Está en la página 1de 31

¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL?

Manuel MIÑO GRIJALVA


El Colegio de México

INTRODUCCIÓN*

DURANTE MUCHOS AÑOS HEMOS VENIDO c u l t i v a n d o u n a d i s c i p l i n a


p o c o menos que fantasma: la historia regional. ¿Por q u é
fantasma? E n p r i n c i p i o p o r q u e n o tiene u n a u n i d a d con-
ceptual y m e t o d o l ó g i c a y p o r q u e , vista c o m o parte de l o re-
gional, los historiadores la h a n concebido m á s con los
contenidos g e o g r á f i c o s y naturales que c o n los procesos so-
ciales o simplemente, se da p o r supuesto, que cualquier es-
t u d i o , al referirse a u n a sociedad p r o v i n c i a l ya, de p o r si, es
nistona regional, raciece ele vanas contusiones conceptua-

ouedVt^
que uemuesua ue maneia ciaia xa a m u i g u e u a u e íiiueiim
c i ó n que la caracteriza Por otra parte p r i m a la c o n f u s i ó n
entre historia regional y m i c r o h i s t o r i a y, l o que es m á s la-
Fecha de recepción: 29 de enero de 2001
Fecha de aceptación: 27 de febrero de 2002

* Las ideas principales de este ensayo fueron presentadas en el mar-


co del I I Coloquio de Historia, Maestría en Historia, Universidad Autó-
noma de Zacatecas, septiembre de 2001. Deseo agradecer los valiosos
comentarios de Luis Aboites, Francisco García González, José Francisco
Román Guitiérrez, Luis Anaya, Mariana Terán, Edgar Hurtado y María
Esther Morales.

HMex, u: 4, 2002 867


868 MANUEL MIÑO GRIJALVA

mentable, se ha identificado el centralismo c o m o u n con-


trasentido del r é g i m e n federal, y a éste c o m o parte de la
f ó r m u l a estado-región, d o t á n d o l e de criterios y connotacio-
nes g e o g r á f i c a s cuando en realidad c o r r e s p o n d e n a crite-
rios políticos y administrativos distintos de la f o r m u l a c i ó n
regional. Por lo d e m á s , se usan conceptos c o m o microhis-
toria, historia regional e historia subnacional c o m o h o m o -
g é n e o s , unívocos y semejantes, pero el u n o hace alusión a
la historia local definida desde la teoría, lo " m i c r o " y lo "his-
t ó r i c o " , d e l " t e r r u ñ o " , de lo "universal" de u n a localidad
" f u n d a d a " e h i s t ó r i c a m e n t e definida y existente.
N o resulta e x t r a ñ o para muchos de nosotros la am-
b i g ü e d a d del concepto regional usado p o r muchos histo-
riadores, dada la diversidad de contenidos que e n t r a ñ a
d e p e n d i e n d o de las perspectivas teóricas d e l investigador
que l o trate de utilizar. Mientras que para el g e ó g r a f o la re-
g i ó n es u n objeto de estudio que se deriva de la observación
de u n paisaje, para el economista se transforma en u n ins-
t r u m e n t o analítico destinado a explicar la localización de
"los agentes" y las actividades e c o n ó m i c a s . Para los historia-
dores esta diversidad anotada p o r Claude M o r i n n o es u n
o b s t á c u l o a su e x p l i c a c i ó n : "el historiador n o se deja turbar
[dice] p o r consideraciones m e t o d o l ó g i c a s " y selecciona
m á s b i e n las antiguas divisiones territoriales transitando
aparentemente p o r "el camino m á s fácil". 1 E n el f o n d o ha
p r i m a d o m á s u n criterio personal y m ú l t i p l e que u n o liga-
d o a consideraciones teóricas.
¿Qué es lo m á s adecuado h a b l a n d o en t é r m i n o s de la
c o n s t r u c c i ó n del c o n o c i m i e n t o histórico? Para M o r i n tanto
la d e m a r c a c i ó n regional-espacial c o m o la político-adminis-
trativa n o t i e n e n nada que envidiarse p o r q u e de todas for-
mas m u t i l a n el espacio en su esfuerzo p o r conseguir una
d e m a r c a c i ó n d e t e r m i n a d a y, p o r q u e , al final, "el t i e m p o
somete a prueba cualquier trazo, lo modifica, acepta o recha-
za". 2 Entonces, n i lo regional n i lo político-administrativo,
p o r sí mismos, son determinantes para la e x p l i c a c i ó n histó-

1
MORIN, 1979, p. 15.
2
MORIN, 1979.
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 869

rica. Pero esta aseveración tan clara y aparentemente cono-


cida p o r los historiadores n o resulta en la p r á c t i c a tan evi-
dente y se h a tratado a la historia regional incluso c o m o u n
"paradigma".
Así, la d i s c u s i ó n siguiente tratará de ubicar las posiciones
prevalecientes al respecto, con u n fin e m i n e n t e m e n t e aca-
d é m i c o y sin n i n g u n a i n t e n c i ó n de desconocer o desvalori-
zar el esfuerzo de aquellos profesionales que se asumen
como historiadores regionales, y p o r lo mismo, tratando de
evitar u n a c o n c l u s i ó n apresurada con fines condenatorios a
este quehacer sin p r e t e n d e r tampoco a r g u m e n t a r su irrele-
vancia, hasta c o n d e n a r l o a u n simple amasijo de datos. De-
bo aclarar que cuando hago m e n c i ó n a la historiografía
regional, m e estoy r e f i r i e n d o p r i n c i p a l m e n t e a u n determi-
nado t i p o de r e c o n s t r u c c i ó n y e x p l i c a c i ó n del pasado, cuya
p r e o c u p a c i ó n central es la r e c o n s t r u c c i ó n de parte o de to-
dos los aspectos de la vida de una r e g i ó n . Estoy de acuerdo
c o n autores c o m o J e s ú s G ó m e z Serrano de que "es posible
hacer b u e n a historia regional —seria, b i e n documentada,
que signifique u n a a p o r t a c i ó n real al campo escogido— que
n o se p r e o c u p e demasiado o en f o r m a e x p l í c i t a " p o r u n
c o n j u n t o de problemas o hipótesis preconcebidos c o m o eje
y m o t o r de la e x p l i c a c i ó n . 3 Es m u y respetable esta p o s i c i ó n ,
p e r o a m i m o d o de ver, es t a m b i é n incompleta, pues esta
p o s i c i ó n i m p l i c a que una historia regional seria es sólo u n a
historia " b i e n documentada", pero una investigación seria
necesariamente debe identificar problemas o hipótesis que
deben ser s e ñ a l a d o s de manera explícita. Por ello es que m u -
chas de las investigaciones clásicas i d e n t i f i c a n problemas
concretos p o r estudiar.

LOS CONCEPTOS Y LOS CONTENIDOS DE LA HISTORIA REGIONAL

E l m á s notable historiador impulsor de la historia regional


l a t i n o a m e r i c a n a , L u i s G o n z á l e z y G o n z á l e z , e s c r i b í a que
ésta, en t é r m i n o s rigurosos, n o d e b í a c o n f u n d i r s e c o n la

3
J e s ú s G ó m e z Serrano, comunicación personal, 4 de octubre de 2001.
870 MANUEL MIÑO GRIJALVA

microhistoria, "que pertenece al r e i n o d e l folclore", es tam-


b i é n menos emotiva que ésta, p e r o sobre todo la historia
regional tiene dos características fundamentales y distinti-
vas: a) quienes la cultivan son profesionales e historiadores
formados y b) tiene una estrecha r e l a c i ó n con las ciencias
sociales y humanas; es de hecho f r u t o universitario y a c a d é -
m i c o . 4 D e b í a ser la f ó r m u l a de los economistas, d e m ó g r a -
fos, p o l i t ó l o g o s , a n t r o p ó l o g o s , incluso de "historiadores de
espacios m á s extensos que el de la r e g i ó n " ; sin embargo,
a pesar de su énfasis en la e c o n o m í a , la historia regional
"precisa ser global tan entera c o m o l o p e r m i t a n las fuen-
tes. 5 N o se trata entonces, de que la historia local, la del te-
r r u ñ o , sea equiparable a la historia regional, n i en términos
g e o g r á f i c o s n i en t é r m i n o s m e t o d o l ó g i c o s . Por lo d e m á s , la
m i c r o h i s t o r i a ha sido e n t e n d i d a t a m b i é n c o m o "la visión
d e l cosmos de u n solo i n d i v i d u o " , c o m o "acciones" y "acti-
tudes" cotidianas m u y concretas —pelea de gallos, la vida
en u n a fábrica etc.—, a d e m á s del estudio de localidades,
pueblos o aldeas. Este " m é t o d o m i c r o h i s t ó r i c o " estaría m u y
ligado a los estudios de c o m u n i d a d de los a n t r o p ó l o g o s ,
y fue, casi siempre, una r e a c c i ó n frente al cuantitativismo
generalizante. 6 N o hay d u d a de que c o m o enfoque ha re-
sultado m u y útil, p e r o el p r o b l e m a n o es é s e , el p r o b l e m a es
descubrir, si lo hay, este cuerpo m e t o d o l ó g i c o p r o p i o y sus
instrumentos de análisis capaz de mostrar sus atributos m á s
allá de este cambio de enfoque que resulta simplemente
instrumental, es decir, semejante al cambio mencionado por
B u r k e del telescopio p o r el microscopio. Pero esto de p o r sí
n o garantiza la "cientificidad" del m u n d o cuyo pasado se
quiere explicar. ¿ C u á l e s son estos m é t o d o s ? , sin duda y ya lo
ha d i c h o Luis G o n z á l e z , los de las ciencias sociales. Pero ¿es
la historia u n a ciencia social? Entonces h a b l a r í a m o s de una
" m i c r o h i s t o r i a " d e m o g r á f i c a , u n a e c o n ó m i c a , otra política,
etc., c o n l o cual este marco y enfoque operativo cede su
lugar a l o que es lo sustancial, el m é t o d o en las ciencias

