LOS OBREROS EN LA

REVOLUCIÓN MEXICANA:
LOS "BATALLONES ROJOS"
Por Jean M E Y E R
Centre National de la Recherche
Cientifique (Francia)

E N 1914, el general V i c t o r i a n o H u e r t a a b a n d o n ó l a l u c h a ,
p e r o los r e v o l u c i o n a r i o s , sus vencedores, n o t a r d a r o n en d i -
v i d i r s e : Zapata y V i l l a p o r u n lado, Carranza y O b r e g ó n p o r
el o t r o . Los p r i m e r o s c o n t r o l a b a n casi todo el t e r r i t o r i o , gra-
cias a l apoyo de l a m a y o r í a de l a p o b l a c i ó n . Los segundos se
r e p l e g a r o n h a c i a Veracruz l l e v a n d o en sus trenes unos ocho
m i l civiles; hombres, mujeres y n i ñ o s : eran los obreros de los
famosos "Batallones R o j o s " y sus familias. Es bastante sor-
p r e n d e n t e q u e los obreros h a y a n escogido l a alianza con
Carranza, ¡el v i e j o g o b e r n a d o r porfirista, el g r a n p r o p i e t a r i o ,
el l i b e r a l a n t i c l e r i c a l , enemigo de l a r e f o r m a agraria y d e l
sindicalismo!, y que c o m b a t i e r a n , armas en mano, a villistas
y Zapatistas, q u e eran los campesinos de l a r e v o l u c i ó n .

E l obrero m e x i c a n o acababa de nacer: el desarrollo e c o n ó -

m i c o de M é x i c o se puso e n m a r c h a hasta d e s p u é s de 1867,
p a r t i e n d o de las ciudades q u e t e n d í a n a i n t e g r a r u n mercado
n a c i o n a l y de los p a í s e s industriales que colocaban a M é x i c o
e n los mercados internacionales; l a c o n s t r u c c i ó n de ferroca-
r r i l e s se o r i e n t ó hacia los puertos y hacia Estados U n i d o s , las
grandes ciudades crecieron con base en sus minas, su comer-
d o o su a g r i c u l t u r a . E l creciente i n t e r c a m b i o c o m e r c i a l aca-
r r e ó l a c r e a c i ó n de i n s t r u m e n t o s m o n e t a r i o s y financieros. Se
f o r m ó u n c a p i t a l con a p o r t a c i ó n d e l exterior, pero t a m b i é n

1
2 JEAN MEYER

u n c a p i t a l m e x i c a n o que se m o s t r ó activo en la i n d u s t r i a y el
comercio, y p r e d o m i n ó en l a a g r i c u l t u r a . Sin embargo, el por-
f i r i s m o n o era m á s que u n s e m i t r i u n f o p o r q u e , si b i e n su
e c o n o m í a p r o d u c í a para el mercado v h a b í a engendrado a l
asalariado, fallaba en desarrollar l a a g r i c u l t u r a . L a p r u e b a
e s t á en el i n c r e m e n t o de l a fuerza de trabajo a g r í c o l a ( m á s
acelerado q u e el de l a fuerza de trabajo i n d u s t r i a l ) , y en l a
r i g i d e z de los salarios en el campo, comparados con el percep-
t i b l e a u m e n t o de los salarios obreros; y sobre todo, en l a i n -
m o v i l i d a d de l a a g r i c u l t u r a , q u e se t r a d u j o en u n recrudeci-
m i e n t o d e l l a t i f u n d i s m o y el progreso d e l peonaje, a n t í d o t o s
c o n t r a l a m o v i l i d a d g e o g r á f i c a y el alza de salarios. E r a n
las contradicciones peligrosas entre u n sector capitalista mo-
d e r n o , i n d u s t r i a l y comercial, y o t r o , conservador, que se
r e s i s t í a a l cambio.
E n 1910, s e g ú n el censo, los obreros que eran 43 000 en
1873 y 80 000 en 1880, s u m a b a n ya 195 000. Es necesario
a ñ a d i r a eso 79 000 m i n e r o s (que eran 70 000 en 1880). Desde
luego hay que i n d i c a r q u e esta cifra encubre realidades m u y
diferentes, ya q u é ~ e l t o t a l se compone de los siguientes ren-
glones:

Albañiles y canteros 69 018

Carpinteros, herreros, obreros metalúrgicos industriales 29 343
Empleados de correos, electricistas, ferrocarrileros 12 343
Estibadores, pintores 13 983
Panaderos, obreros de compañías cigarreras 13 650
Otros obreros 58 846

E n el r e n g l ó n "otros obreros", se i n c l u y e n los 33 000 que

t r a b a j a b a n en las 135 f á b r i c a s textiles. S e g ú n l a m i s m a fuen-
te, los artesanos y sus aprendices representaban u n t o t a l de
516 187. L a i n d u s t r i a estaba m u y localizada y los grandes
centros eran: l a capital, l a c i u d a d de M o n t e r r e y con 15 000
obreros - c i f r a estacionaria de 1910 a 1930—, y los estados de
Veracruz y Puebla d o n d e se concentraba l a i n d u s t r i a t e x t i l .
A n t e s de analizar c u á l fue l a p a r t i c i p a c i ó n de los obreros
en l a r e v o l u c i ó n , conviene hacer ciertas observaciones p r e l i -
minares:
 LOS "BATALLONES ROJOS" 3

1? L a d e b i l i d a d n u m é r i c a de los obreros es sorprendente.

C o n todo y sus familias (y el t é r m i n o o b r e r o se aplica en el
s e n t i d o m á s l a t o , l o que es m u y d i s c u t i b l e ) , n o pesan m u c h o
f r e n t e a los once m i l l o n e s de trabajadores rurales (el p a í s
c o n t a b a con 15 m i l l o n e s de h a b i t a n t e s ) . Esta d e b i l i d a d n u -
m é r i c a e x p l i c a que el m o v i m i e n t o obrero abarcara, m á s ade-
l a n t e , a empleados mercantiles, costureras, a l b a ñ i l e s , etc., y
q u e los artesanos j u g a r a n u n papel i m p o r t a n t e ya que eran
dos veces m á s numerosos que los obreros industriales.
2? F u e r o n sobre todo los capitalistas europeos y america-
nos quienes crearon l a i n d u s t r i a y, p o r l o t a n t o , e l proleta-
r i a d o m e x i c a n o . Este p r o l e t a r i a d o r e c i é n f o r m a d o , poco
numeroso, y a l servicio de las firmas extranjeras m á s pode-
rosas, v i v í a u n s e n t i m i e n t o de d e b i l i d a d , q u e le llevaba a
buscar protectores, a someterse a l g o b i e r n o . D i c h a tenden-
cia, que se i r í a acentuando d u r a n t e l a r e v o l u c i ó n , era ante-
r i o r a ella: y a se h a b í a t e n i d o recurso a l a r b i t r a j e de P o r f i r i o
D í a z . L a p e q u e ñ a masa p r o l e t a r i a surgida recientemente, es-
taba poco segura de sí m i s m a y poco consciente de sus p r o -
blemas; los verdaderos obreros t e n í a n tras de sí apenas diez
a ñ o s de t r a b a j o en l a f á b r i c a .
3'-' Esta d e b i l i d a d explica, pues, l a esperanza q u e se puso
e n el Estado; la novedad d e l g r e m i o , q u e sus l í d e r e s fueran
extranjeros o pertenecieran t o d a v í a a l v i e j o cuerpo o b r e r o ,
comparable, e n su c o m p o s i c i ó n y estilo, a l de l a E u r o p a de
1848: sastres, t i p ó g r a f o s , e t c . . . Los elementos extranjeros eran
americanos o e s p a ñ o l e s . A m e r i c a n o s en los sectores t é c n i c o s
m á s elevados, donde l a m a n o de o b r a procedente de Estados
U n i d o s era numerosa; éste era e l caso de los sectores petro-
l e r o y f e r r o c a r r i l e r o donde los l í d e r e s americanos de los sin-
dicatos mexicanos h a c í a n t r i u n f a r la i n f l u e n c i a r e v o l u c i o n a -
r i a e i n t e r n a c i o n a l i s t a de l a I W W ( I n t e r n a t i o n a l W o r k e r s o f
the W o r l d ) . Los e s p a ñ o l e s eran m u y numerosos, y h a b í a
u n a c i r c u l a c i ó n constante entre E s p a ñ a y A m é r i c a ; cada o l a
de r e p r e s i ó n en l a p e n í n s u l a , depositaba u n c o n t i n g e n t e de
m i l i t a n t e s obreros en M é x i c o . E s p a ñ o l e s f u e r o n los fundado-
res de l a C o n f e d e r a c i ó n T i p o g r á f i c a de M é x i c o , de l a C o n -
f e d e r a c i ó n de Sindicatos Obreros de l a R e p ú b l i c a M e x i c a n a ,
4 JEAN MEYER

los principales fundadores de l a Casa del O b r e r o M u n d i a l y

de otras asociaciones. H u b o t a m b i é n franceses como O c t a v i o
Jahn, de q u i e n se dice que p a r t i c i p ó en la C o m u n a de P a r í s ,
o A l b e r t Frisson; alemanes como K r u m H e l l e r ; l a t i n o a m e r i -
canos como el c o l o m b i a n o Moncaleano, el centroamericano
A n t o n i o Jorge S á n c h e z y e l p e r u a n o Santos Chocano.
4? Desde el p r i n c i p i o , e l m o v i m i e n t o obrero fue a l t a m e n t e
nacionalista y e l o d i o a l p a t r ó n se d i r i g i ó m á s hacia e l ex-
t r a n j e r o que c o n t r a el capitalista. Este nacionalismo s e r í a l a
causa del fracaso f i n a l de l a 1 W W y de los comunistas ( t a m -
b i é n d i r i g i d o s p o r extranjeros) cuando, d e s p u é s de 1921, cho-
c a r o n con él.
D e 1900 a 1910, se asiste a l a e x p a n s i ó n de la g r a n i n d u s -
t r i a capitalista y a l a decadencia concomitante d e l taller y d e l
p a t e r n a l i s m o social; l a f á b r i c a r e e m p l a z ó d e f i n i t i v a m e n t e a l
t a l l e r (2 500 obreros t r a b a j a b a n en l a f á b r i c a t e x t i l de R í o
B l a n c o ) . L a j o r n a d a de t r a b a j o era en r e a l i d a d de doce a tre-
ce horas. Las buenas condiciones d e l e q u i p o n o i m p e d í a n u n
n ú m e r o m u y elevado de accidentes, d e b i d o a l a torpeza y a l a
i g n o r a n c i a de los trabajadores. L a m a y o r í a de las f á b r i c a s
u t i l i z a b a m a n o de o b r a pagada m u y bajo, y l a torpeza y
l a i g n o r a n c i a j u s t i f i c a b a n los bajos salarios. E n 1904 y en
1906 los estados de M é x i c o y de N u e v o L e ó n , p r o m u l g a r o n
leves sobre accidentes de t r a b a j o : l a p r o t e c c i ó n llegaba d e l
g o b i e r n o y los obreros n o l o o l v i d a r í a n . D e s p u é s de 1905, l a
1
s i t u a c i ó n obrera se a g r a v ó : los precios c o n t i n u a r o n s u b i e n d o
m i e n t r a s que los salarios p e r m a n e c i e r o n estables. Las huelgas
se h a c í a n para i m p e d i r l a d i s m i n u c i ó n real de los salarios. E n
las f á b r i c a s textiles y de tabaco, las mujeres y los n i ñ o s pasa-
r o n a ocupar u n l u g a r i m p o r t a n t e . D e las 250 huelgas efec-
tuadas de 1881 a 1910, l a m i t a d t u v o l u g a r en l a c i u d a d de
M é x i c o , y l a m a y o r í a a causa de los salarios; 75 f u e r o n p l a n -
teadas por obreros textiles, 60 p o r trabajadores ferroviarios,
35 por obreros d e l tabaco y 12 p o r mineros.*

1 Es la época de las huelgas sangnentas de Cananea y R í o Blanco.

2 Moisés González Navarro, Historia Moderna de México, t. 4, 1957.
p p . 298-299.
 LOS"BATALLONES ROJOS" 5

E n t r e l a sociedad r u r a l y el m u n d o obrero, trabaja, de

m o d o d i s c o n t i n u o , u n a masa i n t e r m e d i a m a l conocida. A este
sector p e r t e n e c í a n los artesanos rurales, los mineros - q u e a
m e n u d o eran c a m p e s i n o s - , y los obreros estacionales de l a
i n d u s t r i a ; l a i n e s t a b i l i d a d de este sector p e r m i t i ó evitar las
concentraciones de desempleados en l a c i u d a d d u r a n t e los ma-
los a ñ o s que s i g u i e r o n a l p á n i c o de W a l l Street (1907) el cual
r e p e r c u t i ó en M é x i c o hacia 1908, y los a ñ o s de lenta recu-
p e r a c i ó n (1909) y r e c a í d a ( 1 9 1 0 ) ; n o se puede hablar, p o r
t a n t o , de u n p r o l e t a r i a d o c u a n d o e x i s t í a n diversos medios y
diversas i d e o l o g í a s .
A l estallar los acontecimientos de 1910 y 1911, los obreros
n o estaban d e l t o d o listos para u n a r e v o l u c i ó n y, p o r consi-
g u i e n t e , los q u e se a g i t a r o n n o f u e r o n los i n m a d u r o s obreros
i n d u s t r i a l e s , s i n o el viejo m u n d o de los trabajadores. E l mo-
v i m i e n t o o b r e r o h a b í a nacido, bajo el p o r f i r i s m o , de l a alian-
za e n t r e e l p r o l e t a r i a d o naciente y el artesanado en decaden-
cia. P o r e s p o n t á n e a que fuese, esta alianza era a r t i f i c i a l y
e n g e n d r ó , n o u n sindicalismo m o d e r n o , sino el m u t u a l i s m o ,
e l c o o p e r a t i v i s m o o u n socialismo iconoclasta. Este p r i m e r
m o v i m i e n t o m u r i ó casi i n m e d i a t a m e n t e , con e x c e p c i ó n de los
sectores t e x t i l y ferrocarrilero. Los ferrocarrileros, a l contacto
de sus camaradas de los K n i g h t s o f L a b o r y d e l I W W , se or-
g a n i z a r o n en e l transcurso de los a ñ o s 1887 a 1904: su fuerza
m i s m a les m a n t e n d r á apartados d e l m o v i m i e n t o obrero gene-
r a l , p o r q u e p e r m a n e c e r á n fieles a su anarco-sindicalismo y
e s c o g e r á n siempre el r a d i c a l i s m o frente a sus hermanos obre-
ros: e s c o g e r á n a Flores M a g ó n e n vez de M a d e r o , n o q u e r r á n
o í r h a b l a r de los Batallones Rojos, y en 1923, a p o y a r á n a D e
l a H u e r t a en vez de a O b r e g ó n . E l sector m á s fuertemente
o r g a n i z a d o , el m á s r e v o l u c i o n a r i o , p e r m a n e c e r á así fuera d e l
m o v i m i e n t o obrero mexicano.

