Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Correo de Los Niños Nº 11 (18.06.1913) PDF
Correo de Los Niños Nº 11 (18.06.1913) PDF
—¿Se puede saber señor ladronzuelo por qué robas mis cerazas, si
tienes también de ese fruto en tu huerto?
El despreocupado niño.—Porque las cerezas robadas son más
sabrosas.
CRÚlilCil
EL k i n o p l a s -
t i c ó n , el m&9
r e c i e n t e y ma-
r a v i l l o s o de l o s
m o d e r n o s in-
v e n t o s s e r á pró-
x i m a m e n t e e n s a y a d o en u n t e a t r o de L o n -
dres. E n el e s c e n a r i o aparecerá u n a figura
h u m a n a como si f u e s e de carne y h u e s o ,
cou m o v i m i e n t o s , v o z , a c c i o n e s , e t c . El k i n o p l a s t i c ó n no p r o y e c t a s n s
figuras sobre un lienzo blanco; l a s p r o y e c t a m a n t e n i é n d o l a s en f o r m a
i n m u t a b l e sobre u n e s c e n a r i o c u a l q u i e r a , y e s a s figuras v a n y v i e n e n ,
s e d e s t a c a n p e r f e c t a m e n t e con s u n a t u r a l r e l i e v e ; s o n ficciones con
a p a r i e n c i a s de cuerpos v i v o s .
S u p o n i e n d o por ejemplo que el m á s a f a m a d o tenor y l a t i p l e m á s
celebrada se dejen k i n o p l a s t i c a r , c u a n d o l a placa s e a s o c i e con el fonó^
grafo l o s c a n t a n t e s podrán p r e s e n t a r s e s i m u l t á n e a m e n t e , en diez, en
v e i n t e , en cien teatros d i s t r i b u i d o s por todo el m u n d o sin siquiera
h a b e r s e m o l e s t a d o en salir de c a s a , pero h a b i e n d o cobrado por dejarse
kinoplasticar n n a s u m a v e r d a d e r a m e n t e f a b u l o s a . P o r tan m a r a v i l l o s o
m e d i o , de n n o á o t r o confiu del g l o b o podrán a d m i r a r s e l o s m á s n o t a b l e s
a c o n t e c i m i e n t o s , p r e s e n c i a r s e e m o c i o n a n t e s j u i c i o s , c u a n t o la m á s
refinada afición p u e d a e x i g i r .
T a l v e z se e s t i m e n c o m o á f a n t á s t i c o s t a l e s s u p u e s t o s , pero ¿acaso
l a realidad no h a superado m u c h a s v e c e s e n a l c a n c e & la m i s m a f a n t a -
sía? V i v i m o s en el s i g l o de lo i n e s p e r a d o y m a r a v i l l o s o y n u n c a con
m á s razón pudo decirse q n e v i v i r e s sofiar, b i e n h a c e p n e s el hombre
en querer e m b e l l e c e r su s u e ñ o .
PACHIN
LA M O N A CÓMICA
(FÁBULA) ( E N I R B AMir.OS)
Sabio a n a m o n a i, a n n o g a l , J u a n e n c u e n t r a á s u a m i g o por
y c o g i e n d o u n a n n e s verde la calle y le dice:
e n l a c&scara l a m a e r d e ; — A y e r concluí el trabajo en
lo q a e le s a p o m u y m a l donde y o e r a y t o d a v í a n o be
a r r o j ó l a el a n i m a l e n c o n t r a d o , ¡no sé qué hacer!
y se quedó s i n c o m e r , A l o qne le c o n t e s t ó s u a m i ; o :
- ¿Puedes p r e s t a r m e dos duros
y te salvaré?
Asi suele suceder - B u e n o ; ¿y q u é b a r i a s si te l o s
i quien su empresa abandona, prestase?
—¡Hombre! P u e s entonces ya
porque halla, como l a m o n a ,
t e n d r í a s t r a b a j o para p o d e r l o s
al p r i n c i p i o q n e v e n c e r .
recuperar,
J o s é VILA OLIVÉ JAIMW LLAVBRIA
PICATANTROF
I
CHASCARRILLOS
—Vamos á ver Pepito. —¿Cuántas son las siete par-
—Si sumamos dos barriles de tidas?
vino con dos de agua ¿cuántos —Catorce.
tendremos? —No, señor.
