Está en la página 1de 14

Permittli V. Ex.' que llie dcdiyric. e ofireço os uporiii;tneritos e co,isirlcraç;?

s
que collrj'o ~i'este fuliielo.
Hesilei o 1 1 escrevel-os e niriis cririd:~rtn pitl~liçcil-(1s. Ditcis ra:õos, pori.iri.
ponderosissi11irrs pnra r i m I e r i i prir de pnrie essits liesi(oqües. Eiir
priniciro íoyrir, (lesr>jocu)isi~nurC tornlir ~ E I I I/~iibiicoo nieii 1111i)iildecoto, toin
'relaçüg 0 ddrs !jo~iios.vire não sei se.seriio 6rrilfiiios pc!ii coiii»lis.siio ,i ~ I I I . V. [;.c.'
digucr~etiie S : = O c i o 118 reqtiifir rr colonifi-e n recli/iurr,io '!as i,~,z-
I trtzes prrt1iui.s zi3t,s!z B i s f ~ . i ~ tno o , s z t i ~ i : :(li'~ sereni esclciidos os coiorios, illeyij[-
?nente ti'c//ris i ~ i ~ i i i i h ~ .
T,,ilor os deni!iis nssu~nl~ios.d e I ] ~ L L > IGu n e i e sn~>oficiril~iierit,: nie
occiipo, niLp/fiorlral~idos seriiu /ir:'ii co~ilitiissiio,n r]iiol~nria f<iilu ( i c o ~ n p e l e n ~ i ~
e ;/1tls:r,;~üo,yrie tnt !ttIni tflnld n i ~ n ~ ? c r ~ n i .
Seni onsi!io iír e.çl!t>cieul!,rri~~~r. . s ~ : ~ tr1ii~lr1.s
i estiilislicos. niio podiu eu, i112i.o
particrilar, t/c.roicoiter. criinri I ? , i i dcis cocisi&i-n~.~,,s 7uc aprcseriio.
Rrler.ti.ii~.*.pois. I'.L'.c>. ri t~ts!~,~r:icncia ,/o nieu p!111rctrri/ni//io.
fico ~ctiiioti r.:>ii:d;iclei/r> i ~ ~ i ! ~ v i i iiel ri.~ n s ~ ~ ~riporitnnie~iios eiis sirvcci~ipor
motio nlgiini clc s!ii~s:~itoaos lrof;xii!l::s dli ~ ~ O ~ ~ I I I I ~ S S ~ I O .
S1.i qti" ,pouco c ~ i l ~ te~di~. ~ i i i i conli,.~:~ is ( L rttiiihu <ihsoliiin/trila de cotnpetcii-
cici 11ura nie o~.cti[i~Ir 1 i i 1 1 f.~)!iip/,,.i::~s
flSSii))ijilti.<.Mtis, d e s ~ hq)ic se lrtifa ( [ L > e~jlil-
ti, opirii~es,(iiiiila, ,L;j i~iliis, ~ ~ ~ c i ~ n t r l pdlle i d ~ i sniiscer
, a 1112,tlq~oistle disci<lid<is.
iper~iirtio.~ : o t i ~ ~ : . ~ ~ l i r i ~ c0111i r i ~ io~ ~!'oro ~ .)!oticira pflu cicc~rtadissirn,ies-
- i : ~ ~tiri
collit~ yiia de 1.. /!L.' o ~;~:!~c2t!io (12 Scia d!l;~q(~slaffe, p ~ i r r/~irside~lie
~ &i Cut~i.
oiissiio de I I ~ i iI i leria ~si110 tnellior coiijueLi 11 direc!,ür~L. tesolu-
pio de I ~ Oin~ji,>rt«ri(c«ssu':iil~:o,e o salcu-q!iarda dos interesses de iüu grotitle
niin~o-11tle ziaiiid<os.
S L ' ~, / I J ~ I I J ~tiititic~os~~s lcni sido 11s incesligo(-ües [r'il(is por V. h.'pnrn clie-
gar a resiiiiados pro/;~.rtuse sr~iisfriiurios. Sei gira1 o taclo, a r i n i I iii-
telli~jen~.iae ri circiiii,spet~~~io. nrr ilirrcçCo dos trnbiillios 7rrc !Iie [orrini cniiiutel-
tidos. Sci, firia!i~ienle. yiic., V. i%.', pelri cxcessirg rnurles~iae r l e . ~ ~ ~ r e h e ~ i i l ; i ~ i e r i ~ ~ ~
de or~iiilto.coni qiie procicrii olilcr esc!cirec;oicnios, ~iinrl~idiis tri:iis hiiinii~lcse
obsctrros iii/oi.intidorts, c ~ n ~ t t i s i o iasi niciis geroes sy»ipri:lii~is L' drrcltt~ ; I I C O I I -
tesincel ri gratidüo dos .Urtdeirciises, cnjas iiitzresses, t<o iii-i;d~.~i~~i~ic!ite //:c /oi.rir!i
erilregiies.
Funclial L L ds Fevereiro #!c 1888.
De V. Ex.' com 11 n i n x i n i ~coiisidcriiçíio e rezpeiio
Permittli V. Ex.' que llie dcdiyric. e ofireço os uporiii;tneritos e co,isirlcraç;?s
que collrj'o ~i'este fuliielo.
Hesilei o 1 1 escrevel-os e niriis cririd:~rtn pitl~liçcil-(1s. Ditcis ra:õos, pori.iri.
ponderosissi~~irrspnra r i m I e i prir de pnrie essits liesi(oqües. Eiir
priniciro íoyrir, (lesr>jocu)isi~nurC tornlir bcni /~iibiicoo nieii lilli~iilde coto, toin
'relaçüg 0 ddrs !jo~iios.vire não sei se.seriio 6rrilfiiios pc!ii coiii»lis.siio ,i ~ I I I . V. [;.c.'
digucr~etiie S : = O c i o 118 reqtiifir rr colonifi-e n recli/iurr,io '!as i,~,z-
I trtzes prrt1iui.s zi3t,s!z B i s f ~ . i ~ t110o , s z t i ~ i : :(li' ~ sereni esclciidos os coiorios, illeyij[-
?nente ti'c//ris i ~ i ~ i i i i h ~ .
T,,ilor os deni!iis nssu~nl~ios.d e I ] ~ L L > IGu n e i e sn~>oficiril~iierit,: nie
occiipo, niLp/fiorlral~idos seriiu /ir:'ii co~ilitiissiio,n r]iiol~nria f<iilu ( i c o ~ n p e l e n ~ i ~
e ;/1tls:r,;~üo,yrie tnt !ttIni tflnld n i ~ n ~ ? c r ~ n i .
Seni onsi!io iír e.çl!t>cieul!,rri~~~r. . s ~ : ~ tr1ii~lr1.s
i estiilislicos. niio podiu eu, i112i.o
