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Investigaciones Jurídicas
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ESTUDIOS DE HISTORIA DEL
DERECHO Y DE LAS INSTITUCIONES
ÍNDICE
Apertura
El Tratado MacLane-Ocampo
José Herrera Peña 235
Historia del Derecho y de las Instituciones
La Anticresis
Jorge Reséndiz García 333
Clausura
Almedina, 2005, pág. 26. O autor dá nota de que esta noção é próxima da preconizada por vários autores
(Jarrosson; Pierre Lalive/Gaillard; Lalive/Poudret/ Reymond; Bernardini).
HISTORIA 13 - 84
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Comentário ao Código de Processo Civil Português, 2.º vol., Lisboa, Tipografia de C. A. Rodrigues, 1878,
(2)
pág. 108, transcrito em Francisco Cortez, A Arbitragem Voluntária em Portugal – Dos «ricos homens» aos
tribunais privados, in “O Direito”, ano 124.º, 1992, III, pág. 371.
(3)
Estudo cit, revista cit., pág. 374. Ver José Duarte Nogueira, A Arbitragem na História do Direito Português
(Subsídios), in Revista Jurídica, n.º 20, págs. 9 a 31.
14
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
15
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Sobre o Código de Processo Civil de 1876, além do comentário de Alves de Sá, vejam-se J. Dias Ferreira,
(4)
Código de Processo Civil Anotado, I. I, Lisboa, Tipografia Lisbonense, 1887, pág. 106 e Francisco Cortez,
Estudo cit, revista cit, págs. 381-384.
16
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Sobre o estado da doutrina e da jurisprudência sobre a cláusula compromissória, antes e depois do Código
(5)
de 1939, veja-se Francisco Cortez, estudo cit., revista cit., pág. 392-397.
Interessante é a regulamentação do modo como deve ser dada execução a uma cláusula compromissória:
surgindo alguma questão abrangida por essa cláusula e se uma das partes se mostrasse remissa a celebrar o
compromisso, era facultado à contraparte “requerer ao tribunal de comarca do domicílio daquela” que a
mandasse notificar pessoalmente para comparecer perante ele, em dia e hora designados, a fim de se
comprometer em árbitros; se o notificado faltasse ou se recusasse a nomear árbitro, seria a nomeação feita
pelo juiz, o qual nomearia, além disso, um terceiro árbitro; se as partes não chegassem a acordo quanto à
nomeação, cada uma delas nomearia o seu árbitro e o juiz nomearia o terceiro (art. 1565.º, 2.º e 3.º incisos).
Deve notar-se que ficariam em auto os nomes dos árbitros e o objecto do litígio, segundo o acordo das partes.
Na falta de acordo, o objecto do litígio seria fixado pelo juiz, sendo a resolução deste recorrível.
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Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
A decisão dos árbitros tinha a mesma força que uma sentença proferida pelo
tribunal de comarca, não carecendo, por isso, de qualquer homologação judicial, sendo
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Regulamentação Tradicional da Arbitragem
aplicável o disposto no art. 717.º sobre nulidades do acórdão proferido por uma Relação em
recurso (art. 1574.º).
Deve notar-se que o art. 1517.º, n.º 3, deste Código estatuía que a remuneração dos
árbitros e dos funcionários era regulada no Código da Custas Judiciais, deixando, por isso,
pouco espaço à autonomia dos subscritores da convenção de arbitragem. O tribunal arbitral
continuava a funcionar junto do tribunal de comarca competente para a propositura da
Cfr. J. Alberto dos Reis, Processo de Execução, vol I, Coimbra, Coimbra Editora, 1943, págs. 136-140, vol.
(6)
19
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Não pode deixar de se considerar estranho que, vinte anos passados sobre a entrada
em vigor do Código de 1939, o legislador haja sido tão pouco inovador, mantendo as
soluções do diploma anterior, ao arrepio das tendências modernas do Direito da
Arbitragem.
II
As Tentativas de Modernização da Arbitragem Voluntária
Cfr. Miller Simões, informação-parecer transcrito em “5.º Inquérito acerca da Reforma do Código de
(7)
Processo Civil”, publicado in Ministério da Justiça, Reforma do Código de Processo Civil – Lei n.º 3/83, de
26 de Fevereiro, Decreto-Lei n.º 128/83, de 12 de Março, Lisboa, separata de Boletim do Ministério da
Justiça, n.º 324, págs. 265-266. O autor considera que a proibição dos tribunais arbitrais voluntários era
contrária à evolução jurídica contemporânea e “constituiria mesmo um absurdo”, pondo em causa a própria
arbitragem internacional, colidindo com os acordos internacionais a que Portugal estava vinculado (Protocolo
e Convenção de Genebra de 1923 e de 1927). Ver ainda Gomes Canotilho e Vital Moreira, Constituição da
República Portuguesa Anotada, Coimbra, Coimbra Editora, 2.ª ed., vol II, 1985, pág. 324.
20
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
21
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
22
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Segundo o art. 1.º, n.º 1, “todo o litígio, actual ou eventual, relacionado com a
jurisdição interna que não incida sobre direitos indisponíveis pode ser objecto de convenção
de arbitragem.”
23
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Esta norma não transitou para a Lei n.º 31/86, por razões que se desconhecem.
Em princípio, não haveria recursos das decisões arbitrais. Só poderia haver recursos
se houvesse estipulação das partes nesse sentido.
24
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
proposta dentro de um mês, “a contar da data da notificação da decisão arbitral, ou, em caso
de fundamento superveniente, a partir da data em que a parte dele teve conhecimento” (art.
33.º).
9. Além de não revogar expressamente o disposto nos arts. 1508.º a 1524.º do Código
de Processo Civil, criando com isso alguma dúvida sobre se teria havido revogação de
sistema da anterior regulamentação, o novo diploma teve, no dizer do Prof. RAÚL
VENTURA, “uma vida infeliz”, não podendo considerar-se “um diploma brilhante”
(FRANCISCO CORTEZ).
III
A Preparação da Lei n.º 31/86, de 29 de Agosto
10. O Ministro da Justiça MÁRIO RAPOSO encarregou com urgência a Prof.ª ISABEL
DE MAGALHÃES COLLAÇO de preparar um projecto de lei de arbitragem destinado a
25
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Elaborado esse projecto, veio o mesmo a inspirar a Proposta de Lei n.º 34/IV,
apresentada pelo Governo à Assembleia da República, a qual versava sobre a arbitragem
aplicável a litígios em matéria civil ou comercial sobre direitos disponíveis.
N.º 1, publicado no Diário da Assembleia da República, 2.ª Série, n.º 83, de 2 de Julho de 1986 e
(10)
reproduzido em J. M. Galhardo Coelho, Arbitragem Voluntária, 2.ª ed., Coimbra, Almedina, 2006, pág. 14.
26
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
dentro dos limites fixados na lei, o poder e o dever de forjar soluções requeridas para a
correcta actuação da instituição arbitral” (11).
Por isso, a intervenção do tribunal judicial passa a ser residual e os casos de recurso
ao tribunal judicial podem indicar-se assim:
“a) Para suprir o acordo das partes que não conseguiu formar-se
sobre a designação de árbitro ou árbitros de que depende a
constituição do tribunal (artigo 12.º, nos 1 a 3), bem como em
situações análogas sobre a substituição de árbitro ou árbitros
anteriormente designados (artigo 13.º);
b) Para a escolha do presidente do tribunal arbitral, quando essa
escolha não possa resultar da decisão das partes ou dos árbitros
(artigo 14.º nos 1 e 2);
c) Para a delimitação dos precisos termos do litígio surgido entre as
partes que não possam ser fixados por acordo entre elas (artigo 12.º
n.º 4);
d) Para a produção de prova que depende do uso de poderes de
autoridade de que o tribunal arbitral não dispõe (artigo 18.º, n.º 2).”
(12)
(12)
Exposição de motivos cit, n .º 3.
Exposição de motivos cit, n .º 3.
(13)
27
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
12. Diferentemente do que sucedia com o Decreto-Lei n.º 243/84 e com as tentativas
que o antecederam, a Proposta regulamenta a delimitação do seu âmbito de execução no
espaço. De harmonia com o art. 33.º, a disciplina proposta passará a aplicar-se às
arbitragens que tenham lugar em território nacional, independentemente de se tratar de
puras arbitragens internas ou “de direito comum” ou de arbitragens que apresentem
conexões com países estrangeiros.
(14)
Exposição de motivos cit, n .º 6.
28
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Para a hipótese de faltar a escolha pelas partes do direito aplicável, a proposta não
impunha aos árbitros o recurso ao direito internacional privado português, determinando-se
n.º 6.
(15)
(16)
Exposição cit, n.º 7.
29
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
diversamente que o tribunal aplique o direito mais apropriado ao litígio (art. 22.º, n.º 2, 2.ª
parte), isto é, que escolha o direito material aplicável ao litígio.
IV
A Lei n.º 31/86 e as Primeiras Apreciações Críticas
N.º 15. Francisco Cortez critica vivamente esta solução dualista designando-a como “reaccionária” –
(17)
estudo e revista cit., pág. 579. O Código francês adopta também a solução dualista.
30
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
A fonte deste preceito parece ser o art. 1497.º do Novo Código de Processo Civil francês “L’arbitre statue
(18)
comme amiable compositeur si la convention das parties lui a conféré cette mission.”
(19)
Cfr. Jean Robert, L’arbitrage, 5.ª ed., Dalloz, Paris, 1983, págs. 160 e segs. Veja-se igualmente o art. 28.º,
n.º 3, da Lei-Modelo da CNUDCI: “O tribunal arbitral decidirá ex aequo et bono ou como amiable
compositeur apenas se as partes o tiverem expressamente autorizado a fazê-lo.” No sentido de que a amiable
composition é diversa da conciliação e do julgamento ex aequo et bono vejam-se Dário Moura Vicente,
Portugal e a Arbitragem Internacional, in Direito Internacional Privado – Ensaios, II, Coimbra, Almedina,
2005, pág. 285 e Mário Raposo, Temas de Arbitragem Comercial, separata da Revista da Ordem dos
Advogados, ano 66, I, Janeiro, de 2006, págs. 5 a 15 (citando este autor igualmente a posição de Paula Costa e
Silva acerca da distinção, Anulação e Recursos na Decisão Arbitral, na Revista da Ordem dos Advogados,
ano 51, III, Dezembro de 1992, págs. 893, sobretudo 939-940). Ver, por último, no sentido da equiparação
dos conceitos, Luís de Lima Pinheiro, ob. cit, págs. 164-166.
31
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
32
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
15. A Lei n.º 31/86 representa, sem dúvida, um enorme progresso em relação à
regulamentação do Código de Processo Civil de 1961 e, comparada com o Decreto-Lei n.º
243/84, revela um maior apuro técnico e um tratamento inovador das arbitragens
internacionais.
“Por tudo isto, a Lei n.º 31/86, não só pela referida afirmação solene,
mas sobretudo pelas soluções do seu regime, constituiu um marco
fundamental, integrado num movimento semelhante em direito
comparado, atribuindo, ou melhor, reconhecendo à vontade das
partes o estatuto de fundamento e essência da arbitragem voluntária”.
(21)
Por seu turno, a regulamentação das arbitragens internacionais na Lei n.º 31/86
afasta-se do regime das arbitragens comerciais internacionais da Lei-Modelo da CNUDCI.
Cfr. Francisco Cortez, estudo cit., revista cit., págs. 549-550. O diploma previsto neste art. 38.º é o
(20)
33
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Na Lei-Modelo (art. 35.º), impõe-se o reconhecimento das sentenças arbitrais tanto no caso
das sentenças arbitrais estrangeiras – as que são proferidas num Estado diferente daquele
em que se pede o reconhecimento – como no caso das próprias sentenças arbitrais
nacionais, ou seja, as proferidas no próprio Estado em que se pede o reconhecimento.
Como escreve ANTÓNIO MARQUES DOS SANTOS:
16. RAÚL VENTURA publicou, poucos meses após a entrada em vigor da Lei n.º
31/86, um estudo sobre a figura da convenção de arbitragem em que analisa as soluções
desta nova lei.
(22)
Nota sobre a Nova Lei Portuguesa relativa à Arbitragem Voluntária – Lei n.º 31/86, de 29 de Agosto, in
Estudos de Direito Internacional Privado e de Direito Processual Civil Internacional, Coimbra, Almedina,
1998, págs. 262-263. Deve notar-se que, na altura em que este Autor escrevia, Portugal não tinha ainda
ratificado a Convenção de Nova York de 1958 sobre o reconhecimento e execução de sentenças arbitrais
estrangeiras. Tal ratificação só ocorreu em 1994.
34
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
discorda da eliminação, sustentando que tal limitação era útil “porque afastava logo outras
matérias que, sem isso, acabariam por ser afastadas por utilização de outros motivos e com
(23)
maior esforço.” O autor considera igualmente infeliz a redacção do n.º 2 do art. 1.º da
Lei de Arbitragem Voluntária na parte em que dispõe que a convenção de arbitragem pode
ter por objecto um litígio actual, ainda que se encontre afecto a tribunal judicial, ou litígios
eventuais “emergentes de uma determinada relação jurídica contratual ou extracontratual”.
Em sua opinião, dificilmente era concebível que um litígio em matéria não contratual
pudesse ser objecto de um cláusula compromissória, sendo defeituosa a redacção legal
porque “coloca as palavras «contratual ou extracontratual» apenas a propósito da cláusula
compromissória, onde as relações extracontratuais não têm cabimento ou, quando muito,
têm reduzido cabimento.” (24)
Convenção de Arbitragem, in Revista da Ordem dos Advogados, ano 46, Set. 1986, pág. 318. Sobre a
(23)
história da eliminação da expressão remete-se para Francisco Cortez, Estudo e revista cit., pág. 557, nota
(138).
(24)
Estudo e revista cit., pág. 320. No mesmo sentido, Francisco Cortez, estudo e revista cit., pág. 563. Deve
notar-se que Raul Ventura se mostrava igualmente céptico perante à inclusão, na Assembleia da República, da
norma sobre arbitragem não contenciosa (n.º 3 do art. 1.º da LAV). M. Pereira Barrocas, por seu turno,
considerava uma deficiência do Decreto-Lei n.º 243/84 a não previsão da arbitragem não contenciosa (cfr.
Necessidade de uma Nova Ordem Judicial – a Arbitragem, in Revista da Ordem dos Advogados, ano 45.º,
1985, 2.º, págs. 453-454).
35
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Além disso, a infelicidade da lei era aumentada pelo esquecimento de que não
existia no Código de Processo Civil processo adequado a essa determinação do objecto do
litígio, tendo de recorrer-se ao processo declarativo comum.
Por último e no que toca ao regime do art. 19.º da Lei de Arbitragem Voluntária,
RAÚL VENTURA lamentava “que a Lei seja tão parcimoniosa no tocante à prorrogação.
Em primeiro lugar, se as partes estão de acordo na duração da prorrogação, não se vê
motivo para a lei a limitar; os litígios devem ter um fim, mas também não devem ser
forçados a um fim prematuro. Em segundo lugar, a recusa de acordo de prorrogação por
alguma das partes faz terminar o processo arbitral, sem que a parte contrária se lhe possa
opor com a consequente inutilidade do processo arbitral e os encargos que serão suportados
pelo autor. No direito comparado havia bem por onde escolher para evitar tais
inconvenientes”.(26)
(25)
Estudo e revista cit., pág. 355. Igualmente crítico, falando de uma “má solução”, veja-se Francisco Cortez,
estudo e revista cit., págs. 569 e segs.
(26)
Estudo e revista cit., pág. 407. Ver ainda Francisco Cortez, estudo e revista cit., pág. 573-575. Em sentido
diverso, elogiando o art. 19.º, veja-se António Marques dos Santos estudo e ob cit, pág. 289, nota (104).
Deve notar-se que, no domínio de vigência do Decreto-Lei n.º 243/84, Raúl Ventura publicou um estudo
sobre Convenção de Arbitragem e Cláusulas Contratuais Gerais, in Revista da Ordem dos Advogados, ano 46,
1986, I, pág. 5 e segs.
36
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Relativamente à solução constante do art. 21.º, n.º 2, da LAV (norma que faz
prevalecer a autonomia da vontade das partes, na medida em que restringe a regra de que a
nulidade do contrato em que se insira uma convenção de arbitragem não acarreta a nulidade
desta, “salvo quando se mostre que ele não teria sido concluído sem a referida convenção”),
MARQUES DOS SANTOS manifesta reservas sobre a bondade desse normativo, por lhe
parecer “levar mais longe que os outros textos citados [textos internacionais: Convenção de
Estrasburgo de 1966 que aprova uma lei uniforme de arbitragem, Lei-Modelo de CNUDCI
de 1985] a adopção do princípio de autonomia das partes na elaboração da convenção de
arbitragem”. (28)
(28)
Estudo e ob cit, pág. 284.
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Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
(29)
Estudo e ob cit., págs. 228-229. Resta saber se, no caso das arbitragens de direito comum, isto é, não
internacionais (no sentido da LAV) não haverá sempre a possibilidade de interposição de recurso
extraordinário de revisão para sancionar situações do tipo das denunciadas.
38
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Esta Autora acentuava, assim, que não era aceitável “a oposição entre uma
arbitragem interna e uma arbitragem internacional no quadro da Lei n.º 31/86. O que se
deve assinalar, pelo contrário, é que esta lei contém, ao lado de um regime geral de
arbitragem voluntária, o qual se poderá fazer corresponder à arbitragem de direito comum,
uma regulamentação própria da arbitragem dita internacional que, em certos pontos, se
afasta desse regime geral. Mas a arbitragem internacional, tal como é regulada pela Lei n.º
31/86, deve ser considerada como uma arbitragem interna, por oposição à arbitragem
estrangeira”. (31)
(30)
L’Arbitrage international dans la recente Loi Portugaise sur l’Arbitrage Volontaire (Loi n.º 31/86, du 28
août 1986). Qualques réflexions, in Droit International et Droit Communantaire, F. Calouste Gulbenkian,
Centre Cultural Portugais, Paris, 1991, pág. 59.
(31)
Estudo e ob cit., pág. 59-60.
39
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
mais liberais consagradas nesta matéria em certas leis nacionais e em textos internacionais
recentes. Nestas condições, inclinamo-nos para admitir que a escolha do direito aplicável
possa incidir na lex mercatoria, na medida em que contém regras de direito.” (32)
Assim, o Anteprojecto não acolheu a solução do art. 1.º, n.º 3, da LAV portuguesa,
omitindo qualquer referência à arbitragem não contenciosa. Afastou igualmente “a tão
criticada solução da lei portuguesa, de confiar ao tribunal a determinação do objecto de
(33)
litígio, quando falte o acordo das partes (art. 12.º, n.º 4, da Lei n.º 31/86)” . Incluiu
igualmente uma norma sobre os encargos do processo, considerando que tal omissão na
LAV era susceptível de gerar conflitos.
(32)
Estudo e ob cit., pág. 63. Contra tal posição se pronunciou em 1990 Dário Moura Vicente, Da Arbitragem
Comercial Internacional. Direito Aplicável ao Mérito de Causa, Coimbra, Coimbra Editora, 1990, págs. 190 e
segs.
(33)
Lei de Arbitragem Voluntária para o Território de Macau – Anteprojecto, Governo de Macau, Gabinete
para a Modernização Legislativa, Macau, Imprensa Oficial, 1990, pág. 33.
40
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
de instaurado o processo arbitral ou durante a sua pendência, sem que tal recurso aos
(34)
tribunais judiciais pudesse ser tido como renúncia à arbitragem . Por outro lado,
dispunha-se, por influência do art. 17.º da Lei-Modelo da CNUDCI, que:
(34)
Note-se que uma norma idêntica aparecia no Decreto-Lei n.º 243/84 (art. 5.º), mas não foi mantida pela
LAV, não se encontrando explicação para a supressão.
(35)
N.º 3 do art. 23.º. O número seguinte previa que, não sendo acatada a medida cautelar, o próprio tribunal
arbitral podia solicitar ao tribunal judicial que decidisse sobre a conveniência das medidas determinadas e
ordenasse a sua eventual execução.
41
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
instância (art. 33.º). Em princípio, se não fosse estipulada a faculdade de recurso, previa-se
apenas a anulação da sentença arbitral (art. 35.º-A).
V
A Evolução Legislativa Subsequente
(36)
São poucas as alterações às soluções do Anteprojecto introduzidas pelo legislador de Macau: foi
consagrada a regra de que a revogação da convenção de arbitragem não dispensa o pagamento aos árbitros
dos honorários convencionados, ou, na falta de convenção, os estabelecidos na tabela publicada pelo Governo
de Macau (art. 8.º, n.º 3); previu-se a possibilidade de as partes requererem a substituição dos árbitros ao
tribunal judicial em caso de impedimentos verificados quantos aos árbitros nomeados (art. 16.º, n.º 3); criou-
se a distinção entre a nulidade da decisão arbitral e a anulabilidade desta (arts. 37.º e 38.º).
(37)
O Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro aditou, através do seu art. 6.º, n.º 2, um novo capítulo à
Lei de Arbitragem Voluntária sobre a arbitragem no domínio do contencioso administrativo (arts. 39.º-A a
39.º-C).
42
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
(38)
Ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.º 52/94, de 8 de Julho. A Convenção entrou em
vigor em Portugal em 16 de Janeiro de 1995, tendo sido feita a reserva de reciprocidade (Aviso n.º 142/95, in
Diário da República, I Série-A, n.º 141, de 21 de Junho de 1995). Sobre esta convenção veja-se, entre nós, o
estudo desenvolvido de Cristina Pimenta Coelho citado na nota (92) infra.
Veja-se este acórdão publicado na Revista de Direito e de Estudos Sociais, Abril-Dezembro de 2005, ano
(39)
XLVI (XIX da 2.ª Série), nos 2, 3 e 4, págs. 361 e segs., com anotação desfavorável de António Sampaio
Caramelo. Com toda a razão, chama-se a atenção neste comentário para que “a determinação dos termos e
condições da execução (enforcement) destas sentenças pelos tribunais portugueses é necessariamente regida
pelas referidas normas internas, em tudo o que não contrarie as disposições imperativas constantes dessa
Convenção. Daí resulta, desde logo, que tem de aplicar-se aqui o art. 1095.º do CPC que atribui competência
para efectuar a confirmação de tais sentenças (…) ao Tribunal da Relação competente (…)” (pág. 383).
43
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
23. Além disso, a partir das alterações de 1995-1996, foi criado um processo especial
de jurisdição voluntária para a determinação judicial do objecto do litígio, assim se
adjectivando o n.º 4 do art. 12.º da LAV (aditamento pelo Decreto-Lei n.º 180/96, de 25 de
Setembro, dos arts. 1508.º a 1510.º ao Código de Processo Civil).
24. Por último, o Decreto-Lei n.º 38/2003, de 8 de Março, diploma que aprovou a
Reforma do Processo Executivo e introduziu numerosas alterações ao Código Civil, Código
(40)
Arts. 722.º a 724.º; cfr. Juan Montero Aroca, Juan L. Gómez Colomer, Alberto Montón Redondo e Silvia
Barona Vilar, Derecho Jurisdiccional II- Proceso Civil, Valência, Tirant Lo Blanch, 14.ª ed., 2005, págs. 669-
673 e 846-847; David Arias, Arbitraje y Medidas Cautelares en España, in Newsletter DGAE, Ministério da
Justiça, n.º 8 (Março de 2007), págs. 14-18.
Lebre de Freitas, A. Montalvão Machado e Rui Pinto, Código de Processo Civil Anotado, vol. 2.º,
(41)
44
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
de Processo Civil e outros diplomas, veio modificar igualmente a LAV (através do seu art.
17.º).
O n.º 3 do art. 11.º sofreu uma pura alteração formal de redacção com transposição
de uma frase para o meio do preceito:
Foi igualmente revogada a regra que confiava aos tribunais judiciais a determinação
(42)
do objecto do litígio, em caso de desacordo das partes da convenção de arbitragem ,
passando o n.º 4 do art. 12.º a ter a seguinte redacção:
(42)
Dispunha o n.º 4 do art. 12.º na versão originária da LAV: “se no prazo referido no n.º 2 as partes não
chegarem a acordo sobre a determinação do objecto do litígio, caberá ao tribunal decidir. Desta decisão cabe
recurso de agravo, a subir imediatamente”. Sobre esta norma veja-se Acórdão da Relação do Porto de 18 de
Setembro de 2000, in Colectânea de Jurisprudência, ano XXV, 2000, 4.º, pág. 185, na linha do Acórdão do
Supremo Tribunal de Justiça de 9 de Novembro de 1995, in Colectânea de Jurisprudência / Acórdãos do
Supremo Tribunal de Justiça, III, 1995, 3.º, pág. 107.
(43)
Sobre estas alterações, veja-se António Sampaio Caramelo, Recent Amendment to the Portuguese Law on
Voluntary Arbitration, in Arbitration International – The Journal of the London Court of International
Arbitration, vol 19, 4, 2003, págs. 507-509.
45
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Do mesmo passo, o art. 4.º do Decreto-Lei n.º 38/2003, de 8 de Março, com início
de vigência em 15 de Setembro de 2003, revogou os arts. 1508.º a 1510.º do Código de
Processo Civil, dada a alteração introduzida no n.º 4 do art. 12.º da LAV.
VI
A Arbitragem Voluntária no Direito Administrativo
(44)
Vejam-se, por último, as críticas de José Lebre de Freitas, Algumas Implicações de Natureza de
Convenção de Arbitragem, in Estudos em Homenagem à Professora Isabel Magalhães Collaço, II, Coimbra,
Almedina, 2002, pág. 633, nota (20).
(45)
Comentário e revista cit. na nota (43), pág. 509.
Deve notar-se que, antes de 1974, não estava, de modo geral, prevista na lei a possibilidade de o Estado se
(46)
comprometer em árbitros. No processo de expropriação era tradicional a existência de uma instância arbitral
46
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Escassos meses antes, também o Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais de 1984
(aprovado pelo Decreto-Lei n.º 128/84, de 27 de Abril) estabelecia que são admitidos
“tribunais arbitrais no domínio do contencioso dos contratos administrativos e da
responsabilidade civil por prejuízos decorrentes de actos de gestão pública, incluindo o
contencioso de acções de regresso” (art. 2.º, n.º 2) (47).
A LAV, por seu turno, prevê no seu art. 1.º, n.º 4:
necessária. Cfr. Marcello Caetano, Manual de Direito Administrativo, tomo II, Coimbra, Coimbra Editora,
10.ª ed, reimp., 1990, págs. 1036 e segs.. Em contratos administrativos aparecia, por vezes, previsto o recurso
a arbitragem voluntária, com base em lei especial.
(47)
Sobre esta norma remete-se para J. M. Sérvulo Correia, A Arbitragem Voluntária no Domínio dos
Contratos Administrativos, in Estudos em Memória do Prof. Doutor João de Castro Mendes, Lisboa, Lex, sem
data, págs. 229 a 263; Raúl Ventura, Convenção de Arbitragem cit., págs. 312-316.
(48)
Veja-se sobre os trabalhos preparatórios, João Martins Claro, A Arbitragem no Projecto do Código de
Processo nos Tribunais Administrativos, in Reforma do Contencioso Administrativo – Trabalhos
Preparatórios – O Debate Universitário, Ministério da Justiça, vol I, 2000, págs. 179 a 185.
47
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Nos termos do art. 36.º, n.º 1, alínea c), do ETAF, compete aos presidentes dos
Tribunais Centrais Administrativos Sul e Norte a nomeação, “no âmbito do contencioso
administrativo”, dos “árbitros que, segundo a lei de arbitragem voluntária, são designados
pelo presidente do tribunal da relação”. O art. 37.º do mesmo diploma confia aos Tribunais
Centrais Administrativos o julgamento dos recursos de decisões proferidas pelo tribunal
arbitral sobre matérias de contencioso administrativo, salvo o disposto em lei especial (art.
37.º, alínea b)).
O art. 180.º, sob a epígrafe “Tribunal Arbitral”, estabelece os casos em que pode ser
constituído tribunal arbitral, “sem prejuízo do disposto em lei espacial”, para julgamento
de: questões respeitantes a contratos, incluindo a apreciação de actos administrativos
relativos à própria execução (n.º 1, alínea a)); a de responsabilidade civil extracontratual,
incluindo a efectivação do direito de regresso (n.º 1, alínea b)); questões relativas a actos
administrativos que possam ser revogados sem fundamento na sua invalidade, nos termos
de lei substantiva, excepcionando-se os casos em que existam contra-interessados, salvo se
estes aceitarem o compromisso arbitral (n.º 1, alínea c), e n.º 2).
48
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Sobre este título remete-se para Mário Aroso e C. A. Fernandes Cadilha, Comentário ao Código de
(49)
Processo nos Tribunais Administrativos, Coimbra, Almedina, 2.ª ed., 2007, págs. 1005 e segs.; Em geral,
sobre a problemática da arbitragem no domínio administrativo, vejam-se João Caupers, A Arbitragem nos
49
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
VII
A Jurisprudência dos Tribunais sobre Processos Arbitrais
27. Ao longo dos vinte anos de vigência da LAV, os nossos Tribunais Superiores foram
sendo confrontados com recursos de decisões arbitrais ou com acções de anulação de
sentenças arbitrais, tendo vindo a desenvolver uma jurisprudência que tem sido
esporadicamente comentada pela doutrina (50).
Pode dizer-se que um apreciável número de arestos dos tribunais superiores tem-se
debruçado sobre questões de grande simplicidade no domínio da arbitragem voluntária,
dirimindo conflitos decorrentes do proferimento de uma sentença arbitral que desagradou a
um dos contendores.
Litígios entre a Administração Pública e os Particulares, in Cadernos de Justiça Administrativa, n.º 18, págs.
3-11, José Luís Esquível, Os Contratos Administrativos e a Arbitragem, Coimbra, Almedina, 2004; Mário
Aroso de Almeida, O Novo Regime de Processo nos Tribunais Administrativos, 4.ª ed., Coimbra, Almedina,
2005, págs. 401 e segs.; J. C. Vieira de Andrade, A Justiça Administrativa (Lições), Coimbra, Almedina, 8.ª
ed., 2006, págs. 95-96 (este autor distingue a verdadeira arbitragem voluntária de “arbitragens” levadas a cabo
por órgãos administrativos independentes, previstas em leis especiais, que não têm carácter jurisdicional); J.
M. Sérvulo Correia, Direito do Contencioso Administrativo, I, Lisboa, Lex, 2005, págs. 675-689.
(50)
Cfr., por exemplo, Miguel Teixeira de Sousa, A Recorribilidade das Decisões Arbitrais in O Direito, ano
120.º (1988), III-IV, pág. 566 e segs. (anotação ao Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 15 de Janeiro
de 1987); J. L. Lopes dos Reis, Questões de Arbitragem Ad Hoc. Constituição do Tribunal Arbitral.
Colegiabilidade dos Árbitros. Forma de Processo. Prazo para Decisão. Caducidade da Convenção. Honorários
dos Árbitros – Anotação ao Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 10 de Fevereiro de 1994, in Revista
da Ordem dos Advogados, ano 58.º, 1998, I, págs. 479 e segs.; do mesmo autor, Questões de Arbitragem Ad
hoc II, na mesma Revista, ano 59.º, 1999, I, págs. 217 e segs.; António Sampaio Caramelo, Jurisprudência
Comentada – Questões de Arbitragem Comercial, Revista de Direito e Estudos Sociais, ano XLV, 2004, págs.
307 e segs. (anotação ao Acórdão do Tribunal da Relação de 18 de Maio de 2004); do mesmo autor, A
Disponibilidade do Objecto de Litígio, in Revista da Ordem dos Advogados, ano 66.º, 2006, III, págs. 1233 e
segs.
50
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
28. Analisadas numerosas espécies jurisprudenciais, pode dizer-se que boa parte delas
versa sobre a delimitação do objecto do litígio (problemática ultrapassada a partir da
alteração da LAV pelo Decreto-Lei n.º 38/2003, nos termos atrás referidos) e sobre o prazo
para a prolação da sentença arbitral.
51
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
In Boletim do Ministério da Justiça, n.º 478, págs. 286-287; ver ainda os Acórdãos da Relação de Lisboa
(51)
de 2 de Fevereiro de 1995; in Colectânea, XX, 1995, 1.º, pág. 113, e da Relação do Porto, de 8 de Maio de
1995, na mesma revista e ano, 3.º, págs. 206 e segs.
Sobre a competência do tribunal arbitral para apreciar a sua própria competência remete-se para o Acórdão da
Relação de Lisboa de 18 de Maio de 2004 (in Colectânea, XXIX, 2004, 3.º, pág. 76). Este aresto considerou
admissível a coligação na lei de arbitragem voluntária, não havendo convenção em contrário e permitindo a
cláusula compromissória pluralidade de partes, quer do lado activo, quer do lado passivo. Refere-se no aresto
a situação das multi-party arbitrations. Este acórdão está comentado por António Sampaio Caramelo,
Jurisprudência Comentada: Questões de Arbitragem Comercial in Revista de Direito e de Estudos Sociais,
ano XLV, 2004, n.º 4, págs. 327-351. A situação é curiosa porque, sendo instaurado um processo arbitral
único com duas demandadas em coligação passiva, uma delas logo veio propor uma acção declarativa contra
as outras partes sustentando a ilegalidade da opção da demandante. As demandadas foram absolvidas da
instância por preterição de tribunal arbitral voluntário.
52
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
29. No que toca à anulação das sentenças arbitrais, a jurisprudência dos Tribunais
Superiores tem entendido que são taxativos os fundamentos de anulação constantes do n.º 1
do art. 27.º da LAV, louvando-se em regra nos estudos de PAULA COSTA E SILVA (53).
Acórdão inédito, proferido na revista n.º 1776/05, sendo relator o Conselheiro Noronha Nascimento. No
(52)
sentido de que esta caducidade não tem um efeito automático neste caso veja-se Acórdão do Supremo
Tribunal de Justiça de 29 de Maio de 1991 (in Boletim do Ministério da Justiça, n.º 407, pág. 458), o qual se
louva no entendimento de Raúl Ventura.
Vejam-se desta autora: Anulação e Recursos da Decisão Arbitral, in Revista da Ordem dos Advogados,
(53)
ano 52.º, 1992, III, págs. 893 e segs.; Os Meios de Impugnação das Decisões Proferidas em Arbitragem
Voluntária no Direito Português, na mesma Revista, ano 56, I, págs. 179 e segs.
53
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
30. A fundamentação das sentenças arbitrais tem suscitado também a atenção da nossa
jurisprudência.
(55)
No Acórdão da Relação de Lisboa de 9 de Novembro de 2000 , abordou-se tal
questão e escreveu-se que só a falta total da fundamentação exigida pelos arts. 23.º, n.º 3, e
27.º, n.º 1, al. d), da LAV é motivo de anulação dessa sentença:
(54)
In Colectânea/Ac STJ, XIV, 2006, pág. 87. A discussão sobre a possibilidade de impugnação de decisões
interlocutórias do tribunal arbitral, quando as partes não tenham renunciado aos recursos, tem revelado pontos
de vista divergentes. No sentido da recorribilidade, pronunciaram-se Teixeira de Sousa, em anotação atrás
citada, e L. Carvalho Fernandes, Dos Recursos em Processo Arbitral, in Estudos em Homenagem ao Prof.
Doutor Raúl Ventura, II, 2003, Coimbra, Almedina, págs. 139-164 (pág. 152) e, no sentido oposto, com base
no art. 29.º, n.º 1, da LAV, J. A. Lopes dos Reis, Questões de Arbitragem Ad Hoc II, cit., págs. 266 e segs.
(55)
In Colectânea, ano XXV, 2000, 5.º, pág. 87.
54
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
(56)
Colectânea cit., pág. 88.
55
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Espera-se que tal aresto constitua uma voz isolada numa jurisprudência “amiga” da
arbitragem, expressa em dezenas de acórdãos dos nossos tribunais superiores. (59)
Constitucional de 2003 sobre o dever de fundamentação nos processos crime perante os extintos tribunais
militares.
(59)
A questão do fundamento de anulação consistente na omissão de pronúncia tem sido abordado em diversos
acórdãos: Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 19 de Dezembro de 2001 (in Colectânea /Acs STJ, IX,
3.º, pág. 152) e da Relação de Lisboa de 30 de Setembro de 1999 (in Colectânea, XXIV, 1999, 4.º, pág. 113).
56
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
(61)
Em 2005, o Acórdão da Relação de Guimarães de 16 de Fevereiro de 2005
declarou a nulidade de uma cláusula de arbitragem inserida num contrato de distribuição
em que se cometia a um tribunal arbitral a interpretação ou execução desse contrato,
devendo os árbitros julgar segundo a equidade.
(61)
In www.dgsi.pt/jtrg/000.
Cfr. A Disponibilidade do Direito como Critério de Arbitrabilidade do Litígio cit. pág. 1249.
(62)
57
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
(63)
Cfr. A Disponibilidade do Direito como Critério de Arbitrabilidade do Litígio cit. pág. 1249.
(64)
Sobre os entendimentos da própria equidade enquanto critério decisório de litígios, veja-se Luís de Lima
Pinheiro, Arbitragem Transnacional cit, págs. 159-166.
Ver António Sampaio Caramelo, A Disponibilidade do Direito cit., págs. 1262 e 1263. Ver ainda António
(65)
Marques dos Santos, Arrendamento Urbano e Arbitragem Voluntária, in Estudos em Homenagem ao Prof.
Doutor Inocêncio Galvão Telles, vol. III, Coimbra, Almedina, 2002, págs. 573-589.
58
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
(66)
In Colectânea, ano XX, 1.º, pág. 98.
In Colectânea, ano XX, 3.º, pág. 105. Aí se refere: “para que possam ser postos em jogo interesses de
(67)
comércio internacional é suficiente, no fim de contas, que a operação «implique um movimento de bens, de
59
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
O caso sobre que se debruçou este aresto tinha a seguinte configuração: uma
sociedade portuguesa propôs uma acção no Tribunal Cível do Porto contra uma sociedade
indiana, pedindo a condenação desta a pagar-lhe comissões em dívida, indemnização pela
denúncia do contrato de agência sem respeito pelo período do pré-aviso e indemnização de
clientela. A demandada arguiu a incompetência do tribunal português por preterição da
convenção de arbitragem a favor da Câmara de Comércio internacional e obteve a
absolvição da instância.
serviços ou um pagamento transfronteiras” (mesma pág.). Critica esta noção ampla de actos de comércio
internacional. L. Lima Pinheiro, Arbitragem Transnacional cit., págs. 36-37 e nota (32).
Colectânea/Ac STJ, XIII, 2005, pág. 72. Sobre esta decisão vejam-se as considerações críticas de A.
(68)
60
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
33. Muitas outras questões foram tratadas em diversos acórdãos que não foi possível
analisar. Valerá a pena referir que está firmada na jurisprudência a solução de que as partes
de uma convenção de arbitragem podem recorrer aos tribunais comuns para obter
providências cautelares sem o risco de se considerar que existe uma renúncia por parte do
requerente da medida cautelar à solução arbitral. (70)
VIII
PERSPECTIVAS DE REFORMA DA LEI DE ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA
(69)
Colectânea cit, pág. 72.
No sentido de que é possível requerer uma providência cautelar antes de instaurado o processo arbitral ou
(70)
na pendência deste vejam-se os Acórdãos da Relação de Évora de 12 de Julho de 1984 (in Colectânea, ano IX,
1984, 4.º, pág. 286), da Relação de Lisboa de 26 de Setembro de 2000 (www.dgsi.jtrl.00028726), da Relação
do Porto de 17 de Maio de 2005 (www.dgsi.jtrp.00038073) e da Relação de Lisboa de 20 de Abril de 2006
(proferido no Proc. n.º 3041/2006-2).
Nos dois últimos acórdãos faz-se referência à problemática de os próprios tribunais arbitrais poderem
decretar certas medidas cautelares, referindo-se o estudo de Paula Costa e Silva, A Arbitrabilidade de
Medidas Cautelares, in Revista da Ordem dos Advogados, n.º 63, 2003, I-II, págs. 211-235. Os Acórdãos da
Relação de Lisboa de 9 de Novembro de 2006 e de 21 do mesmo mês e ano, publicados na Colectânea,
XXXI, 2005, 5.º, págs. 82 e 91 respectivamente, versaram sobre casos de arrestos decretados por um tribunal
arbitral, não tendo afrontado directamente a legalidade dessas medidas cautelares.
61
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
35. Está anunciada pelo Ministério da Justiça a intenção de rever a Lei de Arbitragem
Voluntária, estando encarregado o Gabinete de Legislação e Política Legislativa (GPLP)
deste Ministério de elaborar os respectivos trabalhos preparatórios.
36. Como se sabe, o Legislador espanhol optou pela segunda alternativa em 2003,
publicando uma nova lei da arbitragem que revogou a lei de 1988, tal como esta tinha
revogado a lei de 1953.
62
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Seja como for, a Lei espanhola de 2003 adoptou uma concepção monista de
arbitragem, não distinguindo as arbitragens internas das internacionais quanto à maior parte
da regulamentação e acolhendo as soluções de Lei-Modelo da CNUDCI, com alguma
rigidez (72). O legislador optou por considerar que são susceptíveis de resolução arbitral “as
controvérsias sobre matérias de livre disposição conforme o direito” (art. 2.º, n.º 1).
Eis, pois, um primeiro modelo que tem antecedentes na adopção pela Alemanha em
1997 das soluções da mesma Lei-Modelo, integrando-as no Código de Processo Civil (§§
1025.º a 1066.º da ZPO, Zivilprozessordnung), tal como sucedeu com numerosos países
dos diferentes continentes. A Inglaterra publicou igualmente em 1996 uma Lei de
Apresentação do livro Arbitraje (Legislación básica), Valência, Tirant lo Blanch, 2004, pág. 11.
(71)
Como se viu, outra foi a solução do Território de Macau que publicou em 1996 uma lei de arbitragem
(72)
interna e, em 1998, uma lei de arbitragem para o comércio internacional, inspirada na Lei-Modelo da
CNUDCI.
63
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Arbitragem nova, tal como a Suécia em 1999, ambas fortemente influenciadas pela mesma
Lei-Modelo.
38. Do meu ponto de vista, parece-me que não se justifica a substituição integral da
LAV por uma lei nova.
Luis Lima Pinheiro afirma que o regime interno da arbitragem voluntária “é um dos regimes mais
(73)
64
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
39. Passarei a enunciar vários pontos que, a meu ver, merecem uma ponderação do
legislador no sentido de se introduzirem eventualmente alterações ou aditamentos à LAV.
A nossa lei só permite que sejam submetidos a arbitragem os litígios que não
respeitem a direitos indisponíveis. Trata-se de um critério tradicional reafirmado
recentemente pelo legislador espanhol em 2003 e pelo legislador italiano em 2006. (74)
(74)
Art. 806.º, 1.º inciso, do CPC italiano – “As partes podem submeter a decisão de árbitros as controvérsias
surgidas entre elas que não tenham por objecto direitos indisponíveis, salvo expressa proibição da lei.”
65
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
disponibilidade do direito, como método de arbitrabilidade dos litígios” (75), aludindo não só
às dificuldades do intérprete para saber se o art. 1.º, n.º 1, da LAV consagra um critério
forte ou fraco de disponibilidade (76), como também à solução consagrada no § 1030.º, n.º 1,
da ZPO alemã que prevê que qualquer litígio de natureza patrimonial pode ser objecto de
convenção de arbitragem, explicitando a lei ainda que é eficaz a convenção de arbitragem
que verse sobre litígios de natureza não patrimonial quando as partes são livres de transigir
sobre o objecto desse litígio.
Pessoalmente, não creio que deva ser alterado o critério constante do n.º 1 do art.
1.º, desde que entendida a disponibilidade no sentido fraco, que me parece o mais adequado
e acolhido na jurisprudência, com a excepção do Acórdão da Relação de Guimarães atrás
referido.
Nos casos de pluralidade de árbitros, é usual que se forme uma maioria no sentido
de uma das alternativas de resolução do litígio. Na falta dessa maioria, preconiza-se que a
(76)
Recorda-se que, nas palavras do Autor, a disponibilidade forte designa “a possibilidade de renunciar ao
direito, não só após a sua constituição na esfera jurídica do seu titular, mas também antecipadamente”, ao
passo que a disponibilidade fraca traduz-se “na possibilidade de renúncia ao direito só após a radicação deste
na esfera do seu titular” (A Disponibilidade cit., págs. 1248-1249).
66
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
decisão seja confiada ao presidente do tribunal arbitral ou valha como decisão o seu
parecer. Tal solução acha-se consagrada no Regulamento do Tribunal Arbitral do Centro de
Arbitragem Comercial da Associação Comercial de Lisboa / Câmara de Comércio e
Indústria Portuguesa (art. 25.º, n.º 2) e parece dever ser consagrada como solução-regra no
sentido de conferir maior eficácia à arbitragem. Como é óbvio, as partes poderão afastar
esta norma na convenção de arbitragem ou no regulamento de processo ou em outro escrito
posterior (modificando-se, assim, o art. 20.º, n.º 2, LAV). Tal solução consta do art. 35.º da
Lei espanhola de 2003, que se afasta da solução do art. 29.º da Lei-Modelo da CNUDCI.
A regulamentação da nossa lei é ática, restringindo aos árbitros não nomeados por
acordo das partes a aplicabilidade dos impedimentos e escusas estabelecidas na lei do
processo civil para os juízes.
Importa ver como o § 1037.º da ZPO alemã ou o art. 815.º do CPC italiano regula
esta matéria e tornar exequível o que consta da lei portuguesa.
67
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
68
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
47. A experiência que vou tendo de prática arbitral leva-me a sugerir que deveriam ser
regulamentadas certas matérias numa revisão da lei de arbitragem. Proponho, a título
exemplificativo, o elenco das seguintes matérias:
69
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
“Os árbitros não são responsáveis pelo que tenham feito ou omitido
fazer na execução ou pretendida execução das suas funções como
árbitros, salvo se se demonstrar que o acto ou omissão foi
determinado por má fé.”
70
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
O art. 37.º da Lei Sueca de 1999 regula detalhadamente a questão dos encargos de
arbitragem.
Deveria regulamentar-se tal situação, à semelhança do que ocorre com o art. 816.º-
quater do CPC italiano. (77)
Sobre esta matéria, vejam-se, entre nós, Manuel Botelho da Silva, Pluralidade de Partes em Arbitragens
(77)
71
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Afigura-se que uma futura alteração da LAV ou, em alternativa, uma nova lei de
arbitragem voluntária, deveria regular esta matéria dos procedimentos cautelares,
esclarecendo, por um lado, que não implica renúncia à convenção de arbitragem o
Remete-se para a nota (70) supra, onde se indicam algumas espécies jurisprudenciais proferidas em matéria
(78)
de procedimentos cautelares conexos com processos arbitrais. Vale a pena também referir a importante
decisão da Juíza Dr.ª Ana Paula M. Boularot, de 31 de Janeiro de 1997, publicada na Colectânea de
Jurisprudência, ano XXII (1997), II, págs. 296-303.
72
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Esta alteração que tem vindo a ser laboriosamente discutida no seio da CNUDCI
mostra que a problemática das medidas cautelares e provisórias a decretar pelos tribunais
arbitrais está na ordem do dia, mesmo que seja duvidoso que, no imediato, os diferentes
Estados venham a alterar as suas leis internas em consonância com o disposto nesse
articulado de revisão da CNUDCI (80) (81).
(79)
O art. 9.º da Lei-Modelo da CNUDCI estabelece esta regra, como anteriormente o haviam feito a Lei
Uniforme aprovada pela Convenção de Estrasburgo de 1966 (art. 4.º, n.º 2) e a própria Convenção Europeia
sobre Arbitragem Comercial Internacional de 1961 (art. VI, n.º 4).
(80)
O art. 17.º da Lei-Modelo da CNUDCI – que aparece reproduzido no art. 23.º da Lei espanhola de 2003,
dispõe: “Salvo convenção em contrário das partes, o tribunal arbitral pode, a pedido de uma parte, ordenar a
qualquer delas que tome as medidas provisórias ou conservatórias que o tribunal arbitral considere necessário
tomar em relação ao objecto de litígio. O tribunal arbitral pode exigir a qualquer das partes que, em conexão
com essas medidas, preste uma garantia adequada”. Vejam-se o § 1041.º da ZPO alemã, o art. 25.º, 4.º inciso,
da Lei Sueca de Arbitragem, de 4 de Março de 1999, a secção 44.º do Arbitration Act inglês de 1996 e o art.
17.-º da lei espanhola de 2003.
(81)
Sobre o projecto de alteração da Lei-Modelo da CNUDCI vejam-se Silvia Barona Vilar, Medidas
Cautelares en el Arbitraje, Madrid, Thomson / Civitas, 2006, págs. 116 e segs. e Armindo Ribeiro Mendes, As
Medidas Cautelares e o Processo Arbitral (Algumas Notas), Lisboa, 2007, ainda inédito. Convirá tomar em
consideração que, além de providências cautelares tradicionais, muitas leis estrangeiras englobam, sob a
denominação de decisões provisórias, as decisões que conhecem antecipadamente de parte do pedido
(sentenças parciais) e as condenações provisórias no decurso do processo. Vejam-se a secção 39.ª do
Arbitration Act inglês de 1996 e o art. 1049.º do Código de Processo Civil holandês (reformado em 1986).
73
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
Trata-se, pois, de uma matéria que deverá ser objecto de atenção pelo legislador.
Por último, deve notar-se que a situação de revelia do demandado não está
contemplada na LAV, deixando-se a regulamentação para as regras de processo que
venham a ser adoptadas nos termos do art. 15.º dessa Lei.
Utilizou-se a tradução desta Lei-Modelo de Rui Moura Ramos e Maria Ângela Bento in Contratos
(82)
Internacionais. Compra e Venda. Cláusulas Penais. Arbitragem, Coimbra, Almedina, 1986, pág. 506. Sobre
vários aspectos a reformar na LAV veja-se, por último, Manuel P. Barrocas, A Reforma da Lei da Arbitragem
Voluntária, in, OA – Boletim da Ordem dos Advogados, n.º 46, Março-Abril 2007, pág. 6 a 11, autor que
propõe a regulamentação da matéria dos procedimentos cautelares a ser determinados pelo tribunal arbitral, a
eliminação dos recursos como meio de impugnação normal das sentenças arbitrais e a inclusão no art. 27.º da
LAV como fundamento autónomo de anulação a violação da ordem pública. Admite-se que houvesse
conveniência em regular a matéria das consequências da morte ou impedimento permanente de um árbitro,
nomeadamente quando tais eventos ocorram durante ou no fim da produção de prova.
74
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
57. Crê-se que haverá vantagem em regular esta matéria de harmonia com a solução da
Lei-Modelo da CNUDCI.
IX
O FUTURO DA ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA EM PORTUGAL
58. No final deste Balanço impõe-se dizer algo sobre o futuro da arbitragem voluntária
no nosso País, acentuando desde já o papel da doutrina no desenvolvimento do instituto, na
apreciação crítica da jurisprudência e na fundamentação de propostas de alteração da LAV.
75
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
(83)
, Autora que, mais recentemente, publicou um estudo sobre a A Arbitrabilidade das
Medidas Cautelares, já atrás citado, e que tem influenciado a jurisprudência nacional nos
termos antes referidos.
62. Ao longo das páginas antecedentes, foram citados vários estudos e comentários
jurisprudenciais da autoria de MIGUEL TEIXEIRA DE SOUSA, JOÃO LUÍS LOPES
DOS REIS, LUÍS CARVALHO FERNANDES, ANTÓNIO SAMPAIO CARAMELO e
MÁRIO RAPOSO que incidiram em especial sobre a regulamentação da Lei da Arbitragem
Anulação e Recursos da Decisão Arbitral, in Revista da Ordem dos Advogados, ano 52, 1992, III, págs
(83)
893 e segs; Os Meios de Impugnação de Decisões Proferidas em Arbitragem Voluntária no Direito Interno
Português, na mesma Revista, ano 56, 1996, I, págs. 179 e segs.
(84)
Da Arbitragem Comercial Internacional, in Temas de Direito Comercial e Direito internacional Privado,
Coimbra, Almedina, 1989, págs. 173 e segs.; O Problema da Lei Aplicável ao Fundo ou Mérito da Causa na
Arbitragem Comercial Internacional, incluída na mesma obra, págs. 231 e segs.; O Direito Aplicável pelo
Árbitro Internacional ao Fundo da Causa, in Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra,
LXXVII, 2001, págs. 1 e segs.
Direito Internacional Privado, Coimbra, Almedina, 2002, II, págs. 319 e segs; Direito Aplicável ao Mérito
(87)
76
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
Voluntária de 1986. JOÃO LUÍS LOPES DOS REIS publicou em 2001 um livro
consagrado à representação forense no processo arbitral. (88)
64. Uma matéria que está pouco tratada entre nós é a da natureza jurídica do vínculo
entre os árbitros nomeados e as partes da convenção de arbitragem. Constitui excepção a
publicação de um estudo em 2005 de PEDRO ROMANO MARTINEZ. (90)
65. Numa doutrina que não é tradicionalmente muito rica em matéria de arbitragem
voluntária e que durante largas décadas registou poucos estudos de relevo sobre a mesma
(91)
, importa acentuar o interesse renovado por temas de arbitragem, sobretudo porque,
Ministério da Justiça, n.º 456, págs. 31 e segs., e de Manuel Henrique Mesquita, Arbitragem: Competência do
Tribunal Arbitral e Responsabilidade do Arbitro, in Ub Uno ad Omnes. 75 Anos da Coimbra Editora,
Coimbra, Coimbra Editora, 1998, págs. 1381, segs.
(90)
Análise do Vínculo Jurídico do Árbitro em Arbitragem Voluntária ad Hoc, in Estudos em Memória do
Professor Doutor António Marques dos Santos, Coimbra, Almedina, I, 2005, págs. 827 e segs.
(91)
Constituem honrosas excepções os seguintes estudos: Visconde de Carnaxide, Da Arbitragem ou Juízo
Arbitral Voluntário e Obrigatório em Direito Privado Interno e Internacional, in O Direito, ano 45.º (1913),
págs. 2 e segs; João Tello de Magalhães Collaço, Juízo Arbitral, no Boletim da Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra, I (1914-1915), págs. 281 e segs; Alberto dos Reis e Machado Villela, Do Juízo
Arbitral, no mesmo Boletim, VI (1920), págs. 686 e segs.; Botelho de Sousa, Do Juízo Arbitral, in Revista da
Ordem dos Advogados, ano 5.º (1945), págs. 247 e segs.: Palma Carlos, La Procédure Arbitrale en Droit
Comparé, in Jornal do Foro, ano 30 (1966), nos 154-155, págs. 5 a 33, nos 156-157, págs. 237-253, ano 31
(1967) nos 158-161, págs. 83 a 98. I. Galvão Telles, Cláusula Compromissória, in O Direito, ano 89.º (1957),
77
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
66. Em anos recentes, foram publicados dois relatórios sobre o regime jurídico da
arbitragem voluntária em Portugal destinados a colectâneas internacionais sobre arbitragem
voluntária, o que constitui sinal evidente do carácter claramente transnacional do fenómeno
da arbitragem voluntária. (94)
págs. 213 e segs.; F. Pessoa Jorge, Forma da Cláusula Compromissória. Incumprimento do Contrato-
Promessa, in Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Jurisprudência Comentada), ano
XXIII (1970/1971), págs. 237 e segs; J. A. Pires de Lima, Anotação ao Acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça de 26 de Março de 1968, in Revista de Legislação e Jurisprudência, ano 102.º (1969/1970), págs. 109
e segs. em especial págs. 155 a 160; A. Vaz Serra, Anotação ao Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de
26 de Outubro de 1971, na mesma Revista, ano 105.º (1972-1973), págs. 250 e segs.; Carlos Lima, Tribunal
Arbitral e Arbitramento, in O Direito, ano 97 (1965), págs. 274 e segs.
Destacamos, entre outros estudos, os de Cristina Pimenta Coelho, A Convenção de Nova Iorque de 10 de
(92)
Arbitration, Supp 45, Janeiro de 2006 (o qual contém uma tradução não oficial da LAV e de várias normas do
78
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
67. Importa ainda acentuar que se não confinam ao direito privado e ao direito
administrativo as potencialidades de soluções de arbitragem voluntária.
Em anos recentes, têm vindo a ser adoptadas com êxito, entre nós, soluções de
resolução alternativa de litígios no domínio do Direito do Consumo, as quais incluem o
recurso a tribunais arbitrais institucionalizados.
Código de Processo Civil); José Miguel Júdice e Pedro Metello de Nápoles, relatório sobre Portugal in
Arbitration World – Jurisdictional Comparisons, ob. col. editada por J. William Rowley, Londres, The
European Lawyer, 2.ª ed., 2006, págs. 277 e segs.
Tanto quanto se pode averiguar, não há qualquer referência às soluções da LAV nos manuais bem
(95)
conhecidos de Piero Bernardini, L’Arbitrato Commerziale Internazionale, Varese, Giuffrè, 2000, de Jean
François Poudret e Sébastien Besson, Droit Comparé de l’ Arbitrage International, Bruxelas, Bruylant, LGDJ
e Schultess, 2002, e de A. Redfern, M. Hunter, N. Blackaby e C. Partasides, Law and Pratice of International
Commercial Arbitration, Londres, Thomson/Sweet & Maxwell, 4.ª ed., 2004. Em contrapartida, no manual já
clássico Fouchard Gaillard Goldman on International Commercial Arbitration editado por E. Gaillard e John
Savage, Haia e Londres, Klumer Law International, 1999, encontram-se algumas referências a soluções da
LAV portuguesa (vejam-se págs. 55, 76, 98, 341, 398, 620, 636-637, 677). Nesta obra, acentua-se que a LAV
tem uma clara influência francesa, demonstrada pela adopção da noção de arbitragem internacional no seu art.
32.º, sem se atentar nas diferenças entre a regulamentação portuguesa e a constante do Código de Processo
Civil francês.
79
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
68. Especificamente no domínio dos Seguros, foram criados dois centros de arbitragem
institucionalizada, um dos quais dirigido às relações entre seguradoras e segurados no que
respeita à indemnização do prejuízos materiais causados por acidentes de viação. (97)
Veja-se a notícia dada na obra publicada pelo Instituto do Consumidor, Arbitragem dos Conflitos de
(96)
por arbitragem voluntária. O art. 564.º do mesmo diploma estatui – na linha do art. 34.º, n.º 1, do Decreto-Lei
n.º 519-C1/79, de 29 de Dezembro – que, a todo o tempo, “as partes podem acordar em submeter a
arbitragem, nos termos que definirem ou, na falta de definição, segundo o disposto nos artigos seguintes, as
questões laborais que resultem, nomeadamente, da interpretação, integração, celebração ou revisão de uma
convenção colectiva”. Este Código regula também casos de arbitragem obrigatória (arts. 567.º a 572.º). Ver
80
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
71. Verifica-se, assim, que as virtualidades da arbitragem voluntária têm vindo a ser
reconhecidas noutros ramos de Direito, o que augura um futuro promissor a uma instituição
cujas raízes remontam à Antiguidade Clássica.
X
CONCLUSÃO
ainda os arts. 439.º e segs. da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho ( Regulamentação do Código de Trabalho) sobre
arbitragem dos serviços mínimos.
(99)
Art. 48.º deste Código. A lei de autorização legislativa (Lei n.º 17/2002, de 15 de Julho) confere ao
Governo o poder de regular “os mecanismos extrajudiciais de resolução de litígios, nomeadamente o recurso
arbitral” (art. 3.º, n.º 1, alínea i)).
(100)
António Sampaio Caramelo, Disponibilidade do Direito cit., pág. 1260. Recorda-se que a reforma do
Direito Europeu da Concorrência foi levada a cabo pelo Regulamento (CE) n.º 1/2003, de Dezembro de 2002,
que entrou em vigor em 1 de Maio de 2004.
81
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
A análise feita pela nossa doutrina da nova LAV e as primeiras críticas ao seu
articulado acham-se referidas atrás, bem como a influência que ela própria exerceu nos
trabalhos preparatórios da futura Lei de Arbitragem Interna de Macau.
82
Regulamentação Tradicional da Arbitragem
arbitrais, como também da alteração introduzida no art. 12.º da LAV pelo Decreto-Lei n.º
38/2003, de 8 de Março.
Sem cair em exageros, tentaram antever-se os sectores jurídicos em que podem vir a
ter êxito soluções arbitrais, mostrando-se como o labor da doutrina é fundamental para
assegurar tal êxito, tal como é fundamental a divulgação no estrangeiro da nossa legislação
interna, como forma de garantir um frutuoso intercâmbio com outras doutrinas,
especialmente no que respeita à arbitragem do comércio internacional, matéria que foi, pela
primeira vez, regulada entre nós pela LAV.
Está, assim, feito o balanço de duas décadas de vigência da LAV, tal como
solicitado pelos organizadores do I Congresso do Centro de Arbitragem da Câmara de
Comércio e Indústria Portuguesa (101).
Texto que serviu de base à exposição feita pelo Autor na sessão de 15 de Junho de 2007, no
(101)
83
Armindo Antonio Lopes Ribeiro Mendes
84
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
RESUMEN.- 1.- Introducción. 2.- Grecia. 3.- Roma. 4.- Edad Media. 5.- España.
6.- Francia. 7.- México. 8.- Medios de solución de conflictos penales. 9.- Conclusiones. 10.-
Bibliografía.
1.- INTRODUCCIÓN
En los principios de la humanidad privaba la ley del más fuerte, cuando se fueron
integrando las hordas, los clanes y las tribus, se fue depositando en alguien la autoridad
para gobernar. Existía la venganza privada, conocida como la ley del talión “ojo por ojo y
Dr. en D. Rafael Luviano González. Profesor investigador Titular “C” Tiempo Completo de la UMSNH.
1
Adscrito a la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales, en donde imparte Derecho Procesal Penal. Maestro del
Posgrado de la misma institución, en donde imparte materias de la línea de la docencia y la práctica procesal.
Maestro del Doctorado Interinstitucional en Derecho, trabajando la línea de investigación en el área de
Constitucional. Maestro visitante de la Universidad de Quintana Roo, de la Universidad de Nayarit, Pertenece
al Sistema Nacional de Investigadores (SNI) Nivel I. Autor de 3 obras jurídicas (Sistemas Procesales y su
Historia en el Derecho; El procedimiento y el Proceso Penal; y Ética y cultura desde Cuba); conferencista y
autor de artículos en diversas revistas de nivel Internacional, Nacional y Estatal. Perfil PROMEP deseable.
Abogado postulante desde hace 23 años.
HISTORIA 85 - 138
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
diente por diente”, la justicia en esos tiempos se hacía por propia mano de la víctima o de
sus familiares según el caso.
COLÍN Sánchez, Guillermo. Derecho Mexicano de Procedimientos Penales. Editorial Porrúa, Décima
2
86
Rafael Luviano González
RADBRUCH, Gustav. Introducción a la Filosofía del Derecho. Editorial Fondo de Cultura Económica. 4ª.
3
Reimpresión. Traducido por Wenceslao Roces. Traducción original Verschule der Rochtsphilosopia.
GARCÍA Ramírez, Sergio. Derechos del Pueblo Mexicano, México a través de sus constituciones. XII
4
87
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
que realizan la defensa y decisión en el juicio. A este sistema también se le conoce como
acusatorio puro.
Por último sabemos que existe el sistema mixto según el cual la función de
acusación es oficiosa y está reservada a un órgano del Estado; como lo es el Ministerio
Público, pero consideramos que no se trata de una combinación de las características de los
sistemas ya mencionados, sino que más bien es una expresión del último, porque prevalece
el interés social sobre el particular.
Por ello comulgamos en afirmar que los sistemas de enjuiciamiento surgieron como
respuesta a una necesidad social derivada de la convivencia humana. En efecto, nos
preguntamos ¿quién se encargaba de denunciar o de dar a conocer al órgano competente
aquella conducta transgresora y lesiva del orden social?, ¿quién sostenía la acusación ante
los tribunales en contra del infractor de la ley a fin de que se recibiera su castigo? O bien,
¿quién aportaba los elementos de convicción para comprobar la existencia de un delito y su
nexo con el responsable?
Así la “notitia criminis” desencadenante de la acción punitiva del Estado, podía
llegar al juzgador por conducto del particular ofendido o por cualquier ciudadano; por la
actividad espontánea y oficiosa del propio juzgador, o bien, por conducto de un órgano
público.
A continuación trataremos los antecedentes más remotos de los sistemas de
enjuiciamiento adoptados en distintos tiempos y espacios, hasta encontrar los orígenes del
Ministerio Público; en efecto en este capítulo encontramos la referencias históricas de
Grecia, Roma, Edad Media, España, y Francia; en el periodo antiguo; después se analizará
después México, en sus diversas etapas: precortesiana (azteca), colonial, independiente, y
contemporánea, estudiando y analizando brevemente la función del ministerio público en
Michoacán, por ser el Estado de donde es originario quien elabora el trabajo y
concluiremos con una estudio y análisis comparativo de los diferentes sistemas procésales
del mundo contemporáneo; de la institución que nos ocupa.
2.- GRECIA.
88
Rafael Luviano González
El derecho penal, es sin lugar a dudas una institución muy controvertida dentro de la
rama del derecho, como afirma el maestro Colín Sánchez, “...debido tanto a su singular
naturaleza, como a la multitud de las facetas que encierra...” 5 es el órgano del Estado que
se ofrece en la actualidad con características propias que ha ido cambiando con el
transcurso del tiempo, razón por la que sus orígenes y funciones naturales provocan
constantes discusiones entre los estudiosos del derecho, porque unos pretenden darle la
primacía a Grecia, otros a Roma, mientras que otros más afirman que el desarrollo total de
esta institución se encuentra en Francia y, a decir de Rivera Silva, En Grecia existía un
arconte magistrado, que intervenía en asuntos en donde los particulares por alguna razón
no realizaban la actividad persecutoria, siendo de advertir que la actuación del arconte era
meramente supletoria, pues la acción procesal penal estaba en manos de los particulares
provocando con esto que las decisiones fueran dudosas al emitir un juicio certero. Por lo
que en éste país antiguo imperaba el enjuiciamiento acusatorio.
Citando al primero de los autores invocados (Colín Sánchez), diremos que la
acusación privada sucedió a la acusación popular, al abandonar la idea de que fuera el
ofendido por el delito el encargado de acusar, al ponerse en manos de un ciudadano
independiente el ejercicio de la acción, motivando con ello una reforma al procedimiento,
haciendo que un tercero despojado de las ideas de venganza y pasión llevara al delincuente
al proceso, persiguiéndolo y procurando un castigo o en su caso reconociendo su inocencia,
como un doble atributo de la justicia social.
A decir del segundo de los autores invocados (Rivera Silva), la acusación privada,
se convirtió en el principal medio de castigar, en donde el ofendido cumplía con su
retribución del daño ocasionado, haciéndose justicia por su propia mano, “por lo que la
acusación popular resultó un gran adelanto a los juicio criminales encontrando sus
antecedentes, más remotos en el temosteti que tenía en el derecho griego la misión de
Ob. Cit. P. 2.
5
89
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
denunciar los delitos ante el Senado o la Asamblea del pueblo, para que designara un
representante que llevara la voz de la acusación”.6
No debemos olvidar que en aquellos tiempos existía la venganza privada, en donde
los particulares, en atención al daño causado, era la pena que exigían, sea en contra del
autor de las actividades delictuosas o de sus familiares, venganza que igualmente abarcaba
precisamente el ser exigida por el mismo ofendido o por alguno de sus familiares,
comprendemos entonces que en aquellos tiempos las conductas y acciones ministeriales y
procésales comprendían no sólo a la persona que cometía el delito sino también a sus
familiares, y como consecuencia de manera recíproca igualmente hacia el ofendido y sus
familiares para reclamar un derecho violentado, y como último recurso entraba en
funciones el “Arconte” como representante del Estado; los Éforos o Areópagos, eran
similares al arconte y por ende como lo comentamos al inicio, existía la ley del talión;
venganza privada que con el tiempo se fue humanizando hasta nuestros días; en virtud de
que prevaleció el interés particular sobre la colectividad, en virtud a la concepción
filosófica de la época, en donde las ideas de sociedad, Estado, y orden jurídico, entre otros,
comenzaban a ser materia de definición de la razón humana.
3.- ROMA
Como antecedente más remoto encontramos en las doce tablas a los judices
cuestores, funcionarios que tenían atribuciones meramente jurisdiccionales y no las de
sancionar a los delincuentes; en virtud de que perseguían los delitos, así como que
aportaban las pruebas necesarias para la comprobación de estos.
Se dice que el procurador del César, de que habla el digesto en el libro primero,
titulo decimonoveno, se ha considerado como un antecedente de la institución, debido a que
los procuradores, eran hombres insignes como Catón y Cicerón, que llegaron a tener el
ejercicio de la acción penal en representación del César y de los ciudadanos, pero
FRANCO Villa, José. El Ministerio Público Federal. Editorial Porrúa. México. 1985. p. 10. Citando a
6
Rivera Silva.
90
Rafael Luviano González
supeditado y bajo el orden del monarca, quienes poseían también facultades para intervenir
en causas fiscales y cuidar el orden de las colonias adoptando diversas medidas, tales como
la expulsión de los alborotadores y la vigilancia para que no pudieran regresar estos a
donde habían causado el problema.
Aquí se citan como antecedentes de quienes ejecutaba la acción penal; a unos
magistrados denominados curiosi, atantionari o irenarcas,7 estos magistrados estaban
encargados de la persecución de los delitos en los tribunales. Hay que hacer notar que
únicamente desempeñaban actividades de policía judicial. Sin embargo, en los casos graves
el Emperador designaba a algún acusador.
Franco Villa,8 dice “que el germen de la acción penal; se encuentra precisamente en
el derecho romano, porque es en este derecho donde se encuentra la acusación popular o el
procedimiento de oficio, o sea por parte del Estado, previa queja del afectado otorgándole
el conocimiento a la autoridad, de un hecho que el Estado determinaba como delictuoso, y
era éste a través de sus instituciones quien designaba el procedimiento a seguir.”
Citado por BENITEZ Treviño, V. Humberto. Filosofía y Praxis de la procuraduría de Justicia. Editorial
7
Porrúa. México. 1993. p. 13. Magistrados cuyos significados eran autoridades honoríficas, que se encontraban
supeditadas al pretor romano que se asemeja al perfil del procurador de justicia actual
Ibidem. P.7.
8
91
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
ministrales9 que propiamente no son el origen del Ministerio Público, sino auxiliares que
presentaban las denuncia de los delitos, se hallaban a las órdenes de los jueces y que podían
actuar sin la intervención de éstos. En las postrimerías de la edad media estos órganos se
revistieron de caracteres que se acercan a la institución del Ministerio Público, pues “en
Venecia, existieron los Procuradores de la Comuna que ventilaban la causa en la Quirintia
Criminales y los Conservatori Di Legg, en la república de Florencia.”10
El feudalismo es considerado como un fenómeno característico de la Edad media,
que determina una justicia impartida del señor feudal al siervo, sin embargo las propias
necesidades al igual que hoy han obligado al Estado a buscar mejores condiciones para sus
gobernados, en donde Juan sin Tierra firmará la carta magna en el año de 1215, que en su
artículo 3º. Prescribía: “Ningún hombre libre será prendido o hecho prisionero, desposeído
o proscrito, o de cualquier modo destruido ni se llevará a prisión, excepto tras un juicio
legal de sus iguales y de acuerdo con las leyes del país.”11
Fernando Fuentes Díaz, respecto a la Edad Media dice, entre otras cosas, que “la
promotoría fiscal no existió como institución autónoma, en el sistema de enjuiciamiento
inquisitorio creado por el derecho canónico y mandado observar por el Papa Inocencio III,
en el año de 1481 y a las Américas en los siglos XVI y XVII. Bajo este sistema el juez era
árbitro en el destino del inculpado y que tenía amplia libertad para buscar pruebas y para
utilizar cuantos medios tuviese a su alcance para formar convicción. Los funcionarios que
formaban parte integrante de las jurisdicciones.”12
No debemos olvidar que el señor feudal, era dueño y señor de vidas y tierras de sus
siervos, razón por la que podía ordenar y mandar todo lo que estuviera a su alcance para
protegerse, incluyendo a los funcionarios que se encargaban de investigar los delitos;
podríamos afirmar que es una situación similar a la que se vive actualmente respecto de la
función que desarrolla la autoridad del ejercicio de la acción penal al depender del poder
GINER, Salvador. Historia del Pensamiento Social, Barcelona, España. Editorial Ariel 1975.p. 129.señala
9
que los sindeci o minístrales, actuaban según las órdenes de los jueces y posteriormente recibieron el nombre
de Procuradores de la Corona, quienes denunciaban los delitos, por lo podemos afirmar que tienen mucha
semejanza al Ministerio Público Francés, de donde México adquiere influencia.
FUENTES Díaz, Fernando. Modelos y el Procedimiento Penal. 5ª. Edición Editorial Sista, México, 2000.
10
Ibidem. P. 9.
11
Ibidem. P. 10.
12
92
Rafael Luviano González
5.- ESPAÑA
En este país una ley del fuero juzgo marca el origen quien ejerce la acción penal, al
señalar: “...que no traten ellos (el rey y los obispos) el pleito por sí, más por sus
mandaderos...”.13
Pasado un tiempo encontramos a los llamados Patronus fici, los cuales era hombres
designados para defender los derechos de la cámara del rey. Más tarde estos funcionarios
son llamados procuradores fiscales, ampliándose a su vez la gama de las funciones
encomendadas a ellos, así por ejemplo queda a su cargo actuar como órgano acusador de
determinadas conductas delictuosas. Aquí se encuentran disposiciones que hacen referencia
a los personeros del rey, representantes de éste y defensores de los intereses de la corona.
“Las Leyes de Partidas se referían a los Personeros y a los Patrones del Fisco”14
hablan de un funcionario público encargado de negocios judiciales, persona encargada de
defender en juicio todas las cosas y los derechos que pertenecen a la cámara del rey; tales
funcionarios no intervenían en las causas criminales.
En Castilla, los fueros municipales autorizaban a los pueblos a nombrar funcionarios
encargados de vigilar la administración de la justicia e intervenir en la investigación de los
delitos.
Sin embargo, en Navarra se crearon las figuras del abogado fiscal con funciones de
acusar delitos y al abogado patrimonial, que intervenía en los asuntos del erario y del
patrimonio del soberano.
13
Fuero juzgo. libro 1.Título 3 y libro 2-F.J).
14
Op. cit. Ley 12 Título 18, partida 4.
93
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
Fue hasta 1527, cuando el rey Felipe II, ordenó que en las audiencias hubiese dos
fiscales, uno para las causas civiles y otro para las criminales. Así mismo, disponía que el
más antiguo de los residentes en dichas audiencias pudiese elegir entre uno y otro cargo.
Sin embargo el fiscal de nuevo ingreso ocupaba habitualmente el lugar del fiscal saliente,
ya fuera en el ejercicio de las causas civiles o en las criminales. Después en 1578, por
cédula real expedida en Madrid, se les concede a dichos fiscales el poder de juzgar en todos
los negocios que presenten discordia de votos. Así como en aquellos en los cuales el
número de oidores no es el requerido.
Las funciones de los Promotores fiscales consistían en vigilar lo que ocurría ante los
tribunales del crimen y en obrar de oficio, a nombre del pueblo cuyo representante era el
soberano
Alfonso Noriega, señala al respecto: “En las leyes recopiladas se le denomina
procurador Fiscal, había uno para lo civil y otro para lo criminal, en el primero se entendía
en lo relativo a los intereses y derechos del fisco y en el segundo, en lo relativo a la
observancia de las leyes que tratan de los delitos y de las penas.”15
La característica hispánica de esta institución radica fundamentalmente en integrar a
los fiscales (Ministerio Público) a los organismos judiciales, toda vez que no pueden
depender del poder ejecutivo o en este caso del soberano.
Cabe señalar que la palabra “fiscal”, la adquiere España del latín fiscus, que
significa cesta o mimbre en virtud de que los romanos guardaban el dinero precisamente en
cestos de mimbre. Posteriormente se les llamo “Procuradores Fiscales”, dadas las
facultades para recabar los impuestos y para proceder en contra de quienes no cumplían con
ello.
6.- FRANCIA
NORIEGA Alfonso, Cabrera Luis. Portes Gil Emilio. La misión Constitucional del Procurador General de
15
la Republica. Editorial. Cultura. 2da. Ed. México. 1932.P. 76. A este menester continua diciendo el autor en
cita que la figura del fiscal fue llevada con facultades a la organización política de las colonias Españolas en
América, creada para que los vasallos tuvieran quien los rigiera y gobernara en paz y justicia. Y fueron sin
duda tribunales de prestigio superior a la audiencia española, no solo por el esplendor desplegado, sino
principalmente por su influjo decisivo por la prosperidad y administración de los territorios.
94
Rafael Luviano González
Este país es un ejemplo claro de lo afirmado por España, toda vez que tomó los
lineamientos propios de la institución, en virtud de que un mandatario particular del rey
acusaba al delincuente cuando no había interesado; podríamos decir que es la base de la
acusación estatal, motivando con ello las transformaciones del orden político y social
introducidos en Francia al triunfo de la revolución de 1793, fundándose con ello una nueva
concepción jurídico-filosófica.
A este país se le debe haber puesto en manos del Estado la función persecutora, y
como el monarca era el encargado del Estado, este tenía a su disposición un procurador y
un abogado, encargados de atender los asuntos personales de la corona; el primero atendía
los actos del procedimiento y el segundo el sostenimiento de los derechos del rey sobre las
personas que le interesaban y que estaban bajo su protección (Gente Nostrae). Estos dos
funcionarios podían ocuparse de otros negocios. Lo que demuestra la ausencia de
representación social. Los funcionarios aludidos intervenían en los asuntos penales por
multas y confiscaciones que de estos pudieran emanar y que enriquecían el tesoro de la
corona, atentos a los derechos que vigilaban, se preocupaban por la persecución de los
delitos, por lo cual, a pesar de que no podían presentarse como acusadores estaban
facultados para solicitar el procedimiento de oficio. Podemos afirmar que los procuradores
del rey tienen su origen en la monarquía francesa, precisamente con el absolutismo de Luis
XIV, mediante la ordenanza de 1670, precisamente porque en su persona se resumían todas
las funciones del Estado, puesto que éste llegó a afirmar “...el estado soy yo...”, lo cual nos
demuestra que efectivamente es cierto porque todavía no se elaboraba la teoría de la
división de poderes.
Poco a poco, según la historia los procuradores del rey fueron interviniendo en todos
los asuntos penales, encargándose de promover la acción penal y de ejecutar las penas,
acabando por convertirse en representante del Estado, los cuales tenían la misión de
aseguran el castigo de todos los actos delictivos. En el imperio de Napoleón, y con las leyes
de 1808 y 1819; por la ley del 20 de abril de 1810, ya el Ministerio Público, se encontraba
formado de manera plena, tal y como actualmente se le conoce, surgiendo así el “Ministére
95
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
Públic”, quedando organizado como institución jerárquica, dependiente del poder ejecutivo
y que ha servido de referencia para la mayoría de los países.
Sin embargo las funciones que se le asignan al Ministerio Público francés son de
requerimiento y de acción; carece de funciones instructoras, éstas son reservadas a la
jurisdicción, al igual que en la mayoría de los países se divide en dos secciones, una para la
materia civil y otra para la penal; el nuevo sistema establece que ninguna jurisdicción
(negocio jurídico) se encontraría completo si no se encontraba la presencia del Ministerio
Público, como representante del pueblo, y aunque como quedó afirmado en un inicio con la
ordenanza de Luis XIV, tiene sus orígenes hasta dos siglos después en el imperio de
Napoleón, cuando se logra su consolidación, y aunque otras instituciones cambiaron, esta
se mantuvo inamovible, y es precisamente en la segunda monarquía, cuando se logra la
independencia total del poder ejecutivo, en donde ya para entonces tiene funciones de
ejercitar la acción penal a los responsables de un delito, de intervenir en el período de
ejecución de sentencias y representar a los incapacitados, a los hijos naturales y a los
ausentes; en los crímenes interviene sobre todo cuando estima que se afectan los intereses
públicos, ya que la mayoría de los crímenes se encomiendan a la policía judicial, según el
Código de Institución Criminal, en su artículo 8º, la policía judicial investiga los crímenes,
los delitos y las contravenciones, reúne las pruebas y las entrega a los tribunales encargados
de castigar. Por su parte
en íntima relación, el artículo 16 del Código Brumario, expresa que la policía judicial se ha
instituido para mantener el orden público, la libertad, la propiedad, y la seguridad; podemos
apreciar que estas garantías individuales las encontramos contempladas en nuestra
constitución, como base fundamental del juicio de amparo.
Cientos de años pasaron y el hombre ha ido logrando poco a poco cambios y
progresos, observando a la justicia como algo difícil de lograr, muchos más han pasado en
donde hemos podido apreciar que mediante la aplicación de las leyes se puede castigar o
sancionar a una persona que realiza una conducta tipificada por la ley como delito, sin
embargo estas circunstancias no han mejorado en mucho desde los tiempos más remotos
hasta nuestros días, porque la impartición, procuración, administración y aplicación de la
96
Rafael Luviano González
ley se han tenido que dejar en manos de simples seres humanos, los cuales son
necesariamente propensos al error y con ello a las violaciones a los derechos más
elementales del hombre.
7.- MÉXICO
97
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
verdadero Estado, en el que los tres elementos que lo integran: pueblo, territorio y gobierno
se encuentran presentes.
Las últimas conclusiones a que han llegado los investigadores indigenistas en los
estudios que sobre estas culturas han venido realizando, nos permiten afirmar que, en su
grado de desarrollo, llegaron ellas a superar a muchas de las antiguas civilizaciones
orientales, acercándose, más de lo que pueda suponerse, a la de los pueblos que
representaron el más alto estado de adelanto del mundo antiguo: el griego y el romano.
Por lo que dicho estudio – el México precortesiano - y aunado a lo antes citado ha
de ser resumido por lo complejo que resulta su estudio a tres de estas grandes culturas
nacionales como: a) La maya; b) Los purépechas o tarascos en nuestra entidad
federativa; y c) los aztecas.
A) EL PUEBLO MAYA.
Entre los mayas, las leyes penales, al igual que entre los otros reinos y señoríos, se
caracterizaban por su severidad. Los batabs o caciques tenían a su cargo la función de
juzgar y aplicaban como penas principales la muerte y la esclavitud; la primera se reservaba
para los adúlteros, homicidas, incendiarios, raptores y corruptores de doncellas; la segunda
para los ladrones. Si el autor del robo era un señor principal, se labraba el rostro, desde la
barba hasta la frente.
Dice Chavero, citado por Fernando Castellanos en su obra Lineamientos
Elementales de Derecho Penal que: el pueblo Maya no usó como pena ni la prisión ni los
azotes, pero a los condenados a muerte y a los esclavos fugitivos se les encerraba en jaulas
de madera que servían de cárceles. Las sentencias penales eran inapelables.
Resulta importante hacer un recorrido histórico acerca de las ideas penales de los
tarascos, pues es a la vez indispensable por la naturaleza de esta investigación ya de que de
98
Rafael Luviano González
este estudio conocemos los antecedentes de las ideas penales de nuestro Estado de
Michoacán, así como algunos rasgos de esta gran cultura purépecha.
Se tiene noticia cierta de la crueldad de la penas. El adulterio habido con alguna
mujer del soberano o Calzontzi se castigaba no sólo con la muerte del adúltero, sino
trascendía a toda su familia; los bienes del culpable eran confiscados. Cuando un familiar
del monarca llevaba una vida escandalosa, se le mataba en unión de su servidumbre y se le
confiscaban los bienes. Al forzador de mujeres le rompían la boca hasta las orejas,
empalándolo después hasta hacerlo morir. El hechicero era arrastrado vivo o se le lapidaba.
A quien robaba por primera vez, generalmente se le perdonaba, pero si reincidía, se le hacía
despeñar, dejando que su cuerpo fuese comido por las aves.
El pueblo Azteca, fue sin lugar a dudas de las culturas nacionales que mayor
desarrollo y auge presentó a la llegada de los españoles, un pueblo eminentemente guerrero,
que dominó a la gran parte de núcleos aborígenes e impulso o influenció las prácticas
jurídicas de todos aquellos núcleos que conservaban su independencia a la llegada de los
españoles, y representan un pueblo ejemplar.
El derecho penal azteca revela excesiva severidad, principalmente con relación a los
delitos considerados como capaces de hacer peligrar a estabilidad del Gobierno o la persona
misma del soberano; las penas crueles se aplicaron también a otros tipos de infracciones.
Ha quedado perfectamente demostrado que los aztecas conocieron la distinción entre
delitos dolosos y culposos, las circunstancias atenuantes y agravantes de la pena, las
excluyentes de responsabilidad, la acumulación de sanciones, la reincidencia, el indulto y la
amnistía.
Las penas eran las siguientes: destierro, penas infamantes, pérdida de la nobleza,
suspensión y destitución de empleo, esclavitud, arresto, prisión, demolición de la casa del
infractor, penas corporales, pecuniarias y la pena de muerte, que se prodigaba demasiado.
Esta última se aplicaba principalmente en las siguientes formas: incineración en vida,
99
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
100
Rafael Luviano González
Por ello resulta lógico que no influyera el Derecho Precortesiano a la colonia, por lo
que de entrada el derecho que habrá de aplicarse a la colonia española será la legislación
Española, empero, es en esta etapa en donde nuestro país pasa a formar parte integrante de
la tradición legal romano germánica con las características propias de tal familia jurídica
por la injerencia y aplicación de la legislación española.
En la colonia tuvieron vigencia tantos ordenamientos generales para España, como
algunos dictados para los dominios ultramarinos. A esto se llama el Derecho Indiano, cuyo
cuerpo fundamental es la recopilación de las leyes de los reinos de las indias, iniciada bajo
Felipe II, en 1570, y concluida bajo Carlos II en 1680. Hubo numerosos fueros, en el doble
sentido de estatutos y jurisdicciones.
Rigieron: el fuero juzgo, dado por el Rey Fernando III, en el siglo XIII; el fuero
viejo de Castilla de 1356; el Fuero Real, de Alfonso X, de 1255; las Leyes de Estilo, que
depuraron las normas del Fuero Real, a finales del siglo XIII; las Siete Partidas (la séptima
se ocupa en la Materia Criminal). Comenzadas por el Rey Alfonso el Sabio, en 1255, y
sancionadas y publicadas bajo Alfonso XI; el ordenamiento de Alcalá de Alfonso XI, de
1348; el ordenamiento Real, publicado bajo los Reyes Fernando e Isabel; Las Leyes de
Toro, de 1502; la Nueva Recopilación, dispuesta por Felipe II y sancionada en 1567; la
citada recopilación de las leyes de los Reinos de las Indias; los sumarios de cédulas,
órdenes, provisiones y autos reunidos por Montemayor (1677) y Belataña (1787); las
ordenanzas de Intendentes, expedidas en 1786, y la Novísima Recopilación de 1805.
En tratándose de las Leyes de Indias, estas muy lejos de beneficiar al pueblo para el
que fueron hechas, lo acabaron de sumir en una de las más completas abyecciones que
registra la historia universal. No podemos dejar de reconocer, empero, la bondad de buena
parte de esta legislación, que al tratar de favorecer a los naturales, chocó con la realidad
americana, en la cual los intereses económicos de los conquistadores resultaban
perjudicados al ser aplicada la ley en su integridad.
Puede afirmarse que la legislación colonial tendía a mantener las diferencias de
castas, por ello no debe extrañar que en materia penal haya habido un cruel sistema
intimidatorio para los negros, mulatos y castas, como tributos al rey, prohibición de portar
101
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
armas y de transitar por las calles de noche, obligación de vivir con amo conocido, penas de
trabajo en minas y de azotes, todo por procedimientos sumarios, excusando de tiempo y
proceso. Para los indios las leyes fueron más benévolas, señalándose como penas los
trabajos personales, por excusarles las de azotes y pecuniarias, debiendo servir en
conventos, ocupaciones o ministerios de la Colonia y siempre que el delito fuera grave,
pues si resultaba leve, la pena sería la adecuada aunque continuando el reo en su oficio y
con su mujer; sólo podían los indios ser entregados a sus acreedores para pagarles con sus
servicio, y los mayores de 13 años podían ser empleados en los transportes, donde se
careciera de camino o de bestias de carga.
Los delitos contra los indios debían ser castigados con mayor rigor que en otros
casos.
Se avecinaba la independencia cuando se expidió en Cádiz la Constitución Política
de la Monarquía Española, del 19 de Marzo de 1812. Para el sistema penal interesa
principalmente el título V (“De los tribunales y de la Administración de Justicia en lo civil
y en lo criminal”) en éste, los capítulos I (“De los Tribunales”) y III (“De la Administración
de Justicia en lo criminal”)
Por consiguiente no podemos en esta etapa hablar de ideas penales propias, si no de
una legislación extranjera –española-, simple y llanamente por no expedir leyes como
Estado soberano con absoluto desprendimiento de la legislación española requisitos
indispensables para un sistema normativo nacional.
102
Rafael Luviano González
práctica era común que ambas clases – españoles e indios- compartieran una serie de
instituciones comunes, esto por la aplicación pues del derecho español.
Se habla que los indios consecuentemente fueron objeto de regulaciones particulares
y sujetos de un régimen especial, situación que motiva la creación de procedimientos y
órganos jurisdiccionales para los indios.
La primera de tales normativas se basaba en la aplicabilidad de prescripciones
jurídicas no escritas, valederas a todos los pueblos debido a su identidad natural. La
segunda se refería a prácticas y leyes existentes para todos los pueblos.
103
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
causas de indios contra españoles, reclamando indemnizaciones, las que fueron apartadas
formalmente de la competencia del tribunal, aunque vale decir que fe un juzgado
alternativo, opcional, para que los naturales acudieran a tramitar sus asuntos judiciales.
En la práctica, las demandas de carácter meramente económico de indios contra
españoles fueron avocadas por los Virreyes a través de este juzgado, quienes solían
solucionarlas en ámbito administrativo. En las causas criminales contra indios, se le dio al
tribunal jurisdicción concurrente para poder conocer de ellas, sin menoscabo de otras
justicias.
El titular del juzgado lo era el propio virrey, quien descansaba esta responsabilidad
en un equipo de auxiliares, secretarios y asesores letrados, que se encargaban de la labor
práctica.
