Está en la página 1de 15

ARCHIVOS

ALGO SOBRE LOS HISTORIADORES


Y LOS ARCHIVOS

Manuel M I Ñ O GRIJALVA
El Colegio de México

Los historiadores siempre pensamos en reuniones como el


"historiador frente a la historia", el "historiador y las cien-
cias sociales", pero t a m b i é n creo que es i m p o r t a n t e pensar
e n "el historiador y los archivos", que constituyen la fuen-
te b á s i c a y f u n d a m e n t a l de nuestro quehacer. A u n siendo
así, los hemos olvidado o cuando menos, los hemos rele-
gado a u n segundo p l a n o . N o hay d u d a ahora de la i m p o r -
tancia d e l archivo m o d e r n o , n o sólo p o r q u e es la m e m o r i a
de los pueblos, sino p o r q u e en t é r m i n o s p r á c t i c o s y coti-
dianos n o es posible i m a g i n a r u n a a d m i n i s t r a c i ó n p ú b l i c a
que decida innovar todos los días, creando de la víspera, sin
r e c u r r i r a su experiencia, que es u n o de los equivalentes de
la m e m o r i a . Yes que los pueblos c o m o los ciudadanos tie-
n e n derechos y t i e n e n t í t u l o s que es necesario respetar,
p o r q u e tanto derechos c o m o obligaciones se encuentran
registrados en u n archivo. Por esta r a z ó n recordaba Guy
D u b o s c q que es necesario reconocer la i m p o r t a n c i a de los
archivos, que antes de ser h i s t ó r i c o s "son los cimientos en
1
que se f u n d a u n a b u e n a a d m i n i s t r a c i ó n " .
Sin embargo, nos sorprende que cuando u n archivo fun-
c i o n a m a l , entonces nuestro j u i c i o suele ser casi siempre

1
Guy DUBOSCQ: "Importancia de los archivos modernos para los paí-
ses en vías de desarrollo", en Boletín de la Unesco para las Bibliotecas, xvn:
5 (sep.-oct. 1963), p. 268.

HMex, XLVII: 3, 1998 655


656 MANUEL M I Ñ O GRIJALVA

implacable. T a l vez esto se deba a que nuestra p r o p i a for-


m a c i ó n escolar n o tuvo u n c o m p l e m e n t o medular: no i n -
c o r p o r ó la archivística como u n a disciplina fundamental, si
b i e n es cierto que aprendimos o e n s e ñ a m o s p a l e o g r a f í a .
Pero ésta, incluso, va siendo u n a materia cada vez m á s ais-
lada de los intereses de los j ó v e n e s historiadores. Y esto
p o r q u e la historia reconoce u n a fuerte f u n c i ó n social y
el presente d e s e m p e ñ a u n papel d e t e r m i n a n t e en la com-
p r e n s i ó n del pasado. Es evidente t a m b i é n que los archivos
t i e n e n una f u n c i ó n social, p a r t i c u l a r m e n t e educativa, que
va m á s allá del r e d u c i d o g r u p o de investigadores, m á s allá
del l i m i t a d o m u n d o de los historiadores e n que la vida de
los archivos se h a visto inmersa. T a l vez p o r ello S á n c h e z
Belda aseveraba, de manera pesimista, que la labor del
archivista "no ha trascendido a la sociedad" y p o r ello sufría
2
las consecuencias.
E l p o r q u é de la r e l e g a c i ó n de los archivos tiene algunas
explicaciones. E n m i é p o c a de estudiante p e s ó demasiado,
y en algunas universidades atrasadas sigue pesando, la fuer-
te i m p o s i c i ó n de l o que entonces se l l a m ó "el marco teóri-
co", que como alguna vez en clase Luis G o n z á l e z nos decía,
era m á s marco que t e o r í a . Esto resultaba luego en u n a
t e r r i b l e c o m p l i c a c i ó n . Por o t r a parte, la b ú s q u e d a de las
fuentes primarias y su elegante " h e r m e n é u t i c a " , tampoco
h a sido c o n d u c i d a c o n suficiente c l a r i d a d y c o n o c i m i e n t o .
Así, el archivo es fuente de c o n f u s i ó n y el trabajo de inves-
t i g a c i ó n u n e m b r o l l o d e l que pocos h a n salido b i e n libra-
dos, p a r t i c u l a r m e n t e p o r el abuso de la " t e o r í a " o su mala
aplicación.
El olvido d e l archivo tiene t a m b i é n que ver c o n la falta
de desarrollo de la p r o p i a disciplina. H a n sido pocos los
casos en que los responsables de su c o n d u c c i ó n son gente
preparada para ello; p o r l o general, ha prevalecido la ten-
dencia a i n c o r p o r a r a u n h i s t o r i a d o r c o m o archivista, por-
que se supone casi siempre que es el m á s i d ó n e o para ello.
Schellenberg aseveraba que, generalmente, en los países

