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En Qumrán se encontraron poco más de 200 rollos que contienen los textos bíblicos
más antiguos del mundo. Todos los libros que componen la actual Biblia Hebrea, fueron
encontrados en esas desoladas cuevas del Desierto de Judea, a excepción de los libros de
Ester y Nehemías (eso, en el caso que no tomemos en cuenta el libro de Esdras, que
antiguamente estaba junto al de Nehemías y que sí fue encontrado en Qumrán).
Los textos bíblicos hallados en Qumrán, escritos en su mayoría sobre cuero de animal,
fueron copiados durante un período de aproximadamente 300 años, entre el -250 al 68.
La mayor parte de los investigadores consideran que esos rollos, si bien pertenecían a la
comunidad del "Yahad" (tal como se autodenominaban los qumranitas), probablemente
una minoría fue escrita en Qumrán y, al parecer, la gran mayoría fue copiada y traída de
otros lugares.
En Qumrán hay libros más "populares" que otros; como por ejemplo, Salmos (36
copias), Deuteronomio (30 copias), Isaías (21 copias), Génesis (20 copias), Éxodo (17
copias), Levítico (15 copias) y hay algunos libros de los que apenas se encontró
encontrado una copia; como por ejemplo, el mencionado libro de Esdras o el libro de
Crónicas, del cual se han encontrado solo 5 versículos de un total de 65 capítulos. Sin
lugar a dudas, el texto bíblico más impactante es el Rollo de Isaías. Este rollo es el único
texto bíblico encontrado totalmente entero, es casi idéntico a la versión masorética y
además ¡tiene un largo de 7.34 mts!
Adicionalmente, se hallaron textos que "reescriben" textos bíblicos. Es el caso del libro
de Jubileo o el apócrifo de Génesis, en los que relatos bíblicos son alterados de acuerdo
a la visión ideológica de la comunidad de Qumrán.
Existen también textos llamados "psharim" (plural de "pesher"), que son comentarios
exegéticos de libros bíblicos: el "pesher" de Habacuc, el "pesher" de Isaías y el "pesher"
de Nahum. Estos textos intentan resolver las profecías bíblicas, pero de acuerdo con la
visión ideológica de la comunidad, principalmente en todo lo relacionado al fin de los
tiempos.
Más de un tercio de los rollos es lo que los investigadores llaman de "rollos sectarios";
es decir, textos que describen reglas internas de la comunidad, rituales, nombres y
conceptos específicos (como por ejemplo, el título del líder de la comunidad, "Maestro
de Justicia"). Entre los más destacados: El Rollo de la Comunidad y el Pacto de Damasco.
Por otro lado, hay rollos que no pertenecen a una categoría clara y son muy diferentes al
resto; como el Rollo de Cobre, que describe 60 lugares donde fueron escondidos tesoros
de un altísimo valor, algunos creen que eran los tesoros que estaban guardados en el
Templo de Jerusalén.
A Contribuição dos Rolos do Mar Morto ao
estudo do Judaísmo do Segundo Templo
Dr. Adolfo D. Roitman
Desde então, milhares de artigos e livros tentaram decifrar os textos misteriosos, a fim
de revelar uma realidade do passado cultural do povo de Israel, que era quase
totalmente desconhecida.
Apesar disso, nos últimos anos, a importância da descoberta de Qumran foi obscurecida
pela polêmica envolvida em torno dos “interesses” políticos por trás da publicação dos
pergaminhos, como exemplificado pelo livro sensacionalista de Baigent e Leigh
chamado O escândalo dos Rolos do Mar Morto.
Como resultado, o público identificou, infelizmente, a questão dos rolos com enganos e
histórias “picantes”, ao invés de perceber a real importância do achado para a
compreensão do judaísmo antigo.
Levando essa situação em consideração, este artigo tem como objetivo principal corrigir
o equívoco atual.
Em primeiro lugar, cabe assinalar que até a descoberta dos pergaminhos do Mar Morto
nas proximidades de Qumran, a realidade histórica do judaísmo do Segundo Templo era
conhecida apenas por fontes secundárias, tardias e, em muitos casos, tendenciosas,
como Flavio Josefo, o Novo Testamento, Fílon de Alexandria, a literatura pagã e rabínica.
1. manuscritos bíblicos
2. literatura não-canônica
3. literatura sectária.
Cerca de 200 manuscritos de todos os livros da Bíblia foram achados, com exceção de
um, o livro de Ester.
Para entender a importância dessa descoberta, basta mencionar que até a achado dos
pergaminhos de Qumran, as cópias mais antigas conhecidas dos livros bíblicos eram as
versões medievais, como o famoso Códex Aleppo, atualmente exposto no Santuário do
Livro em Jerusalém, escrito no século X.
Graças ao novo achado, foi possível acrescentar a antiguidade dos testemunhos bíblicos
em nosso poder em quase mil anos.
Como exemplo, vejamos o caso da leitura “Os filhos de Israel” em Deut. 32:8.
Porém, a tradução grega dos LXX apresenta uma versão diferente, em vez das palavras
“os filhos de Israel”, oferece uma leitura mitológica “os filhos de Deus”.
Até alguns anos atrás, os pesquisadores não sabiam se a versão grega testemunhava
uma leitura hebraica antiga ou se era simplesmente fruto do tradutor alexandrino.
Entre os manuscritos bíblicos descobertos no Mar Morto, foi achada uma cópia do livro
de Deuteronômio (4QDeut), na qual estavam presentes as palavras “conforme o
número dos filhos de Ele”, o que poderia confirmar então a legitimidade e antiguidade
da leitura da versão grega.
