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ORÍGENES
comentario al
cantar de los cantares
Ciudad N u e v a
Orígenes
COMENTARIO AL
C A N T A R DE L O S C A N T A R E S
O r í g e n e s d e s t a c a n o t a b l e m e n t e e n t r e los
a u t o r e s d e la era p a t r í s t i c a , n o s ó l o p o r su
a g u d e z a de i n g e n i o y o r i g i n a l i d a d de p e n
s a m i e n t o , s i n o t a m b i é n p o r su e x t r a o r d i
n a r i a e x p e r i e n c i a d e fe.
A t e n t o a l o s p r o b l e m a s d e su t i e m p o , se
a t r e v i ó a p r o p o n e r en síntesis p r o f u n d a y
a r m o n i o s a , s o b r e t o d o p a r a la c u l t u r a d e su
é p o c a , los p u n t o s f u n d a m e n t a l e s d e la d o c
t r i n a c r i s t i a n a , p a s a n d o d e la t e o l o g í a a la
exégesis, a la e c l e s i o l o g í a , a la m í s t i c a y e l e
v a n d o d e m a n e r a m u y n o t o r i a la c u l t u r a
cristiana. P e r o , p o r encima t o d o , es el c o
m e n t a r i s t a d e la S a g r a d a E s c r i t u r a q u e r e
c o g e los s e n t i d o s m á s r e c ó n d i t o s y s u b l i
m e s , q u e se d e s v e l a n , s e g ú n sus p r o p i a s
palabras, a quien progresa paralelamente
en el e s t u d i o y en s a n t i d a d d e v i d a .
E n t r e las o b r a s q u e n o s q u e d a n d e él - s u
p r o d u c c i ó n f u e i n m e n s a , p e r o en g r a n p a r
te se h a p e r d i d o - s o b r e s a l e el Comentario
al Cantar de los Cantares en el q u e , s e g ú n
san J e r ó n i m o , a q u e l q u e en las o t r a s o b r a s
h a b í a s u p e r a d o a t o d o s los d e m á s , en ésta
se s u p e r ó a sí m i s m o . E n e f e c t o , la c l a r i d a d
d e l o s p r i n c i p i o s e x e g é t i c o s y su e x p e r i e n
cia e s p i r i t u a l l l e v a n a O r í g e n e s a r e c o g e r
t o d a la p r o f u n d i d a d i n s p i r a d a en este c a n
t o d e a m o r , a l e g o r í a d e la A n t i g u a y d e la
N u e v a Alianza. Las imágenes y los s í m b o
los quedan iluminados con una e x t r a o r d i
n a r i a c l a r i d a d p o r el g r a n exegeta. A d e m á s ,
j u n t o a la t r a d i c i o n a l i n t e r p r e t a c i ó n a l e g ó
rica, Orígenes introduce la psicológica,
v i e n d o en ella s i m b o l i z a d o el a m o r e n t r e
C r i s t o y el a l m a q u e l o b u s c a . D e s p u é s de
él esta i n t e r p r e t a c i ó n s e n t ó ley. « M á s allá
d e l á m b i t o e x e g é t i c o e s p e c í f i c o , el Comen
tario al Cantar de Orígenes m a r c ó u n p u n
t o f u n d a m e n t a l en la h i s t o r i a d e la m í s t i c a
occidental hasta llegar a santa Teresa de J e
sús y san J u a n d e la C r u z » .
Biblioteca de Patrística
L o s Padres siguen c o n s t i t u y e n d o h o y en
día u n p u n t o de referencia indispensable
p a r a la v i d a c r i s t i a n a .
Testigos p r o f u n d o s y autorizados de la
más inmediata tradición apostólica, partí-
c i p e s d i r e c t o s d e la v i d a d e las c o m u n i d a -
des c r i s t i a n a s , se d e s t a c a e n e l l o s u n a r i q u í -
s i m a t e m á t i c a p a s t o r a l , u n d e s a r r o l l o del
d o g m a i l u m i n a d o p o r u n c a r i s m a especial,
u n a c o m p r e n s i ó n d e las E s e n t u r a s q u e t i e -
n e c o m o guía al E s p í r i t u . L a p e n e t r a c i ó n
del m e n s a j e c r i s t i a n o en el a m b i e n t e s o c i o -
c u l t u r a l d e su é p o c a , al i m p o n e r el e x a m e n
d e v a r i o s p r o b l e m a s a cual m á s d e l i c a d o ,
lleva a los Padres a indicar soluciones que
se revelan extraordinariamente actuales
para nosotros.
D e a q u í el « r e t o r n o a l o s P a d r e s » m e d i a n -
te u n a i n i c i a t i v a e d i t o r i a l q u e t r a t a d e d e -
t e c t a r las e x i g e n c i a s más vivas y a veces
t a m b i é n m á s d o l o r o s a s en las q u e se d e b a -
te la c o m u n i d a d cristiana de n u e s t r o t i e m -
p o , p a r a e s c l a r e c e r l a a la l u z d e los e n f o q u e s
y d e las s o l u c i o n e s q u e l o s P a d r e s p r o p o r -
c i o n a n a sus c o m u n i d a d e s . E s t o p u e d e s e r
además una garantía de certezas en u n m o -
m e n t o en que f o r m a s de p l u r a l i s m o mal
entendido pueden ocasionar dudas e incer-
t i d u m b r e s a la h o r a d e a f r o n t a r p r o b l e m a s
vitales.
L a c o l e c c i ó n c u e n t a c o n el a s e s o r a m i e n t o
d e i m p o r t a n t e s p a t r ó l o g o s e s p a ñ o l e s , y las
obras son preparadas p o r profesores com-
petentes y especializados, que t r a d u c e n en
p r o s a l l a n a y m o d e r n a la espontaneidad
con que escribían los Padres.
Director de la colección
M A R C E L O M E R I N O RODRÍGUEZ
Orígenes
COMENTARIO
AL
CANTAR DE LOS CANTARES
Introducción y notas de Manlio Simonetti
Traducción del latín de Argimiro Velasco Delgado, O.P.
Ciudad Nueva
Madrid - Bogotá - Buenos Aires - México - Montevideo - Santiago
Tercera edición: abril 2007
ISBN: 978-84-9715-114-6
Depósito Legal: M-17927-2007
Impreso en España
1. Vida de Orígenes
2. Obras
3. Principios de exégesis
4 . P o r s e n t i d o m o r a l d e la E s 5. A s í , p o r e j e m p l o , resulta
critura, Orígenes entiende que es ban para Orígenes los numerosos
a q u e l q u e p e r m i t e a p l i c a r el t e x t o antropomorfismos del A . T. que
e s c r i t u r í s t i c o a las e x i g e n c i a s d e la hemos indicado anteriormente.
vida cotidiana de los cristianos.
18 Introducción
6. Este c o m e n t a r i o , al m e n o s n o f i g u r a en la m a y o r í a de los m a -
tal y c o m o ha l l e g a d o hasta n o s o - n u s c r i t o s , q u e o m i t e n la d i s t i n c i ó n
t r o s n o está c o m p l e t o , y concluye e n t r e los l i b r o s III y I V y p o r eso
c o n la i n t e r p r e t a c i ó n de C t 3 , 7 - 8 . r e p a r t e n el c o m e n t a r i o en tres l i -
7. Esta d i s t i n c i ó n , y a t r a d i c i o - bros.
nal en las ediciones d e imprenta,
Introducción 21
9. T o d o e s t o l o s a b e m o s p o r o t r a h u e l l a d e esta f o r m a d e p r o -
J e r ó n i m o . L o s fragmentos de P r o - ceder,
copio han conservado alguna que
Introducción 23
CAPÍTULO 1
1. O r í g e n e s utiliza el v o c a b l o n a r a C r i s t o en c u a n t o P a l a b r a de
logos p a r a indicar, bien la p a l a b r a D i o s , y p a l a b r a / p a l a b r a s c u a n d o el
d e D i o s en s e n t i d o genérico, bien t e x t o u t i l i z a el t é r m i n o en sentido
el L o g o s d i v i n o , C r i s t o , en c u a n t o más general. P e r o téngase b i e n p r e -
P a l a b r a d i v i n a p e r s o n a l . E n este se- sente q u e p a r a O r í g e n e s , el t é r m i -
gundo caso, R u f i n o ha t r a d u c i d o n o logos, a u n u s a d o en s e n t i d o ge-
siempre Verbum, m i e n t r a s , en el n é r i c o , s i e m p r e es praegnans, pues
p r i m e r o , sermo o verbum. Noso- la p a l a b r a d e D i o s es en t o d o sen-
t r o s t r a d u c i m o s V e r b o p a r a desig- t i d o m a n i f e s t a c i ó n de C r i s t o .
32 Orígenes
S o b r e este a r g u m e n t o , q u e es f u n - de D i o s (= se n u t r e n c o n m a n j a r
d a m e n t a l en la mística o r i g e n i a n a , s ó l i d o ) , p a s a n d o d e la i n t e r p r e t a -
cf. infra, p p . 36ss.; 94s. Igualmen- c i ó n literal d e la E s c r i t u r a a la es-
te fundamental es la distinción p i r i t u a l . T o d o el c o m e n t a r i o ori-
e n t r e p e q u e ñ o s , incipientes, y adul- g e n i a n o al Cantar se asienta s o b r e
t o s , perfectos: los p r i m e r o s s o n l o s este t e m a , es d e c i r , s o b r e la e x i -
c r i s t i a n o s q u e se c o n t e n t a n c o n u n a gencia d e q u e t o d o c r i s t i a n o se es-
instrucción elemental (= se ali- f u e r c e p o r s u p e r a r su c o n d i c i ó n d e
m e n t a n d e leche); los o t r o s s o n los i n c i p i e n t e y c r e z c a en p e r f e c c i ó n .
q u e p r o g r e s a n en el conocimiento 5. H b 5, 1 4 .
34 Orígenes
CAPÍTULO 2
6. Deuteróseis, es decir, e x p l i - 8. E z 1 0 .
cadas en s e g u n d o lugar; l o m á s p r o - 9. E z 4 0 .
b a b l e es q u e O r í g e n e s se refiera a 1 0 . A l u s i ó n e v i d e n t e al Ban-
la Mishná, «enseñanza», conjunto quete, de Platón, cuyo tema es
de interpretaciones orales que los precisamente el amor, entendido
j u d í o s d a b a n a la E s c r i t u r a . s o b r e t o d o en su d i m e n s i ó n ideal,
7. G n 1. espiritual.
Prólogo 1, 7 - 2, 3 35
1 1 . Sal 6 7 , 1 2 .
36 Orígenes
45
visibles y las invisibles . Por consiguiente, si alguien logra
con la capacidad de su inteligencia vislumbrar y contem-
plar la gloria y la hermosura de todo cuanto ha sido cre-
ado por El, pasmado por la belleza misma de las cosas y
traspasado por la magnificencia de su esplendor como por
46
una saeta bruñida, en expresión del profeta , recibirá de
El una herida salutífera y arderá en el fuego delicioso de
su amor. 1 8 . Sin embargo, nos conviene saber que, de la
misma manera que el hombre exterior puede caer en un
amor ilícito y contrario a la ley, de modo que ame, por
ejemplo, no a su prometida o a su esposa, sino a una ra-
mera o a una adúltera, así también el hombre interior, es
decir, el alma, puede caer en un amor, no hacia su legíti-
mo esposo, que dijimos que era el Verbo de Dios, sino
hacia algún otro, adúltero y corruptor. Es lo que, utili-
zando la misma figura, expone con toda claridad el pro-
47
feta Ezequiel cuando introduce a Oholá y a Oholibá, fi-
guras de Samaría y de Jerusalén, corrompidas por un amor
adulterino, como el texto mismo de la Escritura profética
demostrará a quienes quieran conocerlo mejor. 19. Por lo
tanto también este amor espiritual del alma, según hemos
señalado, unas veces se inflama por algunos espíritus per-
versos, y otras por el Espíritu Santo y por el Verbo de
Dios: éste es el esposo fiel y se llama marido del alma ins-
truida, y de El se dice esposa la misma de que se habla
sobre todo en la Escritura que estamos manejando, como
demostraremos más plenamente, con la ayuda de Dios,
cuando empecemos a exponer sus mismas palabras.
4 5 . C o l 1, 1 6 . 47. Ez 2 3 , 4.
4 6 . Is 4 9 , 2 .
42 Orígenes
29. Por esta razón se dice que ante todo y sobre todo es
caro y grato a Dios el que uno ame al Señor su Dios con
todo su corazón, con toda su alma y con todas sus fuer-
65
zas . Y como quiera que Dios es amor, y el Hijo, que
procede de Dios, también es amor, está exigiendo en no-
sotros algo que se le asemeje, de modo que por medio de
este amor que hay en Cristo Jesús, que es amor, nos una-
mos a El con una especie de parentesco por el amor, en
el sentido de aquel que, ya unido, le decía: ¿Quién nos se-
parará del amor manifestado en Cristo Jesús, Señor nues-
66
tro? . 30. Ahora bien, este amor tiene por prójimo a todo
hombre, y ésa es la razón por la que el Salvador repren-
dió a uno que se figuraba que el alma justa no debe tener
en cuenta los derechos que da el ser prójimo, cuando se
trata de un alma envuelta en maldades, y por eso compu-
so la parábola que narra cómo un hombre cayó en manos
67
de salteadores cuando descendía de Jerusalén a Jericó . El
Salvador culpa al sacerdote y al levita porque, aunque lo
vieron medio muerto, pasaron de largo; en cambio aplau-
de al samaritano, porque se había compadecido de él; y
que este samaritano fue su prójimo, lo confirma con la res-
puesta del mismo que le hiciera la pregunta, al que dice:
68
Vete y haz tú lo mismo . 3 1 . Efectivamente, por natura-
leza todos somos prójimos unos de otros, sin embargo, por
las obras del amor, el que puede hacer el bien se convier-
te en prójimo del que no puede. De ahí que también nues-
tro Salvador se hiciera prójimo nuestro y que no pasara de
largo cuando yacíamos medio muertos por las heridas de
los salteadores. 32. Por consiguiente debemos saber que el
amor de Dios siempre tiende hacia Dios, del que se origi-
na, y mira al prójimo, con el que tiene parte por estar asi-
75. Ibid. a l u d e a su d e s e o t e r r e n a l , q u e se
7 6 . R m 7, 2 . O r í g e n e s y o t r o s ha p u r i f i c a d o y d i s t a n c i a d o d e la
d e s p u é s d e él e n t e n d i e r o n q u e el materia.
eros/deseo de que habla Ignacio 77. 1 J n 4 , 8.
era C r i s t o ; en realidad, Ignacio
48 Orígenes
7 8 . M t 2 2 , 3 5 ss.
Prólogo 2, 39-45 49
79. M t 1 9 , 1 8 ; R m 1 3 , 9. 8 1 . 2 C o 4 , 8 s.; 4 , 1 7 .
80. M t 2 2 , 4 0 ; R m 1 3 , 9. 82. R m 5, 5.
50 Orígenes
83. G n 2 9 , 1 8 s. 85. 1 T m 2, 1 5 .
84. 1 C o 1 3 , 7 s. 86. 1 J n 4 , 8.
Prólogo 2, 45 - 3, 1 51
CAPÍTULO 3
94
templativa . Ciertamente algunos de entre los griegos pu-
sieron también en cuarto lugar la lógica, que nosotros po-
demos llamar ciencia del razonamiento, 2. pero otros afir-
maron que ésta no quedaba fuera, sino que forma cuerpo
compacto con las susodichas ciencias. En realidad, la lógica
-la ciencia del razonamiento, como decimos nosotros- con-
tiene al parecer las reglas, propiedades e impropiedades de
las palabras y de las frases, los géneros y las especies, y en-
seña también minuciosamente las figuras aplicables a cada
expresión particular: una ciencia tal no conviene que esté se-
parada de las otras, sino bien trabada o inserta en ellas. 3.
Moral llamamos a la ciencia por la cual se dispone una con-
ducta honrada y se proveen normas tendentes a la virtud.
