Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
A LA HERMENEUTICA
LITERARIA
CON UN ESTUDIO DE
JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD
7 8 8 49 6 ll2 5 8 7 9 2 ¡
PETER SZONDI
Introducción
la hermenéutica literaria
PN2 |
LECTURAS
Serie Teoría literaria PETER SZONDI
Introducción a la
) - to c©
n
hermenéutica literaria
FILOSOFIA
LETRAS
ED IC IÓ N DE
R eservad os to d o s los d erech o s. N o se p e rm ite re p r o d u c ir , alm acen ar J ean Bollack y Helen Stierlin
en sistem as d e r e c u p e r a c ió n d e la in fo r m a c ió n n i tr a n s m itir algu n a
p a rte d e esta p u b lic a c ió n , cu a lq u ie ra q u e sea el m e d io e m p le a d o
—e le c tr ó n ic o , m e c á n ic o , fo to c o p ia , g ra b a c ió n , e tc .—, sin el p e rm iso
p re v io d e lo s titu la re s d e lo s d e re c h o s d e la p r o p ie d a d in te le c tu a l.
introducción
JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD
traducción
T ít u l o o r i g i n a l : Einfíihrung in die literarische Hermeneutik
JOAQUÍN CHAMORRO MIELKE
© Jo sé M a n u e l C u esta A b a d , d e la I n tr o d u c c ió n , 2 0 0 6
© S u H R K A M P V E R L A G , F ra n k fu rt am M a in , 19 7 5
© A b a d a E d i t o r e s , s . l ., 2 0 0 6 V
para todos ¡ospaíses de lengua española
Plaza de Jesús, 5
280 14 M adrid
T e l.: 914 296 882
fax: 9 1 4 2 9 7 5 0 7
www. abadaeditores. com
d ise ñ o E s t u d io J o a q u ín G a l l e g o
p r o d u c c ió n G U A D A LU PE G lS B E R T
LO
ISBN 13 9 7 8 -8 4 -9 6 2 5 8 -7 9 -2 O
o
Of
ISBN 10 8 4 -9 6 2 5 8 -7 9 -3 O
ce
d e p ó s ito le g a l M . 3 6 . 5 5 3 - 2 0 0 6 o
F 2 7 8 1 7 8
LECTIO STRICTA
La hermenéutica material de Peter S zondi
J o sé M a n u e l C u e st a A b a d
F . - W . S cH E L L IN G
d e lo s d istin to s tip o s de texto s (sagrado s, ju r íd ic o s , lite r a rio s , « in t r o d u c c ió n » n o d esign a e n este caso u n a ex p o sició n esq u e
h is tó r ic o s ...). P ero la in c ip ie n te c o n s titu c ió n en el siglo X IX de m ática de lo s co n ce p to s elem en tales y lo s p r in c ip io s m e to d o ló
u n a te o ría g en era l de la c o m p re n sió n d io lu g a r a u n a tra n s fo r g ico s de u n a d is cip lin a c o n s o lid a d a , sin o u n a r e fle x ió n crítica
m a c ió n h is tó ric a ra d ica l e n el m o d o de c o n c e b ir e l c o m e tid o cuyo p r o p ó s ito co n s iste e n tra za r la vía q u e, e n a te n c ió n al
asig n a d o hasta e n to n c e s a la h e r m e n é u tic a . U n ca m b io q u e se pasado y al p re se n te , p u e d a e n c a m in a r o c o n d u c ir (fuhren) a la
vislu m b ra ya e n esta co n sta tació n p ro g ram á tica de S c h le ie rm a - fu n d a c ió n de u n a h e r m e n é u tic a lite r a r ia a ú n p o r v e n ir . L a
ch er: « L a h e rm e n é u tic a co m o arte de la comprensión [Kunstdes Ver- in tr o d u c c ió n a d ich a h e rm e n é u tic a n o pasa só lo p o r u n a re v i
stehensi n o existe a ú n en general, s in o só lo d iversas hermenéuticas s ió n d el trá n s ito de lo s a n tig u o s m é to d o s in te r p r e ta tiv o s a la
especiales»-1. E l énfasis que antes se p o n ía e n la in v e n ció n de p r o m o d e r n a te o ría g e n e ra l d e la c o m p re n s ió n : r e q u ie re ta m b ié n
c e d im ie n to s té c n ic o s d ir ig id o s a la c o r r e c ta c o m p r e n s ió n de u n a in te r p r e ta c ió n c r ític a , a n cla d a e n la s itu a c ió n e p o c a l d e l
unas y otras clases de textos tie n d e a recaer ah ora en la re fle x ió n p re se n te , d e las c o n d ic io n e s h is tó ric a s de las q u e d e p e n d e la
so b re la u n iv e rs a lid a d d e l « c o m p r e n d e r » , de su e rte q u e lo s p o sib le in s titu ció n de u n a d iscip lin a quizás in ex isten te. E l tr a
lím ites e n tre las h erm en éu tica s especiales d ejan de ser rele va n tad o de S z o n d i se sitú a p u e s e n tre u n « y a n o » y u n « to d a v ía
tes o se d esd ib u ja n p o r c o m p le to en aras de u n a Universalherme- n o » , e n c ie rr a u n a flu c tu a c ió n te m p o r a l e n tre d os p o s ic io n e s
neutik. Esta p é rd id a de la e sp ecificid a d de lo s m éto d o s in te r p r e e n c o n flic to q u e tr a s lu c e n u n p r o c e s o h is tó r ic o - d ia lé c t ic o :
tativo s tra d ic io n a le s e n la g e n e r a lid a d de u n a m o d e r n a h erm en éu tica esp ecial ( « lit e r a r ia » ) vs. h e rm e n é u tica u n iversal
h e rm e n é u tica filo só fica to r n a p ro b lem á tic a , en efecto , la p o s i ( « filo s ó fic a » ) . Para c o m p re n d e r el alcan ce de esta c o n tr a p o s i
b ilid a d de q u e se p u e d a h a b la r h o y c o n fu n d a m e n to de u n a c ió n es p r e c is o c o n s id e r a r el gesto d ia lé c tic o q u e atraviesa de
h e rm e n é u tica « lite r a r ia » . p r in c ip io a f i n el p e n s a m ie n to c r ític o d e S z o n d i. U n g esto ,
E l p r o b le m a h is tó r ic o d e l q u e p a rte P e te r S z o n d i e n su antes q u e u n m é to d o o u n m o d o d e p r o c e d e r a u to m a tiza b le ,
Introducción a la hermenéutica literaria ( 1 9 7 5 2) se cifra p recisa m en te e n que se expresa ten azm en te e n la p re te n sió n de que la teo ría lit e
esta in ce rtid u m b re : « la p reg u n ta de si la d iscip lin a a la qu e este r a r ia se c o n v ie rta , a través d e c ie rta c o n c ilia c ió n (n o e n te r a
lib r o o fr e c e u n a in t r o d u c c ió n existe tod avía n o p u e d e r e c ib ir m en te p acífica) en tre filo lo g ía y filo so fía , e n ve rd a d ero c o n o c i
u n a respu esta a firm ativa sin m á s » . T al p rem isa d ice ya m u c h o m ie n to crítico .
so b re el sig n ifica d o q u e se ha de dar a q u í a la p a la b ra Einführung: E n su p rim e ra o b ra , Teoría del drama moderno (19 5 6 ), la p e r s
pectiva dialéctica de S z o n d i qu ed a p erfilad a en contraste c o n los
1 F. D . E . S ch le ie rm a ch e r, Hermeneutik undKritih, F ra n k fu rt a. M ., S u h rk a m p , 1 9 7 7 , ed.
d e M a n fred F ra n k (basada e n la e d ic ió n d e 18 38 d e F. L ü c k e ), p . 7 5 -
2 P. S z o n d i, Einfuhrung in die literarische Hermeneutik (Stu d ien au sga b e d e r V o rle s u n g e n , B d . 3 P. S z o n d i, Theorie des modernen Dramas, 1 8 8 0 -1 9 5 0 [ títu lo e s ta b le c id o d e sd e esta e d i
5 ), F ra n k fu rt a. M ., S u h rk am p , 1975 * ed . d e je a n B o lla c k y H e le n S tie r lin . E l lib ro , c ió n ], F ra n k fu rt a. M ., S u h rk am p , 197 ° (j3 195 ^; vid- Teoría del drama moderno. Ten
p u b lic a d o p o stu m a m en te, tien e su o r ig e n en las le c cio n e s d e ca rá cter m e to d o ló g ic o tativa sobre lo trágico, B a rc e lo n a , D e s tin o , 1994 -* tra d . d e j . O r d u ñ o ) . E l tr a ta m ie n to
im p a rtid as p o r S z o n d i e n los ú ltim o s a ñ o s d e la década d e lo s 6 o ’ . C o n v ie n e in d i d ia lé ctico de lo s g é n e ro s p o é tico s es u n a co n sta n te en la o b ra d e S z o n d i: d esde Ver-
car q u e las reflex io n es h erm en éu ticas d e S z o n d i están estrech am en te ligadas desde el such überdas Tragische (F ra n k fu rt a. M ., In sel, 1 9 b !; trad . cit.), d o n d e ab ord a la filo so fía
p r in c ip io a lo s « p ro b le m a s in te rp re ta tiv o s» (Interpretationsprobleme) p lan te ad o s p o r la d ia lé c tic a d e lo tr á g ic o e n la tr a d ic ió n r o m á n tic o - id e a lis t a q u e va d e S c h e llin g y
p oesía tard ía d e H ó ld e r lin , a la q u e el crític o d e d ic ó d istin to s se m in a rio s y escrito s. H egel a N ietzsch e y B e n ja m in , hasta las le c cio n e s académ icas y lo s m agistrales e n sa
V id . P. S z o n d i, Estudios sobre Hólderlin (con un ensayo sobre el conocimientofilológico), B a rce lo n a, yos d ed ica d o s a la re c o n s tru cc ió n de la p o é tica —cie rta m e n te d ialéctica— de los g é n e
D e s tin o , 1 9 9 2 , trad . d e J . L . V erm a l. ros ideada p o r esa m ism a tra d ic ió n : v id . P. S z o n d i, Poetik und Geschichtsphilosophie I. Antike
IO JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN II
c o n o c im ie n t o y e n p r e s u p u e s to s c im e n ta d o r e s d e la c r ític a m a r p a ra sí la d e n o m in a c ió n d e c ie n c ia , c o n to d a la so le m n e
e p is te m o ló g ic a . L a tesis se g ú n la cu a l la « h is t o r ia e fe c tú a !» leg itim id a d a la que esta p alabra aspira en la tra d ic ió n filo s ó fica
(Wirkungsgeschichte), la p r e c o m p re n sió n tra n sm itid a y a u n tie m p o (epistéme, scientia, Science, Wissenschaft), n o deja de ser u n a p e tic ió n de
textu alm en te sedim entada e n cada h o riz o n te h istó rico , es c o n s p r in c ip io tras la q u e se esco n d e u n a m ix tific a c ió n asu m id a sin
titutiva d e lo c o m p re n d id o y subyace co m o req u isito p o sib ilita - reservas p o r el cie n tificism o a crítico de la filo lo g ía de base h is -
d o r e n c u a lq u ie r m o d a lid a d d e c o n o c im ie n t o c o n d u c ir ía a toricista. L a Introducción es, e n este se n tid o , u n a v a r ia c ió n so b re
c u e s tio n a r el d o g m a tism o c ie n tífic o a través de u n a h is to riz a - u n m ism o tem a a b o rd a d o e n o tro s dos escritos m e to d o ló g ico s:
c ió n crítica de sus categorías: si n o fu e ra p o rq u e e n G a d a m er el « A c e r c a d e l c o n o c im ie n to f ilo ló g ic o » y « L a h e r m e n é u tic a de
análisis de la p re -e s tru c tu r a de la c o m p re n s ió n se p o n e al se r S c h le ie r m a c h e r » io. E n to d o s ello s se d e fie n d e d e u n a u o tra
v ic io d e u n a lin g ü is tic id a d y u n a h is to ric id a d q u e, u n ive rsales fo r m a la id e a d e q u e el c o n o c im ie n t o de la lit e r a tu r a es u n
p o r esenciales, p re sid e n a m o d o de u n primum mobile to d o a c o n a rte, y n o u n a cie n cia : el arte d e la crítica e in te r p r e ta c ió n de
te ce r p o sib le d e la h isto ria , la c o m p re n s ió n y el c o n o c im ie n to . lo s tex to s lit e r a r io s . L a p r o p ia p a la b r a a rte , q u e e n o tr o
E l tra ta d o de G a d a m e r fu e , s in e m b a rg o , u n revu lsivo p a ra el tie m p o s ig n ific ó u n c o n ju n t o d e reglas a d q u ir ib le s m e d ia n te
esco ra m ie n to de la « c ie n c ia lite r a r ia » a lem an a h acia lo h is tó ap ren d izaje y ap licables a la c o n s e c u c ió n m etó d ica de u n a tarea
r ic o r e iv in d ic a d o p o r H . R . Jauss y la Rezeptionsásthetik. S z o n d i p ro d u ctiv a (ars fren te a natura), ha lleg ad o a sig n ifica r u n a cap a
c o m p a rte c o n Jauss cierta a ctitu d p r o v o c a d o r a 9: la su p e ra c ió n c id a d c r e a d o r a o u n a d estreza e n p a rte in n a ta d e la q u e ,
d e la cien cia lite ra ria p o r m e d io d e u n a r e h a b ilita c ió n h e r m e d e b id o a su tra sfo n d o su b jetivo e irr a c io n a l, n o es p o sib le d ar
n é u tica de la h isto ria litera ria . P ero m ien tras qu e e n la « p r o v o cu en ta (ars fre n te a scientia). D e ahí esta o b serv ació n de S z o n d i:
c a c ió n » de Jauss prevalece la in te n c ió n de co rr e g ir la p e rsp e c « E l arte de la in te r p r e ta c ió n n o lle g ó a e la b o ra r u n a d o c trin a
tiva a h istórica d o m in a n te p o r en to n ces e n la crítica e u ro p e a de m aterial de la in te r p r e ta c ió n , la cu al m u y b ie n h u b ie r a p o d id o
cu ñ o fo rm alista y estructuralista, en la de S zo n d i tien e más peso estar p residida p o r la circu larid ad de la co m p re n sió n . L a palabra
la r e c u s a c ió n d e l a n q u ilo s a m ie n to —id e a lista u n a veces, o tra s 'a r t e ’ se e m p le a b a c ie r ta m e n te e n a q u e l s e n tid o a n tig u o q u e
positivista— qu e afectaba m ed u la rm e n te a la crítica filo ló g ic a de h ace r e c o rd a r el 'arte de la fu g a ’ (Kunst der Fuge) —ars interpretando
tra d ic ió n germ á n ica . técnica de la in te r p r e ta c ió n —, p e r o la o p in ió n d e q u e se tratab a
El té r m in o Literaturwissenschaft, « c ie n c ia lit e r a r ia » , da n o m d e u n a rte q u e se p u e d e m o s tra r, p e r o n o e n s e ñ a r , y m e n o s
b re a u n m o d o de e n te n d e r el c o n o c im ie n to filo ló g ic o c o n tra a ú n s o m e te r a u n a n á lis is c r ític o d e c a r á c te r g n o s e o ló g ic o ,
el qu e lan za u n d esm en tid o la h e rm e n é u tica szo n d ia n a. Q u e el
análisis y la in te r p r e ta c ió n de las obras litera ria s p u e d a n re cia -
IO La p rim e ra v e rsió n de « A c e rc a d e l c o n o c im ie n to filo ló g ic o » ap areció b a jo el títu lo
« Z u r E r k e n n tn is p ro b le m a tik in d e r L ite ra tu rw isse n sch aft» [ « S o b r e la p r o b le m á
tica d el c o n o c im ie n to en la cie n cia lite r a r ia » ] e n DieNeue Rundschau (73 ‘ L 1 9 ^ 2 ), y
9 E l p ro g ra m a te ó r ic o - c r ític o de Jauss, sin tetizad o en el títu lo «Literaturgeschichte ais Pro- fu e p u b lic a d o años d espués co m o p ró lo g o e n la p rim e ra e d ic ió n d e lo s Hólderlin-Stu-
vokation der Literaturwissenschaft» [La historia literaria como provocación de la ciencia literaria], data dien. Mit einem Traktat überphilologische Erkenntnis (F ra n k fu rt a. M ., In se l, 1 9 6 7 ) . « L ’h e r -
d e la c o n fe re n c ia in a u g u ra l p ro n u n c ia d a p o r el cr ític o alem án en la U n iv e rsid a d de m é n e u tiq u e d e S c h le ie rm a c h e r» se p u b lic ó in ic ia lm e n te en tr a d u c c ió n fra n cesa de
C o n sta n z a en 1967= v id . H . R . Jauss, La literatura como provocación, B a rc e lo n a , P e n ín A . B u g u e t e n la revista Poétique (2 , 1 97 ° ) ; Ia v e r s ió n a le m a n a está r e c o g id a e n P.
sula, 1 9 7 6 , trad. d e j . G o d o . S z o n d i, Schrijlenll, c it., p p . 1 0 6 - 1 3 0 .
20 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 21
crítica m en te dos p ro c e d im ie n to s to m a d o s d e en tre las reglas de de las palabras) y « p a ra le lism o r e a l» (Sachparallelismus■■ id e n tid a d
exégesis textual establecidas p o r la h e rm e n é u tic a filo ló g ic a tra de la « c o s a » sig n ifica d a) p lan tea a la in te r p r e ta c ió n el reto de
d ic io n a l: el análisis de las varian tes textuales y el m é to d o de los d etectar h o m o n im ia s y sin o n im ia s en tre las exp resio n es de dos
pasajes p a ra le lo s (Parallelstellenmethode). Las v a ria n tes tex tu a le s, o m ás textos. E l sim p le p a ra lelism o ve rb a l, h ace n o ta r S z o n d i,
p o r e je m p lo lo s esbozos q u e H ó ld e r lin h izo d e a lg u n o s d e sus es p o r p r in c ip io fá cil d e captar, p u es estriba e n la d o b le o m ú l
h im n o s ta rd ío s o las d istin ta s v e rs io n e s fr a g m e n ta r ia s de u n tip le o c u r r e n c ia de las m ism as p a la b ra s, p e r o n o lo es ta n to
p o e m a in a ca b a d o de M allarm é co m o Hérodiade, n o só lo p e r m i saber si la m ism a p a la b r a tie n e e l m ism o s ig n ific a d o e n d os
te n r e c o n s tru ir la « g é n e s is » de la o b ra e n re la c ió n c o n el p r o p asajes, n i s iq u ie r a si e l p a sa je p a ra le lo es el a p r o p ia d o p a ra
ceso m aterial de su escritu ra, sin o ta m b ié n lo s h iato s te m p o r a d ilu c id a r el s ig n ific a d o q u e se h a d e in t e r p r e ta r , p o r q u e la
les q u e e m e r g e n e n el c o te jo d e lo s tex to s c o m o v a c ila c io n e s , d e c is ió n s o b re to d o e llo está ya p r e v ia m e n te to m a d a p o r la
tach a d u ra s, c o rr e c c io n e s o c o n tr a d ic c io n e s . Estas v a ria c io n e s estrategia in te rp re ta tiv a (Introducción, p . 1 6 3 ). E n to d o caso, el
tem p orales p u e d e n rem itir, llegad o el caso, a co n te n id o s sin g u m é to d o d e lo s p a sa jes p a r a le lo s es a lg o m ás q u e u n a t é c n ic a
la re s d e u n a e x p e r ie n c ia b io g r á fic a , te x tu a liza d a a su vez e n p r o b a to r ia p a ra la in t e r p r e ta c ió n d e la co n s ta n c ia o la v a r ia
n otas, cartas, d o cu m e n to s o ensayos, q u e d ebe ser co n sid era d a c ió n co n tex tu a l d el s ig n ifica d o a m b ig u o u o p aco d e u n pasaje.
e n la in t e r p r e ta c ió n c o m o u n a d im e n s ió n c o n s tru c tiv a d e la Es ta m b ié n u n p r o c e d im ie n t o q u e h a ce p o s ib le e v id e n c ia r la
o b ra. P ero es aú n m ayor la relevancia h erm en éu tica d el m éto d o e s c a n s ió n te m p o r a l, m a rca d a p o r cesu ra s, im p líc it a e n la
de lo s pasajes p a ralelos, d el q u e S z o n d i e n c u e n tra u n a e x p o si e scritu ra de u n a o b ra lite r a r ia c o m o la fo r m a q u e b ra d a de su
c ió n té c n ic a e n d os tra ta d o s ya r e m o to s d e l ars interpretandi, la h isto ricid a d :
Einleitungzur richtigen Auslegung vernünfftiger Reden und Schrifften [ l 7 4 2 :
«pues las contradicciones o las inconsecuencias de una obra
Introducción a la correría interpretación de discursosj escritos racionales] de
no son simplemente consecuencia del tiempo que necesitó su
J . M . G h la d e n iu s, y el Versuch einer allgemeinen Auslegungskunst [ l 757 : com posición , sino más b ien de la posible in tegración en la
Ensayo de un arte general de la interpretación] d e G . F r. M e ie r 15. L a obra del elem ento tem poral. Si el curso tem poral n o es u n
in te r p r e ta c ió n de lo s pasajes p a ra lelo s (locaparallela, Parallelstellen) simple objeto para la obra (tiem po narrado) n i u n m edio de
se basa ya sea e n la id e a de qu e u n a m ism a ex p resió n , u n a p a la expresión exterior a su intención (tiempo de la narración); si
b ra , u n a frase, u n a m etáfo ra , p u e d e a p arecer e n d istin to s te x la idea de la obra sólo se revela en su movimiento hacia fuera,
tos d e u n m ism o a u to r c o n s ig n ific a d o s d ife r e n te s , o ya e n el en su salida a la diferencia tem poral, la obra sólo puede con
cebirse como un proceso en el que cada pasaje debe ser inter
su p u esto d e q u e d ife re n te s ex p re sio n e s p u e d e n lo c a liz a r s e e n
pretado tenien do en cuenta su p o sició n en dicho proceso.
d is tin to s tex to s c o n u n s e n tid o e q u iv a le n te . L a d is tin c ió n de
Esta relación entre la estructura de la ohra y la tem poralidad
M e ie r e n tr e « p a ra le lis m o v e r b a l» (Wortparallelismus: id e n tid a d es uno de los temas de la teoría histórica de las formas litera
* u n a h e rm e n é u tic a lite r a ria « m od ern as» exige la r e c o n c i sente. Y ello p o r la sola ra z ó n de q u e la co n cie n cia d e la p r o p ia
lia c ió n de filo lo g ía y estética. S z o n d i co n o c ía esta in d ic a c ió n de h is to r ic id a d im p o n e a la te o r ía m a te r ia l d e la in t e r p r e ta c ió n
F r. S c h le g e i: « L a h is to r ia d e la p o e sía m o d e r n a q u iz á e n la u n a rela ció n constitutiva c o n el arte y la litera tu ra de su tie m p o .
e s té tic a » (Literary Notebooks, ed . d e H a n s E ic h n e r , § 1374 )- L a A h o r a b ie n , ¿ q u é rasgo d o m in a n te d e l a rte y la lite r a tu r a de
t r a d ic ió n r o m á n t ic o - id e a lis t a —a cu yo e s tu d io está d e d ica d a « s u t ie m p o » te n d r ía q u e in c o r p o r a r co m o clave co n stru ctiv a
b u e n a p a rte de la o b ra szo n d ia n a — sen tó las bases ta n to p a ra la u n a h e rm e n é u tica lite ra ria actu a l? S z o n d i re sp o n d e p o n ie n d o
c o n c e p c ió n d ia lé c tic o -e s p e c u la tiv a d el arte y la lite r a tu r a i n i e n ju e g o la e tim o lo g ía m ítica de la p alabra « h e r m e n é u t ic a » : es
ciada p o r S c h ille r, los S ch leg ei y S c h e llin g co m o p a ra la h is to - el hermetismo el ca rácter qu e d e fin e a las fo rm a s de e x p re sió n de
r iz a c ió n d e la estética c o n su m a d a e n la filo s o fía d e H e g e l. L a la p o esía m o d e rn a y al q u e, p o r ta n to , d eb e aten erse u n a h e r
p r e t e n s ió n h is tó r ic a d e la esté tica p o stilu s tr a d a n o fu e al f i n m e n é u tic a d e la o b ra lite r a r ia . E sta m o s d e n u e v o a n te u n a
o tr a q u e la de su le g itim a c ió n c o m o filo s o fía d e l arte moderno. in fle x ió n h istó ric o -d ia lé c tic a . L a h e rm e n é u tica ilu strada, de la
P ero la estética sólo llega a ser m o d e rn a e n la m ed id a e n q u e sus q u e es a q u í e x p o n e n te la té c n ic a r a c io n a l de G h la d e n iu s , tr a
ca te g o ría s in te rp re ta tiv a s c o r r e s p o n d a n a (y e n c ie r to m o d o taba d e reso lver lo s p r o b le m a s in te rp re ta tiv o s q u e su scita n las
re p ro d u zca n ) las características h istó rica s d el arte co e tá n e o . D e fo rm a s de u n a o scu rid a d (Dunckelheit) asociad a d e p r e fe r e n c ia a
m o d o qu e la r e c o n c ilia c ió n de qu e habla S z o n d i su p o n e la rev i lo am b igu o (zweydeutig). P ero el escla recim ien to de tal o scu rid a d
sió n de los crite rio s y las reglas de la exégesis filo ló g ic a tra d ic io estaba d ete rm in a d o , e n lo q u e resp ecta a las obras p o éticas, p o r
n a l a la lu z d e la esté tica m o d e r n a y d e las fo r m a s a ctu a les de la d o c tr in a de la imitatio naturae, es d e c ir: p o r la id e a d e q u e las
c o m p re n s ió n d e l arte y la lite ra tu ra . Es ésta u n a tesis e n la qu e p a la b ra s so n r e p r e s e n ta c ió n d e u n a r e a lid a d p r e e x is te n te .
resuen a, atenuada, o tra de la Filosofía de la nueva música: « U n a f i l o M ien tras qu e la h e rm e n é u tic a p re m o d e rn a tie n d e a c o n c e d e r a
so fía de la m ú sica n o p u e d e ser h o y m ás qu e u n a filo s o fía d e la la « c o s a » p r im a c ía s o b re las p a la b ra s q u e la r e p r e s e n ta n , en
nueva m ú sic a » . A esta tajante re stric ció n de A d o r n o siem p re se co n so n a n cia c o n la te o ría clasicista d e la m im esis p o é tic a , u n a
le p u e d e re p ro c h a r su red u cc io n is m o p a rtisa n o , p ro c liv e a u n a h e rm e n é u tic a lite r a ria actual n o p u e d e e lu d ir el h e c h o de qu e
c o m p re n sió n id eo ló gica , lastrada p o r la m ito lo g ía d el p ro g reso , e n la p o e sía m o d e r n a las p a la b ra s, le jo s d e se r in te r p r e ta b le s
de la h isto ria de las fo rm as artísticas, cu a n d o n o so sp ech o so de p o r r e fe r e n c ia a u n a r e a lid a d d e n o ta d a , t r iu n f a n s o b re la
ced er a u n a a p o lo g ía n o rm a tiva y elitista d el arte de van gu ard ia. « c o s a » hasta el extrem o d e b o r r a r sus h uellas rep resen ta cio n a -
C o n to d o , p ara S z o n d i la h e rm e n é u tica lite ra ria sólo p u ed e ser le s y de h a cer d el texto u n artefacto su irre fe re n cia l (scripturapoé
hoy teo ría y p ráctica de la in te rp re ta c ió n de la litera tu ra d el p r e - tica sui ipsius interpres?). E n p alabras de S zo n d i:
una poesía que renunciaba a producir por m edio de la ficción n á u tic a tr a d ic io n a l se d is p o n ía a ilu m in a r lo s d a n d o p o r s e n
u n objeto p ro p io , una poesía cuyo objeto era más b ien ella tado qu e tras ellos siem p re subsiste, co m o u n a co n traseñ a in fa
misma, y que debía su unidad a la com posición de m om entos lib le , la « c o s a » sig n ific a d a o el o b je to p e n sa d o in t e n c io n a l
verbales, y no sólo semánticos, referidos de múltiples formas
m e n te p o r el a u to r . S in e m b a rg o , la h e r m e n é u tic a lite r a r ia
unos a otros, y no a la coherencia de u n objeto im aginario o
m o d e r n a d eb e a fr o n ta r la in te r p r e ta c ió n de u n a obscuritas q u e,
de u n m undo im aginario» (Introducción, pp. I O I s.).
d estru id o s los len g u ajes re p resen ta cio n a les, a b o lid a (seg ú n u n
E l esqu em a h istó rico esbozado e n estas lín eas en cu b re u n p r o ablativo ab so lu to m u y de M allarm é) la fig u r a c ió n icástica de lo
b le m a te ó r ic o -c r ític o : el de la p o esía co m o fo rm a p o r e x ce le n rea l e n el p o e m a , n o p u e d e so lven ta rse a p e la n d o a u n o b je to
cia d e l c o n c e p to esté tico d e modernidad. L a d ia lé c tic a e n tr e la d e n o ta d o o a u n a e n tid a d c o n c e p tu a l q u e h a ría p o s ib le d e sc i
s u je c ió n de la p o esía « a n tig u a » a la d o c tr in a de la im ita c ió n y fra r las m etáforas, las co n tra d iccio n es y las a m b igü ed ad es19. H ay
la ten d en cia de la poesía « m o d e r n a » a la n e g a ció n de la m im e pues pasajes oscu ros: p e r o la o p acid a d p r o life r a p o r d o q u ie r e n
sis co n stitu ye m en o s u n a ex p lica c ió n h istó rica p lau sib le qu e u n el p o em a m o d e r n o , y el desafío crítico qu e tie n e ante sí la h e r
a rg u m e n to crítico d irig id o a la ca racteriza ció n d ife re n cia l de lo m e n é u tic a lit e r a r ia e s trib a , n o ta n to e n e la b o r a r u n a te o ría
m o d e r n o en litera tu ra. Esta eq u ip a ra ció n de p o esía y m o d e r n i g e n e r a l d e la o p a c ific a c ió n d e l le n g u a je e n la p o e s ía d e l p r e
dad resp o n d e a la idea —que h a llegad o a con vertirse e n u n tem a sente, sin o en in te rp re ta r cada p o em a asu m ie n d o q u e su o sc u
r e c u rr e n te de la estética y la te o r ía lite r a r ia c o n te m p o rá n e a s— rid a d resid e ya e n la sin g u la rid a d de su exp resió n .