Além disso, o referido testemunho de Qumran também pôde esclarecer o processo
textual:
Como se sabe, além dos livros contidos na Bíblia Hebraica, houve muitos outros livros
escritos pelos judeus na antiguidade que, por diferentes razões teológicas ou políticas,
não foram incluídos no cânone bíblico.
Como consequência, eles deixaram de ser copiados pelos copistas e, portanto, foram
esquecidos pelos judeus.
Contudo, a ironia do destino fez com que algumas dessas obras judaicas nos fossem
transmitidas pela tradição literária cristã, como por exemplo os livros de Tobias, Judite,
Ben Sirá ou Macabeus.
E foi uma sorte que vários desses rolos foram achados entre os escritos que os grupos
rabínicos tinham tentado tanto fazer desaparecer da consciência popular.
Assim, descobrimos, por exemplo, que o pai de Israel, o patriarca Abraão, aparece
configurado no Apócrifo de Gênesis como um verdadeiro taumaturgo que exorciza ao
Faraó do Egito:
“Rezei por (…) e impus as minhas mãos sobre a sua cabeça. O flagelo foi removido dele;
foi expulso (dele o espírito) malvado e viveu” (col. XX, 29).
Do mesmo modo, deve-se notar que, além dos livros apócrifos do Antigo Testamento,
muitas outras obras de natureza diversa, desconhecidas até agora, foram encontradas
em Qumran, como por exemplo, vários textos escatológicos; obras litúrgicas e poéticas;
textos legais; obras sapienciais; textos astronômicos, calendários e horóscopos.
Graças à descoberta de Qumran, é conhecido por nós, pela primeira vez na história, a
literatura legal, teológica e exegética original de uma seita desconhecida da época do
Segundo Templo.
A maioria dos pesquisadores identificou esse grupo com os essênios, enquanto outros
os identificaram com os saduceus ou com os primeiros cristãos.
Agora, graças a Qumran, conhecemos com muita mais precisão as ideias, crenças e
filosofia de vida dos judeus diferentes daquelas tradicionalmente conhecidas, que
discordavam de seus pares em diferentes tópicos, como a santidade de Jerusalém, a lei
judaica, o calendário etc.
Os textos nos falam de um grupo que aparentemente não via nenhuma contradição
entre a antiga fé de Israel em um Deus só, e a crença, de carácter dualista, na existência
de Belial e as forças do mal.
Conforme escrito na Regra da Comunidade:
”Ele (isto é, Deus) criou o homem para dominar o mundo, e colocou nele dois espíritos,
para marchar através deles até o momento da sua visita: eles são os espíritos da
verdade e da falsidade. Da fonte da luz vêm gerações da verdade, e da fonte das trevas,
as gerações de falsidade. Nas mãos do Príncipe das Luzes está o domínio sobre todos os
filhos da justiça; eles marcham por caminhos de luz. E nas mãos do Anjo das Trevas está
todo o domínio sobre os filhos da falsidade; eles marcham pelos caminhos das
trevas” (col. III, 17-21).
No meu entender, o achado dos manuscritos afetou as próprias raízes da nossa auto-
percepção da identidade judaica.
Porque agora sabemos, de forma clara e indiscutível, que toda tentativa de definir a
riqueza espiritual do judaísmo dentro dos termos limitados do rabinismo é uma
desvirtuação da realidade histórica. O rabinismo foi apenas uma das muitas expressões
da fé de Israel, que devido a certas circunstâncias históricas, prevaleceu sobre as outras
tendências existentes.
Mas deve ser claramente entendido que tanto o rabinismo quanto o judaísmo de
Qumran ou na igreja primitiva, tiveram como origem um mesmo tronco comum:
Por esse motivo, deve ser apontado como uma mensagem final, que a descoberta dos
rolos do Mar Morto não só contribuiu no estritamente acadêmico, para expandir o
conhecimento histórico da sociedade judaica do Segundo Templo, mas também levou a
reformular necessariamente uma concepção mais aberta, humanística e tolerante da
identidade judaica atual, legitimando a existência do dissenso como um componente
visceral da estrutura social e religiosa do povo judeu ao longo da história.
DE QUMRAN A JERUSALÉM: A ODISSEIA DOS
PRIMEIROS 7 MANUSCRITOS DO MAR MORTO
Dois primos da tribo beduína de Ta´amira, Muhamad A´Dib e Jumma Muhamad,
descobrem acidentalmente, no início de 1947, os 3 primeiros manuscritos que estavam
em um jarro de cerâmica quando uma cabra de seu rebanho ficou perdida dentro de
uma caverna que mais tarde seria chamada de Caverna 1. Dias depois, encontram nessa
mesma caverna, mais quatro manuscritos.
Esses primos se reúnem com um sapateiro de Belém chamado Jalil Iskandar Shahin,
apelidado de “Kando”, um árabe cristão da Igreja Ortodoxa Síria, que também estava
envolvido no comércio de antiguidades. Segundo o rumor (nunca confirmado), acredita-
se que os beduínos tenham-se interessado em que Kando fabricasse sandálias com o
couro dos manuscritos. Kando, no entanto, recomendou que esses manuscritos
valessem mais como antiguidades e os convenceu a se encarregar de vendê-los ele
mesmo.
Jalil Iskandar Shahin.
Os 4 manuscritos que Athanasius tinha, ficaram salvos em um cofre por anos. Os valores
exorbitantes exigidos por Athanasius não eram procurados por potenciais
compradores. Em 1954, o renomado arqueólogo e general aposentado do exército
israelense, Prof. Yigael Yadin, filho do Prof. Sukenik, estava visitando Nova Iorque
quando um jornalista lhe mostrou um aviso no Wall Street Journal, que oferecia para a
venda “Os Quatro Manuscritos do Mar Morto”.