El torrente de pleitos de indios en los tribunales españoles, incluso en el Juzgado
General de Indios, trajo como consecuencia el debilitamiento de sus antiguas costumbres de
tiempos de la gentilidad como instrumento para la solución de conflictos. Sin embargo, se
supone que numerosos litigios de poca monta aún eran tramitados y resueltos con base en la
costumbre y derechos ancestrales de los pueblos, y por lo visto de manera bastante sumaria
y oral, pues son pocas las constancias documentales que existen a este respecto (13), por lo
que debemos conjeturar que una cantidad indeterminada pero no exigua, de causas entre
indios, no salían de la jurisdicción tradicional de los pueblos, y que teniendo en cuanto el
otro tipo de causas – aquellas que llegaban copiosamente de los tribunales españoles-, son
muestra de una agitada vida litigiosa en las comunidades. En ese sentido, tenemos el
testimonio James Lockhart que afirma que los alcaldes indios juzgaban y sentenciaban
causas en muchos pueblos del valle de México.
Todo lo descrito con relación al proceso criminal de indios en esta época de la
colonia, permite al siguiente interrogante; ¿Cómo eran desarrollados en términos generales
las causas de indios que llegaban a jurisdicción de un juez español, ya fuese municipal o
real?
Se siguieron formalidades más o menos regulares. El expediente de las causas
indígenas contenía típicamente:
104
Rafael Luviano González
1) La denuncia, que consistía en el informe incivil del crimen formulado ante el juez
español, generalmente por las autoridades indígenas, dentro de las horas subsiguientes al
hecho denunciado.
2) La aprensión del incriminado con la consecuente declaración del mismo,
respondiendo al interrogatorio formulado por la justicia.
3) el apartado de la instrucción, compuesto por el testimonio de la víctima y
testigos, como por dictámenes de los peritos. Esta parte ocupa la mayor cantidad de
actuaciones del juez.
4) Las conclusiones del juzgador en cuanto a las pruebas acusatorias. Probablemente
se refiera a las conclusiones del fiscal y su respectiva acusación.
5) las correlativas acusaciones del defensor y el desahogo de las pruebas
testimoniales de descargo adicionales.
6) La sentencia.
Los procedimientos criminales contra indios en ese orden de ideas, se advierte que
éstos se sujetaban a un mínimo de lineamientos procesales, es decir, en esta etapa bien
podemos hablar que encontramos los antecedentes de las formalidades del proceso en
México.
En lo relativo a la comisión de los delitos de calidad, o sea, que merecieran pena de
muerte o mutilación de miembros, los alcaldes pondrían mucha diligencia en aprehender a
los responsables para ponerlos en manos de la autoridad española del distrito, si estuviere
en el pueblo; en caso contrario, los alcaldes debían recibir la información respectiva, y una
vez concluida enviarla a la audiencia de Nueva Galicia junto con los presos. “Y esto hagan
con toda brevedad, de suerte que los delincuentes no se suelten o sean en larga prisión
molestados; y estando el alcalde mayor presente cumpla lo que su provisión e institución en
los tales casos está mandado.
Otra destacada tendencia en esta clase de justicia fue que se buscaba la negociación
entre las partes involucradas, intención en la que tanto el indulto como el perdón, fueron
instrumentos recurrentes para que la justicia resolviera los problemas, los que originaba que
muchos de los procedimientos se viesen suspendidos o sobreseídos.
105
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
Otra pauta procesal apenas delineada fue que, contra la tradición procesal inquisitiva
castellana, en materia de causas criminales de indios se tiene constancia de frecuentes
sentencias absolutorias. En algunos casos donde participaban letrados en la defensa o
resolución de causas de los indios, inclusive llegaban a presentarse sentencias que rompían
con el también tradicional laconismo de las sentencias del procedimiento castellano.
Medidas adicionales fueron adoptándose en relación con la protección jurídica de los indios
encausados, por ejemplo, cuando el acusado fuese un indio, negro o mayor de veinticinco
años, se les nombraba defensor de oficio.
“Tal parece pues que el mundo indígena, especialmente durante el siglo XVI, aún se
regía por costumbres y reglas no escritas prevenientes de los tiempos prehispánicos, por un
lado, y por el otro, los naturales adoptaron conductas que habían sido propias de un sistema
judicial diferente. Existen fundamentos que no mueven a afirmar, por ejemplo, que tenían
un concepto muy diferente respecto de la manera en que los conflictos jurídicos debían
resolverse así como de la función de los jueces españoles cumplían en las labores de
justicia”.
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Rafael Luviano González
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Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
Lo antes citado, desde luego que una vez que nuestro país inicia su movimiento de
independencia y logra su desprendimiento de la corona española en 1810, y por la misma
exigencia social se tuvo la necesidad de la creación de ordenamientos legales a efecto de
restablecer el orden social y la difícil situación nacional, empero, también es una realidad
que sería una tarea sino difícil, muy complicada y no resuelta de la noche a la mañana por
muchos factores, por ejemplo la falta de juristas, el robo la vagancia, que debían ser
combatidas, entre otros aspectos.
Posteriormente 1838, se dispuso, para hacer frente a los problemas de entonces, que
quedaran en vigor las leyes existentes durante la dominación, pues como se citó, a
consecuencia de esta época es una realidad que los ordenamientos jurídicos entonces
vigentes antes del movimiento de independencia nacional están fragmentados, dispersos.
108
Rafael Luviano González
las exigencias del Estado, regirá y se observará como tal el proyecto presentado á la
Legislatura del año de 1832”. Un nuevo decreto, del 15 de diciembre de 1849, confirmó la
vigencia del Código y lo modificó o adicionó en algunos puntos, sobre todo relativos a
conmutación de penas. El Cp. De Veracruz se iniciaba con el catalogo de penas (artículo 1);
entre ellas figuraron la pena capital, los trabajos forzados y de policía, el destierro fuera del
territorio del Estado, la prisión y algunas otras que reflejan antiguos conceptos penales,
como infamia, vergüenza pública y “presenciar la ejecución de las sentencia de reos del
mismo delito”.
Bajo el espurio “imperio” de Maximiliano, se previó la redacción de un Código
Penal, encomendado a Teodosio Lares, Urbano Fonseca y Juan B. Herrera. Se ordenó la
traducción y se quiso la vigencia –sin éxito- de los códigos franceses de instrucción
criminal y penal, de 1865 y 1866.
a. EL CÓDIGO DE 1871.
Para la federación y el Distrito Federal, la primera gran obra legislativa en esta
materia fue el Código Penal promulgado por el presidente Juárez el 7 de diciembre de 1871.
Comenzó a regir el 1 de Abril de 1872. Originalmente, la comisión redactora se integró en
1861 por los Licenciados Urbano Fonseca, Antonio Martínez de Castro, Manuel María
Zamacona, José María Herrera y Zavala y Carlos María Saavedra. Los comisionados
trabajaron hasta 1863. Interrumpidos los trabajos por la intervención extranjera,
continuaron en 1868, a cargo de otra comisión –en la que figuraron algunos de los
anteriores comisionados -, constituida según acuerdo del presidente Juárez, por conducto
del ministro de justicia, Ignacio Mariscal. Presidió la comisión Antonio Martínez de Castro,
bajo cuy nombre se le conoce el ordenamiento resultante.
El código cuenta con una estupenda exposición de motivos, suscrita por Martínez de
Castro el 15 de Marzo de 1871, y está organizado en cuatro libros: el primero se refiere a
delitos, faltas, delincuentes y penas en general; el segundo, a la responsabilidad civil
materia criminal; el tercero, a los delitos en particular; el cuarto, a las faltas.
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Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
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Rafael Luviano González
Al frente del libro tercero figuraban dos delitos contra la propiedad; el primero de
ellos, el robo. Bajo el siguiente título de ese libro venían los delitos contra las personas,
cometidos por particulares; enseguida, los delitos contra la reputación; después, la falsedad;
a continuación, en sucesivos títulos: revelación de secretos, delitos contra el orden de las
familias, la moral pública o las buenas costumbres, delitos contra la salud pública, delitos
contra el orden público (entre ellos o sanada o motín y tumulto: artículos 919 a 922), delitos
contra la seguridad pública, atentados contra las garantías constitucionales, delitos de los
funcionarios públicos en el ejercicio de sus funciones, delitos de abogados, apoderados y
síndicos de concurso, delitos contra la seguridad exterior de la nación, delitos contra la
seguridad interior y delitos contra el derecho de gentes. El orden de presentación es
radicalmente distinto del que adopta el Cp. De 1931.
Las faltas sólo se castigan cuando han sido consumadas, se atiende a hecho material
y no a la culpa (artículo 17).
El código antes descrito – 1871- tuvo vigencia hasta el año de 1929.
b. EL CÓDIGO DE 1929.
Entre 1925 y 1926 quedó integrada la comisión que se ocuparía en preparar el
proyecto del nuevo código penal para sustituir al de 1871. La presidió José Almaraz, y en la
segunda y más importante etapa de sus trabajos la integraron, asimismo, Ignacio Ramírez
Arriaga, Antonio Ramos Pedruaza, Enrique C. Gudiño y Manuel Ramos Estrada. La
exposición de motivos, debida a Almaraz - cuyo nombre identifica a los códigos sustantivo
y adjetivos penales de 1929 -, apareció en junio de 1931.
Un análisis sereno sobre la obra de Almaraz contribuirá a destacar, junto a los
desaciertos, muchos méritos innegables; entre éstos, el énfasis en la personalidad del
infractor, la abolición de la pena de muerte, el tratamiento de la reparación del daño, el
concepto de multa, la introducción de la condena condicional, la supresión del jurado, el
establecimiento del organismo rector de la ejecución penal (entonces Consejo Supremo de
Defensa y Prevención Social), etcétera.
111
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
112
Rafael Luviano González
Excluyendo la pena de muerte, el código de 1929 fijó sanciones para los delincuentes
comunes mayores de dieciséis años (artículo 69; se denomina segregación a la prisión:
ídem, fracción VII, y artículos 105 a 113); los delincuentes políticos (artículo 70); los
delincuentes menores de dieciséis años (artículo 71); los delincuentes en estado de
debilidad, anomalía o enfermedades mentales (artículo 72); y complementarias de los
anteriores (artículo 73). Fue interesante el régimen de la multa: “La unidad de la multa es la
utilidad diaria. Toda multa se expresará por un múltiplo de esta unidad, pero nunca
excederá de cien días” (artículo 83). El artículo 161 dio la regla general para la aplicación
de las sanciones, avanzando en el arbitrio judicial.
La reparación del daño formó para de la sanción proveniente de un delito, y abarcó;
restitución, restauración consistente en “restablecer la cosa detentada, en cuanto fuere
posible, al estado que tenían antes de cometerse el delito”, y en restablecer al titular en el
ejercicio del derecho lesionado”: (artículo 296) e indemnización (artículo 191). La
reparación se exigía de oficio por el Ministerio Público, que podría ser desplazado si el
ofendido y sus herederos acudían a sustentar su acción. En caso de retiro de los actores
particulares, el ministerio público reasumía el ejercicio de la acción (artículos 319 a 321).
El libro tercero estableció los tipos penales. Para ello dispuso un orden distante del
estatuido en 1871 y cercano al que se adoptaría en 1931. Los primeros tres títulos
abordaban, respectivamente, los delitos contra la seguridad exterior de la nación, contra su
seguridad interior y contra el derecho internacional. En el título séptimo, “De los delitos
contra la salud” aparecen ya, sancionados moderadamente (segregación de uno a cinco
años, para el tipo básico: artículo 507), los ilícitos con drogas enervantes; se habla de
reclusión en “manicomio para toxicómanos” (artículo 525). La primera serie de delitos
contra las personas surge en el título decimoprimero, referente a delitos contra la libertad
sexual (atentados al pudor, estupro, violación, rapto e incesto: artículos 851 a 877). Los
delitos contra la vida se localizan en el título decimoséptimo (artículos 934 a 1022)
c. EL CÓDIGO DE 1931
113
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
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Rafael Luviano González
Celestino Porte Petit y Manuel del Río Govea. Colaboró con ellos el Licenciado Jorge
Reyes Tayabas.
En 1970, una comisión compuesta por Julio Sánchez Vargas, Raúl y F. Cárdenas y
Sergio García Ramírez, preparó un proyecto de reformas que culminó en la modificación
del Cp., en 1971, acerca de la persecución de los delitos culposos causados con motivo de
tránsito de vehículos, sustitución de sanciones, ejecución penitenciaria, libertad preparatoria
y condena condicional.
Fundando en 1976, el Instituto Nacional de Ciencia Penales ha intervenido en la
redacción de diversos proyectos. Entre ellos destaca el preparado para Veracruz, en 979,
por una comisión que formaron Celestino Porte Petit, Sergio García Ramírez, Ezequiel
Coutiño Muñoz, Luis Marco del Pont, Moisés Moreno Hernández y Carlos Vidal Riverell,
a quienes otros juristas y criminólogos asistieron en puntos específicos. Este proyecto, con
diversas modificaciones, adquirió vigencia en 1980 y sustituyó al Código de Veracruz, de
1947, a su vez inspirado por el estimable Código de Defensa Social de dicha entidad, de
1944.
El texto del Instituto ha influido profundamente en posteriores trabajos de reforma.
De éstos surgió un anteproyecto de Código penal, elaborado en 1983.
El 8 de agosto de 1983 se presentó el anteproyecto, por parte de las Procuradurías
General de la República y General de Justicia del Distrito Federal, y del Instituto Nacional
de Ciencias Penales. A partir de ese año (además de las modificaciones y adiciones de 1982
al Cp., en lo referente a los delitos cometidos por servidores públicos) se sucederían las
iniciativas de reforma que construyeron un código penal esencialmente nuevo.
115
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
También resulta del todo necesario, hacer mención que la codificación devino como
un símbolo de la modernidad en el mundo occidental y recogida en nuestro país, con la
llegada de los españoles y que se ha hecho referencia en el capitulo anterior.
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Rafael Luviano González
GARCIA Avila, Sergio. Revista semestral del Supremo Tribunal de Justicia del Estado. 1ª. Edición
16
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Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
Fue el 5 de abril de 1827, al expedirse una nueva ley que disponía la existencia y
funcionamiento de los tribunales superiores del Estado, cuando se puntualizó de manera
sintética que el Fiscal sería escuchado en todas las causas criminales y, sólo intervendría en
aquellas de carácter civil que interesaran al Estado o a sus autoridades; el Fiscal estaba
limitado a participar en los asuntos de segunda instancia y, sólo cuando fuera requerido lo
podía hacer.
En casi todos los expediente de la década de los años treinta del siglo pasado y
según la información proporcionada por el archivo histórico del Supremo Tribunal de
Justicia del Estado de Michoacán, se observa que el Fiscal tenía un amplio conocimiento de
la legislación, lo cual hacia que sus apreciaciones fueran imparciales, honestas y apegadas a
derecho y eran excepcionales los casos en que el fiscal intervenía en juicios civiles de
primera o segunda instancia.
Es importante decir que el Fiscal era parte del Tribunal Supremo de Justicia, razón
por la cual, con el tiempo, se fue precisando la intervención de un funcionario ajeno a esa
corporación, que vigilara la administración de justicia y que fuera el promotor de los
intereses de las personas afectadas.
Desde que nuestro país tuvo su independencia, hasta el año de 1858, los fiscales
continuaron desempeñando esas funciones en Michoacán. Sin embargo con el transcurso
del tiempo, los gobernantes fueron retomando las experiencias de todos esos años que
sirvieron de base para luego crear un órgano independiente del Supremo Tribunal, que
representara los intereses de la sociedad y procurara una eficaz administración de justicia.
Un paso importante que marco un nueva etapa dentro de la historia de los fiscales,
ocurrió en el año de 1852, al expedirse el primer reglamento para el gobierno interior del
Supremo Tribunal de Justicia de Michoacán, en donde variaron sustancialmente las
funciones del Fiscal. A partir de entonces solamente le competería representar al Estado en
los recursos de fuerza y otros de ese género, y en las competencias de jurisdicción de salas;
asimismo darían su dictamen sobre las dudas de la ley estipuladas en la Constitución, y
sobre las consultas hechas por los alcaldes o jueces de primera instancia, interviniendo
también en la recepción de abogados y escribanos; participar en la visita general de cárceles
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Rafael Luviano González
y en todas las causas de responsabilidad de que conocieran las salas especiales del tribunal,
así como de representar al Estado en ciertas causas civiles del gobierno, y dictaminar en
todos los negocios de acuerdo que pasaren a su vista. Como se puede ver, quedaron muy
restringidas las facultades de los fiscales, quienes en gran medida dejaron de cumplir el
papel de velar de manera amplia por la aplicación correcta de la ley, como lo han hecho en
la actualidad con apego al derecho en los juicios penales.
Sergio García Ávila17, compara algunas de las obligaciones que en aquel tiempo
tenía el Ministerio Público, en relación a las que tiene en la actualidad, ya que antes recaían
en autoridades menores, quienes eran los encargados de aprehender a los sospechoso o
acusados de cometer un delito, esto lo hacían los alcaldes; en atención a que
comparativamente hablando, ahora quien se encargan de aprehender a los delincuentes es la
policía ministerial; y los alcaides se encargan del cuidado y administración de las cárceles.
Fue así como el 2 de abril de 1834, al expedirse la Ley Orgánica de los Tribunales
del Estado, quedaron estipuladas de manera extensa, las facultades de los alcaides, algunas
de las que años más tarde recayeron sobre los agentes del Ministerio Público.
Sin embargo fue en el Código de Procedimientos Penales del Distrito Federal y del
Territorio de Baja California de 1880, en donde por primera vez aparecía la figura de los
agentes del Ministerio Público, con funciones semejantes a las que desempeñan en nuestros
días, entonces el Estado de Michoacán adoptó esta figura poco tiempo después.
Ibidem. P. 38.
17
119
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
Las funciones que la ley ha señalado al Ministerio Público han variado con el
transcurso de los años, de tal forma que jurídicamente el papel que desempeñaba, se ha ido
adecuando a los tiempos y a las circunstancias de nuestra entidad, encontrando variantes
importantes a lo largo de más de 100 años de vida, según lo podremos apreciar en el
transcurso de esta investigación, toda vez que comparativamente hablando trataremos de ir
haciendo las observaciones pertinentes tanto en materia federal como estatal.
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Rafael Luviano González
8.- No se ha establecido una educación básica en todos los niveles, sexual, económico,
social etc.
9.- No se ha definido una política criminal en concreto,
10.- No se ha establecido una coordinación de órganos del gobierno como responsables de
la seguridad pública,
11.- No existe una preparación adecuada entre los elementos que conforman la institución,
12.- No existe una carrera ministerial que permita la seguridad jurídica y permanencia en su
función y actuación,
13.- No existe en los Estados un salario justo para el Ministerio Público, y
14.- No existe un catálogo adecuado de los tipos penales de delitos, conteniendo sus
elementos básicos, como guía para los agentes del Ministerio Público.
De tal suerte que el Estado para compensar los errores de la persecución de los
delitos y el no ejercicio de la acción penal, ha motivado la reforma del 31 de Diciembre de
1994, publicada en el diario oficial de la federación, en cuanto al artículo 21 constitucional
en su párrafo cuarto, que dice: “...Las resoluciones del Ministerio Público, sobre el no
ejercicio de la acción penal, podrán ser impugnadas por la vía jurisdiccional en los
términos que establezca la ley...”18. Por su parte la Suprema Corte de Justicia de la Nación,
ha dicho y sostenido por unanimidad de votos, que la reforma constitucional reconoce los
derechos de los ciudadanos, tanto para impugnar las determinaciones de los ministerios
públicos, como la exigir al Estado la negada persecución de los delitos, por ser una garantía
individual, pudiéndose reclamar en la vía de amparo de donde podemos apreciar que la
función del Ministerio Público no escapa del ámbito constitucional, evitando con ello que
algún delito quede sin ser perseguido, sin la correspondiente justificación jurídica.
Esto es válido en la teoría porque en la práctica, bien puede admitir y hasta
consignar una averiguación previa el órgano persecutor de los delitos, sin embargo la hace
deficiente, o en otros casos da esperanzas vanas al ofendido y con ellos los delitos quedan
impunes o en muchos de los casos prefabrican delitos con el ánimo de castigar a personas
CUADERNOS de derecho. Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos. Editorial ABZ, 1d.
18
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Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
inocentes, así como en algunos casos cuando se quiere perjudicar a funcionarios públicos,
por el hecho de ser de diferente extracción partidista, igualmente se busca a toda costa
buscar elementos que no existen, sea prefabricándolos o inventándolos; todo por el hecho
de ser el Ministerio Público el órgano que ejerce la función monopólica de la investigación
y persecución de los delitos y el ejercicio de la acción penal.
En relación a la ciencia y la tecnología en la institución, ésta ha quedado rezagada (porque
los delincuentes cuentan con mecanismos más avanzados que la propia institución, desde
armamento hasta tecnología), como podemos apreciarlo a continuación, porque los
delincuentes, cuando son detenidos, ya tienen la forma de evitar la justicia y librarse
adecuadamente de ella.
Citado por FUENTES Díaz, Fernando. Modelos y el Procedimiento penal. Editorial Sista. 5ª. Edición .
19
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123
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
La conflictiva como penal es susceptible de ser resuelta por las partes mismas en
conflicto o por un tercer extraño. Las cuales pueden ser las siguientes:
124
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Del delito y la pena (derecho y proceso, ser y haber, derecho y haber, derecho y ser,
génesis del delito, pena como restitutio del ser, pena y retribución, ser y deber ser de
la pena, castigo y proceso, organización punitiva, legislación y jurisdicción punitiva.)
Delito y Pena
Ser y Haber
Al llegar a este punto se presenta una exigencia y, con ella, una de las disciplinas que
se refieren a los fundamentos de la ciencia del derecho, quizás una de las exigencias más
severas y con más dificultad. Se trata del significado del verbo haber, que entre los verbos
que es mayormente usado, con la única excepción del otro verbo correlativo: el verbo ser.
La dificultad se puede superar afrontando el problema del ser: no sabremos lo que
significa haber sino tratamos de comprender lo que significa ser; un `problema tan difícil
que parece temerario el simple hecho de plantearlo. Pero uno puede conformarse con el que
se obtiene de la lógica; incluso más modestamente, de la gramática: se constituye la copula
entre el sujeto y el predicado; por eso aquello, que une el uno al otro, así pues se expresa la
unidad del todo. Por lo mismo si se hace referencia al todo, en cambio haber se refiere a la
parte; la antítesis juega sobre los dos conceptos de todo y de parte; el ser de una parte se
resuelve en su participación, esto es, en la relación entre parte y parte. Una parte es,
125
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
completa la confrontación de la parte sin el todo; una parte tiene, completa la confrontación
entre una parte y las otras partes. Por tanto, el haber separa; el ser.
Derecho y Haber
Esto más que nada va inducido a la meditación sobre los peligros de aquel abuso del
derecho que constituye uno de los caracteres, por no decir el carácter saliente, de la política
actual. En palabras corrientes, no se dice que acrecimiento del haber favorezca al
acrecimiento del ser del individuo, y mucho menos que la obtención, en cuanto sea posible,
de la igualdad entre los individuos en cuanto al haber, consienta entre ellos aquella unión en
que verdaderamente consiente la civilización.
Derecho y Ser
Es necesario plantear una pregunta, si el cometido del derecho está en dar a cada uno
lo suyo ¿es posible su intervención también en el terreno del ser de cada uno, o sea en su
participación en el todo?
126
Rafael Luviano González
El análisis del delito, digamos también su autonomía que no es otra cosa sino una
experiencia, y por eso, obediencia al método positivo debería de proveer aquella rama de la
ciencia, hoy bien delineada, que se llama criminología.
Pena y Retribución
127
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
confundir el mal con el dolor. La restauración del orden exige, en términos figurados, que
se mate el bacilo del delito, o sea la enemistad, o sea el desamor; pero este resultado no se
obtiene si el reo no llega a ser distinto de lo que es.
Lo que se ha dicho hasta ahora nos muestra la pena como es, no como existe; o según
los términos comunes, no como es, sino como debe ser. Ahora bien, precisamente en razón
de la altura suprema de la función penal, son gravísimas las dificultades que se oponen a
que la misma sea como debería ser.
A propósito de lo cual, adviértase que la conciencia de las dificultades es la primera de
las condiciones de las cuales depende, si no el alcanzar el fin, al menos el aproximarse a él;
el análisis de la experiencia, es el único medio de que puede disponerse para superar poco a
poco, las gravísimas dificultades que se oponen a los estudiosos del derecho penal en este
tema.
Castigo y proceso.
La experiencia es, que la pena se considera un remedio contra el delito; pero es una
experiencia que espera todavía un análisis severo. Incluso cuando en el terreno del derecho
penal se considere que el método positivo se ha afirmado sólidamente, de manera que se ha
hablado y se continua hablando de una escuela penal positiva si, como se ha tratado de
demostrar, método positivo y análisis de la experiencia son todo uno, este método, en
cuanto al tema de la relación entre delito y pena, no es aun plenamente aplicado.
Con el fin de aplicarlo es necesario, ante todo, definir la experiencia que se debe
analizar. La pena es, realmente, un fenómeno que se presenta en dos planos: en el plano de
la ley y en el del proceso, lo que quiere decir, como amenaza y como actuación, y es sobre
128
Rafael Luviano González
esta diversidad que se funda la distinción entre los dos aspectos del derecho penal; el
derecho penal material y el derecho penal procesal.
Sin embargo, también esta diversidad, como ocurre con todas las distinciones, no
excluye la unidad, en cuanto ley y proceso se combinan en un desarrollo que constituye, el
castigo (la punición), en una palabra, que no castigan solamente el ministerio público y el
juez, sino también el legislador. Por tanto, si el proceso, en sentido estricto, se opone a la
ley, en sentido amplio se puede, e incluso se debe hablar de un proceso punitivo, el cual
comprende en sí mismo la actividad del legislador.
La organización punitiva.
Partiendo de la idea de que, el castigo del ofensor debe darse de mano diversa a la del
ofendido, se da el surgimiento de la organización punitiva, que se inserta en la organización
jurídica, cuyo rasgo sobresaliente es la división del trabajo en dos sectores, que responden a
los conceptos de la legislación y de la jurisdicción; o más acertadamente de la legislación y
la administración de justicia o jurisdicción.
129
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
quedaría satisfecho en orden a la que es la más importante entre las funciones del derecho,
la exigencia de certeza, a la cual responde el instituto legislativo.
9.- CONCLUSIONES.
130
Rafael Luviano González
grupo –familia- y se desarrolla en grupo –sociedad- por lo que todo el tipo de relaciones
que surgen entre los hombres no siempre resultan del todo satisfactorias a sus intereses,
algunas veces surgen incumplimientos a convenios, homicidios, robos, etc. en
consecuencia, se requiere de la existencia de instituciones a través de las cuales se
resuelvan dichas diferencias –conflictos de intereses- que conocemos como litis.
TERCERA. Lo antes citado, permite pues conocer, que para evitar que el hombre
regrese a los estadios de vida mencionados como la venganza privada, o la aplicación de la
ley del talión ojo por ojo, diente por diente, asimismo, para lograr la paz social y seguridad
jurídica, se requiere de la existencia de instrumentos que cumplan con dicho cometido, de
ahí la presencia de el proceso jurisdiccional, y en el caso particular que nos ocupa del
Derecho Procesal y el Procedimiento penal, esto a pesar de las críticas que también hoy día
se han formulado y con razón, en cuanto a su funcionalidad, en particular a los diferentes
órganos del Estado encargados del manejo de tal sistema.
En ese orden de ideas, no obstante de ese desarrollo del sistema penal, encontramos
que los preceptos jurídicos vigentes se encuentran notoriamente retrasados en algunos
sistemas jurídicos como en México, y en nuestro Estado de Michoacán, con relación a las
exigencias de una sociedad más moderna, consecuentemente, deviene en legislaciones
también obsoletas.
CUARTA. El poder punitivo estatal lo ejercen los órganos del estado, y por
consiguiente los únicos que pueden y deben controlarlos de manera cercana son los jueces,
para lograr hacer más justo y eficiente el sistema penal.
QUINTA. El Delito y La pena se justifican por una exigencia social y como una
necesidad de contar con UN MEDIO DE REPRESIÓN INDISPENSABLE PARA
MANTENER LAS CONDICIONES DE LA VIDA Y CONVIVENCIA DE LAS
PERSONAS EN SU ENTORNO SOCIAL, pues en el caso particular de la pena sería
muy poco posible la convivencia humana.
131
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
a. Desde que una hipótesis normativa establecida por el legislador como delito
es exteriorizada por la conducta del sujeto activo, de nada sirvió la función
preventiva general de la pena.
OCTAVA. La pena ataca el bien jurídico más apreciado por el hombre, su libertad,
de ahí que: ¿Cómo legitimar la pena?
En este contexto ¿para qué sirve la pena? todo lo que se ha dicho de ella es una
falacia.
132
Rafael Luviano González
DECIMA PRIMERA. Para conocer el Derecho Procesal Penal, resulta del todo
indispensable conocer de donde deriva –sus fuentes- lo que se traduce en las siguientes
fuentes: Convenios Internacionales, Leyes Internas (Federales, Locales, Reglamentos), Los
precedentes judiciales, usos y costumbres, la realidad socio jurídica, derecho penal.
De tales fuentes, resulta importante mencionar a los Convenios Internacionales, y su
injerencia que estos hoy en día tienen en el Derecho Procesal Penal, es decir, la
globalización económica en la que nos encontramos inmersos, implica no solo un
intercambio comercial sino también jurídico, luego entonces no podemos aislarnos a la
celebración de tratados internacionales, por colaboración judicial.
DECIMA SEGUNDA. La Historia como una disciplina y como fuente del Derecho
que mediante su narración de hechos permite lo antes citado y a perfeccionar un sistema,
además orienta para no cometer los errores del pasado, poder pensar y predecir el futuro.
133
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
(El pasado revela como ésta hecho el futuro), a través de la Historia podemos conocer
nuestros orígenes, es decir, podemos encontrar en la memoria de un grupo de nuestra
experiencia pasada recursos que nos ayuden a superar los obstáculos que bloquean nuestro
avance hacia el futuro.
134
Rafael Luviano González
También resulta del todo necesario, hacer mención que la codificación devino como
un símbolo de la modernidad en el mundo occidental y recogida en nuestro país, con la
llegada de los españoles
DECIMA OCTAVA. La reforma debe y necesita ser integral, porque debe ser
de fondo, donde se plantee la revisión y actualización de todo el marco legal del sistema
penal en el estado, así como la estructura orgánica y funcional de los órganos que tienen
injerencia en su funcionamiento y eficacia, de modo tal pues que debe abarcar tanto el
sector de la legislación penal, tanto sustantiva (plantearse un Nuevo Código Penal),
procesal (un nuevo Código de Procedimientos Penales) y ejecutiva (juez de ejecución de
sentencias penales), todo en aras de modernizar la administración e impartición de justicia
en el Estado.
135
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
DECIMA NOVENA. Todo ello a fin de determinar si atraviesa por una crisis
el sistema de justicia penal, con leyes obsoletas que ya no cumplen con las necesidades
actuales, y ni corresponden a las tendencias modernas de la ciencia penal y de la política
criminal, asimismo, si se adecua a los principios de nuestra Ley Fundamental, y en
consecuencia si existe la necesidad de legislar con mucha cautela en lo que concierne a la
jurisdicción estatal penal (Código Penal y de Procedimientos Penales Estatales
respectivamente).
10.- BIBLIOGRAFIA.
CORTES, FIGUEROA CARLOS. En Torno a Teoría General del Proceso. Ed. Cárdenas,
México, 3ª ed., 1994.
FAIREN GUILLEN VICTOR. Doctrina General del Derecho Procesal, librería Bosch
1990, Barcelona, pp. 601.
GARCÍA RAMÍREZ, SERGIO, Derecho Penal, Primera Edición 1990, editado por
Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, México 1990, pág.
136
Rafael Luviano González
OVALLE FAVELA, JOSÉ, Teoría General del Proceso, Editorial Oxford, cuarta edición
1996, pp. 351.
137
Reflexiones sobre la Historia del Derecho Penal
138
La Caja Real de Valladolid
León Pinelo, Antonio, Recopilación de Indias de 1680, 3 vols., España, Fondo de Cultura Económica, 2007,
3
Leyes 1-41.
Pietschmann, Horst, Las Reformas Borbónicas y el sistema de intendencias en Nueva España, México,
6
140
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
Ahora bien, antes de entrar en el asunto de las normas que la Corona estableció para
regular tanto a la institución, como a su funcionamiento, es necesario entender cuál era la
naturaleza de la organización política española. Autores que han ubicado dicho problema,
nos hablan de la existencia y establecimiento en las colonias americanas de una
organización estatal en sentido moderno, cuando menos en la intención de las regulaciones
impulsadas por la Corona española, aunque con marcados tintes patrimonialistas en el
ejercicio de los cargos10. La Corona española instrumentó en las instituciones coloniales
mecanismos por medio de los cuales organizó política, social y económicamente a la
Bertrand, Michel, Grandeur et misère: Les officiers de finances de Nouvelle Espagne (XVII-XVIII siècles),
7
30-32.
9
Garner, Richard L. “Reformas Borbónicas y operaciones hacendarias. La Real Caja de Zacatecas, 1750-
1821” en Historia Mexicana, México, Colegio de México, volumen XXVII, número 4, abril-junio, 1978, p.
545.
Pietschmann, Horst, El Estado y su evolución… Op.Cit. pp. 151-152. Además ver, Gávira Márquez, María
10
Concepción, Historia de una crisis: la minería en Oruro a fines del periodo colonial, Bolivia, Sierpe
publicaciones/ Instituto de Estudios Bolivianos/Instituto Francés de Estudios Andinos/Universidad
Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, pp. 233-234.
141
La Caja Real de Valladolid
América española, teniendo sin embargo que tomar en cuenta limitantes como la distancia y
el tener que dejar un margen de libertad tanto a los funcionarios, como a los particulares.
Dicha libertad y distancia, sin embargo, trataron de ser compensados con controles
recurrentes de mecanismos de vigilancia y rendición de cuentas, tales como las visitas o los
juicios de residencia11.
supervisión “secreto” de la administración, el cual podía ser relativo a una sola institución o general, cuando
comprendía a la administración en general. La residencia en cambio, era un juicio abierto al público el cual
podía hacer acusaciones o presentar quejas sobre el accionar del funcionario. Este procedimiento se hacía al
finalizar el cargo.
León Pinelo, Antonio, Recopilación de Indias de 1680…Op.Cit, p. 2224. Libro Noveno, Título IV, Ley 4.
12
Ídem. p. 2261, Libro Noveno, Título VII, Leyes 5 y 6, del Título VIII, Leyes 8, 17 y 24. pp. 2273, 2275 y
17
2277.
142
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
que rendir cuentas a Virreyes o a las Reales Audiencias. Se les otorgaba, por otro lado,
jurisdicción contenciosa para actuar sobre los deudores a la Real Hacienda, la cual debían
aplicar a través de jueces territoriales, alcaldes mayores o corregidores18.
Ídem. pp. 2238, 2239 y 2241. Libro Noveno, Título IV, Leyes, 42, 44, 45 y 53.
21
Ídem. p. 2240. Libro Noveno, Título IV, Leyes 48, 49, 50, 51 y 52.
22
Gávira Márquez, María Concepción, Historia de una crisis…Op.Cit. p. 236. Ver también Franco Cáceres,
24
143
La Caja Real de Valladolid
Junto a esa práctica, la venta de oficios reales, en las que se vieron inmersos los
funcionarios de las Cajas Reales desde 1623, ocasionaron un menor seguimiento de la
normatividad antes descrita25.
Para el caso de la Nueva España, se han estudiado los casos de las Cajas de
Veracruz y México, observando cómo se beneficiaban los funcionarios a través de los
recursos y a su vez beneficiaban a miembros o grupos de las elites locales ya por medio de
dinero líquido, o a través de exenciones27. Estos estudios nos muestran que la corrupción
fue una práctica recurrente y sistemática, más que una excepción. Así mismo, en el caso del
castigo a las desviaciones a la norma, observamos que raramente tenía lugar, pues a
menudo utilizaban su poder y atribuciones para atenuar las consecuencias.
25
Sanz Tapia, Ángel, “La venta de oficios de haciendas en la Audiencia de Quito (1650-1700)” en Revista de
Indias, España, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, volumen LXIII, número 229, pp. 633-648.
26
Gávira Márquez, María Concepción, “La Caja Real de Carangas y el mineral de Huantajaya, 1750-1804”
en Anuario Archivo y Biblioteca Nacionales de Bolivia, 1999, pp. 105-137 y de la misma autora, Historia de
una crisis…Op.Cit. pp. 235-243.
Bertrand, Michel, Grandeur et misère...Op.Cit. pp. 21-46.
27
144
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
Arcila Farías, Eduardo, Reformas económicas del siglo XVIII en Nueva España: Ideas económicas,
29
comercio y régimen de comercio libre, México, SEP/Setentas, México, 1975, pp. 117-136 y 164 y Jáuregui,
Luis, La Real Hacienda de Nueva España. Su administración en la época de los intendentes: 1786-1821,
México, Facultad de Economía, UNAM, 1999, pp. 70-73.
145
La Caja Real de Valladolid
Interpretaciones del siglo XVIII mexicano, el impacto de las reformas borbónicas, coord. Josefina Zoraida
Vázquez, México, Nueva Imagen, 1992, p.19.
31
Pietschmann, Horst, “Protoliberalismo, reformas borbónicas y revolución” en Interpretaciones del
siglo…Op.Cit. p. 48-49
Franco Cáceres Iván, La intendencia…Op.Cit. p 72.
32
33
Real Ordenanza para el establecimiento e instrucción de intendentes de ejército y provincia en el reino de
la Nueva España, 1786, Introducción por Ricardo Rees Jones, Serie facsimilar Nueva España 1, México,
Universidad Nacional Autónoma de México, 1984, p. 86, Artículo 76.
34
Real Ordenanza para el establecimiento…Op.Cit. pp. 130-136, Artículos 109-114.
Ídem. pp. 138-139, Artículo 116.
35
146
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
dejaban los ramos menores o de bajos ingresos, caso de los de gallos, nieve o pulperías. Los
ramos más importantes sobre los que tenían competencias eran el tributo y las bulas37.
En Valladolid se estableció el 6 de mayo de 1788 una Caja Real, casi a dos años de
haberse dado a conocer la Ordenanza y a uno de haber tomado el cargo el primer intendente
Juan Antonio de Riaño38. Los dos primeros funcionarios designados para ésta fueron, como
contador Juan Antonio Fernández de la Buría, natural de Asturias39 y Antonio de Medina,
natural de Málaga como tesorero40. Posteriormente fueron 4 funcionarios más los que
formaron parte de la Caja Real, tres contadores y un tesorero, pues Medina estuvo
prácticamente hasta el final del régimen colonial (1819)41. Algunos aspectos que merecen
hacerse notar en cuanto a los funcionarios, y su ya citada profesionalización, son en primer
lugar su formación, y en segundo los criterios para su designación. Respecto a lo último
hay que puntualizar que se ha observado cómo José de Gálvez, su hermano Matías y el hijo
de éste Bernardo –el primero visitador general y ministro de Indias, y virreyes de la Nueva
España los otros dos- tuvieron gran influencia en la designación de los funcionarios
elegidos para el establecimiento del sistema de intendencias y en concreto de los de la Caja
Real de Valladolid42.
Ídem. pp. 152-161, 195-199 y 304-305. Artículo 130-135, 160, 161 y 222.
37
Archivo General de la Nación (en adelante AGN), Real Hacienda, volumen 125, expediente 5, fojas 69-83
38
147
La Caja Real de Valladolid
Hacienda43. El segundo periodo va desde 1804 hasta 1809, siendo nombrados Nicolás
Quilty Valois y Félix Bourman, ambos con formación netamente militar. En un tercer
periodo en 1819, cuando ante la jubilación de Antonio de Medina es nombrado Antonio
Vallejo, funcionario de la Caja del Real de Sombrerete y formado como funcionario de
Real Hacienda, retomando el criterio con el que se había reclutado a los primeros tres
funcionarios44.
En lo que se refiere a los criterios de designación, hay que señalar que para el caso
de los dos primeros funcionarios fue un punto clave su relación con los Gálvez. Dicha
influencia estaría presente hasta la muerte de éstos, ocurridas entre 1785 y 178745. Lo que
hemos observado en todos los casos es que las redes de relaciones tanto en la capital del
virreinato, como en la Metrópoli, eran muy importantes para la movilidad de los
funcionarios. Por otro lado, la profesionalización de los funcionarios en términos de
formación tuvo un impulso muy fuerte con los Gálvez, para después perderse un tanto con
la llegada de militares a esos cargos46.
Ver, AGN, Reales Cédulas Originales, volumen 127, expediente 28, AGN, Reales Cédulas Originales,
43
volumen 191, expediente 126, foja 1, AGN, Real Hacienda, volumen 139, expediente 2, fojas 186, AGN, Real
Hacienda, volumen 125, volumen 5, fojas 69-83, AGN, Intendentes, volumen 63, expediente 3.
44
Gutiérrez Núñez, Netzahualcóyotl Luis, “Real Caja de Valladolid. Institución, funcionarios y sociedad:
1788-1819”, Tesis de Licenciatura, Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, 2008. pp. 92-93.
Ídem.
45
46
Gutiérrez Núñez, Netzahualcóyotl Luis, “Caja Real de Valladolid”…Op.Cit. pp. 92, 93 y 94.
Pietschmann, Horst, Las reformas…Op.Cit. pp. 126-132.
47
148
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
Archivo Histórico Municipal de Morelia (en adelante AHMM), Gobierno, caja 11, expediente 35
48
León Pinelo, Antonio, Recopilación de Indias…Op.Cit. p. 2242, Libro noveno, título IV, ley 59
49
149
La Caja Real de Valladolid
intendente atrajo hacia sí buena parte de los asuntos fiscales y la segunda, que propició que
se tuviera a la Caja Real bajo la imagen de una institución de segundo nivel.52
La llegada del asesor letrado nombrado por el Rey, Onésimo Durán (1789),
significó el inicio de la adscripción de jurisdicciones y delegación de responsabilidades,
con lo cual comenzó lo que llamamos periodo de organización (1789-1793), en el cual los
ministros fueron tomando, paulatinamente, las riendas de las recaudaciones y se fueron
instrumentando las disposiciones de la ordenanza, señalando cuales funcionarios las
llevarían a cabo y los términos de realización y entrega de los productos de las mismas53.
La imagen de la Caja Real como institución de segundo nivel fue notoria desde los
primeros años del funcionamiento de la misma. Apenas en 1790, administradores de
alcabalas de Zamora y Pátzcuaro, se mostraban inconformes no sólo ante el hecho de que
debían de cobrar el ramo de pulperías –el cual además de tener bajos ingresos, era muy
problemático debido a la resistencia de los tenderos-, sino también por recibir órdenes de
esa institución54. Ejemplo de esta resistencia fue la actitud del administrador interino de
Zamora, José Montero, quien ese mismo año señalaba su desconocimiento de la geografía y
de los ciclos económicos de la región, así como sus medidas impracticables55.
Ídem. p. 100, Franco Cáceres, Iván, La intendencia…Op.Cit. p. 99 y 100, AHMM, Hacienda, caja 39,
53
expediente 18.
AHMM, Hacienda, caja 9, expediente 16.
54
150
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
Esta construcción del espacio institucional de la Caja Real pudo consolidarse -aún
tomando en cuenta las sucesivas problemáticas- de manera más o menos firme en la última
década del siglo XVIII58. Durante el año de 1793 y de acuerdo con el principio ya señalado
sobre la búsqueda de un mayor apego a la ley y de un mayor control de los espacios
fiscales, se delimitaron en mejor forma los asientos de nieve y de gallos. Esto de acuerdo a
una norma preexistente, pero no respetada, que hablada de jurisdicciones de 16 leguas a la
redonda respecto a la villa donde se ubicaba el asiento59.
AHMM, Hacienda, caja 6, expediente 13, AHMM, Hacienda, caja 6, expediente 23, AHMM, Hacienda,
57
AHMM, Hacienda, caja 12, expediente 14 y AHMM, Hacienda, caja 12, expediente 16.
59
Gutiérrez, Núñez, Netzahualcóyotl Luis, “Caja Real de Valladolid”…Op.Cit. pp. 111-114 y 116. Ejemplos
60
de esto ver, AHMM, Hacienda, caja 58, expediente 6, AHMM, Hacienda, caja 58, expediente 10, AHMM,
Hacienda, caja 6, expediente 22 y 23, AHMM, Hacienda, caja 6, expediente 13, AHMM, Hacienda, caja 6,
expediente 5.
Franco Cáceres, Iván, La intendencia…Op.Cit. p. 176.
61
62
Gutiérrez Núñez, Netzahualcóyotl Luis, “Caja Real de Valladolid”…Op.Cit. pp. 151-160.
151
La Caja Real de Valladolid
En la primera década del siglo XIX, percibimos una mayor intromisión de las
autoridades centrales de la Real Hacienda virreinal63en los asuntos fiscales de la
Intendencia de Valladolid, como una pérdida de la autoridad de la oficina de intendencia
debida tanto a la desaparición de atribuciones y prerrogativas, como al mayor acercamiento
entre el segundo intendente Felipe Díaz de Ortega y las elites locales64. En lo que se refiere
a los funcionarios fiscales, subdelegados, administradores de alcabalas y curas –estos
últimos que recaudaban el ramo de bulas- se denota como pasaban de la resistencia a la
desobediencia. Estas prácticas se caracterizaron por dos cosas: primero porque los
funcionarios dejaban de enviar la información procedente de las actividades fiscales y
segundo, porque se hacía caso omiso de los requerimientos, se guardaba silencio o se
negaban a coaccionar a otros funcionarios65.
Juárez, Carlos, La oligarquía y el poder político en Valladolid de Michoacán, 1785-1810, Morelia, Instituto
64
152
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
fuera de la normatividad, tales como el cobrar tributos sin atender a la lista o censo, y sin
dar comprobantes67. También son evidencias importantes los nexos del contador Nicolás
Quilty Valois con los abusos de poder del subdelegado de Tlazazalca, Antonio Mora, y con
miembros de la elite vallisoletana en la conjura de 180968. Por último y ya en el siglo XIX,
la gestión del vallisoletano Alonso de Terán como asesor letrado -el cual sustituyó en
múltiples ocasiones a Felipe Díaz Ortega en el mando de la Intendencia- representaba la
llegada a puestos claves de la Intendencia, de un miembro de la elite local, situación que
nos habla de cómo los intereses de esta elite había logrado paulatinamente concretarse en el
nuevo entramado institucional69.
A raíz de dicho movimiento, y con la llegada al cargo del virrey Félix María Calleja
(1813-1816), dio comienzo lo que se ha denominado una fiscalidad arbitraria, la cual trajo
consigo el que ésta estuviera ligada a las circunstancias bélicas del momento y por
consiguiente que se diera paulatinamente una militarización de la administración de
Juárez, Carlos, La oligarquía…Op.Cit. p. 270, Franco, Cáceres, Iván, La intendencia…Op.Cit. pp. 152-153.
68
Gutiérrez Núñez, Netzahualcóyotl Luis, “Real Caja de Valladolid”…Op.Cit. pp. 170-171. El concepto de
70
desintegración regional es de John Tepaske, ver, Tepaske, John, “La crisis financiera del virreinato de Nueva
España a fines de la colonia” en Secuencia, México, Instituto José María Luis Mora, número 19, enero-abril,
1991, pp. 123-140.
153
La Caja Real de Valladolid
Hacienda71. Producto de esta militarización, observamos como hacia 1815, los ministros
Antonio de Medina y Félix Bourman, son designados comisarios ordenadores honorarios,
cargos eminentemente militares72. Teniendo en cuenta las estrechas relaciones entre el ramo
de Hacienda y el de Guerra, y contando además con el hecho de que las recaudaciones se
hacían personalmente por los funcionarios acompañados por miembros del ejército, la
imagen proyectada se vinculaba más a la de miembros del ejército que burócratas de la
Real Hacienda73.
Los informes realizados por Antonio de Medina en 1816, cuando fue nombrado
Intendente interino, destacaban las casi nulas recaudaciones de la real Hacienda en la
Intendencia74. Este hecho podría hacernos pensar que el cargo que abandonaba en 1819 por
su jubilación era poco atractivo, sin embargo, se efectuaron numerosas posturas al mismo75.
Este hecho nos hace sospechar sobre la existencia de recursos no declarados, los cuales por
medio de negociaciones pudieron quedar en manos de las elites, los militares y de la propia
burocracia fiscal militarizada76.
A manera de conclusión podemos decir, que las Cajas Reales como instituciones
fiscalizadoras de la explotación económica de las colonias americanas, sufrieron una
evolución, la cual se debió en gran parte, a la adecuación de estas instituciones a una
infinidad de medios y circunstancias. La corona española durante el periodo colonial
generó una gran cantidad de regulaciones, las cuales en la práctica se ejercieron con
limitaciones debido a dos situaciones: al carácter patrimonialista con el que se ejercían los
cargos y a los afianzamientos, los cuales ligaban a los funcionarios con redes de intereses
locales. Dadas estas condiciones fueron comunes en distintos escenarios del espacio fiscal
colonial los abusos de poder y la corrupción.
AGN, Reales cédulas originales, volumen 212, expediente 185, foja 250.
72
73
Gutiérrez Núñez, Netzahualcóyotl Luis, “Caja Real de Valladolid”…Op.Cit. p. 124. AHMM, Hacienda,
caja 7, expediente 38.
AGN, Intendentes, volumen 39, expediente 9.
74
154
María Concepción Gavira Márquez y Netzahualcóyotl Luis Gutiérrez Núñez
155
La Caja Real de Valladolid
156
Algunas Reflexiones sobre la Historia
del Derecho Civil y Familiar Mexicano
RESUMEN: I. INTRODUCCIÓN; II. EVOLUCIÓN DEL DERECHO CIVIL; III. LA INTRODUCCIÓN DEL
DERECHO CIVIL EN MÉXICO; IV. LA REGULACIÓN FAMILIAR EN MÉXICO; V. LAS ÚLTIMAS REFORMAS
AL CÓDIGO CIVIL DE MICHOACÁN; VI. EL PROCESO LEGISLATIVO DEL NUEVO CÓDIGO CIVIL Y DEL
CÓDIGO FAMILIAR DE MICHOACÁN; VII. POLIGRAFÍA.
-I-
El día 07 de marzo del 2007, el C. Gobernador Constitucional del Estado presenta al H.
Congreso del Estado, las iniciativas de Ley de Código Civil y de Código Familiar de
Michoacán, mismas que fueron leídas en el Pleno Camaral el día Martes 13 de ese mismo
mes. El día 11 de enero del 2008, las comisiones unidas de Justicia, de Gobernación y de
Maestro en Derecho, Profesor e Investigador Asociado “C” de Tiempo Completo, de la Facultad de Derecho
1
y Ciencias Sociales UMSNH, Doctorando en Derecho en el Centro de Investigación y Desarrollo del Estado
de Michoacán CIDEM, Coordinador del Cuerpo Académico DERECHO CIVIL Y SOCIAL, de Profesores de
Tiempo Completo, de la citada Facultad de Derecho, Miembro activo del Colegio de Abogados del Estado de
Michoacán, A.C., Editor y articulista de la Revista DECISO, Árbitro y articulista de las revistas Derecho On-
Line y DBN, Articulista de las Revistas del Ilustre Instituto de Investigaciones Jurídicas, Políticas y Sociales,
del Colegio de Abogados de Michoacán, IUS y ENLACE; e-mail: rigarmora@hotmail.com
158
Ricardo García Mora
- II -
En esta parte exponemos los aspectos más relevantes de las transformaciones del Derecho
Civil, enfocando la atención hacia la Evolución del Derecho Romano, aún vigente en
nuestro tiempo y en nuestro espacio, gracias a sus tres vidas.
1) La Primera Vida del Derecho Romano, parte de la Ley de las Doce Tablas,
hasta la muerte del Emperador Justiniano I El Grande. En esta parte histórica, el Derecho
Civil era todo el sistema jurídico conocido de entonces, sólo oponible al derecho de gentes
que se aplicaba a los individuos, ahora conocidos en nuestro tiempo como extranjeros.
Dicha situación podrá corroborarse, dado que desde la óptica de los otros sistemas
normativos, el Derecho Romano era conocido como el Civil Law System, de hecho
159
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
entonces era el Derecho Civil el gran maestro que orquestaba el devenir y progreso
histórico de la Ciencia del Derecho, partiendo de esas sentencias, aforismos y máximas
emitidas por los estudiosos que pasaron a convertirse en normas de observancia obligaría
para todo tiempo y lugar, bajo el actual nombre de Principios Generales del Derecho.
2) La Segunda Vida del Derecho Romano, parte de la recepción germana del
Derecho Romano con las posteriores glosas y postglosas medievales, hasta el advenimiento
del estado moderno nacional. La recepción del Derecho Romano por parte del salvaje
bárbaro los tornaron más refinados en sus convivencias humanas y en sus aspiraciones
sociales; aparentemente pudiera hablarse del fin del mismo Derecho Romano, pero sólo lo
fue para el imperio romano occidental; es así que la política es muy hábil, porque sólo
destruye gobiernos y a su vez adopta y adapta las formas jurídicas que perfeccionen la
regulación del comportamiento humano.
Después del fenómeno civilizador que hizo el Derecho Romano en la vida de los
germanos, se pasa a la etapa más longeva de la historia como lo fue la Edad Media, la que
en su milenio de duración adaptó el Derecho Romano a las nuevas necesidades sociales,
gracias a las labores de los glosadores y de los postglosadores, quienes en las escuelas
interpretativas del mos gallicus y del mos italicus, supieron transmitir sabiamente las
normas del Derecho Romano; esa recepción ocurrió en las viejas provincias romanas que
luego se convertirían en los modernos estados europeos con sus lenguas romances.
Con el advenimiento de los modernos estados nacionales, producto del inicio de la
descomposición medieval, el Derecho Romano fue puesto nuevamente a prueba su calidad
de resistencia histórica y en su vigencia perenne, dado que al despersonalizarse el ejercicio
del ejercicio gubernamental –porque ya no se habla de las órdenes el Rey, sino de las
órdenes emanadas de la Corona- fundado en las instituciones y no en los gobernantes, se
buscó una forma de poder estructurar mejor las disposiciones jurídicas, a efecto de darles
orden y coherencia, apareciendo así el fenómeno del Pandectismo –significado de decirlo
todo-, en donde se agrupaba toda una materia en una norma llamada Pandecta. Aquí
entonces el Derecho Civil se convierte en una especie de Derecho Nacional, oponible al
sistema jurídico de cada estado moderno postmedieval que iba surgiendo y caracterizado
160
Ricardo García Mora
con sus pandectas propias que casuísticamente empezaban a regulaban pos separado las
materias Civil y Penal, sin existir más disciplinas jurídicas.
3) La Tercera Vida del Derecho Romano, es el fenómeno de la Codificación,
consistente en la ordenación lógica y coherente de los mandatos normativos de las leyes,
para agruparlos en artículos o partidas que guardan entre sí una relación deductiva, que
parte de los principios generales para luego inferir los consecuentes principios particulares.
La Ley de las Doce Tablas carecía de orden y coherencia, la cual fue presentándose con las
interpretaciones de los glosadores y los glosadores con las Pandectas; ahora con la
Codificación se elimina la casuística que tenía el Pandectismo.
Esta vida se ve perfeccionada y refinadísima con el advenimiento del
Constitucionalismo, fenómeno normativo que tiene como objeto la estructura y el
funcionamiento de un país con el otorgamiento de un mínimo de facultades a sus propios
habitantes súbditos. El Derecho Civil pasa a ser una rama del derecho normativo u objetivo,
formando parte del Derecho Privado, bajo la misma jerarquía del Público y del Social.
Gracias al conjunto de conocimientos que el Derecho Civil aporta para estructurar
las normas jurídicas en códigos, el Derecho Constitucional retoma esta valiosísima
herramienta de la Codificación para generar las normas fundacionales y fundamentales de
un estado nacional como el nuestro, pudiendo decir que el Derecho Civil y el
Constitucional pueden tener entre sí sólo una relación de plena igualdad y un lenguaje
único de tú a tú.
Ejemplos de ello están en la Magna Charta de Juan Sin Tierra (1215), que otorgó
prerrogativas garantistas a los señores feudales; siguen las Constituciones de cada Colonia
Británica Americana, para luego producir en Filadelfia la Constitución de los Estados
Unidos de América (1787), posterior es la Constitución de la Primera República Francesa
(1791), estas dos últimas respondieron a un momento histórico diferente, pero son
coincidentes en la técnica codificadora por escrito.
- III -
161
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
162
Ricardo García Mora
- IV -
La primera legislación especial en Materia Familiar, lo fue la Ley del Divorcio de 1914,
seguida de la Ley de Relaciones Familiares, expedida en 1915 y puesta en vigor el 1° de
mayo de 1917, por el general Venustiano Carranza, como Presidente Interino de México, la
cual empieza contemplar el Sistema del Divorcio Vincular, el que ahora en día disuelve el
vínculo matrimonial.
Paulatinamente algunos Estados de la República han empezado a regular la Materia
Familiar mediante leyes y códigos especializados, como los siguientes ejemplos vigentes:
163
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
Código de Atención a la Familia y Grupos Vulnerables del Estado de Chiapas, visible en:
2
<http://compilacion.ordenjuridico.gob.mx/obtenerdoc.php?path=/Documentos/ESTADOS/MORELOS/o5233
6.doc&nombreclave=o52336.doc>, documento tipo *.doc (consultado: 20 de febrero del 2008).
164
Ricardo García Mora
mediante el Decreto 357, publicado el 15 de agosto del 2007 y vigente al día siguiente;
contiene un total de 895 artículos y 8 transitorios, con subtítulos para cada uno, distribuidos
en siete libros: el Primero, de las Personas; el Segundo, del Derecho de Familia; el Tercero,
del Concubinato, Matrimonio y disolución; el Cuarto, de las Relaciones Paterno Filiales; el
Quinto, de las Declaraciones y Efectos de Interdicción, Ausencia y Presunción de Muerte;
el Sexto, del Registro Civil; y, el Séptimo, de las Sucesiones; a las instituciones
propiamente familiares, se integra el Derecho Hereditario.
4) YUCATÁN. Ostenta el Código del Registro Civil del Estado de Yucatán5,
promulgado durante el Gobierno de Víctor Manuel Cervera Pacheco, mediante el Decreto
336, publicado en el Periódico Oficial del Estado del día 17 de marzo de 1986; su última
reforma fue publicada el día 23 de enero del 2003; contiene un total de 102 artículos y 3
transitorios, distribuidos en diecisiete capítulos que disponen todo lo relativo al Registro
Civil, incluidas las clases y tipos de Actas con sus modificaciones.
5) ZACATECAS. Ostenta el Código Familiar para el Estado de Zacatecas6,
promulgado durante el Gobierno de José Guadalupe Cervantes Corona, mediante el Decreto
237, publicado en el Periódico Oficial del Estado del día 10 de mayo de 1986, contiene un
total de 743 artículos y 8 transitorios, distribuidos en dos libros: el Primero, sobre las
Disposiciones Generales; el Segundo, sobre el Matrimonio, Divorcio, Parentesco,
Alimentos, Paternidad, Adopción, Patria Potestad y Tutela; contempla también
disposiciones asistenciales para la atención de los infantes, discapacitados y adultos
mayores.
6) MICHOACÁN. Contiene publicado el Código Familiar para el Estado de
Michoacán de Ocampo, misma norma jurídica que bien vale la pena rememorar su Proceso
Legislativo especial en el apartado respectivo de esta entrega.
165
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
-V-
Es de hacerse notar el conjunto de reformas acaecidas al Código Civil para el Estado de
Michoacán vigente, que el día 10 de agosto del 2008 dejará de regir la vida civil
michoacana, para dar paso al nuevo Código Civil para el Estado de Michoacán de Ocampo,
publicado el 11 de febrero del 208 mediante el Decreto 317 en el Periódico Oficial del
Estado, vigente a partir de los 180 días siguientes al de su publicación.
Dichas reformas más sobresalientes datan desde el año 1998, las cuales son:
1) REFORMA DE 1998. El 07 de diciembre de 19987 el Decreto 227 señala la
reforma de los artículos 367, 371 y 372 del Código Civil sobre la Patria Potestad, ya desde
los Códigos Civiles de 1924 y de 1936 se estatuía la titularidad de la Patria Potestad sobre
los hijos de matrimonio: a los padres; a los abuelos paternos; y, a los abuelos maternos.
Ahora se establece en el artículo 367 la titularidad de esta manera: a los padres y a los
abuelos paternos y maternos en un mismo nivel por igualdad.
2) REFORMA DEL AÑO 2001. El 19 de abril del 20018, el Decreto 139
adiciona al Código Penal el delito de Violencia Familiar; mientras que al Código Civil
adiciona nuevas causales de divorcio aumentándose de diecisiete a diecinueve (art. 226),
nuevas medidas precautorias (art. 241), nuevos efectos de las sentencias de divorcio (art.
424) y nuevas causales de pérdida de la Patria Potestad (art. 395), además de adicionar los
artículos 249-A a 249-C, para definir y especificar a la Violencia Familiar.
3) REFORMA DEL AÑO 2003. El 07 de abril del 20039, el Decreto 264
modifica diversas disposiciones del Código Civil en materia de Adopción, que ahora sólo
es Plena considerando al hijo adoptado como un hijo consanguíneo, es irrevocable,
eliminando la Simple, introduce la Adopción Internacional y la figura de la reproducción
asistida (art. 251), homologándose los requisitos sustantivos con los instrumentales del
Código de Procedimientos Civiles para emprender un trámite de Adopción.
Periódico Oficial del Gobierno Constitucional de Michoacán de Ocampo. Tercera Sección, N° 16, Tomo
7
166
Ricardo García Mora
Periódico Oficial del Gobierno Constitucional de Michoacán de Ocampo. Tercera Sección, N° 48, Tomo
10
167
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
-VI -
1) Proceso Legislativo del Código Familiar para el Estado de Michoacán de
Ocampo
a) La Iniciativa de Ley de Código Familiar de Michoacán. Se presenta el 07 de
marzo del 2007, aprovechando el momento político de la reforma democrática del Estado y
del Día Internacional de la Mujer, con el propósito de crear una Legislación Familiar
específica, independiente y autónoma de la materia civil. Consta de 1108 artículos y 3
transitorios12, distribuidos en dos libros: el Primero, del Derecho de Familia; y, el Segundo,
del Procedimiento Familiar.
Llamando la atención desde ahora la concentración en una sola norma de derecho la
regulación sustantiva y la adjetiva, a efecto de no abonar a la máxima “summum ius, summa
iniuria”13, dado que no es de extrañarnos que este fenómeno unificador se ubica en el
Código de Comercio, en la Ley Federal del Trabajo, en la Ley Agraria, así como en los
códigos fiscales de la Federación, de cada Estado y en los municipales de cada Estado, que
contienen su articulado material y su respectivo formal.
Es de reconocer la labor profesional de los científicos del Derecho que se
desempeñan en el Juzgado Cuarto Familiar, del Distrito Judicial de Morelia, Michoacán,
encabezado por una mujer abogada ejemplar14; situación que nos la hizo saber ella
personalmente mediante Conferencia dictada al Colegio de Abogados del Estado de
Michoacán, A.C., en el Salón de Actos de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales.
Por otro lado, podemos señalar que se respetan las disposiciones que se introdujeron
en las reformas del 07 de diciembre de 1998 en la Patria Potestad, en las del 19 de abril del
mayores oportunidades, Volumen VII, N° 99, Departamento de Asuntos Editoriales, Morelia, Michoacán,
México, 15 de marzo del 2007.
Exceso de leyes genera más daños.
13
ROSA ALANÍS YÉPEZ, Juez Cuarto de lo Familiar, Candidata a Maestra en Derecho por la Universidad
14
Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, Profesora por Asignatura “B” Definitiva, Presidenta de la Academia
de Derecho Civil I, de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales, de la Casa de Hidalgo.
168
Ricardo García Mora
2001 en materia de Violencia Familiar, en las del 07 de abril del 2003 en materia de
Adopción, que ahora sólo es Plena con la introducción de la Adopción Internacional, y en
las del 22 de septiembre del 2004, que transformó totalmente al Derecho Familiar, normas
que aparecen ratificadas en lo conducente en esta propuesta de Código Familiar.
Es de destacar que en el análisis del texto de esta Iniciativa, se haya encontrado en
el Libro Segundo hay disposiciones separadas para los trámites de los juicios ordinario,
sumario y sumarísimo en tres capítulos específicos que detallan el número de días de que
constan las etapas procesales de los dos primeros y cómo se puede desarrollar la audiencia
principal en el tercero, sin adolecer de los defectos del numeral 629 del Código de
Procedimientos Civiles del Estado de Michoacán.
b) El Dictamen de Segunda Lectura con Proyecto de Código Familiar para el
Estado de Michoacán de Ocampo, que presentan las comisiones de Justicia, de
Gobernación y de Puntos Constitucionales. Consta de 1092 artículos y 3 transitorios15,
distribuidos en dos libros: el Primero, del Derecho de Familia; y, el Segundo, del
Procedimiento Familiar. Se eliminaron los dispositivos de la Iniciativa que hablaban de las
personas y de sus atributos, para pasar a engrosar el Libro Segundo del nuevo Código Civil.
c) El Decreto 316 que contiene el Código Familiar para el Estado de Michoacán de
Ocampo. Consta de 1092 artículos y 3 transitorios16, distribuidos en dos libros: el Primero,
del Derecho de Familia; y, el Segundo, del Procedimiento Familiar.
2) Proceso Legislativo del Código Civil para el Estado de Michoacán de
Ocampo
a) La Iniciativa de Ley de Código Civil de Michoacán. Se presenta el 07 de marzo
del 2007, consta de 2169 artículos y 2 transitorios17, distribuidos en cinco libros: el
Primero, Disposiciones Generales; el Segundo, de las Personas; el Tercero, de los Bienes;
mayores oportunidades, Volumen IX, N° 189, Departamento de Asuntos Editoriales, Morelia, Michoacán,
México, 15 de marzo del 2007.
Periódico Oficial del Estado. Primera Sección, N° 34, tomo CXLIII, Morelia, Michoacán, 11 de febrero del
16
2008.
H. CONGRESO DEL ESTADO DE MICHOACÁN DE OCAMPO. Gaceta parlamentaria, Mejores leyes,
17
mayores oportunidades, Volumen VII, N° 98, Departamento de Asuntos Editoriales, Morelia, Michoacán,
México, 15 de marzo del 2007.
169
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
el Cuarto, de las Sucesiones; y, el Quinto, de las Obligaciones, con tres partes: Primera, de
las obligaciones en general; Segunda, de las diversas especies de contratos; y, Tercera,
sobre el derecho concursal civil y derecho registral civil.
b) El Dictamen de Segunda Lectura con Proyecto de Código Familiar para el
Estado de Michoacán de Ocampo, que presentan las comisiones de Justicia, de
Gobernación y de Puntos Constitucionales. Consta de 2175 artículos y 3 transitorios18,
distribuidos en los mismos libros que en la Iniciativa, sólo se agregan 6 artículos nuevos,
cuatro de ellos relativos a la Capacidad, Mayoría de Edad, Emancipación y Habilitación de
Edad de las Personas, además de encontrar dos artículos equivocados en la Iniciativa: la
duplicación del número 2070 en un par de artículos consecutivos dentro del capítulo de la
Extinción de las Hipotecas, y hallarse indebidamente un artículo bajo el número 2845
inmediatamente después del artículo 2145 dentro del capítulo de la Extinción de las
Inscripciones.
c) El Decreto 316 que contiene el Código Familiar para el Estado de Michoacán de
Ocampo. Consta de 2175 artículos y 3 transitorios19, distribuidos en los mismos libros que
en el Dictamen de Segunda Lectura.
- VII -
LEGISGRAFÍA
Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos.
Código Civil para el Estado de Michoacán, 1936; última reforma 2007.
Código Civil para el Estado de Michoacán de Ocampo, 2008.
Código de Atención a la Familia y Grupos Vulnerables del Estado de Chiapas.
Código del Registro Civil del Estado de Yucatán.
Código de Procedimientos Civiles del Estado de Michoacán.
Código Familiar para el Estado de Michoacán de Ocampo, 2008.
mayores oportunidades, Volumen IX, N° 188, Departamento de Asuntos Editoriales, Morelia, Michoacán,
México, 09 de enero del 2008.
Periódico Oficial del Estado. Segunda Sección, N° 34, tomo CXLIII, Morelia, Michoacán, 11 de febrero
19
del 2008.
170
Ricardo García Mora
171
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
Periódico Oficial del Estado. Tercera Sección, número 69, tomo CXXV, Morelia,
Michoacán, 19 de abril del 2001, 4 pp.
Periódico Oficial del Estado. Segunda Sección, número 65, tomo CXXX, Morelia,
Michoacán, 07 de abril del 2003, 8 pp.
Periódico Oficial del Estado. Tercera Sección, número 48, tomo CXXXIV, Morelia,
Michoacán, 22 de septiembre del 2004, 32 pp.
Periódico Oficial del Estado. Tercera Sección, número 77, tomo CXLI, Morelia,
Michoacán, 06 de julio del 2007, 12 pp.
Periódico Oficial del Estado. Primera Sección, número 34, tomo CXLIII, Morelia,
Michoacán, 11 de febrero del 2008, 84 pp.
Periódico Oficial del Estado. Segunda Sección, número 34, tomo CXLIII, Morelia,
Michoacán, 11 de febrero del 2008, 132 pp.
CIBERGRAFÍA
Código de Atención a la Familia y Grupos Vulnerables del Estado de Chiapas,
visible en:
<http://www.ordenjuridico.gob.mx/Estatal/CHIAPAS/Codigos/CHIACOD08.pdf>,
documento tipo *.pdf (consultado: 20 de febrero del 2008).
Código del Registro Civil del Estado de Yucatán, visible en:
<http://www.ordenjuridico.gob.mx/Estatal/YUCATAN/Codigos/YUCCOD07.pdf>,
documento tipo *.pdf (consultado: 20 de febrero del 2008).
Código Familiar para el Estado Libre y Soberano de Morelos, visible en:
<http://compilacion.ordenjuridico.gob.mx/obtenerdoc.php?path=/Documentos/ESTADOS/
MORELOS/o52336.doc&nombreclave=o52336.doc>, documento tipo *.doc (consultado:
20 de febrero del 2008).
Código Familiar para el Estado de Zacatecas, visible en:
<http://www.ordenjuridico.gob.mx/Estatal/ZACATECAS/Codigos/ZACCOD05.pdf>,
documento tipo *.pdf (consultado: 20 de febrero del 2008).
http://suvin.cedumich.org.mx/suvin2/
http://www.ordenjuridico.com.mx/
172
Ricardo García Mora
http://www.michoacan.gob.mx/noticias/p_oficial/upload/ter-4804.pdf
http://www.themis.umich.mx/facultad/
http://www.tribunalmmm.gob.mx/
Ley para la Familia del Estado de Hidalgo, visible en el portal:
<http://www.ordenjuridico.gob.mx/Estatal/HIDALGO/Codigos/HGOLEY71.pdf>,
documento tipo *.pdf (consultado: 20 de febrero del 2008).
173
Algunas Reflexiones sobre la Historia del Derecho Civil y Familiar
174
El Tema de los Ayuntamientos en la Constitución de Cádiz y la de
Michoacán de 1825, Una Comparación
Es claro que cuando los constituyentes de Cádiz iniciaron con su labor de elaborar
un marco jurídico, no eran conscientes de las consecuencias que la magna empresa que
estaban abordando traería en España y mucho menos de las repercusiones que está tendría
en los territorios españoles de ultramar.
De entrada debe tenerse en cuenta que al establecer una constitución del estado
español, en primera instancia los legisladores estaban acotando los poderes de la autoridad
real, haciendo de esa forma que el poder omnímodo del monarca español quedara ceñido a
reglas y de ser un gobernante absolutista, se diera pasó a la monarquía constitucional, que
.- Doctor en Ciencia Social con Especialidad en Sociología por El Colegio de México, Profesor e
1
Investigador Titular “B” de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de la Universidad Michoacana de San
Nicolás de Hidalgo, adscrito al Centro de Investigaciones Jurídicas. Correo electrónico:
hchavez@colmex.mx.
los constituyentes ubicados en Cádiz ingenuamente creían que el rey aceptaría de buen
modo.
Pero por otra lado era un intento de ir dando forma u ordenando la amplia gama de
normas de carácter legal, que eran consecuencia de disposiciones de antiquísima
producción y en otros casos obedecían a los intereses de los monarcas en turno, haciendo
del marco jurídico español un complejo galimatías de leyes de difícil comprensión y
ordenación; a esto debe sumarse el reconocimiento que los doctrinarios tenían como
interpretes y creadores del derecho.
Así, puede decirse que los constituyentes españoles estaban siguiendo una pauta de
codificación del derecho, que puede considerarse como natural en las sociedades
occidentales y de los modernos en general, como es la monopolización en la creación de
derecho o la ley por parte del estado, eliminando de esta forma los marcos normativos
emanados de otros grupos.
Si bien este era un proceso que en España se había ido dando de forma paulatina a
los largo de siglos, incluso desde reinados anteriores a los de los Habsburgo, pero que se
había acentuando particularmente con el reinado de los Borbones y su conjunto de
reformas; la concreción española de este fortalecimiento del estado requería que se diera el
transito del monarca, como representación del estado y como creador del derecho, a un
cuerpo colegiado, que al mismo tiempo fuera el creador del derecho, hiciera que el rey
fuera objeto de sumisión a la norma.
“Específicamente en España, el poder real alcanzo avances
significativos a partir del gobierno de los Reyes Católicos,
verdaderos artífices del establecimiento de las bases de un
estado nuevo”.2
.- Díaz Hernández, Jaime. Orden y desorden social en Michoacán: el derecho penal en la primera república
2
176
Héctor Chávez Gutiérrez
.- Grossi, Paolo. Derecho, sociedad, Estado. El Colegio de Michoacán/ Escuela Libre de Derecho/
3
177
El Tema de los Ayuntamientos en la Constitución de Cádiz y la de Michoacán de 1825, Una Comparación
el caso michoacano los legisladores locales sólo se abocaron a crear la norma máxima de
una entidad federativa, con alcances mucho más restringidos que en el primer caso.
Si la Constitución de Cádiz de 1812 fue un documento liberal, muy avanzado para
su época, habría que ver hasta qué punto y en un solo rubro, como sus contenidos
influyeron en legislaciones que posteriormente fueron apareciendo en otros territorios
anteriormente dominados por España.
Este ensayo se concentrara, pues, en presentar las propuestas en materia municipal
que los constituyentes españoles de 1812 y los michoacanos de 1825 tuvieron a bien crear
para normar a sus sociedades.
178
Héctor Chávez Gutiérrez
situación serían presididos por el alcalde y en caso de haber dos, por el que hubiera sido
nombrado primero.
De igual forma se estipulaba que debería haber ayuntamientos en los pueblos que no
los había, lo que quiere decir que debían conservarse en aquellos que ya existían “y en que
convenga que los haya”, sin señalar en qué consistiría esa conveniencia. Pero la
constitución era clara, no podría dejar de haber ayuntamientos en las poblaciones que por sí
o por su comarca llegaran a mil almas.
Esta disposición al parecer favorecería la creación de ayuntamientos, pues no era
necesario que la población contara por sí sola con el requisito solicitado de mil ciudadanos,
sino que podría lograrse con el acumulativo de habitantes de diversas comunidades de la
región.
El artículo 311 tenía un ingrediente de estrato social, pues en él se hablaba de que
mediante una ley, es decir una norma secundaria en relación a la Constitución, se señalarían
los miembros de cada clase que deberían de integrar cada ayuntamiento. En el fondo parece
prevalecer la idea de que los ayuntamientos deberían de ser lo más representativos de la
población del municipio que se tratara.
De mayor interés resulta el artículo 312, que introducía el elemento democrático en
la conformación de los ayuntamientos; literalmente el numeral señalaba:
“Los alcaldes, regidores y procuradores síndicos se
nombrarán por elección en los pueblos, cesando los regidores
y demás que sirvan oficios perpetuos en los ayuntamientos,
cualquiera que sea su título y denominación”.
Este articulo contiene dos disposiciones, ambas apuntaladas por un velado animo
democrático, pues por un lado imponía que las autoridades del ayuntamiento fueran electas,
y por el otro, a nivel constitucional, esto debe resaltarse, la orden de que los oficios
perpetuos en los ayuntamientos cesaran, pues estos apuntaban al mantenimiento de
oligarquías locales, que mediante el control de los cabildos, podían mantener la defensa de
sus intereses y que en muchos casos, principalmente de las regidurías eran compradas
heredadas, situación que rompía con los elementos democráticos que los constituyentes de
179
El Tema de los Ayuntamientos en la Constitución de Cádiz y la de Michoacán de 1825, Una Comparación
Los anteriores electores nombrarían por mayoría absoluta de votos, también durante
el mes de diciembre, a los funcionarios de los ayuntamientos, los cuales entrarían en
posesión el primer día de enero del año siguiente a su elección.
Aunque la Constitución de Cádiz no señalaba explícitamente periodo para los
miembros del ayuntamiento, se deduce, por el contenido del artículo 315, que los
funcionarios eran electos por lapsos de dos años, pues indicaba que los síndicos eran
renovados por mitad cada año, los síndicos de forma similar, salvo el caso de que sólo
.- Torres Estrada, Pedro. La autonomía municipal y su garantía constitucional directa de protección Estudio
5
comparado de los supuestos español y mexicano. Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, México,
2005, p. 17.
180
Héctor Chávez Gutiérrez
hubiera uno, en ese supuesto sería cada año. Por lo que se refiere los alcaldes debían
mudarse todos los años.
El ánimo de esta disposición era evitar la perpetuación de funcionarios en los
ayuntamientos, pues ninguno de ellos podría ser electos en para cargo alguno en los
cabildos, hasta haber pasado dos años de su elección anterior. Aunque al final de la
disposición, contenida en el artículo 316, se agregaba la expresión “donde el vecindario los
permita”, lo que parece indicar que los constituyentes eran consientes de que era muy
posible, por las mismas condiciones socioeconómicas de la época, que en algunos
ayuntamientos no hubiera la cantidad suficiente de ciudadanos para cubrir los puestos de la
municipalidad.
Debe tenerse en cuenta que los cargos no dejaban de ser honorarios y conllevaban
responsabilidades de carácter penal, en caso de que los miembros del cabildo incurrieran en
ellas, lo que no debió de haber sido raro, dada la escasa formación y conocimiento en el
campo del derecho, sobre todo en comunidades rurales.
Por otra parte había un conjunto de disposiciones que se requerían para ocupar
cualquier puesto de elección popular, como eran los de la edad, 25 años, y la residencia de
al menos cinco años en el municipio; se relegaban a leyes secundarias la posibilidad de
establecer otras disposiciones.
Además había restricciones constitucionales para ser parte de los ayuntamientos,
como era para todas aquellas personas que estuvieran ocupando cargos conferidos por el
Rey, salvo los de la milicia.
Los cargos municipales se denominaban de carga concejil6 y no eran renunciables.
Dentro de los ayuntamientos se nombraría un secretario del mismo, a mayoría
absoluta de votos, y pagado con recursos del fondo común.
Las funciones que lo ayuntamientos debían desempeñar eran los de policía,
conservación del orden público, hacer el repartimiento y recaudación de las contribuciones,
y remitirlas a la tesorería respectiva; cuidar de todas las escuelas de primeras letras, y de los
.- De acuerdo al Diccionario de la Lengua Española editado por la Real Academia de la Lengua, Carga
6
concejil es: servicio o gravamen exigible a todos los vecinos no exentos por la ley; p. ej., los de alojamientos,
bagajes, etc.
181
El Tema de los Ayuntamientos en la Constitución de Cádiz y la de Michoacán de 1825, Una Comparación
demás establecimientos que se paguen de los fondos del común; cuidar de los hospitales,
hospicios, casas de expósitos y demás establecimientos de beneficencia, bajo las reglas que
se prescriban; cuidar de la construcción y reparación de los caminos, calzadas, puentes y
cárceles, de los montes y plantíos del común, y de todas las obras públicas de necesidad,
utilidad y ornato; formar las ordenanzas municipales del pueblo, y presentarlas a las Cortes
para su aprobación por medio de la diputación provincial, que las acompañará con su
informe; y promover la agricultura, la industria y el comercio según la localidad y
circunstancias de los pueblos, y cuanto les sea útil y beneficioso.
Finalmente los ayuntamientos tenían la responsabilidad de rendir cuentas ante la
diputación provincial cada años por el uso de los caudales recabados e invertidos.
Esta era norma en realidad era la espada de Damocles de los ayuntamientos, pues
era muy posible, por la escasa preparación en la mayor parte de los casos de los miembros
de los cabildos, que la cuenta no fuera adecuadamente presentada y eso podía dar pie a
sanciones por parte de las autoridades.
Si bien la Constitución presentó lo que debería de ser el funcionamiento en un
estado español democrático y con una monarquía acotada, lo cierto es que fue escasa su
aplicación, pues a la vuelta de Fernando VII acabó con su aplicación. Su restablecimiento
en 1820 fue el pretexto para que la Nueva España optara por la independencia.
182
Héctor Chávez Gutiérrez
Otra referencia se encuentra el artículo 42, cuando habla de las facultades del
congreso local, mencionando concretamente en su fracción decimoctava:
“Aprobar prévio (Sic.) informe del gobierno los aranceles de
cualquiera clase, reglamentos de tribunales y oficinas, los de
policía y sanidad, los arbitrios para obras públicas de
beneficencia, utilidad y ornato, y las ordenanzas municipales
que formen los ayuntamientos”.
Otra era en el artículo 44, en la fracción quinta, donde se mencionaba que los
ayuntamientos estaban en posibilidades de presentar iniciativas de ley.
.- González García, Omar. “La forja de una institución. Ayuntamientos, cabildos y municipios: una mirad
7
desde la historia del derecho” en Caballero Juárez, José Antonio y Oscar Cruz Barney (Coor.). Historia del
Derecho. Memoria del Congreso internacional de culturas y sistemas jurídicos comparados. UNAM, México,
2005, p.122.
183
El Tema de los Ayuntamientos en la Constitución de Cádiz y la de Michoacán de 1825, Una Comparación
184
Héctor Chávez Gutiérrez
Pueden irse viendo notables diferencias con el articulado de Cádiz, pues en con este
articulo se agregaban restricciones, pues además de las ya señaladas de contar con cierto
capital económico, saber leer, aquí se excluía a una gran cantidad de posibles figuras a
ocupar cargos municipales; de hecho los asalariados quedaban fuera. Muy diferente a la
constitución española que era más proclive a propiciar la participación
En lo que tiene que ver con la duración de los miembros de los ayuntamientos, el
articulado de Michoacán era idéntico al de Cádiz (artículo 315), lo que hace presuponer que
los constituyentes michoacanos conocían el mencionado texto ibérico
Por último el artículo 114 era una forma de acotar los poderes municipales, pues se
relegaba a una norma secundaria un gran número de factores claves del trabajo de estos
cuerpos sociales; literalmente señalaba:
“Una ley establecerá el número de individuos de que deben
componerse los ayuntamientos, el modo de elegirlos, las
facultades de los alcaldes municipales y las de los
ayuntamientos y sus empleados”.
185
El Tema de los Ayuntamientos en la Constitución de Cádiz y la de Michoacán de 1825, Una Comparación
Reflexión final
Sin duda que las sociedades complejas requieren de instancias de gobierno que
permitan a los ciudadanos tener instancias de gobierno inmediatas, que hagan sentir de
forma inmediata la acción de poder del estado y en este caso son los ayuntamientos quienes
tienen estas características.
Conforme las sociedades hispanas se adentraron a la tarea de darse constituciones,
el tema de los ayuntamientos estuvo presente.
Diversas normas apuntaron a la creación de ayuntamientos, pero el entusiasmo o las
trabas que pusieron los diversos legisladores varió de entusiasmo de estado a estado.
En los casos estudiados, podemos ver que la variación en el entusiasmo de los
legisladores por hacer accesible a la ciudadanía al gobierno de los ayuntamientos no tuvo
de manera forzosa de línea ascendente en el campo participativo.
Así, es notable que en Cádiz se facilitó y fomentó ideas democráticas, pudiendo
elegir los miembros de los ayuntamientos, que para la época, 1812, era una idea de carácter
revolucionaria.
Pero en contraste, el caso mexicano estudiado, el de Michoacán de 1825, no iba en
el mismo rumbo democrático; en contraste con el texto español, donde se abría la
posibilidad de voto a los ciudadanos, en el caso michoacano toda posibilidad se delegaba a
una ley secundaria.
Hay alguna razón que pudiera explicar este escaso ánimo; la independencia
mexicana se concretó como consecuencia del restablecimiento de la Constitución española
de 1812 en 1820, fue el incentivo para que las elites criollas optaran por la separación con
relación a España.
Por ello es natural que los constituyentes michoacanos de 1825 vieran con recelo los
principios liberales que habían sido causa para la concreción de la independencia.
186
Héctor Chávez Gutiérrez
Es claro que el estudio de las normas estatales, en contraste con textos de alcance
más amplio, como los nacionales y con ideas de avanzada, permite el contraste y ver hasta
qué punto éstas se ven influenciadas por aquéllos.
Si en los albores del siglo XIX la temática municipal fue un aspecto que apenas se
mostró de forma escueta en los textos constitucionales, esta tendencia a considerar los
ayuntamientos como una instancia de gobierno importantísima, que con el crecimiento de
la ciudadanía pasaría a ocupar un papel primordial en las agendas nacionales.
Para inicios del siglo aún no llegaba el mejor momento de la normativa municipal.
Los textos estudiados aquí son apenas una primer vista a los pasos incipientes de una forma
gobierno siempre latente.
187
El Tema de los Ayuntamientos en la Constitución de Cádiz y la de Michoacán de 1825, Una Comparación
188
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano:
El Factor Social Religioso en Michoacán durante 19261
Consideraciones preliminares
A través de este trabajo se presenta un bosquejo del factor social religioso en
Michoacán durante 1926; se eligió a Michoacán por ser una de las entidades federativas
A través del presente trabajo se exhiben resultados parciales de la obra intitulada La configuración del
1
principio de laicidad a partir del estudio del factor social religioso en Michoacán durante 1926, que fue
realizada gracias al apoyo proporcionado por la Suprema Corte de Justicia de la Nación ya que sin el
patrocinio logrado a través del concurso para el desarrollo de investigaciones y publicación de obras
relacionadas con los Archivos Judiciales de dicha H. Institución, no hubiera sido posible su elaboración y
difusión.
Candidata al grado de Doctorado en Interpretación de los Derechos y Libertades constitucionalmente
2
reconocidos, por la Universidad de Castilla-La Mancha (Toledo, España), cuenta con Diplomado de Estudios
Avanzados de Doctorado en el área de conocimiento de Derecho Eclesiástico del Estado y es profesora en la
Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo.
190
Mª Teresa Vizcaíno López
“cuando los agraristas se opusieron a los cristeros en 1926, pelearon para defender su „fruta
preciosa‟ pero también pelearon por la „revolución‟ en sí”. Es relevante destacar que, desde
el periodo gubernamental de Francisco J. Múgica, los dirigentes católicos se habían
quejado de los “ultrajes del anticlericalismo revolucionario”. No obstante, la persecución
religiosa no alarmó a la mayoría de los michoacanos sino hasta 1924, el primer año de la
administración callista. En 1925, los aliados de Calles intentaron fomentar un
debilitamiento de la Iglesia católica3, siendo el gobernador en turno, Enrique Ramírez, un
aliado del régimen callista4.
De esta suerte, la política estadual michoacana fue orientada por el diseño político
impuesto desde el “centro”, pero también sus efectos serían monitoreados y patrocinados
por Calles. Basta con apreciar la documentación al respecto; así, en mensajes telegráficos
entre los Ejecutivos Federal y Local, se aprecia que el Secretario General de Gobierno de la
Presidencia solicitó al Gobernador Constitucional del Estado la remisión de un ejemplar del
decreto que reglamentaba la fracción VII del artículo 130 constitucional e informe del
número de sacerdotes que autorizaba la Ley núm. 625. Por ello, el titular del Ejecutivo
Local ordenó inmediatamente el envío del ordenamiento y comunicó que antes de la
expedición de la Ley núm. 62 existían en el Estado de Michoacán alrededor de 300 clérigos
en ejercicio; después de la entrada en vigor del ordenamiento, sólo eran 149 ministros de
culto para 88 Municipios6, como también es cierto que, a principios de 1927, el gobierno
Cfr. Boyer, Christopher R., “Viejos amores y nuevas lealtades: El agrarismo en Michoacán, 1920-1928”,
3
Movimientos sociales en Michoacán. Siglos XIX y XX, (Coord. de Mijangos Díaz, Eduardo N.), Morelia,
UMSNH, 1999, p. 212.
Existen noticias de que Plutarco Elías Calles dio instrucciones al gobernador de Michoacán para cristalizar
4
el proyecto revolucionario, como se prueba con el telegrama que giró el 10 de febrero de 1926. Cfr.
“Telegrama que giró el Gral. Plutarco Elías Calles, Presidente de la República, al Gral. Enrique Ramírez,
Gobernador del Estado de Michoacán. México, D.F., 10 de febrero de 1926.” En: Archivo General e Histórico
del Poder Ejecutivo de Michoacán (AGHPEM). Fondo: Secretaría de Gobierno. Sección: Gobernación. Serie:
Asuntos religiosos. Caja núm. 2, exp. 35. Circular 7/8-Bis. Informe de la clausura de establecimientos de
órdenes monásticas y escuelas de cuidado de ministros de algún culto. Zitácuaro, Michoacán, 12 de febrero de
1926, fs. 2-3.
5
“Telegramas, del 29 de abril de 1926, girados por M. Bassols al Gobernador”. En: AGHPEM. Fondo:
Secretaría de Gobierno. Sección: Gobernación. Serie: Asuntos religiosos. Caja núm. 2, exp. 36. Ley núm. 62.
Limita la cantidad de ministros de cultos religiosos en el Estado: problemas en varios municipios por esa
disposición. Morelia, Michoacán, de marzo a junio de 1926, fs. 136 y 171.
6
“Telegramas, del 30 de abril de 1926, girados por el Gobernador al Secretario General de Gobierno” y
“Oficio, del 30 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor del Despacho de Gobierno, P.A. Gobernador”.
191
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
movilizara a tres mil de sus partidarios populares para hacer frente a los cristeros que se
habían levantado en contra de las disposiciones anticlericales7.
