Está en la página 1de 15

NÚM. 11 BARCELONA, 1 8 DE JUNIO DE 1 9 1 3 1 0 CENTS.

—¿Se puede saber señor ladronzuelo por qué robas mis cerazas, si
tienes también de ese fruto en tu huerto?
El despreocupado niño.—Porque las cerezas robadas son más
sabrosas.
CRÚlilCil
EL k i n o p l a s -
t i c ó n , el m&9
r e c i e n t e y ma-
r a v i l l o s o de l o s
m o d e r n o s in-
v e n t o s s e r á pró-
x i m a m e n t e e n s a y a d o en u n t e a t r o de L o n -
dres. E n el e s c e n a r i o aparecerá u n a figura
h u m a n a como si f u e s e de carne y h u e s o ,
cou m o v i m i e n t o s , v o z , a c c i o n e s , e t c . El k i n o p l a s t i c ó n no p r o y e c t a s n s
figuras sobre un lienzo blanco; l a s p r o y e c t a m a n t e n i é n d o l a s en f o r m a
i n m u t a b l e sobre u n e s c e n a r i o c u a l q u i e r a , y e s a s figuras v a n y v i e n e n ,
s e d e s t a c a n p e r f e c t a m e n t e con s u n a t u r a l r e l i e v e ; s o n ficciones con
a p a r i e n c i a s de cuerpos v i v o s .
S u p o n i e n d o por ejemplo que el m á s a f a m a d o tenor y l a t i p l e m á s
celebrada se dejen k i n o p l a s t i c a r , c u a n d o l a placa s e a s o c i e con el fonó^
grafo l o s c a n t a n t e s podrán p r e s e n t a r s e s i m u l t á n e a m e n t e , en diez, en
v e i n t e , en cien teatros d i s t r i b u i d o s por todo el m u n d o sin siquiera
h a b e r s e m o l e s t a d o en salir de c a s a , pero h a b i e n d o cobrado por dejarse
kinoplasticar n n a s u m a v e r d a d e r a m e n t e f a b u l o s a . P o r tan m a r a v i l l o s o
m e d i o , de n n o á o t r o confiu del g l o b o podrán a d m i r a r s e l o s m á s n o t a b l e s
a c o n t e c i m i e n t o s , p r e s e n c i a r s e e m o c i o n a n t e s j u i c i o s , c u a n t o la m á s
refinada afición p u e d a e x i g i r .
T a l v e z se e s t i m e n c o m o á f a n t á s t i c o s t a l e s s u p u e s t o s , pero ¿acaso
l a realidad no h a superado m u c h a s v e c e s e n a l c a n c e & la m i s m a f a n t a -
sía? V i v i m o s en el s i g l o de lo i n e s p e r a d o y m a r a v i l l o s o y n u n c a con
m á s razón pudo decirse q n e v i v i r e s sofiar, b i e n h a c e p n e s el hombre
en querer e m b e l l e c e r su s u e ñ o .

PACHIN
LA M O N A CÓMICA
(FÁBULA) ( E N I R B AMir.OS)

Sabio a n a m o n a i, a n n o g a l , J u a n e n c u e n t r a á s u a m i g o por
y c o g i e n d o u n a n n e s verde la calle y le dice:
e n l a c&scara l a m a e r d e ; — A y e r concluí el trabajo en
lo q a e le s a p o m u y m a l donde y o e r a y t o d a v í a n o be
a r r o j ó l a el a n i m a l e n c o n t r a d o , ¡no sé qué hacer!
y se quedó s i n c o m e r , A l o qne le c o n t e s t ó s u a m i ; o :
- ¿Puedes p r e s t a r m e dos duros
y te salvaré?
Asi suele suceder - B u e n o ; ¿y q u é b a r i a s si te l o s
i quien su empresa abandona, prestase?
—¡Hombre! P u e s entonces ya
porque halla, como l a m o n a ,
t e n d r í a s t r a b a j o para p o d e r l o s
al p r i n c i p i o q n e v e n c e r .
recuperar,
J o s é VILA OLIVÉ JAIMW LLAVBRIA

