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autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
56 p.:il.
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ÍNDICE
1 Classificação de áreas.............................................................................................................. 6
1.1 Definições ................................................................................................................................. 6
1.1.1 Atmosfera explosiva.................................................................................................................. 6
1.1.2 Área classificada....................................................................................................................... 6
1.1.3 Explosão ................................................................................................................................... 6
1.1.4 Ignição ...................................................................................................................................... 6
1.2 Classificação segundo as normas européias (IEC).................................................................. 7
1.2.1 Classificação em zonas ............................................................................................................ 7
1.2.2 Classificação em grupos........................................................................................................... 8
1.3 Temperatura de ignição espontânea........................................................................................ 9
1.3.1 Temperatura de superfície........................................................................................................ 9
2 Método de proteção................................................................................................................ 11
2.1 Possibilidade de explosão ...................................................................................................... 11
2.1.1 Métodos de prevenção ........................................................................................................... 11
2.2 À prova de explosão (Ex d)..................................................................................................... 12
2.2.1 Características ........................................................................................................................ 13
2.2.2 Aplicações............................................................................................................................... 14
2.3 Pressurizados (Ex p)............................................................................................................... 14
2.4 Encapsulado (Ex m)................................................................................................................ 16
2.5 Imerso em óleo (Ex o)............................................................................................................. 16
2.6 Enchimento de areia (Ex q) .................................................................................................... 17
2.7 Segurança intrínseca (Ex i) .................................................................................................... 17
2.8 Segurança aumentada (Ex e)................................................................................................. 17
2.9 Não ascendível (Ex n)............................................................................................................. 18
2.10 Proteção especial (Ex s)......................................................................................................... 19
2.11 Combinação das proteções.................................................................................................... 19
2.12 Aplicação dos métodos de proteção ...................................................................................... 19
3 Segurança intrínseca (ex i)..................................................................................................... 20
3.1 Origem .................................................................................................................................... 20
3.1.1 Energia de ignição .................................................................................................................. 21
3.1.2 Princípios ................................................................................................................................ 22
3.1.3 Energia elétrica ....................................................................................................................... 22
3.2 Limitadores de energia ........................................................................................................... 23
3.2.1 Limite de corrente ................................................................................................................... 24
3.2.2 Limite de tensão...................................................................................................................... 24
3.2.3 Cálculo da potência ................................................................................................................ 25
3.2.4 Armazenadores de energia..................................................................................................... 25
3.2.5 Elementos armazenadores controlados ................................................................................. 26
3.2.6 À prova de falhas .................................................................................................................... 26
3.2.7 À prova de defeitos ................................................................................................................. 27
3.2.8 Categorias proteção ............................................................................................................... 28
3.2.8.1 Categoria “ia” .......................................................................................................................... 28
3.2.8.2 Categoria “ï b” ......................................................................................................................... 28
3.2.9 Aterramento ............................................................................................................................ 28
3.2.10 Equipotencialidade dos terras................................................................................................. 29
3.2.10.1 Cálculo da sobretensão .......................................................................................................... 30
3.2.11 Isolação galvânica .................................................................................................................. 31
4 Marcação ................................................................................................................................ 33
4.1 A Certificação da segurança intrínseca.................................................................................. 34
4.1.1 Equipamento simples.............................................................................................................. 34
4
4.1.2 Equipamentos intrinsecamente seguros................................................................................. 34
4.1.3 Equipamentos intrinsecamente seguros associados ............................................................. 34
4.2 Parametrização....................................................................................................................... 35
4.2.1 Intrinsecamente seguro .......................................................................................................... 35
4.2.2 Intrinsecamente seguro associado ......................................................................................... 35
4.3 Conceito de entidade .............................................................................................................. 36
4.3.1 Aplicação da entidade ............................................................................................................ 37
4.3.2 Análise das marcações........................................................................................................... 38
4.4 Temperatura de ignição espontânea...................................................................................... 38
5 Aplicações típicas ................................................................................................................... 39
5.1 Barreiras Zener ....................................................................................................................... 39
5.1.1 Contato seco ........................................................................................................................... 39
5.1.2 Sensor de proximidade ........................................................................................................... 40
5.1.3 Solenóides e sinalizadores ..................................................................................................... 40
5.1.4 Transmissores de corrente ..................................................................................................... 41
5.1.5 Conversor eletropneumático................................................................................................... 41
5.1.6 Termopares............................................................................................................................. 42
5.1.7 Termoresistências................................................................................................................... 42
5.2 Isoladores galvânicos ............................................................................................................. 43
5.2.1 Repetidores digitais ................................................................................................................ 44
5.2.2 Monitor de velocidade............................................................................................................. 44
5.2.3 Drives digitais.......................................................................................................................... 45
5.2.4 Repetidores analógicos .......................................................................................................... 46
5.2.4.1 Smart transmitters................................................................................................................... 47
5.2.5 Drives analógicos.................................................................................................................... 47
5.2.6 Termoresistências................................................................................................................... 48
5.2.7 Termopares............................................................................................................................. 49
5.2.8 Outras aplicações ................................................................................................................... 50
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CAPÍTULO I
1 Classificação de áreas
A identificação das áreas de risco das instalações industriais é normalmente executada por
engenheiros de processos ou químicos, altamente especializados na área.