Natural llamamos a la ciencia en que se discute la naturale-
za de cada cosa, con el fin de que en la vida nada hagamos
contra la naturaleza, sino que apliquemos cada cosa a los
usos para los que el Creador las hizo. Contemplativa lla-
mamos a la ciencia por la que, yendo más allá de lo visible,
contemplamos algo de las cosas divinas y celestiales, y las
consideramos sólo con la mente, porque exceden a la visión
corporal. 4. Así pues, en mi opinión, estas ciencias las to-
95
maron algunos sabios griegos de Salomón que, por su
mayor antigüedad, las aprendió por obra del Espíritu de Dios
mucho antes que ellos, las presentaron como invención pro-
griegos en Alejandría y que los dad, que los filósofos griegos de-
cristianos hicieron s u y o : para exal- b í a n su f i l o s o f í a a M o i s é s y a o t r o s
tar la t r a d i c i ó n veterotestamenta- p e r s o n a j e s del A . T., d e g r a n a n -
ria f r e n t e a la f i l o s o f í a griega, se tigüedad.
afirmaba, con absoluta arbitrarie- 96. 1 R 4, 29-30.
54 Orígenes
9 7 . Es e v i d e n t e q u e el g r i e g o h a b l a r en p a r á b o l a s e imágenes.
paroimia (lat. proverbium) está 98. J n 1 6 , 25.
aquí empleado con un sentido 99. P r 1 , 2 ss.
mucho m á s a m p l i o q u e el caste- 100. P r 1, 3 - 4 .
l l a n o proverbio, pues implica el
Prólogo 3, 8-13 55
1 0 1 . P r 1, 4 . 1 0 5 . Sal 3 6 , 3 0
1 0 2 . P r 1 , 5. 1 0 6 . C o l 4, 3.
1 0 3 . P r 1, 6. 107. Pr 1, 2 4 .
1 0 4 . Sal 1, 2 .
56 Orígenes
116
tierra hasta el cielo . 20. De ahí que con toda razón ha-
llamos que estos tres santos varones erigieron altares a Dios,
esto es, le consagraron los progresos de su filosofía, evi-
dentemente para hacer saber que tales progresos no deben
atribuirse a las artes humanas, sino a la gracia de Dios.
Habitan además en tiendas, para demostrar con ello que
quien se dedica a la filosofía divina no puede poseer en la
tierra nada propio, sino que siempre debe estar avanzan-
do, no tanto de un lugar a otro, cuanto del conocimiento
de lo inferior al conocimiento de lo perfecto. 2 1 . Pero aún
hallarás en las divinas Escrituras muchos otros pasajes, que,
según este mismo criterio, señalan ese orden que, dijimos,
se guarda en los libros de Salomón, sólo que exponerlos
ahora nos resulta largo, cuando tenemos entre manos otro
tema. 22. Por consiguiente, si alguien ha cumplido el pri-
mer capítulo señalado por los Proverbios, enmendando las
costumbres y observando los mandamientos, y luego, tras
comprender la vanidad del mundo y considerar la fragili-
dad de las cosas caducas, consigue renunciar al mundo y
a todo lo que en el mundo hay, llegará también a con-
I17
templar y desear las realidades invisibles y eternas . 23.
Mas, para poder llegar a ellas, necesitamos de la miseri-
cordia divina. ¡Ojalá entonces, tras contemplar la belleza
del Verbo de Dios, seamos capaces de abrasarnos en salu-
dable amor por El, de suerte que también El se digne amar
a esta alma a la que ha visto ansiosa de El!
CAPÍTULO 4
1 1 8 . Ex 3 0 , 2 9 . d e q u i e n e s se h a b l a e n el Cantar,
119. N m 4, 4 7 . como figuras y símbolos de los
120. Rm 16, 27. p r o f e t a s y d e los á n g e l e s , q u e h a
1 2 1 . G a 3, 19. bían anticipado, profetizado y
122. Veremos cómo Orígenes p r e p a r a d o la v e n i d a d e C r i s t o en
interpreta los amigos del esposo, la c a r n e (= v e n i d a del esposo).
60 Orígenes
129. Ex 1 5 , 1. o c u p a n d e las c o s a s d i v i n a s .
1 3 0 . N o r m a l m e n t e , en O r í g e - 131. Nm 2 1 , 16.
nes, el p o z o se e n t i e n d e c o m o s í m - 132. N m 2 1 , 1 7 s.
b o l o d e la p r o f u n d i d a d d e la sa- 133. Dt 31, 19.
biduría y de la ciencia que se
62 Orígenes
134
las palabras de mi boca . Y mira cuan grandes y eleva-
das son las cosas que se dicen: Espérese como lluvia mi
doctrina, y caiga como rocío sobre la grama y como nieve
135
sobre el césped, porque invoqué el nombre del Señor, etc. .
9. El cuarto cantar se halla en el libro de los Jueces, y de
él se escribe: Y cantaron Débora y Baraq hijo de Abino-
am aquel día diciendo: Al dar comienzo los príncipes de
Israel al plan del pueblo, bendecid al Señor. Escuchad, reyes,
136
prestad oídos, etc. . Realmente, la que canta, abeja tiene
que ser, cuya obra es de tal naturaleza que tanto los reyes
como la gente corriente la usan para curar. Efectivamente,
abeja es lo que significa Débora, la que canta este cantar,
aunque también con ella Baraq, y Baraq significa fulgura-
ción. Y se canta este cántico después de la victoria, por-
que nadie puede cantar lo que es perfecto, sin haber ven-
cido antes a los enemigos. Así al menos se dice en el cántico
mismo: Despierta, despierta, Débora: aviva a los millares
del pueblo. Despierta, despierta: entona un cantar. Des-
137
pierta, Baraq . Pero también sobre esto hallaréis exposi-
ciones más cumplidas en las breves Homilías que sobre el
libro de los Jueces hemos publicado. 10. Después de los
anteriores, el quinto cantar está en el libro segundo de los
Reyes, cuando David dirigió al Señor las palabras de este
cántico el día en que Dios le libró de la mano de todos
sus enemigos y de la mano de Saúl, y dijo: El Señor es mi
roca y mi baluarte; el Señor, mi libertador: mi Dios será
138
mi guardián . Así pues, si también tú puedes considerar
atentamente quiénes son los enemigos de David a los que
vence y derriba en los dos primeros libros de los Reyes y
de qué manera se hizo digno de merecer la ayuda de Dios
1 3 4 . D t 3 2 , 1. 137. Je 5, 12.
1 3 5 . D t 3 2 , 2 s. 1 3 8 . 2 S 2 2 , 1 ss.
1 3 6 . J e 5, 1 5 .
Prólogo 4, 8-14 63
1 4 9 . C t 1 , 1. 154. 1 Co 1, 30.
1 5 0 . É s t a e r a la e t i m o l o g í a que 1 5 5 . G a 6, 1 6 ; R m 9 , 6 - 8 . E s
se d a b a c o r r i e n t e m e n t e del nom- d e c i r , la Iglesia r e p r e s e n t a al v e r -
bre de Salomón. d a d e r o Israel, el Israel s e g ú n el e s -
151. Mt 12, 42. p í r i t u , m i e n t r a s los j u d í o s s o n Is-
152. 1 T m 6, 1 5 . rael s ó l o s e g ú n la c a r n e .
153. Flp 2, 6-7.
66 Orígenes
156
punto que hayamos alcanzado la Jerusalén celestial . Pero,
cuando hayamos progresado y lleguemos al punto de poder
asociarnos a la Iglesia de los primogénitos inscritos en el
157
cielo , y cuando, ya ventilados con gran cuidado los vie
jos y naturales motivos, reconozcamos que la Jerusalén ce
158
lestial es nuestra madre del cielo , entonces también el
mismo Cristo se convertirá ya para nosotros en Eclesias-
tés, y se dirá que reina, no sólo en Israel, sino también en
Jerusalén. 20. Cuando alcance la perfección de todo y se
le una la esposa perfecta, por lo menos toda criatura ra
159
cional , puesto que pacificó por medio de su sangre tanto
160
lo que hay en la tierra como lo que está en los cielos ,
entonces será llamado Salomón, sin más, cuando haya en
tregado a Dios Padre el reino, después de haber destruido
todo principado y potestad. Porque es preciso que él reine
hasta que ponga a todos sus enemigos bajo sus pies, y sea
161
destruido el último enemigo: la muerte . Y así, con todo
pacificado y sometido al Padre, cuando ya Dios sea todo
I62
en todos , se llamará tan sólo Salomón, esto es, pacífico,
sin más. 2 1 . Con razón, pues, en este libro, que debía ser
escrito acerca del amor de la esposa y del esposo, tampo
co va escrito ni «hijo de David» ni «rey» ni título alguno
que pueda relacionarse con un concepto corporal, con el
fin de que la esposa, ya perfecta, pueda justamente decir:
Y si en algún momento conocimos a Cristo según la carne,
m
ya no le conocemos así , y nadie pueda pensar que la es-
CAPÍTULO 1
1
que él es el Padre de su esposo . 4. Observémosla, pues:
levanta sus manos puras sin ira ni contienda, vestida con-
2
venientemente, con decencia y modestia , engalanada con
los más dignos adornos con que se puede adornar una
noble esposa, pero, abrasada por el deseo de su esposo
y atormentada por una herida interna de amor, lanza su
oración a Dios, como dijimos, y dice de su esposo: ¡Que
me bese con los besos de su bocaP. Esto es lo que, com-
puesto en forma de drama, contiene la interpretación his-
tórica.
1. E s t e p a r t i c u l a r n o se de- m e n t e p r e s e n t e en su mente.
duce de una exégesis literal: en 2. 1 T m 2 , 8 s.
realidad, Orígenes, incluso cuan- 3. C t 1 , 2 .
d o i n t e r p r e t a l i t e r a l m e n t e , está a 4. C o l 1, 1 5 .
veces condicionado p o r la i n t e r - 5. G a 3 , 1 9 .
pretación alegórica, constante-
/, 1, 4-9 (Cantar 1, 2) 75
6. C t 1 , 2 . 7. Is 3 3 , 2 2 .
76 Orígenes
8. C t l , 2 . 9. Sal 1 1 8 , 1 3 2 .
1 , 1 , 9 - 2 , 1 (Cantar 1, 2-3) 77
CAPÍTULO 2
17
ciencia que se esconden en Cristo Jesús . Y en cuanto a
que por seno de Cristo se entiendan las doctrinas sagra-
das, no creo que parezca indecoroso. 5. Por eso, como íba-
mos diciendo, en las divinas Escrituras se designa de va-
rias formas la parte principal del corazón, incluso, v. gr.,
en el Levítico, donde de los sacrificios se manda apartar
18
para los sacerdotes el pecho mecido y la espaldilla , pasa-
je en el que el pecho y la espaldilla reservados quieren ser
en los sacerdotes la parte principal del corazón y el es-
plendor de las obras, en que deben sobrepujar a los demás
hombres. Pero de esto ya hemos hecho más cumplida ex-
posición en el comentario al libro del Levítico, tal como
el Señor se dignó concedérmelo. 6. Según esto, pues, tam-
bién en el pasaje que nos ocupa, puesto que al parecer se
trata de un drama de amor, interpretamos los pechos como
la parte principal del corazón, de modo que lo dicho pa-
rece significar: Tu corazón y tu mente, esposo mío, es decir,
los pensamientos que hay dentro de ti y la gracia de la
doctrina, son mejores que todo el vino que suele alegrar el
19
corazón del hombre . 7. Efectivamente, como respecto de
20
aquellos de quienes se dice: Porque ellos verán a Dios pa-
rece que «corazón» está dicho con toda propiedad, y como
respecto de los comensales se pone «seno» o «pecho», in-
dudablemente atendiendo a la disposición de los comensa-
les y a la regla del banquete; y aún, como entre los sa-
cerdotes se designa al pecho y a la espaldilla con palabras
21
místicas , así también en el presente pasaje, donde se des-
cribe el porte y los coloquios de los amantes, creo que
también y de forma gratísima esa misma parte principal del
22. C o l 2, 3. 25. C t 1, 2.
23. G n 9, 2 0 . 26. Q o 2 , 1.
24. Is 5 , 1. 27. Q o 2 , 4 s.
/, 2, 8-13 (Cantar 1, 2-3) 81
2
dadores y escanciadoras ^. 1 1 . Mira pues si, tanto aquí como
en otros pasajes, podríamos entender que el Salvador mez-
cla con el vino añejo el nuevo que mana caudaloso de sus
29
pechos , cuando María y José que le buscaban lo encon-
traron en el templo sentado en medio de los doctores, es-
cuchándoles y preguntándoles, ante el pasmo de todos por
1 0
sus respuestas ' . 12. Pero quizá también el objeto de esta
imagen se cumplió cuando, subido en el monte, enseñaba
31
a las gentes y decía: Se dijo a los antiguos: No matarás;
mas yo os digo: Cualquiera que se enoje sin razón con su
32
hermano será culpable ; y también: Se dijo a los antiguos:
No cometerás adulterio; mas yo os digo: cualquiera que
mire a una mujer deseándola, ya adulteró con ella en su
33
corazón . Por consiguiente, en la medida en que ésta, su
doctrina, sobrepuja a la antigua, así la esposa entiende y
declara que sus pechos son mejores que el vino. 13. Pero
no menos se refiere a lo mismo el hecho de que el Hijo
del hombre sea llamado comilón y bebedor, cuando dice:
3 1
¡Vaya un comilón y un bebedor de vino! ' . Y tal fue, creo,
el vino aquel de Cana de Galilea que se estaba bebiendo
en un banquete de bodas: cuando éste se acabó, Jesús hizo
otro vino del que el maestresala atestiguó que era muy
bueno y mucho más excelente que el vino ya agotado:
Todo el mundo pone primero el vino bueno, y cuando ya
están bebidos, el inferior; tú en cambio has guardado el
35
buen vino hasta ahora .
28. Qo 2 , 8. d a d d e la n u e v a e c o n o m í a respec-
29. Este p u n t o c o n c r e t o sirve t o d e la a n t i g u a .
para p o n e r de relieve, contra la 30. L e 2, 4 6 .
división radical que los gnósticos 3 1 . M t 5, 1.
h a b í a n i n t r o d u c i d o e n t r e A . T. y 32. M t 5 , 2 1 s.
N . T., la c o n t i n u i d a d e n t r e las d o s 33. M t 5 , 2 7 s.
economías. Pero Orígenes destaca 34. Mt 1 1 , 19.
también a q u í a b a j o la s u p e r i o r i - 3 5 . J n 2 , 1 ss.
82 Orígenes
3 9 . J r 3 5 , 5 ss. 42. C t 1, 2.
40. D t 3 2 , 3 2 s. 43. Ibid.
4 1 . Sal 1 0 4 , 3 3 .
84 Orígenes
CAPÍTULO 3
68
lada, sin mancha ni arruga ni cosa parecida . Pero ade-
más se utiliza la caña, porque su lengua es también caña
9
de escribano que escribe ágilmente'' : con el matiz de la
suavidad, indica la gracia de la doctrina. También se añade
la casia, que, según dicen, da calor y abrasa en sumo
grado: con ella se da a entender, ya el ardor del Espíritu
Santo, ya el del juicio futuro por medio del fuego. 9. Por
lo que hace a los números 500 y 250, el primero simbo-
liza místicamente los cinco sentidos de Cristo centuplica-
dos en su perfección, y el segundo -el número del per-
70
d ó n , el 50 multiplicado por cinco- significa el perdón
de los pecados otorgado por medio de Él. 1 0 . Ahora bien,
todos estos ingredientes se mezclan en el aceite puro, con
lo cual se da a entender que sólo por misericordia ocu-
rrió que el que era de condición divina tomara la condi-
71
ción de esclavo , o bien que todos los elementos que en
Cristo habían sido tomados de la substancia material, por
la acción del Espíritu Santo fueron reducidos a la unidad
y a la única forma que se convirtió en la persona del me-
diador. 1 1 . Por esa razón aquel aceite material no podía
72
llamarse de ninguna manera óleo de alegría . En cambio,
este otro aceite, es decir el perfume del Espíritu Santo
con el que fue ungido Cristo y cuyo olor percibe ahora
y admira la esposa, con toda razón se llama óleo de ale-
73
gría, pues el gozo es fruto del espíritu : con este óleo
74
ungió Dios al que amó la justicia y odió la impiedad .