4
GONZÁLEZ Y GONZÁLEZ, 1 9 9 7 , p. 1 9 4 .
5
GONZÁLEZ Y GONZÁLEZ, 1 9 9 7 , pp. 1 9 6 y 1 9 9 .
6
BURKE, 2 0 0 0 , pp. 5 2 - 5 3 .
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 871

sociales. Parece simple la s o l u c i ó n , pero m á s de 50% de los


historiadores están de acuerdo en que la historia n o es una
ciencia social, sino b á s i c a m e n t e es parte de las humanida-
des. Pero éste es o t r o p r o b l e m a que el enunciado en este
ensayo. Éste ha sido el eje central de lo que entendemos
p o r historia regional, p r o p i a , específica, diferente, aunque
relacionada c o n las ciencias sociales. Esta f o r m u l a c i ó n me
parece indiscutible, p e r o ¿cuáles son sus principios meto-
d o l ó g i c o s que la sustentan? Sobre esta pregunta me intere-
sa insistir d e s p u é s de c o m p r e n d e r su definición y objetivos
m á s generales. Es decir, la historia regional está planteada
como u n g é n e r o de la investigación histórica, p e r o necesi-
tamos avanzar hacia u n a c o n c r e c i ó n t e ó r i c o - m e t o d o l ó g i c a
que es justamente el p l a n o d o n d e n o encuentra sustento,
p o r lo menos son discutibles los p a r á m e t r o s hasta ahora to-
mados como inamovibles.
Por su parte, los a n t r o p ó l o g o s h a n identificado el conte-
n i d o de lo regional tanto con el estudio del t e r r u ñ o c o m o
con el de una r e g i ó n m á s amplia. Es evidente que cuando
en a n t r o p o l o g í a se habla de estudios regionales, el térmi-
n o incluye las formas en que u n cierto g r u p o h u m a n o , defi-
n i d o y acotado c o n f o r m e a ciertos criterios, vive, piensa,
siente y a c t ú a sobre u n t e r r i t o r i o , cuyo espacio t a m b i é n es
definido y acotado c o n f o r m e a ciertos criterios. U n antro-
p ó l o g o a r g u m e n t a acertadamente:

[...] la región no es simplemente algo que está "allí", sino un


espacio privilegiado de investigación que se construye tanto
por el observador como por los sujetos que viven ese espacio.
La construcción del observador ocurre a partir de la pregunta
por las dimensiones espaciales de un conjunto de relaciones y
prácticas sociales; la de los sujetos a partir del horizonte donde
ellos sitúan esas prácticas.

Es decir, en p r i n c i p i o se trata de u n espacio que es discri-


minado p o r los investigadores de acuerdo con su objetivo o
interés, p e r o que t a m b i é n ha sido construido p o r quienes
habitan ese espacio. Se supone que entendemos lo que sig-
nifican las "relaciones y prácticas sociales" y que está b i e n
872 MANUEL MIÑO GRIJALVA

d e f i n i d o o es identificable el " h o r i z o n t e d o n d e ellos sitúan


esas p r á c t i c a s " . 7
Historiadores c o m o G i l b e r t M . Joseph piensan m á s b i e n
que la historia regional revela u n a c o n t r a p o s i c i ó n entre lo
particular y lo general, entre u n plano de p r o f u n d i d a d y
o t r o de generalidad, ya que al

[...] centrar más su atención, los estudiosos pueden empren-


der estudios de caso en los cuales una cantidad de informa-
ción local, extraordinariamente rica y diversa, ilumina una
serie de problemas históricos mayores que les permite poner a
prueba la sabiduría convencional y, con cierta frecuencia, re-
plantearla.

Piensa que debemos manifestar nuestro acuerdo c o n


W i g b e r t o J i m é n e z q u i e n afirmaba que "sin buenas historias
regional y local, no puede haber u n a b u e n a nacional". 8 A lo
r e g i o n a l y local se les a ñ a d e el ho r i z o n t e "nacional". Joseph
está consciente de que "los historiadores rara vez distin-
g u e n entre historia regional y local, y la m a y o r í a emplea el
c o n c e p t o "historia r e g i o n a l " c o m o u n a f o r m a conveniente
de referirse a toda la historia subnacional. A d e m á s , "re-
g i ó n " es u n concepto multivalente, y u n poco de flexibili-
d a d conceptual —a diferencia de u n a definición a priori—
puede resultar beneficioso. Sergio Ortega piensa t a m b i é n
que lo conveniente para el investigador de historia regional
es optar p o r u n a sociedad y u n espacio que p o r su a m p l i t u d
p e r m i t a plantear c o n claridad la e x p l i c a c i ó n d e l proceso
histórico que analiza. T a l vez el historiador n o puede antici-
par la a m p l i t u d espacial adecuada a su estudio, p e r o en el
curso de la investigación p o d r á m o d i f i c a r la e x t e n s i ó n de la
r e g i ó n s e g ú n lo p i d a n los conocimientos que progresiva-
m e n t e obtenga. 9
Por su parte para M i c h e l i n e C a r i ñ o Olvera, el concepto de
r e g i ó n c o m o objeto de estudio de la o p c i ó n teórico-metodo-

7
PEÑA, 1998, p. 9.
8
JOSEPH, 1998, p. 43.
9
ORTEGA NORIEGA, 1998, p. 56.
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 873

l ó g i c a de la historia regional, es la c o m p o s i c i ó n de la trama


regional bajo la forma de u n espacio social con características
sui generis.10 N o hay d u d a de que la falta de precisión ha sido
u n a característica de la historia regional c o n t e m p o r á n e a , p o r
ello resulta explicable la m e t á f o r a de Eric Van Y o u n g cuan-
d o dice que las regiones son c o m o el a m o r "difíciles de des-
cribir, pero las conocemos cuando las vemos", porque están
ahí. Observa el mismo V a n Young, que las regiones a m e n u -
d o t e r m i n a n siendo lo que cualquier investigador en parti-
cular esté "estudiando en el m o m e n t o " . 1 1 Esta ausencia de
precisión t e r m i n o l ó g i c a , s e g ú n él mismo, i m p i d e el trabajo
comparativo, ya que nunca queda en claro cuáles variables
están siendo comparadas de u n caso histórico al o t r o . 1 2 ¿Qué
es multivalente y hasta d o n d e debe haber flexibilidad concep-
tual? Son justamente estas indefiniciones las que oscurecen el
panorama de la historia regional.
Ya Sergio Ortega N o r i e g a afirma que "quienes nos ocu-
pamos del g é n e r o historiográfico calificado como 'regional',
entre otros problemas enfrentamos el de la i m p r e c i s i ó n de
algunos t é r m i n o s que planteamos profusamente, c o m o 're-
g i ó n ' o 'historia regional'". N o se esconden las carencias de
p r e c i s i ó n en t o r n o al planteamiento de los objetivos de la
historia regional y, en consecuencia, la poca claridad en
los lincamientos m e t o d o l ó g i c o s para su estudio. Desde la
perspectiva que se está tratando de argumentar, estas i m -
precisiones restan r i g o r a c a d é m i c o al trabajo de los histo-
riadores regionales. ¿ C u á l es la s o l u c i ó n ? S e g ú n Ortega
Noriega, el trabajo en e q u i p o de los investigadores para en-
c o n t r a r soluciones a este p r o b l e m a , soluciones que n o se-
r á n fáciles n i inmediatas, p e r o sí factibles. Es evidente que
existe el esfuerzo p o r alcanzar u n consenso en c u e s t i ó n de
t é r m i n o s , conceptos, objetos y lincamientos m e t o d o l ó g i c o s
relativos a nuestra actividad a c a d é m i c a . 1 3 De h e c h o los his-
toriadores reiteran sus p u n t o s de vista acerca de la

1 0
CARINO OLVERA, 1 9 9 8 , p. 7 3 .
1 1
VAN YOUNG, 1 9 9 2 , p. 4 2 9 .
1 2
VAN YOUNG, 1 9 9 2 , p. 4 4 .
1 3
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 5 2 .
874 MANUEL MIÑO GRIJALVA

[... ] necesidad de que los historiadores regionales se aboquen


a discutir y problematizar cuestiones tales como el tiempo, el
espacio y la identidad regional; de la definición de región, la
territorialidad, el regionalismo, la macrohistoria y la microhis-
toria regional, la historia estatal, intrarregional, las regiones
dominantes y las dominadas, la periodización nacional y sus
implicaciones en la historia regional, así como su propia y par-
ticular periodización; el conflicto regionalismo versus centralis-
mo, no solo federal, sino también estatal. 14

En pocas palabras hay que decir t o d o sobre todo. C o n el


t i e m p o seguramente muchas de estas "historias" reclama-
rán carta de naturalización, aunque estos problemas m á s
que u n a necesidad sólo parecen u n a ocurrencia p o r la he-
terogeneidad y e x t e n s i ó n de conceptos tan dispares.
Es sabido que la historia r e g i o n a l tiene e n su haber i m -
portantes logros y que ha alcanzado difíciles metas y objeti-
vos, b á s i c a m e n t e en el t e r r e n o d e l c o n o c i m i e n t o de la
i n f o r m a c i ó n , p e r o que el g r a n ausente e n esta abundante
p r o d u c c i ó n historiográfica es el relativo al análisis y refle-
x i ó n de la m e t o d o l o g í a r e g i o n a l , 1 5 ausencia que es explica-
ble a m i manera de ver, p o r q u e n o existe u n a m e t o d o l o g í a
histórico-regional. Las preguntas que surgen de i n m e d i a t o
sobre el "quehacer histórico r e g i o n a l " , muestran justa-
m e n t e los historiadores que manejan diversos grados de
c o m p r e n s i ó n y análisis y que para referirnos a u n obje-
to concreto existen varios horizontes resumidos p o r Va-
lenzuela: ¿se está haciendo m i c r o h i s t o r i a c o n f o r m e a los
principales planteamientos de Luis G o n z á l e z ? ¿ S e está ha-
c i e n d o geohistoria c o n f o r m e a la Escuela de los Anuales y
de Fernando Braudel?; ¿se está haciendo s o c i o l o g í a históri-
ca r e g i o n a l c o n f o r m e a la d e f i n i c i ó n y planteamientos de
Carlos M a r t í n e z Assad? Para la historia regional de 1700¬
1850, ¿es posible aplicar a l o largo y ancho del país las me-
t o d o l o g í a s d e n d r í t i c a y solar planteadas p o r Pedro P é r e z
H e r r e r o y Eric V a n Y o u n g c o n base e n los estudios de la an-

Pablo Serrano citado por VALENZUELA, 1998, p. 62.