1.1 Definições
A seguir estão alguns termos utilizados na identificação e classificação das áreas de risco,
potencialmente explosivas:
Pode-se entender como um local aberto ou fechado, onde existe a possibilidade de formação
de uma atmosfera explosiva, podendo ser dividido em zonas de diferentes riscos, sem que haja
nenhuma barreira física.
1.1.3 Explosão
1.1.4 Ignição
É a chama ocasionada por uma onda de choque, que tem sua origem em uma faísca ou arco
elétrico ou por efeito térmico.
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1.2 Classificação segundo as normas européias (IEC)
A idéia de classificação das áreas de risco visa agrupar as diversas áreas que possuem grau
de risco semelhante, tornando possível utilizar equipamentos elétricos projetados especialmente para
cada área.
A classificação baseia-se no grau de periculosidade da substância combustível manipulada e
na freqüência de formação da atmosfera potencialmente explosiva. Visando a padronização dos
procedimentos de classificação das áreas de risco, cada País adota as recomendações de Normas
Técnicas. No Brasil a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) utiliza a coletânea de
Normas Técnicas da IEC (International Electrotechnical Commission), que trata da classificação das
áreas no volume IEC-79-10.
Classificação
Descrição
em Zonas
Área onde a atmosfera explosiva, formada por gases combustíveis, ocorre
ZONA 0
permanentemente ou por longos períodos.
Área onde a atmosfera explosiva, formada por gases combustíveis,
ZONA 1
provavelmente ocorra em operação normal dos equipamentos.
Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por
ZONA 2 gases combustíveis, em condições normais de operação, e se ocorrer é por
curto período de tempo.
Área onde a atmosfera explosiva, formada por poeiras combustíveis, ocorre
ZONA 10
permanentemente ou por longos períodos.
Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por
ZONA 11 poeiras combustíveis, em condições normais de operação, e se ocorrer é por
curto período de tempo.
Área onde a atmosfera explosiva, formada por substâncias analgésicas ou anti-
ZONA G sépticas em centros cirúrgicos, ocorre permanentemente ou por longos
períodos.
Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por
ZONA M substâncias analgésicas ou anti-sépticas em centros cirúrgicos, em condições
normais de operação, e se ocorrer é por curto período de tempo.
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Figura 1.1 – Exemplo de classificação por zonas
Grupos Descrição
Ocorre em minas onde prevalecem os gases da família do metano
Grupo I
(grisou) e poeira de carvão.
Ocorre em indústrias de superfície (químicas, petroquímicas,
Grupo II
farmacêuticas, etc), subdividindo-se em IIA, IIB e IIC.
Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalecem os gases da
Grupo IIA
família do propano.
Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalecem os gases da
Grupo IIB
família do etileno.
Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalecem os gases da
Grupo IIC
família do hidrogênio (incluindo-se o acetileno).
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NOTA 2: Esta classificação segundo a normalização da IEC, não cobre as poeiras e fibras
combustíveis, a norma apropriada está em elaboração.
É importante notar que não existe correlação entre a energia de ignição do gás (grau de
periculosidade) e a temperatura de ignição espontânea, exemplo disto é o Hidrogênio que necessita
9
de 20 µ Joules ou 560ºC, enquanto o Acetaldeído requer mais de 180µ Joules, mas detona-se
espontaneamente com 140ºC.
É evidente que um equipamento classificado para uma determinada Categoria de
Temperatura de Superfície, pode ser usado na presença de qualquer gás (de qualquer Grupo ou
Classe) desde que tenha a temperatura de ignição espontânea maior que a categoria do instrumento.
