Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Ronald Laing - El Cuestionamiento de La Familia
Ronald Laing - El Cuestionamiento de La Familia
Laing
EL CUESTIONAMIENTO
DE
LA FAMILIA
ediciones
PAIDOS
Barcelona
Buenos Aires
Título original:
The politics of the family and other essays.
Publicado en inglés por Tavistock, Londres, 1969.
ISBN: 84-7509-007-9
Depósito legal: B-18.281/1982
Prólogo 9
Primera parte
ENSAYOS
La familia y la "familia" 15
Intervención terapéutica en situaciones sociales 34
Estudio de la familia y de los contextos sociales
en relación con la "esquizofrenia" 59
Segunda parte
EL CUESTIONAMIENTO DE LA FAMILIA
Introducción 81
Familia e invalidación 83
Argumentos familiares 93
Operaciones 105
Reglas y metarreglas 120
Trasposición 136
Bibliografía 145
PROLOGO
Leyes, libro IV
Ateniense: .. . d e b e m o s . . . o r g a n i z a r n u e s t r a s ciu-
dades y hogares de acuerdo con la l e y ;
con el t é r m i n o " l e y " q u e r e m o s expresar
el o r d e n a m i e n t o de la m e n t e .
P l a t ó n , Las leyes
PRIMERA PARTE
ENSAYOS
1
LA FAMILIA Y LA "FAMILIA"
Internalización
Este g r u p o i n t e r n o p u e d e condicionar e n m a y o r
o m e n o r grado la relación de u n a persona consigo
P e n s a r en la estructura espacial ú n i c a m e n t e , n o
basta; tampoco puede separarse u n objeto interior
de su contexto. Debemos buscar siempre u n a suce-
sión de acontecimientos e n la q u e varios elementos
— n u n c a u n o solo— t e n g a n u n papel q u e desem-
peñar.
U n h o m b r e se sintió destruido por u n a mujer.
Sintió, a los 30 años, q u e ella actuaba como lo había
hecho su m a d r e c u a n d o él tenía tres. N o era la
p r i m e r a vez, ni sería la ú l t i m a , q u e e x p e r i m e n t a b a
esa sensación.
El prototipo fue descubierto m e d i a n t e u n análisis
de su transferencia al presente y luego confrontado
con los datos complementarios obtenidos de los pa-
dres y otras personas.
Un partido de tenis
7
No pretendo afirmar que estas observaciones sean apli-
cables a algo más que apariencias.
8
Para la explicación de estos términos, véanse págs. 136
y sigs.
EL C U E S T I O N A M 1 E N T O D E LA FAMILIA 33
1
Conferencia pronunciada en la Associaüon of Family
Caseworkcrs en mayo de 1968.
EL CUESTIONAMIENTO D E LA FAMILIA 35
Los Clark
Es i n t e r e s a n t e , s e ñ a l a Bateson, q u e esta c u l t u r a
e n decadencia r e c u e r d e p o r lo g e n e r a l q u é es lo in-
correcto y lo q u e a t r a e dificultades de o r d e n reli-
gioso o s o b r e n a t u r a l , p e r o n o la n a t u r a l e z a de los
viejos r e m e d i o s c u l t u r a l e s . Quizá nosotros h a y a m o s
ido a u n m á s lejos. Y a n o somos capaces n i siquiera
de " d i a g n o s t i c a r " q u é es lo q u e o c u r r e .
2
Los trabajos que realiza Speck en Filadelfia con grupos
son los de mayor complejidad de cuantos conozco. Véase
Speck (1966).
54 R. D. LAING
m e n o s n o m u c h o s de ellos, en la actualidad. E n su
m a y o r í a no h a n realizado n i n g ú n aprendizaje al
respecto y con frecuencia h a n recibido u n a prepa-
ración q u e los vuelve incompetentes e n ese terreno.