EL niño.—Cuatro de vino. —¡Ah! Entonces serán veinti-
—¿Dónde has estudiado eso? una según que se partan en dos
—En la bodega de mi padre de tres pedazos.
que es tabernero. A. MENÉNDEZ ALEXANDRE
LA PALOMA DE ENRICjUETA
MONÓLOGO)
EPIQRAUA COLMO
ARABBSCO
Causóse de trabajar i
Dios en arreglar el mando, i
y de a n puntapié, al profundo i
espacio lo echó á rodar, ]
y con rara l i g e r e z a
tanto ha rodado y rodado
qne de puro mareado
ha perdido la cabeza.
Jos* RüLL
CHASCARRILLO
—jViva la embriaguez! La curda es el e s t a - Y el caso es qne a a n m e he quedao con —¿No le da & nsted v e r g ü e n z a encontrarse
do perfecto del hombre. ¡Abajo l a . . . la...! g a n a s de bebia; v a m o s i v e r s i el sefior e s e m e en ese l a s t i m o s o é innoble estado? ¿Qaó h a
da pa empalmarla. hecho nsxed de l a peseta qne le h e dado a n t e s ,
g a s t a r l a e n vino?
—¿Qni,.. qné... qneria nsted qne hiciera
oon n n a peseta, comprar nn pianof
L HALLAZGO
Concluía de n e v a r , el espeso tropel de copos que c a í a desde por la
mafiana oscureciendo el aire, como desprendido de un cedazo i n m e n s o
volteado i n c e s a n t e m e n t e había a m a i n a d o poco & poco y libre la a t m ó s -
fera de obstAoulos, descubríase en c u a n t o a b a r c a b a la v i s t a u n t a p i z
blanco cubriendo el t e r r e n o y n i v e l a n d o todos los a c c i d e n t e s del p a i -
saje. L a N a t u r a l e z a h a l l á b a s e s u m i d a en u n a c a l m a a u g u s t a ; no se
oía el m á s l e v e rumor, ni soplaba la m á s l i g e r a racha de v i e n t o , y en
los desiertos d e c l i v e s de aquellos cerros s o l i t a r i o s , solo turbaba el s i l e n -
cio el chapoteo que producían las a l m a d r e ñ a s del espolique del pueblo
que embozado en su m a n t a y s e g u i d o de s u flaco p a c h ó n se encaminaba
á la aldea cortando por nn sendero borrado por la n i e v e .
D e pronto el perro que marchaba t r o t a n d o con el rabo entre piernas
y l a s orejas g a c h a s se paró, quedóse p l a n t a d o , o l f a t e ó el a m b i e n t e con
las v e n t a n a s de la nariz m u y abiertas, y lanzó u n aullido inesperado
y a g u d í s i m o . El espolique se d e t u v o á s u vez, m i r ó fieramente al can y
le g r i t ó con ira: —|Chucho!...
E l pachón e s q u i v ó el g o l p e que su amo a m e n a z a b a d e s c a r g a r l e , s e
l a d e ó , echóse fuera del c a m i n e j o y tornó á a u l l a r con furia. D e s p u é s
arrancó f u r i o s a m e n t e d e t e n i é n d o s e a n t e u n peñasco enorme, oliscó con
i m p a c i e n c i a el piso a g i t a n d o i n c e s a n t e m e n t e la cola. H u n d i e n d o l a s
m a n o s en la blanca m a s a se p u s o á buscar a l g o dentro de ella, l e v a n -
t a n d o Un tropel de copos que s u b í a n en r a m i l l e t e s para caer l u e g o d e s -
parramados. D e cuando en cuando s e p u l t a b a la cabeza en el h o y o que
iba haciendo, l e v a n t á n d o l a después j a d e a n t e con la l e n g u a fuera y l o s
ojos encendidos; el espolique permaneció al pronto i n d e c i s o , asombrado
del arranque del perro. L u e g o le resplandeció en la m e n t e una idea
súbita, echó á correr á c s m p o t r a v i e s a , l l e g ó j u n t o al c a n , le acarició
oon t e r n u r a y l e dijo azuzándole c o n l a voz: —¡Busca, bnsca. Leal!...