2
Luis SÁXCHKZ BELDA: "Misión social de los archivos", en Revista de
Archivos, Bibliotecas y Museos, t. xv, 1958, p. 285.
ALGO SOBRE LOS HISTORIADORES 657

hispanoamericanos se selecciona, para ocupar el cargo de


d i r e c t o r de los archivos, a a l g ú n c a t e d r á t i c o o gente de le-
tras que llega a ese puesto p o r influencias o, como él dice,
p o r "amistad" c o n el ejecutivo, p e r o sin la p r e p a r a c i ó n
necesaria y como justificación para ser acreedor a u n a pen-
s i ó n vitalicia, con lo cual el flamante d i r e c t o r se ocupa m á s
de sus propias investigaciones que de ordenar, catalogar y,
en general, organizar el archivo, tarea que queda relegada
a los subalternos, casi siempre poco preparados para ello,
3
c o n grave perjuicio para el p ú b l i c o .
El h o n o r , p r o d u c t o de nuestra m e n t a l i d a d hispanoame-
ricana nos hajugado t a m b i é n bromas pesadas. Ser archivista
era s i n ó n i m o de desprestigio en el sentido de que esta fun-
c i ó n n o t e n í a la "jerarquía" de u n historiador, sin pensar que
sea archivista o no, si carece de la suficiente p r e p a r a c i ó n tam-
p o c o tiene j e r a r q u í a alguna. S á n c h e z Belda comenta como
i l u s t r a c i ó n —que b i e n puede aplicarse al caso latinoameri-
cano— que "un d í a estaba el [famoso t o r e r o ] Guerra en su
tertulia cordobesa, cuando paso p o r la acera [banqueta] u n
s e ñ o r desconocido; p r e g u n t ó el t o r e r o q u i é n era, y alguien
le contesto que el nuevo archivero [archivista]. ¡Osú! ¡Hay
gente pa t ó ! , fue su l a c ó n i c o comentario". Y concluye Bel-
da, c o n t o d a r a z ó n "Yes que hemos vivido en nuestro pe-
q u e ñ o m u n d o sin preocuparnos de la sociedad, y la socie-
4
d a d nos desconoce cuando m á s podemos necesitarla".
A estas alturas de nuestro c o n o c i m i e n t o los historiadores
debemos repensar la idea de d i r i g i r u n archivo, p o r q u e
nuestra f u n c i ó n empieza d o n d e t e r m i n a la del archivista.
Se p u e d e s u p o n e r q u e el h i s t o r i a d o r , q u i e n sabe de la
i m p o r t a n c i a de u n a d o c u m e n t a c i ó n la esconde, o mejor
d i c h o , la selecciona; d i f í c i l m e n t e la p o n e a d i s p o s i c i ó n del
p ú b l i c o . Empieza p o r creer que la d o c u m e n t a c i ó n es suya,
y é s t e viene a ser u n p r i m e r paso hacia el desastre.
Pero la disciplina archivística ha avanzado tanto que aho-
ra n o s ó l o hablamos de escuelas cuya c o n t r i b u c i ó n a la

3
T . R . SCHFI.I.EMBERC;: Archivos modernos, principios y técnicas. México:
Archivo General de la Nación, 1987, p. 33.
4
SÁNCHEZ BLI.UA, 1958, p. 285.
658 MANUEL M I Ñ O GRIJALVA

c r e a c i ó n y o r d e n a m i e n t o de u n archivo son i n t e r n a c i o n a l -
mente reconocidas, sino que se ha llegado a crear u n Sis-
tema Nacional de Archivos, c o n f o r m a d o de acuerdo c o n
principios internacionales. T a l vez como u n a r e a c c i ó n a su
olvido y, p o r supuesto, a la imperiosa necesidad de contar
con archivos organizados, se ha levantado desde hace d é c a -
das u n a fuerte c o r r i e n t e en pos d e l rescate, o r g a n i z a c i ó n y
o r d e n a m i e n t o de archivos h i s t ó r i c o s y administrativos p o r
m e d i o de la e n s e ñ a n z a , la ú n i c a f o r m a de impulsar la for-
m a c i ó n de recursos humanos calificados que puedan aten-
derlos. Ciertamente, los p r i m e r o s cursos, licenciaturas y
m a e s t r í a s en a r c h i v o n o m í a y b i b l i o t e c o l o g í a se inaugura-
r o n en la UNAM hacia 1956, al t i e m p o que se creaban escue-
las similares en Venezuela y n a c í a la prestigiada Escuela de
Archivistas de la U n i v e r s i d a d N a c i o n a l de C ó r d o b a , en
A r g e n t i n a , hacia 1959 y actualmente funciona la Escuela
N a c i o n a l de B i b l i o t e c o l o g í a y Archivística, que n o parecie-
5
ra tener u n a similar en los estados.
Debemos pensar que necesitamos optar p o r profesiones,
y subrayo, profesiones o carreras tan escasas y tan necesarias
en nuestro m e d i o que sin d u d a son u n a gran o p c i ó n , con-
ducidas con seriedad y r e f l e x i ó n . E l desarrollo internacio-
nal de la archivística es ya n o sólo u n a promesa, sino u n a
realidad que tenemos que c o n t e m p l a r e integrar en nues-
tros esquemas y opciones profesionales. Reitero la i m p o r -
tancia de la f o r m a c i ó n de archivistas profesionales, que
sean t é c n i c o s capacitados y n o los b u r ó c r a t a s incapaces o
mediocres que las administraciones p ú b l i c a s suelen enviar
de vez en vez para encargarse de los archivos. Es necesario
invertir en ello, aunque c o m o repite Duboscq, esto asuste
a los dirigentes de la cultura y e d u c a c i ó n de u n país o de u n
estado, sobre t o d o p o r q u e en el caso hispanoamericano
t o d o está p o r c o n s t r u i r y organizar y en l o que se hace se
e m p l e a n recursos materiales y financieros m u y inferiores a
los que necesitamos. E l objetivo f u n d a m e n t a l es "empezar