Todos deberíamos dedicarnos sin pausa a a p r e n -
der a d e s a p r e n d e r g r a n p a r t e de lo q u e h e m o s
a p r e n d i d o y a a p r e n d e r a a p r e n d e r lo q u e n o se
nos h a enseñado. Sólo así nos perfeccionaremos y
se perfeccionará nuestra disciplina.
ESTUDIO DE LA FAMILIA
Y DE LOS CONTEXTOS SOCIALES EN RELACIÓN
1
C O N LA "ESQUIZOFRENIA"
Experimento: T ó m e s e u n g r u p o de individuos de
los considerados n o r m a l e s según
criterios corrientes ( g r u p o N )
Tráteselos como esquizofrénicos
T ó m e s e u n grupo de individuos de
los considerados esquizofrénicos
" i n c i p i e n t e s " según criterios co-
rrientes (grupo X )
Tráteselos como individuos n o r m a l e s
Predicción: M u c h o s de los i n t e g r a n t e s del grupo
N c o m e n z a r á n a observar el com-
p o r t a m i e n t o q u e , según criterios
corrientes, caracteriza a los esqui-
zofrénicos
M u c h o s de los i n t e g r a n t e s del grupo
X c o m e n z a r á n a observar el com-
p o r t a m i e n t o q u e es tenido por nor-
m a l según criterios corrientes
Experimento: Tómese u n g r u p o de esquizofrénicos
"incipientes"
I ) Tráteselos como a dementes
I I ) Tráteselos como a personas
normales
64 R. D. LAING
II
4
Un experimento de esta clase ha sido descrípto por Zar-
lock (1966).
EL CUESTIONAMIENTO DE LA FAMILIA 65
2. El "anti hospital"
Se debió al doctor D a v i d Cooper la iniciativa de
instalar, e n u n pabellón del Hospital S h e n l e y q u e
alojaba a u n o s veinte esquizofrénicos de sexo m a s -
culino, lo q u e él llamó u n "anti-hospital". Cooper
4. Hogares
9
Desde 1964 h a n estado funcionando e n L o n d r e s
hogares dirigidos por los huéspedes a quienes están
destinados. M á s de 150 personas h a n c u m p l i d o es
tadías e n ellos. N o h a y allí personal n i pacientes;
no h a y psiquiatras n i esquizofrénicos. E l experi
m e n t o ( a c t u a l m e n t e e n curso) h a demostrado sin
lugar a dudas q u e m u c h a s personas q u e se com
portan como esquizofrénicos típicos en ciertos lu-
* Cooper (1967).
8
Véase Bateson (1961).
0
Véase el apéndice de este capítulo.
68 R. D. L A I N G
III
1 0
Véase Laing (1970).
1 1
Véase Laing (1967).
!2 Véase Haley (1965).
70 R. D . LAING
Conclusiones
APÉNDICE
DURACIÓN DE LA ESTADÍA
3-6 dias 5 7
1 semana - 1 mes 22 9 31
1-3 meses 25 4 29
3-6 meses 6 8 14
6-12 meses 10 7 17
1-2 años 4 7 11
2-3 años 5 2 7
3-4 años 2 2
4-5 años
—
1 1
Total
—
79 40 119
PERSPECTIVA MEDICA
1 5
Cifras correspondientes a todos los hogares
Otros dos hogares fueron instalados en Londres
(1964-1968, 1966-1968), con el concurso de la Aso
ciación Filadelfia. E n los tres establecimientos
(incluido el Kingsley H a l l ) residieron en total 194
personas. N a d i e q u e no h u b i e r a estado antes e n u n
hospital psiquiátrico ingresó en u n o después de
c u m p l i r u n a estadía e n nuestros hogares.
PERSPECTIVA MEDICA
Hombres Mujeres Total
Clasificados como pacientes 98 39 137
Con estadia previa en un
hospital (57) (24) (81)
Sin estadía previa en un
hospital (15) (56)
No clasificados como pacientes 32 25 57
Total 130 64 194
Derivados a un hospital 6 2 8
Ingresados en un hospital después
de su estadía en los hogares 12 3 15
Total 18 5 23
1 5
No se incluyen las cifras correspondientes a los hogares
actualmente en funcionamiento (marzo de 1971).
