r .
E s t e , c o m o s e s a b e , e n s u artículo y a c i t a d o
l i q u i d a l a c o n f e r e n c i a "¿Qué e s metafísica?" m o s -
trando q u e Heidegger, cuando habla de nada ( y
de ser), emplea e l lenguaje de m a n e r a incorrecta
utilizando palabras q u e n o tienen n i n g u n a refe-
rencia a significados verificables, o bien f o r m a n -
d o p s e u d o - p r o p o s i c i o n e s t a l e s c o m o : Das Nichts
nichtef. S i n m e n c i o n a r j a m á s s u n o m b r e , H e i d e -
g g e r l e responderá e n s u c u r s o u n i v e r s i t a r i o d e l
s e m e s t r e d e v e r a n o d e 19Í35 Introducción a la me-
tafísica ( p u b l i c a d o recién e n 195í3)'*'. C l a r a m e n t e ,
e l s e g u n d o capítulo, t i t u l a d o " S o b r e l a g r a m á t i c a
y s o b r e l a etimología d e l a p a l a b r a ' s e r ", p u e d e
s e r leído c o m o l a demolición i n d i r e c t a d e l a crítica
c a r n a p i a n a , p u e s H e i d e g g e r i n t e n t a m o s t r a r allí
q u e e l análisis lógico-gramatical y l a etimología
d e l término "ser" n o p e r m i t e n p a r a n a d a c a p t u r a r
e l s e n t i d o p r o f u n d o d e l p r o b l e m a metafísico a l q u e
Para un análisis de la crítica carnapiana de la metafísica, véase

E . Berti, "Überwindung della metafísica?", en IM metafísica e il
problema del suo superamento. Gregoriana, Padova 1985, 9-43.
" M . Heidegger, E i n l e i t u n g i n die Metaphysik, Niemeyer, Tübin-
gen 1953.
61
FRANCO VOLPI
e l t é r m i n o r e m i t e . L a polémica i n d i r e c t a c o n C a r -
n a p e s e x p l i c i t a d a e n l a edición d e e s e c u r s o p u b l i -
c a d o e n l a Gesamtausgabe, q u e i n c l u y e u n apéndice
e n d o n d e H e i d e g g e r dice:
U n a corriente de pensamiento reunida e n

t o r n o d e l a r e v i s t a Erkenntnis v a aún más
l e j o s e n l a dirección p r e f i g u r a d a e n c i e r t a
m a n e r a después d e Aristóteles según l a c u a l
e l s e r {Seyn) es d e t e r m i n a d o y finalmente
a n u l a d o a p a r t i r d e l "es". E s t a c o r r i e n t e
p r e t e n d e fiandar y d e s a r r o l l a r p o r p r i m e r a
v e z , e n términos r i g u r o s o s , l a lógica t r a d i -
c i o n a l c o n l o s m e d i o s d e l a matemática y
d e l cálculo matemático, p a r a c o n s t r u i r d e
este m o d o u n l e n g u a j e "lógicamente c o -
rrecto" e n e l q u e las proposiciones d e l a
metafísica, q u e s o n t o d a s p s e u d o - p r o p o s i -
c i o n e s , se volverán i m p o s i b l e s e n e l fiituro.
E n e s t a r e v i s t a ( I I , 1 9 3 1 ) apareció u n e n s a -
y o t i t u l a d o " L a superación d e l a metafísica
m e d i a n t e e l análisis lógico d e l l e n g u a j e " .
Allí, b a j o l a a p a r i e n c i a d e l a c i e n t i f i c i d a d
matemática, s e c o n s u m a e l e x t r e m o a p l a -
n a m i e n t o y eliminación d e l a d o c t r i n a t r a -
dicional del juicio'^.
M. Heidegger, E i n l e i t u n g in die Metaphysik, en Gesamtausgabe,

vol. 40, Klosterniann, Frankfurt a. M. 1983, 227-228.
62
H e i d e g g e r l a n z a o t r a observación a g u d a
c o n t r a C a r n a p e n u n a glosa n o datada, pero pre-
s u m i b l e m e n t e tardía, a n o t a d a e n s u e j e m p l a r p e r -
s o n a l d e "¿Qué e s metafísica?" j u s t o a l m a r g e n d e l
pasaje criticado p o r Carnap, donde t r a n s f o r m a de
p r o n t o y d e m a n e r a s u b r e p t i c i a e l a d v e r b i o nichts
e n e l s u s t a n t i v o das Nichts'". E n e s t e p a s a j e f a m o s o
H e i d e g g e r escribe:
" A q u e l l o a l o q u e se d i r i g e l a relación c o n
e l m u n d o , es a l e n t e m i s m o — y a n a d a
más {und sonst nichts). A q u e l l o d e d o n d e
t o d a a c t i t u d r e c i b e s u conducción d i r e c -
t o r a , es e l e n t e m i s m o —y n a d a más {und
weiter nichts). A q u e l l o c o n l o q u e a d v i e -
n e , e n l a irrupción, e l análisis q u e i n v e s t i -
g a y c o n f r o n t a , es e l e n t e m i s m o — y n a d a
más allá {unddarüber hinaus nichts). [...]
A q u e l l o q u e l a investigación d e b e p e n e -
t r a r , es s i m p l e m e n t e " l o q u e e s " , f u e r a d e
e s t o - n a d a {und sonst — nichts): única-
m e n t e " l o q u e es", y f u e r a d e esto - n a d a
{und weiter - nichts): e x c l u s i v a m e n t e " l o
q u e e s " , y más allá - n a d a {und darüber
hinaus - nichts). ¿Qué p a s a e n t o n c e s c o n
Cfr. J . Taubes, «Vom Adverb "nichts" zum Substantiv "Das Ni-

chts"» en I b i d . , V o m Kidt zur K u l t u n Bausteine zu einer K r i t i l c der
historischen V e m u n f t , F m k , M ü n c h e n , 160-172.
63
FRANCO VOLPI
e s t a N a d a {dieses Nichts)r^\
A h o r a b i e n , e n l a g l o s a e n cuestión, H e i " -
d e g g e r d e c l a r a h a b e r t o m a d o l a fórmula " y n a d a
m á s" y s u s v a r i a n t e s d e H y p p o l i t e T a i n e , es d e -
cir, d e u n p e n s a d o r c o n s i d e r a d o positivista^".
En 1964 confirmará u n a última v e z s u
i r r e d u c t i b l e oposición a C a r n a p e n e l apéndice a
la conferencia Fenomenología y teología, en e l q u e
d e f i n e s u posición y l a d e C a r n a p c o m o l a s d o s
" p o s i c i o n e s e x t r e m a s o p u e s t a s " d e l a filosofía c o n -
temporánea^*'.
'* M . Heidegger, "Was ist Metaphysik?" en W e g m a r k e n , Gesamtaus-

