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Manual de Apoio de Química

1- Os números quânticos
São códigos matemáticos associados à energia do electrão.
Orbital: a região de máxima probabilidade de se encontrar o electrão no átomo.
A caracterização de cada electrão no átomo é feita por quatro números quânticos:
principal, secundário (ou azimutal), magnético e spin.
Num mesmo átomo não existem dois electrões com os mesmos números quânticos.
1.1- O número quântico principal (n): Indica o nível de energia do electrão.
n = 1, 2, 3, … 7
1.2- O número quântico secundário ou azimutal (L): Está associado ao subnível de
energia do electrão.

1.3- O número quântico magnético: Está associado à região de máxima probabilidade


de se encontrar o electrão, denominada orbital.
Cada orbital comporta no máximo 2 electrões e é representado graficamente por
Ou . Os orbitais estão relacionados com os subníveis; por esse motivo, os valores
m variam de –L a +L.

1.4- O número quântico spin: Indica o sentido do giro (rotação) dos electrões. É
representado por: s. Os electrões giram no mesmo sentido ou em sentido contrário,
eles criam um campo magnético que os repelem ou os atraem. Essa rotação é
chamada de SPIN, palavra em inglês, que significa girar. É por isso que em cada
orbital os dois electrões devem ter spins contrários (+ e -).
Nesta unidade, adoptamos como convenção particular que o primeiro electrão de
um orbital será representado por uma seta para cima (↑), e o valor de seu spin
será –1/2.
A representação gráfica dos electrões num mesmo orbital pode ser feita de duas
maneiras:

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2- Distribuição eletrónica em orbitais

Essa distribuição deve ser feita de acordo com dois conceitos:


 Princípio da exclusão de Pauli
Num orbital existem no máximo 2 electrões com spins opostos
Ordem de preenchimento dos orbitais:
 Regra de Hund: Um orbital somente receberá o segundo electrão em um
determinado subnível quando todos os demais orbitais já tiverem recebido o
primeiro electrão de spin contrário.
Vejamos alguns exemplos de distribuição com a atribuição dos quatro números
quânticos ao electrão de maior energia.

Exercícios de classe

1- Faça a distribuição electrónica do elemento ₄₇Ag


2- Represente a distribuição do ₂₈Ni⁺⁴
3- Quantos electrões existem na camada de valência, ou seja, na camada mais
externa do elemento Z=50?
4- Dê o conjunto de números quânticos para o electrão diferencial do elemento de
Z=35
5- Qual o conjunto de números quânticos para o 5º electrão do elemento de Z=20
6- Determine o número atómico a partir do seguinte conjunto de números qunticos:
1
6,2,-1,− 2
7- Considere as afirmações abaixo.
I. Em um subnível d há 7 orbitais;
II. Em um subnível p há 3 orbitais;
III. Em um orbital s cabem 2 electrões;
IV. Em um orbital p cabem 6 electrões.
Quanto a tais afirmações:
a) Apenas a II é correcta.
b) Apenas a I e a II são correctas.
c) Apenas a II e a III são correctas.
d) Apenas a II, a III e a IV são correctas.
e) Todas são correctas.
8- Um electrão localiza-se na camada “2” e subnível“p” quando apresenta os seguintes
valores de números quânticos:
a) n = 4 e l = 0 d) n =3 e l = 1

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b) n =2 e l =1 e) n =2 e l = 0
c) n =2 e l = 2
9- No caderno, indique qual é o conjunto dos quatro números quânticos que
representam o electrão assinalado abaixo e que está situado no subnível 4f .

Resposta única: n = 4, l = 3, m = -3 e s = -1/2

10- Qual é a opção que contraria a regra de Hund?

11- O último electrão distribuído de um átomo de um determinado elemento químico


tem a ele associados os seguintes números quânticos: 4, 0, 0 e +1/2.
É correcto afirmar que:
a) O átomo tem os seus electrões distribuídos em três camadas de energias.
b) O átomo tem dez electrões distribuídos em orbitais do tipo p.
c) O último electrão distribuído desse átomo encontra-se em um orbital do tipo s.
d) O número total de electrões desse átomo é igual a 16.
e) O valor numérico do número quântico secundário associado ao penúltimo electrão
desse átomo é igual a 2.

12- Um electrão se encontra num subnível d de um determinado átomo. Qual o número


quântico magnético impossível para esse electrão?
a) 0 b) +1 c) +3 d) - 1 e) + 2

13- O último electrão de um átomo neutro apresenta o seguinte conjunto de números


quânticos n = 4; l =1; m = 0; s = +1/2. Convencionando que o primeiro electrão a
ocupar um orbital possui número quântico de spin igual a - 1/2 , calcule o número
atónico desse átomo.
a) 12 b) 34 c) 25 d) 44 e) 7 f) nada disso

14- Qual é a distribuição electrónica, em subníveis, para o catião Ca2+?(Dado: nº


atómico do cálcio = 20.)
a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
b) 1s2 2s2 3s2 3p6 3d2
c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2
e) 1s2 2s2 3s2 3p4 4s2

15- Um átomo que possui, no último nível, um electrão desemparelhado com os


seguintes números quânticos: n = 5; l = 0; m = 0; s = -1/2 , tem número atómico igual a:
a) 31 b) 37c) 41 d) 47 e) 51 f) nada disso

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16- São dados os seguintes números quânticos para os electrões de maior energia de um
átomo no estado fundamental: n = 3; l = 1; m = -1; s = +1/2. A representação correcta
para o seu subnível será:

17- A configuração electrónica do ião Ni2+ (Z = 28) é:


a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d 8
c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d7
d) 1s2 2s2 2s6 3s2 3p6 4s2 3d6
e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d 8

18- Considere três átomos: A, B e C. Os átomos A e C são isótopos; os átomos B e C são


isóbaros e os átomos A e B são isótonos. Sabendo que o átomo A tem vinte protões e
número de massa 41, e que o átomo C tem22 neutrões, os números quânticos do
electrão mais energético do átomo B são:
a) n = 3; l = 0; m = 2; s = -1/2b) n = 3; l = 2; m = 0; s - 1/2
c) n= 3; l = 2; m = - 2; s = - ½ d) n = 3; l = 2; m = -1; s = 1/2

19- Para que um átomo neutro de cálcio se transforme no íão Ca2+, ele deve:
a) Receber dois electrões; d) perder dois protões;
b) Receber dois protões; e) perder um protão.
c) Perder dois electrões;

20 - Os elementos A e B apresentam as seguintes configurações electrónicas:


A: 2 — 8 — 8 — 2 e B: 2 — 8 — 7
Qual é a fórmula esperada para o composto formado entre esses dois elementos e qual
seria a ligação envolvida?
a) AB b) A2B c) AB2 d) A7B2 e) A2B3

21- O átomo de alumínio tem configuração electrónica


2 — 8 — 3; o de oxigénio, 2 — 6. Quais são as configurações dos iões formados? Qual
é a fórmula do composto resultante?