SEGUNDA PARTE
EL CUESTIONAMIENTO
DE LA FAMILIA
INTRODUCCIÓN
1
E n estas c h a r l a s h e p r o c u r a d o caracterizar de
modo provisional algunos componentes d e u n a teo-
ría prospectiva sistemática q u e a ú n n o existe.
H e dado por supuesto que el o y e n t e o lector n o
conoce la labor desarrollada con familias (terapia,
investigación, teoría) d u r a n t e los últimos 25 años,
en especial e n los Estados Unidos.
U n a lista de las personas q u e se h a n destacado
en este campo, de ser completa, ocuparía excesivo
espacio. M e n c i o n a r a los pocos q u e h a n ejercido
sobre m í u n a influencia p r e p o n d e r a n t e , conduciría
a conclusiones erróneas. Algunos h a n influido sobre
mi p r i n c i p a l m e n t e por medio de sus escritos; otros,
a través de la vinculación personal y la a m i s t a d ;
otros a u n , i n d i r e c t a m e n t e , por su influencia sobre
otras personas, etc. El lector q u e n o esté familiari-
zado con este c a m p o y desee conocer m á s sobre los
estudios del tipo de los q u e h a n servido de base a
estas charlas, e n c o n t r a r á u n a orientación en las
referencias bibliográficas contenidas e n las notas
de pie de página.
1
Este capítulo y los que lo siguen son versiones revisadas
de cinco charlas radiales difundidas en noviembre y diciem-
bre de 1968 por la Corporación Canadiense de Radiodifusión;
las charlas integraron el octavo ciclo anual de las Conferen-
cias Massey. Con el título de The Politics of the Family
fueron publicadas por primera vez en forma de libro por la
CCR, en 1969.
82 R. D . L A I N G
2
Morel (1860, pág. 565).
EL CUESTIONAMIENTO D E LA FAMILIA 87
3
Véanse Boszormenyi-Nagy y Framo (comps.) (1965);
r
Lidz, Fleck y Cornelison (196 )); Handel (comp.) (1968);
Cooper (1967).
ARGUMENTOS FAMILIARES
4
C u a n d o las indicaciones o a t r i b u c i o n e s y las
ó r d e n e s son c o n t r a d i c t o r i a s , los dos sistemas, A y B,
se p o n e n de manifiesto. C u a n d o todo m a r c h a con
s u a v i d a d e n u n a situación " n o r m a l " , la e s t r u c t u r a
es m e n o s e v i d e n t e , a u n q u e no p r e s e n t a diferencias
esenciales. E n este caso, a d e m á s , lo p r o b a b l e es q u e
a n a d i e le interese conocer el m e c a n i s m o q u e h a c e
q u e las cosas m a r c h e n b i e n :
" E l solo sabe q u é está bien y q u é está m a l : n u n c a
tuve q u e decirle q u e n o hiciera esas cosas."
" L o h a c e sin necesidad d e q u e y o se lo p i d a . "
" S a b e por sí m i s m o c u á n d o es b a s t a n t e . "
El sistema f a m i l i a r q u e funciona sin c o n t r a t i e m -
pos es m u c h o m á s difícil de e s t u d i a r q u e el q u e
tropieza con dificultades.
4
Todos los medios de comunicación son aptos para trans-
mitir esas indicaciones (atribuciones) casi hipnóticas. La for-
ma en que se dicen las cosas (paralingüística) más que el
"contenido" del discurso (lingüística). Los movimientos que
empleamos (cinética y paracinética). Y el tacto, el gusto, el
olfato. La cinética ha sido estudiada en forma sistemática y
muy completa durante varios años por el profesor Birdwhis-
tell, del Eastern Pennsylvanian Psychiatric Institute (Insti-
tuto Psiquiátrico de Pennsylvania Este), y sus colaboradores.