3
Aurelio TAXODI: "Enseñanza Archivística en América Latina", en
Revista de la Unesco de Ciencias de la Información, Bibliotecología y Archivolo-
gía, i:2 (abr.-jun. 1979), pp. 121-132.
ALGO SOBRE LOS HISTORIADORES 659

b i e n , sentar bases sólidas y serias; poco a poco, al pasar los


a ñ o s , los decenios y los siglos, la o r g a n i z a c i ó n i r á adqui-
r i e n d o cuerpo, pero no h a b r á que cambiar nada en la base,
6
p o r q u e t o d o e s t a r á b i e n fundado".
L a o r g a n i z a c i ó n va de la m a n o con la f o r m a c i ó n de
7
inventarios y c a t á l o g o s que es necesario impulsar, pero si
b i e n su i m p o r t a n c i a es similar, sin embargo, es el inventa-
8
r i o el que precede al c a t á l o g o . M i c h e l D u c h e i n , hacien-
d o a b s t r a c c i ó n de la i m p o r t a n c i a de u n o y de o t r o , d e c í a
que sin u n a d e s c r i p c i ó n adecuada "los archivos son c o m o
u n a c i u d a d desconocida sin plano, o c o m o el cofre de u n
9
tesoro sin llave".
El a d m i n i s t r a d o r frecuentemente a r g u m e n t a que los
archivos apenas son visitados p o r sus investigadores natu-
rales, los historiadores; sin embargo, es visible que existe
u n a e c l o s i ó n de l í n e a s de i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a contem-
p o r á n e a . Por citar dos casos allí está la muestra de El histo-
riador frente a la historia y el c o n j u n t o de la serie Boletín de
0
Fuentes para la Historia Económica de México} Estas publica-
ciones revelan u n uso permanente y variado de la docu-
m e n t a c i ó n . A h o r a conocemos m u c h o m á s sobre alcabalas,
diezmos, d e m o g r a f í a h i s t ó r i c a , p o b l a c i ó n , hacienda, p o r
citar unos cuantos ejemplos. De igual f o r m a empiezan a
aparecer archivos de bancos e instituciones de c r é d i t o
p ú b l i c o s o privados. Y así p o d r í a m o s hacer u n a larga y abu-
r r i d a e n u m e r a c i ó n capaz de mostrar el servicio que los
archivos h i s t ó r i c o s prestan o p u d i e r a n prestar a sus inves-
tigadores. E l p r o b l e m a reside, tal vez, e n los tiempos que
d e m o r a e l h i s t o r i a d o r para mostrar sus resultados. Pero el
hecho es que existe u n notable crecimiento h i s t o r i o g r á f í c o
m e x i c a n o y mexicanista que revela t a m b i é n la m u l t i p l i -
c a c i ó n y, ¿ p o r q u é no?, u n a creciente p r e o c u p a c i ó n p o r
ordenar, sistematizar, clasificar y a b r i r los archivos a la i n -

6
DUBOSCQ, 1 9 6 3 , p. 2 7 1 .
7
Antonia HEREDIA HERRERA: Manual de Instrumentos de Descripción Docu-
mental. Sevilla, 1 9 6 2 , pp. 38-39.
8
HEREDIA HERRERA: 1 9 6 2 , p. 3 9 .
9
DUCIIEIN: "Prólogo", en HEREDIA HERRERA, 1 9 6 2 , s.p.
1 0
N ú m e r o s 1-8 de 1 9 9 0 - 1 9 9 2 .
660 MANUEL MIÑO GRIJALVA

vestigación. Este esfuerzo es claramente observable incluso


en el caso de algunos archivos eclesiásticos.
Sin embargo, a pesar de todo, la tarea parece m á s larga,
p o r q u e si b i e n se ha avanzado en la f o r m a c i ó n de recursos
humanos y en la c r e a c i ó n de reducidos centros d o c u m e n -
tales de docencia, este esfuerzo se ve severamente l i m i t a d o
si volvemos nuestros ojos a la provincia. Resulta contradic-
torio que en el Estado de M é x i c o , caso que conozco m á s de
cerca, t o d a v í a existan archivos de gran i m p o r t a n c i a aban-
donados. E l caso m á s d r a m á t i c o lo constituye el archivo de
la f u n c i ó n j u d i c i a l , que n o ha p o d i d o integrarse a la r e d del
Sistema N a c i o n a l de Archivos y b u e n a parte d e l cual se
encuentra abandonada en dos localidades del valle de
Toluca. Éste es sólo u n caso.
N o es de e x t r a ñ a r tampoco que la o r g a n i z a c i ó n del sis-
tema estatal adolezca de errores operativos que la planea-
c i ó n t é c n i c a n o puede solucionar. Resulta curioso que la
C o o r d i n a c i ó n de Archivos estatales esté desligada comple-
tamente del f u n c i o n a m i e n t o archivístico, pues cada u n o de
los archivos f u n c i o n a sin n i n g u n a r e l a c i ó n c o n la c o o r d i -
n a c i ó n , que en la p r á c t i c a a ú n n o ha d e f i n i d o su papel. Así
el usuario puede observar, p o r u n lado, el A r c h i v o H i s t ó -
rico de N o t a r í a s , excelente p o r l o d e m á s (trasladado
recientemente a u n a " h o r r i b l e casa" c o m o d i r í a u n inves-
t i g a d o r ) ; el f u n d a m e n t a l A r c h i v o H i s t ó r i c o del Estado de
M é x i c o ; el archivo d e l Poder Ejecutivo; el A r c h i v o y Biblio-
teca D r . J o s é M a r í a Luis M o r a de la f u n c i ó n legislativa, y el
i n m e n s o r e p o s i t o r i o del A r c h i v o Judicial, sin i n c l u i r los
numerosos archivos municipales. Si n o fuera p o r q u e la
Guía de Archivos elaborada p o r el A r c h i v o General de la Na-
c i ó n p r o p o r c i o n a u n a m e n c i ó n sobre ellos, s e r í a difícil
cualquier investigador saber de su existencia y en el
caso del A r c h i v o J u d i c i a l apenas se sabe de su existencia.
Por ello a pesar de su p o t e n c i a l a ú n n o puede decirse que
el Estado de M é x i c o cuenta con u n sistema estatal de archi¬
vo s u n i f o r m e y coherente. N o existe iiníi l e g i s l a c i ó n cl<tr3.
los l í m i t e s de a c c i ó n resultan c o n t r a d i c t o r i o s entre sí y3.
que de existir el sistema estatal bajo la j u r i s d i c c i ó n
del A r c h i v o d e l Poder Ejecutivo, es el A r c h i v o H i s t ó r i c o
ALGO SOBRI: LOS HISTORLADORES 661