10
CAPÍTULO II
2 Método de proteção
11
Esses métodos de proteção baseiam-se em um dos princípios:
• Confinamento: este método evita a detonação da atmosfera, confinando a explosão
em um compartimento capaz de resistir a pressão desenvolvida para as áreas
vizinhas. (exemplo: equipamentos à prova de explosão);
• Segregação: é a técnica que visa separar fisicamente a atmosfera potencialmente
explosiva da fonte de ignição (ex: equipamentos pressurizados, imersos e
encapsulados);
• Prevenção: neste método controla-se a fonte de ignição de forma a não possuir
energia elétrica e térmica suficiente para detonar a atmosfera explosiva (exemplo:
equipamentos intrinsecamente seguros).
Os cabos elétricos que entram e saem do invólucro devem ser conduzidos por eletrodutos
metálicos, pois também são considerados como uma fonte de ignição. Para evitar a propagação de
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uma explosão interna, através das entradas e saídas de cabo do invólucro, devem ser instalados
Unidades Seladoras, que consistem de um tubo rosqueado para união do eletroduto com o invólucro,
sendo preenchida com uma massa especial que impede a propagação das chamas através dos
cabos.
2.2.1 Características
Os invólucros à prova de explosão não são permitidos, em zonas de alto risco (Zona 0), pois
a integridade do grau de proteção depende de uma correta instalação e manutenção. Abaixo
indicamos alguns desses problemas:
• A segurança do invólucro à prova de explosão depende da integridade mecânica,
tornando necessária uma inspeção de controle periódica;
• Não é possível ajustar ou substituir componentes com o equipamento energizado,
dificultando os processos de manutenção;
• Normalmente também se encontram dificuldades de se remover a tampa frontal, pois
necessita de ferramenta especial para retirar e colocar os vários parafusos, sem
contar o risco na integridade da junta (interstício);
• A unidade atmosférica e a condensação podem causar corrosões nos invólucros e
seus eletrodutos, obrigando em casos especiais a construção do invólucro e metais
nobres como o aço inoxidável, bronze, etc; tornando ainda mais caro, os invólucros,
devido ao seu peso.
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Figura 2.4 – Invólucro á prova de explosão Figura 2.5 – Luminária á prova de explosâo
com eletroduto e unidade seladora
Figura 2.6 – Micro switch à prova de Figura 2.7 – Sirene elétrica à prova de
explosção explosâo
2.2.2 Aplicações
14
A atmosfera explosiva é impedida de penetrar no invólucro devido ao gás de proteção (ar ou
gás inerte) que é mantido com uma pressão levemente maior que a da atmosfera externa.
A sobrepressão interna pode ser mantida ou sem um fluxo contínuo, e não requer nenhuma
característica adicional de resistência do invólucro, mas recomenda-se a utilização de dispositivos de
alarme que detectam alguma anormalidade da pressão interna do invólucro e desenergizam os
equipamentos imediatamente depois de detectada a falha.
Esta técnica pode ser aplicada a painéis elétricos de modo geral e principalmente como uma
solução para salas de controle, que podem ser montadas próximas às áreas de risco, conforme
mostrado na Figura 2.8.
O processo de diluição contínua deve ser empregado, quando a sala pressurizada possuir
equipamentos que produzam a mistura explosiva, tais como: salas cirúrgicas, analisadores de gases,
etc.
Desta forma o gás inerte deve ser mantido em quantidade tal que a concentração da mistura
nunca alcance 25% do limite inferior de explosividade do gás gerado.
O sistema de alarme neste caso deve ser baseado na quantidade relativa do gás de proteção
na atmosfera, atuando também na desenergização da alimentação.
15
2.4 Encapsulado (Ex m)
16
2.6 Enchimento de areia (Ex q)
Similar ao anterior sendo que a segregação é obtida com o preenchimento do invólucro com
pó, normalmente o pó de quartzo ou areia, evitando desta forma inflamar a atmosfera ao redor, quer
pela transmissão da chama, quer pela temperatura excessiva das paredes do invólucro ou da
superfície. Encontrado como forma de proteção para leito de cabos no piso, conforme a Figura 2.11.
17
As normas técnicas prevêem grande flexibilidade para os equipamentos de Segurança
Aumentada, pois permitem sua instalação em Zonas 1 e 2, onde todos os cabos podem ser
conectados aos equipamentos através de prensa-cabos, não necessitando mais dos eletrodutos
metálicos e suas unidades seladoras, conforme ilustrado nas Figuras 2.12 e 2.13:
18
2.10 Proteção especial (Ex s)
Este método de proteção, de origem Alemã, não está coberto por nenhuma norma técnica e
foi desenvolvido para permitir a certificação de equipamentos que não sigam nenhum método de
proteção, e possam ser considerados seguros para a instalação em áreas classificadas, por meios de
testes e análises do projeto, visando não limitar a inventividade humana.