d e « la lír ic a co m o p a ra d ig m a d e lo m o d e r n o » 17. E n este se n E n S z o n d i la d o ctrin a m aterial de la in te rp re ta c ió n lite ra ria
tid o , la h erm en éu tica litera ria d e S z o n d i n o trata sin o d e e x p o se e n c a m in a h a cia u n a hermenéutica de ¡o idiomático. P o r in s ó lita y
n e r las pautas de u n a práctica in terp retativa adecuada a lo s p r o acaso im p o sib le qu e p arezca esta p re te n s ió n , lo cierto es qu e lo
b le m a s « e s p e c ífic o s » q u e p la n te a la p o e sía lír ic a m o d e r n a . id io m ático es in sep arable d e lo p o em ático . M ás aún : u n texto es
U n a po esía cuyos referen tes, e n tre sim b ó lic o s e h istó rico s, lle p o em a sólo si se p resen ta c o n la sin gu larid ad m aterial de u n fac-
va n e n lo s ensayos crítico s szo n d ia n o s lo s n o m b re s d e H ó ld e r - tum qu e sin em bargo ostenta lo s caracteres re -p resen ta cio n a les e
lin , M allarm é, R ilk e y C e la n 18. H ay pasajes oscu ros: y la h e r m e - iterativos de u n signum. C o n r a z ó n h a h e ch o n o ta r D e rr id a que
u n sig n o n o es n u n c a u n a c o n te c im ie n to si a c o n te c im ie n to
q u ie r e d e c ir u n ic id a d e m p ír ic a ir r e m p la z a b le e ir r e p e tib le :
17 V id . W . Iser ( e d .) , Immanente Ásthetik. Ásthetische Reflexión: Lyrik ais Paradigma der Modeme (P o e -
tik u n d H e r m e n e u tik II), M ú n ic h , F in k, 1 9 6 6 . E ste v o lu m e n ha sid o u n p u n to de « U n sig n o q u e n o tu v iera lu g a r m ás qu e 'u n a v e z’ n o sería u n
refe re n c ia casi co n stan te en los debates te ó ric o -lite r a rio s d e lo s ú ltim o s d e ce n io s d el
sig n o . U n sig n o p u r a m e n te id io m á tic o n o sería u n s i g n o » 20.
siglo XX so b re la « c e n tr a lid a d » d e la lír ic a e n la m o d e r n id a d estética. V é a n s e , p o r
e je m p lo , las d iscu sio n es so b re el sen tid o te ó ric o (y n o ya h is tó ric o ) d el c o n c e p to de
« m o d e r n id a d » q u e a p a r e ce n en H . - G . G a d a m e r, « S o b r e p o é tic a y h e r m e n é u 19 Es sign ificativo q u e Ja m eso n se refiera ta m b ién a la o scu rid a d p o é tica en su p ro y e cto
tic a » , Estéticaj hermenéutica, M a d rid , T e c n o s, 19 9 6 (in tr o d . de A . G a b ilo n d o ; trad . de de h e r m e n é u tic a d ia lé c tic a : « T h u s , fa c e d w ith o b s c u re p o e try , th e n aíve re a d e r
A . G ó m e z R a m o s), o en P. de M a n , « L y r ic an d M o d e r n ity » , BlindnessandInsight, cit. attem pts at o n ce to interpret, to resolve the im m e d iate d iffic u ltie s b a ck in to th e tran s-
18 L o s estu d io s so bre Hérodiade de M a lla rm é y sobre el p o e m a « E n g fü h r u n g » de C e la n p aren cy o f ra tio n a l th o u gh t; w hereas f o r a d ialectically tra in e d re a d e r, it is th e o b s-
están re c o g id o s e n la e d ic ió n fra n c e s a d e P. S z o n d i, Poésie etpoétiques de la modernité, cu rity its e lf w h ich is th e o b je ct o f his re a d in g , an d its s p e c ific q u a lity an d stru ctu re
L ille , Presses U n iversitaires d e L ille , 198 1, ed. de M . B o llack. E l ensayo so b re C e la n , th at w h ich h e attem p ts to d e fin e a n d to c o m p a re w ith o th e rs fo rm s o f v e rb a l o p a -
red a cta d o e n fra n cés p o r S z o n d i, ap arece tr a d u c id o al a le m á n en lo s Celan-Studien, c ity » , Marxism and Form, p . 3 4 1.
Schriftenll, cit. (Estudiossobre Celan, M a d rid , T ro tta , 2 0 0 5 , trad . d e A . P o n s.) 2 0 J . D e rrid a , Lavoixetlephénoméne, París, P .U .F ., 1967» p- 5 5 -
30 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 31
\
34 JOSÉ MANUEL CUESTA ABAD INTRODUCCIÓN 35
L a h e r m e n é u tic a lit e r a r ia es la t e o r ía d e la in t e r p r e t a c ió n
—interpretatio— d e o b ra s lite r a r ia s . A u n q u e la h e r m e n é u t ic a h a
im p re g n a d o e n g r a n m e d id a la filo s o f ía y, c o m o a u t o r r e f le -
x ió n , las cie n c ia s h u m a n a s d e l sig lo XX, la p r e g u n ta d e si la
d is c ip lin a a la q u e este lib r o o fr e c e u n a in t r o d u c c ió n to d a vía
existe n o p u e d e r e c ib ir u n a resp u esta a firm a tiv a sin m ás. E n
1 9 0 0 a p a re c ió el a r tíc u lo d e D ilth e y titu la d o Die Entstehungder
Hermeneutik (El surgimiento de la Hermenéutica); u n a p a rte c o n s id e r a
b le de la o b ra e n te ra d e D ilth e y está d ed icad a, co m o es sa b id o ,
a u n a t e o r ía d e la c o m p r e n s ió n ( e s p e c ia lm e n te la h is tó r ic a )
q u e d eb ía se rv ir d e base a las cie n cia s d e l e s p íritu . E n la o b ra
d e H e id e g g e r Serj tiempo (1 9 2 7 ), el an álisis d e la c o m p r e n s ió n
llam ad a existen cial, así co m o la e v id e n cia ció n de u n c írc u lo e n
la c o m p r e n s ió n y d e su e n r a iz a m ie n to e n la « c o n s t it u c ió n
e x iste n c ia l d e l s e r - a h í, e n la c o m p r e n s ió n i n t e r p r e t a t iv a » 1,
o c u p a n u n lu g a r d esta ca d o . T r e s d e c e n io s d esp u és, e n 1 9 6 0 ,
ap areció el lib r o de G a d a m e r Verdadj método, su b titu la d o Funda-
Este texto sobre la hermenéutica literaria corresponde a la lección impartida por P. Szondi en Berlín duran
te el semestre de invierno del curso ig6y-ig68. Las notas al pie son del editor alemán, salvo que se indique I M . H e id e g g e r, Sein u n d & t, H a lle , 1 9 2 7 , p . 153 [SerjTiempo, M a d rid , T r o tta , 2 0 0 3 ,
lo contrario. Aquellas que añaden un asterisco (*) al número proceden de anotaciones originales de Szondi. tra d . de J u a n E d u a rd o R ivera C .] .
42 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 43
méritos de una hermenéutica filosófica. Y ú ltim a m e n te (19 6 7 ) h a a p a D ilth ey, cuyo va lo r co m o d o c u m e n to h istó rica m en te in fo r m a
der Geisteswissenschaften). N a d ie p o d r á d e c ir qu e la h e r m e n é u tic a válida n a ció el virtu o sism o filo ló g ic o y, a p a rtir d e él, las reglas
h u m an as, y e n especial las cien cias d e la litera tu ra , se h a n m o s s itu a c ió n de la cie n c ia e n u n m o m e n to d ad o , hasta q u e fin a l
to rn o a estas reglas, d el com bate en tre las distintas o rien ta cio n es P ero hay qu e p reg u n ta rse si la re g u la rid a d qu e él q u ie re p e r c i
cia de la h erm en éu tica. Ésta es la teo ría d el arte de la in te rp re ta m ism o de c o m p re n s ió n y la h is to ric id a d de las reglas. L a h e r
ció n de m o n u m e n to s de la escritura. A l establecer la p o sib ilid a d m e n é u tic a fu e e n o tr o s tie m p o s u n sim p le sistem a d e regla s,
e x p e r ie n c ia in t e r io r se u n ió el a n á lisis d e la c o m p r e n s ió n , y q u e u n a te o r ía d e la c o m p r e n s ió n d eb a h o y r e n u n c ia r a f o r
r ia m e n te se n o s d a n lo s h e c h o s p s íq u i c o s » 2. E l a r tíc u lo de
2 W . D ilth e y , Die Entstehungder Hermeneutik, e n W . D ., Gesammelte Schriften, v o l. 5 » 4 a e d ., Religionswissenschaji, ed. d e K . G allin g, 3 a e d ., T u b in ga, 1957 y ss-> v°l- 3 »PP- 2 4 2 - 2 6 2 ) .
4. W . D ilth e y , Die Entstehung der Hermeneutik, p . 3 2 0 .
S t u tt g a r t - G o t in g a , 1 9 6 4 . p- 3 ^ 0 [ « E l s u r g im ie n to d e la H e r m e n é u t ic a » , e n W .
D ilth ey, Dos escritos sobre Hermenéutica, M a d rid , Istm o, 2 0 0 0 , ed . d e A . G ó m e z R am o s]. 5 Ibid.
44 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 1 45
rech azan la alego resis, co n servan d o la in te rp re ta ció n tip o ló g ica llevó a la h e r m e n é u tic a te o ló g ic a a la v ic to ria d el p r in c ip io de
d e l A n t ig u o T e s ta m e n to , esto es, la r e la c ió n d e éste c o n el la in te r p r e ta c ió n g ra m atica l so b re la aleg ó rica .
N u ev o . E l p ro g ra m a h e rm e n é u tico de T e o d o ro q u ed ó reco gid o C o n to d o , lo s lazos de am bas ten d en cias c o n la h isto ria so n
e n su e s c rito , h o y p e r d id o , titu la d o Contra allegoricos (s. iv / v ) in co m p a ra b le m e n te m ás diversos d e lo qu e p o d r ía h a c e r creer
(p ro b a b le m e n te de c o n te n id o id é n tico al de su Líber de allegoria et este e je m p lo escolar. N o só lo el p r e d o m in io de u n a so b re o tra
historia contra Origenem, d e l qu e sólo se conserva u n fr a g m e n to ). estuvo h istó ric a m e n te c o n d ic io n a d o , ta m b ié n lo estuvo n e c e
U n a segu n d a d isp u ta decisiva en tre las dos fo rm a s de in t e r sa ria m en te la in te r p r e ta c ió n a le g ó ric a m ism a, a u n q u e tra sla
p r e ta c ió n p u e d e verse e n la lu ch a de la R e fo rm a co n tra la d o c dase el texto de o tro s tie m p o s al h o riz o n te h istó ric o de su p r o
trin a escolástica d e l se n tid o p lu r a l d e la E scritu ra , que m arcó p ia ép o ca : ella c o n fie r e al texto u n ín d ic e h is tó r ic o q u e n o es
to d a la h e r m e n é u tic a m ed ieva l. E n esta d isp u ta tuvo u n s ig n i e l d e su g é n e s is, s in o e l d e su in t e r p r e ta c ió n . P o r eso cab e
fic a d o p a p e l el h u m a n is m o d e l f i n d e la E d a d d e M e d ia y su tam b ién segu ir los a co n te cim ie n to s h istó rico s d e n tro d e la a le
re a c tu a liz a c ió n d e la o r ie n ta c ió n gram atical, q u e se re m o n ta a go resis. E n ca m b io la in te r p r e ta c ió n h istó ric o -g ra m a tic a l, c o n
A ristó teles: el estu d io d e las len gu as bíblicas, las ed icio n es y los su in sisten cia e n el se n tid o o rig in a l, el cu al n o se p u e d e su sti
c o m e n ta rio s filo ló g ic o s r e fo rz a b a n la p o s ic ió n d el sensus littera- tu ir, sin o tra n sm itir e n tra d u c c ió n o c o m e n ta rio , m u estra u n a
lis. E n éste co n fia b a L u te r o cu a n d o p ro c la m ó el lla m ad o princi cierta co n stan cia; la h isto ria p a re ce red u cirse a q u í al p a u la tin o
pio de la Escritura1* , q u e a fir m a b a la c la rid a d d e la E s c r itu r a , la r e fin a m ie n to d e lo s m e d io s filo ló g ic o s y al in c r e m e n to d e la
cu al se in te r p r e ta a sí m ism a y n o re q u ie re d e n in g u n a in s ta n p r o d u c c ió n e ru d ita y d el saber, dos fa cto res a lo s q u e la a u to -
cia in terp reta tiva ex te rn a —co m o la Iglesia—. c o n c e p c ió n p o s itiv is ta d e la filo lo g ía d e b e su p r o g r e s o . N o
Q u iz á sean estas p o ca s in d ic a c io n e s su fic ie n te s p a ra m o s obstan te, la in te r p r e ta c ió n g ra m a tic a l-h istó ric a se e n c u e n tra a
tra r e n q u é m e d id a la o p o s ic ió n en tre in te r p r e ta c ió n g ra m a ti su vez so m e tid a al c a m b io h is t ó r ic o , y d e d o b le m a n e r a . P o r
cal e in te r p r e ta c ió n a le g ó ric a r e c o r r e la h is to ria de la h e r m e u n la d o , la in d e p e n d e n c ia resp ecto de la p r o p ia p o s ic ió n h is
n é u tic a . Y t a m b ié n p a ra e v id e n c ia r q u e la h is t o r ia d e la tó rica , que p a rece d is tin g u ir a la in te r p r e ta c ió n d el sensus littera-
h e r m e n é u tic a n o es la de u n a d ia léctica in te r n a e n tre estos dos lis fren te a la alego resis, só lo es a p licab le a su in te n c ió n , n o a su
p u n to s de vista, sie n d o m ás b ie n la h isto ria m ism a la q u e d eja p ráctica . E n tre las tareas actuales de la h e r m e n é u tic a se cu en ta
su m arca e n el te r r e n o d e la h e r m e n é u tic a co m o d isp u ta e n tre el análisis d el m o m e n to in te rp re ta tiv o , in h e r e n te ta m b ié n a la
am bas fo rm a s d e in te r p r e ta c ió n y su a lte rn a n c ia . E l c o m ie n zo in v e stig a c ió n p o sitiv ista . P o d r á la o r ie n ta c ió n h is t ó r ic o - g r a
de la E d a d M o d e r n a , c o n el ca m b io qu e su p u so e n la r e la c ió n m atical n o q u e re r d ejarse in f lu ir p o r su p r o p ia p o s ic ió n e n la
d e l h o m b r e c o n la r e a lid a d , y q u e se c o n c r e tó e n to d o s lo s fija c ió n d e l sensus litteralis, p e r o la in s iste n c ia m ism a e n el sensus
te rre n o s d e u n a m a n e ra e n cada caso esp ecífica (e je m p lo c é le litteralis es a su vez u n h e c h o h is t ó r ic o . L a p r o p ia p o s ic ió n se
b r e es la in t r o d u c c ió n de la te rce ra d im e n s ió n e n la p in t u r a ) ,14 d e sliza rá s in d ific u lt a d e n la in v e s tig a c ió n f ilo ló g ic a m ism a ,
p u e s to q u e , e n p r im e r lu g a r , e lla c o n t r ib u y e a d e c id ir si u n
18 J . W ach , Das Verstehen. Gruncküge einer Geschichte der hermeneutischen Theorie imig. Jahrhundert. I- III.
6o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 6l
c ió n , in existen te antes d el siglo X V I I I , ésta tie n e en C h la d e n iu s to d o tip o de lib ro s y su fic ie n te p a ra cad a tip o de lib r o . S in
e m b arg o , en lo de su fic ie n te hay q u e h acer u n a e x ce p ció n
sus lím ites, lo s cuales la d is tin g u e n cla ra m en te de los e n fo q u e s
con la Sagrad a E scritu ra. C o n sid e ro la in terp retació n de este
p o ste rio re s —desde S c h le ie rm a c h e r hasta G a d a m er y B e tti—. S i
lib ro sagrado y divino com o u n chefd’oeuvre, u n a c o ro n a c ió n
éstos se p r o p o n e n elab orar u n a teo ría d e la co m p re n sió n p ara la
de la in te rp re tació n , en la cual n o só lo hay que ap licar ven
que, desde S ch leierm ach er, las d iferen cia s de los escritos qu e se tajo sam en te tod as las artes del arte filo só fic o y g en eral de la
trata d e c o m p r e n d e r se v u e lv e n p ro g re siv a m e n te irrelev an tes, in te rp re tació n , sin o tam b ié n h acer u so de reglas especiales.
para C h la d en iu s lo im p o rtan te n o es saber có m o se co m p re n d e, L a Sagrada E scritu ra en cierra m isterios, p o r lo que u n in té r
có m o in terp reta r algo « c o rr e c ta m e n te » , y esta cu estió n sólo se prete de la m ism a tien e que in te rp re tar p asajes m iste rio so s.
p la n te a cu a n d o la c o m p r e n s ió n c o rr e c ta n o está g a ra n tiza d a , P ero to d o el m u n d o co n v e n d rá c o n m ig o en q u e n o es lo
m ism o explicar pasajes en cuyo sen tid o hay algo que el in g e
cu a n d o el pasaje es o scu ro . Y a antes d e exam in ar m ás d e te n id a
n io y la razón h u m an o s h an d escu bierto que elu cid ar pasajes
m e n te el tra sfo n d o de lo s té r m in o s « c o r r e c t o » y « r a c io n a l» ,
en los que hay algo que su p era la razón . T o d o el m u n d o te n
se p u ed e re c o n o c e r la im p o rta n cia de C h la d e n iu s e n la h isto ria
d rá p o r lo m en os que co n ced er que las reglas p ara in te rp re
de la h e rm e n é u tica ; c o n él, la h e rm e n é u tica a b a n d o n a el larg o tar lib ro s h u m an o s se ro d e a ría n de u n a m u ltitu d de n o tas y
p e r ío d o en q u e só lo existía co m o u n a esp ecialid ad cen tra d a en e x p licacio n es si h u b ie se q u e a p lic arlas a u n lib ro q u e es de
u n d o m in io d ete rm in a d o , p e ro n o lleva a cabo la u n ific a c ió n a o rig e n d iv in o y e n c ie rra u n a s a b id u ría d iv in a. E stas n o tas,
costa d e lo s p ro b lem a s co n creto s q u e se p la n tea n a la in te r p r e restriccion es y exp licacion es p e rte n e c e n a la te o lo g ía exegé-
ta c ió n n i a costa de la d iversid ad real de las obras in terp retad as, tica, a cuyo cultivo se h an d edicad o co n el m ayor esm ero d is
q u e só lo u n a te o ría filo s ó fic a y p s ic o ló g ic a de la c o m p r e n s ió n tin tos eru d ito s de n u e stra Iglesia. P o r eso debe con sid erarse
el arte filo só fic o de la in te rp re tac ió n sólo com o u n a p r e p a
p u ed e apreciar. C o n esto qu ed a ya in d ica d o p o r q u é la o b ra de
ra c ió n , y m uy ú til, p a ra la in te rp re ta c ió n de la S a g ra d a
C h la d en iu s es de p a rticu lar in terés p a ra n o so tro s: ella es lo bas
E scritu ra; p e ro n o con tien e to d o lo que en este caso es n e ce
tante g en era l p a ra abarcar to d o s lo s p ro b lem a s qu e u n a h e r m e
sario saber y o b se rv a r» (b 4 -5 )-
n éu tica literaria actual, p o r distinta qu e sea su m an era de tratar
los, d ebe co n sid era r co m o co n stitu tiv o s—p e ro al m ism o tiem p o
es lo su ficien te em p írica , es d ecir, especializada p ara qu e e n ella L a p alabra « r a c io n a l» n o so la m en te in d ic a q u e lo q u e a q u í se
lo s p r o b le m a s p a rtic u la re s n o q u e d e n sie m p re ya, c o m o h o y q u ie r e e n s e ñ a r n o es u n a h e r m e n é u t ic a e s p e c ia l ( ju r íd ic a o
suele d ecirse, fu era de c o n sid e ra ció n e n b e n e fic io d el acto de la h is tó r ic a , p o r e je m p lo ) , s in o u n a h e r m e n é u tic a g e n e r a l —o ,
co m p re n sió n —, co m o ta m b ié n d ice C h la d e n iu s : u n a h e rm e n é u tica filo só fica —;
P e ro ¿ c ó m o hay q u e e n te n d e r lo q u e el títu lo a n u n c ia : la al m ism o tie m p o señala ta m b ié n lo s lím ite s d e esta d is c ip lin a .
in te rp re ta ció n de discursos y escritos racio n a les? E n el Prólogo se L a Sagrada E scritu ra n o se cu en ta, co m o p r o d u c to qu e es d e la
p u e d e leer: re v e la c ió n , e n tr e lo s lib r o s r a c io n a le s . C h la d e n iu s m a n tie n e
así la d is tin c ió n tr a d ic io n a l e n tre hermenéutica sacra y hermenéutica
« . . . las d o c trin a s expuestas [en el lib ro ] p re se n ta n u n arte profana. P ero la d ife re n cia n o es absoluta. D esd e los tie m p o s d el
g en eral de la in te rp re tac ió n , es d ecir, u n a cien cia apta p ara H u m a n ism o y d e la R e fo r m a , lo s p r in c ip io s de la h e r m e n é u -
64 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 65
tic a y —p r e v ia m e n te a e lla — d e u n a c o n c e p c ió n p r e c is a d e la
« E s ta vez sólo p ro p o rc io n o los p rin cip io s de todo el arte de la
e s tr u c tu r a te x tu a l, d e lo q u e u n p a sa je es y d e lo q u e lo h a ce
in te rp re tac ió n , y m e d eten go en lo s lib ro s h istó rico s y d o g
o sc u r o . L a te n s ió n e n tre r e la c ió n al c o n te n id o y la p r e te n d id a
m áticos. Pero hay o tros tip o s de lib ro s y de pasajes d ign o s de
va lid ez u n iversal, q u e antes h ab íam o s co n sid e ra d o in h e r e n te al
in terpretación. L os m ás nobles entre ellos son los que con tie
sistem a d e C h la d e n iu s , d eb em o s lo ca liza rla m ás p re cisa m e n te n en leyes, que ju n to c o n las ó rd e n e s, p ro m esas, co n trato s y
e n e l p u n to d o n d e el c o n c e p to q u e se t ie n e d e l p a sa je, d e su otras disp osicion es se aju stan al concepto general de o p in io
p o sib le o scu rid a d y d e la in te r p r e ta c ió n q u e n ecesa riam en te ha nes de la voluntad. [ ...] H ay tam bién otra clase de lib ro s que
d e d á rse le , c o in c id e c o n el c o n c e p to d e u n a h e r m e n é u t ic a d ebe ser e x am in ad a de m a n e ra m ás p re c isa en el arte de la
e s p e c ia l —d o g m á tic a , h is tó r ic a , j u r í d i c a —. H a y q u e s u p o n e r in terp retació n , y que es la de lo s llam ad o s in sp irad o s, de los
q u e lo s m ás n o b le s s o n lo s p o é tic o s . P u es c o m o e n e llo s
q u e e l p r o p ó s it o d e C h la d e n iu s de e x p o n e r lo q u e s e ría u n
d o m in a u n a fo rm a esp ecial de p e n sa m ie n to , de m o d o q u e
« a r te g e n e r a l d e la in te r p r e ta c ió n , es d e c ir, u n a c ie n c ia apta
p a re c e n e n c e r r a r u n a d o c tr in a e sp e c ia l de la ra z ó n , su
p a ra to d o tip o d e lib r o s » (b 4 ), só lo se p u e d e c o n c ilia r c o n su
in te rp re ta c ió n es de u n o rd e n c o m p le tam e n te d istin to del
r e c ié n cita d a e x ig e n c ia d e p a r t ir e n la in t e r p r e t a c ió n d e la que es p r o p io de la in te rp re ta c ió n de los lib ro s p u ram e n te
n atu raleza de las cosas de qu e trata el lib r o q u e se q u iere in t e r d o g m á tic o s o m e ra m e n te h is tó r ic o s . A ú n te n g o e n tre
p re ta r p o r q u e su h e r m e n é u tic a se basa e n u n a c o n c e p c ió n d el m an o s u n estu d io de este im p o rta n te capítu lo del arte de la
texto para la cu a l lo q u e varía se gú n el tem a n o es la n a tu ra leza in te rp re tac ió n [ . . . ] » (b q ).
d e l pasaje m ism o , sin o só lo su in te r p r e ta c ió n ; e n o tra s p a la
b ra s: la in te r p r e ta c ió n tie n e q u e ad ecu a rse n o ta n to al p asaje
co m o al tem a d e q u e trata el pasaje —y e llo p o r q u e , e n la c o n Esta c o n tin u a c ió n p a re ce qu e n u n c a a p a reció , y la Ciencia gene
c e p c ió n d e C h la d e n iu s , la e s tr u c tu r a d e l p a sa je p e r m a n e c e ral de la historia qu e C h la d e n iu s p u b lic ó d iez a ñ o s d esp u és d e la
id é n t ic a a p e s a r d e la d iv e r s id a d d e tem a s y la d iv e r s id a d de Introducción... m u estra q u e la p r io r id a d de lo s escrito s h istó ric o s
in te r p r e ta c io n e s a q u e la p r im e r a da lu g a r. fr e n te a lo s p o é tic o s , q u e e n c o n tr a m o s e n la Introducción. . . ,
E l p r o b le m a es, c o m o se ve rá , d e ca p ita l im p o r ta n c ia . Y c o r r e s p o n d ía a u n in te r é s e s p e c ífic o d e l a u to r . E sto es ta n to
e n cie rra la ex p licació n de qu e C h la d e n iu s p u ed a caracterizar su m ás d e la m e n ta r p o r c u a n to q u e la « d o c t r in a e s p e c ia l d e la
o b ra c o m o u n a rte g e n e r a l d e la in t e r p r e ta c ió n a u n q u e só lo r a z ó n » qu e, co m o se d ice e n la se cció n re cié n citada, los lib ro s
trate de dos clases d e discursos y escritos: i) « lo s relatos y lib ro s p o é tic o s p a re c e n e n c e r r a r , esto es, la id e a de u n a ló g ic a p o é
L a o b ra de C h la d e n iu s c o n tie n e ya tales tentativas, y ésta es u n a ces otra cosa que ap o rtar aq u ellos conceptos que son n ecesa
d e las r a z o n e s p o r las q u e m e r e c e la m a y o r a te n c ió n e n éste rios para la com pren sió n perfecta de u n p a sa je » (b l y s.).
