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SEMANA DOS MANUSCRITOS DO MAR MORTO

QUE TEXTOS SE ENCONTRARAM EM QUMRAN?


M.A. Ariel Horovitz

En Qumrán se encontraron poco más de 200 rollos que contienen los textos bíblicos
más antiguos del mundo. Todos los libros que componen la actual Biblia Hebrea, fueron
encontrados en esas desoladas cuevas del Desierto de Judea, a excepción de los libros de
Ester y Nehemías (eso, en el caso que no tomemos en cuenta el libro de Esdras, que
antiguamente estaba junto al de Nehemías y que sí fue encontrado en Qumrán).
Los textos bíblicos hallados en Qumrán, escritos en su mayoría sobre cuero de animal,
fueron copiados durante un período de aproximadamente 300 años, entre el -250 al 68.
La mayor parte de los investigadores consideran que esos rollos, si bien pertenecían a la
comunidad del "Yahad" (tal como se autodenominaban los qumranitas), probablemente
una minoría fue escrita en Qumrán y, al parecer, la gran mayoría fue copiada y traída de
otros lugares.
En Qumrán hay libros más "populares" que otros; como por ejemplo, Salmos (36
copias), Deuteronomio (30 copias), Isaías (21 copias), Génesis (20 copias), Éxodo (17
copias), Levítico (15 copias) y hay algunos libros de los que apenas se encontró
encontrado una copia; como por ejemplo, el mencionado libro de Esdras o el libro de
Crónicas, del cual se han encontrado solo 5 versículos de un total de 65 capítulos. Sin
lugar a dudas, el texto bíblico más impactante es el Rollo de Isaías. Este rollo es el único
texto bíblico encontrado totalmente entero, es casi idéntico a la versión masorética y
además ¡tiene un largo de 7.34 mts!
Adicionalmente, se hallaron textos que "reescriben" textos bíblicos. Es el caso del libro
de Jubileo o el apócrifo de Génesis, en los que relatos bíblicos son alterados de acuerdo
a la visión ideológica de la comunidad de Qumrán.
Existen también textos llamados "psharim" (plural de "pesher"), que son comentarios
exegéticos de libros bíblicos: el "pesher" de Habacuc, el "pesher" de Isaías y el "pesher"
de Nahum. Estos textos intentan resolver las profecías bíblicas, pero de acuerdo con la
visión ideológica de la comunidad, principalmente en todo lo relacionado al fin de los
tiempos.
Más de un tercio de los rollos es lo que los investigadores llaman de "rollos sectarios";
es decir, textos que describen reglas internas de la comunidad, rituales, nombres y
conceptos específicos (como por ejemplo, el título del líder de la comunidad, "Maestro
de Justicia"). Entre los más destacados: El Rollo de la Comunidad y el Pacto de Damasco.
Por otro lado, hay rollos que no pertenecen a una categoría clara y son muy diferentes al
resto; como el Rollo de Cobre, que describe 60 lugares donde fueron escondidos tesoros
de un altísimo valor, algunos creen que eran los tesoros que estaban guardados en el
Templo de Jerusalén.
A Contribuição dos Rolos do Mar Morto ao
estudo do Judaísmo do Segundo Templo
Dr. Adolfo D. Roitman

A descoberta casual dos pergaminhos por um beduíno da tribo Ta’amireh, no final do


ano 1947, em uma das cavernas perto do local chamado Khirbet Qumran, localizada na
costa noroeste do Mar Morto, acabou por ser um dos achados arqueológicos mais
sensacionais, se não o maior, de todos os que ocorreram no século XX.

Entre os anos 1947 e 1956, foram encontrados, em onze cavernas na área,


aproximadamente 800 manuscritos escritos quase 2.000 anos atrás, na época do
Segundo Templo (538 A.C-135 D.C.).

Desde então, milhares de artigos e livros tentaram decifrar os textos misteriosos, a fim
de revelar uma realidade do passado cultural do povo de Israel, que era quase
totalmente desconhecida.

Apesar disso, nos últimos anos, a importância da descoberta de Qumran foi obscurecida
pela polêmica envolvida em torno dos “interesses” políticos por trás da publicação dos
pergaminhos, como exemplificado pelo livro sensacionalista de Baigent e Leigh
chamado O escândalo dos Rolos do Mar Morto.

Como resultado, o público identificou, infelizmente, a questão dos rolos com enganos e
histórias “picantes”, ao invés de perceber a real importância do achado para a
compreensão do judaísmo antigo.

Levando essa situação em consideração, este artigo tem como objetivo principal corrigir
o equívoco atual.

Em primeiro lugar, cabe assinalar que até a descoberta dos pergaminhos do Mar Morto
nas proximidades de Qumran, a realidade histórica do judaísmo do Segundo Templo era
conhecida apenas por fontes secundárias, tardias e, em muitos casos, tendenciosas,
como Flavio Josefo, o Novo Testamento, Fílon de Alexandria, a literatura pagã e rabínica.

Em consequência, esse achado permitiu aos pesquisadores, pela primeira vez na


história, ter documentação original escrita por judeus que viviam na época, para
confirmar ou, em alguns casos, refutar as informações obtidas através das fontes
clássicas.
No que se refere ao caráter do material descoberto, em Qumran encontraram-se
manuscritos que podem dividir-se em três categorias fundamentais:

1. manuscritos bíblicos

2. literatura não-canônica

3. literatura sectária.

Cerca de 200 manuscritos de todos os livros da Bíblia foram achados, com exceção de
um, o livro de Ester.

Para entender a importância dessa descoberta, basta mencionar que até a achado dos
pergaminhos de Qumran, as cópias mais antigas conhecidas dos livros bíblicos eram as
versões medievais, como o famoso Códex Aleppo, atualmente exposto no Santuário do
Livro em Jerusalém, escrito no século X.

Graças ao novo achado, foi possível acrescentar a antiguidade dos testemunhos bíblicos
em nosso poder em quase mil anos.

Essa descoberta tem possibilitado comparar a tradição massorética ou tradicional do


texto preservado pelos judeus, a versão grega da Septuaginta (LXX) e a versão
samaritana do Pentateuco, com a(s) versão(ões) dos manuscritos de Qumran, e
conseguir assim, entender o longo processo de composição que levou à redação do texto
bíblico atual.

Como exemplo, vejamos o caso da leitura “Os filhos de Israel” em Deut. 32:8.

De acordo com a versão tradicional hebraica, o texto é o seguinte:

“Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão


uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de
Israel”.

Porém, a tradução grega dos LXX apresenta uma versão diferente, em vez das palavras
“os filhos de Israel”, oferece uma leitura mitológica “os filhos de Deus”.

Até alguns anos atrás, os pesquisadores não sabiam se a versão grega testemunhava
uma leitura hebraica antiga ou se era simplesmente fruto do tradutor alexandrino.

Entre os manuscritos bíblicos descobertos no Mar Morto, foi achada uma cópia do livro
de Deuteronômio (4QDeut), na qual estavam presentes as palavras “conforme o
número dos filhos de Ele”, o que poderia confirmar então a legitimidade e antiguidade
da leitura da versão grega.
Além disso, o referido testemunho de Qumran também pôde esclarecer o processo
textual:

• A versão mitológica, preservada na versão grega e no pergaminho de Qumran,


era realmente a original;
• A versão massorética desmitologizada a substituiu em algum momento da
transmissão textual, certamente com o objetivo de adaptar a leitura à concepção
da divindade predominante nos círculos responsáveis pela edição dos textos
bíblicos.

