Está en la página 1de 102

¡ S i esto y ha rt a de esta v i d a civil iza d a !

¡ Si ten g o a ns i as s in nomb re de se r l ib r e y feliz !


¡ Sí a unque fl o r ezca en rosa s nad i e podrá c ambia r me
L a sal v aje ra íz !
C E NIZ AS

S e ha apaga do el fuego Q ueda só lo u n bla ndo


.

Mon tón de cen i zas ,

Donde estuvo on dula ndo l a ll ama .

Ah i t i enes a m i go hecho porc i ón qu i eta


, .

D e p o lvo liviano ,

A aquel p i no in menso que nos d i ó su somb ra


F resca y moved i z a d u r an í e el ve ra no
. .

Tan al to . tan que pasaba e l techo


al to ,

D e l a casa m í a .

Si hubie ra p o dido gua rda rlo e n dobleces .

N i en el a rca grande del desván cab ría . .

Y del p i no i n menso ya ves lo que que da .

Yo que so y tan pe queñ a y delgada


, .

¡ Q u é montón ta n ch i quito de p o l vo
S e r é c ua nd o m ue r a !
R A ÍZ SALVA JE

OLO R F RU T A L

C on m enib rillo s ma d u ros


Pe rfu mo los a rm a ri o s .

Tiene t o d a mi r opa ,

a r oma fru ta l que da a mi c ue rp o


con stante sabor a prima v e ra .

Cua n d o de los esta n tes


p ulidos y p rofu n dos
S aco u n b r azad o bla nc o
De ro pa in tima ,

P o r e l c ua rto se espa rc e
Un ambie n te de h ue rto .

[ Pa r e c e que tu v ie r a e n mis a r ma r ios


p r es o a l ve r ano !
J UANA D E I B ARB OU ROU

Ese perfume es m io Besa rás m i l m uje res


.

J óvene s y a morosas mas n i ngun a .

Te d aré esta im p r es ro n de amor agreste


Q ue yo te doy .

p or eso en m i s a rma rios


,

G ua rd o frutas madu ra s
Y entre los pl i egues de la ropa i nt i ma
E s condo con manojo s seco s de vet i ve r
,
!

Membrillos redondos y p i n tones .

Mi piel está i mpregnad a


D e esa fragancia v iva .

B esa ras m i l m uj e res mas n i ngu n a


. ,

Te d ar é e s ta impres i ón de a rroyo y
Que yo te doy .
RA IZ S A LV A J E 11

C OMO LA P RI M AV E RA

Com o u n a la n egra ten dí mis cabellos


S ob re tus rod i llas .

Ce r r ando los ojos su o lo r aspi raste


Dic ién d o m e l uego
— ¿D uermes sobre p i ed r as c ubiertas de musgos ?
¿Con ra m as de sa uces te atas las trenzas ?
Tu alm o hada es de trébol ? ¿L as tienes ta n negras
Po r que a c aso e n ellas exp rim i ste un zumo
R et i nto y espeso de mora s s i l v estres ?
¡ Qué fresca y extraña fraganc ia te en vu elve l
Hueles a a rroyuelos a t i erra y a sel v as
. .

¿Qué pe rfume usas ? Y riendo te d ije .

— j Nin g u n o n in g u n o l
.

Te amo y soy jo v en huelo a prima v e ra


, .
J UAN A DE IBARB OROU

Este olo r que sien tes es d e c a r ne fi rme


de mej i ll as c lara s y de sang r e n uev a
.

¡ Te quie ro y s oy j ov e n p o r eso es que tengo


.

l as mismas fraga nc ias de la p rima v e ra l


RAIZ SALV A J E 13

NOC ! E D E LLUVIA

E spera no due rmas


, .

Estate a tent o a lo que d i ce el v ien to


Y a lo que d i ce el agu a que golpea
C o n sus dedos me n u dos e n los v idrios .

Todo mi c o r azón se vu elve b id o s


P ar a escu c ha r a l a he c hiza d a he rma n a ,

Que h a do r mid o e n el ciel o .

Q u e h a vist o a l sol de ce rca


_
,

Y baj a aho ra elástica y a leg r e


De l a ma n o d el v iento ,

I gual que u n a v iaje r a


Q u e torn a de u n pa is d e ma r a v illa .

¡ Cómo esta rá d e a leg r e el trigo o n d ean te l


¡ Con qué a v i d ez se esponja rá la h i erba !
¡ Cuántos diama ntes colgarán aho ra
!

Del r amaje p rofun d o de lo s p i nos !


J UANA D E IB ARB OU ROU

Espera no te due r m as Escuchemos


. .

El ritmo de la ll uvia .

A poya e n t r e mis senos


Tu fre nte tacitu rna .

Yo sentiré el l ati r de tus dos s i enes


Palpitan tes y t i b i as .

T al cual si fueran dos m art illo s vivos


Que golpea ran m i ca rn e .

Espe ra no te due rmas Esta n oche


, .

Som o s lo s dos u n mu n do .

Ai slado po r el v i ento y por la ll uvia


Entre l a c uen ca t i bi a de un a alcob a .

Espe ra no te d ue r mas Esta noche


, .

S omos acaso l a ra i z s up rema .