Os quatro Manuscritos do Mar Morto, que o professor Sukenik, pai de Yigael Yadin, não
conseguiu adquirir devido à falta de fundos em 1947, foram agora recuperados por seu
filho, quem orgulhosamente levou esses quatro manuscritos para Jerusalém.
Logo após seu retorno a Israel, Yigael Yadin criou o fundo para a criação do Santuário
do Livro que seria finalmente inaugurado em 1965, a fim de proteger e preservar os
sete primeiros Manuscritos do Mar Morto. Até hoje, podemos ver os mesmos
pergaminhos no Santuário do Livro, no Museu de Israel em Jerusalém.
Fontes
• The Dead Sea Scrolls, Qumran and the Essenes. Magen Broshi (2010), The Ben-
Zvi Institute.
• The Faces behind the Scrolls: https://www.imj.org.il/en/exhibitions/faces-
behind-scro?lls-0
LINHA DO TEMPO
Manuscrito mais misterioso do mar Morto
narra a saída de Noé após o dilúvio
Museu mostra pela primeira vez o mais frágil pergaminho milenar
encontrado nas cavernas de Qumran. É uma cópia do “Gênesis” escrita
em primeira pessoa
LOURDES BAEZA, 27 MAR 2018
JORNAL EL PAIS
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/26/cultura/1522088525_381854.html?fbclid=IwA
R22Mh4a-2jAWHaJQ3Nr6EcpBHfJuu_iEe8swIb6V2P-CW_zhmcxYRBdXK8
Fragmento do 'Gênesis apócrifo', que pode ser visto pela primeira vez desde sua descoberta em 1947 no Santuário do Livro de
Jerusalém.ODED BALILTY / AP
O Museu de Israel exibe pela primeira vez o Gênesis apócrifo, um dos manuscritos
do Mar Morto que até agora havia permanecido guardado na câmara climatizada
construída expressamente para abrigar os delicados manuscritos encontrados nas
cavernas de Qumran, de mais de 2.000 anos de antiguidade e a que só os
conservadores do museu têm acesso.
O pergaminho agora exposto é um dos textos mais misteriosos dos sete primeiros
manuscritos do Mar Morto encontrados em 1947 em uma caverna do deserto da
Judeia. “Era de longe o documento em pior estado, por isso até agora foi impossível
mostrá-lo”, disse na segunda-feira o conservador Adolfo Roitman, diretor do
Santuário do Livro.
Diferentemente do Gênesis — que narra que Noé sai da arca com sua família e a
primeira coisa que faz é erigir um altar e fazer um sacrifício a Deus — o manuscrito
conservado na Cidade Santa conta como Noé faz o sacrifício dentro da arca. “De um
ponto de vista histórico também faria sentido porque se estamos falando da
destruição que arrasou a terra, o sacrifício teria sido feito para assegurar-se de
purificar o exterior”, diz Roitman ao lado do escaparate que contém o texto. Além
disso, os fragmentos do Gênesis apócrifo não são narrados em terceira pessoa, é o
próprio Noé quem conta a história.
Fragmento do manuscrito agora exibido em um escaparate em Jerusalém.
LOURDES BAEZA
Sua enorme deterioração confundiu os especialistas durante décadas. Por isso nem
sequer pôde ser digitalizado para consulta online. Das 22 colunas que o compõem,
as melhor conservadas são as últimas, da 18 a 22. “Tem sua lógica porque ao
permanecer enrolado, os caracteres do final do rolo são os que ficaram menos
expostos à luz e à umidade”, explica Roitman. São os únicos fragmentos desse
pergaminho que foram exibidos brevemente em 1955, no edifico Terra Sancta em
Jerusalém, quando o à época primeiro-ministro de Israel, Moshe Sharett, anunciou
que o Estado israelense havia comprado os quatro manuscritos perdidos que
faltavam dos sete encontrados na chamada Caverna 1 de Qumran.
Decomposição
“Os outros manuscritos são exibidos por partes. Mostramos um trecho diferente
deles a cada três meses, assim asseguramos sua preservação. Mas com o Gênesis
apócrifo não podemos fazer isso porque se desintegraria. Por isso essa ocasião para
vê-lo é única”, diz Roitman. Os fragmentos serão expostos até julho. Depois, voltarão
a dormir na câmara onde estiveram por mais de 50 anos.
O ROLO DO TEMPLO
É um dos mais extensos de todos os encontrados em Qumran, com 8.146 metros de
comprimento. Foi achado na caverna número 11 durante a década de 1950 pelos
beduínos, adquirido pelo Estado de Israel em 1967 e publicado em 1977 pelo
prestigiado arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém e ex-general do exército
israelense, Prof. Yigael Yadin. A história da aquisição deste manuscrito é, por si só,
emocionante.
O Rolo do Templo foi guardado em uma caixa de sapatos, embrulhada em celofane e
uma toalha, sob o chão da casa de um comerciante de antiguidades de Belém por 10
anos. A parte superior do manuscrito foi danificada porque, ao lavar o chão, a água
entrou na caixa de sapatos, corroendo a parte superior do já sensível couro onde estava
escrito.
A maneira como foi descoberta na casa desse comerciante de Belém, faz parte da
história do Estado de Israel. No início dos anos 60, intensas negociações entre um
intermediário e Yigael Yadin pararam, devido à quantidade astronômica de dinheiro
que esse intermediário exigia, a tal ponto que o próprio Yadin desistiu. A única coisa
que restava em suas mãos era apenas um pequeno fragmento do manuscrito que anos
depois lhe serviria muito para identificar o famoso Rolo do Templo.