Da mesma forma, a descoberta de manuscritos bíblicos tem feito uma contribuição


excepcional em outros campos de estudo muito diversos, como por exemplo:

• A história da língua hebraica; o processo histórico da tradução da Bíblia em


outras línguas;
• O desenvolvimento da interpretação bíblica e judaica do próprio texto bíblico;
• A crítica textual, e finalmente, a crítica literária.

O achado tem sido também significativo para o campo da investigação da literatura


apócrifa judaica.

Como se sabe, além dos livros contidos na Bíblia Hebraica, houve muitos outros livros
escritos pelos judeus na antiguidade que, por diferentes razões teológicas ou políticas,
não foram incluídos no cânone bíblico.

Como consequência, eles deixaram de ser copiados pelos copistas e, portanto, foram
esquecidos pelos judeus.

Contudo, a ironia do destino fez com que algumas dessas obras judaicas nos fossem
transmitidas pela tradição literária cristã, como por exemplo os livros de Tobias, Judite,
Ben Sirá ou Macabeus.

E foi uma sorte que vários desses rolos foram achados entre os escritos que os grupos
rabínicos tinham tentado tanto fazer desaparecer da consciência popular.

Encontraram-se em Qumran restos de manuscritos da versão hebraica do Livro dos


Jubileus, bem como da versão aramaica de Enoque, que eram conhecidos apenas em sua
versão no etíope clássico (Ge’ez).

Mas também encontraram-se testemunhos de um grande número de livros cuja


existência não conhecíamos, como fragmentos de obras pseudoepigráficas atribuídas a
Moisés ou Ezequiel.

Como exemplo, vamos considerar um desses textos apócrifos ignorados até a


descoberta dos pergaminhos.

O manuscrito conhecido sob o nome “Apócrifos do Gênesis” (l QapGn), escrito na língua


aramaica, é um dos sete grandes textos encontrados na Caverna 1 de Qumran.
É sobre um comentário exegético do livro bíblico do Gênesis que, conforme estabelecido
pelos métodos de datação paleográfica, foi escrito entre o ano 50 A.C. e o ano 70 D.C.

Falando literalmente, esse texto caracteriza-se pelo fato de reescrever de maneira


midráshica -é dizer, com lendas e histórias apócrifas- diferentes partes do livro bíblico,
a fim de resolver problemas exegéticos ou adaptar o texto tradicional às normas ou
concepções dos judeus da época do Segundo Templo.

Assim, descobrimos, por exemplo, que o pai de Israel, o patriarca Abraão, aparece
configurado no Apócrifo de Gênesis como um verdadeiro taumaturgo que exorciza ao
Faraó do Egito:

“Rezei por (…) e impus as minhas mãos sobre a sua cabeça. O flagelo foi removido dele;
foi expulso (dele o espírito) malvado e viveu” (col. XX, 29).

Se tivermos em mente que o Abraão bíblico não apresenta essas características


taumatúrgicas, fica claro que essas qualidades foram projetadas pelo autor do texto
sobre a figura patriarcal, de modo que refletisse, como legitimação social, as práticas
demonológicas próprias do seu tempo.

Do mesmo modo, deve-se notar que, além dos livros apócrifos do Antigo Testamento,
muitas outras obras de natureza diversa, desconhecidas até agora, foram encontradas
em Qumran, como por exemplo, vários textos escatológicos; obras litúrgicas e poéticas;
textos legais; obras sapienciais; textos astronômicos, calendários e horóscopos.

Finalmente, a última categoria é a correspondente à literatura sectária.

Graças à descoberta de Qumran, é conhecido por nós, pela primeira vez na história, a
literatura legal, teológica e exegética original de uma seita desconhecida da época do
Segundo Templo.

A maioria dos pesquisadores identificou esse grupo com os essênios, enquanto outros
os identificaram com os saduceus ou com os primeiros cristãos.

Não obstante, de qualquer forma, os rolos nos permitiram aprofundar na complexa


estrutura da realidade sectária dos judeus no final do período do Segundo Templo, que
até agora só nos era conhecido por meio das fontes clássicas, como Flavio Josefo, o Novo
Testamento, a Mishnah ou o Talmude.

Agora, graças a Qumran, conhecemos com muita mais precisão as ideias, crenças e
filosofia de vida dos judeus diferentes daquelas tradicionalmente conhecidas, que
discordavam de seus pares em diferentes tópicos, como a santidade de Jerusalém, a lei
judaica, o calendário etc.

Vamos considerar, por exemplo, um tema da teologia da seita: dualismo.

Os textos nos falam de um grupo que aparentemente não via nenhuma contradição
entre a antiga fé de Israel em um Deus só, e a crença, de carácter dualista, na existência
de Belial e as forças do mal.
Conforme escrito na Regra da Comunidade:

”Ele (isto é, Deus) criou o homem para dominar o mundo, e colocou nele dois espíritos,
para marchar através deles até o momento da sua visita: eles são os espíritos da
verdade e da falsidade. Da fonte da luz vêm gerações da verdade, e da fonte das trevas,
as gerações de falsidade. Nas mãos do Príncipe das Luzes está o domínio sobre todos os
filhos da justiça; eles marcham por caminhos de luz. E nas mãos do Anjo das Trevas está
todo o domínio sobre os filhos da falsidade; eles marcham pelos caminhos das
trevas” (col. III, 17-21).

Um não pode deixar de surpreender-se diante essa peculiar interpretação do


monoteísmo, pois ninguém jamais imaginaria que judeus piedosos da época pudessem
aceitar crenças de natureza dualista sem hesitação.

Em síntese, os numerosos manuscritos descobertos nas cavernas do Mar Morto nos


permitiram entender a magnitude da policromia social, intelectual e religiosa existente
na sociedade judaica na época do Segundo Templo.

No entanto, a importância da descoberta dos rolos para a compreensão do judaísmo


antigo vai muito além dos estreitos limites da arqueologia ou da história.

No meu entender, o achado dos manuscritos afetou as próprias raízes da nossa auto-
percepção da identidade judaica.

Se até Qumran entendíamos sobre o ser judeu na antiguidade, de acordo com a


definição milenar do rabinismo, hoje essa definição é parcial e incompleta.

Porque agora sabemos, de forma clara e indiscutível, que toda tentativa de definir a
riqueza espiritual do judaísmo dentro dos termos limitados do rabinismo é uma
desvirtuação da realidade histórica. O rabinismo foi apenas uma das muitas expressões
da fé de Israel, que devido a certas circunstâncias históricas, prevaleceu sobre as outras
tendências existentes.

Mas deve ser claramente entendido que tanto o rabinismo quanto o judaísmo de
Qumran ou na igreja primitiva, tiveram como origem um mesmo tronco comum:

• O plurivalente judaísmo do Segundo Templo.


E é essa conclusão sobre a policromia do judaísmo antigo que deve ser destacada
precisamente hoje, quando existem vários grupos fundamentalistas judeus que, em
função de seus interesses políticos ou religiosos, tentam desvirtuar essa verdade
histórica, projetando a existência de um judaísmo “normativo” na época antiga, a fim de
desacreditar os distintos judaísmos da era atual.

