Está en la página 1de 31

LAS IMÁGENES FOTOGRÁFICAS

DE LA SOCIEDAD MEXICANA
EN LA PRENSA GRÁFICA
DEL PORFIRIATO.

Judith D E L A T O R R E R E N D Ó N
El Colegio de México

INTRODUCCIÓN

SI LA FOTOGRAFÍA ADQUIRIÓ RÁPIDAMENTE gran p o p u l a r i d a d y u n a


e n o r m e i m p o r t a n c i a para la sociedad m e x i c a n a a p a r t i r de
la i n t r o d u c c i ó n del d a g u e r r o t i p o a nuestro p a í s a l r e d e d o r
de 1840; es evidente que esta trascendencia a l c a n z ó toda-
vía mayor m a g n i t u d en la é p o c a d e l p o r f i r i a t o . Fue en este
p e r i o d o c u a n d o sus usos y conceptease diversificaron, de-
b i d o a que las condiciones de o r d e n y progreso facilitaron
que los adelantos t é c n i c o s f o t o g r á f i c o s se d i f u n d i e r a n a l o
largo d e l p a í s c o n mayor p r o n t i t u d .
Teresa Matabuena, e n u n interesante y sugerente es-
t u d i o sobre Algunos usos y conceptos de la fotografía durante el
porfiriato, e s t a b l e c i ó que la f o t o g r a f í a "no era tan sólo u n a
r e p r e s e n t a c i ó n de la realidad, sino que era u n obieto que
t e n í a facultades para expresar sentimientos y afectos era
u n a p r u e b a irrefutable de las cualidades de las personas y
objetos fotografiados". 1 E n suma, cada emisor i m p r i m í a a
su i m a g e n u n sentido y u n significado propios. Pero al lado
de esta a p l i c a c i ó n y su respectiva c o n c e p c i ó n que rescata
y define Matabuena, n o hay que olvidar que e m e r g i e r o n y
coexistieron otros usos. Entre ellos se e n c u e n t r a n los de
c a r á c t e r científico que se abocaron, a m é n de otros p r o p ó -

1
MATABUENA, 1 9 9 1 , p . 8.

//Afee, XLVIII: 2, 1998 343


344 J U D I T H DE I A TORRE RENDÓN

sitos, a establecer registros tanto a n t r o p o l ó g i c o s c o m o ar-


q u e o l ó g i c o s ; asimismo, a p a r t i r de la ú l t i m a d é c a d a del si-
glo XIX, la f o t o g r a f í a sirvió para ilustrar la i n f o r m a c i ó n
aparecida en las planas de la prensa.
Este artículo se centra, precisamente, en r e f e r i r algunas
características que d e f i n i e r o n a las i m á g e n e s f o t o g r á f i c a s
en la prensa porfirista.* A n t e la i n f i n i d a d de ilustraciones
insertas en ella y que a l u d e n a distintas t e m á t i c a s de infor-
m a c i ó n p e r i o d í s t i c a , se ha d e c i d i d o abocarse a aquellas
i m á g e n e s que dan cuenta de la élite mexicana, sin dejar de
revisar su i n t e r r e l a c i ó n c o n las i m á g e n e s d e l p o d e r y del
progreso, así c o m o el sentido que guarda en t o r n o a las
propias características de los magazines ilustrados.
Así, para la r e a l i z a c i ó n de este trabajo es conveniente
establecer tres lincamientos. En p r i m e r lugar, n o debe olvi-
darse que u n considerable n ú m e r o de p e r i ó d i c o s y revistas,
que existieron bajo el r é g i m e n de P o r f i r i o D í a z , f u n g i e r o n
c o m o difusores y, p o r ende, legitimadores del o r d e n y pro-
greso que sustentaba este g o b i e r n o . De tal m o d o que la
f o t o g r a f í a , concebida en aquellos m o m e n t o s c o m o fiel
r e p r o d u c t o r a de la realidad — l o que se t r a d u c í a en ser

2
E n g e n e r a l , los estudios realizados e n t o r n o a esta t e m á t i c a son esca-
sos. E n 1947, en la revista Mañana, A n t o n i o R o d r í g u e z se r e f i r i ó , sin p r o -
f u n d i z a r m u c h o e n el a s u n t o , a "el p r o c e s o de i n s e r c i ó n de la f o t o g r a f í a
e n la p r e n s a m e x i c a n a " . DEBROISK, 1994, p . 153. C u a r e n t a a ñ o s d e s p u é s ,
A u r e l i o de los Reyes e n Cine y sociedad en México (1896-1930) l l a m ó la
a t e n c i ó n sobre c ó m o e n la p r e n s a i l u s t r a d a de a q u e l p e r i o d o se h a b í a
m a n i f e s t a d o u n a " p l e n a c o n c i e n c i a d e l v a l o r h i s t ó r i c o de la i m a g e n " ,
p o r l o q u e t a n t o é s t a c o m o la p r o d u c c i ó n c i n e m a t o g r á f i c a "se p r e o -
c u p a r o n p o r d e s c u b r i r al p a í s " . REYES, 1983, v o l . 1, p . 92. M á s t a r d e este
m i s m o a u t o r e n " C i n e , p r e n s a y magazines i l u s t r a d o s " d e f i n i ó los l i n c a -
m i e n t o s q u e c a r a c t e r i z a r o n a la f o t o g r a f í a i n s e r t a e n las planas de las
p u b l i c a c i o n e s ilustradas. REYES, 1989, p p . 1795-1812. Sin e m b a r g o , estas
llamadas d e a t e n c i ó n n o h a n c a í d o d e l l e n o n i en el saco d e los histo-
r i a d o r e s d e l p e r i o d i s m o m e x i c a n o n i e n el de aquellos q u e se a v e n t u r a n
a h i s t o r i a r e l p r o c e s o de la f o t o g r a f í a e n M é x i c o . Se p u e d e n m e n c i o n a r
algunas a p r o x i m a c i o n e s c o m o las de F l o r a L a r a K l a h r y M a r c o A n t o n i o
H e r n á n d e z en El poder de la imagen y la imagen del poder. Fotografías de pren-
sa delporfiriato a la época actual. V é a s e LARA y HERNÁNDEZ, 1985, p p . 9-19,
o c o m o las d e O l i v i e r D e b r o i s e e n Fuga mexicana. Un recorrido por la foto-
grafía en México. DEBROISE, 1994, p p . 145-146.
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 345

considerada c o m o p r u e b a irrefutable de la verdad—, apun-


taló el discurso dictatorial. E n segundo lugar y relacionado
c o n l o anterior, la f o t o g r a f í a inserta en la prensa p o d í a dar
cuenta del progreso y la estabilidad alcanzados y, p o r lo
tanto, d e l bienestar y relajamiento que disfrutaba la socie-
dad mexicana, y que expresaba, sobre todo, en la prácti-
ca de las diversiones públicas. Finalmente, en tercer lugar,
se debe t o m a r en cuenta que se e s t a b l e c i ó u n a retroali-
m e n t a c i ó n entre las i m á g e n e s f o t o g r á f i c a s de la sociedad
porfirista y los elementos p r o p i o s de la f o t o g r a f í a , c o m o
p u d i e r o n ser la c o m p o s i c i ó n de la i m a g e n , los adelantos
técnicos que p e r m i t í a n m e j o r calidad fotográfica, así como
aquellos c o m p o n e n t e s que d e f i n e n a las revistas ilustradas,
es decir el uso de los reportes escrito y gráfico
F u e r o n varias las revistas ilustradas que aparecieron du-
rante los ú l t i m o s quince a ñ o s del g o b i e r n o de Porfirio Díaz
y que responden a las características antes s e ñ a l a d a s . Entre
las m á s i m p o r t a n t e s se c u e n t a n El Tiempo Ilustrado (1891¬
1914), El Mundo Ilustrado (1894-1914) y ElÁlbum de Damas
(1907-1908).' E n esta o c a s i ó n l i m i t a r e m o s nuestra revisión
exclusivamente a estas tres, ya que las dos primeras son
consideradas n o s ó l o c o m o las antiguas revistas ilustradas,
sino c o m o las pioneras al i n c l u i r en sus p á g i n a s la imagen
f o t o g r á f i c a y todas aquellas innovaciones t e c n o l ó g i c a s y pe-
r i o d í s t i c a s q u e a c o m p a ñ a b a n al c r e c i m i e n t o y f o r t a l e c i -
m i e n t o de la prensa m o d e r n a . A d e m á s , los tres magazines
constituyeron la m e j o r e x p r e s i ó n del c u i d a d o y calidad en
la p u b l i c a c i ó n de este t i p o de ó r g a n o s A u n a d o a esto es
innegable que este trío r e p r o d u j o el discurso del p o d e r y
de la élite porfirista.
A h o r a bien, para c u m p l i r con los lincamientos antes plan-
teados, hemos d i v i d i d o el artículo en dos apartados. En el
p r i m e r o , titulado "Características generales de la prensa grá-
fica", se i n c l u y e n : i) los aspectos formales que d i s t i n g u i e r o n
a cada una de las revistas seleccionadas; ü) los motivos y ob-
jetivos que g u i a r o n su labor periodística, y ¿i) la clasificación

S
REYES, 1983, vol. l,p. 92.
346 JUDITH DE LA TORRE RENDÓN

de su c o n t e n i d o . Esto p e r m i t e i d e n t i f i c a r y d e l i m i t a r el sen-
t i d o i n f o r m a t i v o , e d u c a t i v o y de d i s t r a c c i ó n q u e las ca-
r a c t e r i z ó , a la par que explica el p o r q u é se antepusieron las
c r ó n i c a s de determinados eventos y n o las de otros. En el se-
g u n d o apartado, d e n o m i n a d o "Sociedad porfirista e imagen
f o t o g r á f i c a " se describe y explica el peso y la importancia que
t u v i e r o n las i m á g e n e s de P o r f i r i o D í a z y los personajes de
la a d m i n i s t r a c i ó n p ú b l i c a , de las industrias y de una socie-
d a d relajada y benefactora. A l considerar que existe una re-
t r o a l i m e n t a c i ó n entre i m a g e n f o t o g r á f i c a y prensa gráfica
se e x p o n e n , al final de este inciso, algunas características de
las f o t o g r a f í a s insertas. Finalmente, en una ú l t i m a s e c c i ó n ,
vertimos nuestras conclusiones.
C o m o ya se ha expuesto, las principales vetas de explo-
t a c i ó n que seleccionamos f u e r o n El Tiempo Ilustrado El
Mundo Ilustrado y El Álbum de Damas. T a m b i é n recurrimos
a fuentes secundarias c o m o apoyo para conocer aporta-
ciones t e ó r i c o - m e t o d o l ó g i c a s , así c o m o para situar todo
aquello que p u d i e r a estar relacionado c o n el estado de la
c u e s t i ó n . Este trabajo muestra los p r i m e r o s resultados de
una investigación de mayor a m p l i t u d , al t i e m p o que pre-
tende marcar algunos lincamientos generales para lograr,
en el f u t u r o , mayor p r o f u n d i d a d en la t e m á t i c a , d o n d e
b i e n se p u e d e n entrelazar, sin descuidar los influjos políti-
cos sociales y culturales dos historias que d e m a n d a n su
rescate, la historia de la prensa y la de la fotografía.

