Está en la página 1de 128

PETER SZONDI

INTRODUCCION 7 ™ '“ rf.

A LA HERMENEUTICA
LITERARIA
CON UN ESTUDIO DE
JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD
7 8 8 49 6 ll2 5 8 7 9 2 ¡
PETER SZONDI
Introducción
la hermenéutica literaria
PN2 |
LECTURAS
Serie Teoría literaria PETER SZONDI
Introducción a la
) - to c©
n
hermenéutica literaria
FILOSOFIA
LETRAS
ED IC IÓ N DE
R eservad os to d o s los d erech o s. N o se p e rm ite re p r o d u c ir , alm acen ar J ean Bollack y Helen Stierlin
en sistem as d e r e c u p e r a c ió n d e la in fo r m a c ió n n i tr a n s m itir algu n a
p a rte d e esta p u b lic a c ió n , cu a lq u ie ra q u e sea el m e d io e m p le a d o
—e le c tr ó n ic o , m e c á n ic o , fo to c o p ia , g ra b a c ió n , e tc .—, sin el p e rm iso
p re v io d e lo s titu la re s d e lo s d e re c h o s d e la p r o p ie d a d in te le c tu a l.

introducción
JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD

traducción
T ít u l o o r i g i n a l : Einfíihrung in die literarische Hermeneutik
JOAQUÍN CHAMORRO MIELKE

© Jo sé M a n u e l C u esta A b a d , d e la I n tr o d u c c ió n , 2 0 0 6

© S u H R K A M P V E R L A G , F ra n k fu rt am M a in , 19 7 5

© A b a d a E d i t o r e s , s . l ., 2 0 0 6 V
para todos ¡ospaíses de lengua española
Plaza de Jesús, 5
280 14 M adrid
T e l.: 914 296 882
fax: 9 1 4 2 9 7 5 0 7
www. abadaeditores. com

d ise ñ o E s t u d io J o a q u ín G a l l e g o

p r o d u c c ió n G U A D A LU PE G lS B E R T

LO
ISBN 13 9 7 8 -8 4 -9 6 2 5 8 -7 9 -2 O
o
Of
ISBN 10 8 4 -9 6 2 5 8 -7 9 -3 O
ce
d e p ó s ito le g a l M . 3 6 . 5 5 3 - 2 0 0 6 o

p r e im p r e s ió n D a lu b e rt A lié y E sc a ro la L eczin ska A B A D A EDITORES


im p r e s ió n Lavel, S .L . LECTURAS DE TEORÍA LITERARIA

F 2 7 8 1 7 8
LECTIO STRICTA
La hermenéutica material de Peter S zondi

J o sé M a n u e l C u e st a A b a d

« L a verd ad era h isto ricid ad consiste e n d e scu b rir la causa


g e n é tica in scrita en el o b je to m ism o , p o r tan to in te rn a ,
o b je tiva ; p e r o d esd e el m o m e n to e n q u e ese p r in c ip io
d e e v o lu ció n es d e scu b ie rto e n el o b je to m ism o , es p r e ­
ciso r e n u n c ia r a las p ro p ia s id eas p re c o n c e b id a s ; y n o
hay q u e h a c e r m ás q u e s e g u ir al o b je to e n su g é n e s is » .

F . - W . S cH E L L IN G

E l arte de la in te rp re ta ció n co m ie n za a llí d o n d e la lectu ra de u n


tex to e n fr e n ta a la e v id e n c ia d e q u e el v e rd a d e r o se n tid o está
ausente. Esta ausencia, q u e n o se c o n fu n d e c o n u n a caren cia de
s ig n ific a c ió n (p u es el texto sie m p re s ig n ifica : in c lu s o c u a n d o
« n a d a » sig n ifica ), co m p a rece en la in te r p r e ta c ió n co m o vela -
m ie n to de lo lite ra l, d istan cia te m p o ra l, esp esor e n a p a rien cia
equ ívoco de u n a ex p resió n cuya o scu rid a d , si n o d el to d o escla­
recid a , p u e d e ser al m e n o s d esp ejad a p o r m e d io d e reglas qu e
m u e stre n lo s fa cto re s d e su re sis te n cia , tal vez ir r e d u c t ib le , a
u n a « p e r fe c t a c o m p r e n s ió n » . E l v ie jo id e a l filo ló g ic o d e la
p erfecta c o m p re n sió n de u n texto p resu p o n ía , n o ya qu e d ich a
c o m p re n sió n fu era factib le, sin o ante to d o qu e sólo p o d ía asp i­
rar a serlo en v irtu d de los p r in c ip io s m etó d ico s q u e c o n ce rn ía
estip u lar e in v en ta ria r en cada caso —según de qu é tip o de texto
se tratara— al ars interpretandi. Las h erm en éu ticas llam adas « r e g io ­
n a les» su rg ie ro n así de la tentativa d e a d ecu a ció n de sus m é to ­
dos de in te rp re ta ció n a lo s caracteres su p u estam en te esp ecífico s
8 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 9

d e lo s d istin to s tip o s de texto s (sagrado s, ju r íd ic o s , lite r a rio s , « in t r o d u c c ió n » n o d esign a e n este caso u n a ex p o sició n esq u e ­
h is tó r ic o s ...). P ero la in c ip ie n te c o n s titu c ió n en el siglo X IX de m ática de lo s co n ce p to s elem en tales y lo s p r in c ip io s m e to d o ló ­
u n a te o ría g en era l de la c o m p re n sió n d io lu g a r a u n a tra n s fo r ­ g ico s de u n a d is cip lin a c o n s o lid a d a , sin o u n a r e fle x ió n crítica
m a c ió n h is tó ric a ra d ica l e n el m o d o de c o n c e b ir e l c o m e tid o cuyo p r o p ó s ito co n s iste e n tra za r la vía q u e, e n a te n c ió n al
asig n a d o hasta e n to n c e s a la h e r m e n é u tic a . U n ca m b io q u e se pasado y al p re se n te , p u e d a e n c a m in a r o c o n d u c ir (fuhren) a la
vislu m b ra ya e n esta co n sta tació n p ro g ram á tica de S c h le ie rm a - fu n d a c ió n de u n a h e r m e n é u tic a lite r a r ia a ú n p o r v e n ir . L a
ch er: « L a h e rm e n é u tic a co m o arte de la comprensión [Kunstdes Ver- in tr o d u c c ió n a d ich a h e rm e n é u tic a n o pasa só lo p o r u n a re v i­
stehensi n o existe a ú n en general, s in o só lo d iversas hermenéuticas s ió n d el trá n s ito de lo s a n tig u o s m é to d o s in te r p r e ta tiv o s a la
especiales»-1. E l énfasis que antes se p o n ía e n la in v e n ció n de p r o ­ m o d e r n a te o ría g e n e ra l d e la c o m p re n s ió n : r e q u ie re ta m b ié n
c e d im ie n to s té c n ic o s d ir ig id o s a la c o r r e c ta c o m p r e n s ió n de u n a in te r p r e ta c ió n c r ític a , a n cla d a e n la s itu a c ió n e p o c a l d e l
unas y otras clases de textos tie n d e a recaer ah ora en la re fle x ió n p re se n te , d e las c o n d ic io n e s h is tó ric a s de las q u e d e p e n d e la
so b re la u n iv e rs a lid a d d e l « c o m p r e n d e r » , de su e rte q u e lo s p o sib le in s titu ció n de u n a d iscip lin a quizás in ex isten te. E l tr a ­
lím ites e n tre las h erm en éu tica s especiales d ejan de ser rele va n ­ tad o de S z o n d i se sitú a p u e s e n tre u n « y a n o » y u n « to d a v ía
tes o se d esd ib u ja n p o r c o m p le to en aras de u n a Universalherme- n o » , e n c ie rr a u n a flu c tu a c ió n te m p o r a l e n tre d os p o s ic io n e s
neutik. Esta p é rd id a de la e sp ecificid a d de lo s m éto d o s in te r p r e ­ e n c o n flic to q u e tr a s lu c e n u n p r o c e s o h is tó r ic o - d ia lé c t ic o :
tativo s tra d ic io n a le s e n la g e n e r a lid a d de u n a m o d e r n a h erm en éu tica esp ecial ( « lit e r a r ia » ) vs. h e rm e n é u tica u n iversal
h e rm e n é u tica filo só fica to r n a p ro b lem á tic a , en efecto , la p o s i­ ( « filo s ó fic a » ) . Para c o m p re n d e r el alcan ce de esta c o n tr a p o s i­
b ilid a d de q u e se p u e d a h a b la r h o y c o n fu n d a m e n to de u n a c ió n es p r e c is o c o n s id e r a r el gesto d ia lé c tic o q u e atraviesa de
h e rm e n é u tica « lite r a r ia » . p r in c ip io a f i n el p e n s a m ie n to c r ític o d e S z o n d i. U n g esto ,
E l p r o b le m a h is tó r ic o d e l q u e p a rte P e te r S z o n d i e n su antes q u e u n m é to d o o u n m o d o d e p r o c e d e r a u to m a tiza b le ,
Introducción a la hermenéutica literaria ( 1 9 7 5 2) se cifra p recisa m en te e n que se expresa ten azm en te e n la p re te n sió n de que la teo ría lit e ­
esta in ce rtid u m b re : « la p reg u n ta de si la d iscip lin a a la qu e este r a r ia se c o n v ie rta , a través d e c ie rta c o n c ilia c ió n (n o e n te r a ­
lib r o o fr e c e u n a in t r o d u c c ió n existe tod avía n o p u e d e r e c ib ir m en te p acífica) en tre filo lo g ía y filo so fía , e n ve rd a d ero c o n o c i­
u n a respu esta a firm ativa sin m á s » . T al p rem isa d ice ya m u c h o m ie n to crítico .
so b re el sig n ifica d o q u e se ha de dar a q u í a la p a la b ra Einführung: E n su p rim e ra o b ra , Teoría del drama moderno (19 5 6 ), la p e r s­
pectiva dialéctica de S z o n d i qu ed a p erfilad a en contraste c o n los
1 F. D . E . S ch le ie rm a ch e r, Hermeneutik undKritih, F ra n k fu rt a. M ., S u h rk a m p , 1 9 7 7 , ed.
d e M a n fred F ra n k (basada e n la e d ic ió n d e 18 38 d e F. L ü c k e ), p . 7 5 -
2 P. S z o n d i, Einfuhrung in die literarische Hermeneutik (Stu d ien au sga b e d e r V o rle s u n g e n , B d . 3 P. S z o n d i, Theorie des modernen Dramas, 1 8 8 0 -1 9 5 0 [ títu lo e s ta b le c id o d e sd e esta e d i­
5 ), F ra n k fu rt a. M ., S u h rk am p , 1975 * ed . d e je a n B o lla c k y H e le n S tie r lin . E l lib ro , c ió n ], F ra n k fu rt a. M ., S u h rk am p , 197 ° (j3 195 ^; vid- Teoría del drama moderno. Ten­
p u b lic a d o p o stu m a m en te, tien e su o r ig e n en las le c cio n e s d e ca rá cter m e to d o ló g ic o tativa sobre lo trágico, B a rc e lo n a , D e s tin o , 1994 -* tra d . d e j . O r d u ñ o ) . E l tr a ta m ie n to
im p a rtid as p o r S z o n d i e n los ú ltim o s a ñ o s d e la década d e lo s 6 o ’ . C o n v ie n e in d i­ d ia lé ctico de lo s g é n e ro s p o é tico s es u n a co n sta n te en la o b ra d e S z o n d i: d esde Ver-
car q u e las reflex io n es h erm en éu ticas d e S z o n d i están estrech am en te ligadas desde el such überdas Tragische (F ra n k fu rt a. M ., In sel, 1 9 b !; trad . cit.), d o n d e ab ord a la filo so fía
p r in c ip io a lo s « p ro b le m a s in te rp re ta tiv o s» (Interpretationsprobleme) p lan te ad o s p o r la d ia lé c tic a d e lo tr á g ic o e n la tr a d ic ió n r o m á n tic o - id e a lis t a q u e va d e S c h e llin g y
p oesía tard ía d e H ó ld e r lin , a la q u e el crític o d e d ic ó d istin to s se m in a rio s y escrito s. H egel a N ietzsch e y B e n ja m in , hasta las le c cio n e s académ icas y lo s m agistrales e n sa ­
V id . P. S z o n d i, Estudios sobre Hólderlin (con un ensayo sobre el conocimientofilológico), B a rce lo n a, yos d ed ica d o s a la re c o n s tru cc ió n de la p o é tica —cie rta m e n te d ialéctica— de los g é n e ­
D e s tin o , 1 9 9 2 , trad . d e J . L . V erm a l. ros ideada p o r esa m ism a tra d ic ió n : v id . P. S z o n d i, Poetik und Geschichtsphilosophie I. Antike
IO JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN II

p a r a d ó jic o s e fe cto s q u e se d e s p r e n d e n d e l sistem a d ia lé c tic o m erece tal n o m b re co m o c o n fig u ra c ió n que b ro ta sú b ita m en te


c o n s tr u id o p o r H e g e l. L a c o n e x ió n e n tre u n a c o n c e p c ió n de la tarea fo rm ativa a la p a r q u e ésta p ro g resa e n el p e r fe c c io ­
« a d ia lé c tic a » de fo rm a y c o n te n id o , in d u c id a p o r el c o ro la r io n a m ie n to de su « in te r é s e s e n cia l» .
de la estética idealista sobre la re cíp ro ca d e te rm in a c ió n —y al fin E n el fo n d o la p a ra d o ja ir r u m p e ta n p r o n to c o m o se h ace
id e n tid a d — de am bos, y u n a p o ética « a h is tó r ic a » e id ealizan te, ostensible la fractu ra q u e el p en sa m ie n to h eg elia n o d eja abierta
su ste n ta d a e n la c a te g o r iz a c ió n e s e n cia l e in t e m p o r a l d e lo s e n tre sistema e h isto ria si la d ia lé c tic a siste m á tica a m e n a za c o n
g é n e r o s lite r a rio s , es u n a c o n s e c u e n c ia de la c u lm in a c ió n d el a b so rb er los caracteres p articu lares de lo h istó rico e n b e n e fic io
p en sam ien to d ialéctico e h istó rico e n la filo so fía de H egel. V e a ­ d e la id e n tid a d ( p o r m ás q u e ésta sea e n el E s p ír itu A b s o lu to
m o s, p o r e je m p lo , u n pasaje d e la Estética h e g e lia n a d o n d e , e n resultado ta n só lo in c o a d o e n e l comienzo), la d ia lé ctica h is tó ric a
r e fe r e n c ia a la fo r m a a rtística clásica, se ob serva lo sig u ie n te : real te rm in a , antes o d esp u és, p o r a g rieta r la im p la ca b le p r o ­
« E l arte q u e só lo d eb e b u sc a r e in v e n ta r su c o n te n id o v e rd a ­ g re s ió n te ctó n ica d e l sistem a r e d u c ié n d o la a lo s esco m b ro s de
d ero d escu id a a ú n el lad o de la fo rm a ; p e r o a llí d o n d e la fig u ­ u n fo rm a lism o m eca n icista . P u esto qu e e n las p o éticas d e in s ­
r a c ió n d e la fo r m a (die Bildung der Form) se h a c o n v e r tid o e n el p ir a c ió n h eg elia n a la fo r m a es al sistem a lo q u e el c o n te n id o a
in te r é s e s e n cia l y la tarea a p ro p ia d a , a llí se c o n fig u r a c o n el la h is to ria , o b ie n la m o d e r n a te o r ía de lo s g é n e r o s p o é tic o s
p ro g re so de la rep resen ta ció n (Darstellung) ta m b ié n el c o n te n id o insiste e n la d im e n s ió n sistem ática sa crifica n d o lo s c o n te n id o s
de u n m o d o im p revisto e in a p a re n te , así co m o h em o s visto e n h istó rico s co n creto s a la g e n e ra lid a d in te m p o ra l de las fo rm a s,
g e n e ra l q u e la fo r m a y el c o n te n id o van de la m a n o e n su p e r ­ o b ie n se in c lin a h a cia la v e rtie n te h istó rica se p u lta n d o b a jo lo
fe c c io n a m ie n to » 4. N o es só lo que H e g e l co n cib a el c o n te n id o p a r tic u la r y te m p o r a l d e d ic h o s c o n te n id o s lo s fr a g m e n to s
co m o la mise enforme de u n a esen cia q u e de lo co n tr a r io p e r m a ­ a rr u in a d o s d e las fo r m a s g e n é r ic a s . E ste d ile m a , falso e n su
n e c e r ía r e tra íd a e n su ir r e a lid a d s ile n c io s a o a b so rta en u n abstracta fo r m u la c ió n , se d esp liega p ara S z o n d i e n tres o p c io ­
to r p e b a lb u c e o p r e fig u r a d o r . Es q u e e n la filo s o fía h e g e lia n a nes tom adas p o r la estética y la p o ética co n tem p o rá n eas. L a p r i ­
d e l a rte la fo r m a , q u e tie n e d e su la d o la p o te n c ia id e n tita r ia m era, rep resen tad a p o r B e n e d e tto G ro c e , h ace suya la p é rd id a
d e l sistem a, p r e d o m in a d e p o r sí so b re u n c o n te n id o q u e sólo de la esen cia sistem ática y rech aza d rá stica m en te la le g itim id a d
de in c lu ir en la estética las tres categorías p oéticas (lírica , épica,
d ram a). E n o p o s ic ió n fr o n ta l se e n cu e n tra la segu n d a o p c ió n ,
und Modeme in derÁstketik der Goethezeit. Hegels Lehre von der Dichtung (Stu d ien au sgabe d e r V o r -
le s u n g e n , B d . 2 ), F r a n k fu r t a. M ., S u h rk a m p , 1974 - (Poéticaj filosofía de la historia I , eje m p lific a d a p o r lo s Grundbegriffe der Poetik [Conceptosfundamentales
M a d rid , V is o r, 1 9 9 2 » trad. de F. L . L isi); Poetik und Geschichtsphilosophie II. Von der normati-
de Poética] de E m il Staiger (de q u ie n el p r o p io S z o n d i h ab ía sido
ven zur spekulativen Gattungspoetik. Schellings Gattungspoetik, F an k fu rt a. M ., S u h rk a m p , 19 7 4
(Poéticajfilosofía de ¡a historia II, M a d rid , M ach ado L ib ro s, 2 0 0 6 , trad . d e j . L . A r á n te - d is c íp u lo d ir e c to e n Z ú r ic h ) , q u e se p r o p o n e « r e m o n ta r s e
g u i). L o s a rtícu lo s so b re S c h ille r , F r. S ch leg e l y o tro s aspectos d e la te o ría lite ra ria
h asta t é r m in o s in t e m p o r a le s p a r t ie n d o s ie m p r e d e l f u n d a ­
ro m á n tica (algu n o s d e ellos reco gid o s ta m b ién b a jo el ep ígrafe g e n e ra l de « S u p e r a ­
c ió n d e l c la s ic is m o » e n la v e r s ió n e s p a ñ o la d e lo s Estudios sobre Hólderlin) p u e d e n m e n to h is t ó r ic o d e la p o é t ic a y d e las t ip o lo g ía s lite r a r ia s
e n co n tra rse en la excelen te e d ic ió n fra n cesa de P. S z o n d i, Poésie etpoétique de l ’idéalisme
allemand, París, G a llim a rd , 19 7 4 .
e s p e c ífic a s» . E n c a m b io , la te rce ra p o s ib ilid a d estrib a e n u n a
4 G .W .F . H e g e l, VorlesungenüberdieÁsthetik, F ra n k fu rt a. M ., S u h rk a m p , 1 9 7 0 , v o l. II c o n c e n tr a c ió n e n el á m b ito d e lo h is tó r ic o q u e , s in d e ja r de
(Werke, B d . 1 4 ), p- 2 9 (vid . Lecciones sobre la estética, M a d rid , A k a l, 1 9 8 9 , tr a d . d e A .
B r o tó n s M u ñ o z ). re m itirse a la d ia léctica h e g e lia n a e n tre fo r m a y c o n te n id o , se
12 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 13

im p o n e la tarea d e c o n s tr u ir u n a esté tica h is tó r ic a « m á s allá estables, ca n ó n ic a s p o r c u a n to t e n d r ía n de ese n cia le s, y lo s


in clu so de la lite r a tu r a » . Las obras invocadas co m o ejem p lares n u evos co n te n id o s q u e cu e s tio n a n de raíz, y « d e sd e d e n t r o » ,
s o n a h o r a éstas: Die Theorie des romans [Teoría de la novela] d e G . la vig en cia de las estru cturas fo rm a les en las qu e e m erg e n co m o
L u k á cs, Ursprungdes deutschen Trauerspiels [El origen del 'TrauerspieT ale­ u n a a n tin o m ia in te r n a . E n la d ialéctica en tre la a p aren te esta­
mán] de W . B e n ja m ín y Philosophie der neuen Musik [Filosofía de la nueva b ilid a d n o rm ativa de las fo rm a s y lo s co n te n id o s qu e p o n e n en
música] de T h . W . A d o r n o . tela de ju ic io su ca p a cid a d d e e n u n c ia r lo n u ev o tie n e lu g a r el
L a in flu e n c ia de A d o r n o y d e B e n ja m in fu e sin d u d a d e c i­ m o m e n to h istó rico de la o b ra lite ra ria . F ren te a las p o éticas de
siva e n la fo r m a c ió n de la te o ría crítica de S z o n d i5. P ero si hay ra ig a m b re id e a lista , e n las q u e el m o v im ie n to d ia lé c tic o só lo
u n d e n o m in a d o r c o m ú n en tre las tres obras citadas, n o es o tro co n tem p la u n h o riz o n te ú ltim o , el de la síntesis, la to ta lid ad , la
q u e el d e u n a a c e n tu a c ió n d e la id e a se g ú n la cu a l el ca rá c te r u n iv e rs a lid a d o la id e n tid a d , el c r ite r io d ia lé c tic o d e S z o n d i
te m p o ra l es in e rra d ica b le de la d ia léctica e n tre fo r m a y c o n te ­ d escarta la d e d u c c ió n d e l « d r a m a m o d e r n o » a p a r t ir de las
n id o . Las fo rm a s litera ria s n o están en la h isto ria co m o o b jeto s ca tego ría s e sen cia les d e la p o é tic a siste m á tica d e lo s g é n e r o s
extraños qu e flo ta n se m ih u n d id o s en u n m ar agitado: ellas m is­ para fo ca lizar el análisis e n la ex p o sició n de las co n tra d iccio n e s
m as están in te r io r m e n te trabajadas p o r el tie m p o . L o te m p o ra l desde el in te r io r de cada o b ra, en d o n d e las d ificu ltad es té c n i­
es p o r ta n to u n m o m e n to in m a n e n te al p r o c e s o fo r m a tiv o , cas su rgen co m o sín to m as de u n a d iso n a n cia te m p o ra l in d is o -
d e c a n ta c ió n de u n c o n te n id o e n c o n tr a d ic c ió n c o n e l asp ecto ciable d el p resen te h istó ric o .
fo siliza d o c o n el q u e se p rese n ta la fo r m a e n la o b ra c o n cre ta . L a crítica d ialéctica esbozada en Teoría del drama moderno c o n s­
E l « d r a m a m o d e r n o » n o es u n a sim p le m a n ife s ta c ió n h is tó ­ titu y e u n a p e c u lia r a d a p ta c ió n d e la d ia lé c tic a d e lo c o n c r e to
rica de u n a fo rm a atem p o ral (p. e., lo dramático en Staiger), n i u n p r e c o n iz a d a p o r A d o r n o e n Filosofía de la nueva música, e n cuya
agregado de caracteres adjetivos sum ados a u n g é n e ro sustantivo in tr o d u c c ió n se lee: « E l m é to d o d ia léctico , y esp ecia lm en te el
(D r a m a + c o n v e n c io n e s fo r m a le s d e é p o c a + te m á tica b u r ­ q u e se asien ta so b re sus p ie s e n lu g a r de estar patas a rrib a , n o
gu esa ). L as va ried ad es d e l d ra m a m o d e r n o resu lta n m ás b ie n , p u ed e co n sistir en tratar lo s fe n ó m e n o s in d ivid u ales co m o ilu s ­
segú n S zo n d i, de las co n tra d iccio n es en tre fo rm as con sideradas tra cio n es o ejem p lo s de algo ya só lid a m en te existen te y d is p e n ­
sado p o r el m o v im ien to m ism o d el co n ce p to ; así es co m o d ege­
n e r ó la d ia lé c tic a e n r e lig ió n d e E s ta d o . M ás b ie n se exige
5 La d ed ica to ria a la m e m o ria de A d o r n o ( « DemAndenken Theodor W. Adornos» ) qu e a p a ­
rece en el en sayo d e S z o n d i so b re lo s co n c e p to s d e lo in g e n u o y lo s e n tim e n ta l en tra n sfo rm a r la fu erza d el co n ce p to u n iversal e n el a u to d e sa rro -
S c h ille r su giere hasta q u é p u n to el c r ític o lite ra rio co n s id e ra b a al filó s o fo , n o só lo
co m o el lú c id o d e la to r d e lo s m ito s o c u lto s tras la « d ia lé c tic a d e la I lu s tr a c ió n » ,
11o d el o b je to co n creto y reso lver la en igm ática im ag en so cia l de
sin o ta m b ién co m o el p en sa d o r q u e había llevado lo e le g ia c o -s e n tim e n ta l e n filo s o ­ éste c o n las fu erza s d e su p r o p ia in d iv id u a c ió n » ; o b ie n : « E l
fía al extrem o de p r o p o n e r u n a « d ia lé ctica n egativ a» : vid . P. S zo n d i, « D a s N aive ist
das S e n tim e n ta lis c h e . Z u r B e g r iffs d ia le k tik in S c h ille r s A b h a n d lu n g » , Schriften II p r o c e d im ie n t o [de la crític a ] es in m a n e n te : la e x a c titu d d el
(Essays: Satz u n d G egen satz; L e k tü re n u n d L e k tio n e n ; C e la n - S tu d ie n ) , F ra n k fu rt fe n ó m e n o , e n u n sen tid o qu e sólo se d esa rro lla e n éste m is m o ,
a. M ., S u h rk am p , 19 7 8 , pp- 59 y ss. P o r su p arte, A d o r n o d e d icó a S z o n d i su escrito
so b re la lír ic a tard ía de H ó ld e r lin , titu la d o « P arata xis» e in c lu id o e n Notas sobre lite­ se c o n v ie rte e n g a ra n tía de la v e rd a d y e n fe r m e n t o d e su n o
ratura, u n estu d io e n el q u e n o p o r azar se reiv in d ic a la clariv id e n c ia h is tó r ic o - d ia ­
ve rd a d . L a ca teg o ría g u ía d e la c o n tr a d ic c ió n es ella m ism a de
léctica d el p oeta fre n te a la h ip o sta tiza c ió n o n to ló g ic a d e su p oesía e n la in te r p re ta ­
c ió n de H eid eg g er. naturaleza d oble: qu e las obras c o n fig u re n la c o n tra d icció n y en
i4 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 15

tal c o n fig u r a c ió n la h a ga n s u r g ir d e n u e v o e n lo s rasgos d e su ción a ¡a hermenéutica literaria. E l d ia g n ó stic o d e S z o n d i se resu m e


im p e rfe c c ió n co n stitu ye la m ed id a de su éxito , m ien tra s qu e al pues en la sigu ien te a firm a ció n : « L a h erm en éu tica fu e e n o tro s
m ism o tie m p o la fu erza d e la c o n tr a d ic c ió n se b u rla d e la c o n ­ tie m p o s u n sim p le sistem a de reglas, m ie n tra s q u e h o y es u n a
fig u r a c ió n y d estru y e las o b r a s » 6. H e a q u í la re g la d e o r o d e sim p le te o ría de la c o m p r e n s ió n » (p . 4 3 )-
to d a crítica d ia léctica: la c o n tr a d ic c ió n está e n las o b ra s co m o L a h e r m e n é u tic a f ilo s ó f ic a re stitu y e el im p u ls o d e l id e a ­
p r in c ip io co n s tr u c tiv o que d e te r m in a in te r n a m e n te el lis m o a la u n iv e r s a lid a d p o r vía d e la r e fle x ió n e x is te n c ia l.
m o m e n to d estructivo d e su c o n fig u ra c ió n . L a o b ra n o es to ta - C o n v ie n e r e c o rd a r cuáles so n las o b ras e n las q u e se co n su m a
lizab le ju s to p o r el h ech o de q u e las co n tra d iccio n e s h a ce n que, el g iro hacia u n a te o ría g en e ra l d e la co m p re n sió n : Die Entstehung
al mínimo roce de la in te r p r e ta c ió n , su estru ctu ra estalle e n p e d a ­ der Hermeneutik [190O: El surgimiento de la Hermenéutica] d e W . D ilth e y,
zos. E n u n o de sus escritos ju v e n ile s , « A c tu a lid a d d e la filo s o ­ Sein und %$it [ i g 2 7 : S e rj Tiempo] d e M . H e id e g g e r y Wahrheit und
fía » (19 3 1), el p r o p io A d o r n o a b ju rab a d e la síntesis y la to ta li­ Methode [1960: Verdadj Método] de H . - G . G a d a m e r 7. E n el títu lo
d ad p re sc rita s p o r las v e rs io n e s id ealista s d e la d ia lé c tic a y de la o b ra de D ilth e y el té r m in o a lem á n « E n ts te h u n g » , qu e se
p ro p u g n a b a , in sp irá n d o se e n la lectu ra constelativa de lo fr a g ­ tra d u ce a m e n u d o co m o « o r ig e n » , cu a n d o lite ra lm e n te suele
____

m e n ta rio de B e n ja m in , u n a id ea de la in te rp re ta c ió n filo só fica sig n ifica r « s u r g im ie n to » o « g é n e s is » , in sin ú a la p o sib ilid a d ,


co m o « d e c o n s tr u c c ió n » (Auskonstruktion) de las obras e n p e q u e ­ co n firm a d a p o r la le c tu ra d el texto , de q u e la c o m p re n s ió n sea
ñ o s e lem en to s carentes de in te n c ió n . A esta m ic ro lo g ía m a te ­ c o n c e b id a co m o u n a fa cu lta d co n g é n ita a la naturaleza h u m a n a
r ia lista d e b e la h e r m e n é u tic a s z o n d ia n a su a b s o r c ió n e n lo s y, p o r en d e, u n ive rsal e in te m p o ra l. D e h e ch o D ilth e y so stien e
in tersticio s textuales que e m e rg e n e n la o b ra co m o estigm as de q u e « la p o s ib ilid a d d e u n a in t e r p r e ta c ió n u n iv e r s a lm e n te
la d ia léctica te m p o ra l in v o lu cra d a e n su c o m p o s ic ió n . E l p r o ­ válid a p u e d e d erivarse d e la n a tu ra leza d el c o m p r e n d e r (Natur
y e cto t e ó r ic o - lit e r a r io d e S z o n d i s u p o n e así u n c u e s tio n a - des Verstehens)» , q u e a su vez está e n ra iz a d a e n la « n a tu r a le z a
m ie n to tan to d el esen cialism o h ip o stático de a scen d en cia id e a ­ h u m a n a u n ive rsal» (¿ie allgemeine Menschennatur)^. N o es fácil saber
lista c o m o d e l p o sitiv ism o m io p e q u e la filo lo g ía n o só lo e n q u é p u e d a c o n s is tir u n a in t e r p r e ta c ió n u n iv e r s a lm e n te
a le m a n a h a b ía h e r e d a d o d e la fa s c in a c ió n p o r la a u to rid a d
in o b je ta b le d e lo s h ech o s. Es este d o b le co rrectivo , d ir ig id o ya 7 A esta tríad a h ab ría q u e a ñ a d ir h o y el n o m b r e d e Pau l R ic o e u r, cuyas c o n t r ib u c io ­
nes a la h e r m e n é u tic a filo s ó fic a (p . e ., Le Confit des interprétations. Essais d herméneutique,
sea co n tra la d icta d u ra d e lo fáctico e n la « c ie n c ia lite r a r ia » de
P a rís, S e u il, 1 9 6 9 ) c o m e n z a r o n a d ifu n d ir s e p o r lo s m is m o s a ñ o s e n q u e S z o n d i
te n d e n cia filo ló g ic o -h is to ric is ta , o ya co n tra la u n ive rsaliza ció n e lab o rab a su Introducción. E n lo q u e atañe a lo s co n te n id o s d e u n a filo s o fía d e la c o m ­
p r e n s ió n , J e a n G r o n d in h a s e ñ a la d o q u e u n a hermenéutica general p u e d e d e fin ir s e
d e l « c o m p r e n d e r » e n la h e r m e n é u tic a filo s ó fic a d e l sig lo XX,
i) co m o u n a « u n a te o r ía u n iv e rsa l y n o rm a tiv a d e la in te r p r e ta c ió n q u e p r o p o n e
el que aparece de n u evo co m o u n h ilo c o n d u c to r e n la Introduc- reglas u n iv ersale s, válidas p ara to d as las cie n cia s in te r p re ta tiv a s » , y 2) c o m o « u n a
re fle x ió n filo s ó fica so b re e l fe n ó m e n o de la c o m p r e n sió n y el carácter in terp retativo
d e n u e stra e x p e rie n c ia d e l m u n d o » , v id . J . G r o n d in , Le tournantphénoménologique de
l ’herméneutique, París, P .U .F ., 2 0 0 3 , p . 8 4 . E n re a lid a d esta d is tin c ió n es re d u c tib le
6 T h . W . A d o r n o , Filosofía de la nueva música, M a d rid , A k al, 2 0 0 3 , p p . 3 2 - 3 3 , trad . d e A . « a d u n u m » , p u es tales reglas p re te n d id a m e n te u n iversale s s ó lo p u e d e n ser d e te r ­
B r o tó n s M u ñ o z. U n a secuela —afín a S z o n d i— d e la crític a d ia lé ctica au sp iciad a p o r m in a c io n e s n o m e n o s gen erales de u n a re fle x ió n te ó rica sobre la n atu raleza esen cial
las r e in te rp r e ta c io n e s h eg e lia n o -m a rx is ta s de la E scu ela d e F ra n k fu rt se e n c u e n tra —y en ú ltim a in sta n cia ah istó rica— d el c o m p re n d e r.
e n la « c ie n c ia c r ític a d e la lit e r a tu r a » p ro y e c ta d a p o r P e te r B ü r g e r e n Theorie der 8 V id . W . D ilth e y , « E l s u rg im ie n to de la h e r m e n é u tic a » , en Dos escritos sobre hermenéu­
Avantgarde ( l 9 7 4 : vid . Teoría de la vanguardia, B a rc elo n a , P e n ín su la , 19 8 7 ). tica, M a d rid , Istm o, 2 0 0 0 , p . 7 1, trad . d e A . G ó m e z R am o s (cuya e d ic ió n , adem ás
i6 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 17

válida, se d iría qu e situada p o r en cim a d e l tie m p o y d el espacio a h o ra la c o m p le jid a d d e la h e r m e n é u tic a o n to ló g ic a d iseñ ad a


h istó ric o s, y m e n o s tod avía e n q u é se n tid o cabe h a b la r de u n a p o r H eid eg g e r, n i la p r o fu n d id a d d e sus análisis fe n o m e n o ló -
n a tu ra le z a h u m a n a u n iv e rs a l d e la q u e h a b ría de se g u irs e la gicos. T o d o co n siste d e n u ev o e n a d v ertir q u e e n Serj Tiempo el
in fa lib ilid a d d el co m p re n d e r. E n cu a lq u ie r caso, la h e r m e n é u ­ co n ce p to h eid egg erian o de co m p re n sió n se eleva al ran go de u n
tica de D ilth e y p re scin d e de las reglas especiales ap licables e n la a xio m a o n to ló g ic o cuya u n iv e rs a lid a d exclu ye c u a lq u ie r c o n ­
in te r p r e ta c ió n de lo s textos c o n el fin p r o fu n d iz a r e n los c o n ­ d escen d en cia a los aspectos p articu lares de la p ráctica in te r p r e ­
te n id o s u n iversales de la c o m p re n s ió n , e n tre lo s q u e d estacan tativa. D e este m o d o la d ife r e n c ia e n tre « c o m p r e n d e r » y
lo s co n ce p to s p sico ló gico s, d e suyo h istó rico s p o r dem ás y re la - « e x p lic a r » —p ro v e n ie n te de la ep istem o lo g ía d e c im o n ó n ic a de
tiv iza b le s, d e « v iv e n c ia » (Erlebnis), « e m p a t ia » (Einfühlung) y las cien cia s d e l e s p ír itu — q u e d a za n ja d a c o n la a fir m a c ió n de
« re v iv e n c ia » (Nacherleben). N i q u e d e cir tie n e q u e la n o c ió n de q u e u n o y o tr o n o s o n m ás q u e d eriv a d o s ex iste n cia le s d e u n
em patia, qu e designa la r e p r o d u c c ió n u n tan to m isterio sa e n el Verstehen p r im a r io c o n c o m ita n te d el ser m ism o de la existen cia;
in té rp re te d el m u n d o p s íq u ico y de las ex p erien cia s b io g rá fica s o el c o n c e p to d e c ír c u lo h e r m e n é u t ic o , de u n a im p o r ta n c ia
d el a u to r en capsuladas e n la o b ra , p o c o o nad a p u e d e a p o rta r a q u e n o p u e d e ser obviada p o r n in g u n a te o ría d e la in te r p r e ta ­
la so lu ció n de los prob lem as interpretativos qu e suscita la lectu ra ció n , se co n v ierte, o n to lo g iz a d o , e n u n fe n ó m e n o ín sito e n la
de lo s texto s co n c re to s. E n este s e n tid o , la Einfühlung ca rece de e stru ctu ra e x isten cia l d e l s e r - a h í (c fr . Serj Tiempo, §§ 31 y 3 2 ),
to d a relevan cia p a ra la Einführung de S z o n d i p o r el solo h e c h o de q u e p o r eso m ism o se d e fin e ta m b ié n co m o el ser q u e existe,
q u e se p e rm ite d ar p o r resu eltos los p ro b lem a s textuales qu e ha circu la rm e n te, co m p re n d ie n d o el co m p re n d e r. In clu so la idea
d e co n te m p la r y so m eter a crítica u n a h e rm e n é u tic a lite ra ria . de u n a h e rm e n é u tica de la fa cticid a d está im b u id a d e sustancia
E n la f ilo s o f ía d e H e id e g g e r la h e r m e n é u t ic a d e sesgo o n to ló g ica , p u es H e id e g g e r es p ro cliv e a eq u ip a ra r lo s c o n te n i­
fe n o m e n o ló g ic o hace las veces de in stru m e n to para u n a h ip o s - dos de lo fáctico c o n la d ete cció n , q u e nada tie n e de in m ed iata,
tatizació n de la existen cia p o r m ed io de u n a o n to lo g iz a c ió n del d e las c o n d ic io n e s de p o s ib ilid a d d e la c o m p r e n s ió n e n lo s
c o m p r e n d e r . E l Dasein es, e n e fe cto , el en te q u e existe « c o m ­ fe n ó m e n o s de u n a existen cia co tid ia n a g en era lizab le.
p r e n d ie n d o » , y este m o d o de ser co m p re n sió n d el S e r e n tra ñ a E l g iro o n to ló g ic o de la h e rm e n é u tica in clu ye u n a ex p licita-
to d a p o s ib le a p e rtu ra d e y a la ex iste n cia . N o está e n c u e s tió n c ió n d e lo s c o n te n id o s « a p r i o r i » d e l c o m p re n d e r. E sta r e o ­
r ie n ta c ió n tra scen d en ta l d e la te o ría de la c o m p re n s ió n —ya en
H e id e g g e r d e u d o r a d e l c r itic is m o k a n tia n o — se c o m p e n d ia ,
d e ex celen te, traslada c o n to d o r ig o r el títu lo o rig in a l). E n to rn o a la re la c ió n en tre
crítica litera ria y filo lo g ía D ilth ey h ace u n a in d ic a c ió n p ersp icaz q u e n o está d e más
d o m e stica d a o u rb a n iz a d a , e n la sis te m a tiz a c ió n q u e o fr e c e
tra n s crib ir aq uí: « la crítica litera ria es el req u isito p re vio d e la filo ló g ic a : p u es p r e ­ G a d a m e r e n Verdadj método. L a Universalitátsanspruch o p r e te n s ió n
cisam en te a p a r tir d e l ch o q u e c o n lo in c o m p r e n s ib le y lo ca re n te d e v a lo r su rge su
im p u ls o , y la c r ític a lite ra ria , e n cu a n to v e rtie n te estética d e la filo ló g ic a , tie n e su d e u n iv e rs a lid a d d e la h e r m e n é u tic a filo s ó fic a g a d a m e ria n a
recu rso a u x ilia r e n é s ta » , ed . c it., p . 9 5 . N o se trata só lo d e q u e D ilth e y su braye la con siste, n o ya o n o só lo en la su b su n ció n d e lo o n to ló g ic o en
Unverstandlichkeit o in c o m p r e n s ib ilid a d c o m o o b je to p r o p io d e la crític a lite r a r ia de
base h e rm e n é u tic a , sin o ta m b ién de q u e, a pesar d e su re c e lo an te el u n iversalism o lo lin g ü ís tic o ( « E l ser, q u e p u e d e ser c o m p r e n d id o , es l e n ­
d ilth eyan o , S z o n d i retom ará en su Introducción la tesis d e q u e la h e rm e n é u tic a litera ria g u a je » ) , sin o so b re to d o e n la tra s c e n d e n ta liz a c ió n d e l c o m ­
es la « ve rtie n te estética de la filo ló g ic a » y d e que ésta sólo p u e d e ser u n in stru m e n to
au x iliar de aq uélla. p re n d e r, cuyas estructuras se c o n v ie rte n en p r e c o n d ic io n e s del
i8 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 19

c o n o c im ie n t o y e n p r e s u p u e s to s c im e n ta d o r e s d e la c r ític a m a r p a ra sí la d e n o m in a c ió n d e c ie n c ia , c o n to d a la so le m n e
e p is te m o ló g ic a . L a tesis se g ú n la cu a l la « h is t o r ia e fe c tú a !» leg itim id a d a la que esta p alabra aspira en la tra d ic ió n filo s ó fica
(Wirkungsgeschichte), la p r e c o m p re n sió n tra n sm itid a y a u n tie m p o (epistéme, scientia, Science, Wissenschaft), n o deja de ser u n a p e tic ió n de
textu alm en te sedim entada e n cada h o riz o n te h istó rico , es c o n s­ p r in c ip io tras la q u e se esco n d e u n a m ix tific a c ió n asu m id a sin
titutiva d e lo c o m p re n d id o y subyace co m o req u isito p o sib ilita - reservas p o r el cie n tificism o a crítico de la filo lo g ía de base h is -
d o r e n c u a lq u ie r m o d a lid a d d e c o n o c im ie n t o c o n d u c ir ía a toricista. L a Introducción es, e n este se n tid o , u n a v a r ia c ió n so b re
c u e s tio n a r el d o g m a tism o c ie n tífic o a través de u n a h is to riz a - u n m ism o tem a a b o rd a d o e n o tro s dos escritos m e to d o ló g ico s:
c ió n crítica de sus categorías: si n o fu e ra p o rq u e e n G a d a m er el « A c e r c a d e l c o n o c im ie n to f ilo ló g ic o » y « L a h e r m e n é u tic a de
análisis de la p re -e s tru c tu r a de la c o m p re n s ió n se p o n e al se r­ S c h le ie r m a c h e r » io. E n to d o s ello s se d e fie n d e d e u n a u o tra
v ic io d e u n a lin g ü is tic id a d y u n a h is to ric id a d q u e, u n ive rsales fo r m a la id e a d e q u e el c o n o c im ie n t o de la lit e r a tu r a es u n
p o r esenciales, p re sid e n a m o d o de u n primum mobile to d o a c o n ­ a rte, y n o u n a cie n cia : el arte d e la crítica e in te r p r e ta c ió n de
te ce r p o sib le d e la h isto ria , la c o m p re n s ió n y el c o n o c im ie n to . lo s tex to s lit e r a r io s . L a p r o p ia p a la b r a a rte , q u e e n o tr o
E l tra ta d o de G a d a m e r fu e , s in e m b a rg o , u n revu lsivo p a ra el tie m p o s ig n ific ó u n c o n ju n t o d e reglas a d q u ir ib le s m e d ia n te
esco ra m ie n to de la « c ie n c ia lite r a r ia » a lem an a h acia lo h is tó ­ ap ren d izaje y ap licables a la c o n s e c u c ió n m etó d ica de u n a tarea
r ic o r e iv in d ic a d o p o r H . R . Jauss y la Rezeptionsásthetik. S z o n d i p ro d u ctiv a (ars fren te a natura), ha lleg ad o a sig n ifica r u n a cap a­
c o m p a rte c o n Jauss cierta a ctitu d p r o v o c a d o r a 9: la su p e ra c ió n c id a d c r e a d o r a o u n a d estreza e n p a rte in n a ta d e la q u e ,
d e la cien cia lite ra ria p o r m e d io d e u n a r e h a b ilita c ió n h e r m e ­ d e b id o a su tra sfo n d o su b jetivo e irr a c io n a l, n o es p o sib le d ar
n é u tica de la h isto ria litera ria . P ero m ien tras qu e e n la « p r o v o ­ cu en ta (ars fre n te a scientia). D e ahí esta o b serv ació n de S z o n d i:
c a c ió n » de Jauss prevalece la in te n c ió n de co rr e g ir la p e rsp e c ­ « E l arte de la in te r p r e ta c ió n n o lle g ó a e la b o ra r u n a d o c trin a
tiva a h istórica d o m in a n te p o r en to n ces e n la crítica e u ro p e a de m aterial de la in te r p r e ta c ió n , la cu al m u y b ie n h u b ie r a p o d id o
cu ñ o fo rm alista y estructuralista, en la de S zo n d i tien e más peso estar p residida p o r la circu larid ad de la co m p re n sió n . L a palabra
la r e c u s a c ió n d e l a n q u ilo s a m ie n to —id e a lista u n a veces, o tra s 'a r t e ’ se e m p le a b a c ie r ta m e n te e n a q u e l s e n tid o a n tig u o q u e
positivista— qu e afectaba m ed u la rm e n te a la crítica filo ló g ic a de h ace r e c o rd a r el 'arte de la fu g a ’ (Kunst der Fuge) —ars interpretando
tra d ic ió n germ á n ica . técnica de la in te r p r e ta c ió n —, p e r o la o p in ió n d e q u e se tratab a
El té r m in o Literaturwissenschaft, « c ie n c ia lit e r a r ia » , da n o m ­ d e u n a rte q u e se p u e d e m o s tra r, p e r o n o e n s e ñ a r , y m e n o s
b re a u n m o d o de e n te n d e r el c o n o c im ie n to filo ló g ic o c o n tra a ú n s o m e te r a u n a n á lis is c r ític o d e c a r á c te r g n o s e o ló g ic o ,
el qu e lan za u n d esm en tid o la h e rm e n é u tica szo n d ia n a. Q u e el
análisis y la in te r p r e ta c ió n de las obras litera ria s p u e d a n re cia -
IO La p rim e ra v e rsió n de « A c e rc a d e l c o n o c im ie n to filo ló g ic o » ap areció b a jo el títu lo
« Z u r E r k e n n tn is p ro b le m a tik in d e r L ite ra tu rw isse n sch aft» [ « S o b r e la p r o b le m á ­
tica d el c o n o c im ie n to en la cie n cia lite r a r ia » ] e n DieNeue Rundschau (73 ‘ L 1 9 ^ 2 ), y
9 E l p ro g ra m a te ó r ic o - c r ític o de Jauss, sin tetizad o en el títu lo «Literaturgeschichte ais Pro- fu e p u b lic a d o años d espués co m o p ró lo g o e n la p rim e ra e d ic ió n d e lo s Hólderlin-Stu-
vokation der Literaturwissenschaft» [La historia literaria como provocación de la ciencia literaria], data dien. Mit einem Traktat überphilologische Erkenntnis (F ra n k fu rt a. M ., In se l, 1 9 6 7 ) . « L ’h e r -
d e la c o n fe re n c ia in a u g u ra l p ro n u n c ia d a p o r el cr ític o alem án en la U n iv e rsid a d de m é n e u tiq u e d e S c h le ie rm a c h e r» se p u b lic ó in ic ia lm e n te en tr a d u c c ió n fra n cesa de
C o n sta n z a en 1967= v id . H . R . Jauss, La literatura como provocación, B a rc e lo n a , P e n ín ­ A . B u g u e t e n la revista Poétique (2 , 1 97 ° ) ; Ia v e r s ió n a le m a n a está r e c o g id a e n P.
sula, 1 9 7 6 , trad. d e j . G o d o . S z o n d i, Schrijlenll, c it., p p . 1 0 6 - 1 3 0 .
20 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 21

estu vo s in d u d a p r o p ic ia d a p o r la e le c c ió n de esta p a la b r a » p ara in d ica r la r e la c ió n d el acto in terp reta tivo c o n el te x to 11. L a


(Introducción, p p . 4 5 s -)- c o n c e n tr a c ió n m in u c io s a e n la d im e n s ió n te x tu a l era c ie r ta ­
Las razones p o r las qu e S z o n d i insiste en d e fe n d e r u n a c o n ­ m e n te u n v ie jo p o stu la d o filo ló g ic o q u e h a b ía n r e fo r m u la d o ,
c e p c ió n « a r t ís t ic a » d e la in t e r p r e ta c ió n s u s te n ta n al m ism o cada u n o a su m a n e ra , lo s d is tin to s m é to d o s, a ú n v ig e n te s a
tie m p o su id ea d el c o n o c im ie n to crítico de la o b ra lite ra ria . L a fin ales de los años sesenta, de la llam ad a « in te r p re ta c ió n in m a ­
o b jetivid ad , la u n iversalid ad , la validez g en era l y la d u ra n e cesi­ n e n te » (de la werkimmanente Deutung al cióse reading) cultivada p o r la
dad so n los fetiches d ogm áticos d el c o n o cim ie n to c ie n tífic o . E n crítica fo rm alista eslava, la Stilkritik alem ana o el New Criticism n o r ­
c a m b io , el c o n o c im ie n to a rtístico llev a c o n s ig o , in e lu c t a b le ­ te a m e r ic a n o . S in e m b a rg o , la h e r m e n é u tic a d e S z o n d i se
m en te, tres rasgos qu e co n v ie n e n ta m b ién a la crea ció n e in t e r ­ im p o n e la tarea de h isto riz a r la in m a n e n c ia sin restar p o r ello
p r e ta c ió n de las o b ra s lite r a ria s : la te m p o r a lid a d (histórica), la im p o r ta n c ia a la e x p lo r a c ió n p o r m e n o r iz a d a de lo s estrato s
p a rticu la rid a d (idiográfica) y la lib e rta d (subjetiva). U n a « d o c tr in a fo r m a le s d e l te x to . « A lw ay s h is t o r ic iz e !» , e x h o rta —n o sin
m aterial de la in te r p r e ta c ió n » te n d ría qu e co rr e s p o n d e r tan to cierta ir o n ía — F r e d r ic J a m e s o n al c o m ie n z o de The Political
al carácter artístico de su m é to d o cu an to al m o d o de ser ig u a l­ Unconscious. E ste im p e ra tiv o , ir r e n u n c ia b le p a ra u n a c r ític a
m e n te a rtístico d e las o b ra s lite r a ria s: y d esd e la estética k a n ­ m aterialista, se d eriva d e la estru ctu ra m ism a d e l p e n sa m ie n to
tian a la palabra arte sólo p u ed e em p learse « c o n to d o d e re c h o » d ia léctico : la a u to c o n c ie n c ia . D ia lé c tic ó es ya el c o n o c im ie n to
p a ra d e n o m in a r « la p r o d u c c ió n p o r m e d io de la lib e rta d » (die qu e se d irige a u n o b je to dad o y al m ism o tie m p o co n sid era las
Hervorbringung durch Freiheit, cfr. Crítica del Juicio, § 43 )- E l u n iv e rs a ­ c o n d ic io n e s, in d e fe c tib le m e n te h istó rica s, de su c o g n o s c ib ili­
lism o o n to lo g iz a n te d e la h e r m e n é u tic a filo s ó fic a y la a u t o r i­ d ad . S z o n d i d e ja e s crita su Introducción p o r la m ism a é p o c a e n
d ad in a p e la b le d el datum e n la filo lo g ía p o sitivista so n c ó m p li­ qu e J a m eso n ex p o n e, en Marxism and Form (19 71), su p ro g ra m a de
ces se cre to s e n el in t e n to de le g it im a r su c o n o c im ie n t o crítica d ia léctica fu n d a d o e n « a m arxist h e r m e n e u t ic » 12. U n a
rein y ecta n d o e n el c o n ce p to de c o m p re n s ió n u n su ce d á n e o de h erm en éu tica sólo p u ed e ser m arxista si sus categorías in te r p r e ­
la n e cesid a d « c ie n t ífic a » . Es p re cisa m e n te este cu lto a la v a li­ tativas so n co n ceb id as co m o tales, esto es: co m o u n a m e d ia ció n
dez g e n e ra l o al im p e rio d e lo factu al, e n cuyos p re ce p to s le g a - q u e a su vez d eb e ser in te r p r e ta d a —y e n su caso c u e s tio n a d a —
lifo r m e s p e rm a n e ce larvada la fu e rza in e x o r a b le de lo n e ce sa ­ desde u n a persp ectiva h e rm e n é u tico -m a te ria lista . L a h isto riza -
r io , el q u e im p id e d e a n te m a n o la a p e r tu r a de la p r á c tic a c ió n d e S z o n d i r e q u ie re p o r tan to ex p licita r lo s fu n d a m e n to s
in te r p r e ta tiv a a la h is to r ic id a d , la p a r tic u la r id a d y la lib e r ta d d ia lé c tic o s d e u n a d o c tr in a m a te r ia l de la in t e r p r e ta c ió n , d e
de las qu e es p r o d u c to (cie rto q u e trasp asado de c o n tr a d ic c io ­ u n a h e rm e n é u tica qu e co n ten ga tan to la re g u la c ió n de la p rá c -
nes) cada o b ra lite ra ria .
11 V id . R . N agele, « T e x te , h is to ire et sujet critiq u e . R em arqu es su r la th é o rie et la p ra -
E n tanto que reflex ió n crítica, la h erm en éu tica literaria ha de tiq u e d e F lie r m é n e u tiq u e ch ez P eter S z o n d i» , e n Vade critique (Un colloquesur l ’oeuvre de
p o n e r en u n p r im e r p la n o la dialéctica en tre la in m e r s ió n e n la PeterSzondi), e d . d e M . B o llack, L ille , Presses U n iversitaires d e L ille , I 9 7 9 >p* 5 5 -
12 F. J a m eso n , « T o w ard s D ia le ctica l C r it ic is m » , Marxism and Form. Twentieth-Century Dialec-
esfera m a te ria l d e l texto y la m e d ia c ió n h is t ó r ic o - c o n c e p t u a l tical Theories ofLiterature, P rin c e to n , N .J ., P rin c e to n U n iversity Press, I 9 7 1 - Para hacerse
u n a id ea de la p o sib le a fin id a d de ¡oin e n tre S z o n d i y J a m e so n basta c o n re c o rd a r los
qu e inevitablem en te co m p o rta tod a in terp reta ció n . N o es casual
au to res a lo s q u e éste d e d ica lo s en sayos de su lib r o : A d o r n o , B e n ja m in , M arcu se,
q u e S z o n d i r e c u r r a a la im a g e n d e l « s u m e r g ir s e » (versenken) B lo ch , Lukács, Sartre.
22 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 23

tic a in te r p r e ta tiv a c o m o e l e x a m e n c r ític o d e su c o n s is te n c ia p o r el m o m en to abstractivo de la in te rp re ta ció n . H ab id a cu en ta


h istó rica . T ratem o s pu es de p recisa r cuáles so n p a ra S z o n d i los de qu e el saber filo ló g ic o es so b re to d o u n a actividad, la p raxis
p r in c ip io s te ó r ic o - crítico s de u n a hermenéutica material d e la o b ra d e la in te r p r e ta c ió n h a d e serv irse de reglas cuya v a lid e z só lo
litera ria : p u e d e ser d e c id id a p o r el re a ju ste a p lica tiv o al q u e o b lig a e n
* u n a h e r m e n é u tic a lit e r a r ia n o p u e d e e s ta tu ir sus reglas cada caso la in m e r s ió n e n las p a rticu larid a d es m ateriales de las
m e d ia n te u n r e to r n o a lo s m o d e lo s filo ló g ic o s d e l p a sa d o , lo obras. S z o n d i recu erd a algo q u e a m e n u d o se olvida: lo s textos
q u e su p o n d ría in vo car de n u evo los co n ce p to s de la h e r m e n é u ­ se p r e s e n ta n c o m o in d iv id u o s y n o co m o e je m p la re s, p o r lo
tica p re filo s ó fica . L a r e fle x ió n so b re las prem isas co n cep tu a les, q u e su in te r p r e ta c ió n tie n e q u e p r o d u c ir s e de a cu e rd o c o n el
m eto d o ló gica s e id eo ló gica s de la in te rp re ta c ió n se to r n a in d is ­ p ro c e so c o n c r e to d e l q u e so n re su lta d o , y n o se g ú n u n a regla
p en sab le p o r el m ero h ech o de q u e u n a h e rm e n é u tica m aterial abstracta qu e n i siq u iera p o d r ía en u n cia rse sin la c o m p re n sió n
h a d e tra e r co n sig o « la c o n c ie n c ia de la p r o p ia h is to r ic id a d » de lo s p asajes y las o b ra s in d iv id u a le s . L a h is to r ic id a d m ism a
(das Bewusstsein der eigene Histori/Jtát). S i es cierto que las reglas in te r ­ está e n el te x to , n o co m o r e fe r e n c ia a u n c o n te n id o e m p íric o
pretativas d e la h e r m e n é u tic a p r e c r ític a están ligadas a las d is­ q u e la tra sc ie n d e o la su b su m e e n u n a c o n te c e r g e n e r a l, sin o
tin tas fu n c io n e s q u e p rescrib e su h o riz o n te de época, y si ta m ­ co m o fa c to r in h e r e n te d el q u e d e p e n d e su in d iv id u a c ió n : « la
b ié n lo es qu e la filo lo g ía tra d ic io n a l cree p o sib le p re sc in d ir del h isto ricid ad fo rm a p arte p recisam en te de su p articu larid ad , p o r
análisis de sus p r o p io s c o n te n id o s h istó rico s, n o lo es m e n o s el lo q u e só lo p u e d e ser e n te r a m e n te ju s to c o n la o b r a d e arte
h e ch o de que las categorías u niversales de la h e rm e n é u tica f i l o ­ aq u el m o d o de c o n s id e r a c ió n qu e p e rm ita v e r la h isto ria e n la
só fica están c o n d ic io n a d a s p o r la h e g e m o n ía d e la a u to r r e fle - o b ra de arte y n o a q u e l q u e vea la o b ra de arte en la h is to r ia »
x ió n crítica e n la m o d e r n id a d y se p r e te n d e n in m u n e s a la h is­ (« A c e rc a d el c o n o c im ie n to filo ló g ic o » , p p . 2 8 - 2 9 ) *3;
to r ic id a d d e l c o m p r e n d e r so b re la q u e te o r iz a n d esd e u n a * u n a h erm en éu tica m aterial es u n a hermenéutica de la temporali­
p o s ic ió n h ip e r u r a n ia . P o r ta n to , u n a d o c tr in a m a te r ia l d e la dad cen trada e n la in te rp re ta c ió n textual de las d isco n tin u id a d es
in te rp re ta c ió n lite ra ria sólo p u ed e co n stitu irse so b re la base de y co n trad iccio n es in m a n en te s al p ro ceso de co n fig u ra c ió n de la
la dialéctica en tre esas dos co n ce p cio n e s h istó ricas d e la h e r m e ­ o b ra lite r a r ia 14. L a p rá c tica in te rp re ta tiv a de S z o n d i p riv ile g ia
n éu tica . Q u ie r e esto d ecir que, según arguye S zo n d i, « a s í co m o
la in terp reta ció n n o p u ed e pasar p o r alto los h ech os que ap ortan 13 L a n o c ió n szo n d ian a de Historújtát está in sp irad a e n la c o n c e p c ió n h is tó ric o -m a te ria ­
lista d e W a lte r B e n ja m in . E n lu g a r d e o fr e c e r u n a « im a g e n e te r n a d e l p a s a d o » ,
el texto y su h istoria, así tam p o co la a p elació n a lo s h ech o s p u ed e co m o hace la perspectiva ép ica d el h isto ric ism o , e l co n o c im ie n to h is tó ric o d e l m ate­
p asar p o r alto las c o n d ic io n e s b a jo las cuales se c o n o c e n lo s rialista apela a u n a « e x p e rie n c ia ú n ic a c o n é l» . Para B e n ja m in la h is to ria es o b je to
de u n a co n stru cc ió n d ialéctica a la q u e atañe la su perviven cia d e lo ya sid o co m o o r i­
h e ch o s» (« A c e r c a del c o n o cim ie n to filo ló g ic o » , p . 31); gen qu e sólo p u e d e ser re c o n o cid o en cada p resen te. S z o n d i hace suya, p o r lo dem ás,
la id ea b e n ja m in ia n a de la in te rp re ta c ió n h istó rica co m o co n s tr u c c ió n p o r la qu e la
* u n a h e r m e n é u tic a lite r a ria d ebe a rm o n iz a r e n lo p o sib le
o b ra q u e d a co n se rv ad a y a b s o rb id a e n la o b ra d e u n a v id a, e n ésta la é p o c a y e n la
el tra ta m ie n to d e lo s ca ra cteres p a rtic u la r e s d e l te x to c o n lo s é p o c a el d e cu rso h is tó ric o : v id . W . B e n ja m in , « H is to r ia y c o le c c io n is m o : E d u a rd
F u ch s » , Discursos interrumpidos I, M a d rid , T a u ru s, 19 8 9 , e d . d e j . A g u ir r e , p p . 9 1 - 9 2 .
c o n te n id o s g en era le s q u e la in te r p r e ta c ió n (e n cu a n to m e d ia ­ 14 R a in e r N ágele h a destacad o a tin a d a m e n te q u e p a ra S z o n d i « la h is to ria n o ap arece
c ió n crítica) im p lica o d ete rm in a ; y ello de m an era q u e el détail sim p le m e n te e n e l texto co m o la d e n o ta c ió n positiva de u n a sig n ific a d o , s in o co m o
u n a d ife r e n c ia te m p o r a l in m a n e n te al p r o c e s o m is m o d e la s ig n if ic a c ió n » , v id .
concret y lo s rasgos id io g rá fico s d el texto n o re su lte n fa gocitad o s « T e x te , h is to ire et su jet c r itiq u e » , c it., p . 5 2 .
24 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 25

crítica m en te dos p ro c e d im ie n to s to m a d o s d e en tre las reglas de de las palabras) y « p a ra le lism o r e a l» (Sachparallelismus■■ id e n tid a d
exégesis textual establecidas p o r la h e rm e n é u tic a filo ló g ic a tra ­ de la « c o s a » sig n ifica d a) p lan tea a la in te r p r e ta c ió n el reto de
d ic io n a l: el análisis de las varian tes textuales y el m é to d o de los d etectar h o m o n im ia s y sin o n im ia s en tre las exp resio n es de dos
pasajes p a ra le lo s (Parallelstellenmethode). Las v a ria n tes tex tu a le s, o m ás textos. E l sim p le p a ra lelism o ve rb a l, h ace n o ta r S z o n d i,
p o r e je m p lo lo s esbozos q u e H ó ld e r lin h izo d e a lg u n o s d e sus es p o r p r in c ip io fá cil d e captar, p u es estriba e n la d o b le o m ú l­
h im n o s ta rd ío s o las d istin ta s v e rs io n e s fr a g m e n ta r ia s de u n tip le o c u r r e n c ia de las m ism as p a la b ra s, p e r o n o lo es ta n to
p o e m a in a ca b a d o de M allarm é co m o Hérodiade, n o só lo p e r m i­ saber si la m ism a p a la b r a tie n e e l m ism o s ig n ific a d o e n d os
te n r e c o n s tru ir la « g é n e s is » de la o b ra e n re la c ió n c o n el p r o ­ p asajes, n i s iq u ie r a si e l p a sa je p a ra le lo es el a p r o p ia d o p a ra
ceso m aterial de su escritu ra, sin o ta m b ié n lo s h iato s te m p o r a ­ d ilu c id a r el s ig n ific a d o q u e se h a d e in t e r p r e ta r , p o r q u e la
les q u e e m e r g e n e n el c o te jo d e lo s tex to s c o m o v a c ila c io n e s , d e c is ió n s o b re to d o e llo está ya p r e v ia m e n te to m a d a p o r la
tach a d u ra s, c o rr e c c io n e s o c o n tr a d ic c io n e s . Estas v a ria c io n e s estrategia in te rp re ta tiv a (Introducción, p . 1 6 3 ). E n to d o caso, el
tem p orales p u e d e n rem itir, llegad o el caso, a co n te n id o s sin g u ­ m é to d o d e lo s p a sa jes p a r a le lo s es a lg o m ás q u e u n a t é c n ic a
la re s d e u n a e x p e r ie n c ia b io g r á fic a , te x tu a liza d a a su vez e n p r o b a to r ia p a ra la in t e r p r e ta c ió n d e la co n s ta n c ia o la v a r ia ­
n otas, cartas, d o cu m e n to s o ensayos, q u e d ebe ser co n sid era d a c ió n co n tex tu a l d el s ig n ifica d o a m b ig u o u o p aco d e u n pasaje.
e n la in t e r p r e ta c ió n c o m o u n a d im e n s ió n c o n s tru c tiv a d e la Es ta m b ié n u n p r o c e d im ie n t o q u e h a ce p o s ib le e v id e n c ia r la
o b ra. P ero es aú n m ayor la relevancia h erm en éu tica d el m éto d o e s c a n s ió n te m p o r a l, m a rca d a p o r cesu ra s, im p líc it a e n la
de lo s pasajes p a ralelos, d el q u e S z o n d i e n c u e n tra u n a e x p o si­ e scritu ra de u n a o b ra lite r a r ia c o m o la fo r m a q u e b ra d a de su
c ió n té c n ic a e n d os tra ta d o s ya r e m o to s d e l ars interpretandi, la h isto ricid a d :
Einleitungzur richtigen Auslegung vernünfftiger Reden und Schrifften [ l 7 4 2 :
«pues las contradicciones o las inconsecuencias de una obra
Introducción a la correría interpretación de discursosj escritos racionales] de
no son simplemente consecuencia del tiempo que necesitó su
J . M . G h la d e n iu s, y el Versuch einer allgemeinen Auslegungskunst [ l 757 : com posición , sino más b ien de la posible in tegración en la
Ensayo de un arte general de la interpretación] d e G . F r. M e ie r 15. L a obra del elem ento tem poral. Si el curso tem poral n o es u n
in te r p r e ta c ió n de lo s pasajes p a ra lelo s (locaparallela, Parallelstellen) simple objeto para la obra (tiem po narrado) n i u n m edio de
se basa ya sea e n la id e a de qu e u n a m ism a ex p resió n , u n a p a la ­ expresión exterior a su intención (tiempo de la narración); si
b ra , u n a frase, u n a m etáfo ra , p u e d e a p arecer e n d istin to s te x ­ la idea de la obra sólo se revela en su movimiento hacia fuera,
tos d e u n m ism o a u to r c o n s ig n ific a d o s d ife r e n te s , o ya e n el en su salida a la diferencia tem poral, la obra sólo puede con ­
cebirse como un proceso en el que cada pasaje debe ser inter­
su p u esto d e q u e d ife re n te s ex p re sio n e s p u e d e n lo c a liz a r s e e n
pretado tenien do en cuenta su p o sició n en dicho proceso.
d is tin to s tex to s c o n u n s e n tid o e q u iv a le n te . L a d is tin c ió n de
Esta relación entre la estructura de la ohra y la tem poralidad
M e ie r e n tr e « p a ra le lis m o v e r b a l» (Wortparallelismus: id e n tid a d es uno de los temas de la teoría histórica de las formas litera­

15 C o n v ie n e n o o lv id ar qu e la Introducción d e S z o n d i está d ed icad a al e stu d io d e lo s tr a ­


rias ...» (Introducción, p. 167) ■
tadistas d e h e rm e n é u tic a alem an es d e los siglos XVIII y XIX, c o n especial a te n c ió n a las
artes de la in te r p re ta c ió n p refilo só fica s d e j . M . C h la d e n iu s , G . F r. M e ie r y F r. A st. 16 S e ñ a le m o s d e p aso q u e la « h e r m e n é u tic a d e la te m p o r a lid a d » de S z o n d i es c o e tá ­
S o b re estos auto res p u e d e co n su ltarse la o b ra de M . F erraris, Historia de la hermenéutica, n e a d e la « R e tó r ic a de la te m p o r a lid a d » ( 1 9 6 9 ) d e P a u l d e M a n , u n en sayo q u e
M a d rid , A k a l, 2 0 0 0 , trad . d e J . P érez d e T u d e la . —a u n q u e d esd e o tras p o s ic io n e s críticas— cu e stio n a e l au to m a tism o d e la d ia lé ctica
26 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 27

* u n a h e rm e n é u tic a lite r a ria « m od ern as» exige la r e c o n c i­ sente. Y ello p o r la sola ra z ó n de q u e la co n cie n cia d e la p r o p ia
lia c ió n de filo lo g ía y estética. S z o n d i co n o c ía esta in d ic a c ió n de h is to r ic id a d im p o n e a la te o r ía m a te r ia l d e la in t e r p r e ta c ió n
F r. S c h le g e i: « L a h is to r ia d e la p o e sía m o d e r n a q u iz á e n la u n a rela ció n constitutiva c o n el arte y la litera tu ra de su tie m p o .
e s té tic a » (Literary Notebooks, ed . d e H a n s E ic h n e r , § 1374 )- L a A h o r a b ie n , ¿ q u é rasgo d o m in a n te d e l a rte y la lite r a tu r a de
t r a d ic ió n r o m á n t ic o - id e a lis t a —a cu yo e s tu d io está d e d ica d a « s u t ie m p o » te n d r ía q u e in c o r p o r a r co m o clave co n stru ctiv a
b u e n a p a rte de la o b ra szo n d ia n a — sen tó las bases ta n to p a ra la u n a h e rm e n é u tica lite ra ria actu a l? S z o n d i re sp o n d e p o n ie n d o
c o n c e p c ió n d ia lé c tic o -e s p e c u la tiv a d el arte y la lite r a tu r a i n i ­ e n ju e g o la e tim o lo g ía m ítica de la p alabra « h e r m e n é u t ic a » : es
ciada p o r S c h ille r, los S ch leg ei y S c h e llin g co m o p a ra la h is to - el hermetismo el ca rácter qu e d e fin e a las fo rm a s de e x p re sió n de
r iz a c ió n d e la estética c o n su m a d a e n la filo s o fía d e H e g e l. L a la p o esía m o d e rn a y al q u e, p o r ta n to , d eb e aten erse u n a h e r ­
p r e t e n s ió n h is tó r ic a d e la esté tica p o stilu s tr a d a n o fu e al f i n m e n é u tic a d e la o b ra lite r a r ia . E sta m o s d e n u e v o a n te u n a
o tr a q u e la de su le g itim a c ió n c o m o filo s o fía d e l arte moderno. in fle x ió n h istó ric o -d ia lé c tic a . L a h e rm e n é u tica ilu strada, de la
P ero la estética sólo llega a ser m o d e rn a e n la m ed id a e n q u e sus q u e es a q u í e x p o n e n te la té c n ic a r a c io n a l de G h la d e n iu s , tr a ­
ca te g o ría s in te rp re ta tiv a s c o r r e s p o n d a n a (y e n c ie r to m o d o taba d e reso lver lo s p r o b le m a s in te rp re ta tiv o s q u e su scita n las
re p ro d u zca n ) las características h istó rica s d el arte co e tá n e o . D e fo rm a s de u n a o scu rid a d (Dunckelheit) asociad a d e p r e fe r e n c ia a
m o d o qu e la r e c o n c ilia c ió n de qu e habla S z o n d i su p o n e la rev i­ lo am b igu o (zweydeutig). P ero el escla recim ien to de tal o scu rid a d
sió n de los crite rio s y las reglas de la exégesis filo ló g ic a tra d ic io ­ estaba d ete rm in a d o , e n lo q u e resp ecta a las obras p o éticas, p o r
n a l a la lu z d e la esté tica m o d e r n a y d e las fo r m a s a ctu a les de la d o c tr in a de la imitatio naturae, es d e c ir: p o r la id e a d e q u e las
c o m p re n s ió n d e l arte y la lite ra tu ra . Es ésta u n a tesis e n la qu e p a la b ra s so n r e p r e s e n ta c ió n d e u n a r e a lid a d p r e e x is te n te .
resuen a, atenuada, o tra de la Filosofía de la nueva música: « U n a f i l o ­ M ien tras qu e la h e rm e n é u tic a p re m o d e rn a tie n d e a c o n c e d e r a
so fía de la m ú sica n o p u e d e ser h o y m ás qu e u n a filo s o fía d e la la « c o s a » p r im a c ía s o b re las p a la b ra s q u e la r e p r e s e n ta n , en
nueva m ú sic a » . A esta tajante re stric ció n de A d o r n o siem p re se co n so n a n cia c o n la te o ría clasicista d e la m im esis p o é tic a , u n a
le p u e d e re p ro c h a r su red u cc io n is m o p a rtisa n o , p ro c liv e a u n a h e rm e n é u tic a lite r a ria actual n o p u e d e e lu d ir el h e c h o de qu e
c o m p re n sió n id eo ló gica , lastrada p o r la m ito lo g ía d el p ro g reso , e n la p o e sía m o d e r n a las p a la b ra s, le jo s d e se r in te r p r e ta b le s
de la h isto ria de las fo rm as artísticas, cu a n d o n o so sp ech o so de p o r r e fe r e n c ia a u n a r e a lid a d d e n o ta d a , t r iu n f a n s o b re la
ced er a u n a a p o lo g ía n o rm a tiva y elitista d el arte de van gu ard ia. « c o s a » hasta el extrem o d e b o r r a r sus h uellas rep resen ta cio n a -
C o n to d o , p ara S z o n d i la h e rm e n é u tica lite ra ria sólo p u ed e ser le s y de h a cer d el texto u n artefacto su irre fe re n cia l (scripturapoé­
hoy teo ría y p ráctica de la in te rp re ta c ió n de la litera tu ra d el p r e - tica sui ipsius interpres?). E n p alabras de S zo n d i:

su je to / o b je to atrib u id a a la tr a d ic ió n ro m á n tica y p r o p o n e u n a re in te rp r e ta c ió n d el « e n nuestra concepción de la p oesía hay u n a ru ptu ra, aú n m ás


le n g u a je a le g ó r ic o d e la lite r a tu r a m o d e r n a e n té r m in o s d e d ia lé c tic a te m p o r a l radical que las negaciones de las épocas anteriores, c o n la tesis
in m a n e n te a la o b ra : « T h e d ialectical rela tio n sh ip betw een su bject an d o b je ct is n o
lo n g e r th e c e n tra l sta tem en t o f r o m a n tic th o u g h t, b u t th is d ia le c tic is n o w lo c a te d
de la im itació n . C o n la c o n ce p ció n de u n a p o esía ab soluta a
en tire ly in the te m p o ra l relatio n sh ip th at exist w ith in a system o f alle g o ric a l sig n s » , finales del siglo X I X y de u n a poesía abstracta en el X X , n o sólo
v id . P. de M a n , « T h e R h e to ric o f T e m p o r a lity » , Blindness and Insight. Essays in theRhetoric
d e sap are ció la re fe re n c ia de la p o e sía a u n o b je to e x te rio r
o f contemporary Criticism, L o n d re s, R o u tled g e, 19 8 3 ( 2 a e d . revisada, co n u n a in tr o d u c ­
c ió n d e W . G o d z ic h ), p . 2 0 8 . —que an tañ o ten ía que im itar—, sin o que adem ás fu e p o sib le
28 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 29

una poesía que renunciaba a producir por m edio de la ficción n á u tic a tr a d ic io n a l se d is p o n ía a ilu m in a r lo s d a n d o p o r s e n ­
u n objeto p ro p io , una poesía cuyo objeto era más b ien ella tado qu e tras ellos siem p re subsiste, co m o u n a co n traseñ a in fa ­
misma, y que debía su unidad a la com posición de m om entos lib le , la « c o s a » sig n ific a d a o el o b je to p e n sa d o in t e n c io n a l­
verbales, y no sólo semánticos, referidos de múltiples formas
m e n te p o r el a u to r . S in e m b a rg o , la h e r m e n é u tic a lite r a r ia
unos a otros, y no a la coherencia de u n objeto im aginario o
m o d e r n a d eb e a fr o n ta r la in te r p r e ta c ió n de u n a obscuritas q u e,
de u n m undo im aginario» (Introducción, pp. I O I s.).
d estru id o s los len g u ajes re p resen ta cio n a les, a b o lid a (seg ú n u n
E l esqu em a h istó rico esbozado e n estas lín eas en cu b re u n p r o ­ ablativo ab so lu to m u y de M allarm é) la fig u r a c ió n icástica de lo
b le m a te ó r ic o -c r ític o : el de la p o esía co m o fo rm a p o r e x ce le n ­ rea l e n el p o e m a , n o p u e d e so lven ta rse a p e la n d o a u n o b je to
cia d e l c o n c e p to esté tico d e modernidad. L a d ia lé c tic a e n tr e la d e n o ta d o o a u n a e n tid a d c o n c e p tu a l q u e h a ría p o s ib le d e sc i­
s u je c ió n de la p o esía « a n tig u a » a la d o c tr in a de la im ita c ió n y fra r las m etáforas, las co n tra d iccio n es y las a m b igü ed ad es19. H ay
la ten d en cia de la poesía « m o d e r n a » a la n e g a ció n de la m im e ­ pues pasajes oscu ros: p e r o la o p acid a d p r o life r a p o r d o q u ie r e n
sis co n stitu ye m en o s u n a ex p lica c ió n h istó rica p lau sib le qu e u n el p o em a m o d e r n o , y el desafío crítico qu e tie n e ante sí la h e r ­
a rg u m e n to crítico d irig id o a la ca racteriza ció n d ife re n cia l de lo m e n é u tic a lit e r a r ia e s trib a , n o ta n to e n e la b o r a r u n a te o ría
m o d e r n o en litera tu ra. Esta eq u ip a ra ció n de p o esía y m o d e r n i­ g e n e r a l d e la o p a c ific a c ió n d e l le n g u a je e n la p o e s ía d e l p r e ­
dad resp o n d e a la idea —que h a llegad o a con vertirse e n u n tem a sente, sin o en in te rp re ta r cada p o em a asu m ie n d o q u e su o sc u ­
r e c u rr e n te de la estética y la te o r ía lite r a r ia c o n te m p o rá n e a s— rid a d resid e ya e n la sin g u la rid a d de su exp resió n .
d e « la lír ic a co m o p a ra d ig m a d e lo m o d e r n o » 17. E n este se n ­ E n S z o n d i la d o ctrin a m aterial de la in te rp re ta c ió n lite ra ria
tid o , la h erm en éu tica litera ria d e S z o n d i n o trata sin o d e e x p o ­ se e n c a m in a h a cia u n a hermenéutica de ¡o idiomático. P o r in s ó lita y
n e r las pautas de u n a práctica in terp retativa adecuada a lo s p r o ­ acaso im p o sib le qu e p arezca esta p re te n s ió n , lo cierto es qu e lo
b le m a s « e s p e c ífic o s » q u e p la n te a la p o e sía lír ic a m o d e r n a . id io m ático es in sep arable d e lo p o em ático . M ás aún : u n texto es
U n a po esía cuyos referen tes, e n tre sim b ó lic o s e h istó rico s, lle ­ p o em a sólo si se p resen ta c o n la sin gu larid ad m aterial de u n fac-
va n e n lo s ensayos crítico s szo n d ia n o s lo s n o m b re s d e H ó ld e r - tum qu e sin em bargo ostenta lo s caracteres re -p resen ta cio n a les e
lin , M allarm é, R ilk e y C e la n 18. H ay pasajes oscu ros: y la h e r m e - iterativos de u n signum. C o n r a z ó n h a h e ch o n o ta r D e rr id a que
u n sig n o n o es n u n c a u n a c o n te c im ie n to si a c o n te c im ie n to
q u ie r e d e c ir u n ic id a d e m p ír ic a ir r e m p la z a b le e ir r e p e tib le :
17 V id . W . Iser ( e d .) , Immanente Ásthetik. Ásthetische Reflexión: Lyrik ais Paradigma der Modeme (P o e -
tik u n d H e r m e n e u tik II), M ú n ic h , F in k, 1 9 6 6 . E ste v o lu m e n ha sid o u n p u n to de « U n sig n o q u e n o tu v iera lu g a r m ás qu e 'u n a v e z’ n o sería u n
refe re n c ia casi co n stan te en los debates te ó ric o -lite r a rio s d e lo s ú ltim o s d e ce n io s d el
sig n o . U n sig n o p u r a m e n te id io m á tic o n o sería u n s i g n o » 20.
siglo XX so b re la « c e n tr a lid a d » d e la lír ic a e n la m o d e r n id a d estética. V é a n s e , p o r
e je m p lo , las d iscu sio n es so b re el sen tid o te ó ric o (y n o ya h is tó ric o ) d el c o n c e p to de
« m o d e r n id a d » q u e a p a r e ce n en H . - G . G a d a m e r, « S o b r e p o é tic a y h e r m e n é u ­ 19 Es sign ificativo q u e Ja m eso n se refiera ta m b ién a la o scu rid a d p o é tica en su p ro y e cto
tic a » , Estéticaj hermenéutica, M a d rid , T e c n o s, 19 9 6 (in tr o d . de A . G a b ilo n d o ; trad . de de h e r m e n é u tic a d ia lé c tic a : « T h u s , fa c e d w ith o b s c u re p o e try , th e n aíve re a d e r
A . G ó m e z R a m o s), o en P. de M a n , « L y r ic an d M o d e r n ity » , BlindnessandInsight, cit. attem pts at o n ce to interpret, to resolve the im m e d iate d iffic u ltie s b a ck in to th e tran s-
18 L o s estu d io s so bre Hérodiade de M a lla rm é y sobre el p o e m a « E n g fü h r u n g » de C e la n p aren cy o f ra tio n a l th o u gh t; w hereas f o r a d ialectically tra in e d re a d e r, it is th e o b s-
están re c o g id o s e n la e d ic ió n fra n c e s a d e P. S z o n d i, Poésie etpoétiques de la modernité, cu rity its e lf w h ich is th e o b je ct o f his re a d in g , an d its s p e c ific q u a lity an d stru ctu re
L ille , Presses U n iversitaires d e L ille , 198 1, ed. de M . B o llack. E l ensayo so b re C e la n , th at w h ich h e attem p ts to d e fin e a n d to c o m p a re w ith o th e rs fo rm s o f v e rb a l o p a -
red a cta d o e n fra n cés p o r S z o n d i, ap arece tr a d u c id o al a le m á n en lo s Celan-Studien, c ity » , Marxism and Form, p . 3 4 1.
Schriftenll, cit. (Estudiossobre Celan, M a d rid , T ro tta , 2 0 0 5 , trad . d e A . P o n s.) 2 0 J . D e rrid a , Lavoixetlephénoméne, París, P .U .F ., 1967» p- 5 5 -
30 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 31