LOS NIÑOS EN LA CHINA


Miny es el n o m b r e i n f a n t i l que se dá á l a s c r i a t u r a s , a d e m á s del
s u y o . A los q u e v a n á l a e s c u e l a s e l e s aplica a l g ú n n o m b r e particu-
lar por s u s m a e s t r o s ; á l a s n i ñ a s no s e les dá n i n g u n o y se l a s d e s i g n a
por n ú m e r o s , desde el u n o en a d e l a n t e .
E l m a e s t r o no h a de l i m i t a r s e á e n s e ñ a r al n i ñ o á leer y escri-
bir, p u e s l a c o r t e s í a f o r m a la b a s e de l a e d u -
c a c i ó n china; t a m b i é n se t i e n e m u c h o c u i d a -
do en l a e s c r i t u r a : u n l á p i z e l e g a n t e c o n s i d é -
r a s e como c o s a de g r a n i m p o r t a n c i a . L o s n i ñ o s
a p r e n d e n sus
lecciones en
alta voz , y
c u a n d o la ha
a p r e n d i d o de
memoria le ex
p l i c a n al nifio
lo qne ha leído.
L a p r i m e r a se
refiere & l a pie-
dad filial, d i s -
tinguiéndose
desde l a infan-
c i a por sn amor
y respeto A l o s
padres.
PELÍCULAS PINTORESCAS'

PICATANTROF
I

Era el bueno de Pícatantrof un modelo de maridos, que no sola-


mente asentía siempre al parecer de su mujer sino que era muy
capaz de andar á gatas para complacerla. Todos los dias obsequia-
ba con algún regalito á su cara
mitad, que se había acostum-
brado ya al cotidiano regalo de
flores, bombones, abanicos, per-
fumería, etc. Constanza, que así
se llamaba la afortunada c o n -
sorte, dijo un día á su marido:
—Atila, tendrías de buscar una
perla igual á la de este pasador.
Y le mostró el de su sombrero.
—Voy al punto,—contestó Atila.
Pero ya en la calle se preguntó:
—¿Dónde podría encontrar una perla igual?
Un joyero, al cual se dirigió, viendo su sencillez le dijo:
—Amigo, perlas de estas dimensiones solo se encuentran en el
Océano Indico.
—Allá voy;—repuso Pícatan-
trof.
Y sin decir nada á su mujer
fuese á su casa, preparó la ma-
leta, se hizo con un cheque
de 40,000 pesetas, y después de
dejar una carta para su mujer
explicándole el m o t i v o de su
partida, se marchó. Dos días
después navegaba ya por el Me-
diterráneo. Al cabo de tres semanas de un mareo que no le dejó
un naomento, llegó á la isla de la Perla famosa por sus pesquerías
da oetras perlinas.
Al desembarcar no perdió Atila el tiempo. Después de hacerse
explicar como se pescaban las preciosas conchas, buscó un guía.
Acompañado de un negrazo de la isla que debia socorrerle e n
caso de peligro, embarcóse con rumbo á una isla donde se prome-
tía encontrar la codiciada perla.
Echóse resueltamente al agua y
buscando con grandes arrestos,
encontróse ante una gigantesca
concha que flotaba e n t r e dos
aguas.
—Sin duda guardará perlas
prodigiosas,—se dijo Atila en
tanto que abría y penetraba ani-
moso al interior de la ostra.
Pero apenas h u b o entrado
cerráronse las conchas, quedando Atila convertido en inesperada
perla.
Sacóla á flote el negro merced á una soga, trasladándola al
hotel donde Picatantrof se hospedaba.
El dueño del hotel embaló y consignó la ostra á la esposa del
aprisionado que vivía en P'rancia y hasta llegar á su destino no
recobró el infeliz la perdida libertad.
Allí explicó á su mujer s u
triste odisea, lo que causó gran-
des risas á ésta que le dijo bur-
lonamente:
— ¡Pero infeliz! No valía la
pena de tanta a v e n t u r a para
buscar una perla que á cincuen-
ta céntimos hubieras encontrado
en cualquier bazar.

