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PROPÓSITO
Conhecer sobre o licenciamento ambiental utilizado no Brasil e os seus objetivos de controle e
acompanhamento de atividades que utilizem recursos naturais, assim como as organizações
detentoras de licenças ambientais, as quais possuem reconhecimento público de que suas
atividades são realizadas com a perspectiva de promover a qualidade ambiental e a
sustentabilidade.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e seu smartphone para realização
das tarefas em aula.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
BEM-VINDO AO ESTUDO DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
MÓDULO 1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
IMPORTANTE INSTRUMENTO DA
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, O
LICENCIAMENTO É UMA EXIGÊNCIA LEGAL A
QUE ESTÃO SUJEITOS TODOS OS
EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADES QUE
EMPREGAM RECURSOS NATURAIS OU QUE
POSSAM CAUSAR ALGUM TIPO DE POLUIÇÃO
OU DEGRADAÇÃO AO MEIO AMBIENTE.
VOCÊ SABIA
Poluir significa sujar, macular, manchar (derivado do latim polluere e pollutus). Assim, o ato ou
efeito de poluir é designado de poluição. O termo “poluição” refere-se à degradação do
ambiente e está ligada à ideia de contaminação.
A poluição pode ocorrer de diferentes formas, que estão sendo apresentadas a seguir:
Vale a pena ressaltar que as diferentes formas de poluição podem gerar grandes impactos
negativos aos diferentes ecossistemas do planeta. Sendo assim, é fundamental a utilização de
medidas que possam minimizar e, sempre que possível, evitar a sua ocorrência.
III - A biota.
Outro problema que pode aqui ser mencionado é a questão do saneamento básico. De forma
simplificada, entende-se como saneamento o conjunto de medidas que têm por objetivo
preservar ou modificar as condições ambientais, para que com isso se possa prevenir doenças,
promovendo a saúde e melhorando a qualidade de vida da população, bem como a
produtividade do indivíduo.
SAIBA MAIS
Inúmeras regiões, mesmo nos grandes centros urbanos, onde seria esperado que todos os
dejetos fossem devidamente enviados para centrais de tratamento de esgoto, continuam
depositando as águas residuais em mananciais que, ao final das contas, acabam se tornando
verdadeiros “rios mortos” por não mais conseguirem sustentar nenhuma forma de vida, tendo
seus ecossistemas totalmente destruídos.
Foto: fabiocostafotografia123 / Shutterstock.com
A falta de saneamento básico ainda é uma realidade no Brasil.
Esgotamento de
Envasamento de bebidas Consumo de água
recursos hídricos
Processo produtivo
Ruído Poluição sonora
transporte
Resíduo sólido
Rotinas administrativas Poluição solo e águas
administrativo
Resíduo sólido
Ambulatório médico Poluição solo e águas
ambulatorial
Foi somente na década de 1960 que o termo “meio ambiente” foi usado pela primeira vez – em
uma reunião do Clube de Roma, cujo objetivo era a reconstrução dos países que se
encontravam no pós-guerra. Ali começou a ser estabelecida toda polêmica relacionada aos
problemas ambientais. Até então, a avaliação feita para a execução de projetos se limitava a
uma análise econômica.
Esse instrumento legal dispunha sobre os objetivos e os princípios da política ambiental norte-
americana, exigindo para todos os empreendimentos com potencial de impactar o meio
ambiente, a observação de alguns pontos, como:
Alternativas da ação.
Posteriormente, esse importante instrumento foi adotado também pela França, Canadá,
Holanda, Grã-Bretanha e Alemanha. Em 1972, foi realizada, em Estocolmo, a I Conferência
Mundial de Meio Ambiente, cujo objetivo era estabelecer uma visão global e princípios
comuns, que iriam servir de inspiração e orientação à humanidade para preservação e
melhoria do ambiente.