A l d a r i n i c i o la r e v o l u c i ó n , M a d e r o d i j o a los obreros
textiles, en j u l i o de 1911 en Metepec ( P u e b l a ) , que su
g o b i e r n o deseaba el o r d e n y el progreso " q u e n o debe ser
3
i n t e r r u m p i d o p o r n i n g ú n m o v i m i e n t o de h u e l g a " . Las leyes

3 El Heraldo Mexicano, 16 de j u l i o de 1911.

6 JEAN MEYER

c o n t r a obreros q u e d a r o n en v i g o r y el l í d e r c o l o m b i a n o J u a n
Francisco M o n c a l e a n o fue expulsado, poco d e s p u é s de su par-
t i c i p a c i ó n e n l a f u n d a c i ó n de l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l .
Esto n o i m p i d i ó l a f u n d a c i ó n en 1911 de l a C o n f e d e r a c i ó n
N a c i o n a l de Artes G r á f i c a s ( m á s tarde, C o n f e d e r a c i ó n T i p o -
g r á f i c a ) p o r el refugiado e s p a ñ o l A m a d e o F e r r é s . L a Confe-
d e r a c i ó n r e u n í a a u n a aristocracia o b r e r a de a n a r c o s i n d i c a -
listas cultivados, hermanos de los franceses de 1848 o de 1871.
E n 1911, el anarquista e s p a ñ o l Pedro J u n c o f u n d ó en
Veracruz, l a C o n f e d e r a c i ó n de Sindicatos Obreros de l a Re-
p ú b l i c a M e x i c a n a . E n 1912, se f u n d ó l a Casa d e l O b r e r o
M u n d i a l p o r u n a m e d i a docena de corporaciones: sastres, za-
pateros, carpinteros, t i p ó g r a f o s , pintores y canteros.* Los t i -
p ó g r a f o s , carpinteros y sastres, c o n s t i t u i r í a n l a p u n t a de
lanza de este organismo que i b a a j u g a r u n papel decisivo
e n l a f o r m a c i ó n de los Batallones Rojos y, p o r l o t a n t o , en l a
o r i e n t a c i ó n d e f i n i t i v a d e l m o v i m i e n t o o b r e r o m e x i c a n o . Es
c o n v e n i e n t e destacar q u e eran los viejos gremios y n o e l pro-
l e t a r i a d o i n d u s t r i a l quienes m i l i t a b a n en esta é p o c a . E n 1914,
se s u m a r o n a l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l , los a l b a ñ i l e s , los
choferes de t a x i , los conductores de camiones y t r a n v í a s ,
los plomeros, los empleados de restaurantes, los encuaderna-
5
d o r e s . . . L a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l fue ideada p o r los
anarquistas M o n c a l e a n o y E l o y A r m e n l a ( e s p a ñ o l ) , a quie-
nes se u n i e r o n otros e s p a ñ o l e s como S u á r e z L ó p e z , C é s a r P á n -
delo, C a s i m i r o d e l V a l l e , J o s é C o l a d o , los hermanos S o r r ó n d e -
g u i , y los mexicanos Rosendo Salazar, Celestino Gasea, D i a z
Soto y G a m a , G u t i é r r e z de L a r a , M a n u e l Sarabia y P i o q u i n t o
R o l d á n . Su p r o g r a m a era vago: el s i n d i c a l i s m o e c o n ó m i c o
y l a r e v o l u c i ó n d e b í a n c o n d u c i r , a t r a v é s de l a l u c h a de cla-
ses, a l a e m a n c i p a c i ó n completa.
M i e n t r a s tanto, M a d e r o h a b í a c a í d o y era reemplazado
p o r H u e r t a . L a protesta obrera n o l l e g ó m á s a l l á de los dis-
cursos d e l 1? de m a y o de 1913; u n m i t i n realizado sema-
nas m á s tarde, h a b í a provocado l a e x p u l s i ó n de cinco

i Rosendo Salazar, La Casa del Obrero Mundial, México, 1962, p. 18.

5 Regeneración, 1? de j u l i o y 1! de agosto de 1943, N ú m s . 17 y 18.
 LOS " B A T A L L O N E S ROJOS" 7

extranjeros. E l u s u r p a d o r H u e r t a n o actuaba m u y diferente

a M a d e r o y e l p r o l e t a r i a d o n o t o m ó las armas c o n t r a é l ;
m á s a ú n , c u a n d o Estados U n i d o s a m e n a z ó seriamente a
H u e r t a , los m a q u i n i s t a s le e n v i a r o n u n d o c u m e n t o a f i r m a n d o
q u e "784 obreros de nuestro sindicato e s t á n listos para for-
m a r u n b a t a l l ó n de i n f a n t e r í a " , si hace falta defender a l
p a í s . " E n 1914, c u a n d o los marines desembarcaron en Vera-
cruz, los obreros n o t a r d a r o n en alistarse, pero H u e r t a puso
f i n a su entusiasmo, e n v i á n d o l o s a c o m b a t i r a los Zapatistas
e n e l estado de M o r e l o s , en vez de mandarlos al frente de Ve-
racruz. I r ó n i c a m e n t e , u n a ñ o m á s tarde, los misinos obreros
c o m b a t i r í a n a Zapata y a V i l l a , pero esta vez al lado de las
t r o p a s de C a r r a n z a . . .
A l f i n a l de 1913 es ya claro:
Que los sindicatos t i e n d e n a apoyarse en el gobierno.
Que el i n d i v i d u a l i s m o de los l í d e r e s hace i m p o s i b l e l a
cooperación.
Q u e las masas siguen a los l í d e r e s y n o a sus ideas, o d i c h o
" de o t r a manera, q u e n o hay conciencia de clase.
Q u e el deseo de p r o t e c c i ó n legal es m u y fuerte.
Q u e el n a c i o n a l i s m o es v i r u l e n t o y m á s i m p o r t a n t e que
6 b i s
la l u c h a de clases.

II

¿ C u á l era l a s i t u a c i ó n p o l í t i c a al f i n a l de 1914 cuando se fir-

m ó el pacto de alianza entre l a f a c c i ó n constitucionalista de
C a r r a n z a - O b r e g ó n y l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l ?
Si las facciones r e v o l u c i o n a r i a s h a b í a n estado relativamen-
te unidas d u r a n t e l a l u c h a c o n t r a V i c t o r i a n o H u e r t a , l a victo-
r i a hizo i n e v i t a b l e l a r u p t u r a . L a fuga del d i c t a d o r p r e s e n t ó
el p r o b l e m a de l a s u c e s i ó n : Carranza, apoyado por O b r e g ó n ,
p r e t e n d í a ser el heredero l e g í t i m o de M a d e r o ; Zapata y V i l l a

6 Boletín del Departamento del Trabajo, octubre de 1913, pp. 377-378.

6 bis Este es el análisis de M a r j ó r i e Clarck en su excelente y clásico
l i b r o Organized labor in México, Chapel H i l l , 1934.
8 JEAN MEYER

n o c o m p a r t í a n esta idea. V i l l a hizo saber o f i c i a l m e n t e su

o p o s i c i ó n en septiembre de 1914, y O b r e g ó n j u g ó el papel de
m e d i a d o r . Dos veces hizo e l r e c o r r i d o M é x i c o - C h i h u a h u a y
s a l v ó su v i d a gracias a u n c a m b i o de o p i n i ó n de ú l t i m o mo-
m e n t o de V i l l a , q u i e n deseaba hacerlo fusilar. D e estas t r a n -
sacciones r e s u l t ó la C o n v e n c i ó n de Aguascalientes, donde
d e b e r í a n encontrarse los cuatro grandes para designar presi-
dente. E n octubre fue electo E u l a l i o G u t i é r r e z , el c a n d i d a t o
de Zapata y de V i l l a . O b r e g ó n y Carranza r e p u d i a r o n t o d o el
proceso y en n o v i e m b r e evacuaron l a c i u d a d de M é x i c o d o n -
de villistas y zapatistas h i c i e r o n su entrada, con repiques de
los campanarios de todas las iglesias. L a s i t u a c i ó n p a r e c í a
grave para Carranza que n o c o n t r o l a b a m á s q u e algunas re-
giones aisladas; el e j é r c i t o d e l noroeste fue a n i q u i l a d o p o r
V i l l a y p r o n t o n o q u e d a r o n a los constitucionalistas m á s que
algunos enclaves y las vías f é r r e a s entre Veracruz y Puebla.
V e r a c r u z como base de a p r o v i s i o n a m i e n t o y las vías férreas
c o m o m e d i o de p e n e t r a c i ó n a l i n t e r i o r d e l p a í s , se r e v e l a r í a n
m á s tarde como cartas e s t r a t é g i c a s de p r i m e r a m a g n i t u d . Pero
en d i c i e m b r e de 1914, todo p a r e c í a p e r d i d o .
¿ P o r q u é n o era p o p u l a r e l c o n s t i t u c i o n a l i s m o o "carran-
cismo"? Carranza, que se h a b í a p r o c l a m a d o heredero espiri-
t u a l de M a d e r o y de l a l e g a l i d a d c o n s t i t u c i o n a l , era u n posi-
tivista, y sus preocupaciones sociales n o aparecieron sino hasta
d e s p u é s de l a i n c o r p o r a c i ó n de los obreros a l campo consti-
t u c i o n a l i s t a y de l a l u c h a c o n t r a Zapata. E l carrancismo era
l a tendencia m á s consciente d e l o p o r t u n i s m o , de l a necesidad
de tener en cuenta a las masas, de l a a c e p t a c i ó n r e l a t i v a de
las demandas populares en f u n c i ó n d e l f i n perseguido: el
p o d e r p o l í t i c o . L a a c e p t a c i ó n de tales demandas - e x t e r n a s a l
carrancismo—, se expresa en el pacto c o n c l u i d o con los obre-
ros en c o n t r a de V i l l a y Zapata y en l a ley agraria de 1915
destinada a q u i t a r l e a Zapata e l m o n o p o l i o del agrarismo.
D e l c a r á c t e r r e v o l u c i o n a r i o d e l carrancismo, h a b l a el hecho
de q u e esta ley se a p l i c a r a t a n r e s t r i n g i d a m e n t e , que en
cinco a ñ o s s ó l o fueran d i s t r i b u i d a s 173 000 h e c t á r e a s entre
51 400 campesinos; y el hecho de q u e sus m i e m b r o s se
r e c l u t a r a n entre los p r o p i e t a r i o s , los " p o l í t i c o s " , l a bur-
 LOS " B A T A L L O N E S ROJOS" 9

g u e s í a , los m i l i t a r e s , los b u r ó c r a t a s , los habitantes de las

ciudades. Esto e x p l i c a sus reivindicaciones " d e m o c r á t i c a s " , na-
cionalistas y antiamericanas, puesto que se t r a t a de sectores
sociales v í c t i m a s de l a tendencia d o m i n a n t e de l a b u r g u e s í a
n a c i o n a l o e x t r a n j e r a p r o t e g i d a por el p o r f i r i s m o . A ú n m á s ,
las solidaridades de clase f u n c i o n a r á n f í e n t e al h u r a c á n v i -
l l i s t a y l a amenaza zapatista: ¿ n o h a b í a sido Carranza gober-
n a d o r de P o r f i r i o D í a z ? ; y V i l l a y Zapata ¿ n o h a b í a n sido
bandidos c o m o todos los campesinos?
E n el verano de 1914, cuando Carranza e n t r ó en l a c i u d a d
de M é x i c o , los m i e m b r o s de la Casa del O b r e r o M u n d i a l or-
ganizaron u n a m a n i f e s t a c i ó n para felicitarlo y é s t e , en agra-
d e c i m i e n t o , les d i o l a iglesia y el convento de Santa B r í g i d a
en las calles de San J u a n de L e t r á n , para que establecieran
a h í su sede. H a s t a l a r u p t u r a de las diversas facciones revo-
lucionarias e n Aguascalientes, los l í d e r e s obreros h a b í a n ob-
servado u n a p r u d e n t e p o l í t i c a de espera; d e s p u é s , p o r conduc-
to d e l general O b r e g ó n , se acercaron a Carranza hasta f i r m a r
u n pacto de alianza, c o n t r a r i o a su i d e o l o g í a q u e p r o h i b í a
t o d a c o l a b o r a c i ó n d i r e c t a o i n d i r e c t a con el g o b i e r n o esta-
blecido. E l general O b r e g ó n les era conocido p o r haber i m -
puesto el salario m í n i m o en los estados de Q u e r é t a r o , G u a -
najuato, M i c h o a c á n e H i d a l g o en enero de 1914. Otros
constitucionalistas h a b í a n hecho l o m i s m o : Calles en Sonora,
C á n d i d o A g u i l a r en Veracruz, D i é g u e z en Jalisco. E n Vera-
cruz, el 6 de enero de 1915, se p u b l i c ó u n d o c u m e n t o i n s p i r a d o
p o r O b r e g ó n e n el q u e se a n u n c i a b a l a c r e a c i ó n de u n a con-
f e d e r a c i ó n r e v o l u c i o n a r i a para "defender y conseguir l a auto-
n o m í a del i n d i v i d u o y los derechos de l a colectividad, hacer
reformas sociales para emancipar al p u e b l o , c o l a b o r a r con
los ciudadanos para a n i q u i l a r l a r e a c c i ó n clerical, burguesa
v m i l i t a r p r o p a s a n d o en t o d o el p a í s v m á s a l l á de él los
p r i n c i p i o s de l a r e v o l u c i ó n " * E l C o m i t é C e n t r a l de esta orga-
n i z a c i ó n estaba f o r m a d o p o r O b r e g ó n , R o l l a n d , Salvador A l -
varado, G u s t a v o Espinoza M í r e l e s , el D r . A t l , L u i s C a b r e r a y