Por esse motivo, deve ser apontado como uma mensagem final, que a descoberta dos
rolos do Mar Morto não só contribuiu no estritamente acadêmico, para expandir o
conhecimento histórico da sociedade judaica do Segundo Templo, mas também levou a
reformular necessariamente uma concepção mais aberta, humanística e tolerante da
identidade judaica atual, legitimando a existência do dissenso como um componente
visceral da estrutura social e religiosa do povo judeu ao longo da história.
DE QUMRAN A JERUSALÉM: A ODISSEIA DOS
PRIMEIROS 7 MANUSCRITOS DO MAR MORTO
Dois primos da tribo beduína de Ta´amira, Muhamad A´Dib e Jumma Muhamad,
descobrem acidentalmente, no início de 1947, os 3 primeiros manuscritos que estavam
em um jarro de cerâmica quando uma cabra de seu rebanho ficou perdida dentro de
uma caverna que mais tarde seria chamada de Caverna 1. Dias depois, encontram nessa
mesma caverna, mais quatro manuscritos.

Muhamad A´Dib e Jumma Muhamad.

Esses primos se reúnem com um sapateiro de Belém chamado Jalil Iskandar Shahin,
apelidado de “Kando”, um árabe cristão da Igreja Ortodoxa Síria, que também estava
envolvido no comércio de antiguidades. Segundo o rumor (nunca confirmado), acredita-
se que os beduínos tenham-se interessado em que Kando fabricasse sandálias com o
couro dos manuscritos. Kando, no entanto, recomendou que esses manuscritos
valessem mais como antiguidades e os convenceu a se encarregar de vendê-los ele
mesmo.
Jalil Iskandar Shahin.

Kando entra em contato com o Arcebispo Metropolitano da Igreja Ortodoxa Síria,


Athanasius Yeshue Samuel, e vende os manuscritos pela quantia de US $100, que é
dividida em dois terços para os beduínos e um terço para ele.

O professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, o renomado arqueólogo Eleazar


Lipa Sukenik, ouviu rumores sobre um dos manuscritos antigos achados no Mar Morto.
Viaja de ônibus para Belém e faz um teste paleográfico confirmando que os rolos são
realmente da época do Segundo Templo. O professor Sukenik compra 2 manuscritos
com seu próprio dinheiro e um mês depois compra o terceiro rolo. Ele queria comprar
os outros quatro rolos, que estavam nas mãos de Athanasius, mas o seu dinheiro acabou
e o banco não aprovou um empréstimo.

Athanasius tinha em seu poder 4 manuscritos e, após confirmar com especialistas da


American Schools of Oriental Research, que os rolos eram do final do segundo século
antes da era comum, ele decidiu levá-los para Beirute e depois para os Estados Unidos.
A guerra começou entre árabes e judeus no final de 1947. Athanasius estava com medo
de que algo acontecesse com os manuscritos e também confiava que nos Estados Unidos
poderia encontrar um bom comprador.
Athanasius.

Os 4 manuscritos que Athanasius tinha, ficaram salvos em um cofre por anos. Os valores
exorbitantes exigidos por Athanasius não eram procurados por potenciais
compradores. Em 1954, o renomado arqueólogo e general aposentado do exército
israelense, Prof. Yigael Yadin, filho do Prof. Sukenik, estava visitando Nova Iorque
quando um jornalista lhe mostrou um aviso no Wall Street Journal, que oferecia para a
venda “Os Quatro Manuscritos do Mar Morto”.

Aviso no Wall Street Journal.


Yigael Yadin mostrou grande interesse e, temendo que Athanasius não quisesse vender
para israelenses (medo que acabou sendo verdade), contatou secretamente
intermediários neutros e, após extensa negociação, os Manuscritos do Mar Morto foram
adquiridos pelo governo de Israel pelo valor de US $250.000.

Os quatro Manuscritos do Mar Morto, que o professor Sukenik, pai de Yigael Yadin, não
conseguiu adquirir devido à falta de fundos em 1947, foram agora recuperados por seu
filho, quem orgulhosamente levou esses quatro manuscritos para Jerusalém.

Yigael Yadin a direita da foto.

Logo após seu retorno a Israel, Yigael Yadin criou o fundo para a criação do Santuário
do Livro que seria finalmente inaugurado em 1965, a fim de proteger e preservar os
sete primeiros Manuscritos do Mar Morto. Até hoje, podemos ver os mesmos
pergaminhos no Santuário do Livro, no Museu de Israel em Jerusalém.

Fontes

• The Dead Sea Scrolls, Qumran and the Essenes. Magen Broshi (2010), The Ben-
Zvi Institute.
• The Faces behind the Scrolls: https://www.imj.org.il/en/exhibitions/faces-
behind-scro?lls-0
LINHA DO TEMPO
Manuscrito mais misterioso do mar Morto
narra a saída de Noé após o dilúvio
Museu mostra pela primeira vez o mais frágil pergaminho milenar
encontrado nas cavernas de Qumran. É uma cópia do “Gênesis” escrita
em primeira pessoa
LOURDES BAEZA, 27 MAR 2018
JORNAL EL PAIS

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/26/cultura/1522088525_381854.html?fbclid=IwA
R22Mh4a-2jAWHaJQ3Nr6EcpBHfJuu_iEe8swIb6V2P-CW_zhmcxYRBdXK8

Fragmento do 'Gênesis apócrifo', que pode ser visto pela primeira vez desde sua descoberta em 1947 no Santuário do Livro de
Jerusalém.ODED BALILTY / AP
O Museu de Israel exibe pela primeira vez o Gênesis apócrifo, um dos manuscritos
do Mar Morto que até agora havia permanecido guardado na câmara climatizada
construída expressamente para abrigar os delicados manuscritos encontrados nas
cavernas de Qumran, de mais de 2.000 anos de antiguidade e a que só os
conservadores do museu têm acesso.

O pergaminho agora exposto é um dos textos mais misteriosos dos sete primeiros
manuscritos do Mar Morto encontrados em 1947 em uma caverna do deserto da
Judeia. “Era de longe o documento em pior estado, por isso até agora foi impossível
mostrá-lo”, disse na segunda-feira o conservador Adolfo Roitman, diretor do
Santuário do Livro.

Datado do século I antes de Cristo e escrito em aramaico, vai do capítulo 5 ao


capítulo 15 do Gênesis. Uma parte da Bíblia que fala de Abraão e Noé, mas contada
com diferenças significativas, por isso é considerado um texto apócrifo. Seu
conteúdo não faz tremer as bases do Vaticano — que considera os manuscritos do
Mar Morto de interesse universal —, mas se presta a ser objeto de novas teorias da
conspiração para colocar em dúvida o texto Bíblico. “É sem dúvida uma cópia muito
antiga de um texto original. Os traços da escrita são feitos com muito esmero, sem
erros e isso nessa época só era possível se o documento a ser copiado estivesse
diante do copista”, diz Roitman. No pergaminho, que pode ser visto em Jerusalém, é
narrada a passagem do fim do dilúvio universal.

Diferentemente do Gênesis — que narra que Noé sai da arca com sua família e a
primeira coisa que faz é erigir um altar e fazer um sacrifício a Deus — o manuscrito
conservado na Cidade Santa conta como Noé faz o sacrifício dentro da arca. “De um
ponto de vista histórico também faria sentido porque se estamos falando da
destruição que arrasou a terra, o sacrifício teria sido feito para assegurar-se de
purificar o exterior”, diz Roitman ao lado do escaparate que contém o texto. Além
disso, os fragmentos do Gênesis apócrifo não são narrados em terceira pessoa, é o
próprio Noé quem conta a história.
Fragmento do manuscrito agora exibido em um escaparate em Jerusalém.
LOURDES BAEZA

Sua enorme deterioração confundiu os especialistas durante décadas. Por isso nem
sequer pôde ser digitalizado para consulta online. Das 22 colunas que o compõem,
as melhor conservadas são as últimas, da 18 a 22. “Tem sua lógica porque ao
permanecer enrolado, os caracteres do final do rolo são os que ficaram menos
expostos à luz e à umidade”, explica Roitman. São os únicos fragmentos desse
pergaminho que foram exibidos brevemente em 1955, no edifico Terra Sancta em
Jerusalém, quando o à época primeiro-ministro de Israel, Moshe Sharett, anunciou
que o Estado israelense havia comprado os quatro manuscritos perdidos que
faltavam dos sete encontrados na chamada Caverna 1 de Qumran.