A aplicação dos métodos de proteção está prevista nas normas técnicas, e regulamenta as
áreas de risco onde os diversos métodos de proteção podem ser utilizados, pois o fator de risco de
cada área foi levado em conta na elaboração das respectivas normas, conforme a Tabela 2.1.
Encapsulado Ex m 1e2
Segregação
Imersão em Óleo Ex o 1e2
Imerso em Areia Ex q 1e2
Ex ia 0, 1 e 2
Intrinsecamente Seguro
Ex ib 1e2
Supressão
Segurança Aumentada Ex e 1e2
Não Ascendível Ex n 2
Nota: Os equipamentos projetados para a zona 0 podem ser instalados nas zonas 1 e 2, bem
como os da zona 1 podem também ser instalado na zona 2.
19
CAPÍTULO III
3.1 Origem
Uma pesquisa posterior provou que o fator mais importante, a fim de considerar um circuito
seguro é a energia que ele armazena. No caso da mina, a energia estava armazenada no indutor da
campainha e nos longos fios de interligação. A circulação da corrente no ponto de chaveamento, se
não for devidamente limitada, pode gerar níveis de energia capazes de provocar um arco elétrico,
com potência suficiente para detonar uma mistura explosiva. O conceito de Segurança Intrínseca
havia nascido.
Desde então os equipamentos elétricos e seus circuitos tinham de ser projetados de forma a
não produzir arcos capazes de detonar as substâncias potencialmente explosivas.
20
Estava criado o primeiro órgão de teste e certificação de sistemas de sinalização para minas.
Os estudos subseqüentes e a aplicação de componentes eletrônicos permitiram a utilização dos
conceitos para as indústrias de superfícies.
Toda mistura explosiva possui uma energia mínima de ignição (MIE -Minimum Ignition
Energy) que abaixo deste valor é impossível se provocar a detonação da atmosfera potencialmente
explosiva.
A Figura 3.2 compara a curva do Hidrogênio com o Propano, ilustrando a energia da fonte de
ignição, que efetivamente provoca a detonação; em função da concentração da mistura, ou seja: da
quantidade de combustível em relação à quantidade de ar.
O ponto que requer menor energia para provocar a detonação é chamado de M I E (Minimum
Ignition Energie), sendo também o ponto onde a explosão desenvolve maior pressão, ou seja a
explosão é maior.
Fora do ponto de menor energia MIE, a mistura necessita de maiores quantidades de energia
para provocar a ignição, ou seja: a energia de ignição é função da concentração da mistura.
As concentrações abaixo do limite mínimo de explosividade LEL (Lower Explosive Limit) não
ocorrem mais à explosão, pois a mistura está muito pobre, ou seja, muito oxigênio para pouco
combustível.
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Analogamente quando a concentração aumenta muito, acima do limite máximo de
explosividade UEL (Upper Explosive Limit), também não ocorre mais a explosão devido ao excesso
de combustível, mistura muito rica.
Os circuitos de Segurança Intrínseca sempre manipulam e armazenam energias, abaixo do
limite mínimo de explosividade dos gases representativos de cada família, considerando assim as
concentrações mais perigosas.
Desta forma mesmo em condições anormais de funcionamento dos equipamentos o circuito
de Segurança Intrínseco não provoca a ignição, pois não possui energia suficiente para isto, tornando
a instalação segura permitindo montagens até mesmo na Zona O.
3.1.2 Princípios
Dentro deste princípio, a energia total que o circuito intrinsecamente seguro pode conter deve
ser menor que a mínima energia I (mA) de ignição MIE.
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Transportando a energia em potência elétrica, obtemos uma curva que ilustra as máximas
tensões versus as máximas correntes de um circuito, conforme a Figura 3.4.
Existem três curvas, uma para cada grupo, pois quanto maior a periculosidade da mistura
menor será a energia necessária para a ignição e menor a potência que pode ser seguramente
manipulada, desta forma nota que um equipamento projetado para o grupo IIC pode ser utilizado no
IIB.
Analisando a curva podemos notar que a segurança intrínseca pode ser aplicada com
sucesso a equipamentos que consomem pouca energia, tornando-se uma opção para a
instrumentação.