ahora bajo la d i r e c c i ó n de la licenciada M a r í a Teresa D o -


rantes de Silva, el que p o r Decreto de Isidro Fabela tiene la
facultad de presidir la o r g a n i z a c i ó n archivística estatal. Es-
tas contradicciones, ciertamente, son fruto del crecimiento
que es necesario readecuar o reorganizar de manera plani-
ficada. Este caso posiblemente n o sea el ú n i c o t r a t á n d o s e de
los archivos de los estados, pero es u n i n d i c a d o r de necesi-
dades propias de u n a e x p a n s i ó n que enfrenta acervos fun-
damentalmente administrativos c o n acervos h i s t ó r i c o s .
En t é r m i n o s de la o r g a n i z a c i ó n archivística, la m a n e r a
e n que viene f u n c i o n a n d o el Sistema N a c i o n a l de A r c h i -
vos en algunos de nuestros p a í s e s , p a r e c e r í a c o n d u c i r a esa
l u c h a i m p l í c i t a entre la ya t r a d i c i o n a l d i c o t o m í a entre el
sector administrativo y, digamos, el " a c a d é m i c o " , es decir,
entre los archivos administrativos y los archivos h i s t ó r i c o s ,
lo cual n o es m á s que u n reflejo de la poca i m p o r t a n c i a que
las autoridades conceden a la m o d e r n i z a c i ó n de sus acer-
vos. S e r í a i m p o r t a n t e que para empezar se dotara de edifi-
cios propios, adaptados o construidos para el efecto, de
otra m a n e r a el subsuelo es el destino ad hoc para evitar su
olvido.
Pero en realidad, ¿ q u é servicio puede prestar la orga-
n i z a c i ó n de los archivos al país? Visto del lado de este úl-
t i m o el archivo h i s t ó r i c o n o tiene m u c h o sentido. Así l o
expresaba u n o de los creadores- d e l Sistema N a c i o n a l de
Archivos, en u n o de sus balances de 1991. E l Sistema d e b í a ,
sobre todo, "reorganizar al p r o p i o A G N " c o n la idea defini-
da de hacerlo "abandonar su c a r á c t e r de archivo h i s t ó r i c o
poco consultado" para d o t a r l o de "una d i n á m i c a m á s acti-
va para convertirse e n el ó r g a n o n o r m a t i v o d e l Sistema,
i m p u l s a n d o d i á l o g o s , reuniones, encuentros y seminarios
11
de r e f l e x i ó n y a p o r t a c i ó n de soluciones".
En otras palabras, el archivo h i s t ó r i c o estaba m u e r t o pa-
ra el f u n c i o n a r i o , p o r l o tanto, era necesario revivirlo y sus
funciones d e b í a n ser redefinidas. A d e m á s , d e b í a ser la
cabeza encargada de c o n d u c i r la o r g a n i z a c i ó n archivística

" ORO/.CO BARBOSA: "El Sistema Nacional de Archivos: situación, actual


y perspectivas", en Foro Archivístico, 2 (jul.-dic. 1991) , p. 6.
662 MANUEL MIÑO GRIJALVA

nacional. Los resultados, a 20 a ñ o s de distancia, apoyan


estas ideas. Su capacidad de c o n d u c c i ó n está fuera de
dudas, pero la i n t e g r a c i ó n del Sistema aparece d é b i l y hete-
r o g é n e a particularmente en su r e l a c i ó n con los estados.
L a experiencia está demostrando que es necesario replan-
tear el hecho de j u n t a r archivos administrativos c o n archi-
vos h i s t ó r i c o s . E n este p u n t o , el p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l de
la o r g a n i z a c i ó n interna d e b e r í a regir la o r g a n i z a c i ó n exter-
na, es decir, es necesario respetar el p r i n c i p i o de o r i g e n y
procedencia, pero de acuerdo con la naturaleza de cada
acervo, de tal manera que no se alteren los objetivos n i las
funciones que cada u n o debe c u m p l i r desde la p l a n e a c i ó n
hasta la e j e c u c i ó n ; de otra manera no se p o d r í a evitar la
c o n f u s i ó n de intereses y el p r e d o m i n i o de u n o sobre o t r o .
T a l vez se ha c o n f u n d i d o el acto centralizador de las nor-
mas c o n la c o n c e n t r a c i ó n física. Los archivos deben que-
darse e n las unidades p ú b l i c a s que los generan, para que
así p u e d a n prestar u n servicio eficiente al administrador
que ahora los necesita, de igual f o r m a que las universida-
des h a n empezado a f o r m a r centros de estudios y archivos
con d o c u m e n t a c i ó n p r o p i a , y de manera semejante a lo
que sucede con los archivos de n o t a r í a s o los acervos m u n i -
cipales. Es de esperar que se discuta cada c e n t r a l i z a c i ó n en
las capitales de los estados o del p a í s . Por lo d e m á s , respe-
tar su o r i g e n y procedencia p e r m i t e r e p a r t i r los costos, dar
e m p l e o a los habitantes de la localidad, e impulsar la inves-
t i g a c i ó n en su p r o p i o espacio.
L a r e l a c i ó n investigador-archivo es o t r o de los puntos
clave de la o r g a n i z a c i ó n actual. E n n i n g u n a carrera de his-
toria existe u n a materia que, como la p a l e o g r a f í a , se impar-
ta c o n el n o m b r e de archivo o archivística u o r g a n i z a c i ó n
d o c u m e n t a l . N o creo que el historiador, c o m o dije antes,
deba volverse archivista n i que éste se convierta en histo-
riador, c o m o t r á g i c a m e n t e ha o c u r r i d o e n muchas bibliote-
cas, archivos o instituciones a c a d é m i c a s , pero el historiador
sí debe disponer de los elementos fundamentales que lo
lleven a e n t e n d e r toda o r g a n i z a c i ó n d o c u m e n t a l y tanto
c o m o esto que p u e d a usar la d o c u m e n t a c i ó n i n c o r p o r a n -
do los avances t e c n o l ó g i c o s de manera generalizada, pues
ALGO SOBRE LOS HISTORIADORES 663