gabe, vol. I X , Klostermann, Frankfurt a. M . 1976, 105.
" Heidegger no indica ninguna referencia bibliográfica pero
puede verse H. Taine, Philosophie de Vart, 13éme édition,
Hachette, Paris 1909, 12: "Mi único deber es el de expo-
neros los hechos y mostraros cómo estos hechos se han
producido. E l método moderno que intento seguir, y que
comienza a introducirse en todas las ciencias morales, con-
siste en considerar las obras humanas, y en particular las
obras de arte, como hechos y productos, cuyas caracterís-
ticas es necesario señalar y cuyas causas es preciso buscar;
nada más. Así comprendida, la ciencia ni proscribe ni per-
dona, sino que constata y explica". En una cai1a a Elfride
del 11 agosto de 1936, Heidegger le pide a la esposa que
busque el libro en su biblioteca y que se lo envíe a la ca-
bana. "Mein liebes Seelchen!" Briefe M a r t i n Heideggers
a n seine Frau Elfride, 1 9 1 5 - 1 9 7 0 , hg. von G. Heidegger,
DVA, München 2005, 192.
"> M . Heidegger, "Phanomenologie und Theologie" en W e g m a r k e n ,
Gesamtausgabe, vol. I X , 70.
64
5
"La maravilla de las maravillas"
65
5
"La maravilla de las maravillas"
M á s allá d e l a polémica e n t r e a m b o s , e s
claro l o q u e distingue y define sus posiciones e n
c u a n t o a l a metafísica. C a r n a p s e p r e o c u p a p o r e s -
t a b l e c e r l a s " c o n d i c i o n e s d e validación" d e l d i s c u r -
s o filosófico, m i e n t r a s q u e H e i d e g g e r , abstracción
h e c h a d e l p r o b l e m a d e l a validación, fi-anqueando
quizás c o n t o d a l i b e r t a d l o s límites d e l l e n g u a j e ,
p r e t e n d e m o s t r a r cómo s e p r o d u c e n l a s aperturas
de sentido.
E s precisamente de esto de l o q u e W i t t -
g e n s t e i n se d a c u e n t a c u a n d o declara q u e p u e d e
c o m p r e n d e r , pronunciándose a f a v o r d e l a t e n d e n -
cia, c o n t r a d i c t o r i a , p e r o i n e v i t a b l e , a a r r e m e t e r
c o n t r a l o s límites d e l l e n g u a j e , e s d e c i r , a v i o l a r
l a s r e g l a s d e l a d e s c r i p t i v i l i d a d r i g u r o s a , a fin d e
expresar l o inexpresable, l o q u e n o se deja conte-
n e r e n l a f o r m a lógica. Y p a r a i l u s t r a r l a t e n d e n c i a
a s u p e r a r l o s límites d e l l e n g u a j e , d i c h o d e o t r a
manera, para dar u n ejemplo de algo inexpresable.
67
FRANCO VOLPI
sobre l o que, a pesar de todo, n o p o d e m o s decir

más q u e s i n - s e n t i d o s , W i t t g e n s t e i n n o s i n v i t a a ,
pensar, n o entidades trascendentes — e l concepto
d e D i o s , según l a s e n t e n c i a d e S a n A g u s t í n — s i n o
más b i e n l a s i m p l e m a r a v i l l a d e l o q u e s e a q u e
e x i s t a . E l h e c h o d e q u e h a y a l g o más b i e n q u e n a d a
— " m i p r i m e r y p r i n c i p a l e j e m p l o " (myfirst andfo-
remost example), d i c e W i t t g e n s t e i n e n l a Lecture on
Ethicf^— s u s c i t a e n n o s o t r o s u n a s o m b r o q u e " n o
puede expresarse bajo l a f o r m a de u n a p r e g u n t a "
y para l a cual "no hay de a n t e m a n o respuesta". Y
c o n c l u y e s u observación: " C u a l q u i e r c o s a q u e p o -
d a m o s decir debe, a p r i o r i , c o n s i d e r a r s e s o l a m e n t e
c o m o sin-sentido. A pesar de todo, arremetemos
c o n t r a l o s límites d e l l e n g u a j e " . C o m o s e s a b e , e s
u n a t e s i s s o b r e l a c u a l W i t t g e n s t e i n insistió s i e m -
p r e , y a a p a r t i r d e l Tractatus logico-philosophicus.
La Lecture on Ethics d e s p l i e g a y p r o f u n d i z a e s t a
tesis.
l) P o r u n a parte, W i t t g e n s t e i n pone e n
e v i d e n c i a q u e , e n relación a l a s o m b r o n a t u r a l y l e -
gítimo a n t e t a l o c u a l a s p e c t o d e l m u n d o , a l "cómo
es", l a s o r p r e s a f r e n t e a l a s i m p l e e x i s t e n c i a d e l
m u n d o r e p r e s e n t a a l g o paradójico:
Carece de sentido decir q u e m e asombro