E n la m e d id a e n q u e d eb e ser r e p r e s e n ta c ió n d e a lg o (n o p r o d u c to de u n sistem a o u n c ó d ig o gra m atica l co n s tr u id o « a


im p o rta a t o r a si real o im a g in a rio ), u n signo lia de p o d e r r e p e ­ p o s t e r io r i» co m o u n a u tó m ata id e alista capaz de h a b la r fu e ra
tirse « a p esar y a través d e las d e fo rm a c io n e s q u e le h ace su frir d e l esp acio y d e l tie m p o . L a h e r m e n é u tic a de S c h le ie r m a c h e r
lo qu e se llam a su a co n tecim ie n to e m p ír ic o » . L a p o sib ilid a d de trata de co m p le m en tar la a te n ció n a las estructuras generales del
la R ep resen tación , señala D e rrid a , es ta m b ién la de la rep e tició n len gu aje c o n el análisis d ete n id o de sus o cu rren cias p articu lares.
rep rod u ctiva en la que se expresa u n a « id e a lid a d » (sen tid o, sig­ L a co m p re n sió n de u n texto o u n e n u n c ia d o tie n e q u e in c lu ir
n ific a d o , Vorstellung) qu e se id e n tifica co m o p resen cia d ife rid a en así dos aspectos sin cuya c o m p e n e tr a c ió n n o p u e d e ex istir: de
cada re a p a r ic ió n d e l sig n o . P ero lo q u e es g e n e ra lm e n te válid o u n a parte, la « in te r p re ta c ió n g ra m atica l» co n sid era el discurso
p a ra el se n tid o c o m ú n d e l le n g u a je y la s ig n ific a c ió n n o lo es e n su re la ció n c o n la to ta lid a d de la len g u a; de o tra, la « in t e r ­
tan to p a ra la textura litera l d e l p o em a . P o rq u e cada p o e m a re a ­ p r e ta c ió n p s ic o ló g ic a » , ta m b ié n d e n o m in a d a « t é c n ic a » , se
liz a p r e c is a m e n te esa p o s ib ilid a d in a u d ita d e u n a s p a la b ra s ocu p a d el discurso en su rela ció n c o n la p articu larid ad del a u to r
replegadas en la p re se n ta c ió n de la p r o p ia m aterialid a d sin qu e (circu n sta n cia s h is tó r ic o -b io g r á fic a s , p e n sa m ie n to , e s t ilo ...) .
p o r e llo d esap arezca su d im e n s ió n s ig n ific a n te o signatural (de P ero en tre la to ta lid ad virtu a l de la len g u a y las e jecu cio n es re a ­
fir m a o in s c r ip c ió n in d iv id u a l). N o es q u e el p o e m a se c o n s ti­ les d el discurso n o se da u n a c o n tin u id a d que p u ed a ser prevista
tuya e n la e x p r e s ió n e s tric ta m e n te id io le c t a l d e u n in d iv id u o sistem áticam en te. L o s actos d e h abla o de escritu ra llevan c o n ­
in e fa b le , p u es e n tal caso la ir r a d ia c ió n sig n ifica n te d el texto se sigo las h u ellas de u n a p a rtic u la r id a d a n ó m ica y de u n se n tid o
resolvería en la p u ra a rb itraried ad o en la m era glo so lalia de u n co n tex tu a l ir r e c o n d u c ib le a la a rm o n ía p re e sta b le cid a d e l sis­
su je to autista. E l texto p o é tic o o b je tiv a e n sus fo rm a s sígn icas tem a. G o m o h a su brayad o M a n fr e d F ran k, e n S c h le ie rm a c h e r
u n a sin g u la r id a d , u n a e x p e r ie n c ia ú n ic a d e l le n g u a je y e n él, la len g u a es « u n u n ive rsa l s in g u la r » 21, u n a activid ad c re a d o ra
in d is c r im in a b le d e la m a te r ia lid a d de las p a la b ra s y d e l acto e n la que cada acto d e h abla m o d ifica e n cada m o m e n to su se n ­
—c o m o tal m o m e n tá n e o e ir r e p e tib le — d e la e s c ritu ra . E l tid o g en eral in fu n d ie n d o in n o v acio n es sem ánticas y estru ctu ra­
.u m b r a l sig n ific a tiv o d e l p o e m a es p o r e llo c o m p a r a b le al d el les en la ap aren te r e p e tic ió n de p a tro n es gram aticales.
n o m b r e p r o p io , sie m p re q u e éste co n serv e d e a lg ú n m o d o la S z o n d i en cu en tra e n S c h le ie rm a c h e r la e jem p la rid a d d e u n
fu n c ió n m ágica q u e ve e n él u n a d esig n a ció n necesaria e in su s­ m éto d o in terp reta tivo só lid a m en te textual, la c o n e x ió n d ia lé c­
titu ib le para la existen cia factual m ism a de lo d esign ad o . tic a e n tre h e r m e n é u tic a , r e tó r ic a y p o é tic a o la fo r m u la c ió n
N o es in d ife re n te que u n o de los ú ltim o s escritos de S zo n d i, avant la lettre de u n a lú c id a c o n c e p c ió n e stru ctu ra l d e l le n g u a je .
« L a h erm en éu tica de S c h le ie rm a c h e r» , se abra c o n u n a d ed ica ­ P ero so b re to d o d escu b re e n su te o ría h e rm e n é u tic a u n m o d o
to ria a P aul C ela n . L a teo ría de la in terp reta ció n de S ch leierm a ­ de e n te n d e r el texto y la escritu ra co m o « a c to » en el q u e tie n e
ch er co m parte c o n la lin gü ística de W . v o n H u m b o ld t la idea de lu gar « u n a p o r c ió n de v id a » , co m o realid ad co n creta , su rgid a
qu e el len g u aje sólo existe realmente e n los actos de su p r o d u c c ió n de la e x p erien cia sin gu lar d e u n in d iv id u o , a la qu e se a p lica la
y e je c u c ió n . L u e g o u n e n u n c ia d o o u n tex to es, p a ra d e c ir lo in te r p r e ta c ió n p s ic o ló g ic a y té cn ic a . E n esta d o b le m o d a lid a d
c o n lo s té r m in o s sau ssu rean os, parole antes q u e langue, re a lid a d
21 M . Frank, « L e texte et so n style. La th é o rie h e rm é n e u tiq u e d u langage ch ez S c h le ie r­
c o n cre ta e in d iv id u a l, n u n ca d e l to d o id é n tic a a o tra , m ás qu e m a c h e r» , e n Lade critique, c it., p . 33-
32 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 33

d e in t e r p r e ta c ió n « e l d is cu rso sig u e sie n d o c o n c e b id o c o m o p u e d e s ig n ific a r , e n su a c e p c ió n m u sica l, « S t r e t t o » (d e stric-


h e ch o o bjetivo (ais Tatsache) e n el su jeto p en sa n te, r e fe r id o n o ya tus), es d e c ir , « la p a r te d e u n a fu g a e n la q u e ta n só lo se
a la to ta lid a d de la len g u a , co m o e n la in te r p r e ta c ió n g ra m a ti­ e n c u e n tr a n fr a g m e n to s d e l te m a , y q u e es c o m o u n d iá lo g o
cal, sin o a la to ta lid a d d e d e te r m in a d o h o m b r e y d e su vid a . ap rem ia n te y v e h e m e n te » (Littré), o la p a rte e n la q u e « e l tem a
P e ro este d e sp la za m ie n to d e a c e n to im p lic a el e s tu d io d e esa y la resp u esta se p e r s ig u e n c o n e n tra d a s cada vez m ás p r ó x i ­
in d iv id u a lid a d subjetiva. E n la in te r p r e ta c ió n técn ica el acen to m a s » (Robert); p u e d e in d ic a r el e s tr e c h a m ie n to d e u n a c o n ­
se p o n e en la techné, en el estilo in d ivid u a l, en tan to que m o d ifi­ d u c c ió n , el c o n d u c ir estrech a n d o ( « e n g fü h r e n » , « c o n d u ir e
c a c ió n p a rtic u la r de la le n g u a y e n ta n to q u e m o d o p a rtic u la r e n r e s s e r r a n t» ) , el c o n d u c to e strech o ( « S t r i c t e - c o n d u i t e » )
de co m p o s ició n ; e n la in te r p r e ta c ió n p sic o ló g ica se p o n e e n la p o r el qu e hay q u e p asar o la estricta m an era d e c o m p o n e r u n
to ta lid a d de la v id a d e l in d iv id u o » 22. P ara c o m p r e n d e r el p o em a ; p u e d e su g e rir, e n el p o e m a c e la n ia n o , la a n gu stia y la
m o tiv o d e fo n d o d e la d e d ic a to r ia a C e la n q u e a p a re ce e n el a n g o stu ra de lo s d e p o rta d o s e n lo s ca m p o s d e e x te r m in io , de
ensayo so b re S c h le ie r m a c h e r basta c o n evocar a h o ra u n pasaje lo s h o rn o s c r e m a to rio s o d e las ch im en ea s p o r cuyos c o n d u c ­
d e El Meridiano. E l p o em a , d ice a llí C e la n , es « le n g u a je a ctu a li­ tos salen, red u cid as a co lu m n a s d e h u m o , las alm as de lo s in c i ­
z a d o , lib e r a d o b a jo e l sig n o d e u n a in d iv id u a c ió n s in d u d a n e ra d o s . L a Einführung n o h a ce s in o p r e p a r a r el c a m in o q u e
ra d ica l, p e r o q u e al m ism o tie m p o ta m b ié n re cu e rd a sie m p re h a b ría de c o n d u c ir h a cia la Engführung. P ara S z o n d i « E n g fü h -
lo s lím ites qu e le m arca el len g u aje, las p o sib ilid a d es q u e le abre r u n g - S t r e t to - E s t r e c h a m ie n to » se ñ a la ta m b ié n e l itin e r a r io ,
el le n g u a je » , a lo q u e a ñ a d e lín e a s d esp u és: « E l p o e m a sería tra za d o p o r la p r e s e n c ia m a te r ia l d e las p a la b ra s, q u e d e b e
e n to n c e s —m ás c la ra m e n te q u e hasta a h o ra — la c o n fig u r a c ió n r e c o rr e r la le ctu ra d e l p o e m a . L a in te r p r e ta c ió n textu al in vo ca
d e l le n g u a je sin g u la r d e u n in d iv id u o y, se g ú n su m ás ín tim o a q u í de n u evo las im ág en es de la textu ra, el te jid o , el e n tr e te ji­
ser, p resen te, p r e s e n c ia » 23. m ie n to , la tra m a o la u r d im b r e : « s ie n d o el texto tex tu ra v e r ­
L a h e r m e n é u tic a lite r a r ia d e S z o n d i se p o n e fin alm en te~ a bal, la in te r p r e ta c ió n n o añ ad e nad a extrañ o al texto si trata de
p ru e b a e n la in te rp re ta c ió n d e u n p o e m a de C e la n : « E n g fü h - d escrib ir el te jid o v e r b a l» . E l p o e m a cela n ia n o está « te jid o de
r u n g » 24. L a p a la b ra q u e da títu lo a este p o e m a es m u ltív o c a : v o c e s » , tissu desvoix, y la le ctu ra p r o c e d e p o r in m e r s ió n e n u n a
in m a n e n c ia sin fo n d o , u n en tra m a d o de m ú ltip le s re la c io n e s
litera les qu e só lo la in te r p r e ta c ió n p u e d e estab lecer sig u ie n d o
22 P. S z o n d i, « S c h le ie rm a c h e rs H e r m e n e u tik H e u te » , Schrifienll, c it., p . 1 2 6 . P u esto
q u e d e la « vid a d el in d iv id u o » se trata, m e n c io n e m o s q u e este a r tíc u lo (Paul Celan d e cerca las tra y e c to r ia s d e lin e a d a s p o r el p r o p io te x to . E l
zum Gedachtnis, reza la d e d ica to ria ) se p u b lic ó p r im e r o tr a d u c id o al fra n cé s e n 1 9 7 0 ,
b u cle textu al d el q u e p a rte la le ctu ra szo n d ia n a se sitúa e n esta
el m ism o añ o d e la m u erte de C e la n y u n añ o antes d el s u ic id io de S z o n d i.
23 P- C ela n , « D e r M erid ia n » [196 0 ], GesammelteWerke, B d . 3, F ra n k fu rta . M ., S u h rk am p , d o b le in te r p e la c ió n : Lies nicht mehr —schau! / Schau nicht mehr—geh!
2 0 0 0 , ed . de B . A lle m a n n & St. R e ic h e rt, p p . I 9 7 - I 9 & (vid. Paul C e la n , Obras com­
pletas, M a d rid , T ro tta , 19 9 9 , trad . d e j . L . R e in a P a lazón ).
( « N o leas más —¡m ira! / N o m ires más — ¡ve!» ) . E l texto es le g i­
24 P- S z o n d i, « L e c tu re d e Strette. Essai su r la p o é sie d e Paul C e la n » , Poésies etpoétiques de b le y visib le al m ism o tie m p o , e x te n s ió n m a te ria l su rcad a p o r
la modernité, c it., p p . 16 5 ss. Este ensayo v io la lu z e n la revista Critique ( n ° 2 8 8 , m ayo
d e I 9 7 1) y fu e tra d u cid o p o r los ed ito res alem an es de los escrito s s zo n d ia n o s c o n el letras qu e (se) d e scrib e n (co m o ) u n paisaje h e ch o de palabras e
títu lo « D u r c h d ie E n ge g e fü h rt. V e rs u c h ü b e r d ie V e rs tá n d lic h k e it des m o d e r n e n im á g e n e s. S z o n d i in t e r p r e ta lo s im p e ra tiv o s d e l p o e m a e n
G e d ic h ts » , Celan-Studien, Schrifienll, p p . 3 4 5 _3 ^ 9 - E l p o e m a e n cu e stió n p e rte n e c e al
lib r o d e C e la n Sprachgitter (19 5 9 : Reja del lenguaje). estos térm in o s:

\
34 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 35

«Las acciones de leer y de m irar corresponden a la am bigüe­ re p re se n ta c ió n de algo a n te r io r o e x te r io r . S in o p r e s e n ta c ió n


dad de la extensión, que es a la vez texto y escena. La prim era co n creta e in d iv id u a l de u n a existen cia en el acto de escritu ra .
orden, al sustituir la lectura p o r la mirada, parece querer tras­ E sta id e a d e r e a lid a d n o a b o ca a u n a r e ific a c ió n p o r la q u e el
pasar la textualidad del paisaje y considerarlo como tal. Pero la
p o em a qu ed aría su m id o e n el m u tism o de u n a cosa qu e, a p esar
segunda orden, contrad iciend o, anulando la p rim era (por
de su o p acid a d in ex p u g n a b le , e m itiría destellos de se n tid o . L a
una figura esencial en Stretto, como se verá), sustituye la mirada
realid ad p o ética es o scu ra n o p o r ser p o ética , sin o p o r ser re a ­
por el m ovim iento. ¿Esto quiere decir que el texto que se lee
y la escena (tableau) que se ve deben dejar paso a la realidad, lid a d . L a le c tu r a de S z o n d i se basa e n u n a tesis o n to ló g ic a : el
que perm ite al lector-espectador avanzar? Sí y no. N o es la fic­ p o em a revela que la realid ad (realité-Realitat) es p o lisém ica, ca le i-
ción de la textualidad, de la poesía, la que es abandonada en d oscóp ica, de u n a am b ig ü ed ad p lu ra l e in d ife re n c ia b le . N ad a o
favor de la realidad. N o es la pasividad receptiva del lecto r- p o co tie n e que ver esta a m b ig ü ed ad c o n la d iferen cia , filo s ó fi­
espectador la que ha de borrarse ante la acción llamada real, cam ente atávica e ilu stre, en tre ap arien cia y esencia, ex p resió n y
ante el com prom iso. Muy al contrario: el texto mismo rechaza co n ten id o , etc. E n la in te rp re ta ció n la dialéctica se co n vierte e n
servir a la realidad y co ntinu ar jugan d o el papel que desde
u n a amphibolica: la ló g ic a d isy u n tiv a d e la c o n t r a d ic c ió n
Aristóteles se le asigna. La poesía cesa de ser mimesis, represen­
( « a u t ...a u t » ) n a d a t ie n e q u e h a c e r fr e n te a la a m b ig ü e d a d
tación: se convierte en realidad. Realidad poética, claro está,
texto que no sigue ya una realidad, sino que se proyecta él in s o lu b le de la re a lid a d p o é tic a . E l p o e m a só lo p u e d e d e v e n ir
m ismo y se constituye en realidad. Por eso no hay que 'le e r’ realid ad e n la m ed id a e n qu e su len g u a je sea m aterial, co n creto
este texto ni 'm irar’ la escena que podría describir. Lo que el y, al m ism o tie m p o , tem p o ra l, p lu ra l, tan c o n tra d ic to rio co m o
poeta se im pone y pide al lector es avanzar en la extensión que c o n g r u e n te e n su ló g ic a s in c o n c e p to . U n e je m p lo . E n el
es su texto» (cfr. «Lecture de Sírefte», pp. 167-68). p o e m a de C e la n se h a b la de « u n a h o r a q u e n o tie n e h e r m a ­
n a s » , d ig a m o s q u e la h o r a d e la m u e rte , y d e q u ie n e s y a c ía n
S i u n texto está h ech o d e palabras de las q u e cabe esp erar a lg ú n d o rm id o s allí, e n la e x ten sió n -p a isa je-tex to d el p o em a , sin q u e
sig n ific a d o , p o r c r íp tic o , e n tre c o rta d o o ab su rd o q u e resu lte , nad a n i n a d ie lo g re d esp erta rlo s. M ás tard e e n co n tra m o s u n o s
¿ c ó m o e n te n d e r q u e la te x tu a lid a d d e u n p o e m a sea « r e a l i ­ versos q u e d ic e n así:
d a d » n o re fe rid a a otra, ex p resió n in tran sitiva, sign o sólo d e sí
Ich bins, ich,
m ism a (q u e , in te r p r e ta d a , n u n c a es ella misma)? E n ta n to q u e
ich lag, zwischen euch, ich war
r e a lid a d p o é tic a , e l tex to n o s ig n ific a r ía a lg o , n o d e p e n d e r ía
offen, war
a le g ó ric a m e n te d e o tr a co sa, n o sería sin o u n a cto s in g u la r , hórbar, ich tickte euch zu, euerAtem
len g u a je ra d ica lm en te a ctu alizad o , a p e la ció n a avanzar e n cada gehorchte, ich
lectu ra h acia la ex p erien cia ú n ica qu e o fre ce la estricta p r e s e n ­ bin es noch immer, ihr
cia m aterial d el p o em a. L a realitépoétique es, según tra d u cen a cer­ schlafija.
tad a m en te lo s ed ito res alem anes d el ensayo sz o n d ia n o , poetische
Soy y o ,y o ,
Realitat: n o la realid ad efectiva, Wirklichkeit, de en fática reso n an cia
yacía yo en tre vo sotro s, estaba yo
h eg elia n a , a cuyo servicio te n d ría q u e p o n e r s e el p o e m a co m o a b ierto , era
\
36 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 37

au d ib le, yo os d i u n to q u e d e tic -ta c, vu estro a lien to p o e m a co m o u n a e x p e r ie n c ia ú n ic a , rea l e n ta n to q u e in a s e ­


o b e d e ció , yo q u ib le a to d a re p re se n ta ció n figu rativa y a to d a síntesis se m á n ­
a ú n lo soy, vo sotro s tica, in sep arab le de la sin g u la rid a d lite ra l y fig u ra l d el texto qu e
d o rm ís, sí. la p resen ta. E l v e rb o tickte « e s » la m e to n im ia so n o r a d e l re lo j
co m o ritm o m ecá n ico e im p asib le d el tie m p o físico ; es el d o b le
L a ex p resió n en la q u e bay q u e rep a ra r es ich tickte euchzy-. « y o os g o lp e de u n se g u n d o e n cu yo in te rv a lo el « y o » yace e n tre
d i u n to q u e d e t ic - t a c » (o « y o os *tidaqueé^>). E l v e rb o « t i c - « v o s o tr o s » ; es el to q u e d el d ed o que desea despertar a los d o r ­
k e n » sig n ifica e n g en era l « h a c e r t ic - t a c » , d e m an era qu e e n la m idos (y tal vez resucitar a los m u e rto s); es la acció n o el co n ju ro
fo r m a c o n ju g a d a d el p o e m a tie n e la fu e r z a su gestiva d e u n a de u n « y o a u d ib le » que ya n o p u ed e ser o íd o p o r « v o s o t r o s » ;
p a la b ra o n o m a to p é y ic a q u e evoca la p e r c u s ió n m o n ó to n a d el es el instante en dos tiem p os de u n a alarm a a la que sólo o bed ece
en gran aje de u n re lo j. P ero S z o n d i advierte qu e ese ve rb o to d a ­ el a lie n to o e l s ile n c io d e lo s a u s e n te s ... E s to d o esto y m ás
vía sign ificab a e n el alem án d el siglo X IX « to c a r c o n la p u n ta de y sólo aquíysólo ahora.
lo s d e d o s » , u n a a c e p c ió n q u e p o s ib le m e n te C e la n , d ad a su
p a sió n p o r la lectu ra de d ic cio n a rio s, tuvo p resen te. L a tra d u c ­ « Q u i e n h a a p r e n d id o a 'le e r ’ la e s c ritu ra de C e l a n —e s crib e
c ió n fra n cesa d e J e a n D aive —« a u to r iz a d a » p o r el p o e ta — q u e S zo n d i— sabe q u e se trata de n o eleg ir en tre las d iferen tes s ig n i­
S z o n d i cita e n su ensayo v ie rte la frase co m o « je vo u s d o n n a i fica cio n es, co m p re n d e q u e éstas n o difieren, sin o q u e c o in c id e n .
T a la r m e » ( « y o os d i la a la r m a » ) , c o n lo q u e o p ta p o r i n t e r ­ L a a m b ig ü ed a d , c o n v e rtid a e n m e d io d el c o n o c im ie n to , h ace
p re ta r e l v o ca b lo o rig in a l d á n d o le u n sig n ifica d o q u e, a u n q u e ver la u n id a d de lo q u e p arecía d iferen cia . Sirve a la p r e c is ió n » .
su g e rid o , lite r a lm e n te n o tie n e . L a frase e n c ie rr a adem ás u n a Lectio strida: arte d e la le c tu r a -e n - fu g a . L ín e a a lín ea , el c o m e n ­
r e v e r b e r a c ió n fo n o - g r á f ic a p o r la q u e la te x tu ra d e l « y o » se ta rio se tre n za c o n e l te x to , d ia lo g a c o n él en u n m o v im ie n to
in m iscu ye, p o r así d ecir, e n su a cció n y e n el o b jeto de ésta (ích c o n tr a p u n tís tic o q u e d e sp lie g a v a r ia c io n e s im p rev ista s de u n
tickte / ich...euch). E n el p o e m a el v e r b o q u ie r e d e c ir ta n to tem a fra g m e n ta rio . L a le ctu ra se a d en tra e n la estrech ez in t e r ­
« h a c e r t ic - t a c » c o m o « t o c a r » : « L o q u e to c a , lo q u e d a la lin e a l, avanza a través d e p asajes o sc u r o s , va d e u m b r a l en
alarma es r e lo j al m ism o t ie m p o , e m b le m a d e l t ie m p o , el u m b ra l, se su m erg e (versenkt sein: u n v e rb o al f i n trá g ic o e n la
tie m p o m ism o , la t e m p o r a lid a d » , c o n c lu y e S z o n d i. A t e n o r vida de C e la n y de S z o n d i) e n el espacio vacío qu e m e d ia en tre
d e esta in te r p r e ta c ió n , p o d r ía p en sa rse q u e el verso c e la n ia n o el sile n cio y las p alabras, casi a ciegas, sin reglas p refija d a s q u e
tie n e e n d e fin itiv a m u c h o d e le n g u a je r e p r e s e n ta c io n a l, sea p u e d a n d e scifra r e l « v e r d a d e r o s e n tid o » d el p o e m a . L a h e r ­
siq u ie ra p o r q u e r e c u rre a u n a o n o m a to p e y a cuya lite r a lid a d o m e n é u tic a m a te r ia l t r iu n fa ju s to a llí d o n d e p a re c e fra casa r
s o n o r id a d ex p resiva r e m ite —de u n m o d o « e m b le m á t ic o » y, co m o m é to d o . S ó lo en señ a el o b stin a d o r ig o r de la lectu ra .
p o r eso m is m o , c o n v e n c io n a l y c o n c e p tu a l— a la n o c i ó n d e
te m p o r a lid a d . P e ro « e l tie m p o m is m o » , ya im p líc it o e n la
coalescen cia de diversos sign ificad os y e n el trán sito co n n otativo
de u n o a o tr o , só lo h a ce su a p a r ic ió n e n este m o m e n to d e l
PETER SZONDI
Introducción
a la hermenéutica literaria
I

L a h e r m e n é u tic a lit e r a r ia es la t e o r ía d e la in t e r p r e t a c ió n
—interpretatio— d e o b ra s lite r a r ia s . A u n q u e la h e r m e n é u t ic a h a
im p re g n a d o e n g r a n m e d id a la filo s o f ía y, c o m o a u t o r r e f le -
x ió n , las cie n c ia s h u m a n a s d e l sig lo XX, la p r e g u n ta d e si la
d is c ip lin a a la q u e este lib r o o fr e c e u n a in t r o d u c c ió n to d a vía
existe n o p u e d e r e c ib ir u n a resp u esta a firm a tiv a sin m ás. E n
1 9 0 0 a p a re c ió el a r tíc u lo d e D ilth e y titu la d o Die Entstehungder
Hermeneutik (El surgimiento de la Hermenéutica); u n a p a rte c o n s id e r a ­
b le de la o b ra e n te ra d e D ilth e y está d ed icad a, co m o es sa b id o ,
a u n a t e o r ía d e la c o m p r e n s ió n ( e s p e c ia lm e n te la h is tó r ic a )
q u e d eb ía se rv ir d e base a las cie n cia s d e l e s p íritu . E n la o b ra
d e H e id e g g e r Serj tiempo (1 9 2 7 ), el an álisis d e la c o m p r e n s ió n
llam ad a existen cial, así co m o la e v id e n cia ció n de u n c írc u lo e n
la c o m p r e n s ió n y d e su e n r a iz a m ie n to e n la « c o n s t it u c ió n
e x iste n c ia l d e l s e r - a h í, e n la c o m p r e n s ió n i n t e r p r e t a t iv a » 1,
o c u p a n u n lu g a r d esta ca d o . T r e s d e c e n io s d esp u és, e n 1 9 6 0 ,
ap areció el lib r o de G a d a m e r Verdadj método, su b titu la d o Funda-

Este texto sobre la hermenéutica literaria corresponde a la lección impartida por P. Szondi en Berlín duran­
te el semestre de invierno del curso ig6y-ig68. Las notas al pie son del editor alemán, salvo que se indique I M . H e id e g g e r, Sein u n d & t, H a lle , 1 9 2 7 , p . 153 [SerjTiempo, M a d rid , T r o tta , 2 0 0 3 ,
lo contrario. Aquellas que añaden un asterisco (*) al número proceden de anotaciones originales de Szondi. tra d . de J u a n E d u a rd o R ivera C .] .
42 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 43

méritos de una hermenéutica filosófica. Y ú ltim a m e n te (19 6 7 ) h a a p a ­ D ilth ey, cuyo va lo r co m o d o c u m e n to h istó rica m en te in fo r m a ­

r e c id o la t r a d u c c ió n a lem a n a d e l lib r o d e E m ilio B e tti Teoría tiv o su ele s o b r e v a lo r a r s e 3', q u ie r e d e m o s tr a r c ó m o « d e la

generóle della interpretazione ( 1955) (Allgemeine Auslegungslehre aisMethodik n e c e sid a d d e u n a c o m p r e n s ió n p r o f u n d a y u n iv e r s a lm e n te

der Geisteswissenschaften). N a d ie p o d r á d e c ir qu e la h e r m e n é u tic a válida n a ció el virtu o sism o filo ló g ic o y, a p a rtir d e él, las reglas

es u n a d is c ip lin a d e sa te n d id a , y m e n o s a ú n q u e las c ie n c ia s y la s u b o r d in a c ió n d e las m ism as a u n f i n d e te rm in a d o p o r la

h u m an as, y e n especial las cien cias d e la litera tu ra , se h a n m o s­ s itu a c ió n de la cie n c ia e n u n m o m e n to d ad o , hasta q u e fin a l­

tra d o p o c o recep tiv a s o r e fr a c ta r ia s a las su g e r e n c ia s q u e les m e n te se e n c o n tr ó e n el an álisis de la c o m p r e n s ió n u n p u n to

lle g a b a n de D ilth e y , H e id e g g e r y G a d a m e r . E l h e c h o d e q u e, d e p a rtid a s e g u ro p a ra e s ta b le c e r las r e g la s » 4. N o se d is c u te

sin em b a rg o , apenas haya a ctu alm en te u n a h e rm e n é u tic a litera­ q u e e n la h is t o r ia d e la h e r m e n é u t ic a , q u e se in ic ia c o n lo s

ria, tie n e su e x p lic a c ió n e n la n a tu ra le z a d e la h e r m e n é u t ic a grieg o s y lo s a le ja n d rin o s y c o n tin ú a e n lo s Padres d e la Iglesia,

h o y e x iste n te . E l a r tíc u lo de D ilth e y d e 1 9 0 0 , q u e esb o za de la E d ad M ed ia , el H u m a n is m o , la R e fo rm a , la Ilu s tra c ió n y el

u n a fo r m a p ro g ra m á tica el n a c im ie n to d e la h e rm e n é u tic a , se id e a lis m o a le m á n , se p u e d e a p r e c ia r ta l d e s a r r o llo . P e r o la

basa e n la tesis d e la p ro g re sió n regu lar e n la h isto ria de la h e r ­ « p r o g r e s ió n r e g u l a r » 5 p o stu la d a p o r D ilth e y n o p a re c e q u e

m e n é u tic a . T e m p r a n a m e n te se h iz o d el arte d e la in t e r p r e ta ­ sea in c u e s t io n a b le . Es v e rd a d q u e la d e s c r ip c ió n d e D ilth e y

ció n , escribe, u n a « d e s c r ip c ió n de sus reglas. Y d el co n flicto en cu en ta c o n la « s itu a c ió n de la c ie n cia e n u n m o m e n to d a d o » .

to rn o a estas reglas, d el com bate en tre las distintas o rien ta cio n es P ero hay qu e p reg u n ta rse si la re g u la rid a d qu e él q u ie re p e r c i­

a p ro p ó sito de la in te rp re ta ció n de obras esenciales y de la n e c e ­ b ir e n la e v o lu c ió n d e la h e r m e n é u tic a n o su p r im e el ca m b io

sidad qu e así se im p o n ía de fu n d a m en ta r las reglas n a ció la c ie n ­ h is tó ric o al pasar p o r alto el m o m e n to h is tó ric o d e l co n c e p to

cia de la h erm en éu tica. Ésta es la teo ría d el arte de la in te rp re ta ­ m ism o de c o m p re n s ió n y la h is to ric id a d de las reglas. L a h e r ­

ció n de m o n u m e n to s de la escritura. A l establecer la p o sib ilid a d m e n é u tic a fu e e n o tr o s tie m p o s u n sim p le sistem a d e regla s,

de u n a in terp reta ció n u niversalm ente válida basada e n el análisis m ie n tra s q u e h o y es u n a s im p le t e o r ía d e la c o m p r e n s ió n , y

de la co m p re n sió n , co n d u jo fin a lm e n te a la s o lu c ió n d el p r o ­ esto n o sig n ifica q u e e n las reglas e n to n c es aplicadas n o su bya­

b le m a g e n e ra l c o n q u e se in ic ió a q u el d eb a te ; al a n á lisis de la cie ra u n c o n c e p to in a r tic u la d o d e c o m p r e n s ió n , n i ta m p o c o

e x p e r ie n c ia in t e r io r se u n ió el a n á lisis d e la c o m p r e n s ió n , y q u e u n a te o r ía d e la c o m p r e n s ió n d eb a h o y r e n u n c ia r a f o r ­

a m b os p r o p o r c io n a n a las cien cias d e l e s p íritu la p r u e b a de la m u la r reglas d e u n a fo r m a n u eva o le esté p e r m itid o s u p o n e r

p o s ib ilid a d de u n c o n o c im ie n t o u n iv e r s a lm e n te v á lid o en q u e las reglas a n tig u a s h a n co n s e r v a d o su v a lid e z . E l c a m b io

ellas, así co m o de sus lím ites, e n la m ed id a e n qu e este c o n o c i­ h istó ric o n o se p u e d e r e d u c ir al h e c h o d e q u e, c o n el p r o g r e ­

m ie n to se h a lla c o n d ic io n a d o p o r la m a n e ra e n q u e o r ig in a ­ sivo a h o n d a m ie n to e n la cu e s tió n h e rm e n é u tic a , el an álisis de

r ia m e n te se n o s d a n lo s h e c h o s p s íq u i c o s » 2. E l a r tíc u lo de

3* S e p u e d e a p re n d e r m u ch o m ás de o tras e x p o sicio n e s, co m o e l a r tíc u lo Hermeneutik,


d e G . E b e lin g (e n Die Religión in Geschichte und Gegenwart. Handwórterbuch für Theologie und

2 W . D ilth e y , Die Entstehungder Hermeneutik, e n W . D ., Gesammelte Schriften, v o l. 5 » 4 a e d ., Religionswissenschaji, ed. d e K . G allin g, 3 a e d ., T u b in ga, 1957 y ss-> v°l- 3 »PP- 2 4 2 - 2 6 2 ) .
4. W . D ilth e y , Die Entstehung der Hermeneutik, p . 3 2 0 .
S t u tt g a r t - G o t in g a , 1 9 6 4 . p- 3 ^ 0 [ « E l s u r g im ie n to d e la H e r m e n é u t ic a » , e n W .
D ilth ey, Dos escritos sobre Hermenéutica, M a d rid , Istm o, 2 0 0 0 , ed . d e A . G ó m e z R am o s]. 5 Ibid.
44 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 45

la c o m p re n s ió n haya e n c o n tra d o « u n p u n to de p a rtid a segu ro basad a e n sus p re m isa s: p a ra el p o s itiv is m o , lo s h e c h o s d e la


p a ra esta b lecer las r e g la s » . E l p r o p io c o n c e p to d e c o m p r e n ­ v id a y la o b ra d e u n a u to r e r a n d ato s cuya in t e lig ib ilid a d era
s ió n cam b ia e n la h isto ria , ig u a l q u e cam b ia la c o n c e p c ió n de in c u e s tio n a b le . L a h is to r ia d e las ideas, in flu id a p o r D ilth e y ,
la o b ra lite ra ria , y este d o b le ca m b io tie n e co m o co n se cu e n cia se apoyaba so b re su te o ría de la p o sib ilid a d de la c o m p re n s ió n
n e c e s a r ia u n a m o d ific a c ió n d e las reg la s y lo s c r ite r io s de la h istó rica ; su a te n c ió n se d ir ig ía m e n o s al texto sin g u la r qu e al
in t e r p r e t a c ió n , o e n to d o caso h a c e n e c e s a r ia su r e v is ió n . e sp íritu de la ép o ca qu e e n él h ab lab a, y co m o n o d u d a b a d e la
P ero d ad o qu e la h e r m e n é u tic a ha id o tra n s fo rm á n d o se , e n el p o sib ilid a d de acced er a ese e sp íritu a través de la em p atia (Ein-
s e n tid o d e la e v o lu c ió n se ñ a la d a p o r D ilth e y , p e r o e s p e c ia l­ fiihlung), la in te r p r e ta c ió n de lo s texto s ta m p o c o s u p o n ía p a ra
m e n te a través d e l ca m b io a q u e el p r o p io D ilth e y s o m e tió la ella n in g ú n p r o b le m a . L u e g o lle g ó la é p o ca d e la in t e r p r e ta ­
p r o b le m á tic a h e r m e n é u tic a , ca d a vez m ás e n u n a c ie n c ia d e c ió n , e n la q u e a ú n n o s h a lla m o s y d e la q u e h a b r ía p o d id o
fu n d a m e n to s , se sien te s u p e r io r a la q u e a n ta ñ o fu e su tarea, esperarse u n a re v ita liza ció n d e la h e rm e n é u tic a , d el ars interpre-
q u e n o e ra s in o la p r o p ia d e u n a d o c t r in a m a te r ia l d e la tandi, m ás q u e d e l p o sitiv ism o y de la h isto ria d e las ideas. P ero
in te r p r e ta c ió n . apenas h izo algo m ás q u e a d o p ta r u n n o m b re : arte de la in t e r ­
E sto tie n e p ara las cien cias de la literatu ra* —siem p re q u e se p re ta c ió n , y u n c o n c e p to : el c ír c u lo h e r m e n é u tic o .
tra te de las filo lo g ía s m ás re c ie n te s— u n a s co n s e cu e n cia s m u y E l c o n ce p to de c ír c u lo , de sum a im p o r ta n c ia g n o se o ló g ic a
d istin tas de las qu e p u ed a te n e r p a ra la filo lo g ía clásica, la t e o ­ p a ra la h e r m e n é u tic a , ta n to e n lo q u e c o n c ie r n e a sus fu n d a ­
lo g ía o la ju r is p r u d e n c ia . M ie n tra s q u e estas ú ltim a s d is c ip li­ m en to s filo s ó fico s co m o en lo que se refiere a su m e to d o lo g ía ,
nas c u e n ta n c o n u n a la rg a t r a d ic ió n h e r m e n é u t ic a , q u e e n d esem p eñ a e n la p rá c tic a a ctu a l d e la in te r p r e ta c ió n u n p a p e l
to d o m o m e n to t ie n e n la p o s ib ilid a d de re v isa r, las p r im e r a s qu e p arece d ispen sar a la h e rm e n é u tica de la crítica d e su p a rti­
p r o c e d e n de u n a é p o c a e n la q u e se p r o d u jo a q u e l g ir o d e c i­ cu lar fo rm a d e c o n o c im ie n to . E l escán d alo d el c ír c u lo , q u e la
sivo e n la h e r m e n é u t ic a , q u e p a ra D ilth e y fu e u n m é r it o d e c o m p re n sió n debe r e c o n o c e r co m o c o n d ic ió n suya, h a acabado
S c h le ie rm a c h e r, q u e su pu so p r o c e d e r, m ás allá d e las reglas, a c o n v irtié n d o s e e n u n tra n q u iliz a n te . « L o d ecisivo [ ...] n o es
u n análisis d e la c o m p re n s ió n . P ero , m ien tra s q u e esta fu n d a - salir d el círcu lo , sin o e n tra r e n él d el m o d o j u s t o » 6: esta tesis,
m e n ta c ió n filo s ó fic a d e la h e r m e n é u tic a estu vo e n S c h le ie r ­ sin d ud a ju sta, de H e id e g g e r, fu e m u y b ie n recib id a , y e n a d e ­
m a c h e r lig a d a a u n a c o n t in u a c ió n de la h e r m e n é u tic a m a te ­ lan te se resp o n d ería a cu estio n es y dudas de tip o m e to d o ló g ic o
r ia l, fu e r a d e la te o lo g ía só lo q u e d ó el im p u ls o f i lo s ó f ic o . c o n la r e c o m e n d a c ió n g e n e r a l d e m o v erse d e n tr o d e l c ír c u lo
A d e m á s , las cie n c ia s d e la lite r a tu r a d e lo s ú ltim o s c ie n a ñ o s h e r m e n é u tic o . E l arte de la in te r p r e ta c ió n n o lle g ó a e la b o ra r
apenas e x p e rim e n ta ro n , a p esar de las ten d en cia s opu estas q u e u n a d o c tr in a m a te r ia l d e la in t e r p r e ta c ió n , la cu a l m u y b ie n
e n ellas se d ab a n , la n e c e sid a d de u n a h e r m e n é u tic a m a te ria l h u b ie r a p o d id o estar p re sid id a p o r la c ir c u la r id a d d e la c o m ­
p re n s ió n . L a p alabra « a r t e » se em p leaba ciertam en te e n aqu el
E l té r m in o alem án Literaturwissenschafi equ ivale, e n su se n tid o m ás g e n é r ic o , a Filología sen tido an tigu o qu e hace reco rd a r el « a rte de la fu g a » —ars ínter-
y e n su a c e p c ió n m ás e s tricta a Teoría literaria, e n te n d ie n d o p o r ta l lo s m é to d o s de
a n á lisis e in te r p r e t a c ió n q u e a sp ira n a u n « c o n o c im ie n t o c ie n tíf ic o d e la lit e r a ­
tu r a » . [N . d el T .] 6 M . H e id e g g e r, Sein und&it, op. cit., p . 1 53 -
46 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 47

pretandi, técnica de la in te r p r e ta c ió n —, p e r o la o p in ió n de q u e se S i se c o n sid e ra q u e e n la ép o ca de la fo r m a c ió n de la c o n ­


tra tab a de u n a rte q u e se p u e d e m o s tra r, p e r o n o e n se ñ a r, y c ie n c ia h is tó r ic a la h e r m e n é u t ic a se c o n v ir tió —y n o s in u n a
m e n o s a ú n so m eter a u n an álisis cr ític o d e ca rácter g n o s e o ló - cierta r e la c ió n causal— d e c ie n c ia re g u la d o ra d e l an álisis de lo
g ico , estuvo sin d ud a p ro p ic ia d a p o r la e le cció n de esta palabra. q u e aco n tece en el acto d e la c o m p r e n s ió n e n cie n c ia , p o r así
P ero lo q u e D iltb e y llam ab a la p r o g r e s ió n regu lar e n la h is ­ d e c ir lo , fe n o m e n o ló g ic a , se e n c o n tr a r á c o m p r e n s ib le el
to r ia d e la h e r m e n é u tic a , la e v o lu c ió n d esd e la h e r m e n é u tic a ca rácter a h istó rico de lo s p r in c ip io s tra d ic io n a le s d e la i n t e r ­
m aterial h acia la h e rm e n é u tic a filo s ó fic a , n o p u e d e in v ertirse. p r e ta c ió n , ta n to m ás c u a n to q u e e n sus rasgo s e s e n c ia le s se
L a h e r m e n é u tic a lit e r a r ia n o p u e d e e sta b le c e r sus reglas r e m o n ta n a la a n tig ü e d a d ta r d ía . S in e m b a rg o , p a ra la c o n ­
m ed ia n te u n r e to r n o al pasad o, esto es, a la h e rm e n é u tic a p r e ­ cie n cia actu al de la h is to r ic id a d d e l c o n o c im ie n to , el ca rácter
filo s ó fic a . S i hab lam o s de h e rm e n é u tic a litera ria , y n o de h e r ­ a h is tó r ic o d e la a n tig u a h e r m e n é u t ic a es u n h e c h o d ig n o de
m e n é u tica filo ló g ic a , es p r in c ip a lm e n te p o r q u e la te o ría de la a te n c ió n p o rq u e la h e r m e n é u tic a se h alla, e n sus dos p r o p ó s i­
in te r p r e ta c ió n e n la q u e p e n sa m o s te n d rá q u e d is tin g u irse de tos d o m in a n te s d esde el p r in c ip io , ín tim a m e n te ligad a al p r o ­
la h e r m e n é u tic a t r a d ic io n a l d e la filo lo g ía clásica e n q u e ésta b le m a de la h isto ric id a d .
n o co n sid era el carácter estético de los textos qu e in te rp re ta en U n o d e esto s p r o p ó s it o s es e l d e e s ta b le c e r lo q u e e n u n
u n ju ic io que sigue a la in te rp re ta ció n , sin o qu e lo co n v ierte e n p asaje d ic e n las p a la b ra s, el d e d e te r m in a r el sensus litteralis. E l
p rem isa de la in te rp re ta c ió n m ism a. Es d ecir: las reglas y c r ite ­ o tr o es el d e sab er lo q u e el p a sa je q u ie r e d e c ir , e l se n tid o al
rio s tra d icio n a les de la in te r p r e ta c ió n filo ló g ic a tie n e n q u e ser qu e las palabras se r e fie r e n só lo co m o signos: es la in te r p r e ta ­
revisados a la lu z de la c o m p re n s ió n actual de la lite ra tu ra . c ió n d el sensusspiritualis, la in te r p r e ta c ió n a leg ó rica . A m b o s p r o ­
C o n esto hem o s a lu d id o a o tra d iferen cia más c o n la h e r m e ­ p ó s ito s están p re se n te s e n lo s c o m ie n z o s ta n to d e la h e r m e ­
n é u tica filo ló g ic a : la c o n c ie n c ia de la p r o p ia h is to ric id a d , a la n é u tic a filo ló g ic a c o m o d e la h e r m e n é u t ic a t e o ló g ic a . P e ro
q u e h o y u n a h e r m e n é u tic a lite r a r ia n o p o d r ía ya r e n u n c ia r , ¿ c u á l es su r e la c ió n c o n el p r o b le m a de la h is to ric id a d ?
m ien tras q u e la filo lo g ía tra d ic io n a l, la llam ad a filo lo g ía h is tó ­ L a d e te r m in a c ió n d e l se n tid o de las p alabras fu e u n a tarea
rica, trabaja c o n el co n v en cim ien to de q u e ella p u ed e p rescin d ir qu e e n G re cia la le ctu ra d e H o m e r o h izo m u y p r o n to in e lu d i­
de su p ro p ia p o sició n h istó rica y transp ortarse a cu a lq u ier ép oca b le . P ara lo s a ten ien ses d e la ép o ca clásica y p a ra lo s a le ja n d r i­
pasada. L o s p ro b lem a s que p la n te a n la h isto ric id a d d e la c o m ­ n o s , el le n g u a je d e H o m e r o h a b ía d e ja d o d e se r in m e d ia t a ­
p re n sió n , la in clu sió n de la p ro p ia p o s ic ió n h istó rica e n el p r o ­ m e n te c o m p r e n s ib le . F r ie d r ic h B lass c o m p a r a la d is ta n c ia
ceso de la co m p ren sió n , el papel de la distancia h istó rica y la h is­ lin g ü ís tic a q u e les sep ara b a de H o m e r o c o n la d ista n cia e x is­
to ria de las in flu en cias y rep ercu sio n es, h a n ve n id o a o cu p a r en ten te en tre n o so tro s y la Canción de los Nibelungos7. E n el o rig e n de
la reciente h erm en éu tica filo só fica p o ste rio r a D ilth ey, y ú ltim a ­ la in te n c ió n de d e te rm in a r el sensus litteralis está, p u es, el f e n ó ­
m en te de m o d o especial e n G a d am er, el cen tro de la re fle x ió n . m e n o d e lo s ca m b io s e n la le n g u a , d e l e n v e je c im ie n to d e las
Q u ie n in ten te fijar lo s co n to rn o s de la actual h erm en éu tica lite ­
r a ria te n d rá q u e revisar ta m b ié n , d esd e este p u n to d e vista, la
7 Fr. Blass, Hermeneutik und Kritik. E n Handbuch der klassischen Altertums-Wissenschaft in systema-
tra d icio n a l h erm en éu tica filo ló gica . tischerDarstellung..., e d . d e I. v. M ü lle r, v o l. I, M ú n ic h , 18 9 2 , p . 1 4 9 -
48 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 49

exp resio n es establecidas e n la le n g u a . E l sensus litteralis es el sensus in t e r p r e ta c ió n a le g ó r ic a d e H o m e r o e s c rib e W o lf- H a r t m u t


grammaticus. E l h e rm e n e u ta es u n in té r p r e te , u n m e d ia d o r q u e, F rie d rich :
e n v irtu d de sus c o n o cim ie n to s lin gü ístico s, h ace co m p re n sib le
lo qu e n o se co m p ren d e, lo que ha dejado de ser co m p ren sib le. Y lo «Para los griegos, las epopeyas homéricas eran textos canóni­
h a ce su stitu yen d o la p a la b ra q u e ya n o se c o m p re n d e p o r o tra cos, un b ien cultural inalienable, aunque hubiese dejado de
existir el m undo en el cual y para el cual habían nacido. La
p e r te n e c ie n te al le n g u a je d e sus le c to r e s . L a p r á c tic a h e r m e ­
alego resis se desarrolló, en nuestro círculo cultural, a partir
n é u tica co n sistía así e n la s u p e ra c ió n d e la d istan cia h istó ric a a
de la discusión sobre H om ero, y nació sobre todo de la insa­
la q u e la o b ra d e H o m e r o se h a lla b a. E l o b je to d e esta o c u p a ­
tisfacción que producían las afirmaciones homéricas sobre los
c ió n n o era la p e c u lia r id a d h is tó r ic a de su o b ra y su le n g u a , y dioses. E l p o eta-filó so fo presocrático Jenófanes protestó
m e n o s a ú n la r e fle x ió n so b re el c a m b io lin g ü ís tic o , s o b r e la contra las calum nias que H om ero y H esíodo habían dicho
d is ta n c ia h is tó r ic a . A l s u s titu ir las p a la b ra s in c o m p r e n s ib le s sobre los dioses, y P latón quiso expulsar a los poetas de su
p o r otras de u so c o r r ie n te , la d istan cia h istó ric a era m ás b ie n república p o r considerarlos maestros del error. La respuesta
e s ca m o te a d a . L a d e te r m in a c ió n d e l sensus litteralis c o m o sensus fue la interpretación alegórica, ya practicada en la época de
los sofistas, y luego por los cínicos, antes de ser elaborada por
grammaticus im p lic a b a algo m ás q u e el p r o p ó s ito d e h a ce r c o m ­
los estoicos. A l presentar a los dioses como personificaciones
p re n s ib le lo in c o m p r e n s ib le : im p lica b a la in te n c ió n de resca ­
de potencias cósmicas o m orales, se alejaba de ellos todo lo
ta r el te x to d e H o m e r o , q u e p a ra lo s a te n ie n s e s d e la é p o c a
escandaloso: la ofensa de D iom edes a A fro d ita significó en
clásica y lo s a le ja n d r in o s era u n tex to c a n ó n ic o , de su le ja n ía adelante la victoria de la inteligencia griega sobre la irraciona­
h is tó ric a y tra sla d a rlo al p r e s e n te , la in t e n c ió n d e h a c e r lo n o lidad bárbara, y el adulterio de A frodita con Ares una recon­
só lo c o m p r e n s ib le , s in o t a m b ié n e n c ie r to m o d o a c tu a l, de ciliación de dos fuerzas vitales opuestas. [...] E n el siglo I I
p r e s e n ta r lo c o m o u n tex to q u e n o h a b ía p e r d id o v ig e n c ia , a .C ., el filó lo go Grates de Pérgam o, form ado en el estoi­
co m o u n texo c a n ó n ic o . cism o, creía que todos los con ocim ien tos cien tíficos de su
L a fu n c ió n actu alizad o ra, ca n cela d o ra de la d istan cia h is tó ­ época se encontraban ya en H o m e ro » 9.

rica e n tre le c to r y a u to r, es a ú n m ás clara e n la in te r p r e ta c ió n


a leg ó rica q u e e n la g ram atical, y tan to e n la h e rm e n é u tic a t e o ­ A los ejem p lo s o fre cid o s p o r F r ie d r ic h de p e rso n ific a c io n e s de
ló g ic a ju d a ic a y c r is tia n a c o m o e n la in t e r p r e t a c ió n de lo s d io ses y lo s h é r o e s se a ñ a d ie r o n o tr o s m ás: A g a m e n ó n
H o m e r o h ech a e n la a n tigü ed ad . « L a exégesis a leg ó rica , o a le - co m o el éter, A q u ile s co m o el sol, H e le n a co m o la tie rra , París
goresis, ha d esem p eñ a d o en todas las re lig io n e s c o n d o c u m e n ­ c o m o el a ire y H é c t o r c o m o la lu n a , o D é m e t e r c o m o el
tos sagrados u n im p o r ta n te p a p e l p ara c o n fe r ir a las fo r m u la ­ h íg a d o , D io n is o co m o el b a zo , A p o lo co m o la b ilis . In clu so la
c io n e s fija s u n c o n t e n id o n u e v o y a ctu a l y c o n s e r v a r así id e n tifica c ió n , h istó rica m en te tan im p o rta n te , d el d io s C r o n o s
ta m b ié n la a u t o r id a d d e u n e s c rito c a n ó n i c o » 8. S o b r e la c o n el tie m p o (chrónos) e n tra e n este c o n t e x t o 10. L a a leg o re sis

9 W .- H . F rie d ric h , Allegorische Interpretation, e n Fischer Lexikon. Literatur II, I a P a rte, ed . de


W .- H . F r ie d r ic h y W . K illy , F ra n k fu rt a .M ., 1985» P- 19 -
8 Die Religión in Geschichte und Gegenwart, op. cit., v o l. I, p . 2 3 8 (a rtíc u lo Allegorie). 10 CJr. Fr. Blass, Hermeneutik undKritik, op. cit, p . 151.
5o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 51

de H o m e r o e n la Sto a, qu e a firm a b a q u e las ideas d e su ép o ca ab an d o n a d a tien e m u ch o s h ijo s, m ás que la q u e vive c o n el


m arid o . Pues vo sotro s, h e rm an o s, sois h ijo s p o r la p ro m esa,
se e n co n tra b a n an ticipad as, p refig u ra d a s, e n H o m e r o b a jo u n
com o Isaac. A h o ra b ie n , si e n to n c e s el que n ació de m o d o
m an to a leg ó rico , co n stitu yó ta m b ié n el m o d e lo m e tó d ic o para
n atural p ersegu ía al que nació p o r el espíritu, lo m ism o o c u ­
la exégesis a leg ó rica d el A n tig u o T esta m en to , y m ás tard e ta m ­
rre ah o ra. P e ro ¿ q u é añ a d e la E s c r itu r a ? ; E ch a fu e ra a la
b ié n d el N u evo T esta m en to . E l Cantar de los cantares, p o r e jem p lo , esclava y a su h ijo , p o rq u e el h ijo de la esclava n o c o m p artirá
q u e segú n el sensus litteralis n o p o d ía c o n s titu ir Un texto relig io so , la h eren cia co n el h ijo de la lib re . P o r tan to, h e rm an o s, no
fu e in te r p r e ta d o a le g ó ric a m e n te e n e l sig lo I I d .G . p o r el som os h ijo s de esclava, sin o de la m u je r l i b r e » 11.
r a b in o B e n A k ib a co m o can to al a m o r en tre Israel y J e b o v á . Y
a ú n m ás clara es la r e la c ió n e n tre la aleg o resis ju d ía y la g rieg a
E l ejem p lo es e sp ecia lm en te sig n ifica tiv o , p u es to m a dos fig u ­
e n F iló n de A le ja n d r ía , q u ie n v a lié n d o s e de la in te r p r e ta c ió n
ras d e l A n tig u o T esta m en to co m o p e r s o n ific a c io n e s d el A n t i ­
alegó rica trató de a rm o n iza r el A n tig u o T estam en to c o n la m ís­
g u o y d e l N u e v o T e s ta m e n to , e in t r o d u c e la r e la c ió n e n tr e
tica filo só fica de su tie m p o igu al q u e el antes m e n c io n a d o G r a ­
am bos, qu e la exégesis a le g ó rica trata de m o stra r, co m o in t e r ­
tes d e P é rg a m o q u iso eleva r a H o m e r o p o c o m e n o s q u e a la
p r e ta c ió n a le g ó r ic a e n e l A n t ig u o T e s ta m e n to . E ste e je m p lo
a ltu ra de la c ie n c ia n a tu ra l d e l sig lo I I p r e c r is tia n o . L a i n t e r ­
está, p o r lo dem ás, e m p a re n ta d o c o n la in te r p r e ta c ió n q u e ve
p re ta c ió n aleg ó rica d el A n tig u o T esta m en to cu m p lió lu e g o c o n
e n la d isp o sició n de A b r a h á n a sa crifica r a Isaac u n a p r e fig u r a ­
el cristian ism o u n a nueva fu n c ió n : la de r e la c io n a r el A n tig u o
c ió n d el sa crificio de C r is to p o r D io s.
c o n el N u e v o T e s ta m e n to . U n te m p r a n o t e s t im o n io d e esta
A q u í h ay u n asp ecto q u e n o d eb e q u e d a r in a d v e r tid o , y es
a le g o re sis es el c a p ítu lo 4 d e la E p ís to la a lo s G á la ta s. S a n
q u e la in te r p r e ta c ió n t ip o ló g ic a , a d ife r e n c ia d e la a le g o re sis
P ab lo , a q u ie n se rem o n ta la in te r p r e ta c ió n d e l A n tig u o T esta ­
d e H o m e r o e n la Sto a, n o su p rim e tan to la d istan cia h istó ric a
m e n to co m o p r e fig u r a c ió n d e l N u ev o —la lla m ad a in te r p r e ta ­
co m o la su p e ra en el c o n c e p to de p r e - fig u r a c ió n , e n la d if e ­
c ió n t ip o ló g ic a —, e s c rib e lo s ig u ie n te a lo s gálatas, a q u ie n e s
re n cia en tre p ro m esa y c u m p lim ie n to —e n el d o b le se n tid o de
q u ie re co n v ertir:
la p alabra aufheben (su p era r), p o rq u e el esca lo n a m ie n to te m p o ­
r a l es m a n te n id o c o m o d ife r e n c ia e n tr e p r o m e s a y c u m p li­
« D e c id m e : si q u eréis so m etero s a la ley, ¿ p o r qué n o e sc u ­
cháis lo que dice la ley? P o rqu e en la E scritu ra se cuenta que m ie n t o , p e r o a la vez n iv e la d o e n la a r m o n ía p r e e s ta b le c id a
A b rah á n tuvo d os h ijo s: u n o de la esclava y o tro de la m u je r qu e se in tr o d u c e en tre el A n t ig u o y el N u ev o T esta m e n to —.
lib re, p e ro el de la esclava n ació de m o d o n atu ral, m ie n tras E sto s p o c o s e je m p lo s b a sta n p a ra p o n e r d e m a n ifie s to la
que el de la libre fue p o r u n a p ro m e sa de D io s. Esto sign ifica d o b le in te n c ió n existen te e n el o r ig e n de la h e r m e n é u tic a y en
algo m ás: las m u je re s re p re se n ta n d o s alian zas; u n a , la del la m o tiv a c ió n d e la m ism a , a sab er: la s u p e r a c ió n y la s u p r e ­
m on te Sin aí, en gen d ra h ijo s p a ra la esclavitud; ésa es A gar, y sió n d e la distan cia h istó rica en tre texto y le c to r. L a h isto ria de
c o rresp o n d e a la Je ru sa lé n de hoy, esclava ella y sus h ijo s. E n
la h e rm e n é u tica n o se p u e d e e n te n d e r sólo co m o a q u ella m a r -
cam bio la Je ru sa lé n de arrib a es libre y ésa es n u estra m adre,
p u e s d ice la E sc ritu ra : alég rate, la e sté ril q u e n o das a luz,
ro m p e a g rita r, tú q ue n o c o n o c ía s lo s d o lo re s, p o r q u e la II G álatas 4 , 2 1 -3 1 .
52 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 53

ch a r e g u la r d e la q u e h a b la b a D ilth e y ; e n la m ism a m e d id a , m ism a n o s in d ic a . E n lo s p ro v e rb io s de S a lo m ó n ( 2 2 ,2 0 )


p o r lo m en o s, es ta m b ié n u n a d isp u ta en tre esas dos in t e n c io ­ encon tram os la siguiente in stru cció n en relación a las divinas
escrituras: "E scríb e lo tres veces co n cu id ad o y reflex ió n p ara
nes. P ues, a p esar d e c o m p a r tir la te n d e n c ia la ten te a salvar la
que apren das a re sp o n d e r co n en ten d im ien to y con verdad a
d istan cia h istó rica , las dos fo rm a s de in te r p r e ta c ió n , la g ra m a ­
lo que se te p re g u n ta ” . D e l m ism o m o d o d eb em o s n o so tro s
tic a l y la a le g ó ric a , s o n fo r m a s o p u esta s. U n a y o tr a in te n ta n m editar tres veces el sentido de la Sagrada Escritura. E l sim ple
re so lv e r el p r o b le m a d e l e n v e je c im ie n to d e lo s tex to s, q u e se p u ede ed ificarse só lo co n la carne d el texto (p o r d e n o m in ar
v u e lv e n in c o m p r e n s ib le s y o b s o le to s , c o n p r o c e d im ie n t o s así al sign ificad o m eram en te lite r a l), p e ro q u ie n h a c o m e n ­
c o n tr a r io s . L a in te r p r e ta c ió n g ra m a tica l se ce n tra e n el a n t i­ zado a com pren der, y aú n m ás el que ha acabado de co m p ren ­
g u o sig n ifica d o , que q u iere co n servar p o r el p r o c e d im ie n to de der, el p e rfe c to , sem ejan te a aq u e llo s de q u ie n e s el ap ó sto l
s u s titu ir la e x p r e s ió n q u e el tie m p o h is t ó r ic o h a v u e lto dice (I C o r. 2 ,6 ): "c o n los h om bres perfectos exponem os u n
sab er, p e ro n o el sab er in fe r io r de este m u n d o ; ex p o n em o s
extraña, o , p a ra em p lea r u n té r m in o de la lin gü ística : e l sig n o ,
u n sab er divino y secreto, u n sab er e sc o n d id o , el q u e c o n ­
p o r o tr o n u e v o , o b ie n p o r el d e u tiliz a r lo e n u n a g lo sa q u e
form e al decreto de D io s antes de los siglos había de ser n u e s­
a co m p a ñ a y exp lica el sig n o a n tig u o . L a in te r p r e ta c ió n a le g ó ­
tra g lo ria” , el perfecto es edificado p o r la ley del espíritu, que
ric a , e n c a m b io , se e n c ie n d e en e l sig n o e x tra ñ o , al q u e a tr i­ an u n cia com o u n a so m b ra los b ie n e s v e n id e ro s. P u es igu al
bu ye u n n u ev o sig n ifica d o q u e n o p r o c e d e d e l u n iv e rso m e n ­ que el h om b re se co m p o n e de cu erp o , alm a y esp íritu , tam ­
ta l d e l te x to , sin o d e su in t é r p r e te . E sta in t e r p r e t a c ió n n o bién la Escritura, dada p ara la salvación de los h om bres p o r la
n e cesita cu e stio n a r el sensus litteralis, p u es se basa e n la p o s ib ili­ gen erosidad divina, se com p o n e de estos t r e s » 12.
d ad d e u n s e n tid o m ú ltip le d e l te x to . L a in t e r p r e ta c ió n g r a ­
m atical, e n ca m b io , q u e p re ce d e h istó ric a m e n te a la a leg ó rica L a ú ltim a frase resu m e la a p o r ta c ió n d e O ríg e n e s , q u e va m ás
y q u e , p o r ta n to , n o hay q u e e n te n d e r p r im a r ia m e n te c o m o allá de la c o n c e p c ió n tra d ic io n a l de la alegoresis. S i la d o ctrin a
u n a in te r p r e ta c ió n a n titética o crítica de ésta, n o d ejaba, c o n ­ d e l se n tid o tr ip le , el so m á tic o ( h is tó r ic o -g r a m a tic a l) , el p s í­
se c u e n te c o n su in t e n c ió n , q u e e l s ig n ific a d o a n tig u o fu e s e q u ico (m o ral) y el n e u m á tico (a le g ó ric o -m ístic o ), c o rre sp o n d e
arrastrad o p o r el to r b e llin o d el ca m b io h istó ric o , p u es deseaba a la trico to m ía de la a n tro p o lo g ía y la o n to lo g ía de O ríg e n e s , la
co n s e r v a rlo e n su id e n tid a d . L a p r im e r a d is p u ta im p o r ta n te a leg o re sis a p a rece e n éste, c o m o h a o b serv a d o E b e lin g , « n o
en tre las dos o rie n ta c io n e s se p r o d u jo e n el sen o de la h e r m e ­ co m o u n a re in te rp re ta c ió n arb itraria, sin o o rien ta d a a la esen ­
n é u tic a p a trística e n tre las escu elas te o ló g ic a s d e A le ja n d r ía y cia de la cosa m ism a de q u e t r a t a » 13. L a te o lo g ía d e A n t io q u ía
A n tio q u ía . E l d o c u m e n to te ó ric o m ás im p o r ta n te d e la in t e r ­ n o se deriva, co m o la de O ríg e n e s , d el p la to n ism o a le ja n d rin o ,
p r e ta c ió n a leg ó rica de A le ja n d r ía es e l lib r o IV d e la o b ra d o g ­ sin o q u e se apoya e n la escu ela filo ló g ic a , ig u a lm e n te rad ica d a
m ática de O r íg e n e s titu lad a Periarchon (de la p r im e r a m ita d d el e n A le ja n d r ía , q u e to m a co m o base la r e tó r ic a d e A r is tó te le s .
siglo III d .C .) : L o s d e A n t io q u ía cu ltiv a n la exégesis h is t ó r ic o - g r a m a tic a l y

12 O ríg e n e s , Uber die Grundlehren der Glaubenswissenschaft, trad . d e K . F r. S c h n itz e r , S tu tt-


« E l cam ino correcto p ara ad en trarn os en la E scritu ra y c o m ­
gart, 18 3 5 , p p . 2 6 2 y s.
p re n d e r sus sen tid o es, a m i p are c e r, el q u e la E sc ritu ra 13 G . E b e lin g , Hermeneutik, op. cit., p . 2 4 7 -
54 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 55

rech azan la alego resis, co n servan d o la in te rp re ta ció n tip o ló g ica llevó a la h e r m e n é u tic a te o ló g ic a a la v ic to ria d el p r in c ip io de
d e l A n t ig u o T e s ta m e n to , esto es, la r e la c ió n d e éste c o n el la in te r p r e ta c ió n g ra m atica l so b re la aleg ó rica .
N u ev o . E l p ro g ra m a h e rm e n é u tico de T e o d o ro q u ed ó reco gid o C o n to d o , lo s lazos de am bas ten d en cias c o n la h isto ria so n
e n su e s c rito , h o y p e r d id o , titu la d o Contra allegoricos (s. iv / v ) in co m p a ra b le m e n te m ás diversos d e lo qu e p o d r ía h a c e r creer
(p ro b a b le m e n te de c o n te n id o id é n tico al de su Líber de allegoria et este e je m p lo escolar. N o só lo el p r e d o m in io de u n a so b re o tra
historia contra Origenem, d e l qu e sólo se conserva u n fr a g m e n to ). estuvo h istó ric a m e n te c o n d ic io n a d o , ta m b ié n lo estuvo n e c e ­
U n a segu n d a d isp u ta decisiva en tre las dos fo rm a s de in t e r ­ sa ria m en te la in te r p r e ta c ió n a le g ó ric a m ism a, a u n q u e tra sla ­
p r e ta c ió n p u e d e verse e n la lu ch a de la R e fo rm a co n tra la d o c ­ dase el texto de o tro s tie m p o s al h o riz o n te h istó ric o de su p r o ­
trin a escolástica d e l se n tid o p lu r a l d e la E scritu ra , que m arcó p ia ép o ca : ella c o n fie r e al texto u n ín d ic e h is tó r ic o q u e n o es
to d a la h e r m e n é u tic a m ed ieva l. E n esta d isp u ta tuvo u n s ig n i­ e l d e su g é n e s is, s in o e l d e su in t e r p r e ta c ió n . P o r eso cab e
fic a d o p a p e l el h u m a n is m o d e l f i n d e la E d a d d e M e d ia y su tam b ién segu ir los a co n te cim ie n to s h istó rico s d e n tro d e la a le ­
re a c tu a liz a c ió n d e la o r ie n ta c ió n gram atical, q u e se re m o n ta a go resis. E n ca m b io la in te r p r e ta c ió n h istó ric o -g ra m a tic a l, c o n
A ristó teles: el estu d io d e las len gu as bíblicas, las ed icio n es y los su in sisten cia e n el se n tid o o rig in a l, el cu al n o se p u e d e su sti­
c o m e n ta rio s filo ló g ic o s r e fo rz a b a n la p o s ic ió n d el sensus littera- tu ir, sin o tra n sm itir e n tra d u c c ió n o c o m e n ta rio , m u estra u n a
lis. E n éste co n fia b a L u te r o cu a n d o p ro c la m ó el lla m ad o princi­ cierta co n stan cia; la h isto ria p a re ce red u cirse a q u í al p a u la tin o
pio de la Escritura1* , q u e a fir m a b a la c la rid a d d e la E s c r itu r a , la r e fin a m ie n to d e lo s m e d io s filo ló g ic o s y al in c r e m e n to d e la
cu al se in te r p r e ta a sí m ism a y n o re q u ie re d e n in g u n a in s ta n ­ p r o d u c c ió n e ru d ita y d el saber, dos fa cto res a lo s q u e la a u to -
cia in terp reta tiva ex te rn a —co m o la Iglesia—. c o n c e p c ió n p o s itiv is ta d e la filo lo g ía d e b e su p r o g r e s o . N o
Q u iz á sean estas p o ca s in d ic a c io n e s su fic ie n te s p a ra m o s ­ obstan te, la in te r p r e ta c ió n g ra m a tic a l-h istó ric a se e n c u e n tra a
tra r e n q u é m e d id a la o p o s ic ió n en tre in te r p r e ta c ió n g ra m a ti­ su vez so m e tid a al c a m b io h is t ó r ic o , y d e d o b le m a n e r a . P o r
cal e in te r p r e ta c ió n a le g ó ric a r e c o r r e la h is to ria de la h e r m e ­ u n la d o , la in d e p e n d e n c ia resp ecto de la p r o p ia p o s ic ió n h is ­
n é u tic a . Y t a m b ié n p a ra e v id e n c ia r q u e la h is t o r ia d e la tó rica , que p a rece d is tin g u ir a la in te r p r e ta c ió n d el sensus littera-
h e r m e n é u tic a n o es la de u n a d ia léctica in te r n a e n tre estos dos lis fren te a la alego resis, só lo es a p licab le a su in te n c ió n , n o a su
p u n to s de vista, sie n d o m ás b ie n la h isto ria m ism a la q u e d eja p ráctica . E n tre las tareas actuales de la h e r m e n é u tic a se cu en ta
su m arca e n el te r r e n o d e la h e r m e n é u tic a co m o d isp u ta e n tre el análisis d el m o m e n to in te rp re ta tiv o , in h e r e n te ta m b ié n a la
am bas fo rm a s d e in te r p r e ta c ió n y su a lte rn a n c ia . E l c o m ie n zo in v e stig a c ió n p o sitiv ista . P o d r á la o r ie n ta c ió n h is t ó r ic o - g r a ­
de la E d a d M o d e r n a , c o n el ca m b io qu e su p u so e n la r e la c ió n m atical n o q u e re r d ejarse in f lu ir p o r su p r o p ia p o s ic ió n e n la
d e l h o m b r e c o n la r e a lid a d , y q u e se c o n c r e tó e n to d o s lo s fija c ió n d e l sensus litteralis, p e r o la in s iste n c ia m ism a e n el sensus
te rre n o s d e u n a m a n e ra e n cada caso esp ecífica (e je m p lo c é le ­ litteralis es a su vez u n h e c h o h is t ó r ic o . L a p r o p ia p o s ic ió n se
b r e es la in t r o d u c c ió n de la te rce ra d im e n s ió n e n la p in t u r a ) ,14 d e sliza rá s in d ific u lt a d e n la in v e s tig a c ió n f ilo ló g ic a m ism a ,
p u e s to q u e , e n p r im e r lu g a r , e lla c o n t r ib u y e a d e c id ir si u n

14. C f r . K . H o l l, Luthers Bedeutungfür den Fortschritt der Auslegungskunst ( 1 9 2 0 ) , e n K . H .,


pasaje es c o m p re n s ib le o in c o m p r e n s ib le , es d e c ir, si n ecesita
GesammelteAufsátzezjjrKierchengeschichte, v o l. I, 6 a e d ., T u b in g a , 1 9 3 2 , p p . 5 4 4 - 5 8 2 . o n o de u n a c o r r e c c ió n , y e n se g u n d o lu g a r, e n caso de q u e se
56 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 57

adm ita la n ecesid ad de en m ie n d a , de re c tific a c ió n , el p u n to de p r e t a c ió n . U n d o c u m e n to , n o c é le b r e , p e r o a ctu a l, es t a m ­


vista p r o p io está im p lic a d o e n las c o n je tu r a s q u e se h a g a n al b ié n el d ic ta m e n d e u n co le g a de la filo lo g ía a n tig u a so b re u n
r e sp e c to . N o se tra ta só lo d e q u e el d e c id ir s e p o r u n a c o n je ­ o p ú s c u lo m u y in f lu id o p o r la teoría crítica d e s a r r o lla d a e n lo s
tu ra fr e n te a o tra p o s ib le sea y a u n a in te r p r e ta c ió n ; es q u e la añ o s tre in ta , e sp e cia lm e n te p o r M ax H o r k h e im e r 17.
c u e s tió n rela tiva a las c o n je tu r a s q u e el f iló lo g o p u e d e y n o E l m éto d o e n q u e se basa u n a in tr o d u c c ió n a la h e r m e n é u ­
p u e d e h a ce r d e p e n d e d el h o r iz o n te h istó ric o d e l m ism o . tica lite ra ria co m o la qu e a q u í se in te n ta c o n s tru ir es resu ltad o
P e ro la in t e r p r e ta c ió n g r a m a t ic a l- h is t ó r ic a está ta m b ié n de la respuesta a la p re g u n ta de si existe h o y u n a h e rm e n é u tic a
so m etid a al ca m b io h istó ric o de o tra m a n era . L a in t e n c ió n en lite r a ria . Las r e fle x io n e s y lo s ex cu rso s h is tó ric o s p re c e d e n te s
el se n tid o h is tó r ic o se m o d ific a c o n el c a m b io e n la c o n c e p ­ h a n p u e sto de m a n ifie s to la a u se n cia e n la a c tu a lid a d d e u n a
c ió n de la h isto ria . N o se trata só lo de q u e ésta n o p u e d e ser en h e r m e n é u tic a lite r a ria e n el se n tid o de u n a d o c tr in a m a te ria l
la filo lo g ía , después de la fo r m a c ió n d e la c o n c ie n c ia h istó rica (es d ecir, que in clu ya la p ráctica) de la in te rp re ta c ió n de textos
e n la se g u n d a m ita d d el siglo X V I I I y su a fia n za m ie n to p o s it i­ lite r a r io s y la r a z ó n de esa a u se n cia . A l m ism o tie m p o h e m o s
vista e n el sig lo X I X , la misma q u e d o m in ó e n A te n a s y e n A l e ­ co n sid era d o las m ú ltip les im p lica cio n es h istóricas de la h e r m e ­
ja n d r ía , o e n la F lo r e n c ia de la ép o ca d el H u m a n ism o . L o q u e n é u tica . D e lo cu al se sig u e n in m e d ia ta m e n te dos c o n s e c u e n ­
e n su lib r o Verdadj método G a d a m e r lla m a a p o ría s d e l h is t o r i- cias: n o se trata de su p lir acrítica m en te la ausen cia de u n a h e r ­
c is m o 15 ha cu estio n a d o la base m ism a de la in te r p r e ta c ió n g ra ­ m e n é u tic a lite r a r ia e n n u e s tra é p o c a c o n la h e r m e n é u tic a
m a tic a l-h istó ric a . S i la p o sib ilid a d de e x p e rim e n ta r lo m ism o filo ló g ic a q u e lo s sig lo s p r e c e d e n te s n o s h a n tr a n s m itid o ; e n
q u e e x p e r im e n t a r o n o tra s é p o ca s es d u d o s a , n o es m e n o s p r im e r lu gar, p o rq u e ésta tie n e , c o n tra su in te n c ió n , p rem isas
d u d o so q u e se p u ed a fija r el sen tid o exacto de lo qu e e n ellas se h istóricas, y en segu nd o lu gar, p o rq u e n o en ten d em o s p o r h e r ­
e scrib ía . E sta p e r t u r b a c ió n d e la filo lo g ía tr a d ic io n a l, h is t ó ­ m e n é u tic a lite r a r ia u n a te o r ía n o filo ló g ic a d e la in t e r p r e ta -
r ic a , q u e se cre e in d e p e n d ie n t e d e l p r o p io p u n t o d e vista
—d e s c o n o c id o p a ra sus r e p r e s e n ta n te s y q u e acaso p o r e llo ten IV, I, p p . 9 - 2 1 [ « L a tarea d el tr a d u c to r » , AngelusNovus, B a rce lo n a, Edhasa, 1 9 7 0 ,
trad. de H . A . M u re n a ]; Ursprungdesdeutschen Trauerspiels, ed. revisada al cu id ad o d e R . T ie -
r e fo rz ó a ú n m ás su se gu rid a d —, d e te rm in a la h e r m e n é u tic a de
dem ann, Frankfurt a .M ., 1963, pp. 7 _4 4 (FrkenntniskritischeVorrede) , actualm ente en Gesam­
n u estra ép o ca. E llo se p u e d e p e r c ib ir esp ecia lm en te en el c o n ­ melte Schrifien I, 1, op. cit., 1 9 7 4 * P P - 2 0 7 - 2 3 7 [ « E l o rig e n de 'T ra u e rs p ie l’ a le m á n » , en
Obras 1- 1, M ad rid , A bad a, 2 0 0 6 , trad. d e A lfre d o B roton s]. Literaturgeschichte und Uteratur-
cep to de Wirkungsgeschichte o h isto ria d el e fe cto , q u e —e n B e n ja ­ wissenschafi, e n W . B . AngelusNovus. AusgewáhlteSchrifien 2-, F ran k fu rt a .M ., 1 9 6 6 , p p . 4 5 °~
m ín , p e r o ta m b ié n e n G a d a m e r y e n la c ie n c ia a ctu a l d e la 4 5 6 . A ctu a lm e n te en Gesammelte Schrifien III, op. cit., 19 7 2 , p p . 2 8 3 - 2 9 0 ; EduardFuchs, der
Sommier und der Historiker, en W . B ., AngelusNovus, op. cit., p p . 3 0 2 - 3 4 3 [« H is to ria y co le c­
lite r a tu r a , p o r e je m p lo e n H a n s R o b e r t J a u fi, d e fo r m a e n cionism o: Eduard F u ch s» , Discursos interrumpidos I, M adrid, Taurus, 1973 »trad. d e j . A g u i-
cada caso m u y d ife r e n t e 16— h a q u e d a d o in te g ra d o e n la Ín te r- rre]; GeschichtphilosophischeThesen, en W . B ., Schrifien, Frankfurt a .M ., 1955 »v° b I» p p . 4 9 4 “
5 0 6 [« T esis de filoso fía de la h isto ria » , Discursos interrumpidosI, cit.]. T a m b ié n en W . B .,
Illuminationen. Ausgewáhlte Schrifien, F ra n k fu rt a .M ., 19 6 1, p p . 2 6 8 - 2 7 9 - H .- G . G ad a m er,
15 C f r . H . - G . G a d a m e r, Wahrheit und Methode. Grundzüge einerphilosophischen Hermeneutik, 2 a Wahrheit und Methode, p p. 2 8 4 - 2 9 0 . H . R . Jauft, Literaturgeschichte ais Provokation der Literaturwis-
ed . am p lia d a c o n u n s u p le m e n to , T u b in g a , 1 9 6 5 , p p . 2 0 5 y ss. [en a d e lan te Wahr­ senschafi, e n H . R .J ., Literatuigeschichte ais Provokation, Frankfurt a .M ., 19 7 0 (Suhrkam p 4 18 ),
heit und Methode; Verdadj Método, Salam an ca, S íg u e m e , I 9 7 7 > trad . d e A . A g u d y R . de p p. 1 4 4 - 2 0 7 [La literatura como provocación, B arcelona, Península, 1976 , trad. d e j . G o d o ].
A g a p ito ] . 17 C f r . al resp ecto P. S z o n d i, Ubereine «Freie (d.h.freie) Universitat». Stellungnahmen einesPhi-
16 C fr. W . B en jam ín , DieAujgabedes Uberset&rs, en W .B ., Tableauxparisiens, trad. alem ana c o n u n lologen, F ra n k fu rt a .M ., 1973 (S u h rk a m p 6 2 0 ) , p p . 6 8 - 8 7 , d o n d e se expresa d e ta ­
p ró lo g o sobre la tarea del traductor, H eid elberg, 192 3, actualm ente en Gesammelte Schrif- llad a m e n te la p o s ic ió n d e S z o n d i en este c o n flic to .
58 PETER SZONDI

c ió n , sin o u n a te o ría qu e r e c o n c ilie la filo lo g ía c o n la estética. 2


E lla h a b rá , p o r tan to , de sustentarse e n n u estra actual c o n ce p ­
c ió n d e l a rte, y será u n a te o r ía a su vez h istó ric a m e n te c o n d i­
c io n a d a , y n o u n a te o ría in te m p o r a l y u m v e rsa lm e n te válida.
P o r eso , el p r o c e d e r siste m á tic o es e n esta in t r o d u c c ió n tan
p o c o a p ro p ia d o co m o la d e s c r ip c ió n h istó rica . Esta in tr o d u c ­
c ió n n o p u e d e lim ita rse a r e se ñ a r la e v o lu c ió n h istó ric a de la
h e rm e n é u tic a , n i ta m p o co p r e s c in d ir de ella y p royectar exnihilo
u n a h e r m e n é u tic a m o d e rn a ; só lo el ex a m e n cr ític o de teo rías
a n te r io r e s d e la h e r m e n é u tic a n o s p u e d e h a ce r co n scien tes de
la h is t o r ic id a d n o só lo d e éstas, sin o ta m b ié n d e la m o d e r n a
h e r m e n é u tic a qu e in ten ta m o s c o n c e b ir. E l p ro c e d im ie n to más
in d ica d o es, pues, el qu e co m b in a los m éto d o s h istó rico y siste­
m á tico : el exam en crítico de la h isto ria de la h erm e n é u tica co n En 1742 apareció en L eip zig u n lib ro de seiscientas páginas a rti­
vistas a la c o n s titu c ió n d e u n fu tu ro sistem a que a lg ú n día apa­ 753 p arágrafos: J o h a n n M a rtin C h la d e n ii Einleitung gur
cu lad o e n
recerá a su vez co m o u n sistem a h istó ric o . A q u í se hace necesa­ richtigenAuslegungvemünfftiger Reden und Schrífften (Introducción a la interpreta­
r io , n o só lo p o r m o tiv o s p r á c tic o s , tales c o m o la ép o ca y la ción correría de discursosj escritos racionales). G h la d en iu s vivió de 1710 a
c o m p e te n c ia , sin o p o r la ló g ica m ism a d e l tem a, lim itarse a la 175 9 ; W itten berg, L eip zig, C o b u r g y E rla n g en fu e r o n los lugares
h e r m e n é u t ic a d e ép o ca s q u e a ú n e je r c e n a lg u n a in flu e n c ia d o n d e d esarrolló su actividad. A d em ás de obras filosóficas y te o ­
s o b re la n u e stra : la Ilu s tr a c ió n , el sig lo X V I I I y lo s c o m ie n zo s lógicas p u b licó , diez años después de la Introducción a la interpretación
d el X I X ; p o r eso se p re sc in d irá e n lo q u e sigu e d e las d o ctrin a s correría..., u n a Allgemeine Geschichtswissenschaft (Ciencia general de la historia).
an tigu a y m ed ieval de la in te rp re ta ció n , y ta m b ién de la h e r m e ­ A l citar aquí a G hladenius, al em pezar co n él a exp o n er la h e rm e ­
n é u tic a d el H u m a n ism o y d e la ép o ca de la R efo rm a, cuya o b ra n éutica literaria (más exactam ente: la h erm en éu tica n o teológica
p r in c ip a l es la Clavis scripturae sacrae, de F laciu s (15 6 7 ). y n o ju ríd ica ) de los siglos X V II I y X IX , hem os de añadir que él y su
obra h erm en éu tica estuvieron durante m u ch o tiem p o olvidados y
h o y son casi descon ocidos. E n n in gu n a gran en ciclop ed ia aparece
su n o m b re , e in c lu so J o a c h im W ach, qu e —si n o m e e q u iv o co —
fu e e l p r im e r o q u e vo lv ió a te n e r e n cu en ta su h e rm e n é u tic a ,
cu an d o en el p rim e r to m o (192 6) de su Historia de la teoría hermenéu­
tica en el siglo X I X : la comprensión, en tres tom os, habla de G h laden ius,
sólo considera su Ciencia de la historia18. H asta 1933 n o apareció, e n