C A R A C T E R Í S T I C A S G E N E R A I . E S D E I A PRENSA GRÁFICA

C o m o es b i e n sabido, la prensa p e r i ó d i c a p a r t i c i p ó de la
i n q u i e t u d de la é p o c a p o r f i r i s t a p o r m o d e r n i z a r al p a í s
i m i t a n d o los m o d e l o s extranjeros. N o fue casual que en el
a f á n p o r q u e r e r ser c o m o los otros, creciera el i n t e r é s p o r
copiar al p e r i o d i s m o e x t r a n j e r o . En particular, la f o r m a y
el c o n t e n i d o de las revistas c o n ilustraciones que surgieron
d u r a n t e el p o r f i r i a t o , c o m o El Tiempo Ilustrado, El Mundo
Ilustrado^ El Álbum de Damas, entre otras m á s , se n u t r i e r o n
en publicaciones francesas c o m o L'Illustration de París, la
1.A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 347

que a d e m á s , p o r haber sido f u n d a d a a l r e d e d o r de 1845


o f r e c í a a los publicistas mexicanos u n a s ó l i d a experiencia.

CONSIDERACIONES FORMALES

T a n t o El Tiempo Ilustrado c o m o El Mundo Ilustrado emer-


g i e r o n d u r a n t e la ú l t i m a d é c a d a d e c i m o n ó n i c a . El p r i m e -
r o de ellos salió a la luz el 5 de j u l i o de 1891, mientras que
el segundo p r e s e n t ó su prospecto el 14 de o c t u b r e de 1894
y 20 d í a s m á s tarde, el 4 de n o v i e m b r e , se d i f u n d i ó su p r i -
m e r ejemplar. Éste sería el i n i c i o de una larga vida que per-
d u r ó 20 a ñ o s , pues en 1914 ambos d e j a r o n de existir al
igual que otros p e r i ó d i c o s de la etapa porfirista, c o m o con-
secuencia de las convulsiones revolucionarias que azotaron
a M é x i c o . A diferencia de esta larga d u r a c i ó n . El Álbum cle
Damas sólo l o g r ó m a n t e n e r su c i r c u l a c i ó n u n a ñ o y m e d i o ,
es decir, de e n e r o de 1907 a j u l i o de 1908 En verdad lla-
m a n la a t e n c i ó n la sobrevivencia de a q u é l l o s y la poca dura-
c i ó n de este ú l t i m o , sobre todo d u r a n t e los a ñ o s del
r é g i m e n de P o r f i r i o Díaz, pues c o m o s e ñ a l a Florence Tous¬
saint "muchos ó r g a n o s de prensa f u e r o n e f í m e r o s , alean-
zaban una vida de meses", d e b i d o

La consolidación de un régimen fuerte sin demasiados deseos


de conservar la pluralidad periodística, el recrudecimiento de
la represión conforme se va haciendo costumbre la reelec-
ción, la renovación de la maquinaria de imprenta que hizo
incosteable tirar 1 000 o 2 000 ejemplares y venderlos a sris
centavos frente a los tiros de 20 000 y 50 000 a un centavo, la
concentración del subsidio cuya política pasó de la dispersión
en múltiples órganos de prensa pequeños, al apoyo financie-
ro de grandes proyectos como ElllparaaV ?
^

A n t e estas características es evidente que El Álbum de Da-


mas n o g o z ó , en absoluto, de los favores del sistema, m i e n -
tras que El Tiempo Ilustrado supo aplicar algunas estrategias
de sobrevivencia a la par que El Mundo Ilustrado, que reci-

4
TOUSSAINT, 1 9 8 9 , p. 21.
348 J U D I T H D E IA T O R R E R E N D Ó N

b i ó b e n é f i c o s subsidios. Sin embargo, fue m u y diferente la


r e l a c i ó n que estas dos revistas ilustradas establecieron con
el r é g i m e n porfirista. En el caso de El Tiempo Ilustrado, su
d i r e c t o r , d o n V i c t o r i a n o A g ü e r o s , l o g r ó m a n t e n e r tanto a
ésta c o m o al diario El Tiempo, a pesar de haberse mostrado,
p r i n c i p a l m e n t e d u r a n t e los a ñ o s ochenta y noventa, c o m o
incisivo crítico del g o b i e r n o , lo cual, incluso, lo o b l i g ó a vi-
sitar la c á r c e l de B e l é n en diversas oc asiones. E n realidad,
la p r i n c i p a l r a z ó n de esta p e r m a n e n c i a en la c i r c u l a c i ó n se
e n c o n t r ó en que A g ü e r o s siempre p r e g o n ó su defensa a los
p r i n c i p i o s del conservadurismo a la par que d i f u n d i ó el
catolicismo social, de tal suerte que sus p e r i ó d i c o s f u e r o n
l e í d o s y consumidos p o r casi toda la sociedad católica porfi-
rista. A d e m á s , en la m e d i d a en que pasaron los a ñ o s fueron
a u m e n t a n d o considerablemente los espacios destinados a la
publicidad Mejor suerte corrió Rafael Revés S p í n d o l a quien
fuera el p r o p i e t a r i o , d i r e c t o r y e d i t o r de El ImParcial, El
Mundo y de su semanario d o m i n i c a l El Mundo Ilustrado,
pues todos c o m p a r t i e r o n u n a s u b v e n c i ó n al ser considera-
dos los principales ó r g a n o s de difusión del g o b i e r n o .
De esta manera, Reyes S p í n d o l a p u d o realizar los ya cita-
dos tirajes de 20 000 ejemplares que contrastaban, en gran
m e d i d a , c o n los 3 500 tirados en los talleres de d o n Victo-
riano. A ú n m á s , los beneficios obtenidos, aunados a la gran
cantidad de p u b l i c i d a d que i n s e r t ó en sus p á g i n a s , p e r m i -
t i e r o n a la a d m i n i s t r a c i ó n de El ImParaal i r a d q u i r i e n d o la
m a q u i n a r i a m á s avanzada en la i n d u s t r i a p e r i o d í s t i c a . En
1896 Reyes S p í n d o l a c o m p r ó rotativas de g r a n tiraje y
e m p e z ó a utilizar tanto l i n o t í p o s alemanes c o m o la t é c n i c a
del m e d i o tono. f i L a o b s e s i ó n de este personaje p o r con-
vertir a su empresa y m a n t e n e r l a c o m o la m e j o r y la m á s
i m p o r t a n t e de M é x i c o fue u n a constante. Ello explica p o r
q u é de f o r m a c o n t i n u a a p a r e c í a n anuncios en las planas de

L a m a v o r í a de las cuales se p r o d u j o d u r a n t e la s e g u n d a p r e s i d e n -
cia d e l g e n e r a l D í a z . U n a i n t e r e s a n t e e x p o s i c i ó n e n t o r n o a las vicisitu-
des de d o n V i c t o r i a n o , en p a r t i c u l a r , y a la c e n s u r a p o r f i r i s t a , e n g e n e r a l ,
se e n c u e n t r a e n C o s í o VIU.KGAS, 1957, p p . 229-273.
FI
DEBROISK, 1994, p. 145.
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 349

El Mundo Ilustrado, a n t i c i p a n d o a sus lectores la p r ó x i m a


c o m p r a de prensas, t i p o s , c á m a r a s , lentes, en fin " t o d o
n u e v o y de l o m e j o r que hay en las fábricas de E u r o p a " . 7
Incluso, el p r u r i t o que c a r a c t e r i z ó a Reyes S p í n d o l a fue
h e r e d a d o p o r las distintas directivas que se h i c i e r o n cargo
de El Mundo Ilustrado a p a r t i r de 1906.» Así, en 1910, con
este legado, su presidente J o s é Luis Requena y su d i r e c t o r
Ernesto Chavero manifestaron su p r e o c u p a c i ó n p o r q u e el
semanario siempre m a n t u v i e r a su lugar c o m o p i o n e r o de
los magazines ilustrados. Cabe advertir que esta o b s e s i ó n
p o r m o d e r n i z a r sus respectivas industrias periodísticas tam¬
b i é n a c o m p a ñ ó a V i c t o r i a n o A g ü e r o s de El Tiempo Ilustra¬
do y a Ernesto Chavero, d i r e c t o r de El Álbum de Damas. U n
claro ejemplo se p r e s e n t ó cuando d o n V i c t o r i a n o a d q u i r i ó
en 1904, "cuatro linotipias y cinco prensas planas"."
Sin lugar a dudas las i n q u i e t u d e s n o q u e d a r o n en bue-
nos p r o p ó s i t o s . Se evidencia al c o r r e r las planas de El Tiem-
po Ilustrado, El Mundo Ilustrado y El Álbum de Damas que las
aportaciones t e c n o l ó g i c a s p e r m i t i e r o n a estas publicacio-
nes m e j o r a r , cada semana que pasaba y cada a ñ o que se
sumaba, n o s ó l o la calidad de la i m p r e s i ó n - s o b r e todo de
las i m á g e n e s f o t o g r á f i c a s — , sino la de la p r e s e n t a c i ó n en
general. A d e m á s , el i n t e r é s que existió p o r i n n o v a r y expe-
r i m e n t a r con elementos que proyectaran la i m a g e n de
revistas m o d e r n a s se refleja en los cambios de título y tipos
de i m p r e n t a de los encabezados o de los textos en general,
en el t a m a ñ o d e l f o r m a t o tabloide, en el n ú m e r o de planas
que las i n t e g r a b a n o en la calidad d e l papel utilizado en-
tre otros elementos m á s . A c o n t i n u a c i ó n se explican algu-
nas de estas características.