particrilar, t/c.roicoiter. criinri I ? , i i dcis cocisi&i-n~.~,,s 7uc aprcseriio.
Rrler.ti.ii~.*.pois. I'.L'.c>. ri t~ts!~,~r:icncia ,/o nieu p!111rctrri/ni//io.
fico ~ctiiioti r.:>ii:d;iclei/r> i ~ ~ i ! ~ v i i iiel ri.~ n s ~ ~ ~riporitnine~iios eiis sirvcci~ipor
motio nlgiini clc s!ii~s:~itoaos lrof;xii!l::s dli ~ ~ O ~ ~ I I I I ~ S S ~ I O .
S1.i qti" ,pouco c ~ i l ~ te~di~. ~ i i i i conli,.~:~ is ( L rttiiihu <ihsoliiin/trila de cotnpetcii-
cici ]]uni nie o~.cti[i~Ir 1 i i 1 1 f.~)!iip/,,.i::~s
flSSii))i/ilti.<.Mtis, d e s ~ hq)ic se lrtifa ( [ L > e~jlil-
ti, opirii~es,(iiiiila, ,L;j i~iliis, ~ ~ ~ c i ~ n t r l pdlle i d ~ i sniiscer
, a 1112,tlq~oistle disci<lid<is.
iper~iirtio.~ : o t i ~ ~ : . ~ ~ l i r i ~ c0111i r i ~ io~ ~!'oro ~ .)!oticira pflu cicc~rtadissirn,ies-
- i : ~ ~tiri
collit~ yiia de 1.. /!L.' o ~;~:!~c2t!io (12 Scia d!l;~q(~slaffe, p ~ i r r/~irside~lie
~ &i Cut~i.
oiissiio de I I ~ i iI i leria ~si110 tnellior coiijueLi 11 direc!,ür~L. tesolu-
pio de I ~ Oin~ji,,rt«ri(c «ssu':iil~:o,e o salcu-q!iarda dos interesses de iüu grotitle
niin~o-11tle ziaiiid<os.
S L ' ~, / I J ~ I I J ~tiititic~os~~s lcni sido 11s incesligo(-ües [r'il(is por V. h.'pnrn clie-
gar a resiiiiados pro/;~.rtuse sr~iisfriiurios. Sei gira1 o taclo, a r i n i I iii-
telli~jen~.iae ri circiiii,spet~~~io. nrr ilirrcçCo dos trnbiillios 7rrc !Iie [orrini cniiiutel-
tidos. Sci, firici!i~ienle. yiic., V. i%.', pelri cxcessirg rnurles~iae r l e . ~ ~ ~ r e h e ~ i i l ; i ~ i e r i ~ ~ ~
de or~iiilto.coni qiie procicrii olilcr esc!cirec;oicnios, ~iinrl~idiis tri:iis hiiinii~lcse
obsctrros iii/oi.intidorts, c ~ n ~ t t i s i o iasi niciis geroes sy»ipri:lii~is L' drrcltt~ ; I I C O I I -
tesincel ri gratidüo dos .Urtdeirciises, cnjas iiitzresses, t<o iii-i;d~.~i~~i~ic!ite //:c /oi.rir!i
erilregiies.
Funclial L L ds Fevereiro #!c 1888.
De V. Ex.' com 11 n i n x i n i ~coiisidcriiçíio e rezpeiio
-4-
Angelo Ilernicnegildo dos Santos, membro da assoeiay;io commcrcial do
Funclial ;
Antonio Leite hlontciio, barliare1 cni direito, proprictario e e o n s e ~ a d o r
do registo predial na coiiiarca do Fuiirlial ;
Gas ar hlalliciro I'érpira I'cinoto, secretario geral do golerno civil do
dsitricto e: J1izeu, que serviri d e secretario.
O que por este ineio se communica aos nomcados.~~nraos devidos cKt,itos.
Paço, em 31 de dezeiiibro de 1887.=Emyydto lulio Naiarro.
-
E m conferencia. dos Er.""' Presidcnte do Consellio de Ministros, losi Lu-
riano de Cas~ro,hlinistro da Fazenda, Marianno C~rillo de &n.allio, I'arcs d o
' Reino D. Luiz da Camara Lenie, hgostirilio d'0rn;llas e Tasroricrllos, Tlioniaz
Kunes da Serra e hlouia c Pedro Maria Gonsslrcs de Freiias, I)cl~uhdosdr.
hlanoel Jos6 Vieira, tlr. Fidclio de Freitas Braiiro* eoiirgo Ftslii.i:irio 1050 Tri-
xrira, Luiz de hlello Bandeira Cocllio, e Stscrct:irio da roiiimis>àii do rstiido do
estado economico da hladrira, dr. Gaspar Jl:llliciro I1ercira I'cizoio, foi resolvi-
do o seguinte:
l."Dar ordem p:ira sc abrir a cscbcii-%(i 113s oI,r:is :1111::tivnilas pela Jiin-
L? consultiva C rrpar:i(i~rs d:is rsisicr~trs. :!~~riais;ic.cLrii-st3 cic ciiiclos das noras
estradas para unia iniinrtli:ita conslr;~cr<i~. I, tias 1i~~;iil:is:
S."F:izer riiçomii~riidas (Ir C;,:I:I:IS 11':1~.~1ir;tr c l : : i c ( ~ I l ~r1~5is!(~rites,
.~~ &in
de serem distril~nidosg r ; ~ i ~ ~ i t a i i i1(1~: , !i1i~~:i;ri(~iiIi~~r(~s:
~
3."-Suspeiidcr [ior ciiico ciniios ó iiiiliclslo dc toiicl;i;ji~rii~ i i iA!:ideira, pro-
posta ji aprescnt:iil:l i s c:iiii:ii.;is :
4."-Pdiir o Iia:;iiirt ir!o 1l:is ro:iii~lliiii~i~cs :!lr:~zntlxs. itni ~irestaçúes,
sem juro, no prazo d ~ riiii~ri
: :iriiicis;
5.'-PropOr a susl~cns%odo arti;o do cridigo rciiiinit~ici:rl{icerca do com-
inenio de cab~t:i~cni ;
6.O- Auciorisar as r:iiiiaras :i soliciiorciii. t3in iioi~~e dos contril~uintcsa
anniila~ãoo11 rcduciúo d;i c.o:iii.i111ii~2o pi.rilictl, em iodos os caw5, ainda quaii-
tlo os prcjiiizos sejam ~tiiiieiitciiidi\i~lii:ics;
7."-Conceder uni sulisidio para a policia, corii allcrarào c10 codigo ad-
iiiinistrr\tivo.