CAPÍTULO 4
82
Perfume derramado es tu nombre, por eso las don
cellas te amaron y te atrajeron en pos de sí. Correremos al
olor de tus perfumes (1, 3-4).
79. C t 1, 3. p e c h o s del e s p o s o en s e n t i d o de
80. C t 1, 2. palabra de Dios, interpretación
81. La lección que Orígenes que hallamos, v. gr., en el Co
rechaza deriva en substancia de mentario al Cantar de Hipólito.
una interpretación alegórica del 82. El griego trae a q u í ekke-
t e x t o d e C t 1, 2 , q u e t r a d u c í a los nothén, q u e tiene el d o b l e signifi-
/, 3, 13 - 4, 4 (Cantar 1, 3-4) 91
87
bre se convirtiera en perfume derramado , de modo que
el Verbo no siguiera habitando únicamente en una luz inac
88
cesible ni permaneciera en su condición divina , sino que
89
se hiciera carne , para que estas almas doncellas y en pleno
crecimiento y progreso no sólo pudieran amarlo, sino tam
bién atraerlo hacia sí. Efectivamente, cada alma atrae y
toma para sí al Verbo de Dios según el grado de su ca
pacidad y de su fe. 5. Ahora bien, cuando las almas hayan
atraído a sí al Verbo de Dios y lo hayan introducido en
sus sentidos y en sus inteligencias y hayan sentido la sua
vidad de su encanto y de su olor; cuando hayan percibi
do la fragancia de sus perfumes, a saber: cuando hayan co
nocido la razón de su venida, las causas de la redención
y de la pasión y el amor que movió al inmortal a llegar
90
hasta la muerte de cruz por salvar a todos , estimuladas
por todo esto como por el olor de un perfume inefable y
divino, las doncellas, esto es, las almas llenas de fuerza y
de vivo entusiasmo, corren en pos de Él y al olor de su
fragancia, y no despacio y con paso tardo, sino apresu
rándose con veloz carrera y total diligencia, como aquel
91
que decía: Corro de modo que alcance el premio . 6. Sin
embargo, en cuanto al pasaje: Perfume derramado es tu
8 7 . O r í g e n e s a t r i b u y e a la e n h a l l a en los c o m i e n z o s , es t o d a v í a
c a r n a c i ó n d e C r i s t o , a d e m á s d e la u n s i m p l e , y s ó l o m e d i a n t e la e n
función d e r e d i m i r a la humani c a r n a c i ó n del L o g o s p u e d e acer
d a d p e c a d o r a c o n la m u e r t e , la d e carse a Dios; p e r o , a medida que
h a c e r p o s i b l e el a c e r c a m i e n t o del v a p r o g r e s a n d o , se v a t a m b i é n d e s
h o m b r e a D i o s , cosa que hubiera p e g a n d o del h o m b r e e n c a r n a d o , y
s i d o i m p o s i b l e , d a d a la i m p e r f e c se adhiere cada vez más plena
c i ó n h u m a n a , si D i o s m i s m o , e s t o mente a la d i v i n i d a d del Logos:
es, el L o g o s , n o se h u b i e r a h e c h o cf. n. 4 d e l Prólogo.
accesible justamente gracias a la 88. 1 T m 6 , 1 6 ; F l p 2 , 7.
encarnación. En tal s e n t i d o , esta 8 9 . J n 1, 1 4 .
f u n c i ó n se e n t i e n d e c o m o p r o p e 90. F l p 2 , 8.
déutica: cuando el cristiano se 91. 1 C o 9, 2 4 .
/, 4, 4-8 (Cantar 1, 3-4) 93
1 0 7 . Ex 1 3 , 3; 1 4 , 2 4 ; 1 6 , 1 4 ; 1 1 1 . Sal 2 6 , 4 .
Sal 7 7 , 2 5 . 1 1 2 . Sal 3 3 , 9 ; E z 2 8 , 1 3 s.
108. J b 10, 1 1 . 1 1 3 . Sal 3 6 , 4 .
1 0 9 . Flp 1, 2 3 . 1 1 4 . P r 2, 5.
110. Mt 25, 21. 1 1 5 . H b 5, 1 4 .
/, 4, 13-19 (Cantar 1, 3-4) 97
1 1 7 . 2 C o 2 , 1 5 s. 118. 1 C o 2, 1 4 .
/, 4, 19-26 (Cantar 1, 3-4) 99
126
bre interior de cada uno? . ¡A no ser que el tal esté obran-
do por puro vicio pendenciero y de jactancia! En ese caso
como quiera que dichos vicios son causa de que la vista in-
terior se ciegue, el olfato se cierre y el oído se endurezca,
es natural que no pueda ver ni oír lo espiritual ni tampoco
percibir este olor de Cristo, al contrario de estas doncellas
que ahora, por tener este sentido bien sano y vigoroso, no
bien lo perciben, corren tras él al olor de sus perfumes y, al
correr, no desfallecen ni se fatigan, puesto que están en plena
forma, reanimadas constantemente por la suavidad del olor
mismo que de la vida conduce a la vida.
126. R m 7, 2 2 . 1 3 1 . C t 1, 4.
127. C f . supra n. 8 2 . 1 3 2 . Es d e c i r , si n o se h u b i e -
128. C t 1, 3. r a v a c i a d o d e la p l e n i t u d d e l Es-
1 2 9 . F l p 2 , 6 s. píritu Santo.
130. J n 1, 1 6 .
I, 4, 26 - 5, 1 (Cantar 1, 4) 101
133
l i a s , 29. pues dice así: Perfume desvanecido es tu nom
134
bre, por eso las doncellas te amaron . Como si dijera: Las
doncellas, es cierto, te han amado porque te anonadaste
vaciándote de la condición divina y tu nombre se convir
tió en perfume desvanecido; yo en cambio te amé, no por
el perfume desvanecido, sino por la misma plenitud de tus
perfumes. Esto es lo que indica en el lugar donde dice: El
135
olor de tus perfumes, superior a todos los aromas . 30. En
cuanto al hecho cierto de decir ella misma que también
correrá tras él con las doncellas, digo que tiene por causa
lo siguiente: Cada perfecto se hace todo para todos, para
136 137
ganarse a todos , como explicamos más arriba .
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
1 4 7 . M t 6, 6. 149. C t 1, 4.
148. Le 19, 26. 150. C t 1, 2.
/, 5, 10 - 6, 5 (Cantar 1, 4) 105
1 5 1 . C t 1 , 4. 1 5 3 . Le 2, 52.
1 5 2 . G a 4 , 2; 3 , 2 5 .
106 Orígenes
1 5 6 . C t 1, 4. 1 5 8 . Is 6 1 , 1 0 .
1 5 7 . Sal 8 4 , 1 1 s.
LIBRO SEGUNDO
[Ct 1, 5 - 1 4 ]
CAPÍTULO 1
1. A q u í , c o m o o t r a s v e c e s l u e g o , R u f i n o r e c o g e c u a l q u i e r v a r i a n t e
q u e leía en los e j e m p l a r e s l a t i n o s del Cantar, de que disponía.
110 Orígenes
33
aquí hay más que Salomón , con lo cual enseñaba que
la verdad es más que las figuras de la verdad. 2 7 . Vino,
pues, también ésta, es decir, según lo que simboliza, la
Iglesia de los gentiles, para oír la sabiduría del verdade-
ro Salomón y verdadero pacífico, nuestro Señor Jesucris-
34
t o . Vino también ésta con la intención primera de pro-
35
barlo mediante enigmas y preguntas que antes le parecían
insolubles; y él le resuelve lo que para ella y para los
doctores gentiles, a saber, los filósofos, siempre había per-
manecido incierto o dudoso: sobre el conocimiento del
Verbo de Dios, sobre las criaturas del mundo, sobre la
inmortalidad del alma y sobre el juicio futuro. 28. Vino,
36
en fin, a Jerusalén, es decir, a la visión de la p a z , con
gran comitiva y mucha riqueza; no vino, ciertamente, con
un sólo pueblo, como antes la sinagoga con sólo los he-
breos, sino con pueblos de todo el mundo y trayendo
también regalos dignos de Cristo, la suavidad de los per-
fumes, es decir, de las buenas obras, que suben hasta Dios
por su suave olor. Pero vino también repleta de oro, in-
dudablemente de los pensamientos y de las disciplinas ra-
cionales, que había ido recogiendo de la instrucción es-
colástica común antes y a de tener la fe. Trajo además
piedras preciosas, que podemos interpretar como adorno
de las costumbres. 29. Con este boato, pues, se presenta
a Cristo, el rey pacífico, y le abre su corazón, a saber,
con la confesión y el arrepentimiento de sus pecados an-
37
teriores, y le dijo todo cuanto tenia en su corazón , por
38
lo cual también Cristo, que es nuestra p a z , le declaró
58
sino en ti, Dios ; también es verdad que oí gracias a ellos,
pero vine a ti y creí en ti, en cuya casa mis ojos han visto
muchas más cosas que las que me anunciaran ellos. 36.
Efectivamente, de hecho, cuando esta mujer negra y her-
mosa llegue a la Jerusalén celeste y entre en la visión de
59
p a z , verá muchas más cosas y mucho más magníficas que
las que ahora se le anuncian. Y es que ahora ve como en
un espejo, mediante enigmas, pero entonces verá cara a
cara, cuando alcance lo que ni ojo vio ni oído oyó ni subió
60
al corazón del hombre . Y entonces verá que lo que oyó
61
mientras estuvo en esta tierra no era ni la mitad . 37. Por
consiguiente, son dichosas las mujeres de Salomón: Indu-
dablemente, las almas que se hacen partícipes del Verbo de
Dios y de su paz; dichosos sus servidores, que siempre están
62
en su presencia : No los que a veces están y a veces no
63
están en su presencia, sino los que siempre y sin cesar
están en presencia del Verbo de Dios: éstos son los ver-
daderamente dichosos. Tal era aquella María que, sentada
a los pies de Jesús, le escuchaba, y de la que el mismo
Señor dio testimonio diciendo a Marta: Marta escogió la
64
mejor parte, que no le será quitada . 38. Todavía dice esta
negra y hermosa: Bendito sea el Señor, que quiso darte el
65
trono de Israel . Evidentemente, porque el Señor amó a
Israel y quiso que durara para siempre, te puso a ti por
rey sobre él. ¿A quién? Al pacífico, indudablemente. En
74. S o 3 , 8. la a f i r m a c i ó n p a u l i n a d e q u e I s r a -
7 5 . Sal 5 0 , 1 9 . el se c o n v e r t i r á a C r i s t o antes del
7 6 . J n 6, 3 7 . final d e los t i e m p o s .
7 7 . R m 1 1 , 2 5 ss. Recuérdese
//, 1, 42-49 (Cantar 1, 5) 123
84. C t 1, 5. 8 6 . E x 2 6 , 7 ss.
8 5 . M t 6, 2 9 .
//, /, 50-57 (Cantar 1, 5) 125
87
tienda que Dios asentó, y no el hombre , y el pasaje que
dice: Porque no entró Jesús en el santuario hecho de mano
88
humana, figura del verdadero . 54. Por consiguiente, si la
esposa compara su belleza con los pabellones de Salomón,
indudablemente está indicando la gloria y la belleza de los
pabellones que cubren aquella tienda que Dios asentó, y no
el hombre. Y si comparó su negror, que las hijas de Jeru-
salén parecían echarle en cara, con los pabellones de Salo-
món, estos pabellones deben entenderse referidos a la tien-
da que es figura de la llamada verdadera tienda, puesto que
dichos pabellones, aunque eran negros, como tejidos con
89
pelos de cabra , sin embargo, tenían su utilidad para la tien-
da divina y la adornaban. 55. Por otra parte, en cuanto al
hecho de que parece hablar un solo personaje y sin em-
bargo, se compara con muchos en la negrura, bien con las
tiendas de Cedar, bien con los pabellones de Salomón, debe
entenderse del siguiente modo: parece, efectivamente, una
sola persona, pero son innumerables las iglesias que están
dispersas por el orbe de la tierra e innumerables las asam-
bleas y muchedumbres de pueblos: de la misma manera que
el reino de los cielos se dice no ser más que uno, pero se
90
mencionan muchas mansiones en la casa del Padre . 56. Sin
embargo, también puede decirse de cada alma que después
de muchísimos pecados se convierte y hace penitencia: es
negra, ciertamente, por sus pecados, pero hermosa por su
penitencia y por los frutos de la penitencia. 57. En fin, de
esta misma que ahora dice: Soy negra y hermosa, porque
no persiste hasta el fin en la negrura, de esta misma dirán
luego las hijas de Jerusalén: ¿Quién es ésta que sube toda
1 1
blanca, recostada sobre su amado? * .
87. Hb 8, 2 . 90. J n 1 4 , 2.
88. H b 9, 2 4 . 9 1 . C t 8, 5 .
89. Ex 3 5 , 2 3 .
126 Orígenes
CAPÍTULO 2
92. El t e x t o h e b r e o d i c e so c o n t r a s e n t i d o q u e r e s u l t a d e la i n
l a m e n t e : es que el sol me ha bron t e r p r e t a c i ó n literal: el sol broncea
ceado. P e r o la v e r s i ó n d e l o s L X X cuando alumbra, no cuando des
utiliza el v e r b o parablépein (lat. cuida; y s o b r e este contrasentido
neglegere) q u e , e f e c t i v a m e n t e , sig literal m o n t a él su interpretación
nifica descuidar. En su comenta espiritual.
rio, Orígenes pone de relieve el 93. C t 1, 6 .
77, 2, 1-7 (Cantar 1, 6) 127
9 4 . C t 8, 5 . d e M a l a q u í a s se a p l i c ó y a d e s d e el
9 5 . L a b a j a d a es s í m b o l o del comienzo a Cristo y quedó como
p e c a d o , y la s u b i d a , s í m b o l o d e la u n o d e los a p e l a t i v o s cristológicos
redención. más u t i l i z a d o s .
9 6 . MI 3 , 2 0 . Esta expresión 97. Le 2 1 , 36.
128 Orígenes
9 8 . R m 1 1 , 3 0 ss. 1 0 1 . Is 4 0 , 3 .
99. R m 1 1 , 2 5 . 102. L e 1 , 6.
100. Nm 2 0 , 1 7 ; Pr 4, 2 7 . 103. M t 5, 14.
77, 2, 7-14 (Cantar 1, 6) 129
104. MI 3, 2 0 . 1 0 6 . J n 1 , 9 s.
105. Lv 26, 2 1 .
130 Orígenes
CAPÍTULO 3
1 1 9 . G a 4, 2 1 - 2 6 . 120. G a 4, 3 1 ; 5, 1.
134 Orígenes
121. 2 C o 1 0 , 4 s.
II, 3, 4-12 (Cantar 1, 6) 135
1 2 7 . D t 3 2 , 3 2 ss. 1 3 0 . Ef 5 , 3 2 .
128. 1 T m 2, 1 4 . 1 3 1 . R m 5, 6.8.
129. 1 T m 2, 1 5 .
//, 3, 12-18 (Cantar 1, 6) 137
CAPÍTULO 4
139. C o l 3 , 9. 1 4 1 . Sal 1 0 3 , 1 5 .
140. Ibid.
II, 3, 18 - 4, 6 (Cantar 1, 7) 139
146. M e 6, 3 4 . v e s t i d a d e n o v i a l l e v a el v e l o s o b r e
1 4 7 . C t 1 , 7. la c a b e z a , p e r o el p u n t o d e a r r a n -
148. Ibid. q u e es el h e b r e o : « c o m o m u j e r v e -
149. 1 Co 1 1 , 10. La cone- l a d a » , en v e z d e « e r r a b u n d a o v a -
xión que O r í g e n e s establece entre gabunda» de los L X X . Orígenes
Ct 1, 7 y 1 C o 1 1 , 1 0 está b a s a - lee Kálymma en san P a b l o .
da en el h e c h o d e q u e la m u j e r
//, 4, 6-13 (Cantar 1, 7) 141
1 5 0 . D t 3 2 , 9.
