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Plano

de Aula: RECURSOS - TEORIA GERAL DOS RECURSOS


TRABALHISTAS.
PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) -
CCJ0148

Título

RECURSOS - TEORIA GERAL DOS RECURSOS TRABALHISTAS.

Número de Aulas por Semana

Número de Semana de Aula

10

Tema

Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas

Objetivos

Reconhecer a base constitucional dos recursos ( princípio da ampla defesa e


contraditório, duplo grau e os recursos de competência originária, por exemplo
arts. 102 e 105 da CF); - Conhecer conceitos, regras e institutos vinculados
aos recursos; - Identificar os requisitos de admissibilidade ( gerais e
específicos); - Reconhecer as diferenças apresentadas pelo Novo Código de
Processo Civil quanto aos recursos , bem como a finalidade das mudanças
normativas.

Estrutura do Conteúdo

1. Recursos:

1.1. Conceito

1.2. Princípios

1.3. Juízo de Admissibilidade

1.4. Juízo de Mérito


1.5. Efeitos

1.6. Teoria da Causa Madura

2. Espécies de Recursos :

2.1. Recurso Ordinário

2.2. Recurso de Revista

2.3. Embargos de Declaração

2.4. Embargos Infringentes

2.5. Agravo de Petição

2.6. Agravo de Instrumento

2.7. Agravo Regimental

2.8. Recurso Extraordinário

2.9. Pedido de Revisão de Valor de Alçada

2.10.Reclamação Correicional

3. Do Recurso Ordinário

3.1. Hipótese de cabimento e breves observações

3.2. Prazo Forma

Aplicação Prática Teórica

1.RECURSOS

1.1. Conceito: é a provocação do reexame de determinada decisão pela


autoridade hierarquicamente superior, em regra, ou pela própria
autoridade prolatora da decisão, objetivando a reforma ou modificação
do julgado, ou seja, é o remédio processual concedido às partes ou
terceiro, objetivando que a decisão judicial impugnada seja submetida a
novo julgamento.

Obs: Recursos são assim chamados os que se podem exercitar dentro


do processo em que surgiu a decisão impugnada; diferem das ações
impugnativas autônomas, cujo exercício, em regra, pressupõe a
irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu trânsito em julgado (ex.,ação
rescisória).

1.2. Princípios: podem ser elencados os seguintes princípios recursais:


a) Duplo Grau de Jurisdição: A CRFB não o prevê, mas diversos autores
o posicionam como um corolário do devido processo legal, do
contraditório e da ampla defesa (artigo 5º, LV, da CRFB) b)
Unirrecorribilidade: só existe um recurso cabíbel para cada decisão, ou
seja, só se admite um recurso para vergastar a decisão. c) Fungibilidade:
permite-se o aproveitamento de recurso erroneamente nominado,
como se fosse o que deveria ser interposto, atendendo-se ao principio
da finalidade ou simplicidade do processo. Porém há que se advertir que
para a aplicação do principio em comento se deve verificar a existência
de três fatores cumulativos: i)inexistir erro grosseiro; ii)tem que haver
dúvida plausível quanto ao recurso cabível; iii)o recurso erroneamente
interposto deve obedecer o prazo do recurso cabível. d) Voluntariedade:
os recursos, em regra, são voluntários encerrando manifestação do
principio dispositivo. e) Princípio da proibição da reformatio in pejus ? é
vedado ao tribunal, no julgamento de um recurso, proferir decisão mais
desfavorável ao recorrente, do que aquela recorrida f) Irrecorribilidade
das decisões interlocutórias: as decisões interlocutórias são
irrecorríveis, somente se permitindo a apreciação de seu merecimento
em recurso da decisão definitiva, artigo 893, §1º, da CLT. g) Taxatividade:
Só é admissível recurso que a lei preveja, ou seja, só cabe recurso que
esteja devidamente previsto em lei, com a sua hipótese de cabimento.

1.3. Juízo de admissibilidade: verificação das condições impostas pela lei


para que se possa apreciar o conteúdo da postulação. Com o resultado
positivo, o recurso é admissível. Quando o órgão a que compete julgar o
recurso o declara inadmissível, diz-se que ele não conhece do recurso.
O juízo de admissibilidade é preliminar ao de mérito.