Durante a Guerra dos Seis Dias, Belém foi conquistada por Israel e Yadin ocupou o cargo
de conselheiro do exército. Depois de obter informações confiáveis de que o Rolo do
Templo estava na casa do conhecido negociante de antiguidades Kando, Yadin obteve a
permissão do governo israelense de confiscar o documento e, ajudado pelo pequeno
fragmento em suas mãos, conseguiu reconhecer que o mesmo pertencia a esse extenso
manuscrito.
A história da aquisição não termina aqui, pois Kando, que em 1947 vendeu os primeiros
manuscritos ao professor Sukenik, pai de Yadin, exigiu que as autoridades israelenses
pagassem pelo pergaminho, e o governo israelense aceitou pagar a quantia de US
$105.000, não apenas pela reivindicação do comerciante, mas também para incentivar
outros traficantes de antiguidades a vender mais manuscritos do Mar Morto.
De acordo com seu próprio conteúdo, a obra transmite as instruções detalhadas de Deus
(a Moisés?) para a construção do Templo e as normas relativas à liturgia. Parece,
portanto, que essa composição é apresentada como uma nova lei mosaica que combina
sistematicamente as leis relacionadas ao Templo e seus sacrifícios (principalmente dos
livros do Êxodo, Levítico e Números) com uma nova versão das mesmas leis que
aparecem em Deuteronômio 12-23.
Segundo o Rolo, o recinto do Templo devia estar organizado em três átrios concêntricos
de quadratura perfeita, semelhantes ao acampamento dos israelitas no deserto. Do
mesmo modo que o Tabernáculo foi erguido no centro do acampamento de Israel, o
Templo utópico (e nele o altar para os sacrifícios de comunhão e o restante dos
utensílios litúrgicos) devia ser elevado no centro do átrio interno para irradiar
santidade para toda a comunidade de Israel e a Terra de Israel, como o Tabernáculo fez
nos dias do deserto.
Uma questão central se refere aos círculos em que este trabalho foi composto. Embora
seja verdade que o Rolo do Templo compartilha aspectos com outras obras encontradas
em Qumran, é interessante a ausência de expressões características como "Filhos da
Luz" ou conceitos centrais como a crença na predeterminação. Muitos pesquisadores
continuam atribuindo essa obra à comunidade sectária que vivia em Qumran; outros, no
entanto, rejeitam qualquer conexão entre os dois e sustentam que é preciso procurar a
origem do Rolo do Templo em círculos sacerdotais (talvez sadoquitas). Conforme essa
opinião, foram os sacerdotes zelotes que, após sua fuga de Jerusalém antes da
destruição pelos romanos no ano 70, ocultaram as cópias da obra nas cavernas de
Qumran.
FONTE: MUSEU DE ISRAEL dss.collections.imj.org.il/es/temple
IMAGENS: Yigael Yadin (1983), "The Temple Scroll"
A MESA DO SCRIPTORIUM
Durante as primeiras escavações nos anos 1951 - 1956, lideradas pelo Padre Roland de
Vaux de L Ecole Biblique de Jerusalém, foram encontrados diversos achados
arqueológicos que lançavam luz sobre a vida dos homens que habitavam Qumran.
Um dos achados mais interessantes foi, sem dúvida, uma mesa feita de gesso de quase 5
mts. de comprimento, meio metro de largura e uma altura de 0.7 mts. Para que usavam
estas mesas? Alguns consideraram erradamente que estas mesas serviam como
escrivaninhas, como também na modernidade, onde se sentavam em bancos, colocavam
os pedaços de couro sobre a mesa e neles procediam a escrever os textos. No entanto,
este costume de escrever sobre mesas sentadas em bancos ou sobre cadeiras é apenas
da época medieval.
A mesa encontrada em Qumran tem uma base muito frágil o que demonstra que ela não
podia suportar um peso muito grande, ou seja, não dava para escrever nela sem quebrá-
la. Por isso, os especialistas consideram que estas serviam como espécie de prateleiras
onde colocavam ali os couros de animais para serem preparados antes da escrita. Ou
seja, deviam cortar os couros em determinado tamanho, costurar ou colar os pedaços de
couro se é que o texto que iam escrever era extenso, além de alisar bem o couro para
prepará-lo para a escrita.
Em Qumrán foram encontrados rolos muito extensos como o Rolo do Templo de 8.75
mts. ou o Rolo de Isaías de 7.34 mts. O que significa que necessariamente devem ter
sido costurados ou colados. Na época do segundo templo os escribas se sentavam no
chão, colocavam sobre suas pernas uma tábua de madeira e sobre ela colocavam o
couro de animal onde procediam a escrever ou copiar o texto que desejavam.
No link abaixo você pode ver um exemplo: www.ritmeyer.com/product/image-
library/biblical-sites/israel/qumran/qumran-scribe/
Nas imagens vemos: a mesa original tal como estava no Museu de Rockefeller (na
Jerusalém Oriental), uma réplica da mesa e de um rolo que estão expostos atualmente
no Museu de Qumran.
LA REGLA DE LA COMUNIDAD (1QS)
A REGRA DA COMUNIDADE (1QS)
A Regra da Comunidade, chamada em hebraico Serej Ha Yajad (סרך היחד, "Regulamento
da Comunidade Yahad") é um dos manuscritos mais significativos achados em Qumran,
pois é a principal fonte que nos fornece informações detalhadas sobre a vida dos
homens que habitavam aquele enclave ao norte do Mar Morto. Este documento refere-
se, de forma concreta, a uma comunidade monástica, extremamente religiosa, coletivista
e masculina. Este texto é um tipo de estatuto comunitário da comunidade e detalha
questões como a aceitação de novos membros, bem como a expulsão de membros já
existentes, regras de comportamento, punição daqueles que violam essas regras, formas
de conduzir as reuniões da comunidade, cerimônias rituais, etc.