7
El Mundo, semanario ilustrado (24 feb. 1 8 9 5 ) .
8
S e g ú n asienta M o i s é s G o n z á l e z N a v a r r o , e n 1905 Reyes S p í n d o l a
se v i o o b l i g a d o a a b a n d o n a r la d i r e c c i ó n de sus tres p u b l i c a c i o n e s . V é a s e
GONZÁLEZ NAVARRO, 1956, p p . 679-680. V a r i o s f u e r o n los d i r e c t o r e s q u e
se o c u p a r o n d e El Mundo Ilustrado. E n 1906, L u i s G. U r b i n a ; de e n e r o a
a b r i l de 1910, V í c t o r M . G a r c é s aparece c o m o p r o p i e t a r i o , y desde m a y o
de ese a ñ o f u n g i e r o n c o m o p r e s i d e n t e J o s é L u i s R e q u e n a y c o m o d i r e c -
tor Ernesto Chavero.
9
C o s í o VILLEGAS, 1957, p. 584.
350 J U D I T H DE LA TORRE RENDÓN

D e b i d o a su poca d u r a c i ó n , El Álbum de Damas n o m o d i -


ficó su título. Sin e m b a r g o , tanto El Tiempo Ilustrado c o m o
El Mundo Ilustrado sí realizaron algunos cambios en diversas
ocasiones. En el caso de la p r i m e r a p u b l i c a c i ó n , al m o m e n -
to de su a p a r i c i ó n , en 1891, fue designado c o m o El Tiempo.
Edición ilustrada. A u n q u e en las cornisas de la revista apare-
cía El Tiempo Ilustrado. E n 1901 se d i f u n d i ó c o m o El Tiempo
Literario Ilustrado, u n a ñ o m á s tarde c o m o Semanario Ilus-
trado de El Tiempo y, finalmente, en 1904 c o n su título defi-
nitivo, es decir, El Tiempo Ilustrado, a u n q u e en algunos
n ú m e r o s se agregaron subtítulos c o m o "dedicado espe-
cialmente a las familias católicas de M é x i c o " , "semanario
c a t ó l i c o " o "revista universal de actualidad, l i t e r a t u r a y
arte", lo que da cuenta d e l interés p o r dejar b i e n claros sus
objetivos En cuanto a El Mundo Ilustrado se puede observar
que d u r a n t e los cinco p r i m e r o s a ñ o s (1894-1899) el título
a p a r e c i ó c o m o ElMundoy con letras m á s p e q u e ñ a s se regis-
traba su c a r á c t e r de "semanario i l u s t r a d o " tal y c o m o lo
h a b í a h e c h o su c o m o e t i d o r aunaue h u b o n ú m e r o s c o m o
los de 1897 v 1898 en nue s ó l o se n l a s m ó El Mundo A nar-
t i r de 1900 se e m p e z ó a d i f u n d i r bajo el encabezado de El
Mundo Ilustrado n o m b r e con el nue se l o e r ó d e f i n i r nara
siempre su i d e n t i d a d En cuanto a los tipos de i m p r e n t a

ban d ^ m o d a e n T m e d i o de k tipS^a^to^eu^ea
co^restXa^
d T p a p ^
mayor nitidez a^M fo^^i K ta^b^™
Por su parte, es innegable que las medidas adoptadas en
el f o r m a t o tabloide de las tres publicaciones mencionadas,
y que f u e r o n copiadas de las que h a b í a n establecido los
magazines extranjeros, f u e r o n concebidas para posibilitar
el m á s c ó m o d o y r á p i d o manejo de cada u n o de los ejempla-
res. En general, las medidas p o d í a n variar entre 28 x 37 c m

1
" T a n t o e n el caso de El Tiempo Ilustrado c o m o e n el de El Mundo Ilus-
trado h u b o a ñ o s e n q u e las e d i c i o n e s se h i c i e r o n e n p a p e l t i p o r e v o l u -
c i ó n . T a m b i é n es n o t a b l e la p o b r e z a e n la c a l i d a d y c o n t e n i d o d e
a r t í c u l o s , n o t i c i a s y secciones.
I A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 351

y 18x27 c m . El p r o m e d i o de p á g i n a s de El Tiempo Ilustrado,


El Mundo Ilustrado y El Álbum de Damas t a m b i é n fue d i -
f e r e n t e a lo largo de su existencia. El de las dos primeras
revistas fluctuó a l r e d e d o r de 16 y h u b o proyectos de ex-
tenderlas de 36 a 40 planas, e incluso algunos n ú m e r o s
c u m p l i e r o n c o n este objetivo. El Álbum de Damas estuvo
c o n f o r m a d o en general p o r u n total de 50. Si se c o m p a r a n
c o n las cuatro a 16 p á g i n a s que i n t e g r a b a n la m a y o r í a de
los p e r i ó d i c o s existentes a lo largo del r é g i m e n de D í a z ,
aflora la a m b i c i ó n p e r i o d í s t i c a de las tres directivas, que
i n t e n t a b a n abarcar y registrar la mayor cantidad posible de
noticias, notas informativas en general e ilustraciones.
Cabe advertir que d e b i d o a las características de e d i c i ó n
de los tres magazines, su precio de venta era elevado en
r e l a c i ó n con otras publicaciones p e r i ó d i c a s del m o m e n t o ,
que p o r lo general se o f r e c í a n al p ú b l i c o entre u n o y doce
centavos. Así, la s u s c r i p c i ó n mensual de El Mundo Ilustrado
varió, entre 1895 y 1910, entre u n peso y 1.25, mientras que
el p r e c i o p o r n ú m e r o suelto, d e s p u é s de haber costado
de 20 a 30 centavos en 1894, s u b i ó a 50 centavos d u r a n t e
aquellos a ñ o s . Por su parte, El Álbum de Damas costaba 1.25
al mes en la capital y tres pesos el bimestre en los estados.
F i n a l m e n t e en 1891, el n ú m e r o suelto de El Tiempo Ilustra-
do, se v e n d i ó en 25 centavos en la capital y 37 en los es-
tados. Entre 1901-1905, la s u s c r i p c i ó n p o r u n mes se
m a n t u v o en 50 centavos en la c i u d a d de M é x i c o y 75 en los
estados, a u m e n t a n d o d e s p u é s de este p e r i o d o a 75 centa-
vos en a q u é l l a y u n peso en el i n t e r i o r de la R e p ú b l i c a .
E n suma, las características antes expuestas que distin-
g u i e r o n a estas revistas ilustradas p e r m i t e n ratificar lo asen-
t a d o p o r los estudiosos de la prensa p e r i ó d i c a d e l
p o r f i r i a t o , " en el sentido de que la d é c a d a de los noventa
m a r c ó el viraje de u n a prensa de combate — q u e h a b í a
caracterizado a la mayor parte de las publicaciones p e r i ó -
dicas d e l siglo X I X — , a u n a prensa i n d u s t r i a l , regida p o r el
e s p í r i t u de c o m p e t e n c i a p o r el mercado. De h e c h o cada

11
E n t r e q u i e n e s h a n destacado este p r o c e s o se e n c u e n t r a n e n o r d e n
c r o n o l ó g i c o : C o s í o VILI.IX.AS, 1 9 5 6 ; Rviz CASTAÑEDA, 1 9 8 0 , y TOUSSAINT, 1 9 8 9 .
352 [ U D I T H DE LA TORRE R E N D Ó N

u n a de las directivas de El Tiempo Ilustrado, El Mundo Ilus-


trado y El Álbum de Damas estuvo consciente de este cambio
así c o m o d e l nuevo sentido que t e n í a su hacer y deshacer
periodístico.

M O T I V A C I O N E S Y OBJETIVOS

Desde la p r e s e n t a c i ó n d e l prospecto de El Mundo Ilustrado


y p o r m e d i o de sus diversos n ú m e r o s , así c o m o e n los
correspondientes a las otras dos revistas, son claros los mo-
tivos y objetivos que la llevaron al s u r g i m i e n t o a la par que
g u i a r o n su d i r e c c i ó n . E n u n á m b i t o d o n d e la prensa h a b í a
servido c o m o arma de combate partidista, estas revistas se
presentaron c o m o alejadas de t o d o n e x o p o l í t i c o y, p o r l o
tanto, c o m o ó r g a n o s de difusión veraces e imparciales. Así,
e n 1894, El Mundo Ilustrado declaraba:

E n p o l í t i c a n o t i e n e o t r o p r o g r a m a q u e e l c o m p e n d i a d o e n las
s i g u i e n t e s d e c l a r a c i o n e s : El Mundo es ó r g a n o d e sus r e d a c t o -
res, n o n e n e l a p r e t e n s i ó n d e r e p r e s e n t a r a ningún g r u p o ;
dirá siempre la verdad, d e f e n d i e n d o la justicia d o n d e quiera
q u e se e n c u e n t r e , y n o r e c o n o c e m á s c o m p r o m i s o q u e e l d e
la p r o p i a c o n v i c c i ó n d e q u i e n e s l o e s c r i b e n . 1 2

De i g u a l f o r m a los redactores de cada u n a de estas p u b l i -


caciones estuvieron conscientes de que su u t i l i d a d infor-
mativa n o sólo serviría a sus lectores c o n t e m p o r á n e o s , sino
que sería para las generaciones venideras, u n testimonio de
los sucesos m á s relevantes d e l m o m e n t o . U n a vez m á s , El
Mundo Ilustrado muestra u n e j e m p l o al respecto: " [ . . . ] será
u n semanario ilustrado, c o n la p r e t e n s i ó n de hacer el re-
sumen de los principales acontecimientos, y fijarlos de la
m a n e r a m á s c o m p l e t a que se pueda, para que sirva de re-
c o r d a c i ó n viva a la g e n e r a c i ó n que nos alcanza".''
A d e m á s , c o n los objetivos de veracidad, i m p a r c i a l i d a d y
t e s t i m o n i o d o c u m e n t a l , todos los magazines ilustrados del