Decomposição

Os especialistas lidaram durante anos com a decomposição aparentemente


imparável desse texto. Ao contrário de outros rolos encontrados na mesma caverna,
esse manuscrito é um pergaminho, não um papiro, e sua tinta parece ser o que o faz
tão frágil. “É composta por uma liga de carvão e resinas, como a tinta dos outros
rolos, mas a do Gênesis apócrifo também contém cobre, o que faz com que seja
especialmente sensível à luz. Temos fotografias em que essa deterioração é vista ao
ser comparado o estado atual com o estado em que estava em 1955, quando o
professor James Bieberkraut trabalhou nele pela primeira vez”, diz o conservador.

Bieberkraut foi o primeiro especialista em Israel que se encarregou da conservação


dos rolos. Mas à época não se sabia que esse pergaminho é especialmente sensível à
luz. Tanto que nem mesmo resistiria caso fosse exposto no Santuário do Livro, nas
mesmas condições do restante dos documentos de Qumran. Por isso, para essa
exposição os especialistas criaram um escaparate especial coberto com um vidro
inteligente. O vidro é composto por duas camadas que permitem a passagem de um
feixe de luz entre elas de maneira que, quando se aperta um botão, o pergaminho se
torna visível durante somente 30 segundos, mas nunca é iluminado diretamente. O
escaparate contém um chip que registra constantemente as condições ambientais.

“Os outros manuscritos são exibidos por partes. Mostramos um trecho diferente
deles a cada três meses, assim asseguramos sua preservação. Mas com o Gênesis
apócrifo não podemos fazer isso porque se desintegraria. Por isso essa ocasião para
vê-lo é única”, diz Roitman. Os fragmentos serão expostos até julho. Depois, voltarão
a dormir na câmara onde estiveram por mais de 50 anos.
O ROLO DO TEMPLO
É um dos mais extensos de todos os encontrados em Qumran, com 8.146 metros de
comprimento. Foi achado na caverna número 11 durante a década de 1950 pelos
beduínos, adquirido pelo Estado de Israel em 1967 e publicado em 1977 pelo
prestigiado arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém e ex-general do exército
israelense, Prof. Yigael Yadin. A história da aquisição deste manuscrito é, por si só,
emocionante.
O Rolo do Templo foi guardado em uma caixa de sapatos, embrulhada em celofane e
uma toalha, sob o chão da casa de um comerciante de antiguidades de Belém por 10
anos. A parte superior do manuscrito foi danificada porque, ao lavar o chão, a água
entrou na caixa de sapatos, corroendo a parte superior do já sensível couro onde estava
escrito.

A maneira como foi descoberta na casa desse comerciante de Belém, faz parte da
história do Estado de Israel. No início dos anos 60, intensas negociações entre um
intermediário e Yigael Yadin pararam, devido à quantidade astronômica de dinheiro
que esse intermediário exigia, a tal ponto que o próprio Yadin desistiu. A única coisa
que restava em suas mãos era apenas um pequeno fragmento do manuscrito que anos
depois lhe serviria muito para identificar o famoso Rolo do Templo.
Durante a Guerra dos Seis Dias, Belém foi conquistada por Israel e Yadin ocupou o cargo
de conselheiro do exército. Depois de obter informações confiáveis de que o Rolo do
Templo estava na casa do conhecido negociante de antiguidades Kando, Yadin obteve a
permissão do governo israelense de confiscar o documento e, ajudado pelo pequeno
fragmento em suas mãos, conseguiu reconhecer que o mesmo pertencia a esse extenso
manuscrito.
A história da aquisição não termina aqui, pois Kando, que em 1947 vendeu os primeiros
manuscritos ao professor Sukenik, pai de Yadin, exigiu que as autoridades israelenses
pagassem pelo pergaminho, e o governo israelense aceitou pagar a quantia de US
$105.000, não apenas pela reivindicação do comerciante, mas também para incentivar
outros traficantes de antiguidades a vender mais manuscritos do Mar Morto.

De acordo com seu próprio conteúdo, a obra transmite as instruções detalhadas de Deus
(a Moisés?) para a construção do Templo e as normas relativas à liturgia. Parece,
portanto, que essa composição é apresentada como uma nova lei mosaica que combina
sistematicamente as leis relacionadas ao Templo e seus sacrifícios (principalmente dos
livros do Êxodo, Levítico e Números) com uma nova versão das mesmas leis que
aparecem em Deuteronômio 12-23.
Segundo o Rolo, o recinto do Templo devia estar organizado em três átrios concêntricos
de quadratura perfeita, semelhantes ao acampamento dos israelitas no deserto. Do
mesmo modo que o Tabernáculo foi erguido no centro do acampamento de Israel, o
Templo utópico (e nele o altar para os sacrifícios de comunhão e o restante dos
utensílios litúrgicos) devia ser elevado no centro do átrio interno para irradiar
santidade para toda a comunidade de Israel e a Terra de Israel, como o Tabernáculo fez
nos dias do deserto.

Uma questão central se refere aos círculos em que este trabalho foi composto. Embora
seja verdade que o Rolo do Templo compartilha aspectos com outras obras encontradas
em Qumran, é interessante a ausência de expressões características como "Filhos da
Luz" ou conceitos centrais como a crença na predeterminação. Muitos pesquisadores
continuam atribuindo essa obra à comunidade sectária que vivia em Qumran; outros, no
entanto, rejeitam qualquer conexão entre os dois e sustentam que é preciso procurar a
origem do Rolo do Templo em círculos sacerdotais (talvez sadoquitas). Conforme essa
opinião, foram os sacerdotes zelotes que, após sua fuga de Jerusalém antes da
destruição pelos romanos no ano 70, ocultaram as cópias da obra nas cavernas de
Qumran.
FONTE: MUSEU DE ISRAEL dss.collections.imj.org.il/es/temple
IMAGENS: Yigael Yadin (1983), "The Temple Scroll"
A MESA DO SCRIPTORIUM
Durante as primeiras escavações nos anos 1951 - 1956, lideradas pelo Padre Roland de
Vaux de L Ecole Biblique de Jerusalém, foram encontrados diversos achados
arqueológicos que lançavam luz sobre a vida dos homens que habitavam Qumran.
Um dos achados mais interessantes foi, sem dúvida, uma mesa feita de gesso de quase 5
mts. de comprimento, meio metro de largura e uma altura de 0.7 mts. Para que usavam
estas mesas? Alguns consideraram erradamente que estas mesas serviam como
escrivaninhas, como também na modernidade, onde se sentavam em bancos, colocavam
os pedaços de couro sobre a mesa e neles procediam a escrever os textos. No entanto,
este costume de escrever sobre mesas sentadas em bancos ou sobre cadeiras é apenas
da época medieval.
A mesa encontrada em Qumran tem uma base muito frágil o que demonstra que ela não
podia suportar um peso muito grande, ou seja, não dava para escrever nela sem quebrá-
la. Por isso, os especialistas consideram que estas serviam como espécie de prateleiras
onde colocavam ali os couros de animais para serem preparados antes da escrita. Ou
seja, deviam cortar os couros em determinado tamanho, costurar ou colar os pedaços de
couro se é que o texto que iam escrever era extenso, além de alisar bem o couro para
prepará-lo para a escrita.
Em Qumrán foram encontrados rolos muito extensos como o Rolo do Templo de 8.75
mts. ou o Rolo de Isaías de 7.34 mts. O que significa que necessariamente devem ter
sido costurados ou colados. Na época do segundo templo os escribas se sentavam no
chão, colocavam sobre suas pernas uma tábua de madeira e sobre ela colocavam o
couro de animal onde procediam a escrever ou copiar o texto que desejavam.
No link abaixo você pode ver um exemplo: www.ritmeyer.com/product/image-
library/biblical-sites/israel/qumran/qumran-scribe/

