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Universidade Federal do Ceará

Instituto de Cultura e Arte

Curso de Cinema e Audiovisual 2018.1

Disciplina de Crítica e Curadoria

Professora Milena Szafir

Aluna
Aluna: Micaela Valesca de Souza Ramos

Matrícula: 401295

Videoarte como crítica: a escrita audiovisual como ferramenta de crítica social por
meio de obras cinematográficas Data: 16/05/18

Videoarte é uma forma de expressã


expressãoo artística que teve origem em
meados
os da década de 50. Um dos seus primeiros adeptos foi John Whitney, que
acreditava que computadores poderiam ser usados para desenvolver computação
gráfica para fins artísticos.
rtísticos. E com um computador “analógico
analógico”, que controlava
canhões antiaéreos, fez a animação de abertura do filme Vertigo (1958), de Alfred
Hitchicock.

A videoarte
oarte ve
veio com uma proposta de caráter experimental e passou a
ser adotada/ apropriada pe
pela
la indústria do entretenimento. Desde então, sofreu
enormes mutações e chegou aos dias de hoje. A grande difusão dessa forma de
fazer arte se deu com a facilidade de acesso às câmeras,, internet e no interesse de
mais pessoas dispostas a se apropriar dessa forma de criar arte, em vídeo.

O vídeo-ensaio
ensaio são obras de arte em vídeo, obras essas de pensamento
em ato que pensam enquanto se constroem. Esse gênero tem crescido e mudado
bastante no decorrer dos anos e se popularizado em Vimeo e Youtu
Youtube. Ensaio é
um texto literário, nem poético e nem didático, mas entre esses dois pólos. O mote
é trazer/ expor idéias, reflexões éticas e filosóficas e críticas acerca do tema sobre
o que fala. Os vídeo-ensaios apresentam a reflexão dx autor/a no assunto a que se
destina, focam no tema e não em um plot, são modulares e fragmentados, ou seja,
não há necessidade de conexão temporal ou apresentação ordenada como que em
uma lista (o que por si só já tem o propósito de evitar que a obra se torne
entediante).

Tendo como base a videoarte/vídeo-ensaio e filmes de ficção científica,


minha proposta de exercício consiste em usar samples desses filmes de ficção,
tendo como gesto de montagem a perspectiva de um ponto e também o
centralismo (uma forma de crítica que explicarei mais adiante).

O meu objetivo era trabalhar com algo em POV (point of view) ou


perspectiva, e como estava deveras perdida por ter escolhido um gesto de
montagem muito particular de UM FILME da franquia Alien, acabei não ficando
satisfeita de ter que trabalhar durante toda a disciplina com esse gesto (também
por não saber que essa atividade do “esquenta” deveria servir de base para todos
os exercícios da disciplina). Foi então que resolvi mudar meu tema e trabalhar com
perspectiva, o que em si já é bem geral, mas que a meu ver, geram-se boas
críticas e discussões.

A obra de Kogonada (um escritor e diretor sul-coreano conhecido por


seus vídeo-ensaios apropriados dos trabalhos de Wes Anderson, Yasujiro Onu e
Stanley Kubrick), sobre perspectiva de um ponto nos filmes de Kubrick me
chamaram atenção por se tratar de um vídeo-ensaio que aborda justamente a
questão que coloco em pauta com meu trabalho.

Decidi fazer uma crítica social ao modo como nossa sociedade é regida
e sobre a centralização no capitalismo, consumismo e como isso, de certa forma,
acaba por nos condicionar. Nossos hábitos, comportamentos, relacionamentos e
até mesmo nossa forma de ver a vida orbita nesse sistema. É como se tivéssemos
antolhos (acessório que se coloca em animais de montaria ou carga, que os faz
olhar apenas para frente, para o central, impedindo-os de ter uma visão dos lados)
presos em nossa cabeça.
Para reforçar essa crítica, resolvi usar o Vaporwave, movimento da
estética do vazio, que tem como objetivo criticar o capitalismo e o consumismo se
apropriando de músicas, sfx computacionais e de jogos, imagens da early internet
era. Usando tanto músicas quanto filmes e clipes e jogos da década de 80 e 90, e
começo de 2000. O fato de esse movimento ter esse teor nostálgico e nos remeter
à época em que vasta maioria desses filmes de ficção científica foram
produzidos/lançados foi um dos fatores decisivos que me fizeram optar por usá-lo.
Além de somente a estética visual e sonora, há também o apelo à crítica ao
sistema e ao modo como vivemos tão centrado no capital, no consumo imediato e
exacerbado.

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