12
El Mundo, semanario ilustrado (14 oct. 1894).
13
El Mundo, semanario ilustrado (14 o c t . 1 8 9 4 ) .
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F 1 R I A T O 353

p o r f i r i a t o se p r o p u s i e r o n "civilizar" y elevar el "nivel m o r a l


de las masas". 14 Incluso cabe advertir que el adjetivo de ilus-
t r a d o que a c o m p a ñ a b a a los n o m b r e s de estos ó r g a n o s fue
utilizado en u n sentido m á s a m p l i o de aquel que a l u d í a
exclusivamente al uso de grabados y fotografías. De esta
f o r m a , a u n q u e d u r a n t e los a ñ o s de 1893-1897, aproxima-
d a m e n t e , El Tiempo Ilustrado casi n o incluyó i m á g e n e s de
este t i p o , n u n c a d e j ó de perseguir el objetivo de ilustrar a
la sociedad m e x i c a n a p o r m e d i o de su c o n t e n i d o l i t e r a r i o .
N o obstante, si el discurso d e l texto p e r i o d í s t i c o d e b í a
c u m p l i r con estas finalidades, m á s a ú n lo h a r í a cada una de
las ilustraciones, sobre t o d o , las de o r i g e n f o t o g r á f i c o , ya
que se consideraba que éstas r e p r o d u c í a n la realidad tal
cual era. De a h í que su i n s e r c i ó n se convirtió en una nece-
sidad imperante. En otras palabras, existía la convicción de
que la f o t o g r a f í a era — t a l y c o m o s e ñ a l a B o u r d i e u al ana-
lizar la relación entre prensa y f o t o g r a f í a — "el m e d i o obje-
tivo p o r excelencia para registrar lo r e a l " . 1 ' Asimismo, se
estimaba que las simples i m á g e n e s p e r m i t i r í a n t r a n s m i t i r
c o n o c i m i e n t o s a una p o b l a c i ó n c o n u n alto " í n d i c e de
analfabetismo"."'
Cabe r e c o r d a r que los p l a n t e a m i e n t o s en t o r n o a la
veracidad, a la i m p a r c i a l i d a d , a la necesidad de trascender
h i s t ó r i c a m e n t e y al h i n c a p i é en la e d u c a c i ó n de las masas
r e p r o d u c í a n el ideario positivista que sirvió c o m o filosofía
l e g i t i m a d o r a y sustentadora del g o b i e r n o de P o r f i r i o Díaz.
En este sentido, las revistas ilustradas f u e r o n fiel reflejo de
u n c o n t e x t o que r e c u r r í a a todos los medios para d i f u n d i r
y justificar el o r d e n y el progreso alcanzados. A ú n m á s ,
p o r las i m á g e n e s f o t o g r á f i c a s que presentaban, tales p u b l i -
caciones f u n g í a n c o m o el m e j o r t e s t i m o n i o d é la estabili-
d a d y r e l a j a m i e n t o de la sociedad m e x i c a n a de aquel
entonces.

1 4
REYES, 1989, p. 1798.
1 5
BOCRDIF.I;, 1979, p. 187.
I ( I
REYES, 1989, p. 1800.
354 J U D I T H DK 1 A TORRE R E N D Ó N

EL CONTENIDO

Es obvio que estos ó r g a n o s de difusión n o alcanzaron a lle-


gar a la "masa" de la p o b l a c i ó n , d e b i d o a que los consumi-
dores potenciales integraban u n m í n i m o porcentaje de
alfabetizados." A d e m a ! su elevado costo, r e p r e s e n t ó u n
gasto m a y ú s c u l o para la m a y o r í a de la gente, p o r lo que
b i e n puede aplicarse lo que Toussaint concluye para la
situación de toda la prensa p e r i ó d i c a : "Los bajos j o r n a l e s
que apenas daban para malvivir, h i c i e r o n de las publica-
ciones objetos de l u j o " . 1 * Por estas razones, todos los maga¬
zines ilustrados s ó l o estuvxeron "destinados para consumo
de los elevados círculos políticos y sociales". 1 ' 1 De hecho, en
alguna o c a s i ó n El Mundo Ilustrado e s t a b l e c i ó c o n u n fuer-
te sabor a eliti'smo, q u i é n e s eran los destinatarios de su
p u b l i c a c i ó n - "En efecto nuestro semanario es v ha sido
siempre para la gente elegante e ilustrada de M é x i c o p o r
consiguiente debe ser u n eco de las reuniones y espectácu¬
los 3. que concurre".- 1 1
C o n base en esta cita es evidente que la inclusión o exclu-
s i ó n de d e t e r m i n a d o s asuntos responde al t i p o de p ú b l i c o
al que se dirige una p u b l i c a c i ó n . A d e m á s , en esta s e l e c c i ó n
t a m b i é n influye la p e r i o d i c i d a d e incluso, d u r a n t e el porfi-
r i a t o , el proceso hacia "la industrialización de diarios y
semanarios llevó consigo u n vuelco en los p r o p ó s i t o s y con-
t e n i d o de los p e r i ó d i c o s " . -
Así, la i n t e g r a c i ó n y clasificación de las materias perio-
dísticas en El Tiempo Ilustrado, El Mundo Ilustrado y El Álbum
de Damas obedecieron a estos factores. El c a r á c t e r de sema-
n a r i o d o m i n i c a l de las dos primeras publicaciones, o de

17
Para c o m p r o b a r el alcance de d i f u s i ó n q u e l o g r ó la p r e n s a p e r i o -
d í s t i c a d u r a n t e el p o r f i r i a t o , T o u s s a i n t o f r e c e datos e s t a d í s t i c o s a p r o x i -
m a d o s sobre el n i v e l de a l f a b e t i s m o i m p e r a n t e : " E l 14% de la p o b l a c i ó n
d e l p a í s s a b í a leer y e s c r i b i r e n 1895, y el 2 0 % e n 1910; el 3% s ó l o s a b í a
l e e r e n 1895 y e n 1910 el 1.8 p o r c i e n t o " . TOUSSAINT, 1989, p. 68.
1 8
TOUSSAINT, 1989, p. 69.
1 9
REYES, 1989, p. 1880.
2,1
El Mundo Ilustrado (2 ene. 1 8 9 8 ) .
2 1
TOUSSAINT, 1989, p. 35.
L A PRENSA GRÁFICA D E L P O R F I R I A T O 355

revista q u i n c e n a l de la segunda, d e f i n i ó u n t i p o de infor-


m a c i ó n m á s tendiente al e n t r e t e n i m i e n t o y a la d e s c r i p c i ó n
de la vida social. De igual f o r m a , el viraje de una prensa de
c o m b a t e a u n a i n d u s t r i a l p r o v o c ó que la i n f o r m a c i ó n y la
n o t i c i a se c o n v i r t i e r a n en el centro de los magazines ilus-
trados, o c u p a n d o el espacio destinado a la nota e d i t o r i a l
y a los a r t í c u l o s de f o n d o y d e s p l a z á n d o l o s a u n segundo
término.
Establecer u n a clasificación de las materias incluidas en
los v o l ú m e n e s de estos semanarios rebasa los límites d e l
presente a r t í c u l o , ya que en general, las secciones y su or-
d e n se m o d i f i c a b a n de u n n ú m e r o a o t r o . D u r a n t e los p r i -
m e r o s diez a ñ o s de vida de El Tiempo Ilustrado y El Mundo
Ilustrado se i n c l u y e r o n , entre otras, noticias nacionales e
internacionales, c r ó n i c a s de acontecimientos p o l í t i c o s ,
sociales y culturales, poemas y obras literarias en general.
E n especial, El Tiempo Ilustrado, p o r su c a r á c t e r de ó r g a n o
de difusión c a t ó l i c o p r e s e n t ó dé manera sistemática artícu¬
los y notas relacionados c o n el Vaticano o c o n sucesos o
personajes d e l á m b i t o religioso m e x i c a n o En la p r i m e r a
d é c a d a del siglo X X aquellas publicaciones c o m o El Álbum
de Damas s u m a r o n a estas t e m á t i c a s todas las que daban
c u e n t a del progreso y bienestar que gozaba el p a í s Asi-
m i s m o , se i n c o r p o r ó u n mayor n ú m e r o de i n f o r m a c i ó n
sobre las diversiones p ú b l i c a s ; entre las que descollaban el
teatro d r a m á t i c o y la zarzuela' así c o m o el emergente m u n -
d o d e l d e p o r t e Incluso tanto El Tiembo Ilustrado c o m o El
Mundo Ilustrado c o n t a r o n en sus planas c o n u n a s e c c i ó n lia-
m a d a sbort A ú n m á s los tres marazines citados aeree-aron
de manera considerable, i n f o r m a c i ó n y entreteSinüentos
oara la muier c o m o la m o d a en el vestir o conseios útiles na-
ra las k b o r e s d e l hogar así c o m o secéSoné " d e T n a d a s a íos
n i ñ o s I a m a y o r í a de éstas secciones estuvo a c o m p a ñ a d a
depocaíu^
de « t o í ó r ^ n S v de una m a y o r T a n t i d a d a p ^ S o s del
siglo X X adrado que c T s í l í S a ^ d a P ^ a v ^ S ^ i en
u n plano ecunda^
queenknread^
incrementó el Z^cTáTá^áo l la publicTdad E n suma
356 J U D I T H DE LA TORRE R E N D Ó N

al transcurrir los a ñ o s , en El Tiempo Ilustrado, El Mundo Ilus-


trado y El Álbum de Damas se m a n t u v o la p r e o c u p a c i ó n p o r
registrar, describir y d i f u n d i r todos aquellos actos relacio-
nados c o n el ejercicio del p o d e r y c o n el c r e c i m i e n t o y la
m o d e r n i z a c i ó n del p a í s . Sin e m b a r g o , en sus planas se
a c e n t u ó a ú n m á s la t e n d e n c i a a rescatar, conservar y retro-
a l i m e n t a r para la élite de la sociedad, la i m a g e n de sí mis-
m a en su c o t i d i a n i d a d , sobre t o d o la que a l u d í a a su
d i v e r s i ó n . De tal m o d o que la f o t o g r a f í a c o m o t e s t i m o n i o
veraz fue desplazando al grabado al t i e m p o que fue adqui-
r i e n d o u n a nueva significación.