De donde d ebe ge r m i na r mañana


El t ronco bello de u na raza n ueva .
RA ÍZ SALV A JE 15

M E LAN C OL ÍA

S oy ta l como una b rizna e n las ma n os del v ien to .

El v i ento está e noj ado y me ti ra el cab ello .

Y la ll uvia me d i ce : — A miga ¿qui eres c uentas ?


,

Y pród i ga m e cub re d e go tas c r istalinas .

Me paseo despacio con tr aic ió n de go losa .

A través de los vid rios me con templa l a ge n te


Y asomb ra da m urmu ra : ¿Está lo c a ? ¡ Pasears e
S in pa ragua lo m ismo que u na r a n a a l a lluvia
, !

Y mis ojos c ubi s tas ve n la gen te c u ad ra da


A fuerza de sensata y con pena m u rmu r o :
,
_

— l Q u ién p u d ier a se r niño y se nta rse e n l a c al le


'

S in angustias n i trabas a j uga r con e l lodo !


,
RAI Z SA LVA J E

LA LA G UNA

L a noch e es su a ve y m uelle
Tal c ual s i fue ra hec h a
Con los vello n es blando s
De alguna oveja negra .

N o hay l una V ago a o scu ras


.

p o r el campo hech i zado .

Huelo f resco r de j un cos ,

De sauce s y de álamos .

V oy j un to a l a l u g u n a .

i o h m i s te rio del agua !


E l agua es un se r v i vo

Que me empla y c all a


. .
J UANA DE IBARBOROU

L a laguna e s ta noch e
, ,


Da re c e pensa t iv a .

Mi al ma se ala rga a ella


C o mo u n a se rpentina .

¡ Cuán to me gusta el agua !

¡ C u án to me gusta el agua !
H aci a ella se i n cl i n a
Cu al u n j unco m i alma .

A caso en ot ra v i da
,

A nce s tral yo hab ré sido


,

A nte s de ser de ca rne ,

C i s terna fuente o r í o
, . .
RA I Z SALVA JE 21

S OL F U E RT E

D esprende un a tri s teza ah er r o jan te y extra ña


E s e len to des fi le de entoldadas ca r retas ,

P o r e l ocre ca mi n o que cruza l a ca mpaña


P l an a ár ida y se c a
, .

N i u n á rb o l ni u n a lom a n i l a ma nc ha somb r ía
, ,

D e un monte e n de rredo r
, .

L a s ca rquejas se en r osca n b ajo el fueg o d el d ia


I mpl a c able de Ene r o
, .

¡ p a rece
que el pla neta estuv i e ra v a c i o
Y que v a n a u n a cita misteriosa y su p rema .

Esas lentas ca r retas q ue cruza n el camino


B ajo este sol que quema !
RA I Z SALVA JE 25

E S T ÍO

Ca nta r del agua del r io .

Ca n ta r cont i n uo y sono ro .

A rr i b a bosque s o m b r í o
Y abajo a r en as de oro .

Canta r
De a lon d ra es c ond ida
E nt re el oscu ro pina r .

Cantar
De ! viento e n l as ramas
F loridas del retama r .

Can ta r
De abejas an te el reple to
Tesor o d el c olmena r .
J UANA D E IB ARB OUROU

Ca nta r
De la jo v en tah o n er a
Q ue al n o viene a lava r .

Y canta r ca n ta r cantar
, , ,

De m i a lm a emb r i a gada y l o ca
Bajo l a l umb re sol a r .
RAIZ SALVA JE 25

V E RSO I M P E RSONA L

Al m arg e n d e c u ar e l a
una a .

E vo c ac ió n t ropical .

C i elo añ i l Cañave r al
. ,

Ch i llón de u rracas y lo ros .

Rio profundo sol cob re , ,

Q ue deja fl o tan d 0 s o b r e º

L as a r e nas leves o ro s
, .

Y l a delic i a sup rem a


De la selva m i en tra s quema
,

L a s i esta todas s us asc u as


.

En los a r dientes ribazos .

Y la s uprema del i cia


De l a más casta impud i c i a
Do rm ir d es n u d a e n tus b r azos
… .
J UANA D E ¡ B ARB OU ROU

Como un fruto ext raordina r io


E l pr i me r bes o amoro so.

¡ Y todo m i c ue rpo an é m 1 c o t i embl a



R eco rda n do su an t i guo pe rfume a ye rbabuena l

Y me due rmo con l os ojos l lenos d e lágrima s ,

As i como los p i no s se due rmen con l a


s ramas

L lenas de rocío .
S A LVAJ E

RA I Z SALVA J E

Me h a quedado cl ava da en l o s ojo s ,

L a vi s i ón de es e ca rro de trigo ,

Que cruzó r ec h in an te y pesado


, ,

S emb ran do de esp i gas el recto ca mino .

¡ N o pretenda s aho ra que r ia l


, ,

¡ Tú no sabe s en qué hon dos recue r dos


E s toy ab s tr aid a !
'

Desde el fon do del alma me sube


U n sabo r de p i tanga a los labi o s .

T i ene aú n mi epide rmis more n a ,

N o sé qué fr eg an c ias de trigo em p ar vad o .