c o n te x to . E l q u e e n e lla la p o e s ía n o q u e d e to ta lm e n te r e le
gada, a p esar de su lim ita c ió n a los escrito s h istó rico s y d o g m á C h la d e n iu s sabía p e rfe c ta m e n te q u e esta d e fin ic ió n d el acto de
tic o s , t ie n e su r a z ó n e n el fe n ó m e n o d e l c o n t e n id o « i n s p i in te rp re ta r se ap artaba d e la tra d ic io n a l. H a b itu a lm e n te , p r o
r a d o » , q u e p ara C h la d e n iu s p a rece d is tin g u ir a la p o esía , p e r o sigue, se d ice q u e in te r p r e ta r « e q u iv a le a m o stra r el v e rd a d ero
q u e ta m b ié n d e se m p e ñ a u n p a p e l e n lo s lib r o s h is t ó r ic o s y se n tid o de u n p a sa je» (b g ). E ste co n c e p to n o es fa lso , p e r o el
d o g m á tic o s . E n la d e d u c c ió n d e la n e c e s a r ia d iv e r s id a d de o tr o , esto es, e l q u e e s ta b le ce la d e f i n i c i ó n q u e él h a d a d o ,
in te rp re ta cio n e s C h la d e n iu s d istin g u e, co m o ya se h a m e n c io p re sta « u n fu n d a m e n to m ás s ó lid o a u n a rte filo s ó f ic o d e la
n a d o , en tre el pasaje seco d o g m á tico , el seco h is tó ric o , el in s in te r p r e ta c ió n , y g ra cia s a él re su lta m u c h o m ás c la ro lo q u e
p ir a d o d o g m ático y el in s p ira d o h is tó r ic o , en tre o tro s m ás. E l u n in té r p r e te d e b e h a c e r c o n to d a clase d e p asajes o s c u r o s »
q u e p a ra n o s o tro s la id e a d el « p u n t o de v is ta » , es d e c ir, d e la ( b 2 ). S e ría o c io s o p r e g u n ta r s e a q u í si C h la d e n iu s tie n e o n o
p o s ic ió n h istó ric a , n o o c u p e , a d ife r e n c ia d e W ach , el c e n tro r a z ó n en este j u i c i o . M ás b ie n h a b ría q u e a verig u a r cu ál es su
d el in terés, p u e d e a h o ra fo rm u la rs e d e m a n e ra p ositiva: co m o id e a de la c o m p re n s ió n , es d e c ir, d e l « s e n tid o » d e u n pasaje,
lo s elem en to s de u n a h e rm e n é u tic a lite ra ria , q u e, se gú n C h la y q u é c o n c e p to de su p o s ib le o s c u r id a d le lleva a u n a d e f i n i
d e n iu s , s u p o n e n u n a ló g ic a p o é t ic a , está n c o n t e n id o s e n su c ió n de la in t e r p r e ta c ió n se g ú n la cu a l in te r p r e ta r es a p o r ta r
tr a ta m ie n to de lo s p asajes in s p ir a d o s d e lib r o s h is t ó r ic o s y lo s co n c e p to s n e c e sa rio s p a ra la c o m p r e n s ió n p e r fe c ta d e u n
d o g m á tico s, este tra ta m ie n to —d ic h o d e o tra m an era: la te o ría pasaje, de lo s cu ales el le c to r p u e d e ca recer. P o r lo dem ás, n o
de la m etáfo ra , tal co m o C h la d e n iu s la e x p o n e — h a b rá d e o c u es casual qu e, en el len g u a je d e C h la d e n iu s , tan to lo qu e n o s o
p a r u n im p o r ta n te p u esto e n n u estra e x p o sició n . tro s lla m a m o s el se n tid o d e u n a p a la b ra o de u n p asaje co m o
P e ro p r im e r o h e m o s d e o c u p a r n o s d e la d e f i n i c i ó n d e l lo q u e lla m am o s c o m p r e n s ió n o in te le c c ió n r e c ib a n el m ism o
in t é r p r e te y d e la d e te r m in a c ió n , q u e d e d ic h a d e f in ic ió n se n o m b re , Verstand: co m o p o ste r io r m e n te e n el u so h eg e lia n o d el
deriva, de la tarea q u e c o rre s p o n d e al arte de la in te rp re ta c ió n . té r m in o « c o n c e p to » (Begriff), e n el té r m in o Verstand c o in c id e n
Y a e n el Prólogo e n co n tra m o s las sig u ien tes frases, q u e sirve n de a q u í lo su bjetivo y lo o b je tiv o . P e ro , a d ife re n c ia d e H e g e l, hay
p u n t o d e p a r tid a al c a p ítu lo , d e l q u e a ca b a m o s d e c ita r u n e n este u so u n a c o m o in g e n u a in m e d ia te z q u e es la r a z ó n d e
p á rr a fo , d o n d e se p o stu la la r e la c ió n al c o n te n id o : q u e , a p e s a r d e las r e fle x io n e s p a r tic u la r e s d e C h la d e n iu s ,
a s o m b ro s a m e n te a trev id a s p a ra e l sig lo X V I I I y d e in n e g a b le
a c tu a lid a d e n e l X X , su h e r m e n é u t ic a n o sea, to m a d a e n su
« T o m e m o s u n co m e n tario : d e je m o s a u n lad o to d o lo que
c o n ju n to , a d ecu ad a a lo s c o n o c im ie n to s actuales. E sto resu lta
p ro c e d a de la crítica y la filo lo g ía y n o ex p liq u em o s sin o lo s
pasajes que h em os supuesto que p o d rían llegar a en ten der los e v id e n te c u a n d o C h la d e n iu s e n u m e r a lo s d is tin to s tip o s de
lectores que aú n n o están su ficien te m e n te cap acitado s p ara o s c u r id a d q u e p u e d e h a b e r e n u n p a sa je p a ra q u e p o d a m o s
enten derlos, p ro p o rcio n án d o les aquellos conceptos y co n o ci saber c o n q u é clase de o sc u rid a d tie n e qu e h abérselas la in t e r
m ientos de los que p o d rían carecer. In terp retar n o es en to n - p re ta c ió n . L a o scu rid a d
7o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 71
p u esta n o es la d el h is to r ia d o r d e la le n g u a , p u es e n 17 6 0 BoJ¡-
saber q u e e n aqu ella ép o ca Bofiheit [m alicia, m aldad] p o d ía sig
heit p o d ía ta m b ién sig n ifica r lo qu e h o y sign ifica; es m ás b ie n la
n ific a r ta m b ié n « e n o jo » o « c ó le r a » . Esta es u n a in fo r m a c ió n
resp u esta d e l in té r p r e te . P e ro esto s ig n ific a q u e la o s c u r id a d
que o b tie n e el lin gü ista co n su lta n d o , p o r ejem p lo , d iccio n a rio s
d e l p asaje n o es obvia, y q u e só lo p u e d e ser ev id en cia d a y e li
de la ép o ca, y que b o y p u e d e o b te n e rse m ás c ó m o d a m e n te d el
m in a d a e n la in t e r p r e t a c ió n . L a u t iliz a c ió n d e l d ic c io n a r io
d ic c io n a r io d e G r im m . E ste caso p a re c e c o r r e s p o n d e r al
h istó ric o su p o n e q u e el pasaje, qu e en sí n o es in c o m p r e n s ib le
segundo tip o de o scu rid ad que m e n c io n a C h ia d en iu s: la debida
(R ica rd o III p u d o p e rfe c ta m e n te d e cir que su co ra z ó n estallaba
« a u n c o n o c im ie n to in s u fic ie n te d e la le n g u a e n q u e el lib r o
de có le ra ), lo e n cu e n tra el le c to r, qu izá p o r razon es h is tó r ic o -
está escrito; y esta o scu rid ad d ebe e lim in a rla el gram ático y f iló
estilísticas, in co m p re n s ib le ; y de la m ism a m an era, la in fo r m a
lo g o » (an tes de b ) . E sta o s c u r id a d n o es, se g ú n G b la d e n iu s ,
c ió n d e l d ic c io n a r io , q u e en se ñ a q u e la p a la b ra e n su é p o c a
« a s u n to d e l in té r p r e te , y, p o r ta n to , ta m p o c o d e l a rte d e la
ta m b ié n sign ificab a « e n o j o » o « c ó le r a » , sólo p u e d e ser a p re
in t e r p r e t a c ió n » . P e ro b a y q u e p r e g u n ta r s e i) si e n este caso
ciada en su ju s to va lo r p o r la in te rp re ta c ió n qu e tie n e q u e d e c i
p u e d e h ablarse de o scu rid a d y 2) si la in fo r m a c ió n d e l d ic c io
d ir si e n este pasaje la p alabra tie n e u n o de los sig n ifica d o s o el
n a rio h istó rico aclara ella sola el sen tid o del pasaje. E n este caso
o tro o am bos. E n r ig o r , sólo e l segu n d o caso, la a p lica ció n d el
n a d ie h a b la r ía d e o s c u r id a d , p u e s s in d u d a n a d ie q u e le a el
saber h istó rico e n la in te rp re ta ció n , tie n e im p o rtan cia p ara u n a
verso lo en co n tra rá in co m p re n s ib le . Q u ie n n o sepa qu e Bofiheit
te o ría de la h e rm e n é u tic a . E l p r im e r o está d em asiad o lig a d o a
ten ía e n el siglo X V I I I varios sig n ifica d o s su p o n d rá sin r e fle x io
la a ccid e n ta lid a d , es d e c ir, a la circu n sta n c ia d e qu e e n la le c
n a r a la p a la b ra e l s ig n ific a d o q u e h o y tie n e . S ó lo d esp u és de
tu ra u n o se s o r p r e n d a al in s ta n te o só lo tras u n a le c tu r a m ás
h a b er exam in ad o m ás aten tam en te el pasaje se p reg u n tará quizá
atenta, o al h e c h o de q u e co n o zc a la a n tigu a a m b ig ü ed a d de la
si tie n e se n tid o q u e a lg u ie n h a b le de su p r o p ia m a ld a d y, p o r
p alabra o sólo se en tere de ella p o r el d ic c io n a r io . S i h ago esta
ta n to , la c o n fie s e . P e ro esto es ya u n a c u e s tió n de in t e r p r e ta
o b serv a ció n , es só lo p o r q u e C h ia d e n iu s h a b la de la o scu rid a d
c ió n , y q u e se acep te o n o se m e ja n te c o n fe s ió n d e p e n d e d el
d e b id a a u n c o n o c im ie n t o in s u fic ie n t e de la le n g u a , y q u e el
carácter d el p erso n a je, d el estilo de la p ieza, d el lu g a r d el verso
filo ló lo g o se en carga d e e lim in a r, así co m o de lo s m a le n te n d i
en la pieza (m o n ó lo g o o d iálogo , y si d iá lo g o , a q u ié n se habla).
d o s, m ás q u e o sc u rid a d e s, a q u e u n tex to p u e d e d a r lu g a r, y
L o s verso s d e l m o n ó lo g o d e l fu t u r o R ic a r d o I I I : « . . . sin ce I
cuya adverten cia y c la rific a c ió n es ya tarea de la h e rm e n é u tica .
ca n n o t p ro v e a lover, / T o en tertain these fa ir w e ll-sp o k e n days,
S i C h ia d e n iu s in tr o d u c e cu a tro tip o s de o sc u rid a d , d e lo s
/ I am d e te rm in é d to prove a villain , / A n d hate the id le p lea su -
q u e lo s dos p r im e r o s só lo in c u m b e n al c rítico textu al o al g ra
res o f these d a y s» 29; e n lo s qu e el p erso n a je co n fiesa su m aldad,
m á tic o , p a ra n u e s tra fo r m a a ctu a l d e v e r las cosas ta m b ié n la
su á n im o p erverso , ¿ s o n im agin ables e n la p asto ral de G o e th e ,
h e r m e n é u tic a está a q u í im p lic a d a , p u e s la i n f o r m a c i ó n d e l
e n la a tm ó sfe ra r o c o c ó ? D e sd e lu e g o q u e n o . P e ro esta r e s -
g ra m á tic o só lo tie n e v a lo r p a ra el p a sa je e n e l m a r c o d e su
in te r p r e ta c ió n , m ien tra s qu e la la b o r d e l cr ític o , p o r e je m p lo
29 W . Shakespeare, RichardIII, ed. d e J .D . W ilso n , C a m b rid g e , I 9 7 1 »P- 6 (verso 2 8 y s s .) .
[ « ... ya que n o p u ed o m ostrarm e co m o am an te, / p ara e n tre te n e r estos bello s días de la d e cisió n p o r u n a le c tu ra fr e n te a o tra , o p o r u n a c o n je tu ra ,
galan tería / he d e term in a d o m ostrarm e co m o v illan o / y o d ia r los frívo lo s placeres de siem p re su p o n e ya u n a c o m p re n s ió n d el pasaje.
estos tie m p o s» ; trad. d e L . A stran a M a rín ].
74 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 2 75
E l te r c e r tip o d e o s c u r id a d , q u e C h la d e n iu s ig u a lm e n te m ism a que la in terp reta ció n sea red u cid a a reglas qu e n o h u b ie ra
sustrae a la co m p eten cia de la h e rm e n é u tica , se debe a q u e « las m ás qu e a p lica r. P o d ría p a re c e r q u e C h la d e n iu s se c ie r ra c o n
palabras so n usadas de fo rm a a m b ig u a » , y esta o scu rid a d « n o su a c titu d n o r m a tiv a a la p o s ib ilid a d de h a c e r ju s t ic ia a u n
p u e d e elim in a rse de u n a m an era fu n d a d a » (antes de b ) . E n el m o m e n to in h e r e n te al le n g u a je p o é t ic o . P e ro ya e n e l p asaje
§ 179 , C h la d e n iu s habla más d eta lla d am en te de esta o scu rid a d , cita d o hay u n sig n o d e q u e C h la d e n iu s en a b so lu to p r e te n d e
y lo h a ce e n el co n tex to de u n esb o zo d e l « e sta d o actu al de la d eten erse aqu í, sin o q u e al carácter n o rm a tiv o -ra cio n a lista qu e
h e r m e n é u tic a » (pp. 9 6 - 1 0 3 ) . C u yas in su ficien cia s red u ce a las su o b ra c o m p a r te c o n la m a y o ría d e lo s tra b a jo s d e su é p o ca
falsas exigencias qu e se le h a n im p u e sto . D esp u és de d e n u n c ia r añade o tro c o n tra rio q u e le h ace ex tem p o rá n eo y qu e p o s ib le
la fu s ió n d e c r ític a y h e r m e n é u tic a , cu ya le g itim id a d h e m o s m en te sea la ra z ó n d e q u e m e re cie ra tan escasa a te n c ió n . Es la
in te n ta d o d e m o s tra r a q u í, o al m e n o s r e d u c ir la a la in t e r d e a lu sió n a la « d o c tr in a ra c io n a l de lo p r o b a b le » , cuyo d e sa rro
p e n d e n c ia de am bas, escribe C h la d e n iu s : « L u e g o se h a p e d id o llo es a ú n m u y in c ie r t o . A h o r a b ie n , el p r o p io C h la d e n iu s
a la in te rp re ta ció n cosas que, e n sí o d eb id o a las pocas reglas de p u b lic ó e n 1 7 4 8 u n tra b a jo titu la d o Vernünftige Gedanken vom
la in te rp re ta ció n que se ten ía n , era n im p osib les. L a in te rp re ta Wahrscheinlichen (« P e n sa m ie n to s racio n a les so b re lo p r o b a b le » ) .
c ió n se r e q u ie re so la m en te cu a n d o hay le c to re s u o yen tes qu e C a b e s u p o n e r q u e, a p e s a r d e la u n iv o c id a d p o s tu la d a , n o le
n o e n tie n d e n u n o o va rio s pasajes; e n c a m b io , es im p o s ib le d e jó in d ife r e n t e la m u ltiv o c id a d fá ctica : p r u e b a d e e llo es la
e n co n tra r u n a in te rp re ta ció n cu a n d o las palabras n o c o n tie n e n im p o r ta n c ia q u e p a ra él tie n e el fe n ó m e n o d el tex to « i n s p i
e n sí m ism as n ada que p u ed a p e r m itir d ete rm in a r su sen tid o de r a d o » e n el m arco d e la in te r p r e ta c ió n de escrito s h istó ric o s y
m a n era cierta o p r o b a b le . P ero se h a p e d id o al in té r p r e te qu e d ogm áticos —es de su p o n e r qu e aqu í el racio n alism o se e n c u e n
d é a este tip o de pasajes, e n sí o scu ro s y a m b ig u o s, u n se n tid o tra ante a u n aspecto fa sc in a d o r que se le escapa—.
c ie r t o , lo cu a l es im p o s ib le . [ ...] N o se p u e d e n e g a r q u e a llí
d o n d e u n a in te r p r e ta c ió n cierta n o es p o sib le , p o d r ía e n c o n
trarse o tra qu e fuese p ro b a b le ; p e r o ésta es tan d ifíc il de r e d u
c ir a reglas c o m o la d o c tr in a r a c io n a l de lo p r o b a b le , cu yo
d e s a r r o llo es a ú n m u y in c ie r t o , c u a n d o se h a m o s tra d o d e la
m a n e ra m ás só lid a có m o se p u e d e c o n o c e r la ve rd a d c o n c e r
teza » (p p . 98 y s.). Este texto es d e la m ayo r im p o rta n cia , pues
las palabras « u sad as de fo r m a a m b ig u a » so n u n a c o m p o n e n te
si n o de la p o esía, sí de u n a d e sus p o sib ilid a d e s, cual es el h e r
m e tis m o , d e l q u e c o m p r e n s ib le m e n te la h e r m e n é u tic a m ás
recien te se o cu p a p rin c ip a lm e n te . Esta d eja atrás la c o n c e p c ió n
d e C h la d e n iu s e n d os re sp e cto s: n o ex ige de las « p a la b r a s »
q u e c o n te n g a n e n sí m ism as algo « q u e p u e d a p e r m itir d e te r
m in a r su se n tid o d e m a n e ra c ie rta o p r o b a b le » n i exige d e sí
L a palabra « ra c io n a l» m uestra los lím ites de u n a hermenéutica pro
fana que sólo p u ed e servir de p ro p ed éu tica a u n a hermenéutica sacra-,
la palabra « c o r r e c to » , e n cam bio, se refiere al tip o de ap licació n
e n vista d el cual C h la d e n iu s co n cib e su h erm en éu tica. T a n to en
su d e fin ició n de la co m p re n sió n , qu e es el fin de la práctica de la
in terp retació n , co m o e n la d ete rm in a ció n de la oscu ridad, que es
com p eten cia exclusiva d el h erm en eu ta, hay un a d em arcación que
u n a h e rm e n é u tic a actual d eb e cu e stio n a r. C u e s tio n a b le es, e n
p rim e r lugar, qu e la in terp reta ció n sólo p u ed a llevarse a cabo allí
d o n d e el sig n ifica d o se h a o scu recid o , y, e n segu n d o lu g a r, q u e
i
sólo la o scu rid ad , cuyo o rig e n está e n el le cto r que carece de los
conceptos co n ten id o s en el pasaje, p u ed a ser objeto de in te rp re
tación , m ientras que otras clases de oscu ridad p u e d e n ser e lim i
nadas p o r el crítico o p o r el g ra m ático , o b ie n n o p u e d e n serlo
« d e u n a m anera fu n d a d a » . Q u e d a p o r ver hasta qué p u n to son
éstas cuestiones que ya a fin es d el siglo X V III en cu en tran u n a res
p uesta fu n d a m e n ta lm e n te d istin ta —p ie n so , p o r e je m p lo , e n la
lim ita c ió n de la h erm en éu tica a la in terp reta ció n « c o r r e c ta » — y
hasta qu é p u n to su e lu cid a ció n es u n a de las tareas de la h e r m e
n éu tica literaria actual.
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 79
78 PETER SZONDI
las id eas fu n d a m e n ta le s qu e la e s tru c tu ra d e l s ig n ific a d o , así relevan cia g n o se o ló g ica , p u es e n el segu n d o se trata d e u n fr a
FILOSOFIA
LETRAS
8o PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 8l
82 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 83
c o n o c im ie n to vivo. M u ch o s h o m b re s tie n e n u n c o n o c i ép oca, la cual n o h ip o statiza el pasaje n i lo co n sid era sólo desde
m ie n to de la re lig ió n c ristian a, y éste les lleva a b u rla rse de la in t e n c ió n d el a u to r, sin o q u e h a ce q u e to d o s lo s c o n c e p to s
ella: los turcos tien en tam bién u n co n o cim ien to de la m ism a, « q u e p u e d e n ser su scita d o s p o r u n p a s a je » (§ 67 4 > P- 5 * 8 )
y éste les m ueve a p erseguirla. N ad ie atrib u irá a u n o s y a otros in te r v e n g a n e n la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » d e l m is m o . S in
u n con ocim ien to vivo, a p esar de la in flu en cia que su co n o ci
em b a rg o , la cu estió n de la c o in c id e n c ia de a u to r y le cto r, d e la
m ien to ejerce sobre su voluntad. Pero q u ien h o n ra, d efien de
id e n tid a d d e l se n tid o y lo c o m p r e n d id o c o m o c r ite r io , n o
y p ro p aga la religión cristiana en razón de su verdad, tiene u n
p ie rd e validez, y la c o n e x ió n d e lo s d os p r in c ip io s h e r m e n é u ti-
con o cim ien to vivo de la m ism a » (§ 4 7 4 > PP- 3 4 1 Y s.).
cos —el p r in c ip io qu e r e c u rr e a la in te n c ió n y el q u e re cu rre al
efecto — constitu ye el p r o b le m a de la te o ría de la in te r p r e ta c ió n
C h la d e n iu s d is tin g u e lu e g o lo s s ig u ie n te s g ra d o s d e c o n o c i
de C h lad en iu s, co m o lo d em u estra de la fo rm a más clara el te r
m ie n to v iv o : c e r m o m e n to q u e él in t r o d u c e e n la c o m p r e n s ió n p e r fe c ta
ju n t o a la co m p re n sió n in m ed ia ta y la c o m p re n sió n m ediata: la
« i ) el conocim iento de u n a verdad puede prod u cir en la volun
« d iv a g a c ió n » . E n el § 6 9 0 se lee:
tad sólo un a in clinación o un a aversión que, n o siendo lo bas
tante intensas o durad eras, n o o rigin an n in g u n a acción exte
« L a c o m p re n sió n m ediata es aqu ello que el alm a, u n a vez se
rio r; 2) este m ovim iento de n u estro án im o p u ed e ser
ha re p re se n ta d o las cosas c o n te n id as en la c o m p re n sió n
producido p o r el conocim iento de la verdad y ser además origen
in m e d ia ta, sigu e p e n sa n d o y sin tie n d o a p a rtir de ellas, lo
de acciones exteriores, a las que hay que sum ar pasiones in ten
cual acontece p o r la aplicación de facultades de tod o tipo p re
sas, com o la aflicción o la ira; 3) el con o cim ien to de la verdad
sentes en nuestra alm a. [ ...] C o m o aquello que llam am os u n a
p uede tran sform ar nuestra voluntad de m an era que en ciertos
divagación es p rovocado tam bién p o r u n a cierta capacidad de
casos id én ticos se co m p o rta siem pre de u n a m an era idéntica:
n u estra alm a co n ocasió n de la lectu ra de u n p asaje, las a p li
com o aquellos que, después de haber visto u n incendio, se vuel
cacion es n o so n fáciles de d istin g u ir de las divagaciones; sin
ven prudentes en general con la ilum in ación y el fu e g o ; 4) una
em bargo, la d iferen cia se evidenciará de la m an era siguiente.
verdad p u ede p ro d u c ir u n cam bio en to d a n u estra voluntad,
M ien tras, en el cu rso de n u e stro s p e n sa m ie n to s, se g u im o s
hasta el p unto de que sus consecuencias se m anifiestan en todas
ten ien d o en la m ente el p asaje p o r el cual so n suscitados, nos
nuestras acciones libres. Podem os encon trar m uchos ejem plos
en con tram os en el p lan o de la ap licació n del p asaje. Pero en
que m uestran que una actitud dura o un a desgracia han hecho a
el m o m en to en que ya n o p e n sam o s en el p asaje, estos c o n
la gente m ás educada, p iadosa y p ru d en te hasta en las acciones
ceptos, au n q u e p ro d u c id o s p o r el p asaje, constituyen lo que
m ás insignificantes. El grado m áxim o de con ocim ien to vivo se
lllam am os u n a divagación» (p p . 5 3 5 Y s .) •
encuentra en las verdades reveladas cuando llegan a p ro d u cir la
conversión de un h o m b re » (§ 4861 PP- 3 5 3 y s -)-
Y C h la d e n iu s añ ad e co m o e je m p lo qu e
E l q u e C h la d e n iu s asocie el « c o n o c im ie n t o v iv o » a la « c o m
« n o hay n ad a m ás h ab itu al q u e explicar m ed ian te u n pasaje
p r e n s ió n p e r fe c ta » de u n pasaje o de u n escrito , só lo se p u ed e
el pasaje de otro lib ro , y esto constituye u n a ap licació n . S ó lo
e n te n d e r e n e l m a rco d e la p s ic o lo g ía d e l e fe c to p r o p ia d e su
92 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 93
cuando, en el pasaje que hay que explicar, pienso en el autor a n á lisis d e l sig n ific a d o e n sus c o m p o n e n te s a islad os (c o m o la
del mismo y en su vida, o en la época en que escribió el libro, c o m p re n s ió n in m ed ia ta , la a p lic a c ió n y las d ivagacion es), cuya
lo cual puede suceder según las reglas de la m em oria y de la r e la c ió n c o n la in t e n c ió n d e l a u to r sería d istin ta e n cada caso,
im agin ación , estamos ante una d ivagación [ . .. ] » (§ 6 9 0 ,
es so sten ible; de si tal análisis n o co n tra d ice la u n id a d d el p r o
pp. 536 y s.).
ceso de la c o m p re n sió n . A q u í, co m o e n otras partes, se da u n a
o p o s ic ió n en tre el p r o c e d e r e m p íric o , fu n d a d o e n la ob serva
L a a n t in o m ia d e G b la d e n iu s , p r o p ia d e u n a h e r m e n é u t ic a
c ió n , y el p ro c e d e r n o rm a tivo , basado en p o stu lad os —u n a o p o
b a sa d a e n la p s ic o lo g ía d e l e fe c to , se m u e s tra p le n a m e n te
s ic ió n in h e r e n te al r a c io n a lis m o —. C h la d e n iu s sabe p e r fe c ta
c u a n d o , e n el p a rá g ra fo sig u ie n te , C h la d e n iu s rech a za ju s t a
m e n te q u e « c o n tr a la certeza d e la c o m p r e n s ió n in m e d ia ta se
m e n te a q u e llo q u e h a in tr o d u c id o co m o la te rce ra p a rte de la
p o d r ía o b je ta r [ ...] q u e m u ch as p alabras, o casi tod as, tie n e n ,
c o m p r e n s ió n p e r fe c ta de u n a p asaje o d e u n lib r o , y q u e era
adem ás de su s ig n ifica d o c o r r ie n te , u n sig n ifica d o a ccid e n ta l,
in h e r e n te a d ich a c o m p re n s ió n . E n este p a rá g ra fo leem o s:
u n sig n ific a d o fig u r a d o y u n s ig n ific a d o m ás r e s tr ic to o m ás
a m p lio ; esta d iversid ad d e los sig n ifica d o s p arece e n tra ñ a r u n a
« G o m o [...] la im aginación y la m em oria trabajan en cada
co n secu en cia natu ral, y es qu e, m ien tra s em p lea sus palabras, el
hom bre de una manera particular, presentándole en esta o la
a u to r p u e d a estar p e ñ s a n d o e n o tra cosa q u e la q u e u n le c t o r
otra ocasión cosas que en ese m om en to no p u ed en caer en
las m ientes de otras personas, aunque tengan los saberes acaso p ercib a e n esas palabras**. (§ 742 , p p . 5 8 7 y s .). C h la d e
necesarios, de esto se sigue: i) que cada lector está inclinado n iu s n o só lo ve la p o s ib ilid a d d e esta o b je c ió n : u n o d e lo s
a hacer determ inadas divagaciones cuando tiene ocasión de m é rito s de su o b ra es la c o n s id e r a c ió n de esta p o lis e m ia d e las
hacerlas; 2) que el autor de u n escrito, p o r no ser o m n is palabras, esp ecialm en te de la qu e resu lta d el u so m e ta fó rico de
ciente, no puede prever las divagaciones, sobre todo si tienen las m ism as. P ero , ju n t o a esta p e rc e p c ió n , que le h ace d e cir qu e
p o r objeto cosas que no suceden en su época, o que aún no
« ta m b ié n hay discursos verd ad eram en te a m b ig u o s» , e n co n tra
han su cedid o, o que aú n no han sido inventadas; 3) que,
m os o tra de carácter n o rm a tivo : la d e q u e « s i b ie n e n tod as las
en consecuen cia, el autor de u n lib ro no puede co in cid ir
lenguas se e n cu e n tre n lo s tip o s de sign ifica d o m en c io n a d o s, n o
con sus lectores en lo que se refiere a las divagaciones, p o r lo
que 4) éstas no en tran en la co m p ren sió n del lib ro o del es m en o s c ie rto q u e h ay frases y o b ras en teras q u e están c o m
pasaje, dado que al autor nada ha declarado con relación a puestas de tal m an era qu e el le c to r ten ga que p en sa r ju sta m en te
ellas» (§ 691, pp. 537 y s.). lo qu e el a u to r h a p en sa d o al escrib irla s» (§ 742 , p . 5 8 8 ). Y su
p e rc e p c ió n de la re la c ió n existen te en tre la in te n c ió n esp ecífica
C in c u e n ta páginas m ás adelan te se lee nu evam en te fre n te a esto de u n lib r o y su g é n e r o se h a lla ig u a lm e n te d is m in u id a p o r el
q u e la « c o m p r e n s ió n d e u n lib r o la c o n s titu y e n la c o m p r e n carácter n o rm a tiv o q u e tie n d e a d ar a esa r e la ció n . P ues la c ir -
s ió n in m e d ia ta , las a p lic a c io n e s y las d iv a g a c io n e s » (§ 7 3 6 , cu larid a d qu e su p o n e el q u e la in te rp re ta c ió n deba o rie n ta rse a
p . 5 6 2 ) . Esta c o n tr a d ic c ió n qu e C h la d e n iu s d eja irresu elta e n la in te n c ió n d el a u to r, p e r o la in te n c ió n d ep en d a d e la n a tu ra
su lib r o señala la p ro b lem á tica in h e re n te a su te o ría d e l s ig n ifi leza de la o b ra , q u e só lo e n la in te rp re ta c ió n se da a co n o c e r, es
ca d o d e u n pasaje o d e u n lib r o , esto es, la c u e s tió n d e si u n ro ta p o r el p o stu la d o d e q u e « se p u e d e [ ...] su p o n e r y esp erar
94 PETER SZONDI
C h la d e n iu s sa tisfa ce e l p o s tu la d o d e la p s ic o lo g ía d e l e fe c to
c u a n d o , e n la d e f i n i c i ó n d e la « c o m p r e n s ió n p e r f e c t a » ,
a fir m a q u e se c o m p r e n d e «un discurso o un escrito perfectamente
cu a n d o le y é n d o lo se tie n e n e n la m e n te to d o s a q u ello s p e n sa
m ie n to s q u e las p a la b ra s p u e d e n su scita r e n n o s o t r o s c o n
fo r m e a la ra z ó n y a las reglas de n u estra a lm a » (§ I g g , p . 86 ).