1.3.1. Requisitos de admissibilidade: Os Juízos de admissibilidade


podem ser classificados como: a) Intrínsecos ou subjetivos: Capacidade,
Legitimidade, Interesse; b) Extrínsecos ou objetivos: são aqueles que
dizem respeito aos aspectos de forma dos recursos, tais como
tempestividade, preparo, regularidade formal, cabimento, regularidade
de representação. .

1.4. Juízo de Mérito: após a preliminar da admissibilidade, cumpre


apreciar a matéria impugnada para acolhê-la, caso fundada, ou rejeitá-la,
caso infundada. O objeto do juízo de mérito é o próprio conteúdo da
impugnação à decisão recorrida. Pode ocorrer error in iudicando =>>
reforma da decisão em razão da má apreciação da questão de direito ou
da questão de fato, ou de ambas. Pode ocorrer error in procedendo
=>> invalidação da decisão por vício de atividade

1.5. Efeitos : podem ser destacados os seguintes efeitos dos recursos:


a) Devolutivo: os recursos, ordinariamente, são dotados apenas de
efeito devolutivo, e este nos indica que a matéria impugnada é devolvida
ao conhecimento do órgão jurisdicional. b) Suspensivo: No processo
laboral, em regra, os recursos não são dotados de efeito suspensivo,
esse efeito impede a produção de todo e qualquer efeito da sentença
até o julgamento do recurso, por exemplo, artigo 1012 do CPC/15 c)
Translativo: Em relação às questões de ordem pública, as quais devem
ser conhecidas de oficio, não se opera a preclusão, podendo o juiz ou
tribunal decidir tais questões ainda que não constem das razões
recursais ou das contrarrazões, gerando o denominado efeito translativo
dos recursos, conforme o disposto no artigo 1.013, §1º, do CPC/15; d)
Obstativo: Todo recurso impede a formação da coisa julgada, obstando-
a a partir da sua interposição. e) Substitutivo: o Julgamento realizado
pelo órgão de superior instância, sempre que abordar o mérito,
substituirá a decisão recorrida, conforme o disposto no artigo 1008 do
CPC/15.

1.6. Teoria da Causa Madura: importante destaque deve ser dado acerca
da possibilidade de aplicação da chamada teoria da causa madura no
âmbito laboral. Tal teoria está prevista no artigo 1.013, §3º do CPC/15.

Art. 1.013 CPC/15: A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da


matéria impugnada. § 3 o Se o processo estiver em condições de
imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito
quando: I - reformar sentença fundada no art. 485; II - decretar a
nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do
pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um
dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade
de sentença por falta de fundamentação.

2.Espécies de Recurso: no processo trabalhista existe a possibilidade


de serem interpostos dez recursos, quais sejam: 2.1. Recurso Ordinário
previsto na CLT, Art. 893 e 895 e Arts. 328 e 329 do Regimento Interno
do Tribunal Superior do Trabalho 2.2. Recurso de Revista regulado na
CLT, Arts. 893 e 896, na Lei nº 7.701/88, Art. 5º, "a" e Art. 331 do
Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho. 2.3. Embargos de
Declaração: art. 897-A CLT 2.4. Embargos- art. 894 CLT. 2.5. Agravo de
Petição delineado nos Arts. 893 e 897, "a", § § 1º e 3º da CLT 2.6. Agravo
de Instrumento regulado no Arts. 893 e 897, "b", § § 2º e 4º da CLT e
Instrução Normativa TST nº 6 de 08/06/96 2.7. Agravo Regimental
previsto na Lei nº 7.701/88 Arts. 3º e 5º e nos Regimentos do Tribunal
Superior (art. 338) e Tribunais Regionais do Trabalho. 2.8. Recurso
Extraordinário Regulado na Constituição Federal no artigo 102, III. 2.9.
Pedido de Revisão de Valor de Alçada criado pela Lei nº 5.584/70, Art. 2º.
2.10.Reclamação Correicional mencionada no artigo 709 da CLT e gizada
nos Arts. 682, XI e 709, II da CLT, no Art. 13, do Regimento Interno da
Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e nos Regimentos dos
Tribunais Regionais do Trabalho.