LA IMAGEN FOTOGRÁFICA DE LA SOCIEDAD

La imagen del poder y del progreso

L a p o s i b i l i d a d de mostrar en la prensa ilustrada d e l p o r f i -


riato la i m a g e n de u n a élite social relajada, estuvo relacio-
nada con las r e p r o d u c c i o n e s de i m á g e n e s que a l u d í a n al
p o d e r y al progreso, ya que todas ellas, en c o n j u n t o , ayu-
daban a fortalecer el discurso j u s t i f i c a d o r del r é g i m e n de
Díaz. De hecho, la r e i t e r a c i ó n constante que hizo Reyes
S p í n d o l a en sus ó r g a n o s de d i f u s i ó n respecto a la adquisi-
c i ó n de la m a q u i n a r i a m á s avanzada y m o d e r n a en su
i n d u s t r i a p e r i o d í s t i c a , se convirtió en u n o de los mejores
ejemplos del progreso que i n u n d a b a a todos los á m b i t o s de
la vida n a c i o n a l De a h í que en las notas editoriales de El
Mundo Ilustrado se r e p i t i e r a n , cuantas veces fue necesario,
a r g u m e n t o s c o m o el siguiente: "Es u n a p á g i n a interesante
en el progreso general de la R e p ú b l i c a la historia del perio-
dismo m e x i c a n o en el curso de estos diez ú l t i m o s¡ a ñ o s . ' H a
h a b i d o u n avance m u v notable n o s ó l o en la labor inte-
lectual, sino en los elementos materiales de la prensa". 2 2
Pero, en definitiva, d e b i d o a su c a r á c t e r " o b j e t i v o " de la
realidad, las ilustraciones f o t o g r á f i c a s p r o m o v i e r o n — m á s
que el p r o p i o discurso— la idea de p r o s p e r i d a d y bienes-

El Mundo Ilustrado (9 d i c . 1894).


ÍA PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 357

tar. Incluso la r e d a c c i ó n de El Tiempo Ilustrado a d o p t ó estas


pautas, n o obstante haberse p r o n u n c i a d o e n distintas oca-
siones c o m o opositora al g o b i e r n o d e l general Díaz. A s í ,
ante la necesidad de m a n t e n e r estas ó p t i m a s c o n d i c i o n e s
resulta l ó g i c o que e n varios ejemplares de El Tiempo Ilus-
trado, El Mundo Ilustrado y El Álbum de Damas se r e p i t a n gra-
bados y f o t o g r a f í a s de P o r f i r i o D í a z , que ilustran a t e í t o s
abocados a destacar y enaltecer actos de su vida personal,
p o l í t i c a y m i l i t a r a la p a r que r e c u e r d a n el e n o r m e b i e n
que traio a la n a c i ó n . 2 3 De igual f o r m a , c o m o parte de la
p e r s o n i f i c a c i ó n del p o d e r los retratos de muchos p o l í t i c o s
y h o m b r e s m á s prominentes de la sociedad mexicana - c o -
m o l o s é Ivés L i m a n t o u r R a m ó n C o r r a l v G u i l l e r m o L a n d a
y E s c a n d ó n p o r citar u n a t r í a d a - desfilaron e n las p r i -
meras planas de varios n ú m e r o s de magazines ilustrados.
Cabe s e ñ a l a r que e n particular a El Tiempo Ilustrado n o s ó l o
le i n t e r e s ó d i f u n d i r estas i m á g e n e s d e l p o d e r secular sino
t a m b i é n Dor su c a r á c t e r católico r e p r o d u j o fotos del papa
L e ó n X l h o de arzobispos y obispos mexicanos c o n el afán
de r e c o r d a r a la sociedad mexicana la i m p o r t a n c i a de la
a u t o r i d a d eclesiástica v de la relistión A ú n m á s su inclina-
c i ó n a d e f e n d e r valores conservadores c o m o el hispanismo
l o llevó a insertar i m á g e n e s d e l rey e s p a ñ o l Alfonso X I I I .
U n i d a s a este t i p o de i m á g e n e s f o t o g r á f i c a s se encon-
traban aquellas que o f r e c í a n u n testimonio d e l progreso
alcanzado. E n t r e ellas se p u e d e n citar las correspondientes
a las inauguraciones de distintas obras p ú b l i c a s c o m o fue-
r o n las carreteras o las puestas en servicio de los tranvías
eléctricos. A d e m á s las f o t o g r a f í a s revelaban al receptor de

2:1
D e b i d o a q u e se les o t o r g a b a u n v a l o r a r t í s t i c o a estas i m á g e n e s , el
p ú b l i c o p o d í a separarlas d e la revista y c o n f o r m a r u n a c o l e c c i ó n d e gra-
bados y l i t o g r a f í a s , o s i m p l e m e n t e e n m a r c a r l a s y colgarlas. Asimismo", e n
varios n ú m e r o s d e estas revistas a p a r e c i e r o n retratos f o t o g r á f i c o s d e d o n
P o r f i r i o , c o n su c l á s i c a a p a r i e n c i a de " m á x i m a a u t o r i d a d " , q u e , t a n t o
p o r la f o r m a en q u e están distribuidos en la plana c o m o p o r el t a m a ñ o
s i m i l a r al f o r m a t o d e l a f o t o g r a f í a d e tarjeta d e visita, i n v i t a b a n a ser
r e c o r t a d o s y s u m a d o s a las c o l e c c i o n e s q u e la g e n t e r e u n í a e n t o r n o a
p e r s o n a j e s i m p o r t a n t e s d e l a v i d a p ú b l i c a . N o hay q u e o l v i d a r q u e é s t e
f u e u n o d e los usos m á s t r a s c e n d e n t e s q u e se d i o a l a f o t o g r a f í a d u r a n -
te el siglo pasado.
358 J U D I T H DE I A TORRE RENDÓN

la i m a g e n que n o sólo la capital, sino t a m b i é n las pobla-


ciones d e l i n t e r i o r de la R e p ú b l i c a se e n c o n t r a b a n en per-
fectas condiciones, pues p r e v a l e c í a n la calma y la a r m o n í a
social. Bajo esta directriz de capturar la i m a g e n del p r o -
greso, El Mundo Ilustrado a ñ a d i ó , a p a r t i r del 13 de mayo de
1900, u n a s e c c i ó n d e n o m i n a d a " M é x i c o i n d u s t r i a l " , cuyo
p r i n c i p a l objetivo consistió:

[...] en dejar grabado en estas páginas el desarrollo que va


t o m a n d o l a i n d u s t r i a n a c i o n a l , d e s a r r o l l o q u e si es i m p o r t a n -
t í s i m o , p o r q u e s i g n i f i c a a u m e n t o e n las f u e n t e s d e t r a b a j o y
r i q u e z a , n o l o es m e n o s si se c o n s i d e r a q u e d e l a c o m p e t e n c i a
y el a u m e n t o de p r o d u c c i ó n , resultan forzosamente comodi-
dades y facilidades de vida, p a r a los h a b i t a n t e s d e l p a í s d o n -
d e l a i n d u s t r i a p r o s p e r a (cursivas nuestras) , 2 4

De acuerdo c o n este p r o p ó s i t o — e n que destaca la i n -


q u i e t u d p o r "dejar grabados" los hechos—, las c r ó n i c a s , al
referir las características generales y el f u n c i o n a m i e n t o de
las fábricas, se apoyaron en ilustraciones f o t o g r á f i c a s . E n
ellas se mostraban las ó p t i m a s condiciones de las cons-
trucciones d o n d e estaban localizadas; la m a q u i n a r i a que
usaban, así c o m o a los d u e ñ o s y a los empleados posando,
en ocasiones j u n t o s y "en total c o n c o r d i a " en sus centros de
trabajo. E n otras ocasiones las t e m á t i c a s g i r a r o n e n t o r n o
a los empresarios de aquel entonces. M u y elocuente es la
f o t o que a p a r e c i ó el 11 de marzo de 1901 e n El Tiempo Ilus-
trado, pues en ella se presentan los " s e ñ o r e s que f o r m a n la
Tuntá Directiva de 'La Mexicana', c o m p a ñ í a de seguros
sobre la v i d a " Si ya la i m a g e n expresa p o r sí sola la i m p o r -
tancia de ser y pertenecer a la clase d e l progreso esto l o
reafirma el texto colocado al lado de \t f o t o que reza-
"todas son personas conocidas y de alta p o s i c i ó n social".-
A h o r a b i e n , al lado de estas representaciones de la per-
s o n i f i c a c i ó n del p o d e r y la m a t e r i a l i z a c i ó n d e l progreso
que d e f i n e n en gran parte a la prensa gráfica, se insiste en

24
El Mundo Ilustrado (13 m a y o 1 9 0 0 ) .
25
El Tiempo Ilustrado ( 1 1 m a r . 1901).
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 359

que f u e r o n incluidas i m á g e n e s sobre la c o t i d i a n i d a d de la


sociedad mexicana. Éstas, m á s que mostrar las costumbres
y los tipos populares, tal y c o m o l o h a b í a n h e c h o las lito-
g r a f í a s a mediados d e l siglo pasado, ahora expresaban el
r e l a i a m i e n t o e n que vivían los altos "círculos p o l í t i c o s y so-
c í a l e s " del p o r f i r i a t o , sin que se olvidara proyectar t a m b i é n
a u n a sociedad benefactora de los pobres. E n particular,
é s t e fue el sentido que se le i m p r i m i ó a El Tiempo Ilustrado,
c o m o b u e n ó r g a n o de difusión del catolicismo.

La imagen de una sociedad relajada y benefactora

Si fue considerable el n ú m e r o de ilustraciones que h a c í a n


referencia a acontecimientos d o n d e participaba el g r u p o
d i r i g e n t e , n o l o f u e r o n menos las que r e m i t í a n a los actos
sociales y a las diversiones p ú b l i c a s que disfrutaba la socie-
d a d , entre las que descollaba el d e p o r t e .
N o fue casual, la i n s e r c i ó n n i el a u m e n t o vertiginoso de
este tipo de i m á g e n e s e n las planas de los magazines ilus-
trados. E n r e a l i d a d , la p o s i b i l i d a d de proyectar tanto para
e l m o m e n t o c o m o para la p o s t e r i d a d , la i m a g e n de u n a
sociedad feliz y t r a n q u i l a gracias al " o r d e n " porfirista que
imperaba, r e s p o n d í a a q u i l a s diversiones p ú b l i c a s estaban
c o b r a n d o u n nuevo sentido desde 1890. Este creciente
i n t e r é s se d e b í a , entre otras razones: 1) al i n f l u j o de la co-
m u n i d a d extranjera asentada en nuestro p a í s que p r o m o -
v i ó la p r á c t i c a y la asistencia a las actividades deportivas;
2) al a u m e n t o del n ú m e r o de e s p e c t á c u l o s (teatro, circo!
zarzuela y ó p e r a ) y la p a s i ó n p o r los deportes, p r o d u c t o de
la existencia de u n a nueva m e n t a l i d a d de la sociedad mexi-
cana que i n f l u i d a p o r el peso de la m o d e r n i d a d estuvo dis-
puesta a "adoptar los estilos maneras y diversiones de otras
naciones de O c c i d e n t e " . - F i n a l m e n t e , 3) a la p r o m o c i ó n
q u e la prensa ilustrada realizaba de las diversiones y las acti-
vidades deportivas al r e s e ñ a r l o s v registrarlos m e d i a n t e la
c r ó n i c a y la r e p r e s e n t a c i ó n gráfica. Así, El Mundo Ilustrado

BEEZLEY, 1992, p. 224.