22 - Para que os átomos de enxofre e potássio adquiram configuração electrónica igual à


dos gases nobres, é necessário que:
(Dados: número atómico S = 16; K = 19.)
a) O enxofre receba 2 electrões e que o potássio receba 7 electrões.
b) O enxofre ceda 6 electrões e que o potássio receba7 electrões.
c) O enxofre ceda 2 electrões e que o potássio ceda 1 electrão.
d) O enxofre receba 6 electrões e que o potássio ceda 1 electrão.
e) O enxofre receba 2 electrões e que o potássio ceda 1 electrão.

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23 - Um elemento de configuração1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 possui forte tendência para:
a) Perder 5 electrões. d) Ganhar 2 electrões.
b) Perder 1 electrão. e) Ganhar 1 electrão.
c) Perder 2 electrões

24 - Faça a distribuição electrónica dos átomos abaixo e a fórmula do composto


formado na combinação dos elementos de cada par:
a) Ca (z=20) e Cl (z=17) b) Ba (z=56) e F(z=9) c) K(z=19) e S(z=16)
d)Mg(z=12) e Cl (z=17) e) Ca(z=20) e N (z=7) f) Al(z=13) e Cl(z=17)

25 -Dois elementos, representados por X e Y, combinam-se. As distribuições de


electrões de X e Y são as seguintes:

Que alternativa apresenta a fórmula e o tipo de ligação do composto formado?


a) X2Y, iónico
b) XY2, covalente
c) XY2, iónico
d) X2Y, covalente
e) X7Y2, covalente
26- O composto formado a partir das substâncias Ba e Br deve apresentar fórmula e
ligação química, respectivamente:
a) BaBr, iónica
b) BaBr3, covalente
c) Ba2Br, metálica
d) BaBr2, covalente
e) BaBr2, iónica
27 - As ligações químicas predominantes entre os átomos dos compostos H2S, PH3 e
AgBr são, respectivamente:
a) Iónica, covalente e iónica b) covalente, iónica e iónica
c) Iónica, covalente e covalente d) covalente, covalente e iónica
e) Iónica, iónica e covalente
28- Na fórmula N2 os átomos de nitrogénio estão compartilhando três:
a) Protões. b) Electrões c) pares de protões.
d) Pares de neutrões e) pares de electrões.

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3- FUNÇÕES INORGÂNICAS
As funções inorgânicas são aquelas, na qual na sua constituição não habita
simultaneamente Carbono e Hidrogénio. Elas classificam-se em:
 Óxidos
 Bases ou hidróxidos
 Sais
 Ácidos
 Hidretos
6.1- Óxidos: São compostos binários formados pelo oxigénio e outro elemento químico,
onde o oxigénio é o mais electronegativo.
Eles podem ser iónicos ﴾ metálicos﴿ e moleculares ou covalentes (não metálicos).
a) Óxidos iónicos ou metálicos (compostos binários oxigenados de metal)−São
formados por um metal ou hidrogénio ligado ao oxigénio.
Designação: óxido + de + nome do metal

Ex: Na2O → Óxido de Sódio


H2O → Óxido de Hidrogénio (água)
MgO → Óxido de Magnésio
Al2O3 → Óxido de alumínio
CaO → Óxido de cálcio

b) Óxido molecular ou covalente (compostos binários oxigenados de não-


metal): são formados por um não-metal ligado ao oxigénio.
Designação: prefixo + óxido + de + nome do não-metal
Prefixo: indica a quantidade de átomos de oxigénio e do não-metal. Eles
podem ser: Mono (1); Di (2); Tri (3); Tetr(4); Pent (5);…
Obs: o prefixo mono não pode ser usado para o não-metal
Ex: CO2 → Dióxido de carbono
P2O5 → Pentóxido de difósforo
SO3 → Trióxido de enxofre
Obs: Os compostos OF2 (fluoreto de oxigénio), O2F2 (difluoreto de dioxigénio) não são
óxidos, pois o Flúor é mais electronegativo que o oxigénio

Exercícios
Nomeia os seguintes óxidos:
a) Al2O3
b) Cu2O
c) N2O4
d) AI2O3
e) CuO
f) FeO
g) Fe2O3
h) I2O3

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6.1.1- Peróxido: é um caso especial de óxido, formado por 2 átomos de oxigénio


ligado a um metal alcalino ou alcalino-terroso.
Designação: Peróxido + de + nome do metal.
Ex: Na2O2 → Peróxido de sódio
CaO2 → Peróxido de cálcio

6.2- Bases ou Hidróxidos: são substâncias que em solução aquosa sofrem dissociação
iónica, liberando como único tipo de anião os iões OH—.

Nomenclatura das bases


Para a nomenclatura das bases, pode-se utilizar a seguinte regra:

Hidróxido + de + nome do metal


Ex:
Ca(OH)2 → Hidróxido de cálcio
NaOH → Hidróxido de Sódio
Al(OH)3 → Hidróxido de Alumínio

Quando um mesmo elemento forma catiões com diferentes eletrovalências (cargas),


acrescenta-se ao final do nome, em algarismos romanos, o número da carga do ião.
Outra maneira de dar nome é acrescentar o sufixo –oso ao ião de menor carga, e –ico
ao ião de maior carga.

6.2.1- Classificação das bases

As bases podem ser classificadas segundo três critérios:

 Número de hidroxilas
Em função do número de grupos OH- liberados por fórmula, as bases podem ser
classificadas como:

A única base que não apresenta metal em sua fórmula é o hidróxido de amónio
(NH4OH), que existe apenas em solução aquosa e, portanto, é uma base solúvel. O
hidróxido de amónio pode ser obtido borbulhando-se gás amónia (NH3) em água, onde
ocorre a ionização do gás.

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Exercícios de classe
Nomeia os seguintes hidróxidos:

a) Cu﴾OH﴿₂
b) KOH
c) LiOH
d) Sr(OH)2
e) Ba(OH)2
f) NH4OH

6.3- SAL é toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, liberando pelo
menos um catião diferente de H+ e um anião diferente de OH– ou O2–.