O número de assuntos estabelecidos nestes regulamentos é muito variado, desde a
forma como a cerimônia de admissão de novos membros é realizada, até as punições
que devem ser dadas àqueles que falam com seus vizinhos de forma insolente ou
impaciente. Punições severas são aplicadas àqueles que adormecem nas reuniões da
comunidade ou àqueles que interrompem os outros quando estão falando na reunião.
Um dos comportamentos exigidos aos membros da comunidade é o estudo em grupo
das escrituras, incluindo turnos noturnos para que o estudo seja feito durante 24 horas.
Aqueles que traíram o Yahad eram punidos com expulsão perpétua (não é detalhado o
que chamam de "traição"), assim como qualquer que tentasse ajudá-los.
Eles se viam a si mesmos como um grupo sacerdotal cujos princípios teológicos eram a
crença na predestinação, ou seja, que tudo já está planejado por Deus (o homem não é
capaz de decidir sobre suas ações) e a crença de que no mundo havia dois poderes: o
bom instinto e o mau instinto, um conceito que se assemelha a outro documento
encontrado em Qumran: "Os filhos da luz e os filhos das trevas".
Imagens:
* The Dead Sea Scrolls, Qumran, and the Essenes
(2010) Magen Broshi
* Museu de Qumran
Fonte:
The Dead Sea Scrolls, Qumran, and the Essenes
(2010) Magen Broshi
O ROLO DE COBRE
Este é o rolo mais diferente de todos os encontrados em Qumran. Diferente em seu
conteúdo, no material em que foi escrito e em sua função. O Rolo de Cobre foi achado
em 1952 na Caverna 3 e é feito de três placas que foram unidas através de pregos;
juntos, formam uma espécie de tabela com 2.4 mts de comprimento e 30 cm. de altura.
O texto, escrito em cobre, tem 12 colunas e nele uma descrição detalhada de 60 lugares
onde os tesouros estavam escondidos. Desde a sua descoberta, o mundo acadêmico tem
se dividido em dois "campos". Por um lado, estão aqueles que acreditam que os
tesouros descritos neste rolo são reais, e por outro, estão os que acreditam que é apenas
um texto folclórico, uma lenda. Por sua vez, os que consideram esse texto como real,
estão divididos entre os que acham que são tesouros que foram trazidos do próprio
Templo de Jerusalém, contra os que pensam que esses tesouros pertencem à
comunidade de Qumran.
Aqueles que consideram o texto como uma mera lenda, argumentam que ali, a
quantidade de tesouros contendo pedras preciosas é enorme: 100 toneladas de prata e
ouro, uma quantidade inimaginável e extremamente grande, algo irreal para a época e
para o contexto histórico. Além disso, Josefo descreve que quando os romanos
destruíram o Templo de Jerusalém no ano 70, os tesouros do Templo estavam lá (e esse
é o único lugar onde talvez se possa pensar que existe uma quantidade tão grande de
tesouros). Outro argumento a favor daqueles que acreditam que o texto é uma lenda, é
que um tesouro tão grande quanto esse, deveria estar escrito em papiro ou em um rolo
de couro e não em um rolo de cobre, à vista de todos.
Alguns estudiosos pensam que esse rolo foi escrito pela comunidade de Qumran, ou
algum grupo relacionado, com base em relatos populares da época que falavam dos
tesouros escondidos do Primeiro Templo (destruído no ano -586 pelos babilônios). É
possível que a comunidade de Qumran quis demonstrar a todos que eles são os únicos
que sabem onde estão escondidos os tesouros do Primeiro Templo, o que, por sua vez,
serviria para o futuro Templo, que seria construído na era escatológica.
Entre os estudiosos que consideraram esse texto um documento que realmente
descrevia tesouros escondidos, estava John Allegro, um arqueólogo inglês que fazia
parte do grupo de especialistas que escavou Qumran na década de 1950 e foi o primeiro
a publicar o Rolo de Cobre. Allegro organizou uma delegação, que incluía jornalistas, e
foi procurar esses tesouros. Escavou no Vale do Cedrom, em Jerusalém, em Hircania, no
Deserto da Judéia, em Herodion, em Qumran e em outros lugares, mas no final não
encontrou absolutamente nada. Até o momento, oito expedições arqueológicas foram
organizadas com o objetivo de encontrar esses tesouros, com resultados frustrantes.
Fontes:
The Dead Sea Scrolls, Qumran and the Essenes. Magen Broshi (2010), The Ben-Zvi
Institute.
https://www.biblicalarchaeology.org/daily/biblical-artifacts/dead-sea-scrolls/dating-
the-copper-scroll/
O Rolo da Guerra
Este manuscrito escrito em hebraico, relativamente bem preservado, é um dos
primeiros 7 manuscritos encontrados na caverna 1 e data do final do século I antes da
era comum ou início da nossa era. Anos mais tarde, outras 7 cópias foram encontradas
na caverna número 4.
Esta composição enquadra-se no contexto das antigas tradições bíblicas que relatam a
guerra do fim do tempo, como aparece nos livros de Ezequiel (38-39) e Daniel (7-12). O
texto descreve uma guerra escatológica, ou seja, o fim dos dias, entre "Os Filhos da Luz",
que são os próprios qumranitas, e "Os Filhos das Trevas", o resto da humanidade, e que
durará 49 anos.