de l a existencia d e l m u n d o p o r q u e n o puedo r e -
" L . Wittgenstein, "lecture on Ethics" 8.
68
p r e s e n t á r m e l o n o s i e n d o . N a t u r a l m e n t e , podría
a s o m b r a r m e de q u ee lm u n d o q u em e rodea sea
c o m o es. S i m i e n t r a s m i r o e l c i e l o a z u l y o t u v i e r a
e s t a e x p e r i e n c i a , podría a s o m b r a r m e d e q u e e l
c i e l o s e a a z u l , e n v e z d e q u e esté n u b l a d o . P e r o
n o es a esto a l oq u eahora m e refiero. M e a s o m -
b r o d e lhecho d e q u e haya cielo, sea cual sea s u
apariencia"*.
2) P o r o t r a p a r t e , W i t t g e n s t e i n s o s t i e n e
que esta paradoja es inevitable p o r q u e " u n cierto
t i p o característico d e e m p l e o a b u s i v o d e n u e s t r o
l e n g u a j e s u b y a c e e n t o d a s l a s e x p r e s i o n e s éticas
y religiosas"''''.
E n r i g o r , p u e s , d e n t r o d e l o s límites y s e -
g ú n l a s r e g l a s d e l a descripción lógica, n o e s c o -
rrecto decir q u e n o s a s o m b r a m o s de l a existencia
del m u n d o ; s i nembargo, para expresar e l senti-
m i e n t o y l a e x i g e n c i a ético-metafísico-religiosa
que es e l f u n d a m e n t o d e esta experiencia, c o n t i -
n u a m o s haciéndolo.
L a solución p r o v i s o r i a s u g e r i d a p o r
W i t t g e n s t e i n es q u e esta paradoja revela l a d i v i -
sión p r o f u n d a q u e s e p a r a l o s d o s m o d o s p o s i b l e d e
v e r l a s c o s a s : " E n v e r d a d , e l m o d o científico d e v e r
u n hecho n o es e l d ev e r l o c o m o u n a maravilla"*".
L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics " 9.

^' L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics " 9.
L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics "11.
69
FRANCO VOLPI
" P e r o ¿qué s i g n i f i c a e n t o n c e s — s e p r e g u n t a — e l
hecho d e q u e tengamos conciencia d e esta m a r a -
v i l l a e n c i e r t o s m o m e n t o s y e n o t r o s n o ? " * ' . ¿Por
qué v e m o s e l m u n d o a v e c e s b a j o l a f o r m a r i g u r o -
s a d e l a lógica y a v e c e s , p o r e l c o n t r a r i o , t e n e m o s
l a ilusión d e p e r c i b i r l o según e l o r d e n i n e x p l i c a b l e
de l amagia, l am a r a v i l l a e incluso del m i l a g r o ? ' ^
¿Cómo s a l t a m o s d e u n a a o t r a m o d a l i d a d d e c o n -
sideración? ¿Y cuál e s l a relación e n t r e a m b a s ?
E n suma, W i t t g e n s t e i n abre interrogantes
en cascada, pues reconoce el sinsentido d e p r o p o s i -
c i o n e s éticas, r e l i g i o s a s , metafísicas q u e q u i s i e r a n
expresar l oinexpresable, pero, e n lugar d e recha-
zarlas, les reconoce s u p r o f u n d i d a d e i m p o r t a n c i a .
Las admite, pues, c o m o l o q u eresulta d e m a n e r a
i n e v i t a b l e y c o m p l e m e n t a r i a , c o m o residuum i n s u -
p r i m i b l e d e l a representación r i g u r o s a d e l o i n e x -
presable, y precisamente c o m o l o t o t a l m e n t e o t r o
de esto, es decir, c o m o l o inefable q u e n o se deja
c o n t e n e r d e n i n g ú n m o d o e n l a expresión y e n e l
lenguaje. Y concluye:
L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics" 11.

M u t a t i s mutandis, una paradoja similar se encuentra en Kant:
¿Por qué el mundo nos aparece, por un lado, como sometido
al orden inquebrantable de la causalidad, en tanto que por otro
lado, quisiéramos pensar que es posible esta "quimera digna de
ser pensada" que es la libertad? —igualmente, en otra variante
metafísica, se la encuentra en Schopenhauer: ¿ C ó m o es posible,
en su unidad, este extraño alótropo que es el mundo como repre-
sentación y como voluntad?
70
V e o a h o r a q u e estas e x p r e s i o n e s c a r e n t e s
d e s e n t i d o , n o carecían d e s e n t i d o p o r n o
h a b e r h a l l a d o aún l a s e x p r e s i o n e s c o r r e c -
tas, s i n o q u e e r a s u f a l t a d e s e n t i d o l o q u e
constituía s u mismísima e s e n c i a . P o r q u e
l o único q u e y o pretendía c o n e l l a s , e r a
p r e c i s a m e n t e , i r más allá d e l m u n d o , l o
c u a l es l o m i s m o q u e ir más allá d e l l e n -
g u a j e s i g n i f i c a t i v o . M i único propósito
— y creo q u e e l d e todos aquellos q u e h a n
tratado alguna vez d e escribir o hablar d e
ética o religión— es a r r e m e t e r c o n t r a l o s
límites d e l l e n g u a j e " .
W i t t g e n s t e i n n o está, p u e s , n i a f a v o r n i e n
c o n t r a d e l a metafísica. I n s i s t e más b i e n e n l a d i -
visión e n t r e l o e x p r e s a b l e y l o i n e x p r e s a b l e , e n t r e
l a lógica y l a ética, e n t r e l a v i d a c o m o mecánica y
l a v i d a c o m o s e n t i d o . D e allí, l a p o s i b i l i d a d d e l a
metafísica c o m o p r o b l e m a i n h e r e n t e a l a f i n i t u d
humana:
E s t e a r r e m e t e r c o n t r a las p a r e d e s d e n u e s -
t r a j a u l a es p e r f e c t a y a b s o l u t a m e n t e d e s -
e s p e r a n z a d o . L a ética, e n l a m e d i d a e n
que surge del deseo d edecir algo sobre e l
s e n t i d o último d e l a v i d a , s o b r e l o a b s o l u -
. L . Wittgenstein, ''Lecture on Ethics" 11-12.
71
FRANCO VOLPI
tamente bueno, lo absolutamente valioso,