360 J U D I T I I DE L A TORRE R E N D Ó N

r e c u r r i ó a argumentos morales para d i f u n d i r la p r á c t i c a de


los deportes, pues a d v e r t í a n que en ellos participaba una
"clase de j ó v e n e s que gastan su t i e m p o l i b r e en ejercitar su
agilidad y fuerza m e j o r que pasarlo en cantinas, garitos
especiales [ . . . ] " -
Cabe advertir que si b i e n q u e d ó atrás el i n t e r é s p o r los
tipos populares y su c o t i d i a n i d a d , el p r u r i t o p o r mostrar
que t o d o m a r c h a b a "positivamente" llevó a i n c l u i r , de vez
e n vez, representaciones de puestos callejeros y sus corres-
p o n d i e n t e s visitantes, o los paseos del p u e b l o en X o c h i -
m i l c o o en L a V i l l a , p o r citar algunos ejemplos, aunque es
m á s frecuente e n c o n t r a r ilustraciones referentes a festivi-
dades religiosas c o m o la natividad o la semana santa. Por
d e m á s e s t á decir que El Tiempo Ilustrado se o c u p ó , m á s que
las otras dos revistas en c u e s t i ó n , de rescatar e integrar en
sus planas este t i p o de actos. Se cita, entre otros casos, que
el 17 de j u n i o de 1901 registró tanto la c r ó n i c a c o m o las
i m á g e n e s de la e n t r a d a y salida de la gente de la canilla del
C e r r o de las C a m p a n a s . -
M á s que interesarse en este t i p o de acontecimientos, El
Álbum de Damas se c o n c e n t r ó en retratar las fiestas de las
colonias extranjeras, c o m o u n b u e n r e c o r d a t o r i o tanto de
las s ó l i d a s relaciones que se h a b í a logrado establecer con
el e x t e r i o r c o m o de las e s p l é n d i d a s g a r a n t í a s de que goza-
b a n , gracias a la paz p o r f i r i a n a , todos los que se asentaban
en nuestro p a í s . De esta m a n e r a se p u e d e n e n c o n t r a r alu-
siones a las c o m u n i d a d e s estadounidense, francesa, ale-
mana o española.29
Por o t r a parte, la r e p r o d u c c i ó n de la i m a g e n de u n a
sociedad relajada en la prensa g r á f i c a n o i m p l i c ó , necesa-
r i a m e n t e , que su f o t o g r a f í a apareciera impresa en sus pla-
nas. Así, se i n c l u y e r o n noticias escritas y c o n ilustraciones
en t o r n o a aquellos e s p e c t á c u l o s - c o m o el teatro, la zar-
zuela o el c i r c o — en que el p ú b l i c o ú n i c a m e n t e participa-

El Mundo, semanario ilustrado (15 d i c . 1 8 9 5 ) .


27

V é a s e El Tiempo Ilustrado ( 1 7 j u n . 1 9 0 1 ) .
2 8

2 9
L a fiesta de los vascos e n El Album de Damas (ago. 1907) (primera
quincena).
I A PRENSA G R Á F I C A DEL POREIRJATO 361

ba c o m o espectador. Si b i e n n o quedaba registro de su asis-


tencia, le servía para recrear los m o m e n t o s vividos. Este
t i p o de diversiones m e r e c í a p o c o espacio escrito o gráfico
de las revistas ilustradas en general. Esto es u n b u e n i n d i -
cador de que para la sociedad porfirista revistieron mayor
i m p o r t a n c i a aquellas notas informativas en que a p a r e c í a en
p r i m e r plano la i n f o r m a c i ó n en t o r n o a sí misma y a su ima-
gen f o t o g r á f i c a .
D e b i d o a ello es frecuente encontrar u n considerable
n ú m e r o de f o t o g r a f í a s relacionadas c o n diferentes activi-
dades de la vida cotidiana. En p r i m e r lugar se p u e d e n citar
aquellas ilustraciones que a d e m á s de servir c o m o testimo-
n i o d e l proceso progresivo que e x p e r i m e n t a b a la R e p ú b l i -
ca al destacar las grandes inauguraciones de obras públicas,
t a m b i é n p e r m i t í a n a las s e ñ o r a s de sociedad aparecer en
las planas de la prensa ilustrada tras haber asistido al acto
y p a r t i c i p a d o m u y de cerca d e l g r a n festejo que se h a b í a
realizado p o r este m o t i v o . El 11 de marzo de 1901 El Tiem-
po Ilustrado h i z o m e n c i ó n de la i n a u g u r a c i ó n de la luz
e l é c t r i c a en T l a l p a n , y enfatizó que "la era d e l progreso
p o r q u e atraviesa la R e p ú b l i c a , se manifiesta p o r d o q u i e r a "
Este a c o n t e c i m i e n t o estaba ilustrado c o n las f o t o g r a f í a s de
las madrinas que posaban para el presente y para la poste-
r i d a d . Entre otras se e n c o n t r a b a n las s e ñ o r a s de Lauda, de
Garay, de Salinas, de O r t i z M o l i n a , de M a r g á i n , e t c é t e r a . 3 0
En segundo lugar destacan todas aquellas i m á g e n e s en
que la sociedad se veía a sí misma c o m o protagonista de las
repetidas e i n n u m e r a b l e s fiestas que se realizaban y que
p o d í a n consistir en u n a kermesse, u n a jamaica, u n desfile
en carros a l e g ó r i c o s y u n carnaval, o la p r á c t i c a de a l g ú n
d e p o r t e — e n t r e los que afloraban el ciclismo, el hockey, el
basket y el patinaje. Pueden sumarse en este p u n t o las
r e p r o d u c c i o n e s f o t o g r á f i c a s d o n d e la élite porfirista sólo
era espectadora de las carreras de caballos o las corridas de
toros, pero su presencia quedaba registrada p o r m e d i o
de u n a foto que r e p r o d u c í a su entrada al h i p ó d r o m o o a la
plaza, o que constataba su e x p e c t a c i ó n en las tribunas.

El Tiempo Ilustrado ( 1 1 m a r . 1901).


362 J U D I T H DE I A TORRE RENDÓN

F i n a l m e n t e , en tercer lugar, e m e r g e n los retratos foto-


g r á f i c o s . E n t r e ellos se p u e d e n apreciar fotos de familias
"tan elegantes y distinguidas" c o m o la de d o n G u i l l e r m o de
L a n d a y E s c a n d ó n . 3 1 De igual m a n e r a fue c o m ú n que se
realizaran concursos f o t o g r á f i c o s , organizados p r i n c i p a l -
m e n t e p o r El Tiempo Ilustrado y El Álbum de Damas, sin lugar
a dudas c o m o u n a m e d i d a p u b l i c i t a r i a para atraer a m á s
suscriptores. L a t e m á t i c a g i r ó p r i n c i p a l m e n t e en t o r n o a
¿cuál es el n i ñ o m á s hermoso? E n definitiva las f o t o g r a f í a s
de los p e q u e ñ o s participantes p r o c e d í a n de los hijos de
familias tan importantes c o m o los Martín del Campo, Pérez
N i e t o , Bandera y O l a v a r r í a , Zamacona, p o r citar algunas.
D e acuerdo c o n el voto e m i t i d o p o r los lectores se e l e g í a al
ganador; así, se p r e m i a b a al n i ñ o o a los n i ñ o s considera-
dos c o m o los m á s b o n i t o s . 3 2 Este t i p o de fotos n o sólo se ex-
h i b i ó para concurso sino que los retratos de los infantes se
c o n v i r t i e r o n a p r i n c i p i o s d e l siglo X X en u n a de las temá-
ticas m á s apreciadas A d e m á s al igual que en otros casos se
a c o m p a ñ a r o n c o n textos c o m o "los n i ñ o s cuyos grabados
f o r m a n esta plana, p e r t e n e c e n a familias de nuestra m e j o r
sociedad". 3 3
E n este r e c u e n t o de retratos n o p o d í a n faltar los corres-
p o n d i e n t e s a las " s e ñ o r a s y s e ñ o r i t a s " m á s destacadas y m á s
hermosas de la alta sociedad mexicana. Bastante frecuen-
tes f u e r o n las i m á g e n e s de las novias e n u n estudio, de las
dedicadas madres o de las damas "virtuosas" preocupadas
p o r m e j o r a r la s i t u a c i ó n de los grupos desprotegidos. En
particular, este t i p o de ilustración proyectaba la idea de
u n a sociedad benefactora. De hecho, en diversas ocasiones,
la o r g a n i z a c i ó n de actividades c o m o las kermesses, las ja-
maicas o las corridas de toros r e s p o n d í a al p r o p ó s i t o de
r e u n i r fondos para ayudar a los pobres y ancianos, a m i n o -
rar los d a ñ o s causados a damnificados p o r f e n ó m e n o s
naturales o c o m p r a r juguetes para repartirlos en las fiestas
navideñas. De nueva cuenta El Tiempo Ilustrado i, d i r i g i d o p o r