El perro al oir el a c e n t o de s n a m o redobló s u í m p e t u y c o n t i n u ó
separando l a n i e v e á m a n o t o n e s . El espolique, m i e n t r a s alargaba
el cuello m i r a n d o por d e t r á s del animal y pensando con a n g u s t i a para
BU c a p o t e s i habría a l g u i e n enterrado e n aquel s i t i o , no cesaba de
h o s t i g a r al pobre pachón que sudaba c o p i o s a m e n t e con el trajín,
A l cabo el perro se d e t u v o , a g a c h ó m á s aun la cabeza, gimió d u l c e -
m e n t e , s e i r g n i ó l u e g o , ladró á s u amo y s e a p a r t ó como dejándole el
sitio. El e s p o l i q u e s e abalanzó al h o y o , se inclinó y e n el fonuo medio
sepultado entre l a n i e v e , rígido, s i n color, con l a palidez de l a m u e r t e ,
cerrados los ojos, l o s labios entreabiertos, v i o u n niñc q u e apenas lle-
garía á doce a ñ o s . N o l e conocía; debía ser forastero e n la comarca, y
de s e g u r o le había sorprendido en el camino la v e n t i s c a del amanecer.
E l honrado espolique no vaciló un momento;'cogió con ansia el tieso
cnerpecito de l a pobre criatura; le g o l p e ó s u a v e m e n t e ; le auscultó el
corazón... Nada; e s t a b a helado. E n t o n c e s permaneció un i n s t a n t e
i n m ó v i l lleno de a n g u s t i a , s i n saber q u e hacer con el infeliz niño e n
los brazos; m i e n t r a s el perro m e n e a b a l a cola sin quitarle los ojos. A l
fin queriendo c o n v e n c e r s e de l a desdicha, t a l vez m o v i d o por u n a pos-
trera esperanza, v o l v i ó á reconocer al m u c h a c h o y al l e v a n t a r l e n u
párpado a d v i r t i ó que el c r i s t a l i n o n o había perdido s u transparencia.
¡Dios mío! U n p e n s a m i e n t o salvador s e le m e t i ó de pronto e n el
cerebro; se a g a c h ó , cogió u n puñado de n i e v e , lo v o l c ó sobre el rostro
del chicuelo y comenzó á frotarlo con l o s copos. E l c u t i s pareció son-
r o s a r s e l e v e m e n t e al cabo de u n rato. H a s t a e n t o n c e s n o se l e h a b i a
ocurrido palparle la piel del pecho, c o n t e n t á n d o s e con escuchar por
encima de l a ropa el latir del corazón. Ahora hundió l a mano por deba-
jo d e l a c a m i s a del mócete; el desdichado conservaba aun el calor. ¡Dios
santo! ¡Tal v e z se s a l v a s e ! Q u i t ó s e e n s e g u i d a la m a n t a y arropó al
niño c n a n t o pudo, c o n t i n u a n -
do s u s enérgicos frotes, ¡Ah!...
iSÍ, si!,,. E s t a b a t o n t o . ¿Para
qué llevaba siempre c o n s i g o la
c a l a b a z a l l e n a del a g u a r d i e n -
te?... Soltó al rapaz, le a p o y ó
en un alto de s u e r t e que que-
dara incorporado, con horrible
trabajo l e separó l o s labios
empalidecidos, y l e echó e n el
coleto u n buen t r a g ú e t e del
triple, capaz de deshelar á l o s
propios t é m p a n o s d e l paisaje
L a medicina produjo s u efecto;
el niño lanzó n n suspiro casi
imperceptible. El espolique en-
t o n c e s tornó á recoger á l a tier-
na criatura y m u r m u r ó o o n
honda alegría:
—jVive!... ¡Vive!.,.
Y s e g u i d o del perro que sal-
taba detrás de él ladrando de
j ú b i l o , echó á correr h a c i a el - E s t a p l a n i s t a t o c a de u n a m a n e r a
niinhio testable...
puouiu. — ¡ C a b a l l e r o , e s m i blja..,I T a n a d m i r a -
A L P O N S O P É B B Z ble, quise decir.
EL DOCTOR RUIBÁRBARO
E n laa m á r g e n e s del N i l o ea
donde t i e n e e n a l b e r g u e e l
f a m o s o 7 coDolensudo médico,
el doctor R n i b á r b a r o . E s t e pro-
d i g i o d e m o s t r ó e n s n nifies
tales aptitudes y disposición
para l o s c o n o c i m i e n t o s dootori-
les, q u e al v e n i r al m u n d o , c o n
e x t r a o r d i n a r i o asombro de s u s
padres, l e s t o m a b a el pulso, l e s
h a c i a sacar la l e n g u a y con u n
dedito l e s s e ñ a l a b a l o s p o l v o s
de f é c u l a de patata para l a s
irritaciones; e s t e f e n ó m e n o f u é
desarrollándose t a n prodigio-
s a m e n t e q u e á l o s diez a ñ o s
h a b i a i n v e n t a d o una p u r g a efi*
oacísima para l a s cotorras, 4
los q u i n c e u n o s p o l v o s terribles
para m a t a r i n s e c t o s y á los
v e i n t e n n a p o m a d a olorifera
para limpiar m e t a l e s ; i n ú t i l e s
decir q u e s u fama s e e x t e n d i ó
con t a l i n c r e m e n t o q u e d o ñ a
M a n u e l a que t e n i a s u hija e n -
ferma l a e n c o m e n d ó al doctor
Rnibárbaro e l cual le recetó
u n o s e m p l a s t o s q u e por m i l a -
gro de l a V i r g e n la curaron a l
poco t i e m p o , lo m i s m o l e acon-
t e c i ó c o n don Sulfuro; é s t e por
e q u i v o c a c i ó n s e habfa t r a g a d o
nn litro de p e t r ó l e o .