7 T e x t o integral publicado en marzo de 1915 en La Voz de la Revo-

lución, ó r g a n o oficial del general Alvarado.
10 JEAN MEYER

M a n u e l D i é g u e z , todos ellos, personalidades conocidas de los

dirigentes obreros.
E l 17 de febrero de 1915, se f i r m ó el pacto entre l a Casa
8
d e l O b r e r o M u n d i a l y e l carrancismo. H e a q u í el texto:

Compañeros: Todos sabéis cuál ha sido el programa de lu-

cha de la Casa del Obrero M u n d i a l hasta el día 10 del presente,
en que, reunidos sesenta y seis de sus miembros y tras de discu-
sión amplia y meditada, acordaron suspender la organización
gremial sindicalista y entrar en distinta fase de actividad, en
vista de la necesidad apremiante de impulsar e intensificar la
revolución que más se acerca en sus ideales a la aspiración
u n á n i m e de mejoramiento económico y social que ha servido
de orientación a las agrupaciones de resistencia contra la opre-
sión del capitalismo... Siempre condenamos la participación
de los obreros en los movimientos armados, por la dolorosa
experiencia de muchos años de fracasos de los caudillos que,
burlando la credulidad ingenua del pueblo, lograron rodearse
de adeptos dispuestos a sacrificar su vida por la consecución de
una finalidad aparentemente provechosa; siempre hemos soste-
nido. . . que sólo el esfuerzo colectivo de los trabajadores des-
plegado en el seno de los sindicatos de oficio, podría acercarnos
paulatina, pero seguramente, hacia la manumisión deseada. . .
pero ante la situación tremenda de aniquilamiento de vidas por
efecto de las armas y el hambre, que pesa directamente sobre
la gleba explotada de los campos, las fábricas y los talleres, es
necesario enfrentarnos con la resolución del convencido y de
una vez por todas contra el único enemigo común: la burgue-
sía, que tiene por aliados inmediatos el militarismo profesional
y el clero.. .
Basta. . . de formularios y doctrinas, que no contribuyen en
el actual momento sino a ayudar a los reaccionarios en su obra
de obstaculizar la corriente del progreso, que debemos ser los
primeros en encauzar y prestarle impetuosidades arrolladoras.
Se nos presenta la oportunidad de arrojar el guante a nuestros
infames" verdugos, colaborando de hecho y de palabra al lado

s La Voz de la Revolución, M é r i d a , 15 de j u l i o de 1916; Rosendo

Salazar y José G. Escobedo, Las pugnas de la gleba, México, 1923,
pp. 98 Í . S .
 LOS " B A T A L L O N E S ROJOS" 11

de la revolución, que no ha transigido con sus maquinaciones

y ha sabido castigarlos, reivindicando así los vulnerados dere-
chos de la m u l t i t u d eternamente sacrificada.
La Casa del Obrero Mundial no llama a los trabajadores a
formar grupos de inconscientes para militarizarlos y servir de
mesnada que vaya ciegamente a la lucha que no busque más
beneficios que el encumbramiento de unos cuantos audaces que
los arrojen al matadero para saciar sus desmedidas ambiciones;
no quiere incondicionales abyectos, que sólo sigan el mandato
del jefe que los fanatiza. . . [la Casa del Obrero Mundial] recla-
ma la cooperación de todos sus hermanos para salvar los inte-
reses de la comunidad obrera...

Siguen las o c h o c l á u s u l a s d e l pacto:

l í E l Gobierno Constitucíonalista reitera su resolución, ex-

presada por el decreto de 4 de diciembre del a ñ o p r ó x i m o pa-
sado, de mejorar por medio de leyes apropiadas, la condición
de los trabajadores, expidiendo durante la lucha todas las leyes
que sean necesarias para cumplir aquella resolución.
2? Los obreros de la Casa del Obrero M u n d i a l , con el f i n
de acelerar el triunfo de la revolución constitucíonalista e i n -
tensificar sus ideales en lo que afecta a las reformas sociales. . .
hacen constar la resolución que han tomado de colaborar, de
una manera efectiva y práctica, por el triunfo de la revolución,
tomando las armas, ya para guarnecer las poblaciones que están
en poder del Gobierno Constitucíonalista, ya para combatir la
reacción.
3? Para llevar a cabo las disposiciones contenidas en las dos
cláusulas anteriores, el Gobierno Constitucíonalista atenderá,
con la solicitud que hasta hoy ha empleado, las justas reclama-
ciones de los obreros...
4? E n las poblaciones ocupadas por el Ejército Constitucío-
nalista y a f i n de que éste quede expedito para atender las
necesidades de la campaña, los obreros se organizarán de acuer-
do con el comandante militar de cada plaza, para el resguardo
de la misma y la conservación del orden. En caso de desocupa-
ción de poblaciones, el Gobierno Constitucionalista... avisará
a los obreros su resolución, proporcionándoles toda clase de
facilidades para que se reconcentren en los lugares ocupados
por las fuerzas constitucionalistas. E l Gobierno Constituciona-
12 JEAN MEYER

lista, en los casos de reconcentración. . . auxiliará a los obre-

ros... con el objeto de que'puedan atender a las principales
necesidades de subsistencia.
5? Los obreros de la Casa del Obrero Mundial formarán lis-
tas en cada una de las poblaciones en que se encuentren orga-
nizados... incluyendo en ellas los nombres de todos los com-
pañeros que protesten cumplir con lo que dispone la cláusula
segunda. Las listas serán enviadas. . . a la Primera Jefatura del
Ejército Constitucionalista, a fin de que tenga conocimiento
del n ú m e r o de obreros que estén dispuestos a tomar las armas.
6? Los obreros de la Casa del Obrero M u n d i a l h a r á n una
propaganda activa para ganar la simpatía de todos los obreros
de la República y del obrero mundial, hacia la revolución cons-
titucionalista, demostrando a todos los trabajadores mexicanos
las ventajas de unirse a la revolución, ya que ésta h a r á efectivo
para las clases trabajadoras, el mejoramiento que persiguen
por medio de sus agrupaciones.
7» Los obreros establecerán centros y comités revoluciona-
rios en los lugares que juzguen conveniente hacerlo. Los comi-
tés, además de la labor de propaganda, velarán por la organi-
zación de las agrupaciones obreras y por su colaboración en
favor de la causa constitucionalista.
8? Los obreros que tomen las armas. . . en el Ejército Cons-
9
titucionalista.. . t e n d r á n la denominación de "rojos".

E l pacto fue f i r m a d o p o r Z u b a r á n Capmany, secretario

de G o b e r n a c i ó n de Carranza y p o r ocho dirigentes de l a Casa
del O b r e r o M u n d i a l , e l 12 de febrero de 1915 en l a c i u d a d de
Veracruz.

III

¿ Q u é m o t i v o s t u v i e r o n los dirigentes obreros para d a r este

paso fatal que p o n d r í a al m o v i m i e n t o o b r e r o m e x i c a n o b a j o
la t u t e l a d e l g o b i e r n o , t u t e l a que se conserva en nuestros
días?

9 Codificación de los decretos promulgados por los constitucionalistas.

 LOS " B A T A L L O N E S R O J O S " 13

A n t e s de i n t e n t a r comprender t a l d e c i s i ó n , c o n t r a r i a a las
tesis sostenidas hasta entonces, y q u e p r u e b a l a poca i m p o r -
t a n c i a q u e t u v o l a i d e o l o g í a , hay q u e decir q u e n o f a l t a r o n
opositores. L o s m á s notables f u e r o n los anarco-sindicalistas
i n f l u i d o s p o r los e s p a ñ o l e s y l a I W W : los ferrocarrileros bajo
l a i n f l u e n c i a i d e o l ó g i c a de Flores M a g ó n ; los petroleros de l a
I W W ; los dirigentes de l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l , fieles
a l a tesis a n a r q u i s t a de l a n o p a r t i c i p a c i ó n en el poder; e l
f r a n c é s O c t a v i o J a h n y el m e x i c a n o D í a z Soto y Gama, que
escogieron el zapatismo; y el d i r i g e n t e d e l sindicato de sastres
L u i s M é n d e z , q u e o p t ó c o n t r a Carranza. T o d o s pensaban como
E l o y A r m e n t a , el i n s p i r a d o r de l a Casa, que este pacto era
una traición:

La Casa del Obrero M u n d i a l ha sido organizada en federa-

ciones sindicales y escuelas racionalistas siguiendo el método
sindicalista revolucionario de la federación general francesa. Se
exigía a los miembros que se comprometieran a no tomar nunca
parte activa en la política o la vida militar. . . el 17 de febre-
ro de 1917 (sic), la Casa del Obrero M u n d i a l representada por
67 dirigentes y Carranza representado por Zubarán, firmaron
una alianza: Carranza les cedió el convento de Santa Brígida y
500 000 pesos, por los que, en violación a todos los principios,
ellos p a g a r í a n caro en Celaya y en El É b a n o con la sangre
obrera de los batallones que finalmente le dieron la victoria
a Carranza.. . Yo no he firmado el pacto y eso me ha valido
183 días de incomunicación en los calabozos de Veracruz y des-
10
pués, la expulsión del p a í s .

L a o p o s i c i ó n a l a alianza o b r e r o - g u b e r n a m e n t a l n o pro-
v i n o solamente de los l í d e r e s ; las bases t a m b i é n se d i v i d i e r o n :
H e m o s s e ñ a l a d o ya la ausencia de los ferrocarrileros y de los
petroleros, pero hay que a ñ a d i r e l rechazo de los obreros ra-
dicales de l a i n d u s t r i a t e x t i l en los estados de Puebla y Ve-
racruz, bajo e l c o n t r o l , entonces, d e l e j é r c i t o constituciona-

io Eloy A r m e n t a , texto de septiembre de 1916, publicado en Fall

Committee Investigation of Mexican Affairs, 1919, p . 2833, 66th Congress,
2 n d Session, U . S. Senate.
14 JEAN MEYER

lista. N o q u e r í a n alistarse e n las tropas de Carranza, sino

o c u p a r las f á b r i c a s , y los Batallones Rojos —encuartelados
e n l a zona t e x t i l de R í o Blanco, teatro de l a h u e l g a t r á g i c a de
1906— n o l l e g a r o n a hacer adeptos. Por o t r a parte, cuando
e x a m i n e m o s l a m e m b r e s í a de los Batallones Rojos veremos
q u e los q u e hemos l l a m a d o verdaderos obreros, e s t á n ausentes.
C u a n d o los signatarios d e l pacto t r a t a r o n de c o n c i l i a r l o
i r r e c o n c i l i a b l e , es decir, los ideales anarquistas de l a n o cola-
b o r a c i ó n c o n e l g o b i e r n o y e l c o m p r o m i s o c o n t r a í d o , presen-
t a r o n a l g o b i e r n o como u l t r a r r e v o l u c i o n a r i o y a sus opositores
como u l t r a r r e a c c i o n a r i o s . N o se p o d í a permanecer n e u t r a l ,
d e c í a n , p o r q u e era l a h o r a de l a l u c h a c o n t r a l a " b u r g u e s í a " ,
c o n t r a l a " r e a c c i ó n " . " ¡ E x t r a ñ a b u r g u e s í a l a i n f a n t e r í a zapa-
lista! ¡ B u r g u e s í a e x t r a o r d i n a r i a l a c a b a l l e r í a v i l l i s t a ! Es o b v i o
q u e se t r a t a b a de l a r e t ó r i c a de abogados decididos a ganar
su causa y t a m b i é n , m á s p r o f u n d a m e n t e , como veremos, de
u n a h o s t i l i d a d real, a u n q u e n o consciente, c o n t r a e l campe-
sinado.
U n o de los signatarios d e l pacto, e l t i p ó g r a f o Rosendo Sa-
lazar, defiende su p o s i c i ó n e n e l l i b r o La Casa del Obrero
Mundial, d e l c u a l es autor. Salazar t e n í a entonces 25 a ñ o s y
era e l e d i t o r de los p e r i ó d i c o s de l a Casa; El Sindicalista,
Emancipación Obrera y Revolución Social. E l 10 de fe-
brero de 1915 los 66 m i e m b r o s de l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l
h i c i e r o n e l e x a m e n de l a s i t u a c i ó n p o l í t i c a y c o m p a r a r o n los
m é r i t o s de l a C o n v e n c i ó n (Zapata y V i l l a ) , c o n los d e l cons-
t i t u c i o n a l i s m o ; Salazar escribe q u e e l anarco-sindicalismo
h a b í a dejado de e x i s t i r y h a b í a sido reemplazado p o r e l sin-
dicalismo c o m o n o r m a y o b j e t i v o de l a i n s t i t u c i ó n de clase.
Asegura c o n o r g u l l o , q u e e n e l manifiesto q u e precede a l
pacto n o hay nada q u e refleje u n a i n f l u e n c i a europea, asiá-
tica o americana, q u e los t é r m i n o s corresponden absoluta-
mente a u n idealismo f u t u r i s t a y q u e c o n él se h a d e t e n i d o
al r a d i c a l i s m o que, a fuerza de ser r a d i c a l , se vuelve r e t r ó -
grado ( p p . 139 y 141). Así, condena a los anarco-sindicalistas

« Véanse el manifiesto y los artículos anteriormente citados.