Q u e esta p s ic o lo g ía d e l e fe c to es h ija d e l r a c io n a lis m o lo
d em u estra la reserva in c lu id a e n la frase: « c o n fo r m e a la ra zó n
y a las reglas de n u estra a lm a » . S in em b a rg o , u n a c o n c e p c ió n
d e l sig n ifica d o de u n p asaje o u n escrito así fu n d a m e n ta d a n o
p u e d e estar c o n f o r m e s in m ás c o n el p o s tu la d o d e l r a c io n a
lis m o , se g ú n el cu a l las p a la b ra s —c o m o e s crib e C h la d e n iu s —
« p o r am biguas qu e p u e d a n p a re ce r cu a n d o se le e n lo s pasajes
su p e rfic ia lm e n te , [ ...] tie n e n u n s ig n ific a d o c ie r t o » (§ 75 °>
p. 595 ) >1° cu a l le g itim a r á m ás a d ela n te la a fir m a c ió n d e q u e
ta m b ié n las « in t e r p r e t a c io n e s » t ie n e n « s u c e r te z a » (§ 7 51*
p. 596 ) . E sta ce rte za só lo se e sta b le ce c u a n d o p o r « s i g n i f i
c a d o » n o se e n tie n d e ya la to ta lid a d de lo s p e n sa m ie n to s d e s
p ertad o s en el le c to r , q u e m u estra n u n a p lu ra lid a d tan to in d i
v id u a l c o m o h is t ó r ic a m e n t e c o n d ic io n a d a , s in o —e n c ie r to
96 PETER SZONOI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 97
« P e r o com o los d iscu rsos y los escritos d eben ser co n sid e ra
m o d o contra el ju ic io d e C h la d e n iu s b asad o e n la p s ic o lo g ía d el
d os com o e x p lic itac io n e s (Erklárungen), y e n co n se c u e n c ia
e fe c to , s e g ú n el cu a l lo s p a sa jes p u e d e n ta m b ié n s ig n ific a r
están elab o rad o s de fo rm a q u e se p u e d a c o n o cer la o p in ió n
cosas q u e al a u to r m is m o n o le « v i n i e r o n a las m ie n t e s » (§
del au tor, éste, del m ism o m o d o q u e está de acuerdo con sus
1 5 6 , p . 8 7 ) — só lo el c o n te n id o d e su in t e n c ió n . E sta c o n t r a lectores en la c o m p re n sió n in m ed iata, d ebería estar tam bién
d ic c ió n en tre lo s p o stu la d o s de la p sic o lo g ía d el efecto y lo s d el de acu erdo co n ellos en la c o m p re n sió n m ediata. Pero, p ara
r a c io n a lis m o m a rca la d iv is ió n q u e h a ce G b la d e n iu s d e la con segu irlo , todavía n o se h an p o d id o e n c o n trar otras regías
« c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » : la c o m p re n s ió n in m e d ia ta , la c o m o m e d io s que p u e d a n u tilizar tan to lo s lectores que le e n u n
p r e n s ió n m ed ia ta —es d e c ir, la a p lic a c ió n — y la d iv a g a ció n n o lib ro sin in té rp re te co m o el in té rp re te m ism o , q u e esta
t ie n e n ig u a le s d e re c h o s . A l a c o n s ta ta c ió n d e q u e to d o esto regla: c e ñ irse a la in te n c ió n d el a u to r y n o ir m ás allá de
e lla » (p. 5 4 °)■
in te g ra la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » re sp o n d e , lim itá n d o la , la
e x ig e n c ia d e q u e , d e estos tres m o m e n to s d e l s ig n ific a d o , la
in te r p r e ta c ió n só lo h a d e c o n s id e r a r, e n in te r é s de su p r o p ia P ero hay q u e p re g u n ta rse si la h e r m e n é u tic a p u e d e h o y a c e p
certeza, aquellos e n lo s q u e p u e d e su p o n e rs e u n a c o n c o r d a n c ia tar la d e fin ic ió n de lo s d iscu rso s y lo s escrito s co m o e x p licita
c o n la in t e n c ió n d e l a u to r, c o m o p u e d e se rlo el d e la « c o m cio n e s. A n te s d e r e s p o n d e r c o n v ie n e citar algu nas de las c o n
p r e n s ió n in m e d ia ta » , p e r o n o el d e las « d iv a g a c io n e s » , cuya s id e r a c io n e s d e C h la d e n iu s s o b r e la in t e n c ió n d e l a u to r ,
p e r te n e n c ia a la « c o m p r e n s ió n p e r fe c ta » es u n a s veces a f i r p o r q u e p u e d e n ev id e n cia r lo s su p u esto s de esta c o n c e p c ió n .
m ad a y o tra s n e g a d a . P e ro el p r o b le m a es casi in s o lu b le e n la
« c o m p r e n s ió n m e d ia t a » , es d e c ir , e n las a p lic a c io n e s . S in « L a intención de un autor' en u n p asaje o u n lib ro , o e n gen eral
en u n a exp osición , es limitar la representación que él tiene del asunto o
d u d a d istin gu e C h la d e n iu s en tre las q u e so n « n e c e sa ria s» y las
que él tiene en el pasaje. P o r e je m p lo , V irg ilio in tro d u c e a D id o
qu e n o lo so n , p e ro in clu so e n las « n e c e sa ria s» n o p u e d e evi
en sus lib ro s. E l la ve com o u n a p rin c e sa que tras la m u erte
tar p e n sa r q u e éstas n o sie m p re t ie n e n q u e c o n c o r d a r c o n las
de su e sp o so h a h u id o de T ir o y h a fu n d a d o la c iu d a d de
qu e el a u to r tie n e en la m en te, qu e m ás b ie n p u ed e su ced er qu e G a rtag o . E sto su c e d ió e n tie m p o s a n te rio re s, y ya en su
u n « a u to r [ ...] sea d istin to de [sus lectores] [ ...] o qu e se h alle época n o se sabía m u ch o acerca de ello. E sta re p re se n tació n
e n d esacu erd o c o n e llo s » . A q u í se m u estra, segú n él, « la d ife tiene sus lím ites, p u es él n o se rep resen ta n i los añ o s, n i au n
r e n c ia q u e h a ce q u e lo s pasajes sean u n a s veces m ás y o tra s el sig lo , en que ella v erd ad eram en te vivió, n i la ed ad que ella
m en o s fe cu n d o s para el le cto r [es d ecir, capaces de d esp ertar en tenía cu an d o e m p re n d ió su h u id a o c u an d o se con struy ó la
ciu d ad , n i ta m p o c o su re lig ió n , co m o si to d o esto n o le
él p e n s a m ie n to s ] d e lo q u e al a u to r le p a re c ía n s e r » (§ 6 9 4 ,
im p ortase. L as circu n stan cias e n que él p en sab a le eran su fi
pp. 539 y s .). P ara este p r o b le m a n o hay u n a s o lu c ió n in m a
cien tes p a ra im a g in a r u n a av en tu ra atray en te, au n q u e t r á
n e n te . C h la d e n iu s se ve o b ligad o a r e c u rr ir a p o stu lad os qu e n o
gica, con E n e as, cuyas circu n stan cias p e rso n ale s tam p o co se
se d e riv a n d e su a n á lisis, cu yos re su lta d o s d e b e n ser e n p a rte re p re se n ta b a . S u in te n c ió n a lo la rg o de to d o el re lato era
an u lad o s p o r ello s. A s í, e n el § 694> a c o n tin u a c ió n d el pasaje deleitar al lector, p u es sabía q u e la in g en io sid ad de su p o esía
a rrib a citad o , se lee lo sig u ie n te acerca de la fe c u n d id a d de u n
pasaje, n o siem p re co rrecta m en te ap reciad a p o r el a u to r: Las cursivas so n de S z o n d i. [N . d e l T .]
98 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 99
tenía que agradar a la mayoría de los lectores. —Se puede, por cu sió n co n u n a crítica q u e contrasta la o b ra c o n lo s h ech o s h is
tanto, apelar a la in ten ció n del autor en dos casos, re c o r tó r ic o s n o h a b ría sid o p o s ib le si C h la d e n iu s h u b ie r a p u esto
dando al lector que no debe perd erla de vista: i) cuando co m o ejem p lo u n a o bra que h u b iera sido tod a ella inventada p o r
leyendo el pasaje piensa en algo que el autor no ha pensado:
su a u to r. P ero a ú n m ás im p o r ta n te es n o ta r q u e n o só lo esta
en cuyo caso va más allá de la intención; 2) cuando leyendo el
fo r m a d e d e s c o n o c im ie n to de la in t e n c ió n de V ir g ilio , sin o
pasaje no piensa en algo que el autor sí ha pensado: en cuyo
ta m b ié n la p r o p ia d e fin ic ió n c h la d e n ia n a de la in t e n c ió n
caso el lecto r no percibe la intención del autor o no la alcanza.
G uando se da u n o de los dos, o los dos a la vez, se dice en su p o n e q u e la p o e sía tie n e u n o b je to e x te r io r a ella. S i p a ra
general que el lector se descamina o pierde de vista la intención del autor. C h la d en iu s « la in te n c ió n de u n a u to r» consiste en « lim ita r la
Pero cuando no se va más allá de la in ten ción n i se la pierde re p re se n ta ció n q u e él tie n e d e l a s u n to » , esto tie n e co m o p r e
vista, se com prende al autor perfectam ente. Hay, p o r ejem m isa q u e el a su n to n o es u n p r o d u c to d e la p o e sía , sin o q u e
plo, lectores que, dejando a V irg ilio y a la D id o que él p re p o se e su re a lid a d in d e p e n d ie n te de ella. S ó lo p o r eso p u e d e
senta, han descubierto por otros relatos el siglo en que D ido C h la d e n iu s co n sid e ra r las o bras p o éticas, igu al q u e lo s escritos
viv ió » (§§ 695 y s., pp. 145 7 s.) ~Y que han rep roch ad o a
h istó rico s o ju r íd ic o s , co m o Erklarungen (explicitacion es) n o e n el
V irg ilio el haber faltado a la verosim ilitud, pues D id o vivió
sen tid o de la explicatio, sin o de la declaratio (p. 5 4 ° ) ; sólo p o r eso
trescientos años después que Eneas—.
p u e d e ver e n la reg la q u e p r e s c rib e c e ñ irse a la in t e n c ió n d e l
a u to r y n o ir m ás allá d e ella la s o lu c ió n de u n p r o b le m a q u e
E l e je m p lo es p a rticu la rm e n te in stru ctiv o , p u es esclarece, m ás h abía plan tead o la p sico lo gía d el e fe c to : el p ro b le m a de co m p a -
allá d e la in te n c ió n de C h la d e n iu s, su c o n c e p c ió n de la p o esía y tibilizar la p lu ralid ad de significaciones co n la certeza de la in t e r
al m ism o tie m p o p e r m ite e n te n d e r p o r q u é p u e d e p o n e r lo s p re ta ció n . S i la h e rm e n é u tic a actual p o n e al recu rso a la in te n
e s crito s p o é tic o s , h is tó r ic o s , d o g m á tic o s y ju r íd ic o s e n el ció n d el a u to r la o b je c ió n de qu e ésta sólo p u ed e co n o cerse p o r
m ism o p la n o (sin c o n s id e ra rlo s igu ales) y su b su m irlo s b a jo el d ocu m en to s exteriores a la o b ra m ism a, los cuales co n d e n a n a la
m ism o co n ce p to de ex p licita ció n , o d e cla ra ció n e n la cu al se da o b ra a la h e te ro n o m ía , esta o b je c ió n no alcanza a la d o c trin a de
a c o n o c e r la o p in ió n d el a u to r. C h lad en iu s, pues su c o n c e p c ió n de la p oesía n o se refiere desde
C h la d e n iu s elige co m o ejem p lo u n p o em a que recu rre a u n a el p r in c ip io a la p o esía e n se n tid o a b so lu to . L a p o esía h a b la de
tra d ició n . L os críticos de V ir g ilio , p o r él criticados, so n aquellos u n a cosa ig u a l q u e u n texto d e filo s o fía o de h isto ria , y d e esa
qu e c o n tr a p o n e n su c o n o c im ie n to d el m aterial tra d ic io n a l a la cosa transm ite u n a rep resen tació n : la del autor. E l le cto r p u ed e
e la b o r a c ió n d el m ism o p o r V ir g ilio . E n este p u n to es i m p o r fo rm a rse u n a id ea co m p le ta m en te d istin ta de la cosa o c o n o c e r
tan te el h e c h o de q u e C h la d e n iu s n o d e fie n d a a V ir g ilio e n otras ideas d e la m ism a. P e ro si, e n in te ré s de la certeza d e la
n o m b re de la lic en cia p o ética, p o r ejem p lo , pues lo que le in te in terp reta ció n , qu iere, co m o d ice C h la d en iu s, c o in c id ir c o n el
resa n o es d e fe n d e r a V ir g ilio , sin o c o m p re n d e r, d e sc u b rir su a u to r tan to e n la c o m p re n s ió n in m ed ia ta co m o e n la m ed iata,
in te n c ió n . R e c u r r ie n d o a la cro n o lo g ía , los crítico s de V ir g ilio ten d rá qu e h a cer abstracción de esas otras ideas.
se sirven de u n c o n o c im ie n to d el tem a y de los datos h istó rico s P ero esto sig n ifica q u e n o te n d ría se n tid o o p o n e r al e je m
qu e el p o eta ha ex clu id o en su e la b o ra ció n d el m aterial. L a d is p lo q u e da C h la d e n iu s d e la fig u r a d e D id o e n V ir g ilio o tro s
IOO PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - U IO I
if
/
102 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - A 103
L
io6 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 4 IOJ
I
io8 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - A 109
c ia lm e n te a h is tó ric o d e l p r im e r o . —A u n q u e se p u e d e a firm a r 5
q u e la p r o p ie d a d física llam ad a b la n c o n o está so m etid a a n i n
g ú n c a m b io h is tó r ic o , e n la in te r p r e ta c ió n d e textos p o é tic o s
h a b rá q u e g u a r d a r se d e c o n c e b ir e l c a r á c te r h is t ó r ic o d e l
e stra to s im b ó lic o d e la p a la b ra y d e su ca m p o a so cia tiv o só lo
c o m o « s ig n ific a d o im p r o p io » , ju n t o al cu al estaría el « p r o
p i o » d e s ig n a n d o só lo el h e c h o fís ic o —y e llo p r in c ip a lm e n te
p o r q u e , p a ra n u e s tra c o n c e p c ió n a ctu a l, la p o e s ía ig n o r a tal
p r e e x is te n c ia d e la co sa , e n este caso d e u n o b je to b la n c o —.
F in a lm e n te h a b ría q u e señ a la r q u e la h is to ria de la le n g u a n o
p u e d e c o n fir m a r la co n sta n cia, a firm a d a p o r C h la d e n iu s , d el
s ig n ific a d o d e las p a la b ra s: c u a n d o C h la d e n iu s d ic e q u e u n a
p a la b ra co m o « d o l o r » « s ie m p r e ha te n id o e l m ism o s ig n ifi
c a d o » , q u e « s u sig n ifica d o n u n c a c a m b ia rá » (§ 8 9 , p . 45)< a E l p r o b le m a d e l c a m b io h is tó r ic o y sus co n s e c u e n c ia s p a ra la
esto p o d r ía m o s o p o n e r , c o m o e je m p lo d e lo c o n t r a r io , la in te rp re ta c ió n o cu p a a C h la d e n iu s n o sólo e n r e la c ió n al ca m
p a la b ra fra n cesa « tr a v a il» , q u e o r ig in a lm e n te n o sig n ific a b a b io de sig n ifica d o d e las p alabras, q u e él cree p o d e r r e d u c ir al
« t r a b a jo » , s in o « d o l o r » , « s u f r i m i e n t o » 4’3. Q u e d u r a n te cam b io de las cosas m ism as. S u d o c trin a d el « p u n to d e v is ta » ,
sig lo s « s u f r i m ie n t o » s ig n ific a s e « s u f r i m ie n t o » y —p a ra d e la p e r s p e c tiv a e n la c o m p r e n s ió n , im p lic a ig u a lm e n te el
r e c o rd a r el e je m p lo , p ágin as atrás a n a liza d o , de la p a la b ra Bos- p r o b le m a de la h is t o r ic id a d . E sta te o r ía , ex p u esta p r im e r a
íieit4
44—
3 « c ó le r a » sig n ifica se « c ó le r a » , n o q u ie r e d e c ir q u e el m e n te e n el ca p ítu lo so b re la in te r p r e ta c ió n de lo s lib r o s h is
le n g u a je ten g a q u e r e p r o d u c ir la in m u ta b ilid a d d e la cosa e n tó r ic o s , es lu e g o r e to m a d a e n el c a p ítu lo so b re la in t e r p r e ta
la co n sta n cia sem án tica. N o lo h ace ya p o r la sola ra z ó n d e q u e c ió n de lo s tratad o s, esto es, d e las o bras filo só fica s. E llo p o n e
la fu n c ió n d e las p alabras resp e cto a las cosas n o co n siste s im al c o n ce p to e n estrech a r e la c ió n c o n cu estio n es h is to r io g r á fi-
p le m e n te e n la d e sig n a ció n , sin o ta m b ié n en la sig n ific a c ió n . cas y, de fo r m a m e n o s m arca d a, c o n c u e stio n e s relativas a lo s
C o n el ca m b io e n la c o n c e p c ió n de la r e la c ió n en tre p a la b ra y escrito s te ó ric o s . S in em b a rg o se p u e d e a firm a r q u e C h la d e
co sa , le n g u a je y r e a lid a d , c a m b ia ta n to el fu n d a m e n to d e la n iu s tie n e e n m e n te la id e a d e u n a te o ría g e n e ra l d e la i n t e r
p o é tic a co m o el de la h e rm e n é u tica . p re ta c ió n . E n el § 3 0 8 se lee:
a u to r. «Juzgam os, e n efecto, de la n aturaleza de la cosa según el A q u í se a p re cia n las p rem isa s g n o s e o ló g ic a s d e la te o ría c h la -
co n ce p to que de ella ten em o s. Y así, lo qu e co n trad ice nu estros d en ia n a de la d iversid ad d e « p u n to s de vista » , y esp ecialm en te
con ceptos con trad ice tam bién , e n nuestra o p in ió n , la naturaleza d e su m é to d o p a ra e lim in a r d e la in t e r p r e ta c ió n las c o n s e
de la cosa» (§ 3I 3 >pp- I 91 J s-)- D e ahí que las in fo rm acio n es de cu en cias de esta d iversid ad . Se trata de u n a teo ría p re crítica d el
distintas p erso n as sobre el m ism o a co n te cim ie n to p u e d a n c o n c o n o c im ie n to —lo cu a l n o t ie n e p o r q u é s o r p r e n d e r , p u e s la
tra d ecirse « in d e p e n d ie n te m e n te d e qu e estén fo rm u la d a s c o n o b ra está escrita e n el añ o 1 7 4 2 —, b ie n q u e d e u n a te o ría ilu s
tan ta sin cerid a d , qu e cada u n a p o d r ía ju r a r c o n p erfecta b u e n a trad a. Es d ecir: el o b je to d el c o n o c im ie n to ya n o se c o n fu n d e
c o n cie n cia que la suya es c ie r ta » . L u e g o en co n tra m o s u n a frase c o n la id ea d el m ism o establecid a p o r la in sta n c ia d o m in a n te ,
decisiva: « P e ro la h isto ria n o p u ed e, p o r supuesto, co n te n e r en fre n te a la cual to d a o tra id e a sería u n a h erejía , u n aten tad o n o
sí nada co n tra d icto rio ; sólo sus espectadores p u ed en represen tár só lo co n tra la a u to rid a d , sin o ta m b ié n —p o rq u e su c o n c e p c ió n
sela de m an era tan d iferen te que sus in fo rm acio n es acerca de ella se c o n fu n d e c o n la realid ad — co n tra la realid ad m ism a. A q u í se
se c o n tra d ig a n e n a lg ú n a sp e c to » (p . 1 9 2 ). L a frase es decisiva c o n o c e y se d e fie n d e e l p a p e l d e l p r o p io « p u n t o d e v is ta » e n
p o rq u e n o m b ra la instancia capaz de relativizar las co n tra d iccio el c o n o c im ie n t o , esto es, la d ife r e n c ia e n tr e la co sa e n sí y
nes qu e resultan de la diversidad de « p u n to s de v is ta » , y esta in s n u estra re p re se n ta c ió n de ella. P ero esta rela tiv iza ció n es a c r í
tan cia es la cosa m ism a, que e n este caso es la h istoria. E n u n o de tica —e n el se n tid o k a n tia n o — p o r q u e n o se p la n tea la cu e s tió n
los parágrafos que sigu en leem os: de la c o n d ic ió n d e p o s ib ilid a d d e l c o n o c im ie n t o . A p e s a r d e
re c o n o c e r s e el p a p e l d e l « p u n t o d e v is ta » , n o se c u e s tio n a la
« S e tien e c o m ú n m en te la h isto ria y la re p re se n ta ció n de la c o g n o s c ib ilid a d d e las cosas tal c o m o so n e n sí. D e la id e a d e
h isto ria p o r u n a m ism a cosa, y en m u ch as o c a sio n e s cabe q u e e l « p u n t o d e v is ta » c o n d ic io n a el c o n o c im ie n t o d e u n a
ten erlas p o r u n a m ism a cosa. S ó lo cu an d o se trata de in te r co sa n o se sig u e e n a b s o lu to p a ra C h la d e n iu s q u e ésta n o
p re ta r la h isto ria es p re c iso m o str a r la d ife re n c ia y to m a r
p u e d a ser c o n o c id a tal c o m o re a lm e n te es. A u n q u e es v e rd a d
exacta n o ta de ella. Pues n o es la h isto ria en sí m ism a, sin o la
q u e, p a ra p o d e r a firm a r la certeza de la in te r p r e ta c ió n a p esar
rep resen tació n de la h isto ria la que necesita de u n a in te rp re
tació n cu an d o n o es evidente p ara o t r o » (§ 318 > p . 195)- d e l p a p e l d e l « p u n t o de v is ta » , su h e r m e n é u tic a n o está d is
p u esta a r e c u r r ir a la cosa m ism a. P u es la d iv ersid ad q u e crea n
lo s d istin to s « p u n to s de v ista » n o e n tra e n las in te r p r e ta c io
L a d ife r e n c ia en tre la h isto ria y su r e p re se n ta c ió n es clara:
nes de u n pasaje, y la « c o s a » n o es el pasaje, esto es, lo q u e hay
qu e in te r p r e ta r —e n este caso, la rela tiv id a d d e l c o n o c im ie n to
« L a h istoria es u n a, p ero la rep resen tació n de ella es distinta
se e n c o n tr a r ía c o n u n a h e r m e n é u t ic a m o d e r n a —, s in o m ás
y m ú ltip le ; en la h isto ria n o hay n ad a c o n tr a d ic to rio , p e ro
en la rep resen tació n de la h isto ria, en las distintas re p re se n b ie n aquello d e q u e el pasaje trata: la h isto ria e n lo s escritos h is
tac io n es q ue se tie n e n de ella, p u e d e n a p are c e r c o n tr a d ic tó r ic o s , u n a v e rd a d e n lo s d o g m á tico s; y las re p r e s e n ta c io n e s
cio n es; en la h isto ria to d o tiene su razón su ficien te, p e ro en q u e el a u to r y el le c t o r t ie n e n d e la co sa s o n d is tin ta s . L a
la rep resen tación de ella p u ed en en con trarse cosas que p a re d iv ersid ad d e lo s « p u n t o s de vista » se co n v ie rte e n p r o b le m a
cen h ab er o c u rrid o sin raz ó n su fic ie n te » (p p . 195 y s -)- p ara la in te r p r e ta c ió n p o r cu an to qu e u n pasaje p u e d e resu lta r
ii8 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 Iig
evidente que, cada vez que los pensamientos ligados a una p ia y fig u ra d a —im p r o p ia —, e n tre e l verbum proprium « c o r r e r » y
palabra sufren un cambio, se forma un nuevo significado. El la m e tá fo ra « v o la r » , sin o e n tre el se n tid o figurado y e l se n tid o
significado de una palabra cuando no dice todo lo que ordi p r o p io d e la m ism a p a la b r a « v o l a r » . Y a a q u í h a y q u e p r e
nariamente significa, es la c o m p r e n s ió n f i g u r a d a o el s e n t id o f i g u r a d o g u n ta rse p o r la s ig n ific a c ió n d e estas d ife re n cia s p a ra la te o ría
de la palabra. Y este sentido el que se opone ál sentido pro
d e la m e tá fo ra y p o r sus p re su p u e sto s.
pio» (§ 92, pp. 46 y s.).
C u a n d o e n la e x p lic a c ió n d e la m e tá fo r a C h la d e n iu s n o
r e c u rr e al verbum proprium, sin o a la cosa, es fie l a la p re m is a de
Y a este e je m p lo , p o r p r im itiv o q u e p a re zca , y su in t e r p r e t a
to d a su h e rm e n é u tica , q u e h ace d e to d o pasaje la e x p lic ita c ió n
c ió n p o r C h la d e n iu s , h a ce n ver las d ife r e n c ia s decisivas e n tre
de u n a cosa p o r el a u to r, qu e c o m u n ic a la re p re se n ta c ió n que
su te o r ía de la m e tá fo ra y la tr a d ic io n a l. L a p r im e r a d if e r e n
tie n e de ella. A u n q u e esta c o n c e p c ió n tie n e p a ra la c o m p r e n
cia r a d ic a e n q u e C h la d e n iu s n o p a r te d e la e x p r e s ió n n o
s ió n d e la p o e sía el in c o n v e n ie n te d e q u e ésta q u e d a sie m p re
m e ta fó r ic a , de la e x p re sió n p r o p ia , d el verbumproprium, sin o de
r e fe r id a a algo q u e se s u p o n e p r e v ia m e n te ex iste n te , a u n q u e
la cosa q u e h ay q u e d esig n a r. N o es q u e el lu g a r d e la p a la b ra
este algo, la cosa, p o d r ía ta m b ié n ser algo o rig in a lm e n te dad o
« c o r r e r » lo o cu p e la p a la b ra « v o la r » , sin o q u e e n la r e p r e
p o r la p oesía, ta m b ién tie n e , e n r e la c ió n a la te o ría de la m etá
se n ta c ió n d e u n h o m b re q u e c o rr e se a trib u ye a éste, e n lu g a r
fo r a , la v e n taja d e q u e la e x p r e s ió n m e ta fó r ic a n o es r e la tiv i-
d e la p r o p ie d a d d e l c o r r e r , la p r o p ie d a d d e l v o la r . E sta a t r i
zada al verbum proprium. Es u n a v e n taja p o r q u e , en la e x p re sió n
b u c ió n de u n a p r o p ie d a d extrañ a, o r ig e n d e l le n g u a je m e ta
m e ta fó ric a , el verbum proprium es m u c h o m e n o s algo d a d o , algo
fó r ic o se g ú n C h la d e n iu s , m arca u n a se g u n d a d ife r e n c ia c o n
in m a n e n te a la p o esía , q u e la cosa. M ie n tra s q u e, p a ra n u estra
la te o r ía d e la m e tá fo ra q u e en señ a la r e tó r ic a an tigu a : C h la
c o n c e p c ió n actual, la cosa n o p u e d e ser p revia a la p o esía, p e ro
d e n iu s n o e n tie n d e la m e tá fo ra c o m o u n a c o m p a r a c ió n p a r
sí a la m e tá fo r a —a u n q u e n o sea c o n s id e r a d a c o m o u n
cia l. C u a n d o se d ice qu e u n h o m b r e vu ela , esta e x p r e s ió n n o
m o m e n to de la e m p iria , sin o c o m o u n c o m p o n e n te d e l c o n
im p lic a , s e g ú n é l, u n a c o m p a r a c ió n e n tr e e l h o m b r e y e l
te n id o de la m e tá fo r a , q u e c o m o tal h a e n tr a d o e n la m e tá
p á ja r o , y m e n o s a ú n a q u e lla e q u iv a le n cia m ág ica d e l h o m b r e
fo r a —, el c o n c e p to d e « verbum proprium» es el d e u n a p a la b r a
y el p á ja ro d e la cu a l la e x p lic a c ió n d e la m e tá fo r a a p a r t ir de
q u e la p o esía p re c isa m e n te no h a e m p le a d o e n e l p asaje m e ta
la c o m p a r a c ió n es co n sid e ra d a co m o u n a p o s te r io r in t e r p r e
fó r ic o . E l recu rso d e la e x p re sió n m e ta fó rica a la cosa y al sig
t a c ió n r a c io n a l46 . C u a n d o se a trib u y e al h o m b r e la p r o p ie
n ific a d o q u e la m ism a e x p r e s ió n tie n e c u a n d o n o es m e t a fó
d a d d e v o la r , a u n q u e é l só lo v u e la e n la m e d id a e n q u e el
rica, d istin g u e a la m e tá fo ra p o r u n a p a rte co m o u n m o d o de
m o v im ie n to r á p id o e n q u e co n siste el c o r r e r es u n m o m e n to
la e x p e r ie n c ia d e la r e a lid a d , y p o r o tr a c o m o u n a m o d ific a
d e l v u e lo , v o la r s ig n ific a o tra co sa q u e c u a n d o se d ic e d e u n
c ió n d e la le n g u a d e q u e p a r te . F re n te a esto , el d is c u r s o d e l
p á ja r o . P o r eso , C h la d e n iu s n o d is tin g u e e n tr e expresión p r o -
verbum proprium d e g ra d a la m e tá fo r a a u n a m e r a c u e s tió n d e
46 * C fr . a este respecto, y tam bién respecto a tod o lo aquí com entado sobre la teoría
ex p resió n , de d e sig n a ció n , a u n a cu e s tió n qu e n o tie n e c o n s e
tra d icio n a l de la m etáfora, H . Lausberg, H a n d b u c h d e r l i t e r a r i s c h e n R h e t o r i k , 2 vols., cu en cias n i p a ra la re p re se n ta c ió n de las cosas n i p a ra el s ig n i
M ún ich , 1960 , §§ 558 y s s ., pp. 2 8 5 -2 9 1 [ M a n u a l d e R e t ó r i c a L i t e r a r i a , M adrid, G re -
dos, 19 6 6 -6 8 , 3 vols.]. fic a d o de las p a la b ra s. L a lig a z ó n d e la p o e sía a u n m u n d o de
124 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 125
r e a lid a d e s a e lla p r e e x iste n te s t ie n e así p o r re su lta d o n o só lo Y d esp u és de a n a lizar, a títu lo d e e je m p lo , la e x p re sió n la tin a
u n a e le v a c ió n d e la d ig n id a d d e la e x p r e s ió n m e ta fó r ic a , «sulcare mare» (s u r c a r el m a r) a p lic a d a al m o v im ie n to d e u n
p u e s to q u e ésta, r e fe r id a a las cosas, es c o n c e b id a c o m o u n b a rc o , p ro sig u e G b la d e n iu s:
m e d io d e c o n o c im ie n t o , sin o p a r a d ó jic a m e n te ta m b ié n u n a
a m p lia c ió n d el sig n ifica d o q u e c o n c ie r n e al le n g u a je m ism o y «Los poetas ban empleado, también en este caso, la metá
a la r e fle x ió n so b re él.
fora por necesidad, porque no ban podido expresar su idea
más vigorosamente que con esta palabra. Por eso, el empleo
L as d em ás c u e s tio n e s d e b e n se r c o n s id e r a d a s s o b re el
de una metáfora por la gracia en la expresión es sólo un caso
fo n d o d e estas ideas: la cu e stió n de la ju s tific a c ió n de la e x p re
especial de metáfora usada por n e c e s id a d [...]» (p. 68).
s ió n figurada, la d el p a p e l de la m e tá fo ra e n lo s escrito s h is t ó r i
co s y filo s ó fic o s , la d e r e la c ió n e n tr e la m e tá fo r a y la f o r m a
C o n esta a fir m a c ió n , G h la d e n iu s revisa d e m a n e r a n o p o c o
c ió n d e c o n c e p to s y, fin a lm e n t e , la d e la in t e r p r e t a c ió n d e
fe c u n d a las ideas recib id a s d e la r e tó r ic a an tigu a , a ú n vig en tes
pasajes m e ta fó rico s.
e n su t ie m p o . E n la Critische Dichtkunst (Poética crítica), d e G o t t -
S o b r e la c u e s tió n d e las razo n es d e u n a e x p re sió n m e ta fó
sc h e d , cuya c u a rta e d ic ió n a p a r e c ió d ie z a ñ o s d e sp u é s d e la
ric a , escrib e G b la d e n iu s en el § 12 2 :
Introducción... de C b la d e n iu s , se lee: « C i c e r ó n en señ a exp resa
m en te e n el lib r o te rc e ro , ca p ítu lo 3 8 , d el O r a d o r q u e lo s sig
«Se dan comúnmente dos razones del uso de las palabras
n ific a d o s im p ro p io s de las p alabras v ie n e n e n p r im e r lu g a r de
metafóricas; que se las emplea en parte por necesidad y en
parte también para expresar una cosa de una manera agrada la in s u ficie n cia y la p o b re za de las len gu as; p e r o qu e lu e g o fu e
ble. La necesidad que nos lleva a usar una palabra en sentido r o n ta m b ié n u tiliz a d o s p a ra a g r a c ia r y a d o r n a r , d e l m is m o
figurado no proviene sino del deseo de expresarnos tan per m o d o q u e el v e stid o se p e n s ó y u tiliz ó o r ig in a lm e n te p a ra
fectamente como nos sea posible, y, por tanto, de usar la c u b r ir n u e s tra d e s n u d e z y p o s t e r io r m e n t e p a ra e n g a la n a r
palabra más vigorosa. En consecuencia, cuando usamos una n o s » 4'7. L a id e a de la in s u fic ie n c ia d el le n g u a je , q u e o b lig a al
metáfora por necesidad, y la palabra elegida realmente sirve u so d e la e x p re sió n m e ta fó ric a , la c o n o c ía la re tó r ic a a n tigu a:
también para expresar la cosa en todos sus aspectos, tal metá
la lim it a c ió n d e l lé x ic o , la a u s e n c ia d e u n verbumproprium es,
fora es correcta. La otra razón por la que usamos palabras
segú n Q u in tilia n o , la c o n d ic ió n de la m etáfo ra « n e c e s a r ia » 48.
metafóricas no es, si se la examina más de cerca, distinta de la
primera. Pues cuando se quiere representar una cosa con P e ro la d e f in ic ió n d e la m e tá fo r a e n G o tts c b e d m u e stra q u e
cierta gracia y de una manera no ordinaria, bay que, por así esta g én esis, y c o n e lla el m o m e n to de n e ce sid a d d e la e x p r e
decirlo, dar la vuelta a la cosa y mostrar ciertas cualidades s ió n m e ta fó r ic a , d e se m p e ñ a u n p a p e l p o c o im p o r ta n te e n la
especiales de la misma. Pero como estas propiedades no tie p o ética de la Ilu stra ció n : « L a m etá fo ra es u n a fo r m a de b a b la r
nen por lo común palabras y nombres propios, es preciso o fig u r a d a e n la q u e , e n vez d e u n a p a la b r a q u e c o n v ie n e a la
bien servirse de palabras generales, o bien presentar la cosa
enteramente [es decir, detallando todos sus aspectos, preci 47 J- C h r. Gottsched, V e r s u c h e i n e r C r i t i s c h e n D i c h t k u n s t , Leipzig, 1730. R eim presión fo to
sándola] por medio de la metáfora y en un solo concepto» m ecánica de la 4.a e d ició n aum entada (L eip zig, 1751)» D arm stadt, 1962 (Wiss.