18 J . W ach , Das Verstehen. Gruncküge einer Geschichte der hermeneutischen Theorie imig. Jahrhundert. I- III.
6o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 6l

el tercer to m o , m en cio n a d a y b revem en te expuesta la Introducción ría h e r m e n é u tic a d e G h la d e n iu s e n W ach —la ú n ic a q u e


a la interpretación correcta... A n tes de W ach hay referen cias a C h la d e - c o n o z c o —, n o lo h a g o c o n in t e n c ió n c r ític a . W ach h a b la de
n iu s e n a lg u n o s tra b a jo s d e h is to r io g r a fía ; así e n B e r n h e im , G h la d e n iu s e n el c o n te x to d e la h is to r io g r a fía d esd e R a n k e
q u ie n e n su Lehrbuch der historischen Methode und der Geschichtsphilosophie hasta el p o sitiv ism o ; se c o m p r e n d e q u e, e n el ex cu rso so b re
(Tratado del método históricoj defilosofía de la historia) d ice d e C h la d e - G h la d e n iu s, tu v iera q u e c o n s id e r a r a éste co m o u n p r e c u r s o r
n iu s q u e fu e el p r im e r o q u e « in t e n t ó d e fin ir d e m a n e ra m ás d e a q u e llo s te ó r ic o s d e la h is to r io g r a fía a q u ie n e s in te re sa b a
p recisa la r e la c ió n d e l m é to d o h is tó r ic o c o n la te o r ía g e n e r a l sobre to d o el p ro b le m a de la o b je tiv id a d d el co n o c im ie n to h is ­
d e l c o n o c im ie n t o y c o n la l ó g i c a » 19, co sa q u e d esp u és d e él tó r ic o y q u e, d esd e D r o y s e n hasta D ilth e y , c o n t r ib u y e r o n d e
n a d ie vo lvió a in te n ta r d u ra n te m u c h o t ie m p o ; ta m b ié n e n el fo r m a decisiva a o r ie n ta r la e v o lu c ió n p o s te r io r d e la h e r m e ­
g erm an ista U n g e r e n u n « b o s q u e jo de lo s p r in c ip io s de la h is­ n é u tica 23. A u n q u e en lo qu e sigue n o p o d e m o s pasar p o r alto la
to r ia » titu lad o Tur Entwicklung des Problems der historischen Objektivitát bis te o ría d el Sehe-Punckt, ésta n o ap arecerá co m o lo ú n ic o n o ta b le
HegeT0 (Sobre la evolución del problema de la objetividad histórica hasta Hegel) de la o b ra de C h la d e n iu s . S in d u d a n o es p o sib le d is c u tir a q u í
y p u b lica d o e n 1923- W ach c o n o c ía —a d ife re n cia de sus p r e d e ­ e n to d o s sus d etalles su exten so tra b a jo ; p e r o co m o es im p o r ­
ceso res— n o só lo la Ciencia general de la historia, sin o ta m b ié n la tante n o sólo prestar a te n ció n a p ro b lem a s h e rm e n é u tico s p a r ­
Introducción a la interpretación correcta de discursosy escritos racionales, y ticulares, sin o tam b ién fo rm a rse u n a id ea de las in ten cio n es y de
observó qu e la Ciencia general de la historia es p r o p ia m e n te u n a r e e ­ la naturaleza de los sistemas h erm en éu tico s e n gen eral, se c o n si­
la b o r a c ió n d e l c a p ítu lo octavo d e la Introducción a la interpretación derará p rim era m en te la o b ra d e C h la d en iu s en su co n ju n to .
correcta..., titu lad o VonAuslegungHistorischerNachrichten undBücher21 (De Su o b jeto es, co m o reza el títu lo , la « in te rp re ta c ió n co rrecta
la interpretación de relatosj libros históricos). A u n q u e W ach c o n o c ía el d e d iscu rso s y e scrito s r a c io n a le s » . L o s d os ad jetivo s, q u e n o
m arco g en era l h e r m e n é u tic o e n el q u e las ideas de G h la d en iu s d is im u la n el e s p íritu d e l sig lo X V I I I —p ién sese e n la c o n c is ió n
sobre la relativid ad d el c o n o c im ie n to h istó ric o tie n e n su sitio , d e l títu lo antes c o r r ie n te : Ars interpretandi—, tie n e n u n a fu n c ió n
la se c c ió n d ed ica d a a G h la d e n iu s d e l te rc e r to m o d e su o b r a 22 precisa, qu e necesita a su vez d e u n a in te rp re ta c ió n . L a p alabra
está to talm en te p risio n e ra de esta p ro b lem á tica relativista y d e la racional in d ica el tip o de discu rsos y escritos cuya in te r p r e ta c ió n
respuesta de C h la d e n iu s e n su te o ría d e l Sehe-Punckt (p u n to de ha de enseñarse; la p alabra correcta expresa n o tanto la p reten sió n
vista). A l señ alar esta u n ila te ra lid a d e n la e x p o sició n de la te o - co m o la in te n c ió n de la in te rp re ta c ió n q u e se enseña. A u n q u e ,
al n o lim ita r el o b je to d e la in te r p r e ta c ió n a u n d e te rm in a d o
tip o de textos, C h la d e n iu s va m ás allá de las h erm en éu ticas tr a ­
R e im p re sió n rep ro g rá fic a de la p rim e ra e d ic ió n (T u b in ga, 19 2 6 y ss.), H ild e sh e im ,
19 6 6 , vol I, p . 2 7. n . 2. d icio n ales, dedicad as o a la Sagrada E scritu ra o al Corpus iuris o a
19 E . B e r n h e im , Lehrbuch der historischen Methode und der Geschichtsphilosophie. Mit Nachweis der
los escritos de autores an tigu o s, su p era n d o así la esp ecializació n
wichtigsten Quellen undHilfsmittelzum Studium der Geschichte, 18 8 9 , 5 a y 6 a e d ic io n e s , revisa­
das y au m en tad as, L e ip zig , 1 9 0 8 , p . 183- tra d ic io n a l e n b e n e fic io d e la te o ría g e n e ra l d e la in te r p r e ta -
20 R . U n g e r , Gesammelte Studien, v o l. I: Aufsátze zur Prinzipienlehre der Literaturgeschichte. R e im ­
p r e s ió n r e p r o g r á fic a d e la I a e d ic ió n ( B e r lín , 1 9 2 9 ) , D a r m s ta d t, 1 9 6 6 (W iss.
B u c h g esellsc h a ft), p p . 9 8 -IO O .
21 J . W ach, Das Verstehen, op. cit., v o l. III, p . 2 6 , n . 2. 23 S z o n d i tuvo la in te n c ió n d e e x p lica r esta re la c ió n d e la o b je tiv id a d c o n la h e r m e ­
22 Ibid., p p . 2 3 - 3 2 . n é u tica en la segu n d a p arte , n o d e sarro llad a , d el cu rso .
62 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 63

c ió n , in existen te antes d el siglo X V I I I , ésta tie n e en C h la d e n iu s to d o tip o de lib ro s y su fic ie n te p a ra cad a tip o de lib r o . S in
e m b arg o , en lo de su fic ie n te hay q u e h acer u n a e x ce p ció n
sus lím ites, lo s cuales la d is tin g u e n cla ra m en te de los e n fo q u e s
con la Sagrad a E scritu ra. C o n sid e ro la in terp retació n de este
p o ste rio re s —desde S c h le ie rm a c h e r hasta G a d a m er y B e tti—. S i
lib ro sagrado y divino com o u n chefd’oeuvre, u n a c o ro n a c ió n
éstos se p r o p o n e n elab orar u n a teo ría d e la co m p re n sió n p ara la
de la in te rp re tació n , en la cual n o só lo hay que ap licar ven ­
que, desde S ch leierm ach er, las d iferen cia s de los escritos qu e se tajo sam en te tod as las artes del arte filo só fic o y g en eral de la
trata d e c o m p r e n d e r se v u e lv e n p ro g re siv a m e n te irrelev an tes, in te rp re tació n , sin o tam b ié n h acer u so de reglas especiales.
para C h la d en iu s lo im p o rtan te n o es saber có m o se co m p re n d e, L a Sagrada E scritu ra en cierra m isterios, p o r lo que u n in té r­
có m o in terp reta r algo « c o rr e c ta m e n te » , y esta cu estió n sólo se prete de la m ism a tien e que in te rp re tar p asajes m iste rio so s.
p la n te a cu a n d o la c o m p r e n s ió n c o rr e c ta n o está g a ra n tiza d a , P ero to d o el m u n d o co n v e n d rá c o n m ig o en q u e n o es lo
m ism o explicar pasajes en cuyo sen tid o hay algo que el in g e ­
cu a n d o el pasaje es o scu ro . Y a antes d e exam in ar m ás d e te n id a ­
n io y la razón h u m an o s h an d escu bierto que elu cid ar pasajes
m e n te el tra sfo n d o de lo s té r m in o s « c o r r e c t o » y « r a c io n a l» ,
en los que hay algo que su p era la razón . T o d o el m u n d o te n ­
se p u ed e re c o n o c e r la im p o rta n cia de C h la d e n iu s e n la h isto ria
d rá p o r lo m en os que co n ced er que las reglas p ara in te rp re ­
de la h e rm e n é u tica ; c o n él, la h e rm e n é u tica a b a n d o n a el larg o tar lib ro s h u m an o s se ro d e a ría n de u n a m u ltitu d de n o tas y
p e r ío d o en q u e só lo existía co m o u n a esp ecialid ad cen tra d a en e x p licacio n es si h u b ie se q u e a p lic arlas a u n lib ro q u e es de
u n d o m in io d ete rm in a d o , p e ro n o lleva a cabo la u n ific a c ió n a o rig e n d iv in o y e n c ie rra u n a s a b id u ría d iv in a. E stas n o tas,
costa d e lo s p ro b lem a s co n creto s q u e se p la n tea n a la in te r p r e ­ restriccion es y exp licacion es p e rte n e c e n a la te o lo g ía exegé-
ta c ió n n i a costa de la d iversid ad real de las obras in terp retad as, tica, a cuyo cultivo se h an d edicad o co n el m ayor esm ero d is­
q u e só lo u n a te o ría filo s ó fic a y p s ic o ló g ic a de la c o m p r e n s ió n tin tos eru d ito s de n u e stra Iglesia. P o r eso debe con sid erarse
el arte filo só fic o de la in te rp re tac ió n sólo com o u n a p r e p a ­
p u ed e apreciar. C o n esto qu ed a ya in d ica d o p o r q u é la o b ra de
ra c ió n , y m uy ú til, p a ra la in te rp re ta c ió n de la S a g ra d a
C h la d en iu s es de p a rticu lar in terés p a ra n o so tro s: ella es lo bas­
E scritu ra; p e ro n o con tien e to d o lo que en este caso es n e ce ­
tante g en era l p a ra abarcar to d o s lo s p ro b lem a s qu e u n a h e r m e ­
sario saber y o b se rv a r» (b 4 -5 )-
n éu tica literaria actual, p o r distinta qu e sea su m an era de tratar­
los, d ebe co n sid era r co m o co n stitu tiv o s—p e ro al m ism o tiem p o
es lo su ficien te em p írica , es d ecir, especializada p ara qu e e n ella L a p alabra « r a c io n a l» n o so la m en te in d ic a q u e lo q u e a q u í se
lo s p r o b le m a s p a rtic u la re s n o q u e d e n sie m p re ya, c o m o h o y q u ie r e e n s e ñ a r n o es u n a h e r m e n é u t ic a e s p e c ia l ( ju r íd ic a o
suele d ecirse, fu era de c o n sid e ra ció n e n b e n e fic io d el acto de la h is tó r ic a , p o r e je m p lo ) , s in o u n a h e r m e n é u tic a g e n e r a l —o ,
co m p re n sió n —, co m o ta m b ié n d ice C h la d e n iu s : u n a h e rm e n é u tica filo só fica —;
P e ro ¿ c ó m o hay q u e e n te n d e r lo q u e el títu lo a n u n c ia : la al m ism o tie m p o señala ta m b ié n lo s lím ite s d e esta d is c ip lin a .
in te rp re ta ció n de discursos y escritos racio n a les? E n el Prólogo se L a Sagrada E scritu ra n o se cu en ta, co m o p r o d u c to qu e es d e la
p u e d e leer: re v e la c ió n , e n tr e lo s lib r o s r a c io n a le s . C h la d e n iu s m a n tie n e
así la d is tin c ió n tr a d ic io n a l e n tre hermenéutica sacra y hermenéutica
« . . . las d o c trin a s expuestas [en el lib ro ] p re se n ta n u n arte profana. P ero la d ife re n cia n o es absoluta. D esd e los tie m p o s d el
g en eral de la in te rp re tac ió n , es d ecir, u n a cien cia apta p ara H u m a n ism o y d e la R e fo r m a , lo s p r in c ip io s de la h e r m e n é u -
64 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 65

tica filo ló g ic a d e lo s textos an tigu os, es d e c ir, de la h e r m e n é u ­ y debe ser ab a n d o n ad a . S in d u d a la r e la c ió n al c o n te n id o ta m ­


tica p r o fa n a , h a b ía n sid o cada vez más relevantes p a ra la in t e r ­ p o c o está exen ta de p ro b le m a s, p e r o p r e su p o n e q u e el tip o de
p r e ta c ió n de lo s textos b íb lico s: G h la d en iu s co n serva esta t e n ­ texto , qu e d ebe d e te rm in a r las reglas de su in te r p r e ta c ió n , n o
d e n cia cu a n d o d ice q u e el arte g en eral de la in te r p r e ta c ió n d el está d e te r m in a d o p o r su in t e r p r e ta c ió n , sin o e s ta b le c id o de
q u e él trata p u e d e v a le r co m o u n a p r e p a r a c ió n p a ra la i n t e r ­ a n tem a n o . Es in d iscu tib le qu e éste es el caso cu a n d o d is tin g u i­
p r e ta c ió n d e la Sagrad a E scritu ra . Sus reglas n o so n c o m p le ta ­ m o s e n tr e , p o r e je m p lo , te x to s ju r í d i c o s y tex to s h is tó r ic o s ,
m e n te in a d ecu ad a s p a ra la Sagrada E scritu ra , p e r o h a n de ser p e r o n o c u a n d o d is tin g u im o s e n tre tex to s h is tó r ic o s y tex to s
co m p le m en ta d a s c o n otras qu e ten gan e n cu en ta el ca rácter de p o é tic o s . H a sta q u é p u n t o c o n s id e r a ya C h la d e n iu s , c o n s ­
re v e la ció n d e la Sagrada E scritu ra . L a d is tin c ió n , q u e C h la d e - c ie n te o in c o n s c ie n te m e n te , esta p r o b le m á tic a e n su sistem a
n iu s a cep ta , e n tre hermenéutica sacra y hermenéutica profana g u a rd a —a u n q u e éste d is tin g u e p o c o s g é n e r o s— es algo q u e h a b rá q u e
estrecha r e la c ió n c o n su exigen cia de qu e la tarea y las reglas de m o s tra r, así c o m o la n e c e s id a d d e r e p e n s a r la c u e s tió n d e la
la h e r m e n é u tic a h a ya n de d e p e n d e r, ta m b ié n d e n tr o d e l arte r e la c ió n al c o n te n id o r e sp e c to a las d istin tas v a rie d a d e s e x is­
g en e ra l d e la in te r p r e ta c ió n que él d esa rro lla , de la n a tu ra leza tentes d e n tro de la p o esía .
y d e l g é n e r o de lo s tex to s a in te r p r e ta r . L a t e n s ió n e n tr e el E l p o stu la d o d e la r e la c ió n al c o n te n id o lo fo r m u la C h la ­
p o s tu la d o d e u n a h e r m e n é u tic a g e n e r a l q u e d e b a v a le r p a ra d en iu s e n el Prólogo. T o d o d e p e n d e ,
to d o s lo s tex to s, al m e n o s p a ra to d o s lo s tex to s r a c io n a le s , es
d e c ir, escrito s só lo p o r h o m b re s , y esta r e la c ió n al c o n te n id o « e n la in te rp re ta c ió n , de la n atu rale za de las cosas de q u e
d e lo s m ism o s es evid en te. Q u in c e añ os d espu és de a p arece r la trata u n lib ro o u n pasaje que q u erem o s in te rp re tar. Se su s­
o b ra d e C h la d e n iu s p u b lic ó G e o r g F r ie d r ic h M e ie r su Versuch titu irá en cad a caso aq u e llo q u e las m e ras p a la b ra s de u n
pasaje n o p u e d e n p o r sí solas tran sm itir al lector que n o va al
einer allgemeinen Auslegungskunst (Ensayo de un arte general de la interpreta­
lib ro con otro co n o cim ie n to que el de la len gu a, y se ten d rá
ción)^. E n este ensayo se p r o d u c e , co m o observa D iltb e y en su
que con segu ir que el lector p u ed a co m p re n d e r el sen tid o del
a rtíc u lo El surgimiento de la Hermenéutica2
425, la u n i ó n d e la h e r m e ­
p asaje . P ero u n p asaje d o g m ático su p o n e u n c o n o cim ie n to
n é u tic a clásica y la h e r m e n é u tic a b íb lic a . E n él se esb oza u n a d istin to q u e u n p a sa je h istó ric o , o u n p asaje d o g m á tic o o
te o r ía g e n e r a l de lo s sig n o s e n la q u e n e c e s a r ia m e n te se h a ce h istó ric o a secas, o u n p a sa je d o g m átic o o h istó ric o in s p i­
a b stracció n de la esp ecificid ad d el texto a in te rp re ta r. C o n ello rad o , o u n a ley, o u n d eseo, o u n a p ro m e sa, p o r lo cual u n
d esa p a rece la a n tin o m ia in te r n a q u e ca ra cte riza al sistem a d e in té rp re te te n d rá q u e h ac e r algo d istin to en cad a clase de
C h la d e n iu s , lo cu al p lan tea, e n c o n s id e r a c ió n d e u n a h e r m e ­ pasaje, según la n aturaleza de su co n te n id o . Y así es tam b ién
n ecesario en el arte de la in te rp re tac ió n exam in ar to d o s los
n é u tic a lite r a r ia a ctu a l, la c u e s tió n de si e llo su p u so u n p r o ­
tip o s de p asaje s d e sd e el p u n to de vista de su c o n te n id o y
greso , d e si la r e la c ió n de la h e rm e n é u tic a al c o n te n id o p u e d e
m o strar lo que en cada u n o se su p o n e com o c o n o c im ie n to ;
de este m o d o se revelarán, ellas solas, las causas de la o sc u ri­
24 G . M e ie r , Versuch einer allgemeinen Auslegungskunst, H a lle im M a g d e b u r g is c h e n 1 7 5 7 * dad que p u e d e n p resen tar tod a clase de pasajes, y co n ellas la
R e p ro d u c c ió n fo to m e cá n ica , D ü s s e ld o rf, 1 9 6 5 (= Instrumentaphilosophica — Series herme­
m an era de e lim in a rla » ( b 2 ) .
néutica I ) .
25 W . D ilth e y , Die Entstehungder Hermeneutik, p . 3 2 6 . C f r . injra, ca p ítu lo s 5 y 6.
66 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 67

E l p o s tu la d o d e la r e la c ió n al c o n t e n id o se d e riv a a q u í m u y dica y —lo qu e a q u í es m ás im p o r ta n te — la filo ló g ic a o litera ria .

cla ra m e n te d e u n a c o n c e p c ió n p re cisa d e la tarea h e r m e n é u ­ S o b re esto se lee e n el Prólogo:

tic a y —p r e v ia m e n te a e lla — d e u n a c o n c e p c ió n p r e c is a d e la
« E s ta vez sólo p ro p o rc io n o los p rin cip io s de todo el arte de la
e s tr u c tu r a te x tu a l, d e lo q u e u n p a sa je es y d e lo q u e lo h a ce
in te rp re tac ió n , y m e d eten go en lo s lib ro s h istó rico s y d o g ­
o sc u r o . L a te n s ió n e n tre r e la c ió n al c o n te n id o y la p r e te n d id a
m áticos. Pero hay o tros tip o s de lib ro s y de pasajes d ign o s de
va lid ez u n iversal, q u e antes h ab íam o s co n sid e ra d o in h e r e n te al
in terpretación. L os m ás nobles entre ellos son los que con tie­
sistem a d e C h la d e n iu s , d eb em o s lo ca liza rla m ás p re cisa m e n te n en leyes, que ju n to c o n las ó rd e n e s, p ro m esas, co n trato s y
e n e l p u n to d o n d e el c o n c e p to q u e se t ie n e d e l p a sa je, d e su otras disp osicion es se aju stan al concepto general de o p in io ­
p o sib le o scu rid a d y d e la in te r p r e ta c ió n q u e n ecesa riam en te ha nes de la voluntad. [ ...] H ay tam bién otra clase de lib ro s que
d e d á rse le , c o in c id e c o n el c o n c e p to d e u n a h e r m e n é u t ic a d ebe ser e x am in ad a de m a n e ra m ás p re c isa en el arte de la
e s p e c ia l —d o g m á tic a , h is tó r ic a , j u r í d i c a —. H a y q u e s u p o n e r in terp retació n , y que es la de lo s llam ad o s in sp irad o s, de los
q u e lo s m ás n o b le s s o n lo s p o é tic o s . P u es c o m o e n e llo s
q u e e l p r o p ó s it o d e C h la d e n iu s de e x p o n e r lo q u e s e ría u n
d o m in a u n a fo rm a esp ecial de p e n sa m ie n to , de m o d o q u e
« a r te g e n e r a l d e la in te r p r e ta c ió n , es d e c ir, u n a c ie n c ia apta
p a re c e n e n c e r r a r u n a d o c tr in a e sp e c ia l de la ra z ó n , su
p a ra to d o tip o d e lib r o s » (b 4 ), só lo se p u e d e c o n c ilia r c o n su
in te rp re ta c ió n es de u n o rd e n c o m p le tam e n te d istin to del
r e c ié n cita d a e x ig e n c ia d e p a r t ir e n la in t e r p r e t a c ió n d e la que es p r o p io de la in te rp re ta c ió n de los lib ro s p u ram e n te
n atu raleza de las cosas de qu e trata el lib r o q u e se q u iere in t e r ­ d o g m á tic o s o m e ra m e n te h is tó r ic o s . A ú n te n g o e n tre
p re ta r p o r q u e su h e r m e n é u tic a se basa e n u n a c o n c e p c ió n d el m an o s u n estu d io de este im p o rta n te capítu lo del arte de la
texto para la cu a l lo q u e varía se gú n el tem a n o es la n a tu ra leza in te rp re tac ió n [ . . . ] » (b q ).
d e l pasaje m ism o , sin o só lo su in te r p r e ta c ió n ; e n o tra s p a la ­
b ra s: la in te r p r e ta c ió n tie n e q u e ad ecu a rse n o ta n to al p asaje
co m o al tem a d e q u e trata el pasaje —y e llo p o r q u e , e n la c o n ­ Esta c o n tin u a c ió n p a re ce qu e n u n c a a p a reció , y la Ciencia gene­
c e p c ió n d e C h la d e n iu s , la e s tr u c tu r a d e l p a sa je p e r m a n e c e ral de la historia qu e C h la d e n iu s p u b lic ó d iez a ñ o s d esp u és d e la
id é n t ic a a p e s a r d e la d iv e r s id a d d e tem a s y la d iv e r s id a d de Introducción... m u estra q u e la p r io r id a d de lo s escrito s h istó ric o s
in te r p r e ta c io n e s a q u e la p r im e r a da lu g a r. fr e n te a lo s p o é tic o s , q u e e n c o n tr a m o s e n la Introducción. . . ,
E l p r o b le m a es, c o m o se ve rá , d e ca p ita l im p o r ta n c ia . Y c o r r e s p o n d ía a u n in te r é s e s p e c ífic o d e l a u to r . E sto es ta n to
e n cie rra la ex p licació n de qu e C h la d e n iu s p u ed a caracterizar su m ás d e la m e n ta r p o r c u a n to q u e la « d o c t r in a e s p e c ia l d e la
o b ra c o m o u n a rte g e n e r a l d e la in t e r p r e ta c ió n a u n q u e só lo r a z ó n » qu e, co m o se d ice e n la se cció n re cié n citada, los lib ro s
trate de dos clases d e discursos y escritos: i) « lo s relatos y lib ro s p o é tic o s p a re c e n e n c e r r a r , esto es, la id e a de u n a ló g ic a p o é ­

h is tó r ic o s » y 2.) « la s verd a d es g en e ra le s y lo s tra ta d o s » aS.) N o tic a e s p e cífica , era u n a id e a e x tr a o r d in a r ia m e n te a trev id a n o


sólo falta a q u í la h e rm e n é u tica te o ló g ica , sin o ta m b ié n la j u r í - 2
6 sólo p a ra la p r im e r a m ita d d el siglo X V I I I , sin o ta m b ié n p a ra la
c o n c e p c ió n q u e h o y te n e m o s de la p o esía , y q u e resu lta tan to
m ás a ctu a l c u a n to q u e tal ló g ic a p o é tic a sig u e s ie n d o h o y u n

26 C h la d e n iu s , Einleitung..., ca p ítu lo 8, p p . 1 8 1 - 3 7 0 ; ca p ítu lo 9 , p p . 3 7 I - 4 9 ^-


desiderátum o a lo su m o só lo e x isten ten tativas d e d e sa rro lla rla .
68 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 69

L a o b ra de C h la d e n iu s c o n tie n e ya tales tentativas, y ésta es u n a ces otra cosa que ap o rtar aq u ellos conceptos que son n ecesa­
d e las r a z o n e s p o r las q u e m e r e c e la m a y o r a te n c ió n e n éste rios para la com pren sió n perfecta de u n p a sa je » (b l y s.).
c o n te x to . E l q u e e n e lla la p o e s ía n o q u e d e to ta lm e n te r e le ­
gada, a p esar de su lim ita c ió n a los escrito s h istó rico s y d o g m á ­ C h la d e n iu s sabía p e rfe c ta m e n te q u e esta d e fin ic ió n d el acto de
tic o s , t ie n e su r a z ó n e n el fe n ó m e n o d e l c o n t e n id o « i n s p i ­ in te rp re ta r se ap artaba d e la tra d ic io n a l. H a b itu a lm e n te , p r o ­
r a d o » , q u e p ara C h la d e n iu s p a rece d is tin g u ir a la p o esía , p e r o sigue, se d ice q u e in te r p r e ta r « e q u iv a le a m o stra r el v e rd a d ero
q u e ta m b ié n d e se m p e ñ a u n p a p e l e n lo s lib r o s h is t ó r ic o s y se n tid o de u n p a sa je» (b g ). E ste co n c e p to n o es fa lso , p e r o el
d o g m á tic o s . E n la d e d u c c ió n d e la n e c e s a r ia d iv e r s id a d de o tr o , esto es, e l q u e e s ta b le ce la d e f i n i c i ó n q u e él h a d a d o ,
in te rp re ta cio n e s C h la d e n iu s d istin g u e, co m o ya se h a m e n c io ­ p re sta « u n fu n d a m e n to m ás s ó lid o a u n a rte filo s ó f ic o d e la
n a d o , en tre el pasaje seco d o g m á tico , el seco h is tó ric o , el in s ­ in te r p r e ta c ió n , y g ra cia s a él re su lta m u c h o m ás c la ro lo q u e
p ir a d o d o g m ático y el in s p ira d o h is tó r ic o , en tre o tro s m ás. E l u n in té r p r e te d e b e h a c e r c o n to d a clase d e p asajes o s c u r o s »
q u e p a ra n o s o tro s la id e a d el « p u n t o de v is ta » , es d e c ir, d e la ( b 2 ). S e ría o c io s o p r e g u n ta r s e a q u í si C h la d e n iu s tie n e o n o
p o s ic ió n h istó ric a , n o o c u p e , a d ife r e n c ia d e W ach , el c e n tro r a z ó n en este j u i c i o . M ás b ie n h a b ría q u e a verig u a r cu ál es su
d el in terés, p u e d e a h o ra fo rm u la rs e d e m a n e ra p ositiva: co m o id e a de la c o m p re n s ió n , es d e c ir, d e l « s e n tid o » d e u n pasaje,
lo s elem en to s de u n a h e rm e n é u tic a lite ra ria , q u e, se gú n C h la ­ y q u é c o n c e p to de su p o s ib le o s c u r id a d le lleva a u n a d e f i n i ­
d e n iu s , s u p o n e n u n a ló g ic a p o é t ic a , está n c o n t e n id o s e n su c ió n de la in t e r p r e ta c ió n se g ú n la cu a l in te r p r e ta r es a p o r ta r
tr a ta m ie n to de lo s p asajes in s p ir a d o s d e lib r o s h is t ó r ic o s y lo s co n c e p to s n e c e sa rio s p a ra la c o m p r e n s ió n p e r fe c ta d e u n
d o g m á tico s, este tra ta m ie n to —d ic h o d e o tra m an era: la te o ría pasaje, de lo s cu ales el le c to r p u e d e ca recer. P o r lo dem ás, n o
de la m etáfo ra , tal co m o C h la d e n iu s la e x p o n e — h a b rá d e o c u ­ es casual qu e, en el len g u a je d e C h la d e n iu s , tan to lo qu e n o s o ­
p a r u n im p o r ta n te p u esto e n n u estra e x p o sició n . tro s lla m a m o s el se n tid o d e u n a p a la b ra o de u n p asaje co m o
P e ro p r im e r o h e m o s d e o c u p a r n o s d e la d e f i n i c i ó n d e l lo q u e lla m am o s c o m p r e n s ió n o in te le c c ió n r e c ib a n el m ism o
in t é r p r e te y d e la d e te r m in a c ió n , q u e d e d ic h a d e f in ic ió n se n o m b re , Verstand: co m o p o ste r io r m e n te e n el u so h eg e lia n o d el
deriva, de la tarea q u e c o rre s p o n d e al arte de la in te rp re ta c ió n . té r m in o « c o n c e p to » (Begriff), e n el té r m in o Verstand c o in c id e n
Y a e n el Prólogo e n co n tra m o s las sig u ien tes frases, q u e sirve n de a q u í lo su bjetivo y lo o b je tiv o . P e ro , a d ife re n c ia d e H e g e l, hay
p u n t o d e p a r tid a al c a p ítu lo , d e l q u e a ca b a m o s d e c ita r u n e n este u so u n a c o m o in g e n u a in m e d ia te z q u e es la r a z ó n d e
p á rr a fo , d o n d e se p o stu la la r e la c ió n al c o n te n id o : q u e , a p e s a r d e las r e fle x io n e s p a r tic u la r e s d e C h la d e n iu s ,
a s o m b ro s a m e n te a trev id a s p a ra e l sig lo X V I I I y d e in n e g a b le
a c tu a lid a d e n e l X X , su h e r m e n é u t ic a n o sea, to m a d a e n su
« T o m e m o s u n co m e n tario : d e je m o s a u n lad o to d o lo que
c o n ju n to , a d ecu ad a a lo s c o n o c im ie n to s actuales. E sto resu lta
p ro c e d a de la crítica y la filo lo g ía y n o ex p liq u em o s sin o lo s
pasajes que h em os supuesto que p o d rían llegar a en ten der los e v id e n te c u a n d o C h la d e n iu s e n u m e r a lo s d is tin to s tip o s de
lectores que aú n n o están su ficien te m e n te cap acitado s p ara o s c u r id a d q u e p u e d e h a b e r e n u n p a sa je p a ra q u e p o d a m o s
enten derlos, p ro p o rcio n án d o les aquellos conceptos y co n o ci­ saber c o n q u é clase de o sc u rid a d tie n e qu e h abérselas la in t e r ­
m ientos de los que p o d rían carecer. In terp retar n o es en to n - p re ta c ió n . L a o scu rid a d
7o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 71

« s e d ebe a veces a q u e u n p a sa je está c o r r o m p id o ; y esta le n g u a , esto es, lo q u e c o m p e te a la crític a y a la g ra m ática , es


o sc u rid a d la e lim in a el c rítico c u a n d o p re se n ta el texto tod avía in te r p r e ta c ió n . L a c o n je tu ra d e u n c rítico textu al, o ya
c o rre g id o y c o m p letad o ; o b ie n a u n c o n o cim ie n to in s u f i­
la s u p o sic ió n de la n e c e sid a d d e u n a c o n je tu ra , d e u n a i n t e r ­
ciente de la len gu a en que el lib ro está escrito ; y ésta o sc u ri­
v e n c ió n e n el texto, n o p u e d e separarse de su c o m p re n s ió n d el
d ad debe elim in arla el gram ático y filó lo g o ; o b ie n a que las
p alab ra s so n u sad as de fo rm a am b igu a; p e ro esta o sc u rid a d pasaje, d el m ism o m o d o q u e e l d e sc ifra m ie n to d e u n m a n u s ­
n o p u e d e e lim in a rse de u n a m a n e ra fu n d a d a . T o d a s estas c rito n o sim p le m e n te p r e c e d e y fu n d a m e n ta la c o m p r e n s ió n ,
d ificultades n o son asunto del in térp rete, y, p o r tan to, tam ­ sin o q u e está sie m p re d e te r m in a d o ta m b ié n p o r ésta —e n u n
p o c o d el arte de la in te rp re ta c ió n . P ero in c o n ta b le s veces p ro c e so e n el q u e la c o m p r e n s ió n y el d e scifra m ie n to se a n t i­
su ced e tam b ién q ue e n c o n tram o s p asaje s que n o p re se n tan cip a n , se c o n fir m a n y se c o r r ig e n u n o a o tr o —27. L a situ a c ió n
n in g u n a de estas o sc u rid a d e s y q u e, sin e m b arg o , n o se n o es m u y d ife r e n te re sp e cto a lo s p ro b le m a s qu e p la n te a n la
e n tie n d e n . [ .. .] U n exam en m ás p re c iso n o s m u e stra q u e
g ra m á tica y la h is to r ia de la le n g u a . S in u n c o n o c im ie n t o d e
esta o sc u rid a d p ro c e d e de q u e las p a la b ra s y las frase s n o
ciertas p o sib ilid a d e s d e c o n s tr u c c ió n y d e c ie rto s sig n ific a d o s
sie m p re so n capaces ellas solas de tra sla d a r al le cto r el c o n ­
de palabras b o y o b so leto s e n la len g u a alem ana actual (d ejem o s
cep to q ue el a u to r les ha a so c ia d o , y de q u e el so lo c o n o c i­
m ie n to de u n a len g u a d e te rm in a d a n o n o s cap acita p a ra a q u í a u n lad o el m ism o caso e n las len g u as ex tra n jera s), n o es
e n ten d er to d o s los lib ro s y p asajes red actad os en esa len gu a. p o sib le e n te n d e r a lg u n o s pasajes d e textos d el siglo X V III, por
U n a idea que las p alabras d eben traslad ar al lecto r im p lica ya e je m p lo . P e ro el so lo c o n o c im ie n t o d e l s ig n ific a d o q u e u n a
frecu en tem en te o tro s co n cep to s sin lo s cuales n o p u e d e ser p a la b r a p u d o t e n e r e n o tr o s t ie m p o s ta m p o c o g a r a n tiz a la
co m p re n d id a. P o r eso, si el lecto r n o p o se e ya esos c o n c e p ­ c o m p r e n s ió n exacta d e l p asaje, p o r lo q u e la d e c is ió n p o r u n
tos, las p alab ras n o p u e d e n su rtir su efecto y p ro d u c ir en él
sig n ifica d o tie n e sie m p re ca rácter b e r m e n é u t ic o . E l sig u ie n te
los conceptos que en otro lector debid am en te fo rm ad o segu ­
ejem p lo p u e d e ilu stra r este caso:
ram en te p r o d u c ir ía n » (antes de b ).
E n la p astoral de G o e th e Die Laune des Verliebtert (El capricho de un
amante) , de 17 6 7 , fig u r a n estos versos: Dereine nach ihrsieht, sie nach
U n a h e rm e n é u tica actual d ebe ir e n u n d o b le resp ecto m ás allá dem andern blickt. / Denck ich nur dran, mein Herz mocht’ dafür Bojiheit
d e la c o n c e p c ió n a q u í fo r m u la d a . C u a n d o C h la d e n iu s d ic e reiflen2& ( « U n o se fija e n e lla , ella se fija e n o tr o . / C u a n d o
q u e la e lim in a c ió n d e lo s d os p r im e r o s tip o s de o scu rid a d —la p ie n s o e n e llo , m i c o r a z ó n estalla d e c ó le r a » ) . S i se p a rte de
d e b id a a u n texto c o r r o m p id o y la d e b id a al d e s c o n o c im ie n to q u e p a ra e n te n d e r u n tex to es n e ce sa rio c o n o c e r la le n g u a en
d e la le n g u a — s o n ta rea d e l c r ític o te x tu a l o d e l g r a m á tic o , y qu e está escrito, p a ra e n te n d e r El capricho de un amante, de G o e th e ,
n ie g a la c o m p e te n c ia d e l b e r m e n e u ta e n d ic h a tarea, n o h ace es n ecesario c o n o c e r la len g u a alem an a de lo s años 1 7 6 0 - 1 7 7 0 ,
m ás q u e se g u ir u n a t r a d ic ió n q u e , to d a v ía e n lo s sig lo s X I X y y esto sign ifica qu e, p ara co m p re n d e r los versos citados, hay que
XX, c o n s id e r a la h e r m e n é u t ic a y la c r ític a c o m o d is c ip lin a s
em p aren tad as, p e r o in d e p e n d ie n te s la u n a de la o tra . F re n te a
esto h a b ría q u e m o stra r q u e tan to la fija c ió n de u n texto co m o 27 C f r . Interpretationsprobleme, p p . 2 6 6 y s s . y 3 0 6 y ss.
28 J . W . G o e th e , Gedenkausgabe der Werke, Briefe und Gespráche, v o l. 4 : Derjunge Goethe, e d . de
la d e l s e n tid o d e u n p a sa je s o b r e la b a se d e la h is t o r ia d e la E . B e u tle r, 1 9 5 3 , p . 3 4 .
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 73
72 PETER SZONDI

p u esta n o es la d el h is to r ia d o r d e la le n g u a , p u es e n 17 6 0 BoJ¡-
saber q u e e n aqu ella ép o ca Bofiheit [m alicia, m aldad] p o d ía sig ­
heit p o d ía ta m b ién sig n ifica r lo qu e h o y sign ifica; es m ás b ie n la
n ific a r ta m b ié n « e n o jo » o « c ó le r a » . Esta es u n a in fo r m a c ió n
resp u esta d e l in té r p r e te . P e ro esto s ig n ific a q u e la o s c u r id a d
que o b tie n e el lin gü ista co n su lta n d o , p o r ejem p lo , d iccio n a rio s
d e l p asaje n o es obvia, y q u e só lo p u e d e ser ev id en cia d a y e li­
de la ép o ca, y que b o y p u e d e o b te n e rse m ás c ó m o d a m e n te d el
m in a d a e n la in t e r p r e t a c ió n . L a u t iliz a c ió n d e l d ic c io n a r io
d ic c io n a r io d e G r im m . E ste caso p a re c e c o r r e s p o n d e r al
h istó ric o su p o n e q u e el pasaje, qu e en sí n o es in c o m p r e n s ib le
segundo tip o de o scu rid ad que m e n c io n a C h ia d en iu s: la debida
(R ica rd o III p u d o p e rfe c ta m e n te d e cir que su co ra z ó n estallaba
« a u n c o n o c im ie n to in s u fic ie n te d e la le n g u a e n q u e el lib r o
de có le ra ), lo e n cu e n tra el le c to r, qu izá p o r razon es h is tó r ic o -
está escrito; y esta o scu rid ad d ebe e lim in a rla el gram ático y f iló ­
estilísticas, in co m p re n s ib le ; y de la m ism a m an era, la in fo r m a ­
lo g o » (an tes de b ) . E sta o s c u r id a d n o es, se g ú n G b la d e n iu s ,
c ió n d e l d ic c io n a r io , q u e en se ñ a q u e la p a la b ra e n su é p o c a
« a s u n to d e l in té r p r e te , y, p o r ta n to , ta m p o c o d e l a rte d e la
ta m b ié n sign ificab a « e n o j o » o « c ó le r a » , sólo p u e d e ser a p re ­
in t e r p r e t a c ió n » . P e ro b a y q u e p r e g u n ta r s e i) si e n este caso
ciada en su ju s to va lo r p o r la in te rp re ta c ió n qu e tie n e q u e d e c i­
p u e d e h ablarse de o scu rid a d y 2) si la in fo r m a c ió n d e l d ic c io ­
d ir si e n este pasaje la p alabra tie n e u n o de los sig n ifica d o s o el
n a rio h istó rico aclara ella sola el sen tid o del pasaje. E n este caso
o tro o am bos. E n r ig o r , sólo e l segu n d o caso, la a p lica ció n d el
n a d ie h a b la r ía d e o s c u r id a d , p u e s s in d u d a n a d ie q u e le a el
saber h istó rico e n la in te rp re ta ció n , tie n e im p o rtan cia p ara u n a
verso lo en co n tra rá in co m p re n s ib le . Q u ie n n o sepa qu e Bofiheit
te o ría de la h e rm e n é u tic a . E l p r im e r o está d em asiad o lig a d o a
ten ía e n el siglo X V I I I varios sig n ifica d o s su p o n d rá sin r e fle x io ­
la a ccid e n ta lid a d , es d e c ir, a la circu n sta n c ia d e qu e e n la le c ­
n a r a la p a la b ra e l s ig n ific a d o q u e h o y tie n e . S ó lo d esp u és de
tu ra u n o se s o r p r e n d a al in s ta n te o só lo tras u n a le c tu r a m ás
h a b er exam in ad o m ás aten tam en te el pasaje se p reg u n tará quizá
atenta, o al h e c h o de q u e co n o zc a la a n tigu a a m b ig ü ed a d de la
si tie n e se n tid o q u e a lg u ie n h a b le de su p r o p ia m a ld a d y, p o r
p alabra o sólo se en tere de ella p o r el d ic c io n a r io . S i h ago esta
ta n to , la c o n fie s e . P e ro esto es ya u n a c u e s tió n de in t e r p r e ta ­
o b serv a ció n , es só lo p o r q u e C h ia d e n iu s h a b la de la o scu rid a d
c ió n , y q u e se acep te o n o se m e ja n te c o n fe s ió n d e p e n d e d el
d e b id a a u n c o n o c im ie n t o in s u fic ie n t e de la le n g u a , y q u e el
carácter d el p erso n a je, d el estilo de la p ieza, d el lu g a r d el verso
filo ló lo g o se en carga d e e lim in a r, así co m o de lo s m a le n te n d i­
en la pieza (m o n ó lo g o o d iálogo , y si d iá lo g o , a q u ié n se habla).
d o s, m ás q u e o sc u rid a d e s, a q u e u n tex to p u e d e d a r lu g a r, y
L o s verso s d e l m o n ó lo g o d e l fu t u r o R ic a r d o I I I : « . . . sin ce I
cuya adverten cia y c la rific a c ió n es ya tarea de la h e rm e n é u tica .
ca n n o t p ro v e a lover, / T o en tertain these fa ir w e ll-sp o k e n days,
S i C h ia d e n iu s in tr o d u c e cu a tro tip o s de o sc u rid a d , d e lo s
/ I am d e te rm in é d to prove a villain , / A n d hate the id le p lea su -
q u e lo s dos p r im e r o s só lo in c u m b e n al c rítico textu al o al g ra ­
res o f these d a y s» 29; e n lo s qu e el p erso n a je co n fiesa su m aldad,
m á tic o , p a ra n u e s tra fo r m a a ctu a l d e v e r las cosas ta m b ié n la
su á n im o p erverso , ¿ s o n im agin ables e n la p asto ral de G o e th e ,
h e r m e n é u tic a está a q u í im p lic a d a , p u e s la i n f o r m a c i ó n d e l
e n la a tm ó sfe ra r o c o c ó ? D e sd e lu e g o q u e n o . P e ro esta r e s -
g ra m á tic o só lo tie n e v a lo r p a ra el p a sa je e n e l m a r c o d e su
in te r p r e ta c ió n , m ien tra s qu e la la b o r d e l cr ític o , p o r e je m p lo
29 W . Shakespeare, RichardIII, ed. d e J .D . W ilso n , C a m b rid g e , I 9 7 1 »P- 6 (verso 2 8 y s s .) .
[ « ... ya que n o p u ed o m ostrarm e co m o am an te, / p ara e n tre te n e r estos bello s días de la d e cisió n p o r u n a le c tu ra fr e n te a o tra , o p o r u n a c o n je tu ra ,
galan tería / he d e term in a d o m ostrarm e co m o v illan o / y o d ia r los frívo lo s placeres de siem p re su p o n e ya u n a c o m p re n s ió n d el pasaje.
estos tie m p o s» ; trad. d e L . A stran a M a rín ].
74 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 75

E l te r c e r tip o d e o s c u r id a d , q u e C h la d e n iu s ig u a lm e n te m ism a que la in terp reta ció n sea red u cid a a reglas qu e n o h u b ie ra
sustrae a la co m p eten cia de la h e rm e n é u tica , se debe a q u e « las m ás qu e a p lica r. P o d ría p a re c e r q u e C h la d e n iu s se c ie r ra c o n
palabras so n usadas de fo rm a a m b ig u a » , y esta o scu rid a d « n o su a c titu d n o r m a tiv a a la p o s ib ilid a d de h a c e r ju s t ic ia a u n
p u e d e elim in a rse de u n a m an era fu n d a d a » (antes de b ) . E n el m o m e n to in h e r e n te al le n g u a je p o é t ic o . P e ro ya e n e l p asaje
§ 179 , C h la d e n iu s habla más d eta lla d am en te de esta o scu rid a d , cita d o hay u n sig n o d e q u e C h la d e n iu s en a b so lu to p r e te n d e
y lo h a ce e n el co n tex to de u n esb o zo d e l « e sta d o actu al de la d eten erse aqu í, sin o q u e al carácter n o rm a tiv o -ra cio n a lista qu e
h e r m e n é u tic a » (pp. 9 6 - 1 0 3 ) . C u yas in su ficien cia s red u ce a las su o b ra c o m p a r te c o n la m a y o ría d e lo s tra b a jo s d e su é p o ca
falsas exigencias qu e se le h a n im p u e sto . D esp u és de d e n u n c ia r añade o tro c o n tra rio q u e le h ace ex tem p o rá n eo y qu e p o s ib le ­
la fu s ió n d e c r ític a y h e r m e n é u tic a , cu ya le g itim id a d h e m o s m en te sea la ra z ó n d e q u e m e re cie ra tan escasa a te n c ió n . Es la
in te n ta d o d e m o s tra r a q u í, o al m e n o s r e d u c ir la a la in t e r d e ­ a lu sió n a la « d o c tr in a ra c io n a l de lo p r o b a b le » , cuyo d e sa rro ­
p e n d e n c ia de am bas, escribe C h la d e n iu s : « L u e g o se h a p e d id o llo es a ú n m u y in c ie r t o . A h o r a b ie n , el p r o p io C h la d e n iu s
a la in te rp re ta ció n cosas que, e n sí o d eb id o a las pocas reglas de p u b lic ó e n 1 7 4 8 u n tra b a jo titu la d o Vernünftige Gedanken vom
la in te rp re ta ció n que se ten ía n , era n im p osib les. L a in te rp re ta ­ Wahrscheinlichen (« P e n sa m ie n to s racio n a les so b re lo p r o b a b le » ) .
c ió n se r e q u ie re so la m en te cu a n d o hay le c to re s u o yen tes qu e C a b e s u p o n e r q u e, a p e s a r d e la u n iv o c id a d p o s tu la d a , n o le
n o e n tie n d e n u n o o va rio s pasajes; e n c a m b io , es im p o s ib le d e jó in d ife r e n t e la m u ltiv o c id a d fá ctica : p r u e b a d e e llo es la
e n co n tra r u n a in te rp re ta ció n cu a n d o las palabras n o c o n tie n e n im p o r ta n c ia q u e p a ra él tie n e el fe n ó m e n o d el tex to « i n s p i ­
e n sí m ism as n ada que p u ed a p e r m itir d ete rm in a r su sen tid o de r a d o » e n el m arco d e la in te r p r e ta c ió n de escrito s h istó ric o s y
m a n era cierta o p r o b a b le . P ero se h a p e d id o al in té r p r e te qu e d ogm áticos —es de su p o n e r qu e aqu í el racio n alism o se e n c u e n ­
d é a este tip o de pasajes, e n sí o scu ro s y a m b ig u o s, u n se n tid o tra ante a u n aspecto fa sc in a d o r que se le escapa—.
c ie r t o , lo cu a l es im p o s ib le . [ ...] N o se p u e d e n e g a r q u e a llí
d o n d e u n a in te r p r e ta c ió n cierta n o es p o sib le , p o d r ía e n c o n ­
trarse o tra qu e fuese p ro b a b le ; p e r o ésta es tan d ifíc il de r e d u ­
c ir a reglas c o m o la d o c tr in a r a c io n a l de lo p r o b a b le , cu yo
d e s a r r o llo es a ú n m u y in c ie r t o , c u a n d o se h a m o s tra d o d e la
m a n e ra m ás só lid a có m o se p u e d e c o n o c e r la ve rd a d c o n c e r ­
teza » (p p . 98 y s.). Este texto es d e la m ayo r im p o rta n cia , pues
las palabras « u sad as de fo r m a a m b ig u a » so n u n a c o m p o n e n te
si n o de la p o esía, sí de u n a d e sus p o sib ilid a d e s, cual es el h e r ­
m e tis m o , d e l q u e c o m p r e n s ib le m e n te la h e r m e n é u tic a m ás
recien te se o cu p a p rin c ip a lm e n te . Esta d eja atrás la c o n c e p c ió n
d e C h la d e n iu s e n d os re sp e cto s: n o ex ige de las « p a la b r a s »
q u e c o n te n g a n e n sí m ism as algo « q u e p u e d a p e r m itir d e te r ­
m in a r su se n tid o d e m a n e ra c ie rta o p r o b a b le » n i exige d e sí
L a palabra « ra c io n a l» m uestra los lím ites de u n a hermenéutica pro­
fana que sólo p u ed e servir de p ro p ed éu tica a u n a hermenéutica sacra-,
la palabra « c o r r e c to » , e n cam bio, se refiere al tip o de ap licació n
e n vista d el cual C h la d e n iu s co n cib e su h erm en éu tica. T a n to en
su d e fin ició n de la co m p re n sió n , qu e es el fin de la práctica de la
in terp retació n , co m o e n la d ete rm in a ció n de la oscu ridad, que es
com p eten cia exclusiva d el h erm en eu ta, hay un a d em arcación que
u n a h e rm e n é u tic a actual d eb e cu e stio n a r. C u e s tio n a b le es, e n
p rim e r lugar, qu e la in terp reta ció n sólo p u ed a llevarse a cabo allí
d o n d e el sig n ifica d o se h a o scu recid o , y, e n segu n d o lu g a r, q u e
i
sólo la o scu rid ad , cuyo o rig e n está e n el le cto r que carece de los
conceptos co n ten id o s en el pasaje, p u ed a ser objeto de in te rp re ­
tación , m ientras que otras clases de oscu ridad p u e d e n ser e lim i­
nadas p o r el crítico o p o r el g ra m ático , o b ie n n o p u e d e n serlo
« d e u n a m anera fu n d a d a » . Q u e d a p o r ver hasta qué p u n to son
éstas cuestiones que ya a fin es d el siglo X V III en cu en tran u n a res­
p uesta fu n d a m e n ta lm e n te d istin ta —p ie n so , p o r e je m p lo , e n la
lim ita c ió n de la h erm en éu tica a la in terp reta ció n « c o r r e c ta » — y
hasta qu é p u n to su e lu cid a ció n es u n a de las tareas de la h e r m e ­
n éu tica literaria actual.
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 79
78 PETER SZONDI

Para va lora r adecuad am en te la teo ría de la in te rp re ta ció n de c o m p r e n d e r le p e r fe c ta m e n te , p e r o e n « cu ya s p a la b ra s n o se

C h la d e n iu s y p o d e r re c o n o c e r su im p o rta n cia e n la h isto ria de en cu en tra to d o a q u ello qu e n o s p e r m itir ía e n te n d e r p e r fe c ta ­

la h e r m e n é u tic a , es p re ciso fa m ilia riz a rse c o n lo s c o n c e p to s y m e n te su s e n t id o » (§ 1 5 6 , p . 8 7)- S ó lo e l p r im e r caso p o se e

las id eas fu n d a m e n ta le s qu e la e s tru c tu ra d e l s ig n ific a d o , así relevan cia g n o se o ló g ica , p u es e n el segu n d o se trata d e u n fr a ­

c o m o lo s c r ite rio s y lo s m é to d o s d e su in te r p r e ta c ió n , tie n e n caso acciden tal d el a u to r. E n ca m b io , cu a n d o el le cto r n o c o m ­


p r e n d e m e n o s, sin o m ás q u e el p r o p io a u to r, e llo n o p u e d e
p o r co n te n id o .
d eberse a n in g ú n fracaso, a n in g ú n d efecto d el lecto r, y esto lo
I n te r p r e t a r « n o es o tr a co sa q u e p r o p o r c io n a r a a lg u ie n
señ ala ex p resa m en te C h la d e n iu s c u a n d o d ice q u e e n a lg u n o s
lo s co n ce p to s q u e so n n ecesarios p ara c o m p re n d e r o en señ ar a
pasajes cab e p e n s a r « c o n fu n d a m e n t o » (§ 1 5 6 , p . 8 7) m ás
c o m p r e n d e r p e rfe c ta m e n te u n d iscu rso o u n e s c rito » (§ 16 9 ,
cosas de las qu e el p r o p io a u to r h a p en sa d o . E l q u e C h la d e n iu s
p p . 9 2 y s .) . P e ro ¿ q u é s ig n ific a « c o m p r e n d e r p e r fe c t a ­
p arezca h a ce r así a b stra c ció n de la in te n c ió n d el a u to r, el q u e
m e n t e » ? « S e comprende un discurso o un escrito perfectamente cu a n d o
atribuya a la p alabra u n a su erte d e existen cia p ro p ia , co n stitu ye
le y é n d o lo se tie n e n e n la m e n te to d o s a q u e llo s p e n sa m ie n to s
u n rasgo n o p o c o m o d e r n o d e su te o ría h e r m e n é u tic a . T a n to
q u e las p a la b ra s p u e d e n su scita r e n n o s o tr o s c o n f o r m e a la
es así, q u e h ay q u e p re g u n ta rse có m o p u e d e este rasgo c o n c i-
r a z ó n y a las reglas de n u estra a lm a » (§ 155’ P- 8 6 ). Esta d e fi­
liarse c o n el m arco racio n a lista e n el q u e se d e sa rro lla su p e n ­
n ic ió n es u n a d e las m ás relevan tes d e l sistem a de C h la d e n iu s .
s a m ie n to . C u a n d o se le e n las c o n s id e r a c io n e s d e l c a p ítu lo
S e ñ a lem o s a q u í b revem en te dos aspectos: C h la d e n iu s d e fin e la
fin a l, q u e lleva p o r títu lo Von den allgemeinen Eigenschajften derAusle-
c o m p re n s ió n sin r e c u r r ir al a u to r y a su in te n c ió n . C o m p r e n ­
gung ( « S o b r e las p r o p ie d a d e s g en era le s de la in te r p r e ta c ió n » )
d e r u n d is c u r s o o u n e s c rito n o es, a j u i c i o d e C h la d e n iu s ,
(PP- 497 - 6 0 0 ), se tie n e la im p r e s ió n de qu e el p r o p io C h la ­
o tra cosa q u e rep resen tarse « lo q u e u n a u to r ten ía en la m en te
d e n iu s se da c u e n ta d e q u e e n a q u e l p asaje h a id o d e m a sia d o
al e s c r ib ir sus p a la b ra s» (§ 15 6 , p . 8 6 ). C h la d e n iu s d e b ió d e
le jo s , de q u e, a p esar d e su id e a de q u e el se n tid o o b je tiv o de
im a g in a r e l a so m b ro d e sus le c to re s , p u es e n el m ism o p a r á ­
u n p asaje p u e d e so b re p a sa r la in t e n c ió n , q u ie r e e sta b le ce r la
g ra fo exp lica p o r q u é esto es así:
id e n tid a d d e s e n tid o in t e r p r e ta d o e in t e n c ió n . P e r o ya la
citad a d e fin ic ió n d e la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » e n c ie r r a u n
« T e n d r ía q ue ser lo m ism o c o m p re n d e r u n d isc u rso o u n
escrito p erfectam en te y c o m p re n d e r p erfectam en te a q u ie n e le m e n to c r ític o d e s tin a d o a a le ja r el p e lig r o d e q u e , ta n
en ello s h ab la o esc rib e. [ .. .] P ero , c o m o los h o m b re s n o p r o n to c o m o , en la in te r p r e ta c ió n , la in te n c ió n d el a u to r d eja
p u e d e n ab raza rlo to d o , sus p a la b ra s, d isc u rso s y escrito s d e va ler co m o c r ite r io , las a so cia c io n e s d el le c to r se a d u e ñ e n
p u e d e n sig n ific a r algo q u e ellos n o h ab ían q u e rid o d e c ir o d e la in te r p r e ta c ió n y p u e d a n a tr ib u ir al p asaje c u a lq u ie r sig ­
e sc rib ir; y, en co n se c u e n c ia, al in te n ta r c o m p re n d e r sus
n ific a d o sin p o sib ilid a d de u n c o n tr o l o b jetiv o . C h la d e n iu s n o
escritos, u n o p u ed e p en sar, y co n razón , cosas que sus a u to ­
desea de n in g ú n m o d o qu e esto o cu rra , co m o m u estra su c o n ­
res n o p reten d ían d e c ir » (§ 156, p p . 8 6 y s .).
d ic ió n re stric tiv a d e q u e , p a ra c o m p r e n d e r p e r fe c ta m e n te
algo, hay qu e te n e r e n la m e n te « to d o s aq u ello s p e n sa m ie n to s
T a m b ié n se da el caso in v e rs o d e q u e u n a u to r se im a g in e
q u e las p a la b ra s p u e d e n su s c ita r e n n o s o tr o s c o n f o r m e a la
h a b e r e x p u e s to su o p i n i ó n d e tal fo r m a q u e t e n d r ía n q u e \^ ■■■'
Ná>

FILOSOFIA
LETRAS
8o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 8l

r a z ó n y a las reglas d e n u estra a lm a » (§ l 55 >P- 8 6 ). L a a so cia ­ u n a m o d ific a c ió n c r ític a ex p resa ya e n la t e r m in o lo g ía .


c ió n o b ed ece, pu es, a la ra z ó n y a las reglas de n u estra alm a. L a G u a n d o G h la d e n iu s d ic e q u e la c o m p r e n s ió n in m e d ia ta
in s ta n c ia n o r m a tiv a , q u e ya n o p u e d e se r la i n t e n c ió n d e l « re su lta de la sola a te n c ió n a las p alabras d el p a sa je » , es claro
a u to r, es a h o ra la ló g ic a y la p s ic o lo g ía —u n a p s ic o lo g ía q u e, a q u e p o r tal c o m p r e n s ió n e n tie n d e el sensus litteralis, e l se n tid o
d ife r e n c ia d e la actual, tie n e ca rácter n o rm a tiv o —. L a cu e stió n lite ra l q u e desde la a n tig ü e d a d se o p o n ía a u n sensus spiritualis. Y
d e có m o la re n u n c ia a la in te n c ió n co m o in sta n cia d e la c o m ­ a q u í se in s e r ta la c r ític a d e G h la d e n iu s : a la c o m p r e n s ió n
p r e n s ió n se p u e d e c o n c ilia r c o n el r a c io n a lism o , e n cu e n tra así in m e d ia ta su ele « a s o c ia r s e la comprensión literal, c o m o si ésta
su respu esta e n u n a p s ic o lo g ía racio n a lista d e la r e c e p c ió n qu e fu ese u n a e x p re sió n e q u iva len te [es d e c ir, sin ó n im a ], cu a n d o
d e te rm in a la h e rm e n é u tica de G h la d e n iu s, igu a l q u e la estética n o lo es. L a c o m p r e n s ió n lite r a l se o p o n e al s ig n ific a d o m ís ­
d e l efecto la p o é tic a de sus c o n te m p o rá n e o s . t ic o . P o r eso, d o n d e n o h a y u n a c o m p r e n s ió n m ístic a n o
A l acto d e « c o m p r e n d e r p e r fe c ta m e n t e » c o r r e s p o n d e la p u e d e h a b la rse d e c o m p r e n s ió n lit e r a l. D e h e c h o , la c o m ­
« c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » de u n pasaje. G h la d e n iu s escribe: p r e n s ió n m ístic a n o es a lg o d e m a s ia d o c o m ú n , y e n c o n s e ­
c u e n c ia ta m p o c o la c o m p r e n s ió n lite r a l. E n ca m b io la c o m ­
p r e n s ió n in m e d ia ta es p r o p ia d e to d o s lo s pasajes, cu a lq u ie ra
« La com prensión perfecta encierra una m ultitud de concep­
q u e sea su tem a y su n a tu ra le z a . H a y que. v e r la c o m p r e n s ió n
tos que pueden ser suscitados por un pasaje. Estos conceptos
pu ed en dividirse cóm odam ente en tres categorías [ ...] . A sí l it e r a l s ó lo c o m o u n a e s p e c ie d e c o m p r e n s ió n in m e d ia t a »
encontram os en un pasaje prim eram ente un concepto deter­ (§ 675, p. 520).
m inado que, si vamos con la ciencia y la preparación debidas, Esta d e lim ita c ió n resp ecto d e la h e rm e n é u tica de lo s Padres
brota del pasaje con la sola atención que ponem os en él. A de la Iglesia y d e la E d a d M e d ia tie n e u n d o b le tr a s fo n d o : e n
este concepto que resulta de la sola atención a las palabras del u n p arágrafo a n te rio r, q u e trata de lo s p e r ju ic io s « d e b id o s a la
pasaje lo llam an los m aestros del arte de la interp retació n
ig n o ra n c ia de la h e r m e n é u tic a » , d ice G h la d e n iu s que
comprensión inmediata. Esta com prensión inmediata suscita luego
toda clase de conceptos producidos por distintas fuerzas del
«las ciencias fundadas en interpretaciones han sido p ro fu n ­
alma con excepción de la pura im aginación: y estos conceptos
constituyen la aplicación de un pasaje, que igualm ente puede lla­ dam ente corrom pidas, com o lo han sido tanto la filosofía a
marse la comprensión mediata de un pasaje, o tam bién las consecuen­ causa de la interpretación complicada de Aristóteles, com o la
cias, porque el tipo más com ún de estos conceptos se basa en jurisprudencia a causa de las glosas y la teología a causa de las
conclusiones y consecuencias. Y en tercer lugar, la com pren­ interpretaciones de los Padres y de los maestros escolásticos,
sión inm ediata suscita conceptos que p rod u ce la im agina­ y ello a tal punto, que no se ha visto otra manera de rem ediar
ción, y a esto se llama divagaciones [ ...] » (§ 674- pp. y s.). esto que desembarazarse de toda interp retación, y em pezar
nuevamente desde el p rin cip io » (§ 186, pp. 104 y s.).
Esta d is tin c ió n e n tre c o m p r e n s ió n in m e d ia ta y c o m p r e n s ió n
m ed iata en laza c o n la d o c tr in a tra d ic io n a l de la h e r m e n é u tic a E ste n u ev o c o m ie n z o a c o n te c ió en la h e r m e n é u tic a te o ló g ic a
te o ló g ic a d el se n tid o m ú ltip le de la E scritu ra , cie rta m e n te c o n c o n L u te ro , q u e h izo de la Sagrada E scritu ra la in té rp re te d e sí
w

82 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 83

m ism a (sui ipsius interpres) 30, rech a za n d o así la alego resis. C h la d e -


a p lic a c ió n y d iv a g a ció n , está c o n c e b id a d e tal m a n e ra q u e sea
n iu s n o en señ a la lim ita c ió n al sensus ¡itieralis n i ta m p o co h a ce de
válida p ara to d o tip o d e escritos y d iscu rsos en el esp íritu d e u n
la E scritu ra m ism a ju e z de la c o rr e c c ió n de la in te r p r e ta c ió n 31.
p ro g ra m a d el arte g e n e r a l d e la in te r p r e ta c ió n , e n el cu a l lo s
P o r lo q u e se le e e n su Introducción..., e n la q u e n o tra ta d e la
e le m e n to s p a r tic u la r e s d e l s ig n ific a d o c ie r ta m e n te d if ie r e n ,
h e r m e n é u t ic a te o ló g ic a , h ay q u e s u p o n e r q u e G h la d e n iu s co m o m u estra C h la d e n iu s c o n a b u n d an tes ejem p lo s, se g ú n el
d irig e su crítica co n tra la in te r p r e ta c ió n p a trística y escolástica g é n e r o d el lib r o a in te r p r e ta r .
n o p o r q u e ella acepte el se n tid o m ú ltip le d e la E scritu ra , sin o C o n s id e r e m o s a h o r a u n a d e fin ic ió n m ás p r e c isa d e estos
p o r q u e n o c o n s id e r a este s e n tid o m ú lt ip le c o m o u n a m e r a e le m e n to s d e la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » d e u n p asaje (o de
p o sib ilid a d q u e h a de ser en cada caso le g itim a d a p o r el pasaje to d o u n e s c r ito ) . E n e l § 6 7 7 se l ee q u e Ia « C o m p r e n s ió n
e n c u e s tió n , sin o c o m o u n a ca rta b la n c a p a ra a tr ib u ir a cada in m e d ia ta » es
pasaje u n sig n ifica d o p lu ra l. In d u d a b le m e n te esta a p re c ia c ió n
d e la d o c t r in a e s co lá stica d e l s e n tid o m ú lt ip le es in ju s ta ; el «aquello en que el autor del pasaje y todos los lectores que
aparato co n ce p tu a l: sensus litteralis — sensus allegoricus — sensus tropolo- com prend en el pasaje deben co in cid ir. E n efecto, la co m ­
gicus — sensus anagogicus n o su p o n e la o b lig a c ió n de a tr ib u ir a to d o prensión perfecta de u n pasaje encierra m uchos conceptos.
pasaje, adem ás d el se n tid o lite ra l, tres sensusspirituales d iferen tes, La com prensión inm ediata constituye una parte de la misma.
sin o q u e es n e cesa rio d is tin g u ir y p re c isa r —d e a c u e rd o c o n el Pero se puede com prender u n pasaje sin pensar todo lo que
éste perm ite pensar de m anera racional. P or eso puede un
distinguo esco lá stico — e n lo q u e su m a ria m e n te p o d r ía lla m a rse
lector co m p ren d er u n pasaje a pesar de no ten er algunos
se n tid o a le g ó rico d ife re n te s m o d o s de in te r p r e ta c ió n se g ú n el
pensamientos que el autor tenía al escribirlo. En consecuen­
p u n to d e vista y la fu n c ió n de la in te r p r e ta c ió n . cia, el autor no coincide con todos los lectores que se supone
G u a n d o G h la d e n iu s in siste e n q u e p u e d e h a b e r u n a com­ han co m p ren d id o u n pasaje. Pero en lo que se refiere a la
prensión mística, p e r o n o d e b e r ía h a b e r la , y e n q u e só lo tie n e com prensión inm ediata, el autor y todos los lectores deben
s e n tid o h a b la r d e u n a « c o m p r e n s ió n lit e r a l» a llí d o n d e se co in cid ir aunque éstos le com p rend an de distinta m anera.
o p o n e a u n a c o m p r e n s ió n « m ís t i c a » , esto im p lic a a la vez —y Pues como esta com prensión resulta de la simple atención a
éste es el se g u n d o m o tivo de la d e lim ita c ió n — u n a a m p lia c ió n las palabras del pasaje, y, p o r otra parte, sólo se exige de todo
lector una atención m ínim a, la com prensión inm ediata no
d e la h e rm e n é u tic a : de la te o ló g ic a a la g e n e ra l. L o q u e h e m o s
puede ser ajena a nin gún lector si antes se ha instruido d ebi­
lla m a d o p o stu la d o de la r e la c ió n al c o n te n id o tie n e p o r c o n ­
dam ente. Esta m ism a co m p ren sió n inm ediata tam poco
se cu en cia q u e, segú n G h la d e n iu s , el tip o d e escrito y la n a tu ­
puede ser ajena al autor, que no necesita de ninguna dem os­
ra leza d e l p asaje d e b e n d e c id ir e n cada caso s o b re si p u e d e o tración para ser claro. Por eso, la com prensión inm ediata no
n o a d m itirse u n se n tid o m ístic o . L a te r m in o lo g ía : c o m p r e n ­ es ajena n i al autor n i a todos los lectores que le co m p re n ­
sió n in m e d ia ta -c o m p r e n s ió n m ed iata y, d e n tro de esta ú ltim a: den, y en consecuencia, respecto de la com prensión in m e ­
diata hay que decir que el autor coincide con todos los lecto­
res que le com prenden» (pp. 522 y s.).
30 C f r . K . H o ll, Luthers Bedeutungfür den Fortschritt der Auslegungskunst, op. cit., p . 5 5 9 * n - 4 -
31 C f r . supra, p p . 6 l y ss.
84 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 85

Esta d e fin ic ió n hay qu e co n sid era rla n a tu ra lm en te te n ie n d o e n de la co m p re n sió n es la d iv isió n de la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta »


cu en ta la o b serv ació n antes citada de C h la d e n iu s , segú n la cual e n u n a c o m p re n s ió n m ed ia ta y o tra in m e d ia ta , d e las cuales la
« c o m o lo s h o m b re s n o p u e d e n a b ra z a rlo to d o , sus p a la b ra s, « in m e d ia ta » se sustrae a la in flu e n c ia de la su bjetivid ad y de la
d iscu rso s y escrito s p u e d e n sig n ific a r algo q u e ello s n o h a b ía n situ ación histórica del le cto r o d el in térp rete. Es, p o r d ecirlo así,
q u e r id o d e c ir o escrib ir; y, e n c o n se cu e n cia , al in te n ta r c o m ­ la p a rte fija, en la q u e la in t e n c ió n d e l a u to r y la c o m p re n s ió n
p r e n d e r sus escritos, u n o p u e d e p en sa r, y c o n ra zó n , cosas que d el lecto r co in cid e n , ro d ea d a de otras partes m óviles qu e e m e r ­
sus autores n o p r e te n d ía n d e c ir » (§ 15 6 , p p . 86 y s.). E l d o m i­ g en b ie n e n el m u n d o in te le ctu a l d el a u to r, b ie n e n el d e l le c ­
n io d e v a lid e z d e esta a fir m a c ió n es lim ita d o : n o va le p a ra la to r y, tan to e n u n caso co m o e n el o tro , en tra n en la c o m p r e n ­
« c o m p r e n s ió n in m e d ia ta » , en la qu e el a u to r y el le c to r tie n e n sió n d el pasaje, sin qu e esté garan tizado que sean id én ticas en el
q u e « c o i n c i d i r » . O , d ic h o d e o tr o m o d o : la c a te g o r ía d e la a u to r y e n el le cto r. D e estos elem en to s de se n tid o , qu e co n s ti­
« c o m p r e n s ió n p e rfe c ta » que C h la d e n iu s establece, y q u e hasta tu y en la c o m p re n s ió n « m e d ia ta » , separa C h la d e n iu s la c o m ­
a h o ra p u d o verse co m o u n a m o d ific a c ió n d e la d is tin c ió n tr a ­ p r e n s ió n « in m e d ia t a » . Ésta le p e r m ite , a p esar de la i m p o r ­
d ic io n a l e n tr e sensus ¡itteralis y sensus spirñualis, ap arece c o m o el tan cia que co n ce d e al « p u n to de vista» y al carácter p erso n a l de
in t e n to d e s u p e ra r la crisis la te n te d e la h e r m e n é u tic a e n la la id e a q u e e l le c t o r se fo r m a d e u n p asaje, p o s tu la r la « c e r ­
ép o ca de la Ilu stra ció n . Se p u ed e h ab lar de crisis p o rq u e , e n el teza» del sig n ifica d o de d ic h o pasaje. S in d ud a sería p rem a tu ro
t e r r e n o d e la h e r m e n é u tic a , lo s c o n o c im ie n t o s d e l r a c io n a ­ em p ezar a h a cer a q u í u n exam en crítico de la teo ría , p u es antes
lis m o e n tr a n e n c o n t r a d ic c ió n c o n sus p o s tu la d o s . E n tr e lo s es p reciso analizar el co n ce p to co m p le m en ta rio de la c o m p re n ­
c o n o c im ie n to s q u e re su lta n d e la p o s ic ió n crític a d e C h la d e ­ sió n « m e d ia ta » y su c o n te x to . P ero h ay u n a cu e s tió n qu e su s­
n iu s , q u e n o se so m e te a n in g u n a t r a d ic ió n y a n in g u n a o tra cita la d o c tr in a de C h la d e n iu s y q u e p o d e m o s p la n te a r ya. Se
a u to rid a d q u e la de la ratio, se cu en ta el d e l ca rácter su bjetivo e trata de la cu estió n de si el sig n ifica d o de u n pasaje p u e d e d iv i­
h is tó ric o de la c o m p re n s ió n , tal co m o q u ed a esta b lecid o e n la d irse e n d os p a rte s d e la m a n e r a q u e é l p r o p o n e ; si lo qu e
te o ría , q u e a ú n h e m o s de e x p o n e r , d e l « p u n t o de v is ta » . L o m o tiv a esta d iv isió n , esto es, el h e c h o de q u e la c o m p r e n s ió n
q u e C h la d e n iu s a q u í d escu b re n o es la a rb itr a r ie d a d su bjetiva esté lig a d a a u n a p o s ic ió n h is tó r ic a , a ú n p e r m ite re se rv a r la
n i el a n a cro n ism o de la in te r p r e ta c ió n aleg ó rica: si tal fu e ra el « c o m p r e n s ió n in m e d ia ta » su strayén d ola a to d a relativizació n ;
caso, bastaría c o n in sistir fre n te a ésta e n la in te r p r e ta c ió n g ra - si el p ro b le m a de la d e p e n d e n cia de la c o m p re n sió n y la in t e r ­
m a tic a l- h is tó r ic a c o m o la ú n ic a le g ítim a . P e ro C h la d e n iu s p re ta c ió n n o d ebe p lan tearse y resolverse n u ev am en te dentro de
r e c o n o c e q u e e n to d a c o m p r e n s ió n hay, d eb e h a b e r, u n e le ­ la teo ría de la p o sic ió n h istó rica , e n vez de in ten ta r salvar a ú n la
m e n to su bjetivo. P recisam en te p o rq u e el rac io n a lism o , a d ife ­ validez de los crite rio s tra d icio n a les de la o bjetivid ad d e la c o m ­
r e n c ia de la h e r m e n é u tic a a p o d íc t ic a - a u t o r it a r ia de la é p o c a p r e n s ió n c o n el p o stu la d o d e la « c o m p r e n s ió n in m e d ia ta » .
p r e c e d e n te , p e r c ib e e n la c o m p r e n s ió n u n m o m e n to in d iv i­ L a « c o m p r e n s ió n m e d ia ta » de u n pasaje la fo r m a n « a q u e ­
d u a l, d eb e, p a ra satisfacer el p o stu la d o d e la va lid ez u n iv e rsa l, llo s co n ce p to s u o p in io n e s [ ...] p ro d u c id o s o suscitados p o r el
p re c isa r ese m o m e n to . L o q u e en C h la d e n iu s im p id e q u e ese concepto inm ediato que se obtiene de u n pasaje» (§ 683, p . 5 2 8 ).
m o m e n to in d iv id u a l se extien d a y se a d u eñ e de to d o el p ro ceso C h la d e n iu s la llam a ta m b ié n « a p lic a c ió n » . Esta segu n d a c o m ­
86 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 87

p o n e n t e d e la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » la e x p lica d e la te n e r re la ció n c o n la p a rticu la r in flu e n c ia d el p re d ic a d o r sobre


sig u ien te m an era: las alm as d e lo s fie le s —. P e ro el m o m e n to de la a p lic a c ió n se
en cu en tra ya e n lo s o ríg en es d e la h e rm e n é u tica teo ló gica , esto
« G o m o la co m p ren sió n in m ed iata surge in m ediatam ente de es, e n la a leg o re sis, e n la in te r p r e ta c ió n d el sensus spiritualis —lo
la sola aten ció n a las p alabras, m ien tras que la co m p re n sió n cu al tie n e su im p o rta n cia p a ra c o m p re n d e r a C h la d e n iu s —. L a
m ediata, o la ap licació n , su rge d el con cep to o b te n id o de las in terp reta ció n tip o ló g ica p u ed e en ten d erse co m o ap lica ció n del
p alabras, la c o m p ren sió n m ediata de u n p asaje n o tien e que
A n tig u o T estam ento a la h isto ria de la salvación anu nciad a p o r el
ver con las palabras que hay en el m ism o, sino que depende del
N u e v o T e s ta m e n to . E l c u á d r u p le se n tid o de la E s c ritu ra q u e
uso de las fuerzas de nuestra alm a, m ediante las cuales p ro d u ­
establecía la d o ctrin a escolástica tenía en teram en te su raíz en esta
cim os en n o so tro s a p artir de la co m p re n sió n in m ediata toda
clase de conceptos y m o v im ien to s» (§ 6 8 4 , p . 529)- cu estión: ¿ e n re la ció n a qué el pasaje es in terp reta d o y e n re la ­
c ió n a qu é es a p lic a d o ? E l se n tid o a le g ó ric o (q u e se id e n tific a
c o n el tip o ló g ico ) rela cio n a b a el pasaje c o n la h isto ria de la sal­
G u a n d o C h la d e n iu s h a b la e n este c o n te x to de « a p lic a c ió n » ,
va ció n ; la in te r p r e ta c ió n d el sen tid o tro p o ló g ic o o m o ra l a p li­
a d o p ta u n c o n c e p to de las h e r m e n é u tic a s ju r íd ic a y te o ló g ic a
caba el pasaje a la situ ació n del in d ivid u o co m o in stru cció n rela ­
—applicatio—, d á n d o le u n n u ev o s ig n ific a d o . E sta m o d ific a c ió n
tiva a su c o m p o r ta m ie n to ; y la in te r p r e ta c ió n d e l se n tid o
tie n e rela ció n c o n su in te n c ió n de fu n d a r u n a teo ría g en era l de
anagógico a la escatología. E sto es im p o rta n te p ara co m p re n d e r
la in t e r p r e ta c ió n . C u y o s e le m e n to s básicos se a p r e c ia n c o n
la h erm en éu tica de G h lad en iu s, pues su d istin ció n en tre sentido
e sp e cia l c la rid a d e n las m o d ific a c io n e s a q u e G h la d e n iu s
in m e d ia to y se n tid o m e d ia to , q u e p r o c e d e de su in t e n c ió n de
so m e te lo s c o n c e p to s e ideas to m a d o s d e la tr a d ic ió n h e r m e ­
establecer u n a te o ría general de la in te rp re ta ció n , co n stitu ye u n a
n éu tica. E l fe n ó m e n o de la a p lica ció n está estrech am ente ligad o
v e r s ió n g e n e r a liz a d a y se cu la riz a d a d e la a n tig u a d is t in c ió n
a la in te r p r e ta c ió n de textos ju r íd ic o s y relig io so s e n la m ed id a
en tre sensus litteralis y sensus spiritualis. Es e n el m arco de esta m o d i­
e n que éstos tra scie n d en de sí m ism o s y q u ie r e n o b ra r n o r m a ­
fic a c ió n d o n d e hay q u e situ ar el co n c e p to de a p lic a c ió n , antes
tiv a m en te co m o d og m as o p r e s c r ip c io n e s legales. E stos textos
ligad o al sensus spiritualis, y a h o ra a la comprensión mediata.
n o so n e n sí m ism os o b je to de in te rp re ta c ió n , p u es n o se trata
C h la d e n iu s h ace de la a p lica ció n u n m o m e n to n e cesa rio de
de c o m p re n d e rlo s e n sí m ism os, sin o e n r e la c ió n a casos c o n ­
la c o m p re n s ió n m ed iata. S e g ú n G h la d e n iu s, n o só lo lo s e s c ri­
creto s (casus), cosa q u e su cede m ás cla ra m en te e n el j u ic io y su
to s r e lig io s o s y ju r í d i c o s , q u e , c o n s id e r a d o s g e n e r a lm e n te
fu n d a m e n ta c ió n , y algo m en o s —a u n q u e lo s casos su elen te n e r
co m o n o rm a tivo s, su e le n o p o n e rse a lo s lite ra rio s, h istó ric o s y
a q u í u n carácter u niversal— en la p re d ic a ció n . E n la h e r m e n é u ­
o tro s (p o r e je m p lo , e n la te o ría de la in te r p r e ta c ió n d e E m ilio
tica d el p ietism o , p o r ejem p lo e n las Institutiones hermeneuticae sacrae
B e tti), sin o ta m b ié n estos ú ltim o s —lo s lite r a rio s e h is tó ric o s —
de R a m b a ch (17 2 3 ), a la subtilitas intelligendi —la c o m p re n sió n — y a
so n asim ism o , y n o m e n o s q u e lo s p r im e r o s , aplicados. L o q u e
la subtilitas explicandi —la in te r p r e ta c ió n — se añadía la subtilitas appli-
h ay q u e e n te n d e r p o r tal a p lic a c ió n lo a c la ra n las sig u ie n te s
candi, la a p lic a c ió n 32 —lo q u e, e n el caso d e l p ie tis m o , p u d o
frases d el § 4 2 5 :
32 Este p u n to lo h a d e sa rro lla d o G a d a m e r en Wahrheit undMethode, p . 2 9 1 -
88 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 89

« L a com prensión que un lector inm ediatamente tiene de las


al co n te n id o , a q u í hay q u e h a cer ta m b ié n d istin cio n es segú n el
palabras de los pasajes históricos33 es sólo una parte de la com ­
tip o de texto a in te rp re ta r. L a d e fin ic ió n ya citada de la a p lica ­
prensión perfecta del m ismo pasaje. Pues nuestra alma
empieza, debido a la facultad a ella inherente, utilizando el c ió n o de la c o m p re n sió n m ediata de u n pasaje, co n stitu id a p o r
concepto que recibe de las palabras para pensar otras cosas; « a q u e llo s co n ce p to s u o p in io n e s [ ...] p r o d u c id o s o suscitados
estos pensamientos, suscitados y producidos por el pasaje, una p o r el co n cep to in m ed iato qu e se o b tie n e de u n p asaje» (§ 6 8 3,
vez que dicha utilización ha com enzado, cuentan en la com ­ p . 52 8 ), es significativam ente sólo el resultado de u n a e n u m e ra ­
prensión del pasaje. Los efectos que nuestra alma pueda p ro ­ c ió n de las distintas fo rm a s de a p lica ció n según el tip o de lib ro
ducir tras haber leído y entendido u n determinado libro son lo co n sid era d o . A q u í, C h la d e n iu s sólo m e n c io n a lo s lib ro s h istó ­
que denominamos la aplicación del lib ro » (§ 425> pp- 3o 8 y s.).
ricos y los dogm áticos, pues de los p o ético s y los ju r íd ic o s tratará
e n lo q u e será u n a c o n tin u a c ió n d e su te o ría d e la in te r p r e ta ­
L a a p lica ció n n i se lim ita , segú n C h la d e n iu s , a cierto s tip o s de ció n . C h lad en iu s escribe e n el § 683:
textos n i es —co m o p red icació n o co n o cim ie n to ju r íd ic o — u n acto
especial basado en la lectura del pasaje, p ero qu e éste no im p lica. «Para apreciar m ejor las propiedades de las aplicaciones o de
L a ap lica ció n se lleva a cabo, segú n C h la d en iu s, cada vez qu e u n la com prensión mediata de u n pasaje, debemos representar­
texto es leíd o y e n ten d id o —la a p lica ció n es el efecto qu e el texto nos u n o detrás de otro sus diferentes tipos [...]. A sí, en los
p r o d u c e e n el alm a d e l le c to r, la activid ad d el alm a o ca sio n a d a pasajes históricos, la aplicación consiste en i) aprender a
p o r el texto qu e ella co m p ren d e—. E n este sentido, la d o ctrin a de conocer una historia, 2) dem ostrar una historia, 3) extraer
conceptos generales de casos particulares, 4) moralizar sobre la
C h lad en iu s de la ap licació n co m o m o m en to necesario d el sig n i­
historia, 5) adquirir un conocim iento vivo de tal historia. Pero
ficado de u n pasaje está m arcada p o r el p u n to de vista p sicoló gico
en los tratados y en los pasajes en ellos contenidos, las aplica­
e n r e la c ió n al efe cto , qu e ta m b ié n caracteriza a la estética de la
ciones consisten en: i) atribuir la sentencia al autor, 2) dejarse
Ilu stración . D e l m ism o m o d o que para los autores de las poéticas persuadir por la sentencia que contiene el pasaje, 3) remitirse
de p rin cip io s y m ediados del siglo X V II I era im pensable que e n la a otros tratados, 4) extraer consecuencias, 5) adqu irir un
d e scrip ció n y la d e fin ic ió n de u n g é n e ro p o é tic o se h icie ra abs­ conocim iento vivo» (p. 528).
tra cció n d el efecto qu e tal g én ero debía p ro d u c ir en el le cto r o el
esp ectad o r, p a ra C h la d e n iu s era n e cesa rio p o stu la r de fo r m a C a d a u n o d e estos p u n to s r e m ite a u n p a rá g ra fo e n el q u e se
g e n e ra l, m ás allá d e las fo rm a s especiales qu e so n la a p lic a c ió n m u estra la fo r m a esp ecial de la a p lic a c ió n p o r m e d io de e je m ­
ju r íd ic a y la teológica en el ju ic io y e n el serm ó n , el efecto de u n p lo s . E l « c o n o c im ie n to v iv o » , q u e cie rra la lista de a p lic a c io ­
texto co m o algo consustancial a la in terp retació n . n es tan to e n el caso de lo s lib r o s h is tó ric o s co m o e n el d e lo s
P e ro co m o el d e s a r ro llo de u n a te o ría g e n e ra l de la i n t e r ­
d o g m ático s, lo d e fin e así C h la d e n iu s :
p r e ta c ió n se a co m p a ñ a en C h la d e n iu s de la tesis de la r e la c ió n
« E l conocim iento de la verdad de una frase, en la medida en
3 3 * C h la d e n iu s h ab la d e « pasajes h is tó ric o s » p o r q u e la o b se rv ació n se e n cu e n tra e n el
que ejerce una influ en cia sobre la voluntad y sobre nuestras
c a p ítu lo s o b re « L a in te r p r e t a c ió n d e lib r o s h is t ó r ic o s » ; p e r o lo q u e d ic e n o se acciones, se llama un conocimiento vivo. N o todo conocim iento
lim ita a éstos.
que ejerza una in flu en cia sobre la voluntad puede llam arse
90 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 91

c o n o c im ie n to vivo. M u ch o s h o m b re s tie n e n u n c o n o c i­ ép oca, la cual n o h ip o statiza el pasaje n i lo co n sid era sólo desde
m ie n to de la re lig ió n c ristian a, y éste les lleva a b u rla rse de la in t e n c ió n d el a u to r, sin o q u e h a ce q u e to d o s lo s c o n c e p to s
ella: los turcos tien en tam bién u n co n o cim ien to de la m ism a, « q u e p u e d e n ser su scita d o s p o r u n p a s a je » (§ 67 4 > P- 5 * 8 )
y éste les m ueve a p erseguirla. N ad ie atrib u irá a u n o s y a otros in te r v e n g a n e n la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » d e l m is m o . S in
u n con ocim ien to vivo, a p esar de la in flu en cia que su co n o ci­
em b a rg o , la cu estió n de la c o in c id e n c ia de a u to r y le cto r, d e la
m ien to ejerce sobre su voluntad. Pero q u ien h o n ra, d efien de
id e n tid a d d e l se n tid o y lo c o m p r e n d id o c o m o c r ite r io , n o
y p ro p aga la religión cristiana en razón de su verdad, tiene u n
p ie rd e validez, y la c o n e x ió n d e lo s d os p r in c ip io s h e r m e n é u ti-
con o cim ien to vivo de la m ism a » (§ 4 7 4 > PP- 3 4 1 Y s.).
cos —el p r in c ip io qu e r e c u rr e a la in te n c ió n y el q u e re cu rre al
efecto — constitu ye el p r o b le m a de la te o ría de la in te r p r e ta c ió n
C h la d e n iu s d is tin g u e lu e g o lo s s ig u ie n te s g ra d o s d e c o n o c i ­
de C h lad en iu s, co m o lo d em u estra de la fo rm a más clara el te r ­
m ie n to v iv o : c e r m o m e n to q u e él in t r o d u c e e n la c o m p r e n s ió n p e r fe c ta
ju n t o a la co m p re n sió n in m ed ia ta y la c o m p re n sió n m ediata: la
« i ) el conocim iento de u n a verdad puede prod u cir en la volun­
« d iv a g a c ió n » . E n el § 6 9 0 se lee:
tad sólo un a in clinación o un a aversión que, n o siendo lo bas­
tante intensas o durad eras, n o o rigin an n in g u n a acción exte­
« L a c o m p re n sió n m ediata es aqu ello que el alm a, u n a vez se
rio r; 2) este m ovim iento de n u estro án im o p u ed e ser
ha re p re se n ta d o las cosas c o n te n id as en la c o m p re n sió n
producido p o r el conocim iento de la verdad y ser además origen
in m e d ia ta, sigu e p e n sa n d o y sin tie n d o a p a rtir de ellas, lo
de acciones exteriores, a las que hay que sum ar pasiones in ten ­
cual acontece p o r la aplicación de facultades de tod o tipo p re ­
sas, com o la aflicción o la ira; 3) el con o cim ien to de la verdad
sentes en nuestra alm a. [ ...] C o m o aquello que llam am os u n a
p uede tran sform ar nuestra voluntad de m an era que en ciertos
divagación es p rovocado tam bién p o r u n a cierta capacidad de
casos id én ticos se co m p o rta siem pre de u n a m an era idéntica:
n u estra alm a co n ocasió n de la lectu ra de u n p asaje, las a p li­
com o aquellos que, después de haber visto u n incendio, se vuel­
cacion es n o so n fáciles de d istin g u ir de las divagaciones; sin
ven prudentes en general con la ilum in ación y el fu e g o ; 4) una
em bargo, la d iferen cia se evidenciará de la m an era siguiente.
verdad p u ede p ro d u c ir u n cam bio en to d a n u estra voluntad,
M ien tras, en el cu rso de n u e stro s p e n sa m ie n to s, se g u im o s
hasta el p unto de que sus consecuencias se m anifiestan en todas
ten ien d o en la m ente el p asaje p o r el cual so n suscitados, nos
nuestras acciones libres. Podem os encon trar m uchos ejem plos
en con tram os en el p lan o de la ap licació n del p asaje. Pero en
que m uestran que una actitud dura o un a desgracia han hecho a
el m o m en to en que ya n o p e n sam o s en el p asaje, estos c o n ­
la gente m ás educada, p iadosa y p ru d en te hasta en las acciones
ceptos, au n q u e p ro d u c id o s p o r el p asaje, constituyen lo que
m ás insignificantes. El grado m áxim o de con ocim ien to vivo se
lllam am os u n a divagación» (p p . 5 3 5 Y s .) •
encuentra en las verdades reveladas cuando llegan a p ro d u cir la
conversión de un h o m b re » (§ 4861 PP- 3 5 3 y s -)-
Y C h la d e n iu s añ ad e co m o e je m p lo qu e

E l q u e C h la d e n iu s asocie el « c o n o c im ie n t o v iv o » a la « c o m ­
« n o hay n ad a m ás h ab itu al q u e explicar m ed ian te u n pasaje
p r e n s ió n p e r fe c ta » de u n pasaje o de u n escrito , só lo se p u ed e
el pasaje de otro lib ro , y esto constituye u n a ap licació n . S ó lo
e n te n d e r e n e l m a rco d e la p s ic o lo g ía d e l e fe c to p r o p ia d e su
92 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 93

cuando, en el pasaje que hay que explicar, pienso en el autor a n á lisis d e l sig n ific a d o e n sus c o m p o n e n te s a islad os (c o m o la
del mismo y en su vida, o en la época en que escribió el libro, c o m p re n s ió n in m ed ia ta , la a p lic a c ió n y las d ivagacion es), cuya
lo cual puede suceder según las reglas de la m em oria y de la r e la c ió n c o n la in t e n c ió n d e l a u to r sería d istin ta e n cada caso,
im agin ación , estamos ante una d ivagación [ . .. ] » (§ 6 9 0 ,
es so sten ible; de si tal análisis n o co n tra d ice la u n id a d d el p r o ­
pp. 536 y s.).
ceso de la c o m p re n sió n . A q u í, co m o e n otras partes, se da u n a
o p o s ic ió n en tre el p r o c e d e r e m p íric o , fu n d a d o e n la ob serva­
L a a n t in o m ia d e G b la d e n iu s , p r o p ia d e u n a h e r m e n é u t ic a
c ió n , y el p ro c e d e r n o rm a tivo , basado en p o stu lad os —u n a o p o ­
b a sa d a e n la p s ic o lo g ía d e l e fe c to , se m u e s tra p le n a m e n te
s ic ió n in h e r e n te al r a c io n a lis m o —. C h la d e n iu s sabe p e r fe c ta ­
c u a n d o , e n el p a rá g ra fo sig u ie n te , C h la d e n iu s rech a za ju s t a ­
m e n te q u e « c o n tr a la certeza d e la c o m p r e n s ió n in m e d ia ta se
m e n te a q u e llo q u e h a in tr o d u c id o co m o la te rce ra p a rte de la
p o d r ía o b je ta r [ ...] q u e m u ch as p alabras, o casi tod as, tie n e n ,
c o m p r e n s ió n p e r fe c ta de u n a p asaje o d e u n lib r o , y q u e era
adem ás de su s ig n ifica d o c o r r ie n te , u n sig n ifica d o a ccid e n ta l,
in h e r e n te a d ich a c o m p re n s ió n . E n este p a rá g ra fo leem o s:
u n sig n ific a d o fig u r a d o y u n s ig n ific a d o m ás r e s tr ic to o m ás
a m p lio ; esta d iversid ad d e los sig n ifica d o s p arece e n tra ñ a r u n a
« G o m o [...] la im aginación y la m em oria trabajan en cada
co n secu en cia natu ral, y es qu e, m ien tra s em p lea sus palabras, el
hom bre de una manera particular, presentándole en esta o la
a u to r p u e d a estar p e ñ s a n d o e n o tra cosa q u e la q u e u n le c t o r
otra ocasión cosas que en ese m om en to no p u ed en caer en
las m ientes de otras personas, aunque tengan los saberes acaso p ercib a e n esas palabras**. (§ 742 , p p . 5 8 7 y s .). C h la d e ­
necesarios, de esto se sigue: i) que cada lector está inclinado n iu s n o só lo ve la p o s ib ilid a d d e esta o b je c ió n : u n o d e lo s
a hacer determ inadas divagaciones cuando tiene ocasión de m é rito s de su o b ra es la c o n s id e r a c ió n de esta p o lis e m ia d e las
hacerlas; 2) que el autor de u n escrito, p o r no ser o m n is­ palabras, esp ecialm en te de la qu e resu lta d el u so m e ta fó rico de
ciente, no puede prever las divagaciones, sobre todo si tienen las m ism as. P ero , ju n t o a esta p e rc e p c ió n , que le h ace d e cir qu e
p o r objeto cosas que no suceden en su época, o que aún no
« ta m b ié n hay discursos verd ad eram en te a m b ig u o s» , e n co n tra ­
han su cedid o, o que aú n no han sido inventadas; 3) que,
m os o tra de carácter n o rm a tivo : la d e q u e « s i b ie n e n tod as las
en consecuen cia, el autor de u n lib ro no puede co in cid ir
lenguas se e n cu e n tre n lo s tip o s de sign ifica d o m en c io n a d o s, n o
con sus lectores en lo que se refiere a las divagaciones, p o r lo
que 4) éstas no en tran en la co m p ren sió n del lib ro o del es m en o s c ie rto q u e h ay frases y o b ras en teras q u e están c o m ­
pasaje, dado que al autor nada ha declarado con relación a puestas de tal m an era qu e el le c to r ten ga que p en sa r ju sta m en te
ellas» (§ 691, pp. 537 y s.). lo qu e el a u to r h a p en sa d o al escrib irla s» (§ 742 , p . 5 8 8 ). Y su
p e rc e p c ió n de la re la c ió n existen te en tre la in te n c ió n esp ecífica
C in c u e n ta páginas m ás adelan te se lee nu evam en te fre n te a esto de u n lib r o y su g é n e r o se h a lla ig u a lm e n te d is m in u id a p o r el
q u e la « c o m p r e n s ió n d e u n lib r o la c o n s titu y e n la c o m p r e n ­ carácter n o rm a tiv o q u e tie n d e a d ar a esa r e la ció n . P ues la c ir -
s ió n in m e d ia ta , las a p lic a c io n e s y las d iv a g a c io n e s » (§ 7 3 6 , cu larid a d qu e su p o n e el q u e la in te rp re ta c ió n deba o rie n ta rse a
p . 5 6 2 ) . Esta c o n tr a d ic c ió n qu e C h la d e n iu s d eja irresu elta e n la in te n c ió n d el a u to r, p e r o la in te n c ió n d ep en d a d e la n a tu ra ­
su lib r o señala la p ro b lem á tica in h e re n te a su te o ría d e l s ig n ifi­ leza de la o b ra , q u e só lo e n la in te rp re ta c ió n se da a co n o c e r, es
ca d o d e u n pasaje o d e u n lib r o , esto es, la c u e s tió n d e si u n ro ta p o r el p o stu la d o d e q u e « se p u e d e [ ...] su p o n e r y esp erar
94 PETER SZONDI

d e t o d o e s c r ito r h á b il q u e e n su lib r o h aya e s c rito y p e n sa d o A


segú n las reglas p e r tin e n te s » (§ 7° 5 >P- 55 1)- E n este co n tex to
e n tra ta m b ié n , fin a lm e n te , el p r o b le m a q u e C h la d e n iu s ro za
cu a n d o d ice q u e « e l a u to r d e u n escrito [ ...] n o p u e d e p reve r
las d iv a ga cio n es, so b re to d o si tie n e n p o r o b je to cosas q u e n o
s u c e d e n e n su é p o c a , o q u e a ú n n o h a n s u c e d id o » —e l p r o ­
b le m a de la h is to r ic id a d ta n to d e las o b ra s c o m o d e su c o m ­
p r e n s ió n , d e l p o d e r d e te r m in a n te d e la d is ta n cia h is tó r ic a
so b re el efecto de las obras—.