VALENZUELA, 1998, p. 6 1 .
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 875

t r o p o l o g í a social de Carol S m i t h ? 1 6 A q u í está enunciado


el n u d o d e l problema. Hablamos de cosas distintas y se
plantean, p o r l o mismo, soluciones distintas; se habla de
geohistoria, s o c i o l o g í a histórica, a n t r o p o l o g í a social o sim-
p l e m e n t e de historia; de la m u l t i d i s c i p l i n a , o simplemente
disciplina a secas y el de u n a t e r r i t o r i a l i d a d determinada,
p e r o siempre secundaria y subordinada al í n d i c e m e t o d o l ó -
gico de u n a o varias disciplinas. L a historia regional n o pa-
rece tener salida si se reduce a u n costal o saco al que se le
llena de m u l t i t u d de conceptos, temas o líneas de investiga-
c i ó n h e t e r o g é n e a s , propias de u n quehacer disciplinario
m ú l t i p l e y complejo.
Tal vez ese saco relleno y r e d o n d o sea " l o regional", pero
esto h a b l a r í a m á s de u n quehacer m e c á n i c o y p r a g m á t i c o
que de u n o científico y analítico dedicado a explicar los fe-
n ó m e n o s históricos. Esta heterogeneidad, sin duda, no ter-
m i n a allí si acogemos, p o r u n a parte, la advertencia de
G u i l l e r m o de la P e ñ a respecto a que n o se puede hacer his-
toria regional si se desconocen las historias estatal y nacio-
n a l , y p o r otra, si n o se entiende que el eje conductor de la
p r o b l e m a t i z a c i ó n de estos f e n ó m e n o s es su h i s t o r i c i d a d . 1 7
Dos elementos, si sumamos a éstos el análisis m u n i c i p a l ,
que c o m p l i c a n de manera definitiva la tradicional manera
de hacer "historia regional". De todas formas, es evidente
que los marcos administrativos o g e o g r á f i c o s cuentan poco
a la hora de la e x p l i c a c i ó n , pues la i m p o r t a n c i a metodológi-
ca que da u n realce sustancial a la historia regional es el
h e c h o de que "cada investigación de historia regional re-
quiere de u n planteamiento a m p l i o , en el sentido de i n -
c l u i r el c o n o c i m i e n t o de la e c o n o m í a , de la d e m o g r a f í a , de
las relaciones y los conflictos sociales, de la cultura, de las
ideas, de la o r g a n i z a c i ó n política, incluso del impacto inter-
nacional. U n a historia regional no deja de ser total porque,
s e g ú n M a r t í n e z Assad, abarca u n universo c o n limitaciones
espaciales y temporales, incluye todos y cada u n o de los com-

VALENZUELA, 1 9 9 8 , pp. 6 1 - 6 2 , Apud en VAN YOUNG, 1 9 9 1 , pp. 9 9 - 1 2 2 .


VALENZUELA, 1 9 9 8 , p. 6 2 y PEÑA, 1 9 9 8 .
876 MANUEL MIÑO GRIJALVA

p o n e n t e s . 1 8 En esta c o n c e p c i ó n l o a m p l i o ya queda m á s
acotado p o r el carácter particular que adquieren cada u n a
de las disciplinas, p e r o ciertamente u n a historia regional
n o tiene p o r q u é ser total, aunque abarque u n m i c r o u n i -
verso, p o r q u e entonces se me aparece el saco del t o d ó l o g o .
T a l vez en este p u n t o alguna a n é c d o t a que a todos los
investigadores nos ocurre, aclare l o que quiero decir. U n
a l u m n o , q u i e n h a b í a h e c h o u n a tesis exitosa sobre la histo-
r i a de u n a r e g i ó n en el centro de M é x i c o , me preguntaba
acerca del p o r q u é se le dificultaba hacer u n a tesis nueva
c o n planteamientos, problemas e h i p ó t e s i s concretos cuan-
d o antes le h a b í a resultado fácil la de t i p o "regional". Evi-
d e n t e m e n t e en la de " t i p o r e g i o n a l " incorporaba toda la
i n f o r m a c i ó n que encontraba sobre el espacio seleccionado
y ú n i c a m e n t e lo estructuraba t e m á t i c a m e n t e . Aunque es evi-
dente la o b j e c i ó n acerca de que n o estoy pensando en u n
historiador regional de relevancia, es a ú n claro el hecho de
que el "historiador r e g i o n a l " parece m á s b i e n u n e s l a b ó n
e n la transición entre el cronista y el historiador profesio-
n a l , a p r e c i a c i ó n que nada tiene de peyorativa, simplemente
c o r r e s p o n d e n para m í a etapas en la p r o f e s i o n a l i z a c i ó n del
quehacer histórico. Ciertamente, estoy de acuerdo en que
el quehacer de cada u n o de ellos es diferente y enriquece-
d o r y, p o r supuesto, p u e d e n c o i n c i d i r en la práctica.

L O S PROBLEMAS DEL MÉTODO

H a n servido c o m o criterios b á s i c o s y suficientes de la cons-


t r u c c i ó n de la historia r e g i o n a l , m á s o m e n o s los siguien-
tes: a) la d e l i m i t a c i ó n m e d i a n a — e n t r e la n a c i ó n y la
l o c a l i d a d — de las dimensiones del espacio d o n d e se des-
envolvió el tema estudiado, b) la d e t e r m i n a c i ó n de carac-
terísticas fisiográficas h o m o g é n e a s del m a r c o g e o g r á f i c o
asignado al objeto de estudio y c) las c r ó n i c a s y / o monogra-
fías cuyo objeto es la d e s c r i p c i ó n general parcial de los
"hechos memorables" acaecidos en u n a e n t i d a d federativa,

1 8
MARTÍNEZ ASSAD,1992, p. 1 2 8 .
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 877

u n [os] ( c o m o límites político-administrativos), o en su


localidad y las interpretaciones de la historia nacional exal-
tadas p o r el fervor de u n enfoque regionalista. 1 9 Nueva-
m e n t e nos encontramos ante la necesidad de desechar el
" c r i t e r i o " de " d e l i m i t a c i ó n m e d i a n a " que, si n o me equivo-
co, n o i n d i c a nada, como el famoso "marco g e o g r á f i c o " que
en p r i n c i p i o todo f e n ó m e n o h u m a n o necesariamente
posee. E n resumen, para C a r i ñ o Olvera la espacialidad y las
fuentes son las condiciones básicas de cualquier aconteci-
m i e n t o . Por supuesto, n o se trata de afirmar que las regio-
nes n o existen c o m o unidades g e o g r á f i c a s o sociales, sino
de que estas unidades, espacios o zonas simplemente cons-
tituyen el m a r c o físico y p o r sí mismos n o bastan para crear
t e o r í a o u n a m e t o d o l o g í a , de los procesos históricos, aun-
que pareciera que las regiones, p o r sí mismas p r o p o r c i o n a n
la e x p l i c a c i ó n histórica. Se a ñ a d e a este c o n j u n t o de inde-
finiciones el uso de u n tipo particular de fuentes como si
necesariamente, éstas y sólo éstas, fueran útiles para la ex-
p l i c a c i ó n d e l pasado. Las fuentes n o sólo deben estudiarse
en f u n c i ó n de las localidades o las entidades federativas, si¬
n o en f u n c i ó n del p r o b l e m a que se va a explicar.
S i m p l e m e n t e c o m o u n ejercicio intelectual excluyamos
el concepto regional de la a f i r m a c i ó n de u n conocido histo-
r i a d o r , q u i e n dice:

[...] si son amplios los límites temporales que el historiador


eligió para su trabajo, además de la precaución antes señala-
da, el investigador estará atento para observar las modificacio-
nes espaciales en la región [el subrayado es mío] bajo estudio,
ya que la sociedad regional cambia con el tiempo. Una sociedad
regional que aparece en u n momento dado, puede crecer o dis-
minuir en su magnitud, puede fundirse con otras regiones y
puede transformarse hasta desaparecer. El historiador obser-
vará con cuidado estos cambios, cuando se presenten, porque
el estudio de las variaciones en la sociedad regionaly en el espa-
cio que ocupa, forma parte de los objetivos de la historiografía
regional. Además, cada uno de estos cambios constituye un pro-
blema histórico que pide una explicación; es decir, estos cam-

CAWÑO OLVERA, 1998, pp. 72-73.


878 MANUEL MIÑO GRIJALVA

bios son hitos en el proceso histórico que sirven al historiador


para orientar su análisis. 2 0

Q u e d a r í a así en m i versión que excluye el t é r m i n o regional:

si son amplios los límites temporales que el historiador eligió


para su trabajo [... ] el investigador estará atento para observar
las modificaciones espaciales bajo estudio, ya que la sociedad
[...] cambia con el tiempo. Una sociedad [...] aparece en un
momento dado, puede crecer o disminuir en su magnitud,
puede fundirse con otras [...] y puede transformarse hasta
desaparecer. El historiador observará con cuidado estos cam-
bios, cuando se presenten, porque el estudio de las variaciones
en la sociedad [...] y en el espacio que ocupa, forma parte
de los objetivos de la historiografía [...] Además, cada uno de
estos cambios constituye un problema histórico que pide una
explicación; es decir, estos cambios son hitos en el proceso his-
tórico que sirven al historiador para orientar su análisis.