Para uma instalação ser executada com a proteção da Segurança Intrínseca temos que
interfacear o elemento de campo com o instrumento de controle / sinalização, através de um limitador
de energia.
Para tornar claro esta idéia, imagine a montagem da próxima figura, onde tem um contato
mecânico proveniente de uma chave liga-desliga que deve acionar um relé auxiliar, montado no painel
de controle fora da área classificada.
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É fácil prever que com a abertura ou fechamento do contato irá ocorrer uma centelha elétrica
com energia suficiente para inflamar a atmosfera, conforme a Figura 3.5.
No circuito da Figura 3.6 a seguir acrescentamos um resistor que tem como função limitar a
corrente elétrica, o que ainda não é suficiente para eliminar a centelha apesar de reduzir sua energia.
Visando limitar a potência, chegamos ao circuito da Figura 3.7, que possui um resistor
limitando a corrente, e um diodo zener para limitar a tensão no contato de campo. Desta forma
conseguimos eliminar a possibilidade de ignição pela manipulação da energia elétrica em áreas
classificadas, logicamente escolhendo os valores do resistor e do diodo zener que mantenham a
corrente e a tensão no contato de campo, abaixo dos limites estabelecidos na curva da Figura 3.4,
com os devidos fatores de segurança, que serão discutidos posteriormente.
24
3.2.3 Cálculo da potência
Analisando-se o circuito podemos observar que com a chave aberta a máxima tensão que
chega ao circuito de campo é a tensão de corte do diodo zener que passaremos a chamar de Uo.
A corrente máxima ocorre quando a chave está fechada, sendo seu valor limitado pela
resistência R, onde também adotaremos a convenção de Io que pode ser calculado pela divisão de
Uo por R
Quando a tensão é máxima Uo a corrente é nula, pois a chave está aberta, e quando a
corrente é máxima Io a tensão é nula, pois a chave está fechada, portanto a máxima transferência de
potência ocorre no ponto médio da curva como ilustra a Figura 3.8.
1
P=UxI
Uo
Po = Uo x Io Po
2 2 Maior
transferência
Po = Uo x Io Uo/2
de potência
4
1.1
Io/2 Io
Com o circuito anterior evitamos a detonação pelo controle da energia manipulada, mas não
consideramos que em vez de um simples contato poderia ter um circuito eletrônico, como de um
transmissor de corrente, invalidando o estudo que não previa o armazenamento da energia.
Este armazenamento de energia ocorre principalmente nos circuitos eletrônicos e no cabo de
interligação que em longos comprimentos passa a ter capacitância e indutância distribuída
consideráveis, conforme a Figura 3.9.
25
A energia armazenada nos capacitores (E = V2 (1 C)/2) é liberada quando o contato fecha,
sobrepondo-se na alimentação do campo, gerando uma faísca que pode causar a ignição. Já o efeito
indutivo aparece quando se abre o contato, pois a energia gerada é proporcional a variação da
corrente
(E = I2 (1 L)/2).
26
No exemplo acima o limitador de energia que possui entrada prevista para 24Vcc, é
acidentalmente conectado ao 220Vca, provocando a ignição da atmosfera potencialmente explosiva.
Visando eliminar esta possibilidade incluímos no circuito um fusível, conforme ilustra a
próxima figura, que tem como função proteger o diodo zener.
O fusível se rompe abrindo o circuito, antes que a sobrecorrente danifique o diodo zener,
eliminando desta forma a possibilidade da tensão em corrente alternada atingir o contato de campo,
conforme a Figura 3.12.
Logicamente pretende-se eliminar a maioria das falhas humanas, mas não significa que o
profissional que irá manusear os equipamentos seja um leigo completo; capaz de conectar o elemento
de campo diretamente a rede de corrente alternada.
O diodo zener é um limitador de tensão por um problema de fabricação (defeito 1) como por
exemplo na dopagem do material semicondutor, se rompe rapidamente antes do tempo previsto para
abertura do fusível (defeito 2).
Analisando o circuito verificamos que existe ainda um outro diodo, que garante a segurança
do elemento instalado na área classificada.
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3.2.8 Categorias proteção
Esta categoria é mais rigorosa e prevê que o equipamento possa sofrer até dois defeitos
consecutivos e simultâneos mantendo com um fator de segurança de 1.5, aplicado sobre as tensões
e correntes, visando a incapacidade de provocar a ignição. Motivo pelo qual se assegura a utilização
destes equipamentos até nas zonas de risco prolongado (Zona 0).