Buchgesellschaft), p. 2 5 9 -
(pp. 67 y s.). 48 Q u in tilian o, I n s t i t u t i o o r a t o r i a , 8, 6, 34*
126 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 127
cosa e n se n tid o p r o p io , se to m a o tra d istin ta q u e gu a rd a cierta «Guando usamos una palabra en sentido figurado, se forma
sem eja n za y e n cie rra , p o r ta n to , u n a c o m p a r a c ió n p a r c ia l» 49. siempre un nuevo concepto general en nuestro entendi
A q u í, la existencia del verbumproprium, q u e p erm ite n egar la n e c e miento. Pues cuando la palabra se usa en sentido figurado,
sid ad de la m e tá fo ra , se lia co n v e rtid o e n e le m e n to de la d e fi
sólo significa una parte de lo que normalmente significa.
Pero la palabra es aplicada a otra cosa, y, por tanto, una parte
n ic ió n d e m etá fo ra , m ien tra s qu e en Q u in tilia n o la n e cesid a d
del concepto mismo queda ligada, en unas circunstancias
tod avía ap arecía co m o u n a de las ra zo n es q u e ju s tific a n el m al
distintas, a otra cosa. La parte del concepto común que se
q u e es la ex clu sió n de u n verbumproprium d el c o n te x to 50. F re n te conserva en el uso figurado puede así ser separada (abstraída)
a esto, G o tts c h e d o bserva a p r o p ó s ito de las m e táfo ra s, q u e él y considerada como un concepto general o un género, de tal
cita, d e u n a o d a d e F le m in g q u e c o n el v e rso « la s aguas d ia suerte que el sentido propio y el sentido figurado constitu
m a n tin a s , las estrella s p ic a r a s » , q u e « e n s e n tid o p r o p io se yen dos e sp e c ie s ( s p e c ie s ) del mismo» (§ 9 4 -' P- 4-8 ) •
h a b r ía t e n id o q u e d e c ir: las aguas claras, las estrella s t it i la n
t e s » , el p o e ta n o s co n d u c e a través d e sus in g e n io so s ep ítetos a E sto p o n e d e m a n ifie sto qu e la m e tá fo ra n o es algo e x te rio r al
c o n c e p to s c o m p le ta m e n te d ife re n te s; las p a la b ra s m ás p r ó x i p en sa m ie n to , sin o u n a de sus p o sib ilid a d e s esp ecíficas, u n o de
m as le p a re c e n al p o e ta d em asiad o m alas (es d e c ir, d em asiad o sus m ed io s.
sim p les), y « va e n bu sca de ideas q u e sean p o c o co m u n es, p e r o S i se m a n t ie n e n las d o s tesis fu n d a m e n ta le s d e la te o r ía
q u e c o n v e n g a n a la co sa y c r e e n im á g e n e s m u y a g ra d a b le s al c h la d e n ia n a d e la m e tá fo r a : q u e i ) la e x p r e s ió n m e ta fó r ic a
e n te n d im ie n to c u a n d o éste p e r c ib e la se m e ja n z a d e las m is t ie n e sie m p re su r a z ó n e n la a u s e n c ia d e u n verbumproprium, y
m a s » 51. C h la d e n iu s h a b ría dad o u n a e x p lic a c ió n m u y d istin ta q u e 2 ) c o n e l e m p le o m e t a fó r ic o d e u n a p a la b r a s ie m p r e se
d e este e je m p lo . E n lu g a r d e a fir m a r , p o r u n a p a r te , q u e el fo r m a u n n u e v o c o n c e p to , se t ie n e n las resp u esta s a la p r e
p o eta h a b ría te n id o q u e d e c ir las « agu as cla ra s» e n vez de « la s g u n ta d e p o r q u é e l le n g u a je fig u r a d o , el le n g u a je in g e n io s o ,
aguas d ia m a n tin a s» , h a b ría p a rtid o de la id ea de q u e la e x p re está n a tu ra lm e n te p rese n te e n lo s escrito s h istó ric o s y d o g m á
s ió n « la s aguas cla ra s» n o tra n s m ite p e r fe c ta m e n te la r e p r e ticos, es d e c ir, filo s ó fic o s .
s e n t a c ió n q u e e l p o e ta tie n e d e la co sa , y q u e éste n o h a C h la d e n iu s lla m a co rr e c ta a la m e tá fo ra q u e es « u sa d a e n
e n c o n t r a d o p a ra u n a c u a lid a d d e l a gu a q u e é l p e r c ib e u n a in te ré s de la p r e c is ió n » * , es d e c ir, c u a n d o la p a la b ra m e ta fó
p a la b ra m ás exacta e n el id io m a . P o r o tr a p a rte , n o se h a b ría rica expresa la cosa d e fo r m a m ás p recisa qu e el verbum proprium,
c o n te n ta d o c o n la a firm a c ió n de q u e el e m p le o m e ta fó ric o de « d e tal m an era q u e, si n o se q u isie ra u tiliz a r la p a la b ra m eta
« d ia m a n t in a » crea « im á g e n e s m u y a g ra d a b le s al e n t e n d i fó r ic a , o b ie n c ie r to s a sp ecto s q u e d a r ía n in e x p r e s o s , o b ie n
m ie n t o » , sin o qu e h a b ría m o stra d o en el e m p leo im p r o p io de h a b r ía q u e in d ic a r lo s c o n m u ch a s p a la b ra s y m e d ia n te u n a
la p a la b ra el n a c im ie n to de u n n u ev o co n c e p to g en era l. p erífra sis, lo cu a l n o p o d r ía h acerse sin a lterar en algo el c o n
cep to m is m o » (§ 121, p . 6 6 ). E sto es tan to co m o d e c ir q u e la
4 9 J* C h r. Gottsched, Versuch einer Critischen Dichtkunst, op. cit., p. 264. * Chladenius emplea la palabra Nachdruck, que significa propiam ente energía, vigor,
50 Q u in tilian o , op. cit. firmeza o énfasis en el hablar o escribir, pero que, com o se desprende de sus textos,
51 J. C h r. Gottsched, op. cit, p. 264. equivale a precisión. Y ésta es la equivalencia que usaremos en adelante [N. del T .] .
128 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 5 129
se g ú n C h la d e n iu s , d is tin to se g ú n a p arezca e n u n texto h is t ó m en te debo pasar p o r alto la cu estió n d e si el recu rso al sistem a,
r ic o , d o g m á tic o o —asp ecto q u e C h la d e n iu s n o d e sa r ro lla — el cual está co n stitu id o p o r la totalid ad de los pasajes, co n d u ce al
p o é tic o . E n lo s escritos filo s ó fico s , la in te r p r e ta c ió n d ebe p r e círcu lo h erm en éu tico y e n qu é m ed id a éste se d istin gu e d el que,
cisar el co n ce p to g en era l que c o n tie n e la m etáfo ra . C u y a o sc u e n u n caso an álogo, se crea e n u n texto p o étic o .
rid a d p u ed e resu ltar de qu e u n co n ce p to separado queda, co m o E n lo s e s c r ito s h i s t ó r ic o s , la in t e r p r e t a c i ó n n o d e b e
siem p re, aso ciad o al m e ta fó r ic o , p e r o —co m o escrib e C h la d e d e te r m in a r el c o n c e p to g e n e r a l, s in o la precisión. T o d a p a la
n iu s— « n o es exactam en te aq u el q u e el a u to r h a p e n sa d o . P ues b r a q u e exp resa la cosa d e fo r m a m ás d eta lla d a es m ás p re cisa
c o m o u n a p a la b ra p u e d e te n e r m ás d e u n s ig n ifica d o m e ta fó
q u e o tr a s q u e « d i c e n lo m is m o , m as s ó lo h a sta c ie r t o
r ic o , la a so c ia c ió n c o n este o a q u el c o n c e p to g e n e ra l d e p e n d e
p u n t o » (§ 114 , p . 6 3 ) . L a a p re c ia c ió n de la p r e c is ió n , q u e e n
de las dem ás rep resen tacio n es de u n le cto r. Q u ie n n o p o see lo s
C h la d e n iu s e n m o d o a lg u n o se r e d u c e a la in te r p r e ta c ió n de
c o n o c im ie n to s q u e tie n e el a u to r de la o b ra d o c trin a l n o p e n
m e táfo ra s, es ju s ta m e n te u n a d e las p r in c ip a le s tareas h e r m e
sará lo m ism o q u e é l al le e r las p a la b ra s m e ta fó r ic a s » (§ 565»
n é u tic a s . E lla se basa e n la im p o r t a n te id e a d e q u e « e n u n a
p p . 2 4 8 y s.). Q u ie n , p o r e je m p lo , n o esté fa m ilia rizad o c o n la
le n g u a n o es fá c il e n c o n t r a r d o s p a la b ra s i n d ife r e n t e s [es
filo s o fía de L e ib n iz, p o d r ía e n te n d e r su co m p a ra ció n d el alm a
d e c ir, c o n id é n tic o s ig n ific a d o ] » (§ III, p . 6 o ) . P e ro ¿ c ó m o
a u n a m á q u in a c o m o si L e ib n iz se r e fir ie s e al m o m e n to d e la
a p re c ia r la p r e c is ió n d e u n a p a la b r a ? H a b r ía q u e « r e c i b i r
n e c e sid a d . M ie n tra s q u e este le c t o r c o n c ib e la n e c e sid a d q u e
otras in fo r m a c io n e s qu e in d ic a se n las circu n sta n cia s e n q u e el
subyace e n los cam bios de u n a m áq u in a co m o u n a característica
h is to r ia d o r re p a ra . A q u é llo s p asajes q u e tra ta n de las m ism as
q u e él lu e g o a d o p ta co m o c o n c e p to g e n e r a l p a ra el pasaje, e n
h isto ria s so n pasajes p a ra le lo s, y e n ello s v em o s có m o la c o m
L e ib n iz es, p o r el co n trario , el h ech o d e que el alm a tien e, co m o
p a ra c ió n de pasajes p a ra le lo s p u e d e d e sc u b rirn o s la p r e c is ió n
la m á q u in a , e n ella m ism a las causas de sus ca m b io s, q u e en
de las p alabras m e ta fó ric a s» (§ 393 >P- 2 j 8 ).
am bas co n stitu ye n su b elleza, m ien tra s qu e la n e cesid a d es u n a
L a im p o rtan cia de la teo ría ch lad en ian a de la in te rp re ta ció n
lim ita c ió n y u n a im p erfecció n . P o r eso debe la in terp reta ció n de
reside p rin cip a lm e n te e n su carácter m aterial53, algo qu e su d is
u n a m e tá fo ra e n lo s escrito s filo s ó fic o s r e c u r r ir al sistem a d el
c u sió n d e l m é to d o de lo s pasajes p a ra le lo s , e n tre o tras cosas,
a u to r. T a m b ié n a q u í se ve q u e el m o d o de in te r p r e ta c ió n
c o n fir m a . E l p o s ib le m al u so e n su a p lic a c ió n y las reglas
d ep en d e del g én ero d el escrito, p e ro tal recu rso su p o n e la c o h e
m ed ia n te las cuales C h la d e n iu s q u iere exclu ir la p o sib ilid a d de
ren cia lógica del lib ro , la cual co n cu erd a c o n la d e fin ic ió n de la
este m al u so , p u e d e n ser exam in ad o s en el m arco de la e x p o si
filosofía, p ero n o co n la de la poesía. E n qué m ed id a el co n cep to
ció n de otra h erm en éu tica general: la de G e o rg F ried rich M eier.
de la filo s o fía está igu a lm en te so m etid o al cam b io h istó ric o , de
m o d o q u e, p o r e je m p lo , u n texto filo s ó fic o h o y p o d r ía te n e r ,
co m o la poesía, su p ro p ia tem p oralid ad , qu e hace que los c o n o
cim ien to s se to r n e n falsos en el curso de la ev o lu ció n d el p en sa
m ie n to sin qu e te n g a n qu e ser falsos e n el lu g a r e n q u e están
expresados, es u n a cu estió n qu e aqu í sólo p u ed o ap u ntar. Ig u al
53 C f r . supra, p . 62-
ó
_
134 PETER SZONDI
INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 6 i35
g in a r esta e v o lu c ió n h is t ó r ic a y, si es p o s ib le , p r o p o n e r , e n
r a c ió n de c o fu n d a d o r de la estética a lem a n a 55. E n tre sus dem ás
lu g a r de la t r a d ic io n a l « le c c ió n m a g is tr a l» , p o r u n a p a rte el
o b ra s hay qu e m e n c io n a r u n a Metafísica ( l 755 _I 759 ) y u n a Teo
trab ajo d e in v estig a ció n co le ctiv o , y p o r o tra el c o lo q u io , e n el
ría de la razón (17 5 2 ). Estas ú ltim as o b ras fu e r o n e n su ép o ca m ás
a p re cia d a s q u e el Ensayo de un arte general de la interpretación, al q u e q u e u n texto d ad o es ex p licad o y d iscu tid o ya n o e n u n m o n ó
« U n in térp rete —escribe— que in terp reta signos in te n c io p o r o tro s m ed io s las p e rfe c c io n e s d el a u to r antes d e in te rp re ta r
nales debe considerar herm enéuticam ente verdadero aquel su o b ra, qu e n o se ve e n ab so lu to en fre n ta d o al círcu lo h e r m e
significado que es más acorde con las perfecciones del autor n é u tic o qu e p a ra n o s o tr o s —co m o ya p a ra la h e r m e n é u tic a de
del mism o mientras no se evidencie lo contrario. Eri conse co m ie n zo s d el siglo X I X — a q u í se crea ría . S i se exam in a e l p o s
cuencia debe conocer, tanto com o le sea posible, las p erfec tu lad o de M e ie r de la eq u id a d h e rm e n é u tica , se en cu e n tra qu e
ciones del autor de los signos incluso antes de interpretarlos»
el cam bio h istó rica m en te c o n d ic io n a d o d el télos de la in te r p r e
(§ 95 . P- 49 >- ta c ió n h ace d u d a r e n p r im e r lu g a r de qu e se p u e d a te n e r p o r
E l in ciso « ta n to co m o le sea p o s ib le » hace referen cia a las d if i v e rd a d e ro s a q u e llo s sig n ific a d o s q u e so n m ás a co rd e s c o n las
o b ra s, so n , d esd e el p u n to de vista h e r m e n é u tic o , casos lím ite id ea de D io s de la filo s o fía le ib n iz ia n a . D esd e el p u n to de vista
alto d e fo r m a a crítica la d ife r e n c ia e n tre X Y co m o a u to r y X Y aco rd es c o n las d el a u to r. A s im ism o hay qu e p reg u n ta rse dónde
cam bia e n la h isto ria ju n t o c o n la id e a qu e se tie n e d e la lite r a in terp reta signos in ten cio n a le s d ebe « te n e r p o r h e rm e n é u tica -
siglo X V I I I , el o b je tiv o de la in te r p r e ta c ió n es el c o n o c im ie n to rico en co n ten id o s, verd a d ero , claro, cierto y p ráctico co m o sea
su p u esto s, esto só lo p u e d e h acerse e n el m a rco de u n a p o é tic a d e p e n d e n de las in te n c io n e s qu e ellas a trib u y e n al tex to . P ero
qu e n o se e n c u e n tre p o r en cim a d e la h isto ria d e la lite ra tu ra , u n o de los p ro b lem a s m ás d ifíciles d e la h erm e n é u tica actual es
sin o a n cla d a e n ésta, y haga a p a re c e r la h e r m e n é u tic a q u e el de co n cilia r el m o m e n to d e la a firm a ció n , qu e co m o h ip ó te
reclam a co m o h istó rica m en te c o n d icio n a d a . sis de trabajo parece ser in h e re n te al p ro ceso de la co m p re n sió n ,
E n c u a n to a lo q u e haya q u e h a c e r c o n el p o s tu la d o d e la c o n la actitud crítica, c o n la p re c a u c ió n ante el p o sib le en ga ñ o ,
e q u id a d h e r m e n é u tic a , es u n a c u e s tió n q u e d e b e m o s r e p la n qu e este m u n d o n os obliga a to m a r m ien tras n o sea el m e jo r de
te a r n o s s o b re la base d e n u e s tr a p r o p ia c o m p r e n s ió n y de los posibles.
n u e s tra p r o p ia p ra x is h e r m e n é u tic a . ¿ S ig n ific a el r e c o n o c i
m ie n to d e la cla rid a d y la certeza, p o r e je m p lo , co m o c u a lid a
des a las q u e lo s signos a rtificiales aspiran , q u e estas cualidades
d eb an su p o n erse e n la in te rp re ta ció n m ien tras n o se dem uestre
lo c o n tr a r io ? D e n in g ú n m o d o . S in em bargo , el p o stu lad o de la
e q u id a d h e r m e n é u tic a p a re ce ser, e n u n a fo r m a m o d ific a d a ,
fa m ilia r a la práctica h erm en éu tica actual. E sto sólo p u ed e m o s
trarse c o n d eta lle e n el m arco de u n an álisis co m p ara tiv o de la
co m p re n sió n y la crítica co m o el q u e e n los ú ltim o s años h a id o
c o b r a n d o a ctu alid ad , esp ecia lm en te p o r in flu e n c ia d e lo s tr a
b a jo s d e W a lter B e n ja m in y d e su d is t in c ió n e n tr e c r ític a y
c o m e n ta rio , expuesta al p r in c ip io de su a rtícu lo so b re Las afini
dades electivas62. S i exam in am os n u estro p ro ceso de co m p re n sió n ,
cierta m en te n o en co n tra rem o s la eq u id a d h e rm e n é u tic a co m o
su p o sició n de cualidades existentes m ien tra s n o se d em uestre lo
c o n tr a r io , p e r o sí co m o in te r ro g a c ió n , an te el texto , p o r estas
cualidades. Estas n o so n consideradas sin re fle x ió n co m o c u a li
dades dadas, co m o si este m u n d o fuese el m e jo r de lo s m u n d o s,
p e r o ello n o sig n ifica q u e n o p u e d a n d e te rm in a r co m o p o te n
cialidades la co m p re n sió n , cuyo p ro ceso p u ed e estar g u iad o p o r
la p r e g u n ta de si, e n u n texto d a d o , se h a n a p ro v e ch a d o estas
p o s ib ilid a d e s . Las in te r p r e ta c io n e s se h a lla n h is tó ric a m e n te
co n d icio n ad a s tam b ién p o r el h ech o de qu e sus in terro g acio n e s
64. C fr . P. Szon d i, Überphilologische Erkenntnis, en P. Sz., Hólderlin-Studien, 19 6 7 , 2 a ed ., Frank- «Como el autor de un escrito no escribe de una vez, sino en
furt, 197 ° (= ed ición Suhrkam p, B d . 3 7 9 )» pp- 27 y ss. [^ A cerca del co n o cim ien to filo momentos distintos, y como entre ellos puede muy bien
ló g ic o » , Estudios sobre Hólderlin, B arcelona, D estin o , 19 9 2 , trad. d e j . L . V erm al].
65 S o b r e la c o n c e p c i ó n c h la d e n ia n a d e l t e x t o , c f r . e l c a p ít u lo 4 » P P - 9 9 y ss.
haber cambiado de opinión, no hay que tomar juntos los
66 S e g ú n u n a lista de S z o n d i, §§ 3 0 0 , 3 0 4 , 3 9 3 , 3 9 4 > 39& y 5 ° 2 - pasajes paralelos de un autor sin hacer ninguna distinción,
i6 6 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 167
sino sólo aquellos que escribió manteniendo la misma opi C u a lq u ie ra qu e sea la f u n c ió n que q u ep a asignar o a tr ib u ir a la
nión. De esto se sigue que lo que un autor ha escrito en c o n tr a d ic c ió n en tre dos pasajes d e u n a o b ra , lo im p o r ta n te es
muchos libros, e incluso lo que ha escrito en distintas partes qu e C h la d e n iu s c o n s id e ra este lím ite de la va lid ez d el m é to d o
de una sola gran obra, no debe juntarse indistintamente d e lo s pasajes p a ra lelo s —¿p u e s e n qu é m a n u a l de n u e stro siglo
como si constituyese una sola afirmación suya. En efecto,
e n co n tra m o s algo se m e ja n te ? —, y, cosa n o m en o s im p o rta n te ,
como escribir una gran obra requiere mucho tiempo, en un
r e c o n o c e qu e la p o s ib ilid a d d e estas c o n tr a d ic c io n e s d e p e n d e
mismo libro se pueden encontrar opiniones contrarias, y
nosotros podemos haber estado conformes primero con una d e l g é n e r o , d e l modus dicendi d e la o b r a e n q u e a p a r e c e n . E v i
y más tarde con la otra» (§ 304* p. 179)- d e n te m e n te , es n e c e s a r io i r m ás a llá d e sus d is t in c io n e s y
e x p lic a c io n e s, p u es las c o n tr a d ic c io n e s o las in c o n s e c u e n c ia s
P o r a certad a q u e sea esta o b serv a ció n , y p o r n e cesa rio q u e sea
d e u n a o b ra n o so n sim p le m e n te co n se cu e n cia d el tie m p o q u e
h a c e r la , d a d o q u e lo s pasajes p a ra le lo s s u e le n u tiliz a r s e , h o y
n e cesitó su c o m p o s ic ió n , sin o m ás b ie n d e la p o sib le in te g ra
co m o en to n c e s, d e m a n era bastan te a crítica , la crítica n o d ebe
c ió n e n la o b ra d e l e le m e n to te m p o r a l. S i el c u rso te m p o r a l
lim it a r s e a la c u e s tió n d e si d e trá s d e lo s su p u e s to s p asajes
n o es u n sim p le o b je to p a ra la o b r a (tie m p o n a r r a d o ) n i u n
p a r a le lo s está la m ism a in t e n c ió n o si ésta h a c a m b ia d o ; el
m e d io d e e x p r e s ió n e x t e r io r a su i n t e n c ió n (tie m p o d e la
o b je to de la crítica d eb e ser ta m b ié n la p rem isa d e q u e, antes o
n a r r a c ió n ) ; si la id e a d e la o b r a s ó lo se revela e n su m o v i
in d e p e n d ie n t e m e n t e d e la in t e r p r e t a c ió n d e d o s p a sa jes, es
m ie n to h a c ia fu e r a , e n su sa lid a a la d ife r e n c ia te m p o r a l, la
p o sib le d e te rm in a r si éstos p r o c e d e n o n o d e la m ism a in t e n
o b ra só lo p u e d e c o n c e b ir s e c o m o u n p r o c e s o e n el q u e cada
c ió n . L a tesis de q u e e n u n a o b r a v o lu m in o s a se p u e d e n
p asaje d eb e ser in te r p r e ta d o t e n ie n d o e n c u e n ta su p o s ic ió n
e n c o n t r a r o p in io n e s c o n tr a r ia s p o r q u e la c o m p o s ic ió n d e la
e n d ic h o p r o c e so . Esta r e la c ió n e n tre la estru ctu ra d e la o b ra y
m ism a r e q u ie r e m u c h o tie m p o , c o n d u c e a G h la d e n iu s a u n
la te m p o ra lid a d es u n o de lo s tem as de la te o ría h istó rica de las
se g u n d o p u n to im p o r ta n te : las d ife r e n c ia s de g é n e r o , q u e la
fo r m a s lite r a r ia s , d e la cu a l só lo h a y a lg u n o s r u d im e n t o s
h e r m e n é u tic a ta m b ié n d ebe te n e r a q u í e n cu en ta.
—co m o la Teoría de ¡a novela d e L u k á cs o e l lib r o so b re el d ra m a
«Los libros que han sido escritos según el método didáctico alem á n de B e n ja m ín —. L a Filosofía de la música moderna d e A d o r n o
empleado en la matemática tienen esta ventaja por encima de c o n tie n e im p o rta n te s o b serv a cio n es al resp e cto . S ó lo so b re la
todas las demás: que en ellos no es posible encontrar nada base d e lo s c o n o c im ie n to s a d q u irid o s p o r m e d io d e u n a te o ría
contradictorio, ni tampoco opiniones distintas. Pues si en el h istó ric a de las fo rm a s lite ra ria s q u e ten g a e n cu e n ta el f e n ó
curso de su composición se producen cambios de opinión, se
m e n o d el tie m p o de la o b ra p o d r á la h e rm e n é u tic a d e sa rro lla r
haría necesario, en virtud de este método, cambiar también
la crítica , esbozada p o r C h la d e n iu s , d e l m é to d o d e lo s pasajes
todo lo anterior. En otros libros, en cambio, no sólo es posi
ble que uno mismo se contradiga, sino que la contradicción p a ra lelo s e n te n d id a c o m o p re g u n ta p o r la c o n d ic ió n de p o s i
sirva además para encontrar una escapatoria en caso necesario, b ilid a d de la in te r p r e ta c ió n basada e n lo s pasajes p a ra lelo s.
como cuando hay que dar cuenta de una opinión; incluso U n te rce r tip o d e « m a l em p le o d e los pasajes p a ra le lo s » es
algunos pueden ver como una gentileza el que alguien muestre el q u e se da
en sus escritos algo de escepticismo» (§ 3 ° 4 >pp- 179 7 s-)-
i68 PETER 5Z0ND! INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 7 l 69
«cuando se pretende derivar el significado de las palabras Y a q u í vu elve a p la n te a rse la c u e s tió n d e las c o n se cu e n cia s
metafóricas en un lugar determinado del uso metafórico de q u e e l p o s tu la d o d e la e q u id a d h e r m e n é u tic a , tal c o m o lo
las mismas palabras en otro lugar. Es sabido que se puede
d e fin e la te o ría d e la in t e r p r e ta c ió n de M e ie r , tie n e p a ra la
aprender el significado común de las palabras a partir deluso
d e c isió n h e r m e n é u tic a de s u p o n e r e n u n pasaje el sig n ific a d o
de las mismas en ocasiones diferentes; partiendo de esta
regla, que se tiene por más general de lo que realmente es, se p r o p io o el im p ro p io (es d ecir, m e ta fó rico ), o, en o tro s té r m i
supone que, puesto que en otro lugar, o en varios, se utiliza n o s, el d irecto o el in d ir e c to . M e ie r a trib u ye al sig n o a rtificia l
la palabra en este sentido figurado, en otros pasajes debe u n tip o de p e r fe c c io n e s p o sib le s q u e, si c o in c id e n c o n las d el
tener este mismo sentido» (§ 396, p. 281). a u to r, la in te r p r e ta c ió n d eb e su p o n e r qu e existen m ien tra s n o
se d em uestre lo c o n tra rio , si la in te rp re ta c ió n h a de ser e q u ita
tiva c o n el a u to r. N o siem p re se p u e d e n ig n o ra r las c o n s e c u e n
Y d e sp u é s d e ilu s tr a r c o n u n e je m p lo la p o s ib ilid a d d e u n a
cias de este p o stu lad o c o n u n e n c o g im ie n to de h o m b ro s y acaso
in te r p r e ta c ió n falsa co m o a q u élla, C h la d e n iu s establece
c o n la m ism a so n risa q u e M e ie r n o s a rra n ca c u a n d o d ic e q u e
4.