¡ Ay quisiera l le v a rte c o n m i go
,
J UANA DE ¡ BARB OU RÓ U

A dormi r u na noche en el ca mpo


Y en tus b razos pas ar ha s t a e l d ia
Baj o el techo alocado de un árbol .

S oy m i sma m uchach a salv aj e ,

Que h ace añ o s tr ag is te a tu l ado .


RA IZ SALVA J E 31

LA LUNA

¡ Oh la lun a l a l u n a que c ant an los poetas !


.

¡ Oh l a l una b r i ll ante de tristeza tremenda !


¡ L a l una que no s abe n i del fresco r del agu a !
N i del vien to que tacta co mo u n fa u no l as selvas
, , !

¡L a l un a que no t i ene n i u n árbol , n i un a b rizna ,

Ni u na m uje r y u n hombre que se qu i e ra n en ella ,

N i u n puñ ado de polvo qu e d an ce en remol i nos ,

N i un r io que h aga ru i do saltan do en tre sus pie dras !

Pa rece tan h ermosa tan n ue v a ta n l uc i ente


, . ,

Y no es m á s q ue u n a pob re v i ej a de s poseíd a
, ,

F ren te a frente a l a t i erra m i llonaria de dones


. .

U na m ue rta concien te fre n te a fren te a u na v i v a .


32 JUANA DE IBARB OU ROU

¡ Died ad pa ra l a lu n a ! ¡ Pieda d para la l u na !


N o beséis vuestras novias ¡ oh n ov i os an te el l a .

¡ Dios s ab e de qué e nvidias y angu s t i as e s tá llena


L a luz que n os envía n l a l u n a y l as estrel las !

RAíz SALVA JE
'

53

INMOV IL I DAD

En la playa que el vien to de otoño hace más sol a


N oche a noche me s i en to fren te a l a tentac i ón
'

De este ma r que e n s u s ond as lleva y tra e los n aví o s


Que me e n vi a n de lejos s u muda inv i tación
, . .

L os veo hu nd i rse en l a n iebl a salpica dos de l uces .

Mundos b reve s y vivo s que s e echan a an dar ,

En med i o de hor i zon te s d i st i nto s e i mprevistos ,

E ntre la hech i ce ría de l a l un a y el ma r .

'

Más allá .
¡ Oh D ios m io y yo a
, qu i t a n i nmó v i l
Cua l si fue ra un a p i ed ra que n ada h a de move r !
¡ Y a me agobia el cansanc i o de soña r i mpo s i bles !
¡ S e ha hecho espin a m i ans ¡ a de toca r y de ve r ! ,
J UAN A D E IB ARBOU ROU

¿D e qué bar co a n da r iego


Bajaré pa ra ti ?
E n la n oc he de bodas ,

¿Qué te n d rás pa ra m i ?

¡Oh novia a l a que el n o v io


Mec era co m o u n aya
Pa r a l uego a co starl a
Y a d ormida e n la p l aya !

¡N o v ia pre d estina da
Que h a de ha c erse u n c olla r ,

Con lo s hilos de lu n a
Que on dula n sob re el ma r !

¡ N ov ia a la que e l a ma n te
C ar n al no te nd rá más
,

Q u e u n m o m en to imprec i so ,

Que u n instante fugaz !

Cu ando e nv uel v es los c ue r p o s .

Cu an do rozas las b o cas ,

Ma r : ¿te sie ntes ya el dueño


De l a c arn e qu e t oc as ?
RAIZ SALVA JE 37

F I E B RE

He visto a l a m ue rt e de ce rca d e ce rca


, .

E ra tal como u na ma r i posa n e gra


'

Co n sus grandes a las refrescó m i s sie n es .

Mi c uerpo que ar d í a tembló de deli c ia


, , .

L e ten dí l o s b razos pero ella esquiva


, ,

F u é a hun dirse en l a somb ra c ompacta y sañu d a .

¡ V amos a b usca r la va mos a b uscarl a !


,

Mi sangre de n uevo torn a a se r de llama


. , ,

¡ Y y o ne c esit o sen ti r l a frescu ra


Q u e d a n sus d os a l as de gamuza n egra !
RAlZ SALVA JE 59

SOL ED A D

L a n oche es o scura profunda y ta n cálida


,

Q u e hasta el musgo áspe ro del r i bazo t i en e


T i bieza de ca r n e .

L a somb r aes tan densa que me sueño a ve c es


Hu n dida en t r e el puñ o de u n gigante n egro .

Y sobre m i cuerpo l acio de fatiga


L en tame n te trepan insectos noctu rnos .

Po r l a senda pasa s ilb an d o u n m uchacho


Cu r v o bajo el pes o de u n haz de grami l la .

Yo esto y sola s o la te n d i da e n l a s o mbra


, , .

Y a mi lado c r uza n d espués dos aman tes


A bs or t o s y le n tos las c abezas j un tas
. ,
J UANA DE IB ARB OU ROU

M i en tra s que u n ce r c a no ca nto r invis i ble


Con v oz de b ar í to n o modula u na c o p la
, .

En esta n oche d e E n er o
o s c u r rs nm a
'

Cálida y profu nda ,

A nte m í h a pasa do l a vida con todas


S us hondas v i siones de a mor y belleza .