Existiam nessa época grandes lacunas que dificultavam de forma muito significativa as ações
relativas à preservação e ao controle da qualidade ambiental. Muitas vezes, empreendedores,
gestores, entre outros profissionais mais preocupados com as questões ambientais e dispostos
a investirem nesse sentido, sentiam-se perdidos diante de tão poucas informações e
orientações de cunho oficial de como proceder para atender e tentar vencer esse desafio.
No Brasil, a árdua tarefa do licenciamento ambiental teve início nas leis estaduais criadas na
década de 1970, que tinham como objetivo a tentativa de controle de poluição ambiental, em
face ao grande desenvolvimento econômico nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. As
primeiras tentativas de aplicação de métodos para avaliação de impactos ambientais foram
decorrentes de exigências de órgãos financeiros internacionais, para que fossem aprovados
empréstimos para a realização de projetos governamentais.
Foto: Shutterstock.com
Por meio dessa lei, a avaliação de impactos ambientais e o licenciamento ambiental foram
criados como instrumentos para que fossem atingidos os objetivos de preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar no país condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade humana.
Pode-se definir o licenciamento ambiental como o procedimento por meio do qual o poder
público, sendo representado pelos respectivos órgãos ambientais, dá autorização e
acompanha a implantação e a operação de atividades e serviços que utilizam os recursos
naturais ou, ainda, que sejam consideradas poluidoras e causadoras de impactos ambientais.
É uma exigência legal e uma ferramenta do poder público para o controle ambiental.
SAIBA MAIS
Desde 1981, de acordo com a Lei Federal nº 6.938, o licenciamento ambiental tornou-se
obrigatório em todo o território nacional e as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras
não podem funcionar sem o devido licenciamento e sua licença. O licenciamento ambiental
opera como um processo de acompanhamento sistemático das consequências ambientais de
determinada atividade, desde as etapas iniciais de seu planejamento até as regras de
operação.
A mitigação dos impactos ambientais depende do esforço coletivo do poder público, sociedade
e empresas. São necessárias desde medidas mais simples até ações mais complexas,
conforme exemplos a seguir:
Reciclagem.
Apesar do fato de que, quando se fala em impacto ambiental, exista uma tendência natural de
se associar a algo negativo, é importante destacar que existem situações nas quais o impacto
pode ser considerado como positivo ou benéfico. Isso acontece quando a ação resulta na
melhoria da qualidade, como, por exemplo, a recuperação das matas ciliares, a limpeza de
rios, o replantio de árvores, assim como a criação de espaços verdes em grandes centros
urbanos.
O impacto somente será considerado adverso ou negativo nos casos em que a ação resultar
em algum dano à qualidade ou parâmetro ambiental. Além disso, é interessante saber que
os impactos ambientais podem ser classificados de diferentes formas, sendo estas:
Impacto regional Quando o efeito se propaga por uma área e suas imediações.
Impacto
Quando o efeito permanece por tempo determinado.
temporário
São aqueles cujo efeito se propaga por uma área maior que
Impactos
vai além das imediações do local onde a atividade está sendo
regionais
desenvolvida, como a chuva ácida.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A POLUIÇÃO:
I) PREJUDICA O MEIO AMBIENTE PODENDO CAUSAR PREJUÍZOS À
SAÚDE HUMANA.
II) ALTERA OS RECURSOS NATURAIS.
III) PROVOCA DESEQUILÍBRIOS ECOLÓGICOS.
A) I, II, III
B) I e II
C) I e III
D) II e III
E) I, somente
A) I, II e III, somente
C) I, II, IV e V, somente
D) II, III e V
E) II, somente
GABARITO
A poluição:
I) Prejudica o meio ambiente podendo causar prejuízos à saúde humana.
II) Altera os recursos naturais.
III) Provoca desequilíbrios ecológicos.
O termo poluição é usado quando o ritmo vital e natural em uma área ou mais da biosfera é
quebrado, afetando a qualidade ambiental, podendo oferecer riscos ao homem e ao meio.