176 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 8 177
unidad viva, h a b ría q u e p r e g u n ta r s e si d e b e estar lib r e d e to d a cosa. Y el le cto r o el in térp rete co m p re n d e n co rrecta m en te
c o n tr a d ic c ió n in te rn a , si d ebe ser sc h e llin g ia n o m ás q u e h e g e - el pasaje si so n capaces de r e p r o d u c ir la idea d el a u to r so b re tal
lia n o o h ó ld e r lin ia n o ; si este co n ce p to d e u n id a d p u e d e a p are cosa, si se fo rm a n la m ism a id ea so b re ella. L a h erm e n é u tica de
cer co m o u n co n ce p to a rm ó n ico só lo p o r q u e la u n id a d es p e n la Ilu stra c ió n n o se p la n te a el p r o b le m a de có m o u n e s p íritu
sada c o m o a n t e r io r a la e m p iría , e n lu g a r d e ser, c o m o e n la extrañ o p u e d e ser c o m p re n d id o p o r q u e p a ra ella c o m p re n d e r
d ia lé c tic a h e g e lia n a y e n la p o é tic a h ó ld e r lin ia n a , a n te to d o n o es c o m p re n d e r al a u to r, sin o c o m p re n d e r su co m p re n sió n .
re su lta d o d e o p o s ic io n e s reales, d e ser m e d ia d o r a e n tre éstas. S u p resu p u esto , p ara ella n o p ro b le m á tic o , es la p o sib ilid a d de
P ero A st era d iscíp u lo de S ch ellin g . e n te n d e r las cosas de este m u n d o —u n a p o sib ilid a d qu e todavía
A st ve e n el e sp íritu tan to la c o n d ic ió n d e p o sib ilid a d d e la e n M e ie r se fu n d a e n el carácter de signo de las cosas, e n la rela
c o m p re n s ió n co m o la fin a lid a d de ésta: « T o d o c o m p re n d e r o ció n de d ep en d en cia en tre la crea ció n y su in te rp re ta ció n p o r el
in te r p r e ta r n o só lo u n m u n d o ex tra ñ o , sin o , e n g e n e ra l, o tro h o m b re (explicado naturae)—. P o r eso es u n h ech o cru cial e n la h is
m u n d o , es a b so lu ta m e n te im p o s ib le sin la u n id a d e id e n tid a d to r ia de la h e r m e n é u tic a el q u e e n A s t y e n S c h le ie r m a c h e r el
o rig in a l de to d o lo espiritual y sin la u n id a d o rig in a l de todas las o b je to de la in te r p r e ta c ió n ya n o sean e l p asaje o la o b ra , lo s
cosas en el esp íritu » (§ 7 0 , p p . 167 y s.). Para el esp íritu n o hay cuales están a su vez referid o s a u n a cosa cuyo co n o cim ie n to ellos
a b so lu ta m e n te n a d a en sí e x tr a ñ o , p u e s to q u e él es la u n id a d rep resen tan y es el objetivo fin a l de la in terp reta ció n , sino qu e el
su p e rio r, in fin ita , el cen tro de to d a vida, n o lim ita d o p o r n i n o b je to de la c o m p r e n s ió n sea el a u to r m ism o . E n r ig o r , só lo
g u n a p e rife ria . C u a lq u ie ra q u e sea el sig n ificad o de esta a firm a en tonces aparece la co m p re n sió n co m o acto h erm en éu tico , des
c ió n , la c u e s tió n d e las p r o p ie d a d e s y las fa cu lta d es d e esta p lazando a la in te rp re ta ció n . D esd e este p u n to de vista, el curso
su p re m a in sta n c ia só lo se p la n te a e n la h e r m e n é u tic a e n la regu lar de la h isto ria de la h erm en éu tica p ostu lad o p o r D ilth ey,
m e d id a e n qu e el acto de la c o m p re n s ió n es ig u a lm e n te p u esto q u e c o n d u c e de p rá c tica filo ló g ic a sin reglas a la fija c ió n de
b ajo su p ro te c c ió n . Y esto o cu rre e n p o lé m ica co n tra el sensua reglas, lu ego a la sistem atización de estas reglas y, fin a lm en te, al
lism o de los siglos X V II y X V III. « Q u e las cosas —escribe A st— v ie análisis de la c o m p re n sió n , q u e es el « p u n to d e p a rtid a segu ro
n e n al esp íritu d el ex terio r e n im ágenes afluentes, e n im p re s io p ara establecer las r e g la s » 77, es n o p o c o d u d o so , p u es la fu n d a -
n e s sen sib les o c o m o q u ie r a ex p lica rse lo q u e n o tie n e m e n ta ció n de la h e rm e n é u tica e n el análisis de la c o m p re n sió n
e x p lic a c ió n , es u n a id e a q u e se d estru y e a sí m ism a y q u e h a ce n o es sin más u n signo de p ro g reso en la ev o lu ció n de la h e r m e
tie m p o que ha sido aban d on ad a; el ser n o p u ed e co n vertirse en n éu tica: es ta m b ié n la co n se cu e n cia d e u n cam b io e n el o b je to
u n saber, n i lo c o rp ó r e o en e sp íritu , si n o están em p a ren tad o s de la in te r p r e ta c ió n , u n c a m b io q u e p u e d e ser r e d u c id o a la
c o n éste o n o están o rig in a lm en te e n u n id a d c o n é l» (§ 6 9 , p p . tra n s fo rm a c ió n q u e s u frió la te o ría d e l c o n o c im ie n to al pasar
166 y s.). E l sensualism o aqu í rechazado es el supuesto de aquella d el sensualism o al criticism o y al idealism o.
h e rm e n é u tic a o rien ta d a a la cosa q u e e n co n tra m o s e n C h la d e - Para la crítica h e ch a m ás a rrib a a la fu n c ió n a rm o n iz a d o ra
n iu s y todavía en M e ie r. L a in te rp re ta ció n es p ara éstos la c o m d e l c o n c e p to d e e s p íritu e n A s t, es rele v a n te la id e a d e q u e el
p r e n s ió n de u n pasaje, la cual es a su vez en ten d id a co m o ex p li
ca ció n qu e se da sobre u n a cosa. E l a u to r fo rm u la su id ea sobre 77 W . D ilth e y , Die EntstehungderHermeneutik, p . 3 2 0 .
i 82 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 3 183
e s p ír itu , d e cla ra d o c o n d ic ió n d e p o s ib ilid a d de la c o m p r e n tem p o ral y relativam ente extrañ o a él. Pues sólo lo tem p o ral
s ió n (e n la m e d id a e n q u e to d a s las cosas fo r m a n o r i g in a l y extern o (e d u c ac ió n , fo rm a c ió n , situ ac ió n , etc.) es lo que
m e n te u n a u n id a d e n el e sp íritu y e n q u e to d o lo e sp iritu a l es crea u n a d ife re n c ia d e n tro d e l e sp íritu . S i se h ace a b stra c
c ió n de lo te m p o ra l y e x te rn o co m o cau sa de d ife re n c ia s
o r ig in a lm e n te u n o e id é n t ic o ) , al m ism o tie m p o g a ra n tiz a la
accidentales con relació n al p u ro esp íritu , tod o s lo s espíritu s
s o lu c ió n d e to d o s lo s p r o b le m a s b e r m e n é u t ic o s cre a d o s p o r
so n id é n tic o s. Y éste es p re c isam e n te el fin q u e p e rsig u e la
las d ife re n cia s fácticas, tales co m o la d isp a rid a d en tre dos sig
fo rm ac ió n filológica: p u rific a r el esp íritu de to d o lo te m p o ral,
n ific a d o s d e u n a m ism a p a la b r a , la d is ta n c ia te m p o r a l e n tr e accid en tal y su b je tiv o , y c o n fe r ir le aq u e lla o r ig in a r ie d a d y
a u to r y le c to r y las diversas m an eras de ir e n la in te r p r e ta c ió n u n iversalidad que so n necesarias al h o m b re su p e rio r y p u ro ,
d e l t o d o a lo p a r t ic u la r y d e lo p a r t ic u la r al t o d o , e n las q u e c o n ferirle la humanidad: p a ra que el h o m b re p ercib a lo verd a
u n o y o tr o a lte rn a tiv a m e n te se s u p o n e n , d a n d o así o r ig e n al d ero, lo b u e n o y lo b ello e n todas las form as y rep resen tacio
p r o b le m a d e l c ír c u lo h e r m e n é u t ic o . T o d o s estos p r o b le m a s nes, p o r extrañ as q u e sean , co n v irtie n d o esas cu alid ad es en
e stá n ya r e s u e lto s d e n tr o d e l c o n c e p to de e s p ír itu —c o n el su p r o p ia e se n cia y h a c ié n d o se así n u ev am en te u n o c o n el
esp íritu orig in al, p u ram en te h u m an o , d el que h abía salid o a
in c o n v e n ie n te de qu e esta s o lu c ió n existe ta n só lo e n la te o ría
cau sa de las lim ita c io n e s de su é p o c a, su fo r m a c ió n y su
d e la b e rm e n é u tic a , de qu e tie n e q u e reh u sa r establecer reglas,
situ a c ió n » (§ J O , p p . 168 y s.).
h a c ie n d o , p o r e n d e , im p o s ib le la p r á c tic a —. P o r eso , e l
r e c u rs o al p r o c e s o d e la c o m p r e n s ió n n o es p r e c is a m e n te , al
m e n o s e n A st, lo q u e D ilth e y d ecía q u e es: u n « p u n t o de p a r A q u í, n o m e n o s q u e e n la f ilo s o f ía d e la h is t o r ia q u e A s t
tid a segu ro p a ra establecer las r e g la s » 78 —y m ás tard e h a b re m o s esboza, y a la qu e p r o n to n o s r e fe rire m o s, es clara la in fu e n c ia
d e p r e g u n ta r n o s si n o su ce d e lo m ism o e n S c h le ie r m a c h e r y d e S c h e llin g . G o m o e n S c h e llin g , to d a d iv ersid ad se re d u c e a
e n el p r o p io D ilth e y —79. u n a d ife r e n c ia rela tiva , y lo q u e p a re ce d iv erso es e n sí i d é n
L a sig u ie n te cita m o stra rá cla ra m e n te hasta q u é p u n to , e n tic o , c o n lo q u e la m is ió n d e l c o n o c im ie n t o es p u r if ic a r sus
el caso d e A s t, el c o n c e p to d e e s p ír it u e sca m o te a m ás q u e o b je to s de lo te m p o r a l, e x te r n o y a c c id e n ta l. A u n q u e n o
r e su e lv e e l p r o b le m a d e la d is ta n c ia te m p o r a l, u n p r o b le m a p u e d e d u d a rs e d e q u e la c o m p r e n s ió n d e l e s p ír itu a n tig u o
q u e c o n el n a c im ie n to de la c o n c ie n c ia h istó rica e n la segu n d a —p a ra u sar d e m o m e n to esta e x p re sió n — só lo es p o s ib le so b re
m ita d d el siglo X V I I I (H e rd e r) se a gu d izaría ta m b ié n e n la h e r la b ase de u n a id e n t id a d d e lo e s p ir itu a l, h ay q u e in s is t ir e n
m e n é u tica : q u e esta id e n tid a d n o es a b so lu ta , e n q u e el e s p ír itu a n tig u o
só lo d eja d e ser tal e s p ír itu a n tig u o c u a n d o es lib e r a d o d e su
« N o co m p re n d e ríam o s n i la an tig ü ed ad en gen eral, n i u n a extrañeza. L a c o m p re n s ió n d el e s p íritu extrañ o se fu n d a c ie r
o b ra de arte o u n a o b ra escrita, si n u e stro e sp íritu n o fu ese tam en te en u n a a fin id a d , e n u n n o ser a b so lu tam en te ex tra ñ o ,
en sí y origin alm en te u n o co n el esp íritu de la antigü edad, ya
p e r o tie n e c o m o o b je to p r e c is a m e n te al e s p ír itu e x tra ñ o qua
q ue n u estro e sp íritu es capaz de acoger en sí el e sp íritu sólo
ex tra ñ o , y n o p u e d e co n seg u irse m ed ia n te su r e d u c c ió n a algo
qu e p e rm a n e ce siem p re id é n tic o , c o n la cu al el in d iv id u o qu e
78 Ibid.
79 C f r . el p r ó lo g o a la e d ic ió n alem an a. c o m p re n d e n o h a ría o tra cosa q u e reflejarse a sí m ism o .
!
h e r m e n é u tic o ); p o r eso m ás b ie n se p o stu la q u e ya la p r im e r a dera rep ro d u cció n o im ita ció n de lo ya fo rm a d o » (§ 8o, p . 187).
p a rtic u la rid a d d espierta la id ea d e l to d o , p u es el esp íritu co m o Es d ifíc il ex a gera r la im p o r ta n c ia d e esta tesis: e lla m a rca u n
e s e n c ia o r ig in a l e in d iv isa d e b e e x is tir e n te r o e in d iv is o e n v ira je ca p ita l e n la h is to r ia d e la h e r m e n é u tic a . O c a s ió n t e n
cada p a rtic u la r id a d . C o n c r e ta m e n te : el e s p íritu de u n a ép o ca d re m o s de h a b la r m ás d e te n id a m e n te de e llo a p r o p ó s it o d e
e n cad a p o e ta . C o m o la p a r t ic u la r iz a c ió n só lo es a d m itid a , S ch leierm ach er; aqu í n os lim itarem o s a señalar que A st co n cib e
c o m o e n S c h e llin g , cu a l a p a r ie n c ia tras la cu á l el e s p ír itu se la génesis d el p o e m a p a rticu la r c o n fo r m e al m o d e lo de la ev o
a firm a e n su id e n tid a d co m o lo u n iversal, la co m p re n sió n de lo lu c ió n d el esp íritu tal co m o su filo s o fía de la h isto ria —to m a d a
p a rticu la r ya n o d ep en d e de la c o m p re n sió n d el to d o . E l p o stu d e S ch ellin g — la d escrib e. Y d el m ism o m o d o qu e esta c o n c e p
lad o d el to d o p resen te e n lo p a rticu la r, d e lo u n iversal p resen te c ió n idealista hace ap arecer todas las cu estion es co n ce rn ien tes a
e n lo sin g u la r, es así e l su p u esto d e lo q u e A s t p re se n ta co m o u n a crítica de la razó n h istó rica co m o ya resueltas, la a firm a ció n
s o lu c ió n d e l c ír c u lo h e r m e n é u t ic o . D e l m ism o m o d o q u e su d e l p ro c e so d e la g én esis r e s p o n d e d e a n te m a n o a to d a s las
filo s o fía de la h isto ria hace superfl.ua la cu estió n de la p o s ib ili cu estio n es qu e se le p la n te a r ía n a u n a in te r p r e ta c ió n g e n é tica
d a d d e l c o n o c im ie n t o h is t ó r ic o , su filo s o fía d e la id e n tid a d d e u n a o b ra d e te rm in a d a . E sto n o s lo m u e stra el e je m p lo al
h ace su p e rflu a la cu e s tió n de la p o s ib ilid a d d e la c o m p re n s ió n qu e A st re c u rr e p a ra ilu s tr a r su d e fin ic ió n d e la c o m p r e n s ió n
e n la situ a ció n que crea el círcu lo h e r m e n é u tic o . co m o u n a r e p r o d u c c ió n de algo qu e ya h a re cib id o u n a fo rm a :
L a co n secu en cia de qu e A s t n o e n tie n d a p o r el acto h e r m e
« E n u n od a de H o rac io [ ...] , la explicación p artirá del p r i
n é u tic o la in te r p r e ta c ió n de pasajes p a rticu la res, y m e n o s a ú n
m er p u n to a p a rtir del cual h a com en zado la p ro d u c c ió n del
la in te r p r e ta c ió n lim ita d a a d e te rm in a d o s pasajes —lo s pasajes
p o eta; en este p u n to , la id ea del to d o está su gerid a tan c ie r
o s c u r o s , c o m o a ú n e n G h la d e n iu s —, es q u e , p a ra é l, « c o m tam ente com o que el p u n to en que com ienza la p ro d u c c ió n
p r e n d e r u n a o b r a » n o p u e d e sig n ific a r c o m p r e n d e r to d o s los p o é tica m ism a h a su rg id o de la id e a in sp ira d a del to d o . L a
pasajes de u n a o b ra . A l p o stu la r q u e, ya e n la p r im e r a p a r tic u idea del to d o se despliega, desp ués de habérsele d ad o su p r i
la r id a d c o m p r e n d id a , se d e sp ie rta e n q u ie n la c o m p r e n d e la m era d irecció n en el p u n to in icial, a través de to d o s los ele
id e a d e l to d o —p o r q u e el e s p ír itu d e l t o d o existe ya e n cada m e n to s d el p o e m a ; y la e x p lic a c ió n d ebe c ap tar estos
e le m e n to p a rticu la r—, el p ro c e so de la c o m p re n sió n —in te r p r e m om en tos particu lares, cada u n o en su vida in dividual; hasta
que el círcu lo de los elem en tos en d e sarro llo se h a c e rrad o ,
ta c ió n p ie r d e el ca rá cte r a d itivo q u e tuvo e n la h e r m e n é u tic a
la totalid ad de lo s p u n to s p articu lares re to rn a a la id ea de la
tr a d ic io n a l. L a c o m p r e n s ió n co n s iste a q u í e n u n p r o c e s o de
que la p ro d u c ció n había p artid o , la vida m ú ltiple desplegada
d e sa rro llo e n el q u e la id ea d e l to d o (c o n te n id a e n cada p a r ti
en lo s m o m e n to s p a rticu lare s se c o n fu n d e de nuevo co n la
c u la r id a d y, p o r ta n to , ya p re se n tid a e n la p r im e r a p a rtic u la u n id a d o rig in a l q u e el p r im e r m o m e n to de la p r o d u c c ió n
r id a d a p r e h e n d id a ) se va c o n c r e t a n d o , a través d e to d o s lo s só lo su g e ría y la u n id a d in ic ia lm e n te aú n in d e te rm in a d a
p a sa jes d e la o b ra , e n la se rie d e lo s a cto s p a r tic u la r e s d e la deviene en arm o n ía visible y v iv ie n te » (§ 8 l, p p . 189 y s.).
c o m p re n s ió n . E sto q u iere d e c ir q u e el acto de la c o m p re n s ió n
r e p r o d u c e g e n é tica m e n te la fo r m a c ió n d el p o e m a . « L a c o m In d u d a b lem en te podría esto ser así. P ero ¿es así e n e l caso p a r ti
p r e n s ió n y la ex p lica c ió n de u n a o b ra [con stituyen ] u n a ve rd a cu la r? : ¿su giere ya el p u n to de p artid a de la o b ra p o ética la idea
192 PETER SZ0ND1
el te r re n o de lo s estu d ios lite ra rio s, y tan to e n A le m a n ia co m o en tonces resolver la co n tra d icció n —u n a c o n c e p c ió n cuya m o t i
fu e r a d e ella, c o n la tra d ic ió n de la filo s o fía d e la vid a y la p s i vació n racionalista es eviden te—. S ch leierm ach er, p o r el c o n tr a
c o lo g ía d e la v iv e n c ia d e la e scu e la d ilth e y a n a : e n el f o r m a r io , d e fie n d e la se g u n d a m á x im a , se g ú n la cu al n a d a p u e d e
lis m o , e n el new criticism, e n el arte d e la in te r p r e ta c ió n y e n el co m p re n d e rse qu e n o se vea co m o n ecesa rio y n o p u e d a c o n s
e s tr u c tu r a lis m o . E x tra ñ a m e n te e n c o n tr a m o s h o y q u e el paso tru ir s e . A m b o s c r ite r io s e x ig e n u n a p ersp e ctiv a g e n é tic a : la
decisivo qu e d io S c h leierm a c h er de lo escrito a lo h a b la d o , que necesid ad de u n a m an ifesta ció n se d em uestra cu an d o p u e d e ser
su in s a tis fa c c ió n c o n « e l e x a m e n e n s o lita r io d e u n e s c rito d e d u cid a ; así, su c o m p r e n s ió n s u p o n e el r e c u rs o al a u to r , al
to ta lm e n te a is la d o » le m o v ió a d a r, o c u p a e s p e c ia lm e n te e n to d o de su v id a . S c h le ie r m a c h e r e n tie n d e la m a n ife s ta c ió n
F ra n cia el c e n tro de la d iscu sió n : sin q u e siq u ie ra se n o m b r e a p a rticu la r co m o u n « m o m e n to d e vid a p a lp ita n te » , co m o u n
S c h le ie r m a c h e r . P ie n s o , p o r u n la d o , e n la c o n c e p c ió n d e la « a c to » . L a c o n s tr u c c ió n co m o d e fin ic ió n d el acto de la c o m
lite ra tu ra , fu e rte m e n te in flu id a p o r D ilth e y , de G e o rg e s P o u - p r e n s ió n recu erd a a la fó r m u la de A s t de la « r e p r o d u c c ió n de
le t, q u e r e c u rre al p ro c e so su b jetivo , qu e no q u ie r e d e c ir p r i lo ya fo r m a d o » (§ 8 o , p . 18 7 ). p e ro p u ed e en ten d erse p e r fe c
va d o , d e la p e r c e p c ió n y la c o n c ie n c ia , y p o r o tr o e n u n a te o tam en te e n el se n tid o g rá fic o qu e la p a la b ra tie n e e n la t e r m i
ría d e la lite r a tu r a q u e p r o v ie n e s in d u d a d e M a lla r m é , cu yo n o lo g ía del id ealism o alem án , so b re to d o en S ch ellin g .
c o n c e p to cen tra l es el c o n ce p to de écriture, y cuyos r e p re se n ta n D e la m ism a o p o s ic ió n e n tre la h e rm e n é u tic a tr a d ic io n a l y
tes s o n e n tr e o tr o s R o la n d B a rth e s y G é r a r d G e n e tte , p e r o la nu eva qu e hay q u e fu n d a r tra tan lo s §§ 15 y 16 de la e x p o s i
so b re to d o Jacq u es D e r r id a 89. c ió n en fo r m a d e c o m p e n d io de 18 19 :
L a fo rm u la c ió n más expresiva de la o p o s ició n en tre la antigua
h e r m e n é u tic a de lo s pasajes y la q u e se p r o p o n ía ela b o ra r, la « L a práctica más laxa en este arte [en el m anuscrito se lee
e n co n tró ya S chleierm acher en u n o de los aforism os de 18 0 5 . E n prim ero: La práctica sin arte, esto es, de la interpretación] parte
de la idea de que la co m p ren sió n se p rod u ce p o r sí sola, y
él leem os: « D o s m áxim as opuestas de la co m p ren sió n : i) lo co m
expresa negativamente su finalidad: "hay que evitar el m alen
p r e n d o to d o hasta q u e doy c o n u n a c o n tr a d ic c ió n o u n sin sen
ten d id o !”]. [...] La práctica más rigurosa parte de la idea de
tid o ; 2) n o co m p ren d o nada que n o considere necesario y qu e n o
que el m alentendido se produce p o r sí solo y hay que desear
p u ed a co n s tr u ir» (p. 31). C h la d e n iu s ve e n la c o n tra d icció n u n y perseguir la com prensión en cada pu n to » (p. 86 ).
signo de o scu recim ien to de u n pasaje; co m o tod a la teo ría tra d i
cio n a l de la in te rp re ta ció n , la suya en tra e n a cció n siem p re qu e M ien tra s q u e el a n te r io r a fo rism o n o exp lica có m o p e rc ib im o s
u n pasaje n o es in m ed iatam en te co m p ren sib le, es d ecir, cu an d o la n e c e s id a d d e lo q u e in te n ta m o s c o m p r e n d e r n i ta m p o c o
parece estar e n co n tra d icció n c o n el co n tex to, o c o n la p resu n ta có m o p u e d e c o n s tru irs e , y co n clu y e c o n la a fir m a c ió n d e q u e
in te n c ió n d el au to r, o c o n la verdad reco n o cid a . C o m p re n d e r es la c o m p re n s ió n es, se g ú n esta m áxim a, « u n a tarea in te r m in a
b le » (p. 3 1), las e x p lica c io n es qu e S c h le ie rm a c h e r a ñ a d e a los
89 C f r . R . B a rth e s , C r itiq u e e t v é r ité , P a rís, 1 9 6 6 [ C r it ic a j verd a d, M é x ic o , S ig lo X X I, d os p a rá g ra fo s p o n e n e l c o n c e p to d e la c o m p r e n s ió n q u e él
1 9 7 8 ]; G . G e n e tt e , F i g u r e s , I - I I I , P a rís, 1 9 6 6 y ss. [ F i g u r a s I I I , B a r c e lo n a , L u m e n , postu la e n rela ció n c o n su teo ría de la in terp reta ció n gram atical
I 9 8 9 l ; J . D e r r id a , D e la g r a m m a t o l o g i e , P a rís, 1 9 6 7 [ D é l a G r a m a t o l o g i a , M é x ic o , S ig lo
X X I, 19 7 1]. y p sic o ló g ica o técn ic a . L a m e to d o lo g ía p r o p ia m e n te d ic h a de
204 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 205
90 C f r . cap . IO , p p . 2 H y s s . 92 Ibid., p . 2 3 .
91 H . K im m e r le , « E in le it u n g » , loe. cit. 93 Ibid., p p . 2 3 y s.
206 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 207
que muy ingenuamente, de sí mismo: que es capaz de explicar a P ero, aparte de esto, S ch leierm ach er distin gue, p o r u n la d o ,
H om ero de una manera francam ente excelente, pero que a la c o m p re n sió n qu e se apoya e n c o n o c im ie n to s de h ech o s de la
menudo ninguna luz cae para él sobre otro poeta o prosista. En len g u a y de la h isto ria y es in d e p e n d ie n te de la su b jetivid ad de
efecto, en todo lo que no depende solamente de la lengua, sino
la c o m p re n sió n , y, p o r o tr o , la c o m p re n s ió n q u e se basa e n la
de alguna manera también de la situación bistórica del pueblo y
e m p a tia y la id e n t ific a c ió n . N o es n a d a s o r p r e n d e n t e q u e la
de la época, el intérprete puede y debe, si dispone de los cono
filo s o fía de la vid a y la p s ic o lo g ía d e fin de siglo r e s p o n d ie r a a
cim ientos precisos, mostrarse en todos los casos igualm ente
excelente. Pero en lo que, en cambio, depende de la com pren la so b rea cen tu a ció n d e l m o m e n to fá ctico , o b jetiv o , e n el p o s i
sión correcta de lo que sucedía en el in terior del escritor tivism o c o n la s o b r e a c e n tu a c ió n d e l m o m e n to su b jetivo d e la
cuando proyectó y compuso su obra, lo que, en su lenguaje y en em p atia. E llo h ace q u e a m p lio s sectores de la in v e stig a ció n de
sus circunstancias individuales, es producto de su peculiaridad aqu ella ép o ca resu lte n h o y ilegib les. S in em bargo , e n S c h le ie r
personal, el intérprete más hábil sólo lo conseguirá con los m a c h e r e n c o n tr a m o s ya p u e sta s, ta n to e n el c o n c e p to d e la
escritores que le son más próximos, de sus escritores favoritos,
in te r p r e ta c ió n gra m atica l co m o e n el de la in te r p r e ta c ió n té c
aquellos en cuya intimidad más frecuentemente ha ahondado,
n ic a (q u e es u n a p a rte d e la in t e r p r e t a c ió n p s ic o ló g ic a , o
del m ismo m odo que en la vida corriente sólo conseguimos
in c lu s o ésta m ism a —la t e r m in o lo g ía o scila —) , las bases p a ra
entender a los amigos más íntimos; pero respecto a los demás
escritores no se contentará con lo que en este terreno consiga u n a c o m p re n s ió n de la e sp e cificid a d in d iv id u a l, p e r o ta m b ié n
obtener, y no se avergonzará de buscar el consejo de otras per h is tó ric a , e n el m e d io d e l le n g u a je , así co m o p a ra u n a c o m
sonas que por afinidad estén más cerca de ellos» (pp. 132 y s.). p r e n s ió n d e las fo rm a s y lo s g é n e r o s lite r a r io s : las bases p a ra
u n a crítica de lo s estilos y u n análisis d e las fo rm a s qu e p e r m i
N o n e ce sito d e c ir q u e estas a firm a c io n e s s o n p ro b le m á tic a s . te n r e c o n o c e r tan to la in d iv id u a lid a d co m o la h is to ric id a d de
C ie r ta m e n te n o se p u e d e sim p lem en te b o r r a r la p a rtic ip a c ió n lo s fe n ó m e n o s. E n esta m ed id a , S c h le ie rm a c h e r es —co m o c o n
d e la su b jetivid ad , d e la a fin id a d in c lu s o , e n el p ro c e so d e la ra z ó n in d ic a K im m e r le — n o só lo el p re c u rso r, sin o ta m b ié n el
c o m p re n s ió n . P ero ¿es sim p le m e n te u n a verd a d p sic o ló g ica el su p e ra d o r d e l h is to r ic is m o y de la filo s o fía d e la v id a , lo cu a l
que co m p ren d am o s m e jo r a los h o m b res y a los autores más a fi n o sig n ifica q u e el h is to ric is m o n o haya p o d id o in s p ira rse en
n es a n o s o tro s , co m o n u estro s a u to res « fa v o rito s , a q u ello s en él, p o r e je m p lo e n la sig u ie n te frase de lo s p r im e r o s esbozo s:
cuya in tim id a d m ás fr e c u e n te m e n te se h a a h o n d a d o » ? V a léry « H a y q u e in te n ta r c o n v e rtirse en le c to r c o n te m p o rá n e o p a ra
era d e o tra o p in ió n cu a n d o e n su c u a d e rn o d e n otas, y b a jo el c o m p r e n d e r las a lu s io n e s, p a ra c o m p r e n d e r la a tm ó sfe ra y el
títu lo d e « L u m ié re s n a tu relles» , escrib ió lo sigu iente acerca d el cam p o p a rticu la r de las c o m p a r a c io n e s » (p . 3 2 ).
o d io : « L a h a in e h a b ite l ’ adversaire, en d év e lo p p e les p r o f o n - S ch leierm ach er co m en zó su segu n d o discurso ante la A c a d e
deurs, disséque les plus délicates racin es des desseins q u ’il a dans m ia refirién d ose al tratam ien to d el círcu lo h erm en éu tico en A st:
le co e u r. N o u s le p é n é tro n s m ie u x q u e n o u s-m é m e s, et m ieu x
q u ’il n e fa it s o i-m é m e . II s’ o u b lie et n o u s n e l ’o u b lio n s p a s » 94. 14 8 ), p p . 6 8 4 y s. « L u z n a tu ra l [ ...] E l o d io h ab ita en el ad versario, revela sus p r o
fu n d id a d e s y d ise cc io n a las raíces m ás delicad as d e las in te n c io n e s q u e alberga e n su
c o r a z ó n . L o c o n o c e m o s m e jo r q u e a n o s o t r o s m is m o s y m e jo r d e lo q u e él se
94 P. V a léry, Oeuvres, to m o 2, ed . d e J . H y tie r , París, 1960 ( B ib lio th é q u e d e la P lé iad e c o n o c e a sí m is m o . E l se o lv id a , y n o so tro s n o le o lv id a m o s» .