Yo estoy triste y sola ti rada e n l a s o m b ra .


RA I Z SALVA JE 41

C AL M A

La l u na e s tampa en el cielo
S u faz de moneda n ueva .

S obre el t rigal ama rillo


Hay parpadea r de candel as .

L os p inos son misterioso s


E n esta no c he tan c lar a
Y hasta e l lab ra r de lo s pe rros
Trae emoc i ón a m i alm a .

J un to a l pozo que está e n ruinas


. ,

F l o re c e u na ma dreselva .

En l a polea gastada
U n joven gajo se en r eda .

Y no se escu c ha un m u r mullo
N i se oye u n rum or de agua
… .
J UANA DE IB ARB OROU

¡ p are c e
que el ruido duerme
O que el s i lenci o soña r a !

P as au n m u c hacho c a r gado
Con u n h az de alfalfa t i e rna .

¡ Hasta el al ma se m e fi l tra
Este b uen olor a hierba !

tan
serena l a noche
Y es tan i ntensa l a cal ma ,

Q ue s e a dormece m i angu s t i a
Y s e evaporan m i s lágr i mas .
RAIZ S A LVA JE 45

C A RN E IN M O RT AL

Yo le tengo h o rro r a la m ue r te .

Mas a v eces c ua n do piens o


Que bajo de l a tie r ra he de vol v erm e
A bo n o de ra ic es
,

S avia que subirá por ta llos fres co s ,

A rb o l alto que a c aso centupl i que


Mi me rma da esta tu r a
,

Me d i go : Cue rpo m io
Tú e res inmo r tal
.

Y c o n fruición me to c o
L os m us l os y l o s senos ,

El c abello y l a espal da ,

Pensand o : ¿Palpo a c aso


El r amaj e d e u n c ed r o
Las p aj ue l as d e u n n i do ,
J UANA DE IB ARB OU ROU

La t i e rra de algún su r c o
T i bio c om o de c a r ne fe menina ?

Y extasiada m u r mu r o
,

Cue rpo m ío : ¡ estás hecho


D e s u s tan c 1a inmortal !
S AL VAJ E

47

L OS ARB OL E S E N LA LLANU RA

Es un mon tón de ál amo s rumo r osos y agudos


A fe rr ado s e n in ed io de la árida llan u ra.

L a s r aí c es pequeña s de lo s pas tos r es ec o s


L es clama n e l mensaje soñado de l a lluvia .

Y ellos m i ra n l as nub es e in terroga n a l viento


. ,

Y hacen ¡ no ! c on l a verde cabez a de sus copa s


, .

— l Aú n el agua d em o r a I — suspi ra n l as gramínea s


Q u e bajo el so l se e n rosca n .

Y tod o el campo es u na ansieda d a mar i ll a


F i ja en las c opas cla r as ,

De los álamos rec tos q ue son pa ra lo s past o s


L a p romesa del agua .
J UANA DE IB ARBOU ROU

S us ramajes cimb rea n tes v o ceará n la tormenta


Cua ndo se en c uen tre cerca .

Raic ec itas s u fr ien tes : en ca da m ata viva


S ustentáis u n o rdo i nv is i b l e y alerta
.
RA IZ SALVA JE

E L RE M ANSO

Rio elá s tico y gr ande


Que corres mu rm urando
O r i ll ado de m i mb res
He v isto tu reman s o
.

¡Cue n c o ma ra v i l loso
Q u e se colma de d í a ,

De re fl ejos arbóreo s
Y esme r al d as fl u i da s !

¡ L de hechice ría
u en c o

() u e d e noche s e ! en a
Con est rell as p arti d as
Por las ramas q u e t i embla n !
J UANA DE ¡ BARBOUROU

Rio elástico y la rgo


En s éñ ale a m i al m a
A fo rma r se u n r e manso .
52 J UAN A DE IB ARB OROU

Q uien r e co g i ó tu ej emplo de pe rdonar agra v ios ,

Y de u ng ir con perfumes lo s p i es d el e n emigo



.

V iej a sel v a que mi ras cómo nos marchitamos


S in encon tra r la cla v e para r ever d ec er ;
D ime si siendo humildes dim e s i sien do pu ros
,

L ogra rem o s tu fue r te y galla rda v ejez .


RA I Z SALVA JE 55

E L S E N DE RO NU E VO

Este sende ro v erde tan p o co holl ado


.
,

Este se n de r o verde ¡ qué bien me hace !


,

Es u n sen dero n i ño n uevo y risueño


!
, ,

S in l a h i sto ria dol i ente de tan tos rastros .

Me acuesto sob re el pasto que lo r ec u b r e…


,

M i s dos mano s ard i entes ab ro en s u gra ma .

Este sen d ero verde ¡ c ómo es de alegre !


.

¡ Cómo se v é que ignora las ca ra van as !

V en go de otro camino r eseco y oc re .

Todo llen o de rastros cr i b ado en huellas


, .

Con u n aspecto tr i ste de homb r e pia doso


Q ue h a ca n sa do sus ojos viendo m ise rias .

¡ L as h i s tor i as que sabe n s us p ied rezu el as !