II. A Avaliação de Impacto Ambiental – AIA tem por objetivo identificar os impactos
potenciais das futuras instalações de um empreendimento.
III. O licenciamento ambiental não é obrigatório em todo o território nacional. As
atividades potencialmente poluidoras podem funcionar sem o devido licenciamento
dependendo do estado do Brasil.
Desde 1981, de acordo com a Lei Federal nº 6.938, o licenciamento ambiental tornou-se
obrigatório em todo o território nacional e as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras
não podem funcionar sem o devido licenciamento e sua licença.
MÓDULO 2
ELEGIBILIDADE E APLICABILIDADE DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Somente após cerca de cinco anos de o licenciamento ambiental ter se tornado obrigatório
para as atividades consideradas modificadoras do meio ambiente, período marcado por um rico
processo de experiências, nas quais se enfrentou grandes dificuldades, pela falta de prática
relacionada aos procedimentos para o licenciamento ambiental, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), por meio da resolução nº 001/86, definiu de que forma deveria ser
realizada a avaliação de impactos ambientais.
ATENÇÃO
A Resolução nº 001/86 do CONAMA não só definiu em que consistia cada um deles, mas
também estabeleceu a relação das atividades para as quais a sua exigência tornou-se
obrigatória. A partir de então, passou a depender da autorização prévia à aprovação do
EIA/RIMA pela autoridade ambiental local, mediante procedimentos regulamentados para a
concessão da licença ambiental.
A resolução CONAMA 0001/86 apresentou-se como um divisor de águas. Principalmente, para
aqueles que, de fato, queriam exercer as suas atividades, mas estavam realmente
preocupados em fazê-lo respeitando as leis já então existentes para a proteção ambiental.
EXEMPLO
3. Caso a resposta seja afirmativa, como proceder para estar de acordo com a legislação
ambiental, cumprindo, assim, com todas as exigências relacionadas à legislação ambiental?
Porém, se a sua responsabilidade socioambiental se isente, inclusive, das penalidades
decorrentes dos danos causados, como proceder?
Essas e muitas outras perguntas ficavam sem respostas efetivas e, muito provavelmente,
apesar das boas intenções, muitos impactos ao meio ambiente eram ocasionados. Essa falta
de conhecimento servia, inclusive, como justificativa para o erro. Contudo, com a resolução
CONAMA 0001/86, não só esse grupo empresarial hipotético, mas qualquer outro passou a ter
as informações necessárias.
Por meio dessa resolução, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no uso das
suas atribuições e considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as
responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da
Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente, resolveu especificar alguns pontos importantes relacionados ao assunto e que serão
brevemente expostos a seguir:
ARTIGO 3º DA RESOLUÇÃO
Fica determinado que dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e
respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do IBAMA,
o licenciamento de todas as atividades que, pela lei, sejam de competência federal. Em outras
palavras, a partir da publicação da resolução, qualquer atividade modificadora do meio
ambiente passou a ser obrigada a elaborar o EIA/RIMA para conseguir o licenciamento estar
de acordo com a legislação ambiental.
ARTIGO 4º DA RESOLUÇÃO
Fica estabelecido que os órgãos ambientais competentes e os órgãos setoriais do SISNAMA
deverão compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamento e
implantação das atividades consideradas modificadoras do meio ambiente, respeitados os
critérios e diretrizes estabelecidos por essa Resolução e tendo por base a natureza, o porte e
as peculiaridades de cada atividade. Isso quer dizer, que dependendo do potencial do impacto
a ser causado pela atividade, serão determinados procedimentos específicos pelo órgão
ambiental, que deverá acompanhar o cumprimento dessas exigências em todas as fases do
processo.
ARTIGO 5º DA RESOLUÇÃO
Fica determinado que o EIA, além de atender à legislação, em especial os princípios e
objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá também às
seguintes diretrizes gerais:
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localiza.