C h la d e n iu s sa tisfa ce e l p o s tu la d o d e la p s ic o lo g ía d e l e fe c to
c u a n d o , e n la d e f i n i c i ó n d e la « c o m p r e n s ió n p e r f e c t a » ,
a fir m a q u e se c o m p r e n d e «un discurso o un escrito perfectamente
cu a n d o le y é n d o lo se tie n e n e n la m e n te to d o s a q u ello s p e n sa ­
m ie n to s q u e las p a la b ra s p u e d e n su scita r e n n o s o t r o s c o n ­
fo r m e a la ra z ó n y a las reglas de n u estra a lm a » (§ I g g , p . 86 ).
Q u e esta p s ic o lo g ía d e l e fe c to es h ija d e l r a c io n a lis m o lo
d em u estra la reserva in c lu id a e n la frase: « c o n fo r m e a la ra zó n
y a las reglas de n u estra a lm a » . S in em b a rg o , u n a c o n c e p c ió n
d e l sig n ifica d o de u n p asaje o u n escrito así fu n d a m e n ta d a n o
p u e d e estar c o n f o r m e s in m ás c o n el p o s tu la d o d e l r a c io n a ­
lis m o , se g ú n el cu a l las p a la b ra s —c o m o e s crib e C h la d e n iu s —
« p o r am biguas qu e p u e d a n p a re ce r cu a n d o se le e n lo s pasajes
su p e rfic ia lm e n te , [ ...] tie n e n u n s ig n ific a d o c ie r t o » (§ 75 °>
p. 595 ) >1° cu a l le g itim a r á m ás a d ela n te la a fir m a c ió n d e q u e
ta m b ié n las « in t e r p r e t a c io n e s » t ie n e n « s u c e r te z a » (§ 7 51*
p. 596 ) . E sta ce rte za só lo se e sta b le ce c u a n d o p o r « s i g n i f i ­
c a d o » n o se e n tie n d e ya la to ta lid a d de lo s p e n sa m ie n to s d e s­
p ertad o s en el le c to r , q u e m u estra n u n a p lu ra lid a d tan to in d i ­
v id u a l c o m o h is t ó r ic a m e n t e c o n d ic io n a d a , s in o —e n c ie r to
96 PETER SZONOI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 97

« P e r o com o los d iscu rsos y los escritos d eben ser co n sid e ra­
m o d o contra el ju ic io d e C h la d e n iu s b asad o e n la p s ic o lo g ía d el
d os com o e x p lic itac io n e s (Erklárungen), y e n co n se c u e n c ia
e fe c to , s e g ú n el cu a l lo s p a sa jes p u e d e n ta m b ié n s ig n ific a r
están elab o rad o s de fo rm a q u e se p u e d a c o n o cer la o p in ió n
cosas q u e al a u to r m is m o n o le « v i n i e r o n a las m ie n t e s » (§
del au tor, éste, del m ism o m o d o q u e está de acuerdo con sus
1 5 6 , p . 8 7 ) — só lo el c o n te n id o d e su in t e n c ió n . E sta c o n t r a ­ lectores en la c o m p re n sió n in m ed iata, d ebería estar tam bién
d ic c ió n en tre lo s p o stu la d o s de la p sic o lo g ía d el efecto y lo s d el de acu erdo co n ellos en la c o m p re n sió n m ediata. Pero, p ara
r a c io n a lis m o m a rca la d iv is ió n q u e h a ce G b la d e n iu s d e la con segu irlo , todavía n o se h an p o d id o e n c o n trar otras regías
« c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » : la c o m p re n s ió n in m e d ia ta , la c o m ­ o m e d io s que p u e d a n u tilizar tan to lo s lectores que le e n u n
p r e n s ió n m ed ia ta —es d e c ir, la a p lic a c ió n — y la d iv a g a ció n n o lib ro sin in té rp re te co m o el in té rp re te m ism o , q u e esta
t ie n e n ig u a le s d e re c h o s . A l a c o n s ta ta c ió n d e q u e to d o esto regla: c e ñ irse a la in te n c ió n d el a u to r y n o ir m ás allá de
e lla » (p. 5 4 °)■
in te g ra la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » re sp o n d e , lim itá n d o la , la
e x ig e n c ia d e q u e , d e estos tres m o m e n to s d e l s ig n ific a d o , la
in te r p r e ta c ió n só lo h a d e c o n s id e r a r, e n in te r é s de su p r o p ia P ero hay q u e p re g u n ta rse si la h e r m e n é u tic a p u e d e h o y a c e p ­
certeza, aquellos e n lo s q u e p u e d e su p o n e rs e u n a c o n c o r d a n c ia tar la d e fin ic ió n de lo s d iscu rso s y lo s escrito s co m o e x p licita ­
c o n la in t e n c ió n d e l a u to r, c o m o p u e d e se rlo el d e la « c o m ­ cio n e s. A n te s d e r e s p o n d e r c o n v ie n e citar algu nas de las c o n ­
p r e n s ió n in m e d ia ta » , p e r o n o el d e las « d iv a g a c io n e s » , cuya s id e r a c io n e s d e C h la d e n iu s s o b r e la in t e n c ió n d e l a u to r ,
p e r te n e n c ia a la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » es u n a s veces a f i r ­ p o r q u e p u e d e n ev id e n cia r lo s su p u esto s de esta c o n c e p c ió n .
m ad a y o tra s n e g a d a . P e ro el p r o b le m a es casi in s o lu b le e n la
« c o m p r e n s ió n m e d ia t a » , es d e c ir , e n las a p lic a c io n e s . S in « L a intención de un autor' en u n p asaje o u n lib ro , o e n gen eral
en u n a exp osición , es limitar la representación que él tiene del asunto o
d u d a d istin gu e C h la d e n iu s en tre las q u e so n « n e c e sa ria s» y las
que él tiene en el pasaje. P o r e je m p lo , V irg ilio in tro d u c e a D id o
qu e n o lo so n , p e ro in clu so e n las « n e c e sa ria s» n o p u e d e evi­
en sus lib ro s. E l la ve com o u n a p rin c e sa que tras la m u erte
tar p e n sa r q u e éstas n o sie m p re t ie n e n q u e c o n c o r d a r c o n las
de su e sp o so h a h u id o de T ir o y h a fu n d a d o la c iu d a d de
qu e el a u to r tie n e en la m en te, qu e m ás b ie n p u ed e su ced er qu e G a rtag o . E sto su c e d ió e n tie m p o s a n te rio re s, y ya en su
u n « a u to r [ ...] sea d istin to de [sus lectores] [ ...] o qu e se h alle época n o se sabía m u ch o acerca de ello. E sta re p re se n tació n
e n d esacu erd o c o n e llo s » . A q u í se m u estra, segú n él, « la d ife ­ tiene sus lím ites, p u es él n o se rep resen ta n i los añ o s, n i au n
r e n c ia q u e h a ce q u e lo s pasajes sean u n a s veces m ás y o tra s el sig lo , en que ella v erd ad eram en te vivió, n i la ed ad que ella
m en o s fe cu n d o s para el le cto r [es d ecir, capaces de d esp ertar en tenía cu an d o e m p re n d ió su h u id a o c u an d o se con struy ó la
ciu d ad , n i ta m p o c o su re lig ió n , co m o si to d o esto n o le
él p e n s a m ie n to s ] d e lo q u e al a u to r le p a re c ía n s e r » (§ 6 9 4 ,
im p ortase. L as circu n stan cias e n que él p en sab a le eran su fi­
pp. 539 y s .). P ara este p r o b le m a n o hay u n a s o lu c ió n in m a ­
cien tes p a ra im a g in a r u n a av en tu ra atray en te, au n q u e t r á ­
n e n te . C h la d e n iu s se ve o b ligad o a r e c u rr ir a p o stu lad os qu e n o
gica, con E n e as, cuyas circu n stan cias p e rso n ale s tam p o co se
se d e riv a n d e su a n á lisis, cu yos re su lta d o s d e b e n ser e n p a rte re p re se n ta b a . S u in te n c ió n a lo la rg o de to d o el re lato era
an u lad o s p o r ello s. A s í, e n el § 694> a c o n tin u a c ió n d el pasaje deleitar al lector, p u es sabía q u e la in g en io sid ad de su p o esía
a rrib a citad o , se lee lo sig u ie n te acerca de la fe c u n d id a d de u n
pasaje, n o siem p re co rrecta m en te ap reciad a p o r el a u to r: Las cursivas so n de S z o n d i. [N . d e l T .]
98 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 99

tenía que agradar a la mayoría de los lectores. —Se puede, por cu sió n co n u n a crítica q u e contrasta la o b ra c o n lo s h ech o s h is­
tanto, apelar a la in ten ció n del autor en dos casos, re c o r­ tó r ic o s n o h a b ría sid o p o s ib le si C h la d e n iu s h u b ie r a p u esto
dando al lector que no debe perd erla de vista: i) cuando co m o ejem p lo u n a o bra que h u b iera sido tod a ella inventada p o r
leyendo el pasaje piensa en algo que el autor no ha pensado:
su a u to r. P ero a ú n m ás im p o r ta n te es n o ta r q u e n o só lo esta
en cuyo caso va más allá de la intención; 2) cuando leyendo el
fo r m a d e d e s c o n o c im ie n to de la in t e n c ió n de V ir g ilio , sin o
pasaje no piensa en algo que el autor sí ha pensado: en cuyo
ta m b ié n la p r o p ia d e fin ic ió n c h la d e n ia n a de la in t e n c ió n
caso el lecto r no percibe la intención del autor o no la alcanza.
G uando se da u n o de los dos, o los dos a la vez, se dice en su p o n e q u e la p o e sía tie n e u n o b je to e x te r io r a ella. S i p a ra
general que el lector se descamina o pierde de vista la intención del autor. C h la d en iu s « la in te n c ió n de u n a u to r» consiste en « lim ita r la
Pero cuando no se va más allá de la in ten ción n i se la pierde re p re se n ta ció n q u e él tie n e d e l a s u n to » , esto tie n e co m o p r e ­
vista, se com prende al autor perfectam ente. Hay, p o r ejem ­ m isa q u e el a su n to n o es u n p r o d u c to d e la p o e sía , sin o q u e
plo, lectores que, dejando a V irg ilio y a la D id o que él p re ­ p o se e su re a lid a d in d e p e n d ie n te de ella. S ó lo p o r eso p u e d e
senta, han descubierto por otros relatos el siglo en que D ido C h la d e n iu s co n sid e ra r las o bras p o éticas, igu al q u e lo s escritos
viv ió » (§§ 695 y s., pp. 145 7 s.) ~Y que han rep roch ad o a
h istó rico s o ju r íd ic o s , co m o Erklarungen (explicitacion es) n o e n el
V irg ilio el haber faltado a la verosim ilitud, pues D id o vivió
sen tid o de la explicatio, sin o de la declaratio (p. 5 4 ° ) ; sólo p o r eso
trescientos años después que Eneas—.
p u e d e ver e n la reg la q u e p r e s c rib e c e ñ irse a la in t e n c ió n d e l
a u to r y n o ir m ás allá d e ella la s o lu c ió n de u n p r o b le m a q u e
E l e je m p lo es p a rticu la rm e n te in stru ctiv o , p u es esclarece, m ás h abía plan tead o la p sico lo gía d el e fe c to : el p ro b le m a de co m p a -
allá d e la in te n c ió n de C h la d e n iu s, su c o n c e p c ió n de la p o esía y tibilizar la p lu ralid ad de significaciones co n la certeza de la in t e r ­
al m ism o tie m p o p e r m ite e n te n d e r p o r q u é p u e d e p o n e r lo s p re ta ció n . S i la h e rm e n é u tic a actual p o n e al recu rso a la in te n ­
e s crito s p o é tic o s , h is tó r ic o s , d o g m á tic o s y ju r íd ic o s e n el ció n d el a u to r la o b je c ió n de qu e ésta sólo p u ed e co n o cerse p o r
m ism o p la n o (sin c o n s id e ra rlo s igu ales) y su b su m irlo s b a jo el d ocu m en to s exteriores a la o b ra m ism a, los cuales co n d e n a n a la
m ism o co n ce p to de ex p licita ció n , o d e cla ra ció n e n la cu al se da o b ra a la h e te ro n o m ía , esta o b je c ió n no alcanza a la d o c trin a de
a c o n o c e r la o p in ió n d el a u to r. C h lad en iu s, pues su c o n c e p c ió n de la p oesía n o se refiere desde
C h la d e n iu s elige co m o ejem p lo u n p o em a que recu rre a u n a el p r in c ip io a la p o esía e n se n tid o a b so lu to . L a p o esía h a b la de
tra d ició n . L os críticos de V ir g ilio , p o r él criticados, so n aquellos u n a cosa ig u a l q u e u n texto d e filo s o fía o de h isto ria , y d e esa
qu e c o n tr a p o n e n su c o n o c im ie n to d el m aterial tra d ic io n a l a la cosa transm ite u n a rep resen tació n : la del autor. E l le cto r p u ed e
e la b o r a c ió n d el m ism o p o r V ir g ilio . E n este p u n to es i m p o r ­ fo rm a rse u n a id ea co m p le ta m en te d istin ta de la cosa o c o n o c e r
tan te el h e c h o de q u e C h la d e n iu s n o d e fie n d a a V ir g ilio e n otras ideas d e la m ism a. P e ro si, e n in te ré s de la certeza d e la
n o m b re de la lic en cia p o ética, p o r ejem p lo , pues lo que le in te ­ in terp reta ció n , qu iere, co m o d ice C h la d en iu s, c o in c id ir c o n el
resa n o es d e fe n d e r a V ir g ilio , sin o c o m p re n d e r, d e sc u b rir su a u to r tan to e n la c o m p re n s ió n in m ed ia ta co m o e n la m ed iata,
in te n c ió n . R e c u r r ie n d o a la cro n o lo g ía , los crítico s de V ir g ilio ten d rá qu e h a cer abstracción de esas otras ideas.
se sirven de u n c o n o c im ie n to d el tem a y de los datos h istó rico s P ero esto sig n ifica q u e n o te n d ría se n tid o o p o n e r al e je m ­
qu e el p o eta ha ex clu id o en su e la b o ra ció n d el m aterial. L a d is­ p lo q u e da C h la d e n iu s d e la fig u r a d e D id o e n V ir g ilio o tro s
IOO PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - U IO I

e je m p lo s q u e , p o r n o e x istir su o b je to fu e r a d e la p o e s ía , T al es el fo n d o so b re el q u e hay q u e ver la tesis d e G h la d e ­


h a ría n im p o s ib le u n a crítica qu e se basase e n u n a co m p a ra ció n n iu s, qu e n o sólo e n u n c ia las p rem isas m ás im p o rta n te s d e su
d e la p o e sía c o n su m o d e lo y la d e f in ic ió n c h la d e n ia n a de la h e rm e n é u tica , sin o ta m b ié n u n o de lo s p u n to s e n lo s q u e u n a
in t e n c ió n co m o resu ltad o d el acto de lim ita r el a u to r la r e p r e ­ h e rm e n é u tic a actual tie n e q u e separarse d e ella. E l § 6 8 o d ice:
s e n ta c ió n q u e él tie n e d e u n a cosa. M ás b ie n h ay q u e t e n e r
p re se n te q u e esta c o n c e p c ió n de la p o esía co n stitu ye la base de « T o d o s los p asajes tratan de u n asu n to , y en ellos hay o u n
la h e rm e n é u tic a de G h la d e n iu s. L o q u e h o y n o s p u e d e p a re ce r co n ten id o h istó rico o u n a d o c trin a gen eral. G o m o la c o m ­
u n a e x c e p c ió n —u n a p o esía cuya p e c u lia r id a d se r e c o n o c e p o r p ren sió n in m ed iata es aqu ello que se nos p resen ta a través de
las palabras de u n pasaje, cada vez que leem os y entendem os u n
c o m p a r a c ió n c o n su m o d e lo — n o lo era e n la ép o ca d e G h la ­
p asaje te n e m o s u n a r e p re se n ta c ió n y u n c o n o c im ie n to de
d e n iu s, y p o r u n d o b le m o tiv o : e n p r im e r lu g a r, la re fe re n c ia
u n determ inado asunto. P or eso, esta representación de cosas,
a u n m o d e lo era d esd e la a n tig ü e d a d algo e s e n cia l e n lo s dos
que constituye la com p ren sió n in m ediata de u n pasaje, p u ede
g é n e r o s m ás im p o rta n te s, la ep o p eya y la tra g ed ia —a d if e r e n ­ verse de dos m aneras: i) com o u n concepto y u n a represen ta­
cia, co m o se sabe, de la co m ed ia —; y e n segu n d o lu g a r, y esto es ció n in d icad o s, sig n ifica d o s y p ro d u c id o s p o r p alab ra s; en
s in d u d a lo d e c isiv o , e n la r e fe r e n c ia d e la o b r a p o é tic a a u n su m a, com o u n sig n ifica d o del p asaje ; 5¡) com o u n c o n o c i­
o b je to h is t ó r ic o - m ít ic o qu e le sirve d e base, co m o o c u r r ía e n m iento de la cosa de que trata el m ism o p a sa je » (p. 525)-
la e p o p e y a y la tra g e d ia , se r e p ite el m o d e lo q u e e n a q u e lla
é p o c a a ú n d e te r m in a b a to d a la c o n c e p c ió n d e la p o e sía : la E sta d u a lid a d d e la c o m p r e n s ió n , q u e e n la d o c t r in a d e la
im it a c ió n d e la n a tu r a le z a 34. G o m o es s a b id o , el sig lo X V III in te r p r e ta c ió n de G h la d e n iu s n o tie n e , p o r lo d em ás, c o n s e ­
c o n s id e r a b a ta m b ié n la p o e sía lír ic a c o m o imitatio naturae, e n cu en cias, só lo es p o s ib le p o r q u e e n la base de am bas m an eras
este caso d e s e n tim ie n to s q u e p e r t e n e c e n a la n a tu ra le z a d e l d e ver está la m ism a c o n c e p c ió n . P e ro e x a m in a n d o las teo ría s
h o m b re , de m o d o q u e u n p o em a p o d ía en ten d erse —e n el le n ­ c h la d e n ia n a s d esd e el p u n t o d e vista de u n a h e r m e n é u t ic a
g u a je d e G h la d e n iu s — c o m o u n a e x p lic ita c ió n e n la q u e se a ctu a l, se o b t ie n e n lo s s ig u ie n te s re su lta d o s : p o r u n p a r te , y
expresaba la id ea qu e el a u to r ten ía d e u n a cosa, p o r e je m p lo , co m o ya se h a m o stra d o , la eq u iva len cia de lo s escrito s h is t ó r i­
u n d e te rm in a d o se n tim ie n to . E l ca m b io q u e e n la t r a n s ic ió n cos y d o g m ático s y lo s p o é tic o s , o d ic h o de o tro m o d o : la u n i ­
d e l siglo X V III al X IX a c o n te c ió e n lo s p resu p u esto s d e la p o é ­ fic a c ió n de las h e rm e n é u tic a s esp eciales e n u n a h e r m e n é u tic a
tic a p u e d e m o s tra rs e de m a n e ra p a r t ic u la r m e n t e cla ra e n la g e n e ra l tie n e la c o n d ic ió n de su p o s ib ilid a d e n la c o n c e p c ió n
h isto ria y la te o ría d e la n o vela, d el g é n e r o q u e será ca ra cterís­ de la p o e sía c o m o imitatio naturae; p o r o tr a p a r te , e n n u e s tra
tic o d e l siglo X I X 35 . c o n c e p c ió n de la p o esía hay u n a r u p tu ra , a ú n m ás ra d ica l qu e
las n e g a c io n e s d e é p o ca s a n te r io r e s , c o n la tesis d e la im it a ­
34 S o b re la s u p e r a c ió n d e l p r in c ip io d e im ita c ió n , c fr . S z o n d i, Antike undModerne in der
c ió n . C o n la c o n c e p c ió n d e u n a p o e sía a b so lu ta a fin e s d e l
Asthetik der Goethezeit e n P. S z o n d i, Poetik und Geschichtsphilosophie I. Studienausgabe der Vorle-
sungen, v o l. 2, F ra n k fu rt a .M ., 1 9 7 4 [Poéticaj filosofía de la historial, M a d rid , V is o r , La siglo X IX y d e u n a p o esía abstracta e n e l XX, n o só lo d esa p a re­
Balsa d e la M ed u sa , 1 9 9 2 , tra d . d e F. L . L isi].
3 5 * P u e d e n e n co n tra rse im p o rta n te s ap o rta cio n es so b re estas cu estio n es en el v o lu m e n
ció la re fe re n c ia d e la p o esía a u n o b je to e x te rio r —qu e a n tañ o
Nachahmung und ¡Ilusión (Poetik und Hermeneutik I ) , ed . de H . R . Jau ft, M ú n ic h , 1 9 6 4 . ten ía qu e im ita r—, sin o q u e adem ás fu e p o sib le u n a p o esía q u e

if
/
102 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - A 103

re n u n c ia b a a p r o d u c ir p o r m e d io de la fic c ió n u n o b je to p r o ­ eos, p e r o n o u n a p o s ib le d ife r e n c ia e n la r e la c ió n de la o b ra


p io , u n a p o e s ía cu yo o b je to era m ás b i e n e lla m ism a , y q u e c o n las cosas. L a id e a d e q u e éstas n o p u e d e n p re e x istir a u n a
d e b ía su u n id a d a la c o m p o s ic ió n de m o m e n to s verb ales, y n o o b r a p o é tic a , s in o q u e s o n p r o d u c id a s p o r e lla , o in c lu s o
só lo se m á n tico s, re fe r id o s de m ú ltip le s fo rm a s u n o s a o tro s, y id é n tica s a ella, tuvo qu e d e sc o n o c e rla u n a h e r m e n é u tic a q u e
n o a la c o h e r e n c ia d e u n o b je to im a g in a r io o d e u n m u n d o se m a n te n ía e n el m a rco d e la te o ría d e la imitatio naturae —cosa
im a g in a r io 36. S i la h e rm e n é u tica d ebe h o y te n e r e n cu en ta este q u e n a d ie r e p r o c h a r á a u n a u t o r d e m e d id a d o s d e l sig lo
c a m b io h is tó r ic o n o só lo en la c o n c e p c ió n d e la p o e sía , sin o X V III— . S i hasta a h o ra se h a n u sa d o las ex p resio n es « r e la c ió n
e n la p o e sía m ism a; si n o q u ie re r e n u n c ia r d esde el p r in c ip io al c o n te n id o » y « r e la c ió n al g é n e r o » co m o sin ó n im a s, es sólo
a la p o s ib ilid a d de p o n e r s e a p r u e b a c o n las o b ra s p o é tic a s de p o r q u e lo qu e ellas d esig n a n n o salía d el m arco de la c o n c e p ­
los ú ltim o s cie n años, n o sólo d eb e revisar la te o ría d e C h la d e - c ió n ch lad en ia n a. A h o r a q u e h em o s visto cla ra m en te hasta qué
n iu s , s e g ú n la cu a l to d o s lo s p a sa jes tr a ta n d e u n a co sa , de p u n to es n e cesa rio revisarlas e n r a z ó n de su e n ra iza m ie n to en
m o d o q u e la c o m p re n s ió n de u n pasaje p u e d e ser co n sid era d a la te o ría de la imitatio naturae, la « r e la c ió n al g é n e r o » a p arece ,
co m o u n c o n o c im ie n to d el asu nto de qu e el p asaje trata. T a m ­ fr e n te a la « r e la c ió n al c o n t e n id o » , c o m o el t é r m in o m ás
b ié n h a de revisar la c o n c e p c ió n d el sig n ific a d o , de la « c o m ­ a d ecu a d o . E n efe cto , lo s tip o s de o bras se d is tin g u e n —lo s h is ­
p r e n s ió n » d e u n p asa je, p u e s esta c o n c e p c ió n se basa ig u a l­ tó ric o s de lo s p o é tic o s, p e r o ta m b ié n , d e n tro de la p o esía , los
m e n te e n la p r e e x is te n c ia d e u n a co sa . P o r o tr a p a r te , el g é n e r o s p a r tic u la r e s — n o so la m e n te p o r la n a tu ra le z a d e sus
c a m b io e n la c o n c e p c ió n d e la p o e s ía n o p o n e e n c u e s tió n c o n te n id o s, sin o ta m b ié n e n ra z ó n de su d istin ta r e la c ió n a lo s
s o la m e n te la u n if ic a c ió n d e las h e r m e n é u tic a s e sp e cia le s en co n ten id o s. Si la co n ce p ció n d el significado de u n pasaje o de u n
u n a te o r ía g e n e r a l de la in te r p r e ta c ió n , p o r q u e la p o e sía , tal e s c rito d eb e se r e x a m in a d a c r ític a m e n te p o r estas r a z o n e s,
co m o n o so tro s la e n ten d em o s, n o trata d e cosas y n o tran sm ite ta m b ié n d eb e se rlo la o p in ió n d e C h la d e n iu s , hasta a h o ra n o
c o n o c im ie n t o s s o b re ellas, c o m o lo s e s crito s d e h is to r ia y de d iscu tid a, p e r o qu e ya h em o s visto expresada e n varias citas, de
ju r is p r u d e n c ia , p o r e je m p lo . Y lo q u e h em o s lla m ad o el p o s ­ q u e e n la c o m p re n s ió n co rrecta de u n pasaje o d e u n escrito se
tu la d o de la r e la c ió n al c o n te n id o , e l cu a l co n s titu y e , p o r así p r o d u c e u n a c o in c id e n c ia o a c u e rd o e n tr e a u to r y le c t o r .
d e c irlo , u n co rrectiv o , in m a n e n te al sistem a, de esta ten d en cia P u e d o a q u í p a sa r p o r a lto las d ife r e n c ia s q u e C h la d e n iu s
a la g e n e ra liz a ció n , se vuelve p r o b le m á tic o . P ues si C h la d e n iu s señ ala e n esta c o in c id e n c ia , se g ú n se trate de la c o m p r e n s ió n
p o stu la q u e la in te n c ió n de u n a u to r o la a p lic a c ió n , es d e cir, in m ed ia ta , la c o m p re n s ió n m ed ia ta o las d ivagacion es. P ues lo
la c o m p r e n s ió n m ed ia ta de u n e s c rito , s o n sie m p re e s p e c ífi­ qu e e n el m arco de esta d iscu sió n im p o rta es la r e la c ió n e n tre
cos, es d e c ir, d e p e n d e n de la n a tu ra leza de la cosa d e qu e trata la te o r ía d e la c o in c id e n c ia y la p r e m is a d e la h e r m e n é u t ic a
el e s c r ito , esto su p o n e cie rta m e n te la d iversid ad d e las cosas de c h la d e n ia n a , u n a vez r e c o n o c id a s sus ra íces h is tó ric a s . E n el
q u e t r a ía n lo s escrito s ju r íd ic o s , h istó ric o s, filo s ó fic o s y p o é ti- § 6 7 7 se lee: ^ L a c o m p re n s ió n in m e d ia ta es a q u ella en la cual
el a u to r d e l p asaje tie n e q u e c o in c id ir c o n to d o s lo s le c to r e s
36 C f r . al resp ecto e l an álisis d e S z o n d i d e la Hérodiade d e M a lla rm é en P. S z o n d i, Das
lyrische Drama des Fin de siécle. Studienausgabe der Vorlesungen Band 4 , F ra n k fu rt a .M ., 1 9 7 5 >
qu e e n tie n d e n el p a sa je » (p . 522 ). E l § 6 8 l vu elve so b re ello
p p . 3 1 - 1 3 8 , así co m o S z o n d i, Celan-Studien, F ra n k fu rt a .M ., 1 9 7 2 - p a ra m o stra r « h asta q u é p u n to el a u to r c o in c id e c o n sus le e -
r
104 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 105

to r e s e n el c o n o c im ie n t o y e n las e n se ñ a n za s d e la co sa t r a ­ o r a lm e n te o p o r e s c r ito , y e llo d e tal m a n e r a , q u e to d a s las

ta d a » (p . 5 2 6 ) . Y p ro sig u e: in te rp re ta cio n e s de lo s dem ás tip o s de lib ro s p u e d e n red u cirse


a e lla s » (§ 6 4 8 , p . 4 97 )- E l e je m p lo d e D id o e n V i r g i l i o h a
« C o m o la c o m p re n sió n in m e d ia ta es al m ism o tie m p o u n m o stra d o al m ism o tie m p o e n q u é m e d id a —y so b re to d o : e n
con o cim ien to de la cosa de que se trata en el pasaje, y el au to r ra z ó n de qué co n c e p to d e la p o esía — p u e d e C h la d e n iu s d e fin ir
de u n pasaje coin cid e co n to d o s sus lectores en la c o m p re n ­ la in te n c ió n d el a u to r, in c lu so e n el caso de u n texto p o é tic o ,
sió n in m ed ia ta, se sigue q u e: i) c u an d o el au to r tien e p o r c o m o la « lim it a c ió n d e la r e p r e s e n t a c ió n q u e él t ie n e d e l
verdadera un a frase de u n pasaje y el lector la tiene igualm ente
a s u n to » (§ 6 9 5 )- C h la d e n iu s se e n fr e n ta a a q u e llo s c r ític o s
p o r verdadera, el autor tiene que c o in cid ir co n tod os sus lec­
q u e h a c e n u n a in te r p r e ta c ió n falsa, es d e c ir, u n a in t e r p r e ta ­
to re s en el c o n o cim ie n to de la cosa, p u e sto q u e el m ism o
c ió n q u e sobrepasa la in te n c ió n de V ir g ilio , y, basán d o se e n su
co n o cim ien to está co n ten id o en la c o m p re n sió n in m ed iata.
2 ) G o m o ad em ás to d as las v erd ad es d e b e n ser c o n sid e rad as « v is ió n c r o n o ló g ic a » (§ 6 9 6 , p . 5 4 2 ) , a cu sa n al p o e ta d e
com o en señ an zas, el a u to r tien e tam b ié n q u e c o in c id ir co n h a b e r c o n tr a v e n id o el p o s tu la d o d e la v e r o s im ilitu d ( p o r q u e
to d o s sus lectores en la enseñanza que en cierra la cosa tratada D id o vivió tre scien to s a ñ o s d esp u és d e E n eas), y es este e je m ­
en el pasaje, p uesto que las enseñanzas de la m ism a cosa están p lo to m a d o de la p o esía lo q u e le lleva a d e sa rro lla r la e x p lica ­
con ten id as en la co m p ren sió n in m ed iata. 3) G o m o tod o s los c ió n te ó rica d el p á rr a fo sig u ie n te:
pasajes so n explicitaciones, tod o s los lectores c o m p ren d en la
exp lic itac ió n que el a u to r ha h ech o de la cosa tratad a en el
« L a in telección de u n a cosa es el co n o cim ien to que ten em os
pasaje, en la m edid a en que la explicitación está con ten ida en
de esa cosa en tan to q u e n o s re p re se n ta m o s re a lm e n te su
la co m p re n sió n in m e d ia ta » (p p . 5 2 6 y s.).
con ten id o . E lla se o p o n e a la lim ita ció n o a la in te n c ió n que
se e n cu e n tra en el c o n o c im ie n to . P o r eso i) q u ie n tien e de
T a m b ié n a q u í se p r e g u n ta u n o , c o m o tan ta s veces tie n e q u e u n a cosa el m ism o co n o cim ie n to que o tro , ha de ten er tanto
la m ism a in te le cció n com o la m ism a in te n c ió n resp ecto a la
h a c e rlo le y e n d o a C h la d e n iu s , si estas frases so n ta m b ié n a p li­
cosa. 2) Q u ie n tiene m ás in telección que el au to r del p asaje,
cables a la p o e sía o só lo a lo s e s crito s h is tó r ic o s y d o g m á tic o s
so b re p a sa la in te n c ió n d e l a u to r ; en cam b io , q u ie n tie n e
(es d e c ir , filo s ó fic o s ) , lo s ú n ic o s d e lo s q u e C h la d e n iu s trata
m e n o s in te le c c ió n q u e el a u to r, n o alcanza la in te n c ió n de
e n la p a rte d esa rro lla d a de su te o ría de la in te r p r e ta c ió n —e n la éste. 3) A q u ie n tie n e la m ism a in te le c c ió n de u n p a sa je
q u e, p o r lo dem ás, y co m o L u tz G eld setze r h a se ñ a la d o 37, sigue [ ¿ c o s a ? ] q u e el a u to r, n o es n e c e sario re c o rd a rle q u e debe
a C h r is tia n W o lff, e n cuya Lógica hay u n ca p ítu lo so b re la « L e c ­ ceñ irse a la in te n c ió n d el a u t o r » (§ 6 9 7 , p p . 5 4 2 y s .).
tu ra d e lib r o s h is tó ric o s y d o g m á tic o s » (Das Lesen historischer und
dogmatischer Biicher)—. P e ro C h la d e n iu s n o s ó lo a firm a h a b e r
L a re la c ió n d e estas tesis c o n el e je m p lo d e V ir g ilio es clara: los
« e x p lic a d o y d e m o s tr a d o las reglas p a ra in te r p r e ta r ta n to las
crítico s m e n c io n a d o s p o r C h la d e n iu s van m ás allá de la in t e n ­
v e rd a d e s g e n e r a le s c o m o las h is to r ia s , h a y a n sid o exp u estas
c ió n d e V i r g i l i o e n r a z ó n d e sus c o n o c im ie n t o s h is tó r ic o s ,
m ie n tra s q u e a lg u ie n qu e n o sabe m ás n i m e n o s d e D id o q u e
37 L . G e ld s e tze r, Einleitung, e n G . F r. M e ie r, Versuch einer allgemeinen Auslegungskunst, op. cit.,
p .X I.
lo q u e e n c u e n tr a e n V ir g ilio tie n e u n a in t e le c c ió n q u e c o i n ­

L
io6 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 IOJ

cid e c o n la in t e n c ió n d e l a u to r, p o r lo q u e n o p u e d e d iv e rg ir el c o m p o rta m ie n to h is tó r ic o -h e r m e n é u tic o , [se realiza] a tra ­


d e ésta. E n tre él y el p o eta hay u n a c o n v e rg e n cia . P ero ¿ c ó m o vés de la co m u n id a d de p re ju ic io s fu n d a m en ta les y su ste n tad o ­
h a y q u e p en sa r esta co n v e rg e n cia cu a n d o la in te le c c ió n q u e el r e s » 38. G a d a m e r tra ta d e su p e ra r las a n tin o m ia s d e l h is t o r i-
le c t o r tie n e d e la cosa n o se da sin la o b ra , p u e sto q u e la cosa cism o m e d ia n te u n c o n c e p to d e la h is t o r ia d e l e fe c to
n o existe fu e r a d e la o b ra ? G u a n d o d o m in a la te o ría de la imi- (Wirkungsgeschichte) q u e se basa e n la m ism a c o n c e p c ió n de la tr a ­
tatio naturae, c u a n d o la lír ic a es e n te n d id a c o m o im it a c ió n de d ic ió n . « L a d istan cia te m p o r a l» , se le e ta m b ié n e n G a d a m er,
s e n tim ie n to s , u n a c o m p r e n s ió n co rre c ta , u n a in te r p r e ta c ió n « n o es algo q u e te n g a q u e ser s u p e ra d o . E ste era m ás b ie n el
co rr e c ta , p o r e je m p lo , d e u n so n e to a la m u e rte de la am ad a, p re su p u e sto in g e n u o d el h is t o r ic is m o : qu e h a b ía q u e d e sp la ­
p u e d e c o n s id e r a rs e tal si el le c to r tie n e la m ism a in t e le c c ió n zarse al esp íritu de la ép o ca , p e n sa r c o n sus co n ce p to s y r e p r e ­
d e la m a te ria , e n este caso d e lo s s e n tim ie n to s d e l q u e llo r a a s e n ta c io n e s e n vez d e h a c e r lo c o n lo s p r o p io s , y q u e d e esa
su am a d a, q u e e l p o e ta —s e n tim ie n to s q u e , s e g ú n la c o n c e p ­ m a n e r a p o d ía a van zarse h a c ia la o b je tiv id a d h is tó r ic a . D e lo
c ió n re in a n te e n la ép o ca de G h la d en iu s, d e la qu e su te o ría de q u e e n verd ad se trata es d e r e c o n o c e r la d istan cia e n el tie m p o
la in te r p r e ta c ió n es te s tim o n io , n i el p o e ta n i el le c to r d e b e n c o m o u n a p o s ib ilid a d p o sitiv a y p r o d u c tiv a d e l c o m p r e n d e r .
te n e r co m o p r o p io s —. L a co n v e rg e n cia e n tre a u to r y le c to r n o N o es u n abism o a b ie rto , sin o q u e está lle n o de la c o n tin u id a d
se b asa e n la e m p a tia n i e n u n a id e n t id a d d e s e n tim ie n to s d e la p re ce d e n cia y la tra d ic ió n , a cuya lu z se n o s m u estra to d o
—s e n tim ie n to s q u e e l p o e m a n o ex p resa , s in o q u e im ita —; se lo t r a n s m it id o » 39.
p r o d u c e e n v ir tu d d e la m ism a in te le c c ió n de la n a tu ra leza de G a d a m er in voca, p re cisa m e n te e n este co n te x to , a C h la d e -
esos se n tim ie n to s. n iu s, y n o sin b u en as ra zo n es. P ues su d o c trin a d e l « p u n t o de
E n r e la c ió n al p r o b le m a de la co n v e r g e n c ia p o stu la d a p o r vista » n o se p u e d e se p a ra r d e l asp ecto fu n d a m e n ta l, b o y d is ­
G h la d e n iu s , h a y q u e o b se rv a r a ú n q u e u n a h e r m e n é u tic a c u tid o , de la h e r m e n é u tic a c b la d e n ia n a , cu a l es el d e la r e la ­
actu a l n o d eb e so m eterla a u n exam en cr ític o so la m en te e n lo c ió n d el pasaje c o n u n a cosa p reex isten te, q u e e n él, co m o e n
to c a n te a la p o e sía , sin o ta m b ié n e n r e la c ió n a la in t e r p r e ta - G a d a m er, tie n e co m o co n s e c u e n c ia el p o stu la d o d e la c o in c i­
( c ió n d e o tr o s e s crito s. E l p r o b le m a t ie n e a ctu a lid a d p o r q u e , d e n c ia o e l a c u e r d o . L a t e o r ía q u e p asa p o r se r e l v e r d a d e r o
i e n la h e rm e n é u tic a p ro y ecta d a p o r G a d a m er, el fe n ó m e n o de m é rito de G h la d e n iu s y u n a audaz a n tic ip a c ió n de la te o ría d el
la c o n v e r g e n c ia , d e l a c u e rd o e n el s e n tid o m ás e n fá tic o d e la c o n d ic io n a m ie n to d e l c o n o c im ie n t o p o r su p o s ic ió n h i s t ó ­
p a la b r a , d e s e m p e ñ a u n p a p e l im p o r t a n te y, a m i p a r e c e r , rica, tie n e su lím ite e n la c o n c e p c ió n , q u e le sirve d e base, de
u r g e n te m e n te n e ce sita d o d e u n ex a m e n c r ític o de su i d e o l o ­ la re la c ió n en tre pasaje y a su n to , en tre c o m p re n s ió n d e l pasaje
gía. E n Verdadj método se lee: « C o m p r e n d e r sig n ifica p r im a r ia ­ e in te le c c ió n d el a su n to 40.
m e n te e n te n d e rs e e n la cosa, y só lo se cu n d a ria m e n te d estacar L as dos ten d en cia s p rin cip a le s de la p ráctica h e rm e n é u tic a ,
y c o m p r e n d e r la o p i n i ó n d e l o tr o c o m o tal. L a p r im e r a d e la in te r p r e ta c ió n h is tó ric o -g r a m a tic a l y la aleg ó rica , tie n e n su
tod as las c o n d ic io n e s h e r m e n é u tic a s » es « la p r e c o m p r e n s ió n
qu e su rge d el te n e r q u e ver c o n el m ism o a su n to . [ ...] E l s e n ­ 38 H .- G . G a d a m e r, Wahrheit undMethode, p p . 2 78 y s.
39 Ibid., p . 28 1.
tid o de la p e rte n e n c ia , es d e cir, el m o m e n to de la tra d ic ió n en 40 C f r . ca p ítu lo 5» pp- 119 y s-

I
io8 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - A 109

o r ig e n e n el en ve je cim ie n to de lo s textos, e n su h is to r ic id a d 41. n o s ciu d ad an o s de R o m a lle g a ro n a te n e r en tre diez y d oce


I n d e p e n d ie n t e m e n t e d e su te o r ía , p o s t e r io r m e n t e d e s a r r o ­ m il siervos. A h o ra, cu an d o co n el tiem p o el v erd ad ero c o n ­
cep to de u n c iu d a d a n o ro m a n o h a q u e d a d o e n el olv id o ,
lla d a , d e l « p u n t o de v is ta » , C h la d e n iu s r e fle x io n a so b re este
m ien tras que esta n o tic ia p e rm an e ce , a m u ch o s les p arecerá
h e c h o e n lo s c a p ítu lo s in t r o d u c t o r io s d e su o b r a . E n e llo s
increíble que u n ciu d ad an o p u d ie ra ten er tantos siervos, m ás
d esem p eñ a u n im p o rta n te p a p el, e n r e la c ió n a lo s escritos h is ­
de lo s que hoy p o se e n lo s c o n d e s y o tro s se ñ o re s, e in clu so
tó rico s, el co n ce p to de lo in cre íb le —u n a fo r m a d e la obscuritas—.
los p r ín c ip e s » (§ 5 3 > P- 2 2 ).
E n e l § 3 19 se lee:

« S e cu en ta o se escrib e u n a h isto ria p a ra q u e la crean lo s E l p u n t o d e p a r tid a d e la r e fle x ió n d e C h la d e n iu s es, d e


le cto re s o lo s oyen tes. S i la h isto ria es v e ro sím il y el q u e l a a c u e rd o c o n su c o n c e p c ió n d e la h e r m e n é u tic a , o r ie n ta d a
cuenta m erece créd ito, n o hay razón p ara que n o la cream os.
s ie m p r e a la co sa , la c ir c u n s ta n c ia d e q u e « la s cosas q u e las
P ero n a d ie c reerá u n a h isto ria q u e p are zca d e m a siad o
p alabras d esig n a n c a m b ie n im p e r c e p tib le m e n te » . E n el c a p í­
so p ren d en te, ab su rda o fab u lo sa. S i, c o n to d o , es verdadera,
tu lo te rce ro , q u e trata de las « p r o p ie d a d e s de las palabras, que
n u estra in c re d u lid a d es señ al de q ue n o la c o m p re n d e m o s.
N o se c o m p ren d en , p ues, la h isto rias verd ad eras cu an d o n o d e b e n ser c o n s id e r a d a s e n la in t e r p r e t a c ió n d e d is c u r s o s y
se las cree p o rq u e p arecen d em asiado sop ren d en tes, absurdas e s crito s» (p. 3 9 ), C h la d e n iu s vu elve so b re este tem a. E n él es
o fab u lo sas. Tales h istorias n ecesitan , p u es, de u n a in te rp re ­ im p o r ta n te su o b s e r v a c ió n d e q u e « c u a n d o u n a cosa ca m b ia
ta c ió n » (p . 196). p o c o a p o c o , [ ...] e n n in g ú n m o m e n to se [e n c u e n tra ] u n a
ra z ó n su fic ie n te p a ra in t r o d u c ir u n a n u eva p a la b ra q u e su s ti­
U n a de las razon es p o r las qu e las h isto ria s n o p u e d e n ser c r e í­ tuya a la a n tig u a , y así ésta se co n s e rv a s ie m p r e , a u n q u e el
das es p ara C h la d e n iu s el cam b io h is tó ric o . Las h isto rias ú ltim o sig n ific a d o sea c o m p le ta m e n te d is tin to d e l p r im e r o »
(§ 85, p . 43 )- E n tre las co n secu en cias d e este ca m b io d e s ig n i­
« p u e d e n c o n el tiem p o resu ltar in creíb le s. Pues si las cosas fica d o m e n c io n a C h la d e n iu s el h e ch o de q u e « c o n el tie m p o ,
que las palabras d esign an cam bian im p ercep tib lem en te, con u n a p alabra usada so lam en te en discu rsos serios p u e d e volverse
el tiem p o se p o n d rá n las palabras del escrito r de h istorias en rid icu la y d esd eñ a b le» (§ 87, pp- 43 J *•)• Estas refle x io n e s so n
re la c ió n c o n o tras id eas, a sa b e r: c o n las re p re se n ta c io n e s
d iscu tib les p o r la m ism a ra z ó n q u e lo es la c o n c e p c ió n ch la d e -
q u e se tie n e n de las cosas seg ú n las c irc u n sta n c ias de la
n ia n a d e la estru ctu ra d e l sig n ifica d o , esto es: la p rim a c ía d e la
ép o c a, c u an d o d e b e ría n re p re se n ta rse tal co m o e ra n en
cosa fr e n te a la p a la b ra , a la q u e se a trib u ye só lo u n a fu n c ió n
tie m p o s d el n a r ra d o r, c u an d o la cosa su c e d ió . C o m o lig a ­
m o s o tros con cep tos a sus p alabras, p u ed e ciertam en te o c u ­ d e íc tic a . D is c u tib le es ya el e je m p lo de la p a la b r a « s i e r v o » ,
r r ir que algo que, según los v erd ad ero s con cep tos, era n a tu ­ q u e C h la d e n iu s p o n e n u e v a m e n te a p r o p ó s ito de la tr a n s fo r ­
ral y con cebible, n o s parezca co n trad icto rio o in co n ceb ib le. m a c ió n p a u la tin a e im p e r c e p t ib le d e las co sa s. C u a n d o la
E n las h isto ria s de R o m a, p o r eje m p lo , se cu en ta q u e alg u - « d u re z a de la s e rv id u m b r e » , d ice C h la d e n iu s , « se fu e p o c o a
p o co suavizando m ed ia n te leyes de to d o t ip o » (§ 8 5 , p . 4 2 ) , es
41 C fr. capítulo I, pp. 47 y ss. d e cir, cu a n d o se p r o d u c e u n cam b io e n la cosa, la frase « a lg u -
no PETER SZOND! INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 III

n o s ciu d a d an o s de R o m a lle g a ro n a te n e r en tre d iez y d o ce m il p a la b r a « d o l o r » , p r o p ie d a d e s físic a s c o m o las p a la b ra s


s ie r v o s » re su lta in c r e íb le n o p o r q u e el c iu d a d a n o y e l siervo « d u r o » o « b l a n c o » —. Se p u e d e s u p o n e r q u e C h la d e n iu s
c o n el tie m p o h ayan ca m b ia d o , sin o p o r q u e a q u í se e m p le a n n ie g a a estas p alabras la p o s ib ilid a d d e ca m b iar de sig n ific a d o
las p a la b ra s « c iu d a d a n o » y « s ie r v o » e n lu g a r d e civis y servus p o rq u e n o p r o c e d e n de la h isto ria —co m o las p alabras « c iu d a ­
sin te n e r e n cu en ta qu e estas ú ltim as p alab ras, p o r p e r te n e c e r d a n o » y « s ie r v o » —, sin o de la física o de la m etafísica, y qu e si
a o tr a le n g u a , p e r t e n e c e n ta m b ié n a o tr a r e a lid a d h is tó r ic a . n o es co n scien te de esta m o tiv a ció n , es p o rq u e antes de la f o r ­
N o es, pu es, la tra n s fo rm a c ió n d e la cosa tras la fach ada d e u n a m a c ió n de la c o n c ie n c ia h is t ó r ic a e r a n s in d u d a p o s ib le s
p a la b r a esta b le lo q u e h a ce in c r e íb le la a fir m a c ió n , s in o el —co m o m uestra su d o ctrin a d e la in te rp re ta c ió n — ciertas in t u i­
em p le o d e la p a la b ra a lem an a p a ra u n a cosa q u e ella n o s ig n i­ cio n es so b re la h isto ric id a d de las cosas y su d e sig n a ció n p o r el
fica . G h la d e n iu s n o es co n s c ie n te d e esto d e b id o al p r e d o m i­ len g u a je , p e r o n o la se p a ra ció n esen cia l en tre lo h is tó ric o y lo
n io de la cosa so b re el len g u a je q u e ca racteriza al p e n sa m ie n to n o h istó ric o . C ie rta m e n te h o y n o co rre s p o n d e h a cer u n a re v i­
de su ép o ca y q u e co n stitu ye u n o de lo s p u n to s capitales e n los s ió n de las teo ría s d e C h la d e n iu s e n el se n tid o de esta d is tin ­
qu e la h e r m e n é u tic a actual d eb e d ife re n c ia rs e d e la suya. E sto c ió n , p e r o sí r e c o n o c e r la c o n d ic ió n h istó ric a m e n te m u d a b le,
se h ace a ú n m ás evid en te cu a n d o C h la d e n iu s trata d e lo s casos si n o de la n a tu raleza m ism a, sí d e la im a g en q u e el h o m b r e se
e n lo s q u e el s ig n ific a d o , e n su o p i n i ó n , n o h a c a m b ia d o . fo r m a de ella, así co m o d e su e x p r e sió n lin g ü ís tic a . P e ro esto
« U n a [ ...] tra n s fo rm a c ió n im p e rc e p tib le d e l sig n ifica d o p r o ­ im p lic a qu e ya n o estam os ta n d isp u esto s a e x c lu ir la p o s ib ili­
p io d e u n a p a la b r a [ ...] n u n c a se p r o d u c e c u a n d o las cosas dad d el cam bio de sig n ifica d o de u n a p a la b ra co m o « b la n c o » .
designadas p o r las palabras p erm an ecen idén ticas» (§ 88, p . 4 4 )- Es cierto qu e a su a firm a c ió n de qu e, cu a n d o las cosas d esig n a ­
C o n t r a su c o s tu m b r e , C h la d e n iu s n o o fr e c e a q u í n in g ú n das p o r las palabras p e r m a n e c e n id én ticas, n o se p r o d u c e n i n ­
e je m p lo . L o s e je m p lo s q u e p o n e e n lo s d os p a rá g ra fo s g ú n cam b io e n el sig n ifica d o de las palabras, añade C h la d e n iu s
s ig u ie n te s p a ra m o s tra r la c o n s ta n c ia d e l s ig n ific a d o n o lo s lo sig u ie n te : « P u e s si o c u r r ie r a q u e se em p ezase a u tiliz a r la
ex p lica co m o e jem p lo s de cosas in m u ta b le s —y h a b ría q u e p r e ­ p a la b ra c o n o tr o s ig n ific a d o ig u a lm e n te p r o p io , este ca m b io
g u n ta rse si la au sen cia de e jem p lo s e n u n caso y la au sen cia de d e sig n ifica d o p r o n to sería n o ta d o p o r to d o el m u n d o , p o r lo
ex p lica c ió n e n o tro n o in d ic a n q u e C h la d e n iu s ve los ejem p lo s q u e n o se p r o d u c ir ía de fo r m a im p e rc e p tib le , co m o su ced e e n
q u e o fre ce de la co n sta n cia d el sig n ific a d o a la vez co m o e je m ­ el caso e n que las cosas m ism as ca m b ian im p e rc e p tib le m e n te »
p lo s d e la c o n s ta n c ia de la co sa—. E sto s so n , p o r u n a p a rte , (§ 88, p . 4 4 ) —y h a b la r de « s ig n ific a d o p r o p io » in d ic a qu e e n
té r m in o s co m o « d o lo r e s » , p e r o ta m b ié n « d u r o » , « p la n o » , el im p r o p io , e n el fig u r a d o o m e ta fó r ic o , tal c a m b io es p e r ­
« v e r d e » , « b l a n c o » o « r o j o » , y p o r o tr a p a r te té r m in o s fe c ta m e n te p o s ib le —42. P e ro lo q u e h a ce p r o b le m á tic a la tesis
c o m o « o r d e n » , « n e c e s id a d » o « s e m e ja n z a » . S i C h la d e n iu s d e C h la d e n iu s ra d ica ta m b ié n e n la se p a ra ció n m ecá n ica en tre
ca racteriza a estos ú ltim o s co m o « p a la b ra s m etafísicas» (§ 9 0 , el sig n ifica d o p r o p io y el im p r o p io —co m o si el ca rácter h is tó ­
p . 4 5 ) ’ de lo s p r im e r o s só lo d ice q u e exp resan u n « c o n c e p to r ic o in d iv id u a l d e l se g u n d o n o d e stiñ e ra so b re el q u izá e s e n -
cla ro , p e r o in d is t in t o » (§ 8 9 , p . 4 4 )- Defacto so n p alabras qu e
d e s ig n a n fe n ó m e n o s d e la n a tu ra le z a —se n s a c io n e s c o m o la 42 C fr. capítulo 5 . pp- 120 y ss.
112 PETER SZONDI

c ia lm e n te a h is tó ric o d e l p r im e r o . —A u n q u e se p u e d e a firm a r 5
q u e la p r o p ie d a d física llam ad a b la n c o n o está so m etid a a n i n ­
g ú n c a m b io h is tó r ic o , e n la in te r p r e ta c ió n d e textos p o é tic o s
h a b rá q u e g u a r d a r se d e c o n c e b ir e l c a r á c te r h is t ó r ic o d e l
e stra to s im b ó lic o d e la p a la b ra y d e su ca m p o a so cia tiv o só lo
c o m o « s ig n ific a d o im p r o p io » , ju n t o al cu al estaría el « p r o ­
p i o » d e s ig n a n d o só lo el h e c h o fís ic o —y e llo p r in c ip a lm e n te
p o r q u e , p a ra n u e s tra c o n c e p c ió n a ctu a l, la p o e s ía ig n o r a tal
p r e e x is te n c ia d e la co sa , e n este caso d e u n o b je to b la n c o —.
F in a lm e n te h a b ría q u e señ a la r q u e la h is to ria de la le n g u a n o
p u e d e c o n fir m a r la co n sta n cia, a firm a d a p o r C h la d e n iu s , d el
s ig n ific a d o d e las p a la b ra s: c u a n d o C h la d e n iu s d ic e q u e u n a
p a la b ra co m o « d o l o r » « s ie m p r e ha te n id o e l m ism o s ig n ifi­
c a d o » , q u e « s u sig n ifica d o n u n c a c a m b ia rá » (§ 8 9 , p . 45)< a E l p r o b le m a d e l c a m b io h is tó r ic o y sus co n s e c u e n c ia s p a ra la
esto p o d r ía m o s o p o n e r , c o m o e je m p lo d e lo c o n t r a r io , la in te rp re ta c ió n o cu p a a C h la d e n iu s n o sólo e n r e la c ió n al ca m ­
p a la b ra fra n cesa « tr a v a il» , q u e o r ig in a lm e n te n o sig n ific a b a b io de sig n ifica d o d e las p alabras, q u e él cree p o d e r r e d u c ir al
« t r a b a jo » , s in o « d o l o r » , « s u f r i m i e n t o » 4’3. Q u e d u r a n te cam b io de las cosas m ism as. S u d o c trin a d el « p u n to d e v is ta » ,
sig lo s « s u f r i m ie n t o » s ig n ific a s e « s u f r i m ie n t o » y —p a ra d e la p e r s p e c tiv a e n la c o m p r e n s ió n , im p lic a ig u a lm e n te el
r e c o rd a r el e je m p lo , p ágin as atrás a n a liza d o , de la p a la b ra Bos- p r o b le m a de la h is t o r ic id a d . E sta te o r ía , ex p u esta p r im e r a ­
íieit4
44—
3 « c ó le r a » sig n ifica se « c ó le r a » , n o q u ie r e d e c ir q u e el m e n te e n el ca p ítu lo so b re la in te r p r e ta c ió n de lo s lib r o s h is ­
le n g u a je ten g a q u e r e p r o d u c ir la in m u ta b ilid a d d e la cosa e n tó r ic o s , es lu e g o r e to m a d a e n el c a p ítu lo so b re la in t e r p r e ta ­
la co n sta n cia sem án tica. N o lo h ace ya p o r la sola ra z ó n d e q u e c ió n de lo s tratad o s, esto es, d e las o bras filo só fica s. E llo p o n e
la fu n c ió n d e las p alabras resp e cto a las cosas n o co n siste s im ­ al c o n ce p to e n estrech a r e la c ió n c o n cu estio n es h is to r io g r á fi-
p le m e n te e n la d e sig n a ció n , sin o ta m b ié n en la sig n ific a c ió n . cas y, de fo r m a m e n o s m arca d a, c o n c u e stio n e s relativas a lo s
C o n el ca m b io e n la c o n c e p c ió n de la r e la c ió n en tre p a la b ra y escrito s te ó ric o s . S in em b a rg o se p u e d e a firm a r q u e C h la d e ­
co sa , le n g u a je y r e a lid a d , c a m b ia ta n to el fu n d a m e n to d e la n iu s tie n e e n m e n te la id e a d e u n a te o ría g e n e ra l d e la i n t e r ­
p o é tic a co m o el de la h e rm e n é u tica . p re ta c ió n . E n el § 3 0 8 se lee:

« L o que acontece en el m u n d o es visto de m an era d iferen te


p o r p e rso n a s d ife re n te s: si m u ch as p e rso n a s tu v ie ran q u e
relatar u n a m ism a h istoria, en cada relato se en con traría algo
d istin to in clu so si tod as ellas, su p o n ié n d o le s la m ism a cap a­
43 El d ic c io n a r io R o b e rt cita u n e je m p lo d e B o ssu et: Lesgrands travaux que Notre Seigneur a cidad, se h u b ie ran rep resen tad o correctam ente el asu n to . L a
soufferts. C f r . L ittr é , s.v. 2.
44 C f r . ca p ítu lo 2 , p p . 71 Y s -
causa de esta diversidad está en p arte e n el lu gar y la p o sic ió n
114 PETER 5Z0NDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 1 15

de nuestro cu erpo, distintos en cada u no de nosotros, en estam en to s, la cual im p lic a ta m b ié n u n a d ife r e n c ia de in t e r e ­


parte en las distintas relaciones que m antenem os con las
ses e n el r e su lta d o d e la r e b e lió n , C h la d e n iu s c u r io s a m e n te
cosas y en parte en nuestra m anera previa de pensar, de bus­
pasa p o r alto este asp ecto: su te o ría d el « p u n to de vista » n ada
car, p o r la cual uno está acostumbrado a fijar su atención en
sabe d e c r ític a id e o ló g ic a . S in e m b a rg o , e n m o d o a lg u n o
una cosa y otro en otra distinta. Se cree com ún m ente que
cada cosa sólo puede prod u cir una representación correcta, p ien sa sólo e n las d ife re n cia s extern as, to p o g rá fica m e n te c o n ­
y, p o r eso, cuando en los relatos se en cuentra alguna d ife ­ d icio n ad as. L o qu e lla m a « p u n t o de vista » lo co n stitu y e n m ás
rencia, u n o de ellos debe ser cierto y el otro n o . Pero esta b ie n , p a ra citar la d e fin ic ió n c o n te n id a en el § 3°9> ^ a q u ella s
regla no es co n form e n i a otras verdades generales n i a un circu n stan cias de n u estra alm a, de n u estro cu erp o y de nu estra
conocim iento más preciso de nuestra alm a» (p. 185). p e rso n a en tera q u e h a ce n q u e, o so n causa de q u e, n o s r e p r e ­
se n tem o s u n a cosa d e u n a m a n e r a y n o de o tr a » (p . 1 8 7 ). L a
L a a fir m a c ió n d e q u e la d e s c r ip c ió n d e u n a c o n te c e r v a ría e x p re sió n « p u n t o d e v is ta » , d ic e C h la d e n iu s , « p a re c e h a b e r
s e g ú n la p o s ic ió n d e l o b s e r v a d o r , la e je m p lific a C h la d e n iu s sid o e m p le a d a p o r p r im e r a vez e n u n se n tid o g e n e r a l p o r
p r im e r o e n el caso de u n a b a talla d e cuyo cu rso in fo r m a n sin L e ib n itz , p u es antes só lo ap arecía e n la ó p tica . L o q u e c o n ella
c o i n c id ir tres o b se rv a d o re s , « d e lo s cu a les u n o o b serv a la q u e ría in d ic a r se p u e d e a p re cia r m e jo r en n u estra d e fin ic ió n ,
b atalla d esde u n m o n te p r ó x im o al ala d ere ch a de u n e jé rc ito , qu e exp lica cla ra m en te la m ism a id ea. A q u í n o s servim o s d e la
e l o tr o d esd e u n a lo m a p r ó x im a al ala iz q u ie r d a , y e l te r c e r o m ism a idea p o r q u e ésta es im p re s c in d ib le cu a n d o hay q u e d ar
d esd e u n a p o s ic ió n d etrá s d e ese e jé r c it o » (p p . 18 5 y s .) . S u c u e n ta d e las m ú ltip le s e in c o n ta b le s v a r ia c io n e s e n lo s c o n ­
d e s a c u e r d o se d e b e e n p r im e r lu g a r al h e c h o d e q u e , d e lo s cep to s q u e lo s h o m b re s tie n e n de u n a co sa » (p. 18 8 ).
d ife re n te s m o v im ie n to s q u e se p r o d u c e n , u n o s so n visto s p o r T an to los ejem p los co m o la d e fin ic ió n y, sobre to d o , la frase
u n o b s e r v a d o r , y lo s d em ás p o r o tr o s o b se r v a d o r e s , y e n r e c ié n citada m u e stra n cla ra m en te qu e la id e a d el « p u n t o de
se g u n d o lu g a r a qu e el m ism o a c o n te c e r n o se ap recia de igu a l vista» n o tiene que ver p rim ariam en te co n la co m p ren sió n de u n
m a n era d e le jo s q u e de cerca. Esta r e la c ió n qu e C h la d e n iu s ve texto, sino co n la rep resen tación de u n a cosa. Serían así más p r o ­
en tre el c o n o c im ie n to y la p o s ic ió n d eb e en te n d e rse , p u es, e n pios de la teo ría del co n o cim ie n to qu e de la h erm en éu tica. Mas,
p r im e r lu g a r e n u n se n tid o p u ra m e n te e x te rio r, to p o g rá fic o , y p ara C h la d e n iu s , la in te r p r e ta c ió n de u n pasaje o u n escrito es
hay q u e p reg u n ta rse hasta q u é p u n to esto es só lo u n a m e tá fo ra in sep a ra b le d el c o n o c im ie n to d e la cosa d e q u e e l pasaje o el
de la relativid ad d el c o n o c im ie n to —co m o lo es « p o s ic ió n » e n escrito tratan, p o r lo que en la in terp reta ció n n o se p u ed e h acer
e l le n g u a je d e la a ctu a l s o c io lo g ía d e l sa b e r—. U n se g u n d o a b stracció n d e l « p u n t o d e v is ta » . S in d u d a se p la n te a a q u í la
e je m p lo d e C h la d e n iu s p u e d e a y u d a r n o s a r e s p o n d e r a esta cu estión de saber qué « p u n to de vista» tien e interés en la in te r ­
p re g u n ta . « L o m ism o [que c o n la b a ta lla ] » , escrib e, « o c u r r e p re ta c ió n . D e l m ism o m o d o q u e la circu n sta n cia de qu e u n a
c o n todas las h isto rias; u n a r e b e lió n es vista de d istin ta m an era palabra de u n pasaje tenga h o y o tro significado que e n la época de
p o r u n fie l s ú b d ito q u e p o r u n r e b e ld e , u n e x tr a n je r o , u n su a u to r oscu rece este pasaje y d em an d a u n a in te rp re ta ció n , u n
co rte s a n o , u n ciu d a d a n o o u n c a m p e s in o » (p. 18 7 ). A u n q u e pasaje tam bién necesita de u n a in terp reta ció n cu an d o el lecto r ve
a q u í ya n o se tra ta d e u n a d ife r e n c ia d e p o s ic io n e s , s in o de el asu nto de que trata d esde o tr o « p u n to d e v ista » q u e el d el
ii6 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 II 7

a u to r. «Juzgam os, e n efecto, de la n aturaleza de la cosa según el A q u í se a p re cia n las p rem isa s g n o s e o ló g ic a s d e la te o ría c h la -
co n ce p to que de ella ten em o s. Y así, lo qu e co n trad ice nu estros d en ia n a de la d iversid ad d e « p u n to s de vista » , y esp ecialm en te
con ceptos con trad ice tam bién , e n nuestra o p in ió n , la naturaleza d e su m é to d o p a ra e lim in a r d e la in t e r p r e ta c ió n las c o n s e ­
de la cosa» (§ 3I 3 >pp- I 91 J s-)- D e ahí que las in fo rm acio n es de cu en cias de esta d iversid ad . Se trata de u n a teo ría p re crítica d el
distintas p erso n as sobre el m ism o a co n te cim ie n to p u e d a n c o n ­ c o n o c im ie n to —lo cu a l n o t ie n e p o r q u é s o r p r e n d e r , p u e s la
tra d ecirse « in d e p e n d ie n te m e n te d e qu e estén fo rm u la d a s c o n o b ra está escrita e n el añ o 1 7 4 2 —, b ie n q u e d e u n a te o ría ilu s ­
tan ta sin cerid a d , qu e cada u n a p o d r ía ju r a r c o n p erfecta b u e n a trad a. Es d ecir: el o b je to d el c o n o c im ie n to ya n o se c o n fu n d e
c o n cie n cia que la suya es c ie r ta » . L u e g o en co n tra m o s u n a frase c o n la id ea d el m ism o establecid a p o r la in sta n c ia d o m in a n te ,
decisiva: « P e ro la h isto ria n o p u ed e, p o r supuesto, co n te n e r en fre n te a la cual to d a o tra id e a sería u n a h erejía , u n aten tad o n o
sí nada co n tra d icto rio ; sólo sus espectadores p u ed en represen tár­ só lo co n tra la a u to rid a d , sin o ta m b ié n —p o rq u e su c o n c e p c ió n
sela de m an era tan d iferen te que sus in fo rm acio n es acerca de ella se c o n fu n d e c o n la realid ad — co n tra la realid ad m ism a. A q u í se
se c o n tra d ig a n e n a lg ú n a sp e c to » (p . 1 9 2 ). L a frase es decisiva c o n o c e y se d e fie n d e e l p a p e l d e l p r o p io « p u n t o d e v is ta » e n
p o rq u e n o m b ra la instancia capaz de relativizar las co n tra d iccio ­ el c o n o c im ie n t o , esto es, la d ife r e n c ia e n tr e la co sa e n sí y
nes qu e resultan de la diversidad de « p u n to s de v is ta » , y esta in s­ n u estra re p re se n ta c ió n de ella. P ero esta rela tiv iza ció n es a c r í­
tan cia es la cosa m ism a, que e n este caso es la h istoria. E n u n o de tica —e n el se n tid o k a n tia n o — p o r q u e n o se p la n tea la cu e s tió n
los parágrafos que sigu en leem os: de la c o n d ic ió n d e p o s ib ilid a d d e l c o n o c im ie n t o . A p e s a r d e
re c o n o c e r s e el p a p e l d e l « p u n t o d e v is ta » , n o se c u e s tio n a la
« S e tien e c o m ú n m en te la h isto ria y la re p re se n ta ció n de la c o g n o s c ib ilid a d d e las cosas tal c o m o so n e n sí. D e la id e a d e
h isto ria p o r u n a m ism a cosa, y en m u ch as o c a sio n e s cabe q u e e l « p u n t o d e v is ta » c o n d ic io n a el c o n o c im ie n t o d e u n a
ten erlas p o r u n a m ism a cosa. S ó lo cu an d o se trata de in te r ­ co sa n o se sig u e e n a b s o lu to p a ra C h la d e n iu s q u e ésta n o
p re ta r la h isto ria es p re c iso m o str a r la d ife re n c ia y to m a r
p u e d a ser c o n o c id a tal c o m o re a lm e n te es. A u n q u e es v e rd a d
exacta n o ta de ella. Pues n o es la h isto ria en sí m ism a, sin o la
q u e, p a ra p o d e r a firm a r la certeza de la in te r p r e ta c ió n a p esar
rep resen tació n de la h isto ria la que necesita de u n a in te rp re ­
tació n cu an d o n o es evidente p ara o t r o » (§ 318 > p . 195)- d e l p a p e l d e l « p u n t o de v is ta » , su h e r m e n é u tic a n o está d is ­
p u esta a r e c u r r ir a la cosa m ism a. P u es la d iv ersid ad q u e crea n
lo s d istin to s « p u n to s de v ista » n o e n tra e n las in te r p r e ta c io ­
L a d ife r e n c ia en tre la h isto ria y su r e p re se n ta c ió n es clara:
nes de u n pasaje, y la « c o s a » n o es el pasaje, esto es, lo q u e hay
qu e in te r p r e ta r —e n este caso, la rela tiv id a d d e l c o n o c im ie n to
« L a h istoria es u n a, p ero la rep resen tació n de ella es distinta
se e n c o n tr a r ía c o n u n a h e r m e n é u t ic a m o d e r n a —, s in o m ás
y m ú ltip le ; en la h isto ria n o hay n ad a c o n tr a d ic to rio , p e ro
en la rep resen tació n de la h isto ria, en las distintas re p re se n ­ b ie n aquello d e q u e el pasaje trata: la h isto ria e n lo s escritos h is ­
tac io n es q ue se tie n e n de ella, p u e d e n a p are c e r c o n tr a d ic ­ tó r ic o s , u n a v e rd a d e n lo s d o g m á tico s; y las re p r e s e n ta c io n e s
cio n es; en la h isto ria to d o tiene su razón su ficien te, p e ro en q u e el a u to r y el le c t o r t ie n e n d e la co sa s o n d is tin ta s . L a
la rep resen tación de ella p u ed en en con trarse cosas que p a re ­ d iv ersid ad d e lo s « p u n t o s de vista » se co n v ie rte e n p r o b le m a
cen h ab er o c u rrid o sin raz ó n su fic ie n te » (p p . 195 y s -)- p ara la in te r p r e ta c ió n p o r cu an to qu e u n pasaje p u e d e resu lta r
ii8 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 Iig

in c o m p r e n s ib le d e b id o a q u e e l le c t o r tie n e de la cosa q u e es d ito , lo s d e l a n im o s o y el tr is te y el d e l b á r b a r o . —F re n te al


o b je to d e l p a sa je o tr a r e p r e s e n ta c ió n q u e el a u to r . P e ro esto e je m p lo de la r e b e lió n d a d o e n la Introducción..., esta tip o lo g ía
m u e stra el c a m in o a la in t e r p r e ta c ió n : e l in t é r p r e te , e s crib e co n s titu y e u n a a p r o x im a c ió n a la c r ític a id e o ló g ic a , s in q u e
C h la d e n iu s , « d e b e rep resen tarse la h isto ria q u e q u ie re in t e r ­ C h la d e n iu s haya a b a n d o n a d o e l p o stu la d o d e u n d o m in io d e
p reta r desde lo s dos p u n to s de vista, e n p arte co m o se la r e p r e ­ la h isto ria m ism a e n su o b je tiv id a d , p o r e n cim a d e la visio n e s
senta a q u el qu e la e n cu e n tra in c r e íb le y e n p a rte co m o se la ha p arciales qu e lo s d istin to s « p u n to s de vista» o fr e c e n d el a c o n ­
rep re se n ta d o el q u e la h a e s c rito » (§ 3 2 4 » P- 2 0 l) . Y a ú n m ás te ce r h is tó ric o . A este p o stu la d o o b e d e ce ta m b ié n la m e to d o ­
c la ra m e n te e n e l ca p ítu lo fin a l d e la Introducción... d e C h la d e ­ lo g ía expuesta e n la Ciencia general de la historia. A u n a in fo r m a c ió n
n iu s , d o n d e la in t e n c ió n d e l a u to r d e u n e s c r ito , a p e s a r de h istó rica se le a p lica u n d o b le p r o c e d im ie n to : i) la c o m p r e n ­
q u e C h la d e n iu s r e c o n o c e la p lu r a lid a d d e se n tid o s d e u n s ió n d el d o c u m e n to o r ig in a l, es d e c ir, d el p r im e r r e la to , qu e
pasaje, se e rig e e n el r e fe r e n te d e la in te r p r e ta c ió n d el « s e n ­ es la b ase d e to d o o tr o c o n o c im ie n t o ; esta c o m p r e n s ió n se
tid o in m e d ia to » y de las « n ecesa ria s a p lic a c io n e s » '15: « P a ra el cu m p le segú n las reglas d e la h e rm e n é u tic a , es d e c ir, se re fie re
co n o cim ie n to h istó rico del autor, el in térp rete h a de to m a r no ta a la in te n c ió n d el a u to r y bu sca la co n v ergen cia; 2) la r e fle x ió n
d e l p u n to de vista d esd e el cu a l e l a u to r se h a re p re se n ta d o la sobre la in fo r m a c ió n re c ib id a y el exam en de la m ism a, o p e r a ­
h is to r ia y d arlo a co n o c e r a su d is c íp u lo » (§ J O J , p . 555 )- P ero c io n e s e n las q u e están p re se n te s lo s m o m e n to s c o n s id e r a d o s
esto s ig n ific a q u e la in t e n c ió n d e la in t e r p r e ta c ió n h is tó r ic a en la te o ría de lo s « p u n to s d e v is ta » . G h a ld e n iu s d istin g u e así
—la s u p r e s ió n d e la d ista n cia h is tó r ic a e n tre tex to y le c to r — se e n la h e r m e n é u tic a h is tó r ic a e n tr e u n a in t e r p r e ta c ió n d e lo s
m a n tie n e tod avía e n la d o c tr in a d e l « p u n t o de v is ta » , la cu al d o c u m e n to s q u e salva la d istan cia h istó ric a y h ace a b stra c ció n
d e b e ría te n e r p o r c o n s e c u e n c ia el r e c o n o c im ie n to d e q u e n o d e la p r o p ia p o s ic ió n y u n a r e fle x ió n so b re la d istan cia h is tó ­
es p o sib le desligarse de la p r o p ia p o s ic ió n y h a ce r co m o q u e el r ic a y s o b re el p r o p io « p u n t o d e v is ta » . T r a s la d a n d o este
ca m b io h istó ric o n o se ha p r o d u c id o . D e l m ism o m o d o q u e la d o b le p r o c e d im ie n to a la h e rm e n é u tic a litera ria , se im p o n d r ía
in te r p r e ta c ió n h is tó r ic o —g ra m a tica l se a tien e al se n tid o c o m ­ la d is tin c ió n e n tre la in te r p r e ta c ió n h is tó r ic o -g r a m a tic a l y la
p r e n d id o y su stitu ye el s ig n o e n v e je c id o , la d o c t r in a d e l in te rp re ta c ió n h istó rica d el efe cto . E n esta tra n s p o sició n n o se
« p u n t o de v ista » d esem b o ca e n el p r e c e p to h e r m e n é u tic o de p u e d e d e ja r fu e r a d e c o n s id e r a c ió n q u e la a p lic a c ió n q u e
s u s titu ir el p u n t o d e vista d e l le c t o r p o r e l d e l a u to r p a ra así C h la d e n iu s h a b r ía h e c h o a lo s tex to s p o é tic o s n o sa ld ría d e l
r e te n e r su re p re se n ta c ió n de la cosa. C h la d e n iu s p re cisó p o s ­ m a r c o d e su c o n c e p c ió n d e l te x to , s e g ú n la cu a l la p o e s ía se
te r io r m e n te e n su Ciencia general de la historia esta te o ría y su a p li­ r e fie re , n o de o tro m o d o qu e la h isto rio g ra fía , a u n a cosa p r e ­
c a c ió n e n la h e rm e n é u tic a h istó rica . A llí ensayó u n a tip o lo g ía existen te. P o r eso, la te o ría d e l « p u n t o de v ista » n o se re fie r e
d e lo s « p u n t o s d e v is ta » q u e d is tin g u e e l p u n to d e v ita d e l al c a m b io h is t ó r ic o e n la c o m p r e n s ió n d e lo s te x to s, s in o al
in te re sa d o , el d e l e x tra n je ro , el d el n e ó fito , lo s d e l a m ig o y el ca m b io en la re p re se n ta c ió n d e las cosas d e qu e tra tan lo s te x ­
e n e m ig o , lo s de las p o sic io n e s s u p e rio r e in f e r io r , el d el e r u ­ tos. S i el exam en c rítico de las teo rías ch lad en ian as d e la in t e r ­
p re ta c ió n y el « p u n t o d e vista » p u e d e , d esde la p ersp ectiv a de
45 C fr. capítulo 4 , pp- 95 y ss. u n a h e r m e n é u t ic a a ctu a l, o b je ta r a la t e o r ía p r e c r ític a d e l
120 PETER SZONOI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 121

c o n o c im ie n to de C h la d e n iu s q u e n o es p o s ib le m a n te n e r a la p a rte s d e la p o é tic a , u n a c o n c e p c ió n d e l tex to o r ie n ta d a al


vez la co sa e n sí y la d o c tr in a d e la s u b je tiv id a d d e l c o n o c i ­ le n g u a je —y n o a la co sa—. P e ro esta a p a r ie n c ia e n g a ñ a . E l
m ie n to (q u e la a c e p ta c ió n de ésta su p o n e la r e n u n c ia a a q u é ­ h e ch o de qu e C h la d e n iu s d e d iq u e a la ex p resió n m eta fó rica , al
lla ); si, c o n tr a la o p in ió n d e C h la d e n iu s , p u e d e so s te n e r q u e d iscu rso fig u r a d o , ya e n lo s ca p ítu lo s so b re la in t e r p r e ta c ió n
la o b je tiv id a d d e l c o n o c im ie n t o só lo se p u e d e lo g r a r a través d e escrito s h is tó r ic o s y d o g m á tic o s, ex ten so s estu d io s, e n vez
d e la su b je tiv id a d , sin la reserva de u n a c o m p r e n s ió n « i n m e ­ d e reservarlo s p a ra la c o n tin u a c ió n q u e te n ía p la n e a d a , y q u e
d ia ta » sep ara d a d e ella, u n a de las ra zo n es p o r las q u e la t e o ­ trataría ta m b ién de lo s escritos p o é tic o s, m u estra la p o sib ilid a d
ría c h la d e n ia n a d e l « p u n t o de v ista » só lo m u y lim ita d a m e n te de u n c o n o c im ie n to q u e, c o n tr a lo esp erad o , rep resen ta, p a ra
p u e d e c o n s id e r a rs e c o m o p r e c u r s o r a d e las te o ría s p o s t e r io ­ u n a te o ría de la m etáfo ra , la o r ie n ta c ió n d e la in te r p r e ta c ió n a
res d e la rela tiv id a d d el c o n o c im ie n to a la p o s ic ió n d el su jeto , la co sa. L a r a z ó n d e esta c ir c u n s ta n c ia se a cla ra rá e n n u e s tra
al m e n o s e n lo q u e se r e fie r e a lo s texto s lite r a rio s , es la c o n ­ e x p o sició n de la te o ría ch la d e n ia n a d e la m etáfo ra .
c e p c ió n de la ¡mitatio naturae, a ú n d o m in a n te e n su é p o ca . C o n E l o rig e n d el « s e n tid o fig u r a d o » lo e n cu e n tra C h la d e n iu s
la s u p e r a c ió n d e esta c o n c e p c ió n r e in a r á a fin e s d e l sig lo e n el h e c h o de q u e, cu a n d o e n u n a cosa p e r c ib im o s u n a p r o ­
X VIII u n n u ev o p u n to de vista q u e a ú n h o y d e te rm in a n u estra p ie d a d , la cosa p u e d e ir a co m p a ñ a d a de o tra p r o p ie d a d e n la
c o m p r e n s ió n d e la p o e sía . Q u iz á p u e d a d ecirse qu e la n e c e s i­ qu e aqu élla está co m p re n d id a co m o p a rte suya.
d a d d e r a d ic a liz a r la d o c t r in a d e l p u n t o d e vista fr e n te a la
p o s i c i ó n d e C h la d e n iu s se v u e lv e e s p e c ia lm e n te cla ra e n la «Vemos, por ejemplo, que algo corre y se traslada con gran
im p o s ib ilid a d de e n te n d e r h o y la p o e sía n a c id a b a jo e l sig n o rapidez de un lugar a otro. Es lo que hacen los pájaros
d e la imitatio naturae —y ella co n stitu y e tod avía la m ay o r p a rte d e cuando v u e la n raudos de un lugar a otro. El concepto del
la lite r a tu r a u n iv e rsa l— si se la d esco n ecta d e las c o n c e p c io n e s
movimiento rápido es así una parte del concepto del vuelo.
Cuando nos representamos un movimiento rápido, puede
p o s te r io r e s , se gú n las cuales la p o esía crea ella m ism a su p r o ­
ocurrírsenos, por una regla de la imaginación, la idea del
p io o b je to .
vuelo; y por eso solemos decir de alguien que corre o cabalga
rápidamente, que vuela» (§ 91, p. 46).
L o s s ig u ie n te s c o m e n ta r io s s o b re la t e o r ía d e la m e tá fo r a
ex p u esta e n la d o c tr in a c h la d e n ia n a d e la in t e r p r e ta c ió n n o s
D e e llo re su lta la d e f i n i c i ó n d e l s ig n ific a d o « f i g u r a d o » , es
se rv irá n de c o n c lu s ió n . A u n q u e , e n este p u n to , C h la d e n iu s se
d e cir, d el lla m ad o s ig n ifica d o tra n sp u esto :
a p r o x im a m u c h o , s ie m p r e e n el m a r c o d e su e s tu d io d e la
in te r p r e ta c ió n d e e scrito s h is tó ric o s y d o g m á tico s, a c u e s tio ­
«Cuando atribuimos a una cosa una propiedad que sólo en
n e s r e la c io n a d a s c o n la p o e s ía , n u e s tra s ex p e c ta tiv a s se
parte le conviene, le asignamos también, en la expresión de
e n c u e n tr a n ya m o d erad a s p o r lo s lím ite s q u e, a causa d e l p r e ­ nuestros pensamientos, una palabra que no le conviene pro­
d o m in io d e la co sa s o b r e la e x p r e s ió n , h u b o q u e p o n e r a la piamente, sino sólo en cierto sentido. La palabra recibe de
c o n c e p c ió n d e la p o e sía d e C h la d e n iu s y su é p o c a . L a te o r ía ese modo un nuevo significado, puesto que no designa todo
d e la e x p r e s ió n m e t a fó r ic a p a re c e e x ig ir , m ás a ú n q u e o tra s lo que comúnmente significa, sino sólo una parte. Pues es
122 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 123

evidente que, cada vez que los pensamientos ligados a una p ia y fig u ra d a —im p r o p ia —, e n tre e l verbum proprium « c o r r e r » y
palabra sufren un cambio, se forma un nuevo significado. El la m e tá fo ra « v o la r » , sin o e n tre el se n tid o figurado y e l se n tid o
significado de una palabra cuando no dice todo lo que ordi­ p r o p io d e la m ism a p a la b r a « v o l a r » . Y a a q u í h a y q u e p r e ­
nariamente significa, es la c o m p r e n s ió n f i g u r a d a o el s e n t id o f i g u r a d o g u n ta rse p o r la s ig n ific a c ió n d e estas d ife re n cia s p a ra la te o ría
de la palabra. Y este sentido el que se opone ál sentido pro­
d e la m e tá fo ra y p o r sus p re su p u e sto s.
pio» (§ 92, pp. 46 y s.).
C u a n d o e n la e x p lic a c ió n d e la m e tá fo r a C h la d e n iu s n o
r e c u rr e al verbum proprium, sin o a la cosa, es fie l a la p re m is a de
Y a este e je m p lo , p o r p r im itiv o q u e p a re zca , y su in t e r p r e t a ­
to d a su h e rm e n é u tica , q u e h ace d e to d o pasaje la e x p lic ita c ió n
c ió n p o r C h la d e n iu s , h a ce n ver las d ife r e n c ia s decisivas e n tre
de u n a cosa p o r el a u to r, qu e c o m u n ic a la re p re se n ta c ió n que
su te o r ía de la m e tá fo ra y la tr a d ic io n a l. L a p r im e r a d if e r e n ­
tie n e de ella. A u n q u e esta c o n c e p c ió n tie n e p a ra la c o m p r e n ­
cia r a d ic a e n q u e C h la d e n iu s n o p a r te d e la e x p r e s ió n n o
s ió n d e la p o e sía el in c o n v e n ie n te d e q u e ésta q u e d a sie m p re
m e ta fó r ic a , de la e x p re sió n p r o p ia , d el verbumproprium, sin o de
r e fe r id a a algo q u e se s u p o n e p r e v ia m e n te ex iste n te , a u n q u e
la cosa q u e h ay q u e d esig n a r. N o es q u e el lu g a r d e la p a la b ra
este algo, la cosa, p o d r ía ta m b ié n ser algo o rig in a lm e n te dad o
« c o r r e r » lo o cu p e la p a la b ra « v o la r » , sin o q u e e n la r e p r e ­
p o r la p oesía, ta m b ién tie n e , e n r e la c ió n a la te o ría de la m etá ­
se n ta c ió n d e u n h o m b re q u e c o rr e se a trib u ye a éste, e n lu g a r
fo r a , la v e n taja d e q u e la e x p r e s ió n m e ta fó r ic a n o es r e la tiv i-
d e la p r o p ie d a d d e l c o r r e r , la p r o p ie d a d d e l v o la r . E sta a t r i­
zada al verbum proprium. Es u n a v e n taja p o r q u e , en la e x p re sió n
b u c ió n de u n a p r o p ie d a d extrañ a, o r ig e n d e l le n g u a je m e ta ­
m e ta fó ric a , el verbum proprium es m u c h o m e n o s algo d a d o , algo
fó r ic o se g ú n C h la d e n iu s , m arca u n a se g u n d a d ife r e n c ia c o n
in m a n e n te a la p o esía , q u e la cosa. M ie n tra s q u e, p a ra n u estra
la te o r ía d e la m e tá fo ra q u e en señ a la r e tó r ic a an tigu a : C h la ­
c o n c e p c ió n actual, la cosa n o p u e d e ser p revia a la p o esía, p e ro
d e n iu s n o e n tie n d e la m e tá fo ra c o m o u n a c o m p a r a c ió n p a r ­
sí a la m e tá fo r a —a u n q u e n o sea c o n s id e r a d a c o m o u n
cia l. C u a n d o se d ice qu e u n h o m b r e vu ela , esta e x p r e s ió n n o
m o m e n to de la e m p iria , sin o c o m o u n c o m p o n e n te d e l c o n ­
im p lic a , s e g ú n é l, u n a c o m p a r a c ió n e n tr e e l h o m b r e y e l
te n id o de la m e tá fo r a , q u e c o m o tal h a e n tr a d o e n la m e tá ­
p á ja r o , y m e n o s a ú n a q u e lla e q u iv a le n cia m ág ica d e l h o m b r e
fo r a —, el c o n c e p to d e « verbum proprium» es el d e u n a p a la b r a
y el p á ja ro d e la cu a l la e x p lic a c ió n d e la m e tá fo r a a p a r t ir de
q u e la p o esía p re c isa m e n te no h a e m p le a d o e n e l p asaje m e ta ­
la c o m p a r a c ió n es co n sid e ra d a co m o u n a p o s te r io r in t e r p r e ­
fó r ic o . E l recu rso d e la e x p re sió n m e ta fó rica a la cosa y al sig ­
t a c ió n r a c io n a l46 . C u a n d o se a trib u y e al h o m b r e la p r o p ie ­
n ific a d o q u e la m ism a e x p r e s ió n tie n e c u a n d o n o es m e t a fó ­
d a d d e v o la r , a u n q u e é l só lo v u e la e n la m e d id a e n q u e el
rica, d istin g u e a la m e tá fo ra p o r u n a p a rte co m o u n m o d o de
m o v im ie n to r á p id o e n q u e co n siste el c o r r e r es u n m o m e n to
la e x p e r ie n c ia d e la r e a lid a d , y p o r o tr a c o m o u n a m o d ific a ­
d e l v u e lo , v o la r s ig n ific a o tra co sa q u e c u a n d o se d ic e d e u n
c ió n d e la le n g u a d e q u e p a r te . F re n te a esto , el d is c u r s o d e l
p á ja r o . P o r eso , C h la d e n iu s n o d is tin g u e e n tr e expresión p r o -
verbum proprium d e g ra d a la m e tá fo r a a u n a m e r a c u e s tió n d e