CHASCARRILLOS
—Vamos á ver Pepito. —¿Cuántas son las siete par-
—Si sumamos dos barriles de tidas?
vino con dos de agua ¿cuántos —Catorce.
tendremos? —No, señor.
EL niño.—Cuatro de vino. —¡Ah! Entonces serán veinti-
—¿Dónde has estudiado eso? una según que se partan en dos
—En la bodega de mi padre de tres pedazos.
que es tabernero. A. MENÉNDEZ ALEXANDRE
LA PALOMA DE ENRICjUETA
MONÓLOGO)

( E n r i q u e t a entra en el jardín llevando entre s u s manos i u n a


paloma i n m ó v i l y u n a pequeña pala de jardín. Con aire triste se
sienta j u n t o é, un rosal, dejando caer la pala, pero
conservando la paloma.)

¡ t o b r e palomita mia, y a no volverás á r e v o l o -


tear por estos jardines, y a no jugarás con el hilo
de mi crochet, ni tomarás de mis labios las m i g a s
de bizcocho que para ti guardaba! ¡Hace nn mo-
mento que la he encontrado, batiendo sus a l a s
dentro s u jaula, me miraba t i i s t e m e n t e , su piqui-
to de coral parecia moverse para pedir a l g o , le he
dado una cncharadíta de leche templada, pero era
ya tarde; a n t e s de qne pudiese tragarla, ha doblado su cabecita para
no l e v a n t a r l a más!
¡Pobre palomita de nevadas alas y collar más hermoso que las mis-
mas esmeraldas; la recogí nn dia que v a g a b a perdida por los inmedia-
tos bosques y con toda suerte de precauciones la guardé dentro de l a
c e s t i t a que llevaba, para recoger fresas y flores silvestres! Fné agra-
decida y fácilmente la pude domesti-
car. L a destiné ancha y espaciosa
jaula, que tenía sn baño de cristal y
varios saltadores; allí la tenía hasta
qne le concedía unas horas de líber- ^
tad, y me acompañaba, mientras jun- '^^HK ,
to Á este rosal estudiaba yo m i s lee • '
cienes. H o y el zarpazo de un g a t o ha
desgarrado su pecho, sus nevadas alas
están salpicadas de s a n g r e ; ni mi» K\
besos ni m i s l á g r i m a s ¡pobre perlita! •
te han podido salvar. Vi
¡Ya no revolotearás más por e s t o s
jardines, pero en ellos tendrás tu úl \\ '-'•IKV
t i m o descanso; dice mamá qne e x i s t e ¡^...v^ i
un paraíso donde vuelan las almas
de l a s avecillas; y o te quiero á ti más cerca (con la pala remueve la
arena y abre nn h o y o al pie del rosal), te quiero aqui; mil vece:> las
floridas ramas de e s t e rosal te han servido de descanso, á sn sombra
debes descansar! (Coloca la paloma en el hoyo, que cubre de arena,fy
Inego deshoja encima a l g u n a s rosas).
P. V,

EPIQRAUA COLMO

U n o media onza apostó El de un sastre: Hacer n n traje


¿ que nn estanque saltaba; para nn hombráculo.
tomó carrera y s a l t ó , ANTONIO FABREOAT
más caando en el aire estaba,
t u v o miedo y se v o l v i ó .