.4léin d'rstas. já o11trxs p r o ~ i ~ l ~ i iforam


~ i a s 11ro;~ostaspelo Governo, avul-
t:indo entre ellas a qur crtiri~iico ini~iostode torielagein n'esta Illia.
Kão sc pcide negar, DOIS: que d'esta vez, ioraro ~)roiiiptarnenteatteiididas
as jur;ttis reclamações do povo da Madeira.
E assim:
-4fiirmar ao Augusto Clicfc do Estado, signatario do Decreto, o nosso pro-
;. a .,!iiio reqxito e sinccrs adlicsso-E d e ~ c r ; ,
r.,..';
Louvar o governo pela solicitude com que aecudio ás necessidades publi-
cas d'este Districto-é justiça.
Agradecer aos nossos patricios e representantes no Parlamento a attitude
nobre e digna que tomaiam na defcza dos nossos intercsscs-é reconhecimento.
Kao olvidar os iioiiics dos bcnemeritos deputados, Bandeira de lfello e
Fuschini, pelo valioso auxilio que nos tem prcstado-é gratidão.
Assirri o seiitcm a cornprehendem os bons fillios da &Cadeira,que tambem
são bons e leacs Portiiguezes.
Funclial l i de Fevereiro de 1885.

E' opinião geral tluc os actuiies tumiiltos na Madeira náo obedeceram a in-
tuitos iicm a sii~~rslües
?
politicas.
h i o o duvitlaiiios : iiias o que nso pijtlc asseverar-se k que para este movi-
~iirnto,nxo concorresse poilcrosam~nte,a falta de illustr:l@o e a má educaqiio
politicii (Ias popiiIa(.í,rs runes.
H3 longos aniios, que para angariar votos, se fuzeni aos eleitores as mais
insensatas promessas.
Eii;:in;itlos sempre, acabam por 11escrcr de tudo e de totlos.
D':iqni a m i vont:itle, a intr:insigrncia c a desconfiaiiq:i de que se acham
possiiiilos para coin OS qiie os goveriiani.
E:' obvio, pois, qiic. comquanio não ol)edecrsse tlirectanieiite a intuitos po-
liticos o rnoriiiieiito que acaba de ter logar n'este Districio, iiiilirectarnente ali
se prrritle, porqiic, da corriipqso e veniagn elritor;ies, nasceu a iiisubordinaç50
que iiifeliziiiente se nuici nas popiilaç6es ruraes menos illustratlas, insubordina-
@o, qiie se inaiufcsta priiii!ipaImenlr, quando justa ou injiistanieiite os povos se
veem ainca~:~dos de aiigiiiento de impostos.
Foi o caso qiie se dcii. B culpa seri tutla d'elles?
-
Posto isto, entraremos na apreciaçxo das outras causas, que no nosso c>ii-
tender, náo poiiro contribiiiram para a passada revolta? e seráo motivo de inter-
riiinaveis co~llictos,se se nso c h ~ g a ra conseguir dar-lhe proiiipto
. remedio.
.

De todos os estiiilos siibmettidos, n'este momento, :i consideraç?io e com-


petencia da commiss~o tlc inqiierito nomeada por Decreto tlc 31 de dezembro
vltiiiit,, nenhum mais importante, mais coiirpleuo c ile iniiis diíEcil resolii(ão,
do que u da constitui~áoil;i ~)ropriccladena hladciru.
A éste assunipto se prendrni os mais iiiiporinntes iiiicresscs das duas clas-
.ses, em poder de quem sc arlia a propriedade rustica-scnlicirios e colonos.
Táo más e táo viciosas são as bascs, cm que asseiilani as relaçõcs entra
iins e outros: quc scni mcdo dc errar, sc podciii :iiiriliuir a csies vicios, as cau- 1
sas de muitas das commoyóes ~iopularesque iciii Ii:ivido na h1;ideira.
Segundo o systcnia de colonia aqui cstal~elrcido,c que ii unico no Paiz,
o colono tem a scsu cargo a rultiira da terra rcccbeiido coino ronrpcnsação do
seu traballio niei;ide do producio bmlo das rcspeciiras producciies.
O senliorio recebe a o u t n nicbtade.
15ste roiitrario 6 verbal ; sulsistc, por aiiiigo uso c c«siuiiir, desde os liri-
'iiieiros tempos tl:i descolierta d'esta Illia.
Ein pua1 rsião iual culiivad:is as tcrras na hladcira, ciiircagiit~saos colo-
nos, portlue tciido dcpartir os rcspcrtivos Iri~cios~ ciiliivani dc: 1ircIcrcncia a-
c~iicllrscic que inais tlifliciln~eiiiclli(~spbdc o sciilioiio liizcr ~i:iiiillia.
?issirii. ~ I I I I : riinnas
~, d':isruc;ii. c ccrcars, ruja ~iariillia i! Iciia nos
lapiro" 113s Inliric;is e iras ciras. s5o c.i:hiiras a tloc rllcs coiii iiiiiiia tliíliriildade
SI' siijeilâin. I I O ~ I I U Pde iiiais facil fiscalisayiin, tcriii clc liizcr ~i:triilli:i csacia, a
quc se não podtbin csiiiiir.
Festa lucici dc inicrcsscs tZo npposlos, soiíreni os sciiliiirini;. qiie 11xxnáo
perder tiitlo, sr siijritani a fazer-llics arrciiiliiriiriiio tliis tr*rius. :irrc~ridnniciiio
sriiilirc Iii\.ciravcl 20 colono.
A coiisc~i~nc~~rin i., qiic II:I maior paric, iii:iI c.iilIiv:itliis SI) :irlinni os icrrc-
nos na 1laJi~ir:i.cniii grave ~~rojiiiri~ p:ir:i o 1isc.o 1. Iinra os 11ioiirici:irios.
E nzu lia rinicdio a nlil~liciir-llic. Iiorciiir srii<Ii~tis coliiiios donos d;is clia-
madas Iicrnfciii~rias.qiie sc cc)iir~~Tie~ni i i t ' c;isa (I(! rrsidciicia, ~iallici-
~(!r;ilni~~iiie,
ro para gado. :irril,:inas. liarcdez tIc srilqloric, arvorrs: cic.. o si~nliniiosú tem o
recurso de sxeluil-os da rolunia, nirtliaiiie o Iiag;inir~ritodc todas essas hemlei-
torias, cujo preso' cm niuitos casos? 6 su[it~iicirao v:iloi da icrra.
Mas ainda quando isto conseguem: icni dc ciiircpr dc iiovo o ~ ~ i c d ai o
novo coloiio. qiic riiais tarde oii mais cedo. o cc~lluca iin çoriiiiigciicia de o des-
pedir, coin iiovo sarriíicio dr icinlio c dc tliiili<~iro.
Ilc sc~rtcquc o seiihnrio ou prol~riet:iiio de ii,ri.;t ii:i Mtiileira. náo icni o
qneddcvr Icr. iisiii o qiic llie qiierciii dar. A regra ~ ~ b r6i ~(asta. l
Náo oc.c.iiiiarcinos. ~ i o i ~ qiie i n ~ riiuilns Yrzcs, c cslicci;iliiiriite na ciiliura
dc rercaes. quaiidci o preço drsce. conio artii;iliiieiiic, riso c\cixniii dc íicar prc-
jiidicaùos os roloiios, porque i. inl'eliznieriic crria. qui, i:iI cii1iui:i iisn 11Odccoiii-
11ctirein Iircro rorii as csiupcndas produccGcs cslraiigcirus, que iri~nderiios
nossos nicrc:ctlos.
'
h cull~aiiãu f dos scrihorios. seii dos governos? qiie nzo protcgcni conro
11ies cumpre a culkira dos ccreaes.