En: AGHPEM. Fondo: Secretaría de Gobierno. Sección: Gobernación. Serie: Asuntos religiosos. Caja núm. 2,
exp. 36. Ley núm. 62. Limita la cantidad de ministros de cultos religiosos en el Estado: problemas en varios
municipios por esa disposición. Morelia, Michoacán, de marzo a junio de 1926, fs. 137, 172-173.
Boyer, Christopher R., op. cit., nota 3, p. 213.
7
El 1º de agosto de 1914, en el Estado de Nuevo León, se dio a conocer la Ley sobre Reglamentación de
8
Cultos Públicos que establecía la expulsión de sacerdotes, la clausura de los templos y prohibía la confesión
sacramental. El 30 de septiembre de 1914, en el Estado de México se dictó un Decreto suscrito por el
gobernador que implantaba las "Condiciones bajo las cuales tendrá que practicarse el Culto Católico
Romano". El 3 de noviembre de 1917, en Campeche, se emitió un Decreto que fijó, como máximo de minis-
tros de cualquier culto, tres para los municipios de Campeche y Champotón, uno para los municipios de
Palizada y Carmen, y otro para los restantes municipios. El 22 de abril de 1918, en el Estado de Coahuila se
impuso que el número de clérigos sería de tres, como promedio, en cada población de dicho Estado. En el mes
de julio de 1918, en el Estado de Jalisco, se dictó un decreto que limitaba el número de ministros a uno por
cada templo abierto: sólo uno por cada 5000 habitantes o fracción. El 23 de abril de 1919, en Sonora se
publicó un decreto que indicó el número máximo de ministros de culto: uno por cada 10,000 habitantes. El 13
de diciembre de 1919, en Tabasco, se limitó a un ministro de culto por cada 30,000 habitantes; el 17 de mayo
de 1923, se emitió en Durango un decreto en que se autorizaban 25 sacerdotes como máximo. En 1926, los
gobiernos de Yucatán y de Chihuahua también restringieron el número de ministros que debían ejercer. Cfr.
Olivera Sedano, Alicia, Aspectos del conflicto religiosos de 1926 a 1929. Sus antecedentes y consecuencias
(Serie Historia, núm. XVI), México, INAH, 1966, pp. 67-68.
192
Mª Teresa Vizcaíno López
infringir estas disposiciones, el ministro sería castigado “con una pena de $50.00 a $500.00
pesos de multa o arresto de uno a seis meses de prisión” (art. 3°)9.
Según informe rendido por el gobernador, al entrar en vigor la Ley núm. 23, “se
registraron algunos actos de desobediencia de los encargados del culto católico, cuyas
desobediencias fueron consignadas a las autoridades respectivas para el castigo de los
infractores.”10
Pero sin lugar a dudas, en este “caldo de cultivo” del movimiento religioso durante
1926, el detonante fue la limitación que realizaron las autoridades michoacanas del número
de ministros de culto que podrían ejercer sus tareas espirituales en la entidad federativa, de
ahí que se centre la atención en los procesos de formulación y ejecución del Decreto
Número 62, norma que se destinaría a tal propósito.
9
Cfr. “Decreto número 23”. Periódico Oficial del Gobierno Constitucional del Estado Libre y Soberano de
Michoacán de Ocampo. Morelia, 19 de marzo de 1925, t. XLV, núm. 48. Cit. por: Recopilación de Leyes,
Decretos, Reglamentos y Circulares extendidas en el Estado de Michoacán. Continuación de la Iniciada por
Don Amador Coromina, (Formada y anotada por Xavier Tavera Alfaro), Morelia, H. Congreso del Estado,
1988, t. XLVIII (XL Legislatura de septiembre de 1924 a septiembre de 1926), p. 208.
10
“Informe que rinde a la XL Legislatura de Michoacán de Ocampo, el ciudadano General Enrique Ramírez,
acerca de su labor administrativa, como Gobernador Constitucional del Estado, durante el periodo
transcurrido del 16 de septiembre de 1924 al 16 de septiembre de 1925”. En: Archivo del Congreso del Estado
de Michoacán (ACEM). Legislatura XL del Congreso Constitucional del Estado de Michoacán de Ocampo
1924-1926, Varios. Caja núm. 2, expediente 7, f. 6.
11
“Acta número 2. Congreso del Estado. XL Legislatura constitucional. Diputación Permanente. Sesión del
20 de febrero de 1926. Presidencia del ciudadano Medina”. Periódico Oficial del Gobierno Constitucional del
Estado Libre y Soberano de Michoacán de Ocampo. Morelia, 16 de mayo de 1926, t. XLVI, núm. 69, p. 3.
193
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
marzo “con objeto de tratar sobre la limitación de ministros de los cultos, conforme a lo
prescrito por el artículo 130 de la Constitución Federal” 12.
En la primera sesión del período extraordinario, además de elegir, respectivamente, a
Miguel Guzmán y a Melesio Moreno como presidente y vicepresidente, se “dio lectura a un
Proyecto de Ley sobre el ejercicio del ministerio de cultos en el Estado, presentado por la
H. Diputación Permanente, que fue turnado a las comisiones de Gobernación y Puntos
Constitucionales unidas” 13.
Ese proyecto de ley14 halló “enconada oposición”, ya que algunos diputados “lo
atacaron de anticonstitucional, por considerar que la parte penal del mismo, así como los
artículos que tratan de señalar la mejor manera de hacer efectiva la limitación, no eran de la
competencia del Congreso, y solamente los Poderes Federales tenían injerencia en estos
asuntos”; por ello, en sesión del 5 de marzo de 1926 y con la asistencia de catorce
diputados, fue retirado tal proyecto y las comisiones de Gobernación y Puntos
Constitucionales presentaron otro proyecto que se ajustara “más con las facultades del
artículo 130, de señalar un límite a los ministros”15.
Según este segundo proyecto, para limitar el número de ministros de culto que
podrían ejercer en los Municipios michoacanos, el Estado se dividiría en cinco categorías
(Art. 1°). En la primera categoría, sólo “diez ministros de un culto” ejercerían en el
Municipio de Morelia; en la segunda, Pátzcuaro, Uruapan, Tacámbaro, Puruándiro, Zamora
y Jiquilpan, solamente podrían contar con la ayuda espiritual de “cuatro ministros de un
culto” para cada uno de estos Municipios. En la tercera categoría, “tres ministros de un
culto” ejercerían para cada uno de los Municipios de Zinapécuaro, Hidalgo, Tlalpujahua,
Huetamo, Ario de Rosales, Apatzingán, Cotija y Sahuayo; en la cuarta categoría, “dos
ministros de un culto” practicarían su ministerio en cada uno de los Municipios de
Indaparapeo, Maravatío, Tanhuato, Tingüindín, Zitácuaro, La Huacana, Coalcomán,
194
Mª Teresa Vizcaíno López
Aguililla, Villa Victoria, Aquila, Ixtlán, Los Reyes, Purépero, Tangancícuaro, La Piedad,
Penjamillo, Guarachita y Arteaga. Finalmente, en la quinta categoría se encontraban los
restantes Municipios de la entidad federativa, “en cada uno de los cuales solamente un
ministro de un culto” podría ejercer (Art. 2°). Los ministros para poder ejercer su culto en
alguna demarcación municipal tendrían que dar aviso, “dentro del término de doce días
contados desde la fecha de la publicación de esta Ley”, al presidente municipal, “quien
podrá admitirlos dentro de la limitación que señala esta Ley y dará aviso al Ejecutivo del
Estado”, además de aparecer inscritos en el libro de registro correspondiente (arts. 3º-4º).
De lo contrario, habría sanciones para los ministros “hasta por un año de prisión” y para la
autoridad municipal que registrara “un número mayor del señalado por la Ley, con igual
pena, multa hasta de cien pesos y pérdida de su empleo con inhabilitación hasta por cinco
años para el desempeño de cualquier cargo o empleo público” (art. 4º)16.
El Congreso Local trabajó contra reloj para elaborar la ley encomendada por el
Ejecutivo Federal. El tiempo para elaborar la ley en cuestión se agotaba, lo que preocupaba
al diputado Medina, ya que el plazo del período extraordinario de sesiones estaba próximo
a fenecer, y teniendo en cuenta que “esta Ley es una de las que deben publicarse en este
término, ruega a la Asamblea, considere este asunto de urgente resolución, y dispensados
así mismo los trámites, se ponga a discusión desde luego”, cuestión que ocurrió; por ello, se
discutió el proyecto de ley en lo general y se aprobó “por mayoría de nueve votos
nominales afirmativos, contra tres de la negativa de los CC. Carrillo Arriaga, Cervantes y
Montaño; los CC. Cortés López y Zepeda, votaron en blanco”. Enseguida inició la
discusión en lo particular del articulado17.
195
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
la ley fue publicada de 18 de marzo de 1926 bajo el rubro “Decreto Número 62” en el
Periódico Oficial del Gobierno Constitucional del Estado Libre y Soberano de Michoacán
de Ocampo20.
2.2. El papel del Ejecutivo Local y de las autoridades municipales en la aplicación del
Decreto Número 62
En la aplicación del decreto en comento, jugarían un papel fundamental las
autoridades municipales; por ello, resultaba medular que los presidentes municipales
conocieran la norma. Según la circular núm. 16, del 15 de marzo de 1926, girada por el
Oficial Mayor encargado del Despacho, se remitieron ejemplares del Decreto núm. 62 a los
presidentes municipales del Estado de Michoacán, ya que el gobernador había dispuesto se
les recomendara “de manera muy especial el exacto cumplimiento y la fiel observancia de
esta ley, con objeto de evitar las responsabilidades que pudieran resultarle(s) por su
tolerancia o lenidad, responsabilidades que el mismo Ejecutivo exigirá en el caso de que los
mandatos de la Ley no fueren legalmente obedecidos”21.
tres de la afirmativa de los CC. Medina y Moreno, quedando en consecuencia aceptado el plazo de treinta días
propuesto por el C. Bejarano”. Ibíd., pp. 13-14 y “Acta número 7. XL Legislatura Constitucional. Período
extraordinario de sesiones. Sesión del día 5 de marzo de 1926. Presidencia del ciudadano Guzmán”. Periódico
Oficial del Gobierno Constitucional del Estado Libre y Soberano de Michoacán de Ocampo. Morelia, 28 de
mayo de 1926, t. XLVI, núm. 71, pp. 2 y 4.
Ibíd., p. 4.
18
Cfr. “Acta número 8. XL Legislatura Constitucional. Período extraordinario de sesiones. Sesión del día 5
19
de marzo de 1926. Presidencia del ciudadano Miguel Guzmán”. Ibíd., pp. 4-5.
20
“Decreto local número 62”, Periódico Oficial del Gobierno Constitucional del Estado Libre y Soberano de
Michoacán de Ocampo. Morelia, 18 de marzo de 1926, t. XLVI, núm. 52, pp. 1-2. También en: Recopilación
de Leyes, Decretos, Reglamentos y Circulares que se han extendido en el Estado de Michoacán.
Continuación de la Iniciada por Don Amador Coromina, op. cit., nota 9, pp. 406-408; además en: Acervo
Histórico de la Casa de la Cultura Jurídica “Felipe Tena Ramírez”-Morelia, Michoacán (AHCCJ-Morelia).
Fondo: Michoacán, Sección: Juzgado Primero. Serie: Amparo. Año: 1926. Caja núm. 4, exps. 87, 88, 89, 90,
92, 93 y 101.
21
“Circular número 16, remitiendo la Ley número 62”. En: AGHPEM. Fondo: Secretaría de Gobierno.
Sección: Gobernación. Serie: Asuntos religiosos. Caja núm. 2, exp. 36. Ley núm. 62. Limita la cantidad de
ministros de cultos religiosos en el Estado: problemas en varios municipios por esa disposición. Morelia,
Michoacán, de marzo a junio de 1926, f. 2.
196
Mª Teresa Vizcaíno López
Cfr. “Oficios girados por presidentes municipales al Oficial Mayor encargado del Despacho”. Ibíd., fs. 3-
22
Presbíteros Rafael Hurtado y Fidel Vázquez” y “Oficio girado por el Presidente Municipal de Ziracuaretiro al
Oficial Mayor encargado del Despacho”. Ibíd., fs. 23-25 y 41.
26
Cfr. “Telegrama, del 14 de abril de 1926, girado por Manuel Sánchez al Gobernador” y “Oficio, del 16 de
abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho, contestando al Presidente Municipal de
Tacámbaro”. Ibíd., fs. 104 y 77.
Cfr. “Telegrama, del 15 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Tacámbaro al Oficial
27
encargado del Despacho”, “Telegrama, del 8 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de
Tuxpan”, “Oficio, del 9 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Ecuandureo”, “Telegrama, del
13 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Tacámbaro al Oficial Mayor encargado del
Despacho” y “Telegrama, del 3 de mayo de 1926, girado por el Presidente Municipal de Zamora al Oficial
Mayor encargado del Despacho”. Ibíd., fs. 115, 121, 129, 102 y 218.
197
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
30
Cfr. “Oficio, del 24 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Zamora al Oficial Mayor
encargado del Despacho”. Ibíd., f. 204.
Cfr. “Oficios, del 2 y 19 de abril de 1926, girados por el Presidente Municipal de Contepec”. Ibíd., fs. 127
31
y 138.
32
Cfr. “Oficio, del 8 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente
Municipal de Puruándiro”, “Telegrama, del 8 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del
Despacho al Presidente Municipal de Arteaga”, “Oficio, del 9 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor
encargado del Despacho al Presidente Municipal de Tuxpan”, “Oficio, del 13 de abril de 1926, girado por el
Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente Municipal de Cuitzeo”, “Oficio girado por el Oficial
Mayor encargado del Despacho al Presidente Municipal de Tuxpan”, “Oficio, del 13 de abril de 1926, girado
por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente Municipal de Ecuandureo” y “Telegrama, del 14
de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente Municipal de
Tacámbaro”. Ibíd., fs. 116, 114, 118, 80, 122, 130 y 105.
33
“Telegrama, del 14 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente
Municipal de Tacámbaro”. Ibíd., f. 103.
34
“Oficio, del 20 de marzo de 1926, girado por el Presidente Municipal de Zamora al Oficial Mayor
encargado del Despacho”. Ibíd., f. 106.
35
“Oficio, del 24 de marzo de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente
Municipal de Zamora”. Ibíd., f. 107.
36
“Oficio, del 13 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente
Municipal de Contepec”. Ibíd., f. 128.
198
Mª Teresa Vizcaíno López
“Oficio, del 28 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente
37
199
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
Desde ese momento, el criterio gubernamental fue “que en el territorio del Municipio
no podrán ejercer su ministerio más ministros de los autorizados por Ley 62, los que
deberán identificarse con la tarjeta expedida por la Secretaría de Gobierno”47.
2.3. La postura del Poder Judicial de Michoacán en la ejecución del Decreto Número
62
El Poder Judicial del Estado de Michoacán llegó a colaborar con la autoridad
administrativa en la ejecución de las medidas anticlericales; no obstante, por las fuentes
consultadas hasta la fecha, también hubo casos en los que la autoridad jurisdiccional no
apoyaba estas medidas. Así, existen informes de Rómulo Guerrero, agente del Ministerio
Público, de que el Juez de Primera Instancia en Zitácuaro estaba obstruyendo la práctica de
44
Cfr. “Oficio, del 6 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Chucándiro al Oficial Mayor
encargado del Despacho”. Ibíd., f. 215.
Cfr. “Oficio, del 18 de mayo de 1926, girado por el Presidente Municipal de Ecuandureo al Secretario
45
200
Mª Teresa Vizcaíno López
actuaciones48, por lo que el Ejecutivo local realizó “gestiones necesarias ante el Supremo
Tribunal”49. Pese a estas actitudes de desacato en las que incurrieron algunos jueces, el
presidente del Supremo Tribunal de Justicia informó a la XLI Legislatura, lo siguiente50:
Al Poder Judicial, en nuestro régimen republicano, le corresponde la facultad de aplicar las
leyes que, en el ejercicio de su soberanía, el pueblo michoacano ha dictado como normas de
convivencia social. En el desempeño de tan alta misión, el Tribunal de Justicia del Estado ha
observado una conducta por completo apegada a la ley, coadyuvando también, dentro de la
órbita de su acción, a las nobles tareas que realizan los Poderes Ejecutivo y Legislativo en bien
del pueblo de esta Entidad…
48
Cfr. “Telegrama, del 29 de abril de 1926, girado por el agente del Ministerio Público Rómulo Guerrero al
Secretario General de Gobierno”. Ibíd., f. 212.
49
Cfr. “Telegrama, del 30 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al agente del
Ministerio Público Rómulo Guerrero”. Ibíd., f. 213.
“Informe que rindió el ciudadano Presidente del Supremo Tribunal de Justicia del Estado, correspondiente
50
al periodo del 16 de septiembre de 1926 al 15 del mismo mes de 1927”. En: ACEM. Legislatura XLI del
Congreso Constitucional del Estado de Michoacán de Ocampo 1926-1928, Varios. Caja núm. 1, expediente
10, f. 1.
201
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
Arquidiócesis de Michoacán. Morelia, Núm. 4, 1926, p. 99. Cit. por: Boyer, Christopher R., op. cit., nota 3,
p. 213.
Por ejemplo, el 19 de abril, Ignacio Sánchez Á. y J. T. Abarca, sacerdotes “designados debidamente por el
52
Ilmo. Sr. Obispo de Zamora para ejercer en esta Parroquia nuestro Ministerio”, solicitaron la inscripción en el
registro de Penjamillo,” Cfr. “Oficio, del 3 de mayo de 1926, girado por el Presidente Municipal de
Penjamillo al Secretario General de Gobierno”. En: AGHPEM. Fondo: Secretaría de Gobierno. Sección:
Gobernación. Serie: Asuntos religiosos. Caja núm. 2, exp. 36. Ley núm. 62. Limita la cantidad de ministros de
cultos religiosos en el Estado: problemas en varios municipios por esa disposición. Morelia, Michoacán, de
marzo a junio de 1926, f. 289.
En este sentido, el 21 de abril de 1926, los católicos que habitaban en la ciudad de Zamora colocaron en los
53
frentes de sus casas un letrero con el siguiente mensaje: “Pedimos respetuosamente al Gobierno del Estado no
se disminuya insuficiente número de sacerdotes que teníamos.- Por tanto esperamos esa Representación
Popular acceda a respetuosa petición”. A pesar de esa petición popular, a finales de ese mismo mes y año, los
presbíteros Manuel Fulcheri, Manuel Sandoval, Nicolás Gómez y Benjamín Serafín, dejaron de ejercer su
ministerio en Zamora. Cfr. “Oficio, del 26 de abril de 1926, girado por el Secretario de la Diputación
Permanente al Gobernador, transcribiendo telegrama enviado por vecinos de Zamora” y “Oficio, del 28 de
abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente Municipal de Zamora”.
Ibíd., fs. 249 y 205.
Cfr. “Oficio, del 13 de abril de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente
54
Municipal de Zináparo” y “Telegrama girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho al Presidente del
Gremio de Fruteros de Sahuayo”. Ibíd., fs. 124 y 285.
Cfr. “Telegrama, del 23 de marzo de 1926, girado por el Oficial Mayor encargado del Despacho”. Ibíd., f.
55
131.
202
Mª Teresa Vizcaíno López
56
Cfr. “Oficio, del 26 de abril de 1926, girado por el Secretario de la Diputación Permanente al Gobernador,
transcribiendo telegrama enviado por el Presidente Municipal de Yurécuaro”. Ibíd., f. 245.
57
Cfr. “Oficio, del 24 de abril de 1926, girado por el Secretario de la Diputación Permanente al Gobernador,
transcribiendo telegrama enviado por el Presidente Municipal de Santa Clara”. Ibíd., f. 242.
Cfr. “Telegrama, del 22 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Indaparapeo”. Ibíd., f. 125.
58
Cfr. “Diligencias del agente del Ministerio Público”. En: AHCCJ-Morelia. Fondo: Michoacán. Sección:
59
Juzgado Primero. Serie: Penal. Año: 1926. Legajo núm. 3, exp. 46. Instruida en contra de los responsables de
dos manifestaciones mudas, llevadas a cabo por los católicos de Puruándiro, fs. 5-11.
60
Cfr. “Telegrama, del 28 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Jacona al Gobernador”. En:
AGHPEM. Fondo: Secretaría de Gobierno. Sección: Gobernación. Serie: Asuntos religiosos. Caja núm. 2,
exp. 36. Ley núm. 62. Limita la cantidad de ministros de cultos religiosos en el Estado: problemas en varios
municipios por esa disposición. Morelia, Michoacán, de marzo a junio de 1926, f. 144.
61
Cfr. “Telegrama, del 28 de abril de 1926, girado por el Presidente Municipal de Coalcomán al
Gobernador”. Ibíd., f. 239.
Debido a la magnitud de los sucesos ocurridos la tarde del 27 de abril de 1926, el presidente municipal
62
interino remitió informe al Oficial Mayor encargado del Despacho. Cfr. “Telegrama, del 28 de abril de 1926,
girado por Alberto Aceves al Gobernador o al Secretario” e “Informe, del 29 de abril de 1926, rendido por el
Presidente Municipal Interino de Zitácuaro al Oficial Mayor encargado del Despacho”. Ibíd., fs. 174-179 y
311-312.
203
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
aprecia que los católicos michoacanos estaban comprometidos con las acciones de
organizaciones católicas como la LNDLR; por ello, se avisaría del boicot económico y se
difundiría el “Programa a que se sujetarán todos los católicos, desde el día 31 de julio de
este año, hasta que sean derogadas las leyes opresoras de la libertad de conciencia y de la
iglesia católica”63.
En este ambiente de tensión, donde se presentaban aparentemente hechos aislados,
finalmente la mecha de la rebelión cristera se encendió en Ciudad Hidalgo; en este lugar,
con motivo de la aplicación por parte de las autoridades municipales de las leyes
restrictivas, se formó un sindicato católico que lanzó bonos, con objeto de reunir algún
dinero para "comprar elementos para defenderse". A fines del año de 1926, Isidro Martínez,
Tranquilino Correa y otros vecinos se armaron y se fueron a los cerros cercanos, donde se
les unieron más tarde los rebeldes de Villa Olguín, al mando del jefe Manuel Chaparro.
Sostuvieron algunos combates con las fuerzas federales, pero ante la superioridad de éstas,
los cristeros optaron siempre por retirarse, a pesar de lo cual el pabilo quedó encendido y se
mantuvo así hasta que posteriormente fueron absorbidos por fuerzas de mayor
significación. Este grupo recibió elementos de los miembros del Sindicato Católico de
Ciudad Hidalgo y de la LNDLR, por medio del jefe Jesús Camacho Mercado. Para el año
de 1927, los cristeros se pusieron en contacto con otras fuerzas cercanas, uniéndose a jefes
más importantes para realizar la campaña de este lugar. No hay duda, que Michoacán se
convirtió en una de las zonas más importantes y mejor organizadas del territorio nacional
en el momento álgido de la Guerra Cristera, habiendo participado los más importantes y
connotados jefes cristeros: primero, el general Luis Navarro Origel; después, el general
Jesús Degollado y Guízar, y por último, el general Enrique Gorostieta64.
Conclusiones no conclusivas
En: AHCCJ-Morelia. Fondo: Michoacán. Sección: Juzgado Primero. Serie: Penal. Año: 1926. Legajo núm.
63
4, exp. 90. Instruida, por el delito de ataques a la paz pública, en contra de los que resulten responsables;
también: exp. 102/926. Instruida, por el delito de ataques a la paz pública, en contra de: Guerrero, Salvador y
Mares, Jesús, f. s/n.
Cfr. Olivera Sedano, Alicia, op. cit., nota 8, pp. 166-167.
64
204
Mª Teresa Vizcaíno López
Para concluir resumiré algunas ideas a las que me he referido con antelación y
apuntaré algunas hipótesis para futuros trabajos:
1° El enfrentamiento Estado-Iglesia, pospuesto desde la Reforma, llevó a una de las
rebeliones más controvertidas de la historia de México: el conflicto religioso denominado
“Guerra Cristera”, caracterizado por el modelo anticlerical asumido por el Gobierno
Federal y “sus aliados”, que refrendaba la postura liberal del movimiento revolucionario
consagrado en la Constitución de Querétaro, y por una cada vez mayor influencia socio-
política de la Iglesia católica en la formación y en la movilización de diversos grupos de
presión.
2° Desde 1914, los gobiernos revolucionarios formularon medidas restrictivas al clero
y a la Iglesia católica en diversas entidades federativas; en el Estado de Michoacán, el
detonante del movimiento religioso fue la limitación que realizaron las autoridades, del
número de ministros de culto que podrían ejercer sus tareas espirituales en Michoacán,
publicada en el Decreto Número 62, el 18 de marzo de 1926, en el Periódico Oficial del
Estado.
3° En Michoacán, el movimiento social religioso se intentó, en un primer momento, a
través de “medios pacíficos”, ejerciendo los ciudadanos sus derechos de petición,
manifestación y acción ante las autoridades competentes, que posteriormente derivarían en
protestas públicas, críticas al sistema político e impresión de propaganda sediciosa.
4° Los expedientes judiciales sobre delitos federales y sobre recursos de amparo han
sido una fuente, en mi opinión, poco utilizada al examinar el conflicto político-religioso en
Michoacán y sugeriría su abordaje, pues si se tiene en cuenta que es competencia federal
desde la rebelión hasta el robo de esculturas religiosas, así como el amparo y la protección
de los derechos fundamentales, se comprenderá el amplio campo de investigación que estos
expedientes pueden llegar a abrir. Considero que los expedientes judiciales tienen una
indudable ventaja informativa, ya que mientras los partes e informaciones tanto
gubernamentales como cristeras tienden a desvirtuar los hechos en alguna forma, los
expedientes buscan esclarecer los acontecimientos dentro de una investigación promovida
ante el Juez de Distrito, con el objetivo deslindar responsabilidades; en el caso de
205
Un Caso en la Historia del Derecho Eclesiástico Mexicano: El Factor Social Religioso en Michoacán durante 1926
Michoacán, también son de utilidad para contrastar las fuentes localizadas en otros acervos
históricos. Por último, quisiera llamar la atención sobre un aspecto interesante. Diversos
expedientes judiciales contienen documentos (manifiestos, propaganda religiosa en forma
de volantes, cartas, periódicos, etcétera) que, en muchos casos, puede que sean los únicos
ejemplares que se conserven en la actualidad.
5° Los planteamientos jurídicos y los criterios recogidos en los diversos expedientes
que fueron de la competencia del Décimo Primer Circuito del Poder Judicial de la
Federación durante 1926, constituyen herramientas indispensables para identificar el
trasfondo de las acciones políticas instrumentadas con el propósito de conciliar las
relaciones entre las autoridades gubernamentales y eclesiásticas.
206
Reflexiones en Torno al Estudio de la
Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Resumen: Advertencia Preliminar; I. Introducción; II. Texto y contexto; III. Los Documentos
Constitucionales; IV. La Influencia Internacional; V. Visión de Conjunto; VI. Punto de Inicio; VII.
Conclusiones; Bibliografía y fuentes.
ADVERTENCIA PRELIMINAR
Licenciado en Derecho por la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo y egresado de la Maestría
en Derecho Constitucional de la Universidad Latina de América. Profesor de Derecho Constitucional en la
Licenciatura en Derecho en la Universidad Latina de América y Vicerrector Académico en la misma
universidad.
El presente trabajo no pretende ser una guía metodológica para el estudio de la historia del
derecho constitucional mexicano, cuestión que es por demás compleja y que excede en
mucho las pretensiones de estas modestas reflexiones que no persiguen sino sólo el llamar
la atención sobre algunos de los problemas que frecuentemente se presentan al emprender
dicho estudio, y proponer también algunas posibles soluciones que coadyuven a la mejor
comprensión de nuestra historia constitucional.
I. INTRODUCCIÓN
La historia del derecho constitucional mexicano es para los estudiosos de la historia del
derecho y de la historia de México en general, un aspecto sumamente interesante, puesto
que refleja la evolución de México con todos sus vaivenes, sobresaltos, encuentros y
desencuentros en la búsqueda de un modelo propio de país y también de una identidad
nacional.
En un período de un poco más de cien años (1810-1917) podemos percatarnos que nuestro
país pasó por múltiples formas de gobierno creando documentos constitucionales diversos
que darían sustento a dicha organización.
Del modelo monárquico altamente centralizado que vivió la Nueva España y del
embrionario modelo de organización política de república central de la Constitución de
Apatzingán (1814), pasaríamos a ser al momento de nuestro surgimiento como país
independiente, una monarquía con el Imperio de Agustín de Iturbide (1822) y de ahí a ser
una República Federal según lo dispuesto por la Constitución de 1824.
208
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Como podemos apreciar la vida constitucional mexicana ha sido sumamente intensa y llena
de cambios, lo cual ha implicado una agitada historia patria, llena de revoluciones, golpes
de estado, guerras, traiciones y una gran cantidad de pronunciamientos, planes, pactos y por
supuesto también la existencia de múltiples documentos constitucionales que han surgido
tratando de dar respuesta a los problemas existentes de cada época y que han buscado
establecer un orden que responda a las necesidades del momento.
Por esta razón es que debe ponerse el mayor cuidado al momento de estudiar la historia del
derecho constitucional mexicano y deben tomarse en cuenta varias cuestiones que resultan
ser indispensables para su adecuada comprensión, y que aunque quizás obvias para algunos,
resulta que frecuentemente no son atendidas debidamente, generándose una incomprensión
de los temas o interpretaciones alejadas de la realidad y que no corresponden con lo que ha
sido efectivamente la vida constitucional nacional.
209
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
Cabe mencionar que incluso ya desde 1932 buena parte de esta problemática había sido
descrita por Don Manuel Herrera y Lasso en su obra “Estudios políticos y
constitucionales”, al señalar que: “…durante mucho tiempo la enseñanza del Derecho
constitucional se impartió en México, con fórmulas generales y palabras sonoras…Bien
poco se hablaba de las Constituciones inglesa y norteamericana…; no se estudiaban los
antecedentes netamente nacionales de nuestra organización política…; no se volvían los
ojos a la tradición colonial –el mundo comenzaba para nosotros, cuando muy pronto, en
1814, con el “Decreto Constitucional para la Libertad de la América Mexicana”- ni se
tomaba en cuenta la Constitución de Cádiz… En suma: fórmulas doctrinarias,
declamaciones vacías y cuando mucho, interpretación gramatical de los textos. Y todo ello,
dentro de la actitud menos científica posible: la de una ciega admiración y un religioso
respeto por la ley fundamental, como si los congresos constituyentes legislaran desde el
Sinaí y su obra fuese algo divino e intangible”1.
Así pues, podemos darnos cuenta que el problema no es para nada nuevo, sino que viene ya
de larga data y no obstante ello, tristemente continúa subsistiendo; razón por la cual vale la
pena reflexionar al respecto y buscar aportar algunas propuestas para solucionarlo.
Una constante en los países iberoamericanos ha sido la inestabilidad de sus gobiernos desde
los comienzos mismos del constitucionalismo, dándose una gran cantidad de cambios de
gobierno, derribándose unos a otros y surgiendo nuevos a través de guerras civiles,
revueltas, revoluciones, pronunciamientos militares y golpes de estado.
1
FERRER Muñoz, Manuel, “Panorámica de los Estudios sobre Derecho Constitucional en México durante
el siglo XX”, en CARBONELL, Miguel, CRUZ Barney, Óscar y PÉREZ Portilla, Karla (comps.),
“Constituciones Históricas de México”, Ed. Porrúa/UNAM, México, 2002, pp. 128 y 129.
210
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
De esta manera muchos de los países de América Latina incluido México, a pesar de que
desde hace ya mucho tiempo, desde sus orígenes como estados independientes han tenido
constituciones, la realidad es que muy pocos de sus gobiernos han sido constitucionales2.
Las constituciones no han sido cumplidas cabalmente, no han sido respetadas y no han
perdurado en el tiempo. Han sido inventadas y reinventadas una y otra vez al por mayor
con un carácter programático solamente, sin llegar a establecerse como auténticas normas
jurídicas vigentes y positivas (constitución normativa).
El saldo de esto es por supuesto negativo, ya que ello ha originado que se presenten dos
situaciones distintas entre sí: una la planteada por el texto constitucional y otra la que se
vive realmente en la sociedad, generándose así de esta manera en nuestro país una brecha, y
a veces un profundo abismo, entre lo que ha sido por una parte la constitución real y por la
otra la constitución escrita.
Es por ello que para entender la historia constitucional de un pueblo como el mexicano, no
sólo debemos conocer sus textos constitucionales sino saber cómo se aplicaron y cuál fue la
realidad histórica que se vivió en esa época y en esa sociedad.
BRAVO Lira, Bernardino, “El Estado Constitucional en Hispanoamérica 1811-1991”, Escuela Libre de
2
211
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
que no nos permitirían una cabal comprensión de lo que ha sido la evolución y desarrollo
del derecho constitucional en nuestro país4.
Con esto no quiero decir que no importe el contenido textual de dichos documentos, sino
que el mismo no puede ser comprendido cabalmente si no es abordado, conocido y
analizado el contexto dentro del cual surgieron.
No cabe duda que los textos constitucionales han tenido por sí mismos una influencia
determinante en el mayor o menor éxito de nuestras instituciones pero no se pueden
explicar por sí mismos abstrayendo la circunstancia histórica que permitió su creación y su
posterior aplicación o desaplicación.5
De la Hidalga, Luis, “Historia del Derecho Constitucional Mexicano”, Ed. Porrúa, México, 2002, pp. XIII
4
y 666.
CARBONELL, Miguel, CRUZ Barney, Óscar y PÉREZ Portilla, Karla (comps.), “Constituciones
5
212
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Por esta razón al referirse a los textos normativos, atinadamente señala el jurista italiano
Paolo Grossi, que no debemos olvidar el hecho de que: “el texto mismo siempre es
representación de una realidad de fondo, una representación parcial y artificiosa por
añadidura; el texto es como la cumbre emergente de un continente sumergido, resultando
engañosa la observación de la parte visible y precisándose en cambio la zambullida para
apreciar la sustancia efectiva del fenómeno”6.
Incluso ya desde principios del siglo XX el jurista mexicano Rodolfo Reyes señalaba la
necesidad de superar el estudio exclusivo del texto legal fundamental, pues consideraba que
“el derecho constitucional encierra mucho más que el estudio de esas leyes (…) sus
horizontes son amplios y no llena su misión el constitucionalista que no percibe que la vida
social en sus actividades políticas constituye el principal objetivo de su estudio, sobre todo
cuando es evidente que sólo por excepción esa vida coincide con la ley escrita y más aún en
países como el nuestro en el que la diferencia alcanza a veces los límites de la contradicción
más absoluta”7.
La idea es, como dice Zagrebelsky, entender a la constitución como un nexo entre pasado y
futuro; es decir como un efecto de ciertas causas y a la vez como una causa productora de
GROSSI, Paolo, “Derecho, Sociedad, Estado (una recuperación para el derecho)”, Escuela Libre de
6
Poder Judicial de la Federación y Suprema Corte de Justicia de la Nación; “La Constitución Mexicana y sus
Alegorías”, México, 2006, p. 14.
213
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
ciertos efectos y por ello para ser comprendida debe ser interpretada como un acto que
relaciona un pasado constitucional asumido como valor y un futuro que se nos ofrece como
problema para resolver en la continuidad. De esta manera el pasado y el futuro se ligan en
una única línea y, al igual que los valores del pasado orientan la búsqueda del futuro, así
también las exigencias del futuro obligan a una continua puntualización del patrimonio
constitucional que viene del pasado y por tanto a una incesante redefinición de los
principios de la convivencia constitucional, situación que hace que la dimensión histórica
del derecho constitucional no sea un mero accidente anecdótico sino un verdadero
elemento constitutivo del derecho constitucional actual8.
Se trata pues no sólo de estudiar los documentos sino la realidad constitucional, dentro de la
cual estos surgieron y dentro de la cual rigieron.
En suma el texto sin el contexto pierde sentido y no puede ser analizado, valorado e
interpretado adecuadamente, pues como dice Konrad Hesse, “la constitución de una
concreta comunidad política, su contenido, la singularidad de sus normas y sus problemas
han de ser comprendidos desde una perspectiva histórica. Sólo la conciencia de esta
historicidad permite la comprensión total y el enjuiciamiento acertado de las cuestiones
jurídico y político-constitucionales. Esto es algo que no puede ofrecer una teoría general y
abstracta, insensible, que no enmarque la constitución en la realidad político-social y sus
peculiaridades históricas9.
Por último, vale la pena resaltar que entre texto y contexto se va a generar una relación
circular y de dependencia mutua, ya que para conocer las constituciones es indispensable
estudiar nuestra historia, a la vez que para conocer la historia que nos distingue como
nación, es indispensable también estudiar las diversas constituciones que hemos tenido.
ZAGREBELSKY, Gustavo, “Historia y Constitución”, Ed. Trotta, Madrid, 1996, pp. 90 y 91.
8
Citado por CARBONELL, Miguel, CRUZ Barney, Óscar y PÉREZ Portilla, Karla (comps.), en
9
214
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Otra cuestión importante a tomar en cuenta es la relativa a que documentos estudiar dentro
de la historia del derecho constitucional. A este respecto considero que resulta necesario
trascender el concepto formalista y “legalista” de constitución que considera como tal sólo
a unos cuantos documentos que llenan determinadas características y por el contrario, es
imprescindible incluir el estudio de otros documentos, instituciones y prácticas, que tienen
que ver con la conformación, organización y funcionamiento del Estado, es decir con la
constitución en sentido material.
A este respecto es preciso señalar que en nuestro país usualmente se ha brindado especial
atención al estudio de sólo ciertos documentos como son10:
Y por lo general se han dejado de lado el estudio de otros importantes documentos como
son por ejemplo:
10
Por ejemplo en el libro de Emilio O. Rabasa “Historia de las Constituciones” se realiza una clasificación de
las que pueden ser consideradas como “constituciones mexicanas” mismas que se analizan en dicho texto y
que coinciden con los arriba mencionadas, dejando fuera de estudio a otros documentos constitucionales.
215
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
Todos estos documentos encierran una gran riqueza en sus disposiciones y nos ayudan a
tener una visión más amplia y más completa de nuestra historia patria. Cabe mencionar que
la exclusión del estudio de tales documentos ha obedecido más a razones ideológicas y
políticas que a cuestiones jurídicas o históricas que realmente justifiquen tal situación11.
Todos estos documentos pueden consultarse en las obras: CARBONELL, Miguel, CRUZ Barney, Óscar y
11
PÉREZ Portilla, Karla (comps.), “Constituciones Históricas de México”, Ed. Porrúa/UNAM, México, 2002,
y en TENA Ramírez, Felipe, “Leyes Fundamentales de México 1808-1994”, Decimoctava edición, Ed.
Porrúa, México, 1994 en donde se reproduce su texto completo.
216
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Hoy más que nunca en pleno siglo XXI es necesario ir más allá de la versión maniquea de
la historia en donde unos son buenos y otros son malos. Cierto es que se ha dicho que la
historia la escriben los vencedores, pero hoy por hoy es imprescindible, no conformarse
con la “historia oficial” que se nos ha impuesto, pues afortunadamente existen múltiples
elementos y fuentes de información que pueden ayudarnos a tener la “otra versión” de la
historia. Es preciso hacer notar que en ocasiones las versiones de la historia pueden ser no
sólo distintas sino incluso hasta contradictorias y que no sólo habrá dos versiones sino
incluso tres o muchas más, y no por ello habrá que tomar solamente una de ellas como la
buena y verdadera y descartar a las demás por falsas. Es preciso conocerlas todas o las más
posibles tratando de recurrir en lo posible, a las fuentes más directas para así poder obtener
una visión más amplia y normar nuestro criterio. Recordemos que a los ojos del espectador
las cosas ocurren de diversa forma dependiendo del lugar en donde éste se encuentra
situado y de la perspectiva del fenómeno que tiene ante su vista.
En este punto quiero recalcar que resulta sumamente importante revalorizar la importancia
de la historia en el campo jurídico e impulsar y motivar a la investigación en la materia a
fin de que podamos recobrar poco a poco aquellas piezas perdidas que aún nos faltan para
completar de dibujar de manera más completa e integral la historia constitucional de
nuestro país.
V. LA INFLUENCIA INTERNACIONAL
Otro aspecto relevante en relación con la historia del derecho constitucional mexicano es el
relativo a la influencia y trascendencia que ha tenido el ámbito internacional, tanto en su
surgimiento como en su desarrollo posterior hasta nuestros días.
La historia del Estado Constitucional Moderno es relativamente reciente, pues tiene escasos
dos siglos de antigüedad y se trata de una historia sumamente accidentada caracterizada por
217
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
La consolidación del Estado Constitucional ha sido distinta en las diversas partes del
mundo, pues no obstante que en la Europa Central y Occidental se unificó bajo ciertos
principios y de manera más o menos uniforme y siguiendo un cierto proceso; en la Europa
Oriental, en América Latina, en Asia y en África el proceso ha sido distinto y con marcadas
diferencias con avances y retrocesos y caracterizándose por un alto grado de incertidumbre
e inestabilidad.
218
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Las tensiones entre Carlos IV y su hijo Fernando VII y su lucha por el poder
español, así como la pugna entre Francia e Inglaterra que originaría la
invasión napoleónica a España, la Constitución de Bayona y la entronización
de José Bonaparte en España y la creación de la Constitución Política de la
Monarquía Española promulgada en Cádiz en 1812, todos ellos hechos
relevantes que a la postre determinarían el movimiento “independentista” en
México13 y en el resto de la América Española.
En relación a la influencia recíproca entre los acontecimientos ocurridos en España y la Nueva España con
13
motivo de la Constitución de Cádiz, véase la obra: ESTRADA Michel, Rafael, “Monarquía y Nación entre
Cádiz y Nueva España”, Ed. Porrúa, México, 2006.
219
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
ZAVALA, Silvio, “Apuntes de historia nacional 1808-1974”, Quinta edición, tercera reimpresión, Fondo
14
a los países latinoamericanos recién liberados fueron totalmente prácticas y efectivas, mientras que las
adoptadas por los Estados Unidos fueron de naturaleza doctrinaria y propagandística. Para mayor detalle ver
la obra de BOERSNER, Demetrio, “Relaciones Internacionales de América Latina”, Ed. Nueva Sociedad,
Reimpresión 2004 de la Quinta edición, Venezuela, 2004 pp. 67-86.
220
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Con relación a la Doctrina Monroe vale la pena consultar el interesante artículo de “C” (Archival C.
16
Coolidge,) denominado “El Futuro de la Doctrina Monroe” publicado originalmente en 1924 y que se
encuentra contenido en la revista Foreign Affairs en español, volumen 5, número 1, correspondiente a Enero-
Marzo de 2005, editada por el ITAM, pp. 191-205.
KRAUZE, Enrique, “Siglo de Caudillos”, Ed. TusQuets, México, 1994, p.123.
17
221
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
Para mayor información sobre la influencia masónica en los movimientos independentistas americanos
18
consultar la obra: MARTÍN-ALBO, Miguel, “La Masonería. Una hermandad de carácter secreto”, Ed.
Libsa, Madrid, 2007.
222
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
El triunfo del Ejército de la Unión sobre los Confederados del Sur que daría
fin a la Guerra Civil norteamericana (1865), y que originaría que los Estados
Unidos protestaran la invasión en México y que presionaran a Napoleón III
para que retirara sus tropas del país.
El apoyo de los Estados Unidos a Benito Juárez para ganar en su lucha contra
los conservadores durante la Guerra de Reforma, y posteriormente también
para recuperar el país y restablecer la república ante la invasión francesa y el
Imperio de Maximiliano.
La presión que los Estados Unidos ejercieron para obligar a Porfirio Díaz a
dejar el gobierno y abandonar el país.
223
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
Como se puede apreciar, la influencia del exterior ha sido intensa y determinante en nuestra
historia nacional, razón por la cual es indispensable tomarla en cuenta necesariamente al
emprender el estudio de la historia del derecho constitucional.
Por ello, finalmente, en este aspecto, resultan no solamente oportunas sino también
precisas, de nueva cuenta las palabras del profesor Paolo Grossi, quien señala que al
historiador del derecho le serán siempre repugnantes los aislamientos y las
compartimentaciones, porque la vida misma así como la vida jurídica de un momento
Algunos autores incluso atribuyen la actitud beligerante de Francisco Villa hacia los Estados Unidos a
20
cierta influencia y maquinaciones por parte de Alemania y que buscaban enfrentar a México con los Estados
Unidos.
224
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
histórico determinado, se le revela ante todo como coralidad, como una maraña intrincada
de relaciones y correlaciones21.
Otra cuestión importante a tomar en cuenta es la llamada visión de conjunto que implica
visualizar la historia constitucional como un todo, o sea considerar la historia del derecho
constitucional a nivel mundial y también a nivel regional y no solamente considerar a los
países en su individualidad.
Para lograr lo anterior resulta por tanto imprescindible, apoyarse en la historia mundial y
sobretodo en el caso nuestro conocer mejor la historia de América Latina, la cual por
desgracia, ha sido dejada de lado y poco estudiada; a diferencia de lo que ocurre en Europa
en donde la historia del continente se estudia como un todo22.
Así resulta interesante advertir que a pesar de las diferencias particulares que encontramos
en la historia constitucional de Estado a Estado, podemos encontrar similitudes y rasgos en
común que llegan a identificar a un grupo de países (generalmente por región) como un
Para tal efecto resulta sumamente interesante el contenido de la obra de BOERSNER, Demetrio,
22
“Relaciones Internacionales de América Latina”, Ed. Nueva Sociedad, Reimpresión 2004 de la Quinta
edición, Venezuela, 2004, en la cual se describe de una manera breve la historia de las relaciones
internacionales latinoamericanas desde antes de su independencia hasta finales del siglo XX y la cual aporta
datos relevantes para la comprensión de lo que ha sido la historia de América Latina en los últimos dos siglos.
225
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
Sin embargo, en esta tarea hay que tener cuidado, ya que no obstante que la idea es buscar
elementos comunes, no es válido realizar generalizaciones absolutas, ya que no es válido
simplificar lo que es complejo ni tampoco unificar lo que es diverso.
De esta manera podemos darnos cuenta que la historia del Estado constitucional en su
conjunto es una mezcla tanto de grandes corrientes de pensamiento y de una serie
compartida de problemas como de circunstancias locales y de intereses concretos 24. Es por
ello que han existido y existirán a la par tanto un modelo o modelos constitucionales de
carácter general, como modelos particulares e individuales propios de cada país. Ya que
como dice Peter Häberle siempre existen dos planos: por una parte un “espíritu de las
constituciones” (del Estado constitucional) general y orientado a un cierto modelo, y por la
otra también existe un “espíritu” de configuración muy individual, de los diversos
“pueblos” que viven en, conforme a y bajo las constituciones; existiendo múltiples
contactos e interacciones entre la nación constituida concretamente y el tipo general del
Estado constitucional. De esta manera puede decirse que en la medida en que es universal
CARBONELL, Miguel, CRUZ Barney, Óscar y PÉREZ Portilla, Karla (comps.), “Constituciones
23
226
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
el tipo del “Estado constitucional”, al mismo tiempo en esa misma medida es individual su
respectiva configuración nacional25.
Un último aspecto que quiero mencionar y que representa un problema para la comprensión
de la historia del derecho constitucional mexicano e Iberoamericano, es el relativo al punto
de inicio a partir del cual se estudia el mismo, pues por desgracia existe la tendencia a que
se considere éste única y exclusivamente a partir del surgimiento de cada país como un
Estado independiente.
Esta visión atribuye a la independencia un significado fundacional que hace parecer que los
Estados surgieron de la nada y que el pasado de los pueblos previo a su independencia
simplemente nunca existió. Esto equivaldría a suponer que los pueblos hispanoamericanos
apenas nacieron entre los años de 1809 y 1825, siendo muy distinta la realidad; pues
cuando estos adoptaron el constitucionalismo en la época de la independencia ya eran
“entidades” con 300 años de historia jurídica “hispánica” previa, sin contar con que incluso
ya desde antes, los pueblos indígenas contaban con una organización jurídica y política
propia.
México, 2003, p. 2.
227
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
Así por ejemplo, en función de lo anterior, como afirma Rafael Estrada Michel la guerra de
independencia novohispana no puede ser comprendida sin tener un ojo puesto en la
península, y el significado de la independencia mexicana por tanto, no puede existir fuera
del contexto del vasto mundo hispánico26.
En este mismo sentido Don Toribio Esquivel Obregón al hablar de la realidad institucional
de la Nueva España se refería a ella como la “Constitución Histórica de la Nueva España”.
Por otra parte, y no obstante que para el jurista Felipe Tena Ramírez el Virreinato no puede
entenderse como un régimen constitucional, sin embargo en su libro “México y sus
Constituciones” advierte la necesidad de considerarlo en el estudio de nuestra realidad
constitucional señalando que “antes de la Constitución de Cádiz, la Nueva España no tuvo
Incluso para autores como Alfredo López Austin puede hablarse también de la constitución de los pueblos
27
prehispánicos entendida esta como las reglas que regían y estructuraban la organización de los pueblos
indígenas.
CÁRDENAS GUTIERREZ, Salvador, Op. Cit., p. 14.
28
228
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
vida estrictamente constitucional, porque la gobernó el poder absoluto del rey de España;
pero tuvo una organización política cuya influencia de tres siglos no pudo ser borrada
súbitamente al inaugurarse la era constitucional. En el supuesto de que nuestras
constituciones hubieran hecho tabla raza de nuestro pasado, no puede hacer lo mismo el
intérprete que pretende verificar la adecuación entre la ley y la vida”29.
Por todo lo anterior es que resulta básico también para poder comprender mejor nuestra
historia constitucional, conocer a fondo la organización jurídico-política novohispana30, así
como también el antecedente indígena, pues no debemos olvidar que la realidad
constitucional mexicana es en buena parte hija y producto de la fusión de ambas tradiciones
jurídicas.
VIII. CONCLUSIONES
Por tanto, siendo el objeto de estudio tan complejo, no puede reducirse su estudio a la
utilización de una sola disciplina sino que requerirá de un análisis multidisciplinar y
complejo que pueda proporcionar una visión más completa e integral de lo que ha sido
la vida constitucional mexicana.
Ibídem, p. 15.
29
Para conocer mejor estos antecedentes véase la obra: CRUZ Barney, Óscar, “Historia del derecho en
30
México”, segunda edición, Ed. Oxford, México, 2004, la cual contiene una excelente referencia sobre el
derecho castellano, el derecho indiano, y la influencia del derecho europeo en el descubrimiento y conquista
de América.
229
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
Del mismo modo, es fundamental para el estudio del derecho constitucional mexicano
no centrarnos exclusivamente en la historia de México y en los acontecimientos
internos solamente, sino que es preciso recurrir al estudio de la historia mundial y
también a la particular de otros países, analizando la influencia que han tenido algunos
de ellos y el ámbito internacional en su conjunto, con respecto a nuestra historia
constitucional, poniendo énfasis en la interacción que se ha dado entre el ámbito
jurídico interno y el internacional a lo largo del tiempo, misma que como sabemos
recientemente se ha venido multiplicando e intensificando.
230
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
Por último considero igualmente importante que el estudio del derecho constitucional
mexicano no debe iniciarse exclusivamente a partir de lo que ha sido nuestra vida
como país independiente, sino que debe hacer referencia necesaria e
imprescindiblemente, tanto a la organización jurídico-política novohispana como
incluso también a la de los pueblos indígenas, mismas que constituyen la base de
nuestra identidad nacional y sin las cuales evidentemente no es posible entender de
manera precisa lo que ha sido y lo que es para los mexicanos el régimen constitucional.
cmdb
BIBLIOGRAFÍA Y FUENTES
231
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
CRUZ Barney, Óscar, “Historia del derecho en México”. Segunda Edición, Ed.
Oxford, México, 2004.
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Escuela Libre de Derecho/ El Colegio de Michoacán/ Universidad Michoacana
de San Nicolás de Hidalgo, México, 2004.
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la UNAM, México, 2003.
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2005.
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_______________, “Textos Heréticos”. Ed. Grijalbo, México, 1992.
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Constitución Mexicana y sus Alegorías”. Suprema Corte de Justicia de la
Nación, México, 2006.
RABASA, Emilio O., “Historia de las Constituciones Mexicanos”. UNAM, México,
1990.
TENA Ramírez, Felipe, “Leyes Fundamentales de México 1808-1994”. Decimoctava
edición, Ed. Porrúa, México, 1994.
“Constitución Política de la Monarquía Española”. Edición Faccisimilar Publicada por
Tribunal Electoral del Poder Judicial de la Federación y Tribunal Electoral del
Estado de Michoacán, Morelia Michoacán, 2002.
232
Reflexiones en Torno al Estudio de la Historia del Derecho Constitucional Mexicano
233
Cuauhtémoc Manuel De Dienheim Barriguete
234
El Tratado McLane - Ocampo
Dr. José Herrera Peña
1. Desconcierto ante la disputa. 2. Condenado sin juicio previo. 3. Planteamiento del tema. 4. Los primeros
tratados. 5. Tratados frustrados. 6. El tratado de La Mesilla. 7. El tratado McLane - Ocampo.
Siendo estudiante, al leer, por una parte, los enconados ataques de los grupos
conservadores, y por otra, las severas críticas liberales contra Melchor Ocampo, ministro de
Relaciones del presidente Benito Juárez, por haber negociado un tratado de tránsito y
comercio con Robert McLane, embajador de Estados Unidos en México, quedé
Profesor e investigador del Centro de Investigaciones Jurídicas de la Facultad de Derecho y Ciencias
Sociales de la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo.
desconcertado.1 No sabía quién tenía la razón. Cuando leí el tratado respectivo, me asombré
de que Ocampo lo hubiera firmado. Luego entonces, es cierto que cedió a Estados Unidos,
entre otras cosas, el derecho de paso ad perpetuam a sus ciudadanos, efectos mercantiles y
tropas por el istmo de Tehuantepec, de un océano a otro.2
Pero ni siquiera fue la ampliación de un tratado, sino nada, puesto que no lo ratificó el
Senado norteamericano, y al resolver rediscutirlo seis meses después, el presidente Juárez
se negó a ampliar la prórroga para que se discutiera.5 Así que las negociaciones
diplomáticas naufragaron en la nada.
1
Tratado de Tránsito y Comercio entre los Estados Unidos Mexicanos y los Estados Unidos de América,
llamado Tratado McLane - Ocampo, firmado en Veracruz el 14 de diciembre de 1859.
2
Ibid, artículos I, VI y VII.
3
Tratado de límites entre los Estados Unidos Mexicanos y los Estados Unidos de América, llamado Tratado
de La Mesilla, 30 de diciembre de 1853.
4
El texto señala expresamente que es una “ampliación del artículo 8 del tratado (de La Mesilla) de 30 de
diciembre de 1853”, Tratado McLane-Ocampo, artículo I.
5
El Tratado McLane Ocampo estipula que será ratificado “dentro del preciso término de seis meses, a contar
desde la fecha de su firma”. Artículo undécimo. Sin embargo, al prever que se demorara su ratificación, el
embajador McLane informó a su gobierno que “el presidente Juárez se ha resistido firmemente a mi deseo de
tener un artículo suplementario firmado, para extender el tiempo para intercambiar las ratificaciones del
Tratado y acompañar el Convenio concluido por mí el 14 de diciembre de 1859”. Comunicado del embajador
McLane a Washington, 5 de noviembre de 1860.
236
José Herrera Peña
Aunque las armas liberales habían triunfado, las conservadoras no habían sido
exterminadas. Las primeras dominaban todas las ciudades del país, pero las segundas, aún
desarticuladas y en forma de gavillas, se movían de un lugar a otro y subsistían como
podían, en espera de mejores momentos. La guerra, pues, seguía viva. Melchor Ocampo fue
capturado por una de esas gavillas y condenado a muerte por haber firmado el tratado que
lleva su nombre. En su breve testamento escribió:
6
Tratado que deroga el artículo 8º del Tratado de Límites de 30 de diciembre de 1853, de 13 abril de 1937.
7
Los archivos personales de Ocampo se perdieron en los días en que fue asesinado.
237
El Tratado MacLane-Ocampo
Estados Unidos había iniciado su expansión territorial en la primera mitad del siglo
XIX, a costa de Francia, con la Luisiana; de España, con la Florida, y de México, con
Texas, Nuevo México y California. En esos años se llevaron a cabo numerosas batallas
diplomáticas por la comunicación interoceánica, entre ellas, la del embajador
norteamericano Robert McLane con el canciller mexicano Melchor Ocampo, que fue una
de las más difíciles y complicadas de nuestra historia -si no es que la más difícil-, al haberse
llevado a cabo entre un país fuerte, en plena pujanza, y un país débil, dividido y destrozado
por la guerra civil, sin más destino que el de convertirse en protectorado, y en el que sólo el
talento, el tacto y la habilidad diplomática del débil compensó y neutralizó la agresividad
del fuerte.
238
José Herrera Peña
fuerte y las dignas y decorosas resistencias del débil sino también el complicado y denso
tejido de circunstancias -internas y externas- dentro del cual ocurrieron los hechos.9
9
Patricia Galeana, El Tratado McLane-Ocampo, la comunicación interoceánica y el libre comercio, CISAN-
UNAM-PORRÚA, 2006.
10
El 1 de marzo de 1842, el gobierno mexicano otorgó a José De Garay la concesión para construir una vía de
comunicación por el istmo, accesible a todas las naciones del mundo, en el término de 28 meses. La empresa
era de tales dimensiones, que De Garay pidió sucesivas ampliaciones -que le fueron otorgadas-, hasta que el 7
de enero de 1847 transfirió sus derechos de colonización a los inversionistas ingleses Manning, Macintosh y
Scheneider.
11
La concesión De Garay caducó en noviembre de 1848 y no fue confirmada ni prorrogada por el gobierno
mexicano. Los inversionistas ingleses Manning, Macintosh y Scheneider traspasaron la concesión un mes
antes a una empresa de Nueva York, y aunque la transferencia fue válida, no evitó que se extinguieran sus
efectos. Luego entonces, la solicitud de Washington al gobierno mexicano era improcedente.
12
Tratado para la protección de la ruta de Tehuantepec, de 22 de junio de 1850, en José Fernando Ramírez,
Memorias, negociaciones y documentos para servir a la historia de las diferencias que han suscitado entre
239
El Tratado MacLane-Ocampo
si México no acepta que se modifique conforme a sus intereses. Ante la amenaza de que se
firme en sus términos o el istmo será ocupado por la fuerza, el canciller Lacunza dice
dramáticamente a su contraparte:
5. TRATADOS FRUSTRADOS
En 1853 se firma otro tratado entre los dos países que es ratificado por el congreso
mexicano, pero no por el senado norteamericano, porque dicho tratado omite los privilegios
de la concesión de Garay. Ese mismo año, el presidente Pierce anuncia una política de
expansión territorial “en defensa” de su país y sugiere la adquisición de Cuba, por una
México y Estados Unidos los tenedores del antiguo privilegio concedido para la comunicación de los mares
Atlántico y Pacífico por el istmo de Tehuantepec, México, Imprenta de Ignacio Cumplido, 1853, pp. 143 y ss.
13
Párrafo transcrito por el embajador Robert P. Lechter en un documento fechado el 22 de octubre de 1850,
adjunto al Memorándum de la entrevista sostenida entre él y el ministro de Relaciones del gobierno mexicano
José M. Lacunza.
14
Acuerdo de la Cámara de Diputados de 7 de abril de 1852. “Era tal la destemplada y decidida hostilidad
contra el privilegio De Garay, que ningún mexicano de las cámaras o de fuera de ellas, ni aún aquellos que
estaban directamente interesados en él [en el privilegio] se atrevían a articular una sola palabra en su apoyo.
En realidad, el diputado que votó por la ratificación declaró que opinaba contra el tratado en todas sus partes;
pero que temiendo que su reprobación ocasionase otra guerra entre los dos países, se creía obligado a votar
por él”. Carta del embajador Robert P. Letcher a Daniel Webster, México, 9 de abril de 1852, en José
Fernando Ramírez, op. cit., pp. 568-569.
240
José Herrera Peña
6. EL TRATADO DE LA MESILLA
El presidente Santa Anna cede el territorio de La Mesilla y retira sus tropas del valle;
acepta que se derogue el artículo 11 del Tratado de Guadalupe Hidalgo, sin indemnización,
que exime a Estados Unidos de evitar las invasiones de indios salvajes a las poblaciones
mexicanas, y aunque no reconoce la concesión de Garay, otorga “en todo tiempo”, es decir,
a perpetuidad, el libre paso a ciudadanos, efectos y tropas norteamericanas por el istmo de
Tehuantepec.16 La forma para efectuar el paso de dichas tropas queda pendiente y se
definirá en un acuerdo posterior: éste será el McLane-Ocampo.
En 1857, el presidente Buchanan, por una parte, quiere obtener los territorios de Baja
California, Sonora y Chihuahua, y por otra, advierte a México que no puede decidir solo en
lo que se refiere a Tehuantepec, ya que ha adquirido un derecho que nunca y bajo ninguna
circunstancia abandonará, por lo que no puede tomar ninguna decisión sin su
15
José Ma. Carvajal a Melchor Ocampo, La Joya, agosto 17 de 1855 (documento datado erróneamente en
1853), en Raúl Arreola Cortés, Obras Completas de Melchor Ocampo, Doc. 58, pp. 76-77.
16
“Los dos Gobiernos celebrarán un arreglo para el pronto tránsito de tropas y municiones de los Estados
Unidos que este Gobierno tenga ocasión de enviar de una parte de su territorio a otra situadas en lados
opuestos del Continente”. Tratado de Límites entre los Estados Unidos Mexicanos y los Estados Unidos de
América (Tratado de La Mesilla), Artículo VIII, suscrito el 30 de diciembre de 1853; ratificado el 31 de mayo
de 1854 y publicado el 20 de julio de ese mismo año.
241
El Tratado MacLane-Ocampo
consentimiento, e insiste en que se amplíe dicho tratado para asegurar su control y decidir a
su arbitrio su protección. Comonfort rechaza dos proyectos de tratado bajo tales
lineamientos, pero concede a Estados Unidos el derecho de tender una vía de ferrocarril por
el norte, entre dos de sus puntos fronterizos con puertos mexicanos del Océano Pacífico y
del Golfo de California, a través del territorio mexicano. El gobierno norteamericano
sugiere entonces dos tratados, el de Tehuantepec y el de los territorios del norte; pero
Comonfort da golpe de estado y sale de la escena.
No es posible predecir lo que Estados Unidos y México serán dentro de 50 años. Una
cosa cierta es que ni uno ni otro pueblo podrán disfrutar una felicidad duradera, ni
conservar sus instituciones e independencia, si no son guiados por principios de
equidad y justicia en sus relaciones mutuas.17
En 1859, en fin, en plena guerra civil, mientras los conservadores dominan no sólo la
capital sino gran parte del país, y los liberales se refugian en Veracruz, los Estados Unidos
consideran que es el momento ideal para hacer progresar sus intereses. Se ordena que se
bloqueen todos los créditos a los liberales a fin de que se debiliten más. De este modo, las
negociaciones entre ambas partes podrían prosperar más rápidamente, en función de sus
demandas.
17
Carta de Luis G. Cuevas a John Forsyth, México, 12 de abril de 1858, en Jorge Tamayo, Benito Juárez,
documentos, discursos y correspondencia, México, Secretaría del Patrimonio Nacional, 1967, vol. 3, pp. 416-
418.
242
José Herrera Peña
ferrocarril a través de Sonora y Chihuahua, así como el derecho perpetuo de vía a través de
Tehuantepec, todo protegido por sus tropas.18
Ocampo replica que para eso se necesita un tratado y Estados Unidos no puede
firmarlo, porque ha reconocido al gobierno conservador de Zuloaga. Así que propone que
reconozca el gobierno de Juárez, como condición sine qua non para discutir el tratado. De
ese modo, logra lo más importante: el reconocimiento político y diplomático.19
18
William R. Manning, Diplomatic Correspondence of the United Status (Interamerican Affairs 1831-1860)
Washington, Carnegie Endowment for International Peace, 1937, vol. IX, pp. 255-256.
19
En un supuesto pliego confidencial de Churchwell a Buchanan, 22 de febrero de 1859, publicado por
Alberto María Carreño, La diplomacia extraordinaria entre México y Estados Unidos, México, Jus, 1961,
vol. II, pp. 161-162, el gobierno constitucional de Benito Juárez consiente, entre otras cosas, en traspasar la
soberanía que México ejerce sobre el territorio de Baja California a Estados Unidos, por una remuneración
que se convendrá posteriormente entre las partes. Sin embargo, el supuesto pliego confidencial no se
encuentra en los archivos de Estados Unidos. Así que una de dos: o Carreño publicó un documento apócrifo,
o el Departamento de Estado hizo desaparecer el original; aunque esto último es improbable, porque todos los
informes de Churchwell sobre la situación política mexicana –que describe con gran objetividad- se
conservan; por ejemplo, aquellos en los que señala que el gobierno liberal de México cuenta con el apoyo de
16 estados, de un total de 22; que “más de siete décimas partes del total de la población desean el triunfo del
partido constitucional”; que Juárez es un político “tímido y desconfiado, enérgico e incorruptible…, que
escucha con respeto, pero que no tiene influencia sobre sus ministros”; que Ocampo tiene el más absoluto e
ilimitado control de la situación; que éste es “de gran inteligencia natural, talento y erudición, inflexible e
impaciente ante la oposición, y honesto”; que Miguel Lerdo de Tejada es no sólo conocedor de la historia
política y comercial, y digno de confianza, sino también pro yanqui, e incluso que Estados Unidos debe
aprovechar la coyuntura para hacerse de Baja California, del tránsito desde El Paso hasta Guaymas,
atravesando Sonora y Chihuahua, y del paso interoceánico por Tehuantepec; pero estos puntos como
recomendaciones de él a su gobierno, no como un acuerdo preliminar entre las partes. Cfr. William R.
Manning, op. cit. vol. IX, pp. 1024 y ss.
20
Informe de McLane a Cass, 21 de abril de 1859, en The Nacional Archives & Records Administration,
microfilms publications, VII, SEDR, Papers relating Treaties lately negotiated with Mexico, 31-1-1, pp. 14-
15.
21
Ibíd.
243
El Tratado MacLane-Ocampo
muestra dispuesto a negociar sobre los tránsitos y la reglamentación comercial del norte y
de Tehuantepec, a cambio de una indemnización, porque México dejará de cobrar los
aranceles.22
22
Ibíd. Ocampo, por su parte, escribió a José M. Mata, embajador de México en Washington, que “conforme
a las instrucciones que se le tienen dadas por este ministerio”, debía procurar que se negociara “un tratado
sobre el tránsito por Tehuantepec, y paso o pasos por el norte, pidiendo por tales tránsitos una indemnización,
como por la servidumbre de vía”. Archivo Histórico de la Secretaría de Relaciones Exteriores, exp. H/110
(73:0) “858-59”/1, ff. 79-80.
23
Carta de Cass al embajador McLane, Washington, 7 de mayo de 1859, en William R. Manning, op. cit. vol.
IX, p. 259.
244
José Herrera Peña
24
Melchor Ocampo, Proyecto para un tratado de alianza ofensiva y defensiva entre México y Estados
Unidos, Artículos 2º, 3º y 4º, 18 de junio de 1859.
25
Contraproyecto de Ocampo, Artículos V y VI, 10 de julio de 1859, en Archivo Histórico de la Secretaría
de Relaciones Exteriores, exp. III/352 (72:73)/4, ff. 121-122.
245
El Tratado MacLane-Ocampo
McLane da por concluido el asunto y parte a Estados Unidos. Mientras tanto, en esos
días, el 26 de septiembre de 1859, el gobierno de Miramón firma con España el tratado
Mon-Almonte. En Estados Unidos, Miguel Lerdo (secretario de Hacienda) y José Ma. Mata
(embajador de México en Estados Unidos) elaboran un nuevo proyecto de tratado que
excluye la cesión de Baja California, con la esperanza de desbloquear los créditos que le
urgen a México, que es apoyado por McLane.27 Ocampo reprende a Mata por entablar
negociaciones sin autorización y Mata amenaza con renunciar por no tenérsele confianza.28
26
Juan Antonio de la Fuente, Proyecto de observaciones sobre el memorando llamado Memoria, anexo a la
nota de McLane, 19 de agosto de 1859, en Jorge L. Tamayo, op. cit., vol. III, pp. 679-681.
27
“Lerdo ha conseguido que Buchanan prescinda por ahora de la adquisición de territorio y han enviado a
Veracruz un proyecto de tratado, concebido por los señores Mata, Lerdo y McLane”, informe de Gregorio
Beriandarán, representante en Nueva York del gobierno conservador mexicano. Archivo Histórico de la
Secretaría de Relaciones Exteriores, exp. III/352 (72:73)/4, ff. 60-63.
28
Carta de José M. Mata a Ocampo, Washington, 28 de octubre de 1859. Archivo Histórico del Museo
Nacional de de Antropología e Historia, 2ª serie de papeles sueltos, legajo 8.
246
José Herrera Peña
para seis meses después, previa nueva discusión. Y otra en México, en la que Juárez
rechaza la prórroga y pone fin al debate.
247
El Tratado MacLane-Ocampo
248
HISTORIA DEL DERECHO Y
DE LAS INSTITUCIONES
Arbitrio y Arbitrariedad.
1. Introducción.
1
Partida 3ª, título 4º, ley 1ª.
2
AHCCJM, Amp. Exp. 935/881.
3
El amparo aún era considerado un recurso en esa época no como un juicio autónomo como se le considera
actualmente.
4
Artículo 14.-... Nadie puede ser juzgado ni sentenciado, sino por leyes dadas con anterioridad al hecho y
exactamente aplicadas a él, por el tribunal que previamente haya establecido la ley.
252
Arbitrio y Arbitrariedad. El Arbitrio Judicial durante la Transición del Derecho Indiano al
Estatalismo Jurídico en la Praxis Jurisdiccional Michoacana. (1870-1883)
Las sentencias dictadas con base en el arbitrio judicial no fueron algo extraño en el
derecho del Antiguo Régimen5 y hasta en el mismo derecho romano,6 pero estos antiguos
orígenes no deben extrañarnos pues debemos tener en cuenta que la tradición jurídica de
Occidente hunde sus raíces en la antigüedad romana, griega así como en la hebrea, y en esta
tradición se reconocieron una pluralidad de fuentes de derecho, tales como la ley, las
resoluciones judiciales, las costumbres vernáculas, la doctrina y el ius commune, entre
otras. El derecho indiano reconoció y utilizó plenamente estas fuentes, pero durante el siglo
XIX éste se desplaza paulatinamente a fin de implantar en México el estatalismo jurídico,7
que es resultado de un proceso histórico que inicia en Europa y que en México fue
adoptado por las elites políticas liberales admiradoras de los revolucionarios franceses.8
Durante el Antiguo Régimen, el derecho –axiológicamente– fue el camino hacia la
justicia9, es por ello que los juristas y jueces tenían como función solucionar cada caso en
específico de acuerdo a las circunstancias de cada uno, pues sus concepciones jurídicas
5
Antiguo Régimen no es el más afortunado de los términos pues presupone un sistema jurídico político y
económico propio de Europa antes de la Revolución Francesa y que fue contrapuesto por los revolucionarios
con el modelo que impusieron, me permito usarlo por cuestiones meramente metodológicas.
6
“Hoy le es lícito al que extraordinariamente conoce de un crimen proferir la sentencia que quiere, o más
grave, o más leve, pero de suerte que en uno y en otro caso no se exceda de lo que es razón. D. XLVIII, XIX,
XIII.”
7
Prefiero utilizar el término de estatalismo jurídico al de absolutismo jurídico de Paolo Grossi, pues el
término absolutismo contiene una carga ideológico-política que bien puede distraer o confundir el intento de
conceptuar el hecho de la monopolización del derecho por parte del Estado, aunque esta idea/concepto
innegablemente es grossiana pues él señala que el absolutismo jurídico es “… un derecho, a este punto
totalmente identificado con la voluntad estatal,…” GROSSI, Paolo, “Algo más sobre…”, p. 64-65.
8
Brading, al respecto indica que “la patria liberal tenía sus raíces en la insurgencia, se inspiró en los ideales y
el ejemplo de la Revolución Francesa… rendían homenaje a Francia, la “nodriza” de todos los políticos
mexicanos en la esfera de las ideas.” Orbe indiano. De la monarquía…, p. 715.
9
ius est ars boni et aequi, definición concebida por Celso, señalada por Ulpiano y recogida en el Digesto.
(D.1.1.1.pr.); en concordancia con otra cita de Ulpiano, también recogida en el Digesto, Iustitia est constans
et perpetua voluntas ius suum cuique tribuendi. (D. 1. 1. 10. pr.), si bien estos conceptos son del Derecho
romano clásico, trascendieron a la Edad Media y a las Indias Occidentales con la difusión del Corpus Iuris
Civilis de Justiniano.
253
Leopoldo López Valencia
“...estaban impregnadas de una sólida creencia casuista...”;10 por lo que se solucionaban los
conflictos a través de la experiencia, de la costumbre, de una erudita y añeja doctrina, en
base a la equidad, la justicia y la buena fe, pues “este pensar problemático operaba con
ciertos principios rectores, tales como la aequitas, bona fide, animus utilitas, que fueron
concebidos no como categorías abstractas sino como criterios de valoración de las
circunstancias que rodean a cada caso.”11 Resolvían, también, auxiliándose de los
principios generales derivados del ius commune. El arbitrio judicial era tan amplio como
amplias eran las fuentes de derecho, por tanto el juez no era simplemente la voz de la ley
sino que era el encargado de aplicar justicia, la cual emanaba de las facultades reales, pues
debemos recordar que en el Antiguo Régimen la función central del Rey era la de impartir
justicia pues los reyes identificaban la “superioridad del centro real con la superioridad y la
autoridad de su justicia.”12
El siglo XIX y principios de XX fueron el escenario del desmantelamiento del
derecho indiano en México, tiempo que fue necesario para imponer el estatalismo jurídico,
mediante el cual se exterminan, formalmente,13 todas las fuentes de derecho excepto la
legislación estatal, logrando implantar así el monopolio del Estado sobre el Derecho. Así el
–hasta entonces– eficaz casuismo legal se cambia por las normas generales y abstractas. La
sentencia dictada en contra de Juan y Rafaela Pérez y su amparo –que hemos comentado–
son una muestra de lo que significó para la praxis jurisdiccional michoacana el tránsito del
derecho indiano al estatalismo jurídico, el cual intenta subordinar todas las manifestaciones
10
“...La ruptura de esa tradición en el siglo XIX, produjo que los juristas contemporáneos perdieran su
conexión directa con aquel legado cultural a través de su transmisión espontánea.” TAU Anzoátegui, Víctor,
Casuismo y sistema, p. 40-41.
11
TAU Anzoátegui, Víctor, Casuismo... cit., p, 41.
12
TOMÁS Y VALIENTE, Francisco, El Derecho Penal de la Monarquía Absoluta, p. 32.
13
A partir de ello, para el Estado mexicano el derecho que no se identifica con la ley estatal careció de
juridicidad; pero realmente las fuentes de Derecho como las costumbres –las indígenas, por ejemplo–
siguieron vivas y vigentes.
254
Arbitrio y Arbitrariedad. El Arbitrio Judicial durante la Transición del Derecho Indiano al
Estatalismo Jurídico en la Praxis Jurisdiccional Michoacana. (1870-1883)
14
Esta sumisión de todas las manifestaciones jurídico-sociales a la legislación estatal significó en no pocas
ocasiones su extinción, como sucedió con muchas costumbres jurídicas de varias etnias indígenas por la
aplicación de la Ley Lerdo de 25 de junio de 1856. Cf. FRANCO, Mendoza, Moisés, La Ley…, 232 pp.
15
Grossi opina que esta sumisión/extinción de fuentes de derecho se da sólo formalmente pues afirma que las
demás fuentes realmente subsisten por medio de un nivel subterráneo. Entrevista que realizó el que esto
escribe a Paolo Grossi en la Ciudad de Morelia el día 28 de Octubre de 2006.
16
Francisco Tomás y Valiente no comparte esta afirmación y señala que: “Grossi aísla también de ese
universo… a lo que ahora llamaríamos derecho privado, pero ¿es lícita esa escisión? ¿Dónde comienza lo
privado y dónde termina lo público en el derecho medieval?...” GROSSI, Paolo, El orden…, p. 23.
17
CLAVERO, Bartolomé, El Orden de los Poderes, p. 113.
18
Beatriz Bernal señala que “el orden de prelación contenido en la Recopilación de leyes de los Reinos de las
Indias de 1680 debe ser leído de la siguiente manera: …y 5) las Siete Partidas de Alfonso el Sabio. BERNAL,
Beatriz, “El derecho castellano…”, p. 100.
19
Las Partidas tuvieron dos tipos de fuentes: jurídicas y no jurídicas. En las primeras están: “el Corpus Iuris
Civilis; los trabajos de los glosadores y postglosadores; los Libri feudorum; las Decretales de Gregorio IX y
las obras de los decretalistas; obras como las de Azzo, Accursio, Tancredo, Godofredo, San Ramón de
Penyafort.” Entre las no jurídicas están “la Biblia; obras de filósofos de la antigüedad como Séneca,
255
Leopoldo López Valencia
Aristóteles y Cicerón; y obras de tratadistas militares como Vegecio.” CRUZ Barney, Oscar, Historia…, p.
90-91.
20
DEL ARENAL Fenochio, Jaime, “Ciencia jurídica española…”, p. 31-47.
GONZÁLEZ, María del Refugio, “La presencia del derecho indiano…”, p. 241-375.
21
GONZÁLEZ, María del Refugio, El derecho civil en México…, p. 14-39.
22
GONZÁLEZ, María del Refugio, El derecho civil en México..., Op. Cit. p. 23.
23
“1. º En los estados, las leyes de los congresos que cada uno ha tenido; pero en el Distrito y Territorios, las
leyes generales. … 20. Las Siete Partidas. 21. El derecho Canónico. 22. El derecho Romano.”.MERCADO,
Antonio Florentino, Libro de los Códigos, p. 620.
24
GONZÁLEZ, María del Refugio, Estudios sobre la historia…, cuadro de los órdenes de prelación, sin
número de página, entre la página 30 y la 31.
25
Rodríguez de San Miguel, en sus Pandectas, hace una apología de las Siete Partidas: “Si bien las Partidas
ocupan un lugar subsidiario, en defecto de otras leyes, no por esto son inútiles: y antes y con solo referirse a
ellas para todo lo espreso ni tocado en otros códigos, basta para que sean indispensables, pues son el único y
metódico, y acaso el principal de la legislación.” RODRÍGUEZ De San Miguel, Juan N., Pandectas Hispano-
Megicanas, Tomo I, p. VIII.
256
Arbitrio y Arbitrariedad. El Arbitrio Judicial durante la Transición del Derecho Indiano al
Estatalismo Jurídico en la Praxis Jurisdiccional Michoacana. (1870-1883)
Diccionario en el que cita al Acursio español, el jurista Gregorio López, 26 que al glosar la
ley 7, título 9, Partida 2ª señaló que las cosas que no están determinadas por la ley quedan
sujetas a la discreción judicial y cita también la ley 10ª , título 27, Partida 2ª que en general
dice que “el arbitrio o albedrio quiere tanto decir como asmamiento27 que deben los homes
haber sobre las cosas que son dudosas et non ciertas, porque cada una venga a su derecho
así como conviene”.28 Escriche afirma que la convivencia entre el arbitrio judicial y la
codificación es indispensable, pues por más completo que fuese un código y por más
perfectas que sean sus leyes siempre tendrán vacíos, incertidumbre y dudas en la aplicación
de la regla general, pues es imposible la existencia de leyes humanas que puedan prever
todas las circunstancias sociales en diversos tiempos y lugares, sin que esto quiera decir que
el arbitrio judicial deba ser absoluto, pues debe imponerse ciertos límites, mínimos y
máximos, para que no se convierta en el capricho del juez quien, aunque no existiera ley y
costumbre para un caso determinado, debe ceñirse a la equidad natural y a los buenos
precedentes.29 En la praxis jurisdiccional michoacana el arbitrio judicial se aplicaba
mediante la cita de de la siguiente ley: “E después que los juzgadores hubieren catado
acuciosamente todas estas cosas sobredichas, pueden crecer, o menguar, o toller30 la pena,
según entendieren que es guisado, e lo deven facer”.31
26
Gregorio López también indica que “Añad. Bald. en la 1. 13. C. de contr. empt., quien sostiene que el
arbitrio no es otra cosa que la equidad del ánimo manifestada. habida consideración á la equidad natural y á lo
que prescriben las leyes. En el albedrío el juez debe atender á la calidad de las personas y de los hechos, Bald.
en la 1. ult. C. de obs. patr. praest.” Las Siete Partidas del Sabio Rey don Alfonso, con las variantes…,
Partida 2ª, p. 927.
27
Asmamiento. 1. m. desus. Acción de asmar. Asmar. (Del lat. adaestimāre, estimar). 1. tr. ant. estimar (‖
apreciar, poner precio). 2. tr. ant. estimar (‖ juzgar, creer). 3. tr. ant. comparar. Real Academia Española ©
Todos los derechos reservados.
28
ESCRICHE, Joaquín, Diccionario razonado…, p. 203.
29
ESCRICHE, Joaquín, Diccionario razonado…, p. 203.
30
“toller. (Del lat. tollĕre). 1. tr. desus. quitar. Era u. t. c. prnl. Real Academia Española © Todos los
derechos reservados.
31
Parte in fine de la Ley 8ª del título 31 de la 7ª Partida, Las Siete Partidas del Sabio Rey por D. Ignacio
Sanponts y Barba, D. Ramón Marti de Eixalá, y D. José Ferrer y Subirana, 1843, p. 415.
257
Leopoldo López Valencia
3. La codificación.
El racionalismo jurídico estableció como rasgos inherentes de los códigos legales que
sus leyes fueran claras a fin de que cualquier ignaro de jurisprudencia pudiera entender las
leyes, sin dar lugar a interpretaciones diversas; leyes generales, con un orden sistemático,33
diametralmente opuestas a las leyes del Antiguo Régimen que se caracterizaron por ser
casuistas.34 Esta ideología estableció que los códigos tenían que ser libros de leyes
elaborados por el Estado para que dentro de su territorio fueran vigentes y con la facultad
de abrogar el derecho que hasta su promulgación había estado en vigor. 35 Savigny señaló
que un código que comprendiese las posibles soluciones a todos los posibles problemas de
la sociedad era imposible de realizar y en virtud de ello se tendría que permitir la aplicación
de derechos supletorios en caso de laguna de ley o en su caso apelar al arbitrio judicial.36
La codificación penal michoacana comenzó con la aprobación del Código penal el 21
de diciembre de 1880.37 Este código negó la posibilidad de imponer penas con base en el
32
“La primera consecuencia de estos principios es que tan sólo las leyes pueden decretar las penas de los
delitos, sin que esta autoridad pueda residir más que en el legislador, que es quien representa a la sociedad
entera, unida por un contrato social” BECCARIA, Cesar de, De los delitos…, p. 43.
33
TAU Anzoátegui, Víctor, Casuismo…, p. 31.
34
TAU Anzoátegui, Víctor, Casuismo…, p. 31.
35
TARELLO, Giovanni, Cultura jurídica…, p, 40.
36
SAVIGNY, Carlos Federico de, “De la vocación de nuestra…”, p. 105. Cursivas mías.
37
GONZÁLEZ, GÓMEZ, Alejandro, Consideraciones…, p. 23.
258
Arbitrio y Arbitrariedad. El Arbitrio Judicial durante la Transición del Derecho Indiano al
Estatalismo Jurídico en la Praxis Jurisdiccional Michoacana. (1870-1883)
arbitrio judicial, pues en su artículo 102 ordena que las penas que podrían imponer los
jueces y tribunales son únicamente las que establece dicho código y se indica que no se
podrá usar el arbitrio judicial ni para aumentarlas, disminuirlas o modificarlas, a menos que
la ley expresamente lo permita y la ley sólo permite su utilización para graduar los delitos
que no contempla el código en cuanto a su levedad o gravedad.38
4. Ejemplos del arbitrio judicial en la praxis jurisdiccional michoacana durante
la transición del derecho indiano/mexicano al estatalismo jurídico.
La obligación de punir delitos sólo con base en las leyes estatales quedó fijada –como
se dijo– en el artículo 14 de la Constitución de 1857, pero esta orden constitucional no fue
cumplida por diversas razones, una de ellas fue la falta de códigos legales en los que los
jueces pudieran fundar sus sentencias y a falta de ley se podía acudir al derecho antiguo
según los ordenes de prelación anteriormente citados; pero también se desobedeció esa
orden por una resistencia por parte de los juzgadores a aplicar las leyes mexicanas pues
daban preeminencia al derecho antiguo, como se podrá observar en algunos ejemplos de
sentencias previas a la codificación penal michoacana y posteriores a ella.
Una sentencia dictada el 14 de mayo de 1870 por el juez primero de letras de
Morelia39 impuso a una mujer la pena de un año de prisión por el delito de exposición de
parto –tipo penal que el juez expresa lo tomó de la doctrina– con el agravante de haber
muerto el niño por el abandono de la madre en el campo. En el proceso no se pudo
determinar si el niño nació vivo, por lo que el juez acude a la doctrina y sobre la base de
ella dice que se presume que el niño estaba vivo ya que los autores de derecho y medicina
legal dicen que si un niño nace dentro del termino legal de la gravidez se presume que el
niño nació vivo, siendo esta presunción iuris tamtum. El juez aduce que para juzgar debe
tomar en consideración la edad de la reo y asimismo que el embarazo fue provocado por
relaciones ilícitas, por lo que estima que el delito fue cometido por el temor de que se
descubriera el parto, por lo que con base en la ley 8ª título 31 de la 7ª Partida, y en virtud
38
Artículos 19 y 20.
39
AHPJM, Libro de sentencias civiles de los años 1869-1873.
259
Leopoldo López Valencia
40
AHCCJM, 1883. C.18. 1883. Exp. 1180
41
Negritas y cursivas mías.
260
Arbitrio y Arbitrariedad. El Arbitrio Judicial durante la Transición del Derecho Indiano al
Estatalismo Jurídico en la Praxis Jurisdiccional Michoacana. (1870-1883)
5. Consideraciones finales.
El arbitrio judicial es una facultad de los jueces tan antigua como las mismas raíces de
la tradición jurídica de Occidente y durante el Antiguo Régimen se le consideró inherente a
la actividad jurisdiccional pues diáfanamente se comprendió que cada caso tiene sus
particularidades que lo distinguen de los otros y con base en estas diferencias los jueces
tenían que punir más o menos a los delincuentes o en determinados casos absolverlos a
pesar de lo que las leyes establezcan; además ante la imposibilidad de crear leyes que
puedan anticiparse a la totalidad de conflictos jurídicos el juez debía tener libertad para
aplicar su arbitrio y llenar esas lagunas de ley, sin salirse de ciertos parámetros, pero el juez
definitivamente tenía la capacidad de hacer derecho. Esta facultad judicial fue restringida
por el principio de legalidad que se ideó con la finalidad de dar a los procesados en materia
criminal una mayor certeza jurídica al momento de ser sentenciados.
Esta limitación establecida en México en la constitución de 1857 no fue respetada en
Michoacán por diversas causas, como fue la falta de ley aplicable a los casos concretos o la
rebeldía por parte de los jueces a sujetarse al código penal. Las causas de esta rebeldía aún
no se han determinado, pero esta desobediencia está presente no sólo en la fundamentación
de las sentencias con base en el arbitrio judicial, sino que la vemos presente en la
fundamentación de sentencias penales fundadas en leyes hispanas, indianas o mexicanas
derogadas –lo que es materia de otros estudios–, pero es innegable la resistencia a
sentenciar con base en la letra de los códigos, las causas de esta renuencia son aún meras
hipótesis.
6. Fuentes:
Archivos consultados:
Archivo histórico de la Casa de la Cultura Jurídica de Morelia. AHCCJM
Archivo histórico del Poder Judicial del Estado de Michoacán. AHPJEM
Bibliografía:
261
Leopoldo López Valencia
ARENAL FENOCHIO, Jaime del, “Ciencia jurídica española en el México del siglo
XIX”, en Supervivencia del Derecho español en Hispanoamérica durante la época
independiente, p. 31-47.
BECCARIA, Cesar de, De los delitos y de las penas, México, CNDH, 1991, 110 pp.
BERNAL, Beatriz. “El Derecho castellano dentro del sistema jurídico indiano”, en
Anuario Mexicano de Historia del Derecho, Año: 1998, Número: 10, p. 100.
CRUZ BARNEY, Oscar, Historia del Derecho en México, 2ª ed., México, Oxford, 2004,
1042 pp.
GARCÍA del Corral, Ildefonso, Cuerpo del Derecho Civil Romano, Valladolid, Lex
Nova.
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SAVIGNY, Carlos Federico de, “De la vocación de nuestra época para la legislación y
la ciencia del Derecho” en La Codificación una controversia programática basada
en obras de Thibaut y Savigny, Madrid, Aguilar, 1970, 286 pp.
TARELLO, Giovanni, Cultura jurídica y política del derecho, México, FCE, 1998, 433
pp.
TENA RAMÍREZ, Felipe, Leyes Fundamentales de México, México, Porrúa, 2005, 1203
pp.
TARELLO, Giovanni, Cultura jurídica y política del derecho, México, FCE, 1998, 433
pp.
263
Leopoldo López Valencia
Legislación:
Las Siete Partidas del Sabio Rey Don Alfonso El X, con las variantes de más interés, y
con la glosa del Lic. Gregorio López, del Consejo Real de Indias de S. M., vertida al
castellano y extensamente adicionada con nuevas notas y comentarios y unas tablas
sinópticas comparativas, sobre la legislación española, antigua y moderna, hasta su
actual estado, por D. Ignacio Sanponts y Barba, D. Ramón Marti de Eixalá, y D.
José Ferrer y Subirana, profesores que han sido de jurisprudencia en la Universidad
Literaria de Barcelona, Barcelona, 1843, 7 tomos.
Entrevista:
Entrevista realizada a Paolo Grossi el día 28 de Octubre de 2006.
