Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
POESÍA I N D I G E N I S T A
Daniel WOGAN
E l s a l v a j e de Esteva y U l í b a r r i , p u b l i c a d o u n a ñ o más
tarde q u e e l p o e m a de Escalante d e l m i s m o título, es u n
e j e m p l o casi perfecto d e l b u e n salvaje. C o m p a r a n d o l a v i d a
idílica de su salvaje i m a g i n a r i o c o n l a d e l h o m b r e c i v i l i z a d o ,
Esteva c o n c l u y e q u e l a civilización es u n a " a m a r g a b e b i d a " :
E l p o e m a de G u i l l e r m o P r i e t o , C a n t o d e l s a l v a j e * h a b l a
del p l a c e r q u e debe de sentirse a l portarse c o m o " u n salvaje"
en e l m u n d o de l a sociedad m o d e r n a . Se acerca más a l a
i d e a u n soneto de H e r i b e r t o B a r r ó n t i t u l a d o asimismo E l
s a l v a j e . Este p o e m a , p u b l i c a d o e n 1885, parece ser e l ú l t i m o
y , p o é t i c a m e n t e , e l q u e trató c o n más f o r t u n a e l tema d e l b u e n
salvaje e n l a poesía m e x i c a n a :
2) E l i n d i o antifrancés.-Bespués de c o n q u i s t a r M é x i c o su
i n d e p e n d e n c i a , nuevos enemigos de su n a c i o n a l i d a d sustitu-
y e r o n a los españoles, hasta entonces los únicos execrados e n
los poemas patrióticos. E n 1838 l a flota francesa b o m b a r d e ó
el castillo de San J u a n de U l ú a y o b l i g ó a l p u e r t o de V e r a c r u z
a rendirse. A d e m á s , u n año antes, los Estados U n i d o s h a b í a n
r e c o n o c i d o l a i n d e p e n d e n c i a de T e x a s y el presidente J a c k s o n ,
en su mensaje a l C o n g r e s o , h a b í a a f i r m a d o que los Estados
U n i d o s p o d í a n verse obligados a declarar l a g u e r r a a M é x i c o .
R o d r í g u e z G a l v á n escribió, e n estas circunstancias, su célebre
p o e m a L a profecía d e G u a t i m o c (1839) E n él l a f i g u r a d e l
h e r o i c o defensor de T e n o c h t i t l á n se evoca p a r a expresar e l
recelo d e l poeta p o r el francés y, hasta cierto p u n t o , p o r el i m -
p e r i a l i s m o y a n q u i E l C u a u h t é m o c de R o d r í g u e z G a l v á n ,
frente a estas nuevas amenazas a l a i n d e p e n d e n c i a m e x i c a n a ,
p e r d o n a a sus antiguos enemigos los españoles y lle^a a de-
c l a r a r que los m e x i c a n o s necesitan héroes c ó m o ¿ o r ' é s y
A l v a r a d o q u e los g u í e n c o n t r a e l " p é r f i d o e x t r a n j e r o " .
L a Intervención francesa se inició e n 1862. L a presencia
de los soldados de N a p o l e ó n I I I e n tierra m e x i c a n a p r o d u j o ,
n a t u r a l m e n t e , g r a n c a n t i d a d de poemas antifranceses, escritos
algunos e n u n d i a l e c t o indo-español más o menos convencio-
nal; en ellos aparecía el i n d i o c o m o símbolo de u n acrisolado
p a t r i o t i s m o . E l p r i m e r o de esos poemas parece ser u n a peque-
ñ a composición a n ó n i m a , t i t u l a d a Üchili, a l o s t r a i d o r e s , e n
la c u a l e l i n d i o e x h o r t a a N a p o l e ó n a r e t i r a r sus tropas de
M é x i c o , a ñ a d i e n d o q u e h a n a c i d o p a r a cosas mejores q u e
p a r a ser colgado p o r e l francés:
S e g u i d i l l a s , p o e m a a n ó n i m o p u b l i c a d o e n septiembre de
1862, i n c i t a a l a " r a z a azteca" a levantarse c o n t r a e l i n v a s o r y
enfrentarse v a l i e n t e m e n t e a las balas francesas:
3) L o s p s e u d o a z t e c a s . - Y X g é n e r o pseudoazteca e n l a poesía
m e x i c a n a está m e j o r representado p o r L a s a z t e c a s de José
J o a q u í n Pesado, colección de versos p u b l i c a d a e n 1854. Estos
poemas p r e t e n d e n ser traducciones de antiguos cantos aztecas,
o, c o m o reza e l s u b t í t u l o , "poesías tomadas de los antiguos
cantares m e x i c a n o s " . Pesado n o conocía las lenguas indígenas
de M é x i c o , y u n i n d i o a m i g o suyo, F a u s t i n o C h i m a l p o p o c a ,
q u i e n se supone p r o p o r c i o n ó a l poeta traducciones literales
del n á h u a t l , declaró q u e los versos de Pesado " n a d a tenían
q u e v e r c o n e l texto q u e él le h a b í a d a d o " . L o s "aztecas"
presentados p o r Pesado n o s o n i n d i o s , sino graciosos caballeros
cristianos (algunas veces damas) d e l siglo x i x , m u y amigos
POESÍA I N D I G E N I S T A 591
E l a n ó n i m o C a n t a r a z t e c a es todavía más r o m á n t i c o e n e l
t o n o ; su t e m a s o n las recomendaciones de u n m o r i b u n d o a su
amada:
T e encargo, dulce bien, que cuando muera,
me sepultes en esta choza umbría,
en el lugar do enciendes viva hoguera
para cocer el pan de cada día.