ARABBSCO

Causóse de trabajar i
Dios en arreglar el mando, i
y de a n puntapié, al profundo i
espacio lo echó á rodar, ]
y con rara l i g e r e z a
tanto ha rodado y rodado
qne de puro mareado
ha perdido la cabeza.
Jos* RüLL

CHASCARRILLO

U n niño dice & un negro:


—Si mi padre me viese tan
negro como tú me matarla.
—¿Por qué?
— F i g ú r a t e que me p e g a cuan- — A u s t e d q u e l e g u a t a m á s ¿el t b é n e g r o
6 el t b é verde?
do me ve manchas de tinta. - M e es igual, mientras sea con pastas.
— B n e n o , t o m e nsted nna peseta; pero c u i - —¡La órdiga! y con l a s e d qne y o tenia;
dado c o n g a s t a r l a c o n v i n o ú otros placeres pnes n o v a i ser trago el qne v o y & echar & l a
l i v i a n o s ; t ó m e s e n n cocidito, qne bnena falta salnd de ese gachó moralista.
le h a c e .
, — D i o s s e lo p a g n e , sefior.

—jViva la embriaguez! La curda es el e s t a - Y el caso es qne a a n m e he quedao con —¿No le da & nsted v e r g ü e n z a encontrarse
do perfecto del hombre. ¡Abajo l a . . . la...! g a n a s de bebia; v a m o s i v e r s i el sefior e s e m e en ese l a s t i m o s o é innoble estado? ¿Qaó h a
da pa empalmarla. hecho nsxed de l a peseta qne le h e dado a n t e s ,
g a s t a r l a e n vino?
—¿Qni,.. qné... qneria nsted qne hiciera
oon n n a peseta, comprar nn pianof
L HALLAZGO
Concluía de n e v a r , el espeso tropel de copos que c a í a desde por la
mafiana oscureciendo el aire, como desprendido de un cedazo i n m e n s o
volteado i n c e s a n t e m e n t e había a m a i n a d o poco & poco y libre la a t m ó s -
fera de obstAoulos, descubríase en c u a n t o a b a r c a b a la v i s t a u n t a p i z
blanco cubriendo el t e r r e n o y n i v e l a n d o todos los a c c i d e n t e s del p a i -

—Mira, v a m o s á j u g a r , pero antes me permitirás que guarde esta


n a v r j a d e e n c i m a d e l a m e s a ; tii t i e n e s m u y m a l g e n i o y c u a n d o '
pierdes podrías... suicidarte.