 LOS " B A T A L L O N E S ROJOS" 15

y a los radicales que rechazaron e l pacto quienes, en los

a ñ o s veinte, s e r í a n e l i m i n a d o s d e l m o v i m i e n t o obrero. E l f u t u -
r i s m o del q u e h a b l a Salazar d i s i m u l a , de hecho, el realismo
o p o r t u n i s t a q u e i d e n t i f i c a l a causa con l a d e l g o b i e r n o de los
obreros.
Salazar concluye, en f i n , que los signatarios d e l pacto ha-
b í a n escuchado l a voz d e l deber y q u e su p a t r i o t i s m o de m e x i -
canos los h a b í a d e c i d i d o a ponerse a l servicio del p u e b l o
( p . 141). L a a s i m i l a c i ó n patria-estado-pueblo se f a c i l i t ó p o r
. e l n a c i o n a l i s m o que marcaba a l m o v i m i e n t o obrero desde sus
o r í g e n e s ; ese n a c i o n a l i s m o ciego q u e p o n í a a los obreros t a n t o
a l servicio de H u e r t a como a l de su adversario, Carranza, y
los i n d u c í a a rechazar "ideas e x ó t i c a s " . E l pacto de 1915 puso
al descubierto e l nacionalismo o b r e r o , su alianza y s u m i s i ó n al
g o b i e r n o y su o p o r t u n i s m o , que n o fue sino el c o n o c i m i e n t o
e x a c t o d e ' s u s debilidades y posibilidades. Por l o m i s m o , e l
p a c t o nos p e r m i t e c o m p r e n d e r ciertas paradojas del m o v i -
m i e n t o o b r e r o mexicano, y a ú n , probablemente, del l a t i n o -
americano.
L o s dirigentes de l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l , n o t e n í a n
n a d a en c o m ú n con V i l l a , Zapata y los campesinos; con Ca-
r r a n z a los u n í a l a u r b a n i d a d y el j a c o b i n i s m o a n t i c l e r i c a l .
Se e n f r e n t a b a n a h í campesinos religiosos c o n t r a elementos
u r b a n o s anticlericales, y a pesar de t o d o l o q u e separaba a
C a r r a n z a de los obreros, ambos p e r t e n e c í a n a l m i s m o m u n d o .
D e b i d o a que l a sociedad m e x i c a n a era t o d a v í a h e t e r o g é n e a ,
la p a r t i c i ó n n o se h a c í a conforme a u n a d i v i s i ó n de clases, sino
en base a los aspectos culturales. A s í l o e x p r e s ó claramente el
d i r i g e n t e a n ó n i m o de l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l , que escri-
b í a e l 1? de agosto de 1943 e n Regeneración: los zapatistas
h a b í a n e n t r a d o p o r p r i m e r a vez en M é x i c o con el fusil al
h o m b r o y p i d i e n d o c a r i d a d a los burgueses, mientras V i l l a y
Z a p a t a se sentaban en dos sillones presidenciales en los salo-
nes d e l palacio. D e s c r i b í a a los villistas y zapatistas p a s e á n -
dose p o r l a c i u d a d de M é x i c o , l u c i e n d o en sus sombreros
i m á g e n e s de l a V i r g e n y a l c u e l l o su inseparable escapulario
m i e n t r a s cjue los campanarios de todas las iglesias repicaban
a t o d o vuelo, "...ese fue el motivo principal de nuestro é x o -
16 JEAN MEYER

d o hacia O r i z a b a p a r a a f i r m a r las ideas liberales y conquistar

e l derecho de los trabajadores a u n a v i d a m e j o r " . "
Este a n t i c l e r i c a l i s m o q u e separaba a los obreros de los
campesinos, los acercaba a los constitucionalistas, y así l o cuen-
t a n Rosendo Salazar en El Demagogo y en La Casa del Obrero
Mundial, y J o s é C l e m e n t e Orozco e n su Autobiografía. Éste
n a r r a c ó m o se realizaba el p i l l a j e de las iglesias (en O r i z a b a ) ,
c ó m o se i n s t a l a b a n prensas en l a iglesia de Dolores p a r a edi-
tar La Vanguardia y se i n s t a l a b a n obreros de l a Casa d e l
O b r e r o M u n d i a l en l a iglesia d e l C a r m e n , c ó m o las mujeres
q u e m a b a n santos, confesionarios y altares para cocinar y c ó m o
él d i s e ñ a b a caricaturas rabiosamente anticlericales. T a m b i é n
detalla c ó m o se apoderaban de ornamentos sagrados y s a l í a n
decorados de rosarios, medallas y escapularios y c ó m o se fusi-
laba en el a t r i o de l a iglesia a los desgraciados peones zapa¬
13
tistas q u e c a í a n en manos carrancistas.
A d e m á s de este parentesco i d e o l ó g i c o , es claro que los d i -
rigentes obreros q u e r í a n aprovechar l a o c a s i ó n . E r a b i e n sa-
b i d o q u e C a r r a n z a n o q u e r í a a los obreros. R . Salazar le
h a b í a o í d o decir e n 1914, que " e l s i n d i c a l i s m o le repugnaba
p o r q u e era ateo y enemigo de l a p a t r i a " ; y le h a b í a o í d o ' a c o n -
sejar e l m u t u a l i s m o si los obreros deseaban seguir enten-
d i é n d o s e c o n el g o b i e r n o . " A p a r t e d e l a n t i c l e r i c a l i s m o de los
jacobinos, e l c o n s t i t u c i o n a l i s m o n o t e n í a n i n g u n a i d e o l o g í a .
Se p o d í a entonces aprovechar l a s i t u a c i ó n para insertarle
preocupaciones sociales en favor de los obreros, ahora que
Carranza buscaba u n apoyo p o p u l a r q u e los campesinos le
negaban. C o m o e s c r i b i ó el c ó n s u l americano en E l Rosario
CSinaloa) e l 14 de marzo de 1915: " V i l l a tiene muchos h o m -
bres v fusiles pero le f a l t a n m u n i c i o n e s . . . , los carrancistas
a b u n d a n en m u n i c i o n e s pero n o t i e n e n hombres." " E l acuer-

1 2 Regeneración, 1? de agosto de 1943. Cursivas del autor.

13 José Clemente Orozco, Autobiografía, México, Ed. Occidente, 1945,
pp. 52-54.
i * Rosendo Salazar, Líderes y Sindicatos, p . 70, México, 1953.
1 5 Archivos del Departamento de Estado concernientes a los asuntos
internos de M é x i c o de 1910 a 1929. M i c r o f i l m 812.00/14874 R . 44.
 LOS "BATALLONES ROJOS" 17

d o c o n Carranza n o h u b i e r a sido posible, pero estaban Obre-

g ó n y sus amigos q u e pensaban y a en l a posguerra y en l a
necesidad de apoyarse en las masas urbanas, ú n i c a s en las q u e
p o d í a n confiar, como ya l o h a b í a n p r o b a d o e l zapatismo y e l
v i l l i s m o . A p r o v e c h a n d o que O b r e g ó n andaba a l a b ú s q u e d a
de soldados y, sobre todo, de apoyo p o l í t i c o , los dirigentes
obreros d e c i d i e r o n " t o m a r e l t r e n en m a r c h a " . Hasta enton-
ces, los obreros h a b í a n estado, de hecho, ausentes en l a re-
v o l u c i ó n . E l pacto se j u s t i f i c a b a p o r el deseo de aprovechar
l a o c a s i ó n para i n t e g r a r los obreros a l a r e v o l u c i ó n y "salvar
los intereses de l a c o m u n i d a d obrera", p o r l a cual m o s t r a b a n
poca p r e o c u p a c i ó n los campesinos convencionistas. A l a r g o pla-
zo, los dirigentes obreros g a n a r í a n l a peligrosa apuesta p o l í -
t i c a que h a c í a n sobre O b r e g ó n , su amigo, contra Carranza,
16
q u i e n s e g ú n Salazar, v e í a s i n entusiasmo e l respaldo o b r e r o .

E l paso d e l a n a r c o s i n d i c a l i s m o a l " p o s i b i l i s m o " , m a r c a

la r u p t u r a de los obreros mexicanos con l a I W W y e l acerca-
m i e n t o a l a A m e r i c a n F e d e r a t i o n o f L a b o r . E l 23 de m a y o
de 1923, el presidente de esta f e d e r a c i ó n , Samuel Gompers,
l e v a n t ó acta d e l v i r a j e en los siguientes t é r m i n o s :
" . . . e l m o v i m i e n t o s i n d i c a l de N o r t e a m é r i c a h a visto el
v a l o r m a g n í f i c o con que e l s i n d i c a l i s m o m e x i c a n o h a . . . ob-
t e n i d o el r e c o n o c i m i e n t o de l a causa d e l trabajo y de la j u s t i -
cia e n nuestra h e r m a n a r e p ú b l i c a . . . hemos conocido con
i n m e n s o i n t e r é s e l acuerdo h i s t ó r i c o a que h a n llegado l a
Casa d e l O b r e r o M u n d i a l y e l g o b i e r n o c o n s t i t u c i o n a l i s t a " . "

IV

E l pacto e n t r ó e n v i g o r i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s de su f i r m a
y, e n marzo de 1915, l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l con 8 000
hombres, mujeres y n i ñ o s , p a r t i ó p o r t r e n r u m b o a Orizaba.
E n sus memorias, el p i n t o r " J o s é Clemente Orozco, ha dejado

is Rosendo Salazar, La Casa..., p . 139.

i - Fall C o m m i t t e e . . . , p . 2 834.
18 JEAN MEYER

18
u n a d e s c r i p c i ó n de este e p i s o d i o . E n Orizaba el coronel
I g n a c i o C. E n r í q u e z o r g a n i z ó los Batallones Rojos sin m u c h a
d i f i c u l t a d , a u n q u e a veces se viera o r i l l a d o a usar e l viejo
19
sistema m i l i t a r m e x i c a n o de " a m a r r a r v o l u n t a r i o s " . L a ma-
y o r í a o b e d e c i ó s i n muchas dificultades, y, exactamente como
los campesinos, s i g u i e r o n ciegamente a sus jefes: " ¡ V á m o n o s
c o n Pancho V i l l a ! " o " ¡ V á m o n o s a l a b o l a ! " Se f o r m a r o n así
seis batallones d i v i d i d o s p o r sindicatos. Los oficiales fueron
electos. E l p r i m e r b a t a l l ó n , bajo las ó r d e n e s de M a n u e l C u é -
l l a r y compuesto p o r los obreros de l a f á b r i c a n a c i o n a l de
m u n i c i o n e s , c o m b a t i ó en el frente d u r a n t e la sangrienta ba-
t a l l a de E l É b a n o , donde e l v i l l i s t a T o m á s U r b i n a t r a t ó de
0
c a p t u r a r los yacimientos p e t r o l í f e r o s . -
E l segundo b a t a l l ó n , compuesto p o r los empleados de l a
c o m p a ñ í a de t r a n v í a s , fue enviado en g u a r n i c i ó n a l a Huas-
teca veracruzana bajo las ó r d e n e s d e l general E m i l i o Salinas.
Los batallones tercero y cuarto, compuestos p o r pintores, sas-
tres, carpinteros y canteros, comandados p o r J u a n J o s é R í o s
y J o s é M é n d e z , c o m b a t i e r o n con O b r e g ó n contra V i l l a , en
l a decisiva b a t a l l a de Celaya. Los batallones q u i n t o y sexto,
de a l b a ñ i l e s , t i p ó g r a f o s y maquinistas, permanecieron en l a
r e g i ó n de O r i z a b a y Jalapa, a las ó r d e n e s del c o r o n e l E n r í -
quez, q u i e n los e m p l e ó para c o m b a t i r zapatistas. E n Guada¬
lajara, el gobernador p r o v i s i o n a l M a n u e l D i é g u e z , obrero
veterano sobreviviente de l a h u e l g a de Cananea de 1906, or-
g a n i z ó u n cuerpo de empleados de comercio, de l a adminis-
t r a c i ó n p ú b l i c a y de los t r a n v í a s , que c o m b a t i ó valientemente
21
c o n t r a los v i l l i s t a s .
Los Batallones Rojos t u v i e r o n 66 bajas de los 3 100 h o m -

is J. Clemente Orozco, Autobiografía...

i« Informe del inspector M a n u e l Díaz a G o b e r n a c i ó n , del 19 de
marzo de 1915, archivos de la Secretaría de Industria, Comercio y T r a -
bajo. 30-2-7-33.
2 » Luis F. Bustamante, La defensa del Ébano, 1915, 255 pp., y de El
Ébano a Torreón, Monterrey, 1915, 219 p p .
2 1 Estos informes se encuentran en: M a r j o r i e Clark, ob. cit., y en
los libros ya citados de Rosendo Salazar y M i g u e l García Cruz, Evolución
mexicana del ideario del Seguro Social, U N A M , 1962.
 L O S " B A T A L L O N E S ROJOS" 19

b i e s movilizados. D e hecho, s ó l o e n t r a r o n en combate los de

E l É b a n o y las p r o x i m i d a d e s de Guadalajara, r e c i b i e n d o u n a
g r a n p u b l i c i d a d t a n t o d e l g o b i e r n o como de los sindicatos.
D i e c i o c h o soldados d e l tercer b a t a l l ó n f u e r o n m u e r t o s en Ja-
lisco, y en t o d o el p a í s se organizaron m í t i n e s en m e m o r i a
de los h é r o e s . Esto c o n s t i t u í a parte de l a p r o p a g a n d a expresa-
m e n t e p e r m i t i d a y recomendada en los a r t í c u l o s d e l pacto. L a
Casa del O b r e r o M u n d i a l , efectivamente hizo u n esfuerzo
p o r sindicalizar todo l o q u e se encontrara en t e r r i t o r i o ca-
rrancista, y siempre con e l apoyo del e j é r c i t o . A fines de 1915
c o n t r o l a b a 36 casas filiales d i s t r i b u i d a s en toda l a r e p ú b l i c a
y representaba a 800 000 trabajadores, 52 000 de los cuales
p e r t e n e c í a n a l centro de Santa B r í g i d a , l a casa m a t r i z . " Esta
c i f r a de 800 000 obreros es o b v i a m e n t e exagerada. A ú n si se
i n c l u y e en e l l a a los artesanos, no h a b í a en esa é p o c a tantos
obreros en M é x i c o . L o que sí es incuestionable es e l creci-
m i e n t o acelerado d e l m o v i m i e n t o obrero. Esta c e l e r i d a d de
c r e c i m i e n t o s i g u i ó constituyendo u n a de sus c a r a c t e r í s t i c a s . A
decir verdad, n o se sabe q u é es l o m á s deslumbrante, su des-
a r r o l l o o su c a í d a . . . U n a ñ o m á s tarde, n o q u e d a b a rastro
•de l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l . E n todo caso, l a cifra de
800 000 obreros es a ú n menos aceptable e n t a n t o q u e l a
Casa n o h a b í a logrado atraer a los trabajadores de las fá-
bricas. H e a q u í l a lista de sindicatos que f u n d a r o n en M o n -
2 3
terrey, el g r a n centro i n d u s t r i a l d e l noroeste: pintores, car-
pinteros, a l b a ñ i l e s , conductores de autobuses y de taxis, pa-
naderos y sastres. Los obreros de l a i n d u s t r i a pesada, los
trabajadores de l a f u n d i d o r a , e s t á n ausentes, s ó l o m i l i t a n en
24
l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l , los viejos cuerpos de o f i c i o s .
E n O r i z a b a , cuartel general de los Batallones Rojos, h u b o
choques v i o l e n t o s - s i n o s a n g r i e n t o s - entre los " r o j o s " y los