264
Los Tenientes Letrados y la Administración
de Justicia en la Intendencia de Valladolid
1
Los motivos de esto se pueden clasificar. Unos son las que se encuentran en las crónicas, en las que se narra
que los conquistadores no querían la presencia de letrados en esas tierras para evitar pleitos, ya que estos todo
lo ponían en revuelta con sus libros y sus pleitos. Otros los que se pueden aducir de la posición que tomaron
los reyes católicos en 1509 y Carlos V en 1516 y 1521, en la que prohibían el paso de los letrados sin licencia.
Las causas de esto dicen algunos estudiosos del tema era en muchos casos que los conquistadores no querían
la presencia de abogados donde ellos podían imponer su voluntad, y de lo que se deja ver un pensamiento
feudal. Extracto magnífico de esto, de las políticas y de las leyes para los letrados hasta la recopilación de
1680 lo encontramos en Arenal Fenochio, Jaime, ―De abogados y leyes en la Indias hasta la recopilación de
1680‖, pp. 179-206, en Icaza Dufour, Francisco de, (coordinador), recopilación de leyes de los reynos de las
Indias. Estudios introductorio-jurídicos, México, Miguel Ángel Porrúa y Escuela Libre de Derecho, 1987.
2
. Esta segunda audiencia se integró por juristas todos ellos, no obstante el conocimiento general de que así
fue, se menciona los nombres y en concatenación con la obra de Barrientos Grandon, Javier, Guía
prosopográfica de la judicatura letrada indiana (1503-1898), Argentina, Fundación Histórica Tavera, 2000,
(en adelante: Guía). se mencionan los nombres y las páginas en las que en esta obra se ha localizado la
ratificación de dicha información. Vasco de Quiroga (p. 1213), Alonso Maldonado (pp. 844-845), Francisco
Ceynos (p. 389), Juan de Salmerón (p. 1352) y Don Sebastián Ramírez de Fuenleal como presidente (pp.
1220-1221). Véase también Miranda Godínez, Francisco, ―Don Vasco de Quiroga y su Colegio de San
Nicolás‖, Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo. Morelia, Michoacán, México, 1990, p. 28. y
Ruiz Medrano, Ethelia, Gobierno y sociedad en Nueva España: Segunda Audiencia y Antonio de Mendoza,
México, El Colegio de Michoacán y Gobierno del Estado de Michoacán, 1991, p.31. En esta obra se
encuentra un análisis estupendo de la política aplicada en materia de justicia por los oidores de la Segunda
Audiencia y las acciones jurisdiccionales que llevaron acabo para apaciguar a los recién conquistados.
3
Véase Pietschmann, Horst, Las reformas borbónicas y el sistema de intendencias en Nueva España, México,
Fondo de Cultura Económica, 1996. pp. 107-117. (en adelante: Las reformas). De las ideas del autor se debe de
rescatar la división que hace de la especialización de la burocracia colonial, dividiéndola en los cargos que
ejercían tareas gubernativas y los que ejercían tareas profesionalizadas. Como ejemplo de esto menciona en los
primeros a los virreyes, gobernadores, alcaldes mayores y corregidores y en el segundo a oidores, al acaldes del
crimen, y altos funcionarios de la administración financiera, p. 110.
4
Las reformas borbónicas no se reducen a un solo acto, como veremos, estas las podríamos calificar en
reformas peninsulares y de ultramar, las cuales las podemos encontrar en diversas materias desde la llegada al
trono de Felipe V; las principales que puedo mencionar son reformas administrativas, económicas, militares,
en materia de derecho y de aplicación de justicia, territoriales, eclesiásticas, agrícolas, mineras, etc.
Específicamente se pueden mencionar las reformas derivadas de los Decretos de Nueva Planta en Aragón de
Felipe V o la instauración de las intendencias en América por Carlos III.
5
Recuerdo aquí los trabajos de Javier Barrientos Grandon, Mark A. Bulkholder y D. S. Chandler, quienes,
entre otros han tratado el asunto de los letrados y de los funcionaros reales y han hecho excepcionales listas de
estos, dando cuenta de sus cargos, estudios, lagares de origen y otros más. Sin embargo recuerdo que dichos
trabajos se han centrado en relacionar una numero impresionante de letrados de las indias, principalmente de
los que ocuparon puestos de oidores y alcaldes del crimen, lo que reduce en gran medida la posibilidad de
rastrear a tenientes letrados de las intendencias, que en muchos casos no llegaron a ocupar cargos de tal
266
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
Es claro que cada uno de los grandes temas: los letrados y las reformas, tiene
muchos matices y niveles. Por eso este trabajo se centra en el último periodo mencionado
en el primer párrafo, el reformismo, y de ese específicamente en el estudio de los tenientes
letrados de las intendencias, con la finalidad de hacer una relación sucinta, sobre sus
atribuciones según la ordenanza, el papel que jugaron en realidad y sus relaciones de
poder, con la finalidad de tratar de delimitar cómo cambió, ¿sí es qué cambio?, el papel del
jurista con las reformas que instauraron las intendencias. Ahora bien, por imposible que es
tratar el tema de manera global se presenta el caso de los tenientes letrados de Valladolid.
Antes de entrar en la materia que se presenta, es preciso hacer algunas precisiones,
sobre la administración de justicia: el estado en que se encontraban las cosas.
La organización de los tribunales se constituyó a lo largo de la Colonia, España
instauró en América sus instituciones y sus tradiciones jurídicas, dentro de estas se creó
todo un sistema de aplicación jurisdiccional, el cual se integró por una cantidad enorme de
jueces y de todo tipo de oficiales con diversas facultades y jurisdicciones. Aquí cabe aclarar
que una de las principales características de la formación de los órganos de justicia es la
existencia, a lo largo de la colonia, de autoridades sin formación jurídica que se encargaban
de impartir justicia.
Los órganos más importantes en la administración de justicia ordinaria secular
novohispana eran las audiencias que ―estaban compuestas de un presidente, que en las
sedes virreinales correspondía al virrey (quien por falta de preparación jurídica no
intervenía en los procesos), cuatro, cinco y hasta ocho oidores, uno o dos fiscales, relatores
y otros funcionarios menores‖6.
Los gobernadores, que ―tenían también facultades judiciales en las llamadas causas
de gobierno; en los puertos la de juez de arribadas y en los asientos de negros 7, también
tenían facultades en las causas civiles y criminales, en las que ―actuaban como jueces de
jerarquía y que para el caso concreto constituyen estudios referenciales sobre la presencia letrada y que en el
caso del segundo trabajo mencionado hace hincapié en el asunto de los letrados para dejar marcado un
proceso de cambio en la política que la historiografía a aceptado como anticriolla.
6
SÁNCHEZ BELLA, Ismael, HERA, Alberto de la y DÍAZ REMENTERIA, Carlos, Historia del derecho indiano,
Madrid, MAPFRE, 1992, (en adelante historia), p. 220.
7
Sánchez Bella, de la Hera, y Díaz Rementeria, historia, 221
267
José Luis Alcauter Guzmán
apelación de las sentencias de los alcaldes ordinarios de los cabildos y también en primera
instancia‖8, esto en caso de que no actuara otro juez antes que ellos, ya que la competencia
jurisdiccional se podía definir a prevención. Los alcaldes mayores y corregidores, estos
también eran jueces de carácter real, eran designados por el rey o por lo virreyes, no
obstante llegaron a ser puestos vendibles, que se podían obtener en subastas, aunque en el
siglo XVIII muchos eran de nombramiento real9, lo que se puede atribuir al tan mentado
reformismo. Ellos recibían las apelaciones de las sentencias dictada por los alcaldes
ordinarios, además de que se ocupaban de asuntos no litigiosos como la celebración de
contratos, que en las ciudades realizaban los escribanos.
Por su parte los alcaldes ordinarios, eran los jueces que radicaban en los cabildos,
regularmente había dos alcaldes, estos eran los jueces ordinarios en primera instancia en
todas las causas civiles y criminales, se encontraban alcalde de primero y de segundo voto.
Finalmente el alcalde mayor indígena, que tenía facultades en materia civil y criminal y se
encontraba por encima de la jerarquía de la los alcaldes ordinarios y supeditados al
corregidor.
Además de esas jurisdicciones, existían otras como la de hacienda, la militar, los
tribunales de la Inquisición, el protomedicato, los tribunales de los consulados, el fuero
universitario, el tribunal de la Acordada y otros que funcionaron a lo largo de la vida
colonial10. Estos fueron mejor conocidos como fueros, que fue una de las grandes
características del Antiguo Régimen: la posibilidad de que los estamentos tuvieran su
propio tribunal.
En este momento es cuando se inserta el cambio. La política reformadora de los
Borbones que plantea la desaparición paulatina de los tenientes de gobernadores, de los
alcaldes mayores y de los corregidores para substituirlos por los tenientes letrados y los
subdelegados, como política que se había venido dando en cascada desde España y por
tanto se puede considerar la reforma más importante para el saneamiento de la
8
Ídem.
9
Sánchez Bella, de la Hera, y Díaz Rementeria, historia, 222
10
En este aspecto es ilustrativo el trabajo de Soberanes Fernández, José Luis, Coordinador, Los tribunales de
la Nueva España, México, Universidad Nacional Autónoma de México, 1980, 367 p. (antología).
268
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
11
Rees Jones, Ricardo, Real ordenanza para el establecimiento e instrucción de intendentes de ejército y
provincia en el reino de la Nueva España 1786, serie facsimilar, México, Universidad Nacional Autónoma de
México, 1984 (en adelante: Real ordenanza), articulo 12. p. 18-19
12
Garriga Acosta, Carlos, ―Los límites del reformismo borbónico: a propósito de la administración de la
justicia en indias‖, pp. 781-821 en Barrios Pintado, Feliciano, Derecho y administración pública en las
indias hispánicas, Actas del XII Congreso Internacional de Historia del Derecho Indiano (Toledo, 19 a 21 de
octubre de 1998), Cuenca, Universidad Castillo la Mancha, 2002.
13
Muestras de esto las encontramos en las Siete Partidas del Sabio Rey, Alfonso X, en la III partida, titulo
XXI, que se refiere a los consejeros, y señala la importancia de tomar consejo en las cosas que el hombre y el
juez deben de hacer, específicamente en la Ley II; en la Política para Corregidores y Señores de Vasallos en
tiempos de paz, y de guerra, y para Juezes Eclesiasticos y Seglares, y de Sacas, Aduanas, y de residencias y
sus Oficiales: y para Regidores, y Abogados, y del valor de los Corregimientos y Goviernos Realengos, y de
de la Ordenes, escrita por el Licenciado Jerónimo Castillo de Bobadilla, en dónde encontramos diversas
alusiones a los asesores como agentes de la administración de justicia en el sistema jurídico español, además
refiere los motivos y casos en los que se debe de tomar asesor por parte de los corregidores, el carácter de los
269
José Luis Alcauter Guzmán
Las reformas.
En diciembre de 1786 se aprobó la Real Ordenanza para la instauración de las
intendencias en la Nueva España, misma que se aplicó desde 1787. Esta ordenanza afectó
territorialmente a la Nueva España, y además en materia competencial modificó la
situación del virrey y de las audiencias, ya que creó nuevos órganos como lo fue la
superintendencia de México, que se subordinó a al ―superintendente general de la real
hacienda de indias‖14.
Se creó una nueva burocracia, desplazando a los antiguos sistemas de cargos. Esto
es, se utilizaron funcionarios especializados en sus áreas, para cumplir con funciones
específicas; como el caso de los financieros que debían de tener experiencia en el ramo, o el
caso de los judiciales que debían de ser letrados.15 Esta tendencia de especialización es
motivo de comentario mayor ya que
en esto se refleja algo que se puede observar especialmente bien en el siglo XVII: en la
disminución de la influencia de los juristas en la administración general. Los letrados,
quienes en el siglo anterior formaban la columna vertebral de la administración de la
Corona, ahora se limitaban cada vez más a las tareas para las que habían estudiado,
concretamente, la impartición de justicia.16
La conformación administrativa de las intendencias estaba constituida por el
intendente a la cabeza. Como apoyo de él estaban el teniente letrado, el de contabilidad y el
ministro tesorero. Además hubo una reforma importante por lo que ve a la organización
administrativa de las provincias, ya que incorporó a las alcaldías mayores y corregimientos
a una jurisdicción política, administrativa, fiscal y legal más apretada que la que los guiaba
anteriormente. Esto se manifestó en la atribución que le permitía a los intendentes ejercer
las facultades de justicia mayor en su jurisdicción, la que ejercían sobre los jueces de
corregidores y en su defecto la necesidad de y carácter del asesor. También véanse las Recopilación de las
leyes de indias de 1680, la que en su libro V, titulo II, dedicado a los gobernadores, corregidores, alcaldes
mayores y sus tenientes y alguaciles, señala en su ley XXXVII la obligación de que gobernadores y
corregidores no letrados nombren tenientes que lo sean.
14
Pietschmann, Las reformas, p. 135.
15
Pietschmann, Las reformas. pp. 134-161.
16
Pietschmann, Las reformas. p. 154
270
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
primera instancia y ―debían de cuidar que estos jueces resolvieran todos los juicios y
labores administrativas de la manera más expedita y confiable.‖17
La figura del teniente letrado y asesor ordinario de las intendencias, tenía la
finalidad de que estos aplicaran el derecho; porqué con la suplantación de corregidores y
alcaldes mayores por los subdelegados, el teniente letrado se convirtió en una figura que
centralizó la administración de justicia, por su carácter especializado frente a la ignorancia
de los subdelegados y la imposibilidad de tener para si asesores letrados. Así aconteció por
lo menos en la intendencia de Valladolid, en dónde en su gran mayoría los asuntos que
conocieron los tenientes letrados de subdelegaciones, se debía a que el subdelegado, llegó a
hacer las veces de juez auxiliar, ya que sólo recopilaba la información, pruebas, ejecutaba
diligencias, etc., pero no llegó a constituirse en juez.
La Real ordenanza para el establecimiento é instrucción de Intendentes de Exército
y provincia en la Nueva España, que en su artículo 15, dentro del apartado relativo a la
impartición de justicia señala.
El intendente General del Exército y Real Hacienda, y cada uno de los de provincia,
ha de tener un Theniente Letrado que ejerza por sí la jurisdicción contenciosa Civil y
Criminal en la Capital y su particular territorio, y que al mismo tiempo sea asesor ordinario en
todos los negocios de la intendencia. . .18
El cargo dado a los tenientes letrados de las intendencias comportó dos funciones
básicas y otras paralelas al cargo. La primera, el desempeño como juez en materia judicial,
como teniente letrado, que ejercía la jurisdicción contenciosa civil y criminal en el territorio
de la cabecera de la intendencia; la segunda, como asesor ordinario en todas las causas de
Gobierno de las intendencias, y; la tercera, la suplencia del intendente en sus faltas o
enfermedades. Siendo el caso que el nombramiento de estos, siempre conllevó los dos
primeros cargos y en muchos los letrados suplieron a los intendentes en sus faltas y
enfermedades19.
17
Pietschmann, Las reformas. p. 166.
18
Rees Jones, Real ordenanza, p. 23-24
19
Véase integro el citado artículo 15 de la Ordenanza.
271
José Luis Alcauter Guzmán
No obstante estas funciones, y ser el papel del teniente letrado fundamental, ya que
sólo con la existencia de un especialista se podía verificar el cumplimento de las leyes y la
aplicación del derecho por parte de los intendentes, subdelegados y en algunos casos
alcaldes ordinarios, el intendente se arrogó la función de juez del territorio del
corregimiento, por lo menos así lo manifiestan los papeles, que nos indican que el
intendente hacía las veces de juez en todos los asuntos y resolvía con dictamen del teniente
letrado, aun y cuando se tratara de asuntos civiles y criminales del territorio del
corregimiento.
Eso en contra del ordenamiento que señala específicamente que el ejercicio de las
facultades jurisdiccionales del territorio del corregimiento, debía de ejercerlas él, así como
el asesoramiento legal en cualquier decisión. Eso se deduce de las normas que refieren su
función, además de que está enclavado en un sistema jurídico riquísimo, no especializado
en su totalidad20 y que se vale de otros personajes como los militares o la nobleza para
encargarles el cuidado e impartición de justicia.
Así, el papel del jurista dentro del sistema de intendencias, se vio acotado. Puy
Muñoz en su obra las ideas jurídicas citado por Víctor Tau Anzoátegui, refiere que la
dimensión clásica del jurista se fue perdiendo en el siglo XVIII, debido a que se le agregó
la función de ―especialista técnico al servicio del estado‖21, con la finalidad de que aplicará
las leyes, aun a costa de que perdió su capacidad e independencia de juicio. Sin embargo,
no es posible afirmar tal cosa en el caso de la Nueva España y Valladolid, en donde no es
fácil decidir si esta postura del intendente benefició o no al papel de jurista, quizá el caso
sea muy aislado para preocuparse de eso, no obstante es parte de uno de los tópicos a los
que obedece la trasformación de la administración de justicia. Más si pensamos en el
teniente letrado, como un funcionario real que fue eslabón entre el antiguo jurisconsulto y
20
Se hace esa acotación, porque el proceso de especialización en los cargos se acelera con la puesta en marcha
de las intendencias. Véase Pietschmann, Las reformas. pp. 110-111
21
Tau Anzoátegui, Casuismo, p. 308. También véase la opinión de Horst Pietschmann, sobre la especialización de
los funcionarios y el terreno que perdieron los juristas en la detentación del poder y en los cargos públicos, ya que
con la creación de las oficinas de hacienda se buscó que los cargos los ocuparan personas con experiencia en el
ramo; y en general esta medida fue aplicada a todas las áreas de interés de la corona. op. cit. Las reformas p. 153-
154.
272
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
el nuevo funcionario especializado, porque eso implica aceptar que el nombramiento del
cargo le quito su dignidad y conocimiento al letrado, por estar al servicio del estado.
Cuando en realidad, junto al alcalde mayor, es uno de los pocos funcionarios de los
que tenemos la certeza que debía de ser jurista en el gobierno provincial y que por lo tanto
podía aplicar el derecho y sus conocimientos sobre otras materias a casos concretos. Más si
consideramos que hubo algunos casos en los que el alcalde mayor llegó a ser lego22.
En este asunto de si los alcaldes mayores también debían de contar con asesores
letrados, no existe acuerdo por parte de los investigadores; Muro Orejón dice tajantemente
―Esto no sucede con los alcaldes mayores‖23. Por su parte Jaime del Arenal Fenochio dice
que el asesor letrado “suplió la carencia en la formación jurídica de los corregidores y en
muchísimos casos también la de los alcaldes mayores –supuestamente letrados— y la de
sus respectivos tenientes generales o de distrito‖24.
Ahora bien, puedo decir que la Real Ordenanza, tiene un discurso interno y tuvo
otro externo. El primero implícito en el texto y en las modificaciones que le hicieron; el
segundo en el significado de la aplicación de una norma dada exprofeso, es decir: creada
para la ordenación de gobierno, hacienda, policía, guerra y justicia, sin consideración del
caso concreto y que por lo tanto, desencadenó una serie de situaciones que hicieron caminar
al jurista entre la tradición y la innovación. Entonces por lo que ve a su discurso interno,
tenemos que se emanaba orden y más orden; empero por lo que ve al externo o a lo que
dice más allá del texto: los tenientes letrados se vieron en la necesidad de aplicar derecho
en contra de la norma escrita y creada fuera del contexto real, para atenuar su aplicación en
una sociedad que convivía y se conformaba de una manera distinta a lo que se planeó en la
ley.
22
José Miranda señala en este aspecto que ―Si los corregidores y alcaldes mayores no eran profesionales del
derecho, debían tener, para el ejercicio de sus facultades judiciales, un asesor letrado‖ 22.
23
Muro Orejón, Lecciones, p. 220.
24
Jaime del Arenal Fenochio, ―Instituciones judiciales de la Nueva España‖, Revista de Investigación Jurídica,
núm. 22, 1998, México, Escuela Libre de Derecho, pp. 9-41, p. 32.
273
José Luis Alcauter Guzmán
Valladolid.
Ahora vemos el caso especifico de Valladolid de Michoacán, en el que tenemos
noticia de que el primer teniente letrado fue don Onésimo Antonio Durán y Fernández, que
el tres de junio de 1788 se le expidió la licencia para que se trasladara a la Nueva España
para ―serbir su empleo de asesor de la Intendencia de Valladolid‖26. Él llegó 21 meses
después de ser nombrado, su nombramiento señala:
Don Carlos por la Gracia de Dios Rey de Castilla […], por quanto en atención a la
aptitud y circunstancias de don Onésimo Antonio Duran y Fernández he venido en nombraros
por empleo de Teniente Letrado, con jurisdicción contenciosa, Civil y criminal y asesor
ordinario del Gobierno e intendencia a él […] que he tenido a bien crear en la ciudad de
Valladolid de Mechuacan y su provincia. […] Dado en Madrid a nueve de diciembre de mil
setecientos ochenta y seis = Yo el Rey = José de Gálvez. Titulo de teniente letrado y asesor
25
Escudero, Curso de Historia del Derecho, pp. 587-588. La acepción se ubica como originaria de Aragón,
esta figura se refiere a un ―juez palatino que a mitad del siglo XIII sigue la curia del monarca, la asesora,
instruye las causas y publica las sentencias que esa curia dicta‖. Debía de ser siempre un caballero‖. Las
facultades de éste fueron aumentando, hasta que Jaime I le otorgó facultades para conocer causas en primera
instancia en cualquier lugar del reino y conocer la apelación en contra de los jueces locales. Así, en el
Privilegio de la Unión de 1287, se expresaba que determinadas penas a los nobles aragoneses o procuradores
de la ciudad de Zaragoza, sólo se podían imponer por el rey tras la sentencia del Justicia. Las facultades de
este Justicia, a lo largo del siglo XIV fueron tan amplias que se convirtió en juez superior de interpretación
del derecho aragonés y se instauró un procedimiento de contrafuero, por medio del cual se podían acoger a la
jurisdicción del justicia en contra de sentencias de otros jueces. Así, en calidad de interprete superior y juez
protector por medio de un procedimiento que se conoció como de manifestados, fue un cargo que sólo hasta
1390 se le acotó el poder en las cortes de Monzón, en las que se nombraron cuatro inquisidores para revisar su
actuación siendo las corte las juzgadoras, posteriormente la revisión por las cortes fue substituida por la
Comisión de los diecisiete, formada por sorteo entre obispos, procuradores y caballeros, quienes juzgaban al
justicia
26
AER, AGI. Casa de contratación, registro de pasajeros, Onésimo Duran.
274
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
27
AGN, Intendencias, vol. 81, fojas, 163-168
28
AGN, Intendencias, vol. 81, fojas, 163-168
29
AGN, AHH, exp. 516, p.13.
30
Barrientos Grandon, Guía, pp. 468-469.
31
AGN, AHH, exp. 516, p. 13R.
32
AGN, AHH, exp. 516, p. 14.
33
AGN, AHH, exp. 516, p. 14.
275
José Luis Alcauter Guzmán
fundamental para su carrera y quizá en mucho, de ella dependían los honores y cargos
recibidos.
Los homólogos de Onésimo fueron a lo largo de la presencia de las intendencias
José Alonso de Terán (ordinario, 1800), Agustín de Lotopedí y Garciarena (interino, 1811),
José María Relaño y Arias (ordinario 1813), y Tomás Salgado (interino, 1818).34 De estos
se cuenta con alguna información, misma que no se desarrolla por la extensión del trabajo.
Las funciones.
De la información, localizada en el AGN, se corrobora que el teniente letrado
ejercía la jurisdicción civil, criminal y de hacienda, y que tal y como lo estipulaba la Real
ordenanza para el establecimiento e instrucción de intendentes de ejército y provincia en el
reino de la Nueva España, que suplió al intendente en su encargo, esto tal y como se puede
apreciar del acta levantada con fecha 21 de enero de 1791, en la que el Intendente de
Valladolid Juan Antonio Riaño y Barcena certifica que desde que tomó posesión del cargo
de teniente letrado Onésimo Antonio Duran y Fernández cumplió con las
obligaciones de el despacho […] todas la causas assi Civiles, como Criminales y de
Real hacienda […] assi mismo las funciones de intendente que exerció
interinamente, desde principios del mes de enero hasta últimos de mayo del año
pasado35.
De igual forma, en el caso de Onésimo se puede decir que suplió constantemente a
los Intendentes Riaño y Felipe Díaz de Ortega en la presidencia de las juntas de cabildo, en
los años 1790 a 1791 que de 34 juntas de cabildo 19 las presidió Onésimo, en ausencia de
Riaño. Y en los años de 1792 y 1793 de 33 juntas de cabildo 15 las presidió Onésimo en
ausencia de Díaz de Ortega.36
Por lo que se refiere al ramo de justicia se encargaba de guiar al intendente en el
trámite y resolución de los asuntos. Así al recibir una demanda el intendente, la admitía y
daba la orden de que se pasara al asesor, el cual recomendaba al intendente lo que debía de
hacer para la resolución del asunto, ya fuera que de forma expedita recomendara la
34
Toda información proviene de diversa documentación localizada en el AGN.
35
AGN, AHH, exp. 516, fojas 1-17, p. 11.
36
AHMM. Libros Manuscritos, 69. 1790-1793.
276
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
ejecución de un cobro o que solicitara información a los subdelegados, etc. Una vez que se
reunían las pruebas, éste emitía un dictamen en el que regularmente no expresaba las causas
jurídicas de la decisión, que se encontraba prohibido,37 y con esto el intendente dictaba la
sentencia, en la que regularmente insertaba el dictamen del asesor o indicaba que se hacía
con dictamen de él.
En los ramos de Gobierno y de Hacienda el procedimiento era igual. Para ilustrar esto
se comenta un ejemplo en el que los naturales del Pueblo de San Mateo Aguiran del partido de
San Pedro Paracho, don Pedro Estrada, don Nicolás Hipólito y don Tomás Lorenzo, indios
principales de ahí, denuncian que fueron detenidos y azotados tres naturales por el justicia
interino del pueblo, y que hasta ese momento se encuentran detenidos, por lo que solicitan se
les ponga en libertad y no se les maltrate por ser indios.38
Una vez que el intendente conoce del asunto lo pasa al asesor con el único acuerdo que
cita ―al asesor‖. El asesor al momento que conoce recomienda con esta formula, ―puede su
Señoría si fuere de su agrado‖, que se solicite informe con justificación al subdelegado, a lo
que el Intendente acuerda con la formula ―como parece al asesor‖, poniendo su nombre y
títulos nobiliarios y rematando ―doy fee‖.39
El asunto continúa así, y una vez que el asesor estima contar con las pruebas necesarias
dictamina, para el efecto de que se pongan en libertad a los indios y señalando que los indios
por ningún motivo deben de sufrir costas o se les debe azotar. El asunto es resuelto con las
formulas dichas y con sentencia del intendente en la que trascribe el dictamen del asesor.40
Los testimonios documentales afirman que los asuntos que atendía el intendente con
intervención del asesor letrado en el ramo de Gobierno que era el más variado, eran las quejas
en contra del abuso de subdelegados y de alcaldes ordinarios, remates de tierras, licencias, no
37
Para e caso véase Garriga, Carlos y Lorente, Marta, “El juez y la Ley: la motivación de las sentencias
(castilla, 1489-España, 1855)”p. 273. en Garriga, Carlos y Lorente, Marta, Cádiz, 1812, la Constitución
Jurisdiccional, España, Centro de Estudios Políticos y constitucionales, 2007, epilogo de Bartolomé Clavero,
174, Cuadernos y debates, Bicentenario de las Cortes de Cádiz. Y las fuentes citadas referente a esto en
páginas anteriores.
38
AHMM. Gobierno, caja 14, exp. 14, 1792.
39
Ídem.
40
Ídem.
277
José Luis Alcauter Guzmán
pudiendo afirmar que fueran exclusivos, pero señalando que en la exploración que se realizó
fueron de los más localizados.
En el ramo de justicia los asuntos eran variados contratos, pagos de pesos,
arrendamientos, concurso de acreedores, lesiones, testamentos, robo, alimentos, así como
apoyo para rendir información, diligenciar diversos tramites para la Real Audiencia o para
otros tribunales como el de la Acordada.
En el ramo de hacienda los asuntos que se atendían entre otros eran el pago de
alcabalas, la devolución de pago indebido, cobro excesivo de tributos, entrega de tributos,
consultas sobre impuestos.
En el caso de los asuntos de pago de pesos, la intervención del intendente y del asesor
eran netamente de dictaminadores, ya que no había una prosecución para la ejecución del
asunto, sino que simplemente se mandaba el asunto con acuerdo de cobro al subdelegado, para
que requiriera del pago al deudor y una vez reconocido el adeudo se le daba el término de tres
días para acudir a pagar al juzgado y en caso de no hacerlo, se remitía el asunto al regidor
alguacil para que ejecutara y embargara. Este es el caso del asunto promovido por Maria Luisa
y José Vivero, vecinos de Valladolid en contra de José Thomas Martínez de Indaparapeo,
entre muchos otros.41
Hasta aquí se pueden delinear grosso modo materias y formas en las que intervenía el
teniente letrado de la intendencia en los asuntos litigiosos, sin embargo en el Libro de copias
de oficios y otros papeles concernientes a la Intendencia se localiza un dictamen que a
petición de la real audiencia hace el teniente letrado José Alonso de Terán, en lo referente a la
idoneidad de nombrar subdelegados a los vecinos y arraigados en la villa de Aguascalientes,
en lo que expresa su agrado en que se nombren así por ser provechoso para la administración
de justicia y de la Hacienda real, aún y cuando contravenga las leyes del Reino.42
En la Real Audiencia de Nueva Galicia se suscitaron diversos criterios con motivo de
la Muerte del Intendente en turno Don Jacovo Ugarte y Loyola, uno de estos es conocido por
el oidor fiscal Don Francisco Camacho, señalando que no esta convencido de que por
41
AHMM, Justicia, caja 61, exp. 10.
42
Libro de copias de oficios y otros papeles concernientes a la intendencia. Libro 94, 1800-1821, pág. 1
278
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
muerte de el intendente recaigan en el Theniente letrado, todas sus atenciones, aún las de
del gobierno político, respecto a que por posteriores cédulas de 22 de agosto de 89 y 13
de julio de 1796 se ha resuelto que por vacante de virrey o presidente recaiga el gobierno
político y militar en las audiencias43
Como se puede apreciar las facultades del asesor letrado para suplir las faltas de los
intendentes también fueron discutidas de manera muy prolija.
Dentro de esta relación de casos paradigmáticos, que nos ilustran sobre las variadas
funciones de los tenientes letrados de las intendencias, se comenta un asunto en el que
promueve Juan Domingo González de Cosío, minero y vecino del Real de Minas de
Tlalpujahua, ante Juan Antonio de Riaño, en la que promueve apelación llamando al
intendente "Juez de Alzadas", con la finalidad de que se resuelva al asunto en el que se le
demandó el pago de pesos por la cuenta de habilitación de minas que puso en su contra
Joaquín Antonio Barreo del mismo lugar. De este asunto conoció José María Rivera en Junio
de 1788, quien resolvió que dicho pedimento era justo y arreglado a derecho.44
Este caso se comenta porque de acuerdo a las disposiciones para la creación de las
intendencias y a lo que comenta Piestchman, esta competencia no estaba dada a los
intendentes, por lo que es de trascendente importancia registrar este tipo de antecedentes, con
la finalidad de verificar su seguimiento y en su caso la posible causa de un conflicto ante la
Audiencias.
Finalmente se hace referencia a la Real Cédula de 22 de septiembre de 1793 y a la
Real Orden de 18 de Septiembre de 1799, sobre responsabilidad de jueces y asesores, en las
que el Consejo del Rey Carlos IV se refiere a la responsabilidad de los jueces y de los
asesores y en las que se observa claramente que la potestad del juez es nugatoria, ya que la
verdadera responsabilidad de los asuntos que se resuelven con ayuda de asesor son
responsabilidad de los asesores, lo que a mi parecer deja de ver un paso en la trasformación
de los funcionarios especializados y en la recepción por su parte de las cargas de los
procesos, además de que es claro que el cargo de juez del intendente, es más una envoltura
43
Diego-Fernández Sotelo y Mantilla Trolle, La Nueva Galicia, Vol. III, p. 328.
44
AHMM, Justicia, caja 61, exp. 4.
279
José Luis Alcauter Guzmán
en la que se siguen escudando personajes de abolengo y con méritos en las cortes o en las
ciudades, pero que no son capaces de responsabilizarse de las materia jurídicas. Estos
documentos muestran el la no tan sutil línea que se va marcando entre el juez como
jurisconsulto y el juez como gobernador, ya que el único caso en el que comparten la
obligación los jueces con los letrados es en los casos de gobierno, lo que permite delinear en el
futuro un alejamiento mas certero.
Finalmente.
Solo quiero tratar de aclarar el asunto, según lo veo, de acuerdo a la Real Ordenanza
primero tenemos que se sostiene que el intendente tenía para si la causa de justicia de
acuerdo a los numerales 9 y 11 de la ordenanza, de lo que disiento. Ya que considero que
de acuerdo a la ordenanza las causas civiles y criminales eran de exclusiva aplicación del
teniente letrado y debía de hacerlos como juez. Que en la realidad se haya hecho al
intendente ser el juez y no el justicia mayor o supervisor de sus jueces, es otro asunto, que
atribuyo al centralismo del poder que ejercieron los intendentes, ya por falta de
entendimiento de la ordenanza o por considerar esta causa de importancia y querer mantear
su poder sobre eso.
Me refiero sólo a la causas civiles y criminales en las que de acuerdo al articulo 15,
el teniente letrado ejercía ―por sí‖, y a las que el indebidamente, algunos autores45, oponen
los artículos 9 y 11, que señalan las facultades de los intendentes en cuestiones de elección
y nombramiento de subdelegados, de justicia mayor y de revisión del cumplimiento de los
mencionados cargos.
En posición a eso, encuentro los artículos 18, 19, 21 y 22 de la real ordenanza, en
las que se manifiesta el articulo 19: ―de los autos o sentencias que dieren los referidos
tenientes letrados como jueces ordinarios‖46, y; el 22 ―y en estos casos podrán llamar a sus
Tenientes, Subdelegados, Alcaldes Ordinarios y demás jueces subalternos, para advertirles
su obligación‖47. Esto entre otras menciones que dan un matiz de juez al cargo. Y que sin
45
García Pérez, Rafael D., Reforma y resistencia. Manuel de la Flon y intendencia de Puebla, México,
Porrúa, 2000. p. 70.
46
Rees Jones, Ricardo, Real Ordenanza, p. 28.
47
Rees Jones, Ricardo, Real Ordenanza, p. 30.
280
Los Tenientes Letrados y la Administración de Justicia en la Intendencia de Valladolid
duda ilustran que el teniente letrado era juez, y juez letrado ―por sí‖ y la participación del
intendente como juez debía de ser sólo en las causas que no fueran las civiles y criminales,
pese a que en la realidad, como hemos visto, haya sido de otra forma.
Como he dicho es un asunto que deja ver el centralismo de poder que ejerció el
intendente, cuando en realidad trataba la ordenanza de segregar el poder de ciertas
decisiones y constituía al intendente el supremo observador o supervisor al darle el cargo de
justicia mayor.
Además creo que el poder estos personajes, se fundó en una vieja tradición de respeto,
que contradictoriamente se insertó en un ambiente de especialización por materia que los puso
fuera de muchas de las acciones de las que antes eran participes sus homólogos, por lo que la
figura del letrado en las intendencias tenía la fuerza ideológica de la tradición pero las mermas
que le imponía un sistema que deleznaba su poder y trataba de crear otro tipo de poder. Así,
que el mejor enemigo del teniente letrado, en muchos casos lo fue el intendente que en aras de
manifestarse como un servidor competente, no permitió el ejercicio de todas las facultades que
se les daban a los letrados en la Real Ordenanza, supeditándolo a un equivoco en la
interpretación de una tradición y de una norma que pretendía ser clara pero que no logro, así lo
muestran las enmiendas y glosas que se han encontrado de ellas.
Entonces puedo concluir que es el teniente letrado un personaje, que fue un icono de la
justicia en donde en realidad ejercía una función disminuida y supeditada. Que tuvo un papel
secundario y que la historiografía le ha relegado para dar todo el crédito al titular de la
intendencia, olvidando que los personajes como los tenientes letrados tuvieron la capacidad de
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De los Alcaldes al Juez de Letras:
Administración de Justicia Menor en Morelia
En estos días cuando se hace referencia al juez viene a nuestra mente la imagen
clara de un funcionario dependiente del poder judicial, con características y funciones
definidas, sin embargo, en 1835, año en que se sitúa el presente estudio esta claridad no
existía, en esos momentos era común encontrar a los alcaldes de los Ayuntamientos
ejerciendo funciones de jueces de primera instancia en materia civil y criminal.
Este trabajo se enfoca a mostrar cómo se da el relevo entre estos funcionarios –los
alcaldes y el juez de letras-, tanto en las leyes como en la práctica judicial, la problemática
que trata de resolverse con la creación de un funcionario letrado que solucionara las
controversias judiciales en primera instancia y los resultados que se observan en el juzgado
de letras al iniciar el nuevo funcionario sus actividades.
1
Se sustituyó el nombre de Valladolid por el de Morelia, el 16 de septiembre de 1828, en honor de su “digno
hijo, benemérito de la patria, ciudadano JOSE MARIA MORELOS.” El cambio de nombre se hace extensivo
al municipio, que antes, al igual que la ciudad, llevaba el nombre de Valladolid. En COROMINA, Amador,
Recopilación de Leyes, Decretos y Circulares expedidas en el Estado de Michoacán, Tomo I, Morelia,
Imprenta de los hijos de I. Arango, 1886, p. 96.
2
En el régimen monárquico, independientemente del nivel jerárquico que tuviera cada uno de los encargados
de administrar justicia, “…tenían como denominador común ser jueces, en razón de que ejercían por
designación y delegación real, en sus respectivas instancias, la facultad de juzgar…Estos personajes
acumulaban distintas funciones de gobierno pero su condición de jueces derivaba únicamente de la
posibilidad que tenían de resolver controversias dictando sentencia.” En TÉLLEZ GONZÁLEZ, Mario
Armando, La justicia criminal en el valle de Toluca, 1800-1829, Zinacantepec, Estado de México, El Colegio
Mexiquense, A.C., Tribunal Superior de Justicia del Gobierno del Estado de México, Instituto de Estudios
Legislativos del Congreso del Estado de México, UAEM, 2001, p. 92.
3
Constitución política del Estado libre federado de Michoacán, artículos 115-118, en TENA Ramírez, Felipe,
Michoacán y sus constituciones, Morelia, Gobierno del Estado de Michoacán, 1968, p. 31.
4
Ídem., pp. 32-35.
288
De los Alcaldes al Juez de Letras: Administración de Justicia Menor en Morelia
5
Los asesores ordinarios de los departamentos eran, generalmente letrados que asesoraban a los prefectos y,
los jueces de primera instancia, cuando no eran letrados, en cuyo caso debían pedir asesoría o dictamen los
asesores antes de dictar sentencia en las causas criminales, sin la cual no podían sentenciar. Los asesores
ordinarios de los departamentos fueron creados por medio de la orden de 28 de enero de 1826, que establecía
que en cada departamento debía haber un asesor ordinario letrado. En Memoria de Gobierno de 1827
presentada al Congreso del Estado por el gobernador Antonio de Castro, en Archivo Histórico del Congreso
del Estado de Michoacán, en adelante (AHCM), Primera legislatura 1825-1827, 1827, Caja 2, Exp. 10.
6
Se dividió al Estado de Michoacán en departamentos, partidos y municipios. Los departamentos eran, el del
norte, poniente, sur y oriente. El partido de Valladolid pertenecía al departamento del norte, del cual era
capital la ciudad de Valladolid. Además del partido de Valladolid, pertenecían al departamento del norte los
partidos de Tiripetío, Charo, Cuitzeo, Huaniqueo y Pátzcuaro, y se establecía que en cada uno de éstos
funcionaría un juez de partido, en COROMINA, Amador, 1886, Óp. Cit., pp.75.
7
Ibídem., pp.126-127.
El juicio de Conciliación o de paz era un acto judicial que tenía por objeto evitar el pleito que alguno quisiera
entablar, procurando que las partes se avinieran o transigieran sobre el motivo que dio origen a la
conciliación, en ESCRICHE, Joaquín, Diccionario razonado de legislación y jurisprudencia, Nueva edición
corregida notablemente y aumentada con nuevos artículos, notas y adiciones sobre el derecho americano por
Don Juan B. Guim, Edición facsimilar, Paris, Imprenta de la viuda Deis, 1851, p. 956.
8
HERNÁNDEZ DÍAZ, Jaime, Orden y desorden social en Michoacán: El derecho penal en la primera
república federal 1824-1835, Morelia, UMSNH, Instituto de Investigaciones Históricas, Escuela de Historia,
Morevallado Editores, 1999, p.311.
289
Eva Elizabeth Martínez Chávez
de partido en las cabeceras de éstos, ejercerían esta función los alcaldes de los
Ayuntamientos.9
En vista de que los alcaldes de los Ayuntamientos eran los más inmediatos agentes
de la administración de justicia, “…se ha designado su número con proporción al de la
población en que tienen que ejercer su ministerio, con el laudable objeto, sin duda, de que a
nadie falte este importante recurso y que el trabajo quede cómoda y equitativamente
repartido…”10
Sin embrago, los procesos repartidos en forma equitativa entre los diferentes
alcaldes de la capital michoacana fue una idea que no fue posible llevar a la práctica, ya
fuera porque
No todos los alcaldes tienen una misma aptitud, ni una misma dedicación, ya por aquella
libertad que tienen los individuos de una municipalidad para ocurrir indistintamente al juez
que más les acomode o al que más cerca tienen donde hay más de uno. Resulta de aquí que
el alcalde que en las elecciones sale de mayores aptitudes, con más empeño y dedicación al
cumplimiento de sus deberes lleva la peor parte de esa carga, pues acuden a él con mayor
frecuencia y en más número los litigantes, se sobre carga de negocios de tal manera que no
puede despacharlos a la vez que otros de sus compañeros tienen sobrado tiempo para
dedicarse a sus negocios particulares o a holgarse en el descanso; y ya se ve que bajo tal
suceso, que por desgracia no es de los más raros, la justicia no puede estar administrada tan
recta y prontamente como es de desear.11
Las carencias de los alcaldes al momento de formar los procesos se entiende si los
ubicamos en medio de su particular problemática, pues estos personajes generalmente no
eran letrados y no recibían un pago por sus funciones como administradores de justicia, por
lo que además de sus múltiples ocupaciones en el Ayuntamiento debían hacerse cargo de
asuntos particulares que les allegaran recursos para sobrevivir, lo antes expuesto lo
manifiesta un ciudadano de le época en los siguientes términos:
[Los alcaldes] Se hallan muy recargados de ocupaciones. En un lugar de mediana población
sólo las conciliaciones y demandas verbales los entretienen continuamente, tienen además
que asistir a los Ayuntamientos y ejecutar sus acuerdos, estrechar los renuentes al pago de
contribución, convocar y presidir las juntas electorales , expedir licencias para portar armas,
autorizar y distribuir boletas de seguridad para votar, con otras mil atenciones, sin contar las
9
GARCÍA ÁVILA, Sergio, La administración de justicia en Michoacán durante la primera mitad del siglo
XIX, Morelia, Supremo Tribunal de Justicia del Estado de Michoacán, 1993, p.46.
10
Periódico El Michoacano Libre, Tomo 2, Número 22, p.86, en Hemeroteca Pública Universitaria, en
adelante (HPU).
11
Ídem.
290
De los Alcaldes al Juez de Letras: Administración de Justicia Menor en Morelia
domesticas de que no pueden prescindir, como que no gozan sueldo y por lo común no son
grandes sus facultades. De aquí se sigue forzosamente el atraso de las causas y muchas
veces la absoluta impunidad, pues no sabiendo como formar un proceso para librarse de
reconvenciones por sus defectos o demora, toman el partido de desentenderse de los delitos,
dejando en plena impunidad al delincuente o imponiendo una pena correccional al que
merecía un suplicio.12
12
Ídem.
13
Memoria de Gobierno de 1831, presentada al Congreso del Estado por el secretario del despacho, Antonio
García Rojas. AHCM, Tercera legislatura 1829-1831, 1831, Caja 6, Exp. 8.
291
Eva Elizabeth Martínez Chávez
Ante esto, los grupos que detentaban el poder en Morelia presentaron un proyecto
de reformas a la Constitución estatal, dichas reformas se referían al poder judicial. La
encargada de hacer una realidad las anheladas reformas constitucionales fue la IV
legislatura, a mediados de 1831.14 Después de acaloradas disputas ideológicas entre los
defensores y detractores de la creación de los jueces de letras y en general de las reformas
propuestas para el poder judicial estatal en su conjunto, se aprobó por la legislatura estatal
el decreto número 20, en diciembre de 1831, “en el que se facultaba al gobierno a
establecer en el Departamento del Poniente hasta 4 jueces de primera instancia y uno en el
partido de Puruándiro.”15
Para ser juez de primera instancia se tenía que cumplir con una serie de requisitos
como haber nacido en algún lugar de la república mexicana, ser ciudadano en ejercicio de
todos sus derechos, mayor de veinticinco años y estar instruido en la ciencia del derecho, lo
que debía calificar el Supremo Tribunal.16
En este primer momento se acordó que la creación de los jueces de letras sería
gradual y, ante la alarmante situación de inseguridad que se vivía en el departamento del
poniente a causa de la proliferación de bandidos, el gobierno, por medio de decreto “acordó
nombrar 3 jueces de primera instancia en el Departamento del Poniente y uno en el Partido
de Jiquilpan…El decreto de Creación de los Jueces de Letras reducía a los alcaldes a
conocer de los casos de juicios verbales y, en el mismo tenor, sujetaba su actuación a la ley
expedida en Cádiz el 9 de octubre de 1812,17 y a la aprobada por el Congreso Constituyente
de Michoacán el 24 de enero de 1825.”18
El reordenamiento que suponía la creación y funcionamiento de los jueces de letras
necesariamente debía reflejarse en los espacios de competencia asignado a cada autoridad
judicial, “de ahí que paralelamente a la aprobación del sistema de jueces de primera
14
Sobre los proyectos presentados y la discusión que se dio en torno a la creación del juez de letras véase a
HERNÁNDEZ DÍAZ, Jaime, 1999, Óp. Cit. y GARCÍA ÁVILA, Sergio, 1993, Óp. Cit.
15
HERNÁNDEZ DÍAZ, Jaime, 1999, Óp. Cit., p.361.
16
COROMINA, Amador, Tomo V, 1886, Óp. Cit., p.19.
17
Reglamento de las audiencias y juzgados de primera instancia. En DUBLÁN, Manuel y LOZANO, José
María, 1876, Legislación mexicana o colección completa de las disposiciones legislativas expedidas desde la
independencia de la república, Tomo I, México, Imprenta del Comercio, 1876, pp.369-372.
18
HERNÁNDEZ DÍAZ, Jaime, 1999, Óp. Cit., pp.361-362. Ambas leyes establecían las facultades y
limitantes de los alcaldes de los Ayuntamientos cuando actuaban como jueces de menores.
292
De los Alcaldes al Juez de Letras: Administración de Justicia Menor en Morelia
19
GARCÍA ÁVILA, Sergio, 1993, Óp. Cit., 1993, p.135
20
COROMINA, Amador, Tomo V, 1886, Óp. Cit., pp.8-10.
21
HERNÁNDEZ DÍAZ, Jaime, 1999, Óp. Cit., p.364.
22
El primer juez de letras de Morelia se había recibido de abogado en el tribunal superior de Michoacán el 25
de septiembre de 1828. En HERNÁNDEZ DÍAZ, Jaime, La formación de una nueva tradición jurídica en
Michoacán. 1825-1844. Trabajo presentado en el seminario de Historia del Derecho y la justicia, México,
D.F., 9 de Noviembre de 2007.
293
Eva Elizabeth Martínez Chávez
desempeñó funciones de asesor del departamento del norte, mismo al que pertenecía la
ciudad de Morelia.23
Al iniciar sus funciones el juez letrado, los alcaldes del Ayuntamiento moreliano
empiezan a remitirle los procesos que se encontraban conociendo para que los continuara y
sentenciara, esto se observa desde el primero de agosto del citado año.24 De la práctica
judicial de la época se desprende que el 3 de agosto de 1835 el alcalde primero
constitucional de Morelia, Mariano de Arana, actuando en su carácter de juez de primera
instancia, manda que “Habiendo tomado posesión de su encargo el señor juez de letras de
esta Capital, pásesele este expediente para su prosecución.”25 Esta situación poco a poco se
fue multiplicando entre los alcaldes constitucionales de Morelia que estaban conociendo de
procesos contra ladrones en gavilla, heridas, ladrones cuatreros, rapto, robo y fuga de reos.
Antes de la entrada en funciones de este personaje los alcaldes de los
Ayuntamientos, actuando como jueces menores, remitían las causas sentenciadas al tribunal
superior para que confirmara revocara o modificara la sentencia, práctica que no varió con
la entrada en escena del juez de letras, ya que éste funcionario después de emitir su
sentencia remitía el proceso al tribunal superior y esperaba su resolución para ejecutar la
sentencia que había pronunciado. Lo anterior se llevaba a efecto si el tribunal superior
confirmaba la sentencia, pues de lo contrario el juez de letras debía acatar el mandato del
tribunal, ya fuera que la revocara y mandara hacer nuevas investigaciones o ampliar las
realizadas, ya acatando las modificaciones que le mandara hacer.
Es interesante destacar que el juez de letras de Morelia, funda sus sentencias
basándose principalmente en leyes estatales, la ley de 6 de septiembre de 1829, la
Constitución estatal y en caso de no existir una ley que regulara el caso concreto sobre el
23
Archivo Histórico del Supremo Tribunal de Justicia en el Estado, en adelante (AHSTJE), Morelia, Penal,
Juzgado primero de letras, 1835, Caja 1, Exp. 24, 118 fojas. Expediente criminal formado por ladrones en
gavilla. AHSTJE, Morelia, Penal, Juzgado tercero de letras, 1835, Caja 1, Exp. 2, 53 fojas. Expediente
criminal formado por rapto y portación de arma de fuego. AHSTJE, Morelia, Penal, Juzgado cuarto de letras,
1835, Caja 1, Exp. 8, 75 fojas. Expediente criminal formado por heridas.
24
AHSTJE, Morelia, Penal, Juzgado sexto de letras, 1834, Caja 1, Exp. 16, 46 fojas. Expediente criminal
formado por heridas. AHSTJE, Morelia, Penal, Juzgado primero de letras, 18354, Caja 1, Exp. 24, 118 fojas.
Expediente criminal formado por ladrones en gavilla.
25
AHSTJE, Morelia, Penal, Juzgado primero de letras, 1834, Caja 1, Exp. 27, 51 fojas. Expediente criminal
formado por robo.
294
De los Alcaldes al Juez de Letras: Administración de Justicia Menor en Morelia
que versaba el proceso, acudía a leyes emitidas durante el tiempo de la monarquía, es decir,
se percibe en la actuación de este funcionario una convivencia entre las leyes monárquicas
y las emitidas para un Estado libre y soberano.
Al iniciar el juez de letras el conocimiento de los procesos se observa un desahogo
de las causas en tiempos mucho menores que los que tardaban en resolver las causas los
alcaldes constitucionales, ya que el juez de letras llegó a resolver algunos de los procesos
que le habían sido turnados en tiempos que oscilaron entre 17 días y tres meses, en
procesos formados por robo y heridas; aunque en algunos otros casos el juez de letras tardó
en resolver entre siete meses y un año, esto se dio en procesos que implicaban cierto grado
de dificultad para formar las investigaciones, ya fuera porque los reos fueron acusados de
ladrones en gavilla o el crimen se había cometido en otra población, por lo que debió
recabar informes de la conducta de los reos en poblaciones distintas de Morelia, lo que
significaba demora en la formación y sentencia del proceso.26
La mayoría de los procesos que resolvió el juez letrado en 1835 muestran que este
juzgador sentenció a los reos en menos tiempo del que llevaba el proceso en manos de los
alcaldes constitucionales, con lo que se cumplía con una de las expectativas de su creación:
agilizar y mejorar la administración de justicia.
Por lo que respecta a los alcaldes constitucionales, de la práctica diaria de los
tribunales se desprende que sus funciones a partir de la entrada en escena del juez de letras
se vio reducida a la formación de las sumarias de los crímenes que se cometían en el
territorio de su competencia, las que, una vez concluidas remitían al juez de letras del
partido, el licenciado Francisco Antonio Benítez, para que continuara el proceso y emitiera
la sentencia.27
Concluyendo, se ha podido comprobar que la figura del alcalde del Ayuntamiento se
conservó de la época de la monarquía absoluta, en la que se les denominaba alcaldes
ordinarios, término que se modificó con la entrada en vigor de la Constitución de Cádiz de
26
La información que sirve como base para afirmación vertida proviene de varios procesos sentenciados por
el juez de letras de Morelia, licenciado Benítez, localizados en el AHSTJE, juzgados de letras de Morelia,
varios expedientes.
27
AHSTJE, Morelia, Penal, Juzgado primero de letras, 1835, Caja 1, Exp. 19, 95 fojas. Expediente criminal
formado por ladrones cuatreros.
295
Eva Elizabeth Martínez Chávez
1812, ordenamiento que cambia a los alcaldes el adjetivo ordinario por el de constitucional,
mismo que continúan usando en el México independiente. Las funciones judiciales de los
alcaldes no variaron en la práctica hasta que entran en funciones los jueces de letras, lo que
sucedió en Morelia en 1835, con el inicio de las actividades del juez letrado los alcaldes del
Ayuntamiento son relegados al conocimiento de juicios verbales, conciliaciones y la
formación de las primeras averiguaciones o sumarias en los procesos criminales, es decir,
su actuación judicial se ve limitada a asuntos menores y auxiliar al juez letrado.
FUENTES
BIBLIOGRAFIA
296
De los Alcaldes al Juez de Letras: Administración de Justicia Menor en Morelia
TENA RAMÍREZ, Felipe, Michoacán y sus constituciones, Morelia, Gobierno del Estado de
Michoacán, 1968.
297
Eva Elizabeth Martínez Chávez
298
La Expresión de las Ideas en la Nueva España.
Las Coplas, Cantos y Bailes Prohibidos por la Inquisición
desconocen sus autores y que hoy se conoce casi exclusivamente por los causas seguidas
por la Santa Inquisición.
En particular presentaremos tres ejemplos dentro de lo que se conocen como las
coplas, cantos y bailes prohibidos por la Inquisición, que son conocidas como las coplas del
“Chuchumbé”, la “Tirana” y el “Bayle de las Animas”, la primera de ellas de Veracruz y
las dos últimas de Michoacán.
Ya que fue en donde se llevaron a cabo una gran cantidad y multitudinarios autos de fe, y en donde la
2
persecución, procesos y penas fueron más duras, las cuales en su mayoría terminaron en la horca, hoguera y
otros crueles e infamantes tormentos.
Gargallo García, Olivia, La Comisaria Inquisitorial de Valladolid de Michoacán, Universidad Michoacana
3
de San Nicolás de Hidalgo, Colección Historia Nuestra 21, México, 1999, p. 11.
Textos de historia del derecho y de las instituciones públicas de España, Dykinson, España, p. 97.
4
300
Gabriela Ponce Báez
población (sobre todo entre estamentos sociales altos) que se cometieran faltas contra la fe5,
ya que los indígenas quedaron fuera de su jurisdicción.
Pero a pesar de todo, la Inquisición fue un medio muy efectivo que le aseguró a la
Iglesia católica el respeto y la omnipresencia en todos sus territorios; y a su vez, a la
Monarquía Española le garantizó su permanencia, estabilidad y dominación por más de tres
siglos en estas tierras.
En virtud de que entre las penas más graves, y por tanto más temidas por los españoles, se encontraba la
5
301
La Expresión de las Ideas en la Nueva España. Las Coplas,Cantos y Bailes Prohibidos por la Inquisición
los mandamientos y prescripciones de la Iglesia”7, que eran bastante comunes sobre todo en
los territorios que se encontraban más alejados de la capital.
En torno a este último punto es sobre el que desarrollaremos el presente trabajo, en
virtud de que las coplas, cantos y bailes prohibidos por la inquisición, fueron prohibidos
precisamente por considerarse ofensivos a la religión, a la moral y las buenas costumbres
de la época, ya fuera por su contenido irreverente sobre los estratos sociales altos, sobre la
Iglesia, o por su contenido sexual y político.
Este tipo de faltas fueron cometidos principalmente por grupos sociales pobres,
mestizos, indígenas y marginados, en donde la palabra, el canto y el baile cobraron mayor
vida, quizá porque es donde esta palabra se encuentra más protegida, ya sea por el
anonimato de sus autores y ejecutantes, o porque a fin de cuentas, es en donde se tenía
menos que perder.
Masera, Mariana (coordinadora), La otra Nueva España. La palabra marginada en la Colonia, UNAM –
8
302
Gabriela Ponce Báez
http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/jines/91361652989703053754491/p0000005.htm#I_23_
Gargallo García, Olivia… op. cit., p. 116.
10
AGN, Inquisición, Vol. 1052, Exp. 20, ff. 292 – 303, Ver. (1766), citado por el grupo Nesh – Kala, Danuel
11
Contreras (investigación), en el disco La Música Prohibida por la Inquisición, Tlalli y Radio Educación,
México, 1995.
303
La Expresión de las Ideas en la Nueva España. Las Coplas,Cantos y Bailes Prohibidos por la Inquisición
mal ejemplo de los que lo ven como asistentes, por mezclarse con él manoseos de tramo en tramo
abrazados y dar barriga con barriga, también me informan que esto se baila en casas ordinarias, de
mulatos y gente de color quebrado no de gente seria ni entre hombres circunspectos y si entre
soldados, marineros y broza…
Otra de las denuncias de las que fue objeto este canto, fue llevada a cabo por Fray
Gabriel de la Madre de Dios Ponce de León, en el año de 1772, y cuya respuesta por parte
de la Inquisición, pudimos consultarla en el Archivo General de la Nación12 y que a grandes
rasgos dice:
en vista de la … confesión de 29 del pasado, a que acompaño unas coplas, que se cantan en el son
llamado El Pan de Jarabe, y le presentó el Padre misionero Fray Gabriel del Madre de Dios Perez
de Leon; Hemos acordado responderle, que además de la regla general del Expurgatorio que
prohíbe los deshonestos, y provocativos acompañados de copla de la misma naturaleza, fueron
comprendidas … las del Chuchumbé en edicto de este Santo Oficio de 31 de octubre de 1766 y en el
de 11 de julio del siguiente 1767 las del Animal, extendiéndose la prohibición a toda clase de
iguales coplas, bailes ó sones que se hubiesen inventado, ó en lo sucesivo se inventasen como consta
de? De que remitimos testimonio; y le ordenamos que en el caso de no estar fijados como
corresponde dichos edictos en esa Parroquia y Colegio, se ponga un tanto de los expresados
capítulos 12 y 19 autorizado, con arreglo al que se acompaña para que conste de la prohibición, y
remita otra al Prelado del Colegio de Pachuca para noticia de sus misioneros… 13 (fuente: AGN,
Inquisición, vol. 1333, f. 177.)
Si bien en esta respuesta no se encuentran reproducidas las coplas y tomando en
cuenta de que existían varias versiones de ellas, a continuación transcribimos las que se
cree corresponden a la versión de Veracruz:
En la esquina está parado un fraile de la merced
con los hábitos alzados enseñando el Chuchumbé
Que te pongas bien que te pongas mal
el chuchumbé te he de soplar.
Esta vieja santularia que va y viene a San Francisco
toma el padre, daca el padre y es el padre de sus hijos.
De mi chuchumbé de mi cundanal
que te pongas bien que te voy a aviar.
El demonio de la china del barrio de la merced
Transcripción actualizada.
13
304
Gabriela Ponce Báez
305
La Expresión de las Ideas en la Nueva España. Las Coplas,Cantos y Bailes Prohibidos por la Inquisición
306
Gabriela Ponce Báez
307
La Expresión de las Ideas en la Nueva España. Las Coplas,Cantos y Bailes Prohibidos por la Inquisición
Cobres, …en 1809, en la que se le denuncia por haber sido «cómplice» del Bayle de las
ánimas y por su peculiar modo de bailarlo”16, y que de acuerdo con los inquisidores era:
desonestísimo ... que a ciertas horas de la noche se hacía en una casa solitaria… a que concurrían
hombres muy disipados e igual número de mugeres prostituidas y todos baylaban desnudos
enteramente, llevando músicos ciegos para que éstos no pudiesen dar razón de su impúdico modo de
danzar.
Desafortunadamente de este baile no obtuvimos la referencia en el Archivo General
de la Nación, pero a diferencia de los dos ejemplos anteriores, este suceso acontecido a don
Antonio Ramonet, que entendemos era español y pertenecía a una clase alta, nos da cuenta
de que por su condición social, este tipo de manifestaciones “poco decentes” para la época,
tenían que llevarse a cabo en total clandestinidad (a ciertas horas de la noche...); mientras
que quienes bailaban “El Chuchumbé” o cantaban “La Tirana”, lo hacían a plena luz del
día, en cualquier tertulia, calle o plaza pública, sin temor a ser escuchados o vistos.
Conclusiones
Primera: De lo expuesto, deducimos que las libertades tradicionales de expresión
de las ideas y el pensamiento, así como la libertad de imprenta (antecedentes directos del
derecho a la información actual), durante el periodo novohispano, se encontraban limitadas
de hecho y de derecho.
Segunda: A pesar de las limitaciones que se efectuaban contra las libertades que
mencionamos, la pluralidad de grupos sociales y étnicos, que confluían durante el periodo
que nos ocupa, así como la propia geografía de estos territorios y la dificultad de los medios
de comunicación, permitían que dichas limitaciones fueran saltadas ocasionalmente, sobre
todo cuando se ocultaban en el anonimato de un grupo, tal es el caso de los ejemplos que
manejamos en el ensayo.
Tercera: La mayoría de los estudios que se han realizado sobre este periodo y en
relación con los temas que nos ocupan, han sido en torno a la palabra escrita, en virtud de
que existen muchas referencias y documentos en archivos que dan constancia de ello. Por
lo tanto, la palabra cantada ha sido poco estudiada, a pesar de la inmensa riqueza cultural,
16
Entre España y la Nueva España…, op. cit.
308
Gabriela Ponce Báez
ideológica e histórica que nos ofrece, por lo que consideramos importante su rescate,
estudio y difusión.
Cuarta: Las coplas que analizamos nos presentan un discurso irreverente que
reflejan el hartazgo hacia el discurso puritano y represivo que ofrecían la Corona y la
Iglesia a través de la Santa Inquisición, además que existía una “palabra oficial”, que se
daba por ejemplo en el sermón de la eucaristía, así como también existía una “palabra
cantada oficial”. También nos dan cuenta del desprestigio que tenían tanto el clero regular
como el secular, debido al mal comportamiento y ejemplo que muchos de ellos dieron,
principalmente durante las primeras décadas de la conquista, lo que ocasionó que la
autoridad moral de la Iglesia jamás se recuperará.
Quinta: Estas coplas, cantos y bailes prohibidos por la Inquisición eran una
respuesta rebelde de amplios sectores de la población hacia las Instituciones en las que
evidentemente no confiaban. Y por otra parte, en ellas encontramos un germen de la
libertad de expresión de las ideas y del pensamiento a través de cualquier medio, que
ningún edicto, ni proceso inquisitorial pudieron acallar.
FUENTES CONSULTADAS
Fuentes Bibliográficas:
- Alberro, Solange, Inquisición y Sociedad en México 1571 – 1700, Fondo de Cultura
Económica, México, 1988.
- Burgoa, Ignacio, Las Garantías Individuales, Porrúa, 30ª edición, México, 1998.
- Gargallo García, Olivia, La Comisaria Inquisitorial de Valladolid de Michoacán,
Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, Colección Historia Nuestra 21,
México, 1999.
- Libros Prohibidos. Censura y expurgo en la Biblioteca Palafoxiana, Biblioteca
Palafoxiana, México, 2004 – 2005.
- Masera, Mariana (coordinadora), La otra Nueva España. La palabra marginada en
la Colonia, Universidad Nacional Autónoma de México y Azul, México, 2002.
Fuentes de Archivo:
309
La Expresión de las Ideas en la Nueva España. Las Coplas,Cantos y Bailes Prohibidos por la Inquisición
310
La Institucionalización de la Revolución Mexicana
RESUMEN:
Se revisan los hechos más relevantes que son preámbulo de la revolución mexicana. El
interés es establecer los elementos que pueden identificar el inicio de la disrupción,
especialmente cómo el fundamento liberal lleva a la ruptura, especialmente con la
implementación del esquema fordista en la nación y su nexo con la economía mundial. La
revolución mexicana es vista como una revolución burguesa que acopla el idealismo
utópico liberal al esquema capitalista de carácter moderno.
PALABRAS CLAVE:
1. Revolución mexicana.
parcial de la Universidad De La Salle Bajío. Miembro del Sistema Nacional de Investigadores (nivel 1).
2. Modernismo.
3. Liberalismo.
DESARROLLO:
Las razones que mueven la revolución de 1910 provienen del periodo liberal de la segunda
mitad del siglo XIX. El proyecto liberal y las leyes de reforma como de amortización de
inmuebles y terrenos rústicos afecta terriblemente a los pueblos indígenas que ven
enajenarse sus propiedades comunales. El despojo de los indígenas por las administraciones
liberales recrudecen las condiciones de vida de esta población que para entonces significa
la mayoría de los mexicanos.
312
La Institucionalización de la Revolución Mexicana
Los “científicos” liberales consideran que el éxito del naciente capitalismo mexicano tiene
acomodo en su nexo con el capitalismo mundial. Consideran a la historia como lineal por lo
que replican en gran medida es esquema de desarrollo inglés, pensando que su camino
histórico traza para la nación mexicana el camino para lograr la prosperidad del sistema.
Calderón, José María (1972a) “Propiedad, clases sociales, estado e ideología: la instauración de la
2
“dictadura social””. En Génesis del presidencialismo en México. Ediciones El Caballito. México. Pp. 135 –
219.
313
Jorge Isauro Rionda Ramírez
Las leyes de Reforma del siglo XIX despojan a los indígenas de sus tierras comunales. La
concentración de la propiedad rural causa la precarización de los trabajadores campesinos.
Lo interesante del Estado liberal mexicano es que en las instituciones la tesis del laissez
faire se mantienen, fundamento de la economía y del desarrollo nacional, pero en lo
político la oligarquía se muestra reacia a aceptar la democracia y mantiene su poder en
distintas fórmulas de fascismo dictatorial. El liberalismo económico se conjuga con el
despotismo oligárquico, curiosamente, hace una mancuerna que mantiene el poder en el
país, no obstante ser de carácter excluyente (Leal, 1975; 31 -59)3.
Leal, Juan Felipe (1975) “El estado y el bloque en el poder en México, 1867 – 1914”. En México, estado,
3
314
La Institucionalización de la Revolución Mexicana
maquinaria y equipo que les permite una mejor eficiencia productiva y, sobre todo,
vinculadas al mercado regional, nacional e incluso internacional.
La crisis de 1906 – 1908 causa también la crisis del pequeño comercio, aumenta el
desempleo y los salarios caen significativamente por lo que se dan paros de fábricas y
huelgas (como las de Cananea y Río Blanco). Surgen también las primeras insurrecciones
campesinas.
315
Jorge Isauro Rionda Ramírez
trabajadores mexicanos a favor del sindicalismo y sus derechos laborales (Calderón, 1972ª;
135 – 219).
Las huelgas y las manifestaciones en las mejoras de las condiciones del trabajo son ya para
1900 una vivencia de la sociedad mexicana. Las huelgas más destacables son las de los
grupos de trabajadores henequeneros de Yucatán, los mineros de las minas de cobre de
Sonora, como los de las fábricas textiles de Veracruz, las cuales son brutalmente reprimidas
y con resultados trágicos.
La clase trabajadora como la clase media urbana del país simpatiza con las tesis social -
demócratas, del sindicalismo europeo de mediados del siglo XIX.
La crisis económica mundial de 1906 y 1907 restringe el mercado mundial, por lo las
empresas extranjeras localizadas en México observan problemas para sostener su nivel de
empleo, como el nivel de salarios. La caída del mercado foráneo lo amortiguan con
desempleo y caída de los salarios de sus empleados. Situación que encona más el
resentimiento obrero respecto a las empresas extranjeras.
La revolución democrática liberal es movida por la clase media mexicana, más ilustre,
mestiza, e instruida, con comprensión de la realidad social del país y con una visión de una
sociedad idealizada por sus instituciones democráticas.
316
La Institucionalización de la Revolución Mexicana
El artículo 27 distingue grupos sociales y con ello de propiedad cuyos derechos derivan de
su grado de desarrollo histórico, donde la propiedad privada adquiere las garantías
necesarias para su perpetuación como su promoción, y es el sustento de la modernización
del campo; y el 123 contiene las condiciones necesarias para establecer la intervención y
mediación del Estado en las relaciones industriales del país.
El ideal democrático liberal no es viable en 1910, y menos anteriormente, por el muy bajo
nivel de instrucción de la sociedad mexicana. Sin justificar las dictaduras previas como
posteriores, las sociedades democráticas tienen como fundamento un alto nivel de
educación (Córdova, 1972b; 35 – 44)5.
4
Córdova, Arnaldo (1972a) “¿Revolución o Reforma? En La reforma del poder político en México.
Colaboracionismo de clases y populismo. Ediciones ERA. 2ª. Edición. Capítulo II. México. Pp. 23 – 34.
5
Córdova, Arnaldo (1972b) “Colaboracionismo de clases y populismo”. En La reforma del poder político en
México. Colaboracionismo de clases y populismo. Ediciones ERA. 2ª. Edición. Capítulo III México. Pp. 35 –
44.
317
Jorge Isauro Rionda Ramírez
CONCLUSIÓN.
Las reformas liberales de la última mitad del siglo XIX miopes del efecto social de la
implantación de la propiedad privada como de la proletarización, inician reformas que no
son viables, o bien lo son de forma traumática, para una sociedad que tiene un fuerte lastre
atávico de instituciones estamentarias.
318
La Institucionalización de la Revolución Mexicana
319
Jorge Isauro Rionda Ramírez
FUENTES:
4. Leal, Juan Felipe (1975) “El estado y el bloque en el poder en México, 1867 – 1914”.
En México, estado, burocracia y sindicatos. Ediciones El caballito. Capi. 1. México.
Pp. 7 – 30.
320
Derecho, Economía e Instituciones: La Evolución de la Regulación
Institucional del Intercambio Comercial en el Contexto de las
Relaciones Internacionales (Siglos XIX, XX y XXI) *
INTRODUCCIÓN
El trabajo que aquí se entrega tiene como propósito efectuar una breve
exposición en torno a la regulación internacional del intercambio comercial,
a través de un marco institucional: el derecho internacional y las
organizaciones de cooperación entre los Estados.
*
Ponencia preparada con ocasión del 1er. Congreso Internacional Historia del Derecho y de las
Instituciones. Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de la Universidad Michoacana de San Nicolás de
Hidalgo. Marzo de 2008.
** Profesores Investigadores del Instituto de Investigaciones Económicas y Empresariales de la Universidad
- I -
1
Deutsch, Karl W. (S/a). The Analysis of International Relations. Citado en: Pearson, Frederic S. y J.
Martin Rochester. 2000. Relaciones internacionales. Situación global en el siglo XXI. 4ª. Edición. Editorial
McGraw-Hill. México, P. 1.
2
Springfield, Mass. G., y C. Merriam Co. 1994. Merriam Webster´s Collegiate Dictionary. 10 ª. Edición.
U.S.A. P. 611.
322
Miguel Ángel Medina Romero y Víctor Antonio Acevedo Valerio
323
Derecho, Economía e Instituciones: La Evolución de la Regulación Institucional del Inter–
cambio Comercial en el Contexto de las Relaciones Internacionales (Siglos XIX, XX y XXI)
6
Ibíd. P. 22; y, Vid. Doyle, Michael. 1986. “Liberalism and World Politics”. En: American Political
Science Review. No. 80. December. U.S.A. Pp. 1151-1169.
7
Según el paradigma marxista, se requiere que “(…) emerjan unos líderes que sean capaces de reemplazar
el principio del laissez-faire, o mercado capitalista libre, por unas economías de orientación masiva, de
planeación central y de dirección planificada, que supuestamente resultarían en unas relaciones sociales más
armónicas, tanto a nivel nacional como internacional. Sin embargo, en época reciente, los analistas marxistas
han sufrido retrocesos con la quiebra de las economías marxistas desde la Unión Soviética hasta
Mozambique, y con la actual experimentación de las ideas capitalistas que tiene lugar en Cuba y China”.
Ídem.
8
Ibíd. P. 23.
324
Miguel Ángel Medina Romero y Víctor Antonio Acevedo Valerio
9
Medina Romero, Miguel Ángel. 2000. “En torno a la globalización”. En: Realidad Económica. Escuela de
Economía de la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo. No.9. Octubre. México. P. 22-25.
10
Lodge, George C., 1996. Administrando la globalización en la era de la interdependencia. México.
Panorama Editorial, S.A. de C. V. P. 23.
325
Derecho, Economía e Instituciones: La Evolución de la Regulación Institucional del Inter–
cambio Comercial en el Contexto de las Relaciones Internacionales (Siglos XIX, XX y XXI)
11
Este marco de presentación sigue el sugerido en: Coplin, William D. 1971. Introduction to International
Politics: A Theoretical Overview. Markham. U.S.A. Pp. 194-200, y empleado en: Pearson, Frederic S. y J.
Martin Rochester. 2000. Op. Cit. P. 430.
12
La escuela clásica del liberalismo internacional hace una apología del libre comercio al afirmar que éste
promueve le mayor volumen posible de importaciones y exportaciones mediante la eliminación de las
barreras tarifarias artificiales impuestas los gobiernos de los diques no tarifarios entre los Estados,
argumentando el principio económico capitalista del laissez-faire, laissez-paseé: sustentar en las fuerzas
naturales del mercado, la oferta y la demanda, y en un mínimo de regulación económica en las economías
tanto nacionales como internacionales, el mejor uso de los recursos y el progreso y prosperidad económicos.
Vid. Ibíd. Pp. 426 y 427.
326
Miguel Ángel Medina Romero y Víctor Antonio Acevedo Valerio
13
Ibíd. Pp. 432 y 433.
327
Derecho, Economía e Instituciones: La Evolución de la Regulación Institucional del Inter–
cambio Comercial en el Contexto de las Relaciones Internacionales (Siglos XIX, XX y XXI)
En medio del panorama anterior, pues, “al reconocer los beneficios del
comercio internacional, los gobiernos han intentado coop erar a través de
varias organizaciones intergubernamentales establecidas [sobre todo]
14
Ibíd. P. 433.
15
“En primer lugar, mediante una sofisticada tecnología, los productos terminados que vende el Norte
tienden a tener un mayor precio que los productos primarios y sin terminar o los bienes procesados que vende
el Sur, no obstante que muchos productos del Norte no podrían hacerse sin las materias primas y otros
elementos provenientes del Sur. En segundo lugar, muchos de los países menos desarrollados son aún
excesivamente dependientes de ciertos elementos […] para el grueso de sus ingresos de exportación y por lo
tanto son extremadamente vulnerables a las recesiones económicas y a otras condiciones que pueden originar
fluctuaciones de precios e incertidumbre económica. En tercer lugar, aun los países menos desarrollados tales
como los nuevos países industrializados que han diversificado sus economías, se han encontrado con barreras
tarifarias establecidas por los países desarrollados que buscan proteger a sus productores domésticos del flujo
de […] [mercancías] […] en la misma forma como los productores […] en el Sur, a menudo se han
encontrado con el establecimiento de cuotas, impuestos y otras barreras por parte de los países del Norte”.
Ibíd. Pp. 434 y 435.
16
Ídem.
17
Ídem.
18
Ídem.
328
Miguel Ángel Medina Romero y Víctor Antonio Acevedo Valerio
19
Ibíd. 435.
20
Ibíd. P. 461.
21
Ibíd. Pp. 435 y 436.
329
Derecho, Economía e Instituciones: La Evolución de la Regulación Institucional del Inter–
cambio Comercial en el Contexto de las Relaciones Internacionales (Siglos XIX, XX y XXI)
áreas donde las normas del GATT eran débiles o in existentes […]. Mientras
aún existía la guerra fría, la Ronda de Uruguay, que comenzó en Punta del
Este en 1986, llegó a incluir a más de 100 países en una década de
esfuerzos diplomáticos que en último término demostró ser la ´primera gran
prueba de la cooperación económica en la era de la posguerra fría´. El
producto final fue el acuerdo de Marrakech […] conjunto de negociaciones
que ampliaron las normas del GATT a nuevas áreas y establecieron un
cuerpo sucesor del mismo. Nació así la Organización Mundial de Comercio
(OMC) que inició su existencia en 1995. […] La OMC afianzó y fortaleció
apreciablemente los mecanismos para el arreglo de disputas en comparación
con los que contemplaba el GATT, si bien actualmente persisten muchas
diferencias y controversias respecto al papel de la OMC como reguladora
del comercio mundial”. 22
Y, “aún cuando desde 1945 se han hecho muchos avances para eliminar
las barreras comerciales, en los últimos años se han visto obstaculizados
por un resurgimiento de los sentimientos pro teccionistas en muchos países
que experimentan problemas domésticos [verbigracia, los Estados Unidos
de América y la Unión Europea]. [Y,] en lo que respecta a los países menos
desarrollados, estos generalmente han tenido bajas barreras a las
importaciones en aquellos campos en que pueden competir mejor con los
productores extranjeros […] mientras insisten en sus prerrogativas para
proteger sus más vulnerables industrias domésticas y el sector de los
servicios”. 23 Además, “un desafío adicional para la visión del liberalismo
internacional de una economía abierta lo constituye la posible
fragmentación de la economía en zonas comerciales de tipo regional,
incluyendo el bloque de Norteamérica liderado por los Estados Unidos, el
22
Ibíd. P. 436.
23
Ibíd. Pp. 436 y 437.
330
Miguel Ángel Medina Romero y Víctor Antonio Acevedo Valerio
La mayoría de los países del mundo que se identifican por sus esfuerzos
de progreso continúan promoviendo el comercio libre internacional, entre
ellos, las grandes potencias. Empero, “aún cuando la mayor parte de los
países del mundo hoy en día ´hablan´ sobre el libre comercio, persiste el
espectro del nacionalismo económico y de las guerras comerciales. Al
mismo tiempo se trata de encontrar la liberación del comercio en diversas
áreas, pero el neomercant ilismo parece que aumenta en otros terrenos”. 25
Ante ello, se torna imperativo un esquema de institucionalidad comercial
internacional.
APUNTE FINAL
24
Ibíd. Pp. 437 y 440.
25
Ibíd. P. 440.
26
Ibíd. P. 427.
331
Derecho, Economía e Instituciones: La Evolución de la Regulación Institucional del Inter–
cambio Comercial en el Contexto de las Relaciones Internacionales (Siglos XIX, XX y XXI)
REFERENCIAS
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Frederic S. y J. Martin Rochester. 2000. Relaciones internacionales. Situación global en
el siglo XXI. 4ª. Edición. Editorial McGraw-Hill. México. P. 1.
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Review. No. 80. December. U.S.A. Pp. 1151-1169.
Este marco de presentación sigue el sugerido en: Coplin, William D. 1971. Introduction
to International Politics: A Theoretical Overview. Markham. U.S.A. Pp. 194-200.
Kuhn, Thomas. 1962. The Structure of Scientific Revolution. University of Chicago
Press. U.S.A.
Lodge, George C., 1996. Administrando la globalización en la era de la
interdependencia. México. Panorama Editorial, S.A. de C. V. P. 23.
Medina Romero, Miguel Ángel. 2000. “En torno a la globalización”. En: Realidad
Económica. Escuela de Economía de la Universidad Michoacana de San Nicolás de
Hidalgo. No.9. Octubre. México. P. 22-25.
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Implications for Foreign Polity Making”. En: Western Political Quarterly. No. 31.
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Springfield, Mass. G., y C. Merriam Co. 1994. Merriam Webster´s Collegiate
Dictionary. 10 ª. Edición. U.S.A. P. 611.
332
La Anticresis
(Medio de Garantía, Pago y Protección del Patrimonio: Origen y Evolución Histórica)
Concepto etimológico.
El término anticresis se integra de las palabras griegas “anti” que significa contra y
“kresis”1 que se refiere al uso, de lo que se obtiene que se refiere al uso contrario,
entendido éste en el sentido de que ambas partes –acreedor y deudor- hacen uso de un bien
que pertenece exclusivamente al segundo, ya que por lo que ve al deudor, éste hace uso del
1
Enciclopedia Jurídica Omeba, tomo I, letra A, Ed. Driskill S. A. Buenos Aires, Argentina 1986, p. 700.
capital o cantidad de dinero proporcionada por el acreedor, y éste por su parte hace uso de
los frutos que se obtienen de la cosa que se le entrego en garantía del crédito conferido.
Al respecto Néstor Jorge Musto comenta que las palabras griegas precitadas
quieren decir en conjunto “usar en lugar de” así como que en el Código Argentino el
término anticresis se emplea después de los artículo “el” o “un” pero que actualmente se
utiliza en forma femenina mediante el empleo de los artículo “la” o “una”, lo cual
conforme a la Real Academia Española así se debe de entender. 2
Concepto doctrinal.
Es el contrato en virtud del cual entrega el deudor una cosa inmueble que le
pertenece para seguridad de su adeudo, quedando el acreedor con derecho de disfrutarlo por
cuenta de los intereses debidos o del capital, si no se deben intereses. 4
Derechos Reales, Tomo 2, Ed. Astrea, Buenos Aires, Argentina, 2000, p. 377.
2
Jurídico Mexicano, Ed. Porrúa, 11ª. ed. Tomo A –Ch, México 1998, p. 169.
Mateos Alarcón Manuel, Lecciones de Derecho Civil, Estudios sobre el Código Civil del Distrito Federal
4
promulgado en 1870, con anotaciones relativas a las reformas introducidas por el Código Civil de 1884,
tomo III, Tratados de las obligaciones y contratos, Ed. Suprema Corte de Justicia de la Nación, México 2004,
p. 502.
Messineo Francesco, Manual de Derecho Civil y Comercial, derecho de las obligaciones, parte general,
5
volumen 4, Biblioteca clásica del Derecho Civil y Comercial, Primera serie, Ed. Oxford, trad. Santiago
Sentís Melendo, México 2003, P. 164.
334
Jorge Reséndiz García
Naturaleza.
Pero también se puede constituir mediante resolución judicial en aquellos casos que
la ley lo establezca, por ejemplo, el Código de Procedimientos Civiles del Estado de
Aguascalientes (artículo 566), Código de Procedimientos Civiles para el Estado de Baja
California Sur (artículo 566), Código de Procedimientos Civiles para el Estado de Colima
(artículo 582), Código de Procedimientos Civiles para el Distrito Federal (artículo 583),
Código de Procedimientos Civiles para el Estado de Durango (artículo 572), Código de
Procedimientos Civiles para el Estado de Hidalgo (artículo 571), Código de Procedimientos
Civiles del Estado de Nuevo León (artículo 544), Código de Procedimientos Civiles para el
Estado de Guerrero (Artículo 469), (Código de Procedimientos Civiles del Estado de
Querétaro (artículo 587), Código de Procedimientos Civiles para el Estado de Quintana
Roo (artículo 536), Código de Procedimientos Civiles para el Estado de Sinaloa (artículo
580), Código de Procedimientos Civiles para el Estado de Tabasco (artículo 436) y Código
de Procedimientos Civiles para el Estado de Veracruz (artículo 426), que facultan al juez
para que a petición del acreedor le confiera la administración del bien que se pretende sacar
a remate para aplicar sus productos al pago de los intereses y extinción del capital y de las
costas.
335
La Anticresis
Siendo importante agregar por lo que ve a la anticresis tanto como contrato de goce
como contrato de uso y como contrato de administración que ésta se puede constituir
también por el deudor o tercero con persona diversa del acreedor, siempre y cuando se
convenga en que ésta deberá de aportar los frutos que se obtengan o la renta que se fije
para cubrir gradualmente el crédito del deudor.
336
Jorge Reséndiz García
requiere de dicho crédito, ya que de lo contrario se estaría ante cualquier otro contrato
menos del de anticresis.
Por otra parte, se considera por algunos como un derecho real y por otros como un
derecho personal, encontrando al respecto, que la generalidad de las legislaciones tanto
nacionales como internacionales que la contemplan le asignan el carácter de real, salvo
algunas muy pocas excepciones, por ejemplo, el Código Civil y Comercial Italiano en su
artículo 1350, atribuye al acreedor en motivo de la anticresis un derecho de índole
personal, bajo el argumento de que el contrato anticrético no transcrito -inscrito en la
dependencia correspondiente- únicamente genera un derecho personal entre los
contratantes, mismo que no es oponible a terceros.
Al respecto, Troplong comentado por Néstor Jorge Musto, señala que la anticresis
no es un derecho real por qué no reposa en la cosa misma sino en los frutos; el fundo no es
tocado y penetrado por el contrato; los frutos y no el inmueble son el asiento de esa
prenda.6
Antecedentes.
337
La Anticresis
los frutos se cometía lo que se conocía como el “fortum usus” de ahí que surgiere la
necesidad de un acuerdo complementario que facultare al acreedor para que aparte de
retener el bien materia de prenda aprovechara los frutos de éste en beneficio de los intereses
y en su caso del capital del crédito garantizado con prenda.
En torno al Derecho Mexicano se tiene que los Códigos Civiles del Distrito Federal
tanto de 1870 como de 1884 contemplaban la anticresis definiéndola como el contrato en
virtud del cual entrega el deudor una cosa inmueble que le pertenece para seguridad de su
Planiol Marcel y Ripert George, Derecho Civil, Biblioteca Clásicos del Derecho, 1ª serie, Vol. 8, trad.
8
338
Jorge Reséndiz García
adeudo, quedando el acreedor con derecho de disfrutarlo por cuenta de los intereses
debidos ó del capital, sino se deben intereses –artículos 1927 del Código Civil de 1870 y
1810 del Código Civil de 1884, ambos del Distrito Federal-.
339
La Anticresis
este obtenga los frutos o proporcione las rentas con los cuales se cubrirá el
crédito.
e) Derecho a ejercitar las acciones posesorias. Ante cualquier desposesionamiento
o conducta encaminada a esta finalidad respecto del bien materia de anticresis el
acreedor puede ejercitando la acción posesorio correspondiente para hacer que
se le respete la posesión que se transmitió e incluso recuperarla.
f) Derecho a la venta judicial del bien. Cuando se actualice alguna de las causas
previstas para la rescisión del contrato anticrético, se cumpla el término o la
condición a que se hubiere sujetado el mismo, si existe algún saldo a favor del
acreedor, éste podrá solicitar su venta en los términos que se hubiere convenido
o legalmente previstos.
g) Derecho a la preferencia en el pago. Como una consecuencia de lo señalado en
el inciso anterior, una vez realizada la venta judicial con su precio se cubrirá al
acreedor el saldo del adeudo con preferencia a otros créditos inscritos con
posterioridad al pacto anticrético.
340
Jorge Reséndiz García
El Código Civil para el Estado de Coahuila (artículos 1297, 2775, 3223 y del 3389
al 3400), Código Civil para el Estado de Hidalgo (artículos del 2886 al 2898), Código
Civil para el Estado de Puebla (artículos 957, 2218, 1713, 2875 y del 2876 al 2886),
Código Civil para el Estado de Quintana Roo (artículos 1752, 2635 y del 3063 al 3082),
Código Civil para el Estado de Sonora (artículos 2237, 2623, 3123, 3263, 3272 y del 3343
al 3361) Código Civil para el Estado de Tabasco (artículos del 3241 al 3249).
Preceptos legales que entre otras cosas se refiere a la anticresis como un contrato
de carácter accesorio mediante el cual el deudor presta en seguridad de su deuda un
inmueble que le pertenece, quedando el acreedor con derecho de disfrutarlo por cuenta de
los interese y del capital, en el caso de que no se deban estos, y confiriendo al acreedor un
derecho real que le permite administrarlo de la misma manera que el administrador general,
sin que se pueda quedar con el bien.
341
La Anticresis
Opinión personal.
342
Jorge Reséndiz García
Fuentes de información.
ALESSIO ROBLES, Miguel. Temas de derechos reales, Ed. Porrúa, México 2004.
BONNECASE, Julien. Tratado Elemental de Derecho Civil, Biblioteca Clásicos del
Derecho, 1ª serie, Vol. 1, Ed. Oxford, México 2001.
COLIN, Ambroise y otro, Derecho Civil. Garantías personales y reales, y pruebas,
colección grandes maestros del Derecho Civil, serie obligaciones, contratos, garantías y
pruebas, y negocios jurídicos, vol. 3, Ed. Jurídica universitaria, México 2002.
DEHESA DÁVILA, Gerardo. Etimología jurídica, Ed. Suprema Corte de Justicia de
la Nación, México 2003.
DE IBARROLA, Antonio. Cosas y sucesiones, Ed. Porrúa, 6ª ed. México 1986.
Diccionario Jurídico Espasa, Ed. Espasa Calpe S. A. Madrid, España 2003.
Diccionario de Legislación y jurisprudencia, Ed. Orlando Cárdenas Editor S.A. de
C.V. Irapuato, Guanajuato, México 1195.
Enciclopedia Jurídica Omeba, Tomo I, (A), Ed. Driskill S.A. Buenos Aires,
Argentina, 1986.
GUTIERREZ Y GONZÁLEZ, Ernesto. El patrimonio, Ed. Porrúa, 5ª ed. México
2004.
Instituto de Investigaciones Jurídicas de la Universidad Nacional Autónoma de
México, Diccionario Jurídico Mexicano, tomo A-CH, Ed. Porrúa, 11ª ed. México 1998.
MATEOS ALARCÓN, Manuel, Lecciones de Derecho Civil, Estudios sobre el
Código Civil del Distrito Federal promulgado en 1870, con anotaciones relativas a las
reformas introducidas por el Código Civil de 1884, tomo III, Tratados de las obligaciones
y contratos, Ed. Suprema Corte de Justicia de la Nación, México 2004.
MESSINEO, Francesco. Manual de Derecho Civil y Comercial, derecho de las
obligaciones, parte general, volumen 4, Biblioteca clásica del Derecho Civil y Comercial,
Primera serie, Ed. Oxford, trad. Santiago Sentís Melendo, México 2003.
MUSTO, Néstor Jorge. Derechos Reales, Tomo 2, Ed. Astrea, Buenos Aires,
Argentina 2000.