Por meio do parágrafo único desse artigo, fica estabelecido que, ao determinar a execução do
estudo de impacto ambiental, o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o
município, fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características
ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise
dos estudos.
ARTIGO 7º DA RESOLUÇÃO
Determina que o estudo de impacto ambiental será realizado por uma equipe multidisciplinar
devidamente habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e
que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. Cabe aqui ressaltar a
importância dessa determinação, pois caso a equipe multidisciplinar estivesse ligada ao
proponente do projeto, poderia existir conflito de interesses e, até mesmo, a elaboração de um
relatório que não fosse fiel à realidade dos impactos possivelmente causados pela atividade ou
empreendimento.
ARTIGO 8º DA RESOLUÇÃO
Fica estabelecido que correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos
referentes à realização do estudo de impacto ambiental, tais como: coleta e aquisição dos
dados e informações, trabalhos e inspeções de campo, análises de laboratório, estudos
técnicos e científicos e acompanhamento e monitoramento dos impactos, elaboração do RIMA
e fornecimento de pelo menos 5 (cinco) cópias. Em outras palavras, todas à custa da
elaboração do EIA/RIMA serão da responsabilidade de quem estiver solicitando o
licenciamento, ficando os órgãos ambientais isentos de qualquer despesa.
ARTIGO 9º DA RESOLUÇÃO
Determina que o relatório de impacto ambiental – RIMA, refletirá as conclusões do estudo de
impacto ambiental e conterá, no mínimo:
III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais da área de influência do
projeto.
No parágrafo único desse artigo, fica estabelecido que o RIMA deve ser apresentado de forma
objetiva e adequada à sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem
acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação
visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como
todas as consequências ambientais de sua implementação. Cabe aqui ressaltar também que
esse parágrafo único é extremamente importante no sentido de possibilitar que a comunidade,
ainda que leiga sobre o assunto, consiga compreender as situações adversas e os possíveis
impactos positivos ou negativos causados pela atividade no local e, consequentemente, nas
suas próprias vidas.
Por meio do parágrafo único, fica estabelecido que o prazo para a manifestação a que se
refere o artigo terá o seu termo inicial na data do recebimento pelo órgão estadual competente
ou pela SEMA do estudo do impacto ambiental e seu respectivo RIMA.
No inciso primeiro desse artigo, fica estabelecido que os órgãos públicos que manifestarem
interesse, ou tiverem relação direta com o projeto, receberão cópia do RIMA, para
conhecimento e manifestação.
O QUE É O EIA?
Em razão disso, a norma prevê distintas espécies de avaliação de impactos ambientais, dentre
eles, cabe mencionar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada (PRAD), plano e projeto de controle ambiental, dentre outros.
Como uma espécie de avaliação de impacto ambiental, o EIA materializa o princípio da
prevenção do dano ambiental e constitui um dos principais instrumentos de proteção do
ambiente (FIORILLO, 2013, p. 226-227).
III. Definir limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localize.
No artigo 6° dessa resolução, estão definidas as diretrizes que o EIA deverá desenvolver.
Essas diretrizes são fundamentais para que os empreendimentos e atividades cuja
exigibilidade exista possam, de fato, elaborar o estudo seguindo as orientações e não
encontrar empecilhos primários na obtenção da licença ambiental à qual o documento está
vinculado.
Vale a pena destacar, mais uma vez, que será de responsabilidade do empreendedor arcar
com os custos para a realização do EIA. Deverá ser contratada uma empresa de consultoria na
qual os membros envolvidos na realização do estudo de impactos ambientais possuam
inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades, que é administrado pelo Ibama. A
empresa contratada é a responsável por todos os resultados obtidos, inclusive as medidas
mitigatórias.
O RIMA deve obedecer aos requisitos mínimos previstos no art. 9º da Resolução CONAMA
01/86 e, quando aferida a falsidade das informações previstas, essa conduta configura crime
ambiental de acordo com o art. 69-A, Lei 9.605/98.