2 2 Cifras oficiales citadas por Eloy Amienta, Fall Committee...,

p. 2833.
23 Para el desarrollo i n d u s t r i a l áe Monterrey, véase: F. Mauro,
Caravelle, 1964, p p . 33-133.
-'4 Cf. Colección "Ideas", 1915, p e r i ó d i c o de los sindicatos "rojos" de
Monterrey.
 JEAN MEYER
20
obreros de las f á b r i c a s de hilados de R í o Blanco. Los Bata-
llones Rojos, d e s p u é s de fracasar en su tentativa de p e r s u a s i ó n ,
les r e p r o c h a r o n "haber o l v i d a d o a los m á r t i r e s d e l 7 de enero"
( 1 9 0 6 ) , y f u n d a r o n , como ú l t i m o recurso, sindicatos q u e
r e a g r u p a r o n a los empleados de t r a n v í a s , las costureras, los
sastres, los seleccionadores de café, los obreros de las f á b r i c a s
d e cigarros y los electricistas. " L o s obreros de las siete f á b r i -
cas textiles r e h u s a r o n aceptar el sindicalismo de l a Casa d e l
25
O b r e r o M u n d i a l " c o n c l u y ó e l a u t o r de l a h i s t o r i a de l a Casa.
A l regreso de las tropas constitucionalistas, l a Casa d e l
O b r e r o M u n d i a l i n a u g u r ó en l a c i u d a d de M é x i c o u n a es-
cuela racionalista, y s i n d i c a l i z ó a los empleados d e l comercio
y a los trabajadores d e l tabaco, ebanistas, laqueadores, pana-
deros, costureras, fabricantes de sombreros, de perfumes y de
a t a ú d e s . Es é p o c a de t r i u n f o y, s i m b ó l i c a m e n t e , el g o b i e r n o
cede a l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l el Jockey C l u b de l a aris-
tocracia p o r f i r i a n a (Casa de los Azulejos, hoy Sanborn's), para
sus nuevos locales. E n M o r e l i a , l a Casa se instala en e l arzo-
bispado; e n Guadalajara, usa el seminario. Para este m o m e n -
to, las principales sucursales de l a Casa son: C ó r d o b a , Jala-
pa, Orizaba, Veracruz, San A n d r é s T u x t l a , P u e r t o M é x i c o
(Coatzacoalcos), M é r i d a , T a p a c h u l a , Tehuantepec, Oaxaca,
Puebla, T e z i u t l á n , Pachuca, T a m p i c o , Q u e r é t a r o , I r a p u a t o ,
L e ó n , M o r e l i a , G u a d a l a j a r a , C o l i m a , C i u d a d V i c t o r i a , Salti-
2
llo, T o r r e ó n , Monterrey, Nuevo Laredo. "
Rosendo Salazar hace u n balance de l a o b r a realizada y
c i t a e l activo: l a d e s t r u c c i ó n de las sociedades m u t u a l i s t a s ,
"las acciones para sofocar e l b r o t e de u n a o r g a n i z a c i ó n ca-
t ó l i c a d e l t r a b a j o " , e l pacto de los Batallones Rojos, l a
s i n d i c a l i z a c i ó n de las masas y l a p r o p a g a c i ó n de u n a c u l t u r a
p r o l e t a r i a gracias a l " l i b r o e s p a ñ o l barato de asuntos so-
27
ciales".
E l p e l i g r o de u n m o v i m i e n t o o b r e r o c a t ó l i c o r i v a l , fue
hasta 1926 l a o b s e s i ó n d e l s i n d i c a l i s m o que creció a l a s o m b r a

25 Regeneración, 1? de agosto de 1943.

2<¡ Idem.
2 7 Rosendo Salazar, Líderes y..., p . 65.
 LOS " B A T A L L O N E S ROJOS" 21

d e l g o b i e r n o . E n gran parte, se e s c o g í a l a sombra d e l gobier-

n o p a r a resistir, y u n a de las causas i m p o r t a n t e s d e l conflicto
q u e e s t a l l ó en 1926 entre l a Iglesia y e l g o b i e r n o , fue precisa-
m e n t e la a c t i v i d a d d e l l í d e r o b r e r o g u b e r n a m e n t a l L u i s M o -
rones, contra l a competencia c a t ó l i c a . L o q u e Salazar n o dice
e n s u balance de l a o b r a realizada, es que éste sea solamente
p o s i t i v o : e l c r e c i m i e n t o enorme de los efectivos d e s p u é s de
f e b r e r o de 1915 (la casa m a t r i z pasa de 4 000 a 52 000 m i e m -
bros en seis meses), n o tiene s ó l o ventajas; de hecho, l a vieja
g u a r d i a a n a r q u i s t a se encuentra ahogada en u n a m u c h e d u m -
b r e de l o que, a falta de m e j o r t é r m i n o , yo l l a m a r í a sans¬
culottes. Se c o n f u n d e n así clase o b r e r a y masa ( " m o b " ) y l a
c o n c i e n c i a de clase está m á s ausente q u e n u n c a . M a r j o r i e
C l a r k que h a p o d i d o trabajar en los archivos de l a C G T
(creada e n 1921 contra el m o v i m i e n t o o b r e r o oficial) toda-
v í a n o demasiado desmantelados p o r l a r e p r e s i ó n , cita en l a
p á g i n a 17 de su l i b r o , u n d o c u m e n t o m u y revelador de este
h e c h o . A l f i n de 1915 los empleados de t r a n v í a s de M é x i c o ,
p i d i e r o n u n a u m e n t o de salario en forma, excesivamente ser-
v i l v a l conseguirlo agradecieron a l a c o m p a ñ í a en estos
t é r m i n o s : " Y o m e encuentro d o b l e m e n t e h o n r a d o - p r i m e r a -
m e n t e a l d i r i e i r mis h u m i l d e s Dalabras a u n iefe t a n resDeta
ble c o m o usted v en secundo l u e a r Doroue veneo en n o m b r e
de m i s c o m p a ñ e r o s a hacerle saber nuestra g r a t i t u d eterna
porc^ue el a u m e n t o de salarios usted ha t e n i d o l a b o n -
d a d de concedernos n e r m i t i r á meiorar l a suerte de miles de
hogares."

E n tales condiciones, n o sorprende que el g o b i e r n o p u d i e r a

l i q u i d a r l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l c u a n d o c o m e n z ó a mo-
lestarle. E n 1915-1916, el g o b i e r n o h a b í a p e r m i t i d o las h u e l -
gas c o n t r a el sector p r i v a d o , pero en c u a n t o los " r o j o s " aco-
m e t i e r o n c o n t r a el p r o b l e m a d e l papel moneda, d e s t r u y ó
l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l . Signo precursor de l a r e p r e s i ó n
q u e s u r g i r í a i n e v i t a b l e m e n t e en c u a n t o los intereses d e l Esta-
d o se v i e r a n amenazados, fue e l decreto de n o v i e m b r e de 1915,
q u e m i l i t a r i z ó a los ferrocarrileros para f i n i q u i t a r l a ince-
sante a g i t a c i ó n de este sector r a d i c a l , o p o s i t o r d e l constitu-
c i o n a l i s m o . L o s trenes c o n s t i t u í a n l a cabeza de lanza de l a
22 JEAN MEYER

c a m p a ñ a m i l i t a r de O b r e g ó n y n o se p o d í a tolerar n i n g ú n des-
o r d e n . E n 1916, l a h u e l g a de electricistas en G u a d a l a j a r a fue
desbaratada p o r el e j é r c i t o , así como l a de las m i n a s de E l
O r o , en e l estado de M é x i c o . Los tiempos c a m b i a b a n ; en
Veracruz, en Puebla, en l a c i u d a d de M é x i c o , las huelgas ter-
m i n a n de l a m i s m a manera. E l general Pablo G o n z á l e z c e r r ó
l a Casa d e l O b r e r o M u n d i a l y sus p e r i ó d i c o s d e j a r o n de apa-
r e c e r á E l general d e c l a r ó ante los periodistas: "Si l a r e v o l u -
c i ó n ha c o m b a t i d o l a t i r a n í a capitalista, n o puede sancionar l a
t i r a n í a d e l p r o l e t a r i a d o , y a esta t i r a n í a p r e t e n d e n llegar los
obreros, especialmente los de l a Casa del O b r e r o M u n d i a l , que
n o satisfechos con las concesiones recibidas y los beneficios
conquistados, m u l t i p l i c a n y exageran sus demandas y hasta
se p r o n u n c i a n en f o r m a de violentos reproches c o n t r a las au-
toridades constitucionalistas que h a n sido su resuelto a l i a d o
y firme sostén." »
Es claro q u e ya n o se necesitaba a los obreros y q u e las
huelgas h a b í a n comenzado a ser m a l vistas. E l g o b i e r n o l a n z ó
u n a advertencia: " E l g o b i e r n o emanado de l a r e v o l u c i ó n ha
estimado a l o b r e r o y le ha prestado todo su apoyo en sus
demandas justas; pero entre ese elemento d e l t r a b a j o l l a m a d o
a l a prosperidad, se h a n i n t r o d u c i d o , d e s l i z á n d o s e a m a n e r a
de serpiente venenosa, algunos arteros y ruines agitadores que,
i n d i g n o s de t o d o m i r a m i e n t o , i n t r o d u c e n l a c i z a ñ a b a j o el
falaz p r e t e x t o de trabajar p o r e l m e j o r a m i e n t o o b r e r o y fo-
m e n t a n huelgas d i s o l v i e n d o l a u n i d a d d e l trabajo y p e r j u d i -
30
cando l a c o n s o l i d a c i ó n d e l o r d e n . "
Así, apenas u n a ñ o d e s p u é s d e l pacto, se l a n z ó l a convo-
catoria para u n Congreso O b r e r o P r e l i m i n a r en Veracruz,
d o n d e se declaraba con u n t o n o l i b e r t a r i o , q u e los traba-
jadores se h a l l a b a n " . . . desonentados hasta d e n t r o de sus

nJ^rEr^leXd'ordeí Sado renerS He-

28 Acción, publicado en M é x i c o y Ariete, publicado en Guadalaj:

29 El Pueblo, 19 de enero de 1916.
3 0
El Pueblo 3 de febrero de 1916
si Rosendo Salazar, La Casa..., pp. 191-193.
 LOS "BATALLONES ROJOS" 23

r i b e r t o Jara, i n v i t a d o a l congreso, d e c l i n ó l a i n v i t a c i ó n e n
u n a carta d e l 3 de marzo de 1916 d i c i e n d o que c ó m o p o d í a
él asistir a u n congreso d o n d e se empezaba p o r " . . . a c o n s e -
j a r a los obreros que se a p a r t e n de u n g o b i e r n o d e m o c r á t i c o
c o m o es el G o b i e r n o C o n s t i t u c i o n a l i s t a . . . " ; y c o n t i n u a b a :
" t a n t o el G o b i e r n o Federal como el de esta e n t i d a d n o aprue-
b a n l a labor de los s e ñ o r e s congresistas, pues consideran que
se h a n apartado d e l c a m i n o que d e b e r í a n seguir para obtener
u n m e j o r a m i e n t o sano.
E l congreso de Veracruz fue organizado por u n t a l L u i s
M o r o n e s , m i l i t a n t e de M é x i c o , que h a b í a condenado el pacto
y aprovechaba l a r u p t u r a entre el g o b i e r n o v la Casa, para
p r o c l a m a r l a validez de sus t e o r í a s . D e l congreso salió l a C o n -
f e d e r a c i ó n d e l T r a b a j o de l a R e g i ó n M e x i c a n a , que n a c i ó
m u e r t a , así como e l P a r t i d o Socialista O b r e r o . Este congreso
r e h u s ó toda f o r m a de c o l a b o r a c i ó n con el gobierno, v o l v i e n -
d o a l sindicalismo y a l a a c c i ó n directa. >>
E l manifiesto lanzado en esta o c a s i ó n , proclamaba l a l u -
cha de clases como p r i n c i p i o , l a s o c i a l i z a c i ó n de los medios
de p r o d u c c i ó n como f i n y l a a c c i ó n directa como m e d i o :

Queda e x c l u i d a . . . toda f o r m a de participación política, es

decir, el h e c h o de a d h e r i r s e o f i c i a l m e n t e a u n g o b i e r n o o par-
t i d o . . . los s i n d i c a t o s . . . son exclusivamente organizaciones de
resistencia. La Confederación reconoce la escuela racionalista
3 3
c o m o l a ú n i c a ú t i l a l a clase obrera.

E l autor d e l manifiesto, M o r o n e s , n o t a r d ó n i dos años

e n renegar de é l . . .
L a crisis f i n a l fue provocada p o r el p r o b l e m a d e l p a p e l
m o n e d a . A l f i n a l de 1915 ya h a b í a h a b i d o u n a huelga en
Veracruz para protestar c o n t r a e l pago de salarios en billetes
carrancistas; en M é x i c o s u c e d i ó l o m i s m o en mayo de 1916.
E l g o b i e r n o r e a c c i o n ó entonces m u y v i o l e n t a m e n t e o b l i g a n d o

••¡2 Vicente L o m b a r d o Toledano, La libertad sindical en México, Mé-

xico, 1962, p. 63.
Idem.
24 JEAN MEYER

a los obreros a aceptar los billetes que se d e v a l u a b a n constan-

temente. Esta c u e s t i ó n de los billetes, p r o v e y ó a l g o b i e r n o
d e l a o p o r t u n i d a d para desembarazarse de l a Casa d e l O b r e r o
M u n d i a l y poner f i n a l m o v i m i e n t o de h u e l g a que c u b r í a ya
e l D i s t r i t o Federal y los estados de M é x i c o , H i d a l g o , Puebla,
e t c é t e r a . . . T o d o e m p e z ó e l 18 de marzo de 1916 con e l co-
m u n i c a d o de l a F e d e r a c i ó n de Sindicatos Obreros d e l D i s t r i t o
F e d e r a l d i r i g i d o a los empleadores: " A los propietarios, geren-
tes, encargados, etc., de toda clase de negociaciones. E n vista
de que cualesquiera que sean los sueldos que se paguen en
p a p e l m o n e d a de c i r c u l a c i ó n actual, s e r á n insuficientes para
c u b r i r las necesidades de los trabajadores, dada l a fluctua-
c i ó n constante d e l v a l o r de ese m i s m o p a p e l m o n e d a en re-
l a c i ó n c o n e l t i p o de o r o n a c i o n a l , base de todas las transac-
ciones mercantiles, y deseando evitar e n l o posible q u e los
trabajadores, v í c t i m a s directas de las especulaciones financie-
ras, se vean en l a necesidad de e x i g i r a los patrones aumentos
constantes e n sus salarios. . . t o m e n resoluciones e n é r g i c a s que
s i r v a n de p r e t e x t o para que los eternos enemigos de l a jus-
t i c i a . . . a r r o j e n [sobre ellos] el peso de las responsabilida-
des. . . l a F e d e r a c i ó n de Sindicatos Obreros d e l D i s t r i t o Fede-
r a l , p o r acuerdo de todos los gremios q u e l a f o r m a n , d e c i d i ó
hacer l a siguiente p e t i c i ó n :
" Q u e a p a r t i r d e l lunes 22 de los corrientes se paguen en
o r o n a c i o n a l o su equivalente en p a p e l m o n e d a de c i r c u l a c i ó n
legal, los sueldos que d i s f r u t a b a n todos los asalariados del
D i s t r i t o Federal l a ú l t i m a semana d e l a ñ o de 1914, e n t e n d i é n -
dose q u e estos sueldos son l a r e t r i b u c i ó n p o r ocho horas de
t r a b a j o y q u e n i n g ú n salario d e b e r á ser m e n o r de u n peso
3
oro nacional por d í a . . . " *
Los empleadores n o r e s p o n d i e r o n ; l a huelga c o m e n z ó el
22 de m a r z o apoyada p o r los electricistas y el sindicato de
t r a n v í a s . E l m i s m o d í a , e l c o m a n d a n t e de l a g u a r n i c i ó n
de M é x i c o p r o c l a m ó : "Esta C o m a n d a n c i a M i l i t a r a m i cargo,
p o r acuerdo d e l c i u d a d a n o P r i m e r jefe, Encargado del Poder
E j e c u t i v o de l a N a c i ó n , hace saber a todos los gremios decla-

3 Í Rosendo Salazar, La Casa..., p p . 219-220.