PLANIOL, Marcel y Ripert George, Derecho Civil, Biblioteca Clásicos del
Derecho, 1ª serie, Vol. 8, trad. Leonel Pereznieto Castro, Ed. Oxford, México 2001.
Correo Electrónico
jorega@hotmail..com
343
La Anticresis
344
Origen y Fundamento Histórico del Derecho del Trabajo en España
El entendimiento del concepto y contenido de esta rama jurídica hace preciso un primer
acercamiento al análisis de su fundamento, del porqué de su nacimiento en un momento
histórico determinado. A estos efectos, se pretende realizar un análisis abierto, para poder
orientar así desde el pasado mediato e inmediato hacia el futuro próximo, una concepción
acorde con el carácter dinámico de la disciplina que ahora es objeto de atención; todo ello
con el fin de comprobar “si los principios admitidos como básicos continúan apareciendo
como jurídicamente útiles, o si ante nuevas realidades sociales hay que proceder a
reformarlos o, incluso, a tener que buscar otro nuevos”2.
El Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social es, indiscutiblemente, una rama jurídica
esencialmente dinámica, es “el resultado de una determinada evolución histórica, cuyo
recorrido analítico es igualmente preciso para alcanzar a comprender el sentido actual de
Doctora en Derecho por la Universidad Complutense, Profesora de Derecho del Trabajo y de la Seguridad
1
En la época del Derecho Romano tardío comienzan a esbozarse los indicios de un trabajo
prestado por cuenta ajena en régimen de libertad y a cambio de un precio; ello se produce a
través de la figura del arrendamiento de servicios, que supone la cesión del resultado del
trabajo, desde el mismo momento de su producción, de quien presta los servicios a un
tercero.
Sin embargo, no es hasta la Edad Media cuando comienza a gestarse el auténtico trabajo
libre por cuenta ajena. En esta época se marca una diferencia fundamental: a diferencia de
lo que ocurría en el régimen de la esclavitud y en el de la servidumbre, la atribución del
resultado del trabajo no se fundaba en relaciones de propiedad o de dominio, sino que los
sujetos eran libres de ceder su trabajo, a cambio de una remuneración, a otra persona. Esta
cesión se producía a través de la celebración de un contrato fundado en una decisión libre
3
Véase, DE LA VILLA GIL, L.E., “En torno al concepto de Derecho Español del trabajo”, RT, núm. 26,
1969, pág. 104.
RUSSOMANO MOZART, V., Principios generales de Derecho Sindical, CEC, Madrid, 1977, pág. 175.
4
ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, 6ª ed., cívitas, Madrid 2002, pág. 141.
5
346
Origen y Fundamento Histórico del Derecho del Trabajo en España
del trabajador, produciéndose así “una mutación esencial y no sólo jurídica, sino social; el
contrato (relación entre personas libres) sustituye a la propiedad (relación entre el esclavo y
su dueño) y a una compleja relación de status fundada sobre la subordinación política y la
tenencia de la tierra (relación entre el siervo y su señor), como fundante de la atribución de
los frutos del trabajo a persona distinta del trabajador. La diferencia radical consiste en que
en la nueva articulación hay que contar con la voluntad del trabajador mismo, cosa
innecesaria cuando el trabajador es un semoviente carente de libertad (esclavitud) y cuando,
aunque sea una persona, justamente el tipo de decisión que se le niega es el de trabajar o
dejar de hacerlo (servidumbre)”6.
La característica más importante de esta época es que por primera vez se toma conciencia
de la necesidad de fijar de forma detallada las condiciones en las que ha de realizarse el
trabajo. Al tratarse de prestaciones de trabajo que se prolongan en el tiempo se hacía
necesario determinar cuestiones tales como el tipo de trabajo a desarrollar; las horas de
trabajo que se van a exigir al trabajador; las causas de extinción de la relación y los poderes
que ostenta el empresario, como titular originario de los servicios prestados, sobre quien
lleva a cabo tales servicios. Esta necesidad de regular el trabajo tuvo como consecuencia
que se dictasen un conjunto de normas: los estatutos u ordenanzas gremiales promulgados
por el propio gremio de forma autónoma, con exclusión de los trabajadores.
Los cambios sin parangón que, en todos los ámbitos, conllevó la Revolución Industrial
supusieron la aparición de nuevas formas de producción que muy poco tenían en común
con las imperantes hasta ese momento. Así, mientras que las primitivas formas de
ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, op. cit., pág. 185.
6
7
Ya que “se separan el tiempo de vida y el de trabajo, y este último adquiere especial significación por ser la
forma a través de la cual una persona obtiene ingresos económicos para sobrevivir”: ROJO TORRECILLA,
E., “Pasado, presente y futuro del Derecho del Trabajo”, RL, 1997, vol. II, pág. 233.
347
Ana Isabel Pérez Campos
El abuso del trabajo de los menores; las jornadas interminables de trabajo en todos los
sectores de la producción; el establecimiento del régimen del truck; los ambientes de
trabajo inseguros e insalubres y la total falta de protección de los trabajadores frente a las
situaciones de necesidad que pudieran sufrir durante la prestación de servicios, fueron, al
tiempo que las notas más características del trabajo en la época de la Revolución Industrial
y el origen de las primeras movilizaciones obreras, el justificante de la necesidad imperiosa
de poner fin a los abusos que se venían cometiendo a través de la regulación de las
condiciones en que debía prestarse el trabajo10.
Cfr. ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, op. cit., págs. 268-293.
8
ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, op. cit., pág. 301.
9
Las distintas opiniones vertidas acerca del fundamento de la aparición del Derecho del Trabajo pueden
10
verse en GARCÍA NINET, J.I., “El fundamento del Derecho del Trabajo”, CCDT, núm. 1, 1971, pág. 65.
348
Origen y Fundamento Histórico del Derecho del Trabajo en España
Aunque no debe olvidarse que las primeras normas laborales surgieron en una época en que
los movimientos obreros alcanzan su máximo exponente, y eran susceptibles, por ello, de
desestabilizar el modelo económico imperante13, las primeras normas de carácter laboral
promulgadas en España presentaban un carácter marcadamente proteccionista, en tanto que
presididas por una actitud humanitaria y filantrópica14 y tenían por objeto proteger a los
colectivos más necesitados de tutela.
ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, op.cit., pág. 306. MONTOYA MELGAR, A.,
11
Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España (1873-1978), Cívitas, Madrid, 1992, pág. 26.
12
PALOMEQUE LÓPEZ, M.C., “Un compañero de viaje histórico del Derecho del Trabajo: la crisis
económica”, RPS, núm. 143, 1984, pág. 17.
13
ROJO TORRECILLA, E., “Pasado, presente y futuro del Derecho del Trabajo”, op. cit., pág. 235.
MONTOYA MELGAR, A., Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España (1873-1978), op. cit.,
14
pág. 29.
349
Ana Isabel Pérez Campos
La primera Ley laboral en sentido estricto, con fecha de 24 de julio de 1873, sobre “el
trabajo en los talleres y la instrucción en las escuelas de los niños obreros”, es buena
muestra del carácter proteccionista que informó las primeras normas de carácter laboral. En
esta Ley se fijaban varios elementos que permanecerían en el Ordenamiento jurídico
español15: la edad mínima de acceso al trabajo; la duración de la jornada de trabajo; la
prohibición del trabajo nocturno y la protección de la seguridad e higiene en el trabajo.
Esta Ley, que marcó un antes y un después en la legislación laboral española, fue seguida
de un conjunto de normas con el objeto, en unos casos, de ampliar la protección a los
menores que prestaban servicios en sectores de la producción distintos del industrial16 y, en
otros, de unificar las condiciones de trabajo haciendo las mismas aplicables a todos los
menores sin distinción alguna.
Dentro de este último grupo de normas se incluyó la Ley de 13 de marzo de 1900 sobre
“condiciones de trabajo de mujeres y menores”. La novedad de esta Ley fue la de
incorporar una regulación común para todos los menores con independencia del sector de la
producción en el que prestasen servicios -excepto en los talleres de familia y en el sector
agrícola que estaban excluidos de su ámbito de aplicación-, y del sexo del menor. Sin
embargo, el aspecto más importante de la Ley de 1900 fue el referente a la “protección
específica de la condición biológica de la mujer en la maternidad y en su relación con el
hijo”17 a través del establecimiento de un período de descanso por maternidad, con reserva
del puesto de trabajo, de cuatro semanas de duración y de la interrupción del trabajo,
durante una hora al día por lactancia.
MARTÍN VALVERDE, A., “La formación del Derecho del Trabajo en España”, en La legislación social
15
350
Origen y Fundamento Histórico del Derecho del Trabajo en España
Como una de las manifestaciones más importantes de este conjunto de medidas protectoras,
debe mencionarse el Decreto de 29 de diciembre de 1868, por el que se aprobaron las bases
generales para una nueva Ley de minas. Este Decreto preveía la introducción de normas de
salud pública aplicables en las minas, al tiempo que fijaba la potestad de la Administración
para vigilar el cumplimiento de las normas de seguridad.
ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, op. cit., pág. 334.
18
Aunque ya la Ley de 24 de julio de 1973, sobre el trabajo de mujeres y menores, contenía previsiones
19
351
Ana Isabel Pérez Campos
Sobre la evolución histórica de la limitación de la jornada, puede verse GARCÍA NINET, J.I., La jornada
20
de trabajo en España, Publicaciones de la Universidad de Valencia, Valencia, 1973; del mismo “Elementos
para el estudio de la evolución histórica del Derecho español del Trabajo: Regulación de la jornada de trabajo
desde 1855 a 1931”, RT, núms. 51 y 52, 1975, y “Jornada”, en AA.VV. Comentarios a las leyes laborales. El
Estatuto de los Trabajadores (E. Borrajo coord.), Edersa, Madrid, 1994.
21
Cfr. GARCÍA NINET, J.I., “Elementos para el estudio de la evolución histórica del Derecho español del
Trabajo...”, núm. 51, op. cit., pág. 88.
Como se indicaba en el Preámbulo de la Ley de 27 de diciembre de 1910.
22
MONTOYA MELGAR, A., Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España (1873-1978), op. cit.,
23
pág. 45.
352
La Evolución del Derecho del Trabajo en España:
La Consolidación de las Normas Laborales
Doctora en Derecho. Profesora de Derecho del Trabajo, Universidad Rey Juan Carlos, Madrid
1
Sin embargo, aún vigentes las primeras normas laborales es de destacar su ineficacia debido
a un cúmulo de circunstancias: la inexistencia de un Cuerpo de Inspectores de Trabajo que
controlase el cumplimiento de la normativa laboral; la oposición de los empresarios, e
incluso de ciertos sectores obreros, y la incapacidad de la legislación ordinaria para resolver
los litigios de trabajo3.
En las sucesivas normas promulgadas se asentarían definitivamente las tres bases que
dejaban entrever las primeras normas laborales: el afianzamiento de la asimetría del
contrato, anticipada por las primeras normas laborales; la intervención del Estado como
fuente principal de la que emanan las normas laborales, y cuyo propósito es proteger a la
parte más débil del contrato, y la autorización para que las asociaciones de trabajadores
participen en la fijación de las condiciones de trabajo4.
A partir de este momento de consolidación de las normas laborales puede decirse que se
produce el paso de “la legislación de trabajo al Derecho del Trabajo”, o el paso de la
dispersión normativa al establecimiento de un cuerpo normativo en el que se generaliza la
“regulación diferenciada y específica del trabajo libre y por cuenta ajena a todos los grupos
y sectores profesionales”5.
ALONSO GARCÍA, M., Introducción al estudio del Derecho del Trabajo, Bosch, Barcelona, 1958, pág.
2
152.
MONTOYA MELGAR, A., Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España (1873-1978), Cívitas,
3
social en la historia de España. De la revolución liberal a 1936, Congreso de los Diputados, Madrid, 1987
pág. XXI.
5
MARTÍN VALVERDE, A., “La formación del Derecho del Trabajo en España”, en La legislación social en
la historia de España. De la revolución liberal a 1936, pág. XXV.
354
La Evolución del Derecho del Trabajo en España: La Consolidación de las Normas Laborales
6
MARTÍN VALVERDE, A., “La formación del Derecho del Trabajo en España”, en La legislación social en
la historia de España. De la revolución liberal a 1936, pág. LXXIII.
7
MARTÍN VALVERDE, A., “La formación del Derecho del Trabajo en España”, en La legislación social en
la historia de España. De la revolución liberal a 1936, pág. LXXVIII.
MONTOYA MELGAR, A., Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España (1873-1978), op. cit.,
8
pág. 218.
355
Lourdes Meléndez Morillo-Velarde
Finalmente, durante el período comprendido entre 1936 y 1978, puede apreciarse una gran
diversidad en el tratamiento que recibe el Derecho del Trabajo. En una primera etapa, que
abarcaría los años 1936 a 1953, se aprecia un marcado autoritarismo en la regulación de las
condiciones de trabajo, plasmado en el Fuero del Trabajo (Decreto de 9 de marzo de 1938),
que atribuía al Estado la competencia exclusiva para fijar las bases reguladoras de las
condiciones de trabajo10, atribuyéndosele la competencia exclusiva en la aprobación,
aplicación e inspección de la legislación laboral a través de la Ley de Reglamentaciones de
trabajo de 16 de octubre de 1942. También la institución del contrato de trabajo fue objeto
9
Cfr. MARTÍN VALVERDE, A., “La formación del Derecho del Trabajo en España”, en La legislación
social en la historia de España. De la revolución liberal a 1936, pág. XCIII.
Sobre esta etapa se ha afirmado que “el Fuero (...) sintetiza la ideología anticapitalista y antisocialista típica
10
de los modelos autoritarios europeos de su época, y la proyecta sobre el trabajo, la empresa y la función del
Estado en las relaciones laborales. La absolutización de la propiedad y de la iniciativa privadas terminan,
finalmente, por delimitar un Estado abstencionista en lo económico y asfixiantemente intervencionista en lo
social y laboral”: GARCÍA BECEDAS, G., Introducción al Derecho español del Trabajo. Caracteres y
fundamento, Cívitas, Madrid, 1993, pág. 139.
356
La Evolución del Derecho del Trabajo en España: La Consolidación de las Normas Laborales
El período comprendido entre los años 1953 y 1975 se caracteriza, en términos generales,
por la mayor flexibilidad de que se dota a las estructuras jurídico-laborales11. Esta mayor
flexibilidad se manifiesta principalmente a través de la reglamentación de los Jurados de
Empresa, aprobados por Decreto de 11 de septiembre de 1953, que se caracterizaban por
ser órganos destinados a servir de cauce a la participación de los trabajadores en la empresa
a través de la vía de la conciliación y la colaboración para la producción.
Por último, la etapa correspondiente a los años 1975 y 1978, viene marcada por el tránsito a
la democracia. En materia de relación individual de trabajo es de destacar la promulgación
de la Ley de Relaciones Laborales de 8 de abril de los trabajadores en la empresa de 1976
que introdujo importantes mejoras en los derechos de los trabajadores.
Sin olvidar las importantísimas reformas operadas en este período de la historia “social” de
España, tres son los aspectos a los que se quiere prestar especial atención dado su papel
fundamental en el mejoramiento de la legislación laboral: la consolidación de los sindicatos
de trabajadores y su papel en la fijación de condiciones de trabajo; la Inspección de Trabajo
como institución encargada de velar por el cumplimiento de las normas laborales y la
aparición de la Seguridad Social.
11
Debido, en palabras de MONTOYA MELGAR, a la “apertura de España al ámbito occidental, crecimiento
y liberalización de la economía, tensiones sociales”: Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España
(1873-1978), op. cit., pág. 362.
357
Lourdes Meléndez Morillo-Velarde
Tras la guerra civil española, durante la dictadura franquista se impuso una particular
fórmula de organización sindical que se basaba en el sistema de sindicalismo vertical, y que
acompañó “al propio Régimen durante toda su larga existencia, como uno de sus elementos
consustanciales”15. El cometido del sindicato en esta etapa se concretaba sólo y
exclusivamente en la aplicación en el ámbito de la empresa de la política económica
adoptada por el Estado, sin que constasen tuviera reconocidas funciones de carácter
representativo ni de defensa de los intereses de los trabajadores 16. En suma, el
ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, 4ª ed., Cívitas, Madrid, 1981, pág. 272.
12
13
Que reconocía “el derecho que a todos los ciudadanos asiste para constituir libremente asociaciones
públicas”.
Sobre las distintas vías de determinación de condiciones de trabajo con participación de las asociaciones
14
obreras puede consultarse MARTÍN VALVERDE, A., “La formación del Derecho del Trabajo en España”, en
La legislación social en la historia de España. De la revolución liberal a 1936, págs. LXXXI-LXXXIV.
MONTOYA MELGAR, A., Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España (1873-1978), op. cit.,
15
pág. 392.
Cfr. MONTOYA MELGAR, A., Ideología y lenguaje en las leyes laborales de España (1873-1978), op.
16
358
La Evolución del Derecho del Trabajo en España: La Consolidación de las Normas Laborales
Por su parte, respecto del derecho de huelga, habría que esperar hasta el Decreto-Ley de 22
de mayo de 1975, con el que se restablece su licitud17.
Una de las razones de la inoperancia de las primeras normas de naturaleza laboral radicó en
la circunstancia de que no existía ningún órgano encargado de fiscalizar su cumplimiento18.
En efecto, aunque las primeras normas de naturaleza estrictamente laboral preveían la
imposición de sanciones para los patronos que infringiesen sus previsiones, el
intervencionismo inicial del Estado en la regulación de condiciones de trabajo no se vio
acompañado de la constitución de un organismo público que garantizase el cumplimiento
de las primeras normas de carácter proteccionista del trabajo.
Para paliar los constantes incumplimientos de estas primeras normas de carácter laboral, se
previó la creación de varios órganos que tenían como función fiscalizar el cumplimiento de
la legislación laboral. En concreto, eran tres las entidades encargadas de llevar a cabo esta
función: la Inspección de Trabajo integrada en la Administración pública; las juntas locales
y provinciales de reformas sociales que colaboraban con la Inspección de Trabajo
desarrollando tareas de vigilancia del cumplimiento de la legislación laboral y una red de
informadores de las posibles infracciones. Sin embargo, a pesar de que el reglamento de la
Aunque como señala GARCÍA MURCIA, J., “hubo que esperar, sin embargo, a la transición política y al
17
reconocimiento de las libertades y derechos democráticos para que la adopción de medidas de conflicto
colectivo pueda considerarse plenamente admitida por el ordenamiento” (“La protección del Estado y de los
intereses de la Comunidad frente al conflicto colectivo de trabajo: del Código Penal de 1848 al de 1928”,
Revista de Política Social, núm. 147, 1985, págs. 52 y sigs.).
Como causas de la falta de operatividad de las primeras leyes laborales señala MONTOYA MELGAR
18
359
Lourdes Meléndez Morillo-Velarde
Uno de los puntos de inflexión más importantes en la historia social de nuestro país ha
venido marcado por el establecimiento de un sistema de protección social para todos los
trabajadores, frente a los distintos riesgos que ocasionan una pérdida o una reducción de sus
ingresos o un incremento de sus gastos.
SEMPERE NAVARRO, A.V., CORDERO SAAVEDRA, L., MARTÍN JIMÉNEZ, R., GUTIÉRREZ-
19
SOLAR CALVO, B., Derecho Sancionador Público del Trabajo, Cólex, Madrid, 2001, pág. 305.
360
La Evolución del Derecho del Trabajo en España: La Consolidación de las Normas Laborales
Aparece así la conciencia de que el derecho a la protección debe ser jurídicamente exigible,
por lo que el Estado debe intervenir en orden a garantizar la protección del trabajador frente
a las posibles situaciones de necesidad. El derecho a exigir la protección se articula, en
primer término, a través de una fórmula similar al contrato privado de seguro: se garantiza
el derecho a la protección porque previamente el trabajador ha asegurado aquélla a través
del pago de unas cuotas o primas. Esta primera forma de protección, que hoy podemos
denominar “contributiva”, se vería completada con posterioridad gracias a la formulación
de Beveridge, expuesta en su “Informe sobre Seguridad Social y Servicios
Complementarios” de 1942, que establecía un sistema de protección frente a los riesgos
sociales que incluía tanto un nivel de protección de carácter contributivo, como un nivel de
carácter “no contributivo” cuya protección se extendía a todas las capas de la población,
especialmente a quienes no trabajaban y carecían, por tanto, de capacidad para costearse su
aseguramiento.
ALONSO OLEA, M., TORTUERO PLAZA, J.L., Instituciones de Seguridad Social, 17ª ed., Cívitas,
20
sufridas por los obreros durante su prestación de servicios, por ejemplo en el Real Decreto de 11 de junio de
1886, por el que se aprobó el Nuevo Pliego de Condiciones para la Contratación de Obras Públicas.
22
DE LA VILLA GIL, L.E., “La influencia de la Ley de Accidentes de Trabajo de 1900 en la construcción
del ordenamiento laboral español”, en AA.VV, Cien años de Seguridad Social, Fraternidad Muprespa-UNED,
Madrid, 2000, pág. 6.
361
Lourdes Meléndez Morillo-Velarde
ALMANSA PASTOR, J.M., Derecho de la Seguridad Social, 7ª ed., Técnos, Madrid, 1991, pág. 89.
23
24
En concreto, su artículo 2 estableció: “el patrono es responsable de los accidentes ocurridos a sus operarios
con motivo y en el ejercicio de la profesión o trabajo que realicen, a menos que el accidente sea debido a
fuerza mayor, extraña al trabajo en que se produzca el accidente”
25
BORRAJO DACRUZ, E., “Fundamento de la protección por accidente de trabajo: balance y perspectiva
(notas introductorias al estudio de la Ley de 1900)”, en AA.VV, Cien años de Seguridad Social, op. cit., pág.
88.
362
Antecedentes del Derecho de la Información en México:
Los Impresores Libreros en la Nueva España del Siglo XVII
I. CONTEXTO HISTÓRICO.
1
La gestión del traslado e instalación de esta primera imprenta corrió a cargo de Don Fray Juan de
Zumárraga, obispo de México y Don Antonio de Mendoza, virrey de la Nueva España. DE LA TORRE
VILLAR, Ernesto. Breve historia del libro en México, México, Biblioteca del Editor, 1990, p. 22.
Es importante resaltar, que la empresa editorial del periodo colonial fungió como un
importante pilar dentro del posicionamiento de la Iglesia, ya que esta última requería de
elementos que penetraran dentro y fuera de la población que tenía la oportunidad de
adquirir o estar cerca de las publicaciones del periodo en cuestión.
Los impresores y libreros del siglo XVII tuvieron una trascendental participación ya
que fueron los encargados de imprimir y difundir la cultura novohispana, la cual se
centraba en mostrar los modelos de conducta cristiana los cuales estaban muy apegados a la
conducta cristiana, también promovieron la conducta cristiana, la ciencia, la historia, las
artes y el entretenimiento de la sociedad.
La labor desempeñada por este grupo nos permite obtener una perspectiva de los
antecedentes del derecho de la información en México, ya que fueron experimentaron el
fuerte rigor de la censura impuesta por el Estado y la Inquisición. Motivo por el cual es
importante comentar que los impresores-libreros tuvieron un periodo de expansión
representativa durante el siglo XVII, muestra de esto fue que en 1640 Puebla se convirtió
en la segunda ciudad dotada de un taller de imprenta, gracias a la llegada del obispo Juan de
Palafox y Mendoza.3
Los impresores libreros mexicanos eran los propietarios de una imprenta y una
tienda, es decir que se encargaban de la impresión y la puesta a disposición de libros. Este
grupo era el que controlaba empresa en México además de contar con excelentes relaciones
con las autoridades eclesiásticas y civiles.
2
Cfr. COSÍO VILLEGAS, Daniel. Historia Mínima de México, México, El Colegio de México, 1973, p. 53.
3
MARTÍNEZ LEAL, Luisa. “Los impresores libreros en Nueva España del siglo XVII”, UAM, México,
2002.
364
Elizabeth Vásquez Bernal
Hay que comentar que en el siglo XVII hubo una escasa producción de
publicaciones periódicas debido al régimen que la Corona española y la Iglesia aplicaron al
territorio recientemente conquistado para evitar la difusión de la ideología liberal
promovida en países como Francia e Inglaterra, la literatura que se imprimía era de
tendencia religiosa ya que la Iglesia tenía demasiada influencia en este territorio. Uno de
los principales obstáculos de los inicios de la imprenta en México fueron las concesiones
especiales o cédulas reales que eran otorgadas a empresas familiares que estuvieran
íntimamente relacionadas con la Iglesia lo cual no permitía que las pequeñas imprentas
tuvieran éxito.
4
Cfr. “No fue sino hasta el siglo XVIII que se imprimieron hasta tres Índices expurgatorios. El primero, y el
más voluminoso de todos, fue el concentrado por Don Diego Sarmiento y Valladares y acabado por Don
Vidal Marín, obispo de Ceuta e inquisidor general, en 1700…” MENÉNDEZ PELAYO, Marcelino. “La
historia negra de la Iglesia” en: www.luxdomini.com
365
Antecedentes del Derecho de la Información en México: Los Impresores Libreros en la Nueva España del S. XVII
Otro elemento que debemos considerar fue el interés del Virrey por privilegiar la
provisión de papel para los estancos o monopolios de papel sellado y de tabaco, por lo
tanto, el papel destinado al comercio, las imprentas y los particulares fue mínimo, es
importante agregar que estaba prohibida la producción de la papel en Nueva España a
través de un decreto real, lo cual elevaba el costo del poco papel que existía en Nueva
España.5
Hay que especificar que el uso de la imprenta se convirtió en un negocio familiar donde
regularmente la esposa era la encargada de dirigir dicha empresa. Los impresores-libreros
fueron un selecto grupo que controlaba la empresa de la imprenta y venta de escritos,
además de contar con excelentes relaciones con las autoridades eclesiásticas y civiles. Este
grupo fue el encargado de imprimir las mejores ediciones del siglo XVII que fueron
producto del trabajo de las Cátedras en la Real y Pontificia Universidad de México, entre
las obras más destacadas están “Grandeza Mexicana”, Bernardo de Balbuena, “La
5
El papel fue uno de los productos que formaba parte de las principales contribuciones e impuestos para la
Real Hacienda, quien cobraba ingresos por venta, posesión y uso del papel, según se asienta en la Real Orden
de 1638. CORTÉS, Omar. De contribuciones, tributos e imposiciones, México, Editorial Antorcha, 1999.
366
Elizabeth Vásquez Bernal
Primavera Indiana” de Sigüenza y Góngora, y obras menores de Sor Juana Inés de la Cruz,
obras que estuvieron apegadas al Índice Expurgatorio.6
FAMILIA CALDERÓN
Es menester recalcar que la familia de los Calderón Benavides enfocó las labores de
su negocio a la impresión de textos religiosos como cartillas, doctrinas, sermones y
hagiografías, impresos que obviamente respondían a las demandas de la Iglesia católica
conservadora y a las necesidades de la Corona Española.
El auge de las empresas familiares se debió a las alianzas empresariales que fueron
establecidas a lo largo de su vida, por ejemplo, la imprenta de los Calderón Benavides
obtuvieron en 1700 una licencia para imprimir la “Cartilla Mayor en Lengua Castellana,
latina y mexicana”, con la prohibición que ninguna otra persona sino la viuda de Ribera en
toda Nueva España pudiese imprimir cartillas ni doctrinas so pena de 200 pesos y los
moldes perdidos. Motivo por el cual se ganó la denominación de “Imprenta del Secreto del
Santo Oficio” por el hecho de realizar trabajos tipográficos para la Inquisición
específicamente. Los Calderón manejaron el monopolio de los impresos eclesiásticos
oficiales, y encabezaron el grupo de los difusores de la ideología del gobierno novohispano.
6
El “Índice Expurgatorio” fue un mecanismo empleado para la revisión, corrección y prohibición de libros.
POMPA Y POMPA, Antonio. 450 años de la imprenta tipográfica en México, Asociación Nacional de
Libreros, México, 1998.
367
Antecedentes del Derecho de la Información en México: Los Impresores Libreros en la Nueva España del S. XVII
Estos negocios fueron el claro ejemplo del poderío de la Iglesia quien además de
establecer los parámetros para la producción de obras se dio el lujo de introducir una
medida de fomento a la lectura religiosa que consistía en conceder indulgencias a los
lectores de toda o una parte de una obra religiosa.8 Éstas fueron las principales familias que
fueron responsables de la difusión cultural novohispana en el siglo XVII.
CONCLUSIONES.
7
“Fue una de las principales manifestaciones de la llegada de la Ilustración a la Colonia española, donde
figuró el interés de los criollos por mostrar a Europa el conocimiento que se cultivaba en tierras
novohispanas”. CRUZ SOTO, Rosalía. “Las publicaciones periódicas y la formación de una identidad
nacional”, Estudios de Historia Moderna y Contemporánea de México, México, UNAM, vol. 20, no. 2
8
MARTÍNEZ LEAL, Luisa. “Los impresores-libreros del siglo XVII”, en: Casa del Tiempo, México,
Universidad Metropolitana, mayo 2007.
368
Elizabeth Vásquez Bernal
Como lo pudimos observar a lo largo de este trabajo los antecedentes del derecho de la
información en México como lo son la libertad de expresión e imprenta, se vieron afectados
seriamente gracias a la influencia de la Corona Española y la Iglesia Católica, sin embargo,
nos percatamos de que las obras impresas sólo fueron apreciadas por un reducido número
de personas las cuales sabían leer y tenían la posibilidad económica de adquirir una obra. El
sesgo religioso fue uno de los principales obstáculos sin embargo, existieron grupos que
ingresaron obras prohibidas al territorio novohispano lo cual permitió la difusión de la
ideología liberal.
La censura es y fue uno de los elementos que han imposibilitan el ejercicio del
derecho de la información, no sólo en México, sino en diversos países, motivo por el cual,
es importante conocer los instrumentos que han sido empleados en el devenir del derecho
de la información para valorar la necesidad de legislar, reformar y actualizar las normas
aplicables al ejercicio de la libertad de imprenta y expresión como derechos que le permiten
al hombre desarrollar su idiosincrasia.
FUENTES.
369
Antecedentes del Derecho de la Información en México: Los Impresores Libreros en la Nueva España del S. XVII
DE LA TORRE VILLAR, “Ernesto. Breve Historia del libro en México”, Biblioteca del
Editor, México, 1990.
MARTÍNEZ LEAL, Luisa. “Los impresores-libreros del siglo XVII”, en: Casa del
Tiempo, México, Universidad Metropolitana, mayo 2007.
TORRE VILLAR, Ernesto. Breve historia del libro en México, México, Biblioteca del
Editor, 1990, p. 22.
370
Evolución Histórica del Derecho a la Información
en el Marco Constitucional Mexicano
RESUMEN: I.- Nota Introductoria. II.- Evolución del derecho a la información. III.-
Evolución histórica del marco jurídico constitucional mexicano. IV.- Conclusiones. V.-
Bibliografía.
I. NOTA INTRODUCTORIA
archivos, el acceso a la información pública entre otros muchas más y que forma parte del
catálogo de las ramas que reconoce y protege el derecho de la información.
El artículo 6º constitucional da un reconocimiento expreso al derecho a la
información, pero no existe en la actualidad un desarrollo jurídico que sea armónico y
verdadero; ha sido un problema jurídico la diversidad de criterios para su conceptualización
del mismo derecho a la información en nuestro país, y así poder crear un concepto uniforme
y entender los alcances y limites de esta materia; muchos han consideran que es un derecho
nuevo en México por estar en boga en nuestros días, esto erróneamente, considero que es
un derecho joven en desarrollo en México, el cual es fundamentado jurídicamente desde
hace muchos años en nuestra Constitución y legislación.
En las páginas siguientes se hará un desarrollo cronológico de los principales
acontecimientos constitucionales referentes a la materia, de igual forma la evolución
histórica del artículo 6º constitucional por ser parte medular del estudio de esta materia y
que es la única norma que establece la garantía del estado de proteger el derecho a la
información en México.
372
Gustavo José Chávez Ortíz
artículo 12. 1 Recordemos que Estados Unidos era una colonia inglesa y que los liberales
de esa época tuvieron una gran influencia de lo que sucedía en Francia y otros países de
Europa ideas que importaron a América y culminaron en la Independencia de Estados
Unidos el 4 de julios de 177 6.
El segundo antecedente fue la Declaración de los Derechos del Hombre y
Ciudadano, del 26 de agosto de 1779 en la ciudad de Paris recogiéndolo en sus artículos 10
2
y 11. El momento crítico que llevo a Francia a sus Revolución fue el absolutismo
monárquico y la falta de garantías de los ciudadanos de esa época el surgimiento de ideas
durante la época del enciclopedismo ilustrado lograron que se fueran gestando nuevas ideas
y se detonara el inconformismo de una sociedad oprimida.
El tercer antecedente cronológico fue la Constitución de Cádiz promulgada el 19 de
marzo de 1812 donde establecía en su artículo 3713 la libertad de expresión a los
españoles. Y que recordemos que esta constitución tuvo vigencia en nuestro país y que
encontramos como primer antecedente de nuestra materia del derecho a la información.
Estas tres declaraciones reconocieron la libertad del ciudadano de expresarse y
como consecuencia la de prensa e imprenta, los momentos en que se encontraron cada uno
de estos tres países fueron fundaméntales para que se desarrollaron estas ideas donde el
hombre de esa época lucho por un libertad y posteriormente esto se fue contagiando a
todos los textos constitucionales de casi todo el mundo.
Artículo 12: “Que la libertad de prensa es uno de grandes baluartes de la libertad, y que jamás puede
1
necesidad de licencia, revisión o aprobación alguna anterior a la publicación, bajo las restricciones y
responsabilidad que establezcan las leyes”.
373
Evolución Histórica del Derecho a la Información en el Marco Constitucional Mexicano
Las guerras mundiales de 1914 y 1939 crearon la necesidad de métodos por los
cuales la humanidad volviera repensar sobre la necesidad de que no se volviera a caer en el
mismo error de hacer guerras sin fines más que la destrucción del propio ser humano y
exaltar los derechos y libertades de cada humano, esto fue reconocido en el texto
denominado Declaración de los Derechos Humanos del 10 de diciembre de 1948,
Resolución 217 de la Asamblea General de las Naciones Unidas, aprobada por 48 votos a
favor y 8 abstenciones. Reconociendo en su preámbulo los derechos humanos
fundamentales.
Esta Declaración Universal reconoce y define derechos que se encuentran
intrínsecos en la naturaleza del ser humano como es el derecho a la información y que va
mas allá de la libertad de expresión, prensa o imprenta sino que se no se limita, formulando
las facultades que tiene todo ser humano en sus artículos 18 y 19 4 para investigar, difundir
y recibir información, dando el reconocimiento oficial a este derecho a la información en
un documento supranacional y que de allí se traslado a las constituciones de muchos países
del mundo.
4 Artículo 18 “Toda persona tiene derecho a la libertad de pensamiento, de conciencia y de religión; este
derecho incluye la libertad de cambiar de religión o de creencia, así como la libertad de manifestar su religión
o su creencia, individual y colectivamente, tanto en público como en privado, por la enseñanza, la práctica, el
culto y la observancia”.
Artículo 19 “Todo individuo tiene derecho a la libertad de opinión y de expresión; este derecho incluye el de
no ser molestado a causa de sus opiniones, el de investigar y recibir informaciones y opiniones, y el de
difundirlas, sin limitación de fronteras, por cualquier medio de expresión”.
Desantes Guanter, José María. et al, Derecho de la Información, Madrid, 1994, tomo II, p. 14.
5
374
Gustavo José Chávez Ortíz
1. Antecedentes Constitucionales
Artículo 50. Las facultades exclusivas del Congreso General son las siguientes:
III. Proteger y arreglar la libertad política de imprenta, de modo que jamás se pueda
suspender su ejercicio, y mucho menos abolirse en ninguno de los estados ni territorios de
la federación.
de la imprenta, no debe prohibirse a ningún ciudadano, a menos que en sus producciones ataque al dogma,
turbe la tranquilidad pública, u ofenda el honor de los ciudadanos”.
375
Evolución Histórica del Derecho a la Información en el Marco Constitucional Mexicano
XVII. Que pueda imprimir y publicar sus ideas políticas sin necesidad de licencia ni
censura previa, bajo las restricciones y responsabilidad que prescriban las leyes.
“La manifestación de las ideas no puede ser objeto de ninguna inquisición judicial o
administrativa, sino en el caso de que ataque los derechos de tercero, provoque a algún
crimen o delito, o perturbe el orden público.”
Artículo 6. “La manifestación de las ideas no puede ser objeto de ninguna inquisición judicial o
9
administrativa, sino en el caso de que ataque la moral, los derechos de tercero, provoque algún crimen o
delito, o perturbe el orden público”.
376
Gustavo José Chávez Ortíz
Artículo 6. “La manifestación de las ideas no será objeto de ninguna inquisición judicial o administrativa,
10
sino en el caso de que ataque a la moral, los derechos de tercero, provoque algún delito o perturbe el orden
público; el derecho a la información será garantizado por el estado”.
Los datos de los antecedentes fueron consultados en libro: CAMARA DE DIPUTADOS, Derecho del
11
Pueblo Mexicano, México a través de sus Constituciones, Tomo II, 2002 pp. 340-360
377
Evolución Histórica del Derecho a la Información en el Marco Constitucional Mexicano
pero hay que recordar que hay otros artículos referentes en nuestra constitución como son el
3º, 7º, 8º etcétera pero considero que el que tiene mayor relevancia es el 6º constitucional
por ser el único que expresamente señala el derecho a la Información.
2. Artículo 6º Constitucional
“La manifestación de las ideas no puede ser objeto de ninguna inquisición judicial o
administrativa, sino en el caso de que ataque la moral, los derechos de tercero, provoque
algún crimen o delito, o perturbe el orden público.”
378
Gustavo José Chávez Ortíz
le adiciono la frase relativa a que “el derecho a la información será garantizado por el
estado”12
Suprema Corte de Justicia de la Nación, Las Garantías Individuales, Suprema Corte de Justicia de la
12
379
Evolución Histórica del Derecho a la Información en el Marco Constitucional Mexicano
IV. CONCLUSIONES
V. BIBLIOGRAFÍA
380
Gustavo José Chávez Ortíz
ESTAVILLO ROS, Juan José. Derecho de la información en México, Ed. Porrúa, 1ª ed.
México. 2005.
381
Evolución Histórica del Derecho a la Información en el Marco Constitucional Mexicano
382
El Enfoque Social del Derecho a la Información en México. Antecedentes
Históricos y Evolución de un Concepto
ANTECEDENTES INTERNACIONALES
Art. 10. Nadie debe ser molestado por sus opiniones, incluso religiosas, en tanto que su
manifestación no altere el orden público establecido por la Ley.
Art. 11. La libre comunicación de los pensamientos y de las opiniones es uno de los
derechos más preciados del hombre; todo ciudadano puede, por tanto, hablar, escribir e
imprimir libremente, a salvo la responsabilidad genere en los casos determinados por la
Ley.
Art. 15. La sociedad tiene el derecho de pedir cuentas de su administración a todo agente
público.
VARELA SUANZES, Joaquín (Editor), Textos básicos de la Historia Constitucional comparada, Centro de
1
384
Leonel García Tinajero
Se puede apreciar, como ya son reconocidas las facultades que va implícitas dentro
del derecho a la información: la facultad de difundir en los tres preceptos; la de investigar y
recibir tanto en el segundo como en el tercero de los artículos citados.
Dichos preceptos son paradigmáticos, pues, además de las libertades de expresión,
de pensamiento, de opinión y de imprenta, consagraron la rendición de cuentas como uno
de los derechos más preciados del hombre; hecho que aun no reconocen algunas
constituciones contemporáneas.
Varios de los principios contenidos en la Declaración de los Derechos del Hombre
y del Ciudadano fueron retomados por todas las constituciones de los Estados y siguen
vigentes hoy en día, con diversos matices, sin perder su esencia.
Resulta indudable, que las declaraciones de derechos son, en grado de importancia,
el motivo principal del constitucionalismo, ya que la actividad del poder público (ahora
también el privado, que en violaciones de derechos le lleva ventaja a su contraparte), debía
ser contrarrestada por un catálogo bien definido de derechos, que fueron y que hoy en día
todavía algunos pensadores los consideran como anteriores a la existencia del Estado, por
ser inherentes a todos los seres humanos, por el solo hecho de serlo; derechos naturales que
sustraídos de la voluntad tiránica del déspota, del Estado absolutista, designan las
facultades otorgadas a los individuos por la legalidad ordinaria; es el clásico modelo
individualista de las libertades: “… Derechos y libertades son reconocidos por el Estado,
pero no creados: no se puede crear aquello que ya existe”2. También se habla de un
contrato social en el que la actividad del poder adquiere mayor legitimidad, si es
directamente proporcional con el respeto a la autonomía personal.
En el fondo de todo el asunto, estaban los intereses de los mercaderes, de la
burguesía emergente, que no soportaba las excesivas cargas tributarias y confiscaciones
arbitrarias de los señoríos, que mermaban sus ganancias y vieron en la inconformidad
política y social de los siervos y los campesinos, la oportunidad perfecta para deshacerse de
una vez por todas de la autoridad feudal; de ahí que sea más notorio que los derechos más
FIORAVANTI, Maurizio. Los Derechos Fundamentales. Apuntes de Historia de las Constituciones, Ed.
2
385
El Enfoque Social del Derecho a la Información en México. Antecedentes y Evolución de un Concepto
Art. 371. Todos los españoles tienen libertad de escribir, imprimir y publicar sus ideas
políticas sin necesidad de licencia, revisión o aprobación alguna anterior a la
publicación bajo las restricciones y responsabilidad que establezcan las leyes.
386
Leonel García Tinajero
4
Artículo 6º. La manifestación de las ideas no será objeto de ninguna inquisición judicial o administrativa,
sino en el caso de que ataque a la moral, los derechos de tercero, provoque algún delito, o perturbe el orden
público; el derecho a la información será garantizado por el Estado.
Artículo 7º. Es inviolable la libertad de escribir y publicar escritos sobre cualquier materia. Ninguna
ley ni autoridad pueden establecer la previa censura, ni exigir fianza a los autores o impresores, ni
coartar la libertad de imprenta, que no tiene más límites que el respeto a la vida privada, a la moral y
a la paz pública. En ningún caso podrá secuestrarse la imprenta como instrumento del delito.
Las leyes orgánicas dictarán cuantas disposiciones sean necesarias para evitar que so pretexto de las
denuncias por delitos de prensa, sean encarcelados los expendedores, “papeleros”, operarios y demás
empleados del establecimiento en donde haya salido el escrito denunciado, a menos que se demuestre
previamente la responsabilidad de aquellos.
Artículo 8º. Los funcionarios y empleados públicos respetarán el ejercicio del derecho de petición,
siempre que ésta se formule de manera pacífica y respetuosa; pero en materia política sólo podrán
hacer uso de ese derecho los ciudadanos de la República.
A toda petición deberá recaer un acuerdo escrito de la autoridad a quien se haya dirigido, la cual tiene
obligación de hacerlo recaer en breve término al peticionario.
387
El Enfoque Social del Derecho a la Información en México. Antecedentes y Evolución de un Concepto
“… la libertad jurídica para hacer u omitir algo sin la libertad fáctica (real), es decir, sin la
posibilidad fáctica de elegir entre lo permitido, carece de todo valor”.
Véase ALEXY, Robert “Los Derechos Sociales Fundamentales”, en CARBONEL, Miguel et al (coord.)
5
Derechos Sociales y Derechos de las Minorías, Ed. Porrúa, 3ª. ed., México, 2004, p. 69.
388
Leonel García Tinajero
Gerardo Pisarello define los derechos sociales como “…un conjunto de expectativas
o pretensiones de recursos y bienes dirigidos a satisfacer necesidades básicas de las
personas… ligadas a la educación, la salud, la vivienda o el ingreso…”, el desarrollo, la
cultura y el medio ambiente, interesando su reivindicación “…a los miembros más
vulnerables de la sociedad, cuyo acceso a dichos recursos suele ser residual, y no pocas
veces, inexistente6…”
Aparte de la educación, la salud, la vivienda y el ingreso, también la información se
constituye en una necesidad básica de cualquier persona, cuyo acceso al recurso
informativo sea residual o inexistente, y tal es el caso de los grupos significativos más
vulnerables, como los pueblos y comunidades indígenas y los consumidores de la
información en general. Sin el conocimiento del contenido de los derechos sociales, es
imposible ejercerlos, y el conocimiento de los mismos solo puede alcanzarse mediante el
derecho a la información.
La perspectiva social de la información, obliga al Estado debe intervenir para
garantizar el derecho a grupos sociales afectados por los medios de comunicación, para
lograr un nivel de vida adecuado para todos los componentes de la comunidad política.
En el marco normativo mexicano, es posible ubicar las siguientes directrices que le
dan un toque social al elemento iusinformativo:
6
Véase PISARELLO, Gerardo “El Estado Social como Estado constitucional: mejores garantías, más
democracia”, en ABRAMOVICH, V. et al (Comp.) Derechos Sociales, Instrucciones de uso, Ed. Fontamara,
México, 2003, p. 23.
389
El Enfoque Social del Derecho a la Información en México. Antecedentes y Evolución de un Concepto
III. CONCLUSIONES
390
Leonel García Tinajero
FUENTES CONSULTADAS
7
Véase LÓPEZ AYLLÓN, Sergio, “El Derecho a la Información como Derecho Humano”, en CARPIZO,
Jorge y Miguel Carbonell (coord.) Derecho a la Información y Derechos Humanos, Ed. Porrúa, México,
2003, pp. 173-176.
391
El Enfoque Social del Derecho a la Información en México. Antecedentes y Evolución de un Concepto
392
La Libertad de Imprenta en México:
Orígenes y Evolución de Un Concepto
Clara Romero Jaime1
INTRODUCCIÓN
1
Profesora por asignatura “B” definitiva, de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales, de la Universidad
Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, estudiante de la Maestría en Derecho a la Información, tercer
semestre, en la misma casa de Estudios.
se verá más adelante, abrirán pautas para el nacimiento de otras libertades del hombre,
como el derecho a la información y, a la misma ciencia del Derecho de la Información.
DESARROLLO
Azurmendi Ana, Historia y Evolución del derecho de la información en México, pág. 23.
2
394
La Libertad de Imprenta en México: Orígenes y Evolución de un Concepto
395
Clara Romero Jaime
liberales, aunado a la aplicación por legisladores y jueces así como al avance de las
doctrinas jurídicas, se da un pleno desarrollo de los principios de libertad de prensa y
libertad de expresión, no sin dejar de reconocer algunos hechos que de manera directa
también influyeron en forma decisiva en su desarrollo como:
1- El desarrollo tecnológico, que permite el nacimiento de la prensa popular diaria,
ya que hasta antes de 1860, el periódico era excesivamente caro para la mayoría de los
ciudadanos.
2- Es de destacar que después de 1850, nacen las primeras empresas periodísticas,
con el objetivo de obtener ventajas económicas.
3- A su vez el contenido de los periódicos, comprende un mayor número de
información.
4- Las agencias de noticias, aumentan no sólo en número, sino además en
importancia.
5- Aparece el periodista, como un elemento de relevancia en el proceso informativo.
6- Por otra parte se crean, los primeros códigos éticos de la profesión.
7- Se hace presente el poder político de los medios de comunicación y los gobiernos.
Además se desarrolla un planteamiento empresarial que cambia el modo de entender
los elementos que intervienen en el hecho informativo, como lo es el mayor número de
lectores.
Junto con la prensa tradicional aparecen los diarios baratos, adquiriendo por lo tanto
el periodismo, como su producto, calidad.
En Francia en 1935, aparece por primera vez la cláusula de conciencia del periodista,
es decir comienza la profesionalización del periodista.
Pero también se va presentando un desarrollo en el Derecho, lo que hace que surjan
los colegios profesionales y por lo tanto una mayor comprensión de estas libertades.
En Francia se menciona, que con todo el desarrollo que se había dado en la sociedad,
se preparo el terreno para que la O. N. U. proclamara en 1948, la Declaración Universal
de Derechos Humanos.
Aún cuando también contribuyeron muchos otros factores, como fueron las
corrientes del pensamiento Jurídico- filosófico y en el ámbito político en donde se habían
dado cambios hacía los ideales democráticos, más aunado a las dos guerras mundiales que
habían puesto de manifiesto la necesidad de un orden social supranacional.
De tal forma que toda esa suma de factores se condensan en el preámbulo de la
Declaración Universal de los derechos Humanos, de las Naciones Unidas, cuando se
consagra en los siguientes términos:
“Considerando que la libertad, la justicia y la paz en el mundo tienen por base el
reconocimiento de la dignidad intrínseca y de los derechos iguales e ineludibles de todos
los miembros de la familia humana.”
“Considerando que el desconocimiento y el menosprecio de los derechos humanos
han originado actos de barbarie ultrajantes para la conciencia de la humanidad…”
Es decir se considera que se debe contar con una serie de valores, que sean una
referencia internacional para todas las naciones, a fin de asegurar una convivencia social
justa, valores que están vinculados a la dignidad humana.
396
La Libertad de Imprenta en México: Orígenes y Evolución de un Concepto
Por ello las constituciones posteriores a 1948, recogen en sus textos unos valores
previos a la norma constitucional.
En el artículo 19, la Declaración coloca a la Información y, ya no sólo a las ideas o a
la prensa como el objeto de un derecho humano, en los términos siguientes:
“Todo individuo tiene derecho a la libertad de opinión y de expresión; este derecho
incluye el de no ser molestado a causa de sus opiniones, el de investigar y recibir
información y opiniones y el de difundirlas sin limitación de fronteras por cualquier
medio de expresión”.
Es de puntualizar que se identifica libertad de expresión con el derecho a investigar,
recibir y difundir información y opiniones.
Es decir el derecho a la libertad de expresión, se integra a su vez de otros dos
derechos:
1-el derecho a la Información con su contenido comprendido en las facultades de
investigar, recibir y difundir información y,
2- el derecho de expresión al que no se le atribuye la facultad de investigar pero sí
las de recibir y difundir opiniones en las más variadas manifestaciones.
Por eso el artículo 19, de la Declaración representa un adelanto en la consolidación
del Derecho a la Información.
Sin embargo es de mencionar que continúa con la línea seguida por las
Declaraciones de Derechos durante el siglo XVIII, al no distinguir con claridad libertad de
expresión- derecho a la información.
Haciendo un estudio de lo que aporta la Declaración de 1948, en su artículo 19, con
relación a las declaraciones de derechos del siglo XVIII, destacan los puntos siguientes:
1- Se abandona la idea de que el derecho a la información, tenga como contenido
esencial sólo la capacidad de libertad; por lo mismo esto significa que la persona tiene
libertad para expresar, libertad para escribir, libertad para imprimir o libertad como espacio
ganado al Estado.
Porque para referirse al derecho a la información, se hace imprescindible que exista
libertad, en el mismo grado en que se hace necesaria para el derecho a la libertad religiosa,
el derecho al trabajo o cualquier otro derecho fundamental.
2- Desde 1948, el derecho a la información queda definido en cuanto a su contenido
esencial con las facultades de investigación, recepción y difusión.
Con la enumeración de estas tres últimas facultades se demuestra que no se trata de
un derecho que periodistas y empresas informativas puedan ejercitar en exclusiva, si bien
las facultades de investigación, difusión han permanecido bajo quién se dedica a las
actividades periodísticas, sin embargo la facultad de recepción del derecho a la
información, en todas sus facultades, tiene como titular a la persona humana.
3- Por otra parte, a partir de entonces se crea la idea de que la información cumple
una función social, sin importar quién la difunda, no importa que en el supuesto de que sea
una empresa periodística, se obtenga un beneficio económico. Se concibe al periodista
como un gestor de la información.
Desde el punto de vista jurídico, el público se convierte en destinatario del producto
informativo que emiten empresas y periodistas, ya que gracias a ellos se satisface su
derecho a la información.
397
Clara Romero Jaime
398
La Libertad de Imprenta en México: Orígenes y Evolución de un Concepto
Suprema Corte de Justicia de la Nación, Las Garantías de Libertad, arts. 6 y 7 constitucional, pág. 97.
3
399
Clara Romero Jaime
400
La Libertad de Imprenta en México: Orígenes y Evolución de un Concepto
Con relación a ello el artículo 1916 bis del Código Civil para el Distrito Federal,
señala que no estará obligado a la reparación del daño moral, quien ejerza sus derechos de
opinión crítica , expresión e información, pero con las limitaciones a que se refiere el
precepto constitucional, que nos ocupa.
Por lo que si en el ejercicio de la libertad de imprenta o de prensa , se publican
expresiones que atenten en contra de la integridad moral de una persona , el responsable de
la publicación se encuentra obligado a la reparación del daño moral causado, independiente
del vínculo que tenga con quién, lo haya redactado, pues con el fin de no incurrir en un
hecho ilícito, está obligado a verificar que sus publicaciones carezcan de manifestaciones o
expresiones maliciosas, que no expongan a persona alguna al odio, desprecio o ridículo, ni
pueda causarle demérito en su reputación o en sus intereses.
Mismo que de acuerdo al artículo primero de la Ley de Imprenta, en vigor constituye
un ataque a la vida privada.
Asimismo los artículos 16 y 17 de la Ley de Imprenta, establecen a quién debe
considerarse responsable en la comisión de delitos por medio de la imprenta, litografía,
grabado o cualquier otro medio de publicidad, no resultando aplicables para determinar la
responsabilidad del daño moral, pues ésta no es de carácter penal sino civil y, por lo tanto
se regula por el Código Civil libro cuarto, denominado de las obligaciones , primera parte
de las obligaciones en general , título primero, fuentes de las obligaciones, que nacen de los
actos ilícitos.
En cuanto a los ataques a la moral o a la paz pública, su descripción se encuentra en
los artículos 2° y 3° de la ley de Imprenta.”
Para determinar que cierta forma de la libertad de expresión daña la vida privada, la
moral o la paz pública, primero es necesario establecer los términos en que se redacto una
publicación determinada y si se encuentra o no fundada en hechos, como así lo observo la
primera Sala de la Suprema Corte de Justicia de la Nación
Por eso debe interpretarse el artículo 7° constitucional, en el sentido de que es
inviolable la libertad de escribir y publicar escritos sobre cualquier materia, y ninguna ley
ni autoridad puede coartar la libertad de imprenta, que no tiene más límites que el respeto a
la vida privada , a la moral y a la paz pública
Por ello si no existen ataques a la moral o la paz pública, debe examinarse si existen
ataques a la vida privada, mediante toda manifestación o expresión maliciosa hecha por
medio de la imprenta, que exponga a una persona al odio, al desprecio o ridículo, o pueda
causarle demérito en su reputación o en sus intereses.
Sin embargo el artículo 5º de la ley de imprenta, aclara que no se considerará
maliciosa una expresión aunque sean ofensivos sus términos por su propia significación,
cuando se haya tenido motivos fundados para considerar verdaderos los hechos imputados
y se hayan publicados con fines honestos.
En el caso particular que resuelve la Sala Primera, se dice de lo expresado por la
publicación motivo de éste asunto, “que resulta que ella tuvo por objeto protestar por
hechos de que fue víctima un grupo de estudiantes y no de injuriar, difamar o calumniar
expresamente al demandante- quien ciertamente con términos ofensivos por su propio
significado – fue señalado como responsable de ellos. Y si es manifiesta la oposición
existente entre las tendencias representadas por ambos, desde el punto de vista político, y el
401
Clara Romero Jaime
quejoso tuvo motivo jurídico para considerar verdaderos los hechos imputados al
denunciante , con fundamento en el artículo 5º de la Ley de Imprenta no pueden
considerarse maliciosas sus expresiones”
Una limitación más se desprende del artículo 130 constitucional, relacionado con las
normas que orientan el principio de la separación entre el Estado y la Iglesia; el inciso e)
del párrafo segundo del precepto que nos ocupa señala que los ministros de cultos no
podrán “en publicaciones de carácter religioso, oponerse a las leyes del país o a sus
instituciones, ni agraviar, de cualquier forma, los símbolos patrios.”
De todo lo antes desarrollado, me permito hacer las siguientes:
CONCLUSIONES
Nuestro artículo 7º, Constitucional consagra la libertad que tiene toda persona sujeto
de derecho, a expresar sus ideas o a imprimirlas en cualquier forma sin más límites que las
que establece el derecho; de ahí que nos encontremos ante dos de las garantías
fundamentales para el hombre, como son el derecho de expresión que corresponde a toda
persona por el hechos de serlo, como un derecho natural, innato al propio individuo y la
libertad de imprenta, qué compete exclusivamente al que imprime escritos.
Sin embargo, está libre comunicación de pensamientos y opiniones, deberá darse en
el sentido, de que todo ciudadano pueda, hablar, escribir e imprimir libremente siempre que
se haga responsable de los abusos de esa libertad en los casos previstos por la ley; desde
luego no nace como se reconoce actualmente, ya que ha evolucionado dando origen, al
Derecho a la información, el que a su vez, en un sentido amplio para ciertos autores 4,que en
lo personal yo comparto , comprende tanto la libertad de expresión y por lo mismo también,
la libertad de imprenta.
Por eso es necesario enfatizar, que sin la libertad de expresión, y de impresión
reconocida por el Derecho, sería imposible actuar, dentro de una comunidad.
En nuestra Constitución son reconocidos como Derechos fundamentales, pero no
absolutos, ya que su ejercicio encuentra límites.
De ahí que originalmente tales libertades, protejan en especial el derecho de la
persona, a expresar sus ideas en materia política.
Por eso es importante destacar, que nuestra Carta Magna no sólo garantiza estos
derechos en el artículo 7º que nos ocupa, sino además en el artículo 6o. pues la
manifestación de las ideas se suele dar no sólo en el ámbito subjetivo en que se gestan las
ideas, ya que normalmente suele ser reemplazado por el objetivo, cuando se manifiestan
verbalmente o por escrito y mientras la manifestación de las ideas, no afecte el orden social,
la libertad de expresión se habrá manifestado libremente.
Con esto quiero precisar que él artículo 6, regula la libertad de expresión en el ámbito
de la manifestación de las ideas,… en tanto que el 7, la libertad de escribir y publicar
escritos…que además de ser libertad de imprenta, también es libertad de expresión.
402
La Libertad de Imprenta en México: Orígenes y Evolución de un Concepto
5
Carpizo Macgregor Jorge –Derechos Humanos y Ombudsman, Pág.116.
403
Clara Romero Jaime
FUENTES CONSULTADAS
5.- Salas Lizana N. Citlalli – Esbozo de las Bases Jurídicas del derecho a la
información. – Internet
404
El Derecho Castellano a través del Orden de Prelación
en la Historia Jurídica de México, en el Siglo XIX
2
ANUARIO MEXICANO DE HISTORIA DEL DERECHO, México, UNAM, Instituto de Investigaciones
Jurídicas, 1990,
p. 90.
Ídem, p. 90.
3
Ibídem, p. 92.
4
406
El Derecho Castellano a través del Orden de Prelación en la Historia Jurídica de México, en el Siglo XIX
siglos (218 a. C. a 415 d. C.); por los visigodos (415-711) añadiendo el elemento
germánico; por la invasión musulmana (711-1492), que duro 700 años, periodo conocido
como “dispersión normativa”. Del influjo del derecho romano y de la legislación visigoda,
surgió el Libro de los Jueces (Liber Iudiciorum).
En España y en gran parte de Europa, del siglo XII al XV, en se dio la Recepción
del derecho romano justinianeo, que sumado al derecho canónico, integraron el Ius
Commune, sistema jurídico que favoreció el absolutismo de los monarcas. Empero la
llegada de éste a España fue una verdadera lucha entre el derecho tradicional -ibérico,
germánico y romano vulgar- contra el nuevo derecho -romano-canónico-.
La unión de los reinos de Castilla y León, dio lugar a un movimiento recopilador
(siglo XIII), Fernando III el santo, validó el Liber Iudiciorum, que castellanizado se
convirtió en el Fuero Juzgo. Por su parte Alfonso X, el sabio, fue prolífico en la institución
de obras legislativas, destacando de todas ellas, las Siete Partidas5 (1256-1265), que eran
una compilación de derecho científico (romano-canónico), análogo al Digesto, con la
diferencia de idioma. Este código fue elaborado con la ayuda de los juristas formados en las
nacientes universidades6. Éstas recogían el derecho común, relegando al castellano. Este
código se apoyo en el derecho romano justinianeo; en el derecho canónico; en las opiniones
de los glosadores, y en el derecho feudal. No obstante de ser un monumento jurídico, una
obra notable, no consiguió imponerse y después de un siglo de su creación, estaba
convertido en un derecho subsidiario en Castilla, necesitando al Ordenamiento de Alcalá –
en 1348, durante la época de Alfonso XI-, para alcanzar este exiguo resultado, ocupando el
último escaño en el orden de prelación; sin embargo en la práctica en España y en América,
tuvieron mayor aplicación que otras leyes del mismo ordenamiento. En México fueron
utilizadas en la colonia y en los años de vida independiente del siglo XIX; su forma
romanizada fue bien vista por los letrados y abogados, y por otra parte en México y
América no tenían tanta presión de la corona. Continuó la unión de la coronas, esta vez la
DEKKERS, René, El Derecho Privado de los Pueblos, Madrid, Ed. Revista de Derecho Privado, 1957, p.
5
89. Cada una de las siete partes empieza por una de las letras del nombre del Rey: A-l-f-o-n-s-o.
Ídem, 1957, p. 89. Después de la de Valencia (1209) y Salamanca (1239), vinieron, Lérida (1300),
6
407
Arnulfo Rodríguez González
Cfr. GONZÁLEZ, María del Refugio, El Código Civil en México 1821-1871, Apuntes para su Estudio,
7
México, UNAM, Instituto de Investigaciones Jurídicas, 1988, p. 25. Título 28, Ley Primera. Por ende,
queriendo poner remedio conveniente a esto, estableceremos e mandamos que los dichos fueros sean
guardados en aquellas cosas que se usaron, salvo en aquello que nos falláremos que se debe mejorar e
enmendar, e en lo que son contra Dios e contra la razón o contra las leyes que en este libro se contienen. Por
las quales leyes deste nuestro libro mandamos que se libren primeramente todos los pleitos civiles e
criminales; et los pleitos e contiendas que se non pudieron librar por las leyes contenidas en los libros de las
siete partidas… Alfonso X, Ordenamiento de Alcalá, 1348.
408
El Derecho Castellano a través del Orden de Prelación en la Historia Jurídica de México, en el Siglo XIX
409
Arnulfo Rodríguez González
GONZÁLEZ, María del Refugio y Sergio López Ayllón, Editores, Transiciones y Diseños Institucionales,
11
410
El Derecho Castellano a través del Orden de Prelación en la Historia Jurídica de México, en el Siglo XIX
3º Ordenamiento Real.
4º Ordenamiento de Alcalá.
5º El Fuero Real.
6º El Fuero Juzgo.
7º Las Siete Partidas.
El orden de prelación se muestra de esta manera con algunas variantes entre las tres
listas mostradas y a la cuales se refiere María del Refugio González en dos de sus obras. El
uso del orden de prelación se modificó, con la expedición de los códigos nacionales, este
suceso se llevo a cabo entre el último tercio del siglo XIX y concluyó un poco antes de la
Revolución mexicana.
El derecho romano y con él, el ius commune, tuvo mayor influencia en la
instrucción doctrinaria, que en la práctica jurídica, sin embargo, la misma autora12, comenta
que el derecho romano estuvo vigente en la práctica jurídica de México en su época
independiente, por medio de cuatro maneras:
a) Las Siete Partidas.
b) Como derecho supletorio del canónico.
c) Gracias al estudio directo que de él se hacía en las universidades.
d) Gracias a la práctica ilegal, pero generalmente tolerada de citas del Corpus Iuris
y de sus comentarios medievales y posteriores.
El derecho canónico, como se comento anteriormente tuvo mayor injerencia en lo
jurídico, sino como parte directa del mencionado ordenamiento, si en la regulación relativa
a la familia y a ciertos tipos de delitos13, terminando esta con la separación Iglesia-Estado.
Las dos sentencias, que consulte en el Archivo Histórico del Poder Judicial de
Michoacán, muestran la aplicación del ordenamiento impuesto por el derecho español, en el
transcurso de la vida jurídica de México, poniendo de manifiesto como las Siete Partidas y
la Novísima Recopilación, entre otras legislaciones peninsulares, eran utilizadas como
fundamentos jurídicos, por parte de los aplicadores del derecho en las diferentes instancias,
FLORIS Margadant, Guillermo, citado por GONZÁLEZ, María del Refugio, op. cit., nota 7, p. 29.
12
411
Arnulfo Rodríguez González
en que estaba dividido el poder judicial. De esta manera estas sentencias ejemplifican la
existencia del orden de prelación vigente en el siglo XIX. Cabe mencionar que el ámbito
del trabajo es de corte general y las dos sentencias son del Estado de Michoacán.
La primera de ellas, muestra en la portada el nombre de la ciudad, Morelia; el año,
1841; la toca, a la causa criminal instruida contra el reo por homicidio; la sala que conoció
el asunto, 1ª Sala; el apellido del secretario; y la denominación de, Juzgado de Letras de
esta Capital. La sentencia de la sala penal, que resolvió el asunto en segunda instancia, es
del cinco de diciembre de 1842, en su caratula aparecen los nombres del presidente; del
magistrado, y del suplente. En el contenido de la sentencia se comenta al haber estudiado la
causa criminal, en la que cometió homicidio en la persona de la víctima, seguida de oficio
por el Secretario Relator, además de las declaraciones de los testigos del sumario, las
confesiones del reo y los alegatos de su defensor, y el desistimiento de la parte agraviada;
tomando en cuenta lo anteriormente anotado, el juez de Letras de la capital, dictó sentencia
el cuatro de diciembre, condenando al reo cinco años de presidio, descontando el tiempo
que tenía en prisión, conforme al arbitrio concedido por la ley 8ª titulo 31, Partida 7ª;
tomando en cuenta las peticiones del señor fiscal y los alegatos del defensor de oficio en
segunda instancia; […] también se dijo que confirmaban y confirmaron la sentencia de
primera instancia –del juez inferior- por lo mismo pide el señor fiscal, que se modere el
rigor de la Ley 4ª título 21 libro 12 de la Novísima Recopilación en el arbitrio concedido
por la citada ley 8ª titulo 31, Partida 7ª. […] la condena de cinco años para el reo se contará
desde el treinta de junio de mil ochocientos cuarenta y uno en que se declaró preso al reo
Tomás Ávila; y librados los testimonios de estilo […], se archiva la causa, los promovieron
y firmaron, se da fe, y para concluir aparecen las firmas de las cuatro autoridades de la
sentencia.
La segunda sentencia que consulte se fundamenta en las Siete Partidas; la fecha de
esta sentencia de la ciudad de Morelia es del 6 de agosto de mil ochocientos cuarenta y dos,
ésta también fue resuelta en segunda instancia, en la misma firman los señores presidente,
ministro, y suplente de la primera sala del Supremo Tribunal de Justicia, la causa criminal
que se conoció fue por herida, de los reos, sobre la víctima, la cual le resulto la muerte,
412
El Derecho Castellano a través del Orden de Prelación en la Historia Jurídica de México, en el Siglo XIX
tomando en cuenta al momento de dictar sentencia lo narrado por el Secretario Relator, las
declaraciones de los testigos de lo sumario, lo confesado por los reos, lo alegado por los
defensores de acuerdo a las pruebas que presentaron y el desistimiento de la parte
agraviada. La sentencia dictada en primera instancia sobre la ley 840, dictada por el juez de
letras de esta capital, absolvía a los manifiestos reos […] tomando en cuenta el auto del 27
de enero en el que el mismo juez de letras se le mandaba resolver la causa para que se
practicarán otras diligencias mismas que se admitieron […] también fueron tomados en
cuenta los pedimentos del secretario y lo pedido por los defensores en segunda instancia,
aparte de todo lo antes comentado, en la sentencia se dijo que confirmaban y confirmaron,
la sentencia del Juez de Letras, en todas sus partes en atención a la glosa 2ª de la ley 26
título 1º Partida 7ª así como lo dispuesto por el mando de heridores del 27 de ley de 1765,
remitiendo el testimonio de este auto al juez inferior para el cumplimiento, caso seguido se
archiva la causa.
La ciencia jurídica española forma parte con su presencia de la historia de las
diferentes etapas de México, en la etapa colonial (derecho indiano, orden de prelación); en
el México independiente (intentos y creación de la primera legislación, prevalencia de
instituciones del orden de prelación); y después de la instauración de la República y más
tarde la Codificación (legislación propia, un derecho mexicano pendiente de otras
legislaciones).
El ius commune se mantenía presente con la influencia de la ciencia jurídica
peninsular, y se puede decir que de manera lógica, por formar parte de la familia jurídica
romano-canónica, después de recibir toda la influencia de esta familia por medio de las
instituciones españolas.
España y su influencia jurídica fue uno de los varios modelos de que se sirvió
México para conformar su propia legislación. Como es de todos sabidos, Francia y
Norteamérica, entre otros países también inspiraron a México, en la búsqueda de las
instituciones que se pudieran adaptar a su forma de gobierno y que pudieran solucionar sus
problemas jurídicos.
413
Arnulfo Rodríguez González
414
DERECHO ROMANO Y
SISTEMAS JURÍDICOS
COMPARADOS
El Derecho Romano y su Enseñanza
Resumen: 1. Importancia del estudio del derecho romano. 2. Enseñanza del derecho
romano. A. En Europa. B. En México. Conclusión.
Cfr. ARGUELLO, L. R., Manual de derecho romano, Ed. Astrea, Buenos Aires, 1992, p. 4 y ss.;
1
MARGADANT, G. F., El derecho privado romano, Ed. Esfinge, México, 1983, p. 12.
Cfr. BIONDO, B., Istituzioni di diritto romano, Giuffré, Milano, 1956, p. 8.
2
Cfr. VOLTERRA, Istituzioni del diritto privato romano, La Sapienza editrice, Roma, 1988, p. 11.
3
418
El Derecho Romano y su Enseñanza
A. En Europa
En Europa continental, receptora del derecho romano a través de las escuelas de los
Glosadores y Posglosadores, solía enseñarse este derecho en dos cursos atendiendo a la
antigua división: historia externa e historia interna del derecho, surgiendo de tal manera los
cursos de Historia del Derecho Romano e Instituciones de Derecho Romano,
complementándose estos con materias opcionales como Exégesis de las Fuentes y Derecho
Común.
Por cuanto hace al curso de Instituciones, este tiene prácticamente su origen en las
Escuelas de Derecho Romano.
Desde épocas remotas, los juristas romanos comprendieron que el acceso al
conocimiento del derecho debía basarse necesariamente en el estudio sistemático del
ordenamiento jurídico, fueron los únicos del mundo antiguo que dedicaron parte de su
actividad a la enseñanza del derecho y a la elaboración de manuales claros, lineales,
sencillos y accesibles, a los que denominaron institutiones, en donde exponían de manera
elemental, breve y ordenada en torno a una división sistemática, todas las instituciones que
integraban el derecho privado romano.
Sobre el proceso de unificación o armonización del derecho véase Moncayo Rodríguez, S. y Jongitud
4
Zamora, J., “Globalización y Derecho: tendencia actual del contrato” en Colección Transformaciones
Jurídicas en el contexto de la globalización, Vol. II Contratos: tradición y globalización, Universidad
Veracruzana-Arana Editores-CONACYT, Xalapa, 2007, p. 196 y ss.; Fernández de Buján, F., “Retorno a
Roma en la elaboración del futuro código europeo de contratos” en Studia et documenta historia et iuris,
Pontificia Universitas Lateranensis, Roma, 2000, p.247 y ss.; Schpani, S., “El contrato en el sistema jurídico
latinoamericano” en El contrato en el sistema jurídico latinoamericano, Bases para un código
Latinoamericano tipo, Universidad Externado de Colombia, I, Bogotá, 1998, p. 107 y ss.
419
Socorro Moncayo Rodríguez
Los juristas romanos a través de las Instituciones hacían una exposición elemental
del derecho privado y del proceso civil, de todos los manuales escritos por los juristas el
único que ha llegado de manera directa hasta nosotros es el de Gayo, estudioso del derecho
que vivió en el siglo II d. C.
La obra de Gayo se divide en cuatro libros. En los siete primeros párrafos del libro
I están expuestos los principios generales sobre las fuentes del derecho y después todo el
material jurídico está ordenado en tres partes:
1. Ius quod personas pertinet, que se refiere al derecho de las personas y de la
familia, contenida en el libro I.
2. Ius quod ad res pertinet, que cubre por entero los libros II y III, desarrolla la
temática relativa a los derechos reales, sucesiones y obligaciones.
3. Ius quod acciones pertinet, al que se dedica el libro IV y se refiere al proceso
privado.
Las Institutas de Gayo sirvieron de modelo a otros manuales. Así Justiniano lo hizo
seguir de cerca cuando encomendó a Triboniano, Teófilo y Doroteo elaborar sus
Instituciones, que serían utilizadas por los estudiantes del Imperio Oriental, siendo
publicado el 21 de noviembre de 533 d. C.
Sobre este modelo imperial fueron diseñados los tratados sistemáticos de derecho
privado romano en la edad media y también en la época moderna, en éstos se estudia y
enseña el derecho romano en las actuales facultades de derecho del mundo europeo.
Estos manuales tienen como argumento central el derecho privado y el proceso
civil, aún cuando los juristas se ocupan también del derecho y del proceso criminal, su
interés primordial lo constituye el derecho privado. De manera que la relevancia privatista
del derecho romano en la antigüedad, edad media y moderna ha sido determinante para
conferir un contenido de derecho privado a los modernos cursos de instituciones.
A manera de ejemplo citaremos el curso de istituzioni del diritto romano impartido
por el Prof. Mario Talamanca en la Facultad de Jurisprudencia de la Universidad de Roma5,
Tomado de Ordine degli studi e programme dei corsi della Facoltá di Giurisprudenza, Universitá degli
5
420
El Derecho Romano y su Enseñanza
cuyo programa comprende una exposición del sistema privado romano de sus orígenes a
Justiniano en sus concretas articulaciones: derecho objetivo y subjetivo, sujetos, hechos y
negocios jurídicos, proceso, derechos reales, obligaciones, derecho de familia y sucesiones,
basándose su obra Istituzioni di diritto romano.
Por cuanto hace a la enseñanza del curso Historia del Derecho Romano, podemos
observar que tiene como punto de partida el derecho público romano, es decir comprende el
estudio de las diferentes etapas del derecho romano, involucrando en este contexto tanto los
órganos políticos de las diferentes etapas constitucionales, así como la diversidad de
fuentes jurídicas, podría decirse que su contenido se traduce en el estudio del derecho
constitucional romano, sin embargo se han incorporado en el curso otros temas, que no
encuentran cabida en el de Instituciones y que se ajustan mejor en aquél, como las
referencias a jurisconsultos clásicos y su obra, clasificaciones del derecho, contenido de las
codificaciones, etc.
Así tenemos como ejemplo el curso Storia del diritto romano del Prof. Salvatore
Tondo en la Facultad de Jurisprudencia de la Universidad de Roma 6, en donde se analizan
los perfiles institucionales del sistema político romano, se estudia en particular el desarrollo
de los principales formas constitucionales de la fundación de la ciudad a la muerte del
emperador Justiniano, así como la jurisprudencia y de demás fuentes. La compilación
justinianea y las otras codificaciones. Todo ello con la finalidad de considerar la Historia
del derecho romano como una experiencia básica de la cultura jurídica europea.
Recomienda para el curso los libros: S. Tondo, Profilo di storia constituzionale
romana, parte I; ID. Crisi della repubblica in Roma; ID. Aspeti del principato e
dell´ordenamiento in Roma.
Los cursos de Instituciones y de Historia del derecho romano, encuentran apoyo en
otra asignatura, que si bien es considerada fundamental en la carrera de derecho, puede ser
substituida por otros cursos, de acuerdo al programa preestablecido por el alumno. Este
curso se denomina Derecho Romano y su contenido es variable, generalmente se analizan,
421
Socorro Moncayo Rodríguez
Ibídem p. 58.
8
9
Al respecto véase Domínguez López, E. “Primeras jornadas andaluzas de derecho romano” en Revista de
estudios histórico-jurídicos [en línea] 1999, Nº 21 (07 de febrero) p. 591-597. www.scielo.cl/scielo.php?scripl
=sci
422
El Derecho Romano y su Enseñanza
Unión Europea y otros del Espacio Europeo de Libre Comercio, del este y centro de
Europa.
La Declaración de Bolonia establece las bases para la construcción del Espacio
Europeo de Educación Superior, cuya organización gira en torno a varios principios, tales
como calidad, movilidad, diversidad y competitividad, siendo sus principales objetivos:
Establecer un sistema de titulaciones
Establecer un sistema de créditos
Asegurar niveles de calidad
Promover el desarrollo curricular
Promover la movilidad de estudiantes y profesores
Incrementar las relaciones con instituciones y gobiernos de otras esferas
geográficas
Incrementar el empleo en la Unión Europea
Atraer estudiantes y profesores de otras áreas geográficas
Se programan conferencias de seguimiento del proceso de Bolonia con el propósito
de revisar el estado de avance de los objetivos y la incorporación de nuevas directrices para
darle continuidad al proceso. La primera conferencia de seguimiento se celebró en Praga en
mayo de 2001, se admitieron otros países como integrantes del proceso, después se realiza
en Berlín en 2003 y posteriormente tiene lugar la conferencia en Bergen los días 19 y 20 de
mayo de 2005 con la participación de 45 países. En esta conferencia se destacaron los
avances y se plantearon como principales desafíos tres aspectos, 1. Vinculación educación
superior - investigación, incorporando el doctorado como elemento fundamental de dicha
conexión. 2. desarrollar la dimensión social de la educación superior, mejorando las
condiciones de igualdad en el acceso y 3. Incrementar la proyección internacional de la
educación europea con base en la movilidad de los estudiantes y profesores. Como
propósitos para el 2010 se plantean: el establecimiento de un Espacio Europeo de
Educación Superior basado en los principios de calidad y transparencia, conservar el
423
Socorro Moncayo Rodríguez
http://www.bologna-bergen2005.no
10
11
ALBA FERRÉ, Esther, “La adaptación del derecho romano al EEES” en actas de las II Jornades
Internacionals d’Innovacion Universitaria: ‘El reto de la convergencia europea’ Universitat Europea de
Madrid, 21-23 de setembre de 2005. http://www.upf.edu/bolonya/bulletins/2006/gen2/arees.htm
12
GUERRERO LEBRÓN, Macarena, “Experiencias desarrolladas en el ámbito de la asignatura Derecho
Romano” en actas de Jornadas de trabajo sobre experiencias piloto de implantación del crédito europeo en
la Universidad Andaluza, Cádiz, 19 al 21 de septiembre de 2006.
http://www.uca.es/orgobierno/rector/jornadas/lista_temas.html
424
El Derecho Romano y su Enseñanza
B. En México
MARGADANT, G. F., op. cit.; VENTURA SILVA, S., Derecho romano, Ed. Porrúa, México, 1992;
13
PADILLA SAHAGUN, G., Derecho romano I, Mc Graw Hill, México, 1998; MORINEAU IDUARTE, M. et
IGLESIAS GONZÁLEZ, R., Derecho Romano, Harla, México, 1987.
425
Socorro Moncayo Rodríguez
ESPINOSA TORRES, M. del P., et MORENO LUCE, M., Los planes de estudio de la Escuela y Facultad
14
426
El Derecho Romano y su Enseñanza
427
Socorro Moncayo Rodríguez
428
El Derecho Romano y su Enseñanza
Derecho Romano II, integrado por los derechos reales, obligaciones y proceso civil
romano.
Tenemos, pues, un modo propio de estudiar el derecho Romano, se considera, como
en Europa, útil y formativo su estudio, esto sin duda, sin embargo, deben hacerse algunas
adaptaciones y esfuerzos; por ejemplo deben estudiarse esta disciplina sin acceso al latín,
que desapareció hace muchos años de los planes de estudio de las escuelas preparatorias, lo
que nos coloca en franca desventaja frente a otros estudiosos que aún conservan esta lengua
como parte de su cultura educativa y que les facilita una consulta directa a las fuentes, en
tanto nosotros debemos conformarnos con una buena traducción.
Por otro lado en Facultades de Derecho como la nuestra, al faltar en la curricula un
curso de Historia del Derecho Mexicano, el Derecho Romano permanece aislado como un
antecedente histórico con poco vigor, al carecer de continuidad histórica, lo que no permite
comprender el porqué de la presencia de las instituciones en la legislación civil, que se
presentan frente a nosotros como un conjunto de leyes que hubiesen aparecido de repente,
por la sola voluntad del legislador y no como el producto lógico de una evolución histórico-
jurídica.
Cabe mencionar en este apartado que la Universidad Veracruzana, con la finalidad
de dar respuesta a las nuevas exigencias de la educación superior, ha iniciado un proceso
de transformación institucional con la implementación del Modelo Educativo Integral y
Flexible (MEIF), el cual ha sido incorporado en la mayoría de las dependencias que la
integran.
El objetivo general del MEIF, es ofrecer a los estudiantes “una formación integral y
armónica: intelectual, humana, social y profesional”15.
La formación integral pretende desarrollar de manera equilibrada y armónica
diversas dimensiones de la persona, que la conduzcan a formarse en lo intelectual, humano,
social y lo profesional; en esta perspectiva el nuevo modelo deberá propiciar que los
estudiantes tiendan a desarrollar procesos educativos, informativos y formativos.
Beltrán Casanova, J., Bravo Reyes, L. Y. y otros, Nuevo modelo educativo para la Universidad
15
429
Socorro Moncayo Rodríguez
16
Beltrán Casanova, J, “El modelo educativo integral y flexible de la Universidad Veracruzana” en Revista
de Investigación Educativa 1, Instituto de Investigaciones en Educación, Universidad Veracruzana, julio-
diciembre, 2005, http.www.uv.mx/cpue/num1/critica/completos/meif.htm (fecha de consulta 26-09-07). p. 2.
430
El Derecho Romano y su Enseñanza
Conclusión
431
Socorro Moncayo Rodríguez
permita adquirir habilidades, destrezas y competencias que le confieran una formación para
la vida.
Bibliografía
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MARGADANT, G. F., El derecho privado romano, Ed. Esfinge, México, 1983.
432
El Derecho Romano y su Enseñanza
433
Socorro Moncayo Rodríguez
434
Evolución de la Responsabilidad Civil
en el Derecho Mexicano
436
Evolución de la Responsabilidad Civil en el Derecho Mexicano
437
Ricardo Chavira Villagómez
Código Civil y Criminal y el de Comercio serán unos mismos para toda la Monarquía sin
perjuicio de las variaciones que por particulares circunstancias podrán hacer las cortes”.
Las ideas racionalistas se habían infiltrado en todos los ámbitos de la sociedad de la
Nueva España. Sin embargo, por diversas circunstancias, ni el racionalismo, ni el
liberalismo pudieron desarrollarse antes de la independencia, pues hasta que ésta se logró,
la soberanía del rey se trasladó a los futuros actores del Estado Mexicano, condición
indispensable para lograr una codificación propia.
Al consumarse la independencia, en 1821, todavía no estaba claro qué clase de
Estado tendríamos: monarquía constitucional, república federal o centralista; pero sí estaba
claro que había que codificar el derecho político y el de los particulares. Hubo intentos de
codificación, pero fueron efímeros.
Al parecer fue la Constitución de 1857 la que vino a delimitar definitivamente la
competencia del Estado y de los individuos, siempre dentro de los postulados del
liberalismo. Pero también fue esta constitución la que hizo más profunda la distancia entre
liberales y conservadores, dando nacimiento a la Guerra de Reforma. La vía para el
liberalismo quedó expedita con la Restauración de la República en 1867. Había ya
condiciones para la obra codificadora.
La influencia francesa en los códigos civil, penal, de comercio y de procedimientos
civiles y penales se refleja claramente. Sin embargo, no es extraño encontrar en la
exposición de motivos de nuestros cuerpos legales mexicanos algunas citas de otros países
europeos o de autores de avanzada.
No obstante, nunca se pretendió abolir en bloque la legislación colonial, pues en lo
que se redactaban los nuevos códigos, quedaba en vigor el orden jurídico de la Nueva
España. Todos pugnaban por una codificación, pero no había acuerdo en el modelo a
seguir: los liberales se inclinaban por el Code Civil, en cambio los conservadores tenían
preferencia por la Novísima Recopilación española de 1805. Las discusiones, sobre todo
ideológicas se centraron más en los temas de libertad testamentaria, liberación de los
contratos, abrogación de la proscripción del mutuo usuario y el matrimonio y registro
civiles. Estas diferencias ideológicas retrasaban la urgente tarea de sustituir los viejos
438
Evolución de la Responsabilidad Civil en el Derecho Mexicano
cuerpos legales por textos adecuados a la vida y circunstancia específica del recién
independiente pueblo mexicano. Ambos partidos estaban de acuerdo en regular en un
código la propiedad privada.
Aunque las comisiones legisladoras mexicanas tenían a la vista numerosos códigos
que se habían promulgado en otras naciones, sin embargo, no pudieron prescindir de las
Instituciones inspiradas en la obra jurídica de Justiniano. Durante mucho tiempo hubo sólo
dos derechos: el civil, que se encontraba en el Corpus iuris civilis y el canónico que se
encontraba en el Corpus iuris canonici. La evolución del derecho civil se basa
principalmente en las Instituciones. En la segunda mitad del siglo XVII empiezan a
aparecer en Europa libros de Instituciones, referidos al derecho local. México no fue la
excepción, y empezaron a circular por todo el territorio versiones “mexicanizadas” de los
más famosos textos españoles. Así se fue “nacionalizando” el derecho, con la incorporación
del derecho dictado por el rey a las instituciones de la antigua Roma.
Por fin, la detonación del proceso codificador tan largo tiempo esperado en el
México independiente fue la expedición del Código Civil en 1870. Este marcó la pauta del
modelo a seguir en todos los estados de la Federación, con algunas excepciones. Este
código marca también el inicio de la doctrina jurídica civil mexicana y el inicio de la
interpretación jurídica.
México ha tenido desde 1870 básicamente los siguientes códigos que se han
ocupado de la responsabilidad civil: 1.- El Código Civil de 1870 para el Distrito Federal y
Territorio de la Baja California (1871 a 1872); 2.- El Código Penal de 1871 (vigente de
1872 hasta 1929); 3.- El Código Civil de 1928; y 4.- El Código Penal de 1931.
Su contenido en relación a la materia que nos ocupa es en resumen el siguiente:
I.- El Código de 1870 se refirió sólo al hecho ilícito proveniente de violar un
contrato, pues la declaración unilateral de voluntad se reglamentó hasta 1873. Trata los
siguientes puntos: Idea y concepto de culpa, concepto de responsabilidad, obligación de
indemnizar, convenios sobre responsabilidad, irresponsabilidad por el caso fortuito o fuerza
mayor, solución a los riesgos, derechos de las víctimas, daño y perjuicio, derecho de
resolución, saneamiento por evicción, saneamiento por vicios ocultos, ejecución forzada de
439
Ricardo Chavira Villagómez
la obligación y personas responsables. Sentó los principios generales sobre la materia que
hasta la fecha se reproducen en los textos civiles y penales.
II.- El Código Penal de 1871 dedicó todo su Libro Segundo, en seis capítulos, a la
materia de la responsabilidad civil, de la manera siguiente: “Libro Segundo.
Responsabilidad civil en materia criminal.
Capítulo I.- Extensión y requisitos de la responsabilidad civil.
Capítulo II.- Computación de la responsabilidad civil.
Capítulo III.- Personas civilmente responsables.
Capítulo IV.- División de la responsabilidad civil entre los responsables.
Capítulo V.- Modo de hacer efectiva la responsabilidad civil.
Capítulo VI.- Extinción de la responsabilidad civil y de las acciones para
demandarla”.
El Código Penal de 1871 dice: “El que causa a otro daños y perjuicios o le usurpa
alguna cosa, está obligado a reparar aquellos y a restituir ésta, que es en lo que consiste la
responsabilidad civil”.
Enseguida el Legislador explica el interés que hay de hacer cumplir esta obligación
y luego se pregunta:
“Pero ¿deberá tratarse esta materia en el Código civil o en el penal? Esta fue la
primera cuestión que había que resolver, y que se resolvió adoptando el segundo extremo,
de acuerdo con la Comisión de Código Civil; por habernos parecido más conveniente, que
en el Código penal vayan unidas las reglas sobre responsabilidad criminal, con las de la
civil que casi siempre es una consecuencia de aquella: porque así sabrán con más facilidad
los delincuentes todo aquello a que se exponen por sus delitos.”
En estas palabras del legislador por qué una materia que es eminentemente civil, es
regulada en buena parte por la ley penal, sin perder su carácter de responsabilidad civil.
Además de los puntos ya anotados, este Código Penal de 1871 trata los siguientes
temas: concepto de delito, clasificación de los delitos, tipos de culpas, responsabilidad civil
delictuosa, elementos de la responsabilidad civil delictuosa, casos en los que no hay
440
Evolución de la Responsabilidad Civil en el Derecho Mexicano
441
Ricardo Chavira Villagómez
Estos Códigos son los que rigen actualmente en México, con las respectivas
modificaciones que los adecúan a la realidad social actual.
La responsabilidad objetiva y subjetiva es un tema que merecería tratarlo de manera
especial con toda la problemática específica que incluye, tanto en la teoría, como en el
procedimiento.
442
HISTORIA DEL DERECHO
CONSTITUCIONAL Y DE LA
ADMINISTRACIÓN PÚBLICA
La Constitucionalización del Derecho del Trabajo en España
1
Doctora en Derecho, Prof. de Derecho del Trabajo Universidad Rey Juan Carlos (Madrid)
2
ALONSO OLEA, M., Introducción al Derecho del Trabajo, 5ª ed., Civitas, Madrid, 1994, pp. 372 y s.
3
RODRÍGUEZ-PIÑERO, M., “El trabajo en la Constitución”, AA.VV. Los trabajadores y la Constitución (M.
Rodríguez-Piñero, coord.), Cuadernos de Derecho del Trabajo, Madrid, 1980, p. 19. ALARCÓN CARACUEL,
M.R., señala que “en definitiva, se pasa de un modelo autoritario a un modelo democrático de relaciones
laborales” (“Veinte años de ordenamiento laboral y de la Seguridad Social conforme a la Constitución”, AA.VV.
20 años de Ordenamiento Constitucional, Aranzadi, Pamplona, 1999, p. 23).