Sin embargo, esta versión puede aplicarse a cualquier tipo


de análisis historiográfico de cualquier sociedad. Entonces
estamos frente al verdadero p r o b l e m a .
U n o de los principales radica en que no tenemos claros los
objetivos de la "historia regional". Se afirma que " u n o de los
principales objetivos de la historia regional es conservar ade-
cuadamente la correspondencia que debe existir entre el
proceso histórico estudiado, la sociedad que lo vivió y el es-
pacio y el tiempo en que o c u r r i ó " . 2 1 Si yo excluyo el adjetivo
regional, esta definición se puede aplicar a cualquier cosa, si
la incluyo n o gano nada, p o r q u e lo que le interesa a la histo-
ria es la explicación de los f e n ó m e n o s sociales y no el espacio,
que al d e l i m i t a r l o o seleccionarlo, p o r sí m i s m o no me ofre-
ce los instrumentos, conceptos y m é t o d o s para explicar el
p r o b l e m a del mercado, de la familia o de la estructura social.
Sin embargo, es claro que la historiografía regional per-
m i t e al investigador identificar las peculiaridades del proce-
so histórico regional, que p u e d e n resultar contrastantes de

2 0
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 56.
2 1
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 53.
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 879

u n a r e g i ó n a otra. E n términos enunciativos es evidente


t a m b i é n que el c o n o c i m i e n t o de las particularidades es i m -
prescindible para p o d e r c o m p r e n d e r el c o m p o r t a m i e n t o
de las sociedades regionales y, a m i parecer, t a m b i é n debe
serlo para explicar el proceso histórico de la sociedad colo-
n i a l o nacional en su c o n j u n t o , y m o d e r a r así las imprecisas
o inexactas generalizaciones que se suelen hacer de mane-
ra frecuente. T a m p o c o hay d u d a de la i m p o r t a n c i a de la
c o m p a r a c i ó n de dos o m á s procesos regionales de socieda-
des que vivieron procesos históricos semejantes, en medios
sociales diferentes. Sin embargo, las discrepancias hacen su
a p a r i c i ó n cuando se afirma: "si q u i s i é r a m o s resumir en una
e x p r e s i ó n q u é es lo p r o p i o de la historiografía regional y las
ventajas que ofrece al conocimiento de la historia, diría que
es la sistemática i n t r o d u c c i ó n del espacio c o m o u n elemen-
to m á s para el análisis de lo h i s t ó r i c o " . 2 2 E n otras palabras,
si interpretamos b i e n el sentido de esta conclusión, se trata
de u n a c o n d i c i ó n b á s i c a m e n t e g e o g r á f i c a que i r r u m p e de
manera determinante en la c o n c e p c i ó n de historia regional.
Por otra parte, la definición expresa dos elementos cons-
titutivos de la r e g i ó n : el p r i m e r o es " u n a p o r c i ó n de terri-
t o r i o " , parte o segmento de u n t e r r i t o r i o m á s amplio; el
segundo e l e m e n t o es una "circunstancia" o característica
que d e t e r m i n a , o califica, a ñ a d i r í a , a la p o r c i ó n d e l territo-
r i o , y es el que le da u n i f o r m i d a d ante la m i r a d a del obser-
vador. Sin embargo, de estos dos elementos el p r i m o r d i a l
es el segundo, o sea, la circunstancia o característica objeto
de o b s e r v a c i ó n y es en relación c o n ésta que se s e ñ a l a n los
límites d e l t e r r i t o r i o correspondiente. Es i m p o r t a n t e subra-
yar esta afirmación: al identificar una r e g i ó n , la característica
o circunstancia elegida p o r el observador es la que determi-
na al t e r r i t o r i o , y n o al c o n t r a r i o . 2 3 Esta circunstancia es la
que n o queda claramente definida. ¿Qué es lo que hace
que u n a r e g i ó n sea étnica o e c o n ó m i c a ? , j u s t a m e n t e no es
el espacio, sino aquello que los a n t r o p ó l o g o s definen c o m o
" l o é t n i c o " y los economistas c o m o " l o e c o n ó m i c o " , es de-

2 2
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 5 3 .
2 3
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 5 3 .
880 MANUEL MIÑO GRIJALVA

cir, u n p r o b l e m a social. Justamente éste es u n o de los p r o -


blemas, la s u b o r d i n a c i ó n de los f e n ó m e n o s históricos al es-
pacio, s u b o r d i n a c i ó n que determina la explicación histórica
a u n a " p o r c i ó n de t e r r i t o r i o y circunstancias espaciales",
c o n lo cual los f e n ó m e n o s sociales vienen a ser una de estas
circunstancias —es decir, aleatorias al proceso p o r expli-
car— c o m o la o r g a n i z a c i ó n política o social.
C o m o de la Peña, Sergio Ortega piensa que en historiogra-
fía la r e g i ó n es el resultado de una o p c i ó n del historiador
quien, p o r alguna r a z ó n a c a d é m i c a , elige a cierto segmento
de la sociedad c o m o objeto de estudio — l a sociedad regio-
n a l — , y que ésta d e t e r m i n a el t e r r i t o r i o regional, que es
aquel donde se asienta. E n nuestro m e d i o , buena parte de la
historiografía es resultado n o sólo de u n a razón a c a d é m i c a ,
sino t a m b i é n y, casi siempre, de u n a r a z ó n vital, pues se ha
hecho y se hace historia "regional" p o r coincidir con la tierra
en d o n d e nació el investigador. Por supuesto, muchos histo-
riadores regionales h a n h e c h o historia p o r razones a c a d é m i -
cas y n o sólo p o r su origen. ¿ C l a u d e M o r i n , es u n historiador
regional? N o lo es, no sólo p o r q u e desecha las ataduras de los
marcos geográficos al adoptar l a j u r i s d i c c i ó n del obispado, o
sea una d e m a r c a c i ó n administrativa, c o m o referencia b á s i c a
a su análisis, sino p o r q u e como en casos como Martínez Assad,
Womack y Aguilar C a m í n , p o r citar algunos ejemplos, sus
preocupaciones están orientadas a explicar procesos políti-
cos, culturales o e c o n ó m i c o s bajo líneas concretas de inves-
tigación, aunque su escenario de estudio sea la r e g i ó n .
Entonces empezamos c o n el p r o b l e m a , ¿tiene la explica-
c i ó n histórica regional u n m é t o d o ? Se reitera de m a n e r a
frecuente "que la o p c i ó n d e l historiador plantea implícita o
e x p l í c i t a m e n t e que la sociedad regional y su t e r r i t o r i o son
segmentos de u n a sociedad y de u n t e r r i t o r i o m á s a m p l i o
que, para el caso m e x i c a n o que nos ocupa son la sociedad y
el t e r r i t o r i o del c o n j u n t o de la colonia o la n a c i ó n (los lla-
maremos sociedad y territorios generales)". 2 4 A ú n siendo
cierta esta a s e v e r a c i ó n lo m i s m o p u e d o decir para p a í s e s
y para continentes. Nos estamos fijando en la superficie y

ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , pp. 5 3 - 5 4 .


¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 881

n o en los contenidos, en los límites y n o en la p r o f u n d i d a d


de los f e n ó m e n o s históricos. A d e m á s , cuando p e n s á b a m o s
que lo ú n i c o cierto era el espacio resulta que

[... ] el investigador elige provisionalmente el espacio que pre-


suntamente ocupa la sociedad regional objeto de su estudio.
Es una opción tentativa porque aún no conoce con precisión
la extensión espacial de la sociedad regional; es una hipótesis
de trabajo que deberá confrontar con los datos obtenidos en la
investigación. 2 5

¿El espacio puede ser una hipótesis de trabajo? ¿Acaso se


trata de estudiar el espacio?
Todas las investigaciones tienen u n p r o b l e m a m e t o d o l ó -
gico y todas a d m i t e n una amplia gama de soluciones. Las
razones y las soluciones deben ser a c a d é m i c a s . Las razones
a c a d é m i c a s , se puntualiza, deben estar acordes

[...] con los objetivos que en su investigación pretende alcan-


zar. Por ejemplo, si la investigación versa sobre un problema
económico, la característica social elegida será también pro-
ductiva. Si lo que se estudia es un problema político, la caracte-
rística social elegida será también de tipo político. Si el objeto
de investigación es un proceso cultural se elegirá como cir-
cunstancia determinante de la región a una característica cul-
tural de la sociedad. 2 6

Pero ¿ q u é significa, m e t o d o l ó g i c a m e n t e hablando, lo


e c o n ó m i c o , lo político y lo cultural? Simplemente el m é t o d o
de la e c o n o m í a y de la ciencia política, es decir, de utilizar
los fundamentos de las disciplinas y n o de los espacios.
Se vuelve secundario el eje regional o espacial — l o regio-
n a l es ú n i c a y exclusivamente el espacio— y sus límites en
d o n d e el historiador d e s a r r o l l a r á su investigación. El es-
pacio es tan grande que justamente son innumerables las
posibilidades regionales que d e l i m i t a n las acciones y los
procesos sociales. N o hay d u d a de que la r e g i ó n se modifica
al correr d e l t i e m p o , pero n o se m o d i f i c a p o r sí, sino p o r la

2 5
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 5 5 .
2 6
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 5 4 .
882 MANUEL MIÑO GRIJALVA

a c c i ó n de la sociedad, d e l trabajo y del crecimiento y n o


p o r q u e , de manera e s p o n t á n e a , la "circunstancia social"
cambie con el t i e m p o , pues la idea de Ortega es la de que la
sociedad regional, objeto de estudio, c o m o lo hizo n o t a r
Luis González, "se m o d i f i c a incesantemente; es u n a reali-
d a d h i s t óri c a . E n consecuencia, el t e r r i t o r i o d o n d e esta
sociedad se asienta t a m b i é n está sujeto al cambio. L a re-
g i ó n historiográfica es cambiante p o r q u e la sociedad que la
determina es c a m b i a n t e " . 2 7 E n consecuencia, la historiogra-
fía regional d e b e r á : a) estudiar los procesos históricos i n t r o -
duciendo s i s t e m á t i c a m e n t e el espacio c o m o u n elemento
analítico; b) el objeto de estudio de la historiografía regio-
n a l será la sociedad regional; c) el espacio regional estaría
determinado p o r la sociedad regional y n o a la inversa; d) la
sociedad regional y el espacio que ocupa son segmentos de
u n a sociedad y de u n espacio m á s amplio, y e) la sociedad
regional y el espacio que ocupa cambian con el t i e m p o . 2 8
Surgen en el h o r i z o n t e nuevas concepciones que i n t e n -
tan afinar m e j o r y d e l i m i t a r el estudio de la historia "regio-
nal", sin embargo, persiste la idea de que lo regional es u n
"espacio social" c o n estatuto de "modelo explicativo global"
de todas aquellas actividades que constituyen "la trama re-
gional". E n t é r m i n o s e p i s t e m o l ó g i c o s , la historia regional
posee, s e g ú n C a r i ñ o Olvera, suficiente capacidad explicati-
va e interpretativa "para i r de explicaciones particulares
a generales y regresar a las primeras". T a m p o c o sabemos
cuáles son los elementos constitutivos de este m o d e l o , aun-
que ya n o se c o n f í a en que lo regional, p o r la simple r a z ó n
de serlo, sea válido y p o r sí m i s m o explicativo. E l manejo
p r á c t i c o de este c o n c e p t o de r e g i ó n histórica precisa del
c o n o c i m i e n t o , c o m o lo h a b í a n s e ñ a l a d o otros autores, de
teorías y m e t o d o l o g í a s provenientes de la e c o n o m í a , la so-
ciología, la g e o g r a f í a , la ciencia política, la a n t r o p o l o g í a y la
s i c o l o g í a social" entre otras disciplinas. 2 9 Así, el enfoque de
la historia regional estaría determinado tanto p o r el recono-

ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 5 4 .
ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 8 , p. 5 5 .
CARIÑO OLVERA, 1 9 9 8 , p. 7 3 .
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 883

cimiento de que en el á m b i t o del territorio nacional existen


procesos históricos particulares con d i n á m i c a propia, corres-
pondientes a sociedades c o n características s o c i o e c o n ó m i -
cas y culturales de í n d o l e t a m b i é n particulares, sociedades
regionales relacionadas entre sí y que f o r m a n la n a c i ó n ;
ésta, p o r su lado n o está f o r m a d a p o r u n c o n j u n t o social ar-
m ó n i c o , sino que t o d o l o contrario, cada u n a conserva m u -
chas de sus particularidades; existen t a m b i é n ciertos valores
y una m e m o r i a colectiva con los que la sociedad regional
actual se identifica. De tal manera, que

[... ] si hoy podemos distinguir una región homogénea por sus


características geo-económicas y sociales, es presumible que di-
cho espacio sea el marco de una sociedad con un proceso his-
tórico particular. Es decir, si en la actualidad existe una región
particular, es que tiene una historia particular. 3 0

Pero esto es tanto c o m o identificar el objeto de la histo-


ria c o n el de la g e o g r a f í a h i s t ó r i c a . 3 1 Insiste C a r i ñ o Olvera
en que el bagaje m e t o d o l ó g i c o que requieren las distintas
etapas de investigación y síntesis de la historia regional,
n o puede limitarse a la especialización m o n o o bidisciplina-
ria. Esto es p o r q u e tanto los objetos de estudio c o m o los
problemas de investigación que aborda necesitan u n a pers-
pectiva global para analizar los procesos históricos regiona-
les. 3 2 Es decir, la " c u l t u r a c o m o u n todo".
C o n lo a n t e r i o r volvemos a la idea totalizadora, y casi
siempre caemos en los mismos consejos " p r á c t i c o s " que de-
b e r í a seguir t o d o historiador regional: a) identificar las ca-
racterísticas del m e d i o g e o g r á f i c o y las transformaciones
que éste ha t e n i d o a causa de la a c c i ó n d e l h o m b r e , así

3 0
CARIÑO OLVERA, 1 9 9 8 , p. 7 4 , Apud, en ORTEGA NORIEGA, 1 9 9 3 , pp. 108
y 110.
31
Cari Sauer piensa que el "geógrafo historiador debe ser un especia-
lista regional, debe estudiar el pasado y debe tener: a) conocimiento de
la cultura como un todo; b) control de toda la evidencia contemporánea
de varios tipos, y c) familiaridad con el terreno (región) que la cultura
o c u p ó " . SAUER, 1 9 9 1 , p. 4 0 .
3 2
CARIÑO OLVERA, 1 9 9 8 , p. 7 4 .
884 MANUEL MIÑO GRIJALVA

c o m o las consecuencias de éstas en relación c o n el d o m i -


n i o , aprovechamiento y c o n s e r v a c i ó n del m e d i o a m b i e n t e ;
b) analizar las formas y los medios puestos en p r á c t i c a p o r la
sociedad para identificar, apropiarse y manejar su territo-
r i o , c o n la finalidad de explotar los elementos naturales d e l
ambiente y convertirlos en recursos; c) analizar la f o r m a c i ó n ,
el f u n c i o n a m i e n t o y las transformaciones de las actividades
productivas y las estructuras de mercado; d) examinar el ori-
gen, t r a n s f o r m a c i ó n y localización de las actividades e c o n ó -
micas generadoras de cierta distribución de ingresos y p o r
consiguiente de ciertos procesos de a c u m u l a c i ó n de capi-
tal; e) explicar la f o r m a c i ó n y evolución de la estructura de
la sociedad regional, a p a r t i r de la a c u m u l a c i ó n y distri-
b u c i ó n de la riqueza; f) identificar la c o m p o s i c i ó n de los
n ú c l e o s de p o d e r y sus transformaciones, así c o m o el mar-
gen de a u t o n o m í a (y la l u c h a p o r a d q u i r i r l o ) que éstos po-
seen en la t o m a de decisiones cruciales para su r e g i ó n ;
g) estudiar los patrones para la evolución y d i s t r i b u c i ó n de
los asentamientos humanos a través de las formas de con-
c e n t r a c i ó n d e m o g r á f i c a y de los flujos migratorios, y h) iden-
tificar, caracterizar y valorar el peso que las tradiciones, la
vida cotidiana y las formas de "pensar y de sentir" tienen co-
m o elementos integradores de la identidad y la d i n á m i c a
regional a lo largo d e l t i e m p o y ante los f e n ó m e n o s de acul-
t u r a c i ó n o i n t e r c a m b i o c u l t u r a l . 3 3 N o e n t i e n d o p o r q u é la
o b s e s i ó n de querer hablar y decir todo sobre todo. Pero
supongamos que esto es válido, entonces cabe preguntar-
nos p o r el m é t o d o o m é t o d o s que nos llevarían a la explica-
ción de este c ú m u l o de f e n ó m e n o s , muchos d e p e n d i e n d o
de la disciplina en la que se enmarquen, en consecuencia, de
c u á n t a gente o especialistas se n e c e s i t a r á para llegar a b u e n
fin el estudio regional. Sólo investigar y explicar la f o r m a c i ó n
de la estructura social regional puede llevar muchos a ñ o s , lo
que es irrelevante si el historiador no está a r m a d o de los
m é t o d o s m á s actualizados de la d e m o g r a f í a histórica.
Por otra parte, se postula que este "paradigma" de la histo-
ria regional debe concebirse a p a r t i r de dos principios que

3 3
CARIÑO OLVER\, 1998, p. 75.
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 885

h a n o r i e n t a d o la i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a desde los a ñ o s
treinta: la globalidad y la m u l t i d e t e r m i n a c i ó n de los proce-
sos sociales. Las implicaciones que ambos tienen en el que-
hacer h i s t o r i o g r á f i c o son tan amplias que en realidad son
excepcionales las obras que han logrado concretarlos. Sin
embargo, e n t é r m i n o s de la historia regional, la cristaliza-
ción de esos dos principios c o m o ejes rectores de la investi-
g a c i ó n , es posible y necesaria. 3 4 Por m u l t i d e t e r m i n a c i ó n se
entiende a u n a m u l t i p l i c i d a d de aspectos de la realidad so-
cial, pues la o r i g i n a l i d a d de cada estructura regional está
precisamente determinada p o r u n vínculo social p r e p o n -
derante que incide en u n aspecto de la realidad social. Por
lo tanto, la d e f i n i c i ó n del objeto de estudio en cada inves-
tigación de historia regional esta confrontada a entender
y a e x p l i c a r esa p r e p o n d e r a n c i a . Para finalizar, e s t á la
m u l t i d e t e r m i n a c i ó n y el ejemplo del m é t o d o comparativo,
d e t e r m i n a r í a n u n a r u t a objetiva y factible, llegando al es-
clarecimiento de la estructura regional bajo p a r á m e t r o de
validez difícilmente refutable. 3 5 ¿ P e r o la historia regional es
u n a disciplina c o n sus propios m é t o d o s y conceptos? Está
claro que n o es f u n d a m e n t a l el c o n o c i m i e n t o histórico de
u n a sociedad localizada en u n espacio de t e r mi n ado. E n es-
te sentido, c o m o c o n o c i m i e n t o histórico los m é t o d o s son
los de la historia y subsecuentemente de las historias social,
política, e c o n ó m i c a , etc. Por eso, M a r i o C e r u t t i escribe
Frontera e historia económica™ p o r no decir historia e c o n ó m i -
ca de la frontera; de la misma f o r m a Eric V a n Y o u n g escribe
sobre la " e c o n o m í a r u r a l de la r e g i ó n de Guadalajara". En
este caso, m u c h o s m é t o d o s tienen que ver c o n los de la his-
toria v segundo, c o n los de la e c o n o m í a , dejando l o regio-
nal como u n m a r c o espacial en d o n d e su ubica su objeto de
estudio y nada m á s .