saje. L a N a t u r a l e z a h a l l á b a s e s u m i d a en u n a c a l m a a u g u s t a ; no se
oía el m á s l e v e rumor, ni soplaba la m á s l i g e r a racha de v i e n t o , y en
los desiertos d e c l i v e s de aquellos cerros s o l i t a r i o s , solo turbaba el s i l e n -
cio el chapoteo que producían las a l m a d r e ñ a s del espolique del pueblo
que embozado en su m a n t a y s e g u i d o de s u flaco p a c h ó n se encaminaba
á la aldea cortando por nn sendero borrado por la n i e v e .
D e pronto el perro que marchaba t r o t a n d o con el rabo entre piernas
y l a s orejas g a c h a s se paró, quedóse p l a n t a d o , o l f a t e ó el a m b i e n t e con
las v e n t a n a s de la nariz m u y abiertas, y lanzó u n aullido inesperado
y a g u d í s i m o . El espolique se d e t u v o á s u vez, m i r ó fieramente al can y
le g r i t ó con ira: —|Chucho!...
E l pachón e s q u i v ó el g o l p e que su amo a m e n a z a b a d e s c a r g a r l e , s e
l a d e ó , echóse fuera del c a m i n e j o y tornó á a u l l a r con furia. D e s p u é s
arrancó f u r i o s a m e n t e d e t e n i é n d o s e a n t e u n peñasco enorme, oliscó con
i m p a c i e n c i a el piso a g i t a n d o i n c e s a n t e m e n t e la cola. H u n d i e n d o l a s
m a n o s en la blanca m a s a se p u s o á buscar a l g o dentro de ella, l e v a n -
t a n d o Un tropel de copos que s u b í a n en r a m i l l e t e s para caer l u e g o d e s -
parramados. D e cuando en cuando s e p u l t a b a la cabeza en el h o y o que
iba haciendo, l e v a n t á n d o l a después j a d e a n t e con la l e n g u a fuera y l o s
ojos encendidos; el espolique permaneció al pronto i n d e c i s o , asombrado
del arranque del perro. L u e g o le resplandeció en la m e n t e una idea
súbita, echó á correr á c s m p o t r a v i e s a , l l e g ó j u n t o al c a n , le acarició
oon t e r n u r a y l e dijo azuzándole c o n l a voz: —¡Busca, bnsca. Leal!...
El perro al oir el a c e n t o de s n a m o redobló s u í m p e t u y c o n t i n u ó
separando l a n i e v e á m a n o t o n e s . El espolique, m i e n t r a s alargaba
el cuello m i r a n d o por d e t r á s del animal y pensando con a n g u s t i a para
BU c a p o t e s i habría a l g u i e n enterrado e n aquel s i t i o , no cesaba de
h o s t i g a r al pobre pachón que sudaba c o p i o s a m e n t e con el trajín,
A l cabo el perro se d e t u v o , a g a c h ó m á s aun la cabeza, gimió d u l c e -
m e n t e , s e i r g n i ó l u e g o , ladró á s u amo y s e a p a r t ó como dejándole el
sitio. El e s p o l i q u e s e abalanzó al h o y o , se inclinó y e n el fonuo medio
sepultado entre l a n i e v e , rígido, s i n color, con l a palidez de l a m u e r t e ,
cerrados los ojos, l o s labios entreabiertos, v i o u n niñc q u e apenas lle-
garía á doce a ñ o s . N o l e conocía; debía ser forastero e n la comarca, y
de s e g u r o le había sorprendido en el camino la v e n t i s c a del amanecer.
E l honrado espolique no vaciló un momento;'cogió con ansia el tieso
cnerpecito de l a pobre criatura; le g o l p e ó s u a v e m e n t e ; le auscultó el
corazón... Nada; e s t a b a helado. E n t o n c e s permaneció un i n s t a n t e
i n m ó v i l lleno de a n g u s t i a , s i n saber q u e hacer con el infeliz niño e n
los brazos; m i e n t r a s el perro m e n e a b a l a cola sin quitarle los ojos. A l
fin queriendo c o n v e n c e r s e de l a desdicha, t a l vez m o v i d o por u n a pos-
trera esperanza, v o l v i ó á reconocer al m u c h a c h o y al l e v a n t a r l e n u
párpado a d v i r t i ó que el c r i s t a l i n o n o había perdido s u transparencia.
¡Dios mío! U n p e n s a m i e n t o salvador s e le m e t i ó de pronto e n el
cerebro; se a g a c h ó , cogió u n puñado de n i e v e , lo v o l c ó sobre el rostro
del chicuelo y comenzó á frotarlo con l o s copos. E l c u t i s pareció son-
r o s a r s e l e v e m e n t e al cabo de u n rato. H a s t a e n t o n c e s n o se l e h a b i a
ocurrido palparle la piel del pecho, c o n t e n t á n d o s e con escuchar por
encima de l a ropa el latir del corazón. Ahora hundió l a mano por deba-
jo d e l a c a m i s a del mócete; el desdichado conservaba aun el calor. ¡Dios
santo! ¡Tal v e z se s a l v a s e ! Q u i t ó s e e n s e g u i d a la m a n t a y arropó al
niño c n a n t o pudo, c o n t i n u a n -
do s u s enérgicos frotes, ¡Ah!...
iSÍ, si!,,. E s t a b a t o n t o . ¿Para
qué llevaba siempre c o n s i g o la
c a l a b a z a l l e n a del a g u a r d i e n -
te?... Soltó al rapaz, le a p o y ó
en un alto de s u e r t e que que-
dara incorporado, con horrible
trabajo l e separó l o s labios
empalidecidos, y l e echó e n el
coleto u n buen t r a g ú e t e del
triple, capaz de deshelar á l o s
propios t é m p a n o s d e l paisaje
L a medicina produjo s u efecto;
el niño lanzó n n suspiro casi
imperceptible. El espolique en-
t o n c e s tornó á recoger á l a tier-
na criatura y m u r m u r ó o o n
honda alegría:
—jVive!... ¡Vive!.,.
Y s e g u i d o del perro que sal-
taba detrás de él ladrando de
j ú b i l o , echó á correr h a c i a el - E s t a p l a n i s t a t o c a de u n a m a n e r a
niinhio testable...
puouiu. — ¡ C a b a l l e r o , e s m i blja..,I T a n a d m i r a -
A L P O N S O P É B B Z ble, quise decir.
EL DOCTOR RUIBÁRBARO
E n laa m á r g e n e s del N i l o ea
donde t i e n e e n a l b e r g u e e l
f a m o s o 7 coDolensudo médico,
el doctor R n i b á r b a r o . E s t e pro-
d i g i o d e m o s t r ó e n s n nifies
tales aptitudes y disposición
para l o s c o n o c i m i e n t o s dootori-
les, q u e al v e n i r al m u n d o , c o n
e x t r a o r d i n a r i o asombro de s u s