— ¡ A q u i ! — d e c í a el p a c i e n t e
a b r i e n d o n n a boca c o m o u n
e n e r g ú m e n o . — ¡ A y , a y l m e h e fenecido. E l doctor n o enaentrando
r e m e d i o , le aplicó de la g a r g a n t a al e s t ó m a g o n n a m e c h a de u n m e t r o
de l a r g o , l u e g o e n c e n d i ó l a c o n u n fósforo y u n a v e z a g o t a d o el c o m -
bustible s a n ó en p o q u í s i m o s dfas.
L a s f e l i c i t a c i o n e s fueron ntinimes y l e p r o c l a m a r o n por UDanlmi*
dad el m&s t e r r i b l e a d v e r s a r i o de l a m u e r t e .
DESDICHAS DE "CARAMBOLA"
BN L A A U R O R A DH SU VIDA
p l e t o l a f a í de sn a l e g r e y t r a n - CONOCIMIENTOS Ú T I L E S
quila existencia.
Ocarriósele nn dia i n t e r n a r s e e n CHAMPAGNE BCONÓMICO
el bosque por p a r a g e s que le t r a n
E n épocas de calor, cuando l a
c o m p l e t a m e n t e desconocidos, s e -
sed parece no poderse a p a g a r , se
gún contaron después algunas prefiere á otras bebidas los l í q u i -
cotorras y loros; Iba en s e g u i m i e n - dos g a s e o s o s . H é aqni un procedi-
to de n n a lindísima mona, cuando \ m i e n t o tan s e n c i l l o como económi-
co para fabricar c h a m p a g n e .
de pronto c a y ó en u n a t r a m p a q u e
E n u n a botella de v i n o blanco
u n cazador h a b i a preparado, el s e pondrán cinco c e n t i g r a m o s de
cual l a r e g a l ó al c a p i t á n del vapor azúcar cande molido; c i n c o g r a -
Umbría que k s n v e z o b s e q u i ó con m o s de ácido t a r t á r i c o y s i e t e
Carambola al l l e g a r á Marsella al g r a m o s de bicarbonato de sosa. In-
m e d i a t a m e n t e se tapa l a botella,
f a m o s o Mr. B i d e l d u e ñ o de l a re- s u j e t á n d o s e con bramante el tapón;
nombrada colección z o o l ó g i c a d e s p u é s se g u a r d a l a b o t e l l a e n
de s u nombre, que e x h i b i ó en u n sitio fresco, n o s i e n d o preciso
todos los c í r c u l o s de Europa y g u a r d a r l a i n c l i n a d a , sino derecha
y descansando s i es posible sobre
América. luudero.
PASATIEMPOS.
A NUESTROS LECTORES Y e n l a q u i n t a l í n e a v a el nom-
bre de c o m e r c i a r o b j e t o s .
A petición de nuestros compradores
Y por fin en la línea central
que han solicitado les obsequiáramos
que v a s e ñ a l a d a el n o m b r e de n n a
con libritos de cuentos, á pesar de que
i n f e r n a l m á q u i n a de g u e r r a .
jesto representa un esfuerzo material
A. MENÉNDBZ ALBXANORB
considerable, no queremos desatender
sus deseos, y en. lo sucesivo alternarán
Las soluciones en el próximo número.
con los suplementos selectos cuente-
emos que tenemos la convicción que
SOLUCIÓN á los pasatiempos del
serán del agrado de nuestros lectores.
número anterior
Adivinanza. —El s o l .
RUGA DE VOCALES Charada ilustrada.-—Qa.v\\kii.
. n . m . r . m. . n . m . r .
y n. . 8 m.r, d. n.cn; CORRESPONDENCIA