46 * C fr . a este respecto, y tam bién respecto a tod o lo aquí com entado sobre la teoría
ex p resió n , de d e sig n a ció n , a u n a cu e s tió n qu e n o tie n e c o n s e ­
tra d icio n a l de la m etáfora, H . Lausberg, H a n d b u c h d e r l i t e r a r i s c h e n R h e t o r i k , 2 vols., cu en cias n i p a ra la re p re se n ta c ió n de las cosas n i p a ra el s ig n i­
M ún ich , 1960 , §§ 558 y s s ., pp. 2 8 5 -2 9 1 [ M a n u a l d e R e t ó r i c a L i t e r a r i a , M adrid, G re -
dos, 19 6 6 -6 8 , 3 vols.]. fic a d o de las p a la b ra s. L a lig a z ó n d e la p o e sía a u n m u n d o de
124 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 125

r e a lid a d e s a e lla p r e e x iste n te s t ie n e así p o r re su lta d o n o só lo Y d esp u és de a n a lizar, a títu lo d e e je m p lo , la e x p re sió n la tin a
u n a e le v a c ió n d e la d ig n id a d d e la e x p r e s ió n m e ta fó r ic a , «sulcare mare» (s u r c a r el m a r) a p lic a d a al m o v im ie n to d e u n
p u e s to q u e ésta, r e fe r id a a las cosas, es c o n c e b id a c o m o u n b a rc o , p ro sig u e G b la d e n iu s:
m e d io d e c o n o c im ie n t o , sin o p a r a d ó jic a m e n te ta m b ié n u n a
a m p lia c ió n d el sig n ifica d o q u e c o n c ie r n e al le n g u a je m ism o y «Los poetas ban empleado, también en este caso, la metá­
a la r e fle x ió n so b re él.
fora por necesidad, porque no ban podido expresar su idea
más vigorosamente que con esta palabra. Por eso, el empleo
L as d em ás c u e s tio n e s d e b e n se r c o n s id e r a d a s s o b re el
de una metáfora por la gracia en la expresión es sólo un caso
fo n d o d e estas ideas: la cu e stió n de la ju s tific a c ió n de la e x p re ­
especial de metáfora usada por n e c e s id a d [...]» (p. 68).
s ió n figurada, la d el p a p e l de la m e tá fo ra e n lo s escrito s h is t ó r i­
co s y filo s ó fic o s , la d e r e la c ió n e n tr e la m e tá fo r a y la f o r m a ­
C o n esta a fir m a c ió n , G h la d e n iu s revisa d e m a n e r a n o p o c o
c ió n d e c o n c e p to s y, fin a lm e n t e , la d e la in t e r p r e t a c ió n d e
fe c u n d a las ideas recib id a s d e la r e tó r ic a an tigu a , a ú n vig en tes
pasajes m e ta fó rico s.
e n su t ie m p o . E n la Critische Dichtkunst (Poética crítica), d e G o t t -
S o b r e la c u e s tió n d e las razo n es d e u n a e x p re sió n m e ta fó ­
sc h e d , cuya c u a rta e d ic ió n a p a r e c ió d ie z a ñ o s d e sp u é s d e la
ric a , escrib e G b la d e n iu s en el § 12 2 :
Introducción... de C b la d e n iu s , se lee: « C i c e r ó n en señ a exp resa­
m en te e n el lib r o te rc e ro , ca p ítu lo 3 8 , d el O r a d o r q u e lo s sig ­
«Se dan comúnmente dos razones del uso de las palabras
n ific a d o s im p ro p io s de las p alabras v ie n e n e n p r im e r lu g a r de
metafóricas; que se las emplea en parte por necesidad y en
parte también para expresar una cosa de una manera agrada­ la in s u ficie n cia y la p o b re za de las len gu as; p e r o qu e lu e g o fu e ­
ble. La necesidad que nos lleva a usar una palabra en sentido r o n ta m b ié n u tiliz a d o s p a ra a g r a c ia r y a d o r n a r , d e l m is m o
figurado no proviene sino del deseo de expresarnos tan per­ m o d o q u e el v e stid o se p e n s ó y u tiliz ó o r ig in a lm e n te p a ra
fectamente como nos sea posible, y, por tanto, de usar la c u b r ir n u e s tra d e s n u d e z y p o s t e r io r m e n t e p a ra e n g a la n a r ­
palabra más vigorosa. En consecuencia, cuando usamos una n o s » 4'7. L a id e a de la in s u fic ie n c ia d el le n g u a je , q u e o b lig a al
metáfora por necesidad, y la palabra elegida realmente sirve u so d e la e x p re sió n m e ta fó ric a , la c o n o c ía la re tó r ic a a n tigu a:
también para expresar la cosa en todos sus aspectos, tal metá­
la lim it a c ió n d e l lé x ic o , la a u s e n c ia d e u n verbumproprium es,
fora es correcta. La otra razón por la que usamos palabras
segú n Q u in tilia n o , la c o n d ic ió n de la m etáfo ra « n e c e s a r ia » 48.
metafóricas no es, si se la examina más de cerca, distinta de la
primera. Pues cuando se quiere representar una cosa con P e ro la d e f in ic ió n d e la m e tá fo r a e n G o tts c b e d m u e stra q u e
cierta gracia y de una manera no ordinaria, bay que, por así esta g én esis, y c o n e lla el m o m e n to de n e ce sid a d d e la e x p r e ­
decirlo, dar la vuelta a la cosa y mostrar ciertas cualidades s ió n m e ta fó r ic a , d e se m p e ñ a u n p a p e l p o c o im p o r ta n te e n la
especiales de la misma. Pero como estas propiedades no tie­ p o ética de la Ilu stra ció n : « L a m etá fo ra es u n a fo r m a de b a b la r
nen por lo común palabras y nombres propios, es preciso o fig u r a d a e n la q u e , e n vez d e u n a p a la b r a q u e c o n v ie n e a la
bien servirse de palabras generales, o bien presentar la cosa
enteramente [es decir, detallando todos sus aspectos, preci­ 47 J- C h r. Gottsched, V e r s u c h e i n e r C r i t i s c h e n D i c h t k u n s t , Leipzig, 1730. R eim presión fo to ­
sándola] por medio de la metáfora y en un solo concepto» m ecánica de la 4.a e d ició n aum entada (L eip zig, 1751)» D arm stadt, 1962 (Wiss.
Buchgesellschaft), p. 2 5 9 -
(pp. 67 y s.). 48 Q u in tilian o, I n s t i t u t i o o r a t o r i a , 8, 6, 34*
126 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 127

cosa e n se n tid o p r o p io , se to m a o tra d istin ta q u e gu a rd a cierta «Guando usamos una palabra en sentido figurado, se forma
sem eja n za y e n cie rra , p o r ta n to , u n a c o m p a r a c ió n p a r c ia l» 49. siempre un nuevo concepto general en nuestro entendi­
A q u í, la existencia del verbumproprium, q u e p erm ite n egar la n e c e ­ miento. Pues cuando la palabra se usa en sentido figurado,
sid ad de la m e tá fo ra , se lia co n v e rtid o e n e le m e n to de la d e fi­
sólo significa una parte de lo que normalmente significa.
Pero la palabra es aplicada a otra cosa, y, por tanto, una parte
n ic ió n d e m etá fo ra , m ien tra s qu e en Q u in tilia n o la n e cesid a d
del concepto mismo queda ligada, en unas circunstancias
tod avía ap arecía co m o u n a de las ra zo n es q u e ju s tific a n el m al
distintas, a otra cosa. La parte del concepto común que se
q u e es la ex clu sió n de u n verbumproprium d el c o n te x to 50. F re n te conserva en el uso figurado puede así ser separada (abstraída)
a esto, G o tts c h e d o bserva a p r o p ó s ito de las m e táfo ra s, q u e él y considerada como un concepto general o un género, de tal
cita, d e u n a o d a d e F le m in g q u e c o n el v e rso « la s aguas d ia ­ suerte que el sentido propio y el sentido figurado constitu­
m a n tin a s , las estrella s p ic a r a s » , q u e « e n s e n tid o p r o p io se yen dos e sp e c ie s ( s p e c ie s ) del mismo» (§ 9 4 -' P- 4-8 ) •
h a b r ía t e n id o q u e d e c ir: las aguas claras, las estrella s t it i la n ­
t e s » , el p o e ta n o s co n d u c e a través d e sus in g e n io so s ep ítetos a E sto p o n e d e m a n ifie sto qu e la m e tá fo ra n o es algo e x te rio r al
c o n c e p to s c o m p le ta m e n te d ife re n te s; las p a la b ra s m ás p r ó x i­ p en sa m ie n to , sin o u n a de sus p o sib ilid a d e s esp ecíficas, u n o de
m as le p a re c e n al p o e ta d em asiad o m alas (es d e c ir, d em asiad o sus m ed io s.
sim p les), y « va e n bu sca de ideas q u e sean p o c o co m u n es, p e r o S i se m a n t ie n e n las d o s tesis fu n d a m e n ta le s d e la te o r ía
q u e c o n v e n g a n a la co sa y c r e e n im á g e n e s m u y a g ra d a b le s al c h la d e n ia n a d e la m e tá fo r a : q u e i ) la e x p r e s ió n m e ta fó r ic a
e n te n d im ie n to c u a n d o éste p e r c ib e la se m e ja n z a d e las m is ­ t ie n e sie m p re su r a z ó n e n la a u s e n c ia d e u n verbumproprium, y
m a s » 51. C h la d e n iu s h a b ría dad o u n a e x p lic a c ió n m u y d istin ta q u e 2 ) c o n e l e m p le o m e t a fó r ic o d e u n a p a la b r a s ie m p r e se
d e este e je m p lo . E n lu g a r d e a fir m a r , p o r u n a p a r te , q u e el fo r m a u n n u e v o c o n c e p to , se t ie n e n las resp u esta s a la p r e ­
p o eta h a b ría te n id o q u e d e c ir las « agu as cla ra s» e n vez de « la s g u n ta d e p o r q u é e l le n g u a je fig u r a d o , el le n g u a je in g e n io s o ,
aguas d ia m a n tin a s» , h a b ría p a rtid o de la id ea de q u e la e x p re ­ está n a tu ra lm e n te p rese n te e n lo s escrito s h istó ric o s y d o g m á ­
s ió n « la s aguas cla ra s» n o tra n s m ite p e r fe c ta m e n te la r e p r e ­ ticos, es d e c ir, filo s ó fic o s .
s e n t a c ió n q u e e l p o e ta tie n e d e la co sa , y q u e éste n o h a C h la d e n iu s lla m a co rr e c ta a la m e tá fo ra q u e es « u sa d a e n
e n c o n t r a d o p a ra u n a c u a lid a d d e l a gu a q u e é l p e r c ib e u n a in te ré s de la p r e c is ió n » * , es d e c ir, c u a n d o la p a la b ra m e ta fó ­
p a la b ra m ás exacta e n el id io m a . P o r o tr a p a rte , n o se h a b ría rica expresa la cosa d e fo r m a m ás p recisa qu e el verbum proprium,
c o n te n ta d o c o n la a firm a c ió n de q u e el e m p le o m e ta fó ric o de « d e tal m an era q u e, si n o se q u isie ra u tiliz a r la p a la b ra m eta ­
« d ia m a n t in a » crea « im á g e n e s m u y a g ra d a b le s al e n t e n d i ­ fó r ic a , o b ie n c ie r to s a sp ecto s q u e d a r ía n in e x p r e s o s , o b ie n
m ie n t o » , sin o qu e h a b ría m o stra d o en el e m p leo im p r o p io de h a b r ía q u e in d ic a r lo s c o n m u ch a s p a la b ra s y m e d ia n te u n a
la p a la b ra el n a c im ie n to de u n n u ev o co n c e p to g en era l. p erífra sis, lo cu a l n o p o d r ía h acerse sin a lterar en algo el c o n ­
cep to m is m o » (§ 121, p . 6 6 ). E sto es tan to co m o d e c ir q u e la

4 9 J* C h r. Gottsched, Versuch einer Critischen Dichtkunst, op. cit., p. 264. * Chladenius emplea la palabra Nachdruck, que significa propiam ente energía, vigor,
50 Q u in tilian o , op. cit. firmeza o énfasis en el hablar o escribir, pero que, com o se desprende de sus textos,
51 J. C h r. Gottsched, op. cit, p. 264. equivale a precisión. Y ésta es la equivalencia que usaremos en adelante [N. del T .] .
128 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 129

co sa m ism a p u e d e e x ig ir la e x p r e s ió n m e ta fó r ic a p a ra q u e su m u n d o sabe lo q u e sig n ifica gritar; p e r o u n o ra d o r p o d r á d e cir


d e s c r ip c ió n sea lo m ás p recisa p o s ib le . A l situ ar G b la d e n iu s la d e u n a p ie d r a sa lp ica d a d e sa n g re h u m a n a : la p ie d r a g rita .
e x p r e s ió n m e ta fó r ic a p o r e n c im a d e la e s fe ra e sté tica y a t r i­ M e d ia n te este u so fig u r a d o d e la p a la b ra o b te n e m o s u n c o n ­
b u i r le esta fu n c ió n , q u e e n la r e t ó r ic a a n tig u a s ó lo era u n a cep to g e n e ra l de g rita r c o n el q u e n o s es p o sib le ex p resar u n a
e n tre otras, le co n ce d e su d ere ch o a ex istir e n las d escrip cio n es cosa de u n a fo rm a tan clara y evid en te, q u e n o escapa a la a te n ­
n o p o éticas, p o r e je m p lo e n las h istó rica s. c ió n d e n a d ie » . (§ 9 4 , p- 4 8 ) . G o m o lo s c o n c e p to s g en era le s
L a im p o r t a n c ia d e la m e tá fo r a e n la filo s o f ía se d e b e , e n co m p e te n a la ra zó n , el u so de las palabras e n sen tid o fig u ra d o
ca m b io , a su cap acid ad p a ra fo r m a r co n ce p to s . r e q u ie re de la ra z ó n ; p e r o ta m b ié n la im a g in a c ió n tie n e a q u í
u n p a p e l. P o r p r im itiv o s q u e sean lo s e je m p lo s , n o h ay q u e
«Gomo en el fondo de las expresiones figuradas hay concep­ su bestim ar la im p o rta n cia d e esta a so ciació n de la m etá fo ra a la
tos generales, un filósofo puede aprender algo de ellas, y las filo s o fía , u n a a s o c ia c ió n q u e a la vez cre a u n v ín c u lo e n tr e
expresiones figuradas cumplen además otro cometido que el r a z ó n e im a g in a c ió n . F re n te a la c o n c e p c ió n tr a d ic io n a l, qu e
de deleitar nuestra imaginación. Cabe, en efecto, obtener de sig u e p r e d o m in a n d o después d e C h la d e n iu s e n la filo s o fía , y
ellas conceptos generales que, si son explicados con claridad,
segú n la cual las m etáforas n o a p o rta n n ada al p e n sa m ie n to , se
contribuyen al progreso de las ciencias. También se advertirá
esboza a q u í o tra q u e, si n o m e eq u iv o co , só lo h a sid o d e sa rro ­
que hoy se pueden encontrar prolijos tratados acerca de
ciertos conceptos filosóficos que no hace mucho eran vistos lla d a e n n u e s tro s días, c o n c r e ta m e n te e n lo s Paradigmen zu einer
como expresiones figuradas. Sólo en discursos poéticos se ha Metaphorologie52 (Paradigmas de una metaforología), de H a n s B lu m e n -
llegado a decir que el hombre es un pequeño mundo, y de b e rg . L a respuesta a la cu e s tió n de la in te rp re ta c ió n q u e C h la ­
una ciudad populosa se dice todavía que es todo un mundo d en iu s prevé p a ra las palabras m etafóricas debe p a rtir de las dos
de gente. Y ahora se usa el concepto de mundo en la filoso­ fu n c io n e s em p aren tad as qu e éstas c u m p le n e n lo s escritos h is ­
fía de tal manera que una gran ciudad, y hasta cada hombre, tó rico s y en lo s d ogm áticos: e n lo s h istó rico s, de la p re cisió n , es
pueden ser llamados, y en un sentido propio, pero filosó­
d ecir, d el plus de sig n ifica d o q u e d istin gu e a la ex p resió n m eta ­
fico, un mundo» (§ 96, pp. 49 y s.).
fó r ic a d el verbum proprium, y só lo e n v ir tu d d e l cual es leg ítim a la
fo r m a m e ta fó r ic a d e e x p r e s ió n ; e n lo s d o g m á tic o s, d e l c o n ­
Este u so sólo es p o sib le , segú n C h la d e n iu s , p o rq u e « a l sen tid o cep to g en e ra l p r o d u c id o p o r el em p le o m e ta fó ric o d e la p a la ­
c o r r ie n t e [ ...] y al s e n tid o fig u r a d o d e la p a la b r a » se a ñ a d e b ra . Esta d istin ció n m uestra a la vez la re la ció n al c o n te n id o o al
« u n t e r c e r o » (§ 9 9 > P- 52 ). E l u so fig u r a d o d e u n a p a la b ra g é n e ro de la te o ría ch la d e n ia n a d e la in te r p r e ta c ió n . S i ésta es
h ace ap arecer u n co n ce p to g en era l e n el q u e el sig n ifica d o p r o ­ c o n c e b id a co m o u n a te o r ía g e n e r a l, lo cu al se m a n ifie sta r e s ­
p io y el m e ta fó rico c o in c id e n . Este c o n ce p to g en era l p u e d e ser p ecto a la m etáfo ra e n q u e ésta n o se lim ita a lo s escritos p o é t i­
sep arad o . S i es d esign ado c o n la palabra « c o r r ie n t e » , en to n ces cos, sin o qu e es e n te n d id a co m o u n a p o sib ilid a d fu n d a m e n ta l
se tie n e la p a la b ra —p o r e je m p lo , la p a la b ra « m u n d o » — e n su de exp resar u n a cosa, el e m p le o m e ta fó ric o de u n a p a la b ra es,
n u ev o sig n ific a d o , el d el co n c e p to g e n e ra l. E ste p ro c e so vie n e 52 H . B lu m e n b e rg , Paradigmen zu einer Metaphorologie, B o n n , 1 9 6 0 [Paradigmaspara una meta­
e je m p lific a d o c o n m ás d etalle e n la palabra « g r ita r » : « T o d o el forología, M a d rid , T ro tta , 2 0 0 3 , trad d e J . P é re z de T u d e la ].
130 PETER SZONDI INTR0DUCC1ÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 I 3I

se g ú n C h la d e n iu s , d is tin to se g ú n a p arezca e n u n texto h is t ó ­ m en te debo pasar p o r alto la cu estió n d e si el recu rso al sistem a,
r ic o , d o g m á tic o o —asp ecto q u e C h la d e n iu s n o d e sa r ro lla — el cual está co n stitu id o p o r la totalid ad de los pasajes, co n d u ce al
p o é tic o . E n lo s escritos filo s ó fico s , la in te r p r e ta c ió n d ebe p r e ­ círcu lo h erm en éu tico y e n qu é m ed id a éste se d istin gu e d el que,
cisar el co n ce p to g en era l que c o n tie n e la m etáfo ra . C u y a o sc u ­ e n u n caso an álogo, se crea e n u n texto p o étic o .
rid a d p u ed e resu ltar de qu e u n co n ce p to separado queda, co m o E n lo s e s c r ito s h i s t ó r ic o s , la in t e r p r e t a c i ó n n o d e b e
siem p re, aso ciad o al m e ta fó r ic o , p e r o —co m o escrib e C h la d e ­ d e te r m in a r el c o n c e p to g e n e r a l, s in o la precisión. T o d a p a la ­
n iu s— « n o es exactam en te aq u el q u e el a u to r h a p e n sa d o . P ues b r a q u e exp resa la cosa d e fo r m a m ás d eta lla d a es m ás p re cisa
c o m o u n a p a la b ra p u e d e te n e r m ás d e u n s ig n ifica d o m e ta fó ­
q u e o tr a s q u e « d i c e n lo m is m o , m as s ó lo h a sta c ie r t o
r ic o , la a so c ia c ió n c o n este o a q u el c o n c e p to g e n e ra l d e p e n d e
p u n t o » (§ 114 , p . 6 3 ) . L a a p re c ia c ió n de la p r e c is ió n , q u e e n
de las dem ás rep resen tacio n es de u n le cto r. Q u ie n n o p o see lo s
C h la d e n iu s e n m o d o a lg u n o se r e d u c e a la in te r p r e ta c ió n de
c o n o c im ie n to s q u e tie n e el a u to r de la o b ra d o c trin a l n o p e n ­
m e táfo ra s, es ju s ta m e n te u n a d e las p r in c ip a le s tareas h e r m e ­
sará lo m ism o q u e é l al le e r las p a la b ra s m e ta fó r ic a s » (§ 565»
n é u tic a s . E lla se basa e n la im p o r t a n te id e a d e q u e « e n u n a
p p . 2 4 8 y s.). Q u ie n , p o r e je m p lo , n o esté fa m ilia rizad o c o n la
le n g u a n o es fá c il e n c o n t r a r d o s p a la b ra s i n d ife r e n t e s [es
filo s o fía de L e ib n iz, p o d r ía e n te n d e r su co m p a ra ció n d el alm a
d e c ir, c o n id é n tic o s ig n ific a d o ] » (§ III, p . 6 o ) . P e ro ¿ c ó m o
a u n a m á q u in a c o m o si L e ib n iz se r e fir ie s e al m o m e n to d e la
a p re c ia r la p r e c is ió n d e u n a p a la b r a ? H a b r ía q u e « r e c i b i r
n e c e sid a d . M ie n tra s q u e este le c t o r c o n c ib e la n e c e sid a d q u e
otras in fo r m a c io n e s qu e in d ic a se n las circu n sta n cia s e n q u e el
subyace e n los cam bios de u n a m áq u in a co m o u n a característica
h is to r ia d o r re p a ra . A q u é llo s p asajes q u e tra ta n de las m ism as
q u e él lu e g o a d o p ta co m o c o n c e p to g e n e r a l p a ra el pasaje, e n
h isto ria s so n pasajes p a ra le lo s, y e n ello s v em o s có m o la c o m ­
L e ib n iz es, p o r el co n trario , el h ech o d e que el alm a tien e, co m o
p a ra c ió n de pasajes p a ra le lo s p u e d e d e sc u b rirn o s la p r e c is ió n
la m á q u in a , e n ella m ism a las causas de sus ca m b io s, q u e en
de las p alabras m e ta fó ric a s» (§ 393 >P- 2 j 8 ).
am bas co n stitu ye n su b elleza, m ien tra s qu e la n e cesid a d es u n a
L a im p o rtan cia de la teo ría ch lad en ian a de la in te rp re ta ció n
lim ita c ió n y u n a im p erfecció n . P o r eso debe la in terp reta ció n de
reside p rin cip a lm e n te e n su carácter m aterial53, algo qu e su d is­
u n a m e tá fo ra e n lo s escrito s filo s ó fic o s r e c u r r ir al sistem a d el
c u sió n d e l m é to d o de lo s pasajes p a ra le lo s , e n tre o tras cosas,
a u to r. T a m b ié n a q u í se ve q u e el m o d o de in te r p r e ta c ió n
c o n fir m a . E l p o s ib le m al u so e n su a p lic a c ió n y las reglas
d ep en d e del g én ero d el escrito, p e ro tal recu rso su p o n e la c o h e ­
m ed ia n te las cuales C h la d e n iu s q u iere exclu ir la p o sib ilid a d de
ren cia lógica del lib ro , la cual co n cu erd a c o n la d e fin ic ió n de la
este m al u so , p u e d e n ser exam in ad o s en el m arco de la e x p o si­
filosofía, p ero n o co n la de la poesía. E n qué m ed id a el co n cep to
ció n de otra h erm en éu tica general: la de G e o rg F ried rich M eier.
de la filo s o fía está igu a lm en te so m etid o al cam b io h istó ric o , de
m o d o q u e, p o r e je m p lo , u n texto filo s ó fic o h o y p o d r ía te n e r ,
co m o la poesía, su p ro p ia tem p oralid ad , qu e hace que los c o n o ­
cim ien to s se to r n e n falsos en el curso de la ev o lu ció n d el p en sa ­
m ie n to sin qu e te n g a n qu e ser falsos e n el lu g a r e n q u e están
expresados, es u n a cu estió n qu e aqu í sólo p u ed o ap u ntar. Ig u al­
53 C f r . supra, p . 62-
ó

U n a de las tareas d el ex a m en cr ític o q u e a q u í se in te n ta rá l l e ­


var a cabo, e n lu g a r d e h a c e r u n a e x p o sic ió n p u ra m e n te h is t ó ­
ric a o d e d e s a r ro lla r u n a n u ev a te o r ía h e r m e n é u tic a , es la de
m o s tra r el c o n d ic io n a m ie n to h is tó r ic o d e las te o ría s h e r m e ­
n é u tica s. L o s filó lo g o s y te ó lo g o s c o n te m p o r á n e o s d e l c la s i­
cism o de W eim ar y d e l id e a lism o a lem á n a d o p ta ro n u n a p o s i­
c ió n c o n tr a r ia a las c o n c e p c io n e s tra d ic io n a le s d e la filo s o fía
d e la Ilu s tr a c ió n , ta m b ié n m a n ifie sta s e n la h e r m e n é u tic a d e
m ed ia d o s d el siglo , p e r o q u e se d ife r e n c ia n de las expuestas e n
la o b ra de G h la d e n iu s e n p u n to s im p o rta n te s, a p esar de te n e r
unas y otras sus raíces e n la filo s o fía le ib n iz o - w o lffia n a . O b r a
destacada d e esta h e r m e n é u tic a ilu stra d a es el Versuch einer Allge-
meinen Auslegungskunst (Ensayo de un arte general de la interpretación), de
G e o r g F rie d r ic h M e ie r, q u e vivió de i y i 8 a 1777 Y f u e p r o fe s o r
d e filo s o fía en H a lle . D is c íp u lo d e A le x a n d e r G o ttlie b B a u m -
g arten , d iscíp u lo éste a su vez de W o lff y a u to r de la Aesthetica 54,
en 1748 p u b licó sus Anfangsgründe allerschonen Künste und Wissenschaften
(Principios de todas las bellas artesj ciencias), qu e le v a lie ro n la c o n s id e -

54. A . G . B a u m g a rte n , Aesthetica, 2 v o ls., F ra n k fu rt a . O ., I 7 5 0 _I7 5 ^-

_
134 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 i35

g in a r esta e v o lu c ió n h is t ó r ic a y, si es p o s ib le , p r o p o n e r , e n
r a c ió n de c o fu n d a d o r de la estética a lem a n a 55. E n tre sus dem ás
lu g a r de la t r a d ic io n a l « le c c ió n m a g is tr a l» , p o r u n a p a rte el
o b ra s hay qu e m e n c io n a r u n a Metafísica ( l 755 _I 759 ) y u n a Teo­
trab ajo d e in v estig a ció n co le ctiv o , y p o r o tra el c o lo q u io , e n el
ría de la razón (17 5 2 ). Estas ú ltim as o b ras fu e r o n e n su ép o ca m ás
a p re cia d a s q u e el Ensayo de un arte general de la interpretación, al q u e q u e u n texto d ad o es ex p licad o y d iscu tid o ya n o e n u n m o n ó ­

in c lu s o las e x p o s ic io n e s h is tó ric a s d e la h e r m e n é u t ic a , sin lo g o , sin o e n u n a co n v e rsa ció n .

d u d a d e b id o a su o r ie n ta c ió n u n as veces te o ló g ic a y otras f i l o ­ U n a d ife r e n c ia m e n o s e x te r io r e n tre el Ensayo y la h e r m e ­


n é u tica de C h la d e n iu s se e n c u e n tra e n la fu n d a m e n ta c ió n q u e
ló g ic a , n o d e d ic a r o n la a te n c ió n q u e m e r e c ía . S ó lo c o n su
r e im p r e s ió n ( 1 9 6 5 ) 56 p o r in ic ia tiv a de L u tz G e ld s e tz e r h a la de M e ie r recib e qua h e rm e n é u tica g en era l. T a m b ié n G h la d e ­
n iu s se p r o p o n ía fu n d a r u n arte g e n e ra l de la in te r p r e ta c ió n .
vu elto el Ensayo d e M e ie r a ser accesible y o b je to de d iscu sió n . A
C h la d e n iu s veía la base c o m ú n de las h e rm e n é u tica s especiales
q u ie n lo e x a m in a d esp u és d e h a b e r le íd o la o b ra de C h la d e -
e n el ca rá cter e x p lic ita d o r d e l p asaje: to d o p asaje, y p o r e n d e
n iu s , lo p r im e r o q u e le lla m a la a te n c ió n es u n a d ife r e n c ia
to d o escrito, co n stitu ye u n a ex p licita ció n , que es la d e cla ra ció n
ex te rn a . E n co n traste c o n la extensa o b ra d e G h la d e n iu s , q u e
d e l a u to r so b re u n te m a . L a h e r m e n é u tic a c h la d e n ia n a es así
trata d e l tem a e n to d o s sus aspectos y u tiliza a b u n d an tes e je m ­
u n a h e rm e n é u tic a tex tu a l. E n ca m b io , M e ie r d e fin e el arte de
p lo s , e l Ensayo d e M e ie r es u n a o b r a su m a ria , e l e sq u e m a de
la in te r p r e ta c ió n co m o « la c ie n c ia de las reglas cuya o b serv a ­
u n a h e r m e n é u tic a más que u n a h e r m e n é u tic a . L a o b ra se u t i ­
ció n perm ite co n o cer los significados a p a rtir de sus sig n o s» (§ I,
liz ó c o m o c o m p e n d io , c o m o lib r o d e te x to e n la a ctiv id a d
p . i) ; la suya es u n a h e rm e n é u tica de lo s signos, y co m o tal t e n ­
d o c e n te de M e ie r. T o d a vía e n la ép o ca de H e g e l h a b ía p a ra los
d ría qu e ser co n sid erad a e n re la ció n c o n la teo ría g en era l de los
cu rso s u n m a n u a l p r o p io o a je n o u tiliz a d o c o m o base d e las
signos, te o ría qu e, p a rtie n d o de Saussure, h a d esa rro lla d o , p o r
le ccio n e s. Las leccio n e s n o servían p r o p ia m e n te p a ra tra n s m i­
e jem p lo , R o la n d B arth es. P ero p r o n to m o stra re m o s hasta qu é
tir el saber —esta fu n c ió n la cu m p lía n , y la c u m p le n aú n , de u n
p u n to la h e r m e n é u tic a d e M e ie r , a causa p r e c is a m e n te d e su
m o d o in c o m p a r a b le m e n te m e jo r lo s lib r o s —; se rv ía n p a ra
c o n c e p c ió n d e l s ig n o , se h a lla a n cla d a e n el o p tim is m o d e la
exp licar y d iscu tir u n texto q u e to d o s los estu d ian tes te n ía n a su
filosofía ilustrada de L eib n iz y de W olff, p o r lo que, in clu so e n su
d is p o s ic ió n . A u n q u e ex istía la p o s ib ilid a d d e la c r ític a al
aspecto más form al, co n tien e ideas históricam ente condicion adas.
m a n u a l d e o tr o , esta fo r m a d e e n s e ñ a n z a im p lic a b a c ie rta
C u a n d o M e ie r su b su m e el arte de la in te r p r e ta c ió n b a jo la
a u to r id a d d el m o d e lo d e l c o m p e n d io , basad a en el c o n s e n s o
característica co m o c ie n c ia d e lo s sig n o s y d ice q u e este arte
d e la c ie n c ia . E l in d iv id u a lis m o d el sig lo X I X tuvo p o r c o n s e ­
« o b t ie n e sus p r in c ip io s de la c a r a c te r ístic a u n iv e r s a l» (§ 3,
cu e n c ia la su p re s ió n d el m a n u a l en las le c c io n e s sin q u e e stu ­
p . 2 ), se r e fie r e a to d a s lu c e s a la ca ra cterística u n iv e rs a l e la ­
viese g a r a n tiz a d a la a u te n tic id a d d e lo q u e se o fr e c ía e n lo s
b o ra d a p o r L e ib n iz a lo s v e in te a ñ o s e n su d is e r ta c ió n De Arte
cu rso s. A u n q u e e n n u estro s días la crítica a la fo r m a tr a d ic io ­
combinatoria ( L e ip z ig , 1 6 6 6 ) . N o d e b e , s in e m b a r g o , p a sa rse
n al de la le c c ió n se hace o ír cada vez m ás, n o está de m ás im a ­
p o r a lto el h e c h o d e q u e, ya e n la h e r m e n é u tic a d e lo s P ad res
55 E . B e rg m a n n , Die Begrundung der deutschen Asthetik durch Alexander Cottlieb Baumgarten und Georg d e la Iglesia, el c o n c e p to d e sig n o h a b ía lle g a d o a ser u n c o n ­
Friedrich Meier. Mit einem Anhang: G.F. Meiers ungedruckte Briefe, L e ip zig , 1911. cep to fu n d a m e n ta l d e la te o ría de la in te r p r e ta c ió n . E l De doc­
56 C f r . supra, p . 6 4 . n o ta 2 4 -
136 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 i3 7

trina christiana d e S . A g u s t ín , e s c rito h a c ia el 4 ° ° y d e g ra n


in flu e n c ia e n la h e rm e n é u tic a b íb lic a de lo s tie m p o s p o s te r io ­ «El signo es toda cosa que, además de la fisonomía que en sí
res, p arte de u n a d e fin ic ió n de los té rm in o s « c o s a » y « s ig n o » . tiene y presenta a nuestros sentidos, hace que nos venga al
E n el ca p ítu lo II d el lib r o I se lee: pensamiento otra cosa distinta. Así, cuando vemos una hue­
lla pensamos que pasó un animal que la imprimió; al ver el
«Toda instrucción se reduce a enseñanza de cosas y signos, mas humo conocemos que debajo hay fuego».
las cosas se conocen por medio de signos. Por lo tanto, deno­
minamos ahora cosas a las que no se emplean para significar Y a c o n tin u a c ió n establece la d is tin c ió n qu e tod avía en M e ie r
algo, como son una vara, una piedra, una bestia y las demás por fu n d a m e n ta la d iv isió n d e la h e rm e n é u tica :
el estilo. No hablo de aquella vara de la cual leemos que intro­
dujo Moisés en las aguas amargas para que desapareciera su «Los signos son unos naturales y otros instituidos por los
amargura; ni de la piedra que Jacob puso de almohada debajo hombres. Los naturales son aquellos que, sin elección ni
de su cabeza; ni de la bestia aquella que Abrahám inmoló en deseo alguno, hacen que se conozca mediante ellos otra cosa
lugar de su hijo. Estas son de tal modo cosas que al mismo fuera de lo que en sí son. El humo es señal de fuego, sin que
tiempo son signos de otras cosas. Existen otras clases de signos él quiera significarlo; nosotros con la observación y la expe­
cuyo uso solamente se emplea para denotar alguna significa­ riencia de las cosas comprobadas reconocemos que en tal
ción, como son las palabras. Nadie usa de las palabras si no es lugar hay fuego, aunque allí únicamente aparezca el humo.
para significar algo con ellas. De aquí se deduce a qué llamo [...] Los signos convencionales son los que mutuamente se
signos, es decir, a todo lo que se emplea para dar a conocer dan todos los vivientes para manifestar, en cuanto les es
alguna cosa. Por lo tanto, todo signo es al mismo tiempo posible, los movimientos del alma como son las sensaciones
alguna cosa, pues lo que no es cosa alguna no es nada, pero no y los pensamientos».
toda cosa es signo. En esta división de cosas y signos, cuando
hablamos de las cosas, de tal modo hablamos que, a pesar de
T a m b ié n la h e r m e n é u tic a b íb lic a tie n e q u e v e r c o n tales sig ­
que algunas pueden ser empleadas para ser signos de otra cosa,
no embarace su dualidad el fin que nos propusimos de hablar nos,
primero de las cosas y después de los signos. Retengamos en la
memoria que ahora se ha de considerar en las cosas lo que son, «porque aun los signos que nos han sido dados sobrenatu­
no lo que aparte de sí mismas puedan significar»57. ralmente y que se hallan en las Sagradas Escrituras, se nos
comunican por los que las escribieron»58.
E n el lib r o I I , S. A g u s tín vuelve a tratar d el sig n o , y, p o r tan to ,
ta m b ié n de las cosas qua signos. L a r e fe r e n c ia a S. A g u s t ín p e r m ite c la r ific a r e contrario lo s
p resu p u estos esp ecífico s d el em p le o p o r M e ie r d el p a r d e c o n ­
cep tos « s ig n o natural» y « s ig n o artificial» (en S. A g u s tín : in s ti-
57 Agustinus, Vier Bücher über die christliche Lehre [De doctrina christiana]. En.- A . , Ausgewahlte Sch-
riften, B ibliothek der K irchenváter, vol. 8, M ún ich , 1 9 2 5 - Ü bers. S. M itterer. pp.
II y s. [S. A gu stín , Sobre la doctrina cristiana (De doctrina christiana), Obras, tom o X V ,
B .A .C ., M adrid, 1957, pp. 6 3 -6 5 .5 8 ; ibid., pp. 113-115]. 38 Ibid., pp. 4.9 y s.
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 i3 9
138 PETER SZONDI

de la cosa causada, e igualmente de la existencia de la cosa


tu id o ) —p resu p u esto s qu e q u ed a n e n la so m b ra cu a n d o , co m o
causada la existencia de la causa real, toda causa, siendo parte
el a u to r de la r e e d ic ió n , u n o se c o n te n ta c o n o bservar qu e esta
de este mundo, es, en vista de la relación universal de las
d iv isió n es c o n v e n c io n a l en la filo s o fía a cad ém ica a lem a n a —59. cosas, un signo natural de la cosa causada, y ésta un signo
N o se p r e t e n d e e s b o z a r a q u í u n a h is t o r ia d e la t e o r ía d e lo s natural de cualquiera sus causas reales» (p. 36).
s ig n o s , p e r o es p r e c is o m a n t e n e r y e n t e n d e r el c o n tr a s te
e n tr e la c o n c e p c ió n d e l s ig n o n a t u r a l e n S . A g u s t ín y e n el E l efecto es signo de la causa, sin la cu al n o se p ro d u c iría , p e ro
f i l ó s o f o d e l sig lo X V I I I . E n e l e je m p lo d e s ig n o n a tu r a l q u e tam b ién la causa es u n sign o d el e fe cto , « p u e s —escribe M e ie r—
o fr e c e S . A g u s t ín , la f u n c i ó n r e fe r e n c ia l n o es e s e n c ia l al de la realid ad de la causa se p u e d e in fe r ir la re alid ad de la cosa
h u m o ; so n la o b serv ació n y el c o n o c im ie n to e m p írico s lo s qu e causada» (p. 3 6 ). Esta a m p lia ció n d el sig n ifica d o d e lo q u e lla ­
v e n e l h u m o c o m o sig n o p o r q u e ello s fu n d a n el sab er d e q u e m am os sign o y r e la c ió n s ig n ifica n te es d esa rro lla d a e n el § 72:
« e n ta l lu g a r h a y fu e g o , a u n q u e a llí ú n ic a m e n t e a p a re zca el « C u a n d o en tre d os cosas e n c o n tra m o s u n a r e la c ió n real, u n a
h u m o » . M e ie r ve las cosas de o tr a m a n e r a . E n e l § 3 5 , q u e cosa q u e se r e la c io n a d e u n a d e te rm in á d a m a n era c o n o tra es
in ic ia la se cció n d ed icad a a la in te r p r e ta c ió n d el sig n o n a tu ra l, u n sig n o n a tu r a l d e esta o tr a c o n la q u e a q u é lla está e n r e la ­
se lee: « E n este m u n d o , qu e es el m e jo r , se e n cu e n tra el c o n ­ c ió n y v ice versa [ . . . ] » (p . 3 8 ) . E n M e ie r n o só lo la r e la c ió n
ju n t o m ás vasto p o sib le de r e la cio n e s sig n ifica n te s. E n c o n s e ­ causal aparece co m o u n a r e la c ió n en tre sign o y cosa d esign ad a
c u e n c ia , to d a p a rte re a l d e este m u n d o p u e d e ser u n s ig n o —y ello en am bas d ire cc io n e s, de m o d o qu e ta m b ié n la causa es
n a tu ra l, in m e d ia to o m ed ia to , le ja n o o p r ó x im o , d e o tra p a rte u n sig n o d el efe cto , y n o só lo éste u n sig n o de a q u élla—, ta m ­
r e a l d e este m ism o m u n d o » (p . 1 8 ). P o r « r e la c ió n s i g n i f i ­ b ié n se h a lla n e n u n a r e la c ió n sig n ifica n te —e ig u a lm e n te r e c í­
c a n te » e n tie n d e M e ie r la r e la c ió n e n tre sig n o y sig n ifica d o . E l p r o c a — el f i n y e l m e d io , y h a sta e l m o d e lo y la c o p ia . P a ra
s ig n ific a d o d e l s ig n o es la co sa p o r é l d e s ig n a d a . M e ie r c o m p re n d e r lo s m o tivo s de esta c o n c e p c ió n hay q u e d is tin g u ir
e n tie n d e a la vez el s ig n ific a d o c o m o la in t e n c ió n d e l s ig n o . e n tr e la r e p r e s e n t a c ió n d e las r e la c io n e s q u e g o b ie r n a n el
M ie n tr a s q u e S. A g u s t ín d ic e e x p re sa m e n te q u e e l h u m o n o m u n d o y la id e a d e q u e estas r e la c io n e s so n s ig n ific a n te s . L o
in d ic a intencionalmente el fu e g o q u e lo p r o d u c e , p o r lo q u e el p r im e r o c o rr e s p o n d e a la filo s o fía d e L e ib n iz , a la cu al M e ie r
ca rácter sig n ifica n te de las cosas e n cu a n to sign o s n atu rales les se re m ite cu a n d o d ice exp resam en te qu e « e n este m u n d o , qu e
es e x te r io r y a ccid e n tal, p a ra el d iscíp u lo d e L e ib n iz y de W o lff es el m e jo r, se en cu e n tra el co n ju n to m ás vasto p o sib le d e re la ­
las cosas so n sign o s e n cu a n to p artes q u e so n d el m u n d o , p u es cio n es sig n ifica n tes» (p. 18). D esd e esta p ersp ectiva, D io s ap a ­
las r e la cio n e s sig n ifica n tes co n stitu y e n el m u n d o . Las r e la c io ­ rece co m o c re a d o r d el m u n d o , p e r o n o co m o su g o b e rn a d o r.
nes sig n ifica n tes so n p rim a r ia m e n te r e la cio n e s causales —e n el E l p ro p io m u n d o es, p o r así d ecirlo , el garante de su b u e n fu n ­
se n tid o d el e je m p lo a g u stin ia n o d e l h u m o —. E n el § 68 se lee: cio n a m ie n to . E l c o r d ó n u m b ilic a l en tre el m u n d o y su crea d o r
h a sido co rta d o . P ero co m o el m u n d o es d e o rig e n d iv in o y tes­
«Gomo de la realidad de la causa se puede inferir la realidad t im o n io d e D io s sin q u e, d esp u és d e la c r e a c ió n , D io s te n g a
p o sib ilid a d de in te r v e n ir e n él y o cu p arse de su cu rso reg u la r,
59 L . G e ld s e tze r, Einleitung, op. cit., p . X V I I I .
140 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 141

D io s tie n e q u e h a b e rlo o rg a n iza d o d esd e el p r in c ip io co m o el to d o sign o n a tu ra l es u n efe cto de la a c c ió n d iv in a . « R e sp e cto


m e jo r de to d o s lo s m u n d o s p o sib les. N o es n ecesa rio c o n s id e ­ d e D io s —e s crib e M e ie r —, to d o sig n o n a tu ra l es u n p r o d u c t o
r a r a q u í hasta qu é p u n to la id e a de q u e las rela cio n es fu n c io n a ­ d e su a lb e d r ío , y p o r ta n to u n re su lta d o d e la m ás sabia e le c ­
les q u e co n s titu y e n e l m u n d o s o n r e la c io n e s d e sig n o s estuvo c ió n y de la m e jo r v o lu n ta d » (§ 3 8 , p . 19)- S i e n tre el efecto y
in flu id a ta m b ié n p o r L e ib n iz y su ya m e n c io n a d a « c a ra c te r ís ­ la causa h ay u n a r e la c ió n s ig n ific a n te , es d e c ir, si el e fe c to es
tic a u n iv e r s a l» o p o r o tro s a u to re s —G e ld s e tz e r señ ala a J o h n siem p re u n sig n o de la causa, ta n to lo s sig n o s n a tu ra les co m o
L o ck e , en cuyo Essay concermnghuman understanding (16 9 0 ) d ivid e el lo s a r tific ia le s s o n s ig n o s d e sus a u to re s, se m e ja n te s a e llo s ,
saber e n fís ic o , p rá c tico y se m ió tic o (es d e c ir, u n saber d e sig­ s ie m p r e q u e esta se m e ja n z a n o h aya q u e d a d o fr u s tr a d a p o r
n o s ) 60—, p u e s p a ra la h e r m e n é u tic a d e lo s sig n o s a rtific ia le s , o tro fa cto r, p o r e je m p lo , p o r la to rp eza d el a u to r q u e se e q u i­
esto es, p ara la p a rte de la te o ría g en e ra l de la in te rp re ta c ió n de vo ca en la e le c c ió n d e lo s sig n o s. L o s sig n o s n a tu ra les, p o r su
M e ie r q u e p o d e m o s co n s id e ra r co m o u n a h e rm e n é u tic a , p ara p a rte , s o n r e s u lta d o d e la m ás sa b ia e le c c ió n y d e la m e jo r
su p a n s e m ió tic a , la a m p lia c ió n d e la h e r m e n é u tic a a explicatio v o lu n ta d ; e n e llo s c o n flu y e n to d a s las p e r fe c c io n e s d e D io s .
naturae sólo tien e co n secu en cias en la m ed id a en qu e las p r o p ie ­ P ero ¿ e n q u é co n siste la p e r fe c c ió n d e lo s signos n a tu ra le s? E l
dades de los signos natu rales se vu elven a e n c o n tra r, c o n ciertas § 4 0 lo p recisa : « C u a n t o m ás fe c u n d o e im p o r ta n te o d ig n o
lim itacio n e s, e n los signos artificiales, m ien tras que la in te r p r e ­ es u n sig n o ; c u a n ta m ás c la r o , ju s t o ,.c i e r t o y p r á c tic o , m ás
t a c ió n d e estos ú ltim o s r e c ib e sus regla s, ta m b ié n c o n ciertas p e r fe c to e s » (p . 2 0 ) . C o m o esta p e r fe c c ió n d e lo s s ig n o s
lim ita c io n e s , d e lo s p r im e r o s y —éste es el p u n to d e cisiv o — la n a tu ra le s se m a n ifie s ta d e n u e v o e n lo s sig n o s a r tific ia le s , si
r e la c ió n d el in té rp re te c o n el a u to r d el texto a in te rp re ta r tie n e b ie n e n el m a r c o d e la m o d ific a c ió n an tes se ñ a la d a , h a y q u e
p o r m o d e lo la a ctitu d q u e se d eb e a d o p ta r ante el C r e a d o r d el p recisa r lo q u e M e ie r e n tie n d e p o r ellos:
m u n d o . L a d o ctrin a de los signos artificiales y su in te rp re ta ció n
es e n M e ie r u n a m o d ific a c ió n d e su d o c tr in a de lo s sig n o s
«La fecundidad del signo (copia, foecunditas signi) es aquella perfección
n a tu ra le s y su in t e r p r e ta c ió n . P o r eso h e m o s de r e fe r ir n o s a suya por la cual es posible reconocer la realidad de gran
éstos en p r im e r lu g a r. número de cosas [...]. Así pues, en la medida en que un signo
D e la p rem isa to m a d a de L e ib n iz , segú n la cual este m u n d o designa o bien numerosos significados coordinados o subordi­
es e l m e jo r (M e ie r su p r im e la a d ic ió n « d e lo s m u n d o s p o s i­ nados entre ellos, o bien numerosas determinaciones de un
b le s » ) , n o só lo se sig u e q u e e n él « s e e n c u e n tr a el c o n ju n t o significado, es un signo fecundo (§ 4 b p. 2l). La magnituddel signo
(magnitudo signi) es aquella perfección suya por la cual designa
m ás vasto p o s ib le d e r e la c io n e s s ig n ific a n t e s » (p . 18 ), sin o
grandes cosas [...]. Los grandes significados tienen o bien una
t a m b ié n —c o n s e c u e n c ia esta m ás im p o r t a n te p a ra la h e r m e ­
gran magnitud física o bien una gran magnitud moral, y de
n é u tica de lo s sign o s a rtificia les— q u e « lo s signos n atu rales so n
esta última se dice que es digna de respeto. La gran magnitud
lo s m ás p erfecto s q u e cabe h a lla r en este m u n d o » (§ 3 7, p . 19 ). física es propia de todo aquello que es causa de grandes efectos,
D io s es el a u to r d e la r e la cio n e s sig n ifica n tes e n este m u n d o , y o efecto de grandes causas, o de un todo compuesto de partes
grandes y numerosas. La dignidad implica que algo no es con­
60 J K i.p .X V I I . trario a las virtudes más altas y nobles, sino que es conforme a
142 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 i43
ellas y las promueve (§ 4 7 . PP- 2 4 y s-)- La claridad del signo (claritas
signi) es aquella perfección suya por la que es posible distin­
L o q u e e n d e fin itiv a q u ie r e M e ie r d e c ir cu a n d o c o n s id e ra lo s
guirlo suficientemente no sólo a él, sino también a través de él
s ig n o s n a tu ra le s c o m o lo s m ás p e r fe c to s , a la vez q u e lo s más
los significados de todas las demás cosas (§ 50, p. 26). La verdad
del signo ' (veritas signi) es aquella perfección suya por la cual la prácticos, se d esp ren d e d el § 65 =
verdadera realidad de la cosa designada puede ser correcta­
mente reconocida a partir de él. Un signofalso (signumfalsum) es o «La vida de los signos naturales (vita signorum naturalium) es
un signo que no tiene ningún significado, o un signo cuyo sig­ aquella perfección suya por la cual significan algo cuyo cono­
nificado no ha sido, no es y no será nunca nada real, o un cimiento es útil a los hombres, por ejemplo cuando los sig­
signo cuyo significado es de hecho real, pero que no puede ser nos naturales son necesarios a los hombres para alcanzar sus
reconocido a partir del signo más que mediante un acto de verdaderos fines y favorecer su bienestar, cuando están orde­
conocimiento erróneo (§ 5 7 - P- 3 °)- La certeza del signo (certitudo nados a favorecer la virtud e impedir el vicio y cuando en
signi) es aquella perfección suya por la cual es cierto que él no es general su interpretación es necesaria y útil a los hombres si
simplemente un signo, sino también un signo de una cosa que éstos quieren obrar como exige la verdadera perfección, que
existe verdaderamente en este mundo y de la magnitud que de deben alcanzar. [...] Que los signos naturales sean los más
ella se dice» (§ 5 9 >P- 3 1)- vivos, se explica también porque todo lo que existe en el
mejor de los mundos es un medio al servicio de la religión,
de la máxima felicidad de los espíritus y, por tanto, también
E l sig n o n a tu ra l es d e fin id o tod avía, d e m a n e ra n egativa, p o r
de la virtud» (pp. 34 y s.).
la a u sen cia d e a m b ig ü ed a d e n él:

« Un signo ambiguo (signum ambiguum, amphibolicum) es un signo que M e ie r em p lea la p a la b ra « p r á c t ic o » e n el se n tid o qu e e n c o n ­


tiene varios significados. Cuantos más significados tiene un tram os ta m b ié n en el títu lo d el tratad o de ética de K a n t, la Crí­
signo, cuanto más distintos y opuestos éstos son y cuanto más tica de ¡a razón práctica; p r á c tic o es lo q u e tie n e q u e v e r c o n el
indiferentes son la facilidad o la dificultad con las que pue­ d eb er ser. C u a n d o M e ie r d ice q u e lo s sign o s n a tu ra les so n lo s
den ser reconocidos a partir del signo, mayor es la ambigüe­ m ás p r á c tic o s , a la vez q u e lo s m ás viv o s, n o p o d e m o s n o
dad del signo y mayor la dificultad para reconocer a partir de r e c o r d a r el « c o n o c im ie n t o v iv o » d e q u e h a b la C h la d e n iu s .
él un significado preciso. Por eso, los signos naturales no son
U n c o n o c im ie n to es vivo si tie n e p o r co n se cu e n cia u n acto de
ambiguos. Toda interpretación de signos naturales de cuya
la v o lu n ta d ; p o r eso , u n s ig n o q u e h a ce p o s ib le u n c o n o c i ­
verdad [conformidad] se siguiese que los signos naturales son
ambiguos es una interpretación falsa. Y cuanto mayor fuese m ie n to vivo es « p r á c t ic o » e n el se n tid o qu e ve n im o s c o n s id e ­
la ambigüedad de los signos naturales deducida de tal inter­ r a n d o . P e ro m ie n tr a s q u e C h la d e n iu s h a b la b a d e l c o n o c i ­
pretación, más contraria sería ésta a la reverencia hermenéu­ m ie n to vivo c o m o d e u n a a p lic a c ió n posible, d e u n a p o s ib le
tica que se debe a Dios» (§ 5 5 >P- 29). c o m p r e n s ió n m e d ia ta d e u n p asaje o u n e s c rito , e n M e ie r la
p e r fe c c ió n q u e este c o n o c im ie n to vivo tie n e p o r co n se cu e n cia
es p o stu la d a c o m o u n asp ecto e s e n cia l d e l sig n o n a tu r a l. Es,
6l* Es d e c ir , c o n fo rm id a d . p o r ta n to , esen cia l sab er q u é r e la c ió n existe p a ra M e ie r en tre
144 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 14 5

lo s sig n o s a rtificia les, d e los cu ales se c o m p o n e n lo s escrito s, y m en te e le g id o s» (§ 8 5 , p . 4 4 ) . E sto q u ie re d e cir q u e cu a n d o ,


lo s sig n o s n a tu ra les. Se p o d r ía c o n c e b ir u n a te o ría de lo s sig ­ e n el tra b a jo de in te r p r e ta c ió n , el in té r p r e te se p r e g u n ta p o r
n o s a rtificia les p r o d u c id o s p o r el h o m b re q u e fu ese lo c o n tr a ­ el sig n ifica d o de lo s sign os, lo cual a la vez revelaría si éstos h a n
r io d e la d o c t r in a a n tes ex p u esta d e lo s s ig n o s n a tu ra le s , o , sid o e le g id o s d e m a n e r a t o r p e o in t e lig e n te , n o lo h a c e sin
p o d ría m o s d e cir, de lo s signos d ivin o s; se p o d r ía c o n c e b ir u n a p r e ju ic io s . P e ro la in t e r p r e t a c ió n p a rte d e la s u p o s ic ió n d e
te o ría q u e d e scrib ie ra las p e r fe c c io n e s d e lo s sig n o s n a tu ra les qu e los signos h a n sid o eleg id o s d e m an era in te lig e n te , y co m o
só lo p a ra a cen tu a r, p o r co n traste c o n ellas, las im p e rfe c c io n e s sig n o s así e le g id o s lo s c o n s id e r a el in té r p r e te a m e n o s q u e se
de lo s sig n o s a rtificia le s, sig n o s q u e ca r e c e r ía n d e m a g n itu d y d em u estre lo c o n tr a r io . Es d e c ir, la in te r p r e ta c ió n u tiliz a ella
d e fe c u n d id a d , in ca p a ce s d e g a r a n tiz a r la c o n f o r m id a d y la m ism a esta s u p o s ic ió n c o m o u n c r ite r io ; si esta s u p o s ic ió n es
certeza y p o c o a p ro p ia d o s p a ra o r ie n ta r la co n d u cta . U n a t e o ­ c o n tra d ich a , si se d em u e stra q u e el sig n o h a sid o to r p e m e n te
ría p esim ista c o m o ésta sería p e r fe c ta m e n te c o n c e b ib le , p e r o e le g id o , e llo n o es ta n to u n r e s u lta d o d e la in t e r p r e t a c ió n
n o p a ra u n filó s o fo de la Ilu stra c ió n se g u id o r de L e ib n iz . P ara c o m o u n a se ñ a l q u e a d v ie rte d e q u e la in t e r p r e ta c ió n h a de
L e ib n iz , este n u e stro m u n d o es el m e jo r de lo s m u n d o s; n o es in te rru m p irs e , de q u e d eb e ser ab an d on ad a. M e ie r u tiliza p ara
p o s ib le o p o n e r le o tr o m u n d o d iv in o . ¿ S o n e n to n c e s lo s s ig ­ esta circu n sta n cia , q u e n o só lo es de u n g ra n im p o r ta n c ia p ara
n o s a rtific ia le s ta n p e r fe c to s c o m o lo s n a tu ra le s? S í y n o . L o s su h e r m e n é u tic a , p u e s ta m b ié n la e n c o n tr a r ía m o s d e u n a
sig n o s a rtific ia le s lo s e lig e el h o m b r e , y lo s n a tu ra le s lo s e lig e fo r m a m o d ific a d a e n n u e s tra p r á c tic a h e r m e n é u tic a , el c o n ­
D io s . E stos ú ltim o s so n fr u to d e « la m ás sabia e le c c ió n y d e la cep to de la equidad hermenéutica.
m e jo r v o lu n t a d » (§ 3 8 , p . 19)- E sto n o p u e d e p o s tu la r s e de
fo r m a g e n e ra l p a ra la e le c c ió n h u m a n a: es la tendencia de
« L a e q u i d a d h e r m e n é u t ic a ( e q u i t a s h e r m e n é u t i c a )

un intérprete a tener por hermenéuticamente verdaderos


«Un creador de signos inteligente y razonable [el autor] [se aquellos significados que son más acordes con las perfeccio­
sirve] de signos por él elegidos para designar cosas que no nes del autor de los signos mientras no se demuestre lo con­
sólo son, consideradas en sí mismas, las más perfectas de las trario. Cuando esta equidad es considerada en relación a
posibles, sino también las más acordes con sus propias per­ Dios, puede ser llamada r e v e r e n c i a h e r m e n é u t ic a a D i o s ( r e f e r e n t i a
fecciones y con las perfecciones de aquellos para los que él las erga d e u m h e r m e n é u t ic a ) > (§ 3 9 ’ P - 2 0 ) .

designa [los lectores]» (§ 86, p. 45).S


i
C o m o p r in c ip io d e la in te r p r e ta c ió n d e lo s sig n o s n a tu ra le s,
S i tal es el caso, si lo s sig n o s so n e le g id o s de m a n e ra « i n t e l i ­ esta a fir m a c ió n descan sa e n u n c o n c e p to d e D io s cuya v e rd a d
g e n te » (§ 8 4 , p- 4 4 )> su sig n ifica d o es b u e n o . S i, p o r e l c o n ­ la h e r m e n é u tic a n o tie n e q u e d e m o s tr a r: es a lg o c o n lo q u e
t r a r io , h a n sid o t o r p e m e n te e le g id o s , « o n o t ie n e n s i g n i f i ­ ésta c u e n ta . O t r a co sa su c e d e c o n este p r in c ip io c u a n d o es
cad o , o lo tie n e n m a lo , o d e sig n a n m a la m e n te u n sig n ific a d o a p lic a d o a la in t e r p r e t a c ió n d e lo s sig n o s a r tific ia le s . E n la
b u e n o » (p . 4 4 )- P ero estos sign o s n o d e b e r ía n ser in tr e p r e ta - in te r p r e ta c ió n d e estos sign o s te n d r ía qu e h a b e r u n a id e a p r e ­
d o s. S ó lo p o d r ía n ser o b je to de in te r p r e ta c ió n si la in t e r p r e ­ via d el a u to r y d e sus p e r fe c c io n e s análo ga a la id e a de D io s . A
t a c ió n in te n ta d a p o n e d e m a n ifie s to q u e h a n sid o « t o r p e - M e ie r n o se le escapa esto.
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 147
146 PETER SZONDI

« U n in térp rete —escribe— que in terp reta signos in te n c io ­ p o r o tro s m ed io s las p e rfe c c io n e s d el a u to r antes d e in te rp re ta r
nales debe considerar herm enéuticam ente verdadero aquel su o b ra, qu e n o se ve e n ab so lu to en fre n ta d o al círcu lo h e r m e ­
significado que es más acorde con las perfecciones del autor n é u tic o qu e p a ra n o s o tr o s —co m o ya p a ra la h e r m e n é u tic a de
del mism o mientras no se evidencie lo contrario. Eri conse­ co m ie n zo s d el siglo X I X — a q u í se crea ría . S i se exam in a e l p o s ­
cuencia debe conocer, tanto com o le sea posible, las p erfec­ tu lad o de M e ie r de la eq u id a d h e rm e n é u tica , se en cu e n tra qu e
ciones del autor de los signos incluso antes de interpretarlos»
el cam bio h istó rica m en te c o n d ic io n a d o d el télos de la in te r p r e ­
(§ 95 . P- 49 >- ta c ió n h ace d u d a r e n p r im e r lu g a r de qu e se p u e d a te n e r p o r

E l in ciso « ta n to co m o le sea p o s ib le » hace referen cia a las d if i­ v e rd a d e ro s a q u e llo s sig n ific a d o s q u e so n m ás a co rd e s c o n las

cu ltad es c o n q u e co n tin u a m e n te tro p ie z a el c o n o c im ie n to d el p e rfe c c io n e s d el a u to r m ien tra s n o se d em u estre lo c o n tr a r io .

a u to r p revio a la in te rp re ta ció n de la o b ra , p e ro n o a la p r o b le ­ P ues esas p e r fe c c io n e s só lo se n o s d e scu b re n e n el cu rso de la

m ática fu n d a m en ta l de tal c o n o c im ie n to . P ues hay que p r e g u n ­ in te r p r e ta c ió n . O t r o asp ecto d e l p o stu la d o d e e q u id a d q u e

tarse e n q u é o tr o s d ato s p u e d e el in té r p r e te b a sa r su c o n o c i­ ap arece h is tó ric a m e n te c o n d ic io n a d o es la d e te r m in a c ió n de

m ie n to d e las p e r fe c c io n e s d e l a u to r si n o es e n la o b ra o las lo s co n te n id o s de las p e rfe c c io n e s atribu id as al a u to r o al sign o

obras d el m ism o . H o m e r o y Shakespeare, a qu ien es co n o cem o s p o r éste e le g id o . Estas p e r fe c c io n e s están to m a d a s d e la d o c ­

só lo p o r sus o b ra s, o m e jo r d ic h o : só lo c o m o a u to re s d e sus tr in a de lo s sig n o s n a tu ra le s, q u e a su vez está m a rca d a p o r la

o b ra s, so n , d esd e el p u n to de vista h e r m e n é u tic o , casos lím ite id ea de D io s de la filo s o fía le ib n iz ia n a . D esd e el p u n to de vista

m ás q u e casos e x ce p cio n a le s : si el c o n o c im ie n t o d e l h o m b r e d e u n a h e r m e n é u tic a actu a l n o só lo hay q u e p r e g u n ta r se si el

q u e a la vez es el a u to r d e u n a o b ra p u e d e o b te n e rse p o r o tro s co n o cim ie n to d el a u to r h a de p re ce d e r a la in te rp re ta ció n de su

m e d io s q u e la o b ra , e llo p u e d e sin d u d a c o n t r ib u ir a la c o m ­ o b ra y si, m ien tras n o se d em u estre lo co n tra rio , hay qu e s u p o ­

p r e n s ió n de la o b ra, p e ro esta c o n tr ib u c ió n n o p u ed e pasar p o r n e r a lo s sig n o s qu e c o n s titu y e n la o b ra las p e r fe c c io n e s m ás

alto d e fo r m a a crítica la d ife r e n c ia e n tre X Y co m o a u to r y X Y aco rd es c o n las d el a u to r. A s im ism o hay qu e p reg u n ta rse dónde

c o m o p e r s o n a , c o m o ta m p o c o la d is ta n c ia e n tre el a u to r y la h ab ría que ver las p e rfe c cio n e s de lo s signos. Y a h e m e n c io n a d o

o b ra . Se trata e v id e n te m e n te de c o n o c im ie n t o s d o b le m e n te qu e cu a n d o M e ie r pasa de los signos natu rales a lo s a rtificiales,

d ete rm in a d o s p o r la h isto ria: e n p r im e r lu gar, la rela ció n en tre el co n ce p to y la d e te rm in a c ió n d el c o n te n id o de las p e r fe c c io ­

el a u to r y la o b ra está sujeta al ca m b io h istó ric o , y, e n segu n d o n es m ism as n o s u fr e n n in g ú n c a m b io . L o ú n ic o q u e a q u í

lu g a r, la id ea q u e se tie n e de la re la c ió n en tre la o b ra y el a u to r p u ed e cam biar es la certeza de su existen cia. U n in té rp re te que

cam bia e n la h isto ria ju n t o c o n la id e a qu e se tie n e d e la lite r a ­ in terp reta signos in ten cio n a le s d ebe « te n e r p o r h e rm e n é u tica -

tu ra . S im p lific a n d o m u ch o las cosas, se p o d r ía d ecir q u e, e n el m en te ve rd a d ero aq u el sig n ifica d o q u e sea tan b u e n o , g ra n d e,

siglo X V I I I , el o b je tiv o de la in te r p r e ta c ió n es el c o n o c im ie n to rico en co n ten id o s, verd a d ero , claro, cierto y p ráctico co m o sea

d e la m ateria tratad a e n la o b ra , e n el X I X el c o n o c im ie n to d el p o sib le , m ien tra s n o se e v id en cie lo c o n tr a r io » (§ 9 4 » P- 49 )-


a u to r, y e n el X X el c o n o c im ie n to de la o b ra . E l h erm en eu ta d el S i se p r e s c in d e d e l p o s tu la d o d e e q u id a d y se c o n s id e r a n lo s

sig lo X V I I I está ta n p o c o in te r e sa d o e n e l c o n o c im ie n t o d e la rasgos n o rm a tivo s q u e M e ie r a trib u ye a lo s sign o s in te n c io n a ­

o b ra , y tie n e ta n p o ca s d ud as so b re la p o s ib ilid a d d e c o n o c e r les, estos rasgos p u e d e n d ivid irse e n dos g ru p o s. U n o s se r e fie ­


148 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 149

re n a u n aspecto d el co n te n id o , y los o tro s a u n aspecto fo rm a l. p r u e b a la va lid ez de este p o stu la d o e n el m arco de la te o ría de


S u p o n ie n d o q u e u n a te o ría actual d e lo s sig n o s p u d ie se t a m ­ lo s sign o s. E n cu a n to a la fe c u n d id a d d e l sig n o , a n te to d o hay
b ié n o rien ta rse, m ás allá de lo d escriptivo, a cu alid ad es ideales, q u e su b ra ya r la te n s ió n e n tr e este p o s tu la d o y la certeza , es
n o rechazaría e n b lo q u e las p erfeccio n es n o m b rad as p o r M eier, d e c ir, la u n iv o c id a d , ex igid a al sig n o . S in d u d a u n sig n o d eb e
p e r o t e n d r ía q u e ex a m in arlas u n a p o r u n a y p r e g u n ta r se p o r t e n e r « m u c h o s [ ...] s ig n ific a d o s » , p e r o éstos d e b e n estar
sus supuestos. E n tre las p erfeccio n es relativas al co n te n id o están « c o o r d in a d o s o s u b o r d in a d o s e n tre e llo s » (§ 4 b p- 2 l) . E sta
la m a g n itu d y e l ca rá c te r p rá c tic o de lo s sig n o s. C a s i n o h a ce r e la c ió n d e lo s d is tin to s sig n ific a d o s e n tre sí im p id e la a m b i­
fa lta o b se rv a r q u e la su p o s ic ió n d e q u e lo s sig n o s de u n texto gü ed a d : su resu lta d o n o es la e q u ivo cid a d , sin o u n sig n ifica d o
q u e h ay qu e in te r p r e ta r d esig n a n la m a g n itu d física y la g r a n ­ c o m p le jo . S i se q u is ie r a a p re c ia r esta c o m p le jid a d d esd e u n
deza m o r a l, es d e c ir, cosas dignas, y h a c e n p o sib le u n c o n o c i­ p u n t o d e v is ta p u r a m e n t e f u n c i o n a l c o m o u n a p r o p ie d a d
m ie n to q u e favorece la v irtu d e im p id e el v icio —u n a su p o sició n d e l sign o, d ifícilm e n te se la co n sid era ría u n a « p e r fe c c ió n » d el
só lo a b a n d o n ad a cu a n d o se evid en cia lo co n tr a r io (y ello en u n sig n o . P ero , d esde el p u n to de vista estético , sí es p o sib le v a lo ­
caso c o n cre to , n o e n g en era l)— nace y m u ere c o n la c o n c e p c ió n r a r p o sitiva m e n te la c o m p le jid a d in te r n a d e l sig n o , fr e n te a la
d e u n m u n d o p e r fe c to . O tr a cosa su ced e c o n las p e r fe c c io n e s cu a l ta n to la p u r a u n iv o c id a d c o m o a q u e lla m u ltiv o c id a d e n
form ales. Éstas vien en a d ecir que los signos d eb en ser i) « fe c u n ­ la q u e lo s d is tin to s s ig n ific a d o s p o s ib le s n o g u a r d a n n ig u n a
d o s » , es d ecir, d esign ar « n u m e ro s o s sig n ifica d o s co o rd in a d o s r e la c ió n en tre ellos, o in clu so se exclu yen m u tu a m e n te, a p are­
o s u b o r d in a d o s e n tr e e llo s » (§ 4 b p- 2 l ) ; 2 ) « c l a r o s » , es c e r ía n co m o u n a im p e r f e c c ió n . G u a n d o M e ie r p o s tu la la
d e c ir , d is tin to s d e o tr o s sig n o s y capaces d e m o s tra r la d if e ­ fe c u n d id a d d e l sig n o c o m o u n a d e sus p e r fe c c io n e s , p o d r ía
r e n c ia d e su s ig n ific a d o c o n o tro s sig n ific a d o s (§ 5°> p- 3 ° ) ; p a re c e r q u e h abla e n n o m b r e d e u n a c o n c e p c ió n d el le n g u a je
3) « v e r d a d e r o s » , es d e c ir, p o s ib ilita r e l c o n o c im ie n t o de la p o é tic o p ara la qu e el carácter h istó rica m en te co n d ic io n a d o d el
v e r d a d e r a r e a lid a d d e la co sa d e s ig n a d a (§ 57 > P- 3 ° ) ; 7 4 ) m ism o estuviera fu e ra de to d a d ud a y fuese u n a c o n c e p c ió n más
« c ie r t o s » , es d e c ir, m o stra r de m a n e ra in e q u ív o c a el s ig n ifi­ p r o p ia de fin e s d e l sig lo X I X y d el sig lo X X q u e d e l X V I I I . E sta
ca d o in te n c io n a l (§ 59 > PP- 3 1 J s.)- S i las p e r fe c c io n e s d e u n c o n tr a d ic c ió n d esap arece cu a n d o ad vertim os q u e el p o stu la d o
sig n o so n h o y evaluadas d esd e el p u n to de vista d e su f u n c i o ­ de la fe c u n d id a d d el sig n o n o tie n e en M e ie r n ad a q u e v e r c o n
n a lid a d , la clarid ad y la certeza se co n ta rá n sin d ud a en tre ellas. n in g u n a cu alid ad estética d el len g u a je, sin o qu e esta p r o p ie d a d
P ero la verdad y la fecu n d id ad de los signos serán consideradas de se p resen ta en él p o r la tra n sferen cia d irecta de las p e rfe c cio n e s
o tra m an era. M e ie r e n tie n d e p o r la verd a d d el sign o dos cosas: postuladas p ara los signos naturales, es d ecir, para las cosas exis­
p o r u n a parte el signo debe ten er u n significado, y p o r otra el sig­ tentes e n el m u n d o , a lo s signos a rtificiales. P ero la fe c u n d id a d
n ificad o debe ten er u n a realidad e n este m u n d o . M ientras que la de los signos n atu rales n o es sin o u n a ex p resió n d e la m u ltip li­
existen cia de u n sig n ifica d o p erten ec e a la d e fin ic ió n d el sign o, c id a d de r e la c io n e s q u e co n s titu y e el m u n d o y —c o m o se h a
parece n o p o co d u d o so que u n sign o, sólo d esig n an d o, p erm ita m o s tra d o re sp e c to a L e ib n iz — h a c e n s u p e r flu o a D io s . S i se
al m ism o tiem p o c o n o ce r —co m o dice M eier— « la verdadera rea ­ q u iere m an ten er esta fe c u n d id a d co m o p ostu lad o p ara u n a te o ­
lid a d d e la cosa d e sig n a d a » (§ 57 >P- 3 ° ) - H a b r ía q u e p o n e r a ría de lo s signos y u n a h e rm e n é u tica qu e se ha lib e ra d o de estos
ISO PETES SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 Ig l

su p u esto s, esto só lo p u e d e h acerse e n el m a rco de u n a p o é tic a d e p e n d e n de las in te n c io n e s qu e ellas a trib u y e n al tex to . P ero
qu e n o se e n c u e n tre p o r en cim a d e la h isto ria d e la lite ra tu ra , u n o de los p ro b lem a s m ás d ifíciles d e la h erm e n é u tica actual es
sin o a n cla d a e n ésta, y haga a p a re c e r la h e r m e n é u tic a q u e el de co n cilia r el m o m e n to d e la a firm a ció n , qu e co m o h ip ó te ­
reclam a co m o h istó rica m en te c o n d icio n a d a . sis de trabajo parece ser in h e re n te al p ro ceso de la co m p re n sió n ,
E n c u a n to a lo q u e haya q u e h a c e r c o n el p o s tu la d o d e la c o n la actitud crítica, c o n la p re c a u c ió n ante el p o sib le en ga ñ o ,
e q u id a d h e r m e n é u tic a , es u n a c u e s tió n q u e d e b e m o s r e p la n ­ qu e este m u n d o n os obliga a to m a r m ien tras n o sea el m e jo r de
te a r n o s s o b re la base d e n u e s tr a p r o p ia c o m p r e n s ió n y de los posibles.
n u e s tra p r o p ia p ra x is h e r m e n é u tic a . ¿ S ig n ific a el r e c o n o c i ­
m ie n to d e la cla rid a d y la certeza, p o r e je m p lo , co m o c u a lid a ­
des a las q u e lo s signos a rtificiales aspiran , q u e estas cualidades
d eb an su p o n erse e n la in te rp re ta ció n m ien tras n o se dem uestre
lo c o n tr a r io ? D e n in g ú n m o d o . S in em bargo , el p o stu lad o de la
e q u id a d h e r m e n é u tic a p a re ce ser, e n u n a fo r m a m o d ific a d a ,
fa m ilia r a la práctica h erm en éu tica actual. E sto sólo p u ed e m o s­
trarse c o n d eta lle e n el m arco de u n an álisis co m p ara tiv o de la
co m p re n sió n y la crítica co m o el q u e e n los ú ltim o s años h a id o
c o b r a n d o a ctu alid ad , esp ecia lm en te p o r in flu e n c ia d e lo s tr a ­
b a jo s d e W a lter B e n ja m in y d e su d is t in c ió n e n tr e c r ític a y
c o m e n ta rio , expuesta al p r in c ip io de su a rtícu lo so b re Las afini­
dades electivas62. S i exam in am os n u estro p ro ceso de co m p re n sió n ,
cierta m en te n o en co n tra rem o s la eq u id a d h e rm e n é u tic a co m o
su p o sició n de cualidades existentes m ien tra s n o se d em uestre lo
c o n tr a r io , p e r o sí co m o in te r ro g a c ió n , an te el texto , p o r estas
cualidades. Estas n o so n consideradas sin re fle x ió n co m o c u a li­
dades dadas, co m o si este m u n d o fuese el m e jo r de lo s m u n d o s,
p e r o ello n o sig n ifica q u e n o p u e d a n d e te rm in a r co m o p o te n ­
cialidades la co m p re n sió n , cuyo p ro ceso p u ed e estar g u iad o p o r
la p r e g u n ta de si, e n u n texto d a d o , se h a n a p ro v e ch a d o estas
p o s ib ilid a d e s . Las in te r p r e ta c io n e s se h a lla n h is tó ric a m e n te
co n d icio n ad a s tam b ién p o r el h ech o de qu e sus in terro g acio n e s

62 W . B e n ja m in , GoethesWahlverwandschafien, e n W .B ., GesammelteSchrijten1, 1, op. cit., p p . 125


y s. T a m b ié n e n W .B ., Illuminationen, op. cit., p p . JO y s. [ « Las afinidades electivas d e
G o e th e » , en Obras, 1- 1, M a d rid , A bad a, 2 0 0 6 , trad. de A lfre d o B ro to n s, p p . 125 y s.].
7

G o m o , adem ás de lo s sig n o s a rtific ia le s —lo s ú n ic o s a lo s q u e


llam aríam o s signos—, hay los signos natu rales, qu e so n todas las
cosas qu e existen e n el m u n d o , y co m o la c o n e x ió n e n tre éstas
se re d u ce , se gú n M e ie r, a la r e la c ió n e n tre el sig n o y lo d e sig ­
n a d o , la interpretatio scriptorum es u n caso p a rticu la r de la interpreta­
tio naturae. L a in te r p r e ta c ió n d e las o bras litera ria s o b e d e ce a la
ley de la equ id ad h erm en éu tica igual qu e la de la crea ció n a la ley
de la reveren cia h e m e n é u tic a a D io s , d is tin g u ié n d o se la e q u i­
d ad de la re v e re n c ia e n q u e n o cree e n las p e r fe c c io n e s de la
o b ra y d el a u to r d el m ism o m o d o q u e la reveren cia cree e n las
p erfeccio n es de la crea ció n y d el C re a d o r, sin o q u e sólo su p o n e
su ex isten cia m ie n tra s n o se d e m u e stre lo c o n t r a r io . P a ra las
reglas d e la h e r m e n é u t ic a p r o f a n a —q u e ya n o se o p o n e a la
exégesis b íb lic a , s in o a la interpretatio naturae e n el s e n tid o q u e
ésta tie n e e n el p e n sa m ie n to d e l B a rr o c o (se p u e d e co n s id e ra r
p e rfe c ta m e n te a L e ib n iz , cu yo p e n sa m ie n to es el fu n d a m e n to
de la h e r m e n é u tic a d e M e ie r , c o m o filó s o fo d e l B a r r o c o ) — el
p o s tu la d o d e la e q u id a d h e r m e n é u t ic a t ie n e s o b r e t o d o d os
c o n s e c u e n c ia s e n las q u e se p u e d e m e d ir su in f lu e n c ia : i) el
recu rso al a u to r e n la in te r p r e ta c ió n ; 5>) la je r a r q u ía de lo s sen-
i 54 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 155

sus d iferen tes; d el sig n ifica d o p r o p io y d e l im p r o p io , así co m o el m o d e lo de la d o c tr in a d e l sig n o n a tu ra l, qu e descansa e n la


d e l in m e d ia to y d e l m e d ia to . E l r e c u rs o al a u to r e n la i n t e r ­ an a lo g ía en tre las p e r fe c c io n e s d el m e jo r de lo s m u n d o s p o s i­
p r e ta c ió n n o d istin g u e só lo a la h e r m e n é u tic a de M e ie r. Y a en b les y las p e r fe c c io n e s d e su C r e a d o r — sig n o s d e l a u to r d e lo s
sus o ríg en es, ya en la a n tigü ed ad , ate n d ía la in te r p r e ta c ió n a la m ism o s, el p o s tu la d o d e l r e c u rs o al a u to r es e n c ie r to m o d o
in t e n c ió n d el a u to r; e n la exégesis g ra m atica l, p a rtie n d o d e la in d e p e n d ie n t e d e la ta rea d e la in t e r p r e ta c ió n , ju s ta m e n te
id e a de q u e lo s ca m b io s q u e s u fre n las len g u a s a lo larg o de la co m o p o stu la d o de la e q u id a d , q u e im ita la reveren cia a D io s .
h isto ria n o p e r m ite n qu e la palabra aparezca co m o sig n o de lo L a in t e r p r e ta c ió n m ism a , la c o m p r e n s ió n d e las o b ra s , está
q u e el a u to r q u e ría d esign ar; y m en o s cla ra m en te e n la a le g o - su b o rd in a d a a este p o s tu la d o , y n o p a ra g a ra n tiz a r —c o m o e n
resis, e n la qu e d ifíc ilm e n te se p u e d e s u p o n e r q u e sus p r a c ti­ C h la d e n iu s — la certeza de la in te r p r e ta c ió n , sin o p a ra , m ie n ­
cantes fu e se n co n scie n te s de la d iscrep a n cia e n tre in t e n c ió n e tras sea p o sib le , es d e c ir, m ien tra s n o se d em u e stre lo c o n tr a ­
in t e r p r e t a c ió n a le g ó r ic a c u a n d o , p o r e je m p lo , s itu a b a n las r io , p o d e r v e r c o n fir m a d a s e n las o b ra s e n c u a n to sig n o s las
h isto ria s d el A n tig u o T esta m en to e n el co n te x to so te r io ló g ic o p e rfe c c io n e s supuestas e n el a u to r.
d el N u ev o T esta m en to . A u n q u e la id e a de q u e la in te n c ió n d el E v id e n te m e n te , esta s u p o s ic ió n d e l in t é r p r e te d e b e estar
a u t o r es u n c r ite r io d e la in t e r p r e t a c ió n r e c o r r e la h is to r ia fu n d a m e n ta d a . Y M e ie r ex ige q u e el in té r p r e te « c o n o z c a las
e n tera d e la h e rm e n é u tic a y la o p o s ic ió n a esta id e a —en V a léry p e rfe c c io n e s d el a u to r de lo s sign o s in c lu so antes de in t e r p r e ­
y e n G e o r g e , p o r e je m p lo — d eb e c o n s id e ra rs e e x c e p cio n a l, se t a r lo s » —« m ie n t r a s le sea p o s i b le » , a ñ a d e lim it a n d o , c o n
p u e d e n o bservar d e n tro de la h e rm e n é u tica cam b ios h istó rico s
ra z ó n , su a firm a c ió n (§ 9 5 >P- 49 )—•
q u e s o n fr u to d e las d is tin ta s m o tiv a c io n e s q u e h a y tras esta Q u e la in t e n c ió n d e l a u to r es p a ra M e ie r el c r ite r io d e la
tesis y d e su m a y o r o m e n o r p r e p o n d e r a n c ia . E n tr e C h la d e - in te r p r e ta c ió n , p u e d e c o m p ro b a rse e n el § 112, d o n d e se lee:
n iu s y G e o r g F r ie d r ic h M e ie r h ay u n a clara d ife r e n c ia e n este
p u n t o . M ie n tr a s G h la d e n iu s , o r ie n ta d o p r im a r ia m e n te a la « E l sentido de un discurso [es] la serie de representaciones
p s ic o lo g ía d el efe cto , llega a la c o n c lu s ió n de qu e la c o m p r e n ­ ligadas unas a otras que el autor quiere designar en el d is­
s ió n p e r fe c ta d e u n p asaje n o n e c e sita e n a b s o lu to c o in c id ir curso. N in gú n significad o y n in gu n a serie de significados
c o n la in t e n c ió n d e l a u to r, y si r e c u rr e a la in t e n c ió n lo h ace que el autor no haya querido indicar form an parte del sen­
só lo e n in te r é s d e la ce rte za d e la in t e r p r e t a c ió n , s ie n d o el tido o constituyen el sentido de su discurso; aunque haya
p o d id o in d icarlos en su discurso, y aunque quizá habría
p r i n c i p i o d e la d iv is ió n d e lo s m o m e n to s p a r tic u la r e s d e la
hecho m ejor en indicarlos en su discurso» (p. 62).
c o m p r e n s ió n p e rfe c ta el c r ite rio p a ra saber si éstos c o in c id e n
o n o c o n la i n t e n c ió n d e l a u to r , e l p r in c ip io d e la e q u id a d S egú n M eie r, el sig n ifica d o de u n sign o sólo es relevante p ara la
h e rm e n é u tic a , ley su p rem a de la te o ría de la in te r p r e ta c ió n de in te rp re ta ció n si resp o n d e a la in te n c ió n d el a u to r. S ig n ifica d o
M e ie r, tie n e co m o p resu p u esto , antes qu e co m o co n secu en cia, e in te n c ió n se c o n fu n d e n , co m o se a firm a e n el § I j: « e l sig n i­
el re c u rs o al a u to r —a su in te n c ió n , e n tre o tras cosas—. C o m o fica d o h e rm e n é u tic a m e n te v e rd a d e r o » es « la in te n c ió n , p ara
la in t e r p r e ta c ió n es in te r p r e ta c ió n d e sig n o s, p e r o lo s sig n o s ex p resar la cu a l el a u to r se sirve d e l s ig n o » (p . 9 ). L o s sig n o s
n o so n so lam en te signos de lo d esig n a d o , sin o ta m b ié n —segú n p u e d e n m u y b ie n s ig n ific a r o tr a co sa, y este o tr o s ig n ific a d o
156 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 157

p u e d e estar m ás cerca de ellos q u e la in te n c ió n d el a u to r: p e r o ria m e n te el se n tid o d e la q u e fu e su in t e n c ió n . S ó lo la i n t e r ­


só lo la in t e n c ió n d e l a u to r es e l o b je tiv o le g ítim o de la i n t e r ­ p r e t a c ió n d e l te x to p u e d e , e n c o m p a r a c ió n c o n la explicación
p r e t a c ió n . L a c o m p r e n s ió n d e l in t é r p r e te y la in t e n c ió n d e l auténtica (§ 13 6 , p . 7 4 ). Ia cu al te n d ría qu e ser a su vez in te r p r e ­
a u to r d e b e n c o in c id ir. E n el § 128 se lee: tada, co n se g u ir d e te rm in a r la r e la c ió n en tre am b os.
R esu lta tan to m ás s o r p r e n d e n te q u e M e ie r n o co n s id e re la
« Comprende las palabras y las oraciones (intelligere vocabula & oratio- p ro b le m á tic a o cu lta e n lo s p o stu la d o s d e su te o ría d e la in t e r ­
nem) quien reconoce en ellas los significados y el sentido. p r e ta c ió n c u a n to q u e su t e r m in o lo g ía reg istra d e fo r m a m u y
Luego el intérprete comprende las palabras y las oraciones. exacta las d ife r e n c ia s ca te g o r ia le s q u e so n el o r ig e n d e d ic h a
Luego el autor y su intérprete tiene en la mente una y la
p ro b le m á tic a . M e ie r d istin g u e , e n p r im e r lu g a r, e n tre p r in c i­
misma cosa. El intérprete que no tiene en la mente nada de
p io s h e r m e n é u tic o s y m e d io s h e r m e n é u t ic o s , y, e n se g u n d o
lo que al autor tenía al escribir el texto, no comprende en
lu g a r, en tre p r in c ip io s h e r m e n é u tic o s in te r n o s y ex tern o s.
absoluto al autor; y el intérprete que no tiene en la mente
exactamente lo mismo que el autor tenía en la mente, no
comprende correctamente al autor» (p. 69). « Losprincipios hermenéuticos (principia hermenéutica) son principios que
determinan la interpretación; los medios hermenéuticos (subsidia her­
menéutica) son medios que facilitan y favorecen el conocimiento
L a in t e r p r e ta c ió n p o r e l p r o p io a u to r d e lo q u e él m ism o b a
del significado mediante los principios hermenéuticos. Quien
e s c rito p u e d e lla m a r se u n a « in t e r p r e t a c ió n a u t é n t ic a » , y
reconoce los significados sólo con ayuda de los medios herme­
« q u ie n h ace d e u n d iscu rso u n a in te r p r e ta c ió n c o n tr a r ia a la néuticos hace cualquier cosa menos interpretar. En conse­
a u té n tic a [ ...] es u n in t é r p r e te sin e q u id a d , p u es p r e s u p o n e cuencia, todo intérprete que quiera interpretar de una manera
q u e el a u to r o b ie n ha h a b la d o o e s crito sin ju i c i o , o b ie n n o razonable y lógica, debe hacer la interpretación a partir de los
se h a c o m p r e n d id o a sí m is m o » (§ 13 8 , p . 75 )- E l in té r p r e te principios hermenéuticos» (§ 2 1 , pp. I I y s.).
só lo tie n e d e re ch o a apartarse de la in te r p r e ta c ió n q u e el p r o ­
p io a u t o r h a ce d e sus p r o p ia s p a la b ra s c u a n d o « e s e v id e n te
«losprincipios hermenéuticos internos son partes de los signos que
q u e el a u to r h a m o d ific a d o su p e n s a m ie n to y tie n e o tr o d is ­ deben ser interpretados; y los demás principios, que difieren
t in t o q u e c u a n d o e s c rib ía y c u a n d o in te r p r e ta b a sus p r o p ia s de ellos, son los principios hermenéuticos externos. El signo mismo
p a la b ra s» (p. 7 6 ). D e l m ism o m o d o q u e, cu a n d o exige fa m i­ que debe ser interpretado y su relación con el significado son
lia riza rse c o n las p e r fe c c io n e s d e l a u to r antes de la in te r p r e ta ­ principios hermenéuticos internos». (§ 22, p. 12).
c ió n , M e ie r n o d ic e c ó m o h a c e r lo , a q u í n o se p r e g u n ta si u n
ca m b io de se n tid o p r o d u c id o e n tre la c o m p o s ic ió n d e l texto y L o s p r in c ip io s h e r m e n é u tic o s a p a r t ir de lo s cu a les se lleva a
su e x p lica c ió n p o r el a u to r n o h a d e estar n e cesa riam en te f u n ­ cabo la in te r p r e ta c ió n p u e d e n ser su fic ie n te s o in s u fic ie n te s .
d ad o e n la in te r p r e ta c ió n m ism a. P u es a u n q u e esta m o d ific a ­ S e g ú n se a p oye u n a p r u e b a h e r m e n é u tic a e n p r in c ip io s h e r ­
c ió n e n e l p e n s a m ie n to d e l a u to r p u e d a n c o n fir m a r la o tr o s m e n é u tico s su fic ie n te s o in s u fic ie n te s , es ta m b ié n ella m ism a
te s tim o n io s , e llo n o sig n ific a q u e e n su e x p lic a c ió n , posterior a su fic ie n te o in s u fic ie n te . L a p r u e b a s u fic ie n te h ace al se n tid o
la m o d ific a c ió n , d e lo q u e antes h a b ía e scrito ca m b ie n e c e sa ­ h e r m e n é u tic a m e n te c ie r t o , y la in s u fic ie n te só lo lo h a ce h e r -
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 159
158 PETER SZONDI