N o hay d u d a de que la a n t r o p o l o g í a ha e n t e n d i d o m e j o r
el p r o b l e m a de la investigación "regional", p o r eso Guiller-

34
CARIÑO OLVERA, 1 9 9 8 , p. 76.
3 5
CARIÑO OLVERA, 1 9 9 8 , p. 76.
3 6
Publicado por el Instituto de Investigaciones Dr. J o s é María Luis
Mora-Universidad Autónoma Metropolitana, 1993, 177 pp.
886 MANUEL MIÑO GRIJALVA

m o de la P e ñ a muestra que el p r o b l e m a n o es de espacio, si-


n o de disciplina y m é t o d o , p o r eso afirma que

[... ] desde sus inicios como disciplinas científicas distintivas, la


etnología y la antropología social se han planteado [entre
otros] un tema explícito de estudio: el de las relaciones entre
la cultura, la organización social y el territorio. Por lo mismo,
el concepto de espacio es a menudo utilizado en estudios so-
cioantropológlcos; no sólo referido a la dimensión material de
los objetos físicos, sino también como recorte analítico. 3 7

E n consecuencia, se puede afirmar que e n la a n t r o p o l o -


g í a social mexicana se e n c u e n t r a n cuatro tipos de análisis
regionales —todos ellos en trabajo de campo—, distintos
entre sí por las preguntas fundamentales que guían su análisis
(las cursivas son m í a s ) . E n p r i m e r lugar, encontramos estu-
dios sobre la o r g a n i z a c i ó n social, otros que d e t e r m i n a n y
explican el sistema de i n t e r c a m b i o y la c i r c u l a c i ó n ; u n o
nuevo que define las formas de d o m i n i o y el cuarto que
trata de la i d e n t i d a d colectiva. 3 8 M e interesa destacar la ex-
p r e s i ó n " p o r las preguntas fundamentales que g u í a n el aná-
lisis". Su advertencia t a m b i é n es i m p o r t a n t e en el campo
m e t o d o l ó g i c o c u a n d o reafirma que los tipos de estudio es-
tán fundados "todos ellos en trabajos de campo", trabajo
que tiene u n a f o r m a l i d a d y u n a m e t o d o l o g í a y seguramen-
te podemos a t r i b u i r l e a su a s e v e r a c i ó n el h e c h o de que los
estudios tienen u n a perspectiva t e ó r i c a d e n t r o de la antro-
p o l o g í a y la e t n o g r a f í a . Esta es la p r i m e r a g r a n diferencia
c o n la historia r e g i o n a l que parte del espacio c o m o objeto
de su e x p l i c a c i ó n y abandona la perspectiva m e t o d o l ó g i c a y
teórica de las disciplinas, mientras el espacio es casi el p r i n -
cipio y el fin del corte analítico. Examinemos u n caso con-

3 7
PEÑA, 1998, p. 8 [debe criticarse el uso irreflexivo del término para
designar u n territorio (lugar físico) o, peor aún, para hablar de un "va-
cío" que debe ser "llenado" por la actividad humana —como si existieran
vacíos en la naturaleza. Una reflexión interesante al respecto se encuen-
tra en PALACIOS, 1983, pp. 56-68.
3 8
PEÑA, 1998, p. 9.
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 887

creto que revela las dificultades o, m e j o r d i c h o , la i n d e f i n i -


c i ó n de la historia regional. Pedro P é r e z H e r r e r o c o m p i l ó
para el Instituto M o r a u n l i b r o que se llama Región e historia
en México (1700-1850)?9 E n él recoge en la sección d e n o m i -
nada teoría y m e t o d o l o g í a histórica, los artículos de Luis
G o n z á l e z , " T e r r u ñ o , m i c r o h i s t o r i a y ciencias sociales" en
d o n d e en n i n g u n a parte da p o r supuesto que microhistoria
es igual a historia regional, n i siquiera el concepto regional
aparece c o m o el de t e r r u ñ o , parroquia, m u n i c i p i o y de ma-
nera clara define que la m i c r o h i s t o r i a es fundamental-
m e n t e la " c o m p r e n s i ó n de los actores", pues en este "nivel
m i c r o s c ó p i c o " cuentan sobre t o d o "los seres humanos y sus
intenciones", cuenta la " r e s u r r e c c i ó n de los mismos m á s
que la e n u m e r a c i ó n simple de su conducta", n o se restringe
a u n tema, generalmente l o "desborda", y la califica d o n
Luis González: "la microhistoria es la menos ciencia y la m á s
h u m a n a de las ciencias d e l h o m b r e " . 4 0 Le da el carácter de
disciplina cuya esencia es l o particular en c o n t r a p o s i c i ó n a
los riesgos de la generalidad, p e r o sabiamente dice, en
otras palabras, es la historia de m i p u e b l o m á s las ciencias
sociales.
Así, es evidente que existe u n a clara diferencia entre
m i c r o h i s t o r i a e historia regional, aunque casi siempre u n a
c o n f u s i ó n frecuente al pensar que historia regional y m i c r o -
historia son lo mismo. L a p r i m e r a tiene que ver m á s c o n las
ciencias sociales y las otras c o n los actores sociales o c o n
u n a e x p l i c a c i ó n m á s de análisis subjetivo que analítico. Sin
embargo, dice Sergio O r t e g a

[...] una sociedad y u n espacio de dimensiones muy reduci-


das, como los propuestos para la microhistoria, permite un
análisis muy fino y una descripción de los procesos sociales
que pueden llevar a un grado de lo cotidiano; muy enriquece-
dor para el conocimiento de los actores en el proceso históri-
co, pero que difícilmente permite plantear una satisfactoria
explicación del mismo proceso.

3 9
Instituto de Investigaciones Dr.José María Luis Mora, 1 9 9 1 , 2 6 3 pp.
4 0
GONZÁLEZ, 1 9 9 1 , pp. 3 0 y 3 1 .
888 MANUEL MIÑO GRIJALVA

¿Por q u é no? ¿ D e cuál proceso hablamos? E n el o t r o ex-


t r e m o , a r g u m e n t a Ortega que una sociedad y u n espacio
demasiado extenso conlleva el riesgo de i n c u r r i r en las
inadecuadas generalizaciones, pero el "demasiado extenso"
dice poco.
A l ensayo de Luis González le sigue el clásico ensayo de Ca¬
r o l Smith: "Sistemas e c o n ó m i c o s regionales: modelos geográ-
ficos y problemas s o c i o e c o n ó m i c o s combinados", pero éste
es el m e j o r ejemplo de u n análisis e c o n ó m i c o , de las relacio-
nes e c o n ó m i c a s o simplemente de la relación e c o n o m í a y so-
ciedad en el cual es el objetivo central analizar el p r o b l e m a
del lugar central y los sistemas de distribución. Aparece tam-
b i é n el trabajo de G u i l l e r m o de la P e ñ a que hemos comen-
tado desde la " a n t r o p o l o g í a " , no desde la r e g i ó n , en el cual
estudia los sistemas de mercadeo en zonas campesinas d o m i -
nadas p o r centros estratégicos de intercambio y estudio que
ha sido m á s recientemente llevado a cabo p o r a n t r o p ó l o g o s
que utilizan los llamados "modelos de lugar central", mode-
los que postulan la racionalidad de la distribución de los cen-
tros de u n mercado en u n t e r r i t o r i o dado a partir del princi-
p i o de m i n i m i z a c i ó n de los costos de transporte y en u n
contexto de competencia perfecta. Por su parte, O g d e n escri-
be " D e m o g r a f í a histórica y r e g i ó n " , que sólo es la mejor
muestra del avance de una disciplina, la d e m o g r a f í a históri-
ca de p a í s e s localizados del noroeste de Europa, la E u r o p a
occidental, y en particular de Inglaterra y Gales, nada tiene
de regional en t é r m i n o s de lo que estamos e n t e n d i e n d o p o r
tal y ya en estos mismos términos para él es igual lo parroquial
— p o r los registros— con lo regional, lo cual conlleva dos pla-
nos diferentes de análisis. E n este artículo el interés básico es
mostrar el esfuerzo de la d e m o g r a f í a histórica p o r encontrar
o arribar a u n " m o d e l o general" y de manera secundaria
aborda el p r o b l e m a de las variaciones geográficas, pero no re-
gionales, p o r ello dos de sus secciones se d e n o m i n a n "historia,
d e m o g r a f í a y g e o g r a f í a " y "Hacia una g e o g r a f í a histórica de
la p o b l a c i ó n " , que en realidad n o sobrepasa la revisión histo-
riográfica.
A R o b e r t D. Sack, en cambio, le interesa d e f i n i r , en " E l
significado de la t e r r i t o r i a l i d a d " , el concepto y el c a m p o de
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 889

la t e r r i t o r i a l i d a d , para lo cual de manera breve y concisa


dice que la t e r r i t o r i a l i d a d es el " c o n t r o l de u n á r e a " o el i n -
tento de u n i n d i v i d u o o g r u p o de afectar, i n f l u i r o controlar
gente, elementos y sus relaciones, d e l i m i t a n d o y ejerciendo
u n c o n t r o l sobre u n á r e a g e o g r á f i c a . 4 1 ¿Por q u é el abandono
de l o regional p o r la territorialidad? M e aventuro a ofrecer
u n a p o s i c i ó n : p o r q u e la t e r r i t o r i a l i d a d es u n espacio que
se construye de acuerdo con el objeto de estudio, mientras
la r e g i o n a l i z a c i ó n tiene u n p r e d o m i n a n t e contenido geo-
g r á f i c o de características estáticas y predeterminadas p o r la
naturaleza. Este l i b r o que comentamos contiene, c o m o
e j e m p l o histórico de la falacia regional, el ensayo de Elisa¬
betta Bertola, Marcello Carmagnani y Paolo Riguzzi, "Fede-
r a c i ó n y estados: espacios políticos y relaciones de p o d e r en
M é x i c o (siglo X I X ) " 4 2 que es el m e j o r ejemplo del análisis
d e l sistema político y la c o n s t r u c c i ó n política d e l M é x i c o
l i b e r a l hacia 1850 c o m o u n a alternativa a la crisis de anden
régime c o l o n i a l iniciada a fines d e l siglo X V I I I . T e r m i n a n sus
autores p o r mostrar que "el nuevo o r d e n liberal t r a n s f o r m ó
el p o d e r i n f o r m a l y difuso presente en los pueblos, m u n i c i -
pios, ciudades secundarias y terciarias d a n d o vida a poderes
institucionales que se t r a d u c í a n en j e r a r q u í a s políticas" re-
guladas p o r nuevos y viejos actores, ahora transformados en
actores p o l í t i c o s . 4 3 Apenas mencionados, los estados están
presentes en el análisis de las relaciones políticas, mientras
las regiones subyacen como c a t e g o r í a política. Este l i b r o ,
siendo u n a excelente c o m p i l a c i ó n , es justamente el m e j o r
e j e m p l o d e l divorcio entre historia y r e g i ó n o m e j o r de las
m ú l t i p l e s opciones de e n t e n d e r la r e g i ó n y el t e r r i t o r i o , co-
m o simple variable de la e x p l i c a c i ó n .
Las limitaciones de la "historia r e g i o n a l " se agrandan
c o n la i r r u p c i ó n y f o r t a l e c i m i e n t o del análisis del gobierno
local o m u n i c i p a l y, p o r supuesto, de la historia de los pro-
pios estados. Las instancias m u n i c i p a l y estatal son básica-
m e n t e históricas, d i s e ñ a d a s y construidas p o r la sociedad