6.3.1- Classificação dos sais


Os sais podem divididos em: Sais neutros, sais ácidos, sais básicos e duplos.
 Sais neutros: São sais que apresentam um catião diferente de H+ e um anião
diferente OH-.
Designação: Nome do anião + de + Nome do catião.
Ex: NaCl ﴾cloreto de sódio ﴿, CaBr2 (Brometo de cálcio), K2SO4(Sulfato de potássio),
NaNO2 (Nitrito de sódio).
Exercícios

Dar o nome dos seguintes sais:


a) Li2SO4
b) KIO4
c) Ba(IO)2
d) NaNO3
e) (NH4)2SO4
f) KBr
g) MgF2
h) CaSO4
i) Mg3(PO4)2
j) AgClO2

Aniões
CH₃COOH⁻ ACETATO Br⁻ BROMETO Cl⁻ CLORETO
CO₃⁻² CARBONATO HCO₃⁻ BICARBONATO ClO₃⁻ CLORATO
OU
HIDROGENOCARBONAT
O
ClO₂⁻ CLORITO CrO₄⁻² CROMATO Cr₂O₇⁻² DICROMATO
OH⁻ HIDRÓXIDO NO₃⁻ NITRATO NO₂⁻ NITRITO
C₂O₄⁻² OXALATO HC₂O₄⁻ ClO₄⁻ PERCLORATO
HIDROGENOXALATO

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OU BIOXALATO
MnO₄⁻ PO₄⁻³ FOSFATO SO₄⁻² SULFATO
PERMANGANATO
S⁻² SULFURETO OU SO₃⁻² SULFITO H⁻ HIDRETO
SULFETO
ZnO₂⁻² ZINCATO AlO₂⁻ ALUMINATO OH⁻ HIDRÓXIDO
S₂O₃⁻² TIOSULFATO O₂⁻¹ PERÓXIDO H₂PO₄⁻
DIHIDROGENOSULFAT
O
HS⁻ PO₃⁻³ FOSFITO BO₃⁻³ BORATO
DIHIDROGENOSULFET
O
P₂O₇⁻⁴ PIROFOSFATO SiO₄⁻² SILICATO SbO₃⁻³ ANTIMONIATO
AsO₄⁻³ ARSENIATO CN⁻ CIANETO MnO₄⁻² MANGANATO
HSO₄¹⁻ CH₃COOCl⁻ ClO⁻ HIPOCLORITO
HIDROGENOSULFATO CLOROACETATO

Catiões
Lítio: Li+
Sódio: Na+
Potássio: K+
Prata: Ag+
Cobre: Cu+
Magnésio: Mg2+
Zinco: Zn2+
Ferro: Fe2+
Alumínio: Al3+

 Sais ácidos: São sais que além do catião e do anião apresentam H+ em sua
fórmula.
Designação Oficial (IUPAC):
Prefixo (mono,di ou tri) + Hidrogeno + nome do anião + de + nome do catião.
Ex: NaHCO3 – (Mono) hidrogenocarboneto de sódio.
Obs: Apenas o prefixo mono é opcional, os demais são obrigatórios.
Designação Usual: Nome do anião + prefixo (mono,di ou tri) + ácido + de + nome do
catião.
Ex : NaHCO3– Carbonato (mono) ácido de sódio.
 Sais básicos: São sais que além do catião e do anião apresentam OH- em sua
fórmula.
Designação Oficial(IUPAC): Prefixo (mono, di ou tri) + Hidróxi + nome do anião
+de+ nome do catião.
Ex: Al(OH)2Cl– dihidróxicloreto de alumínio.

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Ca(OH)Cl- (mono) hidróxicloreto de cálcio


Designação Usual: Nome anião + prefixo (mono, di ou tri) + básico + de + nome do
catião.
Ex: Al(OH)2Cl– Cloreto dibásico de alumínio.
Ca(OH)Cl- cloreto (mono) básico de cálcio
 Sais duplos: São sais neutros que apresentam dois catiões ou dois aniões.
Designação de sais duplos com diferentes catiões:
Nome do anião + de + nome do catião mais electropositivo + nome do catião menos
electropositivo.
Ex: NaKSO4– Sulfato de potássio e sódio.
KMgPO4- Fosfato de potássio e magnésio
NaLiSO4- sulfato de sódio e lítio
Obs: A inclusão da palavra duplo após o nome do anião é opcional
Ex: NaKSO4– Sulfato (duplo) de potássio e sódio
Designação de sais duplos com diferentes aniões:
Nome do anião mais electronegativo + nome do anião menos electronegativo + de +
nome do catião.
Ex: MgClF– Fluoreto-cloreto de magnésio
CaClBr- cloreto-brometo de cálcio
Ca(Cl)ClO- hipoclorito cloreto de cálcio

6.4- Ácido: São compostos formados pelo catião hidrogénio, ligado a aniões. Se na sua
constituição existir oxigénio, então oxoácidos, caso contrário são hidrácidos.
−Quando o nome do anião termina em eto, o nome do anião no ácido termina em ídrico
Ex:
FÓRMULA QUÍMICA ANIÃO NOME DO ÁCIDO
HCl Cl⁻cloreto Ácido clorídrico
HI I⁻−iodeto Ácido iodídrico

−Quando o nome do anião termina em ato, o nome do anião no ácido termina em


ico.
Ex:
HNO₃ NO₃⁻−nitrato Ácido nítrico
H₂SO₄ SO₄⁻² sulfato Ácido sulfúrico

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−Quando o nome do anião termina em ito, o nome do anião no ácido termina em oso
Ex:
HNO₂ NO₂⁻−nitrito Ácido nitroso
HSO₃ SO₃⁻−sulfito Ácido sulfuroso

Obs: por vezes acontece que o não-metal ﴾ o elemento que nos oxoácidos fica no
meio﴿, forma ácidos com diferentes números de oxigénio. Neste caso, a nomeação é
feita tendo em conta o número de átomos de oxigénio. Ao composto com menor número
de oxigénio, acrescenta−se o prefixo hipo e ao maior o prefixo per
ácido per- nome do elemento –ico
nome do elemento
ácido padrão→ ácido -ico
ácido nome do elemento
–oso
ácido hipo-nome do elemento -oso

Desse modo, teremos:


EX:
Ex: HClO−Ácido hipocloroso
HClO₂−Ácido cloroso
HClO₃−Ácido clórico
HClO₄−Ácido perclórico
6.5- Hidretos: São compostos formados por metais ou não metais ligados com o
hidrogénio. Têm a fórmula HM ou MH, onde: H−hidrogénio e M−metal ou não metal.
Obs: Quando M for não-metal, HM só será hidreto se estiver no estado gasoso. No
estado líquido é ácido.
Designação: metais → Hidreto + de + nome do metal
Não metais → nome do anião + de + hidrogénio
Ex: HCl → Cloreto de hidrogénio (não metálico)
NaH → Hidreto de sódio (metálico)

Exercícios
Nomeia os seguintes Hidretos:
a) H2S
b) AlH3
c) MgH2

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Exercícios gerais

1- Nomear os seguintes compostos:


a) MgSO4
b) BaSO3
c) CaSO4
d) KMnO4
e) KBr
f) Na2S
g) FeCl3
h) KClO3
i) AgClO2
j) LiSO4
k) HI
l) MgF2
m) H2CO3
n) HIO
o) Fe3(PO4)2
p) CaH2

2- Formule os seguintes compostos:


a) Ácido clorídrico
b) Ácido nítrico
c) Ácido sulfídrico
d) Ácido fosfórico
e) Ácido sulfúrico
f) Ácido carbónico
g) Ácido acético
h) Fluoreto de Magnésio
i) Hipoiodito de Bário
j) Cianeto de Magnésio
k) Permanganato de Bário

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4- NÚMERO DE OXIDAÇÃO ﴾ NOX﴿


O número de oxidação nos ajuda a entender como os electrões estão distribuídos entre
os átomos que participam de um composto iónico ou de uma molécula.
Nos compostos iónicos, o Nox corresponde à própria carga do ião. Essa carga equivale
ao número de electrões perdidos ou recebidos na formação do composto.

Nos compostos moleculares, não existe transferência definitiva de electrões. Assim, o


Nox corresponde à carga eléctrica que o átomo iria adquirir se a ligação fosse rompida.
Desse modo, o átomo de maior eletronegatividade receberia os electrões do outro
átomo.
Nox: É a carga adquirida pelos átomos durante as ligações químicas.
7.1- Variação do nox nas reações de óxido-redução
Retomando o exemplo da reação entre o cobre e a solução aquosa de nitrato de prata e
associando-o ao conceito de Nox, temos:

A semi-reação em que ocorre perda de electrões é denominada reacção de oxidação.


A semi-reação em que ocorre ganho de electrões é denominada reacção de redução.
Neste exemplo, o cobre (Cu) sofre oxidação e é denominado agente redutor, pois, ao
ceder electrões aos íões prata (Ag+), provoca sua redução.
Os iões prata (Ag+) sofrem redução e agem como agente oxidante, pois, ao receberem
electrões do cobre (Cu), provocam sua oxidação.
Para esta reacção, temos:

Reacção de auto oxidação-redução: É aquela em que o mesmo elemento sofre


oxidação e redução.
Ex: H₃P⁺³O₃ H₃P⁺⁵O₄ + P¯³H₃

oxidação

redução

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7.2- Regras para a determinação do nox


Veremos, a seguir, um conjunto de regras que permite a determinação dos números de
oxidação de uma maneira bastante simples, sem que seja necessário construir as
fórmulas electrónicas dos compostos.
 O Nox de cada átomo em uma substância simples é sempre zero
Ex: Cl0; Na0

 O nox dos metais alcalinos é +1, inclusive a prata (Ag). Ex: Na+1OH; Ag+1Cl.
Ex: Na+1(OH); Ag+1Cl

 O nox dos metais alcalinos terrosos é +2, inclusive o zinco (Zn) e o Cádmio.
Ex: Mg+2(OH); Zn+20

 O nox do hidrogénio é +1, excepto nos Hidretos metálicos onde é -1


Ex: H3+1PO4; NaH-1

 O nox do oxigénio é -2, excepto nos peróxidos que é -1.


Ex: HO-2; H2O2-1

 O nox dos halogéneos é -1, excepto quando esta ligado ao oxigénio em que deve
ser calculado.

Ex: HCl-1; H+1ClxO4-2


+1(1) + x(1) -2(4) = 0
1+x–8=0
X=8–1
X = +7
 O nox do Alumínio(Al) é +3
Ex: Al+3PO4

 O nox do Enxofre (S) é -2 nos sulfuretos, e nos sulfatos é +6


Ex: NaS-2; H2S+6O4

 O nox de um composto sem carga é igual a zero(0), e a de um composto com


carga é igual a carga que lá tiver.

7.3- Balanceamento das equações das reações de óxido-redução.


 Variação do nox
 Ião electrão

7.3.1- Método da variação do Nox.: Aplica-se para equações cujas espécies estão na
forma neura ou molecular.
 Verifica-se a equação de oxidação e redução

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 Extrai-se as semi-equações ( oxidação e redução ),indicando apenas o nox dos


elementos que sofrem variação.
 Balanceia-se o nº de átomos dos elementos que sofrem variação.
 Calcula-se o módulo da variação de cada semi-equação,multiplicando pelo o
número de átomos dos elementos que variam.
 Coloca-se a variação da oxidação na equação de redução e vice-versa, tendo em
conta o seguinte:
a) Colocam-se as variações nos reagentes,se tiver elementos no estado livre nos
reagentes.
b) Colocam-se as variações nos produtos, se tiver elementos no estado livre nos
produtos
c) Colocam-se as variações nos reagentes e produtos,quando estiverem em ambos
os lados ou quando não houver elementos no estado livre.
 Transferem-se os respectivos coeficientes para a equação principal ( redox )

7.3.2- Ião electrão.

 Verifica-se a equação redox


 Extrai-se essas semi-equações, tendo em conta o seguinte:
a) Extrai-se o composto com o ião (catião ou anião que possui o elemento que
sofre variação), se o composto estiver na forma iónica.
b) Extrai-se o composto, se este não estive na forma iónica
 Balanceia-se estas semi-equações da seguinte forma:
a) Em solução ou meio ácida(o) ou neutra(o), adiciona-se H₂O no lado onde
houver menos átomos de oxigénios, e de seguida H⁺ no outro lado.
b) Em solução ou meio básica(o), adiciona-se H₂O no lado onde houver mais
átomos de oxigénio, e de seguida OH¯ no outro lado.
Nota1: Se em nenhum dos lados não houver oxigénio nem hidrogénio, ou se estiverem
na mesma quantidade, não se deve adicionar nenhuma das espécies ( H₂O , H⁺ , nem
OH¯ ), somente balanceia-se os átomos
Nota2: As espécies H₂O , H⁺ e OH¯ , servem para balancear o nº de átomos de
oxigénio e hidrogénio.
 Calcula-se o módulo da variação e afecta-se nas semi-equaçoes de cada, isto é,
coloca-se a variação de oxidação no seu produto em forma de (℮¯) e a variação
da redução no seu reagente.
 Acha-se o m.m.c (mínimo múltiplo comum) dos electrões e multiplica-se os seus
divisores nos coeficientes de cada semi-equação.
 Junta-se as duas semi-equações, devendo a equação final obtida estar
balanceada.