Nesta guerra, haverá 7 batalhas nas que alternadamente "Os Filhos da Luz" derrotarão
os seus inimigos (entre eles, judeus considerados pecadores e também romanos,
moabites, amonitas, assírios e outros) e por vezes perderão, mas na batalha final, a
sétima, "Os Filhos da Luz" definirão essa guerra a seu favor.
Este fascinante documento descreve em detalhe a estratégia militar, estrutura das
diferentes unidades que compõem o exército e o equipamento militar usado nessa
guerra, como lanças e escudos, bem como trompetes e bandeiras. Haverá também
unidades de infantaria, cavalaria e logística.
Este exército escatológico de "Os Filhos da Luz" será comandado por sacerdotes, e os
soldados serão adultos entre os 40 e os 60 anos, ou seja, aqueles que têm uma
"maturidade espiritual". Além disso, este texto descreve em detalhe as orações a rezar
antes e depois da batalha.
No final, de acordo com o "Rolo da Guerra", a treva será destruida e o serviço do Templo
e os sacrifícios serão restaurados.
O QUE É UM MIKVE?
Um Mikve é uma piscina de água escalonada que, na época do Segundo Templo, tinha
uma função de banhos de purificação ritual onde homens e mulheres, entraram num
estado de "impureza" e após a imersão saíam em estado de "pureza".
A origem dessa tradição remonta ao século II a.e.c., na época da dinastia hasmoneana,
onde houve um aumento do rigor religioso e onde também é conhecido o fenómeno das
seitas como fariseus, saduceus e essênios. Cada seita tinha a sua própria visão destes
banhos de purificação.
Na Bíblia, não há praticamente nenhuma menção ao ato de imersão na água para se
purificar. Na Torá (Levítico 15:13) há um verso que diz "Quando, pois, o que tem o fluxo
dele estiver limpo, contar-se-ão sete dias para a sua purificação; lavará as suas vestes,
banhará o corpo em águas correntes e será limpo", indicando que os homens devem
purificar-se em águas puras da nascente.
No entanto, não há nenhuma menção na Bíblia sobre piscinas ou qualquer outro recinto
com água, exceto o chamado "Kior", isto é, uma fonte de bronze que serviu de banho
ritual para os sacerdotes do Tabernáculo e mais tarde, do Templo de Jerusalém.
Evidências arqueológicas mostram que na época do Primeiro Templo não havia piscinas
rituais enquanto estas começaram a aparecer em grande número a partir do século II
a.e.c.
Uma prova que demonstra a ascensão dos Mikvaot (mikve em plural) durante o período
do Segundo Templo é a escassa menção dos banhos rituais na Bíblia e, por outro lado,
na literatura rabínica do século I a.e.c. vemos descrições detalhadas e complexas de
como o banho ritual deve ser realizado. Um dos Tratados da Mishná é pura e
exclusivamente dedicado a todo o conceito de pureza ritual, demonstrando a
importância que lhe foi dada na época do Segundo Templo.
O ato de imersão num Mikve era muito simples e consistia em entrar nu numa piscina
com água trazida de fontes naturais (chuva, nascentes, rios, mares ou lagos), ou
qualquer fonte de água natural, como o rio Jordão, entrando o corpo todo naquela água
e depois saindo em estado de pureza.
O mergulho não tinha razões higiénicas (que para o efeito eram utilizadas outros tipos
de piscinas), mas com o propósito de realizar um ato de purificação ritual tendo em
conta que no dia-a-dia diferentes situações produzem impurezas como o contacto com o
sangue ou com um morto, relações sexuais e outros.
Grande parte dos Mikvaot encontrados na Terra de Israel também incluía escadas onde
os "impuros" desciam (provavelmente do lado direito) e os "puros" subíam pelo lado
oposto. Entre aqueles que subiam ou desciam, havia uma parede, corrimão ou apenas
uma faixa divisória que permitia a quem entrasse ou deixasse o Mikve saber de que lado
estavam os impuros e os puros e assim evitar o contacto entre si.
Em Qumran, foi encontrada a maior concentração de banhos rituais na Terra de Israel
depois de Jerusalém, tendo em conta que em Jerusalém era o Templo Sagrado onde era
obrigatório entrar num estado de pureza, além que dezenas de milhares de judeus de
todo o mundo peregrinavam a Jerusalém três vezes por ano.
Em Qumran foram encontrados 10 Mikvaot, mas a estimativa da população era de
aproximadamente 120 homens. De acordo com a Regra da Comunidade, os homens de
Qumran realizavam esses mergulhos de purificação pelo menos duas vezes por dia,
antes de comerem e antes de estudarem e, por vezes, quando tinham contacto com
alguém fora da comunidade que os Qumranitas consideravam impuros. Flávio José
reforça este aspecto dizendo que os essênios acostumavam realizar muitos banhos
rituais.
Arqueólogos da Universidade Hebraica
descobrem a caverna 12 dos Manuscritos
do Mar Morto
(Tradução do artigo publicado pela Universidade Hebraica de Jerusalém no
dia 08/02/2017)
Arqueólogos Escavando
A escavação foi apoiada pela Administração Civil da Judéia e Samaria, pela Autoridade
da Natureza e Parques de Israel, e pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), e faz
parte do novo “Operação Manuscrito” lançada na IAA pelo seu Diretor-Geral, Sr. Israel
Hasson, para realizar pesquisas sistemáticas e escavar as cavernas no deserto da Judeia.
Oren e Ahiad
Fragmentos de Jarro
“Esta emocionante escavação é o mais próximo que estivemos, em 60 anos, da
descoberta de novos Manuscritos do Mar Morto. Até agora, foi aceito que os
Manuscritos do Mar Morto foram encontrados apenas em 11 cavernas em Qumran, mas
agora não há dúvida de que esta é a caverna 12 “, disse o Dr. Oren Gutfeld, arqueólogo
do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica e diretor da escavação.