1
SACK, 1 9 9 1 , p. 194.
2
BERTOLA, CARM.AGN.ANI y RIGUZZI, 1 9 9 1 , pp. 2 3 7 - 2 5 9 .
3
BERTOLA, CARMAGNANI y RIGUZZI, 1 9 9 1 , p. 2 4 0 .
890 MANUEL MIÑO GRIJALVA

tratando de buscar u n o r d e n , una institucionalización, u n


g o b i e r n o o simplemente u n eje articulador de su actividad
cotidiana. N o i m p o r t a el espacio p o r q u e está implícito — y
a ú n siendo e x p l í c i t o — en el d i s e ñ o j u r i s d i c c i o n a l o en el
á m b i t o de a c c i ó n de los hombres y las autoridades y ésta es
su fortaleza frente a lo regional. Pero lo m u n i c i p a l y lo esta-
tal c o m o objeto de estudio n o bastan para ser l e g í t i m o s ,
p o r q u e a menos que se tratara de análisis de corte institu-
cional, que nacen y se refieren siempre a estos á m b i t o s , los
problemas sociales, e c o n ó m i c o s * o simplemente históricos
necesitan de una f o r m u l a c i ó n m e t o d o l ó g i c a que los expli-
que. C o m o las regiones, los municipios y los estados sólo
constituyen el m a r c o político e institucional en t o r n o a los
cuales se desarrolla la vida de sus pobladores. E n este senti-
do s e r í a equivocado pensar que sólo p o r q u e existen histo-
rias o c r ó n i c a s municipales o estatales, éstas de p o r sí son
historia regional. ¿Qué son entonces? Son historia y c r ó n i c a
simplemente, que vienen a ser lo sustancial de u n a u n i d a d
político-administrativa determinada.

CONCLUSIÓN

Hasta a q u í la c o n c l u s i ó n evidente es que lo que p o d r í a m o s


llamar historia regional n o se sostiene p o r sí misma, se con-
f u n d e n los marcos operativos c o n los contenidos y n i n g u n a
receta de temas o aspectos de la vida de u n espacio, p o r to-
talizadora que sea, le puede dar sustento. ¿ P o r q u é , se pre-
g u n t a Eric V a n Y o u n g , cuando estamos dispuestos a luchar
hasta la m u e r t e p o r conceptos c o m o clase social, feudalis-
m o , dependencia, n o existe una d e f i n i c i ó n sistemática de
u n concepto tan i m p o r t a n t e c o m o r e g i ó n ? V a n Y o u n g
piensa que la respuesta es que todos sabemos de a n t e m a n o
lo que es: "el espacio que estamos estudiando e n ese mo-
m e n t o " . 4 4 Obviamente, hay otra r a z ó n y es que aquellos
conceptos estuvieron matizados p o r fuertes posiciones polí-
ticas, y fue, justamente en ese m o m e n t o , cuando el concep-

4 4
VAN YOUNG, 1992, p. 429.
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 891

to de región se colaba p o r los intersticios de esas discusiones.


Sin embargo, n o h a n sido los historiadores "regionales"
quienes mostraran mayor p r e o c u p a c i ó n p o r encontrar ele-
m e n t o s m e t o d o l ó g i c o s que les p e r m i t i e r a n penetrar e n el
pasado, p o r q u e tampoco les preocupaba a los historiadores
profesionales, quienes asumen q u e la historia n o es u n a
ciencia social, sino h u m a n a .
Ú l t i m a m e n t e la f o r m u l a c i ó n de Carol S m i t h h a sido to-
m a d a e n cuenta y adaptada para el caso de Guadalajara p o r
E r i c V a n Y o u n g e n u n esfuerzo p o r e n c o n t r a r asidero a la
i n c e r t i d u m b r e . Así, las e c o n o m í a s y sociedades regionales
son diferentes de acuerdo c o n su v i n c u l a c i ó n c o n el merca-
d o , es decir, si éstos son internos o externos a la r e g i ó n e n
c u e s t i ó n . Se asume que "unas regiones p u e d e n verse cen-
tradas e n ciudades, poseyendo u n a j e r a r q u í a u r b a n a m á s o
menos j e r á r q u i c a m e n t e estructurada y u n a división inter-
n a d e l trabajo c o n c o m i t a n t e . Otras regiones p u e d e n ser
descritas c o m o agrupamientos o ramilletes de unidades
productivas o de empresas vinculadas c o n u n mercado ex-
t e r n o . . . Así, la d i f e r e n c i a c i ó n entre los tipos de olla de pre-
s i ó n y de e m b u d o corresponde g l o b a l m e n t e a sistemas
característicos de los mercados regionales designados p o r
los t e ó r i c o s d e l emplazamiento central c o m o tipos solares y
d e n d r í t i c o s . 4 5 Pero e n general, la existencia o n o de u n a
e c o n o m í a e x p o r t a d o r a d o m i n a n t e t e n í a t a m b i é n conse-
cuencias de tipo espacial y social.
Esta p o s i c i ó n expresada e n 1973 p o r Carol Smith era
u n a clara m a n i f e s t a c i ó n de la p r e o c u p a c i ó n teórica del mo-
m e n t o p o r e n c o n t r a r salida a la d i s c u s i ó n sobre feudalismo
y dependencia, p o r q u e subyacía e n esta p o s i c i ó n justamen-
te e l m a r c o analítico y vertebral, q u e d e f i n í a las relaciones
de dependencia c o m o la r e l a c i ó n entre centros productivos
v p u e r t o e x p o r t a d o r , c o m o la m a n i f e s t a c i ó n esencial de la
e c o n o m í a ( e l e m b u d o ) , 4 6 p o r q u e a d e m á s s u p o n í a que
la e c o n o m í a latinoamericana, p a r t i c u l a r m e n t e la colonial,
era u n a e c o n o m í a b á s i c a m e n t e regionalizada (o d e n d r í t i c a

4 5
VAN YOUNG, 1 9 9 2 , p. 436.
4 6
Para el caso mexicano véase MORENO TOSCANO y FLORESCANO, 1974.
892 MANUEL MIÑO GRIJALVA

simplificando el a r g u m e n t o ) , se p r o d u c í a , c o m o d e c í a Luis
C h á v e z Orozco en 1936, para el consumo regional y se vivía
en t o r n o a los límites de las regiones, pueblos o villas. En-
tonces, n o estamos ante una discusión nueva, p e r o sí ante
una formalización novedosa del acercamiento teórico de los
a n t r o p ó l o g o s . Pero justamente en 1973, Assadourian, to-
m a n d o c o m o p u n t o de partida el caso p e r u a n o mostraba la
falacia del aislamiento regional, pues era c o m p r o b a b l e em-
p í r i c a m e n t e la c o n f o r m a c i ó n y a r t i c u l a c i ó n de u n "vasto es-
pacio e c o n ó m i c o " caracterizado p o r " u n a notable división
g e o g r á f i c a de la p r o d u c c i ó n m e r c a n t i l " de diversos territo-
rios y regiones, t o m a n d o a la m i n e r í a basada en el azogue
c o m o la p r o d u c c i ó n d o m i n a n t e en esa transición hacia la
nueva e c o n o m í a m e r c a n t i l . 4 7 Las reacciones a esta p o s i c i ó n
no son pocas, p e r o s e r á la historiografía f u t u r a la que se en-
cargue de su esclarecimiento.
N o m e interesa entrar en una d i s c u s i ó n que n o t e n d r í a
fin, s i m p l e m e n t e i n t e n t o reflexionar sobre el p r o b l e m a re-
gional y la u t i l i d a d de las regiones pensadas h i s t ó r i c a m e n t e .
El h e c h o es que m á s allá de la p o l é m i c a , existen estudios
que c o m p r u e b a n que tanto "lo solar" c o m o " l o d e n d r í t i c o "
son f r u t o de u n a c o n s t r u c c i ó n teórica c o n base en socieda-
des c o n t e m p o r á n e a s (Nigeria y Haití principalmente) y p o r
lo tanto a n a c r ó n i c a , a pesar de su solidez, aunque en gene-
ral queda claro que cada región n o vivía n i m o r í a de manera
inerte y pasiva, que h a b í a u n intercambio extensivo de acuer-
d o c o n la especialización regional. T a n t o l o sucedido en N i -
geria, H a i t í o los Andes b i e n puede aplicarse a la Nueva
E s p a ñ a , sin embargo, simplemente m e interesa destacar
que las aproximaciones de estudio r e s p o n d e n a motivacio-
nes lejanas de la r e g i ó n aparentemente p r o d u c t o r a de his-
toria y reguladora de las actividades humanas.
Sin i r m á s allá, las regiones o lo regional está d a n d o paso
a u n nuevo concepto, el referido al territorio, i n s t r u m e n t o
conceptual que está en función d e l proyecto de investiga-
ción y que puede ser d e f i n i d o de acuerdo c o n los cortes
analíticos requeridos, pero siempre t r a t á n d o s e de á r e a s