padres, l e s t o m a b a el pulso, l e s
h a c i a sacar la l e n g u a y con u n
dedito l e s s e ñ a l a b a l o s p o l v o s
de f é c u l a de patata para l a s
irritaciones; e s t e f e n ó m e n o f u é
desarrollándose t a n prodigio-
s a m e n t e q u e á l o s diez a ñ o s
h a b i a i n v e n t a d o una p u r g a efi*
oacísima para l a s cotorras, 4
los q u i n c e u n o s p o l v o s terribles
para m a t a r i n s e c t o s y á los
v e i n t e n n a p o m a d a olorifera
para limpiar m e t a l e s ; i n ú t i l e s
decir q u e s u fama s e e x t e n d i ó
con t a l i n c r e m e n t o q u e d o ñ a
M a n u e l a que t e n i a s u hija e n -
ferma l a e n c o m e n d ó al doctor
Rnibárbaro e l cual le recetó
u n o s e m p l a s t o s q u e por m i l a -
gro de l a V i r g e n la curaron a l
poco t i e m p o , lo m i s m o l e acon-
t e c i ó c o n don Sulfuro; é s t e por
e q u i v o c a c i ó n s e habfa t r a g a d o
nn litro de p e t r ó l e o .
— ¡ A q u i ! — d e c í a el p a c i e n t e
a b r i e n d o n n a boca c o m o u n
e n e r g ú m e n o . — ¡ A y , a y l m e h e fenecido. E l doctor n o enaentrando
r e m e d i o , le aplicó de la g a r g a n t a al e s t ó m a g o n n a m e c h a de u n m e t r o
de l a r g o , l u e g o e n c e n d i ó l a c o n u n fósforo y u n a v e z a g o t a d o el c o m -
bustible s a n ó en p o q u í s i m o s dfas.
L a s f e l i c i t a c i o n e s fueron ntinimes y l e p r o c l a m a r o n por UDanlmi*
dad el m&s t e r r i b l e a d v e r s a r i o de l a m u e r t e .
DESDICHAS DE "CARAMBOLA"
BN L A A U R O R A DH SU VIDA