«Los significados de las palabras derivadas se determinan por


m e n é u tica m e n te p ro b a b le . E l qu e M e ie r n o p o stu le la certeza
su derivación de palabras raíces. En consecuencia, el intér­
d e la in te r p r e ta c ió n sin d u d a su p o n e u n p r o g r e s o de la te o ría
prete puede conocer el sentido literal por la etimología. La
h e r m e n é u tic a re sp e cto a C b la d e n iu s . M ie n tr a s q u e C h la d e -
homonimia de una palabra comprende todos los significados
n iu s , a p e s a r d e v e r e n el s ig n ific a d o u n e x c e d e n te o b je tiv o que una palabra suele significar cuando se la usa; y el signifi­
resp e cto de la in te n c ió n , in siste e n la certeza de la in te r p r e ta ­ cado de una palabra puede conocerse por medio de otra pala­
c ió n y la su sten ta so b re u n a base ta n in c ie r ta c o m o la c o in c i­ bra que significa lo mismo, pero que es más conocida. En
d e n cia de in te n c ió n y c o m p re n sió n , M e ie r r e c o n o c e esta d e fi­ consecuencia, el intérprete puede conocer por la homonimia
c ie n c ia c o n stitu tiv a d e la d e m o s tr a c ió n h e r m e n é u tic a , q u e él y la sinonimia el sentido literal» (§§ 1 4 5 Y s->PP’ 7 $ y s.).
d is tin g u e d e la ló g ic a . « L a m ás s ó lid a ce rte za h e r m e n é u tic a
n u n c a está exen ta d e l te m o r a lo c o n tr a r io . N o es, p o r ta n to , S i el d ic c io n a rio es el p r im e r m e d io h e rm e n é u tic o , el segu n d o
u n a ce rte za a p o d íc tic a . [ ...] Q u i e n esp era d e u n in t é r p r e te es la gram ática. E sta en señ a —se d ice e n el § 14 8 — « la s d e c lin a ­
o d e u n c o m e n ta d o r u n a d e m o s tr a c ió n m a te m á tic a , esp e ra cio n es de las p alabras y las tra n s fo rm a cio n e s de lo s sig n ifica d o s
u n a co sa im p o s ib le y a b s u r d a » (§ 2 4 2 , p p . 125 Y s .) . S i el qu e de ellas resu lta n , así co m o las co n s tru ccio n e s c o n las p a la ­
in té r p r e te q u ie re m o stra r la ve rd a d d el se n tid o m e d ia n te u n a bras y lo s s ig n ific a d o s d e las e x p re sio n e s qu e re su lta n d e estas
p r u e b a in s u fic ie n te , d eb e ta m b ié n « m o s tr a r la p r o b a b ilid a d co n stru ccio n e s y sus c a m b io s » (p. 8 0 ). A u n q u e el d ic c io n a r io
h e r m e n é u tic a de la m ism a » (§ 2 4 3 )- Ésta resu lta de u n a v a lo ­ y la gram ática de h e c h o a p o rta n , co m o vem o s, p r in c ip io s h e r ­
r a c ió n d e las ra z o n e s e n p r o y e n c o n tr a d e u n a d e te rm in a d a m e n é u tico s, M e ie r in siste e n q u e n o co n stitu ye n ello s m ism o s
in te r p r e ta c ió n . p r in c ip io s h e r m e n é u tic o s , sin o q u e só lo so n m e d io s. H a y así
¿ Q u é e n tie n d e M e ie r p o r m e d io h e r m e n é u t ic o y p o r qu e guardarse
p r in c ip io h e r m e n é u tic o ?
M e ie r h a b la d e lo s m e d io s h e r m e n é u tic o s c o n r e la c ió n al «i) de considerar, en la teoría y en la práctica, un dicciona­
« s e n t id o lit e r a l» . E ste p u e d e c o n o c e r s e e n el d is c u r so e n sí rio como un principio hermenéutico. Pues aunque cien
m is m o , s in r e fe r e n c ia al a u to r , esto es, le y e n d o p a la b ra s, veces se suponga o se pueda suponer que el autor del diccio­
e x p r e s io n e s y c o n s tr u c c io n e s su eltas. L o q u e las p a la b ra s, las nario no se ha equivocado, ha podido equivocarse, y, por
e x p r e s io n e s y las c o n s tr u c c io n e s d e u n a le n g u a d e te r m in a d a
tanto, un intérprete hace un juicio precipitado cuando
supone un sentido literal basándose en el diccionario; 2) de
h a n sig n ific a d o y p u e d e n c o n tin u a r sig n ific a n d o , lo d e cid e el
aceptar, prejuzgando por las apariencias, todo lo que el dic­
u so d e esa le n g u a . P o r eso es el u so d e l le n g u a je u n p r in c ip io
cionario da por verdadero» (§ I4 7 >P- 7 9 )-
h e r m e n é u tic o d el cu al el in té r p r e te d eb e p a r tir p a ra c o n o c e r
el se n tid o lite ra l. E l ú n ic o m e d io q u e —p a ra vo lver a la d e f in i­
c ió n — fa cilita y fa vo rece el c o n o c im ie n to d el sig n ific a d o p o r el Y a ú n a ñ a d e M e ie r q u e , « e n lo to c a n te a la g r a m á t ic a » , el
in té rp re te d eb e « e v ita r to d o a q u ello d e lo qu e d eb e g u ard arse
p r in c ip io h e r m e n é u tic o d e l u so lin g ü ís tic o es el d ic c io n a r io .
E n él e n co n tra m o s n o sólo el u so de las palabras, sin o ta m b ié n e n el d ic c io n a r io » (§ 1 4 8 , p . 8 0 ) . Y e n e l § 14 9 a fir m a d e
m an era lap id a ria : « L a s o b serv acio n es q u e se h a n h e c h o so b re
la e tim o lo g ía y lo s h o m ó n im o s y s in ó n im o s d e las m ism as.
i6o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 l6l

lo s d ic c io n a r io s y la gram ática v a le n ta m b ié n p a ra tod a la f i l o ­ se lim ita a la c o rre c c ió n , y q u e la id e a de que el u so lin g ü ístico ,


lo g ía » (p . 8 o ) . la e tim o lo g ía , la h o m o n im ia y la s in o n im ia p u e d a n r e s u lta r
L a tesis de qu e la filo lo g ía n o es u n p r in c ip io h e r m e n é u - p ro b le m á tic o s co m o p r in c ip io s h e r m e n é u tic o s n o le pasa p o r
tic o , p o r lo q u e c o n ella n o es p o s ib le lle g a r a n in g u n a in t e r ­ la m e n te . S in r e p r o c h a r e n m o d o a lg u n o al h e r m e n e u t a d e l
p r e ta c ió n , n o s h ace r e c o rd a r aqu ellas re fle x io n e s q u e h ic im o s sig lo X VIII e l n o h a b e r te n id o e n cu e n ta lo s h e c h o s d e la l i n ­
s o b r e e l e je m p lo d e u n v e rso d e El capricho de un amante, de g ü ística h istó rica , lo s cuales só lo d esp u és d el n a c im ie n to e n el
G o e t h e . E l ve rso d ic e : « G u a n d o p ie n s o e n e llo , m i c o r a z ó n sig lo XIX d e la m o d e r n a f ilo lo g ía c o m o d is c ip lin a h is tó r ic a
estalla d e c ó le r a » 63, y este verso n o s p e r m it ió m o s tra r q u e su p u d ie r o n se r el p r in c ip a l o b je to d e in v e s tig a c ió n , h a y q u e
in t e r p r e ta c ió n n o se basa p r im a r ia m e n te e n la in f o r m a c ió n , se ñ a la r a q u í q u e la e tim o lo g ía e s cla re ce la d e r iv a c ió n d e las
q u e el d ic c io n a r io o fr e c e , d e q u e e n a q u e lla ép o ca la p a la b ra p alabras, p e ro n o n e cesa ria m en te el sig n ifica d o d e las p alabras
Bosheit [m a licia , m ald ad ] p o d ía s ig n ific a r ta m b ié n « e n o j o » o d erivad as. E n e fe c to , to d a p a la b ra p u e d e s u fr ir a lg ú n ca m b io
« c ó le r a » , s in o e n la c a p a c id a d p a ra c o m p r e n d e r q u e , y p o r d e sig n ifica d o e n la h isto ria , y co m o tal ca m b io está a m e n u d o
q u é, la p a la b ra tie n e q u e sig n ific a r a q u í « c ó le r a » y n o « m a l­ lig a d o a la d e riv a c ió n m ism a —a la c o m p o s ic ió n o a la a m p lia ­
d a d » , y que esta c o m p re n s ió n resu lta de la in te rp re ta c ió n . P o r c ió n de la p alabra m ed ia n te u n p r e fijo o u n su fijo —, el r e to r n o
eso p u d o ya e n to n c e s c o n s id e r a r s e el d ic c io n a r io c o m o u n al o r ig e n sie m p re te n d r á q u e a lte r a r p r e c isa m e n te el s ig n if i­
m e d io h e r m e n é u tic o , y n o co m o u n p r in c ip io h e r m e n é u tic o . cado de la p alabra d erivad a. P o r eso, la etim o lo g ía n o fa cilita la
P ero esta tesis n o tie n e e n M e ie r n i el m ism o sig n ifica d o n i las a p re cia ció n d el sig n ifica d o de u n a p a la b ra d erivad a, p e r o p e r ­
m ism a s c o n s e c u e n c ia s . S i el d ic c io n a r io y la g ra m á tic a , si la m ite r e p r o d u c ir el p ro c e so d el ca m b io de sig n ific a d o . N o o tra
filo lo g ía e n su c o n ju n t o n o c o n s titu y e u n p r in c ip io h e r m e ­ co sa su ce d e c o n la h o m o n im ia y la s in o n im ia . S i, ta m b ié n
n é u tic o p a ra el arte d e la in te r p r e ta c ió n d e M e ie r, n o es p o r ­ a q u í, el d ic c io n a r io só lo p u e d e se r c o n s id e r a d o c o m o u n
q u e el u so lin g ü ís tic o , d e l cu a l in fo r m a la filo lo g ía , n o sea u n m e d io h e r m e n é u tic o , y n o co m o u n p r in c ip io h e r m e n é u tic o ,
p r i n c i p i o h e r m e n é u t ic o , s in o p o r q u e las in fo r m a c io n e s de n o es só lo p o r q u e lo s h o m ó n im o s o lo s s in ó n im o s q u e da el
ésta so b re el u so lin g ü ístico p u e d e n ser falsas. E llo hace in c o n ­ d ic c io n a r io ta m b ié n p o d r ía n ser falso s, sin o ta m b ié n p o r q u e
s e c u e n te , y u n ta n to c ó m ic a , la a d v e r te n c ia de M e ie r d e q u e lo s h o m ó n im o s y lo s s in ó n im o s c o r r e c to s n o g a r a tiz a n la
hay q u e g u a rd a rse « d e acep ta r, p r e ju z g a n d o p o r las a p a r ie n ­ c o r r e c c ió n d e u n a in te r p r e ta c ió n . G u a n d o M e ie r a firm a q u e
cias, to d o lo q u e el d ic c io n a r io da p o r v e r d a d e r o » , p u e s lo « e l sig n ifica d o de u n a p a la b ra p u e d e co n o ce rse p o r m e d io de
q u e vale p ara la in te r p r e ta c ió n te n d ría qu e valer p ara el u so d el o tr a p a la b ra q u e s ig n ific a lo m is m o , p e r o q u e es m ás c o n o ­
d ic c io n a r io , es d e c ir, el p o s tu la d o d e la e q u id a d h e r m e n é u ­ cid a » (§ 14 6 , p . 79)> n o advierte q u e p ara establecer la s in o n i­
tic a , la d is p o s ic ió n a c o n s id e r a r u n a in f o r m a c ió n c o m o m ia hay qu e c o n o c e r ya el sig n ificia d o de la p alabra a in te r p r e ­
c o r r e c ta m ie n tra s n o se e v id e n c ie lo c o n t r a r io . P e ro m ás tar. E l d ic c io n a r io es u n m e d io m e d ia n a m e n te ú til n o ta n to
im p o rta n te es a q u í o bservar q u e to d o el escep ticism o de M e ie r d e b id o a sus p o sib le s e r r o r e s c o m o a qu e reg istra lo s s i n ó n i ­
m os p o sib les de u n a le n g u a dada, n o lo s sin ó n im o s relevan tes
63 C f r . ca p ítu lo 2 , p p . 7 1 y s. p a ra u n caso p a r t ic u la r . Es d e c ir , só lo c u a n d o n o se p u e d e
i 62 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 163

e n te n d e r u n a p a la b ra p o r ser d e sco n o cid a , p u e d e el s in ó n im o c o n c o r d a n c ia p a rte de la p a la b ra , d e l sig n o , y n o de lo d e sig ­


o fr e c id o p o r d ic c io n a rio fa cilita r la in te r p r e ta c ió n , n o cu a n d o n a d o , só lo p e r m ite r e c o n o c e r lo s h o m ó n im o s , n o lo s s in ó n i­
la p a la b ra n ecesita in te r p r e ta c ió n d e b id o a sú p o lis e m ia . P ues m os. P ero u n o s y o tro s so n —y esto es u n a co n secu en cia d el sis­
lo s s in ó n im o s q u e trae el d ic c io n a r io s u p o n e n esa p o lis e m ia , tem a h e r m e n é u t ic o — ig u a l de re le v a n te s p a ra la te o r ía d e lo s
m ien tra s q u e p a ra la in te r p r e ta c ió n só lo p u e d e n c o n s titu ir u n pasajes p a ra lelo s tal co m o la c o n o c e la te o ría de la in te r p r e ta ­
p r in c ip io h e r m e n é u tic o aquellos s in ó n im o s q u e se r e la c io n a n c ió n d el siglo X V I I I .
c o n el sig n ific a d o a ctu a liza d o e n el pasaje d e u n a p a la b ra q u e
e n sí es p o lisé m ic a . P ara em p le a r la te r m in o lo g ía d e Sau ssu re, «Los pasajesparalelos (locaparallela) son oraciones o partes de ora­
el d ic c io n a r io p r o p o r c io n a in fo r m a c ió n so b re la langue, m ie n ­ ciones que tienen semejanza con el [un] texto. Son semejan­
tras q u e el pasaje q u e hay qu e in te r p r e ta r p e rte n e c e a la parole. tes al texto o bien en cuanto a las palabras, o bien en cuanto al
significado y al sentido, o bien en ambos respectos. Los pri­
E l p a so d e la langue a la parole —así p u e d e d e fin ir s e in d ir e c t a ­
meros producen el paralelismo verbal (parallelismus verbalis), los
m e n te la c o m p r e n s ió n d e u n p a sa je —, la r e p r o d u c c ió n d e la
segundos el paralelismo respecto de la cosa (parallelismus realis), y los
a ctu a liza ció n , sólo p u e d e d e b e r al d ic c io n a r io , co m o a la g ra ­ terceros el paralelismo mixto (parallelismus mixtus)» (§ 151, p- 81).
m á tica , a la filo lo g ía e n su c o n ju n t o , e l c o n o c im ie n t o d e sus
p o sib ilid a d e s: el d ic c io n a r io y la g ra m ática p u e d e n d e m o stra r M ie n tra s el p a ra le lis m o ve rb a l p e r m ite r e c o n o c e r la h o m o n i­
q u e u n a in t e r p r e ta c ió n es falsa p o r q u e s u p o n e u n a r e la c ió n m ia, el p a ra le lis m o r e sp e c to d e la cosa p e r m it e r e c o n o c e r la
e n tr e langue y parole, u n a a c tu a liz a c ió n q u e n o es p o sib le ; p e r o s in o n im ia . G o m o e n lo s h o m ó n im o s y e n lo s s in ó n im o s ,
e l d ic c io n a r io y la g ra m á tic a n o p u e d e n d e m o s tr a r qué p aso M e ie r ve e n lo s p a ra le lis m o s d e la p a la b ra y de la cosa p r i n c i ­
e n tr e lo s p o sib le s es el c o r r e c to , qué a c tu a liz a c ió n d e tod as las p io s h e rm e n é u tic o s . E l m é to d o d e lo s pasajes p a ra lelo s q u e se
p o sib le s hay q u e r e p r o d u c ir e n u n caso c o n c re to p a ra o b te n e r en señ ab a e n el sig lo X V I I I se d is tin g u e de la p rá c tica a ctu a l e n
e l se n tid o c o rr e c to . P o r eso, n i la e tim o lo g ía n i la h o m o n im ia qu e n o só lo c o n o c e la id e n tid a d ve rb a l, sin o ta m b ié n la id e n ­
y la s in o n im ia s o n p r in c ip io s h e r m e n é u tic o s . L a in t e r p r e ta ­ tid a d d e las co sa . C o n este m é to d o se esp e ra b a c la r ific a r u n
c ió n tie n e , antes b ie n , su p r in c ip io e n sí m ism a, e n la p r o d u c ­ pasaje o scu ro n o só lo de aq u ello s pasajes e n lo s q u e se em p lea
c ió n de evid en cia. la m ism a p a la b r a , s in o ta m b ié n d e a q u e llo s e n lo s q u e la
E s tr e c h a m e n te lig a d o al p r o b le m a d e la h o m o n im ia y la m ism a co sa es d e sig n a d a c o n o tr a p a la b r a . Y c ie r ta m e n te se
s in o n im ia y a su fu n c ió n h e rm e n é u tic a se h alla el p r o b le m a de p la n te a b a la m ism a c u e s tió n d e la q u e m ás a rr ib a h e m o s t r a ­
lo s pasajes p a ra le lo s . A s í c o m o aq u éllas están reco g id a s e n lo s tado : si la s in o n im ia y la h o m o n im ia p u e d e n valer co m o p r i n ­
d ic c io n a r io s , lo s pasajes p a ra lelo s co n stitu y e n , p o r así d e c irlo , cip io s h e rm e n é u tic o s . E l p a ra lelism o verb a l es fá cil d e estab le­
el d ic c io n a r io p a rtic u la r de u n a o b ra . Las co n co rd a n c ia s —que cer, p u es se basa e n la id e n tid a d de las palabras, p e r o saber si la
c o n o c e m o s y u tiliza m o s e n la B ib lia , e n las o b ras de lo s a u to ­ m ism a p a la b ra tie n e e n lo s d os pasajes el m ism o sig n ific a d o , y
res clásicos y, cada vez m ás, e n las de au to res m ás recien tes—, el si el p asaje p a ra le lo es el a p r o p ia d o p a ra c la r ific a r el s ig n if i­
r e g is tr o d e lo s p asajes e n lo s q u e a p a re c e u n a p a la b r a , só lo cado d e lo s pasajes qu e hay q u e in te rp re ta r, n o es algo qu e esté
re p r e se n ta la m ita d d e este d ic c io n a r io im a g in a r io . C o m o la d e c id id o d esd e el p r i n c i p i o , sin o q u e lo d e c id e p r im e r o la
164 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 165

in te r p r e ta c ió n 64. Y a ú n m ás d u d o so es e l v a lo r p r o b a to r io d el p a ra le lis m o fu n d a d o e n la c o n e x ió n d e las p a la b ra s p o d r ía


p a ra le lism o resp ecto de la cosa. D a d o q u e su p o n e la n o - id e n ­ e je m p lific a r se e n u n a n á lisis co m p a ra tiv o de las m e tá fo ra s e n
tid a d d e lo s signos y la id e n tid a d só lo d e lo d esig n a d o , bay q u e g en itivo e n u n p o e m a o e n u n p o eta lír ic o , cuyo p a ra lelism o se
p reg u n ta rse có m o esta id e n tid a d p u e d e establecerse antes d e la basase só lo e n e l m o m e n to fo r m a l d e la r e la c ió n e n tr e d os
in te r p r e ta c ió n . E l arte de la in t e r p r e ta c ió n de M e ie r n o só lo p a la b ra s. L o s pasajes p a ra le lo s , e s c rib e C h la d e n iu s , d e b e r ía n
ig n o r a esta cu estió n , sin o q u e adem ás da p re fe re n c ia al p a ra le ­ « p r o p o r c io n a r n o s m ás a m e n u d o la lu z m ás clara p a ra d e scu ­
lism o resp ecto de la cosa fre n te al p a ra le lism o verb al. b r i r el v e rd a d e r o s e n tid o d e lo s p a sa jes o s c u r o s , p e r o sirv e n
m ás p ara in s tr u irn o s so b re cosas q u e d eb em o s a p re n d e r d e lo s
«Cuanto más similares son los pasajes paralelos, y más vin­ lib ro s. G racias a ellos o b te n e m o s co n ce p to s claros y detallad os,
culados están entre ellos, más fácilmente se puede reconocer ello s n o s c o n d u c e n al c o n o c im ie n to d e las causas y de la c o n e ­
a partir de uno el sentido literal del otro, y menos insufi­ x ió n de las cosas y ello s n o s p o n e n en co n d ic io n e s de c o n s tru ir
cientes son como principios hermenéuticos. Por eso, el
u n sistem a c o n verd ad es d isp ersa s» (§ 3 0 0 , PP- * 7 ^ y s .). Esta
paralelismo respecto de la cosa es un principio hermenéutico
u t iliz a c ió n d e lo s p asa jes p a r a le lo s , q u e n o es p r o p ia m e n t e
mejor que el paralelismo verbal, y el mixto es aún mejor»
(S 154, pp. 8 % y s.). h e r m e n é u tic a , n o s es fa m ilia r —p ié n se s e e n el Kant-Lexikon de
E is le r , e n e l Hegel-Lexikon d e G lo c k n e r o e n el Indexzu Sein und
Zpit—. P ero e n lo q u e c o n c ie r n e a la f u n c ió n h e r m e n é u tic a de
E sta fir m a c ió n só lo p u e d e c o m p r e n d e r s e si se tie n e u n a id e a
lo s pasajes p a ra lelo s, C h la d e n iu s lla m a la a te n c ió n so b re a lg u ­
p r e c is a de lo q u e s ig n ific a la o r ie n t a c ió n a la c o s a 65. E sta
n o s p u n to s y algunas d ife re n c ia s qu e ta m b ié n so n im p o rta n te s
o r ie n t a c ió n d e te r m in a ta m b ié n la h e r m e n é u t ic a de M e ie r .
p a ra u n a h e r m e n é u tic a a ctu a l —c o n in d e p e n d e n c ia d e q u e n o
M ie n tra s q u e e n el Ensayo de un arte general de la interpretación, q u e es
veam os e n lo s pasajes p a ra le lo s n in g ú n m o m e n to e x te r io r a la
só lo u n c o m p e n d io , M e ie r apenas se ex tie n d e e n las p a rtic u la ­
in t e r p r e ta c ió n , in d e p e n d ie n t e d e ésta, d e su e rte q u e ésta se
rid ad es d el m é to d o de los pasajes p a ra lelos, co n te n tá n d o se c o n
p u ed a apoyar e n ellos, sin o m ás b ie n algo q u e hay q u e in te g ra r
a firm a r qu e lo s pasajes p aralelos so n p r in c ip io s h e r m e n é u tico s
e n la in te r p r e ta c ió n .
in s u fic ie n te s , e n la Introducción... d e C h la d e n iu s se e n c u e n tr a n
E n p r im e r lu gar, C h la d e n iu s señala el p ro b le m a c o n el que
a lg u n a s o b s e r v a c io n e s 66. C o m o M e ie r , C h la d e n iu s c o n o c e
ya n o s h e m o s e n c o n tr a d o al c o n s id e r a r la « in t e r p r e t a c ió n
ta m b ié n ta n to el p a ra le lis m o v e rb a l c o m o el p a ra le lis m o r e s ­
a u té n tic a » e n M e ie r, q u e n o es sin o la a u to in te r p re ta c ió n : la
p ecto de la cosa, in clu so in d ica o tro s p aralelism os n o fu n d a d o s
p o sib ilid a d de qu e, e n el intervalo d e tie m p o que separa lo s dos
en la id e n tid a d de la p a la b ra o d e la cosa, sin o e n la id e n tid a d
pasajes p aralelos, e l a u to r haya m o d ifica d o su p e n sa m ie n to :
d e la in t e n c ió n o d e la c o n e x ió n d e las p a la b ra s (§ 3 0 0 ) . E l

64. C fr . P. Szon d i, Überphilologische Erkenntnis, en P. Sz., Hólderlin-Studien, 19 6 7 , 2 a ed ., Frank- «Como el autor de un escrito no escribe de una vez, sino en
furt, 197 ° (= ed ición Suhrkam p, B d . 3 7 9 )» pp- 27 y ss. [^ A cerca del co n o cim ien to filo ­ momentos distintos, y como entre ellos puede muy bien
ló g ic o » , Estudios sobre Hólderlin, B arcelona, D estin o , 19 9 2 , trad. d e j . L . V erm al].
65 S o b r e la c o n c e p c i ó n c h la d e n ia n a d e l t e x t o , c f r . e l c a p ít u lo 4 » P P - 9 9 y ss.
haber cambiado de opinión, no hay que tomar juntos los
66 S e g ú n u n a lista de S z o n d i, §§ 3 0 0 , 3 0 4 , 3 9 3 , 3 9 4 > 39& y 5 ° 2 - pasajes paralelos de un autor sin hacer ninguna distinción,
i6 6 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 167

sino sólo aquellos que escribió manteniendo la misma opi­ C u a lq u ie ra qu e sea la f u n c ió n que q u ep a asignar o a tr ib u ir a la
nión. De esto se sigue que lo que un autor ha escrito en c o n tr a d ic c ió n en tre dos pasajes d e u n a o b ra , lo im p o r ta n te es
muchos libros, e incluso lo que ha escrito en distintas partes qu e C h la d e n iu s c o n s id e ra este lím ite de la va lid ez d el m é to d o
de una sola gran obra, no debe juntarse indistintamente d e lo s pasajes p a ra lelo s —¿p u e s e n qu é m a n u a l de n u e stro siglo
como si constituyese una sola afirmación suya. En efecto,
e n co n tra m o s algo se m e ja n te ? —, y, cosa n o m en o s im p o rta n te ,
como escribir una gran obra requiere mucho tiempo, en un
r e c o n o c e qu e la p o s ib ilid a d d e estas c o n tr a d ic c io n e s d e p e n d e
mismo libro se pueden encontrar opiniones contrarias, y
nosotros podemos haber estado conformes primero con una d e l g é n e r o , d e l modus dicendi d e la o b r a e n q u e a p a r e c e n . E v i­
y más tarde con la otra» (§ 304* p. 179)- d e n te m e n te , es n e c e s a r io i r m ás a llá d e sus d is t in c io n e s y
e x p lic a c io n e s, p u es las c o n tr a d ic c io n e s o las in c o n s e c u e n c ia s
P o r a certad a q u e sea esta o b serv a ció n , y p o r n e cesa rio q u e sea
d e u n a o b ra n o so n sim p le m e n te co n se cu e n cia d el tie m p o q u e
h a c e r la , d a d o q u e lo s pasajes p a ra le lo s s u e le n u tiliz a r s e , h o y
n e cesitó su c o m p o s ic ió n , sin o m ás b ie n d e la p o sib le in te g ra ­
co m o en to n c e s, d e m a n era bastan te a crítica , la crítica n o d ebe
c ió n e n la o b ra d e l e le m e n to te m p o r a l. S i el c u rso te m p o r a l
lim it a r s e a la c u e s tió n d e si d e trá s d e lo s su p u e s to s p asajes
n o es u n sim p le o b je to p a ra la o b r a (tie m p o n a r r a d o ) n i u n
p a r a le lo s está la m ism a in t e n c ió n o si ésta h a c a m b ia d o ; el
m e d io d e e x p r e s ió n e x t e r io r a su i n t e n c ió n (tie m p o d e la
o b je to de la crítica d eb e ser ta m b ié n la p rem isa d e q u e, antes o
n a r r a c ió n ) ; si la id e a d e la o b r a s ó lo se revela e n su m o v i­
in d e p e n d ie n t e m e n t e d e la in t e r p r e t a c ió n d e d o s p a sa jes, es
m ie n to h a c ia fu e r a , e n su sa lid a a la d ife r e n c ia te m p o r a l, la
p o sib le d e te rm in a r si éstos p r o c e d e n o n o d e la m ism a in t e n ­
o b ra só lo p u e d e c o n c e b ir s e c o m o u n p r o c e s o e n el q u e cada
c ió n . L a tesis de q u e e n u n a o b r a v o lu m in o s a se p u e d e n
p asaje d eb e ser in te r p r e ta d o t e n ie n d o e n c u e n ta su p o s ic ió n
e n c o n t r a r o p in io n e s c o n tr a r ia s p o r q u e la c o m p o s ic ió n d e la
e n d ic h o p r o c e so . Esta r e la c ió n e n tre la estru ctu ra d e la o b ra y
m ism a r e q u ie r e m u c h o tie m p o , c o n d u c e a G h la d e n iu s a u n
la te m p o ra lid a d es u n o de lo s tem as de la te o ría h istó rica de las
se g u n d o p u n to im p o r ta n te : las d ife r e n c ia s de g é n e r o , q u e la
fo r m a s lite r a r ia s , d e la cu a l só lo h a y a lg u n o s r u d im e n t o s
h e r m e n é u tic a ta m b ié n d ebe te n e r a q u í e n cu en ta.
—co m o la Teoría de ¡a novela d e L u k á cs o e l lib r o so b re el d ra m a
«Los libros que han sido escritos según el método didáctico alem á n de B e n ja m ín —. L a Filosofía de la música moderna d e A d o r n o
empleado en la matemática tienen esta ventaja por encima de c o n tie n e im p o rta n te s o b serv a cio n es al resp e cto . S ó lo so b re la
todas las demás: que en ellos no es posible encontrar nada base d e lo s c o n o c im ie n to s a d q u irid o s p o r m e d io d e u n a te o ría
contradictorio, ni tampoco opiniones distintas. Pues si en el h istó ric a de las fo rm a s lite ra ria s q u e ten g a e n cu e n ta el f e n ó ­
curso de su composición se producen cambios de opinión, se
m e n o d el tie m p o de la o b ra p o d r á la h e rm e n é u tic a d e sa rro lla r
haría necesario, en virtud de este método, cambiar también
la crítica , esbozada p o r C h la d e n iu s , d e l m é to d o d e lo s pasajes
todo lo anterior. En otros libros, en cambio, no sólo es posi­
ble que uno mismo se contradiga, sino que la contradicción p a ra lelo s e n te n d id a c o m o p re g u n ta p o r la c o n d ic ió n de p o s i­
sirva además para encontrar una escapatoria en caso necesario, b ilid a d de la in te r p r e ta c ió n basada e n lo s pasajes p a ra lelo s.
como cuando hay que dar cuenta de una opinión; incluso U n te rce r tip o d e « m a l em p le o d e los pasajes p a ra le lo s » es
algunos pueden ver como una gentileza el que alguien muestre el q u e se da
en sus escritos algo de escepticismo» (§ 3 ° 4 >pp- 179 7 s-)-
i68 PETER 5Z0ND! INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 l 69

«cuando se pretende derivar el significado de las palabras Y a q u í vu elve a p la n te a rse la c u e s tió n d e las c o n se cu e n cia s
metafóricas en un lugar determinado del uso metafórico de q u e e l p o s tu la d o d e la e q u id a d h e r m e n é u tic a , tal c o m o lo
las mismas palabras en otro lugar. Es sabido que se puede
d e fin e la te o ría d e la in t e r p r e ta c ió n de M e ie r , tie n e p a ra la
aprender el significado común de las palabras a partir deluso
d e c isió n h e r m e n é u tic a de s u p o n e r e n u n pasaje el sig n ific a d o
de las mismas en ocasiones diferentes; partiendo de esta
regla, que se tiene por más general de lo que realmente es, se p r o p io o el im p ro p io (es d ecir, m e ta fó rico ), o, en o tro s té r m i­
supone que, puesto que en otro lugar, o en varios, se utiliza n o s, el d irecto o el in d ir e c to . M e ie r a trib u ye al sig n o a rtificia l
la palabra en este sentido figurado, en otros pasajes debe u n tip o de p e r fe c c io n e s p o sib le s q u e, si c o in c id e n c o n las d el
tener este mismo sentido» (§ 396, p. 281). a u to r, la in te r p r e ta c ió n d eb e su p o n e r qu e existen m ien tra s n o
se d em uestre lo c o n tra rio , si la in te rp re ta c ió n h a de ser e q u ita ­
tiva c o n el a u to r. N o siem p re se p u e d e n ig n o ra r las c o n s e c u e n ­
Y d e sp u é s d e ilu s tr a r c o n u n e je m p lo la p o s ib ilid a d d e u n a
cias de este p o stu lad o c o n u n e n c o g im ie n to de h o m b ro s y acaso
in te r p r e ta c ió n falsa co m o a q u élla, C h la d e n iu s establece
c o n la m ism a so n risa q u e M e ie r n o s a rra n ca c u a n d o d ic e q u e

«la regla de que el significado figurado de una palabra en un e n la in te rp re ta c ió n d e b e n p r e fe rirs e , e n in terés d e la eq u id a d


pasaje determinado no se puede determinar con certeza a h e rm e n é u tica , lo s sig n ifica d o s v irtu o so s a lo s v icio so s, lo s p ia ­
partir de otro pasaje donde también se usa la palabra, pero dosos a los im p ío s y lo s p ú d ic o s a lo s im p ú d ico s. Y a la cu estió n
para otra cosa. Pues una palabra puede usarse en diversas de si el u so lin g ü ís tico , la c o n v e n c ió n , es u n p r in c ip io h e r m e -
ocasiones en un sentido figurado, y en cada uso se forma un n é u tico y, si lo es e n verd ad , es u n p r in c ip io su ficie n te o in s u ­
concepto nuevo; por eso, si yo sé que en este lugar la palabra fic ie n te , co n stitu y e u n o d e lo s p r o b le m a s de la h e r m e n é u tic a
tiene este sentido figurado, no tengo por qué suponer que
actual. C h la d e n iu s p a rte de la id ea de q u e « se p u e d e a p re n d e r
en otro lugar tendrá este mismo sentido» (§ 398, p. 283).
el sig n ificad o c o m ú n [es d e cir, n o m eta fó rico ] de las p alabras a
p a rtir d el u so de las m ism as e n ocasion es d ife r e n te s» (p. 2 8 1).
T a m b ié n a q u í bay q u e la m e n ta r q u e la m e to d o lo g ía al u so e n M e ie r ve e n este a cu erd o c o n el u so lin g ü ístico u n a de las p e r ­
lo s e s tu d io s lit e r a r io s de n u e s tra é p o c a n o se haya d ig n a d o feccio n es de los signos artificia les o in te n cio n a le s.
escla recer las cu estio n es de las qu e la h e r m e n é u tic a p r e filo s ó ­
fic a d e l sig lo X V I I I h a tra ta d o , y a las cu a les r e s p o n d ió c o n «Quien se sirve de signos intencionales [...] debe [...] imi­
reglas q u e p o sib le m e n te n o p u e d a n h o y m a n ten erse como tales tar siempre en la designación a los signos naturales tanto
reg la s, p e r o cu yo c o n t e n id o c o b r a cada vez m ás a c tu a lid a d . como aquéllos lo permitan. Por eso, los signos intencionales
P e ro la r a z ó n de q u e la h e r m e n é u tic a actu al ten g a q u e revisar de que se sirve y los signos que otros han encontrado deben
la regla fo rm u la d a p o r C h la d e n iu s es q u e ésta p a rte d el em p leo
ser tan inteligibles e incontestables como sea posible. Esta
inteligibilidad incontestable puede mantenerla si asocia al
m e ta fó r ic o d e u n a p a la b ra sin t e n e r e n cu e n ta q u e la p r o p ia
signo aquel significado que la mayoría de quienes usan ese signo
p e rc a ta c ió n d el u so m e ta fó ric o d e u n a p a la b ra es ya p a rte d e la
acostumbran a asociar en la mayoría de las ocasiones. Y de
in te r p r e ta c ió n . Esta n o p u e d e d e p e n d e r d e q u e haya o n o u n esta costumbre nace el u s o d e s ig n a tiv o (u s u s s ig n a n d i) o coinciden­
u so m e ta fó r ic o . cia entre aquellos que se sirven de determinados signos para
170 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 171

asociarles determinados significados. En consecuencia, un o tra fu n d a m e n ta c ió n , p e r o sin ju s tific a r a q u ella p r e fe r e n c ia y


intérprete debe, en la interpretación de los signos intencio­ sus r a z o n e s. P o r eso q u is ie r a c e r r a r esta p a rte d e d ic a d a a la
nales, considerar como hermenéuticamente verdadero aquel e x p o s ic ió n d e l a rte d e la in t e r p r e ta c ió n d e M e ie r , y c o n e lla
significado que es conforme a los usos designativos mientras la se cció n d ed icad a a la ép o ca d e la Ilu stra ció n , c o n u n a o b s e r ­
no se demuestre lo contrario» (§ 97> pp. 51 y s.). v a c ió n de ca rá cter p r o g r a m á tic o . U n a d e las tareas d e la h e r ­
m e n é u tic a a ctu a l es la d e e x a m in a r la p r á c tic a a ctu a l d e la
E sta c o n c e p c ió n , qu e h a b ría qu e ex a m in a r e n r e la c ió n c o n lo in te rp re ta c ió n p ara saber, en tre otras cosas, si cu a n d o se p la n ­
q u e F r ie d r ic h S c h le g e l d e n o m in ó e n el fr a g m e n to n ° 2 5 de tea la cu estió n d el sig n ifica d o de u n pasaje, u tiliza co m o h i p ó ­
Lyceum e l « p o s tu la d o d e lo c o m ú n » 67, s u p o n e a la vez p a ra la tesis d e tra b a jo la n a tu ra le z a m e ta fó r ic a o n o m e ta fó r ic a d el
in te r p r e ta c ió n u n a je r a r q u ía de sensus d istin to s. C o m o el s ig n i­ pasaje. S i tal fu e ra el caso, h a b ría q u e p reg u n ta rse e n q u é c r i­
fic a d o p r o p io de las p a la b ra s su e le se r m ás c o n o c id o y f r e ­ te rio s se basa esta h ip ó tesis de tra b a jo . A p u n ta ré algu nas p o s i­
cu en te qu e el im p ro p io y, e n co n secu en cia , está m ás a m e n u d o b ilid a d e s : la c o n s id e r a c ió n d e q u e el u so n o m e t a fó r ic o es,
e n la m en te de q u ien e s se sirven d e las p alabras, a q u el s ig n ifi­ c o m o u so « p r o p i o » fr e n te al « i m p r o p i o » , el u so n a tu r a l,
ca d o , el p r o p io , es m ás claro q u e éste, el m e ta fó r ic o , « p o r q u e c o n lo q u e el u so m e ta fó r ic o d e b e ser d e m o s tra d o (es d e c ir,
este ú lt im o n o p u e d e ser r e c o n o c id o e n las p a la b ra s sin ser falsada la h ip ó te s is d e tra b a jo se g ú n la cu a l el p asaje n o es
e m p le a r e l p r o p io in g e n io y h a c e r u n a c o m p a r a c ió n c o n el m e ta fó ric o ). O la d e cisió n p ro v isio n a l, co m o p u e d e calificarse
s ig n ific a d o p r o p io . E n c o n s e c u e n c ia , u n in t é r p r e te p r e fie r e a la h ip ó te s is d e tra b a jo , se g u ía p o r e l g é n e r o al q u e la o b ra
sie m p re el s ig n ific a d o p r o p io y d ir e c to al im p r o p io m ie n tra s p erte n e c e . O resu lta n o ser in d e p e n d ie n te d el in terés q u e gu ía
n o se e v id e n c ie lo c o n t r a r io . E n c o n s e c u e n c ia , al h a c e r la a la in te r p r e ta c ió n : p u es se c o m p re n d e q u e cu a n to m ás m e ta ­
in te r p r e ta c ió n n u n c a hay q u e ap artarse sin n e ce sid a d d el sig ­ fó r ic o es el texto , m ás r ic o es el b o t ín . O b ie n —ú ltim a p o s ib i­
n if ic a d o p r o p io d e las p a la b ra s, y ta n to m e n o s c u a n to m ás lid ad — la h ip ó tesis de trab ajo aparece co m o u n a expectativa que
im p e rfe c to y reb u sca d o es el se n tid o im p r o p io , fig u r a d o , a le ­ d e p e n d e d e l c o n te x to : sea c o m o c o n t r a - d e te r m in a c ió n , q u e
g ó r ic o , e t c .» (§ 1 7 2 , p p . 91 y s .) . S e ría fá c il d e m o s tr a r el H ara ld W e in rich co n sid era co m o u n a característica de la m e tá ­
m o m e n to h istó ric o de esta tesis: la crítica de la Ilu stra c ió n a la f o r a 68, sea c o m o a n a lo g ía q u e s u p o n e q u e la p a la b r a es u n a
aleg o resis d e la escolástica y a la a le g o ría d e l B a r r o c o . P e ro el m e tá fo ra p o r q u e e n su c o n te x to h ay o tr a q u e se c o r r e s p o n d e
h e c h o d e la d esv alo rizació n de la e x p re sió n m e ta fó rica fr e n te a c o n ella y q u e ya fu e e n te n d id a c o m o m e tá fo ra . N o h ay d u d a
la n o m e ta fó r ic a es p a ra la h e r m e n é u t ic a m e n o s im p o r ta n te d e q u e este a n á lisis d e la p r á c tic a h e r m e n é u t ic a te n d r á q u e
q u e la c u e s tió n d e si e n n u e s tra p r á c tic a in te r p r e ta tiv a , q u e d esem b o ca r e n u n a crítica de la m ism a —e n el se n tid o q u e esta
rech a za tal je r a r q u ía , n o p erviv e la a c titu d q u e M e ie r m o tiv ó p alabra tuvo e n K ó n ig s b e r g , n o e n el qu e tie n e e n D a h le m 59—:
c o n e l p o s tu la d o d e la e q u id a d h e r m e n é u t ic a ; s in d u d a c o n

68 C f r . H . W e in ric h , Tempus. Besprochene und emáhlte Welt, S tu ttg art, 1 9 6 4 , p . 10 8 [Estruc-


67 Kritische Friedrich-Schlegel-Ausgabe, ed . d e E . B e h le r c o n la co la b o ra c ió n d e J .- J . A n s te tt turaj Junción de los tiempos en el lenguaje, M a d rid , G re d o s , 1974 -] •
y H . E ic h n e r, P a d e rb o rn , M ú n ic h , V ie n a , 1 9 5 8 y ss., p . 1 4 9 . 69 A lu s ió n a la u n iv e rsid a d crític a en la U n iv e r sid a d L ib re de B e r lín .
172 PETER SZONDI

e n in t e r r o g a c ió n p o r las p re m isa s d e esas d e c is io n e s p revia s 8


q u e siem p re h em o s ya to m a d o cu a n d o in te rp re ta m o s u n texto,
e n c o n o c im ie n to d e lo s c o n d ic io n a m ie n to s de n u e stro h a cer,
de lo s qu e n o n os lib e ra m o s p re cisa m e n te ig n o r á n d o lo s .

A l m e n o s d esp u és d el a rtíc u lo de D ilth e y titu la d o El surgimiento


de la Hermenéutica (1900), q u ie n e n A le m a n ia h a b la u oye h a b la r
de h erm e n é u tica p ien sa ante to d o e n S c h le ie rm a c h e r. C u a n d o
D ilth e y c o n s id e r a e lo g io s a m e n te a S c h le ie r m a c h e r c o m o el
fu n d a d o r d e la h e r m e n é u tic a c ie n tífic a , n o p ie n sa só lo e n la
p o s ic ió n destacada q u e p a ra él o cu p a S c h le ie rm a c h e r en tre sus
c o n te m p o rá n e o s , e n la in te n s id a d c o n q u e éste se o c u p ó c o n
el p ro b le m a de la h e r m e n é u tic a d u ra n te dos d e cen io s y m e d io
(d e 1805 a 1829). S u s p r im e r a s n o ta s so b re el tem a d ata n de
1805, y e n 1829 p r o n u n c ió e n B e r lín lo s d is c u rso s s o b r e el
c o n ce p to de h e rm e n é u tic a .
E l a rtícu lo d e D ilth e y es al m ism o tie m p o te s tim o n io d e la
a fin id a d existen te en tre la m e to d o lo g ía , qu e él m ism o d e sa rro ­
lló , d e las cien cias d e l e s p íritu y la h e r m e n é u tic a de S c h le ie r ­
m ach er, a fin id a d qu e le im p id e h a cer ju stic ia a la h erm e n é u tica
d e la I lu s t r a c ió n 70. S in q u e e llo su p o n g a e n lo m ás m ín im o
subestim ar lo s m érito s de S ch leierm a ch er, hay que d e cir fren te
a D ilth e y q u e , d e sp u é s d e h a b e r e x a m in a d o lo s p r e c e d e n te s

70 W . D ilth e y , Die Entstehungder Hermeneutik, p p . 3 2 5 y s.


174 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 i75

h istóricos y su actualidad latente, ya n o es p osible ver en S c h le ie r- e m p r e n d e su v u e lo , ta n to m ás lo será el c o n o c im ie n t o d e l


m a c h e r al fu n d a d o r de u n a nueva cien cia . A n te s b ie n d eb em o s co n o c im ie n to . P ero esto sig n ifica qu e la h e rm e n é u tica de S c h ­
m o stra r su c o n c e p c ió n de la h e rm e n é u tic a e n su co n tex to h is ­ le ie rm a c h e r só lo p u e d e e n te n d e rs e so b re el fo n d o d e l p a isa je
t ó r ic o y e x a m in a r sus tesis h e r m e n é u tic a s e n el m a rco d e la in te le c tu a l d ib u ja d o p o r W in c k e lm a n n y H e r d e r , K a n t y
c o n c e p c ió n actual de la p oesía y de la h isto ria . S i se p ien sa e n el F ich te, G o e th e y S c h ille r, S c h e llin g y H e g e l. P o r to d o esto, al
añ o e n qu e S ch leierm a ch er p r o n u n c ió sus dos d iscursos ante la tratar a h o ra de S c h le ie rm a c h e r y sus p red eceso res in m e d ia to s,
A c a d e m ia (1829)> s o r p r e n d e el re tra so c o n q u e la é p o c a d e l d esp u és de h a b e r d is c u tid o lo s sistem as h e r m e n é u tic o s de
id e a lism o a lem á n fo r m u ló lo s p r in c ip io s de su h e rm e n é u tic a . G h la d en iu s y d e G e o r g F r ie d r ic h M e ie r, n o se p u e d e h a b la r n i
P u e s, d esd e el p u n to d e vista d e la h is to r ia d e l p e n s a m ie n to , de c o n tin u id a d n i d e d is c o n tin u id a d . N o se p u e d e h a b la r de
c o n S ch leierm ach er n o co m ie n za n ada n u e v o : su esbozo de u n a c o n tin u id a d p o r q u e el m e d io sig lo q u e sep ara a S c h le ie r m a ­
h e rm e n é u tica está más b ie n satu rad o de los c o n o c im ie n to s y las ch e r de M e ie r fu e u n a d e las g ra n d es cesuras en la h isto ria d el
e x p erien c ia s de lo s d e cen io s p re ce d e n te s . D ilth e y n o m b r a « la p e n s a m ie n to ; n i ta m p o d e d is c o n t in u id a d p o r q u e el n u e v o
in te r p r e ta c ió n de obras de arte p o r W in c k e lm a n n » , la « c o m ­ co n ce p to de la h e rm e n é u tica , p o r m u ch o q u e estuviera ya rea ­
p e n e t r a c ió n c o n g e n ia l c o n las alm as de ép o cas y p u e b lo s » de liza d o e n lo s e scrito s d e lo s estético s, filó s o fo s y p o eta s a rrib a
H e r d e r « y la filo lo g ía , elab orad a d esde el n u evo p u n to de vista n o m b ra d o s, n o se co n stitu yó hasta después de 18 0 5 .
e sté tico , de H e y n e , F r ie d r ic h A u g u s t W o lff y lo s d is cíp u lo s de L o s dos d iscu rsos qu e S c h le ie rm a c h e r p r o n u n c ió e n agosto
este ú lt im o » , p e r o sobre to d o el « p r o c e d im ie n to de la filo s o ­ y en o ctu b re de 18 2 9 e n f l ° s asam bleas p len arias de la A ca d e m ia
fía tra s c e n d e n ta l a le m a n a , c o n s is te n te e n r e m o n ta r s e , p o r P ru s ia n a d e C ie n c ia s , sus d os d iscu rso s a ca d é m ico s, lle v a b a n
d etrás d e lo d ad o a la c o n c ie n c ia , hasta u n a fa cu lta d c re a d o ra p o r títu lo Über den BegriffderHermeneutik, mit BezugaufF.A. WolfsAndeu-
q u e, p o r la u n id a d de su a cció n , y sin c o n c ie n c ia de sí m ism a, tungenundAstsLehrbuch (p p . 1 2 3 -1 5 6 ) (Sobre el concepto de hermenéutica,
p r o d u c e en n o so tro s la fo rm a en tera d el m u n d o » 71. H asta aqu í con referencia a las Indicaciones de F.A. Wolfy al compendio deAst). Para S c h ­
D ilth e y , cuya in t e r p r e ta c ió n d e K a n t d esd e su filo s o fía d e la le ie r m a c h e r , su p r o y e c to d e u n a h e r m e n é u tic a n o e ra, p u es,
v id a es asaz p r o b le m á t ic a . E l h e c h o d e q u e la h e r m e n é u t ic a u n a creado ex nihilo. N i lo s dos filó lo g o s clásicos lo s r e p re se n ta n ­
de a q u ella ép o ca n o en co n tra se su fo r m a d e fin itiv a hasta b ie n tes de u n a h e rm e n é u tica q u e h u b ie ra que su p erar. S c h le ie rm a ­
tard e, p o c o antes de llegar a su fin y después d e qu e se d e sa rro ­ ch er co n sid era b a sus trabajos « c o m o lo m ás im p o rta n te a p are­
lla r a n n u evas c o n c e p c io n e s estéticas y filo s ó fic a s , a m é n d e la cid o e n esta m a teria » (p. 12 5 ); Y tras estas palabras leem os:
filo s o fía de la h isto ria , p u e d e te n e r su e x p lica ció n e n la n a tu ra ­
«Si Wolf es para nosotros el espíritu más fino, la genialidad
leza reflexiva de la d iscip lin a: si el co n o c im ie n to es —e n palabras más libre de la filología, y si el señor Ast aspira a proceder en
d e H e g e l72— u n a actividad d el ocaso, de la h o ra en que la lech u za todas estas cosas como un filólogo que piensa filosófica­
mente, será muy instructivo y provechoso reunir a ambos. Y
71 Ibid., pp. 3 2 6 y s.
72 G .W .F . H egel, Grundlinien der Philosophie des Rechts, B erlín , 18 2 1. Werke inzioanzig Bánden, así me pareció que lo más conveniente era ligar mis propias
ed. de E. M olden h au ery K .M . M ichel a partir de Werke 1 8 3 2 -1 8 4 5 > Frankfurt a.M ., ideas sobre el tema a las frases de estos maestros, a los que
1 9 7 0 , vol. 7, p. 28 (Vorrede) [Principios de lafilosofía del derecho, Barcelona, Edhasa, 19 8 7,
trad. d e j . L. Verm al].
tomo como guías» (p. 125)-

4.
176 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 177

Esta refe re n cia de S c h leierm a c h er a sus dos p red ecesores, p e ro a q u e lla d e d ic a to r ia es la m e jo r in t r o d u c c ió n a u n u n iv e rs o


n o m e n o s la c irc u n s ta n c ia d e q u e la e x p o s ic ió n d e su h e r m e ­ in telectu al en el qu e lo s Elementos de A s t fig u ra n co m o el p r im e r
n é u tica en cu e n tre n o pocas d ificu ltad es d e b id o a la a b u n d an cia sistem a h e r m e n é u tic o . A l lí leem os:
y d iversid ad de fu en tes —las notas de 1 8 0 5 -1 8 0 9 , el c o m p e n d io
de 1819, los d iscursos ante la A ca d e m ia de 18 2 9 , -as apostillas a «R e c ib a G oeth e, c o n o ce d o r y p in to r del esp íritu griego, con
sus le c c io n e s —, r e c o m ie n d a n ex a m in a r p r im e r a m e n te u n a de b e n e v o le n c ia la o fr e n d a a fe c tu o sa d e l co m ie n z o de u n a
colección de escritos y artícu los d estin ad os a ilu m in a r aq u í y
las o bras citadas p o r S c h le ie rm a c h e r e n el títu lo de sus d is c u r ­
allá el gran ed ificio de c o n o cim ie n to s en que o rig in alm en te
sos ante la A ca d e m ia : las Grundlinien der Grammatik, Hermeneutik und
h abitó aquel esp íritu q u e em belleció la vida. —A aqu el entre
Kritik (Elementos de gramática, hermenéuticaj crítica), de F r ie d r ic b A s t,
los alem anes en q u ien , en u n a em p resa de este g é n e ro , p r i­
p r o fe s o r d e filo lo g ía —es d e c ir, de filo lo g ía clásica— e n la u n i ­ m ero se p e n saría p o r ser aq u el en cuyas ob ras y proy ectos, y
versid a d de L an d sb u t; o m ás exactam en te: la p arte de esta o b ra en m edio de u n am b ien te terrib lem en te m o d e rn o , ese e sp í­
d e d ic a d a a la h e r m e n é u t ic a 737
. L a h e r m e n é u tic a d e su co le g a
5
4 ritu b ien h ech or h alló u n a segu n d a r e s id e n c ia » 76.
W o lf, estu d ioso de H o m e r o y m u ch o m ás c o n o c id o q u e él, sólo
p u d o c o n o c e r s e a p a r tir de u n a e d ic ió n d e e scrito s p o stu m o s
U n a so la p a la b ra se r e p ite e n estas q u in c e lín e a s ca lcu la d a s y
a p arecid a e n 1831 co m o p arte de sus Vorlesungen über die Alterthums­
so lem n es: tres veces se h a b la d e l « e s p ír it u » ( g r ie g o ), « a q u e l
wissenschaft (Lecciones sobre ciencias de la antigüedad)74. Las Indicaciones de
esp íritu qu e em b elleció la v id a » , « a q u e l esp íritu b ie n h e c h o r » .
W o lf so b re la h e r m e n é u tic a , q u e S c h le ie r m a c h e r m e n c io n a
É sta es la p a la b ra clave de la h e r m e n é u tic a de A s t, y al m ism o
ju n t o al c o m p e n d io d e A s t, se e n c u e n tr a n en la Darstellung der
tie m p o el p u n to en qu e la « n u e v a » h e rm e n é u tica se d ife re n cia
Alterthumswissenschaft (Presentación de las ciencias de la antigüedad)75, p u b li­
de la h e r m e n é u tic a d e la I lu s tr a c ió n . T o d a s las d istin tas c o n ­
cada e n e l p r im e r n ú m e r o , a p a r e c id o e n 1 8 0 7 , d e la revista
cep cio n es h e rm e n é u tica s de m ed ia d o s d el siglo X V I I I y p r in c i­
Museum der Alterthumswissenschaft, d e la q u e W o lf era c o e d ito r. Este
p io s d el X I X p u e d e n d ed u cirse de la in tr o d u c c ió n en la h e r m e ­
n ú m e r o a p areció d ed ica d o a G o e th e c o n palabras que te stim o ­
n é u tic a de este t é r m in o m u ltív o c o , c a m b ia n te y d if íc il de
n ia n q u e esta ép o ca n o sólo retro sp ectiv am en te fu e la ép o ca de
d e fin ir e n su co n te n id o y e n su fu n c ió n , u n té r m in o im p e n s a ­
G o e th e , sin o qu e ella m ism a se co n sid era b a así, al m en o s e n lo
b le e n la te r m in o lo g ía d e las te o ría s d e la in t e r p r e ta c ió n q u e
q u e se r e fie r e al cla sicism o d e G o e th e (a u n q u e el p r im e r
c o n o c ió la ép o ca de la Ilu stra ció n . S i lo s tem as de estas teo ría s
ro m a n ticism o m an tu viera u n a a m b igu a r e la c ió n de a m o r -o d io
e ra n el s e n tid o y la a p lic a c ió n d e u n p asaje, la in t e n c ió n d el
c o n e l cla sicism o , y n o m e n o s c o n G o e t h e ) . E l c o m ie n z o de
a u to r y la cosa p o r é l d esign ad a —lo ra cio n a l, el efecto p s ic o ló ­
g ico , lo real—, el de la h e rm e n é u tic a de la ép o ca de G o e th e era
73 F r. A st, Grundlinien der Grammatik, Hermeneutik und Kritik. L a n d sh u t, 1 8 0 8 , p p . 1 6 5 -2 1 4 -
ante to d o el e sp íritu , a q u el e s p íritu g rieg o im a g in a d o a p a r tir
74 F r. A u g . W o lf, Vorlesung über die Encyclopadie der Altertumswissenschafi, e n F r. A u g . W .,
Vorlesungen üner die Alterthumswissenschaft, ed . d e J .D . G ü r t le r , v o l. I, L e ip zig , 18 3 1, p p . de su d e s c r ip c ió n p o r W in c k e lm a n n y H e r d e r , y su e fe c to
271 - 3 0 2 .
75 F r. A u g . W o lf, Darstellung der Alterthums-Wissenschaft, en Museum der Alterthums-Wissenschafi,
ed . d e F r. A . W o lf y P h . B u ttm a n n , v o l. I, B e r lín , 1 8 0 7 , p p . I - 1 4 2 . T a m b ié n e n Fr.
A u g . W . , Kleine Schrifien, 18 6 9 , v o l. 2, p p . 8 0 3 - 8 9 5 - 76 Museum der Alterthums-Wissenschafi, op. cit., p p . III y s.
178 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 179

e m b e lle c e d o r y b ie n h e c h o r e n u n m u n d o « t e r r ib le m e n t e crasia co n tra el p ro g ra m a de filo lo g ía qu e A st p resen tó hace l 6 o


m o d e r n o » , e n u n a sín tesis id e a lista d e esté tica y ética ig u a l­ a ñ o s. S e g ú n este p r o g r a m a , el filó lo g o d eb e ser « n o só lo u n
m e n te d e s c o n o c id a p a ra la I lu s tr a c ió n e n a q u e lla su fo r m a , maestro de ¡a lengua o u n anticuario, sin o ta m b ié n u n filósofo y u n esté­
q u e, r e s p o n d ie n d o al n o m b r e d e h u m a n id a d , tu vo u n a g ra n tico (p. iv ) ; d eb e p o d e r [ ...] n o só lo d e s c o m p o n e r la le tra qu e
parte de resp o n sab ilid ad en el a lejam ien to cada vez m ayo r de las tie n e ante él e n sus p a rtes, sin o ta m b ié n in v estig a r el e s p íritu
ideas de los p rín cip e s d el esp íritu d e lo qu e era la realid ad p o lí­ q u e la fo r m ó p a ra a v e rig u a r su s ig n ific a d o s u p e r io r ; y sab er
tica, que los autores de la Ilu stra ció n a ú n ten ía n b ie n a la vista, a p re c ia r la fo r m a e n q u e la le tra se p re se n ta c o m o r e v e la c ió n
u n a leja m ien to que fin a lm e n te c o n d u jo a la b a rb arie. d el e s p íritu » (p. iv ) . S in esta vida cie n tífica su p e rio r —se lee en
E l a n á lisis de lo s Elementos de hermenéutica de A s t m o s tra rá el « P r ó lo g o » de A st— « la filo lo g ía es o m ero formalismo, o m ero
h asta q u é p u n t o e l c o n c e p to d e e s p ír it u n o só lo serv ía p a ra materialismo; lo p r im e r o cu a n d o se re d u ce al estu d io de u n so lo
d e te rm in a r e l f i n q u e la h e r m e n é u tic a d e la ép o ca d e G o e th e aspecto de la len gu a, y lo segu n d o cu an d o se red u ce a m era e r u ­
asignaba a la c o m p re n s ió n , sin o ta m b ié n c ó m o h a cía d esa p a ­ d ic ió n a n tic u a r ia » (p . i v ) . H o y p o d r ía su s c rib irse casi cada
recer en su aura n e b u lo sa to d o s los p ro b lem a s qu e p lan teab an , palabra de estas tesis p rogram áticas si se trata de lib e ra r a la f i l o ­
p o r e je m p lo , la d is ta n c ia te m p o r a l e n tr e a u to r y le c t o r o la sofía de la cegu era de siglo y m e d io qu e ella m ism a se p ro v o c ó ,
in te r d e p e n d e n c ia de texto y c o n te x to . E l p e n sa m ie n to h e r m e - d e la cegu era c o n qu e, in fatu ad a , se p re se n tó a sí m ism a co m o
n é u tico de la Ilu stra ció n , o n o lo s h ab ía p e rc ib id o e n ab so lu to , ju stic ia —co m o la Ju sticia c o n lo s o jo s ven d ad o s—. P ero casi cada
o se n cilla m en te lo s había e lim in a d o c o n su d e cisió n p revia p o r p alabra, n o todas. P ues ta m b ié n , o p recisa m en te, u n a filo lo g ía
lo q u e c o n s id e r a b a r a c io n a l —ex p re sa d a , p o r e je m p lo , e n la filo só fica m en te fu n d a m en ta d a ten d rá que negarse a ver to d o lo
in sisten cia en la in te n c ió n o e n la r e d u c c ió n d el se n tid o de u n qu e tie n e qu e ver c o n el esp íritu co m o eo ipso su p e rio r a la letra;
pasaje a la cosa d esign ada—. tal filo lo g ía in e x o r a b le m e n te h a b rá d e p re g u n ta rse sie m p re si
P ero n ada más e r r ó n e o q u e r e p r o c h a r a A st el qu e h a b la ra e n la le tra se expresa el e s p íritu , y si la resp u esta es a firm a tiva,
d el e s p íritu . S ó lo se le p u e d e r e p r o c h a r el q u e lo h ic ie r a c o n q u é e sp íritu , e n lu g a r de tra n s fig u r a rla sie m p re c o m o re v e la ­
tan ta lig ereza , el q u e, e n vez de llevar lo s p ro b le m a s de la h e r ­ c ió n del e s p íritu . Y p r e c is a m e n te u n a filo lo g ía e s té tica m e n te
m en é u tica ante el trib u n a l de la filo s o fía , y de dar a las c u e s tio ­ fu n d a m en ta d a (o u n a estética q u e p ro c e d a filo ló g ica m e n te ) n o
nes filo ló gica s la im p o rta n cia d ebid a a sus im p lica cio n es filo s ó ­ p o d rá aceptar sin m ás la tesis d e A s t de que « la in stan cia ú ltim a
fica s, y a sus s o lu c io n e s o tra base m ás só lid a , crey era p o d e r o suprema qu e a cu erd a la m a teria y la fo r m a e n u n a u n id a d viva
s u p e ra r tod as las d ific u lta d e s y c o n tr a d ic c io n e s in v o c a n d o al q u e está p o r e n c im a d e am bas [es] el e s p íritu , e l p r in c ip io
esp íritu . Se le p u ed e re p ro ch a r el q u e atribu yera al esp íritu u n a e te r n o fo r m a d o r d e to d a v id a » (p . V; el p r im e r su b ra ya d o es
fu n c ió n a rm o n iza d o ra . Esta d is tin c ió n es im p o rta n te , p o rq u e m ío [P. S z .]). P ues esta filo lo g ía d eb e r e co n o ce r su m isió n e n el
c o n el a scen so d e l p o s itiv is m o , la filo lo g ía d e la é p o c a de an á lisis d e las r e la c io n e s e n tr e m a te ria y fo r m a e n u n a o b ra
G o e th e , q u e A s t r e p re se n ta , fu e o b je to d e d e s p r e c io . S i u n dada, e n lu gar de p o stu la r ap resu rad am en te que estas relacio n es
filó lo g o actual d iagnosticase e n su d iscip lin a u n retro ceso c ie n ­ co n s titu y e n unidad viva y p e r m it ir q u e la in t e r p r e ta c ió n q u e d e
tífic o de u n o s 15 0 años, n o h a ría m ás qu e expresar su id io s in ­ d eterm in a d a p o r esta im a g en id eal. Y en cu an to al c o n ce p to de
i8o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - S l8 l

unidad viva, h a b ría q u e p r e g u n ta r s e si d e b e estar lib r e d e to d a cosa. Y el le cto r o el in térp rete co m p re n d e n co rrecta m en te
c o n tr a d ic c ió n in te rn a , si d ebe ser sc h e llin g ia n o m ás q u e h e g e - el pasaje si so n capaces de r e p r o d u c ir la idea d el a u to r so b re tal
lia n o o h ó ld e r lin ia n o ; si este co n ce p to d e u n id a d p u e d e a p are­ cosa, si se fo rm a n la m ism a id ea so b re ella. L a h erm e n é u tica de
cer co m o u n co n ce p to a rm ó n ico só lo p o r q u e la u n id a d es p e n ­ la Ilu stra c ió n n o se p la n te a el p r o b le m a de có m o u n e s p íritu
sada c o m o a n t e r io r a la e m p iría , e n lu g a r d e ser, c o m o e n la extrañ o p u e d e ser c o m p re n d id o p o r q u e p a ra ella c o m p re n d e r
d ia lé c tic a h e g e lia n a y e n la p o é tic a h ó ld e r lin ia n a , a n te to d o n o es c o m p re n d e r al a u to r, sin o c o m p re n d e r su co m p re n sió n .
re su lta d o d e o p o s ic io n e s reales, d e ser m e d ia d o r a e n tre éstas. S u p resu p u esto , p ara ella n o p ro b le m á tic o , es la p o sib ilid a d de
P ero A st era d iscíp u lo de S ch ellin g . e n te n d e r las cosas de este m u n d o —u n a p o sib ilid a d qu e todavía
A st ve e n el e sp íritu tan to la c o n d ic ió n d e p o sib ilid a d d e la e n M e ie r se fu n d a e n el carácter de signo de las cosas, e n la rela ­
c o m p re n s ió n co m o la fin a lid a d de ésta: « T o d o c o m p re n d e r o ció n de d ep en d en cia en tre la crea ció n y su in te rp re ta ció n p o r el
in te r p r e ta r n o só lo u n m u n d o ex tra ñ o , sin o , e n g e n e ra l, o tro h o m b re (explicado naturae)—. P o r eso es u n h ech o cru cial e n la h is­
m u n d o , es a b so lu ta m e n te im p o s ib le sin la u n id a d e id e n tid a d to r ia de la h e r m e n é u tic a el q u e e n A s t y e n S c h le ie r m a c h e r el
o rig in a l de to d o lo espiritual y sin la u n id a d o rig in a l de todas las o b je to de la in te r p r e ta c ió n ya n o sean e l p asaje o la o b ra , lo s
cosas en el esp íritu » (§ 7 0 , p p . 167 y s.). Para el esp íritu n o hay cuales están a su vez referid o s a u n a cosa cuyo co n o cim ie n to ellos
a b so lu ta m e n te n a d a en sí e x tr a ñ o , p u e s to q u e él es la u n id a d rep resen tan y es el objetivo fin a l de la in terp reta ció n , sino qu e el
su p e rio r, in fin ita , el cen tro de to d a vida, n o lim ita d o p o r n i n ­ o b je to de la c o m p r e n s ió n sea el a u to r m ism o . E n r ig o r , só lo
g u n a p e rife ria . C u a lq u ie ra q u e sea el sig n ificad o de esta a firm a ­ en tonces aparece la co m p re n sió n co m o acto h erm en éu tico , des­
c ió n , la c u e s tió n d e las p r o p ie d a d e s y las fa cu lta d es d e esta p lazando a la in te rp re ta ció n . D esd e este p u n to de vista, el curso
su p re m a in sta n c ia só lo se p la n te a e n la h e r m e n é u tic a e n la regu lar de la h isto ria de la h erm en éu tica p ostu lad o p o r D ilth ey,
m e d id a e n qu e el acto de la c o m p re n s ió n es ig u a lm e n te p u esto q u e c o n d u c e de p rá c tica filo ló g ic a sin reglas a la fija c ió n de
b ajo su p ro te c c ió n . Y esto o cu rre e n p o lé m ica co n tra el sensua­ reglas, lu ego a la sistem atización de estas reglas y, fin a lm en te, al
lism o de los siglos X V II y X V III. « Q u e las cosas —escribe A st— v ie ­ análisis de la c o m p re n sió n , q u e es el « p u n to d e p a rtid a segu ro
n e n al esp íritu d el ex terio r e n im ágenes afluentes, e n im p re s io ­ p ara establecer las r e g la s » 77, es n o p o c o d u d o so , p u es la fu n d a -
n e s sen sib les o c o m o q u ie r a ex p lica rse lo q u e n o tie n e m e n ta ció n de la h e rm e n é u tica e n el análisis de la c o m p re n sió n
e x p lic a c ió n , es u n a id e a q u e se d estru y e a sí m ism a y q u e h a ce n o es sin más u n signo de p ro g reso en la ev o lu ció n de la h e r m e ­
tie m p o que ha sido aban d on ad a; el ser n o p u ed e co n vertirse en n éu tica: es ta m b ié n la co n se cu e n cia d e u n cam b io e n el o b je to
u n saber, n i lo c o rp ó r e o en e sp íritu , si n o están em p a ren tad o s de la in te r p r e ta c ió n , u n c a m b io q u e p u e d e ser r e d u c id o a la
c o n éste o n o están o rig in a lm en te e n u n id a d c o n é l» (§ 6 9 , p p . tra n s fo rm a c ió n q u e s u frió la te o ría d e l c o n o c im ie n to al pasar
166 y s.). E l sensualism o aqu í rechazado es el supuesto de aquella d el sensualism o al criticism o y al idealism o.
h e rm e n é u tic a o rien ta d a a la cosa q u e e n co n tra m o s e n C h la d e - Para la crítica h e ch a m ás a rrib a a la fu n c ió n a rm o n iz a d o ra
n iu s y todavía en M e ie r. L a in te rp re ta ció n es p ara éstos la c o m ­ d e l c o n c e p to d e e s p íritu e n A s t, es rele v a n te la id e a d e q u e el
p r e n s ió n de u n pasaje, la cual es a su vez en ten d id a co m o ex p li­
ca ció n qu e se da sobre u n a cosa. E l a u to r fo rm u la su id ea sobre 77 W . D ilth e y , Die EntstehungderHermeneutik, p . 3 2 0 .
i 82 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 183

e s p ír itu , d e cla ra d o c o n d ic ió n d e p o s ib ilid a d de la c o m p r e n ­ tem p o ral y relativam ente extrañ o a él. Pues sólo lo tem p o ral
s ió n (e n la m e d id a e n q u e to d a s las cosas fo r m a n o r i g in a l ­ y extern o (e d u c ac ió n , fo rm a c ió n , situ ac ió n , etc.) es lo que
m e n te u n a u n id a d e n el e sp íritu y e n q u e to d o lo e sp iritu a l es crea u n a d ife re n c ia d e n tro d e l e sp íritu . S i se h ace a b stra c ­
c ió n de lo te m p o ra l y e x te rn o co m o cau sa de d ife re n c ia s
o r ig in a lm e n te u n o e id é n t ic o ) , al m ism o tie m p o g a ra n tiz a la
accidentales con relació n al p u ro esp íritu , tod o s lo s espíritu s
s o lu c ió n d e to d o s lo s p r o b le m a s b e r m e n é u t ic o s cre a d o s p o r
so n id é n tic o s. Y éste es p re c isam e n te el fin q u e p e rsig u e la
las d ife re n cia s fácticas, tales co m o la d isp a rid a d en tre dos sig ­
fo rm ac ió n filológica: p u rific a r el esp íritu de to d o lo te m p o ral,
n ific a d o s d e u n a m ism a p a la b r a , la d is ta n c ia te m p o r a l e n tr e accid en tal y su b je tiv o , y c o n fe r ir le aq u e lla o r ig in a r ie d a d y
a u to r y le c to r y las diversas m an eras de ir e n la in te r p r e ta c ió n u n iversalidad que so n necesarias al h o m b re su p e rio r y p u ro ,
d e l t o d o a lo p a r t ic u la r y d e lo p a r t ic u la r al t o d o , e n las q u e c o n ferirle la humanidad: p a ra que el h o m b re p ercib a lo verd a­
u n o y o tr o a lte rn a tiv a m e n te se s u p o n e n , d a n d o así o r ig e n al d ero, lo b u e n o y lo b ello e n todas las form as y rep resen tacio ­
p r o b le m a d e l c ír c u lo h e r m e n é u t ic o . T o d o s estos p r o b le m a s nes, p o r extrañ as q u e sean , co n v irtie n d o esas cu alid ad es en
e stá n ya r e s u e lto s d e n tr o d e l c o n c e p to de e s p ír itu —c o n el su p r o p ia e se n cia y h a c ié n d o se así n u ev am en te u n o c o n el
esp íritu orig in al, p u ram en te h u m an o , d el que h abía salid o a
in c o n v e n ie n te de qu e esta s o lu c ió n existe ta n só lo e n la te o ría
cau sa de las lim ita c io n e s de su é p o c a, su fo r m a c ió n y su
d e la b e rm e n é u tic a , de qu e tie n e q u e reh u sa r establecer reglas,
situ a c ió n » (§ J O , p p . 168 y s.).
h a c ie n d o , p o r e n d e , im p o s ib le la p r á c tic a —. P o r eso , e l
r e c u rs o al p r o c e s o d e la c o m p r e n s ió n n o es p r e c is a m e n te , al
m e n o s e n A st, lo q u e D ilth e y d ecía q u e es: u n « p u n t o de p a r ­ A q u í, n o m e n o s q u e e n la f ilo s o f ía d e la h is t o r ia q u e A s t
tid a segu ro p a ra establecer las r e g la s » 78 —y m ás tard e h a b re m o s esboza, y a la qu e p r o n to n o s r e fe rire m o s, es clara la in fu e n c ia
d e p r e g u n ta r n o s si n o su ce d e lo m ism o e n S c h le ie r m a c h e r y d e S c h e llin g . G o m o e n S c h e llin g , to d a d iv ersid ad se re d u c e a
e n el p r o p io D ilth e y —79. u n a d ife r e n c ia rela tiva , y lo q u e p a re ce d iv erso es e n sí i d é n ­
L a sig u ie n te cita m o stra rá cla ra m e n te hasta q u é p u n to , e n tic o , c o n lo q u e la m is ió n d e l c o n o c im ie n t o es p u r if ic a r sus
el caso d e A s t, el c o n c e p to d e e s p ír it u e sca m o te a m ás q u e o b je to s de lo te m p o r a l, e x te r n o y a c c id e n ta l. A u n q u e n o
r e su e lv e e l p r o b le m a d e la d is ta n c ia te m p o r a l, u n p r o b le m a p u e d e d u d a rs e d e q u e la c o m p r e n s ió n d e l e s p ír itu a n tig u o
q u e c o n el n a c im ie n to de la c o n c ie n c ia h istó rica e n la segu n d a —p a ra u sar d e m o m e n to esta e x p re sió n — só lo es p o s ib le so b re
m ita d d el siglo X V I I I (H e rd e r) se a gu d izaría ta m b ié n e n la h e r ­ la b ase de u n a id e n t id a d d e lo e s p ir itu a l, h ay q u e in s is t ir e n
m e n é u tica : q u e esta id e n tid a d n o es a b so lu ta , e n q u e el e s p ír itu a n tig u o
só lo d eja d e ser tal e s p ír itu a n tig u o c u a n d o es lib e r a d o d e su
« N o co m p re n d e ríam o s n i la an tig ü ed ad en gen eral, n i u n a extrañeza. L a c o m p re n s ió n d el e s p íritu extrañ o se fu n d a c ie r ­
o b ra de arte o u n a o b ra escrita, si n u e stro e sp íritu n o fu ese tam en te en u n a a fin id a d , e n u n n o ser a b so lu tam en te ex tra ñ o ,
en sí y origin alm en te u n o co n el esp íritu de la antigü edad, ya
p e r o tie n e c o m o o b je to p r e c is a m e n te al e s p ír itu e x tra ñ o qua
q ue n u estro e sp íritu es capaz de acoger en sí el e sp íritu sólo
ex tra ñ o , y n o p u e d e co n seg u irse m ed ia n te su r e d u c c ió n a algo
qu e p e rm a n e ce siem p re id é n tic o , c o n la cu al el in d iv id u o qu e
78 Ibid.
79 C f r . el p r ó lo g o a la e d ic ió n alem an a. c o m p re n d e n o h a ría o tra cosa q u e reflejarse a sí m ism o .
!