142 Orígenes
151
los ángeles de Dios : y quizá los rebaños de los compa-
ñeros del esposo son todos estos pueblos que, como ove-
jas, han sido puestos bajo el pastoreo de los ángeles; en
cambio, el rebaño del esposo, aquellos de quienes él mismo
152
dice en el Evangelio: Mis ovejas oyen mi voz . Mira, efec-
tivamente, y observa con atención, por qué dice: Mis ove-
jas, como si hubiera otras ovejas que no son suyas, lo que
justamente él mismo dice en otro lugar: Porque vosotros
153
no sois de mis ovejas . Todo ello, hasta en sus pormeno-
res, parecía ajustarse adecuadamente a este oculto misterio.
14. De ser así, tuvo razón la esposa en querer que el re-
baño de cada compañero se interpretara como esposa de
ese compañero, y la describe tocada con velo de novia.
Mas como quiera que ella tenía la certeza de estar por en-
cima de todas las otras, no quiere parecer semejante a nin-
guna de ellas, como quien sabe que debe sobrepujar a aque-
llas esposas de los compañeros a las que define como
tocadas con velo de novia, tanto, cuanto su esposo sobre-
sale de sus compañeros. 1 5 . Sin embargo, se verá que tuvo
además otros motivos para sus averiguaciones, ya que sabe
que tarea del buen pastor es esforzarse por buscar los me-
jores pastos para sus ovejas y encontrar para descanso del
calor de mediodía las más verdes y umbrías florestas. Esto,
en verdad, los compañeros del esposo no saben hacerlo ni
manifiestan tanto arte o tanto empeño en escoger los pas-
tos, y por esto dice ella: Hazme saber dónde apacientas el
154
rebaño, dónde sesteas a mediodía , pues ansia ese mo-
mento en que la claridad se difunde más abundante sobre
el mundo y en que el día es más pleno y la luz más pura
y rutilante. 1 6 . Entonces, dice: Hazme saber, tú a quien
ama mi alma, dónde apacientas el rebaño, dónde sesteas a
mediodía, para que no ande yo como tocada con velo de
155
novia tras los rebaños de tus compañeros .
Ahora la esposa ha llamado al esposo con una deno-
minación nueva. Efectivamente, porque sabía que él es el
hijo del amor, más aún, que es el amor que procede de
156
Dios , como denominación le dice esto: a quien ama mi
alma y con todo, no dijo: a quien amo, sino: a quien ama
mi alma, pues sabía que al esposo no se le debe amar con
cualquier amor, sino con toda el alma, con todas las fuer-
157
zas, con todo el corazón . 17. ¿Dónde apacientas el re-
baño -dice-, dónde sesteas a mediodía? Tengo para mí que
de este lugar que ahora la esposa desea aprender y oír del
mismo esposo, el profeta dice, puesto él también bajo el
mismo pastor: El Señor es mi guía (o como leemos en
otros ejemplares: El Señor es mi pastor) y nada me falta-
158
rá . 18. Y como sabía que los otros pastores, por culpa
de su desidia o de su torpeza, careaban sus rebaños por
lugares demasiado áridos, dijo del mejor de los pastores,
el Señor: En verde paraje, allí me hizo reposar; en ma-
159
nantial refrescante me abrevó ; con esto puso de mani-
fiesto que este pastor provee a sus ovejas de aguas, no sólo
abundantes, sino también saludables y puras, en todo re-
paradoras. 19. Ahora bien, como quiera que de esta situa-
ción en que, como oveja, vivía bajo un pastor, se cambia
a las realidades intelectuales y más elevadas y en ellas hace
154. C t 1 , 7. 157. L e 1 0 , 2 7 ; D t 6, 5 .
155. Ibid. 158. Sal 2 2 , 1.
156. 1 J n 4 , 7. 159. Sal 2 2 , 2 .
144 Orígenes
164
rá; y entrará y saldrá y hallará pastos . 25. También a
éste pregunta ahora la esposa, para oír y aprender de él a
qué pastos conduce las ovejas y en qué espesuras conjura
los calores del mediodía; y mediodía llama a aquellos se-
cretos del corazón con los que el alma consigue del Verbo
de Dios una luz más clara de conocimiento: es, efectiva-
mente, el momento en que el sol alcanza la más alta cima
de su carrera. Por esa razón, si alguna vez el sol de jus-
165
ticia , Cristo, revela a su Iglesia los altos y difíciles se-
cretos de sus virtudes, parecerá que le hace conocer los
amenos pastos y los cubiles de mediodía, 26. ya que, cuan-
do todavía está en el inicio de su aprendizaje y recibe de
El, por decirlo así, los rudimentos de la ciencia, entonces
166
el profeta dice: Y la ayudará al clarear el alba . Por eso
ahora, puesto que busca ya y desea realidades más per-
fectas y elevadas, pide la luz meridiana de la ciencia.
1 6 4 . J n 1 0 , 9; cf. 1 0 , 7 . 1 1 . 1 6 7 . G n 1 8 , 1 s.
165. MI 3, 2 0 . 1 6 8 . J n 8, 3 9 .
1 6 6 . Sal 4 5 , 6 .
146 Orígenes
169. R m 1 3 , 1 2 s. 1 7 1 . G n 4 3 , 1 6 . 2 5 s.
170. C f . supra n. 34.
//, 4, 28-35 (Cantar 1, 7) 147
CAPÍTULO 5
1 8 1 . C t 1 , 8. 1 8 5 . En Orígenes, el cabrito
1 8 2 . G n 1, 2 7 . siempre es símbolo negativo, en
183. M t 25, 33. c o n t r a p o s i c i ó n del s i m b o l i s m o po-
1 8 4 . C t 1, 4. sitivo d e la o v e j a .
150 Orígenes
1 8 8 . 2 C o 9 , 7. el h o m b r e debe ir restaurándola
1 8 9 . El h o m b r e f u e c r e a d o a gradualmente mediante la p u r i f i -
imagen de Dios (específicamente c a c i ó n y la ascesis.
del L o g o s ) ; el p e c a d o ha e m p a ñ a - 1 9 0 . C t 1 , 8.
d o p r o f u n d a m e n t e esta i m a g e n , y
//, 5, 13-18 (Cantar 1, 8) 153
2 0 2 . E s t e p a s a j e y el q u e sigue p r o b l e m á t i c a : en la l í n e a p l a t ó n i -
reflejan las disputas que desde ca, él propende a considerar el
hacía s i g l o s b u l l í a n en las e s c u e - a l m a c o m o p r e e x i s t e n t e al c u e r p o
las d e la f i l o s o f í a griega a c e r c a d e e i n t r o d u c i d a en él c o m o conse-
la n a t u r a l e z a y del o r i g e n del a l m a . cuencia de u n pecado inicial.
Orígenes acusó fuertemente esta 203. 1 C o 15, 53.
156 Orígenes
206. C t 1 , 8.
158 Orígenes
2 0 7 . Es decir, q u e es mucho q u e y a ha p r o g r e s a d o en la p e r -
m á s difícil c o n o c e r la n a t u r a l e z a del fección.
a l m a q u e los p r i n c i p i o s del com- 2 0 8 . C t 6, 8 s.
portamiento moral. P o r eso aquí 209. Le 12, 4 8 .
O r í g e n e s r e s e r v a en seguida este c o - 2 1 0 . S b 6, 6.
n o c i m i e n t o , m á s difícil, p a r a el a l m a
II, 5, 32-38 (Cantar 1, 8) 159
CAPÍTULO 6
219. 1 C o 3, 19. p l e m e n t e s e ñ a l a r a la a m a d a . P e r o
220. 1 C o 2 , 1 2 ; R m 8, 1 5 . O r í g e n e s , en su i n t e r p r e t a c i ó n , se
221. 1 C o 2, 12. basa m á s v e c e s justamente en el
222. R m 8, 1 5 . concepto de proximidad: p o r eso
2 2 3 . La expresión quiere sim hemos traducido fielmente.
//, 5, 39 - 6, 4 (Cantar 1, 9) 161
224. E x 1 4 , 7 ss. i n t e r p r e t a c i ó n d e la E s c r i t u r a p o r
225. Es d e c i r , el d i a b l o . m e d i o d e la E s c r i t u r a : en el p a s a -
226. Ef 6 , 1 2 . je del Éxodo n o se h a b l a d e la c a -
227. Ex 1 4 , 2 7 . b a l l e r í a d i v i n a , p e r o el concepto
228. O t r o ejemplo típico de se t o m a d e o t r o s p a s a j e s d e l A . T .
162 Orígenes
2 3 2 . J n 1 , 1. 235. C o l 1, 2 4 .
233. C o l 1, 5. 236. Ef 5 , 2 7 . 2 6 . A n t e todas
234. Jn 10, 18. Orígenes, al estas i n t e r p r e t a c i o n e s a l t e r n a t i v a s ,
t r a t a r d e la e n c a r n a c i ó n , insiste v a - n o d e b e m o s t a n t o p e n s a r en o t r a s
rias v e c e s e s p e c í f i c a m e n t e s o b r e el t a n t a s exégesis c o m o en diversas
a l m a a s u m i d a p o r C r i s t o , a la q u e i n t e r p r e t a c i o n e s p r o p u e s t a s p o r el
atribuye un significado particular, mismo Orígenes.
precisamente en r e l a c i ó n c o n los 237. C t 1, 9 .
h o m b r e s ; v e r a d e m á s infra, n. 2 4 0 .
164 Orígenes
238. Ef 5 , 2 6 . c o m o m o d e l o d e p e r f e c c i ó n en el
239. 1 Tm 1, 1 5 . que t o d o cristiano debe inspirarse.
240. Orígenes p r o p o n e varias 241. C t 1 , 9.
veces al a l m a a s u m i d a p o r C r i s t o
II, 6, 11 - 7, 3 (Cantar 1, 10) 165
CAPÍTULO 7
242. 1 C o 1 2 , 1 4 ss.
166 Orígenes
246
po de la Iglesia: Qué hermosas se han vuelto tus mejillas .
7. Y observa que no dijo: Qué hermosas son tus mejillas,
sino: Qué hermosas se han vuelto tus mejillas, para hacer
ver que antes no habían sido tan hermosas, pero que des-
pués de recibir los besos del esposo, y después que éste,
que anteriormente hablaba por medio de los profetas, se
hizo presente y limpió para sí a la Iglesia con el baño del
247
agua e hizo que no tuviera mancha ni arruga y le dio
facultad para conocerle a él, entonces sus mejillas se vol-
vieron hermosas. Entonces, efectivamente, la castidad, el
pudor y la virginidad, que antes faltaban, se fueron espar-
ciendo por las mejillas de la Iglesia con magnífico esplen-
dor. 8. Con todo, este aspecto de las mejillas, es decir, del
pudor y de la castidad, se compara a las tórtolas. Se cuen-
ta que la naturaleza de las tórtolas es tal, que ni el macho
se acerca más que a una sola hembra ni la hembra sopor-
ta más que a un solo macho, de modo que, si ocurre que
el uno muere y el otro sobrevive, en éste muere a la vez
que el cónyuge todo deseo de unión. 9. Por tanto, la com-
paración de la tórtola se adapta convenientemente a la Igle-
sia, bien porque después de Cristo no conoce unión con
ningún otro marido, bien porque en ella anda revolotean-
do, como si fuera de tórtolas, una gran abundancia de
pudor y de castidad.
246. C t 1, 1 0 . 248. M t 1 1 , 2 9 s.
247. Ef 5 , 2 6 s.
168 Orígenes
249. F l p 2 , 8. c o m ú n en s e n t i d o t i p o l ó g i c o , como
250. R m 5, 1 9 . figuración d e la u n i ó n de Cristo
251. G n 3 8 , 1 1 ss. c o n la Iglesia (= m e r e t r i z en c u a n
252. El episodio de Judá y t o q u e p r o v e n í a de la c o n d i c i ó n p e
T a m a r , n a d a edificante en su sen cadora).
t i d o literal, se i n t e r p r e t a b a p o r lo
II, 7, 11 - 8, 3 (Cantar 1, 11-12) 169
CAPÍTULO 8
253. M t 4, 1 1 . 256. G a 4 , 2; 3 , 2 5 .
254. G a 3, 1 9 . 257. G a 4, 4.
255. H b 2, 2.
170 Orígenes
269 270
Dios de Jacob . Algunos herejes , al leer esto, dijeron
que el Dios de la ley y de los profetas es muy inferior a
Jesucristo y al Espíritu Santo, y han llevado su impiedad a
tal punto que, efectivamente, ponen la plenitud en Cristo
y en el Espíritu Santo, y en cambio la imperfección y la
debilidad en el Dios de la ley. Pero de esto, para otra oca-
sión. 10. Ahora nuestro propósito es mostrar cómo los san-
tos ángeles, que antes de la venida de Cristo cuidaban de
la tutela de la esposa, niña todavía, son los amigos y com-
pañeros del esposo, que parecen decirle a ella: Imitaciones
de oro te haremos, con realces de plata, mientras el rey esté
271
en su lecho . 1 1 . Así pues, indican que ellos no harán
para la esposa objetos de oro (porque ni oro tenían que
fuese digno de ser ofrecido a la esposa), sino que en vez
de oro prometen hacer imitaciones de oro, y no una imi-
tación, sino muchas. 12. Lo mismo afirman también sobre
la plata, solo que, como si tuvieran cierta cantidad de plata,
aunque pequeña, prometen que le harán, no imitaciones,
sino realces de plata, visto que no disponían de tanta can-
tidad de plata como para producir con ella una obra com-
pacta y sólida, pero sí para hacer solamente realces, inter-
calando pequeños dibujos, como punteados, en el trabajo
de imitación de oro que le harían. Éstos son los adornos
que hacen a la esposa los amigos del esposo, de que ha-
blamos más arriba.
269. E x 3 , 2 ss. d u c c i ó n , p . 8.
2 7 0 . E v i d e n t e m e n t e se trata de 2 7 1 . C t 1, 1 1 - 1 2 .
los gnósticos; cf. n. 1 d e la I n t r o -
II, 8, 9-17 (Cantar 1, 11-12) 173
272. O s 2 , 8. 2 7 5 . Ex 2 5 , 1 8 .
273. Sal 1 1 , 7. 276. Ex 2 5 , 3 1 .
274. Pr 10, 20. 277. G a 3, 19.
174 Orígenes
278
la sombra de los bienes venideros , pero no la imagen
279
misma de las cosas , y que todo lo que acontecía a aque
280
llos de quienes se habla en la ley les acontecía en figura
281
y no en la realidad , mi opinión es que todo esto fue
ron imitaciones de oro, que no oro verdadero. La razón
es que debe entenderse el oro verdadero en relación con
las realidades incorpóreas, invisibles y espirituales; en cam
bio, por imitación de oro, en que no está la realidad misma,
sino la sombra de la realidad, deben entenderse estas cosas
282
corpóreas y visibles . 18. Por ejemplo, imitación de oro
fue aquella tienda hecha a mano, de la que dice el Após
tol: Porque no entró Jesús en el santuario hecho de mano,
282
figura del verdadero, sino en el mismo cielo ". 19. Por con
siguiente, las cosas que hay en el cielo, invisibles e incor
póreas, son las verdaderas; en cambio, éstas que hay en la
tierra, visibles y corporales, se dice que son imágenes de
las verdaderas, pero no las verdaderas. Pues bien, éstas son
las que se llaman imitaciones de oro, y entre ellas están:
el arca de la alianza, el propiciatorio, los querubines, el
altar del incienso, la mesa y los panes de la proposición;
pero también el velo, las columnas, las trancas de las puer-
307
cielos , para ella sólo se hacen imitaciones de oro, ya
que no se alimenta con los fuertes y sólidos manjares
del Verbo de Dios, sino que es educada a base de se-
mejanzas, como si dijéramos que es instruida a base de
parábolas y ejemplos, en razón de los cuales se dice que
Cristo crecía en edad, en sabiduría y en gracia ante Dios
308
y ante los hombres . 35. Por eso se educa en estas imi-
taciones y se hacen para ella pequeños realces de plata.