¡ El ll an to que h a s o rb id o su polvo oc r e !
J UANA D E IB ARB OU ROU

¡ Miedo le da a l as h ier b as ese cami n o !


_

¡ El pasto lo c o n templ a des de l os bo rdes !

¡ Oh se n de rito —
n i ño sen dero ve rde
,

Como una cin ta c l a ra sobre los campos !


D i o s te c onse rve siempre tu grama tierna .

¡ N un c a te v uel v a n o c re huella s n i rastr o s !


'
RA IZ S A LV A J E 55

E L P OZ O

A sie n t o de m usgo fl o ri d o
S obre el v iejo b r o c a ! derru i d o .

Si t i o q u e el eg i mos pa ra habla r de am or ,

Baj o de ! e n orme pa ra i s o e n fl o r .

¡Ay p ob re del agua que del fondo mira


, ,

T al v ez e n vi d i osa quizás dolo ri da !


,

Ta n triste l a pobre tan m uda ta n quieta


, , ,

Ba jo esta n e rviosa r am azó n v ioleta !

V ám o nos N o quie ro que e l agua nos v ea


.

C ua n do me aca r i cies Ta l vez eso sea


.

Da rle u n a to rtu ra ¿Qu i én l a ama a ella ?


.

— l T o n ta l ¡ S i de n oche l a besa u na est rell a !


R A IZ SALVAJ E 57

LA T A RD E

He bebido de ! cho rro cánd i do de l a fu e n te .

Tra i go los l ab i os fres c os y la c ara m o; ad a .

Mi bo c a hoy t i ene toda l a e s tu p en da d ulzu ra ,

De un a rosa j ugosa n ue v a y recién cortada


, .

El cielo osten ta una limp i dez de d i aman te .

E s toy ebr i a de ta rde de v i ento y pr i mavera


, .

¿N o s ientes e n m is t renzas olor a tr i go ondea n te ?


¿N o me hallas hoy fl exible como u n a en reda de ra ?

E las ti
cade gozo cual un gamo he corri do
Po r todos lo s c eñ u d o s sen deros de l a s i erra .

Y el galgo c azador q u e es mi g u í a ren d i do, ,

S e ha acostado a m i s p i es l a rgo a l argo en l a t i e rra


, . .
55 J UA NA DE IBARBOUROU

¡ A h,qué i n me n sa fatiga me de rr i ba a l a g r ama


Y abate en tus r od i llas mi cabeza mo r ena ,

Mient ras que d e u n a ig l esia c ampesina y le j ana


No s llega u n l e n t o y g r a v e llama do de n o v e n a !
J UANA D E IB ARB OU ROU

—E l no ha v en i do ¡ Qué tr i s te
.

Pa ra su c asa retorna !
He rmano ála mo : dale
U n huevec i llo de tórtola .

Y co n versa n con l os páj aros ,

Con el polvo co n l a ll u vi a
, ,

M i e nt ra s mantienen a u n pu eblo
D e esca rabajos y orugas .

¡ Cuánto te n d ré que ext r a ñarlo s

Cua ndo de aqu i n os m u demos !


¡ A l amo s j unto al ca mino !


¡ F i l a de m uchachos b uenos !
RA IZ SALVA JE 61

LA ! I GU E RA

Porque es áspe ra y _fea .

Porque todas sus ra mas son grises ,

Yo le tengo p i e da d a l a h i gue ra .

En m i quinta hay cien á rboles bel los


C i ruelos redondos ,

L imo n eros rectos


Y na ranjos d e brotes l ust r osos .

En las p ri maveras ,

Tod o s el los se cub ren de fl o res


E n to rn o a l a higue r a .

Y l a pob r e pa re c e ta n triste
Con sus gaj os torci dos que n unca
D e a pr e ta do s c a p ullos se
J U ANA D E ! B ARB OU ROU

Po r es o ,

Cada v ez que yo paso a su l a d o


Digo p ro cu ran do
,

Hace r dulce y alegre mi a cen t o


Es la higuera el más bel lo
D e los árboles todos del huert o .

S i ella es c u c ha,

S i compren de el i dioma e n que hab lo ,

¡ Q ué dulzu ra ta n honda h ará n ido


E n su alm a s en s ib le de árbo l !

Y tal v ez a la n oche
, ,

Cuan do el viento abanique s u copa .

Embriagada de gozo l e cuente


— Ho y a m i me d i je ron he rmosa .
RAIZ SALVAJ E

E L E S T AN Q U E

El estanque es p rofundo N ad i e s abe su hondu r a


. .

Y ro de ado de s auces es tan qu i eto que apena s


,

Cu an do el viento está loco su agua la ci a se ondula


,

Con u n gesto l en tis im o d e pe rson a q u e s u eñ a


º

,
.

El esta nque m e t i enta con su aspecto hech i zado .

E l no s abe de patos de alguac i le s ni ran a s


, .

Dia a d ia yo vengo a t i r arle gu i jarros


Q u e calladas s e t ragan las i nmóv i les aguas .

S i una ta rde mi cue rpo a rdo roso y d elga do ,

A ! estanque lo m ismo que u n p ed r u zc o re s bala


, , .

