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Considerações gerais sobre o sistema nervoso.

"Uma das propriedades fundamentais da matéria viva é a


excitabilidade; todos os organismos recebem estímulos do
meio externo e interno e respondem a eles com reacções
mais ou menos convenientes".

Durante o desenvolvimento filogenético, um elevado grau


de especialização foi condicionado num conjunto de
estruturas que assumiram a função acima referida,
estruturas essas que foram agrupadas sob a designação de
Sistema Nervoso.

O Sistema Nervoso é, portanto, "um conjunto de


estruturas de complexidade e precisão indescritíveis, que
asseguram a ligação bidireccional e a integração das
múltiplas partes do organismo com um número infinito de
factores externos e internos. O Sistema Nervoso Humano
é a maior herança que o homem recebeu do passado
ancestral, é o produto de inúmeras modificações
evolutivas, biológicas e sociais. Este aspecto será
abordado mais adiante.

Analisando o conceito-função do sistema nervoso


podemos concluir que das estruturas que o compõem,
algumas são directamente responsáveis pela recepção de
estímulos, outras serão responsáveis por
A outra é responsável por transmiti-los (condutância) e a
outra é responsável por emitir a resposta correcta ao
estímulo recebido para o efector.

Poderíamos resumi-lo no seguinte esquema:

Receptor

Centro Analítico
Emissor da Resposta

Órgão de acção
Este grupo de estruturas, dispostas nesta ordem, é
designado por Arco Reflexo.

A base anatómica funcional deste processo é o neurónio


ou célula nervosa. O nosso sistema nervoso é estruturado
por milhões de neurónios ligados entre si por sinapses
neuronais.

Funcionalmente, alguns neurónios especializam-se na


recepção de estímulos e são designados neurónios
sensoriais, outros na condução de estímulos numa ou
noutra direcção, os neurónios intercalares ou de
associação, e um terceiro tipo em que o sinal integrado é
recebido e vai directamente para o efector, os neurónios
motores.

A maior parte dos arcos reflexos humanos são


polineuronais, ou seja, são constituídos por um neurónio
sensitivo, um neurónio motor e vários neurónios
intercalares; podem observar-se alguns reflexos
trineuronais (1 sensitivo, 1 intercalar e 1 motor) ou
bineuronais (sensitivo-motor), este último tipo não é
muito frequente no nosso organismo.

Num arco reflexo, a via aferente é representada pelo


receptor, o neurónio sensorial e os neurónios intercalares
que conduzem o estímulo ao centro de análise, enquanto a
via eferente é representada pelos neurónios intercalares
que conduzem a resposta ao neurónio sensorial.
motor e por este último conduzindo a resposta emitida
para o efector.

Entre as duas vias encontram-se os centros analisadores,


que constituem o ponto culminante da via aferente ou
sensorial e o início da via eferente ou motora, sem fazer
parte específica de nenhuma delas.

À medida que progredirmos no estudo do sistema


nervoso, seremos capazes de identificar onde estão estes
centros de análise e quais são as vias aferentes e como
chegam, bem como quais são as vias eferentes e como
saem do sistema nervoso.

É essencial para a compreensão futura da arquitectura do


sistema nervoso e do seu funcionamento aprofundar a
Histomorfologia do Sistema Nervoso.

O neurónio é uma célula típica, dotada de prolongamentos


que podem percorrer longas distâncias, estes
prolongamentos terminam em extremidades livres que
não se relacionam por continuidade com os
prolongamentos protoplasmáticos do neurónio seguinte,
mas que o fazem através da secreção de
neurotransmissores: esta ligação entre neurónios chama-
se Sinapse Neuronal.
Como os prolongamentos são o pormenor morfológico
que mais diferencia o neurónio das outras células e que,
por sua vez, facilita a classificação entre os diferentes
tipos de neurónios, é necessário aprofundá-los. Os
prolongamentos neuronais são de dois tipos:

DENDRITOS.
AXONS.

DENDRITOS: expansões citoplasmáticas bastante curtas,


que conduzem o estímulo na direcção do corpo neuronal
(centrípeta), geralmente não são revestidas por mielina. A
excepção é o dendrito dos neurónios sensoriais, que é
geralmente único, longo e revestido de mielina.

AXON: expansões citoplasmáticas bastante longas, que


conduzem o estímulo numa direcção centrífuga. Um por
neurónio, geralmente coberto de mielina.