31
El Álbum deüamas ( m a r . 1 9 0 7 ) , n ú m . 5.
32
El Álbum de Damas d u r a n t e los meses d e j u n i o y j u l i o de 1908.
33
El Tiempo Ilustrado ( 1 ° ene. 1 9 0 6 ) .
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 363

el p r u r i t o d e l catolicismo social, i n s e r t ó m á s frecuente-


m e n t e este t i p o de reportes, sin m i n i m i z a r en absoluto las
ilustraciones que ratificaran los actos de los católicos b i e n
acomodados n i los comentarios que c o n f i r m a r a n su n o b l e
a c t i t u d : "Los necesitados que disfruten de sus p r o d u c t o s
p e d i r á n de t o d o c o r a z ó n al Ser s u p r e m o o t o r g u e la justa
recompensa a sus benefactores".- En suma, es innegable
que e n la m e d i d a en que la p r e n s a g r á f i c a p e r m i t i ó a la
élite político-social del p o r f i r i a t o verse a sí m i s m a proyec-
t a n d o la i m a g e n de relajamiento y b o n d a d , le o t o r g ó la
posibilidad de trascender religiosa, social e h i s t ó r i c a m e n t e

Algunas divergencias entre la imasen fotográfica


y la prensa gráfica

Esta p o s i b i l i d a d de trascender en cada u n o de los planos


mencionados, gracias a la imagen fotográfica de la realidad
tal cual es, se hizo todavía m á s efectiva para la élite social
de aquel entonces d e b i d o a u n a de las características de la
prensa gráfica, es decir, la posibilidad de repetir la i m a g e n
u n a m u l t i p l i c i d a d de veces c o m o consecuencia del elevado
n ú m e r o de tirajes, de tal f o r m a que p o d í a llegar a u n ma-
y o r n ú m e r o de receptores.
D u r a n t e los p r i m e r o s a ñ o s de vida de los magazines ilus-
trados el n ú m e r o de f o t o g r a f í a s que se incluyó fue m í n i m o ;
m á s bien los grabados y las litografías apoyaron la ilustración
de la i n f o r m a c i ó n . - Fue a principios del siglo X X c u a n d o la
f o t o g r a f í a o c u p ó cada vez m á s espacios y revistió u n a mayor
i m p o r t a n c i a en la m e d i d a en que los adelantos t é c n i c o s fa-
c i l i t a r o n tanto las tomas f o t o g r á f i c a s i n s t a n t á n e a s c o m o su
i m p r e s i ó n y r e p r o d u c c i ó n en la prensa, p e r o , sobre t o d o ,
c u a n d o se fue c o b r a n d o conciencia del U l o r y trascenden-
cia de captar la c o t i d i a n i d a d de la sociedad y el instante de
los acontecimientos.

:M
El Tiempo Ilustrado ( 1 B j u l . 1 9 0 1 ) .
x
' A l n a c e r El Tiempo Ilustrado e n 1891 s ó l o p r e s e n t ó u n a s cuantas
f o t o g r a f í a s , u n a de las cuales m o s t r a b a el e d i f i c i o de la t i e n d a d e p a r t a -
m e n t a l c o n o c i d a c o m o E l Palacio de H i e r r o .
364 JL'DITH DE I A TORRE R E N D Ó K

En M é x i c o este proceso se fue desarrollando paulatina-


m e n t e . R o d r í g u e z , * De los Reyes, " y L a r a y H e r n á n d e z ™
h a n subrayado que la tendencia de las primeras fotografías
que ilustran las noticias fue r e p r o d u c i r las poses r í g i d a s
ante la c á m a r a y los escenarios que la t r a d i c i ó n de la foto-
g r a f í a comercial h a b í a impuesto, siguiendo los c á n o n e s de
la p i n t u r a y la escultura. Si b i e n , cuestiones técnicas obsta-
culizaron el cambio de este tipo de fotos a aquellas que cap-
tan tanto el instante c o m o el " m o m e n t o que le da al suceso
c a r á c t e r de n o t i c i a " , ' 9 es evidente que t a m b i é n dificultó
este viraje el hecho de que la m a y o r í a de los fotógrafos con-
tratados p o r El Tiempo Ilustrado El Mundo Ilustrado y El
Álbum de Damas fueran los mismos que se h a b í a n f o r m a d o
c o n aquellos c á n o n e s estéticos al t i e m p o que su experien-
cia se r e m i t i e r a al á m b i t o de sus p r o p i o s estudios fotográ-
ficos En efecto A n t i o c o Cruces Octavian o de la M o r a los
h e r m a n o s Valleto y los hermano's Torres se contaban entre
los f o t ó g r a f o s de m á s prestigio p o r q u e h a b í a n realizado
verdaderas obras de arfe con sus tarjetas de visita.
A l hojear las planas de estos ó r g a n o s de difusión, desta-
can las fotografías que así lo ratifican. Incluso el f o t ó g r a f o
p r o c u r o que sus fotos, tomadas en el estudio y enviadas
p o s t e r i o r m e n t e a los talleres de i m p r e s i ó n , expresaran p o r
sí solas d e t e r m i n a d o s sentimientos y determinadas civili-
dades de las personas retratadas, m a n t e n i e n d o el m i s m o
significado de las tarjetas de visita, pero con u n objetivo dis-
t i n t o . U n o de los mejores ejemplos se e n c u e n t r a en la
i n f o r m a c i ó n en t o r n o al Congreso N a c i o n a l M e x i c a n o de
Madres, cuyo p r o p ó s i t o consistió en " r e d i m i r a la infeliz
m a d r e sin recursos a la que cayó en u n m o m e n t o de locu-
ra a la que n o p u e d e alimentar a sus hijos en resumen a
t o d a m u j e r que, llevando sobre sus sienes la aureola her-
mosa de la m a t e r n i d a d necesita a m p a r o v a u x i l i o positivo
y p r á c t i c o " . 4 " Las ilustraciones r e p r o d u j e r o n los retratos de

Citado por DEIÍROLSE, 1 9 9 4 , pp. 153-154.


: ! 7
RE\ES, 1 9 8 9 , p. 1804.
: W
LARA y HERNÁNDEZ, 1985, p. 12.
I!L
LARA V HERNÁNDEZ, 1985, p. 12.
40
El Álbum de Damas ( 2 8 mayo 1 9 0 8 ) .
L A PRENSA G R Á F I C A D E L PORFIRIATO 365

las s e ñ o r a s que integraban la mesa directiva. En particular


son m u y elocuentes las fotos realizadas —desde luego e n
u n estudio—, de la s e ñ o r a de Walker, vicepresidenta y la de
Luz Raigosa de D í a z , tesorera. L a p r i m e r a de ellas muestra
a W a l k e r e n s e ñ a n d o u n l i b r o a u n n i ñ o con u n a actitud
p r o t e c t o r a y m a t e r n a l , mientras que en la segunda la seño-
ra de Díaz aparece c o n varios n i ñ o s (ilustración 1). En
suma, el mensaje de p r o t e c c i ó n aflora a simple imagen.
A ú n m á s , las fotografías reforzaron el c o n t e n i d o de la cró-
nica c o n c e n t r á n d o s e m á s en destacar las virtudes de estas
s e ñ o r a s de la alta sociedad.
Este mismo significado se advierte en una c r ó n i c a del 22
de agosto de 1897 que anunciaba, en p r i m e r a plana, una co-
r r i d a de toros. D e b i d o a que se le b r i n d a b a u n espacio des-
tinado a llamar la atención sobre la trascendencia de u n acon-
tecimiento, tal p a r e c í a que El Mundo Ilustrado p r e s e n t a r í a en
las p á g i n a s interiores u n gran reportaje sobre esta corrida.
E n esta o c a s i ó n es evidente la s e p a r a c i ó n entre la c r ó n i c a de
lo acontecido aquel d í a y las i m á g e n e s fotográficas. E n efec-
to, el objetivo de la nota consistió en enfatizar que la función
se h a b í a realizado c o n fines caritativos para ayudar a perso-
nas afectadas en Tehuantepec y que h a b í a estado m u y con-
c u r r i d a ; p o r lo tanto, se o m i t í a la d e s c r i p c i ó n de la corrida.
Tres de las cuatro fotos que se integraban c o m o ilustración
d e l texto, eran pruebas irrefutables de esta concurrencia.
Desde o t r o p u n t o de vista tal y c o m o se puede apreciar el
significado de estas i m á g e n e s rebasa a la misma crónica, pues
ellas hablan p o r sí mismas. El f o t ó g r a f o m á s que enfocar v
disparar el o b t u r a d o r hacia las tribunas' lo hizo rescatando
distintos instantes, entre los que destacaban m o m e n t o s tan
d r a m á t i c o s c o m o ¿ c o l o c a c i ó n de u n a estocada (ilustración
2) N o cabe d u d a de que el enfoque de El Mundo Ilustrado
p r o c u r ó aprovechar u n suceso de esta í n d o l e p¿ir3. d i f u n d i r
la i m a g e n de u n a sociedad mexicana caritativa. Ello sé ex-
ü l i c a en narticular noroue en la nortada de la revista se con¬
fugaron la fotografía de las r e i n a s d e f c f i e s t o ™ mfcrio
que h a c í a a l u s i ó n a la caridad (ilustración 3) . 4 I

4 1
V é a s e El Mundo Ilustrado (22 ago. 189*7).
366 JUDITH DE I A TORRE RENDÓN

Ilustración 1. "Las damas de El Congreso Nacional Mexicano de


Madres", El Álbum de Damas (28 mayo 1908).
L A PRENSA GRÁFICA D E L P O R F I R I A T O 367
368 J U D I T H DE LA TORRE RENDÓN