Nas imagens vemos: a mesa original tal como estava no Museu de Rockefeller (na
Jerusalém Oriental), uma réplica da mesa e de um rolo que estão expostos atualmente
no Museu de Qumran.
LA REGLA DE LA COMUNIDAD (1QS)
A REGRA DA COMUNIDADE (1QS)
A Regra da Comunidade, chamada em hebraico Serej Ha Yajad (‫סרך היחד‬, "Regulamento
da Comunidade Yahad") é um dos manuscritos mais significativos achados em Qumran,
pois é a principal fonte que nos fornece informações detalhadas sobre a vida dos
homens que habitavam aquele enclave ao norte do Mar Morto. Este documento refere-
se, de forma concreta, a uma comunidade monástica, extremamente religiosa, coletivista
e masculina. Este texto é um tipo de estatuto comunitário da comunidade e detalha
questões como a aceitação de novos membros, bem como a expulsão de membros já
existentes, regras de comportamento, punição daqueles que violam essas regras, formas
de conduzir as reuniões da comunidade, cerimônias rituais, etc.
O número de assuntos estabelecidos nestes regulamentos é muito variado, desde a
forma como a cerimônia de admissão de novos membros é realizada, até as punições
que devem ser dadas àqueles que falam com seus vizinhos de forma insolente ou
impaciente. Punições severas são aplicadas àqueles que adormecem nas reuniões da
comunidade ou àqueles que interrompem os outros quando estão falando na reunião.
Um dos comportamentos exigidos aos membros da comunidade é o estudo em grupo
das escrituras, incluindo turnos noturnos para que o estudo seja feito durante 24 horas.

Aqueles que traíram o Yahad eram punidos com expulsão perpétua (não é detalhado o
que chamam de "traição"), assim como qualquer que tentasse ajudá-los.
Eles se viam a si mesmos como um grupo sacerdotal cujos princípios teológicos eram a
crença na predestinação, ou seja, que tudo já está planejado por Deus (o homem não é
capaz de decidir sobre suas ações) e a crença de que no mundo havia dois poderes: o
bom instinto e o mau instinto, um conceito que se assemelha a outro documento
encontrado em Qumran: "Os filhos da luz e os filhos das trevas".
Imagens:
* The Dead Sea Scrolls, Qumran, and the Essenes
(2010) Magen Broshi
* Museu de Qumran
Fonte:
The Dead Sea Scrolls, Qumran, and the Essenes
(2010) Magen Broshi
O ROLO DE COBRE
Este é o rolo mais diferente de todos os encontrados em Qumran. Diferente em seu
conteúdo, no material em que foi escrito e em sua função. O Rolo de Cobre foi achado
em 1952 na Caverna 3 e é feito de três placas que foram unidas através de pregos;
juntos, formam uma espécie de tabela com 2.4 mts de comprimento e 30 cm. de altura.
O texto, escrito em cobre, tem 12 colunas e nele uma descrição detalhada de 60 lugares
onde os tesouros estavam escondidos. Desde a sua descoberta, o mundo acadêmico tem
se dividido em dois "campos". Por um lado, estão aqueles que acreditam que os
tesouros descritos neste rolo são reais, e por outro, estão os que acreditam que é apenas
um texto folclórico, uma lenda. Por sua vez, os que consideram esse texto como real,
estão divididos entre os que acham que são tesouros que foram trazidos do próprio
Templo de Jerusalém, contra os que pensam que esses tesouros pertencem à
comunidade de Qumran.

Aqueles que consideram o texto como uma mera lenda, argumentam que ali, a
quantidade de tesouros contendo pedras preciosas é enorme: 100 toneladas de prata e
ouro, uma quantidade inimaginável e extremamente grande, algo irreal para a época e
para o contexto histórico. Além disso, Josefo descreve que quando os romanos
destruíram o Templo de Jerusalém no ano 70, os tesouros do Templo estavam lá (e esse
é o único lugar onde talvez se possa pensar que existe uma quantidade tão grande de
tesouros). Outro argumento a favor daqueles que acreditam que o texto é uma lenda, é
que um tesouro tão grande quanto esse, deveria estar escrito em papiro ou em um rolo
de couro e não em um rolo de cobre, à vista de todos.
Alguns estudiosos pensam que esse rolo foi escrito pela comunidade de Qumran, ou
algum grupo relacionado, com base em relatos populares da época que falavam dos
tesouros escondidos do Primeiro Templo (destruído no ano -586 pelos babilônios). É
possível que a comunidade de Qumran quis demonstrar a todos que eles são os únicos
que sabem onde estão escondidos os tesouros do Primeiro Templo, o que, por sua vez,
serviria para o futuro Templo, que seria construído na era escatológica.
Entre os estudiosos que consideraram esse texto um documento que realmente
descrevia tesouros escondidos, estava John Allegro, um arqueólogo inglês que fazia
parte do grupo de especialistas que escavou Qumran na década de 1950 e foi o primeiro
a publicar o Rolo de Cobre. Allegro organizou uma delegação, que incluía jornalistas, e
foi procurar esses tesouros. Escavou no Vale do Cedrom, em Jerusalém, em Hircania, no
Deserto da Judéia, em Herodion, em Qumran e em outros lugares, mas no final não
encontrou absolutamente nada. Até o momento, oito expedições arqueológicas foram
organizadas com o objetivo de encontrar esses tesouros, com resultados frustrantes.
Fontes:
The Dead Sea Scrolls, Qumran and the Essenes. Magen Broshi (2010), The Ben-Zvi
Institute.
https://www.biblicalarchaeology.org/daily/biblical-artifacts/dead-sea-scrolls/dating-
the-copper-scroll/
O Rolo da Guerra
Este manuscrito escrito em hebraico, relativamente bem preservado, é um dos
primeiros 7 manuscritos encontrados na caverna 1 e data do final do século I antes da
era comum ou início da nossa era. Anos mais tarde, outras 7 cópias foram encontradas
na caverna número 4.
Esta composição enquadra-se no contexto das antigas tradições bíblicas que relatam a
guerra do fim do tempo, como aparece nos livros de Ezequiel (38-39) e Daniel (7-12). O
texto descreve uma guerra escatológica, ou seja, o fim dos dias, entre "Os Filhos da Luz",
que são os próprios qumranitas, e "Os Filhos das Trevas", o resto da humanidade, e que
durará 49 anos.