Os neurónios são classificados de acordo com o número


dos seus prolongamentos;
Monopares- Prolongamentoapenas emergindo do
corpo celular.
Bipolar - 2 Prolongamentos, emergentes do corpo
celular (axónio e dendrito único)
Multipolar - Várias extensões que emergem do
corpo celular (axónio e vários dendritos)
NOTA: Os neurónios monopolares eram originalmente
neurónios bipolares (axónio e dendrões); no processo
evolutivo, ambos os prolongamentos convergem para um
lado da célula e fundem-se num único tronco que, a uma
curta distância da célula, se divide novamente em dois.
Os neurónios dos gânglios sensoriais são, portanto,
classificados como monopolares e são designados como
tendo um dendrito periférico muito longo e um axónio
central.

O neurónio e os seus prolongamentos são de cor cinzenta,


apenas o axónio do neurónio é de cor branca devido ao
revestimento de mielina (como é também a excepção para
o dendrito do neurónio sensorial).

A coloração predominante do tecido nervoso é, portanto,


cinzenta e branca, podendo deduzir-se que, onde se
observa substância cinzenta, devem estar presentes corpos
neuronais e os seus dendritos, e onde se observa
substância branca, axónios cobertos pela sua bainha de
mielina.

Como é formado o sistema nervoso humano?

Parte das estruturas que compõem o Sistema Nervoso são


o cérebro e a medula espinhal, ambos conhecidos como a
parte central do Sistema Nervoso Central, localizados em
cavidades do esqueleto.
axial: o crânio e o canal vertebral. O resto das estruturas
que compõem o sistema, por estarem localizadas fora
destas cavidades, são denominadas Sistema Nervoso
Periférico, como se pode ver, esta divisão é puramente
topográfica.

Para além desta forma de dividir o sistema nervoso para


estudo, é utilizada uma outra divisão, conhecida como
divisão funcional, que tem em conta, basicamente, a
origem da informação sensitiva (aferência) e o destino da
resposta motora (eferência).

Se a relação aferente e eferente é estabelecida com o meio


externo ou é executada através do SOMA, então referimo-
nos ao Sistema Nervoso da Vida Relacional ou Sistema
Nervoso Somático (SNR ou SNS).

Se a relação aferente-referente se estabelece com o meio


interno do sujeito, falamos então do Sistema Nervoso
Visceral Vegetativo (SNV).

É importante salientar que estas divisões são bastante


artificiais e utilizadas de forma didáctica para estudar o
Sistema Nervoso, pois embora seja verdade que algumas
estruturas do Sistema Nervoso respondem apenas a
estímulos do meio externo, está provado que existe uma
inter-relação muito estreita entre
Além disso, os grupos estruturais estão integrados, na
maioria dos casos, em estruturas anatómicas únicas; de
facto, na espinal medula e no cérebro (SNC), o SNS e o
SNV estão integrados e existem relações muito estreitas
entre eles.

LOCALIZAÇÃO DOS NEURÓNIOS E DOS SEUS


PROLONGAMENTOS NO SISTEMA NERVOSO.

CORPOS NEURONAIS: desprovidos de bainha de


mielina, conservam a cor cinzenta típica do tecido
nervoso, pelo que se situam sempre na massa cinzenta, se
estiverem no SNP situam-se nos gânglios e se estiverem
no SNC situam-se nos núcleos.

a) Neurónios sensoriais:

Nos gânglios sensoriais periféricos (espinais ou


cranianos), são na sua maioria monopolares, com um
longo dendrito coberto de mielina que se integra no
tronco sensorial do nervo espinal ou craniano até ao órgão
receptor e um axónio curto que conduz ao neuroeixo.

Se o axónio provém de um gânglio espinal, é dirigido para


o
A informação sensorial é recebida por um gânglio
sensorial da medula espinal e de um gânglio craniano para
o cérebro, no primeiro caso constitui a raiz sensorial de
um nervo espinal e no segundo caso é integrada num
nervo craniano. A informação somática e visceral é
recebida nos gânglios sensoriais.

b) Associação ou neurónios intercalados:

Na relação N.S: Estes neurónios encontram-se sempre no


SNC formando núcleos sensoriais, na medula espinal
(cornos posteriores); no tronco cerebral e no diencéfalo. O
córtex cerebral é também constituído por um número
apreciável de neurónios de associação, 14 mil milhões,
organizados em 6 camadas horizontais.