E csie coniraclo ia1 qual se aclia csiabolecido, ainda aasim, varia dc coo.
ccllio para conceliio, dc frcguezia para fregueria.
No conccllio do Funclial, por exemplo, ha muitos proprictarios que tam-
bcin sáo colonos de predios allieios.
A estes n5o faz conta tle modo algum 3 colonin, porque tendo de fazer to-
das as dcsl~czasdc cultur;i por estnniius, o qiie custa sempre ciniocnla por ceii-
to tlo rcniliiiicnio bruii), ncniium lucro ou eurnpcnsaqZo tirani do capital eniprc-
-
galo naslicr\ib~iii>ri~is.
Tanil)ciii i' ciirto, tluc aonde menos Lrm cultivada se acha a propricciadc
ruiiicn tlc coloiii:~, é aqui n'cstc coneolliu do Fiiiictial.
0 s i.oluiios: na maior parte emprcgailos erii srr\.iços cstranlias ,i lavoura.n%o
fazem por suas pruprins iiiáos o arrianliu ela terra: snlie-lhcs caro, eniissinio este
tiabalho, pngo coiit salarios caros a outros tnbnlli:~dorc!s. do quc igualmeiitc rc-
sulta, faz~reiii~OIICO, com grave prcjuizo dos donos d;r terra.
Sos coiicclhos elo Iiuiicliill, Carnilra de Lobos c no Canniço, as Leinfeito-
].ias temi valor pouco iiilrriur ao valor da terra, pcla importancia das casas, al-
gilriix de luso, eiii qui: vivem os colonos coni suas familias.
Sos outrc~concc~lhos, e cspecialrnc~nií~tios do norte da Illia, náo sucsccic o
nicsiiio. :\lii as I~enifiaiioiiastcni iiisignilicaiite valor.
Parccc, i ~)riinciii~ vista, muito prejudicial o nosso systema de coloni:~p;iia
os coluiios ; n.Xu é tanto itssiiri.
0 coloiiu, [)CIO l:icto de ti:r bemft>itoii:ii.garaiite ~rdxalliop;rra si. e qiian-
tas vezes 11;ir;i sciis lillii~s,o iliie niiiilo cliiliciliiieiilc [>uilciiaobter d'outru iiioilii;
tcni c:iu 1i:ira siia rcisiiicnci:~. p:illit~iii~;icin.lc cria gado, cliiquciro. ~ I J ~ ~ I I I !
aiida o mais pobri,, cria porei,. E dc tiiilo i.stu d scnlior, porqucnada icin ilc
dar a« st:nlioi.io.
Se irabs1li:i. lrciii vae [)ara o tlono tia tt!rrn, mas se I! nianilri%n. ou IIII:F-
nio, si,! como frcc~iit~riti~s vczcs siiccede. sc ~I~:gostaconi o senhuriu por 11~:11111i~r
n o t o i l a o : ~ l~itil, i faz-llic a pirrac:i (lc náo semear, ci~..,ctc.
E cniqu;into que o scnlioriii se v6 piivatlu do rentliriit.iito do prcdio, srm rii!-
~ ' a s u a ,die cuiono, Yac gozanelo a casa eiii qiie habita. os 1uc:ros que liic eI;~o
o gado siistenladu coin a hcrva que de proposito faz n:iscer, por falta de rav;is,
e ao sciiliorio só resta o recurso de o dcspi3jnrA!( colonia, pagando-lhe urii \.:i-
lor ficticio- o preço das bemfcitoiias.
Sc se [~oilcssechegar a accortlo sobre o modo de avali;lr as beinfc~itori:~~,
isto é, se houvcisse meio de cstabclccer, que o seu valor fosse detcrniinatlo ~ ~ i i i
pr:ic;a. ficando o colono rcsponsas-el, como termo rninirno da renda,-por 5
por cento, sobre o Ianco offcreciito, talvez se conseguisse mudar rrn 1:ouco teiii-
po o contracio dc colonia n'uin ucrdadeiro aneiidainento erpctuo.
C o i ~ f s s n ~ ~o o , anirelanto, que esri inoilitb~ f e i u aiudr muito r
desejar.
Qiie é dc grnndc vaiitagcni para OS senliorios cstr! contracto, quando açcr-
ta com bons colonos, é o quc nzo lia duvitln. E;.L~.F, porcin, são raros, e n rn-
Z%O 6 obvis: tem na sua iiiáo o meio dc foi-ynr os scnliorios a fazer coiii elliis
contraclo pclo qutll Ilic n%o eiitregom toda a ileini~lic~, que são obrigatlus a (liir,
111as (I qur ni(;lIior l l i r s r ~ o n ~ c n~i .~ r i i ~ c i ~ ~ a l i i i ras i i ~11cinfi~i~tiri:~s