sólo contados archivos d e p e n d e n de estos servicios. Cier-


tamente, a q u í nos topamos con problemas de recursos
e c o n ó m i c o s que las autoridades gubernamentales e s t á n lla-
madas a c o n t r i b u i r . Conacyt, p o r ejemplo, que mantiene
abiertas excelentes posibilidades en materia de investiga-
c i ó n y f o r m a c i ó n de recursos humanos, d e b e r í a i n c o r p o -
rar, de manera p e r m a n e n t e , apoyos concretos en r e l a c i ó n
con el á r e a archivística, rescate de archivos y su organiza-
c i ó n , con la d o t a c i ó n t é c n i c a y de equipos requeridos e n
cada caso. Estos apoyos p e r m i t i r á n u n mejor acceso y h a r á n
posible la u t i l i z a c i ó n social de los fondos.
El p r o b l e m a m á s i m p o r t a n t e es sin d u d a la falta de
recursos humanos calificados, que al parecer está deter-
m i n a d a p o r la misma escasez de recursos materiales, factor
clave que c o n d i c i o n a la vida y el f u n c i o n a m i e n t o de los
archivos. A l g u n a vez u n f u n c i o n a r i o m u n i c i p a l se quejaba
de que era imposible p r e t e n d e r u n a o r g a n i z a c i ó n moder-
na en su archivo, puesto que los administradores sólo dura-
ban tres a ñ o s en sus funciones y su p r i n c i p a l g e s t i ó n se
encontraba encaminada a "hacer obras" antes de que el
t i e m p o de su m a n d a t o se agotara. Otros funcionarios m u -
nicipales ven e n el archivo u n c o n j u n t o de papeles viejos
inservibles que la falta de legislación determina que su con-
s e r v a c i ó n n o sea obligatoria. Así su destino puede ser simi-
lar al que sufrió u n archivo de p r o v i n c i a hace m á s de 20
a ñ o s que fue p r o p o r c i o n a d o a los presos para hacer u n a
fogata que calmara su frío. Éste es u n p u n t o medular repre-
sentado en p e q u e ñ a escala, pero que se reproduce sin el
i n c e n d i o — en los á m b i t o s estatal y nacional con diversos
matices. Posiblemente, el i m p u l s o que se observa en la
c r e a c i ó n y f o r m a c i ó n de bibliotecas d e b e r í a estar acompa-
ñ a d o por el empuje para la o r g a n i z a c i ó n v rescate de los
archivos municipales o locales; de l o c o n t r a r i o o c u r r i r á n ,
m á s tarde o m á s t e m p r a n o , su d e t e r i o r o y su extinción.
N o se trata de crear p o r crear archivos, c o m o muchas
veces se ha h e c h o c o n las bibliotecas. E l c r e c i m i e n t o
desordenado n o hace a u n p u e b l o m á s culto n i m á s pen-
sante si antes n o se a r t i c u l a n estos apoyos al sector educa-
tivo general. S ó l o se a v a n z a r á si estos archivos y bibliotecas
664 MANUEL MIÑO GRIJALVA

se i n t e g r a n de manera adecuada a los planes de estudio, a


talleres o conferencias e n d o n d e el estudiante pueda, des-
de edad temprana, conocer su u t i l i d a d y, l o que es mejor,
saber usarlos. Sin embargo, he a h í el c í r c u l o vicioso, pues
esto n o p o d r á realizarse si los profesores o maestros en
general, n o reciben a l g ú n tipo de c a p a c i t a c i ó n en este sen-
tido. N o q u i e r o decir c o n esto que todos deben dedicarse
a ser archivistas o bibliotecarios; s i m p l e m e n t e sugiero que
debemos comenzar a fundar las bases para reconstruir esa
m e m o r i a h i s t ó r i c a tan i m p o r t a n t e para todos los pueblos.
Estas bases deben estar marcadas p o r los programas edu-
cativos. Sólo así p o d r á hacerse r e a l i d a d esa tan t r a í d a y lle-
vada f u n c i ó n social que p u e d e n c u m p l i r los archivos, de la
m i s m a manera que las bibliotecas.
1
N o será, como alguna vez s u g e r í a S á n c h e z R e í d a . - a tra-
vés de las exposiciones p ú b l i c a s que se logre este cometido.
É s t e es el ú l t i m o paso de u n proceso largo y complejo que
debe serviste como u n a h e r r a m i e n t a f u n d a m e n t a l que po-
sibilite el aprendizaje abierto y c r í t i c o . Pero antes es nece-
sario investigar, pues sin i n v e s t i g a c i ó n n o existe posibilidad
alguna para tener acceso a u n c o n o c i m i e n t o nuevo y o r i -
ginal. Y esto debe p r o p o r c i o n a r s e desde etapas m u y tem-
pranas d e l aprendizaje.
E n la actualidad parece claro que siguen siendo p r i o r i -
dades impulsar los desarrollos t e ó r i c o y m e t o d o l ó g i c o de la
a d m i n i s t r a c i ó n d o c u m e n t a l , así c o m o fortalecer la capaci-
dad t é c n i c a de los servicios archivísticos en el á m b i t o nacio-
nal: la p r o m o c i ó n de la p r o f e s i o n a l i z a c i ó n y c r e a c i ó n de
recursos calificados, la i n t e r a c c i ó n entre quienes prestan los
servicios y son responsables de su o r g a n i z a c i ó n con la socie-
13
d a d . T a m b i é n resulta claro el esfuerzo en reuniones, co-
loquios y seminarios p o r parte de los archivistas c o n el fin
de encontrar l í n e a s de trabajo de a c c i ó n m á s eficientes, sin
embargo, la c o n s t a t a c i ó n de la r e a l i d a d n o se deja esperar:
"es c o m ú n en el m e d i o a r c h i v í s t i c o el hecho de que la