Por otra parte, si b i e n las fotos posadas, tanto en i n t e r i o -


res c o m o en exteriores, p r e d o m i n a r o n en la prensa gráfi-
ca, n o cabe d u d a de que las exigencias de la prensa de cor-
te m o d e r n o e i n d u s t r i a l llevaron a varios de estos antiguos
fotógrafos de estudio y, m u c h o m á s a los nuevos, c o m o Agus-
tín Casasola, a a s u m i r o t r a p e r s p e c t i v a m á s f u n c i o n a l y ya
n o tan estética, lo que los convirtió en los repórter-fotógrafos.
Ello implicaba que tenían que estar presentes en el m o m e n t o
e n que se p r o d u c í a n la a c c i ó n o el acontecimiento. Asimis-
m o , t e n í a n que cuidar que la i m a g e n f o t o g r á f i c a expresara
el suceso p o r sí sola, sin d e p e n d e r ya tanto de la r e s e ñ a es-
crita. E n suma, el p r u r i t o p o r capturar el instante iba i n -
v a d i e n d o a los oficiosos de la c á m a r a . N o fue casual que el
f o t ó g r a f o presente en aquella c o r r i d a de toros, en agosto de
1897, o t o r g a r a m á s valor a las faenas taurinas.
En aquellas noticias y c r ó n i c a s en que la sociedad era la
p r i n c i p a l protagonista, y p o r ende su imagen quedaba plas-
m a d a en las p á g i n a s de los magazines ilustrados, el lapso en-
tre la utilización de u n a f o t o posada a una i n s t a n t á n e a fue
u n p o c o m á s breve. E n particular, en todas las fotos refe-
rentes a las fiestas p ú b l i c a s c o m o kermesses o jamaicas, se
advierte que el p ú b l i c o participante se acomodaba para ser
c a p t u r a d o p o r la c á m a r a . E n t r e u n s i n n ú m e r o de casos se
p u e d e citar el d e l 22 de septiembre de 1895. Ese d í a se des-
c r i b i ó en El Mundo Ilustradola fiesta de flores que se realizó
c o n el p r o p ó s i t o de c o n m e m o r a r el m o v i m i e n t o de inde-
p e n d e n c i a . Las f o t o g r a f í a s que se p r e s e n t a r o n muestran a
u n o s personajes, i n c l u y e n d o a los n i ñ o s , que mostraban la
clásica rigidez que e x i g í a la c á m a r a de estudio (ilustración
4 ) . Incluso en el m i s m o texto se relatan las condiciones
e n que f u e r o n tomadas las fotos. En particular llama la aten-
c i ó n que las tomas n o se realizaran n i en el m i s m o día, n i
e n el m i s m o escenario del acto, sino que se e x t e n d i ó u n a i n -
vitación para que los participantes posaran d í a s d e s p u é s :

A fin de tomar en las mejores condiciones, fotografías de los


coches adornados, el conocido artista Sr. O. Mora, de acuer-
do con nosotros, colocó en un amplio solar de la calzada del
Egi'do, cerca de la estatua de Carlos IV, una gran decoración
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 369

Ilustración 4. "La fiesta de flores", El Mundo, semanario ilustrado


(22 sep. 1895).
370 JUDITH DE I A TORRE RENDÓN

para que sirviera de fondo y un toldo para graduar la luz [... ]


Sólo pudimos retratar los coches que verán nuestros lectores
y que, por fortuna, son los principales. El egoísmo de algunas
familias y dificultades imprevistas nos impidieron obtener
copias de los demás. 4 2

E n consecuencia, al registrar u n a n o t i c i a g r á f i c a n o i m -
p o r t a m u c h o el t i e m p o n i m u c h o menos el espacio, p o r q u e
lo m á s relevante, para estos m o m e n t o s , es dejar testimonio
d e l h e c h o y rescatar la labor realizada p o r el f o t ó g r a f o .
Es innegable que el i n t e r é s p o r capturar el instante y la
c o t i d i a n i d a d de la sociedad mexicana se e x p r e s ó en los gra-
bados antes que en las f o t o g r a f í a s . Sin e m b a r g o , p r o n t o se
e m p e z ó a i n c o r p o r a r esta i n q u i e t u d . Así, al i n f o r m a r El Mun-
do Ilustrado en 1896 sobre el carnaval realizado en M é r i d a ,
resaltan i m á g e n e s tomadas en exteriores y en las que ya se
manifiesta una conciencia valorativa d e l instante. M u y elo-
cuente es la del "carro de la m e d i a l u n a " (ilustración 5 ) . E n
u n p r i m e r p l a n o , lo que pareciera u n a a c t i t u d de estar po-
sando para la c á m a r a , en realidad es u n a e x p r e s i ó n acorde
c o n la c a r a c t e r í s t i c a d e l carro a l e g ó r i c o . A d e m á s las perso-
nas que se e n c u e n t r a n en e l p l a n o secundario a c t ú a n na-
turalmente.
En definitiva, f u e r o n las i m á g e n e s que r e p r o d u c í a n la
e n t r a d a al h i p ó d r o m o , la e x p e c t a c i ó n en las t r i b u n a s o
la p r á c t i c a de u n d e p o r t e p o r parte de la élite porfirista,
aquellas en que el f o t ó g r a f o c a p t u r ó los instantes de los
usos, poses y costumbres de u n a sociedad que se proyecta¬
ba c o m o relajada.

CONCLUSIONES

A l revisar las p á g i n a s de la prensa g r á f i c a se evidencia la


i n f i n i d a d de temáticas que p u e d e n ser abordadas con el pro-
p ó s i t o de enriquecer la historia de la f o t o g r a f í a en M é x i c o .
De h e c h o , el tema que en esta o c a s i ó n se p r e s e n t ó , t o d a v í a
ofrece u n a rica veta p o r explotar. De lo expuesto en este ar-
tículo se p u e d e n desprender algunas consideraciones.

42
El Mundo, semanario ilustrado (22 sep. 1895).
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 371

.stración 5. "El carro de la media luna", El Mundo Ilustrado


(8 mar. 1896).
372 J U D I T H DE LA TORRE RENDÓN

Es innegable que en la m e d i d a en que se i n t r o d u j e r o n


las maquinarias m á s avanzadas en la i m p r e s i ó n y se per-
f e c c i o n a r o n las técnicas f o t o g r á f i c a s , m e j o r a r o n la calidad
de la prensa y sus ilustraciones y se diversificaron tanto los
usos c o m o los conceptos de la f o t o g r a f í a .
En consecuencia, estos avances que en la m e n t a l i d a d de
la é p o c a se r e d u c í a n a la palabra progreso, p a r t i c i p a r o n
en la c o n f e c c i ó n del discurso l e g i t i m a d o r del r é g i m e n por-
firista y j u s t i f i c a r o n la existencia de u n a élite que p o d í a
divertirse sin olvidar c u m p l i r con los preceptos cristianos
de caridad, p o r lo que p a r e c í a necesario que h u b i e r a po-
bres y damnificados a causa de desastres naturales.
A su vez los adelantos t é c n i c o s , las exigencias y la diná-
m i c a de u n a sociedad que se reflejaba a sí misma en la
prensa g r á f i c a llevaron a m o d i f i c a r el c o n c e p t o de las fo-
t o g r a f í a s de estudio, regidas p o r c á n o n e s estéticos, para
o b t e n e r i n s t a n t á n e a s m á s funcionales. En este sentido, la
i m a g e n d e j ó de ser u n a m e r a ilustración y e m p e z ó a con-
vertirse en u n reporte g r á f i c o .
A h o r a b i e n , si la prensa gráfica p o r su capacidad de re-
p r o d u c i r en grandes cantidades la i m a g e n ideal de una so-
ciedad fue asumida c o m o u n a m a n e r a de trascender, asi-
m i s m o , a los f o t ó g r a f o s les b r i n d ó la posibilidad de d i f u n d i r
todavía m á s su trabajo, ya bastante avalado y demandado por
la sociedad desde los a ñ o s sesenta del siglo pasado. A d e m á s ,
el c r e c i m i e n t o de la prensa m o d e r n a e i n d u s t r i a l p r o v o c ó
la e s p e c i a l i z a c i ó n del oficio, de tal m a n e r a que coexistieron
los f o t ó g r a f o s de estudio y los r e p ó r t e r - f o t ó g r a f o s .
Si b i e n en estos ú l t i m o s e m p e z ó a manifestarse la inquie-
t u d p o r captar los instantes resultantes de la paz porfírista,
sería u n estallido social, c o m o la revolución mexicana, el que
definiría m á s claramente su papel c o m o reporteros gráficos.

REFERENCIAS

BEEZEEY, W i l l i a i n

1992 " E l estilo p o r f i r i a n o : d e p o r t e s y d i v e r s i o n e s de fin de


siglo", e n Cultura, p p . 219-238.
L A PRENSA G R Á F I C A D E L P O R F I R I A T O 373

BOURDIIX, Pierre

1979 La fotografía, un arte intermedio. M é x i c o : N u e v a I m a g e n .

C o s í o VILLEGAS, D a n i e l (coord.)
1957 Historia moderna de México. El porfiriato. Vida política in-
terna. S e g u n d a p a r t e . M é x i c o : H e r m e s .

Cultura
1992 Cultura ideas y mentalidades. M é x i c o : E l C o l e g i o d e M é -
xico, «Lecturas de Historia Mexicana, 6». '

DEBROISE, O l i v i e r

1994 Fuga mexicana. Un reconido por la fotografía en México. Mé-


x i c o : C o n s e j o N a c i o n a l p a r a l a C u l t u r a y las A r t e s .

G O N Z ÁLEZ NAV ARRO, M o i s é s

1956 El Porfiriato. La vida social. M é x i c o : H e r m e s .

L A R A K I AIIR, F l o r a y M a r c o A n t o n i o HERNÁNDEZ

1985 El poder de la i magen y la imagen del poder. Fotograf ías de


prensa del porfiriato a la época actual. M é x i c o : U n i v e r s i -
dad A u t ó n o m a Chapingo.

M A T A B U E N A PF.IÁEZ, T e r e s a
#

1991 Algunos usos y conceptos de la fotografía durante el Porfiriato.


México: Universidad Iberoamericana.
REYES, A u r e l i o d e los
1983 Cine y sociedad en México (1896-1930). v o l . i Vivir de sue-
ños (1896-1920). M é x i c o : I n s t i t u t o d e Investigaciones
Estéticas-Universidad Nacional A u t ó n o m a de México.
1989 " C i n e , p r e n s a y magazines i l u s t r a d o s " , e n Historia del
Arte Mexicano, t . 12. El arte del siglo xix. M é x i c o : Salvat
E d i t o r e s , p p . 1795-1812.

Ruiz CASTAÑEDA, M a r í a d e l C a r m e n
1980 "La prensa d u r a n t e e l P o r f i r i a t o (1880-1910)", e n Ruiz
CASTAÑEDA, REED TORRES y CORDERO YTORRES, p p . 209-240.

Ruiz CASTAÑEDA, M a r í a d e l C a r m e n , L u i s R E E D TORRES y E n r i q u e CORDERO


Y TORRES

1980 El periodismo en México. 450 años de historia. N a u c a l p a n


d e J u á r e z , Estado d e M é x i c o : Escuela N a c i o n a l d e Es-
tudios Profesionales A c a t l á n - U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u -
t ó n o m a de M é x i c o .

T O U S S A I N T ALCAHAZ, F l o r e n c e

1989 Escenario de la prensa en el porfiriato. M é x i c o : U n i v e r s i -


dad de Colima-Fundación Manuel Buendía.

También podría gustarte