r, II>II~valor, r
o :i.iiliorio 1150 t r i i i iiirios (Ir 111':is 11ag:lr.
todo ic.~ultn,ii~fi~lizriic~iilc, qiic liso rsi5o Iieni. iiriii iins iicmino~itios.
Quizrrninos: qiic sc ~ioilcssec l i c ~ i rao tiecit1cr:iiiiin de roiiciliar os iiiic5i.cbs-
ses (lcSIIII e oiilrns. -4 ;igriciiliiir:i 11avi:i (I(' ]~roslic~%r e t ~ i i v:~iit:ig(~iii
i p:ir:i : ~ i i ~ l i t ~ s .
Bfas roiiio clirgnr a tal rcsiill:ido?
Esia i. a gr;iiiilr difliciild:i~lc.
K 5 o 110iiri1 c n ~ i i r i l ~ i kii1111(~11i
ic ])ara o rsi;i~\o (l~?c:~(li~iitt> 11t1IIOS.;:~ :1;ririiIl11-
: n o I I i ,i I t 1 1 I : I i r r i t : rio iiiirI(~tI'i~11:i. a f;il\li ilr cs-
.
~i;iil;is c roiiiriiitiiir;i~ócs coni o.; iiicrr:itlos ci~iisuiiiidurrs. . .
E s t r 1ii1111oc i r n l ~ o r t a ~ iI'i ~Iii~iii . ~ ~ ~ tlizcr-se.
itlc ;i iirinri11:ilS I:IR tla i1iisi:ri.i
qiir :issolicrli:i u cl;issr ir;iLnlli;iilt~ia tio 1)isiric.Io.
I'iin i d o . 11oré111. Ii;i renirtlio-a t i r a ~ c ~ iIe i i i ler:itl;is (isolire tiitlii :i ni.1111-
ris;iy50 (1:~ssrrr;!s.
3 1 1 r 5 i Lirta iIe agiias i i r r i g a n o i t 6 i i i 1 i i ~(>III i j i ~ :rIS SII;IS
IIII~:II~I;IS se ;icIi:~v:irii coIirrl:~s III>~cgci:iq5.i1.
Teiiitis ~Iiic.iiii~eiito?: :iiiii,nos ciii riosso 11otirr. vni t l w sc 11fin-;1 isio: n o 1."
(li> 5i;iio ~~IIII(~I:;IY~III as rrg:is. nii i."tl';3~11sl1~ c.ririi(si::iv;irii ;IS cli~ivas.
ll~!ii.s8i trriios i l i r i ~ a sili, O i i i i i l ~ r o;ir1.1~vc.rcii~o.
.
I, l : i r i t t i Ii:i~I;i. 1i;ii.n' q i ~ ewjn
iiiciiiis ; ro11ri;i iin si11 tl:i \l;itl~-ir::. a ri11tiir:i 11:i c;iiiii;i ~l':is<iir:ir.q i i v ~ i r ~ ~'i+$ is;'
~IIIIY:I~ 1111, ilivzr.G I.A;I.;I~J Si~~iti~riil~ro.
X:L,.I ::~.~II[I~I\ttt::;1vi4 :i05 i1r1111rivi~irios 11:i;:i. :ias V~I~I:II. a< rIi;inn~l;is IICII>-
1i~iicii~i:i~. iiiiii.o iii(>ii) 111ivIt~ri:iiii11;ir;i Iilii~rliir:i :~;rii~iiIltir;~iI;is lie:is, CI :I cn-
Iiiiii::ir:::<. s c ~ i i i l ~iii~~iiii,~ i IIII.~.~~YI~~;iiiitla. ~i:i:;!rriii o: ~ . ~ I I ~ I :to.< I I o ~s i ~ ~ i l ~ o r(Ii ov:i-s
Iiir (1:is ii,rr;is. sti ri,::I:i iiiii iiic~i1i-11roriir;ir ii:~ 1t.i ri~iiic~iliii. t l i i i L 1i:iriiioriisi~os
iiitcri8:-5c.s tlv :ii:ilios.
1 ; s C I ~ I I I I I I IiI c[uc8 ii5i1 c'xi.~lts.
E111~ ~ r i i i i t ~1~1;;i i r o r. SI: Ii,~i~il'~~ii~iri:i~ SL~II :iv;ili;id:is. ( b ~I*;I,;I. ~ i ~I~IIIv t i l i ~ rsi1110-
r i o r ;to ~;II~II, (\:I ii*rr:i. \itiri!~ii~. :1111'z:ir í l c IIYsiilo ~ ~ i i l i l i ~ VI~I ~ : ~ ISGi ~ I o ( t C(~(li;t~
i . r I : I S i t i t i r ~ ~ s l i ( ~ r i Co(lipi! ivo i10 l1ri~i~c,.~.~n. nirrrln n j I I cisc~i.ii-
I I .\l;ci!ijir:i SI: tlisliosi.iit.s I~III'riL;i'iii :I :i\;tii:i.iii iI:is Iii~ii~l'iiiiiiri;is! !!
E ii:~iiC I isto.
15 I : n : r l ~ i I : r o u l ~ eciii I I ~ II :Iiai~ (.ivii ~ i c ~ r i u ~ i i c z ; t
n:is i ~ ~ I ; i ~ i ii!(% c s sciiliorios c c o l u i ~ o sciiiidadcs~ clcs1~11111icc.itln. II;;.;~ o:' r t ~ ~ l ~ c i u i . t : ~
(10 C~i,li;ii ! ! !
Kits :ii.~."'1-99 a 1302 d o ciiailo Cotligo ilcfiiic-sc i)qiic I? l>:ircciin ngri-
I : c s i ! i l ~ ~ ~ i - : sI ~ e I I I I : ni:ls I ~ I S1 i s i i 1 1i:ii.a cstc co~iIr:ict~i,
I i c :iIguns ~!ciiiIosdoC u i ~ t i i l r i i i e . 4
t . . 11:ii.a \.?r. ~ U isto
?.u,I> o :io nnsso coiiir;irii) dc r n -
I ~ nriiliunia a l ~ l ~ l i c n y Siriii