208 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 9 209
« E l principio herm enéutico expuesto por el señor Ast, y bas nífiosus»95. P ero n i S c h le ie rm a c h e r fu e el p r im e r o e n acep tar la
tante desarrollado en m últiples aspectos, según el cual del circu la rid a d de la c o m p re n s ió n , n i el r e c o n o c im ie n to d el c ír
mismo modo que sin duda el todo se com prende partiendo de
c u lo h a sig n ifica d o sie m p re lo m ism o e n la h isto ria de la h e r
lo particular, lo particular sólo puede comprenderse partiendo
m e n é u tic a . S e ría n o p o c o in s tru c tiv o se g u ir las m e ta m o rfo s is
del todo, es de tal importancia para este arte, y tan incontesta
de la c o n c e p c ió n d el c írc u lo h e r m e n é u tic o , e n las qu e n o sólo
ble, que ya las primeras operaciones no pueden efectuarse sin
aplicarlo, y un gran número de reglas hermenéuticas se fundan cam bia el estatus d e l c írc u lo (de vicio so a le g ítim o ) , sin o ta m
en mayor o m enor medida en él» (pp- I4 1 y s-)- b ié n su co n te n id o . G a d am er h a analizado en los capítulos sobre
« L o cu estio n a b le de la h e r m e n é u tic a ro m á n tica [ . .. ] » y so b re
M ie n tra s q u e A s t insistía e n qu e el círcu lo n o p o d ía q u ed ar sin « L a h isto ric id a d de la c o m p r e n s ió n » lo s dos pasajes d ecisivos
s o lu c ió n , y p u d o d a r lo p o r r e su e lto m e r c e d al su p u e sto d e la de S c h le ie rm a c h e r y de H e id e g g e r, q u e sig n ific a r o n u n vu elco
filo s o fía de la id e n tid a d , segú n el cu al lo p a rticu la r y el to d o n o e n la c o n c e p c ió n d el c ír c u lo 96*.
so n c o n tra rio s , sin o q u e c o in c id e n e n la u n id a d , S c h le ie r m a - L o qu e S c h leierm a c h er e x p o n e e n su segu n d o d iscu rso ante
ch e r ve e n el círcu lo la c o n d ic ió n d e la c o m p re n s ió n . Es cierto la A c a d e m ia so b re el p r o b le m a d e c ír c u lo h e r m e n é u tic o va
qu e e n lo s afo rism o s de la p rim e r a ép o ca, u n a frase co m o ésta: d irig id o expresam ente co n tra la s o lu c ió n de A st, fu n d a d a e n la
« H a y qu e c o n o c e r ya al h o m b re p a ra c o m p re n d e r su d iscu rso, filo so fía de la id e n tid a d . S u p o lé m ica testim o n ia la p a sió n f i l o
y, sin em b a rg o , sólo p u ed e co n o cérse le a p a rtir de su d iscu rso » ló g ic a p o r la d ife r e n c ia c ió n , q u e e n la im a g e n tr a d ic io n a l de
(p. 4 4 ) expresa todavía extrañeza, p e r o e n la ex p o sició n a m o d o S c h le ie r m a c h e r , in flu e n c ia d a p o r D ilth e y , q u izá q u e d a ra
d e c o m p e n d io de 18 19 se observa ya el r e c o n o c im ie n to de qu e d e m a sia d o re le g a d a a u n se g u n d o p la n o e n b e n e fic io de sus
la c o m p r e n s ió n , le jo s de a sp ira r a la r e s o lu c ió n d e l c ír c u lo , tesis so b re lo d iv in a to r io y so b re la e m p a tia . A s t q u ie r e c o m
e n c u e n tr a p re c isa m e n te e n él la c o n d ic ió n de su p o s ib ilid a d . p re n d e r toda o b ra antigua a p a rtir d el esp íritu de la an tigü ed ad .
E n el § 20 se en cu e n tra la sig u ien te co n sid e ra ció n :
«E sto podría verse com o una redu cción del p roced er que
« E l vocabulario y la historia de la época de u n autor se com hemos descrito. Pues tal espíritu sería algo que com únm ente
po rtan com o el todo a partir del cual sus escritos deben ser habita en todas las producciones del mismo tipo, algo que se
com prendidos com o lo particular lo m ismo que aquél a p ar obtendría p o r abstracción de todo lo que es prop iam ente
tir de éste. [...] En todas partes, el conocim iento perfecto se particular. Mas el señor Ast protesta expresamente contra esto,
halla dentro de este círculo aparente que supone el que todo y piensa que este espíritu no necesita ser buscado y establecido
lo particular sólo pueda com prenderse a partir de lo general a partir de lo particular, puesto que está ya dado en lo parti
de lo que es parte y a la inversa. Y todo conocim iento sólo es cular, y lo está p o rq ue toda obra antigua no sería sino una
científico si está así constituido» (§ 20, p. 88). individualización de este espíritu. D ado indiscutiblem ente
m ie n to de las características d e l p ú b lic o —re cu é rd e se lo d ic h o n in gú n otro sign ificad o, y sólo la expresión entera puede
so b re lo s d iscu rso s ju d ic ia le s — n o se p u e d e in f e r ir m e c á n ic a llegar a ser usual» (pp. 91 y s.).
m e n te el s e n tid o d e u n p a sa je, p u e s es p o s ib le q u e u n a u to r
« n o s ie m p r e p ie n s e e n el c o n ju n t o d e su p ú b li c o » (p . 9 1)- Esta tesis de S c h le ie rm a c h e r te n d ría qu e d iscu tirse e n el m arco
P o r eso es esta reg la , a ñ a d e S c h le ie r m a c h e r , u n a re g la m ás d e u n a te o ría de la m e tá fo ra , q u e, a m i p a re cer, es u n o de lo s
p r o p ia d e l arte, « cu y a a p lic a c ió n a fo rtu n a d a sé basa e n el se n m ás im p o rta n te s desiderata d e la te o ría g e n e r a l d e la lite r a tu r a .
tim ie n to a d e c u a d o » (p . 91)- A q u í la m e n c io n a m o s so b re to d o p o r q u e m arca el lím ite en tre
A estas lim ita c io n e s q u e S c h le ie r m a c h e r p o n e a la va lid ez o la in te r p r e ta c ió n g ra m atica l y la in te r p r e ta c ió n técn ica , p o r lo
a la p o s ib ilid a d d e tra sla d a r a la p r á c tic a e l p r im e r c a n o n q u e p u e d e c o n t r ib u ir a c la r ific a r la c u e s tió n d e la r e la c ió n
h a b ría q u e a ñ a d ir o tra m ás. N o só lo h ay q u e d is tin g u ir e n tre e n tr e am b as m o d a lid a d e s d e in t e r p r e t a c ió n . E n su p r im e r
lo s p ú b lic o s e sp e cífico s; e l g ra d o d e a d a p ta c ió n d e u n tex to a e sb o zo de h e r m e n é u tic a , d e l p e r ío d o e n tr e 18 10 y 18 19 ,
u n p ú b lic o n o es u n a co n stan te, sin o q u e varía segú n e l g é n e ro escrib e S c h le ie rm a c h e r:
y la é p o c a h is tó r ic a . E sto se e v id e n c ia c u a n d o se c o m p a r a u n
p o e m a d e l sig lo X V I I I c o n o tr o d e l sig lo X X , o u n p o e m a d e l « Q u e se confunda lo que pertenece a la interpretación téc
sig lo X X c o n u n d ra m a d e a q u e lla é p o ca , cuya r e p r e s e n ta c ió n nica con lo que p ertenece a la in terp retació n gram atical.
n o d e p e n d ía so la m e n te d e la a c o g id a d e l p ú b lic o , s in o q u e A quí, la mayoría de las metáforas que están ahí para una epe-
xégesis [explicación], com o coma arborum, o telasolis, donde las
ta m b ié n vivía de la fic c ió n q u e las dramatispersonae d esp leg a b a n
palabras figuradas conservan su significado [cabellera, fle
e n sus palabras.
chas] y p ro d u cen su efecto gracias a una co m b in ación de
U n a se g u n d a c u e s tió n a la q u e S c h le ie r m a c h e r se r e fie r e ideas con la que el escritor cuenta. D e ahí precisam ente las
u n a y o tra vez, y sie m p re c o n én fa sis, e n sus d istin to s esbozos alusiones técnicas: los juegos de palabras, el uso de p rover
h e r m e n é u tic o s , es la de la su pu esta d ife r e n c ia en tre el s ig n ifi bios y la alegoría, donde la interpretación gramatical es ente
cad o p r o p io y el im p r o p io , e n la qu e lo s d ic c io n a r io s se basan ram ente prop ia, y la pregunta p o r lo que el escritor quería
p a ra o r d e n a r la v a rie d a d de sig n ific a d o s d e u n a d e te rm in a d a propiam ente decir pertenece a la explicación técnica. Lo más
p a la b ra . E n la e x p o sició n a m o d o d e c o m p e n d io d e 1819 se lee general es aquí: que la idea m ism a, tal com o resulta de la
interpretación gram atical, no pertenece a la cosa rep resen
a este resp ecto :
tada, sino sólo a la representación, que ella misma es a su vez
signo. D ónde y cóm o acontece esto, sólo se puede averiguar
«Esta oposición [entre el significado p rop io y el im propio]
mediante la interpretación técnica» (pp. 59 y s.).
desaparece cuando se la examina más de cerca. E n las co m
paraciones hay dos líneas paralelas de pensam iento. La pala
A q u í p arece qu e la r e la c ió n en tre las in te rp re ta cio n e s g ra m a ti
bra está en la suya, y sólo ella debe contar. La palabra c o n
cal y té c n ic a es lo q u e d e te rm in a la d iv isió n d e l tra b a jo . P e ro
serva, pues, su significado. En las m etáforas, esto sólo está
sugerido, y a m enu d o sólo se retien e u n in d icio del c o n estas frases so n im p o rta n te s ta m b ié n p o r o tra ra z ó n m ás allá de
cepto; p o r ejem plo, coma arborum se refiere a las hojas, pero la o b s e r v a c ió n q u e e n ella s se h a ce s o b re la m e tá fo r a . E llas
coma significa solamente cabellera. [...] El uso aislado no trae o fr e c e n u n p u n t o d e a p o y o e n la b ú s q u e d a d e la r e sp u e s ta a
? l8 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 219
u n a d ifíc il cu estió n , cu al es la d e la r e la c ió n de la te o ría de las Es claro que la te o ría de las d istin tas fo rm a s de in te r p r e ta
d istin ta s m o d a lid a d e s in te rp re ta tiv a s —e n S c h le ie r m a c h e r , la c ió n n o só lo su stitu ye a la d e l s e n tid o p lu r a l d e la E s c ritu ra ,
g ra m a tica l y la té cn ic a o p s ic o ló g ic a ; e n A s t y e n W o lf e n c o n s in o q u e adem ás la n ie g a c o m p le ta m e n te : esta te o r ía g u a rd a
tra m o s o tr a d iv is ió n , d e te r m in a d a d e fo r m a d ife r e n t e en r e la c ió n c o n la t e n d e n c ia a n tie s c o lá s tic a —ya in ic ia d a c o n la
c u a n to al c o n te n id o , p e r o se m e ja n te e n la fo r m a , y la m ism a R e fo rm a —, qu e in sistía e n la u n id a d d el s e n tid o .
o b se rv a c ió n vale p a ra el su ce so r m ás im p o r ta n te d e S c h le ie r L a m ism a in te n c ió n se expresa e n el p o stu la d o de la u n id a d
m a c h e r, A u g u s t B o e c k h 99—; la c u e s tió n , d e c im o s , d e la r e la de la palabra. A c e rc a de esto se lee lo sig u ien te e n la ex p o sició n
c ió n de esta teo ría co n la d o ctrin a a n te rio r, p atrística y escolás a m o d o de c o m p e n d io :
tica, d el sen tid o p lu ra l de la E scritu ra . E l qu e, e n la h isto ria de
la h e rm e n é u tica , u n a de estas co n ce p cio n e s o cu p e el lu g a r d e la « L a m isión origin al encom endada tam bién a los d iccion a
rios, aunque éstos sólo están para los intérpretes, es la de
o tra co m o p r in c ip io de d iv isió n , n o sig n ifica a ú n qu e la p o ste
encontrar la verdadera unidad perfecta de lapalabra. La presencia
r io r estu viese d e a lg u n a m a n e ra r e la c io n a d a c o n la a n te r io r .
particular de la palabra en un pasaje dado sin duda es parte
P ero es p reciso p lan tearse esta cu e stió n ante el h ech o de q u e el
de una m ultiplicidad infin itam ente indeterm inada, y entre
co n c e p to de la in te r p r e ta c ió n g ra m a tic a l-h istó ric a ap arezca ya aquél y ésta no hay otra tran sición que una m u ltip licid ad
e n la h e r m e n é u tic a a n tigu a , y e n e lla ten g a co m o fin a lid a d la determinada, en la cual aquél está com prendido, y ésta a su vez
d e te rm in a c ió n d el sensus l¡tteralis, m ien tra s qu e la in te r p r e ta c ió n debe necesariamente encerrar oposiciones. Pero, en su p re
a le g ó r ic a se p r e g u n ta p o r el sensus spiritualis. Es d if íc il d e c r e e r sencia particular, la palabra no está aislada-, su estar determ i
q u e la nueva h e rm e n é u tica , la que c im e n ta ro n S c h le ie rm a c h e r nada no se lo debe a sí m ism a, sino a las palabras que la
y sus p red eceso res in m e d ia to s, tom ase el co n c e p to de la in t e r rodean, y basta con que relacionem os la unidad original de
la palabra con estas otras para determ inarla correctam ente.
p r e ta c ió n g ra m a tic a l-h istó ric a sin r e fe r irs e d e a lgu n a m an era,
Pero la unidad perfecta de la palabra sería su explicación, y
a u n q u e fu ese de u n a m an era crítica , a la an tigu a. S i las ú ltim as
esto es algo que no está a nuestro alcance, igual que no lo
frases citadas a rr o ja n a lgu n a lu z so b re esta cu estió n , es p o r q u e está la explicación perfecta de las cosas. N o lo está en las len
e n ellas se in siste e n qu e ta m b ié n e n la m e tá fo ra y e n la a le g o guas muertas porque aún no hem os observado su evolución
ría el se n tid o q u e extrae la in te r p r e ta c ió n g ram atical es el se n entera, n i tampoco en las vivas, porque la suya continúa en la
tid o p r o p io , y n o el im p ro p io o fig u ra d o , m ien tras qu e éste, el actualidad» (p. 92).
im p r o p io , lo d e te r m in a la in t e r p r e t a c ió n té c n ic a p o r q u e es
resu lta d o de u n a c o m b in a c ió n —p o r e je m p lo , de telum = fle ch a S i h ace p o c o p o d ía p a re ce r qu e S c h le ie rm a c h e r era u n e stru c-
y sol, p e r o n o d e u n a su p u e sta r e d u p lic a c ió n d e l s e n tid o de tu ralista avantla lettre, a h o ra r e c o n o c e m o s las p rem isas filo s ó f i
telum: I o flech a , 2 o rayo—. cas d e su c o n c e p c ió n d e l le n g u a je : s o n las d e l id e a lis m o a le
m á n . N ad a c o n tra d ice m ás lo s p r in c ip io s m e to d o ló g ic o s d e la
99 A . B o e c k h , E n g t k l o p á d i e u n d M e t h o d o l o g i e d e r p h i l o l o g i s c h e n W i s s e n s c h a f t e n , e d . d e E . B r a tu -
lin g ü ís tic a m ás r e c ie n te q u e la a fir m a c ió n de u n a u n id a d de
sch ek, I P arte: F ó r m a l e T h e o r i e d e r p h i l o l o g i s c h e n W i s s e n s c h a .fi, l & J J , re im p . re p ro g rá fic a de la p alabra, u n id a d qu e n o existe e n sí m ism a, sin o q u e es, p o r
la 2 a e d ic ió n d e R . K lu s m a n n (L e ip z ig , 1 8 8 6 ), D a rm s ta d t, 1 9 6 6 (W isse n sch a ftli-
ch e B u c h g e s e lls c h a ft). así d e c irlo , la c o n fig u r a c ió n resu lta n te de sus d istin to s m atices
220 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 221
en cam b io, p o rq u e se ha « in te n s ifica d o » (p. 96)• Esto es hablar L u e g o vie n e la e x p lic a c ió n sig u ie n te:
de p o sib ilid a d e s d el len g u a je q u e c o m p e te n a la c o m p re n s ió n
«La primera [tomar cuanto sea posible p o r tautológico] es la
cuantitativa. M ientras que el objeto de la co m p re n sió n cualitativa
más reciente; se cree que ésta halla justificación suficiente en
so n lo s d ife re n te s sig n ifica d o s d e las p alabras o lo s d ife re n te s
el Nuevo Testamento p o r la form a predom inante del parale
en laces en tre palabras o frases, la c o m p re n s ió n cu an titativa lism o y el escaso rig o r ló g ico de la m ayor parte; p ero sin
atien d e a la inten sidad . L os dos extrem os so n aqu í, p o r u n lado, razón, y, después de las frases arriba presentadas, hay que
el « é n fa s is » , el m áxim o de sig n ifica d o , y, p o r o tro , la « a b u n apartarse de ella. Sobre todo se cree que está ju stificad o
d a n cia » , el m ín im o de significado (p p . I 0 4 y s.). hacerlo a cada ligera apariencia de sinonim ia [...]. La últim a
S i u n a c o n ju n c ió n co m o « y » , q u e sirve p a ra establecer u n [tomar cuanto sea posible p o r enfático] es la más antigua, y
está relacionada con la o p in ió n de que el autor es el Espíritu
e n la ce p u r a m e n te m e c á n ic o y a d itiv o , esta b lece u n a r e la c ió n
Santo y de que El no hace nada en van o ; de ahí que no haya
o rg á n ic a , te n e m o s e l é n fa sis. S i u n a c o n ju n c ió n cau sal só lo
abundancia, que no haya tautología y que todo lo que se ase
tie n e u n a fu n c ió n aditiva, « n o d ice n a d a » , y en to n ces ten em o s
meja sea enfático. Pero entonces lo es todo en general; pues
la a b u n d a n c ia . P ero cu a n d o el ca m b io d e fu n c ió n co n sisten te en cada palabra hay un excedente, si no se agota en cada
e n q u e u n a c o n ju n c ió n m ecá n ica pasa a ser o rg á n ica se realiza pasaje. Pero com o la persona del escritor nunca desapareció
p o r el em p le o en fá tico de la m ism a, la d ife r e n c ia cu alitativa se para los oyentes y los lectores originales y éstos sólo pudieron
ca m b ia e n cu a n tita tiv a . N o es n e c e sa rio c o n v e n c e r de la r e le juzgar el discurso o el texto desde los supuestos habituales, la
v a n cia h e r m e n é u tic a d e estas r e fle x io n e s a c u a lq u ie r a q u e, escapatoria consistente en decir que el Espíritu Santo tenía a
in te rp re ta n d o u n texto alem án a n tig u o , algu n a vez haya e x p e ri la vista a toda la cristiandad creyente en su in sp iració n , la
cual no podía juzgar sino de acuerdo con la máxima estable
m en ta d o lo s q u eb ra d ero s de cabeza qu e trae la cu estió n de si la
cida, no sirve de nada, pues esta cristiandad sólo pudo nacer
c o n ju n c ió n «weil» es te m p o ra l —m ecá n ica , e n la te r m in o lo g ía
gracias a la com prensión correcta que fue com unicada a los
de S c h le ie r m a c h e r — o causal —o rg á n ic a — (el «weil» te m p o r a l
p rim eros cristianos, p o r lo que esta m áxima es de tod o
[= «wáhrend», d u ran te] crea u n en lace m ecá n ico , m ien tra s qu e punto reprobable» (§ 42, p. 105).
el «weil» causal in d ica que u n a co n tecim ie n to es causa de o t r o ) .
C o n c lu y o estas o b servacio n es so b re la te o ría de la in te r p r e P o r in te re sa n te q u e p u e d a ser e x p lic a r m ás c e ñ id a m e n te la
ta c ió n g ram atical d e S c h le ie rm a c h e r r e fir ié n d o m e al co n tex to p o s ic ió n h istó rica de S c h le ie rm a c h e r p a rtie n d o de estas frases,
m ás a m p lio e n q u e se h a lla n en este a u to r lo s co n ce p to s r e c ié n q u e n o c o n tra d ic e n só lo las m áxim as tra d icio n a les de la t e o lo
exam in ad o s de énfasis y a b u n d an cia. E llo ev id en ciará ta m b ién , gía h erm en éu tica, sin o ta m b ién las fu n dadas e n la eq u id ad h e r
al m e n o s e n u n e je m p lo , el e n ra iza m ie n to d e su h e rm e n é u tic a m e n é u tic a d e la te o r ía d e la in t e r p r e ta c ió n d e M e ie r —y este
e n lo s p r o b le m a s e x e g é tic o s d e l N u e v o T e s ta m e n to . E n la in terés estaría m otivad o fu n d a m e n ta lm e n te p o r la o b serv ació n
e x p o sic ió n a m o d o de c o m p e n d io d e 18 19 se lee: ú ltim a m e n te citad a, se gú n la cu al la cristian d a d , c r ite r io de la
in te rp re ta ció n e n cu a n to p ú b lic o , está ella m ism a d ete rm in a d a
« L a máxima de tom ar cuanto sea posible p o r tautológico es p o r la le ctu ra d el N u e v o T esta m en to p o r lo s p r im e r o s c r istia
tan falsa com o la de tom ar cuanto sea posible p o r en fático» . n o s, q u e n o h ic ie r o n a b stracció n de la p erso n a de lo s apóstoles
224 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 225
en b e n e fic io d el E s p íritu S a n to co m o a u to r, lo cu al es u n paso ha dado lugar a que se atribuya a las expresiones el contenido
im p o rta n te e n la v in c u la c ió n , q u e h o y se in te n ta establecer, de m ínim o y, p o r ende, a que se renuncie al concepto m ism o»
la h e r m e n é u tic a a la h isto ria d e la r e c e p c ió n —, a q u í h e m o s de (§ 43, p. 106).
c o n t e n ta r n o s c o n h a c e r m e n c ió n d e la r e g la , d e la m á x im a
re le v a n c ia p a ra u n a h e r m e n é u tic a lite r a r ia , q u e S c h le ie r m a - L o im p o rta n te d e esta tesis de S c h le ie r m a c h e r es n u e v a m e n te
c h e r c o lo c a e n el lu g a r de la d o b le m áx im a q u e él rechaza: la r e la c ió n qu e establece c o n lo s p u n to s de vista d el g é n e r o y la
h is to ria . S i la h e r m e n é u tic a lite r a r ia q u ie r e ser h o y u n a h e r
« L a m edida en que haya que su p o n er la abundancia o el m e n é u tic a m a te r ia l, s in r e n u n c ia r a lo s c o n o c im ie n t o s d e la
énfasis, no depende sólo del género del discurso, sino tam c o n c ie n c ia h istó ric a y a lo s ju ic io s de la p o é tic a p o stilu stra d a ,
b ién del grado de desarrollo del o b jeto » .
n o p o d r á ser u n a h e r m e n é u tic a d e reglas q u e n e ce sa ria m e n te
haga a b stracció n de la esp e cificid a d d el o b je to d e la c o m p r e n
Y S c h le ie rm a c h e r añade el sig u ie n te c o m e n ta r io : s ió n , sin o u n a h e r m e n é u t ic a cuya r e la c ió n c o n la m a te r ia se
exprese p recisa m en te e n el e s cla recim ien to de lo s c rite rio s qu e
« S i u n objeto se encuentra ya convenientem ente elaborado las d e te rm in a c io n e s d e l tex to s u m in is tr a n a la c o m p r e n s ió n .
para el d o m in io de la represen tación, se puede p a rtir del D e estos cr ite rio s, lo s m ás im p o r ta n te s so n q u izá la h is t o r ic i
térm in o m edio, y sólo el género del discurso d eterm ina d ad y la p e r t e n e n c ia a u n g é n e r o —to m a n d o la p a la b r a
cuándo y dónde hay que esperar más énfasis o más abundan « g é n e r o » n o e n se n tid o estricto —.
cia. Pero si el objeto es aún nuevo y aún no se ha d esarro
A c o n t in u a c ió n h a re m o s a lg u n a s o b se rv a c io n e s so b re la
llado un lenguaje para él, hay incertidum bre sobre si los ele
in te rp re ta c ió n técn ica o p sic o ló g ica . Éstas se r e fie r e n a la r e le
m entos elegidos cu m plen la fin alid ad , y don de esta
vancia de lo s crite rio s qu e acabam os d e n o m b r a r —la p e r te n e n
in certid u m b re tiene su razón en algo p reciso, se p rod u ce
una tendencia a asegurar lo que no es suficientem ente seguro cia a u n g é n e ro y la h isto ricid a d — p a ra la in te rp re ta c ió n técn ica
m ediante otra expresión. Tal es el origen de las acum ulacio o p s ic o ló g ic a . Y h a cerla s es ta n to m ás im p o r ta n te p o r cu a n to
nes que luego son tomadas ora p o r tautologías, ora por énfa qu e el té r m in o « in te r p r e ta c ió n p s ic o ló g ic a » y la r e c e p c ió n de
sis. Pero la verdad exige que no las veamos com o uniform es, Sch leierm ach er, m u y co n d icio n a d a p o r aqu el té rm in o y p o r los
n i tam poco com o opuestas, sino form ando una unidad, y a té r m in o s a co m p a ñ a n te s « e m p a t ia » y « v iv e n c ia » , n o s h a n
p artir de ellas ju n tas desarrollem os una idea. E n el Nuevo tra n sm itid o u n a id ea co m p le ta m en te falsa de las in te n cio n e s de
Testam ento, don de m enos frecu en tem en te ocu rre esto [el
S c h le ie rm a c h e r, al m e n o s e n las p rim e ra s etapas de su p e n s a
texto debería decir obviamente « don d e más frecuentem ente»
m ie n to h e r m e n é u tic o . Es cie rto q u e, e n la in te r p r e ta c ió n té c
(P. Szondi)] es en Pablo, pues su term inología se basaba en
n ica o p sico ló gica , la a te n c ió n se d irig e al h o m b re , a su in d iv i
una masa de instrucciones orales, y donde menos e n ju a n . El
falso énfasis ha dado lugar a que todas las expresiones aisladas d u a lid a d , igu a l q u e e n la g ra m a tica l se d irig e a la le n g u a y sus
—renovación, ilum inación, renacim iento— se hayan in co rp o m o d ific a c io n e s in d iv id u a le s . P e ro in c lu s o en lo s p o s te r io r e s
rado al sistema conceptual del dogm a, con el resultado de d iscu rso s an te la A c a d e m ia , la lo c u c ió n « e l p r o c e s o p s íq u ic o
una plétora confusa y sin base científica. La falsa tautología o rig in a l de la g e n e r a c ió n y el en lace de p en sa m ie n to s e im á g e
226 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 227
n e s» (p. 14 8 ), o b je to de la in te r p r e ta c ió n p sic o ló g ica , im p lica d espu és el fo r m a lis m o ru s o , el new criticism y la crítica estilística
el m o m e n to o bjetivo de la len g u a co m o m e d io en q u e a c o n te de la escuela de Z ú r ic h d e fe n d e rá n co m o u n a supuesta n o ved a d
ce n esa g e n e ra c ió n y ese en lace. A ú n m ás claram en te se expresa fu e , co m o se ve, a n ticip a d o e n u n a p a rte nad a d esd eñ a b le p o r
esta im p lic a c ió n e n los esbozos d e la p r im e r a ép o ca, y ta m b ié n S ch leierm a ch er. Y lo q u e lo eleva p o r en cim a d e la crítica esti
e n la id e a de la in te r p r e ta c ió n técn ica y su co n c e p to p r in c ip a l, lís tic a en señ a d a e n lo s a ñ o s c u a re n ta y c in c u e n ta d e n u e s tro
el d e e s tilo , d ire cta m e n te r e fe r id o al m a n e jo d e la le n g u a . L o sig lo es su v is ió n de la h is t o r ic id a d d e lo s fe n ó m e n o s , q u e la
q u e se con serva e n el paso de la in te r p r e ta c ió n técn ica a la p s i m o d e r n a crítica estilística só lo m u y tard e c o n s ig u ió te n e r . E n
c o ló g ic a —u n paso q u e , e n r ig o r , n o es m ás q u e u n d e sp la za esta v isió n , el aspecto h is tó ric o n o ap arece junto al p s ic o ló g ic o -
m ie n to d el acen to , pu es el ú ltim o S c b le ie rm a cb e r ta m b ié n d is técn ico co m o algo a lo qu e también hay q u e aten d er. S c h le ie rm a
tin g u e el c o n ce p to de in te r p r e ta c ió n técn ica — es la c o n c e p c ió n ch e r se da cu en ta de q u e su p r o p ó s ito de c o m p re n d e r lo in d i
d el d iscu rso co m o acto d el in d iv id u o p en sa n te, re fe r id o n o a la v id u a l e n el d iscu rso o e n la o b r a lit e r a r ia p r e s u p o n e la
to ta lid a d d e la le n g u a , c o m o e n la in t e r p r e ta c ió n g ra m a tica l, in te rp re ta c ió n h istó rica , y esto p o r dos razo n es. L a p r im e r a es
s in o a la to ta lid a d d e l h o m b r e y d e su v id a . P e ro el d e sp la za que el sign ificad o del m o m e n to in d ivid u a l n o es constan te en la
m ie n to d e l acen to afecta al estu d io d e esta in d iv id u a lid a d su b h is to r ia de la lite r a tu r a : S c h le ie r m a c h e r a p ro v e ch a a q u í su
je tiv a . E n la in t e r p r e ta c ió n té c n ic a , el a c e n to está c o lo c a d o c o n o c im ie n to d e l Sturm undDrangy d e l p r im e r ro m a n tic ism o , y
so b re e l m o m e n to de la téchne, so b re e l estilo in d iv id u a l co m o desde la persp ectiva que este c o n o cim ie n to le p r o p o r c io n a c o n
m o d ific a c ió n p a r tic u la r d e la le n g u a y m a n e r a p a r tic u la r d e fro n ta la o b jetivid ad clásica c o n el ro m a n ticism o co m o p e r ío d o
c o m p o n e r ; en la p sico ló g ica sobre el to d o de la vid a d el in d iv i d o m in a d o p o r la su b je tiv id a d . L a se g u n d a , q u e el m o m e n to
d u o . A c e r c a d e la o p o s ic ió n relativa, c o m o S c h le ie r m a c h e r in d iv id u a l d e la p r o d u c c ió n n o p u e d e esta b lecerse si n o se
su b ra ya , e n tre « p s ic o ló g ic o » y « t é c n i c o » se le e e n las n o tas c o n o c e el lu g a r h is tó r ic o d e l g é n e r o a q u e la o b ra p e r te n e c e .