4
MONTOYA MELGAR, A., Derecho del Trabajo, Tecnos, p. 85.
5
MONTALVO CORREA, J., “Relaciones laborales y Constitución: anotaciones a una década”, AA.VV.
Cuestiones actuales de Derecho del Trabajo. Estudios ofrecidos por los catedráticos españoles de Derecho del
Trabajo al profesor Manuel Alonso Olea, MTSS, Madrid, 1990, p. 297.
446
Carolina San Martín Mazzucconi
Pero es la calificación del Estado como social la que incide más directamente en el
ámbito laboral, ya que supone un cambio de actitud por parte de los poderes públicos hacia los
problemas de índole social; y, dentro de estos, cómo no, los vinculados al trabajo. Se exige
ahora su participación activa en orden a la promoción de las condiciones que en cada
momento sean necesarias para lograr y mantener una sociedad más justa; tal como se avanza
ya en el Preámbulo de la Constitución, al proclamarse la intención de conformar “un orden
económico y social justo”. “Según esto, el carácter de Estado social no se limita a una mera
declaración, sino que impone una tarea continuada de corrección de las situaciones de
inseguridad, desigualdad, injusticia, falta de protagonismo, etc., en que se encuentran
actualmente grandes sectores sociales. Este es el compromiso básico resultante de la
Constitución, el tratar de enfrentarse de forma activa con los problemas sociales”6.
La cláusula de Estado social se encuentra desarrollada en el art. 9.2 CE, que establece
que “corresponde a los poderes públicos promover las condiciones para que la libertad y la
igualdad del individuo y de los grupos en que se integran sean reales y efectivas; remover los
obstáculos que impidan o dificulten su plenitud y facilitar la participación de todos los
ciudadanos en la vida política, económica, cultural y social”. Se habla, por tanto, de la
intervención del Estado en la promoción de la libertad, la igualdad y la participación de los
ciudadanos, tanto desde una perspectiva individual como colectiva; intervención que persigue,
en síntesis, la conformación de una comunidad más justa. Y cada una de estas nociones tiene
su especial proyección en la relación de trabajo, haciendo de la política laboral uno de los
instrumentos fundamentales para el logro de los objetivos del Estado social7.
6
RODRÍGUEZ-PIÑERO, M., “El trabajo en la Constitución”, cit., p. 18.
7
REY GUANTER, S. (del), “La aplicación de los valores superiores de la Constitución española en el Derecho
del Trabajo”, R.L. 1988-I, p. 370: “Puede afirmarse que, en general, el art. 1.1 [CE] ha constituido para el
Tribunal Constitucional un poderoso instrumento de interpretación y aplicación de la normativa constitucional
en el ámbito jurídico-laboral, y ello tanto por lo que se refiere a la declaración del Estado social como a los
valores superiores que éste propugna”.
447
La Constitucionalización del Derecho del Trabajo en España
8
ALONSO OLEA, M., Las fuentes del Derecho, en especial del Derecho del Trabajo según la Constitución,
Real Academia de Jurisprudencia y Legislación, Madrid, 1981, p. 28; SUÁREZ GONZÁLEZ, F., “El marco
constitucional de los derechos laborales”, R.M.T.A.S. núm. 3, 1997, p. 77.
9
ALONSO OLEA, M., op. ult. cit., p. 29.
10
“Ejercicio y garantías de los derechos fundamentales en materia laboral”, R.P.S. núm. 121, 1979, pp. 320 y ss.
Interesa destacar la clarificadora valoración crítica que el autor realiza acerca de la opción del constituyente por
un criterio clasificatorio de los derechos según el grado de su protección.
11
ALONSO OLEA, M., “El sistema normativo del Estado y de las Comunidades Autónomas”, Derecho del
448
Carolina San Martín Mazzucconi
Entre los preceptos constitucionales que gozan de esta garantía máxima, son muchos
los que pueden contemplarse desde una perspectiva laboral no obstante su formulación
genérica. Tal cosa ocurre con el art. 16, regulador de la libertad ideológica, religiosa y de
culto, cuya delimitación presenta especialidades en el ámbito de las empresas llamadas
ideológicas o de tendencia12. Igualmente, el derecho al honor, a la intimidad personal y a la
propia imagen (art. 18.1), la libertad de expresión (art. 20.1.a), la libertad de
comunicación (art. 20.1.d) y el derecho de reunión (art. 21), se revisten de una específica
configuración en el marco del contrato de trabajo, dentro del cual el poder de dirección y estos
derechos fundamentales se encuentran recíprocamente limitados en su respectivo alcance. No
en vano se ha dicho que el contrato de trabajo es uno de los contratos privados más
Trabajo y de la Seguridad Social en la Constitución, Centro de Estudios Constitucionales, Madrid, 1980, p. 15.
12
Sobre este tema, véanse: APARICIO TOVAR, J., “Relación de trabajo y libertad de pensamiento en las
empresas ideológicas”, AA.VV. Lecciones de Derecho del Trabajo en homenaje a los profesores Bayón Chacón
y del Peso Calvo, Facultad de Derecho UCM, 1980; ÁLVAREZ ALCOLEA, M., “La discriminación por
razones ideológicas o políticas”, II Jornadas Hispano-Luso-Brasileñas de Derecho del Trabajo, MTSS, Madrid,
1985, espec. pp. 681 y ss.; BLAT GIMENO, F.R., Relaciones laborales en empresas ideológicas, Madrid, 1986;
CALVO GALLEGO, F.J., Contrato de trabajo y libertad ideológica, Madrid, 1995.
449
La Constitucionalización del Derecho del Trabajo en España
13
RODRÍGUEZ-PIÑERO, M., “Principio de igualdad y Derecho del Trabajo”, AA.VV. El principio de igualdad
en la Constitución Española, Vol. II, Ministerio de Justicia, Madrid, 1991, p. 1083.
14
Para un completo análisis de la doctrina del TC en esta materia, véase: ORTÍZ LALLANA, C., “Derechos
fundamentales y relación laboral”, R.M.T.A.S. núm. 13, 1998.
15
PÉREZ PÉREZ, M., "El Derecho del Trabajo en la década de los '90", R.L. núm. 2, 1994, p. 171.
16
RODRÍGUEZ-PIÑERO Y BRAVO-FERRER, M., “Jurisdicción de trabajo y sistema constitucional”,
AA.VV. Cuestiones actuales de Derecho del Trabajo. Estudios ofrecidos por los catedráticos españoles de
Derecho del Trabajo al profesor Manuel Alonso Olea, MTSS, Madrid, 1990, p. 51.
450
Carolina San Martín Mazzucconi
17
En este sentido, véase AROZAMENA SIERRA, J., “Principio de igualdad y derechos fundamentales”,
AA.VV. El principio de igualdad en la Constitución Española, Vol. I, Ministerio de Justicia, Madrid, 1991, p.
426.
18
“Sin que deba olvidarse, sin embargo, que el Derecho del Trabajo no sólo no consigue eliminar la desigualdad
originaria entre trabajadores y empresarios, sino que, con los correctivos de detalle que se quieran, constituye
con propiedad su expresión normativa más consciente” (PALOMEQUE LÓPEZ, M.C., “El derecho
constitucional de igualdad en las relaciones de trabajo”, II Jornadas Hispano-Luso-Brasileñas de Derecho del
Trabajo, MTSS, Madrid, 1985, p. 630). En igual sentido se expresa RODRÍGUEZ-PIÑERO, M., al declarar que
“el Derecho del Trabajo es a la vez consagración y crítica del principio de igualdad” (“Principio de igualdad...”,
cit., p. 1072).
19
STC 3/1983, de 25 de enero, de la que REY GUANTER, S. (del) destaca su relevancia en orden al
establecimiento de “las bases esenciales e imprescindibles para interpretar y aplicar adecuadamente el conjunto
de los derechos laborales constitucionales” (“La aplicación de los valores...”, cit., p. 372). Véase un comentario a
esta sentencia por ALONSO OLEA, M., Jurisprudencia Constitucional sobre Trabajo y Seguridad Social,
Tomo I, Civitas, Madrid, 1983, ref. 36.
20
ULL PONT, E., “Principio de igualdad y respeto a las minorías”, AA.VV. El principio de igualdad en la
Constitución Española, Vol. I, Ministerio de Justicia, Madrid, 1991, p. 616.
451
La Constitucionalización del Derecho del Trabajo en España
Un segundo dato que nos alerta sobre la relevancia del principio de igualdad en las
relaciones laborales es que la propia Constitución reitera una de sus manifestaciones -la
prohibición de discriminación por razón de sexo- en su art. 35.1, incardinándola ya
específicamente en el ámbito del contrato de trabajo. Finalmente, la promulgación de la Ley
8/1980, de 10 de marzo, del Estatuto de los Trabajadores, supone la consolidación de la
vertiente laboral de este derecho, al recoger expresamente el derecho de los trabajadores “a no
ser discriminados para el empleo, o una vez empleados, por razones de sexo, estado civil, por
la edad (...), raza, condición social, ideas religiosas o políticas, afiliación o no a un sindicato,
así como por razón de lengua, dentro del Estado español” (art. 4.2.c ET -desarrollado con
alguna variante por el art. 17.1 ET-).
Ahora bien, el perfil concreto de este derecho de los trabajadores a la igualdad de trato
ha sido delimitado, cómo no, por el TC, quien ha matizado su alcance en función de la
existencia de una causa que justifique objetivamente un trato desigual. Nuevamente, el
fundamento de esta limitación es la búsqueda de la igualdad real a costa del sacrificio de la
formal, siendo justamente la consagración de la primera la que admite el recurso a regímenes
jurídicos diferenciados. Básicamente, se trata de aplicar consecuencias iguales sólo a
supuestos de hecho iguales21. En razón de esta última tendencia, merece ser traída a colación
en este punto la doctrina de las “acciones afirmativas” o “positivas” a favor de grupos
considerados especialmente desprotegidos. La misma, que según el Convenio núm. 111 de la
OIT comprende “medidas especiales de protección y asistencia”, tiene por objeto compensar
una tradición de marginación de dichos grupos22, y su manifestación más conocida se
encuentra en una Sentencia del TJCE, de 17 de octubre de 1995 (Sentencia Kalanke).
B) La libertad sindical
21
En sintética expresión de MONTOYA MELGAR, A., Derecho del Trabajo, cit., p. 310. Pueden citarse, en
este sentido: SSTC 49/1982, de 14 de julio; 79/1983, de 5 de octubre; 34/1984, de 9 de marzo; 57/1990, de 29 de
marzo; entre otras muchas.
22
MONTOYA MELGAR, A., Derecho del Trabajo, cit., p. 517. Sobre la discriminación positiva, véase la
aportación de SIERRA HERNÁIZ, E., Tratamientos preferenciales en el empleo: la acción positiva, (Tesis
Doctoral), Universidad Pública de Navarra, Pamplona, 1998.
452
Carolina San Martín Mazzucconi
C) La huelga
El derecho de huelga constituye, de acuerdo con el TC, una de las manifestaciones del
contenido esencial de la libertad sindical. Sin embargo, el constituyente le dedica una mención
específica en apartado diferente (art. 28.2 CE), con la evidente intención de despejar cualquier
duda respecto de su consagración como derecho. En palabras de SAGARDOY
BENGOECHEA, “nuestra Constitución, frente a las situaciones anteriores de huelga-delito y
23
Señala MARTÍN VALVERDE, A., que el otorgamiento a estos dos derechos del nivel máximo de protección
probablemente no se haya debido a su consideración como superiores respecto de otros derechos de contenido
laboral, sino "por una variación de coste o dificultad de protección: puesto que se partía de una situación en la
que no estaban reconocidos la introducción de estos derechos en el ordenamiento había de resultar más difícil, y
más necesitada, por tanto, del apoyo legal" ("La Constitución como fuente del Derecho del Trabajo", R.E.D.T.
núm. 33, 1988, p. 64).
24
VIDA SORIA, J. y GALLEGO MORALES, A., “Artículo 28...”, cit., p. 287.
453
La Constitucionalización del Derecho del Trabajo en España
huelga-libertad (ya que el Decreto-Ley de 1975 formaliza tanto el derecho que lo difumina),
instaura la huelga-derecho”25.
El derecho a la huelga se configura así como todo un símbolo de la nueva actitud de
los poderes públicos hacia las relaciones laborales. Se asume la realidad del conflicto de
intereses inherente a aquéllas, y se reconoce el derecho de los trabajadores a reivindicar
colectivamente los que les son propios. “El derecho de huelga (...) es precisamente el
instrumento que el ordenamiento jurídico prevé para igualar a nivel colectivo el poder de
decisión y de negociación de las partes [de la relación de trabajo]”26.
Al ser el derecho a la huelga un derecho fundamental, la Constitución exige que su
desarrollo se lleve a cabo por ley orgánica, sin más condicionamiento que la garantía del
mantenimiento de los servicios esenciales para la comunidad. Su regulación preconstitucional
consta en el Real Decreto-Ley 17/1977, de 4 de marzo, de Relaciones de Trabajo. Pues bien,
como se sabe, ante la falta de tal ley orgánica, la citada STC 11/1981 realizó una lectura
constitucional del reseñado Real Decreto-Ley que, modalizado por la misma, continúa hoy
vigente en su regulación de la huelga y el cierre patronal. En efecto, dicho pronunciamiento
señala que “puede decirse que la regulación legal del derecho de huelga en nuestro país está
contenida en el mencionado Real Decreto-Ley, en cuanto no sea contrario a la Constitución y
en tanto no se dicte una nueva regulación por medio de Ley Orgánica.”
25
Las relaciones laborales en la Constitución Española, MTSS, Madrid, 1979, p. 53.
26
REY GUANTER, S. (del), “La aplicación de los valores...”, cit., p. 386.
454
Los Sentimientos de la Nación. Su Influencia en las
Don José María Morelos concentró su talento político en uno de los documentos
más elogiados a través de los casi dos siglos de su existencia: los Sentimientos de la
Nación.
Algunos de los ejes o bases en los que se fundan las principales áreas del derecho
público y privado en México se derivan de este documento. Revisemos:
Por lo que ve a los postulados 1°, 5° y 11° se puede concluir que tienen que ver
directamente con la construcción de la independencia y soberanía interna y externa de
nuestro país e influyó en el establecimiento de formas de gobierno definidas.
456
Los Sentimientos de la Nación. Su Influencia en las Instituciones y el Derecho Mexicano Contemporáneo
“5°. Que la soberanía dimana inmediatamente del pueblo, el que solo quiere
depositarla en el Supremo Congreso Nacional Americano, compuesto de
representantes de las provincias en igualdad de números”
El instinto visionario del Generalísimo Morelos, tuvo a bien anticipar los síntomas
del conflicto de la incipiente nación independiente que vendría a ser México algunos años
después, la constante lucha por el poder de liberales y conservadores, así como los
predecibles intentos de invasión por países que vieron en México una riqueza de
incalculable valor.
457
Cecilia Lazo de la Vega de Castro
“6°. Que los poderes Legislativo, Ejecutivo y Judicial estén divididos en los
cuerpos compatibles para ejercerlos”
“7°. Que funcionarán cuatro años los vocales, turnándose, saliéndose los más
antiguos para que ocupen su lugar los nuevos electos”
458
Los Sentimientos de la Nación. Su Influencia en las Instituciones y el Derecho Mexicano Contemporáneo
En materia económica tendremos en cuenta las proposiciones 9°, 10°, y 22° que
plantean asuntos que, a pesar de los años que nos separan de aquellos en los que vivió el
Siervo de la Nación, están más vivos que nunca.
En nuestros días el empleo es una de las debilidades más importantes del sistema
económico mexicano, Morelos quiso proteger a la población excluyendo de los empleos a
los peninsulares que en los hechos sólo venían a la Nueva España a saquear los tesoros y a
explotar las tierras y a los naturales de ellas para acrecentar su riqueza y poder político.
Al día de hoy, miles de mexicanos emigran a nuestro vecino país del norte en busca
de un empleo que no les ha sido asegurado por el Estado mexicano, y al contrario el propio
Estado ha permitido e incluso alentado una inversión extranjera que si bien emplea a un
reducido grupo de la población mexicana no le ofrece seguridad social ni certeza laboral.
Por otro lado, al ámbito fiscal y de la administración tributaria también llegaron las
intenciones protectoras de este documento, pretendiendo regular los impuestos y hacer las
459
Cecilia Lazo de la Vega de Castro
cargas más equitativas, que sean susceptibles de ser pagadas por la población y con la
finalidad de que todas las contribuciones lleguen a las arcas públicas para sostener la guerra
que en aquellos años se gestaba y pagar a los empleados públicos su labor.
Mención especial nos merece la valiosa aportación del postulado 12° ya que nos
lleva a reflexiones sobre diversos ámbitos:
Primero. Se nos transmite el concepto de superioridad de las normas. Esto tiene que
ver con la objetividad y la heteronomía de las mismas “Que como la buena ley es superior
a todo hombre…”.
Segundo. Que las leyes deben regular las relaciones sociales desde su base
económica, es decir acortar la brecha que aleja a unos gobernados de otros en razón de su
poder adquisitivo “…las (leyes) que dicte nuestro Congreso deben ser tales, que obliguen a
constancia y patriotismo, moderen la opulencia y la indigencia…”
Tercero. Se enarbola una de las luchas más antiguas del hombre: el aumento
salarial. En México en la actualidad existen diversas figuras jurídicas que tienen bajo su
responsabilidad el cuidado de este tema en particular (sindicatos, comisión nacional de
salarios mínimos, etc.) “…y de tal suerte se aumente el jornal del pobre…”
Cuarto. La finalidad más noble de éste postulado la encontramos en el hecho de que
se pretenda por medio de la norma avanzar significativamente respecto de la educación y
cultura del pueblo “…que mejore sus costumbres, alejando la ignorancia, la rapiña y el
hurto.” El Artículo 3° de nuestra Constitución actual establece:
460
Los Sentimientos de la Nación. Su Influencia en las Instituciones y el Derecho Mexicano Contemporáneo
Finalmente, cabe señalar que la amplísima visión que se revela en este documento
de incalculable valor histórico, sobrevivió a numerosas hecatombes políticas y sociales; las
épocas de la Reforma y la Revolución son de las más relevantes y nos ayudan a distinguir
que la mayoría de las demandas que determinaron el inicio de la Guerra de Independencia,
no fueron, y aún más, no han sido satisfechas por el estado mexicano.
Correo Electrónico
cecilialvc@hotmail.com
461
Cecilia Lazo de la Vega de Castro
462
Oliver Cromwell, Una Influencia Jurídica – Política en el Constituyente de 1810
1
Maestría en Derecho. División de Estudios de Posgrado Facultad de Derecho y C. S. Universidad
Michoacana de San Nicolás de Hidalgo
Cambridge, sin que se distinguiera en sus estudios, referirnos a Cromwell es referirnos a un proceso
de cambio muy importante llamado Revolución Inglesa, que si bien se agudiza entre 1642 al 1649,
período de la Guerra Civil, su desarrollo final se ubica entre los años 1688 al año 1689 en la
llamada Revolución Gloriosa.
Las causas de esta revolución las podemos encontrar en los acontecimientos sociales,
económicos, constitucionales y religiosos de todo un siglo o más, sobre todo, en las cuestiones de
soberanía del Estado Inglés, sustitución de la dinastía inglesa de los Tudor por la Escocesa de los
Estuardo en 1603, disolución del parlamento en 1629, y el puritanismo de la iglesia.
El enfrentamiento entre los parlamentarios cesó cuando el Rey escapó, se alió con
los escoceses y desencadenó de nuevo la guerra civil en 1648, Cromwell reprimió una
rebelión en Gales y derrotó a los escoceses en Preston (agosto de 1648). De nuevo se puso
de parte del ejercito en contra del parlamento, que intentaba reanudarlas negociaciones con
Carlos I. En el mes de diciembre, autorizó la expulsión de la oposición del parlamento,
dejando sólo a unos pocos miembros que estaban de acuerdo con la designación de una
comisión que juzgara al Rey por traición.
464
Manuel Guzmán Pérez
Sus principales objetivos eran lograr un gobierno estable y tolerante para todas las sectas
puritanas. Se enfrentó con los parlamentos del protectorado, que trataban de alterar los principios de
la Constitución. El severo control puritano que ejerció Cromwell sobre el pueblo se reflejó en las
medidas que prohibían, las fiestas populares, el teatro, las tabernas, los juegos y deportes públicos y
los vestidos lujosos; La imagen del puritano recto, honorable y austero que lo envolvía, impidió a
Oliver Cromwell, aunque al parecer la deseaba, aceptar la corona ofrecida por un parlamento
sumiso, no elegido sino designado por él ya que si bien fue cierto que Cromwell se negó a ceñir sus
sienes con la corona, también fue cierto que aceptó el título de protector y padre de la Patria
La enérgica política exterior de Cromwell y los éxitos del ejército y la armada otorgaron a
Inglaterra un gran prestigio en el extranjero. Durante su mandato reorganizó la hacienda pública,
fomento la liberalización del comercio a fin de asegurar la prosperidad de la burguesía mercantil,
promulgo el Acta de Navegación en el año de 1651, a través del cual impuso a los países bajos la
supremacía marítima inglesa, derrotó a las provincias unidas en el año de 1654, arrebató Jamaica a
España en 1655, persiguió a los católicos y sitúo a Inglaterra a la cabeza de los países europeos.
Hirst, Derek (1990). "The Lord Protector, 1653-8", en Morrill, John (ed.), Oliver Cromwell and the
2
465
Oliver Cromwell, Una Influencia Jurídica-Política en el Constituyente de 1810
Monarca quien a pesar de su prudencia, no dudó en ordenar la exhumación del cadáver del
hombre que había firmado la sentencia de muerte de su padre Carlos I, lo exhumo para cortarle la
cabeza y exponerla en la torre de Londres, para mostrar su poder.
No fue hasta el siglo XIX, cuando el historiador Thomas Carlyle, ayudo a mejorar la
imagen de Oliver Cromwell, gracias a su libro “Sobre los héroes”. Trotsky a su vez decía hace
muchos años, “Si hay que comparar a Lenin con alguien, no es a Bonaparte, ni mucho menos a
Mussolini, es a Cromwell y a Robespierre, hay derecho suficiente para ver en Lenin, al Cromwell
proletariado del siglo XX”. Esta definición será la apología más alta del Cromwell pequeño burgués
del Siglo XVI, gran revolucionario que supo defender sin detenerse ante nada los intereses de la
nueva sociedad burguesa contra la antigua sociedad aristocrática.
Sin embargo aunque este hecho fue suscitado en el siglo XVI y finales del siglo XVII, no
puede dejar de sorprendernos ciertos rasgos de asombrosa semejanza de estos periodos con los
suscitados en el siglo XIX en nuestro país y así se podrían enumerar diferentes formas políticas de
pensar que han perdurado en la mente de una sociedad burguesa liberal, logrando con ello sembrar
las bases políticas para que poco después se desarrollara la llamada Revolución Industrial.
Sin duda fue un hombre que defendió los derechos del Ciudadano por encima de los
interés del mismo rey, fue un hombre cuyo pensamiento político ideológico transformo el
modelo tradicionalmente monárquico que regía e imperaba en Europa, y que siglos después
impacto en el continente americano, siendo el único gobernante Ingles que consiguió
instituir y hacer de Inglaterra una República, matizando sus ideales en la Constitución que
proclamo en el año de 1653, ideales que siguen perpetuadas en el sistema monárquico
parlamentario Ingles que rige a ese país hasta nuestros días.
La grandeza de las ideas jurídicas, políticas y sociales de este gobernante inglés desde luego
que influyó en el pensamiento de los iniciadores e ideólogos de la guerra de independencia en
México en el año de 1810.
466
Manuel Guzmán Pérez
Durante el movimiento Insurgente llevado a cabo en nuestro país durante el siglo XIX, la
influencia de este gran pensador ingles se vio reflejada en la personalidad del padre Miguel Hidalgo
y Costilla, Ignacio López Rayón incluso en el Generalísimo José María Morelos y Pavón,
personalidades que siguen siendo hasta nuestros días motivo de reflexión y de polémica, porque la
aparición de nuevos hallazgos documentales y la renovación en los estudios históricos, han
permitido ofrecer una imagen distinta sobre su vida revolucionaria y los alcances del movimiento
que iniciaron.
Los derechos de los hombres representaron uno de los ejes de la lucha independentista
acaudillada por aquel cura ilustrado. Este interés se explica, sobre todo, por su formación
eclesiástica y por la tremenda influencia que ejerció el derecho natural y de gentes o iusnaturalismo
en todo el mundo hispánico.
Hubo, sin embargo, otros escritos cuyos contenidos ideológicos se introdujeron en Nueva
España por distintas vías y calaron fuertemente en la conciencia de las gentes literatas de la época.
Nos referimos a las “Declaraciones de Derechos del Hombre”, tanto de las trece colonias de
Norteamérica como las producidas en la “Declaración de los Derechos del Hombre y del
Ciudadano” por políticos e ideólogos de la Revolución francesa.
Su impacto fue tal, que en algunas Ciudades Americanas llegaron a ser editadas, como fue
el caso de Antonio Nariño en nueva granada, quien hizo varias tiradas clandestinas de la
Declaración de los Derechos del Hombre en 1784, y que por ese motivo fue procesado por las
autoridades.
467
Oliver Cromwell, Una Influencia Jurídica-Política en el Constituyente de 1810
Como es sabido, estos principios, muchos de ellos con la misma vigencia de hace dos
siglos, marcaron un precedente fundamental en la independencia de la mayor parte de los países de
Hispanoamérica, sin embargo se considera que dejan de lado la influencia directa de Oliver
Cromwell, de la declaración de los derechos del hombre promulgados en la Constitución que éste
mismo pensador redacto en el año de 1653, durante la Revolución Inglesa del siglo XVI.
Aunque no hay evidencia de que Hidalgo hubiese leído directamente a estos autores, es
indudable que llegó a tener conocimiento de estas teorías por diversas vías.
468
Manuel Guzmán Pérez
“El numeroso ejercito que comando me eligió por capitán general y Protector de la Nación
en los campos de Celaya. La misma ciudad a presencia de cincuenta mil hombres ratificó
esta elección, que han hecho todos los lugares por donde he pasado. Lo que dará a conocer
a vuestra señoría que estoy legítimamente autorizado por mi nación para los proyectos
De Hidalgo parten, casi simultáneamente, las instrucciones a que deberían sujetarse sus
más cercanos colaboradores como Ignacio López Rayón, José María Morelos y Pavón, quienes
reconocían el carácter de Jefe de la Nación, Libertador de ella, Protector de la Religión Católica y
de los Derechos de estos reinos, al excelentísimo Señor don Miguel Hidalgo y Costilla.
En el último cuarto del siglo XVIII nacieron los hombres que habrían de conformar el
núcleo del primer gobierno nacional de México, mejor conocido como Junta de Zitácuaro, entre
ellos estaban un guanajuatense, José María Liceaga, dos michoacanos José Sixtos Verduzco e
Ignacio López Rayón, individuos que dieron legitimidad jurídica a ese incipiente gobierno; pero lo
que a este trabajo de investigación compete es conocer ¿quién fue Ignacio López Rayón?, ¿cuál fue
su formación intelectual? y como pensador, jurista y político ¿cuál fue su aportación al movimiento
3
(Carta de Hidalgo al intendente Riaño, Hacienda de Burras, 28 de septiembre de 1810, en Hernández y
Dávalos, Juan E., Colección de Documentos para la Historia de la Guerra de Independencia de México de
1808 a 1821(Edición facsimilar de 1877-1822), Comisión Nacional para las celebraciones del 175
469
Oliver Cromwell, Una Influencia Jurídica-Política en el Constituyente de 1810
Ignacio López Rayón, nació en el antiguo asiento de minas de Tlalpujahua, conocido en ese
entonces como departamento de Michoacán, en el año de 1773; y fue el primogénito de cinco hijos
que tuvieron don Andrés López Rayón, y doña Rafaela López Aguado, vecinos medianamente
acomodados en dicho mineral. Desde muy chico mostró grande inclinación al estudio y sus padres
supieron aprovecharla, cultivando su razón con los mejores principios religiosos y morales, con los
conocimientos propios de la primera educación, recibió la enseñanza elemental en el colegio de
primeras letras que existía en su pueblo natal, y más tarde fue enviado a la Ciudad de Valladolid,
para realizar sus estudios preparatorios que hizo en el Colegio de Valladolid hasta concluir el curso
de filosofía.
Con el apoyo económico de su padre, en el año de 1786 el joven Ignacio López Rayón,
ingresó en el Colegio de San Nicolás, lugar en el que proseguiría sus estudios elementales de
gramática y retórica, posteriormente paso al seminario Tridentino donde cursó la gramática.
4
Eulogio Inguanzo E., Don Ignacio López Rayón, Apuntes Bibliográficos, México, D. F., 1943.
470
Manuel Guzmán Pérez
Por ese tiempo y recién casado Rayón, habiendo tenido una formación intelectual avanzada
para la época y habiendo leído obras de don Juan Jacobo Rousseau y Voltaire entre muchas otras
obras, por la formación académica que tuvo es donde consideramos tuvo no solo el conocimiento
sino el acercamiento a las ideas políticas no solo de estos pensadores sino del político y gobernante
ingles Oliver Cromwell, teniendo como referencia la revolución inglesa del siglo XVI, aunque
muchos autores sostienen que fueron principalmente la revolución norteamericana y francesa; sin
embargo toda esta influencia despertó en su fecunda mentalidad y en su corazón liberal. Siempre
dispuesto al bien colectivo, la idea de que su pueblo llegase a sacudir las cadenas injustas de la
esclavitud.
Fernández dio inmediata cuenta a don Miguel Hidalgo del plan a que se refirió Rayón y este
caudillo lo acepto desde luego, ordenando a Fernández ahora que se pusiera a las ordenes de Rayón,
a quien escribió al mismo tiempo una extensa y significativa carta, recomendándole que continuase
con los proyectos y las operaciones que había emprendido conforme se indicaba en el mismo plan.
471
Oliver Cromwell, Una Influencia Jurídica-Política en el Constituyente de 1810
inteligencia como una promesa, como una esperanza para el futuro tan incierto que habría de
prepararles el destino en una aventura tan difícil y peligrosa.
Por estas razones rayón pasó en el acto a fungir como Secretario del Generalísimo, más
tarde con la muerte de estos caudillos y líderes del movimiento, el mando recayó de inmediato en
Ignacio López Rayón, de acuerdo a las instrucciones que había dictado Hidalgo, poco antes de su
partida al norte, al conocerse el fusilamiento de los caudillos, el ejercito de López Rayón se replegó
a Saltillo con la intención de reforzarse para intentar una retirada al centro del país.
El retroceso de Ignacio López Rayón, desde Saltillo hasta su llegada a Zitácuaro, está
considerado en los anales de la historia militar como una de las epopeyas más brillantes de la causa
insurgente a lo largo de la guerra de independencia, sobre todo si se consideran las circunstancias en
que se realizó.
472
Manuel Guzmán Pérez
Es probable que los “Elementos de Nuestra Constitución” se hayan redactado por Rayón,
en el inter de Tlalchapa a Sultepec, pues ya a mediados del mes de marzo de aquel año, el doctor
Cos informaba de un manifiesto que la Junta Gubernativa ya tenía “establecidos los fundamentos de
la Constitución”, pero que como el mismo Rayón, lo indicaba, el proyecto tenía un carácter
provisional y pensaba publicarlo cuando comenzara a funcionar la nueva imprenta. 5
En este documento se sintetizan todas las ideas del Lic. Ignacio López Rayón, respecto a la
independencia nacional. Se observa una intolerancia religiosa se entiende que con la remota idea de
utilizar la fe católica como elemento de unidad nacional. Se puede ver la proclamación de la libertad
de la América respecto de cualquier otra nación, pero bajo la soberanía de Fernando VII. Además,
está presente la mecánica de la renovación de los poderes así como su división y mutua
dependencia.
En lo que se refería al Protector Nacional manifestó que se hacía necesario nombrar uno
en cada obispado para que la justicia estuviera plenamente asistida. Agrego además otras
consideraciones de menor importancia en lo que se refería a la elección y tiempo de ejercicio de
funcionarios públicos. 6
Morelos presionó a Rayón para que realizara a mayor brevedad posible las correcciones a la
Constitución, como le llamaba él. Advirtiéndole que el tiempo transcurría y los asuntos requerían
resolución de acuerdo a lo que señala el documento.
Uno de los principales objetivos que se fijó el licenciado Ignacio López Rayón como
Presidente de la Suprema Junta Nacional Americana, fue dotar al gobierno insurgente de un estatuto
4 Carlos Herrejón Peredo, la Independencia según Ignacio López Rayón, Ignacio Rayón Hijo y otros,
consejo Nacional del Fomento educativo, 1985
6
AHMCR. Autos Testamentarios. Leg. 45, año 1789”, Ramón Alonso Pérez Escutia, Ignacio López
rayón. Militar y Político de la insurgencia (Col. Personajes Michoacanos Ilustres No. 3), Morelia,
Gobierno de Michoacán, 1985, p. 3
473
Oliver Cromwell, Una Influencia Jurídica-Política en el Constituyente de 1810
jurídico por medio del cual se rigiera constitucionalmente el país, es decir, los “Elementos de
Nuestra Constitución”.
Los elementos que se contenían en ese proyecto de Constitución, máxima obra legislativa
de la Suprema Junta Nacional Americana instalada el 19 de agosto de 1811, en la entonces Villa de
Zitácuaro, Michoacán, se convirtió de pronto en el asiento de los supremos poderes, y desde el
palacio Nacional de Zitácuaro aquél cuerpo soberano comenzó a gobernar en pro de la nación
mexicana que surgía.
Dentro del cuerpo de los artículos, cinco puntos saltan a la vista: la defensa de la fe católica,
la cuestión de la soberanía, la organización del gobierno y función de sus cuerpos, las garantías del
individuo, fundamentadas en el derecho natural y de gentes, y el culto a los héroes. En los tres
primeros artículos persiste la intolerancia de cultos; se conserva como única y exclusiva la religión
católica, se sostienen los privilegios a los ministros de la Iglesia y el tribunal de la fe cuidaría de la
defensa del dogma.
Los artículos 4, 5 y 6 son calificados como notables, el primero de éstos se refiere a “la
América es libre e independiente de toda otra nación”, y con ello se asienta de manera categórica el
principio de soberanía externa. El siguiente inciso es clave para comprender un planteamiento
jurídico-político expuesto por el licenciado Ignacio López Rayón, al afirmar que la soberanía
dimana del pueblo, reside en la persona del señor Fernando VII, y su ejercicio en el Supremo
Consejo Nacional Americano.
474
Manuel Guzmán Pérez
La Suprema Junta Nacional Americana, seguía existiendo como cuerpo colegiado. Funge
como auxiliar del Supremo Consejo en los asuntos del gobierno interior, pues es la única autoridad
que puede determinar en el Consejo de Estado; sólo la Junta aprueba el establecimiento o la
derogación de las leyes y sólo ella, con acuerdo del Ayuntamiento y anuencia del Protector
Nacional, podía otorgar carta de naturaleza a los extranjeros que quisieran convertirse en
ciudadanos americanos. Sin duda Complementan el aparato gubernativo tres personalidades
jurídicas que a continuación señalamos en orden escalafonario: el Ayuntamiento, los Representantes
y el Protector Nacional. De acuerdo con el artículo 23 de los Elementos, los ayuntamientos estarían
representados por “las personas más honradas y de proporción”, no sólo de las capitales de
intendencia sino de los pueblos del distrito. Los miembros del Ayuntamiento nombrarían un
Representante cada tres años y estos a su vez designarían un Protector Nacional para que en
presencia de ellos, propusiera en las sesiones públicas y ante el Supremo Consejo, “cualquier
negocio que interese a la nación”. (Artículos 18 y 23); “artículo 17. Habrá un Protector Nacional
nombrado por los representantes de las Provincias” quien se encargaría del Poder Ejecutivo.8
7
La junta de Zitácuaro 1811-1813, Hacia la Institucionalización de la Insurgencia, Moisés Guzmán
Pérez, Pág. 182, 1994.
8
La junta de Zitácuaro 1811-1813, Hacia la Institucionalización de la Insurgencia, Moisés Guzmán
Pérez, Pág. 183, 1994.
475
Oliver Cromwell, Una Influencia Jurídica-Política en el Constituyente de 1810
Los treinta y ocho artículos que expone el Licenciado Rayón, eran los principales
fundamentos sobre que habría de llevarse la grande obra de nuestra felicidad, libertad del hombre y
la independencia política del país.
476
Benito Juárez y la Construcción del Estado desde el Derecho
I. Prólogo
Recibe este nombre el derecho expedido por las autoridades españolas peninsulares
o sus delegados u otros funcionarios y organismos en los territorios ultramarinos, para valer
en éstos. Hacia un lado, este derecho se completa por aquellas normas indígenas que no
contrariaban los intereses de la corona o el ambiente cristiano y por otro lado, sobre todo en
materia de derecho privado, por el derecho castellano. El dominio de Castilla y su derecho
en las Indias, se debe a una división de labores durante la segunda mitad del siglo XV, entre
Castilla (que se ocuparía de la expansión al occidente) y Aragón (que buscaría expansión al
oriente). Así, desgraciadamente, el ambiente mucho más democrático y liberal del derecho
aragonés no tocó a la Nueva España.
El orden de prelación de las fuentes del derecho castellano, aplicable
subsidiariamente a los territorios de ultramar, se encuentra en la Recopilación de leyes de
los reinos de las Indias de 1680, que remite a las Leyes de Toro de 1505, las cuales a su vez
se basan en el Ordenamiento de Alcalá de 1348, que establece como orden el propio
Ordenamiento de Alcalá, los Fueros municipales y el Fuero real y finalmente las partidas.
Sin embargo, en caso de controversias surgidas en la Nueva España posteriormente a 1567,
es probable que antes de todo, se haya recurrido a la Nueva recopilación de 1567 o, para
controversias entre 1805 y 1821, incluso a la Novísima recopilación.
Dentro del derecho indiano, varias normas y grupos de normas se destacan por su
gran importancia. Entre ellas debemos mencionar las Leyes de Burgos de 1512, la
Provisión de Granada de 1526, las Leyes Nuevas de 1542, las Ordenanzas sobre
descubrimientos, población y pacificación de los indios, de Felipe III en 1573, la Reforma
agraria, de 1754 y la Ordenanza de Intendentes para la Nueva España. Las normas más
importantes en vigor en 1680, fueron compiladas en la Recopilación de leyes de los reinos
de las Indias de ese año.
Terminó la fase de creación del derecho indiano en 1821, subsistiendo este derecho
provisionalmente en todo lo compatible con la nueva situación política, hasta que
gradualmente parte de sus reglas, a menudo modernizadas, se trasladaron a las diversas
normas expedidas por el México independiente, mientras que otras normas fueron
abrogadas expresa o tácitamente.
La justicia estaba sujeta a un régimen de múltiples fueros, con tribunales especiales
según la materia de la controversia o las partes del litigio. Todos los tribunales
478
Benito Juárez y la Construcción del Estado desde el Derecho
pronunciaban sus sentencias a nombre del rey, quien podía intervenir en los procesos
mediante las instrucciones correspondientes, por lo que la justicia virreinal estaba lejos de
ser independiente.
Casos entre colonos podían ser juzgados ante un alcalde ordinario con apelación
ante el cabildo. En conflictos entre indios, el alcalde del pueblo indio pronunciaba la
sentencia de primera instancia, que admitía apelación ante el cabildo indígena. Para asuntos
más importantes, un alcalde mayor o corregidor pronunciaba la sentencia de primera
instancia. De ciertos negocios hubo apelación ante las audiencias de México y Guadalajara,
que también tenían competencia originaria en todo lo referente al Real Patronato de la
Iglesia pero en tales casos recaía en el Consejo de Indias la decisión final.
Correspondía a la Real Audiencia de México el control de la jurisdicción
eclesiástica mediante el importante recurso de fuerza, mismo que en caso de que el
recurrente tuviera éxito, llevó hacia una anulación parcial de las actuaciones o de la
sentencia e hizo regresar el proceso al tribunal eclesiástico en cuestión, en caso de que el
Estado reconociera la competencia de dicho tribunal, aunque considerara al mismo tiempo
que se había comportado con injusticia notoria o con violación de las reglas procesales.
Una rama especial de la justicia novohispánica era la que se refería a la protección
de los indios. El obispo Juan de Zumárraga y el virrey Antonio de Mendoza recibían en
audiencias especiales a los indígenas para escuchar sus quejas. En 1591 quedó establecido
un Juzgado General de Indios, como una alternativa jurisdiccional frente a los alcaldes
mayores y corregidores; además, la corona dispuso la adscripción de un protector de indios
a cada audiencia, que actuaba como órgano revisor de las sentencias de primera instancia
dictadas por corregidores o alcaldes mayores en litigios entre españoles e indios.
Mediante el juicio de residencia, Madrid trataba de conservar cierto nivel de
honradez en la administración pública, a cuyo fin fueron sometidos todos los funcionarios
de la Nueva España, desde el virrey hasta alcaldes, regidores o tasadores de tributos,
cuando se retiraban a la vida privada o cambiaban de función. Bajo un sistema de acción
popular se reunían e investigaban todas las quejas concretas contra el antiguo funcionario,
el cual entre tanto, por regla general, no podía salir del lugar donde había ejercido sus
funciones.
En materia fiscal existían varios tribunales, como el Tribunal de Cuentas, el
Tribunal de Alcabalas, el Tribunal de Composición de Tierras, el de Montepíos, el del
Estanco del Tabaco, del Estanco de Pólvora, etcétera. Además hubo tribunales especiales
en materia eclesiástica y monacal, en materia de diezmos, el fuero de la bula de la Santa
Cruzada , el fuero de la Inquisición , el fuero de minería de 1777 con tribunal de apelación
desde 1791, el fuero mercantil y los consulados, el fuero de guerra, el fuero de mostrencos,
vacantes e intestados. Para la represión de los salteadores, el fuero de la Santa Hermandad
de 27 de mayo de 1631 y desde el 22 de mayo de 1722 el Tribunal de la Acordada, tribunal
ambulatorio independiente del virrey que vigilaba por la seguridad en los caminos
procediendo mediante medidas sumarias y enérgicas contra los bandidos.
479
Francisco Gerardo Aragón Zavala
“Debe reconocerse que son sus antepasados los recursos de fuerza, súplica y de
injusticia notoria, toda vez que en el primero, el acto reclamado era la invasión de esferas
competenciales entre jueces seculares y eclesiásticos. La premisa de este recurso de fuerza
era la existencia de un acto que implicaba „la fuerza‟, es decir, un agravio y una violación a
la ley; por su forma procesal de tramitación, y para efectos de la resolución que „alzaba la
fuerza‟, sin duda alguna tiene un parentesco muy cercano con la estructura procesal y con la
finalidad propia que adquirió, a través de su evolución, el juicio de amparo…”[2]
La transición hacia un nuevo orden jurídico se puede analizare desde dos puntos de
vista: la sustitución del orden jurídico y la manera de administrar justicia. Esto implica la
necesidad de modificar las leyes y elaborar nuevos ordenamientos. La transición es un
movimiento que se inicia antes de la independencia, hacia el constitucionalismo y la
codificación.
La sustitución de ordenamientos debía llevarse a cabo porque el derecho vigente en
México en el momento de la independencia y aún después era el castellano-indiano y había
sido dictado por el rey, por lo que buena parte de ese derecho ya no correspondía a las ideas
de un gran número de mexicanos, además de que la realidad se había ido modificando a
paso acelerado.
Este proceso se inició inmediatamente después de consumada la independencia y
adquirió su perfil definitivo con la expedición del Código Civil para el Distrito y
Territorios Federales de 1870, así como del Código Penal para el Distrito Federal y
Territorio de la Baja California sobre delitos del fuero común, y para toda la República
sobre delitos contra la Federación.[4]
Con los nuevos códigos se presentaron problemas de interpretación e integración de
la ley, que los juristas del México independiente debían resolver en base a su conocimiento
de la doctrina de la época anterior a la independencia, ya que muchos de ellos habían sido
formados en ella y buscaron adaptarla a la nueva realidad.
480
Benito Juárez y la Construcción del Estado desde el Derecho
Iniciada por el viejo caudillo insurgente Juan Álvarez, la Revolución de Ayutla fue
el umbral de acceso al poder de una nueva generación liberal, dividida en puros y
moderados. Las razones para su división ideológica no se referían, al menos en estos
primeros momentos, al tipo de régimen político que debía adoptar el país, sino que giraban
en torno a la naturaleza y los alcances de las reformas sociales a llevar a cabo. Para ellos no
había duda sobre la forma de gobierno. Ésta debía ser la republicana y federal. La parte
más exaltada de esta nueva generación manifestaba una creencia casi religiosa en la
eficacia de la ley para gobernar y transformar la sociedad, y estaba convencido de que
sólo la reforma social podía alterar el escenario político para consolidar definitivamente
la opción republicana y federal. Las leyes Juárez, Lerdo e Iglesias integraron el programa
radical de los puros, en tanto que la Constitución de 1857 fue obra de un Congreso
constituyente con mayoría de moderados.[5]
El surgimiento de un derecho nacional propio en la segunda mitad del siglo XIX no
se explica sin la reforma del sistema de administración de justicia ni sin el movimiento de
la codificación, procesos que idealmente debieron marchar de modo simultáneo, pero que la
inestabilidad política del país en esa época obligó a aplazar, por lo que me refiero a ellos en
este espacio separada y sucesivamente.
481
Francisco Gerardo Aragón Zavala
482
Benito Juárez y la Construcción del Estado desde el Derecho
2. La codificación
483
Francisco Gerardo Aragón Zavala
vigente hasta 1837, en virtud de la adopción del centralismo. Durante la época de vigencia
del sistema central no hubo mayores logros en materia de codificación.
Con la vuelta al sistema federal en 1847 una vez que cesó la vigencia de las Bases
Orgánicas y en el entorno de la guerra con Estados Unidos de América, la codificación
volvió a ser facultad de los estados. En este orden, el gobernador de Oaxaca, Benito Juárez,
puso de nuevo en vigor el Código Civil local, que había sido promulgado entre 1827 y 1829
y estuvo vigente hasta 1837. Ordenó su revisión, lo que dio origen a un segundo Código,
concluido en 1852, que debía entrar en vigor el 1º de abril de 1853. Sin embargo, a la fecha
de su inicio de vigencia, la dictadura de Santa Anna suprimió el sistema federal y mediante
el decreto del 27 de julio de 1853, anuló la resolución del Congreso oaxaqueño que había
aprobado el nuevo Código Civil.[40]
Con la Constitución de 1857, si bien la facultad de expedir códigos correspondía a
los estados, fue la Federación la que tomó la iniciativa codificadora.[41] El presidente Benito
Juárez encargó a Justo Sierra O‟Reilly que llevara a cabo los trabajos para la elaboración de
un proyecto de Código Civil. Esta obra, integrada por cuatro libros, fue terminada en 1860
e impresa y distribuida para recibir las opiniones por parte del foro.[42] El proyecto de Justo
Sierra O‟Reilly, primera codificación de alcance nacional en nuestro país,[43] estaba
integrado por disposiciones del Proyecto español de Código de García Goyena de 1851, del
Código Civil Francés de 1804, de las Leyes de Reforma, de la Constitución de 1857, del
Código Civil de Louisiana y de la Ley de Matrimonio Civil de 1859.[44]
El proyecto de Justo Sierra O´Reilly fue objeto de una minuciosa revisión de 1861 a
1863, en que se turnó a una comisión revisora nombrada por el gobierno, integrada por José
M. Lacunza, Pedro Escudero, Fernando Ramírez y Luis Méndez, que no pudo concluir sus
trabajos debido a la intervención francesa. Durante el gobierno del emperador Maximiliano
de Habsburgo, se solicitó a esa misma comisión que continuara con su tarea, cosa que
hicieron y que culminó con la promulgación de los dos primeros libros del Código Civil del
Imperio Mexicano de 1866. Las fuentes utilizadas por la comisión redactora fueron el
Código Civil francés, el Proyecto español de Código de García Goyena de 1851, la Ley
Orgánica del Registro Civil de 1859, la Ley de Sucesiones de 1857, la Ley Orgánica del
Registro Civil de 1857, el Reglamento de Jueces del Estado civil de 1861, las obras
doctrinarias como el Diccionario de Escriche, el Sala y el Febrero Mexicanos, las Leyes de
Reforma, la Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino, así como las obras de Elizondo,
Antonio Gómez, Juan de Hevia Bolaños, Covarrubias, Acevedo, Troplong, Alciato,
Cuyacio, Grocio, Bartolo, Heinecio, Püfendorf, Vinnio y otros.[45]
Restaurada la República, se reiniciaron los trabajos en cuanto al Código Civil para
el Distrito Federal y Territorio de Baja California, cuando Antonio Martínez de Castro,
ministro de Justicia, obtuvo los documentos entregados por la comisión revisora del
proyecto de Justo Sierra O´Reilly y que estaban en manos del licenciado Luis Méndez. Se
integró una nueva comisión formada por Mariano Yáñez, José María Lafragua, Isidro
Montiel y Duarte y Rafael Dondé, quienes finalizaron el libro y lo redactaron aprovechando
el trabajo de Sierra O´Reilly y el Código Civil del Imperio Mexicano. Así nació el proyecto
definitivo del Código Civil de 1870, que fue aprobado por el Congreso de la Unión el 8 de
484
Benito Juárez y la Construcción del Estado desde el Derecho
diciembre de ese año y que inició su vigencia a partir del 1º de marzo de 1871 en el Distrito
Federal y en el Territorio de Baja California.[46]
En cuanto a la codificación penal, cuando Benito Juárez era presidente, ordenó que
se nombrara una comisión para elaborar un Proyecto de Código Penal. En 1861 el ministro
de Justicia Jesús Terán formó una comisión integrada por los licenciados Urbano Fonseca,
José María Herrera y Zavala, Ezequiel Montes a quien sustituyó Carlos María Saavedra,
Manuel Zamacona y Antonio Martínez de Castro. La comisión trabajó hasta 1863 y tuvo
que interrumpir sus labores debido a la invasión francesa.
Durante el Segundo Imperio Mexicano, el emperador Maximiliano de Habsburgo
nombró una comisión formada por Teodosio Lares, Urbano Fonseca y Juan B. Herrera para
que redactaran un Código Penal y de Procedimientos Penales. Los trabajos realizados no
llegaron a la luz debido a la caída del Imperio y el restablecimiento de la República. En ese
período, fueron los Códigos de Instrucción Criminal y Penal franceses de 1865 y 1866,
respectivamente, los que se aplicaron en México.
Una vez restablecida la República , Juárez, por intermedio del ministro de Justicia,
Ignacio Mariscal, mandó el 28 de septiembre de 1868 que se integrase y reorganizase la
comisión redactora del Código Penal, con objeto de continuar los trabajos que se habían
interrumpido. Los nombramientos recayeron en las personas de Antonio Martínez de Castro
como presidente, Indalecio Sánchez Gavito como secretario, Manuel Zamacona, José
María Lafragua y Eulalio María Ortega como miembros de la misma.[47] No fue sino hasta
el 7 de diciembre de 1871 cuando se promulgó el Código Penal para el Distrito Federal y
Territorio de la Baja California sobre delitos del fuero común y para toda la República
sobre delitos contra la Federación y empezó a regir el 1º de abril de 1872. Se le conoce
como Código de Martínez de Castro, por haber sido él uno de los más destacados
integrantes de la comisión redactora del Código. Se componía de 1152 artículos divididos
en cuatro libros y éstos, a su vez, en títulos. Al final llevaba una Ley Transitoria sobre
procedimiento penal en 28 artículos.
V. Epílogo
485
Francisco Gerardo Aragón Zavala
486
Benito Juárez y la Construcción del Estado desde el Derecho
formación de un derecho nacional propio permitió al Estado dar un primer paso hacia la
modernidad al romper con el pasado jurídico colonial. Surgieron nuevos principios, normas
e instituciones con que el derecho fortaleció al Estado, consolidó la forma de gobierno,
legitimó el poder y ofreció garantías a los gobernados.
A la cabeza de los hombres de la Reforma, Benito Juárez tuvo una fé inquebrantable
en la eficacia de la ley para gobernar y transformar a la Nación. Con toda justicia su prócer
figura resplandece cada día más, a despecho de sus enemigos del pasado y de sus
detractores del presente.
487
Francisco Gerardo Aragón Zavala
BIBLIOGRAFÍA.
Cruz Barney, Oscar. Historia del derecho en México. Oxford, México, Colección Textos
Jurídicos Universitarios, 2004.
Medina Peña, Luis. Invención del sistema político mexicano. Forma de gobierno y
gobernabilidad en México en el siglo XIX. México, Fondo de Cultura Económica, (sección
de Obras de Política y Derecho), 2004.
[1]
Margadant S., Guillermo F., Introducción a la historia del derecho mexicano. Décima edición. Editorial
Esfinge, Naucalpan, Estado de México, 1993, pp. 53-59, 73-76.
[2]
Cid Sebastián, Elia, Antecedentes del Juicio de Amparo. De la Real Audiencia a la Suprema Corte de
Justicia de la Nación. En: Historia de la justicia en México, siglos XIX y XX, México, Suprema Corte de
Justicia de la Nación, 2005, tomo I, pp. 115-116.
[3]
Véanse los trabajos de: María del Refugio González, El Derecho Civil en México 1821-1871 (Apuntes para
su estudio), Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM, México, 1988, p. 116 y Derecho de transición, en:
Memoria del IV Congreso de Historia del Derecho Mexicano, Beatriz Bernal (coord.), Instituto de
Investigaciones Jurídicas, UNAM, México, 1988, t. I, pp. 447 y 448, citados por Cruz Barney, Oscar, Historia
del derecho en México. Segunda edición. Oxford, México, Colección Textos Jurídicos Universitarios, 2004,
pp. 620-621.
[4]
Las segundas cursivas son mías.
[5]
Medina Peña, Luis, Invención del sistema político mexicano. Forma de gobierno y gobernabilidad en
México en el siglo XIX. México, Fondo de Cultura Económica, (sección de Obras de Política y Derecho),
2004, p. 274. Las cursivas son mías.
488
Benito Juárez y la Construcción del Estado desde el Derecho
[6]
Villalpando, José Manuel, Benito Juárez Una visión crítica en el bicentenario de su nacimiento. México,
Planeta, 2006, pp. 26-28.
[7]
Véase el texto íntegro de la Ley Juárez en: Dublán, Manuel y Lozano, José María, Legislación Mexicana o
colección completa de las disposiciones legislativas expedidas desde la independencia de la República
Mexicana , Imprenta del Comercio a cargo de Dublán y Chávez, a Cargo de M. Lara (Hijo), tomo VII, núm.
4572, pp. 598-606.
[8]
Compuesta únicamente por el artículo primero.
[9]
Artículos segundo a 14.
[10]
Artículos 15 a 22.
[11]
Artículos 23 a 29.
[12]
Artículos 30 a 32.
[13]
Artículos 33 a 41.
[14]
Artículos 42 a 77.
[15]
Artículo primero.
[16]
Artículo segundo.
[17]
Artículo tercero.
[18]
Artículo 15.
[19]
Federal.
[20]
Artículo 23.
[21]
Artículo 24.
[22]
Artículo 27.
[23]
Artículo 28.
[24]
Artículo 29.
[25]
Artículo 30, modificaciones cuarta y décimo primera.
[26]
Artículo 31.
[27]
Artículo 33.
[28]
Artículo 34.
[29]
Artículo 38.
[30]
Artículo 42.
[31]
Artículo 44.
[32]
Artículo 45.
[33]
Artículo 48.
[34]
Artículo 51.
[35]
Artículo 72.
[36]
Artículo 77.
[37]
Artículo transitorio tercero.
[38]
Artículo transitorio cuarto.
[39]
Véase a: María del Refugio González, Notas para el estudio del proceso de la codificación civil en México
(1821-1928). En: Libro del Cincuentenario del Código Civil, Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM,
México, 1978, pp. 105 y 136, citado por Cruz Barney, Oscar, Historia del derecho en México, op. cit., p. 705.
489
Francisco Gerardo Aragón Zavala
[40]
Véase a: José Luis Soberanes Fernández, Las codificaciones del derecho privado mexicano en el siglo
XIX. En: Revista de investigaciones jurídicas, Escuela Libre de Derecho, México, 1986, año 10, núm. 10. pp.
379, citado por Cruz Barney, op. cit., p. 708.
[41]
Véase a: María del Refugio González, Notas para el estudio del proceso de la codificación civil en México
(1821-1928). En: Libro del Cincuentenario del Código Civil, op. cit., citado por Cruz Barney, op. cit., p. 708.
[42]
Cruz Barney, op, cit., p.709.
[43]
Véase a: Rodolfo Batiza, Las fuentes de la codificación civil en la evolución jurídica de México. En:
Memoria del III Congreso de Historia del Derecho Mexicano, José Luis Soberanes Fernández (coord.),
Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM, México, 1984, p. 155, citado por Cruz Barney, op. cit., p. 709.
[44]
Véase a: Rodolfo Batiza, Las fuentes del Código Civil de 1928. Editorial Porrúa, México, 1979, pp. 13-16
y 28, citado por Cruz Barney, op. cit., p. 709.
[45]
Ídem, citado por Cruz Barney, op. cit., p. 710.
[46]
Véase a: Pablo Macedo, El Código de 1870. Su importancia en el derecho mexicano. En: Jurídica,
Anuario del Departamento de Derecho de la Universidad Iberoamericana, Departamento de Derecho,
Universidad Iberoamericana, México, 1971, núm. 3, pág. 247, citado por Cruz Barney., op. cit., p. 711.
[47]
Véase a: Celestino Porte Petit Candaudap, Apuntamientos de la parte general de derecho penal I. 20ª
edición. Editorial Porrúa. México, 1989, pp. 43-46, citado por Cruz Barney, op. cit., p. 723.
490
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
Resumen: 1.- Introducción. 2.- Control constitucional. 3.- Defensa de la Constitución. 4.- Constitución
Política del Estado de Michoacán de 1825. 5.- Conclusiones. 6.- Fuentes.
1.- Introducción.- El objetivo del presente trabajo es mostrar una visión general del
control constitucional establecido en la Constitución michoacana de 1825. Consideramos
necesario explicar algunos conceptos relacionados con el tema a fin de facilitar la
explicación del mismo. En atención a lo anterior, el trabajo se desarrollará de la siguiente
manera: una primera parte donde se analizarán algunas cuestiones teórico-conceptuales
sobre el control constitucional y la defensa de la Constitución, y una segunda parte
consistente en el estudio de los instrumentos de control constitucional previstos en la
Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
1
Además de ser difuso, el sistema americano de control constitucional posee las siguientes características: Es
incidental, porque no forma parte de la esencia de un conflicto, sino que dentro de éste debe plantearse como
cuestión incidental. Es especial, toda vez que los efectos de la sentencia que declara la inconstitucionalidad
únicamente alcanzan a las partes, pues se deja sin aplicar la norma inconstitucional en el caso concreto. Como
consecuencia de lo anterior se considera declarativo, pues únicamente se limita a dirimir una situación
jurídica controvertida, declarando si efectivamente existe inconstitucionalidad o no.
2
Por su parte, el sistema europeo posee otras características: Es principal, debido a que su tramitación no
depende de una controversia distinta. Es general, puesto que la declaratoria de inconstitucionalidad que se
hace posee efectos generales (erga omnes). Es constitutivo, debido a que la declaratoria de
inconstitucionalidad se da mediante una sentencia que constituye una nueva situación de derecho, diferente a
la anterior y con efectos a futuro.
492
Francisco Ramos Quiróz
Sin embargo, para el siglo XIX debemos tener en cuenta que el control de la
constitucionalidad en México poseía características que lo hacían diferente al que opera hoy
en día. Una diferencia radica en el órgano encargado de ejercerlo, pues en la actualidad el
Poder Judicial se ha ido posicionando como el órgano encargado de llevarlo a cabo;
mientras que en el siglo XIX y principalmente en la primera mitad, nos encontramos con
que los encargados de ejercerlo a nivel federal fueron los poderes Legislativo y Judicial,
por lo que podríamos hablar de un control constitucional mixto entre órgano político y
jurisdiccional. Además que en algunos momentos estuvimos en presencia de un pleno
control político de la Constitución, como fue el caso del Supremo Poder Conservador en
1836.
3
Suprema Corte de Justicia de la nación, Los tribunales constitucionales y la suprema corte de justicia de la
nación, México, 2003, pp. 37-40.
4
Fix-Zamudio, Héctor y Valencia Carmona, Salvador, Derecho constitucional mexicano y comparado, 2da
edición, Porrúa, México, 2001. p. 176.
493
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
Vale la pena recordar que no son lo mismo garantías constitucionales que garantías
individuales, pues las primeras se refieren a los instrumentos jurídicos previstos para llevar
a cabo el control constitucional en caso de violación a la ley suprema. En tanto que las
garantías individuales pueden entenderse como la esfera mínima de derechos del gobernado
frente a la autoridad, mismos que se hacen valer forzosamente mediante el juicio de
5
Figuran también dentro de la protección de la Constitución: la institucionalización de factores sociales,
grupos de interés, grupos de presión y partidos políticos, así como algunos aspectos relacionados con la
regulación de recursos financieros. Héctor Fix-Zamudio y Salvador Valencia Carmona, op. cit., pp. 179-190.
6
Fix-Zamudio, Héctor, Justicia constitucional, ombudsman y derechos humanos, Comisión nacional de
derechos humanos, México, 1997, p. 289.
494
Francisco Ramos Quiróz
amparo. A manera de ejemplo y situándonos en el presente podemos señalar que entre las
garantías constitucionales previstas en la Constitución Política de los Estados Unidos
Mexicanos de 1917 figuran: las controversias constitucionales, las acciones de
inconstitucionalidad, el juicio político, el juicio de amparo, entre otros.
Ahora bien, estos conceptos han requerido grandes esfuerzos por parte de
académicos para lograr su consolidación teórica; sin embargo, un aspecto que ha sido
olvidado casi por completo es el estudio de los instrumentos de control constitucional desde
la perspectiva histórica, en lo que bien podría considerarse como una línea de investigación
imprescindible en la materia, a manera de: historia del control constitucional o historia de la
justicia constitucional.
7
El mismo Héctor Fix-Zamudio utiliza ambos conceptos como sinónimos, en ese sentido puede hacerse notar
que en su obra: Justicia constitucional, ombudsman y derechos humanos divide la defensa de la Constitución
en Protección de la Constitución y Garantías Constitucionales, mientras que más recientemente en su obra:
Derecho constitucional mexicano y comparado se refiere a la misma división pero ahora como Protección de
la Constitución y Justicia Constitucional.
8
Suprema Corte de Justicia de la Nación, La supremacía constitucional, serie grandes temas del
constitucionalismo mexicano, t.I, México, 2005, p.37.
495
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
9
Artículo 161 fr. I y II, Constitución Federal de los Estados Unidos Mexicanos de 1824, en: Tena Ramírez,
Op. Cit., p. 191.
10
Tena Ramírez, Felipe, Michoacán y sus constituciones, Morelia, Impresiones Arana, 1968, p. XIII.
496
Francisco Ramos Quiróz
sistema para llevarlo a cabo, está mejor definido en la carta local, por lo que podemos decir
que cuenta con una mejor técnica jurídica respecto de la federal.
Primero: velar sobre la observancia de la constitución federal, de la del Estado y sus leyes,
dando cuenta al Congreso de las infracciones que note. 11
Segunda: velar sobre el cumplimiento de la constitución y las leyes, y dar parte al Congreso de
las infracciones que notare con el expediente que forme. 12
Luego entonces, hay dos órganos políticos encargados de observar que se cumpla la
Constitución, uno, el Consejo de Gobierno, dependiente del Ejecutivo, y el otro, la
diputación permanente, prolongación del Legislativo en los periodos de receso del
Congreso, aunque corresponde al Congreso conocer de los asuntos en esta materia para
resolver en definitiva. Además, se establece la idea de que el Consejo de Gobierno forme
un expediente sobre la infracción respectiva, mismo que sería atendido por el Congreso.13
11
Artículo 43, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
12
Artículo 85, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
13
Para una mayor información sobre la actuación del Consejo de Gobierno puede consultarse el estudio de
Jaime Hernández Díaz, El consejo de gobierno en la constitución de Michoacán de 1825 y el control de la
497
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
212. Todos los habitantes del Estado sin excepción alguna están obligados á guardar
religiosamente esta constitución en todas sus partes; y ninguna autoridad podrá dispensar de
este deber.
El artículo que deja ver de manera más clara la atribución del poder Legislativo para
ejercer el control constitucional señala:
De la lectura del artículo anterior no queda duda que el control constitucional estaba
planeado para ser ejercido por el Poder Legislativo representado por el Congreso, el cual
debería tomar en consideración las infracciones constitucionales que le hubieran sido
presentadas por la Diputación Permanente, el Consejo de Gobierno, el titular del Poder
Ejecutivo e inclusive por los ciudadanos. De esta forma el Congreso pondría el conveniente
remedio, es decir, ejercería el control constitucional y ordenaría además se hiciera efectiva
la responsabilidad de los infractores de la Constitución, turnándose al Poder Judicial. Dicho
en otras palabras, se ejercería el control constitucional, se restablecería el orden
constitucional y se haría efectiva la responsabilidad de los infractores.
498
Francisco Ramos Quiróz
“Se declara anticonstitucional la terna para gobernador del Estado hecha por la junta electoral
en 1º de junio de 1829”.16
Séptimo: pedir se exija la responsabilidad a los secretarios del gobierno general, en caso que
comuniquen alguna orden contraria a la constitución del Estado.17
86. Los individuos del consejo son responsables de todos sus procedimientos en el desempeño
de las funciones de su encargo, y principalmente por consultas contrarias a la constitución o
leyes del Estado.
92. Será responsable de las que autorice contra la Constitución y leyes del Estado, sin que le
sirva de excusa haberlo mandado el gobernador.
Algo que debe destacarse es que, a lo largo del texto constitucional, como ya se ha
señalado anteriormente, abundan los artículos que establecen la obligación de las
autoridades de velar por el cumplimiento de la Constitución, lo cual nos da una idea de la
16
Coromina, Amador, Recopilación de leyes, decretos, reglamentos y circulares expedidas en el estado de
Michoacán, t IV, Morelia, imprenta de los hijos de I. Arango, 1886, p. 64.
17
Artículo 74, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
499
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
importancia que ello revestía para el Constituyente. En ese sentido podemos observar dicha
obligación encomendada a la diputación permanente en el artículo 43 punto primero, al
Consejo de Gobierno en el artículo 85 fracción II y al Gobernador mismo, al tenor del
siguiente artículo:
Sexta, velar sobre el puntual cumplimiento, tanto de esta constitución, como de la general, y de
las leyes y decretos de la Federación y del Congreso del Estado, y expedir las órdenes
correspondientes para su ejecución.
Cuarto: conocer en calidad de gran jurado, en el modo que disponga el reglamento interior, para
declarar si ha o no lugar a formación de causa, en las acusaciones que se hagan contra los
diputados, gobernador, vice-gobernador, consejeros, secretario del despacho, individuos del
supremo tribunal de justicia, y tesorero general, por los delitos que cometan durante su
comisión.
De esa forma, una vez que se hubiera dado la declaratoria para la formación de
causa en contra los funcionarios descritos, correspondería a la sección extraordinaria del
Supremo Tribunal de Justicia conocer del asunto.18 Recordemos que éste estaba integrado
por dos secciones, una denominada permanente, la cual se encargaba de conocer en tercera
instancia los negocios, entre otras cosas; y otra que recibía el nombre de extraordinaria, la
cual se encargaba de conocer de las causas promovidas contra los funcionarios públicos.
18
Artículos 138, 141 y 143, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
500
Francisco Ramos Quiróz
216. Solo el Congreso podrá resolver las dudas que ocurran sobre la inteligencia de los
artículos de esta constitución.
Cabe señalar que inclusive se expresó de manera directa la imposibilidad del Poder
Judicial para interpretar las leyes, conforme a los siguientes artículos: “117. Los tribunales
no podrán ejercer otras funciones, que las de juzgar y hacer que se ejecute lo juzgado.” Y
19
Artículos 40, 67, 88, 150 y 214, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
501
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
Sexto: oír las dudas de los otros tribunales y jueces sobre la inteligencia de alguna ley, y
consultar sobre ellas al Congreso por conducto del gobierno, quien las acompañará con su
informe.20
Primero: el de libertad para hablar, escribir, y hacer cuanto quisieren, con tal que no ofendan
los derechos de otro.
Segundo: el de igualdad, para ser regidos y juzgados por una misma ley, sin más
distinciones que las que ella misma establezca.
Tercero: el de propiedad, por el que pueden disponer á su arbitrio de sus bienes, y de las
obras de su industria ó talento, siempre que no ceda en perjuicio de la sociedad, ó de los otros.
20
Artículo 140, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
502
Francisco Ramos Quiróz
Cuarto: el de seguridad, por el que pueden exigir de la sociedad protección y defensa de sus
personas, intereses y derechos, para el goce pacífico de los unos y de los otros. 21
Tal fue la importancia que el Constituyente deseó conferir a estos derechos, que
estableció la obligación de respetarlos, en el siguiente sentido:
13. El Estado de Michoacán los respetará como sagrados é inviolables en los hombres de cualquier
país del mundo, que pisen su terreno, aunque sea sólo de tránsito. Ellos por su parte cumplirán con
el deber de respetar sus autoridades y de sujetarse á sus leyes.22
21
Artículo 12, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
22
Artículo 13, Constitución Política del Estado de Michoacán de 1825.
503
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
6.- Fuentes
BIBLIOGRAFÍA
504
Francisco Ramos Quiróz
Abreu y Abreu, Juan Carlos, “La justicia constitucional a dos fuegos: Federalistas contra
centralistas”, en Historia de la justicia en México, siglos XIX y XX, t.I, México, Suprema
Corte de Justicia de la Nación, 2005.
Cabrera Aceves, Mauricio, “El control de la Constitucionalidad en Michoacán en el siglo
XIX”, en: Cruz Barney, Oscar, et al (coordinadores), Ensayos histórico-jurídicos: México y
Michoacán, Universidad Latina de América, Supremo Tribunal de Justicia del Estado de
Michoacán y UNAM, México, 2006.
Cruz Barney, Oscar, “El constitucionalismo mexicano en el siglo XIX”, en Constituciones
históricas de México, 2ª edición, Carbonell, Miguel et al (Compiladores), Porrúa-UNAM,
México, 2004.
Fix-Zamudio, Héctor, Justicia constitucional, ombudsman y derechos humanos, Comisión
nacional de los derechos humanos, México, 1997.
______________ y Valencia Carmona, Salvador, Derecho constitucional mexicano y
comparado, 2da edición, Porrúa, México, 2001.
Hernández Díaz, Jaime, El consejo de gobierno en la constitución de Michoacán de 1825 y
el control de la constitucionalidad, presentado en el ciclo de conferencias “El control
constitucional en el sistema judicial mexicano” organizado con motivo del CXCI
aniversario de la instalación del Supremo Tribunal de Justicia para la América Mexicana.
Reyes Heroles, Jesús, El liberalismo mexicano, México, UNAM, 1958.
Soberanes Fernández, José Luis, Historia del derecho mexicano, México, Porrúa, 12º
edición, 2006.
Suprema Corte de Justicia de la Nación, La supremacía constitucional, serie grandes temas
del constitucionalismo mexicano, t.I, SCJN, México, 2005.
________________, Los tribunales constitucionales y la suprema corte de justicia de la
nación, SCJN, México, 2003.
Tena Ramírez, Felipe, Leyes fundamentales de México, 1808-2005, México, Porrúa, 24º
edición. 2005.
________________, Michoacán y sus constituciones, Morelia, Impresiones Arana, 1968.
505
El Control Constitucional en la Constitución Michoacana de 1825
506
Antecedentes Históricos del Constitucionalismo
Cabanellas, Guillermo. Diccionario Enciclopédico de Derecho Usual. Heliasta. Argentina, 1989. p. 317
1
Sayeg Hielu, Jorge. Introducción a la Historia Constitucional de México. Editorial PAC. México, 1986. p.
2
89-90
Sin embargo, el Constitucionalismo que se gestó desde fines del siglo XVIII exige
que estén inspiradas por una serie de principios, valores, libertades y otras declaraciones de
índole social que actualmente se consideran imprescindibles. La primera Constitución que
cumple con los patrones de este movimiento es la Constitución de 1787 de los Estados
Unidos. Mas la idea de Constitución, tal y como la conocemos, se formó a lo largo de la
historia desde la antigüedad. Algunos autores ubican el nacimiento del constitucionalismo
desde la Grecia antigua, relacionándolo con el término “politeia” que se usaba para
designar a la estructura de la polis; pero el término Constitución viene del romano
“constitutio”, por lo que se considera a la civilización latina como antecedente más remoto
del constitucionalismo. Es en el imperio Romano que la palabra Constitutio adquiere un
primer matiz político por el carácter legislativo que se le adjudica al usarse para denominar
las determinaciones del emperador que debían ser consideradas como obligatorias. Su uso
se popularizó durante el imperio de Oriente, “Desde el tiempo de Dioclesiano (245-216)
hubo una verdadera reevaluación [del derecho]: las formas legislativas representadas
exclusivamente por las constitutiones imperiales que se convierten en el ideal. Una vez
recopilado y definido el derecho antiguo, promulgado como legislación todas las cuestiones
nuevas se harían por un solo instrumento: la constitutio”3. También durante el imperio de
Oriente comienza la tendencia unificadora del derecho romano; se busca reunir la vasta
creación jurídica del imperio con el objetivo de lograr una estabilización jurídica. Si bien
podemos ubicar esta tendencia desde Adriano (76-138), su consolidación se da con las
grandes colecciones de constituciones: los codices gregorianus y hermogenianus.
Pero sería hasta la Edad Media que el término Constitución evolucionaría, para
contemplar las relaciones de poder entre el rey y sus súbditos. Dado que el poder del Rey
era tan absoluto que derivaba en una gran cantidad de abusos, las ciudades se vieron
obligadas a formar uniones o “ligas” para defender sus derechos; ante tal situación, los
reyes tuvieron que convocar a los representantes de las “ligas” y ceder parte de su poder
integrándolos en los antiguos consejos. Así, las Constituciones de la Edad Media
representaban contratos entre el Rey y una ciudad o conjunto de ciudades. Por medio de
Tamayo y Salmorán, Rolando. Introducción al estudio de la Constitución. UNAM. México, 1989. p. 50-51
3
508
Antecedentes Históricos del Constitucionalismo
Ibídem. p. 60-63
4
De Vega García, Pedro. Estudios político constitucionales. UNAM. México, 1987. p. 104
6
509
Lucero Ibarra Rojas
esquema Medieval, mientras que el poder económico se adjudicaba cada vez más a la
creciente burguesía que anhelaba poder político, y en la que los postulados ideológicos
buscaban cualidades que el sistema de gobierno Medieval no les podía proporcionar.
Ambos elementos fueron motores que impulsaron el cambio, pero quizá uno de los factores
más importantes para el desarrollo del Estado fue el fenómeno de desacralización del
mundo, ya que el fundamento de mayor peso que tenía a su favor la monarquía era
precisamente el carácter sagrado que se le otorgaba al poder del Rey.
Surge entonces la necesidad de idear un nuevo principio de legitimidad que sea lo
suficientemente fuerte para sostener el Estado, el cual lo encontramos en la idea de
comunidad o sociedad, donde la segunda constituye un nivel más avanzado de la primera.
La cohesión de los individuos que esta noción produce al interior de la organización del
Estado se forma alrededor de fenómenos como el nacionalismo y principios como la
legitimidad democrática. Hablamos del nacionalismo como resultado de la creación del
esquema Nación-Estado, que se presenta como una estructura, natural y necesaria, para
establecer las relaciones entre los hombres “más amplia que la determinada por las esferas
parciales de relaciones directas y primarias que proporciona la ciudad o familia, y más
fuerte y presente que la creada por esa vaga “conciencia de especie” que liga a unos
hombres con otros hombres”7. Y de principios como la legitimidad democrática, por
tratarse de un elemento que tiene relación directa con la evolución de la Constitución.
En el momento que los individuos se conciben como un todo unificado, la función de
la Constitución cambia: “la constitución deja de ser un contrato de gobierno y se convierte
en el instrumento de la comunidad que institucionaliza el ejercicio del poder. La
constitución […] se convierte en el resultado de un consensus por el cual voluntades
paralelas establecen ciertas reglas para el ejercicio del poder y ciertos fines para la
comunidad. En la antigua constitución medieval, los protagonistas eran contratados con
intereses muy particulares: el príncipe se comprometía personalmente a ejercer el poder
bajo ciertas condiciones […] „Constitución significa [ahora] algo inherente a todo Estado;
es el elemento indispensable en que se funda la autoridad política. Desde entonces
510
Antecedentes Históricos del Constitucionalismo
http://www.justice.gouv.fr/espagnol/eddhc.htm
Ver: Rousseau, Juan Jacobo. El contrato social. UNAM 4ª ed. México, 1984.
10
511
Lucero Ibarra Rojas
de estructura social alguna, por lo tanto, ajeno a toda limitación. Este hombre se une a otros
hombres en la búsqueda de la defensa de sus intereses comunes, de su sobrevivencia, al
momento de estructurarse en una sociedad el individuo renuncia a una parte de su libertad y
la somete a la comunidad dentro de la cual se establece un sistema de gobierno. Entonces el
individuo cede su libertad a aquel que como comunidad se designe para ser el gobernante, a
cambio, éste tiene la obligación de dirigir a la sociedad en función de la razón por la que
fue puesto en el mando, el bienestar de la comunidad. Así, este contrato da nacimiento tanto
a la sociedad política como al poder político. “Surgió de este modo, y Rousseau es su
máximo exponente, el concepto de ley como “expresión de la voluntad general”, a través de
la cual la participación popular quedaba garantizada, dando lugar a lo que Grocio había
denominado el “coetus perfectus”, como fundamento último de la existencia del Estado y,
en definitiva, del poder”11. En este contexto, la Constitución se vuelve el instrumento en el
que este contrato se plasma, sin que se confunda con el contrato mismo, por ser éste un
momento abstracto y la Constitución sólo un medio de representar los postulados del
acuerdo, más no el acuerdo mismo.
Otro elemento importante de la Ilustración es la separación de poderes, no sólo
porque constituye un modelo de organización del gobierno, también porque de ahí se
deduce un elemento de vital importancia para la creación de Constituciones: la existencia
de un congreso constituyente. En la visión de Locke, por ejemplo, era necesaria la
separación de los poderes para evitar los abusos de poder, Voltaire encuentra la misma
razón para la separación de poderes, señalando además la necesidad de un poder legislativo
especial para la Constitución del Estado. De esta manera “Las ideas del contrato social y de
soberanía del pueblo serán la piedra de toque del movimiento revolucionario de Francia,
que uniéndose indisolublemente a la de la división tripartita del poder configuran, con ella,
las tres tesis fundamentales que habrían de dar contenido esencial a los documentos
constitucionales del mundo entero, a partir de la segunda mitad del siglo XVIII”12
512
Antecedentes Históricos del Constitucionalismo
http://www.justice.gouv.fr/espagnol/eddhc.htm
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Lucero Ibarra Rojas
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Antecedentes Históricos del Constitucionalismo
Ibídem. p. 73-74
16
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Lucero Ibarra Rojas
516
Antecedentes Históricos del Constitucionalismo
BIBLIOGRAFÍA
INTERNET
Correo Electrónico
darialucherito@yahoo.com
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Lucero Ibarra Rojas
518
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
I- Introducción
Desde un punto de vista filosófico, podemos considerar a los “derechos humanos” como
exigencias de la dignidad humana (Fukuyama: 2003) cuyo reconocimiento y respeto resultan
necesarios, entre otras cosas, para legitimar el poder político de un Estado.
Desde una perspectiva histórico-política, los derechos y libertades se presentan como
reivindicaciones ligadas al origen del constitucionalismo, esgrimidas por los revolucionarios de
finales del siglo XVIII frente a las monarquías absolutas europeas del Antiguo Régimen. La
evolución histórica del reconocimiento de los derechos es, de algún modo, paralela a la propia
evolución desde el primitivo Estado liberal de Derecho hasta el “Estado social y democrático de
Derecho”. (Alexy: 2003)
Coordinadora del Cuerpo Académico “Teoría, Historia e Investigación Jurídica”; Máster en Sociedad de la
1
Información y del Conocimiento; DEA en Filosofía Jurídica, Profesora de la Facultad de Derecho y Ciencias
Sociales, UMSNH
2
Coordinadora de la Academia de Filosofía Jurídica y de Lógica Jurídica. Profesora de la Facultad de
Derecho y Ciencias Sociales, UMSNH
520
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
521
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
esos derechos fundamentales es expresión y está al servicio de unos determinados valores sobre los
que asienta la comunidad política y la propia norma fundamental.
De todas formas, esas limitaciones de la autoridad regia frente a los ciudadanos “óptimo
iure” (primero sólo los barones, luego también otros propietarios representados en la Cámara de los
Comunes), se mantuvieron en los siglos siguientes, En la Edad Antigua no se encuentran verdaderas
declaraciones de derechos de los ciudadanos frente a la suprema e ilimitada autoridad del poder
político. Es en la Edad Media, con la difusión del feudalismo, cuando se va formando lentamente la
convicción de estar obligado, respecto de esa autoridad del rey o del señor, sólo en aquellas
particulares prestaciones (tributos, obligaciones militares…) libremente aceptadas en el llamado
pacto de vasallaje. Eso sí: dicho pacto generaba derechos y obligaciones públicos que vinculaban
únicamente al soberano y a sus “feudatarios”, mientras que la masa de los súbditos seguía sometida
y privada de toda defensa jurídica eficaz frente a los gobernantes. (Ribeiro Mendes: 2005)
Es en este contexto en el que hay que inscribir la Magna Carta Libertatum (concedida en
Inglaterra por el Rey Juan Sin Tierra, en el siglo XIII), que ha sido considerada como el primer
documento que afirma algunos derechos públicos de los ciudadanos británicos, hasta consolidarse
definitivamente en algunos textos fundamentales. De esta manera, se transforman de meros
privilegios feudales en verdaderos derechos públicos subjetivos, tutelables judicialmente. A lo largo
de los siglos XIX y XX se fueron extendiendo a todos los ciudadanos de uno y otro sexo.
En el siglo XVII podemos destacar varios de estos textos fundamentales:
La Petition of Rights (o Petición de Derechos), presentada por el Parlamento y acogida por
Carlos I. En ella se insiste en limitaciones tradicionales de la autoridad regia, impidiendo al
Rey contar con un ejército fuera del control parlamentario, e imponiéndole una disciplina
especial. También se recoge el principio de que nadie podrá permanecer en prisión sin estar
formalmente acusado, y el de que no se pagarán impuestos sin tener representantes en el
Parlamento (taxation without representation is tiranny). Este principio pasaría, a finales del
siglo XVIII, a la Revolución de las colonias norteamericanas, que defendieron que el
Parlamento de Londres no podía establecer impuestos sobre ellas, al no existir
representación de las colonias en él.
522
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
La Ley de Habeas Corpus, con la cual se impedía toda detención arbitraria, teniendo el
imputado derecho a juicio antes de que transcurriesen 20 días.
El Bill of Rights (o Declaración de Derechos). Este documento afirmaba que también el
soberano estaba sometido a las leyes fundamentales del Reino. Esto texto venía a consolidar
el principio de supremacía del Parlamento.
El Act of Settlement: establece la garantía de un poder judicial independiente, al señalar que
los jueces sólo pueden ser separados de su cargo por decisión de ambas Cámaras del
Parlamento (la Cámara de los Lores y la de los Comunes). (Ribeiro Mendes: 2005)
523
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
Tras estas declaraciones, y ya en el siglo XIX, el proceso evolutivo se caracterizó por las
notas de subjetivización, positivización y constitucionalización de los derechos. Estas notas tienen
como inmediata consecuencia “la transformación de unos principios filosóficos en mandatos
jurídicos”. Otra característica importante es la progresiva internacionalización de los mismos,
sobre todo a partir de la II GM. Los crímenes de guerra cometidos durante la misma, llevaron a las
Naciones Unidas a la necesidad de afirmar en sede internacional la obligatoriedad del respeto de los
derechos humanos por parte de los Estados. Lo que ocurre es que la internacionalización de los
derechos se encuentra con el obstáculo de que los individuos no son sujetos de Derechos
internacional público, lo que hace que esas Declaraciones sean “una simple manifestación de auto
limitación por parte de los Estados”.
La Declaración Universal de los Derechos Humanos, aprobada por la Asamblea General de
las Naciones Unidas en 1948, tiene su origen en la Carta de las Naciones Unidas (aprobada en la
Conferencia de San Francisco, en 1945). La Declaración de 1948 afirmaba que los derechos
adquirían una dimensión internacional, dejando de ser una cuestión “interna” de cada Estado, con la
consiguiente limitación de la soberanía estatal. Por tanto, el mayor mérito de la lista de derechos
contenida en la declaración está en haber sido aceptada por la mayor parte de los Estados del mundo
contemporáneo. Sin embargo, la Declaración Universal no tiene valor jurídico vinculante para los
Estados, sino exclusivamente orientador o moral.
Ante esa carencia de valor jurídico vinculante, la ONU elaboró proyectos de Convenios o
Tratados internacionales, que transformaran los contenidos de la Declaración en deberes jurídicos
para los Estados. De ahí surgieron dos textos, aprobados por la Asamblea General de las Naciones
Unidas, que sí son vinculantes: el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos (centrado en
los derechos clásicos de libertad), y el Pacto Internacional de Derechos Económicos, Sociales y
Culturales.
En todo caso, paralelamente a este proceso de proclamación “universal” de los derechos, se
siguió una dinámica consistente en reconocerlos y protegerlos en ámbitos geográficos más
reducidos y homogéneos, en busca de una mayor efectividad. Así, en el ámbito europeo, los Estados
occidentales integrados en el Consejo de Europa (que no en la UE) suscribieron el Convenio
Europeo para la protección de los Derechos Humanos y las Libertades Fundamentales y la Carta
Social Europea. El primero de ellos destaca por haber introducido un sistema jurisdiccional propio
de protección de los derechos, al que tienen acceso los ciudadanos. (Ribeiro Mendes: 2005)
524
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
Los derechos y libertades no se han reconocido todos a la vez sino que son fruto de un
proceso evolutivo (Atienza; Islas Colín) que comprende varias etapas, en cada una de las cuales se
va poniendo el acento en la tutela y protección de nuevas aspiraciones y necesidades que van
surgiendo y que se van planteando una vez logradas y satisfechas las anteriores. Se trata de un
“dinamismo reivindicativo”. Este es precisamente la idea que late en lo que se ha llamado las
“generaciones de derechos”:
La “primera generación” se correspondería históricamente con el constitucionalismo
liberal (siglos XVIII y XIX). Los textos ponen el acento en derechos de clara dimensión
individual: protección del individuo frente a amenazas externas por parte de los poderes del
Estado (derechos de libertad) y participación en la vida pública (derechos políticos).
Derechos como la libertad personal, el honor, la intimidad, la propia imagen, y otros
similares, tradicionalmente denominados “derechos de la personalidad”. La participación
en asuntos públicos y sufragio o la propiedad privada son ejemplos de esta primera
generación.
La “segunda generación” se corresponde con el constitucionalismo social (a partir de la I
GM). A los derechos anteriormente mencionados se añaden otros, que tienen en cuenta “las
relaciones de los individuos con su entorno social” (relaciones de carácter económico,
laboral) y que suponen garantías de su bienestar o prestaciones materiales (educación,
salud). Por ejemplo: los derechos educativos o de sindicación y huelga.
525
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
La “tercera generación” de derechos viene dada por problemas que amenazan a la misma
pervivencia de la sociedad y que han dado lugar a la garantía de derechos colectivos,
relativos a bienes antes considerados como sobreentendidos, y base de la vida misma, pero
que comienzan a ser escasos, y cuya desaparición amenaza a toda la colectividad: derecho
al medio ambiente, al patrimonio cultural…
Así, los derechos de “primera generación” ponen el acento en la libertad, los de la segunda
estarían centrados en la igualdad, y los de la tercera en la solidaridad.
Hay autores que defienden que los poderes mediáticos generados en torno a los instrumentos
informáticos más avanzados (particularmente en Internet) vienen propiciando la aparición de
“poderes fácticos” que no sólo llegan a hacer sombra a los propios poderes estatales, sino que
además empequeñecen la posición de los ciudadanos europeos a la hora de ejercer esos derechos,
conocidos como de “última generación” o de la era tecnológica.
526
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
El autor antepone a estos derechos los presupuestos para su disfrute y ejercicio: la vida
(presupuesto de todos los demás), la nacionalidad y la mayoría de edad (requisitos necesarios para
el disfrute de algunos derechos, fundamentalmente de carácter político). Y les pospone
determinados “principios de actuación política o mandatos a los poderes públicos que aún no han
adquirido la naturaleza jurídica de derechos públicos subjetivos”.
García Cuadrado ofrece otra clasificación atendiendo a la naturaleza o significación
jurídica de cada uno de los derechos. Con carácter general podemos decir que los derechos y
libertades que la Constitución reconoce son subjetivos frente al Estado. Consisten en la facultad
para poder exigir una acción y una omisión. Esa potestad de exigir un determinado comportamiento
a los poderes públicos puede manifestarse de cuatro maneras diferentes. Ello nos permite distinguir
distintos derechos y libertades atendiendo a su naturaleza, en función de que esa potestad o
exigencia consista (García Cuadrado: 1996):
En la garantía de que no se puede obligar al sujeto a hacer algo. Se les puede llamar
“exenciones”. El ejemplo más claro sería el derecho a la objeción de conciencia al servicio
militar. En este grupo de derechos, la obligación que se impone a los poderes públicos es
meramente negativa: no podrá exigir a los ciudadanos esos actos de los que están
constitucionalmente exentos.
En la garantía de que no se puede impedir al sujeto hacer algo. Se trata de “libertades” en
sentido estricto, también llamados “derechos de libertad”, como la libertad ideológica y
religiosa, de expresión, de reunión y manifestación…
En la garantía de que no se puede obligar al sujeto a soportar algo no querido por él. Se
denominan “inmunidades”: derecho a la libertad personal o la inviolabilidad del
domicilio…
En la garantía de que se va a facilitar el disfrute de ciertas ventajas o comodidades. Son los
llamados “derechos de prestación” (también denominados sociales o asistenciales, a lo que
hay que añadir los derechos de solidaridad. Serían, en definitiva, los derechos de segunda
y/o tercera generación). Estos derechos se traducen en el deber positivo del Estado de
dirigir su actuación en el sentido de prestar ciertos servicios (o al menos facilitar y fomentar
su prestación) para que el ciudadano pueda mejorar su calidad de vida, realizando así los
principios de igualdad y solidaridad.