“Encontrar essa caverna adicional de pergaminhos significa que não podemos mais ter
certeza de que os locais originais (cavernas 1 a 11) atribuídos aos Manuscritos do Mar
Morto, que chegaram ao mercado através dos beduínos, são precisos”.
Essa primeira escavação a ser realizada na parte norte do deserto da Judeia, como parte
da “Operação Manuscrito”, abrirá a porta para entender melhor a função das cavernas
em relação aos rolos, com o potencial de encontrar novo material de manuscritos. O
material, quando divulgado, fornecerá novas evidências importantes para expertos da
arqueologia de Qumran e das cavernas do Mar Morto.
• https://en.huji.ac.il/en/article/33424
PROJETO DE DIGITALIZAÇÃO DOS MANUSCRITOS DO MAR MORTO E GOOGLE
O Museu de Israel desenvolveu um projeto em cooperação com o Google, lançado em
2011 e permite, pela primeira vez na história, acesso direto aos manuscritos desde
qualquer lugar do planeta. Através de um site especial, os usuários poderão consultar e
explorar os manuscritos, pesquisar e carregar rapidamente imagens de alta resolução
com um nível de detalhe anteriormente inatingível. As imagens são acompanhadas de
textos e vídeos explicativos que fornecem informação inicial sobre os manuscritos e sua
história.
O projeto digital: dss.collections.imj.org.il/es/home
O Museu de Israel desenvolveu um projeto em cooperação com o Google, lançado em
2011 e permite, pela primeira vez na história, acesso direto aos manuscritos desde
qualquer lugar do planeta. Através de um site especial, os usuários poderão consultar e
explorar os manuscritos, pesquisar e carregar rapidamente imagens de alta resolução
com um nível de detalhe anteriormente inatingível. As imagens são acompanhadas de
textos e vídeos explicativos que fornecem informação inicial sobre os manuscritos e sua
história.
O projeto digital: dss.collections.imj.org.il/es/home
Época comprendida entre los años -1004 (Cuando David asume como rey de Israel) y el
año -586 (cuando el Primer Templo de Jerusalén, construido por Salomón, es
destruido). El período del Primer Templo comprende toda la época del reino unificado
de David y Salomón como así también los reinos de Judá e Israel.
Época que comprende desde la reconstrucción del Templo de Jerusalén por los judíos
que retornaron del exilio babilónico hasta la Rebelión de Bar Kojba que terminó con la
aplastante victoria romana sobre los judíos. Este período está subdividido a su vez por
los siguientes:
Cuando hablamos de Jesús y los inicios del cristianismo, nos referimos a esta época.
3. Herodes el Grande:
Rey de Judea (llamado por los romanos también como «Rey de los judíos») de origen
idumeo que reinó la provincia de Judea entre los años -37 a -4. Creador de la dinastía
herodiana que duró hasta la destrucción del Segundo Templo en el año 70 y que incluye
sus hijos: Arquelao, Antipas, Filipo, su nieto Agripas I y su bisnieto Agripas II. Descripto
por diferentes fuentes como cruel, paranoico y asesino, pero también como un excelente
constructor. Sus obras arquitectónicas se pueden ver hasta el día de hoy en el Muro de
los Lamentos, Cesarea Marítima y Masada, entre otros. Aparece en el Evangelio de
Mateo, 2:1-23.
4. Templo de Jerusalén:
Era el centro religioso, cultural, social, político y económico del pueblo judío tanto en la
época del Primero como del Segundo Templo. El Templo era el lugar donde sacerdotes
realizaban los sacrificios de animales llevados por el pueblo judío a lo largo de todo el
año. Era obligación de todo judío, esté en la Tierra de Israel o en el exilio, peregrinar al
menos tres veces por año en las festividades de Pesaj (Pascua), Shavuot (Pentecostes) y
Sukot (Tabernáculos).
5. Esenios:
Movimiento religioso o secta dentro del judaísmo de la época del Segundo Templo,
establecido probablemente desde mediados del siglo II a.C. tras la Revuelta Macabea.
Este movimiento está documentado por historiadores de la época como Flavio Josefo,
Plinio el Viejo y Filón de Alejandría ya que llamaba mucho la atención la forma de vida
que ellos tenían. Creían en la predestinación (es decir, todo ya fue planificado por Dios y
el ser humano no tiene libre albedrío) y en la creencia del instinto bueno y el instinto
malo, dividiendo a la humanidad entre «Los Hijos de la Luz» (que son ellos mismos) y
en contrapartida «Los Hijos de las Tinieblas» (el resto de la humanidad). Es muy
probable que una rama radical de este movimiento hayan sido los que habitaron
Qumrán desde fines del siglo II a.e.c. hasta el siglo I de nuestra era.
6. Fariseos:
Considerada la secta más grande e importante del judaísmo de la época del Segundo
Templo y la predecesora de lo que sería posteriormente el judaísmo rabínico. Creían
tanto en la transmisión oral de la Torá junto con la transmisión escrita de la misma
como así también en la autoridad de los sabios en interpretar las escrituras y las
tradiciones orales. Fariseos viene del hebreo «Prushim» que a su vez viene de la palabra
«Perush» que significa interpretación. También creían en la resurrección de los muertos
y en el castigo o premio a recibir en la próxima vida de acuerdo a los actos del ser
humano en este mundo. Se cree que la mayor parte del pueblo pertenecía o simpatizaba
con esta corriente y rivalizaban constantemente con los Saduceos que eran la
aristocracia de la sociedad judía de la época del Segundo Templo.