m arg in ales tardías de 1 8 3 2 - 1 8 3 3 :
«A ntes de com enzar la interp retación técnica ha de saberse
« E l primero [esto es, el aspecto psicológico], más la form ación de qué m anera se daban al autor el objeto y la lengua [ ...] .
de los pensamientos a partir de la totalidad de los m om entos Para lo prim ero hay que tener en cuenta el estado en que
de la vida. El último [esto es, el aspecto técnico], más la reduc antes de su época se encontraba el género a que la obra perte
ción a un pensamiento concreto o a un concreto querer expo nece [...]. N o hay, pues, una com prensión exacta de este tipo
ner algo, a partir de la cual se desarrolla una serie» (p. 163). sin un conocim iento de la literatura de la época emparentada
con la obra y de lo que el autor recibió com o m odelo previo
E n la ex p o sició n a m o d o de c o m p e n d io , la tarea de la in te r p r e
del estilo. Nada puede sustituir a u n estudio tan com plejo en
ta c ió n técn ica es la c o m p re n sió n p e rfe c ta d el estilo, n o estando relación con este aspecto de la interpretación» (§ 5, p. 108).
el c o n ce p to d e estilo lim ita d o al m a n ejo d e la len gu a: « P e n s a
m ie n to y len g u aje se cru zan p o r d o q u ie r, y la m an era p a rticu lar E l p r im e r discurso ante la A ca d e m ia d istin gu e, de m an era acaso
d e c o n c e b ir el o b je to pasa a la c o m p o s ic ió n y, p o r e n d e , al arriesgadam en te especulativa, dos p e río d o s: aq u el e n q u e p a u
m a n e jo d e la le n g u a » (§ 3 >p- 1 0 8 ). L o q u e m ás d e c ie n añ o s la tin a m e n te se c o n s titu y e r o n las fo r m a s y a q u e l e n q u e éstas
228 PETER SZONDI INTRODUCCIÓN A LA HERMENÉUTICA LITERARIA - 10 229
d o m in a r o n . L o tem era rio de esta c o n s tru c c ió n se atenúa c o n la clase de intérpretes, más orientada a la lengua y a la historia
a p o s tilla d e q u e lo s caracteres d e estos d o s p e r ío d o s o p u e sto s que a las personas, exam inaría a todos los escritores en una
« r e s u r g ie r o n m ás ta rd e d e fo r m a sim u ltá n e a e n u n a escala lengua de form a bastante u n iform e, aunque entre ellos uno
m e n o r » (p. 135) >1° cual sign ifica q u e n o d e fin e n n in g ú n p e r í sobresalga en una reg ió n y otro en otra d iferen te; y otra
clase, más orientada a la observación de las personas, consi
o d o . P e ro q u e d a la id e a ca p ita l d e q u e es p r e c is o c o n o c e r la
deraría la lengua sólo com o u n m edio a través del cual éstas
fo r m a dada so b re la q u e se trabaja « p a r a c o m p re n d e r e n te r a
se expresan, y la h isto ria sólo com o las m odalidades en las
m e n te [al e scrito r] e n su activid ad . P ues c o n el p r im e r esbozo
cuales existieron: cada u n o [cada intérprete] se lim itaría a
de u n a o b ra co n creta se d esarrolla ta m b ién e n él la fu erza d ir e c aquellos escritores que m ejor se acomodan a su orientación»
triz d e la fo r m a ya fija d a , [ ...] y ella m o d ific a [ ...] n o só lo ios (p- I 53>-
detalles de la exp resió n , sin o ta m b ié n [ ...] la in v e n ció n . Q u ie n
e n la la b o r de la in terp reta ció n n o p ercib e d eb id am en te có m o la U n e n fo q u e to d a v ía a d e c u a d o a la s itu a c ió n d e lo s e s tu d io s
co rrien te d el pen sam iento y de la creación p o ética ch o có , p o r así lite ra rio s e n lo s añ os sesen ta. A u n q u e n o soy de la o p in ió n de
d e c ir lo , co n tra las paredes de su le c h o p a ra re tro c e d e r y to m a r q u e u n p r o g r a m a c o m o éste m e re zca ser r id ic u liz a d o , c o m o
u n a d ir e c c ió n d istin ta de la q u e h a b ría se g u id o si h u b ie r a cada vez m ás se h a c e , p o r su to le r a n c ia m e t o d o ló g ic a , y soy
h a lla d o cu rso lib r e , n o p u e d e c o m p r e n d e r c o rr e c ta m e n te el d em asiad o c o n s cie n te de lo s p e lig ro s de u n a p o lític a cie n tífic a
p ro ceso in te r io r de la co m p o sició n , y m en o s a ú n asignar al p r o ríg id a p ara la lib e rta d h u m a n a y el p ro g re so de la cien cia co m o
p io e s c rito r el p u esto q u e le co rr e s p o n d e e n v irtu d de su re la p ara sum ar m i voz al c o ro de D a h le m , n o e n cu e n tro tal lib e r a
c ió n c o n la len g u a y sus fo rm a s» (p. 13 6 ). lid a d su fic ie n te c o m o c o n c e p c ió n te ó ric a . D e h e c h o , la r e la
S i se p ie n sa e n la c o n c e p c ió n , a ú n vig e n te a fin e s d e l siglo c ió n en tre las dos m o d a lid ad es de in te rp re ta c ió n n o era, segú n
X V III, de las fo rm a s y lo s g én ero s p o é tic o s , así co m o de la le n las id eas o r ig in a le s d e S c h le ie r m a c h e r , d e c o m p le m e n t a r ie -
gua, vista co m o u n có m o d o veh ículo de la m ateria y la in te n ció n , dad; éstas n o a p a recía n separadas e n el tra b a jo d e in t e r p r e ta
n o se subestim ará la actualidad de estas ideas, que acercan la te o c ió n . A l c o n t r a r io , S c h le ie r m a c h e r h a b ía s o s te n id o la tesis
ría de la in te r p r e ta c ió n té cn ic a d e S c h le ie r m a c h e r a la p o é tic a audaz de qu e « L a s o lu c ió n a b so lu ta d el p r o b le m a es la q u e se
m o d e rn a , co m o p o r ejem p lo la de V aléry. e n c u e n tra cu a n d o se trata ap arte cada aspecto [esto es, el g ra
L a cu estió n de la rela ció n en tre la in terp reta ció n gram atical y m atical y el técn ic o ] de tal m an era q u e el tra ta m ien to d e l o tr o
la interpretación técnica n o recibió de Schleierm acher, en el curso aspecto n o p ro d u z c a n in g ú n ca m b io e n e l resu lta d o ; [cu an d o
de la e v o lu ció n de su pen sam ien to h e r m e n é u tic o , u n a respuesta cada a sp ecto ] tra ta d o [ap arte] su stitu y e c o m p le ta m e n te al
q u e tu v ie ra sie m p re el m ism o s e n tid o . E n e l p r im e r d iscu rso o t r o » (p . 8 1). S i n o s p r e g u n ta m o s p o r lo s m o tiv o s d e esta
ante la A ca d em ia , y a c o n tin u a c ió n d e las frases ya citadas sobre c o n c e p c ió n , n o p o d e m o s ig n o r a r la i n t e n c ió n p o lé m ic a d e
la afin id ad en tre el in térp rete y el autor, Sch leierm ach er d ice que S c h le ie r m a c h e r y d e la h e r m e n é u t ic a de su é p o c a c o n t r a la
d o c trin a d el se n tid o p lu ra l d e la E scritu ra : al fu n d a r S c h le ie r
« u n o estaría tentado de afirm ar que toda la práctica de la m a c h e r la h e r m e n é u t ic a n o e n el c o n c e p to d e l s e n tid o d e la
in terp retació n tend ría que dividirse de form a tal, que una
E scritu ra, sin o en el c o n ce p to d e c o m p re n sió n , abre la p o s ib i-
230 PETER SZONDI
i
OBSERVACIONES SOBRE LA SITUACIÓN
DE LA HERMENÉUTICA LITERARIA*
(Enciclopediaj metodología de las cienciasfilológicas) 2 de B o eck h , u n o n o vie n e h a cer a q u í algunas p re c isio n e s so b re ellos.
resu lta d o de la p a rtic u la rid a d d el m aterial [es d e c ir, de la le n d e la lin g ü ís tic a m o d e r n a , sin o q u e ta m b ié n e n s e ñ a n la
m an era d e a p lica r la lin g ü ística a la h e rm e n é u tic a lite ra ria . L a
e d ic ió n c r ític a q u e G a d a m e r p r o p u s o , y K im m e r le lle v ó a
2 A . B o e c k h , Eruyklopádie und Methodenlehre der philologischen Wissenschaften, ed . de E . B ra tu s-
ch eck . P rim e ra p arte: Fórmale Theorie der philologischen uiissenschaft, re im p . re p ro g rá fic a d e
3 Ibid., p . 8 l.
la 2 a e d ic ió n , al cu id a d o d e R . K lu s sm a n n , L e ip z ig , 18 8 6 , D arm sta d t, 1 9 6 6 (W iss.
4. Ibid., p . 8 6 .
B u c h g e se llsc h a ft).
236 PETER SZONDI SOBRE LA SITUACIÓN DE LA HERMENÉUTICA LITERARIA 237
1 9 5 9 , 2. A b h .) . 1971-
— , SámmtlicheWerke, 3 seccion es (/¿ir Theologie; Predigten;/¿ir Philosop- W o l f , F r . A u g ., Darstellungder Alterthums-Wissenscha.fi, en Museum der
hie), B e r lín , l 835 _I 8 6 4 - Alterthums-Wissenschafi, ed. de Fr. Aug. Wolf y Ph. Buttmann,
vol. I, Berlín, 1 8 0 7 , pp. I - 1 4 2 . — También en Fr. Aug.
Wolf, Kleine Schrifien inlateinischer und deutscher Sprache, ed. de G.
2. A u to r es c ita d o s
Bernhardy, Halle, 18 6 9 , vol. 2, pp- 8 0 3 - 8 9 5 .
— , Vorlesung über die Encyclopadie der Alteñhumswissenschaf, en Fr. Aug.
A g u s t ín , S ., De doctrina christiana [tra d . esp . e n Obras, V . X V ,
Wolf, Vorlesungen über die Alterthumswissenschafi, ed. de J. D.
M a d rid , B . A . C . , 19 5 7 ].
Gürtler. vol. I, Leipzig, 1831, pp- 2 7 I_3 ° 2 -
B a u m g a r t e n , A . G ., Aesthetica., 2 v o l s . , F ra n k fu rt a. O . , 1 7 5 0 -
1758 .
3. S obre la h e r m e n é u t ic a
G oeth e, J . W . , Gedenkausgabe der Werke, Briefe und Gespráche, v o l. 4:
— , Derjunge Goethe, ed. de E . B e u tle r, Z ú r ic h , 1953 -
B e t t i , E ., Allgemeine Auslegungskunst ais Methodik der Geisteswissenschafl
G ottsch ed , J. C h r ., Versuch einer Critischen Dichtkunst, L e ip z ig ,
( l 955 )> T u b in g a , 1 9 6 7 .
173 0 . R e im p r e s ió n fo to m e c á n ic a de la 4 a e d ic ió n
B oeckh , A . , Engiklopádie und Methodenlehre derphilologischen Wissen-
a m p lia d a , L e ip z ig , I 75 1 ; D a rm sta d t, 19 6 2 (W iss. B u c h g e -
schaflen, ed . d e E . B ratu sch eck . P rim e ra p arte: Fórmale Theorie
se llsc h a ft).
derphilologischen Wissenschafi. R e im p re sió n re p ro g rá fica de la 2 a
H egel, ed. sobre la base de las
G . W . F r ., Werke ¡n zuoanzig Bánden,
e d ició n , de R . K lu s sm a n n , L e ip zig , 18 8 6; D arm stad t, 19 6 6
Werke (1832-1845) P o r E. Moldenhauer y K . M. Michel,
(W iss. B u ch g e se llsch a ft).
Frankfurt a. M ., 1 9 7 ° (vol. 7 : Grundlinien der Philosophie des
D il t h e y , W . , Die Entstehungder Hermeneutik [19 0 0 ], e n W . D ilth e y,
Rechts) [Principios de filosofía del derecho, Barcelona, Edhasa,
Gesammelte Schrifien, v o l. 5 > 4 a e d ic ió n , S t u t tg a r t - G o t in g a ,
1987, trad. de J . L. Vermal].
19 6 4 , pp- 3 1 7 - 3 3 8 ; ta m b ié n v o l. 7> 4 a e d ic ió n , 19 6 5 [ « E l
L e ib n iz , G . W . , Dissertatio de Arte combinatoria, L e ip zig , 16 6 6 .
su rg im ie n to de la H e r m e n é u tic a » , e n Dos escritos sobre Herme
L ocke, J . , An Essay concerninghuman understanding, L o n d re s , 16 9 0 .
néutica, M a d rid , Istm o , 2 0 0 0 , ed . d e A . G ó m e z R a m o s].
O r íg e n e s , Uber die Grundlehren der Glaubenswissenschaf [Peri a r c b ó n ] .
G adam er, H . - G . , Wahrheit undMethode. Grundziige einerphilosophischen
E n sa yo de r e c o n s tr u c c ió n d e K . F r. S c h n itz e r , S tu ttg a rt,
Hermeneutik, 1 9 6 0 , 2 a e d ic ió n , a m p lia d a c o n u n s u p le
l 835 -
m en to , T u b in g a , 19 6 5 [Verdadj método, Salam anca, Síg u em e,
R a m b a c h , J . J . , Institutiones hermeneuticae sacrae variis observationibus...
19 7 7, tra d . de A . A g u d y R . d e A g a p it o ] .
illustratae, J e n a , 1743 •
H e id e g g e r , M ., Sein und Zfit, H a lle , I 927 > 1 0 a e d ic ió n , T u b in g a ,
S c h l e g e l , F r ., Kritische Friedrich-Schlegel-Ausgabe, ed. d e E . B e b le r
19 6 3 [S er j tiempo, M a d r id , T r o t t a , 2 0 0 3 , tra d . d e J . E .
c o n la c o la b o r a c ió n d e J .- J . A n s te tt y H . E ic h n e r , P a d e r -
R ivera C .] .
b o r n - M ú n ic h - V ie n a , 19 5 8 y ss.
BIBLIOGRAFÍA
242 PETER SZONDI 243
B l a s s , F r ., Hermeneutik und Kritik, e n Handbuch der klassischen Alter- M ú n ic h , 1 9 6 0 [Manual de retórica literaria, M a d r id , G r e d o s ,
tums-Wissenschaft in systematischer Darstellung, e d . d e V . M ü lle r . 1 9 6 6 -1 9 6 8 , 3 v o ls.].
Glauben und Verstehen, Gesammelte Aufsátze, v o l. 2 , 4 a e d ic ió n , Zpitschr.f dt. Altertum u. dt. Literatur, v o l. 89 ( 1 9 5 8 - 1 9 5 9 ) 1 pp-
*D o bsch ü tz, E . V . , a rtíc u lo Interpretation e n Encyclopaedia'ofReli Die Religión in Geschichte und Gegenwart. Handworterbuch für Theologie und
gión and Ethics, ed . d e j . H a stin g s. v o l. 7 > E d im b u r g o , 19^4 . Religionswissenschafi, op. cit., v o l. I (a rtícu lo Allegorie).
U nger, R ., Xjir Entwicklung des Problems der historischen Objektivitát bis
PP- 3 9 0 - 395 -
E b e l in g , G . , a r tíc u lo Hermeneutik e n Die Religión in Geschichte und Hegel. Eineprinzipiengeschichtliche Skizze (19 2 3 )1 e n R- U -, Gesam
Gegenwart, Handwórterbuch für Theologie und Religionswissenschafi, ed . melte Studien, v o l. I: Aufsátze zur Prinzipienlehre der Literaturgeschichte.
d e K . G a llin g , v o l. 3 , 3 a e d ic ió n to ta lm e n te re visad a, R e im p r e s ió n r e p r o g r á fic a d e la e d ic ió n d e 19 2 9 ( B e r lín ),
D arm stad t, 19 6 6 (W iss. B u ch g esellsch a ft), p p . 8 8 -119 -
T u b in g a , I 959 >PP- 2 4 2 - 2 6 2 -
F r i e d r i c h , W . - H . , a rtíc u lo Allegorische Interpretation e n Fischer Lexi- W a c h , J ., Das Verstehen. Grundzüge einer Geschichte der hermeneutischen
kon. Literatur, II, P arte I, ed . de W . - H . F rie d r ic h y W . K illy , Theorie im Ig.Jahrhundert, I —III. R e im p re sió n rep ro g rá fica de la
I 974 ]-
2 Chladenius (l)
Sobre la obra de Chladenius y el escaso interés que despertó entre
sus contem poráneos, 59~ 6l — La herm enéutica com o teoría
general de la interpretación, 61-62 — M antenim iento de la dis-
248 PETER SZONDI ÍNDICE 249
tin ció n entre herm enéutica sacra y herm enéutica profana-, la ten cosa en sí, 116-117 — T ipología de los puntos de vista, 118-119 — La
sión entre la validez universal y el postulado de la relación al co n relación a la cosa com o lím ite del concepto de subjetividad, 120
tenido, 6 2-66 — El despuntar de una lógica poética no declarada — La m etáfora com o transferen cia de cualidades, 12 0 -12 1 —
en el tratamiento de los pasajes inspirados, 6 6 -6 9 — D efinición del D e fin ició n del sentido figurado, 121 — R elación con la co n cep
arte de la interpretación como generación de los conceptos nece ció n trad icion al del verbum proprium, 122-123 — O rig e n de la
sarios para la com prensión, 6 9 -7 0 — La d istin ción entre los expresión m etafórica en la fo rm a ció n de u n nuevo concep to,
tipos de oscuridad y la separación tradicional de la crítica textual, 124-127 — La metáfora com o exigencia de la cosa en los escritos
la gram ática y la herm enéutica, 7 ° _73 — Da oscuridad de los históricos, y com o form adora de conceptos en los escritos dog
pasajes ambiguos y la doctrina racional de lo probable, 73~75- m áticos, 12 7-12 8 — El con cep to general p ro d u cid o p o r el
em pleo m etafórico de una palabra, 12 8 -12 9 — La in terp reta
3 Chladenius (2) ción de pasajes m etafóricos por el recurso al sistema o la aprecia
La interpretación que hace abstracción de la inten ción del autor ción de la precisión, I2 9 -I3 1-
y la instancia normativa de la razón y de la psicología racionalista
de la recepción, 78 -79 — La com prensión perfecta (inm ediata y 6 Meier (l)
mediata) y la am pliación de la herm enéutica teológica a h erm e El Ensayo de un arte general de la interpretación: u n lib ro de texto para
néutica general, 80 -8 2 — La com prensión inmediata escapa a la estudiantes, 133-135 — U na característica, es decir, una herm enéu
subjetividad en la in terpretación , 8 3 -8 5 — La com p rensión tica de los signos, 135-136 — Signos naturales y signos artificiales
mediata com o aplicación necesaria, es decir, com o acción sobre el en S. A gustín, 13 6 -138 — D iferen cia de la significación de los
alma, 85-89 — El conocimiento vivo com o m om ento de una herm e signos naturales en M eier, 138 — Las relaciones significantes com o
néutica basada en la psicología del efecto, 8 9 -9 1 — La tercera relaciones funcionales en el m undo leibniziano y com o relacio
parte de la interpretación: la divagación; la oposición de los postu nes entre signo y significado, 13 8 -14 0 — La p erfección de los
lados empíricos y normativos del racionalism o, 92-94- signos naturales y de los signos artificiales, 14 0 -14 5 — La equidad
hermenéutica o la expectativa de p erfecció n com o criterio de la
4 Chladenius (3) interpretación, I 45_I47 — Las perfecciones del contenido y las
La poesía com o explicitación referida a una cosa: la inten ción , perfecciones de la form a, I 47_149 — El problem a de las cualida
lim itación de la representación debida al autor, 95'98 — E nrai- des potenciales del texto, 150-151-
zam iento de la comprensión del texto y su contenido eh la con cep
ció n de la poesía com o im itación de la naturaleza, 98-IOO — 7 Meier (2)
Significación de la relación al género, IOI-IO3 — Acuerdo entre Las consecuencias del principio de la equidad herm enéutica para
autor y lector sobre la base de una misma intelección, 10 4 -10 6 — las reglas de la h erm enéutica profana, 153 — El recurso a la
Relación con el concepto gadameriano de pertenencia, 10 6 -10 7 inten ción del autor y el cambio en la m otivación de este p ro ce
— La teoría de la relación a la posición histórica y del cambio de der, 153-155 ~ El significado del signo, determinado por el uso
significado como cambio en las cosas, 107-112- que de él hace el autor, 155-158 — La filología como m edio auxi
liar de la herm enéutica: el uso de la lengua como principio h er-
5 Chladenius (4) m enéutico, I 57-I59 “ El desconocim iento de la dependencia de
D iferen cia de los puntos de vista, es decir, de la representación de la in terp retación textual respecto del d iccion ario, 16 0 -16 3 —
una cosa, 113-116 — D istin ción precrítica entre conocim iento y Paralelismo verbal y paralelismo respecto de la cosa; la mezcla de
250 PETER SZONDI ÍNDICE 251
ambos com o p rin cip io h erm en éu tico, 16 2 -16 4 — La fu n ció n psicológica o técnica), 2 0 3 -2 0 4 — Sobreacen tuación de la
herm enéutica de los pasajes paralelos en Chladenius (cambio eñ empatia en la recepción de Schleierm acher p o r el historicism o y
la inten ción , estructura de la obra y tem poralidad, uso m etafó la filosofía de la vida, 2 0 5 -2 0 7 — El círculo herm enéutico como
rico y uso propio), 164-168 — La designación y la jerarquía de sen condición de la com prensión, 20 8 -2 10 .
tidos potenciales (propios o m etafóricos), 169-171 — Necesidad
de una crítica de la práctica herm enéutica, 171-172. IO Schleiermacher
Contexto total y contexto inmediato (relación paradigm ática y relación
8 Ast sintagmática), 212-214 — D eterm in ación del público original,
E l contexto histórico de la co n cep ció n de Schleierm acher; sus 214-216 — Los significados propio e im propio en relación con la
predecesores F. A . W o lf y Ast, 173 —17 6 — El espíritu griego com o unidad del sentido, 2 l6 -2 l8 — Lo form al y lo material, y lo cua
elem ento d iferen ciado r de la h erm enéu tica en la época de litativo y lo cuantitativo, com o oposiciones suplementarias en la
G oethe, 177-178 — La letra com o revelación de la m ateria y la interpretación gramatical, 219-221 — Enfasis y abundancia, 221-
form a del espíritu u n ificad or en Ast; la fu n ció n arm onizadora 225 — La oposición relativa entre interpretación técnica e in ter
del espíritu, 178-179 — La unidad viva (inspirada p o r Schelling) en pretación psicológica (com posición individual y totalidad de la
lugar de la m ediación de los opuestos, 179 -18 0 — El cam bio en vida), 225“227 — La historicidad de los fenóm enos y la signifi
el objeto de la interpretación; el espíritu extraño en lugar del cación de la pertenencia a u n género, 227_229 — La convergen
texto referido a la cosa, 180-181 — La purificación de lo tem po cia de las diferentes m odalidades de in terp retación , 229 — La
ral en la identidad de lo espiritual, 182-183 — La filosofía de la herm enéutica com o inversión de la gram ática y de la poética,
historia de Ast en la estela de Schelling, 184-186 — La unidad de 230 .
lo particular y lo general concebida com o so lu ción del círculo
herm enéu tico (en verdad, su negación), 187-190 — La co m A n e x o .- Observaciones sobre la situación de la herm enéutica litera
prensión com o reproducción de la génesis del poem a conform e ria, 233.
al m odelo del espíritu en evolución, 190-191 — Superación de la
doctrina del significado plural de la Escritura por la com prensión Bibliografía, 239.
plural (histórica, gramatical, espiritual), 191-192.
9 Schleiermacher (l) /
La recepción de Schleierm acher p o r D ilthey y la posibilidad de
conocer las etapas de su pensamiento gracias a la edición de K im -
merle, I9 3 - I 9 5 — Las tesis de Ast, discutidas en los discursos ante
la A cadem ia de l 829 > *95 — La fu n d am en tación teórica de la
herm enéutica, 196-197 — Equivalencia de la expresión oral y la
expresión escrita com o m anifestaciones activas de la vida, 198-
202 — La necesidad y la con stru cción de una m anifestación
com o criterios del acto de com pren d er, 2 0 2 -2 0 3 — La doble
relación del discurso con la totalidad de la lengua y con el pensa
m iento de su autor (interpretación gram atical e interpretación
JOHN MILTON
MADRID 12006
El Paraíso perdido (ed. bilingüe)
CARLJ. BURCKHARDT
Una mañana entre libros 12a ed.] 01 B a u d e la ire
Un encuentro insólito con Rilke
02 M uñecos
CHRISTOPHER MARLOWE
03 N ueva York
La trágica historia de la vida y muerte
del doctor Fausto (ed. bilingüe] 04 H d ld e rlin
00
O
N ie tzsc h e
JAIME SILES 09 La e s c ritu ra
Estados de conciencia
Ensayos sobre poesía española contemporánea 10 E xp re s io n is m o s
JAVIER MADERUELO 11 H e id e g g e r
Medio siglo de arte 12 V a l l e j o
-
W-ALTER
B e n j a m ín
OBRAS
LIBRO I
vol. i. El concepto de crítica de arte en el Romanticismo alemán —
« Las afinidades electivas» de Goethe —El origen del 'TrauerspieV alemán
vol. 2,. La obra de arte en la época de su reproductíbilidad técnica —
Charles Baudelaire. Un poeta lírico en la era del gran capitalismo —
Sobre el concepto de Historia
LIBRO II
vol. i. Primeros trabajos de crítica de la educación y de la cultura —Estudios
m etafísicos y de filosofía de la historia —Ensayos literarios y estéticos
vol. 2. Ensayos literarios y estéticos (cont.) —Fragmentos estéticos —
Conferencias y discursos —Artículos de enciclopedia —
Artículos de política cultural
LIBRO III I
Críticas y recensiones
LIBRO IV
vol i. Charles Baudelaire, Tableauxparisiens —Traducciones de otras partes
de 'Les ñeurs du m al’ —Calle de dirección única —Personajes alemanes —
Infancia en Berlín hacia ¡yoo —Pensamientos —Sátiras, polémicas, glosas —
Informes
vol 2. Artículos ilustrados —Modelos de audición —Historias y novelísticas —
Miscelánea
LIBRO V
vols. i y 2- El libro de los pasajes
LIBRO VI
Fragmentos de temas variados —Escritos autobiográficos
LIBRO VII
Suplementos