527
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
El fundamento del reconocimiento de los derechos humanos por parte de los ordenamientos
jurídicos se halla en la idea de la dignidad de la persona. Pero… ¿qué se entiende por dignidad de
la persona? ¿Cuáles son las consecuencias de su reconocimiento?
Estamos ante un concepto que supera los límites del ámbito jurídico, para participar
también en los ámbitos filosófico y religioso. Fue Kant quien secularizó el concepto de dignidad: la
dignidad del hombre, según él, deriva de su absoluta autonomía, de ser el hombre un fin en sí
mismo. En todo caso, el que los ordenamientos jurídicos nacionales reconozcan la dignidad, no
quiere decir que ésta exista sólo allí donde el derecho la reconoce, y en la medida en que la
reconoce. La dignidad forma parte esencial de la persona y, por tanto, es previa al Derecho.
La persona, por el hecho de serlo, está dotada de dignidad en razón de su personalidad, y
viceversa, en todo momento de su existencia. Pero, además de esta dimensión estática, cabe
contemplar la personalidad en sentido dinámico: desde el comienzo de la vida, y a todos los niveles,
la personalidad se va realizando, desarrollando, perfeccionando en el tiempo. El desarrollo de la
personalidad no puede tener lugar si no se reconocen y respetan los derechos inviolables inherentes
a la persona en razón de su dignidad (Fukuyama: 2003). La violación de los derechos inviolables no
sólo es un ataque al desarrollo de la personalidad, sino a la personalidad misma y, por tanto, a la
dignidad.
Todo esto nos permite formular una serie de características de la dignidad de la persona:
Puesto que la dignidad se debe a la pertenencia al género humano, cada persona es igual en
dignidad a cualquier otra, sin discriminación alguna
La persona conservará su dignidad desde el comienzo hasta el fin de su vida, en cualquier
circunstancia, y cualquiera que sea su conducta. En el caso de conductas denigrantes, la
dignidad de quien así se comporte podrá entenderse menoscabada, denigrada o vulnerada.
Pero, al ir íntimamente unida a la condición humana, ni puede desaparecer su núcleo
esencial, ni puede dejar de ir acompañada de los derechos inviolables del hombre en cuanto
ser humano.
Todo ser humano, en cuanto persona, goza de una personalidad, que, al mismo tiempo,
proporciona unas características diferentes de cada uno. Los derechos inviolables inherentes
528
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
529
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
titularidad de los mismos a alguna categoría determinada de individuos, pero no aquellos supuestos
en que “el ejercicio de determinados derechos es sujeto a limitaciones por alguna razón justificada”.
La tercera objeción consistiría en que afirmar la universalidad de los derechos supone negar
la posibilidad de reconocer derechos diferentes a determinados grupos de sujetos (en referencia al
reconocimiento de los derechos de los niños, las mujeres…). Esta observación no contradice la
universalidad de los derechos sino que constituye un nuevo argumento a su favor. Habida cuenta de
la realidad de que determinados colectivos se encuentran en una situación social de particular
desprotección e indefensión, se hace necesario enfatizar que a ellos también deben serle
reconocidos los derechos humanos e instituir en su caso técnicas de protección específica. Ello
guarda relación con el concepto de “discriminación positiva”.
Una última objeción vendría dada por el relativismo cultural;(Beltrán: 2002) esto es, la
diversidad de las tradiciones culturales y morales que se observa en el mundo actual conduce a
visiones distintas sobre el concepto y naturaleza de los derechos, e incluso sobre cuáles deben ser
los derechos reconocidos y protegidos. El argumento fundamental frente a este relativismo nos lo
proporciona de nuevo la noción de dignidad humana, con lo que conlleva de respeto incondicionado
a todos los seres humanos, concepto que “se impone incluso frente a la sociedad y frente a la
cultura”.
Hay autores que nos alertan sobre el peligro (Beltrán: 2002) que supone situar la cultura por encima
del individuo: si se afirma que cualquier cultura es buena se podrá sostener como buena, por
ejemplo, la mutilación genital de las niñas en África. Si hay que proteger a todas las culturas
también habría que proteger las imperialistas, expansivas, y todas aquellas que desprecien el resto
de las culturas.
530
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
discriminación alguna por razón de nacimiento, raza, sexo, opinión o cualquier otra condición o
circunstancia personal o social”. Hay que distinguir dos acepciones:
Igualdad en la ley: obligación dirigida al propio legislador de no establecer distinciones
artificiosas ni arbitrarias.
Igualdad ante la ley: que se exige fundamentalmente a la Administración y al Poder
Judicial.
A su vez, este principio de igualdad formal debe ser puesto en relación con la igualdad
material, real o efectiva, en virtud del cual “corresponde a los poderes públicos promover las
condiciones para que la libertad y la igualdad del individuo y de los grupos en que se integra sean
reales y efectivas; remover los obstáculos que impidan o dificulten su plenitud y facilitar la
participación de todos los ciudadanos en la vida política, económica, cultural y social”.
Por otra parte, la discriminación positiva (es decir, el trato favorable para situaciones en las
que existe desigualdad) “compensa y reequilibra la discriminación social o económica”,
encarnándose en “una concepción abierta del principio de igualdad”.
Se trata de ver si la catalogación que se hace de los derechos, deberes y libertades, permite o
no deducir una jerarquización entre los mismos.
Esta cuestión se encuentra relacionada también con el tema de los límites de los derechos.
La práctica nos proporciona, en efecto, múltiples ejemplos en que los derechos de una persona
pueden verse limitados al entrar en colisión o conflicto con los de otra. Por ejemplo, la libertad de
expresión colisiona frecuentemente con el derecho al honor o a la intimidad. En estos casos,
necesariamente el órgano jurisdiccional que tenga que resolver ese conflicto deberá “jerarquizar”
los derechos para ver cuál debe prevalecer en cada caso; por lo que, mientras uno de ellos sale
fortalecido con la aplicación del favor libertatis (mayor eficacia de los derechos y libertades), el
otro queda debilitado. Si tomamos el caso español, observamos que el Tribunal Constitucional ha
venido dando preferencia a las libertades de expresión e información por considerar su dimensión
objetiva más esencial que la del derecho al honor.
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Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
Regla general las Constituciones de los países del núcleo original de la Unión Europea
permiten que los extranjeros puedan ejercer el derecho de sufragio activo y pasivo en las elecciones
municipales, en virtud de tratado internacional o ley atendiendo a criterios de reciprocidad (es decir,
532
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
si el país del que es nacional el extranjero reconoce el mismo derecho a los ciudadanos,
portugueses, españoles o franceses, por ejemplo). Hoy por hoy ello se produce respecto de los
ciudadanos de la Unión Europea, gracias al Tratado de Maastricht.
Cabe suponer que el progresivo desarrollo de la “ciudadanía europea” traiga consigo
posteriores ampliaciones del derecho de sufragio para otro tipo de elecciones.
Por último, los derechos de los que son titulares principalmente los nacionales, pero también lo son
los extranjeros, aunque su ejercicio pueda ser diferenciado en la medida en que así lo decidan los
tratados o la ley.
Son también derechos de contenido político, como los de asociación, reunión,
manifestación, petición. Ello no significa que la ley pueda negar sin más tales derechos a los
extranjeros sino que podrá modular su ejercicio sometiéndolo a ciertos requisitos o limitaciones (si
bien no reduciéndolo hasta el punto de hacer irreconocible el derecho o provocar su desaparición)
que serían inconstitucionales si se impusiesen a los nacionales.
Como se acaba de ver, los extranjeros gozan en los países de la Unión Europea, aunque con
peculiaridades, de la mayoría de los derechos reconocidos por las Constituciones nacionales. Ahora
bien, ello no significa que todas las personas, cualquiera que sea su nacionalidad y circunstancias,
puedan entrar sin más en territorio de los países europeos. Por eso, las legislaciones de extranjería
contemplan las figuras de la estancia y la residencia, sometiéndolas a distintas exigencias y
requisitos administrativos., según los países miembros. Regla general, las Constituciones se
refieren, como supuestos peculiares de presencia de extranjeros, al derecho de asilo y a la
extradición (ver EuroLex y Celex)
El derecho de asilo hace referencia a la protección que un Estado otorga a una persona
considerada refugiada, atendiendo, según lo dispuesto por la Convención de Ginebra sobre el
Estatuto de los Refugiados (1951) a la situación de perseguido o sancionado que sufre en otro
Estado por motivos de raza, religión, nacionalidad, opiniones políticas o pertenencia a un
determinado grupo social.
La extradición es la entrega a un Estado extranjero de una persona acusada de la comisión
de un delito o condenada por ello para que, en el primer caso, sea juzgada y, en el segundo, cumpla
la condena establecida.
533
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
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Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
Normalmente las constituciones se remiten a una futura ley para que ésta lleve a cabo la
regulación complementaria al reconocimiento constitucional del derecho o libertad. Esa remisión
supone una renuncia del constituyente a detallar el régimen de determinados derechos (renuncia
lógica por razones de extensión del texto constitucional); pero, al mismo tiempo, supone una
garantía: sólo los Parlamentos podrán delimitar el alcance de los derechos reconocidos en el texto
constitucional. Y además, deberá hacerlo respetando el contenido esencial de esos derechos.
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Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
Para reforzar aún más esa garantía, a veces se exige que esas leyes reúnan determinados requisitos,
evitando así que la cambiante mayoría parlamentaria de cada momento lleve a cabo regulaciones
legales de los derechos que puedan resultar indebidamente restrictivas para las minorías.
Por otro lado, los ciudadanos tienen a su alcance mecanismos jurídicos que les permiten
invocar tales derechos directamente para oponerse a actuaciones que estimen contrarias a los
mismos; mecanismos que son muy variados:
Las quejas a través de instituciones especializadas (Ej.: la CNDH, en México) en supervisar
la actuación de los poderes públicos (especialmente de la Administración). No se trata de
órganos jurisdiccionales, sino, normalmente, de comisionados parlamentarios que reciben
quejas de los ciudadanos y las canalizan a las Administraciones correspondientes, y
elaboran informes dirigidos a los propios Parlamentos que les han designado o, puede
tratarse de un organismo autónomo, con personalidad jurídica y patrimonio propios, tal
como la CNDH, cuyo principal objetivo es la protección de los derechos humanos
consagrados en la Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos.. Por eso, se les
puede considerar fundamentalmente como instituciones de carácter no decisorio, como una
“magistratura de opinión” y de carácter eminentemente “auxiliar”, al servir para que otras
instituciones conozcan y remedien las vulneraciones de los derechos que los ciudadanos les
hayan hecho llegar.
Las garantías judiciales, que consisten en la posibilidad de que los ciudadanos puedan
invocar sus derechos ante los Tribunales y exigir y lograr la protección, reparación o
restablecimiento de los mismos. De hecho, la propia posibilidad de acceso a los Tribunales
en defensa de sus derechos e intereses se configura como un derecho fundamental de la
persona. Por tanto, se trata a la vez de un derecho y de una garantía de derechos.
Esto quiere decir que los derechos fundamentales que sean directamente vinculantes,
pueden ser invocados ante los Tribunales de acuerdo con la ley que los desarrolle o bien
directamente con base en el texto constitucional (si tal ley no existe).
536
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
Es evidente el debilitamiento de la posición del ciudadano que supone el hecho de que las
fronteras estatales sean cada vez más difusas en el actual contexto globalizado. Ahora bien, como
contrapartida en clave positiva destaca el hecho de cómo la internacionalización de los derechos y
de sus mecanismos de protección ha servido para que la soberanía estatal deje de ser utilizada como
pretexto para considerar a la protección de los derechos únicamente como un asunto interno de cada
Estado. Si en la dinámica de integración internacional de los Estados, los centros de poder y
efectiva toma de decisiones se alejan cada vez más del ciudadano, éste tendrá cada vez más difícil
reclamar y hacer valer de modo efectivo sus derechos y libertades.
Así las cosas, cuando el Estado muestra su limitación e impotencia hasta el punto de no
poder garantizar los más elementales derechos, resulta perfectamente comprensible que el
ciudadano se retire a la pasividad de vida privada, que procure satisfacer por sí mismo lo que en la
sociedad civil no encuentra y lo que el Estado tampoco le proporciona. En esta idea se encuentra, al
menos en parte, la explicación al preocupante y complejo proceso de radicalización al que nos está
tocando asistir.
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Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
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Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
realidades complejas pueden estudiarse desde múltiples puntos de vista. El que aquí nos interesa es,
principalmente, el que pone el énfasis en su incidencia en la teoría y la práctica de los Derechos
Fundamentales de las personas. En la teoría, puesto que el fenómeno de la Globalización cambia, al
menos tendencialmente, los presupuestos teóricos desde los que se construyó la teoría de los
Derechos Fundamentales. Y en la práctica porque, la Sociedad de la Información y del
Conocimiento, como no podía ser menos, acentúa esas alteraciones haciendo ver sus efectos en el
ejercicio concreto de algunos derechos.
Ahora bien, la Globalización, y su componente especifica, la Sociedad de la Información y
del Conocimiento:
Minimizan el papel del Estado, pues éste se retira y deja que algunas de sus funciones se
lleven a cabo tendencialmente por agentes económicos supra o para estatales. La cuestión
ahora es, sino frente al Estado, entonces ¿frente a quién se ejercen los derechos
fundamentales?
Potencian altas cotas de migración, por lo que la sociedad deja de ser homogénea y se
transforma una sociedad multicultural.
Estos dos elementos son acentuados por la construcción de la telépolis, o sea de la nueva
estructura organizacional de la Sociedad de la Información y del Conocimiento.
Una primera cuestión, desde este segundo punto de vista, es que ya no todos los individuos
de una sociedad tienen el mismo status de ciudadanía, por lo que los derechos fundamentales dejan
de tener una vocación universal. Se plantea entonces si podemos seguir reservando el término
«fundamentales» para derechos de los que no son titulares (o, al menos, no de la misma manera)
todos las personas o todos los miembros de una misma sociedad, aunque estén sujetas al mismo
orden estatal (emigrantes, no nacionales, extranjeros en situación irregular, etc.)
Una segunda cuestión es si la sociedad donde estos grupos se integran debe respetar como
derechos fundamentales la forma de vida propia de cada grupo (por ejemplo sobre las prácticas
religiosas en la escuela pública o sobre el uso obligatorio del velo por parte de la mujer, etc.) o si,
por el contrario, éstos deben aceptar las reglas básicas establecidas por la sociedad receptora
(laicidad, no discriminación por razón de sexo, etc.).
El conflicto potencial entre la Globalización, (y su nuevo exponente, la S.I.C.) y la Teoría
de los Derechos Humanos no se limita a los puntos anteriores, puesto que, una vez construida la
primera dogmática (de raíz claramente liberal) de los Derechos Humanos, ésta evoluciona, gracias a
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las revoluciones obreras de la segunda mitad del siglo XIX y del siglo XX, hacia una segunda
dogmática, ahora, social y democrática de estos derechos.
De modo que:
En la categoría de derechos fundamentales pasan a ser incluidos los denominados derechos
sociales, es decir, derechos que, a diferencia de los anteriores, exigen para su cumplimiento
una determinada actividad prestacional del Estado: derecho a la educación, a la vivienda, a
la seguridad social, etc.
La lista de derechos fundamentales se engrosa también con los derechos de participación
democrática, elevándose a derecho fundamental el sufragio universal, la libertad de
constitución de partidos políticos y sindicatos, derecho a la información; derecho a la
confidencialidad de datos etc.
Estos derechos pasan pues a formar parte también de los textos internacionales y
constitucionales.
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Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
En segundo lugar, el aprovechamiento por otra personas o personas del uso que yo hago de
la red para entrar en mi vida privada. Por ejemplo, leyendo el contenido de mis mensajes de
correo electrónico o espiando en mis hábitos de compra electrónica o en las páginas Web
que suelo visitar.
La primera modalidad incluye todos los casos en los que la afectación a mi privacidad es
consecuencia del ejercicio por un tercero de su derecho a la libertad de expresión a través de
Internet. Proteger mi privacidad puede suponer, en esas circunstancias, limitar la libertad de
expresión de otro.
Para analizar cómo puede afectar Internet al derecho fundamental a la privacidad, es preciso
definir primero este derecho. Como todos los derechos fundamentales no tienen unos contornos
precisos, por lo que es necesario estudiar brevemente su origen y su evolución.
La privacidad no se contemplaba inicialmente en la lista de derechos fundamentales
clásicos. Su formulación fue durante mucho tiempo exclusivamente doctrinal (estaba sólo en la
doctrina, es decir en los trabajos científicos de los juristas, pero no en la ley) y sólo recientemente se
ha convertido en un derecho fundamental positivo (es decir, en una norma jurídica real), bien de
carácter legal (presente en los textos legales o constitucionales) o jurisprudencial (fruto de las
sentencias de los tribunales, pero sin un respaldo legal claro).
La primera formulación doctrinal, de origen norteamericano, apuntaba a la “privacy” como
el derecho a que "le dejen a uno en paz" (the right to be alone). Esta primera formulación sirvió,
sobre todo gracias a la labor del Tribunal Supremo de los Estados Unidos, a declarar contrarias a la
Constitución normas que entraban a regular aspectos propios de la vida privada de las personas
(como, por ejemplo, el uso de anticonceptivos en las relaciones sexuales, o la penalización de las
relaciones homosexuales entre adultos). Gracias a esta construcción de la privacy se pudo encontrar
apoyo constitucional para declarar inconstitucionales todas normas de muy diversa naturaleza (entre
ellas las encaminadas a la penalización del aborto en la mujer).
Esta primera manifestación de la “privacy” (Griswold vs Connecticut; ver Warren) se ha
vertido luego en normas constitucionales o internacionales que han consagrado un derecho
fundamental a la intimidad. Su fundamento sigue siendo el mismo: hay parcelas que pertenecen a lo
más íntimo del ser humano y que sólo a él - no al Estado - corresponde regular.
Gracias a esta concepción es posible hablar hoy de:
541
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
El carácter autónomo de estos derechos consiste en que, aún teniendo como origen la
protección de la intimidad personal, se han independizado de éste, de modo que:
La inviolabilidad de domicilio protege todo lo que se desarrolle en ese ámbito, tanto si
pertenece como si no a la esfera de lo que puede considerarse "íntimo".
El secreto de las comunicaciones protege todo tipo de correspondencia, no sólo aquélla que
tenga un contenido íntimo o revele datos pertenecientes a la esfera de intimidad.
542
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
En virtud de este principio, una prueba obtenida vulnerando el derecho a la intimidad (por
ejemplo, grabar una conversación o entrar en un domicilio sin la correspondiente autorización de la
autoridad judicial) no puede utilizarse como prueba de cargo contra un sospechoso de haber
cometido un delito.
Ello puede traer consigo que, incluso en situaciones en la que la prueba obtenida
ilícitamente demuestre de un modo incontrovertible la culpabilidad del acusado, éste tenga que ser
puesto en libertad, si no existe otra prueba de cargo en su contra o si la que hay no pudo haber sido
obtenida sin el concurso de la primera (por ejemplo, cuando la interceptación ilícita de una
comunicación permite a la policía localizar a un sospechoso que mantiene una conversación
telefónica, interceptada ahora con la oportuna autorización del juez, que permite inculparlo).
En definitiva, una prueba obtenida vulnerando del derecho a la intimidad, la inviolabilidad
de domicilio o el secreto de las comunicaciones es una prueba que viola derechos fundamentales
(como, por ejemplo, una confesión obtenida mediante tortura) y por lo tanto nula.
Una etapa posterior de la evolución posterior de la intimidad ha venido suscitada por la
problemática que genera el tratamiento de los datos personales, tanto aquellos que se refieren a
aspectos tradicionalmente considerados pertenecientes a la esfera de "lo íntimo" (relacionados con
la moral sexual, la ideología, la religión, etc.) como otros que pueden considerarse en principio
"banales" (principalmente hábitos de consumo), o innovadores, como datos genéticos (en particular
el uso de las pruebas de ADN) .
Es habitual la recogida y almacenamiento de estos datos mediante encuestas con finalidades
sociológicas (trabajos científicos sobre las actitudes de la población), políticas (sondeos de opinión
o electorales), económicas (orientadas al mercado), policiales (bases de datos de delitos,
sospechosos, etc.) y otras.
Ahora bien, las posibilidades abiertas por el tratamiento informático de los datos ha difuminado la
distinción entre lo que debe considerarse íntimo y lo que no, ya que cualquier dato, por banal que
pueda presentarse, puede contribuir a configurar un determinado perfil actitudinal.
Esto ha hecho cambiar el concepto mismo de "intimidad", que tiende a ser sustituido por el
más amplio de "privacidad". La "privacidad", entendida de este modo, cubriría datos que, aunque
relativos a conductas no pertenecientes en principio a la esfera íntima, son susceptibles de un
tratamiento informático conjunto que permite trazar un perfil completo de las pautas de la vida
privada del individuo.
543
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
Más que de una esfera íntima, la metáfora actual apunta a lo privado como un mosaico, cuyas piezas
todas contribuyen, incluso la más pequeña, a dotar de significado al conjunto.
Por esta razón, las normas protectoras del derecho a la intimidad se han extendido también
sobre los límites del tratamiento informático de los datos personales, hasta el punto de configurar un
derecho fundamental especifico, el derecho a la autodeterminación informativa o derecho al control
sobre los propios datos personales, al que se ha venido en denominar, por analogía con el viejo
derecho de "Habeas Corpus" con el término "Habeas Data" (Ekmekdjian: 1996; ver normativas de
la Unión Europea).
Las características de esta regulación suelen cubrir aspectos como:
Las condiciones en las que puede procederse al tratamiento de los datos personales.
Tipos de datos cuya recogida y tratamiento se encuentra prohibido.
Tipos de datos sujetos a unos requisitos específicos, por ejemplo, el de consentimiento
expreso o por escrito (datos considerados sensibles).
Confidencialidad y seguridad de los datos sometidos a tratamiento.
Los derechos de información, acceso y notificación de los titulares de los datos.
El establecimiento de Agencias Independientes de Protección de datos con potestades
inspectoras y sancionadoras.
El establecimiento de acciones judiciales para reparar la violación de los derechos
anteriores.
Es interesante remarcar que la normativa sobre "habeas data" tiene un origen y unos efectos
directamente relacionados con la economía. Aunque se trata de regular un derecho fundamental (a
la "privacidad"), esta normativa regula también de hecho la incidencia del tráfico de datos en el
mercado.
Referencias Bibliográficas
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Constitucionales, Madrid, 1993.
Alexy, Robert: Teoría de los Derechos Fundamentales, Centro de Estudios
Constitucionales, Madrid, 1993.
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Aristóteles: Ética nicomaquea, Gredos, Madrid, 2000.
544
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
Legisgrafía
Legislación (Posiciones Comunes y Normativas) de la Unión Europea.
Posiciones Comunes sobre Derechos Humanos.
Textos normativos recientes con las posiciones Comunes de la Unión Europea sobre
los Derechos Humanos (se dejan visibles los enlaces Web)
Posición común (CE) Nº 21/2004, de 19 de febrero de 2004, aprobada por el
Consejo de conformidad con el procedimiento establecido en el artículo 251
del Tratado constitutivo de la Comunidad Europea, con vistas a la adopción de
545
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
546
Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
la adopción de una Directiva del Parlamento Europeo y del Consejo por la que
se establece un régimen para el comercio de derechos de emisión de gases de
efecto invernadero en la Comunidad y por la que se modifica la Directiva
96/61/CE del Consejo (Texto pertinente a efectos del EEE) Diario Oficial n° C
125 E de 27/05/2003 p. 0072 - 0095 (ES, DA, DE, EL, EN, FR, IT, NL, PT, FI,
SV)
Reseña bibliográfica + Texto (visualización bilingüe)
52002AG0055 Posición común (CE) n° 55/2002, de 30 de septiembre de 2002,
aprobada por el Consejo de conformidad con el procedimiento establecido en
el artículo 251 del Tratado constitutivo de la Comunidad Europea, con vistas a
la adopción de una Decisión del Parlamento Europeo y del Consejo por la que
se aprueba el programa estadístico comunitario 2003-2007 (Texto pertinente a
efectos del EEE) Diario Oficial n° C 275 E de 12/11/2002 p. 0001 - 0032
Reseña bibliográfica + Texto (visualización bilingüe)
52002AG0050 Posición común (CE) n° 50/2002, de 19 de julio de 2002,
aprobada por el Consejo de conformidad con el procedimiento establecido en
el artículo 251 del Tratado constitutivo de la Comunidad Europea, con vistas a
la adopción de una Directiva del Parlamento Europeo y del Consejo sobre las
operaciones con información privilegiada y la manipulación del mercado
(abuso del mercado) Diario Oficial n° C 228 E de 25/09/2002 p. 0019 - 0033
Reseña bibliográfica + Texto (visualización bilingüe)
52002AG0027 Posición común (CE) n° 27/2002, de 28 de enero de 2002,
aprobada por el Consejo de conformidad con el procedimiento establecido en
el artículo 251 del Tratado constitutivo de la Comunidad Europea, con vistas a
la adopción de una Decisión del Parlamento Europeo y del Consejo relativa al
sexto programa marco de la Comunidad Europea para acciones de
investigación, desarrollo tecnológico y demostración, destinado a contribuir a
la creación del Espacio Europeo de Investigación y a la innovación (2002-
2006) (Texto pertinente a efectos del EEE) Diario Oficial n° C 113 E de
14/05/2002 p. 0054 - 0092 Reseña bibliográfica + Texto (visualización
bilingüe)
52002AG0026 Posición común (CE) n° 26/2002, de 28 de enero de 2002,
aprobada por el Consejo de conformidad con el procedimiento establecido en
el artículo 251 del Tratado constitutivo de la Comunidad Europea, con vistas a
la adopción de una Directiva del Parlamento Europeo y del Consejo relativa al
tratamiento de los datos personales y a la protección de la intimidad en el
sector de las comunicaciones electrónicas Diario Oficial n° C 113 E de
14/05/2002 p. 0039 - 0053 Reseña bibliográfica + Texto (visualización
bilingüe)
b)Actos normativos de la Unión Europea sobre la cuestión de la Protección de
Datos Personales (en azul los enlaces a la página de consulta Web de EuroLex)
32004D09152004/915/CE: Decisión de la Comisión, de 27 de diciembre de
2004, en la que se modifica la Decisión 2001/497/CE en lo relativo a la
547
Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
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Evolución Histórica y Doctrinal de los Derechos Humanos
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Teresa Da Cunha Lopes y Lucía Villalón Alejo
550
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la
Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
Resumen
Este trabajo tiene por objetivo analizar las transformaciones e implicaciones de los
conceptos de libertad, los derechos y el Estado de Derecho en los procesos de globalización
económica.
1. Libertad
1
M. B. A; Ph. D. Investigador del Sistema Nacional de Investigadores, Instituto Tecnológico de Cd.
Guzmán, Avenida Tecnológico 100. Cd. Guzmán, Jalisco, 49000, México, jgvh0811@yahoo.com,
jvargas2006@gmail.com, Telefax: +52 341 41 33116
se manifiesta para delatar las arbitrariedades del orden social, como resultado de la
intervención del demos, aquella parte de la comunidad cuya virtud propia es la libertad,
según Aristóteles, es decir, que es distinguida por una propiedad común a todas las partes
(propiedad impropia), y que por consiguiente no le otorga ningún título en la partición de la
comunidad.
La Revolución Francesa fue propiciada por una movilización popular, laica y radical
de los estratos dominados para alcanzar una mayor libertad, igualdad, fraternidad, mayores
niveles de vida y participación democrática en los asuntos públicos. Los sistemas
democráticos amplían las oportunidades para el desarrollo mediante la aplicación de
políticas públicas, principalmente las políticas económicas orientadas a la expansión de las
libertades y la promoción de oportunidades para ejercitar las capacidades. En el mundo
occidental cuando menos, los gobiernos detentan el poder proveniente de las libertades
políticas, del acceso a la información y a la libertad de expresión.
La premisa de libertad requiere de una voluntad general que no sea limitada por la
resignificación constante de voluntades colectivas o particulares, de tal forma que mediante
procesos políticos se identifican como voluntad general para someter arbitrariamente a los
ciudadanos a su orden. La República se concibe como una forma de gobierno basada en la
libertad política de una comunidad de ciudadanos que viven el gobierno de las leyes. El
enfoque reduccionista de la desigualdad argumenta que es un problema de distribución de
oportunidades y capacidades, y la libertad como la elección de oportunidades. Más que la
simple elección de oportunidades, la libertad es la potencialidad que tienen los individuos
para orientar su voluntad en su realización.
Los analistas argumentan que los estados nacionales con gobiernos democráticos y
con economías abiertas de mercado favorecen las libertades y la resolución de conflictos en
forma pacífica para lograr un mejor desarrollo humano. La democracia política pretende
ordenar el nivel sistémico de la vida colectiva mediante la intervención de agentes con
lógica política para crear y legitimar el orden social mediante principios políticos
coherentes con los fundamentos de libertad e igualdad de todos los individuos, tales como
los principios de mayoría y representación.
552
José Guadalupe Vargas Hernández
Los defensores del modelo económico neoliberal sostienen que si se eliminan las
restricciones impuestas políticamente al desarrollo y se mejoran la rendición de cuentas y la
trasparencia en la administración pública, los actores económicos tendrán libertad y
mejores oportunidades para buscar retornos económicos. Los teóricos de la democracia del
mercado defienden que es el mejor sistema de ordenamiento de instituciones económicas y
sociales para alcanzar mayores niveles de libertades y bienestar.
553
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
En el ámbito social, se señala una sociedad heterogénea y diversa, la falta del ethos
ciudadano que promueve las libertades y sustente la legalidad en el ejercicio de la
administración pública. El enfoque distributivo de Sen sigue un proceso a partir de la
consideración de que el punto de partida es la desigualdad como un asunto ético,
proporcionar oportunidades es justicia distributiva, las cuales deben traducirse en
capacidades como medios para el ejercicio de la libertad. La propuesta del desarrollo
humano con un enfoque de justicia distributiva de Sen (2000) inicia en las consideraciones
de la desigualdad hasta la libertad como medio por la faculta de decisión y como fin
considerado como un bien superior.
El concepto de desarrollo como libertad es propuesto por Sen (1998, 1999, 2000)
también llamado enfoque de capacidades. Pero el desarrollo humano en la perspectiva de
Sen (2000), no es la simple sumatoria de las libertades individuales, sino socialmente
interrelacionadas. Es decir, libertades individuales que son contextualizadas en una
sociedad y por lo tanto se consideran libertades colectivas que requieren de un sistema
democrático para su desarrollo, y por lo tanto la transformación de los desempeños
democráticos de aparentes y formales a reales.
554
José Guadalupe Vargas Hernández
libertades y leyes que funcionan y sistemas judiciales que inspiran confianza a los
ciudadanos (Sen y Wolfenshon, 1999). Su propuesta libera los elementos económicos
sociales, políticos, culturales, ambientales, etc. de las personas. La estrategia de desarrollo
humano sostenible busca revertir la tendencia del deterioro mediante las libertades de
discriminación (Género, raza, origen, etc.), libertad de la necesidad (nivel de vida decente),
libertad para desarrollarse y realizarse (potencialidad humana), libertad del temor
(amenazas contra seguridad personal, tortura, etc.), libertad de la injusticia y de las
violaciones a la ley, libertad para participar (expresión de opiniones, etc.), libertad para
tener un trabajo decente, etc.
Los excluidos son víctimas del modelo económico político por lo que deriva en un
problema ético que solamente puede ser solventado con su propio derecho para combatir
las iniquidades con sus propias formas de movilización y organización hasta alcanzar su
propia liberalización entendida como el conjunto de acciones que liberan las libertades
cautivas para desarrollar la vida humana a través de un nuevo marco institucional. Para ello
es necesario reconocer los límites de pobreza y exclusión que los pueblos son capaces de
soportar, los impedimentos para expansión de libertades, oportunidades y capacidades de
los individuos.
Las instituciones no solo contribuyen a nuestras libertades, sino que deben ser
evaluadas en su función de su contribución a nuestras libertades. Así lo exige el contemplar
el desarrollo humano como libertad. La gobernabilidad según Kauffman (2000) es un
concepto clave en el dominio de las libertades públicas y se revela indispensable a los
ciudadanos que desean pronunciarse sobre la acción del Estado. La emergencia de las
organizaciones de la sociedad civil tiende a equilibrar las relaciones entre el Estado y el
mercado, lo cual contribuye a lograr mejores niveles de crecimiento económico, desarrollo
social y libertad política de los pueblos y reducir las brechas generadas por las
desigualdades.
555
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
2. Derechos
El orden político tiene como principios la relación que existe entre los fines
legítimos del gobierno y los derechos de los ciudadanos, establecimiento de límites a la
toma de decisiones gubernamentales, la relevancia de decisiones políticas sobre derechos
que son ampliamente y valiosamente aceptados da lugar a mayores niveles de captura de
rentas, por lo que North, Summerhill y Weingast (2002) concluyen que una reducción en la
relevancia de las decisiones políticas permite al Estado la creación de compromisos más
creíbles, esenciales para mantener los derechos políticos. Las constituciones señalan las
interrelaciones ideales entre los poderes autónomos y equilibrados y los derechos civiles
contra el Estado, muchas de las veces difícilmente aplicables a la realidad de las
situaciones.
556
José Guadalupe Vargas Hernández
La función del mercado impone el trato a los individuos como consumidores más
que como ciudadanos, con una desarticulada capacidad para ejercer sus derechos y con
557
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
pocas posibilidades para la acción colectiva y desarrollo solidario e introduce una dinámica
perversa de desarrollo social y crecimiento económico, convirtiendo a este último en un fin
en sí mismo y limitado por la noción de la cuantitativa en términos del PIB per cápita y el
consumo real promedio. Lamentablemente, la ciudadanía no ha comprendido que el
concepto de cliente es con el que más se identifica y no como un ciudadano cuya
participación social garantiza sus derechos.
Los componentes del concepto de la democracia liberal son el control del Estado y
de sus decisiones y asignaciones se fundamentan en las autoridades electas, un poder
ejecutivo limitado por otras instituciones estatales autónomas, el respeto y reconocimiento
de derechos a las minorías culturales, étnicas y religiosas, multiplicidad de canales de
comunicación, expresión y representación de los intereses partidistas y de grupos, etc.
558
José Guadalupe Vargas Hernández
En este sentido, por proteger los derechos individuales por sobre los colectivos, el
sistema capitalista muestra una tendencia latente hacia el autoritarismo. Por este mismo
individualismo es que la tendencia del sistema capitalista es hacia el autoritarismo, ya que
exacerba los derechos individuales por sobre los colectivos.
559
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
Para Sartori (1997), la democracia debe cumplir entre otros requisitos, el derecho
universal al sufragio y el derecho que tienen los electores a destituir a los gobernantes
electos (Sartori, 1999). La democracia liberal representativa sustrae de los ciudadanos su
derecho de decisión política para establecer la voluntad colectiva. Una combinación de la
democracia directa con algunas expresiones controladas de democracia representativa
traería beneficios que podría ayudar a la gente común a expresarse y sentirse representada,
y a ganar independencia sin que abandone sus derechos políticos
560
José Guadalupe Vargas Hernández
Los nuevos movimientos civiles defienden la soberanía, los derechos de los pueblos
y el control de las políticas domésticas para sobrevivir con dignidad. Con el objeto de
asegurar el respeto a los derechos y la consideración de los derechos económicos, sociales y
culturales en la regulación de las economías nacionales y mundial, se debe admitir la
sumisión a la justicia de los derechos económicos, sociales y culturales. La justicia es un
acto de reconocimiento de los derechos de cada una de las personas que participan del
mismo ideal de sociedad y por lo tanto, unidas en vínculos mundializados de solidaridad,
más que en la mundialización de las relaciones de mercado.
3. Derechos humanos
4. Estado de Derecho
561
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
Con la Revolución Francesa sacudió el ambiente cultural del mundo porque se hizo
del poder un grupo que propuso que el gobierno tenía el derecho de imponer un cambio
radical en el sistema social como un fenómeno normal, y debía hacerlo en nombre del
"pueblo", que era "soberano", ideas que prendieron en todo el mundo, que de hecho no ha
variado desde entonces. El romanticismo alemán exaltó al nacionalismo y lo opuso al
cosmopolitismo que sujeta a los Estados al derecho internacional cosmopolítico (Kant) que
postula que todos los pueblos están originariamente en comunidad del suelo sin la posesión
jurídica, concepto que choca con el de soberanía que postula a la nación como propietaria
de un territorio determinado y al Estado como su representante.
562
José Guadalupe Vargas Hernández
Los países liberalizan los factores domésticos del mercado, los mercados
domésticos de mercancías y se establecen los derechos de propiedad. El razonamiento es
sencillo: dada una asignación eficiente de los derechos de propiedad (que no consolide sino
que impida capturas de renta en el proceso político-económico), las personas y las
organizaciones para ser económicamente eficientes necesitan un gobierno seguro que
respete los derechos individuales y que genere un entorno de respeto a la propiedad ganada
y de cumplimiento de los contratos a través en última instancia de una justicia imparcial. El
buen gobierno propicia beneficios que facilitan la participación ciudadana, mantienen la
estabilidad política, garantizan la transparencia y la existencia de un estado de derecho que
crea confianza entre los ciudadanos (Orozco, 2001).
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Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
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José Guadalupe Vargas Hernández
565
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
La sociedad civil global debe asegurar la igualdad cívica universal caracterizada por
el respeto a los derechos humanos como condición de desarrollo de la humanidad. En los
próximos años se avizoran un incremento de movimientos sociales nuevos con acciones de
resistencia y oposición a los efectos de los procesos de globalización, lo que afirma la
sentencia de Thoreau en el sentido de que todos los hombres reconocen el derecho a la
revolución, como el derecho a rechazar la obediencia, lealtad y a resistir a un gobierno
cuando su tiranía e ineficiencia son insoportables. Así, lo que Thoreau sostuvo, de que
todos los hombres reconocen el derecho a la revolución, como el derecho a rechazar la
obediencia, lealtad y a resistir a un gobierno cuando su tiranía e ineficiencias son
insoportables, no tiene cabida.
6. Discusión
566
José Guadalupe Vargas Hernández
Referencias
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Asenjo, J (1984). “La constitución económica española”. Centro de Estudios
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No. 12-13, páginas 193-221. Institut Internacional de Governabilitat de Catalunya,
Barcelona.
Campos, N. (1999). Context is everything: measuring institutional change in transition
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North, Douglas C., Summerhill, William y Weingast, Barry R. (2002). “Orden, desorden y
cambio económico: Latinoamérica vs. Norteamérica.” Instituciones y Desarrollo, 17
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O‟Donnell, Guillermo (1994). “Delegative democracy”, Journal of democracy. Vol. 5,
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Olson, Mancur (1993). “Dictatorship, Democracy and Development”, en American
Political Science Review, vol. 87, número 3, septiembre.
567
Libertad, Derechos y Estado de Derecho en la Globalización: Su Reciente Evolución Histórica
568
Las Garantías Individuales en el Segundo Imperio Mexicano
1.- INTRODUCCIÓN
varios derechos fundamentales que resultan interesantes para su análisis, ya que, si bien las
leyes del Imperio nunca tuvieron plena observancia en México, constituyen un antecedente
histórico digno de estudiarse, pues nos permite conocer una tendencia mundial imperante
en ese momento histórico: la preocupación por una defensa más efectiva de los derechos
fundamentales que ya contrastaba seriamente con las aspiraciones de los grupos
conservadores de ese tiempo en México.
Esta ponencia aborda el tema del efímero paso de Maximiliano I al frente del
gobierno mexicano, centrándose en el trato que se dio en la ley fundamental del Segundo
Imperio a la protección de los derechos fundamentales, con lo que se buscará averiguar si
las tendencias imperiales eran equiparables a las de los liberales mexicanos y si
demostraban un anacronismo de las ideas conservadoras en la materia.
A la mitad del siglo XIX México se encontraba sumido en una situación realmente
difícil. Por un lado, la situación económica era precaria, abundaba una deprimente pobreza
entre la población que poco se diferenciaba con la época del fin del dominio español; la
independencia de México y las entusiasta ideas de sus caudillos no habían logrado
aterrizarse en la realidad de un pueblo que sufría de los estragos de una crisis económica
que no les permitía solventar sus más básicas necesidades. Además de ello, la nueva nación
independiente no había podido concretar después de tres décadas el respeto íntegro a su
soberanía; en los hechos, México había perdido más de la mitad de su territorio en manos
de la expansionista potencia de América del Norte, lo cual representó una caída estrepitosa
en el intento de consolidarse como una nación fuerte y exitosa en el plano internacional.
Otro grave problema era la inestabilidad política, reflejada en una interminable serie de
cuartelazos y guerras civiles que derramaron mucha sangre de mexicanos y que siempre
dejaron en segundo plano el bienestar de la nación. Desde el inicio de la época
independiente la lid política se centro en el establecimiento de una forma de gobierno que
570
Las Garantías Individuales en el Segundo Imperio Mexicano
beneficiara a alguna de las dos partes. Los llamados conservadores obstinados por
establecer un régimen monárquico o en su defecto republicano centralista que favoreciera
los intereses de las clases aristócratas, intelectuales y del clero. Por otro lado, los liberales
mantenían un constante combate de las ideas conservadoras, esgrimiendo en sus discursos
la necesidad de cambiar las prácticas virreinales y establecer un gobierno democrático,
representativo y federal que beneficiaría a las clases emergentes. Sin embargo, cabe
recalcar que en esta lucha por el poder siempre estuvo ausente un serio debate ideológico
que buscara encontrar el camino adecuado para la nación; así lo opinan muchos
doctrinarios como REYES HEROLES quien manifestó que:
“durante la sociedad fluctuante la lucha se polarizó en torno al federalismo o
centralismo, no por capricho o dogmatismo intelectual, sino porque una u otra
forma suponían la consolidación política de las clases liberales distribuidas en el
país o de las clases con intereses centralizados o centralistas por sí. Esta
polarización... engendra una tendencia que no deja de tener sus inconvenientes:
se abordan los problemas desde un enfoque político, el aspecto político
predomina sobre el jurídico”1
Con este panorama se llega a la mitad de un siglo en México. En ese momento, el
régimen en turno era el centralista, establecido desde 1836 y que después de una
trayectoria inestable estaba a punto de ser sustituido. Hacía 1854 se lanza el Plan de Ayutla,
encabezado por Juan Álvarez quien fue secundado por Ignacio Comonfort. Este
movimiento terminó por derrocar a Santa Anna y por establecer una nueva constitución
liberal que fue promulgada en 1857, la cual volvió a la forma federal de estado y a la forma
de gobierno republicano, representativo y democrático, además de que puso al gobierno por
encima del clero y amplió las garantías individuales otorgadas en la constitución de 1824.
Pese a ello, la inestabilidad política se mantuvo y la llegada de Juárez a la presidencia fue
parte del inicio de una nueva guerra entre conservadores y liberales que duró tres años y
que fue el marco en el que se decretaron una Leyes de Reforma que dan un golpe definitivo
REYES HEROLES, J, (1974) El Liberalismo Mexicano, Tomo III La integración de las ideas, 2ª Ed.,
1
571
Javier Martín Escamilla Báez
a los intereses eclesiásticos en el país. La Guerra terminó en 1861, aunque para 1862,
México recibió otra afrenta a su soberanía con la intervención francesa que a la larga
terminó por imponer un segundo Imperio encabezado por Maximiliano de Habsburgo
apoyado inicialmente por los grupos monárquicos y conservadores. Pero, al parecer, los
grupos que promovieron el acenso de Maximiliano I conocían poco de su ideario político,
ya que se dice que “era de índole romántica, gustaba de la naturaleza y creía firmemente en
la bondad del buen salvaje y en el ideario liberal”2. En 1865, el Imperio decretó un Estatuto
Provisional donde se establecieron bases jurídicas con las que se pretendía guiar al país
mientras se daban las condiciones para la emisión de una nueva constitución. Este estatuto
tuvo una muy limitada observancia en el país, pero se dice que:
“sirvió de base teórica para la incipiente administración que comenzó a crear y
mantuvo los principios libertarios y el Estado laico que sintetizan las luchas
del pueblo mexicano por consolidar una identidad propia durante el siglo XIX,
en lo que coincidía con la Constitución Federal republicana de 1857”3
Pronto los conservadores se dieron cuenta de su error, trajeron a gobernar a México
a un liberal que terminó haciéndole “dos servicios al país: consolidar al nacionalismo y
también la Reforma4”.
COSIO VILLEGAS. D. y otros (1981), Historia Mínima de México, México, El Colegio de México, p. 113.
2
572
Las Garantías Individuales en el Segundo Imperio Mexicano
El artículo 58 habla de manera genérica cuando dice que “El Gobierno del
Emperador garantiza a todos los habitantes del Imperio: la igualdad ante la ley; la seguridad
personal; la propiedad; el ejercicio de su culto; la libertad de publicar sus opiniones”. De
esta manera se rompe drásticamente con la ideología conservadora que trajo a Maximiliano
a México, sobre todo en cuanto a la libertad de culto se refiere. Las Bases Orgánicas de
1843 habían decretado como religión nacional a la católica, lo cual fue un anhelo de todos
los conservadores horrorizados por la constitución de 1857. Por otro lado, la igualdad ante
la ley, era una garantía que se había negado a reconocer en sus anteriores regímenes el
conservadurismo mexicano. La seguridad personal, es decir el derecho a la vida y a la
integridad, el derecho a la propiedad y la libertad de imprenta fueron garantizados por las
Siete Leyes de 1836 y desconocidos por sus sucesores textos constitucionales
conservadores; sin embargo, la manera tan genérica en que se expresa el artículo 58 del
Estatuto Imperial hizo que estas garantías resultaran jurídicamente débiles. Abordare el
caso de prohibición de la esclavitud, encontramos que el artículo 64 del estatuto en
comento señalaba que “No existiendo la esclavitud, ni de hecho ni de derecho en el
territorio mexicano, cualquier individuo que lo pise es libre por ese solo hecho”; claramente
se puede observar que estas palabras imitan en contenido y en estilo al artículo 2º de la
constitución liberal de 18575. Solo queda añadir lo comentado por FLORES SALINAS,
respecto al artículo 64 del Estatuto: “desmiente los ataques de que fue objeto Maximiliano
con respecto a la esclavitud por parte de los confederados, quienes al perder la guerra de
secesión y guiados por la política de colonización del Segundo Imperio Mexicano,
deseaban venir a establecer colonias con sus esclavos negros”6. Por otro lado, el tema de la
El artículo 2º de la Constitución de 1857 decía literalmente “En la república todos nacen libres. Los esclavos
5
que pisen el territorio nacional recobran por ese solo hecho su libertad y tienen derecho a la protección de las
leyes”. Este artículo pasó literalmente a nuestra constitución de 1917 y fue criticado por RABASA en los
siguientes términos: “En general, la locución lleva una cierta ampulosidad impropia de la Ley fundamental de
una nación, pero muy en boga en boga en la época y no poca tendencia a la metáfora, que aparece en
ocasiones desnuda, como cuando en el artículo 2º dice: “los esclavos que pisen el territorio nacional” para
significar que entren en el país”, en RABASA, E, (2000) El Artículo 14 y el Juicio Constitucional, 7ª Edición,
México, Porrúa, , p. 21.
FLORES SALINAS, B (2007). Una Constitución y un Estatuto Provisional para el Segundo Imperio
6
573
Javier Martín Escamilla Báez
El Antecedente Conservador decía en la fracción III que las únicas limitantes al derecho de imprenta eran
7
que “los escritos que versen sobre el dogma religioso o las sagradas escrituras se sujetarán a las leyes
vigentes: en ningún caso será permitido escribir sobre la vida privada”; claro está que esta disposición era
superior en cuanto a la claridad en la redacción, pero inferior en cuanto a la extensión del derecho con
relación al Estatuto Imperial. Mientras tanto, la Constitución de 1857 manifestaba en su artículo 6º que la
manifestación de las ideas solo puede ser objeto de inquisición judicial o administrativa “en el caso de que
ataque a la moral, los derechos de tercero, provoque algún crimen o delito, o perturbe el orden público” y el
artículo séptimo señalaba que los únicos límites a la libertad de imprenta eran el respeto a la vida privada, a la
moral y a la paz pública”.
574
Las Garantías Individuales en el Segundo Imperio Mexicano
Imperial sigue esta línea, aunque abunda más en ciertas garantías que no contemplan los
textos conservadores. Sin embargo, en el rubro de la seguridad jurídica resulta muy
superior la Constitución de 1857.
Iniciaremos hablando de la garantía consagrada en el artículo 60 del Estatuto en
comento, que decía que:
“Ninguno será detenido sino por mandato de autoridad competente, dado por
escrito y firmado, y solo cuando obren contra él indicios suficientes para
presumirle autor de un delito. Se exceptúa el caso de delito infraganti, en el que
cualquiera puede aprehender al reo para conducirlo á la presencia judicial ó de
la autoridad competente”.
Podemos encontrar que la primera parte de este artículo fue copiada literalmente del
artículo 9º, fracción VI de las Bases Orgánicas de 1843. El artículo 61 declaraba que las
aprehensiones ante la autoridad administrativa durarían tres días, y que al tercero, el
detenido debería de ser puesto a disposición del juez para que este en el plazo de cinco días
lo declarase “bien preso” o lo dejase en libertad; también estaba establecido que el exceso
en estos términos constituía responsabilidad de la autoridad. En el caso de que se tratase de
delitos contra el Estado o los que perturbasen el orden público, el plazo de la detención ante
la autoridad administrativa se podría prolongar hasta dar cuenta al Comisario Imperial o al
Ministro de Gobernación. La regulación de esta garantía se había dado en las Bases de
1843, en su artículo 9º, fracción VII, y en la Constitución de 1857 en su artículo 19, casi en
los mismos términos; sin embargo, en ninguno de estos documentos se consideraba la
posibilidad de prolongar el plazo de detención ante autoridad administrativa
indefinidamente en el caso de ciertos delitos como lo marcaba el Estatuto Imperial. El
artículo 62 hablaba del principio de no retroactividad de la ley. Esta disposición decía
textualmente: “Ninguno puede ser sentenciado, sino en virtud de leyes anteriores al hecho
por que se le juzgue”. Aunque este artículo es deficiente en su redacción al utilizar el
término sentenciado8, es una disposición clara, que no adoptó ciertas extravagancias
El artículo 14 de la constitución de 1857 decía que “Nadie puede ser juzgado ni sentenciado sino por leyes
8
dadas con anterioridad al hecho, y ecsactamente aplicadas á él, por el tribunal que previamente haya
establecido la ley”. Al utilizar la palabra sentenciado, se nota la influencia que tuvo en los redactores del
575
Javier Martín Escamilla Báez
Estatuto la Constitución de 1857, pues con ello se reprodujo una incorrección de estilo que fue analizada por
RABASA en los siguientes términos: “… el participio sentenciado, cuando se refiere a una persona es tan
impropio y aún tan disparatado en la materia penal como en la civil. He buscado en escritores cultos y que
puedan fundar autoridad, un caso de empleo del verbo sentenciar que tenga como complemento directo la
persona, y no lo he hallado; y encuentro siempre que en español se sentencia un juicio o en un proceso, una
causa o en un negocio…”, en RABASA, E. Op. Cit., pp. 36 y 37.
576
Las Garantías Individuales en el Segundo Imperio Mexicano
primeramente que el pago de impuestos era un condicionante del goce de las garantías
individuales. El artículo 72 determinaba la generalidad y la anualidad de las leyes
impositivas, el artículo 73 decretaba la necesaria legalidad de los impuestos que cobrase la
Hacienda del Imperio. Por otro lado, el artículo 74 determinaba que “Ninguna carga ni
impuesto municipal puede establecerse sino á propuesta del Consejo Municipal respectivo”,
lo cual era una medida de descentralización importante de los recursos del imperio.
Finalmente el artículo 75 señalaba que también las modificaciones a los impuestos y las
exenciones que se hiciesen deberían darse mediante una ley. Comparando estas
disposiciones con las disposiciones relativas de las constituciones conservadoras,
encontramos que las del Estatuto Imperial concedían más garantías, ya que en las Leyes
Supremas de 1836 y de 1843 solo se estipulaba la garantía de legalidad. Mientras que en
comparación con la constitución de 1857, a los artículos del Estatuto les faltan los
principios de equidad, proporcionalidad y finalidad de los impuestos que si contenía el
artículo 31 del texto liberal en su fracción II9.
4.- CONCLUSIONES
Este artículo decía en pocas palabras muchas garantías: “Es obligación de todo mexicano: II.- contribuir
9
para los gastos públicos, así de la federación como del estado y municipio en que resida, de la manera
proporcional y equitativa que dispongan las leyes”.
577
Javier Martín Escamilla Báez
FUENTES DE INFORMACION
BIBLIOGRÁFICA
1.- COSIO VILLEGAS. D. y otros (1981), Historia Mínima de México, México, El Colegio
de México.
2.- RABASA, E, (2000) El Artículo 14 y el Juicio Constitucional, 7ª Edición, México,
Porrúa.
3.- REYES HEROLES, J, (1974) El Liberalismo Mexicano, Tomo III La integración de las
ideas, 2ª Ed., México, Fondo de Cultura Económica.
4.- SECRETARIA DE GOBERNACION (2006), Antecedentes Históricos y Constituciones
Políticas de los Estados Unidos Mexicanos, México, SEGOB.
5.- VAZQUEZ. J. Z (2005), Juárez, el Republicano, México, SEP.
VIRTUOGRÁFICA
578
Antecedentes y Surgimiento de la
Libertad Religiosa en las Leyes de Reforma
SOBERANES FERNÁNDEZ, José Luis. Derechos de Los Creyentes. Cámara de Diputados. LVIII
1
“LA TORRE DEL VIGÍA A.R. 1997. “¿Qué significa la libertad religiosa para usted?”. Revista Atalaya. 01
2
de febrero de 1997. p. 3.
580
Antecedentes y Surgimiento de la Libertad Religiosa en las Leyes de Reforma
enseñarles latín, el idioma en que impartían la doctrina. Se desató una tremenda inquisición
contra los indígenas que no abrazaban la nueva fe que se les imponía, ya que no solo se les
tildaba de ser unos idólatras, sino que se perseguía cruelmente a los naturales del país.
Como ejemplo está el caso de un indio que recibió cien azotes en público por venerar a sus
ídolos. A muchos indígenas más los castigaron tras imputarles cargos de hechicería. “Tal es
el caso de Don Carlos Ometochtzin, cacique de Texcoco y nieto del rey azteca
Netzahualcóyotl, quien atacó a la Iglesia de palabra. Según Greenleaf, “don Carlos había
ofendido particularmente a la Iglesia al haberle predicado a los nativos acerca de la
disipación de los frailes”. Enterado fray Juan de Zumárraga, inquisidor de la época, ordenó
su detención. Don Carlos murió en la hoguera el 30 de noviembre de 1539 acusado de ser
“hereje dogmatizante”. A muchos indígenas más los castigaron tras imputarles cargos de
hechicería.”3 Pero la inquisición no solo se dio contra los nativos mexicanos, sino también
con los extranjeros que residían en México y que se negaron a abrazar la fe católica, a
quienes se les inculpó de ser herejes. Y cualquier extranjero que representara una amenaza
al poder clerical era sometido a juicio. El caso de Guillén Lombardo de Guzmán es un claro
ejemplo de ello, a quien se le acuso de querer libertar a México; sin embargo, con el objeto
de apresarlo y procesarlo, el Santo Oficio lo acusó de practicar la astrología y ser un hereje
partidario de Calvino. Guillén perdió la razón mientras estuvo encarcelado, y por último lo
quemaron vivo en la hoguera en noviembre de 1659. El libro llamado Inquisición y
Crímenes, del autor Artemio de Valle-Arizpe, hace una descripción de lo ocurrido: “Fueron
amarrando a los reos, fijándolos al palo con una argolla de hierro que les pasaba por la
garganta. [...] Empezaron a arder las santas hogueras de la fe en un torbellino rojo y negro.
Don Guillén [...] se dejó caer de golpe y la argolla que lo sujetaba por el cuello lo ahogó,
desapareciendo luego su cuerpo entre el esplendor espantoso de las llamaradas. Salió de la
vida después de diecisiete años de sufrimientos continuos y lentos en las sombrías cárceles
del Santo Oficio. Se fueron acabando poco a poco las hogueras, bajando el cárdeno tumulto
LA TORRE DEL VIGÍA A.R. 1994. “¿Como ocurrió la inquisición?”, Revista ¡Despertad!. 08 de Octubre
3
de 1994. p. 8.
581
María de Guadalupe Ramírez González
de sus llamas y cuando se extinguieron no quedó más que un montón brillante de brasas
luciendo entre la noche”.4
LA TORRE DEL VIGÍA A.R. 1994. “¿Como ocurrió la inquisición?”, Revista ¡Despertad!. 08 de Octubre
4
de 1994. p. 8.
Ídem.
5
582
Antecedentes y Surgimiento de la Libertad Religiosa en las Leyes de Reforma
583
María de Guadalupe Ramírez González
los derechos del pueblo, y los reducía a un simple seguimiento de órdenes. Por otro lado, la
creación de las constituciones centralistas, la de 1836 y la de 1843 tampoco sirvieron de
nada en el fomento a la libertad de culto, ya que la Ley Constitucional de 1836 estipulaban
como una de las obligaciones del mexicano: “Profesar la religión de su patria, observar la
constitución y las leyes, obedecer las autoridades”. Respecto al texto de este artículo,
aunque el texto era distinto al de la Constitución de Cádiz y la Constitución Federal de
1824, seguía imponiéndose la religión católica, es decir, se tenía como una de las
obligaciones del mexicano la de profesar la religión de su patria, y obviamente, la religión
de nuestra nación, era la religión católica. En las Bases Orgánicas de 1843, su artículo 6º
expresaba: “La nación profesa y protege la religión católica, apostólica romana, con
exclusión de cualquier otra”. Este artículo, nuevamente señala como oficial a la religión
católica y se le brinda protección, además, se elimina la posibilidad de ejercer un culto
distinto. Cabe destacar que cuando de Yucatán se independizó de México, en su
Constitución de Yucatán en 1840, se dio cierto reconocimiento a la libertad religiosa, por la
influencia de Manuel Crescencio Rejón, un liberal.8 Es notable señalar que en 1833, el
vicepresidente Valentín Gómez Farías; en sustitución del presidente Antonio López de
Santa Anna y tomando el cargo del Ejecutivo Federal, y constituyéndose como padre del
liberalismo en conjunto con José María Luis Mora, hicieron el primer intento liberal. 9
8
La palabra “liberalismo” tiene varios significados que van desde el que lo compara con un régimen
democrático (por aquello del reconocimiento de los derechos fundamentales del ser humano, entre los que
destacan las diversas libertades, de ahí el liberalismo como defensor de la libertad humana) hasta aquel
liberalismo que se identifica con la libertad de comercio (dejar hacer-dejar pasar) y por su puesto el
pensamiento liberal, como opuesto al conservador. Soberanes Fernández José Luis, Derechos de Los
Creyentes, cámara de Diputados. LVIII Legislatura Universidad Nacional Autónoma de México, México,
2001. p 6.
9
“El Estado laico que querían los liberales no se trataba de un Estado neutral en cuestiones religiosas. Ellos
aspiraban a relegar a la Iglesia fuera de la vida pública mediante la fuerza de un Estado que no reconoce hacia
la religión otro deber que el de contenerla en los límites de lo considerado por el gobierno civil como
puramente espiritual. Desde la década de 1830, un cierto número de liberales constatan la inadecuación entre
el Estado liberal ideal y la sociedad mexicana real, y optan por orientar concertadamente su acción política
hacia la transformación social, dando origen al liberalismo reformista. Así, José María Luis Mora planteará la
transformación mediante la destrucción de los cuerpos del Antiguo Régimen por medio de un poder ejecutivo
fuerte.
Querrá hacer posible un anticlericalismo católico, sometiendo al clero a la prueba del utilitarismo social y
propondrá separar a la Iglesia de la vida social y someterla al control del Estado. Por su parte, Lorenzo de
Zavala se ocupará en desprestigiar al clero, al Papado y al catolicismo, y propondrá modificar la sociedad por
medio de una inmigración de pueblos anglosajones y germanos protestantes. La legislación reformista de
584
Antecedentes y Surgimiento de la Libertad Religiosa en las Leyes de Reforma
Valentín Gómez Farías intentará excluir al clero de la instrucción pública, incautar bienes eclesiásticos,
debilitar la vida consagrada religiosa y proveer los curatos por parte de la autoridad civil. De hecho, la
absorción de la sociedad por el Estado, propia del liberalismo reformista, venía a contradecir la neutralidad
religiosa de un supuesto Estado laico. El Estado laico debería, en principio, no coaccionar a nadie en el campo
religioso, sino respetar la conciencia de cada individuo; pero, puesto que este mismo Estado se ha identificado
con la sociedad, a la que ha absorbido, termina promoviendo de hecho una sociedad también laica”. Red
Iberoamericana por las Libertades Laicas. El laicismo y la libertad religiosa en México: raíces históricas,
http://www.libertadeslaicas.org.mx/pdfS/religios/08010620.pdf, Consultado el 12 de abril de 2008 a las
12:40.
SOBERANES FERNÁNDEZ, José Luis. Derechos de Los Creyentes. Cámara de Diputados. LVIII
10
585
María de Guadalupe Ramírez González
que profesaban la religión católica. Dentro del conjunto de leyes de reforma la Ley Sobre
Adiciones y Reformas a la Constitución, promulgada el 12 de febrero de 1857, declara en
su artículo 1º “El Estado y la Iglesia son independientes entre sí. El Congreso no puede
dictar leyes estableciendo o prohibiendo religión alguna”. Este artículo deja de manifiesto,
que se estaba separando a la iglesia del Estado, y ya no se protegía solo a la iglesia católica,
de ser la única religión en México, mas bien, esta ley estipulaba que no habría prohibición
para ninguna religión. En 1859 se promulgó la Ley de Nacionalización de los Bienes
Eclesiásticos, así como una ley que exigía la celebración civil del matrimonio para que
tuviese el reconocimiento del Estado, lo que le quitaba poder e influencia a la religión
católica. En 1860 se promulgó la Ley sobre Libertad de Cultos, la cual señala en su artículo
1º “Las leyes protegen el ejercicio del culto católico y de los demás que se establezcan en el
país, como la expresión y efecto de la libertad religiosa, que siendo un derecho natural del
hombre, no tiene ni puede tener más límites que el derecho de tercero y las exigencias del
orden público. En todo lo demás, la independencia entre el Estado por una parte y las
creencias y prácticas religiosas por otra, es y será perfecta e inviolable. Para la aplicación
de estos principios se observará lo que por las leyes de la Reforma y por la presente se
declara y determina”. Por primera ocasión vemos que aparecía una “nueva” legislación al
respecto, ya no se estaba obligando a profesar determinada religión, sino, se estaba dando al
hombre la libertad de elegir la religión que más le agradara, y se le estaba dando protección
al mexicano para ejercer su fe, sin más limitantes que las que las leyes señalaban.
Maximiliano de Habsburgo al tomar el poder en el año de 1864, en el Estatuto
Provisional del Imperio de Maximiliano, señalo en su artículo 58: “El Gobierno del
Emperador garantiza a todos los habitantes del Imperio…El ejercicio de su culto”. Daba al
pueblo la garantía de elegir libremente su religión. Por otra parte, Juárez al Triunfar sobre
Maximiliano en el año de 1867 consolida las leyes de Reforma las cuales garantizaron en
cierta medida, libertad religiosa a la gente, ya que estipulaban que la religión católica
no seguiría siendo la única religión del país, estas leyes limitaban a la Iglesia Católica.
No obstante, la libertad religiosa que había sido concedida era muy limitada y condicional.
Las leyes sí reconocían la existencia de las religiones en México, pero no les otorgaban
586
Antecedentes y Surgimiento de la Libertad Religiosa en las Leyes de Reforma
Red Iberoamericana por las Libertades Laicas. El laicismo y la libertad religiosa en México: raíces
11
587
María de Guadalupe Ramírez González
recibir influencia de la religión católica o ser forzado para profesar una religión que no le
agrade.
FUENTES DE INFORMACIÓN
BIBLIOGRAFICA
1.- LA TORRE DEL VIGÍA A.R. 1994. “¿Como ocurrió la inquisición?”, Revista
¡Despertad!. 08 de Octubre de 1994. p. 8.
2.- LA TORRE DEL VIGÍA A.R. 1997. “¿Qué significa la libertad religiosa para usted?”.
Revista Atalaya. 01 de febrero de 1997. p. 3.
VIRTUOGRAFIA
588
Antecedentes y Surgimiento de la Libertad Religiosa en las Leyes de Reforma
9.- Red Iberoamericana por las Libertades Laicas. El laicismo y la libertad religiosa en
México: raíces históricas, http://www.libertadeslaicas.org.mx/pdfS/religios/08010620.pdf,
Consultado el 12 de abril de 2008 a las 12:40 a.m.
589
María de Guadalupe Ramírez González
590
La Concepción del Estado a través de la Historia
Introducción
Como punto de partida haremos referencia a la importancia que tiene conocer los
antecedentes históricos de un fenómeno o institución, en las ciencias sociales: este
conocimiento otorga entre otros aspectos a toda investigación un cimiento teórico y
científico que cobra especial relevancia al confrontarlo con la situación actual que guarda
dicho fenómeno o institución. Siendo el caso, la fundamental trascendencia que tiene para
el jurista el conocer el acervo histórico de las instituciones del Derecho, ya que ello
además implica un juicio crítico para develar que estos antecedentes son sustentados por el
pensamiento o ideología de determinado grupo social, en una época determinada, un
Licenciada en Derecho. Catedrática de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de la UMSNH, en las
asignaturas de Teoría General del Estado y Teoría de la Administración Pública. Correo electrónico:
grabcyumich@yahoo.com.mx
Licenciado en Economía. Administrador del Centro INAH Michoacán. Correo electrónico:
anaya1955@yahoo.com.mx
Con la finalidad de presentar de una manera más didáctica las ideas políticas del
Estado la siguiente serie histórica, plantea una síntesis del pensamiento político de célebres
filósofos más representativos desde Grecia Clásica hasta la época contemporánea, quienes
592
La Concepción del Estado a través de la Historia
dieran lugar a la concepción y organización del Estado y sus elementos, así como su forma
de gobierno. Cabe señalar que para la separación por periodos o épocas de este instrumento
nos hemos basado en un orden cronológico, es decir en los Periodos de la Historia que cita
Juan Brom1, hemos agrupado la información en tres columnas correspondientes al Periodo
Histórico, a los datos biográficos y obras de los principales Representantes y la tercera a la
concepción que ellos han construido sobre el Estado. Dicho sea de paso, se determinó el
diseño de este instrumento bajo la metodología analítica-sintética a los diferentes estudios
realizados por Norberto Bobbio, Francisco Porrúa, Lombardo González, Arturo González2
entre otros, de quienes interpretamos la información más relevante sobre el Estado.
BROM Juan, Para comprender la Historia. (1978) 23ª ed. Nuestro tiempo. p. 47.
1
2
BOBBIO Norberto, Teoría de las formas de gobierno en la historia del pensamiento político. (2001) 2ª ed.
FCE.pp.21-182.
BOBBIO, Norberto. Estado, Gobierno y Sociedad. (1989). FCE. México.
PORRUA Pérez, Francisco. Teoría General del Estado. (1993).26ª ed. Porrúa México, pp. 47-120.
GONZÁLEZ Díaz Lombardo, Compendio de Historia del Derecho y del Estado. (1994), 7ª reimpresión.
Limusa, México, pp. 89-251.
GONZÁLEZ, Jiménez Arturo. Apuntes de Teoría General del Estado. (2003)1ª ed., EJA, México, pp. 42-48
593
Gabriela Ruiz de la Torre y José Felipe Anaya Arista
594
La Concepción del Estado a través de la Historia
595
Gabriela Ruiz de la Torre y José Felipe Anaya Arista
596
La Concepción del Estado a través de la Historia
Giambattista Vico. (1668- Reconoce tres formas de gobierno en el Estado: la aristocracia, democracia y monarquía, cambiando el orden
1744) Sus principales obras: de la propuesta Aristotélica y Polibiana (que era monarquía aristocracia y democracia) la tesis de Vico, se
“La nueva ciencia” “Il refiere entonces a que una vez que la humanidad ha atravesado la fase preestatal se constituye en una
diritto universale” república aristócrata (gracias a la organización de los patricios que se les atribuye la nobleza, los sacerdocios,
etc.), de ahí se transforma en república popular (representada por la paridad de los sufragios, la libre
expresión y el acceso a los honores y desemboca en la monarquía (el señorío y soberano único).
Puede observarse que este pensador se apoya en gran medida en las antiguas formas de organización estatal
llegando hasta las más arcaicas donde los hombres son semejantes a las bestias.
Identifica tres tipos de autoridad: la monástica (o solitaria, donde el hombre es soberano por esa
circunstancia), la económica y la civil.
La vida familiar permite la transición a la vida económica ya que la vida familiar implica una sociedad que
abarca desde los hijos, descendientes hasta los criados llamados por él “fámulos o clientes” quienes
conservan todavía su condición animal y tienen la necesidad de una autoridad social. A la autoridad civil, la
denomina “Época de los hombres” donde el monarca procura una igualdad de todos ante la ley, lo cual le
permite ser visto como humanista.
Estas formas de gobierno Vico también las considera cíclicas en la historia, es decir, una vez alcanzada la
fase última de la monarquía se volverá a iniciar con la fase salvaje o animal pero esta será progresiva a la
fase cíclica anterior.
Cabe citar que los cambios o transiciones de una fase a otra, Vico se las atribuye a la sociedad misma:
rebelión de fámulos o la lucha de plebeyos por el reconocimiento de sus derechos, etc. Estos movimientos
según su teoría son necesarios para el avance social.
Carlos María Secondant, En su obra más conocida destaca argumentos tales como: que todos los seres del cosmos incluyendo a Dios,
Barón de la Bréde y están gobernados por leyes. Existe toda una clasificación de las leyes: natural, positiva, universales, etc., esta
Montesquieu (1689-1785) multiplicidad de leyes aplicada al estudio de la compleja sociedad y el mundo humano. Concluyendo que
Su obra principal: “El
597
Gabriela Ruiz de la Torre y José Felipe Anaya Arista
598
La Concepción del Estado a través de la Historia
599
Gabriela Ruiz de la Torre y José Felipe Anaya Arista
Consideraciones Finales
600
Evolución de la Justicia Administrativa en México
INTRODUCCIÓN
Respecto de la denominación correcta del proceso que tiene por objeto constreñir
los actos de la Administración Pública al sistema jurídico, la doctrina no se ha puesto de
acuerdo, pues como lo señala Arturo Iturbe Rivas “el contencioso administrativo se ha
1. Bases Constitucionales
La Norma Fundamental de nuestro País decreta que toda persona tiene derecho a
que se le administre justicia por tribunales que estarán expeditos para impartirla, en los
plazos y términos que fijen las leyesvi. De igual manera la Convención Americana Sobre
Derechos Humanos declara que toda persona tiene derecho a un recurso sencillo y rápido
602
Evolución de la Justicia Administrativa en México
o a cualquier otro recurso efectivo ante los jueces o tribunales competentes, que la ampare
contra actos que violen sus derechos fundamentales, aun cuando tal violación sea
cometida por personas que actúen en ejercicio de sus funciones oficialesvii.
Existieron intentos, para sustituir esta tradición judicialista, por el sistema francés
del Consejo de Estado, es decir, de un órgano situado formalmente dentro de la misma
administración, tales como en el instrumento provisional denominado “Bases para la
administración de la República” de 22 de abril de 1853.
603
Mª Constancia Carmona Calderón
En 1853 el jurista Teodosio Lares formuló el proyecto de ley que denominó “Ley
para el Arreglo de lo Contencioso Administrativo”; conocida como Ley Lares, y su
reglamento; algunos autores coinciden a ésta como el antecedente inmediato del proceso
contencioso administrativo; en un principio se consideró violatoria del artículo 50 de la
Constitución de 1824, al romper con el principio de división de poderesix
604
Evolución de la Justicia Administrativa en México
605
Mª Constancia Carmona Calderón
606
Evolución de la Justicia Administrativa en México
atribuciones que le confiere la ley para resolver en forma imparcial, completa y oportuna,
las controversias establecidas en su Ley Orgánica, que se presenten entre los particulares y
las autoridades administrativas, generadas por la dinámica de la acción gubernamental.xii
En las entidades federativas se han establecido tribunales que siguen los modelos
antes citados con el predominio cada vez más acentuado del segundo modelo. El
procedimiento es de una sola instancia, imperan los principios de oralidad y concentración
ya que los actos esenciales se concentran en una audiencia de pruebas, alegatos y
sentenciaxv.
607
Mª Constancia Carmona Calderón
608
Evolución de la Justicia Administrativa en México
Conclusiones:
609
Mª Constancia Carmona Calderón
i
Delegada Administrativa de la Sala Regional Pacífico Centro del Tribunal Federal de Justicia Fiscal y Administrativa,
Catedrática de las Materias de Derecho Fiscal I y II Frac. de Derecho y C.S. UMSNH
ii
Diccionario Jurídico Mexicano del Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM. Ed. Porrúa, México 1999.
iii
Elementos de Derecho Administrativo Pág. 424
4 Diccionario Jurídico citado.
v
cfr. Iturbe Rivas Arturo. Elementos de Derecho Procesal Administrativo. Pág. 57,
vi
Artículo 17 de la Constitución Política de los Estados Unidos Mexicano
vii
Artículo 25 de la Convención Americana Sobre Derechos Humanos, suscrita en San José de Costa Rica
el 22 de noviembre de 1969.
viii
Héctor Fix Zamudio en el Diccionario de Investigaciones Jurídicas de la UNAM. Contencioso
Administrativo. Página 630
ix
Era considerada inconstitucional al sumarse dos poderes, Ejecutivo y Judicial en el Presidente de la
República.
x
Germán Escobar Ramírez. Principios de Derecho Fiscal. Egos Editores, S. A. México 1999. 3ª Ed. Pág. 345
xi
Publicada el 31 de diciembre de 1946.
xii
Página de Internet del Tribunal.www.tfjfa.gob.mx
xiii
Ídem pág. 460.
xiv
Martínez Lara Ramón. El Sistema Contencioso Administrativo en México. Ed. Trillas. México 1990 Pág. 152.
xv
Diccionario Jurídico Mexicano del Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM. Contencioso Administrativo,
Tomo I. Pág. 687. Ed. Porrúa. México 1999.
610
El Presidencialismo Mexicano,
Una Institución de Historia No Constitucional
Introducción
Licenciado en Derecho por la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de la Universidad Michoacana de
San Nicolás de Hidalgo y en proceso de titulación de la Maestría en Derecho Constitucional por la
Universidad Latina de América.
612
Humberto Urquiza Martínez
I. El Presidencialismo en México
Denominación que se le ha dado al momento histórico en el cual el General Plutarco Elías Calles logra
1
613
El Presidencialismo Mexicano, Una Institución de una Historia No Constitucional
del presidencialismo mexicano identificada por Jorge Carpizo, ser el jefe del partido en el
poder.3
El partido político creado por Calles tiene gran importancia en la construcción del
presidencialismo en razón del poder que por sí mismo tiene un instituto político, más
cuando nace del propio poder y se estructura para el mantenimiento del mismo, calles
canaliza ese naciente poder hacia su persona y surge el hecho histórico denominado
maximato, posteriormente y al término de éste, es el Presidente quien obtuvo el poder que
el partido tenía, de alguna forma se institucionaliza el poder político del partido en la figura
del Presidente, lo que sucede con el General Lázaro Cárdenas quien obligado a terminar
con el maximato que lo buscaba dominar, orienta la fortaleza del partido a la construcción
de un Ejecutivo fuerte que viera por las clases explotadas, apoyando la organización obrera
y campesina, y los grupos vulnerables.
Carpizo reconoce que el presidencialismo mexicano tiene la particularidad de que el titular del Ejecutivo es
3
jefe de Estado, jefe de Gobierno y jefe del partido en el poder. Para ahondar más ver Carpizo, Jorge, “El
Presidencialismo Mexicano”, siglo veintiuno editores, México, 1978.
614
Humberto Urquiza Martínez
Ídem, p. 14.
4
5
Espinoza Toledo, Ricardo, “Sistema Parlamentario, Presidencial y Semi-presidencial”, Cuadernos de
Divulgación de la Cultura Democrática, Instituto Federal Electoral, México 2001, p. 27.
Ídem, p. 28.
6
615
El Presidencialismo Mexicano, Una Institución de una Historia No Constitucional
Unidos Mexicanos de 1824, señalaba: “Se divide el supremo poder de la federación para su
ejercicio en Legislativo, Ejecutivo, y judicial”.7
Un elemento importante que explica el fortalecimiento del Ejecutivo sobre los otros
poderes públicos, es el carácter unipersonal del mismo que le permite concentrar el poder
en una sola persona, lo que se va a reconocer hasta la Constitución de 1836, anteriormente
se regulaba la figura del vicepresidente,8 que por cierto fue uno de los principales factores
de desestabilización política durante los primeros 10 años de vida independiente de
México.9 Durante el régimen centralista desaparece la figura del vicepresidente y se
convierte al Ejecutivo en un poder unipersonal, y por lo tanto, más fuerte políticamente.
7
Carbonell, Miguel et. al., “Constituciones Históricas de México”, Porrúa y UNAM, Segunda edición,
México, 2004, p. 310.
La Constitución de 1824 regulaba la figura del vicepresidente en el artículo 75.
8
Fue así en virtud del mecanismo de elección del Presidente y vicepresidente, el artículo 85 de la
9
Constitución de 1824 señalaba: “Si dos (candidatos) tuvieran dicha mayoría (absoluta), será presidente el que
tenga más votos, quedando el otro de vice-presidente”. Lo que permitía una lucha política entre el Presidente
y el vice-presidente, en razón de que ocupaban dichos cargos, candidatos de grupos opositores que habían
participado en el proceso de elección de la Presidencia, buscando cada uno de ellos ganarla, por lo que el
mecanismo era otorgar el cargo de vicepresidente como segundo puesto político de importancia a quien
hubiera obtenido el segundo lugar en la contienda electoral, sin pensar que el vicepresidente buscaría llegar a
la Presidencia, como objetivo primaria, mediante la figura de substitución, para lo cual era necesario
desestabilizar al Presidente lo que llevó a una desestabilización del País.
Poder que rompió, momentáneamente, con la división tripartita del Poder y que duró breve tiempo, siendo
10
una figura poco entendida; para abundar más sobre el tema ver Alfonso Jiménez, Armando, El Supremo
Poder Conservador, en Alfonso Jiménez, Armando, et. al. (coordinadores), “Ensayos Histórico-jurídicos:
México y Michoacán”, UNAM, Universidad Latina de América y Supremo Tribunal de Justicia del Estado de
Michoacán, México, 2006.
616
Humberto Urquiza Martínez
como el carácter unipersonal del Ejecutivo; en el caso de las bases orgánicas de 1843 son
los artículos del 26 al 121 que norman los poderes públicos y registra implícitamente las
particularidades ya mencionadas del sistema presidencial. Ya en el año de 1843 no se
incorporó al Supremo Poder Conservador en la división de poderes ni en el texto
constitucional.
El sistema parlamentario tiene como una de sus características más importantes, el hecho de que el titular
11
del Ejecutivo debe de pertenecer, primeramente, al legislativo, lo que se entiende como una división de
poderes atenuada o nula.
617
El Presidencialismo Mexicano, Una Institución de una Historia No Constitucional
Hay que recordar que cuando se promulga la Constitución de 1917, lo hace Venustiano Carranza una vez
12
que triunfa la revolución constitucionalista y que vence al grupo revolucionario de Zapata y Villa; con la
promulgación de dicha Constitución se convocó a elecciones en las que se presentó el propio Carranza y
obtuvo por un periodo de 4 años más el ejercicio del Poder Ejecutivo, lo que explica mucho de su postura de
fortalecer las facultades del Presidente.
618
Humberto Urquiza Martínez
619
El Presidencialismo Mexicano, Una Institución de una Historia No Constitucional
BIBLIOGRAFÍA
Cruz Barney, Oscar, “Historia del Derecho en México”, editorial Oxford, México,
2003.
Nohlen Dieter, et. al., “El presidencialismo renovado”, editorial Nueva Sociedad,
Venezuela, 1998.
620
Libertad de Imprenta y Libertad de Expresión, en la Constitución de Cádiz.
Vigencia y Aplicación en la Nueva España
La última década del siglo XVIII será especialmente conflictiva. Las guerras se
suceden, primero contra Francia (1793-1795) y luego contra Portugal (1801) y Gran
Bretaña (1796-1802 y 1805-1808), y dejan a la Corona sumida en una profunda crisis fiscal
que no conseguirá superar.
622
Ana María Ochoa Villicaña
623
Libertad de Imprenta y Libertad de Expresión en la Constitución de Cádiz. Vigencia y Aplicación en la Nva.España
624
Ana María Ochoa Villicaña
Esta Constitución tuvo una gran influencia no sólo en América, en donde estuvo en
vigor, sino que también en Brasil y en varios países de Europa, especialmente en la
península italiana, Bélgica y Rusia.
625
Libertad de Imprenta y Libertad de Expresión en la Constitución de Cádiz. Vigencia y Aplicación en la Nva.España
“Todos los españoles tienen libertad de escribir, imprimir y publicar sus ideas
políticas sin necesidad de licencia, revisión o aprobación alguna anterior a la
publicación, bajo las restricciones y responsabilidades que establezcan las leyes…”
Este último, fue introducido de manera intencionada en el Título IX, De la
Instrucción Pública, de la citada constitución. El preámbulo del Decreto Noveno de 10 de
noviembre de 1810, promulgado por las Cortes de Cádiz, bajo el título “Libertad política de
la Imprenta”, previo a la Constitución, explica el por qué, el artículo que consagra la
libertad de todos los españoles de escribir, imprimir y publicar sus ideas políticas, se insertó
precisamente en el citado Título al señalar textualmente:
“la facultad individual de los ciudadanos de publicar sus pensamientos e ideas
políticas es, no sólo un freno de la arbitrariedad de los que gobierna, sino también
un medio de ilustrar a la Nación en general, y el único camino para llevar al
conocimiento de la verdadera opinión pública.”;
Es patente la intención de los diputados de las Cortes de que la libertad de los
españoles de escribir, imprimir y publicar sus ideas políticas, sirviera para formar una
verdadera opinión pública que redundaría en una nación ilustrada y además serviría de
controlar el poder de los gobernantes.
626
Ana María Ochoa Villicaña
por los virreyes Venegas, Apodaca y Calleja, a las personas de escritores que editaron
trabajos al amparo de aquella libertad, entre ellos, Carlos María Bustamante y Fernández
de Lizardi.
La libertad de imprenta también se enfrentó a otros obstáculos como la censura que
imponía la iglesia a editores y escritores para hablar de temas religiosos, pues los escritos
debían pasar por la revisión de los Censores Religiosos de la Nueva España.
Otra limitante fue el que la impresión era demasiado onerosa, debido a que el papel
que se utilizaba era traído desde España, con los contratiempos y gastos que suponían su
traslado por barco y su distribución por el territorio nacional por carretas o por los medios
de transporte rudimentarios que existían en la Nueva España.
Otro obstáculo real era, el que la mayoría de la población de la Nueva España no
sabía leer ni escribir, lo que hacía que las pocas publicaciones que existían no fueran
costeables, virtud a las grandes cantidades de dinero que debían cubrir los editores por
concepto de depósito, por lo que en poco tiempo cerraban.
La libertad de imprenta y la de escribir, imprimir y publicar las ideas políticas,
consagradas en la Constitución de Cádiz, fue una libertad por además restringida, pues la
misma se concretaba las ideas políticas y, aún en ese aspecto, la historia de la libertad de
prensa en la Nueva España y aún en España, fue una historia de cárceles y persecuciones,
una triste historia de oprobios, decepciones y censuras.
José María Couto, diputado de Corte suplente por la Nueva España, había advertido
que la libertad de imprenta constituía un arma de doble filo, susceptible de volverse en
contra de los que la enarbolaran, porque proporcionaba a las autoridades represivas un lazo
para descubrir e identificar y envolver con él a los detractores del Gobierno. (Carlos María
Bustamante, Cuadro Histórico de la Revolución Mexicana).
Las Cortes de Cádiz emitieron diversos decretos, reglamentos y bandos que
regulaban la libertad de imprenta, uno de ellos fue el Decreto IX, de 10 de noviembre de
1810, Libertad Política de la Imprenta, que sancionó la censura previa al decretar en su
artículo 1:
627
Libertad de Imprenta y Libertad de Expresión en la Constitución de Cádiz. Vigencia y Aplicación en la Nva.España
628
Ana María Ochoa Villicaña
629
Libertad de Imprenta y Libertad de Expresión en la Constitución de Cádiz. Vigencia y Aplicación en la Nva.España
CONCLUSIÓN:
630
Ana María Ochoa Villicaña
FUENTES:
BIBLIOGRÁFICAS:
1. Ferrer Muñoz, Manuel, La Constitución de Cádiz y su Aplicación en la Nueva
España. 1993. Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM. Serie: C. Estudios
Históricos Núm. 35. México.
TEXTOS LEGALES:
1. Constitución Política de la Monarquía Española.
VIRTUALES:
4. http://www.juridicas.unam.mx/publica/rev/boletin/cont/79/inf/inf41.htm
6. http://www.cervantesvirtual.com/index.shtml
631
Libertad de Imprenta y Libertad de Expresión en la Constitución de Cádiz. Vigencia y Aplicación en la Nva.España
632
DE LA ENSEÑANZA DE LA
HISTORIA DEL DERECHO Y
DE LAS INSTITUCIONES
Hacia Una Nueva Enseñanza de la Historia del Derecho.
Una Crítica a los Manuales como Herramienta de
Transmisión de los Conocimientos Histórico – Jurídicos
RESUMEN: I.- Introducción. II.- La revolución mexicana y su Derecho en la “literatura manualera”. III.-
Crítica a la literatura “manualera” en el caso particular del derecho producido por la revolución mexicana.
IV.- Propuesta de cátedra. V.- Reflexiones finales.
I. Introducción
Si como lo sugiere Paolo Grossi el papel del historiador del derecho es el de ser la
conciencia crítica del cultivador del derecho positivo, ser aquel “sujeto llamado a la
incómoda función de poner en crisis sus no discutidas certezas, sacudiéndole sus
inamovibles solidificaciones y trastornando el perfecto paisaje en cual se complace en
División de Estudios de Posgrado de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales. UMSNH.
orlandoarande@yahoo.com.mx
Grossi, Paolo, Derecho, Sociedad, Estado, México, El Colegio de Michoacán / Escuela Libre de Derecho /
1
636
Felipe Orlando Aragón Andrade
Véanse: Foucault, Michel, La verdad y las formas jurídicas, España, Gedisa, 2003; y Anderson, Perry, El
4
637
Hacia una Nueva Enseñanza de la Historia del Derecho
638
Felipe Orlando Aragón Andrade
Soberanes Fernández, José Luis, Historia del Derecho Mexicano, México, Porrúa, 1995.
5
Ibídem., p. 191.
7
639
Hacia una Nueva Enseñanza de la Historia del Derecho
Constitución de 1917. Cabe señalar que ésta última es también muy pequeña y sólo dedica
unas pocas líneas a los artículos más importantes de la Carta Magna.
Margadant dedica en la primera parte de su estudio muchas líneas a hacer juicios de
valor. Por ejemplo, sostiene que “la revolución mexicana, llegó a ser una de las auténticas
revoluciones latinoamericanas…revoluciones que no sustituyeron una elite por otra”. 9 De
igual forma afirma que “muchas de las explosiones emocionales contra los herederos
oficiales del ideario de la revolución carecen de la objetividad que proporciona la
retrospectiva histórica y la comparación con otros países que se encuentran en vía de
desarrollo.”10
Por lo que toca a la otros dos subtemas se puede decir que contiene una
enumeración de leyes, nombres y fechas, pero con muy poca referencia o análisis a sus
contenidos e ideas. Margadant concluye diciendo que la Constitución de 1917 “fue una
declaración de guerra multilateral, dirigida a los hacendados, los patrones, el clero y las
compañías mineras.”11
Por lo que toca al trabajo de Oscar Cruz Barney titulado “Historia del Derecho en
México”12 podemos decir que el lenguaje con que estudia el tema es mucho más cuidadoso
que las dos anteriores obras. No denosta, ni ensalza a ninguno de los personajes
involucrados.
Cruz Barney estudia el tema de la revolución en seis subtemas. Los dos primeros
(La prerevolución y la fase preconstitucional) se limita a dar una referencia muy sucinta de
algunos acontecimientos, personajes, fechas y documentos importantes de la época. 13 Estas
dos primeras partes están hechas muy a modo de una cronología. Por lo que ve al tercer
apartado titulado “La legislación agraria” podemos comentar que nuevamente el autor
realiza a modo cronología un recuento de la legislación agraria desde México
independiente. Esto me parece un absurdo, ya que se está estudiando la época de la
revolución y no tiene sentido en esa parte del libro hacer un recuento de todo el siglo XIX.
Ibídem., p. 201.
9
Ibídem., p. 202.
10
Ibídem., p. 208.
11
Cruz Barney, Oscar, Historia del Derecho en México, México, Oxford, 1999.
12
640
Felipe Orlando Aragón Andrade
De forma similar está estructurada la siguiente parte subtema que toca la legislación
laboral. Los últimos subtemas de la obra de Cruz Barney son ocupados en hacer una
brevísima valoración de la Constitución de 1917 y una enumeración de la legislación
posterior a la revolución.
641
Hacia una Nueva Enseñanza de la Historia del Derecho
héroes y tibios que los sostengan como herederos legítimos de ese pasado glorioso.
Considero que estas extrapolaciones no deberían de estar presentes en un trabajo de
investigación histórico-jurídico.
II. Empleo de anacronismos. Nuevamente las dos primeras obras utilizan términos que
además de tener una carga simbólica desfavorable para algunos de los
protagonistas de la historia, también son incorrectos. Por ejemplo, hablar de
proletariado y burguesía en la segunda década del siglo anterior es muy
cuestionable. Habría que preguntarse cuál era el nivel de desarrollo industrial de
México por esos años, para dividir al país en esas dos clases. No hay que olvidar
que apenas por esos años se gestaba una pequeña burguesía, pero el poder
económico todavía lo conservaban los terratenientes, una clase precapitalista. Lo
mismo vale para el término proletariado, que en realidad era casi inexistente a
excepción de obreros muy localizados, la mayor parte de la gente desprotegida era
campesina.