I 84 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 185

A h o r a b ie n , n in g u n a e x p o sició n d el c o n ce p to qu e A st tie n e S c h e llin g : A s t fu e a lu m n o d e S c h e llin g e n J e n a , y e n su System


de la h isto ricid a d de las obras y de la r e d u c c ió n d e esta h is to r i­ derKunstlehre (Sistema de estética), p u b lic a d o e n 1 8 0 5 , d iv u lg ó la
c id a d e n la c o m p r e n s ió n p u e d e i g n o r a r e l h e c h o d e q u e su esté tica , e n to n c e s in é d ita , q u e S c h e llin g e n se ñ ó e n J e n a e n
h e r m e n é u t ic a só lo t ie n e p o r o b je to la c o m p r e n s ió n d e las 1 8 0 2 - 1 8 0 3 . A c o n tin u a c ió n d e las frases a n te r io r m e n te c ita ­
o b ra s de la a n tig ü ed a d . D e sp u és d e las tentativas d e fu n d a r en das, q u e h a b la n d e la r e u n ific a c ió n d e l h o m b re c o n « e l e sp í­
la ép o ca de la Ilu s tra c ió n u n a te o r ía g e n e r a l dé la in te r p r e ta ­ r itu o rig in a l, p u ra m e n te h u m a n o , d el q u e h a b ía salid o a causa
c ió n —G h la d e n iu s, M e ie r— h u b o u n regreso a las h e r m e n é u ti­ de las lim ita c io n e s d e su é p o ca , su fo r m a c ió n y su s itu a c ió n »
cas especiales, al cu al S c h le ie rm a c h e r sería el p r im e r o e n o p o ­ (p . 16 9 ), leem o s qu e esto n o es
n e r s e . E s b a sta n te c u r io s o q u e A s t n o ju z g a s e n e c e s a r io
« sim p le m e n te u n a id e a , c o m o p o d r ía p are ce rle s a q u ie n e s
e x p lica r esta r e s tr ic c ió n n i ech a r u n a m ira d a a las dem ás h e r ­
o p o n e n al id eal lo efectivo com o la realidad y la ú n ica verdad
m en éu tica s: sus Elementos de gramática, hermenéuticay crítica, qu e o r i ­
(p. 169), com o p ru eb a de m an era b ie n convincente la h isto ­
g in a lm e n te d e b ía n fig u r a r c o m o a p é n d ic e d e su Compendio de r ia su p e r io r (q u e n o se lim ita a c o le c c io n a r h e c h o s). E n
filología, a p a re c id o ta m b ié n e n 1 8 0 8 , tra ta n c o m o la co sa m ás efecto, si la h u m an id ad en sí es u n a, tam bién lo ha sid o en el
n a tu ra l só lo d e las c u e stio n e s q u e b r o t a n e n la fr e c u e n ta c ió n tiem p o, en tod a la g ran d io sa p le n itu d y pureza de sus fuerzas
d e las obras de la a n tigü ed ad g riega y ro m a n a , pues e n su ép o ca vitales: en el m u n d o o rie n ta l, q u e fu e p u ra m e n te m ític o y
la « filo lo g ía » era só lo « filo lo g ía c lá sica » . religioso p o rq u e aú n n o con o cía la o p o sic ió n tem p o ral entre
C o n estos su pu estos, la m is ió n qu e A s t asigna a la « f o r m a ­ la organ izació n real y la id eal. P o rq u e el pagan ism o y el c ris­
tian ism o fo rm a n tod av ía, p o r e je m p lo en el m u n d o in d io ,
c ió n filo ló g ic a » (p . 1 6 9 ), a saber, la p u r ific a c ió n d e l e s p íritu
u n a u n id a d : D io s es a la vez la p le n itu d o la to talid ad (p a n ­
d e to d o lo t e m p o r a l, a c c id e n ta l y s u b je tiv o , p o d r ía a p a r e c e r
te ísm o ) y la u n id a d de to d o lo viviente (te ísm o ). S ó lo d e s­
c o m o la m ás c o n f o r m e c o n u n c la sic ism o q u e pasa p o r alto
p u é s de que el o rie n ta lism o se d iso lv iera a sí m ism o a p a re ­
to d o s lo s d ato s h is tó r ic o s y n o d u d a d e la a ctu a lid a d ( n i d e la c ie ro n e n el tie m p o (c o m o p e r ío d o s de la fo r m a c ió n d el
p o s ib ilid a d d e u n a im it a c ió n ) d e l a rte y la p o e s ía a n tig u o s . h o m b re ) lo s e le m e n to s p a rtic u la re s de su n atu rale za: aq u í
P ero , m ien tra s q u e p a ra el clasicism o de la im ita c ió n d e W in c - em pieza la h istoria p ro p iam e n te dich a, la vida de la h u m a n i­
k e lm a n n es r e q u is ito in d is p e n s a b le la c o n s e r v a c ió n d e la dad que se despliega tem p o ral y sucesivam ente. L o s dos p o lo s
fis io g n ó m ica h istó rica d el arte g rie g o , y la im ita c ió n p u e d e l le ­ de la h isto ria so n el m u n d o g rie go y el m u n d o cristian o , que
sin em bargo e m e rg ie ro n am b o s de u n ú n ico p u n to central,
g ar a ser u n a ex ige n cia p o rq u e W in c k e lm a n n c o n sid e ra q u e las
el orien talism o , y que a causa de su u n id a d origin al asp iran a
circu n stan cias h istó rica s d e su tie m p o n o so n m u y favorab les al
reu n ificarse de nuevo en n u estro m u n d o . El triu n fo de nues­
a rte , c o n lo q u e n o se tra ta ta n to d e d e sp o ja rse d e l p r o p io
tra cu ltu ra será así el lib re ac u e rd o , co n scie n te m e n te r e a li­
r o p a je h is t ó r ic o c o m o d e c a m b ia r d e r o p a je (o , m ás e x a c ta ­ zado, en tre la vid a p o é tic a (p lástic a o grie ga) y la vid a r e li­
m en te, y p o rq u e lo s rop ajes en u so n o so n disfraces: de d isfra ­ giosa (m usical o cristian a) en la evolución cultural h u m a n a »
za rse ), el c la sic ism o r e p r e s e n ta d o p o r A s t está in te g r a d o e n (§ 7 0 , p p . 170 y s.).
u n a filo s o fía d e la h isto ria . Ésta c o in c id e e n p u n to s im p o r ta n ­
tes c o n la ex p u esta e n la Philosophie der Kunst (Filosofía del arte) de
i86 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 187

Y A s t añ ad e a m o d o de c o n c lu sió n : h istó ric a 80 se vuelve e n A s t su p e rflu o p o rq u e las p rem isas de su


filo so fía de la h isto ria p ro c e d e n de la filo so fía de la id en tid a d .
« T o d o surgió de u n solo espíritu, y aspira a volver a este
L a m ism a f u n c ió n tie n e esta c o n c e p c ió n d e l e s p íritu e n la
espíritu u n o . Sin el con o cim ien to de esta unidad original,
que huye de sí misma (se divide e n el tiem p o) y se busca de d iscu sió n d el c írc u lo h e r m e n é u tic o .
nuevo a sí misma, no sólo no seríamos capaces de com pren­
«La ley fundam ental de toda com prensión y de todo conoci­
der nada de la antigüedad, sino tam poco de la historia y de la
m iento es en con trar a partir de lo particular el espíritu del
cultura hum ana» (§ 70, p. 171).
todo, y concebir lo particular p o r m edio del todo; en el p ri­
m er caso, el m étodo de co n o cim ien to es analítico, y en el
E l p r in c ip io d e la h e r m e n é u tic a d e A s t n o es, p u e s, n in g ú n segundo sintético. Pero u no y otro sólo p ueden existir uno
cla sicism o de la im ita c ió n a je n o a la h isto ria ; la tarea h e r m e ­ con otro y uno en razón del otro, del mismo m odo que no se
n é u tic a —la c o m p r e n s ió n d e la a n tig ü e d a d — a p a re ce , p o r el puede pensar el todo sin lo particular como m iem bro suyo, y
c o n t r a r io , c o m o u n acto h is tó r ic o a su vez, —u n acto n o só lo lo particular sin el todo com o la esfera en que vive. N inguno
h is tó r ic a m e n te c o n d ic io n a d o , s in o c r e a d o r d e h is t o r ia —, es an terior al o tro, p o rq u e ambos se co n d icion an m utua­
c o m o u n m o m e n to e n la e v o lu c ió n d e l e s p ír itu q u e , a p a r t ir mente y son en sí mismos una sola vida armónica. Por eso, el
espíritu de la antigüedad no puede ser verdaderamente cono­
d e la o p o s ic ió n te m p o ra l e n la q u e se h abía en a jen a d o —G recia
cido en su conjunto si no lo captamos en sus manifestaciones
y el c r is tia n is m o —, a sp ira a t o r n a r a la id e n tid a d c o n s ig o
particulares, en las obras de los escritores de la antigüedad, e
m ism o . L a c o m p re n s ió n c o la b o ra a este r e to r n o d el e s p íritu a
inversam ente: no se puede com p rend er el espíritu de u n
sí m is m o al c o n e c ta r la a n tig ü e d a d , q u e p erv iv e e n las o b ra s
escritor sin el espíritu de la antigüedad en su conjunto.
q u e se in te n ta c o m p re n d e r, y el c ristia n ism o , al qu e p e rte n e c e A h ora bien, si sólo podem os conocer el espíritu de la a n ti­
el in d iv id u o q u e c o m p r e n d e . E sta sín te sis d e lo g r ie g o y lo güedad en su conjunto a través de sus m anifestaciones en las
cristia n o —a la cual aspiraba, casi e n lo s m ism o s añ o s, la p o esía obras de los escritores, p ero el co n o cim ie n to de éstas
ta r d ía d e H ó ld e r li n — p u d o in c lu s o se r c o n s id e r a d a c o m o la supone a su vez el del espíritu universal, ¿cóm o es p osible
tarea d e la h e rm e n é u tica . que, si sólo podem os conocer una cosa después de la otra, y
T ra ta n d o d e la c u e s tió n de la d istan cia h istó ric a e n la h e r ­ n o el tod o de una vez, llegu em os a co n o cer lo p a rticu lar
cuando éste su pone el co n o cim ie n to del to d o ? El círcu lo
m e n é u tic a , A s t m u e stra c la ra m e n te q u e él ya n o c re e , c o m o
que supone el que sólo pueda conocer a, b, c, etc., a través
a n te r io r m e n te la in te r p r e ta c ió n g ra m a tic a l, p o d e r salvar esa
de A , y este A sólo a través de a, b , c, etc., es in so lu b le si
d is ta n c ia s im p le m e n te c a m b ia n d o el sig n o o b s o le to . P e ro el
tanto A com o a, b , c, etc., son pensados com o co n trario s
e s p ír itu es e n sí m ism o a h is tó r ic o , lo te m p o r a l es c o n c e b id o que m utuam ente se co n d icio n a n y su p o n en , p ero no se
co m o algo p u ra m e n te relativo, y la re la c ió n d el le c to r m o d e r n o reconoce su unidad, p o r la cual A no resulta sólo de a, b, c,
c o n el texto a n tig u o está in teg ra d a e n e l m o v im ie n to d e l e s p í­ etc., n i es form ad o p o r éstos, sino que precede a éstos, los
r it u , e n su r e t o r n o a sí m is m o , p o r lo cu a l la c u e s tió n d e la atraviesa a todos de la misma manera, y a, b, c no son en ton-
c o n d ic ió n de p o sib ilid a d d el c o n o c im e n to h istó ric o p ie r d e su
relevan cia: lo q u e m ás tard e D ilth e y llam ará crítica de la ra z ó n 80 C f r . W . D ilth e y , Gesammelte Schriften, op. cit., v o l. J, p p . l 8 l y ss.
i88 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 l8 g

ces m ás q ue re p re se n ta c io n e s in d iv id u a le s d e l A ú n ic o . D e c ír c u lo sea in s o lu b le , sin o q u e el c ír c u lo sea e n te n d id o c o n ­


este m o d o , en A están ya o rig in a lm e n te p re se n te s a, b , c; fo r m e al m o d e lo d e la c o n t r a d ic c ió n ló g ic a y se le e n c u e n tr e ,
esto s m ie m b ro s n o so n sin o d e sa r r o llo s p a rtic u la re s d el A p o r e n d e , in s o lu b le . P o r eso, lo q u e e n A s t se p re se n ta co m o
ú n ic o , y en cad a u n o de ello s se e n c u e n tra ya A de u n a
s o lu c ió n al p r o b le m a d el c ír c u lo h e r m e n é u tic o es m ás b ie n su
m a n e ra p a rtic u la r, y p ara e n c o n tra r su u n id a d n o n ecesito
n e g a c ió n . E n lu g a r d e la in t e r d e p e n d e n c ia d e lo s m é to d o s
re c o rrer to d a la serie de p u n to s p articu lares.
a n a lítico y sin té tico , d e l c o n o c im ie n to fu n d a d o e n lo p a r tic u ­
S ó lo así m e es p osib le con o cer lo particu lar a través del tod o ,
e inversam ente, el to d o a través de lo p articu lar; p u es am bos la r y el c o n o c im ie n t o fu n d a d o e n el t o d o —u n a in t e r d e p e n ­
están d ad os a la vez en cada cosa p articu lar; con a está p u esto d e n c ia q u e , c u a n d o n o es p r e s e n ta d a c o m o c o n t r a d ic c ió n
a la vez A , p ues a es sólo m anifestación de A ; con lo p articu lar ló g ica , e v id en cia el ca rácter p r o c e s u a ly , p o r e n d e , a b ie rto de
está p u esto a la vez el to d o , y cu an to m ás avanzo en la a p r e ­ la c o m p re n sió n —, en co n tra m o s e n A s t la id e n tid a d apriori d e lo
h en sió n de lo p articular reco rrien d o la lín ea a, b , c, etc., m ás p a rticu la r y el to d o . Las p a rticu la rid a d e s se h a lla n reco gid as e n
patente y vivo es el espíritu, m ás se d esarro lla la idea del tod o el to d o , y el to d o se h alla esp ecifica d o en lo p a rtic u la r. S ie n d o
que b a b ro tad o ya en m í co n el p rim e r m ie m b ro de la serie.
e n A st el e s p íritu el télos de la c o m p r e n s ió n , só lo lo p a rtic u la r
E l e sp íritu n o se c o m p o n e de p a rtic u la rid a d e s, sin o q u e es
es —p a ra em p lea r el c o n c e p to d e M e ie r — u n p r in c ip io h e r m e ­
u n a esencia origin al, sim ple, entera e indivisa. E n cada p a rti­
cularid ad se conserva tan sim ple, entero e indiviso com o lo es n é u tic o . A q u í, lo s m é to d o s a n a lític o y Sin tético n o so n in t e r ­
en sí, es decir: toda particularidad n o es sin o la form a de ap a­ d e p e n d ie n te s n i se a p lica n a ltern a tiv am en te e n el m o v im ie n to
rec er el e sp íritu u n o ; lo p a rtic u la r n o e n g e n d ra, p u e s, el circu la r de la c o m p re n sió n ; la c o m p re n s ió n p ro c e d e só lo a n a ­
esp íritu o la idea creán d olos p o r c o m p o sició n , sin o que su s­ lítica m en te a p a rtir de lo p a rtic u la r, p e r o c o n fia n d o e n q u e lo
cita el espíritu, despierta la id e a » (§ 75>PP- y ss.). p a rtic u la r es sie m p re ta m b ié n e l to d o . E l an álisis es al m ism o
tie m p o sín tesis. A l c o n tr a r io q u e e n la c o n c e p c ió n a ctu a l d e l
S i re c o rd a m o s el dictum d e H e id e g g e r: « lo d ecisivo n o es sa lir círcu lo h e r m e n é u tic o , el to d o qua e sp íritu es d em asiad o b u e n o
d e l c ír c u lo , sin o e n tr a r e n él d e l m o d o j u s t o » 81, a d v e r tim o s p a ra servir de p r in c ip io h e r m e n é u tic o e ilu m in a r lo p a rticu la r
q u e p a ra A st el c ír c u lo h e r m e n é u tic o es to d a vía u n e scá n d a lo d e la m ism a m a n e r a q u e lo p a r tic u la r a rr o ja u n a lu z so b re el
ló g ic o y m e to d o ló g ic o : el c írc u lo h e r m e n é u tic o es algo q u e hay to d o . E n A st, el « t o d o » —q u e, si n o h a sid o fija d o p o r la f i l o ­
que r o m p e r . A u n q u e A st a firm e q u e el c ír c u lo d ebe p e r m a n e ­ sofía d e la id e n tid a d , co n tin u a m e n te se tra n sfo rm a p o r cu an to
ce r irre s u e lto m ien tra s se c o n c ib a n lo s d os m ie m b ro s, lo p a r ­ q u e é l es la c o n fig u r a c ió n d e cada p a rtic u la r id a d ya a p r e h e n ­
tic u la r (o , m ás e x a cta m en te, la se rie d e p a rtic u la r id a d e s ) y el d id a — es d is p e n sa d o d e esta f u n c i ó n h e r m e n é u tic a . C o n s e ­
t o d o , c o m o c o n tr a r io s , hay q u e o b serv a r q u e la n e c e s id a d de cu e n c ia de e llo es q u e e l c o n o c im ie n to d e u n a p a rtic u la r id a d
s o lu c ió n , o la ca ra cte riza ció n d e l c ír c u lo co m o so lu b le o in s o ­ —m ás co n cre ta m e n te : d e u n p o e ta d e la a n tigü ed ad — n o p u e d e
lu b le , im p lic a la id e a d e lo s c o n t r a r io s . L a c o n s e c u e n c ia d e o rien ta rse a la im ag en q u e, basada e n la co m p a ra c ió n de varios
c o n c e b ir lo p a r tic u la r y e l to d o c o m o c o n tr a r io s n o es q u e el p oetas de la m ism a ép o ca , ap arece co m o im a g en c o m ú n ( p o r ­
q u e esta im a g e n c o m ú n su p o n e la c o m p re n s ió n , a ella m ism a

8l M . H e id e g g e r, Sein und/^it, op. cit., p . 1 5 3 *


o rie n ta d a , d e lo s p o etas p a rticu la re s, y a q u í ap arece el c ír c u lo
igo PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 191

h e r m e n é u tic o ); p o r eso m ás b ie n se p o stu la q u e ya la p r im e r a dera rep ro d u cció n o im ita ció n de lo ya fo rm a d o » (§ 8o, p . 187).
p a rtic u la rid a d d espierta la id ea d e l to d o , p u es el esp íritu co m o Es d ifíc il ex a gera r la im p o r ta n c ia d e esta tesis: e lla m a rca u n
e s e n c ia o r ig in a l e in d iv isa d e b e e x is tir e n te r o e in d iv is o e n v ira je ca p ita l e n la h is to r ia d e la h e r m e n é u tic a . O c a s ió n t e n ­
cada p a rtic u la r id a d . C o n c r e ta m e n te : el e s p íritu de u n a ép o ca d re m o s de h a b la r m ás d e te n id a m e n te de e llo a p r o p ó s it o d e
e n cad a p o e ta . C o m o la p a r t ic u la r iz a c ió n só lo es a d m itid a , S ch leierm ach er; aqu í n os lim itarem o s a señalar que A st co n cib e
c o m o e n S c h e llin g , cu a l a p a r ie n c ia tras la cu á l el e s p ír itu se la génesis d el p o e m a p a rticu la r c o n fo r m e al m o d e lo de la ev o ­
a firm a e n su id e n tid a d co m o lo u n iversal, la co m p re n sió n de lo lu c ió n d el esp íritu tal co m o su filo s o fía de la h isto ria —to m a d a
p a rticu la r ya n o d ep en d e de la c o m p re n sió n d el to d o . E l p o stu ­ d e S ch ellin g — la d escrib e. Y d el m ism o m o d o qu e esta c o n c e p ­
lad o d el to d o p resen te e n lo p a rticu la r, d e lo u n iversal p resen te c ió n idealista hace ap arecer todas las cu estion es co n ce rn ien tes a
e n lo sin g u la r, es así e l su p u esto d e lo q u e A s t p re se n ta co m o u n a crítica de la razó n h istó rica co m o ya resueltas, la a firm a ció n
s o lu c ió n d e l c ír c u lo h e r m e n é u t ic o . D e l m ism o m o d o q u e su d e l p ro c e so d e la g én esis r e s p o n d e d e a n te m a n o a to d a s las
filo s o fía de la h isto ria hace superfl.ua la cu estió n de la p o s ib ili­ cu estio n es qu e se le p la n te a r ía n a u n a in te r p r e ta c ió n g e n é tica
d a d d e l c o n o c im ie n t o h is t ó r ic o , su filo s o fía d e la id e n tid a d d e u n a o b ra d e te rm in a d a . E sto n o s lo m u e stra el e je m p lo al
h ace su p e rflu a la cu e s tió n de la p o s ib ilid a d d e la c o m p re n s ió n qu e A st re c u rr e p a ra ilu s tr a r su d e fin ic ió n d e la c o m p r e n s ió n
e n la situ a ció n que crea el círcu lo h e r m e n é u tic o . co m o u n a r e p r o d u c c ió n de algo qu e ya h a re cib id o u n a fo rm a :
L a co n secu en cia de qu e A s t n o e n tie n d a p o r el acto h e r m e ­
« E n u n od a de H o rac io [ ...] , la explicación p artirá del p r i­
n é u tic o la in te r p r e ta c ió n de pasajes p a rticu la res, y m e n o s a ú n
m er p u n to a p a rtir del cual h a com en zado la p ro d u c c ió n del
la in te r p r e ta c ió n lim ita d a a d e te rm in a d o s pasajes —lo s pasajes
p o eta; en este p u n to , la id ea del to d o está su gerid a tan c ie r­
o s c u r o s , c o m o a ú n e n G h la d e n iu s —, es q u e , p a ra é l, « c o m ­ tam ente com o que el p u n to en que com ienza la p ro d u c c ió n
p r e n d e r u n a o b r a » n o p u e d e sig n ific a r c o m p r e n d e r to d o s los p o é tica m ism a h a su rg id o de la id e a in sp ira d a del to d o . L a
pasajes de u n a o b ra . A l p o stu la r q u e, ya e n la p r im e r a p a r tic u ­ idea del to d o se despliega, desp ués de habérsele d ad o su p r i­
la r id a d c o m p r e n d id a , se d e sp ie rta e n q u ie n la c o m p r e n d e la m era d irecció n en el p u n to in icial, a través de to d o s los ele­
id e a d e l to d o —p o r q u e el e s p ír itu d e l t o d o existe ya e n cada m e n to s d el p o e m a ; y la e x p lic a c ió n d ebe c ap tar estos
e le m e n to p a rticu la r—, el p ro c e so de la c o m p re n sió n —in te r p r e ­ m om en tos particu lares, cada u n o en su vida in dividual; hasta
que el círcu lo de los elem en tos en d e sarro llo se h a c e rrad o ,
ta c ió n p ie r d e el ca rá cte r a d itivo q u e tuvo e n la h e r m e n é u tic a
la totalid ad de lo s p u n to s p articu lares re to rn a a la id ea de la
tr a d ic io n a l. L a c o m p r e n s ió n co n s iste a q u í e n u n p r o c e s o de
que la p ro d u c ció n había p artid o , la vida m ú ltiple desplegada
d e sa rro llo e n el q u e la id ea d e l to d o (c o n te n id a e n cada p a r ti­
en lo s m o m e n to s p a rticu lare s se c o n fu n d e de nuevo co n la
c u la r id a d y, p o r ta n to , ya p re se n tid a e n la p r im e r a p a rtic u la ­ u n id a d o rig in a l q u e el p r im e r m o m e n to de la p r o d u c c ió n
r id a d a p r e h e n d id a ) se va c o n c r e t a n d o , a través d e to d o s lo s só lo su g e ría y la u n id a d in ic ia lm e n te aú n in d e te rm in a d a
p a sa jes d e la o b ra , e n la se rie d e lo s a cto s p a r tic u la r e s d e la deviene en arm o n ía visible y v iv ie n te » (§ 8 l, p p . 189 y s.).
c o m p re n s ió n . E sto q u iere d e c ir q u e el acto de la c o m p re n s ió n
r e p r o d u c e g e n é tica m e n te la fo r m a c ió n d el p o e m a . « L a c o m ­ In d u d a b lem en te podría esto ser así. P ero ¿es así e n e l caso p a r ti­
p r e n s ió n y la ex p lica c ió n de u n a o b ra [con stituyen ] u n a ve rd a ­ cu la r? : ¿su giere ya el p u n to de p artid a de la o b ra p o ética la idea
192 PETER SZ0ND1

d el to d o ? , ¿se d esarro lla esta id ea a través de todos lo s elem en to s 9


o hay ta m b ién e n la o b ra elem en to s q u e n o tie n e n r e la c ió n c o n
la id e a d e l t o d o ? , ¿se u n e n o n o se u n e n a r m ó n ic a m e n te las
p artes aisladas de la o b ra ? , y, fin a lm e n te , ¿ r e to r n a la to ta lid ad
de lo s p u n to s p a rticu la res a la id e a c o n q u e la o b ra co m e n z ó o
es p o s ib le q u e la to ta lid a d su p e re e l p u n t o d e p a r tid a ? T o d o
esto te n d ría , a m i p a recer, qu e p ro b a rse e n u n a in te rp re ta c ió n
gen ética, e n la r e c o n s tru c c ió n d e la génesis de la o b ra, e n lu g a r
d e p o n e r n o rm a tiva m en te la génesis e n co n c o rd a n c ia n ecesaria
c o n el d esp liegu e d el esp íritu , tal co m o este d esp liegu e es c o n ­
ceb id o desde lo s supuestos de la filo s o fía d e la id e n tid a d .
A l re e m p la z a r e n A s t la r e p r o d u c c ió n d e l p r o c e s o d e f o r ­
m a c ió n a la in te r p r e ta c ió n d e lo s pasajes, la te o ría d el se n tid o
p lu r a l —la q u e e la b o r a r o n , d esp u és d e sus in ic io s e n G r e c ia y A l o c u p a r n o s d e la h e r m e n é u tic a d e S c h le ie r m a c h e r , q u e en
e n A le ja n d r ía , las h erm en éu tica s p a trística y escolástica— qu ed a u n in te r v a lo d e casi tre s d e c e n io s , d e 18 0 5 a 1 9 2 9 , s u fr ió
d esleg itim ad a . L a d is tin c ió n en tre sensus litteralis y sensus spiritualis, n u m e r o s a s m o d ific a c io n e s , n o estará de m ás u tiliz a r cie rta s
q u e es u n a d is tin c ió n r e fe r id a a la cosa, es su stitu id a p o r u n a in tu ic io n e s d e A s t, y m ás p r e cisa m e n te sus d ife re n c ia s c o n las
d is tin c ió n r e fe r id a a la m a n e ra de v e r y d e in te r p r e ta r . N o es ideas d el siglo X V I I I , c o m o p u n to s d e re fe r e n c ia q u e n o s p e r ­
el s e n tid o el qu e es p lu r a l, sin o la c o m p r e n s ió n . P o r eso d is ­ m ita n ver claram en te lo s aspectos co m u n es, y ta m b ié n las d ife ­
tin g u e A s t en tre la c o m p re n sió n histórica, r e fe rid a al c o n te n id o , ren cias, en tre lo s sistem as h e r m e n é u tic o s de A s t y S c h le ie r m a ­
la gramatical, referid a a la fo rm a , la len g u a y la p rese n ta ció n , y la ch er. E l h ech o d e q u e las tesis d e A st estuvieran m arcadas p o r la
espiritual, o rie n ta d a al e sp íritu d el e s crito r co n cre to y al e sp íritu filo s o fía d e la id e n tid a d d e S c h e llin g e x p lica q u e su n o m b r e
de la ép o ca . L a e x p o sic ió n q u e a c o n tin u a c ió n h a rem o s de los p e rm a n e cie ra larg o tie m p o ausente e n la h isto ria de la h e r m e ­
rasgos esen ciales d e la h e r m e n é u tic a de S c h le ie r m a c b e r m o s ­ néu tica, m ien tras qu e S c h leierm a c h er figurase, so b re to d o d es­
tra r á las c o n s e c u e n c ia s q u e esta r e fo r m a , o p e r a d a p o r la p u és de D ilth e y , c o m o el r e p r e s e n ta n te m ás im p o r ta n te , e
su p re sió n de la h e rm e n é u tica de lo s pasajes, tuvo p ara la te o ría in c lu s o el fu n d a d o r d e u n a h e r m e n é u tic a filo s ó fic a . S i esta
de la in te r p r e ta c ió n . e x p lic a c ió n es v á lid a , n o lo es só lo p o r q u e la v ig e n c ia d e las
tesis de A st estuviese ligad a a la de la filo so fía sch ellin g ian a de la
id e n tid a d , sin o ta m b ié n p o r q u e la p re m is a d e la filo s o fía d e
la id e n tid a d n o tan to fo r m u la o resu elve los p ro b lem a s h e r m e ­
n é u tico s cu a n to lo s h a ce a p arece r co m o ya resu elto s. S c h le ie r ­
m a c h e r, p o r el c o n t r a r io , fu e m u y c o n s c ie n te d e l a lc a n ce de
estos p rob lem as, co m o ya in d ic a n las nu m erosas m o d ifica cio n es
194 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 i95

d e sus trab ajos so b re h e rm e n é u tic a a lo la rg o d e lo s a ñ o s. Esta É sta e ra , e n e fe c to , la i n t e n c i ó n d e c la r a d a d e l e d it o r K i m -


e v o lu c ió n d e la h e r m e n é u tic a d e S c h le ie r m a c h e r só lo e n lo s m e rle , qu e e n 1957 se d o c to r ó c o n u n trab ajo titu la d o DieHer-
ú ltim o s años ha sid o o b je to de in v estiga ció n . L a im ag en q u e de meneutik Schleiermachers im Xjisammenhang seines spekulativen Denkens (La
S c h le ie r m a c h e r te n ía D ilth e y , y, p o r e n d e , la im a g e n de S c h ­ hermenéutica de Schleiermacher en el contexto de su pensamiento especula­
le ie r m a c h e r d e lo s p r im e r o s seis d e c e n io s d e n u e s tro sig lo tivo) 84. E n su I n t r o d u c c ió n a a q u e lla e d ic ió n , K im m e r le
(pues la au to rid a d de D ilth e y e n este p u n to apenas fu e d iscu tid a in te n tó d e sc rib ir en u n a s p o cas p á gin as, co n tra la in te r p r e ta ­
hasta 1 9 5 9 ) , se su sten tab a e n lo s tex to s so b re h e r m e n é u tic a c ió n de D ilth e y , la h is to r ia d e esta e v o lu c ió n . (L a e x p o s ic ió n
reco g id o s e n la e d ic ió n de las Obras completas828
3de S ch leierm ach er d e K im m e r le está m u y i n f lu id a p o r la c r ític a q u e G a d a m e r
(realizada p o r R e im e r) in icia d a e n el año de su m u e rte ( 1 8 3 4 ) , h iz o d e D ilth e y y d e l h is to r ic is m o .) R e m o n tá n d o s e a lo s p r i ­
c o n cre ta m e n te e n lo s dos d iscu rsos de 1 8 2 9 ante la A c a d e m ia y m e r o s e sta d io s de la h e r m e n é u t ic a d e S c h le ie r m a c h e r , q u e
e n la e d ic ió n q u e b a jo el títu lo d e Hermenéuticaj crítica83 re a lizó L ü ck e y, m ás a ú n , D ilth e y p a sa ro n p o r alto, K im m e r le co lo ca
F r ie d r ic h L ü c k e d e textos p o stu m o s y a p u n tes to m a d o s e n sus el acen to n o so b re la reproducción psicológica, e n la q u e la d istan cia
cu rso s. H asta 1959 n o ap areció u n a n u eva e d ic ió n , ésta r e a li­ te m p o r a l e n tr e a u to r y le c t o r e n el s e n tid o d e l h is to r ic is m o
zad a a in s ta n c ia s d e G a d a m e r p o r su d is c íp u lo H e in z K i m - q u e d a a n u la d a , s in o s o b r e la in t e r p r e t a c ió n g ra m a tic a l y la
m e r le y p u b lic a d a e n las A cta s d e la A c a d e m ia de C ie n c ia s de c o m p r e n s ió n d e l le n g u a je q u e e n ella se d a 85. N u e s tra d is c u ­
H e id e lb e r g . E n esta o c a s ió n , el e d it o r n o se p r o p u s o , c o m o s ió n d e las id eas h e r m e n é u tic a s d e S c h le ie r m a c h e r n o p u e d e
L ü c k e c ie n to v e in te a ñ o s a n tes, c o m p o n e r , p o r así d e c ir lo , d e te n e r s e , e n e l m a r c o d e esta e x p o s ic ió n , e n sus d ife r e n te s
u n a o b ra co h e re n te (el caso n o s h ace r e c o rd a r la h isto ria de la etapas, p e r o d eb e señ alar las d ife re n cia s existentes. Y co m o n o
e d ic ió n de la Estética h e g e lia n a ) , s in o r e p r o d u c ir lo s tex to s es p o s ib le se g u ir a q u í la h is to r ia de su e v o lu c ió n , e lijo c o m o
a u té n tico s d e S c h le ie r m a c h e r, lo s d e lo s m a n u scrito s c o n s e r ­ p u n to d e p a rtid a lo s tex to s, q u e p r e te n d e n ser co n c lu y e n te s ,
vad os, fra g m e n ta rio s y d ivergen tes co m o se p rese n ta b a n . S ó lo d e lo s d os d iscu rso s d e 18 2 9 a n te la A c a d e m ia , p a ra in t e n ta r
a p a r t ir de esta e d ic ió n , q u e c o m ie n z a c o n a fo r is m o s d e lo s id e n t ific a r lo e s p e c ífic o d e sus tesis c o n tr a s ta n d o estas tesis,
a ñ o s 1 8 0 5 y 1 8 0 9 y se c ie r r a c o n a n o ta c io n e s m a r g in a le s d e p o r u n lad o , c o n las de F rie d r ic h A st, y, p o r o tro , c o n las c o n ­
1 8 3 2 - 1 8 3 3 , y e n tre u n o s y o tras re co g e u n p r im e r esb o zo d el ten id as e n lo s p r im e r o s textos so b re h erm e n é u tica de S c h le ie r ­
p e r ío d o e n tr e l8 lO y 1 8 1 9 , u n a e x p o s ic ió n a m o d o d e c o m ­ m a c h e r. Las c o n c lu s io n e s de A s t p u e d e n re su m irs e e n c in c o
p e n d io de 1819, la e x p o sició n de la segu n d a p a rte de la m ism a, p u n to s, los cuales se a p artan d e la h e r m e n é u tic a d e la Ilu stra ­
de la ép o ca en tre 1 8 2 0 y l8 2 9 > y> fin a lm e n te , lo s d iscu rso s de c ió n . P u e d e q u e , c o m o p r o b le m a s , estos c in c o p u n to s sean
18 2 9 ante la A c a d e m ia , es p o sib le e x p o n e r la h e rm e n é u tic a de válidos tam b ién p ara S ch leierm a ch er, p e ro n o co m o so lu cio n es
S c h le ie r m a c h e r e n su e v o lu c ió n y re v isa r su r e c e p c ió n y su
in te r p r e ta c ió n p o r D ilth e y, q u e equ ivale a u n a id e n tific a c ió n .
84 H . K im m e r le , Die Hermeneutik Schleiermachers im Zjisammenhangseines spekulativen Denkens,
tesis d o cto ra l (d a c t.), H e id e lb e r g , 1 9 5 7 -
82 Fr. D . S c h le ie rm a ch e r, SámmtlicheWerke, 31 v o ls., B e r lín , 1 8 3 5 - 1 8 6 4 . 85 H . K im m e r le , « E i n l e i t u n g » , en F r. D . S c h le ie r m a c h e r , Hermeneutik. « N a c h d e n
83 F r. D . S c h le ie rm a c h e r, HermeneutikundKritikmitbesondererBeziehungaufdasNeueTestament, H a n d sch rifte n n e u hrsg. u n d ein g e l. v o n H . K . » , H e id e lb e rg , 1959 (=Abhandlungen der
ed . de F r. L ü c k e , e n SámmtlicheWerke, sec. I, v o l. 7» B e r lín , 18 38 . Heidelberger Akademie der wissenschajten. Philosophisch-historische Klasse, Jg . 1 9 5 9 »A b h .) , p . 1 4 -
PETER SZONDI
196 INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 197

(m as e x a c ta m e n te : d is o lu c io n e s ) , tr ib u ta r ia s q u e s o n d e las d e la gén esis d e u n a o b ra n o es, se g ú n A s t, e s p e c ífic a d e ella,


p rem isas de la filo s o fía de la id e n tid a d . sin o q u e o b e d e ce a u n a ley in m u ta b le : el p u n to d e p a rtid a de
1. ° E n lu g a r de la in te r p r e ta c ió n d e pasajes a islad os —lo s u n a p r o d u c c ió n p o é tic a su rge de la id e a d el to d o , y esta id ea,
pasajes « o s c u r o s » — ap arece co m o tarea d e la h e r m e n é u tic a la después d e d esp legarse e n la su c e sió n de lo s m o m e n to s p a r t i­
c o m p r e n s ió n d el a u to r. E l p r o b le m a d e la c o m p r e n s ió n d e lo culares, vuelve al co m ie n z o .
q u e u n extraño dice era d esco n o cid o p ara la h erm en éu tica de la 5 -° E n lu g a r de la d o c tr in a d e l se n tid o p lu r a l d e u n texto
Ilu stra ció n , pues ésta en ten d ía lo s textos n o co m o ex p resió n de en co n tra m o s e n A s t la d o c trin a de la p lu ra lid a d d e las m an eras
sus au to res, sin o co m o d ecla ra cio n es q u e ello s h a ce n acerca de d e in te r p r e ta r . A s t d is tin g u e la c o m p r e n s ió n h is tó ric a , r e f e ­
u n a cosa, de u n tercer té rm in o : el o b je to de que trata el pasaje. rid a al c o n te n id o , la g ra m atica l, re fe r id a a la fo rm a , la le n g u a
E n este tercer térm in o , autor y le cto r co in cid e n . E l p ro b lem a de y la p rese n ta ció n , y la esp iritu a l, o rien ta d a al esp íritu d el e s c ri­
la c o m p r e n s ió n d e lo q u e o tro d ic e lo resu elve A s t p o stu la n d o to r c o n cre to y al e s p íritu de la ép o ca.
algo co m ú n a tod o s los ho m b res: el esp íritu . H e m o s exp u esto p re v ia m e n te estos c in c o p u n to s , q u e c i r ­
2. ° E l p r o b le m a d e la d ista n cia te m p o r a l se resu elve ta m ­ c u n s c r ib e n la p o s ic ió n d e A s t, p o r q u e S c h le ie r m a c h e r p r e ­
b ié n p a ra A s t m e d ia n te la p o s ic ió n d e u n e s p ír itu s ie m p r e se n tó sus id eas, c o m o in d ic a el títu lo d e sus d iscu rso s a n te la
id é n tic o , a h is tó rico . L o te m p o ra l es algo relativo de lo q u e hay A c a d e m ia , con referencia a las Indicaciones de F.A. Wolfy al compendio de
q u e h a c e r a b s tr a c c ió n p a ra r e c o n o c e r el e s p ír itu . A esto se Ast (p. X23)86- P ero esto n o q u ie re d e c ir q u e, e n sus an álisis de
a ñ a d e q u e la d ista n cia h is tó ric a d e la in te r p r e ta c ió n re sp e cto lo s p ro b le m a s d e la h e r m e n é u tic a , n o h u b ie r a h e c h o m ás q u e
d e l texto es, p a ra A st, siem p re la m ism a, p u es su h e rm e n é u tic a segu ir a W o lf y a A st. C o m o ya se h a m e n c io n a d o , sus p rim era s
só lo c o n sid e ra las o bras de la a n tig ü ed a d . n o tas so b re la m ateria d atan d e 1 8 0 5 , lo q u e q u ie re d e c ir qu e
3 . 0 E l p r o b le m a d e l c ír c u lo h e r m e n é u t ic o , d e s c o n o c id o fu e r o n redactadas antes de a p arece r las obras d e W o lf y d e A st.
p a ra G h la d e n iu s y p a ra M e ie r , es e n A s t ig u a lm e n te u n p r o ­ E n u n texto a u to b io g r á fic o qu e d eb ía a b rir sus d iscu rso s, p e r o
b le m a ya re su e lto . E l ve e n el c írc u lo n o la c o n d ic ió n de p o s i­ q u e más tarde rech a zó , S c h le ie rm a c h e r h abla d el m o tivo qu e le
b ilid a d de la c o m p re n s ió n , sin o u n a c o n tr a d ic c ió n , p e r o u n a llevó a o cu p arse e n la te o ría h e rm e n é u tica : e n sus cu rsos d e d i­
c o n t r a d ic c ió n r e s o lu b le , p o r c u a n to q u e el to d o está c o n t e ­ cados a la exégesis d el N u ev o T esta m en to se d io cu en ta d e qu e
n id o en lo p a rticu la r. E n este p la n te a m ie n to n o tie n e cabida la la h e r m e n é u tic a te o ló g ic a tr a d ic io n a l se re d u cía a u n a c o le c ­
in t e r d e p e n d e n c ia d e lo s m é to d o s a n a lític o y s in té tic o : el c ió n d e reglas e n las q u e fa lta b a « e l v e rd a d e r o fu n d a m e n to ,
c o n o c im ie n t o d e lo p a r t ic u la r es s ie m p r e ta m b ié n c o n o c i ­ p u esto qu e lo s p r in c ip io s g en era le s n o estaban estab lecid os e n
m ie n to d el to d o . n in g u n a p a r te » (p . 12 3 , n o ta 4 )- D e sd e el p r in c ip io , la h e r ­
4 . 0 C o m o la c o m p r e n s ió n d e u n tex to ya n o es e n te n d id a m e n é u tic a d e S c h le ie r m a c h e r n o se p r o p u s o s e r u n a c o n t i ­
c o m o c o m p r e n s ió n d e la to ta lid a d d e sus p asajes, sin o c o m o n u a c ió n de la h e r m e n é u tic a t r a d ic io n a l, sin o d o ta rse d e u n a
c o m p re n s ió n d el a u to r y d e su r e la c ió n c o n el texto , el m é to d o
g e n é tic o v ie n e a o c u p a r el lu g a r d e l m é to d o a d itiv o . C o m ­
86 E n lo q u e sigu e, las citas n o co in c id irá n d el to d o c o n el texto d e la e d ic ió n d e K im -
p r e n d e r es, p a ra A s t, r e p r o d u c ir lo ya p r o d u c id o . Y la h isto ria m erle p o rq u e las notas m argin ales d e S c h le ie rm a ch e r n o están in d icad as co m o tales.
ig8 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 i9 9

fu n d a m e n t a c ió n te ó r ic a . U n a d e las r a z o n e s p o r las q u e sus lin g ü ís tic o d e la c o m p r e n s ió n , o b je to ta m b ié n de la te o ría de


p r e d e c e s o r e s m ás ce rc a n o s, es d e c ir , lo s a u to re s d e las o b ra s la c o m p r e n s ió n , es d e c ir , d e la h e r m e n é u t ic a . E sta n o d e b e
h e r m e n é u tic a s m ás u tiliza d a s a lr e d e d o r d e 1 8 0 0 ( n i C h la d e - o cu p arse so lam en te , co m o en señ a A s t, e n obras d e escrito res,
n iu s n i M e ie r fig u r a n e n tre e llo s ) , n o lle g a r o n a fu n d a r u n a n i so la m e n te , c o m o q u ie r e W o lf, e n o b ra s e n le n g u a e x tr a n ­
te o ría s u fic ie n te d e la h e r m e n é u tic a , era p a ra S c h le ie rm a c h e r je r a . N o sólo o tro s textos n o lite ra ria m e n te destacables, co m o
el h e c h o de q u e sus trabajos só lo se r e fe r ía n a un tip o de obras: lo s p e r io d ís tic o s y lo s d e lo s a n u n c io s , p u e d e n p la n te a r p r o ­
el N u evo Testam ento, com o la Institutio d e jo h a n n A u gu st E rn esti, blem as h e rm e n é u tic o s ; ta m b ié n u n a a lo c u c ió n o u n a c o n v e r ­
p u b lic a d a e n 17 6 1, o las obras de la a n tig ü e d a d . A l p a r tir estos sa ció n so n o b je to s p o sib le s d e la h e r m e n é u tic a , o b je to s q u e a
trab ajos —es d e cir, la h e rm e n é u tica te o ló g ica y la h e rm e n é u tica S c h le ie rm a c h e r m e r e c e n in c lu so u n a esp ecial a te n c ió n . E n el
filo ló g ic a — d e lo s p r o b le m a s e s p e c ífic o s d e sus o b je to s , n o p r im e r d iscu rso an te la A c a d e m ia se lee:
p u e d e n h a c e r o tr a co sa q u e e s ta b le c e r reg la s c o n f o r m e a las
cu ales d eb e p r o c e d e r la in te r p r e ta c ió n de estas o b ra s e s p e cia ­ « ... la hermenéutica no debe limitarse a las obras literarias. A
les, o a lo su m o , c o m o m ás tard e A s t, u n a te o ría , fu n d a d a e n m enudo me sorprendo haciendo en una conversación opera­
u n a filo s o fía d e la h isto ria , d e la in te r p r e ta c ió n de o bras a n ti­ ciones herm enéuticas cuando no me contento con el grado
habitual de com prensión, sino que intento averiguar cómo se
guas —p e r o n o u n a te o r ía d e la h e r m e n é u t ic a q u e p u e d a
ha producido en un amigo la transición de una idea a otra, o
d e m o stra r su va lid ez a través de to d a la d iv ersid ad d e las o bras
cuando exploro las opiniones, los juicios y las pretensiones de
o b je to d e in t e r p r e ta c ió n —. D e ese m o d o , S c h le ie r m a c h e r se los que depende el que ese m ism o amigo sostenga una cosa
a p ro x im a a la in te n c ió n de la h e r m e n é u tic a d e la Ilu stra c ió n y sobre un determ inado asunto y no otra. Hechos de este tipo,
a lo s in ten to s de fu n d a r u n a te o ría g en era l d e la in te rp re ta c ió n que todo individuo atento podrá atestiguar, demuestran a mi
e n C h la d e n iu s y e n M e ie r . P e r o , a d ife r e n c ia d e ésto s, S c h ­ ju icio bien claramente que la solución de la cuestión para la
le ie rm a c h e r n o bu sca el fu n d a m e n to de u n a h e rm e n é u tic a qu e que justam ente buscam os una teoría en m odo alguno
n o sea so la m en te esp ecial e n la estru ctu ra id é n tic a de lo s p a sa ­ depende del discurso tal como el ojo lo encuentra cuando ha
quedado fijado en la escritura, sino que se presenta siempre
j e s 87, c o m o C h la d e n iu s , n i ta m p o c o , c o m o M e ie r , e n su
allí donde distinguim os ideas o encadenam ientos de ideas
ca rá cte r de s ig n o s 88, sin o e n el acto d e la c o m p r e n s ió n , e n la
escuchando palabras» (pp. 129 y s.).
in te r p r e ta c ió n m ism a.
P a r tie n d o S c h le ie r m a c h e r , e n su fu n d a m e n t a c ió n d e la P o r co n clu y e n te q u e sea esta tesis, hay q u e in s istir e n el h e ch o
h e rm e n é u tica , d el h e ch o de la co m p re n sió n , n o sólo h ace abs­ de qu e p a rtir , co m o S c h le ie rm a c h e r, d e l acto d e la c o m p r e n ­
tra c c ió n de las d ife re n cia s existen tes en tre las o bras de la a n ti­ sió n n o só lo a m p lía el cam p o d e la h e rm e n é u tica , sin o q u e a la
g ü e d a d y la S a g ra d a E s c r itu r a ; ta m b ié n a m p lía e l c a m p o d e vez tra n s fo rm a r a d ica lm e n te su tarea. P ues ya n o se trata s im ­
tra b a jo de la h e r m e n é u tic a h a c ie n d o de to d o lo q u e es o b je to p le m e n te d e c o n o c e r el s ig n ific a d o d e u n p a sa je c o n c r e to ;
ta m b ié n hay q u e c o m p re n d e r la gén esis de ese pasaje: su r e la ­
ció n c o n el resto y su m o tiv a ció n . Para S ch leierm a ch er, la h e r ­
87 C f r . c a p . 2 , p p . 6 l y ss.
88 C f r . cap. 6, p p . 13 4 y ss. m e n é u tica n o en tra en a c c ió n só lo a llí d o n d e la c o m p r e n s ió n
20 0 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 201

se e n c u e n tr a c o n d ificu lta d e s , sin o ta m b ié n d o n d e « e l g ra d o h e rm e n é u tica ; q u ie re adem ás, segú n d ice, « a c o n se ja r e n c a r e ­


h a b itu a l d e c o m p r e n s ió n » (p . 13) n o se estim a su fic ie n te . E n c id a m e n te » al in té r p r e te d e o b ra s escritas
la e x p o sic ió n d e 18 19 , h ech a e n fo r m a d e c o m p e n d io , se lee:
«practicar asiduamente la interpretación de las conversacio­
« N o todo lo oralm ente expresado es siem pre objeto del arte nes im portantes. P orqu e la presencia inm ediata del
de la interpretación; algunas manifestaciones no tienen n in ­ hablante, la expresión viva que denuncia la participación de
gú n valor para él, otras lo tien en absoluto, y la m ayoría se su inteligencia entera, la m anera en que los pensam ientos se
sitúa entre ambos extrem os. [ ...] C arece enteram ente de desarrollan a partir de la vida en com ún, todo esto estimula,
valor lo que no tiene interés com o acto n i im portancia para m ucho más que el exam en en solitario de u n escrito total­
la lengua. Se habla porque el lenguaje sólo se m antiene en la mente aislado, una serie de pensam ientos que son a la vez un
con tin u id ad de la repetición . Pero lo que no hace más que m om ento de vida palpitante y u n acto ligado a muchos otros
repetir algo que ya está ahí, no es nada en sí. Es com o hablar de otra clase, y justam ente este lado es el más com únm ente
del tiem po que hace. Pero esta n u lidad no es la nada abso­ relegado, e incluso en gran parte despreciado cuando se
luta, sino sólo el m ínim o. Y a partir de este m ínim o se desa­ explica a los autores» (p. 131).
rrolla lo que tiene interés» (§ I I , pp. 82 y s.).
Estas p a lab ras e v id e n c ia n la in t e n c ió n d e la h e r m e n é u tic a de
G ra cias a este ca m b io e n la tarea h e r m e n é u tic a , la h e r m e n é u ­
S c h le ie rm a c h e r, y a la vez p e r m ite n c o m p re n d e r la a ctu a lid a d
tic a se e m a n c ip a d e las d is c ip lin a s d e las q u e so lía ser c ie n c ia
d e S c h le ie r m a c h e r e n la filo s o fía d e la v id a d e fin e s d e l sig lo
a u x ilia r: d e la te o lo g ía , d e la filo lo g ía y d e la ju r is p r u d e n c ia .
XIX: n o se trata de la in te r p r e ta c ió n de pasajes aislados, sin o de
S c h le ie rm a c h e r d ice e n el p r im e r d iscu rso ante la A ca d e m ia :
e n te n d e r lo h a b la d o y lo e s c rito e n su o r ig e n , esto es, e n la
vida in d iv id u a l d el a u to r: la p a la b ra h ablad a y la p a la b ra escrita
«R econozco que tengo esta práctica de la herm enéutica en el
co m o « m o m e n to s de vid a p a lp ita n te » y co m o actos, es d e c ir,
d o m in io de la lengua m aterna y en el trato directo con los
hom bres p o r una parte esencial de la vida civilizada, aparte n o co m o d o cu m e n to s, sin o co m o m a n ife sta ció n activa y actual
de todos los estudios teológicos y filológicos. ¿ Q u ié n podría de la vida. ¿ P o r qu é la h e rm e n é u tica d e su tie m p o h a « e n g ra n
tratar con personas de aguda inteligencia sin esforzarse p o r p a rte d e s p r e c ia d o » este a s p e c to ? E ste h e c h o ap en as n e c e sita
entender entre las palabras del m ismo m odo que en los tex­ e x p lic a c ió n : cu a n d o la h e r m e n é u tic a era h e r m e n é u tic a e sp e ­
tos inspirados y densos leem os entre lín eas? ¿ Q u ié n no cial, te o ría de la in te r p r e ta c ió n d e la Sagrada E scritu ra o de los
encontraría digna de atención una conversación im portante, m o n u m e n to s lite r a r io s d e la a n tig ü e d a d , d o m in a b a n e n e lla
capaz de dar o rig en en m uchos sentidos a acciones igu a l­
las cu e s tio n e s relativas al se n tid o d e l texto ya p o r la so la d i f i ­
m ente im portantes, ni destacaría de ella los puntos de in te­
c u lta d p a ra p e r c ib ir , p o r d etrá s d e él, el to d o v ita l d e l a u to r
rés vital, n i trataría de com prender sus relaciones internas,
(p o r ejem p lo, H o m e r o ). S i h o y n o s pregun tásem os p o r la ju s ti­
n i se fijaría en las más m ínimas alusiones?» (p. 130).
ficació n de la in te n ció n h erm en éu tica representada p o r S ch leier­
S c h le ie r m a c h e r n o se c o n te n ta c o n esta e q u ip a r a c ió n d e la m acher, n o p o d rem o s en co n tra r u n a respuesta sin o e n el m arco
p a la b r a h a b la d a y la p a la b r a e s c rita e n c u a n to o b je to s d e la de la d isp u ta qu e d esde h ace d e ce n io s vien e m a n te n ié n d o se en
202 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 203

el te r re n o de lo s estu d ios lite ra rio s, y tan to e n A le m a n ia co m o en tonces resolver la co n tra d icció n —u n a c o n c e p c ió n cuya m o t i­
fu e r a d e ella, c o n la tra d ic ió n de la filo s o fía d e la vid a y la p s i­ vació n racionalista es eviden te—. S ch leierm ach er, p o r el c o n tr a ­
c o lo g ía d e la v iv e n c ia d e la e scu e la d ilth e y a n a : e n el f o r m a ­ r io , d e fie n d e la se g u n d a m á x im a , se g ú n la cu al n a d a p u e d e
lis m o , e n el new criticism, e n el arte d e la in te r p r e ta c ió n y e n el co m p re n d e rse qu e n o se vea co m o n ecesa rio y n o p u e d a c o n s ­
e s tr u c tu r a lis m o . E x tra ñ a m e n te e n c o n tr a m o s h o y q u e el paso tru ir s e . A m b o s c r ite r io s e x ig e n u n a p ersp e ctiv a g e n é tic a : la
decisivo qu e d io S c h leierm a c h er de lo escrito a lo h a b la d o , que necesid ad de u n a m an ifesta ció n se d em uestra cu an d o p u e d e ser
su in s a tis fa c c ió n c o n « e l e x a m e n e n s o lita r io d e u n e s c rito d e d u cid a ; así, su c o m p r e n s ió n s u p o n e el r e c u rs o al a u to r , al
to ta lm e n te a is la d o » le m o v ió a d a r, o c u p a e s p e c ia lm e n te e n to d o de su v id a . S c h le ie r m a c h e r e n tie n d e la m a n ife s ta c ió n
F ra n cia el c e n tro de la d iscu sió n : sin q u e siq u ie ra se n o m b r e a p a rticu la r co m o u n « m o m e n to d e vid a p a lp ita n te » , co m o u n
S c h le ie r m a c h e r . P ie n s o , p o r u n la d o , e n la c o n c e p c ió n d e la « a c to » . L a c o n s tr u c c ió n co m o d e fin ic ió n d el acto de la c o m ­
lite ra tu ra , fu e rte m e n te in flu id a p o r D ilth e y , de G e o rg e s P o u - p r e n s ió n recu erd a a la fó r m u la de A s t de la « r e p r o d u c c ió n de
le t, q u e r e c u rre al p ro c e so su b jetivo , qu e no q u ie r e d e c ir p r i ­ lo ya fo r m a d o » (§ 8 o , p . 18 7 ). p e ro p u ed e en ten d erse p e r fe c ­
va d o , d e la p e r c e p c ió n y la c o n c ie n c ia , y p o r o tr o e n u n a te o ­ tam en te e n el se n tid o g rá fic o qu e la p a la b ra tie n e e n la t e r m i­
ría d e la lite r a tu r a q u e p r o v ie n e s in d u d a d e M a lla r m é , cu yo n o lo g ía del id ealism o alem án , so b re to d o en S ch ellin g .
c o n c e p to cen tra l es el c o n ce p to de écriture, y cuyos r e p re se n ta n ­ D e la m ism a o p o s ic ió n e n tre la h e rm e n é u tic a tr a d ic io n a l y
tes s o n e n tr e o tr o s R o la n d B a rth e s y G é r a r d G e n e tte , p e r o la nu eva qu e hay q u e fu n d a r tra tan lo s §§ 15 y 16 de la e x p o s i­
so b re to d o Jacq u es D e r r id a 89. c ió n en fo r m a d e c o m p e n d io de 18 19 :
L a fo rm u la c ió n más expresiva de la o p o s ició n en tre la antigua
h e r m e n é u tic a de lo s pasajes y la q u e se p r o p o n ía ela b o ra r, la « L a práctica más laxa en este arte [en el m anuscrito se lee
e n co n tró ya S chleierm acher en u n o de los aforism os de 18 0 5 . E n prim ero: La práctica sin arte, esto es, de la interpretación] parte
de la idea de que la co m p ren sió n se p rod u ce p o r sí sola, y
él leem os: « D o s m áxim as opuestas de la co m p ren sió n : i) lo co m ­
expresa negativamente su finalidad: "hay que evitar el m alen­
p r e n d o to d o hasta q u e doy c o n u n a c o n tr a d ic c ió n o u n sin sen ­
ten d id o !”]. [...] La práctica más rigurosa parte de la idea de
tid o ; 2) n o co m p ren d o nada que n o considere necesario y qu e n o
que el m alentendido se produce p o r sí solo y hay que desear
p u ed a co n s tr u ir» (p. 31). C h la d e n iu s ve e n la c o n tra d icció n u n y perseguir la com prensión en cada pu n to » (p. 86 ).
signo de o scu recim ien to de u n pasaje; co m o tod a la teo ría tra d i­
cio n a l de la in te rp re ta ció n , la suya en tra e n a cció n siem p re qu e M ien tra s q u e el a n te r io r a fo rism o n o exp lica có m o p e rc ib im o s
u n pasaje n o es in m ed iatam en te co m p ren sib le, es d ecir, cu an d o la n e c e s id a d d e lo q u e in te n ta m o s c o m p r e n d e r n i ta m p o c o
parece estar e n co n tra d icció n c o n el co n tex to, o c o n la p resu n ta có m o p u e d e c o n s tru irs e , y co n clu y e c o n la a fir m a c ió n d e q u e
in te n c ió n d el au to r, o c o n la verdad reco n o cid a . C o m p re n d e r es la c o m p re n s ió n es, se g ú n esta m áxim a, « u n a tarea in te r m in a ­
b le » (p. 3 1), las e x p lica c io n es qu e S c h le ie rm a c h e r a ñ a d e a los
89 C f r . R . B a rth e s , C r itiq u e e t v é r ité , P a rís, 1 9 6 6 [ C r it ic a j verd a d, M é x ic o , S ig lo X X I, d os p a rá g ra fo s p o n e n e l c o n c e p to d e la c o m p r e n s ió n q u e él
1 9 7 8 ]; G . G e n e tt e , F i g u r e s , I - I I I , P a rís, 1 9 6 6 y ss. [ F i g u r a s I I I , B a r c e lo n a , L u m e n , postu la e n rela ció n c o n su teo ría de la in terp reta ció n gram atical
I 9 8 9 l ; J . D e r r id a , D e la g r a m m a t o l o g i e , P a rís, 1 9 6 7 [ D é l a G r a m a t o l o g i a , M é x ic o , S ig lo
X X I, 19 7 1]. y p sic o ló g ica o técn ic a . L a m e to d o lo g ía p r o p ia m e n te d ic h a de
204 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 205

S c h le ie r m a c h e r 90 c o n s titu y e la p a rte m ás in te r e s a n te d e su recu rre a la in d ivid u a lid a d d el a u to r, p ero n o co m o in te rp re ta ­


h e r m e n é u tic a , de la q u e H e in z K im m e r le h a d ic h o c o n ra zó n c ió n técn ica, esto es, co m o a q u élla e n los rasgos característicos
q u e e n la r e c e p c ió n d e S c h le ie r m a c h e r p o r la f ilo s o f ía d e la de la c o m p o s ic ió n d e u n a o b ra ve co n creta d a la in d iv id u a lid a d
vid a fu e escam otead a y a ú n espera ser in v estig a d a 91. d el autor. E n la in tr o d u c c ió n a la nueva e d ició n de su Hermenéu­
S c h le ie r m a c h e r d is tin g u e d o s m o m e n to s e n el a cto d e la tica, K im m e rle dice qu e e n los ú ltim o s textos de Sch leierm ach er,
co m p re n sió n : las leccio n es de 18 3 2 -18 3 3 * in te rp re ta c ió n técn ica « y a n o es
[entendida] desde la len gu a co m o co m p re n sió n de u n m atiz téc­
« entender el habla como algo extraído de la lengua, y enten­ n ic o (in d iv id u a l) d e l s ig n ific a d o , sin o d esd e la p s ic o lo g ía d e l
derla com o u n acto del individuo que piensa (p. 8 o ). Todo h a b la n te co m o u n " m o m e n to ” de la fo r m a c ió n d e su p e n s a ­
hom bre [es], p o r un lado, u n lugar donde una lengua co n ­ m ien to y la exp resió n lin gü ística de la m ism a 92. Esta fo rm a d e fi­
creta se conform a de una m anera particular, y su habla sólo
nitiva de la h e rm e n é u tic a de S c h le ie rm a c h e r co n stitu ye la base
pu ed e com prenderse desde la totalidad de la lengua. Pero
d e la e d ic ió n de F . L ü ck e, y h a sid o d e te rm in a n te d e su r e c e p ­
tam bién es u n espíritu en constante evolución, y su habla es
sólo u n acto de ese espíritu que tiene relación con todos los c ió n p o r D ilth e y. Las ideas co n ten id a s e n lo s p r im e r o s esbozos
demás (p. 8 l). El habla no puede com prenderse com o acto de Sch leierm ach er, ideas objetivam en te convincen tes y positivas,
del espíritu si no es en su relación con la lengua [...], [pero cayeron así e n el o lv id o » 93. (Q u izá lo s calificativos « c o n v in c e n ­
tam poco] puede com prenderse com o m o d ifica ció n de la tes» y « p o sitiv as» n o sean n i m u y objetivos n i m u y c o n v in c e n ­
lengua si no es concebida com o acto del espíritu» (p. 8l). tes, p ero o casión h abrá de m ostrar cuántas sugerencias de la te o ­
ría de la in te rp re ta ció n gram atical y técn ica de S ch leierm ach er,
L a c o m p r e n s ió n se c o m p o n e así d e d os m o m e n to s , y n o es, de in n eg a b le a ctu alid ad p a ra la h e rm e n é u tica de n u estro s días,
c o m o S c h le ie r m a c h e r d ic e , s in o u n a « i n t e r p e n e t r a c i ó n » h a n qu ed ad o desaprovechadas.)
(p . 8 l) d e am b os m o m e n to s. A l servicio d e u n o de ello s, el de E n cam bio, pervivió y se asentó e n to rn o a 19 0 0 y p o s te r io r ­
la c o n s id e r a c ió n de las palabras e n su r e la c ió n c o n la to ta lid a d m e n te el o tr o aspecto de la h e r m e n é u tic a de S c h le ie r m a c h e r,
de la len g u a , está la in te r p r e ta c ió n g ra m atica l; y al servicio d el el basado e n la em p atia y la id e n tific a c ió n , y q u e trata de r e s o l­
o tro , el de la c o n sid e ra ció n de las palabras e n su re la c ió n c o n el ver p o r esta vía, es d e c ir, d esde u n p la n te a m ie n to h isto ricista ,
p en sa m ie n to d e su au to r, está la in te rp re ta ció n p sicoló gica, que e l p r o b le m a d e la d is ta n c ia te m p o r a l. E n el p r im e r d is cu rso
S c h le ie rm a c h e r tam b ién llam a técn ica. ante la A c a d e m ia se l e e :
S im p lific a n d o p u e d e d ecirse qu e la r e c e p c ió n d e S c h le ie r ­
m a c h e r p o r la filo s o fía de la vida, r e c e p c ió n qu e D ilth e y in a u ­ « O tr o tipo com pletam ente distinto de certeza, tam bién [...]
g u ró , b o r r ó la in terp reta ció n gram atical y la o tra sólo la ad m itió más divagatorio, es aquel que el intérprete obtiene cuando se
co m o in te r p r e ta c ió n p s ic o ló g ic a , es d e c ir, co m o a q u ella q u e coloca en la entera situación del escritor; por eso no es raro que
aquí de hecho ocurra lo que el rapsoda platónico refiere, bien

90 C f r . cap . IO , p p . 2 H y s s . 92 Ibid., p . 2 3 .
91 H . K im m e r le , « E in le it u n g » , loe. cit. 93 Ibid., p p . 2 3 y s.
206 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 207

que muy ingenuamente, de sí mismo: que es capaz de explicar a P ero, aparte de esto, S ch leierm ach er distin gue, p o r u n la d o ,
H om ero de una manera francam ente excelente, pero que a la c o m p re n sió n qu e se apoya e n c o n o c im ie n to s de h ech o s de la
menudo ninguna luz cae para él sobre otro poeta o prosista. En len g u a y de la h isto ria y es in d e p e n d ie n te de la su b jetivid ad de
efecto, en todo lo que no depende solamente de la lengua, sino
la c o m p re n sió n , y, p o r o tr o , la c o m p re n s ió n q u e se basa e n la
de alguna manera también de la situación bistórica del pueblo y
e m p a tia y la id e n t ific a c ió n . N o es n a d a s o r p r e n d e n t e q u e la
de la época, el intérprete puede y debe, si dispone de los cono­
filo s o fía de la vid a y la p s ic o lo g ía d e fin de siglo r e s p o n d ie r a a
cim ientos precisos, mostrarse en todos los casos igualm ente
excelente. Pero en lo que, en cambio, depende de la com pren­ la so b rea cen tu a ció n d e l m o m e n to fá ctico , o b jetiv o , e n el p o s i­
sión correcta de lo que sucedía en el in terior del escritor tivism o c o n la s o b r e a c e n tu a c ió n d e l m o m e n to su b jetivo d e la
cuando proyectó y compuso su obra, lo que, en su lenguaje y en em p atia. E llo h ace q u e a m p lio s sectores de la in v e stig a ció n de
sus circunstancias individuales, es producto de su peculiaridad aqu ella ép o ca resu lte n h o y ilegib les. S in em bargo , e n S c h le ie r ­
personal, el intérprete más hábil sólo lo conseguirá con los m a c h e r e n c o n tr a m o s ya p u e sta s, ta n to e n el c o n c e p to d e la
escritores que le son más próximos, de sus escritores favoritos,
in te r p r e ta c ió n gra m atica l co m o e n el de la in te r p r e ta c ió n té c ­
aquellos en cuya intimidad más frecuentemente ha ahondado,
n ic a (q u e es u n a p a rte d e la in t e r p r e t a c ió n p s ic o ló g ic a , o
del m ismo m odo que en la vida corriente sólo conseguimos
in c lu s o ésta m ism a —la t e r m in o lo g ía o scila —) , las bases p a ra
entender a los amigos más íntimos; pero respecto a los demás
escritores no se contentará con lo que en este terreno consiga u n a c o m p re n s ió n de la e sp e cificid a d in d iv id u a l, p e r o ta m b ié n
obtener, y no se avergonzará de buscar el consejo de otras per­ h is tó ric a , e n el m e d io d e l le n g u a je , así co m o p a ra u n a c o m ­
sonas que por afinidad estén más cerca de ellos» (pp. 132 y s.). p r e n s ió n d e las fo rm a s y lo s g é n e r o s lite r a r io s : las bases p a ra
u n a crítica de lo s estilos y u n análisis d e las fo rm a s qu e p e r m i­
N o n e ce sito d e c ir q u e estas a firm a c io n e s s o n p ro b le m á tic a s . te n r e c o n o c e r tan to la in d iv id u a lid a d co m o la h is to ric id a d de
C ie r ta m e n te n o se p u e d e sim p lem en te b o r r a r la p a rtic ip a c ió n lo s fe n ó m e n o s. E n esta m ed id a , S c h le ie rm a c h e r es —co m o c o n
d e la su b jetivid ad , d e la a fin id a d in c lu s o , e n el p ro c e so d e la ra z ó n in d ic a K im m e r le — n o só lo el p re c u rso r, sin o ta m b ié n el
c o m p re n s ió n . P ero ¿es sim p le m e n te u n a verd a d p sic o ló g ica el su p e ra d o r d e l h is to r ic is m o y de la filo s o fía d e la v id a , lo cu a l
que co m p ren d am o s m e jo r a los h o m b res y a los autores más a fi­ n o sig n ifica q u e el h is to ric is m o n o haya p o d id o in s p ira rse en
n es a n o s o tro s , co m o n u estro s a u to res « fa v o rito s , a q u ello s en él, p o r e je m p lo e n la sig u ie n te frase de lo s p r im e r o s esbozo s:
cuya in tim id a d m ás fr e c u e n te m e n te se h a a h o n d a d o » ? V a léry « H a y q u e in te n ta r c o n v e rtirse en le c to r c o n te m p o rá n e o p a ra
era d e o tra o p in ió n cu a n d o e n su c u a d e rn o d e n otas, y b a jo el c o m p r e n d e r las a lu s io n e s, p a ra c o m p r e n d e r la a tm ó sfe ra y el
títu lo d e « L u m ié re s n a tu relles» , escrib ió lo sigu iente acerca d el cam p o p a rticu la r de las c o m p a r a c io n e s » (p . 3 2 ).
o d io : « L a h a in e h a b ite l ’ adversaire, en d év e lo p p e les p r o f o n - S ch leierm ach er co m en zó su segu n d o discurso ante la A c a d e ­
deurs, disséque les plus délicates racin es des desseins q u ’il a dans m ia refirién d ose al tratam ien to d el círcu lo h erm en éu tico en A st:
le co e u r. N o u s le p é n é tro n s m ie u x q u e n o u s-m é m e s, et m ieu x
q u ’il n e fa it s o i-m é m e . II s’ o u b lie et n o u s n e l ’o u b lio n s p a s » 94. 14 8 ), p p . 6 8 4 y s. « L u z n a tu ra l [ ...] E l o d io h ab ita en el ad versario, revela sus p r o ­
fu n d id a d e s y d ise cc io n a las raíces m ás delicad as d e las in te n c io n e s q u e alberga e n su
c o r a z ó n . L o c o n o c e m o s m e jo r q u e a n o s o t r o s m is m o s y m e jo r d e lo q u e él se
94 P. V a léry, Oeuvres, to m o 2, ed . d e J . H y tie r , París, 1960 ( B ib lio th é q u e d e la P lé iad e c o n o c e a sí m is m o . E l se o lv id a , y n o so tro s n o le o lv id a m o s» .
208 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 209

« E l principio herm enéutico expuesto por el señor Ast, y bas­ nífiosus»95. P ero n i S c h le ie rm a c h e r fu e el p r im e r o e n acep tar la
tante desarrollado en m últiples aspectos, según el cual del circu la rid a d de la c o m p re n s ió n , n i el r e c o n o c im ie n to d el c ír ­
mismo modo que sin duda el todo se com prende partiendo de
c u lo h a sig n ifica d o sie m p re lo m ism o e n la h isto ria de la h e r ­
lo particular, lo particular sólo puede comprenderse partiendo
m e n é u tic a . S e ría n o p o c o in s tru c tiv o se g u ir las m e ta m o rfo s is
del todo, es de tal importancia para este arte, y tan incontesta­
de la c o n c e p c ió n d el c írc u lo h e r m e n é u tic o , e n las qu e n o sólo
ble, que ya las primeras operaciones no pueden efectuarse sin
aplicarlo, y un gran número de reglas hermenéuticas se fundan cam bia el estatus d e l c írc u lo (de vicio so a le g ítim o ) , sin o ta m ­
en mayor o m enor medida en él» (pp- I4 1 y s-)- b ié n su co n te n id o . G a d am er h a analizado en los capítulos sobre
« L o cu estio n a b le de la h e r m e n é u tic a ro m á n tica [ . .. ] » y so b re
M ie n tra s q u e A s t insistía e n qu e el círcu lo n o p o d ía q u ed ar sin « L a h isto ric id a d de la c o m p r e n s ió n » lo s dos pasajes d ecisivos
s o lu c ió n , y p u d o d a r lo p o r r e su e lto m e r c e d al su p u e sto d e la de S c h le ie rm a c h e r y de H e id e g g e r, q u e sig n ific a r o n u n vu elco
filo s o fía de la id e n tid a d , segú n el cu al lo p a rticu la r y el to d o n o e n la c o n c e p c ió n d el c ír c u lo 96*.
so n c o n tra rio s , sin o q u e c o in c id e n e n la u n id a d , S c h le ie r m a - L o qu e S c h leierm a c h er e x p o n e e n su segu n d o d iscu rso ante
ch e r ve e n el círcu lo la c o n d ic ió n d e la c o m p re n s ió n . Es cierto la A c a d e m ia so b re el p r o b le m a d e c ír c u lo h e r m e n é u tic o va
qu e e n lo s afo rism o s de la p rim e r a ép o ca, u n a frase co m o ésta: d irig id o expresam ente co n tra la s o lu c ió n de A st, fu n d a d a e n la
« H a y qu e c o n o c e r ya al h o m b re p a ra c o m p re n d e r su d iscu rso, filo so fía de la id e n tid a d . S u p o lé m ica testim o n ia la p a sió n f i l o ­
y, sin em b a rg o , sólo p u ed e co n o cérse le a p a rtir de su d iscu rso » ló g ic a p o r la d ife r e n c ia c ió n , q u e e n la im a g e n tr a d ic io n a l de
(p. 4 4 ) expresa todavía extrañeza, p e r o e n la ex p o sició n a m o d o S c h le ie r m a c h e r , in flu e n c ia d a p o r D ilth e y , q u izá q u e d a ra
d e c o m p e n d io de 18 19 se observa ya el r e c o n o c im ie n to de qu e d e m a sia d o re le g a d a a u n se g u n d o p la n o e n b e n e fic io de sus
la c o m p r e n s ió n , le jo s de a sp ira r a la r e s o lu c ió n d e l c ír c u lo , tesis so b re lo d iv in a to r io y so b re la e m p a tia . A s t q u ie r e c o m ­
e n c u e n tr a p re c isa m e n te e n él la c o n d ic ió n de su p o s ib ilid a d . p re n d e r toda o b ra antigua a p a rtir d el esp íritu de la an tigü ed ad .
E n el § 20 se en cu e n tra la sig u ien te co n sid e ra ció n :
«E sto podría verse com o una redu cción del p roced er que
« E l vocabulario y la historia de la época de u n autor se com ­ hemos descrito. Pues tal espíritu sería algo que com únm ente
po rtan com o el todo a partir del cual sus escritos deben ser habita en todas las producciones del mismo tipo, algo que se
com prendidos com o lo particular lo m ismo que aquél a p ar­ obtendría p o r abstracción de todo lo que es prop iam ente
tir de éste. [...] En todas partes, el conocim iento perfecto se particular. Mas el señor Ast protesta expresamente contra esto,
halla dentro de este círculo aparente que supone el que todo y piensa que este espíritu no necesita ser buscado y establecido
lo particular sólo pueda com prenderse a partir de lo general a partir de lo particular, puesto que está ya dado en lo parti­
de lo que es parte y a la inversa. Y todo conocim iento sólo es cular, y lo está p o rq ue toda obra antigua no sería sino una
científico si está así constituido» (§ 20, p. 88). individualización de este espíritu. D ado indiscutiblem ente

S c h le ie r m a c h e r a d o p ta así, c o n tr a A s t, u n p u n to d e vista q u e 95 M . H e id e g g e r, Sein und&it, p . 153 .


m ás ta rd e q u e d a r á m a rca d o p o r la a d v e rte n c ia d e H e id e g g e r 9 6 * C f r . adem ás d e estas se cc io n e s d e Wahrheit und Methode, el p r im e r to m o d e la o b ra de
J o a c h im W ach Das Verstehen ( c it.) , d o n d e se e x p o n e d eta lla d am e n te la h e rm e n é u tic a
d e q u e « e l c ír c u lo n o d e b e r e b a ja r s e al n iv e l d e u n circulus d e S c h le ie rm a ch e r y d e sus p re d e ce so re s A s t y W o lf.
210 PETER SZONDI

en todo lo particular, ¿pero tam bién reconocible sin más en


10
tod o lo particular? [...] Si añado que el espíritu de la an ti­
güedad puede encontrarse tam bién en otras partes que en las
producciones de un determ inado tipo, e incluso fuera de las
obras becbas con palabras, en las obras de las artes plásticas y
quién sabe en qué otras más, esta fórm ula parecerá salirse de
los lím ites precisos de la herm enéutica, la cual sólo puede
guardar relación con lo prod u cido p o r m edio del lenguaje,
p o r lo que su aplicación carecerá en toda ocasión de la justeza
debida. Si p o r un m om ento recordam os el procedim iento,
nada raro hace algún tiem po, fundado precisam ente en este
principio, consistente en utilizar la lengua especializada de un
dom inio en otro completamente distinto, nadie negará que,
si este tipo de fórmulas no son u n simple juego sustentado en
una opinión sólida, no pueden producir más que embrollos y
vaguedades perniciosos» (pp. I 5 2 y s .) . L a teo ría de S c h le ie rm a c h e r de los dos tip o s de in te rp re ta ció n ,
la g ra m a tica l y la té c n ic a , es d e c ir, p s ic o ló g ic a , se sig u e d e su
tesis, según la cual la co m p re n sió n se co m p o n e de dos m o m e n ­
tos: la co m p re n sió n d e l d iscu rso extraída de la len g u a y la c o m ­
p r e n s ió n d el d iscu rso co m o acto d el in d iv id u o p en sa n te. T o d o
h o m b re es « p o r u n lad o , u n lu g a r d o n d e u n a len g u a co n creta
se c o n fo r m a de u n a m a n e ra p a r tic u la r , y su h a b la só lo p u e d e
co m p re n d erse desde la to ta lid ad de la len g u a. P ero ta m b ié n es
u n esp íritu e n constan te ev o lu ció n , y su habla es sólo u n acto de
ese e s p íritu q u e tie n e r e la c ió n c o n to d o s lo s d e m á s » (p . 8 l) .
P ara S c h le ie r m a c h e r, la c o m p r e n s ió n n o se id e n tific a , co m o
p a ra la h e r m e n é u tic a d e la I lu s tr a c ió n , c o n el r e c u rs o a la
in t e n c ió n d e l a u to r . E l d is c u r s o (o e l te x to ) q u e se q u ie r e
c o m p re n d e r n o es sim p lem en te sign o, veh ícu lo , de u n se n tid o .
N o es algo q u e en el acto de c o m p re n d e r se ap arte d el ca m in o
p a ra d eja r paso a lo p o r él sig n ific a d o , a la p u ra in t e n c ió n d el
a u to r. E n co n traste c o n lo q u e sucede e n la h e rm e n é u tica de la
I lu s tr a c ió n , y ta m b ié n e n la p a tr ís tic o -e s c o lá s tic a , e n la d e
S c h le ie r m a c h e r el o b je to de la in te r p r e ta c ió n es el d iscu rso o
el texto, la c o n c r e c ió n lin g ü ística , y n o el sensus, o lo s d istin to s
212 PETER SZONDi INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 213

sensus, de u n p asaje. A s í d esa p a rece la b a r r e r a q u e e n las c o n ­ d e la h e rm e n é u tic a e n la a n tig ü e d a d so n piezas fu n d a m en ta les


cep cio n es a n terio res separaba la h e rm e n é u tica de la retó rica y la de la m ism a :
p o é tic a ; la c o m p r e n s ió n d e l se n tid o y la in t e r p r e ta c ió n e n el
se n tid o actual de la palabra se en trelazan . P ara S ch leierm a ch er, « P rim er canon: todo lo que, de u n discurso dado, necesita
« u n a c o m p r e n s ió n in te n sa d el p r o c e s o in t e r io r q u e se d esa ­ de una d eterm in ació n más precisa, debe ser d eterm inado
rro lla e n el p o eta y e n o tro s artistas d el len g u aje d u ra n te tod a la sólo a partir del d om in io lin gü ístico com ún al autor y a su
público original (p. 9 ° )- Segundo canon: el sentido de cada
c o m p o s ic ió n , d esd e la p r im e r a id e a hasta la c u lm in a c ió n » es
palabra de un pasaje dado debe determinarse partiendo de su
« e l m ás b e llo fr u to de tod a crítica estética » (p. 1 3 8 )97 .
convivencia con las que la rod ean» (p. 95).
E l p r i n c i p i o b á s ic o d e la t e o r ía d e la in t e r p r e t a c ió n de
S c h le ie r m a c h e r es la c o n s id e r a c ió n d e u n d is cu rso d esd e u n A m b a s reglas sirven p a ra d e lim ita r el co n tex to , el to d o a p a rtir
d o b le asp ecto : el d is cu rso es algo p a r tic u la r q u e só lo p u e d e d e l cu a l hay q u e d e te r m in a r la p a la b ra aislad a, ig u a l q u e ésta
co m p re n d e rse desde el to d o q u e es el a u to r y desde el to d o qu e d e te rm in a a su vez d ic h o c o n te x to . L a p r im e r a se ce n tra e n el
es la len g u a , co lo ca d o e n el d o b le ca m p o de ten sio n e s d el cual sistem a de la len g u a , e n el estrato h istó ric o de la len g u a , o m ás
es u n p u n to de co n ta cto . L a in te rp re ta c ió n gram atical establece ex a ctam en te: e n la s e c c ió n d e ésta apta p a ra la c o m u n ic a c ió n
la r e la c ió n c o n la len g u a, y la técn ica, o p sico ló gica , la re la c ió n en tre el a u to r y lo s le cto res a lo s q u e se d irig e ; la segu n d a regla
c o n el p e n s a m ie n to , lo cu al im p lic a la c u e s tió n d e su r e la c ió n se c e n tra e n el sistem a q u e la fra se m ism a c o n s titu y e . D ic h o
m u tu a . S e c o m p re n d e q u e esta d o b le c o n c e p c ió n só lo resu lte c o n la t e r m in o lo g ía d e la lin g ü ís tic a m o d e r n a , e l p r im e r
co n v in ce n te cu a n d o am b os tip o s de in te r p r e ta c ió n n o p e r m a ­ c a n o n c o n c ie r n e al p la n o d e la langue, y el se g u n d o al d e la
n e c e n e x te r io r e s u n o a o tr o , esto es, c u a n d o se c o n s id e r a su parole. S i n o s p r e g u n ta m o s q u é p a la b ra s d e l p r im e r p la n o y
m u tu a re la c ió n . P o r eso, d espu és de h a b e r ca racteriza d o y d is­ cuáles d el se g u n d o p u e d e n ayu d ar a d e te rm in a r el se n tid o d e
c u tid o la in te r p r e ta c ió n g ra m a tica l y la in te r p r e ta c ió n té cn ic a u n a palabra, se d escu b re u n a nu eva d iferen cia : e n el sistem a de
o p s ic o ló g ic a e n sus a sp ecto s fu n d a m e n ta le s , n o s es p r e c is o la le n g u a , s o n las p a la b ra s q u e p o d r ía n o c u p a r e l lu g a r d e la
aclarar o tra cu e stió n , cu a l es la de la r e la c ió n qu e S c h le ie r m a ­ p a la b ra cu yo se n tid o h ay q u e d e te r m in a r —lo s pasajes p a r a le ­
ch e r establece e n tre lo s d os tip o s d e in te r p r e ta c ió n . lo s—; e n el sistem a de la frase so n las p alabras a las q u e la p a la ­
U n a e x p o s ic ió n c o m p le ta d e la te o r ía d e la in te r p r e ta c ió n b r a cuyo se n tid o h ay q u e d e te r m in a r está lig a d a fo r m a n d o e l
g ra m atica l d e S c h le ie rm a c h e r se e n c u e n tr a e n su esb ozo d e u n to d o de u n a fra se . H e m o s n o m b r a d o las d o s r e la c io n e s q u e
c o m p e n d io d e h e r m e n é u tic a d e 18 19 . E ste c o m ie n z a c o n dos Saussure fu e el p r im e r o e n d e fin ir —u sa n d o adem ás su t e r m i­
regla s d e la in t e r p r e ta c ió n g ra m a tica l q u e d esd e lo s o r íg e n e s n o lo g ía —, y q u e so n d os d e lo s e le m e n to s m ás im p o r ta n te s de
la c o n c e p c ió n actu al d e l le n g u a je : la r e la c ió n p a ra d ig m á tica y
la r e la c ió n sin tagm ática. S c h le ie rm a c h e r h abla d e d os clases de
9 7 * É ste es el s e n tid o d e la fó r m u la : h ay q u e c o m p r e n d e r a u n a u to r m e jo r de lo q u e
éste se co m p re n d ía a sí m ism o —u n tó p ic o d e la h e rm e n é u tic a sobre cuya h is to ria ha co n texto: el « c o n te x to to ta l» (es d e cir, el sistem a d e la len gu a)
p u b lic a d o B o lln o w u n in teresan te estu d io ( O . F r. B o lln o w , W a s h e i f i t , e i n e n S c h r i j i s t e l l e r
y el c o n te x to « i n m e d ia t o » (la fra se ) (p . 4 2 ) . L a d ife r e n c ia
b esser v e r s te h e n , a is e r s i c h s e lb e r v e r sta n d e n h a t ? , en O . W . B ., D a s V er steh e n . D r e i A u J s á t & z u r T h e o -

r ie d e r G e is t e s w i s s e n s c h a f t e n , M a gu n cia , 1 9 4 9 . pp- 7 ” 3 3 )* fu n d a m e n ta l e n la r e la c ió n de la p a la b ra aislada c o n estos dos


214 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 215

sistem as, q u e S a u ssu re fu e el p r im e r o e n c o n c e p tu a liz a r , n o n á u tica literaria, p e r o en p a rte es ta m b ié n p ro b le m á tic o , p u es la


p a re ce h a b e r la te m a tiza d o S c h le ie r m a c h e r , a u n q u e la c o n s i­ te o ría de S c h le ie rm a c h e r c ie rta m e n te in te n ta su p e ra r las h e r ­
d e ra ya e n lo s a fo rism o s de 18 0 5 y 1 8 0 9 , d o n d e escrib e: « H a y m en éu tica s especiales, y sin em b a rg o tie n e su base e x p e r im e n ­
d os clases de d e te rm in a ció n : la ex clu sió n d el co n tex to to ta l y la tal e n la exégesis d el N u e v o T esta m en to . U n estu d io m ás d e te ­
d e te r m in a c ió n té tic a d e l c o n te x to in m e d ia t o » (p . 4 2 ) . L a n id o d e sus c o n c e p c io n e s n o p o d r á h a c e r a b s tr a c c ió n d e lo s
e x c lu sió n es el m é to d o vá lid o e n el m arco d e la r e la c ió n p a ra ­ excu rsos te o ló g ico s.
d ig m á tic a , y es a p lic a d o c u a n d o d e u n a m a n e r a , p o r así U n a p rim e ra cu e stió n atañe a la m an era de d e fin ir al le c to r
d e c ir lo , e x p e r im e n ta l se p r e c is a q u é p a la b ra s d e s ig n ific a d o o r ig in a l. E l p r im e r c a n o n d ic e q u e la d e fin ic ió n m ás p re c isa
eq u iva len te p u e d e n su stitu ir a aqu ella cuyo sig n ifica d o hay qu e só lo p u e d e p a rtir « d e l d o m in io lin g ü ís tic o c o m ú n al a u to r y a
d e te r m in a r y cu á les n o p u e d e n . G u a n d o d e u n c ír c u lo d e su p ú b lic o o r ig in a l» (p . 9 ° ) - D e l le c to r e n q u ie n el a u to r h a
p a la b ra s c o n o c id a s q u e c o n s titu y e n u n p a ra d ig m a se ex clu ye p en sa d o sólo se p u e d e te n e r u n a id e a p a rtie n d o d el tex to . N o
u n a p a r te d e ella s p o r q u e s ig n ific a n o tr a co sa , se to r n a m ás se co n se g u irá te n e r u n a p r im e r a id ea, y al m ism o tie m p o u n a
p r e c is o el s e n tid o d e la p a la b r a q u e h a y q u e d e te r m in a r . E n p r im e r a d e lim ita c ió n d e l d o m in io c o m ú n al a u to r y a su
c a m b io , el sin ta g m a , la r e la c ió n q u e la p a la b r a e n c u e s tió n p ú b lico , si n o se tien e u n a v isió n de c o n ju n to , au n q u e la d e te r­
m a n tie n e c o n las dem ás p alabras c o n o c id a s de la fra se, p u e d e m in a c ió n d el d o m in io c o m ú n d eb e « c o n t in u a r d u ra n te la
a y u d a r a e n c o n t r a r u n a d e te r m in a c ió n p o sitiv a , « t é t i c a » . in te r p r e ta c ió n » , y « s ó lo c o n ella c o n c lu y e » (p . 91), lo cu al es
A u n q u e S c h le ie r m a c h e r n o d if e r e n c ió a m b o s tip o s d e r e la ­ u n a m an ifestació n eviden te d el círcu lo h e rm e n é u tic o . S c h le ie r­
c ió n , la p a ra d ig m á tica y la sin ta g m á tica, de fo r m a tan p recisa m ach er m e n c io n a co m o aparen tes excep cion es a este ca n o n los
c o m o e n la lin g ü ís tic a d e S a u ssu re , v io esta o p o s ic ió n c o m o arcaísm os y las expresiones técnicas.
u n a d e tres fu n d a m e n ta le s , to d a s ig u a lm e n te n e cesa ria s p a ra
fu n d a m e n ta r la d iv isió n qu e p resid e su te o ría de la in te r p r e ta ­ « L o s arcaísmos se en cu entran fuera del d o m in io lin gü ístico
c ió n g ra m a tic a l (las o tras d os s o n la o p o s ic ió n e n tre la c o m ­ inm ediato del autor, y p o r tanto tam bién del de sus lectores.
Los arcaísmos se em plean para representarse el pasado, al
p r e n s ió n fo r m a l y la m a te r ia l, y la o p o s ic ió n e n tr e l_a c o m ­
escribir más que al hablar y en la poesía más que en la prosa.
p r e n s ió n cu alitativa y la cu a n tita tiv a )98.
[...] Las expresiones técnicas se encuentran incluso en los géneros
P ero hay algunas cu estio n es q u e d eb em o s a q u í m e n c io n a r y
más populares, com o, p o r ejem plo, en los discursos ju d icia ­
d e las q u e S c h le ie rm a c h e r h a b la e n sus e x p lica cio n es acerca de les y deliberativos, aunque no todos los que los escuchan los
lo s dos cá n o n e s. D e ja re m o s ap arte las n u m ero sa s se ccio n es e n entiendan» (p. 919).
las q u e S c h le ie rm a c h e r a p lica lo s p r in c ip io s b e r m e n é u tic o s al
N u e v o T e s ta m e n to ; este p r o c e d e r está e n p a r te ju s t if ic a d o , D e esto se sig u e, e n p r im e r lu g a r, q u e la in te r p r e ta c ió n g r a ­
p u es a q u í n o s in teresa la a p o r ta c ió n d e S c h le ie r m a c h e r a u n a m atical d eb e c o n s id e ra r siem p re el g é n e r o al q u e p e r te n e c e el
hermenéutica g e n e r a l y la a p lic a b ilid a d de su te o r ía a la h e r m e - tex to in te r p r e ta d o —u n p r in c ip io im p o r ta n te , e s p e c ia lm e n te
p a ra la h e r m e n é u tic a lite r a ria , q u e ya h em o s to c a d o a p r o p ó ­
98 C f r . infla, p p . 2 2 0 y ss. sito d e G h la d e n iu s —, y e n s e g u n d o lu g a r , q u e d e l c o n o c i ­
2 i6 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 217

m ie n to de las características d e l p ú b lic o —re cu é rd e se lo d ic h o n in gú n otro sign ificad o, y sólo la expresión entera puede
so b re lo s d iscu rso s ju d ic ia le s — n o se p u e d e in f e r ir m e c á n ic a ­ llegar a ser usual» (pp. 91 y s.).
m e n te el s e n tid o d e u n p a sa je, p u e s es p o s ib le q u e u n a u to r
« n o s ie m p r e p ie n s e e n el c o n ju n t o d e su p ú b li c o » (p . 9 1)- Esta tesis de S c h le ie rm a c h e r te n d ría qu e d iscu tirse e n el m arco
P o r eso es esta reg la , a ñ a d e S c h le ie r m a c h e r , u n a re g la m ás d e u n a te o ría de la m e tá fo ra , q u e, a m i p a re cer, es u n o de lo s
p r o p ia d e l arte, « cu y a a p lic a c ió n a fo rtu n a d a sé basa e n el se n ­ m ás im p o rta n te s desiderata d e la te o ría g e n e r a l d e la lite r a tu r a .
tim ie n to a d e c u a d o » (p . 91)- A q u í la m e n c io n a m o s so b re to d o p o r q u e m arca el lím ite en tre
A estas lim ita c io n e s q u e S c h le ie r m a c h e r p o n e a la va lid ez o la in te r p r e ta c ió n g ra m atica l y la in te r p r e ta c ió n técn ica , p o r lo
a la p o s ib ilid a d d e tra sla d a r a la p r á c tic a e l p r im e r c a n o n q u e p u e d e c o n t r ib u ir a c la r ific a r la c u e s tió n d e la r e la c ió n
h a b ría q u e a ñ a d ir o tra m ás. N o só lo h ay q u e d is tin g u ir e n tre e n tr e am b as m o d a lid a d e s d e in t e r p r e t a c ió n . E n su p r im e r
lo s p ú b lic o s e sp e cífico s; e l g ra d o d e a d a p ta c ió n d e u n tex to a e sb o zo de h e r m e n é u tic a , d e l p e r ío d o e n tr e 18 10 y 18 19 ,
u n p ú b lic o n o es u n a co n stan te, sin o q u e varía segú n e l g é n e ro escrib e S c h le ie rm a c h e r:
y la é p o c a h is tó r ic a . E sto se e v id e n c ia c u a n d o se c o m p a r a u n
p o e m a d e l sig lo X V I I I c o n o tr o d e l sig lo X X , o u n p o e m a d e l « Q u e se confunda lo que pertenece a la interpretación téc­
sig lo X X c o n u n d ra m a d e a q u e lla é p o ca , cuya r e p r e s e n ta c ió n nica con lo que p ertenece a la in terp retació n gram atical.
n o d e p e n d ía so la m e n te d e la a c o g id a d e l p ú b lic o , s in o q u e A quí, la mayoría de las metáforas que están ahí para una epe-
xégesis [explicación], com o coma arborum, o telasolis, donde las
ta m b ié n vivía de la fic c ió n q u e las dramatispersonae d esp leg a b a n
palabras figuradas conservan su significado [cabellera, fle ­
e n sus palabras.
chas] y p ro d u cen su efecto gracias a una co m b in ación de
U n a se g u n d a c u e s tió n a la q u e S c h le ie r m a c h e r se r e fie r e ideas con la que el escritor cuenta. D e ahí precisam ente las
u n a y o tra vez, y sie m p re c o n én fa sis, e n sus d istin to s esbozos alusiones técnicas: los juegos de palabras, el uso de p rover­
h e r m e n é u tic o s , es la de la su pu esta d ife r e n c ia en tre el s ig n ifi­ bios y la alegoría, donde la interpretación gramatical es ente­
cad o p r o p io y el im p r o p io , e n la qu e lo s d ic c io n a r io s se basan ram ente prop ia, y la pregunta p o r lo que el escritor quería
p a ra o r d e n a r la v a rie d a d de sig n ific a d o s d e u n a d e te rm in a d a propiam ente decir pertenece a la explicación técnica. Lo más
p a la b ra . E n la e x p o sició n a m o d o d e c o m p e n d io d e 1819 se lee general es aquí: que la idea m ism a, tal com o resulta de la
interpretación gram atical, no pertenece a la cosa rep resen­
a este resp ecto :
tada, sino sólo a la representación, que ella misma es a su vez
signo. D ónde y cóm o acontece esto, sólo se puede averiguar
«Esta oposición [entre el significado p rop io y el im propio]
mediante la interpretación técnica» (pp. 59 y s.).
desaparece cuando se la examina más de cerca. E n las co m ­
paraciones hay dos líneas paralelas de pensam iento. La pala­
A q u í p arece qu e la r e la c ió n en tre las in te rp re ta cio n e s g ra m a ti­
bra está en la suya, y sólo ella debe contar. La palabra c o n ­
cal y té c n ic a es lo q u e d e te rm in a la d iv isió n d e l tra b a jo . P e ro
serva, pues, su significado. En las m etáforas, esto sólo está
sugerido, y a m enu d o sólo se retien e u n in d icio del c o n ­ estas frases so n im p o rta n te s ta m b ié n p o r o tra ra z ó n m ás allá de
cepto; p o r ejem plo, coma arborum se refiere a las hojas, pero la o b s e r v a c ió n q u e e n ella s se h a ce s o b re la m e tá fo r a . E llas
coma significa solamente cabellera. [...] El uso aislado no trae o fr e c e n u n p u n t o d e a p o y o e n la b ú s q u e d a d e la r e sp u e s ta a
? l8 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 219

u n a d ifíc il cu estió n , cu al es la d e la r e la c ió n de la te o ría de las Es claro que la te o ría de las d istin tas fo rm a s de in te r p r e ta ­
d istin ta s m o d a lid a d e s in te rp re ta tiv a s —e n S c h le ie r m a c h e r , la c ió n n o só lo su stitu ye a la d e l s e n tid o p lu r a l d e la E s c ritu ra ,
g ra m a tica l y la té cn ic a o p s ic o ló g ic a ; e n A s t y e n W o lf e n c o n ­ s in o q u e adem ás la n ie g a c o m p le ta m e n te : esta te o r ía g u a rd a
tra m o s o tr a d iv is ió n , d e te r m in a d a d e fo r m a d ife r e n t e en r e la c ió n c o n la t e n d e n c ia a n tie s c o lá s tic a —ya in ic ia d a c o n la
c u a n to al c o n te n id o , p e r o se m e ja n te e n la fo r m a , y la m ism a R e fo rm a —, qu e in sistía e n la u n id a d d el s e n tid o .
o b se rv a c ió n vale p a ra el su ce so r m ás im p o r ta n te d e S c h le ie r ­ L a m ism a in te n c ió n se expresa e n el p o stu la d o de la u n id a d
m a c h e r, A u g u s t B o e c k h 99—; la c u e s tió n , d e c im o s , d e la r e la ­ de la palabra. A c e rc a de esto se lee lo sig u ien te e n la ex p o sició n
c ió n de esta teo ría co n la d o ctrin a a n te rio r, p atrística y escolás­ a m o d o de c o m p e n d io :
tica, d el sen tid o p lu ra l de la E scritu ra . E l qu e, e n la h isto ria de
la h e rm e n é u tica , u n a de estas co n ce p cio n e s o cu p e el lu g a r d e la « L a m isión origin al encom endada tam bién a los d iccion a­
rios, aunque éstos sólo están para los intérpretes, es la de
o tra co m o p r in c ip io de d iv isió n , n o sig n ifica a ú n qu e la p o ste ­
encontrar la verdadera unidad perfecta de lapalabra. La presencia
r io r estu viese d e a lg u n a m a n e ra r e la c io n a d a c o n la a n te r io r .
particular de la palabra en un pasaje dado sin duda es parte
P ero es p reciso p lan tearse esta cu e stió n ante el h ech o de q u e el
de una m ultiplicidad infin itam ente indeterm inada, y entre
co n c e p to de la in te r p r e ta c ió n g ra m a tic a l-h istó ric a ap arezca ya aquél y ésta no hay otra tran sición que una m u ltip licid ad
e n la h e r m e n é u tic a a n tigu a , y e n e lla ten g a co m o fin a lid a d la determinada, en la cual aquél está com prendido, y ésta a su vez
d e te rm in a c ió n d el sensus l¡tteralis, m ien tra s qu e la in te r p r e ta c ió n debe necesariamente encerrar oposiciones. Pero, en su p re­
a le g ó r ic a se p r e g u n ta p o r el sensus spiritualis. Es d if íc il d e c r e e r sencia particular, la palabra no está aislada-, su estar determ i­
q u e la nueva h e rm e n é u tica , la que c im e n ta ro n S c h le ie rm a c h e r nada no se lo debe a sí m ism a, sino a las palabras que la
y sus p red eceso res in m e d ia to s, tom ase el co n c e p to de la in t e r ­ rodean, y basta con que relacionem os la unidad original de
la palabra con estas otras para determ inarla correctam ente.
p r e ta c ió n g ra m a tic a l-h istó ric a sin r e fe r irs e d e a lgu n a m an era,
Pero la unidad perfecta de la palabra sería su explicación, y
a u n q u e fu ese de u n a m an era crítica , a la an tigu a. S i las ú ltim as
esto es algo que no está a nuestro alcance, igual que no lo
frases citadas a rr o ja n a lgu n a lu z so b re esta cu estió n , es p o r q u e está la explicación perfecta de las cosas. N o lo está en las len ­
e n ellas se in siste e n qu e ta m b ié n e n la m e tá fo ra y e n la a le g o ­ guas muertas porque aún no hem os observado su evolución
ría el se n tid o q u e extrae la in te r p r e ta c ió n g ram atical es el se n ­ entera, n i tampoco en las vivas, porque la suya continúa en la
tid o p r o p io , y n o el im p ro p io o fig u ra d o , m ien tras qu e éste, el actualidad» (p. 92).
im p r o p io , lo d e te r m in a la in t e r p r e t a c ió n té c n ic a p o r q u e es
resu lta d o de u n a c o m b in a c ió n —p o r e je m p lo , de telum = fle ch a S i h ace p o c o p o d ía p a re ce r qu e S c h le ie rm a c h e r era u n e stru c-
y sol, p e r o n o d e u n a su p u e sta r e d u p lic a c ió n d e l s e n tid o de tu ralista avantla lettre, a h o ra r e c o n o c e m o s las p rem isas filo s ó f i­
telum: I o flech a , 2 o rayo—. cas d e su c o n c e p c ió n d e l le n g u a je : s o n las d e l id e a lis m o a le ­
m á n . N ad a c o n tra d ice m ás lo s p r in c ip io s m e to d o ló g ic o s d e la