Sobre el gusto y el olfato no se han reunido, que yo sepa,
datos en forma sistemática. En la Universidad de Florida el
profesor Jourard ha iniciado un estudio sobre nuestros hábitos
táctiles (Jourard, 1968), pero hasta ahora no ha extendido su
investigación a las familias. El doctor Harry Wiener, del
New York Medical College, ha divulgado una serie de espe-
culaciones muy su gerentes sobre el papel que presumible-
mente desempeñan ciertos mensajeros químicos externos
(MQE) o ectohormonas en la regulación, al menos parcial,
de nuestra conducta social. Sabemos que algunos insectos
logran por este medio una coordinación social compleja; se
ha abierto así un vasto y hasta ahora casi inexplorado campo
de estudios: el de la relación que existe entre las ectohormo-
nas y la conducta social humana (Wiener, 1966, 1967, 1968).
EL CUESTIONAMIENTO D E LA F A M I L I A 99
resistidos e n é r g i c a m e n t e . Si u n m i e m b r o cualquiera
de u n a familia comienza a darse c u e n t a de q u e es
la sombra de u n a m a r i o n e t a , sería u n a m u e s t r a de
b u e n criterio de su p a r t e el q u e t o m a r a toda clase
de precauciones a n t e s d e decidir a q u i é n p a r t i c i p a r
su descubrimiento.
D a r s e cuenta de esas cosas n o es " n o r m a l " . H a y
diversos calificativos psiquiátricos y u n a variedad
no m e n o r de t r a t a m i e n t o s aplicables a quienes in-
c u r r e n e n ello.
Opino q u e m u c h o s adultos (yo e n t r e ellos) están
o h a n estado sumidos, en m a y o r o m e n o r grado, en
u n t r a n c e hipnótico q u e se r e m o n t a a su p r i m e r a
infancia: p e r m a n e c e m o s e n ese estado h a s t a q u e ,
r e p e n t i n a m e n t e despiertos (como hace decir Ibsen
a u n o de sus p e r s o n a j e s ) , descubrimos q u e n u n c a
hemos vivido.
Los intentos por despertar antes de t i e m p o son a
m e n u d o castigados, e n especial p o r quienes m á s nos
a m a n . P o r q u e ellos, benditos sean, están dormidos.
Piensan que la persona q u e se despierta o q u e , a ú n
dormida, c o m p r e n d e q u e lo q u e se tiene por verda-
dero es u n " s u e ñ o " , se está volviendo loca. Cual-
quiera q u e se e n c u e n t r e e n ese estado de transición
es probable q u e se sienta confuso. S e ñ a l a r esa con-
fusión como u n signo de enfermedad es u n a m a -
n e r a rápida de o r i g i n a r u n a psicosis. La persona q u e
advierte q u e "todo esto es u n a pesadilla" t e m e vol-
verse loca. U n psiquiatra q u e declara ser médico
de a l m a s pero q u e m a n t i e n e a la gente d o r m i d a , la
somete a t r a t a m i e n t o por el hecho d e haberse des-
pertado y la vuelve a d o r m i r con m e d i c a m e n t o s
(en forma cada vez m á s eficiente, a m e d i d a q u e
este á m b i t o de la tecnología perfecciona sus ar-
m a s ) , la a y u d a e n realidad a volverse loca.
L a s personas m á s despiertas q u e h e conocido
tienen plena conciencia de todo esto. Son m u y
pocas. N o son n e c e s a r i a m e n t e psicóticos n i intelec-
IDO R. D. LAING
5
Freud (1958, t. V, pág. 545).
EL CUESTIONAMIENTO DE LA FAMILIA 101
Conjunto A
su n i ñ e r a
su m a d r e
y su tío, el h e r m a n o de su m a d r e
Conjunto B
la m u j e r m i s m a
su hijo
y su h e r m a n o , el tío de su hijo
1. dentro y fuera
2. placer y dolor, agradable-desagradable
3. real y n o real
4. bueno y malo
5. y o y no y o
6. a q u í y allá
7. entonces y ahora.