III. Superficialidad. A los tres trabajos podemos atribuir esta característica. Los
marcos son muy pobres y se reducen a hacer una cronología de leyes, hombres,
etcétera, pero se dedica poca atención a las causas generales que explican el
proceso estudiado. Podemos decir que poco interesan los porqué y mucho más los
qué.
IV. Historia Nacionalista. Al igual que el punto anterior considero que los tres
manuales comparten esta característica. Ahora bien, es importante señalar que
mientras los trabajos de Soberanes y Margadant parecen reproducir los héroes y
una versión de la historia profunda legitimadora del priísmo, el trabajo de Cruz
Barney queda aparentemente libre de ese problema. No obstante, en los tres se
puede ver una idea particular de México como nación. En los tres libros la historia
del Derecho mexicano comienza con el México prehispánico, es decir, se
642
Felipe Orlando Aragón Andrade
Uno de los mayores problemas que se tienen cuando se imparte esta materia es el
poco tiempo para librar todos los temas del programa. Partamos de ahí entonces. La
propuesta radicaría que la clase iniciara con una introducción general al tema. Esta tendría
necesariamente que estar libre de maniqueísmos, es decir, no reproducir esta visión de
buenos y malos. Debería también ser cuidadosa en los términos que emplearía para no
confundir a los estudiantes con conceptos inaplicables a ciertas épocas o culturas. La idea
debe, también, estar libre del historicismo, en otras palabras, dejar de mostrar a la historia
del derecho como el camino triunfante de progresos de la humanidad en el campo de lo
jurídico.
Se maneja como ejemplo clásico que la cuestión de la tenencia de la tierra es una de las figuras heredadas
14
del derecho indígena prehispánico; sin embrago, el régimen actual tiene más semejanza con las
transformaciones que en esta materia se dieron durante la época colonial.
Aunque también sus prácticas jurídicas poco tienen que ver con el antiguo derecho prehispánico.
15
Para conocer el lector interesado puede ver: Gamio, Manuel, Forjando Patria, México, Porrúa, 1982; y
16
Vasconcelos, José, La raza cósmica, Cuarta edición, México, Espasa-Calpe Mexicana, S. A., 1976.
643
Hacia una Nueva Enseñanza de la Historia del Derecho
V. Reflexiones Finales
La enseñanza de la historia del derecho desde mi punto de vista debe ser uno de los
medios más importantes para desarrollar habilidades críticas en los futuros juristas. Sin
embargo, tal como se ha planteado no se logra este fin. Por el contrario, se convierte a esta
cátedra en una cuestión aburrida, que en lugar de poner en movimiento la capacidad de
razonamiento de los estudiantes se convierte en un aburrido curso de personajes, leyes y
fechas que los alumnos tienen que memorizar.
Para mucho profesores saber historia es conocer de memoria los “ordenamientos
jurídicos más trascendentales”, a los “juristas más destacados”, etcétera. Esta visión desde
la óptica que defiendo en este trabajo es absurda y conservadora. Absurda porque así como
644
Felipe Orlando Aragón Andrade
un abogado no necesita saber de memoria todos los artículos de un código, sino que en la
práctica él puede consultarlo en su despacho, el historiador también hace lo mismo cuando
investiga un problema. Es conservadora porque no cuestiona las versiones de la historia,
sino que simplemente las reproduce; como diría Grossi no trastorna, ni siquiera lo intenta,
el paisaje que el positivista tiene como una certeza absoluta.
Si efectivamente queremos contribuir al desarrollo del Derecho como disciplina
social necesitamos estudiantes críticos y no idolatras; necesitamos teorías jurídicas
descolonizadoras y emancipadoras, primero de un conocimiento encerrado en un corriente
decimonónica que se niega a cuestionar los mitos y las ficciones sobre las cuales se basa, y
segundo necesitamos que estos discursos se comprometan con la diversidad de las
concepciones de lo jurídico y con los sectores más desprotegidos de nuestra sociedad.
¿Cuál es el papel de la historia del derecho en este objetivo? Yo diría que básico. Para
explicarlo retomaré un pensamiento de la teoría feminista “Un grupo oprimido debe hacer
añicos el mundo reflejado en sí mismo que lo rodea y, al mismo tiempo, proyectar su propia
imagen en la historia. Para descubrir su propia identidad como algo distinto de la del
opresor, tiene que ser visible para sí mismo”.17 En otras palabras para pensar en corrientes
jurídicas comprometidas con el pluralismo jurídico y con las clases subalternas que hagan
transitar a los estudios jurídicos de posiciones conservadoras a enfoques más progresistas se
requiere “reescribir y reenseñar” la historia.
Mackinnon, Catherine, Hacia una teoría feminista del Estado, Valencia, Cátedra / Universidad de Valencia
17
645
Hacia una Nueva Enseñanza de la Historia del Derecho
646
El Papel del Docente en la Enseñanza del Derecho
Resumen
Palabras clave
Docencia, Vocación, Misión, Conocimientos, Alumnos, Enseñanza, Aprendizaje, Educar,
Profesor, Universidad, Clases.
Contenido
Más allá del nivel, contexto, tamaño e infraestructura, entre otras características, la
gran finalidad de cualquier institución educativa es la formación integral del ser humano,
esto quiere decir, el logro de aprendizajes significativos duraderos y con un alto grado de
afianzamiento que permitan el acceso a nuevos conocimientos y la resolución de problemas
ante diversas situaciones.
Cuando se habla de aprendizajes se reconocen en la misma magnitud los teóricos,
los heurísticos y los axiológicos, los segundos se refieren a saberes relacionados con el
dominio de habilidades (procedimientos) y los terceros a la formación actitudinal (valores).
Así también, se sabe que los estudiantes que ingresan a una universidad son el
objeto de la formación integral, y que el encargado principal de esto es el docente, profesor
ó maestro. El docente, realiza diversas tareas para dar cumplimiento al logro de la
formación integral, finalmente la universidad se organiza en función de esta gran razón.
648
El Papel del Docente en la Enseñanza del Derecho
Parece asunto sencillo, y lo es, pero pone sobre la mesa la importancia de la labor de
los maestros, al mismo tiempo que nos recuerda que las universidades se deben plantear
misiones desde el aula y para el aula, siendo en ellas donde concurren los sujetos objetos de
la formación integral y los docentes encargados de dicha formación.
Lo expresado aquí, intenta mostrar la importancia del trabajo que desarrollan los
maestros en el ámbito educativo, además de situar una de las problemáticas más relevantes
de la educación como sistema. Y es una problemática, en la medida en que se realizan
reformas que los docentes no logran llevar a la práctica en las aulas y por consecuencia su
repercusión en el logro de la formación integral del futuro licenciado, en el caso que nos
ocupa, en derecho. Lo anterior significa, poner atención en el trabajo docente y por lo tanto
en la formación de sus ejecutantes, los maestros, para el logro de reformas reales.
Los maestros pueden estar copados de buenas intenciones y de un deseo genuino de
que sus alumnos aprendan, asunto que no basta, requieren formación en la docencia, pero
no sólo los maestros necesitan saber de qué, cómo, cuándo, para qué y por qué del trabajo
docente, también es fundamental que otros actores educativos reconozcan cómo se
desarrolla esta labor, y ellos son los que bajo el nombre de algún puesto otorgan un nivel de
gestión, supervisión o asesoría académica a los maestros.
Con frecuencia escuchamos decir a los docentes que su director, coordinador o
supervisor no es capaz de orientar o entender lo que ellos hacen en el aula. Dicha
incapacidad radica en que no saben cómo hacerlo.
Primeramente se tiene que recordar que la docencia se encuentra atada, vinculada
con la didáctica, la cual regularmente la reconocemos como algo que tiene que ver con el
“arte de enseñar”, y si, es un arte enseñar. Es un trabajo artesanal, meticulosamente armado,
pero deberíamos reconocer que es más arte lograr que nuestros alumnos aprendan eficaz y
efectivamente. Segundo, y derivado de la didáctica, comprender que ésta implica una
planeación, una intervención y una evaluación educativa. Algunos maestros, realizan tareas
de enseñanza por intuición, a partir de lo que algún libro les indica 1 y ponen poca o nula
En algunas ocasiones hasta se llegan a repetir los mismos ejemplos por parte del docente, ello, en ocasiones
1
provoca un poco interés del educando en su formación, reforzando lo que por desgracia se comenta en la
649
Alan Freddy Carrasco Dávila
calle, con esa educación cómo va a encontrar empleo saliendo de la facultad, lo más seguro es que acabe
como otros abogados, manejando un taxi
650
El Papel del Docente en la Enseñanza del Derecho
Un maestro puede ocupar varios puestos, puede ser director de facultad, presidente del
consejo universitario, investigador, Rector de la casa de estudios, etc., esto significa que
hay posibilidad de ascenso y mejoría en las gratificaciones; llevando a cabo una carrera
horizontal.
651
Alan Freddy Carrasco Dávila
Una línea de investigación importante para el cambio didáctico del profesorado está
relacionada con los roles y metáforas que éstos adoptan. En ocasiones, sus concepciones
personales son tácitas y difíciles de articular, y las metáforas utilizadas en el lenguaje se
han mostrado como una poderosa herramienta para articular el pensamiento del
profesorado. Es posible señalar que los maestros conceptualizan sus concepciones y roles
en términos de metáforas, las cuales tienen un considerable efecto sobre la práctica que
llevan a cabo en el aula. Destacamos que los maestros realizan cambios en sus
concepciones y prácticas didácticas cuando construyen nuevos roles a través de la reflexión
crítica y, simultáneamente, adoptan o construyen nuevas metáforas compatibles con tales
cambios.
Otra cuestión importante resaltada en varios trabajos es el diseño de nuevos materiales,
recursos y actividades de enseñanza durante el programa de formación, ya que se constata
que el éxito de las estrategias de cambio conceptual y metodológico está muy relacionado
con el diseño y uso de recursos instruccionales especialmente adaptados para ello, pues los
textos y materiales tradicionales no proporcionan oportunidades para desarrollar estas
estrategias. Las nuevas actividades pueden orientarse como trabajos colectivos de
investigación e innovación, relacionadas con problemas prácticos relevantes de la
enseñanza y aprendizaje.
Sin embargo, aunque el maestro en formación disponga de suficientes conocimientos
académicos y haya reflexionado sobre sus concepciones e iniciado un desarrollo de las
652
El Papel del Docente en la Enseñanza del Derecho
653
Alan Freddy Carrasco Dávila
Los maestros son factor decisivo de la calidad de la educación, ya que son ellos los
elementos que organizan y potencian los recursos disponibles, los que plantean sus clases y
reflexionan sobre su enseñanza.
Conclusión
Bibliografía
DELORS J. Los fines de la educación del Siglo XXI. Santillana. Ediciones UNESCO.
1990.
654
El Papel del Docente en la Enseñanza del Derecho
MORIN E. Los siete saberes necesarios para la educación del futuro. UNESCO. París.
1999.
Correo Electrónico
alancarrasco2003@hotmail.com
655
Alan Freddy Carrasco Dávila
656
La Visión del Alumno Respecto a la Materia de Historia del Derecho,
de La Facultad de Derecho y Ciencias Sociales de la U. M. S. N. H.
La Historia del Derecho es la disciplina científica que tiene como objeto el estudio
del derecho es su dimensión temporal. Éste concepto que nos presenta el Instituto de
Investigaciones Jurídicas de la U. N. A. M., nos indica que la historia del derecho en cuanto
al objeto de estudio en el campo de los conocimientos exactos y razonados de las cosas por
sus principios y causas se refiere a un lapso de tiempo determinado, y como tal debe ser
estudiado por etapas ubicadas a lo largo del tiempo y del espacio.
Esta es una materia que forma parte de la cultura jurídica de nuestro sistema de
derecho, nos ayuda a entender la lógica del mismo, por lo que se ha convertido en una
asignatura obligatoria en varias facultades y escuelas de derecho, entre ellas encontramos la
La gran mayoría cree que conocer la historia del derecho influirá en su vida
profesional y sin embargo no consideran que debería estudiarse más a fondo, la mayor parte
preferiría que se impartiera otra materia de derecho actual. Pero lo más lamentable es que
consideran, que en su opinión, respecto a la materia, influyo de manera determinante, lo
bueno o malo que fue su maestro al impartirla.
Los comentarios respecto a los maestros que imparten esta materia son muy
desafortunados, no encontramos alguno que los favoreciera. Para aquellos que la materia
les parece importante y básica les es lastimoso que los maestros no tengan la capacidad de
impartirla, porque es evidente su falta de preparación ya que no la conocen a fondo.
658
Mª Isabel Barriga Ruiz
Un gran porcentaje opina que los maestros la hacen aburrida y tediosa, ya que
algunos solo dictan apuntes y eso es todo, otros ponen a exponer a los alumnos en cuyo
caso solo aprende el que expuso, otros solo hablan y casi se duermen ellos mismos, no
saben enseñar al alumno. Este mismo porcentaje cree que debería implantarse una técnica
de enseñanza más actual, donde esta materia fuera más dinámica, más interactiva e
interesante.
Por lo que podemos deducir que la gran mayoría de las opiniones negativas respecto
a la materia están afectadas por la falta de seriedad de los catedráticos asignados, que no
tienen la prioridad de enseñar la historia del derecho como la base de todo, como la esencia
de nuestra carrera, ya que no conocer la historia del derecho es como llevar un velo que no
nos permite ver con claridad hacia adelante, no vemos hacia dónde vamos, hacia donde
queremos encaminar nuestra pasos para tener la capacidad suficiente que nos permita,
como estudiantes, tener un razonamiento lógico de nuestras ideas, para situarnos en nuestro
sistema jurídico actual.
Es necesario reconocer, sin embargo, que existen alumnos que no toman con
seriedad la materia, que en algunas secciones pueden ser la minoría y en otras la mayoría,
que es muy fácil acusar al maestro de ser lo suficientemente malo para impartirla, sin tomar
en cuenta nuestras predisposiciones, nuestra errónea idea respecto a la materia o al
catedrático asignado, nuestra mentalidad fácilmente influenciable, a veces, por quienes
menos conocen, por quienes solo de oídas saben si la materia o el maestro son buenos o no,
si la materia esta de relleno o en verdad nos es necesaria para el ejercicio de nuestra
profesión.
659
La Visión del Alumno Respecto a la Materia de Historia del Derecho, de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales
CUESTIONARIO:
1.- De las materias que te han impartido hasta este momento, ¿cuál es la que consideras
menos importante?
- El 27% considera que todas las materias impartidas hasta este momento son
importantes.
660
Mª Isabel Barriga Ruiz
2.- ¿Crees qué conocer la historia del derecho influirá en tu vida profesional?
66% si cree que influirá en su vida profesional.
34% no lo cree.
3.- ¿Te parece qué debería estudiarse más a conciencia esta materia?
51% no piensa que debería estudiarse más a conciencia.
49% si lo piensa.
4.- ¿Preferirías que en lugar de la materia de Historia del Derecho, se impartiera otra de
derecho actual?
79% si preferiría que se impartiera otra materia.
21% no lo preferiría.
5.- ¿Consideras que en tu opinión respecto a esta materia influyo lo bueno o malo que haya
sido tu maestro al impartirla?
73% si considera que influyo su maestro.
27% no lo considera.
6.- ¿Tienes alguna opinión que aportar respecto a la materia de Historia del Derecho?
La generalidad de las respuestas se refiere más que a la materia, a la forma de cómo
su maestro impartió la materia, hacen comentarios de que el maestro no está bien
preparado, que no conoce la historia a fondo, que la hacen aburrida y tediosa porque solo
dictan y no saben enseñar, que les falta que la hagan amena, interactiva, que debería aplicar
métodos de enseñanza mas didácticos o actuales.
661
La Visión del Alumno Respecto a la Materia de Historia del Derecho, de la Facultad de Derecho y Ciencias Sociales
Tomando en consideración que los datos aportados por este sondeo, son
perfectamente aplicables a la opinión que tienen los estudiantes respectos a sus maestros,
habría que considerar la urgencia de que los profesores cuenten con una mayor formación
en el tema, que manejen técnicas didácticas de enseñanza que involucren e interesen mas a
los alumnos y lleguemos a encontrar la utilidad teórica y práctica de esta importantísima
asignatura.
Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, “Diccionario Jurídico Mexicano”, tomo II. Ed.
2
662
CLAUSURA
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
Introducción
Federal de 1857, pero dejaba a Comonfort en el poder. Juárez y algunos diputados fueron
encarcelados y Comonfort terminó, como veremos, uniéndose al Plan, así como algunos
mediante una protesta en contra del citado Plan y de la adhesión de Comonfort “el segundo
1
Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM. Investigador nacional nivel II.
a las legislaturas de los estados a permanecer fieles a sus promesas, rechazando el Plan de
satisfecha con la Constitución de 1857 debido a que no había sabido hermanar el progreso
fuerza armada no debía sostener lo que la Nación no quería y sí ser el apoyo y la defensa de
hicieron del Excmo. Sr. presidente D. Ignacio Comonfort para Presidente de la República,
continuaba encargado del mando supremo con facultades omnímodas para pacificar a la
3. A los tres meses de la adopción del Plan por los Estados en que actualmente se
extraordinario, sin más objeto que el de formar una constitución que fuere conforme con la
voluntad nacional y garantizare los verdaderos intereses de los pueblos. Dicha constitución,
2
Protesta de la representación nacional contra el atentado del 17 de diciembre, en El Archivo Mexicano.
Colección de leyes, decretos, circulares y otros documentos, México, Imprenta de Vicente G. Torres, 1857,
Tomo III, págs. 1030 y siguientes.
3
Se puede consultar el Plan de Tacubaya, en Iglesias González, Román (int. y rec.), Planes políticos,
proclamas, manifiestos y otros documentos de la Independencia al México moderno, 1812-1940, Instituto de
Investigaciones Jurídicas, UNAM, México, 1998.
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Oscar Cruz Barney
Estados, que tendría las atribuciones que señalaría una ley especial.
donde señalaba que al promover la revolución contra la Constitución de 1857, no había sido
guiado por interés personal. Sostenía que los males que sufría la patria a consecuencia de
la Constitución, eran las razones que lo obligaban a tomar las armas en su contra.
4
D. Félix Zuloaga nació en Álamos, Sonora en 1813 y trasladado a Chihuahua al poco tiempo. El 8 de
octubre de 1834 recibió el nombramiento de teniente de guardia nacional en el batallón de cazadores y se
ocupó de la campaña de los indios bárbaros hasta 1837. Fue nombrado teniente de ingenieros el 14 de julio
de 1836. Ascendió a capitán el 5 de noviembre de 1841 y a teniente coronel el 26 de enero de 1843. participó
activamente en la defensa del país en contra de la invasión estadounidense dirigiendo la fortificación de
Monterrey. Fue regidor y alcalde constitucional de Chihuahua. En 1854 combatió la revolución de Ayutla.
falleció en 1898 en la Ciudad de México. Véase Rivera Cambas, Manuel, Los gobernantes de México,
México, Imp. de J.M. Aguilar Ortiz, 1873, tomo 2, págs. 540-541. Asimismo Diccionario Porrúa de historia,
biografía y geografía de México, 6ª ed., México, Porrúa, 1995, sub voce Zuloaga, Félix María.
5
Manifiesto del General en Jefe de la primera brigada del ejército, exponiendo los motivos que lo obligaron
a pronunciarse en contra de la Constitución de 1857, en Iglesias González, Román (int. y rec.), Planes
políticos, proclamas, manifiestos y otros documentos de la Independencia al México moderno, 1812-1940,
Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM, México, 1998.
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Decía Zuloaga que todos sabían que había una urgente necesidad de nuevos códigos,
de ordenanzas de hacienda, de leyes militares, de policía y de otros ramos, y que era muy
aprovechado el corto intervalo de una dictadura que dé por resultado la pacificación del
país, la tranquilidad de los ciudadanos, el progreso de todas las mejores materiales, y por
Manifiesto del Excmo. Sr. Presidente, aceptando el Plan de Tacubaya7 en donde sostenía
que como Jefe del Ejército restaurador de la libertad, proclamado en Ayutla el 1 de marzo
de 1854, no creía que había hecho más que seguir el impulso de una revolución nacional y
Comonfort señalaba que en tan graves dificultades había tomado la decisión de hacer
el último esfuerzo que creía posible para salvar la Constitución, proponiéndose dirigir al
Congreso las iniciativas de las reformas que todos tenían como las más urgentes, y que él
6
Una amplia explicación del origen del Plan de Tacubaya en Payno, Manuel, Memoria sobre la revolución
de diciembre de 1857 y enero de 1858,en Manuel Payno, Obras completas, México, Consejo Nacional para
la Cultura y las Artes, Tomo VIII, 2000, págs. 33-96. Se califica a este documento como el que más se acerca
a la verdad de los acontecimientos y al significado del llamado golpe de Estado, véase Villegas Revueltas,
Silvestre, “La Constitución de 1857 y el golpe de estado de Comonfort”, Estudios de historia moderna y
contemporánea de México, México, Instituto de Investigaciones Históricas, UNAM, Vol. 22, Documento 273,
pág. 2, versión electrónica en http://iih.unam.mx/moderna/ehmc/ehmc22/273.html, pág. 14.
7
Manifiesto del Excmo. Sr. Presidente, aceptando el Plan de Tacubaya, en Iglesias González, Román (int. y
rec.), Planes políticos, proclamas, manifiestos y otros documentos de la Independencia al México moderno,
1812-1940, Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM, México, 1998.
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juzgaba que podrían contribuir a calmar los ánimos, sin embargo, sin más programa que las
levantarse, mismas que tal vez no han hecho otra más que ceder a la voluntad nacional.
Afirma Comonfort que al aceptar la dictadura que ponía en sus manos el Plan de
Tacubaya, debía a las fuerzas que lo habían proclamado y a la República una manifestación
ingenua y leal que aleje todo temor acerca de la duración indefinida y del ensanche abusivo
ejercicio de las facultades discrecionales de que fuere absolutamente necesario usar durante
el período en que permanezca sin constituirse la Nación, cuyo período será, afirma
8
Fuentes Mares, José, “... y México se refugió en el desierto”. Luis terrazas: historia y destino, México, Ed.
Jus, 1954, pág. 24.
9
Soberanes Fernández, José Luis, “El derecho en el gobierno conservador 1858-1860”, Anuario Mexicano de
Historia del Derecho, México, UNAM, Instituto de Investigaciones Jurídicas, III, 1991, pág. 235.
10
Modificación al Plan de Tacubaya, México, Enero 11 de 1858.-J. de la Parra, en Arrillaga, Basilio José,
Recopilación de leyes, decretos, bandos, reglamentos, circulares y providencias de los supremos poderes y
otras autoridades de la República Mexicana, México, Imprenta de A. Boix, á cargo de M. Zornoza, 1864,
págs. 3-4.
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capital se había pronunciado por el Plan Regenerador de Tacubaya que tan unánimemente
había sido acogido por la mayoría de la Nación. Por desgracia el Jefe del Ejecutivo, que fue
del Plan de Tacubaya, eliminando a Ignacio Comonfort del mando Supremo de la Nación, y
proclamando como General en Jefe del Ejército Regenerador al Sr. D. Félix Zuloaga,
destacando que Unión y orden "es lo que os recomienda quien, á la cabeza de las fuerzas de
su mando, no tiene otra ambición que asegurar la paz y la organización de un Gobierno que
11
Ibídem, pág. 3.
12
Ibídem, pág. 4.
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Las fuerzas conservadoras encabezadas por los generales Luís G. Osollo 13 y Miguel
de Justicia.”
que la voluntad general expresada en la Constitución y en las leyes es la única regla a que
13
Sobre éste véase Hernández Rodríguez, Rosaura, El General conservador Luís G. Osollo, México, Ed. Jus,
1959.
14
Sobre él consúltese a José Fuentes Mares, Miramón, el hombre, Joaquín Mortiz, México, 1974 y a
González Montesinos, Carlos, Por Querétaro hacia la eternidad. El general Miguel Miramón en el Segundo
Imperio, México, Impresión Comunicación Gráfica, 2000.
15
Si bien posteriormente regresaría para prestar servicios militares al gobierno de Juárez. Su presencia sería
discutida ampliamente. Falleció el 13 de noviembre de 1863 en una acción militar. Véase sobre el tema a
Hernández, Rosaura, “Comonfort y la intervención francesa”, Historia Mexicana, México, El Colegio de
México, Vol. XIII, Núm. 1, Julio-Septiembre, 1963, págs. 59-61. Véase también Broussard, Ray F., “El
regreso de Comonfort del exilio”, Historia Mexicana, México, El Colegio de México, Vol. XVI, Núm. 4,
Abril-Junio, 1967, pág. 72.
16
Soberanes Fernández, José Luís, op. cit., pág. 236.
17
Manifiesto de Don Benito Juárez, Guanajuato a 15 de enero de 1858, en Iglesias González, Román (int. y
rec.), Planes políticos, proclamas, manifiestos y otros documentos de la Independencia al México moderno,
1812-1940, Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM, México, 1998.
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debían sujetarse los mexicanos. “Consecuente con este principio, que ha sido la norma de
supremo luego que he tenido libertad para verificarlo. Llamado a este difícil puesto por su
el Congreso de la Unión para continuar sus tareas, anunciaba Juárez que dictaría las
restablecer la paz.
conservador de Zuloaga.
18
Ídem.
19
Decreto por la Secretaría de Gobernación del 25 de enero de 1858, Consejo de Gobierno. Su
organización, en Arrillaga, Basilio José, Recopilación de leyes, decretos, bandos, reglamentos, circulares y
providencias de los supremos poderes y otras autoridades de la República Mexicana, México, Imprenta de A.
Boix, á cargo de M. Zornoza, 1864, págs. 13-16. Se citará como Consejo de Gobierno y el número del
artículo.
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temporales se llenarían por los suplentes. A falta de éstos proveería el Gobierno. 20 Cabe
señalar que el cargo de consejo era gratuito, y era compatible con cualquier empleo
de su seno por el Presidente de la República. Las faltas del Presidente del consejo, se
Señoría.22
20
Consejo de Gobierno, Arts. 1-2.
21
Consejo de Gobierno, Art. 3.
22
Consejo de Gobierno, Art. 20.
23
La lista de miembros del Consejo de Gobierno se puede consultar en Zamacois, Niceto de, Historia de
Méjico desde sus tiempos más remotos hasta nuestros días, México, J.F. Parres y Compañía, Editores, 1880,
Tomo XIV, págs. 737-739. La publicación más reciente del mismo en Cárdenas de la Peña, Enrique, Tiempo
y tarea de Luís Gonzaga Cuevas, México, Ed. de Juan Cortina Portilla, 1982, págs. 278-279.
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Territorio de California
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de Estado, es decir:
1. Relaciones Exteriores
2. Gobernación
3. Justicia
4. Fomento
5. Hacienda
6. Guerra.
24
Zamacois, Niceto de, op. cit., Tomo XIV, pág. 737.
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República. La falta del Presidente de sección se suplía por el vocal primer nombrado de
debía hacer el mismo Consejo, oyendo a una comisión con las propuestas respectivas.
Presidente de ella podía entenderse directamente con el Ministro del ramo a que pertenezca.
correspondiente sección. 25
III. Iniciar al Gobierno todas las medidas del orden legislativo y administrativo que
juzgare conveniente.
En cuanto a las sesiones del Consejo se estableció que fueran diarias y cuando las
25
Consejo de Gobierno, Arts. 4-7.
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Presidente del Consejo, y en su defecto por el Vicepresidente que corresponda por el orden
de su nombramiento. El quórum necesario para que hubiera Consejo era de la mitad más
En cuanto a las sesiones del Consejo, éstas debían ser secretas y sus acuerdos y
dictámenes, así como los de las secciones, no se podían publicar sin permiso del Gobierno.
secciones. El mismo Presidente podía conceder licencias hasta por un mes a los consejeros
Tocaba a las secciones presentar al Consejo dictamen sobre los negocios que se les
pasaren en el tiempo que se les hubiere señalado, no pudiendo exceder de quince días. Las
votaciones sobre los dictámenes eran nominales. Las demás votaciones se hacían
poniéndose en pié los que aprobaren. También eran nominales las votaciones cuando así lo
pedía algún consejero apoyado por otros dos. Las de elección o designación de personas se
estaban conformes todos los individuos de ella y era reprobado, se debía comunicar esto al
Gobierno.
26
Consejo de Gobierno, Arts. 9-11.
27
Consejo de Gobierno, Arts. 12-13.
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En aquellos asuntos en que el Consejo acordaba despachar de plano, no era preciso oír
El Presidente de la República presidía las sesiones del Consejo cuando lo tenía a bien
y fijaba la cuestión o asunto que se trataba. Los Secretarios del despacho tenían entrada y
voz en las sesiones del consejo y de sus secciones, siempre que lo creían conveniente.
28
Consejo de Gobierno, Arts. 14-17.
29
Consejo de Gobierno, Arts. 18-19.
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Gobierno
Reglamento para el gobierno interior del excelentísimo Consejo de Gobierno30, para cuya
Consejos, con la idea de tratar de acomodar a la organización actual del cuerpo el mas
acabado de los antiguos reglamentos, aprovechando así las lecciones de la experiencia. “El
principal de esos Reglamentos que rigió en la época de las Bases Orgánicas de la República
fue necesario estraerlo de las diversas actas en que se discutió por no haberse llegado á
asunto.”31
Se trataba del Reglamento del Consejo de Estado32 de 17 de Junio de 185333 que rigió
durante la última dictadura de Antonio López de Santa Anna, mismo que se adoptó con las
30
Reglamento de 7 de diciembre de 1858 expedido por la Secretaría de Gobernación para el gobierno
interior del excelentísimo Consejo de Gobierno, en Arrillaga, Basilio José, Recopilación de leyes, decretos,
bandos, reglamentos, circulares y providencias de los supremos poderes y otras autoridades de la República
Mexicana, México, Imprenta de A. Boix, á cargo de M. Zornoza, 1864, págs. 512-528. Se citará como
Reglamento del Consejo
31
Véase Reglamento del Consejo, preliminares.
32
Véase Consejo de Estado, Nombramiento de los individuos que lo componen, 26 de abril de 1853, en
Legislación mejicana, o sea colección completa de las leyes, decretos y circulares que se han expedido desde
la consumación de la independencia, Méjico, Imprenta de Juan N. Navarro, Tomo que comprende de abril a
julio de 1853, págs. 37-40.
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obligación a los consejeros de usar el uniforme que les estaba señalando en el Reglamento
Recordemos que bajo el gobierno de Santa Anna se dictaron las Bases para la
Dicho Consejo se conformó a partir del 26 de abril de 1853 por los señores Ilmo.
33
Reglamento del Consejo de 17 de junio de 1853, en Legislación mejicana, o sea colección completa de las
leyes, decretos y circulares que se han expedido desde la consumación de la independencia, Méjico, Imprenta
de Juan N. Navarro, Tomo que comprende de abril a julio de 1853, págs. 406-411.
34
Su texto en Carbonell, Miguel, Cruz Barney, Oscar y Karla Pérez Portilla (comps.), Constituciones
históricas de México, 2ª ed., Porrúa, México, 2004.
35
Personaje de enorme importancia en la historia jurídica y política del país. Autor de una amplísima
bibliografía como son entre muchos otros Del derecho natural en sus principios comunes y en sus diversas
ramificaciones, ó sea, curso elemental de derecho natural y de gentes, público, político, constitucional, y
principios de legislación. Imprenta de la Voz de la Religión, México, 1849, 4 tomos. Esta obra se considera
por Jorge Adame Goddard en su “El derecho natural de Clemente de Jesús Munguía”, Memoria del III
Congreso de Historia del Derecho Mexicano (1983), México, UNAM, 1984 que contiene la mejor síntesis
expositiva del pensamiento conservador mexicano. La Comisión Nacional de los Derechos Humanos y la
Suprema Corte de Justicia de la Nación publicaron en 2005 una edición facsimilar de esta obra, con un
excelente estudio introductorio de Faustino Martínez Martínez; Curso de jurisprudencia universal ó
exposición metódica de los principios del derecho divino y del derecho humano, Morelia, Imprenta de Ignacio
Arango, 1844, 2 tomos; Del culto considerado en sí mismo y en sus relaciones con el individuo, la sociedad y
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Oscar Cruz Barney
General Miguel Cervantes; D. José Palomar; D. Gregorio de Mier y Terán; Lic. D. José
María Godoy; General D. Gregorio Gómez Palomino; D. José Ignacio Esteva; D. Ramón
Muñoz y Muñoz; D. Luís Gonzaga Medina; D. Tomás López Pimentel; Lic. D. Juan M.
Fernández de Jáuregui; Lic. D. Manuel Baranda; D. Juan Múgica y Osorio; D. José Julián
el gobierno, o sea, tratado completo de las obligaciones para con Dios, Morelia, Imprenta de Ignacio Arango,
1847; su muy importante Manifiesto que el Lic. Clemente Munguía, electo y confirmado Obispo de
Michoacán por nuestro Smo. Padre el Sr. Pío IX dirige a la Nación Mejicana, explicando su conducta con
motivo de su negativa el día 6 de enero al juramento civil según la fórmula que se le presentó, y de su
allanamiento posterior, a jurar bajo la misma en el sentido del art. 50, atribución XII de la Constitución
Federal, Morelia, Imprenta de Ignacio Arango, 1851 y sus Prolegómenos de la teología moral. Imprenta de
Andrade y Escalante, México, 1858. Sobre su vida y obra véase Bravo Ugarte, José, Munguía, Obispo y
Arzobispo de Michoacán (1810-1868) Su vida y su obra. Homenaje en el centenario de su muerte, México,
Jus, Colección México Heroico, Núm. 67, 1967. Véase asimismo Adame Goddard, Jorge, en su artículo
citado líneas arriba y López Monroy, José de Jesús, “El pensamiento de Clemente Munguía. A propósito del
derecho natural en sus principios comunes” Anuario mexicano de historia del derecho, México, Instituto de
Investigaciones Jurídicas, UNAM, Tomo XIV, 2002.
36
José Julián Tornel y Mendívil fue autor del Manual de derecho mercantil mexicano, o sea el Código de
Comercio de México puesto en forma de diccionario, Imprenta de Vicente Segura Argüelles, México, 1854.
Escribió también un Índice alfabético de la Ley sobre administración de justicia.
37
Autor del Libro de los códigos, ó prenociones sintéticas de codificación romana, canónica, española y
mexicana, Imprenta de Vicente G. Torres, México, 1857. De esta obra existe una edición facsimilar
publicada por el Tribunal Superior de Justicia del Distrito Federal en 1992. Sobre Antonio Florentino
Mercado véase Arenal Fenochio, Jaime del, “Un ignorado jurista michoacano: Antonio Florentino Mercado”,
Revista de investigaciones jurídicas, México, Escuela Libre de Derecho, año 16, Núm. 16, 1992 y Morineau,
Marta, “Dos juristas mexicanos del siglo XIX: Antonio Florentino Mercado versus Juan Rodríguez de San
Miguel”, Anuario mexicano de historia del derecho, México, Instituto de Investigaciones Jurídicas, UNAM,
Tomo IX, 1997.
683
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
Los consejeros substitutos eran: D. Juan Garza Flores; D. Manuel María Pérez; D. Silvestre
artículos, frente a los 37 que tuvo el de Santa Anna, tocando los siguientes apartados:
Ceremonia.
Se estableció que para toda resolución que tomase el Consejo en ejercicio de sus
atribuciones, se requería la concurrencia de la mitad más uno del número de sus integrantes
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Oscar Cruz Barney
por lo menos. En el caso de ausencia o faltas temporales de los propietarios, los sustituían
Se reputaba por ausencia o falta temporal la que excediera del término de cuatro
meses, o bien la que sea indefinida u ocasionada por comisión o cargo temporal, cuyas
funciones lo hicieran incompatible de hecho con las de consejero, según la calificación que
hacía el propio Consejo, previo informe en el caso del consejero que se trata de reemplazar.
El Consejo tenía sesiones ordinarias y extraordinarias. Las ordinarias los días lunes y
Consejo lo acordare. Si alguno de estos días era festivo, se trasfería la sesión al día hábil
inmediato. Las sesiones ordinarias iniciaban a las doce y duraban hasta las tres de la tarde
38
Cabe destacar que conforme al artículo 3, los consejeros propietarios y los suplentes en ejercicio,
solamente podían ser juzgados en lo civil y en lo criminal por la Suprema Corte de Justicia, y no podían ser
removidos sin causa. Esta disposición se tomó del Decreto de 30 de julio de 1853 expedido por Antonio
López de Santa Anna en ese mismo sentido respecto a los miembros del Consejo de Estado en 1853. Véase
Consejo de Estado, decreto del 30 de julio de 1853, sus individuos serán juzgados por la Suprema Corte de
Justicia, en Legislación mejicana, o sea colección completa de las leyes, decretos y circulares que se han
expedido desde la consumación de la independencia, Méjico, Imprenta de Juan N. Navarro, Tomo que
comprende de abril a julio de 1853, págs. 594-595.
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si era necesario, pudiendo prorrogarse por acuerdo del Consejo a petición de cualquiera de
sus miembros.
A las 12:15 horas en punto abría la sesión del Presidente, vicepresidente o bien el
consejero más antiguo que estuviere presente con los individuos que se encontrasen en el
local, debiendo permanecer en él hasta que se completare el número necesario o bien diera
la una de la tarde, en cuyo caso se debían disolver. El orden de los trabajos era el siguiente:
Se iniciaba dando cuenta con el acta de la sesión anterior para su aprobación, y en seguida
presentasen las secciones o algún consejero y los dictámenes de segunda lectura señalados
a discusión.
demás consejeros tomaban asiento indistintamente. Los secretarios ocupaban los lados de la
Se debían anotar en el acta los individuos que asistían y los que faltaren o se
ausentaren de la sesión, expresándose si la falta o ausencia había sido con aviso, licencia o
sin ella.39
Cuando los secretarios del despacho consideraban conveniente asistir a las sesiones
del Consejo, podían tomar parte en sus deliberaciones; dando oralmente o por escrito la
instrucción o informe relativo a los asuntos de que se ocupa el Consejo que se les pidiere.
39
Conforme al artículo 9, para que un consejero pudiera faltar a las sesiones, necesitaba licencia del
Presidente del Consejo, quien si había un número de dos tercios expeditos, la podía conceder hasta por un
mes; por dos el Consejo, y por más tiempo el Presidente de la República.
686
Oscar Cruz Barney
Al final de la sesión, calificaba el Consejo la que debía tenerse por secreta; en cuyo
individuos para que lo visitase diariamente, diese cuenta al Consejo y le procurase los
ordinarias o extraordinarias a su voluntad. Cuando faltaba a la sesión 41, hacía sus veces el
40
Véase Reglamento del Consejo, Art. 12.
41
Cuando el presidente no podía asistir a la sesión lo debía comunicar a la Secretaría del Consejo
42
Reglamento del Consejo, Art. 15.
687
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
haciéndolo por billete cerrado, el cual se debía dejar en la casa del citado a
persona segura.
Los deberes de los secretarios eran conforme al Artículo 18 del Reglamento del
Consejo:
1. Dar cuenta con los negocios que ocurrieran por el orden designado en el
Reglamento.
2. Redactar el acta que debía contener lo tratado por el Consejo, con inserción a
la letra de los puntos acordados y número de votos con que lo hubieren sido;
688
Oscar Cruz Barney
debiendo constar en las votaciones que no fueren secretas, los nombres de los
que estuvieron en pro o en contra, con los fundamentos en que cada uno se
3. Autorizar el acta con media firma una vez aprobada, y firmarla después con el
aprobado.
5. Hacer que, sin demora, se turnen a cada sección los expedientes que le toquen
cada una, los dictámenes aprobados, la fecha en que lo fueron y de los que
8. Anunciar al fin de cada sesión los asuntos que debían tratarse en la siguiente.
que cometieran faltas leves, dado cuenta al Consejo en casos graves, para que
acordase lo conducente.
Cabe señalar que las comunicaciones dirigidas al Gobierno, las debía firmar el
Presidente del Consejo o los de las secciones en su caso, y las demás los secretarios.
689
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
III.5 Del despacho de los negocios del Consejo y de las secciones por comisiones.
dictamen al Consejo, así como de las proposiciones que en él hacían sus miembros, el
presidente, ya sea en sesión o bien fuera de ella, debía nombrar a un individuo en comisión
para que abriera dictamen sobre el asunto. Si el Gobierno no señalaba al pedir el dictamen
que se tratara el negocio en Consejo, el presidente en sesión o fuera de ella, debía mandar
que abriera un dictamen en cada expediente que se le pasare por conducto del Presidente
del Consejo o directamente del Gobierno; y el nombrado lo debía recibir por conducto de la
secretaría bajo conocimiento. Las secciones debían extender su dictamen por escrito,
secciones debían seguir en lo posible el turno entre todos los miembros de uno y otras para
que se repartiesen los trabajos; sin perjuicio de elegir en cada caso a la persona que se
690
Oscar Cruz Barney
Las comisiones, por medio del Presidente del Consejo y de los de sus respectivas
secciones, podían pedir a las secretarías del despacho y a cualquiera otra oficina o
Cuando por la gravedad de los negocios que se le pasaban a las secciones por el
debían sujetar a su deliberación con dictamen que extendido por la comisión y aprobado
por la mayoría de los miembros de la sesión. Los que disentían debían presentar su voto
particular. Si todos los miembros de la sección disentían, de manera que no haya mayoría,
cada uno debía presentar su dictamen, discutiéndose primero el del consejero más
antiguo.43
En aquellos negocios en los que solamente las secciones debían emitir su consulta al
Gobierno, se tenía por dictamen el que era aprobado por la mayoría de los miembros de la
sección. En caso de empate, se les llamaba a los miembros que no habían asistido, o al
debía pasar a una nueva comisión para que elaborara otro; y si corría la misma suerte, se
43
Reglamento del Consejo, Arts. 21-28.
44
Reglamento del Consejo, Arts. 29-30.
691
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
Los dictámenes de las comisiones debían tener primera y segunda lectura. Una vez
despachado, tenía la facultad para explicar y ampliar los fundamentos en que se apoyare a
petición de alguno de los consejeros. Una vez iniciada la discusión, el Presidente del
Consejo concedía la palabra alternativamente en contra y en pro del dictamen a los que la
fueran solicitando, si bien nadie podía usar de la palabra por más de tres veces salvo que
fuese para enmendar equivocaciones de hecho. La discusión se prolongaba hasta que por no
haber quien hablase en contra, por acuerdo del Consejo o por virtud de una moción del
levantarse la sesión o bien por acuerdo del Consejo a solicitud de cualquiera de sus
votación.
votaciones podían ser públicas o secretas. En toda votación se debía observar el orden de
45
Reglamento del Consejo, Arts. 33-34.
692
Oscar Cruz Barney
asientos, comenzando por la derecha de la mesa y concluyendo por los miembros de ésta,
En las votaciones públicas podía cada consejero manifestar su voto en términos claros
y precisos con las razones en que se fundare. Si alguno de los vocales después de emitido
su voto quería reformarlo, podía hacerlo siempre que fuera al momento de publicarse la
votación.47
personas se votaba por cédulas, que cada vocal entregaba doblada al Presidente, el cual sin
descubrirla, la depositaba en una ánfora. Habiendo todos votado, el secretario las sacaba de
una en una, leyéndolas en voz alta y pasándolas a manos del Presidente. Inmediatamente se
hacía el conteo y se publicaba el resultado. En las elecciones que recaían sobre personas, no
entre el que tuviere el mayor número de votos y el que le seguía en segundo lugar. Si entre
éstos hubiera dos o más con igual número de votos, se nombraba entre ellos un competidor
para que entrase en el segundo escrutinio. Si dos personas tenían mayoría respectiva o igual
número de votos, entre ellos se verificaba el segundo escrutinio; y si eran más de dos, se
46
Reglamento del Consejo, Arts. 44-45.
47
Reglamento del Consejo, Art. 42
48
Reglamento del Consejo, Art. 46.
693
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
acudieran a ella los que hubieren faltado. Si cerrada la discusión y votada de nuevo, volvía
a resultar empate, se llamaba a los que no habían asistido, pudiéndose abrir de nuevo el
debate. Si aun así no se decidía el empate, y los que habían faltado no podían asistir por
era objeto de consulta o de iniciativa; y si era sobre indulto, se tenía por decidido en favor
del interesado.
particular fueran aprobados, se pasaba el expediente a una comisión especial para que de
nuevo lo examinase.
III.7 Ceremonia.
sus deliberaciones, o bien que quería hallarse presente al tratarse de algún asunto
puerta exterior del local destinado para el Consejo, hasta su asiento, y lo acompañaban
después a su salida.49 No podía darse cuenta con el asunto en cuestión hasta en tanto no se
49
El Presidente de la República, ocupaba debajo del dosel el asiento principal, y a su derecha el del
Presidente del Consejo; a la entrada y salida del Presidente de la República, todos los consejeros se debían
poner de pie. Reglamento del Consejo, Art. 53.
694
Oscar Cruz Barney
En todo acto público al que acudiera el Consejo o una comisión de él, su asiento se
debía ubicar inmediatamente después del Presidente de la República y sus ministros. En los
actos públicos podían usar los individuos del Consejo del uniforme grande o pequeño que
les estaba concedido, o los que por otros empleos o comisiones que servían o hayan
servido, les estuviera señalado y al que tuvieren derecho. El distintivo diario era, en el ojal
de la casaca, una cinta igual a la designada para la cruz que debía llevarse al cuello encima
del uniforme.50
hicieren en la planta con vista de las labores del Consejo. El citado decreto establecía en su
50
Reglamento del Consejo, Arts. 54-56.
695
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
seis escribientes.51 Las vacantes se cubrían del modo siguiente: si era de oficial, el
portero, el mismo Consejo hacía el nombramiento, previa convocatoria que se expedía para
tal efecto.52
no los hubiera con las aptitudes necesarias, podían hacerse en otras personas que tuvieren
observar una rigurosa escala, misma que se observaría para sustituirse los unos a los otros,
en los casos de ausencia, enfermedad o cualquiera otra en que pudieran faltar a la oficina.
En las faltas graves de los empleos en que el juez debía tomar conocimiento, bien sea
por la naturaleza misma de ellas, o por haberlo así acordado el Consejo, el presunto reo era
puesto a su disposición por conducto del Gobierno con los datos o comprobantes que
hubieren.53 El Consejo podía conceder hasta tres meses de licencia a los empleados de su
arreglo y práctica interior eran objeto del reglamento de la Secretaría que debía formar el
696
Oscar Cruz Barney
Cuando los trabajos de la secretaría eran de tal naturaleza que no podían ser
ejecutados con solo los dependientes de ella, se debía avisar al Gobierno para que la
De los ejemplares de las leyes y decretos que se pasaban al Consejo, tres eran para el
IV. Conclusión
temporalmente y de manera regional, dar marcha atrás a las reformas llevadas a cabo por el
grupo liberal. Grandes cambios se llevaron a cabo durante el breve periodo de tiempo que
restableció la Nacional y Pontificia Universidad de México que había sido cerrada mediante
decreto de 14 de septiembre de 1857 por el gobierno liberal, se dejaron sin efectos las leyes
697
El Consejo de Gobierno de la República de Félix Zuloaga
Plan de Tacubaya.
698
DE LA HISTORIA DEL
DERECHO A LOS RETOS DEL
DERECHO EN EL SIGLO XXI
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
INTRODUCCIÓN
Por último, se hará referencia a las últimas reformas que ha sufrido la Ley Orgánica
de la Administración Pública Estatal, en la cual se han creado nuevas Secretarías en el
Estado que entraron en vigor a partir del 15 de febrero de 2008.
Han derivado del Derecho Constitucional dos ramas: la del Derecho Administrativo
y la del Derecho Procesal, reguladora cada una de ellas de la organización y
funcionamiento de los Poderes Ejecutivo y Judicial, respectivamente.
702
Yurisha Andrade Morales
En otras palabras, me parece acertada la definición del maestro García López que a
la letra dice: “Es el conjunto de medios de acción ya sean directos o indirectos, humanos,
materiales, morales, económicos de los cuales dispone el gobierno ya sea Federal, Estatal o
Municipal para lograr sus fines y las tareas de interés público que no cumplan los
particulares o empresas privadas y que determinen los Poderes Constitucionales, quienes
deben de actuar e interpretar la política del Estado mexicano”.1
703
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
A pesar del auge de estas últimas formas, hasta mediados de este siglo el Estado
moderno vuelve a estar dominado por la fuerza centralizadora política y administrativa,
tratando de fortalecerse con entidades de acción eficaz y directa. Ahora bien, nos parece
arriesgado asegurar sobre esas formas políticas y administrativas del futuro, porque cada
pueblo en la medida de sus propios intereses y de acuerdo con las circunstancias históricas
que los rodean las empleará para su desarrollo de conformidad con sus propias
convicciones.
704
Yurisha Andrade Morales
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DE LA
ADMINISTRACIÓN PÚBLICA EN MÉXICO
705
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
706
Yurisha Andrade Morales
2. Agrario
3. Salubridad Pública
4. Asuntos Indígenas
5. Marina
6. Del Distrito Federal
En el gobierno del Dr. Ernesto Zedillo Ponce de León, de 1994 a 2000, el Gobierno
del Distrito Federal dejó de ser Departamento a cargo de la Administración Pública
Federal para contar con un gobierno propio.
1. Secretaría de Gobernación
2. Secretaría de Relaciones Exteriores
3. Secretaría de la Defensa Nacional
4. Secretaría de Marina
5. Secretaría de Seguridad Pública
6. Secretaría de Hacienda y Crédito Público
707
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
2
“Esta Constitución, las leyes del Congreso de la Unión que emanen de ella y todos los tratados que estén de
acuerdo con la misma, celebrados y que se celebren por el Presidente de la República, con aprobación del
Senado, serán la Ley Suprema de toda la Unión. Los jueces de cada Estado se arreglarán a dicha Constitución,
leyes y tratados a pesar de las disposiciones en contrario que pueda haber en las Constituciones o leyes de los
Estados”.
708
Yurisha Andrade Morales
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
709
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
MARCO JURÍDICO
Cabe señalar que en el pasado mes de diciembre de 2007, se ha llevado a cabo una
reforma a la Ley Orgánica de la Administración Pública del Estado de Michoacán, donde se
han creado nuevas Secretarías, otras se han fusionado y otras más han pasado a ser
Coordinaciones.
710
Yurisha Andrade Morales
Secretaría de Gobierno;
Secretaría de Finanzas y Administración;
Secretaría de Seguridad Pública;
Secretaría de Desarrollo Económico;
Secretaría de Turismo;
Secretaría de Desarrollo Rural;
Secretaría de Comunicaciones y Obras Públicas;
Secretaría de Urbanismo y Medio Ambiente;
Secretaría de Educación;
Secretaría de Cultura;
Secretaría de Salud;
Secretaría de Política Social;
Secretaría de Pueblos Indígenas;
Secretaría de la Mujer;
Secretaría de los Migrantes;
Secretaría de los Jóvenes; y,
Procuraduría General de Justicia”.
711
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
También se observa una interesante fusión que sufren la Tesorería del Estado y la
Oficialía Mayor, para formar la nueva Secretaría de Finanzas y Administración.
Cabe hacer mención a que por Decreto del 25 de marzo del año de 2004, se crearon
dos nuevas Secretarías de Estado, reformando la Ley Orgánica de la Administración
Pública del Estado de Michoacán de Ocampo, a saber: La Secretaría de Seguridad Pública y
la Secretaría de Cultura, en cuya exposición de motivos se adujo que la seguridad pública,
es un tema prioritario para la administración, ya que es a través de ella, que se sientan las
bases para seguir impulsando el desarrollo del Estado y proteger el ejercicio de los derechos
que a todos y a cada uno de los michoacanos nos corresponden porque la prevención de los
delitos y la ejecución de las penas dictadas por los órganos jurisdiccionales, es premisa
fundamental del Ejecutivo, mediante atribuciones que se podrán ejercer a través de esta
Secretaría que se especialice en dichas materias y que garantice que las conductas
potenciales se basen en los principios de legalidad, eficiencia, profesionalismo y honradez.
Con su creación se pretende dar resultados tangibles a la sociedad a través de una lucha
constante y profesional contra la delincuencia en coordinación con las instancias federales y
municipales.
712
Yurisha Andrade Morales
713
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
714
Yurisha Andrade Morales
5
La Secretaría de los Pueblos Indígenas se encarga de promover el respeto de los
derechos de los indígenas, de sus comunidades y pueblos que expresamente les confieren la
Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos, la Constitución Política del Estado
Libre y Soberano de Michoacán de Ocampo, los tratados, acuerdos y convenios
internacionales; formular, dirigir, ejecutar y evaluar la planeación del desarrollo social,
humano, cultural, jurídico, económico y político de las comunidades y pueblos indígenas,
con su participación permanente; proponer, elaborar, implementar, ejecutar, coordinar y
evaluar las políticas públicas que propicien el desarrollo de los pueblos indígenas; proponer
al Gobernador del Estado, las iniciativas de ley y disposiciones reglamentarias en materia
de derechos de los pueblos indígenas; coadyuvar en la defensa de los derechos de los
pueblos indígenas para la solución pacífica de los conflictos y el rezago agrario; proponer y
coadyuvar en el sistema de educación indígena estatal, en la formulación de planes y
programas de estudios indígenas y apoyar la educación no formal de las comunidades y
pueblos indígenas.
715
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
716
Yurisha Andrade Morales
8
A la Secretaría de los Jóvenes, le corresponden las atribuciones siguientes:
Formular, promover, instrumentar y evaluar políticas públicas que den atención a la
juventud, con el fin de fomentar su desarrollo social, cultural, productivo, educativo,
político y económico para incorporarlos y hacerlos partícipes del desarrollo integral del
Estado; formular, promover, concertar y gestionar ante las autoridades e instituciones
competentes, planes, programas, proyectos y acciones para los jóvenes, que le faciliten al
sector juvenil el pleno desarrollo de sus potencialidades, orientado a construir una vida
creativa y participativa, social, cultural, educativa, política y económica que redunde en
beneficio de la sociedad; impulsar programas de fomento a la salud y educación en la
juventud y reinserción social para jóvenes involucrados en fenómenos de adicciones y
enfermedades de transmisión sexual; proponer al Gobernador del Estado, las iniciativas de
ley para promover e impulsar los mecanismos democráticos en los que se considera a la
juventud en las diferentes instancias de participación política y de la gestión pública;
proponer al Gobernador, el otorgamiento del Premio Estatal de la Juventud; Fomentar
políticas educativas, programas y acciones tendientes a apoyar a los jóvenes para generar el
717
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
CONCLUSIONES
Asimismo, se hace referencia a la función del Poder Ejecutivo estatal, el cual recae
en un solo individuo, denominado Gobernador del Estado, quien despacha los asuntos a
través de la Administración Pública Centralizada y el Sector Paraestatal; creando además
organismos descentralizados, desconcentrados, así como empresas de participación estatal,
fideicomisos, comisiones, patronatos u otras entidades que se consideran órganos auxiliares
de la Administración Pública.
718
Yurisha Andrade Morales
FUENTES DE INVESTIGACIÓN
BIBLIOGRAFÍA:
- ANDRADE Morales, Yurisha. Tesis La Administración Pública. Morelia, Mich. 2002.
Pp. 71.
- FRAGA, Gabino. Derecho Administrativo. 42° edición. Editorial Porrúa. México, 2002.
Pp. 506.
- GARCÍA López, Jorge y ANDRADE Morales, Yurisha. Teoría de la Administración
Pública. Segunda edición. Morelia, Mich., 2003. Pp. 114.
DICCIONARIOS:
- Diccionario Jurídico Básico. Sexta edición. Editorial Comares. Granada, España, 2004.
Pp. 561.
- MARTÍNEZ I. Morales, Rafael. Diccionario Jurídico de Derecho Administrativo.
Editorial Harla. México, 2000. Pp. 274.
LEGISLACIÓN:
- Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos.
- Constitución Política del Estado Libre y Soberano de Michoacán de Ocampo.
- Ley Orgánica de la Administración Pública Federal.
- Ley Orgánica de la Administración Pública del Estado de Michoacán.
719
La Administración Pública en el Estado de Michoacán
720
La Acción de Amparo en Argentina
INTRODUCCION
Mexicano, Lic. en Derecho por parte de la Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo, Abogado
1
postulante, alumno de Maestría en Derecho, por parte de la misma institución. Publicaciones tales como
Análisis del Derecho de Guerra, Estudio sobre la autonomía universitaria y Los Sistemas de la Teoría del
Delito.
2
Constitución de la Nación Argentina, que rige actualmente a la República Argentina, fue aprobada por una
asamblea constituyente en 1853. Esta Constitución ha sido reformada varias veces, siendo la última en 1994.
La aprobación de la Constitución de 1853 sentó las bases de la organización nacional. El texto constitucional
consta de dos partes:
Primera parte: Declaraciones, Derechos y Garantías (arts. 1-43)
Segunda parte: Autoridades de la Nación (arts. 44-129)
3
Tienen rango constitucional en virtud del art. 75, inciso 22, de la Constitución Nacional, los siguientes
tratados internacionales:
Declaración Americana de los Derechos y Deberes del Hombre
Declaración Universal de Derechos Humanos
pilares del orden jurídico positivo. Este desarrollo de los umbrales constitucionales, es el
fidedigno de los intérpretes, en especial de los juzgadores, quienes deben consagrar la
inteligencia que mejor asegure los grandes objetivos para que fuera dictada la Constitución.
Entre esos grandes objetivos, y aun el primero entre todos, está el de "asegurar los
beneficios de la libertad, para los argentinos y su posteridad y para todos los hombres del
mundo que quieran habitar en el suelo argentino". Ante esta situación el resguardo de los
derechos fundamentales resulta de vital importancia, surgiendo así diversos medios de
722
José Jesús Arévalo Pacheco
protección de ellos, siendo uno de los más importantes y relativamente reciente tal como lo
analizaremos la acción de amparo.
DESARROLLO
El amparo es una institución jurídica que vela por la protección de los derechos
fundamentales, sus creadores los juristas mexicanos Manuel Crescencio Rejón, en virtud
de su propuesta de creación de la figura del amparo, y a Mariano Otero por su
manifestación sobre un sistema de defensa de los derechos fundamentales; mismos que
trabajaron arduamente en la elaboración de la Constitución del Estado de Yucatán, México,
y más tarde verían fructificar sus esfuerzos al incorporarse ésta figura en la Carta Magna
mexicana.
723
La Acción de Amparo en Argentina
la Federación, conocer y resolver respecto del amparo peticionado de todos los gobernados
que lo solicitaran a fin de salvaguardar los derechos fundamentales en todo el territorio
nacional, convirtiéndose el amparo en un medio de defensa constitucional de los derechos
fundamentales.
HABEAS DATA: Es una garantía que poseen las personas para exigir explicaciones
a aquellos organismos públicos o privados que tienen información sobre ella (o su familia),
724
José Jesús Arévalo Pacheco
y así averiguar qué datos puntuales que tienen y porque y para que los tienen. Contemplado
por el Art. 43, tercer párrafo.
AMPARO: Es una acción judicial cuyo objetivo consiste en proteger todos los
derechos fundamentales con excepción de los tutelados por el habeas corpus y el habeas
data.
725
La Acción de Amparo en Argentina
En virtud de que el único recurso hasta ese momento era el de habeas corpus y la
controversia planteada no se trataba de violaciones a la libertad física, el Juez Penal, dicta -
no hizo lugar al mismo- negando el medio de defensa, ante esta situación el solicitante
interpone recurso de revocatoria ante la Cámara de Apelaciones en lo Penal de Mercedes,
razón por la cual el juzgador nuevamente solicita informe al Jefe de la Policía de la
Provincia de Buenos Aires, informando solamente que el local se encontraba vigilado por
los diversos recorridos de vigilancia de la policía, negando nuevamente el recurso al no
poseer actualización y fundamentación, en este tenor de ideas Siri por tal resolución
presente recurso extraordinario fundándose en la violación de garantías constitucionales.
726
José Jesús Arévalo Pacheco
Mercedes continuaba, ante ello la Corte Suprema, y como las constancias existentes era
posible apreciar que las autoridades que ordenaron la clausura al diario, desconocían las
razones que motivaron tal conducta; resolvió la Corte Suprema, - en razón de que el
solicitante en ningún momento estableció el recurso peticionado como de habeas corpus,
por lo que el recurso es procedente, asimismo la autoridad que efectuó la clausura en
ningún momento motivó tal acto, violentando así el derecho de libertad de imprenta y
trabajo del solicitante, las garantías constitucionales han sido restringidas, sin orden de
autoridad competente ni fundamentada tal conducta, en razón de los preceptos
constitucionales y de la experiencia institucional, se reclama el pleno goce y ejercicio de
garantías individuales para continuar con la efectiva permanencia del Estado de Derecho,
recordando que las garantías individuales existen y protegen a los individuos por el sólo
hecho de estar consagradas en la Constitución Nacional,- revocando la sentencia anterior y
devolviendo los autos al juez a quo a fin de que haga del conocimiento a la autoridad
policial para que cese su actuar de forma inmediata y se restituya en sus derechos al
director del diario Mercedes. Resolución dictada el 27 de Diciembre de 1957. Dando origen
a que la jurisprudencia de la Nación, reconozca el sumario de amparo.
La empresa Samuel Kot S.R.L., propietaria de una empresa textil ubicada en Arias
228 de la localidad de Villa Lynch, partido de San Martín, Provincia de Buenos Aires; se
vio involucrada en un conflicto de personal, lo que acarreo en el estallamiento de huelga
por parte de los trabajadores el 28 de marzo de 1958; misma que en una primera instancia
fue declarada ilegal por la delegación San Martín del Departamento Provincial del Trabajo,
razón por la cual los dueños de la empresa ordenan regresar a sus puestos de trabajo al
personal en 24 horas, y ante la negativa de algunos empleados estos fueron despedidos.
727
La Acción de Amparo en Argentina
Pero 45 días más tarde el Presidente del Departamento Provincial del Trabajo den
San Matin declara nula la anterior resolución dictada, gestionando a las partes a continuar
trabajando, pero la empresa Kot, se niega a reinstalar a los obreros que habían sido
despedidos; ante la negativa de la empresa empleados y ex – empleados toman la fabrica
textilera el 9 de junio. Ante esta situación Juan Kot gerente de la empresa interpone
denuncia por usurpación ante la comisaría de Villa Lynch, reclamando la entrega
inmediata del inmueble, conociendo del sumario el Juez Penal de La Plata resolviendo el 18
de junio, sobreseer la causa, fundándose en que la conducta derivaba de un conflicto
laboral, entre la empresa Samuel Kot S.R.L. y los obreros de la misma, razón por la que
dicha ocupación no tiene por objeto el despojo de la ocupación del inmueble, para ejercer
sobre el mismo un derecho de propiedad, sino que surge en función de la existencia de un
conflicto laboral, por ello la usurpación no se da.
Ante esta situación se presenta recurso extraordinario ante la Corte Suprema, la cual
inmediatamente manifiesta que el recurso solicitado por el representante de la empresa
Samuel Kot S.R.L., no fue el de habeas corpus sino de amparo, en virtud de que al invocar
una garantía distinta de la libertad personal, en el caso concreto derechos de libertad de
trabajo, propiedad y libre actividad, los cuales requieren una protección pronta y expedita
728
José Jesús Arévalo Pacheco
Con ello se demostró que la Ley no sólo protege los derechos fundamentales de los
argentinos, contra actos de autoridad, sino además contra todo individuo que irrogue un
agravio a ellos.
Ante estos hechos el gobierno de facto de Juan Carlos Oganía dicta decreto ley el 20
de Octubre de 1966, registrado como Decreto Nacional 929/67, Ley de Amparo, en la cual
se indicaba ante que actos era posible solicitarlo, los requisitos que debía cubrir la solicitud,
la jurisdicción, indispensable agotar recursos, y el procedimiento del propio sumario.
Jofré Tomás, Manual de Procedimiento Criminal, Bs. As., 1914, pág. 164
5
729
La Acción de Amparo en Argentina
AMPARO COLECTIVO
6
La tonina overa, también llamada "Delfín de Comerson" se caracteriza por sus contrastantes colores, la
cabeza, aletas pectorales, zona genital, el dorso de la inserción de la aleta dorsal hasta incluir en su totalidad la
aleta caudal, son negras, mientras que el resto del animal incluyendo la garganta es de color blanco. En
tamaño no supera los 145 cm. Los machos no sobrepasan los 42 kg, mientras las hembras son un poco más
grandes, alcanzando los 50 kg. Habita el hemisferio Sur.
730
José Jesús Arévalo Pacheco
ejemplares, toda vez que la Subdirección de Pesca otorga el permiso sin tener presente
análisis alguno de un posible impacto ambiental.
731
La Acción de Amparo en Argentina
Este caso tiene su origen cuando en el programa televisivo denominado la noche del
sábado trasmitido por el canal 2, presentado por Gerardo Sofovich, el sábado 11 de junio de
1988, Dalmiro Sáenz realizo una serie de manifestaciones en relación a Jesucristo y la
Virgen María, mismas que resultaron ofensivas para algunos televidentes; por ello Miguel
Ángel Ekmekdjian y otros, solicitan el derecho de réplica; mismo que le fuera negado por
la televisora, ante esta respuesta el afectado solicita recurso de amparo invocando a la
protección del derecho de libertad religiosa y de réplica, actuando a propio derecho y a su
vez de un grupo o comunidad, por el agravio sufrido al no permitírsele replicar las
declaraciones vertidas con anterioridad, fundando su acción en la violación del derecho de
réplica reconocido por la Constitución Nacional en su artículo 33 y por el numeral 14.1 del
Pacto de San José de Costa Rica7, en virtud de que mediante el derecho de expresar
libremente las ideas ejercido por medio de la prensa, la radio y la televisión, efectuado
durante el programa denominado La Noche del Sábado porque se efectuó un ejercicio
abusivo de la información, irrogando un perjuicio al quejoso y a la comunidad católica.
Convención Americana sobre Derechos Humanos, llamada Pacto de San José de Costa Rica, firmada en la
7
ciudad de San José, Costa Rica, el 22 de noviembre de 1969, ratificada y ratificada por Argentina el 2 de
febrero de 1984.
732
José Jesús Arévalo Pacheco
CONCLUSIONES
733
La Acción de Amparo en Argentina
particulares, los derechos fundamentales deben de ser protegidos y restituidos con la mayor
brevedad posible; y finalmente los fallos Kattan y Ekmekdjian, considerados como los
precursores del amparo colectivo, con lo que se evidencia la necesidad de proteger los
derechos fundamentales no sólo del afectado sino de aquellos que se verán afectados por
una conducta efectuada por autoridad o el particular, protegiendo así a todos los habitantes
de una comunidad, cuando en el fallo se conceda el amparo solicitado.
Actualmente el amparo se define como la garantía que poseen todas las personas.
Tiene por objeto la protección de los derechos reconocidos por la Constitución Nacional y
su ejercicio contra todo acto u omisión, actual o inminente, que los lesione, restrinja o
amenace, con arbitrariedad o ilegalidad manifiesta, por la actividad de órganos estatales o
particulares.
734
José Jesús Arévalo Pacheco
Toda persona podrá interponer esta acción para tomar conocimiento de los datos
a ella referidos y de su finalidad, que consten en registros o bancos de datos
públicos, o los privados destinados a proveer informes, y en caso de falsedad o
discriminación, para exigir la supresión, rectificación, confidencialidad o
actualización de aquéllos. No podrá afectarse el secreto de las fuentes de
información periodística.
BIBLIOGRAFIA
735
La Acción de Amparo en Argentina
736
Pensamiento Económico de Adam Smith
Duque de Buccleuch, a quien acompañó a un viaje por Suiza y Francia. En este viaje
conoció a los fisiócratas franceses, que defendían la economía y política basada en la
primacía de la ley natural, la riqueza y el orden. Smith se inspiró en esencia en las ideas de
François Quesnay y Anne Robert Jacques Turgot para construir su propia teoría, que
establecería diferencias respecto a la de estos autores. De 1766 a 1776 vivió en Kirkcaldy.
Fue nombrado director de Aduana de Edimburgo en 1778, puesto que desempeñó hasta su
muerte el 17 de julio de 1790 a causa de una enfermedad. (1)
738
Pensamiento Económico de Adam Smith
Como conclusión a lo antepuesto podemos decir que la división del trabajo es el factor
primordial del progreso económico.
El análisis del precio se hace tomando en cuenta todo lo requerido en los costes de
producción y en base a eso se crea la asignación del costo para el mercado.
Creemos que esta controversia surge debido a la importancia que se le daba en esa
época a la divinidad de las cosas, mientras que la sociedad apreciaba que el derecho natural
implicaba una restricción de las funciones del gobierno en interés de la libertad del
individuo, nosotros consideramos que no debe existir dicha jerarquización puesto que el
derecho positivo surge del derecho natural evitando de esta forma esa restricción sobre su
libertad como individuos.
739
Bianca Olivia Sánchez Tinoco y Carlos Eduardo Ruiz Rodríguez
Smith era un práctico realista que tomaba a la gente como la veía y basaba su
análisis de la sociedad en una naturaleza humana invariable.
Para él había dos características innatas de la psicología de los humanos que son las
siguientes:
1. Los humanos nos interesamos ante todo por las cosas más próximas a nosotros y
mucho menos en las que se encuentran a cierta distancia
2. El deseo arrollador que todo hombre experimenta de mejorar su condición.
Smith habla de dos tipos de hombres: el “económico” (La riqueza de las naciones) y el
“moral” (The theory of moral sentiments) los cuales comenta que son criaturas movidas por
el egoísmo, en el primero se maneja al egoísmo como una facultad humana, y en el segundo
como una facultad económica. (3)
740
Pensamiento Económico de Adam Smith
741
Bianca Olivia Sánchez Tinoco y Carlos Eduardo Ruiz Rodríguez
El trabajo para Adam Smith es una medida de valor, es decir, que lo que se compra
con dinero o con bienes se adquiere con trabajo, por lo tanto se ocupa trabajar para obtener
dinero y así poder adquirir bienes, los cuales tiene un precio.
Los precios son la medida de valor más común, pero el valor del dinero cambia, por
ello es importante distinguir entre precios reales y nominales, “el precio real consiste en la
cantidad de cosas necesarias y convenientes de la vida que entregan a cambio de él, y su
precio nominal es la cantidad de dinero” (5). Es aquí donde surge una ilusión óptica puesto
que cuando un precio real sube, aumenta en “proporción” el precio nominal, cuando en la
realidad ambos suben pero no en misma medida, ya que para adquirir un bien que con
anterioridad obtenías más fácilmente ahora se requiere de mayor trabajo para obtener el
mismo bien.
Dentro de este concepto de precio podemos hablar del precio real o de mercado el
cual se determina por una interacción entre la oferta y la demanda a corto plazo mientras
que el precio natural es determinado por los costes de producción a largo plazo. Podemos
explicar esto diciendo que un factor influyente en la colocación de precios es: la oferta y
742
Pensamiento Económico de Adam Smith
demanda que existe del sector consumidor, si existe poca oferta y mucha demanda los
precios serán más elevados mientras que al existir poca demanda y mucha competencia los
precios son bajos o más competentes.
Lo preliminar son fundamentos que Smith sugería para que se llevasen a cabo tanto
en la economía individual como en la colectiva para lograr un mejoramiento personal y
global, todo esto lo comentó en su obra La riqueza de las naciones.
CITAS TEXTUALES
(1) http://es.wikipedia.org/wiki/Adam_Smith
(2) Ekelund, B. y Herbert, R.F. (1991): Historia de la teoría económica y de su método.
McGraw-Hill, Madrid (106-109).
(3) Ekelund, B. y Herbert, R.F. (1991): Historia de la teoría económica y de su método.
McGraw-Hill, Madrid (110-112).
(4) Smith, A. (1776): La riqueza de las naciones (p. 113).
(5) Smith, A. (1776): La riqueza de las naciones (p. 119).
FUENTES DE INFORMACIÓN
1) http://es.wikipedia.org
2) Ekelund, B. y Herbert, R.F. (1991): Historia de la teoría económica y de su método.
McGraw-Hill, Madrid.
3) Smith, A. (1776): La riqueza de las naciones.
4) Smith, A. (1759): Teoría de los sentimientos morales.
743
Bianca Olivia Sánchez Tinoco y Carlos Eduardo Ruiz Rodríguez
744
Estudio Descriptivo sobre las Medidas Cautelares en el Paraguay
1. CONCEPCIÓN DE LA IDEA
2. EL PROBLEMA DE LA INVESTIGACIÓN
La Libertad.
OBJETIVOS DE LA INVESTIGACIÓN
General:
Específicos:
746
Rubén Darío Ávalos Gómez
JUSTIFICACIÓN
De ésta forma se realizó un esfuerzo para hacer notar las contradicciones de la Ley
N° 2493/04, a fin responder a los objetivos formulados al inicio de la investigación, y así
lograr una descripción somera, estricta y objetiva del problema que acaeció con la puesta en
vigencia de la Ley N° 2493/04.
MARCO FILOSÓFICO
747
Estudio Descriptivo sobre las Medidas Cautelares en Paraguay
Por otra parte, casos sonados, que afectaron a notorios personajes de la sociedad
nacional se han constituido en elementos de presión para al final dictarse la norma
modificatoria. Era evidente las nobles instituciones creadas a través de la legislación penal,
de fondo como de forma, aún funciona a los tumbos y muchos procesos quedaron sin que
se llegue a una solución definitiva, la cual inquieta a una sociedad acostumbrada a la
represión en un grado máximo. Esta circunstancia, que en el espíritu social, se mantiene
hasta hoy día, y se traduce en los actos violentos que tiran al trasto de basuras todo el
estado de derecho por el cual tanto se aboga.
Por otro lado, la que la modificación introducida por la ley 2493/04, pretende, es
ASEGURAR EL PROCESO. Esta posición merece ser reflexionada sobre una cuestión
mucho más profunda: desconoce el fin último de la norma, que debe ir orientada a la
conducta del hombre- un sujeto, para convertirlo en objeto- pieza (importante) del proceso,
lo que induce a pensar que para el legislador, el proceso es mucho más importante que el
hombre, y a tal punto que atenta y viola principios constitucionales como la presunción de
inocencia del procesado, anticipando una pena por un hecho cuya responsabilidad aún no
ha sido determinada.
748
Rubén Darío Ávalos Gómez
Por último, cabe interrogarse: qué es más importante, ¿enfatizar el punto de vista del
Derecho Penal y asegurar el proceso?. ¿O, proteger el bien jurídico más preciado para el
hombre –sujeto del derecho-, cual es la libertad?. ¿Puede pensarse de una doctrina que por
un lado, garantice la eficiencia del enfoque jurídico penalista y por el otro asegure el no
avasallamiento de la dignidad inmutable e inalienable del ser humano?.
MARCO TEÓRICO
jurisdiccionales, que buscan asegurar la averiguación de la verdad, el desarrollo del proceso y la aplicación de
la Ley; además de garantizar la reparación del daño, una vez ejecutoriada la sentencia.
749
Estudio Descriptivo sobre las Medidas Cautelares en Paraguay
Cabe, en este punto manifestar que las medidas cautelares son instrumentos
procesales que se imponen durante el curso de un proceso penal, con el objeto de restringir
el ejercicio de los derechos personales o patrimoniales del imputado o de terceras personas.
Por eso Bettiol afirmaba que el derecho penal y el proceso penal son construcciones
que hoy deben mirarse en término político culturales, pues la dogmática jurídica y la
política n pueden verse como nociones superpuestas.6
Es común que los análisis jurídicos se aíslen del marco político e ideológico. Donde
más se puede percibir la influencia de este marco es en el ámbito de la jurisprudencia, sobre
3
CLASES DE MEDIDAS CAUTELARES; personales y reales.
Las medidas cautelares de carácter personal.- Tienen como finalidad asegurar la presencia del imputado en el
juicio y evitar que obstaculice la averiguación de la verdad.
Estas medidas son cautelares porque tienden a evitar los peligros de obstaculización del proceso y buscan
asegurar el efectivo cumplimiento de la posible condena. Si luego de comprobada la culpabilidad del
imputado en juicio éste pudiera sustraerse al cumplimiento de la sanción, la justicia se vería burlada y la
sociedad perdería la confianza en el derecho.
Binder, Política criminal: de la formulación a la praxis, Ad Hoc, Buenos Aires, 1997, pág. 181; Carrera –
4
Cit. por Armijo, Garantias constitucionales, prueba ilícita y la transición al nuevo proceso penal, ps. 9 y 10,
6
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Rubén Darío Ávalos Gómez
tema con connotaciones ideológicas, como es el tratado. Sin embargo nuestra tradición
jurídica acostumbra cerrar los ojos a la influencia en los fallos judiciales de las condiciones
políticas históricas y a la ideología de los jueces, principalmente por e. mito de que el
derecho se interpreta por medio de pautas puramente jurídicas y lógicas, estando
desprovistos los magistrados de carga ideológica o influencia de factores sociales, políticos
e históricos a la hora de dictar sus resoluciones.7
Ross cit. por Nino, Introducción al análisis del derecho, Astrea, 1994, p. 297.
7
Agrega Ross que ello “constituye una burda caricatura de lo que ocurre en la realidad”, en la cual las
decisiones de los jueces son el producto no sólo del conocimiento de los hechos y el derecho, sino también de
circunstancias de orden aceptable para su formación ideológica. En igual sentido, Wroblewky, Sentido y
hecho, Ed. del País Vasco, España, 1989, p. 63.
Con motivo de la publicación de “Fundamentos de derecho constitucional”, p 9, No hay derecho, año 2, N°
8
Ver la critica de Dworkin en los Derechos en serio, Ariel Derecho, Barcelona, 1999, p. 47.
10
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Estudio Descriptivo sobre las Medidas Cautelares en Paraguay
Los fallos de las Cortes Supremas sobre temas que trascienden lo jurídico son una
muestra clara de la función política de la cabeza del Poder Judicial. SANTIAGO11 denomina a
estas resoluciones "fallos institucionales".
La ideología de los magistrados, principalmente los de los máximos tribunales, tiene
gran implicancia en la explicación de la dirección de las decisiones que tomen estos
órganos jurisdiccionales.
CONCLUSIÓN
En referencia a los aportes, que tras la culminación del proceso investigativo se han
generado, los mismos se basan en las doctrinas, en los principios, internacionales y en los
instrumentos jurídicos nacionales que especifican las incidencias se producen con la
aplicación de la Ley 2493/04, durante el proceso penal.
11
“Función Política de la Corte Suprema”, Abaco, Buenos Aires, 2000, p. 36.
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Rubén Darío Ávalos Gómez
Los operadores del derecho que tienen que ver con la aplicación de las Medidas
Cautelares Personales, necesariamente para un trabajo óptimo deben respetar los derechos
constitucionales consagrado en el presente estado de derecho que impregna el sistema
jurídico vigente en el Paraguay.
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Estudio Descriptivo sobre las Medidas Cautelares en Paraguay
BIBLIOGRAFÍA
FRANK y POUND, (2000). Función Política de la Corte Suprema. Abaco. Buenos Aires.
Argentina.
VON LISZT, Franz. (1994.) La Idea de Fin en el Derecho Penal. Edeval. Valparaíso.
Chile.
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rqdario@yahoo.es
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Estudio Descriptivo sobre las Medidas Cautelares en Paraguay
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Historia del Derecho Municipal en México
institución constitutiva de la vida pública, integrado por una comunidad social asentada en
un territorio determinado, con personalidad jurídica y organización político-administrativa,
que tiene como propósitos solventar y gestionar las diversas exigencias e intereses para el
desarrollo de la comunidad, con facultades normativas reconocidas por un orden jurídico
como parte de la división territorial y de la organización política y administrativa de una
entidad.
Desde esta perspectiva, tratare de enlazar las distintas etapas históricas de la
formación del municipio en México.
1. El período precolombino
En esta etapa histórica, se tuvo el altepétl1 como una institución que la podemos
considerar como el precedente más próximo del Municipio en el México prehispánico.
El altepétl es una palabra de origen náhuatl, que significa el asentamiento cercano al
agua y sobre una elevación de terreno montañoso que es empleado en todo en los distintos
reinos de Mesoamérica, tanto el mechoacán, tlaxcalteca y mexica o azteca, cuyos límites
geográficos mesoamericanos estuvieron determinados por los Ríos Pánuco, Lerma y Sinaloa
hasta el lago de Nicaragua.
El término altepétl permite designar a la institución que comprende el territorio de
una entidad étnica en el que se organizan política y socialmente los pueblos de Mesoamérica.
La etapa prehispánica los llamados "imperios" eran conglomerados de pueblos en los
que algunos altepétl eran los dominantes y otros los subordinados. La unidad que daba o
recibía el tributo era siempre el altepétl, la cual tenía su propio recinto sagrado, gobernante
(tlatoani), consejos, y mercado. El calpulli fue en realidad una entidad más pequeña que se
integra al altepétl, integrado por grupos de familias que conforman un barrio, que funcionan
con un consejo general que toman decisiones civiles y son gobernado todos bajo el mandato
único de los tlatoani.
En suma el altepétl fue la institución que asumió los rasgos que conforman una
1
Lockhart, James, Los nahuas después de la Conquista. Historia social y cultural de la población indígena
del México centra, siglos XVI-XVIII, México, Fondo de Cultura Económica, 1999.
758
Historia del Derecho Municipal en México
2. El coloniaje español
Este período que duro más de tres siglos, entre los años de 1521 a 1550, toda la orga-
nización de control sobre los pueblos indígenas de Mesoamérica, en que se da el dominio
español, configurados por la encomienda, las parroquias y los cabildos fueron sólidamente
construidas sobre el altepétl. Las instituciones municipales establecidas por los españoles
sirvieron de instrumentos jurídicos para organizar los nuevos pueblos y villas. La fundación
del primer municipio de América Continental conocido como la Villa Rica de la Veracruz,
llevada a cabo el 22 de abril de 1519 a nombre del Rey Carlos, dio inició la imposición de la
Corona Española y con ello de un sistema jurídico, político, económico y social imperialista
de saqueo y aniquilamiento de los pueblos autóctonos.
Sirven de base las cabeceras de los altepétl para ahí constituir los capitales
municipales que incluyen a los pueblos, sujetos y tenencias, como se encontraban
distribuidos territorialmente los altepétl.
Posteriormente, en los años de 1550 a 1600 en la región Aridoamericana que se
localizaba al norte de Mesoamérica, conformada fundamentalmente por el pueblo indígena el
Gran Chichimeca, un pueblo nómada y guerrero que no se somete a los españoles, y que fue
aniquilado por éstos. En dicha región se fundan las provincias y municipios. Después, en el
siglo XVIII, se integra a la Nueva España el suroeste de que lo que ahora es de los Estados
Unidos hasta la alta California. De este modo, quedo integrada la Nueva España por
Provincias, Alcaldías Mayores o Corregimientos y municipios.
El Municipio de la Nueva España, tuvo como órgano de gobierno al cabildo que se
integró fundamentalmente por alcaldes ordinarios, regidores, diputados y otros oficios
diversos. Presidía el cabildo el gobernador o corregidor.
Los primeros cabildos españoles eligieron a sus representantes, también fueron
designados por el soberano, virreyes, los conquistadores, fundadores, cuyos integrantes
eran el Alcalde, Edil y Regidor. Posteriormente, en el siglo XVI, Felipe II dispuso que los
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José René Olivos Campos
cargos municipales se vendieran, hecho que convirtió a los gobierno municipales a un tipo
de carácter oligárquico al representar los interese personales de quienes compraban los
cargos públicos.
Las funciones principales que desempeñaron los ayuntamientos españoles fueron:
a) En el orden judicial conocían los Cabildos en pleno de apelaciones contra fallos de los
alcaldes ordinarios, siempre que no fueran competencia de la Real Audiencia en términos
de materia y cuantía; b) Administraban los servicios y obras públicas; c) En lo legislativo
le competía la expedición de sus propias ordenanzas.
La forma de sesionar de los primeros cabildos españoles, fue de manera abierta,
incluían consultas permanentes, tanto a las autoridades del ayuntamiento, como a los
vecinos de la localidad. En ellos se discutía también lo relacionado a problemas
comunales, creación de leyes, asuntos administrativos, entre otros asuntos.
En la sociedad novohispana, también existieron los cabildos de indígenas. Estos
fueron denominados Repúblicas de Indios, estuvieron sometidos a las autoridades
españolas residentes en la Nueva España, así como a la autoridad central proveniente de la
metrópoli.
No obstante, los cabildos indígenas no pudieron subsistir debido a la intervención
de las autoridades españolas que imponía a los alcaldes, regidores de los ayuntamientos
que respondían a los intereses colonizadores; La fusión de la población española e
indígena; El repudio por parte de la población indígena a ocupar los puestos en el
Ayuntamiento debido a las numerosas responsabilidades y bajos sueldos que percibían.
A fines del siglo XVIII, con la reforma Borbónica de 1786 del Rey Carlos II,
modifica la forma de organización gubernamental por el sistema de centralización
administrativa y se crean 12 Intendencias; subdivididas a su vez en subdelegaciones. En
esta etapa las funciones de los municipios eran judiciales y administrativas. Las
Intendencias que limitaron las decisiones de los cabildos financieramente y hacen depender
a los ayuntamientos de dichos centros de decisión regional.
Los ordenamientos jurídicos que regularon al municipio colonial fueron las
ordenanzas dadas en seis ámbitos: 1) Las de la Metrópoli, que comprendió las que expidió
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Historia del Derecho Municipal en México
el soberano mediante ordenanzas, decretos y acuerdos reales; las que emitían el Real
Consejo de Indias, la Casa de Contratación de Sevilla y el Tribunal Superior de Cuentas; 2)
Las de la Colonia que expide el Virrey, las Audiencias, los Regentes Reales, los
Gobernadores Generales; 3) Las de las Provincias que son emitidas por los Gobernadores
de la Provincias, los Alcaldes Mayores, los Corregidores e Intendentes; 4) Las Capitulares
que son dados por los Descubridores, los Conquistadores, los Fundadores y los
Adelantados; 5) Los ayuntamientos y sus cabildos sea ordinarios o abiertos; 6)
Eclesiásticos que eran las Ordenanzas de Curias Religiosas, los Regidores Monásticos de
Pueblos Hospitales y el Tribunal de la Inquisición.
3. El período independentista
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José René Olivos Campos
su artículo 208 de dicho ordenamiento, señaló que en los pueblos, villas y ciudades
continuaran los gobiernos provinciales, repúblicas y ayuntamientos en tanto se establezca
otro sistema por el Congreso.
4. El período de independencia
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Historia del Derecho Municipal en México
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764
Historia del Derecho Municipal en México
Las reformas al artículos 115 son tratados de manera detallada en: Olivos Campos, José René, La
2
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José René Olivos Campos
Ayuntamiento por las causas que determine la ley o cuando no puedan entrar en funciones
los suplentes y que tampoco se celebren nuevas elecciones, el Congreso del Estado va a
designar a un Consejo Municipal de entre los habitantes o vecinos del Municipio, para que
se encarguen del gobierno del Ayuntamiento.
La suspensión o la declaración de desaparecidos los ayuntamientos por “causas
graves” y el nombramiento de las nuevas autoridades o de los consejos municipales lo
hacían directamente muchos gobernadores, con lo que se propuso acabar con esta práctica
con la reforma constitucional. No obstante, en la década de los ochenta, todos los congresos
locales estaban controlados por sus gobernadores, por lo que dicha garantía constitucional
no operaba de hecho, debido a la supeditación del municipio a la voluntad de los ejecutivos
estatales.4 En nuestros días, esto ha tendido a operar conforme a las normas
constitucionales para resolver los conflictos que surgen en los ayuntamientos, ante la
emergencia de Congresos locales plurales y, en ocasiones, mayoritariamente distintos al
partido con que se elige al gobernador.
2) Considera la autonomía política de los ayuntamientos al otorgarles la facultad
reglamentaria para expedir bandos de policía y buen gobierno, reglamentos, circulares y
disposiciones administrativas de observancia general, sin que tenga que contar con la
aprobación de los Congresos locales, solo debiendo observar las bases normativas que
definan éstos, a efecto de normar su procedimiento y de asegurar que se observe el orden
jurídico federal y estatal.
3) Establece un listado de los servicios públicos mínimos que son competencia
exclusiva del municipio y se deja abierto para que las legislaturas locales determinen otros
servicios públicos que pueda prestar los municipios, lo cual queda sujeto a la capacidad
administrativa y financiera que tenga para llevarlos a cabo. Asimismo, prevé la asociación
municipal de un mismo Estado, previo acuerdo de sus ayuntamientos, para la prestación
más eficaz de los servicios públicos y supeditados a la ley que se expidan las legislaturas
locales para tal efecto.
4) Otorga al municipio nuevas fuentes de ingresos al precisar un mínimo de
4
Meyer, Lorenzo, op. cit., p. 242.
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Historia del Derecho Municipal en México
En las que se destacan las competencias del Municipio que otorga actualmente el
artículo 115 constitucional, a fin de determinar sus dimensiones política, gubernamental,
reglamentaria, de servicios públicos, hacendaria, desarrollo urbano, ambiental y las
relaciones laborales.
En este enfoque, se reconocen distintos temas de discusión que identifican
propuestas para el buen gobierno. Unas corresponden a aspectos relacionados a la
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José René Olivos Campos
Esta amplia temática manifiesta los múltiples asuntos pendientes municipales por
atender y que son materia de debate y desafíos en los tiempos actuales, además permite
advertir que la reivindicación del municipio libre que se ha efectuado con los procesos de
la descentralización estatal, han desconocido o no han tratado aspectos que resultan
importantes para el desarrollo de las instituciones municipales, que requieren sean
incluidos en la agenda del gobierno mexicano, para construir la gobernabilidad
5
Estos temas se han ubicado en un trabajo académico interinstitucional, que ha sistematizado información
bibliográfica y documental, así como resultados de foros regionales, entrevistas y proposiciones de diversos
actores desde presidentes municipales, regidores, diputados, senadores, académicos, funcionarios estatales y
población en general. Sobre el desglose de dichos temas y su clasificación, ver a: García del Castillo, Rodolfo,
Agenda para la Reforma Municipal; La modernización Administrativa y los Servicios Públicos Municipales,
México, Centro de Investigación y Docencia Económicas, 1999, pp. 19 y ss.
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