Con i dént i cos gestos m i ste r i osos pa usado s


, ,

Ce r r a rá det rás suyo s u s d o s labio s e l agu a .


64 J UANA D E ¡ B ARB OUROU

S e rá u n círculo ancho y on dulan te primero


, .

L uego otros y otros más pequeño s y graves .

De s pués, L a calm a la te rsu ra el s i l enc i o


, , ,


Y otra vez el re fl ejo verde luz de los sauce s .
RA IZ S A LV A J E

LA C O P A

Co n un trote rec i o bajo la ma r aña


B al an c ean te y fresca de los mimb r es a n c hos ,

Ma rcha la tro p illa simét r i c a y ¿v ida ,

Hacia el r io elásti c o .

Tie n e n sed los p o t r o s ¡ Cóm o los en v i d i o !


.

N a da de garra fas de c opas n i v asos


:

, , .

Be be r á n de ! n o beberá n del r io
, ,

Hu ndie n d o e n el agua los belfos y cas c os .

L a c opa estupen d a tiene olo r a mon te .

Di o s m ismo la hiz o Dios mismo la lle n a


, .

A dor na sus bo r des c on l os ca malotes


Y sobre ell a aprieta la r ed de l a selva .

¡ Cuá n tos a ños h a c e que y o bebo e n c o pas .

Q u e he olvidado el v aso rumoroso y hondo !


J UAN A DE IB ARBOROU

S e ha c i viliza do l a muchacha loca .

Ca da d ia el pasa d o se ha c e más r em o t o .

Mas sueño : u n a tar d e v en drem o s al r io


,

Yo h un diré las ma n o s en las o n das c l a r as ,

Y r i e n do gozosa le diré a m i amigo


—Bebe prue ba el gusto d e v e r dad de ! agu a
, .
RAIZ SALVA JE

M A D RU G A D A

He pasa d o la n oc he inquieta y des v el a da .

A cla r a el d ia y me es c u r r o de la ca ma abu r rida


. .

Hoy yo sola paseo po r esta ca lle ext r ema


De portones ce rrados y de casa s dormidas .

A ma n ece r c o mo de h um o .

Parece que el sol mal humo ra d o


, ,

Co n leña ver d e p repa ra ra el fueg o


Pa r a coce r s u desayuno .

El v ien to es húmedo como recié n sa lido


De u n baño E n el cielo pál i do
. ,

L as estrellas des co lo r idas


Poco a po co se v a n bo rr a n do .

Pasa u n le c he ro c on boina r oja .

D es d e lo alt o d e u n v iejo m u ro ,
70 J UANA D E IB ARB OU ROU

Me tien ta un gajo cu r v o y fel p o s o ,

L leno de n isperos ma du ros .

A ndo ando ando a n do


, , , .

Cuando re to rne y hac 1 a él me i n cl ine


Con un beso pa ra despertarlo
, ,

El pens ara también c on gozo á v ido


, ,

Que acab o de sal i r d el baño .


RAIZ SALVA JE 71

LA E N RED A DE RA

Po r el mol ino d el h uerto


A scien de u na en reda de ra .

El esqueleto de hie rro


V a a tene r u n cha ! de seda .

A ho r a ve rde azul más ta r de


,

Cuand o llegue el mes de E nero


Y se ab ra n la s campan illas
Como puña d os de cielo .

A lma m ia : ¡ quié n pu diera


V esti rte de enredadera s !
RA I Z S A LVA JE 73

DE S C ANS O

Del icia del icia de la casa en somb r a


, ,

De l a casa fresca bajo la can i cula ,

De l a mecedora y el l i b ro en la ve rde
Pen umb r a del patio tech ado de pa r ras ,

Donde r u n r r u n ean av i spas g lo to n as


Y toda l a siesta ca n ta u n a ch i cha rra .

Y l uego l d elic ia de ! sueño que a fl oj a


,

L a loca y etern a tensión de m i s nervios !


J UANA D E IB ARB OROU

Y para da ante e! g r ifo que ab i erto


'

Me s alpica d e cuen tas la enagua ,

S i e n to e n m i la m i rada frate rn a
D e los m i ! ojos c la ros de ! agua .
RA I Z SALVA J E 77

LA C ALL E ASILO

Este barrio m io sol i tario y blan d o


De pasto y
Por sus cuatro l ados se desliza el ruido
M as n o l o penet ra .

Es como u n viej i to so rdo y melancól i co,

A lgo soñoliento ,

Que c on l as m an u c as sob re las rodillas


S e ha quedado quieto
M i rando hac i a a rr i ba .

Y poquito a poco me ha ido con tagia ndo


S u melancol ía .
RA IZ SALV A J E 79

LA M E RI E N D A T RIS T E

| C an as tito
replet o de fresas !
¡ Ay si él estu v iese
,

Esta ta r de con mig o en la mesa !

¡Tant o c o nfo gus ta


De las últimas fr esas r e d on d as
Q u e las l lu v ia s de Marzo ma du r a n !

Y después q ue la s hem o s c o mido ,

L entamen te besa r me e n l o s labios


Q u e e ll as p o n e n fr aga n tes y v i vo s .

¡ Oh c estito c estit o d e fr esas


.