Nesta guerra, haverá 7 batalhas nas que alternadamente "Os Filhos da Luz" derrotarão
os seus inimigos (entre eles, judeus considerados pecadores e também romanos,
moabites, amonitas, assírios e outros) e por vezes perderão, mas na batalha final, a
sétima, "Os Filhos da Luz" definirão essa guerra a seu favor.
Este fascinante documento descreve em detalhe a estratégia militar, estrutura das
diferentes unidades que compõem o exército e o equipamento militar usado nessa
guerra, como lanças e escudos, bem como trompetes e bandeiras. Haverá também
unidades de infantaria, cavalaria e logística.
Este exército escatológico de "Os Filhos da Luz" será comandado por sacerdotes, e os
soldados serão adultos entre os 40 e os 60 anos, ou seja, aqueles que têm uma
"maturidade espiritual". Além disso, este texto descreve em detalhe as orações a rezar
antes e depois da batalha.
No final, de acordo com o "Rolo da Guerra", a treva será destruida e o serviço do Templo
e os sacrifícios serão restaurados.
O QUE É UM MIKVE?
Um Mikve é uma piscina de água escalonada que, na época do Segundo Templo, tinha
uma função de banhos de purificação ritual onde homens e mulheres, entraram num
estado de "impureza" e após a imersão saíam em estado de "pureza".
A origem dessa tradição remonta ao século II a.e.c., na época da dinastia hasmoneana,
onde houve um aumento do rigor religioso e onde também é conhecido o fenómeno das
seitas como fariseus, saduceus e essênios. Cada seita tinha a sua própria visão destes
banhos de purificação.
Na Bíblia, não há praticamente nenhuma menção ao ato de imersão na água para se
purificar. Na Torá (Levítico 15:13) há um verso que diz "Quando, pois, o que tem o fluxo
dele estiver limpo, contar-se-ão sete dias para a sua purificação; lavará as suas vestes,
banhará o corpo em águas correntes e será limpo", indicando que os homens devem
purificar-se em águas puras da nascente.
No entanto, não há nenhuma menção na Bíblia sobre piscinas ou qualquer outro recinto
com água, exceto o chamado "Kior", isto é, uma fonte de bronze que serviu de banho
ritual para os sacerdotes do Tabernáculo e mais tarde, do Templo de Jerusalém.
Evidências arqueológicas mostram que na época do Primeiro Templo não havia piscinas
rituais enquanto estas começaram a aparecer em grande número a partir do século II
a.e.c.

Uma prova que demonstra a ascensão dos Mikvaot (mikve em plural) durante o período
do Segundo Templo é a escassa menção dos banhos rituais na Bíblia e, por outro lado,
na literatura rabínica do século I a.e.c. vemos descrições detalhadas e complexas de
como o banho ritual deve ser realizado. Um dos Tratados da Mishná é pura e
exclusivamente dedicado a todo o conceito de pureza ritual, demonstrando a
importância que lhe foi dada na época do Segundo Templo.
O ato de imersão num Mikve era muito simples e consistia em entrar nu numa piscina
com água trazida de fontes naturais (chuva, nascentes, rios, mares ou lagos), ou
qualquer fonte de água natural, como o rio Jordão, entrando o corpo todo naquela água
e depois saindo em estado de pureza.
O mergulho não tinha razões higiénicas (que para o efeito eram utilizadas outros tipos
de piscinas), mas com o propósito de realizar um ato de purificação ritual tendo em
conta que no dia-a-dia diferentes situações produzem impurezas como o contacto com o
sangue ou com um morto, relações sexuais e outros.

Grande parte dos Mikvaot encontrados na Terra de Israel também incluía escadas onde
os "impuros" desciam (provavelmente do lado direito) e os "puros" subíam pelo lado
oposto. Entre aqueles que subiam ou desciam, havia uma parede, corrimão ou apenas
uma faixa divisória que permitia a quem entrasse ou deixasse o Mikve saber de que lado
estavam os impuros e os puros e assim evitar o contacto entre si.
Em Qumran, foi encontrada a maior concentração de banhos rituais na Terra de Israel
depois de Jerusalém, tendo em conta que em Jerusalém era o Templo Sagrado onde era
obrigatório entrar num estado de pureza, além que dezenas de milhares de judeus de
todo o mundo peregrinavam a Jerusalém três vezes por ano.
Em Qumran foram encontrados 10 Mikvaot, mas a estimativa da população era de
aproximadamente 120 homens. De acordo com a Regra da Comunidade, os homens de
Qumran realizavam esses mergulhos de purificação pelo menos duas vezes por dia,
antes de comerem e antes de estudarem e, por vezes, quando tinham contacto com
alguém fora da comunidade que os Qumranitas consideravam impuros. Flávio José
reforça este aspecto dizendo que os essênios acostumavam realizar muitos banhos
rituais.
Arqueólogos da Universidade Hebraica
descobrem a caverna 12 dos Manuscritos
do Mar Morto
(Tradução do artigo publicado pela Universidade Hebraica de Jerusalém no
dia 08/02/2017)

O arqueólogo da Universidade Hebraica Dr. Oren Gutfeld: “Esta é uma das


descobertas arqueológicas mais emocionantes e as mais importantes dos últimos
60 anos nas cavernas de Qumran”.

Escavações em uma caverna nos penhascos do oeste de Qumran, perto da costa


noroeste do Mar Morto, demonstram que os Manuscritos do Mar Morto do período do
Segundo Templo, estavam escondidos na caverna e foram saqueados pelos Beduínos em
meados do século passado. Com a descoberta dessa caverna, os especialistas agora
sugerem que ela seja listada como Caverna 12.

Arqueólogos Escavando

A surpreendente descoberta, que representa um marco na investigação dos


Manuscritos do Mar Morto, foi feita pelo Dr. Oren Gutfeld e Ahiad Ovadia, do Instituto de
Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, com a colaboração do Dr. Randall
Price e estudantes da Liberty University na Virgínia, EUA.

Os escavadores são os primeiros a descobrir, em mais de 60 anos, uma nova caverna de


manuscritos e cavá-la devidamente.

A escavação foi apoiada pela Administração Civil da Judéia e Samaria, pela Autoridade
da Natureza e Parques de Israel, e pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), e faz
parte do novo “Operação Manuscrito” lançada na IAA pelo seu Diretor-Geral, Sr. Israel
Hasson, para realizar pesquisas sistemáticas e escavar as cavernas no deserto da Judeia.
Oren e Ahiad

A escavação da caverna revelou que em um ponto teve Manuscritos do Mar Morto.


Inúmeros jarros e tampas de armazenamento do período do Segundo Templo foram
encontrados, escondidos em nichos ao longo das paredes da caverna, e no fundo de um
longo túnel na parte traseira. Os jarros estavam quebrados e seu conteúdo foi removido,
e a descoberta no final da escavação, de um par de flechas de ferro dos anos 50
(armazenadas dentro do túnel para um uso posterior) mostra que a caverna foi
saqueada.

Até agora, acreditava-se que apenas 11 cavernas continham manuscritos. Com a


descoberta desta caverna, os especialistas sugeriram que ela seria listada como Caverna
12. Igual à Caverna 8, na qual foram encontrados jarros de rolos, mas nenhum
manuscrito, essa caverna receberá a designação Q12 (Q = Qumran, ao frente do número
para indicar que nenhum manuscrito foi achado).