Por si o s i m p o r t a saberlo baré constar qne nació Carambola en


la A m é r i c a del Snd, en los fértiles y pintorescos bosqnes del P a r a g u a y ,
D e s d e sn i n f a n c i a demostró n n a
i n t e l i g e n c i a v i v a , siendo l a ale-
gría y el e n c a n t o de l a tribu &
que pertenecía.
No habia otro qne le i g u a l a r a
para trepar por l o s cocoteros y
palmeras, en cuyas ramas solía
suspenderse y d e s p u é s de l a r g o balanceo dejábase caer en rápida
espiral.
Sn repntacióu de m o n o despejado y a t r e v i d o , era conocida por
todos l o s parajes donde l l e g a b a
el eco de a q u e l l o s incompara-
b l e s bosqnes; y a l atardecer,
c u a n d o el sol t r a m o n t a b a ,
aprestábanse l o s moradores de
aquellas f e r a c e s regiones á
presenciar l o s a t r e v i d o s y va-
r i a d o s ejercicios de s n compa-
ñero de d e s i e r t o .
A la v i s t a de los alli reuni
dos e n t r e g á b a s e Carambola á s n s m á s caprichosos j u e g o s , qne eran
celebrados con c h i l l i d o s , g r i t o s , c a n t o s y toda linaje de g u t u r a l e s
expansiones,
por s u s e n t u -
s i a s t a s admira-
d o r e s q n e no
tardaron en
proclamarle
Principe here
dero de los bos
ques.
D e esta suer-
t e Carambola fué creciendo h a s t a cumplir tres a ñ o s , l a edad de las
i l u s i o n e s en el m u n d o de los monos. E l m á s e n v i d i a o l e porvenir se
abría a n t e él cnando un inesperado a c o n t e c i m i e n t o cambió por c o m -
TERRIBLE SITUACIÓN
El laúrón de gallinat —Si s a l g o d e e s t a s a n o y s a l v o , J u r o h a c e r m e v e g e U r l a n o t o d o
el reato de m i v i d a .

p l e t o l a f a í de sn a l e g r e y t r a n - CONOCIMIENTOS Ú T I L E S
quila existencia.
Ocarriósele nn dia i n t e r n a r s e e n CHAMPAGNE BCONÓMICO
el bosque por p a r a g e s que le t r a n
E n épocas de calor, cuando l a
c o m p l e t a m e n t e desconocidos, s e -
sed parece no poderse a p a g a r , se
gún contaron después algunas prefiere á otras bebidas los l í q u i -
cotorras y loros; Iba en s e g u i m i e n - dos g a s e o s o s . H é aqni un procedi-
to de n n a lindísima mona, cuando \ m i e n t o tan s e n c i l l o como económi-
co para fabricar c h a m p a g n e .
de pronto c a y ó en u n a t r a m p a q u e
E n u n a botella de v i n o blanco
u n cazador h a b i a preparado, el s e pondrán cinco c e n t i g r a m o s de
cual l a r e g a l ó al c a p i t á n del vapor azúcar cande molido; c i n c o g r a -
Umbría que k s n v e z o b s e q u i ó con m o s de ácido t a r t á r i c o y s i e t e
Carambola al l l e g a r á Marsella al g r a m o s de bicarbonato de sosa. In-
m e d i a t a m e n t e se tapa l a botella,
f a m o s o Mr. B i d e l d u e ñ o de l a re- s u j e t á n d o s e con bramante el tapón;
nombrada colección z o o l ó g i c a d e s p u é s se g u a r d a l a b o t e l l a e n
de s u nombre, que e x h i b i ó en u n sitio fresco, n o s i e n d o preciso
todos los c í r c u l o s de Europa y g u a r d a r l a i n c l i n a d a , sino derecha
y descansando s i es posible sobre
América. luudero.
PASATIEMPOS.
A NUESTROS LECTORES Y e n l a q u i n t a l í n e a v a el nom-
bre de c o m e r c i a r o b j e t o s .
A petición de nuestros compradores
Y por fin en la línea central
que han solicitado les obsequiáramos
que v a s e ñ a l a d a el n o m b r e de n n a
con libritos de cuentos, á pesar de que
i n f e r n a l m á q u i n a de g u e r r a .
jesto representa un esfuerzo material
A. MENÉNDBZ ALBXANORB
considerable, no queremos desatender
sus deseos, y en. lo sucesivo alternarán
Las soluciones en el próximo número.
con los suplementos selectos cuente-
emos que tenemos la convicción que
SOLUCIÓN á los pasatiempos del
serán del agrado de nuestros lectores.
número anterior

Adivinanza. —El s o l .
RUGA DE VOCALES Charada ilustrada.-—Qa.v\\kii.