ktiiin. i1;t~tx1111. R (ii:]~osiyá~do :irtig0 1300 d o c i i o d i ~C o i i i ~ o .c i i i quc se (\i,,


II~II' ibsilr coiitrnclo tc~riiiiii:~
]leia iiiortc tios c s i u i r ~ I. I i. r ~ (IIII~O~
conti~;ict~ de coloiiia n n h1;tdeir:i i. pcrlIctiio e não s e rescindc pela riiwte nt>~ii
d o scii!icirio n e n i do coloiio.
Ncin poderia rescintlir-se, porqiie o colono é donoclas beiiileitorias, e seria
extorrh nzo 11i'as paglr, o violencia inautlita, obri;:ii. o senliorio a pagar-lli'as.
A' f:illa de rnellior, tem-se a~tplicatloa eslo cuiitrneto as disliosi~i,cslegaes
sobro arrendari~eiitos!
par:^ tlenioi1str:ir a illeg:rli~l;iilc com que se aliplicani i s relsiijes entre se-
,iiliiii.ios c colonos i i : ~ Jl:itlcir:l :IS disposiqõcs do Çoiligo. relativas aos srreiiila-
iiieiitos, tiast:~Ler a detinil:ão ll'este coiiirticto nos art."' 1595 e 15913 do referido
Cotligo.
Segue-se, porianio, que em qiiatro quintas partes da populaçBo da Madeira
não lia Rei nciii Rùqiie.
E como n3o querem, qric cada dia sejsrii mais tensas as relaçóes enire sc-
niiorios e coloiios ?
Pois é curial qiie sa dcirrrn os sagrados interesses de i50 numerosa paric
da popiilat,.io d'i)rna ~>roviiicia?irnl~orlnnic, como a ilndcii.a, sujeita i maior ou
nienor cornpeieiicia dos julgndares, i chicaiia tlus advogntlos c procurailoreo, n'iima .
palavra, aor vai-veiis de apreciaiões niais oii inenos irilaresseiras, mais ou menos
apaixonadas?
Como cluercni que os povos sc nào revoltem, se eIIes [eein sede de jiis~ii;a?
A falia de lei reguladora ilos direitos entre senhorios e coliinos, tem sido e
e lia de ser seinprc causa da griives periiirli;i~óes.
P6de o govrriio, rnnn~laiillodesenvolver olms pciblicas, suspender ereeuçücs,
etc., etc., 3pazi;w.r os animas por alguni tcnipo, mas iIa nii consiitiiiç~odn pro.
priedatle, ou aiiies i1a falta de It~gisl;iç,;toque a rcgulc. [ião de resultar semprc gra-
ves embaraços a iodos os goreriios e a iodas n s i.ituaçües. E para quanio ni:iis
tarde se guardarem as provideiicias, niais ierri\.eis serào os etkitos da exaliafio
popular.
Ha inuitos annos que se accumulam des:nganou e dcsillusües. O que agora
succede na Madeira é apenas uni prenuncie da ietnpesiadc que so approsiina. .
Propomos:=que nos ierrnos do rtri. 7.' dn Caria dc Lei da I de Jullio do
18G7, embora ha m&io icnlia termiuado o prazo de 5 annos nlli esiabeleci~lo,$0
nomeie uma commissáo dc jurisconsiilios, que ampliem as disposiçóes coniid~is
nos art."' i299 a 1303 do Codigo Civil, em iernios a dar i parceria agiicola n;i
Madeira, lei por que se rejam as relações cntra scnliorios e ci~lonos.esiabclc-
ccndo lambem, como complemen\o ao ari. 90'35,o modo de avaliar as L~infeiio-
rias, iaes coino se acliarn em relação á propriedade nn Nadcira.

vamos agora oceupar-nos d'ooiro ponio. a20 menos csscnci~l,nem menos


imporianro, e com o qual se preude, e bem do perio, a consíiíuiçio da prolirie-
dado n'esir Ilha. Queremos fallar da con\ribuiçiío predial.
Parece iucrivel, que ai6 hoje se ienlia deixado passar scm protcsio, e ido de
tia perto de 25 aiinos, a illegalidade e a injus1i.i com que teeni sido tollectados
cm contribuição predial os colonor ou parceiros agricolas.
Pelo nosso coiiiracio dc colonia, como~acimr fica diio, i2m o senliorio iiie-
íadc do rcndirneii!~ bruio do predio. e O colono, pela compensação do seu iraba.
1110 a outra rnriade.
A coniribtiição predial recalie sobre O rendimeniu dos predios, abaiidas as
derpezas de culiura e ariianlio.
O termo medio dos abaiimentos para dcspczas do culiura C de 509/,, e por-
tanio, recebendo o senliorio meiadi! do producio bruio, que C sohre que recalie a
eoiiiribuição, como C quc se exige d'aquellc que faz todo o ãmanlio c despeza de
culiura- o colono- cniiiribuição predial?
Náo c~iiipreliendemos.
N o artigo 81 do Regularnen\o de 25 d'Agosto de 1881 esial,elece-se l n o
os terrenos srjam di\.idiJos ai6 ires classes, e que os abaiimcnios a fazer no ren.
dimento bruto de cada cultura, sejam de 40 por cenio na i.'classc, 50 na segiin-
da e ti0 na terceira. '