 LOS "BATALLONES ROJOS" 25

' ráelos en huelga, q u e n o acepta, p o r n i n g ú n m o t i v o , q u e los

servicios p ú b l i c o s h a y a n sido suspendidos; en t a l concepto,
esta C o m a n d a n c i a M i l i t a r , bajo pena de severos castigos, les
previene de q u e l a C o m p a ñ í a de L u z , C o m p a ñ í a de T r a n -
vías, de T e l é f o n o s y Aguas Potables. . . deben i n m e d i a t a m e n t e
S 5
e n t r a r en o p e r a c i ó n . "
Consciente de l a gravedad de l a amenaza, e l c o m i t é de
h u e l g a d e c i d i ó q u e se acatara l a orden, "en vista de que l a
sociedad sufre c o n l a huelga". T o d a s las negociaciones con
los empleadores fracasaron y e l g o b i e r n o n o h i z o nada para
q u e se llegara a u n acuerdo. Pero l a miseria es grande, y l a
a g i t a c i ó n se desarrolla y c o n t i n ú a de manera e s p o n t á n e a . F i -
nalmente, los sindicatos lanzan l a o r d e n de huelga general
prevista para e l 1« de agosto de 1916, q u e c o m e n z ó efectiva-
m e n t e en e l D i s t r i t o Federal, pero el e j é r c i t o o c u p ó las f á b r i -
cas i n m e d i a t a m e n t e , a r r e s t ó a los dirigentes y el g o b i e r n o p u -
3 U
b l i c ó u n decreto t e r r i b l e : E n t r e los considerandos d e l
decreto, se dice que las clases trabajadores c r e í a n " . . . q u e de
ellas depende l a existencia de l a sociedad. . . " , q u e n o h a c í a
m u c h o t i e m p o l a a u t o r i d a d m i l i t a r d e l D i s t r i t o Federal ha-
b í a hecho saber a l a clase obrera " . . .que si b i e n l a r e v o l u c i ó n
h a b í a t e n i d o c o m o u n o de sus principales fines l a d e s t r u c c i ó n
de l a t i r a n í a capitalista, n o h a b í a de p e r m i t i r q u e se levan-
tase otra t a n p e r j u d i c i a l para el b i e n de l a R e p ú b l i c a . . . " ;
ellos [los obreros] son una. parte pecjueíla de l a so-

es i l í c i t a " . . . desde el m o m e n t o que se emplea para perju-

dicar a l a ' s o c i e d a d . . . " , etc. H a c i e n d o estas consideraciones
V basándose en una vieja ley de 1862, Carranza e s t a b l e c i ó que:

ARTÍCULO 1' Se castigará con la PENA DE MUERTE, además

de a los trastornadores del orden público que señala la Ley de
25 de enero de 1862:
Primero. A los que inciten a la suspensión del trabajo en
las fábricas o empresas destinadas a prestar servicios públicos

3 5 Ibid., p p . 220-221.
se Fall Commiitee.. ., pp. 2 838-2 839.
26 JEAN MEYER

o la propaguen; a los que presidan reuniones en que se pro-

ponga, discuta o apruebe; a los que la defiendan y sostengan; a
los que la aprueben o suscriban; a los que asistan a dichas
reuniones o no se separen de ellas tan pronto como sepan su
objeto, y a los que procuren hacerla efectiva una vez que se
hubiera declarado.
Segundo. A a los q u e . . . destruyeren o deterioraren los
efectos de la propiedad de las empresas.. . a los que provoquen
alborotos públicos sea contra funcionarios públicos o contra
particulares... o que se apoderen, destruyan o deterioren bie-
nes públicos o de propiedad particular.
Tercero. A los que con amenazas o por la fuerza impidan
que otras personas ejecuten los servicios que prestaban.
ARTÍCULO T LOS delitos de los que habla esta ley serán de
la competencia de la misma Autoridad M i l i t a r que corresponde
conocer de los que define y castiga la Ley de 25 de enero de
1862.

E l decreto era suficientemente d r á s t i c o , como para n o a p l i -

carse; h u b o u n solo condenado a muerte, Velasco, del s i n d i -
cato electricista, q u i e n fue i n d u l t a d o . Pero l a huelga y l a
Casa d e l O b r e r o M u n d i a l q u e d a b a n l i q u i d a d a s .

A pesar de todas las reticencias y oposiciones, el m o v i m i e n t o

o b r e r o n o p u d o seguir o t r o c a m i n o q u e el trazado p o r los
Batallones Rojos en 1915. A s í l o demuestra el r á p i d o examen
de su r e s u r r e c c i ó n d e s p u é s de l a d e s t r u c c i ó n de l a Casa d e l
Obrero M u n d i a l .
Los obreros i n t e n t a r o n , vanamente, reorganizarse en for-
m a i n d e p e n d i e n t e . Pero, como en 1916 en Veracruz, f u e r o n
incapaces de unirse y, sobre todo, eran impotentes sin el go-
b i e r n o . L a p r i m e r a t e n t a t i v a , q u e falló, se hizo p o r " p u r o s " ;
l a segunda, que t r i u n f ó , se hizo p o r oportunistas que reto-
m a r o n l a p o l í t i c a d e l pacto de 1915.
E l 13 de o c t u b r e de 1917, a l l a m a d o de los sindicatos ele
T a m p i c o ( I W W ) , se r e u n i ó u n congreso de delegados de doce
estados. E n él, se e n f r e n t a r o n v i o l e n t a m e n t e l a tendencia ra-
 LOS "BATALLONES ROJOS" 27

d i c a l , representada p o r los delegados I W W de los Estados U n i -

dos, los de las ciudades fronterizas y los de l a zona petrolera,
y l a tendencia " p o s i b i l i s t a " , representada por los sindicatos
d e l D i s t r i t o Federal. A pesar de todo, las 32 organizaciones
p a r t i c i p a n t e s (14 de T a m p i c o ) , n o representaban m á s que a
u n a í n f i m a m i n o r í a de trabajadores, t o d a v í a b a j o los efectos
de l a r e p r e s i ó n de 1916. E n t r e los grupos representantes, ¿ q u é
h a c í a e l C o m i t é de Defensa de Ligas Obreras de Y u c a t á n , que
congregaba a campesinos en u n sindicato de estado? Estas
ligas n o t e n í a n de obreras sino el n o m b r e . Y ¿ q u é v e n i a a
hacer el ya d i f u n t o P a r t i d o Socialista Obrero? E l congreso
q u i s o crear l a C o n f e d e r a c i ó n d e l T r a b a j o , c e n t r a l n a c i o n a l
que nació muerta.
D u r a n t e esta é p o c a , los constituyentes r e u n i d o s en Que-
r é t a r o , r e d a c t a b a n el A r t í c u l o 123 que i b a a p e r m i t i r , m á s
tarde, l a c r e a c i ó n de u n a l e g i s l a c i ó n o b r e r a m u y avanzada, y
el A r t í c u l o 27 q u e p e r s e g u í a , a l a vez, l a c r e a c i ó n de l a peque-
ñ a p r o p i e d a d a g r í c o l a y e l e q u i l i b r i o entre l a fuerza d e l capi-
t a l y l a d e l t r a b a j o . N o se h a b l ó a h í de l a l u c h a de clases
o de l a o r g a n i z a c i ó n socialista de l a sociedad m e x i c a n a ; n o
obstante, los enemigos de l a r e v o l u c i ó n m e x i c a n a e n c o n t r a r o n
b o l c h e v i q u e l a C o n s t i t u c i ó n de 1917, y los obreros l a v i e r o n
d e l m i s m o m o d o , ya que estos a r t í c u l o s les eran i n d i s c u t i b l e -
m e n t e favorables, n o obstante que, en e l m o m e n t o de los
debates, los jefes obreros se e n c o n t r a r a n en p r i s i ó n .
L a C o n s t i t u c i ó n de 1917 a c e r c ó nuevamente a l g o b i e r n o
y a los obreros incapaces de organizarse. A p r o v e c h a n d o l a
c o y u n t u r a , el g o b e r n a d o r de C o a h u i l a , Gustavo Espinoza
M í r e l e s - u n o de los artesanos del pacto de 1 9 1 5 - c o n v o c ó a
u n congreso de u n i f i c a c i ó n obrera para m a y o de 1918. Los
d i p u t a d o s locales a p r o b a r o n el proyecto en el decreto 80 q u e
e s t i p u l a : " E l g o b i e r n o d e l Estado de C o a h u i l a . . . p a t r o c i n a
l a c e l e b r a c i ó n de u n congreso de obreros." E l a r t í c u l o 2? d e l
decreto, p e r m i t í a al ejecutivo f i n a n c i a r e l viaje de los dele-
3
gados y c u b r i r los gastos d e l congreso. '

Diario Oficial del estado soberano de Coahuila, 22 de marzo de 1918.

28 JEAN MEYER

E l congreso t u v o l u g a r d e l 1? a l 12 de mayo de 1918 en l a

3 8
c i u d a d de S a l t i l l o y p r e s e n c i ó el c o n í r o n t a m i e n t o de s i n d i -
calistas r e v o l u c i o n a r i o s , de socialistas de tendencia rusa, c o n t r a
"sindicalistas legalistas" apoyados p o r el g o b i e r n o m e x i c a n o
y l a A m e r i c a n F e d e r a c i ó n o f L a b o r , de S. Gompers. E l t r i u n f o
d e los legalistas d i r i g i d o s p o r L u i s Morones, R i c a r d o T r e v i ñ o
y Marcos T r i s t á n , era i n e v i t a b l e , y p r o d u j o la c r e a c i ó n de l a
C o n f e d e r a c i ó n R e g i o n a l de Obreros Mexicanos (CROM).
Esta c o n f e d e r a c i ó n que i b a a d o m i n a r hasta 1929, aseguraba
c o n t r o l a r 500 000 obreros en 1920 y 2 500 000 e n 1928. Estas
39
c i f r a s q u e e n g l o b a n 1 500 sindicatos campesinos y 1 150 sin-
dicatos obreros, son inaceptables; pero a u n l a cifra de u n
m i l l ó n de obreros es i n a d m i s i b l e y M a r j o r i e C l a r k , d e s p u é s
de u n a c r í t i c a i m p l a c a b l e , les concede, con m u c h a generosi-
d a d , 100 000 m i e m b r o s . M é x i c o t e n d r í a que esperar t o d a v í a
m u c h o t i e m p o para llegar a l a cifra de u n m i l l ó n de obreros.
P o r o t r a parte, es seguro que l a C R O M fracasó c o m p l e t a m e n -
te con los campesinos. E n f i n , l o i m p o r t a n t e es q u e con l a
C R O M los obreros r e e m p r e n d i e r o n el camino d e l pacto de
1915. L a l e c c i ó n h a b í a sido b i e n e n t e n d i d a : se debía cooperar
a ú n m á s estrechamente con el g o b i e r n o y sobre todo, no se
debía chocar con él. E n 1919, l a C R O M c r e ó el P a r t i d o L a -
borista M e x i c a n o con l a clara idea de entrar en el g o b i e r n o .
Para eso M o r o n e s v T r e v i ñ o (ex anarquista de l a I W W de
los petroleros t a m p i q u e ñ o s ) f i r m a r o n u n pacto secreto con
4 0
O b r e g ó n ' el 9 de de 19 1 9 E n él se apoyaba a O b r e -

erm en c o n t r a de Carranza o o r a u e con lucidez v c i n i s m o los

l í d e r e s n o v e í a n o t r a s a l v a c i ó n q u é el sindicalismo d e n t r o de
l a o r g a n i z a c i ó n p o l í t i c a E l "acuerdo se f i r m ó 8 horas antes de
q u e O b r e g ó n se sublevara c o n t r a Ciarranza y l a CH^OiVI co~
s p e h ó h a i o las nresideurias de O b r e p ó n v C i l l e s los frutos
de l a ' a l i a n z a - en el r é g i m e n de Calles M o r o n e s se c o n v i r t i ó
en secretario de I n d u s t r i a , C o m e r c i o " T r a b a j o - l a C R O M

as Salazar y Escobedo, Las pugnas.-., t. 2, p. 10.