ATENÇÃO
Esses documentos somente são exigidos para empreendimentos com grande potencial de
degradação e poluição ambiental. Ou seja, para pequena degradação, não há necessidade.
II – Ferrovias.
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins
hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para
navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques.
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de
10MW.
XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas
por dia.
Conforme os assuntos abordados, podemos concluir que o meio ambiente pode ser
considerado um bem de interesse público, e sendo o bem particular ou público, este deve ser
usufruído por toda a coletividade. Dessa forma, qualquer intervenção deverá ser submetida aos
órgãos ambientais competentes para consentimento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ACERCA DO ESTUDO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS, ESTÁ CORRETO O
QUE SE AFIRMA EM:
ANALISE AS AFIRMAÇÕES:
GABARITO
1. Acerca do Estudo dos Impactos Ambientais, está correto o que se afirma em:
A afirmativa A está incorreta, pois é o RIMA quem refletirá as conclusões do EIA, e não o
contrário. As afirmativas B, C e D estão incorretas porque são referentes ao RIMA − Relatório
de Impacto Ambiental, e não ao EIA. Já a afirmativa E está correta, pois o EIA garante a
amenização de impactos negativos.
Analise as afirmações:
Desde 1981, de acordo com a Lei Federal nº 6.938, o licenciamento ambiental tornou-se
obrigatório em todo o território nacional e as atividades consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras não poderiam mais funcionar sem o devido licenciamento. O licenciamento
ambiental opera como um processo de acompanhamento sistemático das consequências
ambientais de uma determinada atividade, desde as etapas iniciais de seu planejamento até a
efetiva operação.
É importante chamar a atenção para o fato de que não se deve confundir licenciamento
com licença ambiental. A resolução CONAMA 237/97 descreve que licença ambiental é
o...
CONAMA 237/97.
Ainda de acordo com resolução CONAMA 237/97, a licença ambiental é um documento, com
prazo de validade definido, em que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições
e medidas de controle ambiental a serem seguidas pelo empreendedor. Já o licenciamento
ambiental é um procedimento administrativo que licencia uma atividade utilizadora de recursos
naturais, efetiva ou potencialmente perigosa ao meio ambiente. É uma sucessão ordenada de
formalidades para que se consiga obter a licença ambiental.
TIPOS DE LICENÇAS
Licença de Instalação (LI)
Licença de Operação (LO)
No que se refere à Licença Prévia (LP), a sua concessão ocorre na fase inicial do
empreendimento. Nessa fase, deve ficar atestada a viabilidade ambiental, assim como a
aprovação da localização e da concepção. É na Licença Prévia que ficam estabelecidos os
requisitos básicos e as condições a serem atendidos nas etapas seguintes, isto é, na Licença
de Instalação e Licença de Operação.
VOCÊ SABIA
De acordo com a Resolução CONAMA 237/1997, art. 8º, inc. I., para a sua concessão é
necessária a apresentação do Projeto Básico pelo empreendedor que deve preencher os
requisitos previstos no art. 6º, IX, Lei 8.666/1993 (Lei Geral de Licitações), devendo indicar os
elementos indispensáveis de forma precisa, com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que viabilizem a aferição do impacto ambiental, assim como os custos da obra e
o seu prazo de execução. Cabe aqui destacar que o prazo de validade da licença prévia é de,
no máximo, cinco anos.
Além dessas três licenças, existem outras modalidades de licenças que são
apresentadas a seguir:
Licença de
Por meio da LIO o órgão ambiental autoriza, em uma única fase,
Instalação e de
a instalação e a operação de atividade ou empreendimento.
Operação (LIO)
Existem alguns casos de licenciamento ambiental no Brasil que mesmo após décadas
continuam gerando controvérsias e grandes discussões. Como exemplo para evidenciar essa
afirmação pode-se citar, de forma simplificada, o caso da instalação da usina hidrelétrica de
Belo Monte, que é a maior usina hidrelétrica, exclusivamente brasileira.