99 A . B o e c k h , E n g t k l o p á d i e u n d M e t h o d o l o g i e d e r p h i l o l o g i s c h e n W i s s e n s c h a f t e n , e d . d e E . B r a tu -
lin g ü ís tic a m ás r e c ie n te q u e la a fir m a c ió n de u n a u n id a d de
sch ek, I P arte: F ó r m a l e T h e o r i e d e r p h i l o l o g i s c h e n W i s s e n s c h a .fi, l & J J , re im p . re p ro g rá fic a de la p alabra, u n id a d qu e n o existe e n sí m ism a, sin o q u e es, p o r
la 2 a e d ic ió n d e R . K lu s m a n n (L e ip z ig , 1 8 8 6 ), D a rm s ta d t, 1 9 6 6 (W isse n sch a ftli-
ch e B u c h g e s e lls c h a ft). así d e c irlo , la c o n fig u r a c ió n resu lta n te de sus d istin to s m atices
220 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 221

—u n a id e a e n el s e n tid o q u e B e n ja m in d a a esta p a la b r a 100—. d iv isió n de su te o ría de la in te r p r e ta c ió n gram atical: la o p o s i­


P e ro la r a z ó n d e la in e x is te n cia d e esa u n id a d o b ra e n c o n tr a c ió n en tre lo fo r m a l y lo m aterial y la o p o s ic ió n en tre lo c u a li­
d e las reglas d e tra b a jo de la lin g ü ís tic a estru ctu ra lista . Q u e las tativo y lo c u a n tita tiv o . L a p r im e r a o p o s ic ió n , fo r m a l- m a te -
le n g u a s vivas c o n t in ú e n e v o lu c io n a n d o , d e sa r ro llá n d o s e , n o r ia l, p u e d e ta m b ié n d esig n a rse co m o o p o s ic ió n e n tre sin taxis
sig n ifica qu e la in vestigació n de las m ism as d eba co n ta r c o n sus y sem án tica. G u a n d o la in te r p r e ta c ió n g ra m atica l se p re g u n ta
p o sib ilid a d e s, que d eba d eja rlo to d o e n suspenso- E l o b je to de p o r lo s e le m e n to s fo r m a le s , b u sca las c o n e x io n e s q u e e x isten
la lin g ü ís tic a n o es la le n g u a fu tu r a p o te n c ia lm e n te p r e s e n te e n tre lo s e le m e n to s de la fra se. Y c u a n d o se p r e g u n ta p o r lo s
e n la le n g u a actual, sin o el sistem a lin g ü ís tic o actual, u n paso e lem en to s m ateriales, se in teresa p o r el sig n ifica d o de lo s e le ­
s in c r ó n ic o q u e n o a d m ite n in g u n a d im e n s ió n te m p o ra l. S i en m e n to s p a rticu la re s. S c h le ie r m a c h e r tro p ie z a a q u í c o n t in u a ­
la fra se an tes citad a , ésta se b a ila im p lic a d a c o m o d im e n s ió n m e n te c o n la in t e r d e p e n d e n c ia d e a m b o s a sp ec to s. P o r o tra
d el fu tu r o , cu a n d o se habla de la u n id a d o rig in a l d e la p a la b ra p arte, el análisis de lo s ele m e n to s fo rm a les toca cu estio n es qu e
a p a r e c e —ig u a lm e n te c o n tr a lo s p r in c ip io s d e la lin g ü ís tic a p e rte n e c e n ya al d o m in io d e la tercera o p o s ic ió n , es d e cir, a la
m o d e r n a — c o m o p a sa d o . Es v e rd a d q u e c o n fr e c u e n c ia se o p o s ic ió n e n tr e lo c u a lita tiv o y lo c u a n tita tiv o . E l e je m p lo
p u e d e ex p lica r la p lu ra lid a d de se n tid o s de u n a p a la b ra p o r su sig u ie n te p u e d e ilu stra r estas r e la c io n e s :
e tim o lo g ía , a la cu a l p u e d e ser re d u cid a : p e r o el h e c h o cap ital S c h le ie rm a c h e r d istin g u e e n lo s elem en to s fo rm a le s lo qu e
p a ra u n a lin g ü ística n o h istó rica es p re cisa m e n te q u e a u n sig- u n e las frases y lo que u n e los elem en to s de la frase. E n la te r m i­
nifiant c o r r e s p o n d a n v a rio s signifiés, n o la p o s ib ilid a d d e h a c e r n o lo g ía de la gram ática tra d icio n a l, esto co rresp o n d e a la d istin ­
d e sa p a re c e r esta in c o n g r u e n c ia e n u n a c o n s id e r a c ió n h is t ó ­ c ió n en tre c o n ju n c ió n y p re p o sic ió n (los elem entos particu lares
rica, pu es esta r e d u c c ió n es p u ra m en te teó rica , m ien tras q u e la de la frase p u e d e n n a tu ra lm e n te estar u n id o s n o só lo p o r p r e ­
p lu r a lid a d d e se n tid o s d e la p a la b ra su bsiste e n la c o n c ie n c ia posiciones, sino tam bién p o r sufijos, p o r ejem plo, com o el sufijo
lin g ü ística d el h a b la n te 101’ . de g en itiv o ). E n tre los elem en to s qu e u n e n las frases, S c h le ie r ­
A d e m á s d e la o p o s ic ió n e n tr e « c o n t e x to in m e d ia t o » y m acher distingue de nuevo entre los orgánicos y los m ecánicos, o,
« p a s a je p a r a le lo » (p . 9 6 ) ’ q u e c o r r e s p o n d e a la o p o s ic ió n co m o él los d e fin e , la « fu s ió n in te r n a » y el « e n la c e e x te r n o »
e n tre sin tagm a y p a ra d igm a , S c h le ie rm a c h e r c o n o c e d os o p o ­ (p. 9 6 ). E jem p lo s de los o rg án ico s serían « a u n q u e » o « m ie n ­
s ic io n e s m ás q u e fu n c io n a n ig u a lm e n te c o m o p r in c ip io s d e tra s» , y de los m ecán ico s la c o n ju n c ió n « y » . P ero S c h le ie rm a ­
ch er observa —y esta observación es lo qu e con fiere relevancia h e r ­
m en éutica a esta cuestión— qu e la o p o sició n entre fu sió n in tern a
IO O C f r . W . B e n ja m in , Ursprungdes deutschen Trauerspiels, B e r lín , 19 2 8 ; e d ic ió n revisad a y
p rep a rad a p o r R . T ie d e m a n n , F ra n k fu rt a .M ., 1 9 6 3 , p . 15 - A h o r a e n W . B ., Gesam- y enlace externo n o es rigu rosa, pues a m en u d o u n o parece h acer
melte Schriften I. 1 (Abhandlungen), op. cit., p . 214 [ « E l o r ig e n d e l ’T r a u e r s p ie l’ a le m á n » ,
e n Obras 1- 1, M a d rid , A b a d a , 2 0 0 6 , trad . de A lfr e d o B r o to n s ].
las veces d el o tro . U n a c o n ju n c ió n causal sirve e n o casion es n o
IO I* In clu so e l c o n c e p to de p alabra, qu e tie n e su etim o lo g ía y su h isto ria , las cu ales p e r ­ más que de enlace, y la c o n ju n c ió n copulativa « y » p u ed e asum ir
m ite n e x p lica r la p lu ra lid a d d e su s ig n ific a d o , es p ro b le m á tic o , p u e s ta l c o n c e p to
n o da c u e n ta d e l fe n ó m e n o d e la h o m o n im ia , p o r e je m p lo d e la c o in c id e n c ia , en u n a fu n c ió n o rg á n ica , p o r e je m p lo , p a ra exp resar u n a c o n s e ­
a le m á n , d e signifiants co m o « waren» , cu yos s ig n ific a d o s, u n o d e lo s cu ales es el p r e ­ cu en cia. P ero esto sólo es p o sib le p o rq u e , e n el p r im e r caso, la
té r ito im p e r fe c to d e l v e rb o «sein» (ser), y el o tr o el p lu ra l de « Ware» (m e rca n cía ),
n o se p u e d e n r e d u c ir a u n a u n id a d id ea l. c o n ju n c ió n ha « p e r d id o su sustancia p r o p ia » , y en el segu n d o ,
222 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 223

en cam b io, p o rq u e se ha « in te n s ifica d o » (p. 96)• Esto es hablar L u e g o vie n e la e x p lic a c ió n sig u ie n te:
de p o sib ilid a d e s d el len g u a je q u e c o m p e te n a la c o m p re n s ió n
«La primera [tomar cuanto sea posible p o r tautológico] es la
cuantitativa. M ientras que el objeto de la co m p re n sió n cualitativa
más reciente; se cree que ésta halla justificación suficiente en
so n lo s d ife re n te s sig n ifica d o s d e las p alabras o lo s d ife re n te s
el Nuevo Testamento p o r la form a predom inante del parale­
en laces en tre palabras o frases, la c o m p re n s ió n cu an titativa lism o y el escaso rig o r ló g ico de la m ayor parte; p ero sin
atien d e a la inten sidad . L os dos extrem os so n aqu í, p o r u n lado, razón, y, después de las frases arriba presentadas, hay que
el « é n fa s is » , el m áxim o de sig n ifica d o , y, p o r o tro , la « a b u n ­ apartarse de ella. Sobre todo se cree que está ju stificad o
d a n cia » , el m ín im o de significado (p p . I 0 4 y s.). hacerlo a cada ligera apariencia de sinonim ia [...]. La últim a
S i u n a c o n ju n c ió n co m o « y » , q u e sirve p a ra establecer u n [tomar cuanto sea posible p o r enfático] es la más antigua, y
está relacionada con la o p in ió n de que el autor es el Espíritu
e n la ce p u r a m e n te m e c á n ic o y a d itiv o , esta b lece u n a r e la c ió n
Santo y de que El no hace nada en van o ; de ahí que no haya
o rg á n ic a , te n e m o s e l é n fa sis. S i u n a c o n ju n c ió n cau sal só lo
abundancia, que no haya tautología y que todo lo que se ase­
tie n e u n a fu n c ió n aditiva, « n o d ice n a d a » , y en to n ces ten em o s
meja sea enfático. Pero entonces lo es todo en general; pues
la a b u n d a n c ia . P ero cu a n d o el ca m b io d e fu n c ió n co n sisten te en cada palabra hay un excedente, si no se agota en cada
e n q u e u n a c o n ju n c ió n m ecá n ica pasa a ser o rg á n ica se realiza pasaje. Pero com o la persona del escritor nunca desapareció
p o r el em p le o en fá tico de la m ism a, la d ife r e n c ia cu alitativa se para los oyentes y los lectores originales y éstos sólo pudieron
ca m b ia e n cu a n tita tiv a . N o es n e c e sa rio c o n v e n c e r de la r e le ­ juzgar el discurso o el texto desde los supuestos habituales, la
v a n cia h e r m e n é u tic a d e estas r e fle x io n e s a c u a lq u ie r a q u e, escapatoria consistente en decir que el Espíritu Santo tenía a
in te rp re ta n d o u n texto alem án a n tig u o , algu n a vez haya e x p e ri­ la vista a toda la cristiandad creyente en su in sp iració n , la
cual no podía juzgar sino de acuerdo con la máxima estable­
m en ta d o lo s q u eb ra d ero s de cabeza qu e trae la cu estió n de si la
cida, no sirve de nada, pues esta cristiandad sólo pudo nacer
c o n ju n c ió n «weil» es te m p o ra l —m ecá n ica , e n la te r m in o lo g ía
gracias a la com prensión correcta que fue com unicada a los
de S c h le ie r m a c h e r — o causal —o rg á n ic a — (el «weil» te m p o r a l
p rim eros cristianos, p o r lo que esta m áxima es de tod o
[= «wáhrend», d u ran te] crea u n en lace m ecá n ico , m ien tra s qu e punto reprobable» (§ 42, p. 105).
el «weil» causal in d ica que u n a co n tecim ie n to es causa de o t r o ) .
C o n c lu y o estas o b servacio n es so b re la te o ría de la in te r p r e ­ P o r in te re sa n te q u e p u e d a ser e x p lic a r m ás c e ñ id a m e n te la
ta c ió n g ram atical d e S c h le ie rm a c h e r r e fir ié n d o m e al co n tex to p o s ic ió n h istó rica de S c h le ie rm a c h e r p a rtie n d o de estas frases,
m ás a m p lio e n q u e se h a lla n en este a u to r lo s co n ce p to s r e c ié n q u e n o c o n tra d ic e n só lo las m áxim as tra d icio n a les de la t e o lo ­
exam in ad o s de énfasis y a b u n d an cia. E llo ev id en ciará ta m b ién , gía h erm en éu tica, sin o ta m b ién las fu n dadas e n la eq u id ad h e r ­
al m e n o s e n u n e je m p lo , el e n ra iza m ie n to d e su h e rm e n é u tic a m e n é u tic a d e la te o r ía d e la in t e r p r e ta c ió n d e M e ie r —y este
e n lo s p r o b le m a s e x e g é tic o s d e l N u e v o T e s ta m e n to . E n la in terés estaría m otivad o fu n d a m e n ta lm e n te p o r la o b serv ació n
e x p o sic ió n a m o d o de c o m p e n d io d e 18 19 se lee: ú ltim a m e n te citad a, se gú n la cu al la cristian d a d , c r ite r io de la
in te rp re ta ció n e n cu a n to p ú b lic o , está ella m ism a d ete rm in a d a
« L a máxima de tom ar cuanto sea posible p o r tautológico es p o r la le ctu ra d el N u e v o T esta m en to p o r lo s p r im e r o s c r istia ­
tan falsa com o la de tom ar cuanto sea posible p o r en fático» . n o s, q u e n o h ic ie r o n a b stracció n de la p erso n a de lo s apóstoles
224 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 225

en b e n e fic io d el E s p íritu S a n to co m o a u to r, lo cu al es u n paso ha dado lugar a que se atribuya a las expresiones el contenido
im p o rta n te e n la v in c u la c ió n , q u e h o y se in te n ta establecer, de m ínim o y, p o r ende, a que se renuncie al concepto m ism o»
la h e r m e n é u tic a a la h isto ria d e la r e c e p c ió n —, a q u í h e m o s de (§ 43, p. 106).
c o n t e n ta r n o s c o n h a c e r m e n c ió n d e la r e g la , d e la m á x im a
re le v a n c ia p a ra u n a h e r m e n é u tic a lite r a r ia , q u e S c h le ie r m a - L o im p o rta n te d e esta tesis de S c h le ie r m a c h e r es n u e v a m e n te
c h e r c o lo c a e n el lu g a r de la d o b le m áx im a q u e él rechaza: la r e la c ió n qu e establece c o n lo s p u n to s de vista d el g é n e r o y la
h is to ria . S i la h e r m e n é u tic a lite r a r ia q u ie r e ser h o y u n a h e r ­
« L a m edida en que haya que su p o n er la abundancia o el m e n é u tic a m a te r ia l, s in r e n u n c ia r a lo s c o n o c im ie n t o s d e la
énfasis, no depende sólo del género del discurso, sino tam ­ c o n c ie n c ia h istó ric a y a lo s ju ic io s de la p o é tic a p o stilu stra d a ,
b ién del grado de desarrollo del o b jeto » .
n o p o d r á ser u n a h e r m e n é u tic a d e reglas q u e n e ce sa ria m e n te
haga a b stracció n de la esp e cificid a d d el o b je to d e la c o m p r e n ­
Y S c h le ie rm a c h e r añade el sig u ie n te c o m e n ta r io : s ió n , sin o u n a h e r m e n é u t ic a cuya r e la c ió n c o n la m a te r ia se
exprese p recisa m en te e n el e s cla recim ien to de lo s c rite rio s qu e
« S i u n objeto se encuentra ya convenientem ente elaborado las d e te rm in a c io n e s d e l tex to s u m in is tr a n a la c o m p r e n s ió n .
para el d o m in io de la represen tación, se puede p a rtir del D e estos cr ite rio s, lo s m ás im p o r ta n te s so n q u izá la h is t o r ic i­
térm in o m edio, y sólo el género del discurso d eterm ina d ad y la p e r t e n e n c ia a u n g é n e r o —to m a n d o la p a la b r a
cuándo y dónde hay que esperar más énfasis o más abundan­ « g é n e r o » n o e n se n tid o estricto —.
cia. Pero si el objeto es aún nuevo y aún no se ha d esarro ­
A c o n t in u a c ió n h a re m o s a lg u n a s o b se rv a c io n e s so b re la
llado un lenguaje para él, hay incertidum bre sobre si los ele­
in te rp re ta c ió n técn ica o p sic o ló g ica . Éstas se r e fie r e n a la r e le ­
m entos elegidos cu m plen la fin alid ad , y don de esta
vancia de lo s crite rio s qu e acabam os d e n o m b r a r —la p e r te n e n ­
in certid u m b re tiene su razón en algo p reciso, se p rod u ce
una tendencia a asegurar lo que no es suficientem ente seguro cia a u n g é n e ro y la h isto ricid a d — p a ra la in te rp re ta c ió n técn ica
m ediante otra expresión. Tal es el origen de las acum ulacio­ o p s ic o ló g ic a . Y h a cerla s es ta n to m ás im p o r ta n te p o r cu a n to
nes que luego son tomadas ora p o r tautologías, ora por énfa­ qu e el té r m in o « in te r p r e ta c ió n p s ic o ló g ic a » y la r e c e p c ió n de
sis. Pero la verdad exige que no las veamos com o uniform es, Sch leierm ach er, m u y co n d icio n a d a p o r aqu el té rm in o y p o r los
n i tam poco com o opuestas, sino form ando una unidad, y a té r m in o s a co m p a ñ a n te s « e m p a t ia » y « v iv e n c ia » , n o s h a n
p artir de ellas ju n tas desarrollem os una idea. E n el Nuevo tra n sm itid o u n a id ea co m p le ta m en te falsa de las in te n cio n e s de
Testam ento, don de m enos frecu en tem en te ocu rre esto [el
S c h le ie rm a c h e r, al m e n o s e n las p rim e ra s etapas de su p e n s a ­
texto debería decir obviamente « don d e más frecuentem ente»
m ie n to h e r m e n é u tic o . Es cie rto q u e, e n la in te r p r e ta c ió n té c ­
(P. Szondi)] es en Pablo, pues su term inología se basaba en
n ica o p sico ló gica , la a te n c ió n se d irig e al h o m b re , a su in d iv i­
una masa de instrucciones orales, y donde menos e n ju a n . El
falso énfasis ha dado lugar a que todas las expresiones aisladas d u a lid a d , igu a l q u e e n la g ra m a tica l se d irig e a la le n g u a y sus
—renovación, ilum inación, renacim iento— se hayan in co rp o ­ m o d ific a c io n e s in d iv id u a le s . P e ro in c lu s o en lo s p o s te r io r e s
rado al sistema conceptual del dogm a, con el resultado de d iscu rso s an te la A c a d e m ia , la lo c u c ió n « e l p r o c e s o p s íq u ic o
una plétora confusa y sin base científica. La falsa tautología o rig in a l de la g e n e r a c ió n y el en lace de p en sa m ie n to s e im á g e ­
226 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 227

n e s» (p. 14 8 ), o b je to de la in te r p r e ta c ió n p sic o ló g ica , im p lica d espu és el fo r m a lis m o ru s o , el new criticism y la crítica estilística
el m o m e n to o bjetivo de la len g u a co m o m e d io en q u e a c o n te ­ de la escuela de Z ú r ic h d e fe n d e rá n co m o u n a supuesta n o ved a d
ce n esa g e n e ra c ió n y ese en lace. A ú n m ás claram en te se expresa fu e , co m o se ve, a n ticip a d o e n u n a p a rte nad a d esd eñ a b le p o r
esta im p lic a c ió n e n los esbozos d e la p r im e r a ép o ca, y ta m b ié n S ch leierm a ch er. Y lo q u e lo eleva p o r en cim a d e la crítica esti­
e n la id e a de la in te r p r e ta c ió n técn ica y su co n c e p to p r in c ip a l, lís tic a en señ a d a e n lo s a ñ o s c u a re n ta y c in c u e n ta d e n u e s tro
el d e e s tilo , d ire cta m e n te r e fe r id o al m a n e jo d e la le n g u a . L o sig lo es su v is ió n de la h is t o r ic id a d d e lo s fe n ó m e n o s , q u e la
q u e se con serva e n el paso de la in te r p r e ta c ió n técn ica a la p s i­ m o d e r n a crítica estilística só lo m u y tard e c o n s ig u ió te n e r . E n
c o ló g ic a —u n paso q u e , e n r ig o r , n o es m ás q u e u n d e sp la za ­ esta v isió n , el aspecto h is tó ric o n o ap arece junto al p s ic o ló g ic o -
m ie n to d el acen to , pu es el ú ltim o S c b le ie rm a cb e r ta m b ié n d is­ técn ico co m o algo a lo qu e también hay q u e aten d er. S c h le ie rm a ­
tin g u e el c o n ce p to de in te r p r e ta c ió n técn ica — es la c o n c e p c ió n ch e r se da cu en ta de q u e su p r o p ó s ito de c o m p re n d e r lo in d i ­
d el d iscu rso co m o acto d el in d iv id u o p en sa n te, re fe r id o n o a la v id u a l e n el d iscu rso o e n la o b r a lit e r a r ia p r e s u p o n e la
to ta lid a d d e la le n g u a , c o m o e n la in t e r p r e ta c ió n g ra m a tica l, in te rp re ta c ió n h istó rica , y esto p o r dos razo n es. L a p r im e r a es
s in o a la to ta lid a d d e l h o m b r e y d e su v id a . P e ro el d e sp la za ­ que el sign ificad o del m o m e n to in d ivid u a l n o es constan te en la
m ie n to d e l acen to afecta al estu d io d e esta in d iv id u a lid a d su b ­ h is to r ia de la lite r a tu r a : S c h le ie r m a c h e r a p ro v e ch a a q u í su
je tiv a . E n la in t e r p r e ta c ió n té c n ic a , el a c e n to está c o lo c a d o c o n o c im ie n to d e l Sturm undDrangy d e l p r im e r ro m a n tic ism o , y
so b re e l m o m e n to de la téchne, so b re e l estilo in d iv id u a l co m o desde la persp ectiva que este c o n o cim ie n to le p r o p o r c io n a c o n ­
m o d ific a c ió n p a r tic u la r d e la le n g u a y m a n e r a p a r tic u la r d e fro n ta la o b jetivid ad clásica c o n el ro m a n ticism o co m o p e r ío d o
c o m p o n e r ; en la p sico ló g ica sobre el to d o de la vid a d el in d iv i­ d o m in a d o p o r la su b je tiv id a d . L a se g u n d a , q u e el m o m e n to
d u o . A c e r c a d e la o p o s ic ió n relativa, c o m o S c h le ie r m a c h e r in d iv id u a l d e la p r o d u c c ió n n o p u e d e esta b lecerse si n o se
su b ra ya , e n tre « p s ic o ló g ic o » y « t é c n i c o » se le e e n las n o tas c o n o c e el lu g a r h is tó r ic o d e l g é n e r o a q u e la o b ra p e r te n e c e .
m arg in ales tardías de 1 8 3 2 - 1 8 3 3 :
«A ntes de com enzar la interp retación técnica ha de saberse
« E l primero [esto es, el aspecto psicológico], más la form ación de qué m anera se daban al autor el objeto y la lengua [ ...] .
de los pensamientos a partir de la totalidad de los m om entos Para lo prim ero hay que tener en cuenta el estado en que
de la vida. El último [esto es, el aspecto técnico], más la reduc­ antes de su época se encontraba el género a que la obra perte­
ción a un pensamiento concreto o a un concreto querer expo­ nece [...]. N o hay, pues, una com prensión exacta de este tipo
ner algo, a partir de la cual se desarrolla una serie» (p. 163). sin un conocim iento de la literatura de la época emparentada
con la obra y de lo que el autor recibió com o m odelo previo
E n la ex p o sició n a m o d o de c o m p e n d io , la tarea de la in te r p r e ­
del estilo. Nada puede sustituir a u n estudio tan com plejo en
ta c ió n técn ica es la c o m p re n sió n p e rfe c ta d el estilo, n o estando relación con este aspecto de la interpretación» (§ 5, p. 108).
el c o n ce p to d e estilo lim ita d o al m a n ejo d e la len gu a: « P e n s a ­
m ie n to y len g u aje se cru zan p o r d o q u ie r, y la m an era p a rticu lar E l p r im e r discurso ante la A ca d e m ia d istin gu e, de m an era acaso
d e c o n c e b ir el o b je to pasa a la c o m p o s ic ió n y, p o r e n d e , al arriesgadam en te especulativa, dos p e río d o s: aq u el e n q u e p a u ­
m a n e jo d e la le n g u a » (§ 3 >p- 1 0 8 ). L o q u e m ás d e c ie n añ o s la tin a m e n te se c o n s titu y e r o n las fo r m a s y a q u e l e n q u e éstas
228 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 229

d o m in a r o n . L o tem era rio de esta c o n s tru c c ió n se atenúa c o n la clase de intérpretes, más orientada a la lengua y a la historia
a p o s tilla d e q u e lo s caracteres d e estos d o s p e r ío d o s o p u e sto s que a las personas, exam inaría a todos los escritores en una
« r e s u r g ie r o n m ás ta rd e d e fo r m a sim u ltá n e a e n u n a escala lengua de form a bastante u n iform e, aunque entre ellos uno
m e n o r » (p. 135) >1° cual sign ifica q u e n o d e fin e n n in g ú n p e r í­ sobresalga en una reg ió n y otro en otra d iferen te; y otra
clase, más orientada a la observación de las personas, consi­
o d o . P e ro q u e d a la id e a ca p ita l d e q u e es p r e c is o c o n o c e r la
deraría la lengua sólo com o u n m edio a través del cual éstas
fo r m a dada so b re la q u e se trabaja « p a r a c o m p re n d e r e n te r a ­
se expresan, y la h isto ria sólo com o las m odalidades en las
m e n te [al e scrito r] e n su activid ad . P ues c o n el p r im e r esbozo
cuales existieron: cada u n o [cada intérprete] se lim itaría a
de u n a o b ra co n creta se d esarrolla ta m b ién e n él la fu erza d ir e c ­ aquellos escritores que m ejor se acomodan a su orientación»
triz d e la fo r m a ya fija d a , [ ...] y ella m o d ific a [ ...] n o só lo ios (p- I 53>-
detalles de la exp resió n , sin o ta m b ié n [ ...] la in v e n ció n . Q u ie n
e n la la b o r de la in terp reta ció n n o p ercib e d eb id am en te có m o la U n e n fo q u e to d a v ía a d e c u a d o a la s itu a c ió n d e lo s e s tu d io s
co rrien te d el pen sam iento y de la creación p o ética ch o có , p o r así lite ra rio s e n lo s añ os sesen ta. A u n q u e n o soy de la o p in ió n de
d e c ir lo , co n tra las paredes de su le c h o p a ra re tro c e d e r y to m a r q u e u n p r o g r a m a c o m o éste m e re zca ser r id ic u liz a d o , c o m o
u n a d ir e c c ió n d istin ta de la q u e h a b ría se g u id o si h u b ie r a cada vez m ás se h a c e , p o r su to le r a n c ia m e t o d o ló g ic a , y soy
h a lla d o cu rso lib r e , n o p u e d e c o m p r e n d e r c o rr e c ta m e n te el d em asiad o c o n s cie n te de lo s p e lig ro s de u n a p o lític a cie n tífic a
p ro ceso in te r io r de la co m p o sició n , y m en o s a ú n asignar al p r o ­ ríg id a p ara la lib e rta d h u m a n a y el p ro g re so de la cien cia co m o
p io e s c rito r el p u esto q u e le co rr e s p o n d e e n v irtu d de su re la ­ p ara sum ar m i voz al c o ro de D a h le m , n o e n cu e n tro tal lib e r a ­
c ió n c o n la len g u a y sus fo rm a s» (p. 13 6 ). lid a d su fic ie n te c o m o c o n c e p c ió n te ó ric a . D e h e c h o , la r e la ­
S i se p ie n sa e n la c o n c e p c ió n , a ú n vig e n te a fin e s d e l siglo c ió n en tre las dos m o d a lid ad es de in te rp re ta c ió n n o era, segú n
X V III, de las fo rm a s y lo s g én ero s p o é tic o s , así co m o de la le n ­ las id eas o r ig in a le s d e S c h le ie r m a c h e r , d e c o m p le m e n t a r ie -
gua, vista co m o u n có m o d o veh ículo de la m ateria y la in te n ció n , dad; éstas n o a p a recía n separadas e n el tra b a jo d e in t e r p r e ta ­
n o se subestim ará la actualidad de estas ideas, que acercan la te o ­ c ió n . A l c o n t r a r io , S c h le ie r m a c h e r h a b ía s o s te n id o la tesis
ría de la in te r p r e ta c ió n té cn ic a d e S c h le ie r m a c h e r a la p o é tic a audaz de qu e « L a s o lu c ió n a b so lu ta d el p r o b le m a es la q u e se
m o d e rn a , co m o p o r ejem p lo la de V aléry. e n c u e n tra cu a n d o se trata ap arte cada aspecto [esto es, el g ra ­
L a cu estió n de la rela ció n en tre la in terp reta ció n gram atical y m atical y el técn ic o ] de tal m an era q u e el tra ta m ien to d e l o tr o
la interpretación técnica n o recibió de Schleierm acher, en el curso aspecto n o p ro d u z c a n in g ú n ca m b io e n e l resu lta d o ; [cu an d o
de la e v o lu ció n de su pen sam ien to h e r m e n é u tic o , u n a respuesta cada a sp ecto ] tra ta d o [ap arte] su stitu y e c o m p le ta m e n te al
q u e tu v ie ra sie m p re el m ism o s e n tid o . E n e l p r im e r d iscu rso o t r o » (p . 8 1). S i n o s p r e g u n ta m o s p o r lo s m o tiv o s d e esta
ante la A ca d em ia , y a c o n tin u a c ió n d e las frases ya citadas sobre c o n c e p c ió n , n o p o d e m o s ig n o r a r la i n t e n c ió n p o lé m ic a d e
la afin id ad en tre el in térp rete y el autor, Sch leierm ach er d ice que S c h le ie r m a c h e r y d e la h e r m e n é u t ic a de su é p o c a c o n t r a la
d o c trin a d el se n tid o p lu ra l d e la E scritu ra : al fu n d a r S c h le ie r ­
« u n o estaría tentado de afirm ar que toda la práctica de la m a c h e r la h e r m e n é u t ic a n o e n el c o n c e p to d e l s e n tid o d e la
in terp retació n tend ría que dividirse de form a tal, que una
E scritu ra, sin o en el c o n ce p to d e c o m p re n sió n , abre la p o s ib i-
230 PETER SZONDI

lid a d d e d is tin g u ir e n tr e m an eras de in t e r p r e ta r sin q u e e llo


su p o n g a u n a p lu ra lid a d e n la cosa in te rp re ta d a . P e ro ta m p o co
a q u í se q u e d a S c h le ie r m a c h e r e n el p o s tu la d o d e la r e la c ió n
id e a l d e am b os tip o s de in te r p r e ta c ió n , sin o q u e r e c o n o c e q u e
su a p lic a b ilid a d está d e te rm in a d a tan to p o r e l p a rá m e tro h is ­
tó r ic o co m o p o r e l g é n e r o de la o b ra qu e hay qu e in te rp re ta r.
A s í, S c h le ie r m a c h e r asocia a la in t e r p r e ta c ió n g ra m a tica l p o r
u n la d o lo clá sico , y p o r o tr o el g é n e r o m ás o b je tiv o , la e p o ­
peya, y a la in te r p r e ta c ió n p sic o ló g ica , p o r u n lad o lo o rig in a l,
esto es, lo r o m á n t ic o , y p o r o tr o lo s g é n e r o s su b je tiv o s: la
e p ísto la y la lír ic a .
S c h le ie r m a c h e r c o n c ib e el acto d e c o m p r e n d e r c o m o la
in v e r s ió n d e l acto d e h a b la r (§ 4» p- 8 0 ) , y e n c o n s e c u e n c ia
d e fin e la h e rm e n é u tic a co m o « g ra m á tica in v ersa » y « c o m p o ­
s ic ió n in v e rs a » (p p . 4 8 y 5 6 ) . S i S c h le ie r m a c h e r r o m p ió las
b a rrera s tan to de la lin gü ística co m o de la p o é tic a de su tie m p o
c o n audaces a n ticip acio n e s de ideas d el siglo XX, p u d o h a ce rlo ,
ANEXO
a m i j u i c i o , gracias a su c o n c e p c ió n d e la h e r m e n é u tic a co m o
in v e rs ió n de la g ram ática y la p o é tic a . E sta in v e rs ió n eq u ivalía
a e x a m in a r lo q u e h a y d e trá s d e l r íg id o siste m a d e reg la s de
am bas d iscip lin a s, así co m o de su h ip o sta tiza c ió n de lo d ad o , y
a p re g u n ta rse ta n to p o r las p rem isa s y lo s c o n d ic io n a m ie n to s
co m o p o r la in te rd e p e n d e n cia de lo s h ech o s, p o r su d ialéctica.
A este p r o c e d e r d e b e m o s la s u p e r a c ió n d e l p o s itiv is m o . L a
h e r m e n é u tic a así e n te n d id a es u n in s tr u m e n to de la crítica .

i
OBSERVACIONES SOBRE LA SITUACIÓN
DE LA HERMENÉUTICA LITERARIA*

E n cu a lq u ier sim p o sio actual so b re h e rm e n é u tica , el estu d ioso


de la lite r a tu r a a p a rece , ju n t o al te ó lo g o y al ju r is t a , c o m o el
p a r ie n te p o b r e . C ie r ta m e n t e , su p u e s to es h e r e d it a r io , y la
lín e a d e sus a n te p a sa d o s n o es n i la m ás b re v e n i la m e n o s
valiosa. P e ro n o p u e d e a p o r ta r m u c h o . N in g u n a d e las varias
escuelas q u e h a n d e ja d o su im p r o n ta e n las m o d e rn a s f i l o l o ­
gías (y só lo d e éstas h ay q u e h a b la r aq u í) d esd e su n a c im ie n to
h a estado a favor de la c o n s titu c ió n d e u n a h e rm e n é u tic a esp e­
cífic a m e n te lite r a r ia . L o s p o sitivista s se o c u p a b a n só lo de lo s
h e ch o s, y co m o co n s id e r a b a n su in te r p r e ta c ió n d e lo s h e ch o s
/ ta m b ié n c o m o a lg o d a d o , n o se p la n te a b a n la c u e s tió n d e la
g én esis de esa in t e r p r e ta c ió n , c o m o ta m p o c o d e l c o n o c i ­
1
m ie n to de lo s h e c h o s 1. D e la h is to ria d el e sp íritu só lo im p o r ­
taba el esp íritu , las ideas: a q u ello q u e co n creta m e n te h ab ía que

* Este esbo zo de texto —q u e n o fo rm a p arte d e las le c cio n e s p u b lic a d a s b a jo e l títu lo


de Introducción a ¡a hermeneútica literaria— fu e re d a cta d o p o r S z o n d i c o n vistas a su p r e ­
se n ta ció n e n u n c o lo q u io so b re h e rm e n é u tic a q u e h ab ía de ce leb ra rse e n Z ú r ic h en
a b ril d e 1 9 7 o -
I C f r . P. S z o n d i, Überphilologische Erkenntnis, e n P. S z ., Hólderlin Studien, 2 a e d ., F ra n k fu rt
a .M ., 1 9 7 0 , p p . 9 - 3 4 [^ A c e rc a d e l c o n o c im ie n to filo ló g ic o » , Estudios sobre Hólderlin,
c it.].
SOBRE LA SITUACIÓN DE LA HERMENÉUTICA LITERARIA 235
234 PETER SZONDI

in te r p r e ta r era m era en vo ltu ra de lo q u e v e rd a d era m e n te in t e ­ g u a ] » , y c o n s id e ra « c o m o o b je to d e la h e r m e n é u tic a ú n ic a ­


resaba. L as d istin tas escuelas de la in te r p r e ta c ió n in m a n e n te se m e n te las r e p re se n ta cio n e s ligadas a las p a la b r a s » 3. Y a u n q u e
e s fo r z a r o n p o r d e m o s tr a r q ü e la o b ra lit e r a r ia c o n c r e ta só lo B o e c k h sabe c o n G o r g ia s « q u e el q u e e scu ch a n u n c a p ie n s a
p u e d e co m p re n d e rs e ad ecu ad am en te p a rtie n d o de ella m ism a: co m o el que h abla cu a n d o p r o n u n c ia sus p a la b ra s» , sigu e c r e ­
la c u e s tió n d e la g é n e s is d e esta c o m p r e n s ió n n o h a c ía o tr a y e n d o e n el o b je tiv o t r a d ic io n a l d e la in t e r p r e ta c ió n , y este

co sa q u e p e r t u r b a r e l én fa sis p u e s to e n este e m p e ñ o . « S e r - o b je tiv o , al q u e s in e m b a rg o só lo ca b e a p ro x im a r s e , es la


a h í» es c o m p re n d e r, y esto n o se lo h a cía r e p e tir la cien cia de in te n c ió n d el a u to r 4.

la lite r a tu r a in flu id a p o r la filo s o fía d e l ser, q u e c o n c lu ía q u e D e la c o n c e p c ió n d e l c o n d ic io n a m ie n to lin g ü ís tic o d e la


si c o m p r e n d e r es e x is tir, las c o n d ic io n e s d e p o s ib ilid a d d e l lite r a tu r a se sig u e q u e la h e r m e n é u t ic a lit e r a r ia n o p u e d e

c o m p r e n d e r so n asu n to de la o n to lo g ía fu n d a m e n ta l; u n a c r í­ situ ar el o b je to de la c o m p re n s ió n m ás allá de la len g u a, ya qu e

tic a d e la r a z ó n lit e r a r ia era e n to n c e s m e n o s d ese a b le q u e en to n c e s el acto d e c o m p r e n d e r eq u iv a ld ría a u n m e ro d e sc i­


n u n c a . A p a r te d e algu n as tentativas aisladas, h ech a s e s p e c ia l­ fr a m ie n to , sin o e n la le n g u a m ism a. L a c o n c e p c ió n d el c o n o ­

m e n te e n lo s te r re n o s d e la filo s o fía d e l le n g u a je y la filo s o fía c im ie n to h is t ó r ic o c o m o u n p r o c e s o c o n d ic io n a d o p o r la


d e la h is t o r ia , e n el d o m in io d e la filo lo g ía la h e r m e n é u t ic a p o s ic ió n h is tó r ic a d e l c o n o c e d o r im p o n e a la h e r m e n é u tic a

a p e n a s h a sa lid o d e l esta d o e n q u e se e n c o n tr a b a e n el sig lo la tarea de establecer c rite rio s qu e la im p id a n pasar de la o b je ­

X IX , a u n q u e la c o n c e p c ió n d e la lit e r a tu r a y la d e l c o n o c i ­ tiv id a d , r e c o n o c id a co m o ilu s ió n , d e la em p a tia h is tó ric a a la

m ie n to h is tó r ic o h a n ca m b iad o e n lo s ú ltim o s c in c u e n ta añ os a r b itr a r ie d a d d e la s u b je tiv id a d a c tu a liz a d o ra . T a le s p o d r ía n


ta n r a d ic a lm e n te q u e e s tu d ia n d o , p o r e je m p lo , la im p r e s io ­ ser lo s dos p u n to s d e crista liza ció n d e u n a nueva h e rm e n é u tic a
n a n te Engiklopádie und Methodenlehre der philologischen Wissenschafien litera ria . C o m o éstos apenas so n re c o n o c id o s co m o tales, c o n ­

(Enciclopediaj metodología de las cienciasfilológicas) 2 de B o eck h , u n o n o vie n e h a cer a q u í algunas p re c isio n e s so b re ellos.

a p re n d e ta n to lo q u e el títu lo p r o m e te e n se ñ a rle co m o c o m ­ E n lo qu e respecta al an claje de la h e rm e n é u tica lite ra ria en


p re n d e p o r q u é es n ecesaria u n a nu eva m e to d o lo g ía filo ló g ic a . el análisis d el le n g u a je , h o y se d aría o tra s itu a c ió n si la r e c e p ­
D o s cosas p o d r ía n p o n e r e n c la ro t o d o esto : la id e a d e l c ió n de S c h le ie r m a c h e r d esd e D ilth e y n o h u b ie se d escu id a d o
c o n d ic io n a m ie n to h is tó r ic o de la lite r a tu r a y la tesis d e l c o n ­ la in te r p r e ta c ió n g ra m a tica l p o r a te n d e r a la p s ic o ló g ic o - t é c -
d ic io n a m ie n to d el c o n o c im ie n to h is tó ric o p o r la h isto ric id a d n ic a , y d e ésta la p a rte té c n ic a , es d e c ir , la q u e se d e tie n e e n
d e l c o n o c im ie n t o . B o e c k h p ie n s a p o r e l c o n t r a r io —c o m o cu estio n es relativas al m o d o d e p r o c e d e r , p o r a te n d e r a la p s i­
g e n e ra c io n e s de te ó ric o s de la h e r m e n é u tic a antes q u e él— qu e c o ló g ic a . E n la te o ría d e S c h le ie r m a c h e r d e la in te r p r e ta c ió n

h a y q u e h a c e r a b s tr a c c ió n « d e t o d o lo q u e e n las o b ra s es gram atical se e n c u e n tr a n ideas q u e n o só lo a n tic ip a n teo rem a s

resu lta d o de la p a rtic u la rid a d d el m aterial [es d e c ir, de la le n ­ d e la lin g ü ís tic a m o d e r n a , sin o q u e ta m b ié n e n s e ñ a n la
m an era d e a p lica r la lin g ü ística a la h e rm e n é u tic a lite ra ria . L a
e d ic ió n c r ític a q u e G a d a m e r p r o p u s o , y K im m e r le lle v ó a
2 A . B o e c k h , Eruyklopádie und Methodenlehre der philologischen Wissenschaften, ed . de E . B ra tu s-
ch eck . P rim e ra p arte: Fórmale Theorie der philologischen uiissenschaft, re im p . re p ro g rá fic a d e
3 Ibid., p . 8 l.
la 2 a e d ic ió n , al cu id a d o d e R . K lu s sm a n n , L e ip z ig , 18 8 6 , D arm sta d t, 1 9 6 6 (W iss.
4. Ibid., p . 8 6 .
B u c h g e se llsc h a ft).
236 PETER SZONDI SOBRE LA SITUACIÓN DE LA HERMENÉUTICA LITERARIA 237

c a b o , d e la Hermenéutica d e S c h le ie r m a c b e r 5 es p o r eso d e la actitu d sosegada, contem plativa, ante el o b jeto p ara co b ra r c o n ­


m á x im a im p o r ta n c ia p a ra la c o n s tit u c ió n d e u n a n u ev a h e r ­ cien cia de la co n stelació n crítica en la qu e exactam ente este fra g ­
m en é u tica litera ria . L a d esp ed id a d e la h e rm e n é u tic a tr a d ic io ­ m en to del pasado se en cu en tra exactam ente co n este p r e s e n te » 8.
n a l d e lo s pasajes (d e la lim it a c ió n d e la in t e r p r e t a c ió n a lo s S e g ú n él, h ay qu e h a c e r sa lir a « u n a d e te rm in a d a ép o ca d el
pasajes o scu ro s) en S c h le ie rm a c h e r c o n d u jo e n la h e r m e n é u ­ cu rso h o m o g é n e o de la h is to r ia » , a « u n a d ete rm in a d a vid a de
tic a filo s ó f ic a d e l sig lo XX a u n a n á lis is d e la c o m p r e n s ió n . la é p o c a » a qu e p e r te n e c e , y a « u n a d e te rm in a d a o b ra de la
C o n la m áxim a de S c h le ie rm a c h e r, se gú n la cu a l « y o n o c o m ­ o b ra total de u n a v id a » . L a u tilid a d de este p r o c e d e r rad ica e n
p r e n d o n a d a que n o co n sid ere n ecesa rio y q u e n o p u ed a c o n s ­ qu e « e n la o b ra q u e d a co n serva d a y su p era d a la o b ra d e u n a
t r u ir » (p . 3 1), se p u so la p r im e r a p ie d r a d e u n a te o r ía d e la vid a , e n la o b ra d e u n a v id a la é p o ca , y e n la ép o ca el cu rso
in t e r p r e t a c ió n g e n é tic a , d e « u n a c o m p r e n s ió n in te n s a d e l en tero de la h is to r ia » 9. B e n ja m ín en ten d ía esta teo ría del c o n o ­
p ro c e so in t e r io r q u e se d esa rro lla en el p o e ta y en o tro s a rtis­ cim ien to h istó rico co m o la p ro p ia d el m aterialism o h is tó ric o ; el
tas d el len g u aje d u ra n te tod a la co m p o s ic ió n , desde la p rim e ra m o m e n to o p u n to te m p o r a l q u e exige a p ro p ia rse de tal m o d o
id e a hasta la c u lm in a c ió n » (p . 13 8 ), p e r o esto pasó tan in a d ­ d el pasado, co m o u n « m o m e n to de p e lig r o » , y « e l su jeto d el
ve rtid o co m o las ap ortacio n es qu e e n co n tra m o s en S c h leierm a ­ co n o cim ie n to h is tó ric o » co m o « la clase o p rim id a en lu c h a » IO,
ch e r a u n a te o ría de la m etáfora, a u n a estética de la re c e p c ió n y P e ro ya an tes d e su fase m arx ista , e n el a rtíc u lo re d a c ta d o a
a u n a teo ría de la fu n c ió n de las fo rm a s y lo s g én ero s lite r a r io s 6 p r in c ip io s d e la d écad a de lo s 2 0 so b re « L a tarea d e l tr a d u c ­
—sectores de la cien cia de la litera tu ra q u e e n S c h le ie rm a c h e r se t o r » , el h isto ricism o es su p e ra d o p o r u n a te o ría de la « p e r v i-
e n c u e n tr a n ya esbozados desde el p u n to d e vista de su re le v a n ­ v e n c ia » de las o bras, de la « m a d u r a c ió n p o s te r io r in c lu so de
cia para la h erm en éu tica —. las p a lab ras fija d a s » . A la t r a d u c c ió n co m o fo r m a sui generis
U n se g u n d o p u n to de p a rtid a , ig u a lm e n te fe c u n d o p a ra la c o r r e s p o n d e a te n d e r « a a q u e lla m a d u r a c ió n p o s t e r io r d e la
h e rm e n é u tic a litera ria , lo co n stitu ye la teo ría de la « c o n s tr u c ­ p alabra e x tra n je r a » " .
c ió n h is tó ric a » de W alter B e n ja m ín 7, tal co m o la expuso e n las E n el p r im e r B e n ja m ín , la d o c tr in a d e la h is to r ic id a d d e l
Geschichtsphilosophische Thesen (Tesis sobre la filosofía de la historia), e n la c o n o c im ie n to se in c o r p o r a al tra ta m ie n to de la le n g u a p o r el
in t r o d u c c ió n al a rtíc u lo so b re F u ch s y e n a lgu n as reseñas/de tr a d u c to r y su fu n d a m e n ta c ió n e n u n a filo s o fía d e l le n g u a je .
lib ro s (textos tod os ellos de los ú ltim o s años 3 0 ). B en ja m ín p id e E llo hace a sus tra d u c cio n e s de B a u d ela ire, y al p r ó lo g o r e d a c ­
al h is to r ia d o r —ta m b ié n al de la lite r a tu r a — q u e « a b a n d o n e la tado p ara ellas, relevantes p a ra lo s d os p u n to s d e cristaliza ció n ,
q u e a q u í h e m o s resa lta d o , d e u n a n u eva h e r m e n é u tic a lite r a -

5 F r. D . E . S c h le ie rm a c h e r, Hermeneutik, op. cit. (c fr. supra, n o ta 8 5).


6 C f r . supra, p p . 18 4 y s. 8 W . B e n ja m ín , Eduard Fuchs, der Sommier und der Historiker, op. cit., p . 3 0 3 .
7 C f r . W . B e n ja m ín , EduardFuchs, der Sommier und der Historiker, e n W . B ., AngelusNovus. 9 W . B e n ja m ín , Geschichtsphilosophische Thesen, op. cit., p . 5 ° 5 ‘> ta m b ié n p . 2 7 8 .
Ausgewahlte Schrifien 2, F r a n k fu r t a . M . , 1 9 6 6 , p . 3 0 4 [ « H is t o r ia y c o le c c io n is m o : 10 Ibid. p p . 4 9 6 y 5 o 1 ; ta m b ié n p p . 2.JO y 2 7 5 -
E d u a r d F u c h s » , Discursos interrumpidos I, c i t . ] , así c o m o W . B ., Geschichtsphilosophische 11 W . B e n ja m ín , Die Aufgabe des Überset&rs, en W . B ., Tableauxparisiens. V e rs ió n alem an a co n
Thesen, e n W . B ., Schrifien, e d . d e T h . W . A d o r n o y G . A d o r n o , F r a n k fu r t a .M ., u n p ró lo g o so bre la m is ió n d el tra d u cto r, H e id e lb e r g , 1923» P P - V I I I - X . A h o r a en
1 9 5 5 , v o l I, p . 5 0 3 [« T e sis de filo s o fía d e la h is to r ia » , Discursos interrumpidosI, c it.] , W . B ., Gesammelte Schrifien IV. 1 (Kleine Prosa. Baudelaire - Ubersetzungen) , e d . de T . R e x ro th ,
o Uluminationen. Ausgewahlte Schrifien, ed . d e S . U n s e ld , F ra n k fu rt a .M ., 19 6 1 , p . 2 7 6 . F ran k fu rt a .M ., 1972 , p p . I O - 1 3 [ « L a tarea d el tra d u c to r» , Angelus Novus, c it.] .
238 PETER SZONDI

ria : e n B e n ja m ín , la h isto ria d el efe cto y la te o ría d el len g u aje BIBLIOGRAFÍA


a p a re c e n ya c o n sid e ra d a s, b ie n q u e d e fo r m a ten ta tiv a, e n su
in t e r d e p e n d e n c ia . S u p o s t e r io r f ilo s o f ía d e la h is to r ia , e n
c a m b io , lla m a p o r su n o m b r e a lo s m o tiv o s d e te rm in a n te s de
la te o ría d e la « c o n s tr u c c ió n h is tó r ic a » . U n a c o m p a r a c ió n de
su ensayo d e s u p e ra c ió n d el b is to r ic is m o c o n o tro s a n á lo g o s,
sim u ltá n eo s o p o ste rio re s (co m o Werdadj método, de G a d a m e r),
a y u d a ría a c la r ific a r la c u e s tió n d e las c o n d ic io n e s h istó ric a s
b a jo las cu a les su r g ió la te o r ía d e la h is t o r ic id a d d e l c o n o c i ­
m ie n to . C ie r ta m e n te , ello su p o n d ría a b a n d o n a r el te r re n o de
la h e r m e n é u tic a lite ra ria , p e r o lo s c o n o c im ie n to s a q u í p e r s e ­
g u id o s c o n s tit u ir ía n u n a m e ta b e r m e n é u tic a s in la cu a l ta m ­
p o c o la h e r m e n é u tic a lite r a r ia p o d r ía lle g a r a c o m p re n d e rs e
su fic ie n te m e n te a sí m ism a. 1. A u tores estu d ia d o s en el libr o

C h l a d e n iu s , J . M ., Einleitungzur richtigen Auslegung vemünfftiger Reden


undSchrifften, L e ip zig , 1742 -
— , Vernünftige GedanckenvomWahrscheinlichen, L e ip zig , 1748 -
— , Allgemeine Geschichtswissenschafi, worinn der Grund zu einer neuen Einsicht
in alie Arten der Gelahrtheitgelegt wird, L e ip z ig , I 75 1 -
M e ie r , G . F r . , Versuch einer allgemeinen Auslegungskunst, H a lle im
M a g d e b u rg isch en , 1757- R e im p r e s ió n fo to m e c á n ic a , D u s ­
se ld o rf, 19 6 5 (= In stru m e n ta p h ilo s o p b ic a - Series h e r m e ­
/ n é u tica I).
— , Anfangsgründe aller schónen Künste und Wissenschaften, 3 p a rte s ,
H a lle , 1 7 4 8 - 1 7 5 0 ; 2 a e d ., 17 5 4 .
1752 ; 2 a e d ., 17 6 2 .
— , Vernunfilehre, H a lle ,
— , Metaphysik, 4 p artes, H a lle , I 755 _I 759 -
A s t , F r ., Grundlinien der Grammatik, Hermeneutik und Kritik, L an d sh u t,
18 0 8 .
S c h l e ie r m a c h e r , F r . D . E ., Hermeneutik (seg ú n el m a n u scrito en
n u eva e d ic ió n e in t r o d u c c ió n d e H . K im m e r le ) , H e id e l-
b e r g , 1 9 6 9 (= A b h a n d lu n g e n d e r H e id e lb e r g e r A t a d e m ie
PETER SZONDI BIBLIOGRAFÍA 241
240

d e r W issen sch a fte n . P h ilo s o p h is c h - b is to r is c b e K la sse, J g . S h a k e s p e a r e , W ., RichardIII, ed . d e j . D . W ils o n , C a m b r id g e ,

1 9 5 9 , 2. A b h .) . 1971-
— , SámmtlicheWerke, 3 seccion es (/¿ir Theologie; Predigten;/¿ir Philosop- W o l f , F r . A u g ., Darstellungder Alterthums-Wissenscha.fi, en Museum der
hie), B e r lín , l 835 _I 8 6 4 - Alterthums-Wissenschafi, ed. de Fr. Aug. Wolf y Ph. Buttmann,
vol. I, Berlín, 1 8 0 7 , pp. I - 1 4 2 . — También en Fr. Aug.
Wolf, Kleine Schrifien inlateinischer und deutscher Sprache, ed. de G.
2. A u to r es c ita d o s
Bernhardy, Halle, 18 6 9 , vol. 2, pp- 8 0 3 - 8 9 5 .
— , Vorlesung über die Encyclopadie der Alteñhumswissenschaf, en Fr. Aug.
A g u s t ín , S ., De doctrina christiana [tra d . esp . e n Obras, V . X V ,
Wolf, Vorlesungen über die Alterthumswissenschafi, ed. de J. D.
M a d rid , B . A . C . , 19 5 7 ].
Gürtler. vol. I, Leipzig, 1831, pp- 2 7 I_3 ° 2 -
B a u m g a r t e n , A . G ., Aesthetica., 2 v o l s . , F ra n k fu rt a. O . , 1 7 5 0 -
1758 .
3. S obre la h e r m e n é u t ic a
G oeth e, J . W . , Gedenkausgabe der Werke, Briefe und Gespráche, v o l. 4:
— , Derjunge Goethe, ed. de E . B e u tle r, Z ú r ic h , 1953 -
B e t t i , E ., Allgemeine Auslegungskunst ais Methodik der Geisteswissenschafl
G ottsch ed , J. C h r ., Versuch einer Critischen Dichtkunst, L e ip z ig ,
( l 955 )> T u b in g a , 1 9 6 7 .
173 0 . R e im p r e s ió n fo to m e c á n ic a de la 4 a e d ic ió n
B oeckh , A . , Engiklopádie und Methodenlehre derphilologischen Wissen-
a m p lia d a , L e ip z ig , I 75 1 ; D a rm sta d t, 19 6 2 (W iss. B u c h g e -
schaflen, ed . d e E . B ratu sch eck . P rim e ra p arte: Fórmale Theorie
se llsc h a ft).
derphilologischen Wissenschafi. R e im p re sió n re p ro g rá fica de la 2 a
H egel, ed. sobre la base de las
G . W . F r ., Werke ¡n zuoanzig Bánden,
e d ició n , de R . K lu s sm a n n , L e ip zig , 18 8 6; D arm stad t, 19 6 6
Werke (1832-1845) P o r E. Moldenhauer y K . M. Michel,
(W iss. B u ch g e se llsch a ft).
Frankfurt a. M ., 1 9 7 ° (vol. 7 : Grundlinien der Philosophie des
D il t h e y , W . , Die Entstehungder Hermeneutik [19 0 0 ], e n W . D ilth e y,
Rechts) [Principios de filosofía del derecho, Barcelona, Edhasa,
Gesammelte Schrifien, v o l. 5 > 4 a e d ic ió n , S t u t tg a r t - G o t in g a ,
1987, trad. de J . L. Vermal].
19 6 4 , pp- 3 1 7 - 3 3 8 ; ta m b ié n v o l. 7> 4 a e d ic ió n , 19 6 5 [ « E l
L e ib n iz , G . W . , Dissertatio de Arte combinatoria, L e ip zig , 16 6 6 .
su rg im ie n to de la H e r m e n é u tic a » , e n Dos escritos sobre Herme­
L ocke, J . , An Essay concerninghuman understanding, L o n d re s , 16 9 0 .
néutica, M a d rid , Istm o , 2 0 0 0 , ed . d e A . G ó m e z R a m o s].
O r íg e n e s , Uber die Grundlehren der Glaubenswissenschaf [Peri a r c b ó n ] .
G adam er, H . - G . , Wahrheit undMethode. Grundziige einerphilosophischen
E n sa yo de r e c o n s tr u c c ió n d e K . F r. S c h n itz e r , S tu ttg a rt,
Hermeneutik, 1 9 6 0 , 2 a e d ic ió n , a m p lia d a c o n u n s u p le ­
l 835 -
m en to , T u b in g a , 19 6 5 [Verdadj método, Salam anca, Síg u em e,
R a m b a c h , J . J . , Institutiones hermeneuticae sacrae variis observationibus...
19 7 7, tra d . de A . A g u d y R . d e A g a p it o ] .
illustratae, J e n a , 1743 •
H e id e g g e r , M ., Sein und Zfit, H a lle , I 927 > 1 0 a e d ic ió n , T u b in g a ,
S c h l e g e l , F r ., Kritische Friedrich-Schlegel-Ausgabe, ed. d e E . B e b le r
19 6 3 [S er j tiempo, M a d r id , T r o t t a , 2 0 0 3 , tra d . d e J . E .
c o n la c o la b o r a c ió n d e J .- J . A n s te tt y H . E ic h n e r , P a d e r -
R ivera C .] .
b o r n - M ú n ic h - V ie n a , 19 5 8 y ss.
BIBLIOGRAFÍA
242 PETER SZONDI 243

4 . S o br e l a h is t o r ia de la h e r m e n é u t ic a G eld setzer, L . , Einleitung, e n G . F r. M e ie r, Versuch einer allgemeinen


Y DE LAS C IE N C IA S H IST Ó R IC A S Auslegungskunst, op. cit., p p . V - X X V H I .
*H e in r ic i, G ., a r tíc u lo Hermeneutik e n Realencyklopádie für pro-
(Las o b ra s m arcad as c o n * so n le ctu ra s re c o m e n d a d a s p o r testantische Theologie und Kirche, e d . d e A . H a u c k , 3 a e d ic ió n ,
S z o n d i co m o p r e p a ra c ió n p a ra el cu rso ) co rreg id a y a u m en tad a, L eip zig , 18 9 9 , vo l. 7, p p . 7 1 8 - 7 5 0 .
H oll, K . , Luthers Bedeutung für den Fortschritt der Auslegungskunst
B ergm ann , E ., Die Begründung der deutschen Ásthetik durch Alexander Got- (19 2 0 ), e n K . H o ll, Gesammelte Aufsátze zur Kirchengeschichte, vol. I:
tlieb Baumgarten und Georg Friedrich Meier. Mit einem Anhang: G. F. Luther, 6 a e d ., T u b in g a , 19 3 2 , p p . 5 4 4 - 5 8 2 .
Meiers ungedruckte Briefe, L e ip zig , i g i l . K immerle , H ., Die Hermeneutik Schleiermachers im ¡(usammenhangseines spe-
B e r n h e im , E ., Lehrbuch der Historischen Methode und der Geschichtswis- kulativen Denkens, tesis d octo ral, H eid elb erg , 19 5 7 (m ecan o gr.)
senschaften. Mit Nachweis der wichtigsten Queden und Hilfsmittel zum Stu- — , Einleitung, e n F r. D . E . S c h le ie r m a c h e r , Hermeneutik, op. cit.,

dium der Geschichte, 1 8 5 9 . 5 a J 6 a e d ic io n e s , c o r r e g id a s y p p .9- 24-


au m en tad as, L e ip zig , 19 0 8 . L a u s b e r g , H ., Handbuch der literaris literarischen en Rhetorik, 2 v o ls .,

B l a s s , F r ., Hermeneutik und Kritik, e n Handbuch der klassischen Alter- M ú n ic h , 1 9 6 0 [Manual de retórica literaria, M a d r id , G r e d o s ,
tums-Wissenschaft in systematischer Darstellung, e d . d e V . M ü lle r . 1 9 6 6 -1 9 6 8 , 3 v o ls.].

v o l. I, M ú n ic b , 18 9 2 , p p . 149 - 295 . L ubac, H . de, Exégésemedievale. Lesquatresensdel’écriture, 4 v o ls., París,


B o lln o w , O . F r ., Washeifit, einen Schriftsteller besser verstehen, alsersich I 959 - I 9 6 4 -
selber verstanden hat?, e n O . F r. B ., Das Verstehen. Drei Aufsátze zur NachahmungundMusion, ed. de H . R . J a u fi, M ú n ic h , 19 6 4 (= Poe-

Theorie der Geisteswissenschajien, M a g u n cia , I 9 4 9 >p p . 7“ 33 - tik und Hermeneutik I ) .

* B u l t m a n n , R ., Das Problem der Hermeneutik (1 9 5 0 )1 e n R- B ., *O h ly, F r . , « V o m geistigen S in n des W ortes im M ittelalter» , en

Glauben und Verstehen, Gesammelte Aufsátze, v o l. 2 , 4 a e d ic ió n , Zpitschr.f dt. Altertum u. dt. Literatur, v o l. 89 ( 1 9 5 8 - 1 9 5 9 ) 1 pp-

T u b in g a , 19 6 5 , p p . 211- 235 - 1- 23 - E d ic ió n especial de la W iss. B u ch gesellsch aft, D a rm s-


D a n ie l o u , J ., Origéne, París, 19 4 8 . tadt, 19 6 6 (= L ib e lli, B d . 2 18 ).

*D o bsch ü tz, E . V . , a rtíc u lo Interpretation e n Encyclopaedia'ofReli­ Die Religión in Geschichte und Gegenwart. Handworterbuch für Theologie und

gión and Ethics, ed . d e j . H a stin g s. v o l. 7 > E d im b u r g o , 19^4 . Religionswissenschafi, op. cit., v o l. I (a rtícu lo Allegorie).
U nger, R ., Xjir Entwicklung des Problems der historischen Objektivitát bis
PP- 3 9 0 - 395 -
E b e l in g , G . , a r tíc u lo Hermeneutik e n Die Religión in Geschichte und Hegel. Eineprinzipiengeschichtliche Skizze (19 2 3 )1 e n R- U -, Gesam­
Gegenwart, Handwórterbuch für Theologie und Religionswissenschafi, ed . melte Studien, v o l. I: Aufsátze zur Prinzipienlehre der Literaturgeschichte.
d e K . G a llin g , v o l. 3 , 3 a e d ic ió n to ta lm e n te re visad a, R e im p r e s ió n r e p r o g r á fic a d e la e d ic ió n d e 19 2 9 ( B e r lín ),
D arm stad t, 19 6 6 (W iss. B u ch g esellsch a ft), p p . 8 8 -119 -
T u b in g a , I 959 >PP- 2 4 2 - 2 6 2 -
F r i e d r i c h , W . - H . , a rtíc u lo Allegorische Interpretation e n Fischer Lexi- W a c h , J ., Das Verstehen. Grundzüge einer Geschichte der hermeneutischen

kon. Literatur, II, P arte I, ed . de W . - H . F rie d r ic h y W . K illy , Theorie im Ig.Jahrhundert, I —III. R e im p re sió n rep ro g rá fica de la

F ra n k fu rt a. M ., 1965- PP- l 8 - 2 3 - e d ic ió n d e 1 9 2 6 - 1 9 3 3 (T u b in g a ), H ild e sh e im , 19 6 6 .


BIBLIOGRAFÍA
244 PHTER SZONOI 245

* W e h r l i , F . , /jir Geschichte der allegorischen Deutung Homers ¡mAltertum, E d u a r d F u c h s » , Discursos interrumpidos I, M a d r id , T a u ru s ,


L e ip z ig , 19 2 8 . 1973 , tra d . d e j . A g u ir r e ].
— , Geschichtsphilosophische Thesen, e n W . B ., Schriften, ed. de T h . W .
1955»v ° l. I, p p . 4 9 4 "
A d o r n o y G . A d o r n o , F ran kfu rt a. M .,
5. Sobre teoría de la literatura
5 0 6 . T a m b ié n en W . B ., Illuminationen, op. cit., p p . 268-279
B a r t h e s , R . , Critique etvérité, P arís, 19 6 6 [Críticaj verdad, M éx ic o , [«Tesis de filosofía de la h isto ria » , Discursos interrumpidos I, cit.].
S ig lo X X I, 19 7 8 ]. B lu m en berg, H ., Paradigmen zu einer Metaphorologie, B o n n , 1 9 6 0
B e n j a m ín , W . , Die Aufgabe des Ubersetzers, e n W . B e n ja m in , Tableaux [Paradigmaspara una metaforología, M a d rid , T ro tta , 2 0 0 3 , trad .
parisiens, tra d . a lem a n a c o n u n p r ó lo g o so b re la m is ió n d el de J . P érez de T u d e la ].
t r a d u c to r , H e id e lb e r g , 1923 - A h o r a e n W . B ., Gesammelte D e r r id a , J ., De la Grammatologie, P a rís, 1 9 6 7 [De lagramatología,
Schriften IV. 1 (Kleine Prosa. Baudelaire-Übersetzungen), ed. de T . R e x - M éx ic o , S ig lo X X I, 1971]-
r o th , F ra n k fu rt a. M ., 19 7 2 , p p . 9 - 2 1 . [ « L a tarea d el t r a ­ G en ette , G ., Figures I-III, París, 19 6 6 y ss. [FigurasIII, B a rc e lo n a ,
d u c t o r » , AngelusNovus, B a r c e lo n a , E d h asa, I 9 7 9 > tra d . de L u m e n , 19 8 9 , tra d . de C . M a n za n o ].
H . A . M u re n a ]. J a u £ , H . R ., Literaturgeschichte ais Provokation der Literaturwissenschaf,

— , Goethes Wahlverwandtschaften (ig ^ 4 - 25 ) > e n W . B ., Gesammelte en H . R . J a u £ , Literaturgeschichte ais Provokation, F r a n k fu r t a.


Schriften 1.1 (Abhandlungen) , ed . d e R . T ie d e m a n n y H . M ., 197° ( = e d itio n S u h rk a m p , B d . 4 18 ), p p . I 4 4 ~2 0 7 -
S c h w e p p e n h á u se r, F ra n k fu rt a. M ., i g 74 > pp- I25_20I. P o u l e t , G . , Etudessurletempshumain, to m o s I - I V , París, i g 4 9 y s s .
T a m b ié n e n W . B ., Illuminationen. Ausgewahlte Schriften, ed. de S. — , Les métamorphoses du cercle, P arís, 19 6 1.
U n s e ld , F ra n k fu rt a. M ., 1961, pp. 7 ° ~ t 47 [^Las afinidades S z o n d i , P ., Hólderlin-Studien. Mit einem Traktat über philologische
electivas d e G o e t h e » , e n Obras 1- 1 , M a d r id , A b a d a , 2006, Erkenntnis, F ra n k fu rt a. M ., 19 6 7 ; 2 a e d ic ió n , 1 9 7 0 (= e d i­
tra d . d e A lfr e d o B r o to n s ]. tio n su h rk a m p , B d . 379 ).
— , UrsprungdesdeutschenTrauerspiels, B e r lín , 19 2 8 , e d ic ió n revisada — , Uber eine «Freie (d. h.freie) Universitát». Stellungnahmen eines Philolo-
al cu id a d o de R . T ie d e m a n n , F ra n k fu rt a. M ., 19 6 3 . A h o r a gen, F ra n k fu rt a. M ., 1973 ( = e d itio n su h rk a m p , B d . 6 2 0 ).
e n W . B ., Gesammelte Schriften 1. 1, op. cit., p p . 2 0 3 - 43 '°- t ^ E l — , Poetik und Geschichtsphilosophie I, S tu d ien a u sg a b e d e r V o r le s u n -
o r ig e n d e l 'T r a u e r s p ie l’ a le m á n » , e n Obras 1- 1, M a d r id , g en , vo l. 2, F ra n k fu rt a. M ., 1 9 7 4 .
A b a d a , 2 0 0 6 , tra d . d e A lfr e d o B r o to n s ]. — , Das lyrische Drama des Fin de Siécle. S tu d ien au sgab e d er V o r le s u n -
— , Literaturgeschichte undLiteraturwissenschaf (19 3 1), e n W . B ., Gesam­ g en , vo l. 4» F ra n k fu rt a. M ., 1975 -
melte Schriften III (Kritiken und Rezensionen), ed. de H . T ie d e m a n n - V a l e r y , P ., Oeuvres, to m o 2 o , ed . d e j . H y tie r , P a rís, 1 9 6 0
B a rtels, F ra n k fu rt a. M ., 19 7 2 , p p . 2 8 3 - 2 9 0 . T a m b ié n e n (B ib lio th é q u e de la P le ia d e 14 8 ).
W . B ., Angelus Novus. Ausgewahlte Schriften 2 , F r a n k fu r t a. M ., — , Windstriche. Aufzeichnungen und Aphorismen. A u sgew áh lt u n d ü b e r -
1966, pp. 450-456. tra g e n v . B . B ó sch e n ste in , H . S ta u b , P. S z o n d i. W iesb ad en
— , Eduard Fuchs, der Sommier und der Historiker ( l $ 2 j ) , e n W . B . Ange­ Í959; 2 a e d ., F r a n k fu r t a. M ., 19 7 1 (= B ib lio t h e k S u h r ­
lus Novus, op. cit. p p . 3 0 2 -3 4 3 [ « H is t o r ia y c o le c c io n is m o : kam p , B d . 294 ).
246 PETER SZONDI

W e in r ic h , H ., Tempus. Besprochene und erzahlte Welt, S tu ttg art, 19 6 4


ÍNDICE
[Estructuraj función délos tiempos en el Lenguaje, M a d r id , G r e d o s

I 974 ]-

O bras de P eter S z o n d i en t r a d u c c ió n espa ñ o l a

— , Estudios sobre Hólderlin (con un ensayo sobre el conocimiento filológico),


B a rc e lo n a , D e s tin o , 19 9 2 , tra d . d e j . L . V e rm a l.
— , Poéticaj fdosofía de la historia I , M a d r id , V is o r , 1992 , tra d . de
F. L . L isi.
— , Teoría del drama moderno. Tentativa sobre lo trágico, B a rc e lo n a , D e s ­
t in o , 19 9 4 , tra d . d e j . O r d u ñ o .
— , Poéticaj fdosofía de la historia II, M a d r id , M a c h a d o L ib r o s ,
2 0 0 5 , tra d . d e j . L . A r á n te g u i.
— , Estudios sobre Celan, M a d rid , T r o tta , 2 0 0 5 (P refa cio s y a p é n ­
In trodu cción : « Lectio stricta. La h erm enéutica m aterial de Peter
d ices d e j . B o lla ck ), tra d . de A . P o n s.
Szon di», por J osé M a n u e l C uesta A b a d , 7

1 La ausencia de una herm enéutica literaria, 41 — La teoría de la


com prensión de Dilthey; de la hermenéutica material a la herm e­
néutica filosófica, 41-45 — El problem a de la aplicación del cír­
culo herm enéutico en el arte de la interpretación, 45~46 — La
hermenéutica literaria y la filología tradicional, 4 6 -4 7 ~ La fu n ­
ción actualizadora de las interpretaciones gramatical y alegórica:
la alego resis de H om ero y la interpretación tipológica del Antiguo
/ Testam ento, 47 “ 5I — La exégesis gramatical y la exégesis alegó­
rica; su op osición en la Patrística y en la R eform a, 5l ~55 — La
m últiple determ inación histórica de la interpretación histórico-
gramatical, 55~7d — Sobre el m étodo de una in trod u cción a la
hermenéutica literaria: com binación de un procedim iento histó­
rico y un procedim iento sistemático, 57"5^-

2 Chladenius (l)
Sobre la obra de Chladenius y el escaso interés que despertó entre
sus contem poráneos, 59~ 6l — La herm enéutica com o teoría
general de la interpretación, 61-62 — M antenim iento de la dis-
248 PETER SZONDI ÍNDICE 249

tin ció n entre herm enéutica sacra y herm enéutica profana-, la ten ­ cosa en sí, 116-117 — T ipología de los puntos de vista, 118-119 — La
sión entre la validez universal y el postulado de la relación al co n ­ relación a la cosa com o lím ite del concepto de subjetividad, 120
tenido, 6 2-66 — El despuntar de una lógica poética no declarada — La m etáfora com o transferen cia de cualidades, 12 0 -12 1 —
en el tratamiento de los pasajes inspirados, 6 6 -6 9 — D efinición del D e fin ició n del sentido figurado, 121 — R elación con la co n cep ­
arte de la interpretación como generación de los conceptos nece­ ció n trad icion al del verbum proprium, 122-123 — O rig e n de la
sarios para la com prensión, 6 9 -7 0 — La d istin ción entre los expresión m etafórica en la fo rm a ció n de u n nuevo concep to,
tipos de oscuridad y la separación tradicional de la crítica textual, 124-127 — La metáfora com o exigencia de la cosa en los escritos
la gram ática y la herm enéutica, 7 ° _73 — Da oscuridad de los históricos, y com o form adora de conceptos en los escritos dog­
pasajes ambiguos y la doctrina racional de lo probable, 73~75- m áticos, 12 7-12 8 — El con cep to general p ro d u cid o p o r el
em pleo m etafórico de una palabra, 12 8 -12 9 — La in terp reta ­
3 Chladenius (2) ción de pasajes m etafóricos por el recurso al sistema o la aprecia­
La interpretación que hace abstracción de la inten ción del autor ción de la precisión, I2 9 -I3 1-
y la instancia normativa de la razón y de la psicología racionalista
de la recepción, 78 -79 — La com prensión perfecta (inm ediata y 6 Meier (l)
mediata) y la am pliación de la herm enéutica teológica a h erm e­ El Ensayo de un arte general de la interpretación: u n lib ro de texto para
néutica general, 80 -8 2 — La com prensión inmediata escapa a la estudiantes, 133-135 — U na característica, es decir, una herm enéu­
subjetividad en la in terpretación , 8 3 -8 5 — La com p rensión tica de los signos, 135-136 — Signos naturales y signos artificiales
mediata com o aplicación necesaria, es decir, com o acción sobre el en S. A gustín, 13 6 -138 — D iferen cia de la significación de los
alma, 85-89 — El conocimiento vivo com o m om ento de una herm e­ signos naturales en M eier, 138 — Las relaciones significantes com o
néutica basada en la psicología del efecto, 8 9 -9 1 — La tercera relaciones funcionales en el m undo leibniziano y com o relacio­
parte de la interpretación: la divagación; la oposición de los postu­ nes entre signo y significado, 13 8 -14 0 — La p erfección de los
lados empíricos y normativos del racionalism o, 92-94- signos naturales y de los signos artificiales, 14 0 -14 5 — La equidad
hermenéutica o la expectativa de p erfecció n com o criterio de la
4 Chladenius (3) interpretación, I 45_I47 — Las perfecciones del contenido y las
La poesía com o explicitación referida a una cosa: la inten ción , perfecciones de la form a, I 47_149 — El problem a de las cualida­
lim itación de la representación debida al autor, 95'98 — E nrai- des potenciales del texto, 150-151-
zam iento de la comprensión del texto y su contenido eh la con cep ­
ció n de la poesía com o im itación de la naturaleza, 98-IOO — 7 Meier (2)
Significación de la relación al género, IOI-IO3 — Acuerdo entre Las consecuencias del principio de la equidad herm enéutica para
autor y lector sobre la base de una misma intelección, 10 4 -10 6 — las reglas de la h erm enéutica profana, 153 — El recurso a la
Relación con el concepto gadameriano de pertenencia, 10 6 -10 7 inten ción del autor y el cambio en la m otivación de este p ro ce­
— La teoría de la relación a la posición histórica y del cambio de der, 153-155 ~ El significado del signo, determinado por el uso
significado como cambio en las cosas, 107-112- que de él hace el autor, 155-158 — La filología como m edio auxi­
liar de la herm enéutica: el uso de la lengua como principio h er-
5 Chladenius (4) m enéutico, I 57-I59 “ El desconocim iento de la dependencia de
D iferen cia de los puntos de vista, es decir, de la representación de la in terp retación textual respecto del d iccion ario, 16 0 -16 3 —
una cosa, 113-116 — D istin ción precrítica entre conocim iento y Paralelismo verbal y paralelismo respecto de la cosa; la mezcla de
250 PETER SZONDI ÍNDICE 251

ambos com o p rin cip io h erm en éu tico, 16 2 -16 4 — La fu n ció n psicológica o técnica), 2 0 3 -2 0 4 — Sobreacen tuación de la
herm enéutica de los pasajes paralelos en Chladenius (cambio eñ empatia en la recepción de Schleierm acher p o r el historicism o y
la inten ción , estructura de la obra y tem poralidad, uso m etafó­ la filosofía de la vida, 2 0 5 -2 0 7 — El círculo herm enéutico como
rico y uso propio), 164-168 — La designación y la jerarquía de sen­ condición de la com prensión, 20 8 -2 10 .
tidos potenciales (propios o m etafóricos), 169-171 — Necesidad
de una crítica de la práctica herm enéutica, 171-172. IO Schleiermacher
Contexto total y contexto inmediato (relación paradigm ática y relación
8 Ast sintagmática), 212-214 — D eterm in ación del público original,
E l contexto histórico de la co n cep ció n de Schleierm acher; sus 214-216 — Los significados propio e im propio en relación con la
predecesores F. A . W o lf y Ast, 173 —17 6 — El espíritu griego com o unidad del sentido, 2 l6 -2 l8 — Lo form al y lo material, y lo cua­
elem ento d iferen ciado r de la h erm enéu tica en la época de litativo y lo cuantitativo, com o oposiciones suplementarias en la
G oethe, 177-178 — La letra com o revelación de la m ateria y la interpretación gramatical, 219-221 — Enfasis y abundancia, 221-
form a del espíritu u n ificad or en Ast; la fu n ció n arm onizadora 225 — La oposición relativa entre interpretación técnica e in ter­
del espíritu, 178-179 — La unidad viva (inspirada p o r Schelling) en pretación psicológica (com posición individual y totalidad de la
lugar de la m ediación de los opuestos, 179 -18 0 — El cam bio en vida), 225“227 — La historicidad de los fenóm enos y la signifi­
el objeto de la interpretación; el espíritu extraño en lugar del cación de la pertenencia a u n género, 227_229 — La convergen­
texto referido a la cosa, 180-181 — La purificación de lo tem po­ cia de las diferentes m odalidades de in terp retación , 229 — La
ral en la identidad de lo espiritual, 182-183 — La filosofía de la herm enéutica com o inversión de la gram ática y de la poética,
historia de Ast en la estela de Schelling, 184-186 — La unidad de 230 .
lo particular y lo general concebida com o so lu ción del círculo
herm enéu tico (en verdad, su negación), 187-190 — La co m ­ A n e x o .- Observaciones sobre la situación de la herm enéutica litera­
prensión com o reproducción de la génesis del poem a conform e ria, 233.
al m odelo del espíritu en evolución, 190-191 — Superación de la
doctrina del significado plural de la Escritura por la com prensión Bibliografía, 239.
plural (histórica, gramatical, espiritual), 191-192.

9 Schleiermacher (l) /
La recepción de Schleierm acher p o r D ilthey y la posibilidad de
conocer las etapas de su pensamiento gracias a la edición de K im -
merle, I9 3 - I 9 5 — Las tesis de Ast, discutidas en los discursos ante
la A cadem ia de l 829 > *95 — La fu n d am en tación teórica de la
herm enéutica, 196-197 — Equivalencia de la expresión oral y la
expresión escrita com o m anifestaciones activas de la vida, 198-
202 — La necesidad y la con stru cción de una m anifestación
com o criterios del acto de com pren d er, 2 0 2 -2 0 3 — La doble
relación del discurso con la totalidad de la lengua y con el pensa­
m iento de su autor (interpretación gram atical e interpretación
JOHN MILTON

MADRID 12006
El Paraíso perdido (ed. bilingüe)

AM ALIA IGLESIAS SER N A


Lázaro se sacude las ortigas
CHARLES DELFANTE
Gran historia de la ciudad
G. TRAKL/A. KUBIN
B 1B L 10 T E C A Revelación y ocaso led. bilingüe]
ab a d a@ a b a d a ed ito res.com
MARIA DARAKI
Dioniso y la diosa Tierra
A B A D A E D IT O R E S
MASSIMO CACCIARI
Soledad acogedora
De Leopardi a Celan

PAUL ZUMTHOR FRIEDRICH NIETZSCHE


La poesía y la voz Fragmentos postumos led. GünterWohlfartl
en la civilización medieval FRANCOISE FRONTISI-DUCROUX
SALVATORE SETTIS El hombre-ciervo y la mujer araña
El futuro de lo «clásico»
MASSIMO CACCIARI
Paraíso y naufragio
Musil y el hombre sin atributos monográficos SILEN0
G.W.F. HEGEL VARIACIONES SOBRE ARTE Y PENSAMIENTO
Filosofía del arte o Estética led. bilingüe] sileno@abadaeditores.com

CARLJ. BURCKHARDT
Una mañana entre libros 12a ed.] 01 B a u d e la ire
Un encuentro insólito con Rilke
02 M uñecos
CHRISTOPHER MARLOWE
03 N ueva York
La trágica historia de la vida y muerte
del doctor Fausto (ed. bilingüe] 04 H d ld e rlin

MARTIN HEIDEGGER 05 B u e n o s A ire s


Desde la experiencia del pensar (ed. bilingüe] 06 La casa

WOLFGANG SOFSKY 07 P a s o lin i


Tratado sobre la violencia

00
O
N ie tzsc h e
JAIME SILES 09 La e s c ritu ra
Estados de conciencia
Ensayos sobre poesía española contemporánea 10 E xp re s io n is m o s

JAVIER MADERUELO 11 H e id e g g e r
Medio siglo de arte 12 V a l l e j o

GIULIO CARLO ARGAN 13 T e r r o r


Walter Gropius y la Bauhaus N o -C iu d a d
1 4 -15
JOSÉ A. GONZÁLEZ ALCANTUD 16 Kant
La fábrica de los esterotipos
17 M ito s
JULIÁN JIMÉNEZ HEFFERNAN 18 La Le ctu ra
Los papeles rotos
Ensayos sobre poesía española contemporánea 19 D io s

-
W-ALTER
B e n j a m ín

OBRAS

LIBRO I
vol. i. El concepto de crítica de arte en el Romanticismo alemán —
« Las afinidades electivas» de Goethe —El origen del 'TrauerspieV alemán
vol. 2,. La obra de arte en la época de su reproductíbilidad técnica —
Charles Baudelaire. Un poeta lírico en la era del gran capitalismo —
Sobre el concepto de Historia

LIBRO II
vol. i. Primeros trabajos de crítica de la educación y de la cultura —Estudios
m etafísicos y de filosofía de la historia —Ensayos literarios y estéticos
vol. 2. Ensayos literarios y estéticos (cont.) —Fragmentos estéticos —
Conferencias y discursos —Artículos de enciclopedia —
Artículos de política cultural

LIBRO III I
Críticas y recensiones

LIBRO IV
vol i. Charles Baudelaire, Tableauxparisiens —Traducciones de otras partes
de 'Les ñeurs du m al’ —Calle de dirección única —Personajes alemanes —
Infancia en Berlín hacia ¡yoo —Pensamientos —Sátiras, polémicas, glosas —
Informes
vol 2. Artículos ilustrados —Modelos de audición —Historias y novelísticas —
Miscelánea

LIBRO V
vols. i y 2- El libro de los pasajes

LIBRO VI
Fragmentos de temas variados —Escritos autobiográficos

LIBRO VII
Suplementos

También podría gustarte