39 Memoria del C o m i t é Central de la C R O M DF, 1926.
to E l texto del pacto se p u b l i c ó por primera vez el 21 de agosto de
1930 en Excelsior.
 LOS "BATALLONES ROJOS" 29

a d q u i r i ó 40 diputaciones y 11 s e n a d u r í a s en e l Congreso Fe-

d e r a l , 2 g u b e r n a t i v a s de estado y u n g r a n n ú m e r o de cupu-
taciones locales, a u m e n t a n d o t o d a v í a m á s su i n f l u e n c i a m o -
n o p o l í s t i c a y sus privilegios. Los a ñ o s de apogeo v a n de 1918
a 1928, en q u e l a C R O M a p r o v e c h ó para c o m b a t i r a todos
1
los q u e m i l i t a b a n c o n t r a e l l a , ' ya q u e su secretario general,
M o r o n e s , era q u i e n d e c i d í a l a l e g a l i d a d o i l e g a l i d a d de las
huelgas: las de l a C R O M e r a n legales, las d e m á s n o . O b r e g ó n
a p l a s t ó sangrientamente l a h u e l g a i n s u r r e c c i o n a l de l a C G T
e n l a c i u d a d de M é x i c o en 1923 y las huelgas de ferrocarri-
leros de l a C G T y l a I W W de 1927 f u e r o n aplastadas p o r
el e j é r c i t o y los " a m a r i l l o s " de l a C R O M . Si el g o b i e r n o apo-
y a b a a l a C R O M a fondo, é s t a le daba pruebas de s u b o r d i -
n a c i ó n absoluta.
Es esta é p o c a la q u e J o s é L ó p e z D o ñ e z , t i p ó g r a f o de l a
C G T , h a bautizado como " e l apostolado de l a vaqueta" por-
q u e los l í d e r e s de l a C R O M t e n í a n l a p i e l t a n gruesa como
el cuero. N o se ve que los objetivos i n m e d i a t o s (mejora ma-
t e r i a l ) , o p r ó x i m o s (la r e v o l u c i ó n ) h a y a n sido alcanzados
p o r l a C R O M , que p a r t i c i p ó activamente en l a d e s t r u c c i ó n
de l a C G T y de los independientes. L o s obreros h a b í a n sido,
s i n l u g a r a dudas, los i n s t r u m e n t o s y las v í c t i m a s de las i n -
trigas p o l í t i c a s y de l a a m b i c i ó n personal a causa de su
d e b i l i d a d , q u e h a c í a depender su p r o s p e r i d a d y a ú n su exis-
tencia, d e l favor o f i c i a l . U n presidente m u n i c i p a l p o d í a , si
así l o deseaba, destrozar el s i n d i c a t o local; u n gobernador
descontento con u n a f e d e r a c i ó n obrera, p o d í a crear l a suya
p r o p i a ; así l o h i c i e r o n en Jalisco los gobernadores Z u ñ o y
M a r g a r i t o R a m í r e z (el a n t i g u o f e r r o c a r r i l e r o ) . Se necesitaba
v a l o r para i r c o n t r a el v i e n t o como l o h i c i e r o n los anarquis-
tas d e l riel el 27 de j u l i o de 1923, a l lanzar e l siguiente
m a n i f i e s t o : " M o r o n e s s a l i ó d e l t a l l e r [era u n electricista] d o n -
de era esclavo miserable como l o somos nosotros t o d a v í a . . .
p e r o n o fue a l a r e v o l u c i ó n , se a f e r r ó al f a l d ó n d e l soldado
y se h i z o r i c o . M o r o n e s usa a u t o m ó v i l m a n e j a d o por u n escla-
vo y otros esclavos a t i e n d e n l a c o m o d i d a d de su persona; va

« J. H . Rcttinger, Morones o[ México, Londres, 1928.

30 JEAN MEYER

a vuestros m í t i n e s en potente auto c o m p r a d o c o n e l sudor de

los que sufren, de los proletarios, e i n s u l t a vuestra m i s e r i a con
e l escandaloso uso de alhajas a d q u i r i d a s a costo d e l sudor de
nuestra f r e n t e . . . h i z o p o l í t i c a para obstruccionar l a h u e l g a
f e r r o c a r r i l e r a de 1921 y l a de t r a n v i a r i o s de febrero de este
a ñ o . . . Obreros, ese m o n s t r u o salido de vuestras filas, es el
4 2
M u s s o l i n i de M é x i c o , es e l Santa A n n a de nuestra é p o c a . "
E n 1923, l a C R O M m o v i l i z ó a los obreros para c o m b a t i r
l a r e b e l i ó n delahuertista, en l a c u a l p a r t i c i p a r o n todos los
m o v i m i e n t o s sindicalistas independientes y m u r i e r o n b u e n
n ú m e r o de viejos l í d e r e s como M a n u e l D i é g u e z , e l h é r o e de
Cananea. L o s obreros t a m b i é n p a r t i c i p a r o n en l a l u c h a c o n t r a
l a r e b e l i ó n Cristera (1926-1929), organizados e n tres bata-
43
llones " p o p u l a r e s " , herederos de los Rojos de 1915, p o r e l
g o b e r n a d o r de Jalisco, M a r g a r i t a R a m í r e z .

VI

¿ Q u é i n t e r p r e t a c i o n e s se p u e d e n p r o p o n e r ahora? E l perso-
naje p r i n c i p a l d e l pacto de 1915, el verdadero padre de los
B a t a l l o n e s Rojos, n o fue u n obrero, sino el general O b r e g ó n .
O b r e g ó n p l a n t e a el p r o b l e m a d e l o p o r t u n i s m o , e l suyo pro-
p i o , y e l de los l í d e r e s obreros, el de l a r e v o l u c i ó n m e x i c a n a
toda. Y a se h a d i c h o demasiado que fue u n a r e v o l u c i ó n s i n
i d e o l o g í a , l o que n o significa g r a n cosa p o r q u e hay i d e ó l o g o s
o p o r t u n i s t a s y " p u r o s " s i n i d e o l o g í a ; l o que n o se h a d i c h o
suficientemente, es que se p o d r í a escribir su h i s t o r i a y l l a -
m a r l a " H i s t o r i a d e l O p o r t u n i s m o " , o p o r t u n i s m o q u e n o es
i n f a m i a sino i n t e l i g e n c i a p o l í t i c a , audacia de m a n i o b r a , olfa-
to. O l f a t o de O b r e g ó n q u e era consciente d e l p o t e n c i a l p o l í -
tico de los obreros y a ú n m á s , d e l p e l i g r o campesino; cons-
ciente de q u e c o n t r a V i l l a y Zapata n o contaba sino con su
e j é r c i t o y los trabajadores de las ciudades. O l f a t o de O b r e g ó n

42 A r c h i v o General de la N a c i ó n , Ramo Presidentes. O b r e g ó n - C a l l e s ,

paquete 1, legajo 6-106-E.
3
* A r c h i v o del Gobierno de Jalisco, Secretaría de Gobierno, pa-
quete 33.
 LOS "BATALLONES ROJOS" 31

q u e , en 1914, d u d ó entre l a C o n v e n c i ó n y Carranza escogien-

d o a l aparente perdedor. L a c o r r i e n t e constitucionalista, s i n
i n f l u e n c i a sobre e l c a m p o (salvo sobre abogados, m é d i c o s , etc.,
e n los pueblos i m p o r t a n t e s ) , t e n í a q u e apoyarse en las ciu-
dades, hecho q u e encaja b i e n en l a estrategia m i l i t a r de O b r e -
g ó n , maestro de las ciudades y de las vías férreas. P o r o t r a
p a r t e , y f u n d a m e n t a l m e n t e , el campo n o se interesaba p o r el
m o v i m i e n t o l i b e r a l j a c o b i n o salido de las ciudades. O b r e g ó n
s a b í a que e l c a m p o r e a l m e n t e q u e r í a t i e r r a y l i b e r t a d , l o q u e
en ú l t i m a instancia, n o se c o n f o r m a a n i n g ú n estado consti-
t u i d o : Zapata s e r á h u e r t i s t a si H u e r t a da l a tierra. O b r e g ó n
h i z o u n balance poco a l e n t a d o r de l a a g i t a c i ó n campesina y
c o n c l u y ó q u e para r e c o n s t r u i r e l Estado y r e i n i c i a r e l desarro-
l l o e c o n ó m i c o h a b í a q u e ganar l a g u e r r a (el apoyo o b r e r o
m i l i t a r m e n t e secundario es p o l í t i c a m e n t e esencial), apoyarse
e n los obreros p a r a tener u n a base p o l í t i c a u r b a n a q u e per-
m i t i e r a v i g i l a r l a r e a c c i ó n de l a c i u d a d y someter a l campo,
e n f i n , apaciguar a los campesinos para recobrar e l o r d e n
indispensable. O b r e g ó n supo plegarse a las necesidades d e l
m o m e n t o s i n perder de vista sus objetivos; a él se deben los
a r t í c u l o s en favor d e l o b r e r o de l a C o n s t i t u c i ó n de 1917, en
u n p a í s donde p r á c t i c a m e n t e n o h a b í a obreros. Su a p l i c a c i ó n
h i z o de los obreros de l a C R O M , u n a aristocracia. O b r e g ó n
u t i l i z ó las m i l i c i a s obreras c o n t r a D e l a H u e r t a pero l a v i o -
l e n c i a obrera r e v o l u c i o n a r i a [ C G T , I W W ] le preocupaba y
d e c i d i ó n o j u g á r s e l o t o d o a u n a sola carta. D e s p u é s de los
m o t i n e s obreros de 1922-1923, e m p e z ó a d i s t r i b u i r l a t i e r r a
[antes, m u y poco] buscando ganarse el apoyo campesino.
Y , si O b r e g ó n fue o p o r t u n i s t a , ¿ q u é decir de sus socios
obreros? Si a b a n d o n a r o n su i n t r a n s i g e n c i a anarquista de los
a ñ o s 1910-1914 a c a m b i o de u n " p o s i b i l i s m o " c o t i d i a n o , n o
fue p o r q u e les f a l t a r a perspicacia. C o m p r e n d í a n que, de exis-
t i r , el p r o l e t a r i a d o m e x i c a n o , n o p o s e í a conciencia de clase
y n o p o d í a ser e s p o n t á n e a m e n t e r e v o l u c i o n a r i o ; en con-
secuencia a b a n d o n a r o n e l a n a r c o s i n d i c a l i s m o y d e c i d i e r o n
q u e u n a p e q u e ñ a m i n o r í a , las élites sindicales, c o n d u j e r a n el
m o v i m i e n t o o b r e r o . D e a h í l a a p a r i c i ó n de esta raza de "re-
v o l u c i o n a r i o s " profesionales, p o l í t i c a y m o r a l m e n t e neutros
32 JEAN MEYER

e insensibles, el "apostolado de l a vaqueta", i n d i f e r e n t e a l a

pureza i d e o l ó g i c a y a l a i d e o l o g í a m i s m a , que d e g e n e r ó auto-
m á t i c a m e n t e en u n a b u r o c r a c i a c o r r o m p i d a . L o que hizo l a
C R O M de 1918 a 1928, l o h i z o nuevamente su heredera,
l a C o n f e d e r a c i ó n de T r a b a j a d o r e s M e x i c a n o s ( C T M ) .
De 1910 a 1918, e l m o v i m i e n t o o b r e r o m e x i c a n o p a s ó por
u n a serie de fases que f u e r o n de l a h o s t i l i d a d o l a i n d i f e r e n -
cia hacia e l Estado, hasta l a c o l a b o r a c i ó n con el m i s m o ; las
esperanzas de los obreros f l u c t u a b a n de acuerdo con estas re-
laciones. E n 1918, l a d i v i s i ó n en las filas obreras era absoluta;
l a c o n f u s i ó n , t o t a l . F u e entonces c u a n d o M o r o n e s l a n z ó su
famosa arenga a l congreso de S a l t i l l o : " ¡ B i e n a v e n t u r a d o s los
idealistas p o r q u e de ellos es e l r e i n o de todos los desastres!"
E l c a m i n o elegido en 1915 se v o l v i ó a elegir en 1918, esta
vez, d e f i n i t i v a m e n t e . ¿ P o r q u é desde siempre esta f a s c i n a c i ó n
p o r e l Estado? ¿ P o r q u é esta esperanza en el gobierno? ¿ H a -
b r á q u e ver a h í u n a herencia h i s p á n i c a ? E l Estado soberano,
i n d e p e n d i e n t e de los intereses particulares, p r i n c i p i o de auto-
r i d a d y fuente de l a ley ¿ n o p o d í a ser considerado como u n
i n s t r u m e n t o de clase? Los mexicanos t e n í a n l a experiencia
d e l poderoso Estado p o r f i r i a n o q u e no era t a n l i b e r a l (en el
s e n t i d o Victoriano, m a r x i s t a ) como se les q u e r í a hacer ver;
a d e m á s los anarquistas les e n s e ñ a b a n q u e el poder c o r r o m p e ,
v tales ideas f u e r o n esenciales a l m o v i m i e n t o obrero naciente.
Los l í d e r e s t e n í a n entonces u n a c o n c e p c i ó n d e l estado exis-
tente, como u n a e n t i d a d a n t e r i o r a ellos, fuerte e i n d e p e n -
d i e n t e ; p o r estas razones y p o r q u e e r a n d é b i l e s , n o s o ñ a b a n
en apoderarse de é l . Q u e d a b a e l c a m i n o de l a c o l a b o r a c i ó n
cj u e c o n d u c í a a l socialismo de Estado y a l a i n f l u e n c i a m u t u a
de las partes

Se c o m p r e n d e entonces m e j o r , p o r q u é Rosendo Salazar

consideraba como " u n i n m e n s o m é r i t o " e l que Carranza h u -
b i e r a t r a t a d o "de i g u a l a i g u a l " c o n l a Casa del O b r e r o M u n -
d i a l c u a n d o se d i s c u t í a el pacto de 1 9 1 5 . «
Q u e los obreros n o p o d í a n n a d a p o r sí solos, l o s a b í a n
b i e m N o f u e r o n a c o m b a t i r c o n t r a H u e r t a p o r q u e n a d i e se

a Rosendo Salazar, La Casa. .., p . 79.