3. Do Recurso Ordinário 3.1. Hipótese de cabimento e breves


observações O recurso Ordinário tem cabimento para o Tribunal
Regional contra decisões terminativas ou definitivas do feito, em
processo de conhecimento, das Varas do trabalho. O recurso Ordinário
tem semelhanças com a apelação no Processo Civil e se encontra
previsto no artigo 895 da CLT:

Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei
5.584, de 1970) I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; II - das decisões definitivas ou
terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer
nos dissídios coletivos.

É o recurso clássico e de larga utilização no cotidiano forense,


pois visa impugnar as decisões terminativas ou definitivas proferidas
pelos órgãos de primeiro grau de jurisdição. O recorrente pode limitar o
alcance da devolutividade, desde que indique expressamente os pontos
que pretende recorrer, sendo então recurso parcial, o que determina o
trânsito em julgado do restante da sentença. Quando o recurso
Ordinário for interposto de decisão de Regional, face a dissídio coletivo,
ou ação rescisória, ou mandado de segurança devido a dissídio coletivo,
a competência para julgar o recurso Ordinário é, em última Instância, da
Seção Especializada de dissídio Coletivo do TST. Quando o recurso
Ordinário for interposto de decisão do Regional face dissídio individual
de sua competência originária (ação rescisória e mandado de
segurança), a competência para julgar o Ordinário é, em última Instância,
da Seção Especializada em Dissídios Individuais. Assim, o juiz Presidente
do Regional exerce o juízo de admissibilidade "a quo" e o Ministro Relator
o juízo de admissibilidade "ad quem". No Dissídio Individual o efeito em
que o recurso Ordinário é recebido será sempre o devolutivo e no
dissídio coletivo, conforme a observação feita anteriormente, o Art. 7º, §
2º, da Lei nº 7.701/88, que prevê a faculdade do Presidente do Tribunal
Superior do Trabalho emprestar efeito suspensivo a recurso Ordinário
interposto de decisão proferida pela Seção Normativa dos Tribunais
Regionais do Trabalho, que terá validade pelo prazo improrrogável de
120 dias, contados da publicação do Acórdão - Art. 9º, Lei nº 7.701/88.
Cabe reproduzir a observação feita anteriormente. A Lei nº 4.725/65, §
3º, Art. 6º concedia efeito suspensivo ao recurso Ordinário em dissídio
coletivo. Posteriormente foi revogada pela Lei nº 7.788/89, Art. 7º,
passando a viger que não mais caberia efeito suspensivo ao recurso
Ordinário em dissídio coletivo. Mais tarde, o Art. 7º da Lei nº 7.788/89 foi
revogado pelo Artigo 14 da Lei nº 8.030/90.Contudo, face a
impossibilidade de REPRISTINAÇÃO, o recurso Ordinário em dissídio
coletivo não teve readquirido o seu efeito suspensivo. Interessante
esclarecer que a Medida Provisória nº 1.488 - 18, de 29/11/96, que
dispõe sobre medidas complementares ao Plano Real e dá outras
providências, e que vem sendo reeditada a cada mês, desde a
implantação do retrocitado plano, prevê no Artigo 14 que o recurso
interposto de decisão normativa da Justiça do Trabalho terá efeito
suspensivo, na medida e extensão conferidas em despacho do
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Assim, passa a viger a regra
de que o recurso interposto de sentença normativa terá efeito
suspensivo, além do devolutivo.
3.2. Prazo O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de 8 dias.

3.3. Forma A interposição dos recursos, via de regra, faz-se em uma


única peça processual, a qual poder dividida em duas partes:

· Folha de Rosto ou Peça de Interposição: endereçada ao juiz prolator da


decisão, que realizará o primeiro juízo de admissibilidade e formará o
contraditório.