Efectivamente, de cuando en cuando se abren para los
educandos algunos pequeños y raros resquicios de los
más secretos misterios, para hacerles concebir el deseo
de revelaciones más importantes: porque no se puede de-
sear nada que se desconoce por completo. 36. Por con-
siguiente, de la misma manera que a los principiantes y
a los que están en los rudimentos no se les puede reve-
lar todo de golpe, así tampoco se les debe ocultar por
completo los misterios espirituales, sino que, como dice
la palabra divina, se deben hacer para ellos realces de
plata y se deben prender en sus almas algunas chispas
de comprensión espiritual, para que de alguna manera
vayan tomando el gusto a la dulzura que deben desear,
no sea que, como dijimos, si la ignoran por completo,
no la deseen en absoluto. 37. Sin embargo, en cuanto al
hecho de que llamemos niña al alma, que nadie lo tome
como si dijéramos que es niña según la sustancia: lla-
mamos niña al alma que carece de instrucción y en la
que es débil la capacidad de comprender y mínima la ex-
periencia.
Conviene, en consecuencia, que esto se dé mientras
309
el rey está en su lecho , es decir, mientras dicha alma
va progresando hasta el punto de comprender al rey y
CAPÍTULO 9
313. C t 1, 1 1 - 1 2 .
//, 5 , 42 - 9, 6 (Cantar 1, 12) 183
3 1 4 . J n 1 2 , 3. 316. 2 C o 2, 15.
315. Ibid.
184 Orígenes
317. M e 1 4 , 6. I, p . 9 3 .
318. C t 4 , 1 3 s. 3 2 1 . C t 1, 1 2 .
319. M t 1 3 , 4 5 ss. 3 2 2 . Ibid.
3 2 0 . C t 4 , 1 3 ; cf. n. 9 3 del lib.
//, 9, 7-14 (Cantar 1, 12) 185
323. J n 4, 1 4 ; 6, 3 5 ; 7, 3 8 . l u g a r e s allí s e ñ a l a d o s .
324. Sal 1 0 4 , 1 5 . Es d e c i r , a 327. 1 J n 2 , 8.
mis ungidos (christós = ungido): 328. J n 1, 1.
c o m o C r i s t o e n c a r n a d o fue ungi- 3 2 9 . J n 6, 3 5 .
d o (= s a n t i f i c a d o ) p o r el E s p í r i t u 330. 1 J n 1 , 1; J n 1 , 1 4 .
S a n t o , así t a m b i é n l o s e r á n q u i e - 3 3 1 . E n su a c c i ó n p e d a g ó g i c a
nes le h a y a n i m i t a d o h a s t a el n i v e l dirigida a recuperar todas las
más alto. a l m a s , el L o g o s se h a c e t o d o p a r a
325. Hb 5, 14. t o d o s , es d e c i r , se p r e s e n t a a cada
326. T e n e m o s aquí una apli- a l m a en la f o r m a q u e sabe q u e es
c a c i ó n d e la d o c t r i n a d e l o s sen- la más apta para que esa alma
tidos espirituales, s o b r e los cuales s a q u e el m á x i m o provecho.
cf. n. 4 del P r ó l o g o (p. 3 2 ) y los
186 Orígenes
CAPÍTULO 10
332
Bolsita de áloe bien atada es mi amado (o mi so
333
brino ), para mí: Entre mis pechos permanecerá (o posa-
rá) (1, 13).
3 3 2 . El t e x t o h e b r e o trae a q u í r o s o , indicaba t a m b i é n al a m a d o , al
s i m p l e m e n t e bolsita de mirra, pero a m a n t e , p o r l o q u e es o b v i o q u e la
O r í g e n e s se a p r o v e c h a del apódes- p a l a b r a está usada c o n este s e n t i d o
mos del t e x t o griego p a r a destacar en el Cantar. Sin e m b a r g o , j u s t a
en el c o m e n t a r i o la idea d e cone m e n t e aquí, lo p r i m e r o q u e Orí
xión, de estrecha ligazón (Vulg.: genes hace es a p o y a r su comenta
fascicnlus): d e ahí n u e s t r a t r a d u c r i o en el p a r e n t e s c o q u e liga e n t r e
ción. sí a los d o s e n a m o r a d o s , y p o r eso
333. El g r i e g o t r a e adelphidós en la t r a d u c c i ó n n o s h e m o s v i s t o
= s o b r i n o ; p e r o esta p a l a b r a , s i n ó obligados a tener también presen
n i m o d e erastés en el lenguaje a m o te el significado d e sobrino.
//, 10, 1-6 (Cantar 1, 13) 187
debe tocar nada que esté suelto y que no esté sostenido por
la razón y trabado por la verdad de las doctrinas, para no
convertirse en inmunda, porque efectivamente, el que toque
338
algo inmundo, inmundo será, según la l e y , ya que a ello
habrá tocado un sentimiento irracional y ajeno a la sabidu-
ría de Dios, y lo convertirá en inmundo.
8. Pero mira también si acaso podemos entender que
339
el Hijo de Dios, encarnado, es llamado gota de á l o e
como si con ello se expresara algo pequeño y exiguo, en
el sentido de lo que dice Daniel acerca de El: que era una
piedrecita desprendida del monte sin intervención de mano
340
alguna y que luego se convirtió en una gran montaña ;
o como en el libro de los doce profetas se dice que será
la gota la que congregará al pueblo; 9. efectivamente, así
está escrito en los profetas: Y ocurrirá que de la gota de
341
este pueblo será congregado Jacob . Y es que convenía
que el que venía a reunir no sólo a Jacob sino también a
todos los gentiles, que, como dice el profeta, fueron con-
342
siderados como la gota de una herrada , anonadándose
343
de su forma divina , El mismo se hiciera gota para así
venir y congregar la gota de los gentiles y además la gota
del resto de Jacob. 10. Por otra parte, en el salmo XLIV
se dice al amado, al que también se aplica el salmo: Mirra,
344
gota de áloe y casia exhalan tus vestidos . Efectivamen-
CAPÍTULO 11
3 4 6 . J n 1 5 , 1. 347. Sal 1 0 5 , 1 5 .
//, 11, 2-10 (Cantar 1, 14) 191
352. J b 2, 1 0 .
LIBRO TERCERO
[Ct 1, 15 - 2, 9]
CAPÍTULO 1
1. C t 1 , 1 5 . 4. Sal 5 4 , 7.
2. Ibid. 5. Sal 6 7 , 1 4 .
3. M t 3, 1 6 . 6. Ibid.
7 7 7 , 1, 2-11 (Cantar 1, 15) 195
7. I b i d . 1 1 . C t 1, 1 5 .
8. 1 C o 1 1 , 3. 1 2 . Ibid.
9. 1 C o 2 , 1 5 ; R m 7, 2 2 . 1 3 . Ibid.
1 0 . E x 1 2 , 5 ss; L v 5, 7; 1 2 , 8.
196 Orígenes
CAPÍTULO 2
1 7 . Is 5 3 , 2 . q u e p u s i m o s d e r e l i e v e en la n. 2 9 7
1 8 . C t 1 , 1 6 . L a idea p r o p u e s t a del lib. II, p . 1 7 7 .
a q u í es s u s t a n c i a l m e n t e la m i s m a 1 9 . 1 C o 6, 1 5 .
198 Orígenes
CAPÍTULO 3
25. 1 T m 3, 1 5 . 28. G a 1, 2 .
26. J n 1 6 , 1 5 . 2 9 . A p 1, 4 .
27. 1 C o 1 1 , 16. 3 0 . Sal 7 9 , 9 . 1 1 .
200 Orígenes
CAPÍTULO 4
3 1 . C t 1, 1 7 .
///, 3, 5 - 4, 5 (Cantar 2, 1-2) 201
3 2 . M t 6 , 2 8 ss. 3 3 . C t 2, 2.
202 Orígenes
CAPÍTULO 5
34. 1 J n 2, 1 9 . 35. M e 4, 1 9 .
4, 5 - 5, 4 (Cantar 2, 3) 203
44. L m 4, 2 0 . bra, p á l i d a p r e f i g u r a c i ó n de la l e y
45. L e 1, 3 5 . de C r i s t o (= gracia), y concluye
46. L m 4 , 2 0 : O r í g e n e s l o in- c o n t r a p o n i e n d o la s o m b r a d e C r i s -
terpreta siempre r e f i r i é n d o l o a la to, a la q u e n o s a d h e r i m o s en este
e n c a r n a c i ó n (= s o m b r a ) d e C r i s t o , mundo, y su realidad, d e la que
q u e t r a j o la salvación a los genti- g o z a r e m o s en el m u n d o f u t u r o .
les. T a m b i é n aquí, a c o n t i n u a c i ó n , 47. M t 4, 1 6 .
d e s a r r o l l a este m o t i v o , j u n t o c o n el 48. Hb 1 0 , 1; C o l 2 , 1 6 ; H b
de la l e y mosaica vista c o m o s o m - 8, 5.
///, 5, 11-17 (Cantar 2, 3) 207
49. R m 6, 1 5 . 5 2 . J b 7 , 1 s.; 1 C r o 2 9 , 1 5 .
5 0 . J n 1 4 , 6. 53. M t 4, 1 6 .
51. 1 C o 13, 12. 54. C t 2, 3.
208 Orígenes
CAPÍTULO 6
6 2 . Sal 5 , 1 0 . 64. 2 C o 6, 1 1 .
6 3 . Sal 1 1 8 , 1 0 3 . 6 5 . Sal 1 1 8 , 1 3 1 .
210 Orígenes
74
píritu Noé cuando se dice que se embriagó ; y David
admiró el cáliz de este banquete y dijo: Y tu copa em-
75
briagadora ¡qué hermosa es! . 6. Por eso es en esta casa
del vino donde desea entrar la Iglesia o toda alma que
busca lo perfecto, para disfrutar de las doctrinas de la
sabiduría y de los misterios de la ciencia, como se dis-
fruta de un delicioso convite y de la alegría del vino.
CAPÍTULO 7
8 3 . Ef 4 , 2 5 . 85. 1 T m 5, 1 7 .
84. 1 C o 12, 22.
214 Orígenes
86. 1 T s 5, 1 3 . 88. 1 Ts 5, 1 3 .
8 7 . L e 1 , 6.
III, 7, 9-16 (Cantar 2, 4) 215
93. 1 C o 4, 1 5 . 9 4 . C t 2 , 4.
III, 7, 17-25 (Cantar 2, 4) 217
99. Ex 2 3 , 2 2 . 1 0 3 . 2 C o 6, 1 4 ss.
100. 2 C r o 19, 2 104. 1 C o 13, 13.8.
1 0 1 . Ex 2 0 , 1 2 . 1 0 5 . C t 2, 5.
102. Le 1 4 , 2 6 .
III, 7, 26-31 (Cantar 2, 4) 219
l0b
pueblo, y confórtenle todos los ángeles de Dios ; y como
en otro lugar se dice: El ángel del Señor acampa en de-
107
rredor de los que le temen y los librará ; y en otra parte:
No despreciéis a ninguno de estos pequeños que están en
la Iglesia, porque sus ángeles están viendo siempre el ros-
ÍW
tro de mi Padre que está en los cielos . Pero incluso en
el Apocalipsis de Juan, da el Hijo de Dios testimonio al
ángel de Tiatira en favor del amor que el mismo ángel
había ordenado en la Iglesia que tenía confiada; así está
escrito: Conozco tus obras y tu amor y tu fe y tu servi-
cio y tu paciencia, y tus últimas obras, mayores que las
l09
primeras . 29. Pero tampoco parecerá absurdo, aunque
lo refiramos a los profetas, que sirvieron al Verbo de Dios
antes de la venida del esposo: la Iglesia parecería querer
aprender el orden del amor por medio de sus doctrinas,
esto es, ser instruida por los libros proféticos. 30. Mas
tampoco será incongruente si decimos que todos los san-
tos que salieron de esta vida amando todavía a los que
quedaban en este mundo se preocupan por la salvación
de éstos y los ayudan con sus oraciones y con su inter-
cesión ante Dios: de hecho, en los libros de los Maca-
beos está escrito así: Este es Jeremías, profeta de Dios, el
u0
que ora mucho por su pueblo . 3 1 . Por último, no ex-
trañará que, como ya dije más arriba, también pueda apli-
carse a los apóstoles: gracias a ellos, en efecto, toda la
Iglesia de Dios, o el alma que busca a Dios, es introdu-
cida en la casa del vino, como arriba dijimos, es colma-
da de perfumes y aromas, es recostada entre manzanos,
como leemos poco después, y es instruida en la totalidad
del orden y la razón del amor.
CAPÍTULO 8
1 1 7 . J n 1 5 , 1. p. 1 5 2 .
1 1 8 . G n 2, 1 5 . 122. C t 2, 3.
119. Mt 15, 13. 1 2 3 . A p 2 , 7.
120. C o l 3, 1 0 . 1 2 4 . J n 6, 3 2 ; 1 5 , 1; 1 , 2 9 .
121. Cf. n. 1 8 9 del l i b . II,
777, 8, 8-14 (Cantar 2, 5) 223
125
Él : algo así como el maná, que, a pesar de ser un único
manjar, sin embargo, a cada uno le hacía percibir el gusto
126
que deseaba . 12. Por eso El no sólo se ofrece como pan
a los hambrientos y como vino a los sedientos, sino que
también se presenta como fragante manzano a los que quie
ren recrearse con El. Por eso también la esposa, bien co
mida y repuesta ya, pide que la apoyen en los manzanos,
consciente de que, para ella, en el Verbo no sólo está toda
comida, sino también todo deleite, y por entre ellos corre
de acá para allá, principalmente cuando se siente herida
por las saetas del amor.
130
también ellas, puesto que Dios es amor , puedan decir:
131
Porque estoy herida de amor .
15. Es verdad que en esta especie de drama de amor,
es la esposa la que dice haber recibido heridas de amor;
sin embargo, un alma abrasada en amor a la sabiduría de
Dios puede igualmente decir: Estoy herida de sabiduría;
estoy refiriéndome al alma que ha podido considerar aten-
tamente la belleza de la sabiduría de Dios. Y otra alma,
considerando la magnificencia de la fuerza del Verbo de
Dios y admirando su poder, puede así mismo decir: Estoy
herida de poder; un alma, creo yo, tal como era aquella
que decía: El Señor es mi luz y mi salvación, ¿a quién te-
meré? El Señor es la fuerza de mi vida, ¿de quién he de
132
atemorizarme? . Otra alma que arde en amor por su jus-
ticia y que considera atentamente la justicia de sus favo-
res y de su providencia, indudablemente puede también
decir: Estoy herida de justicia. Y otra que examina la in-
mensidad de su piedad y de su bondad, se expresa de modo
semejante. Pero todas ellas tienen de común esta herida de
amor con que la esposa se proclama herida.
130. 1 J n 4 , 8. 1 3 3 . Ef 6, 1 6 .
1 3 1 . C t 2, 5. 134. Ibid.
132. Sal 2 6 , 1 . 135. Sal 1 0 , 2 .
III, 8, 1 4 - 9 , 2 (Cantar 2, 6) 225
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
144. 1 P 2, 2 4 ; G a 3, 1 3 . asumida.
1 4 5 . Es decir, la e n f e r m e d a d y 1 4 6 . E s t o es, su n a t u r a l e z a d i -
f l a q u e z a d e la n a t u r a l e z a h u m a n a vina: J n 1 2 , 4 6 ; H b 1, 3.
III, 9, 10 - 10, 6 (Cantar 2, 7) 229
1 5 1 , C t 2 , 7. 1 5 3 . C o l 1, 1 3 ; 1 J n 4 , 7.
1 5 2 . R m 8, 1 5 . 1 5 4 . Ef 5, 1 4 .
7 7 7 , 10, 7 - 11, 4 (Cantar 2, 8) 231
CAPÍTULO 11
1 5 5 . C t 2 , 7. 1 5 7 . C t 2 , 9.
1 5 6 . C t 2 , 8.