 LOS " B A T A L L O N E S ROJOS" 33

los p i d i ó , p o r q u e n o se les necesitaba; ¡ a ú n así le ofrecieron

sus servicios!
E l autor d e l pacto de 1915 fue O b r e g ó n , y cuando C a r r a n -
za ya n o n e c e s i t ó los Batallones Rojos, los d i s o l v i ó (enero de
1916).
E l p r o m o t o r de l a u n i d a d sindical de 1918, el creador
de l a C R O M fue e l g o b e r n a d o r Espinoza M í r e l e s que finan-
c i ó el C o m i t é C e n t r a l hasta e l d í a en que O b r e g ó n , c a n d i d a t o
a l a presidencia, f i r m ó e l t r a t a d o secreto con M o r o n e s . Espi-
noza era carrancista y l a C R O M l o era con él. M á s tarde, ésta
se i r í a con e l que m á s le o f r e c í a : O b r e g ó n .
Esta a c t i t u d es consciente y Calles p r o v e y ó de argumentos
j u s t i f i c a t o r i o s a los l í d e r e s obreros cuando d i j o q u e : "Siendo
M é x i c o u n p a í s f u n d a m e n t a l m e n t e de p r o l e t a r i o s . . . toca a los
gobiernos consagrar t o d o su esfuerzo a l m e j o r a m i e n t o de las
clases i n f o r t u n a d a s , en e l m e j o r encauzamiento de las ma-
sas laborantes." « C u a n d o R . Salazar critica a M o r o n e s pre-
cisa que " . . . e n menos de u n a ñ o se o r g a n i z ó el m i n i s t r o
M o r o n e s para nacionalizar a l a C R O M , asunto que n o le
reprochamos e n l o m á s m í n i m o y que a ú n consideramos
como su m á s i n s p i r a d a idea, ya que l a v i d a o b r e r a ha de
tenerse en p r i m e r a l í n e a entre el c o n j u n t o de i n s t i t u c i o n e s
q u e necesitan d e l poder p o l í t i c o para su r e g e n e r a c i ó n . " «
Y a ú n m á s : " E l Estado i n t e r m e d i o , o b r a g e r m i n a de l a
R e v o l u c i ó n M e x i c a n a , que n o es l a d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o
pero tampoco l a d e l c a p i t a l i s m o ; este Estado i n t e r m e d i o me-
x i c a n o es e x d u y e n t e de c u a l q u i e r i d e o l o g í a e x t r a ñ a a l m e d i o
y organiza u n a c o n v i v e n c i a e n t r e trabajadores, empresarios y
g o b i e r n o . . . el t r a b a j o ajusta sus demandas a las leyes y éstas
l o protegen c o n t r a los abusos de l a clase p a t r o n a l . " *<
E v i d e n t e m e n t e esto conduce a l o p o r t u n i s m o v u l g a r y a l a
c o r r u p c i ó n . R . Salazar r e l a t a el t e s t i m o n i o de Jorge Joseph
sobre la crisis de 1935 entre Calles y C á r d e n a s ; el jefe de l a

45 Velazquez Bringas, Mexico mile el mundo, ideologic! del president

Calles, Barcelona, 1927, p . 102.
46 Rosendo Salazar, IJderes y..., p. 82.
47 Id., p . 14.
34 JEAN MEYER

C G T , A d r i á n T i b u r c i o G o n z á l e z , q u e r i e n d o aprovechar el
c o n f l i c t o entre los dos h o m b r e s p a r a rehacer ventajosamente
e l pacto de 1919 (o de 1915), fue a p r o p o n e r su c o l a b o r a c i ó n
a los dos adversarios. ¡Así e r a n las cosas en j u n i o de 1935!
H a s t a el i n c o r r u p t i b l e jefe de l a C G T q u e r í a sacar provecho
de la crisis, n o sdice R . Salazar.^
Y e l m o v i m i e n t o o b r e r o n o se h a recuperado j a m á s ; po-
l í t i c a m e n t e es u n elemento de l a m a q u i n a r i a g u b e r n a m e n -
t a l ; ¿ n o p o d í a haber actuado de o t r a m a n e r a a causa de su
d e b i l i d a d ? Q u i z á s . A l actuar así ha a u m e n t a d o e l desequi-
l i b r i o e n t r e l a fuerza p o l í t i c a d e l g o b i e r n o , así como su de-
bilidad.
D e s p u é s de 1920 los obreros a d q u i r i e r o n u n a m e n t a l i d a d
e x t r a ñ a ; con e x c e p c i ó n de algunos viejos m i l i t a n t e s y de l a
C G T , l a m a y o r í a se h i c i e r o n indiferentes a la v i d a s i n d i c a l
y p o l í t i c a . Es significativo que sus cuotas sindicales t u v i e r a n
q u e ser deducidas de sus salarios pues n o se pagaban de o t r a
m a n e r a . L a n u e v a clase es a m o r f a y n o q u i e r e problemas: h a
concedido a l presidente M i g u e l A l e m á n e l t í t u l o de " O b r e r o
49
de la P a t r i a " .
Esta t u t e l a g u b e r n a m e n t a l de l a clase obrera que, por pro-
vechosa engendra su s u m i s i ó n , comienza en forma de alianza
p o p u l a r en 1915 y c u l m i n a , p a r a d ó j i c a m e n t e , bajo e l m á s
r e v o l u c i o n a r i o de los presidentes: L á z a r o C á r d e n a s . Se d i j o
q u e l a p o l í t i c a de C á r d e n a s era r e v o l u c i o n a r i a y era, p o r l o
tanto, n o r m a l apoyarla; pero fue entonces cuando los s i n d i -
catos se c o n v i r t i e r o n en u n sector i n s t i t u c i o n a l i z a d o d e l par-
t i d o g u b e r n a m e n t a l . Esto era cerrar l a v í a a u n p a r t i d o o b r e r o
o a u n s i n d i c a l i s m o l i b r e y, en ú l t i m a instancia, los ú n i c o s
beneficiarios f u e r o n los l í d e r e s obreros convertidos en d i p u -
tados, senadores y gobernadores.
E x p l i c a r los Batallones R o j o s p o r los l í d e r e s obreros (y
es necesario explicarlos p o r q u e c o n s t i t u y e n u n episodio c r u -

4S id., p . 111-113.
P

49 Rosendo Salazar, Líderes..., p . 197; de la misma manera, el viejo

luchador veracruzano, Rafael Ortega dedica sus libros a M . A l e m á n ,
"protector del obrero".
 LOS "BATALLONES ROJOS" 35

cial) es i n s u f i c i e n t e ; es l a s i t u a c i ó n g l o b a l , l a r e v o l u c i ó n
m e x i c a n a l a que e x p l i c a l a d e c i s i ó n tomada.
U n a b u r g u e s í a en f o r m a c i ó n h a b í a t o m a d o el poder cuan-
d o e l c a m p o se encontraba t o d a v í a d o m i n a d o p o r notables
rurales. Para esta b u r g u e s í a era difícil asegurar l a h e g e m o n í a
a p o y á n d o s e en u n campesinado con planes discrepantes, si n o
a n t a g ó n i c o s de los propios, pero s a b í a u t i l i z a r l o s c u a n d o era
necesario. L a v e r d a d de las relaciones entre l a f a c c i ó n t r i u n -
fante de l a r e v o l u c i ó n y los campesinos, se expresa en l a
m u e r t e de Pascual Orozco, de Zapata, de V i l l a , a manos de
cQTrancistast^""consideró necesario, p o r l o tanto, apoyarse
en las ciudades y en e l p r o l e t a r i a d o u r b a n o ; f o m e n t a r l a
u n i ó n de las nuevas clases dirigentes con los obreros. Por eso
h u b o que seguir u n a p o l í t i c a de progreso social y de desarro-
l l o e c o n ó m i c o aunque s ó l o fuera para a u m e n t a r l a fuerza
de los sectores secundarios y terciarios. Y , de hecho, l a
s o l i d a r i d a d de los habitantes urbanos, los constituciona-
listas y los obreros, h a f u n c i o n a d o b i e n desde 1915. Es p o r
eso que nos interesan e l pacto, los Batallones Rojos y l a
presencia s i m b ó l i c a de los obreros en el c a m p o de b a t a l l a
l u c h a n d o c o n t r a V i l l a y Zapata. Para las masas urbanas los
campesinos son e x t r a ñ o s y l o e x t r a ñ o es calificado de reac-
cionario, l o cual justifica el colonialismo i n t e r n o y la situación
p r i v i l e g i a d a de las ciudades. Esto se manifiesta claramente
por p r i m e r a vez en 1915 v Tacques L a m b e r t l o h a e x p l i c a d o
b i e n : I n s t i n t i v a m e n t e las fuerzas p o l í t i c a s progresistas h a n
t e n d i d o a acomodarse a esta s i t u a c i ó n y a integrarse e n el siste-
m a ele democracia p a r t i c i o a t o r i a l i m i t a d a heredada d e l
f i r i s m o E l o l f a t o p o l í t i c o de los hombres de 1915 es de ad-
m i r a r s e el nacto n a r e r i ó una hipada atrevida v un a ñ o
después', h a b í a n p e r d i d o (1916). Los acontecimientos ulterio¬
-
res v i n i e r o n a darles la r a z ó n ñ o r su narte los ohrerns se
b e n e f i c i a r o n de una l e g a c i ó n L i a avanzada esro
l a r i z a c i ó n de 1» « ^ 2 ^ 1 ^ ™ ^ ! ! ^
v del n ^ n l í i l T S L W ™ZZ\Tmnfn¿T™

ohrero Í e lo rruE t L < V di M clases r n e d ü s T o s r a , U e

sinos n ó son nactonaSSs)
36 JEAN MEYER

No son las masas proletarias para marxistas n i para anar-

quistas. Las masas mexicanas son patriotas por excelencia, sa-
biendo í n t i m a m e n t e que su interés radica en los buenos sala-
rios, las habitaciones confortables y la baratura de los artículos
50
de consumo necesario.

L a q u i n t a asamblea de l a C R O M que t u v o l u g a r en Gua¬

dalajara de 1923, p r o c l a m ó :

La convención resuelve que el movimiento obrero mexicano

es de carácter nacionalista, entendiendo como tal el hecho de
que se considera al mismo tiempo solidario con los movimien-
tos obreros de todos los países del mundo, y con el derecho y
la obligación de tratar de resolver los problemas que afectan
a México,"

Y V i c e n t e L o m b a r d o T o l e d a n o puede escribir en 1926:

. . . así se explica que la C R O M . . . se une a veces al gobierno

mexicano haciendo suyo el programa de este. Y es que el go-
bierno ha bichado siempre no sólo por defender la soberanía
de la nación, sino las fuentes de la riqueza pública de donde
debe surgir la libertad económica del pueblo.•'¬
Esta s o l i d a r i d a d se vuelve c o n t r a los campesinos porque
"entre c i u d a d y c a m p o existe d i v o r c i o . . . l o p o l í t i c o u r b a n o ,
así, es d i s t i n t o si n o opuesto, a l o p o l í t i c o a g r a r i o . . . aún
5
ahora existe d i v i s i ó n entre esos factores". ' Y cuando los his-
toriadores rusos, a l h a b l a r de 1915, escriben que el proleta-
r i a d o u r b a n o m e x i c a n o h a b í a servido para abatir a l campe-
sinado, Rosendo Salazar responde vehementemente que " N i
en l a p r o p i a U n i ó n S o v i é t i c a el p r o l e t a r i a d o campesino ha
t e n i d o n u n c a s u p r e m a c í a sobre el p r o l e t a r i a d o c i t a d i n o , n i

•>o R. Salazar, Civilismo v militarismo en la revolución, 411 pp., 1958,

p. 217.
=i Id., Historia de las luchas proletarias de México, 1938, t. 1, p. 102.
•••i Lombardo Toledano, La libertad..., p . 125.
53 Rosendo Salazar, La Casa..., p. 84.
 L O S " B A T A L L O N E S ROJOS" 37

é s t e sobre e l g r u p o comunista." •>* Es cierto que l a p r i m e r a

ley e l e c t o r a l s o v i é t i c a n o refleja o t r a cosa que u n a desconfian-
za f u n d a m e n t a l (y comprensible) p o r el campesinado, que se
e n c u e n t r a sub-representado en r e l a c i ó n con las ciudades.
¿ N o h a b l a b a M a r x en el Manifiesto d e l i d i o t i s m o de l a
v i d a campesina y en La lucha de clases en Francia de l a clase
5 5
" q u e representa la b a r b a r i e en el seno de l a c i v i l i z a c i ó n " ?
¿Y en e l Congreso C o n s t i t u y e n t e de 1917, n o d e c í a Espi¬
n o z a q u e en los estados d e l sur de l a r e p ú b l i c a (Zapata) n o
h a b í a h a b i d o u n a verdadera r e v o l u c i ó n sino u n a r e a c c i ó n , y
q u e a l l á los hombres h a b í a n t o m a d o las armas para defender
el pasado? ¿Y n o e x p l i c a b a que en el estado de Oaxaca l a
s i t u a c i ó n era peor, que l a sierra entera estaba en armas y
q u e e l p r o b l e m a sólo se r e s o l v e r í a con el a n i q u i l a m i e n t o de
56
los r e b e l d e s ?
Y e l general J u a n A z c á r a t e d i j o que "los i n d i o s Zapatistas"
h a b í a n encabezado u n a "guerra p a r r o q u i a l de resistencia
a b s u r d a c o m b a t i e n d o por i g u a l c o n t r a P o r f i r i o D í a z y M a -
d e r o , c o n t r a H u e r t a y c o n t r a Carranza"/>•
A p a r t i r de 1915, la r e v o l u c i ó n c o n s t i t u c i o n a l i s t a l o g r ó l a
i n c o r p o r a c i ó n de la p o b l a c i ó n o b r e r a a l a b u r o c r a c i a guber-
n a m e n t a l q u e r e g í a al país, p o n i e n d o f i n así a l a a u t o n o m í a
d e l ú n i c o sector q u e se le escapaba. Las actitudes obreras
posteriores n o se c o m p r e n d e n m á s q u e a l a l u z de esta situa-
c i ó n : ¿lo que es v á l i d o para M é x i c o , n o l o es para l a A m é r i c a
L a t i n a y e l T e r c e r M u n d o ? Los obreros n o h a n dejado de es-
p e r a r su s a l v a c i ó n a manos d e l Estado; n o h a existido n u n c a
u n a c o y u n t u r a en l a que el m o v i m i e n t o o b r e r o se haya en-
c o n t r a d o en l u c h a en los m o m e n t o s en q u e era i n d e p e n d i e n t e .
L o s B a t a l l o n e s Rojos m o v i l i z a d o s c o n t r a los campesinos en
1915, ¿ n o p r u e b a n , s i m b ó l i c a m e n t e , q u e los obreros que par-
t i c i p a n en e l poder n o pueden ser r e v o l u c i o n a r i o s a l mante-
ner esa r e l a c i ó n con el Estado y con la sociedad toda?

M Id., p . 263.
Pauvert, P a r í s , 1965, p . 109.
se Diario de Debates, t. 11, 1151.
. 5 7 Esencia de la revolución, 1966, p . 2 1 .