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Exercícios resolvidos.

1-Calcule o nox dos elementos cuja a carga não é conhecida


a) Na₂Cr₂O₇

R: Na₂⁺Cr₂*O₇¯² = 2·(+1) +2·X+7·(-2) =0 → 2 + 2X -14 = 0 → 2X -12 = 0 → X =


+6
b) MnO₄¯²

R: Mn*O¯²₄¯² → 1·X + 4· (-2) = -2 → X -8 = -2 → X=+6


2-Calcule o nox dos iões entre parêntesis curvos
a) Ca₃⁺²[Ag⁺¹(S₂O₃)₂]₂
8
→ 3·(+2) +2·1·(+1) +2·2·X = 0 → +6+2+4X = 0 → X = - 4 → X = −2

Exercícios propostos
1- Calcule o nox dos elementos cuja carga não é conhecida
a) KMnO₄ b) Al₂(CO₃)₃ c) HSO₄¯ d) P₂O₇¯⁴

2- Calcule o nox dos iões complexos entre parêntesis curvos


a) K₂H₃(IO₆) b) (sob)₂SO₄ c)NaCd₂(P₃O₁₀)

3- Calcule o nox das espécies que estão sublinhadas


a) H₂HgCl₄ b) PO₇⁴¯ c) K₂[Cr(CN)₅(NO)] d) UO₂⁺² e) C₃O₂
f) MnO₄²¯

4- Na equação I₂ + HNO₃ → HIO₃ +NO₂ + H₂O, a soma de todos os


coeficientes será
©a)27 b)5 c) 16 d) 26

5- Na equação MnO + PbO₂ + HNO₃ → HMnO₄ + Pb(NO₃)₂ + H₂O, a soma


de todos os coeficientes será ?: a) 25 b)12 © c) 28 d) 33

6- Na equação Sn⁺² + H⁺ + NO₃¯ → Sn⁺⁴ + NO, a soma de todos os


coeficientes será :
a) 25 b)12 c) 32 © d) 22

7- Na equação Fe⁺² + Cr₂O₇²¯ → Cr⁺³ + Fe⁺³ a soma de todos os coeficientes


será:
a)30 © b)36 c) 20 d) 35

8- Na equação Mn⁺⁴ + ClO₃¯ → MnO₄¯ + Cl¯, quanto será a soma de todos os


coeficientes. R: 21

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9- Na equação Zn + NO₃¯ → ZnO₂²¯ + NH₃ , a soma de todos os coeficientes


será:
a)20 b)22 © c)19

10- Na equação NO₃¯ + S¯² → NO + S , a soma de todos os coeficientes será:


a)10 © c)22 d)20

11- Na equação MnO₂ + KClO₃ + KOH → KMnO₄ + KCl + H₂O , a soma de


todos coeficientes será:
a)17 b)22 c)15 © d)9

12- Na equação HgS + HCl + HNO₃ → H₂HgCl₄ + NO + S + H₂O , a soma


de todos os coeficientes será:
a)25 b)27 © c)29 d)30

13- Na equação KMnO₄ + HCl → KCl + MnCl₂ + Cl₂ + H₂O, quanto será a soma
de todos os coeficientes. R: 35

14- Na equação Cr₂O₇¯² + I¯ → I₂⁰ + Cr⁺³ , quanto será a soma de todos os


coeficientes. R:33
15- Ajuste, por oxi-redução, os coeficientes da reacção:
H2SO4 + Cu → CuSO4 + SO2 + H2O. Se você somar os coeficientes encontrados,
obterá o seguinte valor:

5- MASSAS DOS ÁTOMOS

A previsão das quantidades só é possível através de cálculos das massas e dos volumes
das substâncias envolvidas nas reacções químicas. No entanto, muitas vezes é
necessário determinar também o número de átomos ou de moléculas das substâncias
que reagem ou são produzidas. Para isso, um primeiro passo é conhecer a massa dos
átomos.
Como átomos ou moléculas são entidades muito pequenas para serem “pesadas”
isoladamente, foi estabelecido um padrão para comparar suas massas.

8.1- Unidade de massa atómica(u)


Actualmente, nossa escala de massas atómicas está baseada no isótopo mais comum do
carbono, com número de massa igual a 12 (12C), ao qual foi atribuída exactamente a
massa de 12 unidades de massa atómica (u).
 O 12C foi escolhido em 1962 e é usado actualmente em todos os países do
mundo.
 1 u = 1,66054 · 10-24g
8.2- Massa atómica de um átomo (MA)
A massa atómica de um átomo é sua massa determinada em u, ou seja, é a massa
comparada com 1/12 da massa do 12C.

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As massas atómicas dos diferentes átomos podem ser determinadas experimentalmente


com grande precisão, usando um aparelho denominado espectrómetro de massa.
Para facilitar nossos cálculos não usaremos esses valores exactos; faremos um
“arredondamento” para o número inteiro mais próximo:

8.3- Massa atómica de um elemento


A massa atómica de um elemento é a média ponderada das massas atómicas de seus
Isótopos. Vejamos como se calcula a massa atómica do elemento neônio, que é
constituído de três isótopos.

8.4- Massa molecular


É a soma das massas atómicas dos átomos que constituem as moléculas. Vejamos
alguns exemplos:

8.5- Constante de avogadro ou número de avogadro


Amadeo Avogadro (1776-1856) foi o primeiro cientista a conceber a idéia de que uma
amostra de um elemento, com massa em gramas numericamente igual à sua massa
atómica (MA), apresenta sempre o mesmo número de átomos (N).
Esse número (N) tem como valor aceito actualmente:

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Em uma massa em gramas numericamente igual à massa atómica, para qualquer


elemento, existem 6,02 · 1023 átomos.
Em uma massa em gramas numericamente igual à massa molecular (MM), para
qualquer substância molecular, existem 6,02 · 1023 moléculas.