Si al recordarme, alguno sorprendiera
tu oculto padecer ¡oh amada mía!
dile que el humo de las verdes ramas
hace brotar el llanto que derramas.
V i l l a l ó n i " y u n p o e t a s i n i d e n t i f i c a r q u e f i r m a c o n las i n i c i a -
les E . M . O . 1 7
A q u í , c l a r a m e n t e expuesto, h a b í a u n t e m a a p r o p i a d o p a r a
la p l u m a de los poetas románticos. Y éstos n o desaprovecha-
r o n l a o p o r t u n i d a d . E l artículo de L u i s de l a R o s a inspiró
el p o e m a E n e l b o s q u e d e C h a p u l t e p e c de O . D . Pérez, q u e se
p u b l i c ó ese m i s m o a ñ o :
N i n g ú n p o e t a m e x i c a n o l l e g ó a los extremos de i d e a l i z a c i ó n
romántica alcanzada por R a m ó n Castañeda e n su romance
E n el bosque de Chapultepec, e v o c a c i ó n d e l h a r e m o r i e n t a l de
M o c t e z u m a y de las huríes ojinegras q u e l o p o b l a b a n :
Rey, 2 2
Roa Bárcena, 2 3
Juan de D i o s Peza, * 2
Luis G. Ortiz, » 2
José M a r í a B u s t i l l o s , 2 6
J o s e f i n a P é r e z de G a r c í a T o r r e s , 2 7
Fran-
NOTAS
1 E lSiglo X I X , 4 de enero de 1 8 4 3 , P- 3¬
2 E lMuseo Mexicano, II, 1844, p. 134.
3 E lMosaico M e x i c a n o , VII, 1 8 4 2 , pp. 5 9 0 - 5 9 1 .
4 E lLiceo Mexicano, I, 1 8 8 5 , p. 13.
5 /•./ P a l o C i e g o , viernes 22 de agosto de 1862, p. 4.
e L a Cuchara, XII, 1862 (septiembre 2 5 ) , p. 3 .
7 Rubén M . CAMPOS, E l f o l k l o r e literario d e México, México, 1 9 2 9 ,
pp. 134-136.
8
I b i d . , pp. 130-132.
9 José Joaquín PESADO, L a s a z t e c a s . Poesías tomadas d elos antiguos
cantares mexicanos, México, 1854, pp. 9-11.
10 I b i d . , pp. 16-17.
11 A m o r azteca, en sus C a n t o s patrióticos y amorosos, México, 1 8 6 1 ,
pp. 138-141.
12 E l c a n t o r c i l l o a z t e c a , en sus Poesías, México, 1872, p. 109.
13 E l T i e m p o , I, 1883, p. 1 8 2 .
14 L a m e n t a c i o n e s d e Nezahualcóyotl, en Antonio PEÑAFIEL, Colección
de documentos para l ahistoria d e México, 1 8 9 7 , pp. 26-32.
15 E l c a n t o d e Nezahualcóyotl, en E l T i e m p o , I. 1883, p. 110.
10 E l c a n t o d e Nezahualcóyotl, en E l M u n d o Literario Ilustrado, I,
1 8 9 1 , pp. 7-8.
17 C a n t o d e Nezahualcóyotl, en el E n s a y o literario, México, 1 8 3 8 ,
p. 1 6 2 .
is R e v i s t a Científica y Literaria, II, 1 8 4 6 , p. . 8 .
'* i» I b i d : , p. 2 1 0 .
20 L a Ilustración Mexicana, I, 1 8 5 1 , pp. 563-564.
DANIEL WOGAN
21 E l L i c e o M e x i c a n o , I , 1886, p . 100.
22 E n Chapultepec, e n sus Poesías, México, 1863, p p . 151-152.
23 C h a p u l t e p e c , e n E l P a r n a s o m e x i c a n o , M é x i c o , 1883, p p . 6 4 - 6 6 .
24 E n C h a p u l t e p e c , poema de L a s g l o r i a s d e México: Musa, épica,
Buenos Aires-México-Habana, 1893, p p . 262-265.
25 E n e l b o s q u e d e Chapultepec, poema publicado en E l Renaci-
m i e n t o , I I I , 1894, p . 257.
20 E n C h a p u l t e p e c , poema incluido en sus Versos, Toluca, 1900,
pp. 164-165.
27 C h a p u l t e p e c , e n sus Poesías, M é x i c o , 1901, v o l . I I , p p . 20-29.
28 C h a p u l t e p e c , e n F l o r e s d e i n v i e r n o , M é x i c o , 1905, p p . 156-166.
29 C h a p u l t e p e c , en T r o q u e l e s a n t i g u o s , M é x i c o , igo8~ p . 71.