232 Orígenes
163. C t 2, 1 4 . 165. C t 2 , 8.
164. Ibid. 166. Ibid.
234 Orígenes
167
dar muerte a la serpiente . 1 3 . Pues bien, toda alma (con
tal que haya alguna que esté bien sujeta por el amor del
Verbo de Dios), si alguna vez se encuentra empeñada en
el examen de una frase, cuando -como sabe todo el que
lo ha experimentado- se llega a un punto embarazoso y
no se halla salida para las dificultades de las proposicio-
nes y cuestiones; si alguna vez, digo, esa alma está aco-
rralada por las expresiones enigmáticas y oscuras de la
ley y de los profetas, si por ventura se da cuenta de que
Él está presente, y de lejos percibe el sonido de su voz,
al punto se siente aliviada. 1 4 . Y en cuanto Él comienza
a acercarse más y más a sus sentidos y a iluminar lo que
está oscuro, entonces el alma lo ve saltar los montes y
los collados, es decir, ve como le va sugiriendo a ella los
sentidos de un excelso y profundo conocimiento, de suer-
te que esta alma puede con razón decir: Mira, él viene
saltando sobre los montes, brincando sobre los collados™.
15. Estas cosas las decimos, con todo, sin olvidar que
más arriba el esposo había ya hablado cara a cara a la
esposa, pero, como también hemos dicho con frecuencia,
este librito contiene una especie de drama y, por tanto,
en él, unas cosas se dicen en presencia de los personajes
y otras en su ausencia, y el cambio de personajes se lleva
de tal modo que la alternancia de presentes y de ausen-
tes parece estar convenientemente ajustada. 1 6 . De hecho,
aunque el esposo promete y dice a su esposa, esto es, sus
discípulos elegidos: Mirad, yo estoy con vosotros todos los
169
días hasta el fin del mundo , sin embargo, otra vez, ha-
blando por medio de parábolas, dice que un amo llamó
1 7 0 . M t 2 5 , 1 4 s., L e 1 9 , 1 2 ; 1 7 1 . J n 1 4 , 2 2 s.
Mt 2 5 , 6.
236 Orígenes
1 7 2 . C t 2, 1 1 . 1 7 3 . Sal 7 3 , 1 7 .
///, 11, 20 - 12, 3 (Cantar 2, 8) 237
CAPÍTULO 12
1 8 6 . L e 2 , 5 2 . El v e r s í c u l o d e p o r a d o a Él.
Lucas se r e f i e r e al p r o g r e s o de 1 8 7 . Le 3, 5.
J e s ú s n i ñ o : p e r o , s o b r e la b a s e d e 1 8 8 . Le 1 8 , 1 4 .
la d o c t r i n a d e l c u e r p o m í s t i c o , t a n 1 8 9 . Sal 1 2 4 , 1 .
r e p e t i d a m e n t e u t i l i z a d a e n el p r e - 1 9 0 . Sal 1 2 4 , 2.
sente comentario, Orígenes puede 191. Dn 2, 3 4 .
a p l i c a r el p a s a j e al c r e c i m i e n t o de 1 9 2 . 1 T m 6, 1 5 ; H b 4, 1 4 .
Cristo en todo cristiano, incor- 1 9 3 . J n 4, 1 4 .
///, 12, 10 - 13, 3 (Cantar 2, 9) 241
CAPÍTULO 1 3
1 9 4 . D t 1 4 , 4 ss. 1 9 5 . Sal 4 1 , 1 .
242 Orígenes
201. 1 C o 2, 13. p o n e f i e l m e n t e la d o c t r i n a p l a t ó n i -
202. Rm 1, 2 0 ; 2 C o 4 , 1 8 . ca d e la d i s t i n c i ó n e n t r e m u n d o f e -
203. Hb 9, 2 3 . n o m é n i c o , material, y m u n d o n o u -
204. Gn 1, 2 6 . ménico, ideal, del q u e el o t r o es
205. A q u í y en t o d o lo que i m a g e n y reflejo,
sigue a c o n t i n u a c i ó n , O r í g e n e s p r o -
244 Orígenes
2 0 6 . M t 1 3 , 3 1 s. 2 0 7 . M t 1 7 , 2 0 ; 1 C o 1 3 , 2.
///, 13, 11-17 (Cantar 2, 9) 245
214. Sal 7 6 , 6. 2 1 9 . J r 5 , 8.
215. G n 22, 17. 220. Sal 4 8 , 1 3
216. 1 Co 1 5 , 4 1 s. 221. Sal 5 7 , 5.
217. Le 1 3 , 32. 222. S b 7, 2 0 .
218. M t 3 , 7.
248 Orígenes
223
tos y del hálito del aire , pero, invisiblemente, de las vio-
lencias de los espíritus inmundos a los que Pablo llamó
224
vientos de doctrina . 2 5 . Luego y a se sigue que conoce
225
los pensamientos de los hombres : en el plano corporal,
cierto, los que proceden del corazón humano; pero, en el
plano invisible, entiende aquellos que meten en los hom-
bres pensamientos malos y pésimos, como está escrito en
el Evangelio: El diablo ya había metido en el corazón de
226
Judas que le entregase ; y como se dice en los Prover-
bios: Si el espíritu del potentado sube contra ti, no aban-
dones tu puesto, que la cordura detendrá tus grandes ye-
227
rros . 26. Pero también existe alguien que es autor de
buenos pensamientos, y creo que por ese motivo está es-
crito en los Salmos: Dichoso el hombre cuyo auxilio viene
228
de ti, Señor: dispuso ascensiones en su corazón , y aún:
El pensamiento del hombre te alabará, y los demás pensa-
229
mientos celebrarán tu día de fiesta . 27. Por consiguien-
te, según lo que hemos dicho antes, todas las cosas visi-
bles pueden ser relacionadas con las invisibles, las corpóreas
con las incorpóreas y las manifiestas con las ocultas, de
modo que la misma creación del mundo puede entender-
se como hecha por la divina sabiduría con una disposición
tal que, sirviéndose de las cosas mismas como ejemplos,
nos enseñe sobre las realidades invisibles, y de lo terrenal
nos transporte a lo celestial.
2 2 3 . T é n g a s e p r e s e n t e el v a l o r 2 2 6 . J n 1 3 , 2.
d e l g r i e g o pneuma (= lat. spiritus) 227. Qo 1 0 , 4.
= hálito o soplo y espíritu. 2 2 8 . Sal 8 3 , 6.
224. Ef 4 , 1 4 . 2 2 9 . Sal 7 5 , 1 1 .
225. S b 7, 2 0 .
III, 13, 24-32 (Cantar 2, 9) 249
234. G a 4, 1 9 . 2 3 9 . J b 3 9 , 3 ss.
235. Sal 5 4 , 2 3 . 240. 1 C o 4, 1 5 .
236. Is 2 6 , 1 8 . 2 4 1 . J b 3 9 , 4 s.
237. Sal 1 2 5 , 6. 242. G n 19, 26.
238. Sal 7 2 , 5 . 243. Le 9, 6 2 .
//Y, 13, 32-40 (Cantar 2, 9) 251
254
su poder, sobre sus hombros ; por tanto, cervatillo, por-
que nació niño chiquito.
4 1 . Más quizá también se puede entender por cier-
vos algunos santos como Abrahán, Isaac, Jacob, David,
Salomón y todos los demás de cuya semilla descendió
255
Cristo según la carne : el Señor hizo perfectos a estos
ciervos, cuyo cervatillo es este niño que de ellos nació
según la carne. 42. También me empuja aquello que está
escrito en el salmo CIII, donde dice: Los montes altos,
156
para los ciervos . Pues bien, de los ciervos ya dijimos
más arriba que por ellos se entiende algunos santos que
vinieron a este mundo para aniquilar el veneno de la ser-
piente. Por eso, veamos ahora quiénes son estos montes
excelsos que parecen como acotados para los ciervos ex-
clusivamente, pues nadie, sino los ciervos, puede subir a
ellos. Yo pienso que llamó montes altos a las personas
de la Trinidad, pues nadie es capaz de subir a su cono-
cimiento, a menos que se haga ciervo. 43. Pero a estos
mismos que aquí reciben el nombre de montes, en plu-
ral, en otros lugares se les llama, en singular, monte alto,
como dice Isaías: Súbete a un monte alto, tú que evan-
gelizas a Sión; levanta con fuerza tu voz, tú que evan-
151
gelizas a Jerusalén . Efectivamente, el mismo que se in-
terpretaba como Trinidad, por la distinción de las
personas, aquí se entiende como Dios uno, por la uni-
258
dad de sustancia . Y baste con esto para lo que atañe
al cervatillo.
CAPÍTULO 14
271. C t 2, 1 0 .
258 Orígenes
soro del rey: aprende que en esta casa, que es la Iglesia del
272
Dios vivo , hay también bodegas para el vino aquel que se
juntó en los santos lagares, bodegas, no sólo del vino nuevo,
sino también del añejo y dulce que es la doctrina de la ley
y de los profetas. Cuando ya está suficientemente ejercitada
en esto, recibe en sí al mismo Verbo que en el principio es-
273
taba junto a Dios , pero que no permanece siempre con
274
ella -esto no es posible a la naturaleza humana - sino que
a veces la visita y a veces la deja, para que así ella le desee
más aún. 1 1 . Ahora bien, cuando el Verbo de Dios la visi-
ta -según el sentido del versículo propuesto- se dice que
viene a ella saltando por los montes, es decir, revelándole los
excelsos y elevados conceptos de la ciencia divina, hasta que
consiga edificar la Iglesia, que es la casa del Dios vivo, co-
275
lumna y apoyo de la verdad , y se para junto a la pared
(o detrás de la pared), para no esconderse del todo ni estar
por completo a la vista. 12. Efectivamente, el Verbo de Dios
276
y la palabra de ciencia no se revela abiertamente y a la
277
vista de todos, ni de modo que lo pisoteen , sino que se
le encuentra solamente cuando se le ha buscado, y se le en-
cuentra, como dijimos, no a la vista de todos, sino encu-
bierto y como escondido tras la pared.
280. M t 5, 2 8 . 282. S b 6, 1 6 .
281. 2 C o 4, 1 8 .
14, 16-23 (Cantar 2, 9-10) 261
288. Is, 5 , 6 . 2 9 3 . 2 C o 2, 1 5 .
289. Le 1 6 , 1 6 . 2 9 4 . P r 1, 1 7 . S i g u e Orígenes
290. Sal 4 5 , 5 . jugando con los dos sentidos de
2 9 1 . J n 4, 14. díktyon = r e d y l a b o r d e rejilla o
292. Mt 21, 19. celosía.
14, 23-30 (Cantar 2, 9-10) 263
295. P r 6, 5 . 2 9 9 . Q o 7, 2 0 .
296. G n 1 0 , 9. 3 0 0 . J b 1 4 , 4 s.
297. M t 4 , 1 ss. 3 0 1 . 1 P 2, 22; 2 C o 5, 2 1 ;
298. R m 3, 2 3 . R m 8, 3 .
264 Orígenes
302. Sal 1 2 3 , 7. l i b r e d e p e c a d o ; y le ha l i b r a d o p a -
303. Sal 8 7 , 6 . El t e m a d e la g a n d o c o n su s a n g r e el p r e c i o del
redención lo propone Orígenes rescate. Se trata d e u n t e m a t r a d i -
s e n t a n d o c o m o base el m o t i v o d e cional y a en t i e m p o s d e O r í g e n e s .
la e s c l a v i t u d del h o m b r e respecto 304. Hb 2 , 1 4 ; Ef 4 , 8.
del d e m o n i o p o r causa del peca- 305. Ef 2 , 5 s.
d o : C r i s t o , e n c a r n á n d o s e , ha p o d i - 306. Ef 4 , 8.
d o l i b r a r al h o m b r e p e c a d o r , p o r - 307. M t 2 7 , 5 2 s.; H b 12, 22.
que él ha s i d o el ú n i c o hombre
1
LIBRO CUARTO
[Ct 2, 10b-13a]
CAPÍTULO 1
2
Mas vosotros no estáis en la carne, sino en el espíritu . 3.
Efectivamente, el Verbo de Dios no podría decirle de esta
manera que le es tan cercana, si ella no se uniera a El y
3
se hiciera con Él un solo espíritu , ni la llamaría hermosa,
4
si no viera que su imagen se renueva de día en día , y no
le diría: Paloma mía, si no la viera capaz de recibir el Es-
píritu Santo, que descendió en forma de paloma sobre Jesús
5
en el Jordán . 4. Efectivamente, esta alma había concebido
amor al Verbo de Dios y deseaba llegar a Él en raudo
vuelo, diciendo: ¿ Quién me dará alas como de paloma, para
6
volar y descansar? . Volaré con los sentidos, volaré con las
interpretaciones espirituales, y descansaré cuando haya com-
7
prendido los tesoros de su sabiduría y de su ciencia .
2. R m 8 , 9 . 7. C o l 2 , 3 .
3. 1 C o 6 , 1 7 . 8. C o l 3 , 5 .
4. 2 C o 4 , 1 6 . 9. R m 6, 5 .
5. M t 3 , 1 6 . 10. M t 3, 16.
6. Sal 5 4 , 6. 1 1 . C t 2, 1 1 .
IV, 1, 3-10 (Cantar 2, 10-13) 267
12
trina . 7. Por eso, cuando todo esto haya desaparecido del
alma, y hayan huido de ella las tormentas de los deseos,
entonces comenzarán a brotar en ella las flores de las vir-
tudes; entonces llegará para ella el tiempo de la poda y, si
algo hubiere de superfluo y menos útil en sus sentidos o
en sus facultades espirituales, que lo corte y que se atenga
a las yemas de la inteligencia espiritual. 8. Entonces tam-
bién oirá la voz de la tórtola: sin duda, la voz de la sabi-
duría que el administrador de la palabra habla entre los
perfectos, la sabiduría más profunda de Dios, oculta en el
13
misterio . Esto es realmente lo que indica la mención de
la tórtola. Efectivamente, esta ave pasa su vida en parajes
bastante ocultos y apartados de la muchedumbre, y ama la
soledad de los montes y el retiro de los bosques, lejos siem-
pre de la multitud y siempre ajena a las turbas.
1 2 . Ef 4 , 1 4 . 16. M t 1 5 , 13.
1 3 . 1 C o 2 , 6 s. 1 7 . 1 C o 3, 9.
14. C t 2, 1 3 . 1 8 . 1 C o 3, 6.
1 5 . G a 5, 2 2 . 19. M t 12, 33.
268 Orígenes
2 0 . J n 1 5 , 1. 2 2 . C t 2, 1 0 .
2 1 . 2 C o 2, 1 5 . 23. Ibid.
IV, 1, 10-17 (Cantar 2, 10-13) 269
24 25
a nada , y por eso dijo: cesó y se fue . 1 4 . Por consi-
guiente, hay bonanza en el alma cuando aparece el Verbo
de Dios y el pecado desaparece; y así, por último, cuan-
do florezca la viña, comenzarán a germinar las virtudes
y los árboles de frutos de buenas obras.
15. Pero Cristo vuelve ahora a decir estas palabras a
la Iglesia y encierra en el ciclo de un año toda la ex-
tensión del tiempo presente. Y así, como invierno, indi-
ca: bien el tiempo en que el granizo, los torbellinos y
los demás castigos de las diez plagas azotaban a los egip-
26
cios , bien cuando Israel sostenía diversas guerras, o bien,
incluso, cuando se opuso al Salvador y, arrebatado por
el torbellino de la incredulidad, se hundió en el naufra-
gio de la fe. 1 6 . Por eso, cuando a causa del pecado de
27
ellos vino la salvación para los gentiles , es decir, ahora,
llama El a la Iglesia hacia sí y le dice: Levántate y ven
28
a mí , porque ya se acabó el invierno que hundió a los
incrédulos y a vosotros os retenía en la ignorancia. Tam-
bién pasó la lluvia, es decir, ya no mandaré a las nubes,
29
esto es, a los profetas que hagan caer la lluvia de la
palabra sobre la tierra; la misma voz de la tórtola, o sea
la misma sabiduría de Dios, hablará en la tierra y dirá:
30
Yo mismo, el que hablaba, estoy presente . 1 7 . Por eso
en la tierra aparecieron las flores de los pueblos creyen-
tes y de las iglesias nacientes. Pero también ha llegado
el tiempo de la poda por medio de la fe en mi Pasión
y en mi Resurrección. Efectivamente, se podan y se qui-
2 4 . A l f i l e r a z o c o n t r a los g n ó s - 25. C t 2, 1 1 .
ticos; éstos, e f e c t i v a m e n t e , a t r i b u í - 26. E x 9 , 2 3 ss.
an v a l o r o n t o l ó g i c o al mal; O r í g e - 27. Rm 11, 11.
nes, en c a m b i o , considera al mal 28. C t 2, 1 0 .
platónicamente: sólo c o m o caren- 29. Is 5 , 6 .
cia de bien. 30. Is 5 2 , 6 .