· Razões de Recurso: endereçada ao juízo que irá reexaminar o mérito


do recurso, também conhecido como juízo ad quem

3.3.1. Folho de Rosto ou Peça de Interposição: A peça de interposição


deverá conter os seguintes elementos:

3.3.1.1 - Endereçamento ao Juízo Competente A petição de interposição


deve ser direcionada ao juízo prolator da decisão, exemplo:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO


TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

3.3.1.2- Identificação do Processo Além do endereçamento ao juízo


onde foi decidida em primeira instância a demanda, a peça de
interposição deverá conter o número de registro do processo junto ao
órgão jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao juízo competente
deve o Recorrente indicar a que processo se refere àquela contestação.
Exemplo:

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO


TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

(5 linhas)

Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

3.3.1.3. Identificação das Partes Tal como ocorre com as petições deve
se indicar quem está peticionando e contra quem é peticionado.
Exemplo: Nome do recorrente, já qualificado nos autos em epígrafe, em
que contende com (nome do recorrido), vem, à presença de Vossa
Excelência, por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional
sito à ____________,

3.3.1.4. Indicação do tipo de recurso Deve-se indicar o fundamento do


recurso e seu tipo, exemplo:

Nome do recorrente, já qualificado nos autos em epígrafe, em


que contende com (nome do recorrido), vem, à presença de Vossa
Excelência, por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional
sito à ____________, tempestivamente, com fundamento na alíena “a” do
artigo 895 da CLT, e inconformado com a sentença proferida, interpor

RECURSO ORDINÁRIO

para o Egrégio Tribunal Regional da___Região, de acordo com as razões


anexas

3.3.1.5. Indicação da presença de pressupostos extrínsecos Deve ser


demonstrada a presença dos pressupostos extrínsecos tais como
preparo e tempestividade. Exemplo: Junta, neste ato, a guia DARF
comprovando o recolhimento das custas processuais e o comprovante
do depósito recursal

3.3.1.6. Pedido de Remessa ao juízo ad quem Deve ser realizado o


pedido de remessa ao órgão competente para a apreciação do recurso,
em seu mérito. Exemplo:

Após as formalidades de praxe, requer sejam os autos remetidos ao


Tribunal Regional do Trabalho da ___ Região, para apreciação das anexas
Razões.

3.3.1.7. Parte Autenticativa:

Termos em que,

P. Deferimento.

Local, data

Nome do Advogado OAB nº

3.3.2. Razões de Recurso Nas razões de Recurso deverá constar os


seguintes elementos:

3.3.2.1. Endereçamento ao Juízo ad quem As razões de Recurso são


dirigidas ao órgão que irá examinar o recurso. Exemplo:

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO

3.3.2.2. Identificação das Partes e da Origem Exemplo:

Recorrente: Nome do recorrente

Recorrido: Nome do Recorrido

Processo nº XXXXXXXXXX
Origem: __Vara do Trabalho de __________

3.3.2.3. Razões Recursais Introdutórias Deve-se realizar uma breve


introdução do inconformismo, dando início às efetivas razões do
recorrente, sugere-se a seguinte redação:

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

Eméritos Julgadores,

Douto Relator

Não merece prosperar a decisão proferida pelo juízo a quo, na qual...


(copiar parte da decisão recorrida que fundamenta a insatisfação)

3.3.2.4. Razões Recursais Propriamente ditas Após o breve relato do


porquê do recurso, deve-se lançar mão dos fundamentos do recurso, tal
como o faz quando da contestação ou mesmo da petição inicial,
indicando as razões da reforma ou anulação da sentença, a depender
se o error foi em iudicando ou procedendo. OBS: como se pode
constatar, o recurso ordinário tem por objetivo a reforma da sentença,
no todo ou em parte. por isso, há que analisar com profundidade a prova
dos autos, ressaltando os pontos favoráveis ao recorrente, inclusive
utilizando-se de acórdãos que abordem questões semelhantes e,
eventualmente, podendo citar, também, autores, assinalando as
respectivas obras.

3.3.2.5. Requerimentos Tal como ocorre em todas as peças


processuais, deve-se, ao final, realizar o pedido daquilo que se requer.
No caso dos recursos a Reforma ou Invalidação da decisão. Exemplo:

Diante de todo o exposto, requer a reforma do julgado para....


(pretensão do recurso)

3.3.2.6. Parte Autenticativa

Termos em que, P.Deferimento. Local

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