P a r a nuestros fines carece de i m p o r t a n c i a deter-
m i n a r a q u é edad se d o m i n a n esas distinciones o,
incluso, si las distinciones son ésas u otras. Ciertas
distinciones llegan a ser hechas, de u n modo u otro,
e n u n m o m e n t o u otro: esas distinciones n o existían
a n t e r i o r m e n t e . Con esas distinciones operamos en
la materia prima de lo dado. N u e s t r a experiencia
es u n producto formado de acuerdo con u n a receta,
con u n conjunto de reglas sobre q u é distinciones
debemos hacer, c u á n d o , dónde, respecto de qué. Las
reglas m i s m a s son distinciones e n acción. Continua-
m e n t e llevamos a cabo operaciones e n t r e distincio-
nes y a establecidas, de acuerdo con reglas adicio-
nales.
108 R. D. LAING
I) t r a g u e la saliva q u e h a y e n su boca
II) sorba a g u a de u n vaso y tragúela
III) escupa e n el vaso y t r a g u e la escupida j u n t o
con el a g u a
IV) sorba u n poco de agua, vuélvala al vaso,
sórbala de nuevo y tragúela.
Negación
Es u n a de las m á s sencillas. " L a s cosas son a s i "
se t r a n s f o r m a en " L a s cosas no son así". P o r
ejemplo: "Estoy celoso" se t r a n s f o r m a en "No
estoy celoso".
Disociación
U n conjunto es dividido e n dos subconjuntos.
C u a n d o la disociación es completa, n o se pro
duce n i n g ú n intercambio e n t r e los subconjun
tos.
Desplazamiento
P o r ejemplo: Siento enojo contra T o m á s , en
lugar de sentirlo contra Ricardo. Vuelvo a casa
y la " e m p r e n d o " con m i esposa a causa de lo
q u e siento por el jefe.
Escotomización
No veo lo q u e n o quiero ver.
EL CUESTIONAMIENTO D E LA FAMILIA 113
Sustitución
Veo otra cosa e n su l u g a r .
Proyección
Traspongo lo i n t e r n o a lo externo.
Introyección
T r a s p o n g o lo e x t e r n o a lo i n t e r n o .
Racionalización
M e doy u n pretexto.
Represión
Es olvidar algo y olvidarse de q u e se lo h a
olvidado.
Regresión
Retroceder.
Identificación
Dos subconjuntos diferentes son considerados
como u n o solo.
Tergiversación
Definición errónea de los problemas.
Reversión
" L o odio" se revierte e n " E l m e odia".
a ) olvidamos X
b) no tenemos conciencia de q u e h a y u n X q u e
hemos olvidado
c) n o tenemos conciencia de q u e h e m o s olvi
dado X
d ) no tenemos conciencia de q u e n o tenemos
conciencia de q u e hemos olvidado q u e h e m o s
olvidado X .
1
Para un mayor desarrollo del tema, véase Laing (1970).
118 R. D . LAING
m a l o ( — ) , optativo ( + o — ) y n e u t r a l ( 0 , n i +
ni—).
Se dice que h a y u n tiempo y l u g a r apropiados
para cada cosa. E n el hogar:
1. No debemos e c h a r e n el inodoro el collar de
perlas de n u e s t r a m a d r e .
2. H a y algo q u e debemos e c h a r e n el inodoro,
y solamente allí.
3. No debemos acostarnos con los zapatos pues
tos.
4. Debemos cepillarnos los dientes antes de ir a
dormir.
5. No debemos despedir gases c u a n d o estamos
e n la mesa, etc.
Tales reglas tienden a ser precisas y estrictas.
Las reglas q u e rigen los valores con q u e dotar al
cosmos p u e d e n t a m b i é n ser estrictas.
H a y tiempos, lugares y personas p a r a
1. valor + ( b u e n o ) .
2. valor — ( m a l o ) .
3. valor -f- o — (optativo).
n
4. valor n i + i — ( 0 ) ( n e u t r a l ) .
(las estrellas n o deben ser consideradas ni bue
nas n i m a l a s ) .
