EP10–Gabarito

1. (Cederj, EP13-Calculo III-2014-1. Ex: 4) Seja F (u, v) = f (u + v, u − v) com f (2, 0) = 1,

∂f ∂f ∂2f ∂2f ∂2f ∂2f
(2, 0) = −1, (2, 0) = 2, (2, 0) = 1, (2, 0) = 2, (2, 0) = (2, 0) = 3.
∂x ∂y ∂x2 ∂y 2 ∂x∂y ∂y∂x
∂F ∂2F ∂2F
Calcule (1, 1), (1, 1) e (1, 1).
∂v ∂u∂v ∂v 2

Solução: Se x = x(u, v) = u + v, e y = y(u, v) = u − v então como F (u, v) =

f (x(u, v), y(u, v)), pela regra da cadeia temos
∂F ∂f ∂x ∂f ∂y
(u, v) = (x(u, v), y(u, v)) · (u, v) + (x(u, v), y(u, v)) · (u, v) (1)
∂v ∂x ∂v ∂y ∂v
∂f ∂ ∂f ∂
= (u + v, u − v) · (u + v) + (u + v, u − v) · (u − v) (2)
∂x ∂v ∂y ∂v
∂f ∂f
= (u + v, u − v) · 1 + (u + v, u − v) · (−1) (3)
∂x ∂y
Logo,
∂F ∂f ∂f
(1, 1) = (2, 0) · 1 + (2, 0) · (−1)
∂v ∂x ∂y

= −1 · 1 + 2 · (−1)

= −3 .
Também, derivando a Equação (3) com respeito a u temos que
∂2F ∂2f ∂2f
(u, v) = (u + v, u − v) · 1 + (u + v, u − v) · 1
∂u∂v ∂x2 ∂y∂x
∂2f ∂2f
− (u + v, u − v) · 1 − 2 (u + v, u − v) · 1 .
∂x∂y ∂y
logo
∂2F ∂2f ∂2f
(u, v) = (2, 0) · 1 + (2, 0) · 1
∂u∂v ∂x2 ∂y∂x
∂2f ∂2f
− (2, 0) · 1 − 2 (2, 0) · 1
∂x∂y ∂y
= 1·1+3·1−3·1−2
= −1 .
Também, derivando a Equação (3) com respeito a v temos que
∂2F ∂2f ∂2f
(u, v) = (u + v, u − v) · 1 + (u + v, u − v) · (−1)
∂v 2 ∂x 2 ∂y∂x
∂2f ∂2f
− (u + v, u − v) · 1 − 2 (u + v, u − v) · (−1) .
∂x∂y ∂y
logo
∂2F ∂2f ∂2f
(u, v) = (2, 0) · 1 + (2, 0) · (−1)
∂v 2 ∂x 2 ∂y∂x
∂2f ∂2f
− (2, 0) · 1 − 2 (2, 0) · (−1)
∂x∂y ∂y
= 1 · 1 + 3 · (−1) − 3 · 1 − 2(−1)
= −3 .
2. (H.L.Guidorizzi, Vol2, Sec 15.5, Ex. 1.a) Determine o polinômio de Taylor de ordem 2 da
função f (x, y) = x sin y, em volta de (x0 , y0 ) = (0, 0).

Solução:

O polinômio de Taylor de ordem 2 de f , em volta do ponto (0, 0) é dada por

1 ∂2f ∂2f ∂2f

 
∂f ∂f 2 2
P (x, y) = f (0, 0)+ (0, 0)x+ (0, 0)y+ (0, 0)x + 2 (0, 0)xy + 2 (0, 0)y .
∂x ∂y 2 ∂x2 ∂x∂y ∂y

∂f ∂f ∂f ∂f ∂2f
Temos = sin y; (0, 0) = 0 e = x cos y; (0, 0) = 0. Por outro lado = 0;
∂x ∂x ∂y ∂y ∂x2
∂2f ∂2f ∂2f ∂2f
= −x sin y; (0, 0) = 0; = cos y; (0, 0) = 1. Portanto P (x, y) = xy.
∂y 2 ∂y 2 ∂x∂y ∂x∂y
3. (Stewart, Vol7, Sec 14.3, Ex 60 e 62) Verifique se a conclusão do teorema de Schwarz é
válida, isto é, uxy = uyx .