n o p u e d e ser u n a ciencia. L o que dice l a
ética n o añade n a d a , e n ningún s e n t i d o ,
a n u e s t r o c o n o c i m i e n t o . P e r o es u n t e s -
t i m o n i o d e u n a t e n d e n c i a d e l espíritu
h u m a n o que yo personalmente n o puedo
sino respetar p r o f u n d a m e n t e y q u e p o r
n a d a d e l m u n d o ridiculizaría**.
A h o r a bien, es precisamente l a i m p o s i b i -
l i d a d d e c a p t a r y d e e x p r e s a r e n e l p l a n o lógico-
teórico e l s e n t i d o d e l e n t e e n s u t o t a l i d a d l o q u e
c o n d u c e a H e i d e g g e r a r e c h a z a r l a solución t r a -
d i c i o n a l d e l p r o b l e m a metafísico y a a s i g n a r a l a
a n g u s t i a , i n t e r p r e t a d a c o m o Stimmung ontológi-
c a m e n t e r e v e l a d o r a , l a función d e m a n i f e s t a r e s t e
s e n t i d o : éste n o s e d e j a p u e s r e d u c i r a l a dimensión
c a t e g o r i a l - d i s c u r s i v a , s i n o q u e s e m u e s t r a más
b i e n p o r vía d e u n a disposición e m o t i v a t a l c o m o
l a a n g u s t i a . H e aquí p o r qué H e i d e g g e r c o n c l u y e
l a c o n f e r e n c i a "¿Qué e s metafísica?" r e t o m a n d o l a
g r a n p r e g u n t a metafísica f o r m u l a d a p o r L e i b n i z ,
r e c o g i d a p o r S c h e l l i n g , y e n f r e n t a d a también p o r
W i t t g e n s t e i n : ¿Por qué h a y e n g e n e r a l c o s a s más
b i e n q u e n a d a ? TFarum ist überhaupt Seiendes und
nicht vielmehr Nichts?^^
L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics" 12.

Cfr. M . Heidegger, "Was ist Metaphysik?" en Wegmarlcen,
72
Todavía más, e n e l Postfacio d e 1943 a

"¿Qué es metafísica?", H e i d e g g e r c o n s i d e r a l a c a -
p a c i d a d d e s e r i n v o l u c r a d o [concerne] p o r l a n a d a
y a s o m b r a r s e d e l a e x i s t e n c i a d e l a s cosas c o m o
una cualidad del ser h u m a n o :
L a d i s p o n i b i l i d a d a l a a n g u s t i a [es decir,
la d i s p o n i b i l i d a d a a b r i r s e a l a e x p e r i e n c i a
de l a n a d a c o m o negación d e l e n t e e n s u
t o t a l i d a d ] es e l sí a l a i n s i s t e n c i a e n l a e x i -
g e n c i a más a l t a , l a única q u e p u e d e captar
la esencia d e l h o m b r e . E l h o m b r e , único
e n t r e t o d o s l o s entes l l a m a d o p o r l a v o z
d e l ser, hace e x p e r i e n c i a d e l a m a r a v i l l a d e
t o d a s las m a r a v i l l a s : que el e n t e esf"^'.
I n c l u s o e l v o c a b u l a r i o —específicamente e l
e m p l e o d e l término " m a r a v i l l a " [JVunder)— i n d i c a
q u e W i t t g e n s t e i n , e n s u a c t i t u d h a c i a l a metafísi-
ca, está más c e r c a d e H e i d e g g e r q u e d e C a r n a p . E s
c i e r t o q u e l a comprensión d e l o s c o n c e p t o s h e i d e -
ggerianos de ser y de angustia p o r parte de W i t t -
g e n s t e i n n o i m p l i c a s u adhesión a l a d o c t r i n a q u e
Gesamtausgabe, vol. IX, 122; véase también 382-383. Tal como

Jean-Fran9ois Courtine me ha indicado, una primera versión de
esta fórmula se encuentra en Siger de Brabant: si vero quaeratur
de tota universitate entium, quare magis est in eis quam nihil.
M. Heidegger, «Nachwort zu "Was ist Metaphysik?"» en Weg-
m a r k e n , Gesamtausgabe, vol. I X , 307.
73
FRANCO VOLPI
l o s m i s m o s entrañan, n i q u e a h o r a a t r i b u y a u n
s e n t i d o a l d i s c u r s o metafísico, h a b i e n d o c a m b i a d o
l a posición d e l Tractatus. W i t t g e n s t e i n s i g u e s i e n -
d o u n crítico r a d i c a l t a n t o d e l a metafísica c o m o
d e l a a c t i t u d filosófica q u e H e i d e g g e r r e p r e s e n t a ,
pero evidentemente considera tanto a Heidegger
c o m o a l a metafísica m u c h o más p r o f i i n d o s q u e
l o q u e e l p r o g r a m a anti-metafísico d e l Círculo d e
V i e n a permitiría i m a g i n a r . M e j o r d i c h o : e l espíri-
t u q u e a l i m e n t a y g o b i e r n a s u oposición a l a m e t a -
física es más s u t i l y r e f i n a d o q u e e l q u e inspiró l a
célebre crítica d e C a r n a p . W i t t g e n s t e i n s a b e q u e
l o s p r o b l e m a s d e l o s q u e n a c e l a metafísica, y q u e
e l a d s c r i b e a l ámbito d e l o i n e x p r e s a b l e , d e l a éti-
ca o d e l a mística, n o p u e d e n s e r r e s u e l t o s p o r e l
s i m p l e r e c h a z o d e l a metafísica. L a represión d e l a
metafísica, más fácil d e d e c l a r a r q u e d e c u m p l i r ,
n o basta para disipar las cuestiones planteadas
p o r l a metafísica.
E s m u y significativa, e n este sentido, l a
reacción d e W i t t g e n s t e i n a l a n o t i c i a d e l a p u b l i -
cación p r e v i s t a d e l v o l u m e n Die wissenschafiliche
Weltaujfassung, e s t o es, d e l m a n i f i e s t o d e l Círculo
d e V i e n a q u e l o s a m i g o s y l o s discípulos d e M o r i t z
S c h l i c k s e proponían o f r e c e r l e e n r e c o n o c i m i e n t o
p o r s u decisión d e r e c h a z a r l a cátedra d e Filosofía
en B o n n y permanecer e n Viena. E l v o l u m e n apa-
reció e n 1 9 2 9 y f u e d i s t r i b u i d o e n l a ocasión d e l
p r i m e r C o n g r e s o d e teoría d e l c o n o c i m i e n t o q u e
74
tuvo lugar e n Praga e n e l mes de septiembre del