Esio regulameiito que foi leito para indo o Continonic do Rciiin e Illias,
dá ás jonias fiscaes das mairizes a faculdade de determinar, cm quanias classes,
si8 Ires, deve ser dividiilo o ierreno.
E' geralmente sabido que ha noContinei~icterrenos em quc C releiivamenie
pequeua a despeza da ciiliura. pcla (acilidade i150 só do emprego de rnacliin3s
agricolss a vapor, mas liela facil cnnducçiio dor protluclos peliis vias ferreas aos
~iicrcadosconsumidores. Ha iarnhcm as raslas 1esiri;is do Tejo e Sado, ierrenos
leriilissirnos pel:is iiinunda@es d'estes rios, em que, com a facilidade do c m p r i p
de macliin:is, se obireiii producções remuncrad~~ras.Ainda cm outros pontos do
paiz se dão as mesmas condicúes, com os mais saiisfaiurios resultados.
A esics ierrenos e nào outros, quiz a lei que as junias fiscaos das mairizes
'esisbelecessern ali, os 40 por cenio de :ihaiimeiito para as culiuras.
hlns á Muiieira, ein que 150 cuslosos e tão caros sabem estés deçpezas, j i
pelo sceirleniailo dos terrenos, ja pela impossibilidade do emprego, i150 direnios
de macliinas, inas a\& de siinliles arados c cli:irriias, n?!o qiiiz, 1150 quer, nem
póde a lei exigir das jiinias a classilicação de icrreno de i.' classe.
N'iim pnir como esie, em que com espanio dos esiranlins, se cava a icrrn a
braços, coni uina cncliada terminando como um bico de prego, que a cada cn-
cliadada encontra uma pedra ; um paiz em que cada Iiora d'agua para irrigaçào
cl,egou a cusiar oito e nove mil reis aiiiiuaes, um paiz erri que pela dcvasiay;o
das serras e Ialia de pasios niinguam os aduLos. nunca em caso algum, podiam
as junias fiscaes esiahelecer mais de uma classe a 3.', islo é, o maximo de 60
par ce~iiupara ahaiimenios de culiura.
A culpa não 6 da lei, apressamo-nos a confcssa1.0, a culpa 6 das juntas fis-
cncs das malrizes, qiie sem independcnçir, ignoraiiies da legislaç50 fiscal, dasco-
iilieceiiilo ainda os mais rudimeiilaes principias da missão que sso cliai\iados a
deseriipeoliar, assigi~anrde cruz o que liies manda o escriváo dc Fazenda; c assim
-11-
sé tornam inslrumenlos inconscientes dos erros, qiie alguns cmprcgddos fiscres por
nicdo ou y l o pliarisaico as obri, na a commetter.
Qucm, tendo independencia, e lendo uma vez só que fosse, o art. 81 do
negulrimento de 25 d'Agosio de 1881, se prestaria a classiíicar em 3 classes os
terrenos na Madeira, eguipnrando.os assim aos doconiinerite, iionde a despem de
culiura em muitas partes não altinge a 30 por ceiito do rendimenio bruto da
propriedade?
. Que valor podcin ler as novas matrizes leitas n'estas bases?
Qiie culpa teciri os contribiiinics do dcsmazelo ou ignorancia das junias lis.
caes, e dos erros commeiiidos pelos Ioiivados nas tivalia~òese na confecç~od'es.
ras monsiruosidades clianiadas novas in;iirizes, que não são a expressão da ver.
dade, ianio que n'ellas figuram como contribuintes os colotios, que nüo podem
nem devem, em vista da l e i e do seir contracto do colotaia, pagar eontribuiçáo
prcdiai ?
: Como se sabe, geralmente, a propriedade eskí muito dividida na Madeira,
não sú a verdadeira propriedade rusiica-a terra, mas a propriedade bemfeito.
rias, porisso, apparecern figuraiicio nas miiirires niillisres e milliares de coniri.
buinies, com milliares a milhares de predios, uiiia grande paria das qiiaes; não Ta-
lem dois mil reis.
I< para isio se gastam contos de reis eni papel para matrizes, niappas, co-
nliecimenios, avisos, eic. Para isto se processam milliares de cxccuçíies de valor
inferior a mil reis.
I'ara isto se complicam os servigos, se estabelece o calios nas repariiçúes,
se sacrificam os empregados, so deuconteiiiani os povos, se provocam os liiniul-
tos, se fuzilam os cidatláos, se faz odiar a hlonarcliia, se desprestigiam as insti.
luiçíies. ctc., elc. !
E ludo porque?
Por entregar a execuçã;~das leis nas máos de indifferenies ou ignoiaiiteu,
por náo garantir a independencia dos funccionarios, e quanijs vezes para rega.
tear alguns miseraveis yatacos aos que trabalham, aos que ieem responsabilidade,
aos que se sacrificam !
E iudo isto nasce de uma illegalidade- pedir. e exigir iinposlos a quem
,
iião teni obrigação de os pagar. ,

Propomos, que sa iouiilisc iodo esse acervo de crros e iiieraciidúes a que


se chamam novas matrizes, que se eliminem iodos os colonos, ali mal incluidos,
porque não podem nem dcvem pagar contribuição predial ; qlie se estabeleça
C uma sd classe de abaiinienios-a iorceira, altriito o cusln da cultura na hladci-
ra; que d'esies GO por cento se descontem 50 por cento ao colono, que nada
tem 3 pagar, e os restaiiies dez por cento aos senhorios, nos terrenos culiivados
de csuna, para cuja culiura compram agua, e nos do vinhas como compensação
do cnrofro que gastam, e que é encargo e r130 peqiieno da producção.
Renovadas ou reciificadas as novas matrizes n'eslas condiçíies, pouco per-
der6 a Fazenda, se 6 qiie per. o que náo tinlia juz a roceber, e tec.scli3 dado
u m passo de gigante para o rcsiabelecimeoio da ordtm. á alicraçáo da qual ser-
vem semlire dc preicxio os tribuios, ainda os mais ~>rudeniemcnieexigidos.
Coni os assumpios que a u b a m o s d e t r a h r prende-se ouiro, sobre que iam-
Lcm nzo queremos deixar d e occupar-nos:
A IR'DUSTRIA PECUARItI
A par dos grandes desasircs por que nos uliimos tempos icm passado s
agriculiura na \ladeira, junta-se a ilecailencia a que nos uliirnos tempos iaml)em,
clicgnii n indusiris pccuaria ii'esia Illia.
Urna das pririciliaes fonies dc rerciia pura o colono, C a, com que clle faz
lace i s siias mais im(ireierireis necessidades-como pagamenio dc rendas aos se-
nhorios. cic.- 6 a rreação de gado.
Infelizmcnie,de lia perio de dois annos a csla parle desceu de tal modo o
prcço da carne. que pngando qiiasi 50 reis de imposio. se vendc no Funclial a
I60 reis c:id.~ kilogramma. Ouira causa do nial-esiar das classes irabíllliadoran,
o a qoe cumpre dar rcmcdio.
E facil (: da\-o, so o Governo se d f r ao iiicommodo do ailendir e pesar a s
corisidera'úes qne varnos fazer.
Para e l a ~ a ro preço d a carne c consequcniemenic do gailo i. misier promo-
ver a siia cr~ioriaçáo.
Ora nós sú O podemos exportar para Lisl~oa,mercadoque c~ficreccraniagene,
pelo elevado prcço por que ali ce rentle a carni.
Tenios u m carreira de vapor subsidiada pelo Governo para fazer viagcns
cnire 1,islon c Funclial.
Por lima concessáo, mcnos jiislificarel, pern~iiliu.sei conipanliia (que é A-
çoriana) quc o rapar n 3 sua viageri1 1 hladcirr fosse aos Açores,
Esia concessào, que i primcira visia parccia iiidilii'renie para os inicresscs
d a hladciia, icin sido causa do não pequenos prcjuizos para o conimrrcio enire
esta cidade c a rneiropole, mas erii que mais se faz seoiii esic prejuizo 6-na ex.
poriarzo d o gado.
Pela iuliell:~ (Ia con~pnnliia,iniiio paga uma cai)rça de pido dos Açores pe.
Ia kladrira pnia Lisboa- riageni dc 5 a G dias, como do Funclial para Lisboa
em 2 dias- oiio mil reis I
Em rcgra iraz o vapor carga compleia de gado dos Açores e poucas ou ne-
nliunias c a b e ~ a spiidc reccbcr aqui.
Deniais o gado na Madeira, 6 de pouca corpulencia, com o pezo medi0 d e
200 Iiilogranimas, o que equivalc a pagar 40 rcis de freie por cada kilogramnia
d e carnc.
ji se vi., pois, que por muiio baraio que ciisie o gado na Madeira, iiáo púde
supporiar um encargo de freie ia0 pczado, e assim se afugciiin e anriiíluilla a
Cxporiaç5o.
Ora, como a Einpreza rccelie subsidio, uáo elo scr~iyoque faz para os
!
Açores, mas pelo que dora fazer enirc Lisboa e Madeira, raça o Governo com que
a emprczii saiisf~çaao coniracio, não s6 reservando para o gado da Iiladeira as
ac~or~~iiioda~óes
qiie tem para O gado Açoriano, nias iambem reduzindo o freie,
na pruporçáo tlo teinpo dc viaçcm enlrc a Madeira e Lisboa.
S6 assini a cupùi laçio do nosso gado se desenvolreii.