(a) u(x, y) = exy sin y.

(b) u(x, y) = ln(x + 2y).

Solução:

(a) Temos,
ux = yexy sin y =⇒ uxy = yexy cos y+(sin y)(y·xexy +exy ·1) = exy (y cos y+xy sin y+sin y).
uy = exy (cos y + x sin y) =⇒ uxy = exy · sin y + (cos y + x sin y) · yexy = exy (sin y + y cos y +
xy sin y). Portanto uxy = uyx e é contı́nua em R2

(b) u(x, y) = ln(x + 2y) ⇒ ux = 1

x+2y = (x + 2y)−1 , uxy = (−1)(x + 2y)−2 (2) = − (x+2y)
2
2
1
e uy = x+2y = (x + 2y)−1 · (2) = 2(x + 2y)−1 , uyx = (−2)(x + 2y)−2 = − (x+2y)
2
2 . Portanto
2
uxy = uyx e uxy é contı́nua no aberto D = {(x, y) ∈ R : x + 2y > 0}.

4. (Cederj, EP14-Calculo III-2014-1. Ex: 1) Seja f : R2 −→ R a função definida por

f (x, y) = (x − 1)2 (y − 3)4 .

Desenvolva os seguintes itens:

(a) Identifique os pontos crı́ticos da função f ;

(b) Decida se os pontos crı́ticos de f , encontrados no item (a), são pontos de máximo
local, de mı́nimo local ou de sela;

Solução:

(a) Inicialmente, observemos que

fx (x, y) = 2(x − 1)(y − 3)4 ,

fy (x, y) = 4(x − 1)2 (y − 3)3 ,

fxx (x, y) = 2(y − 3)4 ,
fxy (x, y) = fyx (x, y) = 8(x − 1)(y − 3)3
 e
fyy (x, y) = 12(x − 1)2 (y − 3)2
para todo (x, y) ∈ R2 . Portanto,

(0, 0) = ∇f (x, y) = (fx (x, y), fy (x, y)) = 2(x − 1)(y − 3)4 , 4(x − 1)2 (y − 3)3

se, e somente se,

(x, y) = (s, 3) ou (x, y) = (1, t),
onde s e t são números reais arbitrários. Em outras palavras,

A = {(s, 3); s ∈ R} ∪ {(1, t); t ∈ R}

o conjunto formado pelos pontos crı́ticos da função f .

(b) Para cada (x, y) ∈ R2 , a hessiana de f é dada por

   
fxx (x, y) fxy (x, y)
H(x, y) = det = 24(x − 1)2 (y − 3)6 − 64(x − 1)2 (y − 3)6
fyx (x, y) fyy (x, y)
= −40(x − 1)2 (y − 3)4 .

Avaliando esta função nos pontos crı́ticos de f , obtemos

H(s, 3) = 0 e H(1, t) = 0

para quaisquer s, t ∈ R. Nesse caso, utilizando o teste da hessiana, não podemos

decidir se os pontos crı́ticos de f são seus extremantes locais ou pontos de sela. No
entanto, como f (x, y) ≥ 0 para todo x, y ∈ R2 (por ser produto de potências pares),
e como f (s, 3) = f (1, t) = 0 para quaisquer s, t ∈ R, concluı́mos que

f (x, y) = (x − 1)2 (y − 3)4 ≥ 0 = f (s, 3)

e
f (x, y) = (x − 1)2 (y − 3)4 ≥ 0 = f (1, t)
para todo (x, y) ∈ R2 , o que significa que todos os pontos crı́ticos de f são pontos de
mı́nimo global.