8.6- Mol: a unidade de quantidade de substâncias


Em Química, como trabalhamos com átomos e moléculas, que são extremamente
pequenos, vamos tomar, como unidade, os conjuntos formados por 6,02 · 1023 partículas
(átomos, moléculas, iões etc.). Essa unidade recebe o nome de mol.

8.6.1- DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE SUBSTÂNCIA = NÚMERO DE


MOL

É a relação entre a massa (m) de uma amostra de substância e sua massa molar (M).

Exercícios propostos
1- Determine o número de moléculas contidos em 72g de glicose C₆H₁₂O₆
R: 2,408•10²³moléculas
2- Qual o número de átomos encontrados em 460g de sódio? R: 1,204.1025
3- Quantos moles de moléculas de HNO3 existem em 31,5g deste ácido? R: 0,5 moles

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4- O silício é um elemento usado na fabricação de transístores. Quantos moles de silício


estão contidos em 30,5g de silício ?
5- Quantos gramas de Cu estão contidos em 2,55 moles de Cu?
6- Quantas moléculas são encontradas em 880g de CO2?
7- Determine o número de átomos de hidrogénio contidos em 100g de álcool etílico
(C2H6O)
8- Qual a massa de 0,5 mol de H2SO4 ? ( Dados: H=1; S=32; O=16 ) R: 49g
9-Determine o número de átomos existentes em:
a) 1,5 mol de átomos de Ca; R: 9.1023
b) 6,0 mol de átomos de S; R: 3,6.1024
c) 10 g de cálcio; R: 1,5.1023
d) 128 g de enxofre. R: 2,4.1024
10- Determine a massa em gramas de:
a) 0,16 mol de átomos de Na (Ma = 23); 3,68g
b) 1,2 · 1023 átomos de sódio; 4,6g
c) 8,0 mol de átomos de mercúrio (Ma = 200); 1600g
d) 1,2 · 1024 átomos de mercúrio; 400g
e) 1 átomo de titânio (Ma = 48) 8.10-23

9.5 ESTEQUIOMETRIA

O cálculo das quantidades das substâncias envolvidas numa reacção química é chamado
estequiometria— palavra derivada do grego stoicheia = partes mais simples e
metreim=medida.
Para efectuarmos os cálculos estequiométricos, devemos conhecer as proporções
existentes entre os elementos que formam as diferentes substâncias. Estas proporções
são perceptíveis pelo conhecimento das fórmulas das substâncias.
Por isso, inicialmente vamos estudar os diferentes tipos de fórmulas.

9.5.1- Tipos de fórmulas


 Fórmula percentual: Indica a percentagem em massa que cada elemento
constitui na substância.
Ex: Calcula a percentagem em massa que cada elemento possui na seguinte substância
CH4.

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𝐶 = 12 ∗ 1 = 12
CH4 { Resolução:
𝐻 =1∗4= 4
MM(CH4) = 16g/mol para o C:
16 100%
12 x
12 ∗100%
x= → x = 75%
16

para o H:
16 100%
4 x
4 ∗100%
x= → x = 25%
16

 Fórmula mínima ou empírica: Indica a menor proporção, em números inteiros


de mol dos átomos dos elementos que constituem uma substância. Ao
determinar a fórmula mínima, devemos:
a) calcular o número de mol de cada elemento.
b) Dividir os resultados pelo menor valor encontrado.
Ex: Determinar a fórmula mínima de uma amostra que contem 2,4 g de carbono e 0,6 g
de hidrogénio.
Dados: formula: Resolução:
𝑚 2,4
mC = 2,4 g n = 𝑀𝑎 p/ C: n = → n = 0,2mol
12
0,6
mH = 0,6 g p/ H: n = → n = 0,6mol
1

C = 12
H=1
Segundo passo:
0,2 0,6
C = 0,2 = 1 ; H = 0,2 = 3

Então a fórmula mínima para esse composto será: CH3


 Fórmula molecular: Indica o número real de átomos de cada elemento na
molécula.
Em alguns casos a fórmula molecular é igual a fórmula mínima, em outros porém é um
múltiplo inteiro da fórmula mínima.

Formula molecular = (fórmula mínima)n


Onde; n → é um número inteiro.
Formula molecular fórmula mínima
H2O H2O

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C6H6 CH
P4O10 P2O5
C2H2 CH
A fórmula molecular pode ser calculada de várias maneiras, vejamos algumas delas:
a) A partir da % em massa, calculando a fórmula mínima
Vitamina C (massa molecular 176)
𝐶 = 40,9 𝑔
𝑚
100g {𝐻 = 4,55 𝑔 formula: n = 𝑀𝑎
𝑂 = 54,6 𝑔
40,9 4,55 54,6
C = 12 nC = nH = nO =
12 1 16

H=1 nC = 3,41mol nH = 4,55mol nO = 3,41mol


3,41 4,55 3,41
O = 16 C = 3,41 = 1; H = 3,41 = 1,33 ; O = 3,41 = 1

CH1,33O
Como os valores encontrados não são inteiros, devemos multiplicá-los por um mesmo
número que permite obter a menor proporção de números inteiros.
Nesse caso, o número adequado é 3.
CH1,33O / * 3 → C3H4O3 → fórmula mínima.
MM(C3H4O3) = 88g/mol
Sabendo que:
Formula molecular = (fórmula mínima)n
176
176 = 88n → n = →n=2
88

(C3H4O3)2 → C6H8O6 → Formula molecular


b) Relacionando as percentagens em massa com a massa molecular do composto.
Vitamina C (massa molecular 176)
𝐶 = 40,9 𝑔 = 40,9% 𝑥−?
100g {𝐻 = 4,55 𝑔 = 4,55% CXHyOZ {𝑦 − ?
𝑂 = 54,6 𝑔 = 54,6% 𝑧−?
C/ 176 100% H/ 176 100%
12x 40,9% y 4,55%
176 ∗40,9% 176 ∗4,55%
x= →x=6 y= →y=8
100% ∗12 100% ∗16

O/ 176 100%

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16 z 54,6%
176 ∗ 54,6%
z= →z=6
100% ∗ 16