m i s m o año. W i t t g e n s t e i n , q u e se e n c o n t r a b a e n
C a m b r i d g e , escribió a W a i s m a n n p a r a t o m a r d i s -
t a n c i a d e e s t a i n i c i a t i v a , específicamente d e l espí-
r i t u rígidamente a n t i - m e t a f l s i c o q u e c a r a c t e r i z a b a
e l p r o g r a m a filosófico d e l Círculo:
P r e c i s a m e n t e p o r q u e S c h l i c k es u n h o m -
bre s i n par - d e c l a r a - él y l a E s c u e l a d e V i e -
n a q u e representa n o m e r e c e n ser c u b i e r -
tos d e ridículo p o r v a n i d a d , i n c l u s o si se l o
hace " c o n las m e j o r e s i n t e n c i o n e s " . C u a n -
d o d i g o " v a n i d a d " e n t i e n d o t o d a especie
de n a r c i s i s m o c o m p l a c i e n t e , "¡Rechazar l a
metafísica!" ¡Como s i esto f u e r a algo n u e -
v o ! L o q u e l a E s c u e l a d e V i e n a l o g r e hacer,
debe mostrarlo, y no decirlo. [ . . . ] E s e n l a
o b r a m a e s t r a d o n d e se v e al m a e s t r o " .
E s t o i n d i c a u n a v e z más l a d i f e r e n t e a c t i t u d
d e W i t t g e n s t e i n f r e n t e a l a metafísica e n relación
a l a a c t i t u d d e C a r n a p y d e l p o s i t i v i s m o lógico.
C o n c u e r d a , p o r l o demás, c o n l a i n c o m p a t i -
b i l i d a d q u e se a d v i e r t e a l leer l o s d o c u m e n t o s q u e
relatan los encuentros entre W i t t g e n s t e i n y Car-
n a p e n c a s a d e S c h l i c k . C o m o se sabe, W i t t g e n s -
F. Waismann, L u d w i g Wittgenstein und der Wiener Kreis, Blac-

kwell, Oxford 1967,18.
75
FRANCO VOLPI
t e i n n o p a r t i c i p a b a d e l a s r e u n i o n e s d e l Círculo
d e V i e n a q u e tenían l u g a r l o s días j u e v e s . P a r t i -
cipaba, p o r e l c o n t r a r i o , e n las discusiones p r i v a -
d a s e n c a s a d e S c h l i c k , q u e tenían l u g a r l o s l u n e s
p o r l a n o c h e , y e n l a s q u e también C a r n a p e s t a b a
presente, hasta e l m o m e n t o e n que W i t t g e n s t e i n
pretendió q u e C a r n a p n o f u e r a i n v i t a d o más. L a
p e r s o n a l i d a d h i p e r s e n s i b l e , sombría, r o d e a d a d e
u n a u r a especial j u n t o a l c o m p o r t a m i e n t o e x t r a -
v a g a n t e y l a extraña y a c o s a n t e m a n e r a d e filo-
s o f a r d e l u n o se l l e v a b a n m a l c o n l a m e n t a l i d a d
positivista y solar del otro. W i t t g e n s t e i n descon-
certó a s u s i n t e r l o c u t o r e s , t o d o s l e c t o r e s a p a s i o -
n a d o s d e l Tractatus, a l d e c l a r a r q u e e n s u l i b r o l o
q u e n o había d i c h o e r a m u c h o más i m p o r t a n t e q u e
l o había d i c h o . A veces, d u r a n t e l a s r e u n i o n e s , leía
poesía e n v o z a l t a , e s p e c i a l m e n t e t e x t o s d e R a b i n -
d r a n a t h T a g o r e . E n g e n e r a l , parecía i n t e r e s a r s e
más e n l a mística q u e e n l a s c u e s t i o n e s científicas
y filosóficas q u e l o s n e o p o s i t i v i s t a s h u b i e r a n q u e -
r i d o d i s c u t i r c o n él.
C a r n a p m i s m o , q u e captaba de m a n e r a
amable y con encomiable objetividad los rasgos de
la original personalidad de W i t t g e n s t e i n , n o s da
l a m e j o r descripción d e l d e s c o n c i e r t o q u e s u e x -
traño c o m p o r t a m i e n t o producía:
W i t t g e n s t e i n tenía u n t e m p e r a m e n t o
simpático y m u y g e n t i l — e s c r i b e e n s u
76
autobiografía— p e r o e r a a s i m i s m o h i -
persensible y m u y i r r i t a b l e . L o q u e sea
que dijera, era siempre m u y interesante
y estimulante, y s u m a n e r a de expresarlo
resultaba seductora. S u p u n t o de vista y
s u a c t i t u d h a c i a las p e r s o n a s y las cues-
t i o n e s , i n c l u s o las c u e s t i o n e s teóricas, se-
m e j a b a n más b i e n a las d e u n a r t i s t a q u e
a las d e u n científico: s i m i l a r e s — s e p o -
dría d e c i r — a las d e u n p r o f e t a r e l i g i o s o
o a las d e u n v i d e n t e . C u a n d o exponía s u
p u n t o d e v i s t a s o b r e p r o b l e m a s filosófi-
cos específicos, n o s dábamos c u e n t a i n -
m e d i a t a m e n t e d e l a l u c h a i n t e r i o r q u e se
a g i t a b a e n él e n ese m o m e n t o ; u n a l u c h a
a través d e l a c u a l p r o c u r a b a aclarar las
t i n i e b l a s , presa d e u n a tensión i n t e n s a y
d o l o r o s a q u e se e v i d e n c i a b a i n c l u s o e n
s u figura. C u a n d o finalmente, y tras u n
p r o l o n g a d o y e x t e n u a n t e esfuerzo a l c a n -
zaba l a respuesta, s u j u i c i o se p r e s e n t a b a a
n u e s t r o s o j o s c o m o u n p r o d u c t o artístico
q u e acababa d e salir d e m a n o s d e l c r e a d o r
o c o m o u n a revelación. N o es q u e a f i r m a -
r a s u p u n t o d e v i s t a d e m a n e r a dogmá-
t i c a [ . . . ] , s i n o q u e l a impresión q u e n o s
d a b a e r a l a d e u n a intuición q u e l e venía
77
FRANCO VOLPI
p o r u n a especie d e inspiración d i v i n a , d e
s u e r t e q u e n o podíamos más q u e c o n s i d e -
r a r c o m o u n a profanación t o d o análisis o
t o d o c o m e n t a r i o u n p o c o más s o b r i o e n
el p l a n o r a c i o n a l . Había pues, u n a d i f e -
rencia evidente entre s u actitud frente a
l o s p r o b l e m a s filosóficos y l a a c t i t u d d e
S c h l i c k o l a mía p r o p i a [ . . . ] A veces tenía
l a impresión d e q u e a W i t t g e n s t e i n l e r e -
pugnaba l a actitud racional deliberada y
n o e m o t i v a d e l científico y también t o d a
i d e a q u e l e s o n a r a p r o p i a d e l "espíritu d e
las luces""^**.
Carnap c o n f i r m a igualmente sus diferen-