Prornetic o Governo mandar comprar cannas e bacellos, para distribuir aos


cul~ivndoresna Madeira.
Se esta distribuiçáo náo for feita eqiiitaiira e piuilenteinenle p e i ~ scolonos
e agricultoies, seri isso causa de novos clamoros.
-
Pela lei de 13 iIe Alaiio de 18tik foi concetiida á Jlrideira a faculdade do
culiiro de tabaco. JU~~OII.SI:eniao ser esta iima iiiidida salvadora, porque aca-
bauain de pereccr as vinlias, fonic da sua principal riqiiezn.
Infelizmente de todos os ensaios que se fizeram, nenliuin resuliado se obte-
re, e Iioje toda a 1111a s6 produz alguns kilogrtbmnias de tabaco.
Png5mos cara esta concessáo, pois que durante 10 annos soiTrcmos um
encargo addiccional ás conti.ibuir$es, eni imporiaiicia supcricr a c-in contos
dc reis.
Hoje, que st! náo aproveita tal concess50, porqoe s6 dois ou ires inilividuos
planiam tabaco, não ha razão para conservar a hlailcirr ainda d c h i x o dos pernis
ciosos effei~~isde ia1 concessão.
Ao grave prejuizo do fisco, junta-se o niio rnenor prejiiizo dos consumiilores.
Pelas uliimas leis sobre o assumpio, ficou a Madeira privada do caiisumo
de iabaco de fabrico nacional.
Em prejuizo de milhares de consumidores, miegeiarn duas pequcnas fabri-
cas, que nao produze%, nem podem produzir cousa que presie.
,Não vemos razao, pois. para que 3 Madeira, retirada que seja a concessáo
que lhe foi feita pela Lei de i 3 de Maio de 18G4, não seja aplilicado o regimen
adopiado para o Coniinenlc, porque náo podemos prescindir dos enccllenics prù-
duetos Iabricados ein Poriugal, coin os quacs de modo algum podem coiiilietir
os da Mudeira e Açores.
&

N o deseníoluimenio de obras publicas, deve prcforir-se a tiragem de leva-


das, porque, pretendendo-se accudir especialmente a crise agricola, sáo as agcias
o principal incremento para o desenvolvimento e prosperidade da agricultura.

A arborisação das serras, E, no nosso entender, questio vital. No dia ein


qtic virmos col,crias dc rcgclay~oas nossas cscnlvndas nioniarilias, as loni~s'e
n~anniiciacs, ião cxiguos Iioje, [ornar-se-li20 em corrciiics, c corno taes, elcnicuior
dc riqueza agricola.
E ~ o u c oC U S realizar
~ i:~0 titil emprclicndimcnlo: U m codigo floreslal e
quatro ou cinco guardas em cada conccllio, ianio basiaria para a sÜa realisayá~.
I'ouco é.
-
A conviio da Real Associa~50 Ceniral d'Agricultura Poriiigucza, dere rc-
unir-se proximamenie em List~oa,um coiigrcsso, que tem por fim, discuiir uma
rrprcseniação ao Parlaiiietiio, no seriiiilo de coiirciicer os podtrcs puhlicos de que'
6 impossivel adiar por niais tempo o reniedio aos niales, de que, com iariia razào
e jusiiça, so q~ieixaa propriedarle c a agriciiliiirn nacional.
~I

Se poiidcrosns sJo os riioiivos tio Coniincnie do Reino, para se recorrer n~


medida de ião clar:ido alcance, como é a da rcuniáo de u m congresso na capital,
para resoirer 150 imporlaiile assumplo, cliião maior náo é ii'csic niomenlo, para'
a Madeira a ncccssidiide da sc lazcr rcjircsriiiar ii'nquellc congresso4
Mais dccadciiia do que se aclin eiiirc riús a agricu113ra, náo a h3 em nc-
nlium ponio do piiiz.
Aqui i f i o é \ao ~hincnicr falia, qunsi alisoluia, de producios agricolas, é o
rcbaixniiienlo de preço de iodos csics proiliicios.
Iluiias o coinplexas sso as medidas a adol~iar, 6 ccria.
Se por iirn lado, esiii n;is máos do Governo c do Parlnmcriio animar a agri.
culiura poriiiguczn, por niein de leis Iiroiectoras d'clla, por outro, é misicr pro.
curar saliida aos iiossos producios de csporiayio, não s6 fazcndoos conlieciilos
nos mercados estrangeiros, mas iniiibern, c priiici[ialnieiiie. jrrolegendo o commer-
cio liciio com medidas oacines, que o poiiliam no atirigo da crpcculaçÍo com
que se tem desacreditado estes prodiicios, c qiic os: causa da pouca ou quasi ne-
nhuma procura que Iioje icem.
E' sobre csie ponto, imporianiissiiiio, dc cluc mais sc deve occupar o con-
gresso.
Quando de iodos os pontos il'csia I l l i a se Icraniam os mais justos clamores
e reclamacões, cm prol da agricultura, que se defii~lia,nãa scriri aliamenic con-
dcninavel a nossa alisieiiçáu na r~prescntaç3o iqiielle coiigrcsso?
Ningucm o pddc pdr cni duriila.
Coin o cmpciilio. cnin que scnipre, nos ienias occupndo, de indos os assoni-
pio: de intcressc vital para a agriculiiira' na hladcira, aconscllianios, c pequeno é
o sacrificio, que a propriedade na Madeira sc faça rcpreseiiiar no coiigresso, cs-
colliendo uni dclcgado, qiie ali v i expressaniciiic encarregado para este Gm.

También podría gustarte