7. Saduceos:
Una de las sectas más importantes del judaísmo de la época del Segundo Templo. Si bien
son pocas las fuentes que hablan de este movimiento, principalmente Flavio Josefo y los
evangelios, se sabe que ellos rechazaban la tradición oral de la Torá (pilar central de la
ideología farisea con quienes estaban en conflicto) y estaban en contra de la
resurrección. Ellos representaban la aristocracia de la época ocupando cargos centrales
en el sacerdocio del Templo de Jerusalén.
10. Mikve:
Albercas de baños rituales utilizadas por el judaísmo de la época del Segundo Templo y
hasta nuestros días. Su función no es higiénica sino de purificación ritual. El agua debe
provenir de fuentes naturales como lluvia, manantiales, ríos o lagos y tiene que tener
una cantidad de agua que permita la inmersión total del cuerpo. De acuerdo al judaísmo,
en diferentes ocasiones el ser humano debe entrar a una Mikve a purificarse (antes de
ingresar al Templo, contacto con muertos o con sangre, etc.). La interpretación de los
qumranitas era más radical de tal forma que al menos dos veces por día debían
purificarse y por otros motivos como por ejemplo antes de comer en el Refrectorium o
antes de ir a estudiar.
Guerra que estalló en junio del 1967 entre Israel y sus vecinos árabes, principalmente
Egipto, Siria y Jordania (con la colaboración de otros países árabes como el Líbano e
Irak). La guerra fue provocada por los países árabes y la consecuencia fue la conquista
por parte de Israel de los siguientes territorios:
En el año 1982 Israel se retiró de la Península del Sinaí y en el 2005 de la Franja de Gaza
12. Acuerdos de Oslo
Acuerdos entre Israel y la Autoridad Nacional Palestina firmados en 1994 cuyo objetivo
final era la creación de un estado palestino independiente en los territorios de Judea,
Samaria y Gaza. Jerusalén Oriental iba a ser negociada. En un término intermedio se
creó una autonomía (que funciona hasta el día de hoy) en las grandes ciudades
palestinas como Belén, Jericó y Hebrón dejando algunas áreas, como la frontera con
Jordania, en manos de Israel. Es por eso que Qumrán está bajo control israelí y los
palestinos reclaman esa región como parte de un futuro estado independiente.
13. Palestina:
Nombre de una región que se encontraba entre Egipto y Siria cuyos límites fueron
cambiando a lo largo del siglo de acuerdo al imperio que gobernaba en la zona. La
región se llamó oficialmente Palestina, como una unidad política y administrativa, a
partir del año 135 cuando el Emperador Adriano decidió cambiar el nombre de
Provincia de Judea por Palestina para intentar borrar el vínculo del pueblo judío con su
tierra y así, teóricamente, evitar futuras rebeliones. El nombre Palestina ya era usado en
el siglo -V como nombre de una unidad geográfica y no como una unidad política. El
nombre, iniciado en el siglo II e.c. continuó hasta el año 1948, cuando el estado de Israel
fue creado luego de la resolución de la ONU del 29 de noviembre de 1947.
14. Beduinos
Grupo étnico nómade o semi-nómade que habita regiones desérticas desde el norte del
África y hasta la Península Arábiga. El nombre «beduino» justamente significa en árabe
«residente del desierto». La lengua de ellos es el árabe y son de religión musulmana. En
la Israel actual residen cerca de 300,000 beduinos, la mitad de ellos en la zona del
Desierto de Judea y del Negev (muchos viven en tiendas) y la otra mitad en la zona de la
Galilea. Dos beduinos de la tribu Ta´amira, Muhamad A´Dib y Jumma Muhamad,
descubren accidentalmente a inicios del 1947 los 3 primeros rollos que estaban en una
jarra de cerámica en una cueva de Qumrán
El Mar Muerto es un lago de alta salinidad situado en una profunda depresión a 433
metros bajo el nivel del mar entre Israel y Jordania. Ocupa la parte más profunda de una
depresión tectónica atravesada por el río Jordán y que también incluye el lago de
Tiberíades. Los griegos de la Antigüedad lo llamaban lago Asfaltites, por los depósitos
de asfalto que se encuentran en sus orillas, conocidos y explotados desde la Edad
Antigua. En hebreo, al Mar Muerto se le llama «mar de sal». La Biblia usa este término
junto con otros dos: el Mar de Aravá y el Mar del Este. La designación «Mar Muerto»
nunca aparece en la Biblia, aunque se lo llama así debido a la escasez de vida acuática.
Mapas:
Imagen: Wikipedia
2. La Tierra de Israel en la época de Herodes
Fuente: http://www.israel.org/MFA/AboutIsrael/Maps/Pages/Kingdom%20of%20Herod-
%2030%20BCE%20to%2070%20CE.aspx
2.1. La Tierra de Israel en los tiempos de Jesús
Fuente: https://maps-jerusalem.com/map-of-jesus-time
3. Qumrán y Desierto de Judea
Imágenes:
https://en.wikipedia.org/wiki/Judaean_Desert#/media/File:Judaean_Desert.png
https://www.bibleodyssey.org/tools/map-gallery/q/map-qumran.aspx
4. Israel después de la Guerra de los Seis Días (1967)
Fuente: http://www.israel.org/MFA/AboutIsrael/Maps/Pages/June%2010-%201967-
%20Israel%20After%20the%20Six%20Day%20War.aspx
DOCUMENTÁRIO DE NETFLIX
https://www.netflix.com/br/title/80178897
Visualizar Isaias
https://museum.imj.org.il/isaiah/