270 Orígenes
3 1 . 2 C o 3 , 6. 3 4 . Esta insistencia d e O r í g e -
3 2 . Is 5, 7. nes en la capacidad del h o m b r e ( y
33. C t 2, 1 3 . de toda creatura racional) para d e -
IV, 1, 17-22 (Cantar 2, 10-13) 271
terminarse v o l u n t a r i a m e n t e en el t e c c i ó n d e los c r i s t i a n o s d e s a r r o -
b i e n y en el m a l tiene t a m b i é n u n llan s o l a m e n t e una labor prope-
s e n t i d o a n t i g n ó s t i c o . D e h e c h o , los déutica, de preparación, hasta el
g n ó s t i c o s distinguían d o s clases d e momento en q u e el c r i s t i a n o q u e
h o m b r e s : espirituales y m a t e r i a l e s , se les h a c o n f i a d o , habiendo su-
b a s á n d o s e en u n a d i s t i n c i ó n d e n a - perado la etapa de simplicidad,
t u r a l e z a , sin la m e n o r r e l a c i ó n c o n podrá unirse directamente a C r i s -
los m é r i t o s o d e m é r i t o s . t o y r e c i b i r d e El b i e n e s m á s c o n -
35. Hb 1, 1 4 . sistentes; v e r t a m b i é n n. 1 3 4 del
3 6 . M t 2 6 , 2 9 . L o s ángeles e n - lib. II, p . 1 3 7 .
c a r g a d o s d e la e d u c a c i ó n y pro-
272 Orígenes
CAPÍTULO 2
46. 2 C o 4, 18.
4 7 . C t 1, 6 . Cf. n. 9 2 d e l l i b . II, p . 1 2 6 .
276 Orígenes
54
Donde entró por nosotros, como precursor Jesús . 12. Pa-
recido es también lo que dice Dios por medio de Moi-
sés: Yo te pondré en una hendidura de la peña y verás
55
mis espaldas . Por consiguiente, esta peña que es Cristo
no está cerrada por todas partes, sino que tiene una hen-
didura. Pues bien, hendidura de la peña es la que revela
y hace a los hombres conocer a Dios. Por eso nadie c o -
5b
noce al Padre sino el Hijo . Por eso nadie ve las espal-
das de Dios, esto es, lo postrero que ocurrirá en los úl-
timos tiempos, si no se pone en la hendidura de la peña,
es decir, cuando conozca esas postrimerías por habérse-
las revelado Cristo.
54. Hb 6, 2 0 . m á s g e n e r a l : el L o g o s d i v i n o , en
55. E x 3 3 , 2 2 s. c u a n t o m e d i a d o r e n t r e D i o s y los
56. M t 1 1 , 2 7 . En otra parte, hombres, permite conocer a Dios
Orígenes relaciona con la huma- e n su p e r s o n a .
nidad asumida por el Verbo la 57. 2 C o 4, 1 8 .
h e n d i d u r a d e la p e ñ a , q u e p e r m i - 58. C t 2, 1 4 .
te c o n o c e r a l g o d e D i o s , en el s e n - 59. 2 C o 3, 1 8 .
t i d o d e q u e D i o s se da a c o n o c e r 60. J n 1, 1 4 .
en C r i s t o p o r la e n c a r n a c i ó n . A q u í 6 1 . Ex 1 9 , 1 9 .
expone el a r g u m e n t o de manera 62. C t 2, 1 4 .
278 Orígenes
19. Nos queda todavía por decir también algo con más
claridad sobre el término «antemuro». Como arriba diji
mos, significa un muro delante de otro muro, descripción
que también se da en Isaías, de esta manera: Pondrá mu
7
ralla y antemuro *. La muralla es la protección de la ciu
dad; ahora bien, otro muro delante de la muralla o alre
dedor, significa una protección mayor y más fuerte. 20.
Por él se da a entender que el Verbo de Dios cuando llama
al alma y la saca de las ocupaciones corporales y de los
sentidos corpóreos, desea instruirla sobre los misterios del
mundo futuro y de ahí buscarle protección para que, for-
CAPÍTULO 3
9 6 . Sal 7 9 , 2 0 . 9 9 . J n 1 3 , 2.
97. H b 1, 1 4 . 1 0 0 . C t 2, 1 5 .
98. 1 C o 2, 1 0 .
284 Orígenes
1 0 1 . J n 1 2 , 6; 1 3 , 2 9 . p r o t o t i p o del h o m b r e m a t e r i a l , o
1 0 2 . C f . supra, n. 3 6 . L a i n - sea, del h o m b r e d e s t i n a d o al p e -
sistencia en la v o l u n t a r i e d a d del c a d o y a la c o r r u p c i ó n p o r n a t u -
pecado d e J u d a s está en relación raleza, independientemente de la
con el hecho de que, para los d e c i s i ó n d e su v o l u n t a d .
gnósticos, este personaje era el
IV, 3, 6-14 (Cantar 2, 15) 285
103. 2 T m 2, 1 7 . 1 0 5 . M t 8, 1 9 ss.
1 0 4 . Sal 6 2 , 1 0 . 1 0 6 . L e 1 3 , 3 1 s.
286 Orígenes
1 0 7 . J e 1 5 , 3 ss. 109. C t 2, 1 5 .
1 0 8 . 2 Esd 1 3 , 35 [Ne 3 , 3 5 ] . 1 1 0 . Sal 6 2 , 1 0 .
IV, 3, 14-21 (Cantar 2, 15) 287
1 1 8 . 2 Esd 1 3 , 3 5 [Ne 3 , 3 5 ] . f i s m a s d e la f i l o s o f í a .
119. 1 C o 3, 18. 121. Alusión a las doctrinas
120. Entre los cristianos era gnósticas, q u e se p r e s e n t a b a n c o m o
tradicional contraponer la senci- esotéricas y destinadas a unos
llez del lenguaje evangélico al a r - p o c o s elegidos.
tificio d e la r e t ó r i c a y a l o s so-
290 Orígenes
126. Sal 1 1 8 , 1 6 5 .
ÍNDICES
ÍNDICE BÍBLICO
Génesis 3 8 , 9: 159
1: 34 38, llss.: 168
1, 2 4 . 2 7 : 147 43, 16.25s.: 146
1, 2 6 : 36, 243 49, lss.: 256
1, 2 6 - 2 7 : 36 4 9 , 9: 177, 178
1, 2 7 : 110, 149 49, 1 1 : 191
2, 1 : 147
2, 7: 36, 1 1 0 Éxodo
2, 1 5 : 222 1, 1 4 : 130
2, 2 4 : 171 2, 2 3 s . : 131
3, 4s.: 251 3 , 2ss.: 172
3, 2 4 : 287 3 , 6: 57
6, 3: 121 5, 7ss.: 131
9, 2 0 : 80 9, 1 2 : 130
9, 2 1 : 211 9, 2 3 s s . : 269
1 0 , 9: 263 10, 27: 130
1 2 , 1: 57 11, 10: 130
16, llss.: 111 1 2 , 5ss.: 195
18, ls. 145, 171 1 3 , 3: 96
19, 26: 250 1 4 , 7ss.: 161
22, lss.: 57 14, 24: 96
22, 1 6 57 14, 27: 161
22, 1 7 247 14, 29: 60
24, 67 42 1 4 , 30ss.: 60
25, 13 110 1 5 , 1: 60, 61
26, 13 237 16, 14: 96
26, 15 57 19, 19: 277
27, 2 7 135, 229 20, 12: 218
28, 12.17: 58 23, 22: 218
29, 17s.: 42 23, 26: 40
29, 18s.: 50 2 5 , 2: 111
3 2 , 2: 58 25, 18: 173
296 índice Bíblico
25, 3 1 : 173 4, 3 4 : 60
2 6 , 7: 111 6, 5 : 143
2 6 , 7ss.: 124 8, 1 5 : 249
3 0 , 22ss.: 86, 8 7 1 4 , 4ss.: 241
30, 29: 59 15, 21-22: 242
30, 34: 188 31, 19: 61
33, 22s.: 277 3 2 , 1: 62
35, 23: 125 32, 2s.: 62
3 2 , 8: 142
Levítico 3 2 , 8s.: 287
5, 2: 188 32, 8-9: 159
5 , 7: 195 3 2 , 9: 141
10, 14: 79 32, 32: 211
1 1 , 3: 205 32, 32s.: 83
11, 24.31ss.: 188 3 2 , 32ss.: 136
1 2 , 8: 195 32, 43: 219
20, 10: 159 3 4 , 7: 121
2 1 , 9: 159
25, 10: 88 Jueces
26, l i s . : 181 5, 1 2 : 62
26, 2 1 : 130 5, 1 5 : 62
26, 23: 130 1 5 , 3ss.: 286
26, 24: 130 1 5 , 4ss.: 288
26, 40: 130
26, 4 1 : 130 1 Samuel
2, 5 : 40
Números
2, 32s.: 68 2 Samuel
3, 5s.: 68 1 3 , 1: 42
4, 4 7 : 59 1 3 , 2: 42
6, 3ss.: 85 13, 14s.: 42
12, lss.: 111, 112 22, lss.: 62
1 2 , 2: 115
1 2 , 3: 116 1 Reyes
1 2 , 6ss.: 116 4, 2 9 : 56
20, 17: 128 4, 2 9 - 3 0 : 53
21, 16: 61 4, 2 9 s s . : 70
2 1 , 17s.: 61 10, lss.: 82
24, 17.7-9: 178 10, 1 - 1 0 : 113
10, 2: 117
Deuteronomio 1 0 , 3: 118
4, 2 4 : 132 1 0 , 4: 118
índice Bíblico 297
C a n t a r de los Cantares 3, 7 - 8 : 20
1,1 65, 6 9 , 71 4, 1 3 : 184
1, 2: 60, 74, 7 5 , 7 6 , 7 7 , 4, 13s.: 184
78, 80, 83, 8 5 , 9 0 , 5, 8: 43
104, 2 5 6 6, 8: 60, 94
1, 2 - 3 : 78 6, 8s.: 158
1, 2 - 4 : 256 6, 8ss.: 139
1, 3: 85, 86, 89, 90, 8, 5: 125, 1 2 7
100, 101
1, 3 s . : 93 Sabiduría
1, 4: 100, 101, 103, 6, 6: 158
104, 105, 107, 6, 1 6 : 51, 260
149, 2 5 6 7, 1 7 s . : 154
1, 5 115, 124 7, 17ss.: 245
1, 6 126, 137, 275 7, 2 0 : 220, 247, 248
1, 7 140, 143 7, 2 1 : 246
1, 8 149, 152, 153, 8 , 2: 43
157, 159 11, 20: 217
1, 9: 163, 164 11, 24: 217
1, 1 0 : 167 1 1 , 2 6 - 1 2 , 1: 217
1, 11-12: 172, 1 8 2
1, 1 2 : 177, 178, 180, 184 Eclesiástico (Si)
1, 1 3 : 187 1, 2 6 : 56
1, 1 5 : 194, 1 9 5 8, 5: 111
1, 1 6 : 197 13, 26: 279
1, 1 7 : 200
2, 2 201 Isaías
2, 3 85, 2 0 7 , 2 0 8 , 2 2 2 5, 1: 80
2, 4 212, 215, 216 5, l s s . : 63
2, 5 40, 2 1 8 , 2 2 3 , 224 5, 6: 262, 269
2, 7 230, 2 3 1 5, 7: 177, 270
2, 8 231, 233, 234 6, 2: 196
2, 9 231, 232 8, 7: 176
2, 1 0 : 232, 257, 2 6 1 , 9, 5: 252
268, 269, 272 1 1 , 2: 253
2, 1 1 : 236, 261, 266, 269 2 6 , 1: 279
2, 11-12: 232 26, 18: 38, 2 5 0
2, 1 3 : 232, 267, 270, 33, 22: 75
273, 280 4 0 , 3: 128
2, 1 4 : 233, 277, 278, 281 4 0 , 9: 252
2, 1 5 : 283, 286, 290 40, 15: 188
2, 1 6 s . : 208 45, 3: 103
300 Índice Bíblico
Jeremías Zacarías
2, 2 1 : 135 4 , 3: 196
5, 8: 247
9, 2 1 : 259 Mateo
16, 16: 239 1, l s s . : 252
3 5 , 5ss.: 83 3 , 3: 251
3 8 , 6ss.: 114, 123 3 , 7: 247
3 9 , 15ss.: 114 3, 1 0 : 205, 221, 272
3 9 , 16ss.: 123 3, 1 6 : 194, 266
5 0 , 1: 38 4, l s s . : 263
4, 1 1 : 169
Lamentaciones 4, 1 6 : 206, 2 0 7
4, 2 0 : 206, 281 5, 1: 81
5, 8: 78, 79, 253
Oseas 5, 1 4 : 128
2 , 8: 173 5, 2 1 s . : 81
10, 12: 154 5, 2 7 s . : 81
5, 2 8 : 260
Daniel 5, 4 4 : 215
2, 34: 240 6, 1 - 1 8 : 121
2, 3 4 s . : 188 6, 6: 104
6, 28ss.: 201
Ezequiel 6, 2 9 : 124
10: 34 7, 6: 258
2 3 , 4: 41, 176 8, 1 1 : 210
28, 13s.: 96 8, 19ss.: 285
40: 34 8, 2 0 : 288
9, 1 5 : 86
Miqueas 10, 24: 69
2, 1 2 : 188 10, 32: 281
11, 15: 38
Habacuc 11, 19: 81
3, 8: 162 11, 27: 51, 154, 253, 2 7 7
11, 29s.: 167
Sofonías 12, 33: 221, 267
3, 8: 122 12, 36: 278
índice Bíblico 301
Marcos Juan
4, 19: 202 1, 1: 163, 1 8 5 , 2 2 7 , 258
302 índice Bíblico
8, 3 5 . 3 9 : 45 9, 2 0 s . : 94
9, 5: 187 9, 2 2 : 101
9, 6 - 8 : 65 9, 2 4 : 92
10, 10: 78 10, lss.: 178
11, 11: 269 1 0 , 4: 276
11, llss.: 121 10, 1 1 : 174, 175
11, 11.26ss.: 280 1 1 , 3: 195
11, 25: 128 11, 10: 140, 281
1 1 , 25ss.: 122 11, 16: 199
11, 28: 110 1 2 , 8: 154, 156, 258
1 1 , 30ss.: 128 12, 12ss.: 139
11, 36: 46 12, 14ss.: 165
1 3 , 9: 49 12, 22: 213
13, 12s.: 146 12, 26: 159
1 4 , 2: 95 12, 27: 139, 166
15, 19: 238 1 3 , 2: 244, 278
16, 27: 59 1 3 , 7s.: 50
13, 13.8: 218
1 Corintios 13, 10: 118
1, 2: 221 13, 1 1 : 38
1, 1 0 : 251 13, 12: 118, 120, 207,208,
1, 3 0 : 65 232, 259, 272
2 , 6: 159 15, 24: 69
2, 6s.: 89, 148, 267 15, 24-26: 67
2, 9: 102, 120 15, 41s.: 247
2, 1 0 : 283 15, 45: 225
2, 1 1 : 51 15, 49: 40
2, 1 2 : 148, 160 15, 53: 155
2, 1 3 : 243
2, 1 4 : 98 2 Corintios
2, 1 5 : 195 2, 1 5 : 99, 183, 262, 268,
2, 15.14: 281 272
2, 16.12: 102 2, 1 5 s . : 91, 98
3, l s . : 37, 1 3 7 3 , 6: 270
3 , 6: 267 3, 14-16: 238
3 , 9: 229, 267 3, 1 6 : 175
3, 1 8 : 289 3, 16.13.18: 232
3, 1 9 : 160 3, 1 8 : 148, 276, 277, 278
4, 1 5 : 216, 250 4 , 8s.: 49