Q u e fo r r ad o d e pámpa no s v e rd es
! as t r a i do l a p e n a a mi mesa !
J UANA D E IB ARB OU ROU

¿Dó n de se hall a a esta h o ra el a usente ?


¿Con qu 1 en c om e ? ¿Qué piens a ? ¿Q u é hace
Que s ab ién d o m e t ri s te n o v uelve ?

¡ Pa ra q u éhab rán tra i do estas fre s as !


q u e _q u,rer o a rom a en los l ab i os
S i él n o es tá h o y a m i l ado en l a mesa !
SALVAJ E 81

U NA V OZ

Yo no sé qué a lma sol a


V a c an tando ese tango por la ca lle .

D ebe s er a lgú n alma ,


As i como la m ia

º
º ?
,

L o c a y r ec o n c en tr ad a ,

A rdorosa y hu r aña .

He hundido la c abeza e n t r e l as m anos .

El ca nto r i n visible
S e a lejó p o r la calle
Bland a de pasto s v i ejo s .
82 JU A NA DE IBARB OUROU

dentr o l as cua tro pa redes de mi cuarto


Me he q uedado soñan do .

Po r mon tón de noches


Ya tengo compañe ro .
RAIZ SALVA JE as

O TO NO

¿Pa ra qué reco rda r las a ngustias pasadas


S i hoy el d í a está t i bio y el c ielo está l u c ie n te ?
A hora que de veras me estoy v olvien do t riste ,

L e hu y o a l a tr i steza y a ns i o esta r a legre .

Otoño U na m uchacha pasa co n u n ca n asto


.

L leno de c u lan d r illo s y ramos de violetas .

¡ V ioletas ! N uestro id i lio c omenzó e n u n otoño


Y él siempre m e pon i a violetas e n las trenzas .

Mas n unca y o to rn aba c on ellas a m i casa .

¡ Si e r a como l as cab ra s inquieta s y on dula n tes


Q u e vi v en s us amo r es saltan do po r los c er ros
,

L lenos d e p edrega l es y d e a rb ustos sal v ajes !


.
86 J UANA D E IB ARB OU ROU

Pe ro a hora e s toy s i emp re tacitu rn a y cal la da .

Poco qued a de aq uel la c h ic u ela de los c ampos ,

Cuya r i sa e ra viv a c omo esos ga j os de agua


Que s e escapa n de ! r í o a s i s ear p o r los pasto s .

También a las viol eta s q ue lleva es a m uc h acha


!

N o l es queda y a n ad a de s u a rom a s i lvest re .

¡ Vi ole tas ci ud ada nas que c u i da u n j ard i ne ro !

¡ Qué d i st i n tas de aquell as que c i rcund an las fuentes !


9

Q uer i endo est ar al egre ¡ cóm o me he pue s to tr i s te


,
'

¡ Q ué pena con u n d ia t an cál i do y tan l i ndo !

A m ig o : ¿me acompañ as a pa s ea r por el puerto ?


C om o tu e res d i choso m e g usta esta r contigo .
RA I Z SALVA JE 87

E L RU E G O

Bajo e l pa rra ! de donde cuelga n prieta s


Y l uc i en tes las uvas
, ,

L as m o s c ateles y a c asi madu ras .

He ten d i do l a mesa .

¡ D i os qu i e ra que est a noche él no demo r e


¿ ,

Ni que como otras veces


, ,

Con s u s a m i gos po r el cen tro cen e


'
»
.

M i ent ras y o aqu i ¡ ta n s ola !


,

Co ncl uyo po r llora r si es qu e n o v ien e !


,

E l reloj me d a m iedo .

¡ Ah s i qu i e ra se a c ue rde
,

Como c re c e m i a fán en tant o espe ro !


Hoy he comp r a do fresas .

G ran des y roj as como a él le gustan .

Si n o ta rda que lin da n uest r a c e n a


,
J UAN A D E ! B ARBOU ROU

En el p at i o fraga n te
Baj o la pa rra espesa .

Ah ó rr am e m i D i os l a c ruel a n gu s tia
'

, ,

D e sen ta r me ho y tamb ién sola a la m esa


, .
e
.
R A IZ S A LV A J E

BOBA

L as ma nos sob re l a falda .

L a mi r a da al fuego ; recta
, .

Hacie n d o la n iña boba


º
»

Mient ras los demás c onver s a n .

Y u n bie n esta r in 5n ito


S o ña n d o s oña n d o q u iefa
'

, .
J UANA D E IB ARB OROU

Yo d ue rmo en un á rbol .

¡ Oh , ama do e,n u n á rbol dorm i mos .

A caso po r eso me pa rece e l lecho


E s t a noche bl an do y hondo cual u n n i do
, .

Y e n ti me ac u r r u c o com o u n a v ecil la
Q u e busca e! r eparo de su c ompañero
… .

¡ Qué r ezo n g u e el vien to


, q u e gr u ña l a ll uvia !

Con t i go e n el nido no sé lo que es m i edo


, , .
RAI Z SALVAJ E 03

LA INV I TA C I Ó N

¡S i v ieras que cama ta n suav e es el pasto


Cua n do rec i én n ace verde cla ro y
,

Pa rece que uno d u rmie r a en tre panas .