No S.N. Visceral Os neurónios de associação estão


localizados nos cornos laterais da medula espinal e nos
núcleos viscerais dos nervos cranianos, alguns autores
consideram estes neurónios como um primeiro
motoneurónio na via eferente visceral.

c) Neurónios motores:

Devemos também estudar separadamente os Neurónios


Motores Somáticos e Viscerais em ambas as partes do
Sistema Nervoso.

No S.N. somático ou no S.N. relacional. Neurónios


motores
estão localizados nos cornos anteriores da medula
espinhal, constituindo núcleos motores, os núcleos
dispostos mais medialmente no corno anterior têm a
função de inervar a musculatura axial e à medida que os
núcleos adquirem uma posição mais lateral, a inervação
também será deslocada para a musculatura mais distal dos
membros. Para além do acima exposto, é descrito que os
núcleos formam grupos anteriores e posteriores, os
primeiros inervando os músculos extensores e os
segundos os músculos flexores.

No tronco cerebral, os neurónios motores formam os


núcleos motores somáticos dos nervos cranianos.

No Sistema Nervoso Visceral. Os neurónios motores


localizam-se nos gânglios motores viscerais, nas cadeias
ganglionares simpáticas, situadas lateral e anteriormente à
coluna vertebral ou em gânglios situados junto aos
órgãos-alvo. Se estiverem localizados nas cadeias
ganglionares, são neurónios motores do sistema simpático
e se estiverem localizados perto dos órgãos-alvo, são do
sistema parassimpático.

RESUMO
Neurónios sensoriais
Gânglios espinhais

Gânglios do nervo craniano


SNP
Neurónios
(Gânglios Motores Viscerais)
Motor Visceral
a. Simpático (perto da coluna vertebral)

b. Parassimpático (perto dos órgãos-alvo)

Cornos posteriores Medula espinal

S.N. RN Núcleos sensoriais dos nervos


cranianos

Encéfalo
Associação de Neurónios

S.N. VC Cornos laterais Medula


espinal SNC
Núcleos viscerais nervos cranianos '
Encéfalo

Cornos anteriores Medula espinal


Neurónios
motores somáticosNúcleos motores somáticos
do
nervos cranianos.

DESENVOLVIMENTO FILOGENÉTICO DO
SISTEMA NERVOSO

No organismo unicelular, uma das propriedades


protoplasmáticas básicas é a excitabilidade; a membrana
citoplasmática caracteriza-se pela propriedade de
responder, através de uma alteração interna da sua
estrutura, a determinadas alterações do meio externo.
Durante o processo evolutivo, começam a surgir
organismos constituídos por grupos celulares cada vez
mais numerosos, nos quais certas células conservam a
capacidade de responder aos estímulos do meio ambiente,
ou seja, a excitabilidade, e, à medida que se sobe na
escala filogenética, essas células tornam-se cada vez mais
específicas e constituem os primeiros rudimentos do
sistema nervoso, estas células nervosas primitivas, nas
primeiras fases da vida, estão situadas na periferia, ou
seja, na superfície do organismo, e é a sua especificidade,
a sua excitabilidade, que as leva a migrar para uma
posição mais central no organismo nas fases posteriores
do desenvolvimento, deixando os prolongamentos na
periferia.
Nesta fase, um grupo de células especializa-se em receber
o estímulo e em emitir a resposta adequada a esse
estímulo através de prolongamentos que se expandem
para a periferia. Formam-se então aglomerados centrais
de células nervosas que mantêm relações aferentes e
eferentes directas com partes específicas da periferia do
animal primitivo. Num período posterior, os aglomerados
de células fundem-se para formar uma estrutura tubular,
mas que mantém a divisão funcional mencionada acima,
ou seja, cada segmento recebe informações de um
segmento específico do corpo e o inerva. Esta é a
chamada Organização Segmentar do Sistema Nervoso e é
a organização mais primitiva do Sistema Nervoso.

Durante o processo de cefalização, a extremidade cefálica


do S.N. primitivo é transformada numa estrutura um
pouco mais volumosa que o resto do sistema, o gânglio
cerebral, as células que o formam estabelecem relações
aferentes e eferentes com as células nervosas da porção
tubular, esta organização funcional é chamada de
Organização Suprassegmentar e já está presente nos
Vermes.

O sistema nervoso humano conserva estas duas


organizações, a segmentar e a suprassegmentar,
evidentemente com um grau de desenvolvimento muito
elevado, incomparavelmente superior ao dos vermes.
Este material foi preparado pelos professores da cadeira de
Anatomia da FCM. M.

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