t e s a c t i t u d e s r e s p e c t o d e l a metafísica:
E n l a época e n q u e leímos e n n u e s t r o
Círculo el l i b r o de W i t t g e n s t e i n [el Trac-
tóftís], y o estaba c o n v e n c i d o , engañándo-
m e , d e q u e s u a c t i t u d f r e n t e a l a metafí-
sica era l a m i s m a mía y l a d e t o d o s n o s o -
t r o s . Y o n o había p r e s t a d o atención a las
múltiples a f i r m a c i o n e s d e índole mística
contenidas e n s u libro; sin duda porque
l o q u e él p e n s a b a y e x p e r i m e n t a b a d e ese
^* R. Carnap, "Intellectual Autobiography", en RA. Schilpp (ed.),

The Philosophy of Rudolf C a r n a p , 25-26.
78
L A "SUPERACIÓN" D E LA METAPISICA
d o m i n i o era m u y d i f e r e n t e d e m i s p e n s a -
m i e n t o s y d e m i s s e n t i m i e n t o s . Sólo des-
pués d e n u e s t r o c o n t a c t o p e r s o n a l t u v e l a
p o s i b i l i d a d d e c a p t a r más c l a r a m e n t e s u
a c t i t u d e n t a l s e n t i d o . T u v e l a impresión
de q u e s u a m b i v a l e n c i a r e s p e c t o d e l a
metafísica e r a s o l a m e n t e u n aspecto p a r -
t i c u l a r d e u n c o n f l i c t o i n t e r i o r más f u n -
damental e n s u personalidad, p o r e l q u e
sufría p r o f u n d a m e n t e * ' .
Más t a r d e , l a oposición e n t r e a m b o s se
agravó. E n e l v e r a n o d e 1 9 3 2 , W i t t g e n s t e i n c o n -
sideró e l e n s a y o d e C a r n a p Die physikalische Spra-
che ais Universalsprache der Wissenschafí, q u e a c a b a -
b a d e s e r p u b l i c a d o e n l a r e v i s t a Erkenntnis, c o m o
u n p l a g i o d e s u s ideas: e n d o s cartas a S c h l i c k y
e n o t r a d i r i g i d a a C a r n a p declaró apertis verbis s u
desacuerdo m o r a l y personal, rechazando las e x -
c u s a s d e C a r n a p q u e l e respondió q u e había t o m a -
d o s u inspiración d e Poincaré y d e N e u r a t h más
q u e d e él.
N o es m o m e n t o d e e x a m i n a r l a s razones
p o r l a q u e W i t t g e n s t e i n desarrolló l a s i d e a s d e l
Tractatus e n u n a dirección d i f e r e n t e d e l a d e l p o s i -
t i v i s m o lógico d e l Círculo d e V i e n a ; p o r l o demás.
R. Carnap, "Intellectual Autobiography", en RA. Schilpp (ed.),

The Philosophy of Rudolf C a r n a p , 27.
79
FRANCO VOLPI
u n a bibliografía y a i n a b a r c a b l e se h a o c u p a d o d e
ello a fondo. Por lo que respecta a su actitud frente
a l a metafísica, b a s t e r e c o r d a r aquí o t r a o b s e r v a -
ción e n l a q u e W i t t g e n s t e i n m u e s t r a u n a v e z más
su profunda sensibilidad frente a l problema. E n
l a s Bemerkungen über Frazers "The Golden Bough",
donde critica la actitud positivista ingenua del his-
t o r i a d o r d e l a s r e l i g i o n e s , q u e se m u e s t r a " m u c h o
más s a l v a j e q u e l a m a y o r p a r t e d e s u s s a l v a j e s " ,
escribe:
C r e o q u e debería c o m e n z a r m i l i b r o c o n
ciertas o b s e r v a c i o n e s s o b r e l a metafísica
considerada como un tipo de magia. A l h a -
c e r l o , podría n o t o m a r p a r t i d o p o r l a m a -
g i a n i t a m p o c o m o f a r m e d e ella. Debería
considerar l a p r o f u n d i d a d de l a magia.
S i , l a f o r c l u s i o n d e l a m a g i a t i e n e aquí e l
m i s m o carácter d e l a magia"".
E n suma, W i t t g e n s t e i n piensa que l a m e -

tafísica s e sitúa f u e r a d e l d o m i n i o d e l l e n g u a j e
descriptivo riguroso, pues aquello de l o que trata
t i e n e u n carácter "mágico" — o "ético" o "místi-
c o " — q u e n o p u e d e s e r c o m p r e n d i d o e n l o s lími-
t e s d e l l e n g u a j e . P o r e s t o , se a b r e u n a d i s t a n c i a
L. Wittgenstein, "Bemerkungen über Frazers 'The Golden

Bough'", en Rush Rhees (ed.), Syníhese, X V l l , 1967, 233-253.
80
decisiva entre l o expresable y l o inexpresable. Y