''-SÁNCHEZ BEI.UA, 1958, pp. 286-287.


'•"'José Antonio RAMÍREZ. DEEEÓN: "El Sistema Nacional de Archivos: eva-
luación y perspectivas", en Fmo Archivístico, 2 (jul.-dic. 1991), pp. 15-16.
ALGO SOBRE LOS HISTORIADORES 665

m a y o r í a de los archivos padecen u n grave estado de desor-


14
g a n i z a c i ó n y deterioro de sus acervos". Las causas parecen
t a m b i é n claras: i n d e f i n i c i ó n administrativa y j u r í d i c a de las
entidades archivísticas; m í n i m o o n u l o i n t e r é s de las auto-
ridades; limitaciones de recursos materiales y humanos y
finalmente, escaso desarrollo t e ó r i c o - p r á c t i c o en lo que tie-
ne que ver c o n la c o n s e r v a c i ó n , o r d e n a c i ó n y d e s c r i p c i ó n
1 5
de la d o c u m e n t a c i ó n .
Todos los problemas anteriores e s t á n perfectamente
ubicados, la p r e g u n t a entonces es ¿ p o r q u é n o avanzamos
m á s allá de los problemas enunciados? T a l vez la evalua-
c i ó n que se h a c í a del Sistema N a c i o n a l de Archivos tenga
m u c h o de verdad. "Desde luego, el rescate de archivos m u -
nicipales y eclesiásticos c o n s t i t u y ó u n a p r i o r i d a d sostenida
durante a ñ o s , que lamentablemente se c i r c u n s c r i b i ó m á s al
1
rescate físico de los archivos que a su rescate t é c n i c o " . " Sin
embargo, el p r o b l e m a , tal vez, n o se u b i q u e en el á r e a de
los archivos y de la archivística, sino en su r e l a c i ó n c o n el
sector educativo. Así c o m o se e n s e ñ a la historia, d e b e r í a
incorporarse t a m b i é n la e n s e ñ a n z a de la c o n s e r v a c i ó n d e l
p a t r i m o n i o c u l t u r a l en su m á s a m p l i a a c e p c i ó n , en d o n d e
el papel de las archivos pueda ser e n t e n d i d o desde el perio-
d o formativo de futuros funcionarios y profesionistas. Lue-
go la tarea se vuelve ambigua. E l f u n c i o n a r i o p ú b l i c o como
a u t o r i d a d o no, debe tener esta i n f o r m a c i ó n que haga m á s
fácil su apoyo m o r a l y e c o n ó m i c o a una tarea que hoy p o r
hoy es difícil de desarrollar.
Pero ahora el p r o b l e m a de la o r g a n i z a c i ó n archivística
se ha c o m p l i c a d o m á s c o n la a p a r i c i ó n de archivos priva-
dos, fondos i m p o r t a n t e s c o m p l e m e n t a r i o s a los archivos
p ú b l i c o s y que reclaman u n r é g i m e n distinto ¿ d e b e r í a n for-
m a r parte d e l Sistema N a c i o n a l de Archivos, m a n t e n i e n d o
su a u t o n o m í a ? Por lo p r o n t o el A r c h i v o H i s t ó r i c o de Ba-
n a m e x y el Fideicomiso A r c h i v o s Plutarco Elias Calles y

"Carlos R o m á n GARCÍA: "Prioridades de los archivos en Chiapas", en


Foro Archivística, 2 (jul.-dic. 1 9 9 1 ) , p. 9 .
15
Carlos R o m á n GARCÍA: "Prioridades de los archivos en Chiapas",
en Foro Archivística, 2 (jul.-dic. 1 9 9 1 ) , p. 9.
1 0
José A n t o n i o RAMÍREZ DEI.EON, 1 9 9 1 , p. 3.
666 MANUEL MIÑO GRIJALVA