. n . m . r . m. . n . m . r .
y n. . 8 m.r, d. n.cn; CORRESPONDENCIA

q.. . 8 m . r . , p . r q . , .11. m.r. Manolo R . H . Se p u b l i c a r á a l g o —Pablo


D í a z . L a s o l u c i ó n b i e n , Irán l o a p a s a t i e m -
d.ntr. d. m. o . r . z . n . j p o s . - M . L L a poesía es bonita pero de
PABLO DIAZ maslado sentimental; publicaremos sola-'
mente la charada.-Arturo Menéndei. T e
felicito p o r t u laboriosidad; s e irá publi-
cando el o r i g i n a l . Graeias p o r l a c o n s t r a c - '
LINEA CENTRAL ción; respecto á las otras y a te a v i s a r e m o s
oportunamente. H a z el favor de m a n d a r
tu dirección — E . Oriera Coll. Los dlbnjoa i
X X X X X h - n d e s e r en tinta de China; p u b l i c a r e - i
X m o s «I p a s a t i e m p o . — B \ L ó p e z . í d e m l a ]
X X X X anécdot». Luis Amor y Ovies. Lo m i s m o *
X X X X X d i g o —Antonio Zarza. L a solución bien;
i r a n i a s fugan.—Pablo Díaz Para repro-
X X X X X ducir l o s dibujo» e s n n obstáculo que e l
papel sea rayado.—M. R. Para reproducir
X X X X X Ins d i b u j o s p r e c i s a q u e s e a n c o n t i n t a d e
China. Irán l o s Colmos y l a A n é c d o t a . -
J tí. E s e m i s m o e x i s t e v a e s t á e n p r e n s a ;
L a primera l í n e a ha de expre
respecto a l a s historietas se han de man-
sar nn nombre que tienen los la dar en n e g r o , pero e s preciso q n e sean
primorosamente dibajadas. — Ángel Ven-
drones. tura. Se publicarán la Miscelánea y los
C o l m o s . Mo e s n i n g u n a m o l e s t i a , m u y a l
El segundo p á r r a f o ha de indi- contrario, querido correlata.
car el nombre de u n a cosa que
F. P. Los dibujos b a n de ser en tinta d e
termina. China y no coloridos—Juan Rovira B o u -
re. M a n d a t u d i r e c c i ó n y l o s s e l l o * ; s e p u -
La tercera línea es el nombre blicarán las Misceláneas; m a n d a t a m b i é n
los cuentos fantásticos y se publicarán á
de n n a s p i e z a s puntiagudas para Juicio del rtireetor.—SInforiano González
ajustar y separar. Cuello. I r á e l articulito.—Hipólito Coca.
Eu efecto, s e p u b l i c a r á n t u s c o l m o s .
E n l a c u a r t a l í n e a v a el n o m b r e
del liquido en qne se ponen á ma- Para la correspondencia al director de
cerar carne y otros a l i m e n t o s . Correo de los Niños, ipariado, 88

En el próximo número irá el suplemento n." 3


R e d a c c i ó n y A d m i n i s t r a c i ó n : CaUe d e l a s C o r t e s , 6 9 5 . — B a r c e l o n a .
BJL, NUEVO CA-MA-RERO

—Aceptarla placeutoro —Aguarde nated nn poco, señor


la plaza de camarero. y vori, lo que es primor.

—Es un primor, lo estoy viendo -¡Toma, estúpido, insolentel


—¡Socorro que estoy hirviendol -¡Seflorl /.qué tiene esa gente?

—Ahora el otro, anda atiza, Y le decia el guardia urbano:


n o va & ser mala paliza. —Tenga usted paciencia hermano.

También podría gustarte