Cabe a g r e g a r u n a q u i n t a categoría de regiones
q u e p u e d e n ser vistas como b u e n a s ( + ) , m a l a s
( — ) , optativas ( + o — ) o n e u t r a l e s ( 0 ) . Son m u y
pocas.
Si h a y perfecta coincidencia e n t r e los valores
proyectados en y asignados a u n estrato (range)
todo está en el tiempo y l u g a r q u e le corresponde.
En ese conjunto de problemas n o h a y violación de
las reglas y n o cabe sentir culpa o ansiedad por tal
causa.
C u a n d o los valores positivos son traspuestos a u n
estrato positivo, pensamos bien de aquellos de quie-
122 R. D. LAING
* Mapping. f T.l
EL C U E S T I O N A M I E N T O D E L A F A M I L I A 137
Supongamos q u e proyecto a m i m a d r e en mi
esposa. Esta adquiere el valor £ d e m i m a d r e p a r a
mí. T a l es el efecto de la proyección. Sin e m b a r g o
(véase lo dicho sobre los Clark a n t e r i o r m e n t e ) ,
p u e d e o c u r r i r — t a n t o como q u e n o — q u e y o la in-
duzca a personificar a m i m a d r e . La operación por
medio d e la cual la induzco a personificar a m i m a -
dre es lo q u e yo llamo inducción. La proyección es
hecha por u n a persona como su propia experiencia
de otra. La inducción es hecha p o r u n a persona ha-
cia la experiencia de otra. E n realidad, no contamos
con u n a palabra q u e designe la transformación
sufrida por la experiencia de la otra persona bajo
la influencia de la inducción. La introyección es
u n a operación c u m p l i d a por mí e n mi experiencia,
idéntica en principio a la proyección, de la q u e se
distingue sólo por las diferentes localizaciones de la
transferencia: procede desde u n a zona cualquiera
de lo q u e considero como n o yo, como n o aquello
con lo cual m e identifico ( m i familia, por e j e m p l o ) ,
hacia lo q u e considero como " y o " , como aquello
con lo cual m e identifico.
Si m i esposa, influida por m í , por mis proyeccio-
nes e inducciones, comienza a a c t u a r e incluso a
sentir como m i m a d r e , n o sería suficiente decir q u e
ha introyectado a ésta. M i esposa p u e d e c o m e n z a r
a a c t u a r y a sentir como m i m a d r e a u n q u e n o la
h a y a conocido n u n c a . E n realidad, m i s acciones
p u e d e n m u y bien inducir a otra persona a a c t u a r
y sentir como alguien a quien y o m i s m o n o h a y a
conocido n u n c a .
D a r é a h o r a u n ejemplo imaginario, expresán-
dome en p r i m e r a persona p a r a h a c e r m á s simple
la n a r r a c i ó n . M i padre perdió a su m a d r e c u a n d o
era niño y fue criado por su h e r m a n a m a y o r . Su
esposa fue m á s bien u n a combinación de m a d r e y
h e r m a n a p a r a él. N o tuvo hijas, y sé q u e h u b i e r a
deseado tener u n a . C u a n d o m e casé, encontró en
140 R. D . LAING
M (a su hija de 14 a ñ o s ) : Eres m a l a .
H: N o , no lo soy.
142 R . D . LAING
M : Sí, lo eres.
H : M i tío J u a n no piensa lo m i s m o .
M : N o te quiere t a n t o como yo. Sólo u n a m a d r e
sabe la v e r d a d acerca de su hija, y sólo q u i e n
te q u i e r a t a n t o como y o te dirá la verdad,
sea cual fuere. Si no m e crees, m í r a t e aten
1 1
t a m e n t e en el espejo y verás q u e estoy
diciendo la verdad.
La hija lo hizo y vio q u e su m a d r e , después de
todo, tenía r a z ó n , y c o m p r e n d i ó c u a n equivocada había e
u n a m a d r e q u e la a m a b a t a n t o q u e estaba dispuesta
a decirle la verdad. F u e r a la q u e fuese.
PAIDOS