3.2.8.2 Categoria “ï b”
3.2.9 Aterramento
Visando ainda eliminar a possibilidade de ignição, o circuito deve estar apto a desviar as
sobretensões perigosas capazes de provocar uma centelha elétrica na área classificada, conforme
ilustra a Figura 3.14:
28
Um sistema de aterramento com alta integridade deve ser utilizado para a conexão do circuito
limitador de energia, como único recurso capaz de desviar a corrente gerada por uma sobretensão em
relação ao potencial de terra, conforme a Figura 3.15.
29
Este requisito é solicitado, pois a falta de equipotencialidade é muito perigosa, para
exemplificar esta afirmação vamos supor o circuito da Figura 3.17, onde temos um conversor
eletropneumático ligado à saída de um controlador, através de uma barreira zener.
A Figura 3.18 mostra o circuito eletrônico realmente afetado pelo ruído elétrico gerado pelos
instrumentos eletrônicos. Como a resistência interna do conversor eletropneumático é muito maior
que as resistências do terra e do cabo, vamos desprezar a corrente desviada através de sua bobina
.
30
Calculando a Resistência Equivalente:
U1 = 3,34Ωx10A = 33,4V
Desta forma podemos verificar que a tensão do instrumento subiu de 24V para 57,4V o que
põem em risco a instalação que era considerada segura
Conforme ilustra a Figura 3.19, a barreira zener só é eficaz se o sistema de aterramento for
integro, mas sabemos que na prática é muito difícil de se construir e manter um aterramento com
impedância menor que 1Ω
31
A tensão em corrente contínua é aplicada ao isolador galvânico, que oscila o sinal em
corrente contínua para enviá-lo a um transformador isolador, que separa os sinais de entrada e saída
da unidade. Em seguida o sinal é reconstituído através de um retificador com filtro, e enviado ao
elemento de campo através do circuito limitador.
Neste circuito não existe mais a possibilidade do potencial perigoso da rede CA atingir o
elemento de campo, pois além dos defeitos previstos pelas normas de segurança intrínseca (defeitos
3 e 4) teríamos que ter ainda outros defeitos, para que a tensão atingisse o circuito limitador.
O transformador isolador é normalizado de forma a garantir alta isolação, e confiabilidade
total de sua incapacidade de transferir sinais elevados, por efeitos de saturação, tornando-o um
componente infalível.
32
CAPÍTULO IV
4 Marcação
A marcação é a identificação do equipamento, que visa informar o tipo de proteção e as
condições que deve ser utilizado, apresentado de uma forma simples para fácil memorização e
identificação dos instrumentos.
33
4.1 A Certificação da segurança intrínseca
34
4.2 Parametrização
Pi – potência de entrada
Máxima potência de entrada que pode ser seguramente dissipada internamente no
equipamento intrinsecamente seguro.
Ci - capacitância interna
Capacitância interna máxima vista através dos terminais intrinsecamente seguros de entrada.
35
Po – potência máxima de saída
Máxima potência que pode ser obtida nos terminais intrinsecamente seguros de um
equipamento elétrico.
Um - Tensão máxima
Máxima tensão RMS ou CC que pode ser aplicada aos terminais não intrinsecamente seguros
de um equipamento associado, sem afetar o tipo de proteção.
Uo ≤ Ui
Io ≤ Ii
Po ≤ Pi
Lo ≥ Li + Lcabo
Co ≥ Ci + Ccabo
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4.3.1 Aplicação da entidade
Para exemplificar o conceito da entidade, vamos supor o exemplo da Figura 4.1, onde temos
um transmissor de pressão Exi conectado a um repetidor analógico com entrada Exi. Os dados
paramétricos dos equipamentos foram retirados dos respectivos certificados de conformidade do
Inmetro / Cepel, e para o cabo o fabricante informou a capacitância e indutância por unidade de
comprimento.
Cabo de
interligação
Ii=103mA ≥ Io=98mA
Repetidor Analógico
[ BR Exib ] IIC Pi=980mW ≥ Po= 703mW
Uo=28,7V I o=98mA Po=703mW
Lo=3mH e Co=65nF Energia Armazenada
Li + Lcabo=0+1mH ≤ Lo=3mH
Ci + Ccabo=30nF+10nF ≤ Co=65nF
Cabo de Interconexão
Comprimento 500m Como todas inequações foram
Indutância 2mH/km satisfeitas, concluímos que é
Lcabo = 2mH/km x 0.5km = 1mH perfeitamente segura a
Capacitância 20nF/km interconexão dos instrumentos.