Substituindo o valor das variáveis teremos assim a fórmula máxima: C6H8O6

Exercícios de classe
1 – Um cloreto de ferro hidratado (FeClxyH2O) de massa molecular270, apresenta
20,6% de ferro e 39,4% de cloro em massa.
a) Qual é a percentagem em massa da água nesse sal?
b) Quantas moléculas de água de hidratação y existem por fórmula desse
composto?
c) Qual é a fórmula desse composto?
2 – O Etileno glicol, substância muito usada como agente ani congelante em motores
automóveis é um álcool e possui 38,7% de carbono; 9,7% de hidrogénio e 51,6% de
hidrogénio.
A fórmula mínima desse composto será:
a) CHO3
b) CH3O
c) CH3O2
d) C2H3O
e) C3HO
f) Outro

3 – Um composto apresenta a seguinte composição percentual: Na= 19,3%, S=


26,9%, O= 53,8%. O seu peso molecular é 238. Calcule a sua fórmula molecular.
R: Na₂S₂O₈
4 – Um composto quando analisado, apresentou a seguinte composição percentual:
26,57% K, 35,36% Cr e 38,07% O. Qual será a fórmula empírica do composto.
R: K₂Cr₂O₇
5- O antibiótico clorofinicol apresenta a seguinte analise elementar: 40,88% C, 3,74%
H, 21,95% Cl, 8,67% N e o resto é suposto ser o oxigénio.Determine a fórmula
empírica do composto.
R: C₁₁H₁₂Cl₂N₂O₅
6-Uma toma de 1,367g de um composto orgânico foi queimado numa corrente de ar,
formando 3,002g de CO₂ e 1,640g de H₂O. Sabendo que o composto original continha
apenas C,H,O, qual será a fórmula do composto?
R: C₃H₈O
7- As massas nuclidicas do Cl35 e Cl37 são respectivamente 34,9689 e 36,9659. Estes
são os únicos isótopos naturais do cloro. Sabendo que o seu peso atómico é 35,4527,
qual será a percentagem do Cl37 ?

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8- Uma amostra de 1,500g de um composto orgânico contendo apenas C,H e O, foi


queimado completamente. Os únicos produtos de combustão foram 1,738g de CO₂ e
0,711g de H₂O. Determine a sua fórmula empírica. R: C₂H₄O₃

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6- SOLUÇÕES.
10.1- Introdução

Na natureza, raramente encontramos substâncias puras. O mundo que nos rodeia é


constituído por sistemas formados por mais de uma substância: as misturas.
Mistura é a união de duas ou mais substâncias sem que haja reacção. Existem dois
tipos de misturas: Heterogénea e homogénea.
 Mistura heterogénea: É a união de duas ou mais substâncias que não sofrem
dissolução.
Ex: Água e areia
 Mistura homogénea: É a mistura de duas ou mais substâncias que sofrem
dissolução.
Ex: Água e sal.
A esse tipo de mistura, damos o nome de solução.
 Soluçao é uma mistura homogénea. Podemos encontrar soluções:
• Sólidas (liga metálica Ni + Cu)
•Gasosas (ar atmosférico)
•Líquidas (NaCl em H2O)
Uma solução é constituída por soluto e solvente. O soluto é a substância dissolvida
no solvente e que se encontra normalmente em menor quantidade que o solvente.
Uma solução diz-se diluída, quando o soluto está em menor quantidade que o
solvente e é concentrada quando o soluto está em maior quantidade que o solvente.

10.2- Concentração das soluções

A concentração de uma solução pode ser expressa de várias maneiras como:


𝑚1 𝑚1×100
 Título: T= 𝑚 como (%)m= 𝑚 então (%)m= 𝑇 × 100onde: m₁- massa do
soluto e m-massa da solução. 0<T<1
O título também pode ser expresso em %, devendo apenas ser multiplicado por 100.
𝒎
 Densidade: d= [ g⁄L ]
𝑽

Quando a densidade é relativa a unidade é a mesma


𝑚1
 Concentração comum:C= [ g⁄L ou mg⁄mL ]
𝑉

onde: C- concentração do soluto


V- volume da solução em litros

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 Fracção molar
𝑛1 𝑛2
X1= , X2= n=n1+n2,
𝑛 𝑛

onde: n1- número de moles do soluto, n2- número de moles do solvente, n- número de
moles da solução. X1- fracção molar do soluto, X2- fracção molar do solvente
X1+X2= 1
 Concentração molar ou molaridade(M)
𝑛1 𝑚1 𝑚1
M= 𝑉𝑇(𝐿) [mol⁄L ou M(molar)] como n₁= 𝑀𝑟1 então M= 𝑀𝑟1×𝑉𝑇(𝐿)
𝑛º𝐸𝑔
 Concentração normal ou normalidade(N) N= 𝑉𝑇(𝐿) [mol⁄L ou N(normal)]
𝑚1 𝑀𝑟
nºEg= e Eg= onde:
𝐸𝑔 𝑌

nºEg- número de equivalente-gramas [mol]


Eg- peso ou massa equivalente [g⁄mol]
Y- valência, carga ou variação do nox
Relação entre M e N: N= 𝑴 × 𝒀
𝒎𝑨 𝒎𝑩
Obs: (nºEg)A = (nºEg)B ou = 𝑬𝒈𝑩
𝑬𝒈𝑨

Esta igualdade permite resolver problemas que envolvem os seguintes casos:


1- Quando há uma recação de neutralização ou uma de titulação.
2- Quando há uma reacção redox.

𝑝×𝑑×𝐸𝑔
Quando temos P e d, pode-se usar a seguinte fórmula para a normalidade: N= 10
𝑛1
 Molalidade: η= 𝑚2(𝑘𝑔) [mol⁄kg ou m(molal)]
𝑚1𝑥100
 Percentagem em massa: (%)𝑚 = m₁- massa do soluto
𝑚𝑇

m₂-massa do solvente
mT-massa da solução
mT= 𝑚₁ + 𝑚₂

𝑉₁×100
 Percentagem em volume: (%)𝑉 = VT= 𝑉₁ + 𝑉₂
𝑉𝑇

Obs: Quando tem-se a percentagem, deve-se verificar se a massa da solução é 100g, a


partir da densidade e o volume ou de outros dados.