se p r e g u n t a : i n c l u s o l a d i s t a n c i a m i s m a , ¿revela e l
d o m i n i o de l o expresable o e l d o m i n i o de l o i n e x -
presable?
W i t t g e n s t e i n se i n c l i n a a l a s e g u n d a hipó-
tesis y n o deja d e m a n i f e s t a r s u p r o f u n d o respe-
t o p o r l a ética y p o r l a metafísica, e n t a n t o q u e
expresiones d e l deseo i n s u p r i m i b l e d e franquear
l o s límites d e l l e n g u a j e . D e allí s u admiración p o r
K i e r k e g a a r d y s u comprensión d e H e i d e g g e r . Y l a
conclusión d e s u Lecture on Etincs:
L a ética, e n l a m e d i d a e n q u e surge d e l
deseo d e d e c i r a l g o sobre e l s e n t i d o úl-
t i m o d e l a v i d a , sobre l o absolutamente
bueno, lo absolutamente valioso, n o pue-
de ser u n a c i e n c i a . L o q u e d i c e l a ética n o
añade n a d a , e n ningún s e n t i d o , a n u e s t r o
c o n o c i m i e n t o . P e r o es u n t e s t i m o n i o d e
u n a t e n d e n c i a d e l espíritu h u m a n o q u e
y o p e r s o n a l m e n t e n o p u e d o s i n o respetar
profundamente y que por nada del m u n -
d o ridiculizaría'^'.
L. Wittgenstein, "Lecture on Ethics" 12.
81
6
Conclusión: a propósito d e l p r o g r e s o d e
l a metafísica y n u e s t r a relación c o n e l l a
83
6
Conclusión: a propósito d e l p r o g r e s o d e
l a metafísica y n u e s t r a relación c o n e l l a
¿Cuál es n u e s t r a reacción — h a y q u e p r e -
g u n t a r s e c o m o conclusión— a l a s múltiples r a z o -
n e s a p o r t a d a s p a r a l e g i t i m a r l a superación d e l a
metafísica? E n o t r o s términos: ¿qué relación p o -
d e m o s m a n t e n e r c o n l a metafísica después d e t o -
d a s l a s t e n t a t i v a s contemporáneas d e s u p e r a r l a ?
H a y q u e r e c o n o c e r q u e e n n u e s t r o s días
— p o r l a s r a z o n e s lógico-empíricas e x p l i c i t a d a s
p o r C a r n a p , l a s r a z o n e s lógico-analíticas m o s t r a -
das p o r W i t t g e n s t e i n , las r a z o n e s epocales e v o c a -
d a s p o r H e i d e g g e r y l a s históricas i n d i c a d a s p o r
H a b e r m a s — y a n o es p o s i b l e e m p l e a r l a p a l a b r a
"metafísica" s i n i n c u r s i o n a r e n u n t e r r e n o d i s c u -
t i b l e . N o t e n e m o s más u n a relación d i r e c t a c o n l o
q u e l a metafísica h a s i d o , n i es p o s i b l e u n a relación
d e s i m p l e repetición f r e n t e a e l l a . Únicamente p o -
d e m o s t e n e r u n a relación crítica.
E s t o s i g n i f i c a , e n t r e o t r a s cosas, q u e d e b e -
BIBLIOTECA CENTRAL
Ü.N.A.M.
FRANC:O V O L P I
m o s d i s t i n g u i r l a r e a l i d a d histórica de l a metafísica
d e sus p o s i b i l i d a d e s . Y r e c o n o c e r q u e más a l t o q u e
l a p o s i b i l i d a d contemporánea d e l a metafísica s e
e n c u e n t r a s u r e a l i d a d histórica. L a comprensión
d e l a metafísica c o n s i s t e e n a s i r l a c o m o r e a l i d a d
histórica p a r a t r a n s f o r m a r l a e v e n t u a l m e n t e , p e r o
sólo p o r e s t e m e d i o , e n u n a p o s i b i l i d a d e f e c t i v a .
D e b e m o s r e p a r a r e n q u e l a p o s i b i l i d a d de l a
metafísica o d e l a filosofía p r i m e r a presuponía u n
c i e r t o s i s t e m a y u n a c i e r t a articulación d e l saber,
que gobernaba e l equilibrio general de las diver-
sas d i s c i p l i n a s y l a p o s i b i l i d a d d e c a d a u n a de e l l a s .
E n s e n t i d o p r o p i o , l a metafísica — o l a filosofía
p r i m e r a — e s p o s i b l e únicamente e n e l m a r c o d e
u n s i s t e m a q u e g a r a n t i c e u n a c i e r t a relación e n t r e
l a s d i s c i p l i n a s teóricas y l a s d i s c i p l i n a s prácticas.
N o h a y metafísica, e n r i g o r , s i n filosofía práctica.
N o s e p u e d e r e s u c i t a r l a i d e a d e metafísica c o m o
episteme, s i n r e t o m a r a l m i s m o t i e m p o l a i d e a d e l a
teoría c o m o f o r m a d e v i d a , c o m o praxis s u p r e m a .
H e aquí u n a b u e n a razón p a r a d e c i r q u e
después d e Aristóteles l a metafísica n o h a d a d o
ningún p a s o a d e l a n t e . P e r o podríamos i g u a l m e n t e
d e c i r — p a r a r e t o m a r l a cuestión k a n t i a n a s o b r e e l
p r o g r e s o d e l a metafísica— q u e t a m p o c o h a d a d o
u n s o l o p a s o atrás: e n e l s e n t i d o d e q u e l a metaphy-
sica perennis, e n s u i d e a l i d a d , n o p u e d e s e r a t a c a d a
p o r l a d e c a d e n c i a histórica, y d e q u e h a p e r m a n e -
86
c i d o c o m o p r i n c i p i o r e g u l a d o r o c o m o u n térmi-
n o d e comparación p a r a j u z g a r n u e s t r a condición
post-metafísica, e n l a q u e , d a d o n u e s t r o s i s t e m a
d e c i e n c i a s , n o h a y más e s p a c i o epistémico p a r a
u n a metafísica e n s e n t i d o p r o p i o . I n c l u s o d o n d e
se c o n s i d e r a e s t e término, l o q u e c o n él s e d e s i g n a
es a l o s u m o u n e q u i v a l e n t e o u n sucedáneo d e
l a metafísica clásica: q u e es t a l , e s t o es, "clásica",
porque, n o siendo n i antigua n i moderna, sigue
s i e n d o válida, s e a e n l a antigüedad, s e a e n l a m o -
dernidad.
E n t o d o caso, n o p e n s a m o s e n l a metafísi-
ca n i d e m a n e r a c o n t i n e n t a l n i d e m a n e r a analíti-
ca: l a p e n s a m o s d e o t r a m a n e r a . P e n s a m o s q u e l a
metafísica, c o m o t o d o s l o s v e r d a d e r o s p r o b l e m a s
filosóficos, n o t i e n e solución, s i n o sólo h i s t o r i a . S e
trata de reconocerla salvaguardando e l sentido
d e l a problematización r a d i c a l d e l q u e s u r g e y e n
e l q u e r e v i e r t e l a filosofía e n t a n t o q u e es u n " u n
i n t e r r o g a r l o t o d o , q u e es t o d o u n i n t e r r o g a r " — y
q u e t a l v e z sería m e j o r l l a m a r " s o f o f i l i a " p a r a i n -
d i c a r q u e s e t r a t a d e u n a pasión y d e u n a e n f e r m e -
d a d d e l espíritu, c o m o enseña e l c a s o d e J o h a n n e s
Climacus.
87
Franco Volpi (Vicenza, 1952-2009) fue
profesor de filosofía en la Universidad de
Padua y standing visiting professor en la de
Staffordshire (Inglaterra). Enseñó asimismo
en las universidades de Witten/Herdecke
(Alemania), de Niza (Francia) y de Laval
(Canadá), así como en las de Valparaíso y
Santiago (Chile) y en la Universidad
Nacional de Córdoba (Argentina). Por su
labor de ensayista e investigador en
filosofía, fue galardonado con los premios
literarios "Montecchio" (1989), "Capo
Circeo" (1997) y "Nietzsche" (2000).
Entre sus publicaciones, además de sus
valiosas ediciones de Schopenhauer,
Heidegger, Cari Schmitt y Nicolás Gómez
Dávila, cabe destacar: Heidegger e
B r e n t a n o . L'aristotelismo e il p r o b l e m a
dell'univocitá dell'essere nella formazione
filosófica del giovane Martin Heidegger
(Cedam, Padova 1976); Heidegger e
Aristotele, (Daphne, Padova 1984); // u l t i m o
sciamano (con A. Gnoli, Bompiani, Milano
2008), Storia d e l l a filosofía. O t t o c e n t o e
Novecento, Laterza (con Enrico Berti Roma-
Bari 1991, 2008). Han sido traducidos al
español: El nihilismo (Siruela, 2007);
Enciclopedia de obras de filosofi'a (Herder,
2005); Los t i t a n e s venideros. I d e a r i o último
de Ernst Jünger (con A. Gnoli Quinteto,
2007) y Martín Heidegger, aportes ala
filosofia (Ma\a,2010).