Ccabo = 20nF/km x 0,5km = 10nF
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4.3.2 Análise das marcações
Um limitador de energia pode ser certificado para as duas categorias e para os três grupos de
gases, sendo que quanto menor o grau de risco, maior será os elementos armazenadores de energia
que poderão ser conectados, conforme ilustra a Tabela 4.1 a seguir:
Categoria ia ib
Lembramos que todo equipamento para atmosferas explosivas possui uma classificação
segundo a temperatura de superfície que pode ser desenvolvida, conforme apresentado no item 1.5.1.
A classificação por temperatura é independente da classificação por grupos e zonas, como
por exemplo, o etileno do grupo IIB que possui temperatura de ignição espontânea de 425ºC, que é
menor que a do Hidrogênio do grupo IIC (mais perigoso) que é da ordem de 560ºC.
No Anexo I apresentamos uma lista dos gases mais comuns encontrados na indústria,
classificados por grupo e com suas respectivas temperaturas de ignição espontânea.
38
CAPÍTULO V
5 Aplicações típicas
Neste capítulo iremos ilustrar aplicações típicas dos equipamentos Intrinsecamente Seguros
tipo Barreira Zener e Isoladores Galvânicos, classificando as aplicações de acordo com a função do
elemento do campo.
A Figura 5.1 ilustra um circuito com um contato seco que atua um relé auxiliar, protegido pela
barreira que possui diodo zener de 28V, acima da tensão da fonte.
É importante notar que o circuito acrescenta uma resistência “end to end” de 300Ω (que
considera a resistência do fusível e do resistor).
Para efeitos operacionais foi introduzida no circuito, uma resistência de “loop” de 600Ω, sem
considerar a resistência da cablagem, o que pode influir no funcionamento, pois o relé se não for
devidamente escolhido, pode não operar devido à baixa corrente.
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5.1.2 Sensor de proximidade
Na aplicação com sensores de proximidade tipo Namur, próprio para instalação em áreas
classificadas, a barreira zener deve ser instalada entre o sensor e o amplificador para os
sensoresNamur (DIN-19234), conforme ilustra a Figura 5.2.
As aplicações de barreiras zener para acionamentos não são muito encontradas na prática,
pois estes elementos necessitam de potências mais altas, da ordem de 1 W o que se torna inviável
para os limitadores de corrente resistivos. De qualquer maneira, as Figuras 5.3 e 5.4 ilustram
aplicações deste tipo de configuração.
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Figura 5.4 – Barreira Zener com sinalizador luminoso
Nota: Deve-se ainda assegurar que a barreira zener permite a passagem de sinais digitais nas
aplicações com transmissores inteligentes.
Nas aplicações com conversores deve-se assegurar que a barreira zener não ofereça uma
resistência (R "end to end" + R do cabo), superior ao permitido pelo instrumento de campo.
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A Figura 5.6 mostra a barreira zener com conversor eletropneumático.
5.1.6 Termopares
Devem-se utilizar barreiras para sinais alternados, pois alguns termopares geram sinais
positivos e negativos. Deve-se ainda certificar-se que o indicador ou controlador conectado ao
termopar não será afetado pela introdução da resistência “end to end” da barreira zener. A Figura 5.7
mostra uma barreira zener para o uso com termopares.
5.1.7 Termoresistências
Nas aplicações com termoresistências devem-se utilizar barreiras zener com configuração
própria para termoresistências, ou seja, a barreira deve ter uma seção para fornecer alimentação ao
termosensor e outra seção que permita a leitura da resistência com fios de interligação
independentes.
Visando aumentar a precisão do sistema, pois é importante que o circuito de medição da
resistência seja livre de correntes de alimentação para diminuir a queda de tensão na cablagem.
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A Figura 5.8 mostra uma barreira zener para o uso com termoresistências.
Os isoladores galvânicos são mais complexos em termos de eletrônica, com custo mais
elevado comparativamente com as barreiras zener, mas em contra partida oferecem mais vantagens
práticas, tais como:
• Não necessitam de aterramento integro (< 1Ω ) ;
• Mantém as entradas isoladas eletricamente das saídas;
• Apresenta maior rejeição de ruídos de modo comum;
• Possibilitam a conversão de sinais em padrões de engenharia.