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10.3- DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES

Diluir uma solução significa adicionar solvente com consequente diminuição da


concentração.
Após a diluição verificamos que a concentração da solução diminui e a quantidade de
soluto permanece inalterada.
Solução1 Solução2 Fórmula da diluição
(Antes H2O) (Depois H2O)
𝒎𝟏 𝒎𝟏 C1V1=C2V2
C1= 𝑽𝟏 → m1=C1V1 C2= 𝑽𝟐 → m1=C2V2
𝒏𝟏 𝒏𝟏 M1V1=M2V2
M1= 𝑽𝟏 → n1=M1V1 M2= 𝑽𝟐 → n1=M2V2
𝑬𝒈𝟏 𝑬𝒈𝟏 N1V1=N2V2
N1= → Eg1=N1V1 N2= → Eg1=N2V2
𝑽𝟏 𝑽𝟐

10.3.1- Misturas de soluções

Ao misturarmos duas ou mais soluções de mesmo solvente, podemos encontrar três


opções:
a) O soluto é o mesmo
b) Os solutos são diferentes e não reagem entre si
c) Os solutos são diferentes e reagem entre si

10.3.1.1- Mistura de soluções de mesmo soluto


Ao misturarmos soluções de mesmo soluto, verificamos que a massa do soluto na
solução final é obtida a partir da soma de suas massas iniciais.

+ =

Solução A + Solução B → Solução final


mf=mA+mB, Vf=VA+VB
10.3.1.2- Cálculo da concentração final obtida pela mistura de duas soluções de
mesmo soluto
𝑚1
Como: C= →m1=C.V
𝑉

Portanto, ao misturarmos duas soluções, A e B, teremos:


SoluçãoA→mA=CAVA

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SoluçãoB→mB=CBVB
Solução fial→mf=CfVf
Como mf=mA+mB então teremos: CfVf=CAVA+CBVB
Esse mesmo raciocínio pode ser seguido em outras unidades de concentração:
MfVf=mAVA+mBVB
NfVf=NAVA+NBVB

10.4- Neutralização: É combinação entre substâncias que resulta num sal.


10.5- Titulação: É a determinação da concentração de uma substancia a partir de uma já
conhecida (substância padrão).

10.6- Determinação de valências.


 Nos ácidos: Busca-se pela quantidade de átomos que o ião hidrogénio (H⁺)
possue.
Ex: H₂SO₄ Y= 2
 Nas bases: Busca-se pela quantidade de átomos que o grupo hidróxido (OH)
possue.
Ex: Al(OH)₃ Y= 3
 Nos sais, óxidos e hidretos: Busca-se pela multiplicação da carga pelo nº de
átomos de um dos iões (catião ou anião).
Ex: Na₃⁺¹PO₄ Y= 3 , Al₂(CO₃)₃⁻² Y= 6

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Exercícios propostos.

1- Uma solução foi preparada adicionando-se 40 g de NaOH em água suficiente para


produzir 400 mL de solução. Calcule a concentração da solução em g/mL e g/L.
R: 0,1g⁄mL ou 100g⁄L
2-Necessita-se de H₂SO₄ a 20% densidade relativa 1,14. Que quantidade de ácido
concentrado com densidade relativa de 1,84 e contendo 98% em peso de H₂SO₄ deve
ser diluída para preparar 100ml de ácido com aquela concentração exigida? 𝐻 = 1 𝑆 =
32 𝑂 = 16
R: 12,6ml
3-Uma solução apresenta 2 moles de HCl dissolvidos em 18 moles de H2O. Qual a
fracção molar do soluto?
R: 0,1
4-Qual é o peso equivalente de um ácido se 1,243g deste requereu 31,72ml de uma base
padrão 0,1923N para a sua neutralização? R:203,8g⁄mol
5- Que quantidade de água deve ser adicionada a 25dm³ de solução 0,5N de KOH, para
produzir uma solução cuja a concentração é 0,35M ? R:10,7dm³
6- Qual o título de uma solução que contém 40g de soluto e 80g de solvente?
R: 0,33
7- Quantos moles de soluto para cada litro de solução apresenta uma solução molar de
1M? R: 1 mol
8- Resolva:
a) Uma solução apresenta 8 moles de HCl e volume de 4 litros. Qual a sua
concentração molar? R: 2mol/L
b) Uma solução apresenta 400g de soda cáustica(NaOH) e volume de 5 litros.
Qual a sua concentração molar? R: 2mol/L

1- Uma solução foi preparada misturando-se 20 g de um sal em 200 g de água.


Considerando-se que o volume da solução é igual a 200 mL, determine sua
densidade em g/mL e g/L. R: 1,1g⁄mL ou 1100g⁄L
2- Qual a concentração normal de uma solução obtida pela adição de 100ml de
H2O a uma solução de 0,2N de HCl que apresenta volume de 200ml R:0,13N
11- Até quanto deve ser diluída uma soluçãoa 0,25M de BaCl₂ para obter outra com
20mmg de Ba⁺² por ml? Ba= 137,3. R: 1,72
12- Evapora-se totalmente o solvente de 250 mL de uma solução aquosa de MgCl2
de concentração 8,0 g/L. Quantos gramas de soluto são obtidos?
13- Quantos quilogramas de NaOH húmido contendo 12% de HO são necessários para
preparar 60L de solução 0,50N. R:1,36kg

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14- Uma solução aquosa 2 mol/L de NaCl de volume 50 mL foi misturada a


100 mL de uma solução aquosa de NaCl 0,5mol/L.Calcule a concentração em mol/L
da solução resultante.
15- Quanto NaNO₃ deve ser pesado para se preparar 50ml de uma solução aquosa
contendo 70mg de Na⁺ por ml? R: 12,9g
16- Uma solução apresenta título igual a 0,25 e a massa do solvente é 300g. Determine
a massa do soluto. R: 100g
17- Qual é a molalidade de uma solução que contém 20g de açúcar de cana ( C₁₂H₂₂O₁₁
), dissolvidos em 125g de água. R: 0,468mol⁄kg
19- Que quantidade de H₂O teremos de juntar a 6,5g de iodeto de potássio, para obter
uma solução aquosa a 5%. R: 123,5g
20- Que massa de cloreto de potássio, KCl, deve ser dissolvida em 400ml de solução
para se obter uma solução de concentração igual a 6g̸L
R: 2,4g
21- Adiciona-se 19,6g de ácido fosfórico (H3PO4) a 1,4L de água. A normalidade da
solução é? R: 0,4N
22- A molaridade da solução que obterá, adicionando 9,8g de ácido sulfúrico (H2SO4) a
10L de água, supondo que não houve variação de volume é de? R: 0,01M
23- Pretende-se preparar 100cm3 de uma solução aquosa de sulfato de cobre (II) com
concentração de 0,1mol.dm-3. A massa de solução que devemos utilizar essa preparação
é de? R:1,6g
24-Foi dissolvido 0,5moles de CaCl2 em 1,5moles de água. Qual fracção molar do
soluto e do solvente? R: 0,25moles e 0,75moles

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