Fragmentos de Jarro
“Esta emocionante escavação é o mais próximo que estivemos, em 60 anos, da
descoberta de novos Manuscritos do Mar Morto. Até agora, foi aceito que os
Manuscritos do Mar Morto foram encontrados apenas em 11 cavernas em Qumran, mas
agora não há dúvida de que esta é a caverna 12 “, disse o Dr. Oren Gutfeld, arqueólogo
do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica e diretor da escavação.
“Encontrar essa caverna adicional de pergaminhos significa que não podemos mais ter
certeza de que os locais originais (cavernas 1 a 11) atribuídos aos Manuscritos do Mar
Morto, que chegaram ao mercado através dos beduínos, são precisos”.

O Dr. Gutfeld acrescentou: “Embora nenhum manuscrito tenha sido encontrado


finalmente, e em vez disso, ‘apenas’ encontramos um pedaço de pergaminho enrolado
em uma jarra, que estava sendo processado para escrever, as descobertas
indubitavelmente indicam que a caverna tinha rolos que foram roubados.

As descobertas da escavação incluem não apenas os jarros de armazenamento, que


continham os manuscritos, mas também fragmentos com os quais os manuscritos foram
envoltos, uma corda para amarrá-los e um pedaço de couro processado que fazia parte
de um rolo.

A descoberta de cerâmica e numerosas lâminas de pederneira, pontas de flecha e um


selo decorativo feito de cornalina, uma pedra semipreciosa, também revelou que essa
caverna foi usada nos períodos Calcolítico e Neolítico.

Essa primeira escavação a ser realizada na parte norte do deserto da Judeia, como parte
da “Operação Manuscrito”, abrirá a porta para entender melhor a função das cavernas
em relação aos rolos, com o potencial de encontrar novo material de manuscritos. O
material, quando divulgado, fornecerá novas evidências importantes para expertos da
arqueologia de Qumran e das cavernas do Mar Morto.

“A importante descoberta de outra caverna de pergaminhos testifica o fato de que ainda


há muito trabalho a ser feito no deserto da Judeia e achados de grande importância
ainda estão aguardando ser descobertos”, disse Israel Hasson, diretor geral da
Autoridade de Antiguidades de Israel. “Estamos em uma corrida contra o tempo, porque
ladrões de antiguidades roubam bens patrimoniais em todo o mundo para obter ganhos
financeiros. O Estado de Israel precisa mobilizar e designar os recursos necessários
para iniciar uma operação histórica, juntamente com o público, para realizar uma
escavação sistemática de todas as cavernas no deserto da Judéia”.

Crédito das fotos: UNIVERSIDADE HEBRAICA DE JERUSALÉM

Texto original em inglês:

• https://en.huji.ac.il/en/article/33424
PROJETO DE DIGITALIZAÇÃO DOS MANUSCRITOS DO MAR MORTO E GOOGLE
O Museu de Israel desenvolveu um projeto em cooperação com o Google, lançado em
2011 e permite, pela primeira vez na história, acesso direto aos manuscritos desde
qualquer lugar do planeta. Através de um site especial, os usuários poderão consultar e
explorar os manuscritos, pesquisar e carregar rapidamente imagens de alta resolução
com um nível de detalhe anteriormente inatingível. As imagens são acompanhadas de
textos e vídeos explicativos que fornecem informação inicial sobre os manuscritos e sua
história.
O projeto digital: dss.collections.imj.org.il/es/home
O Museu de Israel desenvolveu um projeto em cooperação com o Google, lançado em
2011 e permite, pela primeira vez na história, acesso direto aos manuscritos desde
qualquer lugar do planeta. Através de um site especial, os usuários poderão consultar e
explorar os manuscritos, pesquisar e carregar rapidamente imagens de alta resolução
com um nível de detalhe anteriormente inatingível. As imagens são acompanhadas de
textos e vídeos explicativos que fornecem informação inicial sobre os manuscritos e sua
história.
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VISITA AO SANTUÁRIO DO LIVRO


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TERMINOLOGÍA BÁSICA QUE NOS PERMITIRÁ ENTENDER MEJOR EL CONTEXTO:

1. Época del Primer Templo (-1004 a -586):

Época comprendida entre los años -1004 (Cuando David asume como rey de Israel) y el
año -586 (cuando el Primer Templo de Jerusalén, construido por Salomón, es
destruido). El período del Primer Templo comprende toda la época del reino unificado
de David y Salomón como así también los reinos de Judá e Israel.

2. Época del Segundo Templo (-538 a 135 e.c.):

Época que comprende desde la reconstrucción del Templo de Jerusalén por los judíos
que retornaron del exilio babilónico hasta la Rebelión de Bar Kojba que terminó con la
aplastante victoria romana sobre los judíos. Este período está subdividido a su vez por
los siguientes:

• -538 – -332 La época persa


• -332 – -167 La época helenística
• -167 – -63 La época hasmonea
• -63 – 135 La época romana

Cuando hablamos de Jesús y los inicios del cristianismo, nos referimos a esta época.

Otra figura central en esta época es el Rey Herodes.

Esta época se llama Segundo Templo porque comprende el período de la reconstrucción


del Templo de Jerusalén, su destrucción por los romanos en el año 70 y el afán de
reconstrucción entre los años 132 – 135.

3. Herodes el Grande:

Rey de Judea (llamado por los romanos también como «Rey de los judíos») de origen
idumeo que reinó la provincia de Judea entre los años -37 a -4. Creador de la dinastía
herodiana que duró hasta la destrucción del Segundo Templo en el año 70 y que incluye
sus hijos: Arquelao, Antipas, Filipo, su nieto Agripas I y su bisnieto Agripas II. Descripto
por diferentes fuentes como cruel, paranoico y asesino, pero también como un excelente
constructor. Sus obras arquitectónicas se pueden ver hasta el día de hoy en el Muro de
los Lamentos, Cesarea Marítima y Masada, entre otros. Aparece en el Evangelio de
Mateo, 2:1-23.
4. Templo de Jerusalén:

Era el centro religioso, cultural, social, político y económico del pueblo judío tanto en la
época del Primero como del Segundo Templo. El Templo era el lugar donde sacerdotes
realizaban los sacrificios de animales llevados por el pueblo judío a lo largo de todo el
año. Era obligación de todo judío, esté en la Tierra de Israel o en el exilio, peregrinar al
menos tres veces por año en las festividades de Pesaj (Pascua), Shavuot (Pentecostes) y
Sukot (Tabernáculos).

El Segundo Templo de Jerusalén y la actividad realizada en él, está mencionado en


diversas fuentes como el Nuevo Testamento, el Talmud, Flavio Josefo y otros. El Templo
fue destruido por los romanos en el año 70 tras una gran revuelta judía contra Roma
iniciada el año 66 y que abarcó toda la Tierra de Israel incluyendo la Galilea y el Golán.
Esta rebelión tuvo su epílogo en el año 70 dejando apenas unos últimos focos rebeldes,
siendo el último la fortaleza de Masada .

5. Esenios:

Movimiento religioso o secta dentro del judaísmo de la época del Segundo Templo,
establecido probablemente desde mediados del siglo II a.C. tras la Revuelta Macabea.
Este movimiento está documentado por historiadores de la época como Flavio Josefo,
Plinio el Viejo y Filón de Alejandría ya que llamaba mucho la atención la forma de vida
que ellos tenían. Creían en la predestinación (es decir, todo ya fue planificado por Dios y
el ser humano no tiene libre albedrío) y en la creencia del instinto bueno y el instinto
malo, dividiendo a la humanidad entre «Los Hijos de la Luz» (que son ellos mismos) y
en contrapartida «Los Hijos de las Tinieblas» (el resto de la humanidad). Es muy
probable que una rama radical de este movimiento hayan sido los que habitaron
Qumrán desde fines del siglo II a.e.c. hasta el siglo I de nuestra era.