F e r n a n d o Torreblanca n i q u é decir d e l excelente archivo


de la Universidad Iberoamericana, son muestras del esfuer-
zo p o r mantener u n f o n d o d o c u m e n t a l que sin duda re-
p e r c u t i r á n en el estudio de instituciones o personajes clave
e n la vida de M é x i c o . C o m o otra muestra de este esfuerzo
se ha fundado la A s o c i a c i ó n Civil A m i g o s de los Archivos y
Bibliotecas de Oaxaca que m a n t i e n e su revista Acervos
c o m o u n ó r g a n o informativo de l o que pasa en ese estado
y sus archivos y que revela, p o r l o menos en su ú l t i m o n ú -
m e r o , el trabajo que se realiza en el Archivo Diocesano y en
el A r c h i v o M u n i c i p a l de T l a x i a c o , a d e m á s de ofrecer
u n panorama de los archivos de la Iglesia católica, l o que
sin lugar a dudas a b r i r á nuevas perspectivas y l í n e a s de
i n v e s t i g a c i ó n en la historia de la iglesia de esa entidad.
L a historia y los historiadores p o d r á n , de esta manera,
disponer de fuentes que e n el pasado sólo o b t e n í a n de los
acervos p ú b l i c o s . Así, personajes e instituciones se revela-
r á n , de manera m á s clara, desde u n a d o c u m e n t a c i ó n que
responda a su p r o p i a naturaleza y se f o r t a l e c e r á n l í n e a s
novedosas de i n v e s t i g a c i ó n así c o m o mayor c o n o c i m i e n t o
sobre realidades regionales y locales en la m e d i d a en que
m u n i c i p i o s y estados p r o m u e v a n y organicen sus acervos
documentales. E n realidad, el empuje de la llamada histo-
ria r e g i o n a l ha r e p e r c u t i d o , de m a n e r a sensible, en el que-
hacer archivístico de las entidades, p o r q u e t a m b i é n existe
u n a mayor oferta en cantidad y calidad de recursos huma-
nos calificados en historia y otras disciplinas sociales que n o
se observa en las á r e a s archivísticas y documentales que
ahora reclaman "una m a n o amiga".
E n resumen, p o r u n a parte, el reclamo de los archivistas
se u b i c a en tres dimensiones: e n p r i m e r lugar, e s t á n los re-
cursos para afrontar las necesidades que demanda la orga-
n i z a c i ó n de sus acervos. E n segundo lugar, es claro que con
e x c e p c i ó n de ciertos casos, el p r o b l e m a de la infraestruc-
t u r a es, muchas veces, alarmante dado el riesgo que se co-
rre de p é r d i d a documental, y finalmente, el de la f o r m a c i ó n
17
de recursos humanos calificados. N o hay duda de la vali-

17
Balance y prospectiva de los archivos históricos de México. México: Archi-
ALGO SOBRE LOS HISTORIADORES 667

dez de estos reclamos, sin embargo, el p r o b l e m a no sólo se


u b i c a allí, sino en q u é hacer c o n los recursos, bajo q u é cri-
terios de p l a n e a c i ó n y con q u é perspectivas de crecimiento.
De la misma forma, en cuanto a la infraestructura reque-
rida, s e r í a necesario dar m á s c o n c r e c i ó n y claridad a las
propuestas, pues muchos se s e n t i r í a n halagados si se les
cedieran casonas bellas d o n d e ubicar sus acervos, pero en
r e a l i d a d , pensando en el f u t u r o ¿ n o c o n v e n d r í a m á s , dise-
ñ a r edificios nuevos con criterios t é c n i c o s que e s t é n de
acuerdo con las necesidades de los archivos y con los avan-
ces t e c n o l ó g i c o s c o n t e m p o r á n e o s ?
Finalmente, en el caso de la f o r m a c i ó n de recursos h u -
manos, existe la tendencia aceptada, de manera i m p l í c i t a
o e x p l í c i t a , de f o r m a r archivistas j u n t o a los bibliotecarios,
tal es el caso de la "Escuela N a c i o n a l de B i b l i o t e c o l o g í a y
A r c h i v í s t i c a " o de la licenciatura de b i b l i o t e c o l o g í a y do-
c u m e n t a c i ó n de la U n i v e r s i d a d d e l Estado de M é x i c o . N o
es el objeto de estas reflexiones realizar balances o e m i t i r
criterios sobre su validez o n o , sólo e s t á n destinadas a ad-
vertir que r e s u l t a r í a grave el h e c h o de que los estudiantes
se t i t u l e n como archivistas cuando en realidad la p r i n c i p a l
carga c u r r i c u l a r estuvo dada p o r la b i b l i o t e c o n o m í a . Pero
la p r e g u n t a insoslayable es ¿ d e b e haber u n a licenciatura en
archivística?, ¿o debe m e j o r desprenderse de su tronco
n a t u r a l , la historia, y luego optar p o r a q u é l l a como espe-
c i a l i z a c i ó n o p r o g r a m a de posgrado? N o s a b r í a responder
a estos interrogantes, p o r ahora.
Los problemas anteriores c o n d u c e n , sin duda, a la nece-
sidad de i n t r o d u c i r u n a l e g i s l a c i ó n clara en t é r m i n o s de la
o r g a n i z a c i ó n de los archivos h i s t ó r i c o s y administrativos fe-
derales, estatales y municipales (sin e x c l u i r a los locales);
sus especificidades y diferencias. Repensar o readecuar el
m o d e l o d e l Sistema N a c i o n a l de Archivos que regule el sis-
tema e n general y que sirva de eje al sistema en su conjun-
to; que é s t o s c o n t e m p l e n tanto la o g r a n i z a c i ó n de los