Funções adicionais de controle e supervisão, como as citadas abaixo, podem ainda ser
encontradas em alguns fabricantes especializados no setor:
• Possibilidade de programação do estado normal da saída;
• Conversão de sinais tipo: PT -100, TP, mV e V para sinal em corrente 4-20mA;
• Indicação de sinais através de display digital;
• Sinalização de alimentação, saída ou entrada e de defeitos;
• Monitoração de defeitos no circuito de campo com indicação por relé e led;
• Programação do estado da saída sob defeitos burn out;
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5.2.1 Repetidores digitais
As barreiras com esta função (entrada digital Exi) repetem sinais on/off do elemento de campo
que pode ser um contato seco de botoeiras, chaves fim-de-curso, chaves de nível, contatos auxiliares,
termostatos, pressostatos, botões de comando ou sensores de proximidade com configuração elétrica
Namur (DIN 19234). A Figura 5.9 mostra um repetidor digital galvânico.
Figura 5.9 – Repetidor digital galvânico isolado para contato seco ou sensor de proximidade
Unidades específicas podem ser utilizadas para monitorar velocidade em máquinas giratórias,
tais como: agitadores, motores, redutores, ventiladores, centrifugadores, etc; utilizando-se sensores
de proximidade Namur em conjunto com rodas dentadas, conforme a Figura 5.10.
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O instrumento pode fornecer um alarme de rotação ou ainda um sinal analógico proporcional
a rotação do equipamento monitorado. A Figura 5.11 mostra um conversor de freqüência.
Os drives digitais (saídas Exi) são na realidade fontes de alimentação Exi, ou seja, fornecem
tensão em corrente contínua para acionar elementos instalados em áreas classificadas. A Figura 5.12
mostra um drive galvanicamente isolado para solenóide.
Figura 5.12 – Drive galvanicamente isolado para solenóide, sinaleiro luminoso e sonoro
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São idéias para o acionamento de sinaleiros luminosos, sonoros e até pequenas válvulas
solenóides, conforme as Figuras 5.13 e 5.14 a seguir:
Figura 5.13 – Sinaleiro luminoso Exi Figura 5.14 – Sinaleiro sonoro Exi
Estas unidades (entrada analógica Exi) são próprias para operar com transmissores de
corrente intrinsecamente seguros. O instrumento fornece alimentação segura ao transmissor 2 fios e
reconhece o sinal de corrente 4-20mA, que é precisamente repetido na saída da unidade que é
totalmente isolada da entrada do transmissor. A Figura 5.15 mostra um drive galvanicamente isolado
para transmissores 4-20mA.
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5.2.4.1 Smart transmitters
Os drives analógicos (saída analógica Exi) têm como função acionar posicionadores e
conversores eletropneumático, retransmitindo precisamente o sinal de corrente 4-20mA recebido do
controlador. A Figura 5.17 mostra um drive analógico galvanicamente isolado para conversores 4-20.
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A confirmação do posicionamento da válvula (Figura 5.18) pode ser obtida, instalando-se um
potenciômetro junto à válvula de forma que o cursor seja movimentado em conjunto com o êmbolo.
A resistência do potenciômetro, desta forma será proporcional a abertura da válvula, sendo
que a medição da resistência poderá ser implementada por uma unidade intrinsecamente segura para
potenciômetros, que converte a variação de resistência em um sinal de corrente em 4-20mA.
5.2.6 Termoresistências
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A Figura 5.19 mostra um repetidor analógico galvanicamente isolado para termoresistências.
5.2.7 Termopares
Os repetidores de termopares são conversores de mV, que podem operar com vários tipos de
termopares, sempre com compensação de junta fria e poderosos ajustes de zero e span. Com a
isolação galvânica é possível utilizar termopares aterrados. A Figura 5.20 mostra um repetidor
analógico galvanicamente isolado para termoresistências.
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5.2.8 Outras aplicações
As aplicações mais específicas também podem ser realizadas com isoladores galvânicos,
como, por exemplo, à medida de peso através de células de carga, conforme ilustra o diagrama da
Figura 5.21:
A unidade possui uma saída para alimentar a célula de carga, uma entrada para medir a
efetiva tensão recebida na célula que possibilita compensar a queda de tensão no cabo.
Existe ainda uma outra entrada que permite medir a diferença de tensão na célula, sinal que é
isolado e precisamente convertido em um sinal de corrente 4-20mA.
O instrumento pode ser ajustado para as faixas de medição desejada, através de ajustes de
zero (tara), span e números de células utilizadas.
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BIBLIOGRAFIA
Norma IEC60079-10: Electrical apparatus for explosive gas atmospheres - Classification of hazardous areas
www.smar.com
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ANEXOS
Temperatura de ignição
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