4 7
Véase ASSADOURIAN, 1982, p. 14.
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 893

subordinadas a las actividades humanas, b á s i c a m e n t e refe-


ridas a las relaciones políticas; sobre t o d o se construye u n
concepto, como el de la t e r r i t o r i a l i d a d , esencialmente mo-
vible, h i s t óri c o, que evoluciona c o n el t i e m p o y que " n o es
n i u n simple agregado de comunidades n i u n a construc-
ción artificial a p a r t i r de la g e o g r a f í a " . 4 8 Ciertamente lo te-
r r i t o r i a l puede parecer u n concepto t e ó r i c o artificial para
explicar la naciente f o r m a c i ó n de las entidades federati-
vas que aparentemente n o explica el concepto regional,
p o r q u e t a m b i é n lo regional es susceptible de ser u n a expre-
sión de las relaciones políticas, e c o n ó m i c a s y sociales de
u n c o n g l o m e r a d o social d e f i n i d o , p e r o aceptemos al terri-
torio c o m o ejemplo analítico de valor similar al concepto de
r e g i ó n , p e r o de n i n g u n a manera p o d r í a identificarse región
y estado, pues ambos, de todas formas recobran u n claro
c o n t e n i d o histórico en función de los requerimientos analí-
ticos d e l investigador. En buenas cuentas, son los problemas
y las h i p ó t e s i s p o r investigar, el eje f u n d a m e n t a l de cual-
quier investigación histórica y los m é t o d o s de las ciencias
sociales y las humanidades en t o r n o al cual se p r o d u c e la
e x p l i c a c i ó n . E n resumen: podemos pensar en u n a historia
regional en t é r m i n o s de localización de u n objeto o sujeto
de estudio, pero de n i n g u n a m a n e r a c o m o u n a disciplina
dotada de u n cuerpo m e t o d o l ó g i c o o analítico específico.
E n este p u n t o de la reflexión, es claro que n o podemos
hablar de u n a historia regional c o m o disciplina, p o r q u e n o
tiene n i t e n d r á definido u n c u e r p o conceptual n i u n o me-
t o d o l ó g i c o . A l contrario, las regiones e s t á n en f u n c i ó n de
las disciplinas, que son la matriz o la trama b á s i c a que orde-
na el análisis regional o espacial de m a n e r a que éste está en
f u n c i ó n de problemas e hipótesis p o r investigar y n o al
c o n t r a r i o . Por ello resulta u n contrasentido, en t é r m i n o s
p r á c t i c o s , que se abran programas de m a e s t r í a y doctorado
en "historia regional" o simplemente de "estudios regiona-
les". Entonces empezamos a inventar "líneas de investiga-
c i ó n " para justificar el h e c h o de que en el f o n d o n o vamos
a tratar de hablar y decir todo sobre t o d o . Sin embargo, el

4 8
CARMAGNANI, 1991, p. 2 3 1 .
894 MANUEL MIÑO GRIJALVA

reclamo de muchos y excelentes historiadores de la provin-


cia, que i m p l í c i t a m e n t e se asumen c o m o historiadores re-
gionales c o m o J e s ú s G ó m e z Serrano es justificable, ¿ p o r
q u é necesitamos problemas, h i p ó t e s i s o cuerpos t e ó r i c o s
p a r a la e x p l i c a c i ó n de nuestro pasado? H o n e s t a m e n t e
p i e n s o que n o es o b l i g a t o r i o tenerlos y d e b o r e c o n o c e r
que m i sesgo se dirige claramente a tratar de convencerme
de que la historia es u n a ciencia social aunque es claro que
t a m b i é n cae en el campo de las humanidades. E l t o n posi-
b l e m e n t e acierta cuando sentencia que la v i r t u d intelectual
y social de la historia, descansa precisamente en su escépti-
co rechazo de las camisas de fuerza científicas que otros de-
sean p o n e r al c o m p o r t a m i e n t o y la experiencia h u m a n o s . 4 9
Y tal vez esto es cierto, pues a fuerza de querer explicar las
estructuras y los procesos, nos hemos olvidado de los acto-
res sociales, de los sujetos. A d e m á s ahora algunos científi-
cos sociales i n t e n t a n demostrar que p o r q u e cultivan u n
fuerte análisis cuantitativo ya de p o r sí sus proposiciones
son "científicas", ú n i c a s e incuestionables, lo cual es absolu-
tamente falso.
Es evidente que l l e g a r í a m o s a u n p u n t o de deslegitima-
ción de la p r o p i a historia como disciplina, al dejar en manos
de la e c o n o m í a , la sociología, la d e m o g r a f í a , el derecho o la
a n t r o p o l o g í a , p o r citar algunas, la e x p l i c a c i ó n del pasado.
Pero ¿a éstas, su gran fortaleza t e ó r i c a e instrumental-esta-
dística y su t e m á t i c a les basta para hacer historia e c o n ó m i c a
o social o política? De hecho el avance c o n t e m p o r á n e o en
t é r m i n o s instrumentales y m e t o d o l ó g i c o s pareciera d i l u i r
nuestro antiguo conocimiento y especificidad. Por otra parte,
ya n o basta c o n saber o tener u n " c r i t e r i o " histórico n i son
suficientes las operaciones de i n t e r p r e t a c i ó n c o m o las de
s i s t e m a t i z a c i ó n documental. ¿ S e ha convertido la historia
en u n a a s i g n a c i ó n de cultura general y punto? E n t i e n d o
que los problemas son complicados, p e r o estas preguntas
s ó l o son otra manera de tratar de e n c o n t r a r n o el p o r q u é o
el para q u é de la historia, sino, sobre todo, el c ó m o y el con
q u é c o n s t r u i r el c o n o c i m i e n t o histórico.

4 9
ELTON, 1 9 8 9 , p. 1 8 2 .
¿EXISTE LA HISTORIA REGIONAL? 895

REFERENCIAS

ASSADOURIAN, Carlos Sempat


1982 El sistema de la economía colonial. Mercado interno, regio-
nes y espacio económico. Lima: Instituto de Estudios Pe-
ruanos.

BERTOLA, Elisabetta, Marcello CARMAGNANI y Paolo RIGUZZI


1991 "Federación y estados: espacios políticos y relaciones
de poder en México (siglo XIX)", en PÉREZ HERRERO,
pp. 2 3 7 - 2 5 9 .

BURKE, Peter
2000 Historia y teoría social México: Instituto de Investiga-
ciones Dr. J o s é María Luis Mora.

CARIÑO OLVERA, Martha Micheline


1998 "Hacia una nueva historia regional de México", en
SERRANO ÁLVAREZ, p. 6 5 .

CERUTTI, Mario
1993 Frontera e historia económica. México: Instituto de Inves-
tigaciones Dr. J o s é María Luis Mora-Universidad Au-
tónoma Metropolitana.

CARMAGNANI, Marcello
1991 "Del territorio a la región. Líneas de un proceso en la
primera mitad del siglo XIX", en HERNÁNDEZ CHÁVEZ y
MIÑO GRIJALVA, t. 2, pp. 2 2 1 - 2 4 2 .

CORTEZ, Claude (comp.)


1991 Geografía histórica. México: Instituto de Investigacio-
nes Dr. J o s é María Luis Mora-Universidad Autónoma
Metropolitana, «Antologías Universitarias».

ELTON, G . R.
1989 "Dos tipos de historia", en FOGEL y ELTON, pp. 115-203.

FOGEL, Robert William y G.R. ELTON


1989 ¿Cuál de los dos caminos al pasado ? Dos visiones de la histo-
ria. México: Fondo de Cultura Económica, «Brevia-
rios, 5 0 3 » .

GONZÁLEZ Y GONZÁLEZ, Luis


1991 "Terruño, microhistoria y ciencias sociales", en PÉREZ
HERRERO, pp. 23-36.
896 MANUEL MIÑO GRIJALVA

1997 "Historia regional en sentido riguroso", en Invitación


a la microhistoria. México: Clío-El Colegio Nacional.
HERNÁNDEZ CHÁVEZ, Alicia y Manuel MIÑO GRIJALVA (coords.)
1991 Cincuenta años de historia en México. En el cincuentenario
del Centro de Estudios Históricos. México: El Colegio de
México.

JOSEPH, Gilbert M .
1998 "La nueva historiografía regional de México: una eva-
luación preliminar", en SERRANO ÁLVAREZ, p. 6 2 .

MARTÍNEZ ASSAD, Carlos


1992 "Historia regional. U n aporte a la nueva historiogra-
fía", en El Historiador frente a la historia. México: Uni-
versidad Nacional Autónoma de México.

MORENO TOSCANO, Alejandra y Enrique FLORESCANO


1974 El sector extemo y la organización espacial y regional de Mé-
xico, 1521-1910. México: Instituto Nacional de Antro-
pología e Historia.

MORIN, Claude
1979 Michoacán de la Nueva España en el siglo xvm. Crecimien-
to y desigualdad en una economía regional. México: Fon-
do de Cultura Económica.

ORTEGA NORIEGA, Sergio


1993 "Planteamientos metodológicos para la historia regio-
nal del noreste", en Mexibó, 1:3 (sep.), pp. 108-110.
1998 "Reflexiones sobre metodología de la historia regio-
nal en México", en SERRANO ÁLVAREZ, pp. 6 3 .

PALACIOS, Juan J o s é
1983 "El concepto de la región: dimensión espacial de los
procesos sociales", en Revista Interamericana de Planifi-
cación, XVIl: 6 6 , pp. 56-68.

PEÑA, Guillermo de la
1998 "La región: visiones antropológicas", en SERRANO
ÁLVAREZ, p. 9.

PÉREZ HERRERO, Pedro (comp.)


1991 Región e historia en México (1700-1850). Métodos de análi-
sis regional. México: Instituto de Investigaciones Dr.
J o s é María Luis Mora-Universidad Autónoma Metro-
politana, «Antologías Universitarias».
¿EXISTE I A HISTORIA REGIONAL? 897

SACK, Robert D.
1991 "El significado de la territorialidad", en PÉREZ HERRE-
RO, pp.194-204.
SAUER, Carl O.
1991 "Introducción a la geográfica histórica", en CORTEZ,
pp. 35-52.

SERRANO ALVAREZ, Pablo (coord.)


1998 Pasado, presente y futuro de la historiografía regional de Mé-
xico. México: Universidad Nacional Autónoma de
México.
VALENZUELA, Georgette J o s é
1998 "El historiador y la historia regional contemporánea",
en SERRANO ALVAREZ, p. 64.

VAN.YOUNO, Eric
1991 "Haciendo historia regional: consideraciones meto-
dológicas y teóricas", en PÉREZ HERRERO, pp. 99-122.
La crisis del orden colonial. Estructura agy-aria y rebeliones
1992 populares de la Nueva España, 1750-1821. México:
Alianza Editorial.
"Haciendo historia regional. Consideraciones teóri-
1992a
cas y metodológicas", en VAN YOUNG, pp. 429-454.

También podría gustarte