vo General de la Nación-Consejo Nacional para la Cultura y las Ar-


tes, 1994.
668 M A N U E L M I Ñ O GRIjAI.VA

archivos, así como su r e l a c i ó n c o n el usuario, en particular,


con los historiadores.
Así, llegamos al reclamo de éstos a los archivistas. Cada
vez es m á s frecuente el hecho de que la f o r m a c i ó n y tecni-
ficación de u n archivista, trae consigo p o r obvias razones,
que éste proceda a organizar sus acervos documentales c o n
nuevos criterios de clasificación a los empleados en el pasa-
d o y que sirvieron c o m o base en la consulta y c o n s t r u c c i ó n
de investigaciones que ahora el historiador n o puede citar
o han p e r d i d o su referencia. Es decir, la tendencia al r e m -
plazo de series antiguas p o r nuevas h a n llevado, en algunos
casos, a que a q u é l l a s se vuelvan irrecuperables. E l archivis-
ta desglosa el expediente que unifica d e t e r m i n a d o asunto
civil, eclesiástico o penal, que c o m p r e n d e d é c a d a s , parro-
quias y materias en u n c o n j u n t o fragmentado de temas al
p e r d e r así n o sólo la secuencia, sino la u n i d a d h i s t ó r i c a e
informativa que o r i g i n a l m e n t e c o n t e n í a el expediente. De
esta manera, se ha ganado en o r d e n , pero se ha p e r d i d o en
i n f o r m a c i ó n . Pero si acogemos este criterio sin m á s , enton-
ces los archivistas se v e r í a n e n la o b l i g a c i ó n de n o tocar la
d o c u m e n t a c i ó n h i s t ó r i c a y, p o r lo tanto, olvidarse de su
o r d e n a m i e n t o , l o cual t a m b i é n es u n contrasentido. E l ar-
chivista m o d e r n o debe dar coherencia y o r d e n a u n m u n -
d o desordenado y h e t e r o g é n e o . La s o l u c i ó n es factible y
fácil: i n t r o d u c i r nuevos criterios de ordenamiento, pero sin
destruir los antiguos, capaz de hacer recuperable la docu-
m e n t a c i ó n en cualquier t i e m p o , lo que es posible con la
a u t o m a t i z a c i ó n . Sin embargo, hay algo indiscutible: la ne-
cesidad de conservar la u n i d a d d o c u m e n t a l que en el fon-
d o corresponde a u n a realidad y a u n a u n i d a d h i s t ó r i c a
determinadas.
El p u n t o a n t e r i o r nos conduce a o t r o reclamo. El ar-
chivista c o n t e m p o r á n e o se convierte aceleradamente en
t é c n i c o , y se desprende de su t r a d i c i o n a l f o r m a c i ó n huma-
n í s t i c a y en particular, h i s t ó r i c a , que antes t e n í a . Todos los
archivistas que manejan acervos h i s t ó r i c o s ¿ d e b e n ser fun-
d a m e n t a l m e n t e , historiadores? Los encargados de organi-
zar archivos administrativos ¿ d e b e n ser p r i m e r o abogados
que e n t i e n d a n la o r g a n i z a c i ó n administrativa b á s i c a que
ALGO SOBRE LOS HISTORIADORES 669

precede a su d o c u m e n t a c i ó n ? E l p r o b l e m a es que cuando


h a n sido humanistas e historiadores el resultado casi siem-
p r e h a b í a sido el abandono del archivo, ahora no se aban-
dona, p e r o no sabemos q u é es l o que se hace, y p o r q u é .
U n ú l t i m o reclamo de los historiadores a los archivistas
es que hay u n a c o n f u s i ó n entre seguridad d e l p a t r i m o n i o
h i s t ó r i c o y l i b e r t a d de consulta. E l guardia de seguridad
que vigila al investigador ya a t ó n i t o ' l e advierte: " m á s vale
p r e v e n i r que lamentar". Pero t a m b i é n hay otros extremos,
c o m o aquel en que el administrador, jefe ( n o archivista
profesional) o encargado del archivo, p o r n o molestarse en
atender al investigador le dice: " a h í esta la d o c u m e n t a c i ó n ,
busque t o d o l o que usted quiera" y se olvida de todo. Son
extremos. Es necesario buscar u n t é r m i n o m e d i o en que
n o se afecte a la i n s t i t u c i ó n , al p a t r i m o n i o y al investigador.
De este conjunto de problemas lógicos y naturales dados
p o r el proceso de e x p a n s i ó n que conoce la f o r m a c i ó n y de-
sarrollo de los archivos, así c o m o la necesidad de su orga-
n i z a c i ó n , se desprende c o m o sugerencia que se d e b e r í a
repensar e n u n sistema o dos que enfrenten el p r o b l e m a
tanto desde la perspectiva h i s t ó r i c a , es decir, que se con-
t e m p l e la p o s i b i l i d a d de crear u n Sistema N a c i o n a l de
Archivos H i s t ó r i c o s c o m o de la administrativa, f o r m a r u n
Sistema N a c i o n a l de Archivos Administrativos, que n o r m e
el manejo de los c o n t e m p o r á n e o s . Esta división puede ser
capaz de respetar la especificidad y naturaleza de la infor-
m a c i ó n generada p o r las instituciones y, a la vez, dotar de
requerimientos y r e g l a m e n t a c i ó n p r o p i o s que p e r m i t a n u n
adecuado f u n c i o n a m i e n t o y a d m i n i s t r a c i ó n . ¿ C ó m o lograr
este c o m e t i d o en caso de llegar a este acuerdo? ¿ D e b e aca-
so pensarse e n que los sistemas de archivos sean a u t ó n o -
mos? Pero la a u t o n o m í a , en el caso de los h i s t ó r i c o s ¿ p o r
q u é ? , ¿ p a r a q u é ? , ¿bajo q u é mecanismos y recursos?, a u t ó -
n o m o s o n o ¿ s e r í a necesario y ú t i l i n t r o d u c i r consejos
a c a d é m i c o s o de g o b i e r n o , o c o m o se l l a m e n , que aseso-
ren, supervisen y establezcan l í n e a s de a c c i ó n de los archi-
vos? Éstas son preguntas que el f u t u r o y los archivistas
t e n d r á n q u e contestar.

También podría gustarte