6, 1 5 : 197 4, 9: 217
6, 1 7 : 67, 94, 2 6 6 4, 1 6 : 36, 91, 198, 266,
8, 6: 137 278
304 índice Bíblico
4, 1 7 : 49 2, 1 5 : 251
4, 1 8 : 58, 9 9 , 177, 243, 2, 2 0 : 170
260, 275, 2 7 7 4 , 8: 264
5, 1 5 : 177 4, 1 3 : 37, 38
5, 1 6 : 66 4, 1 4 : 153, 248, 2 6 7
5, 2 1 : 263 4, 2 2 : 91
6, 1 1 : 209 4, 2 3 : 91
6, 14ss.: 218 4, 2 5 : 213
8, 9 : 227 5, 2: 86
9, 7: 152 5, 1 4 : 230
10, 4s.: 134 5, 2 1 - 2 7 : 166
1 1 , 3: 251 5, 2 5 : 215
11, 14: 198 5, 2 5 s . : 171
11, 28: 217 5, 2 6 : 164
1 2 , 2ss.: 103 5, 2 6 - 2 7 : 88
5, 26s.: 167
Gálatas 5, 2 7 : 86, 9 1 , 2 7 8
1, 2 : 199 5, 2 7 . 2 6 : 163
2, 2 0 : 171 5, 29s.: 166
3, 1 3 : 228 5, 3 2 : 136, 171
3, 1 9 : 59, 74, 1 6 9 , 1 7 3 6, 1 1 : 137
3, 2 4 : 85 6, llss.: 225
3, 2 5 : 85, 1 0 5 , 1 6 9 6, 1 2 : 161
3, 2 7 : 119 6, 1 6 : 224
3, 2 8 : 226
4, lss.: 85 Filipenses
4, 2: 105, 137, 169, 179 1, 2 3 : 96
4, 4: 169 2 , 6: 251
4, 1 9 : 250 2, 6 - 7 : 65, 88
4, 2 1 - 2 6 : 133 2, 6s.: 100, 1 8 8
4, 2 5 : 110 2 , 7: 91, 92
4, 2 6 : 66, 2 2 9 2 , 8: 92, 1 6 8
4, 3 1 : 133 3 , 7: 135
5, 1: 133 3, 8s.: 135
5, 2 2 : 88, 2 6 7 , 2 7 9 3, 12-14: 151
6 , 8: 40 3, 1 3 : 251
6, 1 6 : 65
Colosenses
Efesios 1, 5 : 163
1, 4 s s . : 170 1, 1 3 : 230
2, 5s.: 264 1, 1 5 : 40, 74, 1 1 1
2, 1 4 : 117, 121 1, 1 6 : 41
índice Bíblico 305
1, 18: 87 5, 1 3 : 84
1, 20: 66 5, 1 4 : 32, 9 5 , 9 6 , 1 8 5
1, 24: 163 6, 5: 95
2, 3: 79, 80, 102, 2 6 1 , 6, 2 0 : 86, 2 7 7
266 8, 2 : 125
2, 16: 206 8, 5: 206
2, 18: 175 9, 2 3 : 243
3, 2.1: 177 9, 2 4 : 125, 174
3, 5: 266 10, 1: 174, 2 0 6
3, 9: 138 10, 20: 178
3, 10: 222, 278 12, 12: 229
3, 11: 66 12, 22: 66, 6 7 , 120, 2 6 4
3, 14: 106 12, 23: 66
4, 3: 55
4, 6: 278
1 Pedro
1, 1 0 . 1 2 : 179
1 Tesalonicenses
1, 2 3 : 95
5, 1 3 : 214
2, 2: 32, 95
5, 1 7 : 120
2, 2 2 : 263, 276
2, 2 4 : 228
1 Timoteo
1, 15: 164
1 Juan
2, 5: 86, 1 9 8
1, 1: 95, 99, 1 8 5
2, 8s.: 74
1, 5 : 132
2, 14: 136
2, 1 : 196
2, 15: 50, 1 3 6
2, 2: 86
3, 15: 199, 258
5, 17: 2, 8: 185
213
6, 3: 288 2, 13s.: 37
6, 15: 65, 2 4 0 2, 19: 202
6, 16: 44, 92 4, 7: 51, 143, 230
4, 7s.: 43
2 Timoteo 4, 7 - 8 : 44
2, 1 7 : 285 4 , 8: 47, 50, 2 2 4
4, 7 : 237 4, 1 2 : 44
Hebreos Apocalipsis
1, 3 : 40, 1 1 1 , 176, 2 2 8 1, 4: 199
1, 1 4 : 210, 271, 283 2 , 7: 222
2, 2: 169 2, 18s.: 219
2, 1 4 : 171, 264 7, 1 4 : 178
4, 1 4 : 67, 2 4 0 17, 1 5 : 176
5, 1 2 : 32 19, llss.: 162
ÍNDICE DE NOMBRES Y MATERIAS
m o n i o s 2 8 3 ; c o n o c i m i e n t o de Cristo 266s.
a l m a ( v e r p r o g r e s a r en Cristo): 261
308 índice de nombres y materias
C r i s t o / H i j o / V e r b o (ver alma,
Iglesia): e s p o s o d e la Iglesia D a v i d : 4 2 , 62ss., 6 9 , 2 1 1 , 2 5 2 , 2 7 6 ,
y del a l m a 3 1 , 4 0 , etc.; ple 278
n i t u d d e C r i s t o 3 8 ; a m o r del Débora: 62
alma a C r i s t o 40s., 50; C r i s d e m o n i o s , diablo: 1 2 , 4 6 , 5 0 , 1 3 4 ,
t o i m a g e n de D i o s 4 0 ; C r i s t o 137, 1 6 1 , 169, 173, 198, 204,
primogénito 40; en Él han 208, 224s., 236, 248ss., 2 6 3 ,
sido creadas t o d a s las cosas 283, 285, 287s.
40; amor a C r i s t o 106s.; a m o r deseo: y a m o r 4 3 , 4 7 ; v e r ágape
de Cristo 49; Cristo Dios Dios (ver amor, Cristo): Dios
44s.; Cristo y el Padre 51, Padre e Hijo 44; amor a Dios
199, 253, 282; Cristo y los y unión con Dios 45, 53; Dios
profetas 74s.; C r i s t o sustan fuego que consume 132; c ó m o
cia de las v i r t u d e s 1 0 7 ; C r i s amar a Dios 212ss.; v o z de
t o justicia, paz, verdad 107; D i o s 2 5 1 ; a l g u n o s herejes c o n
participar de Cristo 120, sideran al D i o s d e la l e y in
2 2 2 s . ; C r i s t o el u n g i d o p o r el ferior a Cristo 172
Espíritu Santo 86, 88; encar dioses p a g a n o s : 4 6
n a c i ó n d e C r i s t o 8 6 s s . , 9 1 ss., doctores d e la Iglesia: 2 8 4
1 8 7 ; e c o n o m í a d e la e n c a r n a doctrina de Cristo: 105s.
ción 1 8 8 ; obediencia de C r i s d o n c e l l a s (= cristianos imperfec
to 168; resurrección 177; re tos): 100s., 103s., 105s.; ver
dención 263; perfume de p r o g r e s a r en Cristo
índice de nombres y materias 309
1 3 9 , 1 6 6 ; C r i s t o cabeza de la Jericó: 4 5
Iglesia 2 2 7 ; r e v e l a c i ó n d e C r i s - Jerusalén: 4 1 , 4 5 , 66; Jerusalén te-
t o a la Iglesia 1 4 5 ; Iglesia sin r r e n a l 1 1 0 ; celeste 1 4 , 1 2 0 , 1 3 3 ,
mancha ni arruga 163, 278; 1 3 4 , 1 3 7 ; hijas de J e r u s a l é n 2 4 ,
m i e m b r o s de la Iglesia 1 6 6 ; la 43, 109ss., 115s., 1 2 2 , 124s.,
Iglesia casa d e D i o s 1 9 9 , 2 5 9 ; 127, 1 3 8 , 228s., 2 3 1 ; = visión
florecimiento de la Iglesia d e la p a z 1 1 7 , 1 2 0
2 0 1 s . ; la Iglesia b a j o la p r o - Jonadab: 82, 83
tección d e C r i s t o 2 0 5 ; la Igle- J o s é patriarca: 1 4 6 s .
sia j a r d í n de delicias 2 2 2 ; p r e - J u a n Bautista ú l t i m o de los p r o -
sencia y ausencia d e C r i s t o en fetas: 2 6 2
la Iglesia 2 3 4 ; la Iglesia y las Judá: 1 6 8
Sagradas Escrituras 2 6 1 ; la Judas traidor: 2 4 8 , 2 8 4
Iglesia llega a C r i s t o a través Judea: 1 9 0
de tentaciones y tribulaciones
2 6 3 ; c r e c i m i e n t o y d i f u s i ó n de Mambré: 145s., 171
la Iglesia e n el m u n d o 2 6 9 s s . ; María, hermana de Marta: 1 2 0 ,
la Iglesia católica 2 8 1 ; la Igle-
183s.
sia y los herejes 2 8 4 s . ; d o c t o -
M a r í a , h e r m a n a de M o i s é s : l l l s . ,
res de la Iglesia 2 8 4
115, 2 1 7
imagen: 1 5 s . , 2 0 , 2 5 , 3 1 , 3 6 , 4 0 , Marta: 1 2 0
76, 8 1 , llOs., 1 1 8 , 139, 149, m i e m b r o s corporales y espiritua-
1 5 2 , 1 7 4 ; r e c u p e r a r la i m a g e n les: 3 2 , 3 8 s . , 1 3 9 , 1 6 6 , 1 9 7 , 2 1 3 ,
del H i j o de D i o s 2 2 2 266
i n c o r p ó r e a s e invisibles: s o n las mirra: 8 7 , 1 8 6 , 188s., 2 2 0
realidades verdaderas 174; Mishná: 3 4
c o n t e m p l a r las realidades i n - misterios divinos: 89, 1 7 7
corpóreas y eternas 2 7 6 M o i s é s : 3 6 , 5 3 , 6 0 s . , 6 8 , 8 7 , HOss.,
inmortalidad: 44, 1 1 7 115s., 1 2 1 , 126, 1 3 1 , 159,1 7 1 ,
Isaac: 1 3 , 4 2 s . , 5 7 , 1 1 0 , 1 7 2 , 2 1 0 , 2 1 7 , 2 3 8 , 2 4 l s . , 2 4 6 , 2 7 7 ; in-
2 2 9 , 2 3 7 , 2 5 2 ; s í m b o l o de la dica s i m b ó l i c a m e n t e la Sagra-
filosofía n a t u r a l 5 7 da E s c r i t u r a 6 1
Isaías: 6 3 , 7 5 , 8 0 , 1 7 6 , 2 2 3 , 2 5 2 , m u e r t e : 2 0 7 , etc.; d e C r i s t o 2 6 6
279
Ismael: 1 3 , 1 1 1 nardo: 182ss.
Israel: 1 2 1 s s . , 1 2 7 s . , 1 3 1 , 1 4 1 , 1 6 1 , naturaleza humana: 48; conoci-
etc. m i e n t o de la n a t u r a l e z a 5 6
nazir: 8 5
Jacob: 42s., 50, 5 7 , 1 1 0 , 1 4 1 , 172, N e m r o d , s í m b o l o del d i a b l o : 2 6 3
178, 188, 2 1 0 , 229, 252, 256, n i ñ o s , p e q u e ñ o s (en s e n t i d o espi-
287; símbolo de la filosofía ritual): 3 3 , 3 7 s . , 1 3 7
contemplativa 5 7 Noé: 80, 1 2 1 , 2 1 1
índice de nombres y materias 311
INTRODUCCIÓN 5
1. Vida de Orígenes 5
2. Obras 8
3. Principios de exégesis 13
4. El Comentario al Cantar de los Cantares 19
ORÍGENES
COMENTARIO AL
CANTAR DE LOS CANTARES
Prólogo 31
Libro primero 73
Libro segundo 109
Libro tercero 193
Libro cuarto 265
Editorial C i u d a d N u e v a
AGUSTÍN DE HIPONA
- Confesiones (60)
AMBROSIO DE MILÁN
- La penitencia (21)
- El E s p í r i t u S a n t o ( 4 1 )
- E x p l i c a c i ó n del S í m b o l o - L o s s a c r a m e n t o s - L o s m i s t e r i o s ( 6 5 )
- El m i s t e r i o d e la E n c a r n a c i ó n del S e ñ o r ( 6 6 )
ANDRÉS DE CRETA
ATANASIO
- L a e n c a r n a c i ó n d e l V e r b o (6)
- C o n t r a los paganos ( 1 9 )
- V i d a de A n t o n i o (27)
- Epístolas a S e r a p i ó n s o b r e el E s p í r i t u S a n t o ( 7 1 )
BASILIO DE CESÁREA
- El E s p í r i t u S a n t o ( 3 2 )
CASIODORO
- Iniciación a las S a g r a d a s E s c r i t u r a s ( 4 3 )
CESÁREO DE ARLES
- C o m e n t a r i o al A p o c a l i p s i s (26)
CIPRIANO
- L a u n i d a d de la Iglesia - El P a d r e n u e s t r o - A D o n a t o (12)
- ¿ P o r q u é C r i s t o es u n o ? ( 1 4 )
CIRILO DE JERUSALÉN
- El E s p í r i t u S a n t o ( 1 1 )
- Catequesis (67)
CROMACIO DE AQUILEYA
- C o m e n t a r i o al E v a n g e l i o de M a t e o (58)
DIADOCO DE FÓTICE
DÍDIMO EL CIEGO
- T r a t a d o s o b r e El E s p í r i t u S a n t o ( 3 6 )
EPIFANIO EL MONJE
- V i d a de M a r í a (8)
EVAGRIO PÓNTICO
- O b r a s espirituales (28)
GERMÁN DE CONSTANTINOPLA
GREGORIO DE NISA
GREGORIO MAGNO
GREGORIO NACIANCENO
- H o m i l í a s s o b r e la N a t i v i d a d (2)
- La pasión de C r i s t o (4)
- Fuga y autobiografía (35)
- Los cinco discursos teológicos (30)
GREGORIO TAUMATURGO
HILARIO DE POITIERS
JERÓNIMO
- C o m e n t a r i o al E v a n g e l i o d e san M a r c o s ( 5 )
- La perpetua virginidad de María (25)
- C o m e n t a r i o al E v a n g e l i o d e M a t e o (45)
- C o m e n t a r i o al Eclesiastés ( 6 4 )
JUAN CRISÓSTOMO
JUAN DAMASCENO
LEÓN MAGNO
MÁXIMO EL CONFESOR
- Meditaciones s o b r e la a g o n í a d e J e s ú s ( 7 )
- Tratados espirituales (37)
MINUCIO FÉLIX
- Octavio (52)
NlCETAS DE REMESIANA
- T r a t a d o ascético ( 2 4 )
ORÍGENES
- C o m e n t a r i o al C a n t a r d e l o s C a n t a r e s ( 1 )
- H o m i l í a s s o b r e el É x o d o ( 1 7 )
- H o m i l í a s s o b r e el G é n e s i s ( 4 8 )
- H o m i l í a s s o b r e el C a n t a r d e l o s C a n t a r e s ( 5 1 )
PADRES APOSTÓLICOS (50)
PEDRO CRISÓLOGO
- Homilías escogidas ( 4 4 )
RUFINO DE AQUILEYA
- C o m e n t a r i o al s í m b o l o a p o s t ó l i c o ( 5 6 )
TEODORETO DE CIRO
- El m e n d i g o ( 7 0 )
TERTULIANO
- El a p o l o g é t i c o ( 3 8 )
- A l o s m á r t i r e s - El e s c o r p i ó n - L a h u i d a e n la p e r s e c u c i ó n ( 6 1 )
- A l o s p a g a n o s - El t e s t i m o n i o d e l a l m a ( 6 3 )