6. Fariseos:

Considerada la secta más grande e importante del judaísmo de la época del Segundo
Templo y la predecesora de lo que sería posteriormente el judaísmo rabínico. Creían
tanto en la transmisión oral de la Torá junto con la transmisión escrita de la misma
como así también en la autoridad de los sabios en interpretar las escrituras y las
tradiciones orales. Fariseos viene del hebreo «Prushim» que a su vez viene de la palabra
«Perush» que significa interpretación. También creían en la resurrección de los muertos
y en el castigo o premio a recibir en la próxima vida de acuerdo a los actos del ser
humano en este mundo. Se cree que la mayor parte del pueblo pertenecía o simpatizaba
con esta corriente y rivalizaban constantemente con los Saduceos que eran la
aristocracia de la sociedad judía de la época del Segundo Templo.
7. Saduceos:

Una de las sectas más importantes del judaísmo de la época del Segundo Templo. Si bien
son pocas las fuentes que hablan de este movimiento, principalmente Flavio Josefo y los
evangelios, se sabe que ellos rechazaban la tradición oral de la Torá (pilar central de la
ideología farisea con quienes estaban en conflicto) y estaban en contra de la
resurrección. Ellos representaban la aristocracia de la época ocupando cargos centrales
en el sacerdocio del Templo de Jerusalén.

8. a.e.c.= Antes de la era común (es decir, antes del año 0)

e.c.= Era común (es decir, después del año 0)

9. Rollos encontrados en Qumrán:

• 25% Textos bíblicos


• 37% Textos sectarios
• 27% Textos judíos comunes a otros movimientos
• 11% No identificados

10. Mikve:

Albercas de baños rituales utilizadas por el judaísmo de la época del Segundo Templo y
hasta nuestros días. Su función no es higiénica sino de purificación ritual. El agua debe
provenir de fuentes naturales como lluvia, manantiales, ríos o lagos y tiene que tener
una cantidad de agua que permita la inmersión total del cuerpo. De acuerdo al judaísmo,
en diferentes ocasiones el ser humano debe entrar a una Mikve a purificarse (antes de
ingresar al Templo, contacto con muertos o con sangre, etc.). La interpretación de los
qumranitas era más radical de tal forma que al menos dos veces por día debían
purificarse y por otros motivos como por ejemplo antes de comer en el Refrectorium o
antes de ir a estudiar.

11. Guerra de los Seis Días

Guerra que estalló en junio del 1967 entre Israel y sus vecinos árabes, principalmente
Egipto, Siria y Jordania (con la colaboración de otros países árabes como el Líbano e
Irak). La guerra fue provocada por los países árabes y la consecuencia fue la conquista
por parte de Israel de los siguientes territorios:

• Península del Sinaí y Franja de Gaza (pertenecía a Egipto)


• Alturas del Golán (pertenecían a Siria)
• Judea (donde se encuentra Qumrán) y Samaria (ambas regiones pertenecían a
Jordania)
• Jerusalén Oriental, incluyendo el Museo de Rockefeller donde estaban los Rollos
del Mar Muerto (pertenecía a Jordania)

En el año 1982 Israel se retiró de la Península del Sinaí y en el 2005 de la Franja de Gaza
12. Acuerdos de Oslo

Acuerdos entre Israel y la Autoridad Nacional Palestina firmados en 1994 cuyo objetivo
final era la creación de un estado palestino independiente en los territorios de Judea,
Samaria y Gaza. Jerusalén Oriental iba a ser negociada. En un término intermedio se
creó una autonomía (que funciona hasta el día de hoy) en las grandes ciudades
palestinas como Belén, Jericó y Hebrón dejando algunas áreas, como la frontera con
Jordania, en manos de Israel. Es por eso que Qumrán está bajo control israelí y los
palestinos reclaman esa región como parte de un futuro estado independiente.

13. Palestina:

Nombre de una región que se encontraba entre Egipto y Siria cuyos límites fueron
cambiando a lo largo del siglo de acuerdo al imperio que gobernaba en la zona. La
región se llamó oficialmente Palestina, como una unidad política y administrativa, a
partir del año 135 cuando el Emperador Adriano decidió cambiar el nombre de
Provincia de Judea por Palestina para intentar borrar el vínculo del pueblo judío con su
tierra y así, teóricamente, evitar futuras rebeliones. El nombre Palestina ya era usado en
el siglo -V como nombre de una unidad geográfica y no como una unidad política. El
nombre, iniciado en el siglo II e.c. continuó hasta el año 1948, cuando el estado de Israel
fue creado luego de la resolución de la ONU del 29 de noviembre de 1947.

14. Beduinos

Grupo étnico nómade o semi-nómade que habita regiones desérticas desde el norte del
África y hasta la Península Arábiga. El nombre «beduino» justamente significa en árabe
«residente del desierto». La lengua de ellos es el árabe y son de religión musulmana. En
la Israel actual residen cerca de 300,000 beduinos, la mitad de ellos en la zona del
Desierto de Judea y del Negev (muchos viven en tiendas) y la otra mitad en la zona de la
Galilea. Dos beduinos de la tribu Ta´amira, Muhamad A´Dib y Jumma Muhamad,
descubren accidentalmente a inicios del 1947 los 3 primeros rollos que estaban en una
jarra de cerámica en una cueva de Qumrán

15. Mar Muerto:

El Mar Muerto es un lago de alta salinidad situado en una profunda depresión a 433
metros bajo el nivel del mar entre Israel y Jordania. Ocupa la parte más profunda de una
depresión tectónica atravesada por el río Jordán y que también incluye el lago de
Tiberíades. Los griegos de la Antigüedad lo llamaban lago Asfaltites, por los depósitos
de asfalto que se encuentran en sus orillas, conocidos y explotados desde la Edad
Antigua. En hebreo, al Mar Muerto se le llama «mar de sal». La Biblia usa este término
junto con otros dos: el Mar de Aravá y el Mar del Este. La designación «Mar Muerto»
nunca aparece en la Biblia, aunque se lo llama así debido a la escasez de vida acuática.
Mapas:

1. La Tierra de Israel en la época Macabea

Imagen: Wikipedia
2. La Tierra de Israel en la época de Herodes

Fuente: http://www.israel.org/MFA/AboutIsrael/Maps/Pages/Kingdom%20of%20Herod-
%2030%20BCE%20to%2070%20CE.aspx
2.1. La Tierra de Israel en los tiempos de Jesús

Fuente: https://maps-jerusalem.com/map-of-jesus-time
3. Qumrán y Desierto de Judea
Imágenes:

https://en.wikipedia.org/wiki/Judaean_Desert#/media/File:Judaean_Desert.png

https://www.bibleodyssey.org/tools/map-gallery/q/map-qumran.aspx
4. Israel después de la Guerra de los Seis Días (1967)

Fuente: http://www.israel.org/MFA/AboutIsrael/Maps/Pages/June%2010-%201967-
%20Israel%20After%20the%20Six%20Day%20War.aspx
DOCUMENTÁRIO DE NETFLIX
https://www.netflix.com/br/title/80178897

O Rolo de Isaias através do tiempo


http://www.arikboas-animation.com/imj/?param=3

Visualizar Isaias
https://museum.imj.org.il/isaiah/

Um filme de desenhos animados sobre os manuscritos para crianças


https://www.youtube.com/watch?v=Bugh24PeiBw&feature=youtu.be (em hebraico com
legenda em inglês)

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