Volpi, La Superacion de La Metafisica

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SUPERACIÓN" D E

Traducción, edición y prólogo d e

1. Filosofía Moderna. 1. Sánchez, Sergio, prolog. 11. Título.

Ninguna parte de esta publicación, incluido el diseño de tapa,

Tel/fax: (0351) 4606044 / 4 6 9 1 6 1 6 - Pasaje España 1485 Córdoba - Argentina.

L a metafísica e s u n escándalo: e l escándalo

Le gustaba partir de u n pensamiento par-

d e l a implicación lógica, escalón t r a s e s c a -

caba incluso l a realidad y e l m u n d o e n t e r o — i n -

pues quien pretende tener por verdadera la duda y

' E r k e m m i s , II, 1931 [mayo de 1932], pp. 219-241.

^ Adopto esta distinción por comodidad, no obstante reconocer su

d a d , u n a fundación más r a d i c a l d e l a filosofía e n

' Entre los estudios de discípulos directos de Heidegger hay que

Heidegger desarrolló el proyecto de una "historia fundamental"

' . J. Habermas, Nachmetaphysisches Denken 36-40.

' J . H a b e r m a s , Nachmetaphysisches Denken 41 -42.

Cfr. J. Habermas, "Rückkehr zur Metaphysik? Eine Tendenz in

" Cfr. los trabajos de J. Stenzel, Metaphysik des Altertums, y de A.

sa, a fin de subrayar la importancia de los estudios

ella, Dios hace su entrada en lafilosofía,aunque

" R. Brague, Aristote et la question du monde, R U. F., Paris 1988.

Cfr. las réplicas de Carnap a sus críticos, en particular a Paul

Henle y a Karl Popper, en The Philosophy of Rudolf Carnap,

Pero para explicar verdaderamente el pro-

^ Cfr. a título de ejemplo, A. J a n i k - S . Toulmin, Wittgenstein's

pero n o le h a n dado demasiada importancia n i

M e puedo imaginar m u y bien l o que

Monk, L u d w i g Wittgenstein. T h e Duty o f Genius, Jonathan Cape,

" L o m í s t i c o es el sentimiento del mundo como totalidad limita-

apunta hacia algo. E s esto l o q u e sabía S a n

Cfr. Confessiones 1, 4: "et vae tacentibus de te, quoniam loquaces

^ Suhrkamp, Frankfurt a. M . 1967. Simultáneamente en e d i c i ó n

Husserl y seguida por una sobre Dedekind. V é a s e igualmente la

Posteriormente, Ryle superará esta vacilación al profundizar en

relación c o n K i e r k e g a a r d y S a n Agustín, filósofos

entre l a "angustia" y l aposibilidad d e experimen-

C o m o s e v e b i e n e n l a célebre Lecture on Ethics, l o

Para un análisis de la crítica carnapiana de la metafísica, véase

U n a corriente de pensamiento reunida e n

M. Heidegger, E i n l e i t u n g in die Metaphysik, en Gesamtausgabe,

Cfr. J . Taubes, «Vom Adverb "nichts" zum Substantiv "Das Ni-

'* M . Heidegger, "Was ist Metaphysik?" en W e g m a r k e n , Gesamtaus-

sobre l o que, a pesar de todo, n o p o d e m o s decir

Carece de sentido decir q u e m e asombro

" L . Wittgenstein, "lecture on Ethics" 8.

L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics " 9.

L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics" 11.

. L . Wittgenstein, ''Lecture on Ethics" 11-12.

tamente bueno, lo absolutamente valioso,

L . Wittgenstein, "Lecture on Ethics" 12.

Todavía más, e n e l Postfacio d e 1943 a

Gesamtausgabe, vol. IX, 122; véase también 382-383. Tal como

tuvo lugar e n Praga e n e l mes de septiembre del

F. Waismann, L u d w i g Wittgenstein und der Wiener Kreis, Blac-

Carnap c o n f i r m a igualmente sus diferen-

^* R. Carnap, "Intellectual Autobiography", en RA. Schilpp (ed.),

R. Carnap, "Intellectual Autobiography", en RA. Schilpp (ed.),

E n suma, W i t t g e n s t e i n piensa que l a m e -

L. Wittgenstein, "Bemerkungen über Frazers 'The Golden

decisiva entre l o expresable y l o inexpresable. Y

L. Wittgenstein, "Lecture on Ethics" 12.

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