O Projeto do Complexo Kararaô, esse foi o primeiro nome dado à Usina de Belo Monte, foi
idealizado em 1975. Tinha como objetivo a expansão da oferta energética brasileira em um
momento em que o país se encontrava numa fase de grande crescimento econômico. Devido a
grande complexidade do projeto, muitos debates sobre a instalação aconteceram. Porém,
pouco se falava da importância da preservação dos povos e das comunidades tradicionais
indígenas que habitavam no local ou mesmo dos grandes impactos ambientais provenientes do
alagamento de uma imensa porção de terra.
Em um cenário repleto de grandes conflitos, com o povo ribeirinho e com diferentes aldeias
indígenas, os responsáveis pelo projeto foram alvo de muitas manifestações contrárias,
principalmente por parte dos indígenas, que resistiram bravamente a qualquer alteração
substancial no seu habitat. O represamento da barragem iria alagar diversas etnias, e não foi
levado a cabo pela pressão dos diversos sujeitos envolvidos na construção da Usina de Belo
Monte.
Somente após mais de duas décadas de recuo dos projetos e devido, principalmente, ao risco
de um apagão no final da gestão do então presidente da República, Fernando Henrique
Cardoso, novos estudos foram levantados em 2001 e apresentados à ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica). Todavia, sua finalização foi impedida pela Justiça. Nesse novo
projeto, já havia previsão de um menor impacto nas aldeias indígenas e nos povos ribeirinhos e
uma considerável diminuição da área de alagamento.
Sendo eles:
FUNAI
Quando a atividade ou o empreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-se
em terra indígena.
INCRA
Quando a atividade ou o empreendimento submetido ao licenciamento ambiental localizar-se
em terra quilombola.
IPHAN
Quando se localiza em área onde foi constatada a ocorrência dos bens culturais acautelados.
ICMBIO
Quando houver impactos da atividade ou empreendimento sobre espécies ameaçadas de
extinção, nos casos em que o Ibama julgar pertinente.
De modo geral, os órgãos mencionados atuam nas etapas de definição de escopo, análise
técnica e acompanhamento do processo de licenciamento ambiental federal. Mas é bom que
fique bem claro que o nosso ordenamento jurídico proíbe que o licenciamento seja realizado
simultaneamente, sendo o Ibama o órgão executor do licenciamento ambiental de competência
da União.
As regras de competência encontram-se fixadas na Lei Complementar 140/2011, art. 7º, inciso
XIV, e no Decreto nº 8.437/15. Dessa forma, são de competência do Ibama o licenciamento
ambiental de atividades e de empreendimentos:
DICA
C) A sua concessão ocorre na fase inicial do empreendimento, na qual deve ficar atestada a
viabilidade ambiental, assim como a aprovação da localização e da concepção.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É fato que, para que se consiga caminhar no sentido do crescimento econômico de forma
sustentável, é essencial que existam leis, normas e outros mecanismos que possam orientar e
conduzir a realização de atividades e de serviços que tenham potencial para provocar impactos
ambientais.
Porém, deve ficar claro que não é suficiente existir uma legislação rígida quanto à concessão
de licenças ambientais, se os órgãos ambientais não forem igualmente rígidos e cuidadosos na
fiscalização para emissão dessas licenças.
Vale a pena ressaltar que, quando se menciona proteção ao meio ambiente, não se está, de
forma alguma, restringindo essa ação somente à fauna e à flora, mas também à preservação
do modo de vida de muitas comunidades
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira (NBR) 14001.
Sistema de Gestão Ambiental. 2015.
BRASIL. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Brasília, DF: 1981.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, DF. Consultado na internet em: 27 set. 2021.
CONAMA. Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. D.O.U. Publicado em: 17 fev. 1986.
FIORILLO, C. A. P. Curso de direito ambiental brasileiro. 14. ed. rev., ampl. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2013.
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