El pl umón del bosque se me a ntoja el m usgo .

¡ Y t anto como ha c e q ue en él no m e a cuesto !


¿V amos e s te año p o r En ero a ! campo ?
, ,

S e v uel v e uno tri s te siemp re en las c i udades


,
'


Donde hasta más se ri o s pa re c en los páj aro s .

Y y o que estoy siempre pálida y callada


¡ Ya verás entonces si me p ongo loca !
!

Tú n o me c onoces com o soy de alegre ,

De r o sad a y ág i l e n l as selvas sol a s


_ .
J UANA DE [ BARB OU RÓ U

Que re rse en e l campo de c ara a lo s c i elos


, .

¡ Ah, tampoco sabes lo b ueno que


:
es eso !
Es como bebe rse la v i da de u n so rb o
Ta n fue rte y ta n hondo qu e a veces da miedo
, .

D ec idete V a mos A ! torna r l a cas a


. . ,

Ha de pa rece r nos más cla ra y más n ueva ,

Porque volveremos sa nos y opt i m i s t as


Como u na pa r e j a de am antes de a ldea
.
RA IZ S A L VA J E 95

LA M E RI E N D A

B ajo l a s ombra moved i za y v erdosa


!

De la parra ca rgada d e racimo s ,

S ob re la mesa rústica de p i ed r a en u na ,

Baja y ancha se apilan


, ,

L os frutos que h ace un rato r ec o g ñn o s


E n el h uerto opulento

C i ruelas y damas c os gra n des u vas moradas


,

Y pe ras amar i llas


Todas húme das de agua de la albe rca “

E n donde las l a v amos .

Y a l hundi r mis dientes sa n os y agudos


E n l a compacta c a rn e de u n d u razno ,

M urmu ro : ¡ Oh A lad i no :
N o cambiara tus frutas de diaman te
Por estas de mi h ue rto !
RA IZ S A LVA J E

M ILLONA RIOS

Tóma me d e la ma n o V ám o nos a l a ll u v ia
.

D esca lzos y lijer o s de r o pa si n p a ragu as


. ,

Con el cabello al v i ento y el cuerp o a l a c a ricia


Ob li cua r efresca nte y men uda de ! agu a
, , .

¡ Qu e los v e c inos ! Pues to que somos jó v e n es


r í an

Y lo s dos nos ama mos y nos gusta la l lu vi a


_
,

V am o s a se r felices c o n el gozo sencillo


D e u n casa ! de g or riones que e n l a v i a se a r rulla .

Más allá están los campo s y el cam ino de a c acias


Y la quinta sunt uosa de aquel pob r e señ o r
M i llona rio y obeso que con to d o s sus oros
, ,

N o podr i a comp r arnos n i un gramo del tesoro


I n efable y sup remo que n os ha da do D ios
S e r fl exibles se r jó v enes esta r lleno s de am o r
'

, , .
J UA N A D E IB ARB OU ROU

A m i puebl o d i stante y tra n quil o ,

N a ra nj ales tan p riet o s r o d ea n,

Q u e en A g o st o s emeja de o r o

Y en D iciemb r e de azaha res bla n quea .

M e c rié r espi r a n do ese a ro m a


Y aú n pa r e c e que c o r re en mi sangre .

N aranj i tas pequeñas y v e rdes


S iend o n iña en heb rab a en c olla r es
, .

D espués, l ej o s ! Ievó m e la v i da .

Me he torna do tristo ma y pa usada .

Q t l tan honda me op rime


¡ u é n o s a g ia

Cuan d o sien to el olo r a na r anj a s !

Si a ot r o pago mu y lej o s del tu y o


I n d iec ito algú n d ia te llevan
, ,

Y no eres feliz y suspiras


,

Po r vol v e r a tu v iej a que r en c ia ,

Y una ta r de en u n soplo de viento


El sabo r a tus montes te asalta ,

¡ Y a sab r ás in d iec ito asomb r a do


,

L o que es l a p alab ra n os falg ia !


º
»
IN D I C E

¡ Si e t oy
s h ar t a d e e t a id a ci ili zad a !
s v v

Ce ni zas
Ol or fr ut al

No c h e d e ll u i a
v

La l ag u n a
La p e s c a

V e rso im pers onal

Rai z s a val j e

l n mo vil id ad

So l e d ad
Cºl mº . o oo o o o oooooo o o o . o o o o o o o o o o o o o o o o o

Car n e i n m ort al
Los á r bo l e s e n la ll anura
102 J U A NA D E IB ARB OU ROU

El r em an o s

El b o sq ue
El e nd e r o n ue o
s v

El p o z o
La t ar d e
Cam no d e á l am o
i s

L a h i g ue r a
º'

El e t an q ue
s

Man an a d e fal s a Pri m a e r a v

Mad r u g ad a
L a e n r e d ad e r a
De can so
s

El ag u a c o rri e n te
L a c all e A il o s

L a m e ie d a t ri te
'

r n s

Una V OZ

La in i t aci ó n
v

L a me ri e n d a
Mill o n ar o i s

El ve nd e d o r d e n aranja s

También podría gustarte